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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,

PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
MAPA
TÉCNICO DE LABORATÓRIO

LÍNGUA PORTUGUESA
Fonologia: conceito, encontros vocálicos, dígrafos, ortoépia, divisão silábica, prosódia-acentuação e ortogra-
fia; .............................................................................................................................................................. 8
Morfologia: estrutura e formação das palavras, classes de palavras; ..........................................................20
Sintaxe: termos da oração, período composto, conceito e classificação das orações, concordância verbal e
nominal, regência verbal e nominal, crase e pontuação; .............................................................................36
Semântica: a significação das palavras no texto; ........................................................................................18
Interpretação de texto. ................................................................................................................................ 1

RACIOCÍNIO LÓGICO
Princípio da Regressão ou Reversão. Lógica Dedutiva, Argumentativa e Quantitativa. Lógica matemática
qualitativa, Sequências Lógicas envolvendo Números, Letras e Figuras. ..................................................... 1
Geometria básica. ......................................................................................................................................42
Álgebra básica e sistemas lineares. ............................................................................................................47
Calendários. ...............................................................................................................................................58
Numeração. ...............................................................................................................................................59
Razões Especiais. .....................................................................................................................................60
Análise Combinatória e Probabilidade. .......................................................................................................69
Progressões Aritmética e Geométrica. .......................................................................................................65
Conjuntos; as relações de pertinência, inclusão e igualdade; operações entre conjuntos, união, interseção e
diferença. ...................................................................................................................................................84
Comparações. ...........................................................................................................................................86

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Conceitos básicos do hardware e periféricos de um microcomputador. Browsers Internet Explorer, Firefox.
Ferramentas e aplicações de informática. Ambientes Windows. Correio eletrônico. ..................................... 1
Procedimento para a realização de cópia de segurança (backup). .............................................................. 6
Microsoft Office - Word e Excel. Conceitos de organização de arquivos e métodos de acesso. Conceitos e
tecnologias. Noções de Informática: Sistema operacional Windows XP e Windows 7. Microsoft Office: Word
2007, Excel 2007, Power Point 2007 e Microsoft Outlook 2007. .................................................................33
Conceitos e tecnologias relacionados à Internet e a Correio Eletrônico. Internet Explorer 8. Conceitos bási-
cos de segurança da informação. ...............................................................................................................65

CONHECIMENTOS GERAIS
Domínio de tópicos relevantes de diversas áreas, tais como: política, economia, sociedade, educação, tec-
nologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável, segurança, artes e literatura e suas
vinculações históricas, a nível regional, nacional e internacional. ....................................................Pp 1 a 33

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Química Geral e Inorgânica: ligações químicas. Ácidos e Bases. Química descritiva dos elementos repre-
sentativos; conceito de solução, solvente e soluto, molaridade; preparo de soluções e diluições, conceito de
pH e tampão. Química analítica: química analítica qualitativa e quantitativa, análise gravimética, análise
volumétrica, tratamento estatístico de dados, fundamentos de espectroscopia, técnicas espectroscópicas

Técnico de Laboratório - MAPA


(espectroscopia de infravemelho, absorção atômica, emissão atômica, fotometria de chama), técnicas cro-
matograficas (cromatografia em camada delgada, cromatografia gasosa, cromatografia líquida de alta efici-
ência), espectrometria de massas; Noções de técnicas utilizadas nas análises de alimentos e insumos agro-
pecuarios; .................................................................................................................................................... 1

Microbiologia: noções de virologia, bacteriologia e micologia; Desenvolvimento microbiano: medidas de


crescimento microbiano, curva de crescimento microbiano, condições ideais de crescimento microbiano.
Meios de cultura: classificação, funções e preparação; Indicadores biológicos; Controle dos microrganismos:
métodos físicos de controle: calor seco, calor úmido, pasteurização, radiações, filtração; ...........................49

Técnicas de diagnóstico de doenças causadas por bactérias: ELISA, Fixação do Complemento, Reação em
Cadeia da Polimerase. Validação de métodos de análises e noções de estatística básica; .........................69

Técnicas gerais de laboratório: conhecimento, organização, manutenção e utilização de vidraria e equipa-


mentos; ......................................................................................................................................................80

Princípios de Biossegurança: níveis de biossegurança laboratorial, equipamentos de segurança (barreiras


primárias) e instalações laboratoriais (barreiras secundárias). Noções de práticas laboratoriais adequa-
das........................................................................................................................................................86

Qualidade da água em laboratórios: tipos de água reagente utilizados em laboratório; métodos de purifica-
ção da água: ionização, destilação, carvão ativado, filtração, osmose reversa. ......................................... 107

Noções sobre gerenciamento de resíduos gerados nas atividades analíticas: manuseio, identificação, acon-
dicionamento, transporte e descarte; Métodos químicos e físicos de desinfecção e esterilização de materiais
para uso em ensaios laboratoriais; Métodos biológicos utilizados em análises de materiais de propagação
vegetal. .................................................................................................................................................... 116

Lei Federal nº 8.027, de 12 de abril de 1990 – Código de Ética dos Servidores Públicos. .......................... 161

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época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momen-

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tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui
não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica
da fonte e na identificação do autor.
Fonologia: conceito, encontros vocálicos, dígrafos, or- A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de
toépia, divisão silábica, prosódia-acentuação e ortogra- resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exce-
fia; Morfologia: estrutura e formação das palavras, clas- to, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequa-
ses de palavras; da. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais
Sintaxe: termos da oração, período composto, conceito adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por
e classificação das orações, concordância verbal e isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não
nominal, regência verbal e nominal, crase e pontuação; ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra
Semântica: a significação das palavras no texto; alternativa mais completa.
Interpretação de texto.
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento
do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontex-
tualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso
Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finali- para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para
dade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta
compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de será mais consciente e segura.
necessitar de um bom léxico internalizado.
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um
confronto entre todas as partes que compõem o texto.
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá
trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica- até o fim, ininterruptamente;
se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos
diante de uma temática qualquer. umas três vezes ou mais;
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
Denotação e Conotação 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expres- 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
são gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma con- 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compre-
venção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + signi- ensão;
ficado) que se constroem as noções de denotação e conotação. 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto cor-
respondente;
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta,
atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que
depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se
construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. perguntou e o que se pediu;
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais
Os textos literários exploram bastante as construções de base conota- exata ou a mais completa;
tiva, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de
diferenciadas em seus leitores. lógica objetiva;
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polis- 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
semia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste resposta;
caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor,
ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e definindo o tema e a mensagem;
esclareçam o sentido. 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantís-
Como Ler e Entender Bem um Texto simos na interpretação do texto.
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e Ex.: Ele morreu de fome.
de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização
cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extra- do fato (= morte de "ele").
em-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo Ex.: Ele morreu faminto.
nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava
palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para quando morreu.;
resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idei-
a memória visual, favorecendo o entendimento. as estão coordenadas entre si;
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo
há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim Cunegundes
de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto TEXTO NARRATIVO
com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da • As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, for-

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri-
dos fatos. zado por :
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às
Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon-
heroína, personagem principal da história. tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa.
- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narra-
O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do prota- tiva que é feito em 1a pessoa.
gonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal - visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê,
contracena em primeiro plano. aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per-
sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra-
As personagens secundárias, que são chamadas também de compar- dor é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa.
sas, são os figurantes de influencia menor, indireta, não decisiva na narra- • Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de a-
ção. presentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do qual
a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é feita
O narrador que está a contar a história também é uma personagem, em 1a pessoa ou 3a pessoa.
pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor-
tância, ou ainda uma pessoa estranha à história. Formas de apresentação da fala das personagens
Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há
Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso- três maneiras de comunicar as falas das personagens.
nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não
alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e • Discurso Direto: É a representação da fala das personagens atra-
tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen- vés do diálogo.
são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações Exemplo:
perante os acontecimentos. “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da
verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carna-
• Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a val a cidade é do povo e de ninguém mais”.
trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo po-
demos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi:
progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de
desenlace ou desfecho. travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas
os verbos de locução podem ser omitidos.
Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente,
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, • Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. E-
história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou xemplo:
seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte- “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-
resses entre as personagens. dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade
que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os me-
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten- nos sombrios por vir”.
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho,
ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos. • Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se
• Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici- mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração.
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê- Exemplo:
nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando
constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles
social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem
que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela- que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela
cionados ao principal. hora , sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés
• Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu- no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.
gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter (José Lins do Rego)
informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve-
zes, principalmente nos textos literários, essas informações são TEXTO DESCRITIVO
extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac-
narrativo. terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
• Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num
determinado tempo, que consiste na identificação do momento, As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes,
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa- tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que
lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que
podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem
ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa- unificada.
to que aconteceu depois.
Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari-
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela pouco.
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões
fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc-
sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:
espírito. • Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é
transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente
• Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis- através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje-
semos, é a personagem que está a contar a história. A posição em tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên-
que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o

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que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti- com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos claros. Deve
vo, fenomênico, ela é exata e dimensional. também conter contra-argumentos, de forma a não permitir a meio da
• Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das leitura que o leitor os faça. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo
personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos, que responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a ideia chave da
pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen- opinião.
to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so-
Geralmente apresenta uma estrutura organizada em três partes:
cial e econômico .
a introdução, na qual é apresentada a ideia principal ou tese;
• Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o
o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal; e
observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama,
a conclusão. Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser
para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as
de diferentes tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados
partes mais típicas desse todo.
estatístico, pesquisas, causas socioeconômicas ou culturais, depoimentos -
• Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos enfim tudo o que possa demonstrar o ponto de vista defendido pelo autor
ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma tem consistência. A conclusão pode apresentar uma possível
visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e solução/proposta ou uma síntese. Deve utilizar título que chame a atenção
típicos. do leitor e utilizar variedade padrão de língua.
• Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada,
que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de A linguagem normalmente é impessoal e objetiva.
um incêndio, de uma briga, de um naufrágio.
O roteiro da persuasão para o texto argumentativo:
• Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge-
rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabu- Na introdução, no desenvolvimento e na conclusão do texto argumen-
lário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É tativo espera-se que o redator o leitor de seu ponto de vista. Alguns recur-
predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer sos podem contribuir para que a defesa da tese seja concluída com suces-
convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis- so. Abaixo veremos algumas formas de introduzir um parágrafo argumenta-
mos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. tivo:

TEXTO DISSERTATIVO • Declaração inicial: É uma forma de apresentar com assertivi-


Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons- dade e segurança a tese.
ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques- ‘ A aprovação das Cotas para negros vem reparar uma divida moral e
tão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever um dano social. Oferecer oportunidade igual de ingresso no Ensino Superi-
com clareza, coerência e objetividade. or ao negro por meio de políticas afirmativas é uma forma de admitir a
diferença social marcante na sociedade e de igualar o acesso ao mercado
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir de trabalho.’
o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. • Interrogação: Cria-se com a interrogação uma relação próxima
com o leitor que, curioso, busca no texto resposta as perguntas feitas na
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan- introdução.
do o contexto.
‘ Por que nos orgulhamos da nossa falta de consciência coletiva? Por
que ainda insistimos em agir como ‘espertos’ individualistas?’
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em :
• Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda- • Citação ou alusão: Esse recurso garante à defesa da tese cará-
mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e ob- ter de autoridade e confere credibilidade ao discurso argumentativo, pois
jetiva da definição do ponto de vista do autor. se apoia nas palavras e pensamentos de outrem que goza de prestigio.
• Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo-
cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan- ‘ As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não
tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias chorarem mais, trazerem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem
articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num as costas e irem embora’. O comentário do fotógrafo Sebastião Salgado
conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de- sobre o que presenciou na Ruanda é um chamado à consciência públi-
sencadeia a conclusão. ca.’’
• Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia • Exemplificação: O processo narrativo ou descritivo da exempli-
central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in- ficação pode conferir à argumentação leveza a cumplicidade. Porém,
trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para deve-se tomar cuidado para que esse recurso seja breve e não interfira
haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer no processo persuasivo.
em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese
e opinião. ‘ Noite de quarta-feira nos Jardins, bairro paulistano de classe média.
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é Restaurante da moda, frequentado por jovens bem-nascidos, sofre o se-
a obra ou ação que realmente se praticou. gundo ‘arrastão’ do mês. Clientes e funcionários são assaltados e amea-
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou çados de morte. O cotidiano violento de São Paulo se faz presente.’’
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so-
bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido. • Roteiro: A antecipação do que se pretende dizer pode funcionar
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou como encaminhamento de leitura da tese.
desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje- ‘ Busca-se com essa exposição analisar o descaso da sociedade em
tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a relação às coletas seletivas de lixo e a incompetência das prefeituras.’’
respeito de algo.
• Enumeração: Contribui para que o redator analise os dados e
O TEXTO ARGUMENTATIVO exponha seus pontos de vista com mais exatidão.

Um texto argumentativo tem como objetivo convencer alguém das ‘ Pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Pau-
nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer lo aponta que as maiores vítimas do abuso sexual são as crianças meno-
tema ou assunto. res de 12 anos. Elas representam 43% dos 1.926 casos de violência se-
xual atendidos pelo Programa Bem-Me-Quer, do Hospital Pérola Bying-
É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar, ton.’’
depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve,

Língua Portuguesa 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Causa e consequência: Garantem a coesão e a concatenação 2º parágrafo: Há o desenvolvimento da tese com fundamentos ar-
das ideias ao longo do parágrafo, além de conferir caráter lógico ao pro- gumentativos;
cesso argumentativo. “O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço
‘ No final de março, o Estado divulgou índices vergonhosos do Idesp a se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas
– indicador desenvolvido pela Secretaria Estadual de Educação para ava- ao progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), respon-
liar a qualidade do ensino (…). O péssimo resultado é apenas conse- sáveis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte,
quência de como está baixa a qualidade do ensino público. As causas problemas ambientais que afetam a população.
são várias, mas certamente entre elas está a falta de respeito do Estado Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos
que, próximo do fim do 1º bimestre, ainda não enviou apostilas para al- contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar
gumas escolas estaduais de Rio Preto. os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de
• Síntese: Reforça a tese defendida, uma vez que fecha o texto continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente
com a retomada de tudo o que foi exposto ao longo da argumentação. nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma,
Recurso seguro e convincente para arrematar o processo discursivo. podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemáti-
ca.”
‘ Quanto a Lei Geral da Copa, aprovou-se um texto que não é o ideal,
mas sustenta os requisitos da Fifa para o evento. 3º parágrafo: A conclusão é desenvolvida com uma proposta de
intervenção relacionada à tese.
O aspecto mais polêmico era a venda de bebidas alcoólicas nos es-
tádios. A lei eliminou o veto federal, mas não exclui que os organizadores “O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os
precisem negociar a permissão em alguns Estados, como São Paulo.’’ transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnoló-
gica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais
• Proposta: Revela autonomia critica do produtor do texto e ga- do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não
rante mais credibilidade ao processo argumentativo. existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se
transformar na salvação do mundo.
‘ Recolher de forma digna e justa os usuários de crack que buscam
ajuda, oferecer tratamento humano é dever do Estado. Não faz sentido Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral preci-
isolar para fora dos olhos da sociedade uma chaga que pertence a to- sam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a
dos.’’ Mundograduado.org combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada
melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a
Modelo de Dissertação-Argumentativa “ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul.” Profª Francinete
Meio-ambiente e tecnologia: não há contraste, há solução
A ideia principal e as secundárias
Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambi-
Para treinarmos a redação de pequenos parágrafos narrativos, vamos
ental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobre-
nos colocar no papel de narradores, isto é, vamos contar fatos com base na
vivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quan-
organização das ideias.
do analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.
Leia o trecho abaixo:
O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço a
se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas ao Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro
progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), responsá- quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte. Com
veis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, pro- isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas, demons-
blemas ambientais que afetam a população. trando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as mãos,
um dos dormentes e deixou o corpo pendurado.
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos
contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar Como você deve ter observado, nesse parágrafo, o narrador conta-nos
os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de um fato acontecido com seu primo. É, pois, um parágrafo narrativo. Anali-
continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente semos, agora, o parágrafo quanto à estrutura.
nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma,
podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemáti- As ideias foram organizadas da seguinte maneira:
ca. Ideia principal:
O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro
transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnoló- quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte.
gica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais
do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não Ideias secundárias:
existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se Com isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas,
transformar na salvação do mundo. demonstrando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral preci- mãos, um dos dormentes e deixou o corpo pendurado.
sam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a A ideia principal, como você pode observar, refere-se a uma ação peri-
combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada gosa, agravada pelo aparecimento de um trem. As ideias secundárias
melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a complementam a ideia principal, mostrando como o primo do narrador
“ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul. conseguiu sair-se da perigosa situação em que se encontrava.
Nesse modelo, didaticamente, podemos perceber a estrutura textual Os parágrafos devem conter apenas uma ideia principal acompanhado
dissertativa assim organizada: de ideias secundárias. Entretanto, é muito comum encontrarmos, em pará-
1º parágrafo: Introdução com apresentação da tese a ser defendi- grafos pequenos, apenas a ideia principal. Veja o exemplo:
da; O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio.
“Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambi- Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram a-
ental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobre- proveitar o bom tempo. Pegaram um animal, montaram e seguiram conten-
vivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quan- tes pelos campos, levando um farto lanche, preparado pela mãe.
do analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.”
Nesse trecho, há dois parágrafos.

Língua Portuguesa 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
No primeiro, só há uma ideia desenvolvida, que corresponde à ideia rães
principal do parágrafo: O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio.
No livro de Elisa Guimarães, A Articulação do Texto, a autora procura
No segundo, já podemos perceber a relação ideia principal + ideias esclarecer as dúvidas referentes à formação e à compreensão de um texto
secundárias. Observe: e do seu contexto.
Ideia principal:
Formado por unidades coordenadas, ou seja, interligadas entre si, o
Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram a- texto constitui, portanto, uma unidade comunicativa para os membros de
proveitar o bom tempo. uma comunidade; nele, existe um conjunto de fatores indispensáveis para a
Ideia secundárias: sua construção, como “as intenções do falante (emissor), o jogo de ima-
gens conceituais, mentais que o emissor e destinatário executam.”(Manuel
Pegaram um animal, montaram e seguiram contentes pelos campos, P. Ribeiro, 2004, p.397). Somado à isso, um texto não pode existir de forma
levando um farto lanche, preparado pela mãe. única e sozinha, pois depende dos outros tanto sintaticamente quanto
semanticamente para que haja um entendimento e uma compreensão
Agora que já vimos alguns exemplos, você deve estar se perguntando:
deste. Dentro de um texto, as partes que o formam se integram e se expli-
“Afinal, de que tamanho é o parágrafo?”
cam de forma recíproca.
Bem, o que podemos responder é que não há como apontar um pa-
drão, no que se refere ao tamanho ou extensão do parágrafo. Completando o processo de formação de um texto, a autora nos escla-
rece que a economia de linguagem facilita a compreensão dele, sendo
Há exemplos em que se veem parágrafos muito pequenos; outros, em indispensável uma ligação entre as partes, mesmo havendo um corte de
que são maiores e outros, ainda, muito extensos. trechos considerados não essenciais.
Também não há como dizer o que é certo ou errado em termos da ex-
tensão do parágrafo, pois o que é importante mesmo, é a organização das Quando o tema é a “situação comunicativa” (p.7), a autora nos esclare-
ideias. No entanto, é sempre útil observar o que diz o dito popular – “nem ce a relação texto X contexto, onde um é essencial para esclarecermos o
oito, nem oitenta…”. outro, utilizando-se de palavras que recebem diferentes significados con-
forme são inseridas em um determinado contexto; nos levando ao entendi-
Assim como não é aconselhável escrevermos um texto, usando apenas mento de que não podemos considerar isoladamente os seus conceitos e
parágrafos muito curtos, também não é aconselhável empregarmos os sim analisá-los de acordo com o contexto semântico ao qual está inserida.
muito longos.
Essas observações são muito úteis para quem está iniciando os traba- Segundo Elisa Guimarães, o sentido da palavra texto estende-se a
lhos de redação. Com o tempo, a prática dirá quando e como usar parágra- uma enorme vastidão, podendo designar “um enunciado qualquer, oral ou
fos – pequenos, grandes ou muito grandes. escrito, longo ou breve, antigo ou moderno” (p.14) e ao contrário do que
muitos podem pensar, um texto pode ser caracterizado como um fragmen-
Até aqui, vimos que o parágrafo apresenta em sua estrutura, uma ideia to, uma frase, um verbo ect e não apenas na reunião destes com mais
principal e outras secundárias. Isso não significa, no entanto, que sempre a algumas outras formas de enunciação; procurando sempre uma objetivida-
ideia principal apareça no início do parágrafo. Há casos em que a ideia de para que a sua compreensão seja feita de forma fácil e clara.
secundária inicia o parágrafo, sendo seguida pela ideia principal. Veja o
exemplo: Esta economia textual facilita no caminho de transmissão entre o enun-
ciador e o receptor do texto que procura condensar as informações recebi-
As estacas da cabana tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo
das a fim de se deter ao “núcleo informativo” (p.17), este sim, primordial a
estremeceu violentamente sob meus pés. Logo percebi que se tratava de
qualquer informação.
um terremoto.
Observe que a ideia mais importante está contida na frase: “Logo per- A autora também apresenta diversas formas de classificação do discur-
cebi que se tratava de um terremoto”, que aparece no final do parágrafo. so e do texto, porém, detenhamo-nos na divisão de texto informativo e de
As outras frases (ou ideias) apenas explicam ou comprovam a afirmação: um texto literário ou ficcional.
“as estacas tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo estremeceu
violentamente sob meus pés” e estas estão localizadas no início do pará- Analisando um texto, é possível percebermos que a repetição de um
grafo. nome/lexema, nos induz à lembrar de fatos já abordados, estimula a nossa
biblioteca mental e a informa da importância de tal nome, que dentro de um
Então, a respeito da estrutura do parágrafo, concluímos que as ideias contexto qualquer, ou seja que não fosse de um texto informacional, seria
podem organizar-se da seguinte maneira: apenas caracterizado como uma redundância desnecessária. Essa repeti-
Ideia principal + ideias secundárias ção é normalmente dada através de sinônimos ou “sinônimos perfeitos”
(p.30) que permitem a permutação destes nomes durante o texto sem que o
ou sentido original e desejado seja modificado.
Ideias secundárias + ideia principal
Esta relação semântica presente nos textos ocorre devido às interpre-
É importante frisar, também, que a ideia principal e as ideias se- tações feitas da realidade pelo interlocutor, que utiliza a chamada “semânti-
cundárias não são ideias diferentes e, por isso, não podem ser separadas ca referencial” (p.31) para causar esta busca mental no receptor através de
em parágrafos diferentes. Ao selecionarmos as ideias secundárias deve- palavras semanticamente semelhantes à que fora enunciada, porém, existe
mos verificar as que realmente interessam ao desenvolvimento da ideia ainda o que a autora denominou de “inexistência de sinônimo perfeito”
principal e mantê-las juntas no mesmo parágrafo. Com isso, estaremos (p.30) que são sinônimos porém quando posto em substituição um ao outro
evitando e repetição de palavras e assegurando a sua clareza. É importan- não geram uma coerência adequada ao entendimento.
te, ao termos várias ideias secundárias, que sejam identificadas aquelas
que realmente se relacionam à ideia principal. Esse cuidado é de grande Nesta relação de substituição por sinônimos, devemos ter cautela
valia ao se redigir parágrafos sobre qualquer assunto. quando formos usar os “hiperônimos” (p.32), ou até mesmo a “hiponímia”
(p.32) onde substitui-se a parte pelo todo, pois neste emaranhado de subs-
tituições pode-se causar desajustes e o resultado final não fazer com que a
ESTRUTURAÇÃO E ARTICULAÇÃO DO TEXTO imagem mental do leitor seja ativada de forma corretamente, e outra assimi-
lação, errônea, pode ser utilizada.
Resenha Critica de Articulação do Texto
Amanda Alves Martins Seguindo ainda neste linear das substituições, existem ainda as “nomi-
Resenha Crítica do livro A Articulação do Texto, da autora Elisa Guima- nações” e a “elipse”, onde na primeira, o sentido inicialmente expresso por

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um verbo é substituído por um nome, ou seja, um substantivo; e, enquanto
na segunda, ou seja, na elipse, o substituto é nulo e marcado pela flexão No geral, o que diz respeito ao livro A Articulação do Texto de Elisa
verbal; como podemos perceber no seguinte exemplo retirado do livro de Guimarães, ele nos trás um grande número de informações e novos concei-
Elisa Guimarães: tos em relação à produção e compreensão textual, no entanto, essa grande
“Louve-se nos mineiros, em primeiro lugar, a sua presença suave. Mil leva de informações muitas vezes se tornam confusas e acabam por des-
deles não causam o incômodo de dez cearenses. prenderem-se uma das outras, quebrando a linearidade de todo o texto e
dificultando o entendimento teórico.
__Não grita, ___ não empurram< ___ não seguram o braço da gente,
___ não impõem suas opiniões. Para os importunos inventaram eles uma A REFERENCIAÇÃO / OS REFERENTES / COERÊNCIA E COESÃO
palavra maravilhosamente definidora e que traduz bem a sua antipatia para
essa casta de gente (...)” (Rachel de Queiroz. Mineiros. In: Cem crônicas A fala e também o texto escrito constituem-se não apenas numa se-
escolhidas. Rio de Janeiros, José Olympio, 1958, p.82). quência de palavras ou de frases. A sucessão de coisas ditas ou escritas
forma uma cadeia que vai muito além da simples sequencialidade: há um
Porém é preciso especificar que para que haja a elipse o termo elíptico entrelaçamento significativo que aproxima as partes formadoras do texto
deve estar perfeitamente claro no contexto. Este conceito e os demais já falado ou escrito. Os mecanismos linguísticos que estabelecem a conectivi-
ditos anteriormente são primordiais para a compreensão e produção textu- dade e a retomada e garantem a coesão são os referentes textuais. Cada
al, uma vez que contribuem para a economia de linguagem, fator de grande uma das coisas ditas estabelece relações de sentido e significado tanto
valor para tais feitos. com os elementos que a antecedem como com os que a sucedem, constru-
indo uma cadeia textual significativa. Essa coesão, que dá unidade ao
Ao abordar os conceitos de coesão e coerência, a autora procura pri- texto, vai sendo construída e se evidencia pelo emprego de diferentes
meiramente retomar a noção de que a construção do texto é feita através procedimentos, tanto no campo do léxico, como no da gramática. (Não
de “referentes linguísticos” (p.38) que geram um conjunto de frases que irão esqueçamos que, num texto, não existem ou não deveriam existir elemen-
constituir uma “microestrutura do texto” (p.38) que se articula com a estrutu- tos dispensáveis. Os elementos constitutivos vão construindo o texto, e são
ra semântica geral. Porém, a dificuldade de se separar a coesão da coe- as articulações entre vocábulos, entre as partes de uma oração, entre as
rência está no fato daquela está inserida nesta, formando uma linha de orações e entre os parágrafos que determinam a referenciação, os contatos
raciocínio de fácil compreensão, no entanto, quando ocorre uma incoerên- e conexões e estabelecem sentido ao todo.)
cia textual, decorrente da incompatibilidade e não exatidão do que foi
escrito, o leitor também é capaz de entender devido a sua fácil compreen- Atenção especial concentram os procedimentos que garantem ao texto
são apesar da má articulação do texto. coesão e coerência. São esses procedimentos que desenvolvem a dinâ-
mica articuladora e garantem a progressão textual.
A coerência de um texto não é dada apenas pela boa interligação entre
as suas frases, mas também porque entre estas existe a influência da A coesão é a manifestação linguística da coerência e se realiza nas
coerência textual, o que nos ajuda a concluir que a coesão, na verdade, é relações entre elementos sucessivos (artigos, pronomes adjetivos, adjetivos
efeito da coerência. Como observamos em Nova Gramática Aplicada da em relação aos substantivos; formas verbais em relação aos sujeitos;
Língua Portuguesa de Manoel P. Ribeiro (2004, 14ed): tempos verbais nas relações espaço-temporais constitutivas do texto etc.),
na organização de períodos, de parágrafos, das partes do todo, como
A coesão e a coerência trazem a característica de promover a inter- formadoras de uma cadeia de sentido capaz de apresentar e desenvolver
relação semântica entre os elementos do discurso, respondendo pelo que um tema ou as unidades de um texto. Construída com os mecanismos
chamamos de conectividade textual. “A coerência diz respeito ao nexo gramaticais e lexicais, confere unidade formal ao texto.
entre os conceitos; e a coesão, à expressão desse nexo no plano linguísti- 1. Considere-se, inicialmente, a coesão apoiada no léxico. Ela pode
co” (VAL, Maria das Graças Costa. Redação e textualidade, 1991, p.7) dar-se pela reiteração, pela substituição e pela associação.
É garantida com o emprego de:
No capítulo que diz respeito às noções de estrutura, Elisa Guimarães, • enlaces semânticos de frases por meio da repetição. A mensa-
busca ressaltar o nível sintático representado pelas coordenações e subor- gem-tema do texto apoiada na conexão de elementos léxicos su-
dinações que fixam relações de “equivalência” ou “hierarquia” respectiva- cessivos pode dar-se por simples iteração (repetição). Cabe, nesse
mente. caso, fazer-se a diferenciação entre a simples redundância resul-
Um fato importante dentro do livro A Articulação do Texto, é o valor atribuí- tado da pobreza de vocabulário e o emprego de repetições como
do às estruturas integrantes do texto, como o título, o parágrafo, as inter e recurso estilístico, com intenção articulatória. Ex.: “As contas do
intrapartes, o início e o fim e também, as superestruturas. patrão eram diferentes, arranjadas a tinta e contra o vaqueiro, mas
Fabiano sabia que elas estavam erradas e o patrão queria enganá-
O título funciona como estratégica de articulação do texto podendo de- lo.Enganava.” Vidas secas, p. 143);
sempenhar papéis que resumam os seus pontos primordiais, como tam- • substituição léxica, que se dá tanto pelo emprego de sinônimos
bém, podem ser desvendados no decorrer da leitura do texto. como de palavras quase sinônimas. Considerem-se aqui além
das palavras sinônimas, aquelas resultantes de famílias ideológi-
Os parágrafos esquematizam o raciocínio do escritos, como enuncia cas e do campo associativo, como, por exemplo, esvoaçar, revoar,
Othon Moacir Garcia: voar;
“O parágrafo facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar con-
• hipônimos (relações de um termo específico com um termo de
venientemente as ideias principais da sua composição, permitindo ao leitor
sentido geral, ex.: gato, felino) e hiperônimos (relações de um
acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios”.
termo de sentido mais amplo com outros de sentido mais específi-
co, ex.: felino, gato);
É bom relembrar, que dentro do parágrafo encontraremos o chamado
tópico frasal, que resumirá a principal ideia do parágrafo no qual esta • nominalizações (quando um fato, uma ocorrência, aparece em
inserido; e também encontraremos, segundo a autora, dez diferentes tipos forma de verbo e, mais adiante, reaparece como substantivo, ex.:
de parágrafo, cada qual com um ponto de vista específico. consertar, o conserto; viajar, a viagem). É preciso distinguir-se en-
tre nominalização estrita e. generalizações (ex.: o cão < o animal)
No que diz respeito ao tópico Inicio e fim, Elisa Guimarães preferiu a- e especificações (ex.: planta > árvore > palmeira);
bordá-los de forma mútua já que um é consequência ou decorrência do • substitutos universais (ex.: João trabalha muito. Também o faço.
outro; ficando a organização da narrativa com uma forma de estrutura O verbo fazer em substituição ao verbo trabalhar);
clássica e seguindo uma linha sequencial já esperada pelo leitor, onde o • enunciados que estabelecem a recapitulação da ideia global.
início alimenta a esperança de como virá a ser o texto, enquanto que o fim Ex.: O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e também
exercer uma função de dar um destaque maior ao fechamento do texto, o deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono
que também, alimenta a imaginação tanto do leito, quanto do próprio autor. (Vidas Secas, p.11). Esse enunciado é chamado de anáfora con-

Língua Portuguesa 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ceptual. Todo um enunciado anterior e a ideia global que ele refere Ingressei na Faculdade depois de ter-me casado.
são retomados por outro enunciado que os resume e/ou interpreta.
Com esse recurso, evitam-se as repetições e faz-se o discurso a- É possível observar que os articuladores relacionam os argumentos di-
vançar, mantendo-se sua unidade. ferentemente. Podemos, inclusive, agrupá-los, conforme a relação que
2. A coesão apoiada na gramática dá-se no uso de: estabelecem.
• certos pronomes (pessoais, adjetivos ou substantivos). Destacam-
se aqui os pronomes pessoais de terceira pessoa, empregados Relações de:
como substitutos de elementos anteriormente presentes no texto, adição: os conectores articula sequencialmente frases cujos conteúdos
diferentemente dos pronomes de 1ª e 2ª pessoa que se referem à se adicionam a favor de uma mesma conclusão: e, também, não
pessoa que fala e com quem esta fala. só...como também, tanto...como, além de, além disso, ainda, nem.
• certos advérbios e expressões adverbiais;
Na maioria dos casos, as frases somadas não são permutáveis, isto é,
• artigos;
a ordem em que ocorrem os fatos descritos deve ser respeitada.
• conjunções;
• numerais; Ele entrou, dirigiu-se à escrivaninha e sentou-se.
• elipses. A elipse se justifica quando, ao remeter a um enunciado alternância: os conteúdos alternativos das frases são articulados por
anterior, a palavra elidida é facilmente identificável (Ex.: O jovem conectores como ou, ora...ora, seja...seja. O articulador ou pode expres-
recolheu-se cedo. ... Sabia que ia necessitar de todas as suas for- sar inclusão ou exclusão.
ças. O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a
relação entre as duas orações.). É a própria ausência do termo que Ele não sabe se conclui o curso ou abandona a Faculdade.
marca a inter-relação. A identificação pode dar-se com o próprio
enunciado, como no exemplo anterior, ou com elementos extraver- oposição: os conectores articulam sequencialmente frases cujos con-
bais, exteriores ao enunciado. Vejam-se os avisos em lugares pú- teúdos se opõem. São articuladores de oposição: mas, porém, todavia,
blicos (ex.: Perigo!) e as frases exclamativas, que remetem a uma entretanto, no entanto, não obstante, embora, apesar de (que), ainda
situação não-verbal. Nesse caso, a articulação se dá entre texto e que, se bem que, mesmo que, etc.
contexto (extratextual);
• as concordâncias; O candidato foi aprovado, mas não fez a matrícula.
• a correlação entre os tempos verbais. condicionalidade: essa relação é expressa pela combinação de duas
proposições: uma introduzida pelo articulador se ou caso e outra por então
Os dêiticos exercem, por excelência, essa função de progressão textu- (consequente), que pode vir implícito. Estabelece-se uma relação entre o
al, dada sua característica: são elementos que não significam, apenas antecedente e o consequente, isto é, sendo o antecedente verdadeiro ou
indicam, remetem aos componentes da situação comunicativa. Já os com- possível, o consequente também o será.
ponentes concentram em si a significação. Referem os participantes do ato
de comunicação, o momento e o lugar da enunciação. Na relação de condicionalidade, estabelece-se, muitas vezes, uma
condição hipotética, isto é,, cria-se na proposição introduzida pelo articula-
Elisa Guimarães ensina a respeito dos dêiticos: dor se/caso uma hipótese que condicionará o que será dito na proposição
Os pronomes pessoais e as desinências verbais indicam os participan- seguinte. Em geral, a proposição situa-se num tempo futuro.
tes do ato do discurso. Os pronomes demonstrativos, certas locuções
prepositivas e adverbiais, bem como os advérbios de tempo, referenciam o Caso tenha férias, (então) viajarei para Buenos Aires.
momento da enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterioridade ou
posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ulti- causalidade: é expressa pela combinação de duas proposições, uma
mamente, recentemente, ontem, há alguns dias, antes de (pretérito); de das quais encerra a causa que acarreta a consequência expressa na outra.
agora em diante, no próximo ano, depois de (futuro). Tal relação pode ser veiculada de diferentes formas:

Maria da Graça Costa Val lembra que “esses recursos expressam rela- Passei no vestibular porque estudei muito
ções não só entre os elementos no interior de uma frase, mas também visto que
entre frases e sequências de frases dentro de um texto”. já que
uma vez que
Não só a coesão explícita possibilita a compreensão de um texto. Mui- _________________ _____________________
tas vezes a comunicação se faz por meio de uma coesão implícita, apoia- consequência causa
da no conhecimento mútuo anterior que os participantes do processo
comunicativo têm da língua.
Estudei tanto que passei no vestibular.
A ligação lógica das ideias Estudei muito por isso passei no vestibular
Uma das características do texto é a organização sequencial dos ele- _________________ ____________________
mentos linguísticos que o compõem, isto é, as relações de sentido que se causa consequência
estabelecem entre as frases e os parágrafos que compõem um texto,
fazendo com que a interpretação de um elemento linguístico qualquer seja
dependente da de outro(s). Os principais fatores que determinam esse Como estudei passei no vestibular
encadeamento lógico são: a articulação, a referência, a substituição voca- Por ter estudado muito passei no vestibular
bular e a elipse. ___________________ ___________________
causa consequência
ARTICULAÇÃO
Os articuladores (também chamados nexos ou conectores) são conjun- finalidade: uma das proposições do período explicita o(s) meio(s) para
ções, advérbios e preposições responsáveis pela ligação entre si dos fatos se atingir determinado fim expresso na outra. Os articuladores principais
denotados num texto, Eles exprimem os diferentes tipos de interdependên- são: para, afim de, para que.
cia de sentido das frases no processo de sequencialização textual. As
ideias ou proposições podem se relacionar indicando causa, consequência, Utilizo o automóvel a fim de facilitar minha vida.
finalidade, etc.
conformidade: essa relação expressa-se por meio de duas proposi-
Ingressei na Faculdade a fim de ascender socialmente. ções, em que se mostra a conformidade de conteúdo de uma delas em
Ingressei na Faculdade porque pretendo ser biólogo. relação a algo afirmado na outra.

Língua Portuguesa 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
discurso. A linguagem é um ato intencional, o indivíduo faz escolhas quan-
O aluno realizou a prova conforme o professor solicitara. do se pronuncia oralmente ou quando escreve. Para dar suporte a essas
segundo escolhas, de modo a fazer com que suas opiniões sejam aceitas ou respei-
consoante tadas, é fundamental lançar mão dos operadores que estabelecem ligações
como (espécies de costuras) entre os diferentes elementos do discurso.
de acordo com a solicitação...

temporalidade: é a relação por meio da qual se localizam no tempo


Fonologia
Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um
ações, eventos ou estados de coisas do mundo real, expressas por meio de
idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de
duas proposições.
uma língua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados,
Quando
chamadas fonemas.
Mal
Logo que terminei o colégio, matriculei-me aqui. Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um
Assim que idioma, do ponto de vista de sua função no sistema de comunicação lin-
Depois que guística. Esta é uma área muito relacionada com a Fonética, mas as duas
No momento em que têm focos de estudo diferentes. Enquanto a Fonética estuda a natureza
Nem bem física da produção e da percepção dos sons da fala (chamados de fones), a
Fonologia preocupa-se com a maneira como eles se organizam dentro de
a) concomitância de fatos: Enquanto todos se divertiam, ele estu- uma língua, classificando-os em unidades capazes de distinguir significa-
dava com afinco. dos, chamadas fonemas.
Existe aqui uma simultaneidade entre os fatos descritos em cada
uma das proposições. /f/ e /v/ são exemplos de unidades distintivas do Português. É o que
b) um tempo progressivo: podemos observar num par mínimo como faca/vaca, pois o que garante a
À proporção que os alunos terminavam a prova, iam se retirando. diferenciação entre essas duas palavras é a permutação entre os dois
fonemas referidos. Unidades como [d] e [d͡ ], por sua vez, não fazem distin-
• bar enchia de frequentadores à medida que a noite caía. ção entre palavras no português, embora sejam diferentes sob a ótica da
Fonética.
Conclusão: um enunciado introduzido por articuladores como portan-
to, logo, pois, então, por conseguinte, estabelece uma conclusão em Por exemplo, em quase todas as variedades do português no Brasil, o
relação a algo dito no enunciado anterior: fonema /d/ é pronunciado de maneiras diferentes, dependendo de sua
posição relativa a outros sons: diante de [i], é realizado como [d͡ ], ao passo
Assistiu a todas as aulas e realizou com êxito todos os exercícios. Por- que, diante de outras vogais, é pronunciado como [d] (cf. a diferença na
tanto tem condições de se sair bem na prova. pronúncia do primeiro som das palavras dívidaedúvida). Por não haver
contraste entre as duas formas de pronúncia, a Fonologia não concebe os
É importante salientar que os articuladores conclusivos não se limitam dois sons como fonemas distintos; entende-os como uma unidade do ponto
a articular frases. Eles podem articular parágrafos, capítulos. de vista funcional e examina as condições sob as quais se dá a alternância
entre eles.
Comparação: é estabelecida por articuladores : tanto (tão)...como,
Além disso, a Fonologia também estuda outros tópicos, como
tanto (tal)...como, tão ...quanto, mais ....(do) que, menos ....(do) que,
a estrutura silábica, o acento e a entonação.
assim como.
Ele é tão competente quanto Alberto.
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
Explicação ou justificativa: os articuladores do tipo pois, que, por-
que introduzem uma justificativa ou explicação a algo já anteriormente
VOGAIS
referido.
a, e, i, o, u
A E I O U
Não se preocupe que eu voltarei
pois
SEMIVOGAIS
porque
Só há duas semivogais: i e u, quando se incorporam à vogal numa
mesma sílaba da palavra, formando um ditongo ou tritongo. Exs.: cai-ça-ra, te-
As pausas
sou-ro, Pa-ra-guai.
Os articuladores são, muitas vezes, substituídos por “pausas” (marca-
das por dois pontos, vírgula, ponto final na escrita). Que podem assinalar
CONSOANTES
tipos de relações diferentes.
B Cb,
D c,
F Gd,Hf,J g,K h,
L j,
M l,N m,
K Pn,Rp,Sq,T r,
V s,
X t,
Z v,
Y x,
Wz
Compramos tudo pela manhã: à tarde pretendemos viajar. (causalida-
de)
ENCONTROS VOCÁLICOS
Não fique triste. As coisas se resolverão. (justificativa)
A sequência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de
Ela estava bastante tranquila eu tinha os nervos à flor da pele. ( oposi-
encontro vocálico.
ção)
Ex.: cooperativa
Não estive presente à cerimônia. Não posso descrevê-la. (conclusão)
http://www.seaac.com.br/
Três são os encontros vocálicos: ditongo, tritongo, hiato
A análise de expressões referenciais é fundamental na interpretação do
DITONGO
discurso. A identificação de expressões correferentes é importante em
É a combinação de uma vogal + uma semivogal ou vice-versa.
diversas aplicações de Processamento da Linguagem Natural. Expressões
Dividem-se em:
referenciais podem ser usadas para introduzir entidades em um discurso ou
- orais: pai, fui
podem fazer referência a entidades já mencionadas,podendo fazer uso de
- nasais: mãe, bem, pão
redução lexical.
- decrescentes: (vogal + semivogal) – meu, riu, dói
- crescentes: (semivogal + vogal) – pátria, vácuo
Interpretar e produzir textos de qualidade são tarefas muito importantes
na formação do aluno. Para realizá-las de modo satisfatório, é essencial
TRITONGO (semivogal + vogal + semivogal)
saber identificar e utilizar os operadores sequenciais e argumentativos do

Língua Portuguesa 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Ex.: Pa-ra-guai, U-ru-guai, Ja-ce-guai, sa-guão, quão, iguais, mínguam Podemos citar como exemplos de cacoépia:

HIATO - “guspe” em vez de cuspe.


Ê o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em du- - “adevogado” em vez de advogado.
as diferentes emissões de voz. - “estrupo” em vez de estupro.
Ex.: fa-ís-ca, sa-ú-de, do-er, a-or-ta, po-di-a, ci-ú-me, po-ei-ra, cru-el, ju-í- - “cardeneta” em vez de caderneta.
zo - “peneu” em vez de pneu.
- “abóbra” em vez de abóbora.
SÍLABA - “prostar” em vez de prostrar.
Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados
numa só emissão de voz. A prosódia trata da correta acentuação tônica das palavras. Cometer
erro de prosódia é transformar uma palavra paroxítona em oxítona, ou
Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em: uma proparoxítona em paroxítona etc.
• Monossílabo - possui uma só sílaba: pá, mel, fé, sol.
• Dissílabo - possui duas sílabas: ca-sa, me-sa, pom-bo. - “rúbrica” em vez de rubrica.
• Trissílabo - possui três sílabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta. - “sútil” em vez de sutil.
• Polissílabo - possui mais de três sílabas: es-co-la-ri-da-de, hos-pi-ta- - “côndor” em vez de condor.
li-da-de. Por Marina Cabral

TONICIDADE
Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se
pronuncia com mais força do que as outras: é a sílaba tônica. ORTOGRAFIA OFICIAL
Exs.: em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá,
pá. As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que há fonemas
que podem ser representados por mais de uma letra, o que não é feito de
Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras modo arbitrário, mas fundamentado na história da língua.
em:
• Oxítonas - quando a tônica é a última sílaba: Pa-ra-ná, sa-bor, do- Eis algumas observações úteis:
mi-nó.
• Paroxítonas - quando a tônica é a penúltima sílaba: már-tir, ca-rá- DISTINÇÃO ENTRE J E G
ter, a-má-vel, qua-dro. 1. Escrevem-se com J:
• Proparoxítonas - quando a tônica é a antepenúltima sílaba: ú-mi-do, a) As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia: canjica. cafajeste,
cá-li-ce, ' sô-fre-go, pês-se-go, lá-gri-ma. canjerê, pajé, etc.
b) As palavras derivadas de outras que já têm j: laranjal (laranja), enrije-
ENCONTROS CONSONANTAIS cer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc.
É a sequência de dois ou mais fonemas consonânticos num vocábulo. c) As formas dos verbos que têm o infinitivo em JAR. despejar: despejei,
Ex.: atleta, brado, creme, digno etc.
despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis.
d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc.
DÍGRAFOS
São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia com- e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais
posta para um som simples. mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija.

Há os seguintes dígrafos: 2. Escrevem-se com G:


1) Os terminados em h, representados pelos grupos ch, lh, nh. a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem,
Exs.: chave, malha, ninho. ferrugem, etc.
2) Os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e b) Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO:
ss. estágio, egrégio, relógio refúgio, prodígio, etc.
Exs. : carro, pássaro. c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir.
3) Os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs.
Exs.: guerra, quilo, nascer, cresça, exceto, exsurgir. DISTINÇÃO ENTRE S E Z
4) As vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, encer- 1. Escrevem-se com S:
rando a sílaba em uma palavra. a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc.
Exs.: pom-ba, cam-po, on-de, can-to, man-to. b) O sufixo ÊS e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos pátrios
ou que indicam profissão, título honorífico, posição social, etc.: portu-
NOTAÇÕES LÉXICAS guês – portuguesa, camponês – camponesa, marquês – marquesa,
São certos sinais gráficos que se juntam às letras, geralmente para lhes burguês – burguesa, montês, pedrês, princesa, etc.
dar um valor fonético especial e permitir a correta pronúncia das palavras. c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc.
d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocábulo for
São os seguintes: erudito ou de aplicação científica, não haverá dúvida, hipótese, exege-
1) o acento agudo – indica vogal tônica aberta: pé, avó, lágrimas; se análise, trombose, etc.
2) o acento circunflexo – indica vogal tônica fechada: avô, mês, ânco- e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa,
ra; causa.
3) o acento grave – sinal indicador de crase: ir à cidade; f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical termina
4) o til – indica vogal nasal: lã, ímã; em S: pesquisar (pesquisa), analisar (análise), avisar (aviso), etc.
5) a cedilha – dá ao c o som de ss: moça, laço, açude; g) Quando for possível a correlação ND - NS: escandir: escansão; preten-
6) o apóstrofo – indica supressão de vogal: mãe-d’água, pau-d’alho; der: pretensão; repreender: repreensão, etc.
o hífen – une palavras, prefixos, etc.: arcos-íris, peço-lhe, ex-aluno.
A ortoépia trata da pronúncia correta das palavras. Quando as palavras 2. Escrevem-se em Z.
são pronunciadas incorretamente, comete-se cacoépia. a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas palavras que têm o
É comum encontrarmos erros de ortoépia na linguagem popular, mais mesmo radical. Civilizar: civilização, civilizado; organizar: organização,
descuidada e com tendência natural para a simplificação. organizado; realizar: realização, realizado, etc.
b) Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstratos derivados

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de adjetivos limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc. Falar e escrever bem, de modo que se atenda ao padrão formal da lingua-
c) Os derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e –ZITO: cafezal, cinzeiro, gem: eis um pressuposto do qual devemos nos valer mediante nossa
chapeuzinho, cãozito, etc. postura enquanto usuários do sistema linguístico. Contudo, tal situação não
parece assim tão simples, haja vista que alguns contratempos sempre
DISTINÇÃO ENTRE X E CH: tendem a surgir. Um deles diz respeito a questões ortográficas no mo-
mento de empregar esta ou aquela palavra.
1. Escrevem-se com X
Nesse sentido nunca é demais mencionar que o emprego correto de um
a) Os vocábulos em que o X é o precedido de ditongo: faixa, caixote,
determinado vocábulo está intimamente ligado a pressupostos semânticos,
feixe, etc.
visto que cada vocábulo carrega consigo uma marca significativa de senti-
c) Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica, etc.
do. Assim, mesmo que palavras se apresentem semelhantes em temos
d) EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de
sonoros, bem como nos aspectos gráficos, traduzem significados distintos,
árvore que produz o látex).
aos quais devemos nos manter sempre vigilantes, no intuito de fazermos
e) Observação: palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, en-
bom uso da nossa língua sempre que a situação assim o exigir.
chapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são grafa-
Pois bem, partindo dessa premissa, ocupemo-nos em conhecer as caracte-
das com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou seja,
rísticas que nutrem algumas expressões que rotineiramente utilizamos.
pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, en-
Entre elas, destacamos:
cher e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; encharcar: en +
radical de charco; enchiqueirar: en + radical de chiqueiro; enchapelar:
Mas e mais
en + radical de chapéu; enchumaçar: en + radical de chumaço).
A palavra “mas” atua como uma conjunção coordenada adversativa, de-
vendo ser utilizada em situações que indicam oposição, sentido contrário.
2. Escrevem-se com CH:
Vejamos, pois:
a) charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estre-
Esforcei-me bastante, mas não obtive o resultado necessário.
buchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, sal-
Já o vocábulo “mais” se classifica como pronome indefinido ou advérbio de
sicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachim-
intensidade, opondo-se, geralmente, a “menos”. Observemos:
bo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochi-
Ele escolheu a camiseta mais cara da loja.
la, piche, pichar, tchau.
b) Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que
Onde e aonde
possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas, a grafia se
“Aonde” resulta da combinação entre “a + onde”, indicando movimento para
distingue pelo contraste entre o x e o ch.
algum lugar. É usada com verbos que também expressem tal aspecto (o de
Exemplos:
movimento). Assim, vejamos:
• brocha (pequeno prego)
Aonde você vai com tanta pressa?
• broxa (pincel para caiação de paredes)
“Onde” indica permanência, lugar em que se passa algo ou que se está.
• chá (planta para preparo de bebida)
Portanto, torna-se aplicável a verbos que também denotem essa caracterís-
• xá (título do antigo soberano do Irã)
tica (estado ou permanência). Vejamos o exemplo:
• chalé (casa campestre de estilo suíço)
Onde mesmo você mora?
• xale (cobertura para os ombros)
• chácara (propriedade rural)
Que e quê
• xácara (narrativa popular em versos)
O “que” pode assumir distintas funções sintáticas e morfológicas, entre elas
• cheque (ordem de pagamento)
a de pronome, conjunção e partícula expletiva de realce:
• xeque (jogada do xadrez)
Convém que você chegue logo. Nesse caso, o vocábulo em questão atua
• cocho (vasilha para alimentar animais)
como uma conjunção integrante.
• coxo (capenga, imperfeito)
Já o “quê”, monossílabo tônico, atua como interjeição e como substantivo,
em se tratando de funções morfossintáticas:
DISTINÇÃO ENTRE S, SS, Ç E C
Ela tem um quê de mistério.
Observe o quadro das correlações:
Correlações Exemplos
Mal e mau
t-c ato - ação; infrator - infração; Marte - marcial
ter-tenção abster - abstenção; ater - atenção; conter - contenção, deter “Mal” pode atuar com substantivo, relativo a alguma doença; advérbio,
- detenção; reter - retenção denotando erradamente, irregularmente; e como conjunção, indicando
rg - rs aspergir - aspersão; imergir - imersão; submergir - submer- tempo. De acordo com o sentido, tal expressão sempre se opõe a bem:
rt - rs são; Como ela se comportou mal durante a palestra. (Ela poderia ter se compor-
pel - puls inverter - inversão; divertir - diversão tado bem)
corr - curs impelir - impulsão; expelir - expulsão; repelir - repulsão “Mau” opõe-se a bom, ocupando a função de adjetivo:
sent - sens correr - curso - cursivo - discurso; excursão - incursão Pedro é um mau aluno. (Assim como ele poderia ser um bom aluno)
ced - cess sentir - senso, sensível, consenso
ceder - cessão - conceder - concessão; interceder - inter-
gred - gress cessão. Ao encontro de / de encontro a
exceder - excessivo (exceto exceção) “Ao encontro de” significa ser favorável, aproximar-se de algo:
prim - press agredir - agressão - agressivo; progredir - progressão - Suas ideias vão ao encontro das minhas. (São favoráveis)
tir - ssão progresso - progressivo “De encontro a” denota oposição a algo, choque, colisão:
imprimir - impressão; oprimir - opressão; reprimir - repres- O carro foi de encontro ao poste.
são.
admitir - admissão; discutir - discussão, permitir - permissão. Afim e a fim
(re)percutir - (re)percussão
“Afim” indica semelhança, relacionando-se com a ideia relativa à afinidade:
Na faculdade estudamos disciplinas afins.
PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES “A fim” indica ideia de finalidade:
Estudo a fim de que possa obter boas notas.
Mas ou mais: dúvidas de ortografia
A par e ao par
Publicado por: Vânia Maria do Nascimento Duarte “A par” indica o sentido voltado para “ciente, estar informado acerca de
algo”:
Mais ou mais? Onde ou aonde? Essas e outras expressões geralmente são Ele não estava a par de todos os acontecimentos.
alvo de questionamentos por parte dos usuários da língua. “Ao par” representa uma expressão que indica igualdade, equivalência ente
valores financeiros:

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Algumas moedas estrangeiras estão ao par. Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o
significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais,
Demais e de mais pelas quais.
“Demais” pode atuar como advérbio de intensidade, denotando o sentido de Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)
“muito”:
A vítima gritava demais após o acidente. Por quê
Tal palavra pode também representar um pronome indefinido, equivalendo- Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por
se “aos outros, aos restantes”: quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual
Não se importe com o que falam os demais. motivo”, “por qual razão”.
“De mais” se opõe a de menos, fazendo referência a um substantivo ou a Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?
um pronome: Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.
Ele não falou nada de mais.
Porque
Senão e se não É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma
“Senão” tem sentido equivalente a “caso contrário” ou a “não ser”: vez que”, “para que”.
É bom que se apresse, senão poderá chegar atrasado. Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
“Se não” se emprega a orações subordinadas condicionais, equivalendo-se Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)
a “caso não”: Porquê
Se não chover iremos ao passeio. É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanha-
do de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Na medida em que e à medida que Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar con-
“Na medida em que” expressa uma relação de causa, equivalendo-se a centrada. (motivo)
“porque”, “uma vez que” e “já que”: Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)
Na medida em que passava o tempo, a saudade ia ficando cada vez mais Por Sabrina Vilarinho
apertada.
“À medida que” indica a ideia relativa à proporção, desenvolvimento grada- FORMAS VARIANTES
tivo: Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer
À medida que iam aumentando os gritos, as pessoas se aglomeravam uma delas é considerada correta. Eis alguns exemplos.
ainda mais. aluguel ou aluguer hem? ou hein?
alpartaca, alpercata ou alpargata imundície ou imundícia
Nenhum e nem um amídala ou amígdala infarto ou enfarte
“Nenhum” representa o oposto de algum: assobiar ou assoviar laje ou lajem
Nenhum aluno fez a pesquisa. assobio ou assovio lantejoula ou lentejoula
“Nem um” equivale a nem sequer um: azaléa ou azaleia nenê ou nenen
Nem uma garota ganhará o prêmio, quem dirá todas as competidoras. bêbado ou bêbedo nhambu, inhambu ou nambu
bílis ou bile quatorze ou catorze
Dia a dia e dia-a-dia (antes da nova reforma ortográfica grafado com cãibra ou cãimbra surripiar ou surrupiar
hífen): carroçaria ou carroceria taramela ou tramela
Antes do novo acordo ortográfico, a expressão “dia-a-dia”, cujo sentido chimpanzé ou chipanzé relampejar, relampear, relampeguear
fazia referência ao cotidiano, era grafada com hífen. Porém, depois de debulhar ou desbulhar ou relampar
instaurado, passou a ser utilizada sem dele, ou seja: fleugma ou fleuma porcentagem ou percentagem
O dia a dia dos estudantes tem sido bastante conturbado.
Já “dia a dia”, sem hífen mesmo antes da nova reforma, atua como uma
locução adverbial referente a “todos os dias” e permaneceu sem nenhuma EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
alteração, ou seja:
Ela vem se mostrando mais competente dia a dia. Escrevem-se com letra inicial maiúscula:
1) a primeira palavra de período ou citação.
Fim-de-semana e fim de semana Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua."
A expressão “fim-de-semana”, grafada com hífen antes do novo acordo, faz No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da
referência a “descanso”, diversão, lazer. Com o advento da nova reforma letra maiúscula.
ortográfica, alguns compostos que apresentam elementos de ligação, como 2) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes
é o caso de “fim de semana”, não são mais escritos com hífen. Portanto, o sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil,
correto é: Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via-
Como foi seu fim de semana? Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.
“Fim de semana” também possui outra acepção semântica (significado), O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno.
relativa ao final da semana propriamente dito, aquele que começou no 3) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas
domingo e agora termina no sábado. Assim, mesmo com a nova reforma religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência
ortográfica, nada mudou no tocante à ortografia: do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
Viajo todo fim de semana. 4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República,
Vânia Maria do Nascimento Duarte etc.
5) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação,
O uso dos porquês
Estado, Pátria, União, República, etc.
O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. 6) nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações,
Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês órgãos públicos, etc.:
para que não haja mais imprecisão a respeito desse assunto. Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco
do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.
Por que 7) nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e
O por que tem dois empregos diferenciados: científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os
Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefini- Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da
do que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”: Manhã, Manchete, etc.
Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão) 8) expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente,
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo) Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.

Língua Portuguesa 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do 1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas ou não
Oriente, o falar do Norte. de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas
Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.
de “LO(s)” ou “LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas
10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o
Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc. em ditongos abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”

Escrevem-se com letra inicial minúscula: Ex.


1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos,
nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval,
ingleses, ave-maria, um havana, etc. Chá Mês nós
2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando Gás Sapé cipó
empregados em sentido geral: Dará Café avós
São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria. Pará Vocês compôs
3) nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio vatapá pontapés só
Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc. Aliás português robô
4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta:
dá-lo vê-lo avó
"Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de Assis)
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, recuperá-los Conhecê-los pô-los
mirra." (Manuel Bandeira) guardá-la Fé compô-los
réis (moeda) Véu dói
méis céu mói
ORTOGRAFIA OFICIAL
pastéis Chapéus anzóis
Novo Acordo Ortográfico
ninguém parabéns Jerusalém
O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas Resumindo:
da Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social da língua no cenário
internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros: Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que seja
2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação completa
um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-lo”
dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 – vigência obrigató-
ria em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Acordo são acentuadas porque as vogais “i” e “u” estão tônicas nestas palavras.
Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países que
falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que teve 2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:
sua implementação.
É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que uma
língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar que a • L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.
ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e que as • N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.
diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos subsisti- • R – câncer, caráter, néctar, repórter.
rão em questões referentes à pronúncia, vocabulário e gramática. Uma • X – tórax, látex, ônix, fênix.
língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio de Leis • PS – fórceps, Quéops, bíceps.
ou Acordos.
• Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.
• ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
A queixa de muitos estudantes e usuários da língua escrita é que, depois
• I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
de internalizada uma regra, é difícil “desaprendê-la”. Então, cabe aqui uma
dica: quando se tiver uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra, o ideal • ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.
é consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso) ou, na • UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.
melhor das hipóteses, use um sinônimo para referir-se a tal palavra. • US – ânus, bônus, vírus, Vênus.

Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de uma maneira des- Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes
complicada, apontando como é que fica estabelecido de hoje em diante a (semivogal+vogal):
Ortografia Oficial do Português falado no Brasil.
Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.
3. Todas as proparoxítonas são acentuadas.
Alfabeto Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisântemo,
A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há muito tempo as público, pároco, proparoxítona.
letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhu- QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS
ma novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:
e palavras importadas do idioma inglês, como:
km – quilômetro,
kg – quilograma • Formarem sílabas sozinhos ou com “S”
Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
Trema Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita muito IMPORTANTE
textos científicos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, se
linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos?
derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos de
deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste caso,
o “ü” lê-se “i”) “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente.
Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a
sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 5. Trema
Quanto À Posição Da Sílaba Tônica

Língua Portuguesa 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai Deem releem
permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, Leem descreem
como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”) Voo perdoo
6. Acento Diferencial enjoo
O acento diferencial permanece nas palavras: Outras dicas
pôde (passado), pode (presente) Há muito tempo a palavra “coco” – fruto do coqueiro – deixou de ser acen-
pôr (verbo), por (preposição) tuada. Entretanto, muitos alunos insistem em colocar o acento: “Quero
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do verbo beber água de côco”.
está no singular ou plural: Quem recebe acento é “cocô” – palavra popularmente usada para se referir
SINGULAR PLURAL a excremento.
Ele tem Eles têm Então, a menos se que queira beber água de fezes, é melhor parar de
colocar acento em coco.
Ele vem Eles vêm
Para verificar praticamente a necessidade de acentuação gráfica, utilize o
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como: critério das oposições:
conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc. Imagem armazém
Paroxítonas terminadas em “M” não levam acento, mas as oxítonas SIM.
Novo Acordo Ortográfico Descomplicado Jovens provéns
Trema Paroxítonas terminadas em “ENS” não levam acento, mas as oxítonas
Não se usa mais o trema, salvo em nomes próprios e seus derivados. levam.
Acento diferencial Útil sutil
Não é preciso usar o acento diferencial para distinguir: Paroxítonas terminadas em “L” têm acento, mas as oxítonas não levam
porque o “L”, o “R” e o “Z” deixam a sílaba em que se encontram natural-
mente forte, não é preciso um acento para reforçar isso.
1. Para (verbo) de para (preposição)
É por isso que: as palavras “rapaz, coração, Nobel, capataz, pastel, bom-
bom; verbos no infinitivo (terminam em –ar, -er, -ir) doar, prover, consu-
“Esse carro velho para em toda esquina”. mir são oxítonas e não precisam de acento. Quando terminarem do mesmo
“Estarei voltando para casa daqui a uma hora”. jeito e forem paroxítonas, então vão precisar de acento.

1. Pela, pelo (verbo pelar) de pela, pelo (preposição + artigo) e pelo (subs- Uso do Hífen
tantivo)
Novo Acordo Ortográfico Descomplicado (Parte V) – Uso do Hífen
2. Polo (substantivo) de polo (combinação antiga e popular de por e lo).
3. pera (fruta) de pera (preposição arcaica). Tem se discutido muito a respeito do Novo Acordo Ortográfico e a grande
queixa entre os que usam a Língua Portuguesa em sua modalidade escrita
A pronúncia ou categoria gramatical dessas palavras dar-se-á mediante o tem gerado em torno do seguinte questionamento: “por que mudar uma
contexto. coisa que a gente demorou um tempão para aprender?” Bom, para quem já
Acento agudo dominava a antiga ortografia, realmente essa mudança foi uma chateação.
Ditongos abertos “ei”, “oi” Quem saiu se beneficiando foram os que estão começando agora a adquirir
Não se usa mais acento nos ditongos ABERTOS “ei”, “oi” quando estiverem o código escrito, como os alunos do Ensino Fundamental I.
na penúltima sílaba. Se você tem dificuldades em memorizar regras, é inútil estudar o Novo
He-roi-co ji-boi-a Acordo comparando “o antes e o depois”, feito revista de propaganda de
As-sem-blei-a i-dei-a cosméticos. O ideal é que as mudanças sejam compreendidas e gravadas
Pa-ra-noi-co joi-a na memória: para isso, é preciso colocá-las em prática.
OBS. Só vamos acentuar essas letras quando vierem na última sílaba e se Não precisa mais quebrar a cabeça: “uso hífen ou não”?
o som delas estiverem aberto. Regra Geral
Céu véu A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não
Dói herói tem som; em “Hollywood”, tem som de “R”. Portanto, não deve aparecer
Chapéu beleléu encostado em prefixos:
Rei, dei, comeu, foi (som fechado – sem acento)
Não se recebem mais acento agudo as vogais tônicas “I” e “U” quando
• pré-história
forem paroxítonas (penúltima sílaba forte) e precedidas de ditongo.
• anti-higiênico
feiura baiuca
• sub-hepático
cheiinho saiinha
• super-homem
boiuno
Não devemos mais acentuar o “U” tônico os verbos dos grupos “GUE/GUI”
e “QUE/QUI”. Por isso, esses verbos serão grafados da seguinte maneira: Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.
Averiguo (leia-se a-ve-ri-gu-o, pois o “U” tem som forte) Anti-inflamatório neoliberalismo
Arguo apazigue Supra-auricular extraoficial
Enxague arguem Arqui-inimigo semicírculo
Delinguo sub-bibliotecário superintendente
Acento Circunflexo Quanto ao “R” e o “S”, se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá
Não se acentuam mais as vogais dobradas “EE” e “OO”. ser dobrada:
Creem veem suprarrenal (supra+renal) ultrassonografia (ultra+sonografia)

Língua Portuguesa 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
minissaia antisséptico É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que
contrarregra megassaia uma língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar
que a ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e que
Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito
as diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos
nenhum. subsistirão em questões referentes à pronúncia, vocabulário e gramática.
Uma língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio de
• Sub-reino Leis ou Acordos.
• ab-rogar
• sob-roda A queixa de muitos estudantes e usuários da língua escrita é que, de-
pois de internalizada uma regra, é difícil “desaprendê-la”. Então, cabe aqui
uma dica: quando se tiver uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra, o
ATENÇÃO! ideal é consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso) ou, na
Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras melhor das hipóteses, use um sinônimo para referir-se a tal palavra.
iguais, SEPARA.
super-requintado super-realista Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de uma maneira
inter-resistente descomplicada, apontando como é que fica estabelecido de hoje em diante
a Ortografia Oficial do Português falado no Brasil.
CONTINUAMOS A USAR O HÍFEN
Diante dos prefixos “ex-, sota-, soto-, vice- e vizo-“: Alfabeto
Ex-diretor, Ex-hospedeira, Sota-piloto, Soto-mestre, Vice-presidente , A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há muito tempo
Vizo-rei as letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhuma
Diante de “pós-, pré- e pró-“, quando TEM SOM FORTE E ACENTO. novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios e
pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-labore palavras importadas do idioma inglês, como:
km – quilômetro,
pró-africano, pró-europeu, pós-graduação
kg – quilograma
Diante de “pan-, circum-, quando juntos de vogais. Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
Pan-americano, circum-escola
OBS. “Circunferência” – é junto, pois está diante da consoante “F”. Trema
NOTA: Veja como fica estranha a pronúncia se não usarmos o hífen: Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita muito
Exesposa, sotapiloto, panamericano, vicesuplente, circumescola. textos científicos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever
ATENÇÃO! linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus
derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai
Não se usa o hífen diante de “CO-, RE-, PRE” (SEM ACENTO) deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste caso,
Coordenar reedição preestabelecer o “ü” lê-se “i”)
Coordenação refazer preexistir
Coordenador reescrever prever QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA
Coobrigar relembrar
Cooperação reutilização 1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas ou
Cooperativa reelaborar não de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” ou
O ideal para memorizar essas regras, lembre-se, é conhecer e usar pelo “LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas em ditongos
menos uma palavra de cada prefixo. Quando bater a dúvida numa palavra, abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”
compare-a à palavra que você já sabe e escreva-a duas vezes: numa você
usa o hífen, na outra não. Qual a certa? Confie na sua memória! Uma delas Ex.
vai te parecer mais familiar.
REGRA GERAL (Resumindo) Chá Mês nós
Gás Sapé cipó
Letras iguais, separa com hífen(-).
Letras diferentes, junta. Dará Café avós
O “H” não tem personalidade. Separa (-). Pará Vocês compôs
O “R” e o “S”, quando estão perto das vogais, são dobrados. Mas não se vatapá pontapés só
juntam com consoantes. Aliás português robô
http://www.infoescola.com/portugues/novo-acordo-ortografico- dá-lo vê-lo avó
descomplicado-parte-i/
recuperá-los Conhecê-los pô-los
guardá-la Fé compô-los
ACENTUAÇÃO GRÁFICA - resumo
réis (moeda) Véu dói
ORTOGRAFIA OFICIAL méis céu mói
Por Paula Perin dos Santos pastéis Chapéus anzóis
ninguém parabéns Jerusalém
O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas da
Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social da língua no cenário
internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros: Resumindo:
2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação completa
dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 – vigência obrigató- Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que
ria em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Acordo seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-
Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países que lo” são acentuadas porque as semivogais “i” e “u” estão tônicas nestas
falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que teve palavras.
sua implementação.

Língua Portuguesa 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em: d) 20
e) 21
• L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.
2. A regra atual para acentuação no português do Brasil manda acentuar
• N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen. todos os ditongos abertos “éu”, “éi”, “ói” (como ‘assembleia’, ‘céu’ ou ‘dói’).
• R – câncer, caráter, néctar, repórter. Pelo novo acordo, palavras desse tipo passam a ser escritas:
• X – tórax, látex, ônix, fênix. a) Assembléia, dói, céu
• PS – fórceps, Quéops, bíceps. b) Assembléia, doi, ceu
• Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs. c) Assembléia, dói, ceu
d) Assembleia, dói, céu
• ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
e) Assembleia, doi, céu
• I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
• ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon. 3. Pela nova regra, apenas uma dessas palavras pode ser assinalada com
• UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns. acento circunflexo. Qual delas?
• US – ânus, bônus, vírus, Vênus. a) Vôo
b) Crêem
c) Enjôo
Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescen-
d) Pôde
tes (semivogal+vogal):
e) Lêem
Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.

3. Todas as proparoxítonas são acentuadas. 4. Qual das alternativas abaixo apresenta todas as palavras grafadas
Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisân- corretamente:
temo, público, pároco, proparoxítona. a) bússola, império, platéia, cajú, Panamá
b) bussola, imperio, plateia, caju, Panama
QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS c) bússola, imperio, plateia, caju, Panamá
d) bússola, império, plateia, caju, Panamá
e) bussola, imperio, plateia, cajú, Panamá
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:

• Formarem sílabas sozinhos ou com “S” 5. De acordo com as novas regras para o hífen, passarão a ser corretas as
grafias:
Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta. a) Coautor, antissocial e micro-ondas
b) Co-autor, anti-social e micro-ondas
IMPORTANTE c) Coautor, antissocial e microondas
Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, d) Co-autor, antissocial e micro-ondas
se todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos? e) Coautor, anti-social e microondas

Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos 6. Qual das frases abaixo está redigida de acordo com a nova ortografia?
de “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente. a) É preciso ter autoestima e autocontrole para coordenar o projeto de
Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a infraestrutura recém-aprovado,
sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso. ainda muito polêmico e com ajustes a fazer.
b) É preciso ter auto-estima e autocontrole para coordenar o projeto de
5. Trema infra-estrutura recém-aprovado,
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai ainda muito polemico e com ajustes a fazer.
permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, c) É preciso ter auto-estima e autocontrole para co-ordenar o projeto de
como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”) infraestrutura recémaprovado,
ainda muito polêmico e com ajustes a fazer.
6. Acento Diferencial d) É preciso ter auto-estima e auto-controle para coordenar o projeto de
infra-estrutura recém-aprovado,
O acento diferencial permanece nas palavras: ainda muito polemico e com ajustes a fazer.
pôde (passado), pode (presente) e) É preciso ter auto-estima e auto-controle para co-ordenar o projeto de
pôr (verbo), por (preposição) infraestrutura recém-aprovado,
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do ainda muito polêmico e com ajústes a fazer.
verbo está no singular ou plural:
7. Em quais das alternativas abaixo há apenas palavras grafadas de acordo
com a nova ortografia da língua portuguesa?
SINGULAR PLURAL a) Pára-choque, ultrassonografia, relêem, União Européia, inconseqüen-
Ele tem Eles têm te, arquirrival, saúde
b) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequen-
Ele vem Eles vêm
te, arquirrival, saude
c) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequen-
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como: te, arquirrival, saúde
conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc. d) Parachoque, ultra-sonografia, releem, União Européia, inconsequente,
arqui-rival, saúde
EXERCÍCIOS e) Pára-choque, ultra-sonografia, relêem, União Européia, inconsequen-
te, arqui-rival, saúde
1. Com o novo acordo, quantas letras passa a ter o alfabeto da língua
portuguesa? Respostas:
a) 23 1. b
b) 26 2. d
c) 28 3. d
4. d

Língua Portuguesa 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5. a e-clip-se Is-ra-el
6. a mag-nó-lia
7. c
SINAIS DE PONTUAÇÃO
DIVISÃO SILÁBICA
Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita as
Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, NH, LH, QU, pausas da linguagem oral.
GU.
1- chave: cha-ve PONTO
aquele: a-que-le
O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase decla-
palha: pa-lha
rativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos casos
manhã: ma-nhã
comuns ele é chamado de simples.
guizo: gui-zo
Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cris-
Não se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam to), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo).
a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R
2- emblema: em-ble-ma abraço: a-bra-ço
reclamar: re-cla-mar recrutar: re-cru-tar PONTO DE INTERROGAÇÃO
flagelo: fla-ge-lo drama: dra-ma É usado para indicar pergunta direta.
globo: glo-bo fraco: fra-co Onde está seu irmão?
implicar: im-pli-car agrado: a-gra-do
atleta: a-tle-ta atraso: a-tra-so Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação.
prato: pra-to A mim ?! Que ideia!

Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC. PONTO DE EXCLAMAÇÃO
3- correr: cor-rer desçam: des-çam É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas.
passar: pas-sar exceto: ex-ce-to Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória!
fascinar: fas-ci-nar Ó jovens! Lutemos!

Não se separam as letras que representam um ditongo.


VÍRGULA
4- mistério: mis-té-rio herdeiro: her-dei-ro
A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pau-
cárie: cá-rie
sa na fala. Emprega-se a vírgula:
• Nas datas e nos endereços:
Separam-se as letras que representam um hiato.
São Paulo, 17 de setembro de 1989.
5- saúde: sa-ú-de cruel: cru-el
Largo do Paissandu, 128.
rainha: ra-i-nha enjoo: en-jo-o
• No vocativo e no aposto:
Meninos, prestem atenção!
Não se separam as letras que representam um tritongo.
Termópilas, o meu amigo, é escritor.
6- Paraguai: Pa-ra-guai
• Nos termos independentes entre si:
saguão: sa-guão
O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões.
• Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste
Consoante não seguida de vogal, no interior da palavra, fica na sílaba
caso é usado o duplo emprego da vírgula:
que a antecede.
Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da pa-
7- torna: tor-na núpcias: núp-cias
droeira.
técnica: téc-ni-ca submeter: sub-me-ter
• Após alguns adjuntos adverbiais:
absoluto: ab-so-lu-to perspicaz: pers-pi-caz
No dia seguinte, viajamos para o litoral.
• Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo emprego
Consoante não seguida de vogal, no início da palavra, junta-se à sílaba
da vírgula:
que a segue
Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor.
8- pneumático: pneu-má-ti-co
• Após a primeira parte de um provérbio.
gnomo: gno-mo
O que os olhos não vêem, o coração não sente.
psicologia: psi-co-lo-gia
• Em alguns casos de termos oclusos:
Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate.
No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada separadamente,
mantendo sua autonomia fonética. Nesse caso, tais consoantes ficam em
sílabas separadas. RETICÊNCIAS
9- sublingual: sub-lin-gual • São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
sublinhar: sub-li-nhar Não me disseste que era teu pai que ...
sublocar: sub-lo-car • Para realçar uma palavra ou expressão.
Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome...
Preste atenção nas seguintes palavras: • Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento.
trei-no so-cie-da-de Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também...
gai-o-la ba-lei-a
des-mai-a-do im-bui-a PONTO E VÍRGULA
ra-diou-vin-te ca-o-lho • Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém
te-a-tro co-e-lho alguma simetria entre si.
du-e-lo ví-a-mos "Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhe-
a-mné-sia gno-mo cido, guardando consigo a ponta farpada. "
co-lhei-ta quei-jo • Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu
pneu-mo-ni-a fe-é-ri-co interior.
dig-no e-nig-ma Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém, mais

Língua Portuguesa 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
calmo, resolveu o problema sozinho.
COLCHETES [ ]
DOIS PONTOS Os colchetes são muito empregados na linguagem científica.
• Enunciar a fala dos personagens:
Ele retrucou: Não vês por onde pisas?
• Para indicar uma citação alheia: ASTERISCO
Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para
passageiros do voo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embar- alguma nota (observação).
que".
• Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anteri- BARRA
or: A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas
Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente. abreviaturas.
• Enumeração após os apostos:
Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.
CRASE
TRAVESSÃO
Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar Crase é a fusão da preposição A com outro A.
palavras ou frases Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem.
– "Quais são os símbolos da pátria?
– Que pátria? EMPREGO DA CRASE
– Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos). • em locuções adverbiais:
– "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra à vezes, às pressas, à toa...
vez. • em locuções prepositivas:
– a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma em frente à, à procura de...
coisa". (M. Palmério). • em locuções conjuntivas:
• Usa-se para separar orações do tipo: à medida que, à proporção que...
– Avante!- Gritou o general. • pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a,
– A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta. as
Fui ontem àquele restaurante.
Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão:
uma cadeia de frase: Refiro-me àquilo e não a isto.
• A estrada de ferro Santos – Jundiaí.
• A ponte Rio – Niterói. A CRASE É FACULTATIVA
• A linha aérea São Paulo – Porto Alegre. • diante de pronomes possessivos femininos:
Entreguei o livro a(à) sua secretária .
ASPAS • diante de substantivos próprios femininos:
São usadas para: Dei o livro à(a) Sônia.
• Indicar citações textuais de outra autoria.
"A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles) CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE
• Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se • Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o artigo
expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaismo, formas populares: A:
Há quem goste de “jazz-band”. Viajaremos à Colômbia.
Não achei nada "legal" aquela aula de inglês. (Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia)
• Para enfatizar palavras ou expressões: • Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Brasília,
Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível" naquela noite. Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto Alegre, São Paulo, Madri, Ve-
• Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc. neza, etc.
"Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro. Viajaremos a Curitiba.
• Em casos de ironia: (Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curitiba).
A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente. • Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o
Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão. modifique.
Ela se referiu à saudosa Lisboa.
Vou à Curitiba dos meus sonhos.
PARÊNTESES • Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida:
Empregamos os parênteses: Às 8 e 15 o despertador soou.
• Nas indicações bibliográficas. • Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras “mo-
"Sede assim qualquer coisa. da” ou "maneira":
serena, isenta, fiel". Aos domingos, trajava-se à inglesa.
(Meireles, Cecília, "Flor de Poemas"). Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo.
• Nas indicações cênicas dos textos teatrais: • Antes da palavra casa, se estiver determinada:
"Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos Referia-se à Casa Gebara.
fora das órbitas. Amália se volta)". • Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar.
(G. Figueiredo) Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa).
• Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação acessória: • Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo.
"E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io, morrendo de Voltou à terra onde nascera.
fome." Chegamos à terra dos nossos ancestrais.
(C. Lispector) Mas:
• Para isolar orações intercaladas: Os marinheiros vieram a terra.
"Estou certo que eu (se lhe ponho O comandante desceu a terra.
Minha mão na testa alçada) • Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o
Sou eu para ela." artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente:
(M. Bandeira) Vou até a (á ) chácara.

Língua Portuguesa 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Cheguei até a(à) muralha de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas. A semântica
• A QUE - À QUE formal, a semântica da enunciação ou argumentativa e a semântica
Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino cognitiva, fenômeno, mas com conceitos e enfoques diferentes.
ocorrerá crase:
Houve um palpite anterior ao que você deu. Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em
Houve uma sugestão anterior à que você deu. consideração:
Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais
ocorrerá crase. que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos:
Não gostei do filme a que você se referia. Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado,
Não gostei da peça a que você se referia. remoto.
O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrativo
A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes do Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais
de: que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos:
Meu palpite é igual ao de todos Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim.
Minha opinião é igual à de todos. Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de
possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica,
NÃO OCORRE CRASE ou seja, os homônimos:
• antes de nomes masculinos:
As homônimas podem ser:
Andei a pé.
Andamos a cavalo.  Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia.
• antes de verbos: Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente
Ela começa a chorar. indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa
Cheguei a escrever um poema. singular presente indicativo do verbo consertar);
• em expressões formadas por palavras repetidas:
Estamos cara a cara.  Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita.
• antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona: Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão
Dirigiu-se a V. Sa com aspereza. (substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo);
Escrevi a Vossa Excelência.  Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos:
Dirigiu-se gentilmente à senhora. cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo
• quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural: (verbo) - cedo (advérbio);
Não falo a pessoas estranhas.
Jamais vamos a festas.  Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais
palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na
SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS E PARÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro -
E FIGURADO DAS PALAVRAS. cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura
(atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação
decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar) - discriminar
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas
de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido
(desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir
Semântica (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar,
assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição /
onicolor - unicolor.
 Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de
apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na
empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de
graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.
 Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e
origem completamente distintos. Exemplos: São(Presente do verbo ser) -
São (santo)
Conotação e Denotação:
 Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do
original, criado pelo contexto. Exemplos: Você tem um coração de pedra.
Semântica (do grego σηµαντικός, sēmantiká, plural neutro  Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original.
de sēmantikós, derivado de sema, sinal), é o estudo do significado. Incide Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas.
sobre a relação entre significantes, tais
como palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam, a Sinônimo
sua denotação.
Sinônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado idêntico
A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos ou muito semelhante à outra. Exemplos: carro e automóvel, cão e cachorro.
para se expressar através da linguagem. Outras formas de semântica O conhecimento e o uso dos sinônimos é importante para que se evitem
incluem a semântica nas linguagens de programação, lógica formal, repetições desnecessárias na construção de textos, evitando que se tornem
e semiótica. enfadonhos.
A semântica contrapõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a Eufemismo
primeira se ocupa do que algo significa, enquanto a segunda se debruça Alguns sinônimos são também utilizados para minimizar o impacto,
sobre as estruturas ou padrões formais do modo como esse algo normalmente negativo, de algumas palavras (figura de linguagem
é expresso(por exemplo, escritos ou falados). Dependendo da concepção conhecida como eufemismo).

Língua Portuguesa 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Exemplos:
• gordo - obeso Homógrafo
• morrer - falecer Homógrafos são palavras iguais ou parecidas na escrita e diferentes na
pronúncia.
Sinônimos Perfeitos e Imperfeitos Exemplos
Os sinônimos podem ser perfeitos ou imperfeitos. • rego (subst.) e rego (verbo);
Sinônimos Perfeitos • colher (verbo) e colher (subst.);
Se o significado é idêntico. • jogo (subst.) e jogo (verbo);
Exemplos: • Sede: lugar e Sede: avidez;
• avaro – avarento, • Seca: pôr a secar e Seca: falta de água.
• léxico – vocabulário, Homófono
• falecer – morrer, Palavras homófonas são palavras de pronúncias iguais. Existem dois
• escarradeira – cuspideira, tipos de palavras homófonas, que são:
• língua – idioma • Homófonas heterográficas
• catorze - quatorze • Homófonas homográficas
Homófonas heterográficas
Sinônimos Imperfeitos Como o nome já diz, são palavras homófonas (iguais na pronúncia), mas
Se os signIficados são próximos, porém não idênticos. heterográficas (diferentes na escrita).
Exemplos: córrego – riacho, belo – formoso Exemplos
cozer / coser;
Antônimo cozido / cosido;
Antônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado contrário censo / senso
(também oposto ou inverso) à outra. consertar / concertar
O emprego de antônimos na construção de frases pode ser um recurso conselho / concelho
estilístico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que paço / passo
chame atenção do leitor ou do ouvinte. noz / nós
Palavra Antônimo hera / era
ouve / houve
aberto fechado voz / vós
alto baixo cem / sem
bem mal acento / assento
Homófonas homográficas
bom mau
Como o nome já diz, são palavras homófonas (iguais na pronúncia), e
bonito feio homográficas (iguais na escrita).
demais de menos Exemplos
doce salgado Ele janta (verbo) / A janta está pronta (substantivo); No caso,
janta é inexistente na língua portuguesa por enquanto, já que
forte fraco deriva do substantivo jantar, e está classificado como
gordo magro neologismo.
salgado insosso Eu passeio pela rua (verbo) / O passeio que fizemos foi bonito
(substantivo).
amor ódio
seco molhado Parônimo
grosso fino Parônimo é uma palavra que apresenta sentido diferente e forma
semelhante a outra, que provoca, com alguma frequência, confusão. Essas
duro mole
palavras apresentam grafia e pronúncia parecida, mas com significados
doce amargo diferentes.
grande pequeno O parônimos pode ser também palavras homófonas, ou seja, a
soberba humildade pronúncia de palavras parônimas pode ser a mesma.Palavras parônimas
são aquelas que têm grafia e pronúncia parecida.
louvar censurar Exemplos
bendizer maldizer Veja alguns exemplos de palavras parônimas:
ativo inativo acender. verbo - ascender. subir
acento. inflexão tônica - assento. dispositivo para sentar-se
simpático antipático
cartola. chapéu alto - quartola. pequena pipa
progredir regredir comprimento. extensão - cumprimento. saudação
rápido lento coro (cantores) - couro (pele de animal)
sair entrar deferimento. concessão - diferimento. adiamento
delatar. denunciar - dilatar. retardar, estender
sozinho acompanhado descrição. representação - discrição. reserva
concórdia discórdia descriminar. inocentar - discriminar. distinguir
pesado leve despensa. compartimento - dispensa. desobriga
destratar. insultar - distratar. desfazer(contrato)
quente frio
emergir. vir à tona - imergir. mergulhar
presente ausente eminência. altura, excelência - iminência. proximidade de ocorrência
escuro claro emitir. lançar fora de si - imitir. fazer entrar
inveja admiração enfestar. dobrar ao meio - infestar. assolar
enformar. meter em fôrma - informar. avisar
entender. compreender - intender. exercer vigilância
lenimento. suavizante - linimento. medicamento para fricções

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migrar. mudar de um local para outro - emigrar. deixar um país para Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das pala-
morar em outro - imigrar. entrar num país vindo de outro vras encontramos a seguinte divisão:
peão. que anda a pé - pião. espécie de brinquedo
recrear. divertir - recriar. criar de novo • palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor)
se. pronome átono, conjugação - si. espécie de brinquedo
• palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha)
vadear. passar o vau - vadiar. passar vida ociosa
venoso. relativo a veias - vinoso. que produz vinho • palavras simples - só possuem um radical (couve, flor)
vez. ocasião, momento - vês. verbo ver na 2ª pessoa do singular
• palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor,
DENOTAÇAO E CONOTAÇAO aguardente)
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conheci-
A denotação é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a
mento dos seguintes processos de formação:
seu próprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original.
Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radi-
A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se cais. São dois tipos de composição.
no seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias
interpretações. • justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol,
sexta-feira);
Observe os exemplos
Denotação • aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de e-
As estrelas do céu. Vesti-me de verde. O fogo do isqueiro. lementos (pernalta, de perna + alta).
Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o a-
Conotação créscimo de afixos. São cinco tipos de derivação.
As estrelas do cinema.
O jardim vestiu-se de flores • prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil);
O fogo da paixão
• sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente);
SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO • parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo
e sufixo, à palavra primitiva (em + lata + ado). Esse processo é responsável
As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido pela formação de verbos, de base substantiva ou adjetiva;
figurado:
Construí um muro de pedra - sentido próprio • regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se
Maria tem um coração de pedra – sentido figurado. substantivos abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda /
A água pingava lentamente – sentido próprio. de ajudar);
• imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS. ("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio
a comum).
As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários
elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros
palavras. processos para formação de palavras, como:
• Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas
Exs.: por elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo,
cinzeiro = cinza + eiro grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide, alco-
endoidecer = en + doido + ecer ômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e latino
predizer = pre + dizer / sambódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego);
Os principais elementos móficos são : • Onomatopeia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zun-
zum, miau);
RADICAL
É o elemento mórfico em que está a ideia principal da palavra. • Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua
Exs.: amarelecer = amarelo + ecer compreensão (metrô, moto, pneu, extra, dr., obs.)
enterrar = en + terra + ar
• Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma se-
pronome = pro + nome
quência de palavras (Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de
siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista)
PREFIXO
É o elemento mórfico que vem antes do radical. • Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas pala-
Exs.: anti - herói in - feliz vras, ou para palavras que adquirem um novo significado. pciconcursos

SUFIXO
É o elemento mórfico que vem depois do radical. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO,
Exs.: med - onho cear – ense ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PRE-
POSIÇÃO, CONJUNÇÃO (CLASSIFICAÇÃO E SENTIDO QUE
IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES ENTRE AS ORAÇÕES).
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
SUBSTANTIVOS
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a
língua um fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocá-
bulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem (neologis- Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá no-
mos) e outros mudam de significado com o passar do tempo. me aos seres em geral.

São, portanto, substantivos.


Língua Portuguesa 20 A Opção Certa Para a Sua Realização
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a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra, constelação - de estrelas
Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado. corja - de vadios
b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres: traba- elenco - de artistas
lho, corrida, tristeza beleza altura. enxame - de abelhas
enxoval - de roupas
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS esquadra - de navios de guerra
a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espécie: esquadrilha - de aviões
rio, cidade, pais, menino, aluno falange - de soldados, de anjos
b) PRÓPRIO - quando designa especificamente um determinado elemento. farândola - de maltrapilhos
Os substantivos próprios são sempre grafados com inicial maiúscula: To- fato - de cabras
cantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair. fauna - de animais de uma região
c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real ou não, pro- feixe - de lenha, de raios luminosos
priamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifi- flora - de vegetais de uma região
que que é sempre possível visualizar em nossa mente o substantivo con- frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus
creto, mesmo que ele não possua existência real: casa, cadeira, caneta, girândola - de fogos de artifício
fada, bruxa, saci. horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros
d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, só junta - de bois, médicos, de examinadores
existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo, júri - de jurados
pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos vão, legião - de anjos, de soldados, de demônios
portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como seres: malta - de desordeiros
trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza. manada - de bois, de elefantes
Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou adje- matilha - de cães de caça
tivos ninhada - de pintos
trabalhar - trabalho nuvem - de gafanhotos, de fumaça
correr - corrida panapaná - de borboletas
alto - altura pelotão - de soldados
belo - beleza penca - de bananas, de chaves
pinacoteca - de pinturas
FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS plantel - de animais de raça, de atletas
a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua quadrilha - de ladrões, de bandidos
portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal. ramalhete - de flores
b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa: réstia - de alhos, de cebolas
florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro. récua - de animais de carga
c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio, romanceiro - de poesias populares
tempo, sol. resma - de papel
d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de- revoada - de pássaros
colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol. súcia - de pessoas desonestas
vara - de porcos
vocabulário - de palavras
COLETIVOS
Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
de seres da mesma espécie.
Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e
grau.
Veja alguns coletivos que merecem destaque:
alavão - de ovelhas leiteiras
alcateia - de lobos Gênero
álbum - de fotografias, de selos Em Português, o substantivo pode ser do gênero masculino ou femini-
antologia - de trechos literários escolhidos no: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta.
armada - de navios de guerra
armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc) Podemos classificar os substantivos em:
arquipélago - de ilhas a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas, uma
assembleia - de parlamentares, de membros de associações para o masculino, outra para o feminino:
atilho - de espigas de milho aluno/aluna homem/mulher
atlas - de cartas geográficas, de mapas menino /menina carneiro/ovelha
banca - de examinadores Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas
bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo:
bando - de aves, de pessoal em geral padrinho/madrinha bode/cabra
cabido - de cônegos cavaleiro/amazona pai/mãe
cacho - de uvas, de bananas
cáfila - de camelos b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única
cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se
cancioneiro - de poemas, de canções em:
caravana - de viajantes 1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam
cardume - de peixes animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca.
clero - de sacerdotes Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, deve-
colmeia - de abelhas mos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré fê-
concílio - de bispos mea
conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa 2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes que
congregação - de professores, de religiosos designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo arti-
congresso - de parlamentares, de cientistas go, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a
conselho - de ministros estudante, este dentista.
consistório - de cardeais sob a presidência do papa 3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam

Língua Portuguesa 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


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pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por ar- cãs condolências
tigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o côn- confins exéquias
juge, a pessoa, a criatura. férias fezes
Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim: núpcias óculos
uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino. olheiras pêsames
viveres copas, espadas, ouros e paus (naipes)
AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero:
Plural dos Nomes Compostos
São masculinos São femininos
o anátema o grama (unidade de peso) a abusão a derme 1. Somente o último elemento varia:
o telefonema o dó (pena, compaixão) a aluvião a omoplata
o teorema o ágape a análise a usucapião
a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, aguardentes; clara-
o trema o caudal a cal a bacanal boia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivém, vaivéns;
o edema o champanha a cataplasma a líbido b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-mestre, grão-
o eclipse o alvará a dinamite a sentinela mestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres;
o lança-perfume o formicida a comichão a hélice
o fibroma o guaraná a aguardente c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida de substantivo
o estratagema o plasma ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sóis; guarda-
o proclama o clã comida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sem-
pre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, mela-
Mudança de Gênero com mudança de sentido melas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques)
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido.
2. Somente o primeiro elemento é flexionado:
Veja alguns exemplos: a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite, copos-de-leite;
o cabeça (o chefe, o líder) a cabeça (parte do corpo) pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-meia, pés-de-meia; burro-sem-
o capital (dinheiro, bens) a capital (cidade principal) rabo, burros-sem-rabo;
o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação transmissora) b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade
o moral (ânimo) a moral (parte da Filosofia, conclusão)
ou limitando a significação do primeiro: pombo-correio, pombos-
o lotação (veículo) a lotação (capacidade)
o lente (o professor) a lente (vidro de aumento) correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada;
banana-maçã, bananas-maçã.
A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos: pombos-
Plural dos Nomes Simples
correios, homens-rãs, navios-escolas, etc.
1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa,
casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães.
3. Ambos os elementos são flexionados:
2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em:
a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couves-
a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; coração,
flores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartas-
corações; grandalhão, grandalhões.
compromissos.
b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião,
b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amor-
guardiães.
perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-pálida,
c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão,
caras-pálidas.
cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos.
São invariáveis:
Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma
a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pi-
de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães;
sa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo;
ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc.
b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-não-
molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nem-
3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém,
desocupa-o-copo;
armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns.
c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o
4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar,
perde-ganha, os perde-ganha.
lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, hí-
Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso
fens (ou hífenes).
por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guarda-
Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones.
marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, pa-
5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, ani-
dres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou
mais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis.
salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate.
Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules.
6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil,
Adjetivos Compostos
fósseis; réptil, répteis.
Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona.
Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, bar-
Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latino-
ris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis.
americanos; cívico-militar, cívico-militares.
7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: o
1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando o
pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tôni-
segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos
cos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugueses;
amarelo-ouro, paredes azul-piscina.
burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases.
2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: sur-
São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também, os
dos-mudos > surdas-mudas.
substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o ônix,
3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-marinho.
os ônix.
8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o subs-
tantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substantivo pri- Graus do substantivo
mitivo: coração, coraçõezinhos; papelzinho, papeizinhos; cãozinho, cãezi- Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os quais
tos. podem ser: sintéticos ou analíticos.

Substantivos só usados no plural Analítico


afazeres anais Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuição do tama-
arredores belas-artes
Língua Portuguesa 22 A Opção Certa Para a Sua Realização
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nho: boca pequena, prédio imenso, livro grande. camisa rosa camisas rosa
b) Adjetivos compostos
Sintético Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último ele-
mento varia, tanto em gênero quanto em número:
Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apresentados.
acordos sócio-político-econômico
acordos sócio-político-econômicos
Principais sufixos aumentativos causa sócio-político-econômica
AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, ASTRO, ÁZIO, causas sócio-político-econômicas
acordo luso-franco-brasileiro
ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, grandalhão, corpanzil, caldeirão,
acordo luso-franco-brasileiros
povaréu, bocarra, homenzarrão, poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, dentu- lente côncavo-convexa
ça. lentes côncavo-convexas
camisa verde-clara
Principais Sufixos Diminutivos camisas verde-claras
ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO, sapato marrom-escuro
sapatos marrom-escuros
ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho,
Observações:
montículo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim, 1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável:
pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glóbulo, camisa verde-abacate camisas verde-abacate
homúncula, apícula, velhusco. sapato marrom-café sapatos marrom-café
blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro
2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis:
Observações: blusa azul-marinho blusas azul-marinho
• Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adqui- camisa azul-celeste camisas azul-celeste
rem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc. 3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos os elementos
Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaréu, fogaréu, etc. variam:
• É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às palavras valor afe- menino surdo-mudo meninos surdos-mudos
tivo: Joãozinho, amorzinho, etc. menina surda-muda meninas surdas-mudas
• Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é meramente for-
mal, pois não dão à palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz, Graus do Adjetivo
ferrão, papelão, cartão, folhinha, etc. As variações de intensidade significativa dos adjetivos podem ser ex-
• Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e di- pressas em dois graus:
minutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bon- - o comparativo
zinho, pequenito. - o superlativo

Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desconexos. Em lu- Comparativo


gar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo artigo, apresentam radicais
Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma
diferentes para designar o sexo:
outra qualidade que o próprio ser possui, podemos concluir que ela é igual,
bode - cabra genro - nora
superior ou inferior. Daí os três tipos de comparativo:
burro - besta padre - madre
- Comparativo de igualdade:
carneiro - ovelha padrasto - madrasta
O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral.
cão - cadela padrinho - madrinha
Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente.
cavalheiro - dama pai - mãe
- Comparativo de superioridade:
compadre - comadre veado - cerva
O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro.
frade - freira zangão - abelha
Este automóvel é mais confortável que (ou do que) econômico.
frei – soror etc.
- Comparativo de inferioridade:
A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro.
ADJETIVOS Este automóvel é menos econômico que (ou do que) confortável.

Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensi-


FLEXÃO DOS ADJETIVOS
dade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo:
- Superlativo absoluto
Gênero
Neste caso não comparamos a qualidade com a de outro ser:
Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser:
Esta cidade é poluidíssima.
a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêne-
Esta cidade é muito poluída.
ros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mu-
- Superlativo relativo
lher simples; aluno feliz - aluna feliz.
Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a
b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, ou-
outros seres:
tra para o feminino: homem simpático / mulher simpática / homem
Este rio é o mais poluído de todos.
alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa
Este rio é o menos poluído de todos.
Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é se-
Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico:
melhante a dos substantivos.
- Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade -
muito trabalhador, excessivamente frágil, etc.
Número - Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo) – anti-
a) Adjetivo simples quíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc.
Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os
substantivos simples: Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o compara-
pessoa honesta pessoas honestas tivo e o superlativo, as seguintes formas especiais:
regra fácil regras fáceis NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO
homem feliz homens felizes ABSOLUTO
Observação: os substantivos empregados como adjetivos ficam in- RELATIVO
variáveis: bom melhor ótimo
blusa vinho blusas vinho melhor

Língua Portuguesa 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mau pior péssimo Montevidéu - montevideano Natal - natalense
pior Normândia - normando Nova lguaçu - iguaçuano
grande maior máximo Pequim - pequinês Pisa - pisano
maior Porto - portuense Póvoa do Varzim - poveiro
pequeno menor mínimo Quito - quitenho Rio de Janeiro (Est.) - fluminense
menor Santiago - santiaguense Rio de Janeiro (cid.) - carioca
São Paulo (Est.) - paulista Rio Grande do Norte - potiguar
Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéticos: São Paulo (cid.) - paulistano Salvador – salvadorenho, soteropolitano
acre - acérrimo ágil - agílimo Terra do Fogo - fueguino Toledo - toledano
agradável - agradabilíssimo agudo - acutíssimo Três Corações - tricordiano Rio Grande do Sul - gaúcho
amargo - amaríssimo amável - amabilíssimo Tripoli - tripolitano Varsóvia - varsoviano
amigo - amicíssimo antigo - antiquíssimo Veneza - veneziano Vitória - vitoriense
áspero - aspérrimo atroz - atrocíssimo
audaz - audacíssimo benéfico - beneficentíssimo Locuções Adjetivas
benévolo - benevolentíssimo capaz - capacíssimo As expressões de valor adjetivo, formadas de preposições mais subs-
célebre - celebérrimo cristão - cristianíssimo tantivos, chamam-se LOCUÇÕES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem
cruel - crudelíssimo doce - dulcíssimo ser substituídas por um adjetivo correspondente.
eficaz - eficacíssimo feroz - ferocíssimo
fiel - fidelíssimo frágil - fragilíssimo PRONOMES
frio - frigidíssimo humilde - humílimo (humildíssimo)
incrível - incredibilíssimo inimigo - inimicíssimo
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa, que repre-
íntegro - integérrimo jovem - juveníssimo
senta ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.
livre - libérrimo magnífico - magnificentíssimo
Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome
magro - macérrimo maléfico - maleficentíssimo
substantivo.
manso - mansuetíssimo miúdo - minutíssimo
• Ele chegou. (ele)
negro - nigérrimo (negríssimo) nobre - nobilíssimo
• Convidei-o. (o)
pessoal - personalíssimo pobre - paupérrimo (pobríssimo)
possível - possibilíssimo preguiçoso - pigérrimo
Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a ex-
próspero - prospérrimo provável - probabilíssimo
tensão de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo.
público - publicíssimo pudico - pudicíssimo
• Esta casa é antiga. (esta)
sábio - sapientíssimo sagrado - sacratíssimo
• Meu livro é antigo. (meu)
salubre - salubérrimo sensível - sensibilíssimo
simples – simplicíssimo tenro - tenerissimo
Classificação dos Pronomes
terrível - terribilíssimo tétrico - tetérrimo
Há, em Português, seis espécies de pronomes:
velho - vetérrimo visível - visibilíssimo
• pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas
voraz - voracíssimo vulnerável - vuInerabilíssimo
de tratamento:
• possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões;
Adjetivos Gentílicos e Pátrios
• demonstrativos: este, esse, aquele e flexões; isto, isso, aquilo;
Argélia – argelino Bagdá - bagdali
• relativos: o qual, cujo, quanto e flexões; que, quem, onde;
Bizâncio - bizantino Bogotá - bogotano
• indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vá-
Bóston - bostoniano Braga - bracarense
rios, tanto quanto, qualquer e flexões; alguém, ninguém, tudo, ou-
Bragança - bragantino Brasília - brasiliense
trem, nada, cada, algo.
Bucareste - bucarestino, - Buenos Aires - portenho, buenairense
• interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases in-
bucarestense Campos - campista
terrogativas.
Cairo - cairota Caracas - caraquenho
Canaã - cananeu Ceilão - cingalês
PRONOMES PESSOAIS
Catalunha - catalão Chipre - cipriota
Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do dis-
Chicago - chicaguense Córdova - cordovês
curso:
Coimbra - coimbrão, conim- Creta - cretense
1ª pessoa: quem fala, o emissor.
bricense Cuiabá - cuiabano
Eu sai (eu)
Córsega - corso EI Salvador - salvadorenho
Nós saímos (nós)
Croácia - croata Espírito Santo - espírito-santense,
Convidaram-me (me)
Egito - egípcio capixaba
Convidaram-nos (nós)
Equador - equatoriano Évora - eborense
2ª pessoa: com quem se fala, o receptor.
Filipinas - filipino Finlândia - finlandês
Tu saíste (tu)
Florianópolis - florianopolitano Formosa - formosano
Vós saístes (vós)
Fortaleza - fortalezense Foz do lguaçu - iguaçuense
Convidaram-te (te)
Gabão - gabonês Galiza - galego
Convidaram-vos (vós)
Genebra - genebrino Gibraltar - gibraltarino
3ª pessoa: de que ou de quem se fala, o referente.
Goiânia - goianense Granada - granadino
Ele saiu (ele)
Groenlândia - groenlandês Guatemala - guatemalteco
Eles sairam (eles)
Guiné - guinéu, guineense Haiti - haitiano
Convidei-o (o)
Himalaia - himalaico Honduras - hondurenho
Convidei-os (os)
Hungria - húngaro, magiar Ilhéus - ilheense
Iraque - iraquiano Jerusalém - hierosolimita
Os pronomes pessoais são os seguintes:
João Pessoa - pessoense Juiz de Fora - juiz-forense
La Paz - pacense, pacenho Lima - limenho
Macapá - macapaense Macau - macaense NÚMERO PESSOA CASO RETO CASO OBLÍQUO
Maceió - maceioense Madagáscar - malgaxe singular 1ª eu me, mim, comigo
2ª tu te, ti, contigo
Madri - madrileno Manaus - manauense 3ª ele, ela se, si, consigo, o, a, lhe
Marajó - marajoara Minho - minhoto plural 1ª nós nós, conosco
Moçambique - moçambicano Mônaco - monegasco 2ª vós vós, convosco

Língua Portuguesa 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3ª eles, elas se, si, consigo, os, as, lhes Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os
pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos:
PRONOMES DE TRATAMENTO Ele feriu-se
Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tra- Cada um faça por si mesmo a redação
tamento. Referem-se à pessoa a quem se fala, embora a concordância O professor trouxe as provas consigo
deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que, exceção feita a
você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso. 6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são utilizados
normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais
Veja, a seguir, alguns desses pronomes: pronomes devem ser substituídos pela forma analítica:
PRONOME ABREV. EMPREGO Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vós próprios.
Vossa Eminência V .Ema cardeais
Vossa Excelência V.Exa altas autoridades em geral Vossa 7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As com-
Magnificência V. Mag a reitores de universidades binações possíveis são as seguintes:
Vossa Reverendíssima V. Revma sacerdotes em geral me+o=mo me + os = mos
Vossa Santidade V.S. papas
te+o=to te + os = tos
Vossa Senhoria V.Sa funcionários graduados
Vossa Majestade V.M. reis, imperadores lhe+o=lho lhe + os = lhos
nos + o = no-lo nos + os = no-los
São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vo- vos + o = vo-lo vos + os = vo-los
cês. lhes + o = lho lhes + os = lhos

A combinação também é possível com os pronomes oblíquos femininos


EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS a, as.
1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NÓS, VÓS, me+a=ma me + as = mas
ELES/ELAS) devem ser empregados na função sintática de sujeito. te+a=ta te + as = tas
Considera-se errado seu emprego como complemento: - Você pagou o livro ao livreiro?
Convidaram ELE para a festa (errado) - Sim, paguei-LHO.
Receberam NÓS com atenção (errado)
EU cheguei atrasado (certo) Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que
ELE compareceu à festa (certo) representa o livreiro) com O (que representa o livro).
2. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os
pronomes retos: 8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como
Convidei ELE (errado) complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas
Chamaram NÓS (errado) LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transitivos
Convidei-o. (certo) indiretos:
Chamaram-NOS. (certo) O menino convidou-a. (V.T.D )
3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de preposi- O filho obedece-lhe. (V.T. l )
ção, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se cor-
reto seu emprego como complemento: Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões)
Informaram a ELE os reais motivos. aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as
Emprestaram a NÓS os livros. construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de
Eles gostam muito de NÓS. verbos transitivos diretos:
4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito. Considera-se Eu lhe vi ontem. (errado)
errado seu emprego como complemento: Nunca o obedeci. (errado)
Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado) Eu o vi ontem. (certo)
Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo) Nunca lhe obedeci. (certo)

Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de 9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar
preposição, não se usam as formas retas EU e TU, mas as formas oblíquas como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar,
MIM e TI: sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse in-
Ninguém irá sem EU. (errado) finitivo:
Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado) Deixei-o sair.
Ninguém irá sem MIM. (certo) Vi-o chegar.
Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo) Sofia deixou-se estar à janela.

Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desenvol-
TU mesmo precedidas por preposição: quando essas formas funcionam vendo as orações reduzidas de infinitivo:
como sujeito de um verbo no infinitivo. Deixei-o sair = Deixei que ele saísse.
Deram o livro para EU ler (ler: sujeito) 10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos:
Deram o livro para TU leres (leres: sujeito) A mim, ninguém me engana.
A ti tocou-te a máquina mercante.
Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é obri-
gatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonas-
sujeito. mo vicioso e sim ênfase.
5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados
somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção em 11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivo,
que os referidos pronomes não sejam reflexivos: exercendo função sintática de adjunto adnominal:
Querida, gosto muito de SI. (errado) Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro.
Preciso muito falar CONSIGO. (errado) Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos.
Querida, gosto muito de você. (certo)
Preciso muito falar com você. (certo) 12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para representar
uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de mo-

Língua Portuguesa 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
déstia:
Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes. Mesóclise
Vós sois minha salvação, meu Deus! Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente
e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não estejam
13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando precedidos de palavras que reclamem a próclise.
nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris.
falamos dessa pessoa: Dir-se-ia vir do oco da terra.
Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
Vossa Excelência já aprovou os projetos? Mas:
Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração. Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris.
Jamais se diria vir do oco da terra.
14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE, Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível:
VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (2ª Lembrarei-me (!?)
pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como Diria-se (!?)
pronomes de terceira pessoa:
Você trouxe seus documentos?
O Pronome Átono nas Locuções Verbais
Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas.
1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir proclítico ou
enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo principal.
COLOCAÇÃO DE PRONOMES Podemos contar-lhe o ocorrido.
Em relação ao verbo, os pronomes átonos (ME, TE, SE, LHE, O, A, Podemos-lhe contar o ocorrido.
NÓS, VÓS, LHES, OS, AS) podem ocupar três posições: Não lhes podemos contar o ocorrido.
1. Antes do verbo - próclise O menino foi-se descontraindo.
Eu te observo há dias. O menino foi descontraindo-se.
2. Depois do verbo - ênclise O menino não se foi descontraindo.
Observo-te há dias. 2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclítico
3. No interior do verbo - mesóclise ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio.
Observar-te-ei sempre. "Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a Des-
cartes ."
Ênclise Tenho-me levantado cedo.
Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é a Não me tenho levantado cedo.
ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento
direto ou indireto. O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o
O pai esperava-o na estação agitada. auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta.
Expliquei-lhe o motivo das férias. Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o da
colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na lingua-
Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a gem escrita.
ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos:
1. Quando o verbo iniciar a oração:
PRONOMES POSSESSIVOS
Voltei-me em seguida para o céu límpido.
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribu-
2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa:
indo-lhes a posse de alguma coisa.
Como eu achasse muito breve, explicou-se.
3. Com o imperativo afirmativo:
Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” informa que o
Companheiros, escutai-me.
livro pertence a 1ª pessoa (eu)
4. Com o infinitivo impessoal:
A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um
Eis as formas dos pronomes possessivos:
destino na mesa.
1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS.
5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM:
2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS.
E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo.
3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS.
6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética.
1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS.
A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de meio
2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS.
franco.
3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS.
Próclise
Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à 3ª pessoa
Na linguagem culta, a próclise é recomendada:
(seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa do discurso (seu pai = o pai de
1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos,
você).
interrogativos e conjunções.
As crianças que me serviram durante anos eram bichos.
Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambigui-
Tudo me parecia que ia ser comida de avião.
dade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s).
Quem lhe ensinou esses modos?
Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele.
Quem os ouvia, não os amou.
A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles.
Que lhes importa a eles a recompensa?
Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio.
Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.
2. Nas orações optativas (que exprimem desejo):
Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos pro-
Papai do céu o abençoe.
nomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância.
A terra lhes seja leve.
Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as
3. Com o gerúndio precedido da preposição EM:
suas mãos).
Em se animando, começa a contagiar-nos.
Não me respeitava a adolescência.
Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse.
A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face.
4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja
O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos.
pausa entre eles.
Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova.
Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir:
Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra.

Língua Portuguesa 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1. Cálculo aproximado, estimativa: b) Para indicar o que está na 2ª pessoa ou que a abrange fisicamente:
Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos Esse teu coração me traiu.
2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma história Essa alma traz inúmeros pecados.
O nosso homem não se deu por vencido. Quantos vivem nesse pais?
Chama-se Falcão o meu homem c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo de que dese-
3. O mesmo que os indefinidos certo, algum jamos distância:
Eu cá tenho minhas dúvidas O povo já não confia nesses políticos.
Cornélio teve suas horas amargas Não quero mais pensar nisso.
4. Afetividade, cortesia d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela 2ª pessoa:
Como vai, meu menino? Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde.
Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo O que você quer dizer com isso?
e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do momento em que
No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de paren- falamos:
tes de família. Um dia desses estive em Porto Alegre.
É assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Comi naquele restaurante dia desses.
Podem os possessivos ser modificados por um advérbio de intensida- f) Para indicar aquilo que já mencionamos:
de. Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio.
Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está muito distan-
não sabia o que dizer. te.
3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se:
PRONOMES DEMONSTRATIVOS a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se á
3ª.
São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da
Aquele documento que lá está é teu?
coisa designada em relação à pessoa gramatical.
Aquilo que eles carregam pesa 5 kg.
b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante.
Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se encontra perto
Naquele instante estava preocupado.
de mim a pessoa que fala. Por outro lado, “esse livro” indica que o livro está
Daquele instante em diante modifiquei-me.
longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; “aquele livro” indica que o
Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano, aquele
livro está longe de ambas as pessoas.
século, para exprimir que o tempo já decorreu.
4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas,
Os pronomes demonstrativos são estes: usa-se este (ou variações) para a última pessoa ou coisa e aquele (ou
ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa variações) para a primeira:
ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encontrava nervoso
AQUELE (e variações), próprio (e variações) e aquela tranquila.
MESMO (e variações), próprio (e variações) 5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposição DE,
SEMELHANTE (e variação), tal (e variação) pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural:
Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Rose?
Emprego dos Demonstrativos Com um frio destes não se pode sair de casa.
1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se: Nunca vi uma coisa daquelas.
a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que 6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quando têm caráter
fala). reforçativo:
Este documento que tenho nas mãos não é meu. Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos.
Isto que carregamos pesa 5 kg. Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas.
b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente: 7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO,
Este coração não pode me trair. ISSO ou AQUELE (e variações).
Esta alma não traz pecados. Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro.
Tudo se fez por este país.. O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres.
c) Para indicar o momento em que falamos: Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames.
Neste instante estou tranquilo. A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela não ama os
Deste minuto em diante vou modificar-me. homens superiores.
d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas próximo do 8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo instante:
momento em que falamos: A menina ia cair, nisto, o pai a segurou
Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile. 9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção DE ESTE,
Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem. ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO.
Um dia destes estive em Porto Alegre. Tal era a situação do país.
e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos extenso e no Não disse tal.
qual se inclui o momento em que falamos: Tal não pôde comparecer.
Nesta semana não choveu.
Neste mês a inflação foi maior. Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitu-
Este ano será bom para nós. des tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha
Este século terminará breve. QUE, formando a expressão que tal? (? que lhe parece?) em frases como
f) Para indicar aquilo de que estamos tratando: Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL
Este assunto já foi discutido ontem. ou OUTRO TAL:
Tudo isto que estou dizendo já é velho. Suas manias eram tais quais as minhas.
g) Para indicar aquilo que vamos mencionar: A mãe era tal quais as filhas.
Só posso lhe dizer isto: nada somos. Os filhos são tais qual o pai.
Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos. Tal pai, tal filho.
2. ESSE (e variações) e ISSO usam-se: É pronome substantivo em frases como:
a) Para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa (aquela com Não encontrarei tal (= tal coisa).
quem se fala): Não creio em tal (= tal coisa)
Esse documento que tens na mão é teu?
Isso que carregas pesa 5 kg. PRONOMES RELATIVOS

Língua Portuguesa 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Veja este exemplo: Quantos vêm?
Armando comprou a casa QUE lhe convinha. Quantas irmãs tens?

A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo


casa é um pronome relativo. VERBO

PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam nomes já re- CONCEITO


feridos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se relativos. “As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situando-
A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente. as no tempo.
No exemplo dado, o antecedente é casa. Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a re-
Outros exemplos de pronomes relativos: ceita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e
Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos. gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas.
O lugar onde paramos era deserto. Assim fiz. Morreram.”
Traga tudo quanto lhe pertence. (Clarice Lispector)
Leve tantos ingressos quantos quiser.
Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso? Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir:
a) Estado:
Eis o quadro dos pronomes relativos: Não sou alegre nem sou triste.
Sou poeta.
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS b) Mudança de estado:
Masculino Feminino Meu avô foi buscar ouro.
o qual a qual quem Mas o ouro virou terra.
os quais as quais c) Fenômeno:
cujo cujos cuja cujas que Chove. O céu dorme.
quanto quanta quantas onde
quantos VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de
estado e fenômeno, situando-se no tempo.
Observações:
1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente, FLEXÕES
vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL. O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de fle-
O médico de quem falo é meu conterrâneo. xões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em
2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica:
sempre um substantivo sem artigo. • a ação de cantar.
Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar? • a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós).
3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos • o número gramatical (plural).
de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. • o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito).
Tenho tudo quanto quero. • o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido no
Leve tantos quantos precisar. passado (indicativo).
Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou. • que o sujeito pratica a ação (voz ativa).
4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a
EM QUE. Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz.
A casa onde (= em que) moro foi de meu avô. 1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural:
O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular).
Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural).
PRONOMES INDEFINIDOS 2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais:
Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de 1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser
modo vago, impreciso, indeterminado. a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço.
1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO, b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adorme-
SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO cemos.
Exemplos: 2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser
Algo o incomoda? a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces.
Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adormeceis.
Não faças a outrem o que não queres que te façam. 3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser
Quem avisa amigo é. a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela
Encontrei quem me pode ajudar. adormece.
Ele gosta de quem o elogia. b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles
2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA adormecem.
CERTAS. 3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante
Cada povo tem seus costumes. em relação ao fato que comunica. Há três modos em português.
Certas pessoas exercem várias profissões. a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato.
Certo dia apareceu em casa um repórter famoso. A cachorra Baleia corria na frente.
b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato.
PRONOMES INTERROGATIVOS Talvez a cachorra Baleia corra na frente .
Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um
modo impreciso à 3ª pessoa do discurso. pedido
Exemplos: Corra na frente, Baleia.
Que há? 4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo,
Que dia é hoje? em relação ao momento em que se fala. Os três tempos básicos são:
Reagir contra quê? a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala:
Por que motivo não veio? Fecho os olhos, agito a cabeça.
Quem foi? b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele
Qual será? em que se fala:

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Fechei os olhos, agitei a cabeça. Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos
c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala: claros.
Fecharei os olhos, agitarei a cabeça. c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico.
O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o Fazia dois anos que eu estava casado.
presente. Faz muito frio nesta região?

Veja o esquema dos tempos simples em português: O VERBO HAVER (empregado impessoalmente)
Presente (falo)
O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na
INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei)
3ª pessoa do singular - quando significa:
Imperfeito (falava)
1) EXISTIR
Mais- que-perfeito (falara)
Há pessoas que nos querem bem.
Futuro do presente (falarei)
Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá.
do pretérito (falaria)
Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios.
Presente (fale)
Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.
SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse)
2) ACONTECER, SUCEDER
Futuro (falar)
Houve casos difíceis na minha profissão de médico.
Não haja desavenças entre vós.
Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que
Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos.
se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema
3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado:
dos tempos simples.
Há meses que não o vejo.
Infinitivo impessoal (falar)
Haverá nove dias que ele nos visitou.
Pessoal (falar eu, falares tu, etc.)
Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava.
FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando)
O fato aconteceu há cerca de oito meses.
Particípio (falado)
Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no
5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser:
pretérito imperfeito, e não no presente:
a) agente do fato expresso.
Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada.
O carroceiro disse um palavrão.
Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos.
(sujeito agente)
Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo.
O verbo está na voz ativa.
Havia (e não HÁ) muito tempo que a policia o procurava.
b) paciente do fato expresso:
4) REALIZAR-SE
Um palavrão foi dito pelo carroceiro.
Houve festas e jogos.
(sujeito paciente)
Se não chovesse, teria havido outros espetáculos.
O verbo está na voz passiva.
Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.
c) agente e paciente do fato expresso:
5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e
O carroceiro machucou-se.
seguido de infinitivo):
(sujeito agente e paciente)
Em pontos de ciência não há transigir.
O verbo está na voz reflexiva.
Não há contê-lo, então, no ímpeto.
6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de
Não havia descrer na sinceridade de ambos.
rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical.
Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas.
Falo - Estudam.
E não houve convencê-lo do contrário.
Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está
Não havia por que ficar ali a recriminar-se.
fora do radical.
Falamos - Estudarei.
Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de
7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em:
há muito (= desde muito tempo, há muito tempo):
a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua
De há muito que esta árvore não dá frutos.
conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto -
De há muito não o vejo.
cantei - cantarei – cantava - cantasse.
b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou
O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com
nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse.
ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª
c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa,
pessoa do singular:
como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fe-
Vai haver eleições em outubro.
nômenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc.
Começou a haver reclamações.
d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o
Não pode haver umas sem as outras.
mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no particípio: ma-
Parecia haver mais curiosos do que interessados.
tado - morto - enxugado - enxuto.
Mas haveria outros defeitos, devia haver outros.
e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conju-
gação.
A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser
verbo ser: sou - fui
construída de três modos:
verbo ir: vou - ia
Hajam vista os livros desse autor.
Haja vista os livros desse autor.
QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO Haja vista aos livros desse autor.
1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou
explícito. Quase todos os verbos são pessoais. CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA
O Nino apareceu na porta.
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o
2. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer sujeito implíci-
sentido da frase.
to ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impessoais:
Exemplo:
a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar,
Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa)
etc.
A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva)
Garoava na madrugada roxa.
b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer:
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa
Houve um espetáculo ontem.
passará a agente da passiva e o verbo assumirá a forma passiva, conser-
Há alunos na sala.

Língua Portuguesa 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


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vando o mesmo tempo. - um desejo, uma vontade:
Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos professores.
Outros exemplos: b) Pretérito Imperfeito
Os calores intensos provocam as chuvas. Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma
As chuvas são provocadas pelos calores intensos. hipótese, uma condição.
Eu o acompanharei. Se eu estudasse, a história seria outra.
Ele será acompanhado por mim. Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo.
Todos te louvariam. e) Pretérito Perfeito
Serias louvado por todos. Emprega-se o pretérito perfeito composto do subjuntivo para apontar
Prejudicaram-me. um fato passado, mas incerto, hipotético, duvidoso (que são, afinal, as
Fui prejudicado. características do modo subjuntivo).
Condenar-te-iam. Que tenha estudado bastante é o que espero.
Serias condenado. d) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito
do subjuntivo para indicar um fato passado em relação a outro fato
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS passado, sempre de acordo com as regras típicas do modo subjuntivo:
a) Presente Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a prova tranqui-
Emprega-se o presente do indicativo para assinalar: lamente.
- um fato que ocorre no momento em que se fala. e) Futuro
Eles estudam silenciosamente. Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro já conclu-
Eles estão estudando silenciosamente. ído em relação a outro fato futuro.
- uma ação habitual. Quando eu voltar, saberei o que fazer.
Corra todas as manhãs.
- uma verdade universal (ou tida como tal): VERBOS IRREGULARES
O homem é mortal.
A mulher ama ou odeia, não há outra alternativa. DAR
- fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretérito para dar Presente do indicativo dou, dás, dá, damos, dais, dão
maior realce à narrativa. Pretérito perfeito dei, deste, deu, demos, destes, deram
Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Espírito das Leis". Pretérito mais-que-perfeito dera, deras, dera, déramos, déreis, deram
É o chamado presente histórico ou narrativo. Presente do subjuntivo dê, dês, dê, demos, deis, dêem
Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem
- fatos futuros não muito distantes, ou mesmo incertos:
Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem
Amanhã vou à escola.
Qualquer dia eu te telefono. MOBILIAR
b) Pretérito Imperfeito Presente do indicativo mobilio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobiliam
Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para designar: Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobiliem
- um fato passado contínuo, habitual, permanente: Imperativo mobília, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem
Ele andava à toa.
Nós vendíamos sempre fiado. AGUAR
Presente do indicativo águo, águas, água, aguamos, aguais, águam
- um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É o que ocorre
Pretérito perfeito aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram
por exemplo, no inicio das fábulas, lendas, histórias infantis. Presente do subjuntivo águe, agues, ague, aguemos, agueis, águem
Era uma vez...
- um fato presente em relação a outro fato passado. MAGOAR
Eu lia quando ele chegou. Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam
c) Pretérito Perfeito Pretérito perfeito magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoa-
Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir um fato já ram
ocorrido, concluído. Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem
Conjugam-se como magoar, abençoar, abotoar, caçoar, voar e perdoar
Estudei a noite inteira.
Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se prolonga até o APIEDAR-SE
momento presente. Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiada-se, apiedamo-nos, apiedais-
Tenho estudado todas as noites. vos, apiadam-se
d) Pretérito mais-que-perfeito Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiade-se, apiedemo-nos, apiedei-
Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação passada em vos, apiedem-se
relação a outro fato passado (ou seja, é o passado do passado): Nas formas rizotônicas, o E do radical é substituído por A
A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou.
MOSCAR
e) Futuro do Presente
Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam
Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, mus-
futuro em relação ao momento em que se fala. quem
Irei à escola. Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U
f) Futuro do Pretérito
Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar: RESFOLEGAR
- um fato futuro, em relação a outro fato passado. Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais,
- Eu jogaria se não tivesse chovido. resfolgam
Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis,
- um fato futuro, mas duvidoso, incerto.
resfolguem
- Seria realmente agradável ter de sair? Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece
Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica polidez e às
vezes, ironia. NOMEAR
- Daria para fazer silêncio?! Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam
Pretérito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis,
Modo Subjuntivo nomeavam
a) Presente Pretérito perfeito nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomea-
ram
Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar:
Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem
- um fato presente, mas duvidoso, incerto. Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem
Talvez eles estudem... não sei. Conjugam-se como nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear

Língua Portuguesa 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no
COPIAR imperativo negativo
Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam
Pretérito imperfeito copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram PROVER
Pretérito mais-que-perfeito copiara, copiaras, copiara, copiáramos, copiá- Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem
reis, copiaram Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam
Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram
Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provê-
reis, proveram
ODIAR Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão
Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, prove-
Pretérito imperfeito odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam riam
Pretérito perfeito odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam
Pretérito mais-que-perfeito odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam
odiaram Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis,
Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem provessem
Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem
Gerúndio provendo
CABER Particípio provido
Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem
Pretérito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam QUERER
Pretérito mais-que-perfeito coubera, couberas, coubera, coubéramos, Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem
coubéreis, couberam Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram
Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quisé-
Imperfeito do subjuntivo coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, reis, quiseram
coubessem Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram
Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis,
O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no quisessem
imperativo negativo Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem

CRER REQUERER
Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem
Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste,
Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam requereram
Conjugam-se como crer, ler e descrer Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos,
requerereis, requereram
DIZER Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis,
Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem requererão
Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere-
Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, ríeis, requereriam
disseram Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram
Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais,
Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam requeiram
Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos,
Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, requerêsseis, requeressem,
dissesse Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,
Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem requerem
Particípio dito Gerúndio requerendo
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer Particípio requerido
O verbo REQUERER não se conjuga como querer.
FAZER
Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem REAVER
Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Presente do indicativo reavemos, reaveis
Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve-
Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão ram
Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis,
Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam reouveram
Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reou-
Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, vésseis, reouvessem
fizessem Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,
Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem reouverem
Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen-
ta a letra v
PERDER
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem SABER
Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem
Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam
Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos,
PODER soubéreis, souberam
Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam
Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis,
Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam soubessem
Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem
puderam
Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam VALER
Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem
pudessem Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham
Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham
Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem
Gerúndio podendo TRAZER
Particípio podido Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem

Língua Portuguesa 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem
Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam
Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam
trouxéreis, trouxeram Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir.
Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão
Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam FUGIR
Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam
Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam
trouxessem
Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe- IR
rem Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão
Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam
Gerúndio trazendo Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram
Particípio trazido Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram
Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão
VER Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam
Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão
Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão
Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão
Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem
Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem
Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem
Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Gerúndio indo
Particípio visto Particípio ido

ABOLIR OUVIR
Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem
Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam
Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis, Particípio ouvido
aboliram
Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão PEDIR
Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem
Presente do subjuntivo não há Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram
Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis, Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam
abolissem Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam
Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir
Imperativo afirmativo abole, aboli
Imperativo negativo não há POLIR
Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem
Infinitivo impessoal abolir Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam
Gerúndio abolindo Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam
Particípio abolido
O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I. REMIR
Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem
AGREDIR Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam
Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem
Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam RIR
Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem
Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I. Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam
Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram
COBRIR Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão
Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam
Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam
Particípio coberto Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam
Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem
Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
FALIR Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Presente do indicativo falimos, falis Gerúndio rindo
Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam Particípio rido
Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram Conjuga-se como rir: sorrir
Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram
Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão VIR
Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm
Presente do subjuntivo não há Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham
Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram
Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram
Imperativo afirmativo fali (vós) Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão
Imperativo negativo não há Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam
Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham
Gerúndio falindo Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham
Particípio falido Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem
Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem
FERIR Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem Gerúndio vindo
Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam Particípio vindo
Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados. Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir

MENTIR SUMIR

Língua Portuguesa 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem Exemplos:
Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam Silvia comprou dois livros.
Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam Antônio marcou o primeiro gol.
Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir
Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço.
O galinheiro ocupava um quarto da quintal.
ADVÉRBIO

Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad-


vérbio, exprimindo uma circunstância. QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS
Os advérbios dividem-se em:
1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures, Algarismos Numerais
nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avan- Roma- Arábi- Cardinais Ordinais Multiplica- Fracionários
te, através, defronte, aonde, etc. nos cos tivos
2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre, I 1 um primeiro simples -
nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve, II 2 dois segundo duplo meio
brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc. dobro
3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior, III 3 três terceiro tríplice terço
melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc. IV 4 quatro quarto quádruplo quarto
4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, dema- V 5 cinco quinto quíntuplo quinto
siado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem, VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto
mal, quase, apenas, etc. VII 7 sete sétimo sétuplo sétimo
5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efefivamente, etc. VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo
6) NEGAÇÃO: não. IX 9 nove nono nônuplo nono
7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto, X 10 dez décimo décuplo décimo
provavelmente, etc. XI 11 onze décimo onze avos
primeiro
Há Muitas Locuções Adverbiais XII 12 doze décimo doze avos
1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entra- segundo
da, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc. XIII 13 treze décimo treze avos
2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite, terceiro
às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por fim, de XIV 14 quatorze décimo quatorze
repente, de vez em quando, de longe em longe, etc. quarto avos
3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom XV 15 quinze décimo quinze avos
grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em ge- quinto
ral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vis-
XVI 16 dezesseis décimo dezesseis
tos, de propósito, de súbito, por um triz, etc.
sexto avos
4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máqui-
XVII 17 dezessete décimo dezessete
na, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc.
sétimo avos
5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc.
6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma, XVIII 18 dezoito décimo dezoito avos
etc. oitavo
7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc. XIX 19 dezenove décimo nono dezenove
avos
Advérbios Interrogativos XX 20 vinte vigésimo vinte avos
Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como? XXX 30 trinta trigésimo trinta avos
XL 40 quarenta quadragé- quarenta
Palavras Denotativas simo avos
Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, te- L 50 cinquenta quinquagé- cinquenta
rão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão, simo avos
situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc. LX 60 sessenta sexagésimo sessenta
1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc. avos
2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc. LXX 70 setenta septuagési- setenta avos
3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc. mo
4) DE DESIGNAÇÃO - eis. LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos
5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc. XC 90 noventa nonagésimo noventa
6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc. avos
Você lá sabe o que está dizendo, homem... C 100 cem centésimo centésimo
Mas que olhos lindos! CC 200 duzentos ducentésimo ducentésimo
Veja só que maravilha! CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo
CD 400 quatrocen- quadringen- quadringen-
NUMERAL tos tésimo tésimo
D 500 quinhen- quingenté- quingenté-
tos simo simo
Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração.
DC 600 seiscentos sexcentési- sexcentési-
mo mo
O numeral classifica-se em:
DCC 700 setecen- septingenté- septingenté-
- cardinal - quando indica quantidade.
tos simo simo
- ordinal - quando indica ordem.
DCCC 800 oitocentos octingenté- octingenté-
- multiplicativo - quando indica multiplicação.
simo simo
- fracionário - quando indica fracionamento.
CM 900 novecen- nongentési- nongentési-

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tos mo mo 2) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc.
M 1000 mil milésimo milésimo 3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc.
4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc.
Emprego do Numeral 5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que,
Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc. etc.
empregam-se de 1 a 10 os ordinais. 6) INTEGRANTES: que, se, etc.
João Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro) 7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc.
Luis X (décimo) ano I (primeiro) 8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, de
Pio lX (nono) século lV (quarto) forma que, de modo que, etc.
9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto mais,
De 11 em diante, empregam-se os cardinais: etc.
Leão Xlll (treze) ano Xl (onze) 10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc.
Pio Xll (doze) século XVI (dezesseis)
Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte) VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES
Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal.
XX Salão do Automóvel (vigésimo) Examinemos estes exemplos:
VI Festival da Canção (sexto) 1º) Tristeza e alegria não moram juntas.
lV Bienal do Livro (quarta) 2º) Os livros ensinam e divertem.
XVI capítulo da telenovela (décimo sexto) 3º) Saímos de casa quando amanhecia.

Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração: é
emprego do ordinal. uma conjunção.
Hoje é primeiro de setembro
Não é aconselhável iniciar período com algarismos No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão ligando
16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia orações: são também conjunções.

A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordi- Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da
nais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e dois mesma oração.
(= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam nesse
caso porque está subentendida a palavra número. Casa número vinte e um, No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma dependa
página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever também: a da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por isso, a
folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o conjunção E é coordenativa.
numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.
No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma à
outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjunção
ARTIGO QUANDO é subordinativa.

Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná- As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinativas.
los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
Dividem-se em As conjunções coordenativas podem ser:
• definidos: O, A, OS, AS 1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas
• indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS. também, mas ainda, senão também, como também, bem como.
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular. O agricultor colheu o trigo e o vendeu.
Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado). Não aprovo nem permitirei essas coisas.
Os livros não só instruem mas também divertem.
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam
geral. as flores.
Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, inde- 2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, com-
terminado). pensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao
passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, ape-
lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido. sar disso, em todo caso.
Querem ter dinheiro, mas não trabalham.
Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia.
CONJUNÇÃO Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce.
A culpa não a atribuo a vós, senão a ele.
Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações. O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula.
O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado.
Coniunções Coordenativas Você já sabe bastante, porém deve estudar mais.
1) ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc. Eu sou pobre, ao passo que ele é rico.
2) ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, Hoje não atendo, em todo caso, entre.
senão, no entanto, etc. 3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou ... ou,
3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer, ora ... ora, já ... já, quer ... quer, etc.
etc. Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos.
4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por Ou você estuda ou arruma um emprego.
consequência. Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo.
5) EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque, Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando.
pois, etc. "Já chora, já se ri, já se enfurece."
(Luís de Camões)
Conjunções Subordinativas 4) Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, portanto, por con-
1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc. seguinte, pois (posposto ao verbo), por isso.

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
As árvores balançam, logo está ventando. Falou com uma calma que todos ficaram atônitos.
Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável. Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) não saí.
O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te. Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam.
5) Explicativas, que precedem uma explicação, um motivo: que, por- Não podem ver um brinquedo que não o queiram comprar.
que, porquanto, pois (anteposto ao verbo). 7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que).
Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem Afastou-se depressa para que não o víssemos.
causar incêndios. Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendesse.
Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas. Fiz-lhe sinal que se calasse.
8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto
Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adversa- mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tan-
tivo: to mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto.
Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam. À medida que se vive, mais se aprende.
"Quis dizer mais alguma coisa a não pôde." À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve.
(Jorge Amado) Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo.
Os soldados respondiam, à medida que eram chamados.
Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à Observação:
outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida
traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição ou que e na medida em que. A forma correta é à medida que:
hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo). "À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem."
Abrangem as seguintes classes: (Maria José de Queirós)
1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já
que, uma vez que, desde que. 9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre
O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa: que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que,
efeito). etc.
Como estivesse de luto, não nos recebeu. Venha quando você quiser.
Desde que é impossível, não insistirei. Não fale enquanto come.
2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (tão Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra.
ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto) Desde que o mundo existe, sempre houve guerras.
quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia.
(= como). "Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos Povina Caval-
Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento. cânti)
O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa. 10) Integrantes: que, se.
"Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias." Sabemos que a vida é breve.
(Paulo Mendes Campos) Veja se falta alguma coisa.
"Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa."
(Antônio Olavo Pereira) Observação:
"E pia tal a qual a caça procurada." Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém o
(Amadeu de Queirós) chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A NGB,
"Por que ficou me olhando assim feito boba?" porém, não consigna esta espécie de conjunção.
(Carlos Drummond de Andrade)
Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas. Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem que,
Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero. por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, etc.
Os governantes realizam menos do que prometem.
3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, por-
quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por tanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contex-
menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que to. Assim, a conjunção que pode ser:
(= embora não). 1) Aditiva (= e):
Célia vestia-se bem, embora fosse pobre. Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai.
A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer. A nós que não a eles, compete fazê-lo.
Beba, nem que seja um pouco. 2) Explicativa (= pois, porque):
Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo. Apressemo-nos, que chove.
Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse. 3) Integrante:
Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas Diga-lhe que não irei.
afirmações. 4) Consecutiva:
Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite. Tanto se esforçou que conseguiu vencer.
4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que Não vão a uma festa que não voltem cansados.
(= se não), a não ser que, a menos que, dado que. Onde estavas, que não te vi?
Ficaremos sentidos, se você não vier. 5) Comparativa (= do que, como):
Comprarei o quadro, desde que não seja caro. A luz é mais veloz que o som.
Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo. Ficou vermelho que nem brasa.
"Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos 6) Concessiva (= embora, ainda que):
que os mosquitos se opusessem." Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito tempo.
(Ferreira de Castro) Beba, um pouco que seja.
5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas não 7) Temporal (= depois que, logo que):
são como (ou conforme) dizem. Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel.
"Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar." 8) Final (= pare que):
(Machado de Assis) Vendo-me à janela, fez sinal que descesse.
6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, 9) Causal (= porque, visto que):
tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de "Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (Vivaldo
forma que, de maneira que, sem que, que (não). Coaraci)
Minha mão tremia tanto que mal podia escrever. A locução conjuntiva sem que, pode ser, conforme a frase:

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1) Concessiva: Nós lhe dávamos roupa a comida, sem que ele pe- Fui à livraria ontem e comprei um livro.
disse. (sem que = embora não)
2) Condicional: Ninguém será bom cientista, sem que estude muito. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
(sem que = se não,caso não) São dois os termos essenciais da oração:
3) Consecutiva: Não vão a uma festa sem que voltem cansados.
(sem que = que não) SUJEITO
4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de modo que não)
Sujeito é o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa.
Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
Os bandeirantes capturavam os índios. (sujeito = bandeirantes)

PREPOSIÇÃO O sujeito pode ser :


- simples: quando tem um só núcleo
Preposições são palavras que estabelecem um vínculo entre dois ter- As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas;
mos de uma oração. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o núcleo: rosas)
segundo, um subordinado ou consequente. - composto: quando tem mais de um núcleo
O burro e o cavalo saíram em disparada.
Exemplos: (suj: o burro e o cavalo; núcleo burro, cavalo)
Chegaram a Porto Alegre. - oculto: ou elíptico ou implícito na desinência verbal
Discorda de você. Chegaste com certo atraso. (suj.: oculto: tu)
Fui até a esquina. - indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal
Casa de Paulo. Come-se bem naquele restaurante.
- Inexistente: quando a oração não tem sujeito
Preposições Essenciais e Acidentais Choveu ontem.
As preposições essenciais são: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA, Há plantas venenosas.
DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE e
ATRÁS.
PREDICADO
Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito.
Certas palavras ora aparecem como preposições, ora pertencem a ou- O predicado classifica-se em:
tras classes, sendo chamadas, por isso, de preposições acidentais: afora, 1. Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais predicativo
conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, salvo, do sujeito.
segundo, senão, tirante, visto, etc. Nosso colega está doente.
Principais verbos de ligação: SER, ESTAR, PARECER,
PERMANECER, etc.
INTERJEIÇÃO Predicativo do sujeito é o termo que ajuda o verbo de ligação a
comunicar estado ou qualidade do sujeito.
Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjeições podem Nosso colega está doente.
ser: A moça permaneceu sentada.
- alegria: ahl oh! oba! eh! 2. Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou
- animação: coragem! avante! eia! transitivo.
- admiração: puxa! ih! oh! nossa! O avião sobrevoou a praia.
- aplauso: bravo! viva! bis! Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento.
- desejo: tomara! oxalá! O sabiá voou alto.
- dor: aí! ui! Verbo transitivo é aquele que necessita de complemento.
- silêncio: psiu! silêncio! • Transitivo direto: é o verbo que necessita de complemento sem auxílio
- suspensão: alto! basta! de proposição.
Minha equipe venceu a partida.
LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que têm o mesmo • Transitivo indireto: é o verbo que necessita de complemento com
valor de uma interjeição. auxílio de preposição.
Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam! Ele precisa de um esparadrapo.
Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim! • Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao
mesmo tempo de complemento sem auxílio de preposição e de
complemento com auxilio de preposição.
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO Damos uma simples colaboração a vocês.
3. Predicado verbo nominal: é aquele que se constitui de verbo
FRASE intransitivo mais predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais
Frase é um conjunto de palavras que têm sentido completo. predicativo do sujeito.
O tempo está nublado. Os rapazes voltaram vitoriosos.
Socorro! • Predicativo do sujeito: é o termo que, no predicado verbo-nominal,
Que calor! ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito.
Ele morreu rico.
ORAÇÃO • Predicativo do objeto é o termo que, que no predicado verbo-nominal,
Oração é a frase que apresenta verbo ou locução verbal. ajuda o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto
A fanfarra desfilou na avenida. direto ou indireto.
As festas juninas estão chegando. Elegemos o nosso candidato vereador.

PERÍODO TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO


Período é a frase estruturada em oração ou orações. Chama-se termos integrantes da oração os que completam a
O período pode ser: significação transitiva dos verbos e dos nomes. São indispensáveis à
• simples - aquele constituído por uma só oração (oração absoluta). compreensão do enunciado.
Fui à livraria ontem.
• composto - quando constituído por mais de uma oração. 1. OBJETO DIRETO

Língua Portuguesa 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido do verbo Apresenta orações independentes.
transitivo direto. Ex.: Mamãe comprou PEIXE. (Fui à cidade), (comprei alguns remédios) (e voltei cedo.)

2. OBJETO INDIRETO Período composto por subordinação


Objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido do verbo Apresenta orações dependentes.
transitivo indireto. (É bom) (que você estude.)
As crianças precisam de CARINHO.
Período composto por coordenação e subordinação
3. COMPLEMENTO NOMINAL Apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este
Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de período é também conhecido como misto.
um nome com auxílio de preposição. Esse nome pode ser representado por (Ele disse) (que viria logo,) (mas não pôde.)
um substantivo, por um adjetivo ou por um advérbio.
Toda criança tem amor aos pais. - AMOR (substantivo) ORAÇÃO COORDENADA
O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo) Oração coordenada é aquela que é independente.
Nós agíamos favoravelmente às discussões. - FAVORAVELMENTE
(advérbio). As orações coordenadas podem ser:
- Sindética:
4. AGENTE DA PASSIVA Aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção
Agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação do verbo na coordenativa.
voz passiva. Viajo amanhã, mas volto logo.
A mãe é amada PELO FILHO. - Assindética:
O cantor foi aplaudido PELA MULTIDÃO. Aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou
Os melhores alunos foram premiados PELA DIREÇÃO. ponto e vírgula.
Chegou, olhou, partiu.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO A oração coordenada sindética pode ser:
TERMOS ACESSÓRIOS são os que desempenham na oração uma
função secundária, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo 1. ADITIVA:
alguma circunstância. Expressa adição, sequência de pensamento. (e, nem = e não), mas,
também:
São termos acessórios da oração: Ele falava E EU FICAVA OUVINDO.
1. ADJUNTO ADNOMINAL Meus atiradores nem fumam NEM BEBEM.
Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina os A doença vem a cavalo E VOLTA A PÉ.
substantivos. Pode ser expresso:
• pelos adjetivos: água fresca, 2. ADVERSATIVA:
• pelos artigos: o mundo, as ruas Ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de contraste
• pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, etc).
• pelos numerais : três garotos; sexto ano A espada vence MAS NÃO CONVENCE.
• pelas locuções adjetivas: casa do rei; homem sem escrúpulos O tambor faz um grande barulho, MAS É VAZIO POR DENTRO.
Apressou-se, CONTUDO NÃO CHEGOU A TEMPO.
2. ADJUNTO ADVERBIAL
Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo, 3. ALTERNATIVAS:
lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a outra
Cheguei cedo. (ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc).
José reside em São Paulo. Mudou o natal OU MUDEI EU?
“OU SE CALÇA A LUVA e não se põe o anel,
3. APOSTO OU SE PÕE O ANEL e não se calça a luva!”
Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, (C. Meireles)
desenvolve ou resume outro termo da oração.
Dr. João, cirurgião-dentista, 4. CONCLUSIVAS:
Rapaz impulsivo, Mário não se conteve. Ligam uma oração a outra que exprime conclusão (LOGO, POIS,
O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado. PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE,
4. VOCATIVO etc).
Vocativo é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou Ele está mal de notas; LOGO, SERÁ REPROVADO.
interpelar alguém ou alguma coisa. Vives mentindo; LOGO, NÃO MERECES FÉ.
Tem compaixão de nós, ó Cristo.
Professor, o sinal tocou. 5. EXPLICATIVAS:
Rapazes, a prova é na próxima semana. Ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outro que
a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.)
PERÍODO COMPOSTO - PERÍODO SIMPLES Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. Não mintas, PORQUE É PIOR.
Anda depressa, QUE A PROVA É ÀS 8 HORAS.
No período simples há apenas uma oração, a qual se diz absoluta.
Fui ao cinema. ORAÇÃO INTERCALADA OU INTERFERENTE
O pássaro voou. É aquela que vem entre os termos de uma outra oração.
O réu, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido.
PERÍODO COMPOSTO
No período composto há mais de uma oração. A oração intercalada ou interferente aparece com os verbos:
(Não sabem) (que nos calores do verão a terra dorme) (e os homens CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR etc.
folgam.)
ORAÇÃO PRINCIPAL
Período composto por coordenação Oração principal é a mais importante do período e não é introduzida

Língua Portuguesa 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


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por um conectivo. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
ELES DISSERAM que voltarão logo. Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de
ELE AFIRMOU que não virá. um advérbio.
PEDI que tivessem calma. (= Pedi calma)
As orações subordinadas adverbiais classificam-se em:
ORAÇÃO SUBORDINADA 1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razão:
Oração subordinada é a oração dependente que normalmente é Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE.
introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a oração principal O tambor soa PORQUE É OCO.
nem sempre é a primeira do período.
Quando ele voltar, eu saio de férias. 2) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de uma
Oração principal: EU SAIO DE FÉRIAS comparação.
Oração subordinada: QUANDO ELE VOLTAR O som é menos veloz QUE A LUZ.
Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
Oração subordinada substantiva é aquela que tem o valor e a função 3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se admite:
de um substantivo. POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram.
Por terem as funções do substantivo, as orações subordinadas Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado.
substantivas classificam-se em: CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava.

4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese:


1) SUBJETIVA (sujeito)
SE O CONHECESSES, não o condenarias.
Convém que você estude mais.
Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO?
Importa que saibas isso bem. .
É necessário que você colabore. (SUA COLABORAÇÃO) é necessária.
5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato
com outro:
2) OBJETIVA DIRETA (objeto direto) Fiz tudo COMO ME DISSERAM.
Desejo QUE VENHAM TODOS. Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI.
Pergunto QUEM ESTÁ AI.
6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado:
3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto) A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS.
Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS. Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA!
Tudo dependerá DE QUE SEJAS CONSTANTE. Tenho medo disso QUE ME PÉLO!
Daremos o prêmio A QUEM O MERECER. 7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto:
Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE.
4) COMPLETIVA NOMINAL Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR.
Complemento nominal.
Ser grato A QUEM TE ENSINA. 8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade:
Sou favorável A QUE O PRENDAM. À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende.
QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo.
5) PREDICATIVA (predicativo)
Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA) 9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na
Minha esperança era QUE ELE DESISTISSE. oração principal:
Não sou QUEM VOCÊ PENSA. ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam.
QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam.
6) APOSITIVAS (servem de aposto)
10) MODAIS: exprimem modo, maneira:
Só desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE)
Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE.
Só lhe peço isto: HONRE O NOSSO NOME.
Aqui viverás em paz, SEM QUE NINGUÉM TE INCOMODE.
7) AGENTE DA PASSIVA ORAÇÕES REDUZIDAS
O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR) Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas nominais:
A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM. gerúndio, infinitivo e particípio.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Exemplos:


Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de • Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO.
um adjetivo. • Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ.
Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas: • FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM,
conseguirás.
1) EXPLICATIVAS: • É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS
Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente, ATENTOS.
atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma • AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO,
informação. entristeceu-se.
Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará. • É interesse ESTUDARES MAIS.= É interessante QUE ESTUDES
Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria. MAIS.
• SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procure-
2) RESTRITIVAS: me.
Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo
indispensáveis ao sentido da frase: CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
Pedra QUE ROLA não cria limo.
As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui. Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante

Língua Portuguesa 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões. O menino chegou. Os meninos chegaram.
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular.
Principais Casos de Concordância Nominal O pessoal ainda não chegou.
1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em A turma não gostou disso.
gênero e número com o substantivo. Um bando de pássaros pousou na árvore.
As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico. 3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao
2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural.
normalmente para o plural. Os Estados Unidos são um grande país.
Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio. Os Lusíadas imortalizaram Camões.
3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai Os Alpes vivem cobertos de neve.
para o masculino plural. Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular.
Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios. Flores já não leva acento.
4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais O Amazonas deságua no Atlântico.
próximo: Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica.
Trouxe livros e revista especializada. 4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome
5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próxi- no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferen-
mo. temente.
Dedico esta música à querida tia e sobrinhos. A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios.
6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram).
sujeito. 5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o
Meus amigos estão atrapalhados. sujeito paciente.
7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predica- Vende-se um apartamento.
tivo no gênero da pessoa a quem se refere. Vendem-se alguns apartamentos.
Sua excelência, o Governador, foi compreensivo. 6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o
8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo verbo para a 3ª pessoa do singular.
vão para o singular ou para o plural. Precisa-se de funcionários.
Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros). 7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no
9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier singular e o verbo no singular ou no plural.
precedido de artigo e o segundo não vão para o plural. Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem)
Já estudei o primeiro e segundo livros. 8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural.
10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural. Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul.
Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro. 9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular.
11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a Mais de um jurado fez justiça à minha música.
que se referem. 10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando
Ela mesma veio até aqui. empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo
Eles chegaram sós. no singular.
Eles próprios escreveram. As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição.
12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere. 11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o
Muito obrigado. (masculino singular) sujeito.
Muito obrigada. (feminino singular). Deu uma hora.
13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e fica Deram três horas.
invariável quando é advérbio. Bateram cinco horas.
Quero meio quilo de café. Naquele relógio já soaram duas horas.
Minha mãe está meio exausta. 12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da
É meio-dia e meia. (hora) frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito.
14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o substan- Ela é que faz as bolas.
tivo a que se referem. Eu é que escrevo os programas.
Trouxe anexas as fotografias que você me pediu. 13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é
A expressão em anexo é invariável. um pronome relativo.
Trouxe em anexo estas fotos. Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova.
15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substitu- Fui eu que fiz a lição
em advérbios em MENTE, permanecem invariáveis. Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possí-
Vocês falaram alto demais. veis.
O combustível custava barato. • que: Fui eu que fiz a lição.
Você leu confuso. • quem: Fui eu quem fez a lição.
Ela jura falso. • o que: Fui eu o que fez a lição.

16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos, 14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na
sofrem variação normalmente. terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a
Esses pneus custam caro. este sua impessoalidade.
Conversei bastante com eles. Chove a cântaros. Ventou muito ontem.
Conversei com bastantes pessoas. Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.
Estas crianças moram longe.
Conheci longes terras. CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER

CONCORDÂNCIA VERBAL 1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos
pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PA-
CASOS GERAIS RECER concordam com o predicativo.
Tudo são esperanças.
Aquilo parecem ilusões.
Aquilo é ilusão.
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.

Língua Portuguesa 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con- O médico assistiu o doente.
corda sempre com o nome ou pronome que vier depois. • PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto
Que são florestas equatoriais? Assistimos a um belo espetáculo.
Quem eram aqueles homens? • SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto
Assiste-lhe o direito.
3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com
a expressão numérica. 8. ATENDER - dar atenção
São oito horas. Atendi ao pedido do aluno.
Hoje são 19 de setembro. • CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto
De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros. Atenderam o freguês com simpatia.

4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER 9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto
fica no singular. A moça queria um vestido novo.
Três batalhões é muito pouco. • GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto
Trinta milhões de dólares é muito dinheiro. O professor queria muito a seus alunos.

5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular. 10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto
Maria era as flores da casa. Todos visamos a um futuro melhor.
O homem é cinzas. • APONTAR, MIRAR - objeto direto
O artilheiro visou a meta quando fez o gol.
6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER • pör o sinal de visto - objeto direto
concorda com o predicativo. O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia.
Dançar e cantar é a sua atividade.
Estudar e trabalhar são as minhas atividades. 11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto
Devemos obedecer aos superiores.
7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER Desobedeceram às leis do trânsito.
concorda com o pronome.
A ciência, mestres, sois vós. 12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE
Em minha turma, o líder sou eu. • exigem na sua regência a preposição EM
O armazém está situado na Farrapos.
8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo, Ele estabeleceu-se na Avenida São João.
apenas um deles deve ser flexionado.
Os meninos parecem gostar dos brinquedos. 13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo.
Os meninos parece gostarem dos brinquedos. Essas tuas justificativas não procedem.
• no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL com a preposição DE.
Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani
• no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A.
Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati- O secretário procedeu à leitura da carta.
calmente do outro.
14. ESQUECER E LEMBRAR
A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e • quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto:
adjetivos). Esqueci o nome desta aluna.
Lembrei o recado, assim que o vi.
Exemplos: • quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto:
Esqueceram-se da reunião de hoje.
- acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM Lembrei-me da sua fisionomia.
EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR
PARA = passagem 15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa.
• perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos.
A regência verbal trata dos complementos do verbo. • pagar - Pago o 13° aos professores.
• dar - Daremos esmolas ao pobre.
• emprestar - Emprestei dinheiro ao colega.
ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA
• ensinar - Ensino a tabuada aos alunos.
1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto)
• agradecer - Agradeço as graças a Deus.
• pretender (transitivo indireto)
• pedir - Pedi um favor ao colega.
No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto:
2. OBEDECER - transitivo indireto
O amor implica renúncia.
Devemos obedecer aos sinais de trânsito.
• no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição
3. PAGAR - transitivo direto e indireto
COM:
Já paguei um jantar a você.
O professor implicava com os alunos
4. PERDOAR - transitivo direto e indireto.
• no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a preposi-
Já perdoei aos meus inimigos as ofensas.
ção EM:
5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto
Implicou-se na briga e saiu ferido
Prefiro Comunicação à Matemática.
17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A:
6. INFORMAR - transitivo direto e indireto.
Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
Informei-lhe o problema.
quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA:
Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso.
7. ASSISTIR - morar, residir:
Assisto em Porto Alegre.
18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa
• amparar, socorrer, objeto direto

Língua Portuguesa 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
como sujeito: Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala-
O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas.
pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente di-
ficuldade, será objeto indireto. 08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento
Custou-me confiar nele novamente. estatal ciência e tecnologia.
Custar-te-á aceitá-la como nora. (A) à ... sobre o ... do ... para
(B) a ... ao ... do ... para
PROVA SIMULADA (C) à ... do ... sobre o ... a
(D) à ... ao ... sobre o ... à
01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras. (E) a ... do ... sobre o ... à
(A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer.
(B) O chefe deferia da opinião dos subordinados. 09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a
(C) O processo foi julgado em segunda estância. franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois
(D) O problema passou despercebido na votação. eles devem estar aptos comercializar seus produtos.
(E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio. (A) ao ... a ... à
(B) àquele ... à ... à
02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é: (C) àquele...à ... a
(A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz. (D) ao ... à ... à
(B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido. (E) àquele ... a ... a
(C) A colega não se contera diante da situação.
(D) Se ele ver você na rua, não ficará contente. 10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a
(E) Quando você vir estudar, traga seus livros. norma culta.
(A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso
03. O particípio verbal está corretamente empregado em: trarão grandes benefícios às pesquisas.
(A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos. (B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando
(B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas. com o meio ambiente.
(C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime. (C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvol-
(D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos. vendo projetos na área médica.
(E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda. (D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apre-
sentadas pelos economistas.
04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em (E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no
conformidade com a norma culta. litoral ou aproveitam férias ali.
Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do
interior da concha de moluscos reúne outras características interes- 11. A frase correta de acordo com o padrão culto é:
santes, como resistência e flexibilidade. (A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às
(A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de chuvas.
componentes para a indústria. (B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla-
(B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de mações.
componentes para a indústria. (C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à
(C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de com- cultura.
ponentes para a indústria. (D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da
(D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de culpa.
componentes para a indústria. (E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria.
(E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
componentes para a indústria. 12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó-
cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis
05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele-
para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em que ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação
ele está empregado conforme o padrão culto. aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido-
(A) Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem. res.
(B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje. (Texto adaptado)
(C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha. Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir
(D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro. as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi-
(E) Breve, queremos estar entregando as chaves de sua nova casa. dores e dos investidores, no texto, são, respectivamente:
(A) seus ... lhes ... los ... lhes
06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está (B) delas ... a elas ... lhes ... deles
correta em: (C) seus ... nas ... los ... deles
(A) As características do solo são as mais variadas possível. (D) delas ... a elas ... lhes ... seu
(B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente. (E) seus ... lhes ... eles ... neles
(C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada.
(D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações. 13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo
(E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo. com o padrão culto.
(A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações.
07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de (B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente.
flexão de grau. (C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido.
(A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo. (D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada.
(B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá duran- (E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris.
te as férias.
(C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos. 14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto
(D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim. direto e indireto em:
(E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade. (A) Apresentou-se agora uma boa ocasião.
(B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo.

Língua Portuguesa 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


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(C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa. III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais;
(D) A conta, deixamo-la para ser revisada. IV. de registro é um adjunto adnominal de livro.
(E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder. Está correto o contido apenas em
(A) II e IV.
15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo. (B) III e IV.
Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos (C) I, II e III.
respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é: (D) I, II e IV.
(A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção. (E) I, III e IV.
(B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
(C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção. 21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do
(D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção. acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho:
(E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo. I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas;
II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura
16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação pelo Juiz;
do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen-
de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo te ao da palavra mas;
Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór-
urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex- dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar.
celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve- Está correto o contido apenas em
rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das (A) II e IV.
Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se (B) III e IV.
programar e participar do referido evento. (C) I, II e III.
Atenciosamente, (D) I, III e IV.
ZZZ (E) II, III e IV.
Assistente de Gabinete.
De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas 22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais.
são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por Ao transformar os dois períodos simples num único período compos-
(A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos to, a alternativa correta é:
(B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos (A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos (B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos (C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais.
(E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos (D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais.
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis.
17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
respeitam as regras de pontuação. 23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci-
(A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou, dos galhos da velha árvore.
que temos uma arrecadação bem maior que a prevista. Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre
(B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar.
sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada. (A) Quem podou? e Quando podou?
(C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade (B) Qual jardineiro? e Galhos de quê?
Policial, confessou sua participação no referido furto. (C) Que jardineiro? e Podou o quê?
(D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste (D) Que vizinho? e Que galhos?
funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia. (E) Quando podou? e Podou o quê?
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados. 24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia.
Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili-
18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento
predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen- correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontua-
te, apenas a: ção em:
(A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral. (A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas.
(B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período. (B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas.
(C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas. (C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia.
(D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo. (D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas.
(E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames. (E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas.

Leia o período para responder às questões de números 19 e 20. 25. Felizmente, ninguém se machucou.
Lentamente, o navio foi se afastando da costa.
O livro de registro do processo que você procurava era o que estava Considere:
sobre o balcão. I. felizmente completa o sentido do verbo machucar;
II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de
19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem modo;
a III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do
(A) processo e livro. fato;
(B) livro do processo. IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar;
(C) processos e processo. V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos.
(D) livro de registro. Está correto o contido apenas em
(E) registro e processo. (A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
20. Analise as proposições de números I a IV com base no período (C) I, III e IV.
acima: (D) II, III e IV.
I. há, no período, duas orações; (E) III, IV e V.
II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;

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26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro..., ples.
indicando concessão, é: Veja, ed. 1735
(A) para poder trabalhar fora.
(B) como havia programado. 31. O título dado ao texto se justifica porque:
(C) assim que recebeu o prêmio. A) a miséria abrange grande parte de nossa população;
(D) porque conseguiu um desconto. B) a miséria é culpa da classe dominante;
(E) apesar do preço muito elevado. C) todos os governantes colaboraram para a miséria comum;
D) a miséria deveria ser preocupação de todos nós;
27. É importante que todos participem da reunião. E) um mal tão intenso atinge indistintamente a todos.
O segmento que todos participem da reunião, em relação a
É importante, é uma oração subordinada 32. A primeira pergunta - ''Como entender a resistência da miséria no
(A) adjetiva com valor restritivo. Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da coloniza-
(B) substantiva com a função de sujeito. ção?'':
(C) substantiva com a função de objeto direto. A) tem sua resposta dada no último parágrafo;
(D) adverbial com valor condicional. B) representa o tema central de todo o texto;
(E) substantiva com a função de predicativo. C) é só uma motivação para a leitura do texto;
D) é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta;
28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação estabe- E) é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta.
lecida pelo termo como é de
(A) comparatividade. 33. Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil
(B) adição. que ela:
(C) conformidade. A) é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo em
(D) explicação. outras áreas;
(E) consequência. B) tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes
cidades;
29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de C) atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam
franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão para a classe dominante;
contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos di- D) é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com a
versificados de acordo com as possibilidades de investimento dos de outros indicadores sociais;
possíveis franqueados. E) tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas
A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e décadas.
relaciona corretamente as ideias do texto, é:
(A) digo ... portanto ... mas 34. O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é:
(B) como ... pois ... mas A) Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros
(C) ou seja ... embora ... pois indicadores sociais melhoraram;
(D) ou seja ... mas ... portanto B) Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se
(E) isto é ... mas ... como mantém onipresente;
C) A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por governos
30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos incompetentes;
investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulgados. D) Embora os indicadores sociais mostrem progresso em muitas áreas,
A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluí- a miséria ainda atinge uma pequena parte de nosso povo;
rem o processo de seleção dos investidores por uma oração reduzi- E) Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o indicador da
da, sem alterar o sentido da frase, é: miséria que leva à criminalidade.
(A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ...
(B) Concluído o processo de seleção dos investidores ... 35. As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na
(C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ... quantidade, exceto:
(D) Se concluído do processo de seleção dos investidores... A) frequência escolar;
(E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores ... B) liderança diplomática;
C) mortalidade infantil;
A MISÉRIA É DE TODOS NÓS D) analfabetismo;
Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social E) desempenho econômico.
que remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas
décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo tama- 36. ''No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos.''; com
nho, todos os indicadores sociais brasileiros melhoraram. Há mais crianças essa frase, o jornalista quer dizer que o Brasil:
em idade escolar frequentando aulas atualmente do que em qualquer outro A) já está suficientemente forte para começar a exercer sua liderança
período da nossa história. As taxas de analfabetismo e mortalidade infantil na América Latina;
também são as menores desde que se passou a registrá-las nacionalmen- B) já mostra que é mais forte que seus países vizinhos;
te. O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte do mundo. C) está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar presença no
No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos. Vem firmando cenário exterior;
uma inconteste liderança política regional na América Latina, ao mesmo D) pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que já é suficien-
tempo que atrai a simpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado um forte temente forte para tornar-se líder;
oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos. E) ainda é inexperiente no trato com a política exterior.
Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste. 37. Segundo o texto, ''A miséria é onipresente'' embora:
Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona rural, A) apareça algumas vezes nas grandes cidades;
esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais bem B) se manifeste de formas distintas;
posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cida- C) esteja escondida dos olhos de alguns;
des, com aterrorizante frequência, ela atravessa o fosso social profundo e D) seja combatida pelas autoridades;
se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações E) se torne mais disseminada e cruel.
é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente
em razão dela se tornou mais disseminada e cruel. Explicar a resistência da 38. ''...não é uma empreitada simples'' equivale a dizer que é uma em-
pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada sim- preitada complexa; o item em que essa equivalência é feita de forma

Língua Portuguesa 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


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INCORRETA é: A) registro de fatos históricos em ordem cronológica;
A) não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial; B) pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos do cotidiano;
B) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica; C) seção ou coluna de jornal sobre tema especializado;
C) não é uma questão vital = é uma questão desimportante; D) texto narrativo de pequena extensão, de conteúdo e estrutura bas-
D) não é um problema universal = é um problema particular; tante variados;
E) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida. E) pequeno conto com comentários, sobre temas atuais.

39. ''...enquanto a miséria se mantinha...''; colocando-se o verbo desse 42 O texto começa com os tempos verbais no pretérito imperfeito -
segmento do texto no futuro do subjuntivo, a forma correta seria: vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mudança para o pretérito perfei-
A) mantiver; B) manter; C)manterá; D)manteria; to - olhei, vi etc.; essa mudança marca a passagem:
E) mantenha. A) do passado para o presente;
B) da descrição para a narração;
40. A forma de infinitivo que aparece substantivada nos segmentos C) do impessoal para o pessoal;
abaixo é: D) do geral para o específico;
A) ''Como entender a resistência da miséria...''; E) do positivo para o negativo.
B) ''No decorrer das últimas décadas...'';
C) ''...desde que se passou a registrá-las...''; 43 ''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, ALGO que
D) ''...começa a exercitar seus músculos.''; me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado se
E) ''...por ter se tornado um forte oponente...''. deve a que:
A) o autor pretende comparar o menino a uma coisa;
PROTESTO TÍMIDO B) o cronista antecipa a visão do menor abandonado como um traste
Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e faltavam inútil;
dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório, olhei para o C) a situação do fato não permite a perfeita identificação do menino;
lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu uma D) esse pronome indefinido tem valor pejorativo;
trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era E) o emprego desse pronome ocorre em relação a coisas ou a pesso-
um menino. as.

Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, bra- 44 ''Ainda há pouco eu vinha para casa a pé,...''; veja as quatro frases a
ços dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha os seguir:
gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia esbura- I- Daqui há pouco vou sair.
cada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia I- Está no Rio há duas semanas.
estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar conhecimento de III - Não almoço há cerca de três dias.
sua existência. Não era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo IV - Estamos há cerca de três dias de nosso destino.
mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um menor abando- As frases que apresentam corretamente o emprego do verbo haver
nado. são:
A) I - II
Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco passos, na casa de B) I - III
sucos de frutas, vários casais de jovens tomavam sucos de frutas, alguns C) II - IV
mastigavam sanduíches. Além, na esquina da praça, o carro da radiopatru- D) I - IV
lha estacionado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora. Ninguém E) II - III
tomava conhecimento da existência do menino.
45 O comentário correto sobre os elementos do primeiro parágrafo do
Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos que 25 milhões texto é:
no Brasil, que se pode fazer? Qual seria a reação do menino se eu o acor- A) o cronista situa no tempo e no espaço os acontecimentos abordados
dasse para lhe dar todo o dinheiro que trazia no bolso? Resolveria o seu na crônica;
problema? O problema do menor abandonado? A injustiça social? B) o cronista sofre uma limitação psicológica ao ver o menino
(....) C) a semelhança entre o menino abandonado e uma trouxa de roupa é
a sujeira;
Vinte e cinco milhões de menores - um dado abstrato, que a imagina- D) a localização do fato perto da meia-noite não tem importância para o
ção não alcança. Um menino sem pai nem mãe, sem o que comer nem texto;
onde dormir - isto é um menor abandonado. Para entender, só mesmo E) os fatos abordados nesse parágrafo já justificam o título da crônica.
imaginando meu filho largado no mundo aos seis, oito ou dez anos de
idade, sem ter para onde ir nem para quem apelar. Imagino que ele venha a
ser um desses que se esgueiram como ratos em torno aos botequins e 46 Boinas-pretas é um substantivo composto que faz o plural da mesma
lanchonetes e nos importunam cutucando-nos de leve - gesto que nos forma que:
desperta mal contida irritação - para nos pedir um trocado. Não temos A) salvo-conduto;
disposição sequer para olhá-lo e simplesmente o atendemos (ou não) para B) abaixo-assinado;
nos livrarmos depressa de sua incômoda presença. Com o sentimento que C) salário-família;
sufocamos no coração, escreveríamos toda a obra de Dickens. Mas esta- D) banana-prata;
mos em pleno século XX, vivendo a era do progresso para o Brasil, con- E) alto-falante.
quistando um futuro melhor para os nossos filhos. Até lá, que o menor
abandonado não chateie, isto é problema para o juizado de menores. 47 A descrição do menino abandonado é feita no segundo parágrafo do
Mesmo porque são todos delinquentes, pivetes na escola do crime, cedo texto; o que NÃO se pode dizer do processo empregado para isso é
terminarão na cadeia ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte. que o autor:
A) se utiliza de comparações depreciativas;
Pode ser. Mas a verdade é que hoje eu vi meu filho dormindo na rua, B) lança mão de vocábulo animalizador;
exposto ao frio da noite, e além de nada ter feito por ele, ainda o confundi C) centraliza sua atenção nos aspectos físicos do menino;
com um monte de lixo. D) mostra precisão em todos os dados fornecidos;
Fernando Sabino E) usa grande número de termos adjetivadores.

41 Uma crônica, como a que você acaba de ler, tem como melhor 48 ''Estava dormindo, como podia estar morto''; esse segmento do texto
definição: significa que:

Língua Portuguesa 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


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A) a aparência do menino não permitia saber se dormia ou estava e) a ciência não é moral nem imoral; é amoral.
morto;
B) a posição do menino era idêntica à de um morto; 6. Assinale a frase com sujeito indeterminado:
C) para os transeuntes, não fazia diferença estar o menino dormindo ou a) consertam-se relógios;
morto; b) falaram na sessão todos os oradores inscritos;
D) não havia diferença, para a descrição feita, se o menino estava c) disseram que o Concurso não será fácil;
dormindo ou morto; d) os beija-flores pairam no ar e sugam o pólen das flores;
E) o cronista não sabia sobre a real situação do menino. e) construíram-se muitas estradas no interior do Brasil.

49 Alguns textos, como este, trazem referências de outros momentos 7. Assinale a única frase com verbo de ligação:
históricos de nosso país; o segmento do texto em que isso ocorre é: a) continuamos em silêncio durante muito tempo;
A) ''Perto da Praça General Osório, olhei para o lado e vi...''; b) apesar da chuva, fiquei no meu posto;
B) ''...ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte''; c) vivi em Itabira alguns anos;
C) ''...escreveríamos toda a obra de Dickens''; d) andei longes terras à procura de solução;
D) ''...isto é problema para o juizado de menores''; e) permanecemos no colégio a manhã inteira.
E) ''Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais''.
8. Assinale a opção em que o termo grifado NÃO apresenta o valor circuns-
50 ''... era um bicho...''; a figura de linguagem presente neste segmento tancial indicado entre parênteses:
do texto é uma: a) “ia pelo corredor que o velho José Paulino fizera” (lugar);
A) metonímia; b) “no outro dia não voltou mais para trabalhar” (tempo) ;
B) comparação ou símile; c) “o mestre estremeceu com a palavra do homem” (instrumento) ;
C) metáfora; d) “faria alpercatas fortes para romper a terra dura das caatingas” (fim);
D) prosopopeia; e) “lá para fora José Passarinho cantava baixinho” (modo).
E) personificação.
9. Assinale a opção em que a preposição de manifesta o mesmo valor que
RESPOSTAS – PROVA I apresenta em “ (....) e corou da alusão que havia em suas palavras.”
01. D 11. B 21. B 31. D 41. D a) as crianças sorriam de frio;
02. A 12. A 22. A 32. B 42. B b) vieram hoje de Recife;
03. C 13. C 23. C 33. A 43. C c) tinha no dedo um anel de ouro;
04. E 14. E 24. E 34. A 44. E d) sempre trabalhei de noite;
05. A 15. C 25. D 35. B 45. A e) alimentava-se apenas de pão e água.
06. B 16. A 26. E 36. C 46. A
07. D 17. B 27. B 37. C 47. D 10. Assinale a opção em que a preposição de exprime a mesma ideia que
08. E 18. E 28. C 38. A 48. C possui em “... a cair de fome.”
09. C 19. D 29. D 39. A 49. B a) de tanto chorar, os seus olhos ficaram inchados;
10. D 20. A 30. B 40. B 50. C b) de noite todos os gatos são pardos;
c) chegaram hoje cedo de Pernambuco;
PROVA SIMULADA II d) devemos nutrir o espírito de boas leituras;
e) carregava no bolso um relógio de ouro.
1. O elemento grifado está corretamente classificado, EXCETO em:
a) o filme é impróprio para menores; (complemento nominal) 11. Assinale o item em que o verbo deve ir obrigatoriamente para a 3ª
b) ignoro onde estão seus conhecimentos; (adjunto adverbial de lugar) pessoa do plural:
c) deve-se ser tolerante com o próximo; (adjunto adnominal) a) vive-se bem no Nordeste;
d) em teu pensamento, serei apenas lembrança; (predicativo do sujeito) b) necessita-se de datilógrafos;
e) há acontecimentos em minha vida de que não gosto. (objeto indireto) c) procura-se secretárias estenógrafas;
d) admite-se secretária bilíngüe;
2. Todas as alternativas contêm predicado nominal, EXCETO em: e) dispõe-se de incentivos estrangeiros.
a) a casa, de longe, parecia um monstro;
b) aquele amor deixava-o insensível: 12. Na passagem “. . . um cego que me puxava as orelhas...”, o prono-
c) ultimamente andava muito nervoso; me me indica posse (por isso podendo ser analisado como adjunto adno-
d) fique certo: eu não sou você; minal). Da mesma forma ocorre com o pronome grifado em:
e) o tempo está chuvoso, sombrio. a) tenho-lhe ódio;
b) escuto-lhe a voz;
3. Assinale a única frase com predicado nominal: c) ela me tratava bem;
a) os alunos permaneceram em sala; d) este é o presente que me deste;
b) estavam todos na praça assistindo ao concerto; e) não lhe quero mal.
c) o tempo parece que vai melhorar;
d) o menino continuou a leitura; 13. Assinale o item em que o elemento sublinhando não é adjunto adverbi-
e) infelizmente, o professor continua doente. al:
a) ele sempre agiu comigo às direitas;
4. Assinale a frase com predicado verbal: b) esta noite haverá jogo no Maracanã;
a) o colega acusou-o de covarde; c) tremiam de frio as pobres crianças;
b) gostei do passeio marítimo; d) colhemos bastantes exemplos em Castro Alves;
c) o professor entrou preocupado em sala; e) as árvores se conhecem pelos frutos.
d) os amigos ficaram surpresos com sua reação;
e) estavas com saudades de teus irmãos. 14. Assinale o item em que o elemento sublinhado não é agente da passi-
va:
5. Assinale a opção com predicado verbo-nominal: a) Desejaria que os exercícios fossem feitos por todos;
a) os alunos estudiosos normalmente são aprovados; b) eras amado de teus pais:
b) todos ficaram estáticos diante da paisagem; c) foi oferecido um prêmio ao melhor aluno da turma;
c) o espetáculo está anunciado há cerca de dois meses; d) a América teria sido descoberta pelos “vikings”?
d) nunca o julgamos de tal atitude; e) fui reprovado por quem não esperava.

Língua Portuguesa 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
15. Assinale o único item em que o elemento sublinhado não é aposto: 16. A
a) só desejo uma coisa que vocês sejam aprovados; 17. E
b) nada impedia seus planos: tristeza, dores, sofrimentos; 18. D
c) Rui Barbosa, a Águia de Haia, elevou bem alto o nome do Brasil; 19. E
d) ele conseguiu ser aprovado, o que alegrou muito a seus pais; 20. E
e) entre políticos não se perdoam duas coisas: a neutralidade e a aposta- 21. C
sia.
___________________________________
16. Assinale o item em que o elemento sublinhado não é vocativo:
a) “eu, que a pobreza dos meus pobres cantos / dei aos heróis...”(C.Alves); ___________________________________
b) “estavas, linda Inês, posta em sossego . . . “ (Camões);
c) “ó tu, que tens de humano o gesto e o peito . . . .“ (Camões);
___________________________________
d) “boa noite ! - formosa Consuelo ! . . . “ (C. Alves); ___________________________________
e) “Deus, ó Deus, onde estás que não respondes?”
___________________________________
17. Assinale o item em que o termo sublinhado não é complemento nomi- _______________________________________________________
nal:
a) a invenção da imprensa abriu novos horizontes ao homem; _______________________________________________________
b) todos estamos confiantes em tua vitória;
_______________________________________________________
c) gorou minha ida à Bahia;
d) algumas tribos foram hostis aos portugueses; _______________________________________________________
e) a obediência dos cidadãos às leis é um imperativo social.
_______________________________________________________
18. Assinale a opção em que o termo sublinhado desempenha função _______________________________________________________
sintática distinta da dos demais, em relação aos textos:
a) imagens vilíssimas da servidão; _______________________________________________________
b) espetáculos de extrema miséria; _______________________________________________________
c) legiões de homens;
d) reverberações de prata polida; _______________________________________________________
e) as folhas das árvores.
_______________________________________________________
19. Assinale a opção em que as preposições POR e COM exprimem as _______________________________________________________
mesmas ideias que possuem em: POR displicência, machucou-se COM a
faca. _______________________________________________________
a) por hoje, eu diria com vocês: basta; _______________________________________________________
b) por mais que estude, não é aprovado com destaque;
c) por caminhos estranhos, andava a maluca com fome; _______________________________________________________
d) por nosso esforço, conseguimos a aprovação com méritos;
_______________________________________________________
e) por ironia do destino, o policial matou-se com sua arma.
_______________________________________________________
20. Assinale a única opção que não se completa adequadamente com a
preposição entre parênteses. _______________________________________________________
a) O caminho ______ onde vamos é muito; (por) _______________________________________________________
b) caminharemos _____ o mar; (até)
c) falava-se ______ a reforma eleitoral; (sobre) _______________________________________________________
d) casa _____ cujo teto morávamos; (sob) _______________________________________________________
e) o aluno ______ que todos maltratavam era meu amigo. (a)
_______________________________________________________
21. Assinale a alternativa que contém um objeto indireto.
_______________________________________________________
a) o bom filho é obediente aos pais; _______________________________________________________
b) a festa decepcionou a todos;
c) o bom filho obedece aos pais; _______________________________________________________
d) os pais são obedecidos pelo bom filho; _______________________________________________________
e) a obediência aos pais é dever do bom filho.
_______________________________________________________
GABARITO
_______________________________________________________
1. C
2. B _______________________________________________________
3. E
4. B _______________________________________________________
5. D ______________________________________________________
6. C
7. A _______________________________________________________
8. C _______________________________________________________
9. A
10. A _______________________________________________________
11. C
12. B
_______________________________________________________
13. D _______________________________________________________
14. C
15. E _______________________________________________________

Língua Portuguesa 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

No problema acima, a pessoa gastou em dinheiro (– R$


RACIOCÍNIO LÓGICO 10,00), ou seja, houve uma perda. Pelo princípio da regres-
são, iremos supor que ele recuperará o dinheiro, para que
Princípio da Regressão ou Reversão. Lógica Dedutiva,
possamos chegar à situação inicial (+ R$ 10,00). Posterior-
Argumentativa e Quantitativa. Lógica matemática quali- mente, ele gasta metade do seu capital (÷2). Para voltarmos
tativa, Sequências Lógicas envolvendo Números, Le- a situação inicial devemos multiplicar por 2 o valor em dinhei-
tras e Figuras. ro que ele possuía. Logo, 2 × R $10,00 = R$ 20,00.Aprimore
Geometria básica.
Álgebra básica e sistemas lineares.
Método dedutivo é a modalidade de raciocínio lógico que
Calendários. faz uso da dedução para obter uma conclusão a respeito de
Numeração. determinada(s)premissa(s).
Razões Especiais.
Análise Combinatória e Probabilidade. A indução normalmente se contrasta à dedução.
Progressões Aritmética e Geométrica.
Conjuntos; as relações de pertinência, inclusão e igual- Essencialmente, os raciocínios dedutivos se caracterizam
dade; operações entre conjuntos, união, interseção e por apresentar conclusões que devem, necessariamente, ser
diferença. verdadeiras caso todas as premissas sejam verdadeiras se o
Comparações. raciocínio respeitar uma forma lógica válida.

Partindo de princípios reconhecidos como verdadeiros


Princípio da regressão (premissa maior), o pesquisador estabelece relações com
uma segunda proposição(premissa menor) para, a partir de
Este princípio tem como objetivo resolver determinados pro- raciocínio lógico, chegar à verdade daquilo que propõe (con-
blemas de forma não algébrica, mas utilizando uma técnica clusão).
baseada em raciocínio lógico, conhecida comoprincípio da
regressão ou reversão.
ARGUMENTO
Esta técnica consiste em determinar um valor inicial pedido Um argumento pode ser definido como uma afirmação acompanhada
pelo problema a partir de um valor final dado. Utiliza-se para de justificativa (argumento retórico) ou como uma justaposição de duas
resolução dos problemas as operações matemáticas básicas afirmações opostas, argumento e contra-argumento (argumento
com suas respectivas reversões. dialógico)1 .
Na lógica, um argumento é um conjunto de uma ou mais sentenças
Fundamento da regressão declarativas, também conhecidas como proposições, ou ainda, premissas,
acompanhadas de uma outra frase declarativa conhecida
Utilizando as quatro operações fundamentais, podemos obter como conclusão.
uma construção quantitativa lógica fundamentada no princípio
da regressão, cujo objetivo é obter o valor inicial do problema Um argumento dedutivo afirma que a verdade de uma conclusão é
proposto através da operação inversa. uma consequência lógica das premissas que a antecedem.
Um argumento indutivo afirma que a verdade da conclusão é apenas
apoiada pelas premissas.
Toda premissa, assim como toda conclusão, pode ser apenas
verdadeira ou falsa; nunca pode ser ambígua.
Em funçao disso, as frases que apresentam um argumento são
referidas como sendo verdadeiras ou falsas, e em consequência, são
válidas ou são inválidas.
Alguns autores referem-se à conclusão das premissas usando os
Veja o exemplo abaixo: termos declaração, frase, afirmação ou proposição.
A razão para a preocupação com a verdade é ontológica quanto ao
1 – Uma pessoa gasta metade do seu capital mais R$ 10,00, significado dos termos (proposições) em particular. Seja qual termo for
ficando sem capital algum. Quanto ela possuía inicialmente? utilizado, toda premissa, bem como a conclusão, deve ser capaz de ser
apenas verdadeira ou falsa e nada mais: elas devem
Solução: ser truthbearers ("portadores de verdade", em português).
Argumentos formais e argumentos informais
Argumentos informais são estudados na lógica informal. São
apresentados em linguagem comum e se destinam a ser o nosso discurso
diário. Argumentos Formais são estudados na lógica formal (historicamente
chamada lógica simbólica, mais comumente referida como lógica
matemática) e são expressos em uma linguagem formal. Lógica informal
pode chamar a atenção para o estudo daargumentação, que
enfatiza implicação, lógica formal e de inferência.
Argumentos dedutivos
O argumento dedutivo é uma forma de raciocínio que geralmente parte
de uma verdade universal e chega a uma verdade menos universal ou
singular. Esta forma de raciocínio é válida quando suas premissas, sendo
verdadeiras, fornecem provas evidentes para sua conclusão. Sua
característica principal é a necessidade, uma vez que nós admitimos como
verdadeira as premissas teremos que admitir a conclusão como

Raciocínio Lógico 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
verdadeira, pois a conclusão decorre necessariamente das premissas. Exemplos
Dessa forma, o argumento deve ser considerado válido. “Um raciocínio Alguns gregos são lógicos e alguns lógicos são chatos, por isso,
dedutivo é válido quando suas premissas, se verdadeiras, fornecem provas alguns gregos são chatos. Este argumento é inválido porque todos os
convincentes para sua conclusão, isto é, quando as premissas e a chatos lógicos poderiam ser romanos!
conclusão estão de tal modo relacionados que é absolutamente impossível
as premissas serem verdadeiras se a conclusão tampouco for verdadeira” Ou estamos todos condenados ou todos nós somos salvos, não
(COPI, 1978, p.35). Geralmente os argumentos dedutivos são estéreis, somos todos salvos por isso estamos todos condenados. Argumento
uma vez que eles não apresentam nenhum conhecimento novo. Como válido,pois as premissas implicam a conclusão. (Lembre-se que não
dissemos, a conclusão já está contida nas premissas. A conclusão nunca significa que a conclusão tem de ser verdadeira, apenas se as
vai além das premissas. Mesmo que a ciência não faça tanto uso da premissas são verdadeiras e, talvez, eles não são, talvez algumas
dedução em suas descobertas, exceto a matemática, ela continua sendo o pessoas são salvas e algumas pessoas são condenadas, e talvez
modelo de rigor dentro da lógica. Note que em todos os argumentos alguns nem salvos nem condenados!)
dedutivos a conclusão já está contida nas premissas. Argumentos podem ser invalidados por uma variedade de razões.
Existem padrões bem estabelecidos de raciocínio que tornam argumentos
1) Só há movimento no carro se houver combustível. que os seguem inválidos; esses padrões são conhecidos
O carro está em movimento. como falácias lógicas.
Logo, há combustível no carro. Solidez de um argumento
Um argumento sólido é um argumento válido com as premissas
2) Tudo que respira é um ser vivo.
verdadeiras. Um argumento sólido pode ser válido e, tendo ambas as
A planta respira.
premissas verdadeiras, deve seguir uma conclusão verdadeira.
Logo, a planta é um ser vivo.
Argumentos indutivos
3) O som não se propaga no vácuo. Lógica indutiva é o processo de raciocínio em que as premissas de um
Na lua há vácuo. argumento se baseiam na conclusão, mas não implicam nela. Indução é
Logo, não há som na lua. uma forma de raciocínio que faz generalizações baseadas em casos
individuais.
4) Só há fogo se houver oxigênio
Na lua não há oxigênio. Indução matemática não deve ser incorretamente interpretada como
Logo, na lua não pode haver fogo. uma forma de raciocínio indutivo, que é considerado não-rigoroso em
matemática. Apesar do nome, a indução matemática é uma forma de
5) P=Q raciocínio dedutivo e é totalmente rigorosa.
Q=R Nos argumentos indutivos as premissas dão alguma evidência para a
Logo, P=R conclusão. Um bom argumento indutivo terá uma conclusão altamente
provável. Neste caso, é bem provável que a conclusão realizar-se-á ou
Validade será válida. Diz-se então que as premissas poderão ser falsas ou
verdadeiras e as conclusões poderão ser válidas ou não válidas. Segundo
Argumentos tanto podem ser válidos ou inválidos. Se um argumento é John Stuart Mill, existem algumas regras que se aplicam aos argumentos
válido, e a sua premissa é verdadeira, a conclusão deve ser verdadeira: um indutivos, que são: O método da concordância, o método da diferença, e o
argumento válido não pode ter premissa verdadeira e uma conclusão falsa. método das variações concomitantes.
A validade de um argumento depende, porém, da real veracidade ou Argumentação convincente
falsidade das suas premissas e e de sua conclusões. No entanto, apenas o
argumento possui uma forma lógica. A validade de um argumento não é Um argumento é convincente se e somente se a veracidade das
uma garantia da verdade da sua conclusão. Um argumento válido pode ter premissas tornar verdade a provável conclusão (isto é, o argumento é
premissas falsas e uma conclusão falsa. forte), e as premissas do argumento são, de fato, verdadeiras. Exemplo:

A Lógica visa descobrir as formas válidas, ou seja, as formas que fazer


argumentos válidos. Uma Forma de Argumento é válida se e somente Nada Saberei se nada tentar.
se todos os seus argumentos são válidos. Uma vez que a validade de um
argumento depende da sua forma, um argumento pode ser demonstrado
Falácias e não argumentos
como inválido, mostrando que a sua forma é inválida, e isso pode ser feito,
dando um outro argumento da mesma forma que tenha premissas Uma falácia é um argumento inválido que parece válido, ou um
verdadeiras mas uma falsa conclusão. Na lógica informal este argumento é argumento válido com premissas "disfarçadas". Em primeiro Lugar, as
chamado de contador. conclusões devem ser declarações, capazes de serem verdadeiras ou
falsas. Em segundo lugar não é necessário afirmar que a conclusão resulta
A forma de argumento pode ser demonstrada através da utilização de
das premissas. As palavras, “por isso”, “porque”, “normalmente” e
símbolos. Para cada forma de argumento, existe um forma de declaração
“consequentemente” separam as premissas a partir da conclusão de um
correspondente, chamado deCorrespondente Condicional. Uma forma de
argumento, mas isto não é necessariamente assim. Exemplo: “Sócrates é
argumento é válida Se e somente se o seu correspondente condicional é
um homem e todos os homens são mortais, logo, Sócrates é mortal”. Isso é
uma verdade lógica. A declaração é uma forma lógica de verdade, se é
claramente um argumento, já que é evidente que a afirmação de que
verdade sob todas as interpretações. Uma forma de declaração pode ser
Sócrates é mortal decorre das declarações anteriores. No entanto: “eu
mostrada como sendo uma lógica de verdade por um ou outro argumento,
estava com sede e, por isso, eu bebi” não é um argumento, apesar de sua
que mostra se tratar de uma tautologia por meio de uma prova.
aparência. Ele não está reivindicando que eu bebi por causa da sede, eu
O correspondente condicional de um argumento válido é poderia ter bebido por algum outro motivo.
necessariamente uma verdade (verdadeiro em todos os mundos possíveis)
Argumentos elípticos
e, por isso, se poderia dizer que a conclusão decorre necessariamente das
premissas, ou resulta de uma necessidade lógica. A conclusão de um Muitas vezes um argumento não é válido, porque existe uma premissa
argumento válido não precisa ser verdadeira, pois depende de saber se que necessita de algo mais para torná-lo válido. Alguns escritores, muitas
suas premissas são verdadeiras.Tal conclusão não precisa ser uma vezes, deixam de fora uma premissa estritamente necessária no seu
verdade: se fosse assim, seria independente das premissas. Exemplo: conjunto de premissas se ela é amplamente aceita e o escritor não
Todos os gregos são humanos e todos os seres humanos são mortais, pretende indicar o óbvio. Exemplo: Ferro é um metal, por isso, ele irá
portanto, todos os gregos são mortais. Argumento válido, pois se as expandir quando aquecido. (premissa descartada: todos os metais se
premissas são verdadeiras a conclusão deve ser verdadeira. expandem quando aquecidos). Por outro lado, um argumento

Raciocínio Lógico 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
aparentemente válido pode ser encontrado pela falta de uma premissa - Nova teoria científica
um "pressuposto oculto" - o que se descartou pode mostrar uma falha no A ciência é bàsicamente a combinação do raciocínio lógico bom com o
raciocínio. Exemplo: Uma testemunha fundamentada diz “Ninguém saiu conhecimento prático bom de fenômenos naturais reais. Todos os seres
pela porta da frente, exceto o pastor, por isso, o assassino deve ter saído humanos fazem algum raciocínio lógico e têm algum conhecimento prático
pela porta dos fundos”. (hipótese que o pastor não era o assassino). de alguns fenômenos naturais reais, mas na maior parte têm que combinar
Retórica, dialética e diálogos argumentativos ciência com sobrevivência. Alguns povos puderam devotar muito de seu
Considerando que os argumentos são formais (como se encontram em tempo ao raciocínio e/ou a ganhar o conhecimento melhor da natureza e
um livro ou em um artigo de investigação), os diálogos argumentativos são com isso nos legaram contribuições pequenas ou grandes ao desenvolvi-
dinâmicos. Servem como um registro publicado de justificação para uma mento da ciência. http://wwwracimate.blogspot.com.br/
afirmação. Argumentos podem também ser interativos tendo como Em lógica, pode-se distinguir três tipos de raciocínio lógico: dedução,
interlocutor a relação simétrica. As premissas são discutidas, bem como a indução e abdução. Dada uma premissa, uma conclusão, e u-
validade das inferências intermediárias. ma regra segundo a qual apremissa implica a conclusão, eles podem ser
A retórica é a técnica de convencer o interlocutor através da oratória, explicados da seguinte forma:
ou outros meios de comunicação. Classicamente, o discurso no qual se Dedução corresponde a determinar a conclusão. Utiliza-se da regra e
aplica a retórica é verbal, mas há também — e com muita relevância — o sua premissa para chegar a uma conclusão. Exemplo: "Quando chove, a
discurso escrito e o discurso visual. grama fica molhada. Choveu hoje. Portanto, a grama está molhada." É
Dialética significa controvérsia, ou seja, a troca de argumentos e comum associar os matemáticos com este tipo de raciocínio.
contra-argumentos defendendo proposições. O resultado do exercício Indução é determinar a regra. É aprender a regra a partir de diversos
poderá não ser pura e simplesmente arefutação de um dos tópicos exemplos de como a conclusão segue da premissa. Exemplo: "A grama
relevantes do ponto de vista, mas uma síntese ou combinação das ficou molhada todas as vezes em que choveu. Então, se chover amanhã, a
afirmações opostas ou, pelo menos, uma transformação qualitativa na grama ficará molhada." É comum associar os cientistas com este estilo de
direção do diálogo. raciocínio.
Argumentos em várias disciplinas Abdução significa determinar a premissa. Usa-se a conclusão e
As declarações são apresentadas como argumentos em todas as a regra para defender que a premissa poderia explicar a conclusão. Exem-
disciplinas e em todas as esferas da vida. A Lógica está preocupada com o plo: "Quando chove, a grama fica molhada. A grama está molhada, então
que consititui um argumento e quais são as formas de argumentos válidos pode ter chovido." Associa-se este tipo de raciocínio
em todas as interpretações e, portanto, em todas as disciplinas. Não aos diagnosticistas e detetives.
existem diferentes formas válidas de argumento, em disciplinas diferentes.
Argumentos matemáticos Lógica Matemática
A base de verdade matemática tem sido objeto de um longo debate. Imagine que você foi convocado a participar de um júri em
Frege procurou demonstrar, em particular, que as verdades aritméticas um processo criminal e o advogado de defesa apresenta os
podem ser obtidas a partir de lógicas puramente axiomáticas e, por seguintes argumentos:
conseguinte, são, no final, lógicas de verdades. Se um argumento pode ser “Se meu cliente fosse culpado, a faca estaria na gaveta.
expresso sob a forma de frases em Lógica Simbólica, então ele pode ser Ou a faca não estava na gaveta ou José da Silva viu a faca.
testado através da aplicação de provas. Este tem sido realizado Se a faca não estava lá no dia 10 de outubro, segue que José
usando Axioma de Peano. Seja como for, um argumento em Matemática, da Silva não viu a faca. Além disso, se a faca estava lá no dia
como em qualquer outra disciplina, pode ser considerado válido apenas no 10 de outubro, então a faca estava na gaveta e o martelo
caso de poder ser demonstrado que é de uma forma tal que não possa ter estava no celeiro. Mas todos sabemos que o martelo não
verdadeiras premissas e uma falsa conclusão. estava no celeiro. Portanto, senhoras e senhores do júri, meu
Argumentos políticos cliente é inocente.
Um argumento político é um exemplo de uma argumentação lógica Pergunta: O argumento do advogado esta correto? Como
aplicada a política. Argumentos Políticos são utilizados por acadêmicos, você deveria votar o destino do réu?
meios de comunicação social, candidatos a cargos políticos e funcionários E mais fácil responder a essa pergunta reescrevendo o
públicos. Argumentos políticos também são utilizados por cidadãos comuns argumento com a notação de lógica formal, que retira todo o
em interações de comentar e compreender sobre os acontecimentos palavrório que causa confusão e permite que nos concentre-
políticos. mos na argumentação subjacente.
Raciocínio lógico-quantitativo é a conta matemática que é A lógica formal fornece as bases para o método de pensar
possível fazer de cabeça geralmente são problemas organizado e cuidadoso que caracteriza qualquer atividade
matemáticos básicos que a gente resolve só de olhar. racional.
Conceito de raciocínio lógico "Lógica: Coerência de raciocínio, de ideias. Modo de ra-
Raciocínio Lógico ciocinar peculiar a alguém, ou a um grupo. Sequencia coe-
rente, regular e necessária de acontecimentos, de coisas."
Ao procurarmos a solução de um problema quando dispomos de da-
(dicionário Aurélio), portanto podemos dizer que a Lógica e a
dos como um ponto de partida e temos um objetivo a estimularmos, mas
ciência do raciocínio.
não sabemos como chegar a esse objetivo temos um problema. Se sou-
béssemos não haveria problema. 1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS EM LÓGICA MATE-
MÁTICA
É necessário, portanto, que comece por explorar as possibilidades, por
experimentar hipóteses, voltar atrás num caminho e tentar outro. É preciso 1.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
buscar idéias que se conformem à natureza do problema, rejeitar aqueles Partindo-se do contexto histórico, a lógica enquanto ciên-
que não se ajustam a estrutura total da questão e organizar-se. cia do raciocínio pode ser subdividida em duas grandes cor-
Mesmo assim, é impossível ter certeza de que escolheu o melhor ca- rentes, quais sejam: Lógica Clássica e Lógica Formal.
minho. O pensamento tende a ir e vir quando se trata de resolver proble- Enquanto Lógica Clássica esta fundamentada em proces-
mas difíceis. sos não matemáticos, processos não analíticos, sendo que
Mas se depois de examinarmos os dados chegamos a uma conclusão suas verdades advêm de entidades filosóficas. Pode-se dizer
que aceitamos como certa concluímos que estivemos raciocinando. que a Lógica Clássica tem um caráter intuitivo.
Se a conclusão decorre dos dados, o raciocínio é dito lógico.

Raciocínio Lógico 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Enquanto Lógica Formal, a qual encerra dentre outras 2.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA DICOTÔ-
tendências a Lógica Matemática, esta baseada em métodos e MICO OU BIVALENTE:
técnicas matemáticas. A Lógica Matemática constitui em termos gerais um sis-
A Lógica matemática, ou a Lógica Simbólica ou Lógica tema científico de raciocínio, que se baseia em estados biva-
Algorítmica é caracterizada pela axiomatização, pelo simbo- lentes, ou seja, é um sistema dicotômico onde a quaisquer de
lismo e pelo formalismo. Tem seu desenvolvimento na ins- suas entidades pode-se predicar a “verdade” ou a “falsidade”,
tância dos símbolos e passam a analisar o raciocínio segun- sendo estados mutuamente excludentes. Desta forma a partir
do operações e ralações de cálculo específico. de seus axiomas fundamentais e do sistema bivalente esta-
1.2 CÁLCULO PROPOSICIONAL E CÁLCULO DOS belecido desenvolver-se-á um método analítico de raciocínio
PREDICADOS: que objetiva analisar a validade do processo informal a partir
das denominadas primeiras verdades, “primícias”.
A Lógica Matemática é fundamentada pelo cálculo propo-
sicional (ou cálculo dos enunciados, ou cálculo sentencial) e 2.2 DEFINIÇÃO E NOTAÇÃO DE PROPOSIÇÕES NO
pelo cálculo dos predicados. No cálculo sentencial têm-se as CÁLCULO PROPOSICIONAL:
entidades mínimas de análise (proposições ou enunciados) Na linguagem falada ou escrita quatro são os tipos fun-
como elementos geradores. No cálculo dos predicados os damentais de sentenças; quais sejam as imperativas, as
elementos de análise correspondem às chamadas funções exclamativas, interrogativas e as declarativas (afirmativas ou
proposicionais. negativas); tendo em vista que em lógica matemática tem-se
No primeiro caso não se analisa a relação íntima entre o apenas dois estados de verdade, esta tem por objeto de
nome e o predicado da estrutura em análise. Sendo oposto análise as denominadas sentenças declarativas, afirmativas,
no segundo caso. de sentido completo e não elípticas (não ambíguas).

Os símbolos têm significado e usos específicos no cálculo Desta forma toda sentença declarativa, afirmativa de sen-
proposicional. tido completo que expressão um determinado pensamento
são denominado predicados ou enunciados, as quais de
1.2.1 PROPOSIÇÃO, DECLARAÇÃO acordo com o universo relacional onde se encontram é sem-
É todo o conjunto de palavras ou símbolos que exprimem pre possível predicar-se “verdade” ou a “falsidade”.
um pensamento de sentido completo para a qual se associa São exemplos de proposições em lógica:
apenas um dos dois atributos verdadeiro ou falso.
“A filosofia é a lógica dos contrários”
São exemplos de proposições:
“Bananas solitárias são aves volares se e somente se, um
Quatro e maior que cinco. logaritmo vermelho é um abacate feliz”.
Ana e inteligente. “Se todo homem inteligente é uma flor, então flores racio-
São Paulo e uma cidade da região sudeste. nais são homens solitários”.
Existe vida humana em Marte. No cálculo proposicional o que dever ser considerado é a
forma do enunciado e não o significado que esta alcança no
A lua é um satélite da Terra
mundo real.
Recife é capital de Pernambuco
Portanto os exemplos acima permitem afirmar que o nú-
mero de nomes e/ou predicados que constituem as senten-
Exemplos de não proposições: ças declarativas, afirmativas de sentido completo dão origem
às denominadas proposições simples ou proposições com-
Como vai você? postas.
Como isso pode acontecer! 2.3 CARACTERIZAÇÃO, DEFINIÇÃO E NOTAÇÃO DAS
1.3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: PROPOSIÇÕES SIMPLES:
A Lógica Matemática constitui um sistema científico regido Uma proposição simples ou um átomo ou ainda uma pro-
por três leis principais, consideradas princípios fundamentais: posição atômica, constituem a unidade mínima de análise do
cálculo sentencial e corresponde a uma estrutura tal em que
 Princípio da não-contradição: uma proposição não
não existe nenhuma outra proposição como parte integrante
pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
de si próprio. Tais estruturas serão designadas pelas letras
 Princípio do terceiro excluído: toda preposição ou é latinas minúsculas tais como:
verdadeira ou é falsa, isto é, verifica-se sempre um destes
p, q, r, s, u, v, w, p1, p2. . . ¸pn...
casos e nunca um terceiro.
As quais são denominadas letras proposicionais ou variá-
veis enunciativas. Desta forma, pra se indicar que a letra
Neste sistema de raciocínio tem-se estabelecido tão so- proposicional p designa a sentença: “A Matemática é atributo
mente dois “estados de verdade”, isto é, a “verdade” e a “não da lógica”, adota-se a seguinte notação:
verdade”. Portanto a Lógica Matemática é um sistema biva-
p: A matemática é atributo da lógica.
lente ou dicotômico, onde os dois estados de verdade servem
para caracterizar todas as situações possíveis sendo mutua- Observe que a estrutura: “A matemática não é atributo da
mente excludentes (isto é, a ocorrência da primeira exclui a lógica” não corresponde a uma proposição simples, pois
existência da segunda). possui como parte integrante de si outra proposição.
Portanto de uma forma geral pode-se dizer que qualquer 2.4 CARACTERIZAÇÃO, DEFINIÇÃO E NOTAÇÃO DE
entidade (proposição ou enunciado) em Lógica Matemática PROPOSIÇÒES COMPOSTAS:
apresenta apenas dois “estados de verdade” ou será corres- Uma proposição composta, ou uma fórmula proposicional
pondente a “verdade” ou correspondente a “falsidade” não ou uma molécula ou ainda uma proposição molecular é uma
admitindo quaisquer outras hipóteses e nem tão pouco a sentença declarativa, afirmativa, de sentido completo consti-
ocorrência dos dois estados de verdade simultaneamente. tuída de pelo menos um nome ou pelo menos um predicado
2. PROPOSIÇÕES OU ENUNCIADOS - FUNDAMENTA- ou ainda negativa, isto é, são todas as sentenças que possu-
ÇÃO DO CÁLCULO PROPOSICIONAL em como parte integrante de si própria pelo menos uma outra
proposição.

Raciocínio Lógico 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
As proposições compostas serão designadas pelas letras indicar o valor lógico ou valor verdadeiro desta fórmula pro-
latinas maiúsculas tais como: posicional adotar-se-á as notações:
P, Q, R, S, U, V, W, P1, P2. . . Pn... V [ P ( p, q, r,..., p1,..., pn)] = V ou V [ P ( p, q, r,..., p1,...,
Considere as proposições simples: pn)] = F

p: A filosofia é arte É oportuno salientar-se que a lógica matemática não cabe


a obrigação de decidir se uma dada proposição é verdade ou
q: A dialética é ciência. falsidade, isto é, compete aos respectivos especialistas das
Seja, portanto, a proposição composta “A filosofia é arte correspondentes áreas de conhecimento. Contudo a lógica
embora a dialética é a ciência”. tem por obrigação estruturar métodos ou procedimentos de
decisão que permita, num tempo finito, a decisão sobre os
Para se indicar que a dada sentença é designada pela le- valores lógicos de fórmulas proposicionais constituídas de n
tra proposicional P, sendo constituída de p e q componentes
proposições e m raciocínios (sobre o ponto de vista da anali-
adota-se a notação P (p, q): A filosofia é arte embora a dialé-
ticidade de tais processos). A de se observar também, que
tica é a ciência.
validade em lógica matemática corresponde, tão somente a
Observe que uma fórmula proposicional pode ser constitu- avaliação de argumentos dedutivos ou de inferência de ar-
ída de outras fórmulas proposicionais. Além do mais uma gumentos, não tendo sentido associar validade ou legitimida-
letra proposicional pode designar uma única proposição, quer de a proposições ou enunciados.
seja simples ou composta, contudo uma dada proposição
De forma resumida, a validade esta associada à coerên-
pode ser qualificada por quaisquer das letras proposicionais
cia ou a consistência do raciocínio analítico.
num dado universo.
2.6 CARACTERIZAÇÃO, DEFINIÇÃO, NOTAÇÃO DE
Sejam as proposições:
CONECTIVOS LÓGICOS:
p: A lógica condiciona a Matemática
(ou conectivos proposicionais)
q: A dialética fundamenta o pensamento ambíguo.
Vejam os exemplos:
P (p, q): A lógica condiciona a Matemática, mas a dialéti-
“A matemática é a juventude da lógica e a lógica é a ma-
ca fundamenta o pensamento ambíguo.
turidade da matemática”
Q (p, q): A lógica condiciona a Matemática e/ou a dialéti-
“A matemática é a juventude da lógica ou a lógica é a ma-
ca fundamenta o pensamento ambíguo.
turidade da matemática”
Sejam ainda proposições compostas: “A matemática é a juventude da lógica ou a lógica é a ma-
S (P, Q): Se a lógica condiciona a Matemática mas a dia- turidade da matemática e não ambos”
lética fundamente o pensamento ambíguo, então a Lógica “Se a matemática é a juventude da lógica, então a lógica
condiciona a matemática e/ou a dialética fundamente o pen-
é a maturidade da matemática”.
samento ambíguo.
“A matemática é a juventude da lógica se, e somente se,
De forma simbólica tem-se que;
a lógica é a maturidade da matemática”.
P (p, q): p mas q
“Não é fato que a matemática é a juventude da lógica”
Q (p, q): p e/ou q
Designamos as proposições simples:
S (P, Q):Se p mas q, então p e/ou q
p: A matemática é a juventude da lógica
Observe que: S (P, Q) é análoga a S (p, q).
q: A lógica é a maturidade da matemática
2.5 VERDADE E VALIDADE:
Tem-se que:
(Valor lógico ou valor verdade das proposições)
P (p, q): p e q.
Partindo-se do fato de que a lógica matemática é um sis- Q (p, q): p ou q.
tema científico de raciocínios, bivalentes e dicotômicos, em
que existem apenas dois “estados de verdade” capazes de R (p, q): p ou q, e não ambos.
gerar todos os resultados possíveis, a “verdade” corresponde S (p, q): Se p, então q.
a afirmações do fato enquanto tal, sendo a “falsidade” a con-
tradição ou a negação do fato enquanto tal. Assim a verdade W (p, q): p se, e somente se q.
ou a falsidade, corresponde respectivamente ao “verdadeiro” P1 (p): não p
ou “falso”, segundo o referencial teórico que institui as deter- Observe que as fórmulas proposicionais ou proposições
minadas entidades “proposições” ou “enunciados”, de um compostas anteriormente apresentadas foram obtidas a partir
dado universo relacional. de duas proposições simples quaisquer, unidas pelo conjunto
Em resumo, a verdade é a afirmação do fato e a falsidade de palavras, quando utilizadas para estabelecer a conexão
é a negação do fato estabelecido. entre duas ou mais proposições (simples ou compostas), são
denominadas conectivos lógicos ou conectivos proposicio-
nais, os quais definem classes de fórmulas proposicionais
Dada uma proposição simples qualquer, designar, por e- específicas.
xemplo, pela letra proposicional p, tem-se pelos princípios
Prof.a Paula Francis Benevides
fundamentais que tal proposição será a verdade (V) ou a
falsidade (F) não se admitindo outra hipótese, e, nem tão Símbolos
pouco a ocorrência dos dois estados simultaneamente, por-
tanto, para denotar tais situações, adotar-se-á a simboliza-
ção: ∼ não
V ( p ) = V (valor lógico de p é igual à verdade) ou V ( p )
=F. ∧ e
Considere uma proposição composta P, constituída das
proposições simples p, q, r,...., p1,...., pn componentes. Para

Raciocínio Lógico 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
são válidos e outros não e ensina-nos a argumentar correc-
∨ ou tamente. E isto é fundamental para a filosofia.
O que é um argumento?
→ se ... então Um argumento é um conjunto de proposições que utiliza-
mos para justificar (provar, dar razão, suportar) algo. A pro-
↔ se e somente se posição que queremos justificar tem o nome de conclusão; as
proposições que pretendem apoiar a conclusão ou a justifi-
cam têm o nome de premissas.
| tal que
Supõe que queres pedir aos teus pais um aumento da
"mesada". Como justificas este aumento? Recorrendo a ra-
⇒ implica zões, não é? Dirás qualquer coisa como:

⇔ equivalente Os preços no bar da escola subiram;


como eu lancho no bar da escola, o lanche
fica me mais caro. Portanto, preciso de um
∃ existe aumento da "mesada".

existe um e somente Temos aqui um argumento, cuja conclusão é: "preciso de


∃| um aumento da 'mesada'". E como justificas esta conclusão?
um Com a subida dos preços no bar da escola e com o facto de
lanchares no bar. Então, estas são as premissas do teu ar-
qualquer que seja gumento, são as razões que utilizas para defender a conclu-
∀ são.

Este exemplo permite-nos esclarecer outro aspecto dos


Valor lógi- argumentos, que é o seguinte: embora um argumento seja
Símbolo Expressão
co um conjunto de proposições, nem todos os conjuntos de
proposições são argumentos. Por exemplo, o seguinte con-
Negação ,¬,~ não, é falso, não é verdade que junto de proposições não é um argumento:
ou '
Conjunção e, mas , também, além disso Eu lancho no bar da escola, mas o João não.
A Joana come pipocas no cinema.
Disjunção ou O Rui foi ao museu.
Condicional se...então, implica, logo, somente se
Neste caso, não temos um argumento, porque não há ne-
Bi- ...se, e somente se...; ...é condição nhuma pretensão de justificar uma proposição com base nas
condicional necessária que ... outras. Nem há nenhuma pretensão de apresentar um con-
junto de proposições com alguma relação entre si. Há apenas
uma sequência de afirmações. E um argumento é, como já
ALGUMAS NOÇÕES DE LÓGICA vimos, um conjunto de proposições em que se pretende que
uma delas seja sustentada ou justificada pelas outras — o
António Aníbal Padrão
que não acontece no exemplo anterior.
Introdução
Todas as disciplinas têm um objecto de estudo. O objeto Um argumento pode ter uma ou mais premissas, mas só
de estudo de uma disciplina é aquilo que essa disciplina es- pode ter uma conclusão.
tuda. Então, qual é o objecto de estudo da lógica? O que é
que a lógica estuda? A lógica estuda e sistematiza a validade Exemplos de argumentos com uma só premissa:
ou invalidade da argumentação. Também se diz que estuda
inferências ou raciocínios. Podes considerar que argumentos, Exemplo 1
inferências e raciocínios são termos equivalentes.
Premissa: Todos os portugueses são europeus.
Muito bem, a lógica estuda argumentos. Mas qual é o in-
Conclusão: Logo, alguns europeus são portugueses.
teresse disso para a filosofia? Bem, tenho de te lembrar que
a argumentação é o coração da filosofia. Em filosofia temos a
liberdade de defender as nossas ideias, mas temos de sus- Exemplo 2
tentar o que defendemos com bons argumentos e, é claro,
também temos de aceitar discutir os nossos argumentos. Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.
Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano.
Os argumentos constituem um dos três elementos cen-
trais da filosofia. Os outros dois são os problemas e as teori- Exemplos de argumentos com duas premissas:
as. Com efeito, ao longo dos séculos, os filósofos têm procu-
rado resolver problemas, criando teorias que se apoiam em Exemplo 1
argumentos.
Premissa 1: Se o João é um aluno do 11.º ano, então es-
Estás a ver por que é que o estudo dos argumentos é im- tuda filosofia.
portante, isto é, por que é que a lógica é importante. É impor- Premissa 2: O João é um aluno do 11.º ano.
tante, porque nos ajuda a distinguir os argumentos válidos Conclusão: Logo, o João estuda filosofia.
dos inválidos, permite-nos compreender por que razão uns

Raciocínio Lógico 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exemplo 2 jam premissas ou conclusões de argumentos. Por exemplo,
se eu disser:
Premissa 1: Se não houvesse vida para além da morte,
então a vida não faria sentido. Depois de se separar do dono, o cão nunca mais foi o
Premissa 2: Mas a vida faz sentido. mesmo. Então, um dia ele partiu e nunca mais foi visto.
Conclusão: Logo, há vida para além da morte. Admitindo que não morreu, onde estará?

Exemplo 3: O que se segue à palavra "Então" não é conclusão de ne-


nhum argumento, e o que segue a "Admitindo que" não é
Premissa 1: Todos os minhotos são portugueses. premissa, pois nem sequer tenho aqui um argumento. Por
Premissa 2: Todos os portugueses são europeus. isso, embora seja útil, deves usar a informação do quadro de
Conclusão: Todos os minhotos são europeus. indicadores de premissa e de conclusão criticamente e não
de forma automática.
É claro que a maior parte das vezes os argumentos Proposições e frases
não se apresentam nesta forma. Repara, por exemplo, no
argumento de Kant a favor do valor objectivo da felicida- Um argumento é um conjunto de proposições. Quer as
de, tal como é apresentado por Aires Almeida et al. premissas quer a conclusão de um argumento são proposi-
(2003b) no site de apoio ao manual A Arte de Pensar: ções. Mas o que é uma proposição?

"De um ponto de vista imparcial, cada pessoa é um fim Uma proposição é o pensamento que uma frase
em si. Mas se cada pessoa é um fim em si, a felicidade de declarativa exprime literalmente.
cada pessoa tem valor de um ponto de vista imparcial e
não apenas do ponto de vista de cada pessoa. Dado que Não deves confundir proposições com frases. Uma frase
cada pessoa é realmente um fim em si, podemos concluir é uma entidade linguística, é a unidade gramatical mínima de
que a felicidade tem valor de um ponto de vista imparcial." sentido. Por exemplo, o conjunto de palavras "Braga é uma"
não é uma frase. Mas o conjunto de palavras "Braga é uma
Neste argumento, a conclusão está claramente identifica- cidade" é uma frase, pois já se apresenta com sentido grama-
da ("podemos concluir que..."), mas nem sempre isto aconte- tical.
ce. Contudo, há certas expressões que nos ajudam a perce-
ber qual é a conclusão do argumento e quais são as premis- Há vários tipos de frases: declarativas, interrogativas, im-
sas. Repara, no argumento anterior, na expressão "dado perativas e exclamativas. Mas só as frases declarativas ex-
que". Esta expressão é um indicador de premissa: ficamos a primem proposições. Uma frase só exprime uma proposição
saber que o que se segue a esta expressão é uma premissa quando o que ela afirma tem valor de verdade.
do argumento. Também há indicadores de conclusão: dois
dos mais utilizados são "logo" e "portanto". Por exemplo, as seguintes frases não exprimem proposi-
ções, porque não têm valor de verdade, isto é, não são ver-
Um indicador é um articulador do discurso, é uma palavra dadeiras nem falsas:
ou expressão que utilizamos para introduzir uma razão (uma
premissa) ou uma conclusão. O quadro seguinte apresenta 1. Que horas são?
alguns indicadores de premissa e de conclusão: 2. Traz o livro.
3. Prometo ir contigo ao cinema.
4. Quem me dera gostar de Matemática.
Indicadores de premis- Indicadores de conclu-
sa são Mas as frases seguintes exprimem proposições, porque
têm valor de verdade, isto é, são verdadeiras ou falsas, ainda
que, acerca de algumas, não saibamos, neste momento, se
pois por isso são verdadeiras ou falsas:
porque por conseguinte
dado que implica que 1. Braga é a capital de Portugal.
como foi dito logo 2. Braga é uma cidade minhota.
visto que portanto 3. A neve é branca.
devido a então 4. Há seres extraterrestres inteligentes.
a razão é que daí que
admitindo que segue-se que A frase 1 é falsa, a 2 e a 3 são verdadeiras. E a 4? Bem,
sabendo-se que pode-se inferir que não sabemos qual é o seu valor de verdade, não sabemos se
assumindo que consequentemente é verdadeira ou falsa, mas sabemos que tem de ser verdadei-
ra ou falsa. Por isso, também exprime uma proposição.

É claro que nem sempre as premissas e a conclusão são Uma proposição é uma entidade abstracta, é o pensa-
precedidas por indicadores. Por exemplo, no argumento: mento que uma frase declarativa exprime literalmente. Ora,
um mesmo pensamento pode ser expresso por diferentes
O Mourinho é treinador de futebol e ganha mais de 100000 frases. Por isso, a mesma proposição pode ser expressa por
euros por mês. Portanto, há treinadores de futebol que ga- diferentes frases. Por exemplo, as frases "O governo demitiu
nham mais de 100000 euros por mês. o presidente da TAP" e "O presidente da TAP foi demitido
pelo governo" exprimem a mesma proposição. As frases
A conclusão é precedida do indicador "Portanto", mas as seguintes também exprimem a mesma proposição: "A neve é
premissas não têm nenhum indicador. branca" e "Snow is white".

Por outro lado, aqueles indicadores (palavras e expres-


sões) podem aparecer em frases sem que essas frases se-

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Ambiguidade e vagueza Este argumento é válido, pois é impossível que a pre-
missa seja verdadeira e a conclusão falsa. Ao contrário do
Para além de podermos ter a mesma proposição expres- argumento que envolve o Mourinho, neste não podemos
sa por diferentes frases, também pode acontecer que a imaginar nenhuma circunstância em que a premissa seja
mesma frase exprima mais do que uma proposição. Neste verdadeira e a conclusão falsa. Podes imaginar o caso em
caso dizemos que a frase é ambígua. A frase "Em cada dez que o João não é aluno do 11.º ano. Bem, isto significa
minutos, um homem português pega numa mulher ao colo" é que a conclusão é falsa, mas a premissa também é falsa.
ambígua, porque exprime mais do que uma proposição: tanto
pode querer dizer que existe um homem português (sempre o
mesmo) que, em cada dez minutos, pega numa mulher ao Repara, agora, no seguinte argumento:
colo, como pode querer dizer que, em cada dez minutos, um
homem português (diferente) pega numa mulher ao colo (a Premissa 1: Todos os números primos são pares.
sua). Premissa 2: Nove é um número primo.
Conclusão: Logo, nove é um número par.
Por vezes, deparamo-nos com frases que não sabemos
com exactidão o que significam. São as frases vagas. Uma Este argumento é válido, apesar de quer as premissas
frase vaga é uma frase que dá origem a casos de fronteira quer a conclusão serem falsas. Continua a aplicar-se a noção
indecidíveis. Por exemplo, "O professor de Filosofia é calvo" é de validade dedutiva anteriormente apresentada: é impossí-
uma frase vaga, porque não sabemos a partir de quantos vel que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.
cabelos é que podemos considerar que alguém é calvo. Qui- A validade de um argumento dedutivo depende da conexão
nhentos? Cem? Dez? Outro exemplo de frase vaga é o se- lógica entre as premissas e a conclusão do argumento e não
guinte: "Muitos alunos tiveram negativa no teste de Filosofia". do valor de verdade das proposições que constituem o argu-
Muitos, mas quantos? Dez? Vinte? Em filosofia devemos mento. Como vês, a validade é uma propriedade diferente da
evitar as frases vagas, pois, se não comunicarmos com exac- verdade. A verdade é uma propriedade das proposições que
tidão o nosso pensamento, como é que podemos esperar que constituem os argumentos (mas não dos argumentos) e a
os outros nos compreendam? validade é uma propriedade dos argumentos (mas não das
proposições).
Validade e verdade
A verdade é uma propriedade das proposições. A valida- Então, repara que podemos ter:
de é uma propriedade dos argumentos. É incorrecto falar em
proposições válidas. As proposições não são válidas nem Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
inválidas. As proposições só podem ser verdadeiras ou fal- são verdadeira;
sas. Também é incorrecto dizer que os argumentos são ver-
dadeiros ou que são falsos. Os argumentos não são verda- Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão fal-
deiros nem falsos. Os argumentos dizem-se válidos ou inváli- sa;
dos.
Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão
Quando é que um argumento é válido? Por agora, referirei verdadeira;
apenas a validade dedutiva. Diz-se que um argumento dedu-
tivo é válido quando é impossível que as suas premissas Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Repara que, para um clusão verdadeira;
argumento ser válido, não basta que as premissas e a con-
clusão sejam verdadeiras. É preciso que seja impossível que Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
sendo as premissas verdadeiras, a conclusão seja falsa. clusão falsa;

Considera o seguinte argumento: Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão


falsa; e
Premissa 1: Alguns treinadores de futebol ganham mais
de 100000 euros por mês. Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
Premissa 2: O Mourinho é um treinador de futebol. verdadeira.
Conclusão: Logo, o Mourinho ganha mais de 100000
euros por mês.
Mas não podemos ter:
Neste momento (Julho de 2004), em que o Mourinho é
Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
treinador do Chelsea e os jornais nos informam que ganha
são falsa.
muito acima de 100000 euros por mês, este argumento tem
premissas verdadeiras e conclusão verdadeira e, contudo,
não é válido. Não é válido, porque não é impossível que as Como podes determinar se um argumento dedutivo é vá-
premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Podemos lido? Podes seguir esta regra:
perfeitamente imaginar uma circunstância em que o Mourinho
ganhasse menos de 100000 euros por mês (por exemplo, o Mesmo que as premissas do argumento não sejam verda-
Mourinho como treinador de um clube do campeonato regio- deiras, imagina que são verdadeiras. Consegues imaginar
nal de futebol, a ganhar 1000 euros por mês), e, neste caso, alguma circunstância em que, considerando as premissas
a conclusão já seria falsa, apesar de as premissas serem verdadeiras, a conclusão é falsa? Se sim, então o argumento
verdadeiras. Portanto, o argumento é inválido. não é válido. Se não, então o argumento é válido.

Considera, agora, o seguinte argumento, anteriormente Lembra-te: num argumento válido, se as premissas forem
apresentado: verdadeiras, a conclusão não pode ser falsa.

Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.


Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano.

Raciocínio Lógico 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Argumentos sólidos e argumentos bons O que temos aqui? O seguinte argumento:
Em filosofia não é suficiente termos argumentos válidos,
pois, como viste, podemos ter argumentos válidos com con- Preciso de um aumento da "mesada".
clusão falsa (se pelo menos uma das premissas for falsa). Logo, preciso de um aumento da "mesada".
Em filosofia pretendemos chegar a conclusões verdadeiras.
Por isso, precisamos de argumentos sólidos. Afinal, querias justificar o aumento da "mesada" (conclu-
são) e não conseguiste dar nenhuma razão plausível para
Um argumento sólido é um argumento válido esse aumento. Limitaste-te a dizer "Porque sim", ou seja,
com premissas verdadeiras. "Preciso de um aumento da 'mesada', porque preciso de um
aumento da 'mesada'". Como vês, trata-se de um argumento
muito mau, pois com um argumento deste tipo não conse-
Um argumento sólido não pode ter conclusão falsa, pois, gues persuadir ninguém.
por definição, é válido e tem premissas verdadeiras; ora, a
validade exclui a possibilidade de se ter premissas verdadei-
ras e conclusão falsa. Mas não penses que só os argumentos em que a conclu-
são repete a premissa é que são maus. Um argumento é mau
(ou fraco) se as premissas não forem mais plausíveis do que
O seguinte argumento é válido, mas não é sólido: a conclusão. É o que acontece com o seguinte argumento:
Todos os minhotos são alentejanos. Se a vida não faz sentido, então Deus não
Todos os bracarenses são minhotos. existe.
Logo, todos os bracarenses são alenteja- Mas Deus existe.
nos. Logo, a vida faz sentido.
Este argumento não é sólido, porque a primeira premissa Este argumento é válido, mas não é um bom argumento,
é falsa (os minhotos não são alentejanos). E é porque tem porque as premissas não são menos discutíveis do que a
uma premissa falsa que a conclusão é falsa, apesar de o conclusão.
argumento ser válido.
Para que um argumento seja bom (ou forte), as premissas
O seguinte argumento é sólido (é válido e tem premissas têm de ser mais plausíveis do que a conclusão, como acon-
verdadeiras): tece no seguinte exemplo:
Todos os minhotos são portugueses. Se não se aumentarem os níveis de exigência de estudo e de
Todos os bracarenses são minhotos. trabalho dos alunos no ensino básico, então os alunos conti-
Logo, todos os bracarenses são portugue- nuarão a enfrentar dificuldades quando chegarem ao ensino
ses. secundário.
Também podemos ter argumentos sólidos deste tipo: Ora, não se aumentaram os níveis de exigência de estudo e
de trabalho dos alunos no ensino básico.
Sócrates era grego.
Logo, Sócrates era grego. Logo, os alunos continuarão a enfrentar dificuldades quando
chegarem ao ensino secundário.
(É claro que me estou a referir ao Sócrates, filósofo grego
e mestre de Platão, e não ao Sócrates, candidato a secretário Este argumento pode ser considerado bom (ou forte),
geral do Partido Socialista. Por isso, a premissa e a conclu- porque, além de ser válido, tem premissas menos discutíveis
são são verdadeiras.) do que a conclusão.
Este argumento é sólido, porque tem premissa verdadeira As noções de lógica que acabei de apresentar são ele-
e é impossível que, sendo a premissa verdadeira, a conclu- mentares, é certo, mas, se as dominares, ajudar-te-ão a fazer
são seja falsa. É sólido, mas não é um bom argumento, por- um melhor trabalho na disciplina de Filosofia e, porventura,
que a conclusão se limita a repetir a premissa. noutras.
Um argumento bom (ou forte) é um argumento válido per-
Proposições simples e compostas
suasivo (persuasivo, do ponto de vista racional).
As proposições simples ou atômicas são assim caracteri-
Fica agora claro por que é que o argumento "Sócrates era
zadas por apresentarem apenas uma idéia. São indicadas
grego; logo, Sócrates era grego", apesar de sólido, não é um
pelas letras minúsculas: p, q, r, s, t...
bom argumento: a razão que apresentamos a favor da con-
clusão não é mais plausível do que a conclusão e, por isso, o
argumento não é persuasivo. As proposições compostas ou moleculares são assim ca-
racterizadas por apresentarem mais de uma proposição co-
nectadas pelos conectivos lógicos. São indicadas pelas letras
Talvez recorras a argumentos deste tipo, isto é, argumen-
maiúsculas: P, Q, R, S, T...
tos que não são bons (apesar de sólidos), mais vezes do que
imaginas. Com certeza, já viveste situações semelhantes a
esta: Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando que
a proposição composta Q é formada pelas proposições sim-
ples r, s e t.
— Pai, preciso de um aumento da "mesa-
da". Exemplo:
— Porquê? Proposições simples:
— Porque sim. p: O número 24 é múltiplo de 3.
q: Brasília é a capital do Brasil.

Raciocínio Lógico 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


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r: 8 + 1 = 3 . 3 Silogismo é o raciocínio composto de três proposições,
s: O número 7 é ímpar dispostas de tal maneira que a terceira, chamada conclusão,
t: O número 17 é primo deriva logicamente das duas primeiras, chamadas premissas.
Proposições compostas
P: O número 24 é divisível por 3 e 12 é o dobro de 24. Todo silogismo regular contém, portanto, três proposi-
Q: A raiz quadrada de 16 é 4 e 24 é múltiplo de 3. ções nas quais três termos são comparados, dois a dois.
R(s, t): O número 7 é ímpar e o número 17 é primo. Exemplo: toda a virtude é louvável; ora, a caridade é uma
virtude; logo, a caridade é louvável (1).
Noções de Lógica
Sérgio Biagi Gregório 5. SOFISMA

1. CONCEITO DE LÓGICA Sofisma é um raciocínio falso que se apresenta com apa-


rência de verdadeiro. Todo erro provém de um raciocínio
Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte ilegítimo, portanto, de um sofisma.
de aplicá-los à pesquisa e à demonstração da verdade.
O erro pode derivar de duas espécies de causas:
Diz-se que a lógica é uma ciência porque constitui um das palavras que o exprimem ou das idéias que o constitu-
sistema de conhecimentos certos, baseados em princípios em. No primeiro, os sofismas de palavras ou verbais; no
universais. Formulando as leis ideais do bem pensar, a lógica segundo, os sofismas de idéias ou intelectuais.
se apresenta como ciência normativa, uma vez que seu obje-
to não é definir o que é, mas o que deve ser, isto é, Exemplo de sofisma verbal: usar mesma palavra com
as normas do pensamento correto. duplo sentido; tomar a figura pela realidade.

A lógica é também uma arte porque, ao mesmo tempo Exemplo de sofisma intelectual: tomar por essencial o
que define os princípios universais do pensamento, estabele- que é apenas acidental; tomar por causa um simples ante-
ce as regras práticas para o conhecimento da verdade (1). cedente ou mera circunstância acidental (3).

2. EXTENSÃO E COMPREENSÃO DOS CONCEITOS


Lógica De Primeira Ordem
Ao examinarmos um conceito, em termos lógicos, deve-
mos considerar a sua extensão e a sua compreensão. A linguagem da lógica proposicional não é adequada para
representar relações entre objetos. Por exemplo, se fôsse-
Vejamos, por exemplo, o conceito homem. mos usar uma linguagem proposicional para representar
"João é pai de Maria e José é pai de João" usaríamos duas
A extensão desse conceito refere-se a todo o conjunto de letras sentenciais diferentes para expressar idéias semelhan-
indivíduos aos quais se possa aplicar a designação homem. tes (por exemplo, P para simbolizar "João é pai de Maria "e Q
para simbolizar "José é pai de João" ) e não estaríamos cap-
A compreensão do conceito homem refere-se ao conjun- tando com esta representação o fato de que as duas frases
to de qualidades que um indivíduo deve possuir para ser falam sobre a mesma relação de parentesco entre João e
designado pelo termo homem: animal, vertebrado, mamífero, Maria e entre José e João. Outro exemplo do limite do poder
bípede, racional. de expressão da linguagem proposicional, é sua incapacida-
de de representar instâncias de um propriedade geral. Por
Esta última qualidade é aquela que efetivamente distingue exemplo, se quiséssemos representar em linguagem proposi-
o homem dentre os demais seres vivos (2). cional "Qualquer objeto é igual a si mesmo " e "3 é igual a 3",
usaríamos letras sentenciais distintas para representar cada
3. JUÍZO E O RACIOCÍNIO uma das frases, sem captar que a segunda frase é uma ins-
tância particular da primeira. Da mesma forma, se por algum
Entende-se por juízo qualquer tipo de afirmação ou nega- processo de dedução chegássemos à conclusão que um
ção entre duas idéias ou dois conceitos. Ao afirmarmos, por indivíduo arbitrário de um universo tem uma certa proprieda-
exemplo, que “este livro é de filosofia”, acabamos de for- de, seria razoável querermos concluir que esta propriedade
mular um juízo. vale para qualquer indivíduo do universo. Porém, usando
uma linguagem proposicional para expressar "um indivíduo
O enunciado verbal de um juízo é denomina- arbitrário de um universo tem uma certa propriedade " e "esta
do proposição ou premissa. propriedade vale para qualquer indivíduo do universo" usarí-
amos dois símbolos proposicionais distintos e não teríamos
Raciocínio - é o processo mental que consiste em coor- como concluir o segundo do primeiro.
denar dois ou mais juízos antecedentes, em busca de um
juízo novo, denominado conclusão ou inferência. A linguagem de primeira ordem vai captar relações entre
indivíduos de um mesmo universo de discurso e a lógica de
Vejamos um exemplo típico de raciocínio: primeira ordem vai permitir concluir particularizações de uma
1ª) premissa - o ser humano é racional; propriedade geral dos indivíduos de um universo de discurso,
2ª) premissa - você é um ser humano; assim como derivar generalizações a partir de fatos que va-
conclusão - logo, você é racional. lem para um indivíduo arbitrário do universo de discurso.
Para ter tal poder de expressão, a linguagem de primeira
O enunciado de um raciocínio através da linguagem fala- ordem vai usar um arsenal de símbolos mais sofisticado do
da ou escrita é chamado de argumento. Argumentar signifi- que o da linguagem proposicional.
ca, portanto, expressar verbalmente um raciocínio (2).
Considere a sentença "Todo objeto é igual a si mesmo".
4. SILOGISMO
Esta sentença fala de uma propriedade (a de ser igual a si
mesmo) que vale para todos os indivíduos de um universo de
discurso, sem identificar os objetos deste universo.

Raciocínio Lógico 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Sistemas que vão além dessas duas distinções
Considere agora a sentença "Existem números naturais (verdadeiro e falso) são conhecidos como lógicas não-
que são pares". aristotélicas, ou lógica de vários valores (ou então lógicas
polivaluadas, ou ainda polivalentes).
Esta sentença fala de um propriedade (a de ser par) que
vale para alguns (pelo menos um dos) indivíduos do universo No início do século 20, Jan Łukasiewicz investigou a
dos números naturais, sem, no entanto, falar no número" 0" extensão dos tradicionais valores verdadeiro/falso para incluir
ou "2" ou "4",etc em particular. um terceiro valor, "possível".

Para expressar propriedades gerais (que valem para to- Lógicas como a lógica difusa foram então desenvolvidas
dos os indivíduos) ou existenciais (que valem para alguns com um número infinito de "graus de verdade",
indivíduos) de um universo são utilizados os quantificadores representados, por exemplo, por um número real entre 0 e 1.
∀ (universal) e ∃ (existencial), respectivamente. Estes quanti- Probabilidade bayesiana pode ser interpretada como um
ficadores virão sempre seguidos de um símbolo de variável, sistema de lógica onde probabilidade é o valor verdade
captando, desta forma, a idéia de estarem simbolizando as subjetivo.
palavras "para qualquer" e "para algum".
O principal objetivo será a investigação da validade de
Considere as sentenças: ARGUMENTOS: conjunto de enunciados dos quais um é a
"Sócrates é homem" CONCLUSÃO e os demais PREMISSAS. Os argumentos
"Todo aluno do departamento de Ciência da Computação estão tradicionalmente divididos em DEDUTIVOS e INDUTI-
estuda lógica" VOS.

A primeira frase fala de uma propriedade (ser homem) de ARGUMENTO DEDUTIVO: é válido quando suas premis-
um indivíduo distinguido ("Sócrates") de um domínio de dis- sas, se verdadeiras, a conclusão é também verdadeira.
curso. A segunda frase fala sobre objetos distiguidos "depar- Premissa : "Todo homem é mortal."
tamento de Ciência da Computação" e "lógica". Tais objetos Premissa : "João é homem."
poderão ser representados usando os símbolos , soc para Conclusão : "João é mortal."
"Sócrates", cc para "departamento de Ciência da Computa-
ção", lg para "lógica".Tais símbolos são chamados de símbo- ARGUMENTO INDUTIVO: a verdade das premissas não
los de constantes. basta para assegurar a verdade da conclusão.
Premissa : "É comum após a chuva ficar nublado."
As propriedades "ser aluno de ", "estuda" relacionam ob- Premissa : "Está chovendo."
jetos do universo de discurso considerado, isto é, "ser aluno Conclusão: "Ficará nublado."
de " relaciona os indivíduos de uma universidade com os
seus departamentos, "estuda" relaciona os indivíduos de As premissas e a conclusão de um argumento, formula-
uma universidade com as matérias. Para representar tais das em uma linguagem estruturada, permitem que o argu-
relações serão usados símbolos de predicados (ou relações). mento possa ter uma análise lógica apropriada para a verifi-
Nos exemplos citados podemos usar Estuda e Aluno que cação de sua validade. Tais técnicas de análise serão trata-
são símbolos de relação binária. As relações unárias expres- das no decorrer deste roteiro.
sam propriedades dos indivíduos do universo (por exemplo
"ser par","ser homem"). A relação "ser igual a" é tratata de OS SÍMBOLOS DA LINGUAGEM DO CÁLCULO PRO-
forma especial, sendo representada pelo símbolo de igualda- POSICIONAL
de ≈. • VARIÁVEIS PROPOSICIONAIS: letras latinas minús-
culas p,q,r,s,.... para indicar as proposições (fórmulas
Desta forma podemos simbolizar as sentenças considera- atômicas) .
das nos exemplos da seguinte forma:
- "Todo mundo é igual a si mesmo " por ∀x x≈x; Exemplos: A lua é quadrada: p
- "Existem números naturais que são pares" por A neve é branca : q
∃xPar(x);
- "Sócrates é homem" por Homem(soc); • CONECTIVOS LÓGICOS: As fórmulas atômicas po-
- "Todo aluno do departamento de Ciência da Computa- dem ser combinadas entre si e, para representar tais
ção estuda lógica" por∀x(Aluno(x,cc) →Estuda (x,lg)). combinações usaremos os conectivos lógicos:
∧: e , ∨: ou , → : se...então , ↔ : se e somente se , ∼: não
Já vimos como representar objetos do domínio através de
constantes.Uma outra maneira de representá-los é atravez do Exemplos:
uso de símbolos de função. • A lua é quadrada e a neve é branca. : p ∧ q (p e q são cha-
mados conjuntos)
Por exemplo podemos representar os números naturais • A lua é quadrada ou a neve é branca. : p ∨ q ( p e q são
"1", "2", "3", etc através do uso de símbolo de função, diga- chamados disjuntos)
mos, suc, que vai gerar nomes para os números naturais "1", • Se a lua é quadrada então a neve é branca. : p → q (p é o
"2", "3", etc. a partir da constante 0, e. g., "1" vai ser denotado antecedente e q o conseqüente)
por suc(0), "3" vai ser denotado por suc(suc(suc(0))), etc. • A lua é quadrada se e somente se a neve é branca. : p ↔ q
Seqüências de símbolos tais como suc(0) e suc(suc(suc(0))) • A lua não é quadrada. : ∼p
são chamadas termos.
• SÍMBOLOS AUXILIARES: ( ), parênteses que servem
Assim, a frase "Todo número natural diferente de zero é para denotar o "alcance" dos conectivos;
sucessor de um número natural" pode ser simbolizada por
∀x(¬x≈0 →∃ysuc(y)≈x). Fonte: UFRJ Exemplos:
• Se a lua é quadrada e a neve é branca então a lua
Lógica De Vários Valores não é quadrada.: ((p ∧ q) → ∼ p)
• A lua não é quadrada se e somente se a neve é

Raciocínio Lógico 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
branca.: ((∼
∼ p) ↔q)) Temas comuns em paradoxos incluem auto-referências
diretas e indiretas, infinitudes, definições circulares e
• DEFINIÇÃO DE FÓRMULA : confusão nos níveis de raciocínio.
1. Toda fórmula atômica é uma fórmula.
2. Se A e B são fórmulas então (A ∨ B), (A ∧ B), (A → B), W. V. Quine (1962) distingüe três classes de paradoxos:
(A ↔ B) e (∼
∼ A) também são fórmulas. Os paradoxos verídicos produzem um resultado que
3. São fórmulas apenas as obtidas por 1. e 2. . parece absurdo embora seja demonstravelmente
verdadeiro. Assim, o paradoxo do aniversário de
Com o mesmo conectivo adotaremos a convenção pela Frederic na opereta The Pirates of Penzance
direita. estabelece o fato surpreendente de que uma pessoa
pode ter mais do que N anos em seu N-ésimo
Exemplo: a fórmula p ∨ q ∧ ∼ r → p → ∼ q deve ser entendida aniversário. Da mesma forma, o teorema da
como (((p ∨ q) ∧ (∼
∼ r)) → ( p → (∼
∼ q))) impossibilidade de Arrow envolve o comportamento de
sistemas de votação que é surpreendente mas, ainda
assim, verdadeiro.
Paradoxo Os paradoxos falsídicos estabelecem um resultado que
O frasco com auto-fluxo de Robert Boyle preenche a si
não somente parece falso como também o é
próprio neste diagrama, mas máquinas de moto contínuo não
demonstravelmente – há uma falácia da demonstração
existem.
pretendida. As várias provas inválidas (e.g., que 1 = 2)
são exemplos clássicos, geralmente dependendo de
Um paradoxo é uma declaração aparentemente
uma divisão por zero despercebida. Outro exemplo é o
verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma
paradoxo do cavalo.
situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples,
Um paradoxo que não pertence a nenhuma das classes
um paradoxo é "o oposto do que alguém pensa ser a
acima pode ser uma antinomia, uma declaração que
verdade". A identificação de um paradoxo baseado em
chega a um resultado auto-contraditório aplicando
conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes,
apropriadamente meios aceitáveis de raciocínio. Por
auxiliado significativamente o progresso da ciência, filosofia e
exemplo, o paradoxo de Grelling-Nelson aponta
matemática.
problemas genuínos na nossa compreensão das
idéias de verdade e descrição.
A etimologia da palavra paradoxo pode ser traçada a
textos que remontam à aurora da Renascença, um período
de acelerado pensamento científico na Europa e Ásia que Proposição
começou por volta do ano de 1500. As primeiras formas da
palavra tiveram por base a palavra latina paradoxum, mas Segundo Quine, toda proposição é uma frase mas nem
também são encontradas em textos em grego como toda frase é uma proposição; uma frase é uma proposição
paradoxon (entretanto, o Latim é fortemente derivado do apenas quando admite um dos dois valores lógicos: Falso
alfabeto grego e, além do mais, o Português é também (F)ou Verdadeiro (V). Exemplos:
derivado do Latim romano, com a adição das letras "J" e "U"). Frases que não são proposições
A palavra é composta do prefixo para-, que quer dizer Pare!
"contrário a", "alterado" ou "oposto de", conjungada com o Quer uma xícara de café?
sufixo nominal doxa, que quer dizer "opinião". Compare com Eu não estou bem certo se esta cor me agrada
ortodoxia e heterodoxo. Frases que são proposições
A lua é o único satélite do planeta terra (V)
Na filosofia moral, o paradoxo tem um papel central nos A cidade de Salvador é a capital do estado do Amazonas
debates sobre ética. Por exemplo, a admoestação ética para (F)
"amar o seu próximo" não apenas contrasta, mas está em O numero 712 é ímpar (F)
contradição com um "próximo" armado tentando ativamente Raiz quadrada de dois é um número irracional (V)
matar você: se ele é bem sucedido, você não será capaz de
amá-lo. Mas atacá-lo preemptivamente ou restringi-lo não é Composição de Proposições
usualmente entendido como algo amoroso. Isso pode ser É possível construir proposições a partir de proposições já
considerado um dilema ético. Outro exemplo é o conflito entre existentes. Este processo é conhecido por Composição de
a injunção contra roubar e o cuidado para com a família que Proposições. Suponha que tenhamos duas proposições,
depende do roubo para sobreviver. A = "Maria tem 23 anos"
B = "Maria é menor"
Deve ser notado que muitos paradoxos dependem de
uma suposição essencial: que a linguagem (falada, visual ou Pela legislação corrente de um país fictício, uma pessoa é
matemática) modela de forma acurada a realidade que considerada de menor idade caso tenha menos que 18 anos,
descreve. Em física quântica, muitos comportamentos o que faz com que a proposição B seja F, na interpretação da
paradoxais podem ser observados (o princípio da incerteza proposição A ser V. Vamos a alguns exemplos:
de Heisenberg, por exemplo) e alguns já foram atribuídos "Maria não tem 23 anos" (nãoA)
ocasionalmente às limitações inerentes da linguagem e dos "Maria não é menor"(não(B))
modelos científicos. Alfred Korzybski, que fundou o estudo da "Maria tem 23 anos" e "Maria é menor" (A e B)
Semântica Geral, resume o conceito simplesmente "Maria tem 23 anos" ou "Maria é menor" (A ou B)
declarando que, "O mapa não é o território". Um exemplo "Maria não tem 23 anos" e "Maria é menor" (não(A) e B)
comum das limitações da linguagem são algumas formas do "Maria não tem 23 anos" ou "Maria é menor" (não(A) ou
verbo "ser". "Ser" não é definido claramente (a área de B)
estudos filosóficos chamada ontologia ainda não produziu um "Maria tem 23 anos" ou "Maria não é menor" (A ou
significado concreto) e assim se uma declaração incluir "ser" não(B))
com um elemento essencial, ela pode estar sujeita a "Maria tem 23 anos" e "Maria não é menor" (A e não(B))
paradoxos. Se "Maria tem 23 anos" então "Maria é menor" (A => B)
Se "Maria não tem 23 anos" então "Maria é menor"
Tipos de paradoxos (não(A) => B)
"Maria não tem 23 anos" e "Maria é menor" (não(A) e B)

Raciocínio Lógico 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
"Maria tem 18 anos" é equivalente a "Maria não é menor" p: Oscar é prudente;
(C <=> não(B)) q: Mário é engenheiro;
r: Maria é morena.
Note que, para compor proposições usou-se os símbolos
não (negação), e (conjunção), ou (disjunção), => (implica- Composta ou Molecular - é a proposição formada pela
ção) e, finalmente, <=> (equivalência). São os chamados combinação de duas ou mais proposições. São habitualmen-
conectivos lógicos. Note, também, que usou-se um símbolo te designadas por letras maiúsculas P, Q, R, S ..., também
para representar uma proposição: C representa a proposição denominadas letras proposicionais.
Maria tem 18 anos. Assim, não(B) representa Maria não é
menor, uma vez que B representa Maria é menor. Exemplo:
p : Walter é engenheiro E Pedro é estudante;
Algumas Leis Fundamentais q : Mauro é dedicado OU Pedro é trabalhador;
r : SE Flávio é estudioso ENTÃO será aprovado.
Um proposição é falsa (F) ou
Lei do Meio Excluido Observação: As proposições compostas são também
verdadeira (V): não há meio
termo. denominadas fórmulas proposicionais ou apenas fórmulas.
Quando interessa destacar que uma proposição composta P
Uma proposição não pode ser, é formada pela combinação de proposições simples, escreve-
Lei da Contradição
simultaneamente, V e F. se: P ( p, q, r ...);
O valor lógico (V ou F) de uma Conectivos - são palavras que se usam para formar no-
proposição composta é unica- vas proposições a partir de outras.
Lei da Funcionalidade mente determinada pelos valo-
res lógicos de suas proposições Exemplo:
constituintes. P: 6 é par E 8 é cubo perfeito;
Q: NÃO vai chover;
PROPOSIÇÕES E CONECTIVOS R: SE Mauro é médico, ENTÃO sabe biologia;
Proposição - é todo o conjunto de palavras ou símbolos S: o triângulo ABC é isósceles OU equilátero;
que exprimem um pensamento de sentido completo, isto é, T: o triângulo ABC é equilátero SE E SOMENTE SE é e-
afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito quilátero.
de determinados entes.
São conectivos usuais em lógica Matemática as palavras
Exemplo: que estão grifadas, isto é "e", "ou", "não", "se ... então", "... se
a) a lua é um satélite da Terra; e somente se ..."
b) O sol é amarelo;
c) Brasília é a capital do Brasil. VERDADES E MENTIRAS
Este item trata de questões em que algumas personagens
Princípios Adotados como Regras Fundamentais do mentem e outras falam a verdade. Trata-se de descobrir qual
Pensamento, na Lógica Matemática é o fato correto a partir das afirmações que forem feitas por
• Princípio da não contradição - uma proposição não eles, evidentemente, sem conhecer quem fala verdade ou
pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo. quem fala mentira.
• Princípio do terceiro excluído - toda proposição ou é Também não há uma teoria a respeito. A aprendizagem das
verdadeira ou é falsa, isto é, verifica-se sempre um soluções de questões desse tipo depende apenas de treina-
destes casos e nunca um terceiro. mento.
Um dos métodos para resolver questões desse tipo consiste
Valores Lógicos das Proposições em considerar uma das afirmações verdadeira e, em segui-
Chama-se valor lógico de uma proposição a verdade se a da, verificar se as demais são ou não consistentes com ela.
proposição é verdadeira e a falsidade se a proposição é falsa. Isto significa verificar se há ou não contradição nas demais
Valor Lógico Símbolo de Designação afirmações.
Verdade V
Exemplo 1 - (Fiscal Trabalho 98 ESAF) - Um crime foi
Falsidade F cometido por uma e apenas uma pessoa de um grupo de
cinco suspeitos: Armando, Celso, Edu, Juarez e Tarso. Per-
Toda proposição tem um e um só dos valores V, F (de guntados
acordo os dois princípios supracitados). sobre quem era o culpado, cada um deles respondeu:
Armando: "Sou inocente"
Exemplo: Celso: "Edu é o culpado"
a) o mercúrio é mais pesado que a água; valor lógico da Edu: "Tarso é o culpado"
proposição: verdade (V) Juarez: "Armando disse a verdade"
b) o sol gira em torno da Terra; valor lógico da proposi- Tarso: "Celso mentiu"
ção: falsidade (F) Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que
todos os outros disseram a verdade, pode-se concluir que o
TIPOS DE PROPOSIÇÃO culpado é:
Simples ou Atômicas - é a proposição que não contém a) Armando b) Celso c) Edu d) Juarez e)
nenhuma outra proposição como parte integrante de si mes- Tarso
ma. As proposições simples são geralmente designadas por
letras minúsculas p, q, r, s ..., chamadas letras proposicio- Vamos considerar que Armando foi quem mentiu.
nais. Neste caso ele é o culpado. Isto contradiz às palavras de
Celso, pois se Armando mente, Celso teria dito uma verdade.
Observação: Pode ser usada qualquer letra do alfabeto Teríamos então dois culpados: Armando e Tarso. Portanto,
minúsculo para representar uma proposição simples. Armando não mente.
Passemos agora a considerar Celso o mentiroso.
Exemplo: Isto é consistente. Pois, como já foi dito, Armando diz a ver-

Raciocínio Lógico 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


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dade . Edu é inocente (Celso mente). Edu diz a verdade. a) Sandra, Teresa, Regina.
Juarez também disse uma verdade. Tarso também foi verda- b) Sandra, Regina, Teresa.
deiro. Portanto, o culpado é Tarso. Resposta: letra (e) c) Regina, Sandra, Teresa.
d) Teresa, Regina, Sandra.
Exemplo 2 - (CVM 2000 ESAF) - Cinco colegas foram a um e) Teresa, Sandra, Regina.
parque de diversões e um deles entrou sem pagar. Apanha- Solução:
dos por um funcionário do parque, que queria saber qual Temos dois fatos a considerar:
deles entrou sem pagar, ao serem interpelados: 1 – O marido de Teresa disse a verdade.
– “Não fui eu, nem o Manuel”, disse Marcos. 2 – O marido de Sandra mentiu.
– “Foi o Manuel ou a Maria”, disse Mário.
– “Foi a Mara”, disse Manuel. Todos os três fazem afirmações sobre a esposa de Marcos.
– “O Mário está mentindo”, disse Mara. Ora, somente um estará dizendo a verdade.
– “Foi a Mara ou o Marcos”, disse Maria. Temos então:
Sabendo-se que um e somente um dos cinco colegas mentiu,
conclui-se logicamente que quem entrou sem pagar foi: 1ª hipótese: Nestor fala a verdade. A esposa de Marcos é
a) Mário b) Marcos c) Mara d) Manuel e) Maria Teresa. Mas como o único a falar a verdade é Nestor, sua
esposa deveria ser Tereza.
Façamos como no item anterior. Portanto, Nestor não fala a verdade.
Hipótese 1: Marcos é o mentiroso. Se Marcos é o mentiro-
2ª hipótese: Luís fala a verdade. A esposa dele seria a
so, então um dos dois entrou sem pagar. Mas como Manuel
Teresa, pois o marido de Teresa fala a verdade. Marcos es-
deve dizer a verdade (só um mente), Mara entrou sem pagar.
tando mentindo, a esposa de Marcos, não é Sandra e nem
Assim, seriam dois a entrar sem pagar Mara e Marcos ou
Teresa. É Regina. O que confirma a veracidade da afirmação
Mara e Manuel. Conclusão Marcos fala a verdade.
de Luís. A esposa de Nestor será então Sandra. A esposa de
Hipótese 2: Mário é o mentiroso. Nesse caso, nem Maria e
Luís é Teresa. A esposa de Marcos é Regina. A esposa de
nem Manuel teria entrado sem pagar. Pois quando se usa o
Nestor é Sandra.
ou, será verdade desde que um deles seja verdadeiro. Estão
Isto permite afirmar que a opção (d) está correta.
eliminados Marcos, Manuel e Maria, de acordo com a verda-
de de Marcos. Seria então Mara pois Manuel não seria menti- Mas, vejamos se existe outra possibilidade, tentando a tercei-
roso. Mara teria dito a verdade pois, de acordo com a hipóte- ra hipótese.
se somente Mário é o mentiroso. Como Maria também não 3ª hipótese: Marcos fala a verdade. Isto é impossível, pois,
seria a mentirosa, nem Mara nem Marcos teria entrado sem se ele estivesse falando a verdade, sua esposa seria Teresa
pagar. e não Sandra.
Portanto: Marcos, Manuel, Mario e Maria são os que pagaram A única hipótese possível é a segunda. O que confirma a
a entrada e Mara a que não pagou. resposta. Letra (d).
Mas e se houver outra possibilidade? Devemos então tentar
outras hipóteses. Exemplo 4 - (MPU 2004/ESAF) Uma empresa produz an-
Hipótese 3: Manuel é o mentiroso. Como Marcos fala a dróides de dois tipos: os de tipo V, que sempre dizem a ver-
verdade, não foi ele (Marcos) e nem o Manuel. Como Mário dade, e os de tipo M, que sempre mentem. Dr. Turing, um
também fala a verdade, um dos dois Manuel ou Maria entrou especialista em Inteligência Artificial, está examinando um
sem pagar. Mas Marcos pagou. Então Maria entrou sem grupo de cinco andróides – rotulados de Alfa, Beta, Gama,
pagar. Maria também diz a verdade, Não teria pago a entra- Delta e Épsilon –, fabricados por essa empresa, para deter-
da, Marcos ou Mara. Mas, outra vez, Marcos pagou. Então minar quantos entre os cinco são do tipo V.
Mara não pagou a entrada. Ele pergunta a Alfa: “Você é do tipo M?” Alfa responde, mas
Temos duas pessoas que entraram sem pagar: Maria e Mara. Dr. Turing, distraído, não ouve a resposta.
Isto é falso, pois somente uma pessoa não pagou a entrada. Os andróides restantes fazem, então, as seguintes declara-
Hipótese 4: Mara é a mentirosa. Não foi Marcos e nem ções:
Manuel, segundo a afirmação de Marcos que é verdadeiro. Beta: “Alfa respondeu que sim”.
Como não pode ter sido o Manuel, pela fala de Mário, teria Gama: “Beta está mentindo”.
sido Maria. Mas segundo Manuel, teria sido Mara. Novamen- Delta: “Gama está mentindo”.
te dois mentirosos. Hipótese que não pode ser aceita pois Épsilon: “Alfa é do tipo M”.
teriam duas pessoas entrado sem pagar. Mesmo sem ter prestado atenção à resposta de Alfa, Dr.
Hipótese 5: Maria é a mentirosa. Se Maria é mentirosa, Turing pôde, então, concluir corretamente que o número de
Mário não poderia estar mentido. Então Mara estaria falando andróides do tipo V, naquele grupo, era igual a
mentira. Seriam então, pelo menos, duas mentirosas. Maria e a) 1. b) 2. c) 3. d) 4.
Mara. e) 5.
A única hipótese que satisfaz as condições do problema é a
de número dois, da qual se conclui que Mara é a pessoa que Solução:
não pagou a entrada. Assim, a resposta é: letra (c). Vejamos as informações:
(1) Os andróides do tipo M sempre mentem.
Exemplo 3 - (Fiscal Trabalho 98) Três amigos – Luís, Mar- (2) Os andróides do tipo V sempre falam a verdade.
cos e Nestor – são casados com Teresa, Regina e Sandra Sendo feita a pergunta, “você mente”, a resposta só poderia
(não necessariamente nesta ordem). Perguntados sobre os ser uma: NÃO. Pois, o mentiroso iria negar dizendo NÃO e o
nomes das respectivas esposas, os três fizeram as seguintes verdadeiro também iria negar dizendo NÃO.
declarações: Como a resposta tinha que ser NÃO e Beta disse que alfa
Nestor: "Marcos é casado com Teresa" respondeu SIM, Beta está mentindo.
Luís: "Nestor está mentindo, pois a esposa de Marcos é Como Gama disse Beta está mentindo, então Gama disse a
Regina" verdade.
Marcos: "Nestor e Luís mentiram, pois a minha esposa é Como Delta disse que Gama está mentindo, Delta é um
Sandra" mentiroso.
Sabendo-se que o marido de Sandra mentiu e que o marido Restam agora Alfa e Épsilon.
de Teresa disse a verdade, segue-se que as esposas de Épsilon disse que Alfa é do tipo M. Isto é Alfa é mentiroso.
Luís, Marcos e Nestor são, respectivamente: Das duas uma: (1) se Épsilon fala a verdade, ele é do tipo V e

Raciocínio Lógico 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Alfa é do tipo M; (2) se Épsilon é do tipo M ele mente. Então A lógica formal preocupa-se com a correção formal do
Alfa é do tipo V. Assim, um dos dois é do tipo V. pensamento. Para esse campo de estudos da lógica, o con-
Portanto, além do andróide Gama tem mais um andróide do teúdo ou a matéria do raciocínio tem uma importância relati-
tipo V. São então, dois andróides do tipo V. Resposta: letra va. A preocupação sempre será com a sua forma. A forma é
(b) Aula 8 - internet respeitada quando se preenchem as exigências de coerência
interna, mesmo que as conclusões possam ser absurdas do
ponto de vista material (conteúdo). Nem sempre um raciocí-
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO nio formalmente correto corresponde àquilo que chamamos
de realidade dos fatos.
1. Introdução
No entanto, o erro não está no seu aspecto formal e, sim,
Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de na sua matéria. Por exemplo, partindo das premissas que
Aristóteles (384-322 a.C.) em diante, a lógica tornou-se um (1) todos os brasileiros são europeus
dos campos mais férteis do pensamento humano, particular- e que
mente da filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas (2) Pedro é brasileiro,
modalidades em que se desenvolveu, sempre foi bem claro formalmente, chegar-se-á à conclusão lógica que
seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom (3) Pedro é europeu.
raciocínio.
Materialmente, este é um raciocínio falso porque a experi-
Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental ência nos diz que a premissa é falsa.
quanto o produto dessa atividade. Esse, por sua vez, pode
ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estudar No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a
o papel das emoções sobre um determinado raciocínio; o conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se
sociólogo considerará as influências do meio; o criminólogo costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria
levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na dos casos, processaformalmente informações nele previa-
prática de um ato criminoso etc. Apesar de todas estas pos- mente inseridas, mas não tem a capacidade de verificar o
sibilidades, o raciocínio é estudado de modo muito especial valor empírico de tais informações.
no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos
psicológico, econômico, político, religioso, ideológico, jurídico Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das o-
ou de qualquer outra esfera que constituam o “ambiente do perações do pensamento à realidade, de acordo com a natu-
raciocínio”. reza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso, interessa
que o raciocínio não só seja formalmente correto, mas que
Ao lógico, não interessa se o raciocínio teve esta ou aque- também respeite a matéria, ou seja, que o seu conteúdocor-
la motivação, se respeita ou não a moral social, se teve influ- responda à natureza do objeto a que se refere. Neste caso,
ências das emoções ou não, se está de acordo com uma trata-se da correspondência entrepensamento e realidade.
doutrina religiosa ou não, se foi produzido por uma pessoa
embriagada ou sóbria. Ele considera a sua forma. Ao consi- Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar de
derar a forma, ele investiga a coerência do raciocínio, as dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade material.
relações entre as premissas e a conclusão, em suma, sua A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à
obediência a algumas regras apropriadas ao modo como foi forma do discurso; já a verdade material tem a ver com a
formulado etc. forma do discurso e as suas relações com a matéria ou o
conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no pri-
Apenas a título de ilustração, seguem-se algumas defini- meiro caso, e coerência e correspondência, no segundo, tem-
ções e outras referências à lógica: se a verdade.

“A arte que dirige o próprio ato da razão, ou seja, nos per- Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas à
mite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio ato produção de um raciocínio válido, por meio do qual visa-se à
da razão – o raciocínio” (Jacques Maritain). consecução da verdade, seja ela formal ou material. Relacio-
nando a lógica com a prática, pode-se dizer que é importante
“A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para que se obtenha não somente uma verdade formal, mas, tam-
distinguir o raciocínio correto do incorreto” (Irving Copi). bém, uma verdade que corresponda à experiência. Que seja,
portanto, materialmente válida. A conexão entre os princípios
“A lógica investiga o pensamento não como ele é, mas formais da lógica e o conteúdo de seus raciocínios pode ser
como deve ser” (Edmundo D. Nascimento). denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma lógica
aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana.
“A princípio, a lógica não tem compromissos. No entanto,
sua história demonstra o poder que a mesma possui quando 1.2. Raciocínio e Argumentação
bem dominada e dirigida a um propósito determinado, como o
fizeram os sofistas, a escolástica, o pensamento científico Três são as principais operações do intelecto humano: a
ocidental e, mais recentemente, a informática” (Bastos; Kel- simples apreensão, os juízos e o raciocínio.
ler).
A simples apreensão consiste na captação direta (através
1.1. Lógica formal e Lógica material dos sentidos, da intuição racional, da imaginação etc) de uma
realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito (p. ex.,
Desde Aristóteles, seu primeiro grande organizador, os es- de um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que, por sua
tudos da lógica orientaram-se em duas direções principais: a vez, recebe uma denominação (as palavras ou termos, p.
da lógica formal, também chamada de “lógica menor” e a da
lógica material, também conhecida como “lógica maior”. ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”).

Raciocínio Lógico 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


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O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas As frases declaratórias ou assertivas podem ser combina-
ou separadas dando origem à emissão de um “julgamento” das de modo a levarem a conclusões conseqüentes, constitu-
(falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposições indo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo:
orais ou escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre a
mesa da sala” (1) Não há crime sem uma lei que o defina;

O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos (2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime;
juízos ou proposições, ordenando adequadamente os conte-
údos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas (3) logo, não é crime matar ET’s.
para se chegar a conclusões que devem ser adequadas.
Procedendo dessa forma, adquirem-se conhecimentos novos
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu-
e defende-se ou aprofunda-se o que já se conhece. Para
tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à
tanto, a cada passo, é preciso preencher os requisitos da
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes
coerência e do rigor. Por exemplo: “Se os três arcanjos estão
permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda
sobre a mesa da sala, não estão sobre a mesa da varanda”
sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase
inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premis-
Quando os raciocínios são organizados com técnica e arte sas) deve levar a conclusões óbvias.
e expostos de forma tal a convencer a platéia, o leitor ou
qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a ativi-
1.4. Termo e Conceito
dade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Ar-
gumentar é o núcleo principal da retórica, considerada a arte
de convencer mediante o discurso. Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é
fundamental que se respeite uma exigência básica: as pala-
vras empregadas na sua construção não podem sofrer modi-
Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam aquilo
ficações de significado. Observe-se o exemplo:
que querem, de acordo com as circunstâncias da vida e as
decisões pessoais (subjetividade), um argumento conseguirá Os jaguares são quadrúpedes;
atingir mais facilmente a meta da persuasão caso as idéias Meu carro é um Jaguar
propostas se assentem em boas razões, capazes de mexer logo, meu carro é um quadrúpede.
com as convicções daquele a quem se tenta convencer. Mui-
tas vezes, julga-se que estão sendo usadas como bom argu- O termo “jaguar” sofreu uma alteração de significado ao
mento opiniões que, na verdade, não passam de preconcei- longo do raciocínio, por isso, não tem validade.
tos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de outras formas
de desconhecimento. Mesmo assim, a habilidade no argu- Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamen-
mentar, associada à desatenção ou à ignorância de quem tos aos outros, empregamos palavras tais como “animal”,
ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persuasão. “lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de
vista da lógica, tais palavras são classificadas como termos,
Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa que são palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo,
ou má, consistente/sólida ou inconsistente/frágil, lógica ou o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um
ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou conceito, que é o ato mental correspondente ao signo.
forte etc.
Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo
De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria- “mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às
mente, manter-se num plano distante da existência humana, quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma
desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se nota característica comum a todos os elementos do conjunto,
argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo- de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental.
ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçar nos Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada
estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En- como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino
fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou
interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten- aquela cuja trajetória existencial destaca-se pela bondade,
tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização virtude, afetividade e equilíbrio.
do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático.
Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é pre-
1.3. Inferência Lógica ciso que fique bem claro, em função do contexto ou de uma
manifestação de quem emite o juízo, o significado dos termos
empregados no discurso.
Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um ra-
ciocínio válido, visando à verdade.
1.5. Princípios lógicos
Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade
quando entram em jogo asserções nas quais se declara algo, Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua non
emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos para que a coerência do raciocínio, em absoluto, possa ocor-
de frases: as assertivas e as não assertivas, que também rer. Podem ser entendidos como princípios que se referem
podem ser chamadas de proposições ou juízos. tanto à realidade das coisas (plano ontológico), quanto ao
pensamento (plano lógico), ou seja, se as coisas em geral
devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento
Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exemplos:
deve respeitá-los. São eles:
“a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol brilha à noite”. Já, nas
frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o verda-
deiro, e, por isso, elas não têm “valor de verdade”. É o caso a) Princípio da identidade, pelo qual se delimita a reali-
das interrogações ou das frases que expressam estados dade de um ser. Trata-se de conceituar logicamente qual é a
emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente ou identidade de algo a que se está fazendo referência. Uma vez
ordens. A frase “toque a bola”, por exemplo, não é falsa nem conceituada uma certa coisa, seu conceito deve manter-se ao
verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo). longo do raciocínio. Por exemplo, se estou falando de um

Raciocínio Lógico 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
homem chamado Pedro, não posso estar me referindo a ciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida
Antônio. com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida,
aplicando a elas as informações previamente obtidas quando
b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é, da vivência direta ou indireta da situação-referência.
não pode ser outra coisa, sob o mesmo aspecto e ao mesmo
tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora, Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto de
não está são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se, apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia é
embora, enquanto João, ele seja brasileiro, doente ou são; c) um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado, é
Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o falso e o fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também tem
verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verdadeiro. Ou servido de inspiração para muitos gênios das ciências e das
está chovendo ou não está, não é possível um terceiro termo: artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei do
está meio chovendo ou coisa parecida. empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo) ou
de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No
A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come-
princípios como suas pedras angulares, no entanto, mais tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer-
recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolve- lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha
ram sistemas lógicos sem o princípio do terceiro excluído, grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi-
admitindo valor lógico não somente ao falso e ao verdadeiro, cos, não se trata propriamente de considerá-los válidos ou
como também ao indeterminado. não-válidos, mas de verificar se são fracos ou fortes. Segun-
do Copi, deles somente se exige “que tenham alguma proba-
2. Argumentação e Tipos de Raciocínio bilidade” (Introdução à lógica, p. 314).
A força de uma analogia depende, basicamente, de três
Conforme vimos, a argumentação é o modo como é ex- aspectos:
posto um raciocínio, na tentativa de convencer alguém de a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e im-
alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso portantes;
de diversos tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados b) o número de elementos semelhantes entre uma situa-
raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico, já, em outras ção e outra deve ser significativo;
ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos c) não devem existir divergências marcantes na compara-
sob o mesmo ponto de vista. É bastante comum que raciocí- ção.
nios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o
efeito desejado, explorando a incapacidade momentânea ou No raciocínio analógico, comparam-se duas situações, ca-
persistente de quem está sendo persuadido de avaliar o valor sos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as conclusões ade-
lógico do raciocínio empregado na argumentação. quadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a motor é
um meio de transporte que necessita de um condutor. Este,
tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de bom
Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa ser
senso e de boa técnica para desempenhar adequadamente
dotado de duas características fundamentais: ter premissas
seu papel.
aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apropria-
das. Dos raciocínios mais empregados na argumentação,
merecem ser citados a analogia, a indução e a dedução. Dos Aplicação das regras acima a exemplos:
três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bas-
tante poderoso de convencimento, sendo bastante usado a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re-
pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos levantes, não imaginários ou insignificantes.tc
discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente em-
pregado pela ciência e, também, pelo senso comum e, por "a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re-
fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio levantes, não imaginários ou insignificantes."
autenticamente lógico, por isso, o verdadeiro objeto da lógica
formal. Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao
comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar as
A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de roupas de sua filha.
raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo
como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e per-
abordagem da natureza e do alcance do conhecimento. fume francês e é um bom advogado;

Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é ade- Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês; lo-
quadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o go, deve ser um bom advogado.
médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou
como argumento contra a existência da alma o fato de esta b) O número de aspectos semelhantes entre uma situação
nunca ter sido encontrada nas diversas dissecações do corpo e outra deve ser significativo.tc "b) O número de aspectos
humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou semelhantes entre uma situação e outra deve ser significati-
que Deus não existe pois “esteve lá em cima” e não o encon- vo."
trou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocínio induti-
vo, baseado na observação empírica, não é o mais adequado
Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera,
para os objetos em questão, já que a alma e Deus são de
com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na Terra,
ordem metafísica, não física.
houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida,
logo, tal como na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo
2.1. Raciocínio analógico de vida.

Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por
partir do que se sabe em direção àquilo que não se sabe, a noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas
analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.
dos caminhos mais comuns para que isso aconteça. No ra-
Raciocínio Lógico 17 A Opção Certa Para a Sua Realização
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c) Não devem existir divergências marcantes na compara- Ainda que alguns autores considerem a analogia como
ção.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na com- uma variação do raciocínio indutivo, esse último tem uma
paração.." base mais ampla de sustentação. A indução consiste em
partir de uma série de casos particulares e chegar a uma
Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a possibili-
ocasião de tormentas e tempestades; dade da coleta de dados ou da observação de muitos fatos e,
na maioria dos casos, também da verificação experimental.
a pescaria marinha não está tendo sucesso porque troveja Como dificilmente são investigados todos os casos possíveis,
muito. acaba-se aplicando o princípio das probabilidades.

Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o salá- Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo depen-
rio mínimo vivem bem; a maioria dos operários brasileiros, tal dem das probabilidades sugeridas pelo número de casos
como os operários suíços, também recebe um salário míni- observados e pelas evidências fornecidas por estes. A enu-
mo; logo, a maioria dos operários brasileiros também vive meração de casos deve ser realizada com rigor e a conexão
bem, como os suíços. entre estes deve ser feita com critérios rigorosos para que
sejam indicadores da validade das generalizações contidas
nas conclusões.
Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta consi-
derar a forma de raciocínio, é muito importante que se avalie
o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é admi- O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte:
tido pela lógica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a B é A e é X;
conclusão não o será necessariamente, mas possivelmente, C é A e também é X;
isto caso cumpram-se as exigências acima. D é A e também é X;
E é A e também é X;
Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral do logo, todos os A são X
raciocínio analógico, não existem regras claras e precisas No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos par-
que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão neces- ticulares, chega-se a uma conclusão de cunho geral.
sariamente válida. Aplicando o modelo:
A jararaca é uma cobra e não voa;
O esquema básico do raciocínio analógico é: A caninana é uma cobra e também não voa;
A urutu é uma cobra e também não voa;
A é N, L, Y, X; A cascavel é uma cobra e também não voa;
B, tal como A, é N, L, Y, X; logo, as cobras não voam.
A é, também, Z
logo, B, tal como A, é também Z. Contudo,
Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analó-
Ao sair de casa, João viu um gato preto e, logo a seguir,
gico é precário, ele é muito importante na formulação de
caiu e quebrou o braço. Maria viu o mesmo gato e, alguns
hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas. Con-
minutos depois, foi assaltada. Antonio também viu o mesmo
tudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio ana-
gato e, ao sair do estacionamento, bateu com o carro. Logo,
lógico necessitam de uma avaliação posterior, mediante pro-
ver um gato preto traz azar.
cedimentos indutivos ou dedutivos.
Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do valor
Observe-se o seguinte exemplo: John Holland, físico e pro-
lógico, dois tipos de indução: a indução fraca e a indução
fessor de ciência da computação da Universidade de Michi-
forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um
gan, lançou a hipótese (1995) de se verificar, no campo da
caso particular discorde da generalização obtida das premis-
computação, uma situação semelhante à que ocorre no da
sas: a conclusão “nenhuma cobra voa” tem grande probalida-
genética. Assim como na natureza espécies diferentes po-
de de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece
dem ser cruzadas para obter o chamado melhoramento gené-
haver sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera
tico - um indivíduo mais adaptado ao ambiente -, na informá-
coincidência, tratando-se de uma indução fraca. Além disso,
tica, também o cruzamento de programas pode contribuir
há casos em que
para montar um programa mais adequado para resolver um
determinado problema. “Se quisermos obter uma rosa mais
bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espécies: uma uma simples análise das premissas é suficiente para de-
com forte perfume e outra que seja bela” diz Holland. “Para tectar a sua fraqueza.
resolver um problema, fazemos o mesmo. Pegamos um pro-
grama que dê conta de uma parte do problema e cruzamos Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem ser
com outro programa que solucione outra parte. Entre as vá- aplicadas ao comportamento da totalidade dos membros de
rias soluções possíveis, selecionam-se aquelas que parecem um grupo ou de uma classe tendo como modelo o comporta-
mais adequadas. Esse processo se repete por várias gera- mento de alguns de seus componentes:
ções - sempre selecionando o melhor programa - até obter o 1. Adriana é mulher e dirige mal;
descendente que mais se adapta à questão. É, portanto, Ana Maria é mulher e dirige mal;
semelhante ao processo de seleção natural, em que só so- Mônica é mulher e dirige mal;
brevivem os mais aptos”. (Entrevista ao JB, 19/10/95, 1º cad., Carla é mulher e dirige mal;
p. 12). logo, todas as mulheres dirigem mal.
2. Antônio Carlos é político e é corrupto;
Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averi- Fernando é político e é corrupto;
guação indutiva das conclusões extraídas desse tipo de ra- Paulo é político e é corrupto;
ciocínio para, só depois, serem confirmadas ou não. Estevão é político e é corrupto;
logo, todos os políticos são corruptos.
2.2. Raciocínio Indutivo - do particular ao geral
A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é ta-
refa simples, havendo muitos exemplos na história do conhe-

Raciocínio Lógico 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


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cimento indicadores dos riscos das conclusões por indução. moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
Basta que um caso contrarie os exemplos até então colhidos apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre
para que caia por terra uma “verdade” por ela sustentada. Um novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a
exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da descoberta nação.
da Austrália, onde foram encontrados cisnes pretos, acredita-
va-se que todos os cisnes fossem brancos porque todos os - Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo,
até então observados eram brancos. Ao ser visto o primeiro pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo
cisne preto, uma certeza de séculos caiu por terra. respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquanto
alguns insinuavam a suaculpa, eu continuava seguro de sua
2.2.1. Procedimentos indutivos inocência.

Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está sen-
indutivo, este é um dos recursos mais empregados pelas do empregando o método indutivo porque o argumento prin-
ciências para tirar as suas conclusões. Há dois procedimen- cipal está sustentado pela observação de muitos casos ou
tos principais de desenvolvimento e aplicação desse tipo de fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a conclu-
raciocínio: o da indução por enumeração incompleta suficien- são. No primeiro caso, a constatação de que diversas tentati-
te e o da indução por enumeração completa. vas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas con-
duzem à conclusão da impossibilidade de sua superação,
a. Indução por enumeração incompleta suficiente enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com-
portamento do amigo infere-se sua inocência.
Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos
como suficientes para serem tiradas determinadas conclu- Analogia, indução e probabilidade
sões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
não poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas
particular, os que foram enumerados são representativos do chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso
todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”) ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas
não são sinônimas de certezas.
b. Indução por enumeração completa
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática, a
Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio moral e a natural.
baseado na enumeração completa.
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partin-
Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela ocor- do-se dos casos numerados, é possível calcular, sob forma
re quando: de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o de-
nominador representa os casos possíveis e o numerador o
b.a. todos os casos são verificados e contabilizados; número de casos favoráveis. Por exemplo, no caso de um
sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de
50% e a de dar coroa também é de 50%.
b.b. todas as partes de um conjunto são enumeradas.
b) A probabilidade moral é a relativa a fatos humanos
Exemplos correspondentes às duas formas de indução por
destituídos de caráter matemático. É o caso da possibilidade
enumeração completa:
de um comportamento criminoso ou virtuoso, de uma reação
alegre ou triste etc.
b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e
em cada uma delas foi constatada uma característica própria
Exemplos: considerando seu comportamento pregresso, é
desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve-
provável que Pedro não tenha cometido o crime, contudo...
se, por conseguinte, a conclusão segura de que a dor de
Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o
cabeça é um dos sintomas da dengue.
receba bem, mas...
b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de
c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos natu-
xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças.
rais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas. A
previsão meteorológica é um exemplo particular de probali-
Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, poden- dade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da imprevi-
do-se classificá-los como formas de indução forte, mesmo sibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns
que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa cientí- eventos naturais.
fica.
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia
O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado nos são passíveis de conclusões inexatas.
moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso pela
maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou orde-
Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as suas
nada. Observem-se os exemplos:
conclusões. Elas expressam muito bem a necessidade hu-
mana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas,
- Não parece haver grandes esperanças em se erradicar a contudo, também revelam as limitações humanas no que diz
corrupção do cenário político brasileiro. respeito à construção do conhecimento.

Depois da série de protestos realizados pela população, 2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular
depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa,
O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos es-
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval
tudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as defici-
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de
ências da analogia e da indução.

Raciocínio Lógico 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se O termo “gata” tem dois significados, portanto, há quatro
do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir termos ao invés de três.
do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral, para
se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a pre- 2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais exten-
missa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de raciocí- sos que os termos das premissas.
nio: Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todas as onças são ferozes.
Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. univer- Termo Médio: Nikita é uma onça.
sal Termo Menor: Nikita é feroz.
Premissa menor: Pedro é homem.
Exemplo de formulação incorreta:
Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular Termo Maior: Antônio e José são poetas.
No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral Termo Médio: Antônio e José são surfistas.
podem-se tirar conclusões de cunho particular. Termo Menor: Todos os surfistas são poetas.
Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na qual, “Antonio e José” é um termo menos extenso que “todos os
colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue neces- surfistas”.
sariamente, somente pelo fato de terem sido postas”. Uma
vez posto que todos os homens são mamíferos e que Pedro 3) O predicado do termo médio não pode entrar na conclu-
é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pedro é um são.
mamífero. De certo modo, a conclusão já está presente nas Exemplo de formulação correta:
premissas, basta observar algumas regras e inferir a conclu- Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
são. Termo Médio: Pedro é homem.
Termo Menor: Pedro pode infringir a lei.
2.3.1. Construção do Silogismo Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Médio: Pedro é homem.
A estrutura básica do silogismo (sýn/com + lógos/razão)
Termo Menor: Pedro ou é homem (?) ou pode infringir a
consiste na determinação de uma premissa maior (ponto de
lei.
partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma
A ocorrência do termo médio “homem” na conclusão é ino-
conclusão, inferida a partir da premissa menor. Em outras
portuna.
palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride
através da premissa menor e infere, necessariamente, uma
4) O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez em
conclusão adequada.
sua extensão universal.
Exemplo de formulação correta:
Eis um exemplo de silogismo: Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilida-
Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa Maior des.
A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor Termo Médio: Pedro é homem.
Logo, a concussão é punível Conclusão Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades.
Exemplo de formulação incorreta:
O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da lógi- Termo Maior: Alguns homens são sábios.
ca, as premissas são chamadas de proposições que, por sua Termo Médio: Ora os ignorantes são homens
vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas ou Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios
juízos. O termo é uma palavra ou um conjunto de palavras O predicado “homens” do termo médio não é universal,
que exprime um conceito. Os termos de um silogismo são mas particular.
necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior
é aquele cuja extensão é maior (normalmente, é o predicado 2.3.1.1.2. Regras das Premissas
da conclusão); o termo médio é o que serve de intermediário 5) De duas premissas negativas, nada se conclui.
ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na Exemplo de formulação incorreta:
conclusão) e o termo menor é o de menor extensão (normal- Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero
mente, é o sujeito da conclusão). No exemplo acima, punível Premissa Menor: Lulu não é um gato.
é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e concus- Conclusão: (?).
são é o menor. 6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma conclu-
são negativa.
2.3.1.1. As Regras do Silogismo Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser deseja-
Oito são as regras que fazem do silogismo um raciocínio dos.
perfeitamente lógico. As quatro primeiras dizem respeito às Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral.
relações entre os termos e as demais dizem respeito às rela- Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado.
ções entre as premissas. São elas: 7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. A
premissa mais fraca é sempre a de caráter negativo.
2.3.1.1.1. Regras dos Termos Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: As aves são animais que voam.
1) Qualquer silogismo possui somente três termos: maior, Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
médio e menor. Conclusão: Alguns animais não voam.
Exemplo de formulação correta: Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Todos os gatos são mamíferos. Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Termo Médio: Mimi é um gato. Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Termo Menor: Mimi é um mamífero. Conclusão: Alguns animais voam.
Exemplo de formulação incorreta: 8) De duas premissas particulares nada se conclui.
Termo Maior: Toda gata(1) é quadrúpede. Exemplo de formulação incorreta:
Termo Médio: Maria é uma gata(2). Premissa Maior: Mimi é um gato.
Termo Menor: Maria é quadrúpede. Premissa Menor: Um gato foi covarde.
Conclusão: (?)

Raciocínio Lógico 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


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http://www.guiadoconcursopublico.com.br/apostilas/24_12 - O grampeador está entre o tinteiro e o relógio.
0.pdf - O violino não é o primeiro objeto e o relógio não é o último.
- O vaso está separado do relógio por dois outros objetos.
QUESTÕES RACIOCÍNIO LÓGICO Qual é a posição do violino?
a) Segunda posição.
1) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) De seu salário de b) Terceira posição.
R$ 408,00 você gastou 2/6 com alimentação, 1/6 com a far- c) Quarta posição.
mácia e 1/6 com material escolar dos filhos. Nesse mês so- d) Quinta posição.
braram __________ para as demais despesas.
a) R$ 166,00 6) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é
b) R$ 146,00 alto, é logicamente equivalente a dizer que é verdade que:
c) R$ 156,00 a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto.
d) R$ 136,00 b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto.
c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto.
2) Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro, a governanta d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto.
e o mordomo. Sabe-se que o crime foi efetivamente cometido
por um ou por mais de um deles, já que podem ter agido 7) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Considere ver-
individualmente ou não. Sabe-se, ainda, que: dadeira a declaração: “Se x é par, então y é ímpar”. Com
A) se o cozinheiro é inocente, então a governanta é culpada; base na declaração, é correto concluir que, se:
B) ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada, mas a) x é ímpar, então y é par.
não os dois; b) x é ímpar, então y é ímpar.
C) o mordomo não é inocente. c) y é ímpar, então x é par.
Logo: d) y é par, então x é ímpar.
a) o cozinheiro e o mordomo são os culpados
b) somente o cozinheiro é inocente 8) Se de um ponto P qualquer forem traçados dois segmen-
c) somente a governanta é culpada tos tangentes a uma circunferência, então as medidas dos
d) somente o mordomo é culpado segmentos determinados pelo ponto P e os respectivos pon-
tos de tangência serão iguais. Sabe-se que o raio de um
3) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Um professor de círculo inscrito em um triângulo retângulo mede 1 cm. Se a
lógica encontra-se em viajem em um país distante, habitado hipotenusa desse triângulo for igual a 20 cm, então seu perí-
pelos verdamanos e pelos mentimanos. O que os distingue é metro será igual a:
que os verdamanos sempre dizem a verdade, enquanto os a) 40 cm
mentimanos sempre mentem. Certo dia, o professor depara- b) 35 cm
se com um grupo de cinco habitantes locais. Chamemo-los c) 23 cm
de Alfa, Beta, Gama, Delta e Épsilon. O professor sabe que d) 42 cm
um e apenas um no grupo é verdamano, mas não sabe qual
deles o é. Pergunta, então, a cada um do grupo quem entre 9) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Para cada pes-
eles é verdamano e obtém as seguintes respostas: soa x, sejam f(x) o pai de x e g(x) a mãe de x. A esse respei-
Alfa: "Beta é mentimano" to, assinale a afirmativa FALSA.
Beta: "Gama é mentimano" a) f[f(x)] = avô paterno de x
Gama: "Delta é verdamano" b) g[g(x)] = avó materna de x
Delta: "Épsilon é verdamano" c) f[g(x)] = avô materno de x
Épsilon, afônico, fala tão baixo que o professor não consegue d) f[g(x)] = g[f(x)]
ouvir sua resposta. Mesmo assim, o professor de lógica con-
clui corretamente que o verdamano é: 10) Numa avenida reta há cinco pontos comerciais, todos do
a) Delta mesmo lado da rua. A farmácia fica entre a padaria e o res-
b) Alfa taurante, a padaria fica entre o supermercado e a lotérica e o
c) Gama supermercado fica entre o restaurante e a farmácia. Nessas
d) Beta condições, qual das proposições abaixo é verdadeira?
a) O supermercado fica entre a padaria e a lotérica.
4) Três amigos têm o hábito de almoçar em um certo restau- b) A lotérica fica entre a padaria e o supermercado.
rante no período de segunda à sexta-feira e, em cada um c) Para ir do supermercado à lotérica, passa-se em frente ao
destes dias, pelo menos um deles almoça nesse local. Con- restaurante.
sultados sobre tal hábito, eles fizeram as seguintes afirma- d) A farmácia fica entre o supermercado e a padaria.
ções:
- Antônio: "Não é verdade que vou às terças, quartas ou 11) André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é inocente,
quintas-feiras." então Caio é culpado. Caio é inocente se e somente se Dênis
- Bento: "Não é verdade que vou às quartas ou sextas-feiras." é culpado. Ora, Dênis é culpado. Logo:
- Carlos: "Não é verdade que vou às segundas ou terças- a) Caio e Beto são inocentes
feiras." b) André e Caio são inocentes
Se somente um deles está mentindo, então o dia da semana c) André e Beto são inocentes
em que os três costumam almoçar nesse restaurante é: d) Caio e Dênis são culpados
a) sexta-feira.
b) quinta-feira. 12) Qual das alternativas a seguir melhor representa a afir-
c) quarta-feira. mação: “Para todo fato é necessário um ato gerador”?
d) terça-feira. a) É possível que algum fato não tenha ato gerador.
b) Não é possível que algum fato não tenha ato gerador.
5) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Há cinco objetos c) É necessário que algum fato não tenha ato gerador.
alinhados numa estante: um violino, um grampeador, um d) Não é necessário que todo fato tenha um ato gerador.
vaso, um relógio e um tinteiro. Conhecemos as seguintes
informações quanto à ordem dos objetos: 13) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Marcos que
pesar três maçãs numa balança de dois pratos, mas ele dis-

Raciocínio Lógico 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pões apenas de um bloco de 200 gramas. Observando o c) Se A + B é par, então A é ímpar ou B é par.
equilíbrio na balança, ele percebe que a maçã maior tem o d) A é par, B é ímpar e A + B é par.
mesmo peso que as outras duas maçãs; o bloco e a maçã
menor pesam tanto quanto as outras duas maçãs; a maçã 19) Hoje, a diferença entre as idades de Roberto Carlos e
maior junto com a menor pesam tanto quanto o bloco. Qual é Carlos Roberto é de 15 anos. Qual será a diferença entre as
o peso total das três maçãs? idades quando Roberto Carlos tiver o dobro da idade de Car-
a) 300 gramas. los Roberto?
b) 150 gramas. a) 15 anos;
c) 100 gramas. b) 30 anos;
d) 50 gramas. c) 45 anos;
d) 20 anos;
14) Se João toca piano, então Lucas acorda cedo e Cristina
não consegue estudar. Mas Cristina consegue estudar. Se- 20) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Cinco moças,
gue-se logicamente que: Ana, Beatriz, Carolina, Denise e Eduarda, estão vestindo
a) Lucas acorda cedo. blusas vermelhas ou amarelas. Sabe-se que as moças que
b) Lucas não acorda cedo. vestem blusas vermelhas sempre contam a verdade e as que
c) João toca piano. vestem blusas amarelas sempre mentem. Ana diz que Beatriz
d) João não toca piano. veste blusa vermelha. Beatriz diz que Carolina veste blusa
amarela. Carolina, por sua vez, diz que Denise veste blusa
15) Alice entra em uma sala onde há apenas duas saídas, amarela. Por fim, Denise diz que Beatriz e Eduarda vestem
uma que fica a Leste e outra a Oeste. Uma das saídas leva blusas de cores diferentes. Por fim, Eduarda diz que Ana
ao Paraíso, a outra ao Inferno. Na sala, também há dois ho- veste blusa vermelha. Desse modo, as cores das blusas de
mens, um alto e outro baixo. Um dos homens apenas fala a Ana, Beatriz, Carolina, Denise e Eduarda são, respectiva-
verdade, o outro apenas diz o falso. Então, Alice mantém o mente:
seguinte diálogo com um deles:
- O homem baixo diria que é a saída do Leste que leva ao a) amarela, amarela, vermelha, vermelha e amarela.
Paraíso? - questiona Alice. b) vermelha, vermelha, vermelha, amarela e amarela.
- Sim, o homem baixo diria que é a saída do Leste que levaria c) vermelha, amarela, amarela, amarela e amarela.
ao Paraíso - diz o homem alto. d) amarela, amarela, vermelha, amarela e amarela.
Considerando essa situação, pode-se afirmar que:
a) o homem alto necessariamente disse algo falso, mas a 21) Dizer que "Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista" é,
porta Leste leva ao Paraíso. do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que:
b) o homem alto necessariamente disse a verdade e a porta a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista
Leste leva ao Inferno. b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro
c) a porta Leste necessariamente leva ao Paraíso, mas não c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista
se pode dizer se o homem alto disse a verdade ou não. d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista
d) a porta Leste necessariamente leva ao Inferno, mas não se
pode dizer se o homem alto disse a verdade ou não. 22) A negação lógica da proposição "O pai de Marcos é per-
nambucano, e a mãe de Marcos é gaúcha" é:
16) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) As irmãs Ilda, a) "O pai de Marcos não é pernambucano, e a mãe de Mar-
Ilma, Isabela e Isadora iriam ser fotografadas juntas por Flá- cos não é gaúcha".
vio. O fotógrafo pediu para que elas se posicionassem lado a b) "O pai de Marcos não é pernambucano, ou a mãe de Mar-
lado da seguinte maneira: cos não é gaúcha".
- do ponto de vista do fotógrafo, Ilda deveria estar mais à c) "O pai de Marcos não é pernambucano, ou a mãe de Mar-
direita do que Isabela; cos é gaúcha".
- Isadora não deveria ficar entre duas irmãs; d) "O pai de Marcos é pernambucano, e a mãe de Marcos
- Ilda não deveria ficar imediatamente ao lado de Isabela, isto não é gaúcha".
é, pelo menos uma irmã deveria estar entre Ilda e Isabela;
- Isabela não deveria ficar imediatamente ao lado de Isadora, 23) Em um orçamento foram acrescidos juros no valor de R$
isto é, pelo menos uma irmã deveria estar entre Isabela e 73,80 a fim de que o mesmo pudesse ser financiado em 5
Isadora. prestações de R$ 278,50. O valor real (inicial) do serviço é
As irmãs se posicionaram conforme as orientações de Flávio, de:
a fotografia foi batida e revelada com sucesso. Assim, na a) R$ 1.318,70
foto, é possível ver que: b) R$ 1.329,70
a) Isabela está entre duas irmãs. c) R$ 976,70
b) Ilda não está entre duas irmãs. d) R$ 1.087,70
c) Ilma não está entre duas irmãs.
d) Ilma está imediatamente ao lado de Ilda. 24) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) De uma chapa
que mede 2 m por 1,5 m o serralheiro separou 2/6 dela para
17) Se 0,036³ , 0 m de óleo tem a massa de 28,8 Kg, pode- cortar quadrados que medem 0,25 m de lado. Com esse
mos concluir que 1 litro desse mesmo óleo tem a massa no pedaço de chapa ele cortou exatamente:
valor de: a) 12 quadrados
a) 4,0 Kg b) 10 quadrados
b) 9,0 Kg c) 20 quadrados
c) 8,0 Kg d) 16 quadrados
d) 1,1 Kg
25) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Esta sequência
18) A negação de "Se A é par e B é ímpar, então A + B é de palavras segue uma lógica:
ímpar" é: - Pá
a) Se A é ímpar e B é par, então A + B é par. - Xale
b) Se A é par e B é ímpar, então A + B é par. - Japeri
Uma quarta palavra que daria continuidade lógica à sequên-

Raciocínio Lógico 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


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cia poderia ser: A base das estruturas lógicas é saber o que é verdade
a) Casa. ou mentira (verdadeiro/falso).
b) Anseio.
c) Urubu. Os resultados das proposições SEMPRE tem que dar
d) Café. verdadeiro.

26) A negação da sentença “Todas as mulheres são elegan- Há alguns princípios básicos:
tes” está na alternativa:
a) Nenhuma mulher é elegante.
Contradição: Nenhuma proposição pode ser verdadeira e
b) Todas as mulheres são deselegantes.
falsa ao mesmo tempo.
c) Algumas mulheres são deselegantes.
d) Nenhuma mulher é deselegante.
Terceiro Excluído: Dadas duas proposições lógicas con-
27) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Pedro e Paulo traditórias somente uma delas é verdadeira. Uma proposição
estão em uma sala que possui 10 cadeiras dispostas em uma ou é verdadeira ou é falsa, não há um terceiro valor lógico
fila. O número de diferentes formas pelas quais Pedro e Pau- (“mais ou menos”, meio verdade ou meio mentira).
lo podem escolher seus lugares para sentar, de modo que
fique ao menos uma cadeira vazia entre eles, é igual a: Ex. Estudar é fácil. (o contrário seria: “Estudar é difícil”.
a) 80 Não existe meio termo, ou estudar é fácil ou estudar é difícil).
b) 72
c) 90 Para facilitar a resolução das questões de lógica usam-se
d) 18 os Conectivos Lógicos, que são símbolos que comprovam a
veracidade das informações e unem as proposições uma a
28) MMMNVVNM está para 936 assim como MMNNVMNV outra ou as transformam numa terceira proposição.
está para:
Veja abaixo:
a) 369
(~) “não”: negação
b) 693
(Λ) “e”: conjunção
c) 963
(V) “ou”: disjunção
d) 639
(→) “se...então”: condicional
(↔) “se e somente se”: bicondicional
29) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Uma colher de
Agora, vejamos na prática como funcionam estes conecti-
sopa corresponde a três colheres de chá. Uma pessoa que
vos:
está doente tem que tomar três colheres de sopa de um re-
Temos as seguintes proposições:
médio por dia. No final de uma semana, a quantidade de
O Pão é barato. O Queijo não é bom.
colheres de chá desse remédio que ela terá tomado é de:
A letra P, representa a primeira proposição e a letra Q, a
a) 63;
segunda. Assim, temos:
b) 56;
P: O Pão é barato.
c) 28;
Q: O Queijo não é bom.
d) 21;
NEGAÇÃO (símbolo ~):
30) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Para cada pes- Quando usamos a negação de uma proposição inverte-
soa x, sejam f(x) o pai de x e g(x) a mãe de x. A esse respei- mos a afirmação que está sendo dada. Veja os exemplos:
to, assinale a afirmativa FALSA.
a) f[f(x)] = avô paterno de x Ex1. : ~P (não P): O Pão não é barato. (É a negação lógi-
b) g[g(x)] = avó materna de x ca de P)
c) f[g(x)] = avô materno de x
d) f[g(x)] = g[f(x)] ~Q (não Q): O Queijo é bom. (É a negação lógica de Q)
Gabarito
1.D 2.A 3.D 4.B 5.B 6.A 7.D 8.D 9.D 10.D 11.B 12.B 13.A Se uma proposição é verdadeira, quando usamos a nega-
14.D 15.D 16.D 17.C 18.B 19.D 20.D 21.A 22.B 23.A 24.D ção vira falsa.
25.B 26.C 27.B 28.D 29.A 30.D
Postado por cleiton silva Se uma proposição é falsa, quando usamos a negação vi-
ra verdadeira.
ESTRUTURAS LÓGICAS
Regrinha para o conectivo de negação (~):

As questões de Raciocínio Lógico sempre vão ser com-


postas por proposições que provam, dão suporte, dão razão
a algo, ou seja, são afirmações que expressam um pensa- P ~P
mento de sentindo completo. Essas proposições podem ter V F
um sentindo positivo ou negativo.
F V
Exemplo 1: João anda de bicicleta.
CONJUNÇÃO (símbolo Λ):
Exemplo 2: Maria não gosta de banana.
Este conectivo é utilizado para unir duas proposições for-
mando uma terceira. O resultado dessa união somente será
Tanto o exemplo 1 quanto o 2 caracterizam uma afirma- verdadeiro se as duas proposições (P e Q) forem verdadei-
ção/proposição. ras, ou seja, sendo pelo menos uma falsa, o resultado será
FALSO.

Raciocínio Lógico 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Ex.2: P Λ Q. (O Pão é barato e o Queijo não é bom.) Λ = Fonte: http://www.concursospublicosonline.com/
“e”
TABELA VERDADE
Regrinha para o conectivo de conjunção (Λ):
Tabela-verdade, tabela de verdade ou tabela veritativa
P Q PΛQ é um tipo de tabela matemática usada em Lógica para
V V V determinar se uma fórmula é válida ou se um sequente é
correto.
V F F
F V F As tabelas-verdade derivam do trabalho de Gottlob Frege,
F F F Charles Peirce e outros da década de 1880, e tomaram a
forma atual em 1922 através dos trabalhos de Emil Post e
DISJUNÇÃO (símbolo V): Ludwig Wittgenstein. A publicação do Tractatus Logico-
Philosophicus, de Wittgenstein, utilizava as mesmas para
classificar funções veritativas em uma série. A vasta
Este conectivo também serve para unir duas proposições.
influência de seu trabalho levou, então, à difusão do uso de
O resultado será verdadeiro se pelo menos uma das proposi-
tabelas-verdade.
ções for verdadeira.
Como construir uma Tabela Verdade
Ex3.: P V Q. (Ou o Pão é barato ou o Queijo não é bom.)
Uma tabela de verdade consiste em:
V = “ou”
1º) Uma linha em que estão contidos todas as
Regrinha para o conectivo de disjunção (V):
subfórmulas de uma fórmula. Por exemplo, a fórmula
¬((A∧ B)→C) tem o seguinte conjuntos de subfórmulas:
P Q PVQ
V V V { ¬((A∋B)→C) , (A∧ B)→C , A∧ B , A , B , C}
V F V
F V V 2º) l linhas em que estão todos possíveis valores que os
termos podem receber e os valores cujas as fórmulas
F F F moleculares tem dados os valores destes termos.

CONDICIONAL (símbolo →) O número destas linhas é l = nt , sendo n o número de


valores que o sistema permite (sempre 2 no caso do Cálculo
Este conectivo dá a ideia de condição para que a outra Proposicional Clássico) e t o número de termos que a fórmula
proposição exista. “P” será condição suficiente para “Q” e “Q” contém. Assim, se uma fórmula contém 2 termos, o número
é condição necessária para “P”. de linhas que expressam a permutações entre estes será 4:
um caso de ambos termos serem verdadeiros (V V), dois
Ex4.: P → Q. (Se o Pão é barato então o Queijo não é casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F , F V) e
bom.) → = “se...então” um caso no qual ambos termos são falsos (F F). Se a fórmula
contiver 3 termos, o número de linhas que expressam a
Regrinha para o conectivo condicional (→): permutações entre estes será 8: um caso de todos termos
serem verdadeiros (V V V), três casos de apenas dois termos
P Q P→Q serem verdadeiros (V V F , V F V , F V V), três casos de
apenas um dos termos ser verdadeiro (V F F , F V F , F F V)
V V V
e um caso no qual todos termos são falsos (F F F).
V F F
Tabelas das Principais Operações do Cálculo
F V V Proposicional Dei
F F V Negação
BICONDICIONAL (símbolo ↔) A ~A

V F
O resultado dessas proposições será verdadeiro se e so-
mente se as duas forem iguais (as duas verdadeiras ou as F V
duas falsas). “P” será condição suficiente e necessária para
“Q” A negação da proposição "A" é a proposição "~A", de
maneira que se "A" é verdade então "~A" é falsa, e vice-
Ex5.: P ↔ Q. (O Pão é barato se e somente se o Queijo versa.
não é bom.) ↔ = “se e somente se”
Conjunção (E)
Regrinha para o conectivo bicondicional (↔):
A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos
P Q P↔Q são verdadeiros

V V V A B A^B
V F F V V V
F V F V F F
F F V F V F
F F F

Raciocínio Lógico 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Disjunção (OU) Alguns argumentos válidos

A disjunção é falsa se, e somente se ambos os operandos Modus ponens


forem falsos

A B A→B
A B AvB
V V V
V V V
V F F
V F V
F V V
F V V
F F V
F F F
Modus tollens
Condicional (Se... Então) [Implicação]

A conjunção é falsa se, e somente se, o primeiro


operando é verdadeiro e o segundo operando é falso
A B ¬A ¬B A→B
A B A→B V V F F V
V V V V F F V F
V F F F V V F V
F V V F F V V V
F F V

Bicondicional (Se e somente se) [Equivalência]


Silogismo Hipotético
A conjunção é verdadeira se, e somente se, ambos
operandos forem falsos ou ambos verdadeiros

A B A↔B
A B C A→B B→C A→C
V V V
V V V V V V
V F F
V V F V F F
F V F
V F V F V V
F F V
V F F F V F
DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (OU... OU XOR) F V V V V V
F V F V F V
A conjunção é verdadeira se, e somente se, apenas um F F V V V V
dos operandos for verdadeiro
F F F V V V
A B A((B
Algumas falácias
V V F
V F V Afirmação do conseqüente
F V V
F F F Se A, então B. (A→B)

Adaga de Quine (NOR) B.

A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos Logo, A.


são falsos
A B A→B
A B A((B A↓B V V V
V V V F V F F
V F V F F V V
F V V F F F V
F F F V
Como usar tabelas para verificar a validade de
argumentos
Comutação dos Condicionais
Verifique se a conclusão nunca é falsa quando
as premissas são verdadeiros. Em caso positivo, o A implica B. (A→B)
argumento é válido. Em caso negativo, é inválido.
Logo, B implica A. (B→A)

Raciocínio Lógico 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


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A B A→B B→A seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom
raciocínio.
V V V V
V F F V Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental
F V V F quanto o produto dessa atividade. Esse, por sua vez, pode
F F V V ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estudar
o papel das emoções sobre um determinado raciocínio; o
Fonte: Wikipédia sociólogo considerará as influências do meio; o criminólogo
levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na
DIAGRAMAS LÓGICOS prática de um ato criminoso etc. Apesar de todas estas pos-
sibilidades, o raciocínio é estudado de modo muito especial
História no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos
psicológico, econômico, político, religioso, ideológico, jurídico
Para entender os diagramas lógicos vamos dar uma rápi- ou de qualquer outra esfera que constituam o “ambiente do
da passada em sua origem. raciocínio”.
O suíço Leonhard Euler (1707 – 1783) por volta de 1770,
ao escrever cartas a uma princesa da Alemanha, usou os Ao lógico, não interessa se o raciocínio teve esta ou aque-
diagramas ao explicar o significado das quatro proposições la motivação, se respeita ou não a moral social, se teve influ-
categóricas: ências das emoções ou não, se está de acordo com uma
Todo A é B. doutrina religiosa ou não, se foi produzido por uma pessoa
Algum A é B. embriagada ou sóbria. Ele considera a sua forma. Ao consi-
Nenhum A é B. derar a forma, ele investiga a coerência do raciocínio, as
Algum A não é B. relações entre as premissas e a conclusão, em suma, sua
obediência a algumas regras apropriadas ao modo como foi
Mais de 100 anos depois de Euler, o logicista inglês John formulado etc.
Venn (1834 – 1923) aperfeiçoou o emprego dos diagramas,
utilizando sempre círculos. Desta forma, hoje conhecemos Apenas a título de ilustração, seguem-se algumas defini-
como diagramas de Euler/Venn. ções e outras referências à lógica:
Tipos
“A arte que dirige o próprio ato da razão, ou seja, nos
permite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio
Existem três possíveis tipos de relacionamento entre dois
ato da razão – o raciocínio” (Jacques Maritain).
diferentes conjuntos:
“A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados pa-
Indica que um con-
ra distinguir o raciocínio correto do incorreto” (Irving Copi).
junto está ompleta-
mente contido no
outro, mas o inverso “A lógica investiga o pensamento não como ele é, mas
não é verdadeiro. como deve ser” (Edmundo D. Nascimento).

“A princípio, a lógica não tem compromissos. No entanto,


sua história demonstra o poder que a mesma possui quando
bem dominada e dirigida a um propósito determinado, como o
Indica que os dois fizeram os sofistas, a escolástica, o pensamento científico
conjuntos tem alguns ocidental e, mais recentemente, a informática” (Bastos; Kel-
elementos em co- ler).
mum, mas não todos.
1.1. Lógica formal e Lógica material

Indica que não exis- Desde Aristóteles, seu primeiro grande organizador, os
tem elementos co- estudos da lógica orientaram-se em duas direções principais:
muns entre os con- a da lógica formal, também chamada de “lógica menor” e a
juntos. da lógica material, também conhecida como “lógica maior”.

A lógica formal preocupa-se com a correção formal do


pensamento. Para esse campo de estudos da lógica, o con-
OBS: CONSIDERE QUE O TAMANHO DOS CÍRCULOS teúdo ou a matéria do raciocínio tem uma importância relati-
NÃO INDICA O TAMANHO RELATIVO DOS CONJUNTOS. va. A preocupação sempre será com a sua forma. A forma é
respeitada quando se preenchem as exigências de coerência
interna, mesmo que as conclusões possam ser absurdas do
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS, ponto de vista material (conteúdo). Nem sempre um raciocí-
INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES. nio formalmente correto corresponde àquilo que chamamos
de realidade dos fatos. No entanto, o erro não está no seu
aspecto formal e, sim, na sua matéria. Por exemplo, partindo
1. Introdução das premissas que

Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de (1) todos os brasileiros são europeus
Aristóteles (384-322 a.C.) em diante, a lógica tornou-se um e que
dos campos mais férteis do pensamento humano, particular- (2) Pedro é brasileiro,
mente da filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas formalmente, chegar-se-á à conclusão lógica que
modalidades em que se desenvolveu, sempre foi bem claro (3) Pedro é europeu.

Raciocínio Lógico 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Materialmente, este é um raciocínio falso porque a expe- dade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Ar-
riência nos diz que a premissa é falsa. gumentar é o núcleo principal da retórica, considerada a arte
de convencer mediante o discurso.
No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a
conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam aqui-
costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria lo que querem, de acordo com as circunstâncias da vida e as
dos casos, processa formalmente informações nele previa- decisões pessoais (subjetividade), um argumento conseguirá
mente inseridas, mas não tem a capacidade de verificar o atingir mais facilmente a meta da persuasão caso as idéias
valor empírico de tais informações. propostas se assentem em boas razões, capazes de mexer
com as convicções daquele a quem se tenta convencer. Mui-
Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das tas vezes, julga-se que estão sendo usadas como bom argu-
operações do pensamento à realidade, de acordo com a mento opiniões que, na verdade, não passam de preconcei-
natureza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso, inte- tos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de outras formas
ressa que o raciocínio não só seja formalmente correto, mas de desconhecimento. Mesmo assim, a habilidade no argu-
que também respeite a matéria, ou seja, que o seu conteúdo mentar, associada à desatenção ou à ignorância de quem
corresponda à natureza do objeto a que se refere. Neste ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persuasão.
caso, trata-se da correspondência entre pensamento e reali-
dade. Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa
ou má, consistente/sólida ou inconsistente/frágil, lógica ou
Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou
de dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade mate- forte etc.
rial. A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à
forma do discurso; já a verdade material tem a ver com a De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria-
forma do discurso e as suas relações com a matéria ou o mente, manter-se num plano distante da existência humana,
conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no pri- desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se
meiro caso, e coerência e correspondência, no segundo, tem- argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo-
se a verdade. ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçar nos
estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En-
Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o
à produção de um raciocínio válido, por meio do qual visa-se interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten-
à consecução da verdade, seja ela formal ou material. Rela- tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização
cionando a lógica com a prática, pode-se dizer que é impor- do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático.
tante que se obtenha não somente uma verdade formal, mas,
também, uma verdade que corresponda à experiência. Que 1.3. Inferência Lógica
seja, portanto, materialmente válida. A conexão entre os
princípios formais da lógica e o conteúdo de seus raciocínios Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um ra-
pode ser denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma ciocínio válido, visando à verdade.
lógica aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana.
Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade
1.2. Raciocínio e Argumentação quando entram em jogo asserções nas quais se declara algo,
emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos
Três são as principais operações do intelecto humano: a de frases: as assertivas e as não assertivas, que também
simples apreensão, os juízos e o raciocínio. podem ser chamadas de proposições ou juízos.

A simples apreensão consiste na captação direta (atra- Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exemplos:
vés dos sentidos, da intuição racional, da imaginação etc) de “a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol brilha à noite”. Já, nas
uma realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o verda-
(p. ex., de um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que, deiro, e, por isso, elas não têm “valor de verdade”. É o caso
por sua vez, recebe uma denominação (as palavras ou ter- das interrogações ou das frases que expressam estados
mos, p. ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”). emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente ou
ordens. A frase “toque a bola”, por exemplo, não é falsa nem
O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo).
ou separadas dando origem à emissão de um “julgamento”
(falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposições As frases declaratórias ou assertivas podem ser combina-
orais ou escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre a das de modo a levarem a conclusões conseqüentes, constitu-
mesa da sala” indo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo:

O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos (1) Não há crime sem uma lei que o defina;
juízos ou proposições, ordenando adequadamente os conte-
údos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas (2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime;
para se chegar a conclusões que devem ser adequadas.
Procedendo dessa forma, adquirem-se conhecimentos novos (3) logo, não é crime matar ET’s.
e defende-se ou aprofunda-se o que já se conhece. Para
tanto, a cada passo, é preciso preencher os requisitos da
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu-
coerência e do rigor. Por exemplo: “Se os três arcanjos estão
tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à
sobre a mesa da sala, não estão sobre a mesa da varanda”
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes
permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda
Quando os raciocínios são organizados com técnica e ar- sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase
te e expostos de forma tal a convencer a platéia, o leitor ou inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premis-
qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a ativi- sas) deve levar a conclusões óbvias.

Raciocínio Lógico 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


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1.4. Termo e Conceito admitindo valor lógico não somente ao falso e ao verdadeiro,
como também ao indeterminado.
Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é
fundamental que se respeite uma exigência básica: as pala- 2. Argumentação e Tipos de Raciocínio
vras empregadas na sua construção não podem sofrer modi-
ficações de significado. Observe-se o exemplo: Conforme vimos, a argumentação é o modo como é ex-
Os jaguares são quadrúpedes; posto um raciocínio, na tentativa de convencer alguém de
Meu carro é um Jaguar alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso
logo, meu carro é um quadrúpede. de diversos tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados
raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico, já, em outras
O termo “jaguar” sofreu uma alteração de significado ao ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos
longo do raciocínio, por isso, não tem validade. sob o mesmo ponto de vista. É bastante comum que raciocí-
nios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o
Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamen- efeito desejado, explorando a incapacidade momentânea ou
tos aos outros, empregamos palavras tais como “animal”, persistente de quem está sendo persuadido de avaliar o valor
“lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de lógico do raciocínio empregado na argumentação.
vista da lógica, tais palavras são classificadas como termos,
que são palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo, Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa ser
o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um dotado de duas características fundamentais: ter premissas
conceito, que é o ato mental correspondente ao signo. aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apropria-
das.
Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo
“mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às Dos raciocínios mais empregados na argumentação, me-
quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma recem ser citados a analogia, a indução e a dedução. Dos
nota característica comum a todos os elementos do conjunto, três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bas-
de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental. tante poderoso de convencimento, sendo bastante usado
Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos
como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente em-
cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou pregado pela ciência e, também, pelo senso comum e, por
aquela cuja trajetóriaexistencial destaca-se pela bondade, fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio
virtude, afetividade e equilíbrio. autenticamente lógico, por isso, o verdadeiro objeto da lógica
formal.
Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é pre-
ciso que fique bem claro, em função do contexto ou de uma A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de
manifestação de quem emite o juízo, o significado dos termos raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo
empregados no discurso. como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
abordagem da natureza e do alcance do conhecimento.
1.5. Princípios lógicos
Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é ade-
Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua quadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o
non para que a coerência do raciocínio, em absoluto, possa médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou
ocorrer. Podem ser entendidos como princípios que se refe- como argumento contra a existência da alma o fato de esta
rem tanto à realidade das coisas (plano ontológico), quanto nunca ter sido encontrada nas diversas dissecações do corpo
ao pensamento (plano lógico), ou seja, se as coisas em geral humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou
devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento que Deus não existe pois “esteve lá em cima” e não o encon-
deve respeitá-los. São eles: trou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocínio induti-
vo, baseado na observação empírica, não é o mais adequado
a) Princípio da identidade, pelo qual se delimita a reali- para os objetos em questão, já que a alma e Deus são de
dade de um ser. Trata-se de conceituar logicamente qual é a ordem metafísica, não física.
identidade de algo a que se está fazendo referência. Uma vez
conceituada uma certa coisa, seu conceito deve manter-se ao 2.1. Raciocínio analógico
longo do raciocínio. Por exemplo, se estou falando de um
homem chamado Pedro, não posso estar me referindo a Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é
Antônio. partir do que se sabe em direção àquilo que não se sabe, a
analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um
b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é, dos caminhos mais comuns para que isso aconteça. No ra-
não pode ser outra coisa, sob o mesmo aspecto e ao mesmo ciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida
tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora, com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida,
não está são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se, aplicando a elas as informações previamente obtidas quando
embora, enquanto João, ele seja brasileiro, doente ou são; da vivência direta ou indireta da situação-referência.

c) Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o fal- Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto
so e o verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verda- de apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia
deiro. Ou está chovendo ou não está, não é possível um é um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado,
terceiro termo: está meio chovendo ou coisa parecida. é fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também
tem servido de inspiração para muitos gênios das ciências e
A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei do
princípios como suas pedras angulares, no entanto, mais empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo) ou
recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolve- de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No
ram sistemas lógicos sem o princípio do terceiro excluído, entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come-
tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer-
Raciocínio Lógico 28 A Opção Certa Para a Sua Realização
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lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta consi-
grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi- derar a forma de raciocínio, é muito importante que se avalie
cos, não se trata propriamente de considerá-los válidos ou o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é admi-
não-válidos, mas de verificar se são fracos ou fortes. Segun- tido pela lógica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a
do Copi, deles somente se exige “que tenham alguma proba- conclusão não o será necessariamente, mas possivelmente,
bilidade” (Introdução à lógica, p. 314). isto caso cumpram-se as exigências acima.

A força de uma analogia depende, basicamente, de três Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral
aspectos: do raciocínio analógico, não existem regras claras e precisas
que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão neces-
a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e sariamente válida.
importantes;
b) o número de elementos semelhantes entre uma situa-
ção e outra deve ser significativo; O esquema básico do raciocínio analógico é:
c) não devem existir divergências marcantes na compara- A é N, L, Y, X;
ção. B, tal como A, é N, L, Y, X;
A é, também, Z
No raciocínio analógico, comparam-se duas situações,
casos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as conclusões logo, B, tal como A, é também Z.
adequadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a motor Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analó-
é um meio de transporte que necessita de um condutor. Este, gico é precário, ele é muito importante na formulação de
tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de bom hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas. Con-
senso e de boa técnica para desempenhar adequadamente tudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio ana-
seu papel. lógico necessitam de uma avaliação posterior, mediante pro-
cedimentos indutivos ou dedutivos.
Aplicação das regras acima a exemplos:
Observe-se o seguinte exemplo: John Holland, físico e
a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re- professor de ciência da computação da Universidade de
levantes, não imaginários ou insignificantes.tc Michigan, lançou a hipótese (1995) de se verificar, no campo
da computação, uma situação semelhante à que ocorre no da
"a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e genética. Assim como na natureza espécies diferentes po-
relevantes, não imaginários ou insignificantes." dem ser cruzadas para obter o chamado melhoramento gené-
tico - um indivíduo mais adaptado ao ambiente -, na informá-
Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao tica, também o cruzamento de programas pode contribuir
comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar as para montar um programa mais adequado para resolver um
roupas de sua filha. determinado problema. “Se quisermos obter uma rosa mais
bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espécies: uma
com forte perfume e outra que seja bela” diz Holland. “Para
Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e per-
resolver um problema, fazemos o mesmo. Pegamos um pro-
fume francês e é um bom advogado;
grama que dê conta de uma parte do problema e cruzamos
com outro programa que solucione outra parte. Entre as vá-
Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês; rias soluções possíveis, selecionam-se aquelas que parecem
logo, deve ser um bom advogado. mais adequadas. Esse processo se repete por várias gera-
ções - sempre selecionando o melhor programa - até obter o
b) O número de aspectos semelhantes entre uma situa- descendente que mais se adapta à questão. É, portanto,
ção e outra deve ser significativo.tc "b) O número de aspectos semelhante ao processo de seleção natural, em que só so-
semelhantes entre uma situação e outra deve ser significati- brevivem os mais aptos”. (Entrevista ao JB, 19/10/95, 1º cad.,
vo." p. 12).

Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera, Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averi-
com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na Terra, guação indutiva das conclusões extraídas desse tipo de ra-
houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida, ciocínio para, só depois, serem confirmadas ou não.
logo, tal como na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo
de vida. 2.2. Raciocínio Indutivo - do particular ao geral

Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por Ainda que alguns autores considerem a analogia como
noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas uma variação do raciocínio indutivo, esse último tem uma
por noite e, por isso, também serei um gênio inventor. base mais ampla de sustentação. A indução consiste em
partir de uma série de casos particulares e chegar a uma
c) Não devem existir divergências marcantes na compa- conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a possibili-
ração.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na dade da coleta de dados ou da observação de muitos fatos e,
comparação.." na maioria dos casos, também da verificação experimental.
Como dificilmente são investigados todos os casos possíveis,
Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por acaba-se aplicando o princípio das probabilidades.
ocasião de tormentas e tempestades; a pescaria marinha não
está tendo sucesso porque troveja muito. Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo depen-
dem das probabilidades sugeridas pelo número de casos
Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o sa- observados e pelas evidências fornecidas por estes. A enu-
lário mínimo vivem bem; a maioria dos operários brasileiros, meração de casos deve ser realizada com rigor e a conexão
tal como os operários suíços, também recebe um salário entre estes deve ser feita com critérios rigorosos para que
mínimo; logo, a maioria dos operários brasileiros também vive sejam indicadores da validade das generalizações contidas
bem, como os suíços. nas conclusões.

Raciocínio Lógico 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


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O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte: Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos
B é A e é X; como suficientes para serem tiradas determinadas conclu-
C é A e também é X; sões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
D é A e também é X; não poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em
E é A e também é X; particular, os que foram enumerados são representativos do
logo, todos os A são X todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”)
No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos
particulares, chega-se a uma conclusão de cunho geral. b. Indução por enumeração completa
Aplicando o modelo:
A jararaca é uma cobra e não voa; Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio
A caninana é uma cobra e também não voa; baseado na enumeração completa.
A urutu é uma cobra e também não voa;
A cascavel é uma cobra e também não voa;
Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela o-
logo, as cobras não voam.
corre quando:
Contudo,
b.a. todos os casos são verificados e contabilizados;
Ao sair de casa, João viu um gato preto e, logo a seguir,
caiu e quebrou o braço. Maria viu o mesmo gato e, alguns b.b. todas as partes de um conjunto são enumeradas.
minutos depois, foi assaltada. Antonio também viu o mesmo
gato e, ao sair do estacionamento, bateu com o carro. Logo, Exemplos correspondentes às duas formas de indução
ver um gato preto traz azar. por enumeração completa:

Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do va- b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e
lor lógico, dois tipos de indução: a indução fraca e a indução em cada uma delas foi constatada uma característica própria
forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve-
caso particular discorde da generalização obtida das premis- se, por conseguinte, a conclusão segura de que a dor de
sas: a conclusão “nenhuma cobra voa” tem grande probalida- cabeça é um dos sintomas da dengue.
de de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece
haver sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de
coincidência, tratando-se de uma indução fraca. Além disso, xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças.
há casos em que uma simples análise das premissas é sufi-
ciente para detectar a sua fraqueza.
Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, po-
dendo-se classificá-los como formas de indução forte, mesmo
Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem ser que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa cientí-
aplicadas ao comportamento da totalidade dos membros de fica.
um grupo ou de uma classe tendo como modelo o comporta-
mento de alguns de seus componentes:
O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado
1. Adriana é mulher e dirige mal; nos moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso
Ana Maria é mulher e dirige mal; pela maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou
Mônica é mulher e dirige mal; ordenada. Observem-se os exemplos:
Carla é mulher e dirige mal;
logo, todas as mulheres dirigem mal. - Não parece haver grandes esperanças em se erradicar a
2. Antônio Carlos é político e é corrupto; corrupção do cenário político brasileiro.
Fernando é político e é corrupto;
Paulo é político e é corrupto; Depois da série de protestos realizados pela população,
Estevão é político e é corrupto; depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
logo, todos os políticos são corruptos. me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa,
A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é ta- depois do escárnio popular em festividades como o carnaval
refa simples, havendo muitos exemplos na história do conhe- e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de
cimento indicadores dos riscos das conclusões por indução. moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
Basta que um caso contrarie os exemplos até então colhidos apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre
para que caia por terra uma “verdade” por ela sustentada. Um novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a
exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da descoberta nação.
da Austrália, onde foram encontrados cisnes pretos, acredita-
va-se que todos os cisnes fossem brancos porque todos os - Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo,
até então observados eram brancos. Ao ser visto o primeiro pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo
cisne preto, uma certeza de séculos caiu por terra. respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquanto
alguns insinuavam a sua culpa, eu continuava seguro de sua
2.2.1. Procedimentos indutivos inocência.

Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está sen-
indutivo, este é um dos recursos mais empregados pelas do empregando o método indutivo porque o argumento prin-
ciências para tirar as suas conclusões. Há dois procedimen- cipal está sustentado pela observação de muitos casos ou
tos principais de desenvolvimento e aplicação desse tipo de fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a conclu-
raciocínio: o da indução por enumeração incompleta suficien- são. No primeiro caso, a constatação de que diversas tentati-
te e o da indução por enumeração completa. vas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas con-
duzem à conclusão da impossibilidade de sua superação,
enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com-
a. Indução por enumeração incompleta suficiente
portamento do amigo infere-se sua inocência.

Raciocínio Lógico 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Analogia, indução e probabilidade sente nas premissas, basta observar algumas regras e inferir
a conclusão.
Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas
chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso 2.3.1. Construção do Silogismo
ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas
não são sinônimas de certezas. A estrutura básica do silogismo (sýn/com + lógos/razão)
consiste na determinação de uma premissa maior (ponto de
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática, a partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma
moral e a natural. conclusão, inferida a partir da premissa menor. Em outras
palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partin- através da premissa menor e infere, necessariamente, uma
do-se dos casos numerados, é possível calcular, sob forma conclusão adequada.
de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o de-
nominador representa os casos possíveis e o numerador o Eis um exemplo de silogismo:
número de casos favoráveis. Por exemplo, no caso de um
sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa Mai-
50% e a de dar coroa também é de 50%. or A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor

b) A probabilidade moral é a relativa a fatos humanos Logo, a concussão é punível Conclusão


destituídos de caráter matemático. É o caso da possibilidade
de um comportamento criminoso ou virtuoso, de uma reação O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da ló-
alegre ou triste etc. gica, as premissas são chamadas de proposições que, por
sua vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas
Exemplos: considerando seu comportamento pregresso, é ou juízos. O termo é uma palavra ou um conjunto de palavras
provável que Pedro não tenha cometido o crime, contudo... que exprime um conceito. Os termos de um silogismo são
Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior
receba bem, mas... é aquele cuja extensão é maior (normalmente, é o predicado
da conclusão); o termo médio é o que serve de intermediário
c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos na- ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na
turais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas. conclusão) e o termo menor é o de menor extensão (normal-
A previsão meteorológica é um exemplo particular de probali- mente, é o sujeito da conclusão). No exemplo acima, punível
dade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da imprevi- é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e concus-
sibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns são é o menor.
eventos naturais.
2.3.1.1. As Regras do Silogismo
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia
são passíveis de conclusões inexatas. Oito são as regras que fazem do silogismo um raciocínio
perfeitamente lógico. As quatro primeiras dizem respeito às
Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as su- relações entre os termos e as demais dizem respeito às rela-
as conclusões. Elas expressam muito bem a necessidade ções entre as premissas. São elas:
humana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas,
contudo, também revelam as limitações humanas no que diz 2.3.1.1.1. Regras dos Termos
respeito à construção do conhecimento.
1) Qualquer silogismo possui somente três termos: maior,
2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular médio e menor.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os gatos são mamíferos.
O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos es- Termo Médio: Mimi é um gato.
tudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as defici- Termo Menor: Mimi é um mamífero.
ências da analogia e da indução. Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Toda gata(1) é quadrúpede.
No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se Termo Médio: Maria é uma gata(2).
do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir Termo Menor: Maria é quadrúpede.
do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral, para O termo “gata” tem dois significados, portanto, há quatro
se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a pre- termos ao invés de três.
missa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de raciocí-
nio: 2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais exten-
Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. uni- sos que os termos das premissas.
versal Exemplo de formulação correta:
Premissa menor: Pedro é homem. Termo Maior: Todas as onças são ferozes.
Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular Termo Médio: Nikita é uma onça.
No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral Termo Menor: Nikita é feroz.
podem-se tirar conclusões de cunho particular. Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Antônio e José são poetas.
Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na Termo Médio: Antônio e José são surfistas.
qual, colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue Termo Menor: Todos os surfistas são poetas.
necessariamente, somente pelo fato de terem sido postas”. “Antonio e José” é um termo menos extenso que “todos
Uma vez posto que todos os homens são mamíferos e que os surfistas”.
Pedro é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pe-
dro é um mamífero. De certo modo, a conclusão já está pre- 3) O predicado do termo médio não pode entrar na con-
clusão.

Raciocínio Lógico 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Médio: Pedro é homem.
Termo Menor: Pedro pode infringir a lei.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Médio: Pedro é homem.
Termo Menor: Pedro ou é homem (?) ou pode infringir a
lei.
A ocorrência do termo médio “homem” na conclusão é i-
noportuna.
4) O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez em
sua extensão universal.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilida-
des. Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18
Termo Médio: Pedro é homem. que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando-
Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades. se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber:
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Alguns homens são sábios. Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente
Termo Médio: Ora os ignorantes são homens carro ou ainda quantas dirigem somente motos.
Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios Vamos inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que
O predicado “homens” do termo médio não é universal, representam os motoristas de motos e motoristas de carros.
mas particular.
Começaremos marcando quantos elementos tem a intersec-
2.3.1.1.2. Regras das Premissas ção e depois completaremos os outros espaços.
5) De duas premissas negativas, nada se conclui.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero
Premissa Menor: Lulu não é um gato.
Conclusão: (?).
6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma conclu-
são negativa.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser dese-
jados.
Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral.
Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado.
7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. A
premissa mais fraca é sempre a de caráter negativo. Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo
Exemplo de formulação incorreta: esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B.
Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Premissa Menor: Alguns animais não são aves. A partir dos valores reais, é que poderemos responder as
Conclusão: Alguns animais não voam. perguntas feitas.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Conclusão: Alguns animais voam.
8) De duas premissas particulares nada se conclui.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Mimi é um gato.
Premissa Menor: Um gato foi covarde.
Conclusão: (?)
Fonte: estudaki.files.wordpress.com/2009/03/logica-
argumentacao.pdf

DIAGRAMAS LÓGICOS
a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.
Prof Msc SANDRO FABIAN FRANCILIO DORNELLES b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
Introdução No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência
quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários seguinte tabela:
problemas.

Uma situação que esses diagramas poderão ser usados, é na


determinação da quantidade de elementos que apresentam
uma determinada característica.

Raciocínio Lógico 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas


lêem apenas o jornal A.
Prof Msc SANDRO FABIAN FRANCILIO DORNELLES
Verificamos que 500 pessoas não lêem o jornal C, pois é a
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente soma 205 + 30 + 115 + 150.
montar os diagramas que representam cada conjunto. Notamos ainda que 700 pessoas foram entrevistadas, que é
a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115 + 65 + 70 +
A colocação dos valores começará pela intersecção dos três 150.
conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e por
último às regiões que representam cada conjunto individual-
mente. EXERCÍCIOS DE CONCURSOS
Diagramas Lógicos
Representaremos esses conjuntos dentro de um retângulo
que indicará o conjunto universo da pesquisa. 1. De um total de 30 agentes administrativos sabe-se que:
I. 18 gostam de cinema
II. 14 gostam de teatro
III. 2 não gostam de cinema, nem de teatro
O número de agentes que gostam de cinema e de teatro
corresponde a:
a) 2
b) 4
c) 6
d) 8

2. De um grupo de N auxiliares técnicos de produção, 44


lêem jornal A, 42 o jornal B e 18 lêem ambos os jornais. sa-
bendo que todo auxiliar deste grupo é leitor de pelo menos
um dos jornais, o número N de auxiliares é:

3. Em uma turma, 45% dos alunos falam inglês e 33% falam


francês. Se 25% dos alunos não falam nenhuma duas lín-
Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são guas, a porcentagem de alunos que falam francês, mas não
leitores de nenhum dos três jornais. falam inglês é de:
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos. a) 3%
Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos. b) 15%
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos. c) 27%
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos. d) 30%
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos. e) 33%
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.
Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes 4. Realizou-se uma pesquisa e verificou-se que, das pessoas
elementos: consultadas, 200 ouviam a rádio A, 300 ouviam a rádio B, 20
ouviam as duas rádios (A e B) e 220 não ouviam nenhuma
das duas rádios.
Quantas pessoas foram consultadas?
a) 520
b) 560
c) 640
d) 680
e) 700

Raciocínio Lógico 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5. Em uma pesquisa, foram entrevistados 100 telespectado- e) 510
res. 60 assistiam à televisão à noite e 50 assistiam à televi-
são de dia. Quantos assistiam à televisão de dia e de noite? 11. No problema anterior, calcular quantas pessoas compram
a) 5 apenas o produto A; apenas o produto B; apenas o produto
b) 10 C.
c) 15 a) 210;210;250
d) 20 b) 150;150;180
e) 25 c) 100;120;150
d) 120;140;170
6. Em uma pesquisa, foram entrevistadas 200 pessoas. 100 e) n.d.a.
delas iam regularmente ao cinema, 60 iam regularmente ao
teatro e 50 não iam regularmente nem ao cinema nem ao 12. (A_MPU_ESAF_04) Um colégio oferece a seus alunos à
teatro. Quantas prática de um ou mais de um dos seguintes esportes: futebol,
dessas pessoas iam regularmente a ambos? basquete e vôlei. Sabe-se que, no atual semestre,  20 alu-
a) 10 nos praticam vôlei e basquete;
b) 20  60 alunos praticam futebol e 65 praticam basquete;
c) 30  21 alunos não praticam nem futebol nem vôlei;
d) 40  o número de alunos que praticam só futebol é idêntico ao
e) 50 número dos alunos que praticam só vôlei;
 17 alunos praticam futebol e vôlei;
7. (NCNB_02) Uma professora levou alguns alunos ao par-  45 alunos praticam futebol e basquete; 30, entre os 45, não
que de diversões chamado Sonho. Desses alunos: praticam vôlei;
 16 já haviam ido ao parque Sonho, mas nunca andaram de O número total de alunos do colégio, no atual semestre, é
montanha russa. igual a:
 6 já andaram de montanha russa, mas nunca haviam ido a) 93
ao parque Sonho. b) 114
 Ao todo, 20 já andaram de montanha russa. c) 103
 Ao todo, 18 nunca haviam ido ao parque Sonho. d) 110
Pode-se afirmar que a professora levou ao parque Sonho: e) 99
a) 60 alunos
b) 48 alunos 13. (ESAF_97) Uma pesquisa entre 800 consumidores -
c) 42 alunos sendo 400 homens e 400 mulheres- mostrou os seguintes
d) 366alunos resultados:
e) 32 alunos Do total de pessoas entrevistadas:
 500 assinam o jornal X
8. (ICMS_97_VUNESP) Em uma classe, há 20 alunos que  350 têm curso superior
praticam futebol mas não praticam vôlei e há 8 alunos que  250 assinam o jornal X e têm nível superior
praticam vôlei mas não praticam futebol. O total dos que Do total de mulheres entrevistadas:
praticam vôlei é 15.  200 assinam o jornal X
Ao todo, existem 17 alunos que não praticam futebol. O nú-  150 têm curso superior
mero de alunos da classe é:  50 assinam o jornal X e têm nível superior
a) 30
b) 35 O número de homens entrevistados que não assinam o jornal
c) 37 X e não têm curso superior é, portanto, igual a:
d) 42 a) 100
e) 44 b) 200
c) 0
9. Suponhamos que numa equipe de 10 estudantes, 6 usam d) 50
óculos e 8 usam relógio. O numero de estudantes que usa ao e) 25
mesmo tempo, óculos e relógio é:
a) exatamente 6 14. No diagrama abaixo, considere os conjuntos A, B, C e U (
b) exatamente 2 universo ).
c) no mínimo 6
d) no máximo 5
e) no mínimo 4

10. Numa pesquisa de mercado, foram entrevistadas várias


pessoas acerca de suas preferências em relação a 3 produ-
tos: A, B e C. Os resultados da pesquisa indicaram que:
 210 pessoas compram o produto A.
 210 pessoas compram o produto N.
 250 pessoas compram o produto C.
 20 pessoas compram os três produtos.
 100 pessoas não compram nenhum dos 3 produtos.
 60 pessoas compram o produto A e B.
 70 pessoas compram os produtos A eC.
 50 pessoas compram os produtos B e C.
Quantas pessoas foram entrevistadas:
a) 670
b) 970
c) 870
d) 610 A região sombreada corresponde à seguinte operação:  

Raciocínio Lógico 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) A ∪ B ∪ C
b) (A ∪ B) ∩ C Por meio do princípio fundamental da contagem, podemos
c) A ∩ B∩ C determinar quantas vezes, de modo diferente, um
d) (A ∩ B) ∪ C acontecimento pode ocorrer.

QUESTÕES CERTO / ERRADO (CESPE / UNB) Se um evento (ou fato) ocorre em n etapas consecutivas e
independentes, de maneira que o número de possibilidades:
15. (UNB) Numa entrevista realizada pelo Departamento de Na 1a etapa é k1,
Ciências Econômicas da UCG com 50 pessoas, da classe Na 2a etapa é k2,
média de Goiânia, acerca de suas preferências por aplica- Na 33 etapa é k3,
ções de seus excedentes financeiros, obteve-se o seguinte ..........................
resultado: 21 pessoas disseram que aplicam em fundos de
renda fixa; 34 em cadernetas de poupança e 50 não aplicam Na enésima etapa é kn, então o número total de
em nenhuma dasmodalidades. Deste modo, 10 pessoas possibilidades de ocorrer o referido evento é o produto k1, k2,
aplicam nas duas modalidades (obs.: uma mesma pessoa k3 ... kn.
pode aplicar em mais de uma modalidade).
O princípio fundamental da contagem nos diz que sempre
16. (MPU_99UNB) Em exames de sangue realizados em 500 devemos multiplicar os números de opções entre as escolhas
moradores de uma região com péssimas condições sanitárias que podemos fazer. Por exemplo, para montar um computa-
foi constatada a presença de três tipos de vírus: A, B, C . O dor, temos 3 diferentes tipos de monitores, 4 tipos de tecla-
resultado dos exames revelou que o vírus A estava presente dos, 2 tipos de impressora e 3 tipos de "CPU". Para saber o
em 210 moradores; o vírus B, em 230; os vírus A e B, em 80; numero de diferentes possibilidades de computadores que
os vírus A e C, em 90; e os vírus B e C, em 70. Além disso, podem ser montados com essas peças, somente multiplica-
em 5 moradores não foi detectado nenhum dos três vírus e o mos as opções:
numero de moradores infectados pelo vírus C era igual ao 3 x 4 x 2 x 3 = 72
dobro dos infectados apenas pelo vírus B.
Com base nessa situação, julgues os itens abaixo: Então, têm-se 72 possibilidades de configurações diferen-
I. O número de pessoas contaminadas pelo três vírus simul- tes.
taneamente representa 9% do total de
pessoas examinadas. Um problema que ocorre é quando aparece a palavra
II. O número de moradores que apresentam o vírus C é igual "ou", como na questão:
a 230. Quantos pratos diferentes podem ser solicitados por um
III. 345 moradores apresentam somente um dos vírus. cliente de restaurante, tendo disponível 3 tipos de arroz, 2 de
IV. Mais de 140 moradores apresentaram pelo menos, dois feijão, 3 de macarrão, 2 tipos de cervejas e 3 tipos de refrige-
vírus. rante, sendo que o cliente não pode pedir cerveja e refrige-
V. O número de moradores que não foram contaminados rante ao mesmo tempo, e que ele obrigatoriamente tenha de
pelos vírus B e C representa menos de 16% do total de pes- escolher uma opção de cada alimento?
soas examinadas.
A resolução é simples: 3 x 2 x 3 = 18 , somente pela co-
17. Pedro, candidato ao cargo de Escrivão de Polícia Federal, mida. Como o cliente não pode pedir cerveja e refrigerantes
necessitando adquirir livros para se preparar para o concurso, juntos, não podemos multiplicar as opções de refrigerante
utilizou um site de busca da Internet e pesquisou em uma pelas opções de cerveja. O que devemos fazer aqui é apenas
livraria virtual, especializada nas áreas de direito, administra- somar essas possibilidades:
ção e economia, que vende livros nacionais e importados. (3 x 2 x 3) x (2 + 3) = 90
Nessa livraria, alguns livros de direito e todos os de adminis-
tração fazem parte dos produtos nacionais. Alem disso, não Resposta para o problema: existem 90 possibilidades de
há livro nacional disponível de capa dura. Com base nas pratos que podem ser montados com as comidas e bebidas
informações acima é possível que Pedro, em sua pesquisa, disponíveis.
tenha:
I. Encontrado um livro de administração de capa dura. Outro exemplo:
II. Adquirido dessa livraria um livro de economia de capa No sistema brasileiro de placas de carro, cada placa é
flexível. formada por três letras e quatro algarismos. Quantas placas
III. Selecionado para compra um livro nacional de direito de onde o número formado pelos algarismos seja par, podem
capa dura. ser formadas?
IV. Comprado um livro importado de direito de capa flexível.
Primeiro, temos de saber que existem 26 letras. Segundo,
Respostas exercícios: 1-C 2-A 3-A 4-B 5-B para que o numero formado seja par, teremos de limitar o
ultimo algarismo à um numero par. Depois, basta multiplicar.
RESPOSTAS 26 x 26 x 26 = 17.567 -> parte das letras
1.B 11.C 10 x 10 x 10 x 5 = 5.000 -> parte dos algarismos, note que
2.C 12.E na última casa temos apenas 5 possibilidades, pois queremos
3.D 13.A um número par (0, 2 , 4 , 6 , 8).
4.E 14.C
5.B 15.C (certo) Agora é só multiplicar as partes: 17.567 x 5.000 =
6.A 16.C,E,C,C,E 87.835.000
7.B 17.E,C,E,C
8.E Resposta para a questão: existem 87.835.000 placas on-
9.E de a parte dos algarismos formem um número par.
10.D
PRINCÍPIO DA ADIÇÃO
Suponhamos um procedimento executado em k fases. A
PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM fase 1 tem n1 maneiras de ser executada, a fase 2 possui n2

Raciocínio Lógico 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
maneiras de ser executada e a fase k tem nk modos de ser Professores: Jorge e Lauro
executada. As fases são excludentes entre si, ou seja, não é
possível que duas ou mais das fases sejam realizadas em 1) (FGV/2005) Em uma gaveta de armário de um quarto es-
conjunto. Logo, todo o procedimento tem n1 + n2 + ... + nk curo há 6 camisetas vermelhas, 10 camisetas brancas e 7
maneiras de ser realizado. camisetas pretas. Qual é o número mínimo de camisetas que
se deve retirar da gaveta, sem que se vejam suas cores, para
Exemplo que:
Deseja-se fazer uma viagem para a cidade A ou para a a) Se tenha certeza de ter retirado duas camisetas
cidade B. Existem 5 caminhos possíveis para a cidade A e 3
possíveis caminhos para a cidade B. Logo, para esta viagem,
de cores diferentes.
existem no total 5 + 3 = 8 caminhos possíveis. b) Se tenha certeza de ter retirado duas camisetas de mesma
cor.
PRINCÍPIO DA MULTIPLICAÇÃO c) Se tenha certeza de ter retirado pelo menos uma camiseta
Suponhamos um procedimento executado em k fases, de cada cor.
concomitantes entre si. A fase 1 tem n1 maneiras de ser 2) (Enem/2004)No Nordeste brasileiro, é comum encontrar-
executada, a fase 2 possui n2 maneiras de ser executada e a mos peças de artesanato constituídas por garrafas preenchi-
fase k tem nk modos de ser executada. A fase 1 poderá ser das com areia de diferentes cores, formando desenhos. Um
seguida da fase 2 até a fase k, uma vez que são artesão deseja fazer peças com areia de cores cinza, azul,
concomitantes. Logo, há n1 . n2 . ... . nk maneiras de verde e amarela, mantendo o mesmo desenho, mas variando
executar o procedimento. as cores da paisagem (casa, palmeira e fundo), conforme a
figura.
Exemplo
Supondo uma viagem para a cidade C, mas para chegar
até lá você deve passar pelas cidades A e B. Da sua cidade
até a cidade A existem 2 caminhos possíveis; da cidade A até
a B existem 4 caminhos disponíveis e da cidade B até a C há
3 rotas possíveis. Portanto, há 2 x 4 x 3 = 24 diferentes
caminhos possíveis de ida da sua cidade até a cidade C.

Os princípios enunciados acima são bastante intuitivos.


Contudo, apresentaremos ainda alguns exemplos um pouco
mais complexos de aplicação.

Quantos números naturais pares de três algarismos


distintos podemos formar?
Inicialmente, devemos observar que não podemos colocar
o zero como primeiro algarismo do número. Como os
números devem ser pares, existem apenas 5 formas de
escrever o último algarismo (0, 2, 4, 6, 8). Contudo, se
colocamos o zero como último algarismo do número, nossas
escolhas para distribuição dos algarismos mudam. Portanto, O fundo pode ser representado nas cores azul ou cinza; a
podemos pensar na construção desse número como um casa, nas cores azul, verde ou amarela; e a palmeira, nas
processo composto de 2 fases excludentes entre si. cores cinza ou verde. Se o fundo não pode ter a mesma cor
nem da casa nem da palmeira, por uma questão de contras-
Fixando o zero como último algarismo do número, temos te, então o número de variações que podem ser obtidas para
as seguintes possibilidades de escrever os demais a paisagem é
algarismos:
1º algarismo: 9 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9)
a) 6. b) 7. c) 8. d) 9. e) 10.
2º algarismo: 8 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9), porém
excluímos a escolha feita para o 1º algarismo;
3º algarismo: 1 possibilidade (fixamos o zero). 3) (UFES/2002) Num aparelho telefônico, as dez teclas nu-
meradas estão dispostas em fileiras horizontais, conforme
Logo, há 9 x 8 x 1 = 72 formas de escrever um número de indica a figura a seguir. Seja N a quantidade de números de
três algarismos distintos tendo o zero como último algarismo. telefone com 8 dígitos, que começam pelo dígito 3 e termi-
nam pelo dígito zero, e, além disso, o 2o e o 3o dígitos são
Sem fixar o zero, temos: da primeira fileira do teclado, o 4o e o 5o dígitos são da se-
3º algarismo: 4 possibilidades (2,4,6,8) gunda fileira, e o 6o e o 7o são da terceira fileira.
1º algarismo: 8 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9),
excluindo a escolha feita para o último algarismo;
2º algarismo: 8 possibilidades (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9) , porém
excluindo as escolhas feitas para o primeiro e último
algarismos.

Portanto, temos 8 x 8 x 4 = 256 maneiras de escrever um


número de três algarismos distintos sem zero no último
algarismo.

Ao todo, temos 72 + 256 = 328 formas de escrever o


número.

Exercícios
Princípio Fundamental da Contagem

Raciocínio Lógico 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O valor de N é

a) 27 b) 216 c) 512 d) 729 e) 1.331

4) (UFC/2002) A quantidade de números inteiros, positivos e


ímpares, formados por três algarismos distintos, escolhidos
dentre os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, é igual a:

a) 320 b) 332 c) 348 d) 360 e) 384

5)(UFAL/200) Quantos números pares de quatro algarismos


3. Escreva o número que falta.
distintos podem ser formados com os elementos do conjunto
212 179 146 113 ?
A={0,1,2,3,4}?
4. Escreva o número que falta.
a) 60 b) 48 c) 36 d) 24 e) 18

6)(UFPI/2000) Escrevendo-se em ordem decrescente todos


os números de cinco algarismos distintos formados pelos
algarismos 3, 5, 7, 8 e 9, a ordem do número 75389 é:

a) 54 b) 67 c) 66 d) 55 e) 56

7)(UFAL/99) Com os elementos do conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6,


7} formam-se números de 4 algarismos distintos. Quantos
dos números formados NÃO são divisíveis por 5?

a) 15 b) 120 c) 343 d) 720 e) 840 5. Escreva o número que falta.


6 8 10 11 14 14
8)(ITA/2001) Considere os números de 2 a 6 algarismos ?
distintos formados utilizando-se apenas 1, 2, 4, 5, 7 e 8.
Quantos destes números são ímpares e começam com um 6. Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.
dígito par? 17 (112) 39
28 ( . . . ) 49
a) 375 b) 465 c) 545 d) 585 e) 625
7 Escreva o número que falta.
7 13 24 45 ?
9)(UNESP/2000) Um turista, em viagem de férias pela Euro-
pa, observou pelo mapa que, para ir da cidade A à cidade B,
8. Escreva o número que falta.
havia três rodovias e duas ferrovias e que, para ir de B até
3 9 3
uma outra cidade, C, havia duas rodovias e duas ferrovias. O
5 7 1
número de percursos diferentes que o turista pode fazer para
7 1 ?
ir de A até C, passando pela cidade B e utilizando rodovia e
trem obrigatoriamente, mas em qualquer ordem, é:
9. Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.
234 (333) 567
a) 9. b) 10. c) 12. d) 15. e) 20. 345 (. . .) 678
10)(UECE/99) Quantos números ímpares, cada um com três
algarismos, podem ser formados com os algarismos 2,3,4,6 e 10 Escreva o número que falta.
7, se a repetição de algarismos é permitida?
a) 60 b) 50 c) 40 d) 30

GABARITO:

1) a)11 b)4 c)18 2)B 3)D 4)A 5)A 6)C 7)D 8)D 9)B 10)B

TESTE DE HABILIDADE NUMÉRICA

1. Escreva o número que falta.


18 20 24 32 ?
11- Escreva o número que falta.
4 5 7 11 19 ?
2. Escreva o número que falta.
12. Escreva o número que falta.
6 7 9 13 21 ?

13. Escreva o número que falta.


4 8 6
6 2 4
8 6 ?

Raciocínio Lógico 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
14. Escreva o número que falta.
64 48 40 36 34 ? 25 Escreva o número que falta.
4 7 6
15 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 8 4 8
718 (26) 582 6 5 ?
474 (. . .) 226
RESPOSTAS - TESTE DE HABILIDADE
16. Escreva o número que falta.
NUMËRICA

1 48. (Some 2, 4, 8 e, finalmente 16).

2 24. (No sentido contrário aos ponteiros do relógio, os


números aumentam em 2, 3, 4, 5 e 6).

3 80. (Subtraia 33 de cada número).

4 5. (Os braços para cima se somam e os para baixo se


17 Escreva o número que falta.
subtraem, para obter o número da cabeça).
15 13 12 11 9 9
?
5 18. (Existem duas séries alternadas, uma que aumen-
ta de 4 em 4 e a outra de 3 em 3).
18. Escreva o número que falta.
9 4 1
6 154. (Some os números de fora do parêntese e multi-
6 6 2
plique por 2).
1 9 ?
7 86. (Multiplique o número por dois e subtraia 1, 2, 3 e
19 Escreva o número que falta.
4).
11 12 14 ? 26 42
8 3. (Subtraia os números das duas primeiras colunas e
20. Escreva o número que falta.
divida por 2).
8 5 2
4 2 0
9 333. (Subtraia o número da esquerda do número da
9 6 ?
direita para obter o número inserto no parêntese).
21 Escreva o número que falta.
10 5. (O número da cabeça é igual a semi--soma dos
números dos pés).

11 35. (A série aumenta em 1, 2, 4, 8 e 16 unidades su-


cessivamente).

12 37. (Multiplique cada termo por 2 e subtraia 5 para


obter o seguinte).

13 7. (Os números da terceira coluna são a semi-soma


dos números das outras duas colunas).

14 33. (A série diminui em 16, 8, 4, 2 e 1 sucessivamen-


te).
22 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.
341 (250) 466 15 14. (Some os números de fora do parêntese e divida
282 (. . .) 398 por 50 para obter o número inserto no mesmo).

23 Escreva o número que falta. 16 3. (No sentido dos ponteiros do relógio, multiplique por
3).

17 6. (Existem duas séries alternadas: uma diminui de 3


em 3; a outra de 2 em 2).

18 4. (Cada fileira soma 14).


19 18. (Dobre cada termo e subtraia 10 para obter o se-
guinte).

20 3. (Os números diminuem em saltos iguais, 3 na pri-


meira fileira, 2 na segunda e 3 na terceira).

21 18. (Os números são o dobro de seus opostos diame-


tralmente).

24 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 22 232. (Subtraia a parte esquerda da parte direita e mul-
12 (336) 14 tiplique o resultado por dois).
15 (. . .) 16

Raciocínio Lógico 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
23 21. (Os números aumentam em intervalos de 2, 4, 6 e 6 Assinale a figura que não tem relação com as de-
8). mais.

24 480. (O número inserto no parêntese é o dobro do


produto dos números de fora do mesmo).
25. 2. (A terceira coluna é o dobro da diferença entre a pri-
meira e a segunda).

TESTE DE HABILIDADE VÍSUO-ESPACIAL

1 Assinale a figura que não tem relação com as de- 7 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais. mais.

8 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.
2 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais.

9 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.
3 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais.

* Não ter relação no sentido de não conservar as


mesmas relações com as demais, por questão de detalhe,
posição etc.
4 Escolha, dentre as numeradas, a figura que corres-
ponde à incógnita. 10 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais.

11 Assinale a figura que não tem relação com as de-


5 Assinale a figura que não tem relação com as de- mais.
mais.

Raciocínio Lógico 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

12 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

18 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

13 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

19. Assinale a figura que não tem relação com as demais.

14 Assinale a figura que não tem relação com as de- 20 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais. mais.

21 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

15 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

16 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

22 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

17 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

Raciocínio Lógico 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

23 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

24 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

29 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

25 Assinale afigura que não tem relação com es de-


mais.
30 Escolha, dentre as figuras numeradas, a que corres-
ponde à incógnita.

26 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

RESPOSTAS - TESTE DE HABILIDADE VÍSUO - ES-


PACIAL

1 4. (Todas as outras figuras podem inverterem-se sem


qualquer diferença).

2 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

3 4 . (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


27 Assinale a figura que não tem relação com as de- rem).
mais.
4 1. (A figura principal gira 180° e o círculo pequeno passa
para o outro lado).

5 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

6. 4. (A figura gira 90° cada vez, em sentido contrario aos


ponteiros do relógio, exceto a 4 que gira no sentido dos
mencionados ponteiros).
28 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais. 7 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem).

8 4. (A figura gira 90° cada vez em sentido contrario aos


ponteiros do relógio, exceto o 4 que gira no mesmo senti-
do dos mencionados ponteiros).

Raciocínio Lógico 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
9 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- a seta, no sentido contrario).
rem no plano do papel).
BIBLIOGRAFIA
10 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). Os testes acima foram extraídos da coleção “FAÇA SEU
TESTE”, da EDITORA MESTRE JOU – SÃO PAULO – SP.
11 3. (As outras três figuras são esquemas de urna mão
esquerda; a de n.° 3 é o esquema de urna mão direita).
GEOMETRIA
12 3. (A figura gira 45° cada vez em sentido contrario aos
ponteiros do relógio, porém o sombreado preto avança Áreas
urna posição a mais, exceto em 3, que é, portanto, a figu-
ra que não corresponde as demais). Procedimentos para o cálculo das medidas de uma super-
fície plana. Método para calcular a área do quadrado, do
13 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- losango, do paralelogramo, do triângulo, do retângulo, do
rem). polígono e do círculo geométrico.

14 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- Geometria Plana (formulário) - Fórmula para o cálculo
rem). da área das figuras geométricas. Triângulo, trapézio, parale-
logramo, retângulo, losango, quadrado, círculo e polígono
15 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- regular.
rem).
Ângulos
16 5. (O conjunto completo de 4 círculos gira num ângulo de
90° cada vez. Em 5 os círculos com + e o com x trocaram
suas posições. Em todas as demais figuras o + está na
mesma fileira que o círculo preto).
Lê-se: ângulo
17 6. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). AOB e
são lados
18 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
do ângulo. O
rem).
ponto O é o seu
vértice.
19 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem).
Bissetriz de um ângulo
20 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
È a semi-reta de origem no
rem).
vértice de um ângulo e que o
divide em dois ângulos congru-
21 5. (1 e 3, e 2 e 4 são duplas que podem se sobreporem
entes.
girando 45°. A figura 5 não pode sobrepor-se porque a
cruz e o circulo interiores ficariam em posição dife-
rente).

22 4. (Os setores preto, branco ou hachur giram em sentido


contrario aos ponteiros do relógio; na figura 4 os setores
Alguns ângulos notáveis
branco e hachur estão em posição diferente).

23 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

24 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

25 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

26 3. (1 e 4 formam urna dupla e o mesmo ocorre com 2 e 5.


Em cada dupla os retângulos preto e hachur alternam
sua posição; a figura 3 tem o sombreado em posição dife-
rente).

27 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

28 6. (As outras figuras podem girar até se sobreporem).

29 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

30. (A figura principal gira no sentido dos ponteiros do relógio;

Raciocínio Lógico 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Ângulos de duas paralelas cortadas por uma trans- Obs: A medida de um ângulo inscrito é igual à metade da
versal medida do arco correspondente ele.

ÁREAS DE QUADRILÁTEROS E TRIÂNGULOS

Retângulo

S=a.b

Nomenclatura Propriedades
Correspondentes | a e e; b e f; c e g; d e h| Congruentes
Colaterais internos | e e f; d e e| Suplementares Quadrado
Colaterais externos | a e h; d e g| Suplementares
Alternos externos | a e g; b e h| Congruentes
Alternos internos | c e e; d e f| Congruentes
S = a²
ÂNGULOS NA CIRCUNFERÊNCIA

Paralelogramo
S=a.h

Losango
Arco: qualquer uma das duas partes em que uma circun-
ferência fica dividida por dois quaisquer de seus pontos .

Corda: Segmento de reta que une dois pontos quaisquer


de uma circunferência.

Diâmetro: Qualquer corda que passa pelo centro de uma


circunferência.

Ângulo central
Um ângulo é central em relação a uma circunferên-
cia se o seu vértice coincide com o centro da mesma.
- Quando um arco é interceptado por um ângulo central, Trapézio
ele é chamado de arco correspondente ao ângulo.

Triângulo

Ângulo inscrito
É inscrito numa circun-
ferência somente se o seu
vértice é um ponto da cir-
cunferência e cada um de
seus lados contém uma
corda dessa circunferência.

Raciocínio Lógico 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Quando o polígono tem todos os lados e ângulos in-
ternos congruentes eles recebem o nome de polígonos regu-
lares.
Quando o polígono não tem nem lados e nem ângulos
congruentes recebe o nome de irregulares.

Para que um polígono seja regular ele tem que assumir


ser: eqüilátero, ter todos os lados congruentes e ser ao mes-
mo tempo eqüiângulo, ter os ângulos congruentes.

Na construção de um polígono é preciso utilizar um trans-


feridor para medir os ângulos corretamente e uma régua para
medir os lados corretamente.
Se conhecermos as medidas a e b de dois lados de um
triângulo e a sua medida α, podemos calcular sua área: POLÍGONOS
É convexo somente se, quaisquer que sejam os pontos x
e y do seu interior, o segmento de reta xy está inteiramente
contido em seu interior.
Polígono convexo Polígono côncavo

Soma dos ângulos internos de um polígono


- A soma dos ângulos internos de um polígono de n lados
Podemos também calcular a área de um triângulo utili- é:
zando o semi-perímetro:

Um ponto I qualquer no inte-


rior do polígono unindo esse
ponto a cada vértice, o polígono
fica decomposto em n triângu-
los,
Classificação dos polígonos

Vamos ressaltar a definição de polígono:


Soma dos ângulos externos de um polígono
Polígono é uma região plana de uma linha poligonal Em qualquer polígono convexo, a soma das medidas
fechada com o conjunto de seus pontos interiores. dos ângulos externos é constante e igual a 360º.

Essas linhas são chamadas de lados e a união delas i1, i2, i3, i4, ... in
é chamada de vértice e a união dos vértices é chamada de são as medidas
diagonal. O único polígono que não possui diagonal é o triân- dos ângulos internos de um
gulo. polígono de n lados.
Dependendo do número de lados de um polígono
ele receberá uma nomenclatura diferente, ( o
menor número de lados para que seja formado
um polígono são três lados) veja abaixo:
3 lados triangulo ou trilátero
4 lados quadrângulo ou quadrilátero Polígono regular
5 lados pentágono ou pentalátero Um polígono regular
6 lados hexagonal ou hexalátero somente se, todos os seus
7 lados heptágono ou heptalátero lados são congruentes e se
8 lados octógono ou octolátero todos os seus ângulos
9 lados eneágono ou enealátero internos são congruentes.
10 lados decágono ou decalátero
11 lados undecágono ou undecalátero
12 lados dodecágono ou dodecalátero QUADRILÁTEROS
15 lados pentadecágono ou pentadecalátero Teorema
20 lados icoságono ou icosalátero A soma das medidas dos quatro ângulos internos de um
quadrilátero qualquer é igual a 360º.
Além de classificar um polígono pelo seu número de la-
dos, podemos também classificá-lo conforme a congruência
de seus lados e ângulos internos.

Raciocínio Lógico 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Trapézio LOSANGO
É todo quadrilá-
tero que possui somente É todo paralelogramo
um par, de lados opostos que possui quatro lados
paralelos. congruentes.
AB e CD

QUADRADO
AB e CD são as bases do trapézio
 É todo paralelogramo que é
AC e BD são os lados transversa is retângulo e losango simultâ-
Classificação dos Trapézios neamente, ou seja, seu ângulos
são retos e seu lados são con-
Trapézio escaleno gruentes.
Os lados transversos
têm medidas diferentes
Congruência de triângulos
AD ≠ BC Dois ou mais triângulos são congruentes somente se os
seus lados e ângulos forem ordenados congruentes.

Trapézio isósceles
Os lados transversos
têm medidas iguais.
AD = BC

Trapézio retângulo
Um dos lados transver-
sos é perpendicular as
bases.

Paralelogramos O emprego da congruência de triângulos em demonstra-


É todo quadrilátero que possui os lados opostos respecti- ção
vamente paralelos. Com o auxilio da congruência de triângulos é que se de-
monstra grande parte dos teoremas fundamentais da geome-
tria.
Semelhança de triângulos
Dois triângulos são semelhantes somente se, existe uma
correspondência biunívoca que associa os três vértices de
um dos triângulos aos três vértices do outro, de forma que:
I) lados opostos a vértices correspondentes são propor-
cionais.
II) Ângulos com vértices correspondentes são congruen-
tes.

Paralelogramos Notáveis

RETÂNGULO

É todo paralelogramo
que possui seu ângulos Casos de semelhança de triângulos
retos. Critérios utilizados para que haja semelhança de triângu-
los
1) Caso AA (ângulo, ângulo)Dois triângulos são semelhantes
somente se, têm dois ângulos respectivamente congruen-
tes.

Raciocínio Lógico 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

2) Caso LAL (lado, ângulo, lado)Dois triângulos são seme- A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da
lhantes somente se, têm dois lados, respectivamente, hipotenusa, ou seja,
proporcionais; e são congruentes os ângulos formados
por esses lados. b² + c² = a² (teorema de Pitágoras).

O quadrado da medida de um cateto é igual ao produto da


medida da hipotenusa pela medida da projeção ortogo-
nal desse cateto sobre a hipotenusa, ou seja,

b² = a . m

c² = a . n

O produto das medidas dos catetos é igual ao produto da


hipotenusa pela altura relativa à hipotenusa, ou seja,
3) Caso LLL (lado, lado, lado) Dois triângulos são
semelhantes somente se, têm os três lados, b.c=a.h.
respectivamente, proporcionais.
O quadrado da altura relativa à hipotenusa é igual ao produto
dos segmentos que ela determina na hipotenusa, ou se-
ja,

h² = m . n

Triângulo Equilátero

Num triângulo eqüilátero ABC, cujo lado tem medida a:

AH é altura, mediana e bissetriz relativa ao lado BC;


sua medida h é dada por:
Relações Métricas no triângulo Retângulo

Caso ABC seja um triângulo retângulo em A, traçando-se


a altura AH, relativa à hipotenusa, ficam definidos os seguin-
tes elementos.
Relações Métricas
Triângulo Retângulo
Num triângulo ABC, retângulo em A, indicamos por:
A a medida da hipotenusa BC

B a medida do cateto AC
O baricentro (ponto de intersecção das medianas), o orto-
C a medida do cateto AB centro (ponto de intersecção das retas suportes das alturas),
o incentro (ponto de intersecção das bissetrizes internas) e o
circuncentro(ponto de intersecção das mediatrizes dos lados)
H a medida de AH, altura relativa a BC
coincidem.
M a medida de HC, projeção ortogonal de AC sobre BC
O baricentro divide cada mediana em duas partes tais que
a que contém o vértice é o dobro da outra.
N a medida de BH, projeção ortogonal de AB sobre BC.
Quadrado
Num quadrado, cujo lado tem medida a, a medida d de
uma diagonal é dada por:

Raciocínio Lógico 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

d = a √2

Teorema de Tales
Se um feixe de paralelas determina segmentos congru-
entes sobre uma transversal, então esse feixe determina
segmentos congruentes sobre qualquer outra transversal.
Fonte: http://www.brasilescola.com

ÁLGEBRA - EQUAÇÕES
EXPRESSÕES LITERAIS OU ALGÉBRICAS

IGUALDADES E PROPRIEDADES
São expressões constituídas por números e letras,
unidos por sinais de operações.

2 2
Exemplo: 3a ; –2axy + 4x ; xyz; x + 2 , é o mesmo
3
2 2
que 3.a ; –2.a.x.y + 4.x ; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a, x, y
e z representam um número qualquer.
- Um feixe de paralelas separa, sobre duas transversais
quaisquer, segmentos de uma proporcionais aos segmentos
correspondentes na outra.
Chama-se valor numérico de uma expressão algé-
brica quando substituímos as letras pelos respectivos
valores dados:
2
Exemplo: 3x + 2y para x = –1 e y = 2, substituindo
2
os respectivos valores temos, 3.(–1) + 2.2 → 3 . 1+ 4
→ 3 + 4 = 7 é o valor numérico da expressão.

Exercícios
Calcular os valores numéricos das expressões:
1) 3x – 3y para x = 1 e y =3
2) x + 2a para x =–2 e a = 0
2
3) 5x – 2y + a para x =1, y =2 e a =3
Respostas: 1) –6 2) –2 3) 4

Termo algébrico ou monômio: é qualquer número


real, ou produto de números, ou ainda uma expressão
na qual figuram multiplicações de fatores numéricos e
literais.
4
Exemplo: 5x , –2y, 3 x , –4a , 3,–x

Partes do termo algébrico ou monômio.

Exemplo:
sinal (–)
5
–3x ybz 3 coeficiente numérico ou parte numérica
5
x ybz parte literal

Obs.:
1) As letras x, y, z (final do alfabeto) são usadas co-
mo variáveis (valor variável)
2) quando o termo algébrico não vier expresso o co-
eficiente ou parte numérica fica subentendido que
este coeficiente é igual a 1.

Raciocínio Lógico 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2 2
3x + 1.x + 2x – 2x + 3a – 4a – 1 + 2 =
3 4 3 4 2
Exemplo: 1) a bx = 1.a bx 2) –abc = –1.a.b.c (3+1)x + (2–2)x + (3–4)a – 1+2 =
2
Termos semelhantes: Dois ou mais termos são se- 4x + 0x – 1.a + 1 =
2
melhantes se possuem as mesmas letras elevadas aos 4x – a + 1
mesmos expoentes e sujeitas às mesmas operações.
Obs.: As regras de eliminação de parênteses são as
Exemplos: mesmas usadas para expressões numéricas no conjunto
3 3 3
1) a bx, –4a bx e 2a bx são termos semelhantes. Z.
3 3 3
2) –x y, +3x y e 8x y são termos semelhantes. Exercícios. Efetuar as operações:
1) 4x + (5a) + (a –3x) + ( x –3a)
2 2 2
Grau de um monômio ou termo algébrico: E a so- 2) 4x – 7x + 6x + 2 + 4x – x + 1
ma dos expoentes da parte literal.
2
Respostas: 1) 2x +3a 2) 9x – 3x + 3
Exemplos:
4 3 4 3 1
1) 2 x y z = 2.x .y .z (somando os expoentes da MULTIPLICAÇÃO DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
parte literal temos, 4 + 3 + 1 = 8) grau 8.
Multiplicação de dois monômios: Multiplicam-se os
Expressão polinômio: É toda expressão literal coeficientes e após o produto dos coeficientes escre-
constituída por uma soma algébrica de termos ou mo- vem-se as letras em ordem alfabética, dando a cada
nômios. letra o novo expoente igual à soma de todos os expoen-
2 2
tes dessa letra e repetem-se em forma de produto as
Exemplos: 1)2a b – 5x 2)3x + 2b+ 1 letras que não são comuns aos dois monômios.
Polinômios na variável x são expressões polinomiais Exemplos:
com uma só variável x, sem termos semelhantes. 4 3 2 3
1) 2x y z . 3xy z ab = 2.3 .x
4+1 3+2 1+3
. y . z .a.b =
5 5 4
6abx y z
Exemplo: 2 2+1 1 +1
2) –3a bx . 5ab= –3.5. a .b . x = –15a b x
3 2
2
5x + 2x – 3 denominada polinômio na variável x cuja
2 3 n
forma geral é a0 + a1x + a2x + a3x + ... + anx , onde a0, Exercícios: Efetuar as multiplicações.
a1, a2, a3, ..., an são os coeficientes. 2 3 3
1) 2x yz . 4x y z =
3 2 2 2
2) –5abx . 2a b x =
Grau de um polinômio não nulo, é o grau do monô-
mio de maior grau. 5 4
Respostas: 1) 8x y z
2 3
2) –10a b x
3 5

2 4 2
Exemplo: 5a x – 3a x y + 2xy EQUAÇÕES DO 1.º GRAU
Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o
Equação: É o nome dado a toda sentença algébrica
maior grau, logo o grau do polinômio é 7.
que exprime uma relação de igualdade.
Exercícios
Ou ainda: É uma igualdade algébrica que se verifica
1) Dar os graus e os coeficientes dos monômios:
2 somente para determinado valor numérico atribuído à
a)–3x y z grau coefciente__________
7 2 2 variável. Logo, equação é uma igualdade condicional.
b)–a x z grau coeficiente__________
c) xyz grau coeficiente__________
Exemplo: 5 + x = 11
2) Dar o grau dos polinômios: ↓ ↓
0 0
4 2
a) 2x y – 3xy + 2x grau __________ 1 .membro 2 .membro
5 2
b) –2+xyz+2x y grau __________
onde x é a incógnita, variável ou oculta.
Respostas:
1) a) grau 4, coeficiente –3 Resolução de equações
b) grau 11, coeficiente –1
c) grau 3, coeficiente 1 Para resolver uma equação (achar a raiz) seguire-
2) a) grau 5 b) grau 7 mos os princípios gerais que podem ser aplicados numa
igualdade.
CÁLCULO COM EXPRESSÕES LITERAIS Ao transportar um termo de um membro de uma i-
gualdade para outro, sua operação deverá ser invertida.
Adição e Subtração de monômios e expressões poli- Exemplo: 2x + 3 = 8 + x
nômios: eliminam-se os sinais de associações, e redu- fica assim: 2x – x = 8 – 3 = 5 ⇒ x = 5
zem os termos semelhantes.
Note que o x foi para o 1.º membro e o 3 foi para o
Exemplo: 2.º membro com as operações invertidas.
2 2
3x + (2x – 1) – (–3a) + (x – 2x + 2) – (4a) Dizemos que 5 é a solução ou a raiz da equação, di-
2 2
3x + 2x – 1 + 3a + x – 2x + 2 – 4a = zemos ainda que é o conjunto verdade (V).

Raciocínio Lógico 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exercícios 5x + 2y = 18
Resolva as equações : 6x – 2y = 4
1) 3x + 7 = 19 2) 4x +20=0 22
3) 7x – 26 = 3x – 6 11x+ 0=22 ⇒ 11x = 22 ⇒ x = ⇒x=2
11
Substituindo x = 2 na equação I:
Respostas: 1) x = 4 ou V = {4} 5x + 2y = 18
2) x = –5 ou V = {–5} 3) x = 5 ou V = {5} 5 . 2 + 2y = 18
10 + 2y = 18
EQUAÇÕES DO 1.º GRAU COM DUAS VARIÁVEIS 2y = 18 – 10
OU SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES 2y = 8
y=
8
Resolução por adição.
2
 x+ y=7 -I y =4
Exemplo 1: 
 x − y = 1 - II então V = {(2,4)}

Soma-se membro a membro. Exercícios. Resolver os sistemas de Equação Linear:


2x +0 =8 7 x − y = 20 5 x + y = 7 8 x − 4 y = 28
1)  2)  3) 
2x = 8 5 x + y = 16 8 x − 3 y = 2 2x − 2y = 10
8
x=
2 Respostas: 1) V = {(3,1)} 2) V = {(1,2)} 3) V {(–3,2 )}
x=4
INEQUAÇÕES DO 1.º GRAU
Sabendo que o valor de x é igual 4 substitua este va-
lor em qualquer uma das equações ( I ou II ), Distinguimos as equações das inequações pelo sinal,
Substitui em I fica: na equação temos sinal de igualdade (=) nas inequa-
4+y=7 ⇒ y=7–4 ⇒ y=3 ções são sinais de desigualdade.
> maior que, ≥ maior ou igual, < menor que ,
Se quisermos verificar se está correto, devemos ≤ menor ou igual
substituir os valores encontrados x e y nas equações
x+y=7 x–y=1 Exemplo 1: Determine os números naturais de modo
4 +3 = 7 4–3=1 que 4 + 2x > 12.
4 + 2x > 12
Dizemos que o conjunto verdade: V = {(4, 3)} 2x > 12 – 4
2x + y = 11 - I
Exemplo 2 :  2x > 8 ⇒ x >
8
⇒ x>4
 x + y = 8 - II 2

Note que temos apenas a operação +, portanto de- Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo
vemos multiplicar qualquer uma ( I ou II) por –1, esco- que 4 + 2x ≤ 5x + 13
lhendo a II, temos: 4+2x ≤ 5x + 13
2x + y = 11 2x + y = 11 2x – 5x ≤ 13 – 4
 →
–3x ≤ 9 . (–1) ⇒ 3x ≥ – 9, quando multiplicamos por
 x + y = 8 . ( - 1) - x − y = − 8
(-1), invertemos o sinal dê desigualdade ≤ para ≥, fica:
soma-se membro a membro 3x ≥ – 9, onde x ≥
−9
ou x ≥ – 3
2x + y = 11 3
 +
 - x- y =-8 Exercícios. Resolva:
x+0 = 3 1) x – 3 ≥ 1 – x,
x=3 2) 2x + 1 ≤ 6 x –2
3) 3 – x ≤ –1 + x
Agora, substituindo x = 3 na equação II: x + y = 8, fica Respostas: 1) x ≥ 2 2) x ≥ 3/4 3) x ≥ 2
3 + y = 8, portanto y = 5 PRODUTOS NOTÁVEIS
Exemplo 3:
5x + 2y = 18 -Ι 1.º Caso: Quadrado da Soma
 2 2
(a + b) = (a+b). (a+b)= a + ab + ab + b
2
3x - y = 2 - ΙΙ
↓ ↓
2 2
neste exemplo, devemos multiplicar a equação II por 1.º 2.º ⇒ a + 2ab +b
2 (para “desaparecer” a variável y).
Resumindo: “O quadrado da soma é igual ao qua-
5x + 2y = 18 5 x + 2 y = 18
 ⇒ drado do primeiro mais duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o
3x - y = 2 .(2) 6 x − 2 y = 4 quadrado do 2.º.
soma-se membro a membro:

Raciocínio Lógico 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exercícios. Resolver os produtos notáveis
2 2 2 2
1)(a+2) 2) (3+2a) 3) (x +3a) Exercícios. Fatorar:
2 2 3 2
1) 4a + 2a 2) 3ax + 6a y 3) 4a + 2a
Respostas: 1.º caso
2 2
1) a + 4a + 4 2) 9 + 12a + 4a Respostas: 1.º caso 1) 2a .(2a + 1)
4 2 2 2
3) x + 6x a + 9a 2) 3a .(x + 2ay) 3) 2a (2a + 1)

2.º Caso : Quadrado da diferença 2.º Caso: Trinômio quadrado perfeito (É a “ope-
2 2 2
(a – b) = (a – b). (a – b) = a – ab – ab - b ração inversa” dos produtos notáveis caso 1)
↓ ↓
2 2
1.º 2.º ⇒ a – 2ab + b Exemplo 1
2 2
a + 2ab + b ⇒ extrair as raízes quadradas do ex-
Resumindo: “O quadrado da diferença é igual ao
quadrado do 1.º menos duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o tremo a2 + 2ab + b2 ⇒ a 2 = a e b2 = b e o
2 2 2
quadrado do 2.º. termo do meio é 2.a.b, então a + 2ab + b = (a + b)
(quadrado da soma).
Exercícios. Resolver os produtos notáveis:
2 2 2 2
1) (a – 2) 2) (4 – 3a) 3) (y – 2b) Exemplo 2:
2
4a + 4a + 1 ⇒ extrair as raízes dos extremos
Respostas: 2.º caso
2
1) a – 4a +4 2) 16 – 24a + 9a
2 4a2 + 4a + 1 ⇒ 4a2 = 2a , 1 = 1 e o termo cen-
2 2
4 2
3) y – 4y b + 4b
2 tral é 2.2a.1 = 4a, então 4a + 4a + 1 = (2a + 1)

3.º Caso: Produto da soma pela diferença Exercícios


2 2 2
(a – b) (a + b) = a – ab + ab +b = a – b
2 Fatorar os trinômios (soma)
2 2 2
↓ ↓ ↓ ↓ 1) x + 2xy + y 2) 9a + 6a + 1
2
1.º 2.º 1.º 2.º 3) 16 + 8a + a
2
Resumindo: “O produto da soma pela diferença é Respostas: 2.º caso 1) (x + y)
2 2
igual ao quadrado do 1.º menos o quadrado do 2.º. 2) (3a + 1) 3) (4 + a)

Exercícios. Efetuar os produtos da soma pela dife- Fazendo com trinômio (quadrado da diferença)
2 2
rença: x – 2xy + y , extrair as raízes dos extremos
1) (a – 2) (a + 2) 2) (2a – 3) (2a + 3) x2 = x e y 2 = y, o termo central é –2.x.y, então:
2 2
3) (a – 1) (a + 1) 2 2 2
x – 2xy + y = (x – y)
Respostas: 3.º caso
2 2 Exemplo 3:
1) a – 4 2) 4a – 9 2
4
3) a – 1 16 – 8a + a , extrair as raízes dos extremos
16 = 4 e a2 = a, termo central –2.4.a = –8a,
FATORAÇÃO ALGÉBRICA 2
então: 16 – 8a + a = (4 – a)
2

1.º Caso: Fator Comum Exercícios


Fatorar:
2 2 2 2
Exemplo 1: 1) x – 2xy + y 2) 4 – 4a + a 3) 4a – 8a + 4
2a + 2b: fator comum é o coeficiente 2, fica:
2
2 .(a+b). Note que se fizermos a distributiva voltamos Respostas: 2.º caso 1) (x – y)
2 2
no início (Fator comum e distributiva são “operações 2) (2 – a) 3) (2a – 2)
inversas”)
3.º Caso: (Diferença de dois quadrados) (note que
Exercícios. Fatorar: é um binômio)
1) 5 a + 5 b 2) ab + ax 3) 4ac + 4ab
Exemplo 1
Respostas: 1.º caso
a2 = a e
2 2
1) 5 .(a +b ) 2) a. (b + x) a – b , extrair as raízes dos extremos
3) 4a. (c + b) b2 = b, então fica: a – b = (a + b) . (a – b)
2 2

Exemplo 2:
2 Exemplo 2:
3a + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) é 3,
a2
2
porque MDC (3, 6) = 3. 4 – a , extrair as raízes dos extremos 4 = 2,
2
2
= a, fica: (4 – a ) = (2 – a). (2+ a)
O m.d.c. entre: “a e a é “a” (menor expoente), então
2
o fator comum da expressão 3a + 6a é 3a. Dividindo Exercícios. Fatorar:
2
3a : 3a = a e 6 a : 3 a = 2, fica: 3a. (a + 2). 2
1) x – y
2
2) 9 – b
2
3) 16x – 1
2

Raciocínio Lógico 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Só podemos adicionar e subtrair radicais semelhan-
Respostas: 3.º caso 1) (x + y) (x – y) tes.
2) (3 + b) (3 – b) 3) (4x + 1) (4x – 1)
Exemplos:
EQUAÇÕES FRACIONÁRIAS 1) 3 2 − 2 2 + 5 2 = (3 − 2 + 5 ) 2 = 6 2

São Equações cujas variáveis estão no denominador 2) 53 6 − 33 6 + 73 6 = (5 − 3 + 7 )3 6 = 93 6


4 1 3
Ex: = 2, + = 8, note que nos dois exem- Multiplicação e Divisão de Radicais
x x 2x Só podemos multiplicar radicais com mesmo índice e
plos x ≠ 0, pois o denominador deverá ser sempre dife-
usamos a propriedade: n a ⋅ n b = n ab
rente de zero.

Para resolver uma equação fracionária, devemos a- Exemplos


char o m.m.c. dos denominadores e multiplicamos os 1) 2 ⋅ 2 = 2.2 = 4 = 2
dois membros por este m.m.c. e simplificamos, temos 2) 3 ⋅ 4 = 3 . 4 = 12
então uma equação do 1.º grau. 3
1 7 3) 3 ⋅ 3 9 = 3 3 . 9 = 3 27 = 3
Ex: + 3 = , x ≠ 0, m.m.c. = 2x 3
x 2 4) 5 ⋅ 3 4 = 3 5 . 4 = 3 20
1 7 5) 3 ⋅ 5 ⋅ 6 = 3 . 5 . 6 = 90
2x . +3 = . 2x
x 2
2x 14 x Exercícios
+ 6x = , simplificando
x 2
Efetuar as multiplicações
2 + 6x = 7x ⇒ equação do 1.º grau. 1) 3⋅ 8 2) 5⋅ 5 3) 3 6 ⋅ 3 4 ⋅ 3 5

Resolvendo temos: 2 = 7x – 6x Respostas: 1) 24 2) 5 3) 3 120


2 = x ou x = 2 ou V = { 2 }
Para a divisão de radicais usamos a propriedade
Exercícios a
Resolver as equações fracionárias: também com índices iguais = a : b = a:b
b
3 1 3
1) + = x≠0
x 2 2x Exemplos:
1 5
2) + 1 = x≠0
x 2x 18
1) = 18 : 2 = 18 : 2 = 9 = 3
Respostas: Equações: 1) V = {–3} 2) V = { 3 } 2
2
20
RADICAIS 2) = 20 : 10 = 20 : 10 = 2
10
3
15
4 = 2, 1 = 1, 9 = 3, 16 = 4 , etc., são raízes exa- 3) = 3 15 : 3 5 = 3 15 : 5 = 3 3
3
5
tas são números inteiros, portanto são racionais: 2=
1,41421356..., 3 = 1,73205807..., 5 = Exercícios. Efetuar as divisões
2,2360679775..., etc. não são raízes exatas, não são 6 3
16 24
números inteiros. São números irracionais. Do mesmo 1) 2) 3)
3
3 2 6
modo 3 1 = 1, 3 8 = 2 , 3 27 = 3 , 3 64 = 4 ,etc., são
Respostas: 1) 2 2) 2 3) 2
racionais, já 3 9 = 2,080083823052.., 3
20 =
2,714417616595... são irracionais. Simplificação de Radicais

Nomes: n a = b : n = índice; a = radicando = sinal Podemos simplificar radicais, extraindo parte de raí-
da raiz e b = raiz. Dois radicais são semelhantes se o n n
zes exatas usando a propriedade a simplificar índice
índice e o radicando forem iguais. com expoente do radicando.
Exemplos:
Exemplos:
1)Simplificar 12
1) 2, 3 2 , - 2 são semelhantes observe o n = 2
decompor 12 em fatores primos:
“raiz quadrada” pode omitir o índice, ou seja, 2 5 = 5 12 2
2) 53 7 , 3 7 , 23 7 são semelhantes 6 2
2
12 = 22 ⋅ 3 = 22 ⋅ 3 = 2 3
3 3
Operações: Adição e Subtração 1
Raciocínio Lógico 51 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2) Simplificar 32 , decompondo 32 fica: 3
33 2 3
Respostas: 1) 2) 3)
16 18
32 2 4 2 3
16 2
8 2 EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
4 2
2 2 Definição: Denomina-se equação de 2.º grau com
32 = 22 ⋅ 22 ⋅ 2 = 2 2 2 ⋅ 2 22 ⋅ 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 = 4 2 variável toda equação de forma:
2
ax + bx + c = 0
onde : x é variável e a,b, c ∈ R, com a ≠ 0.
3) Simplificar 3 128 , decompondo fica:
128 2 Exemplos:
64 2 2
3x - 6x + 8 = 0
32 2 2
2x + 8x + 1 = 0
16 2 2
x + 0x – 16 = 0
2
y -y+9 =0
8 2 2
- 3y - 9y+0 = 0
2
5x + 7x - 9 = 0
4 2
2 2 COEFICIENTE DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
1 Os números a, b, c são chamados de coeficientes da
fica equação do 2.º grau, sendo que:
3 3 3 2
3
128 = 23 ⋅ 23 ⋅ 2 = 23 ⋅ 23 ⋅ 3 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 3 2 = 43 2 • a representa sempre o coeficiente do termo x .
• b representa sempre o coeficiente do termo x.
Exercícios • c é chamado de termo independente ou termo
Simplificar os radicais: constante.
1) 20 2) 50 3) 3 40 Exemplos:
3 2 2
Respostas: 1) 2 5 2) 5 2 3) 2. 5 a)3x + 4x + 1= 0 b) y + 0y + 3 = 0
a =3,b = 4,c = 1 a = 1,b = 0, c = 3
2 2
Racionalização de Radiciação c) – 2x –3x +1 = 0 d) 7y + 3y + 0 = 0
Em uma fração quando o denominador for um radical a = –2, b = –3, c = 1 a = 7, b = 3, c = 0
2
devemos racionalizá-lo. Exemplo: devemos multipli- Exercícios
3 Destaque os coeficientes:
2 2
car o numerador e o denominador pelo mesmo radical 1)3y + 5y + 0 = 0 2)2x – 2x + 1 = 0
2 2
do denominador. 3)5y –2y + 3 = 0 4) 6x + 0x +3 = 0
2 3 2 3 2 3 2 3
⋅ = = =
3 Respostas:
3 3 3⋅3 9
1) a =3, b = 5 e c = 0
2 2 3 2)a = 2, b = –2 e c = 1
e são frações equivalentes. Dizemos que
3 3 3) a = 5, b = –2 e c =3
4) a = 6, b = 0 e c =3
3 é o fator racionalizante.
EQUAÇÕES COMPLETAS E INCOMPLETAS
Exercícios Temos uma equação completa quando os
Racionalizar: coeficientes a , b e c são diferentes de zero.
1 2 3 Exemplos:
1) 2) 3)
5 2 2 2
3x – 2x – 1= 0
2
y – 2y – 3 = 0 São equações completas.
Respostas: 1) 2) 2 3)
5 6
2
5 2 y + 2y + 5 = 0

Quando uma equação é incompleta, b = 0 ou c = 0,


2 costuma-se escrever a equação sem termos de coefici-
Outros exemplos: devemos fazer:
3
2 ente nulo.

23 4 23 4 3 Exemplos:
3
2 22 2 ⋅ 3 22
⋅ = = = = 4 2
3
21 3
22
3
21 ⋅ 22
3
23 2 x – 16 = 0, b = 0 (Não está escrito o termo x)
2
x + 4x = 0, c = 0 (Não está escrito o termo inde-
pendente ou termo constante)
Exercícios. 2
x = 0, b = 0, c = 0 (Não estão escritos
Racionalizar:
o termo x e termo independente)
3
1 3 2
1) 2) 3)
3 3 3 FORMA NORMAL DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
4 22 3 2
ax + bx + c = 0

Raciocínio Lógico 52 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2
EXERCÍCIOS 2) 2x + x – 3 = 0
2
Escreva as equações na forma normal: 3) 2x – 7x – 15 = 0
2 2 2 2 2
1) 7x + 9x = 3x – 1 2) 5x – 2x = 2x + 2 4) x +3x + 2 = 0
2 2 2
Respostas: 1) 4x + 9x + 1= 0 2) 3x – 2x –2 = 0 5) x – 4x +4 = 0
Respostas
Resolução de Equações Completas 1) V = { 4 , 5)
Para resolver a equação do 2.º Grau, vamos utilizar a −3
fórmula resolutiva ou fórmula de Báscara. 2) V = { 1, }
2 2
A expressão b - 4ac, chamado discriminante de
−3
equação, é representada pela letra grega ∆ (lê-se deita). 3) V = { 5 , }
2
2 4) V = { –1 , –2 }
∆ = b - 4ac logo se ∆ > 0 podemos escrever:
5) V = {2}

−b± ∆ EQUAÇÃO DO 2.º GRAU INCOMPLETA


x= Estudaremos a resolução das equações incompletas
2a 2
do 2.º grau no conjunto R. Equação da forma: ax + bx =
RESUMO 0 onde c = 0
NA RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
COMPLETA PODEMOS USAR AS DUAS FORMAS: Exemplo:
2
ou 2
∆ = b - 4ac 2x – 7x = 0 Colocando-se o fator x em evidência
2
−b ± b − 4 a c (menor expoente)
x=
2a −b± ∆
x= x . (2x – 7) = 0 x=0
2a
7
ou 2x – 7 = 0 ⇒ x=
Exemplos: 2
2
a) 2x + 7x + 3 = 0 a = 2, b =7, c = 3
Os números reais 0 e são as raízes da equação
7
2
− b ± b2 − 4 a c − (+ 7 ) ± (7 ) − 4 ⋅ 2 ⋅ 3 2
x= ⇒ x=
2a 2⋅2 S={0;
7
)
− (+ 7 ) ± 49 − 24 − (+ 7 ) ± 25 2
2
x= ⇒x = Equação da forma: ax + c = 0, onde b = 0
4 4
− (+ 7 ) ± 5 −7 + 5 -2 -1 Exemplos
x= ⇒x'= = = 2
4 4 4 2 a) x – 81 = 0
2
−7 − 5 -12 x = 81→transportando-se o termo independente
x"= = =-3 para o 2.º termo.
4 4
−1  x = ± 81 →pela relação fundamental.
S =  , - 3 x=±9 S = { 9; – 9 }
2 
2
b) x +25 = 0
ou 2
2 x = –25
b) 2x +7x + 3 = 0 a = 2, b = 7, c = 3
2
∆ = b – 4.a. c x = ± − 25 , − 25 não representa número real,
2
∆ =7 – 4 . 2 . 3 isto é − 25 ∉ R
∆ = 49 – 24 a equação dada não tem raízes em IR.
∆ = 25 S=φ ou S = { }
− (+ 7 ) ± 25 − (+ 7 ) ± 5
x= ⇒x = c)
2
9x – 81= 0
4 4 2
−7 + 5 -2 -1 9x = 81
⇒ ‘x'= = = e 2 81
4 4 2 x =
−7 − 5 -12 9
2
x"= = =-3 x = 9
4 4
x= ± 9
−1 
S =  , - 3 x=±3
 2  S = { ±3}

Observação: fica ao SEU CRITÉRIO A ESCOLHA Equação da forma: ax = 0 onde b = 0, c = 0


DA FORMULA. A equação incompleta ax = 0 admite uma única
solução x = 0. Exemplo:
EXERCÍCIOS 2
3x = 0
Resolva as equações do 2.º grau completa:
2
1) x – 9x +20 = 0

Raciocínio Lógico 53 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2 0 b
x = S=x'+x"= −
3 a
2
x =0 c
2 • Representamos o Produto pôr P P = x '⋅x " =
x = + 0 a
S={0} Exemplos:
2
Exercícios Respostas: 1) 9x – 72x +45 = 0 a = 9, b = –72, c = 45.
2
1) 4x – 16 = 0 1) V = { –2, + 2} b (-72) = 72 = 8
2
2) 5x – 125 = 0 2) V = { –5, +5} S=x'+x"= − =-
2 a 9 9
3) 3x + 75x = 0 3) V = { 0, –25}
c 45
P = x '⋅ x " = = =5
Relações entre coeficiente e raízes a 9
2
2
Seja a equação ax + bx + c = 0 ( a ≠ 0), sejam x’ e x” 2) 3x +21x – 24= 0 a = 3, b = 21,c = –24
as raízes dessa equação existem x’ e x” reais dos b (21) = - 21 = −7
S=x'+x"= − =-
coeficientes a, b, c. a 3 3
−b+ ∆ −b− ∆ c + (- 24 ) − 24
x'= e x"= P = x '⋅x " = = = = −8
2a 2a a 3 3
a = 4,
RELAÇÃO: SOMA DAS RAÍZES
2
−b+ ∆ −b − ∆ 3) 4x – 16 = 0 b = 0, (equação incompleta)
x'+ x"= + ⇒ c = –16
2a 2a
b 0
−b+ ∆ −b− ∆ S = x ' + x "= − = = 0
x'+x"= a 4
2a c + (- 16 ) − 16
−2b b P = x '⋅ x " = = = = −4
x'+x"= ⇒ x'+x"= − a 4 4
2a a a = a+1
2
4) ( a+1) x – ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0 b = – (a+ 1)
Daí a soma das raízes é igual a -b/a ou seja, x’+ x” = c = 2a+2
-b/a b [- (a + 1)] = a + 1 = 1
b S=x'+x"= − =-
Relação da soma: x ' + x " = − a a +1 a +1
a c 2a + 2 2(a + 1)
P = x'⋅x " = = = =2
a a +1 a +1
RELAÇÃO: PRODUTO DAS RAÍZES
−b+ ∆ −b− ∆ Se a = 1 essas relações podem ser escritas:
x'⋅ x "= ⋅ ⇒
2a 2a b
x'+x"= − x ' + x " = −b
x'⋅x "=
(− b + ∆ )⋅ (− b − ∆ ) 1
4a2 x'⋅x "=
c
x '⋅ x "=c
1
 − b2  − ∆ 2 ( )
 
x'⋅x "=   ⇒ ∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c ⇒ Exemplo:
4a 2 2
x –7x+2 = 0 a = 1, b =–7, c = 2
b2 −  b2 − 4ac  S=x'+x"= − =-
b (- 7) = 7
x '⋅ x " =   ⇒ a 1
4a2 c 2
P = x'⋅x " = = = 2
b2 − b2 + 4ac a 1
x'⋅x "= ⇒ EXERCÍCIOS
4a2 Calcule a Soma e Produto
2
4ac c 1) 2x – 12x + 6 = 0
x'⋅x "= ⇒ x '⋅x " = 2
4a2 a 2) x – (a + b)x + ab = 0
2
3) ax + 3ax–- 1 = 0
2
4) x + 3x – 2 = 0
c
Daí o produto das raízes é igual a ou seja:
a Respostas:
c 1) S = 6 e P = 3
x '⋅ x " = ( Relação de produto) 2) S = (a + b) e P = ab
a
−1
3) S = –3 e P =
Sua Representação: a
• Representamos a Soma por S 4) S = –3 e P = –2

Raciocínio Lógico 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
APLICAÇÕES DAS RELAÇÕES
2
Se considerarmos a = 1, a expressão procurada é x RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
+ bx + c: pelas relações entre coeficientes e raízes
temos: Um problema de 2.º grau pode ser resolvido por meio
x’ + x”= –b b = – ( x’ + x”) de uma equação ou de um sistema de equações do 2.º
x’ . x” = c c = x’ . x” grau.
2
Daí temos: x + bx + c = 0 Para resolver um problema do segundo grau deve-se
seguir três etapas:
• Estabelecer a equação ou sistema de equações cor-
respondente ao problema (traduzir matemati-
camente), o enunciado do problema para linguagem
simbólica.
• Resolver a equação ou sistema
• Interpretar as raízes ou solução encontradas

REPRESENTAÇÃO Exemplo:
Representando a soma x’ + x” = S Qual é o número cuja soma de seu quadrado com
Representando o produto x’ . x” = P seu dobro é igual a 15?
2
E TEMOS A EQUAÇÃO: x – Sx + P = 0 número procurado : x
2
equação: x + 2x = 15
Exemplos:
a) raízes 3 e – 4 Resolução:
2
S = x’+ x” = 3 + (-4) =3 – 4 = –1 x + 2x –15 = 0
2 2
P = x’ .x” = 3 . (–4) = –12 ∆ =b – 4ac ∆ = (2) – 4 .1.(–15) ∆ = 4 + 60
x – Sx + P = 0 ∆ = 64
2
x + x – 12 = 0 − 2 ± 64 −2 ± 8
x= x=
2 ⋅1 2
b) 0,2 e 0,3
−2 + 8 6
S = x’+ x” =0,2 + 0,3 = 0,5 x'= = =3
P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06 2 2
2
x – Sx + P = 0 −2 − 8 −10
2 x"= = = −5
x – 0,5x + 0,06 = 0 2 2

5 3 Os números são 3 e – 5.
c) e
2 4
5 3 10 + 3 13 Verificação:
2 2
S = x’+ x” = + = = x + 2x –15 = 0 x + 2x –15 = 0
2 4 4 4 2
(3) + 2 (3) – 15 = 0
2
(–5) + 2 (–5) – 15 = 0
5 3 15 9 + 6 – 15 = 0 25 – 10 – 15 = 0
P=x.x= . =
2 4 8 0=0 0=0
2
x – Sx + P = 0 (V) (V)
2 13 15 S = { 3 , –5 }
x – x+ =0
4 8
RESOLVA OS PROBLEMAS DO 2.º GRAU:
d) 4 e – 4
S = x’ +x” = 4 + (–4) = 4 – 4 = 0 1) O quadrado de um número adicionado com o quá-
P = x’ . x” = 4 . (–4) = –16 druplo do mesmo número é igual a 32.
2
x – Sx + P = 0 2) A soma entre o quadrado e o triplo de um mesmo
2
x –16 = 0 número é igual a 10. Determine esse número.
3) O triplo do quadrado de um número mais o próprio
Exercícios número é igual a 30. Determine esse numero.
Componha a equação do 2.º grau cujas raízes são: 4) A soma do quadrado de um número com seu quín-
−4 tuplo é igual a 8 vezes esse número, determine-o.
1) 3 e 2 2) 6 e –5 3) 2 e
5 Respostas:
4) 3 + 5e3– 5 5) 6 e 0 1) 4 e – 8 2) – 5 e 2
3) −10 3 e 3 4) 0 e 3
Respostas:
2 2
1) x – 5x+6= 0 2) x – x – 30 = 0
2 −6 x
3)x – – =0
8
5 5
2 2
4) x – 6x + 4 = 0 5) x – 6x = 0

Raciocínio Lógico 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 2° GRAU
Como resolver
Para resolver sistemas de equações do 2º grau, é im- Substituindo em I:
portante dominar as técnicas de resolução de sistema
de 1º grau: método da adição e método da substitui-
ção.

Imagine o seguinte problema: dois irmãos possuem


idades cuja soma é 10 e a multiplicação 16. Qual a
idade de cada irmão?

Equacionando:

As idades dos dois irmãos são, respectivamente, de 2


e 8 anos. Testando:
a multiplicação de 2 X 8 = 16 e a soma 2 + 8 = 10.

Outro exemplo
Encontre dois números cuja diferença seja 5 e a soma
dos quadrados seja 13.

Pela primeira equação, que vamos chamar de I:

Substituindo na segunda: Da primeira, que vamos chamar de II:

Logo: Aplicando na segunda:

Usando a fórmula:

De Produtos notáveis:

Logo

Dividindo por 2:

Raciocínio Lógico 56 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
x² + y² = 20
(6 – y)² + y² = 20
(6)² – 2 * 6 * y + (y)² + y² = 20
36 – 12y + y² + y² – 20 = 0
16 – 12y + 2y² = 0
2y² – 12y + 16 = 0 (dividir todos os membros da equaç-
ão por 2)

y² – 6y + 8 = 0

Logo: ∆ = b² – 4ac
∆ = (–6)² – 4 * 1 * 8
∆ = 36 – 32
∆=4

a = 1, b = –6 e c = 8

Substituindo em II:

Determinando os valores de x em relação aos valores


Substituindo em II: de y obtidos:

Para y = 4, temos:
x=6–y
x=6–4
x=2

Par ordenado (2; 4)


Os números são 3 e - 2 ou 2 e - 3.

Para y = 2, temos:
x=6–y
Os sistemas a seguir envolverão equações do 1º e do x=6–2
2º grau, lembrando de que suas representações gráfi- x=4
cas constituem uma reta e uma parábola, respectiva-
mente. Resolver um sistema envolvendo equações Par ordenado (4; 2)
desse modelo requer conhecimentos do método da
substituição de termos. Observe as resoluções comen- S = {(2: 4) e (4; 2)}
tadas a seguir:

Exemplo 1 Exemplo 2

Isolando x ou y na 2ª equação:
x – y = –3
Isolando x ou y na 2ª equação do sistema: x=y–3
x+y=6
x=6–y Substituindo o valor de x na 1ª equação:
Substituindo o valor de x na 1ª equação: x² + 2y² = 18

Raciocínio Lógico 57 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(y – 3)² + 2y² = 18 entre duas ocorrências do nascer do Sol, que corresponde,
y² – 6y + 9 + 2y² – 18 = 0 em média (dia solar médio), a 24 horas.
3y² – 6y – 9 = 0 (dividir todos os membros da equação O mês lunar corresponde ao período de tempo entre
por 3) duas lunações, cujo valor aproximado é de 29,5 dias.
O ano solar é o período de tempo decorrido para
y² – 2y – 3 = 0 completar um ciclo de estações
(primavera, verão, outono e inverno). O ano solar médio tem
∆ = b² – 4ac a duração de aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos
∆ = (–2)² – 4 * 1 * (–3) e 47 segundos (365,2422 dias). Também é conhecido
∆ = 4 + 12 como ano trópico. A cada quatro anos, as horas extra
∆ = 16 acumuladas são reunidas no dia 29 de Fevereiro, formando
o ano bissexto, ou seja, o ano com 366 dias.
a = 1, b = –2 e c = –3 Os calendários antigos baseavam-se em meses lunares
(calendários lunares) ou no ano solar (calendário solar) para
contagem do tempo.
Etimologia
Antes de Júlio César criar, com a ajuda do
astrônomo Sosígenes, o calendário dito juliano, os romanos
tinham meses lunares, que começavam em cada lua nova.
No primeiro dia da lua nova, chamado dia das
calendas (“calendae”), um dos pontífices convocava o povo
no Capitólio para informar as celebrações religiosas daquele
mês. O pontífice mencionava um por um os dias que
transcorreriam até as nonas, repetindo em voz alta a palavra
“calo”, eu chamo.2
A partir do calendário juliano, que não era lunar, as nonas
foram o quinto dia nos meses de trinta dias e o sétimo nos
meses de trinta e um. De “calendae”, os romanos criaram o
adjetivo “calendarius”, relativo às calendas, e o substantivo
“calendarium”, com o qual designavam o livro de contas
Determinando os valores de x em relação aos valores diárias e, mais tarde, o registro de todos os dias do ano.
de y obtidos:
Em nossa língua portuguesa, até o século XIII, a palavra
calendas era empregada, no entanto, para denominar o
Para y = 3, temos: primeiro dia de cada mês e calendário a lista dos dias do ano
x=y–3 com suas correspondentes festividades religiosas. O
x=3–3 calendário dos gregos não tinha calendas, e assim os
x=0 romanos conceberam a expressão “Ad calendas graecas”,
para as calendas gregas, para referir-se a algo que não iria
Par ordenado (0; 3) ocorrer nunca.
Classificações
Para y = –1, temos: Calendários em uso na Terra são frequentemente os
x=y–3 lunares, solares, luni-solares ou arbitrários. Um calendário
x = –1 –3 lunar é sincronizado com o movimento da Lua; um exemplo
x = –4 disso é o calendário islâmico. Um calendário solar é
sincronizado com o movimento do Sol; um exemplo é
Par ordenado (–4; –1) o calendário persa. Um calendário luni-solar é sincronizado
com ambos os movimentos do Sol e da Lua; um exemplo é
ocalendário hebraico. Um calendário arbitrário não é
S = {(0; 3) e (–4; –1)} sincronizado nem com o Sol nem com a Lua. Um exemplo
disso é o calendário juliano usado por astrônomos. Há alguns
calendários que parecem ser sincronizados com o movimento
CALENDÁRIO de Vênus, como o calendário egípcio; a sincronização com
Calendário é um sistema para contagem e agrupamento Vênus parece ocorrer principalmente em civilizações
de dias que visa atender, principalmente, às necessidades próximas ao equador.
civis e religiosas de uma cultura. A palavra deriva do Praticamente todos os sistemas de calendário utilizam
latim calendarium ou livro de registro, que por sua vez uma unidade coloquialmente chamada de ano, que se
derivou de calendae, que indicava o primeiro dia de um mês aproxima do ano tropicalda Terra, ou seja, o tempo que leva
romano. As unidades principais de agrupamento são o mês e um completo ciclo de estações, visando facilitar o
o ano.1 planejamento de atividades agrícolas. Muitos calendários
A palavra calendário é usada também para descrever o também usam uma unidade de tempo chamada mês baseado
aparato físico (geralmente de papel) para o uso do sistema nas fases da Lua no céu; um calendário lunar é aquele no
(por exemplo,calendário de mesa), e também um conjunto qual os dias são numerados dentro de cada ciclo de fases da
particular de eventos planejados. Lua. Como o comprimento do mês lunar não se encaixa em
um divisor exato dentro do ano tropical, um calendário
Conceitos
puramente lunar rapidamente se perde dentro das estações.
A unidade básica para a contagem do tempo é o dia, que Os calendários lunares compensam isso adicionando um mês
corresponde ao período de tempo entre dois eventos extra quando necessário para realinhar os meses com as
equivalentes sucessivos: por exemplo, o intervalo de tempo estações.

Raciocínio Lógico 58 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Atual semanas etc. Note-se que este calendário vai precisar
No ocidente, o calendário juliano baseado em anos foi o adicionar uma 53ª semana a cada 5 ou 6 anos, que pode ser
adotado. Ele numera os dias dentro dos meses, que são mais adicionada a dezembro ou pode não ser, dependendo de
longos que o ciclo lunar, por isso não é conveniente para como a organização utiliza essas datas. Existe um modo
seguir as fases da Lua, mas faz um trabalho melhor seguindo padrão internacional para fazer isso (a semana ISO). A
as estações. Infelizmente, o ano tropical da Terra não é um semana ISO começa na segunda-feira e termina no domingo.
múltiplo exato dos dias (é de aproximadamente 365,2422 A semana 1 é sempre a semana que contém 4 de janeiro
dias), então lentamente cai fora de sincronia com as no calendário gregoriano.
estações. Por essa razão, o calendário gregoriano foi Calendários fiscais também são usados pelas empresas.
adotado mais tarde na maior parte do ocidente. Por usar um Neste caso o ano fiscal é apenas um conjunto qualquer de 12
recurso matemático de ano bissexto (os meses. Este conjunto de 12 meses pode começar e terminar
anos centenários são bissextos somente se puderem ser em qualquer ponto do calendário gregoriano. É o uso mais
divididos por 400 e seu resultado for sem fração, logo, comum dos calendários fiscais.
quando for, por exemplo, 2.100, 2.200, 2.300, 2.500 e 2.600, Curiosidades
estes anos não serão bissextos), pode ser ajustado para
fechar com as estações como desejado. Embora não houvesse comunicações e nem os povos
antigos conhecessem outros modelos mais precisos para a
Completude contagem do tempo, foram os calendários mais simples como
Calendários podem definir outras unidades de tempo, a lunação e os sete dias da semana que permitiram
como a semana, para o propósito de planejar atividades aos historiadores refazer em tempo real todos os eventos
regulares que não se encaixam facilmente com meses ou históricos.
anos. Calendários podem ser completos ou incompletos. Referências
Calendários completos oferecem um modo de nomear cada
dia consecutivo, enquanto calendários incompletos não. Ir para cima↑ UFMG. Calendários. Página visitada em 2
de março de 2012.
Finalidade
Ir para cima↑ UOL Educação. Calendário juliano,
Calendários podem ser pragmáticos, teóricos ou mistos. calendário gregoriano e ano bissexto. Página visitada em 2
Um calendário pragmático é o que é baseado na observação; de março de 2012.
um exemplo é o calendário religioso islâmico. Um calendário
teórico é aquele que é baseado em um conjunto estrito de Ir para cima↑ James Elkins, Our beautiful, dry, and distant
regras; um exemplo é o calendário hebraico. Um calendário texts (1998) 63ff.
misto combina ambos. Calendários mistos normalmente Ir para cima↑ How Menstruation Created Mathematics by
começam como calendários teóricos, mas são ajustados John Kellermeier
pragmaticamente quando algum tipo de assincronia se torna
Ir para cima↑ Oldest lunar calendar identified
aparente; a mudança do calendário juliano para o calendário
gregoriano é um exemplo, e o próprio calendário gregoriano SISTEMA DE NUMERAÇÃO
pode ter que receber algum ajuste próximo ao ano 4000
(como foi proposto por G. Romme para o calendário
Um numeral é um símbolo ou grupo de símbolos que
revolucionário francês revisado). Houve algumas propostas
representa um número em um determinado instante da
para a reforma do calendário, como o calendário
evolução do homem. Tem-se que, numa
mundial ou calendário perpétuo. AsNações
determinada escrita ou época, os numerais diferenciaram-se
Unidas consideraram a adoção de um calendário reformado
dos números do mesmo modo que as palavras se
por um tempo nos anos 50, mas essas propostas perderam
diferenciaram das coisas a que se referem. Os símbolos "11",
muito de sua popularidade.
"onze" e "XI" (onze em latim) são numerais diferentes,
O calendário gregoriano, como um exemplo final, é representativos do mesmo número, apenas escrito em
completo, solar e misto. idiomas e épocas diferentes. Este artigo debruça-se sobre os
Calendários lunares vários aspectos dos sistemas de numerais. Ver
também nomes dos números.
Nem todos os calendários usam o ano solar como uma
unidade. Um calendário lunar é aquele em que os dias são
Um sistema de numeração, (ou sistema numeral) é um
numerados dentro de cada ciclo das fases da lua. Como o
sistema em que um conjunto de números são representados
comprimento do mês lunar não é nem mesmo uma fração do
por numerais de uma forma consistente. Pode ser visto como
comprimento do ano trópico, um calendário puramente lunar
o contexto que permite ao numeral "11" ser interpretado como
rapidamente desalinha-se das estações do ano, que não
o numeral romano paradois, o numeral binário para três ou o
variam muito perto da linha do Equador. Permanece
numeral decimal para onze.
constante, no entanto, em relação a outros fenômenos,
especialmente as marés. Um exemplo é o calendário
islâmico. Alexander Marshack, em uma obra Em condições ideais, um sistema de numeração deve:
controversa,3 acreditava que as marcas em um bastão de
osso (cerca de 25.000 a.C.) representavam um calendário Representar uma grande quantidade de números úteis
lunar. Outros ossos marcados também podem representar (ex.: todos os números inteiros, ou todos os números reais);
calendários lunares.4 Da mesma forma, Michael
Rappenglueck acredita que as marcas de uma pintura Dar a cada número representado uma única
rupestre de 15 mil anos de idade representam um calendário descrição (ou pelo menos uma representação padrão);
lunar.5
Calendários fiscais Refletir as estruturas algébricas e aritméticas dos
números.
Um calendário fiscal (como um calendário 4-4-5) fixa para
cada mês um determinado número de semanas, para facilitar
Por exemplo, a representação comum decimal dos
as comparações de mês para mês e de ano para ano.
números inteiros fornece a cada número inteiro uma
Janeiro sempre tem exatamente 4 semanas (de domingo a
representação única como umasequência finita
sábado), fevereiro tem quatro semanas, março tem cinco
de algarismos, com as operações aritméticas (adição,

Raciocínio Lógico 59 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
subtração, multiplicação e divisão) estando presentes como De cada 10 alunos, 2 gostam de Matemática.
osalgoritmos padrões da aritmética. Contudo, quando a 2
representação decimal é usada para os números racionais ou Razão =
para os números reais, a representação deixa de ser 10
padronizada: muitos números racionais têm dois tipos de
numerais, um padrão que tem fim (por exemplo 2,31), e outro c. Um dia de sol, para cada dois de chuva.
que repete-se periodicamente (como 2,30999999...). 1
Razão =
2
RAZÕES ESPECIAIS
A razão entre dois números a e b, com b ≠ 0, é o
1) Velocidade média a
velocidade média a razão entre a distância percorrida e o quociente , ou a : b.
tempo gasto para percorrê-la. b
Velocidade média = distância percorrida / tempo gasto
Nessa expressão, a chama-se antecedente e b,
2) Consumo médio consequente. Outros exemplos de razão:
consumo médio a razão entre a distância percorrida e o con-
sumo de combustível gasto para percorrer essa distância. Em cada 10 terrenos vendidos, um é do corretor.
Consumo médio = distância percorrida / combustível gasto 1
Razão =
3) Densidade Demográfica 10
densidade demográfica a razão entre o número de habitantes
e a área que é ocupada por esses habitantes. Os times A e B jogaram 6 vezes e o time A ganhou todas.
Densidade Demográfica = número de habitantes / área total
Bruna Paris 6
Razão =
6
4)Escala:
É a razão entre um comprimento no desenho e o correspon- 3. Uma liga de metal é feita de 2 partes de ferro e 3 partes
dente comprimento real. de zinco.
2 3
RAZÕES E PROPORÇÕES Razão = (ferro) Razão = (zinco).
5 5
1. INTRODUÇÃO
3. PROPORÇÃO
Se a sua mensalidade escolar sofresse hoje um reajuste
Há situações em que as grandezas que estão sendo
de R$ 80,00, como você reagiria? Acharia caro, normal, ou
comparadas podem ser expressas por razões de anteceden-
abaixo da expectativa? Esse mesmo valor, que pode parecer
tes e consequentes diferentes, porém com o mesmo quocien-
caro no reajuste da mensalidade, seria considerado insignifi-
te. Dessa maneira, quando uma pesquisa escolar nos revelar
cante, se tratasse de um acréscimo no seu salário.
que, de 40 alunos entrevistados, 10 gostam de Matemática,
poderemos supor que, se forem entrevistados 80 alunos da
Naturalmente, você já percebeu que os R$ 80,00 nada
mesma escola, 20 deverão gostar de Matemática. Na verda-
representam, se não forem comparados com um valor base e
de, estamos afirmando que 10 estão representando em 40 o
se não forem avaliados de acordo com a natureza da compa-
mesmo que 20 em 80.
ração. Por exemplo, se a mensalidade escolar fosse de R$
90,00, o reajuste poderia ser considerado alto; afinal, o valor 10 20
Escrevemos: =
da mensalidade teria quase dobrado. Já no caso do salário, 40 80
mesmo considerando o salário mínimo, R$ 80,00 seriam uma
parte mínima. . A esse tipo de igualdade entre duas razões dá-se o nome
de proporção.
A fim de esclarecer melhor este tipo de problema, vamos
estabelecer regras para comparação entre grandezas. c a
Dadas duas razões , com b e d ≠ 0,
e
2. RAZÃO d b
Você já deve ter ouvido expressões como: "De cada 20 a c
habitantes, 5 são analfabetos", "De cada 10 alunos, 2 gostam teremos uma proporção se = .
de Matemática", "Um dia de sol, para cada dois de chuva". b d

Em cada uma dessas. frases está sempre clara uma Na expressão acima, a e c são chamados de
comparação entre dois números. Assim, no primeiro caso, antecedentes e b e d de consequentes. .
destacamos 5 entre 20; no segundo, 2 entre 10, e no terceiro,
1 para cada 2. A proporção também pode ser representada como a : b =
c : d. Qualquer uma dessas expressões é lida assim: a está
Todas as comparações serão matematicamente para b assim como c está para d. E importante notar que b e
expressas por um quociente chamado razão. c são denominados meios e a e d, extremos.
Teremos, pois: Exemplo:

De cada 20 habitantes, 5 são analfabetos. 3 9


A proporção = , ou 3 : 7 : : 9 : 21, é
5 7 21
Razão =
20 lida da seguinte forma: 3 está para 7 assim como 9 está
para 21. Temos ainda:

Raciocínio Lógico 60 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3 e 9 como antecedentes,
7 e 21 como consequentes, Altura de um objeto e comprimento da sombra projetada
7 e 9 como meios e por ele.
3 e 21 como extremos.
Assim:
3.1 PROPRIEDADE FUNDAMENTAL
O produto dos extremos é igual ao produto dos meios: Duas grandezas São diretamente proporcionais
quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas
a c numa determinada razão, a outra diminui (ou
= ⇔ ad = bc ; b, d ≠ 0 aumenta) nessa mesma razão.
b d
3. PROPORÇÃO INVERSA
Exemplo: Grandezas como tempo de trabalho e número de operá-
Se 6 = 24 , então 6 . 96 = 24 . 24 = 576. rios para a mesma tarefa são, em geral, inversamente pro-
24 96 porcionais. Veja: Para uma tarefa que 10 operários executam
em 20 dias, devemos esperar que 5 operários a realizem em
3.2 ADIÇÃO (OU SUBTRAÇÃO) DOS ANTECEDENTES 40 dias.
E CONSEQUENTES
Em toda proporção, a soma (ou diferença) dos anteceden- Podemos destacar outros exemplos de grandezas
tes está para a soma (ou diferença) dos consequentes assim inversamente proporcionais:
como cada antecedente está para seu consequente. Ou seja:
Velocidade média e tempo de viagem, pois, se você do-
a c a + c a c brar a velocidade com que anda, mantendo fixa a distância a
Se = , entao = = , ser percorrida, reduzirá o tempo do percurso pela metade.
b d b + d b d
a - c a c Número de torneiras de mesma vazão e tempo para en-
ou = =
b - d b d cher um tanque, pois, quanto mais torneiras estiverem aber-
tas, menor o tempo para completar o tanque.
Essa propriedade é válida desde que nenhum
denominador seja nulo. Podemos concluir que :

Exemplo: Duas grandezas são inversamente proporcionais


21 + 7 28 7 quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas
= = numa determinada razão, a outra diminui (ou
12 + 4 16 4 aumenta) na mesma razão.
21 7
=
12 4 Vamos analisar outro exemplo, com o objetivo de
21 - 7 14 7 reconhecer a natureza da proporção, e destacar a razão.
= = Considere a situação de um grupo de pessoas que, em
12 - 4 8 4 férias, se instale num acampamento que cobra R$100,00 a
diária individual.
GRANDEZAS PROPORCIONAIS E DIVISÃO
PROPORCIONAL Observe na tabela a relação entre o número de pessoas e
a despesa diária:
1. INTRODUÇÃO:
No dia-a-dia, você lida com situações que envolvem nú-
meros, tais como: preço, peso, salário, dias de trabalho, índi- Número 1 2 4 5 10
ce de inflação, velocidade, tempo, idade e outros. Passare- de
mos a nos referir a cada uma dessas situações mensuráveis pessoas
como uma grandeza. Você sabe que cada grandeza não é
independente, mas vinculada a outra conveniente. O salário, Despesa 100 200 400 500 1.000
por exemplo, está relacionado a dias de trabalho. Há pesos diária (R$
que dependem de idade, velocidade, tempo etc. Vamos ana- )
lisar dois tipos básicos de dependência entre grandezas pro-
porcionais. Você pode perceber na tabela que a razão de aumento do
número de pessoas é a mesma para o aumento da despesa.
2. PROPORÇÃO DIRETA Assim, se dobrarmos o número de pessoas, dobraremos ao
Grandezas como trabalho produzido e remuneração obti- mesmo tempo a despesa. Esta é portanto, uma proporção
da são, quase sempre, diretamente proporcionais. De fato, se direta, ou melhor, as grandezas número de pessoas e despe-
você receber R$ 2,00 para cada folha que datilografar, sabe sa diária são diretamente proporcionais.
que deverá receber R$ 40,00 por 20 folhas datilografadas.
Suponha também que, nesse mesmo exemplo, a quan-
Podemos destacar outros exemplos de grandezas tia a ser gasta pelo grupo seja sempre de R$2.000,00. Per-
diretamente proporcionais: ceba, então, que o tempo de permanência do grupo depende-
rá do número de pessoas.
Velocidade média e distância percorrida, pois, se você
dobrar a velocidade com que anda, deverá, num mesmo Analise agora a tabela abaixo :
tempo, dobrar a distância percorrida.

Área e preço de terrenos.

Raciocínio Lógico 61 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Número de 1 2 4 5 10 atraso de A e B. Vamos formalizar a divisão, chamando de x
pessoas o que A tem a receber e de y o que B tem a receber.
x + y = 160
Tempo de
permanência 20 10 5 4 2 x y
(dias) Teremos: =
1 1
Note que, se dobrarmos o número de pessoas, o tempo 3 5
de permanência se reduzirá à metade. Esta é, portanto, uma
proporção inversa, ou melhor, as grandezas número de pes-
Resolvendo o sistema, temos:
soas e número de dias são inversamente proporcionais.
x + y x x + y x
4. DIVISÃO EM PARTES PROPORCIONAIS = ⇒ =
1 1 1 8 1
+
4. 1 Diretamente proporcional 3 5 3 15 3
Duas pessoas, A e B, trabalharam na fabricação de um Mas, como x + y = 160, então
mesmo objeto, sendo que A o fez durante 6 horas e B duran-
te 5 horas. Como, agora, elas deverão dividir com justiça os
160 x 160 1
= ⇒ x = ⋅ ⇒
R$ 660,00 apurados com sua venda? Na verdade, o que 8 1 8 3
cada um tem a receber deve ser diretamente proporcional ao
15 3 15
Dividir um número em partes diretamente
proporcionais a outros números dados é 15 1
encontrar partes desse número que sejam ⇒ x = 160 ⋅ ⋅ ⇒ x = 100
diretamente proporcionais aos números dados e 8 3
cuja soma reproduza o próprio número.
Como x + y = 160, então y = 60. Concluindo, A deve
tempo gasto na confecção do objeto.
receber R$ 100,00 e B, R$ 60,00.
No nosso problema, temos de dividir 660 em partes dire-
tamente proporcionais a 6 e 5, que são as horas que A e B
4.3 DIVISÃO PROPORCIONAL COMPOSTA
trabalharam.
Vamos analisar a seguinte situação: Uma empreiteira foi
Vamos formalizar a divisão, chamando de x o que A tem a
contratada para pavimentar uma rua. Ela dividiu o trabalho
receber, e de y o que B tem a receber.
em duas turmas, prometendo pagá-las proporcionalmente. A
Teremos então:
tarefa foi realizada da seguinte maneira: na primeira turma,
X + Y = 660
10 homens trabalharam durante 5 dias; na segunda turma, 12
homens trabalharam durante 4 dias. Estamos considerando
X Y que os homens tinham a mesma capacidade de trabalho. A
= empreiteira tinha R$ 29.400,00 para dividir com justiça entre
6 5 as duas turmas de trabalho. Como fazê-lo?
Esse sistema pode ser resolvido, usando as propriedades Essa divisão não é de mesma natureza das anteriores.
de proporção. Assim: Trata-se aqui de uma divisão composta em partes proporcio-
X + Y nais, já que os números obtidos deverão ser proporcionais a
= Substituindo X + Y por 660, dois números e também a dois outros.
6 + 5
660 X 6 ⋅ 660 Na primeira turma, 10 homens trabalharam 5 dias, produ-
vem = ⇒ X = = 360
11 6 11 zindo o mesmo resultado de 50 homens, trabalhando por um
Como X + Y = 660, então Y = 300 dia. Do mesmo modo, na segunda turma, 12 homens traba-
Concluindo, A deve receber R$ 360,00 enquanto B, R$ lharam 4 dias, o que seria equivalente a 48 homens traba-
300,00. lhando um dia.

4.2 INVERSAMENTE PROPORCIONAL Para a empreiteira, o problema passaria a ser, portanto,


E se nosso problema não fosse efetuar divisão em partes de divisão diretamente proporcional a 50 (que é 10 . 5), e 48
diretamente proporcionais, mas sim inversamente? Por e- (que é 12 . 4).
xemplo: suponha que as duas pessoas, A e B, trabalharam
durante um mesmo período para fabricar e vender por R$ Para dividir um número em partes de tal forma que
160,00 um certo artigo. Se A chegou atrasado ao trabalho 3 uma delas seja proporcional a m e n e a outra a p
dias e B, 5 dias, como efetuar com justiça a divisão? O pro- e q, basta divida esse número em partes
blema agora é dividir R$ 160,00 em partes inversamente proporcionais a m . n e p . q.
proporcionais a 3 e a 5, pois deve ser levado em considera-
ção que aquele que se atrasa mais deve receber menos.
Convém lembrar que efetuar uma divisão em partes in-
versamente proporcionais a certos números é o mesmo que
Dividir um número em partes inversamente propor- fazer a divisão em partes diretamente proporcionais ao inver-
cionais a outros números dados é encontrar partes so dos números dados.
desse número que sejam diretamente proporcio-
Resolvendo nosso problema, temos:
nais aos inversos dos números dados e cuja soma Chamamos de x: a quantia que deve receber a primeira
reproduza o próprio número. turma; y: a quantia que deve receber a segunda turma.
Assim:
No nosso problema, temos de dividir 160 em partes inver-
samente proporcionais a 3 e a 5, que são os números de
Raciocínio Lógico 62 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
x y x y Concluindo, o automóvel percorrerá 1 200 km em 8 horas.
= ou =
10 ⋅ 5 12 ⋅ 4 50 48 Vamos analisar outra situação em que usamos a regra de
x + y x três.
⇒ =
50 + 48 50 Um automóvel, com velocidade média de 90 km/h,
percorre um certo espaço durante 8 horas. Qual será o tempo
29400 x necessário para percorrer o mesmo espaço com uma
Como x + y = 29400, então = velocidade de 60 km/h?
98 50
29400 ⋅ 50 Grandeza 1: tempo Grandeza 2: velocidade
⇒x= ⇒ 15.000 (horas) (km/h)
98
8 90
Portanto y = 14 400.
x 60
Concluindo, a primeira turma deve receber R$ 15.000,00
da empreiteira, e a segunda, R$ 14.400,00. A resposta à pergunta "Mantendo o mesmo espaço per-
corrido, se aumentarmos a velocidade, o tempo aumentará?"
Observação: Firmas de projetos costumam cobrar cada é negativa. Vemos, então, que as grandezas envolvidas são
trabalho usando como unidade o homem-hora. O nosso inversamente proporcionais.
problema é um exemplo em que esse critério poderia ser Como a proporção é inversa, será necessário invertermos
usado, ou seja, a unidade nesse caso seria homem-dia. Seria a ordem dos termos de uma das colunas, tornando a propor-
obtido o valor de R$ 300,00 que é o resultado de 15 000 : 50, ção direta. Assim:
ou de 14 400 : 48.
8 60
REGRA DE TRÊS SIMPLES
x 90
REGRA DE TRÊS SIMPLES
Retomando o problema do automóvel, vamos resolvê-lo Escrevendo a proporção, temos:
com o uso da regra de três de maneira prática. 8 60 8 ⋅ 90
= ⇒ x= = 12
Devemos dispor as grandezas, bem como os valores en- x 90 60
volvidos, de modo que possamos reconhecer a natureza da
proporção e escrevê-la. Concluindo, o automóvel percorrerá a mesma distância
Assim: em 12 horas.

Grandeza 1: tempo Grandeza 2: distância


(horas) percorrida Regra de três simples é um processo prático utilizado
(km) para resolver problemas que envolvam pares de
grandezas direta ou inversamente proporcionais.
Essas grandezas formam uma proporção em que se
6 900 conhece três termos e o quarto termo é procurado.
8 x
REGRA DE TRÊS COMPOSTA
Vamos agora utilizar a regra de três para resolver proble-
mas em que estão envolvidas mais de duas grandezas pro-
Observe que colocamos na mesma linha valores que se
porcionais. Como exemplo, vamos analisar o seguinte pro-
correspondem: 6 horas e 900 km; 8 horas e o valor
blema.
desconhecido.
Numa fábrica, 10 máquinas trabalhando 20 dias produ-
Vamos usar setas indicativas, como fizemos antes, para
zem 2 000 peças. Quantas máquinas serão necessárias para
indicar a natureza da proporção. Se elas estiverem no mes-
se produzir 1 680 peças em 6 dias?
mo sentido, as grandezas são diretamente proporcionais; se
em sentidos contrários, são inversamente proporcionais.
Como nos problemas anteriores, você deve verificar a na-
tureza da proporção entre as grandezas e escrever essa
Nesse problema, para estabelecer se as setas têm o
proporção. Vamos usar o mesmo modo de dispor as grande-
mesmo sentido, foi necessário responder à pergunta: "Consi-
zas e os valores envolvidos.
derando a mesma velocidade, se aumentarmos o tempo,
aumentará a distância percorrida?" Como a resposta a essa
Grandeza 1: Grandeza 2: Grandeza 3:
questão é afirmativa, as grandezas são diretamente propor-
número de máquinas dias número de peças
cionais.

Já que a proporção é direta, podemos escrever:


10 20 2000
6 900
=
8 x x 6 1680

7200 Natureza da proporção: para estabelecer o sentido das


Então: 6 . x = 8 . 900 ⇒ x = = 1 200 setas é necessário fixar uma das grandezas e relacioná-la
6
com as outras.

Raciocínio Lógico 63 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Supondo fixo o número de dias, responda à questão: necessário utilizar sempre proporções diretas, fica claro,
"Aumentando o número de máquinas, aumentará o número então, que qualquer problema dessa natureza poderá ser
de peças fabricadas?" A resposta a essa questão é afirmati- resolvido com regra de três simples.
va. Logo, as grandezas 1 e 3 são diretamente proporcionais.
3. TAXA PORCENTUAL
Agora, supondo fixo o número de peças, responda à O uso de regra de três simples no cálculo de porcenta-
questão: "Aumentando o número de máquinas, aumentará o gens é um recurso que torna fácil o entendimento do assunto,
número de dias necessários para o trabalho?" Nesse caso, a mas não é o único caminho possível e nem sequer o mais
resposta é negativa. Logo, as grandezas 1 e 2 são inversa- prático.
mente proporcionais.
Para simplificar os cálculos numéricos, é necessário,
Para se escrever corretamente a proporção, devemos fa- inicialmente, dar nomes a alguns termos. Veremos isso a
zer com que as setas fiquem no mesmo sentido, invertendo partir de um exemplo.
os termos das colunas convenientes. Naturalmente, no nosso
exemplo, fica mais fácil inverter a coluna da grandeza 2. Exemplo:
Calcular 20% de 800.
10 6 2000 20
Calcular 20%, ou de 800 é dividir 800 em 100
100
x 20 1680 partes e tomar 20 dessas partes. Como a centésima parte de
800 é 8, então 20 dessas partes será 160.
Agora, vamos escrever a proporção:
10 6 2000 Chamamos: 20% de taxa porcentual; 800 de principal;
= ⋅ 160 de porcentagem.
x 20 1680
Temos, portanto:
(Lembre-se de que uma grandeza proporcional a duas  Principal: número sobre o qual se vai calcular a
outras é proporcional ao produto delas.) porcentagem.
10 12000 10 ⋅ 33600  Taxa: valor fixo, tomado a partir de cada 100 partes do
= ⇒ x= = 28 principal.
x 33600 12000  Porcentagem: número que se obtém somando cada
uma das 100 partes do principal até conseguir a taxa.
Concluindo, serão necessárias 28 máquinas.
A partir dessas definições, deve ficar claro que, ao calcu-
larmos uma porcentagem de um principal conhecido, não é
necessário utilizar a montagem de uma regra de três. Basta
dividir o principal por 100 e tomarmos tantas destas partes
PORCENTAGEM quanto for a taxa. Vejamos outro exemplo.

1. INTRODUÇÃO Exemplo:
Quando você abre o jornal, liga a televisão ou olha Calcular 32% de 4.000.
vitrinas, frequentemente se vê às voltas com expressões do Primeiro dividimos 4 000 por 100 e obtemos 40, que é a
tipo: centésima parte de 4 000. Agora, somando 32 partes iguais a
 "O índice de reajuste salarial de março é de 16,19%." 40, obtemos 32 . 40 ou 1 280 que é a resposta para o pro-
 "O rendimento da caderneta de poupança em blema.
fevereiro foi de 18,55%."
 "A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de Observe que dividir o principal por 100 e multiplicar o re-
381,1351%. sultado dessa divisão por 32 é o mesmo que multiplicar o
 "Os preços foram reduzidos em até 0,5%." 32
principal por ou 0,32. Vamos usar esse raciocínio de
100
Mesmo supondo que essas expressões não sejam com- agora em diante:
pletamente desconhecidas para uma pessoa, é importante
fazermos um estudo organizado do assunto porcentagem,
uma vez que o seu conhecimento é ferramenta indispensável Porcentagem = taxa X principal
para a maioria dos problemas relativos à Matemática Comer-
cial.
JUROS SIMPLES
2. PORCENTAGEM Consideremos os seguintes fatos:
O estudo da porcentagem é ainda um modo de comparar • Emprestei R$ 100 000,00 para um amigo pelo prazo
números usando a proporção direta. Só que uma das razões de 6 meses e recebi, ao fim desse tempo, R$ 24
da proporção é um fração de denominador 100. Vamos dei- 000,00 de juros.
xar isso mais claro: numa situação em que você tiver de cal- • O preço de uma televisão, a vista, é R$ 4.000,00. Se
cular 40% de R$ 300,00, o seu trabalho será determinar um eu comprar essa mesma televisão em 10 prestações,
valor que represente, em 300, o mesmo que 40 em 100. Isso vou pagar por ela R$ 4.750,00. Portanto, vou pagar
pode ser resumido na proporção: R$750,00 de juros.
No 1.° fato, R$ 24 000,00 é uma compensação em dinhei-
40 x ro que se recebe por emprestar uma quantia por determinado
= tempo.
100 300
Então, o valor de x será de R$ 120,00. No 2.° fato, R$ 750,00 é uma compensação em dinheiro
Sabendo que em cálculos de porcentagem será que se paga quando se compra uma mercadoria a prazo.

Raciocínio Lógico 64 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Assim: Dai:
 Quando depositamos ou emprestamos certa quantia 3600 = 0,072 . x ⇒ 0,072x = 3 600 ⇒
por determinado tempo, recebemos uma compensa- 3600
ção em dinheiro. x=
 Quando pedimos emprestada certa quantia por deter- 0,072
minado tempo, pagamos uma compensação em di- x = 50 000
nheiro. Resposta: A quantia emprestada foi de R$ 50.000,00.
 Quando compramos uma mercadoria a prazo, paga-
mos uma compensação em dinheiro. 4.° exemplo: Um capital de R$ 80 000,00, aplicado du-
rante 6 meses, rendeu juros de R$ 4 800,00. Qual foi a
Pelas considerações feitas na introdução, podemos dizer taxa (em %) ao mês?
que : De acordo com os dados do problema:
x% em 1 mês ⇒ (6x)% em 6 meses
Juro é uma compensação em dinheiro que se Devemos, então, resolver o seguinte problema:
recebe ou que se paga. 4 800 representam quantos % de 80 000?
Dai:
Nos problemas de juros simples, usaremos a seguinte 4 800 = 6x . 80 000 ⇒ 480 000 x = 4 800
nomenclatura: dinheiro depositado ou emprestado denomina- 4 800 48
se capital. x= ⇒ x= ⇒ x = 0,01
480 000 4 800
O porcentual denomina-se taxa e representa o juro rece- 1
bido ou pago a cada R$100,00, em 1 ano. 0,01 = =1%
100
Resposta: A taxa foi de 1% ao mês.
O período de depósito ou de empréstimo denomina-se
tempo.
Resolva os problemas:
- Emprestando R$ 50 000,00 à taxa de 1,1% ao mês,
A compensação em dinheiro denomina-se juro.
durante 8 meses, quanto deverei receber de juros?
- Uma pessoa aplica certa quantia durante 2 anos, à ta-
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE JUROS SIMPLES xa de 15% ao ano, e recebe R$ 21 000,00 de juros.
Qual foi a quantia aplicada?
Vejamos alguns exemplos: - Um capital de R$ 200 000,00 foi aplicado durante 1
ano e 4 meses à taxa de 18% ao ano. No final desse
1.° exemplo: Calcular os juros produzidos por um capital tempo, quanto receberei de juros e qual o capital acu-
de R$ 720 000,00, empregado a 25% ao ano, durante 5 mulado (capital aplicado + juros)?
anos. - Um aparelho de televisão custa R$ 4 500,00. Como
De acordo com os dados do problema, temos: vou comprá-lo no prazo de 10 meses, a loja cobrará
25% em 1ano ⇒ 125% (25 . 5) em 5 anos juros simples de 1,6% ao mês. Quanto vou pagar por
125 esse aparelho.
125% = = 1,25 - A quantia de R$ 500 000,00, aplicada durante 6 me-
100
ses, rendeu juros de R$ 33 000,00. Qual foi a taxa
(%) mensal da aplicação
Nessas condições, devemos resolver o seguinte proble- - Uma geladeira custa R$ 1 000,00. Como vou compra-
ma: la no prazo de 5 meses, a loja vendedora cobrara ju-
Calcular 125% de R$ 720 000,00. Dai: ros simples de 1,5% ao mês. Quanto pagarei por essa
x = 125% de 720 000 = geladeira e qual o valor de cada prestação mensal, se
1,25 . 720 000 = 900 000.
todas elas são iguais.
900.000 – 720.000 = 180.000 - Comprei um aparelho de som no prazo de 8 meses. O
Resposta: Os juros produzidos são de R$ 180.000,00 preço original do aparelho era de R$ 800,00 e os juros
simples cobrados pela firma foram de R$ 160,00. Qual
2.° exemplo: Apliquei um capital de R$ 10.000,00 a uma
foi a taxa (%) mensal dos juros cobrados?
taxa de 1,8% ao mês, durante 6 meses. Quanto esse ca-
pital me renderá de juros? Respostas
1,8% em 1 mês ⇒ 6 . 1,8% = 10,8% em 6 meses 10,8% R$ 4 400,00
10,8 R$ 70 000,00
= = 0,108
100 R$ 48 000,00 e R$ 248 000,00
Dai: R$ 5 220,00
x = 0,108 . 10 000 = 1080 1,1%
Resposta: Renderá juros de R$ 1 080,00. R$ 1 075,00 e R$ 215,00
2,5%
3.° exemplo: Tomei emprestada certa quantia durante 6
meses, a uma taxa de 1,2% ao mês, e devo pagar R$ 3
600,00 de juros. Qual foi a quantia emprestada? PROGRESSÕES
De acordo com os dados do problema:
1,2% em 1 mês ⇒ 6 . 1,2% = 7,2% em 6 meses Observe a seguinte sequência: (5; 9; 13; 17; 21; 25; 29)
7,2
7,2% = = 0,072
100 Cada termo, a partir do segundo, é obtido somando-
Nessas condições, devemos resolver o seguinte proble- se 4 ao termo anterior, ou seja:
ma: an = an – 1 + 4 onde 2 ≤ n ≤ 7
3 600 representam 7,2% de uma quantia x. Calcule x.
Podemos notar que a diferença entre dois termos

Raciocínio Lógico 65 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sucessivos não muda, sendo uma constante. Em uma PA finita, dois termos são chamados
a2 – a1 = 4 equidistantes dos extremos, quando o número de
a3 – a2 = 4 termos que precede um deles é igual ao número de
.......... termos que sucede o outro.
a7 – a6 = 4
Por exemplo: Dada a PA
( a1, a2, a3, a4, a5, a6, a7, a8 )
Este tipo de sequência tem propriedades
interessantes e são muito utilizadas, são chamadas de
PROGRESSÕES ARITMÉTICAS.

Definição:
Progressão Aritmética ( P.A.) é toda sequência
onde, a partir do segundo, a diferença entre um termo a2 e a7 são equidistantes dos extremos
e seu antecessor é uma constante que recebe o nome
a3 e a6 são equidistantes dos extremos
de razão.
AN – AN -1 = R ou AN = AN – 1 + R E temos a seguinte propriedade para os termos
equidistantes: A soma de dois termos equidistantes dos
Exemplos: extremos é uma constante igual à soma dos extremos.
a) ( 2, 5, 8, 11, 14, . . . . ) a1 = 2 e r = 3
1 1 3 1 1 1 Exemplo:
b) ( , , , ,. . . . ) a1 = e r= ( –3, 1, 5, 9, 13, 17, 21, 25, 29 )
16 8 16 4 16 16
– 3 e 29 são extremos e sua soma é 26
c) ( -3, -3, -3, -3, ......) a1 = –3 e r = 0
1 e 25 são equidistantes e sua soma é 26
d) ( 1, 3, 5, 7, 9, . . . . ) a1 = 1 e r = 2 5 e 21 são equidistantes e sua soma é 26
Dessa propriedade podemos escrever também que:
Classificação Se uma PA finita tem número ímpar de termos
As Progressões Aritméticas podem ser classificadas então o termo central é a média aritmética dos
em três categorias: extremos.
1.º) CRESCENTES são as PA em que cada termo
é maior que o anterior. É imediato que isto VI - INTERPOLACÃO ARITMÉTICA
ocorre somente se r > 0. Dados dois termos A e B inserir ou interpolar k
(0, 5, 10, 15, 20, 25, 30 ) meios aritméticos entre A e B é obter uma PA cujo
(2, 4, 6, 8, 10, 12, 14 ) primeiro termo é A, o último termo é B e a razão é
2.º) DECRESCENTES são as PA em que cada calculada através da relação:
termo é menor que o anterior. Isto ocorre se r <
0. B−A
( 0, - 2, - 4, - 6, - 8, - 10, - 12) K +1
( 13, 11, 9, 7, 5, 3, 1 ) Exemplo:
3.º) CONSTATES são as PA em que cada termo é Interpolar (inserir) 3 meios aritméticos entre 2 e 10
igual ao anterior. É fácil ver que isto só ocorre de modo a formar uma Progressão Aritmética.
quando r = 0.
( 4, 4 , 4, 4, 4, 4 ) Solução:
( 6, 6, 6, 6, 6, 6, 6 ) 1º termo A = 2
B−A
Aplicando a fórmula: último termo B = 10
As PA também podem ser classificadas em: K +1
a) FINITAS: ( 1, 3, 5, 7, 9, 11) k meios = 3
b) INFINITAS: ( 6, 10 , 14 , 18 , ...) Substituindo na forma acima vem:
B−A 10 − 2 8
⇒ = = 2
lV - TERMO GERAL K +1 3 +1 4
Podemos obter uma relação entre o primeiro termo portanto a razão da PA é 2
e um termo qualquer, assim:
a2 = a1 + r A Progressão Aritmética procurada será: 2, 4, 6, 8,
a3 = a2 + r = ( a1 + r ) + r = a1 + 2r 10.
a4 = a3 + r = ( a1 + 2r ) + r = a1 + 3r
VII –SOMA DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA
a5 = a4 + r = ( a1 + 3r ) + r = a1 + 4r PA
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Podemos determinar a fórmula da soma dos n
a10 = a9 + r = ( a1 + 8r ) + r = a1 + 9r primeiros termos de uma PA Sn da seguinte forma:
logo AN = A 1 + ( N – 1) . R Sn = a1 + a2 + a3 +....+ an -2 + an -1 + an ( + )
Sn = an -2 + an -1 + an +....+ a1 + a2 + a3
que recebe o nome de fórmula do Termo Geral de
uma Progressão Aritmética.
2Sn = (a1+ an) + (a1+ an)+ (a1 + an)+....+ (a1+ an)
V - TERMOS EQUIDISTANTES

Raciocínio Lógico 66 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Observe que aqui usamos a propriedade dos termos a1 = –5 a34 = – 5 + (34 – 1) .r
equidistantes, assim: 2Sn = n (a1+ an) a34 = 45 45 = – 5 + 33 . r
( A + AN ) ⋅ N n = 34 33 r = 50
logo: SN = 1
2 50
R=? r=
33
EXERCICIOS
Não esquecer as denominações: PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS
an → termo de ordem n
a1 → 1º termo 1 - DEFINIÇÃO
n → número de termos Vejamos a sequência 2, 6, 18, 54, 162
r → razão
Onde cada termo, a partir do 2.º, é obtido
1) Determinar o 20º termo (a20) da PA (2, 5, 8, ...) multiplicando-se o termo anterior por 3, ou seja:
Resolução: an = an – 1 . 3 n = 2, 3, . . . , 5
a1 = 2 an = a1 + (n – 1) . r
r=5–2=8–5=3 a20 = 2 + (20 – 1) . 3 Observe que o quociente entre dois termos
sucessivos não muda, sendo uma constante.
n = 20 a20 = 2 + 19 . 3
a2 6
a20 = ? a20 = 2 + 57 = = 3
a1 2
a20 = 59
a3 18
= = 3
2) Escrever a PA tal que a1 = 2 e r = 5, com sete a2 6
termos. a4 54
Solução: a2 = a1 + r = 2 + 5= 7 = = 3
a3 18
a3 = a2 + r = 7 + 5 = 12
a5 162
a4 = a3 + r = 12 + 5 = 17 = = 3
a4 54
a5 = a4 + r = 17 + 5 = 22
a6 = a5 + r = 22 + 5 = 27 Sequências onde o quociente entre dois termos
a7 = a6 + r = 27 + 5 = 32 consecutivos é uma constante também possuem
propriedades interessantes. São também úteis para a
Logo, a PA solicitada no problema é: (2, 7, 12, 17, Matemática recebem um nome próprio:
22, 27, 32). PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS.

3) Obter a razão da PA em que o primeiro termo é PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS é toda sequência


– 8 e o vigésimo é 30. em que cada termo, a partir do segundo, é igual ao
Solução: produto do seu termo precedente por uma constante.
a20 = a1 + 19 r = ⇒ 30 = – 8 + 19r ⇒ Esta constante é chamada razão da progressão
⇒ 30 + 8 = 19r ⇒ 38 = 19r ⇒ r = 38 = 2 geométrica.
19
Em símbolos:
4) Calcular r e a5 na PA (8, 13, 18, 23, ....) AN = A N - 1 . Q N = 1, 2, 3, . . .
Solução: a 2 a3 a 4
ou seja: = = =. . .= q
r = 23 – 18 = 13 – 8 = 5 a1 a2 a3

a5 = a4 + r CLASSIFICAÇÃO E TERMO GERAL


a5 = 23 + 5 Quanto ao número de termos, podemos classificar a
a5 = 28 Progressão Geométrica em:
- FINITA: quando o nº de termo for finito: 2, 4, 8,
5) Achar o primeiro termo de uma PA tal que 16, 32, 64 ( 6 termos)
r = – 2 e a10 = 83. - INFINITA: quando o número de termos for
Solução: infinito: 2, 4, 8, 16, 32, 64, . . .
Aplicando a fórmula do termo geral, teremos que o
Quanto à razão, podemos classificar a PG em:
décimo termo é: a10 = a1 + ( 10 – 1 ) r ou seja:
- CRESCENTE: quando cada termo é maior que o
83 = a1 + 9 . (–2) ⇒ – a1 = – 18 – 83 ⇒ anterior: 2, 4, 8, 16, 32
⇒ – a1 = – 101 ⇒ a1 = 101 - DECRESCENTE: quando cada termo é menor
que o anterior: 16, 8, 4, 2, 1, 1/2, 1/4, ..,
6) Determinar a razão (r) da PA, cujo 1º termo (a1) - CONSTANTE: quando cada termo é igual ao
anterior: 3, 3, 3, 3, 3, . . . (q = 1)
é – 5 e o 34º termo (a34) é 45.
- OSCILANTE OU ALTERNANTE: quando cada
Solução:
termo, a partir do segundo tem sinal contrário ao

Raciocínio Lógico 67 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
do termo anterior.
Desta propriedade temos que:
Em alguns problemas, seria útil existir uma relação Em toda Progressão Geométrica finita com número
entre o primeiro termo e um termo qualquer. Vejamos ímpar de termos, o termo médio é a média geométrica
como obtê-la. dos extremos.
a2 = a1 . q
a3 = a2 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
2 Exemplo: ( 3, 6, 12, 24, 48, 96, 192)
2
2
a4 = a3 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
3 24 = 3 . 192
3 4
a5 = a4 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
IV - PRODUTO DOS N PRIMEIROS TERMOS
. . . . . . . . . . . . . DE UMA PG
n -2 n -1
an = an -1 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q Sendo a1, a2, a3, ..., an uma PG de razão q,
AN = A1 . Q N -1 indicamos o produto dos seus n primeiros termos por:
Pn = a1 . a2 . a3 . ... . an
Esta última expressão é chamada termo geral de
uma Progressão Geométrica. 0bserve que:
2 3 n –1
Pn = a1. ( a1 . q ) . (a1 . q ) . (a1 . q ) ... (a1 . q )
EXERCÍCIOS 1 2 3
Pn = ( a1. a1 . a1 . . . . a1 ) . ( q . q . q . . . q
n –1
)
1) Determinar o 9.º termo (a9) da P.G. (1, 2, 4, 8;....).
Pn = a1n. q1+ 2 + 3 + . . . +(n -1)
Solução:
an → termo de ordem n
Mas 1 + 2 + 3 + .... + (n –1) é uma PA de (n –1)
a1 → 1º termo termos e razão 1. Considerando a fórmula da soma dos
n → número de termos termos de uma PA, temos:
q → razão
(a1 + an )n [ 1+ ( n - 1) ] ⋅ n - 1 ⇒ S = n (n − 1)
S= ⇒S=
FÓRMULA DO TERMO GERAL: an = a1 . q
n –1 2 2 2
a1 = 1 q=4=2=2 n=9 a9 = ? Assim, podemos afirmar que:
2 1
a9 = 1 . 2
9 –1
⇒ a9 = 1 . 2
8

n ( n -1)
a9 = 1 . 256 ∴ a9 = 256 PN = A N Q 2
1

2) Determinar a1 (1º termo) da PG cuja a8 (8º termo) V - INTERPOLAÇÃO GEOMÉTRICA.


é 729, sabendo-se que a razão é 3. Inserir ou interpolar k meios geométricos entre os
Solução: números A e B, significa obter uma PG de k+2 termos,
a1 = ? q=3 n=8 a8 = 729 onde A é o primeiro termo e B é o último e a razão é
8 –1
a8 = a1 . 3 B
7 dada por: QK +1 =
729 = a1 . 3 A
6 7
3 = a1 . 3
6 7 VI - SOMA DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA PG
a1 = 3 : 3
1 Seja uma PG de n termos a1 , a2, a3, ...., an
–1
a1 = 3 ⇒ a1 =
3 A soma dos n primeiros termos será indicada por:
Sn = a1 + a2 + a3 + .... + an
3) Determinar a razão de uma PG com 4 termos
cujos extremos são 1 e 64.
4 –1 Observe que, se q = 1, temos S = n . a1.
Solução: a4 = a1 . q Suponhamos agora que, na progressão dada,
4 –1
64 = 1 . q tenhamos q ≠ 1. Multipliquemos ambos os membros
3 3
4 =1 .q por q.
3 3 Sn . q = a1 . q + a2 . q + a3 . q +....+ an –1 . q + an . q
4 =q
q =4 Como a1 . q = a2 , a2 . q = a3 , ... an –1 . q = an
temos:
TERMOS EQUIDISTANTES Sn . q = a2 + a3 + a4 +....+ an + an . q
Em toda PG finita, o produto de dois termos
equidistantes dos extremos é igual ao produto dos E sendo a2 + a3 + a4 +....+ an = Sn – a1 , vem:
extremos.
Sn . q = Sn – a1 + an . q
Exemplo: Sn - Sn . q = a1 - an . q
( 1, 3, 9, 27, 81, 243 ) a -a . q
Sn = 1 n ( q ≠ 1)
1 e 243 extremos → produto = 243 1- q
3 e 81 equidistantes → produto = 3 . 81 = 243
9 e 27 equidistantes → produto = 9 . 27 = 243

Raciocínio Lógico 68 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a1 - a1 . qn -1 ⋅ q a1 - an . q
Sn = Sn =
1- q 1- q
1 1 1
a1 - a1 . qn 1- . 1-
Sn = 64 2 128
1- q Sn = ⇒ Sn =
1 1
1-
1 - qn 2 2
Sn = a1 ⋅ ( q ≠ 1)
1- q 127
127 127
Sn = 128 = ⋅ 2 ⇒ Sn = ou
1 128 64
VII - SOMA DOS TERMOS DE UMA PG INFINITA 2
COM - 1 < Q < 1 Sn = 1,984375
Vejamos como calcular S = 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + . . .
2 4 8 16
2) Determinar a soma dos oito primeiros termos da
2 3
Neste caso, temos a soma dos termos de uma PG PG (2, 2 , 2 , . . .).
1 Solução:
infinita com q = . a1 = 2 q = 2 n=8
2
a1 ⋅ ( 1 - qn )
Multiplicando por 2 ambos os membros, temos: Sn =
1- q
1 1 1 1 2 ⋅ ( 1 - 28 ) 2 ⋅ ( 1 - 256)
2S = 2 + 1 + + + + + . .. S8 = = =
2 4 8 16 1- 2 -1
S 2 ⋅ ( - 255)
= = 510 ∴ S8 = 510
−1
2S=2+S ⇒ S=2
1 1 1 1 1 1
Calculemos agora S = 1 + + + + ... 3) Determinar a razão da PG ( 2 ; 1; ; ; ; ... )
3 9 27 2 4 8
Multiplicando por 3 ambos os membros, temos:
Solução: De a2 = a1. q tiramos que:
1 1 1 a 1 1
3 S = 3 +1 + + + +... q= 2 = ⇒ q=
3 9 27 a1 2 2
S 1
3 4) Achar o sétimo termo da PG ( ; 1 ; 2 ; . . .)
3S = 3 + S ⇒ 2S = 3 ⇒ S = 2
2 Solução:
1
Vamos obter uma fórmula para calcular a soma dos A PG é tal que a1 = e q=2
termos de uma PG infinita com -1 < q < 1, Neste caso a 2
soma converge para um valor que será indicado por S Aplicando então a fórmula do termo geral,
S = a1 + a2 + a3 +....+ an + . . . teremos que o sétimo termo é:
2 n –1 1 1
S = a1 + a1 . q + a1 . q +....+ a1 . q +... a7 = a1 ⋅ q(7 - 1) = ⋅ 26 = ⋅ 64
2 2
multiplicando por q ambos os membros, temos: portanto ( ∴ ) a7 = 32
2 3 n
Sq = a1q+ a1 q + a1 q +....+ a1 q + . . . ⇒
⇒ Sq = S – a1 ⇒ S – Sq = a1
a ANÁLISE COMBINATORIA
⇒ S(1 – q) = a1 ⇒ S = 1
1− q
O PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO
Resumindo:
se - 1 < q < 1, temos: A palavra Matemática, para um adulto ou uma criança, es-
tá diretamente relacionada com atividades e técnicas para
a1 contagem do número de elementos de algum conjunto. As
S = a1 + a2 + a3 + .... + an + . . . = primeiras atividades matemáticas que vivenciamos envolvem
1− q
sempre a ação de contar objetos de um conjunto, enumeran-
do seus elementos.
EXERCÍCIOS
1) Determinar a soma dos termos da PG As operações de adição e multiplicação são exemplos de
1 1 1 .técnicas. matemáticas utilizadas também para a determina-
( 1, , , . . . . , ) ção de uma quantidade. A primeira (adição) reúne ou junta
2 4 64
duas ou mais quantidades conhecidas; e a segunda (multipli-
1 cação) é normalmente aprendida como uma forma eficaz de
Solução: a1 = 1 q=
2 substituir adições de parcelas iguais.

Raciocínio Lógico 69 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A multiplicação também é a base de um raciocínio muito
importante em Matemática, chamado princípio multiplicativo.
O princípio multiplicativo constitui a ferramenta básica para
resolver problemas de contagem sem que seja necessário
enumerar seus elementos (como veremos nos exemplos).

Os problemas de contagem fazem parte da chamada aná-


lise combinatória.

EXEMPLO 1

Maria vai sair com suas amigas e, para escolher a Observe que nesse problema temos três níveis de deci-
roupa que usará, separou 2 saias e 3 blusas. Vejamos de são:
quantas maneiras ela pode se arrumar.
d1: escolher um dentre os 4 tipo de pratos quentes.
Solução:
d2: escolher uma dentre as 2 variedades de salada.

d3: escolher uma das 3 sobremesas oferecidas.

Usando o princípio multiplicativo, concluímos que temos 4


· 2 · 3 = 24 maneiras de tomarmos as três decisões, ou seja,
24 opções de cardápio.

A representação gráfica em árvore de possibilidades é


muito ilustrativa. Nela podemos ver claramente os três níveis
de decisão d1, d2 e d3, consultando os vários tipos de cardá-
pios possíveis. Observe que, percorrendo as opções dadas
pelos segmentos à esquerda da árvore, o cardápio ficaria
frango/salada verde/sorvete enquanto que, escolhendo os
O princípio multiplicativo, ilustrado nesse exemplo,
segmentos à direita, teríamos salsichão/salada russa/ frutas.
também pode ser enunciado da seguinte forma:
No entanto, nosso objetivo é saber as combinações possíveis
e calcular o número total de possibilidades sem precisar e-
Se uma decisão d1 pode ser tomada de n maneiras e, em numerá-las, pois muitas vezes isso será impossível devido ao
seguida, outra decisão d2 puder ser tomada de m maneiras, o grande número de opções e/ou de decisões envolvidos num
número total de maneiras de tornarmos as decisões d1 e d2 problema.
será n · m.
As técnicas da análise combinatória, como o princípio
No exemplo anterior havia duas decisões a serem toma- multiplicativo, nos fornecem soluções gerais para atacar cer-
das: tos tipos de problema. No entanto, esses problemas exigem
engenhosidade, criatividade e uma plena compreensão da
d1: escolher uma dentre as 3 blusas situação descrita. Portanto, é preciso estudar bem o proble-
ma, as condições dadas e as possibilidades envolvidas, ou
d2: escolher uma dentre as 2 saias seja, ter perfeita consciência dos dados e da resolução que
se busca.
Assim, Maria dispõe de 3 · 2 = 6 maneiras de tomar as
decisões d1 e d2, ou seja, 6 possibilidades diferentes de se EXEMPLO 3
vestir.
Se o restaurante do exemplo anterior oferecesse dois
EXEMPLO 2 preços diferentes, sendo mais baratas as opções que in-
cluíssem frango ou salsichão com salada verde, de quan-
Um restaurante prepara 4 pratos quentes (frango, tas maneiras você poderia se alimentar pagando menos?
peixe, carne assada, salsichão), 2 saladas (verde e russa) e 3
sobremesas (sorvete, romeu e julieta, frutas). Solução:

De quantas maneiras diferentes um freguês pode se ser- Note que agora temos uma condição sobre as decisões
vir consumindo um prato quente, uma salada e uma sobre- d1 e d2:
mesa?
d1: escolher um dentre 2 pratos quentes (frango ou salsi-
Solução: chão).

Esse e outros problemas da análise combinatória podem d2: escolher salada verde (apenas uma opção).
ser representados pela conhecida árvore de possibilidades ou
grafo. Veja como representamos por uma “árvore” o problema d3: escolher uma das 3 sobremesas oferecidas.
do cardápio do restaurante.
Então, há 2 · 1 · 3 = 6 maneiras de montar cardápios eco-
nômicos. (Verifique os cardápios mais econômicos na árvore
de possibilidades do exemplo anterior).

Raciocínio Lógico 70 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
EXEMPLO 4 Ignorando o fato de zero não poder ocupar a centena, te-
ríamos 5 modos de escolher o último algarismo, 9 modos de
Quantos números naturais de 3 algarismos distintos exis- escolher o primeiro e 8 modos de escolher o do meio, num
tem? total 5 · 8 · 9 = 360 números. Esses 360 números incluem
números começados por zero, que devem ser descontados.
Solução*: Começando em zero temos 1 modo de escolher o primeiro
algarismo (0), 4 modos de escolher o último (2, 4, 6 ou 8) e 8
modos de escolher o do meio (não podemos usar os dois
Um número de 3 algarismos c d u é formado por 3 ordens:
algarismos já empregados nas casas extremas), num total de
Como o algarismo da ordem das centenas não pode ser zero,
1 · 4 · 8 = 32 números.
temos então três decisões:
A resposta é, portanto, 360 - 32 = 328 números.
d1: escolher o algarismo da centena diferente de zero (9
opções).
c) É claro que também poderíamos ter resolvido o pro-
blema determinando todos os números de 3 algarismos dis-
d2: escolher o algarismo da dezena diferente do que já foi tintos (9 · 9 · 8 = 648 números), como é o caso do Exemplo 4,
escolhido para ocupar a centena (9 opções). e abatendo os números ímpares de 3 algarismos distintos (5
na última casa, 8 na primeira e 8 na segunda), num total de 5
d3: escolher o algarismo da unidade diferente dos que já · 8 · 8 = 320 números.
foram utilizados (8 opções).
Assim, a resposta seria 648 - 320 = 328 números.
Portanto, o total de números formados será
Fonte: * Solução proposta pelo prof. Augusto César
9 · 9 · 8 = 648 números. de Oliveira Morgado no livro "Análise Combina-
tória e Probabilidade" - IMPA/VITAE/1991.
De acordo com o exemplo anterior, se desejássemos con-
tar dentre os 648 números de 3 algarismos distintos apenas EXEMPLO 6
os que são pares (terminados em 0, 2, 4, 6 e 8), como deve-
ríamos proceder? As placas de automóveis eram todas formadas por 2 le-
tras (inclusive K, Y e W) seguidas por 4 algarismos. Hoje
Solução: em dia, as placas dos carros estão sendo todas trocadas
e passaram a ter 3 letras seguidas e 4 algarismos. Quan-
tas placas de cada tipo podemos formar?

Solução:

O algarismo da unidade poderá ser escolhido de 5 modos No primeiro caso


(0, 2, 4, 6 e 8). Se o zero foi usado como último algarismo, o
primeiro pode ser escolhido de 9 modos (não podemos usar o
algarismo já empregado na última casa). Se o zero não foi
usado como último algarismo, o primeiro só pode ser escolhi-
do de 8 modos (não podemos usar o zero, nem o algarismo
já empregado na última casa). Como cada letra (L) pode ser escolhida de 26 maneiras e
cada algarismo (N) de 10 modos distintos, a resposta é:
Para vencer este impasse, temos três alternativas:
26 · 26 · 10 · 10 · 10 · 10 = 6 760 000
a) “Abrir” o problema em casos (que é alternativa
mais natural). Contar separadamente os núme- No segundo caso
ros que têm zero como último algarismo (unidade
= 0)

e aqueles cujo último algarismo é diferente de zero (uni-


dade ≠ 0).
26 · 26 · 26 · 10 · 10 · 10 · 10 = 26 · 6 760 000 =
Terminando em zero temos 1 modo de escolher o último
algarismo, 9 modos de escolher o primeiro e 8 modos de = 175 760 000
escolher o do meio (algarismo da dezena), num total de 1 · 9
· 8 = 72 números. A nova forma de identificação de automóveis possibilita
uma variedade 26 vezes maior. A diferença é de
Terminando em um algarismo diferente de zero temos 4 169.000.000, ou seja, 169 milhões de placas diferentes a
modos de escolher o último algarismo (2, 4, 6, ou 8), 8 modos mais do que anteriormente.
de escolher o primeiro algarismo (não podemos usar o zero,
nem o algarismo já usado na última casa) e 8 modos de es-
colher o algarismo do meio (não podemos usar os dois alga-
rismos já empregados nas casas extremas). Logo, temos 4 · AS PERMUTAÇÕES
8 · 8 = 256 números terminados em um algarismo diferente
de zero. A resposta é, portanto, 72 + 256 = 328 números.
É um tipo muito comum de problemas de contagem, que
está relacionado com as várias formas de organizar ou arru-
b) Ignorar uma das restrições (que é uma alternativa mais mar os elementos de um conjunto.
sofisticada).

Raciocínio Lógico 71 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Organizar tais elementos é uma atividade cotidiana que
inclui várias possibilidades, sendo que cada pessoa adota
uma estratégia. No entanto, muitas vezes precisamos saber
de quantas maneiras podemos arrumar um conjunto de ele- Deste modo, podemos ter soluções como:
mentos ou simplesmente saciar a curiosidade sobre o núme-
ro total de possibilidades. P1 P3 P5 P2 P4

Consultando um dicionário encontramos:

PERMUTAR → dar mutuamente, trocar. P5 P2 P1 P3 P4

PERMUTAÇÃO: → etc.

ato ou efeito de permutar, troca, substituição; Ao escolher uma pessoa para ocupar a primeira posição
na fila temos cinco pessoas à disposição, ou seja, 5 opções;
transposição dos elementos de um todo para se obter uma para o 2º lugar , como uma pessoa já foi escolhida, temos 4
nova combinação; opções; para o 3º lugar sobram três pessoas a serem esco-
lhidas; para o 4º lugar duas pessoas, e para o último lugar na
seqüência ordenada dos elementos de um conjunto. fila sobra apenas a pessoa ainda não escolhida.

EXEMPLO 1 Pelo princípio multiplicativo temos:

No protocolo de uma repartição há um arquivo de mesa 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 120 opções


como o da figura abaixo. Cada funcionário do setor gosta de
arrumar estas caixas em uma ordem diferente (por exemplo: Permutação
entrada-pendências-saída, pendências-saída-entrada etc.).
De quantas maneiras é possível ordenar estas caixas? Dado um conjunto formado por n elementos, chama-se
permutação desses n elementos qualquer seqüência de n
elementos na qual apareçam todos os elementos do conjun-
to.

Os Exemplos 1 e 2 são demonstrações de permutações


feitas com 3 caixas e 5 pessoas. No Exemplo 2, como na
maioria dos casos, não descrevemos ou enumeramos todas
as permutações que podemos encontrar, pois apenas calcu-
lamos o número de permutações que poderíamos fazer.

Solução: Cálculo do número de permutações

Como temos 3 caixas - saída (S), pendências (P) e entra- O número de modos de ordenar n objetos distintos é:
da (E) – vamos escolher uma delas para ficar embaixo. Esco-
lhida a caixa inferior, sobram 2 escolhas para a caixa que n · (n - 1) · (n - 2) ... 1
ficará no meio e a que sobrar ficará sobre as outras.
EXEMPLO 3
Então, usando o princípio multiplicativo temos
Quantos números diferentes de 4 algarismos podemos
3 · 2 · 1 = 6 opções formar usando apenas os algarismos 1, 3, 5 e 7?

Assim, as soluções são: Solução:

Como são 4 algarismos diferentes, que serão permutados


em 4 posições, a solução é:

4 · 3 · 2 · 1 = 24 números diferentes

Um novo símbolo

Uma multiplicação do tipo n · (n - 1) · (n - 2) ... 1 é cha-


EXEMPLO 2 mada fatorial do número n e representada por n! (lemos n
fatorial).
De quantas maneiras podemos arrumar 5 pessoas em fila
indiana? n! = n · (n - 1) · (n - 2) ... 1

Solução:
Veja os exemplos:

Para facilitar, vamos imaginar que as pessoas são P1, P2, a) 5! = 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 120
P3, P4, P5, P6 e que precisamos arrumá-las nesta fila:
b) 4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24

Raciocínio Lógico 72 A Opção Certa Para a Sua Realização


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c) 5! · 4! = (5 · 4 · 3 · 2 · 1) (4 · 3 · 2 · 1) = EXEMPLO 7

120 · 24 = 2880 Num encontro entre presidentes de países da América do


Sul, apenas 7 confirmaram presença.
d) 8! = 8 · 7!
Os organizadores dos eventos que ocorrerão durante a
visita gostariam de permutar os presidentes possibilitando
e) vários contatos diferentes.

De quantas maneiras podemos permutar os presidentes


em 7 cadeiras lado a lado?
f)
Se 2 dos presidentes devem se sentar lado a lado, quan-
tas são as possibilidades de organizá-los?
EXEMPLO 4
Se tivéssemos 2 presidentes que não devem ficar juntos,
Quantos são os anagramas da palavra MARTELO? quantas seriam as possibilidades de organizá-los?

Você sabe o que é um anagrama? Solução:

Anagrama é uma palavra formada pela transposição (tro- a) O total de permutações possíveis dos 7 presidentes por
ca) de letras de outra palavra. Existem também anagramas 7 cadeiras é 7! = 5040.
de frases, nos quais se trocam as palavras, formando-se
outra frase. b) Observe que, agora, queremos contar apenas o núme-
ro de permutações nas quais os presidentes A e B aparecem
Solução: juntos, como, por exemplo:

Cada anagrama da palavra MARTELO é uma ordenação ABCDEFG


das letras M, A, R, T, E, L, O. Assim, o número de anagramas
é o número de permutações possíveis com essas letras, ou BACGDFE
seja:
GABDCEF etc.
7! = 7 · 6 · 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 5040
Então, é preciso contar quantos são os casos em que A e
EXEMPLO 5
B estariam juntos.

Quantos anagramas que comecem e terminem por con- Eles estariam juntos na 1ª e na 2ª cadeiras, na 2ª e na 3ª,
soantes podemos formar a partir da palavra MARTELO? 3ª e 4ª, 4ª e 5ª, 5ª e 6ª ou 6ª e 7ª. Podemos verificar que são
6 posições e que para cada uma delas poderíamos ter A e B
Solução: ou B e A (2 possibilidades: 6 · 2 = 12). Além disso, devemos
contar várias vezes no total de permutações cada uma des-
A consoante inicial pode ser escolhida de 4 maneiras e a sas 12 possibilidades, como, por exemplo, EFGCDAB,
consoante final de 3 maneiras. As 5 letras restantes serão FEGCDAB, DEFGAB etc.
permutadas entre as duas consoantes já escolhidas. Portan-
to, a resposta é 4 · 3 · 5! = 1440 anagramas Para sabermos quantas vezes A e B aparecem nas posi-
ções 6 e 7, respectivamente, precisamos contar todas as
EXEMPLO 6 permutações possíveis dos outros 5 presidentes nas 5 posi-
ções restantes.
Um grupo de 5 pessoas decide viajar de carro, mas ape-
nas 2 sabem dirigir. De quantas maneiras é possível dis- Considerando todos estes casos, o número total de posi-
por as 5 pessoas durante a viagem? ções em que A e B aparecem junto é 2 · 6 · 5! = 12 · 120 =
1440 posições
Solução:
c) Neste caso, do total de permutações possíveis com os
O banco do motorista pode ser ocupado por uma das 2 7 presidentes (5040) devemos retirar aquelas em que A e B
pessoas que sabem guiar o carro e as outras 4 podem ser aparecem juntos (1440). Portanto, a resposta seria:
permutadas pelos 4 lugares restantes, logo:
5040 - 1440 = 3600 possibilidades
2 · 4! = 2 · 24 = 48 maneiras
Continuando com permutações
Nos Exemplos 6 e 7 vemos que em alguns problemas
(que envolvem permutações dos elementos de um conjunto) Vimos vários exemplos de permutações denominadas
podem existir restrições que devem ser levadas em conta na “permutações simples” e “permutações simples com restri-
resolução. ções”.

Portanto, fique sempre muito atento ao enunciado da Você deve ter notado que em todos aqueles exemplos
questão, procurando compreendê-lo completamente antes de permutamos objetos distintos: 3 caixas diferentes, pessoas
buscar a solução. diferentes, números formados por algarismos diferentes,
anagramas da palavra MARTELO (que não têm letras repeti-

Raciocínio Lógico 73 A Opção Certa Para a Sua Realização


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das) etc. Como deveríamos proceder se quiséssemos saber Uma urna contém 10 bolas: 6 pretas e 4 brancas. Quan-
o número de anagramas possíveis com as letras da palavra tas são as maneiras de se retirar da urna, uma a uma, as 10
MADEIRA ou da palavra PRÓPRIO? bolas?

Você estudará permutações com objetos nem todos dis- Solução:


tintos.
Vejamos primeiro algumas possibilidades de se retirar as
Outro caso que será estudado é o que chamamos de bolas da urna, uma a uma, sendo 6 bolas pretas e 4 bolas
permutação circular. Só para você já ir pensando, no Exem- brancas.
plo dos 7 presidentes, eles sempre se sentavam lado a lado.
O que aconteceria se fôssemos arrumá-los numa mesa re- Nesse exemplo temos uma permutação de 10 elementos.
donda? Será que teríamos o mesmo número de permutações Caso fossem todos distintos, nossa resposta seria 10!. No
diferentes? entanto, o número de permutações com repetição de 6 bolas
pretas e 4 bolas brancas será menor.
Além de acompanhar cuidadosamente os exemplos, você
precisa resolver os exercícios, discutir sua solução com ou- Se as bolas brancas (que são iguais) fossem numeradas
tras pessoas e até inventar problemas. de 1 a 4, as posições seriam diferentes.

Matemática se aprende fazendo! Note que para cada arrumação das bolas brancas temos
4! = 24 permutações que são consideradas repetições, ou
Permutações com repetição seja, que não fazem a menor diferença no caso de as bolas
serem todas iguais.
EXEMPLO 1
Da mesma forma, para cada posição em que as 6 bolas
A palavra MADEIRA possui sete letras, sendo duas pretas aparecerem não devemos contar as repetições ou as
letras A e cinco letras distintas: M, D, E, I, R. trocas entre as próprias bolas pretas. O número de repetições
Quantos anagramas podemos formar com essa é 6! = 720.
palavra?
Concluímos, então, que as maneiras de se retirar uma a
Solução: uma 6 bolas pretas e 4 bolas brancas, sem contar as repeti-
ções, é:
O número de permutações de uma palavra com sete le-
tras distintas (MARTELO) é igual a 7! = 5040. Neste exemplo 10! 3.628.800
formaremos uma quantidade menor de anagramas, pois são = = 210
4!6! 24.720
iguais aqueles em que uma letra A aparece na 2ª casa e a
outra letra A na 5ª casa (e vice-versa).
EXEMPLO 3
Para saber de quantas maneiras podemos arrumar as du-
as letras A, precisamos de 2 posições. Para a primeira letra A Quantos anagramas podemos formar com a palavra
teremos 7 posições disponíveis e para a segunda letra A PRÓPRIO?
teremos 6 posições disponíveis (pois uma das 7 já foi ocupa-
da). Solução:

6 Este exemplo é parecido com o das bolas pretas e bran-


Temos então, 7 ⋅ = 21 opções de escolha. cas. Mas observe que aqui temos 7 letras a serem permuta-
2 das, sendo que as letras P, R e O aparecem 2 vezes cada
uma e a letra I, apenas uma vez.
A divisão por 2 é necessária para não contarmos duas
vezes posições que formam o mesmo anagrama (como, por Como no caso anterior, teremos 2! repetições para cada
exemplo, escolher a 2ª e 5ª posições e a 5ª e 2ª posições). arrumação possível da letra P (o mesmo ocorrendo com as
letras R e O). O número de permutações sem repetição será,
Agora vamos imaginar que as letras A já foram arrumadas então:
e ocupam a 1ª e 2ª posições:
etc...
AA_____
7! →número total de permutações de 7 letras.
Nas 5 posições restantes devemos permutar as outras 5
letras distintas, ou seja, temos 5! = 120 possibilidades. Como 2! 2! 2!
→produto das repetições possíveis com as
as 2 letras A podem variar de 21 maneiras suas posições, letras P, R e O
temos como resposta:

5040
7⋅6 = 630
⋅ 5! = 21 · 120 = 2520 anagramas da palavra MA- 2·2·2
2
DEIRA
Uma expressão geral para permutações com objetos
nem todos distintos
EXEMPLO 2

Raciocínio Lógico 74 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Havendo n elementos para permutar e dentre eles um e- Nas permutações simples importam os lugares que
lemento se repete p vezes e outro elemento se repete q ve- os objetos ocupam e nas permutações circulares
zes, temos: importa a posição relativa entre os objetos, ou
seja, consideramos equivalentes as arrumações
que possam coincidir por rotação.
n!
p! q! Se temos n objetos, cada disposição equivalente por rota-
ção pode ser obtida de n maneiras. Confirme isso com os
No exemplo anterior, você viu que podemos ter mais de 2 exemplos a seguir:
elementos que se repetem. Neste caso, teremos no denomi-
nador da expressão o produto dos fatoriais de todos os ele- a) 3 elementos: A, B, C. Considere a roda ABC. As rodas
mentos que se repetem. BCA e CAB são rodas equivalentes.

Simplificando fatoriais b) 8 elementos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. Verifique que as 8 ro-


das abaixo são equivalentes:
Uma fração com fatoriais no numerador e no denominador 1-2-3-4-5-6-7-8
pode ser facilmente simplificada. 8-1-2-3-4-5-6-7
7-8-1-2-3-4-5-6
Observe os exemplos: 6-7-8-1-2-3-4-5
5-6-7-8-1-2-3-4
a) 10! 10 · 9 · 8 · 7 · 6! 4-5-6-7-8-1-2-3
= = 10 · 9 · 8 · 7 3-4-5-6-7-8-1-2
6! 6! 2-3-4-5-6-7-8-1

b) A expressão geral do número de permutações circu-


5! 5! 1
= = lares será o número total de permutações, n!, di-
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5! 7 ⋅ 6 vidido pelas n vezes que cada roda equivalente
foi contada:
c) n! n(n - 1)!
= =n n! n(n − 1)!
(n - 1)! (n - 1)! = = (n − 10)!
n n
d) 5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3! 5 ⋅ 4
= = = 5⋅2 EXEMPLO 4
3!2! 3!2! 2 ⋅1
Quantas rodas de ciranda podemos formar com 8 crian-
Permutações circulares ças?

Permutações circulares são os casos de permutações em Solução:


que dispomos n elementos em n lugares em torno de um
círculo. Veja um exemplo. Podemos formar

De quantos modos podemos formar uma roda com 5 cri-


anças? 8!
= 7! = 5040 rodas diferentes.
8
Para formar uma roda com 5 crianças, não basta escolher
uma ordem para elas. Vamos nomear as 5 crianças por A, B, EXEMPLO 5
C, D, E. Observe que as rodas por exemplo, são iguais.
Se no encontro dos 7 presidentes as reuniões fossem o-
Em cada uma dessas rodas, se seus elementos fossem correr ao redor de uma mesa, de quantas maneiras podería-
arrumados em fila, teríamos permutações diferentes; no en- mos organizá-los?
tanto, dispostos de forma circular, não dão origem a rodas
diferentes; temos 5 rodas iguais, pois a posição de cada Solução:
criança em relação às outras é a mesma e a roda foi apenas
“virada”.
7!
= 6! = 720 posições circulares diferentes.
Como não queremos contar rodas iguais, nosso resultado 7
não é o número de permutações com 5 elementos em 5 posi-
ções, ou seja, 5! = 120. Já que cada roda pode ser “virada” EXEMPLO 6
de cinco maneiras, o número total de permutações, 120 ro-
das, contou cada roda diferente 5 vezes e a resposta do Neste mesmo exemplo, o que ocorreria se dois dos 7 pre-
problema é: sidentes não devessem sentar juntos?

120 Solução:
= 24
5
Neste caso, poderíamos contar as permutações circulares
dos outros 5 presidentes e depois encaixar os 2 que devem
Uma expressão geral para permutações circulares
ficar separados nos espaços entre os 5 já arrumados.

Raciocínio Lógico 75 A Opção Certa Para a Sua Realização


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O número de permutações circulares com 5 elementos é Usando o princípio multiplicativo, no entanto, contamos
4! = 24, e entre eles ficam formados 5 espaços. várias vezes o mesmo grupo de três candidatos:
João José Pedro
Se os presidentes F e G forem colocados em 2 destes 5
espaços, eles não ficarão juntos. Temos então 5 opções para João Pedro José
sentar o presidente F e 4 opções (uma foi ocupada por F) Pedro João José
para sentar o presidente G. Pedro José João
José Pedro João
A resposta a este problema é 5 · 4 · 4! = 480
José João Pedro
AS COMBINAÇÕES Estes seis grupos são iguais e foram contados como a-
grupamentos diferentes nas 60 formas de escolher que en-
Até agora você estudou problemas de análise combinató- contramos. Para “retirar” as repetições destes e de outros
ria que envolviam o princípio multiplicativo e as permutações. grupos, vamos dividir o resultado pelo número de vezes que
eles se repetem na contagem. Que número é esse?
Se observar os problemas de permutações verá que pos-
suem duas características em comum: Os grupos repetidos são as formas de .embaralhar. três
candidatos escolhidos.
todos os objetos são usados na hora de formar o agrupamen-
to; Ora “embaralhar” três objetos é fazer permutações! O
número de permutações de 3 objetos você já sabe que é 3! =
a ordem em que os objetos são arrumados no agrupamento 6. Logo, basta dividir 60 por 6 para não contarmos as repeti-
faz diferença. ções dentro de cada grupo formado. Isso significa que há 10
maneiras de escolher os três novos pedreiros, entre os 5
Nos problemas que envolviam anagramas com as le- candidatos.
tras de uma palavra, por exemplo, todas as letras
da palavra original tinham de ser usadas, e a or- UMA FÓRMULA PARA O CÁLCULO DAS COMBINAÇÕES
dem em que arrumávamos as letras era impor-
tante, pois cada ordem diferente fornecia um no- Esse tipo de agrupamento chama-se combinação. No
vo anagrama. caso do nosso exemplo, temos uma combinação de 5 objetos
(os 5 candidatos) 3 a 3 (apenas 3 serão escolhidos).
Agora, você estudará um tipo diferente de problema em
que: Vamos supor que temos n objetos disponíveis para esco-
lha e que, destes, vamos escolher p objetos (p < n). O núme-
não utilizamos todos os objetos; ro de maneiras de se fazer essa escolha chama-se combi-
p
nação e representa-se por C n . Portanto, o número de com-
a ordem em que os objetos são arrumados “não faz diferen-
binações de n elementos p a p é calculado por:
ça”.

Vamos começar compreendendo e resolvendo um pro- p n!


Cn =
blema. (n − p! )p!

EXEMPLO 1 Em nosso exemplo, temos n = 5 e p = 3. Aplicando a fór-


mula, obtemos:
Em uma obra havia três vagas para pedreiro. Cinco can-
didatos se apresentaram para preencher as vagas. De quan-
5! 5!
tas formas o encarregado da obra pode escolher os três de C 35 = =
que ele precisa? (5 − 3! )3! 2!3!

Solução: Vamos resolver mais alguns problemas nos próximos e-


xemplos. Leia com atenção o enunciado, interprete-o e tente
Note que ele não vai usar todos os candidatos, de 5 resolver cada exemplo sozinho. Só depois disso leia a solu-
escolherá apenas 3. ção.

Além disso, a ordem em que ele vai escolhê-los não faz Assim você poderá verificar se realmente compreende o
diferença (se escolher primeiro João, depois José e por últi- problema e sua solução.
mo Pedro, ou primeiro José, depois Pedro e por último João,
o grupo escolhido será o mesmo). EXEMPLO 2

Assim, você já deve ter notado que este não é um pro- Em um hospital há apenas 5 leitos disponíveis na emer-
blema de permutações. gência. Dez acidentados de um ônibus chegam e é preciso
escolher 5 para ocupar os leitos. Os outros ficariam em ma-
Se a ordem de escolha dos candidatos importasse, pode- cas, no corredor do hospital. De quantas formas poderíamos
ríamos usar o princípio multiplicativo. Nesse caso, teríamos 5 escolher 5 pessoas que ficariam nos leitos?
candidatos para a primeira vaga, 4 candidatos para a segun-
da e 3 candidatos para a última. A solução seria: 5 · 4 · 3 = Solução:
60. Portanto, haveria 60 formas de escolher os três novos
pedreiros.

Raciocínio Lógico 76 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Na realidade, os responsáveis pela emergência estudari- 2 13! 13!
am cada caso e escolheriam os mais graves, mas imagine C 13 = =
que todos tenham a mesma gravidade. (13 − 2! )2! 11!2!

Nesse caso, há duas coisas a observar: de 10 pessoas, 5 EXEMPLO 5


serão escolhidas e a ordem em que a escolha é feita não
importa. Trata-se, então, de uma combinação onde: De quantos modos podemos formar 2 times de vôlei com
12 moças?
n = 10 (número de “objetos” disponíveis)
Solução:
p = 5 (número de .objetos. a serem escolhidos)
Como cada um dos times deve ter 6 jogadoras, o primeiro
Usando a fórmula, temos: 6
pode ser escolhido de C 12 modos. Escolhido esse time,
sobram exatamente 6 moças para formar o segundo. A res-
5 10! 10! 6
posta, então, parece ser C 12 ⋅ 1 . No entanto, contamos cada
C 10 = =
(10 − 5! )5! 5!5! time duas vezes. Observe, por exemplo, que as formações
abaixo são idênticas:
Logo, há 252 formas de escolher as 5 pessoas que irão
ocupar os 5 leitos. a, b, c, d, e, f e g, h, i, j, l, m

EXEMPLO 3 ou

Uma pequena empresa quer formar um time de futebol e g, h, i, j, l, m e a, b, c, d, e, f


15 funcionários se inscreveram, dizendo que aceitam jogar
em qualquer posição. De quantas formas é possível escolher
os 11 jogadores do time?
A resposta correta é:
Solução:
6
De 15 operários, 11 serão escolhidos e a ordem de esco- C 12 ⋅ 1 1 12!
= ⋅ = 462
lha não importa, pois queremos escolher apenas os jogado- 2 2 6!6!
res sem determinar as posições em campo.
Assim, temos então 462 modos de formar os 2 ti-
Temos, então, as características de uma combinação de mes.(Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br).
15 pessoas (n = 15) para formar grupos de 11 (p = 11).
PROBABILIDADES
Usando a fórmula:
Introdução
11 15!
C 15 = = 1365
(15 − 11! )11! Quando usamos probabilidades?

Assim, os jogadores podem ser escolhidos de 1 365 for- Ouvimos falar desse assunto em situações como: a pro-
mas diferentes. babilidade de ser sorteado, de acertar numa aposta, de um
candidato vencer uma eleição, de acertar o resultado de um
EXEMPLO 4 jogo etc. Portanto, usamos probabilidades em situações em
que dois ou mais resultados diferentes podem ocorrer e não é
possível saber, prever, qual deles realmente vai ocorrer em
Os 15 funcionários da empresa decidem escolher uma cada situação.
comissão de 3 membros para reivindicar apoio financeiro da
diretoria ao novo time de futebol. Beto começou a pensar em
todas as comissões possíveis em que ele pudesse ser um Ao lançarmos para o alto uma moeda e quisermos saber
dos membros, e nas quais Edu não estivesse. Em quantas se o resultado é cara ou coroa, não podemos prever o resul-
comissões Beto poderia pensar? tado mas podemos calcular as chances de ocorrência de
cada um. Este cálculo é a probabilidade de ocorrência de um
resultado.
Solução:
Por meio dos exemplos desta aula, você aprenderá o cál-
Como Edu não pode participar de nenhuma das comis- culo de probabilidades.
sões pensadas por Beto, podemos retirá-lo do problema.
Temos, então, 14 funcionários para formar comissões de 3.
EXEMPLO 1
Como um dos membros sempre é o Beto, precisamos
descobrir os outros dois membros que devem ser escolhidos Qual a chance de dar cara no lançamento de uma moe-
dentre 13 pessoas (Beto já foi “escolhido”). da?

Assim, concluímos que o número máximo de comissões


diferentes que Beto poderia pensar é:

Raciocínio Lógico 77 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Generalizando essa solução:
nº de resultados favoráveis a 3 1
P (par) E = = =
= nº total de resultados possí- 6 2
veis 50%

Onde P (par) significa probabilidade de o resultado ser


par.
coroa cara Nos três exemplos que acabamos de ver há dois ou mais
resultados possíveis, todos com a mesma chance de ocorrer.
Solução:
A probabilidade de ocorrer um desses resultados ou um con-
junto de resultados que satisfaçam uma condição ou exigên-
Raciocinando matematicamente, os resultados cara e co- cia E, é representado por p (E) e calculado por:
roa têm as mesmas chances de ocorrer. Como são duas
possibilidades (cara ou coroa) podemos dizer que as chances nº de resultados favoráveis a
de dar cara é de 1 para 2. Isto é o mesmo que dizer que a E
p (E) =
probabilidade de o resultado ser cara é ou 0,5 ou 50%. nº total de resultados possí-
veis
Neste exemplo calculamos intuitivamente a probabilidade EXEMPLO 4
de o resultado ser cara e você deve ter percebido que a pro-
babilidade de dar coroa é a mesma, 50%.
No Exemplo 2 da Aula 48 vimos que, num restaurante que
prepara 4 pratos quentes, 2 saladas e 3 sobremesas diferen-
No entanto, quando dizemos que a probabilidade é ½ ou tes, existem 24 maneiras diferentes de um freguês se servir
50% isso não significa que a cada 2 lançamentos um vai ser de um prato quente, uma salada e uma sobremesa.
cara e o outro vai ser coroa. O fato de a probabilidade ser ½
ou 50% quer dizer apenas que as chances são iguais e que,
No Exemplo 3 daquela aula descobrimos que havia, den-
se fizermos muitos lançamentos, é provável que aproxima-
tre os 24 cardápios possíveis, 6 cardápios econômicos. Qual
damente metade deles dê cara como resultado.
a probabilidade de um freguês desavisado escolher uma das
opções mais caras?
O conceito de probabilidade
Solução:
EXEMPLO 2
Já sabemos que a probabilidade de escolher os mais ca-
O chefe de uma seção com 5 funcionários deu a eles 1 ros será:
ingresso da final de um campeonato para que fosse sorteado.
Após escreverem seus nomes em papéis idênticos, coloca- nº de cardápios mais
ram tudo num saco para fazer o sorteio. Qual a chance que p(mais caro) caros
cada um tem de ser sorteado? = nº de cardápios possí-
veis
Solução: Se temos 6 opções econômicas num total de 24, temos
24 - 6 = 18 opções mais caras. Como o número de cardápios
Os 5 funcionários têm todos a mesma chance de serem possíveis é 24, então:
sorteados. No caso de Paulo, por exemplo, as chances de
ser sorteado são de 1 para 5, ou 1/5. Então, podemos dizer
que a chance, ou a probabilidade, de cada um deles ser sor- 18 3
p(mais caro) = = = 0,75 = 75%
teado é de 1/5 , ou 0,2, ou ainda 20%. 54 4

EXEMPLO 3 As chances de esse freguês escolher um dos cardápios


mais caros é de 75%.
No lançamento de um dado, qual a probabilidade de o re-
sultado ser um número par? EXEMPLO 5

Solução: Numa urna estão 10 bolas de mesmo tamanho e de


mesmo material, sendo 8 pretas e 2 brancas. Pegando-se
Para que o resultado seja par devemos conseguir: uma bola qualquer dessa urna, qual a probabilidade de ela
ser branca?

Solução:
nº de bolas bran-
2 1
p(branca) = cas = = = 20%
nº total de bolas 10 5

EXEMPLO 6
Assim, temos 3 resultados favoráveis (2, 4 ou 6) em um
total de 6 resultados possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6).
De um baralho normal de 52 cartas e mais 2 coringas reti-
ramos uma das cartas ao acaso. Qual a probabilidade de:
As chances de dar um resultado par são 3 num total de 6.
Então, podemos dizer que a probabilidade de isso acontecer
é 3/6 ou 1/2 . a) ser um ás?

Raciocínio Lógico 78 A Opção Certa Para a Sua Realização


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b) ser um coringa, em jogos que também consideram o 2 m
como coringa? Percebemos ainda que a fração será sempre positiva
n
pois m e n são números naturais.
Solução:
Assim, podemos concluir que:
O número total de cartas é 54 sendo que há 13 cartas (ás,
2 a 10, valete, dama, rei) de cada um dos 4 naipes (copas, m
ouro, paus e espadas) e 2 coringas. 0≤ ≤1 ou 0 ≤ p (E) ≤ 1
n
nº de ases existen- 4
p (ás) tes = = 0,07 = EXEMPLO 8
a) 54
=
nº total de cartas 7% Com os algarismos 1, 3 e 5 formamos todos os números
de 3 algarismos possíveis. Dentre eles escolhemos um nú-
mero, ao acaso.
b) Como as 4 cartas com nº 2 também são consideradas
coringas, a probabilidade de tirar um coringa será: a) Qual a probabilidade de escolher um número que seja
múltiplo de 3?
nº de coringas 6
= = 0,11 = b) Qual a probabilidade de o número escolhido ser par?
p(coringa) = 54
nº total de cartas
11%
Solução:
EXEMPLO 7
O total de números formados por 3 algarismos é igual ao
Em análise combinatoria, vimos que, com 6 homens e 3 número de permutações possíveis com os algarismos 1, 3 e 5
mulheres, podemos formar C 59 = 126 grupos de 5 pessoas e em três posições, ou seja, 3! = 6.

C 56 = 6 grupos de 5 pessoas nos quais só escolhemos ho- a) Como a soma dos algarismos 1 + 3 + 5 é igual a 9, que
mens. Supondo que as chances de cada um dos grupos é a é um múltiplo de 3, qualquer um dos números formados será
mesma, qual a probabilidade de escolher: múltiplo de 3. Assim, a probabilidade de isso ocorrer será:

a) um grupo onde não há mulheres; 6


P (múltiplo de 3) = =1
6
b) um grupo onde haja pelo menos uma mulher.
b) Como qualquer dos algarismos 1, 3 e 5 colocados no
Solução:
final do número formado gera um número ímpar, não forma-
remos nenhum número par.
6
a) p (não mulher) = = 0,05 = 5%
126 Assim, como a quantidade de casos favoráveis é zero,
temos:
120
b) p (pelo menos 1 mulher) = = 0,95 = 95% 0
126 p (par) = =0
6
Os valores possíveis para as probabilidades
Um pouco de história
No Exemplo 7 os grupos contados em a) e em b) comple-
tam todos os grupos possíveis (6 + 120 = 126). Portanto as Os primeiros estudos envolvendo probabilidades foram
6 120 126 motivados pela análise de jogos de azar. Sabe-se que um
possibilidades somadas darão + = ou 100% dos primeiros matemáticos que se ocupou com o cálculo das
126 126 126 probabilidades foi Cardano (1501-1576). Data dessa época a
(5% + 95%). expressão que utilizamos até hoje para o cálculo da probabi-
lidade de um evento (número de casos favoráveis dividido
Já sabemos que: pelo número de casos possíveis).

nº de resultados favoráveis a E Com Fermat (1601-1665) e Pascal (1623-1662), a teoria


p (E) =
nº total de resultados possíveis das probabilidades começou a evoluir e ganhar mais consis-
tência, passando a ser utilizada em outros aspectos da vida
A quantidade m será escolhida dentre as n existentes, por social, como, por exemplo, auxiliando na descoberta da vaci-
isso m deverá ser menor ou igual a n (m ≤ n) e a fração na contra a varíola no século XVIII.
m
será menor ou igual a 1: p (E) ≤1.
n Atualmente, a teoria das probabilidades é muito utilizada
em outros ramos da Matemática (como o Cálculo e a Estatís-
Caso a condição E exigida não possa ser cumprida, ou tica), da Biologia (especialmente nos estudos da Genética),
seja, se não houver nenhum resultado favorável a E, o núme- da Física (como na Física Nuclear), da Economia, da Socio-
logia etc.
m
ro m será zero e p (E) = =0
n

Raciocínio Lógico 79 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Exercícios 6 1
3. a) = = 17%
36 6
Exercício 1
b) 0
De um baralho de 52 cartas é retirada uma carta ao aca-
so.
c) 0
a) Qual a probabilidade de a carta retirada ser um rei?
24
d) = 67%
b) Qual a probabilidade de a carta retirada ser uma figura 36
(valete, dama ou rei)?
1
Exercício 2 4. = 0,000 000 000 087 =
1144130400 0
No lançamento de um dado, qual a probabilidade de o
número obtido ser menor ou igual a 4? 0,000 000 0087%

Exercício 3 1
5. = 0,000 000 000 11 =
9034502400
No lançamento de dois dados, um verde e outro verme-
lho, qual é a probabilidade de que a soma dos pontos obtidos
seja: 0,000 000 011%

a) 7 3! 6
6. = = 0,000 000 034 =
3 4 175760000
26 10
b) 1
0,000 003 4%
c) maior que 12
Calculando probabilidades
d) um número par
Você já aprendeu que a probabilidade de um evento E é:
Exercício 4
nº de resultados favoráveis a
Na Aula 48 vimos que na SENA existem 11.441.304.000 E
p (E) =
maneiras de escolher 6 números de 01 a 50. Se você apostar nº total de resultados possí-
em 6 números, qual a probabilidade de sua aposta ser a veis
sorteada?

Exercício 5 Iremos calcular a probabilidade de ocorrência de um e-


vento e outro, bem como a ocorrência de um ou outro evento.
O que acontece se você apostar em 5 números de 01 a Em muitas situações a ocorrência de um fato qualquer de-
100? Qual a probabilidade de você acertar a quina de núme- pende da ocorrência de um outro fato; nesse caso dizemos
ros sorteada? que são ocorrências dependentes. Em situações onde não há
essa dependência, precisamos calcular probabilidades de
Exercício 6 duas situações ocorrerem ao mesmo tempo.

Suponha que sejam iguais as chances de qualquer uma Para abordarmos situações como as que acabamos de
das placas novas para automóveis (3 letras e 4 números) ser descrever, utilizaremos vários exemplos durante esta aula.
escolhida para o seu automóvel. Leia-os com bastante atenção e procure refazer as soluções
apresentadas.
Qual a probabilidade de você receber uma placa com as
iniciais de seu nome em qualquer ordem? Cálculo da probabilidade de ocorrência de um evento e de
outro
Respostas:
EXEMPLO 1
4 1
1. a) = = 7,69% Num grupo de jovens estudantes a probabilidade de que
52 13 um jovem, escolhido ao acaso, tenha média acima de 7,0 é
1
12 2 . Nesse mesmo grupo, a probabilidade de que um jovem
b) = = 23% 5
52 3
5
saiba jogar futebol é . Qual a probabilidade de escolher-
6
4 1
2. = = 67% mos um jovem (ao acaso) que tenha média maior que 7,0 e
6 13 saiba jogar futebol?

Solução:

Raciocínio Lógico 80 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O fato de ter média maior que 7,0 não depende do Alguns atletas participam de um triathlon (prova formada
fato de saber jogar futebol, e vice-versa. Quando por 3 etapas consecutivas: natação, corrida e ciclismo). A
isso ocorre, dizemos que os eventos são inde- probabilidade de que um atleta escolhido ao acaso termine a
pendentes. 4
primeira etapa (natação) é . Para continuar na competição
Considere então os eventos: 7
com a segunda etapa (corrida) o atleta precisa ter terminado
A: ter média acima de 7,0. a natação. Dos atletas que terminam a primeira etapa, a
probabilidade de que um deles, escolhido ao acaso, termine a
B: saber jogar futebol. 3
segunda é . Qual a probabilidade de que um atleta que
4
A e B: ter média acima de 7,0 e saber jogar futebol. iniciou a prova, e seja escolhido ao acaso, termine a primeira
e a segunda etapas?
Como queremos calcular P (A e B), pense o seguinte: de
1 5 Solução:
todos os jovens, têm média acima de 7,0 e sabem jogar
5 6
A : terminar a 1ª etapa da prova (natação).
5 1 5 1 1
futebol. Ora, de , ou seja, x = , sabem jogar
6 5 6 5 6 B : terminar a 2ª etapa da prova (corrida), tendo terminado
1 a 1ª.
futebol e têm média acima de 7,0. Portanto, P (A e B) = .
6
Note que A e B não são eventos independentes pois, para
começar a 2ª etapa é necessário, antes, terminar a 1ª.
Repare que para encontrarmos P (A e B) efetuamos P (A)
· P (B). Então, concluímos que, quando A e B são eventos
Nesse caso dizemos que a ocorrência do evento B de-
independentes (não têm “nada a ver” um com o outro):
pende (está condicionada) à ocorrência do evento A.
P (A e B) = P (A) · P (B)
Utilizamos então a notação B/A, que significa a depen-
dência dos eventos, ou melhor, que o evento B/A denota a
EXEMPLO 2 ocorrência do evento B, sabendo que A já ocorreu. No caso
deste exemplo, temos: B/A terminar a 2ª etapa (corrida),
Dos 30 funcionários de uma empresa, 10 são canhotos e sabendo que o atleta terminou a 1ª etapa (natação).
25 vão de ônibus para o trabalho. Escolhendo ao acaso um
desses empregados, qual a probabilidade de que ele seja E agora? Como calcular P (A e B)?
canhoto e vá de ônibus para o trabalho?
É simples: no lugar de usarmos P(B) na fórmula P(A e B)
Solução: = P(A) · P(B), usaremos P(B/A) já que a ocorrência de B
depende da ocorrência de A.
Considere os eventos:
O enunciado deste problema nos diz que P(A)
A : ser canhoto 4 3
= P(B/A)= ; assim,
7 4
B : ir de ônibus para o trabalho
4 3 3
É claro que A e B são eventos independentes, portanto P(A e B) = P(A) · P(B/A)= x =
um não depende em nada do outro. A probabilidade de os 7 4 7
dois eventos (A e B) ocorrerem simultaneamente é calculada
por P (A e B) = P (A) · P (B). A probabilidade de que um atleta, escolhido ao acaso,
3
Calculando: termine a 1ª e a 2ª etapas é .
7

10 1 Quando A e B não são eventos independentes a probabi-


P (A) = =
30 3 lidade de ocorrência de A e B é calculada por:

P (A e B) = P (A) · P (B/A)
25 5
P (B) = =
30 6 onde P (B/A) é a probabilidade de B, dado que A já ocor-
reu.
1 5 5
P (A e B) = P (A) · P (B) = x = EXEMPLO 4
3 6 18
No exame para tirar a carteira de motorista, a probabilida-
A probabilidade de que ele seja canhoto e vá de ônibus
9
5 de de aprovação na prova escrita é . Depois de ser apro-
para o trabalho é de . 10
18
vado na parte teórica, há uma prova prática de direção. Para
EXEMPLO 3

Raciocínio Lógico 81 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
os que já passaram no exame escrito, a probabilidade de 3
2 probabilidade de ser escolhida uma falta do Leonardo = .
passar nessa prova prática é . 10
3
probabilidade de ser escolhida uma falta do André Cruz =
Qual a probabilidade de que, escolhido um candidato ao 3
acaso, ele seja aprovado em ambas as provas escrita e práti- .
ca e tire a carteira de motorista? 10

Solução: probabilidade de ser escolhida uma falta de um destes dois


3 3 6 3
jogadores= + = =
Considere os eventos: 10 10 10 5

A: aprovação na prova escrita. .

B: aprovação na prova prática de direção. Lembre-se de que qualquer uma das duas escolhas terá
um resultado favorável.
Os eventos A e B não são independentes, pois é preciso
ter aprovação na prova escrita e para fazer a prova prática de Se A e B são os eventos (escolher uma falta de Leonardo
direção. Como a ocorrência de B está condicionada à ocor- ou escolher uma falta de André Cruz), estamos interessados
rência de A, criamos o evento: na probabilidade do evento A ou B.

B/A: ter aprovação na prova prática de direção, sabendo Temos então:


que o candidato foi aprovado na prova escrita.
P(A ou B) = P(A) + P(B)
Para calcular P(A e B), usamos: P(A e B) = P(A) · P(B/A)
Note que isso vale porque uma falta não pode ser cometi-
Calculando: da pelos dois jogadores ao mesmo tempo, ou seja, o evento
A e B é impossível.
9
P(A) = EXEMPLO 6
10
Uma empresa que fabrica suco de laranja fez uma pes-
2 quisa para saber como está a preferência do consumidor em
P(B/A) =
3 relação ao seu suco e ao fabricado por seu principal concor-
rente. Essa empresa é chamada SOSUMO, e seu concorren-
te SUMOBOM. A pesquisa concluiu que dos 500 entrevista-
9 2 3 dos, 300 preferiam o SUMOBOM, 100 consumiam os dois,
P(A e B) = x =
10 3 5 250 preferiam SOSUMO e 50

A probabilidade de passar na prova escrita e na prova de nenhum dos dois. Um dos entrevistados foi escolhido ao
3 acaso. Qual a probabilidade de que ele seja:
direção é .
5
a) consumidor de SOSUMO e SUMOBOM;
Cálculo da probabilidade de ocorrência de um evento
b) consumidor de SOSUMO ou SUMOBOM.
ou outro
Solução:
EXEMPLO 5
a) De acordo com a pesquisa dos 500 entrevistados, 100
Na Copa América de 1995, o Brasil jogou com a Colôm- consomem os dois sucos. Logo, a probabilidade de que um
bia. No primeiro tempo, a seleção brasileira cometeu 10 fal- entrevistado, escolhido ao acaso, consuma os dois sucos é:
tas, sendo que 3 foram cometidas por Leonardo e outras 3
por André Cruz. No intervalo, os melhores lances foram repri- 100 1
= .
sados, dentre os quais uma falta cometida pelo Brasil, esco- 500 5
lhida ao acaso. Qual a probabilidade de que a falta escolhida
seja de Leonardo ou de André Cruz? b) Usando o raciocínio do Exemplo 5, para saber a proba-
bilidade da ocorrência de um evento ou outro, somamos as
Solução: probabilidades de os dois eventos ocorrerem separadamente.
Mas, neste exemplo, devemos tomar cuidado com o seguinte:
Das 10 faltas, 3 foram de Leonardo e 3 de André Cruz. existem pessoas que consomem os dois sucos indiferente-
Portanto, os dois juntos cometeram 6 das 10 faltas do Brasil. mente, compram o que estiver mais barato, por exemplo.
Assim, a probabilidade de que uma das faltas seja a escolhi- Assim, não podemos contar essas pessoas (que consomem
6 3 um e outro) duas vezes.
da dentre as 10 é = .
10 5 Observe que a soma dos resultados é maior que o
número de entrevistados (300 + 100 + 200 + 50 =
Também podemos resolver este problema da se- 650), ou seja, há pessoas que, apesar de preferi-
guinte maneira: rem um dos sucos, consomem os dois. Para faci-
litar daremos nomes aos eventos:

Raciocínio Lógico 82 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A : preferir o SOSUMO Em uma cidade do interior do Brasil, a probabilidade de
que um habitante escolhido ao acaso tenha televisão em
B: preferir o SUMOBOM 11
casa é . Já a probabilidade de esse habitante ser um
12
A e B: consumir SOSUMO e SUMOBOM
1
comerciante é . Escolhendo um habitante dessa cidade
A ou B: consumir SOSUMO ou SUMOBOM 11
ao acaso, qual a probabilidade de que ele tenha televisão em
Repare que este ou quer dizer: apenas o SOSUMO ou casa e seja comerciante?
apenas o SUMOBOM.
Exercício 2
Fazendo P(A ou B) = P(A) + P(B) estamos contando duas
vezes as pessoas que apesar de preferirem um dos sucos, Alguns professores estão prestando concurso para dar
consomem os dois. Logo, devemos aulas em uma escola.

subtrair de P(A) + P(B) o resultado de P(A e B) para retirar Inicialmente, eles farão uma prova escrita e, depois de se-
a “contagem dobrada”. rem aprovados nessa prova, farão uma prova prática. Aquele
que for aprovado na prova prática será contratado. Sabendo
Temos então: 1
que a probabilidade de aprovação na prova escrita é e de
4
P (A ou B) = P (A) + P (B) P (A e B) aprovação na prova prática (depois de ser aprovado na escri-
2
ta) é , calcule a probabilidade de que um professor, esco-
Calculando: 3
lhido ao acaso, seja contratado.
250 1
P(A) = = Exercício 3
500 2
Em uma noite de sexta-feira, pesquisadores percorreram
300 3 500 casas perguntando em que canal estava ligada a televi-
P(B) = = são. Desse modo, descobriram que em 300 casas assistiam
500 5
ao canal VER-DE-PERTO, 100 viam o canal VERMELHOR e
outras 100 casas não estavam com a TV ligada. Escolhida
100 1 uma
P(A e B) = =
500 5
das 500 casas, ao acaso, qual a probabilidade de que a
TV esteja sintonizada no canal VER-DE-PERTO ou no canal
1 3 1 1 2 5+4 9 VER-MELHOR?
P(A ou B) = + - = + = =
2 5 5 2 5 10 10
Exercício 4
A probabilidade de que o escolhido consuma um suco ou
9 Dos 140 funcionários de uma fábrica, 70 preferem a mar-
outro é . ca de cigarros FUMAÇA, 80 preferem TOBACO e 30 fumam
10
ambas sem preferência.
Observação Sabendo que 20 funcionários não fumam, calcule a pro-
babilidade de que um funcionário, escolhido ao acaso:
Em exemplos como o que acabamos de ver há outras so-
luções possíveis. a) fume FUMAÇA e TOBACO

Observe que o evento A ou B (consumir um suco ou ou- b) fume FUMAÇA ou TOBACO


tro) deve incluir como casos favoráveis todas as pessoas que
não fazem parte do grupo dos que não consomem esses dois
Exercício 5
sucos.
Com as mesmas informações do exercício anterior, calcu-
Sabíamos que dos 500 entrevistados, 50 pessoas consu-
le a probabilidade de que um funcionário, escolhido ao acaso:
miam nenhum dos dois e a probabilidade de escolhermos
50 1
uma dessas pessoas ao acaso era , ou seja, . As- a) fume só FUMAÇA
500 10
sim, podíamos concluir que a probabilidade de não fazer b) fume só TOBACO
1 9
parte desse grupo era 1 - = , raciocinando por exclu-
10 10 c) fume só FUMAÇA ou só TOBACO
são.
d) não fume nenhuma das duas marcas de cigarro
Exercícios propostos.
e) não fume FUMAÇA
Exercício 1
f) não fume TOBACO

Raciocínio Lógico 83 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Respostas -2 é um elemento do conjunto dos números reais
que satisfaz à equação x²-4 = 0.
1 Em geral, um elemento de um conjunto, é denotado
1. Eventos independentes: por uma letra minúscula do alfabeto: a, b, c, ..., z.
12
Pertinência: é a característica associada a um ele-
mento que faz parte de um conjunto.
1
2. Eventos dependentes: José da Silva pertence ao conjunto dos brasileiros.
6 1 pertence ao conjunto dos números naturais.
-2 pertence ao conjunto de números reais que satis-
300 100 400 4 faz à equação x²-4 = 0.
3. + = =
500 500 500 5 Símbolo de pertinência: Se um elemento per-
tence a um conjunto utilizamos o símbolo
30 3 que se lê: "pertence".
4. a) P (A e B) = = Para afirmar que 1 é um número natural ou que 1
140 14 pertence ao conjunto dos números naturais, escreve-
mos:
1 N

Para afirmar que 0 não é um número natural ou que


0 não pertence ao conjunto dos números naturais, es-
crevemos:
0 N
Um símbolo matemático muito usado para a nega-
ção é a barra / traçada sobre o símbolo normal.
40 + 30 + 50 120 6 Algumas notações para conjuntos
b) P (A ou B) = = =
140 140 7 Muitas vezes, um conjunto é representado com os
seus elementos dentro de duas chaves { e } através de
40 2 duas formas básicas e de uma terceira forma geométri-
5. a) = ca:
140 7
Apresentação: Os elementos do conjunto estão den-
tro de duas chaves { e }.
50 5 A={a,e,i,o,u}
b) =
140 14 N={1,2,3,4,...}
M={João,Maria,José}
40 + 50 9 Descrição: O conjunto é descrito por uma ou mais
c) = propriedades.
140 14
A={x: x é uma vogal}
N={x: x é um número natural}
20 1 M={x: x é uma pessoa da família de Maria}
d) =
140 7 Diagrama de Venn-Euler: (lê-se: "Ven-óiler") Os
conjuntos são mostrados graficamente.
50 + 20 70 1
e) = =
140 140 2

40 + 20 60 3
f) = =
140 140 7 Subconjuntos
Dados os conjuntos A e B, diz-se que A está contido
Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br
em B, denotado por A B, se todos os elementos de A
também estão em B. Algumas vezes diremos que um
TEORIA DOS CONJUNTOS conjunto A está propriamente contido em B, quando o
conjunto B, além de conter os elementos de A, contém
CONCEITOS: também outros elementos. O conjunto A é denominado
Conjunto: representa uma coleção de objetos. subconjunto de B e o conjunto B é o superconjunto que
O conjunto de todos os brasileiros. contém A.
O conjunto de todos os números naturais.
O conjunto de todos os números reais tal que x²- ALGUNS CONJUNTOS ESPECIAIS
4=0. Conjunto vazio: É um conjunto que não possui ele-
Em geral, um conjunto é denotado por uma letra mentos. É representado por { } ou por Ø. O conjunto
maiúscula do alfabeto: A, B, C, ..., Z. vazio está contido em todos os conjuntos.
Elemento: é um dos componentes de um conjunto. Conjunto universo: É um conjunto que contém todos
José da Silva é um elemento do conjunto dos brasi- os elementos do contexto no qual estamos trabalhando
leiros. e também contém todos os conjuntos desse contexto.
1 é um elemento do conjunto dos números naturais.

Raciocínio Lógico 84 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O conjunto universo é representado por uma letra U. A (B C ) = (A B) (A C) A (B C) =
Na seqüência não mais usaremos o conjunto universo. (A B) (A C)
Os gráficos abaixo mostram a distributividade.
Reunião de conjuntos
A reunião dos conjuntos A e B é o conjunto de todos
os elementos que pertencem ao conjunto A ou ao con-
junto B.
A B = { x: x A ou x B }
Exemplo: Se A={a,e,i,o} e B={3,4} então A
B={a,e,i,o,3,4}.

Interseção de conjuntos
A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto de
todos os elementos que pertencem ao conjunto A e ao
conjunto B. Diferença de conjuntos
A B = { x: x A e x B } A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto de
Exemplo: Se A={a,e,i,o,u} e B={1,2,3,4} então A todos os elementos que pertencem ao conjunto A e não
B=Ø. pertencem ao conjunto B.
A-B = {x: x A e x B}
Do ponto de vista gráfico, a diferença pode ser vista
como:

Quando a interseção de dois conjuntos A e B é o


conjunto vazio, dizemos que estes conjuntos são dis-
juntos.

Propriedades dos conjuntos


Fechamento: Quaisquer que sejam os conjuntos A e
B, a reunião de A e B, denotada por A B e a interse-
ção de A e B, denotada por A B, ainda são conjuntos
no universo. Complemento de um conjunto
Reflexiva: Qualquer que seja o conjunto A, tem-se O complemento do conjunto B contido no conjunto
que: A, denotado por CAB, é a diferença entre os conjuntos
A A=A e A A=A A e B, ou seja, é o conjunto de todos os elementos que
Inclusão: Quaisquer que sejam os conjuntos A e B, pertencem ao conjunto A e não pertencem ao conjunto
tem-se que: B.
A A B, B A B, A B A, A B B CAB = A - B = {x: x A e x B}
Inclusão relacionada: Quaisquer que sejam os con- Graficamente, o complemento do conjunto B no
juntos A e B, tem-se que: conjunto A, é dado por:
A B equivale a A B = B
A B equivale a A B = A
Associativa: Quaisquer que sejam os conjuntos A, B
e C, tem-se que:
A (B C) = (A B) C
A (B C) = (A B) C
Quando não há dúvida sobre o universo U em que
Comutativa: Quaisquer que sejam os conjuntos A e
estamos trabalhando, simplesmente utilizamos a letra c
B, tem-se que:
posta como expoente no conjunto, para indicar o com-
A B=B A
plemento deste conjunto. Muitas vezes usamos a pala-
A B=B A
vra complementar no lugar de complemento.
Elemento neutro para a reunião: O conjunto vazio Ø c c
Exemplos: Ø =U e U =Ø.
é o elemento neutro para a reunião de conjuntos, tal
que para todo conjunto A, se tem:
Leis de Augustus De Morgan
A Ø=A
O complementar da reunião de dois conjuntos A e B
Elemento "nulo" para a interseção: A interseção do
é a interseção dos complementares desses conjuntos.
conjunto vazio Ø com qualquer outro conjunto A, forne- c c c
(A B) = A B
ce o próprio conjunto vazio.
O complementar da reunião de uma coleção finita
A Ø=Ø
de conjuntos é a interseção dos complementares des-
Elemento neutro para a interseção: O conjunto uni-
ses conjuntos.
verso U é o elemento neutro para a interseção de con- c c c c
(A1 A2 ... An) = A1 A2 ... An
juntos, tal que para todo conjunto A, se tem:
O complementar da interseção de dois conjuntos A
A U=A
e B é a reunião dos complementares desses conjuntos.
Distributiva: Quaisquer que sejam os conjuntos A, B c c c
(A B) = A B
e C, tem-se que:

Raciocínio Lógico 85 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O complementar da interseção de uma coleção fini- idéia de também aplicar a mesma referência quando falamos
ta de conjuntos é a reunião dos complementares des- de uma comparação.
ses conjuntos.
c c c c
(A1 A2 ... An) = A1 A2 ... An
a razão por que uma pessoa compara uma coisa a outra é
diversificada e vai de acordo com a necessidade naquele
Diferença simétrica
momento.Se uma mulher é encontrado nos corredores de um
A diferença simétrica entre os conjuntos A e B é o supermercado, é comparar os preços do produto que você
conjunto de todos os elementos que pertencem à reu- está procurando, automaticamente está fazendo uma relação
nião dos conjuntos A e B e não pertencem à interseção entre o preço e a qualidade do produto, em seguida, a análise
dos conjuntos A e B. comparativa ultrapassa o que você tem inicialmente num
A B={x:x A Bex A B} ápice.Comparação em um certo ponto pode tornar-se
O diagrama de Venn-Euler para a diferença simétri- retórica, esta figura que se relaciona com quem fala, mas
ca é: tente não ser interpretado exatamente como suas palavras
indicam, pretende fazer uma comparação subliminar, um
pouco, tornando-se inexpressivo de verdade.

Definição de comparação

Comparação (do latim comparatĭo) é a ação ou efeito de


comparar.Esta palavra refere-se a chamar a atenção para
duas ou mais coisas para reconhecer suas diferenças e
semelhanças e descobrir as suas relações.Comparar,
portanto, é verificada.

Exercício: Dados os conjuntos A, B e C, pode-se


mostrar que: Por exemplo: "a comparação entre o espaço de dois foguetes
A=Ø se, e somente se, B=A B. mostra que os EUA é muito mais avançada", "nenhum
jogador de futebol consegue resistir a comparação com Diego
O conjunto vazio é o elemento neutro para a opera-
Maradona", "a comparação dos dois casos que o analista
ção de diferença simétrica. Usar o item anterior. encontrou-Me muito interessante".
A diferença simétrica é comutativa.
A diferença simétrica é associativa.
A A=Ø (conjunto vazio).
a comparação pode se concentrar em aspectos físicos ou
A interseção entre A e B C é distributiva, isto é: questões simbólicas.Desta forma, duas pessoas podem ser
A (B C) = (A B) (A C) comparadas diferente.Uma comparação física irá revelar que
A B está contida na reunião de A C e de B um é mais elevado, menos gordura e canosa mais do que a
C, mas esta inclusão é própria, isto é: outra.Comparando as personalidades, sem dúvida uma das
A B (A C) (B C) duas pessoas está mais sociável, muitas vezes expressas em
voz alta nas reuniões e dedica-se mais facilmente links.
Fonte: http://pessoal.sercomtel.com.br Na gramática, a comparação indica três diferentes graus de
adjetivos: positivo, comparativo e superlativo.o adjetivo limpo
Significado de comparação pode aparecer no grau positivo ("a água está limpa"), no grau
comparativo ("água desta lagoa é mais limpa que a água da
fonte") ou no grau superlativo ("água desta lagoa é terrível").
a comparação não é entre dois ou mais objetos, ou um O recurso de comparação pode também criar uma figura
processo que faz com que o ser humano a fim de identificar retórica, conhecida como símile, que é definida com
os diferentes aspectos que relacionam-se através de uma elementos de relacionamento como "é" ou "como": "as mãos
análise sensorial.Sua base principal é detalhando as como martelos destruíram as golpes de porta", "ladrão andou
semelhanças ou diferenças que apresentam elementos com em torno dos telhados que gato à noite". Bibliografia -
um símile, uma vez que é ilógico fazer uma comparação Wikipédia
entre duas coisas que não têm nada em comum.a
comparação pode ser definida do ponto de vista técnico, no
entanto, temos ideias claras do que é uma parte do termo
diário do dia-a-dia.

Uma comparação experimental é feita através do processo


de observação das reações de cada um dos elementos
envolvidos.Por exemplo na química deste meio de estudo
como uma ferramenta é usado para observar a resposta dos
elementos químicos para suas interações.Geralmente em
laboratórios já testei a maioria das reações entre elementos,
no entanto, a nível de estudo permanecem incógnitas de
parâmetros e comparativo para poder prosseguir com uma
prática mais do que o ensino teórico.a comparação em vários
campos em que é aplicada visa a própria interação do
homem com o meio ambiente.o conceito de símile que
falamos que a resposta do ser humano na presença de dois
ou mais elementos cujas características correspondem
mesmo quando têm semelhança é automática, que nos dá a

Raciocínio Lógico 86 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA pessoais (PCs) podem variar. E detalhe: com exceção do tablet, todos os
Conceitos básicos do hardware e periféricos de um modelos estão à venda por aí.
microcomputador. Browsers Internet Explorer, Firefox. Desktops e notebooks
Ferramentas e aplicações de informática. Ambientes Vamos dar uma repassada nos tipos básicos de computador. Os desk-
Windows. Correio eletrônico. tops são os computadores de mesas. Compostos por monitor, mouse,
Procedimento para a realização de cópia de segurança teclado e a Unidade de Processamento Central (CPU), aquele módulo
(backup). onde ficam o drive óptico, disco rígido e demais componentes, é o formato
Noções de Informática: Sistema operacional Windows mais tradicional dos PCs. A maior vantagem dos desktops é maior possibi-
XP e Windows 7. lidade de se fazer upgrade no hardware. Trocar o disco rígido por um mais
Microsoft Office - Word e Excel. Conceitos de organi- espaçoso, instalar mais memória RAM ou mesmo uma placa de vídeo
mais robusta são tarefas bem mais fáceis do que em outros tipos de
zação de arquivos e métodos de acesso. Conceitos e
computador. Os notebooks (termo cuja tradução literal é cadernos), são a
tecnologias. Microsoft Office: Word 2007, Excel 2007, versão móvel dos desktops. E este é o seu grande trunfo: poder ser levado
Power Point 2007 e Microsoft Outlook 2007. para tudo quanto é lado. E com o aprimoramento dos processadores
Conceitos e tecnologias relacionados à Internet e a voltados para esse tipo de equipamento, muitos notebooks – também
Correio Eletrônico. Internet Explorer 8. Conceitos bási- conhecidos como laptops ou computadores de colo – não perdem em
cos de segurança da informação. nada para os desktops quando o assunto é desempenho. Aliás, há mode-
los portáteis tão poderosos e grandes que até foram classificados em outra
Definição categoria de computador: a dos desknotes, notebooks com telas de 17
A informática é a ciência que tem como objetivo estudar o tratamento polegadas ou mais, que mais servem para ficar na mesa do que na mochi-
da informação através do computador. Este conceito ou esta definição é la. O lado ruim dos notes tradicionais é que são mais limitados em termos
ampla devido a que o termo informática é um campo de estudo igualmente de upgrade, já que além de não contarem com a mesma diversidade de
amplo. componentes que os seus irmãos de mesa, uma expansão de funções em
A informática ajuda ao ser humano na tarefa de potencializar as capa- um notebook é bem mais cara.
cidades de comunicação, pensamento e memória. A informática é aplica-
da em várias áreas da atividade social, e podemos perfeitamente usar All-in-one ou Tudo-em-um
como exemplo as aplicações multimídia, arte, desenho computadorizado, Como o próprio nome diz, esse computador de mesa – ou desktop –
ciência, vídeo jogos, investigação, transporte público e privado, telecomu- traz tudo dentro de uma única peça. Nada de monitor de um lado e CPU
nicações, robótica de fabricação, controle e monitores de processos indus- do outro: tudo o que vai neste último foi incorporado ao gabinete do moni-
triais, consulta e armazenamento de informação, e até mesmo gestão de tor, o que inclui placa-mãe, disco rígido, drive óptico, portas USB e por aí
negócios. A informática se popularizou no final do século XX, quando vai. Já teclado e mouse continuam de fora. Mas o bom é que diversos
somente era usada para processos industriais e de uso muito limitado, e modelos de computador AIO vêm com modelos sem fios desse acessório.
passou a ser usada de forma doméstica estendendo seu uso a todo aque- Ou seja, se você for o felizardo comprador de um PC do tipo com uma tela
le que pudesse possuir um computador. A informática, à partir de essa de 20 polegadas ou superior, mais placa sintonizadora de TV (digital, de
época começou a substituir os costumes antigos de fazer quase tudo a preferência) poderá usá-lo com um televisor turbinado. Imagina poder
mão e potencializou o uso de equipamentos de música, televisores, e assistir TV, gravar a programação, dar stop na transmissão de TV ao vivo
serviços tão essenciais nos dias atuais como a telecomunicação e os e, ainda por cima, dar uma “internetada” na hora do intervalo? E, pra
serviços de um modo geral. completar, sem ver a bagunça de cabos típica dos desktops convencionais
O termo informática provém das palavras de origem francesa “informa- e ainda contar com tela touschscreen – como o modelo ao lado, o HP
tique” (união das palavras “information”, Informática e “Automatique”, TouchSmart? Os pontos negativos desse equipamento são o custo, bem
automática. Se trata de um ramo da engenharia que tem relação ao trata- mais alto do que o de um desktop convencional.
mento da informação automatizada mediante o uso de máquinas. Este
campo de estudo, investigação e trabalho compreende o uso da computa- Tablet PC
ção para solucionar problemas vários mediante programas, desenhos, Há anos que a indústria aposta nos tablets PCs, computadores portá-
fundamentos teóricos científicos e diversas técnicas. teis que contam com tela sensível ao toque rotacionável. A possibilidade
A informática produziu um custo mais baixo nos setores de produção e de torcer a tela e dobrá-la sobre o teclado faz com que seja possível
o incremento da produção de mercadorias nas grandes indústrias graças a segurá-lo com uma mão (o que pode ser um pouco penoso por causa do
automatização dos processos de desenho e fabricação. peso) e escrever ou desenhar na tela com a outra por meio de uma caneti-
Com aparecimento de redes mundiais, entre elas, a mais famosa e nha conhecida como stylus. Os ancestrais diretos dos tablets atuais já
conhecida por todos hoje em dia, a internet, também conhecida como a viveram dias melhores no mercado. No entanto, ainda são lançados mode-
rede das redes, a informação é vista cada vez mais como um elemento de los do tipo todos os anos, como o netbook conversível Asus EeePC Touch
criação e de intercambio cultural altamente participativo. T101MT quetestamos há alguns dias. Voltados principalmente para o
A Informática, desde o seu surgimento, facilitou a vida dos seres hu- mercado corporativo, dificilmente você, usuário doméstico, verá um desses
manos em vários sentidos e nos dias de hoje pode ser impossível viver sendo usado por aí.
sem o uso dela.queconceito.com.Br
Netbook
Tipos De Computadores Versão reduzida e bem mais econômica dos notebooks, os netbooks
surgiram como a mais nova sensação do mercado – mas não conseguiram
Emerson Rezende manter o pique. A queda do preço dos notebooks e o surgimento de outros
Podemos dizer com tranquilidade que vivemos atualmente um verda- tipos de computador reduziram o alcance desses pequenos. Como contam
deiro “boom” no que se refere à diversidade de formas, preços, tamanhos com pouquíssimos recursos computacionais, são voltados para o usuário
e cores de computadores pessoais. A variedade é tão grande que o con- que vive em trânsito e só precisa acessar a internet para baixar e-mails,
sumidor pode se sentir perdido em meio a tantas opções ou, na pior das visitar um site ou outro e...só. Nem com drive óptico eles vêm, o que obriga
hipóteses, até mesmo enganado ou prejudicado. Afinal, já pensou adquirir o proprietário a comprar um drive externo ou depender de arquivos que
determinado equipamento e descobrir que poderia ter comprado outro? E possam ser rodados a partir de pen drives caso necessite instalar mais
que ele só não fez isso porque não hava sido informado, seja pela impren- programas. E como são equipados com telas de até 10 polegadas e pro-
sa especializada, pelos “amigos que manjam de informática” ou, pior, pelo cessadores da família Intel Atom, dificilmente o usuário conseguirá rodar
vendedor da loja? algum programa diferente do que os que já vêm com ele. Por outro lado,
Quem detém a informação, detém o poder, caro leitor internauta. Va- em matéria de consumo de bateria, os netbooks são imbatíveis: há mode-
mos mostrar aqui alguns exemplos do quanto o formato dos computadores los que aguentam até 10 horas longe da tomada em uso normal.

Informática 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Nettop Dispositivos de Entrada e Saída
Eis um dos formatos (ou fatores de forma, para os mais técnicos) de O avanço da tecnologia deu a possibilidade de se criar um dispositivo
computador mais surpreendente que você pode encontrar. Trata-se da com a capacidade de enviar e transmitir dados. Tais periféricos são classi-
versão de mesa dos netbooks. Ou seja, pegue um desses, tire a tela , o ficados como dispositivos de entrada e saída. São eles:
teclado e coloque tudo isso em um gabinete do tamanho de uma caixa de Pen Drives – Tipo de memória portátil e removível com capacidade de
DVD (ok, um pouco maior, vai) e você terá um glorioso nettop. Feitos transferir dados ou retirar dados de um computador.
inicialmente para serem uma versão econômica de PCs para uso comerci-
al – como caixas de lojas e supermercados, por exemplo – logo surgiram Impressora Multifuncional - Como o próprio nome já diz este tipo
modelos para serem conectados à TV, como o aparelho produzido pela impressora poder servir tanto como copiadora ou scanner.
Positivo Informática ao lado. Com saída HDMI, leitor de disco Blu-Ray e Monitor Touchscreen – Tela de monitor sensível ao toque. Através
um processador Intel Atom que trabalha em conjunto com um chip gráfico dela você recebe dados em forma de imagem e também enviar dados e
poderoso, esse computador ainda traz o poder do Windows Media Center comandos ao computador através do toque. A tecnologia é mais usada na
para dar mais inteligência à sua TV. O lado ruim do nettop é que ainda há indústria telefônica e seu uso em monitores de computadores ainda está
pouquíssimos modelos no mercado e, os que já foram lançados, não são em fase de expansão.
nada baratos. Secure Digital Card

Dispositivos de Entrada e Saída do Computador No básico, cartões SD são pequenos cartões que são usados
popularmente em câmeras, celulares e GPS, para fornecer ou aumentar a
Dispositivos de entrada/saída é um termo que caracteriza os tipos de memória desses dispositivos. Existem muitas versões, mas a mais
dispositivo de um computador. conhecida, sem dúvida é o micro-SD, o cartão de memória que funciona
Imput/Output é um termo da informática referente aos dispositivos na maioria dos celulares.
de Entrada e Saída. Os cartões de memória Secure Digital Card ou SD Card são uma
Quando um hardware insere dados no computador, dizemos que ele é evolução da tecnologiaMultiMediaCard (ou MMC). Adicionam capacidades
um dispositivo de entrada. Agora quando esses dados são colocados a de criptografia e gestão de direitos digitais (daí oSecure), para atender às
mostra, ou quando saem para outros dispositivos, dizemos que estes exigências da indústria da música e uma trava para impedir alterações ou
hardwares são dispositivos de saída. a exclusão do conteúdo do cartão, assim como os disquetes de 3½".
Saber quais são os dispositivos de entrada e saída de um computador
é fácil. Não pense que é um bicho de sete cabeças. Listarei neste artigo os Se tornou o padrão de cartão de memória com melhor custo/benefício
principais dispositivos de entrada e saída do computador. do mercado (ao lado do Memory Stick), desbancando o
concorrente Compact Flash, devido a sua popularidade e portabilidade, e
Dispositivo de Entrada do Computador conta já com a adesão de grandes fabricantes
como Canon,Kodak e Nikon que anteriormente utilizavam exclusivamente
Teclado – Principal dispositivo de entrada do computador. É nele que
o padrão CF (sendo que seguem usando o CF apenas em suas câmeras
você insere caracteres e comandos do computador. No inicio da computa-
profissionais). Além disso, está presente também
ção sua existência era primordial para que o ser humano pudesse interagi
em palmtops, celulares (nos modelos MiniSD, MicroSD e Transflash),
com o computador. O inserimento de dados eram feitos através dos
sintetizadores MIDI, tocadores de MP3 portáteis e até em aparelhos de
prompt de comandos.
som automotivo.
Mouse – Não menos importante que os teclados os mouses ganha-
ram grande importância com advento da interface gráfica. É através dos
botões do mouse que interagirmos com o computador. Os sistemas opera-
cionais de hoje estão voltados para uma interface gráfica e intuitiva onde é
difícil imaginar alguém usando um computador sem este periférico de
entrada. Ícones de programas, jogos e links da internet, tudo isto é clicado
através dos mouses.
Touchpad – É um dispositivo sensível ao toque que na informática
tem a mesma função que o mouse. São utilizados principalmente em
Notebooks.
Web Cam – Câmera acoplada no computador e embutida na maioria
dos notebooks. Dependendo do programa usado, sua função e capturar
imagens que podem ser salvos tanto como arquivos de imagem ou como
arquivos de vídeo.
Scanner – Periférico semelhante a uma copiadora, mas com função
Hardware
contraria. O escâner tem a função de capturar imagens e textos de docu-
O hardware pode ser definido como um termo geral para
mentos expostos sobre a sua superfície. Estes dados serão armazenados
equipamentos como chaves, fechaduras, dobradiças, trincos, puxadores,
no próprio computador.
fios, correntes, material de canalização, ferramentas, utensílios, talheres e
Microfone – Periférico de entrada com a função de gravação de voz e peças de máquinas. No âmbito eletrônico o termo "hardware" é bastante
testes de pronuncias. Também podem ser usados para conversação utilizado, principalmente na área de computação, e se aplica à unidade
online. central de processamento, à memória e aos dispositivos de entrada e
Dispositivo de Saída do Computador saída. O termo "hardware" é usado para fazer referência a detalhes
Monitor – Principal dispositivo de saída de um computador. Sua fun- específicos de uma dada máquina, incluindo-se seu projeto lógico
ção é mostrar tudo que está sendo processado pelo computador. pormenorizado bem como a tecnologia de embalagem da máquina.
Impressora – Dispositivo com a função de imprimir documentos para O software é a parte lógica, o conjunto de instruções e dados
um plano, folha A4, A3, A2, A1 e etc. Este documento pode ser um dese- processado pelos circuitos eletrônicos do hardware. Toda interação dos
nho, textos, fotos e gravuras. Existem diversos tipos de impressora as usuários de computadores modernos é realizada através do software, que
mais conhecidas são a matricial, jato de tinta, a laser e a Plotter. é a camada, colocada sobre o hardware, que transforma o computador em
algo útil para o ser humano.
Caixas de Som – Dispositivo essencial para quem desejar processar
O termo "hardware" não se refere apenas aos computadores
arquivos de áudio como MP3, WMA e AVI.
pessoais, mas também aos equipamentos embarcados em produtos que
necessitam de processamento computacional, como os dispositivos
encontrados em equipamentos hospitalares, automóveis,
aparelhos celulares (em Portugal telemóveis), entre outros.

Informática 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Na ciência da computação a disciplina que trata das soluções de
projeto de hardware é conhecida como arquitetura de computadores. Arquitetura aberta
Para fins contábeis e financeiros, o hardware é considerado um bem A arquitectura aberta (atualmente mais utilizada, criada inicialmente
de capital. pela IBM) é a mais aceita atualmente, e consiste em permitir que outras
empresas fabriquem computadores com a mesma arquitetura, permitindo
História do Hardware que o usuário tenha uma gama maior de opções e possa montar seu
A Humanidade tem utilizado dispositivos para auxiliar a computação próprio computador de acordo com suas necessidades e com custos que
há milênios. Pode se considerar que o ábaco, utilizado para fazer cálculos, se enquadrem com cada usuário.
tenha sido um dos primeiros hardwares usados pela humanidade. A partir
do século XVII surgem as primeiras calculadoras mecânicas. Em Arquitetura fechada
1623 Wilhelm Schickard construiu a primeira calculadora mecânica. A arquitetura fechada consiste em não permitir o uso da arquitetura
APascalina de Blaise Pascal (1642) e a calculadora de Gottfried Wilhelm por outras empresas, ou senão ter o controle sobre as empresas que
von Leibniz (1670) vieram a seguir. fabricam computadores dessa arquitetura. Isso faz com que os conflitos
Em 1822 Charles Babbage apresenta sua máquina diferencial e em de hardware diminuam muito, fazendo com que o computador funcione
1835 descreve sua máquina analítica. Esta máquina tratava-se de um mais rápido e aumentando a qualidade do computador. No entanto, nesse
projeto de um computador programável de propósito geral, empregando tipo de arquitetura, o utilizador está restringido a escolher de entre os
cartões perfurados para entrada e uma máquina de vapor para fornecer produtos da empresa e não pode montar o seu próprio computador.
energia. Babbage é considerado o pioneiro e pai da computação. 8Ada Neste momento, a Apple não pertence exatamente a uma arquitetura
Lovelace, filha de lord Byron, traduziu e adicionou anotações ao Desenho fechada, mas a ambas as arquiteturas, sendo a única empresa que produz
da Máquina Analítica. computadores que podem correr o seu sistema operativo de forma legal,
mas também fazendo parte do mercado de compatíveis IBM.
A partir disto, a tecnologia do futuro foi evoluindo passando pela Principais componentes
criação de calculadoras valvuladas, leitores de cartões perfurados,  1 Microprocessador (Intel, AMD e VIA)
máquinas a vapor e elétrica, até que se cria o primeiro computador digital  2 Disco rígido (memória de massa, não volátil, utilizada para
durante a segunda guerra mundial. Após isso, a evolução escrita e armazenamento dos dados)
dos hardwares vem sendo muita rápida e sofisticada. A indústria  3 Periféricos (impressora, scanner, webcam, etc.)
do hardware introduziu novos produtos com reduzido tamanho como  4 Softwares (sistema operativo, softwares específicos)
um sistema embarcado, computadores de uso pessoal, telefones, assim  5 BIOS ou EFI
como as novas mídias contribuindo para a sua popularidade.  6 Barramento
 7 Memória RAM
Sistema binário  8 Dispositivos de multimídia (som, vídeo, etc.)
Os computadores digitais trabalham internamente com dois níveis
 9 Memórias Auxiliares (hd, cdrom, floppy etc.)
de tensão (0:1), pelo que o seu sistema de numeração natural é o sistema
binário (aceso, apagado).
 10 Memória cache
 11 Teclado
Conexões do hardware  12 Mouse
Uma conexão para comunicação em série é feita através de um cabo  13 Placa-Mãe
ou grupo de cabos utilizados para transferir informações entre a CPU e um
dispositivo externo como o mouse e o teclado, um modem, Redes
um digitalizador (scanner) e alguns tipos de impressora. Esse tipo de Existem alguns hardwares que dependem de redes para que possam
conexão transfere um bit de dado de cada vez, muitas vezes de forma ser utilizados, telefones, celulares, máquinas de cartão de crédito, as
lenta. A vantagem de transmissão em série é que é mais eficaz a longas placas modem, os modems ADSL e Cable, os Acess points, roteadores,
distâncias. entre outros.
Uma conexão para comunicação em paralelo é feita através de um A criação de alguns hardwares capazes de conectar dois ou mais
cabo ou grupo de cabos utilizados para transferir informações entre hardwares possibilitou a existência de redes de hardware, a criação
a CPU e um periférico como modem externo, utilizado em conexões de redes de computadores e da rede mundial de computadores (Internet)
discadas de acesso a rede, alguns tipos de impressoras, um disco é, hoje, um dos maiores estímulos para que as pessoas
rÍgido externo dentre outros. Essa conexão transfere oito bits de dado de adquiram hardwares de computação.
cada vez, ainda assim hoje em dia sendo uma conexão mais lenta que as
demais. Overclock
Uma conexão para comunicação USB é feita através de um cabo ou Overclock é uma expressão sem tradução (seria algo como sobre-
um conjunto de cabos que são utilizados para trocar informações entre pulso (de disparo) ou ainda aumento do pulso). Pode-se definir
a CPU e um periférico como webcams, um teclado, um mouse, o overclock como o ato de aumentar a frequência de operação de um
uma câmera digital, um pda, um mp3 player. Ou que se utilizam da componente (em geral chips) que compõe um dispositivo (VGA ou
conexão para armazenar dados como por exemplo um pen drive. As mesmo CPU) no intuito de obter ganho de desempenho. Existem várias
conexões USBs se tornaram muito populares devido ao grande número de formas de efetuar o overclock, uma delas é por software e outra seria
dispositivos que podiam ser conectadas a ela e a utilização do padrão PnP alterando a BIOS do dispositivo.
(Plug and Play). A conexão USB também permite prover a alimentação Exemplos de hardware
elétrica do dispositivo conectada a ela.  Caixas de som
 Cooler
Arquiteturas de computadores  Dissipador de calor
A arquitetura dos computadores pode ser definida como "as diferenças  CPU ou Microprocessador
na forma de fabricação dos computadores".  Dispositivo de armazenamento (CD/DVD/Blu-ray, Disco
Com a popularização dos computadores, houve a necessidade de um Rídido (HD), pendrive/cartão de memória)
equipamento interagir com o outro, surgindo a necessidade de se criar um  Estabilizador
padrão. Em meados da década de 1980, apenas duas "arquiteturas"  Gabinete
resistiram ao tempo e se popularizaram foram: o PC (Personal  Hub ou Concentrador
Computer ou em português Computador Pessoal), desenvolvido pela  Impressora
empresa IBM e Macintosh (carinhosamente chamado de Mac)  Joystick
desenvolvido pela empresa Apple Inc..  Memória RAM
Como o IBM-PC se tornou a arquitetura "dominante" na época,  Microfone
acabou tornando-se padrão para os computadores que conhecemos hoje.  Modem

Informática 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


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 Monitor Com exceção de Códigos de barras e OCR, o armazenamento
 Mouse eletrônico de dados é mais fácil de se revisar e pode ser mais econômico
 No-Break ou Fonte de alimentação ininterrupta do que métodos alternativos, devido à exigência menor de espaço físico e
 Placa de captura à facilidade na troca (re-gravação) de dados na mesma mídia. Entretanto,
 Placa sintonizadora de TV a durabilidade de métodos como impressão em papel é ainda superior à
 Placa de som muitas mídias eletrônicas. As limitações relacionadas à durabilidade
 Placa de vídeo podem ser superadas ao se utilizar o método de duplicação dos dados
 Placa-mãe eletrônicos, comumente chamados de cópia de segurança ou back-up.
 Scanner ou Digitalizador Tipos de dispositivos de armazenamento:
 Teclado
 Webcam  Por meios magnéticos. Exemplos: Disco Rígido, disquete.

Dispositivo de armazenamento  Por meios ópticos. Exemplos: CD, DVD.


 Por meios eletrônicos (SSDs) - chip - Exemplos: cartão de
memória, pen drive.
Frisando que: Memória RAM é um dispositivo de armazenamento
temporário de informações.
Dispositivos de armazenamento por meio magnético
Os dispositivos de armazenamento por meio magnético são os mais
antigos e mais utilizados atualmente, por permitir uma grande densidade
de informação, ou seja, armazenar grande quantidade de dados em um
pequeno espaço físico. São mais antigos, porém foram se aperfeiçoando
no decorrer do tempo.
Para a gravação, a cabeça de leitura e gravação do dispositivo gera
um campo magnético que magnetiza os dipolos magnéticos,
representando assim dígitos binários (bits) de acordo com a polaridade
utilizada. Para a leitura, um campo magnético é gerado pela cabeça de
leitura e gravação e, quando em contacto com os dipolos magnéticos da
mídia verifica se esta atrai ou repele o campo magnético, sabendo assim
se o pólo encontrado na molécula é norte ou sul.
Como exemplo de dispositivos de armazenamento por meio
magnético, podemos citar os Discos Rígidos .
Os dispositivos de armazenamento magnéticos que possuem mídias
removíveis normalmente não possuem capacidade e confiabilidade
equivalente aos dispositivos fixos, pois sua mídia é frágil e possui
capacidade de armazenamento muito pequena se comparada a outros
tipos de dispositivos de armazenamento magnéticos.
Dispositivos de armazenamento por meio óptico

Dispositivo de armazenamento é um dispositivo capaz de Os dispositivos de armazenamento por meio óptico são os mais
armazenar informações (dados) para posterior consulta ou uso. Essa utilizados para o armazenamento de informações multimídia, sendo
gravação de dados pode ser feita praticamente usando qualquer forma amplamente aplicados no armazenamento de filmes, música, etc. Apesar
de energia, desde força manual humana como na escrita, passando por disso também são muito utilizados para o armazenamento de informações
vibrações acústicas em gravações fonográficas até modulação de energia e programas, sendo especialmente utilizados para a instalação de
eletromagnética em fitas magnéticas e discos ópticos. programas no computador.

Um dispositivo de armazenamento pode guardar informação, Exemplos de dispositivos de armazenamento por meio óptico são
processar informação ou ambos. Um dispositivo que somente guarda os CD-ROMs, CD-RWs, DVD-ROMs, DVD-RWs etc.
informação é chamado mídia de armazenamento. Dispositivos que A leitura das informações em uma mídia óptica se dá por meio de um
processam informações (equipamento de armazenamento de dados) feixe laser de alta precisão, que é projetado na superfície da mídia. A
podem tanto acessar uma mídia de gravação portátil ou podem ter um superfície da mídia é gravada com sulcos microscópicos capazes de
componente permanente que armazena e recupera dados. desviar o laser em diferentes direções, representando assim diferentes
Armazenamento eletrônico de dados é o armazenamento que requer informações, na forma de dígitos binários (bits). A gravação das
energia elétrica para armazenar e recuperar dados. A maioria dos informações em uma mídia óptica necessita de uma mídia especial, cuja
dispositivos de armazenamento que não requerem visão e um cérebro superfície é feita de um material que pode ser “queimado” pelo
para ler os dados se enquadram nesta categoria. Dados eletromagnéticos feixe laser do dispositivo de armazenamento, criando assim os sulcos que
podem ser armazenados em formato analógico ou digital em uma representam os dígitos binários (bits).
variedade de mídias. Este tipo de dados é considerado eletronicamente Dispositivos de armazenamento por meio eletrônico (SSDs)
codificado, sendo ou não armazenado eletronicamente em um dispositivo
semicondutor (chip), uma vez que certamente um dispositivo semicondutor Este tipo de dispositivos de armazenamento é o mais recente e é o
foi utilizado para gravá-la em seu meio. A maioria das mídias de que mais oferece perspectivas para a evolução do desempenho na tarefa
armazenamento processadas eletronicamente (incluindo algumas formas de armazenamento de informação. Esta tecnologia também é conhecida
de armazenamento de dados de computador) são considerados de como memórias de estado sólido ou SSDs (solid state drive) por não
armazenamento permanente (não volátil), ou seja, os dados permanecem possuírem partes móveis, apenas circuitos eletrônicos que não precisam
armazenados quando a energia elétrica é removida do dispositivo. Em se movimentar para ler ou gravar informações.
contraste, a maioria das informações armazenadas eletronicamente na
Os dispositivos de armazenamento por meio eletrônico podem ser
maioria dos tipos de semicondutores são microcircuitos memória volátil,
encontrados com as mais diversas aplicações, desde Pen Drives, até
pois desaparecem com a remoção da energia elétrica.
Informática 4 A Opção Certa Para a Sua Realização
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cartões de memória para câmeras digitais, e, mesmo os discos rígidos o Tamanho do registro da CPU 16 bits
possuem uma certa quantidade desse tipo de memória funcionando o Tamanho da BUS externa 16 bits
como buffer. • Core i7
A gravação das informações em um dispositivo de armazenamento o Suporte: Socket LGA 1366
por meio eletrônico se dá através dos materiais utilizados na fabricação o Frequência (MHz): 3,2 GHz
dos chips que armazenam as informações. Para cada dígito binário (bit) a o Bus processador: 4,8 GTps
ser armazenado nesse tipo de dispositivo existem duas portas feitas de o Gravação: 32 nm
material semicondutor, a porta flutuante e a porta de controle. Entre estas o Tamanho Cache L1: 6 x 64 KB
duas portas existe uma pequena camada de óxido, que quando carregada o Tamanho Cache L2: 6 x 256 KB
com elétrons representa um bit 1 e quando descarregada representa o Tamanho Cache L3: 12 MB
um bit 0. Esta tecnologia é semelhante à tecnologia utilizada nas memórias o Arquitetura: Core i7 Westmere
RAM do tipo dinâmica, mas pode reter informação por longos períodos de Nota-se a diferença entre os processadores. O CPU 8086 tem fre-
tempo, por isso não é considerada uma memória RAM propriamente dita. quência de 8 MHz, enquanto que o i7 tem uma frequência de 3,2 GHz
Os dispositivos de armazenamento por meio eletrônico tem a (3200 MHz), lembrando que o i7 tem 8 núcleos, cada um com estas espe-
vantagem de possuir um tempo de acesso muito menor que os dispositivos cificações.
por meio magnético, por não conterem partes móveis. O principal ponto Processadores bons são indispensáveis para as mais simples aplica-
negativo desta tecnologia é o seu custo ainda muito alto, portanto ções no dia a dia. Tarefas como abrir um arquivo, até rodar os games mais
dispositivos de armazenamento por meio eletrônico ainda são encontrados atuais, o processador é quem faz tudo isso acontecer.
com pequenas capacidades de armazenamento e custo muito elevado se
comparados aos dispositivos magnéticos. A Tecnologia dos processadores está evoluindo cada vez mais. Atu-
almente temos processadores domésticos com 8 núcleos, e cada vez
Processador aumenta mais a capacidade de processamento dos novos produtos lança-
dos no mercado. Yuri Pacievitch
O processador, também chamado de CPU (central processing unit), é
o componente de hardware responsável por processar dados e transfor- Memória RAM e ROM
mar em informação. Ele também transmite estas informações para a placa
De uma forma bastante simplificada, memória é um dispositivo que
mãe, que por sua vez as transmite para onde é necessário (como o moni-
possui a função de guardar dados em forma de sinais digitais por certo
tor, impressora, outros dispositivos). A placa mãe serve de ponte entre o
tempo. Existem dois tipos de memórias: RAM e ROM.
processador e os outros componentes de hardware da máquina. Outras
funções do processador são fazer cálculos e tomar decisões lógicas. A memória RAM (Random Access Memory) é aquela que permite a
gravação e a regravação dos dados, no entanto, se o computador for
desligado, por exemplo, perde as informações registradas. Já a memória
ROM (Read Only Memory) permite a gravação de dados uma única vez,
não sendo possível apagar ou editar nenhuma informação, somente aces-
sar a mesma.

Software
Software, logiciário ou suporte lógico é uma sequência de
instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação,
redirecionamento ou modificação de um dado/informação ou
acontecimento. Software também é o nome dado ao comportamento
exibido por essa seqüência de instruções quando executada em um
computador ou máquina semelhante além de um produto desenvolvido
pela Engenharia de software, e inclui não só o programa de computador
propriamente dito, mas também manuais e especificações. Para fins
Algumas características do processador em geral: contábeis e financeiros, o Software é considerado um bem de capital.
• Frequência de Processador (Velocidade, clock). Medido em hertz, Este produto passa por várias etapas como: análise
define a capacidade do processador em processar informações ao mesmo econômica, análise de
tempo. requisitos, especificação, codificação,teste, documentação, Treinamento,
manutenção e implantação nos ambientes.
• Cores: O core é o núcleo do processador. Existem processadores- Software como programa de computador
core e multicore, ou seja, processadores com um núcleo e com vários
Um programa de computador é composto por uma sequência de
núcleos na mesma peça.
instruções, que é interpretada e executada por um processador ou por
• Cache: A memória Cache é um tipo de memória auxiliar, que faz uma máquina virtual. Em um programa correto e funcional, essa sequência
diminuir o tempo de transmissão de informações entre o processador e segue padrões específicos que resultam em um comportamento desejado.
outros componentes O termo "software" foi criado na década de 1940, e é um trocadilho
com o termo hardware. Hardware, em inglês, significa ferramenta
• Potência: Medida em Watts é a quantia de energia que é consu- física. Software seria tudo o que faz o computador funcionar excetuando-
mida por segundo. 1W = 1 J/s (Joule por segundo) se a parte física dele.
A Evolução dos processadores é surpreendente. A primeira marca no Um programa pode ser executado por qualquer dispositivo capaz de
mercado foi a INTEL, com o a CPU 4004, lançado em 1970. Este CPU era interpretar e executar as instruções de que é formado.
para uma calculadora. Por isto, muitos dizem que os processadores come- Quando um software está representado como instruções que podem
çaram em 1978, com a CPU 8086, também da Intel. ser executadas diretamente por um processador dizemos que está escrito
em linguagem de máquina. A execução de um software também pode ser
Alguns anos mais tarde, já em 2006, é lançado o CORE 2 DUO, um
intermediada por um programa interpretador, responsável por interpretar e
super salto na tecnologia dos processadores.
executar cada uma de suas instruções. Uma categoria especial e o notável
Para comparar: de interpretadores são as máquinas virtuais, como a máquina virtual
• CPU 8086: Java (JVM), que simulam um computador inteiro, real ou imaginado.
o Numero de transistores 29000 O dispositivo mais conhecido que dispõe de um processador é o
o Frequência máxima 8 Mhz computador. Atualmente, com o barateamento dos microprocessadores,

Informática 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


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existem outras máquinas programáveis, como telefone celular, máquinas usuário. Geralmente esse tipo de software é gratuito e tem as mesmas
de automação industrial, calculadora etc. funcionalidades das versões armazenadas localmente.
A construção de um programa de computador Outra classificação possível em 3 tipos é:
Um programa é um conjunto de instruções para o processador  Software de sistema: Seu objetivo é separar usuário e
(linguagem de máquina). Entretanto, pode-se utilizar linguagens de programador de detalhes do computador específico que está sendo usado.
programação, que traduza comandos em instruções para o processador. O software do sistema lhe dá ao usuário interfaces de alto nível e
Normalmente, programas de computador são escritos em linguagens ferramentas que permitem a manutenção do sistema. Inclui, entre outros:
de programação, pois estas foram projetadas para aproximar-se das  Sistemas operacionais
linguagens usadas por seres humanos. Raramente a linguagem de  Drivers
máquina é usada para desenvolver um programa. Atualmente existe uma
quantidade muito grande de linguagens de programação, dentre elas as  ferramentas de diagnóstico
mais populares no momento são Java, Visual Basic, C, C++, PHP, dentre  ferramentas de Correção e Otimização
outras.  Servidores
Alguns programas feitos para usos específicos, como por  Software de programação: O conjunto de ferramentas que
exemplo software embarcado ou software embutido, ainda são feitos em permitem ao programador desenvolver programas de computador usando
linguagem de máquina para aumentar a velocidade ou diminuir o espaço diferentes alternativas e linguagens de programação, de forma prática.
consumido. Em todo caso, a melhoria dos processadores dedicados Inclui, entre outros:
também vem diminuindo essa prática, sendo a C uma linguagem típica  Editores de texto
para esse tipo de projeto. Essa prática, porém, vem caindo em desuso,
principalmente devido à grande complexidade dos processadores atuais,  Compiladores
dos sistemas operacionais e dos problemas tratados. Muito raramente,  Intérpretes
realmente apenas em casos excepcionais, é utilizado o código de  linkers
máquina, a representação numérica utilizada diretamente pelo  Depuradores
processador.
 Ambientes de Desenvolvimento Integrado : Agrupamento das
O programa é inicialmente "carregado" na memória principal. Após
ferramentas anteriores, geralmente em um ambiente visual, de modo que o
carregar o programa, o computador encontra o Entry Point ou ponto inicial
programador não precisa digitar vários comandos para a compilação,
de entrada do programa que carregou e lê as instruções
interpretação, depuração, etc. Geralmente equipados com uma interface
sucessivamente byte por byte. As instruções do programa são passadas de usuário gráfica avançada. Fonte Wikipedia
para o sistema ou processador onde são traduzidas da linguagens de
programação para a linguagem de máquina, sendo em seguida
executadas ou diretamente para o hardware, que recebe as instruções na PROCEDIMENTOS, APLICATIVOS E DISPOSITIVOS PARA ARMAZE-
forma de linguagem de máquina. NAMENTO DE DADOS E PARA REALIZAÇÃO DE CÓPIA DE SEGU-
Tipos de programas de computador RANÇA (BACKUP)
Qualquer computador moderno tem uma variedade de programas que
fazem diversas tarefas. BACKUP
Eles podem ser classificados em duas grandes categorias: Cópias de segurança dos dados armazenados em um computador são
1. Software de sistema que incluiu o firmware (O BIOS dos importantes, não só para se recuperar de eventuais falhas, mas também
computadores pessoais, por exemplo), drivers de dispositivos, o sistema das consequências de uma possível infecção por vírus, ou de uma inva-
operacional e tipicamente uma interface gráfica que, em conjunto, são.
permitem ao usuário interagir com o computador e seus periféricos. Formas de realizar um Backup
2. Software aplicativo, que permite ao usuário fazer uma ou mais Cópias de segurança podem ser simples como o armazenamento de
tarefas específicas. Aplicativos podem ter uma abrangência de uso de arquivos em CDs, ou mais complexas como o espelhamento de um disco
larga escala, muitas vezes em âmbito mundial; nestes casos, os rígido inteiro em um outro disco de um computador.
programas tendem a ser mais robustos e mais padronizados. Programas
escritos para um pequeno mercado têm um nível de padronização menor. Atualmente, uma unidade gravadora de CDs e um software que possi-
bilite copiar dados para um CD são suficientes para que a maior parte dos
Ainda é possível usar a usuários de computadores realizem suas cópias de segurança.
categoria Software embutido ou software embarcado,
indicando software destinado a funcionar dentro de uma máquina que não Também existem equipamentos e softwares mais sofisticados e espe-
é um computador de uso geral e normalmente com um destino muito cíficos que, dentre outras atividades, automatizam todo o processo de
específico. realização de cópias de segurança, praticamente sem intervenção do
usuário. A utilização de tais equipamentos e softwares envolve custos mais
 Software aplicativo: é aquele que permite aos usuários executar elevados e depende de necessidades particulares de cada usuário.
uma ou mais tarefas específicas, em qualquer campo de atividade que
pode ser automatizado especialmente no campo dos negócios. Inclui, A frequência com que é realizada uma cópia de segurança e a quanti-
entre outros: dade de dados armazenados neste processo depende da periodicidade
com que o usuário cria ou modifica arquivos. Cada usuário deve criar sua
 Aplicações de controle e sistemas de automação industrial. própria política para a realização de cópias de segurança.
 aplicações de informática para o escritório. Cuidados com o Backup
 Software educacional. Os cuidados com cópias de segurança dependem das necessidades
 Software de negócios. do usuário. O usuário deve procurar responder algumas perguntas antes
 Banco de dados. de adotar um ou mais cuidados com suas cópias de segurança:
 Telecomunicações. Que informações realmente importantes precisam estar armazenadas em
 video games. minhas cópias de segurança?
 Software médico. Quais seriam as consequências/prejuízos, caso minhas cópias de
segurança fossem destruídas ou danificadas?
 Software de calculo numérico e simbólico.
O que aconteceria se minhas cópias de segurança fossem furtadas?
Atualmente, temos um novo tipo de software. O software como
serviço, que é um tipo de software armazenado num computador que se Baseado nas respostas para as perguntas anteriores, um usuário deve
acessa pela internet, não sendo necessário instalá-lo no computador do atribuir maior ou menor importância a cada um dos cuidados discutidos
abaixo:

Informática 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Escolha dos dados: cópias de segurança devem conter apenas ar- consultado depois.
quivos confiáveis do usuário, ou seja, que não contenham vírus ou sejam Drivers
cavalos de tróia. Arquivos do sistema operacional e que façam parte da
Itens de software que permitem que o computador se comunique com
instalação dos softwares de um computador não devem fazer parte das
um periférico específico, como uma determinada placa. Cada periférico
cópias de segurança. Eles pode ter sido modificados ou substituídos por
exige um driver específico.
versões maliciosas, que quando restauradas podem trazer uma série de
problemas de segurança para um computador. O sistema operacional e os CD-ROM
softwares de um computador podem ser reinstalados de mídias confiáveis, O CD-ROM - Compact Disc, Read-Only Memory - é um disco compac-
fornecidas por fabricantes confiáveis. to, que funciona como uma memória apenas para leitura - e, assim, é uma
Mídia utilizada: a escolha da mídia para a realização da cópia de se- forma de armazenamento de dados que utiliza ótica de laser para ler os
gurança é extremamente importante e depende da importância e da vida dados.
útil que a cópia deve ter. A utilização de alguns disquetes para armazenar Um CD-ROM comum tem capacidade para armazenar 417 vezes mais
um pequeno volume de dados que estão sendo modificados constante- dados do que um disquete de 3,5 polegadas. Hoje, a maioria dos progra-
mente é perfeitamente viável. Mas um grande volume de dados, de maior mas vem em CD, trazendo sons e vídeo, além de textos e gráficos.
importância, que deve perdurar por longos períodos, deve ser armazenado Drive é o acionador ou leitor - assim o drive de CD-ROM é o dispositi-
em mídias mais confiáveis, como por exemplo os CDs; vo em que serão tocados os CD-ROMS, para que seus textos e imagens,
Local de armazenamento: cópias de segurança devem ser guarda- suas informações, enfim, sejam lidas pela máquina e devidamente proces-
das em um local condicionado (longe de muito frio ou muito calor) e restri- sadas.
to, de modo que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a este local A velocidade de leitura é indicada pela expressão 2X, 4X, 8X etc., que
(segurança física); revela o número de vezes mais rápidos que são em relação aos sistemas
Cópia em outro local: cópias de segurança podem ser guardadas em de primeira geração.
locais diferentes. Um exemplo seria manter uma cópia em casa e outra no E a tecnologia dos equipamentos evoluiu rapidamente. Os drivers de
escritório. Também existem empresas especializadas em manter áreas de hoje em dia tem suas velocidades nominais de 54X e 56X.
armazenamento com cópias de segurança de seus clientes. Nestes casos A velocidade de acesso é o tempo que passa entre o momento em
é muito importante considerar a segurança física de suas cópias, como que se dá um comando e a recuperação dos dados. Já o índice de transfe-
discutido no item anterior; rência é a velocidade com a qual as informações ou instruções podem ser
Criptografia dos dados: os dados armazenados em uma cópia de deslocadas entre diferentes locais.
segurança podem conter informações sigilosas. Neste caso, os dados que Há dois tipos de leitor de CD-ROM: interno (embutidos no computa-
contenham informações sigilosas devem ser armazenados em algum dor); e externo ligados ao computador, como se fossem periféricos).
formato criptografado;
Atualmente, o leitor de CD-ROM (drive de CD-ROM) é um acessório
DISPOSITIVOS multimídia muito importância, Presente em quase todos os computadores.
Disco rígido, disco duro ou HD (Hard Disc) é a parte do computador Os cds hoje em dia são muito utilizados para troca de arquivos, atra-
onde são armazenadas as informações, ou seja, é a "memória" vés do uso de cds graváveis e regraváveis. Os cds somente podem ser
propriamente dita. Caracterizado como memória física, não-volátil, que é gravados utilizando-se um drive especial de cd, chamado gravador de cd.
aquela na qual as informações não são perdidas quando o computador é
desligado. DVD – Rom
O disco rígido é um sistema lacrado contendo discos de metal Os DVDs são muito parecidos com os cds, porém a sua capacidade
recompostos por material magnético onde os dados são gravados através de armazenamento é muito maior, para se ter uma ideia, o DVD armazena
de cabeças, e revestido externamente por uma proteção metálica que é quase que 10 vezes mais que um cd comum.
presa ao gabinete do computador por parafusos. Também é chamado de Por terem uma capacidade tão grande de armazenamento, compor-
HD (Hard Disk) ou Winchester. É nele que normalmente gravamos dados tam um conteúdo multimídia com facilidade, sendo muito usados para
(informações) e a partir dele lançamos e executamos nossos programas armazenar filmes e shows.
mais usados. Os drives mais atuais permitem a gravação de dvds, porém o seu pre-
Memória RAM (Random Access Memory) é um tipo de memória de ço ainda é muito alto para o uso doméstico, porém um drive muito utilizado
computador. É a memória de trabalho, na qual são carregados todos os hoje em dia é o comb. Este drive possui a função de gravador de cd e
programas e dados usados pelo utilizador. Esta é uma memória volátil, e leitor de dvd.
será perdido o seu conteúdo uma vez que a máquina seja desligada. Pode
ser SIMM, DIMM, DDR etc. É medida em bytes, kilobytes (1 Kb = 1024 ou
CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE ARQUI-
210 bytes), megabytes (1 Mb = 1024 Kb ou 220 bytes).
VOS, PASTAS E PROGRAMAS, INSTALAÇÃO DE PERIFÉRICOS.
Diretório
A capacidade de armazenamento dos computadores pessoais aumen-
Compartimentação lógica destinada a organizar os diversos arquivos tou muito, desde os tempos áureos da década de 80, em que 16Kb de
de programas em uma unidade de armazenamento de dados de um com- memória eram um verdadeiro luxo para máquinas deste porte, até os dias
putador (disco rígido, disquete ou CD). Nos sistemas operacionais do atuais, em que temos de lidar com mega, giga e até terabytes de informa-
Windows e do Macintosh, os diretórios são representados por pastas ção. Administrar tanta coisa requer prática, bom senso, e muita, mas muita
Disco flexível paciência.
Mesmo que disquete. É um suporte para armazenamento magnético Conceitos de organização de arquivos e método de acesso
de dados digitais que podem ser alterados ou removidos. É um disco de O que é, afinal, um arquivo de dados? Imagine o seu computador co-
plástico, revestido com material magnético e acondicionado em uma caixa mo um grande gaveteiro. As gavetas principais contêm pastas que, por
plástica quadrada. Sua capacidade de armazenamento é 1,44Mb. sua vez, contêm as folhas de papel com as informações. Estes são os
Disquete arquivos à moda antiga. Mas a lógica de organização de arquivos no
Mesmo que disco flexível. É um suporte para armazenamento magné- computador guarda uma diferença essencial: as pastas dos micros podem
tico de dados digitais que podem ser alterados ou removidos. É um disco conter outras pastas!
de plástico, revestido com material magnético e acondicionado em uma Os arquivos podem ser classificados mediante a sua colocação em di-
caixa plástica quadrada. Sua capacidade de armazenamento é 1,44Mb. ferentes pastas e as próprias pastas podem ser classificadas do mesmo
Documento modo. Dessa forma, pastas podem conter arquivos, junto com outras
O mesmo que arquivo. Todo o trabalho feito em um computador e pastas, que podem conter mais arquivos e mais pastas, e assim por dian-
gravado em qualquer meio de armazenamento, que pode ser um disco te.
rígido, um disquete ou um CD-Rom, de modo que fique gravado para ser Mas onde termina (ou começa) isso tudo??

Informática 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Há pastas que não estão contidas em outras pastas e sim no que está livre para gravarmos mais conteúdo.
chamamos de diretório-raiz.
Esse diretório representa um disco do computador que pode estar vi-
sível, como um disquete de pequena capacidade, ou um CD-ROM (disco
compacto de média capacidade) nele embutido, como um HD (hard-disk –
disco rígido, fixo no computador) de alta capacidade, no qual normalmente
ficam armazenados o sistema operacional e os programas (softwares)
instalados.
Observe na imagem seguinte uma estrutura típica de organização de
pastas no Windows:
Exemplo de estrutura de pastas do Windows

Essas informações ficam visíveis por um gráfico em forma de pizza


que o “Meu Computador” exibe automaticamente. Veja o exemplo: disco
rígido e em nossos disquetes e CDs.
Com o botão esquerdo do mouse podemos executar vários comandos
para o determinado arquivo. Entre eles: abrir, imprimir, examinar com o
anti-virus, abrir com um determinado aplicativo, enviar para outro diretório
ou outra pasta. Também é possível escolher a opção “enviar para destina-
tário de correio” e anexar o documento em uma mensagem do nosso
gerenciador de e-mails. Além desses comandos, pode-se também copiar,
recortar, criar um atalho, renomear, excluir e verificar as propriedades –
No lado esquerdo da tela acima, vemos o diretório-raiz, designado como o tamanho do arquivo, a data de criação e a data da última altera-
como “arquivos de programas:” e as pastas que estão abaixo dele, como ção.
“Acessórios” e “Adobe”. Note como a estrutura de pastas permite, por O ícone mais diferente do “Meu Computador” é o “Painel de Controle”.
exemplo, que a pasta “Adobe” contenha inúmeras outras pastas e, dentro Como o próprio nome já diz, é por ele que se gerencia várias modificações
destas, nas configurações do computador. É por esse painel, por exemplo, que
Entretanto, ambas estão vinculadas à pasta “Arquivos e Programas”. acessamos os aplicativos gerenciadores de instalação e remoção de
Estando a pasta (ou diretório) “Arquivos de Programas” selecionada, como hardwares (placas de vídeo, som etc.) e softwares.
na figura anterior, você pode ver o seu conteúdo do lado direito: ela con- Tela do “Painel de Controle”. As características do micro são
tém outros arquivos. modificadas por aqui. Podemos adicionar e remover softwares, entre
2. Utilizando o ícone “Meu Computador” outras coisas.
Em todas as áreas de trabalho (desktop) dos computadores que ope-
ram com o Windows há um ícone chamado “Meu Computador”. Esse ícone
é um atalho para um gerenciador de arquivos armazenados no micro.
Vamos verificar alguns dos comandos básicos nele existentes.
Ao clicar duas vezes no ícone “Meu computador”, surgirá uma nova
janela com outros ícones para se acessar os arquivos do drive A: (para
disquetes de 3½), do drive C: (disco rígido), do drive D (CD-ROM ou DVD)
e finalmente do Painel de Controle.

Pelo “Painel de Controle” ainda é possível mudar as configurações do


vídeo, determinar como o mouse deve funcionar (para pessoas destras ou
canhotas), configurar o teclado, adicionar ou remover tipos de fontes e
muitas outras aplicações.
Clicando duas vezes sobre um ícone do drive, vamos visualizar todas
as pastas, subpastas e arquivos gravados nessa unidade. Para abrir as
pastas ou os arquivos, basta clicar duas vezes sobre eles. O ícone “Meu
Computador” é o principal meio para verificar o espaço disponível no
nosso
3. Conhecendo os comandos do Windows Explorer
Esses são os caminhos básicos. O Windows Explorer é um aplicativo de gerenciamento de arquivos já
Eventualmente haverá outros ícones, dependendo da configuração do instalado nos computadores com sistema Windows. Sua utilização é
computador, como um drive de Zip (D:), por exemplo. bastante simples. Por ele pode-se organizar os arquivos de dados e de
programas do seu computador, movê-los de uma pasta para outra, copiá-
Ao clicar apenas uma vez nos ícones de qualquer drive, vamos poder
los, excluir, compactar etc. O principal atalho para abrir o Windows Explo-
visualizar quanto de espaço está ocupado por arquivos e quanto ainda
rer é apertar ao mesmo tempo as teclas do Windows e da letra “E”.
Informática 8 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
É pelo Explorer também que se organiza arquivos gravados em outros 1. Para abrir um arquivo, selecione-o, posicionando o cursor sobre ele e
computadores ligados a uma rede local. Por exemplo, nos Infocentros dê um duplo dique, automaticamente ele se abrirá.
(salas de acesso público à Internet para pessoas que não possuem micros 2. Paro renomeá-lo, selecione-o e dique uma vez sobre ele. Espere
próprios) os computadores estão ligados uns aos outros pela rede interna. alguns instantes para que se torne editável e escreva o novo nome.
Um usuário do Infocentro pode escrever, de qualquer computador, o seu Atenção! Ao renomear um arquivo, mantenha a sua extensão, caso
currículo e salvá-lo no Micro 01. Desse computador, o usuário pode salvar contrário poderá não conseguir abri-lo novamente! O arquivo deve
seu documento em um disquete – sempre pelo Windows Explorer, já que o estar Fechado, pois não é possível renomear documentos abertos.
Micro 01 é o único da sala com drive de disquete. Portanto, esse aplicativo
Vamos conhecer alguns comandos básicos como: visualizar, abrir,
do Windows serve tanto para manipular arquivos do computador que
renomear, copiar, e apagar arquivos e diretórios.
estamos operando quanto de algum outro da rede local.
No Total Commander é possível visualizar os arquivos por meio de
Fazer uma busca pelo Windows para procurar um arquivo que você
duas janelas diferentes, o que nos possibilita ver, ao mesmo tempo, o
não sabe ao certo em que pasta está gravado é um recurso interessante.
conteúdo do diretório-raiz C:, do drive A: ou D: (letras normalmente atribuí-
Clique no ícone “Pesquisar”, no alto da tela. A parte da tela à esquerda
das aos drives de disquete e CD-ROM, respectivamente) e de outros
mudará e você terá duas opções de pesquisa: escrevendo o nome ou
diretórios raiz ou drives que o micro possa ter. Para essa operação, basta
parte do nome do arquivo ou então um trecho do texto contido no docu-
selecionar a letra do drive ou diretório no menu principal.
mento. Caso você não se lembre do nome do arquivo ou de uma palavra
específica do texto, mas sabe que é arquivo do Word, pode escrever Visualizando simultaneamente arquivos de drives e diretórios por meio
“*.doc” no campo “Procurar por Arquivos Chamados:”. O sinal de asteris- do Total commander
cos (*) indica que o aplicativo deve procurar todos os arquivos com essa Com este aplicativo você pode copiar arquivos de dois modos:
extensão, não importando o que estiver escrito antes. Para concluir a selecionando o arquivo com o mouse e arrastando-o para o local em que
pesquisa, escolha o diretório onde o arquivo poderia estar. se deseja copiá-lo ou selecionando o arquivo e clicando na opção “F5
Como fazer Copy” (ou clicando na tecla F5 do seu teclado).
O compartilhamento de pastas e arquivos em micros ligados em uma Nos dois casos, aparecerá uma janela para confirmar a ação. Basta
rede interna é bem simples. Basta habilitar que determinada pasta seja clicar em “0k”.
compartilhada. Para isso, clique na pasta desejada com o botão esquerdo Para apagar um arquivo é necessário selecioná-lo com o mouse e
do mouse. Escolha “Compartilhamento”. Na tela que se abrir, marque a clicar na tecla “Delete/Del”. Você também pode apagá-lo, após a seleção,
opção “Compartilhar esta Pasta”. Você ainda pode determinar quantas clicando na opção “F8 Delete” (ou apertando a tecla F8 do teclado). Nesse
pessoas poderão abrir a pasta e se poderão modificar ou não os arquivos momento também aparecerá uma janela para confirmar a ação. Basta
abertos. então clicar em “Sim”.
Apagando arquivos com o Total Commander
Finalmente, para criar pastas ou diretórios, selecione o local em que a
pasta ou o diretório será criado. dique no botão “F7 New Folder” (ou aperte
a tecla F7). Logo em seguida aparecerá uma caixa de diálogo para digitar
o nome do novo diretório ou pasta. Depois é só clicar em “0k”.
Associando programas a seus respectivos Formatos
Você já sabe que um arquivo armazena dados. Dados, na linguagem
da informática, pode significar desde uma receita de bolo a um videoclipe
do Olodum. Uma receita de bolo pode ser feita utilizando um editor de
texto como o Word, por exemplo, enquanto um videoclipe pode ser
visualizado pelo Windows Media Player.
Se tivermos os devidos programas aqui citados instalados em nosso
computador, um duplo dique em cada um dos arquivos do exemplo
anterior faz com que o Word ou o Media Player iniciem-se
automaticamente, carregando e mostrando o arquivo no formato desejado.
Como o sistema operacional, no caso o Windows, consegue distinguir
entre os dois arquivos, o de texto e o de filme, sabendo qual aplicativo
chamar, para cada um deles?
Isso é possível graças à extensão dos arquivos. A extensão é
simplesmente a parte final do nome do arquivo. Quando clicamos duas
Para permitir que a pasta seja aberta por outros micros da rede inter-
vezes sobre um arquivo, o sistema operacional olha primeiramente para a
na, selecione “Compartilhar esta pasta” Defina também qual será o tipo de
extensão do arquivo.
compartilhamento.
Se for uma extensão que já está registrada, o sistema chama o
Caso não se lembre do diretório, escolha o drive C: para pesquisar por
aplicativo que é capaz de carregar aquele tipo de arquivo, a fim de exibi-lo
todo o disco rígido do micro. Clicando no botão “Pesquisar”, o sistema
corretamente.
começará a procurar por todos os arquivos de Word gravados no compu-
tador. Importante
GERENCIANDO SEUS ARQUIVOS COM O TOTAL COMMANDER A extensão é tudo o que vai depois do ponto, no nome do arquivo.
O Total Comander é um aplicativo shareware que pode ser baixado Portanto, todos os arquivos que terminam em .doc reconhecidos pelo
pela rede. sistema para serem visualizados por meio do Word e ou do Open Writer.
Já a extensão .avi indico que o arquivo é visualizável através do Media
Além de gerenciar arquivos, o Total Commander é um programa de Player e assim por diante.
FTP e compactador de arquivos.
Mas o que significa “registrar uma extensão”? Registrar é avisar para
Seus comandos para gerenciamento de arquivos são bastante intuiti-
o Windows que aplicativo ele deve chamar quando precisar abrir arquivos
vos, permitindo que organizemos nossas pastas muito facilmente. Além
daquela extensão. Assim, o sistema operacional guarda a informação de
dos recursos básicos de um gerenciador padrão, ele possui outros bastan-
quais aplicativos abrem os arquivos, livrando você de ter de se preocupar
te sofisticados.
com isso.
E bom saber
O registro das extensões é normalmente feito durante a instalação de
As ações de abrir e renomear um arquivo são iguais no Windows cada aplicativo. Cada programa de instalação cuida de registrar, automati-
Explorer e no Total Commander. Em ambos utilize os seguintes camente, a extensão dos arquivos com os quais o aplicativo que está
comandos:

Informática 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sendo instalado trabalha. Por exemplo, é o instalador do Office que regis- apenas as pastas são mostradas) e clique com o botão direito do mouse
tra as extensões .doc, .dot (associando-as ao Word), assim como associa sobre ela.
as extensões .xls e .xlt ao Excel; .ppt ao PowerPoint e assim por diante. Ao aparecer o menu suspenso, você deverá escolher a opção “Add to
Muitas vezes, porém, precisamos fazer isso manualmente. Isso Zip”. Um arquivo com todo o conteúdo da pasta selecionada compactado
acontece quando um programa de instalação não completou sua será gerado. Como na imagem ao lado, o conteúdo de uma pasta será
execução, registrando erradamente extensões de um aplicativo que não compactado e colocado no arquivo Free.zip.
instalou. Para fazer a operação inversa, basta clicar duas vezes no arquivo
Para efetuar esse registro manual, você pode usar o Windows compactado e os arquivos serão retirados do arquivo zip e colocados em
Explorer. Selecione a opção de menu “Ferramentas”, “Opções de Pasta”. suas respectivas pastas.
Dentro dessa opção, selecione a última aba, “Tipos de Arquivo”. Como dissemos, o Total Commander também tem função de
Para registrar uma extensão, basta clicar em “Novo”, preencher o compactação de arquivos. Basta selecionar o arquivo que desejamos
campo com a extensão desejada, clicar em “Avançado” e escolher que compactar e clicar no menu “Arquivos”, “Compactar”.
aplicativo abrirá os arquivos com a extensão registrada: no nosso exemplo, Para descompactar um arquivo, basta selecioná-lo, clicar no menu
a extensão fictícia “XYZ”, como na figura 1. “Arquivo” e escolher a opção “Descompactar”. Em seguida você verá uma
Escolhido o aplicativo, basta clicar em “0K” e pronto. De acordo com caixa de diálogo, semelhante à da imagem anterior, para escolher a pasta
nosso exemplo, o sistema operacional passará a reconhecer arquivos do em que o arquivo será descompactado.
tipo “XYZ” como um arquivo de áudio do Windows Media Player. Amplie sua segurança: Faça cópias de seus arquivos
Ganhe tempo e espaço: aprenda a compactar e descompactar arqui- Ë muito importante que você faça a cópia de segurança (backup) dos
vos seus arquivos, principalmente daqueles com os quais você trabalha todos
No passado, para guardar arquivos em nosso computador os dias.
precisávamos que ele tivesse muita memória e isso exigia investimento. Para isso, tenha sempre à mão um disquete. lnsira-o no drive de mídia
Alguns arquivos não podiam ser copiados para disquetes, pois eles não flexível, geralmente representado pela letra A:. Abra o Windows Explorer e,
tinham memória suficiente para armazená-los. Esses e outros problemas do lado direito da tela, selecione os arquivos (ou pastas) que você quer
motivaram programadores a desenvolver formas de se trabalhar os copiar. Para selecionar mais de um arquivo, basta manter a tecla “CTRL”
arquivos alterando seu formato, tomando-os menores. Hoje, com as pressionada enquanto você clica sobre os arquivos. Depois dique no menu
técnicas adotadas, consegue-se reduzir um arquivo de texto em 82% ou “Editar”, “Copiar”.
mais de seu tamanho original, dependendo do conteúdo. Isso é feito com
Essa ação cria uma cópia temporária dos arquivos em um lugar
programas chamados compactadores.
especial chamado “Área de Transferência”. Depois, dique sobre o ícone A:,
E bom saber: E aconselhável compactar grandes arquivos para armazená- que indica a unidade de disquete, e selecione “Editar”, “Colar”. Os arquivos
los, otimizando espaço de armazenagem em seu HD. Esse procedimento armazenados na Área de Transferência serão copiados no disquete.
também é recomendado para enviá-los por e-mail, pois assim o tempo de A utilização de um disquete limita o processo de cópia de arquivos ou
download e upload desses arquivos é bem menor. conjuntos de arquivos até o tamanho total de 1.44Mb. Para a cópia de
Há diversos softwares para compactar e descompactar arquivos grandes quantidades de informação, o ideal é utilizar discos virtuais,
disponíveis no mercado. Eles reduzem diferentes arquivos em formato .zip, oferecidos por alguns servidores, ou uma mídia compacta como o CD-
.arj e outros. ROM.
E bom saber: Se você necessita ler apenas algumas informações de um Importante: E essencial utilizar antivírus no seu computador. Deixe
documento compactado, não é necessário descompactá-lo para isso o sempre ativada a função “Proteção de Arquivos”. Essa função possibilita a
aplicativo Zip Peeker permite que o usuário leia o conteúdo dos arquivos verificação automática à medida que eles são copiados.
mas sem a inconveniência de descompactá-los. E possível também
remover, copiar ou mover os arquivos escolhidos.
É bom saber: Há outros modos de copiar arquivos. Um deles é selecionar
Um dos softwares mais utilizados pelos usuários é o Winzip. Se esse aqueles que se deseja copiar, clicar e sobre eles e, sem soltar o botão do
aplicativo estiver devidamente instalado, para se compactar um arquivo mouse, arrastá-los até o drive A:.
pelo Windows Explorer, basta clicar nele com o botão direito e escolher a
opção “Add to Zip”. Isso pode ser feito com conjuntos de arquivos e até Detectando e corrigindo problemas: Scandisk
mesmo com pastas. Ao se escolher essa opção, uma janela se abrirá Sabemos que os arquivos são guardados em setores de disco (rígido
perguntando o nome do novo arquivo a ser criado com o(s) arquivo(s) ou flexível). Muitas vezes, porém, esses setores podem apresentar
devidamente compactado(s) e outras informações. Após o preenchimento defeitos, provocando perda de dados. Outras vezes, processos de
dessas informações, o arquivo compactado estará pronto. gravação não concluídos podem levar o sistema de arquivos a um estado
Em versões mais recentes do Winzip, ao se clicar com o botão direito inconsistente.
sobre um arquivo, automaticamente se habilita a opção de se criar o Quando você começara se deparar com erros do tipo: “Impossível
arquivo compactado (ou zipado, como se costuma dizer) já com o mesmo ler/gravar a partir do dispositivo”, fique certo de que as coisas não estão
nome do arquivo original, trocando-se somente a extensão original do como deveriam.
arquivo para “.zip”. O primeiro passo para tentar uma solução é executar o Scandisk para
Para se descompactar um arquivo, basta que se dê duplo dique nele. detectar e corrigir problemas no sistema de arquivos.
Uma janela se abrirá com todos os arquivos armazenados dentro de um É bom saber: O Scandisk elimina setores marcados erroneamente como
arquivo compactado e pode-se optar por descompactar todos, clicando-se se pertencessem a mais de um arquivo, e setores órfãos, que estão
no botão “Extrair”, ou apenas alguns deles, selecionando-os com um dique marcados como usados, mas não pertencem a nenhum arquivo. Ele
e usando novamente o botão “Extrair”. Vale lembrar que como é possível também tenta ler os dados de setores deFeituosos, transferindo-os para
compactar diretórios inteiros, quando estes são descompactados, o Winzip setores bons, marcando os defeituosos de modo que o sistema
e outros programas compactadores reconstroem a estrutura original das operacional não os use mais.
pastas.
Para executar o Scandisk, entre no Windows Explorer e dique com o
O Freezip é um descompactador freeware. Veja na seção “Links na
botão direito do mouse sobre a unidade de disco a ser diagnosticada (A:,
lnternet” o endereço para efetuar o download desse aplicativo. Sua
B:, C: ou D:). Selecione a opção “Propriedades” e, dentro da janela “Pro-
instalação é bastante simples, basta clicar duas vezes sobre o ícone do
priedades”, selecione a opção “Ferramentas”. Clique sobre o botão “Verifi-
arquivo executável, aceitar o contrato de licença e pronto: a instalação
car Agora” e o Scandisk será iniciado. Selecione a opção teste “Completo”
seguirá sem transtornos.
e marque a opção de correção automática. dUque em “Iniciar” para realizar
Para usar esse aplicativo, inicie o Windows Explorer, escolha a pasta a verificação e correção.
a ser compactada (preferencialmente no lado esquerdo da tela, onde
A primeira opção procura ler os dados, buscando setores defeituosos.

Informática 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A segunda procura fazer sua transferência para setores bons, corrigindo uma árvore de pastas hierarquizada que mostra todas as unidades de
automaticamente os setores ambíguos e órfãos. Em qualquer caso, os disco, a Lixeira, a área de trabalho ou Desktop (também tratada como uma
setores defeituosos eventualmente encontrados são marcados para não pasta); O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à esquer-
serem mais utilizados pelo sistema operacional. Dependendo do tamanho da e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu Computador (no Meu
em megabytes da unidade de disco a ser diagnosticada, esse processo Computador, como padrão ele traz a janela sem divisão, é possível divi-
pode ser demorado. di−la também clicando no ícone Pastas na Barra de Ferramentas) Para
Importante: A Ferramenta do Scandisk só pode ser usada em discos que abrir o Windows Explorer, clique no botão Iniciar, vá a opção Todos os
aceitam nova gravação de dados, como os disquetes e os HDs. Assim, Programas / acessórios e clique sobre Windows Explorer ou clique sob
CD-ROMs que só podem ser gravados uma única vez não podem ser o botão iniciar com o botão direito do mouse e selecione a opção Explorar.
corrigidos, caso haja algum problema no processo de gravação. Preste atenção na Figura da página anterior que o painel da esquerda
na figura acima, todas as pastas com um sinal de + (mais) indicam que
Faça uma faxina em seu computador
contêm outras pastas. As pastas que contêm um sinal de – (menos) indi-
O sistema operacional Windows, à medida de trabalha, faz uso de cam que já foram expandidas (ou já estamos visualizando as sub−pastas).
uma área de rascunho que usa para guardar dados temporariamente.
Painel de controle
Quando você navega pela web, por exemplo, as páginas que você visitou
são armazenadas em uma área temporária, para que possam ser O Painel de controle do Windows XP agrupa itens de configuração de
visualizadas rapidamente, caso você retome a elas. Tudo isso consome dispositivos e opções em utilização como vídeo, resolução, som, data e
espaço em seu disco rígido, o que, como veremos no tópico seguinte, hora, entre outros. Estas opções podem ser controladas e alteradas pelo
toma seu computador mais lento. usuário, daí o nome Painel de controle.
Para ficar livre desses arquivos temporários, de tempos em tempos,
utilize a opção “Limpeza de Disco”. Para isso, faça o seguinte caminho: na
área de trabalho do Windows, dique na barra “Iniciar”, “Programas”,
“Acessórios”, “Ferramenta do Sistema”, “Limpeza de disco”. Ao acionar
essa opção, uma janela aparecerá para que você escolha a unidade de
disco a ser limpa. Faça a escolha e dique em “0K”. O Windows calculará
quanto de espaço pode ser liberado no disco e após esse processo abrirá
uma janela como a ilustrada ao lado.
Ao optar, por exemplo, em apagar os arquivos ActiveX e Java
baixados da lnternet, você impedirá a execução offline dos mesmos. Mas
ainda ficarão rastros de navegação como os cookies, por exemplo.
Há outros modos de apagar arquivos desnecessários, cookies e
outras pistas deixadas em nosso micro todas as vezes que abrimos um
arquivo, acionamos um programa ou navegamos na lnternet. Existem,
inclusive, programas especializados nessa tarefa. Essa limpeza torna a
navegação mais rápida.
Para apagar seus rastros de navegação, por exemplo, abra o
Windows Explorer e selecione no disco C: as pastas “Arquivos de Para acessar o Painel de controle
Programas ‘Windows”, ‘Tempo”, “Temporary lnternet Files”. Ao lado direito 1. Clique em Iniciar, Painel de controle.
da tela você poderá ver todos os arquivos e cookies recentemente
2. Inicialmente o Painel de controle exibe nove categorias distintas.
baixados da Internet para o seu computador. Basta selecioná-los e teclar
os comandos “shiftldel”. Painel de controle
WINDOWS EXPLORER GERENCIAMENTO DE ARQUIVOS E PASTAS 3. Clique na opção desejada.
O Windows Explorer tem a mesma função do Meu Computador: Orga- 4. Na próxima tela escolha a tarefa a ser realizada.
nizar o disco e possibilitar trabalhar com os arquivos fazendo, por exemplo, Utilize os botões de navegação:
cópia, exclusão e mudança no local dos arquivos. Enquanto o Meu Com-
putador traz como padrão a janela sem divisão, você observará que o Voltar Para voltar uma tela.
Windows Explorer traz a janela dividida em duas partes. Mas tanto no
primeiro como no segundo, esta configuração pode ser mudada. Podemos Avançar Para retornar a tarefa.
criar pastas para organizar o disco de uma empresa ou casa, copiar arqui-
vos para disquete, apagar arquivos indesejáveis e muito mais. Acima Para ir ao diretório acima.

Para localizar arquivos, imagens, sons, vídeos,


Pesquisar
etc.
Pastas Para exibir o conteúdo de uma pasta.
PASTAS E ARQUIVOS
Uma unidade de disco pode ter muitos arquivos. Se todos eles esti-
vessem em um mesmo lugar, seria uma confusão.
Para evitar esse caos, você pode colocar seus arquivos de computa-
dor em pastas. Essas pastas são utilizadas para armazenar arquivos e
ajudar a mantê-Ios organizado assim como as prateleiras e cabides aju-
dam você a manter suas roupas organizadas
Os destaques incluem o seguinte:
⇒ Meus Documentos
4. Digite o nome e tecle ENTER
Janela do Windows Explorer 5. Pronto! A Pasta está criada.
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das pastas em seu
⇒ Fazer uma pasta
computador e todos os arquivos e pastas localizados em cada pasta
selecionada. Ele é especialmente útil para copiar e mover arquivos. Ele é ⇒ Excluir arquivos
composto de uma janela dividida em dois painéis: O painel da esquerda é ⇒ Recuperar arquivos

Informática 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
⇒ Renomear arquivos 3. Para abrir outra pasta, dê um clique duplo em seu ícone.
⇒ Copiar arquivos 4. Feche a pasta quando tiver terminado.
⇒ Mover arquivos Clique no botão fechar (x) da janela da pasta localizado no canto
Entendendo como as pastas funcionam superior direito da janela.
As pastas contêm arquivos, normalmente arquivos de um tipo relacio- Só para lembrá-Io de onde você está com todos estes arquivos e pas-
nado. Por exempIo, todos os documentos utilizados para criar um livro, tas abertos, o nome da pasta atual que está vendo aparece na parte
como esta apostila por exemplo, residem em uma pasta chamada Apostila. superior da janela, na barra de título.
Cada matéria é um arquivo. E cada arquivo da área de informática é Excluindo arquivos
colocado dentro de uma pasta chamada informática, dentro da pasta 1. Selecione o arquivo destinado a ser destruído.
Apostila. Estas pastas mantêm esses arquivos específicos separados de Clique no arquivo uma vez com o mouse para selecioná-lo.
outros arquivos e pastas no disco rígido.
2. Escolha Excluir a partir do menu Arquivo.
Meus Documentos
Aparecerá a mensagem: Você tem certeza de que quer enviar o
Seu disco rígido do PC tem uma grande quantidade de espaço onde arquivo para a Lixeira?
pode ser feita uma pasta - e então se esquecer do lugar onde você a
3. Clique em Sim.
colocou. Então o Windows facilita as coisas para você fornecendo uma
pasta pessoal, chamada Meus Documentos. Essa é a localização principal
para todo o material que você criará e usará enquanto estiver no Windows. Se você mudar de ideia, você pode sempre clicar em Não. Se você
Não há nenhuma regra sobre excluir arquivos e pastas até se falar de escolher Sim, talvez tenha uma breve animação gráfica representando
Meus Documentos. Você não pode excluir a pasta Meus Documentos. A papéis voando para um balde. Isso significa que seu arquivo está sendo
Microsoft quer que você a tenha e você irá mantê-la. Então, você deve jogado fora.
conviver com isso! Se clicar com o botão direito do mouse na pasta Meus Recuperação de arquivos
Documentos em sua área de trabalho, notará que há uma opção Excluir. OK, você exclui o arquivo. Pensando bem, você não está tão seguro
Essa opção é para excluir o atalho, que é realmente o que você vê na área se deveria ter excluído este arquivo. Não se preocupe. Há um ícone em
de trabalho, mas você não está eliminando a pasta Meus Documentos. sua Área de trabalho chamado Lixeira.
Você pode renomear Meus Documentos se quiser. Clique com o botão Recuperando um arquivo
direito do mouse na pasta e escolha Renomear. Digite o novo nome.
1. Dê um clique duplo no ícone Lixeira.
Embora não seja recomendado.
2. Localize o arquivo que você excluiu
Você pode compartilhar a pasta Meus Documentos com outros com-
putadores conectados ao seu computador e com aqueles que estão confi- 3. Clique uma vez no arquivo.
gurados como um usuário diferente em seu computador. Siga exatamente 4. Clique em Arquivo.
os passos. 5. Escolha Restaurar.
Compartilhar Meus Documentos Renomear um arquivo
1. Clique com o botão direito do mouse na pasta Meus Documentos. 1. Localize o arquivo que quer renomear
2. Escolha Propriedades. Você pode utilizar o Explorer, ou se estiver abrindo um arquivo a
3. Clique a guia Compartilhamento. partir de qualquer pasta e encontrar aí um arquivo que quer reno-
Isto traz a guia Compartilhamento para frente -onde você de- mear, você pode seguir os passos abaixo para alterar o nome de
cide quem consegue compartilhar, quem não, e quanto con- arquivo.
trole essas pessoas têm sobre sua pasta. 2. Pressione a tecla F2.
4. Escolha Compartilhar Esta Pasta. Depois de pressionar a tecla F2, o texto do nome de arquivo já es-
Tudo agora ganha vida e você tem todo tipo de opção: tá selecionado para você. Você pode substituir inteiramente o no-
me existente, simplesmente começando a digitar ou mover o cur-
Criando uma pasta (DIRETÓRIO)
sor para editar partes do nome.
A pasta Meus Documentos pode ficar facilmente desorganizada se
3. Digite um novo nome.
você não se antecipar e criar pastas adicionais para organizar melhor seu
material. Lembre-se: Meus Documentos é como um grande gabinete de 4. Pressione Enter.
arquivos. Quando precisar de um novo arquivo, digamos para um novo E aí está: você tem um novo nome.
assunto, você prepara uma pasta para ele. Conforme continuar a trabalhar, Copiando arquivos
você preencherá cada pasta com arquivos diferentes. No Windows, copiar um arquivo é como copiar informações em um
Criar uma pasta (DIRETÓRIO) programa: você seleciona o arquivo e então escolhe Copiar do menu
1. Dê um clique duplo em Meus Documentos. Editar. Para fazer a cópia, você localiza uma nova pasta ou unidade de
2. Clique em Arquivo > Novo, ou disco para o arquivo e então escolhe o comando Colar do menu Editar.
Isso é copiar e colar!
1. Em Meus Documentos clique com o botão direito do mouse
Copiar um arquivo
2. Novo > Pasta
1. Localize o arquivo que quer copiar
COMO ABRIR ARQUIVOS E PASTAS
2. Clique com o botão direito do mouse no arquivo.
Tudo no Windows se abre com um clique duplo do mouse. Abra uma
pasta para exibir os arquivos (e talvez até outras pastas) armazenados 3. Selecione Copiar.
nessa pasta. Abra um arquivo para iniciar um programa, ou abra um 4. Localize o lugar onde você quer colar essa nova cópia.
documento para editar. 5. Selecione Editar da barra de menus.
Abrir um arquivo ou pasta 6. Escolha Colar da lista.
1. Dê um clique duplo em um ícone da unidade de disco.
O ícone da unidade (C:) é uma boa escolha. Há sempre material Para ser realmente eficiente, você deve fazer isso a partir do Windows
aí dentro. Um clique duplo no ícone abre unidade (C:) e permite Explorer. Todos os seus arquivos estão listados e disponíveis para serem
que você veja que arquivos e pastas residem lá. manuseados. Apenas selecione o arquivo que quer copiar, escolha Editar
2. Dê um passeio. do menu e então clique em Copiar. Agora, vá para a nova localização do
Dê um clique duplo em uma pasta. Isso abre a pasta, e você vê arquivo, clique em Editar novamente no menu e clique em Colar.
outra janela cheia de arquivos e talvez ainda mais pastas. Enviar Para

Informática 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A opção Enviar Para permite enviar uma cópia de um arquivo ou de Abrir o Painel de Controle
uma pasta para uma das muitas localizações: um disquete (normalmente 1. Clique no botão de menu Iniciar
na unidade A:), sua área de trabalho, um destinatário de correio (por
2. Escolha Configurações.
correio eletrônico) ou a pasta Meus Documentos.
3. Clique no Painel de Controle, como mostra a Figura
Utilizar Enviar Para
Ou, você pode...
1. Localize seu arquivo (ou pasta).
1. Dar um clique duplo em Meu Computador.
2. Clique com o botão direito do mouse no arquivo.
2. Dar um clique duplo no ícone Painel de Controle.
3. Escolha Enviar Para.
4. Clique em uma das quatro opções:
⇒ Disquete -Você deve ter um disco na unidade A: (ou sua unidade
de disquete).
⇒ Área de trabalho - Cria um atalho na área de trabalho para o ar-
quivo ou pasta selecionado.
⇒ Destinatário de correio - Abre o programa de correio eletrônico Ou-
tlook Express. Digite o endereço na caixa Para, ou clique no Catá-
logo de Endereços ao lado da palavra Para e escolha um endere-
ço de e-mail. Clique no botão Enviar quando tiver terminado
⇒ Meus Documentos - Faz uma cópia do arquivo ou pasta na pasta
Meus Documentos.
Movendo arquivos
Mover arquivos é como copiar arquivos, embora o original seja excluí- O Painel de Controle contém ícones que fazem uma variedade de fun-
do; apenas a cópia (o arquivo "movido") permanece. É como recortar e cionalidades (todas as quais supostamente ajudam você a fazer melhor
colar em qualquer programa. Lembre-se de que toda a questão em torno seu trabalho), incluindo mudar a aparência de sua área de trabalho e
de mover, copiar e excluir arquivos é para manter as coisas organizadas configurar as opções para vários dispositivos em seu computador.
de modo que seja fácil localizar seus arquivos.
O que você vê quando abre o Painel de Controle talvez seja ligeira-
Você pode mover arquivos de duas maneiras: recortando e colando ou
mente diferente da Figura. Certos programas podem adicionar seus pró-
arrastando.
prios ícones ao Painel de Controle e você talvez não veja alguns itens
Recortando e colando especiais, como as Opções de Acessibilidade.
Recortar e colar um arquivo ou uma pasta é a opção para se mudar HARDWARE
um arquivo ou pasta para o seu local correto. O primeiro componente de um sistema de computação é o HARDWA-
Recortar e colar um arquivo RE, que corresponde à parte material, aos componentes físicos do siste-
1. Localize o arquivo que você quer utilizar. ma; é o computador propriamente dito.
Novamente, este arquivo pode ser localizado em qualquer lugar. Abra O hardware é composto por vários tipos de equipamento, caracteriza-
Meus Documentos, utilize o Explorer, ou uma pasta qualquer. dos por sua participação no sistema como um todo. Uma divisão primária
3. Clique com o botão direito do mouse no arquivo. separa o hardware em SISTEMA CENTRAL E PERIFÉRICOS. Tanto os
periféricos como o sistema central são equipamentos eletrônicos ou ele-
4. Escolha Recortar.
mentos eletromecânicos.
4. Localize e abra a pasta onde você quer colar o arquivo.
ADICIONAR NOVO HARDWARE
5. Selecione Editar do menu.
Quando instalamos um hardware novo em nosso computador necessi-
6. Selecione Colar. tamos instalar o software adequado para ele. O item Adicionar Novo
Pronto! Hardware permite de uma maneira mais simplificada a instalação deste
Arrastando arquivos hardware, que pode ser um Kit multimídia, uma placa de rede, uma placa
Arrastar arquivos é a maneira mais rápida e fácil de mover um arquivo. de fax modem, além de outros.
É especialmente conveniente para aqueles arquivos que você deixou um Na janela que surgiu você tem duas opções:
pouco largados por aí sem uma pasta para acomodá-los. 1) Sim - deixar que o Windows detecte o novo hardware.
Arrastar um arquivo 2) Não - dizer ao Windows qual o novo hardware conectado ao seu
1. Selecione o arquivo e arraste micro.
Não solte o arquivo depois de clicar nele. Você está literalmente Ao escolher a opção Sim e pressionar o botão AVANÇAR, o Windows
agarrando o arquivo, e irá arrastá-lo. iniciará uma busca para encontrar o novo hardware e pedirá instruções
2. Paire o ícone sobre a pasta desejada. passo a passo para instalá-lo.
Essa é a pasta onde você quer que o arquivo resida. Ao optar por Não e pressionar o botão AVANÇAR, surgirá uma janela
onde você deverá escolher o tipo de hardware.
3. Solte o ícone.
Clique sobre o tipo de hardware adequado e o Windows solicitará
Agora seu arquivo reside seguramente em sua nova casa. passo a passo informações para instalá-lo.
Localizando arquivos e pastas ADICIONAR OU REMOVER PROGRAMAS
Por mais que tente se manter organizado, há momentos em que você Você pode alterar a instalação do Windows e de outros aplicativos, a-
não pode se lembrar de onde colocou um arquivo ou uma pasta. Embora o dicionando ou removendo itens, como Calculadora, proteção de tela, etc.
Windows tente mantê-lo organizado com a pasta Meus Documentos, as
coisas podem ficar confusas. Para remover um aplicativo não basta deletar a pasta que contém os
arquivos relativos a ele, pois parte de sua instalação pode estar na pasta
Felizmente, o Windows fornece um recurso Pesquisar. Esse recurso do Windows. Para uma remoção completa de todos os arquivos de um
procura arquivos e pastas com base em vários tipos de critérios. determinado programa você pode utilizar o item Adicionar/ Remover Pro-
INSTALAÇÃO DE PERIFÉRICOS gramas, que além de apagar o programa indesejado, remove todos os
PAINEL DE CONTROLE > WINDOWS arquivos relacionados a ele, independente do local onde se encontrem, e
O Painel de Controle foi projetado para gerenciar o uso dos recursos remove o ícone que está no menu Programas do botão INICIAR.
de seu computador.

Informática 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
WINDOWS XP

Iniciando o Windows
Ao iniciar o windows XP a primeira tela que temos é tela de logon, nela,
selecionamos o usuário que irá utilizar o computador.
t

O atalho será criado na área de trabalho, podermos criar atalhos pelo


Ao entrarmos com o nome do usuário, o windows efetuará o Logon menu rápido, simplesmente clicando com o mouse lado direito, sobre o
(entrada no sistema) e nos apresentará a área de trabalho: ícone, programa, pasta ou arquivo e depois escolher a opção, criar atalho.

Área de trabalho A criação de um atalho não substitui o arquivo, diretório ou programa


de origem, a função do atalho simplesmente será de executar a ação de
abrir o programa, pasta, arquivo ou diretório rapidamente, sem precisar
localizar o seu local de origem.

Sistemas de menu
Windows XP é, até hoje, o sistema operacional da Microsoft com o
maior conjunto de facilidades para o usuário, combinado com razoável
grau de confiabilidade.

Barra de tarefas
A barra de tarefas mostra quais as janelas estão abertas neste mo-
mento, mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra
janela, permitindo assim, alternar entre estas janelas ou entre programas
com rapidez e facilidade.

A barra de tarefas é muito útil no dia a dia. Imagine que você esteja
criando um texto em um editor de texto e um de seus colegas lhe pede
para você imprimir uma determinada planilha que está em seu micro.

Você não precisa fechar o editor de textos. Apenas salve o arquivo


• Área de Trabalho ou Desktop
que está trabalhando, abra a planilha e mande imprimir, enquanto imprime
• Na Área de trabalho encontramos os seguintes itens: você não precisa esperar que a planilha seja totalmente impressa, deixe a
• Ícones: impressora trabalhando e volte para o editor de textos, dando um clique no
• Barra de tarefas botão ao correspondente na Barra de tarefas e volte a trabalhar.
• Botão iniciar
A barra de Tarefas, na visão da Microsoft, é uma das maiores ferra-
Atalhos e Ícones mentas de produtividade do Windows. Vamos abrir alguns aplicativos e ver
Figuras que representam recursos do computador, um ícone pode repre- como ela se comporta.
sentar um texto, música, programa, fotos e etc. você pode adicionar
ícones na área de trabalho, assim como pode excluir. Alguns ícones
são padrão do Windows: Meu Computador, Meus Documentos,
Meus locais de Rede, Internet Explorer.
Botão Iniciar
Atalhos
Primeiramente visualize o programa ou ícone pelo qual deseja criar o
atalho, para um maior gerenciamento de seus programas e diretórios ,
acesse o Meu Computador local onde poderemos visualizar todos os
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá a-
drives do computador no exemplo abaixo será criado um atalho no drive de
cesso ao Menu Iniciar, de onde se pode acessar outros menus que, por
disquete na área de trabalho:
sua vez, acionam programas do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar
mostra um menu vertical com várias opções. Alguns comandos do menu
Depois de visualizar o diretório a ser criado o atalho, clique sobre o í-
Iniciar têm uma seta para a direita, significando que há opções adicionais
cone com o botão direito do mouse e escolha a opção, criar atalho.
disponíveis em um menu secundário. Se você posicionar o ponteiro sobre
um item com uma seta, será exibido outro menu.

O botão Iniciar é a maneira mais fácil de iniciar um programa que esti-


ver instalado no computador, ou fazer alterações nas configurações do
computador, localizar um arquivo, abrir um documento.

Informática 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Meus documentos
A opção Meus Documentos abre apasta-padrão de armazenamento
O botão iniciar pode ser configurado. No Windows XP, você pode op- de arquivos. A pasta Meus Documentosrecebe todos os arquivos produzi-
tar por trabalhar com o novo menu Iniciar ou, se preferir, configurar o menu dospelo usuário: textos, planilhas, apresentações, imagens
Iniciar para que tenha a aparência das versões anteriores do Windows etc.Naturalmente, você pode gravararquivos em outros lugares. Mas,
(95/98/Me). Clique na barra de tarefas com o botão direito do mouse e emcondições normais, eles são salvos na pasta Meus Documentos.
selecione propriedades e então clique na guia menu Iniciar.

Esta guia tem duas opções:


• Menu iniciar: Oferece a você acesso mais rápido a e−mail
e Internet, seus documentos, imagens e música e aos programas
usados recentemente, pois estas opções são exibidas ao se clicar
no botão Iniciar. Esta configuração é uma novidade do Windows
XP
• Menu Iniciar Clássico: Deixa o menu Iniciar com a apa-
rência das versões antigas do Windows, como o windows ME, 98
e 95.

Todos os programas
O menu Todos os Programas, ativa automaticamente outro subme-
nu, no qual aparecem todas as opções de programas. Para entrar neste
submenu, arraste o mouse em linha reta para a direção em que o subme-
nu foi aberto. Assim, você poderá selecionar o aplicativo desejado. Para
executar, por exemplo, o Paint, basta posicionar o ponteiro do mouse
sobre a opção Acessórios. O submenu Acessórios será aberto. Então
aponte para Paint e dê um clique com o botão esquerdo do mouse.
Acessórios do Windows
O Windows XP inclui muitos programas e acessórios úteis. São ferra-
mentas para edição de texto, criação de imagens, jogos, ferramentas para
melhorar a performance do computador, calculadora e etc.

Se fôssemos analisar cada acessório que temos, encontraríamos vá-


rias aplicações, mas vamos citar as mais usadas e importantes. Imagine
que você está montando um manual para ajudar as pessoas a trabalharem
com um determinado programa do computador. Neste manual, com certe-
za você acrescentaria a imagem das janelas do programa. Para copiar as
janelas e retirar só a parte desejada, utilizaremos o Paint, que é um pro-
grama para trabalharmos com imagens. As pessoas que trabalham com
criação de páginas para a Internet utilizam o acessório Bloco de Notas,
que é um editor de texto muito simples. Assim, vimos duas aplicações para
dois acessórios diferentes.

A pasta acessório é acessível dando−se um clique no botão Iniciar na


Barra de tarefas, escolhendo a opção Todos os Programas e, no submenu
que aparece, escolha Acessórios.
MEU COMPUTADOR
Se você clicar normalmente na opção Meu Computador, vai abrir uma
tela que lhe dará acesso a todos os drives (disquete, HD, CD etc.) do
sistema e também às pastas de armazenamento de arquivos.

Informática 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
conteúdo das unidades, arquivos e pastas, que são a soma de tudo em
seu computador. (Daí o nome, Meu Computador.)

Windows Explorer gerenciamento de arquivos e pastas


O Windows Explorer tem a mesma função do Meu Computador: Organizar
o disco e possibilitar trabalhar com os arquivos fazendo, por exem-
plo, cópia, exclusão e mudança no local dos arquivos. Enquanto o
Meu Computador traz como padrão a janela sem divisão, você ob-
servará que o Windows Explorer traz a janela dividida em duas par-
tes. Mas tanto no primeiro como no segundo, esta configuração po-
de ser mudada. Podemos criar pastas para organizar o disco de
uma empresa ou casa, copiar arquivos para disquete, apagar arqui-
vos indesejáveis e muito mais.

Componentes da Janela
Para exemplificarmos uma janela, utilizaremos a janela de um aplicati-
vo do Windows. O Bloco de Notas. Para abri−lo clique no botão Iniciar /
Todos os Programas / Acessórios / Bloco de Notas.

Janela do Windows Explorer


No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das pastas em seu
computador e todos os arquivos e pastas localizados em cada pasta
selecionada. Ele é especialmente útil para copiar e mover arquivos. Ele é
composto de uma janela dividida em dois painéis: O painel da esquerda é
uma árvore de pastas hierarquizada que mostra todas as unidades de
disco, a Lixeira, a área de trabalho ou Desktop (também tratada como uma
pasta); O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à esquer-
da e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu Computador (no Meu
Computador, como padrão ele traz a janela sem divisão, é possível divi-
Barra de Título: esta barra mostra o nome do arquivo (Sem Título) e o
di−la também clicando no ícone Pastas na Barra de Ferramentas) Para
nome do aplicativo (Bloco de Notas) que está sendo executado na janela.
abrir o Windows Explorer, clique no botão Iniciar, vá a opção Todos os
Através desta barra, conseguimos mover a janela quando a mesma não
Programas / acessórios e clique sobre Windows Explorer ou clique sob
está maximizada. Para isso, clique na barra de título, mantenha o clique e
o botão iniciar com o botão direito do mouse e selecione a opção Explorar.
arraste e solte o mouse. Assim, você estará movendo a janela para a
posição desejada. Depois é só soltar o clique.
Preste atenção na Figura da página anterior que o painel da esquerda
na figura acima, todas as pastas com um sinal de + (mais) indicam que
Na Barra de Título encontramos os botões de controle da janela. Estes
contêm outras pastas. As pastas que contêm um sinal de – (menos) indi-
são:
cam que já foram expandidas (ou já estamos visualizando as sub−pastas).
Minimizar: este botão oculta a janela da Área de trabalho e mantém o
Painel de controle
botão referente á janela na Barra de Tarefas. Para visualizar a janela
O Painel de controle do Windows XP agrupa itens de configuração de
novamente, clique em seu botão na Barra de tarefas.
dispositivos e opções em utilização como vídeo, resolução, som, da-
ta e hora, entre outros. Estas opções podem ser controladas e alte-
Maximizar: Este botão aumenta o tamanho da janela até que ela ocu-
radas pelo usuário, daí o nome Painel de controle.
pe toda a Área da Trabalho. Para que a janela volte ao tamanho original, o
botão na Barra de Título, que era o maximizar, alternou para o botão
Para acessar o Painel de controle
Restaurar. Clique neste botão e a janela será restaurada ao tamanho
6. Clique em Iniciar, Painel de controle.
original.
7. Inicialmente o Painel de controle exibe nove categorias distintas.
Fechar: Este botão fecha o aplicativo que está sendo executado e sua
janela. Esta mesma opção poderá ser utilizada pelo menu Arquivo/Sair. Se
o arquivos que estiver sendo criado ou modificado dentro da janela não foi
salvo antes de fechar o aplicativo, o Windows emitirá uma tela de alerta
perguntando se queremos ou não salvar o arquivo, ou cancelar a operação
de sair do aplicativo.

MEU COMPUTADOR
O ícone de Meu Computador representa todo o material em seu com-
putador. Meu Computador contém principalmente ícones que representam
as unidades de disco em seu sistema: a unidade de disquete A, o disco
rígido C e sua unidade de CD-ROM ou de DVD, bem como outros discos
rígidos, unidades removíveis etc. Clicar nesses ícones de unidade exibe o

Informática 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pode ser feita uma pasta -e então se esquecer do lugar onde você a
colocou. Então o Windows facilita as coisas para você fornecendo uma
pasta pessoal, chamada Meus Documentos. Essa é a localização principal
para todo o material que você criará e usará enquanto estiver no Windows.

Não há nenhuma regra sobre excluir arquivos e pastas até se falar de


Meus Documentos. Você não pode excluir a pasta Meus Documentos. A
Microsoft quer que você a tenha e você irá mantê-la. Então, você deve
conviver com isso! Se clicar com o botão direito do mouse na pasta Meus
Documentos em sua área de trabalho, notará que há uma opção Excluir.
Essa opção é para excluir o atalho, que é realmente o que você vê na área
de trabalho, mas você não está eliminando a pasta Meus Documentos.

Você pode renomear Meus Documentos se quiser. Clique com o botão


direito do mouse na pasta e escolha Renomear. Digite o novo nome.
Embora não seja recomendado.

Você pode compartilhar a pasta Meus Documentos com outros com-


putadores conectados ao seu computador e com aqueles que estão confi-
gurados como um usuário diferente em seu computador. Siga exatamente
Painel de controle os passos.
8. Clique na opção desejada.
9. Na próxima tela escolha a tarefa a ser realizada. Compartilhar Meus Documentos
4. Clique com o botão direito do mouse na pasta Meus Docu-
Utilize os botões de navegação: mentos.
5. Escolha Propriedades.
6. Clique a guia Compartilhamento.
Voltar Para voltar uma tela. Isto traz a guia Compartilhamento para frente -onde você de-
cide quem consegue compartilhar, quem não, e quanto con-
trole essas pessoas têm sobre sua pasta.
Avançar Para retornar a tarefa. 4. Escolha Compartilhar Esta Pasta.

Acima Para ir ao diretório acima. Tudo agora ganha vida e você tem todo tipo de opção:

Pesquisar Para localizar arquivos, imagens, sons, vídeos, Criando uma pasta (DIRETÓRIO)
etc. A pasta Meus Documentos pode ficar facilmente desorganizada se
você não se antecipar e criar pastas adicionais para organizar melhor seu
material. Lembre-se: Meus Documentos é como um grande gabinete de
Pastas Para exibir o conteúdo de uma pasta. arquivos. Quando precisar de um novo arquivo, digamos para um novo
assunto, você prepara uma pasta para ele. Conforme continuar a trabalhar,
PASTAS E ARQUIVOS você preencherá cada pasta com arquivos diferentes.
Uma unidade de disco pode ter muitos arquivos. Se todos eles esti-
vessem em um mesmo lugar, seria uma confusão. Criar uma pasta (DIRETÓRIO)
1. Dê um clique duplo em Meus Documentos.
Para evitar esse caos, você pode colocar seus arquivos de computador em 2. Clique em Arquivo > Novo, ou
pastas. Essas pastas são utilizadas para armazenar arquivos e aju- 7. Em Meus Documentos clique com o botão direito do mouse
dar a mantê-Ios organizado assim como as prateleiras e cabides a- 8. Novo > Pasta
judam você a manter suas roupas organizadas
COMO ABRIR ARQUIVOS E PASTAS
Os destaques incluem o seguinte: Tudo no Windows se abre com um clique duplo do mouse. Abra uma
⇒ Meus Documentos pasta para exibir os arquivos (e talvez até outras pastas) armazenados
4. Digite o nome e tecle ENTER nessa pasta. Abra um arquivo para iniciar um programa, ou abra um
10. Pronto! A Pasta está criada. documento para editar.

⇒ Fazer uma pasta Abrir um arquivo ou pasta


⇒ Excluir arquivos 1. Dê um clique duplo em um ícone da unidade de disco.
⇒ Recuperar arquivos O ícone da unidade (C:) é uma boa escolha. Há sempre material
⇒ Renomear arquivos aí dentro. Um clique duplo no ícone abre unidade (C:) e permite
⇒ Copiar arquivos que você veja que arquivos e pastas residem lá.
⇒ Mover arquivos 2. Dê um passeio.
Dê um clique duplo em uma pasta. Isso abre a pasta, e você vê
Entendendo como as pastas funcionam outra janela cheia de arquivos e talvez ainda mais pastas.
As pastas contêm arquivos, normalmente arquivos de um tipo relacio- 3. Para abrir outra pasta, dê um clique duplo em seu ícone.
nado. Por exempIo, todos os documentos utilizados para criar um livro, 4. Feche a pasta quando tiver terminado.
como esta apostila por exemplo, residem em uma pasta chamada Apostila. Clique no botão fechar (x) da janela da pasta localizado no canto
Cada matéria é um arquivo. E cada arquivo da área de informática é superior direito da janela.
colocado dentro de uma pasta chamada informática, dentro da pasta
Apostila. Estas pastas mantêm esses arquivos específicos separados de Só para lembrá-Io de onde você está com todos estes arquivos e pas-
outros arquivos e pastas no disco rígido. tas abertos, o nome da pasta atual que está vendo aparece na parte
superior da janela, na barra de título.
Meus Documentos
Seu disco rígido do PC tem uma grande quantidade de espaço onde Excluindo arquivos

Informática 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1. Selecione o arquivo destinado a ser destruído. de disquete).
Clique no arquivo uma vez com o mouse para selecioná-lo. ⇒ Área de trabalho - Cria um atalho na área de trabalho para o ar-
2. Escolha Excluir a partir do menu Arquivo. quivo ou pasta selecionado.
Aparecerá a mensagem: Você tem certeza de que quer enviar o ⇒ Destinatário de correio - Abre o programa de correio eletrônico Ou-
arquivo para a Lixeira? tlook Express. Digite o endereço na caixa Para, ou clique no Catá-
3. Clique em Sim. logo de Endereços ao lado da palavra Para e escolha um endere-
ço de e-mail. Clique no botão Enviar quando tiver terminado
Se você mudar de idéia, você pode sempre clicar em Não. Se você ⇒ Meus Documentos - Faz uma cópia do arquivo ou pasta na pasta
escolher Sim, talvez tenha uma breve animação gráfica representando Meus Documentos.
papéis voando para um balde. Isso significa que seu arquivo está sendo
jogado fora. Movendo arquivos
Mover arquivos é como copiar arquivos, embora o original seja excluí-
Recuperação de arquivos do; apenas a cópia (o arquivo "movido") permanece. É como recortar e
OK, você exclui o arquivo. Pensando bem, você não está tão seguro colar em qualquer programa. Lembre-se de que toda a questão em torno
se deveria ter excluído este arquivo. Não se preocupe. Há um ícone em de mover, copiar e excluir arquivos é para manter as coisas organizadas
sua Área de trabalho chamado Lixeira. de modo que seja fácil localizar seus arquivos.

Recuperando um arquivo Você pode mover arquivos de duas maneiras: recortando e colando ou
1. Dê um clique duplo no ícone Lixeira. arrastando.
2. Localize o arquivo que você excluiu
3. Clique uma vez no arquivo. Recortando e colando
4. Clique em Arquivo. Recortar e colar um arquivo ou uma pasta é a opção para se mudar
5. Escolha Restaurar. um arquivo ou pasta para o seu local correto.

Renomear um arquivo Recortar e colar um arquivo


1. Localize o arquivo que quer renomear 1. Localize o arquivo que você quer utilizar.
Você pode utilizar o Explorer, ou se estiver abrindo um arquivo a Novamente, este arquivo pode ser localizado em qualquer lugar. Abra
partir de qualquer pasta e encontrar aí um arquivo que quer reno- Meus Documentos, utilize o Explorer, ou uma pasta qualquer.
mear, você pode seguir os passos abaixo para alterar o nome de 9. Clique com o botão direito do mouse no arquivo.
arquivo. 10. Escolha Recortar.
2. Pressione a tecla F2. 4. Localize e abra a pasta onde você quer colar o arquivo.
Depois de pressionar a tecla F2, o texto do nome de arquivo já es- 11. Selecione Editar do menu.
tá selecionado para você. Você pode substituir inteiramente o no- 12. Selecione Colar.
me existente, simplesmente começando a digitar ou mover o cur- Pronto!
sor para editar partes do nome.
3. Digite um novo nome. Arrastando arquivos
4. Pressione Enter. Arrastar arquivos é a maneira mais rápida e fácil de mover um arquivo. É
E aí está: você tem um novo nome. especialmente conveniente para aqueles arquivos que você deixou
um pouco largados por aí sem uma pasta para acomodá-los.
Copiando arquivos
No Windows, copiar um arquivo é como copiar informações em um Arrastar um arquivo
programa: você seleciona o arquivo e então escolhe Copiar do menu 1. Selecione o arquivo e arraste
Editar. Para fazer a cópia, você localiza uma nova pasta ou unidade de Não solte o arquivo depois de clicar nele. Você está literalmente
disco para o arquivo e então escolhe o comando Colar do menu Editar. agarrando o arquivo, e irá arrastá-lo.
Isso é copiar e colar! 2. Paire o ícone sobre a pasta desejada.
Essa é a pasta onde você quer que o arquivo resida.
Copiar um arquivo 3. Solte o ícone.
7. Localize o arquivo que quer copiar
8. Clique com o botão direito do mouse no arquivo. Agora seu arquivo reside seguramente em sua nova casa.
9. Selecione Copiar.
10. Localize o lugar onde você quer colar essa nova cópia. Localizando arquivos e pastas
11. Selecione Editar da barra de menus. Por mais que tente se manter organizado, há momentos em que você
12. Escolha Colar da lista. não pode se lembrar de onde colocou um arquivo ou uma pasta. Embora o
Windows tente mantê-lo organizado com a pasta Meus Documentos, as
Para ser realmente eficiente, você deve fazer isso a partir do Windows coisas podem ficar confusas.
Explorer. Todos os seus arquivos estão listados e disponíveis para serem
manuseados. Apenas selecione o arquivo que quer copiar, escolha Editar Felizmente, o Windows fornece um recurso Pesquisar. Esse recurso
do menu e então clique em Copiar. Agora, vá para a nova localização do procura arquivos e pastas com base em vários tipos de critérios.
arquivo, clique em Editar novamente no menu e clique em Colar.
Lixeira do Windows
Enviar Para A Lixeira é uma pasta especial do Windows e ela se encontra na Área
A opção Enviar Para permite enviar uma cópia de um arquivo ou de de trabalho, como já mencionado, mas pode ser acessada através do
uma pasta para uma das muitas localizações: um disquete (normalmente Windows Explorer. Se você estiver trabalhando com janelas maximizadas,
na unidade A:), sua área de trabalho, um destinatário de correio (por não conseguirá ver a lixeira. Use o botão direito do mouse para clicar em
correio eletrônico) ou a pasta Meus Documentos. uma área vazia da Barra de Tarefas. Em seguida, clique em Minimizar
todas as Janelas. Para verificar o conteúdo da lixeira, dê um clique sobre o
Utilizar Enviar Para ícone e surgirá a seguinte figura:
1. Localize seu arquivo (ou pasta).
2. Clique com o botão direito do mouse no arquivo.
3. Escolha Enviar Para.
4. Clique em uma das quatro opções:
⇒ Disquete -Você deve ter um disco na unidade A: (ou sua unidade

Informática 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Atenção para o fato de que, se a janela da lixeira estiver com a apa-


rência diferente da figura acima, provavelmente o ícone Pasta está ativo.
Vamos apagar um arquivo para poder comprovar que o mesmo será
colocado na lixeira. Para isso, vamos criar um arquivo de texto vazio com o Formatação e cópia de discos
bloco de notas e salva-lo em Meus documentos, após isto, abra a pasta, e 1. Se o disco que você deseja formatar for um disquete, insira-o
selecione o arquivo recém criado, e então pressione a tecla DELETE. em sua unidade.
Surgirá uma caixa de dialogo como a figura a seguir: 2. Abra Meu computador e clique no disco que você deseja forma-
tar.
3. No menu Arquivo, aponte para o nome do disquete e clique em
Formatar ou Copiar disco para efetuar uma cópia.

A Formatação rápida remove arquivos do disco sem verificá-lo em


busca de setores danificados. Use esta opção somente se o disco tiver
sido formatado anteriormente e você tiver certeza de que ele não está
danificado. Para obter informações sobre qualquer opção, clique no ponto
de interrogação no canto superior direito da caixa de diálogo Formatar e,
em seguida, clique na opção. Não será possível formatar um disco se
Esvaziando a Lixeira houver arquivos abertos, se o conteúdo do disco estiver sendo exibido ou
Ao Esvaziar a Lixeira, você está excluindo definitivamente os arquivos se ele contiver a partição do sistema ou de inicialização.
do seu Disco Rígido. Estes não poderão mais ser mais recuperados pelo
Windows. Então, esvazie a Lixeira somente quando tiver certeza de que Para formatar um volume básico (formatando o computador)
não precisa mais dos arquivos ali encontrados. 1. Abra o Gerenciamento do computador (local).
1. Abra a Lixeira 2. Clique com o botão direito do mouse na partição, unidade lógica
2. No menu ARQUIVO, clique em Esvaziar Lixeira. ou volume básico que você deseja formatar (ou reformatar) e, em
seguida, clique em Formatar ou copiar disco (ou backup para efe-
Você pode também esvaziar a Lixeira sem precisar abri-la, para tanto, tuar uma cópia da unidade lógica)
basta clicar com o botão DIREITO do mouse sobre o ícone da Lixei- 3. Selecione as opções desejadas e clique em OK.
ra e selecionar no menu de contexto Esvaziar Lixeira.
Para abrir o Gerenciamento do computador, clique em Iniciar, aponte
Gerenciamento da lixeira para Configurações e clique em Painel de controle. Clique duas vezes
Como alterar a configuração da lixeira em Ferramentas administrativas e, em seguida, clique duas vezes em
a. Dar um clique simples sobre a lixeira, com o botão direito do Gerenciamento do computador.
mouse .
b. Clicar em Propriedades Na árvore de console, clique em Gerenciamento de disco. Importan-
te: A formatação de um disco apaga todas as informações nele contidas.
Pode-se definir
c. se os arquivos deletados devem ser guardados temporariamen- Trabalhando com o Microsoft WordPad
te na Lixeira ou sumariamente deletados O Acessório Word Pad é utilizado no Windows principalmente para o
d. tamanho da área de disco que poderá ser utilizada pela Lixeira. usuário se familiarizar com os menus dos programas Microsoft Office,
e. se deve aparecer a pergunta confirmando a exclusão. entre eles o Word.

Ajuda do Windows O Word Pad não permite, criar tabelas, rodapé nas páginas, cabeça-
Para obter ajuda ou suporte do Windows XP, basta executar o seguin- lho e mala direta. Portanto é um programa criado para um primeiro contato
te comando, pressionar a tecla Alt + F1 será exibido uma caixa de diálogo com os produtos para escritório da Microsoft.
com todos os tópicos e índice de ajuda do sistema, caso ainda não seja
esclarecida as suas dúvidas entre em contato com o suporte on-line atra- Entre suas funcionalidades o WordPad lhe permitirá inserir texto e i-
vés da internet. magens, trabalhar com texto formatado com opções de negrito, itálico,
sublinhado, com suporte a várias fontes e seus tamanhos, formatação do
parágrafo à direita, à esquerda e centralizado, etc.

Para iniciar o WordPad.


1. Clique em Iniciar, aponte para Todos os Programas.
2. Posicione o cursor do mouse em Acessórios.
3. Clique em WordPad.

Informática 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Barra Padrão
Na barra Padrão, é aonde encontramos os botões para as tarefas que Aqui, você também poderá fazer formatações do texto, bom como colocar
executamos com mais freqüência, tais como: Abrir, salvar, Novo documen- efeitos como Riscado e sublinhado.Com o Neste menu (Formatar),
to, imprimir e etc. temos também a opção de formatar o parágrafo, definindo os recuos
das margens e alinhamento do texto.

Paint
O Paint é um acessório do Windows que permite o tratamento de ima-
Funções dos botões:
gens e a criação de vários tipos de desenhos para nossos trabalhos.
1. Novo documento
2. Abrir documento
Através deste acessório, podemos criar logomarcas, papel de parede,
3. Salvar
copiar imagens, capturar telas do Windows e usa-las em documentos de
4. Imprimir
textos.
5. Visualizar
5. Localizar (esmaecido)
Uma grande vantagem do Paint, é que para as pessoas que estão ini-
6. Recortar (esmaecido)
ciando no Windows, podem aperfeiçoar-se nas funções básicas de outros
7. Copiar (esmaecido)
programas, tais como: Abrir, salvar, novo, desfazer. Além de desenvolver a
8. Colar
coordenação motora no uso do mouse.
9. Desfazer
10. Inserir Data/Hora
Para abrir o Paint, siga até os Acessórios do Windows. A seguinte ja-
nela será apresentada:
Barra de formatação
Logo abaixo da barra padrão, temos a barra de Formatação, ela é usada
para alterar o tipo de letra (fonte), tamanho, cor, estilo, disposição
de texto e etc.

Funções dos botões:


1. Alterar fonte
2. Alterar tamanho da fonte
3. Lista de conjunto de caracteres do idioma
4. Negrito
5. Itálico
6. Sublinhado
7. Cor da fonte
8. Texto alinhado á esquerda
9. Texto Centralizado
10. Texto alinhado a direita
11. Marcadores
Nesta Janela, temos os seguintes elementos:
Formatando o texto
Para que possamos formatar (alterar a forma) de um texto todo, palavras
ou apenas letras, devemos antes de tudo selecionar o item em que
iremos aplicar a formatação. Para selecionar, mantenha pressiona-
do o botão esquerdo do mouse e arraste sobre a(s) palavra(s) ou le-
tra(s) que deseja alterar:

Feito isto, basta apenas alterar as propriedades na barra de formatação.

Você pode ainda formatar o texto ainda pela caixa de diálogo para
formatação, para isso clique em: Menu Formatar / Fonte, a seguinte tela
será apresentada: Nesta Caixa, selecionamos as ferramentas que iremos utilizar para
criar nossas imagens. Podemos optar por: Lápis, Pincel, Spray, Linhas,

Informática 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Curvas, Quadrados, Elipses e etc.

Caixa de cores
Nesta caixa, selecionamos a cor que iremos utilizar, bem como a cor
do fundo em nossos desenhos.

Vejamos agora as ferramentas mais utilizadas para criação de ima-


gens:

Lápis: Apenas mantenha pressionado o botão do mouse so-


bre a área em branco, e arraste para desenhar.
Calculadora cientifica
Pincel: Tem a mesma função do lápis mas com alguns recur- Para utilizá-la com o mouse, basta clicar sobre o número ou função
sos a mais, nos quais podemos alterar aforma do pincel e o desejada.
tamanho do mesmo. • O sinal de divisão é representado pela barra (I).
• A multiplicação é representada pelo asterisco (*)
Spray: Com esta ferramenta, pintamos como se estivésse- • A raiz quadra é representado por [sqrt].
mos com um spray de verdade, podendo ainda aumentar o
tamanho da área de alcance dele, assim como aumentamos Conhecendo alguns botões:
o tamanho do pincel. Back: exclui o último dígito no número escrito.
CE: limpa o número exibido.
Preencher com cor ou Balde de tinta: Serve para pintar os C: apaga o último cálculo.
objetos, tais como círculos e quadrados. Use-o apenas se a MC: limpa qualquer número armazenado na memória
sua figura estiver fechada, sem aberturas. MR: chama o número armazenado na memória.
MS: armazena na memória o número exibido.
Ferramenta Texto: Utilizada para inserir textos no Paint. Ao M+: soma o número exibido ao que está na memória.
selecionar esta ferramenta e clicarmos na área de desenho,
devemos desenhar uma caixa para que o texto seja inserido Além de acionarmos os números e funções através do mouse,
dentro da mesma. Junto com a ferramenta texto, surge tam- também podemos acessá-los através do teclado.Perceba que a janela da
bém a caixa de formatação de texto, com função semelhante calculadora possui uma barra de menu. Escolha o menu Exibir e escolha a
a estudada no WordPad, a barra de formatação. opção Científica.

Para retornar à calculadora padrão escolha o menu Exibir e a opção


Padrão.
WINDOWS 7.
Prof. Wagner Bugs
http://www.professormarcelomoreira.com.br/arquivos/APOSTILA_MSWIND
Calculadora OWS7.pdf
A calculadora do Windows contém muito mais recursos do que uma
calculadora comum, pois além de efetuar as operações básicas, pode Sistema Operacional multitarefa e múltiplos usuários. O novo sistema
ainda trabalhar como uma calculadora científica. Para abri-la, vá até aces- operacional da Microsoft trouxe, além dos recursos do Windows Seven,
sórios. muitos recursos que tornam a utilização do computador mais amigável.

A Calculadora padrão contém as funções básicas, enquanto a calcu- O que é o Windows 7?


ladora cientifica é indicada para cálculos mais avançados. Para alternar Sistema Operacional Gráfico:
entre elas clique no menu Exibir
O Sistema Operacional MS-DOS é um exemplo de sistema operacional
não-gráfico. A característica visual, ou interface não é nada amigável. Tem
apenas uma tela escura e uma linha de comando. Quando desejávamos
acessar algum arquivo, pasta ou programa, digitamos seu endereço no
computador e vale lembrar que um ponto a mais ou a menos é o suficiente
para não abri-lo.
O Linux também não é um sistema operacional gráfico, porém utiliza um
ambiente gráfico para tornar mais amigável sua utilização como, por
exemplo, GNOME e KDE.
Ambientes visuais como o Windows 3.11 facilitavam muito, mas são duas
coisas distintas, a parte operacional (MS-DOS) e parte visual (Windows
3.11). A partir do Windows 95 temos, então, as duas coisas juntas, a parte
operacional e gráfica, logo, um Sistema Operacional Gráfico.
Calculadora padrão Na nova versão do Windows Seven a aparência e características visuais
mudaram em relação ao Vista e, muito mais, em relação ao XP.
Multitarefa
Mais uma característica do Windows Seven. Um sistema operacional
multitarefa permite trabalhar com diversos programas ao mesmo tempo
(Word e Excel abertos ao mesmo tempo).

Informática 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Multiusuário Área de Trabalho (Desktop)
Capacidade de criar diversos perfis de usuários. No caso, o Windows
Seven tem duas opções de contas de usuários: Administrador (root) e o
Usuário padrão (limitado). O administrador pode instalar de desinstalar
impressoras, alterar as configurações do sistema, modificar a conta dos
outros usuários entre outras configurações. Já, o usuário padrão poderá
apenas usar o computador, não poderá, por exemplo, alterar a hora do
Sistema.

Ícones
Representação gráfica de um arquivo, pasta ou programa. Você pode
adicionar ícones na área de trabalho, assim como pode excluir. Alguns
ícones são padrões do Windows: Computador, Painel de Controle, Rede,
Lixeira e a Pasta do usuário.
Os ícones de atalho são identificados pela pequena seta no canto inferior
esquerdo da imagem. Eles permitem que você acesse programas, arqui-
Lembre-se que tanto os administradores quanto os limitados podem colo- vos, pastas, unidades de disco, páginas da web, impressoras e outros
car senhas de acesso, alterar papel de parede, terão as pastas Documen- computadores.
tos, Imagens, entre outras pastas, diferentes. O Histórico e Favoritos do Os ícones de atalho oferecem links para os programas ou arquivos que
Internet Explorer, os Cookies são diferentes para cada conta de usuário eles representam. Você pode adicioná-los e excluí-los sem afetar os
criada. programas ou arquivos atuais. Para selecionar ícones aleatórios, pressione
Plug And Play (PnP) a tecla CTRL e clique nos ícones desejados.

Instalação automática dos itens de hardware. Sem a necessidade de


desligar o computador para iniciar sua instalação. O Windows possui
dezenas de Drivers (pequenos arquivos de configuração e reconhecimento
que permitem o correto funcionamento do item de hardware, ou seja,
ensinam ao Windows como utilizar o hardware). Quando plugado o Win-
dows inicia a tentativa de instalação procurando nos Drivers, já existentes,
que condizem com o hardware plugado.
Centro de Boas-Vindas Barra de tarefas

À medida que as pessoas começam a utilizar o computador pela primeira A barra de tarefas mostra quais as janelas estão abertas neste momento,
vez, normalmente completam um conjunto de tarefas que têm como objeti- mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela,
vo otimizar o computador para as suas necessidades. Essas tarefas inclu- permitindo assim, alternar entre estas janelas ou entre programas com
em a ligação à Internet, adicionar contas de utilizadores e a transferência rapidez e facilidade.
de arquivos e configurações a partir de outro computador. Podemos alternar entre as janelas abertas com a seqüência de teclas
ALT+TAB (FLIP) permitindo escolher qual janela, ou programa deseja
manipular, ALT+ESC que alterna entre as janelas abertas seqüencialmen-
te e Tecla Windows (WINKEY) + TAB (FLIP 3D) também acessível pelo
botão.

À medida que as pessoas começam a utilizar o computador pela primeira


vez, normalmente completam um conjunto de tarefas que têm como objeti-
vo otimizar o computador para as suas necessidades. Essas tarefas inclu-
em a ligação à Internet, adicionar contas de utilizadores e a transferência
de arquivos e configurações a partir de outro computador.
O Centro de Boas-Vindas aparece quando o computador é ligado pela
primeira vez, mas também pode aparecer sempre que se queira.

Informática 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O botão Iniciar é a maneira mais fácil de iniciar um programa que estiver
instalado no computador, ou fazer alterações nas configurações do compu-
tador, localizar um arquivo, abrir um documento. É apresentado em duas
colunas. A coluna da esquerda (2) apresenta atalhos para os programas,
os (3) programas fixados, (4) programas mais utilizados e (5) caixa de
pesquisa instantânea. A coluna da direita (1) o menu personalizado apre-
sentam atalhos para as principais pastas do usuário como Documentos,
Imagens, Músicas e Jogos. A seqüência de teclas para ativar o Botão
Iniciar é CTRL+ESC ou a Tecla do Windows (WINKEY).

A barra de tarefas pode conter ícones e atalhos e também como uma


ferramenta do Windows. Desocupa memória RAM, quando as janelas são
minimizadas.
A barra de tarefas também possui o menu Iniciar, barra de inicialização
rápida e a área de notificação, onde você verá o relógio. Outros ícones na
área de notificação podem ser exibidos temporariamente, mostrando o
status das atividades em andamento. Por exemplo, o ícone da impressora
é exibido quando um arquivo é enviado para a impressora e desaparece
quando a impressão termina. Você também verá um lembrete na área de
notificação quando novas atualizações do Windows estiverem disponíveis
para download no site da Microsoft.
O Windows Seven mantém a barra de tarefas organizada consolidando os
botões quando há muitos acumulados. Por exemplo, os botões que repre-
sentam arquivos de um mesmo programa são agrupados automaticamente
em um único botão. Clicar no botão permite que você selecione um deter-
minado arquivo do programa.
Outra característica muito interessante é a pré-visualização das janelas ao
passar a seta do mouse sobre os botões na barra de tarefas. Busca Instantânea: Com este recurso fica muito fácil localizar os arqui-
vos, programas, sites favoritos, músicas e qualquer outro arquivo do
usuário. Basta digitar e os resultados vão aparecendo na coluna da es-
querda.

Desligamento: O novo conjunto de comandos permite Desligar o compu-


tador, Bloquear o computador, Fazer Logoff, Trocar Usuário, Reiniciar,
É possível adicionar novos gadgets à Área de trabalho. Suspender ou Hibernar.

Botão Iniciar
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá acesso
ao Menu Iniciar, de onde se podem acessar outros menus que, por sua
vez, acionam programas do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar Suspender: O Windows salva seu trabalho, não há necessidade de fechar
mostra um menu vertical com várias opções. Alguns comandos do menu os programas e arquivos antes de colocar o computador em suspensão.
Iniciar têm uma seta para a direita, significando que há opções adicionais Na próxima vez que você ligar o computador (e inserir sua senha, se
disponíveis em um menu secundário. Se você posicionar o ponteiro sobre necessário), a aparência da tela será exatamente igual a quando você
um item com uma seta, será exibido outro menu. suspendeu o computador.

Informática 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para acordar o computador, pressione qualquer tecla. Como você não tem
de esperar o Windows iniciar, o computador acorda em segundos e você
pode voltar ao trabalho quase imediatamente.
Observação: Enquanto está em suspensão, o computador usa uma quan-
tidade muito pequena de energia para manter seu trabalho na memória. Se
você estiver usando um computador móvel, não se preocupe — a bateria
não será descarregada. Se o computador ficar muitas horas em suspensão
ou se a bateria estiver acabando, seu trabalho será salvo no disco rígido e
o computador será desligado de vez, sem consumir energia.
É possível solicitar o desligamento do computador pressionando as teclas
ALT+F4 na área de trabalho, exibindo a janela de desligamento com as
seguintes opções:

Localizado no canto superior esquerdo. Neste menu podemos ativar os


seguintes comandos:

Executar:
Executar programas, arquivos, pasta, acessar páginas da internet, entre
outras utilidades.

Dicas: Para ativar este menu usando o teclado tecle ALT+ ESPAÇO.
Um duplo clique neste menu fecha (sair) do programa.
Barra de Título:

Alguns comandos mais populares são:


explorer (abre o Windows Explorer); msconfig (abre o programa de confi-
guração da Inicialização do Windows, permitindo escolher qual programa As informações que podem ser obtidas nesta barra são: Nome do Arquivo
deve ou não ser carregado com o Windows); regedit (abre o programa de e Nome do Aplicativo. Podemos mover a Janela a partir desta barra (clicar
Controle de Registros do Windows); calc (abre a Calculadora); notepad com o botão esquerdo do mouse, manter pressionado o clique e mover, ou
(abre o Bloco de Notas); cmd (abre o Prompt de Comando do Windows); arrastar).
control (abre o Painel de Controle); fonts (abre a pasta das Fontes); iexplo- Dicas: Quando a Janela estiver Maximizada, ou seja, quando estiver
re (abre o Internet Explorer); excel (abre o Microsoft Excel); mspaint (abre ocupando toda a área de trabalho a janela não pode ser movimentada.
o Paint). Arrastando a barra de título para o lado direito ou esquerdo da área de
Elementos da Janela trabalho (até que o cursor encoste no extremo direito ou esquerdo) o modo
de organização das janela “LADO a LADO” é sugerido.
As janelas, quadros na área de trabalho, exibem o conteúdo dos arquivos
e programas.
Se o conteúdo do arquivo não couber na janela, surgirá a barra de rolagem
você pode visualizar o restante do conteúdo pelo quadro de rolagem ou
clique nos botões de rolagem ao lado e/ou na parte inferior da janela para
mover o conteúdo para cima, para baixo ou para os lados.
Para alterar o tamanho da janela, clique na borda da janela e arraste-a até
o tamanho desejado.

Informática 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Nesta barra é apresentada a lista de menus disponíveis no aplicativo.
Dicas: Para ativar qualquer menu pode-se utilizar a seguinte seqüência de
teclas: ALT+Letra sublinhada.
No Windows Seven os menus não aparecem. Para visualizar os menus
deve ser pressionada a tecla ALT e então, escolher o menu pela letra que
aparecer sublinhada.
Barra de Rolagem:

A barra de rolagem é constituída por: (1) setas de rolagem que permitem


visualizar uma parte do documento que não é visualizada por ser maior
que a janela e (2) quadro ou caixa de rolagem que permite ter uma idéia
E caso você “agite” a janela, as janelas em segundo plano serão minimi-
de qual parte do documento está sendo visualizado.
zadas.

Windows Explorer
No Windows, os Exploradores são as ferramentas principais para procurar,
visualizar e gerenciar informação e recursos – documentos, fotos, aplica-
ções, dispositivos e conteúdos da Internet. Dando uma experiência visual e
funcional consistente, os novos Exploradores do Windows Seven permi-
tem-lhe gerenciar a sua informação com flexibilidade e controle. Isto foi
conseguido pela inclusão dos menus, barras de ferramentas, áreas de
navegação e antevisão numa única interface que é consistente em todo o
sistema.
Ao abrir o Windows Explorer o novo sistema de BIBLIOTECAS permite
Ao clicar neste botão a janela irá reduzir. O programa permanece aberto, acesso rápido as principais pastas do usuário.
porém, em forma de botão na barra de tarefas.
Botão Maximizar:

Ao clicar neste botão a janela atingira seu tamanho máximo, geralmente


ocupando toda a área de trabalho.
Este botão apresenta-se quando a janela esta em seu tamanho restaura-
do. A janela pode ser movimentada.
Botão Restaurar:

Os elementos chave dos Exploradores do Windows Seven são:


 Busca Instantânea, que está sempre disponível.
Ao clicar neste botão a janela retornará ao seu tamanho anterior, antes de
ser maximizada. Caso a janela já inicie maximizado o tamanho será igual  Área de Navegação, que contém tanto as novas Pastas de Bus-
ao de qualquer outro não mantendo um padrão. ca e as pastas tradicionais.
Este botão aparece quando a janela está maximizada, não podendo mover  Barra de Comandos, que lhe mostra as tarefas apropriadas para
esta janela. os arquivos que estão sendo exibidos.
Botão Fechar:  Live Icons, que lhe mostram uma pré-visualização em miniatura
(Thumbnail), do conteúdo de cada pasta.
 Área de Visualização, que lhe mostra informações adicionais so-
bre os arquivos.
 Área de Leitura, que permite aos utilizadores ver uma antevisão
do conteúdo nas aplicações que suportem esta função.
Fecha a janela, encerrando o aplicativo.
 Barras de Endereço, Barras de Título e recursos melhorados.
Barra de Menus:

Busca Instantânea

Informática 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Cada janela do Explorador no Windows Seven contém um campo de
busca integrado no qual pode ser introduzida parte de uma palavra, uma
palavra ou frase. O sistema de Busca Instantânea procura imediatamente
nomes de arquivos, propriedades dos arquivos (metadados) e o texto
contido nos arquivos e mostra-lhe os resultados imediatamente.

O exemplo mostrado na ilustração introduzindo a palavra Internet no


campo de Busca Instantânea resulta na apresentação de um número de
arquivos relacionados com o nome – arquivos cujo a palavra é menciona-
da tanto no nome como no conteúdo do arquivo.
Barra de Ferramentas (Comandos)
Organizar
O comando Organizar exibe uma série de comandos como, por exemplo,
recortar, copiar, colar, desfazer, refazer, selecionar tudo, Layout do Explo-
rador (Barra de menus, Painel de Detalhes, Painel de Visualização e
Painel de Navegação), Opções de pasta e pesquisa, excluir, renomear,
remover propriedades, propriedades e fechar.
A barra de comandos muda conforme o tipo de arquivo escolhido na pasta.
A nova Barra de Comandos mostra-lhe as tarefas que são mais apropria-
das aos arquivos que estão a sendo exibidos no Explorador. O conteúdo
da Barra de Comandos é baseado no conteúdo da janela. Por exemplo, a
Barra de Comandos do Explorador de Documentos contém tarefas apro-
priadas para trabalhar com documentos enquanto que a mesma barra no
Explorador de Fotos contém tarefas apropriadas para trabalhar com ima-
gens.
Ao contrário do Windows XP e Exploradores anteriores, tanto a Barra de
Comandos como a Área de Navegação estão disponíveis simultaneamen-
te, assim as tarefas na Barra de Comandos estão sempre disponíveis para Com a Área de Antevisão já não tem que clicar com o botão direito do
que não tenha que andar a alternar entre a Área de Navegação e a Barra mouse em um arquivo para abrir a caixa das propriedades. Em vez disso,
de Comandos. uma descrição completa das propriedades do arquivo está sempre visível
no Painel de detalhes. Aqui também é possível adicionar ou editar proprie-
dades de um ou mais arquivos.
Painel de Visualização
De forma a oferecer-lhe uma maneira ainda mais completa de pré-
visualizar os conteúdos dos documentos sem ter que os abrir, os Explora-
dores como o Explorador de Documentos, Explorador de Música e o
Explorador de Imagens oferecem-lhe um Painel de Visualização opcional.
Nas aplicações que disponibilizem esta funcionalidade poderá navegar por
pré-visualizações legíveis de vários documentos ou antever alguns segun-
Live Icons (Modos de Exibição) dos do conteúdo de arquivos de mídia.
Os ícones “ao vivo” no Windows Seven são um grande melhoramento em
relação aos ícones tradicionais. Nas aplicações que tenham esta funciona-
lidade disponível, os Live Icons fornecem-lhe uma pré-visualização em
miniatura do conteúdo de cada arquivo, em vez de uma representação
genérica da aplicação que está associada ao arquivo. Conseguirá ver pré-
visualização dos arquivos - incluindo as primeiras páginas dos seus docu-
mentos, as suas fotos e mesmo as capas dos álbuns das músicas que têm
gravadas no computador sem ter que abrir qualquer desses arquivos.

Informática 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Não podemos manipular arquivos que estão na lixeira. (no caso das ima-
gens podemos ativar o modo de exibição para visualizar quais imagens
foram excluídas);
A Lixeira do Windows possui dois ícones.
Lixeira vazia / Lixeira com itens

Barra de Endereços
A Barra de Endereços melhorada contém menus que percorrem todas as
etapas de navegação, permitindo-lhe andar para trás ou para frente em
qualquer ponto de navegação. Para esvaziar a lixeira podemos seguir os seguintes procedimentos:
Clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone da lixeira, no menu de
contexto ativar o comando Esvaziar a lixeira. Na janela que aparece em
decorrência desta ação ativar o comando Sim.
Abrir a pasta Lixeira, clicar no comando Esvaziar lixeira na Barra de co-
mandos. Na janela que aparece em decorrência desta ação ativar o botão
Sim.
Para recuperar arquivo(s) excluído(s):
Abrir a pasta Lixeira, selecionar o(s) arquivo(s) desejado(s), clicar no
comando Restaurar este item, da barra de comandos.
Abrir a pasta Lixeira, selecionar o(s) arquivo(s) desejado(s), clicar o botão
direito do mouse e, no menu de contexto, ativar o comando Restaurar.
Acessórios do Windows
O Windows XP inclui muitos programas e acessórios úteis. São ferramen-
tas para edição de texto, criação de imagens, jogos, ferramentas para
melhorar a performance do computador, calculadora e etc.
Lixeira do Windows
Se fôssemos analisar cada acessório que temos, encontraríamos várias
É uma pasta que armazena temporariamente arquivos excluídos. Pode-
aplicações, mas vamos citar as mais usadas e importantes.
mos restaurar arquivos excluídos.
A pasta Acessórios é acessível dando−se um clique no botão Iniciar na
Dicas: O tamanho padrão é personalizado (podemos alterar o tamanho da
Barra de tarefas, escolhendo a opção Todos os Programas e no submenu,
lixeira acessando as propriedades da lixeira);
que aparece, escolha Acessórios.
Bloco de Notas
Editor simples de texto utilizado para gerar programas, retirar a formatação
de um texto e etc.

Sua extensão de arquivo padrão é TXT. A formatação escolhida será


aplicada em todo texto.
Word Pad
Editor de texto com formatação do Windows. Pode conter imagens, tabelas
e outros objetos. A formatação é limitada se comparado com o Word. A
extensão padrão gerada pelo Word Pad é a RTF. Lembre-se que por meio
do programa Word Pad podemos salvar um arquivo com a extensão DOC
entre outras.

Informática 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Paint
Editor simples de imagens do Windows. A extensão padrão é a BMP.
Permite manipular arquivos de imagens com as extensões: JPG ou JPEG,
Verificador de Erros
GIF, TIFF, PNG, ICO entre outras.
Varre a unidade em busca de erros, defeitos ou arquivos corrompidos e
caso o usuário deseje e tenta corrigi-los automaticamente.

Calculadora
Pode ser exibida de duas maneiras: padrão, científica, programador e
estatística.

Desfragmentador de Disco
É um utilitário que reorganiza os dados em seu disco rígido, de modo que
cada arquivo seja armazenado em blocos contíguos, ao invés de serem
dispersos em diferentes áreas do disco e elimina os espaços em branco.

Windows Live Movie Maker


Editor de vídeos. Permite a criação e edição de vídeos. Permite inserir
narrações, músicas, legendas, etc... Possui vários efeitos de transição
para unir cortes ou cenas do vídeo. A extensão padrão gerada pelo Movie
Maker é a MSWMM se desejar salvar o projeto ou WMV se desejar salvar
o vídeo.

Backup (cópia de segurança)


Permite transferir arquivos do HD para outras unidades de armazenamen-
to. As cópias realizadas podem seguir um padrão de intervalos entre um
Ferramentas do Sistema backup e outro.
As principais ferramentas do sistema são:
Limpeza de disco
Permite apagar arquivos e programas (temporários, da lixeira, que são
pouco usados) para liberação do espaço no HD.

Informática 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Os principais tipos de backup são:


Normal: limpa os marcadores. Faz o backup de arquivos e pastas selecio-
nados. Agiliza o processo de restauração, pois somente um backup será Windows Defender
restaurado. O Windows Defender (anteriormente conhecido por Windows AntiSpyware)
é uma funcionalidade do Windows Seven que ajuda a proteger o seu
Cópia: não limpa os marcadores. Faz o backup de arquivos e pastas
computador fazendo análises regulares ao disco rígido do seu computador
selecionados.
e oferecendo-se para remover qualquer spyware ou outro software poten-
Diferencial: não limpa os marcadores. Faz o backup somente de arquivos cialmente indesejado que encontrar. Também oferece uma proteção que
e pastas selecionados que foram alterados após o ultimo backup. está sempre ativa e que vigia locais do sistema, procurando alterações que
assinalem a presença de spyware e comparando qualquer arquivo inserido
Incremental: limpa os marcadores. Faz o backup somente de arquivos e com uma base de dados do spyware conhecido que é constantemente
pastas selecionados que foram alterados após o ultimo backup. atualizada.
Diário: não limpa os marcadores. Faz o backup de arquivos e pastas
selecionados que foram alterados durante o dia.
Ferramentas de Segurança
Recursos como o Firewall do Windows e o Windows Defender podem
ajudar a manter a segurança do computador. A Central de Segurança do
Windows tem links para verificar o status do firewall, do software antivírus
e da atualização do computador. O UAC (Controle de Conta de Usuário)
pode ajudar a impedir alterações não autorizadas no computador solicitan-
do permissão antes de executar ações capazes de afetar potencialmente a
operação do computador ou que alteram configurações que afetam outros
usuários.
Firewall do Windows
Um firewall é uma primeira linha de defesa contra muitos tipos de malware
(programa malicioso). Configurada como deve ser, pode parar muitos tipos
de malware antes que possam infectar o seu computador ou outros com-
putadores na sua rede. O Windows Firewall, que vem com o Windows
Seven, está ligado por omissão e começa a proteger o seu PC assim que Teclas de atalho gerais
o Windows é iniciado. Foi criado para ser fácil de usar, com poucas opções
de configuração e uma interface simples. F1 (Exibir a Ajuda)

Mais eficiente que o Firewall nas versões anteriores do Windows, a firewall CTRL+C (Copiar o item selecionado)
do Windows Seven ajuda-o a proteger-se restringindo outros recursos do CTRL+X (Recortar o item selecionado)
sistema operacional se comportarem de maneira inesperada – um indica-
dor comum da presença de malware. CTRL+V (Colar o item selecionado)

Windows Update CTRL+Z (Desfazer uma ação)

Outra funcionalidade importante do Windows Seven é o Windows Update, CTRL+Y (Refazer uma ação)
que ajuda a manter o seu computador atualizado oferecendo a opção de DELETE (Excluir o item selecionado e movê-lo para a Lixeira)
baixar e instalar automaticamente as últimas atualizações de segurança e
funcionalidade. O processo de atualização foi desenvolvido para ser sim- SHIFT+DELETE (Excluir o item selecionado sem movê-lo para a Lixeira
ples – a atualização ocorre em segundo plano e se for preciso reiniciar o primeiro)
computador, poderá ser feito em qualquer outro momento.
F2 (Renomear o item selecionado)
CTRL+SETA PARA A DIREITA (Mover o cursor para o início da próxima
palavra)
CTRL+SETA PARA A ESQUERDA (Mover o cursor para o início da pala-
vra anterior)
CTRL+SETA PARA BAIXO (Mover o cursor para o início do próximo
parágrafo)

Informática 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
CTRL+SETA PARA CIMA (Mover o cursor para o início do parágrafo CTRL+Windows tecla de logotipo do +F (Procurar computadores (se você
anterior) estiver em uma rede))
CTRL+SHIFT com uma tecla de seta (Selecionar um bloco de texto) Windows tecla de logotipo +L (Bloquear o computador ou alternar usuá-
rios)
SHIFT com qualquer tecla de seta (Selecionar mais de um item em uma
janela ou na área de trabalho ou selecionar o texto dentro de um docu- Windows tecla de logotipo +R (Abrir a caixa de diálogo Executar)
mento)
Windows tecla de logotipo +T (Percorrer programas na barra de tarefas)
CTRL com qualquer tecla de seta+BARRA DE ESPAÇOS (Selecionar
vários itens individuais em uma janela ou na área de trabalho) Windows tecla de logotipo +TAB (Percorrer programas na barra de tarefas
usando o Flip 3-D do Windows)
CTRL+A (Selecionar todos os itens de um documento ou janela)
CTRL+Windows tecla de logotipo do +TAB (Usar as teclas de seta para
F3 (Procurar um arquivo ou uma pasta) percorrer programas na barra de tarefas usando o Flip 3-D do Windows)
ALT+ENTER (Exibir as propriedades do item selecionado) Windows tecla de logotipo +BARRA DE ESPAÇOS (Trazer todos os
gadgets para a frente e selecionar a Barra Lateral do Windows)
ALT+F4 (Fechar o item ativo ou sair do programa ativo)
Windows tecla de logotipo +G (Percorrer gadgets da Barra Lateral)
ALT+BARRA DE ESPAÇOS (Abrir o menu de atalho para a janela ativa)
Windows tecla de logotipo +U (Abrir a Central de Facilidade de Acesso)
CTRL+F4 (Fechar o documento ativo (em programas que permitem vários
documentos abertos simultaneamente)) Windows tecla de logotipo +X (Abrir a Central de Mobilidade do Windows)
ALT+TAB (Alternar entre itens abertos) Windows tecla de logotipo com qualquer tecla numérica (Abrir o atalho de
Início Rápido que estiver na posição correspondente ao número. Por
CTRL+ALT+TAB (Usar as teclas de seta para alternar entre itens abertos) exemplo, use a Windows tecla de logotipo +1 para iniciar o primeiro atalho
Windows tecla de logotipo +TAB (Percorrer programas na barra de tarefas no menu Início Rápido)
usando o Flip 3-D do Windows) Criar atalhos de teclado para abrir programas
CTRL+Windows tecla de logotipo do +TAB (Usar as teclas de seta para É possível criar atalhos de teclado para abrir programas, o que pode ser
percorrer programas na barra de tarefas usando o Flip 3-D do Windows) mais simples que abrir programas usando o mouse ou outro dispositivo
ALT+ESC (Percorrer os itens na ordem em que foram abertos) apontador. Antes de concluir estas etapas, verifique se já foi criado um
atalho para o programa ao qual deseja atribuir um atalho de teclado. Se
F6 (Percorrer os elementos da tela em uma janela ou na área de trabalho) nenhum atalho tiver sido criado, vá até a pasta que contém o programa,
F4 (Exibir a lista da Barra de endereços no Windows Explorer) clique com o botão direito do mouse no arquivo do programa e clique em
Criar Atalho para criar um atalho.
SHIFT+F10 (Exibir o menu de atalho para o item selecionado)
Localize o atalho para o programa para o qual deseja criar um atalho de
CTRL+ESC (Abrir o menu Iniciar) teclado.
ALT+letra sublinhada (Exibir o menu correspondente) Clique com o botão direito do mouse no atalho e clique em Propriedades.
ALT+letra sublinhada (Executar o comando do menu (ou outro comando Na caixa de diálogo Propriedades do Atalho, clique na guia Atalho e na
sublinhado)) caixa Tecla de atalho.
F10 (Ativar a barra de menus no programa ativo) Pressione a tecla que deseja usar no teclado em combinação com C-
TRL+ALT (atalhos de teclado iniciam automaticamente com CTRL+ALT) e
SETA PARA A DIREITA (Abrir o próximo menu à direita ou abrir um sub-
clique em OK.
menu)
Agora você já pode usar esse atalho de teclado para abrir o programa
SETA PARA A ESQUERDA (Abrir o próximo menu à esquerda ou fechar
quando estiver usando a área de trabalho. O atalho também funcionará
um submenu)
enquanto você estiver usando alguns programas, embora possa não
F5 (Atualizar a janela ativa) funcionar com alguns programas que tenham seus próprios atalhos de
teclado.
ALT+SETA PARA CIMA (Exibir a pasta um nível acima no Windows Explo-
rer) Observações
ESC (Cancelar a tarefa atual) A caixa Tecla de atalho exibirá Nenhum até a tecla ser selecionada. De-
pois, a caixa exibirá Ctrl+Alt seguido pela tecla selecionada.
CTRL+SHIFT+ESC (Abrir o Gerenciador de Tarefas)
Você não pode usar as teclas ESC, ENTER, TAB, BARRA DE ESPAÇOS,
SHIFT quando inserir um CD (Evitar que o CD seja executado automati- PRINT SCREEN, SHIFT ou BACKSPACE para criar um atalho de teclado.
camente)
O Windows apresenta muitas falhas em seu sistema. Falhas imper-
Atalhos com tecla do Windows (Winkey) ceptíveis que os usuários comuns não se dão conta, porem, não passam
Windows tecla de logotipo (Abrir ou fechar o menu Iniciar) despercebidas pelos Hackers que exploram estas falhas para danificar o
sistema de outras pessoas.
Windows tecla de logotipo +PAUSE (Exibir a caixa de diálogo Proprieda-
des do Sistema) Em virtude disso, a Microsoft esta continuamente lançando atualiza-
ções que servem para corrigir estas falhas.
Windows tecla de logotipo +D (Exibir a área de trabalho)
É muito importante manter o sistema atualizado e uma vantagem do
Windows tecla de logotipo +M (Minimizar todas as janelas) Windows é que ele se atualiza automaticamente, basta uma conexão com
Windows tecla de logotipo +SHIFT+M (Restaurar janelas minimizadas na a internet.
área de trabalho) Bibliografia
Windows tecla de logotipo +E (Abrir computador) http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfcAQAK/curso-windows-7-
basico-completo
Windows tecla de logotipo +F (Procurar um arquivo ou uma pasta)

Informática 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
http://blog.tribunadonorte.com.br/tnconcursos/files/2013/04/Questõ dos Browsers, que foi a luta pelo mercado dessas aplicações entre a
es-do-Windows-7.pdf gigante Microsoft e a companhia menor largamente responsável pela
Prof. Wagner Bugs – http://www.wagnerbugs.com.br popularização da Web, a Netscape.

Navegador- browser O Opera, um navegador rápido e pequeno, popular principalmente em


[[Compu1996 e permanece um produto de nicho no mercado de
Um navegador, também conhecido pelos termos em inglês web navegadores para oscomputadores pessoais ou PCs.
browser ou simplesmente browser, é um programa de computador que
Essa disputa colocou a Web nas mãos de milhões de usuários
habilita seus usuários a interagirem com documentos virtuais da Internet,
ordinários do PC, mas também mostrou como a comercialização da Web
também conhecidos como páginas da web, que podem ser escritas em
podia arruinar os esforços de padronização. Tanto a Microsoft como a
linguagens como HTML, ASP, PHP, com ou sem linguagens como
Netscape deliberadamente incluíram extensões proprietárias ao HTML em
o CSS e que estão hospedadas num servidor Web.
seus produtos, e tentaram ganhar superioridade no mercado através dessa
Protocolos e padrões diferenciação. A disputa terminou em 1998 quando ficou claro que a
tendência no declínio do domínio de mercado por parte da Netscape era
Os Navegadores Web, ou Web Browsers comunicam-se geralmente irreversível. Isso aconteceu, em parte, pelas ações da Microsoft no sentido
com servidores Web (podendo hoje em dia se comunicar com vários tipos de integrar o seu navegador com o sistema operacional e o
de servidor), usando principalmente o protocolo de transferência de hiper- empacotamento do mesmo com outros produtos por meio de
texto HTTP para efetuar pedidos a ficheiros (português euro- acordos OEM; a companhia acabou enfrentando uma batalha legal em
peu) ou arquivos (português brasileiro), e processar respostas vindas do função das regras antitruste do mercado norte-americano.
servidor. Estes arquivos, são por sua vez identificados por um URL.
A Netscape respondeu liberando o seu produto como código aberto,
O navegador, tem a capacidade de ler vários tipos de arquivos, sendo criando o Mozilla. O efeito foi simplesmente acelerar o declínio da
nativo o processamento dos mais comuns (HTML, XML, JPEG, GIF, PNG, companhia, por causa de problemas com o desenvolvimento do novo
etc.), e os restantes possíveis através de plugins (Flash, Java, etc.). produto. A companhia acabou comprada pela AOL no fim de 1998. O
Os navegadores tem a capacidade de trabalhar também com vários Mozilla, desde então, evoluiu para uma poderosa suíte de produtos Web
outros protocolos de transferência. com uma pequena mas firme parcela do mercado.

A finalidade principal do navegador é fazer-se o pedido de um O Lynx Browser permanece popular em certos mercados devido à sua
determinado conteúdo da Web e providenciar a exibição do mesmo. natureza completamente textual.
Geralmente, quando o processamento do ficheiro não é possível através Apesar do mercado para o Macintosh ter sido tradicionalmente
do mesmo, este apenas transfere o ficheiro localmente. Quando se trata dominado pelo Internet Explorer e pelo Netscape Navigator, o futuro
de texto (Markup Language e/ou texto simples) e/ou imagens bitmaps, o parece pertencer ao próprio navegador da Apple Inc., o Safari, que é
navegador tenta exibir o conteúdo. baseado no mecanismo de renderização KHTML, parte do navegador de
Os navegadores mais primitivos suportavam somente uma versão código aberto Konqueror. O Safari é o navegador padrão do Mac OS X.
mais simples de HTML. O desenvolvimento rápido dos navegadores Em 2003, a Microsoft anunciou que o Internet Explorer não seria mais
proprietários, porém, (vejaAs Guerras dos Navegadores) levou à criação disponibilizado como um produto separado, mas seria parte da evolução
de dialetos não-padronizados do HTML, causando problemas de da plataforma Windows, e que nenhuma versão nova para o Macintosh
interoperabilidade na Web. Navegadores mais modernos (tais como seria criada.
o Mozilla Firefox, Opera, Google Chrome, Apple Safari e Microsoft Internet
Explorer) suportam versões padronizadas das linguagens HTML Lista de navegadores
e XHTML (começando com o HTML 4.01), e mostram páginas de uma
maneira uniforme através das plataformas em que rodam.  WorldWideWeb - por Tim Berners-Lee em 1990
para NeXTSTEP.
Alguns dos navegadores mais populares incluem componentes
adicionais para suportar Usenet e correspondência de e-mail através dos  Viola, por Pei Wei, para Unix em 1992.
protocolos NNTP eSMTP, IMAP e POP3 respectivamente  Midas - por Tony Johnson em 1992 para Unix.
História  Samba - por Robert Cailliau para Macintosh.
Os primeiros navegadores continham apenas texto depois de algum  Mosaic - por Marc Andreessen e Eric Bina em 1993 para Unix.
tempo foi aperfeiçoada. Aleks Totic desenvolveu uma versão para Macintosh alguns
Com o advento da Internet, ampliou-se o campo da informação. A meses depois.
Internet é uma grande teia ou rede mundial de computadores. Para
 Arena - por Dave Raggett em 1993.
utilizarmos todos os recursos disponíveis nesta imensa ferramenta de
informação, necessitamos de um software que possibilite a busca pela  Lynx - o Lynx sugiu na Universidade de Kansas como um
informação e para isso temos o Navegador. navegador hypertexto independente da Web. O estudante Lou
Montulli adicionou a o recurso de acesso via TCP-IP na versão
Tim Berners-Lee, que foi um dos pioneiros no uso do hipertexto como
2.0 lançada em março de 1993.
forma de compartilhar informações, criou o primeiro navegador,
chamado WorldWideWeb, em 1990. Ele ainda o introduziu como  Cello - por Tom Bruce em 1993 para PC.
ferramenta entre os seus colegas do CERN em Março de 1991. D tem sido
intrinsecamente ligado ao desenvolvimento da própria Web.  Opera - por pesquisadores da empresa de telecomunicações
norueguesa Telenor em 1994. No ano seguinte, dois
A Web, entretanto, só explodiu realmente em com a introdução pesquisadores, Jon Stephenson von Tetzchner e Geir Ivarsøy,
do NCSA Mosaic, que era um navegador gráfico (em oposição a deixaram a empresa e fundaram a Opera Software.
navegadores de modo texto) rodando originalmente no Unix, mas que foi
também portado para o Apple Macintosh e Microsoft Windows logo depois.  Netscape - pela Netscape em outubro de 1994.
A versão 1.0 do Mosaic foi lançada em Setembro de 1993. Marc
 Internet Explorer - pela Microsoft em 23 de agosto de 1995.
Andreessen, o líder do projeto Mosaic na NCSA, demitiu-se.
 Safari - pela Apple Inc. em 23 de Junho de 2003.
A Netscape lançou o seu produto líder Navigator em Outubro de 1994,
e este tornou-se o mais popular navegador no ano seguinte. A Microsoft,  Mozilla Firefox - pela Mozilla Foundation com ajuda de
que até então havia ignorado a Internet, entrou na briga com o seu Internet centenas de colaboradores em 9 de Novembro de 2004.
Explorer, comprado às pressas da Splyglass Inc. Isso marGuerra

Informática 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
 SeaMonkey - pelo Mozilla Foundation - Baseado no Gecko O futuro dos navegadores
(Mozilla) - Site: http://www.seamonkey-
Em 2008, a W3C anunciou a especificação do HTML5, que entre
project.org/releases/seamonkey2.0.5/.
outras, muda a forma de "execução e funcionamento" dos navegadores,
 Flock - pela Flock Inc. baseado no Firefox em 22 de Junho de fazendo com que os mesmos não mais executem as linhas de comandos
2006. em HTML, buscando os recursos agregados (arquivos contendo dados e
informações, ou mesmo, configurações adicionais de funcionamento),
 Google Chrome - pela Google em Setembro de 2008. atrelando programas adicionais à sua execução (como plugin), e como
 Konqueror - pelo Time de Desenvolvedores do KDE. ocorre atualmente, limitando o acesso a alguns conteúdos da Web, que
ficam "amarrados" a programas de terceiros (outras empresas). Assim
 Dooble - por... - Um navegador Open Source para Linux/Unix, sendo, a especificação HTML5 propicia uma liberdade incondicional do
MAC OS e Windows - Site: http://dooble.sourceforge.net/. navegador, transformando-o de mero "exibidor e agregador" em um
"programa on-line", que contém as especificações (comandos) de forma
 Midori - por Christian Dywan - Um navegador leve baseado única, não sendo necessário o complemento de outros recursos e
no WebKitGTK+ e o navegador official do XFCE - ferramentas. Excetuando-se o IE8, todos os demais navegadores já
Site: http://www.twotoasts.de/. contêm o algoritmo que os torna "compatíveis" com a especificação
A Web e as características dos navegadores HTML5.

Diferentes navegadores podem ser distinguidos entre si pelas Navegadores mais usados
características que apresentam. Navegadores modernos e páginas Web
criadas mais recentemente tendem a utilizar muitas técnicas que não
existiam nos primórdios da Web. Como notado anteriormente, as disputas
entre os navegadores causaram uma rápida e caótica expansão dos
próprios navegadores e padrões da World Wide Web. A lista a seguir
apresenta alguns desses elementos e características:
 ActiveX
 Bloqueio de anúncios
 Preenchimento automático de URLs e dados de formulário
 Bookmarks (marcações, favoritos) para manter uma lista de
locais freqüentemente acessados
 Suporte a CSS
 Suporte a cookies, que permitem que uma página ou conjunto
de página rastreie usuários
 Cache de conteúdo Web
 Certificados digitais
 Gerenciamento de downloads Usage share of web browsers according to StatCounter.
 DHTML e XML
 Imagens embutidas usando formatos gráficos Há tempos o Internet Explorer é o líder no mercado dos browsers,
como GIF, PNG, JPEG e SVG embora em queda acentuada. De acordo com a StatCounter, o navegador
 Flash da Microsoft possui uma participação no mercado de 38.9% contra 25,0%
 Favicons do seu maior rival, o Firefox da Mozilla. Segundo dados de agôsto de
 Fontes, (tamanho, cor e propriedades) 2011, logo atrás estão os outros navegadores, como Google
 Histórico de visitas Chrome, Apple Safari e Opera.
 HTTPS O mais impressionante é a ascensão do Chrome, o browser da
 Integração com outras aplicações Google. Atualmente, o browser detém mais de 20.9% do mercado, o que o
 Navegação offline faz ocupar o 3° lugar na disputa. A possível razão para esse fato são os
 Applets Java investimentos maciços da empresa na promoção do próprio browser. Esse
 JavaScript para conteúdo dinâmico browser oferece suporte a extensões, assim como o Opera e o Mozilla
 Plugins Firefox, o que pode comprometer ainda mais a colocação do primeiro.
 Tabbed browsing
Bibliografia
 Modo Anônimo de Navegação
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfcAQAK/curso-windows-7-
 Verificador de Spyware
basico-completo
Segurança http://blog.tribunadonorte.com.br/tnconcursos/files/2013/04/Questõ
Hoje em dia, a maioria dos browsers suportam protocolo de es-do-Windows-7.pdf
transferência de hipertexto seguro (Secure HTTP) e oferecem uma forma Prof. Wagner Bugs – http://www.wagnerbugs.com.br
rapida e fácil para deletar cache da web, cookies e histórico. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
MICROSOFT OFFICE 2010
Com o crescimento e as inovações das técnicas de invasões e
infecções que existem na Internet, torna-se cada vez mais necessária Diferenças da interface do usuário no Office 2010 em
segurança nos navegadores. Atualmente eles são "obrigados" a possuir relação às versões anteriores do Microsoft Office
proteções contra scripts maliciosos, entre outros conteúdos maliciosos que Office 2010
possam existir em páginas web acessadas.
A segurança dos navegadores gera disputa entre eles em busca de Dentro de cada aplicativo, o Microsoft Office 2010 melhorou a funcionali-
mais segurança. Sua proteção tem que ser sempre atualizada, pois com o dade em muitas áreas. Quando o 2007 Microsoft Office System foi lança-
passar do tempo, surgem cada vez mais novas técnicas para burlar os do, uma diferença significativa em relação ao Office 2003 foi a introdução
sistemas de segurança dos navegadores. da faixa de opções na interface do usuário para o Microsoft Office Access
2007, Microsoft Office Excel 2007, Microsoft Office PowerPoint 2007,
Microsoft Office Word 2007 e partes do Microsoft Office Outlook 2007. A
interface do usuário mudou de uma coleção de menus e barras de ferra-
mentas para um único mecanismo de faixa de opções. O Pacotes do

Informática 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Microsoft Office 2010 mantém a faixa de opções e tem alguns recursos
novos. Writer veis no apli-
cativo.
A faixa de opções agora está disponível em todos os produtos do Pacotes
do Office 2010, assim a mudança de um aplicativo para outro é otimizada.
Além das mudanças na faixa de opções, o plano de fundo do Pacotes do Verificador O verificador Verificador ortográ- Verificador
Office 2010 agora é cinza, por padrão, enquanto o plano de fundo do 2007 ortográfico ortográfico é fico básico. ortográfico
Office System era azul. Para obter mais informações sobre alterações agora inte- básico.
específicas no Office 2010, consulte Alterações de produtos e recursos no grado com a
correção
Office 2010.
automática.
Tabela de diferenças
A tabela a seguir descreve as diferenças em elementos da interface do
usuário entre o Office 2010, o 2007 Office System e o Office 2003. Visualização Uma visuali- Colar, Desfazer, Funcionalida-
de Colar zação dinâ- Colar. des básicas
Elemento da mica antes de de Colar.
interface do Office 2010 Office 2007 Office 2003 você confir-
usuário mar Colar.
Evita o uso do
botãoDesfa-
Menus e A faixa de A faixa de opções Só estão zer.
guias opções subs- substitui os menus disponíveis
titui os menus e barras de ferra- menus e
e barras de mentas no Access barras de Impresso O modo de Botão do Microsoft Opção básica
ferramentas 2007, Office Excel ferramentas. exibição Office, Imprimir de Imprimir
em todos os 2007, PowerPoint Backstage com ferramentas no me-
produtos do 2007, Word 2007 e combina de impressão nu Arquivo.
Office 2010 e partes do Outlook Imprimir com limitadas espalha-
pode ser 2007. a Visualiza- das ao longo de
totalmente ção de Im- diversos coman-
personaliza- pressão, dos.
da. Layout da
Página e
outras opções
Painéis de Grupos de Grupos de coman- Painel de de impressão.
tarefas comandos na dos na faixa de tarefas bási-
faixa de opções e a capaci- co.
opções e a dade de personali- Minigráficos Um gráfico Gráficos dinâmicos Gráficos
capacidade zação. em miniatura e tipos de gráficos. tridimensio-
de personali- inserido em nais (3-D).
zação. um texto ou
embutido em
uma célula de
Barra de Totalmente Introduzida em Não disponí- planilha para
Ferramentas personalizá- 2007. vel. resumir da-
de Acesso vel. dos.
Rápido

Conceitos Conversa, Não disponível. Não disponí-


Modo de Mais ferra- Ferramentas limi- Ferramentas básicos de Limpeza, vel.
exibição mentas fora tadas que podem limitadas no email Ignorar Thre-
Backstage da janela de ser acessadas me- ad, e Dicas
exibição do através do Botão nu Arquivo de Email para
documento. do Microsoft Office. quando uma
pessoa esti-
ver fora do
Assinaturas Encontrado Formatado com Encontrado
escritório ou
digitais no modo de XMLDSig, encon- emFerramen-
se o email for
exibição trado emArqui- tas/ Opções /
enviado para
Backstage vo /Finalizar Seguran-
um grupo.
emInforma- Documen- ça /Assinatur
ções sobre o to /Assinaturas. as Digitais
Documen- Ferramenta Disponível Funcionalidade Funcionalida-
to /Proteger de edição de nos aplicati- limitada. de limitada.
Documento. fotos vos: (Word
2010, Excel
2010, Power-
Smart Art Aprimorado a As ferramentas de Não disponí-
Point 2010,
partir da design disponíveis vel.
Outlook 2010
versão 2007. em todos os apli-
e Microsoft
cativos do Micro-
Publisher
soft Office.
2010).

Formatos Incluídos Adicionados no Não disponí-


Vídeo no Gatilhos e Não disponível. Não disponí-
Open (*.odt) nesta versão. 2007 Office Sys- vel.
Microsoft controles de vel.
OpenDocu- tem Service Pack 2
PowerPoint vídeo.
ment Text (SP2).

Integração Opções de Não disponível. Não disponí-


com o Win- postagem de vel. WORD 2007
dows Live blog disponí-

Informática 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O Office Word 2007 está com um novo formato, uma nova interface do
usuário que substitui os menus, as barras de ferramentas e a maioria dos
painéis de tarefas das versões anteriores do Word com um único meca-
nismo simples e fácil de aprender.

A nova interface do usuário foi criada para ajudá-lo a ser mais produtivo no
Word, para facilitar a localização dos recursos certos para diversas tarefas,
para descobrir novas funcionalidades e ser mais eficiente.

A principal substituição de menus e barras de ferramentas no Office Word


2007 é a Faixa de Opções. Criada para uma fácil navegação, a Faixa de
Opções consiste de guias organizadas ao redor de situações ou objetos
específicos.

Os controles em cada guia são organizados em diversos grupos. A Faixa


de Opções pode hospedar um conteúdo mais rico que o dos menus e das
barras de ferramentas, incluindo botões, galerias e caixas de diálogo. DESFAZER
Definição: Desfaz a digitação, supomos que você tenha digitado uma linha
SALVANDO O DOCUMENTO por engano é só clicar no botão desfazer que ele vai desfazendo digitação.
Definição: salvar um documento significa guardá-lo em algum lugar no A opção desfazer é localizado no topo da tela
computador para quando você quiser utilizá-lo novamente é só abri-lo que
tudo o que você fez estará lá intacto do jeito que você deixou

(CTRL+Z)
1º Salvando clique em e escolha Salvar como (CTRL+B)
2º Nesta tela é que você define onde será salvo e o nome desse arquivo REFAZER
depois clique em salvar Definição: supõe-se que você tenha digitado dez linhas a apagou por
engano nove linhas, para você não ter que digitar as nove linhas tudo de
novo clique no Botão Refazer ou (CTRL+Y)
A opção refazer digitação esta localizada no topo da tela

VISUALIZAR IMPRESSÃO
Definição: visualiza o documento como ele vai ficar quando for impresso.
A opção visualizar impressão esta localizada no topo da tela por pa-

drão o botão visualizar impressão não


aparece.

1º Colocar o botão clique na seta ao lado do Refazer digitação vai apare-


cer um submenu marque a opção visualização de impressão

Diferença entre salvar e salvar como


• Salvar como: é usado sempre que o documento for salvo pela primei-
ra vez, mesmo se for clicado em salvar aparecerá à tela do salvar co-
mo.
• Salvar: É usado quando o documento já esta salvo e você o abre para
fazer alguma alteração nesse caso usa-se o salvar.

ABRINDO DOCUMENTO

1º Clique em e escolha Abrir (CTRL+A)


2º Nesta tela é só procurar o arquivo onde foi salvo

2º clique sobre

Informática 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Obs. Coloque o cursor do mouse sobre a tela branca vai aparecer uma
lupa com um sinal de + significa que você pode aumentar o zoom quando
dentro da lupa aparecer um sinal de – significa para reduzir o zoom
Definição: O criar um novo documento em branco

1º Clique no Botão Microsoft Office e, em seguida, clique em


3º Sair da Visualização aperte a tecla ESC ou Novo ou CTRL+O
VISUALIZAR DUAS PÁGINAS
Definição: Serve para quando for necessário visualizar mais de uma pagi-
na ao mesmo tempo em que esta localizada na mesma tela anterior

MUDANDO DE PAGINA
Definição: Essas opções PRÓXIMA PÁGINA e PÁGINA ANTERIOR que
aparecem quando você visualiza impressão elas permitem que você
visualize todas as páginas de seu documento sem precisar sair do visuali-
zar impressão.

1º clique

Navega para a próxima página do documento 2º Escolha Documento em Branco e Criar


Navega para página anterior do documento

ZOOM
Definição: Zoom significa Aumentar ou diminuir a visualização do docu-
mento você define o zoom em porcentagem quando o zoom é aumentado
você consegue visualizar o seu documento mais próximo da tela, quando
ele é diminuído você consegue visualizar o documento mais distante da
tela.

1º Aba Exibição clique


3º Nesta tela que é definido o tamanho do zoom

IMPRESSÃO RÁPIDA
Definição: imprime em folha
Por padrão esse botão não aparece no topo para colocá-lo

Informática 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Todos: Significa que todas as páginas do documento serão impressas
• Página Atual: Significa que apenas a página que tiver o cursor nela
será impressa
• Paginas: Neste campo são definidas quais páginas serão impressas
ex: 1, 2,3 coloque a vírgula como separador Em Cópias
• Numero de Cópias: escolha a quantidade de cópias que você irá
querer clicando na setinha pra cima para aumentar e setinha pra baixo
para diminuir a quantidade de cópias

ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA
Definição: a verificação de ortografia permite a correção de erros ortográfi-
cos e de palavras digitadas erradas, existe o erro que aparece com um
risco verde em baixo da palavra significando que aquela palavra tem erro
ortográfico, ou seja, excesso de espaço, conjugação do verbo errado, erro
de crase, etc.

1º clique sobre a Impressora Existe também outro erro quando a palavra aparece com um risco verme-
lho este tipo de erro aparece quando a palavra digitada não existe no
IMPRIMIR dicionário do Word.
Definição: Outro modo de imprimir um documento aqui poderá escolher Obs. Um exemplo utilizando os dois erros o Verde e o Vermelho
quais páginas, quantas cópias serão impressas, enquanto na impressão
rápida ele imprime o documento inteiro se tiver 10 páginas as 10 serão 1º O primeiro erro é o verde esta entre Carga e o do contém entre essas
impressas. duas palavras um excesso de espaço, ou seja, ao invés de se colocar
apenas um espaço foi colocado dois.
1º clique sobre ou (CTRL+P) Ex: Carga do Sistema Operacional
2º O Segundo erro é o vermelho o ocasionamento deste erro foi que no
dicionário do Word a palavra que existe é ortográfico e não ortogra-
fio.
Ex:Verifique a ortografio

Corrigindo o erro: Existem duas formas de se corrigir erros ortográficos


1º forma:
• Clique com o botão direito sobre o erro verde
• Olha que beleza o Word acusou o erro, esta mostrando que existe
excesso de espaço entre as palavras em questão para corrigi-la clique
sobre a opção que lhe é mostrada que é verificar o excesso de es-
paço entre as palavras que o erro é corrigido automaticamente.

Clique com o botão direito sobre o erro vermelho


O Word mostra várias opções que ele encontrou em seu dicionário basta
escolher a correta e clicar em cima, no nosso caso a primeira opção é a
2º Clique em imprimir a caixa de dialogo abaixo é onde é definida a im- correta clique-a, caso nenhuma das opções que o Word mostrar fosse a
pressão correta clique na opção Ignorar que o Word não corrigirá a palavra em
questão se em seu texto tiver 10 palavras Ex: “ortografio” caso você queira
ignorar este erro, ou seja, mantê-lo não precisa ignorar um por um, clique
na opção Ignorar tudo que todas as palavras “ortografio “serão ignora-
das”.

Definição:
Em Intervalo de Página

Informática 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
esquerdo e o segure arrastando-o, olhe no exemplo abaixo a parte roxa é
a parte do texto selecionada.

Ex:

COPIANDO TEXTO
Definição: Quando é necessário utilizar um determinado texto em outro
documento não é necessário digitar tudo novamente faça o seguinte.
1º selecione parte do texto a ser copiado
2º Na Aba Inicio clique sobre Copiar ou (CTRL+C)

COLAR O TEXTO
Definição: Colar significa pegar o texto que foi copiado e colocá-lo em
outro lugar.
1º Após ter copiado o texto no exemplo anterior

2º Na Aba Início clique em Colar ou (CTRL+V)

RECORTAR TEXTO
2º Forma: é usar o Corretor ortográfico Definição: Recortar um texto é o ato de se transferir de um lugar para
outro, sendo diferente do copiar que copia o texto e mantém o texto no
lugar, enquanto que o recortar arranca-o daquele lugar onde esta para
1º Aba Revisão ou (F7) outro que você escolher.
Observe a tela abaixo: o Word acusou excesso de espaço entre as duas
palavras caso esteja correto, clique no botão Ignorar uma vez caso esteja 1º selecione o texto a ser recortado
errado escolha a sugestão do corretor que é Verifique o excesso de
espaço entre as palavras clique no botão Alterar no nosso caso o exces- 2º na Aba Inicio clique sobre Recortar ou (CTRL+X)
so de espaço esta errado, clique em Alterar.
Negrito
Definição: O negrito geralmente é utilizado para destacar uma letra, uma
palavra que você acha muito importante quando o negrito é colocado a
letra fica mais grossa que as normais.
1º Selecione o texto a ser negritado
2º Aba início clique em Negrito ou (CTRL+N)
Ex: Carro

Obs. Para retirar o negrito do texto selecione o texto que foi negritado e
desmarque a opção

Sublinhado
Definição: O sublinhado faz com que o texto fique com um risco em baixo
1º Selecione o texto a ser sublinhado
2º Aba Início clique em Sublinhado ou (CTRL+S)
Ex: Office 2007
Próximo erro: O Word acusou outro erro e mostra várias opções para que
você escolha procure a palavra que é correta e clique em Alterar no nosso Obs. Para retirar o sublinhado do texto selecione o texto que foi sublinhado
caso a correta é a primeira que ele mostra selecione-a e clique em Alterar e desmarque a opção

Itálico
Definição: A letra com itálico fica tombada
1º Selecione o texto a ter o itálico
2º Aba Início clique em Itálico ou (CTRL+I)
Ex: Office 2007

Tachado
Definição: A letra tachada fica com um risco no meio dela
1º Selecione o texto a ser Tachado

2º Aba Início clique em Tachado


Ex: Carro

Obs. Para retirar o tachado do texto selecione o texto que tem o Tachado
e desmarque a opção

SELECIONANDO TEXTO Cor da fonte


Definição: Para selecionar um texto coloque o cursor do mouse antes da Definição: Cor da fonte é utilizada quando se deseja alterar a cor do texto
primeira palavra do texto quando o cursor virar um I clique com o botão ou de uma palavra

Informática 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1º Selecione o texto a ser mudada a cor Definição: Alinha a margem direita e esquerda, adicionando espaços
2º Aba Início clique em Cor da Fonte extras entre as palavras conforme o necessário
1º Selecione o texto a ser alinhado
Obs. Quando falar fonte significa letra 2º Aba Início clique em Justificar ou (CTRL+J)

Tipo da fonte Ex: A memória ROM significa Memória apenas de leitura. Esta memória
Definição: Tipo da fonte permite ao usuário a mudança do estilo da letra. que esta fixa ao computador, não pode ser ampliada e vem com instruções
1º Selecione o texto a ser mudado o tipo da fonte que fazem a checagem geral. No instante inicial quando se liga o compu-
tador for encontrado algum problema é emitido um sinal com um código de
2º Aba Início clique em Tipo da Fonte ou (C- alerta.
TRL+SHIFT+F)
Ex: Carro Obs. Olhe como a margem esquerda e direita ficaram retas
Tamanho da fonte Marcadores
Definição: Tamanho da fonte permite que a letra seja aumentada ou dimi-
nuída 1º Aba Inicio clique em Marcador
1º Selecione o texto a ser mudado o tipo da fonte (letra) Ex:
• Vectra
2º Aba Início clique em Tipo da Fonte ou (CTRL+SHIFT+P)
• Corsa
Aumentar Fonte
Obs. Para que a próxima linha tenha um marcador aperte ENTER para
Definição: Aqui é outro modo de se aumentar a letra
pular para linha de baixo
1º Selecione o texto a ser mudado
2º Aba Início clique em Aumentar Fonte ou (CTRL+SHIFT+>) Numeração
1º Aba Inicio clique em Numeração
Reduzir Fonte
Ex:
Definição: outro modo de se diminuir o tamanho da letra
1. Vectra
1º Selecione o texto a ser mudado
2. Corsa
2º Aba Início clique em Reduzir Fonte ou (CTRL+SHIFT+<)
Aumentar Recuo
Primeira letra da sentença em maiúscula
1º Coloque o cursor no início do parágrafo na Aba Início clique em
Definição: faz com que a primeira letra do parágrafo selecionado fique em
Aumentar Recuo ele vai criar um espaço entre a margem esquerda e
maiúscula
o parágrafo é o mesmo que apertar a tecla TAB
1º Aba Início 2º Coloque o curso no início da palavra e na Aba Início clique em Dimi-
Ex: Convertendo a primeira letra para maiúscula
nuir Recuo ele vai diminuir o espaço entre o seu parágrafo e a
margem esquerda é o mesmo que apertar o BACKSPACE
Minúscula
Definição: faz com que todo texto selecionado fique em minúscula
Espaçamento entre as linhas
1º Aba Início Definição: Espaçamento é um espaço dado entre uma linha e outra
Ex: convertendo todo texto para minúscula 1º Na Aba Início clique em Espaçamento entre linhas escolha 1,5
Maiúsculas Localizar
Definição: Faz com que todo texto selecionado fique em maiúscula Definição: Serve para localizar qualquer palavra em seu documento.
1º Aba Início
Ex: CONVERTENDO TODO TEXTO SELECIONADO PARA MAIÚSCULA
1º na Guia Início ou (CTRL+L)
Colocar cada palavra em maiúscula Ex: País decide ampliar o programa nuclear
Definição: faz com que toda inicial das palavras passem para maiúscula 2º Digite a palavra a ser procurada no campo Localizar digite neste
1º Aba Início campo “programa” que lhe será mostrado o resultado.
Ex: Convertendo A Inicial De Cada Palavra

Alinhar à Esquerda
Definição: Faz com o alinhamento do texto fique a esquerda.
1º Selecione o texto a ser alinhado
2º Aba Início clique em Alinhar Texto a Esquerda ou (CTRL+Q)

Centralizar
Definição: Faz com que o texto digitado fique no centro da página
1º Selecione o texto a ser alinhado Substituir
Definição: Serve para substituir uma palavra por outra
2º Aba Início clique em Centralizar ou (CTRL+E) Ex: País decide ampliar o programa nuclear

Alinhar à Direita 1º Na Guia Inicio ou (CTRL+U)


Definição: Faz com o texto fique alinhada a sua direita No campo Localizar é palavra que vai ser localizada no texto
1º Selecione o texto a ser alinhado No Campo Substituir por é pela palavra que será trocada
No exemplo, será procurada, no texto, a palavra “programa” e será substi-
2º Aba Início clique em Alinhar texto à Direita
tuída por “projeto”
Justificar

Informática 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

1º Aba Inserir
Ex: Digite: Apostila Office 2007

Data e Hora no Rodapé

1º Aba Inserir Editar Cabeçalho clique em


Obs. Escolha o modelo de data e hora a serem exibidos
Substituir: A palavra encontrada é substituída
Substitui Tudo: A palavra encontrada e todas iguais a ela serão substituí- Letra Capitular
das Definição: Cria uma letra maiúscula no ínicio de um parágrafo
Ficará: País decide ampliar o projeto nuclear 1º Selecione a letra que vai receber o capitular

2º Aba Inserir escolha Capitular


INSERIR NÚMERO DE PÁGINA
Obs. Para retirar o capitular selecione a letra capitulada e escolha a opção
Definição: Numerar pagina significa numerá-las seqüencialmente.
nenhum
1º Guia inserir temos as seguintes opções:
WORDART
1. Início da Página: a numeração ficará no início da Página
Definição: Inserir um texto decorativo no documento
2. Fim da Página: Será colocada a numeração no fim da página
1º Clique em e escolha o Modelo e clique em cima
INSERIR CABEÇALHO E RODAPÉ 2º É nesta caixa que é digitado o texto que irá aparecer deixe este texto
mesmo e aperte OK

Selecionando o Wordart
Inserindo Cabeçalho Para que você formate o seu wordart é necessário selecioná-lo, para fazê-
Definição: O conteúdo do cabeçalho será exibido no alto de cada página lo clique em cima irá aparecer um quadrado pontilhado em volta, quando
impressa um texto feito com o wordart é selecionado aparece uma Aba chamada
formatar é nessa aba que ocorre a formatação do seu texto.
1ºAba Inserir
Ex: Digite: Apostila Office 2007
Data e Hora no Cabeçalho Ex:

Editando Texto
1º Aba Inserir Editar Cabeçalho clique em No exemplo acima criamos um wordart escrito “Seu texto aqui” agora
trocaremos esse texto por “Aprendendo sobre Wordart” para fazê-lo
Escolha o modelo de data e hora a serem exibidos 1º clique em cima do texto “Seu texto aqui” para selecioná-lo
2º Vai aparecer um quadrado pontilhado em volta
3º Vá à aba formatar que vai ser a ultima que aparece no topo da tela

4º Escolha Editar Texto


5º vai aparecer mesma tela da anterior digite “Aprendendo sobre Wordart”
e aperte ok

Inserindo o Rodapé
Definição: O conteúdo do Rodapé será exibido na parte inferior de cada
página impressa

Informática 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Definição: Especifica como devem ser alinhadas as linhas individuais de
uma wordart com várias linhas

Digite a seguinte frase:


1º Selecione-o

2º Na Aba Formatar/Alinhar Texto

Efeito sombra
Definição: Adiciona uma sombra à forma

Espaçamento do Wordart
Definição: Aumenta o espaço entre uma letra e outra
Digite a seguinte frase:
1º Selecione 1º selecione-o

2º Na Aba formatar Espaçamento


2º Na Aba formatar Efeito sombra escolha estilo Sombra 8
3º Escolha Muito Afastado
Deslocando a sombra
Definição: O Word dá possibilidade de poder movimentar a sombra pra
direita, esquerda, a cima e abaixo
Igualar altura
Definição: Deixa todas as letras com a mesma altura

1º Selecione

2º Na Aba formatar Igualar Altura Digite a seguinte frase:


1º selecione-o
Ex:

Texto Vertical do Wordart


Definição: Desenha o texto verticalmente com as letras empilhadas uma 2º Aba Formatar/ Deslocar Sombra
em cima da outra 3º clique nas setas ao lado para movimentar a sombra

1º Selecione Efeitos 3D
2º Na Aba formatar Texto Vertical do Wordart Definição: Coloca efeito 3D sobre o texto feito no wordart
Ex:

Digite a seguinte frase:


1º Selecione-o

2º Aba Formatar
3º Clique em Efeito 3d e escolha 3D4

Ficará

Alinhando o Wordart
Definição: Aqui você escolhe como o wordart vai ficar atrás do texto, na
frente, próximo, etc.
Para o exemplo coloque o seu wordart atrás do texto.
1º Selecione-o
2º Aba Formatar

Alinhar Texto do Wordart

Informática 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

COLUNAS
Definição: Divide o texto em duas ou mais colunas
1º Selecione o texto a ser dividido em coluna
2º Aba layout da Página

CONFIGURAR PÁGINA

Retrato: Definição: Coloca a página em pé

1º Aba Layout Da Página Orientação


2º Mude para Retrato

QUEBRA DE PÁGINA
Descrição: Quando uma página chega ao fim é necessário pular para a
próxima página é através
de quebras de páginas que se consegue

1º Aba Layout Da Pagina escolha Quebra De Página


ou (CTRL+ENTER)

IMAGEM
Definição: Permite que o usuário possa adicionar figuras ao documento

Paisagem: Definição: Coloca a Pagina deitada

1º Aba Layout Da Página Orientação


2º Mude para Paisagem

1º Aba Inserir/Imagem
2º Localize a figura e clique em inserir
Definindo o Tipo do Papel
Definição: È o tipo de folha que será usada para digitar o texto o mais
usado é A4

1º Aba Layout Da Página escolha A4

HIFENIZAÇÃO
Definição: Quando ocorre uma quebra de linha se em uma linha não
couber toda a palavra o Word automaticamente joga o resto para linha de
baixo observe a palavra automaticamente que esta em negrito numa linha
ficou automa e na outra linha ficou ticamente olha o hífen em automa é
isso que é hifenização.

1º Aba Layout Da Pagina/Hifenização escolha


Automática
Informática 41 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

2º Aba Layout escolha Atrás


Obs. Atrás significa que a figura irá ficar atrás do texto.
CLIPART
Definição: são desenhos que são inseridos no documento

1º Aba Inserir
2º Na tela abaixo clique em Organizar Clipes

MARCA D’ÁGUA
Definição: Insere um texto fantasma atrás do conteúdo da página
1º Aba Layout Da Pagina

3º Na tela abaixo clique sobre a coleção do Office/ na pasta Esporte esco-


lha o Carrinho, clique na seta ao lado e clique em copiar depois colar

2º Nesta tela é definido se você vai querer figura ou texto para servir de
marca d’água

Movimentando a figura
1º Botão direito em cima da figura Formatar Imagem

Informática 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

HYPERLINK
Definição: Cria um link para uma página da web, uma imagem, um ende-
reço de email ou um programa.

Transformando uma palavra digitada em hyperlink


1º Selecione a palavra clique

2º Aba Inserir

3º Na tela abaixo escolha 3D do lado esquerdo, no estilo escolha o estilo


selecionado e aperte OK

Clique sobre o botão Pagina da web ou arquivo existente localizado ao


lado esquerdo, no campo Texto para exibição é a palavra que vai apare-
cer como um link no nosso caso o texto vai ser Clique logo abaixo no
campo Endereço digite o site a ser aberto no caso vai ser
HTTP://www.cade.com.br quando clicarmos sobre a palavra clique,
confirme a criação do hyperlink apertando o botão OK.

Obs. Para que esse link criado funcione aperte CTRL+clique do mouse

BORDA
Colocando a borda ao redor
1º Selecione o texto a ser colocada borda.
2º Aba Inicio Borda na Página

1º clique

BORDAS E SOMBREAMENTO
1º Selecione o texto a ter borda
2º Clique sobre

Informática 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Obs. Quando se coloca borda de página se você tiver 10 páginas no


documento todas essas páginas ficaram com esta borda

2º clique na Aba Borda da Página escolha 3D do lado esquerdo escolha o


estilo selecionado 2º clique na Aba Sombreamento clique na seta pra baixo em Preenchi-
mento para escolher a cor e clique em OK

SOMBREAMENTO
Definição: Sombreamento é uma cor de fundo como a que aparece abaixo

Ex:
Microsoft Office 2007
Propriedade do Documento
1º clique Definição: Nesta parte será mostrada a quantidade de página que existe
em seu documento, quantas palavras, páginas, etc.

Na parte de baixo de cada documento do Word existe uma barra chamada


barra de status é nessa barra que aparece

Barra de Status

Função:
Aqui mostra que o documento tem 43 paginas e o cursor
(ponto piscante que fica na tela para poder digitar) esta parado na página
42
Aqui mostra quantas palavras em o seu documento para
ver mais detalhes clique em cima dessa opção vai aparecer a tela abaixo

Informática 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Aqui mostra o idioma que esta o teclado

MODO DE VISUALIZAÇÃO
Definição: È o modo que lhe permite visualizar o documento também está
FORMAS
na barra de status da figura acima.
Definição: Inserir formas prontas como círculo, retângulos, setas, linhas,
símbolos de fluxograma e textos explicativos
Layout de Impressão: Dá pra visualizar o documento inteiro

1º Aba Inserir

Leitura em Tela Inteira: è usado a Tela inteira para mostrar o documento

2º Escolha o pergaminho que esta com a seleção em amarelo, em se-


guida a seta do mouse vai ficar parecido + clique segure e arraste
formando um pergaminho.
3º Depois que o pergaminho foi inserido vai aparecer uma aba chamada
Layout da Web: Visualiza o documento como uma página de internet formatar clique editar texto e clique dentro da forma que foi criada e
digite Microsoft Office 2007
4º Colocar a sombra Aba Formatar

Informática 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

1º Coloque a seta do mouse em cima do gráfico quando a seta do mouse


virar uma cruz
2º clique com o Botão Direito

EQUAÇÃO
Definição: Inserir equações matemáticas ou desenvolver suas próprias
equações
Ex:
GRÁFICO

1º Aba Inserir escolha a Equação

INSERINDO TABELA

1º Aba Inserir/Gráfico
2º é nesta tela que é definido o que vai aparecer no gráfico
1º Aba Inserir

Mudando o Tipo de Gráfico


Neste exemplo será trocado o tipo de gráfico o anterior é um gráfico de
barras agora colocaremos um do tipo pizza usando o mesmo dado da
tabela anterior

Usaremos o gráfico anterior para transformá-lo em gráfico de pizza

2º Definindo a quantidade de linhas e colunas que irão aparecer

Informática 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

2º Na Aba Layout clique em


3º É na tela abaixo que você escolhe o numero de colunas para uma
determinada quantidade de linha

No exemplo abaixo dividiremos apenas uma linha em duas colunas

3º Selecione a Tabela Como: do lado esquerdo no início da tabela colo-


que o cursor do mouse quando virar uma cruz de um clique
4º para colocar a Borda clique com o botão direito em cima da tabela e
escolha Bordas e Sombreamento

Inserindo linha
Definição: supomos que precisássemos incluir uma linha entre a primeira e
a linha que esta escrito gasolina como você faria apagaria tudo e fazia
novamente, claro que não basta inserir uma linha entre elas por exemplo
nós queremos colocar essa linha a cima da linha que tem a gasolina e seu
preço faça o seguinte.

1º De um clique em gasolina com o Botão Direito Inserir Linhas Acima

5º Escolha a Borda

Vai ficar assim

Mesclando Célula
Definição: Mesclar uma célula significa tirar a divisão da linha no exemplo
abaixo mesclaremos a primeira linha.
1º Crie uma tabela com Duas linhas e Duas colunas
2º Selecione a primeira linha coloque o cursor do mouse à borda esquer- Inserindo coluna
da da tabela quando o cursor do mouse virar uma seta preta de um Definição: Agora será adicionada uma coluna ao lado da coluna gasolina
clique

3º Aba Layout clique

Dividir célula
Definição: O ato de dividir uma célula é quando tem apenas uma linha e
você a dividi em várias colunas 1º de um clique com o Botão Direito na coluna gasolina Inserir Colunas
1º Selecione-a à Esquerda

Informática 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

PROTEGENDO DOCUMENTO DE ALTERAÇÃO


Definição: Restringe o acesso das pessoas de modo a impedi-las fazer
determinados tipos de edição ou formatação no documento especificando
uma senha

1º Aba Revisão clique sobre


Vai ficar assim

Excluindo Linha
Neste exemplo excluiremos a linha que esta em branco

Na tela abaixo marque Permitir apenas este tipo de edição no docu-


mento escolha sem alteração (somente leitura) e clique no botão sim,
aplicar proteção.
1º selecione a linha
2º na Aba Layout

3º Ficará assim

Auto Ajuste
Definição: Ajustando a tabela de acordo com as necessidades são 3 os
ajuste que dão para ser feito em uma tabela no nosso exemplo será esco-
lhido AutoAjuste de Conteúdo cuja tabela será ajustada de acordo com o
seu conteúdo.

1º Selecione a Tabela e na aba layout escolha

Na tela abaixo digite a senha de proteção

Excluir Tabela
Aqui será excluída a tabela inteira
1º Selecione a tabela
2º Aba Layout Excluir/ Excluir Tabela

Informática 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

4º O Word vai pedir para que você Redigite a senha de Gravação

Para parar a proteção


Clique no Botão parar Proteção e digite a senha

COLOCANDO SENHA NO DOCUMENTO


Definição: às vezes precisamos colocar senha para que ninguém tenha
acesso, isso é válido para documento feito no Word que lhe dá possibilida-
de de apenas com a senha se possa abrir o documento.

1º Salvando clique em e escolha Salvar Como/Ferramentas/


Opções Gerais
Obs. Quando for Redigitar a senha de proteção e a senha de gravação
tem que ser a mesma que foi definida em opções gerais

ABRINDO O DOCUMENTO COM A SENHA


Depois de ter definido a senha agora vamos abrir este documento veja na
figura abaixo o Word pede que você coloque a senha caso a senha não
senha colocada o documento não será aberto

Caso a senha seja colocada errada o próprio Word lhe informará que a
senha está incorreta
2º Na tela abaixo coloque a senha no campo Senha de proteção e Senha
de Gravação clique em OK

Depois digite a senha correta para que o documento seja aberto

INSERIR NOTA NO RODAPÉ


Definição: Notas de rodapé geralmente são utilizadas em livros quando em
um texto tem uma palavra complicada é colocada a nota de rodapé con-
tendo a explicação desta palavra ficando com um numero e no final da
página esta a explicação dessa palavra
Ex: Microsoft Office 20071
1º Coloque o cursor no final de 2007
3º O Word vai pedir para que você Redigite a senha de proteção

2º Aba Referências clique em

Inserindo comentário
1º Selecione a palavra que se deseja colocar o comentário

2º Aba Revisão

Informática 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Excluir comentário
1º Selecione o comentário a ser retirado
2º Aba Revisão

Definição: Essas teclas têm função de ir pra cima, pra baixo e pros lados.

Outras Teclas
END
Definição: A função do Botão END é jogar o cursor para o final da linha
Criando Sumário
Agora será mostrado um cardápio de lanchonete HOME
Cardápio Definição: A função do Botão HOME é jogar o cursor para o início da linha
Hot Dog....................................... R$ 1,50
Sanduíche ....................................R$ 4,00 DELETE
Xsalada ........................................R$ 5,00 Definição: A função do DELETE é apagar da Esquerda pra direita
Hambúrguer .................................R$ 6,00
BACKSPACE
Definição: a função do BACKSPACE é apagar da direita para esquerda
1º Abra Referências clique escolha Sumário Manual NUM LOCK
Definição: a tecla NUM LOCK permite que você utilize o teclado numérico,
DIREÇÃO DO TEXTO ou seja, os números que ficam do lado direito do teclado, quando a luz do
1º De um dentro da célula que vai aparecer o texto (célula é cada quadra- NUM LOCK estiver ligado significa que o teclado numérico esta habilitado
do de uma tabela) podendo digitar os números, caso a luz do NUM LOCK estiver desligada o
2º Digite o texto teclado numérico esta desabilitado, ou seja, os números não irão funcio-
3º Aba Layout nar.

ENTER
Definição: a função do ENTER em um editor de texto é jogar o cursor para
a linha de baixo.

FUNÇÕES DE TECLA CAPS LOCK


Abaixo esta o desenho de um teclado hoje em dia existem diversos tipos Definição: A função do CAPS LOCK é se ela estiver habilitada, ou seja, se
de teclados cada um de jeitos diferentes, não importa o modelo olhando no a luz do CAPS LOOK estiver acessa significa que tudo que for digitado
desenho abaixo você irá conseguir identificar no seu. ficará em maiúscula se a luz estiver desabilitada ficará em minúscula.

TAB
Definição: Esta tecla da um espaço, ou seja, uma tabulação geralmente é
utilizada no inicio do parágrafo

Atalhos do Teclado
Nesta parte definiremos os atalhos que são mais usados, quando se fala
em atalho significa usar SHIFT, CTRL e ALT com outras teclas Ex: pres-
sione a tecla CTRL sem soltá-la pressione o A fica CTRL+A

Teclado Numérico ATALHOS USANDO A TECLA CTRL


CTRL+A Abrir Arquivo CTRL+O Novo Arquivo
Definição: Na figura abaixo é mostrado um teclado numérico é nele que é
CTRL+C Copiar CTRL+V Colar
digitado os números, a tecla que esta com um sublinhado vermelho é o
CTRL+X Recortar CTRL+B Salvar Arquivo
NUM LOCK que habilita o teclado, ENT é o enter. CTRL+N Negrito CTRL+I Itálico
CTRL+S Sublinhado CTRL+P Imprimir
CTRL+L Localizar CTRL+T Selecionar Tudo
CTRL+E Centralizar CTRL+Q Alinhar a Esquerda
CTRL+J Justificar CTRL+Z Desfazer
CTRL+Y Refazer CTRL+K Hyperlink
CTRL+U Substituir CTRL+F Fonte
CTRL+seta pra Direita Pula para o CTRL+seta pra esquerda Pula
Final da palavra para o Início da palavra
CTRL+END Vai a ultima página do CTRL+HOME Vai à primeira
documento página do documento
Teclas de Funções
Definição: abaixo estão várias teclas em cada programa elas fazem coisas RÉGUA DO MICROSOFT WORD
diferentes no Windows elas têm uma função, no Word outra, no Excel
outra etc. Dê um clique no Botão Novo para abrir uma nova folha em branco.

• PARÁGRAFO: Recuo da Primeira Linha;


• MARGEM ESQUERDA: Recuo Deslocado;
Teclas de Direção • MARGEM ESQUERDA E PARÁGRAFO: Recuo à Esquerda;
• MARGEM DIREITA: Recuo à Direita.

FERRAMENTA PINCEL

Informática 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Entre as novidades dessa nova versão, estão as variedades nas
 Dê um clique no Botão Novo para abrir um novo documento;
extensões de arquivos baseadas em XML, um layout incrivelmente
 Escolha: Tipo de Fonte: Comic Sans Ms inovador formado de menus orientados por abas e uma porção de outras
Tamanho de Fonte: 18
facilidades que tornaram essa nova versão da ferramenta muito e eficiente.
Cor de Fonte: Vermelha;
 Digite: Word 2007. O Microsoft Excel 2007 é muito utilizado para cálculos, estatísticas,
 Pressione duas vezes a tecla Enter; gráficos, relatórios, formulários e entre outros requisitos das rotinas
 Na Barra de Formatação escolha: Fonte: Times New Roman, Negrito, empresariais, administrativas e domésticas.
Tamanho 12;
 Digite: Curso de Informática Básica. Diferente do que estamos acostumados, desta vez a Microsoft refor-
 Selecione o trecho Word 2007. mulou toda sua estrutura no que se trata de extensões de arquivos nas
planilhas de trabalhos da ferramenta Excel 2007.
 Dê um clique no Botão Pincel; Uma estrutura parecida foi abordada tambem no Open Office, porem
 Note que no ponteiro do seu mouse agora há um Pincel; agora remodelada pela Microsoft, demonstra o quanto pode ser útil a
 Agora selecione com o Pincel a frase: Curso de Informática Básica. utilização de extensões de arquivos baseadas em XML.
 Veja que as formatações do 1º trecho foram aplicadas no 2º.
 Agora Digite: seu Nome, em seguida vá até a Ferramenta Realce De certa forma, demostra uma razoável complicação esse pacote de
extensões, mas por incrível que pareça a adoção dessas extensões no
e escolha uma cor para destacar seu nome, em seguida sele- Excel 2007 demostrou distinção para cada tipo de tarefas executadas na
cione seu nome e note que a cor escolhida ficou ao fundo do nome. ferramenta, e claro, a Microsoft fez isso para facilitar sua vida, bem, prova-
velmente é assim que ela imagina. Vejamos se ela conseguiu:
FORMAS
No Ícone de Formas, dispomos de ferramentas importantes para a reali-
zação de uma série de trabalhos juntando desenho e texto.
 Dê um clique no Botão Novo para abrir um novo documento;
 Dê um clique no Botão Linha;
 Dê um clique com o mouse no ínicio do documento e arraste-o até
formar uma RETA como mostra a seguir:
 Dê um clique no Botão Seta;
 Dê um clique com o mouse no ínicio do documento e arraste-o até .xlsx, Pasta de trabalho padrão, pode ser considerado como a exten-
formar uma SETA como mostra a seguir: são de arquivo .xls padrão em outras edições da Ferramenta.
 Dê um clique com o mouse sobre qualquer uma das linhas para Sele-
cioná-la; .xlsm, Formato criado especialmente para a habilitação de macros em
planilhas, aplicações VBA.
 Você pode trocar a Cor das linhas clicando sobre o botão Cor .xltx, Desenvolvido especiamente para estrutura de suportes a tem-
da Linha, selecione a Cor que desejar (não esqueça que a mesma plates.
deve está selecionada);
 Dê um clique no Botão Retângulo, de um clique um pouco abaixo .xltm, Formato também criado com habilitação para Macros e aplica-
das que você fez anteriormente e arraste-o até formar um Retângulo ções VBA, no entanto fornece suporte a templates.

 Dê um clique no Botão Cor do Preenchimento, selecione a cor .xlsb, Formato de pasta de trabalho Binária, é similar ao formato já e-
que desejar; xistente no Open Office XML, seta e utiliza partes inter-relacionadas como
em um ZIP container XML.
 Dê um clique no Botão Elipse; xlam, Esse formato suporta Macros, possibilita estrutura de código a-
dicional suplementar para a otimização de execuções automáticas presen-
 Dê um clique no Botão Elipse, de um clique um pouco abaixo das tes em VBA projects.
que você fez anteriormente e arraste-o até formar um CIRCULO Alterações no Excel 2007

 Dê um clique no Botão Cor do Preenchimento, selecione a cor Novos formatos de arquivo XML
que desejar; A introdução de um formato XML padrão para o Office Excel 2007,
parte dos novos formatos de arquivo XML, é uma das principais inovações
do Office Excel 2007. Esse formato é o novo formato de arquivo padrão do
Office Excel 2007. O Office Excel 2007 usa as seguintes extensões de
 Dê um clique no Menu Inserir Caixa de Texto; nome de arquivo: *.xlsx, *.xlsm *.xlsb, *.xltx, *.xltm e *.xlam. A extensão de
 Faça em qualquer local da tela uma Caixa de Texto e digite: OPÇÃO, nome de arquivo padrão do Office Excel 2007 é *.xlsx.
como mostra a Figura a seguir:
Essa alteração oferece aprimoramentos em: interoperabilidade de da-
dos, montagem de documentos, consulta de documentos, acesso a dados
OP- em documentos, robustez, tamanho do arquivo, transparência e recursos
de segurança.
 Dê um clique no Botão Cor do Preenchimento em seguida
O Office Excel 2007 permite que os usuários abram pastas de trabalho
Cor da Linha, selecione a cor que desejar
criadas em versões anteriores do Excel e trabalhem com elas. Para con-
Wordverter
essas pastas de trabalho para o novo formato XML, clique no Botão
2007
do Microsoft Office e clique em Converter Você pode também converter
Microsoft Excel 2007 a pasta de trabalho clicando no Botão do Microsoft Office e em Salvar
O Microsoft Excel 2007 é uma versão do programa Microsoft Excel Como – Pasta de Trabalho do Excel. Observe que o recurso Converter
escrito e produzido pela empresa Microsoft e baseado em planilha remove a versão anterior do arquivo, enquanto o recurso Salvar Como
eletrônica, ou seja, páginas em formato matricial compostas por células e deixa a versão anterior do arquivo e cria um arquivo separado para a nova
formadas por linhas e colunas. versão.

Informática 51 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Se a pasta de trabalho é referenciada por outras pastas de trabalho, • Para melhorar o desempenho do Excel, o gerenciamento de me-
atualize todas as pastas de trabalho relacionadas ao mesmo tempo. Se um mória foi aumentado de 1 GB de memória no Microsoft Office Excel 2003
usuário que está usando uma versão anterior do Excel abre uma pasta de para 2 GB no Office Excel 2007.
trabalho que faz referência a uma pasta de trabalho salva no novo formato • Cálculos em planilhas grandes e com muitas fórmulas podem ser
XML, as referências não serão atualizadas pelo recurso Atualizar Links. mais rápidos do que nas versões anteriores do Excel porque o Office Excel
Versões anteriores do Excel não podem atualizar links para pastas de 2007 oferece suporte a vários processadores e chipsets multithread.
trabalho salvas no novo formato XML.
Novas fórmulas OLAP e funções de cubo
Novos recursos de interface do usuário e formatação Novas funções de cubo são usadas para extrair dados OLAP (conjun-
Os aprimoramentos na interface do usuário e recursos de formatação tos e valores) do Analysis Services e exibi-los em uma célula. Fórmulas
no Office Excel 2007 permitem que você: OLAP podem ser geradas automaticamente quando você converte fórmu-
• Encontre mais rapidamente as ferramentas e os comandos usados las de tabela dinâmica em fórmulas de célula ou usa o Preenchimento
com frequência usando a interface de usuário do Office Fluent. Automático para os argumentos de função de cubo ao digitar fórmulas.
• Economize tempo, selecionando células, tabelas, gráficos e tabe-
las dinâmicas em galerias de estilos predefinidos. Novos recursos de segurança
• Visualize alterações de formatação no documento antes de con- A Central de Confiabilidade é um novo componente do 2007 Office
firmar uma alteração ao usar as galerias de formatação. System que hospeda as configurações de segurança para os programas
• Use formatação condicional para anotar visualmente os dados pa- do 2007 Office System em um local central. Para o Office Excel 2007, as
ra fins analíticos e de apresentação. configurações da Central de Confiabilidade são encontradas nas Opções
• Altere a aparência de tabelas e gráficos em toda a pasta de traba- do Excel (clique no Botão do Microsoft Office, em Opções do Excel e
lho para coincidir com o esquema de estilo ou a cor preferencial usando em Central de Confiabilidade). A Central de Confiabilidade também
novos Estilos Rápidos e Temas de Documento. fornece uma barra de relação de confiança que substitui os avisos de
• Crie seu próprio Tema de Documento para aplicar de forma con- segurança exibido anteriormente quando as pastas de trabalho eram
sistente as fontes e cores que refletem a marca da sua empresa. abertas. Por padrão, todo o conteúdo potencialmente perigoso em uma
• Use novos recursos de gráfico que incluem formas tridimensionais, pasta de trabalho agora é bloqueado sem a exibição de avisos. Decisões
transparência, sombras projetadas e outros efeitos. de segurança não são mais necessárias quando uma pasta de trabalho é
aberta. Se o conteúdo está bloqueado, a barra de relação de confiança é
Melhor usabilidade exibida na janela do programa no Office Excel 2007, notificando o usuário
• Os seguintes aperfeiçoamentos facilitaram muito a criação de fór- de que conteúdo será bloqueado. O usuário pode clicar na barra para
mulas no Office Excel 2007: acessar a opção de desbloqueio do conteúdo bloqueado.
• Barra de fórmulas redimensionável: a barra de fór-
mulas se redimensiona automaticamente para aco- Recursos de solução de problemas aprimorados
modar fórmulas longas e complexas, impedindo que O Diagnóstico do Microsoft Office no 2007 Office System fornece uma
as fórmulas cubram outros dados em uma planilha. série de testes de diagnóstico que podem resolver diretamente alguns
Também é possível escrever mais fórmulas com problemas e identificar maneiras de resolver outros.
mais níveis de aninhamento do que nas versões an- O que mudou
teriores do Excel. • Ferramentas de Análise (ATP): resultados da função
• Preenchimento Automático de Fórmula: escreva ra- • Comando AutoOutline
pidamente a sintaxe de fórmula correta com o pre- • Registros BIFF8
enchimento automático de fórmulas. • Cálculo: cálculo multithreaded (MTC)
• Referências estruturadas: além de referências de cé- • Gráfico: folhas de gráfico, integração e programação
lula, como A1 e L1C1, o Office Excel 2007 fornece • Assinaturas digitais
referências estruturadas que fazem referência a in- • Gerenciamento de Direitos de Informação (IRM): Cliente do Ge-
tervalos nomeados e tabelas em uma fórmula. renciamento de Direitos do Windows
• Acesso fácil aos intervalos nomeados: usando o ge- • Filtragem
renciador de nomes do Office Excel 2007, você pode • Funções: subtotal
organizar, atualizar e gerenciar vários intervalos no- • Viagem de ida e volta de HTML
meados em um local central, o que ajudará qualquer • Formatação Automática de tabela dinâmica:, personalizações,
pessoa que precise trabalhar em sua planilha a in- GetPivotData, classificação e versões
terpretar suas fórmulas e dados. • Tabelas de consulta
• No Office Excel 2007, as tabelas dinâmicas são muito mais fáceis • Ferramenta suplementar Remover Dados Ocultos
de usar do que nas versões anteriores do Excel. Tabelas dinâ- • Enviar para Destinatário do Email
micas são mais fáceis de criar e há muitos outros recursos no- • Pastas de trabalho compartilhadas
vos ou aprimorados para resumir, analisar e formatar os dados • Tabelas: Inserir linha
da tabela dinâmica. • Modelos
• Os usuários poderá fazer conexões facilmente com dados exter- • Central de Confiabilidade: links de dados, macros
nos sem precisar saber os nomes de servidor ou de banco de • Controle de versão
dados de fontes de dados corporativas.
• Além do modo de exibição normal e do modo de visualização de Ferramentas de Análise (ATP): resultados de funções
quebra de página, o Office Excel 2007 oferece uma exibição de As funções da pasta de trabalho das Ferramentas de Análise (ATP)
layout de página para uma melhor experiência de impressão. são incorporadas ao conjunto principal de funções do Office Excel 2007.
• A classificação e a filtragem aprimoradas que permitem filtrar da- As funções internas do Office Excel 2007 que substituem as funções ATP
dos por cores ou datas, exibir mais de 1.000 itens na lista sus- podem produzir resultados ligeiramente diferentes, mas igualmente corre-
pensa Filtro Automático, selecionar vários itens a filtrar e filtrar tos, em alguns casos. Essas diferenças são descritas nas seções a seguir.
dados em tabelas dinâmicas.
Seno/Cosseno se aproximando do zero
Mais linhas e colunas e outros limites novos as seguintes funções do Office Excel 2007 agora usam as rotinas in-
Alguns dos novos limites incluem: ternas das outras funções internas para calcular operações trigonométri-
• O Office Excel 2007 tem um tamanho de grade maior que permite cas. Portanto, essas funções podem retornar respostas um pouco diferen-
mais de 16.000 colunas e 1 milhão de linhas por planilha. tes, mas igualmente corretas, para as seguintes entradas:
• O número de referências de célula por célula aumentou de 8.000 • BESSELI
para ser limitado pela memória disponível. • BESSELJ

Informática 52 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• BESSELK • XIRR
• BESSELY • XNPV
• IMCOS - também afetada pela formatação para alteração de nú- • YIELD
meros imaginários
• IMEXP - também afetada pela formatação para alteração de nú- Funções financeiras
meros imaginários as seguintes funções retornarão um erro #NUM quando o parâmetro
• IMPOWER - também afetada pela formatação para alteração de de base for muito grande:
números imaginários • ACCRINT
• IMSIN - também afetada pela formatação para alteração de núme- • ACCRINTM
ros imaginários • AMORDEGRC
• IMSQRT - também afetada pela formatação para alteração de nú- • AMORLINC
meros imaginários • COUPDAYBS
• COUPDAYS
Formatação de números imaginários • COUPDAYSNC
Funções que retornam números imaginários agora usam as mesmas • COUPNCD
regras para empregar a notação científica utilizada no restante do Office • COUPNUM
Excel 2007. Por exemplo, a fórmula =IMSUM({"3.23+1.02i";"-1";"-i"}) retor- • COUPPCD
na 2,23 + 0,02i em vez de 2,23 + 2E-002i. Essa alteração afeta as seguin- • DISC
tes funções: • DURATION
• IMAGINARY • INTRATE
• IMARGUMENT • MDURATION
• IMCONJUGATE • ODDFPRICE
• IMCOS - também afetada pela alteração de seno/cosseno • ODDFYIELD
• IMDIV • ODDLPRICE
• IMEXP - também afetada pela alteração de seno/cosseno • ODDLYIELD
• IMLN • PRICE
• IMLOG2 • PRICEDISC
• IMLOG10 • PRICEMAT
• IMPOWER - também afetada pela alteração de seno/cosseno • RECEIVED
• IMPRODUCT • YEARFRAC
• IMREAL • YIELD
• IMSIN - também afetada pela alteração de seno/cosseno • YIELDDISC
• IMSQRT - também afetada pela alteração de seno/cosseno • YIELDMAT
• IMSUB
• IMSUM Outras alterações de função
Cálculo de gama • A função EDATE retornará um erro #NUM quando o parâmetro de
As funções ERF e ERFC agora usam os cálculos internos para gama, meses for maior do que 1e21.
o que pode causar uma alteração no décimo-quinto local decimal. Por • As funções ERF e ERFC retornam 1 e 0, respectivamente, para os
exemplo, =ERFC(0.2) retorna 0,777297410872743 quando costumava parâmetros acima de 1. Essa alteração corrige o problema das funções
retornar 0,777297410872742. retornando um erro #NUM para parâmetros acima de 27.
• ERF • A função MULTINOMIAL agora retorna resultados corretos quando
• ERFC um número é passado como texto. Essa alteração corrige o problema da
Cálculo de potência função retornar resultados incorretos quando um número diferente do
primeiro número é passado como texto.
funções que calculam expoentes agora usam rotinas internas e podem Comando AutoOutline
retornar resultados ligeiramente diferentes na última casa decimal. Por Como o comando AutoOutline era um recurso de pouca utilização, ele
exemplo, a fórmula =EFFECT(0.055,199) agora retorna uma casa decimal foi removido da interface do usuário. No entanto, ele pode ser adicionado à
a menos no resultado. Essa alteração afeta as seguintes funções: Barra de Ferramentas de Acesso Rápido na guia Personalizado
• BIN2DEC
• BIN2HEX Registros BIFF8
• BIN2OCT Descrição: alguns recursos que podem ser salvos no formato de ar-
• CUMIPMT quivo do Excel 97-2003 não podem ser salvos nos novos formatos de
• CUMPRINC arquivo do Office Excel 2007. O cabeçalho do envelope de email (as
• DURATION informações das linhas Para, Cc e Assunto que aparecem quando o recur-
• EFFECT so Enviar Para é usado) não é salvo. Embora o recurso Enviar Para conti-
• HEX2BIN nue a funcionar no Office Excel 2007, essas informações não serão salvas
• HEX2DEC com a pasta de trabalho. Se você fechar a pasta de trabalho, as informa-
• HEX2OCT ções serão perdidas.
• IMPOWER Registros específicos do Macintosh não podem ser salvo no novo for-
• MDURATION mato de arquivo. O Excel para Macintosh salva alguns registros específi-
• NOMINAL cos do Macintosh no formato BIFF8, mas esses registros não são usados
• OCT2BIN pelo Office Excel 2007 e o Office Excel 2007 não pode salvá-los no novo
• OCT2DEC formato. Usuários do Office Excel 2007 não perceberão a mudança.
• OCT2HEX
• ODDFPRICE Cálculo: cálculo multithreaded (MTC)
• ODDFYIELD Descrição: o cálculo multithreaded (MTC) permite que o Office Excel
• PRICE 2007 divida automaticamente tarefas de avaliação e cálculo de fórmulas
• SERIESSUM em vários mecanismos de cálculo que são distribuídos entre vários pro-
• TBILLEQ cessadores. Essa organização reduz o tempo necessário para calcular
• TBILLPRICE modelos de pasta de trabalho, pois vários cálculos podem ser executados
• TBILLYIELD simultaneamente. Por padrão, o MTC está ativado e configurado para criar
• WEEKNUM tantos mecanismos de cálculo quantos forem os processadores no compu-

Informática 53 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tador. Quando vários processadores estão disponíveis, o Office Excel 2007 Gerenciamento de Direitos de Informação (IRM): Cliente do Gerenci-
cria um mecanismo de cálculo para cada processador no computador. O amento de Direitos do Windows
Office Excel 2007 distribui as tarefas de cálculo entre os mecanismos Descrição: o 2007 Office System não aceita mais o Cliente do Geren-
disponíveis para serem atendidas pelo vários processadores. ciamento de Direitos do Windows v. 1.0. O 2007 Office System exige o
Você pode especificar manualmente o número de mecanismos de cál- Cliente de Gerenciamento de Direitos do Windows SP2. Usuários que
culo criados pelo Office Excel 2007, independentemente de quantos pro- possuam o cliente anterior do Gerenciamento de Direitos do Windows
cessadores estão no computador. Mesmo se todas as pastas de trabalho instalado serão solicitados a instalar a nova versão de cliente. Os usuários
calcularem rapidamente, você poderá manter as configurações padrão de não perceberão a mudança com a nova versão de cliente.
MTC sem prejudicar as pastas de trabalho. Também é possível manter as Motivo da alteração: correções de segurança no 2007 Office System
configurações padrão de MTC se o computador tiver apenas um proces- são incompatíveis com o Cliente de Gerenciamento de Direitos do Win-
sador, embora, nesse caso, o MTC não seja usado. dows anterior.
.
Caminho de migração: a maioria dos usuários não irá encontrar pro- Filtragem
blemas nessa área. Em alguns casos, eles podem ver que suas pastas de Descrição: no Office Excel 2003, as macros verificavam a proprieda-
trabalho calculam mais rápido. No caso em que uma pasta de trabalho de AutoFilterMode se a seleção estava em uma lista (tabela) para determi-
seja aberta em um computador que possua um número diferente de pro- narem se os Filtros Automáticos tinham sido ativados nessa lista. No Office
cessadores que o computador em que o cálculo foi salvo, haverá mais Excel 2007, a propriedade AutoFilterMode funciona em conjunto com os
tempo de cálculo enquanto o Office Excel 2007 garante que cada fórmula Filtros Automáticos da planilha e não com os Filtros Automáticos que
seja distribuída entre o número apropriado de mecanismos de cálculo. fazem parte de tabelas. O Office Excel 2007 dá a cada tabela seu próprio
Esse problema é quase imperceptível em modelos de pasta de traba- objeto de Filtro Automático que, por sua vez, usa tabelas para ativar vários
lho de pequena ou média complexidade. Esse problema é mais perceptível Filtros Automáticos em cada planilha.
em modelos de pasta de trabalho grandes que exigem mais tempo de Caminho de migração: o código em uma pasta de trabalho do Excel
cálculo. É recomendável usar essas pastas de trabalho de cálculo intensi- 2003 que tem macros que verifica a propriedade AutoFilterMode em uma
vo em computadores que possuem o mesmo número de processadores. lista pode não funcionar corretamente. Esse problema não afeta um docu-
Por exemplo, se você tiver um computador de quatro processadores mento ou uma macro criada em uma versão anterior ao Office Excel 2003.
dedicados para atender a uma pasta de trabalho com muitos cálculos, ele Em vez de verificar a propriedade AutoFilterMode, a macro deve ser
deverá ser o computador principal para trabalhar com essa pasta de alterada para verificar o objeto de Filtro Automático da tabela.
trabalho. Funções: subtotal
Descrição: a localização de subtotais e totais gerais quando o recurso
Gráfico: folhas de gráfico, integração e programação de subtotal é invocado foi atualizada para resolver problemas de expectati-
Descrição: Gráficos têm as seguintes alterações: vas do usuário e de compatibilidade com versões anteriores. Os usuários
• Planilhas de gráfico: quando um usuário pressionar F11 com um que usam o recurso de subtotal podem verificar que o local de seus subto-
gráfico ativo, será exibido um novo gráfico em branco. Nas versões anteri- tais está diferente das versões anteriores ao Excel 2000, mas o recurso
ores, essa mesma ação algumas vezes inseria um gráfico com os mesmos funciona conforme o esperado. os cálculos são corretos e os subtotais e
dados do primeiro. totais gerais corretos são criados. Somente a localização mudou.
• Integração: se um arquivo salvo em formato HTML em uma versão
anterior do Excel for aberto no Office Excel 2007, ele pode não ter a mes- Viagem de ida e volta de HTML
ma aparência que tinha em uma versão anterior. Você pode ajustar o Descrição: o recurso Salvar Como HTML é usado para criar arquivos
layout do gráfico no Office Excel 2007 ou abrir o arquivo em uma versão HTML exibidos em um navegador da Web que não requer o Office Excel
anterior do Excel e salvá-lo como um arquivo binário. 2007 para exibir o arquivo. Quando usuários atualizam o conteúdo do
• Programação: arquivo, eles provavelmente abrem o arquivo .xls, o editam e o salvam
• macros do Excel 4 (XLM) que mostravam caixas de diálogo de novamente como HTML. A maioria dos usuários não abrem esses arquivos
gráfico não são mais aceitas. As macros XLM continuarão a funcionar no HTML para outras edições no Office Excel 2007. O Office Excel 2007 não
Office Excel 2007. No entanto, recomendamos que as macros XLM sejam armazena informações de recurso específico do Excel em formatos de
reconfiguradas no Visual Basic for Applications (VBA). arquivo HTML. O Office Excel 2007 continuará a usar o recurso Salvar
• A definição de propriedades que façam referências (como Seri- Como HTML para publicar as pastas de trabalho exibidas em um navega-
es.Name ou Series.Values) que sejam inválidas será tratada como refe- dor da Web.
rência inválida, em vez de ocasionar um erro de tempo de execução. Nas versões anteriores do Excel, o recurso Salvar Como HTML salva-
• A propriedade Creator agora causa um erro de tempo de execu- va marcas HTML para exibir no navegador. Ele também salvava um con-
ção. Não há suporte para esse método exclusivo do Macintosh no Win- junto de marcas específicas do Excel que não era exibido no navegador no
dows. Use a constante xlCreatorCode. arquivo HTML. Embora o navegador da Web não use essas marcas espe-
cíficas do Excel, o programa Excel as utiliza ao abrir o arquivo HTML para
Assinaturas digitais preservar os recursos que foram usados quando o arquivo foi salvo. O
Descrição: o recurso de assinatura digital teve as seguintes altera- Office Excel 2007 não salva essas marcas de recurso específico do Excel
ções: em arquivos HTML, e, portanto, essas marcas não existem no arquivo
• O formato da assinatura no 2007 Office System é XMLDSig. HTML.
• O ponto de entrada da assinatura digital foi movido de Ferramen- O resultado geral é que arquivos HTML não podem ser usados pelo
tas, Opções, Segurança, Assinaturas Digitais para o Botão do Micro- Office Excel 2007 para preservarem informações de recurso. Em vez
soft Office, Preparar, Adicionar uma Assinatura Digital e, para pastas disso, os arquivos HTML são usados pelo Office Excel 2007 para publicar
de trabalho assinadas, para o painel de tarefas Assinatura. exibições estáticas do HTML de uma pasta de trabalho. Por exemplo, se
• As assinaturas inválidas não são mais automaticamente removi- uma pasta de trabalho contém tabelas dinâmicas, fórmulas e gráficos, e se
das. é salva como HTML, as seguintes ações ocorrem:
• O modelo de objeto foi estendido para dar suporte ao novo modelo • Um modo de exibição da Tabela Dinâmica é salvo no arquivo HT-
e a soluções existentes. ML, mas a Tabela Dinâmica não.
• Terceiros poderão criar seus próprios provedores de assinatura. • Os resultados calculados das fórmulas e a formatação de célula
• Os usuários podem acessar a funcionalidade anterior por meio de são salvos no arquivo HTML, mas as fórmulas não.
uma rota mais visível e intuitiva. • Uma imagem do gráfico é salva no arquivo HTML, mas o recurso
de gráfico não.
Motivo da alteração: o recurso de assinaturas digitais do 2007 Office Se o arquivo HTML for aberto, usando qualquer versão do Excel, você
System é mais visível e intuitivo. Os usuários podem ver quando a verifica- verá:
ção de assinatura foi executada e quem assinou o documento. Terceiros • Células com aparência semelhante a uma Tabela Dinâmica, mas
podem criar soluções de autenticação personalizadas. ela não estará mais ativa.

Informática 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Números em células, mas sem fórmulas.
• Uma imagem de um gráfico, mas nenhuma capacidade de traba- Tabelas de consulta
lhar com a imagem como um recurso de gráfico. Descrição: as tabelas de consulta foram mescladas ao recurso Lista,
que agora se chama Tabelas.
O Office Excel 2007 ainda pode abrir arquivos HTML e recursos espe- Motivo da alteração: essa alteração melhora a funcionalidade e ofe-
cíficos do Excel contidos em arquivos HTML. No entanto, para efetuar e rece uma experiência de usuário mais consistente.
salvar alterações no arquivo e preservar todos os recursos desse arquivo,
salve-o em um formato que aceite recursos do Excel. O melhor formato Ferramenta suplementar Remover Dados Ocultos
para isso é o novo formato de arquivo XML. Descrição: o Inspetor de Documento substitui a ferramenta suplemen-
tar Remover Dados Ocultos do Office 2003. O ponto de entrada e a inter-
Motivo da alteração: a maioria dos usuários usa Salvar Como HTML face do usuário são diferentes. A nova interface do usuário permite a
para publicar HTML para que um navegador o renderize e não para abrir o execução de vários inspetores, o que dá ao usuário um controle mais
arquivo novamente no Excel. preciso do processo de limpeza da pasta de trabalho.
Motivo da alteração: o Inspetor de Documento oferece a funcionali-
Caminho de migração: as pastas de trabalho do Office Excel 2007 dade suplementar Remover Dados Ocultos no 2007 Office System e é
podem ser publicadas como HTML. Você deve usar a pasta de trabalho mais detectável. Os usuários não precisam baixar a ferramenta suplemen-
(.xls, .xlsx) como a cópia principal. Sempre abra a cópia principal, faça tar Remover Dados Ocultos separadamente.
alterações, salve a cópia principal e salve como HTML. Não há recursos
específicos do Excel salvos no arquivo HTML. Pastas de trabalho HTML Caminho de migração: instale o 2007 Office System.
podem abrir pastas de trabalho HTML. No entanto, para garantir que todos Enviar para Destinatário do Email
os recursos do Excel funcionem no arquivo corretamente, você deve usar Descrição: as opções de Enviar para Destinatário do Email tiveram as
o novo formato XML (.xlsx) para salvar uma cópia da pasta de trabalho e seguintes alterações:
usar a cópia como principal. Essa alteração não forçará a maioria dos • Enviar para Destinatário do Email (como Anexo): essa opção de
usuários a alterar sua forma de trabalho. Em vez disso, ela reflete a manei- menu permite que os usuários enviem a planilha do Excel como um anexo.
ra que a maioria dos usuários usa o recurso Salvar Como HTML. Para selecionar a opção, clique no Botão do Microsoft Office, aponte
para Enviar e clique em Email.
Formatação Automática de tabela dinâmica:, personalizações, GetPi- • Enviar para Destinatário do Email: no Office Excel 2003, essa op-
votData, classificação e versões ção de menu permite que os usuários enviem o conteúdo da planilha do
Descrição: o recurso Tabela Dinâmica teve as seguintes alterações: Excel no corpo de uma mensagem de email. A opção foi removida da
• AutoFormatação: Estilos de Tabela Dinâmica substituem a funcio- interface do usuário, mas pode ser adicionada à Barra de Ferramentas de
nalidade de AutoFormatação. Ela foi removida da interface do usuário, Acesso Rápido na guia Personalizado das Opções do Excel.
mas pode ser adicionada à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido na • Enviar para Destinatário do Email (para Revisão): essa opção de
guia Personalizadodas Opções do Word. Estilos de Tabela Dinâmica são menu permite que os usuários enviem a pasta de trabalho do Excel como
um aprimoramento em relação à AutoFormatação porque permite aos anexo para um revisor. A opção foi removida da interface do usuário, mas
usuários criar seus próprios estilos e não altera o layout de Tabela Dinâmi- pode ser adicionada à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido da guia
ca. O recurso Estilos de Tabela Dinâmica é consistente com o recurso Personalizado das Opções do Excel. Os pontos de entrada do modelo de
Estilos de Tabela do Microsoft Office Word 2007 e do Microsoft Office objeto também permanecem.
PowerPoint 2007.
• Personalizações: as Tabelas Dinâmicas OLAP do Office Excel Motivo da alteração: o recurso Enviar para Destinatário do Email (pa-
2007 rastreiam personalizações de itens, mesmo quando esses itens estão ra Revisão) foi substituído pelos recursos de colaboração de grupo no
temporariamente invisíveis nelas. Isso é verdadeiro para a formatação de Windows SharePoint Services 3.0. Os recursos de colaboração do Win-
item e para a personalização de rótulo de item. No Office Excel 2003, os dows SharePoint Services 3.0 possibilitam um fluxo de trabalho mais
rótulos e a formatação personalizados aplicados a um item se perdiam robusto. Os usuários podem continuar a usar o modelo de objeto para
quando o campo pai era recolhido. A nova expansão do nível pai trouxe de Enviar para Revisão e adicionar a opção à Barra de Ferramentas de
volta o rótulo da fonte de dados, não o rótulo personalizado, e a formata- Acesso Rápido, mas devem considerar a migração para a oferta de fluxo
ção personalizada foi perdida. No Office Excel 2007, as informações de de trabalho de ciclo de vida de documento do SharePoint. O recurso
formatação personalizada são mantidas e reaplicadas após cada operação Enviar para Revisão só usa programas clientes. Os usuários podem criar
de recolhimento/expansão. Os rótulos personalizados são armazenados, um suplemento para usar o modelo de objeto desse recurso enquanto
mesmo quando o campo é removido da Tabela Dinâmica, e são reaplica- migram para um ambiente do Windows SharePoint Services 3.0. Como
dos caso o campo seja adicionado novamente à tabela dinâmica. alternativa, os usuários podem enviar o documento para os revisores em
• GetPivotData: a referência padrão no Office Excel 2007 é a nova uma mensagem de email. Os revisores podem comentar o documento
referência estruturada, em vez de GetPivotData do Office Excel 2003. O usando o recurso Comentários, localizado na guia Revisão.
usuário pode retorná-la para GetPivotData em uma caixa de diálogo de
opções. Pastas de trabalho compartilhadas
• Classificação: no Office Excel 2007, as Tabelas Dinâmicas acei- Descrição: Pastas de Trabalho Compartilhadas, um recurso que exis-
tam a AutoClassificação com o escopo em uma linha ou coluna de valores te desde o Excel 95, permite que vários usuários trabalhem na mesma
específica. No Office Excel 2003, a AutoClassificação só podia ser aplica- cópia de uma pasta de trabalho. A pasta de trabalho compartilhada geren-
da com base nos valores da linha ou coluna de total geral. As novas op- cia todas as alterações para que as cópias possam, eventualmente, ser
ções de classificação estão disponíveis para qualquer versão de Tabela mescladas. No Office Excel 2003, esse recurso só era aceito no formato
Dinâmica do Office Excel 2007. de arquivo BIFF8 (XLS). No entanto, nem todos os recursos do Excel são
• Versões: as Tabelas Dinâmicas do Office Excel 2007 não podem aceitos nas pastas de trabalho compartilhadas. O Office Excel 2007 dá
se tornar interativas em versões anteriores do Excel e o Office Excel 2007 aceita pastas de trabalho compartilhadas no formato BIFF12 (XLSB) e no
não faz o downgrade da versão da Tabela Dinâmica quando formatos de formato XML12 (XLSX).
arquivo de versões anteriores são salvos. As Tabelas Dinâmicas de ver- Caminho de migração: se os usuários forem editar uma pasta de tra-
sões anteriores não fornecem suporte para estes novos recursos: filtragem balho no Office Excel 2007 e em uma versão anterior do Excel, mantenha
de rótulos, filtragem de valores (com exceção de 10 filtros para os quais há a pasta de trabalho no formato Biff8 file (XLS). A alteração do formato de
suporte), ocultação de níveis hierárquicos intermediários em fontes de arquivo para os novos formatos BIFF12 (XLSB) ou XML12 (XLSX) descar-
dados OLAP e filtragem exclusiva manual. Se for necessário criar a mes- tará o histórico de revisão.
ma Tabela Dinâmica de forma colaborativa no Office Excel 2007 e em
versões anteriores do Excel, os usuários não deverão salvar a pasta de Tabelas: Inserir linha
trabalho em um formato de arquivo do Office Excel 2007. Descrição: o recurso Lista do Office Excel 2003 tinha uma linha espe-
cial na parte inferior para adicionar novos recursos à lista. Essa linha

Informática 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
especial foi removida no Office Excel 2007. Em vez disso, você poderá • Janela de Gráfico: o comando Janela de Gráfico foi removido do
adicionar dados a uma tabela usando as teclas ENTER e TAB quando a menu Exibir. A propriedade Chart.ShowWindow foi ocultada e não tem
seleção ativa estiver na última linha de dados da tabela. Também poderá funcionalidade. Agora, os gráficos estão integrados ao OfficeArt e não foi
arrastar a alça de redimensionamento do canto inferior direito da tabela possível reimplementar esse comando para eles. As macros que usam a
para adicionar mais linhas. Os desenvolvedores que escreviam código propriedade Chart.ShowWindow poderão mostrar outra janela na planilha
usando o objeto ListObject no Office Excel 2003 talvez precisem fazer e navegar dentro dela para mostrar somente o gráfico.
alguns ajustes caso esse código use ListObject.InsertRowRange. • Alterar o tipo de gráfico para vários gráficos: no Office 2003, você
Modelos pode selecionar vários gráficos e alterar seu tipo simultaneamente. Esse
Descrição: o conjunto disponível de modelos do Office Excel 2007 foi comportamento não está disponível no 2007 Microsoft Office System.
alterado. Agora, os gráficos estão integrados ao OfficeArt e não foi possível reim-
Motivo da alteração: os novos modelos usam os novos recursos dis- plementar esse comando para eles. Você pode alterar o tipo de gráfico
poníveis no Office Excel 2007 e oferecem uma aparência mais moderna para cada gráfico individualmente. Como alternativa, salve um gráfico
aos usuários. como modelo e aplique o modelo a outros gráficos.
Caminho de migração: os modelos de versões anteriores do Excel • Gráficos em planilhas de diálogo: os gráficos não são permitidos
ainda estão disponíveis para download no Office Online. em planilhas de diálogo. Não foi possível implementar esse recurso para o
Central de Confiabilidade: links de dados, macros 2007 Office System.
Descrição: o recurso Central de Confiabilidade tem as seguintes alte- • Suporte para constantes de macro do Excel 4 (XLM): as macros
rações: que eram convertidas do XLM podem ter retido constantes XML para
• Links de dados: ao abrir uma pasta de trabalho no Office Excel certos parâmetros. Essas constantes não são mais aceitas e as constantes
2007, todas as conexões estão desabilitadas por padrão e não há avisos documentadas devem ser as únicas usadas. Substitua chamadas VBA que
modais para Atualizar na abertura ou na atualização Periódica. Em vez usam valores numéricos para enumerações por aquelas que usam cons-
disso, o Office Excel 2007 exibe a barra de confiabilidade. Clicar na barra tantes nomeadas de forma apropriada.
de confiabilidade exibe as opções habilitar/desabilitar para as conexões da
pasta de trabalho. Essa alteração visa principalmente um problema de Serviços de Recuperação de Dados
educação do usuário em relação à barra de confiabilidade. Colocar uma Descrição: os Serviços de Recuperação de Dados (DRS) foram re-
pasta de trabalho em um local confiável permite que ela seja automatica- movidos do 2007 Office System. Existem duas partes do DRS. A primeira
mente atualizada sem avisos. consiste em recursos de versões anteriores do Excel, FrontPage e Office
• Macros: o Office Excel 2007 não salva mais código VBA que in- Web Components (OWC) que permitem criar conexões com origens DRS.
clua somente comentários e instruções de declaração. O código VBA do Esses recursos incluem uma interface do usuário para a criação de cone-
Excel anexado a uma pasta de trabalho e que contém somente comentá- xões e a capacidade de execução das conexões (recuperar dados). A
rios e instruções de declaração não será carregado ou salvo com o arqui- segunda metade consiste em adaptadores do lado do servidor que recupe-
vo. Muito poucas pastas de trabalho serão afetadas por essa alteração. Os ram dados de uma fonte de dados específica, como um banco de dados
usuários poderão contornar esse problema adicionando uma sub-rotina ou Microsoft SQL Server, e retornam esses dados para o Excel (por exemplo)
função ao código VBA do Excel. usando o protocolo DRS. Os recursos DRS de versões anteriores do
Controle de versão Excel, FrontPage e OWC não podem se conectar a uma fonte de dados a
Descrição: o recurso de controle de versão autônomo foi removido no menos que haja um adaptador DRS disponível.
Office Excel 2007. Um recurso de controle de versão mais robusto que O Office 2003 vinha com os adaptadores DRS a seguir. Os adaptado-
armazena as informações para cada versão de forma separada é fornecido res DRS só funcionam quando instalados em um servidor que esteja
com bibliotecas de documentos nos sites do Windows SharePoint Services executando o Windows SharePoint Services 3.0 ou o Office SharePoint
3.0 e nos sites do Microsoft Office SharePoint Server 2007. Server 2007.
Motivo da alteração: o recurso de controle de versão de bibliotecas • Adaptador WSS — expõe dados do Windows SharePoint Services
de documentos do Windows SharePoint Services 3.0 oferece um fluxo de 3.0 usando o protocolo DRS. Incluído no Windows SharePoint Services
trabalho mais robusto do que o disponível no Office Excel 2003. 3.0.
Caminho de migração: instale o 2007 Office System e migre para um • Adaptador OLEDB — expõe dados de origens OLEDB usando o
ambiente Windows SharePoint Services 3.0. As organizações que usavam protocolo DRS. Incluído no Windows SharePoint Services 3.0.
o recurso de controle de versão poderão usar o Version Extraction Tool • Adaptador SQL — expõe dados de um banco de dados SQL Ser-
(VET) do OMPM (Office Migration Planning Manager) para extrair versões ver usando o protocolo DRS.
de um documento em vários arquivos. • Pacote complementar de Web Parts e Componentes (Ststpk-
pl.msi). Incluído no suplemento do Office 2003.
O que foi removido • Adaptador do Microsoft Business Solutions (MBS) — expõe dados
• Gráficos: Tamanho de Gráfico Impresso, Janela de Gráfico, gráfi- do Great Plains e Solomon usando o protocolo DRS.
cos em planilhas de diálogo, alterar tipo de gráfico para vários gráficos e Motivo da alteração: o DRS é tratado em outros produtos.
suporte a constantes XLM Caminho de migração: para o ponto geral de entrada de DRS, dados
• Serviços de Recuperação de Dados de SQL Server e de Windows SharePoint Services 3.0 estão disponíveis
• Editor de Scripts Microsoft (MSE) de outras formas também existiam no Office Excel 2003.
• Fórmulas de linguagem natural (NLFs)
• Enviar para Destinatário da Circulação Editor de Scripts Microsoft (MSE)
• Reconhecimento de fala Descrição: versões anteriores do Excel permitiam que você publicas-
se arquivos como HTML com interatividade usando o Microsoft Office Web
Gráficos: Tamanho de Gráfico Impresso, Janela de Gráfico, gráficos Components. Removemos o suporte para salvamento de arquivos HTML
em planilhas de diálogo, alterar tipo de gráfico para vários gráficos e com interatividade usando o Office Web Components. Isso significa que a
suporte a constantes XLM. integração com o Editor de Scripts Microsoft foi removida do Office Excel
Os seguintes recursos de Gráfico foram removidos: 2007.
• Tamanho de Gráfico Impresso: A opção Tamanho de Gráfico Im- Motivo da alteração: a integração com o Editor de Scripts Microsoft
presso foi removida da guia Gráfico da caixa de diálogo Configurar foi removida do Office Excel 2007 porque o HTML não será aceito como
Página. A propriedade PageSetup.ChartSize foi ocultada e não tem fun- um formato de arquivo de fidelidade total. Isso significa que os componen-
cionalidade. O novo comportamento coincide com a configuração Persona- tes de depuração de script não serão mais instalados por padrão no Office
lizado do Office Excel 2003. Agora, os gráficos estão integrados ao Office- Excel 2007. Era um recurso pouco utilizado e a remoção aumenta a segu-
Art e não foi possível reimplementar esse comando para eles. As macros rança.
que usam a propriedade PageSetup.ChartSize poderão redimensionar o Caminho de migração: se precisar criar planilhas interativas para e-
gráfico. xibição em um navegador, recomendamos que você utilize o Serviços do
Excel. Se você salvar um arquivo em um formato de arquivo de uma

Informática 56 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
versão anterior, o Office Excel 2007 preservará os elementos do script. Se Motivo da alteração: os gráficos agora estão integrados ao OfficeArt
você salvar um arquivo em um formato de arquivo do Office Excel 2007, os e devem ser hospedados em um programa do OfficeArt. No Office Excel
objetos do Script de informação (Worksheet.Scripts) serão salvos junto 2007, os usuários podem copiar e colar o arquivo inteiro do Office Excel
com outras propriedades. No entanto, quando esse arquivo for aberto, o 2007 em qualquer outro programa. Isso não é possível no Office PowerPo-
script não será carregado. int 2007 e no Office Word 2007.

Fórmulas de linguagem natural (NLFs) Caminho de migração: cole o gráfico no Office Excel 2007 e copie-o
Descrição: o recurso Fórmulas de Linguagem Natural (NLFs) permitia do Office Excel 2007 para outro programa.
que os usuários usassem os rótulos de colunas e linhas em uma planilha Excel 2007
para referenciar as células dentro dessas colunas sem que fosse necessá-
rio defini-los explicitamente como nomes. Esse recurso pouco usado foi Descrição: a geração de gráficos no 2007 Office System requer a e-
desativado por padrão no Excel 2000 e removido do Office Excel 2007. missão de uma notificação para o Office Excel 2007. Se o Office Excel
Motivo da alteração: este recurso era pouco usado. 2007 não receber essa informação, o botão Inserir Gráfico será desabili-
Caminho de migração: quando uma pasta de trabalho que contém tado. Os botões Mostrar Dados e Fonte de Dados serão desabilitados no
NLFs for aberta no Office Excel 2007 (ou atualizada para o formato de processo contextual do Gráfico. Os usuários que não possuírem o Office
arquivo do Office Excel 2007), o usuário será alertado pelo programa de Excel 2007 não poderão criar um novo gráfico ou editar os dados de um
que as NLFs não têm suporte e que serão convertidas em referências gráfico já existente. Na maioria dos casos, os usuários poderão alterar a
estáticas de célula se o usuário continuar a operação. Se o usuário optar formatação de gráficos existentes. O Microsoft Graph ainda existe, mas os
por continuar, as NLFs da pasta de trabalho serão convertidas em referên- pontos de entrada foram removidos.
cias estáticas de célula. O código que usa NLFs no modelo de objeto não Motivo da alteração: a integração dos gráficos por meio do Office
será alterado e deverá ser atualizado pelo usuário. As soluções de pasta Excel 2007 proporciona uma experiência consistente de geração de
de trabalho com referências de célula baseadas em NLFs (rótulos de gráficos em todo o 2007 Office System. A geração de gráficos integrados é
intervalo) serão prejudicadas por essa alteração. Todo o código do modelo um recurso do Office PowerPoint 2007 e Office Word 2007, mas os dados
de objeto que usar NLFs deverá ser atualizado pelo usuário ou pelo de- que compõem o gráfico residem no Office Excel 2007.
senvolvedor.
Enviar para Destinatário da Circulação Caminho de migração: os gráficos abertos no Office PowerPoint
Descrição: essa opção de baixo uso foi removida do Office Excel 2007 ou no Office Word 2007 com o Office Excel 2007 instalado, são
2007. atualizados automaticamente. Porém, se o Office Excel 2007 não estiver
Caminho de migração: o recurso Enviar para Destinatário da Circu- instalado, os gráficos não serão atualizados. Para possibilitar a geração de
lação foi substituído pelos recursos de colaboração de grupo no Windows gráficos, mude do Office PowerPoint 2007 ou do Office Word 2007 para o
SharePoint Services 3.0. Os recursos de colaboração do Windows Share- 2007 Office System.
Point Services 3.0 proporcionam um fluxo de trabalho mais robusto.
Gráficos: armazenamento de dados
Reconhecimento de fala
Descrição: os pontos de entrada para os recursos de reconhecimento Descrição: os dados de um gráfico no Office PowerPoint 2007 ou no
de fala foram removidos da interface do usuário no Microsoft Office Access Office Word 2007 são armazenados no Office Excel 2007, e não em uma
2007, Office Excel 2007, Office PowerPoint 2007 e Office Word 2007. folha de dados do gráfico.
Alterações em gráficos Motivo da alteração: os gráficos passaram a apresentar maior con-
sistência entre o Office Excel 2007, o Office PowerPoint 2007 e o Office
Este artigo traz a relação das alterações em gráficos do Micro-
Word 2007.
soft Office 2003 ao 2007 Microsoft Office System.
Caminho de migração: os dados dos gráficos podem ser editados no
Eixos dos gráficos
Office Excel 2007.
Descrição: a posição padrão das marcas de escala é fora do eixo.
Gráficos: legenda e título
Nas versões anteriores, a posição era dentro do eixo para os idiomas do
leste asiático, e fora para todos os outros idiomas. Descrição: um gráfico no Office PowerPoint 2007 ou no Office Word
2007 que não contenha dados não exibe o seu título ou legenda. No Office
Motivo da alteração: o novo comportamento é mais consistente e a-
2003, o título ou a legenda ainda está presente.
tende às preferências dos clientes do leste asiático.
Motivo da alteração: os gráficos passaram a apresentar maior con-
Caminho de migração: defina a posição da marca de escala como
sistência entre o Office Excel 2007, o Office PowerPoint 2007 e o Office
dentro do eixo.
Word 2007.
Recursos dos gráficos
Gráficos: arquivos do Lotus 1-2-3
Descrição: alguns recursos de gráficos foram removidos do 2007 Mi-
Descrição: os gráficos não mais importam arquivos no formato Lotus
crosoft Office System. Os gráficos que utilizavam esses recursos têm uma
1-2-3.
aparência diferente no 2007 Office System. Talvez o código de acesso às
propriedades do modelo de objeto não funcione como antes. Os recursos Motivo da alteração: os comentários dos clientes indicam que há um
removidos incluem: paredes e linhas 2D em gráficos 3D, propriedades de número muito restrito de usuários que ainda utilizam esse recurso. Todos
formatação específicas do Excel nas formas dos gráficos e controles de os suportes aos arquivos no formato Lotus 1-2-3 também foram removidos
formulário bloqueados que não acompanham os dimensionamentos dos do Office Excel 2007.
gráficos.
Integração
Motivo da alteração: essa alteração resulta em gráficos mais robus-
tos, capazes de receber recursos adicionais no futuro. Descrição: quando um gráfico 3D é desagrupado, toda a área de plo-
tagem continua a existir como um único grupo.
Copiar/colar
Motivo da alteração: os gráficos passaram a ser desenhados em 3D
Descrição: se um usuário copia um gráfico do Microsoft Office Po- de maneira mais realística, o que torna impossível desagrupar um desenho
werPoint 2007 ou do Microsoft Office Word 2007 e o cola em outro pro- 3D realístico em um conjunto de formas em 2D.
grama que não seja o Office PowerPoint 2007, Office Word 2007, ou o
Microsoft Office Excel 2007, ele é colado como uma figura. Quando o Caminho de migração: muitas vezes os usuários desagrupam os
gráfico é copiado do Office Excel 2007, esse problema não ocorre. gráficos para aplicar recursos existentes no OfficeArt, mas não no Gráfico.
Muitos desses recursos agora podem ser aplicados diretamente no Gráfi-
co. Como alternativa, você pode utilizar o Microsoft Graph.

Informática 57 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Interação Macros: XLM
Descrição: a interface do usuário foi reprojetada. Descrição: não há mais suporte para as macros XLM.
Motivo da alteração: os gráficos estão integrados ao OfficeArt, assim Motivo da alteração: os arquivos XLM foram considerados obsoletos,
a interface do usuário apresentará a maior consistência possível com o embora não tenham sido totalmente removidos.
OfficeArt. As interfaces do usuário do Office Excel 2007, Office PowerPoint
2007 e Office Word 2007 sofreram mudanças, e os gráficos também foram Caminho de migração: reescreva as macros XLM no VBA.
alterados para acompanhar essas mudanças. Programabilidade: propriedades e objetos ocultos e substituídos
Caminho de migração: consulte a Ajuda para relacionar os tópicos Descrição: os gráficos trazem objetos com nova formatação basea-
antigos aos novos. Talvez seja necessário reescrever as macros que dos no OfficeArt. Os objetos e propriedades de formatação anteriores
utilizavam a opção Dialog.Show em algumas caixas de diálogo dos gráfi- estão ocultos ou foram substituídos. Dentre as propriedades e objetos
cos. ocultos e substituídos, podemos citar as propriedades de aplicação de
Seleção de gráficos Bordas, Legendas, Caracteres, Preenchimento, Fonte, Alinhamento Hori-
zontal, Interior, Orientação, Ordem de Leitura, Sombras e Alinhamento
Descrição: os gráficos já não são trazidos automaticamente para fren- Vertical, além dos objetos FormatarPreenchimentoGráfico e FormatarCor-
te ao serem selecionados. Gráfico, e propriedades 3D dos gráficos.
Motivo da alteração: esse novo comportamento é consistente com o Motivo da alteração: os gráficos agora estão integrados ao OfficeArt,
restante do OfficeArt. de forma que o objeto de modelo também foi modificado para se adequar
ao OfficeArt.
Interface do usuário: padrões de preenchimento
Caminho de migração: para acessar os recursos de formatação, al-
Descrição: não há interface de usuário para os padrões de preenchi- terne para os novos objetos e métodos. Os objetos e métodos listados
mento, como hachura cruzada e xadrez. continuam disponíveis, embora devam ser removidos em uma versão
Motivo da alteração: os gráficos agora estão integrados ao OfficeArt, futura.
e esse recurso foi removido do OfficeArt. Programabilidade: valores de retorno nulos
Caminho de migração: utilize o sombreamento ou uma gradiente, Descrição: no Excel 2003, algumas propriedades no modelo de obje-
como opção. to retornavam um valor nulo quando os valores de configuração de um
Enviando gráficos por e-mail na forma de imagens conjunto de objetos eram misturados. No Office Excel 2007, as proprieda-
des retornam o valor da configuração para o padrão do conjunto. Por
Descrição: não é possível transformar os gráficos das planilhas em exemplo, se houver uma mistura de rótulos de dados automáticos e perso-
imagens para serem enviados por e-mail. nalizados, o comando DataLabels.AutoText retornará um valor de falso. Se
Caminho de migração: copie e cole uma imagem do gráfico em uma houver uma mescla de tipos diferentes de fontes em uma legenda, Le-
mensagem de e-mail. gend.Font.Name retornará o nome da fonte para as entradas da nova
legenda.
Publicando como páginas da Web
Motivo da alteração: essa alteração torna o modelo de objeto mais
Descrição: não é possível publicar os gráficos das planilhas como consistente internamente. Não é necessário escrever o código para mani-
páginas da Web. pular valores de retorno nulos.
Caminho de migração: use folhas de gráficos ou utilize o método Caminho de migração: altere as macros que utilizam essa proprie-
Chart.Export no modelo de objeto. dade para detectar casos de ocorrências mistas.
Redimensionamento Programabilidade: propriedades do gráfico
Descrição: o redimensionamento de um gráfico que contém formas Descrição: as propriedades dos gráficos além de Chart.ChartGroups
funciona de modo diferente no Office 2003. que retornavam ChartGroups foram eliminadas.
Motivo da alteração: os gráficos agora estão integrados ao OfficeArt, Motivo da alteração: essas propriedades raramente eram utilizadas.
impossibilitando a reimplementação do comportamento do Office 2003 em
relação aos gráficos. Caminho de migração: altere as macros para utilizar
Chart.ChartGroups. Execute um loop por todos os ChartGroups a fim de
Legenda encontrar o tipo de gráfico correto.
Descrição: as séries dos gráficos às quais não foram atribuídos no- Programabilidade: modelo de objeto do Excel 5.0
mes nas legendas, como "Series1," "Series2," e assim por diante.
Descrição: a começar pelo Excel 97, o modelo de objeto do VBA para
Motivo da alteração: os gráficos utilizavam textos diferentes para formas provenientes do Excel 5.0 foi ocultado. Já não há suporte disponí-
nomear as séries de diversos lugares no gráfico e na interface do usuário. vel para formas de gráficos deste modelo de objeto.
Esses textos passaram agora a ter consistência.
Motivo da alteração: esse recurso já havia sido ocultado anterior-
Caminho de migração: configure os nomes das séries caso apare- mente.
çam na legenda ou em qualquer outra parte do gráfico.
Caminho de migração: use o modelo de objeto da forma que se tor-
Macros: Chart.Pictures nou disponível no Excel 97.
Descrição: as macros que utilizam o conjunto Chart.Pictures talvez Visual: padrões de preenchimento em gráficos 3D
não sejam executadas.
Descrição: os padrões de preenchimento nos gráficos 3D são dese-
Motivo da mudança: esse recurso é redundante com o conjunto nhados sobre a superfície do gráfico 3D. Nas versões anteriores, esses
Chart.Pictures. preenchimentos eram desenhados sem levar em conta o ângulo da super-
fície da tela.
Caminho de migração: como alternativa, utilize o conjunto
Chart.Shapes. Motivo da alteração: os gráficos passaram a ser desenhados em 3D
de forma realística, não sendo mais possível produzir essa ilusão de
óptica.

Informática 58 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Caminho de migração: os padrões de preenchimento podem ser gráficos podem produzir resultados ligeiramente diferentes dos obtidos
substituídos por outros tipos de preenchimento, ou mesmo o gráfico ser anteriormente.
alterado para um modelo em 2D.
Visual: gráficos cilíndricos e em formato de cone
Visual: sombreamento realístico em 3D
Descrição: os gráficos cônicos e cilíndricos que possuem bordas a-
Descrição: os gráficos 3D possuem características apropriadas de i- presentam diferenças entre si. As versões anteriores do Excel desenha-
luminação e sombreamento, e suas cores talvez não mais reproduzam vam as silhuetas dos cilindros e cones, bem como suas bordas circulares.
com precisão os matizes das versões anteriores. Os gráficos cônicos e cilíndricos que possuam apenas uma borda e ne-
nhum preenchimento devem desaparecer por completo.
Motivo da alteração: os gráficos passaram a ser desenhados em 3D
realístico. Motivo da alteração: os gráficos passam a ser desenhados em 3D de
forma realística, não permitindo o desenho de silhuetas de formatos arre-
Visual: rótulos de dados e códigos de legendas dondados.
Descrição: nas versões anteriores, os rótulos de dados podiam exibir Visual: fontes de impressora e de varredura
códigos de legendas, mas o suporte para esse recurso deixou de ser
fornecido. Descrição: os gráficos não possuem mais suporte para fontes de im-
pressora ou de varredura, suportando apenas fontes TrueType e Posts-
Motivo da alteração: não foi possível implementar esse recurso no cript.
2007 Office System.
Motivo da alteração: os gráficos estão integrados ao OfficeArt, não
Visual: escalas possibilitando assim reimplementar o suporte para as fontes de varredura
Descrição: gráficos com a escala no eixo do valor (y) definida como e de impressora. Os clientes alegam que raramente fazem uso de tais
Automático podem ter sua escala modificada no 2007 Office System. fontes.

Motivo da alteração: os gráficos passaram a usar texto do OfficeArt, Caminho de migração: altere os arquivos, adotando fontes TrueTy-
e as informações sobre disposição e tamanho do texto são utilizadas para pe. Os arquivos configurados com fontes de varredura ou de impressora
identificar sua escala em relação ao eixo. serão desenhados utilizando-se uma fonte TrueType de aparência similar.

Caminho de migração: defina a escala como um valor fixo. Visual: valores negativos nos gráficos empilhados 3D

Visual: cores e formatação padrão dos gráficos Descrição: os gráficos com área de empilhamento em 3D ou 100%
empilhados e que possuem valores negativos apresentam uma aparência
Descrição: os padrões de cores e outras formatações utilizadas nos diferente no Office Excel 2007.
gráficos foram alterados no Office Excel 2007. Os gráficos abertos nos
arquivos do Excel 2003 não sofreram modificações. Motivo da alteração: o novo comportamento é mais consistente com
outros tipos de gráficos empilhados.
Motivo da alteração: os padrões de formatação dos gráficos no Offi-
ce Excel 2007 foram estabelecidos em relação ao tema do documento e Caminho de migração: substitua os números negativos por positivos
ao estilo individual de cada gráfico. Essa alteração resulta em gráficos para reproduzir o comportamento do Excel 2003.
mais atraentes visualmente que correspondem à aparência do restante do Visual: rótulos de dados dos valores #N/D
documento, sem contudo exigir grandes alterações na sua formatação.
Descrição: os gráficos em formato de rosca ou de pizza não exibem
Caminho de migração: as macros que criam gráficos passaram a os rótulos de dados dos valores #N/D.
produzir diferentes resultados. Na maioria dos casos, o novo gráfico consti-
tui um resultado preferencial. Em algumas situações, nas quais uma Visual: inversão de cor negativa
aparência precisa é desejada, as macros devem ser modificadas para se
obter tal precisão na aparência. Descrição: não é possível configurar a inversão quando uma cor ne-
gativa é utilizada em preenchimentos sólidos.
Visual: tamanho padrão dos gráficos
Caminho de migração: os gráficos das versões anteriores ainda a-
Descrição: o tamanho padrão dos gráficos foi modificado no Office brem corretamente.
Excel 2007.
Fonte:http://technet.microsoft.com/pt-
Motivo da alteração: os padrões de layout no Office Excel 2007 a- br/library/cc179167(office.12).aspx
presentavam variações, dependendo do tipo de gráfico.
POWERPOINT 2007
Caminho de migração: os gráficos podem ser redimensionados para
qualquer tamanho desejado. MICROSOFT POWER POINT 2007
Visual: disposição do texto
Programa utilizado para criação e apresentações de Slides. Para iniciá-lo
Descrição: o texto que compõe os gráficos pode apresentar disposi- basta clicar no botão Iniciar da barra de tarefas do Windows, apontar para
ções diferentes em versões anteriores. Em raras situações, a alteração na Todos os Programas, selecionar Microsoft Office e clicar em Microsoft
disposição do texto pode acarretar uma sobreposição nos gráficos onde Office Power Point Vista 2007.
antes o texto estava disposto corretamente. Em outros casos, o texto
cortado e marcado com reticências (...) se mantém inalterado. Janela de abertura do programa
Motivo da alteração: os comentários dos clientes sugerem que o tex-
to que aparece na tela deve permanecer idêntico ao da página impressa.
Os clientes também manifestaram seu desejo de que o texto dos gráficos
não sofra modificações quando deslocados de um programa para outro no
Office 2007. Os gráficos passaram a utilizar texto do OfficeArt, que confere
consistência entre a imagem exibida na tela e no papel impresso, bem
como em todos os programas.
Caminho de migração: os gráficos são desenhados no 2007 Office
System para corresponder o mais fielmente possível às versões do Office
2003. As macros que dependem de uma precisão de pixels em layouts de

Informática 59 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

1) Guias
2) Os grupos em cada guia dividem a tarefa em subtarefas.
3) Os botões de comando em cada grupo executam um comando ou
1 – Botão do Microsoft Office exibem um menu de comandos.
Ele substitui o menu Arquivo (versões anteriores) e está localizado no
canto superior esquerdo do programa. 6 – Painel de Anotações
Nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em um slide.
Ao clicar no Botão do Microsoft Office, serão exibidos comandos básicos:
Novo, Abrir, Salvar, Salvar Como, Imprimir, Preparar, Enviar, Publicar e 7 – Barra de Status
Fechar. Exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre elas: o
número de
2 – Barra de Ferramentas de Acesso Rápido slides; tema e idioma.

Localiza-se no canto superior esquerdo ao lado do Botão do Microsoft


Office (local padrão), é personalizável e contém um conjunto de comandos 8 – Nivel de Zoom
independentes da guia exibida no momento. É possível adicionar botões Clicar para ajustar o nível de zoom.
que representam comandos à barra e mover a barra de um dos dois locais
possíveis.

3 – Barra de Titulo CRIAR APRESENTACOES


Exibe o nome do programa (Microsoft PowerPoint) e, também exibe o Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint engloba: iniciar com um
nome do documento ativo. design básico; adicionar novos slides e conteúdo; escolher layouts; modifi-
car o design do slide, se desejar, alterando o esquema de cores ou apli-
4 – Botões de Comando da Janela cando diferentes modelos de estrutura e criar efeitos, como transições de
Acionando esses botões, é possível minimizar, maximizar e restaurar a slides animados.
janela do programa PowerPoint.
Para iniciar uma nova apresentação basta clicar no Botão do Microsoft
Office, e em seguida clicar em Novo.
Então escolher um modelo para a apresentação (Em Branco, Modelos
Instalados, Meus modelos, Novo com base em documento existente ou
Modelos do Microsoft Office Online).

Depois de escolhido o modelo clicar em Criar.

5 – Faixa de Opções
A Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os comandos
necessários para executar uma tarefa. Os comandos são organizados em
grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo
de atividade como gravação ou disposição de uma página. Para diminuir a
desorganização, algumas guias são exibidas somente quando necessário.
Por exemplo, a guia Ferramentas de Imagem somente é exibida quando
uma imagem é selecionada.

SELECIONAR SLIDE
Para selecionar um slide, basta clicar na guia Slide no painel à esquerda.

LAYOUT

Informática 60 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Então basta começar a digitar.

Para alterar o Layout do slide selecionado, basta clicar na Guia Início e


depois no botão Layout, escolha o layout desejado clicando sobre ele.

Formatando o texto
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para selecionar
um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo sobre o ponto em
que se deseja iniciar a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o
mouse até o ponto desejado e soltar o botão esquerdo.

Com o texto selecionado basta clicar nos botões para fazer as alterações
desejadas

1 – Fonte Altera o tipo de fonte

INSERIR TEXTO
Antes de inserir o primeiro texto é necessário conhecer a aplicação de
algumas
teclas:

BARRA DE Permite a inserção de espaços em branco.


ESPACOS
SHIFT Só funciona quando pressionada simultaneamente com outra
tecla. Serve para fazer letras maiúsculas e acessar a segunda
função da tecla, por exemplo: para digitar o sinal “@”, deve-se
pressionar simultaneamente as teclas SHIFT e 2.

DEL ou DELETE Apaga os caracteres que estão à direita do ponto de inserção.

BACKSPACE Apaga os caracteres que estão à esquerda do ponto de 2 – Tamanho da fonte Altera o tamanho da fonte
inserção.

←→↑↓ Movimentam o ponto de inserção (cursor) pelo texto.


ENTER Cria uma nova linha.
CAPS LOCK Trava as maiúsculas. Todas as letras digitadas aparecerão
em
caixa alta.

Para fazer a acentuação, deve-se digitar a tecla de acento e depois a letra


a ser acentuada. Quando a tecla correspondente ao acento for pressiona-
da, não sairá nada na tela; só depois que for digitada a letra é que ela
aparecerá acentuada.

Para inserir um texto no slide clicar com o botão esquerdo do mouse no


retângulo (Clique para adicionar um título), após clicar o ponto de inserção
(cursor será exibido).

Informática 61 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

INSERIR SIMBOLOS ESPECIAIS


Além dos caracteres que aparecem no teclado, é possível inserir no slide
vários caracteres e símbolos especiais.
Posicionar o cursor no local que se deseja inserir o símbolo.

Acionando a guia inserir


3 – Negrito
Aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser acionado através
do comando Ctrl+N.
Inserindo símbolos
4 – Italico
Aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do
comando Ctrl+I.

5 – Sublinhado
Sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado através do
comando Ctrl+S. Selecionar o símbolo.

6 – Tachado
Desenha uma linha no meio do texto selecionado.

7 – Sombra de Texto
Adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para destacá-lo no slide.

8 – Espacamento entre Caracteres


Ajusta o espaçamento entre caracteres.

9 – Maiusculas e Minusculas
Altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, minúsculas, ou outros
usos comuns de maiúsculas/minúsculas.

10 – Cor da Fonte
Altera a cor da fonte.
Escolha o símbolo desejado depois clique em inserir e fechar.
11 – Alinhar Texto a Esquerda
Alinha o texto à esquerda. Também pode ser acionado através do coman- MARCADORES E NUMERCAO
do Ctrl+Q. Com a guia Início acionada, clicar no botão marcadores e numeração, para
criar parágrafos com marcadores. Para escolher o tipo de marcador clicar
12 – Centralizar na seta.
Centraliza o texto. Também pode ser acionado através do comando C-
trl+E.

13 – Alinhar Texto a Direita


Alinha o texto à direita. Também pode ser acionado através do comando
Ctrl+G.

14 – Justificar
Alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando espaço extra
entre as palavras conforme o necessário, promovendo uma aparência
organizada nas laterais esquerda e direita da página.

15 – Colunas
Divide o texto em duas ou mais colunas.

Para inserir um novo slide

Informática 62 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

INSERIR NOVO SLIDE


Para inserir um novo slide acionar a guia Início e clicar no botão novo Formas : inserir formas prontas, como retângulos e círculos, setas,
slide. Depois clicar no layout desejado. linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos.

SmartArt : inserir um elemento gráfico SmartArt para comunicar


informações visualmente. Esses elementos gráficos variam desde listas
gráficas e diagramas de processos até gráficos mais complexos, como
diagramas de Venn e organogramas.

Gráfico : inserir um gráfico para ilustrar e comparar dados.

WordArt: : inserir um texto com efeitos especiais.

Cabeçalho e Rodapé

Para editar o cabeçalho ou rodapé do slide, basta clicar no botão ,


na guia Inserir. As informações serão exibidas na parte superior ou inferior
de cada página impressa.

Como inserir tabelas

INSERIR TABELA

Para inserir ou traçar uma tabela, basta clicar no botão , localizado


na guia Inserir.
EXCLUIR SLIDE ALTERAR A ORDEM DOS SLIDES
Para excluir um slide basta selecioná-lo e depois clicar no botão excluir, ou Para alterar a ordem dos slides:
clique no botão delete do teclado. • Selecionar a guia Slides (no painel à esquerda), Clicar com o botão
esquerdo do mouse sobre o slide,
Para salvar um arquivo
SALVAR ARQUIVO
Após criar uma apresentação, é necessário efetuar a gravação do arquivo,
essa operação é chamada de “Salvar”. Se o arquivo não for salvo, corre-se
o risco de perdê-lo por uma eventual falta de energia, ou por outro motivo
que cause a saída brusca do programa.

SAIR DO POWERPOINT
Para sair do Microsoft Office PowerPoint, utilizar as seguintes opções:
• Acionar o Botão do Microsoft Office e clicar em Sair do PowerPoint.
Clicar no Botão Fechar. Ou pressionar as teclas ALT+F4.

Se o arquivo não foi salvo ainda, ou se as últimas alterações não foram


gravadas, o PowerPoint emitirá uma mensagem, alertando- o do fato.

Inserindo figuras

Imagem do Arquivo inserir uma imagem de um arquivo.

Clip-art : é possível escolher entre várias figuras que acompanham


o Microsoft Office.

Informática 63 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Mantê-lo pressionado e arrastá-lo até a posição desejada.

ANIMAR TEXTOS E OBJETOS


Para animar um texto ou objeto, selecionar o texto ou objeto, clicar na guia
Animações, e depois em Animações Personalizadas, abrirá um painel à
direita, clicar em Adicionar efeito. Nele se encontram várias opções de
animação de entrada, ênfase, saída e trajetórias de animação.

Como alterar plano de fundo

ALTERAR PLANO DE FUNDO


Para alterar o plano de fundo de um slide, basta clicar com o botão direito
do mouse sobre ele, e em seguida clicar em Formatar Plano de Fundo.

INSERIR BOTAO DE ACAO


Um botão de ação consiste em um botão já existente que pode ser inseri-
do na apresentação e para o qual pode definir hiperlinks. Os botões de
ação contêm formas, como setas para direita e para esquerda e símbolos
de fácil compreensão referentes às ações de ir para o próximo, anterior,
primeiro e último slide, além de executarem filmes ou sons. Eles são mais
comumente usados para apresentações autoexecutáveis — por exemplo,
apresentações que são exibidas várias vezes em uma cabine ou quiosque
(um computador e monitor, geralmente localizados em uma área freqüen-
tada por muitas pessoas, que pode incluir tela sensível ao toque, som ou
vídeo.

Depois escolher entre as opções clicar Aplicar a tudo para aplicar a mu- Os quiosques podem ser configurados para executar apresentações do
dança a todos os slides, se for alterar apenas o slide atual clicar em fechar. PowerPoint de forma automática, contínua ou ambas).

1. Na guia Inserir, no grupo Ilustrações, clicar na seta abaixo de Formas e,


em seguida, clique no botão Mais
2. Em Botões de Ação, clicar no botão que se deseja adicionar.
3. Clicar sobre um local do slide e arrastar para desenhar a forma para o
botão.
4. Na caixa Configurar Ação, seguir um destes procedimentos:
• Para escolher o comportamento do botão de ação quando você clicar
nele, clicar na guia Selecionar com o Mouse.
• Para escolher o comportamento do botão de ação quando você mover o
ponteiro sobre ele, clicar na guia Selecionar sem o Mouse.
5. Para escolher o que acontece quando você clica ou move o ponteiro
sobre o botão de ação, siga um destes procedimentos:

Informática 64 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Se você não quiser que nada aconteça, clicar em Nenhuma. 3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide, clicar no efeito
• Para criar um hiperlink, clicar em Hiperlink para e selecionar o destino de transição de slides que você deseja para esse slide.
para o hiperlink. 4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rápidos, clicar
• Para executar um programa, clicar em Executar programa e, em seguida, no botão Mais .
clicar em Procurar e localizar o programa que você deseja executar. 5. Para definir a velocidade de transição de slides, no grupo Transição
para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da Transição e, em
Para executar uma macro (uma ação ou um conjunto de ações que você seguida, selecionar a velocidade desejada.
pode usar para automatizar tarefas. As macros são gravadas na linguagem 6. Para adicionar uma transição de slides diferente a outro slide em sua
de programação Visual Basic for Applications), clicar em Executar macro e apresentação, repetir as etapas 2 a 4.
selecionar a macro que você deseja executar.
Adicionar som a transições de slides
As configurações de Executar macro estarão disponíveis somente se a sua 1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na guia Slides.
apresentação contiver uma macro. 2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide.
• Se você deseja que a forma escolhida como um botão de ação execute 3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide, clicar na seta
uma ação, clicar em Ação do objeto e selecionar a ação que você deseja ao lado de Som de Transição e, em seguida, seguir um destes procedi-
que ele execute. mentos:
• Para adicionar um som a partir da lista, selecionar o som desejado.
As configurações de Ação do objeto estarão disponíveis somente se a sua • Para adicionar um som não encontrado na lista, selecionar Outro Som,
apresentação contiver um objeto OLE (uma tecnologia de integração de localizar o arquivo de som que você deseja adicionar e, em seguida, clicar
programa que pode ser usada para compartilhamento de informações em OK.
entre programas. 1. Para adicionar som a uma transição de slides diferente, repetir
Todos os programas do Office oferecem suporte para OLE; por isso, você as etapas 2 e 3.
pode compartilhar informações por meio de objetos vinculados e incorpo-
rados). Opções da apresentação
• Para tocar um som, marcar a caixa de seleção Tocar som e selecionar o Usar as opções na seção Opções da apresentação para especificar como
som desejado. você deseja que arquivos de som, narrações ou animações sejam execu-
tados em sua apresentação.
TRANSICAO DE SLIDES • Para executar um arquivo de som ou animação continuamente,
As transições de slide são os efeitos semelhantes à animação que ocor- marcar a caixa de opções Repetir até 'Esc' ser pressionada.
rem no modo de exibição Apresentação de Slides quando você move de • Para mostrar uma apresentação sem executar uma narração in-
um slide para o próximo. É possível controlar a velocidade de cada efeito corporada, marcar a caixa de seleção Apresentação sem narra-
de transição de slides e também adicionar som. ção.
• Para mostrar uma apresentação sem executar uma animação in-
O Microsoft Office PowerPoint 2007 inclui vários tipos diferentes de transi- corporada, marcar a caixa de seleção Apresentação sem anima-
ções de slides, incluindo (mas não se limitando) as seguintes: ção.
• Ao fazer sua apresentação diante de uma audiência ao vivo, é
possível escrever nos slides. Para especificar uma cor de tinta, na
lista Cor da caneta, selecionar uma cor de tinta.

Avançar slides
Legenda Usar as opções na seção Avançar slides para especificar como mover de
1. Sem transição um slide para outro ou para avançar para cada slide manualmente durante
2. Persiana Horizontal a apresentação, clicar em Manualmente.
3. Persiana Vertical
4. Quadro Fechar
5. Quadro Abrir • CONCEITOS DE INTERNET E FERRAMENTAS COMERCIAIS DE NA-
6. Quadriculado na Horizontal VEGAÇÃO, DE CORREIO ELETRÔNICO, DE BUSCA E PESQUISA
7. Quadriculado na Vertical
8. Pente Horizontal
1. Pente Vertical REDES DE COMPUTADORES
O termo "Rede de Processamento de Dados" já é um conceito antigo
Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rápidos, clicar no na informática. O uso distribuído de recursos de processamento de dados
botão Mais. teve seu início há vários anos, quando o pesquisador norte-americano -
hoje considerado o pai da Inteligência Artificial, John McCarty - introduziu o
Adicionar a mesma transição de slides a todos os slides em sua apresen- conceito de Compartilhamento de Tempo ou Timesharing. Em resumo, é a
tação: maneira de permitir que vários usuários de um equipamento o utilizem
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na guia Slides. sem, teoricamente, perceberem a presença dos outros. Com essa ideia,
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. surgiram vários computadores que operavam em rede ou com processa-
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide, clicar em um mento distribuído. Um conjunto de terminais que compartilhavam a UCP -
efeito de transição de slides. Unidade Central de Processamento - e a memória do equipamento para
4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rápidos, clicar processarem vários conjuntos de informações "ao mesmo tempo".
no botão Mais . Naturalmente esses conceitos evoluíram e as maneiras de utilização
5. Para definir a velocidade de transição de slides, no grupo Transição de recursos de informática se multiplicaram, surgindo os mais diversos
para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da Transição e, em tipos de uso compartilhado desses recursos.
seguida, selecionar a velocidade desejada.
1. No grupo Transição para Este Slide, clicar em Apli- O desenvolvimento das redes está intimamente ligado aos recursos de
car a Tudo. comunicação disponíveis, sendo um dos principais limitantes no bom
desempenho das redes.
Adicionar diferentes transições de slides aos slides em sua apresen- Uma rede pode ser definida de diversas maneiras: quanto a sua finali-
tação dade, forma de interligação, meio de transmissão, tipo de equipamento,
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na guia Slides. disposição lógica etc.
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. Genericamente, uma rede é o arranjo e interligação de um conjunto de

Informática 65 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
equipamentos com a finalidade de compartilharem recursos. Este recurso gravação de informações.
pode ser de diversos tipos: desde compartilhamento de periféricos caros Redes de comunicações são formas de interligação entre sistemas de
até o uso compartilhado de informações (banco de dados etc.). computação que permitem a troca de informações entre eles, tanto em
Rede de micro computadores é uma forma de se interligar equipamen- tempo real (on-line) como para troca de mensagens por meio de um disco
tos (micros e seus recursos) para que seja possível a troca de informações comum. Esta Função é também chamada de correio eletrônico e, depen-
entre os micros, ou que periféricos mais caros (como impressoras e discos dendo do software utilizado para controle do fluxo das mensagem, permite
rígidos) possam ser compartilhados por mais de um micro. alcançar grandes melhorias de eficiência nas tarefas normais de escritório
TIPOS DE REDES como no envio de memorandos, boletins informativos, agenda eletrônica,
marcação de reuniões etc.
O conceito de rede de micros, mais que os próprios micros, é muito
recente. No entanto, está começando a crescer e já existem no mercado Outro grupo é formado pelas redes remotas, que interligam microcom-
nacional vários sistemas para configurar redes de micros. Existem dois putadores não próximos uns dos outros. Este tipo de rede é muito aconse-
tipos básicos principais, saber: lhado a atividades distribuídas geograficamente, que necessitam de coor-
denação centralizada ou troca de informações gerenciais. Normalmente, a
1. Redes estruturadas em torno de um equipamento especial cuja
interligação é feita por meio de linhas telefônicas.
função é controlar o funcionamento da rede. Esse tipo de rede tem, uma
arquitetura em estrela, ou seja, um controlador central com ramais e em Ao contrário dos equipamentos de grande porte, os micros permitem o
cada ramal um microcomputador, um equipamento ou periférico qualquer. processamento local das informações e podem trabalhar independente-
mente dos demais componentes da rede. Pode-se visualizar, numa em-
2. A outra forma mais comum de estruturação da rede é quando se
presa, vários micros em vários departamentos, cuidando do processamen-
tem os equipamentos conectados a um cabo único, também chamada de
to local das informações. Tendo as informações trabalhadas em cada
arquitetura de barramento - bus, ou seja, os micros com as expansões são
local, o gerenciamento global da empresa necessitaria recolher informa-
simplesmente ligados em série por um meio de transmissão. Não existirá
ções dos vários departamentos para então proceder às análises e contro-
um controlador, mais sim vários equipamentos ligados individualmente aos
les gerais da empresa.
micros e nos equipamentos da rede. Em geral, trata-se de uma placa de
expansão que será ligada a outra idêntica no outro micro, e assim por Esse intercâmbio de informações poderá ser feito de diversas manei-
diante. ras: desde a redigitação até a interligação direta por rede.
No primeiro caso básico, o hardware central é quem controla; no se- Além do intercâmbio de informações, outros aspectos podem ser ana-
gundo caso, são partes em cada micro. Em ambas configurações não há lisados. Nesta empresa hipotética, poderia haver em cada unidade gerado-
limitação da rede ser local, pois a ligação entre um micro pode ser feita ra de informações todos os periféricos de um sistema (disco, impressora
remotamente através de modems. etc.). Entretanto, alguns deles poderiam ser subutilizados, dependendo
das aplicações que cada um processasse. Com a solução de rede, a
Uma outra classificação de rede pode ser feita nos seguintes tipos:
empresa poderia adquirir menos equipamentos periféricos e utilizá-los de
LAN- Rede local ou Local Area Network é a ligação de microcomputa- uma forma mais racional como por exemplo: uma impressora mais veloz
dores e outros tipos de computadores dentro de uma área geográfica poderia ser usada por vários micros que tivessem aplicações com uso de
limitada. impressão.
WAN- Rede remota ou Wide Area Network, é a rede de computadores As possíveis desvantagens são decorrentes de opções tecnicamente
que utiliza meios de teleprocessamento de alta velocidade ou satélites incorretas, como tentar resolver um problema de grande capacidade de
para interligar computadores geograficamente separados por mais que os processamento com uma rede mal dimensionada, ou tentar com uma rede
2 a 4 Km cobertos pelas redes locais. substituir as capacidades de processamento de um equipamento de gran-
A solução por redes pode apresentar uma série de aspectos, positi- de porte.
vos, como: Essas possíveis desvantagens desaparecem se não existirem falhas
- comunicação e intercâmbio de informações entre usuários; técnicas, que podem ser eliminadas por uma boa assessoria obtida desde
- compartilhamento de recursos em geral; os fabricantes até consultorias especializadas.
- racionalização no uso de periféricos; TOPOLOGIAS
- acesso rápido a informações compartilhadas; Outra forma de classificação de redes é quando a sua topologia, isto
- comunicação interna e troca de mensagem entre processos; é, como estão arranjados os equipamentos e como as informações circu-
lam na rede.
- flexibilidade lógica e física de expansão;
As topologias mais conhecidas e usadas são: Estrela ou Star, Anel ou
- custo / desempenho baixo para soluções que exijam muitos recur- Ring e Barra ou Bus.
sos;
- interação entre os diversos usuários e departamentos da empresa;
- redução ou eliminação de redundâncias no armazenamento;
- controle da utilização e proteção no nosso acesso de arquivos.
Da mesma forma que surgiu o conceito de rede de compartilhamento
nos computadores de grande porte, as redes de micros surgiram da ne-
cessidade que os usuários de microcomputadores apresentavam de
intercâmbio de informações e em etapas mais elaboradas, de racionaliza-
ção no uso dos recursos de tratamento de informações da empresa -
unificação de informações, eliminação de duplicação de dados etc.
Quanto ao objetivo principal para o qual a rede se destina, podemos
destacar os descritos a seguir, apesar de na prática se desejar uma com-
binação desses objetivos.
Redes de compartilhamento de recursos são aqueles onde o principal
objetivo é o uso comum de equipamentos periféricos, geralmente, muito
caros e que permitem sua utilização por mais de um micro, sem prejudicar
a eficiência do sistema como um todo. Por exemplo, uma impressora A figura a seguir mostra os três principais arranjos de equipamento
poderá ser usada por vários micros que não tenham função exclusiva de em redes.
emissão de relatórios (sistemas de apoio a decisão, tipicamente cujo A primeira estrutura mostra uma rede disposta em forma de estrela,
relatórios são eventuais e rápidos). Uma unidade de disco rígido poderá onde existe um equipamento (que pode ser um micro) no centro da rede,
servir de meio de armazenamento auxiliar para vários micros, desde que coordenando o fluxo de informações. Neste tipo de ligação, um micro,
os aplicativos desses micros não utilizem de forma intensiva leitura e para "chamar" outro, deve obrigatoriamente enviar o pedido de comunica-

Informática 66 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ção ao controlador, que então passará as informações - que poderá ser que é chamado servidor da rede que normalmente é formado por 10 a 20
uma solicitação de um dado qualquer - ao destinatário. Pode ser bem mais PC. Outra característica é o surgimento dos PC sem unidades de disco
eficiente que o barramento, mas tem limitação no número de nós que o (Diskless). Esta estação de trabalho com vídeo, memória, teclado e cone-
equipamento central pode controlar e, se o controlador sai do ar, sai toda xão de rede terá um custo baixo e irá compartilhar os discos, impressoras
rede. A vantagem desse sistema é a simplificação do processo de geren- e outros periféricos da rede.
ciamento dos pedidos de acesso. Por outro lado, essa topologia limita a As redes em estrela continuarão a ser importantes quando a aplicação
quantidade de pontos que podem ser conectados, devido até mesmo ao exigir um compartilhamento multiusuário com uma concorrência de uso de
espaço físico disponível para a conexão dos cabos e à degradação acen- arquivos centralizados intensa.
tuada da performance quando existem muitas solicitações simultâneas à
SERVIÇOS PÚBLICOS
máquina centralizadora.
RENPAC
A segunda topologia mostrada na figura é uma rede em anel que pode
ser considerada como uma rede em bus, com as extremidades do cabo Em operação desde 1985, a Rede Nacional de Comutação de Dados
juntas. Este tipo de ligação não permite tanta flexibilidade quanto a ligação por Pacotes (RENPAC), da Embratel, oferece ao mercado uma extensa
em bus, forçando uma maior regularidade do fluxo de informações, supor- gama de aplicações em comunicação de dados, tais como: ligação de
tando por um sistema de detecção, diagnóstico e recuperação de erros departamentos de processamento de dados de uma empresa e suas filiais,
nas comunicações. Esta topologia elimina a figura de um ponto centraliza- espalhadas na mesma cidade ou em cidades de outros estados; formação
dor, o responsável pelo roteamento das informações. As informações são de pequenas redes, como de hotéis para serviços de reserva e turismo;
transmitidas de um ponto para outro da rede até alcançar o ponto destina- acesso a bancos de dados; entre outras modalidades tradicionais de
tário. Todos os pontos da rede participam do processo de envio de uma comunicação de dados.
informação. Eles servem como uma espécie de estação repetidora entre O uso da RENPAC é aberto ao público em geral. Todos os computa-
dois pontos não adjacentes. Com vantagem, essa rede propicia uma maior dores, de micros a mainframes, podem ligar-se à RENPAC, através da
distância entre as estações. Contudo, se houver um problema em um rede de telefonia pública. No caso dos micros, o usuário necessita de um
determinado micro, a transmissão será interrompida. software de comunicação de dados com o protocolo TTY ou X-25 (protoco-
A terceira topologia de rede mostrada na figura é denominada rede em lo interno da RENPAC) e modem.
bus ou barra, onde existe um sistema de conexão (um cabo) que interliga- Para os computadores de médio e grande porte, o usuário precisa, a-
rá os vários micros da rede. Neste caso o software de controle do fluxo de lém do software específico de comunicação de dados, de um conversor
informações deverá estar presente em todos os micros. que transforme o padrão de comunicação de seu equipamento para o
Assim, quando um micro precisa se comunicar com outro, ele "solta" protocolo X-25. O usuário pode se ligar à RENPAC utilizando, ainda, o
na linha de comunicação uma mensagem com uma série de códigos que acesso dedicado, ou seja, uma linha privada em conexão direta com a
servirá para identificar qual o micro que deverá receber as informações Rede. Além da assinatura para utilização do serviço, o usuário paga,
que seguem. Nesse processo, a rede fica menos suscetível a problemas também, uma tarifa pelo tempo de conexão à rede e pelo volume de
que ocorram no elemento centralizador e sua expansão fica bem mais informações trafegadas.
fácil, bastando aumentar o tamanho do cabo e conectar a ele os demais TRANSDATA
pontos. A Rede Transdata é uma rede totalmente síncrona para comunicação
As formas analisadas são as principais em termos de conceito de for- de dados abrangendo as maiores cidades do Brasil. A técnica de multiple-
mação da rede, porém, existe uma série de tipos intermediários ou varia- xação por entrelaçamento de bits (bit interleaving) é usada para a multiple-
ções deles com estruturas diferentes das barras - de árvore, de estrela ou xação dos canais e formar um agregado de 64 Kbps.
anel. As velocidades de transmissão disponíveis para os usuários vão de
Existem dispositivos que procuram diminuir alguns dos problemas re- 300 até 1200 bps (assíncrono) e 1200, 2400, 4800 e 9600 bps (síncronos).
lacionados acima, como meios físicos de transmissão - desde par trançado Os sinais gerados pelo Equipamento Terminal de Dados (ETD) são con-
até fibra ótica, passando por cabo coaxial e a utilização da infra-estrutura vertidos pelo Equipamento de Terminação de Circuito de Dados (ECD)
de equipamento de comutação telefônica - PBX - para a interligação de para a transmissão pela linha privada de comunicação de dados. Esta
equipamentos digitais. transmissão é terminada no Centro de Transmissão ou no Centro Remoto
As possibilidades de ligação de micros em rede são muitas e em di- subordinado a este. Nestes centros os sinais são demodulados em sinais
versos níveis de investimentos. Mesmo que haja equipamentos de tecno- de dados binários de acordo com as recomendações V.24 e V.28 do
logias diferentes - famílias diferentes -, algumas redes permitem que eles CCITT. Esses sinais são passados a equipamentos que fazem a multiple-
"troquem" informações, tornando-as mais úteis para a empresa como um xação até 64 Kbps.
todo. A Transdata utiliza equipamentos de multiplexação por divisão de
Uma aplicação mais interessante para usuários de grandes sistemas é tempo (TDM) para multiplexação dos canais dos assinantes, possibilitan-
a possibilidade de substituir os terminais burros por microcomputadores do, entre outros, que os códigos usados pelos equipamentos terminais de
"inteligentes". Essa troca poderá trazer benefícios ao tratamento da infor- dados seja transparente à rede.
mação, pois o usuário acessa o banco de dados no mainframe e traz para É um serviço especializado de CD baseado em circuitos privativos que
o seu micro as informações que necessita, processando-as independen- são interconectados em modems instalados nas suas pontas pela Embra-
temente, em certos casos com programas mais adequados ao tipo de tel e alugados (modem + linha) aos clientes.
processamento desejado - planilha eletrônica, por exemplo. Conceituações:
Quando uma empresa mantém um precioso banco de dados num - configuração ponto-a-ponto a multiponto, local e interurbana;
computador (de grande porte ou não), ele somente será útil se as pessoas - serviço compreende manutenção dos meios de transmissão e mo-
que dirigirem a empresa tiverem acesso a essas informações para que as dems;
decisões sejam tomadas em função não de hipóteses mas sobre a própria
realidade da empresa, refletida pelas informações contidas no banco de - inclui suporte técnico/comercial no dimensionamento, implantação,
dados. Por exemplo, a posição do estoque de determinado produto poderá manutenção e ampliação.
levar a perdas de recursos quando esta informação for imprecisa; ou Características:
então, uma estimativa errônea de despesas poderá comprometer decisões - Circuitos dedicados:
de expansão e crescimento da empresa. - ponto-a-ponto;
Havendo possibilidade de comunicação entre um computador central - multiponto.
e um micro de um gerente financeiro, os dados e informações podem ser
- Classes de velocidades:
usados com maior segurança e as decisões mais conscientes.
- 300, 1200 bps - assíncrono;
Para os PC existem uma tendência para uma arquitetura não - estrela
com duas características importantes. Um ou mais dos micros da rede com - 2400, 4800, 9600 bps síncrono.
maior capacidade, isto é, um equipamento baseado num 80286 ou 80386, - Transparente a códigos e protocolos;

Informática 67 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- Modems fornecidos pela Embratel; ver com o seu programa, exceto a obediência às instruções.)
- Abrangência maior que 1000 localidades. Da mesma forma que as pessoas nascem com um instinto e uma ba-
DATASAT gagem genética contendo informações do funcionamento de seu corpo e
personalidade, o computador já vem de fábrica com um conjunto de pro-
Trata-se de um serviço de comunicação de dados de alta velocidade,
gramas que regem o seu trabalho e lhe conferem o mínimo de informações
via Brasilsat, que tanto pode distribuir dados emitidos de um ponto central
para seu funcionamento e interação com os programas externos (os seus
para diversos pontos receptores, como a comunicação de dados ponto-a-
programas).
ponto e multi-ponto que devem ser previamente identificados pelo gerador
e o receptor de mensagem. O conjunto de programas internos é chamado de Sistema Operacional
(S0).
INTERDATA
É ele quem vai fazer a ligação entre a parte física (circuitos) e a parte
Destinado a setores econômicos, financeiros, comerciais, industriais e
lógica (seu programa) do computador.
culturais, permite o acesso de assinantes no Brasil a bancos de dados no
exterior, e vice-versa, bem como a troca de mensagens entre computado- Como podemos ver, os circuitos e o S0 têm ligação essencial; logo pa-
res instalados em diversos países, com formas de acesso e protocolos ra cada computador deve haver um sistema operacional exclusivo.
compatíveis com os equipamentos existentes nas redes mundiais. Isto, no entanto, é indesejável, pois impede que os computadores
DEA possam “conversar” entre si.
Através do DEA - Diretório de Assinantes da Embratel - o cliente tem Por isso, os fabricantes de microcomputadores padronizaram seus
acesso instantâneo, via telex ou microcomputador, a informações de mais SO, e hoje temos dois principais em uso: O MS/DOS e o CP/M.
de 50 mil empresas em todo o país. O DEA oferece vantagens para as 1. MS/DOS (MicroSoft - Disk Operating System)
empresas que utilizam mala-direta como técnica de marketing ou para Desenvolvido pela empresa Seattle Computer Products, embora seja
comunicados importantes que requerem a garantia de endereços corretos. comercializado pela MicroSoft. Este S0 é utilizado na linha de micro-
DIGISAT computadores Apple, PCs XT e AT, PS, etc.
É um serviço internacional de aluguel de circuitos digitais via satélite 2. CP/M (Control Program for Microcomputers)
em alta velocidade que permite o intercâmbio de dados, entre computado- Desenvolvido e comercializado pela Digital Research. O CP/M éutili-
res, voz digitalizada, áudio e videoconferência, teleprocessamento, fac- zado na maioria dos microcomputadores.
símile, distribuição eletrônica de documentos e transferência de arquivos
Nos grandes computadores, entretanto, existe uma variedade de S0,
entre um ou mais pontos no Brasil e no exterior.
já incorporando gerenciadores de arquivos e Bases de Dados, linguagens
FINDATA e outros itens.
Permite aos usuários estabelecidos no Brasil o acesso a informações É importante salientar que um S0 pode ser de três tipos:
sobre o mercado financeiro mundial, armazenados nos bancos de dados
— Monousuário: um usuário com uma tarefa de cada vez. Ex: a mai-
Reuters no exterior.
oria das versões de S0 para 8 Bits.
STM 400
— Concorrente: um usuário com mais de uma tarefa de cada vez. Ex:
É o Serviço de Tratamento de Mensagens da Embratel. Permite a tro- a maioria das últimas versões para 16 Bits, que permite imprimir
ca de mensagens e arquivos, em qualquer ponto do País e do exterior, uma tarefa enquanto se digita outra ou que, no meio da execução
com segurança, rapidez e sigilo absolutos. Com o STM 400 é possível de um programa, permita acessar outro e depois continuar de on-
enviar mensagens para mais de 100 destinatários, simultaneamente. Nas de parou.
comunicações internacionais, pode-se trocar informações com outros
— Multiusuário: vários usuários com várias tarefas de cada vez. Ex:
sistemas de tratamento de mensagens com os quais a Embratel mantém
Xenix e Unix para PCs de qualquer tipo.
acordo comercial. Assim , o usuário pode participar da rede mundial de
mensagens. Quanto ao modo de incorporar o Sistema Operacional ao computador,
temos duas maneiras:
AIRDATA
— S0 residente: já vem gravado de fábrica em determinada divisão
O Airdata é o serviço de comunicação de mensagens e dados aeroviá-
da memória que não pode ser alterada, conforme veremos no item
rios que possibilita às empresas aéreas com escritórios no Brasil o inter-
sobre Hardware. Este tipo de Sistema não permite gerenciamento
câmbio de mensagens e dados com os seus escritórios, com outras com-
de disco.
panhias aéreas, bases de dados e centros de processamento interligados
à rede mundial da Sita, Sociedade Internacional de Telecomunicações — S0 em disco (DOS): vem gravado em disco ou disquete; deve ser
Aeronáuticas. “carregado” (lido no disco e colocado na memória). Esta versão
atua da mesma forma que o residente, porém com a facilidade de
DATAFAX
manipular programas e coleções de dados em disquete.
É um serviço de fac-símile que permite o envio e a recepção de men-
O Sistema Operacional é quem gerencia o funcionamento do com-
sagem em âmbito nacional e internacional. Interligado a outros serviços
putador. Controla a entrada e saída de informações, e a tradução de
similares no exterior, forma uma rede de abrangência mundial. As Mensa-
linguagens, acessa o vídeo e outros equipamentos periféricos, faz prote-
gens são encaminhadas através de circuitos de dados de alta velocidade e
ção de dados, tratamento de erros e interrupções, interação com o opera-
com controle de erro, em que a qualidade do documento é verificada por
dor e contabilização de ações.
toda a rede.
Facilidades oferecidas por um Sistema Operacional ao operador:
INTERBANK
— índice de programas e coleções de dados gravados em disquete;
Serviço internacional de dados bancários restrito a bancos que ope-
ram no Brasil e são associados à Swift, Society of Worldwide Interbank — ordenação do índice (diretório) do disquete;
Financial Telecommunication. — troca de nome de programa ou coleção de dado;
ALUGUEL DE SERVIÇOS DE DADOS INTERNACIONAL — eliminação do programa ou coleção de dado;
Trata-se de um serviço similar ao Transdata. Com sua utilização, as — cópia de segurança dos programas e dados (BackUp);
empresas podem interligar terminais e computadores no Brasil a outros no — impressão de conteúdo de programas, textos e outros, direta-
exterior. mente;
SISTEMA OPERACIONAL — atualização de data e hora;
Você já deve ter pensado: “Mas como é que o computador sabe o que — encadeamento de execuções;
fazer com o meu programa? Como manda as informações para o vídeo? — formatação de disquetes para seu uso e etc.
Como é que ele realmente trabalha?”
Quanto mais sofisticado for o Sistema, mais recursos oferecerá, po-
Vamos por partes: para cada uma dessas funções o computador tem rém a sofisticação custa sempre mais caro ao usuário. Contudo, depen-
um programa interno que lhe explica o que deve fazer. (CUIDADO: nada a
Informática 68 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
dendo das tarefas que são realizadas pelo computador, estes recursos razões de segurança nacional. Seu propósito era proteger as comunica-
encurtam caminhos e valorizam o seu trabalho. ções militares, caso ocorresse um ataque nuclear. A destruição de um
SURGE A WEB computador não afetaria o restante da rede. Na década seguinte, a Fun-
dação Nacional de Ciência (Nacional Science Foundation — NSF) expan-
A World Wide Web foi criada por Tim Berners-Lee, em 1989, no Labo-
diu a rede para as universidades, a fim de fornecer aos pesquisadores
ratório Europeu de Física de Partículas - CERN, passando a facilitar o
acesso aos caros supercomputadores e facilitar a pesquisa.
acesso às informações por meio do hipertexto, que estabelece vínculos
entre informações. Quando você dá um clique em uma frase ou palavra de Na começo da década de 90, a NSF permitiu que a iniciativa privada
hipertexto, obtém acesso a informações adicionais. Com o hipertexto, o assumisse a Internet, causando uma explosão em sua taxa de crescimen-
computador localiza a informação com precisão, quer você esteja em seu to. A cada ano, mais e mais pessoas passam a usar a Internet, fazendo
escritório ou do outro lado do mundo. com que o comércio na Web continue a se expandir.
A Web é constituída por home pages, que são pontos de partida para A INTRANET
a localização de informações. Os vínculos de hipertexto nas home pages Com a introdução do Mosaic em 1993, algumas empresas mostraram
dão acesso a todos os tipos de informações, seja em forma de texto, interesse pela força da Web e desse programa. A mídia noticiou as primei-
imagem, som e/ou vídeo. ras organizações a criar webs internas, entre as quais a Lockheed, a
Para facilitar o acesso a informações na Web, Marc Andreessen e al- Hughes e o SÃS Instituto. Profissionais provenientes do ambiente acadê-
guns colegas, estudantes do Centro Nacional de Aplicações para Super- mico sabiam do que as ferramentas da Internet eram capazes e tentavam
computadores (National Center for Supercomputing Applications - NCSA), avaliar, por meio de programas pilotos, seu valor comercial. A notícia se
da Universidade de Illinois, criaram uma interface gráfica para o usuário da espalhou, despertando o interesse de outras empresas.
Web chamada Mosaic. Eles a disponibilizaram sem nenhum custo na Essas empresas passaram a experimentar a Internet, criando gate-
Internet e, assim que os usuários a descobriam, passavam a baixá-la para ways (portal, porta de entrada) que conectavam seus sistemas de correio
seus computadores; a partir daí, a Web decolou. eletrônico com o resto do mundo. Em seguida, surgiram os servidores e
navegadores para acesso à Web. Descobriu-se então o valor dessas
ferramentas para fornecer acesso a informações internas. Os usuários
CONCEITOS BÁSICOS DE INTRANET e INTERNET passaram a colocar seus programas e sua documentação no servidor da
O que é uma Intranet? web interna, protegidos do mundo exterior. Mais tarde, quando surgiram os
Vamos imaginar que você seja o diretor de informática de uma com- grupos de discussão da Internet, percebeu-se o valor dos grupos de dis-
panhia global. A diretora de comunicações precisa de sua ajuda para cussão internos. Este parece ser o processo evolutivo seguido por muitas
resolver um problema. Ela tem de comunicar toda a política da empresa a empresas.
funcionários em duas mil localidades em 50 países e não conhece um Antes que pudéssemos perceber, essas ‘internets internas’ receberam
meio eficaz para fazê-lo. muitos nomes diferentes. Tornaram-se conhecidas como webs internas,
1. O serviço de correio é muito lento. clones da Internet, webs particulares e webs corporativas. Diz-se que em
1994 alguém na Amdahl usou o termo Intranet para referir-se à sua Inter-
2. O correio eletrônico também consome muito tempo porque exige
net interna. A mídia aderiu ao nome e ele passou a ser usado. existiam
atualizações constantes dos endereços dos funcionários.
outras pessoas que também usavam isoladamente esse termo. Acredito
3. O telefone é caro e consome muito tempo, além de apresentar o que esta seja uma daquelas ideias que ocorrem simultaneamente em
mesmo problema do caso anterior. lugares diferentes. Agora é um termo de uso geral.
4. O fax também é muito caro e consome tempo, pelas mesmas razões. CRESCIMENTO DAS INTRANETS
5. Os serviços de entrega urgente de cartas e pacotes oferecido por A Internet, a Web e as Intranets têm tido um crescimento espetacular.
algumas empresas nos Estados Unidos não é prático e é bastante A mídia costuma ser um bom indicador, a única maneira de não ouvir falar
dispendioso em alguns casos. do crescimento da Internet e da Web é não tendo acesso a mídia, pois
6. A videoconferência também apresenta um custo muito alto. muitas empresas de pequeno e praticamente todas de médio e grande
Você já agilizou a comunicação com pessoas fora da empresa dispo- porte utilizam intranets. As intranets também são muito difundidas nas
nibilizando um site Web externo e publicando informações para a mídia e escolas e nas Faculdades.
analistas. Com essas mesmas ferramentas, poderá melhorar a comunica- QUAIS SÃO AS APLICAÇÕES DAS INTRANETS?
ção com todos dentro da empresa. De fato, uma Internei interna, ou Intra- A aplicabilidade das Intranets é quase ilimitada. Você pode publicar in-
net, é uma das melhores coisas para proporcionar a comunicação dentro formações, melhorar a comunicação ou até mesmo usá-la para o groupwa-
das organizações. re. Alguns usos requerem somente páginas criadas com HTML, uma
Simplificando, trata-se de uma Internet particular dentro da sua orga- linguagem simples de criação de páginas, mas outras envolvem progra-
nização. Um firewall evita a entrada de intrusos do mundo exterior. Uma mação sofisticada e vínculos a bancos de dados. Você pode fazer sua
Intranet é uma rede interna baseada no protocolo de comunicação TCP/IP, Intranet tão simples ou tão sofisticada quanto quiser. A seguir, alguns
o mesmo da Internet. Ela utiliza ferramentas da World Wide Web, como a exemplos do uso de Intranets:
linguagem de marcação por hipertexto, Hypertext Markup Language (HT- • Correio eletrônico
ML), para atribuir todas as características da Internet à sua rede particular.
• Diretórios
As ferramentas Web colocam quase todas as informações a seu alcance
mediante alguns cliques no mouse. Quando você da um dique em uma • Gráficos
página da Web, tem acesso a informações de um outro computador, que • Boletins informativos e publicações
pode estar em um país distante. Não importa onde a informação esteja: • Veiculação de notícias
você só precisa apontar e dar um dique para obtê-la. Um procedimento
• Manuais de orientação
simples e poderoso.
• Informações de benefícios
Pelo fato de as Intranets serem de fácil construção e utilização, tor-
nam-se a solução perfeita para conectar todos os setores da sua organiza- • Treinamento
ção para que as informações sejam compartilhadas, permitindo assim que • Trabalhos à distância (job postings)
seus funcionários tomem decisões mais consistentes, atendendo melhor a • Memorandos
seus clientes. • Grupos de discussão
HISTÓRIA DAS INTRANETS • Relatórios de vendas
De onde vêm as Intranets? Vamos começar pela história da Internet e • Relatórios financeiros
da Web, para depois abordar as Intranets.
• Informações sobre clientes
Primeiro, a Internet
• Planos de marketing, vídeos e apresentações
O governo dos Estados Unidos criou a Internet na década de 70, por

Informática 69 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Informações de produto tante para a comunicação. Isso ocorre porque todos eles, independente-
• Informações sobre desenvolvimento de produto e esboços mente de marca, modelo, tipo e tamanho, têm uma linguagem comum: o
sistema binário.
• Informações sobre fornecedores
Pouco a pouco, percebeu-se que era fácil trocar informações entre
• Catálogos de insumos básicos e componentes
computadores. Primeiro, de um para outro. Depois, com a formação de
• Informações de inventario redes, até o surgimento da Internet, que hoje pode interligar computadores
• Estatísticas de qualidade de todo o planeta.
• Documentação de usuários do sistema É claro que, além do custo da conexão, o candidato a internauta pre-
• Administração da rede cisa ter um computador e uma linha telefônica ou conexão de banda larga.
• Gerência de ativos O software necessário para o acesso geralmente é fornecido pelo prove-
dor.
• Groupware e workflow
Da Rede Básica à Internet
COMO SE CONSTITUEM AS INTRANETS?
A comunicação entre computadores torna possível desde redes sim-
Cada Intranet é diferente, mas há muito em comum entre elas. Em al- ples até a Internet. Isso pode ser feito através da porta serial, uma placa
gumas empresas, a Intranet é apenas uma web interna. Em outras, é uma de rede, um modem, placas especiais para a comunicação Wireless ou as
rede completa, que inclui várias outras ferramentas. Em geral, a Intranet é portas USB ou Firewire.. O backbone – rede capaz de lidar com grandes
uma rede completa, sendo a web interna apenas um de seus componen- volumes de dados – dá vazão ao fluxo de dados originados deste forma.
tes. Veja a seguir os componentes comuns da Intranet:
1. A porta serial é um canal para transmissão de dados presente em
• Rede praticamente todos os computadores. Muitos dispositivos podem ser
• Correio eletrônico conectados ao computador através da porta serial, sendo que o mais
• Web interna comum deles é o mouse. A porta serial pode também ser usada para
• Grupos de discussão formar a rede mais básica possível: dois computadores interligados
por um cabo conectado a suas portas seriais.
• Chat
2. Para que uma rede seja realmente útil, é preciso que muitos computa-
• FTP
dores possam ser interligados ao mesmo tempo. Para isso, é preciso
• Gopher instalar em cada computador um dispositivo chamado placa de rede.
• Telnet Ela permitirá que muitos computadores sejam interligados simultane-
Rede amente, formando o que se chama de uma rede local, ou LAN (do in-
glês Local Area Network). Se essa LAN for ligada à Internet, todos os
Inicialmente abordaremos a rede, que é a parte mais complexa e essencial
computadores conectados à LAN poderão ter acesso à Internet. É as-
de uma Intranet. Ela pode constituir-se de uma ou de várias redes. As
sim que muitas empresas proporcionam acesso à Internet a seus fun-
mais simples são as locais (local área network — LAN), que cobrem
cionários.
um único edifício ou parte dele. Os tipos de LANs são:
3. O usuário doméstico cujo computador não estiver ligado a nenhuma
- Ethernet. São constituídas por cabos coaxiais ou cabos de par trança-
LAN precisará de um equipamento chamado modem. O modem (do
do (tipo telefone padrão) conectados a um hub (eixo ou ponto central),
inglês (modulator/demodulator) possibilita que computadores se co-
que é o vigilante do tráfego na rede.
muniquem usando linhas telefônicas comuns ou a banda larga. O mo-
- Token Ring. Também compostas de cabos coaxiais ou de par trança- dem pode ser interno (uma placa instalada dentro do computador) ou
do conectados a uma unidade de junção de mídia (Media Attachment externo (um aparelho separado). Através do modem, um computador
Unit — MAU), que simula um anel. Os computadores no anel reve- pode se conectar para outro computador. Se este outro computador
zam-se transmitindo um sinal que passa por cada um de seus disposi- for um provedor de acesso, o usuário doméstico também terá acesso
tivos, permitindo a retransmissão. à Internet. Existem empresas comerciais que oferecem esse serviço
- Interface de fibra para distribuição de dados (Siber Distributed Data de acesso à Internet. Tais empresas mantêm computadores ligados à
Interface). Essas redes usam cabos de fibra ótica em vez dos de par Internet para esse fim. O usuário faz uma assinatura junto a um pro-
trançado, e transmitem um sinal como as redes Token Ring. vedor e, pode acessar o computador do provedor e através dele, a In-
LANs sem fio (wireless) são uma tecnologia emergente, porém caras e ternet. Alguns provedores cobram uma taxa mensal para este acesso.
indicadas apenas para casos em que haja dificuldade de instalação de A História da Internet
uma rede com cabos. Muitos querem saber quem é o “dono” da Internet ou quem ou quem
SURGE A WEB administra os milhares de computadores e linhas que a fazem funcionar.
A World Wide Web foi criada por Tim Berners-Lee, em 1989, no Labo- Para encontrar a resposta, vamos voltar um pouco no tempo. Nos anos 60,
ratório Europeu de Física de Partículas - CERN, passando a facilitar o quando a Guerra Fria pairava no ar, grandes computadores espalhados
acesso às informações por meio do hipertexto, que estabelece vínculos pelos Estados Unidos armazenavam informações militares estratégicas em
entre informações. Quando você dá um dique em uma frase ou palavra de função do perigo de um ataque nuclear soviético.
hipertexto, obtém acesso a informações adicionais. Com o hipertexto, o Surgiu assim a ideia de interconectar os vários centros de computação
computador localiza a informação com precisão, quer você esteja em seu de modo que o sistema de informações norte-americano continuasse
escritório ou do outro lado do mundo. funcionando, mesmo que um desses centros, ou a interconexão entre dois
A Web é constituída por home pages, que são pontos de partida para deles, fosse destruída.
a localização de informações. Os vínculos de hipertexto nas home pages O Departamento de Defesa, através da ARPA (Advanced Research
dão acesso a todos os tipos de informações, seja em forma de texto, Projects Agency), mandou pesquisar qual seria a forma mais segura e
imagem, som e/ou vídeo. flexível de interconectar esses computadores. Chegou-se a um esquema
Para facilitar o acesso a informações na Web, Marc Andreessen e al- chamado chaveamento de pacotes. Com base nisso, em 1979 foi criada a
guns colegas, estudantes do Centro Nacional de Aplicações para Super- semente do que viria a ser a Internet. A Guerra Fria acabou, mas a heran-
computadores (National Center for Supercomputing Applications - NCSA), ça daqueles dias rendeu bastante. O que viria a ser a Internet tornou-se
da Universidade de Illinois, criaram uma interface gráfica para o usuário da uma rede voltada principalmente para a pesquisa científica. Através da
Web chamada Mosaic. Eles a disponibilizaram sem nenhum custo na National Science Foundation, o governo norte-americano investiu na
Internet e, assim que os usuários a descobriam, passavam a baixá-la para criação de backbones, aos quais são conectadas redes menores.
seus computadores; a partir daí, a Web decolou. Além desses backbones, existem os criados por empresas particula-
INTERNET res, todos interligados. A eles são conectadas redes menores, de forma
Computador e Comunicação mais ou menos anárquica. É nisso que consiste a Internet, que não tem
um dono.
O computador vem se tornando uma ferramenta cada vez mais impor-

Informática 70 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Software de Comunicação acima, o usuário poderia encontrar um link para uma das fábricas que
Até agora, tratamos da comunicação entre computadores do ponto de fornecessem o produto e conferir detalhes sobre a produção. De lá, pode-
vista do equipamento (hardware). Como tudo que é feito com computado- ria existir uma ligação com o site de um especialista em madeira e assim
res, a comunicação requer também programas (software). O programa a por diante.
ser utilizado depende do tipo de comunicação que se pretende fazer. Na Web, pode-se navegar entre sites diferentes
Os sistemas operacionais modernos geralmente são acompanhados O que faz essa malha de informações funcionar é um sistema de en-
de algum programa básico de comunicação. Por exemplo, o Internet dereçamento que permite a cada página ter a sua própria identificação.
Explorer acompanha o Windows. Assim, desde que o usuário saiba o endereço correto, é possível acessar
Com programas desse tipo é possível acessar: qualquer arquivo da rede.
- Um computador local utilizando um cabo para interconectar as portas Na Web, você vai encontrar também outros tipos de documentos além
seriais dos dois computadores; dessas páginas interligadas. Vai poder acessar computadores que mantém
programas para serem copiados gratuitamente, conhecidos como servido-
- Um computador remoto, através da linha telefônica, desde que os dois
res de FTP, grupos de discussão e páginas comuns de texto.
computadores em comunicação estejam equipados com modens.
URL - A Web tem um sistema de endereços específico, tamém chamado
Além desses programas de comunicação de uso genérico, existem ou-
de URL (Uniform Resource Locator, localizador uniforme de recursos).
tros mais especializados e com mais recursos. Geralmente, quando você
Com ele, é possível localizar qualquer informação na Internet. Tendo em
compra um computador, uma placa fax modem ou um modem externo eles
mão o endereço, como http://www.thespot.com, você pode utilizá-lo no
vêm acompanhados de programas de comunicação. Esses programas
navegador e ser transportado até o destino. O endereço da página, por
podem incluir também a possibilidade de enviar e receber fax via compu-
exemplo, é http://www.uol.com.br/internet/fvm/url.htm
tador.
Você pode copiá-lo e passar para um amigo.
Resumo
Cada parte de um endereço na Web significa o seguinte:
Uma rede que interliga computadores espalhados por todo o mundo.
Em qualquer computador pode ser instalado um programa que permite o http://www.uol.com.br/internet/fvm/url.htm
acesso à Internet. Para este acesso, o usuário precisa ter uma conta junto Onde:
a um dos muitos provedores que existem hoje no mercado. O provedor é o http://
intermediário entre o usuário e a Internet.
É o método pelo qual a informação deve ser buscada. No caso, http://
MECANISMOS DE CADASTRAMENTO E ACESSO A REDE é o método utilizado para buscar páginas de Web. Você também vai
Logon encontrar outras formas, como ftp:// (para entrar em servidores de FTP),
mailto: (para enviar mensagens) e news: (para acessar grupos de discus-
Significado: Procedimento de abertura de sessão de trabalho em um
são), entre outros.
computador. Normalmente, consiste em fornecer para o computador um
username (também chamado de login) e uma senha, que serão verificados www.uol.com.br
se são válidos, ou não. Pode ser usado para fins de segurança ou para É o nome do computador onde a informação está armazenada, tam-
que o computador possa carregar as preferências de um determinado bém chamado de servidor ou site. Pelo nome do computador você pode
usuário. antecipar que tipo de informação irá encontrar. Os que começam com
Login - É a identificação de um usuário para um computador. Outra www são servidores de Web e contém principalmente páginas de hipertex-
expressão que tem o mesmo significado é aquele tal de "User ID" que de to. Quando o nome do servidor começar com ftp, trata-se de um lugar
vez em quando aparece por aí. onde pode-se copiar arquivos. Nesse caso, você estará navegando entre
os diretórios desse computador e poderá copiar um programa imediata-
Username (Nome do Usuário) ou ID
mente para o seu micro.
• Significado: Nome pelo qual o sistema operacional identifica o usuá- /internet/fvm/
rio.
É o diretório onde está o arquivo. Exatamente como no seu computa-
• usenet - Conjunto dos grupos de discussao, artigos e computadores dor a informação na Internet está organizada em diretórios dentro dos
que os transferem. A Internet inclui a Usenet, mas esta pode ser servidores.
transportada por computadores fora da Internet.
sistema _enderecos.htm
• user - O utilizador dos servicos de um computador, normalmente
É o nome do arquivo que será trazido para o seu navegador. Você de-
registado atraves de um login e uma password.
ve prestar atenção se o nome do arquivo (e dos diretórios) estão escritos
• Senha é a segurança utilizada para dar acesso a serviços privados. em maiúsculas ou minúsculas. Na maior parte dos servidores Internet,
PROTOCOLOS E SERVIÇOS DE INTERNET essa diferença é importante. No exemplo acima, se você digitasse o nome
do arquivo como URL.HTM ou mesmo Url.Htm, a página não seria encon-
Site - Um endereço dentro da Internet que permite acessar arquivos e
trada. Outro detalhe é a terminação do nome do arquivo (.htm). Ela indica
documentos mantidos no computador de uma determinada empresa,
o tipo do documento. No caso, htm são páginas de Web. Você também vai
pessoa, instituição. Existem sites com apenas um documento; o mais
encontrar documentos hipertexto como este com a estensão htm, quando
comum, porém, principalmente no caso de empresas e instituições, é que
se trata de páginas produzidas em um computador rodando Windows.
tenha dezenas ou centenas de documentos. O site da Geocities, por
Outros tipos de arquivos disponíveis na Internet são: txt (documentos
exemplo, fica no endereço http://www.geocities.com
comuns de texto), exe (programas) zip, tar ou gz (compactados), au, aiff,
A estrutura de um site ram e wav (som) e mov e avi (vídeo).
Ao visitar o site acima, o usuário chegaria pela entrada principal e es- e-mail, correio:
colheria o assunto que lhe interessa. Caso procure informações sobre
• Significado: local em um servidor de rede no qual ficam as mensa-
móveis, primeiro seria necessário passar pela página que fala dos produ-
gens, tanto enviadas quanto recebidas, de um dado usuário.
tos e só então escolher a opção Móveis. Para facilitar a procura, alguns
sites colocam ferramentas de busca na home page. Assim, o usuário pode • e-mail - carta eletrônica.
dizer qual informação está procurando e receber uma relação das páginas • Grupos - Uma lista de assinantes que se correspondem por correio
que falam daquele assunto. eletrônico. Quando um dos assinantes escreve uma carta para um de-
As ligações entre as páginas, conhecidas como hyperlinks ou ligações terminado endereco eletrônico (de gestao da lista) todos os outros a
de hipertexto, não ocorrem apenas dentro de um site. Elas podem ligar recebem, o que permite que se constituam grupos (privados) de dis-
informações armazenadas em computadores, empresas ou mesmo conti- cussao atraves de correio eletrônico.
nentes diferentes. Na Web, é possível que uma página faça referência a • mail server - Programa de computador que responde automaticamen-
praticamente qualquer documento disponível na Internet. te (enviando informacoes, ficheiros, etc.) a mensagens de correio ele-
Ao chegar à página que fala sobre os móveis da empresa do exemplo trônico com determinado conteudo.

Informática 71 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
HTTP (Hypertext Transfer Protocol) nesse tipo de ambiente devido a todo o barulho. Como, também, intercep-
Significado: Este protocolo é o conjunto de regras que permite a tar acidentalmente transações da Internet não destinadas a seus olhos é
transferência de informações na Web e permite que os autores de páginas extremamente raro. Ainda que tenha interceptado, você provavelmente
de hipertextos incluam comandos que possibilitem saltos para recursos e não teve ideia alguma do que estava vendo, uma vez que estava fora de
outros documentos disponíveis em sistemas remotos, de forma transpa- contexto. Mas isso é possível.
rente para o usuário. O que os interceptadores estão realmente procurando
HTML - Hypertext Markup Language. É uma linguagem de descricao Quando uma transação da Internet é interceptada por alguém que não
de paginas de informacao, standard no WWW, podendo-se definir páginas deve ser informado dela, essa interceptação geralmente é intencional.
que contenham informação nos mais variados formatos: texto, som, ima- Mas, mesmo essa interceptação em trânsito é rara e, quando acontece, o
gens e animações. que o interceptador vê provavelmente estará fora de contexto. O que é
HTTP - Hypertext Transport Protocol. É o protocolo que define como é interceptado em trânsito não é um documento de processador de texto ou
que dois programas/servidores devem interagir, de maneira a transferirem alguma imagem fotográfica, mas alguns pacotes de dados.
entre si comandos ou informacao relativos a WWW. Em cada pacote de dados enviado pela Internet existe um cabeçalho.
FTP (File Transfer Protocol) Esse cabeçalho é perfeitamente legível para um interceptador que conhe-
ce o formato dos cabeçalhos IP. O cabeçalho contém dados suficientes
Significado: Protocolo usado para a transferência de arquivos. Sem-
para que o interceptador descubra a que documento o pacote pertence, e
pre que você transporta um programa de um computador na Internet para
em que sistema o pacote provavelmente terminará quando o documento
o seu, você está utilizando este protocolo. Muitos programas de navega-
for completamente montado. Rastrear o fluxo de pacotes IP é uma forma
ção, como o Netscape e o Explorer, permitem que você faça FTP direta-
de fisgar dados suculentos esperando os olhos dos pretendidos recepto-
mente deles, em precisar de um outro programa.
res, mesmo antes que estes saibam de sua existência em sua caixa de
• FTP - File Transfer Protocol. Esse é o protocolo usado na Internet correio.
para transferência de arquivos entre dois computadores (cliente e ser-
CUIDADO
vidor) conectados à Internet.
Segue agora a informação que você provavelmente não desejará ler:
• FTP server - Servidor de FTP. Computador que tem arquivos de proteger seu próprio computador não diminui as chances de que
software acessiveis atraves de programas que usem o protocolo de interceptadores roubem mensagens ou outros dados sendo enviados por
transferencia de ficheiros, FTP. você. Por quê? Suponha que seu computador é parte de uma rede com
Você pode encontrar uma variedade incrível de programas disponíveis uma conexão permanente com a Internet. Quando chega correio eletrônico
na Internet, via FTP. Existem softwares gratuitos, shareware (o shareware em sua rede, ele não vai direto para sua máquina. Os servidores de cor-
pode ser testado gratuitamente e registrado mediante uma pequena taxa) reio eletrônico direcionam as mensagens enviadas a você para sua caixa
e pagos que você pode transportar para o seu computador. de correio pessoal. Mas onde ela está? Em muitas redes, sua caixa de
Grandes empresas como a Microsoft também distribuem alguns pro- correio pessoal está no servidor de rede, não no seu computador. Sua
gramas gratuitamente por FTP. própria estação de trabalho (computador) a recupera depois. Quando uma
News - Noticias, em portuguese, mas melhor traduzido por foruns ou página que você tenha requisitado chega em sua rede, seu primeiro desti-
grupos de discussao. Abreviatura de Usenet News, as news sao grupos de no é o gateway de sua rede local. Seu segundo destino é sua estação de
discussao, organizados por temas, a maior parte deles com distribuicao trabalho na rede. O segundo destino não é onde os interceptadores prova-
internacional, podendo haver alguns distribuidos num só país ou numa velmente estão para tentar apanhar esses dados. O primeiro destino, o
instituicao apenas. Nesses grupos, publicos, qualquer pessoa pode ler endereço de gateway IE está mais exposto ao mundo.
artigos e escrever os seus proprios artigos. Alguns grupos sao moderados, Agora suponha que seu computador se conecte com a Internet por
significando isso que um humano designado para o efeito le os artigos meio de um provedor de serviço. O correio eletrônico enviado a você
antes de serem publicados, para constatar da sua conformidade para com espera pela sua recuperação no servidor de correio eletrônico de seu
o tema do grupo. No entanto, a grande maioria dos grupos nao sao mode- provedor. O Netscape Messenger não conhece o número de identificação
rados. UIDL (um número usado para identificar mensagens eletrônicas armazena-
Newsgroup - Um grupo de news, um fórum ou grupo de discussão. das em um servidor) de uma mensagem eletrônica, ou sabe se essa
mensagem possui um número UIDL, até depois de ser transferida do
servidor de correio eletrônico. Entretanto, o servidor de correio eletrônico
NOVAS TECNOLOGIAS do provedor conhece esse número, porque esse é o seu trabalho. Um
Cabo de fibra ótica – Embora a grande maioria dos acessos à internet interceptador que descobre seu correio eletrônico por meio de um pacote
ainda ocorra pelas linhas telefônicas, em 1999 começou a ser implantada em trânsito possui uma alça em seu correio eletrônico que nem mesmo
no Brasil uma nova tecnologia que utiliza cabos de fibra ótica. Com eles, a você possui. Quando uma página Web que você tenha requisitado ‘chega’,
conexão passa a se realizar a uma velocidade de 128, 256 e 512 kilobites ela primeiro chega no endereço de gateway IP dinâmico atribuído a você
por segundo (kbps), muito superior, portanto, à feita por telefone, a 33 ou pelo protocolo SLIP ou PPP. Onde está esse gateway? Ele não está em
56 kps. Assim, a transferência dos dados da rede para o computador do seu computador mas no provedor de serviço, cujo trabalho é transmitir
usuário acontece muito mais rapidamente. essa página para você por meio da linha telefônica ou da linha ISDN.
Internet2 –Voltada para projetos nas áreas de saúde, educação e ad- A lógica diz que a melhor maneira de se proteger em todas essas si-
ministração pública, oferece aos usuários recursos que não estão disponí- tuações é tornar os dados que você envia pela Internet praticamente
veis na internet comercial, como a criação de laboratórios virtuais e de ilegíveis a qualquer um que não seja a pessoa para a qual os dados se
bibliotecas digitais. Nos EUA, já é possível que médicos acompanhem destinam. Por esse motivo, a criptografia da Internet entra em ação. Ela
cirurgias a distância por meio da nova rede. Esta nova rede oferece veloci- não é um método totalmente garantido. Mas vamos encarar isso: as pes-
dades muito superiores a da Internet, tais como 1 Megabites por segundo soas que ocupam seu tempo violando métodos de criptografia não são
e velocidades superiores. Sua transmissão é feita por fibras óticas, que tolas, de qualquer forma. Esta é uma guerra acontecendo na Internet, com
permitem trocas de grandes quantidades de arquivos e informações de engenharia sofisticada de um lado e métodos anti-segurança extremamen-
uma forma mais rápida e segura que a Internet de hoje em dia. te simples de outro.
No Brasil, a internet2 interliga os computadores de instituições públi- Como funciona a criptografia com chave pública
cas e privadas, como universidades, órgãos federais, estaduais e munici- A criptografia é baseada no conceito de que toda a informação é, por
pais, centros de pesquisas, empresas de TV a cabo e de telecomunicação. natureza, codificada. O texto que você está lendo neste momento foi
CONCEITO DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO digitado em um computador e armazenado em disco usando um código
(ASCII) que torna o texto legível às pessoas. A criptografia lida com código
A lnternet é um sistema aberto. Realizar transações comerciais nesse que é ilegível às pessoas. Ela também trata de tornar o código legível em
sistema é como efetuar negócios secretos nos corredores da Bolsa de código ilegível de modo que a outra parte ainda possa determinar o méto-
Valores. É bastante improvável ouvir acidentalmente algumas negociações do para converter o código ilegível em código legível. Veja que estamos

Informática 72 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
lidando com dois códigos. O código não é o que torna texto legível em gem pode ser facilmente decodificada.
ilegível; mas o texto legível é um código e o texto ilegível é outro. Isoladamente, isso não representa segurança alguma para ninguém. Se
A diferença entre os códigos legível e ilegível na criptografia pode ser uma parte envia sua chave pública, qualquer mensagem que ela envi-
descrita por meio de uma fórmula matemática. Para que a criptografia ar criptografada com sua chave privada não será oculta de ninguém.
funcione nos computadores, não é a fórmula que deve ser mantida em Mas aqui está o ‘pulo do gato’ da RSA: a mensagem de resposta que
segredo. Na verdade, todo computador que participa do processo cripto- o receptor envia e criptografa usando a chave pública transmitida na
gráfico precisa conhecer a fórmula até para que esse processo funcione, primeira mensagem só pode ser decodificada usando a chave privada
mesmo quando alguns desses computadores não conheçam o conteúdo do emissor da mensagem original. Em outras palavras, enviando sua
da mensagem criptografada. O que é mantido em segredo dos computado- chave pública, o emissor da mensagem original permite que o receptor
res não conhecedores da mensagem são os coeficientes da fórmula — os envie suas mensagens criptografadas que somente ele (o receptor)
números que formam a chave da fórmula. pode decodificar, já que apenas ele possui a chave que pode decodifi-
O computador que criptografa uma mensagem gera coeficientes alea- car a mensagem. E essa chave privada nunca é transmitida pela In-
tórios que se encaixam na fórmula. Esse conjunto de coeficientes constitui- ternet (ou por qualquer outro meio); portanto, ela é segura. Agora te-
se em uma chave. Para que outro computador decodifique a mensagem, mos um método realmente seguro de criptografar mensagens. A cha-
ele também deve possuir a chave. O processo mais crítico experimentado ve pública também não pode ser usada para decodificar uma mensa-
hoje por qualquer criptógrafo é transferir essa chave para os receptores da gem criptografada com a mesma chave pública. Quando o criador en-
mensagem, de tal forma que nenhum outro computador reconheça a via sua chave pública, o que ele está fazendo na verdade é fornecer a
chave como uma chave. alguém um modo de enviar uma mensagem criptografada confiável de
volta para ele (o criador).
Imagine a fórmula criptográfica como um mecanismo para uma fecha-
dura. Um fabricante pode montar quantas fechaduras quiser usando esse O que um receptor poderia querer enviar de volta ao criador da primei-
mecanismo. Mas uma parte crucial do mecanismo para cada fechadura ra mensagem? Que tal a chave pública desse receptor? Desse modo, o
inclui sua capacidade de ser ajustado de modo a aceitar chaves exclusi- criador pode enviar mensagens criptografadas ao receptor usando a chave
vas. Sem essa capacidade de ajuste, o fato de ter várias fechaduras perde pública do próprio receptor, que só pode ser decodificada usando sua
o sentido. A quantidade de ajustes resulta na forma da chave. A chave se chave privada. Consequentemente, duas criptografias estão envolvidas
adapta à quantidade de cada um dos ajustes e, no contexto da fórmula nessa conversação, não apenas uma. Essa decodificação representa uma
criptográfica, os coeficientes são esses ajustes. forma simplificada do esquema de handshake, usado para iniciar uma
troca de mensagens completa e seguramente criptografadas entre duas
Como a Internet é um sistema livre, com todas as mensagens pesa-
partes.
damente identificadas por cabeçalhos MIME quanto a seu tipo de conteú-
do, como um criptógrafo pode enviar uma chave para os decodificadores MECANISMOS DE BUSCA
da sua mensagem sem que essa chave seja revelada a todos os outros As informações na internet estão distribuídas entre inúmeros servido-
computadores do planeta? Você poderia dizer que seria necessário cripto- res, armazenadas de formas diversas. As páginas Web constituem o
grafar a própria chave; mas qual chave seria usada para decodificar a recurso hipermídia da rede, uma vez que utilizam diversos recursos como
primeira chave? hipertextos, imagens, gráficos, sons, vídeos e animações.
A solução para esse dilema foi descoberta por um trio de empresários, Buscar informações na rede não é uma tarefa difícil, ao contrário, é
Ron Rivest, Adi Shamir e Len Adleman, cuja empresa, a RSA, leva suas possível encontrar milhões de referências a um determinado assunto. O
iniciais. Com um truque de álgebra, esses engenheiros conseguiram problema, contudo, não é a falta de informações, mas o excesso.
quebrar três das principais pressuposições que ataram as mãos dos
Os serviços de pesquisa operam como verdadeiros bibliotecários, que
criptógrafos no passado:
nos auxiliam a encontrar as informações que desejamos. A escolha de um
• A chave que o criador da mensagem usa para criptografá-la deve ser “bibliotecário” específico, depende do tipo de informações que pretende-
a mesma que o decodificador usa para ler essa mensagem mos encontrar. Todos os mecanismos de busca têm a mesma função,
• As chaves devem ser negadas para que os segredos que elas codifi- encontrar informações; porém nem todos funcionam da mesma maneira
cam sejam mantidos Vistos de uma forma simplificada, os mecanismos de busca têm três
• Uma parte em uma transação, simplesmente por usar criptografia, é componentes principais:
necessariamente quem ela afirma ser 1. Um programa de computador denominado robot, spider, crawler,
As chaves públicas e privadas wanderer, knowbot, worm ou web-bot. Aqui, vamos chamá-los indis-
O verdadeiro propósito da criptografia é manter sua mensagem livre tintamente de robô. Esse programa "visita" os sites ou páginas arma-
das mãos das pessoas erradas. Mas a única forma de a criptografia fun- zenadas na web. Ao chegar em cada site, o programa robô "pára" em
cionar é se o receptor de sua mensagem tiver a chave para decifrá-la. cada página dele e cria uma cópia ou réplica do texto contido na pági-
Como saber se esse receptor é quem ele diz ser e não ser a pessoa na visitada e guarda essa cópia para si. Essa cópia ou réplica vai
errada’? Além disso, mesmo se o receptor for uma das ‘pessoas certas’, compor a sua base de dados.
como enviar-lhe sua chave decifradora da Internet sem que ela caia em 2. O segundo componente é a base de dados constituída das cópias
mãos erradas? efetuadas pelo robô. Essa base de dados, às vezes também denomi-
A solução apresentada pelo Secure Sockets Layer (SSL) — um pa- nada índice ou catálogo, fica armazenada no computador, também
drão formalizado pela Netscape Corp., mas originado pela RSA Data chamado servidor do mecanismo de busca.
Security, Inc. — é o conceito da criptografia assimétrica. Dito de forma 3. O terceiro componente é o programa de busca propriamente dito.
simples, eles fabricaram uma fechadura que fecha com uma chave e abre Esse programa de busca é acionado cada vez que alguém realiza
com outra. uma pesquisa. Nesse instante, o programa sai percorrendo a base de
A criptografia assimétrica requer um esquema de contraverificação dados do mecanismo em busca dos endereços - os URL - das páginas
semelhante ao handshake que os modems realizam quando configuram que contém as palavras, expressões ou frases informadas na consul-
sessões entre si. Nesse esquema de handshake, considere que duas ta. Em seguida, os endereços encontrados são apresentados ao usuá-
partes estão envolvidas. Cada parte possui duas de suas próprias chaves rio.
criptográficas reservadas para uso durante o processo de handshake. A Funções básicas de um sistema de busca.
chave pública pode ser enviada seguramente; a chave privada é mantida Esses três componentes estão estreitamente associados às três funções
pelo emissor. Se uma das partes usar sua chave privada para criptografar básicas de um sistema de busca:
uma mensagem, então somente sua chave pública — a que ela está ♦ a análise e a indexação (ou "cópia") das páginas da web,
enviando — poderá ser usada para que o receptor da mensagem a decodi-
fique. A chave pública de uma parte pode ser usada para decodificar ♦ o armazenamento das "cópias" efetuadas e
qualquer mensagem criptografada com a chave privada dessa mesma ♦ a recuperação das páginas que preenchem os requisitos indicados
parte. Como qualquer pessoa tem acesso à chave pública, essa mensa- pelo usuário por ocasião da consulta.

Informática 73 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para criar a base de dados de um mecanismo de busca, o programa 1. Alguém envia uma mensagem para o grupo, posta ela.
robô sai visitando os sites da web. Ao passar pelas páginas de cada site, o 2. Essa mensagem fica armazenada no servidor do news, e qualquer
robô anota os URL existentes nelas para depois ir visitar cada um desses pessoa que acessar o servidor e o grupo onde essa mensagem foi posta-
URL. Visitar as páginas, fazer as cópias e repetir a mesma operação: da, poderá visualizá-la, respondê-la, acrescentar algo, discordar, concor-
cópia e armazenamento, na base de dados, do que ele encontrar nesses dar, etc. A resposta também fica armazenada no servidor, e assim como a
sites. Essa é uma das formas de um mecanismo de busca encontrar os mensagem original, outras pessoas poderão "responder a resposta" da
sites na web. mensagem original. Para entender melhor, veja um exemplo da estrutura
A outra maneira de o mecanismo de busca encontrar os sites na web de um newsgroup, veja o exemplo na figura abaixo.
é o "dono" do site informar, ao mecanismo de busca, qual o endereço, o
URL, do site. Todos os mecanismos de buscas têm um quadro reservado
para o cadastramento, submissão ou inscrição de novas páginas. É um
hiperlink que recebe diversas denominações conforme o sistema de busca.
Veja alguns exemplos.

Nome do hiperlink Mecanismos de busca

Acrescente uma URL RadarUol

Cadastre a sua página no Radix Radix

Inserir site Zeek

Nos sites de língua inglesa, usam-se, geralmente, hiperlinks denomi-


nados List your site, Add URL ou Add a site.
Resumindo: num mecanismo de busca, um programa de computador Cada servidor possui diversos grupos dentro dele, divididos por tema.
visita as páginas da web e cria cópias dessas páginas para si. Essas Atualmente, a maior rede brasileira de newgroups é a U-BR (http://u-br.tk).
cópias vão formar a sua base de dados que será pesquisada por ocasião A U-BR foi criada após o UOL ter passado a não disponibilizar mais aces-
de uma consulta. so via NNTP (via Gravity, Outlook Express, Agent, etc.) para não-
Alguns mecanismos de busca: assinantes. De certa forma, isso foi bom, pois acabou "obrigando" os
usuários a buscar uma alternativa. Eis então que foi criada a U-BR.
Radix RadarUol A grande vantagem da U-BR, é que ela não possui um servidor cen-
tral, ou seja, se um dos servidores dela ficar "fora do ar", você pode aces-
AltaVista Fast Search sar usando um outro servidor. Os temas (assuntos) disponíveis nos news-
groups em geral, variam desde Windows XP até Política, passando por
hardware em geral, sociologia, turismo, cidades, moutain-bike, música,
Excite Snap Jornada nas Estrelas, futebol, filosofia, psicologia, cidades, viagens, sexo,
humor, música e muito mais. É impossível não achar um tema que lhe
HotBot Radix agrade.
Instalação configuração e criação de contas
Google Aol.Com Para acessar um news, você precisa usar um programa cliente, o
newsreader. Um dos mais populares é o Outlook Express, da Microsoft,
mas não é o melhor. Existem inúmeros programas disponíveis na Internet,
Northern Light WebCrawler que possibilitam, a criação de grupos de discurções, entre eles destacam-
se o Gravity, da MicroPlanet.
Como efetuar uma busca na Internet Para usários do Linux, recomendo o Pan Newsreader (também dispo-
nível para Windows).
Para configurar uma conta de acesso no Outlook Express, vá no menu
O QUE SÃO "GRUPOS DE DISCUSSÃO" (NEWSGROUPS) Ferramentas > Contas > Adicionar > News. Siga os passos exibidos na
Tela, informando o servidor de sua preferência quando solicitado, veja no
Grupos de discussão, Grupos de Notícias ou Newsgroups, são espé- exemplo abaixo:
cies de fóruns, como estes que você já conhece. As comunidades do Orkut
COOKIES
também seguem um molde parecido com os newsgroups, porém com
muitas limitações. São incomparavelmente inferiores aos newsgroups. Alguns sites da Web armazenam informações em um pequeno arquivo
Tanto os fóruns da web como as comunidades do Orkut, você acessa pelo de texto no computador. Esse arquivo é chamado cookie.
seu navegador (Firefox, Internet Explorer, Netscape, etc.), através de um Existem vários tipos de cookies e você pode decidir se permitirá que
endereço de uma página. alguns, nenhum ou todos sejam salvos no computador. Se não quiser
Entretanto, para acessar os newsgroups, você precisa de um leitor, salvar cookies, talvez não consiga exibir alguns sites da Web nem tirar
chamado newsreader (Leitor de Notícias). Um popular leitor de newsgroup, proveito de recursos de personalização (como noticiários e previsões
é o Outlook Express, esse mesmo que vem com o Internet Explorer e você meteorológicas locais ou cotações das ações).
usa para acessar seus e-mails, pois além de ser cliente de e-mail, ele tem Como os cookies são usados
capacidade de acessar servidores de newsgroups, mas com algumas Um cookie é um arquivo criado por um site da Internet para armazenar
limitações. informações no computador, como suas preferências ao visitar esse site.
Em alguns casos, também é possível acessar os mesmos grupos de Por exemplo, se você pedir informações sobre o horário dos vôos no site
discussão via navegador, mas isso se o administrador do servidor disponi- da Web de uma companhia aérea, o site poderá criar um cookie contendo
bilizar esse recurso. Porém, acessando via navegador, estaremos deixan- o seu itinerário. Ou então, ele poderá conter apenas um registro das
do de usar o serviço newsgroup de fato, passando a utilizar um simples páginas exibidas no site que você visitou, para ajudar o site a personalizar
fórum da Internet. a visualização na próxima vez que visitá-lo.
Operação Os cookies também podem armazenar informações pessoais de iden-
Basicamente, um newsgroup funciona assim: tificação. Informações pessoais de identificação são aquelas que podem

Informática 74 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ser usadas para identificar ou contatar você, como seu nome, endereço de Se você usa o Internet Explorer em diversos computadores, pode fa-
email, endereço residencial ou comercial ou número de telefone. Entretan- cilmente compartilhar itens favoritos entre computadores, importando-os.
to, um site da Web só tem acesso às informações pessoais de identifica- Além disso, se usar o Internet Explorer e o Netscape Navigator, você pode
ção que você fornece. Por exemplo, um site não pode determinar seu manter os seus favoritos e indicadores atualizados entre si, importando-os
nome de email a menos que você o forneça. Além disso, um site não pode entre programas.
ter acesso a outras informações no computador. • Para importar indicadores ou favoritos, no menu Arquivo, clique em
Quando um cookie é salvo no computador, apenas o site que o criou Importar e exportar.
poderá lê-lo.
• Para exportar favoritos para indicadores ou favoritos no mesmo ou em
Cookies temporários outro computador, no menu Arquivo, clique em Importar e exportar.
Um cookie temporário ou por sessão é armazenado apenas para a Observações
sessão de navegação atual e é excluído do computador quando o Internet
Explorer é fechado. • Os favoritos exportados são salvos como um arquivo HTML normal;
portanto, o Internet Explorer ou o Netscape Navigator pode importá-
Cookies primários versus cookies secundários
los. Você pode exportar uma pasta selecionada na sua lista Favori-
Um cookie primário é aquele criado ou enviado para o site que você tos, ou todos os seus favoritos.
está exibindo no momento. Esses cookies costumam ser usados para
armazenar informações, como suas preferências ao visitar o site. • O arquivo de favoritos exportados é relativamente pequeno. Por isso,
você pode copiá-lo para um disquete ou pasta de rede ou anexá-lo a
Um cookie secundário é aquele criado ou enviado para um site dife- uma mensagem de email se desejar compartilhar os itens favoritos
rente daquele que você está exibindo no momento. Em geral, os sites com outras pessoas.
secundários fornecem conteúdo no site que você está exibindo. Por exem-
plo, muitos sites exibem propagandas de sites secundários e esses sites HISTÓRICO
podem usar cookies. Esse tipo de cookie costuma ser usado para controlar Há várias formas de localizar sites da Web e páginas visualizadas nos
o uso da sua página da Web para propagandas ou outras finalidades de últimos dias, horas ou minutos.
marketing. Os cookies secundários podem ser persistentes ou temporá- Para localizar uma página que você viu nos últimos dias
rios. 1. Na barra de ferramentas, clique no botão Histórico.
Cookies não satisfatórios A barra Histórico é exibida, contendo links para sites da Web e pági-
Os cookies não satisfatórios são cookies que podem permitir acesso a nas visitadas em dias e semanas anteriores.
informações pessoais de identificação que poderiam ser usadas com uma 2. Na barra Histórico, clique em uma semana ou dia, clique em uma
finalidade secundária sem o seu consentimento. pasta de site da Web para exibir páginas individuais e, em seguida,
Suas opções para trabalhar com cookies clique no ícone da página para exibi-la.
O Internet Explorer permite o uso de cookies, mas você pode alterar Para classificar ou pesquisar a barra Histórico, clique na seta ao lado
suas configurações de privacidade para especificar que o Internet Explorer do botão Exibir na parte superior da barra Histórico.
deve exibir uma mensagem antes de inserir um cookie no computador (o Para localizar uma página que você acabou de visitar
que permite a você autorizar ou bloquear o cookie) ou para impedir que ele
aceite cookies. • Para retornar para a última página que você visualizou, clique no
botão Voltar na barra de ferramentas.
Você pode usar as configurações de privacidade do Internet Explorer
para especificar como o Internet Explorer deve lidar com cookies de sites • Para visualizar uma das últimas nove páginas que você visitou nesta
da Web específicos ou de todos os sites da Web. Também pode persona- sessão, clique na seta ao lado do botão Voltar ou Encaminhar e de-
lizar as configurações de privacidade importando um arquivo que contém pois clique na página que você deseja na lista.
configurações personalizadas de privacidade ou especificando essas Observações
configurações para todos os sites da Web ou para sites específicos.
• Você pode ocultar a barra Histórico clicando no botão Histórico
As configurações de privacidade aplicam-se apenas a sites da Web na novamente.
zona Internet.
• Você pode alterar o número de dias durante os quais as páginas são
MANUTENÇÃO DE ENDEREÇOS FAVORITOS mantidas na lista de histórico. Quanto mais dias você especificar, mais
Ao localizar sites ou páginas da Web preferidos, mantenha controle espaço em disco será usado no seu computador para salvar as infor-
deles para que possa abri-los facilmente no futuro. mações.
• Adicione uma página da Web à sua lista de páginas favoritas. Sempre Para especificar o número de dias durante os quais a lista do histórico
que você desejar abrir essa página, basta clicar no botão Favoritos mantém o controle de suas páginas
na barra de ferramentas e depois clicar no atalho na lista Favoritos 3. No Internet Explorer, no menu Ferramentas, clique em Opções da
Para organizar as suas páginas favoritas em pastas Internet.
À medida que a sua lista de itens favoritos for crescendo, você poderá
mantê-los organizados criando pastas. Pode ser conveniente organizar as
suas páginas por tópicos. Por exemplo, você pode criar uma pasta chama-
da Arte para armazenar informações sobre exposições e críticas de arte.
1. No menu Favoritos, clique em Organizar Favoritos. 4. Clique na guia Geral.
2. Clique em Criar pasta, digite um nome para a pasta e pressione 5. Em Histórico, altere o número de dias durante os quais a lista do
ENTER. histórico mantém o controle de suas páginas.
3. Arraste os atalhos (ou pastas) da lista para as pastas apropriadas.
Se o número de atalhos ou pastas fizer com que arrastar seja pouco
prático, você pode usar o botão Mover para pasta.
Compartilhando indicadores e favoritos
Os favoritos, conhecidos como indicadores no Netscape Navigator,
são uma forma prática de organizar e estabelecer links para páginas da
Web que você visita frequentemente.
O Internet Explorer importa automaticamente todos os seus indicado-
res do Netscape. No menu Favoritos, clique na pastaIndicadores impor-
tados para visualizá-los.

Informática 75 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
escolheu.
O WS_FTP é um programa shareware para windows, que facilita a vi-
da de quem quer transferir um arquivo. Ele é um dos melhores programas
nessa área, pois é rápido e fácil de usar.
APLICATIVOS DE ÁUDIO, VÍDEO E MULTIMÍDIA
Mas o que vem a ser multimídia?
O termo nasce da junção de duas palavras:“multi” que significa vários,
diversos, e “mídia”, que vem do latim “media”, e significa meios, formas,
maneiras. Os americanos atribuíram significado moderno ao termo, graças
ao seu maciço poder de cultura, comércio e finanças sobre o mundo,
difundidos pelas agências de propaganda comerciais. Daí nasceu a ex-
pressão: meios de comunicação de massa (mass media). O uso do termo
multimídia nos meios de comunicação corresponde ao uso de meios de
expressão de tipos diversos em obras de teatro, vídeo, música, performan-
ces etc. Em informática significa a técnica para apresentação de informa-
ções que utiliza, simultaneamente, diversos meios de comunicação, mes-
Observações clando texto, som, imagens fixas e animadas.
• Para esvaziar a pasta Histórico, clique em Limpar histórico. Dessa Sem os recursos de multimídia no computador não poderíamos apre-
forma, será liberado espaço no seu computador temporariamente. ciar os cartões virtuais animados, as enciclopédias multimídia, as notícias
veiculadas a partir de vídeos, os programas de rádio, os jogos e uma
infinidade de atrações que o mundo da informática e Internet nos oferece.
Para obter ajuda sobre um item, clique em na parte superior da Com os recursos de multimídia, uma mesma informação pode ser
caixa de diálogo e, em seguida, clique no item. transmitida de várias maneiras, utilizando diferentes recursos, na maioria
ACESSO A DISTANCIA A COMPUTADORES das vezes conjugados, proporcionando-nos uma experiência enriquecedo-
TELNET (REMOTE LOGIN) ra.
É um serviço que permite ao usuário conectar-se a um computador Quando usamos um computador os sentidos da visão e da audição
remoto interligado à rede. Uma vez feita a conexão, o usuário pode execu- estão sempre em ação. Vejamos: toda vez que um usuário liga seu micro-
tar comandos e usar recursos do computador remoto como se seu compu- computador com sistema operacional Windows, placa de som e aplicativos
tador fosse um terminal daquela máquina que está distante. devidamente instalados, é possível ouvir uma melodia característica, com
variações para as diferentes versões do Windows ou de pacotes especiais
Telnet é o serviço mais comum para acesso a bases de dados (inclu- de temas que tenham sido instalados. Esse recurso multimídia é uma
sive comerciais) e serviços de informação. A depender do tipo de recurso mensagem do programa, informando que ele está funcionando correta-
acessado, uma senha pode ser requerida. Eventualmente, o acesso a mente.
determinadas informações de caráter comercial pode ser negado a um
usuário que não atenda aos requisitos determinados pelo detentor da A música de abertura e a exposição na tela do carregamento da área
informação. de trabalho significam que o micro está pronto para funcionar. Da mesma
forma, operam os ruídos: um alerta soado quando um programa está
Para fazer um login remoto, pode-se proceder da seguinte forma: No tentando se instalar, um sinal sonoro associado a um questionamento
browser, no espaço existente para se digitar o endereço da Internet, colo- quando vamos apagar um arquivo, um aviso de erro etc. e alguns símbo-
que o nome do protocolo, no caso, telnet e o endereço que se deseja los com pontos de exclamação dentro de um triângulo amarelo, por exem-
acessar. Exemplo: telnet://asterix.ufrgs.br (endereço para consultar a plo, representam situações em que devemos ficar atentos.
biblioteca da UFRGS)
Portanto, a mídia sonora no micro serve para que o sistema operacio-
TRANSFERÊNCIA DE INFORMAÇÕES E ARQUIVOS nal e seus programas interajam com os usuários. Além disso, ela tem
FTP (File Transfer Protocol) outras utilidades: permite que ouçamos música, enquanto lemos textos ou
É o serviço básico de transferência de arquivos na rede. Com a devida assistimos vídeos; que possamos ouvir trechos de discursos e pronuncia-
permissão o usuário pode copiar arquivos de um computador à distância mentos de políticos atuais ou do passado; que falemos e ouçamos nossos
para o seu computador ou transferir um arquivo do seu computador para contatos pela rede e uma infinidade de outras situações.
um computador remoto. Para tanto, o usuário deve ter permissão de A evolução tecnológica dos equipamentos e aplicativos de informática
acesso ao computador remoto. tem nos proporcionado perfeitas audições e gravações digitais de nossa
Ante às restrições para transferência de arquivos, foi criado o "FTP voz e outros sons.
Anônimo", para facilitar o acesso de usuários de todo mundo a determina- Os diferentes sons que ouvimos nas mídias eletrônicas são gravados
das máquinas que mantém enormes repositórios de informação. Não é digitalmente a partir de padrões sonoros. No mundo digital, três padrões
necessária uma permissão de acesso; o usuário se identificará como com finalidades distintas se impuseram: wav, midi e mp3.
anonymous quando o sistema requisitar o "login". O padrão wav apresenta vantagens e desvantagens. A principal van-
O FTP é geralmente usado para transferência de arquivos contendo tagem é que ele é o formato de som padrão do Windows, o sistema opera-
programas (software) e documentos. Não há, contudo, qualquer limitação cional mais utilizado nos computadores do mundo. Dessa forma, na maio-
quanto ao tipo de informação que pode ser transferida. Vale ressaltar que ria dos computadores é possível ouvir arquivos wav, sem necessidade de
esse serviço pressupõe que o usuário conheça a localização eletrônica do se instalar nenhum programa adicional. A qualidade sonora desse padrão
documento desejado, ou seja, o endereço do computador remoto, os também é muito boa. Sua desvantagem é o tamanho dos arquivos. Cada
nomes dos diretórios onde o arquivo se encontra, e, por fim, o nome do minuto de som, convertido para formato wav, que simule qualidade de CD,
próprio arquivo. Quando a localização não é conhecida, o usuário pode usa aproximadamente 10 Mb de área armazenada.
usar o archie para determinar a localização exata do arquivo. O padrão midi surgiu com a possibilidade de se utilizar o computador
Para fazer uma transferência de arquivo através do FTP, pode-se pro- para atividades musicais instrumentais. O computador passou a ser usado
ceder da seguinte forma: No browser, no espaço existente para se digitar o como ferramenta de armazenamento de melodias. Definiu-se um padrão
endereço da Internet, coloque o nome do protocolo, no caso, ftp e o ende- de comunicação entre o computador e os diversos instrumentos (princi-
reço que se deseja acessar. Exemplo: ftp://microsoft.com (endereço para palmente teclados e órgãos eletrônicos), que recebeu o nome de “interface
transferir programas (free) da Microsoft) midi”, que depois passou a ser armazenado diretamente em disco.
DOWNLOAD: Copiando arquivos para o seu micro Esse padrão também apresenta vantagens e desvantagens. Sua prin-
Navegue pelos diretórios, localize o arquivo desejado, selecione-o e cipal vantagem junto aos demais é o tamanho dos arquivos. Um arquivo
clique 2 vezes para transferir para o seu computador, no diretório que você midi pode ter apenas alguns Kbs e conter toda uma peça de Chopin ao

Informática 76 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
piano. A principal desvantagem é a vinculação da qualidade do áudio ao automóvel pela Internet (www.celta.com.br).
equipamento que o reproduz. O internauta também pode vender seus produtos em sites como Ar-
Ultimamente, a estrela da mídia sonora em computadores é o padrão remate.com (www.arremate.com.br).
mp3. Este padrão corresponde à terceira geração dos algoritmos Mpeg, Marketing: Muitas empresas estão utilizando a Internet para divulga-
especializados em som, que permite ter sons digitalizados quase tão bons ção de seus produtos. O Parque Dom Pedro Shopping
quanto podem ser os do padrão wav e, ainda assim, serem até 90% meno- (www.parquedpedro.com.br/), antes da inauguração, e já tinha um site na
res. Dessa forma, um minuto de som no padrão wav que, como você já Internet, onde as pessoas podiam acompanhar a evolução da obra e
sabe, ocuparia cerca de 10 MB, no padrão mp3 ocuparia apenas 1 MB conferir todos os detalhes do empreendimento.
sem perdas significativas de qualidade sonora.
Os estúdios de Hollywood também incorporaram a Internet como mí-
O padrão mp3, assim como o jpeg utilizado para gravações de ima- dia de apoio para o lançamento de filmes. Atualmente, grande parte das
gens digitalizadas: Uso da impressora e tratamento de imagens), trabalha produções já tem seu site oficial disponível antes mesmo de estrear nos
com significância das perdas de qualidade sonora (ou gráfica no caso das cinemas.
imagens). Isso significa que você pode perder o mínimo possível ou ir
NAVEGADORES
aumentando a perda até um ponto que se considere aceitável em termos
de qualidade e de tamanho de arquivo. Um navegador (também conhecido como web browser ou
simplesmente browser) é um programa que habilita seus usuários a
O vídeo, entre todas as mídias possíveis de ser rodadas no computa-
interagirem com documentos HTML hospedados em um servidor Web. É o
dor, é, provavelmente, o que mais chama a atenção dos usuários, pois lida
tipo mais comumente usado de agente. A maior coleção interligada de
ao mesmo tempo com informações sonoras, visuais e às vezes textuais.
documentos hipertexto, dos quais os documentos HTML são uma
Em compensação, é a mídia mais demorada para ser carregada e visuali-
substancial fração, é conhecida com a World Wide Web.
zada. Existem diferentes formatos de vídeos na web. Entre os padrões
mais comuns estão o avi, mov e mpeg. Conheça os browsers que garantem uma navegação segura na
internet
O avi (Audio Video Interleave) é um formato padrão do Windows, que
intercala, como seu nome sugere, trechos de áudio juntamente com qua- Para quem pensa que o Internet Explorer é o único navegador exis-
dros de vídeo no inflacionado formato bmp para gráficos. Devido à exten- tente no mundo virtual, vai aí uma informação. Além de existirem outras
são do seu tamanho e outros problemas como o sincronismo de qualidade opções de browsers, elas podem ser disponibilizadas de graça e são tão
duvidosa entre áudio e vídeo, o AVI é um dos formatos de vídeo menos eficientes quanto o software mais conhecido pelos internautas.
populares na web. Já o formato mpeg (Moving Pictures Expert Group) é E tem mais. Esses outros navegadores possuem recursos que não
bem mais compacto e não apresenta os problemas de sincronismo comu- são encontrados no Internet Explorer como os mouse gestures, programas
mente observados no seu concorrente avi. O formato mpeg pode apresen- de mensagem instantânea, como o ICQ, e softwares de e-mail que substi-
tar vídeos de alta qualidade com uma taxa de apresentação de até 30 tuem o tradicional Outlook Express. Apesar de não serem muito conheci-
quadros por segundo, o mesmo dos televisores. dos, seguem as normas recomendadas pelo W3C, organização que define
O formato mov, mais conhecido como QuickTime, foi criado pela Ap- padrão para as tecnologias existentes na internet.
ple e permite a produção de vídeos de boa qualidade, porém com taxas de Conheça os principais browsers utilizados para navegar na Web
compressão não tão altas como o formato mpeg. Enquanto o mpeg chega Internet Explorer
a taxas de 200:1, o formato QuickTime chega à taxa média de 50:1. Para É o browser mais utilizado no mercado, com mais de 90% de penetra-
mostrar vídeos em QuickTime, em computadores com Windows, é neces- ção, em função de a Microsoft já inserir o software no pacote Windows.
sário fazer o download do QuickTime for Windows. O Windows Media Curiosamente, hoje o Internet Explorer é o navegador que menos atende
Player e o Real Áudio são bastante utilizados na rede. Tanto um como o aos padrões recomendados pelo W3C. Devido à sua grande audiência, a
outro tocam e rodam a maioria dos formatos mais comuns de som e ima- dupla Internet Explorer/Outlook Express é uma grande porta para os vírus
gem digitais como wav, mp3 e midi e os vídeos mpeg e avi. Ambos os que se aproveitam das falhas de segurança encontradas nesses progra-
players suportam arquivos transmitidos no modo streaming gerados para mas como é o caso do Fortnight, Cavalo de Tróia que está invadindo
rodar neles. muitas máquinas que usam o navegador. Tem a vantagem de abrir mais
USO DA INTERNET NOS NEGÓCIOS E OUTROS DOMÍNIOS rápido devido a essa interação com o Windows. Existem softwares de
Desde que foi criada, a Internet não parou de se desenvolver, disponi- terceiros, como o MyIE2 ou o Avant Browser, que adicionam algumas
bilizando um grande número de serviços aos seus usuários. Nesse curso funcionalidades ao Internet Explorer, como navegação por abas, suporte a
veremos alguns desses serviços: World Wide Web, transferência de arqui- skins.
vos, correio eletrônico, grupos de notícias e listas de discussão.
Dentre as muitas utilidades da Internet, podemos destacar: Internet Explorer
Propagação do conhecimento e intercâmbio de informações: a-
través da Web, é possível encontrar informações sobre praticamente www.microsoft.com/windows/ie
qualquer assunto, a quantidade e variedade de opções é impressionante.
Pode-se ficar a par das últimas notícias, fazer pesquisas escolares, buscar
versão atual: 6 SP 1
informações específicas que auxiliem no trabalho (ex: um médico pesqui-
sando sobre um novo tratamento), etc.
O usuário comum também pode ser um gerador de informações, se possui programa de e-mail
você conhece um determinado assunto, pode criar seu próprio site, com-
partilhando seus conhecimentos com os outros internautas. Podemos citar
também os vários projetos de educação a distância que estão sendo sistema operacional: Win98, NT 4.0, Me, 2000, XP
desenvolvidos, inlusive na Unicamp (http://www.ead.unicamp.br/).
Meio de comunicação: o serviço de correio eletrônico permite a troca free
de mensagens entre pessoas do mundo todo, com incrível rapidez. As
listas de discussão, grupos de notícias e as salas de bate-papo (chat)
também são bastante utilizados. disponível em português
Serviços: dentre os vários serviços disponibilizados, podemos citar o
Home-banking (acesso a serviços bancários) e a entrega da declaração do Opera
imposto de renda via Internet (Receita Federal). Bastante rápido para carregar as páginas e não tão pesado quanto o
Comércio: existe um grande número de lojas virtuais, vendendo produ- Netscape. O programa de instalação é o menor com 3.2 Mb. Possui
tos pela rede. A Livraria Saraiva (http://www.livrariasaraiva.com.br/) é uma recurso de navegação por abas - novas páginas são abertas na mesma
delas. Recentemente a GM lançou o Celta e com ele a ideia de vender janela do Opera, não havendo necessidade de abrir outras instâncias do

Informática 77 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
browser. Admite mouse gestures que são atalhos chamados através de
um movimento de mouse, como a atualização e o fechamento de uma
janela. Possui teclas de atalho para os principais sites de busca. Digitar,
por exemplo, (g palavra-chave) na barra de endereço equivale a uma
busca por palavra-chave no Google. Inclui genreciador de downloads, de
senhas gravadas e de cookies - arquivo que grava informações em texto
durante a navegação - e pode também bloquear janelas popups. Para
utilizar a linguagem Java, muito comum em sites de bancos, é necessário
instalar o Plugin Java. Existe um programa de instalação em que o Java
está incluído, mas essa versão faz o programa crescer para 12.7 Mb.

Opera

www.opera.com
Mozilla Firebird
versão atual: 7.11 Mais um filho do Mozilla. O Firebird pode ser chamado de Mozilla Li-
te, pois ele traz apenas o browser e as funções mais úteis como controle
de cookies, senhas, popups, abas, o que o torna bem leve, tanto para
possui programa de e-mail baixar quanto para executá-lo. Não possui programa de instalação, basta
descompactar o arquivo - para isso é necessário o WinZip - num diretório
sistema operacional: Win 95 ou superior, Linux, Mac, qualquer. No site podem-se baixar extensões que acrescentam novos
OS/2, Solaris, FreeBSD, QNX, Smartphone/PDA recursos a ele, como os mouse gestures.

Mozilla Firebird
free (mas mostra banners)

texturizer.net/firebird/index.html
disponível em português
versão atual: 0.6
Mozilla
Após a liberação do código fonte do Netscape (ainda na versão 4), iniciou-
se o projeto Mozilla, que no futuro daria suporte a novos browsers. O não possui programa de e-mail
Mozilla, assim como o Opera, apresenta um sistema que permite que as
páginas sejam visualizadas à medida que o browser vai baixando o arqui-
vo e não após tudo ser carregado. Também possui gerenciador de down- sistema operacional: Win 95 ou superior, Linux, MacOS X
loads, cookies, popups, senhas e dados digitados em formulário. Permite
que o usuário faça pesquisas utilizando seu mecanismo de busca favorito
free
através da barra de endereços. Para quem desenvolve programas e
páginas para a Web há ferramentas muito úteis como o JavaScript De-
bugger. É necessário instalar o Plugin Java caso você ainda não o pos- não está disponível em português
sua em sua máquina (é o mesmo plugin que o Opera utiliza).
Netscape
Mozilla A partir da versão 6, o Netscape passou a utilizar o engine do Mozilla,
ou seja, por dentro eles são o mesmo browser e compartilham praticamen-
www.mozilla.org te dos mesmos recursos, porém o Netscape traz no programa de instala-
ção alguns outros softwares, como o Winamp, o Real Player e o Plugin
Java, o que torna o instalador muito pesado - aproximadamente 32 Mb,
versão atual: 1.4 sendo que muitas vezes os usuários já têm esses softwares ou não têm
interesse em instalá-los. Isso pode ser contornado durante a instalação,
possui programa de e-mail quando se pode optar por não instalar todos eles, mas fatalmente terá que
se baixar todos os 30Mb. Além desses softwares externos, ele traz ainda
um programa de mensagem instantânea, que funciona como o ICQ ou
sistema operacional: Win 95 ou superior, Linux, MacOS X AIM.

Netscape
free

www.netscape.com
não está disponível em português
versão atual: 7.1

possui programa de e-mail

sistema operacional: Win98, NT 4.0, 2000, XP, Linux,


MacOS X

free

Informática 78 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ao Comitê Gestor.
disponível em português (versão 7.02) 4. com – indica que a empresa é comercial.
As categorias de domínios existentes na Internet Brasil são:
UTILIZANDO LINKS
UTILIZAÇÃO DA INTERNET EXPLORER 7.0 E
A conexão entre páginas da Web é que caracteriza o nome World Wi-
CORREIO ELETRÔNICO de Web (Rede de Amplitude Mundial).
Histórico da Internet Basicamente, as páginas da Web são criadas em HTML (Hyper Text
A Internet começou no início de 1969 sob o nome ARPANET (USA). Markup Language). Como essas páginas são hipertextos, pode-se fazer
links com outros endereços na Internet.
Abreviatura Descrição
Os links podem ser textos ou imagens e quando se passa o mouse em
Gov.br Entidades governamentais cima de algum, o ponteiro torna-se uma “mãozinha branca espalmada”,
bastando apenas clicar com o botão esquerdo do mouse para que se
Org.br Entidades não-governamentais
façam links com outras páginas.
Com.br Entidades comerciais Configuração do Browser Internet Explorer 7
Mil.br Entidades militares A compilação Internet Explorer 7 inclui melhoramentos de desempe-
nho, estabilidade, segurança e compatibilidade de aplicações. Com esta
Composta de quatro computadores tinha como finalidade, demonstrar compilação, a Microsoft também introduziu melhoramentos estéticos e
as potencialidades na construção de redes usando computadores disper- funcionais à interface de utilizador, completou alterações na plataforma
sos em uma grande área. Em 1972, 50 universidades e instituições milita- CSS, adicionou suporte para idiomas e incluiu uma função de auto-
res tinham conexões. desinstalação no programa de configuração, que desinstala automatica-
Hoje é uma teia de redes diferentes que se comunicam entre si e que mente versões beta anteriores do Internet Explorer 7, tornando a desinsta-
são mantidas por organizações comerciais e governamentais. Mas, por lação da nova compilação ainda mais fácil.
mais estranho que pareça, não há um único proprietário que realmente
possua a Internet. Para organizar tudo isto, existem associações e grupos
que se dedicam para suportar, ratificar padrões e resolver questões opera-
cionais, visando promover os objetivos da Internet.
A Word Wide Web Clicando na setinha você verá o seguinte menu
A Word Wide Web (teia mundial) é conhecida também como WWW,
uma nova estrutura de navegação pêlos diversos itens de dados em vários
computadores diferentes. O modelo da WWW é tratar todos os dados da
Internet como hipertexto, “ Link” isto é, vinculações entre as diferentes
partes do documento para permitir que as informações sejam exploradas
interativamente e não apenas de uma forma linear.
Programas como o Internet Explorer, aumentaram muita a popularida-
de da Internet graças as suas potencialidades de examinador multimídia,
capaz de apresentar documentos formatados, gráficos embutidos, vídeo,
som e ligações ou vinculações e mais, total integração com a WWW. Note que os que estão em cima do que está marcado são as “próxi-
Este tipo de interface poderá levá-lo a um local (site) através de um mas páginas”(isso ocorre quando você volta várias páginas), e os que
determinado endereço (Ex: www.apostilasopcao.com.br) localizado em estão em baixo são as páginas acessadas. E o Histórico é para ver o
qualquer local, com apenas um clique, saltar para a página (home page) histórico, últimos sites acessados.
de um servidor de dados localizado em outro continente. Barra de endereço e botões atualizar e parar

BOTÕES DE NAVEGAÇÕES

Voltar
Navegação
Abaixo as funções de cada botão de seu navegador Internet Explorer
Para podermos navegar na Internet é necessário um software nave-
7.0 da Microsoft.
gador (browser) como o Internet Explorer ou Netscape (Estes dois são os
mais conhecidos, embora existam diversos navegadores). O botão acima possibilita voltar na página em que você acabou de sair
ou seja se você estava na página da Microsoft e agora foi para a da aposti-
Endereços na Internet
lasopcao, este botão lhe possibilita voltar para a da Microsoft sem Ter que
Todos os endereços da Internet seguem uma norma estabelecida pelo digitar o endereço (URL) novamente na barra de endereços.
InterNic, órgão americano pertencente a ISOC (Internet Society).
No Brasil, a responsabilidade pelo registro de Nomes de Domínios na
rede eletrônica Internet é do Comitê Gestor Internet Brasil (CG), órgão Avançar
responsável. De acordo com as normas estabelecidas, o nome do site, ou O botão avançar tem a função invertida ao botão voltar citado acima.
tecnicamente falando o “nome do domínio”, segue a seguinte URL (Uni-
versal Resource Locator), um sistema universal de endereçamento, que
permite que os computadores se localizem na Internet: Parar
Exemplo: http://www.apostilasopcao.com.br O botão parar tem como função obvia parar o download da página em
execução, ou seja, se você está baixando uma página que está demoran-
Onde: do muito utilize o botão parar para finalizar o download.
1. http:// - O Hyper Text Transfer Protocol, o protocolo padrão que permi-
te que os computadores se comuniquem. O http:// é inserido pelo
O botão atualizar tem como função rebaixar a página em exe-
browser, portanto não é necessário digitá-lo.
cução, ou seja ver o que há de novo na mesma. Geralmente utilizado para
2. www – padrão para a Internet gráfica. rever a página que não foi completamente baixada, falta figuras ou textos.
3. apostilasopcao – geralmente é o nome da empresa cadastrada junto

Informática 79 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Home
O botão página inicial tem como função ir para a página que o seu na-
vegador está configurado para abrir assim que é acionado pelo usuário,
geralmente o Internet Explorer está configurado para ir a sua própria
página na Microsoft, caso o usuário não adicionou nenhum endereço como
página principal.

Pesquisar
Este botão, é altamente útil pois clicando no mesmo Internet Explorer
irá abrir uma seção ao lado esquerdo do navegador que irá listar os princi-
pais, sites de busca na Internet, tal como Cadê, Google, Altavista etc. A
partir daqui será possível encontrar o que você está procurando, mas Alternar entre as abas
veremos isto mais a fundo nas próximas páginas. Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas
Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e
Favoritos suas respectivas páginas
O botão favoritos contem os Websites mais interessantes definidos Download
pelo usuário, porém a Microsoft já utiliza como padrão do IE 6 alguns sites É nada mais que baixar arquivos da Internet para seu computador U-
que estão na lista de favoritos. pload em português significa carregar – é a transferência de um arquivo do
Para você adicionar um site na lista de favoritos basta você clicar com seu computador para outro computador.
o botão direito em qualquer parte da página de sua escolha e escolher Como efetuar download de uma figura na Internet.
adicionar a favoritos. Geralmente utilizamos este recurso para marcar
nossas páginas preferidas, para servir de atalho. a) Clique com o botão direito do mouse sobre a figura desejada;
b) Escola a opção Salvar figura como;
c) Escolha o nome e a pasta onde o arquivo será baixado;
Histórico
d) Clique em Salvar.
O botão histórico exibe na parte esquerda do navegador quais foram
os sites visitados nas últimas semanas, ou dias com isso você pode man- Como efetuar download de arquivos na Internet
ter um controle dos sites que você passou nas últimas semanas e dias. Alguns arquivos como jogos; músicas; papéis de parede; utilitários
Bastante útil para usuários que esqueceram o nome do site e desejam como antivírus etc.; são disponibilizados na Internet para download a partir
acessar novamente. de links (texto destacado ou elemento gráfico), e o procedimento é pareci-
do com o download de figuras.
Página a) Clique no respectivo link de download;
O botão tem várias funções: Recortar b) Aparecerá uma tela com duas opções, Abrir arquivo ou Salvar ar-
Copiar – Colar - Salvar Página - Enviar esta página através de e- quivo em disco;
mail - Zoom Esta ferramenta aumenta o zoom da página fazendo com que c) Escolha Salvar arquivo em disco;
ela possa ficar ilegíve.Esta outra ferramenta só precisa ser utilizada se d) Escolha a pasta de destino e logo em seguida clique em Salvar.
você não conseguir enxergar direito a letras ou imagens de um site - e) Observa-se a seguir uma Janela (de download em execução) que
Tamanho do texto, configura o tamanho da fonte da página - Ver código mostra o tempo previsto e a porcentagem de transferência do ar-
fonte, visualiza o código fonte da página - Relatório Da Segurança, quivo. O tempo de transferência do arquivo varia de acordo com o
verifica se a página contem diretivas de segurança ou certificadas digitais - ser tamanho (byte, kilobyte, megabyte).
Privacidade da página, verifica se a página esta configurada de acordo
Tipos de programas disponíveis na Internet
com a sua política de privacidade.
• Shareware: É distribuído livremente, você pode copiá-lo para o
seu computador e testá-lo, mas deve pagar uma certa quantia es-
tipulada pelo autor do programa, se quiser ficar com ele. Normal-
Impressão mente custam menos que os programas comerciais, pois o dinhei-
Botão utilizado para imprimir a página da internet . ro vai direto para o desenvolvedor.
• Demos: São versões demonstrativas que não possuem todas as
Alternar entre as abas funções contidas no programa completo.
Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas • Trials: Também são versões para testes, mas seu uso é restrito a
Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e um determinado período. Depois dessa data, deixam de funcionar.
suas respectivas páginas • Freeware: São programas gratuitos, que podem ser utilizados li-
Alternar entre as abas vremente. O autor continua detendo os direitos sobre o programa,
Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas embora não receba nada por isso.
Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e • Addware: O usuário usa o programa gratuitamente, mas fica re-
suas respectivas páginas cebendo propaganda.
UPLOAD
Como já verificamos anteriormente é a transferência de arquivos de
um cliente para um servidor. Caso ambos estejam em rede, pode-se usar
um servidor de FTP, HTTP ou qualquer outro protocolo que permita a
transferência. Ou seja caso tenha algum arquivo, por exemplo fotos ou
musicas, e gostaria de disponibilizar estes arquivos para outros usuários
na Internet, basta enviar os arquivos para um provedor ou servidor, e
posteriormente disponibilizar o endereço do arquivo para os usuários,
através deste endereço, os arquivos poderão ser compartilhados.
Gerenciamento de Pop-ups e Cookies
Este artigo descreve como configurar o Bloqueador de pop-ups em um

Informática 80 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
computador executando o Windows . O Bloqueador de pop-ups é um novo Spam é o termo usado para se referir aos e-mails não solicitados, que
recurso no Internet Explorer. Esse recurso impede que a maioria das geralmente são enviados para um grande número de pessoas. Quando o
janelas pop-up indesejadas apareçam. Ele está ativado por padrão. Quan- conteúdo é exclusivamente comercial, este tipo de mensagem também é
do o Bloqueador de Pop-ups é ativado, as janelas pop-up automáticas e referenciada como UCE (do inglês Unsolicited Commercial E-mail).
de plano de fundo são bloqueadas, mas aquelas abertas por um usuário Quais são os problemas que o spam pode causar para um usuário da
ainda abrem normalmente. Internet?
Como ativar o Bloqueador de pop-ups Os usuários do serviço de correio eletrônico podem ser afetados de
O Bloqueador de pop-ups pode ser ativado das seguintes maneiras: diversas formas. Alguns exemplos são:
• Abrir o browser ou seja o navegador de internet. Não recebimento de e-mails. Boa parte dos provedores de Internet li-
• No menu Ferramentas. mita o tamanho da caixa postal do usuário no seu servidor. Caso o número
de spams recebidos seja muito grande o usuário corre o risco de ter sua
• A partir das Opções da Internet.
caixa postal lotada com mensagens não solicitadas. Se isto ocorrer, o
usuário não conseguirá mais receber e-mails e, até que possa liberar
espaço em sua caixa postal, todas as mensagens recebidas serão devol-
vidas ao remetente. O usuário também pode deixar de receber e-mails em
casos onde estejam sendo utilizadas regras anti-spam ineficientes, por
Observação O Bloqueador de pop-ups está ativado por padrão. Você exemplo, classificando como spam mensagens legítimas.
precisará ativá-lo apenas se estiver desativado. Gasto desnecessário de tempo. Para cada spam recebido, o usuário
Fazer abrir uma janela do tipo “pop up” sem identificação, solicitando necessita gastar um determinado tempo para ler, identificar o e-mail como
dados confidenciais que são fornecidos pelo usuário por julgar que a spam e removê-lo da caixa postal.
janela “pop up” enviará os dados ao domínio da instituição segura, quando Aumento de custos. Independentemente do tipo de acesso a Internet
na verdade ela foi aberta a partir de código gerado por terceiros. utilizado, quem paga a conta pelo envio do spam é quem o recebe. Por
A partir da versão 7 do IE isso já não mais pode ocorrer já que toda exemplo, para um usuário que utiliza acesso discado a Internet, cada
janela, “pop up” ou não, apresenta obrigatoriamente uma barra de endere- spam representa alguns segundos a mais de ligação que ele estará pa-
ços onde consta o domínio a partir de onde foi gerada (Veja na Figura a gando.
barra de endereços na janela “pop up”). Perda de produtividade. Para quem utiliza o e-mail como uma ferra-
Como desativar a ferramanta anti- popup no Windows XP menta de trabalho, o recebimento de spams aumenta o tempo dedicado à
tarefa de leitura de e-mails, além de existir a chance de mensagens impor-
1. Clique em Iniciar, aponte para Todos os programas e clique em In- tantes não serem lidas, serem lidas com atraso ou apagadas por engano.
ternet Explorer.
Conteúdo impróprio ou ofensivo. Como a maior parte dos spams são
2. No menu Ferramentas, aponte para - Desligarr bloqueador de enviados para conjuntos aleatórios de endereços de e-mail, é bem prová-
janelas pop-up vel que o usuário receba mensagens com conteúdo que julgue impróprio
COOKIES ou ofensivo.
Um cookie é um arquivo de texto muito pequeno, armazenado em sua Prejuízos financeiros causados por fraude. O spam tem sido ampla-
maquina (com a sua permissão) por um Servidor de páginas Web. Há dois mente utilizado como veículo para disseminar esquemas fraudulentos, que
tipos de cookie: um é armazenado permanentemente no disco rígido e o tentam induzir o usuário a acessar páginas clonadas de instituições finan-
outro é armazenado temporariamente na memória. Os web sites geralmen- ceiras ou a instalar programas maliciosos projetados para furtar dados
te utilizam este último, chamado cookie de sessão e ele é armazenado pessoais e financeiros. Este tipo de spam é conhecido como phi-
apenas enquanto você estiver o usando. Não há perigo de um cookie ser shing/scam (Fraudes na Internet). O usuário pode sofrer grandes prejuízos
executado como código ou transmitir vírus, ele é exclusivamente seu e só financeiros, caso forneça as informações ou execute as instruções solicita-
pode ser lido pelo servidor que o forneceu. das neste tipo de mensagem fraudulenta.
Pelos procedimentos abaixo, você pode configurar seu browser para Como fazer para filtrar os e-mails de modo a barrar o recebimento
aceitar todos os cookies ou para alertá-lo sempre que um deles lhe for de spams
oferecido. Então você poderá decidir se irá aceitá-lo ou não. Existem basicamente dois tipos de software que podem ser utilizados
Para que mais eles são utilizados? para barrar spams: aqueles que são colocados nos servidores, e que
Compras online e registro de acesso são os motivos correntes de utili- filtram os e-mails antes que cheguem até o usuário, e aqueles que são
zação. Quando você faz compras via Internet, cookies são utilizados para instalados nos computadores dos usuários, que filtram os e-mails com
criar uma memória temporária onde seus pedidos vão sendo registrados e base em regras individuais de cada usuário.
calculados. Se você tiver de desconectar do portal antes de terminar as Conceitos de segurança e proteção
compras, seus pedidos ficarão guardados até que você retorne ao site ou Importância da Preocupação com a Segurança.
portal.
Apesar de muitas pessoas não se preocuparem com a segurança
Webmasters e desenvolvedores de portais costumam utilizar os coo- de seu computador, há também grandes empresas e comércio que
kies para coleta de informações. Eles podem dizer ao webmaster quantas não se preocupam com a segurança do usuário como, por exemplo,
visitas o seu portal recebeu, qual a frequência com que os usuários retor- em uma compra on-line, transações de Internet banking e outros. Mas
nam, que páginas eles visitam e de que eles gostam. Essas informações
porquê se preocupar com a segurança da informação? A resposta é
ajudam a gerar páginas mais eficientes, que se adaptem melhor as prefe- simples, sendo itens básicos como:
rências dos visitantes. Sua privacidade e segurança é mantida na utiliza-
ção de cookies temporários. • Garantia de identidade dos sistemas participantes de uma transa-
Como configurar os cookies em seu computador ção;
1. Escolha Ferramentas e, em seguida, • Garantia de confidencialidade;
2. Opções da Internet • Garantia de integridade dos dados;
3. Clique na guia Segurança • Garantia de unicidade da transação(única), impedindo sua replica-
4. Selecione a área Internet ou Intranet, a depender da sua forma de ção indevida;
acesso • Garantia de autoria da transação;
5. Clique no botão "Nível personalizado" • Defesa contra “carona”, ou seja, o processo em que um terceiro in-
6. Ativar a opção "Permitir Cookies por sessão" tervém numa transação autêntica já estabelecida;
Spam • Defesa contra a “indisponibilização forçada”;

Informática 81 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Estes são alguns dos muitos motivos que nos trazem a preocupação Como identificar: seguem algumas dicas para identificar este tipo de
com a segurança, assim tornando-os o objetivo de uma luta intensa para mensagem fraudulenta:
se ter a tão imaginada segurança da informação. • leia atentamente a mensagem. Normalmente, ela conterá diversos
Por que devo me preocupar com a segurança do meu computa- erros gramaticais e de ortografia;
dor?
• os fraudadores utilizam técnicas para ofuscar o real link para o arquivo
Computadores domésticos são utilizados para realizar inúmeras tare- malicioso, apresentando o que parece ser um link relacionado à insti-
fas, tais como: transações financeiras, sejam elas bancárias ou mesmo tuição mencionada na mensagem. Ao passar o cursor do mouse sobre
compra de produtos e serviços; comunicação, por exemplo, através de e- o link, será possível ver o real endereço do arquivo malicioso na barra
mails; armazenamento de dados, sejam eles pessoais ou comerciais, etc. de status do programa leitor de e-mails, ou browser, caso esteja atua-
É importante que você se preocupe com a segurança de seu compu- lizado e não possua vulnerabilidades. Normalmente, este link será di-
tador, pois você, provavelmente, não gostaria que: ferente do apresentado na mensagem; qualquer extensão pode ser
• suas senhas e números de cartões de crédito fossem furtados e utilizada nos nomes dos arquivos maliciosos, mas fique particularmen-
utilizados por terceiros; te atento aos arquivos com extensões ".exe", ".zip" e ".scr", pois estas
são as mais utilizadas. Outras extensões frequentemente utilizadas
• sua conta de acesso a Internet fosse utilizada por alguém não au- por fraudadores são ".com", ".rar" e ".dll"; fique atento às mensagens
torizado; que solicitam a instalação/execução de qualquer tipo de arqui-
• seus dados pessoais, ou até mesmo comerciais, fossem alterados, vo/programa; acesse a página da instituição que supostamente envi-
destruídos ou visualizados por terceiros; ou a mensagem, e procure por informações relacionadas com a men-
sagem que você recebeu. Em muitos casos, você vai observar que
• seu computador deixasse de funcionar, por ter sido comprometido
não é política da instituição enviar e-mails para usuários da Internet,
e arquivos essenciais do sistema terem sido apagados, etc
de forma indiscriminada, principalmente contendo arquivos anexados.
Engenharia Social
Recomendações:
Nos ataques de engenharia social, normalmente, o atacante se faz
No caso de mensagem recebida por e-mail, o remetente nunca deve
passar por outra pessoa e utiliza meios, como uma ligação telefônica ou e-
ser utilizado como parâmetro para atestar a veracidade de uma mensa-
mail, para persuadir o usuário a fornecer informações ou realizar determi-
gem, pois pode ser facilmente forjado pelos fraudadores; se você ainda
nadas ações. Exemplos destas ações são: executar um programa, acessar
tiver alguma dúvida e acreditar que a mensagem pode ser verdadeira,
uma página falsa de comércio eletrônico ou Internet Banking através de
entre em contato com a instituição para certificar-se sobre o caso, antes de
um link em um e-mail ou em uma página, etc.
enviar qualquer dado, principalmente informações sensíveis, como senhas
Como me protejo deste tipo de abordagem? e números de cartões de crédito.
Em casos de engenharia social o bom senso é essencial. Fique atento Como verificar se a conexão é segura
para qualquer abordagem, seja via telefone, seja através de um e-mail,
Existem pelo menos dois itens que podem ser visualizados na janela
onde uma pessoa (em muitos casos falando em nome de uma instituição)
do seu browser, e que significam que as informações transmitidas entre o
solicita informações (principalmente confidenciais) a seu respeito.
browser e o site visitado estão sendo criptografadas.
Procure não fornecer muita informação e não forneça, sob hipótese
O primeiro pode ser visualizado no local onde o endereço do site é di-
alguma, informações sensíveis, como senhas ou números de cartões de
gitado. O endereço deve começar com https:// (diferente do http:// nas
crédito.
conexões normais), onde o s antes do sinal de dois-pontos indica que o
Nestes casos e nos casos em que receber mensagens, procurando endereço em questão é de um site com conexão segura e, portanto, os
lhe induzir a executar programas ou clicar em um link contido em um e- dados serão criptografados antes de serem enviados. A figura abaixo
mail ou página Web, é extremamente importante que você, antes de apresenta o primeiro item, indicando uma conexão segura, observado nos
realizar qualquer ação, procure identificar e entrar em contato com a browsers Firefox e Internet Explorer, respectivamente.
instituição envolvida, para certificar-se sobre o caso.
Mensagens que contêm links para programas maliciosos
Você recebe uma mensagem por e-mail ou via serviço de troca instan-
tânea de mensagens, onde o texto procura atrair sua atenção, seja por
curiosidade, por caridade, pela possibilidade de obter alguma vantagem Alguns browsers podem incluir outros sinais na barra de digitação do
(normalmente financeira), entre outras. O texto da mensagem também endereço do site, que indicam que a conexão é segura. No Firefox, por
pode indicar que a não execução dos procedimentos descritos acarretarão exemplo, o local onde o endereço do site é digitado muda de cor, ficando
consequências mais sérias, como, por exemplo, a inclusão do seu nome amarelo, e apresenta um cadeado fechado do lado direito.
no SPC/SERASA, o cancelamento de um cadastro, da sua conta bancária
ou do seu cartão de crédito, etc. A mensagem, então, procura induzí-lo a Proteção contra Malware
clicar em um link, para baixar e abrir/executar um arquivo. Vírus
Risco: ao clicar no link, será apresentada uma janela, solicitando que Vírus é um programa ou parte de um programa de computador, nor-
você salve o arquivo. Depois de salvo, se você abrí-lo ou executá-lo, será malmente malicioso, que se propaga infectando, isto é, inserindo cópias de
instalado um programa malicioso (malware) em seu computador, por si mesmo e se tornando parte de outros programas e arquivos de um
exemplo, um cavalo de tróia ou outro tipo de spyware, projetado para furtar computador. O vírus depende da execução do programa ou arquivo hos-
seus dados pessoais e financeiros, como senhas bancárias ou números de pedeiro para que possa se tornar ativo e dar continuidade ao processo de
cartões de crédito2. Caso o seu programa leitor de e-mails esteja configu- infecção.
rado para exibir mensagens em HTML, a janela solicitando que você salve
o arquivo poderá aparecer automaticamente, sem que você clique no link. Nesta seção, entende-se por computador qualquer dispositivo compu-
Ainda existe a possibilidade do arquivo/programa malicioso ser baixa- tacional passível de infecção por vírus. Computadores domésticos, note-
do e executado no computador automaticamente, ou seja, sem a sua books, telefones celulares e PDAs são exemplos de dispositivos computa-
intervenção, caso seu programa leitor de e-mails possua vulnerabilidades. cionais passíveis de infecção.
Esse tipo de programa malicioso pode utilizar diversas formas para
furtar dados de um usuário, dentre elas: capturar teclas digitadas no tecla- Como um vírus pode afetar um computador
do; capturar a posição do cursor e a tela ou regiões da tela, no momento
em que o mouse é clicado; sobrepor a janela do browser do usuário com Normalmente o vírus tem controle total sobre o computador, podendo
uma janela falsa, onde os dados serão inseridos; ou espionar o teclado do fazer de tudo, desde mostrar uma mensagem de "feliz aniversário", até
usuário através da Webcam (caso o usuário a possua e ela esteja aponta- alterar ou destruir programas e arquivos do disco.
da para o teclado). Como o computador é infectado por um vírus

Informática 82 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para que um computador seja infectado por um vírus, é preciso que amenizar o impacto da possível instalação de um programa spyware em
um programa previamente infectado seja executado. Isto pode ocorrer de um computador.
diversas maneiras, tais como: WORMS
- abrir arquivos anexados aos e-mails; Worm é um programa capaz de se propagar automaticamente através
- abrir arquivos do Word, Excel, etc; de redes, enviando cópias de si mesmo de computador para computador.
- abrir arquivos armazenados em outros computadores, através do Diferente do vírus, o worm não embute cópias de si mesmo em outros
compartilhamento de recursos; programas ou arquivos e não necessita ser explicitamente executado para
- instalar programas de procedência duvidosa ou desconhecida, ob- se propagar. Sua propagação se dá através da exploração de vulnerabili-
tidos pela Internet, de disquetes, pen drives, CDs, DVDs, etc; dades existentes ou falhas na configuração de softwares instalados em
computadores.
- ter alguma mídia removível (infectada) conectada ou inserida no
computador, quando ele é ligado. Como um worm pode afetar um computador
Algumas das medidas de prevenção contra a infecção por vírus Geralmente o worm não tem como consequência os mesmos danos
são: gerados por um vírus, como por exemplo a infecção de programas e
arquivos ou a destruição de informações. Isto não quer dizer que não
• instalar e manter atualizados um bom programa antivírus e suas represente uma ameaça à segurança de um computador, ou que não
assinaturas; cause qualquer tipo de dano.
• desabilitar no seu programa leitor de e-mails a auto-execução de Worms são notadamente responsáveis por consumir muitos recursos.
arquivos anexados às mensagens; Degradam sensivelmente o desempenho de redes e podem lotar o disco
• não executar ou abrir arquivos recebidos por e-mail ou por outras rígido de computadores, devido à grande quantidade de cópias de si
fontes, mesmo que venham de pessoas conhecidas. Caso seja ne- mesmo que costumam propagar. Além disso, podem gerar grandes trans-
cessário abrir o arquivo, certifique-se que ele foi verificado pelo pro- tornos para aqueles que estão recebendo tais cópias.
grama antivírus; procurar utilizar na elaboração de documentos forma- Como posso saber se meu computador está sendo utilizado para
tos menos suscetíveis à propagação de vírus, tais como RTF, PDF ou propagar um worm?
PostScript; procurar não utilizar, no caso de arquivos comprimidos, o Detectar a presença de um worm em um computador não é uma tare-
formato executável. Utilize o próprio formato compactado, como por fa fácil. Muitas vezes os worms realizam uma série de atividades, incluindo
exemplo Zip ou Gzip. sua propagação, sem que o usuário tenha conhecimento.
SPYWARE Embora alguns programas antivírus permitam detectar a presença de
Spyware, por sua vez, é o termo utilizado para se referir a uma grande worms e até mesmo evitar que eles se propaguem, isto nem sempre é
categoria de software que tem o objetivo de monitorar atividades de um possível.
sistema e enviar as informações coletadas para terceiros. Portanto, o melhor é evitar que seu computador seja utilizado para
Existem adwares que também são considerados um tipo de spyware, propagá-los.
pois são projetados para monitorar os hábitos do usuário durante a nave- Como posso proteger um computador de worms
gação na Internet, direcionando as propagandas que serão apresentadas.
Além de utilizar um bom antivírus, que permita detectar e até mesmo
Os spywares, assim como os adwares, podem ser utilizados de forma evitar a propagação de um worm, é importante que o sistema operacional
legítima, mas, na maioria das vezes, são utilizados de forma dissimulada, e os softwares instalados em seu computador não possuam vulnerabilida-
não autorizada e maliciosa. des.
Seguem algumas funcionalidades implementadas em spywares, que Normalmente um worm procura explorar alguma vulnerabilidade dis-
podem ter relação com o uso legítimo ou malicioso: ponível em um computador, para que possa se propagar. Portanto, as
- monitoramento de URLs acessadas enquanto o usuário navega na medidas preventivas mais importantes são aquelas que procuram evitar a
Internet; existência de vulnerabilidades: Riscos Envolvidos no Uso da Internet e
- alteração da página inicial apresentada no browser do usuário; Métodos de Prevenção.
- varredura dos arquivos armazenados no disco rígido do computador; Uma outra medida preventiva é ter instalado em seu computador um
- monitoramento e captura de informações inseridas em outros progra- firewall pessoal6. Se bem configurado, o firewall pessoal pode evitar que
mas, como IRC ou processadores de texto; instalação de outros pro- um worm explore uma possível vulnerabilidade em algum serviço disponí-
gramas spyware; vel em seu computador ou, em alguns casos, mesmo que o worm já esteja
instalado em seu computador, pode evitar que explore vulnerabilidades em
- monitoramento de teclas digitadas pelo usuário ou regiões da tela outros computadores.
próximas ao clique do mouse;
TROJANS
- captura de senhas bancárias e números de cartões de crédito;
Conta a mitologia grega que o "Cavalo de Tróia" foi uma grande está-
- captura de outras senhas usadas em sites de comércio eletrônico; tua, utilizada como instrumento de guerra pelos gregos para obter acesso
É importante ter em mente que estes programas, na maioria das ve- a cidade de Tróia. A estátua do cavalo foi recheada com soldados que,
zes, comprometem a privacidade do usuário e, pior, a segurança do com- durante a noite, abriram os portões da cidade possibilitando a entrada dos
putador do usuário, dependendo das ações realizadas pelo spyware no gregos e a dominação de Tróia. Daí surgiram os termos "Presente de
computador e de quais informações são monitoradas e enviadas para Grego" e "Cavalo de Tróia".
terceiros. Na informática, um cavalo de tróia (trojan horse) é um programa, nor-
Como se proteger malmente recebido como um "presente" (por exemplo, cartão virtual,
Existem ferramentas específicas, conhecidas como "anti-spyware", álbum de fotos, protetor de tela, jogo, etc), que além de executar funções
capazes de detectar e remover uma grande quantidade de programas para as quais foi aparentemente projetado, também executa outras fun-
spyware. Algumas destas ferramentas são gratuitas para uso pessoal e ções normalmente maliciosas e sem o conhecimento do usuário.
podem ser obtidas pela Internet (antes de obter um programa anti-spyware Algumas das funções maliciosas que podem ser executadas por um
pela Internet, verifique sua procedência e certifique-se que o fabricante é cavalo de tróia são:
confiável). Furto de senhas e outras informações sensíveis, como números de
Além da utilização de uma ferramenta anti-spyware, as medidas pre- cartões de crédito; inclusão de backdoors, para permitir que um atacante
ventivas contra a infecção por vírus são fortemente recomendadas. tenha total controle sobre o computador; alteração ou destruição de arqui-
Uma outra medida preventiva é utilizar um firewall pessoal, pois al- vos.
guns firewalls podem bloquear o recebimento de programas spyware. Como um cavalo de tróia pode ser diferenciado de um vírus ou
Além disso, se bem configurado, o firewall pode bloquear o envio de worm
informações coletadas por estes programas para terceiros, de forma a

Informática 83 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Por definição, o cavalo de tróia distingue-se de um vírus ou de um Atualmente, este termo vêm sendo utilizado também para se referir
worm por não infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si mesmo aos seguintes casos:
automaticamente. - mensagem que procura induzir o usuário à instalação de códigos
Normalmente um cavalo de tróia consiste em um único arquivo que maliciosos, projetados para furtar dados pessoais e financeiros;
necessita ser explicitamente executado. - mensagem que, no próprio conteúdo, apresenta formulários para o
Podem existir casos onde um cavalo de tróia contenha um vírus ou preenchimento e envio de dados pessoais e financeiros de usuários.
worm. Mas mesmo nestes casos é possível distinguir as ações realizadas A subseções a seguir apresentam cinco situações envolvendo phi-
como consequência da execução do cavalo de tróia propriamente dito, shing, que vêm sendo utilizadas por fraudadores na Internet. Observe que
daquelas relacionadas ao comportamento de um vírus ou worm. existem variantes para as situações apresentadas. Além disso, novas
Como um cavalo de tróia se instala em um computador formas de phishing podem surgir, portanto é muito importante que você se
É necessário que o cavalo de tróia seja executado para que ele se ins- mantenha informado sobre os tipos de phishing que vêm sendo utilizados
tale em um computador. Geralmente um cavalo de tróia vem anexado a pelos fraudadores, através dos veículos de comunicação, como jornais,
um e-mail ou está disponível em algum site na Internet. revistas e sites especializados.
É importante ressaltar que existem programas leitores de e-mails que Também é muito importante que você, ao identificar um caso de frau-
podem estar configurados para executar automaticamente arquivos ane- de via Internet, notifique a instituição envolvida, para que ela possa tomar
xados às mensagens. Neste caso, o simples fato de ler uma mensagem é as providências cabíveis.
suficiente para que um arquivo anexado seja executado.
Que exemplos podem ser citados sobre programas contendo ca- CORREIO ELETRÔNICO
valos de tróia?
Microsoft Office Outlook
Exemplos comuns de cavalos de tróia são programas que você recebe
Envie e receba email; gerencie sua agenda, contatos e tarefas; e re-
ou obtém de algum site e que parecem ser apenas cartões virtuais anima-
gistre suas atividades usando o Microsoft Office Outlook.
dos, álbuns de fotos de alguma celebridade, jogos, protetores de tela,
entre outros. Iniciando o Microsoft Office Outlook
Enquanto estão sendo executados, estes programas podem ao mes- Clique em Iniciar, Todos os programas, Microsoft Office, Microsoft Of-
mo tempo enviar dados confidenciais para outro computador, instalar fice Outlook.
backdoors, alterar informações, apagar arquivos ou formatar o disco rígido. Esta versão do Outlook inclui novos recursos criados para ajudá-lo a
Existem também cavalos de tróia, utilizados normalmente em esque- acessar, priorizar e lidar com comunicação e informações, de forma a
mas fraudulentos, que, ao serem instalados com sucesso, apenas exibem otimizar o seu tempo e facilitar o gerenciamento do fluxo crescente de
uma mensagem de erro. emails recebidos.
O que um cavalo de tróia pode fazer em um computador Experiência de Email Dinâmica. O Outlook ajuda você a ler, organi-
zar, acompanhar e localizar emails com mais eficiência do que antigamen-
O cavalo de tróia, na maioria das vezes, instalará programas para
te. O novo layout da janela exibe mais informações na tela de uma só vez,
possibilitar que um invasor tenha controle total sobre um computador.
mesmo em monitores pequenos. A lista de mensagens foi reprojetada para
Estes programas podem permitir que o invasor: tenha acesso e copie
utilizar o espaço de forma mais inteligente. Como resultado disso, você
todos os arquivos armazenados no computador; descubra todas as senhas
perderá menos tempo com a navegação e dedicará mais tempo à realiza-
digitadas pelo usuário; formate o disco rígido do computador, etc.
ção de suas tarefas. O agrupamento automático de mensagens ajuda o
Um cavalo de tróia pode instalar programas sem o conhecimento usuário a localizar e a ir para emails em qualquer lugar da lista com mais
do usuário? rapidez do que antes. E você ainda pode mover ou excluir todas as men-
Sim. Normalmente o cavalo de tróia procura instalar, sem que o usuá- sagens em um grupo de uma vez.
rio perceba, programas que realizam uma série de atividades maliciosas. Filtro de Lixo Eletrônico. O novo Filtro de Lixo Eletrônico ajuda a evi-
É possível saber se um cavalo de tróia instalou algo em um tar muitos dos emails indesejáveis que você recebe todos os dias. Ele usa
computador? a tecnologia mais avançada desenvolvida pelo Centro de Pesquisa da
A utilização de um bom programa antivírus (desde que seja atualizado Microsoft para avaliar se uma mensagem deve ser tratada como lixo
frequentemente) normalmente possibilita a detecção de programas insta- eletrônico com base em vários fatores como, por exemplo, o horário em
lados pelos cavalos de tróia. que a mensagem foi enviada e o seu conteúdo. O filtro não identifica
É importante lembrar que nem sempre o antivírus será capaz de de- nenhum remetente ou tipo de email específico; ele se baseia no conteúdo
tectar ou remover os programas deixados por um cavalo de tróia, princi- da mensagem e faz uma análise avançada da estrutura da mensagem
palmente se estes programas forem mais recentes que as assinaturas do para determinar a probabilidade de ser ou não lixo eletrônico. Qualquer
seu antivírus. mensagem detectada pelo filtro é movida para a pasta Lixo Eletrônico, de
onde ela pode ser recuperada ou revisada posteriormente. Você pode
Existe alguma maneira de proteger um computador dos cavalos adicionar emails à Lista de Remetentes Confiáveis para garantir que as
de tróia? mensagens desses remetentes nunca sejam tratadas como lixo eletrônico
Instalar e manter atualizados um bom programa antivírus e suas assi- e pode ainda bloquear mensagens de determinados endereços de email
naturas; desabilitar no seu programa leitor de e-mails a auto-execução de ou nomes de domínio adicionando o remetente à Lista de Remetentes
arquivos anexados às mensagens; não executar ou abrir arquivos recebi- Bloqueados.
dos por e-mail ou por outras fontes, mesmo que venham de pessoas Painel de Navegação. O Painel de Navegação é mais do que uma
conhecidas. Caso seja necessário abrir o arquivo, certifique-se que ele foi simples lista de pastas: ele combina os recursos de navegação principal e
verificado pelo programa antivírus; devem estar sempre atualizados, caso compartilhamento do Outlook em um local de fácil utilização. Em Email,
contrário poderá não detectar os vírus mais recentes você encontrará mais pastas de email do que antigamente. Além disso,
PHISHIN SCAN poderá adicionar suas pastas favoritas ao início da lista. Em Calendário,
Phishing, também conhecido como phishing scam ou phishing/scam, você poderá exibir os calendários compartilhados de outras pessoas lado a
foi um termo originalmente criado para descrever o tipo de fraude que se lado com o seu próprio calendário. Em Contatos, você verá a lista de todas
dá através do envio de mensagem não solicitada, que se passa por comu- as pastas de contatos que poderá abrir (estejam elas armazenadas no seu
nicação de uma instituição conhecida, como um banco, empresa ou site computador ou em um local da rede), bem como maneiras aperfeiçoadas
popular, e que procura induzir o acesso a páginas fraudulentas (falsifica- de exibir os contatos. Todos os oito módulos do Outlook possuem uma
das), projetadas para furtar dados pessoais e financeiros de usuários. interface de usuário criada para ajudá-lo a encontrar rapidamente o que
A palavra phishing (de "fishing") vem de uma analogia criada pelos você está procurando, na forma como você gosta de ver essa informação.
fraudadores, onde "iscas" (e-mails) são usadas para "pescar" senhas e Painel de Leitura. O Painel de Leitura é o local ideal para ler emails,
dados financeiros de usuários da Internet. sem a necessidade de abrir uma janela separada para cada mensagem.

Informática 84 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Como um pedaço de papel, o Painel de Leitura é posicionado verticalmen-
te. Esse layout é mais confortável e, em conjunto com a nova lista de
mensagens de várias linhas, significa que você pode ver quase o dobro do
conteúdo de um email em um monitor do mesmo tamanho, se comparado
com o Painel de Visualização das versões anteriores do Outlook.
Sinalizadores Rápidos. Se você precisar responder a um email, mas
não tiver tempo agora, clique no ícone do sinalizador ao lado da mensa-
gem para marcá-la com um Sinalizador Rápido. Os diversos sinalizadores
coloridos facilitam a categorização das mensagens. A pasta denominada –
Para Acompanhamento" sempre contém uma lista atualizada de todas as
mensagens marcadas com sinalizadores rápidos em cada pasta da caixa
de correio.
Organizar por Conversação. Se você receber muitos emails diaria-
mente, poderá se beneficiar da opção de agrupamento denominada Orga-
nizar por Conversação. O modo de exibição Organizar por Conversação
mostra a lista de mensagens de uma forma orientada a conversação ou
"segmentada". Para que você leia os emails com mais rapidez, esse modo
de exibição mostra primeiro apenas as mensagens não lidas e marcadas Como criar uma conta de e-mail
com Sinalizadores Rápidos. Cada conversação pode ser ainda mais Para adicionar uma conta de e-mail em seu Outlook faça o seguinte:
expandida para mostrar todas as mensagens, inclusive os emails já lidos. 1. Entre em contato com seu provedor de serviços de Internet ou do
Para organizar as mensagens dessa forma, clique em Organizar por administrador da rede local e informe-se sobre o tipo de servidor
Conversação no menu Exibir. de e-mail usado para a entrada e para a saída dos e-mails.
Pastas de Pesquisa. As Pastas de Pesquisa contêm resultados de 2. Você precisará saber o tipo de servidor usado : POP3 (Post Office
pesquisa, atualizados constantemente, sobre todos os itens de email Protocol), IMAP (Internet Message Access Protocol) ou HTTP
correspondentes a critérios específicos. Você pode ver todas as mensa- (Hypertext Transfer Protocol). Precisa também saber o nome da
gens não lidas de cada pasta na sua caixa de correio em uma Pasta de conta e a senha, o nome do servidor de e-mail de entrada e, para
Pesquisa denominada "Emails Não Lidos". Para ajudá-lo a reduzir o tama- POP3 e IMAP, o nome de um servidor de e-mail de saída, geral-
nho da caixa de correio, a Pasta de Pesquisa "Emails Grandes" mostra os mente SMTP (Simple Mail Transfer Protocol)
maiores emails da caixa de correio, independentemente da pasta em que Vamos à configuração:
eles estão armazenados. Você também pode criar suas próprias Pastas de
3. No menu Ferramentas, clique em Contas.
Pesquisa: escolha uma pasta na lista de modelos predefinidos ou crie uma
pesquisa com critérios personalizados e salve-a como uma Pasta de
Pesquisa para uso futuro.
Calendários Lado a Lado,.Agora você pode exibir vários calendários
lado a lado na janela Calendário do Outlook.Todos os calendários podem
ser vistos lado a lado: calendários locais, calendários de pastas públicas,
calendários de outros usuários ou lista de eventos da equipe do Microsoft
Windows® SharePoint™ Services. Os calendários são codificados por
cores para ajudá-lo a distingui-los.
Regras e Alertas. O Outlook o alertará da chegada de novos emails
na sua Caixa de Entrada exibindo uma notificação discreta na área de
trabalho, mesmo quando você estiver usando outro programa. É possível
criar rapidamente regras para arquivar emails com base na mensagem,
selecionando a mensagem e clicando em Criar Regra. Logo a seguir visualizaremos o assistente de configuração do Outlook,
Modo de Transferência em Cachê. Se você usa o Microsoft Exchan- posteriormente clique no botão adicionar- Email.
ge Server não precisa mais se preocupar com problemas causados por Clique em Email e o Assistente para conexão com a Internet irá se a-
redes lentas ou distantes. O Outlook pode baixar a caixa de correio para o brir. Basta seguir as instruções para estabelecer uma conexão com um
seu computador, reduzindo a necessidade de comunicação com o servidor servidor de e-mail ou de notícias e ir preenchendo os campos de acordo
de email. Se a rede ficar indisponível, o Outlook continuará utilizando as com seus dados.
informações já baixadas — e talvez você nem perceba a queda da rede. O
Outlook se adapta ao tipo de rede disponível, baixando mais itens de email Observação:
em redes mais rápidas e oferecendo mais controle sobre os itens baixados Cada usuário pode criar várias contas de e-mail, repetindo o procedi-
em redes lentas. Se usar o Outlook com o Microsoft Exchange Server, mento descrito acima para cada conta.
você se beneficiará de uma redução significativa no tráfego da rede, que o Compartilhar contatos
ajudará a obter as informações com mais rapidez. Para compartilhar contatos você tiver outras identidades (outras pes-
Ícones de listas de mensagens do Outlook Express soas) usando o mesmo Outlook Express, poderá fazer com que um conta-
Os ícones a seguir aparecem nos e-mails e indicam a prioridade das to fique disponível para outras identidades, colocando-o na pasta Contatos
mensagens, se as mensagens possuem arquivos anexados ou ainda se as compartilhados. Desta forma, as pessoas que estão em seu catálogo de
mensagens estão marcadas como lidas ou não lidas. Veja o que eles endereços "aparecerão" também para outras identidades de seu Outlook.
significam: O catálogo de endereços contém automaticamente duas pastas de identi-
dades: a pasta Contatos da identidade principal e uma pasta que permite o
compartilhamento de contatos com outras identidades, a pasta Contatos
compartilhados. Nenhuma destas pastas pode ser excluída. Você pode
criar um novo contato na pasta compartilhada ou compartilhar um contato
existente, movendo um de seus contatos para a pasta Contatos comparti-
lhados.
1. Clique em Ferramentas/ Catálogo de Endereços.
Seu catálogo de endereços irá se abrir. Se você não estiver visuali-
zando a pasta Contatos compartilhados à esquerda, clique em Exibir
de seu Catálogo de Endereços, clique em Pastas e grupos.

Informática 85 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Na lista de contatos, selecione o contato que deseja compartilhar.


Arraste o contato para a pasta Contatos compartilhados ou para uma
de suas subpastas. A competitividade no mundo dos negócios obriga os profissionais a
Salvar um rascunho uma busca cada vez maior de um diferencial em sua qualificação. Sabe-se
Para salvar um rascunho da mensagem para usar mais tarde, faça o da importância de uma boa comunicação em nossos dias. Quantos não
seguinte: vivem às voltas com e-mails, atas, cartas e relatórios?
1. Com sua mensagem aberta, clique em Arquivo. A arte de se comunicar com simplicidade é essencial para compor
qualquer texto. Incluímos aqui todas e quaisquer correspondências comer-
2. A seguir, clique em Salvar. ciais, empresariais ou via Internet (correio eletrônico).
Você também pode clicar em Salvar como para salvar uma mensagem Uma correspondência tem como objetivo comunicar algo. Portanto, é
de e-mail em outros arquivos de seu computador no formato de e-mail fundamental lembrar que a comunicação só será eficiente se transmitir ao
(.eml), texto (.txt) ou HTML (.htm ou html). destinatário as ideias de modo simples, claro, objetivo, sem deixar dúvidas
Abrir anexos quanto ao que estamos querendo dizer.
Para ver um anexo de arquivo, faça o seguinte: O e-mail é uma forma de comunicação escrita e, portanto, exige cui-
1. No painel de visualização, clique no ícone de clipe de papel no cabe- dado. A maior diferença entre um e-mail e uma correspondência via cor-
çalho da mensagem e, em seguida, clique no nome do arquivo. reio tradicional está na forma de transmissão, sendo a primeira, indubita-
Ou apenas clique no símbolo de anexo velmente, mais rápida e eficiente.
Ao escrevermos um e-mail, sobretudo com finalidade comercial ou
empresarial, devemos observar alguns pontos:
1. A forma como você escreve e endereça o e-mail permite que o des-
tinatário interprete seu interesse e o quanto ele é importante para você.
O bom senso deve sempre prevalecer de acordo com o tipo de men-
sagem a ser transmitida. A natureza do assunto e a quem se destina o e-
mail determinam se a mensagem será informal ou mais formal. Em qual-
Na parte superior da janela da mensagem, clique duas vezes no ícone
quer um dos casos, os textos devem ser curtos, bastante claros, objetivos.
de anexo de arquivo no cabeçalho da mensagem.
O alinhamento à esquerda facilita a leitura.
(Quando uma mensagem tem um arquivo anexado, um ícone de clipe
de papel é exibido ao lado dela na lista de mensagens.) 2. Quando vamos enviar um e-mail em nome de uma empresa ou or-
ganização, é conveniente deixar em destaque que se trata de uma comu-
Salvar anexos
nicação institucional, o que não se faz necessário na correspondência
tradicional, uma vez que esse aspecto é evidenciado pelo timbre, nome ou
marca já impresso no papel.
No caso dos e-mails, temos apenas os campos Para ou To e, para
enviarmos com uma cópia para outra pessoa, preenchemos o campo CC
Para salvar um anexo de arquivo de seu e-mail, faça o seguinte: (Cópia Carbono).
1. Clique na mensagem que tem o arquivo que você quer salvar. Convém ressaltar que existe um outro campo que pode utilizado para
enviarmos uma cópia para outra pessoa, de modo que não seja exibido o
2. No menu Arquivo, clique em Salvar anexos.
endereço em questão: é o campo CCO (Cópia Carbono Oculta).
Às vezes, recebemos um e-mail com uma lista enorme de destinatá-
rios, o que não é nada recomendável. Se quisermos enviar uma mesma
mensagem para um grande
Veja o exemplo:
Posteriormente basta clicar no botão enviar
Uma nova janela se abre. Clique no(s) anexo(s) que você quer salvar.
4. Antes de clicar em Salvar, confira se o local indicado na caixa abaixo é
onde você quer salvar seus anexos. (Caso não seja, clique em "Procu-
rar" e escolha outra pasta ou arquivo.)
5. Clique em Salvar.
Como redigir um e-mail Para grupos de endereços, é preferível colocarmos todos eles no
campo CCO e apenas um endereço no campo Para. Estaremos fazendo
um favor a quem recebe, além de não estarmos divulgando o endereço de
outras pessoas desnecessariamente.
3. É importante indicar no campo Assunto qual é o tema a ser tratado.
Uma indicação clara nessa linha ajuda na recepção da mensagem. Lem-
bre-se de que seu destinatário pode receber muitas mensagens e não
presuma que ele seja um adivinho. Colocar, por exemplo, apenas a pala-
vra “informações” no campo assunto, não ajuda em nada. Especifique
claramente o conteúdo. Por exemplo: Informações sobre novo curso.
4. No espaço reservado à mensagem, especifique logo no início o e-

Informática 86 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
missor e o receptor. Exemplo:
Prezado Cliente ORGANIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA USO NA INTERNET, A-
Agradecemos aquisição de nossos produtos. CESSO Á DISTÂNCIA A COMPUTADORES, TRANSFERÊNCIA DE
Grato. INFORMAÇÕES E ARQUIVOS, APLICATIVOS DE ÁUDIO, VÍDEO,
MULTIMÍDIA, USO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO.
Podemos sintetizar assim:
1. Sempre colocar o assunto. Ingresso, por meio de uma rede de comunicação, aos dados de um
computador fisicamente distante da máquina do usuário.
2. Indique o emissor e o destinatário no corpo da mensagem.
TIPOS DE ACESSO A DISTÂNCIA
3. Coloque apenas uma saudação.
Redes VPN de acesso remoto
4. Escreva a mensagem com palavras claras e objetivas.
Um dos tipos de VPN é a rede de acesso remoto, também chamada
5. Coloque em destaque (negrito, sublinhado, ou itálico) os aspectos rede discada privada virtual (VPDN). É uma conexão usuário-LAN utilizada
principais do e-mail. por empresas cujos funcionários precisam se conectar a uma rede privada
6. Digite o seu nome completo ou nome da empresa. de vários lugares distantes. Normalmente, uma empresa que precisa
7. Abaixo digite o seu e-mail (no caso do destinatário querer responder instalar uma grande rede VPN de acesso remoto terceiriza o processo
para você, ou guardar seu endereço). para um provedor de serviços corporativo (ESP). O ESP instala um servi-
8. Envie a mensagem. dor de acesso à rede (NAS) e provê os usuários remotos com um progra-
ma cliente para seus computadores. Os trabalhadores que executam suas
Verificar novas mensagens funções remotamente podem discar para um 0800 para ter acesso ao NAS
Para saber se chegaram novas mensagens, faça o seguinte: e usar seu software cliente de VPN para alcançar os dados da rede corpo-
Com seu Outlook aberto, clique em Enviar/receber na barra de ferra- rativa.
mentas. Grandes empresas com centenas de vendedores em campo são bons
Os e-mail serão recebidos na caixa de entrada do Outlook, caso hou- exemplos de firmas que necessitam do acesso remoto via VPN. O acesso
ver algum e-mail a ser enviado, o mesmo será enviado automaticamente. remoto via VPNs permite conexões seguras e criptografadas entre redes
Pastas Padrões privadas de empresas e usuários remotos por meio do serviço de provedor
terceirizado.
As pastas padrões do Outlook não podem ser alteradas. Você poderá
criar outras pastas, mas não deve mexer nas seguintes pastas: O que uma VPN faz?
1. Caixa de Entrada: local padrão para onde vão as mensagens que Bem planejada, uma VPN pode trazer muitos benefícios para a em-
chegam ao seu Outlook. (Você pode criar pastas e regras para mudar presa. Por exemplo, ela pode:
o lugar para o qual suas mensagens devam ser encaminhadas.). • ampliar a área de conectividade
2. Caixa de Saída: aqui ficam os e-mails que você já escreveu e que vai • aumentar a segurança
mandar para o(s) destinatário(s). • reduzir custos operacionais (em relação a uma rede WAN)
3. Itens Enviados: nesta pasta ficam guardados os e-mails que você já
• reduzir tempo de locomoção e custo de transporte dos usuários
mandou.
remotos
4. Itens Excluídos: aqui ficam as mensagens que você já excluiu de
• aumentar a produtividade
outra(s) pasta(s), mas continuam em seu Outlook.
• simplificar a topologia da rede
5. Rascunhos: as mensagens que você está escrevendo podem ficar
guardadas aqui enquanto você não as acaba de compor definitiva- • proporcionar melhores oportunidades de relacionamentos globais
mente. Veja como salvar uma mensagem na pasta Rascunhos. • prover suporte ao usuário remoto externo
Criar novas pastas • prover compatibilidade de rede de dados de banda larga.
Para organizar seu Outlook, você pode criar ou adicionar quantas pas- • Prover retorno de investimento mais rápido do que a tradicional WAN
tas quiser.
Que recursos são necessários para um bom projeto de rede VPN?
1. No menu Arquivo, clique em Pasta. Ele deve incorporar:
2. Clique em Nova. • segurança
3. Uma nova janela se abrirá. • confiabilidade
Na caixa de texto Nome da pasta, digite o nome que deseja dar à pas- • escalabilidade
ta e, em seguida, selecione o local para a nova pasta.
• gerência da rede
Lembre-se de que o Outlook Express vai criar sua pasta nova dentro
daquela que estiver selecionada no momento. Se você selecionar, por • gerência de diretrizes
exemplo, "Caixa de Entrada" e solicitar uma nova pasta, esta será posicio- Telnet
nada dentro da Caixa de Entrada. É um protocolo cliente-servidor de comunicações usado para permitir
Se o que você quer é uma nova pasta, independente das que você já a comunicação entre computadores ligados numa rede (exemplo: Conec-
criou, selecione sempre o item Pastas Locais tar-se da sua casa ao computador da sua empresa), baseado em TCP.
Dê um nome e selecione o local onde quer que fique esta nova pasta Antes de existirem os chats em IRC o telnet já permitia este género de
que você acabou de criar. funções.
No Outlook 2007, quando você cria uma nova mensagem (ou abre O protocolo Telnet também permite obter um acesso remoto a um
uma que recebeu) a Faixa de Opções é exibida. É a faixa localizada na computador.
parte superior da janela. Este protocolo vem sendo gradualmente substituído pelo SSH, cujo
conteúdo é encriptado antes de ser enviado. O uso do protocolo telnet tem
Uma das alterações mais drásticas do Outlook, a Faixa de Opções sido desaconselhado, à medida que os administradores de sistemas vão
deu a ele uma nova aparência. Mas conforme você for se familiarizando, tendo maiores preocupações de segurança, uma vez que todas as comu-
verá que a alteração é mais do que visual, ela está lá para ajudá-lo a nicações entre o cliente e o servidor podem ser vistas, já que são em texto
executar ações de maneira mais fácil e em menos etapas. plano, incluindo a senha.
E as mudanças não param na Faixa de Opções. Há muitas outras no- SSH
vidades para ajudá-lo a trabalhar de maneira mais rápida e eficiente. Em informática, o Secure Shell ou SSH é, simultaneamente, um pro-
Algumas delas são a Barra de Tarefas pendentes, nova navegação no grama de computador e um protocolo de rede que permite a conexão com
calendário e um novo formato para contatos. outro computador na rede, de forma a executar comandos de uma unidade

Informática 87 A Opção Certa Para a Sua Realização


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remota. Possui as mesmas funcionalidades do TELNET, com a vantagem Como já verificamos anteriormente é a transferência de arquivos de
da conexão entre o cliente e o servidor ser criptografada. um cliente para um servidor. Caso ambos estejam em rede, pode-se usar
Uma de suas mais utilizadas aplicações é o chamado Tunnelling, que um servidor de FTP, HTTP ou qualquer outro protocolo que permita a
oferece a capacidade de redirecionar pacotes de dados. Por exemplo, se transferência. Ou seja caso tenha algum arquivo, por exemplo fotos ou
alguém se encontra dentro de uma instituição cuja conexão à Internet é musicas, e gostaria de disponibilizar estes arquivos para outros usuários
protegida por um firewall que bloqueia determinadas portas de conexão, na Internet, basta enviar os arquivos para um provedor ou servidor, e
não será possível, por exemplo, acessar e-mails via POP3, o qual utiliza a posteriormente disponibilizar o endereço do arquivo para os usuários,
porta 110, nem enviá-los via SMTP, pela porta 25. As duas portas essen- através deste endereço, os arquivos poderão ser compartilhados.
ciais são a 80 para HTTP e a 443 para HTTPS. Não há necessidade do Gerenciamento de Pop-ups e Cookies
administrador da rede deixar várias portas abertas, uma vez que conexões Este artigo descreve como configurar o Bloqueador de pop-ups em um
indesejadas e que comprometam a segurança da instituição possam ser computador executando o Windows . O Bloqueador de pop-ups é um novo
estabelecidas pelas mesmas. recurso no Internet Explorer. Esse recurso impede que a maioria das
Contudo, isso compromete a dinamicidade de aplicações na Internet. janelas pop-up indesejadas apareçam. Ele está ativado por padrão. Quan-
Um funcionário ou aluno que queira acessar painéis de controle de sites, do o Bloqueador de Pop-ups é ativado, as janelas pop-up automáticas e
arquivos via FTP ou amigos via mensageiros instantâneos não terá a de plano de fundo são bloqueadas, mas aquelas abertas por um usuário
capacidade de fazê-lo, uma vez que suas respectivas portas estão blo- ainda abrem normalmente.
queadas. Como ativar o Bloqueador de pop-ups
Para quebrar essa imposição rígida (mas necessária), o SSH oferece O Bloqueador de pop-ups pode ser ativado das seguintes maneiras:
o recurso do Túnel. O processo se caracteriza por duas máquinas ligadas
• Abrir o browser ou seja o navegador de internet.
ao mesmo servidor SSH, que faz apenas o redirecionamento das requisi-
ções do computador que está sob firewall. O usuário envia para o servidor • No menu Ferramentas.
um pedido de acesso ao servidor pop.xxxxxxxx.com pela porta 443 • A partir das Opções da Internet.
(HTTPS), por exemplo. Então, o servidor acessa o computador remoto e
requisita a ele o acesso ao protocolo, retornando um conjunto de pacotes
referentes à aquisição. O servidor codifica a informação e a retorna ao
usuário via porta 443. Sendo assim, o usuário tem acesso a toda a infor-
mação que necessita. Tal prática não é ilegal caso o fluxo de conteúdo
esteja de acordo com as normas da instituição. Observação O Bloqueador de pop-ups está ativado por padrão. Você
precisará ativá-lo apenas se estiver desativado.
O SSH faz parte da suíte de protocolos TCP/IP que torna segura a
administração remota.
FTP (File Transfer Protocol) Fazer abrir uma janela do tipo “pop up” sem identificação, solicitando
dados confidenciais que são fornecidos pelo usuário por julgar que a
Significado: Protocolo usado para a transferência de arquivos. Sem-
janela “pop up” enviará os dados ao domínio da instituição segura, quando
pre que você transporta um programa de um computador na Internet para
na verdade ela foi aberta a partir de código gerado por terceiros.
o seu, você está utilizando este protocolo. Muitos programas de navega-
ção, como o Netscape e o Explorer, permitem que você faça FTP direta- A partir da versão 7 do IE isso já não mais pode ocorrer já que toda
mente deles, em precisar de um outro programa. janela, “pop up” ou não, apresenta obrigatoriamente uma barra de endere-
ços onde consta o domínio a partir de onde foi gerada (Veja na Figura a
FTP - File Transfer Protocol. Esse é o protocolo usado na Internet pa-
barra de endereços na janela “pop up”).
ra transferência de arquivos entre dois computadores (cliente e servidor)
conectados à Internet. Como desativar a ferramanta anti- popup no Windows XP
FTP server - Servidor de FTP. Computador que tem arquivos de 1. Clique em Iniciar, aponte para Todos os programas e clique em In-
software acessiveis atraves de programas que usem o protocolo de ternet Explorer.
transferencia de ficheiros, FTP. 2. No menu Ferramentas, aponte para - Desligarr bloqueador de
Você pode encontrar uma variedade incrível de programas disponíveis janelas pop-up
na Internet, via FTP. Existem softwares gratuitos, shareware (o shareware COOKIES
pode ser testado gratuitamente e registrado mediante uma pequena taxa) Um cookie é um arquivo de texto muito pequeno, armazenado em sua
e pagos que você pode transportar para o seu computador. maquina (com a sua permissão) por um Servidor de páginas Web. Há dois
Grandes empresas como a Microsoft também distribuem alguns pro- tipos de cookie: um é armazenado permanentemente no disco rígido e o
gramas gratuitamente por FTP. outro é armazenado temporariamente na memória. Os web sites geralmen-
te utilizam este último, chamado cookie de sessão e ele é armazenado
apenas enquanto você estiver o usando. Não há perigo de um cookie ser
CONCEITOS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA. executado como código ou transmitir vírus, ele é exclusivamente seu e só
Tipos de programas disponíveis na Internet pode ser lido pelo servidor que o forneceu.
• Shareware: É distribuído livremente, você pode copiá-lo para o seu Pelos procedimentos abaixo, você pode configurar seu browser para
computador e testá-lo, mas deve pagar uma certa quantia estipulada aceitar todos os cookies ou para alertá-lo sempre que um deles lhe for
pelo autor do programa, se quiser ficar com ele. Normalmente custam oferecido. Então você poderá decidir se irá aceitá-lo ou não.
menos que os programas comerciais, pois o dinheiro vai direto para o Para que mais eles são utilizados?
desenvolvedor. Compras online e registro de acesso são os motivos correntes de utili-
• Demos: São versões demonstrativas que não possuem todas as zação. Quando você faz compras via Internet, cookies são utilizados para
funções contidas no programa completo. criar uma memória temporária onde seus pedidos vão sendo registrados e
calculados. Se você tiver de desconectar do portal antes de terminar as
• Trials: Também são versões para testes, mas seu uso é restrito a um
compras, seus pedidos ficarão guardados até que você retorne ao site ou
determinado período. Depois dessa data, deixam de funcionar.
portal.
• Freeware: São programas gratuitos, que podem ser utilizados livre- Webmasters e desenvolvedores de portais costumam utilizar os coo-
mente. O autor continua detendo os direitos sobre o programa, embo- kies para coleta de informações. Eles podem dizer ao webmaster quantas
ra não receba nada por isso. visitas o seu portal recebeu, qual a frequência com que os usuários retor-
• Addware: O usuário usa o programa gratuitamente, mas fica rece- nam, que páginas eles visitam e de que eles gostam. Essas informações
bendo propaganda. ajudam a gerar páginas mais eficientes, que se adaptem melhor as prefe-
UPLOAD rências dos visitantes. Sua privacidade e segurança é mantida na utiliza-
ção de cookies temporários.

Informática 88 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Como configurar os cookies em seu computador • Garantia de confidencialidade;
1. Escolha Ferramentas e, em seguida, • Garantia de integridade dos dados;
2. Opções da Internet
• Garantia de unicidade da transação(única), impedindo sua replicação
3. Clique na guia Segurança indevida;
4. Selecione a área Internet ou Intranet, a depender da sua forma de • Garantia de autoria da transação;
acesso
5. Clique no botão "Nível personalizado"
• Defesa contra “carona”, ou seja, o processo em que um terceiro
intervém numa transação autêntica já estabelecida;
6. Ativar a opção "Permitir Cookies por sessão"
• Defesa contra a “indisponibilização forçada”;
Spam
Estes são alguns dos muitos motivos que nos trazem a preocupação
Spam é o termo usado para se referir aos e-mails não solicitados, que
com a segurança, assim tornando-os o objetivo de uma luta intensa para
geralmente são enviados para um grande número de pessoas. Quando o
se ter a tão imaginada segurança da informação.
conteúdo é exclusivamente comercial, este tipo de mensagem também é
referenciada como UCE (do inglês Unsolicited Commercial E-mail). Por que devo me preocupar com a segurança do meu computa-
dor?
Quais são os problemas que o spam pode causar para um usuário da
Internet? Computadores domésticos são utilizados para realizar inúmeras tare-
fas, tais como: transações financeiras, sejam elas bancárias ou mesmo
Os usuários do serviço de correio eletrônico podem ser afetados de
compra de produtos e serviços; comunicação, por exemplo, através de e-
diversas formas. Alguns exemplos são:
mails; armazenamento de dados, sejam eles pessoais ou comerciais, etc.
Não recebimento de e-mails. Boa parte dos provedores de Internet li-
É importante que você se preocupe com a segurança de seu compu-
mita o tamanho da caixa postal do usuário no seu servidor. Caso o número
tador, pois você, provavelmente, não gostaria que:
de spams recebidos seja muito grande o usuário corre o risco de ter sua
caixa postal lotada com mensagens não solicitadas. Se isto ocorrer, o • suas senhas e números de cartões de crédito fossem furtados e
usuário não conseguirá mais receber e-mails e, até que possa liberar utilizados por terceiros;
espaço em sua caixa postal, todas as mensagens recebidas serão devol- • sua conta de acesso a Internet fosse utilizada por alguém não autori-
vidas ao remetente. O usuário também pode deixar de receber e-mails em zado;
casos onde estejam sendo utilizadas regras anti-spam ineficientes, por
exemplo, classificando como spam mensagens legítimas. • seus dados pessoais, ou até mesmo comerciais, fossem alterados,
destruídos ou visualizados por terceiros;
Gasto desnecessário de tempo. Para cada spam recebido, o usuário
necessita gastar um determinado tempo para ler, identificar o e-mail como • seu computador deixasse de funcionar, por ter sido comprometido e
spam e removê-lo da caixa postal. arquivos essenciais do sistema terem sido apagados, etc
Aumento de custos. Independentemente do tipo de acesso a Internet Engenharia Social
utilizado, quem paga a conta pelo envio do spam é quem o recebe. Por Nos ataques de engenharia social, normalmente, o atacante se faz
exemplo, para um usuário que utiliza acesso discado a Internet, cada passar por outra pessoa e utiliza meios, como uma ligação telefônica ou e-
spam representa alguns segundos a mais de ligação que ele estará pa- mail, para persuadir o usuário a fornecer informações ou realizar determi-
gando. nadas ações. Exemplos destas ações são: executar um programa, acessar
Perda de produtividade. Para quem utiliza o e-mail como uma ferra- uma página falsa de comércio eletrônico ou Internet Banking através de
menta de trabalho, o recebimento de spams aumenta o tempo dedicado à um link em um e-mail ou em uma página, etc.
tarefa de leitura de e-mails, além de existir a chance de mensagens impor- Como me protejo deste tipo de abordagem?
tantes não serem lidas, serem lidas com atraso ou apagadas por engano. Em casos de engenharia social o bom senso é essencial. Fique atento
Conteúdo impróprio ou ofensivo. Como a maior parte dos spams são para qualquer abordagem, seja via telefone, seja através de um e-mail,
enviados para conjuntos aleatórios de endereços de e-mail, é bem prová- onde uma pessoa (em muitos casos falando em nome de uma instituição)
vel que o usuário receba mensagens com conteúdo que julgue impróprio solicita informações (principalmente confidenciais) a seu respeito.
ou ofensivo. Procure não fornecer muita informação e não forneça, sob hipótese
Prejuízos financeiros causados por fraude. O spam tem sido ampla- alguma, informações sensíveis, como senhas ou números de cartões de
mente utilizado como veículo para disseminar esquemas fraudulentos, que crédito.
tentam induzir o usuário a acessar páginas clonadas de instituições finan- Nestes casos e nos casos em que receber mensagens, procurando
ceiras ou a instalar programas maliciosos projetados para furtar dados lhe induzir a executar programas ou clicar em um link contido em um e-
pessoais e financeiros. Este tipo de spam é conhecido como phi- mail ou página Web, é extremamente importante que você, antes de
shing/scam (Fraudes na Internet). O usuário pode sofrer grandes prejuízos realizar qualquer ação, procure identificar e entrar em contato com a
financeiros, caso forneça as informações ou execute as instruções solicita- instituição envolvida, para certificar-se sobre o caso.
das neste tipo de mensagem fraudulenta.
Mensagens que contêm links para programas maliciosos
Como fazer para filtrar os e-mails de modo a barrar o recebimento
Você recebe uma mensagem por e-mail ou via serviço de troca instan-
de spams
tânea de mensagens, onde o texto procura atrair sua atenção, seja por
Existem basicamente dois tipos de software que podem ser utilizados curiosidade, por caridade, pela possibilidade de obter alguma vantagem
para barrar spams: aqueles que são colocados nos servidores, e que (normalmente financeira), entre outras. O texto da mensagem também
filtram os e-mails antes que cheguem até o usuário, e aqueles que são pode indicar que a não execução dos procedimentos descritos acarretarão
instalados nos computadores dos usuários, que filtram os e-mails com consequências mais sérias, como, por exemplo, a inclusão do seu nome
base em regras individuais de cada usuário. no SPC/SERASA, o cancelamento de um cadastro, da sua conta bancária
Conceitos de segurança e proteção ou do seu cartão de crédito, etc. A mensagem, então, procura induzí-lo a
Importância da Preocupação com a Segurança. clicar em um link, para baixar e abrir/executar um arquivo.
Apesar de muitas pessoas não se preocuparem com a segurança Risco: ao clicar no link, será apresentada uma janela, solicitando que
de seu computador, há também grandes empresas e comércio que você salve o arquivo. Depois de salvo, se você abrí-lo ou executá-lo, será
não se preocupam com a segurança do usuário como, por exemplo, instalado um programa malicioso (malware) em seu computador, por
em uma compra on-line, transações de Internet banking e outros. Mas exemplo, um cavalo de tróia ou outro tipo de spyware, projetado para furtar
porquê se preocupar com a segurança da informação? A resposta é seus dados pessoais e financeiros, como senhas bancárias ou números de
simples, sendo itens básicos como: cartões de crédito2. Caso o seu programa leitor de e-mails esteja configu-
rado para exibir mensagens em HTML, a janela solicitando que você salve
• Garantia de identidade dos sistemas participantes de uma transação; o arquivo poderá aparecer automaticamente, sem que você clique no link.

Informática 89 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Ainda existe a possibilidade do arquivo/programa malicioso ser baixa- oInternet Explorer 7, a nona versão do navegador também traz drásticas
do e executado no computador automaticamente, ou seja, sem a sua mudanças em sua interface, optando por uma aparência minimalista,
intervenção, caso seu programa leitor de e-mails possua vulnerabilidades. privilegiando o espaço para exibição das páginas da web.
Esse tipo de programa malicioso pode utilizar diversas formas para Novidades
furtar dados de um usuário, dentre elas: capturar teclas digitadas no tecla- Novos recursos
do; capturar a posição do cursor e a tela ou regiões da tela, no momento
• Design simplificado;
em que o mouse é clicado; sobrepor a janela do browser do usuário com
uma janela falsa, onde os dados serão inseridos; ou espionar o teclado do • Sites Fixos;
usuário através da Webcam (caso o usuário a possua e ela esteja aponta- • Exibir e acompanhar downloads;
da para o teclado). • Guias avançadas;
Como identificar: seguem algumas dicas para identificar este tipo de
• Página Nova Guia;
mensagem fraudulenta:
• Pesquisa na barra de endereços;
• leia atentamente a mensagem. Normalmente, ela conterá diversos
erros gramaticais e de ortografia; • Barra de Notificação;
• Supervisor de Desempenho de Complementos;
• os fraudadores utilizam técnicas para ofuscar o real link para o arquivo
malicioso, apresentando o que parece ser um link relacionado à insti- • Aceleração de hardware;
tuição mencionada na mensagem. Ao passar o cursor do mouse sobre • Antivírus (Somente da internet.)
o link, será possível ver o real endereço do arquivo malicioso na barra Design simplificado
de status do programa leitor de e-mails, ou browser, caso esteja atua-
lizado e não possua vulnerabilidades. Normalmente, este link será di- Nesta versão o Internet Explorer 9 esta com uma interface de usuário
ferente do apresentado na mensagem; qualquer extensão pode ser mais compacta. A maioria das funções da barra de comandos, (Imprimir ou
utilizada nos nomes dos arquivos maliciosos, mas fique particularmen- Zoom), podem agora ser acessadas com apenas um clique no botão de
te atento aos arquivos com extensões ".exe", ".zip" e ".scr", pois estas Ferramentas. Os favoritos estão agora em um único botão na tela
são as mais utilizadas. Outras extensões frequentemente utilizadas principal. Trazendo nesta versão uma melhor clareza/limpeza vizual.
por fraudadores são ".com", ".rar" e ".dll"; fique atento às mensagens Ficando desta forma somente os botões principais na estrutura principal.
que solicitam a instalação/execução de qualquer tipo de arqui- Esta forma de exibição mais limpa foi inicialmente adotado pelo
vo/programa; acesse a página da instituição que supostamente envi- navegador Google Chrome.
ou a mensagem, e procure por informações relacionadas com a men- Sites Fixos
sagem que você recebeu. Em muitos casos, você vai observar que Ao visitar determinadas páginas da Web com frequência, o recurso
não é política da instituição enviar e-mails para usuários da Internet, Sites Fixos permite que elas sejam acessadas diretamente na barra de
de forma indiscriminada, principalmente contendo arquivos anexados. tarefas da área de trabalho do Windows 7.
Recomendações: Exibir e acompanhar downloads
No caso de mensagem recebida por e-mail, o remetente nunca deve A caixa de diálogo Exibir Downloads é um novo recurso que mantém a
ser utilizado como parâmetro para atestar a veracidade de uma mensa- lista dinâmica dos arquivos baixados. Podendo agora o navegador emitir
gem, pois pode ser facilmente forjado pelos fraudadores; se você ainda um aviso, caso desconfie que o download seja mal-intencionado. Nesta
tiver alguma dúvida e acreditar que a mensagem pode ser verdadeira, janela de download, foi introduzido o recurso que permite pausar e reiniciar
entre em contato com a instituição para certificar-se sobre o caso, antes de um download inacabado. Esta lista mostra também onde encontrar no
enviar qualquer dado, principalmente informações sensíveis, como senhas computador os arquivos baixados. A lista pode ser limpa a qualquer
e números de cartões de crédito. momento, porém os arquivos permanecem no computador no local
Como verificar se a conexão é segura prédefinido. Este local é definido nas configurações do navegador. Vale
Existem pelo menos dois itens que podem ser visualizados na janela ressaltar que tal recurso foi inicialmente implementado pelo Firefox,
do seu browser, e que significam que as informações transmitidas entre o embutido no Google Chrome e agora disponível também no Internet
browser e o site visitado estão sendo criptografadas. Explorer.
O primeiro pode ser visualizado no local onde o endereço do site é di- Guias avançadas
gitado. O endereço deve começar com https:// (diferente do http:// nas A navegação por guias, proporciona uma melhor movimentação entre
conexões normais), onde o s antes do sinal de dois-pontos indica que o várias páginas da Web. Com este recurso, é possível navegar em diversas
endereço em questão é de um site com conexão segura e, portanto, os páginas simultaneamente. As guias também são destacáveis. Permitindo
dados serão criptografados antes de serem enviados. A figura abaixo assim que, ao arrastar uma guia, uma nova instância do navegador abra-
apresenta o primeiro item, indicando uma conexão segura, observado nos se com a guia arrastada. O mesmo terá uma função de Ajuste. Está
browsers Firefox e Internet Explorer, respectivamente. organizará as janelas lado-a-lado. Assim sendo, o navegador se auto-
ajustará conforme a resolução do monitor. As guias também serão
codificadas por cores, mostrando assim, quais páginas abertas estão
relacionadas umas às outras (tal recurso promete uma melhor praticidade
visual e de navegação).
Página Nova Guia
Alguns browsers podem incluir outros sinais na barra de digitação do O novo design da página Nova Guia exibe os sites que foram visitados
endereço do site, que indicam que a conexão é segura. No Firefox, por frequentemente. Codificando as guias por cores, o navegador prometendo
exemplo, o local onde o endereço do site é digitado muda de cor, ficando melhor a usabilidade. Uma barra indicadora também mostra a frequência
amarelo, e apresenta um cadeado fechado do lado direito. de visitas em cada site. Permitindo ao usuário remover ou ocultar sites por
ele visitado. É o mesmo processo da limpeza de cache.
Pesquisa na barra de endereços
Internet Explorer 9
Nesta versão é possível pesquisar diretamente na barra de endereços.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Se digitar o endereço de um site, irá diretamente ao site desejado. Se
O Windows Internet Explorer 9 (abreviado IE9) é a nona versão digitar um termo de pesquisa ou endereço incompleto, se iniciará uma
do navegador Internet Explorer criado e fabricado pela Microsoft. Ele é o pesquisa usando o mecanismo de pesquisa padrão selecionado. Ao digitar
sucessor do Internet Explorer 8. poderá também receber sugestões do próprio recurso.
O Internet Explorer 9 foi lançado em fase final em 14 de
Março de 2011, sendo disponibilizado paraWindows Vista (32/64-bit)
e Windows 7 (32/64-bit). em 93 idiomas. Assim como ocorreu com

Informática 90 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Barra de Notificação Organizer, do NetManage ECCO, do Starfish SideKick, do Symantec ACT,
A Barra de Notificação aparecerá na parte inferior do Internet Explorer assim como a sincronização com os principais PDAs, como o 3Com Palm
fornece informações importantes de status, mas não o forçará a clicar em Pilot.
uma série de mensagens para poder continuar navegando. Diferenças entre Microsoft Outlook e o Outlook Express
Supervisor de Desempenho de Complementos Para decidir entre qual programa atende melhor às suas
Os complementos, como as barras de ferramentas e plugins podem necessidades, entre o Outlook Express e o Outlook, os usuários e as
aprimorar a experiência de navegação, mas também podem torná-la lenta. empresas devem basear sua decisão de uso nos seguintes critérios:
O Supervisor de Desempenho de Complementos informa se um Outlook Express
complemento está afetando negativamente o desempenho do navegador e Escolha o Outlook Express se:
permite que o desabilite ou o remova por completo.
 Você necessitar apenas das funcionalidades de email e de grupo de
Aceleração de hardware notícias (para versões do Windows posteriores ao Microsoft Windows
Este novo recurso do Internet Explorer usará a potência do 95, versões do Windows anteriores ao Microsoft Windows 95,
processador gráfico presente no computador (conhecido como GPU)[6], plataformas Macintosh e UNIX).
para lidar com tarefas carregadas de elementos gráficos, como streaming  Você usar ou planejar usar o Office 98 para Macintosh e quiser se
de vídeo ou jogos online. Ao usar o GPU, o Internet Explorer dividirá o beneficiar da integração do Outlook Express com esta versão do
processamento da página entre o GPU e a CPU. Desta forma, promete um conjunto do Office.
aumento significativo na montagem e exibição do conteudo em relações às
suas versões anteriores. Outlook
Versões Escolha o Outlook se:
O Internet Explorer 9 Beta, foi a primeira versão pública a ser lançada  Você necessita de funcionalidades de email e de grupo de discussão
em 15 de Setembro de 2010. O Internet Explorer 9 Release Candidate, foi com base em padrões avançados de Internet.
a segunda versão pública a ser lançado em 10 de Fevereiro e a versão  Você necessita de calendários pessoais, agendamento de grupo e
final foi lançada dia 14 de março de 2011. gerenciamento de tarefas e de contatos.
Microsoft Outlook  Você necessita de calendário e emails integrados, clientes de diversas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. plataformas para versões do Windows posteriores ao Microsoft
Windows 95, versões do Windows anteriores ao Microsoft Windows
Microsoft Outlook é um cliente de e-mail, integrante do Microsoft
95, e plataformas Macintosh.
Office. Diferentemente do Outlook Express, que é usado basicamente para
receber e enviar e-mail, o Microsoft Outlook além das funções dee-mail,  Você pode usar ou planeja usar o Office 97, o Office 2000, o Office
ele é um calendário completo, onde você pode agendar seus XP, Office 2003 ou o Exchange Server e quiser se beneficiar da
compromissos diários, semanais e mensais. Ele traz também um rico integração do Outlook com esta versão do conjunto do Office e da
gerenciador de contatos, onde você pode além de cadastrar o nome e integração com o Exchange Server.
email de seus contatos, todas as informações relevantes sobre os  Você necessita de capacidades de colaboração em tempo de
mesmos, como endereço, telefones, Ramo de atividade, detalhes sobre execução e em tempo de criação robustos e integrados.
emprego, Apelido, etc. Oferece também um Gerenciador de tarefas, as No Outlook 2010, a faixa de opções substituiu os menus antigos da
quais você pode organizar em forma de lista, com todos os detalhes sobre janela principal do Outlook, e você pode ainda personalizá-la para incluir
determinada atividade a ser realizada. Conta ainda com um campo de guias que combinem melhor com seu estilo de trabalho.
anotações, onde ele simula aqueles post-its, papeis amarelos pequenos
Rede social
autoadesivos. Utilizado geralmente no sistema operacional Windows.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Principais características
Uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas
O Outlook é o principal cliente de mensagens e colaboração da
ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que
Microsoft. É uma aplicação autônoma integrada ao Microsoft Office e
partilham valores e objetivos comuns. Uma das características
ao Exchange Server. O Outlook também fornece desempenho e
fundamentais na definição das redes é a sua abertura e porosidade,
integração com o Internet Explorer. A integração completa de emails,
possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os
calendário e gerenciamento de contatos faz do Outlook o cliente perfeito
participantes. "Redes não são, portanto, apenas uma outra forma de
para muitos usuários comerciais,
estrutura, mas quase uma não estrutura, no sentido de que parte de sua
O Outlook ajuda você a encontrar e organizar informações para que força está na habilidade de se fazer e desfazer rapidamente."
se possa trabalhar sem falhas com aplicativos do Office. Isto ajuda você a
Muito embora um dos princípios da rede seja sua abertura e
se comunicar e compartilhar informações de maneira mais eficiente.
porosidade, por ser uma ligação social, a conexão fundamental entre as
As Regras da Caixa de Entrada possibilitam que você filtre e organize pessoas se dá através da identidade. "Os limites das redes não são limites
suas mensagens de email. Com o Outlook, você pode se integrar e de separação, mas limites de identidade. (...) Não é um limite físico, mas
gerenciar mensagens de diversas contas de email, calendários pessoais e um limite de expectativas, de confiança e lealdade, o qual é
de grupos, contatos e tarefas. permanentemente mantido e renegociado pela rede de comunicações."
Ao usar o Outlook com o Exchange Server, é possível usar o As redes sociais online podem operar em diferentes níveis, como, por
compartilhamento de informações de grupo de trabalho e comunicações exemplo, redes de relacionamentos (facebook, orkut, myspace, twitter),
de fluxo de trabalho, agendamento do grupo, pastas públicas, formulários redes profissionais (LinkedIn), redes comunitárias (redes sociais em
e conectividade aperfeiçoada com a Internet. bairros ou cidades), redes políticas, dentre outras, e permitem analisar a
O Outlook foi feito para ser usado com a Internet (SMTP, POP3 e forma como as organizações desenvolvem a sua actividade, como os
IMAP4), Exchange Server ou qualquer outro sistema de comunicações indivíduos alcançam os seus objectivos ou medir o capital social – o valor
com base nos padrões e que dêem suporte a MAPI (Messaging que os indivíduos obtêm da rede social.
Application Programming Interface), incluindo correio de voz. O Outlook As redes sociais tem adquirido importância crescente na sociedade
tem base em padrões da Internet e dá suporte aos padrões atuais mais moderna. São caracterizadas primariamente pela autogeração de seu
importantes de email, notícias e diretórios, incluindo LDAP, MHTML, desenho, pela sua horizontalidade e sua descentralização.
NNTP, MIME e S/MIME, vCalendar, vCard, iCalendar e suporte total para
Um ponto em comum dentre os diversos tipos de rede social é o
mensagens em HTML.
compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e esforços
O Outlook também oferece as mesmas ferramentas de importação em busca de objetivos comuns. A intensificação da formação das redes
oferecidas pelo Outlook Express. Isto facilita a migração a partir de outros sociais, nesse sentido, reflete um processo de fortalecimento da
clientes de email e oferece uma migração posterior a partir do Microsoft Sociedade Civil, em um contexto de maior participação democrática e
Mail, do Microsoft Schedule+ 1.0, do Microsoft Schedule+ 7.0, do Lotus mobilização social.

Informática 91 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Mozilla Firefox é um navegador livre e multi-plataforma desenvolvido (E) roteador e switch.
pelaMozilla Foundation (em português: Fundação Mozilla) com ajuda de
centenas de colaboradores. A intenção da fundação é desenvolver um 5. Um programa completamente gratuito que permite visualizar e interagir
navegador leve, seguro, intuitivo e altamente extensível. Baseado no com o desktop de um computador em qualquer parte do mundo denomina-
componente de navegação da Mozilla Suite (continuada pela comunidade se
como Seamonkey), o Firefox tornou-se o objetivo principal da Mozilla (A) MSN.
Foundation.8 Anteriormente o navegador juntamente com o Mozilla Thun- (B) VNC.
derbird, outro produto da Mozilla Foundation eram os destaques da mes- (C) BROWSER.
ma. Cerca de 40% do código do programa foi totalmente escrito por volun- (D) BOOT.
tários. (E) CHAT.
Antes do lançamento da versão primeira 1.0, em 9 de novem- 6. Durante a elaboração de um documento no editor de textos MS-Word,
bro de 2004,1 o Firefox havia sido aclamado pelo si- um Agente deparou-se com a necessidade de criar uma tabela que ocupa-
te americano Forbes.10 Com mais de 25 milhões de transferências nos va mais de uma página, onde algumas células (intersecções de linhas e
primeiros 99 dias após o lançamento, o Firefox se tornou uma das aplica- colunas) continham valores. Entretanto, esses valores deveriam ser totali-
ções em código-livre mais usadas por usuários domésticos.11 A marca de zados na vertical (por coluna), porém, no sentido horizontal, um valor
50 milhões de transferências foi atingida em 29 de abril de 2005, aproxi- médio de cada linha era exigido. Nessas circunstâncias, visando à execu-
madamente 6 meses após o lançamento da versão 1.0. Em 26 de ju- ção dos cálculos automaticamente, o Agente optou, acertadamente, por
lho de 2005, o Firefox alcançou os 75 milhões de transferências, e a 19 de elaborar a tabela no
outubro de 2005 alcançou os 100 milhões de transferências, antes de (A) MS-Excel e depois importá-la no editor de textos pelo menu Editar,
completar o primeiro ano da versão 1.0.12 Obtendo cerca de 17.000 utilizando as funções apropriadas do MS-Word.
complementos disponíveis em 26 de julho de 2012 os add-ons haviam (B) MS-Excel e depois importá-la no editor de textos pelo menu Tabela,
ultrapassado a marca de 3 bilhões de downloads.1 13 utilizando as funções apropriadas do MS-Word.
O Firefox destaca-se como alternativa ao Microsoft Internet Explorer e (C) MS-Excel e depois importá-la no editor de textos pelo menu Arquivo,
reativou a chamada Guerra dos Navegadores. utilizando as funções apropriadas do MS-Word.
(D) próprio MS-Word, utilizando as funções apropriadas disponíveis no
Segundo o StatCounter, atualmente cerca de 20,01% de todos os u- menu Ferramentas do editor de textos.
suários da Internet do mundo utilizam o Firefox, sendo o terceiro navega- (E) próprio MS-Word, utilizando as funções apropriadas disponíveis no
dor mais utilizado no mundo, atrás do Google Chrome que aparece com menu Tabela do editor de textos.
42,68% dos usuários, e do Internet Explorer que aparece com 25,44%.O
navegador tem tido sucesso particular na Indonésia, Alemanha e Polónia, 7. No MS-Word, ao marcar uma parte desejada de um texto e
onde ele é o navegador mais popular com 58%, 45% e 44% do mercado (A) optar pela cópia, o objetivo é fazer a cópia de formatos de caractere e
de participação, respectivamente. parágrafo, somente.
(B) optar pelo recorte, o objetivo é fazer a cópia de formatos de caractere e
parágrafo, somente.
(C) optar pelo recorte, o objetivo é fazer a cópia do conteúdo do texto e/ou
INFORMÁTICA marcadores, somente.
Professor: Alisson Cleiton (D) pressionar o ícone Pincel, o objetivo é fazer a cópia de formatos de
http://www.alissoncleiton.com.br/arquivos_material/a8c722f9fb121ded caractere e/ou parágrafo, somente.
24c5df0bc9cac04d.pdf (E) pressionar o ícone Pincel, o objetivo é fazer a cópia do conteúdo de
1. Os títulos das colunas, na primeira linha de uma planilha eletrônica texto do parágrafo e/ou marcadores, somente.
Excel 2003, para serem congelados na tela deve-se selecionar
(A) a primeira célula da primeira linha, apenas. 8. Em uma planilha MS-Excel, um Agente digitou o conteúdo abaixo:
(B) a primeira célula da segunda linha, apenas.
(C) a primeira célula da primeira linha ou a primeira linha.
(D) a primeira célula da segunda linha ou a segunda linha.
(E) somente as células com conteúdos de título, apenas.

2. A formatação de um parágrafo que deve terminar avançando até 1 cm


dentro da margem direita de um documento Word 2003 exige a especifica-
ção
(A) do Deslocamento em -1 cm (menos 1) a partir da margem direita.
(B) do Deslocamento em +1 cm (mais 1) a partir da margem direita.
(C) do Deslocamento em +1 cm (mais 1) a partir da margem esquerda. O valor da célula C1 e os valores da célula C2 e C3, após arrastar a célula
(D) da medida +1 cm (mais 1) no recuo Direito. C1 pela alça de preenchimento para C2 e C3, serão
(E) da medida -1 cm (menos 1) no recuo Direito. (A) 7, 9 e 11
(B) 7, 8 e 9
3. Os cartões de memória, pendrives, memórias de câmeras e de smart- (C) 7, 10 e 11
phones, em geral, utilizam para armazenar dados uma memória do tipo (D) 9, 10 e 11
(A) FLASH. (E) 9, 9 e 9
(B) RAM.
(C) ROM. 9. Considere a planilha abaixo elaborada no MS-Excel:
(D) SRAM.
(E) STICK.

4. Contêm apenas dispositivos de conexão com a Internet que não possu-


em mecanismos físicos de proteção, deixando vulnerável o computador
que possui a conexão, caso o compartilhamento esteja habilitado:
(A) hub, roteador e switch.
(B) hub, roteador e cabo cross-over.
(C) hub, switch e cabo cross-over.
(D) roteador, switch e cabo cross-over.

Informática 92 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
15. Um Agente foi acionado para estudar a respeito dos conceitos de
certificação digital. Após alguma leitura, ele descobriu que NÃO tinha
relação direta com o assunto o uso de
(A) chave pública.
(B) criptografia.
(C) assinatura digital.
(D) chave privada.
(E) assinatura eletrônica.

16. A área para aplicação de um cabeçalho em um documento MS Word


deve levar em consideração, sem qualquer pré-definição de valores, as
medidas da
O conteúdo da célula C1 foi obtido pela fórmula =A$1*$B$1 apresentando, (A) altura do cabeçalho igual à distância da borda somada à margem
inicialmente, o resultado 10. Caso todas as células, com exceção da C1, superior.
tenham seu conteúdo multiplicado por 8, o resultado da ação de arrastar a (B) margem superior igual à distância da borda somada à altura do cabe-
célula C1 pela alça de preenchimento para as células C2 e C3 será çalho.
(A) valor de C2 maior que C1 e valor de C3 maior que C2. (C) margem superior somada à distância da borda, mais a altura do cabe-
(B) valor de C2 menor que C1 e valor de C3 menor que C2. çalho.
(C) valores e fórmulas em C2 e C3 idênticos aos de C1. (D) distância da borda igual à margem superior.
(D) valores iguais, porém fórmulas diferentes nas células C1, C2 e C3. (E) altura do cabeçalho igual à margem superior.
(E) valor de C2 igual ao de C1 porém menor que o de C3.
17. NÃO se trata de uma opção de alinhamento da tabulação de parágra-
10. No Windows XP (edição doméstica), o uso da Lente de aumento da fos no MS Word:
Microsoft é objeto de (A) Direito.
(A) acessibilidade. (B) Centralizado.
(B) gerenciamento de dispositivos. (C) Esquerdo.
(C) gerenciamento de impressoras. (D) Justificado.
(D) configuração de formatos de dados regionais. (E) Decimal.
(E) configuração das propriedades de teclado.
18. Selecionando-se as linhas 3 e 4 de uma planilha MS Excel existente e
11. Pressionando o botão direito (destro) do mouse em um espaço vazio clicando-se na opção Linhas do menu Inserir, ocorrerá a inserção de
do desktop do Windows XP (edição doméstica) e selecionando Proprieda- (A) uma linha em branco, na posição de linha 3, sobrepondo a linha 3
des, será exibida uma janela com abas tais como Área de Trabalho e existente.
Configurações. Entre outras, será exibida também a aba (B) uma linha em branco, na posição de linha 5, sobrepondo a linha 5
(A) Ferramentas administrativas. existente.
(B) Opções de pasta. (C) uma linha em branco, na posição de linha 5, deslocando as linhas
(C) Propriedades de vídeo. existentes em uma linha para baixo.
(D) Painel de controle. (D) duas linhas em branco, nas posições de linha 3 e 4, sobrepondo as
(E) Tarefas agendadas. linhas 3 e 4 existentes.
(E) duas linhas em branco, nas posições de linha 3 e 4, deslocando as
12. A boa refrigeração de um processador geralmente é obtida mediante linhas existentes em duas linhas para baixo.
(A) a execução do boot proveniente de uma unidade periférica.
(B) a instalação de uma placa-mãe compacta. 19. Para imprimir títulos de colunas em todas as páginas impressas de
(C) a adequada distribuição da memória. uma planilha MS Excel deve-se selecionar as linhas de título na guia
(D) o uso de um cooler. (A) Planilha do menu Exibir.
(E) o aumento do clock. (B) Cabeçalho/rodapé do menu Exibir.
(C) Planilha da janela Configurar página.
13. Na Web, a ligação entre conjuntos de informação na forma de docu- (D) Página da janela Configurar página.
mentos, textos, palavras, vídeos, imagens ou sons por meio de links, é (E) Cabeçalho/rodapé da janela Configurar página.
uma aplicação das propriedades
(A) do protocolo TCP. 20. No MS Windows XP, se um arquivo for arrastado pelo mouse, pressio-
(B) dos hipertextos. nando-se simultaneamente a tecla SHIFT, será
(C) dos conectores de rede. (A) movido o arquivo para a pasta de destino, se as pastas de origem e
(D) dos modems. destino estiverem na mesma unidade ou se estiverem em unidades dife-
(E) das linhas telefônicas. rentes.
(B) movido o arquivo para a pasta de destino, se as pastas de origem e
14. Nos primórdios da Internet, a interação entre os usuários e os conteú- destino estiverem apenas em unidades diferentes.
dos virtuais disponibilizados nessa rede era dificultada pela não existência (C) copiado o arquivo na pasta de destino, se as pastas de origem e
de ferramentas práticas que permitissem sua exploração, bem como a destino estiverem na mesma unidade ou se estiverem em unidades dife-
visualização amigável das páginas da Web. Com o advento e o aperfeiço- rentes.
amento de programas de computador que basicamente eliminaram essa (D) copiado o arquivo na pasta de destino, se as pastas de origem e
dificuldade, os serviços e as aplicações que puderam ser colocados à destino estiverem apenas em unidades diferentes.
disposição dos usuários, iniciaram uma era revolucionária, popularizando (E) criado na pasta de destino um atalho para o arquivo, se as pastas de
o uso da Internet. Segundo o texto, a eliminação da dificuldade que auxili- origem e destino estiverem na mesma unidade ou se estiverem em unida-
ou na popularização da Internet foi des diferentes.
(A) o uso de navegadores.
(B) o surgimento de provedores de acesso. 21. Considere os seguintes motivos que levaram diversas instituições
(C) o aumento de linhas da rede. financeiras a utilizar teclados virtuais nas páginas da Internet:
(D) o surgimento de provedores de conteúdo. I. facilitar a inserção dos dados das senhas apenas com o uso do mouse.
(E) a disponibilização de serviços de banda larga. II. a existência de programas capazes de capturar e armazenar as teclas
digitadas pelo usuário no teclado de um computador.

Informática 93 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
III. possibilitar a ampliação dos dados do teclado para o uso de deficientes (D) largura da coluna e do comprimento do conteúdo da célula, apenas.
visuais. (E) largura da coluna, do comprimento do conteúdo da célula e da mescla-
Está correto o que se afirma em gem da célula.
(A) I, apenas.
(B) II, apenas. 29. Em uma classificação crescente, o MS Excel usa a ordem a seguir:
(C) III, apenas. (A) Células vazias, valores lógicos, textos, datas e números.
(D) II e III, apenas. (B) Células vazias, textos, valores lógicos, datas e números.
(E) I, II e III. (C) Números, valores lógicos, datas, textos e células vazias.
(D) Números, datas, valores lógicos, textos e células vazias.
22. O aplicativo equivalente ao MS-Excel é o BrOffice.org (E) Números, datas, textos, valores lógicos e células vazias.
(A) Math.
(B) Writer. 30. O sistema operacional Windows, 2000 ou XP, pode reconhecer
(C) Calc. (A) o sistema de arquivo FAT, somente.
(D) Base. (B) o sistema de arquivo FAT32, somente.
(E) Draw. (C) o sistema de arquivo NTFS, somente.
(D) os sistemas de arquivo FAT32 e NTFS, somente.
23. A formatação no MS-Word (menu Formatar) inclui, entre outras, as (E) os sistemas de arquivo FAT, FAT32 e NTFS.
opções
(A) Parágrafo; Fonte; Colunas; e Molduras. 31. No Calc, a célula A1 contém a fórmula =30+B1 e a célula B1 contém o
(B) Parágrafo; Fonte; Data e hora; e Legenda. valor 8. Todas as demais células estão vazias. Ao arrastar a alça de pre-
(C) Referência cruzada; Parágrafo; Maiúsculas e minúsculas; e Estilo. enchimento da célula A1 para A2, o valor de A2 será igual a
(D) Cabeçalho e rodapé; Régua; Barra de ferramentas; e Marcadores e (A) 38
numeração. (B) 30
(E) Barra de ferramentas; Marcadores e numeração; Referência cruzada; e (C) 22
Fonte. (D) 18
(E) 0
24. A placa de circuito de um micro onde ficam localizados o processador
e a memória RAM, principalmente, é a placa 32. O número 2.350.000 inserido em uma célula do Calc com o formato
(A) serial. Científico será exibido na célula como
(B) paralela. (A) 2,35E+006
(C) USB. (B) 2,35+E006
(D) de vídeo. (C) 2,35E006+
(E) mãe. (D) 0,235+E006
(E) 235E+006
25. O espaçamento entre as linhas de um parágrafo do MS Word, aumen-
tado em 100% a partir do espaçamento simples, é definido apenas pela 33. No Writer, o ícone utilizado para copiar a formatação do objeto ou do
opção texto selecionado e aplicá-la a outro objeto ou a outra seleção de
(A) Exatamente = 2 ou Duplo. texto é o
(B) Múltiplos =2 ou Duplo. (A) Localizar e substituir.
(C) Múltiplos =2 ou Exatamente =2. (B) Gallery.
(D) Pelo menos =2 ou Duplo. (C) Navegador.
(E) Duplo. (D) Pincel de estilo.
(E) Copiar e colar.
26. Para repetir uma linha de cabeçalho de uma tabela no início de cada
página do MS Word, deve-se, na janela “Propriedades da tabela”, assinalar OBJETIVO:
a referida opção na guia O Ministério Público do Governo Federal de um país deseja modernizar
(A) Tabela. seu ambiente tecnológico de informática.
(B) Página. Para tanto irá adquirir equipamentos de computação eletrônica avançados
(C) Linha. e redefinir seus sistemas de computação a fim de agilizar seus processos
(D) Cabeçalho. internos e também melhorar seu relacionamento com a sociedade.
(E) Dividir tabela. REQUISITOS PARA ATENDER AO OBJETIVO:
(Antes de responder às questões, analise cuidadosamente os requisitos a
27. Sobre cabeçalhos e rodapés aplicados no MS Word, considere: seguir, considerando que estas especificações podem ser adequadas ou
I. Em um documento com seções é possível inserir, alterar e remover não).
diferentes cabeçalhos e rodapés para cada seção. §1 º - Cadastros recebidos por intermédio de anexos de mensagens ele-
II. Em um documento é possível inserir um cabeçalho ou rodapé para trônicas deverão ser gravados em arquivos locais e identificados por
páginas ímpares e um cabeçalho ou rodapé diferente para páginas pares. ordem de assunto, data de recebimento e emitente, para facilitar sua
III. Os cabeçalhos e rodapés podem ser removidos da primeira página de localização nos computadores.
um documento. §2º - Todos os documentos eletrônicos oficiais deverão ser identificados
Está correto o que se afirma em com o timbre federal do Ministério que será capturado de um documento
(A) I, apenas. em papel e convertido para imagem digital.
(B) I, II e III. §3 º - A intranet será usada para acesso de toda a sociedade aos dados
(C) I e III, apenas. ministeriais e às pesquisas por palavra chave, bem como os diálogos
(D) II e III, apenas. eletrônicos serão feitos por ferramentas de chat.
(E) III, apenas. §4 º - Os documentos elaborados (digitados) no computador (textos) não
podem conter erros de sintaxe ou ortográficos.
28. Assinalar “Quebrar texto automaticamente” em Formatar Células de §5 º - Todas as planilhas eletrônicas produzidas deverão ter as colunas de
uma planilha MS Excel indica a possibilidade da quebra do texto em várias valores totalizadas de duas formas: total da coluna (somatório) e total
linhas, cujo número de linhas dentro da célula depende da acumulado linha a linha, quando o último valor acumulado deverá corres-
(A) largura da coluna, apenas. ponder ao somatório da coluna que acumular. Exemplo:
(B) mesclagem da célula, apenas.
(C) largura da coluna e da mesclagem da célula, apenas.

Informática 94 A Opção Certa Para a Sua Realização


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38. Considerando o ambiente Microsoft, o requisito especificado no §4 º
quer dizer ao funcionário que, para auxiliá-lo na tarefa de verificação e
correção, ele deve
(A) usar a configuração de página do editor de textos.
(B) acionar uma função específica do editor de textos.
(C) usar a ferramenta de edição do organizador de arquivos.
(D) usar a correção ortográfica do organizador de arquivos.
(E) acionar a formatação de página do editor de textos.

39. Uma determinação da diretoria de um órgão público obriga que a


segurança de zonas internet, intranet local, sites confiáveis e sites restritos
seja configurada no nível padrão para todas elas. O local apropriado para
configurar essa segurança de zona, no Internet Explorer, é na aba Segu-
rança
34. Considere os seguintes dispositivos:
(A) da opção Configurar página do menu Formatar.
I. impressora multifuncional;
(B) da opção Configurar página do menu Arquivo.
II. pen drive;
(C) das Opções da Internet do menu Editar.
III. scanner;
(D) das Opções da Internet do menu Ferramentas.
IV. impressora a laser.
(E) das Opções da Internet do menu Formatar.
Em relação à captura referenciada nos requisitos especificados no §2º, é
INCORRETO o uso do que consta SOMENTE em
40. O supervisor de um departamento solicitou a um funcionário que ele
(A) II.
fizesse uma lista de itens de hardware e de software que estavam em seu
(B) IV.
poder. O funcionário tinha em sua posse, além de uma CPU com Windows
(C) I e III.
XP, um hard disk, um pen drive onde tinha gravado o Windows Media
(D) II e IV.
Player, e uma unidade de CD-ROM. Na CPU ele tinha instalado também o
(E) I, III e IV.
MS-Word e a Calculadora do Windows. Nessa situação, na lista que o
funcionário fez corretamente constavam
35. Para atender aos requisitos especificados no §1º é preciso saber usar
(A) dois itens de hardware e três de software.
ferramentas de
(B) três itens de hardware e quatro de software.
(A) e-mail e que é possível organizar Pastas dentro de Pastas e Arquivos
(C) três itens de hardware e cinco de software.
dentro de Pastas.
(D) quatro itens de hardware e três de software.
(B) chat e que é possível organizar Pastas dentro de Pastas e Arquivos
(E) quatro itens de hardware e quatro de software.
dentro de Arquivos.
(C) browser e que é possível organizar Pastas dentro de Pastas, mas não
41. Prestam-se a cópias de segurança (backup)
Arquivos dentro de Pastas.
(A) quaisquer um destes: DVD; CD-ROM; disco rígido externo ou cópia
(D) e-mail e que é possível organizar Pastas dentro de Arquivos e Arquivos
externa, quando os dados são enviados para um provedor de serviços via
dentro de Pastas.
internet.
(E) busca e que é possível organizar Arquivos dentro de Pastas, mas não
(B) apenas estes: CD-ROM; disco rígido e cópia externa, quando os dados
Pastas dentro de Pastas.
são enviados para um provedor de serviços via internet.
(C) apenas estes: DVD, CD-ROM e disco rígido externo.
36. Considere os Quadros 1 e 2 abaixo e os requisitos especificados no
(D) apenas estes: CD-ROM e disco rígido externo.
§3º.
(E) apenas estes: DVD e CD-ROM.

42. Foi solicitado que, no editor de textos, fosse aplicado o Controle de


linhas órfãs/viúvas. Para tanto, esta opção pode ser habilitada na aba
Quebras de linha e de página, no menu/Opção
(A) Arquivo/Configurar página.
(B) Formatar/Parágrafo.
(C) Formatar/Tabulação.
(D) Exibir/Normal.
(E) Ferramentas/Estilo.

43. O chefe do departamento financeiro apresentou a um funcionário uma


Quanto ao uso das especificações dos requisitos, a relação apresentada planilha contendo o seguinte:
nos quadros é correta entre
(A) I-a - I-b - II-c.
(B) I-a - II-b - I-c.
(C) II-a - I-b - II-c.
(D) II-a - II-b - II-c.
(E) II-a - II-b - I-c.

37. Considere os dados da planilha eletrônica exemplificada no §5º. Está Em seguida solicitou ao funcionário que selecionasse as 6 células (de A1
correta a fórmula inserida em B3 e pronta para ser propagada para B4 e até C2) e propagasse o conteúdo selecionado para as 6 células seguintes
B5 se for igual a (de A3 até C4), arrastando a alça de preenchimento habilitada na borda
(A) =B3+A2. inferior direita de C2. Após essa operação, o respectivo resultado contido
(B) =B$2+A3. nas células C3 e C4 ficou
(C) =B2+A3. (A) 11 e 13.
(D) =B2+A2. (B) 13 e 15.
(E) =B2+A$3. (C) 15 e 19.
(D) 17 e 19.
(E) 17 e 21.

Informática 95 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
44. Os aplicativos abertos pelos usuários no Windows XP, que podem ser
alternados como janela ativa ou inativa, são apresentados na forma 52. Os dispositivos de rede de computadores que são interconectados
de física e logicamente para possibilitar o tráfego de informações pelas
(A) botões na barra de tarefas. redes compõem layouts denominados
(B) ícones na área de trabalho. (A) protocolos.
(C) opções no menu iniciar. (B) topologias.
(D) ferramentas no painel de controle. (C) roteamentos.
(E) ícones na área de notificação. (D) arquiteturas.
(E) cabeamento.
45. Um papel de parede pode ser aplicado no Windows XP por meio das
Propriedades de Vídeo na guia 53. Considere:
(A) Temas. I. Uma Intranet é uma rede pública e uma Extranet é uma rede privada.
(B) Aparência. II. O protocolo padrão da Internet é o TCP/IP.
(C) Área de trabalho. III. Os softwares plug-ins acrescentam funcionalidades aos navegadores
(D) Proteção de telas. da Internet.
(E) Configurações. Está correto o que se afirma em:
(A) I, II e III.
46. Estando o cursor em qualquer posição dentro do texto de um docu- (B) I, apenas.
mento Word, a função da tecla especial Home é movimentá-lo para o (C) I e III, apenas.
início (D) I e II, apenas.
(A) da tela. (E) II e III, apenas.
(B) da linha.
(C) da página. 54. O Windows permite a conexão com uma pasta de rede compartilhada
(D) do parágrafo. bem como a atribuição de uma letra de unidade à conexão para que se
(E) do documento. possa acessá-la usando "Meu computador". Para fazer isso, deve-se clicar
com o botão direito em "Meu computador" e escolher
47. Para criar um cabeçalho novo em um documento Word deve-se primei- (A) "Meus locais de rede".
ramente (B) "Procurar computadores".
(A) clicar duas vezes na área do cabeçalho, apenas. (C) "Explorar".
(B) selecionar a opção Cabeçalho e Rodapé no menu Inserir, apenas. (D) "Gerenciar".
(C) selecionar a opção Cabeçalho e Rodapé no menu Exibir, apenas. (E) "Mapear unidade de rede".
(D) clicar duas vezes na área do cabeçalho ou selecionar a opção Cabeça-
lho e Rodapé no menu Inserir. 55. Existe uma operação específica no Word que serve para destacar um
(E) clicar duas vezes na área do cabeçalho ou selecionar a opção Cabeça- texto selecionado colocando uma moldura colorida em sua volta, como
lho e Rodapé no menu Exibir. uma caneta "destaque" (iluminadora). Trata-se de
(A) "Cor da fonte".
48. Dada a fórmula =(A1+B1+C1+D1)/4 contida na célula E1 de uma (B) "Pincel".
planilha Excel, para manter o mesmo resultado final a fórmula poderá ser (C) "Realce".
substituída pela função (D) "Cor da borda".
(A) =MÉDIA(A1:D1) (E) "Caixa de texto".
(B) =MÉDIA(A1;D1)
(C) =MÉDIA(A1+B1+C1+D1) 56. Em uma planilha Excel foram colocados os seguintes dados nas célu-
(D) =SOMA(A1;D1)/4 las A1 até A4, respectivamente e nessa ordem:
(E) =SOMA(A1+B1+C1+D1) josé+1
catavento
49. A formatação da altura de uma linha selecionada da planilha Excel, catavento+3
com a opção AutoAjuste, indica que a altura da mesma será ajustada José
(A) na medida padrão, apenas no momento da formatação. Selecionando-se essas quatro células e arrastando-as pela alça de preen-
(B) na medida padrão, automaticamente a cada redefinição da letra. chimento (na borda da célula A4) até a célula A8, o resultado em A5 e A7
(C) na medida determinada pelo usuário, automaticamente a cada redefi- será, respectivamente,
nição da letra. (A) José+1 e catavento.
(D) com base no tamanho da maior letra, automaticamente a cada redefi- (B) josé+2 e catavento+4.
nição da letra. (C) josé e catavento+3.
(E) com base no tamanho da maior letra, apenas no momento da formata- (D) josé+3 e catavento+4.
ção. (E) josé+1 e catavento+3.

50. A exibição de tela inteira do computador para mostrar da mesma 57. Para iniciar uma nova apresentação em branco no PowerPoint, é
maneira que o público verá a aparência, os elementos e os efeitos nos possível usar a opção "Apresentação em branco", do "Painel de Tarefas",
slides é utilizada pelo PowerPoint no modo de exibição ou ainda o botão "Novo", que fica no início da barra de ferramentas pa-
(A) normal. drão. Ao fazer isso, o "Painel de Tarefas" será modificado para
(B) de estrutura de tópicos. (A) "Mostrar formatação".
(C) de guia de slides. (B) "Barra de títulos".
(D) de classificação de slides. (C) "Apresentação".
(E) de apresentação de slides. (D) "Layout do slide".
(E) "Barra de desenho".
51. Uma apresentação em PowerPoint pode conter efeitos nas exibições
dos slides, entre outros, do tipo esquema de transição 58. Ao fazer uma pesquisa envolvendo três termos no Google, foi escolhi-
(A) mostrar em ordem inversa. da uma determinada opção em um dos sites constantes da lista apresen-
(B) aplicar zoom gradativamente. tada. Ao abrir o site, tal opção faz com que os três termos sejam apresen-
(C) máquina de escrever colorida. tados em destaque com cores diferentes ao longo dos textos da página
(D) persiana horizontal. aberta. Tal opção é
(E) lâmpada de flash. (A) "Em cache".

Informática 96 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(B) "No domínio". 65. No Google é possível definir a quantidade de sites listados em cada
(C) "Similares". página por meio da opção
(D) "Com realce". (A) Ferramentas.
(E) "Filtrados". (B) Exibir.
(C) Histórico.
59. Um funcionário utilizou uma função automática do editor de texto para (D) Resultados das pesquisas.
converter em letras maiúsculas uma sentença completa que antes era de (E) Configurações da pesquisa.
composição mista (maiúsculas e minúsculas). O menu que habilita essa
opção dentro da qual se pode acessar a função Maiúsculas e minúsculas é 66. É possível expandir a memória RAM do computador mediante a inser-
(A) Ferramentas. ção de uma placa correspondente em um
(B) Formatar. (A) sistema de arquivos.
(C) Inserir. (B) sistema operacional.
(D) Exibir. (C) slot livre.
(E) Editar. (D) boot livre.
(E) DVD.
60. Para modificar a pasta padrão, onde o editor de texto guarda os Mode-
los do usuário, deve-se acessar o menu 67. O dispositivo que, ligado ao modem, viabiliza a comunicação sem fio
(A) Ferramentas, a opção Opções e a aba Arquivos. em uma rede wireless é
(B) Ferramentas, a opção Modelos e suplementos e a aba Arquivos. (A) o sistema de rede.
(C) Ferramentas, a opção Estilos e a aba Opções. (B) o servidor de arquivos.
(D) Formatar, a opção Estilo e a aba Modelos e suplementos. (C) a porta paralela.
(E) Editar, a opção Estilo e a aba Modelos e suplementos. (D) a placa-mãe.
(E) o roteador.
61. Considere a planilha:
68. Com relação à computação, considere:
I. Basicamente, duas grandes empresas, Intel e AMD, disputam o mercado
mundial de fabricação de processadores. A Intel mensura a desempenho
dos seus processadores baseados no clock. A AMD, por sua vez, tem
conseguido rendimentos proporcionais dos seus chips com clocks mais
baixos, desconsiderando, inclusive, o clock como referência.
II. Comparada ao desktop, a mobilidade é a principal vantagem do notebo-
Ao arrastar a célula B2 para B3 pela alça de preenchimento, B3 apresenta- ok. No entanto, as restrições quanto à facilidade de atualizações tecnoló-
rá o resultado gicas dos itens de hardware, são o seu fator de desvantagem. Os fabrican-
(A) 6. tes alegam que as limitações decorrem do fato de a maior parte dos com-
(B) 10. ponentes vir integrada de forma permanente à placa-mãe do equipamento,
(C) 12. visando construir modelos menores, de baixo consumo de energia e com
(D) 14. pouco peso.
(E) 16. III. O conceito do software, também chamado de sistema ou programa,
pode ser resumido em sentença escrita em uma linguagem que o compu-
62. O chefe do departamento financeiro pediu a um funcionário que, ao tador consegue interpretar. Essa sentença, por sua vez, é a soma de
concluir a planilha com dados de contas contábeis, este aplicasse um filtro diversas instruções ou comandos que, ao serem traduzidas pelo computa-
na coluna que continha o nome das contas, a fim de possibilitar a exibição dor, fazem com que ele realize determinadas funções.
apenas dos dados de contas escolhidas. Para tanto, o funcionário esco- IV. A licença de uso de software denominada OEM é uma das melhores
lheu corretamente a opção Filtrar do menu formas para o adquirente comprar softwares, como se estivesse adquirindo
(A) Editar. na loja o produto devidamente embalado, pois a negociação pode ser feita
(B) Ferramentas. pela quantidade, o que garante boa margem de economia no preço do
(C) Exibir. produto.
(D) Dados. É correto o que consta em
(E) Formatar. (A) I e II, apenas.
(B) I, II, III e IV.
63. No Windows, a possibilidade de controlar e reverter alterações perigo- (C) II, III e IV, apenas.
sas no computador pode ser feita por meio (D) I, II e III, apenas.
I. da restauração do sistema. (E) II e III, apenas.
II. das atualizações automáticas.
III. do gerenciador de dispositivos. 69. No que concerne a conceitos básicos de hardware, considere:
Está correto o que consta em I. Memória Cache é uma pequena quantidade de memória estática de alto
(A) I, apenas. desempenho, tendo por finalidade aumentar o desempenho do processa-
(B) II, apenas. dor realizando uma busca antecipada na memória RAM. Quando o pro-
(C) I e II, apenas. cessador necessita de um dado, e este não está presente no cache, ele
(D) I e III, apenas. terá de realizar a busca diretamente na memória RAM. Como provavel-
(E) I, II e III. mente será requisitado novamente, o dado que foi buscado na RAM é
copiado na cache.
64. Em alguns sites que o Google apresenta é possível pedir um destaque II. O tempo de acesso a uma memória cache é muitas vezes menor que o
do assunto pesquisado ao abrir a página desejada. Para tanto, na lista de tempo de acesso à memória virtual, em decorrência desta última ser
sites apresentados, deve-se gerenciada e controlada pelo processador, enquanto a memória cache tem
(A) escolher a opção “Pesquisa avançada”. o seu gerenciamento e controle realizado pelo sistema operacional.
(B) escolher a opção “Similares”. III. O overclock é uma técnica que permite aumentar a freqüência de
(C) escolher a opção “Em cache”. operação do processador, através da alteração da freqüência de barra-
(D) dar um clique simples no nome do site. mento da placa-mãe ou, até mesmo, do multiplicador.
(E) dar um clique duplo no nome do site. IV. O barramento AGP foi inserido no mercado, oferecendo taxas de
velocidade de até 2128 MB por segundo, para atender exclusivamente às
aplicações 3D que exigiam taxas cada vez maiores. A fome das aplicações

Informática 97 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3D continuou e o mercado tratou de desenvolver um novo produto, o PCI (C) recebe formatação especial e funcionalidades não contidas no formato
Express que, além de atingir taxas de velocidade muito superiores, não se DOC.
restringe a conectar apenas placas de vídeo. (D) não recebe nenhum tipo de formatação, sendo salvo, portanto, como
É correto o que consta em um texto sem formatação.
(A) I, III e IV, apenas. (E) assemelha-se ao formato RTF na sua formatação, mas diferencia-se
(B) I, II, III e IV. na descrição dos dados.
(C) II, III e IV, apenas.
(D) I e II, apenas. 74. No MS-Office 2003:
(E) II e III, apenas. (A) no menu Ferramentas, tanto a opção Proteger Documento quanto o
comando Opções têm a mesma finalidade, excetuando-se apenas os
70. No que se refere ao ambiente Windows, é correto afirmar: botões Segurança de macros e Assinaturas digitais contidos somente no
(A) Programas de planilha eletrônica, navegadores da Web e processado- comando Opções.
res de texto são executados com o dobro de velocidade em um computa- (B) quando se define uma Senha de proteção para um documento, a
dor de 64 bits, em relação a um computador de 32 bits. criptografia é utilizada para proteger o conteúdo do arquivo, sendo possí-
(B) Um aspecto interessante no ambiente Windows é a versatilidade de vel até mesmo escolher o tipo de criptografia utilizada. Embora outras
uso simultâneo das teclas [Ctrl], pessoas possam ler o documento, elas estarão impedidas de modificá-lo.
[Alt] e [Del], notadamente nos aplicativos onde há interação usuário- (C) algumas das configurações exibidas na guia Segurança, como, por
programa. A função executada pelo acionamento de tais teclas associa-se exemplo, a opção Recomendável somente leitura, (disponível no Word,
diretamente às requisições de cada aplicativo. Excel e PowerPoint) têm como função proteger um documento contra
(C) Os termos versão de 32 bits e versão de 64 bits do Windows referem- interferência mal intencionada.
se à maneira como o sistema operacional processa as informações. Se o (D) a opção Proteger Documento, do menu Ferramentas (disponível no
usuário estiver executando uma versão de 32 bits do Windows, só poderá Word e no PowerPoint), tem como função restringir a formatação aos
executar uma atualização para outra versão de 32 bits do Windows. estilos selecionados e não permitir que a Autoformatação substitua essas
(D) No Windows XP, através do Painel de controle, pode-se acessar os restrições.
recursos fundamentais do sistema operacional Windows, tais como, a (E) a proteção de documentos por senha está disponível em diversos
Central de Segurança, o Firewall do Windows e as Opções da Internet. programas do Office. No Word, no Excel e no PowerPoint o método é
(E) Em termos de compatibilidade de versões, uma das inúmeras vanta- exatamente o mesmo, sendo possível selecionar diversas opções, incluin-
gens do Windows Vista é a sua capacidade de atualizar os dispositivos de do criptografia e compartilhamento de arquivos para proteger os documen-
hardware através do aproveitamento de drivers existentes nas versões de tos.
32 bits.
75. No que concerne ao Microsoft Excel, considere:
71. Mesmo existindo uma variedade de programas de outros fornecedores I. Quando criamos uma ou mais planilhas no Excel, estas são salvas em
de software que permitem reparticionar o disco rígido sem apagar um arquivo com extensão .xls. Ao abrirmos uma nova pasta de trabalho,
os dados, esse recurso também está presente esta é criada, por padrão, com três planilhas.
(A) em todas as edições do Windows XP. II. Os nomes das planilhas aparecem nas guias localizadas na parte inferi-
(B) em todas as edições do Windows Vista. or da janela da pasta de trabalho e poderão ser renomeadas desde que
(C) em todas as edições do Windows XP e do Windows Vista. não estejam vazias.
(D) no Windows XP Professional e no Windows Vista Ultimate. III. Dentro de uma pasta de trabalho as planilhas podem ser renomeadas
(E) no Windows XP Starter Edition, no Windows XP Professional, no ou excluídas, mas não podem ser movidas para não comprometer as
Windows Vista Business e no Windows Vista Ultimate. referências circulares de cálculos. Se necessário, novas planilhas podem
ser incluídas na seqüência de guias.
72. A ativação ajuda a verificar se a cópia do Windows é genuína e se não IV. As fórmulas calculam valores em uma ordem específica conhecida
foi usada em mais computadores do que o permitido, o que ajuda a impe- como sintaxe. A sintaxe da fórmula descreve o processo do cálculo. Uma
dir a falsificação de software, além de se poder usar todos os recursos do fórmula no Microsoft Excel sempre será precedida por um dos operadores
sistema operacional. Em relação à ativação do Windows, considere: matemáticos, tais como, +, -, * e /.
I. Ativação ou registro consiste no fornecimento de informações do adqui- É correto o que consta APENAS em
rente (dados de cadastramento, endereço de email, etc) e validação do (A) II.
produto no computador. (B) I.
II. A ativação pode ser on-line ou por telefone e não deve deixar de ser (C) IV.
feita dentro de um determinado período após a instalação do produto, sob (D) I, II e III.
pena de deixarem de funcionar alguns recursos, até que a cópia do Win- (E) II, III e IV.
dows seja ativada.
III. O Windows pode ser instalado no mesmo computador quantas vezes 76. Constituem facilidades comuns aos programas de correio eletrônico
se desejar, desde que seja efetuado sobre a instalação atual, pois a ativa- Microsoft Outlook e Microsoft Outlook Express:
ção relaciona a chave do produto Windows com informações sobre o I. Conexão com servidores de e-mail de Internet POP3, IMAP e HTTP.
hardware do computador. II. Pastas Catálogo de Endereços e Contatos para armazenamento e
IV. Se expirar o prazo para ativação, o Windows não vai parar, mas se recuperação de endereços de email.
tornará instável a ponto de não se poder mais criar novos arquivos e nem III. Calendário integrado, incluindo agendamento de reuniões e de eventos,
salvar alterações nos arquivos existentes, entre outras conseqüências. compromissos e calendários de grupos.
É correto o que consta em IV. Filtro de lixo eletrônico.
(A) I, II e III, apenas. Está correto o que consta em
(B) I e II, apenas. (A) II e III, apenas.
(C) II, III e IV, apenas. (B) II, e IV, apenas.
(D) I, II, III e IV. (C) III e IV, apenas.
(E) II e III, apenas. (D) I, II, III e IV.
(E) I e II, apenas.
73. No Word 2003, o documento salvo no formato XML
(A) adquire a propriedade de armazenar dados em uma base de dados, de 77. Quanto às tecnologias de comunicação voz/dados, considere:
modo que eles fiquem disponíveis para serem usados em uma ampla I. Largamente adotada no mundo todo como meio de acesso rápido à
variedade de softwares. Internet, através da mesma infraestrutura das linhas telefônicas conven-
(B) recebe formatação especial para possibilitar sua manipulação por cionais. Sua grande vantagem é permitir acesso à Internet ao mesmo
softwares específicos.

Informática 98 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tempo em que a linha de telefone fica livre para voz ou fax, ou mesmo uma (E) I e III, apenas.
ligação via modem, usando um único par de fios telefônicos.
II. Uma linha telefônica convencional é transformada em dois canais de 81. A Internet usa um modelo de rede, baseado em requisições e respos-
mesma velocidade, em que é possível usar voz e dados ao mesmo tempo, tas, denominado
cada um ocupando um canal. Também é possível usar os dois canais para (A) word wide web.
voz ou para dados. (B) protocolo de comunicação.
III. Aproveita a ociosidade das freqüências mais altas da linha telefônica (C) provedor de acesso.
para transmitir dados. Uma de suas características é a diferença de veloci- (D) ponto-a-ponto.
dade para efetuar download e upload; no download ela é maior. (E) cliente-servidor.
IV. Útil quando é necessária transferência de informações entre dois ou
mais dispositivos que estão perto um do outro ou em outras situações 82. Uma assinatura digital é um recurso de segurança cujo objetivo é
onde não é necessário alta taxa de transferência. Os dispositivos usam um (A) identificar um usuário apenas por meio de uma senha.
sistema de comunicação via rádio, por isso não necessitam estar na linha (B) identificar um usuário por meio de uma senha, associada a um token.
de visão um do outro. (C) garantir a autenticidade de um documento.
Os itens acima referem-se, respectivamente, a (D) criptografar um documento assinado eletronicamente.
(A) ISDN (Integrated Services Digital Network), ADSL (E) ser a versão eletrônica de uma cédula de identidade.
(Assimetric Digital Subscriber Line), ISDN, Wi-Fi.
(B) ADSL, ISDN, ISDN e Bluetooth. 83. NÃO se trata de uma função do chip ponte sul de um chipset, controlar
(C) ADSL, ISDN, ADSL e Bluetooth. (A) disco rígido.
(D) ADSL, ISDN, ADSL e Wi-Fi. (B) memória RAM.
(E) ISDN, ADSL, ADSL e Bluetooth. (C) barramento AGP.
(D) barramento PCI Express.
78. A Internet é uma rede mundial de telecomunicações que conecta (E) transferência de dados para a ponte norte.
milhões de computadores em todo o mundo. Nesse sentido, considere:
I. Nela, as redes podem operar estando ou não conectadas com outras 84. O MS Word, na versão 2003, possui uma configuração de página pré-
redes e a operação não é dependente de nenhuma entidade de controle definida que pode ser alterada, na opção Configurar Página do menu
centralizado. Arquivo, apenas por meio das guias Papel,
II. Qualquer computador conectado à Internet pode se comunicar gratuita- (A) Layout e Recuos.
mente com outro também conectado à Internet e usufruir os serviços por (B) Layout e Propriedades.
ela prestado, tais como, Email, WEB, VoIP e transmissão de conteúdos de (C) Margens e Propriedades.
áudio. (D) Margens e Layout.
III. A comunicação entre as redes locais e a Internet utiliza o protocolo NAT (E) Margens e Recuos.
(Network Address Translation) que trata da tradução de endereços IP não-
roteáveis em um (ou mais) endereço roteável. 85. Estando o cursor numa célula central de uma planilha MS Excel, na
Está correto o que consta em versão 2003, e pressionando-se a tecla Home, o cursor será movimentado
(A) I, II e III. para a
(B) I e II, apenas. (A) primeira célula no início da planilha.
(C) I e III, apenas. (B) primeira célula no início da linha em que está o cursor.
(D) II e III, apenas. (C) primeira célula no início da tela atual.
(E) III, apenas. (D) célula adjacente, acima da célula atual.
(E) célula adjacente, à esquerda da célula atual.
79. Secure Sockets Layer trata-se de
(A) qualquer tecnologia utilizada para proteger os interesses de proprietá- 86. O tipo mais comum de conexão à Internet, considerada banda larga
rios de conteúdo e serviços. por meio de linha telefônica e normalmente oferecida com velocidade de
(B) um elemento de segurança que controla todas as comunicações que até 8 Mbps, utiliza a tecnologia
passam de uma rede para outra e, em função do que sejam, permite ou (A) ADSL.
denega a continuidade da transmissão. (B) Dial Up.
(C) uma técnica usada para garantir que alguém, ao realizar uma ação em (C) HFC Cable.
um computador, não possa falsamente negar que realizou aquela ação. (D) ISDN.
(D) uma técnica usada para examinar se a comunicação está entrando ou (E) RDIS.
saindo e, dependendo da sua direção, permiti-la ou não.
(E) um protocolo que fornece comunicação segura de dados através de 87. NÃO é um serviço provido pelos servidores DNS:
criptografia do dado. (A) Traduzir nomes de hospedeiros da Internet para o endereço IP e
subjacente.
80. Em relação à segurança da informação, considere: (B) Obter o nome canônico de um hospedeiro da Internet a partir de um
I. Vírus do tipo polimórfico é um código malicioso que se altera em tama- apelido correspondente.
nho e aparência cada vez que infecta um novo programa. (C) Obter o nome canônico de um servidor de correio a partir de um apeli-
II. Patch é uma correção ampla para uma vulnerabilidade de segurança do correspondente.
específica de um produto. (D) Transferir arquivos entre hospedeiros da Internet e estações clientes.
III. A capacidade de um usuário negar a realização de uma ação em que (E) Realizar a distribuição de carga entre servidores Web replicados.
outras partes não podem provar que ele a realizou é conhecida como
repúdio. 88. A criptografia utilizada para garantir que somente o remetente e o
IV. Ataques DoS (Denial of Service), também denominados Ataques de destinatário possam entender o conteúdo de uma mensagem transmitida
Negação de Serviços, consistem em tentativas de impedir usuários legíti- caracteriza uma propriedade de comunicação segura denominada
mos de utilizarem um determinado serviço de um computador. (A) autenticação.
Uma dessas técnicas é a de sobrecarregar uma rede a tal ponto que os (B) confidencialidade.
verdadeiros usuários não consigam utilizá-la. (C) integridade.
É correto o que consta em (D) disponibilidade.
(A) II e IV, apenas. (E) não repudiação.
(B) I, II e III, apenas.
(C) I, II, III e IV. 89. O barramento frontal de um microcomputador, com velocidade nor-
(D) III e IV, apenas. malmente medida em MHz, tem como principal característica ser

Informática 99 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(A) uma arquitetura de processador que engloba a tecnologia de proces- (C) CRT colorido.
sos do processador. (D) LCD colorido.
(B) um conjunto de chips que controla a comunicação entre o processador (E) CRT colorido ou monocromático.
e a memória RAM.
(C) uma memória ultra rápida que armazena informações entre o proces- 97. Um item selecionado do Windows XP pode ser excluído permanente-
sador e a memória RAM. mente, sem colocá-lo na Lixeira, pressionando-se simultaneamente as
(D) um clock interno que controla a velocidade de execução das instruções teclas
no processador. (A) Ctrl + Delete.
(E) uma via de ligação entre o processador e a memória RAM. (B) Shift + End.
(C) Shift + Delete.
90. Uma única face de gravação, uma trilha de gravação em forma de (D) Ctrl + End.
espiral e a possibilidade de ter conteúdo editado, sem ter de apagar todo o (E) Ctrl + X.
conteúdo que já estava gravado, são características de um DVD do tipo
(A) DVD-RAM. 98. Ao digitar um texto em um documento Word, teclando-se simultanea-
(B) DVD-RW. mente Ctrl + Backspace será excluído
(C) DVD+RW. (A) todas as palavras até o final do parágrafo.
(D) DVD-RW DL. (B) uma palavra à direita.
(E) DVD+RW DL. (C) um caractere à esquerda.
(D) um caractere à direita.
91. Cada componente do caminho (E) uma palavra à esquerda.
E:\ARQUIVOS\ALIMENTOS\RAIZES.DOC corresponde, respectivamente,
a 99. No Internet Explorer 6, os links das páginas visitadas recentemente
(A) extensão do arquivo, nome do arquivo, pasta, subpasta e diretório raiz. podem ser excluídos executando-se
(B) extensão do arquivo, pasta, subpasta, nome do arquivo, e diretório raiz. (A) Limpar histórico da pasta Histórico.
(C) diretório raiz, nome do arquivo, pasta, subpasta, e extensão (B) Excluir cookies dos arquivos temporários.
do.arquivo. (C) Assinalar about:blank na página inicial .
(D) diretório raiz, pasta, subpasta, nome do arquivo e extensão do arquivo. (D) Limpar cookies da página inicial.
(E) diretório raiz, pasta, subpasta, extensão do arquivo e nome do arquivo. (E) Assinalar about:blank na pasta Histórico.

92. O cabeçalho ou rodapé pode conter, além de número da página, a 100. Quando um arquivo não pode ser alterado ou excluído acidentalmen-
quantidade total de páginas do documento MS Word, escolhendo o mode- te deve-se assinalar em Propriedades do arquivo o atributo
lo Página X de Y inserido por meio da aba (A) Criptografar o conteúdo.
(A) Inserir, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Número da página. (B) Somente leitura.
(B) Inserir, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Cabeçalho ou botão (C) Gravar senha de proteção.
Rodapé. (D) Proteger o conteúdo.
(C) Layout da página, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Número da (E) Oculto.
página.
(D) Layout da página, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Cabeçalho
ou botão Rodapé.
(E) Layout da página, do grupo Número de página e do botão Cabeçalho
ou botão Rodapé.
RESPOSTAS
93. As “Linhas a repetir na parte superior” das planilhas MS Excel, em 01. D 11. C 21. B 31. B 41. A
todas as páginas impressas, devem ser referenciadas na caixa Configurar 02. E 12. D 22. C 32. A 42. B
página e aba Planilha abertas pelo botão 03. A 13. B 23. A 33. D 43. C
(A) Imprimir área, na aba inserir. 04. C 14. A 24. E 34. D 44. A
(B) Imprimir títulos, na aba inserir. 05. B 15. E 25. B 35. A 45. C
(C) Inserir quebra de página, na aba Inserir. 06. E 16. B 26. C 36. E 46. B
(D) Imprimir área, na aba Inserir. 07. D 17. D 27. B 37. C 47. C
(E) Imprimir títulos, na aba Layout de página. 08. B 18. E 28. D 38. B 48. A
09. C 19. C 29. E 39. D 49. D
94. Dadas as células de uma planilha do BrOffice.org Calc, com os conte- 10. A 20. A 30. E 40. E 50. E
údos correspondentes: A1=1, B1=2, C1=3, D1=4 e E1=5, a função
=SOMA(A1:D1!B1:E1) apresentará como resultado o valor
(A) 6. 51. D 61. B 71. B 81. E 91. D
(B) 9. 52. B 62. D 72. C 82. C 92. A
(C) 10. 53. E 63. A 73. D 83. A 93. E
(D) 14. 54. E 64. C 74. E 84. D 94. B
(E) 15. 55. C 65. E 75. B 85. B 95. C
56. B 66. C 76. E 86. A 96. D
95. Um texto relacionado em um documento do editor BrOffice.org Writer e 57. D 67. E 77. C 87. D 97. C
definido com a opção de rotação a 270 graus será girado em 58. A 68. D 78. A 88. B 98. E
(A) 60 graus para a direita. 59. B 69. A 79. E 89. E 99. A
(B) 60 graus para a esquerda. 60. A 70. D 80. C 90. C 100. B
(C) 90 graus para a direita.
(D) 90 graus para a esquerda.
(E) 270 graus para a direita.

96. As tecnologias denominadas Matriz passiva e Matriz ativa são utiliza-


das em monitores de vídeo de
(A) CRT monocromático.
(B) LCD monocromático.

Informática 100 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

CONHECIMENTOS GERAIS e Venezuela(164°). O Brasil ainda está em situação melhor que todos os
outros países do BRIC. A China se encontra 78° lugar, a Índia em 87° e
** Aconselhamos aos senhores concursandos a se atuali- a Rússia em 154°.
zarem sempre, lendo jornais, revistas, assistindo jornais, Ideologia
revistas, assistindo e ouvindo noticiários nas áreas de política,
Segundo pesquisa do instituto Datafolha sobre as inclinações
economia, sociedade, ou seja: tudo o que acontece dentro e
ideológicas da população brasileira, o brasileiro médio possui valores
fora do país.** comportamentais de direita, mas manifesta acentuadas tendências
de esquerda no campo econômico. Os entrevistados responderam a
perguntas sobre 16 temas; 41% deles deram respostas identificadas às
Política do Brasil ideias de esquerda, enquanto 39% deles deram respostas identificadas
O Brasil é uma república federal presidencialista, de com os valores da direita. Quase 70% dos brasileiros defendem que o
regime democrático-representativo. Em nível federal, o poder executivo é governo deve ser o principal responsável pelo crescimento econômico do
exercido pelo Presidente. É uma república porque o chefe de estado é país; 58% entendem que as instituições governamentais precisam atuar
eletivo e temporário. O Estado brasileiro é uma federação pois é composto com força na economia para evitar abusos das empresas; 57% dizem que o
de estados dotados de autonomia política garantida pela Constituição governo tem obrigação de salvar as empresas nacionais que enfrentam
Federal e do poder de promulgar suas próprias Constituições. É uma risco de falência e 54% associam a CLT mais à defesa dos trabalhadores
república presidencial porque as funções de chefe de Estado e chefe de do que à ideia de empecilho ao crescimento das empresas. Todas essas
governo estão reunidas em um único órgão: o Presidente da República. É visões coincidem com a política econômica defendida por partidos
uma democracia representativa porque o povo exerce sua soberania, historicamente ligados à esquerda, como o PT. Nas questões de
elegendo o chefe do poder executivo e os seus representantes nos órgãos comportamento, no entanto, o brasileiro mostra-se mais à direita do que à
legislativos e, às vezes, diretamente via plebiscitos, referendos e iniciativas esquerda (numa proporção de 49% à direita e 29% à esquerda): quase
populares. 90% acham que acreditar em Deus torna alguém melhor e 83% são a favor
da proibição das drogas, ideias essas historicamente defendidas por
partidários da direita.
Ainda segundo a pesquisa, 31% dos brasileiros são de centro-
esquerda, 29% são de centro-direita, 20% são de centro, 10% são de
esquerda e 10% são de direita. O percentual de pessoas identificadas com
a esquerda aumentou significativamente em dois meses – de 4% para 10%
na esquerda e de 26% para 31% na centro-esquerda – devido à inclusão
de temas econômicos na sondagem. Entre os 10% que são identificados
com a esquerda a média de idade é de 35 anos. A idade aumenta conforme
a ideologia se distancia da esquerda; os de centro-esquerda têm média de
38 anos, os de centro têm média de 39, os de centro-direita têm média de
41 e os de direita têm média de 46. No quesito escolaridade, o grupo da
esquerda é o único onde mais de 20% das pessoas possui formação
superior e o que possui o menor número de pessoas com formação
fundamental (30%). Na direita, por sua vez, 52% tem formação
fundamental.7 Por outro lado, este grupo reúne a maior parcela de pessoas
com renda familiar mensal acima de R$ 6.780 na comparação com os
outros quatro grupos. Ao mesmo tempo, reúne a maior parcela de pessoas
com renda de até R$ 1.365. A esquerda é um pouco mais intensa
640 × 652 - rcjoinville.blogspot.com no Nordeste e um pouco menos intensa no Sul; com a direita ocorre o
oposto. Segundo pesquisa anterior do mesmo instituto, a inclinação
ideológica da população tem pouca influência na hora do voto, visto que a
Indicadores presidente Dilma Rousseff do PT, de centro-esquerda, lidera a intenção de
voto entre eleitores identificados com a direita e a centro-direita.
De acordo com o Índice de Democracia, compilado pela revista
britânica The Economist, o Brasil possui desempenho elevado nos quesitos Organização estatal
pluralismo no processo eleitoral (nota 9,5) e liberdades civis (nota 9,1). O Líderes partidários da Câmara dos Deputados em reunião.
país possui nota acima da média em funcionalidade do governo (nota
7,5). No entanto, possui desempenho inferior nos quesitos participação
política (nota 5,0) e cultura política (nota 4,3). De acordo com dados de
2010 , o desempenho do Brasil em participação política é comparável ao
de Malauí e Uganda, considerados "regimes híbridos", enquanto o
desempenho em cultura política é comparável ao de Cuba, considerado
um regime autoritário. No entanto, a média geral do país (nota 7,1) é inferior
somente à do Uruguai (nota 8,1) e do Chile (nota 7,6) na América do
Sul. Dentre os BRIC, apenas a Índia (nota 7,2) possui desempenho melhor.
De fato, em relação aos BRIC, a revista já havia elogiado a democracia do
país anteriormente, afirmando que "em alguns aspectos, o Brasil é o mais
estável dos BRIC. Diferentemente da China e da Rússia, é uma democracia
genuína; diferentemente da Índia, não possui nenhum conflito sério com
seus vizinhos".
O Brasil é percebido como um país extremamente corrupto, ocupando
o 69° lugar no índice de percepção, sendo o 1° e menor, a Dinamarca.
Perde para países africanos como Botsuana (33°), Namíbia (56°) e Ruanda O Estado brasileiro é dividido primordialmente em três esferas de
(66°) e está relativamente distante do Chile (21°), o mais bem colocado na poder: o Poder Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O chefe do Poder
América do Sul. Porém encontra-se em posição melhor que alguns outros Executivo é o presidente da República, eleito pelo voto direto para um
países sul-americanos mandato de quatro anos, renovável por mais quatro. Na esfera estadual o
como Colômbia (78°), Argentina (105°), Bolívia (110°) Executivo é exercido pelos governadores dos estados; e na esfera

Conhecimentos Gerais 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
municipal pelos prefeitos. O Poder Legislativo é composto, em âmbito maiores partidos do país são o Partido do Movimento Democrático
federal, pelo Congresso Nacional, sendo este bicameral: dividido entre a Brasileiro (PMDB) – a antiga oposição permitida pelo regime militar, que
Câmara dos Deputados e o Senado. Para a Câmara, são eleitos desde o fim dessa era participou de todos os governos (à exceção da breve
os deputados federais para dividirem as cadeiras em uma razão de modo a presidência de Fernando Collor de Mello entre 1990 e 1992) e vem sendo a
respeitar ao máximo as diferenças entre as vinte e sete Unidades da força dominante no Congresso Nacional desde então –, o Partido dos
Federação, para um período de quatro anos. Já no Senado, cada estado é Trabalhadores (PT) – legenda da atual presidente Dilma Rousseff (2011–) e
representado por 3 senadores para um mandato de oito anos cada. Em do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003–2010) –, o Partido
âmbito estadual, o Legislativo é exercido pelas Assembleias Legislativas Progressista (PP), o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) – do
Estaduais; e em âmbito municipal, pelas Câmaras Municipais. ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1994–2002) –, o Partido
Democrático Trabalhista (PDT), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e
Sistema federativo o Democratas (DEM). Todos possuem mais de um milhão de filiados.
O Brasil possui vinte e seis estados e um Distrito Federal, indissolúveis, Apesar de 61% dos brasileiros declararem não ter preferência partidária,
cada qual com um Governador eleito pelo voto direto para um mandato de 20% indicam preferência ao PT, 5% ao PSDB, 4% ao PMDB e 11% a
quatro anos renovável por mais quatro, assim como acontece com outros partidos (PV, PTB, PSB, PDT, PSOL e DEM).
os Prefeitos. Tanto os estados quanto os municípios têm apenas uma casa
parlamentar: no nível estadual os deputados estaduais são eleitos para 4 A atual equação problemática da economia brasileira
anos na Assembleia Legislativa e no nível municipal, os vereadores são “É hora de as forças oposicionistas concentrarem seus esforços na dis-
eleitos para a Câmara Municipal para igual período. cussão de um ousado projeto para o país, que passe pelo corajoso enfren-
tamento de nossos atuais gargalos e pelas reformas necessárias”
MARCUS PESTANA
O Brasil patina num quadro econômico que, se não é dramático como
os da Venezuela e da Argentina, deixa um horizonte nebuloso e povoa de
interrogações o futuro do país.
Baixo crescimento, produtividade insuficiente, empregos de baixa qua-
lidade, competitividade ladeira abaixo, taxa de investimento raquítica,
inflação alta, desindustrialização clara, alta taxa de juros, deterioração do
equilíbrio fiscal e do setor externo, ambiente regulatório instável, baixa
credibilidade da política econômica, tudo isto resultando em ambiente
adverso junto aos investidores.
Esse cenário, nem o mais otimista pronunciamento da presidente Dil-
ma, nas abusivas redes nacionais de rádio e TV, podem negar.
O sintoma mais claro e recente foi o fracasso do leilão da maior reserva
brasileira de petróleo do pré-sal, o Campo de Libra, onde apenas um con-
Sistema judiciário sórcio, induzido pela Petrobras, participou sem oferecer nenhum ágio.

Finalmente, há o Poder Judiciário, cuja instância máxima é o Supremo O intervencionismo desorganizador de Dilma e seu governo está pre-
Tribunal Federal (STF) , responsável por interpretar a Constituição Federal sente no setor elétrico, no setor de açúcar e álcool, na penúria de estados e
e composto por onze ministros indicados pelo Presidente sob referendo do municípios, na frustrada aventura de diversos “campeões globais”, especi-
Senado, dentre indivíduos de renomado saber jurídico. A composição dos almente Eike Batista, que com sua falência contribuiu para alimentar ainda
ministros do STF não é completamente renovada a cada mandato mais as expectativas negativas em relação ao Brasil. Enquanto isso, seto-
presidencial: o presidente somente indica um novo ministro quando um res importantes como o café clamam por uma política nacional que os
deles se aposenta ou vem a falecer. A idade para a aposentadoria fortaleça.
compulsória é de 70 anos. No entanto, os ministros podem se aposentar Nenhuma das reformas estruturais necessárias foi adiante. A falta de
antes disso, caso queiram. O salário recebido pelos membros da corte traquejo de nossa presidente para liderar um ousado programa de reformas
(28.059,29 reais em 2013) é o mais alto do funcionalismo público. deixa um vácuo insuportável. O Brasil vem perdendo oportunidades e
deixou de usufruir do melhor momento do cenário internacional. Quando a
liquidez internacional for enxugada, a China desacelerar e o fluxo de capi-
tais voltar-se para os EUA e a Europa, poderemos viver graves problemas.
Foi esse quadro que levou as intenções de voto da presidente Dilma
despencar de 58% para 30%, após as manifestações de junho. Os fatores
preponderantes foram a inflação, principalmente nos alimentos, o alto
endividamento das famílias pressionando o padrão de vida conquistado e a
falta de empregos de melhor qualidade, que ofereçam às pessoas a pers-
pectiva do próximo passo.
A pequena melhoria das intenções de voto de Dilma para o patamar de
38% a 40% se deve ao confronto com Obama na questão da espionagem e
ao Mais Médicos. É pouco para quem tem uma poderosa máquina de
comunicação em ação, quase 100% de conhecimento e enfrenta adversá-
rios experientes, habilidosos e pouco conhecidos.
Estamos longe ainda das eleições de 2014. A maioria da população
não está preocupada com isso. É hora de as forças oposicionistas concen-
Sistema eleitoral-partidário trarem seus esforços na discussão de um ousado projeto para o país, que
Em 1980, voltou a existir o pluripartidarismo no país, sendo inicialmente passe pelo corajoso enfrentamento de nossos atuais gargalos e pelas
criados 5 partidos políticos. Atualmente, há mais de 30 partidos políticos reformas necessárias.
registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O partido mais antigo O Brasil não está condenado a viver eternamente este voo de galinha,
ainda em atividade é o Partido Comunista Brasileiro (PBC), fundado em com crescimento médio de 2%. Mas é preciso mudar o rumo.
1922 e colocado na ilegalidade diversas vezes. Segundo dados do TSE, os

Conhecimentos Gerais 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Economia brasileira crescerá 2,1% em 2014, aponta CNI No Brasil, a melhoria das condições de vida em geral trouxe maior lon-
gevidade à população. O número de idosos aumentou 107%, entre 1980 e
A economia brasileira crescerá 2,1% no próximo ano, menos do que os 2000, e já chega a 21 milhões. As projeções apontam para a duplicação
2,4% estimados para 2013. A indústria deverá ter uma expansão de 2,0% desse contingente nos próximos 20 anos, chegando a 15% da população.
em 2014, superior ao 1,4% previstos para 2013. As estimativas estão na Por outro lado, o percentual de crianças e jovens está em queda. Uma das
edição especial do Informe Especial, divulgado nesta quinta-feira (19) pela explicações para esse fato é a diminuição do índice de fecundidade por
Confederação Nacional da Indústria (CNI). casal, o qual, em 2008, caiu para 1,8 filho, o que aproxima o Brasil dos
Conforme o estudo, a queda no ritmo de crescimento do Produto Inter- países com as menores taxas de fecundidade. Portanto, uma impactante
no Bruto (PIB) será resultado da desaceleração dos investimentos, que transição demográfica está em curso no país.
devem ter expansão de apenas 5% no próximo ano, frente aos 7,1% previs- Transição epidemiológica – Esta também se faz presente como fator in-
tos para 2013. A desaceleração dos investimentos, de um lado, será terveniente na saúde. Em passado recente, doenças infectoparasitárias,
resultado do aumento da taxa de juros e do baixo patamar de confiança dos com desfecho rápido, eram as principais causas de morte na população
empresários. "De outro lado, não teremos em 2014 a contribuição excep- brasileira, chegando a 26% do total de mortes (IBGE, 7 jun. 2011). Nas
cional do investimento em equipamentos de transporte que marcou 2013", últimas décadas, porém, esse cenário modificou-se, e as doenças crônico-
diz a CNI. degenerativas (como diabetes, hipertensão, demências), os cânceres
O aumento dos juros também afetará o consumo das famílias, que de- (neoplasias) e fatores externos (mortes violentas) assumiram o papel de
verá crescer 1,7% em 2014, menos que os 2,1% estimados para este ano. principais causas de mortalidade. O tratamento e a reabilitação dos pacien-
A diminuição do ritmo do consumo, que foi o motor da economia nos últi- tes acometidos por essas doenças figuram entre os responsáveis pelos
mos anos, também será motivada pelo menor reajuste do salários mínimo e altos custos do sistema de saúde.
pelas dificuldades de acesso ao crédito. Transição tecnológica – Na medicina atual, a tecnologia assume papel
Inflação e câmbio cada vez mais significativo. A incorporação de novos artefatos é sempre
bem-vinda, pois adiciona qualidade aos tratamentos curativos ou paliativos,
A CNI estima ainda que a inflação alcançará 6% em 2014, acima da porém levanta algumas discussões, por implicar altos custos e por trazer o
meta de 4,5% fixada para o ano e maior que os 5,7%, previstos para 2013. perigo de relegar a plano secundário a necessária humanização no trata-
"Alguns fatores justificam essa situação: o fim do efeito da desoneração da mento dos pacientes.
energia elétrica elevará o acumulado em 12 meses dos preços administra-
dos e o câmbio mais desvalorizado deverá ter efeito mais perceptível no Transição nutricional – Proporcionou mudança no padrão físico do bra-
ano que vem", avalia o estudo. sileiro. O excesso de peso ou sobrepeso e a obesidade (índice de massa
corpórea entre 25 e 30 e acima de 30, respectivamente) explodiram. Se-
Com a previsão de inflação acima do centro da meta, a CNI estima gundo o IBGE, em 2009, o sobrepeso atingiu mais de 30% das crianças
uma nova alta nos juros básicos da economia no início de 2014. Assim, a entre 5 e 9 anos de idade; cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos;
taxa Selic alcançará 10,50% e se manterá nesse patamar até o fim de 48% das mulheres; 50,1% dos homens acima de 20 anos (IBGE, 7 jun.
2014. 2011). Segundo dados do Ministério da Saúde (Vigitel, 2011), 48,1% da
De acordo com as previsões da CNI, o dólar continuará se valorizando população brasileira está acima do peso, 15% são obesos.
e valerá em média R$ 2,35 em 2014, acima dos R$ 2,15 deste ano. O 2. Grandes preocupações na saúde pública no Brasil
superávit comercial brasileiro, na avaliação da CNI, será de US$ 740 mi-
lhões, o menor desde 2000. As exportações fecharão o ano em US$ 239,4 Conforme o contexto delineado, é possível extrair cinco temas preocu-
bilhões, valor 1,3% inferior ao registrado em 2012. As importações somarão pantes para a saúde atualmente: doenças crônicas não transmissí-
US$ 238,7 bilhões. veis ou doenças não transmissíveis(doenças cardiovasculares, hipertensão,
http://www.ebc.com.br/noticias/economia/2013/12/economia-brasileira- diabetes, cânceres, doenças renais crônicas e ou-
crescera-21-em-2014-aponta-cni tras); doenças transmissíveis (aids, tuberculose, hanseníase, influenza ou
gripe, dengue e outras); fatores comportamentais de risco modificá-
veis (tabagismo, dislipidemias por consumo excessivo de gorduras satura-
das de origem animal, obesidade, ingestão insuficiente de frutas e hortali-
ças, inatividade física e sedentarismo); dependência química e uso cres-
cente e disseminado de drogas lícitas e ilícitas (álcool, crack, oxi e ou-
tras); causas externas (acidentes e violências).
Doenças não transmissíveis (DNT) – Estimativas da Organização Mun-
dial da Saúde (OMS) mostram que as DNT são responsáveis por 58,5%
das mortes ocorridas no mundo e por 45,9% das enfermidades que acome-
tem as populações. Em 2007, as DNT respondiam por aproximadamente
67,3% das causas de óbitos no Brasil e representavam cerca de 75% dos
gastos com a atenção à saúde. As doenças cardiovasculares correspondi-
am às principais causas, com 29,4%, de todos os óbitos declarados (Minis-
tério da Saúde, 7 jun. 2011a).
400 × 282 - haiti-asduasfaces.no.comunidades.net Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que a hipertensão atinja
23,3% dos brasileiros, ou seja, 44,7 milhões de pessoas. Deste montante,
Saúde no Brasil – realidades e perspectivas
apenas 33 milhões têm ciência de seu diagnóstico ou de diagnóstico autor-
Por André Luiz de Oliveira referido. Apenas 19% têm a pressão sob controle entre aqueles que estão
em tratamento. O diagnóstico de hipertensão arterial torna-se mais comum
1. Panorama atual da saúde no Brasil com o avanço da idade, atingindo em torno de 50% das pessoas acima de
Nas últimas décadas, o setor da saúde passou por impressionantes 55 anos (Machado, 2011).
transformações em importantes aspectos: demográfico, epidemiológico, Em relação ao diabetes, estimativas atuais apontam para 11 milhões
nutricional e tecnológico. A seguir, há uma exposição mais detalhada sobre de portadores; desses, somente 7,5 milhões têm ciência de sua condição e
essas mudanças. nem todos se tratam adequadamente (Vigitel, 2011).
Transição demográfica – Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Em 2008, segundo a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer
Estatística (IBGE), em 2008, a esperança de vida dos brasileiros, ao nas- (Iarc) e a OMS, surgiram 12 milhões de novos casos de câncer em todo o
cer, chegou a 72 anos, 10 meses e 10 dias. A média atual entre os homens mundo, com 7 milhões de óbitos por esse motivo (Oliveira, 6 jul. 2011). No
é de 69,11 anos e entre as mulheres, 76,71 anos (IBGE, 2008). Brasil, para o ano de 2011, as estimativas apontam para a ocorrência de

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489.270 novos casos de câncer (Inca, 7 jun. 2011). Os tipos mais inciden- entre as quais, por exemplo, derrame cerebral, ataque cardíaco, doenças
tes, excluindo o câncer de pele, não melanoma (113 mil novos casos), pulmonares crônicas, problemas de circulação, úlceras, diabetes, infertili-
devem ser, nos homens, o câncer de próstata (52 mil), pulmão (18 mil), dade, bebês abaixo do peso, osteoporose, infecções no ouvido. Segundo a
estômago (14 mil), cólon e reto (13 mil) e, nas mulheres, o câncer de mama Opas (IBGE, 23 set. 2011), 90% dos casos de câncer de pulmão estão
(49 mil), colo de útero (18 mil), cólon e reto (15 mil), pulmão (10 mil) (Inca, 7 associados ao tabagismo.
jun. 2011). Segundo o Ministério da Saúde (7 jun. 2011a), desde 2003, as
neoplasias malignas constituem a segunda causa de morte na população. O percentual de fumantes no país teve redução nas últimas décadas.
Em 1989, representava um terço da população (Vigitel, 2011) e, em 2010,
Conforme dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (7 jun. 2011), foi reduzido para 15,1% da população adulta (Inca, 7 jun. 2011). A OMS
quase 1 milhão de brasileiros têm problemas renais, no entanto 70% ainda afirma que o tabagismo (dependência física e psicológica do cigarro), no
não o sabem. A doença renal crônica caracteriza-se por um quadro de Brasil, ainda mata cerca de 200 mil pessoas por ano. Segundo o Instituto
evolução lenta, progressiva, até a perda irreversível da função renal (quan- Nacional de Câncer (Inca), pelo menos 2,7 mil não fumantes morrem no
do os rins deixam de filtrar o sangue). As doenças renais matam pelo Brasil por ano devido a doenças provocadas pelo tabagismo passivo (Vigi-
menos 15 mil brasileiros por ano. Dos 150 mil pacientes que deveriam estar tel, 2011).
em diálise, apenas 70 mil conseguem receber tal tratamento (Sociedade
Brasileira de Nefrologia, 7 jun. 2011). A prática regular de exercícios físicos está longe de fazer parte da roti-
na dos brasileiros. Em 2008, somente 10,2% da população com 14 anos ou
Doenças transmissíveis – Os números da aids (doença já manifesta) mais tinha uma atividade física regular (Vigitel, 2011). [f1] E 14,2% da
no Brasil, atualizados até junho de 2010, contabilizam 592.914 casos população adulta não pratica nenhuma atividade física, nem durante o
registrados desde 1980. A taxa de incidência oscila em torno de 20 casos tempo de lazer nem para ir ao trabalho.
de aids por 100 mil habitantes. Em 2009, foram notificados 38.538 novos
casos da doença, e, em 87,5% deste montante, a transmissão ocorreu por O crescimento, em curto período de tempo, do número de pessoas
via heterossexual. com sobrepeso e obesas é uma tendência e constitui um desafio mundial a
ser enfrentado. A OMS projetou que, em 2005, o mundo tinha 1,6 bilhão de
Atualmente, ainda há mais casos da doença entre os homens do que pessoas acima de 15 anos com excesso de peso e 400 milhões de obesos
entre as mulheres, mas essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos. (IMC acima ou igual a 30). A projeção para 2015 é ainda mais pessimista:
Em 1989, a razão era de seis casos de aids nos homens para cada um 2,3 bilhões de pessoas com excesso de peso e 700 milhões de obesos,
caso em mulher. Em 2009, a proporção chegou a 1,6 (homem) para cada indicando aumento de 75% nos casos de obesidade em dez anos (Vigitel,
uma mulher infectada (Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, 7 2011). No Brasil há 48,1% de pessoas com excesso de peso, sendo 15%
jun. 2011). de obesos. Além das dificuldades naturais causadas pelo excesso de peso,
a obesidade pode, ao longo do tempo, acarretar problemas à saúde, como
Com relação à tuberculose, o Brasil, entre 2008 e 2010, reduziu de hipertensão arterial e diabetes.
73.673 para 70.601 o número de novos casos, o que representa cerca de 3
mil novos casos a menos no período. Com a redução, a taxa de incidência Dependência química – As Nações Unidas contra Drogas e Crimes (U-
(número de pacientes por 100 mil habitantes) baixou de 38,82 para 37,99 nodc, em inglês United Nations Office on Drugs and Crime), no Relatório
(Pastoral da Criança, 7 jun. 2011). Contudo, a tuberculose ainda é a tercei- Mundial sobre Drogas (Ministério da Saúde, 7 jun. 2011a) de 2008, mostra
ra causa de óbitos por doenças infecciosas e a primeira entre pacientes que cerca de 5% da população mundial (208 milhões de pessoas) já fez
com aids. uso de drogas ao menos uma vez. Essa pesquisa aponta que o Brasil é o
segundo maior mercado de cocaína das Américas, com cerca de 870 mil
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 47 mil novos casos usuários adultos (entre 15 e 64 anos), atrás apenas dos Estados Unidos,
de hanseníase são detectados a cada ano, sendo 8% deles em menores de que têm cerca de 6 milhões de consumidores da droga.
15 anos (Ministério da Saúde, 7 jun. 2001b). A hanseníase apresenta
tendência de estabilização dos coeficientes de detecção no país, mas eles O Brasil é o responsável pela maior quantidade de maconha apreendi-
ainda estão em patamares muito altos nas regiões Norte, Centro-Oeste e da na América do Sul, tendo apreendido 167 toneladas em 2008. O consu-
Nordeste, com 17,5% da população brasileira concentrando 53,5% dos mo da maconha e do haxixe no Brasil aumentou duas vezes e meia: em
casos detectados (Ibid.). 2001, 1% dos brasileiros consumia a droga. Em 2005, o número chegou a
2,6% da população. Segundo o Ministério da Saúde, o crackpoderá tirar a
É facilmente perceptível o temor às pandemias que rapidamente se es- vida de pelo menos 25 mil jovens por ano no Brasil. A estimativa é que
palham pelo mundo devido à globalização. Chega a ser curioso o homem mais de 1,2 milhão de pessoas sejam usuárias de crack no país e cerca de
se vangloriar de muitas conquistas e descobertas científicas, mas, ao 600 mil pessoas façam uso frequente de droga. A média de idade do início
mesmo tempo, ficar impotente ante a ação desconhecida e letal de um do uso é 13 anos (Ibid.).
imperceptível e microscópico germe. Recentemente, enorme pânico as-
sombrou o planeta, por causa do surto de uma gripe denominada gripe A Ultimamente, há notícias que indicam a rápida difusão de nova e de-
ou sorotipo H1N1. O vírus da influenza acomete, anualmente, no Brasil, vastadora droga, apreendida em todas as regiões do país. Trata-se do oxi,
cerca de 400 a 500 mil pessoas e mata de 3 a 4 mil indivíduos, e 95% uma droga mais barata e de consequências ainda mais danosas para os
desses óbitos são de idosos (OMS, 7 jun. 2011b). usuários que o temível crack. O oxi é produzido pela mistura de cocaína,
combustível, cal virgem, cimento, acetona, ácido sulfúrico, soda cáustica e
A OMS estima que entre 50 milhões e 100 milhões de pessoas se in- amônia. Pesquisas iniciais do Ministério da Saúde apontam que cerca de
fectam anualmente com as doenças tropicais em mais de cem países um terço dos usuários de oxi morrem no primeiro ano (Vigitel, 2011).
(Ministério da Saúde, 10 jul. 2011), exceto os da Europa. No Brasil, somen-
te nos primeiros nove meses do ano de 2010, 936 mil casos de dengue A dependência do álcool é um dos graves problemas de saúde pública
foram notificados ao Ministério da Saúde, dos quais 14,3 mil eram graves, brasileira. De acordo com o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
tendo ocorrido 592 mortes pela doença no período (OMS, 7 jun. 2011a). Psicotrópicas (Cebrid), atualmente 18% da população adulta consome
álcool em excesso, em contraposição a 16,2% em 2006. A população
Do mesmo modo, não se pode descuidar da doença de Chagas. Em masculina ainda é a maioria entre os que bebem em excesso – 26,8% em
algumas regiões do Brasil, ainda há grande número de infectados. Não 2010. O uso do álcool, além de causar sérios e irreversíveis danos a vários
obstante o Brasil ter recebido, em 2006, da Organização Pan-Americana da órgãos do corpo, está também relacionado a 60% dos acidentes de trânsito
Saúde (Opas) a Certificação Internacional de Eliminação da Transmissão e 70% das mortes violentas. Seu consumo vem crescendo em todos os
dessa doença, a erradicação definitiva da transmissão requer a manuten- setores da sociedade, independentemente de cor, raça, religião e condi-
ção contínua de ações de controle e vigilância. ções financeiras de seus usuários, tanto em grandes centros urbanos como
Fatores de risco modificáveis – O tabagismo é a principal causa evitá- nas mais distantes áreas rurais.
vel de morte no mundo. É incontestável a associação entre o cigarro, com Causas externas (acidentes e violências) – No Brasil, as mortes por
suas mais de 4 mil substâncias tóxicas, e os vários tipos de câncer (de causas externas (mortes violentas) já ocupam o terceiro lugar entre os
pulmão, boca, lábio, língua, laringe, garganta, esôfago, pâncreas, estôma- óbitos da população em geral, só perdendo para as mortes por doenças
go, intestino delgado, bexiga, rins, colo de útero etc.) e diversas moléstias,

Conhecimentos Gerais 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


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cardiovasculares e neoplasias (cânceres), e detêm o primeiro lugar na faixa dade da saúde brasileira, podem ser agrupados em quatro áreas críticas, a
etária de 15 a 39 anos. Segundo um estudo sobre saúde no Brasil, houve saber: acesso, gestão, fatores externos e financiamento.
no país, em 2007, 47.707 homicídios (36,4%) e 38.419 óbitos (29,3%)
relacionados ao trânsito, constituindo juntos 67% do total de 131.032 óbitos 3.2. Perspectivas do SUS
por causas externas. Contudo, como qualquer outro processo de relevância social, o SUS
É assustador o alto número de acidentes de trânsito que acontecem necessita de constante monitoramento por parte do cidadão, missionário da
pelo país, ceifando milhares de vidas. Eles também deixam inúmeros boa vontade, e de um empenho prioritário das autoridades governamentais,
sobreviventes, entre os quais muitos jovens, com sequelas irreversíveis, lembrando que os direitos de acesso a qualquer garantia social devem ser
que passam a depender muito do sistema de saúde e da família devido ao sempre respeitados e que o senso crítico e responsável de todos, na mes-
constante cuidado de que precisam. ma proporção, deve ser estimulado.

É igualmente preocupante a escalada dos números de vítimas da vio- A preocupação com a informação em saúde e com o bem-estar de to-
lência doméstica. Mesmo com a existência da Lei Maria da Penha (Lei n. dos também deve ser lembrada, reforçando o conceito de educação em
11.340/2006), só em 2010 foram feitos 734.416 registros, sendo 108.026 saúde e práticas saudáveis de vida. Enfim, a luta por políticas públicas de
com relatos de violência e 63.831 especificamente referentes à violência saúde responsáveis e isentas de interesses colaterais e o resgate à prática
física (Guia da Previdência Social, n. 422). da solidariedade e da humanização no mundo da saúde significam manifes-
tações responsáveis e cristãs de verdadeira fraternidade com todos os
Afora esses cinco fatores de grande preocupação para a saúde no nossos irmãos, em busca de um mundo mais justo, fraterno, solidário e, por
Brasil atualmente, existe a problemática do financiamento da saúde no que não, saudável.
país. O Sistema Único de Saúde (SUS) teve de disputar recursos financei-
ros com outros ramos da seguridade social (assistência social e previdência Educação no Brasil
social) desde o primeiro momento, quando as formas de sua implementa-
ção ainda estavam sendo elaboradas. Na época, foi garantido no Ato das Espera-se que a educação no Brasil resolva, sozinha, os problemas so-
Disposições Transitórias que, enquanto não fosse regulamentada a lei de ciais do país. No entanto, é preciso primeiro melhorar a formação dos do-
custeio da seguridade social, pelo menos 30% do total de seus recursos centes, visto que o desenvolvimento dos professores implica no desenvolvi-
deveria ser destinado para a saúde. Os anos que se seguiram à Constitui- mento dos alunos e da escola.
ção de 1988 são caracterizados pela tensão permanente entre dois princí-
pios: a construção da universalidade e a contenção de gastos na saúde.
Desde 1999 há no Congresso Nacional uma proposta de regulamenta-
ção desses repasses por meio da Emenda Constitucional n. 29 (EC 29).
Além de definir um repasse mínimo do governo federal (corrigido pelo PIB),
dos governos estaduais (de 12%) e dos municípios (de 15%), a EC 29
define ações e serviços em saúde, caracterizando o que realmente pode
ser gasto em saúde, e propõe medidas de sanção ou punição aos gestores
que descumprirem esses investimentos mínimos. É preocupante o não
cumprimento sistemático, por muitos governantes, do mínimo de investi-
mento na saúde, ocasionando arriscado e perigoso subfinanciamento na
saúde pública.
3. Avanços no SUS
O Programa Saúde da Família atinge atualmente cem milhões de brasi- O processo de expansão da escolarização básica no Brasil só começou
leiros, segundo o Ministério da Saúde. O país reduziu em mais de 70% a em meados do século XX
mortalidade infantil nos últimos 30 anos, ampliou o número de consultas de
pré-natal, diminuiu a desnutrição, alcançou uma das maiores coberturas de Ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, vale lembrar que
vacinação para crianças, gestantes e idosos do mundo. Segundo o Ministé- só em meados do século XX o processo de expansão da escolarização
rio da Saúde, a transmissão do cólera foi interrompida em 2005. Eliminou- básica no país começou, e que o seu crescimento, em termos de rede
se a paralisia infantil e o sarampo em 2007 e a rubéola em 2009. Mortes pública de ensino, se deu no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980.
por doenças transmissíveis, como tuberculose, hanseníase, malária e aids, Com isso posto, podemos nos voltar aos dados nacionais:
foram reduzidas (Ministério da Saúde, 7 jun. 2011a).
O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PI-
Os dados do Datasus (7 jun. 2011) mostram que no SUS, em 2010, fo- SA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de
ram disponibilizados 634 milhões de medicamentos e realizados 535 mi- crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola
lhões de ações de prevenção e promoção, 495 milhões de exames, 239 (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi regis-
milhões de atendimentos de saúde bucal, 40 milhões de fisioterapias, 11,1 trado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º
milhões de internações. Todos os anos, registram-se 3,5 milhões de órte- ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20%
ses e próteses e mais de 20 mil transplantes. dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes
3.1. Desafios do SUS cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação).
Professores recebem menos que o piso salarial (et. al., na mídia).
O SUS tem desafios de curto, médio e longo prazo, sobretudo por pre-
cisar de mais recursos e da otimização do uso do dinheiro público. Hoje é Frente aos dados, muitos podem se tornar críticos e até se indagar com
investido o dobro de recursos na doença (internações, cirurgias, transplan- questões a respeito dos avanços, concluindo que “se a sociedade muda, a
tes) do que nas ações básicas de saúde (vacinas e consultas) que previ- escola só poderia evoluir com ela!”. Talvez o bom senso sugerisse pensar-
nem a doença. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplica- mos dessa forma. Entretanto, podemos notar que a evolução da sociedade,
da (Ipea), os problemas mais frequentes são a falta de médicos (58,1%), a de certo modo, faz com que a escola se adapte para uma vida moderna,
demora para atendimento em postos, centros de saúde ou hospitais mas de maneira defensiva, tardia, sem garantir a elevação do nível da
(35,4%) e a demora para conseguir uma consulta com especialistas educação.
(33,8%). Logo, agora não mais pelo bom senso e sim pelo costume, a “culpa”
Com base em relatos, divulgações nos meios de comunicação e situa- tenderia a cair sobre o profissional docente. Dessa forma, os professores se
ções vivenciadas pelos usuários do SUS, alguns desafios ou oportunidades tornam alvos ou ficam no fogo cruzado de muitas esperanças sociais e
de melhora na prestação de serviços, que ajudam a compor a difícil reali- políticas em crise nos dias atuais. As críticas externas ao sistema educacio-
nal cobram dos professores cada vez mais trabalho, como se a educação,
sozinha, tivesse que resolver todos os problemas sociais.

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Já sabemos que não basta, como se pensou nos anos 1950 e 1960, do- Energia
tar professores de livros e novos materiais pedagógicos. O fato é que a
qualidade da educação está fortemente aliada à qualidade da formação dos
professores. Outro fato é que o que o professor pensa sobre o ensino de-
termina o que o professor faz quando ensina.
O desenvolvimento dos professores é uma precondição para o desen-
volvimento da escola e, em geral, a experiência demonstra que os docentes
são maus executores das ideias dos outros. Nenhuma reforma, inovação ou
transformação – como queira chamar – perdura sem o docente.
É preciso abandonar a crença de que as atitudes dos professores só se
modificam na medida em que os docentes percebem resultados positivos na
aprendizagem dos alunos. Para uma mudança efetiva de crença e de atitu-
de, caberia considerar os professores como sujeitos. Sujeitos que, em
atividade profissional, são levados a se envolver em situações formais de
aprendizagem.
Mudanças profundas só acontecerão quando a formação dos professo-
res deixar de ser um processo de atualização, feita de cima para baixo, e se Plataforma petrolífera P-51 da estatalbrasileira Petrobras. Desde 2006
converter em um verdadeiro processo de aprendizagem, como um ganho o país equilibra sua balança de petróleo.
individual e coletivo, e não como uma agressão.
O Brasil é o décimo maior consumidor da energia do planeta e o tercei-
Certamente, os professores não podem ser tomados como atores úni- ro maior do hemisfério ocidental, atrás dos Estados Unidos e Canadá. A
cos nesse cenário. Podemos concordar que tal situação também é resultado matriz energética brasileira é baseada em fontes renováveis, sobretudo
de pouco engajamento e pressão por parte da população como um todo, a energia hidrelétrica e oetanol, além de fontes não-renováveis de energia,
que contribui à lentidão. Ainda sem citar o corporativismo das instâncias como o petróleo e o gás natural. A Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Paraná,
responsáveis pela gestão – não só do sistema de ensino, mas também das é a maior usina hidrelétrica do planeta por produção de energia.
unidades escolares – e também os muitos de nossos contemporâneos que
pensam, sem ousar dizer em voz alta, “que se todos fossem instruídos, Ao longo das últimas três décadas o Brasil tem trabalhado para criar
quem varreria as ruas?”; ou que não veem problema “em dispensar a todos uma alternativa viável à gasolina. Com o seu combustível à base de cana-
das formações de alto nível, quando os empregos disponíveis não as exi- de-açúcar, a nação pode se tornar energicamente independente neste
gem”. momento. O Pró-álcool, que teve origem na década de 1970, em resposta
às incertezas do mercado do petróleo, aproveitou sucesso intermitente.
Enquanto isso, nós continuamos longe de atingir a meta de alfabetizar Ainda assim, grande parte dos brasileiros utilizam os chamados "veículos
todas as crianças até os 8 anos de idade e carregando o fardo de um baixo flex", que funcionam com etanol ou gasolina, permitindo que o consumi-
desempenho no IDEB. Com o índice de aprovação na média de 0 a 10, os dor possa abastecer com a opção mais barata no momento, muitas vezes o
estudantes brasileiros tiveram a pontuação de 4,6 em 2009. A meta do país etanol. Os países com grande consumo de combustível, como a Índia e
é de chegar a 6 em 2022. Eliane da Costa Bruini a China, estão seguindo o progresso do Brasil nessa área. Além disso,
países como o Japão e Suécia estão importando etanol brasileiro para
Meio ambiente e biodiversidade ajudar a cumprir as suas obrigações ambientais estipuladas no Protocolo
A grande extensão territorial do Brasil abrange diferen- de Quioto.
tes ecossistemas, como a floresta Amazônica, reconhecida como tendo a O Brasil possui a segunda maior reserva de petróleo bruto na América
maior diversidade biológica do mundo, a mata Atlântica e o Cerrado, que do Sul e é um dos produtores de petróleo que mais aumentaram sua pro-
sustentam também grande biodiversidade, sendo o Brasil reconhecido dução nos últimos anos. O país é um dos mais importantes do mundo na
como um país megadiverso. No sul, a floresta de araucárias cresce sob produção de energia hidrelétrica. Da sua capacidade total de geração
condições de clima temperado. de eletricidade, que corresponde a 90 mil megawatts (MW), a energia
A rica vida selvagem do Brasil reflete a variedade de habitats naturais. hídrica é responsável por 66.000 MW (74%). A energia nuclear representa
Os cientistas estimam que o número total de espécies vegetais e animais cerca de 3% da matriz energética do Brasil. O Brasil pode se tornar uma
no Brasil seja de aproximadamente de quatro mi- potência mundial na produção de petróleo, com grandes descobertas desse
lhões. Grandes mamíferos incluem pumas, onças, jaguatiricas, ra- recurso nos últimos tempos na Bacia de Santos.
ros cachorros-
vina-
Transportes
gre, raposas, queixadas, antas, tamanduás, preguiças, gambás e tatus. Ve
ados são abundantes no sul e muitas espécies de platyrrhini são encontra-
das nas florestas tropicais do norte.A preocupação com o meio ambiente
tem crescido em resposta ao interesse mundial nas questões ambientais.
O patrimônio natural do Brasil está seriamente ameaçado pela pecuária
e agricultura, exploração madeireira, mineração, reassentamen-
to, desmatamento, extração de petróleo e gás, a sobrepesca, comércio de
espécies selvagens, barragens e infraestrutura, contaminação da água,
fogo, espécies invasoras e pelos efeitos do aquecimento global. Em muitas
áreas do país, o ambiente natural está ameaçado pelo desenvolvimento. A
construção de estradas em áreas de floresta, tais como a BR-230 e a BR-
163, abriu áreas anteriormente remotas para a agricultura e para o comér-
cio; barragens inundaram vales e habitats selvagens; e minas criaram
cicatrizes na terra e poluíram a paisagem.

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Terminal do Aeroporto Internacional dos Guararapes, O Brasil também tem um grande número de notáveis personalidades
em Recife, Pernambuco. científicas. Entre os inventores brasileiros mais reconhecidos estão os
padres Bartolomeu de Gusmão, Roberto Landell de Moura e Francisco
João de Azevedo, além de Alberto Santos Dumont, Evaristo Conrado
Engelberg, Manuel Dias de Abreu, Andreas Pavel e Nélio José Nicolai. A
ciência brasileira é representada por nomes como César Lattes, Mário
Schenberg,José Leite Lopes e Fritz Muller. Entre os profissionais e pesqui-
sadores da área demedicina, destacam-se os brasileiros Ivo Pitan-
guy, Mayana Zatz, Adib Jatene, Adolfo Lutz, Emílio Ribas, Vital Brasil,
Carlos Chagas, Oswaldo Cruz, Henrique da Rocha Lima, Mauricio Rocha e
Silva e Euryclides Zerbini.
A produção científica brasileira começou, efetivamente, nas primeiras
décadas do século XIX, quando a família real e a nobreza portuguesa,
chefiadas pelo Príncipe-regente Dom João de Bragança (futuro Rei Dom
João VI), chegaram no Rio de Janeiro, fugindo da invasão do exército
de Napoleão Bonaparte em Portugal, em 1807. Até então, o Brasil era
uma colônia portuguesa (ver colônia do Brasil), sem universidades e orga-
nizações científicas, em contraste com as ex-colônias americanas
do império espanhol, que apesar de terem uma grande parte da popula-
Trecho da BR-060 entre Goiânia e Brasília. ção analfabeta, tinham um número considerável de universidades desde o
Com uma rede rodoviária de cerca de 1,8 milhões de quilômetros, sen- século XVI.
do 96 353 km de rodovias pavimentadas (2004), asestradas são as princi- A pesquisa tecnológica no Brasil é em grande parte realizada em uni-
pais transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro. versidades públicas e institutos de pesquisa. Alguns dos mais notáveis
Os primeiros investimentos na infraestrutura rodoviária deram-se na polos tecnológicos do Brasil são os institutos Oswaldo Cruz e Butantã,
década de 1920, no governo de Washington Luís, sendo prosseguidos no o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial, a Empresa Brasileira de
governo Vargas e Gaspar Dutra. O presidente Juscelino Kubitschek (1956– Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e o Instituto Nacional de Pesquisas
61), que concebeu e construiu a capital Brasília, foi outro incentivador de Espaciais (INPE).
rodovias. Kubitschek foi responsável pela instalação de grandes fabricantes
de automóveis no país (Volkswagen, Ford e General Motors chegaram ao
Brasil durante seu governo) e um dos pontos utilizados para atraí-los era,
evidentemente, o apoio à construção de rodovias.
Hoje, o país tem instalados em seu território outros grandes fabricantes
de automóveis, como Fiat, Renault, Peugeot, Citroën,Chrysler, Mercedes-
Benz, BMW, Hyundai e Toyota. O Brasil é o sétimo mais importante país
da indústria automobilística.
Existem cerca de quatro mil aeroportos e aeródromos no Brasil, sendo
721 com pistas pavimentadas, incluindo as áreas de desembarque.O país Fotografia panorâmica do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron,
tem o segundo maior número de aeroportos em todo o mundo, atrás ape- em Campinas, estado de São Paulo, o únicoacelerador de partícu-
nas dos Estados Unidos. O Aeroporto Internacional de Guarulhos, localiza- las da América Latina.
do na Região Metropolitana de São Paulo, é o maior e mais movimentado-
aeroporto do país, grande parte dessa movimentação deve-se ao tráfego O Brasil tem o mais avançado programa espacial da América Latina,
comercial e popular do país e ao fato de que o aeroporto liga São Paulo a com recursos significativos para veículos de lançamento, e fabricação
praticamente todas as grandes cidades de todo o mundo. O Brasil tem 34 de satélites. Em 14 de outubro de 1997, a Agência Espacial Brasilei-
aeroportos internacionais e 2 464 aeroportos regionais. ra assinou um acordo com a NASA para fornecer peças para
a ISS.329 Este acordo possibilitou ao Brasil treinar seu primeiroastronauta.
O país possui uma extensa rede ferroviária de 28 857 km de extensão, Em 30 de março de 2006 o Cel. Marcos Pontes a bordo do veícu-
a décima maior rede do mundo. Atualmente, o governo brasileiro, diferen- lo Soyuz se transformou no primeiro astronauta brasileiro e o terceiro latino-
temente do passado, procura incentivar esse meio de transporte; um e- americano a orbitar nosso planeta.
xemplo desse incentivo é o projeto do Trem de Alta Velocidade Rio-São
Paulo, um trem-bala que vai ligar as duas principais metrópoles do país. Há O urânio enriquecido na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN),
37 grandes portos no Brasil, dentre os quais o maior é o Porto de Santos. O de Resende, no estado do Rio de Janeiro, atende a demanda energética do
país também possui 50 000 km de hidrovias. país. Existem planos para a construção do primeiro submarino nuclear do
país. O Brasil também é um dos três países da América Latina com um
Ciência e tecnologia laboratório Síncrotron em operação, um mecanismo de pesquisa da física,
da química, das ciências dos materiais e da biologia. Segundo o Relatório
Global de Tecnologia da Informação 2009–2010 do Fórum Econômico
Mundial, o Brasil é o 61º maior desenvolvedor mundial de tecnologia da
informação.

César Lattes, físicobrasileiro codescobridor doméson pi.

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Preservação ambiental e o controle populacional. O estudo da influência do comportamento sobre
as populações foi incentivado pelo reconhecimento, em 1920, da
territorialidade dos pássaros. Os conceitos de comportamento instintivo e
agressivo foram lançados por Konrad Lorenz e Nikolaas Tinbergen,
enquanto V. C. Wynne-Edwards estudava o papel do comportamento social
no controle das populações.
No início e em meados do século XX, dois grupos de botânicos, um na
Europa e outro nos Estados Unidos, estudaram comunidades vegetais de
dois diferentes pontos de vista. Os botânicos europeus se preocuparam em
estudar a composição, a estrutura e a distribuição das comunidades
vegetais, enquanto os americanos estudaram o desenvolvimento dessas
comunidades, ou sua sucessão. As ecologias animal e vegetal se
desenvolveram separadamente até que os biólogos americanos deram
ênfase à inter-relação de comunidades vegetais e animais como um todo
biótico.
Alguns ecologistas se detiveram na dinâmica das comunidades e
populações, enquanto outros se preocuparam com as reservas de energia.
Área de preservação ambiental Em 1920, o biólogo alemão August Thienemann introduziu o conceito de
níveis tróficos, ou de alimentação, pelos quais a energia dos alimentos é
Segundo a União Mundial para a Natureza (IUCN), cerca de 12% das transferida, por uma série de organismos, das plantas verdes (produtoras)
terras do mundo estão atualmente protegidas, o dobro do que havia no aos vários níveis de animais (consumidores). Em 1927, C. S. Elton,
início da década de 1990. Boa parte dessa proteção, porém, nunca saiu do ecologista inglês especializado em animais, avançou nessa abordagem
papel. com o conceito de nichos ecológicos e pirâmides de números. Dois
biólogos americanos, E. Birge e C. Juday, na década de 1930, ao medir a
Ultimamente com os problemas provocados pelo homem, o tema de
reserva energética de lagos, desenvolveram a ideia da produção primária,
preservação vem sendo mais pensado e discutido. Assiste-se a uma
isto é, a proporção na qual a energia é gerada, ou fixada, pela fotossíntese.
evolução no foco das atividades ambientalistas, principalmente o
Greenpeace. Se no início elas se concentravam na defesa de algumas A ecologia moderna atingiu a maioridade em 1942 com o
espécies ameaçadas, agora consideram que a conservação dos desenvolvimento, pelo americano R. L. Lindeman, do conceito trófico-
ecossistemas, aliada ao desenvolvimento sustentável, é vital para a dinâmico de ecologia, que detalha o fluxo da energia através do
manutenção e a evolução da biodiversidade. ecossistema. Esses estudos quantitativos foram aprofundados pelos
americanos Eugene e Howard Odum. Um trabalho semelhante sobre o ciclo
Em 2003, instituições ambientais, cientistas e políticos reunidos no 5º -
dos nutrientes foi realizado pelo australiano J. D. Ovington.
Congresso Mundial de Parques, em Durban, na África do Sul, definiram
novas políticas e critérios para a ampliação e a multiplicação de áreas de O estudo do fluxo de energia e do ciclo de nutrientes foi estimulado
conservação e de corredores ecológicos ligando as áreas já existentes e pelo desenvolvimento de novas técnicas -- radioisótopos, microcalorimetria,
para o envolvimento das comunidades locais com as áreas protegidas. computação e matemática aplicada -- que permitiram aos ecologistas
Essas propostas originaram o Acordo de Durban, cujo principal objetivo é a rotular, rastrear e medir o movimento de nutrientes e energias específicas
criação de um sistema global de áreas protegidas na próxima década. através dos ecossistemas. Esses métodos modernos deram início a um
novo estágio no desenvolvimento dessa ciência -- a ecologia dos sistemas,
Ecologia que estuda a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas.
Durante muito tempo desconhecida do grande público e relegada a Conceito unificador. Até o fim do século XX, faltava à ecologia uma
segundo plano por muitos cientistas, a ecologia surgiu no século XX como base conceitual. A ecologia moderna, porém, passou a se concentrar no
um dos mais populares aspectos da biologia. Isto porque tornou-se conceito de ecossistema, uma unidade funcional composta de organismos
evidente que a maioria dos problemas que o homem vem enfrentando, integrados, e em todos os aspectos do meio ambiente em qualquer área
como crescimento populacional, poluição ambiental, fome e todos os específica. Envolve tanto os componentes sem vida (abióticos) quanto os
problemas sociológicos e políticos atuais, são em grande parte ecológicos. vivos (bióticos) através dos quais ocorrem o ciclo dos nutrientes e os fluxos
A palavra ecologia (do grego oikos, "casa") foi cunhada no século XIX de energia. Para realizá-los, os ecossistemas precisam conter algumas
pelo zoólogo alemão Ernst Haeckel, para designar a "relação dos animais inter-relações estruturadas entre solo, água e nutrientes, de um lado, e
com seu meio ambiente orgânico e inorgânico". A expressão meio ambiente entre produtores, consumidores e decomponentes, de outro.
inclui tanto outros organismos quanto o meio físico circundante. Envolve Os ecossistemas funcionam graças à manutenção do fluxo de energia
relações entre indivíduos de uma mesma população e entre indivíduos de e do ciclo de materiais, desdobrado numa série de processos e relações
diferentes populações. Essas interações entre os indivíduos, as populações energéticas, chamada cadeia alimentar, que agrupa os membros de uma
e os organismos e seu ambiente formam sistemas ecológicos, ou comunidade natural. Existem cadeias alimentares em todos os habitats, por
ecossistemas. A ecologia também já foi definida como "o estudo das inter- menores que sejam esses conjuntos específicos de condições físicas que
relações dos organismos e seu ambiente, e vice-versa", como "a economia cercam um grupo de espécies. As cadeias alimentares costumam ser
da natureza", e como "a biologia dos ecossistemas". complexas, e várias cadeias se entrecruzam de diversas maneiras,
Histórico. A ecologia não tem um início muito bem delineado. Encontra formando uma teia alimentar que reproduz o equilíbrio natural entre plantas,
seus primeiros antecedentes na história natural dos gregos, particularmente herbívoros e carnívoros.
em um discípulo de Aristóteles, Teofrasto, que foi o primeiro a descrever as Os ecossistemas tendem à maturidade, ou estabilidade, e ao atingi-la
relações dos organismos entre si e com o meio. As bases posteriores para passam de um estado menos complexo para um mais complexo. Essa
a ecologia moderna foram lançadas nos primeiros trabalhos dos mudança direcional é chamada sucessão. Sempre que um ecossistema é
fisiologistas sobre plantas e animais. utilizado, e que a exploração se mantém, sua maturidade é adiada.
O aumento do interesse pela dinâmica das populações recebeu A principal unidade funcional de um ecossistema é sua população. Ela
impulso especial no início do século XIX e depois que Thomas Malthus ocupa um certo nicho funcional, relacionado a seu papel no fluxo de
chamou atenção para o conflito entre as populações em expansão e a energia e ciclo de nutrientes. Tanto o meio ambiente quanto a quantidade
capacidade da Terra de fornecer alimento. Raymond Pearl (1920), A. J. de energia fixada em qualquer ecossistema são limitados. Quando uma
Lotka (1925), e Vito Volterra (1926) desenvolveram as bases matemáticas população atinge os limites impostos pelo ecossistema, seus números
para o estudo das populações, o que levou a experiências sobre a precisam estabilizar-se e, caso isso não ocorra, devem declinar em
interação de predadores e presas, as relações competitivas entre espécies

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consequência de doença, fome, competição, baixa reprodução e outras denomina-se geografia ecológica animal e vegetal. Crescimento
reações comportamentais e psicológicas. Mudanças e flutuações no meio populacional, mortalidade, natalidade, competição e relação predador-presa
ambiente representam uma pressão seletiva sobre a população, que deve são abordados na ecologia populacional. O estudo da genética e a ecologia
se ajustar. O ecossistema tem aspectos históricos: o presente está das raças locais e espécies distintas é a ecologia genética. As reações
relacionado com o passado, e o futuro com o presente. Assim, o comportamentais dos animais a seu ambiente, e as interações sociais que
ecossistema é o conceito que unifica a ecologia vegetal e animal, a afetam a dinâmica das populações são estudadas pela ecologia
dinâmica, o comportamento e a evolução das populações. comportamental. As investigações de interações entre o meio ambiente
físico e o organismo se incluem na ecoclimatologia e na ecologia fisiológica.
Áreas de estudo. A ecologia é uma ciência multidisciplinar, que envolve
biologia vegetal e animal, taxonomia, fisiologia, genética, comportamento, A parte da ecologia que analisa e estuda a estrutura e a função dos
meteorologia, pedologia, geologia, sociologia, antropologia, física, química, ecossistemas pelo uso da matemática aplicada, modelos matemáticos e
matemática e eletrônica. Quase sempre se torna difícil delinear a fronteira análise de sistemas é a ecologia dos sistemas. A análise de dados e
entre a ecologia e qualquer dessas ciências, pois todas têm influência resultados, feita pela ecologia dos sistemas, incentivou o rápido
sobre ela. A mesma situação existe dentro da própria ecologia. Na desenvolvimento da ecologia aplicada, que se ocupa da aplicação de
compreensão das interações entre o organismo e o meio ambiente ou entre princípios ecológicos ao manejo dos recursos naturais, produção agrícola, e
organismos, é quase sempre difícil separar comportamento de dinâmica problemas de poluição ambiental.
populacional, comportamento de fisiologia, adaptação de evolução e
genética, e ecologia animal de ecologia vegetal. Movimento ecológico. A intervenção do homem no meio ambiente ao
longo da história, principalmente após a revolução industrial, foi sempre no
A ecologia se desenvolveu ao longo de duas vertentes: o estudo das sentido de agredir e destruir o equilíbrio ecológico, não raro com
plantas e o estudo dos animais. A ecologia vegetal aborda as relações das consequências desastrosas. A ação das queimadas, por exemplo, provoca
plantas entre si e com seu meio ambiente. A abordagem é altamente o desequilíbrio da fauna e da flora e modifica o clima. Várias espécies de
descritiva da composição vegetal e florística de uma área e normalmente animais foram extintas ou se encontram em risco de extinção em
ignora a influência dos animais sobre as plantas. A ecologia animal envolve decorrência das atividades do homem.
o estudo da dinâmica, distribuição e comportamento das populações, e das
inter-relações de animais com seu meio ambiente. Como os animais Já no século XIX se podia detectar a existência de graves problemas
dependem das plantas para sua alimentação e abrigo, a ecologia animal ambientais, como mostram os relatos sobre poluição e insalubridade nas
não pode ser totalmente compreendida sem um conhecimento considerável fábricas e bairros operários. Encontram-se raciocínios claros da vertente
de ecologia vegetal. Isso é verdade especialmente nas áreas aplicadas da que mais tarde se definiria como ecologia social na obra de economistas
ecologia, como manejo da vida selvagem. como Thomas Malthus, Karl Marx e John Stuart Mill, e de geógrafos como
Friedrich Ratzel e George P. Marsh. Mesmo entre os socialistas, porém,
A ecologia vegetal e a animal podem ser vistas como o estudo das predominava a crença nas possibilidades do industrialismo e a ausência de
inter-relações de um organismo individual com seu ambiente (auto- preocupação com os limites naturais. Também contribuiu o fato de a
ecologia), ou como o estudo de comunidades de organismos (sinecologia). economia industrial não ter ainda revelado as contradições ecológicas
inerentes a seu funcionamento, evidenciadas no século XX.
A auto-ecologia, ou estudo clássico da ecologia, é experimental e
indutiva. Por estar normalmente interessada no relacionamento de um
organismo com uma ou mais variáveis, é facilmente quantificável e útil nas
pesquisas de campo e de laboratório. Algumas de suas técnicas são
tomadas de empréstimo da química, da física e da fisiologia. A auto-
ecologia contribuiu com pelo menos dois importantes conceitos: a
constância da interação entre um organismo e seu ambiente, e a
adaptabilidade genética de populações às condições ambientais do local
onde vivem.
A sinecologia é filosófica e dedutiva. Largamente descritiva, não é
facilmente quantificável e contém uma terminologia muito vasta. Apenas
recentemente, com o advento da era eletrônica e atômica, a sinecologia
desenvolveu os instrumentos para estudar sistemas complexos e dar início
a sua fase experimental. Os conceitos importantes desenvolvidos pela
sinecologia são aqueles ligados ao ciclo de nutrientes, reservas
energéticas, e desenvolvimento dos ecossistemas. A sinecologia tem
ligações estreitas com a pedologia, a geologia, a meteorologia e a
antropologia cultural. De fato, a maioria das teorias econômicas recentes traduz essa atitude
A sinecologia pode ser subdividida de acordo com os tipos de e raciocina como se a economia estivesse acima da natureza. A economia,
ambiente, como terrestre ou aquático. A ecologia terrestre, que contém no entanto, pode até mesmo ser considerada apenas um capítulo da
subdivisões para o estudo de florestas e desertos, por exemplo, abrange ecologia, uma vez que se refere somente à ação material e à demanda de
aspectos dos ecossistemas terrestres como microclimas, química dos uma espécie, o homem, enquanto a ecologia examina a ação de todas as
solos, fauna dos solos, ciclos hidrológicos, ecogenética e produtividade. espécies, seus relacionamentos e interdependências.
A radicalização do impacto destrutivo do homem sobre a natureza,
Os ecossistemas terrestres são mais influenciados por organismos e
provocada pelo desenvolvimento do industrialismo, inspirou, especialmente
sujeitos a flutuações ambientais muito mais amplas do que os
ao longo do século XX, uma série de iniciativas. A mais antiga delas é o
ecossistemas aquáticos. Esses últimos são mais afetados pelas condições
conservacionismo, que é a luta pela conservação do ambiente natural ou
da água e possuem resistência a variáveis ambientais como temperatura.
de partes e aspectos dele, contra as pressões destrutivas das sociedades
Por ser o ambiente físico tão importante no controle dos ecossistemas
humanas. Denúncias feitas em congressos internacionais geraram uma
aquáticos, dá-se muita atenção às características físicas do ecossistema
campanha em favor da criação de reservas de vida selvagem, que
como as correntes e a composição química da água. Por convenção, a
ajudaram a garantir a sobrevivência de muitas espécies ameaçadas.
ecologia aquática, denominada limnologia, limita-se à ecologia de cursos
d'água, que estuda a vida em águas correntes, e à ecologia dos lagos, que Existem basicamente três tipos de recursos naturais: os renováveis,
se detém sobre a vida em águas relativamente estáveis. A vida em mar como os animais e vegetais; os não-renováveis, como os minerais e
aberto e estuários é objeto da ecologia marinha. fósseis; e os recursos livres, como o ar, a água, a luz solar e outros
Outras abordagens ecológicas se concentram em áreas elementos que existem em grande abundância. O movimento ecológico
especializadas. O estudo da distribuição geográfica das plantas e animais reconhece os recursos naturais como a base da sobrevivência das

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espécies e defende garantias de reprodução dos recursos renováveis e de radioativa e a provocada por certas substâncias lançadas ao ar pelas
preservação das reservas de recursos não-renováveis. chaminés de fábricas, podem disseminar-se amplamente, mas em geral a
poluição só ocorre em limites intoleráveis onde se concentram as atividades
No Brasil, o movimento conservacionista está razoavelmente humanas.
estabelecido. Em 1934, foi realizada no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, Desde a antiguidade há sinais de luta contra a poluição, mas esta só se
a I Conferência Brasileira de Proteção à Natureza. Três anos mais tarde tornou realmente um problema com o advento da revolução industrial. Já
criou-se o primeiro parque nacional brasileiro, na região de Itatiaia RJ. no início do século XIX registraram-se queixas, no Reino Unido, contra o
Além dos grupos conservacionistas, surgiu no movimento ecológico um ruído ensurdecedor de máquinas e motores. As chaminés das fábricas
novo tipo de grupo, o dos chamados ecologistas. A linha divisória entre eles lançavam no ar quantidades cada vez maiores de cloro, amônia, monóxido
nem sempre está bem demarcada, pois muitas vezes os dois tipos de de carbono e metano, aumentando a incidência de doenças pulmonares.
grupos se confundem em alguma luta específica comum. Os ecologistas, Os rios foram contaminados com a descarga de grande volume de dejetos,
porém, apesar de mais recentes, têm peso político cada vez maior. o que provocou epidemias de cólera e febre tifóide. No século XX surgiram
Vertente do movimento ecológico que propõe mudanças globais nas novas fontes de poluição, como a radioativa e, sobretudo, a decorrente dos
estruturas sociais, econômicas e culturais, esse grupo nasceu da gases lançados por veículos automotores.
percepção de que a atual crise ecológica é consequência direta de um A poluição e seu controle são em geral tratados em três categorias
modelo de civilização insustentável. Embora seja também conservacionista, naturais: poluição da água, poluição do ar e poluição do solo. Estes três
o ecologismo caracteriza-se por defender não só a sobrevivência da elementos também interagem e em consequência têm surgido divisões
espécie humana, como também a construção de formas sociais e culturais inadequadas de responsabilidades, com resultados negativos para o
que garantam essa sobrevivência. controle da poluição. Os depósitos de lixo poluem a terra, mas sua
Um marco nessa tendência foi a realização, em Estocolmo, da incineração contribui para a poluição do ar. Carregados pela chuva, os
Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, em 1972, que poluentes que estão no solo ou em suspensão no ar vão poluir a água e
oficializou o surgimento da preocupação ecológica internacional. Seguiram- substâncias sedimentadas na água acabam por poluir a terra.
se relatórios sobre esgotamento das reservas minerais, aumento da Poluição da água
população etc., que tiveram grande impacto na opinião pública, nos meios
acadêmicos e nas agências governamentais. Considera-se que a água está poluída quando não é adequada ao
consumo humano, quando os animais aquáticos não podem viver nela,
Em 1992, 178 países participaram da Conferência das Nações Unidas quando as impurezas nela contidas tornam desagradável ou nocivo seu uso
para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro. recreativo ou quando não pode ser usada em nenhuma aplicação industrial.
Embora com resultados muito aquém das expectativas dos ecologistas, foi
mais um passo para a ampliação da consciência ecológica mundial. Os rios, os mares, os lagos e os lençóis subterrâneos de água são o
Aprovou documentos importantes para a conservação da natureza, como a destino final de todo poluente solúvel lançado no ar ou no solo. O esgoto
Convenção da Biodiversidade e a do Clima, a Declaração de Princípios das doméstico é o poluente orgânico mais comum da água doce e das águas
Florestas e a Agenda 21. costeiras, quando em alta concentração. A matéria orgânica transportada
pelos esgotos faz proliferar os microrganismos, entre os quais bactérias e
A Agenda 21 é talvez o mais polêmico desses documentos. Tenta unir protozoários, que utilizam o oxigênio existente na água para oxidar seu
ecologia e progresso num ambicioso modelo de desenvolvimento alimento, e em alguns casos o reduzem a zero. Os detergentes sintéticos,
sustentável, ou seja, compatível com a capacidade de sustentação do nem sempre biodegradáveis, impregnam a água de fosfatos, reduzem ao
crescimento econômico, sem exaustão dos recursos naturais. Prega a mínimo a taxa de oxigênio e são objeto de proibição em vários países,
união de todos os países com vistas à melhoria global da qualidade de entre eles o Brasil.
vida. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Ao serem carregados pela água da chuva ou pela erosão do solo, os
Poluição fertilizantes químicos usados na agricultura provocam a proliferação dos
Fenômeno estreitamente vinculado ao progresso industrial, a microrganismos e a consequente redução da taxa de oxigênio nos rios,
degradação das condições ambientais tem aumentado de maneira lagos e oceanos. Os pesticidas empregados na agricultura são produtos
considerável e preocupante nas regiões mais desenvolvidas do mundo, sintéticos de origem mineral, extremamente recalcitrantes, que se
sobretudo a partir de meados do século XX. incorporam à cadeia alimentar, inclusive a humana. Entre eles, um dos
mais conhecidos é o inseticida DDT. Mercúrio, cádmio e chumbo lançados
Poluição é o termo empregado para designar a deterioração das à água são elementos tóxicos, de comprovado perigo para a vida animal.
condições físicas, químicas e biológicas de um ecossistema, que afeta
negativamente a vida humana e de espécies animais e vegetais. A poluição Os casos mais dramáticos de poluição marinha têm sido originados por
modifica o meio ambiente, ou seja, o sistema de relações no qual a derramamentos de petróleo, seja em acidentes com petroleiros ou em
existência de uma espécie depende do mecanismo de equilíbrio entre vazamentos de poços petrolíferos submarinos. Uma vez no mar, a mancha
processos naturais destruidores e regeneradores. de óleo, às vezes de dezenas de quilômetros, se espalha, levada por
ventos e marés, e afasta ou mata a fauna marinha e as aves aquáticas. O
Do meio ambiente depende a sobrevivência biológica. A atividade maior perigo do despejo de resíduos industriais no mar reside na
clorofiliana produz o oxigênio necessário a animais e vegetais; a ação de incorporação de substâncias tóxicas aos peixes, moluscos e crustáceos
animais, plantas e microrganismos garante a pureza das águas nos rios, que servem de alimento ao homem. Exemplo desse tipo de intoxicação foi
lagos e mares; os processos biológicos que ocorrem no solo possibilitam as o ocorrido na cidade de Minamata, Japão, em 1973, devido ao lançamento
colheitas. A vida no planeta está ligada ao conjunto desses fenômenos, de mercúrio no mar por uma indústria, fato que causou envenenamento em
cuja inter-relação é denominada ecossistema. Processo natural massa e levou o governo japonês a proibir a venda de peixe. A poluição
recuperável, a poluição resulta da presença de uma quantidade inusitada marinha tem sido objeto de preocupação dos governos, que tentam, no
de matéria ou energia (gases, substâncias químicas ou radioativas, rejeitos âmbito da Organização das Nações Unidas, estabelecer controles por meio
etc) em determinado local. É, por isso, principalmente obra do homem em de organismos jurídicos internacionais.
sua atividade industrial.
A poluição da água tem causado sérios problemas ecológicos no
Mesmo antes da existência do homem, a própria natureza já produzia Brasil, em especial em rios como o Tietê, no estado de São Paulo, e o
materiais nocivos ao meio ambiente, como os produtos da erupção de Paraíba do Sul, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A maior
vulcões e das tempestades de poeira. Na verdade, materiais sólidos no ar, responsabilidade pela devastação da fauna e pela deterioração da água
como poeira ou partículas de sal, são essenciais como núcleos para a nessas vias fluviais cabe às indústrias químicas instaladas em suas
formação de chuvas. Quando, porém, as emanações das cidades margens.
aumentam desmedidamente tais núcleos, o excesso pode prejudicar o
regime pluvial, porque as gotas que se formam são demasiado pequenas Poluição do ar
para cair como chuva. Alguns tipos de poluição, sobretudo a precipitação

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Embora a poluição do ar sempre tenha existido -- como nos casos das regiões com elevado índice de industrialização e exerce uma ação nefasta
erupções vulcânicas ou da morte de homens asfixiados por fumaça dentro sobre as áreas cultivadas e os campos em geral.
de cavernas -- foi só na era industrial que se tornou problema mais grave.
Ela ocorre a partir da presença de substâncias estranhas na atmosfera, ou Poluição radioativa, calor e ruído
de uma alteração importante dos constituintes desta, sendo facilmente Um tipo extremamente grave de poluição, que afeta tanto o meio aéreo
observável, pois provoca a formação de partículas sólidas de poeira e quanto o aquático e o terrestre, é o nuclear. Trata-se do conjunto de ações
fumaça. contaminadoras derivadas do emprego da energia nuclear, e se deve à
Em 1967, o Conselho da Europa definiu a poluição do ar nos seguintes radioatividade dos materiais necessários à obtenção dessa energia. A
termos: "Existe poluição do ar quando a presença de uma substância poluição nuclear é causada por explosões atômicas, por despejos
estranha ou a variação importante na proporção de seus constituintes pode radioativos de hospitais, centros de pesquisa, laboratórios e centrais
provocar efeitos prejudiciais ou criar doenças." Essas substâncias nucleares, e, ocasionalmente, por vazamentos ocorridos nesses locais.
estranhas são os chamados agentes poluentes, classificados em cinco
grupos principais: monóxido de carbono, partículas, óxidos de enxofre,
hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio. Encontram-se suspensos na
atmosfera, em estado sólido ou gasoso.
As causas mais comuns de poluição do ar são as atividades industriais,
combustões de todo tipo, emissão de resíduos de combustíveis por
veículos automotivos e a emissão de rejeitos químicos, muitas vezes
tóxicos, por fábricas e laboratórios.
O principal poluente atmosférico produzido pelo homem (o dióxido de
carbono e o vapor d'água são elementos constitutivos do ar) é o dióxido
sulfúrico, formado pela oxidação do enxofre no carvão e no petróleo, como
ocorre nas fundições e nas refinarias. Lançado no ar, ele dá origem a
perigosas dispersões de ácido sulfúrico. Às vezes, à poluição se acrescenta
o mau cheiro, produzido por emanações de certas indústrias, como
curtumes, fábricas de papel, celulose e outras.
O dióxido de carbono, ou gás carbônico, importante regulador da
atmosfera, pode causar modificações climáticas consideráveis se tiver
alterada a sua concentração. É o que ocorre no chamado efeito estufa, em
que a concentração excessiva desse gás pode provocar, entre outros
danos, o degelo das calotas polares, o que resulta na inundação das
regiões costeiras de todos os continentes. O monóxido de carbono, por sua
vez, é produzido sobretudo pelos automóveis, pela indústria siderúrgica e
pelas refinarias de petróleo. Outros poluentes atmosféricos são:
hidrocarbonetos, aldeídos, óxidos de azoto, óxidos de ferro, chumbo e
derivados, silicatos, flúor e derivados, entre outros. Também podem ser incluídos no conceito de poluição o calor (poluição
No final da década de 1970, descobriu-se nova e perigosa térmica) e o ruído (poluição sonora), na medida em que têm efeitos nocivos
consequência da poluição: a redução da camada de ozônio que protege a sobre o homem e a natureza. O calor que emana das fábricas e residências
superfície da Terra da incidência de raios ultravioleta. Embora não esteja contribui para aquecer o ar das cidades. Grandes usinas utilizam águas dos
definitivamente comprovado, atribuiu-se o fenômeno à emissão de gases rios para o resfriamento de suas turbinas e as devolvem aquecidas; muitas
industriais conhecidos pelo nome genérico de clorofluorcarbonos (CFC). fábricas com máquinas movidas a vapor também lançam água quente nos
Quando atingem a atmosfera e são bombardeados pela radiação rios, o que chega a provocar o aparecimento de fauna e flora de latitudes
ultravioleta, os CFC, muito usados em aparelhos de refrigeração e em mais altas, com consequências prejudiciais para determinadas espécies de
sprays, liberam cloro, elemento que destrói o ozônio. Além de prejudicar a peixes.
visão e o aparelho respiratório, a concentração de poluentes na atmosfera O som também se revela poluente, sobretudo no caso do trânsito
provoca alergias e afeta o sangue e os tecidos ósseo, nervoso e muscular. urbano. O ruído máximo tolerável pelo homem, sem efeitos nocivos, é de
Poluição do solo noventa decibéis (dB).Diversos problemas de saúde, inclusive a perda
permanente da audição, podem ser provocados pela exposição prolongada
A poluição pode afetar também o solo e dificultar seu cultivo. Nas a barulhos acima desse limite, excedido por muitos dos ruídos comumente
grandes aglomerações urbanas, o principal foco de poluição do solo são os registrados nos centros urbanos, tais como o som das turbinas dos aviões a
resíduos industriais e domésticos. O lixo das cidades brasileiras, por jato ou de música excessivamente alta.
exemplo, contém de setenta e a oitenta por cento de matéria orgânica em
decomposição e constitui uma permanente ameaça de surtos epidêmicos. No Brasil, além dos despejos industriais, o problema da poluição é
O esgoto tem sido usado em alguns países para mineralizar a matéria agravado pela rápida urbanização (três quartos da população do país vivem
orgânica e irrigar o solo, mas esse processo apresenta o inconveniente de nas cidades), que pressiona a infra-estrutura urbana com quantidades
veicular microrganismos patogênicos. Excrementos humanos podem crescentes de lixo, esgotos, gases e ruídos de automóveis, entre outros
provocar a contaminação de poços e mananciais de superfície. Os resíduos fatores, com a consequente degradação das águas, do ar e do solo. Já no
radioativos, juntamente com nutrientes, são absorvidos pelas plantas. Os campo, os dois principais agentes poluidores são as queimadas, para fins
fertilizantes e pesticidas sintéticos são suscetíveis de incorporar-se à de cultivo, pecuária ou mineração, e o uso indiscriminado de agrotóxicos
cadeia alimentar. nas plantações. Tais práticas, além de provocarem desequilíbrios
ecológicos, acarretam riscos de erosão e desertificação. ©Encyclopaedia
Fator principal de poluição do solo é o desmatamento, causa de Britannica do Brasil Publicações Ltda.
desequilíbrios hidrogeológicos, pois em consequência de tal prática a terra
deixa de reter as águas pluviais. Calcula-se que no Brasil sejam abatidos Desenvolvimento sustentável
anualmente trinta mil quilômetros quadrados de florestas, com o objetivo de
obter madeira ou áreas para cultivo. SUSTENTABILIDADE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Outra grande ameaça à agricultura é o fenômeno conhecido como
Desenvolvimento sustentável é o modelo que prevê a integração entre
chuva ácida. Trata-se de gases tóxicos em suspensão na atmosfera que
economia, sociedade e meio ambiente. Em outras palavras, é a noção de
são arrastados para a terra pelas precipitações. A chuva ácida afeta

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que o crescimento econômico deve levar em consideração a inclusão social Bom relacionamento com os organismos ambientais;
e a proteção ambiental
Estabelecimento de uma política ambiental;
Gestão do Lixo Eficiente sistema de gestão ambiental;

O lixo ainda é um dos principais desafios dos governos na área de ges- Garantia de segurança dos empregados e das comunidades vizinhas;
tão sustentável. No entanto, na última década, o Brasil deu um salto impor- Uso de tecnologia limpa;
tante no avanço para a gestão correta dos resíduos sólidos. Segundo
dados do Ministério do Meio Ambiente, em 2000, apenas 35% dos resíduos Elevados investimentos em proteção ambiental;
eram destinados aos aterros.
Definição de um compromisso ambiental;
Em 2008, esse número subiu para 58%. Além disso, o número de pro- Associação das ações ambientais com os princípios estabelecidos na
gramas de coleta seletiva saltou de 451, em 2000, para 994, em 2008. carta para o desenvolvimento sustentável;

Para regulamentar a coleta e tratamento de resíduos urbanos, perigo- A questão ambiental como valor do negócio;
sos e industriais, além de determinar o destino final correto do lixo, o Go- Atuação ambiental com base na agenda 21 local;
verno brasileiro criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n°
12.305/10), aprovada em agosto de 2010. Contribuição para o desenvolvimento sustentável
dos municípios circunvizinhos.
Para saber mais sobre a gestão do lixo no Brasil, visite a página do Mi- Adesão
nistério do Meio Ambiente.
Atualmente, muitas empresas enxergam a responsabilidade
Créditos de Carbono socioambiental como um grande negócio, são duas vertentes que se
destacam neste meio:
No mercado de carbono, cada tonelada de carbono que deixa de ser
Primeiramente, as empresas que investem em responsabilidade sócio-
emitida é transformada em crédito, que pode ser negociado livremente
ambiental com intuito de motivar seus colaboradores e principalmente
entre países ou empresas.
ao nicho de mercado que preferem pagar mais por um produto que não
viola o meio ambiente e investe em ações sociais;
O sistema funciona como um mercado, só que ao invés das ações de
compra e venda serem mensuradas em dinheiro, elas valem créditos de A segunda vertente corresponde a empresas que investem em
carbono. responsabilidade sócio-ambiental com o objetivo de ter materiais para
poderem investir em marketing e passar a imagem que a empresa é
Para isso é usado o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que responsável sócio-ambientalmente. Esta atitude não é
prevê a redução certificada das emissões de gases de efeito estufa. Uma considerada ética por muito autores que condenam empresas que tentam
vez conquistada essa certificação, quem promove a redução dos gases passar a imagem de serem éticas, porém na realidade estão preocupadas
poluentes tem direito a comercializar os créditos. apenas com sua imagem perante aos consumidores.

Por exemplo, um país que reduziu suas emissões e acumulou muitos Apesar de ser um tema relativamente novo, o número de empresas
créditos pode vender este excedente para outro que esteja emitindo muitos que estão aderindo a responsabilidade sócio-ambiental é grande e a
poluentes e precise compensar suas emissões. tendência é que este número aumente cada dia mais.
História
O Brasil ocupa a terceira posição mundial entre os países que partici-
pam desse mercado, com cerca de 5% do total mundial e 268 projetos. Em 1998, o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento
Sustentável (World Business Council for Sustainable Development -
Responsabilidade socioambiental WBCSD), primeiro organismo internacional puramente empresarial com
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. ações voltadas à sustentabilidade, definiu Responsabilidade
socioambiental como "o compromisso permanente dos empresários de
Responsabilidade socioambiental é a responsabilidade que adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento
a empresa tem com a sociedade e com o meio ambiente além econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de seus
dasobrigações legais e econômicas. empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como
um todo". Pode ser entendida também como um sistema de gestão adotado
Conceito
por empresas públicas e privadas que tem por objetivo providenciar
Apesar de ser um termo bastante utilizado, é comum observarmos a inclusão social (Responsabilidade Social) e o cuidado ou conservação
erros na conceituação de responsabilidade socioambiental, ou seja, se ambiental (Responsabilidade Ambiental).
uma empresa apenas segue as normas e leis de seu setor no que tange ao
É adotado por empresas e escolas. As principais ações realizadas são:
meio ambiente e a sociedade esta ação não pode ser considerada
inclusão social, inclusão digital, coleta seletiva de lixo, educação ambiental,
responsabilidade socioambiental, neste caso ela estaria apenas exercendo
dentre outras.
seu papel de pessoa jurídica cumprindo as leis que lhe são impostas.
Este tipo de prática ou política tem sido adotado desde a década de
O movimento em prol da responsabilidade socioambiental ganhou forte
1990, entretanto a luta pela sociedade e principalmente pela natureza é
impulso e organização no início da década de 1990, em decorrência dos
mais antiga, por volta dadécada de 1920.
resultados da Primeira e Segunda Conferências Mundiais da Indústria
sobre gerenciamento ambiental, ocorridas em1984 e 1991. O ápice da luta ambiental se deu por volta dos anos
70 quando organizações não governamentais ganharam força e influência
Parâmetros
no mundo.
Nos anos subsequentes às conferências surgiram movimentos
Com a internacionalização do capital (globalização), o uso dos recursos
cobrando por mudanças socias, científicas e tecnológicas. Muitas empresas
naturais pelas empresas de maneira intensa e quase predatória, ou seja,
iniciaram uma nova postura em relação ao meio ambiente refletidas em
sem a devida preocupação com os possíveis danos, foi fortemente
importantes decisões e estratégias práticas, segundo o autor Melo Neto
combatida desde a década de 1970 pelos movimentos ambientalistas. As
(2001) tal postura fundamentou-se nos seguintes parâmetros:
empresas, no intuito de ganhar a confiança do novo público mundial
Bom relacionamento com a comunidade; (preocupado com a preservação e o possível esgotamento dos recursos
naturais), procuraram se adaptar a essa nova tendência com programas

Conhecimentos Gerais 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


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de preservação ambiental - utilização consciente dos recursos naturais. Sustentabilidade começa a ser vista como algo presente no dia a dia
Muitas buscam seguir as regras de qualidade idealizadas pelo da empresa, pois além das atividades produtivas, envolve o tratamento
programa ISO 14000 e pelo Instituto Ethos. dado ao meio ambiente e sua influência e relacionamento com
fornecedores, público interno e externo e com a sociedade, práticas de
A partir da Revolução Industrial ocorrida na Europa no século XIX, a governança corporativa, transparência no relacionamento interno e externo,
utilização de materiais, dos recursos naturais e a emissão de gases postura obrigatória para as empresas de âmbito mundial, cuja imagem deve
poluentes foram desenfreados. Em contrapartida, no inicio do séc. XX agregar o mais baixo risco ético possível.
alguns estudiosos e observadores já se preocupavam com a velocidade da
destruição dos recursos naturais e com a quantidade de lixo que a Não é correto confundir responsabilidade socioambiental
humanidade estava produzindo. O movimento ambientalista começou a com filantropia, pois esta se realiza de forma aleatória e não sistematizada
engatinhar na década de 1920. Passados os anos, este movimento ganhou ao contrario da RSA ou do DRS que busca contribuir de forma acertiva em
destaque na década de 1970 e tornou-se obrigatório na vida de cada seus projetos.
cidadão no momento atual. Conceitos como Gestão Ambiental,
Desenvolvimento Regional Sustentável, Biodiversidade, Ecossistema, Algumas Agressões ao Meio Ambiente e a
Responsabilidade Socioambiental ganharam força e a devida importância. Legislação para combatê-las
Responsabilidade socioambiental (RSA) é um conceito empregado por Esta parte do trabalho tem a finalidade de levantar alguns dos proble-
empresas e companhias que expressa o quão responsáveis são as mas mais comuns relativos à degradação e poluição ambientais. Dois as-
mesmas para com as questões sociais e ambientais que envolvem a pectos merecem ser destacados para entender esta parte: o primeiro é o de
produção de sua mercadoria ou a realização de serviços, para com a que dividimos os ataques por ambiente, mas isso é feito para melhor com-
sociedade e o meio ambiente, buscando reduzir ou evitar possíveis riscos e preensão, pois como já dissemos, o conceito de meio ambiente ou de ambi-
danos sem redução nos lucros. ente é totalizador e sistêmico; o segundo é o de que não temos qualquer
pretensão de esgotar o problema, seja pelos limites deste trabalho , seja
A Responsabilidade Socioambiental corresponde a um compromisso
pela sua complexidade, seja pela constante emergência de novas agres-
das empresas em atender à crescente conscientização da sociedade,
sões. Por outro lado, é preciso que tenhamos uma visão sistêmica das
principalmente nos mercados mais maduros. Diz respeito à necessidade de
consequências legais de atos poluidores ou degradadores do meio ambien-
revisar os modos de produção e padrões de consumo vigentes de tal forma
te.
que o sucesso empresarial não seja alcançado a qualquer preço, mas
ponderando-se os impactos sociais e ambientais consequentes da atuação No âmbito do Poder Público, as primeiras consequências que podem ser
administrativa da empresa. visualizadas são as de ordem administrativa. A administração pública, como
tem a obrigação de obedecer os princípios de legalidade, impessoalidade,
São exemplos de programas e projetos de Responsabilidade
moralidade e publicidade em seus atos (art. 37 da Constituição Federal), guar-
Socioambiental: inclusão social, inclusão digital, programas de
da, no âmbito executivo, o poder de multar, embargar, suspender e interditar.
alfabetização, ou seja, assistencialismo social, coleta de lixo, reciclagem,
Assim, a cidadania ambiental pode ser exercida no sentido de obrigar os órgãos
programas de coleta de esgotos e dejetos, e questões que envolvem: lixo
federais, estaduais e municipais competentes a tomar medidas no sentido de
industrial, reflorestamento X desmatamento, utilização
coibir agressões ambientais. Essa competência administrativa deve ser exerci-
deagrotóxicos, poluição, entre outros.
da com vigor, e isso só acontecerá se a sociedade mobilizada forçar esses
Em 1987, o documento Our Common Future (Nosso Futuro Comum), órgãos a tomar atitudes que estão legalmente previstas. A eficácia e a legitimi-
também conhecido como Relatório Brundtland, apresentou um novo dade dos órgãos administrativos são diretamente proporcionais à pressão,
conceito sobre desenvolvimento definindo-o como o processo que “satisfaz fiscalização e exigência da cidadania.
as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações
Na esfera penal, as Delegacias e o Ministério Público têm o dever de
futuras de suprir suas próprias necessidades”. Assim fica conhecido o
atender à população, seja lavrando ocorrências, seja movendo ação penal,
conceito de desenvolvimento sustentável.
já que a Segunda instituição citada tem missão de titular da ação penal do
Linha do Tempo - Crescimento do Conceito de Responsabilidade Estado.
Social e Responsabilidade Ambiental
Do lado privado ou civil, a cidadania ambiental pode encaminhar acor-
1929- Constituição de Weimar (Alemanha) – Função Social da dos e compromissos, que poderão ser homologados pelo Poder Judiciário
Propriedade; ou, em casos mais complexos, pedir em juízo a reparação ou a indenização
pelos danos sofridos.
1960- Movimentos pela Responsabilidade Social (EUA);
Por último, nesta introdução, é preciso relembrar a importância do Mi-
1971- Encontro de Founex (Suíça) nistério Público nas lutas jurídicas, aspecto que será tratado mais adiante.
1972- Singer publica o que foi reconhecido como o primeiro balanço Para atingir o objetivo desta parte, trataremos de algumas agressões à
social do mundo; água, à atmosfera, à vegetação e solo, à fauna e ao contexto urbano,
1972- ONU – resolução 1721 do Conselho Econômico e Social – citando a legislação pertinente a estas questões.
estudos sobre o papel das grandes empresas nas relações internacionais; 1. As Agressões à Água
1973- PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Genebra)
1977- determinação da publicação do balanço social - relações do
trabalho (França);
1992- ECO 92 ou CNUMAD (Conferencia das Nações Unidas para o
Meio Ambiente e o Desenvolvimento) – Criação do Projeto Agenda 21;
1997- Betinho de Souza e IBASE incentivam publicação do balanço
social;
1999- Criação do Selo “Empresa Cidadã”;
1999- 1ª Conferência Internacional do Instituto Ethos;
2000- ONU e o Pacto Global;

Conhecimentos Gerais 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


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nos grandes aterros sanitários e é formado por água de chuva e detritos
orgânicos decompostos. O chorume é carregado pelo processo de lixivia-
ção que nada mais é que o arrastamento vertical de partículas pela infiltra-
ção da água para as partes mais profundas do solo.
A água, desse modo, é suja, envenenada, degradada e reduzida pela
mentalidade de produção predatória da sociedade contemporânea, ligada à
pobreza, à desigualdade social, à falta de condições mínimas de higiene e
saúde das populações dos países periféricos. O binômio produção-pobreza
é o grande degradador do meio ambiente, em especial a água, elemento
que condiciona a produção e a vida.
Para o enfrentamento das agressões às águas, as comunidades, den-
tre outras normas, podem se valer do Decreto nº 24.643, de 10 de junho de
1934, o Código de Águas; do Decreto nº 79.367, de 9 de março de 1977,
que estabelece normas sobre potabilidade da água; da Resolução CONA-
MA nº 20, de 18 de julho de 1986, que classifica as águas em doces, salo-
bras e salinas; da Portaria SEMA nº 03, de 11 de abril de 1975, que dispõe
sobre a concentração de mercúrio por litro de água; da Portaria GM 013, de
500 × 375 - adjorisc.com.br 15 de janeiro de 1976, que classifica as águas interiores do Território Na-
cional; da Portaria SEMA 157, de 26 de outubro de 1982, que estabelece
A água, elemento essencial para a vida, é poluída por vários agentes. normas para o lançamento de efluentes líquidos tóxicos decorrentes de
Pode ser considerada: natural ou bruta, quando não recebe qualquer trata- atividades industriais; da Portaria nº 36, do Ministério da Saúde, de 19 de
mento; potável, quando pode ser consumida; ou industrial, quando só pode janeiro de 1990, que estabelece normas e padrão de potabilidade de água
ser utilizada nesse procedimento. Recebe, também, a denominação de destinada ao consumo humano.
água doce quando sua salinidade é igual ou inferior 0,5%, ou salgada
(salina) quando sua salinidade é igual ou superior a 30%. Encontramos, A Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, que institui o novo Código
ainda, a chamada água salobra cuja salinidade está entre 0,5% e 30%. Florestal, com a alteração de redação dada pela Lei nº 7.803, de 18 de
Denomina-se água poluída aquela que é degradada por substâncias quími- julho de 1989, considera de preservação permanente as florestas e demais
cas e detritos orgânicos, sendo imprópria para o consumo. A água também formas de vegetação situado ao longo de rios, cursos d’água, segundo os
pode ser considerada para consumo ou para insumo, isto é, quando serve parâmetros de seu art. 2º, c, deste documento legal.
para uso industrial, para mover hidrelétricas, por exemplo.
O Decreto nº 50.877, de 29 de junho de 1961, dispõe sobre o lança-
As cidades sempre foram criadas em locais onde a água doce é, no mento de resíduos tóxicos ou oleosos nas águas interiores ou litorâneas do
mínimo, suficiente. Somente 0,7% do total da água existente no planeta, é País. A Lei nº 7.754, de 14 de abril de 1989, estabelece a proteção de
doce, isto é, com baixa salinidade e disponível nos rios, lagos e lençóis florestas existentes nas nascentes dos rios. O Decreto-Lei nº 3.438, de 17
freáticos; 2,25% das águas doces estão nas calotas polares e o resto é de julho de 1941, esclarecendo e ampliando o Decreto-Lei nº 2.490, de 16
água oceânica salgada. Logo, a água é um recurso desigualmente distribu- de agosto de 1940, estabelece normas para o aforamento de terrenos
ído e pouco abundante, podendo ser comprometida por resíduos químicos, marinhos e a Lei nº 2.419, de 10 de fevereiro de 1955, institui a Patrulha
esgotos rejeitos de garimpagem, detritos industriais e material orgânico Costeira.
putrefato.
2. As Agressões à Atmosfera
As águas de rios, lagos e marinhas podem ser degradadas por afluen-
A atmosfera é formada pelos gases que envolvem a terra. Ela tem
tes, que são águas poluídas descarregadas por cidades ou indústrias.
uma função essencial de dar condições à vida, ao mesmo tempo em que
Podem também receber a carga poluente de emissários utilizados princi-
exerce sua função climática, propiciando uma temperatura favorável à vida,
palmente nas cidades litorâneas, que é um sistema tubular que lança os
filtrando os raios solares.
detritos urbanos no mar não somente poluindo a água, mas também dizi-
mando a fauna e flora marinha.
A atividade agrícola, quando utiliza agrotóxicos, biocidas em geral,
possibilita que esses elementos atinjam os lençóis freáticos, comprometen-
do as águas mais profundas.
A queda do ecossistema hídrico ou o não tratamento da água facilita a
disseminação de doenças como a cólera, a malária, o dengue e a febre
amarela, atacando a saúde das populações que consomem essa água.
A erosão, oriunda do trato inadequado da terra, leva os detritos agrotó-
xicos para o curso d’água, envenenando os animais e desequilibrando o
ecossistema.
A garimpagem ou a mineração do ouro, quando usam o mercúrio para
separá-lo, lançam esse metal pesado nas águas, que se transforma em
metil – mercúrio orgânico, onde é absorvido por algas e peixes e pelo
homem que está no final da cadeia alimentar, gerando efeitos brutais como
lesões no sistema nervoso, cegueira e deformação dos membros, quando
não leva à morte. O uso do mercúrio é controlado pelo Decreto nº
97.634/89.
Nas regiões portuárias, os terminais petrolíferos apresentam o fenôme-
no da maré negra que nada mais é que o derramamento do petróleo no
mar ocasionando a morte da fauna ictiológica, das aves e mamíferos da
região, além da poluição da água, por via de uma capa de óleo que se
deposita na superfície da água.
1986 × 1644 - amarnatureza.org.br
O chorume, resíduo líquido do lixo urbano penetra no solo poluindo es-
te e às águas que vierem a ter contato com ele. Aparece significativamente

Conhecimentos Gerais 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Esse envoltório gasoso é formado por 78% de nitrogênio, 21% de oxi- A guerra e a fabricação de armas atingem a atmosfera e todos os seres
gênio e 0,03 de gás carbônico e outros gases em mínima quantidade. vivos quando a radioatividade é levada pela ar para regiões distantes do
impacto da bomba ou do acidente nuclear ocorrido. Os gases de combate
A atmosfera vem sendo agredida pelo sensível aumento do gás carbô- têm no ar o veículo de dispersão de seus efeitos destrutivos, asfixiando,
nico (CO), oriundo da queima de combustíveis fósseis e de madeiras pelas como o cloro e o fosgênio; causando lesões na pele, nos olhos e nas vias
queimadas. O gás carbônico, que é um outro gás asfixiante e mortal, pro- respiratórias, como o gás mostarda, e paralisando, como o ácido cianídrino.
duzido quando se queima algum combustível que tenha carbono. Na cidade
de São Paulo há uma liberação diária de 1.000 toneladas de gás carbônico Há fenômenos e são compostos em sua origem, como a chuva ácida
e as queimadas de 1988 na Amazônia liberaram um volume de gás carbô- que envolve a atmosfera e a água. Essa chuva constitui-se de precipitação
nico equivalente a dezenas de anos de sua liberação na capital de São de água, em estado sólido, líquido ou sob forma de vapor, poluídas por
Paulo. gases liberados pela queima de carvão e derivados de petróleo. Tais chu-
vas, que se tornam cada vez mais frequentes no Brasil, poluem as águas,
A própria atmosfera vem sendo destruída pela emissão de clorofluor- penetram nos ecossistemas e destróem a vida aquática.
carbono que devasta o ozônio da estratosfera causando o buraco na ca-
mada desse gás. Essa falha encontrada na Antártida, em 1989, tem o efeito Sobre essas agressões, cabe citar a Resolução CONAMA nº 3, de 28
de não mais filtrar os raios ultravioletas do sol, gerando consequências de junho de 1990, que estabelece padrões de qualidade do ar, concentra-
mortíferas às células, estendendo-se tal região lesada já para o sul da ções de poluentes atmosféricos que ultrapassados, afetam a saúde; a
América do Sul. O clorofluorcarbono (CFC), também denominado freon, é Portaria Normativa do IBAMA nº 348, de 14 de março de 1990, que fixa
um gás volátil usado em aerossóis, circuitos de refrigeração em aparelhos novos padrões de qualidade do ar e concentração de poluentes atmosféri-
de ar condicionado, geladeira e em embalagens de ovos e sanduíches. A cos visando a saúde e o bem-estar da população, da flora e da fauna. A
liberação do freon, se não for devidamente controlada, pode resultar no Portaria nº 534, do IBAMA, de 19 de setembro de 1988, proibiu a fabricação
extermínio crescente da vida no planeta. de propelentes à base de CFC. A Resolução CONAMA nº 5, de 5 de junho
de 1989, instituiu o Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar.
A atmosfera também é poluída por gases como o aldeído que é tóxico
e irritante, resultado principalmente da queima do álcool nos veículos A resolução nº 7 do CONAMA, de 16 de setembro de 1987, normaliza
automotores e do uso maciço do tabaco. a comercialização e uso de produtos que contenham amianto/asbestos.
Podem ser encontradas referências ao ar na Lei nº 6.938, de 31 de agosto
O amianto, também liberado pelos automóveis e utilizado na vedação de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e na
térmica de construções, é um irritante pulmonar e cancerígeno que polui a Resolução nº 18, de 6 de maio de 1986, que institui o Programa de Contro-
atmosfera, além de gerar problemas no aparelho digestivo, quando alguém le da Poluição do Ar por veículos automotores – PROCONVE.
bebe a água depositada em caixas d’água feitas desse material.
.3. As Agressões à Vegetação e ao Solo
A fuligem das indústrias, dos automóveis, além das toxinas que a com-
põem, obscurecem, refletem ou refratam a luz, propiciando modificações do O Brasil enlaça a visão da natureza com o uso de técnicas primitivas
ambiente como um todo. de extração das matérias-primas do solo e da vegetação. Essa equação só
pode resultar num poder destrutivo devastador. É o caso da Amazônia que
Os óxidos de nitrogênio “produzidos por motores de combustão interna, vem sendo desfigurada pelo desmatamento irracional, pela invasão de
aviões, fornos, mineradoras, uso excessivo de fertilizantes, incêndios de práticas agrícolas e pecuárias inadequadas e pelo uso alucinado de quei-
bosques e instalações industriais formam o smog das grandes cidades e madas incontroláveis, o que resulta em dissolução do ecossistema e apa-
podem ocasionar infecções respiratórias, entre elas a bronquite dos recém- recimento de grandes extensões desérticas.
nascidos.
Logo, pelos exemplos trazidos percebe-se que a forma escolhida pelo
ser humano de se apropriar do mundo encerra uma relação de dominação
com relação à natureza, não mais atendendo suas necessidades, mas
criando necessidades no interior de um mundo falsamente autônomo, com
uma lógica própria que, a cada momento, mais se distancia da totalidade
que o sustenta e dá condições para que ele exista enquanto espécie. No
lugar de potenciar as práticas de pertinência, o ser humano se encasula
numa pseudo-independência do meio ambiente que o circunda, cortando as
raízes que dão sua própria razão de ser.
É na atmosfera que se dão outros fenômenos não mais oriundos dire-
tamente de sua poluição, mas que atingem aspectos climáticos do planeta.
Os mais conhecidos são os chamados efeito estufa e efeito ilha de calor. O
dióxido de carbono (CO) e outros gases agem como se fossem uma parede
de vidro de uma estufa, permitindo que o calor solar penetre em dado
ecossistema, mas impedindo sua dissipação. Assim, funciona como se
fosse um automóvel ao sol, ou uma estufa aprisionando calor. Isso pode
1575 × 1050 - atribunamt.com.br
gerar crescente aumento da temperatura planetária, podendo promover o
degelo parcial das calotas polares com a consequente elevação dos níveis Calcula-se que hoje, no Brasil, desaparecem cerca de cem espécies
das marés, levando a inundações litorâneas. O efeito ilha de calor também vegetais e animais, por dia, em virtude dessas práticas devastadoras.
é artificialmente provocado em áreas urbanas, modificando as condições
meteorológicas em seus aspectos térmicos, de umidade, nebulosidade, Os ecossistemas são desequilibrados pela erosão advinda do desnu-
pluviosidade e velocidade dos ventos, diferenciando umas áreas das da damento da terra; pelo uso de agrotóxicos, fungicidas, herbicidas e insetici-
vizinhança. das; pelo cansaço do solo oriundo de métodos de fertilização impróprios e
pela quebra das cadeias alimentares.
Às vezes, fenômenos naturais, que acontecem em regiões industriali-
zadas, geram problemas ambientais graves, como no caso da inversão Enquanto o extrativismo não for racionalizado de modo a possibilitar a
térmica. Nas épocas mais frias do ano, pode haver uma inversão na circu- renovação dos recursos, a recuperação dos ciclos da vida e a irrigação não
lação do ar quente. Nessas épocas, pode acontecer do solo estar muito for feita de forma a respeitar a topografia e o equilíbrio do ambiente, o
frio, tornando as camadas inferiores de ar mais frias que as superiores, não destino dos ecossistemas será o seu desaparecimento, como já aconteceu
havendo a circulação de ar entre as camadas baixas e altas. Isso gera a em outros continentes.
retenção de poluentes que ficam concentrados na camada inferior, causan- Alia-se a isso a miserabilidade das populações rurais no Brasil, que
do expressivos danos para os seres vivos. não têm acesso a uma vida digna e nem aos mínimos recursos educacio-
nais e de saúde que possibilitem torná-las agentes de defesa do ambiente.
Conhecimentos Gerais 15 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O Relatório do Brasil para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio superação desse entendimento deve ser implantada em níveis teórico e
Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) intitulado O Desafio do Desenvolvi- prático, a fim de que não aconteça, pela primeira vez na história biológica
mento Sustentável diagnostica: do planeta, o suicídio de um grupo zoológico.
“É relevante assinalar que, em situações de extrema pobreza, o indiví- A vegetação é protegida pela já citada lei nº 4.771, de 15 de setembro
duo marginalizado da sociedade e da economia nacional não tem nenhum de 1965, que institui o Código Florestal; o Decreto nº 58.054 de 23 de
compromisso para evitar a degradação ambiental, uma vez que a socieda- março de 1966, promulgou a Convenção sobre Flora, Fauna e Belezas
de não impede sua própria degradação como pessoa”. Cênicas dos países da América; o Decreto nº 76.623, de 17 de novembro
de 1975, promulgou a Convenção de comércio de fauna e flora selvagens
Esse texto traz uma importante contribuição para reafirmar a concep- em perigo de extinção; o Decreto nº 318, de 31 de outubro de 1991, pro-
ção sobre a necessária indissolubilidade entre os problemas ambientais e mulgou o nosso texto da Convenção Internacional para a proteção dos
os humanos. A luta pela promoção de um meio ambiente harmônico passa vegetais.
pela luta que promova a dignidade das pessoas. A luta ambiental não pode
cair no perigo da coisificação do homem e da humanização da natureza, Também são importantes na defesa da vegetação a Lei nº 6.902, de 27
fenômeno já denunciado por Marx na introdução de O Capital. de abril de 1981, que dispõe sobre a criação de Estações Ecológicas e
Áreas de Proteção Ambiental (APA’S); o Decreto nº 99.274, de 6 de junho
Logo, a luta pela preservação e o uso racional do meio ambiente de- de 1990, que regulamenta a citada lei; o Decreto nº 99.355, de 27 de junho
pende também do estabelecimento de novas relações entre os seres hu- de 1990, que dá nova redação ao Decreto acima. O CONAMA, por sua
manos. As questões do meio ambiente lançam as reflexões e ações sobre Resolução nº 10, de 14 de dezembro de 1988, estabeleceu os objetivos e
a dignidade, as contradições, as opressões e as desigualdades num novo competência das APA’S.
patamar mais amplo e abrangente que impõe a revisão dos paradigmas do
conhecimento e das práticas de relações entre os seres humanos. As Áreas de Relevante Interesse Ecológico (ARIEs), de alta importân-
cia para a preservação ambiental, foram regulamentadas pelo Decreto nº
A vegetação sofre com a guerra e com a paz. Na guerra, como no caso 89.336, de 31 de janeiro de 1988, limitou as atividades que podem ser
do Vietnã, são usados elementos químicos como a dioxina (agente laranja), exercidas nas ARIE’s.
com efeitos brutais sobre o meio ambiente, já que é um desfolhante que
tem a finalidade de tornar o inimigo mais visível nos locais de cobertura Na intersecção entre a produção e a preservação aparecem as Reso-
vegetal mais densa, facilitando, assim, as operações de extermínio de vidas luções Extrativistas definidas pelo Decreto nº 98.897, de 30 de janeiro de
humanas. Na paz, substâncias como esse são usadas para facilitar o 1990, documento legal que deve ser estudado e acionado pelos ambienta-
desmatamento e a busca de madeiras úteis, causando efeitos deletérios no listas, já que sua significação invade os campos econômico, social e cultu-
meio ambiente e nas pessoas que têm contato com esses tóxicos, mesmo ral.
com a concentração de dioxina reduzida de 30% para 0,5%.
Por último, quanto a esse tema, é preciso ressaltar que as Unidades de
A destruição ambiental no Brasil é assustadora, conforme o mesmo Conservação, ainda que criadas por decreto, só poderão ser alteradas ou
documento citado: em 1940, o Estado do Paraná, em sua região norte era suprimidas por lei, conforme comando do art. 225, 1º, III da Constituição
coberta em 90% por matas nativas, restando hoje tão somente 2% dessa Federal.
cobertura; os cerrados ocupam 1.700.000 quilômetros quadrados, isto é,
20% do território nacional, sendo 46% aptos para a produção agrícola, 34% O solo e o subsolo agredidos recebem, também, proteção legal. Os
para a exploração limitada com base em pecuária extensiva e 20% devem agentes que agridem o solo, como já lembramos, atingem as águas, dizima
ser preservados. O Pantanal mato-grossense, tão desfigurado, representa, a fauna e flora e atingem o ser humano. Os agrotóxicos são um exemplo. A
com seus 170.000 quilômetros quadrados, 2% do território nacional. Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, dispõe sobre a pesquisa, experimen-
tação, produção, embalagem e rotulagem, transporte, armazenamento,
Os garimpos são outros agressores do meio ambiente, constituindo-se comercialização e propaganda comercial de agrotóxicos. Essa lei foi regu-
também num problema social, econômico e antropológico. O garimpo é lamentada pelos Decretos nº 98.062, de 17 de agosto de 1989; 98.816, de
uma atividade precária e móvel, que se desloca na medida em que os veios 11 de janeiro de 1990 e 99.657, de 16 de outubro de 1990. A Portaria nº
minerais se esgotam ou se tornam pouco lucrativos ou inviáveis para as 349, de 14 de março de 1990, estabeleceu os procedimentos de registro,
técnicas atrasadas que são utilizadas. O garimpo apresenta grave proble- renovação e uso de agrotóxicos. A Portaria nº 329, de 2 de setembro de
ma social por envolver em sua operação direta (fora os exploradores da 1985, fixou proibições com relação aos organoclorados.
mão-de-obra) cerca de 300.000 pessoas, em 1.854 locais de extração de
ouro, pedras preciosas e outros minérios. Constituem um problema econô- O mercúrio, que atinge as águas, assim como o cianeto, muito usados
mico por se configurarem como locais de economia própria, onde os preços na garimpagem do ouro, foram tratados pelas normas vigentes; a Portaria
são sobrevalorizados, onde o meio de transporte mais comum é o pequeno SEMA, nº 3, de 11 de abril de 1975, dispõe sobre a concentração de mer-
avião, onde a mão-de-obra é explorada com desigualdade e violência; e, cúrio por litro de água e o Decreto nº 97.507, de 13 de fevereiro de 1989,
onde se instala um mercado paralelo de minerais, à margem de qualquer que dispõe sobre o licenciamento de atividade mineral, e uso do mercúrio
controle, o que significa evasão de dívidas. É um problema antropológico metálico e do cianeto em áreas de extração de ouro.
por ser uma atividade que não respeita as reservas indígenas, sendo A Lei nº 6.225, de 14 de julho de 1975, dispõe da discriminação de re-
veículo facilitador do genocídio e etnocídio. giões pelo Ministério da Agricultura, onde são obrigatórias a execução de
Ao lado desses problemas, o garimpo, em termos de meio ambiente, planos de proteção ao solo e combate à erosão e a Lei nº 6.662, de 25 de
polui os rios com mercúrio, promove a erosão de grandes regiões e dese- junho de 1979, institui o Plano Nacional de Irrigação.
quilibra os ecossistemas. Mas, é preciso lembrar que não somente o garim- O sobsolo e suas riquezas minerais são formados pelo Código de Mi-
po pode causar esses danos ao meio ambiente, também as grandes mine- neração; pelo Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967; pela Lei nº
radoras e processadoras de minérios, quando usam, por exemplo, a madei- 7.808, de 18 de julho de 1989, regulamentada pelo Decreto nº 98.812, de 9
ra como combustível (carvão vegetal) potenciam essa destruição, que é de janeiro de 1990, que estabelece o regime de permissão de lavra garim-
promovida a varejo pelos garimpos. O mesmo deve ser dito das empresas peira.
que lançam suas águas industriais servidas e seus rejeitos nos rios e lagos
ocasionando graves lesões ao meio ambiente. O solo pode ser degradado pelo parcelamento e por distribuição injus-
ta, por isso relembramos o Estatuto da Terra já citado, os dispositivos
A vegetação, o solo, o subsolo, água e a fauna são depredados pelo institucionais relativos à Reforma Agrária, a competência dos municípios
ser humano, que se torna vítima de seus próprios procedimentos. As práti- nesse campo e aditamos a isso a Lei nº 4.778, de 22 de setembro de 1965,
cas que têm por base o entendimento segundo o qual a natureza é inesgo- que obrigou a consulta às autoridades florestais na aprovação de plantas e
tável, o ser humano é um mero instrumento (um objeto), o lucro imediato é planos de loteamento, e a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que
o objetivo da produção e a preservação dos ecossistemas um assunto de dispõe do parcelamento do solo urbano.
minorias situa o ser humano em uma situação paradoxal: ele é, ao mesmo
tempo, autor e vítima, sendo assassino potencial de sua própria espécie. A Além do Código Florestal (Lei nº 4.771/64, já citada), dada a significa-
ção desse ecossistema para o Brasil e as agressões que sofre diuturna-

Conhecimentos Gerais 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mente, existem uma grande quantidade de normas esparsas sobre o tema. uma pequena amostra, pois várias espécies nem foram tocadas por esta
Destacamos algumas: Decreto nº 97.635, de 10 de abril de 1989, que lista.
regula a art. 27 do Código Florestal e dispõe sobre a preservação e comba-
te a incêndio florestal; Decreto nº 99.547, de 25 de setembro de 1990, que A caça, o manejo inadequado dos ecossistemas, o comércio de couros,
dispõe sobre a vedação do corte e exploração e comercialização de produ- peles e dos próprios animais, como os pássaros e peixes que são vendidos
tos e subprodutos florestais,; Decreto nº 96.944, de 12 de outubro de 1988, ao exterior, ao lado dos envenenamentos químicos, contribuem para o
que cria o programa de Defesa do Complexo de Ecossistemas da Amazô- desaparecimento diário das espécies, às vezes nem conhecidas pelos
nia; Lei nº 7.754, de 14 de abril de 1989, que prevê medidas para a prote- seres humanos.
ção das florestas existentes nas nascentes dos livros. As biotas são destruídas, não permitindo a sobrevivência dos seres vi-
4. As Agressões à Fauna vos que lá habitam em estreita dependência recíproca, e os nichos ecológi-
cos são desfeitos.
os animais vivem graças a uma cadeia alimentar que se constitui na
“transferência da energia alimentar que existe no ambiente natural, numa O urbano invade o rural, trazendo práticas que, se de um lado, podem
sequência na qual alguns organismos consomem e outros são consumidos. ser fatores de aumento de produção e até mesmo de uso racional da terra,
O equilíbrio da vida depende de um relacionamento equilibrado entre as de outro, introduzem práticas agressivas de apropriação e comércio, que
comunidades. Sua quebra pode gerar efeitos incontroláveis, como pragas, atingem, em cheio, a fauna.
por exemplo, no caso de pássaros, que se alimentam de insetos, serem Chega a ser descabido dizermos que devemos encarar e tratar os ani-
exterminados pela caça ou por agrotóxicos. mais como nossos companheiros de jornada, como nossos fraternos ami-
A antropia gera essa quebra, não somente diminuindo a frequência de gos que habitam a mesma morada cósmica. Se dissermos isso, logo have-
certos animais em determinada região, como também contribuindo para a rá alguém nos acusando de que nos tornamos místicos. O problema é de
extinção de espécies. Hoje, o Brasil sofre o problema de ter várias espécies outra ordem: temos de admitir que vivemos numa comunidade de seres
em fase de extinção. vivos, que exercem os mais variados papéis no sentido de manter a nature-
za, estrutura e equilíbrio desse todo dinâmico e instável que chamamos
biosfera. Ninguém é desprezível. Todos têm funções nessa teia interde-
pendente. É o óbvio observável. A erradicação de uma espécie significa a
supressão de um conjunto de funções, a retirada de um protagonista da
cena cósmica, o avanço das forças da morte sobre as da vida.
Além dos documentos legais, protetores da fauna, já citados no texto
sobre flora, podemos, ainda, destacar como significativos a Lei nº 5.197, de
3 de janeiro de 1967, que estabeleceu as normas básicas para a proteção
da fauna, a Portaria do IBAMA nº 2.114, de 24 de outubro de 1990, que
determinou a proibição do comércio de animais silvestres; a Portaria nº 79-
P, de 3 de março de 1975, do IBDF, que estabeleceu as normas para a
caça amadorística; a Lei nº 5.197, de 3 de janeiro de 1967, que dispõe
615 × 300 - mahwelin.blogspot.com sobre a proteção à fauna; a Portaria nº 1.522, de 19 de dezembro de 1989,
que publicou a lista oficial de espécies da fauna brasileira ameaçadas de
Para aviventar nossa memória, citemos alguns nomes populares de a- extinção; a Lei nº 7.679, de 22 de novembro de 1988, que tratou da proibi-
nimais de nossa fauna que estão em via de desaparecer: o guariba da ção da pesca em período de reprodução.
Região Norte e Nordeste; o macaco-aranha da Região Norte; o monocar-
voeiro da Região Sudeste; o uacari do Amazonas; o sagui do Pará; o 5. A Cidade – Agressora e Agredida
macaco-prego-de-peito-amarelo da Bahia, o cuxiú do Pará; o barrigudo da as cidades vão se constituindo na história por necessidades comerci-
Região Norte e Centro-Oeste; o mico-leão-preto de São Paulo; o mico-de- ais, de produção, de defesa militar, tornando-se centros de decisão regio-
cheiro do Amazonas; o lobo-guará das Regiões Centro-Oeste, Sul, Sudeste nais e nacionais. A marca fundamental das cidades é o adensamento
e parte da caatinga do Nordeste; o gato-palheiro do Mato-Grosso; o gato- populacional. Como cidades são fenômenos sociais mutáveis, elas tendem
do-mato da Região Sul; a onça-parda ou sussuarana de todo o território do a crescer desordenadamente, a partir das desmandas produtivas e das
Brasil; a jaguatirica de todo o território do Brasil; a doninha-amazônica da migrações que as atingem. Esta característica de desordenamento alcança
Bacia Amazônica; o gato-do-mato de todo o território do Brasil; a onça até mesmo as cidades planejadas. Como ela é uma entidade aberta para
pintada de todo o território do Brasil; o tamanduá-bandeira de todo o territó- as conjunturas, torna-se difícil prever os percalços de seu itinerário, com-
rio do Brasil; o tatu-bola da caatinga nordestina; o peixe-boi da Bacia Ama- prometendo, assim, o planejamento que lhe deu origem.
zônica; a baleia-branca do litoral do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul; o
rato-do-mato do Rio Grande do Sul; o cervo-do-pantanal do Centro-Oeste e
Sul do Brasil; o veado-campeiro de todo o território do Brasil; a codorna-
mineira de Minas Gerais a São Paulo e Mato Grosso; o macuco de Per-
nambuco ao Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso; o
gavião-real da Região Amazônica, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul; o mutum-cavalo de Alagoas; a jacutinga da
Bahia ao Rio Grande do Sul; a rolinha-do-planalto de Mato Grosso, Goiás e
São Paulo; o papagaio-de-cara-roxa de São Paulo e Paraná; o papagaio-
de-peito-roxo da Bahia ao Rio Grande do Sul; a aranha-azul-grande do
Maranhão, Pará, Amapá, Piauí, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e To-
cantins; a aranha-azul-de-lear da Bahia; a tiriba da Bahia a São Paulo; o
jacu-estalo do sul da Região Amazônica; o beija-flor-de-dohn da Bahia e do
Espírito Santo ao Paraná; o pintassilgo-do-nordeste do Ceará, Pernambu-
co, Alagoas e Bahia; o pichochó do Espírito Santo, Rio de Janeiro, e de
Minas Gerais ao Rio Grande do Sul; a tartaruga-verde de todo litoral brasi-
leiro; o jacaré-de-papo-amarelo das Bacias dos rios São Francisco, Doce,
Paraíba, no Baixo Paraná e, ainda, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande
do Sul, para citar alguns.
Deliberadamente cotamos todos esses animais apenas para mostrar 960 × 720 - folhavitoria.com.br
quão grande é a devastação em nossa fauna, já que os citados são apenas

Conhecimentos Gerais 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Nas cidades, quanto mais se adensa a população, mais se intensificam Convenção Internacional sobre responsabilidade civil em danos causados
os problemas sociais, econômicos, políticos e pessoais. As cidades, em por poluição por óleo. O Decreto nº 83.540, de 4 de junho de 1979, regula-
suas relações com o meio ambiente inaugura uma nova relação, pois ela, mentou a aplicação da convenção sobre responsabilidade civil em danos
necessariamente, vai interferir no meio natural onde se situa e, até mesmo, causados por óleo.
vai negá-lo. Ela é a representação máxima do distanciamento entre o
homem e a natureza. É nas cidades, principalmente nas maiores, que os A indústria bélica foi nomeada pelo Decreto Legislativo nº 50, de 28 de
problemas de degradação ambiental se tornam mais agudos e é a partir junho, que aprovou o texto da Convenção sobre proibição do uso militar ou
das cidades que muitos problemas de poluição são espalhados para outras hostil de técnicas de modificação ambiental.
regiões. Além disso, é nas cidades onde os conhecimentos oficiais são Os detergentes não biodegradáveis, presença constante na vida urba-
gerados, reproduzindo-se nos centros menores e nas áreas rurais. na, teve sua fabricação regulamentada pela Lei nº 7.635, de 13 de setem-
A cidade, por sua compressão demográfica, torna mais grave as desi- bro de 1985.
gualdades, as explorações e as opressões. A distância sócio-econômica As concessionárias de exploração, geração e distribuição de energia
entre os mais abastados e os mais miseráveis se torna evidente, havendo elétrica tiveram seus empreendimentos condicionados ao licenciamento
risco de tensões, que podem até desembocar numa fragmentação do ambiental, pela Resolução do CONAMA nº 6, de 16 de setembro de 1987.
poder, como o exemplo do Rio de Janeiro.
O impacto ambiental foi definido pela Resolução do CONAMA nº 1, de
O efeito concreto dessas características traduz-se pela poluição decor- 23 de janeiro de 1986. O mesmo Órgão, em 1988, pela Resolução nº 6, de
rente dos processos produtivos, como a emissão de gases tóxicos nos 15 de junho de 1988, dispôs sobre o controle específico de resíduos gera-
períodos de inversão térmica. Pela poluição dos cursos d’água por dejetos dos e/ou existentes no processo de licenciamento de atividades industriais.
industriais, pelo lixo doméstico e pelos esgotos. Pelo consumo de alimentos
com aditivos químicos, que se acumulam no organismo humano, causando O d nº 97.634, de 10 de abril de 1989, regulamentou a produção e co-
doenças das menos às mais graves. Pelo uso do CFC, que contribui para o mercialização de substância que, comporte risco para a vida, a qualidade
esgarçamento da camada de ozônio, com os consequentes efeitos destruti- de vida e o meio ambiente.
vos dos raios ultravioletas do sol. Pelo consumo de produtos químicos A Lei nº 1.413, de 14 de agosto de 1975, dispôs sobre o controle da
mutagênicos que modificam o código genético, gerando efeitos imprevisí- poluição do meio ambiente, provocada por atividades industriais.
veis. Pelo risco dos efeitos radioativos de usinas termoelétricas construídas
sem a segurança devida. Pela ação dos depósitos de lixo, que degradam O Decreto nº 76.389, de 3 de outubro de 1975, regulamentando o De-
as partes mais profundas do solo e poluem as águas. Pela chuva ácida creto-Lei nº 1.413/75, estabeleceu medidas de preservação e controle da
oriunda da emissão de gases que poluem lagos, rios e florestas. Pelo lixo poluição industrial.
atômico, que submete as populações ao constante risco da radioatividade.
A Portaria do Ministério do Interior nº 124, de 20 de agosto de 1980,
Pela perda ou vazamento de elétrons dos cinturões de Van Allen, que
impôs,, para evitar poluição hídrica, distância mínima de 220 metros dos
defendem a Terra do bombardeio de raios cósmicos e outras radiações
cursos d’água mais próximos, para instalação de empresas industriais. O
causados pelo impacto de ondas de rádio de baixa frequência.
Decreto nº 97.626, de 10 de abril de 1989, impôs a realização de estudos
Mas a questão preponderante do meio ambiente é representada pelas sobre controle de produção, comercialização, métodos e técnicas, que
condições infra-humanas em que vivem a maioria de suas populações, comprometem risco de vida e o Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988,
principalmente nas megalópoles. O referido Relatório para a Conferência do aprovou a regulamentação dos serviços de transporte rodoviário de cargas
Rio de Janeiro diagnostica que o perfil das indústrias brasileiras contém, um ou produtos perigosos.
elevado potencial de impacto sobre os recursos ambientais e que no Brasil
Os sons e barulhos da vida urbana e industrial devem respeitar os limi-
urbano, cerca de 20.000.000 de pessoas não têm acesso à água tratada,
tes de audição dos seres humanos. A ultrapassagem desses limites gera
75.000.000 não dispõem de serviços de esgoto e 60.000.000 não são
efeitos graves para a saúde.
atendidos por coleta de lixo. Informa, também, que apenas 3% do lixo
urbano tem deposição final adequada, 63% são lançados em cursos d’água O CONAMA tem se preocupado com esse problema como na Resolu-
e 34% a céu aberto. Identifica que a distância entre o trabalho e a moradia ção nº 1, de 8 de março de 1990, que fixou normas quanto à emissão de
e o tempo gasto para percorrê-la, nas metrópoles, só tem aumentado, sons e ruídos e na Resolução nº 2, de 8 de março de 1990, que institui o
penalizando os trabalhadores. Programa Silêncio.
Mas a cidade é também o lugar das decisões políticas, econômicas e O dano nuclear é a potenciação da agressão ambiental, por isso o Bra-
científicas. É o lugar do poder. É nela que se travam as lutas formais e sil promulgou o Tratado de Proscrição de Experiências com Armas Nuclea-
informais para a consignação de direitos. é o lugar do conforto. É a “praça” res na Atmosfera, no Espaço Cósmico e sob a água, pelo Decreto nº
onde se dão as discussões e onde são urdidos os acordos e radicalizados 58.256, de 8 de abril de 1966. A tentação dessas experiências continua e
os confrontos, mesmo as lutas do campo acabam por ser decididas na há necessidade de uma constante vigilância da cidadania. O Decreto nº 9,
cidade. de 15 de janeiro de 1991, promulgou a Convenção sobre pronta notificação
de acidente nuclear. Internamente, o Brasil, com a Lei nº 6.453, de 17 de
É na cidade, por sua estrutura polimorfa, que aparecem os movimentos
outubro de 1977, já havia estabelecido normas sobre a responsabilidade
sociais mais diferenciados. As lutas nas regiões rurais têm grande força em
civil por danos nucleares e responsabilidade criminal por atos relacionados
seus locais, principalmente no Norte do País, onde os conflitos são mais
com atividades nucleares. O estabelecimento de normas para as atividades
agudos e onde a posse tem de ser defendida com a presença ativa, mas
nucleares, no Brasil, já tem vinte anos. A Lei nº 4.118, de 27 de agosto de
tais movimentos, para se manterem a sobreviverem, têm de se articular
1962, dispôs sobre a política nacional de energia nuclear e criou a Comis-
com o urbano até mesmo para garantir conquistas suas.
são Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Em 1980, pelo Decreto-Lei nº
Desse modo, a cidade que tem seu lado opressor e indigno, também 1.809, de 7 de outubro, foi instituído o Sistema de Proteção ao Programa
propicia oportunidades de fortalecimento dos movimentos sociais de todos Nuclear Brasileiro, documento regulamentado pelo Decreto nº 85.565, de
os tipos. 18 de dezembro de 1980. O Decreto nº 96.620, de 31 de agosto de 1988,
instituiu o Conselho Superior de Política Nuclear. Já em 1986, pela Resolu-
A produção industrial pode vir a causar danos ambientais, pela monta- ção do CONAMA nº 28, de 3 de dezembro, foram editadas normas de
gem de suas unidades energéticas e produtivas, pelo processo de indus- licenciamento dos estabelecimentos destinados a produzir materiais nuclea-
trialização e pelos produtos que lança no mercado. Por isso, várias são as res e, no mesmo dia o referido Conselho traz a lume a Resolução nº 29,
normas que regulam, direta ou indiretamente, essa atividade. que torna obrigatório o Estudo de Impacto Ambiental para instalação nucle-
Em 1980, a Lei nº 6.803, de 2 de julho, já estabelecia diretrizes para o ar. http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/ecologia/robertoaguiar/
zoneamento industrial, tendo em vista as áreas críticas de poluição. Em
1976, os danos de poluição por óleo eram preocupação do legislador. O
Decreto Legislativo nº 74, de 30 de setembro de 1976, aprovou o texto da

Conhecimentos Gerais 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Os portugueses

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Cavalhadas de Pirenópolis (Pirenópolis,Goiás) de origem
Cultura do Brasil portuguesa - Mascarados durante a execução do Hino do Divino.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Dentre os diversos povos que formaram o Brasil, foram os europeus
"A sociedade e a cultura brasileiras são conformadas como variantes aqueles que exerceram maior influência na formação da cultura brasileira,
da versão lusitana da tradição civilizatória europeia ocidental, diferenciadas principalmente os de origem portuguesa.
por coloridos herdados dos índios americanos e dos negros africanos. O Durante 322 anos o território foi colonizado por Portugal, o que implicou
Brasil emerge, assim, como um renovo mutante, remarcado de característi- a transplantação tanto de pessoas quanto da cultura da metrópole para as
cas próprias, mas atado genesicamente à matriz portuguesa, cujas poten- terras sul-americanas. O número de colonos portugueses aumentou muito
cialidades insuspeitadas de ser e de crescer só aqui se realizariam plena- no século XVIII, na época do Ciclo do Ouro. Em 1808, a própria corte de D.
mente. O Povo Brasileiro, Darcy Ribeiro, , pag 16 João VI mudou-se para o Brasil, um evento com grandes implicações
A cultura brasileira é uma síntese da influência dos vários povos políticas, econômicas e culturais. A imigração portuguesa não parou com
e etnias que formaram o povo brasileiro. Não existe uma cultura brasileira a Independência do Brasil: Portugal continuou sendo uma das fontes mais
perfeitamente homogênea, e sim um mosaico de diferentes vertentes importantes de imigrantes para o Brasil até meados do século XX.
culturais que formam, juntas, a cultura do Brasil. Naturalmente, após mais A mais evidente herança portuguesa para a cultura brasileira é a língua
de três séculos de colonização portuguesa, a cultura do Brasil é, portuguesa, atualmente falada por virtualmente todos os habitantes do país.
majoritariamente, de raiz lusitana. É justamente essa herança cultural lusa A religião católica, crença da maioria da população, é também decorrência
que compõe a unidade do Brasil: apesar do povo brasileiro ser um mosaico da colonização. O catolicismo, profundamente arraigado em Portugal, legou
étnico, todos falam a mesma língua (o português) e, quase todos, ao Brasil as tradições do calendário religioso, com suas festas e procissões.
são cristãos, com largo predomínio de católicos. Esta igualdade linguística As duas festas mais importantes do Brasil, o carnaval e as festas juninas,
e religiosa é um fato raro para um país de grande tamanho como o Brasil, foram introduzidas pelos portugueses. Além destas,
especialmente em comparação com os países do Velho Mundo. vários folguedos regionalistas como as cavalhadas, o bumba-meu-boi,
Embora seja um país de colonização portuguesa, outros grupos étnicos o fandango e a farra do boi denotam grande influência portuguesa.
deixaram influências profundas na cultura nacional, destacando-se os No folclore brasileiro, são de origem portuguesa a crença em seres
povos indígenas, os africanos, os italianos e os alemães. As influências fantásticos como a cuca, o bicho-papão e o lobisomem, além de muitas
indígenas e africanas deixaram marcas no âmbito da música, da culinária, lendas e jogos infantis como as cantigas de roda.
do folclore, do artesanato, dos caracteres emocionais e das festas Na culinária, muitos dos pratos típicos brasileiros são o resultado da
populares do Brasil, assim como centenas de empréstimos à língua adaptação de pratos portugueses às condições da colônia. Um exemplo é
portuguesa. É evidente que algumas regiões receberam maior contribuição a feijoada brasileira, resultado da adaptação dos cozidos portugueses.
desses povos: os estados do Norte têm forte influência das culturas Também a cachaça foi criada nos engenhos como substituto para
indígenas, enquanto algumas regiões do Nordeste têm uma cultura a bagaceira portuguesa, aguardente derivada do bagaço da uva. Alguns
bastante africanizada, sendo que, em outras, principalmente no sertão, há pratos portugueses também se incorporaram aos hábitos brasileiros, como
uma intensa e antiga mescla de caracteres lusitanos e indígenas, com as bacalhoadas e outros pratos baseados no bacalhau. Os portugueses
menor participação africana. introduziram muitas espécies novas de plantas na colônia, atualmente
No Sul do país as influências de imigrantes italianos e alemães são muito identificadas com o Brasil, como a jaca e a manga.
evidentes, seja na língua, culinária, música e outros aspectos. Outras De maneira geral, a cultura portuguesa foi responsável pela introdução
etnias, como os árabes,espanhóis, poloneses e japoneses contribuíram no Brasil colônia dos grandes movimentos artísticos
também para a cultura do Brasil, porém, de forma mais limitada. europeus: renascimento, maneirismo, barroco,rococó e neoclassicismo.
Formação da cultura brasileira Assim, a literatura, pintura, escultura, música, arquitetura e artes
decorativas no Brasil colônia denotam forte influência da arte portuguesa,
O substrato básico da cultura brasileira formou-se durante os séculos por exemplo nos escritos do jesuíta luso-brasileiro Padre Antônio Vieira ou
de colonização, quando ocorre a fusão primordial entre as culturas dos na decoração exuberante de talha dourada e pinturas de muitas igrejas
indígenas, dos europeus, especialmente portugueses, e dos escravos coloniais. Essa influência seguiu após a Independência, tanto na arte
trazidos da África subsahariana. A partir do século XIX, a imigração de popular como na arte erudita.
europeus não-portugueses e povos de outras culturas, como árabes e
asiáticos, adicionou novos traços ao panorama cultural brasileiro. Também Os indígenas
foi grande a influência dos grandes centros culturais do planeta, como A colonização do território brasileiro pelos europeus representou em
a França, a Inglaterra e, mais recentemente, dos Estados Unidos, países grande parte a destruição física dos indígenas através de guerras e
que exportam hábitos e produtos culturais para o resto do globo. escravidão, tendo sobrevivido apenas uma pequena parte das nações
indígenas originais. A cultura indígena foi também parcialmente eliminada
pela ação da catequese e intensa miscigenação com outras etnias.

Conhecimentos Gerais 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Atualmente, apenas algumas poucas nações indígenas ainda existem e como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de
conseguem manter parte da sua cultura original. Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é
particularmente destacada em virtude da migração dos escravos.
Os bantos, nagôs e jejes no Brasil colonial criaram o candomblé,
religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás praticada atualmente em
todo o território. Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião
sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e
o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.
A influência da cultura africana é também evidente na culinária
regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma
palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é
utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e
o acarajé.
Indígena brasileiro, representando sua rica arte plumária e de pintura
corporal. Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base
de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de
Apesar disso, a cultura e os conhecimentos dos indígenas sobre a terra influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica
foram determinantes durante a colonização, influenciando a língua, a do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais.
culinária, o folclore e o uso de objetos caseiros diversos como a rede de Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau,
descanso. Um dos aspectos mais notáveis da influência indígena foi a o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento
chamada língua geral (Língua geral paulista, Nheengatu), uma língua utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura
derivada do Tupi-Guarani com termos da língua portuguesa que serviu de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colonial.
de língua franca no interior do Brasil até meados do século XVIII,
principalmente nas regiões de influência paulista e na região amazônica. Os imigrantes
O português brasileiro guarda, de fato, inúmeros termos de origem
indígena, especialmente derivados do Tupi-Guarani. De maneira geral,
nomes de origem indígena são frequentes na designação de animais e
plantas nativos (jaguar, capivara, ipê, jacarandá, etc), além de serem muito
frequentes na toponímia por todo o território.
A influência indígena é também forte no folclore do interior brasileiro,
povoado de seres fantásticos como o curupira, o saci-pererê, o boitatá e
a iara, entre outros. Na culinária brasileira, a mandioca, a erva-mate, o açaí,
a jabuticaba, inúmeros pescados e outros frutos da terra, além de pratos
como os pirões, entraram na alimentação brasileira por influência indígena.
Essa influência se faz mais forte em certas regiões do país, em que esses
grupos conseguiram se manter mais distantes da ação colonizadora,
principalmente em porções da Região Norte do Brasil. O imigrante germânico e suas tradições:Oktoberfest em Igrejinha.

Os africanos A maior parte da população brasileira no século XIX era composta


por negros e mestiços. Para povoar o território, suprir o fim da mão-de-obra
A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos escrava mas também para "branquear" a população e cultura brasileiras, foi
da África durante o longo período em que durou o tráfico incentivada a imigração da Europa para o Brasil durante os séculos XIX e
negreiro transatlântico. A diversidade cultural da África refletiu-se na XX. Dentre os diversos grupos de imigrantes que aportaram no Brasil,
diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que foram os italianos que chegaram em maior número, quando considerada a
falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas. Os africanos faixa de tempo entre 1870 e 1950. Eles se espalharam desde o sul de
trazidos ao Brasil incluíram bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, sendo a maior parte na região
deram origem às religiões afro-brasileiras, e os hauçás e malês, de de São Paulo. A estes se seguiram os portugueses, com quase o mesmo
religião islâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a número que os italianos. Destacaram-se também os alemães, que
cultura africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, chegaram em um fluxo contínuo desde 1824. Esses se fixaram
os escravos aprendiam o português, eram batizados com nomes primariamente na Região Sul do Brasil, onde diversas regiões herdaram
portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo. influências germânicas desses colonos.
Os imigrantes que se fixaram na zona rural do Brasil meridional,
vivendo em pequenas propriedades familiares (sobretudo alemães e
italianos), conseguiram manter seus costumes do país de origem, criando
no Brasil uma cópia das terras que deixaram na Europa. Alguns povoados
fundados por colonos europeus mantiveram a língua dos seus
antepassados durante muito tempo. Em contrapartida, os imigrantes que se
fixaram nas grandes fazendas e nos centros urbanos
do Sudeste(portugueses, italianos, espanhóis e árabes), rapidamente se
integraram na sociedade brasileira, perdendo muitos aspectos da herança
cultural do país de origem. A contribuição asiática veio com a imigração
japonesa, porém de forma mais limitada.
De maneira geral, as vagas de imigração europeia e de outras regiões
do mundo influenciaram todos os aspectos da cultura brasileira. Na
culinária, por exemplo, foi notável a influência italiana, que transformou os
pratos de massas e a pizza em comida popular em quase todo o Brasil.
Capoeira, a arte-marcial afro-brasileira. Também houve influência na língua portuguesa em certas regiões,
Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade especialmente no sul do território. Nas artes eruditas a influência europeia
de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se imigrante foi fundamental, através da chegada de imigrantes capacitados
faz notar em grande parte do país; em certos estados em seus países de origem na pintura, arquitetura e outras artes.

Conhecimentos Gerais 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Aspectos Warchavchik, Lucio Costa e sobretudo Oscar Niemeyer, projetou a
arquitetura brasileira internacionalmente. O movimento moderno culminou
Arquitetura e patrimônio histórico na realização de Brasília, o único conjunto urbanístico moderno do mundo
reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade.

Parque Nacional Serra da Capivara


Também há diversidade em sítios arqueológicos, como o encontrado
no sul do estado do Piauí: serra da Capivara. Os problemas enfrentados
pela maioria dos sítios arqueológicos brasileiros não afetam os mais de 600
sítios que estão no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí.
Localizado em uma área de 130 mil hectares o Parque Nacional da Serra
da Capivara é um exemplo de conservação do patrimônio histórico e
Obra de Mestre Ataíde na abóbada da Igreja de São Francisco de
artístico nacional. Em 1991, foi consagrado patrimônio mundial pela
Assis, em Ouro Preto, símbolo do Barroco brasileiro.
Unesco.
O interesse oficial pela preservação do patrimônio histórico e artístico
A serra da Capivara é uma das áreas mais protegidas do Brasil, pois
no Brasil começou com a instituição em 1934 da Inspetoria de Monumentos
está sob a guarda do Iphan, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fundahm
Nacionais. O órgão foi sucedido pelo Serviço do Patrimônio Histórico e
e do Ibama local, que tem poder de polícia. Nesta mesma área se localiza o
Artístico Nacional e hoje o setor é administrado nacionalmente pelo Instituto Museu do Homem Americano, onde se encontra o mais
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que já possui mais de velho crânio humano encontrado na América.
20 mil edifícios tombados, 83 sítios e conjuntos urbanos, 12.517 sítios
arqueológicos cadastrados, mais de um milhão de objetos arrolados, Culinária
incluindo o acervo museológico, cerca de 250 mil volumes bibliográficos e
vasta documentação arquivística. Tradições imateriais como o samba de A culinária brasileira é fruto de uma mistura de
roda do Recôncavo Baiano e a arte gráfica e pintura corporal dos ingredientes europeus, indígenas e africanos. A refeição básica do
índios Wajapi do Amapá também já foram reconhecidas como Patrimônio brasileiro médio consiste em arroz, feijão e carne. O prato
da Humanidade pela UNESCO. Também os estados e alguns municípios já internacionalmente mais representativo do país é a feijoada. Os hábitos
possuem instâncias próprias de preservação e o interesse nesta área tem alimentares variam de região para região. No Nordeste há grande influência
crescido nos últimos anos. africana na culinária, com destaque para o acarajé,vatapá e molho de
pimenta. No Norte há a influência indígena, no uso da mandioca e
Mesmo com a intensa atividade dos órgãos oficiais, o patrimônio de peixes de água doce. No Sudeste há pratos diversos como o feijão
nacional ainda sofre frequente depredação e tem sua proteção e tropeiro e angu, em Minas Gerais, e a pizza em São Paulo. No Sul do país
sustentabilidade limitadas pela escassez de verbas e pela falta de há forte influência da culinária italiana, em pratos como a polenta, e
consciência da população para com a riqueza de sua herança cultural e também da culinária alemã. O churrasco é típico do Rio Grande do Sul, que
artística e para com a necessidade de um compartilhamento de também é uma característica muito forte na cultura brasileira. O Brasil não
responsabilidades para sua salvaguarda efetiva a longo prazo. possui carnes de qualidade tão elevada como a da Argentina e Uruguai que
se destaca nessa área pelo seu terreno geográfico. No entanto, o brasileiro
é um amante do bom churrasco acompanhado de bebidas como a cerveja,
o chopp deixando o vinho para outras ocasiões.

O Palácio da Alvorada em Brasília, obra deOscar Niemeyer.


O patrimônio histórico brasileiro é um dos mais antigos da América,
sendo especialmente rico em relíquias de arte e arquitetura barrocas,
concentradas sobretudo no estado de Minas Gerais (Ouro
Preto,Mariana, Diamantina, São João del-Rei, Sabará, Congonhas, etc) e
em centros históricos de Recife, São
Luis,Salvador, Olinda, Santos, Paraty, Goiana, Pirenópolis, Goiás, entre
outras cidades. Também possui nas grandes capitais numerosos e
importantes edifícios dearquitetura eclética, da transição entre
os séculos XIX e XX.
A partir de meados do século XX a construção de uma série de
obras modernistas, criadas por um grupo liderado por Gregori

Conhecimentos Gerais 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Literatura Artes visuais

"A descoberta da terra" (1941), pintura mural de Portinari no edifício


da Biblioteca do Congresso, Washington, DC.
O Brasil tem uma grande herança no campo das artes visuais.
Na pintura, desde o barroco se desenvolveu uma riquíssima tradição de
decoração de igrejas que deixou exemplos na maior parte dos templos
Machado de Assis, um dos maiores escritores do Brasil. coloniais, com destaque para os localizados nos centros da Bahia,
O primeiro documento a se considerar literário na história brasileira é a Pernambuco e sobretudo em Minas Gerais, onde a atuação de Mestre
carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei Manuel I de Portugal, em que o Ataíde foi um dos marcos deste período. No século XIX, com a fundação
Brasil é descrito, em 1500. Nos próximos dois séculos, a literatura brasileira da Escola de Belas Artes, criou-se um núcleo acadêmico de pintura que
ficou resumida a descrições de viajantes e a textos religiosos. formaria gerações de notáveis artistas, que se encontram até hoje entre os
O barroco desenvolveu-se no Nordeste nos séculos XVI e XVII e melhores da história do Brasil, como Victor Meirelles, Pedro
o arcadismo se expandiu no século XVIII na região das Minas Gerais. Alexandrino, Pedro Américo, Rodolfo Amoedo e legião de outros. Com o
advento do Modernismo no início do século XX, o Brasil acompanhou o
Aproximadamente em 1836, o Romantismo afetou a Literatura movimento internacional de renovação das artes plásticas e criadores
Brasileira e nesse período, pela primeira vez, a literatura nacional tomou como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral,Vicente do Rego
formas próprias, adquirindo características diferentes da literatura europeia. Monteiro, Guignard, Di Cavalcanti e Portinari determinaram os novos rumos
O Romantismo brasileiro (possuindo uma temática indianista), teve como da pintura nacional, que até os dias de hoje não cessou de se desenvolver
seu maior nome José de Alencar e exaltava as belezas naturais do Brasil e e formar grandes mestres.
os indígenasbrasileiros.8
Após o Romantismo, o Realismo expandiu-se no país, principalmente
pelas obras de Machado de Assis (fundador da Academia Brasileira de
Letras). Entre 1895 e 1922, não houve estilos literários uniformes no Brasil,
seguindo uma inércia mundial. A Semana de Arte Moderna de 1922 abriu
novos caminhos para a literatura do país. Surgiram nomes como Oswald de
Andrade e Jorge Amado. O século XX também assistiu ao surgimento de
nomes como Guimarães Rosa e Clarice Lispector, os chamados
"romancistas instrumentalistas", elencados entre os maiores escritores
brasileiros de todos os tempos.
Atualmente, o escritor Paulo Coelho (membro da Academia Brasileira
de Letras) é o escritor brasileiro mais conhecido, alcançando a liderança de
vendas no país e recordes pelo mundo. Apesar de seu sucesso comercial,
críticos diversos consideram que produz uma literatura meramente
comercial e de fácil digestão, e chegam a apontar diversos erros de
português em suas obras, principalmente em seus primeiros livros.
Outros autores contemporâneos são bem mais considerados pela
crítica e possuem também sucesso comercial, como Nelson
Rodrigues, Ignácio de Loyolla Brandão, Rubem Fonseca, Luís Fernando
Veríssimo e outros. Escultura de Aleijadinho "Cristo no horto das oliveiras",
localizada Congonhas, Minas Gerais.
No campo da escultura, igualmente o barroco foi o momento fundador,
deixando uma imensa produção de trabalhos de talha dourada nas igrejas
e estatuária sacra, cujo coroamento é o ciclo de esculturas das Estações da
Via Sacra e dos 12 profetas no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos,
obra de Aleijadinho. Experimentando um período de retraimento na primeira
metade do século XIX, a escultura nacional só voltaria a brilhar nas últimas
décadas do século, em torno da Academia Imperial de Belas Artes e
através da atuação de Rodolfo Bernardelli. Desde lá o gênero vem
florescendo sem mais interrupções pela mão de mestres do quilate
de Victor Brecheret, um dos precursores da arte moderna brasileira, e
depois dele Alfredo Ceschiatti, Bruno Giorgi, Franz Weissmann, Frans

Conhecimentos Gerais 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Krajcberg, Amilcar de Castro e uma série de outros, que têm levado a Esportes
produção brasileira aos fóruns internacionais da arte.
O futebol é o esporte mais popular no Brasil. A Seleção Brasileira de
Da metade do século XX em diante outras modalidades de artes Futebol foi cinco vezes vitoriosa na Copa do Mundo FIFA,
visuais têm merecido a atenção dos artistas brasileiros, e nota-se um rápido em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Basquetebol, futsal, voleibol, automobili
e grande desenvolvimento na gravura, no desenho, na cerâmica artística, e smo e as artes marciais também têm grande popularidade no país. Embora
nos processos mistos como instalações e performances, com resultados não sejam tão praticados e acompanhados como os esportes citados
que se equiparam à melhor produção internacional. anteriormente,tênis, handebol, natação e ginástica têm encontrado muitos
seguidores brasileiros ao longo das últimas décadas. Alguns esportes têm
Música suas origens no Brasil: futebol de praia, futsal (versão oficial do futebol
A música do Brasil se formou, principalmente, a partir da fusão de indoor), footsack, futetênis efutevôlei emergiram de variações do futebol.
elementos europeus e africanos, trazidos respectivamente por Outros esportes criados no país são a peteca, o acquaride, o frescobol
colonizadores portugueses e escravos. o sandboard, e o biribol. Nas artes marciais, os brasileiros têm desenvolvido
a capoeira, vale-tudo, e o jiu-jitsu brasileiro. No automobilismo, pilotos
brasileiros ganharam o campeonato mundial de Fórmula 1 oito
vezes: Emerson Fittipaldi, em 1972 e 1974; Nelson Piquet,
em 1981, 1983 e 1987; e Ayrton Senna, em 1988, 1990 e 1991.

Instrumentos populares no Brasil.


Até o século XIX Portugal foi a porta de entrada para a maior parte das
influências que construíram a música brasileira, clássica e popular, Grande Prêmio do Brasil de 2007 no Autódromo de
introduzindo a maioria do instrumental, o sistema harmônico, a literatura Interlagos em São Paulo.
musical e boa parcela das formas musicais cultivadas no país ao longo dos
séculos, ainda que diversos destes elementos não fosse de origem O Brasil já organizou eventos esportivos de grande escala: o país
portuguesa, mas genericamente europeia. O primeiro grande compositor organizou e sediou a Copa do Mundo FIFA de 1950 e foi escolhido para
brasileiro foi José Maurício Nunes Garcia, autor de peças sacras com sediar a Copa do Mundo FIFA de 2014. O circuito localizado em São
notável influência do classicismovienense. A maior contribuição do Paulo, Autódromo José Carlos Pace, organiza anualmente o Grande
elemento africano foi a diversidade rítmica e algumas danças e Prêmio do Brasil. São Paulo organizou os Jogos Pan-americanos de 1963 e
instrumentos, que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música o Rio de Janeiro organizou os Jogos Pan-americanos de 2007. Além disso,
popular e folclórica, florescendo especialmente a partir do século XX. O o país vai sediar os Jogos Olímpicos de Verão de 2016, que serão
indígena praticamente não deixou traços seus na corrente principal, salvo realizados na cidade do Rio de Janeiro.
em alguns gêneros do folclore, sendo em sua maioria um participante Religião
passivo nas imposições da cultura colonizadora.

Sala São Paulo, em São Paulo, uma das salas de concerto com
melhor acústica no mundo.
Ao longo do tempo e com o crescente intercâmbio cultural com outros
países além da metrópole portuguesa, elementos musicais típicos de outros
países se tornariam importantes, como foi o caso da
vogaoperística italiana e francesa e das danças como a zarzuela,
o bolero e habanera de origem espanhola, e as valsas e polcas
germânicas, muito populares entre os séculos XVIII e XIX, e o jazz norte- Estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, Brasil.
americano no século XX, que encontraram todos um fértil terreno no Brasil
para enraizamento e transformação. O Brasil é um país religiosamente diverso, com tendência
de tolerância e mobilidade entre as religiões. A população brasileira é
Com grande participação negra, a música popular desde fins do século majoritariamente cristã (89%), sendo sua maior parte católica. Herança da
XVIII começou a dar sinais de formação de uma sonoridade colonização portuguesa, o catolicismo foi a religião oficial do Estado até
caracteristicamente brasileira. Na música clássica, contudo, aquela a Constituição Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico.
diversidade de elementos se apresentou até tardiamente numa feição
bastante indiferenciada, acompanhando de perto - dentro das A mão de obra escrava, vinda principalmente da África, trouxe suas
possibilidades técnicas locais, bastante modestas se comparadas com os próprias práticas religiosas, que sobreviveram à opressão dos
grandes centros europeus ou como os do México e do Peru - o que colonizadores, dando origem às religiões afro-brasileiras.
acontecia na Europa e em grau menor na América espanhola em cada Na segunda metade do século XIX, começa a ser divulgado
período, e um caráter especificamente brasileiro na produção nacional só o espiritismo no Brasil, que hoje é o país com maior número de espíritas no
se tornaria nítido após a grande síntese realizada por Villa Lobos, já em mundo. Nas últimas décadas, as religiões protestantes têm crescido
meados do século XX. rapidamente em número de adeptos, alcançando atualmente uma parcela

Conhecimentos Gerais 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
significativa da população. Do mesmo modo, aumenta o percentual O segundo governo Vargas (1951-1954) e o governo Juscelino Kubits-
daqueles que declaram não ter religião, grupo superado em número apenas chek (1956-1960) foram períodos de fixação da mentalidade desenvolvi-
pelos católicos nominais e evangélicos. mentista, de feição nacionalista, intervencionista e estatizante. No entanto,
foram também períodos de intensificação dos investimentos estrangeiros e
Muitos praticantes das religiões afro-brasileiras, assim como alguns de participação do capital internacional. A partir do golpe militar de 1964,
simpatizantes do espiritismo, também se denominam "católicos", e seguem estabeleceu-se uma quebra na tradição populista, embora o governo militar
alguns ritos da Igreja Católica. Esse tipo de tolerância com o sincretismo é tenha continuado e até intensificado as funções centralizadoras já observa-
um traço histórico peculiar da religiosidade no país. das, tanto na formação de capital quanto na intermediação financeira, no
Seguem as descrições das principais correntes religiosas brasileiras, comércio exterior e na regulamentação do funcionamento da iniciativa
ordenadas pela porcentagem de integrantes de acordo com privada. As reformas institucionais no campo tributário, monetário, cambial
o recenseamento demográfico do IBGE em 2000. e administrativo levadas a efeito sobretudo nos primeiros governos milita-
res, ensejaram o ambiente propício ao crescimento e à configuração mo-
Sociedade derna da economia. Mas não se desenvolveu ao mesmo tempo uma vida
política representativa, baseada em instituições estáveis e consensuais.
As bases da moderna sociedade brasileira remontam à revolução de
Ficou assim a sociedade brasileira marcada por um contraste entre uma
1930, marco referencial a partir do qual emerge e implanta-se o processo
economia complexa e uma sociedade à mercê de um estado atrasado e
de modernização. Durante a República Velha (ou primeira república), o
autoritário.
Brasil era ainda o país essencialmente agrícola, em que predominava a
monocultura. O processo de industrialização apenas começava, e o setor Ao aproximar-se o final do século XX a sociedade brasileira apresenta-
de serviços era muito restrito. A chamada "aristocracia rural", formada pelos va um quadro agudo de contrastes e disparidades, que alimentavam fortes
senhores de terras, estava unida à classe dos grandes comerciantes. Como tensões. O longo ciclo inflacionário, agravado pela recessão e pela inefici-
a urbanização era limitada e a industrialização, incipiente, a classe operária ência e corrupção do aparelho estatal, aprofundou as desigualdades soci-
tinha pouca importância na caracterização da estrutura social. A grande ais, o que provocou um substancial aumento do número de miseráveis e
massa de trabalhadores pertencia à classe dos trabalhadores rurais. So- gerou uma escalada sem precedentes da violência urbana e do crime
mente nas grandes cidades, as classes médias, que galgavam postos organizado. O desânimo da sociedade diante dos sucessivos fracassos dos
importantes na administração estatal, passavam a ter um peso social mais planos de combate à inflação e de retomada do crescimento econômico
significativo. criavam um clima de desesperança. O quadro se complicava com a carên-
No plano político, o controle estatal ficava nas mãos da oligarquia rural cia quase absoluta nos setores públicos de educação e saúde, a deteriora-
e comercial, que decidia a sucessão presidencial na base de acordos de ção do equipamento urbano e da malha rodoviária e a situação quase
interesses regionais. A grande maioria do povo tinha uma participação falimentar do estado. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações
Ltda.
insignificante no processo eleitoral e político. A essa estrutura social e
política correspondia uma estrutura governamental extremamente descen- Relações internacionais do Brasil
tralizada, típica do modelo de domínio oligárquico.
As relações internacionais do Brasil são fundamentadas no artigo 4º
Durante a década de 1930 esse quadro foi sendo substituído por um da Constituição Federal de 1988, que determina, no relacionamento
modelo centralizador, cujo controle ficava inteiramente nas mãos do presi- do Brasil com outros países e organismos multilaterais, os princípios da
dente da república. Tão logo assumiu o poder, Getúlio Vargas baixou um não-intervenção, da autodeterminação dos povos, da cooperação
decreto que lhe dava amplos poderes governamentais e até mesmo legisla- internacional e da solução pacífica de conflitos. Ainda segundo a
tivos, o que abolia a função do Congresso e das assembleias e câmaras Constituição Federal de 1988, a política externa é de competência privativa
municipais. Ao invés do presidente de província, tinha-se a figura do inter- do Poder Executivo federal, cabendo ao Legislativo federal as tarefas de
ventor, diretamente nomeado pelo chefe do governo e sob suas ordens. aprovação de tratados internacionais e dos embaixadores designados
Essa tendência centralizadora adquiriu novo ímpeto com o golpe de 1937. pelo Presidente da República.
A partir daí, a União passou a dispor de muito mais força e autonomia em
relação aos poderes estaduais e municipais. O governo central ficou com O Ministério das Relações Exteriores (MRE), também conhecido
competência exclusiva sobre vários itens, como a decretação de impostos como Itamaraty, é o órgão do poder executivo responsável pelo
sobre exportações, renda e consumo de qualquer natureza, nomear e assessoramento do Presidente da República na formulação, desempenho e
demitir interventores e, por meio destes, os prefeitos municipais, arrecadar acompanhamento das relações do Brasil com outros países e organismos
taxas postais e telegráficas etc. Firmou-se assim a tendência oposta à internacionais. A atuação do Itamaraty cobre as vertentes política,
estrutura antiga. comercial, econômica, financeira, cultural e consular das relações externas,
áreas nas quais exerce as tarefas clássicas da diplomacia: representar,
Outra característica do processo foi o aumento progressivo da partici- informar e negociar.
pação das massas na atividade política, o que corresponde a uma ideologi-
zação crescente da vida política. No entanto, essa participação era molda- As prioridades da política externa são estabelecidas pelo Presidente da
da por uma atitude populista, que na prática assegurava o controle das República. Anualmente, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas,
massas pelas elites dirigentes. Orientadas pelas manobras personalistas em Nova Iorque, geralmente no mês de setembro, o Presidente da
dos dirigentes políticos, as massas não puderam dispor de autonomia e República, ou o Ministro das Relações Exteriores, faz um discurso onde são
organização suficientes para que sua participação pudesse determinar uma apresentados, ou reiterados, os temas de maior relevância para o governo
reorientação político-administrativa do governo, no sentido do atendimento brasileiro. Ao longo das últimas duas décadas, o Brasil tem dado ênfase
de suas reivindicações. Getúlio Vargas personificou a típica liderança à integração regional (em que se destacam dois processos basilares, o do
populista, seguida em ponto menor por João Goulart e Jânio Quadros. Mercosul e o da ex-Comunidade Sul-Americana de Nações, atual Unasul);
às negociações de comércio exterior em planomultilateral (Rodada de
Sociedade moderna. O processo de modernização iniciou-se de forma Doha, Organização Mundial de Comércio, solução de contenciosos em
mais significativa a partir da década de 1950. Os antecedentes centraliza- áreas específicas, como algodão,açúcar, gasolina, exportação de aviões); à
dores e populistas condicionaram uma modernização pouco espontânea, expansão da presença brasileira na África, Ásia, Caribe e Leste Europeu,
marcadamente tutelada pelo estado. No espaço de três décadas, a fisio- por meio da abertura de novas representações diplomáticas (nos últimos
nomia social brasileira mudou radicalmente. Em 1950, cerca de 55% da seis anos foram instaladas Embaixadas em 18 países); à reforma do
população brasileira vivia no campo, e apenas três cidades tinham mais de Conselho de Segurança das Nações Unidas, cujo formato e composição
500.000 habitantes; na década de 1990, a situação se alterara radicalmen- o governo brasileiro considera anacrônicos e injustos (o Brasil deseja ser
te: 75,5% da população vivia em cidades. A industrialização e o fortaleci- incluído, juntamente com a Índia, Japão e Alemanha, no grupo de países
mento do setor terciário haviam induzido uma crescente marcha migratória com assento permanente no Conselho e com direito a veto em qualquer
em dois sentidos: do campo para a cidade e do norte para o sul. Em termos votação, atualmente limitado a cinco: Estados
de distribuição por setores, verifica-se uma forte queda relativa na força de Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.
trabalho empregada no setor primário.

Conhecimentos Gerais 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Segurança pública As artes visuais brasileiras evoluíram por meio da adaptação e estiliza-
ção de tendências plásticas europeias, a partir do barroco, ou da evocação
Segurança Pública é um processo, ou seja, uma sequência contínua de tais tendências por artistas estrangeiros radicados no Brasil. Assim, não
de fatos ou operações que apresentam certa unidade ou que se é possível falar numa escola de artes plásticas genuinamente brasileira,
reproduzem com certa regularidade, que compartilha uma visão focada em como se fala, por exemplo, na tradição da arte italiana, holandesa ou espa-
componentes preventivos, repressivos, judiciais, saúde e sociais. É um nhola.
processo sistêmico, pela necessidade da integração de um conjunto de
conhecimentos e ferramentas estatais que devem interagir a mesma visão, Frans Post, por exemplo, é artista holandês, embora também pertença
compromissos e objetivos. Deve ser também otimizado, pois dependem de à história da pintura brasileira, e os temas brasileiros de Nicolas Antoine
decisões rápidas, medidas saneadoras e resultados imediatos. Sendo Taunay não o descaracterizam como pintor francês. A partir da segunda
a ordem pública um estado de serenidade, apaziguamento e tranquilidade metade do século XIX, sobretudo após 1922, buscou-se o abrasileiramento
pública, em consonância com as leis, os preceitos e os costumes que da pintura, mas foi sobretudo em termos temáticos que essa busca condu-
regulam a convivência em sociedade, a preservação ziu a resultados mais palpáveis.
deste direito do cidadão só será amplo se o conceito de segurança pública Pintura
for aplicado.
Período colonial. Além de europeus, os primeiros pintores ativos no
A segurança pública não pode ser tratada apenas como medidas Brasil foram religiosos, ou de algum modo ligados a igrejas e conventos.
de vigilância e repressiva, mas como um sistema integrado e otimizado Predominou, portanto, a pintura de temática religiosa, pouco voltada para o
envolvendo instrumento de prevenção, coação, justiça, defesa dos direitos, retrato, a paisagem e a natureza-morta. Baseadas em estampas de antigos
saúde e social. O processo de segurança pública se inicia pela prevenção e missais franceses e flamengos, as obras desses artistas exibem curiosos
finda na reparação do dano, no tratamento das causas e na reinclusão na anacronismos que, somados ao tosco desenho e à extrema simplificação
sociedade do autor do ilícito. da composição, emprestam-lhes aparência ingênua e despretensiosa.
Conselhos Comunitários de Segurança É possível que o primeiro pintor a pisar solo brasileiro tenha sido Jean
Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEG) são Gardien, "expert en l'art du portrait", companheiro de Jean de Léry na
instituições jurídicas de direito privado sem fins lucrativos com o objetivo viagem de 1555. Outros pintores do século XVI e início do século XVII, no
principal de organizar as comunidades e fazê-las interagir com as polícias Brasil, foram o jesuíta Belchior Paulo, ativo em Pernambuco e depois na
estaduais (Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Científica), e se vinculam, Bahia até 1589; Hierônimo de Mendonça, nascido no Porto em 1570, e que
por adesão, às diretrizes emanadas da Secretaria da Segurança Pública, em 1595 residia em Olinda; e Rita Joana de Sousa (1595-1618), nascida e
por intermédio do Coordenador Estadual e pelo Conselho Permanente para falecida em Olinda.
Assuntos dos Conselhos Comunitários de Segurança. Um dos episódios mais importantes da história da pintura colonial bra-
Um Conselho Comunitário de Segurança não é um conselho formado sileira é a presença, em Pernambuco, na primeira metade do século XVII,
por pessoas que cuidarão da segurança pública como se fossem policiais. de um grupo de pintores holandeses, flamengos e alemães reunidos em
Também não se trata de um conselho no qual pessoas irão se reunir para torno de Maurício de Nassau. Embora o próprio Nassau haja escrito que
identificar traficantes e outros criminosos e dedurá-los para a polícia. O tinha a sua disposição, no Brasil holandês, seis pintores, apenas dois são
principal objetivo dos CONSEG’s é a prevenção, e para prevenir é preciso perfeitamente identificáveis: o paisagista Frans Post, autor de pequenas
identificar problemas e controlar fatores de risco de múltiplas origens. Para vistas de Olinda e outras cidades nordestinas, e Albert Eckhout, pintor de
isso é necessário integrar e organizar as populações das comunidades, figuras e de naturezas-mortas, talvez as primeiras executadas em solo
desenvolver ações de fortalecimento comunitário e iniciativas de cultura e americano.
formação para a prevenção de maneira a que, através da união e interação Muitos outros artistas -- alguns de presença comprovada, outros de
de seus membros (diretoria, membros natos e comunidade), como também permanência curta ou hipotética no Brasil -- terão eventualmente executado
com o Estado e a Prefeitura (seus órgãos, departamentos e setores pinturas. Dos que trabalharam para Nassau, ou para a Companhia Holan-
públicos competentes envolvidos direta ou indiretamente com a segurança desa das Índias Ocidentais, destacam-se: Jorge Marcgrave, autor das
pública), seja possível a existência (introdução e a manutenção) de ilustrações da Historia naturalis Brasiliae; Zacharias Wagener, que traçou
sistemas de segurança comunitários preventivos que contribuam para a as ilustrações do Zoobiblion -- Livro de animais do Brasil; e Johan Nieuhof,
melhoria da qualidade de vida das pessoas. autor e ilustrador da Memorável viagem.
A participação em um CONSEG compete a todo cidadão que assume a Os pintores de Nassau foram os primeiros a abordar assuntos não-
sua parcela na responsabilidade de buscar ativamente soluções para os religiosos, num nível de elaboração artística até então desconhecido no
problemas de segurança pública e esteja disposto a colaborar com o bem- Brasil, mas constituem grupo isolado, já que não tiveram discípulos ou
estar da comunidade da qual faz parte. continuadores. A evolução da pintura colonial brasileira deu-se em outra
Objetivos das reuniões mensais do CONSEG direção, fiel aos postulados herdados da metrópole. Materializou-se em
obras agrupadas em quatro escolas: pernambucana, baiana, fluminense e
Discutir e analisar os problemas comunitários identificados, existentes, mineira, com centros de menor importância no Pará e em São Paulo.
relacionados à segurança;
Escola pernambucana. Embora o surto inicial tenha ocorrido em fins do
Planejar ações e buscar a viabilização de alternativas de solução século XVI, somente no século XVIII a escola pernambucana alcançou seu
preventiva com vistas ao tratamento dos problemas de segurança apogeu, com a obra de artistas como Canuto da Silva Tavares; João de
detectados; Deus Sepúlveda, tido como o maior artista pernambucano de todo o perío-
Acompanhar e monitorar a evolução das medidas preventivas do colonial, que entre 1764 e 1768 executou a pintura do teto da igreja de
implementadas; São Pedro dos Clérigos; e José Elói e Francisco Bezerra, que trabalharam
nas pinturas do mosteiro de São Bento em Olinda.
Desenvolver campanhas educativas;
Escola baiana. A tradição dá Eusébio de Matos, morto em 1694, como
E estreitar laços de entendimento e cooperação comunitária. o primeiro pintor nascido na Bahia, mas nenhuma obra de sua autoria
subsistiu. O verdadeiro fundador da escola baiana é José Joaquim da
Bibliografia Rocha, que estudou em Lisboa e Roma e executou, entre outras obras, o
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. teto da igreja da Conceição da Praia, em Salvador.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Discípulo seu foi José Teófilo de Jesus, que se aperfeiçoou na Europa
e realizou trabalhos na Ordem Terceira de São Francisco, em Salvador,
Arte Brasileira bem como a "Glorificação de Nossa Senhora", na igreja do Carmo, na
mesma cidade. Também discípulo de José Joaquim da Rocha foi Antônio

Conhecimentos Gerais 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Joaquim Franco Velasco, pintor de temas religiosos, retratista e mestre de lo vivo, a supremacia do desenho e a importância do tema "nobre" -- religi-
desenho, a quem coube por sua vez iniciar Bento José Rufino da Silva oso, histórico ou mitológico -- fizeram então sua aparição na arte nacional.
Capinam, pintor de panoramas e litógrafo, e José Rodrigues Nunes, retra-
tista. O primeiro diretor da Academia foi Henrique José da Silva, natural de
Portugal e bom pintor de retratos. Português era também Simplício Rodri-
Escola fluminense. Em qualidade e quantidade, a escola fluminense é gues de Sá, pintor de história e de gênero ("Irmão pedinte", Museu Nacional
talvez a mais importante das quatro escolas de pintura colonial, tendo sido de Belas-Artes), que substituiu o anterior como professor de pintura históri-
iniciada por frei Ricardo do Pilar, religioso alemão cujas obras podem ser ca na Academia. Frutos do ensino acadêmico foram August Muller, nascido
admiradas no mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro. na Alemanha, retratista, paisagista e pintor de história; Manuel de Araújo
Porto Alegre, discípulo de Debret; e sobretudo Agostinho José da Mota,
Outros componentes dessa escola são José de Oliveira Rosa, autor da paisagista e autor de naturezas-mortas.
pintura do teto do salão-mor do palácio dos vice-reis, representando "O
gênio da América" (destruída), e do teto da capela-mor da igreja das carme- Citem-se ainda numerosos artistas estrangeiros ativos no Rio de Janei-
litas. Foi mestre de João de Sousa, autor de temas religiosos e retratos, e ro em meados do século XIX, como Claude-Joseph Barandier; Abraham
de João Francisco Muzzi, cenógrafo, autor dos dois quadros do "Incêndio" e Louis Buvelot; Ferdinand Krumholz, excepcional retratista; Alessandro
da "Reconstrução da igreja e recolhimento de Nossa Senhora do Parto"; Cicarelli; Nicolau Antônio Facchinetti, grande paisagista; Henri Nicolas
Caetano da Costa Coelho, talvez nascido em Portugal, autor da pintura do Vinet, aluno de Corot; e Augustus Earle. Mesmo Manet e Gauguin estive-
teto da capela-mor da igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Peni- ram no Brasil, mais ou menos por essa época.
tência, no Rio de Janeiro, considerada a mais antiga pintura perspectivista
executada no Brasil; Manuel da Cunha, nascido escravo, aluno de João de Expoentes do academicismo. À segunda geração acadêmica, que de-
Sousa, autor de temas religiosos e de retratos; frei Francisco Solano Ben- sabrochou após 1850, pertencem alguns dos mais importantes pintores do
jamin, pintor de painéis religiosos no convento de Santo Antônio, no Rio de Brasil, como Vítor Meireles de Lima, Pedro Américo de Figueiredo e Melo e
Janeiro, e de retratos; Leandro Joaquim, paisagista e retratista, além de João Zeferino da Costa, além de nomes de menor projeção, como Antônio
cenógrafo ("Procissão marítima no hospital dos lázaros", Museu Histórico Araújo de Sousa Lobo e Arsênio Cintra da Silva.
Nacional); Manuel Dias de Oliveira, cognominado o Brasiliense ou o Roma- Vítor Meireles, que se aperfeiçoou em Roma e Paris, foi pintor de bata-
no, que estudou em Portugal e em Roma, permanecendo por dez anos na lhas e de história ("Primeira missa no Brasil" e "Batalha dos Guararapes",
Europa, autor de naturezas-mortas, miniaturas e pinturas religiosas ("Nossa Museu Nacional de Belas-Artes). Seguro de desenho e de composição, era,
Senhora da Conceição", Museu Nacional de Belas-Artes); José Leandro de porém, frio colorista. Como professor, coube-lhe iniciar numerosos jovens,
Carvalho, pintor da corte na época da chegada da família real portuguesa alguns transformados mais tarde em excelentes pintores.
ao Brasil, autor de alegorias e retratos como o "D. João VI" do convento de
Santo Antônio; Raimundo da Costa e Silva, pintor religioso e retratista; e Pedro Américo forma com Vítor Meireles o par de pintores mais conhe-
Francisco Pedro do Amaral, chefe de decorações da casa imperial após a cido do Brasil oitocentista. Sua arte é caracterizada por excelente desenho
independência e autor da ornamentação em diversas salas da quinta da e elaborada composição, mas se revela às vezes pobre em emoção ("Ba-
Boa Vista. talha do Avaí", "A carioca" e "Judite e Holofernes", Museu Nacional de
Belas-Artes).
Escola mineira. Além de bom número de pintores anônimos, destacam-
se, entre os artistas coloniais mineiros, José Soares de Araújo, português, João Zeferino da Costa, bolsista em Roma, onde pintou suas obras
autor da pintura do teto da nave da igreja do Carmo, em Diamantina; João mais célebres ("O óbolo da viúva" e "A caridade", ambas no Museu Nacio-
Nepomuceno Correia e Castro, que executou pinturas do santuário de Bom nal de Belas-Artes), notabilizou-se como autor das decorações da igreja da
Jesus de Matosinhos, em Congonhas; e Manuel da Costa Ataíde, talvez o Candelária, no Rio de Janeiro. Também professor, iniciou diversos artistas,
maior pintor brasileiro do período colonial, cuja produção pode ser admirada como Batista da Costa, Henrique Bernardelli e Castagneto, os quais forma-
em igrejas de Ouro Preto, Santa Bárbara, Mariana e outras cidades minei- riam, com outros, a terceira geração acadêmica, que desabrochou em fins
ras, cuja obra-prima é a "Santa ceia", de 1828. do século XIX e início do século XX. Os artistas José Ferraz de Almeida
Júnior, Décio Vilares, Rodolfo Amoedo e Eliseu Visconti, entre outros,
Missão artística francesa. Em março de 1816 chegaram ao Brasil os ar- situam-se entre os principais expoentes dessa geração.
tistas e artesãos que D. João VI contratara na França por sugestão do
conde da Barca. Chefiada por Joachim Lebreton, a missão artística france- José Ferraz de Almeida Júnior foi dos primeiros brasileiros a consagrar
sa, que tinha por objetivo principal a organização de uma escola de artes e em suas telas uma temática nacional, e por isso apontado pelos modernis-
ofícios no Rio de Janeiro, iria dar novos rumos à arte brasileira. tas de 1922 como um de seus precursores ("Descanso do modelo" e "Caipi-
ras negaceando", Museu Nacional de Belas-Artes). Por essas obras de
Os pintores que a integravam eram Nicolas Antoine Taunay, seu filho tema regional, a crítica o considera o primeiro realista brasileiro.
Félix Émile Taunay e Jean-Baptiste Debret. Dos três, Nicolas Antoine
Taunay era o mais importante, adepto do neoclassicismo de David, mas Décio Rodrigues Vilares, aluno de Cabanel em Paris, é autor de retra-
poderoso colorista, cujas paisagens do Rio de Janeiro ("O morro de Santo tos, alegorias e deliciosas paisagens de minúsculas dimensões. Rodolfo
Antônio", Museu Nacional de Belas-Artes) e retratos valem mais do que Amoedo, discípulo de Vítor Meireles, Cabanel, Baudry e Puvis de Chavan-
suas cenas de gênero e alegorias, cenas de batalhas e quadros bíblicos. nes, oscilou entre o academicismo mais empedernido e o romantismo
tardio, deixando obras como "A narração de Filetas" e "Marabá" (Museu
Debret, discípulo de David, foi retratista e pintor de história de menor Nacional de Belas-Artes). Pedro Weingartner, gaúcho de origem alemã,
fôlego ("Desembarque de D. Leopoldina", Museu Nacional de Belas-Artes), distinguiu-se por suas paisagens e cenas de costumes. Aurélio de Figuei-
mas se notabilizou pelas ilustrações de cenas e costumes brasileiros da redo é autor de "O baile da ilha Fiscal" (Museu Histórico Nacional).
Viagem pitoresca e histórica ao Brasil (1834-1839), que só encontram
paralelo nas estampas, no mesmo gênero, de Johann Moritz Rugendas, Antônio Parreiras, paisagista de méritos que estudou com o alemão
artista alemão ativo no Rio de Janeiro entre 1821 e 1835, autor de Viagem Jorge Grimm, foi o primeiro a praticar no Brasil a pintura ao ar livre. Belmiro
pitoresca através do Brasil. Félix Taunay, pintor de história e paisagista, Barbosa de Almeida, também escultor, radicou-se em Paris e aproximou-se
teve maior importância como diretor da Academia de Belas-Artes, na qual por vezes do impressionismo ("Dame à la rose", Museu Nacional de Belas-
criou, em 1840, as exposições gerais anuais, a pinacoteca e, após 1845, os Artes). Oscar Pereira da Silva, pintor de história, estudou em Paris com
prêmios de viagem à Europa. Participaram também da missão Lebreton o Gerôme e Bonnat. João Batista Castagneto, italiano chegado ao Brasil com
arquiteto Grandjean de Montigny, o escultor Auguste Marie Taunay e o três anos, estudou com Grimm e é o melhor marinhista brasileiro do século
gravador Charles Simon Pradier. XIX. João Batista da Costa foi o primeiro a tratar a paisagem brasileira
como assunto autônomo, embora ainda preso a postulados acadêmicos.
O ensino ministrado pelos artistas franceses tiraria o Brasil do estágio Henrique Bernardelli destacou-se como pintor decorativista; Pedro Alexan-
artístico defasado em que se achava, para nele introduzir um neoclassicis- drino Borges, como autor de naturezas-mortas; e Gustavo dall'Ara, como
mo então de vanguarda. Essa tendência, no entanto, já continha os germes pintor de cenas urbanas cariocas.
do formalismo que terminaria em breve por condená-la. O estudo do mode-

Conhecimentos Gerais 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O maior pintor brasileiro da passagem do século foi Eliseo d'Angelo sou fases impressionista, expressionista e concreta, antes de fixar-se na
Visconti. Elo entre a estética do século XIX e a do século XX, Visconti valorização da textura e do cromatismo; e Alberto da Veiga Guignard,
cultivou todos os gêneros, notabilizando-se como paisagista, retratista e paisagista das cidades históricas de Minas Gerais, retratista e pintor de
decorativista ("Gioventù", Museu Nacional de Belas-Artes, e decorações do gênero.
Teatro Municipal do Rio de Janeiro). Algumas de suas últimas obras, como
"Revoada de pombos" (no mesmo museu), aproximaram-no do impressio- Portinari e a fixação do modernismo. Com Cândido Portinari, a arte
nismo quase abstrato, característico também da última fase de Monet. moderna impôs-se definitivamente no Brasil. Aluno de Rodolfo Amoedo e
Lucílio de Albuquerque na Escola Nacional de Belas-Artes, Portinari ga-
Outros artistas do início do século XX são Henrique Alvim Correia, pin- nhou em 1928 o primeiro prêmio de pintura no Salão Nacional de Belas-
tor de batalhas; Helios Seelinger, que sentiu a influência do simbolismo e Artes, com um retrato de inspiração acadêmica. Após dois anos na Europa,
do art nouveau; Carlos Oswald, Rodolfo e Carlos Chambelland, Eugênio voltou ao Brasil praticando uma arte de cunho moderno, expressionista e
Latour, Lucílio de Albuquerque, João e Artur Timóteo da Costa, Augusto dramática.
José Marques Júnior, Georgina de Albuquerque e Henrique Cavaleiro. Sob
certos aspectos, alguns deles podem ser considerados precursores do O quadro "Café" (1935), hoje no Museu Nacional de Belas-Artes, foi
modernismo. premiado nos Estados Unidos, projetando o nome de seu autor no cenário
nacional e internacional. Vieram em seguida as decorações para o Ministé-
Semana de Arte Moderna. A primeira exposição de pintura moderna rio da Educação, no Rio de Janeiro (1936-1945), projetado sob risco origi-
realizada no Brasil ocorreu em 1913, em São Paulo. O expositor era Lasar nal de Le Corbusier, que o transformaram no símbolo da pintura moderna
Segall, nascido na Lituânia mas ligado aos movimentos vanguardistas no Brasil. Retratista, pintor de temas religiosos e sociais ("Enterro na rede",
alemães. Segall, que terminaria adotando a cidadania brasileira, é um Museu de Arte de São Paulo), Portinari é sob muitos aspectos o maior
expressionista germânico, cujas séries mais importantes evocam o drama nome da pintura brasileira. Sua influência sobre as gerações posteriores foi
do povo judeu, ao qual pertencia, e os horrores da guerra ("Navio de emi- enorme, tendo repercutido, por exemplo, em artistas como Tomás Santa
grantes", Museu Segall). É considerado um dos maiores pintores que Rosa, Clóvis Graciano e Enrico Bianco. Em semelhante linha temática
trabalharam no Brasil. desenvolveu-se também a pintura de Orlando Teruz.
A mostra de Segall em 1913 não provocou reações. A de Anita Malfatti, Outros pintores brasileiros surgidos depois de Portinari sobressaíram
realizada também em São Paulo, em 1917, gerou, ao contrário, o protesto pela articulação de linguagens de cunho bem pessoal, garantindo graças a
de Monteiro Lobato, que no artigo "Mistificação ou paranóia" acusou a isso lugares indisputáveis na produção do século XX. Entre eles, merecem
jovem pintora de insinceridade ou desequilíbrio mental. Após essa crítica, ser citados: José Pancetti, marinhista de nível extraordinário; Djanira, que
Malfatti recuou de sua posição vanguardista, passando a praticar uma arte abordou cenas rurais e folclóricas com cores chapadas, numa visão limítro-
mais comportada e de acordo com postulados tradicionais. Ainda assim, fe da chamada art naïf; Emeric Marcier, romeno de nascimento, voltado
sua exposição é tida como o autêntico estopim do modernismo. para temas religiosos, além de paisagens e retratos; Quirino Campofiorito e
Eugênio de Proença Sigaud, cultores de temas sociais; Flávio de Resende
Poucos anos depois, um grupo de artistas e escritores levou a efeito, Carvalho, também arquiteto, que se manteve fiel ao expressionismo; Iberê
no Teatro Municipal de São Paulo, a Semana de Arte Moderna de 1922. Di Camargo, ex-paisagista que, com sucessivos afastamentos da figura,
Cavalcanti e Vicente do Rego Monteiro eram os principais pintores presen- chegou ao despojamento abstrato; e Carlos Scliar, autor de naturezas-
tes, com menção ainda para a própria Anita Malfatti; o suíço John Graz, mortas e paisagens em suaves combinações cromáticas de grande força
que chegara a São Paulo em 1920, e a mineira Zina Aita, que estudara em expressiva.
Florença. Faziam também parte do grupo o desenhista e gravador Osvaldo
Goeldi e os escultores Vítor Brecheret, Hildegardo Leão Veloso e Wilhelm Capítulo curioso, na história da pintura no Brasil, é o dos pintores primi-
Haarberg. Outros dois criadores, Antônio Garcia Moya e Georg Przyrembel, tivos, ingênuos ou instintivos, que passaram a despertar interesse à medida
compareceram com projetos arquitetônicos. que as fronteiras do gosto se ampliavam pelas concepções modernistas.
Citam-se entre os melhores e mais autênticos José Bernardo Cardoso
A intenção geral era antiacadêmica, mas a mostra apresentava obras Júnior, o Cardosinho; Heitor dos Prazeres, pintor dos morros cariocas;
de tendências diversas, inclinando-se para o expressionismo, o art nouveau Paulo Pedro Leal, que pintou cenas de naufrágios e visões terríveis de
e o pós-impressionismo, classificadas pelo público e a imprensa em geral guerra e destruição; e José Antônio da Silva, na origem um simples lavra-
como futuristas. dor, que mostrou ser colorista notável ao enfocar aspectos da vida rural e
Emiliano Di Cavalcanti, o maior idealizador da Semana, que ocorreu de enredos de sua própria existência.
11 a 18 de fevereiro de 1922, pintou sobretudo figuras e paisagens. Sensí- Abstracionismo geométrico e tachismo. No começo da década de
vel à influência de Picasso e dos muralistas mexicanos, criou depois um 1950, sob influência das ideias de Mondrian e, sobretudo, de Max Bill, um
estilo bem pessoal, no qual demonstra um temperamento sensual e lírico. grupo de artistas jovens praticou uma arte extremamente depurada, utili-
Pintor das mulatas e do carnaval carioca, dentro de uma veia expressionis- zando formas geométricas simples e somente cores complementares, sem
ta caracterizada por intenso cromatismo, fez em 1931 o primeiro painel qualquer apelo ao desenho, à textura ou mesmo à expressão. Com essa
moderno do Brasil: as decorações do teatro João Caetano, no Rio de linha de trabalho, entrou em cena o concretismo, cujos primeiros represen-
Janeiro. tantes foram Ivan Serpa, Almir Mavignier, Décio Vieira, Aluísio Carvão,
Vicente do Rego Monteiro praticou a pintura alternadamente com a po- Lígia Pape, Geraldo de Barros, Valdemar Cordeiro e Lígia Clark.
esia, abandonando por longos anos a primeira para a ela voltar no fim da Organizado em 1954, o grupo sofreu uma cisão em 1957, que conver-
vida. Influenciado por Juan Gris, chegou a um estilo tipicamente art déco, teu-se no movimento neoconcreto do Rio de Janeiro, liderado pelo poeta
no qual se mesclaram influências arcaicas, pré-colombianas e egípcias. Ferreira Gullar. O neoconcretismo buscava acrescentar expressão à fria
Sem participar da Semana de Arte Moderna, mas considerados pionei- concepção estética do concretismo, cujas coordenadas continuaram a
ros da arte moderna no Brasil, citam-se ainda Ismael Néri, personalidade vigorar em São Paulo.
das mais originais, pintor expressionista e, em algumas obras, tocado pelo Não-figurativos de tendência geométrica, que permaneceram à mar-
surrealismo; Tarsila do Amaral, que adaptou o cubismo de Léger à realida- gem do concretismo e do neoconcretismo, afirmaram-se também, em fins
de brasileira e deu início aos movimentos Pau-Brasil (1924) e antropofágico da mesma década, artistas como Raimundo Nogueira, Maria Leontina e
(1928), de índole nacionalista, baseados em motivos tradicionais do Brasil Milton Dacosta, que, tendo começado a carreira como paisagista, cedeu à
suburbano e rural, tornando-se particularmente importante com suas obras influência da pintura metafísica, aderiu ao abstracionismo e adotou por fim
de temática social, como "Trem de segunda classe" e "Operários"; Cícero um figurativismo dos mais originais, baseado em formas geometrizadas de
Dias, espécie de Chagall tropical em suas primeiras obras, que mais tarde Vênus e de pássaros.
aderiu ao abstracionismo para afinal retornar à temática figurativa do início
de sua carreira; Antônio Gomide, que após prolongada formação europeia Por volta de 1960, em reação aos excessos do abstracionismo de ex-
levou para São Paulo a influência cubista de Picasso e Braque; Joaquim do pressão geométrica e em sintonia com as correntes que já se impunham na
Rego Monteiro, falecido muito jovem em Paris; Alfredo Volpi, que atraves- Europa, numerosos pintores aderiram ao abstracionismo informal ou lírico e

Conhecimentos Gerais 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ao tachismo, estilos internacionais que propunham a libertação pela cor. À nhas, sua arte chegou a um nível nunca alcançado no Brasil. Seu contem-
frente da tendência se achava o cearense Antônio Bandeira, que se radica- porâneo Valentim da Fonseca e Silva, dito mestre Valentim, fez também
ra em Paris, onde fora companheiro de Wols. Dignos de menção, entre os obra memorável, modificando a paisagem urbana do Rio de Janeiro e
que seguiram esse caminho, são também Manabu Mabe, Tikashi Fukushi- criando para o Passeio Público pirâmides, terraços, estátuas e pinhas.
ma, Tomie Ohtake e Kazuo Wakabayashi, destacados membros de um
grupo de pintores nascidos no Japão ou de ascendência nipônica. Com a missão artística francesa de 1816 veio para o Brasil o escultor
Augusto Maria Taunay, que gozava de certo prestígio na Europa, e logo foi
Muitos artistas que atravessaram na época uma fase abstrata, seguin- seguido pelos irmãos Marc e Zéphyrin Ferrez, também franceses, que em
do a voga internacional, evoluíram depois para estilos próprios e bem 1818 participaram da ornamentação dos novos prédios erguidos no Rio de
caracterizados. Citem-se como exemplos o gaúcho Glauco Rodrigues, que Janeiro para as comemorações da coroação de D. João VI. Marc Ferrez
passou do tachismo ao eficiente tratamento de uma figuração irônica, e o figurou nas primeiras exposições realizadas no Brasil, por iniciativa de
polonês Franz Krajcberg, que em meados da década de 1960 passou a Debret, em 1829 e 1830, e tornou-se catedrático da Academia Imperial de
trabalhar com relevos à base de materiais naturais -- raízes, troncos, pe- Belas-Artes em 1837. Executou diversos bustos em bronze, entre os quais
dras -- realizando uma arte de inspiração ecológica, na qual pintura e destaca-se o de D. Pedro I (hoje no Museu Nacional de Belas-Artes). É
escultura não raro iriam conjugar-se na mais perfeita fusão. autor dos baixos-relevos do palacete da marquesa de Santos, no Rio de
Janeiro, e, com o irmão Zéphyrin, das esculturas do frontão da Academia.
Arte conceitual e volta à pintura. Na década de 1970, a arte brasileira já
se achava identificada com o que ocorria no restante do mundo, seguindo Rodolfo Bernardelli, o maior escultor brasileiro do século XIX, realizou,
passo a passo as numerosas linguagens que se sucediam com velocidade entre outras obras, os monumentos ao duque de Caxias e ao general
crescente. Figuras como Hélio Oiticica e Lígia Clark, oriundas do movimen- Osório, no Rio de Janeiro; o mausoléu de D. Pedro II, em Petrópolis; e a
to neoconcreto, passaram a ser valorizadas por suas transgressões e o estátua de Castro Alves, em Salvador. Com ele, o neoclassicismo se impôs
desejo de ir além das artes formais, abrindo caminho para os happenings e e se esgotou no país.
manifestações análogas de expressão com o próprio corpo.
O primeiro escultor modernista é Vítor Brecheret, que depois de tomar
A pop art, criada nos Estados Unidos, mobilizou pintores como o parai- parte na Semana de Arte Moderna de 1922 evoluiu para os limites do não-
bano Antônio Dias e o paulista Wesley Duke Lee. Por um caminho seme- figurativo, sem chegar no entanto ao abstrato puro. Dois escultores estran-
lhante, no início de suas carreiras, enveredaram artistas que rejeitaram o geiros, o italiano Ernesto de Fiori e o polonês August Zamoyski, radicados
abstracionismo puro e simples em proveito de uma nova objetividade, como no Brasil na década de 1940, contribuíram para a formação de jovens
Rubens Gerchman, Carlos Vergara, Roberto Magalhães e Antônio Henrique artistas e a pesquisa de novas formas. O austríaco Franz Weissmann,
Amaral. Este resgatou, com tratamento hiper-realista, alguns dos temas já discípulo de Zamoyski, colaborou com Guignard na fundação da Escola de
presentes no repertório dos modernistas de 1922. Belas-Artes de Belo Horizonte.
Os movimentos de vanguarda, progressivamente orientados por tenta- Na fase de fixação do modernismo, em que o escultor mais importante
tivas de integração de diferentes técnicas, acabaram desembocando na e influente foi sem dúvida Bruno Giorgi, destacaram-se igualmente Maria
arte conceitual, em que a ideia de criação se antepõe à própria obra criada. Martins, Alfredo Ceschiatti e Francisco Stockinger. Menção à parte deve ser
Nomes como Cildo Meireles e Valtércio Caldas, assumindo posturas con- feita a Celso Antônio, aluno de Bourdelle e de Bernardelli, autor do "Monu-
ceituais, projetaram-se no país e no exterior, com obras em que a preocu- mento do café" em Campinas SP.
pação com a originalidade era sempre dominante. Distantes das posições
de vanguarda, artistas como João Câmara, Reinaldo Fonseca e Siron O advento da escultura abstrata, quer de índole geométrica, quer in-
Franco mantiveram-se fiéis à produção de quadros, revelando com fre- formal, acompanhou a evolução da pintura e data igualmente de meados
quência uma entonação satírica nas composições com figuras. do século XX. Às intenções não representativas e cada vez mais despoja-
das somaram-se desde então a pesquisa e o aproveitamento de materiais
Em 1980 e nos anos seguintes, o surgimento de uma nova safra de ta- incomuns. Pelas inovações apresentadas em seus trabalhos, assumiram
lentos, a chamada geração 80, composta em sua maioria por discípulos do grande importância, nessa fase, artistas como Sérgio de Camargo, autor de
pintor Luís Áquila, acompanhou-se de uma reflexão crítica que propunha a relevos em madeira cortada e reduzida aos sólidos fundamentais (cilindro,
volta à pintura, depois de todas as negações e avanços, como a melhor cone, esfera); Mary Vieira, aluna de Max Bill, autora de esculturas com
saída para o impasse a que a arte havia chegado. A pintura brasileira, a partes móveis e de curiosas formas espiraladas eletro-rotatórias; Amílcar de
essa altura, mostrava uma ampla convivência de todas as opções essenci- Castro e Lígia Clark, representantes da vertente concretista; Maurício
ais definidas desde meados do século: a expressão figurativa, de cunho Salgueiro, que fez montagens com peças de ferro velho; Mário Cravo
mais tradicional, ao lado do abstracionismo geométrico e dos diversos Júnior, cuja obra de espírito expressionista alude às vezes a motivos do
matizes da abstração informal. folclore baiano; e Abraham Palatinik, criador de relevos progressivos e do
aparelho cinecromático, que projeta imagens coloridas e abstratas em
Escultura permanente mutação.
Além de uma interessante cerâmica de fins utilitários, os índios também Gravura
faziam bonecos, de barro ou de madeira, em geral pintados. A cerâmica da
ilha de Marajó e a terracota carajá da ilha do Bananal são particularmente O gravador Charles Simon Pradier, membro da missão artística france-
estimadas. Os negros escravos fabricavam fetiches e ex-votos. As peque- sa de 1816, ficou no Brasil até 1818 e gravou muitas das estampas da
nas esculturas barrocas trazidas pelos portugueses foram copiadas, inici- Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, de seu colega Jean-Baptiste Debret.
ando-se com isso a produção de imagens de santos, até hoje em curso, de Este, juntamente com o alemão Johann Moritz Rugendas e o austríaco
inspiração ibérica. Thomas Ender são os mais ilustres dos estrangeiros que passaram pelo
Brasil ou nele se fixaram no século XIX, dedicando-se com especial inte-
Os primeiros escultores de formação estiveram ativos em igrejas e resse ao desenho e à gravura.
mosteiros, como o de São Bento, no Rio de Janeiro, em cujas obras se
distinguiram frei Domingos da Conceição, José da Conceição e Simão da Antes mesmo dessa época, no entanto, a gravura já fora praticada, em
Cunha. O maior desses escultores religiosos foi o português Agostinho da Vila Rica (atual Ouro Preto MG), pelo padre José Joaquim Viegas de Me-
Piedade, monge beneditino morto em 1661, cuja arte se enquadra na neses. Mais tarde, na Impressão Régia, trabalharam os portugueses Ro-
tradição peninsular. Com ele aprendeu Agostinho de Jesus, já nascido no mão Elói Casado e Paulo dos Santos Ferreira. A aula pública de gravura,
Brasil. Cumpre mencionar ainda o trabalho dos mestres entalhadores do no entanto, só foi criada em 1837, com Zéphyrin Ferrez como professor.
século XVIII, entre os quais foram identificados Manuel de Brito, José
Coelho de Noronha e Francisco Vieira Servas. A litografia, também nas primeiras décadas do século XIX, contou com
alguns cultores isolados, como Armand Julien Pallière, no Rio de Janeiro, e
O grande escultor e arquiteto do Brasil colonial foi o mineiro Antônio Hercule Florence, em São Paulo. No Rio, a primeira oficina litográfica
Francisco Lisboa, o Aleijadinho, cuja atividade cobriu, a partir de 1760, um comercial foi a de Louis-Aléxis Boulanger e Carlo Risso (1829-1830). Char-
período de mais de cinquenta anos. Nas figuras em pedra-sabão dos doze les Rivière também montou ateliê no Rio, especializando-se em retratos; a
profetas no adro do santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congo- eles se associou um brasileiro, Frederico Guilherme Briggs, autor de famo-

Conhecimentos Gerais 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sa série sobre tipos populares cariocas. Sébastien Auguste Sisson, ativo no A outra corrente crítica, cujos critérios se inclinam à aferição predomi-
Rio desde 1852, criou a primeira história em quadrinhos (1855) e a Galeria nantemente estética, assinala as divergências que se acumularam na psique
de brasileiros ilustres, com noventa pranchas litografadas entre 1859 e do homem americano, desde o início, e influíram na composição das obras.
1861. Aqui, considerando-se que a situação do colono tinha de engendrar uma
nova concepção da vida e das relações humanas, com uma correspondente
O primeiro gravador em madeira identificado foi o português Alfredo Pi- visão dessa realidade, pretende-se valorizar o esforço pelo desenvolvimento
nheiro, com oficina no Rio de Janeiro desde o começo da década de 1870. das formas literárias no Brasil, em busca de uma expressão própria e, tanto
A xilogravura chegou à maturidade com os trabalhos de Modesto Brocos y quanto possível, original.
Gómez, popularizados pelo jornal O Mequetrefe. Paralelamente, dois
artistas expatriados fizeram obra independente na Europa: Henrique Alvim Estabelecer a autonomia literária é descobrir, portanto, os momentos em
Correia (Paris, Bruxelas) e Carlos Oswald (Florença). Alvim Correia ilustrou, que as formas e artifícios da escrita serviram para fixar a nova visão estética
em 1906, uma edição belga do livro A guerra dos mundos, de H. G. Wells, dessa realidade nova. De tal modo, ao invés de conter-se em períodos
com estampas de caráter expressionista. Foi assim o primeiro de uma cronológicos, a literatura deverá ser dividida de acordo com os estilos cor-
linhagem de gravadores voltados para o fantástico, a que se filiariam no- respondentes às suas diversas fases: barroco, arcadismo, neoclassicismo,
mes como Raul Pedrosa e Darel, que teve expressão maior no magnífico romantismo, realismo, naturalismo, parnasianismo, simbolismo, modernismo
bestiário de Marcelo Grassmann. e concretismo.
Carlos Oswald integrou a formação clássica às formas do impressio- Dos primórdios ao fim do século XVIII
nismo. Seu discípulo e continuador Orlando da Silva foi um dos mestres de
Roberto Delamonica; seu filho e homônimo, várias vezes premiado no Primeiros textos. Os primeiros documentos escritos produzidos no Brasil
Salão Nacional de Belas-Artes, muito contribuiu para a formação de diver- não pertencem à literatura, mas à história e à sociologia. São obras "sobre"
sos artistas. o país, de conhecimento e valorização da terra, escritas para os europeus.
Algumas se enquadram no "ciclo dos descobrimentos" da literatura portu-
O modernismo chegou ao Brasil com Lasar Segall, em 1913. Ligado ao guesa, dedicando-se ao relato da expansão pelos mares e suas consequên-
expressionismo alemão, foi ele o primeiro gravador brasileiro moderno cias morais e políticas, ora com fins de catequese, ora com um fundo eco-
(ilustração para Mangue, de Benjamin Costallat). Osvaldo Goeldi, que nômico (caça ao escravo, conquista e desbravamento de novas terras,
participou da Semana de Arte Moderna de 1922, fez obra pessoal, extensa, mercados e fontes de riqueza).
marcada pela densidade e certa morbidez. Influenciado pelo austríaco
Alfred Kubin, influenciaria por sua vez, direta ou indiretamente, Newton Desses motivos saíram as "primeiras letras" escritas na colônia acerca
Cavalcanti, Adir Botelho, Gilvan Samico, Iara Tupinambá e o próprio de fatos, coisas e homens: a obra dos jesuítas, com uma parte tipicamente
Grassmann. literária, lírica ou dramática, outra composta pelo acervo de cartas e infor-
mes em torno das condições da colônia; a literatura dos viajantes e desco-
Outro mestre é Lívio Abramo, que fundou em Assunção o Taller de bridores, os roteiros náuticos, os relatos de naufrágios, as observações
Grabado Julian de la Herreria (1957) e, em São Paulo, o Estúdio Gravura geográficas, as descrições da natureza e do selvagem; e as tentativas de
(1960), com Maria Bonomi, exímia gravadora nascida na Itália e radicada epopeias com assunto local __ tudo marcado por uma tendência à exaltação
no Brasil desde 1944. lírica da terra ou da paisagem, espécie de crença num eldorado ou paraíso
terrestre.
Igualmente fecunda, no Brasil, foi a atividade dos artistas estrangeiros
Axel de Leskoschek e Johnny Friedlander. O primeiro, refugiado do nazis- Pero Vaz de Caminha, Bento Teixeira, Gândavo, Gabriel Soares de
mo, foi professor de Fayga Ostrower, Ivan Serpa, Renina Katz e Edith Sousa, Fernandes Brandão, Rocha Pita, Vicente do Salvador, Botelho de
Behring. Friedlander ministrou o curso inaugural do ateliê de gravura do Oliveira, Itaparica, Nuno Marques Pereira são manifestações da série de
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1959), por onde passariam, nos cânticos genetlíacos, da "cultura e opulência" ou "diálogo das grandezas", ou
anos seguintes, Ana Bela Geiger, Ana Letícia Quadros, Isabel Pons, Dela- roteiros de viagens, que constituem essa literatura de catalogação, exalta-
monica, Rossini Perez, José Lima e Marília Rodrigues. ção e conhecimento da terra, expressões do espírito nativista em ascensão.
Um dos grandes representantes da abstração lírica, Iberê Camargo, te- Não tendo um cunho de invenção, essas obras, em sua maioria, não
ve também relevante atuação didática na década de 1950. Do mesmo pertencem à literatura no sentido estrito. Correspondem à ânsia do brasileiro
período é a atividade independente do grupo gaúcho (Porto Alegre, Bajé) do século XVII de conhecer e revelar a terra brasílica. Mas delas proveio o
reunido em torno de Carlos Scliar. Dele fizeram parte Vasco Prado, Glauco conhecimento dos fatores geográficos, econômicos e sociais sobre os quais
Rodrigues, Danúbio Gonçalves e Glênio Bianchetti. se erigiu a civilização brasileira. E delas derivou a produção de um vasto
campo de trabalho, o dos estudos brasileiros, que iria adquirir com o tempo
Do mesmo modo que Iberê ou Scliar, a maioria dos pintores brasileiros extraordinária importância.
consagrados na tradição moderna, como Tarsila, Portinari, Djanira ou
Dacosta, também se dedicou à gravura com maior ou menor intensidade. A Os textos dos primeiros tempos, contudo, não se livraram da impregna-
produção do século XX, longe de restringir-se aos grandes centros, disse- ção do estilo artístico em vigor, o barroquismo, nem de expressar o mito
minou-se pouco a pouco pelos estados, revelando gravadores ativos na ufanista. Justifica-se por isso o estudo dos principais autores que tiveram,
Bahia, como Caribé ou Emanoel Araújo, ou em Minas Gerais, como Vilma nessa fase, sentido estético, alguns dos quais são bastante representativos
Martins, Marília Andrés ou Lótus Lobo. Entre os gravadores de extração do barroco literário, a que não escaparam nem mesmo os historiadores e
popular cabe mencionar os autores anônimos da xilogravura ingênua do pensadores, como Vicente do Salvador e Rocha Pita, ou os escritores
Nordeste, feita para ilustrar a literatura de cordel. políticos, os oradores, os autores de panegíricos ou de trabalhos jurídicos ou
militares. Os gêneros literários mais cultivados foram o diálogo, a poesia
Literatura Brasileira lírica e a epopeia, ao lado da historiografia e da meditação pedagógica. De
todos o barroco tirou o melhor partido, misturando o mitológico ao descritivo,
Ao analisarem a origem da literatura brasileira, a crítica e história literá-
o alegórico ao realista, o narrativo ao psicológico, o guerreiro ao pastoral, o
ria têm adotado duas orientações básicas. Uma, de pressupostos historicis-
solene ao burlesco, o patético ao satírico, o idílico ao dramático, sem falar
tas, tende a vê-la como uma expressão da cultura que foi gerada no seio da
no mestiçamento da linguagem, necessário à própria evangelização e resul-
tradição portuguesa. Sendo muito pequena, nos primórdios, as diferenças
tante da nova sensibilidade linguística de que decorrerá a diferenciação de
entre a literatura lusitana e a praticada no Brasil, essa corrente salienta o
um estilo brasileiro.
processo da formação literária brasileira a partir de uma multiplicidade de
coincidências formais e temáticas. Sob o signo do barroco. A literatura brasileira nasceu sob o signo do
barroco, definido não só como um estilo de arte senão também como um
O ponto de vista historicista encontra apoio no fato de ser a literatura
complexo cultural e um estilo de vida. Mais precisamente, foi pela voz barro-
considerada, por seu aspecto orgânico, como um conjunto de obras ligadas
ca dos jesuítas que ela teve início. Descontada a literatura de conhecimento
em sistema enquanto expressão do complexo histórico, social, geográfico e
da terra, a primeira manifestação de sentido estético foi a literatura jesuítica,
racial.
de missão e catequese, produzida sobretudo por Anchieta, o fundador da

Conhecimentos Gerais 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
literatura brasileira. Na obra de padre Antônio Vieira e em Gregório de Matos O século XVIII, com as descobertas e exploração das minas, transferiu o
encontram-se as expressões máximas, respectivamente, da prosa e da eixo econômico, no Brasil, para a província de Minas Gerais, onde se de-
poesia barroca no Brasil. A importância da vida social, já existente na cidade senvolveu uma sociedade dada ao fausto e à cultura, principalmente na
de Salvador, com os primeiros sintomas de organização literária que irá dar capital da província, a antiga Vila Rica. Aí a fermentação econômica e
no movimento das academias, levou alguns historiadores a falar em "escola cultural permitiu que se reunisse um grupo de intelectuais e artistas, entre os
baiana", denominação imprópria para arrolar os homens que se dedicavam à quais se destacaram os referidos acima. Constituem eles o início do lirismo
cultura no século XVII e tinham a poesia como atividade central. brasileiro, pela transformação do veio nativista e da exaltação da natureza,
pela adaptação da temática clássica ao ambiente e ao homem, com senti-
Formaram o grupo: Bernardo Vieira Ravasco, Eusébio de Matos, Do- mentos e emoções peculiares. Ocorreu em suma, nesse processo, a fusão
mingos Barbosa, Gonçalo Soares da França, Gregório de Matos, Manuel do individualismo com o sentimento da natureza e o ideal clássico.
Botelho de Oliveira, José Borges de Barros, Gonçalo Ravasco e João de
Brito e Lima. Com raras exceções, em especial a de Gregório, cultivaram um Até o desabrochar do romantismo, foi justamente graças ao espírito ar-
barroco inferior, de imitação, que se prolongou pelas academias setecentis- cádico que se manteve o ideal nativista, contrabalançando a tendência
tas. A literatura barroca estendeu-se, no Brasil, do final do século XVI ao passadista do neoclassicismo, cuja marca exterior mais forte foi o gosto da
final do século XVIII, quando se misturou com o arcadismo e o neoclassi- linguagem arcaizante, quinhentista, dita "clássica". E isso se deve também
cismo. ao fato de, pela primeira vez, se reunir um grupo de artistas conscientes de
seu ofício e superiormente dotados de valor. O arcadismo confunde-se com
O espírito nacionalista. O espírito do barroco, dominante no século XVII, o que hoje se chama o rococó literário: culto sensual da beleza, afetação,
deteve a marcha da corrente inaugurada com o Renascimento na Itália e refinamento, frivolidade, elegância, linguagem melodiosa e graciosa, senti-
que, na literatura, atingiu seu ponto culminante na França das últimas déca- mentalismo, lascívia, gosto da natureza, intimismo. Passa-se com ele da
das do século XVII, com o chamado classicismo francês da época de Luís época cortês para o subjetivismo da era da classe média. Gonzaga, o vate
XIV. Mas essa tendência classicista penetrou pelo século XVIII, criando de Marília, é o modelo brasileiro da literatura arcádica e rococó.
focos de neoclassicismo nas literaturas ocidentais.
Uma literatura autônoma
Ao gosto barroco do grandioso e da ostentação sucedeu a procura das
qualidades clássicas da medida, conveniência, disciplina, simplicidade e Romantismo. O espírito autonômico e nativista desde cedo conduziu a
delicadeza, que desaguaram no arcadismo. No final do século também literatura brasileira para uma diferenciação cada vez maior, num processo
entraram em cena correntes que reivindicavam o sentimento, a sensibilida- de adaptação ao meio físico, à nova situação histórica, ao homem novo que
de, o irracionalismo, ao lado de pontos de vista racionalistas e "ilustrados" havia surgido e se achava em desenvolvimento. De Bento Teixeira a Gregó-
que produziriam o iluminismo da revolução francesa de 1789. rio de Matos, a Botelho de Oliveira, ao movimento academicista do século
XVIII, ao rococó arcádico, o processo nativista foi-se estruturando para se
O Brasil, no século XVIII, atingiu um momento decisivo de sua história. consolidar, no século XIX, com o romantismo.
Foi a época de criação da consciência histórica no brasileiro. A descoberta e
posse da terra, as façanhas dos bandeirantes e a defesa contra os invasores Foi então que a literatura brasileira, tendo lançado suas bases no século
deram margem a uma consciência comum, a um sentimento da figura do XVI, tornou-se realmente autônoma. Daí a importância extraordinária do
"brasileiro", mestiço de sangue e alma, já falando uma língua bastante movimento romântico no Brasil, pois entre 1800 e 1850 a literatura brasileira
diversa daquela da metrópole. Os recursos econômicos e as riquezas au- saiu da fase incaracterística do neoclassicismo, do barroco e do Iluminismo
mentaram, a população cresceu, a vida das cidades melhorou, a cultura se para a integração artística, com formas novas e temas nacionais, além de
difundiu. O espírito nacionalista desabrochou por toda parte. consciência técnica e crítica dessa situação.
Combate ao barroquismo. As academias, embora exprimindo uma litera- Herdado em grande parte da Europa, através da influência de autores
tura encomiástica e um barroco decadente, testemunharam um arremedo de como Chateaubriand, Victor Hugo, Lamartine, Musset e Byron, e também
movimento cultural organizado, com letrados e salões. O espírito neoclássi- graças à transferência para Paris do foco de irradiação situado antes em
co, que se infiltrou nas mentes luso-brasileiras de então, procurou combater Lisboa, o romantismo assumiu no Brasil um feitio peculiar, devido às condi-
o barroquismo em nome dos ideais de precisão, lógica e medida, com a ções locais. Na prosa, José de Alencar lhe serviu de centro. Estimulou a
restauração das normas clássicas, codificadas em tratados de preceptística, renovação, pondo em relevo os interesses brasileiros, os temas e motivos
verdadeiros códigos mecanizados e rígidos, baseados na lei da imitação ou locais, a linguagem do país, a paisagem física e social, distanciou-se dos
no espírito didático, a governar a criação. gêneros neoclássicos e criou uma ficção autônoma, no mesmo instante em
que o lirismo se fixava com Gonçalves Dias e os poetas surgidos nos rumos
Esse ideal neoclassicista dominou o final do século XVIII e princípios do por ele desbravados, de Álvares de Azevedo a Castro Alves. As condições
século XIX, aparecendo em alguns escritores tingido de cores "ilustradas" e políticas e sociais, decorrentes da permanência da corte portuguesa no
de liberalismo ideológico, ou então de elementos pré-românticos, como o Brasil (1808-1821) e, logo a seguir, da independência (1822), favoreceram a
sentimentalismo e o nacionalismo. fermentação intelectual, com a inauguração de estudos superiores e a
instalação da imprensa.
De todas as manifestações neoclássicas, foi a corrente arcádica de pro- Anunciado pelo pré-romantismo (1808-1836), o romantismo no Brasil di-
cedência italiana a que maior importância assumiu no Brasil, com o chama- vide-se em quatro fases distintas: a de iniciação (1836-1840); a indianista
do grupo, plêiade ou "escola mineira" (denominação aliás imprópria, pela (1840-1850); a do individualismo e subjetivismo (1850-1860); e a liberal e
inexistência de escola no sentido literário estrito): Cláudio Manuel da Costa, social (1860-1870). O apogeu se situa entre 1846 e 1856. Essas fases
Basílio da Gama, Santa Rita Durão, Alvarenga Peixoto, Tomás Antônio correspondem às chamadas gerações românticas, cada qual caracterizada
Gonzaga e Silva Alvarenga. Seu início é assinalado pela publicação das menos por uma doutrina homogênea do que por um corpo de tendências
Obras poéticas (1768) de Cláudio Manuel da Costa. visíveis nas personalidades que as representam.
Parece fora de dúvida que não houve uma Arcádia brasileira e que os O pré-romantismo, no qual estão englobados os antecessores ou pre-
brasileiros foram "árcades sem Arcádia", como disse Alberto Faria, pois cursores, fundiu algumas qualidades tipicamente românticas a recursos
nenhum documento idôneo comprova a existência da Árcadia Ultramarina, formais do passado. O jornalismo político e literário, a oratória sacra e profa-
de que falam alguns historiadores. De todos os árcades, o único que perten- na, a poesia lírica e a história foram gêneros cultivados pelos pré-
ceu a uma corporação dessa natureza foi Basílio da Gama, filiado à Arcádia românticos, dentre os quais se destacaram José Bonifácio de Andrada e
Romana. Silva e frei Francisco de Mont'Alverne.
A reação clássica relativa ao arcadismo significava uma volta à simplici- A fase de iniciação se deve ao grupo fluminense, que lançou o manifes-
dade e pureza dos antigos, segundo os modelos anacreôntico e pindárico. to romântico de 1836, com a revista Niterói. No mesmo ano saiu o livro
Realizava-se sobretudo através do verso solto, em odes e elegias, numa Suspiros poéticos e saudades, de Domingos José Gonçalves de Magalhães,
identificação com a natureza, onde residiriam o bem e o belo. Daí a valoriza- a principal figura dessa fase, ao lado de Manuel de Araújo Porto Alegre,
ção da vida pastoril, simples, pura e pacífica. ambos cultores da poesia lírica. O indianismo da segunda fase, na busca da

Conhecimentos Gerais 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
temática nacional, elevou o selvagem a símbolo da civilização nova. Prati- pela mesma época, contido no mesmo clima filosófico-científico, realista e
cando a poesia lírica e narrativa, o teatro e a ficção, Gonçalves Dias, José materialista.
de Alencar, Joaquim Manuel de Macedo e Bernardo Guimarães são autores
bem representativos da tendência. O nome da escola veio de Paris e se referia a antologias francesas pu-
blicadas a partir de 1866, sob o título de Parnasse contemporain, que incluí-
É sobretudo pela poesia que se caracteriza a terceira fase, em que o li- am poemas de Gautier, Banville e Lecomte de Lisle. Depois de Teófilo Dias,
rismo individualista do "mal do século", influenciado por europeus como cujas Fanfarras (1882) são vistas como o primeiro livro do parnasianismo
Musset, Byron, Leopardi, Espronceda e Lamartine, manifesta-se nas obras brasileiro, a escola teve mestres seguros em Olavo Bilac, Raimundo Correia,
de Álvares de Azevedo, Junqueira Freire, Fagundes Varela e Casimiro de Alberto de Oliveira e Francisca Júlia. Renovada pelo lirismo de Vicente de
Abreu. A quarta fase, a do romantismo liberal, de cunho político e nacionalis- Carvalho, perdurou até as duas primeiras décadas do século XX com as
ta, liga-se às lutas pelo abolicionismo e à guerra do Paraguai (1864-1870). produções amaneiradas e cada vez menos interessantes dos chamados
Na poesia, ora prevaleceu o lirismo intimista e amoroso, ora o condoreiro, neoparnasianos, como Goulart de Andrade e Hermes Fontes.
assim chamado pelo uso frequente de metáforas arrebatadas, por influência
do francês Victor Hugo. Castro Alves foi o grande poeta a incorporar essa Simbolismo. Como reação ao sistema de ideias e normas estéticas im-
prática. plantado pela geração materialista de 1870, surgiu um movimento em nome
da subjetividade contra o objetivismo realista, do indivíduo contra a socieda-
O romantismo foi uma revolução literária que deu ênfase à tendência de, da interiorização contra a exteriorização. Essas ideias novas, mas que
brasileira ao sentimentalismo lírico, à exaltação da individualidade, à inspira- continham, sem dúvida, fortes resíduos da postura romântica, começaram a
ção. Daí sua popularidade e a repercussão que o levou a adentrar-se, em circular no Brasil a partir de 1890, também por influência francesa, e concre-
manifestações tardias, pelas primeiras décadas do século XX. Imbuído de tizaram-se no simbolismo, que desde então teve existência paralela à do
espírito contemplativo, o romantismo antecipou certos enfoques ecológicos parnasianismo e seus prolongamentos.
ao destacar a natureza tropical e a paisagem americana. Aos gêneros, deu
autonomia estética. Além disso, valorizou a linguagem brasileira, dignificou a Embora diferisse do parnasianismo na linguagem, no estilo, na atitude
profissão de escritor e ampliou as faixas de público, consolidando a literatura espiritual e na postura ante o mundo, o simbolismo mesclou-se não poucas
brasileira, em suma, como entidade própria com diferente visão do mundo e vezes com ele na obra de muitos escritores, como B. Lopes. Com nitidez,
formas peculiares de expressão. sua autonomia se afirmou com nomes de primeira grandeza que lhe deram
impulso, como Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens.
Um capítulo à parte é constituído pela poesia satírica entendida como
arma de combate às convenções sociais, na qual se distinguiu Luís Gama; e Rotuladas de decadentistas, as ideias simbolistas entraram em voga
pelos textos e fragmentos circunstanciais nos quais os poetas românticos, desde 1887, mas foi em 1891, no jornal Folha Popular, do Rio de Janeiro,
todos bem jovens, revelam sua condição de dissidentes da sociedade bur- que se constituiu o primeiro grupo simbolista. No Ceará, em 1892, sob as
guesa em formação. mesmas inspirações, fundou-se a sociedade literária Padaria Espiritual. Em
1893, Cruz e Sousa publicou Broquéis e ainda um livro de poemas em
Naturalismo-realismo. De 1870 em diante desencadeou-se forte reação prosa, Missal, nos quais indicou com força e originalidade os rumos que
anti-romântica. Os gêneros adquiriram maior autonomia estética, libertando- seriam seguidos.
se da política e do jornalismo. Uma mentalidade objetivista, realista, positiva
e científica combateu o romantismo já exangue. A ficção, superando os Com laivos de revivescência do espírito romântico, o simbolismo foi uma
métodos anteriores, encaminhou-se para assumir as formas ditadas pela revolta contra o positivismo e o objetivismo, revolta que através de uma
observação do mundo externo, fosse à maneira urbana, regionalista ou linguagem ornada, altamente metafórica e muitas vezes exótica iria dar
naturalista. Por volta de 1880 surgiram os primeiros rebentos importantes do grande relevo às preocupações espirituais. Nos termos da evolução euro-
novo complexo estilístico que se desenvolveu contra o subjetivismo anterior peia, que continuava a se refletir no Brasil, o simbolismo reagiu às correntes
para concretizar-se, na prosa e na poesia, sob as rubricas de realismo, analíticas de meados do século XIX, assim como o romantismo reagira ao
naturalismo e parnasianismo. Iluminismo que havia triunfado no fim do século XVIII. Ambos os movimen-
tos exprimiram a desilusão em face das vias racionalistas e mecânicas que
O materialismo e o cientificismo biológico e sociológico serviram de ba- se vinculavam na prática à ascensão da burguesia.
se ao sistema de ideias condicionantes, expressas no darwinismo, doutrina
da evolução, culto do progresso, teoria da seleção natural, espírito de obser- Na esteira de Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens, que foram as
vação, crença em leis mecânicas, determinismo biológico, geográfico e matrizes diretas do simbolismo brasileiro, surgiram em diferentes estados
racial, negação dos valores espirituais e sobrenaturais. Essa foi a concepção poetas de dicção bem própria, como os paranaenses Emiliano Perneta e
de mundo que orientou a chamada geração do materialismo, que entrou em Dario Veloso, os gaúchos Felipe d'Oliveira e Alceu Wamosy, o baiano Pedro
cena a partir de 1870 para realizar o novo período estético e histórico. Kilkerry e o piauiense Da Costa e Silva, um isolado precursor do concretis-
mo com o poema "Madrigal de um louco", do livro Sangue (1908).
Tanto a prosa realista e naturalista quanto a poesia parnasiana obede-
ceram às mesmas regras de objetividade, exatidão, minúcia, fidelidade ao A revista Fon-Fon, editada no Rio de Janeiro, foi a mais influente das
fato, economia de linguagem e amor à forma. O realismo prestou grande muitas então fundadas para difundir a produção simbolista. Seus animado-
serviço à ficção brasileira. Procurando ser o retrato fiel da realidade, no res, tendo à frente o poeta Mário Pederneiras, diluíram o verso e usaram-no
ambiente e nos personagens, e mais independente da ideologia materialista frequentemente para a expressão de conteúdos intimistas. Sob rótulos como
do que o naturalismo, já havia começado de fato antes de 1870, por inter- penumbrismo, que serviram para caracterizar seus prolongamentos, o
médio do costumbrismo de Manuel Antônio de Almeida e Martins Pena, do simbolismo se manteve ainda atuante, se bem que exposto não raro a
realismo de transição do visconde de Taunay e Franklin Távora ou do colo- hibridações e metamorfoses, até a fase modernista. A seus preceitos fun-
quialismo e da pintura da vida cotidiana de Joaquim Manuel de Macedo. A damentais se ligaram, de uma forma ou de outra, autores cuja adesão ao
partir de 1880, o realismo passou a produzir algumas das mais altas expres- modernismo nunca foi radical, como Ribeiro Couto, Murilo Araújo, Olegário
sões da ficção brasileira, com Machado de Assis e Raul Pompeia, prolon- Mariano, Guilherme de Almeida ou Onestaldo de Pennafort.
gando-se enquanto tradição nas obras de caráter regionalista do final do A estética do século XX
século XIX e do século XX.
Transição eclética. Uma fase de absoluto ecletismo estende-se do alvo-
O naturalismo, como escola, existiu somente na própria década de recer do século XX a 1922, ano em que dois eventos -- a Semana de Arte
1880. Iniciou-se com O mulato (1881), de Aluísio Azevedo, a que se segui- Moderna e o centenário da independência -- tiveram reflexos profundos
ram outros livros do autor, de Adolfo Caminha, Inglês de Sousa e Domingos sobre a evolução literária. A Semana rompeu com todo o passado e abriu
Olímpio, sob forma regional ou urbano-social. caminho para a criação de um estilo, o modernista, que em meio a variações
O parnasianismo, caracterizado pela ânsia de uma forma perfeita, clas- momentâneas seria a marca do século. A independência, ao fazer cem
sicizante, impassível, pela tendência às descrições nítidas, pelas concep- anos, aguçou o espírito nacionalista e, como no tempo dos românticos, fez a
ções tradicionalistas sobre metro, ritmo e rima, pela manutenção de gêneros literatura embevecer-se com a exaltação do Brasil. Tornaram-se comuns,
fixos como o soneto e a preferência pelo verso alexandrino, surgiu no Brasil por um lado, os estudos sobre o país e suas tradições em gestação recente.
Por outro, com o furacão iconoclasta do modernismo, essas mesmas tradi-

Conhecimentos Gerais 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ções foram contestadas no que traziam de mais óbvio como acomodação e De São Paulo e Rio de Janeiro o processo de atualização literária cami-
mesmice. nhou para os estados, revelando nomes já em perfeita sintonia com a mo-
dernidade, como os gaúchos Augusto Meyer e Mário Quintana. No Nordeste
Foi aproximando-se já desses limites que as duas primeiras décadas do surgiu um poeta regionalista como Ascenso Ferreira. Em um segundo tem-
século XX foram marcadas por poetas de posição singular, como Augusto po, operou-se uma absorção das liberdades modernistas na prosa social de
dos Anjos ou Raul de Leoni, ou por prosadores da estirpe de Euclides da José Américo de Almeida em diante, até Raquel de Queirós.
Cunha, Graça Aranha ou Adelino Magalhães. A ausência de um estilo
unificador nessa fase seria preenchida por mesclas de maneiras passadas, A partir de 1930, um momento de recomposição de valores, em busca
com vestígios românticos, parnasianos e simbolistas agregando-se em de novas sínteses, parece ter sucedido ao individualismo extremado e à
obras de aparência nova. O grosso da produção eclética, é verdade, perde- inventividade quase anárquica dos anos heróicos do modernismo. Tentati-
ria todo o interesse com a estética do modernismo, mas muitos autores vas de compreensão dos problemas do país e de uma criação mais elabora-
isolados chegaram a uma dicção convincente na criação de seus textos. da manifestaram-se então com romancistas como Graciliano Ramos e José
Lins do Rego, poetas como Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes,
Em linha derivada da prosa realista, autores como Lima Barreto, Montei- Dante Milano e Joaquim Cardozo, ensaístas sociais como Caio Prado Jr.,
ro Lobato, Antônio Torres ou Gilberto Amado caracterizaram claramente um Gilberto Freire, Sérgio Buarque de Holanda e Alceu Amoroso Lima. Para
espírito pré-modernista, seja pela desenvoltura dos textos, seja por suas todos eles, o modernismo fora uma porta aberta. Mesmo a lírica antipitores-
posições ostensivas contra a escrita empolada que lembrava com insistência ca e antiprosaica de Cecília Meireles, Augusto Frederico Schmidt, Vinícius
os movimentos passados. No outro extremo, o da adesão às velhas formas, de Morais e Henriqueta Lisboa, próxima do neo-simbolismo europeu, só foi
triunfou na mesma época a prosa preciosa de Coelho Neto. possível porque tinha havido uma abertura a todas as experiências moder-
O teatro evoluiu e, na senda aberta por Martins Fontes e Artur Azevedo, nas no Brasil pós-1922.
abrasileirou-se a passos largos. A ficção regionalista, que, após submeter-se A morte de Mário de Andrade, em 1945, pode ser tomada como o marco
à revisão modernista, seria um dos filões mais explorados durante o século final do modernismo propriamente dito. No mesmo ano operou-se na poesia
XX, lançou marcos de significação expressiva com o baiano Afrânio Peixoto, um decidido retorno à tradição. Com a chamada geração de 45, integrada
o mineiro Afonso Arinos ou o gaúcho Simões Lopes Neto. por Ledo Ivo, José Paulo Moreira da Fonseca, Domingos Carvalho da Silva,
Ainda na fase de transição eclética para o modernismo, a imprensa as- Afonso Félix de Sousa, Bueno de Rivera, Tiago de Melo e Marcos Konder
sumiu grande influência sobre o destino das letras. Foi em parte graças a Reis, entre muitos outros, a poesia voltou a ser composta sem transgres-
uma ativa presença nos jornais da belle époque que autores tão diversos sões à forma, reativando o uso de seus antigos recursos, como a rima e a
como Humberto de Campos, Emílio de Meneses, Álvaro Moreira ou João do métrica. João Cabral de Melo Neto, cronologicamente incluído na mesma
Rio (Paulo Barreto) conquistaram público e fama. geração, dela se distinguiu no entanto por escrever com rigor sem incidir no
já visto. Sua obra se tornaria, após a de Carlos Drummond de Andrade, a
Modernismo. A apoteose do novo, com toda a carga de agressividade mais elogiada e influente desde meados do século.
que costuma envolvê-la, foi o vetor que sustentou a implantação do moder-
nismo no Brasil, como aliás ocorreu com o futurismo na Itália, o cubismo e o Caminhos da ficção. Contrapondo-se à ficção regionalista, que deitara
surrealismo na França, o expressionismo na Alemanha. E a expressão mais fundas raízes, o romance introspectivo ou psicológico definiu-se em contor-
vistosa desse estado de espírito, a Semana de Arte Moderna, realizada em nos nítidos, graças a nomes como Cornélio Pena, Lúcio Cardoso, José
São Paulo, em fevereiro de 1922, ficaria lembrada como uma espécie de Geraldo Vieira e Otávio de Faria. Com Clarice Lispector, essa linha de ficção
mise-en-scène, cheia de humor e provocação, de um programa único: o da intimista deu um salto do psicológico ao existencial, da notação individual à
modernidade como ruptura. meditação sobre o ser. Os enredos e cenários urbanos, herdados da tradi-
ção realista, nutriram obras marcantes como os romances de Marques
A mudança dos meios expressivos, quer na literatura, quer, em plano Rebelo e os contos de João Antônio.
paralelo, nas artes plásticas, correspondia à maturação de uma crise mais
geral, que envolvia toda a estrutura sócio-econômica de um país que ia Tal qual a desses e muitos outros autores, a prosa de Jorge Amado, Jo-
deixando de ser uma vasta fazenda exportadora de matérias-primas para sé Lins do Rego e Érico Veríssimo, tríade da mais alta expressão, benefi-
assumir uma feição diversa, especialmente em São Paulo. A primeira obra ciou-se amplamente da descida à linguagem oral, aos brasileirismos e
poética modernista chamou-se Pauliceia desvairada, de Mário de Andrade, e regionalismos léxicos e sintáticos que o típico estilo modernista havia prepa-
em estilo urbano-internacional foram vazados os romances auto-satíricos de rado. O filão dos temas regionais levou a uma vasta produção de romances
Oswald de Andrade, as Memórias sentimentais de João Miramar e Serafim onde o aspecto documentário sobressai com frequência, como os escritos
Ponte Grande. por Dalcídio Jurandir, Herberto Sales, Adonias Filho, Amando Fontes, Mário
Palmério, Josué Montelo, Bernardo Élis e José Cândido de Carvalho.
O período heróico do movimento, o tempo que vai da Semana de 1922
à revolução de 1930, foi pontilhado de intenções nacionalistas que atuaram Com Guimarães Rosa, a costumeira oposição entre romance regionalis-
de vários modos. É fundamental apontar: a pesquisa folclórica sistemática ta e romance psicológico resolveu-se em termos puramente estéticos, no
de Mário de Andrade, voltada para a elaboração de uma práxis linguística e plano das estruturas narrativas e, sobretudo, no plano da criatividade linguís-
melódica brasileira; a proposta de um ideal de vida e de cultura primitivista e tica. Uma acentuada preocupação com a originalidade da forma e as inven-
"antropofágico", explícito no roteiro de Oswald de Andrade e implícito na ções estilísticas surgiu por outro lado como traço em comum entre ficcionis-
poesia mítica de Raul Bopp; e o apelo às matrizes da raça tupi e cabocla tas de orientações bem distintas, como Osman Lins, Campos de Carvalho,
difuso em obras de Guilherme de Almeida, Cassiano Ricardo e Plínio Salga- Dalton Trevisan, Sérgio Santana, Ivan Ângelo, Raduan Nassar e Hilda Hilst.
do. Entre 1922 e 1930 houve grupos e revistas cujos nomes valiam por si Nas últimas décadas do século XX, criada frequentemente em sintonia
sós como manifestos nativistas: Terra Roxa e Outras Terras, Pau-Brasil, com as grandes correntes internacionais, a ficção brasileira projetou-se no
Bandeira, Revista de Antropofagia, Verde e Anta. mundo, sendo extensa a lista de traduções então feitas para diversas lín-
No mesmo período, obras de Antônio de Alcântara Machado, Manuel guas. Além dos nomes citados, convém lembrar, pela repercussão de suas
Bandeira, Menotti del Picchia e Ronald de Carvalho contribuíram para am- obras, autores como Rubem Fonseca, Antônio Calado, Autran Dourado,
pliar o campo de expressão modernista. Na trilha aberta por Klaxon, mensá- Inácio de Loiola Brandão, Ana Miranda, Nélida Piñon, Lígia Fagundes Teles,
rio de arte moderna que circulou em maio de 1922, surgiu em 1924 a revista Márcio de Sousa e Moacir Scliar, já publicados também no exterior.
Estética, lançada no Rio de Janeiro por Sérgio Buarque de Holanda e Pru- Do concretismo à poesia marginal. A partir da década de 1950, o tema e
dente de Morais Neto. a ideologia do desenvolvimento assumiram grande relevo no Brasil, à medi-
Como contracorrente, dentro do modernismo, é necessário lembrar o da que a industrialização se processava em ritmo cada vez mais intenso.
grupo e a revista Festa, fundada em 1927, por Tasso da Silveira, com um Nesse contexto foi formulado o concretismo, que se propunha como van-
programa espiritualista ainda próximo das fontes simbolistas. O grupo da guarda para os novos tempos e abolia a escrita discursiva, instaurando em
Anta, importante pelo peso de suas conotações políticas, encarregou-se de seu lugar uma expressão consubstanciada em signos e representações
difundir um verde-amarelismo de tendências direitistas. gráficas que pretendiam dizer mais que as palavras.

Conhecimentos Gerais 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Aos paulistas Décio Pignatari e Augusto e Haroldo de Campos uniram- _______________________________________________________
se poetas radicados no Rio de Janeiro como Ferreira Gullar, Vlademir Dias
Pino e Ronaldo Azeredo, para o lançamento oficial do movimento, feito em _______________________________________________________
São Paulo, em 1956, com a I Exposição Nacional de Arte Concreta. Nos _______________________________________________________
anos seguintes, enquanto os irmãos Campos se orientavam para especiali-
zar-se em obras de erudição e tradução de poesia, o grupo carioca, com _______________________________________________________
Ferreira Gullar à frente, distanciou-se das origens comuns para lançar no _______________________________________________________
Rio de Janeiro o movimento neoconcreto. Na década de 1960, alguns poe-
tas antes comprometidos com a linguagem visual do concretismo voltaram a _______________________________________________________
escrever versos, que tinham porém agora um ostensivo sabor de panfleta-
gem política.
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Renovou-se simultaneamente o gosto da arte regional e popular, fenô-


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meno paralelo a certas ideias motrizes dos românticos e dos modernistas, _______________________________________________________
os quais, no afã de redescobrirem o Brasil, haviam também se dado à pes-
quisa e ao tratamento histórico do folclore. Mas dessa vez, graças ao novo _______________________________________________________
contexto sócio-político, toda a atenção foi reservada ao potencial revolucio- _______________________________________________________
nário da cultura popular.
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Na década de 1970, a da chamada poesia marginal, que se inseriu no
movimento internacional da contracultura, a expressão dos primeiros mo- _______________________________________________________
dernistas voltou à ordem do dia. Escrever versos de qualquer maneira e, se
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possível, com forte entonação satírica passou a ser a nova moda numa
época em que o inimigo comum, sob todas as suas formas, era a repressão. _______________________________________________________
Daí para a frente, a herança do concretismo ora mesclou-se ao coloquialis-
mo em produções híbridas, ora inspirou uma poesia sucinta, de versos _______________________________________________________
curtos, que se requintava ao tentar dizer o máximo com o uso de muito _______________________________________________________
poucas palavras.
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Os avanços da crítica. A consciência histórica e crítica do modernismo
foi expressa de início pelos próprios criadores da época mais dotados de _______________________________________________________
espírito analítico, como Mário de Andrade. Fora do grupo, mas voltada para _______________________________________________________
a inteligência da arte nova, avultou a obra de Tristão de Ataíde, pseudônimo
de Alceu Amoroso Lima, que acompanhou com simpatia a melhor literatura _______________________________________________________
publicada após a década de 1920.
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Álvaro Lins foi, em seguida, um dos críticos mais ativos e percucientes,
muito próximo do estilo dos franceses pelo gosto da análise psicológica e
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moral. A Afrânio Coutinho coube o mérito de divulgar no Brasil os princípios _______________________________________________________
do New Criticism anglo-americano e sistematizar algumas ideias e informa-
ções sobre o barroco. _______________________________________________________

A tarefa de repensar a literatura brasileira à luz de critérios novos, aten- _______________________________________________________


tos à gênese e à estrutura interna, foi superiormente cumprida nas várias _______________________________________________________
obras de Antônio Cândido. Com Augusto Meyer o ensaísmo brasileiro rece-
beu um estilo pessoal, reflexivo e irônico. Os estudos comparatistas devem _______________________________________________________
a Eugênio Gomes alguns achados de valor: foi ele o primeiro a detectar com
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precisão fontes inglesas em escritores brasileiros, rastreando-as sobretudo
na obra de Machado de Assis. Este, pelo lugar central que ocupa, foi objeto _______________________________________________________
de minuciosos estudos por críticos de formação bem diversa, como Astrojil-
do Pereira, José Aderaldo Castelo e Miécio Tati. _______________________________________________________

Cumpre lembrar que a erudição de tipo universitário, relativamente nova _______________________________________________________


no Brasil, deu frutos consideráveis no trato da historiografia literária. Graças _______________________________________________________
a trabalhos monográficos sobre períodos, gêneros e autores, já se pode
acompanhar com relativa segurança o desenvolvimento de toda a literatura _______________________________________________________
nacional. Destaquem-se ainda, na evolução da crítica, os nomes de impor- _______________________________________________________
tantes pesquisadores como Andrade Murici, Fábio Lucas, Mário da Silva
Brito, Cavalcanti Proença, Franklin de Oliveira, Francisco de Assis Barbosa, _______________________________________________________
Antônio Houaiss, Brito Broca, Wilson Martins, José Guilherme Merquior,
Eduardo Portela, Péricles Eugênio da Silva Ramos e Fausto Cunha. Entre
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os críticos nacionalizados, é indispensável citar Otto Maria Carpeaux, Paulo _______________________________________________________
Rónai e Anatol Rosenfeld. Menção à parte merece o trabalho de crítica
historiográfica desenvolvido pelos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, _______________________________________________________
que levou à redescoberta de valores como Sousândrade, Pedro Kilkerry e _______________________________________________________
Patrícia Galvão. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
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Conhecimentos Gerais 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
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Conhecimentos Gerais 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

TÉCNICO DE LABORATÓRIO QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA: LIGAÇÕES QUÍMICAS.


ÁCIDOS E BASES. QUÍMICA DESCRITIVA DOS ELEMEN-
Química Geral e Inorgânica: ligações químicas. Ácidos
TOS REPRESENTATIVOS; CONCEITO DE SOLUÇÃO,
e Bases. Química descritiva dos elementos representa- SOLVENTE E SOLUTO, MOLARIDADE; PREPARO DE
tivos; conceito de solução, solvente e soluto, molarida- SOLUÇÕES E DILUIÇÕES, CONCEITO DE PH E TAMPÃO.
de; preparo de soluções e diluições, conceito de pH e QUÍMICA ANALÍTICA: QUÍMICA ANALÍTICA QUALITATIVA
tampão. Química analítica: química analítica qualitativa E QUANTITATIVA, ANÁLISE GRAVIMÉTICA, ANÁLISE
e quantitativa, análise gravimética, análise volumétrica, VOLUMÉTRICA, TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE DADOS,
tratamento estatístico de dados, fundamentos de espec- FUNDAMENTOS DE ESPECTROSCOPIA, TÉCNICAS ES-
troscopia, técnicas espectroscópicas (espectroscopia PECTROSCÓPICAS (ESPECTROSCOPIA DE INFRAVE-
de infravemelho, absorção atômica, emissão atômica, MELHO, ABSORÇÃO ATÔMICA, EMISSÃO ATÔMICA,
FOTOMETRIA DE CHAMA), TÉCNICAS CROMATOGRAFI-
fotometria de chama), técnicas cromatograficas (croma-
CAS (CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA, CRO-
tografia em camada delgada, cromatografia gasosa, MATOGRAFIA GASOSA, CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE
cromatografia líquida de alta eficiência), espectrometria ALTA EFICIÊNCIA), ESPECTROMETRIA DE MASSAS;
de massas;

Microbiologia: noções de virologia, bacteriologia e mico- Química Geral e Inorgânica: ligações químicas.
logia; Desenvolvimento microbiano: medidas de cresci-
mento microbiano, curva de crescimento microbiano,
LIGAS METÁLICAS
condições ideais de crescimento microbiano. Meios de
cultura: classificação, funções e preparação; Indicado- As ligas metálicas podem ser classificadas em basica-
res biológicos; Controle dos microrganismos: métodos mente dois tipos de ligas; ligas ferrosas e ligas não ferrosas.
físicos de controle: calor seco, calor úmido, pasteuriza- Ligas Ferrosas
ção, radiações, filtração;
São aquelas onde o ferro é constituinte principal. Essas li-
gas são importantes como materiais de construção em enge-
Técnicas de diagnóstico de doenças causadas por bac- nharia. As ligas ferrosas são extremamente versáteis, no
térias: ELISA, Fixação do Complemento, Reação em sentido em que elas podem ser adaptadas para possuir uma
Cadeia da Polimerase. Validação de métodos de análi- ampla variedade de propriedades mecânicas e físicas. A
ses e noções de estatística básica; desvantagem dessas ligas é que elas são muito suscetíveis à
corrosão.
Técnicas gerais de laboratório: conhecimento, organi- Aços: são ligas ferro-carbono que podem conter concen-
zação, manutenção e utilização de vidraria e equipa- trações apreciáveis de outros elementos de liga. As proprie-
mentos; dades mecânicas são sensíveis ao teor de carbono, que é
normalmente inferior a 1%.
Princípios de Biossegurança: níveis de biossegurança
1. Aços com baixo teor de carbono, essas ligas contem ge-
laboratorial, equipamentos de segurança (barreiras
ralmente menos que 0,25% de C. como consequência es-
primárias) e instalações laboratoriais (barreiras secun- sas ligas são moles e fracas, porém possuem uma ductili-
dárias). Noções de práticas laboratoriais adequadas. dade e uma tenacidade excepcionais; além disso, são usi-
náveis soldáveis e, dentre todos os tipos de aço, são os
Qualidade da água em laboratórios: tipos de água rea- mais baratos de serem produzidos. Aplicações típicas pa-
gente utilizados em laboratório; métodos de purificação ra este tipo de liga incluem os componentes de carcaças
da água: ionização, destilação, carvão ativado, filtração, de automóveis e chapas usadas em tubulações, edifica-
osmose reversa. ções e latas estanhadas.
2. Aços com médio teor de carbono: esses aços possuem
Noções sobre gerenciamento de resíduos gerados nas concentrações de carbono aproximadamente de 0,25 e
atividades analíticas: manuseio, identificação, acondi- 0,60%p de carbono. As maiores aplicações destas ligas se
cionamento, transporte e descarte; encontram em rodas de trens, engrenagens, virabrequins
Métodos químicos e físicos de desinfecção e esteriliza- e outras peças de alta resistência que exigem uma combi-
ção de materiais para uso em ensaios laboratoriais; nação de elevada resistência, resistência à abrasão e te-
nacidade.
Métodos biológicos utilizados em análises de materiais
de propagação vegetal. 3. Aços com alto teor de carbono: esses aços apresentam
em média uma concentração de carbono e 0,60 a 1,4%p.
Lei Federal nº 8.027, de 12 de abril de 1990 – Código são mais duros, mais resistentes e, porem, os menos dúc-
de Ética dos Servidores Públicos. teis dentre todos os aços de carbono. Esses aços são u-
sados geralmente como ferramentas de corte, bem como
para a fabricação de facas, laminas de serras para metais,
molas e arames com alta resistência.
Liga não ferrosa
São ligas que não possuem como constituinte principal o
elemento ferro.
Ligas de cobre: o cobre, quando não se encontra na for-
ma de ligas, é tão mole e dúctil que é muito difícil de ser usi-
nado. As ligas de cobre mais comuns são os latões, onde o
zinco, na forma de uma impureza substitucional, é o elemento

Conhecimentos Específicos 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


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de liga predominante. Ligas de cobre-zinco com concentra- Aço inoxidável: liga de carbono, ferro, cromo e níquel, a-
ções aproximadamente de 35%p de zinco são relativamente través da ligação entre estes metais é possível fabricar utensí-
moles, dúcteis e facilmente submetidos à deformação plástica lios de cozinha como talheres e ainda peças de carro. Esse
a frio. As ligas de latão que possuem um maior teor de zinco material possui uma vantagem especial: não se enferruja.
são mais duras e mais resistentes.
Por Líria Alves
Os bronzes são ligas de cobre com vários outros elemen-
tos, incluindo o estanho, alumínio, o silício e o níquel. Essas
LIGAÇÃO IÔNICA
ligas são relativamente mais resistentes do que os latões,
porém ainda possui um elevado nível de resistência a corro-
são. Introdução
Alguns outros exemplos de ligas não ferrosas são as ligas Os elementos químicos podem ser classificados, em suas
de alumínio, que são caracterizadas por uma densidade rela- características químicas, pelo número de elétrons na última
tivamente baixa, condutividade elétrica e térmica elevada, e camada.
uma resistência à corrosão em alguns ambientes comuns,
com a atmosfera ambiente. Como podemos perceber ao analisar as distribuições ele-
trônicas dos elementos, um átomo qualquer terá no máximo 8
Liga de magnésio é caracterizada pela baixa densidade do elétrons na última camada. Assim sendo, temos a regra práti-
magnésio que é a mais baixa dentre todos os metais estrutu- ca:
rai; dessa forma suas ligas são usadas onde um peso leve é
considerado importante, como por exemplo, em componentes Última camada com:
de aeronave.
1 ,2 ou 3 elétrons → metal
LIGAÇÃO METÁLICA
Os metais são elementos químicos presentes na Tabela 5, 6 ou 7 elétrons → não metal ou ametal
Periódica, apresentam propriedades únicas que se diferem
das outras substâncias: ametais, gases, etc. 8 elétrons → gás nobre
Se fosse possível visualizar a estrutura de um metal de
Sabemos também que os elementos combinam-se entre si
forma bem nítida veríamos os retículos cristalinos presentes
para formarem novas substâncias, e estas combinações a-
nos metais sólidos. Esses retículos são compostos de cátions
contecem através de ligações químicas.
envoltos por uma espessa camada de elétrons, como se sa-
be, os íons cátions apresentam carga + e os elétrons - .
As ligações químicas ocorrem pois a maioria dos átomos
Na composição atômica existe a camada de valência, e os neutros não é estável, ou seja, não possuem baixa energia, e
elétrons se movimentam livremente por essa camada man- ao unirem-se a outros átomos, conseguem diminuir seu con-
tendo a atração eletromagnética pelos cátions. Essa proprie- teúdo energético.
dade permite a formação das moléculas de metais e conse-
quentemente os próprios metais. Teoria do Octeto
É justamente toda essa estrutura dos metais que lhe con- Um fato experimentalmente observado é que os gases
cede a capacidade de serem ótimos condutores de corrente nobres não fazem ligações químicas, isto porque são quimi-
elétrica. É importante ressaltar que os metais conduzem ele- camente estáveis.
tricidade estando no estado sólido ou líquido (metal fundido).
Inclusive, existe um metal que se encontra no estado líquido Portanto, um átomo está estável quando apresenta sua úl-
na natureza, é o mercúrio, cujo símbolo atômico é Hg. tima camada completa, ou seja, com 8 elétrons.
Quanto ao aspecto físico dos metais, o que se pode dizer
é que, em geral, possuem um aspecto metálico (cinza brilhan- Sendo assim, os demais elementos (metais e não metais)
te). Os que fogem a esta regra são o Ouro (Au) e o Cobre efetuam ligações químicas procurando assim se estabelecer,
(Cu), que apresentam cor dourada e avermelhada respecti- adquirindo, de alguma forma, uma estrutura eletrônica seme-
vamente. lhante à dos gases nobres.

Até agora falamos apenas dos metais no estado puro co- Ligação Iônica ou Eletrovalente
mo: Ouro, Cobre, Mercúrio. Mas em nosso cotidiano usamos
muito mais o que chamamos de ligações metálicas, mas o A ligação iônica ocorre entre metais e não metais por
que exatamente é uma liga de metais? São materiais com transferência de elétrons.
propriedades metálicas que contêm em sua composição um
outro elemento sem ser metal. Os átomos dos metais, por possuírem 1, 2 ou 3 elétrons
na última camada, estão dispostos a perdê-los (doá-los).
As ligas metálicas são preferenciais na fabricação de al-
guns objetos, por possuírem características que os metais
Como os átomos dos metais vão doar seus elétrons da úl-
puros não possuem, como por exemplo: a liga de ouro usada
tima camada, eles perderão cargas negativas, tornando-se
nas joalherias. A característica dessa liga é de aumentar a
íons positivos, chamados cátions.
dureza do material, a liga de ouro é composta pela ligação
entre ouro, prata e cobre.
Ex.: Na (Z = 11)
Veja mais exemplos:
2 2 6 1 -
distribuição do átomo: 1s 2s 2p 3s vai doar 1 e
Amálgama dental: liga de mercúrio, prata e estanho, é u-
sada nas obturações dentárias; + 2 2 6
distribuição do cátion Na : 1s 2s 2p passa a ter 8 e no
Bronze: liga de cobre e estanho, é aplicada na fabricação último nível.
de sinos, estátuas e moedas;
Mg(Z=12)

Conhecimentos Específicos 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


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2 2 6 - 2 2 5 -
distribuição do átomo: 1s 2s 2p 3~2 vai doar 2 e F (Z=9): 1s 2s 2p última camada com 7 e
2+ 2 2 6
distribuição do cátion Mg 1s 2s 2p passa a ter 8 e no Fórmula eletrônica ou de Lewis:
último nível.

Percebemos que se um átomo X doar um elétron, sua


+ 2+
carga será X , se doar 2 elétrons, sua carga será X e se
3+
doar 3 elétrons, sua carga será X . A eles chamamos de
cátion monovalente, bivalente e trivalente, respectivamente. 2+ -
Fórmula iônica: MgF2 ou [Mg ] [F ]2
Os átomos dos não metais possuem 5, 6 ou 7 elétrons na
última camada, e estão dispostos a receber 3, 2 ou 1 elétron, SUBSTÂNCIAS IÔNICAS
e assim completar seus octetos eletrônicos.

Como os átomos dos não metais vão receber elétrons, e-


les ficarão com cargas negativas em excesso e tornar-se-ão
íons negativos, ou ânions.

Ex.: O (Z=8)
2 2 4 -
distribuição do átomo: 1s 2s 2p vai receber 2 e
2 2 6 -
distribuição do ânion: 1s 2s 2p passa a ter 8e no último
nível.
Formato dos sais: retículo cristalino cúbico.
F (Z=9)
Íons são átomos em desequilíbrio elétrico e apresentam
2
distribuição do átomo: 1s 2s 2p vai receber 1 e
2 5 - carga positiva ou negativa.

2 2 6
Arranjos entre compostos iônicos formam substâncias iô-
distribuição do ânion: 1s 2s 2p passa a ter 8 e no último nicas, também chamadas de compostos iônicos. A união
nível. entre os íons acontece em consequência das forças de atra-
ção eletrostática, elas ocorrem a todo o momento ao nosso
Percebemos que quando um átomo X receber 1 elétron, redor, onde existem cargas elétricas de sinais opostos se
2-
seu ânion será X, se receber 2, seu ânion será X , e se rece- atraindo.
3-
ber 3, o ânion será X , que representarão ânions monovalen-
te, bivalente e trivalente, respectivamente. A atração entre os íons produz aglomerados com formas
geométricas definidas que recebem o nome de retículos cris-
Mecanismos da Ligação Iônica talinos. Nesse retículo, cada ânion atrai simultaneamente
vários cátions e cada cátion também atrai simultaneamente
A ligação iônica ocorre devido à atração eletrostática exis- vários ânions.
tente entre o cátion e o ânion, pois o primeiro é carregado O cloreto de sódio (o sal de cozinha) é um exemplo de
positivamente, e o segundo carregado negativamente, e, substância iônica, formada por inúmeros aglomerados iônicos.
como todos sabemos, cargas de sinais opostos se atraem. + -
O arranjo entre os cátions sódio (Na ) e os ânions cloreto (Cl )
se atraem fortemente por terem cargas contrárias, e formam a
Para representar a ligação iônica usamos as fórmulas ele- substância cloreto de sódio, que é um retículo cristalino de
trônica e iônica. formato geométrico cúbico. Os sais e outros grupos de mine-
rais possuem íons que formam compostos iônicos e, conse-
A fórmula eletrônica, ou de Lewis, indica quais os elemen- quentemente, substâncias iônicas.
tos participantes da ligação e quantos átomos, bem como o
número de elétrons na última camada e os elétrons trocados. As principais características desses compostos se devem
à existência do retículo iônico.
A fórmula iônica indica quais os íons participantes e suas
Propriedades das substâncias iônicas:
quantidades, sendo que o primeiro da fórmula é o cátion.
• Apresentam alto ponto de fusão (PF) e ponto de ebulição
Vamos analisar, inicialmente, o mecanismo de ligação en- (PE).
tre o sódio e o cloro, e depois entre magnésio e flúor.
• São sólidas à temperatura ambiente (25°C) e apresentam
2 2 6 1
Na (Z = 11): 1s 2s 2p 3s última camada com 1 e .
- forma definida.

2 2 6 2 5 - • Quebram-se facilmente quando são submetidas a impac-


Cl (Z =17): 1s 2s 2p 3s 3p última camada com 7 e . tos, e produzem faces planas, são, portanto, cristais duros
e quebradiços.
Fórmula eletrônica ou de Lewis:
• O melhor solvente dessas substâncias é a água.
• Conduzem corrente elétrica no estado líquido (fundido) e
quando estão dissolvidas em água. Essa propriedade é
devido à existência de íons com liberdade de movimento.

-
SUBSTÂNCIAS MOLECULARES: CARACTERÍSTICAS
Fórmula iônica: NaCl ou [Na+] [Cl ] E PROPRIEDADES. SUBSTÂNCIAS MOLECULARES: H2,
2 2 6 2 -
O2, N2, CL2, NH3, H2O, HCL, CH4.
Mg (Z= 12): 1s 2s 2p 3s última camada com 2 e .

Conhecimentos Específicos 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


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A grande variedade de substâncias presentes na natureza como o número de elétrons na última camada e os pares de
se deve à capacidade que os átomos têm de se combinar elétrons compartilhados.
entre si, essa propriedade é denominada ligação química e
pode acontecer entre átomos de um mesmo elemento ou de A fórmula estrutural indica quais os elementos que partici-
elementos diferentes. Molécula é, portanto, a menor pam da ligação, bem como o número de seus átomos e os
combinação de átomos que mantém a composição da matéria pares de elétrons compartilhados.
inalterada. Os átomos podem se unir através de ligações
químicas covalentes, iônicas ou metálicas. A fórmula molecular indica quais os elementos participan-
tes e o número de seus átomos, sendo que o primeiro da
Os arranjos entre moléculas formam substâncias fórmula é o menos eletronegativo.
moleculares ou compostos moleculares. Essas substâncias se
encontram à temperatura ambiente nos três estados físicos: Os átomos ligados covalentemente formam moléculas,
sólido, líquido e gasoso. que são conjuntos estáveis de átomos unidos por este tipo de
A molécula de água é formada pela ligação entre dois ligação. A molécula é a menor porção de uma substância que
átomos de hidrogênio (H) e um átomo de oxigênio (O). Essa ainda mantém suas propriedades.
molécula se encontra no estado líquido e é representada pela
fórmula H2O: Vamos a alguns exemplos:
H―O―H 1
H (Z=1) 1s compartilha 1 e .
-

A molécula de metano é formada pela ligação entre um 2 2 6 2 5 -


átomo de carbono (C) e quatro átomos de hidrogênio, é Cl (Z= 17) 1s 2s 2p 3s 3p compartilha 1 e
representada pela fórmula CH4 (ver figura acima):
A água e o metano são substâncias moleculares, pois são
formadas por moléculas. Além dessas, podemos citar como
exemplos de substâncias moleculares: o açúcar (estado
sólido), o álcool (estado líquido) e os gases em geral (estado
gasoso).
1 -
Propriedades das substâncias moleculares: H (Z= 1) 1s compartilha 1 e .
Força intermolecular: a temperatura de ebulição (T.E.) 2 2 4 -
O (Z=8) 1s 2s 2p compartilha 2 e
de uma molécula é influenciada pela interação entre seus
átomos (forças de atração intermoleculares): quanto mais
intensa for a atração entre as moléculas, maior será a
temperatura de ebulição.
Tamanho das moléculas: o tamanho de um composto
molecular também influencia no seu ponto de ebulição.
Quanto maior for a substância maior será sua superfície de
contato, devido ao aumento das interações entre as É comum os não metais ligarem-se entre si formando mo-
moléculas, consequentemente a temperatura de ebulição irá léculas de seus átomos. Isto ocorre principalmente entre H, N,
aumentar. O, F, Cl, Br e 1.
Por Líria Alves 2 4
O (Z=8): 1s2 2s 2p compartilha 2 e.

LIGAÇÃO COVALENTE. POLARIDADE DE MOLÉCU-


LAS.
FORÇAS INTERMOLECULARES. RELAÇÃO ENTRE
ESTRUTURAS, PROPRIEDADE E APLICAÇÃO DAS
SUBSTÂNCIAS.
Ligação Covalente Dativa
LIGAÇÃO COVALENTE
A ligação dativa, ou coordenada, ocorre quando já temos
A ligação covalente ocorre entre átomos de não metais, um sistema ligado por covalência molecular, e neste sistema
por compartilhamento de elétrons do último nível. precisamos inserir um ou mais átomos.

É importante salientar que o compartilhamento ocorre por Isto, porém, será possível se:
pares de elétrons.
átomo a ser adicionado precisar de um par de elétrons;
Os átomos compartilharão os pares eletrônicos até que
seus últimos níveis fiquem completos (8 elétrons), porém No conjunto, o átomo menos eletronegativo puder empres-
devemos ressaltar que o hidrogênio, que está presente em tar um par de elétrons.
grande número de compostos covalentes, se estabiliza com
dois (2) elétrons, pois só tem o nível 1. Exemplo da ligação dativa:
2 2 6 2 4 -
Utilizamos na ligação covalente a fórmula eletrônica ou de 5 (Z=16) 1s 2s 2p 3s 3p compartilha 2 e .
Lewis, a fórmula estrutural e a fórmula molecular. 2 2 4 -
O (Z = 8) 1s 2s 2p compartilha 2 e
A fórmula eletrônica, ou de Lewis, indica quais os elemen-
tos participantes da ligação, e com quantos átomos, bem

Conhecimentos Específicos 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Os ácidos apresentam, em solução aquosa, diferentes
graus de ionização, isto é, uma relação variável entre o núme-
ro de moléculas ionizadas e o de moléculas dissolvidas. Des-
sa forma, por meio do valor da constante de ionização, pode-
se medir a força de um ácido. Quanto mais elevado for o valor
dessa constante, maior será a força do ácido e maior a con-
centração de íons hidrogênio.
Outro artifício utilizado para avaliar o poder dos ácidos é o
conceito de pH. Definido como o logaritmo negativo da con-
centração de íons hidrogênio em solução aquosa, o pH varia
entre zero e 14. Todos os ácidos apresentam pH entre zero e
7, sendo que, quanto menor esse valor, mais elevada é a
força do ácido.
Além disso, os ácidos reagem com os metais colocados
acima do hidrogênio na série de atividade dos metais ou na
tabela de potenciais de oxidação, liberando hidrogênio e for-
mando o sal correspondente.
Ácidos e Bases.
Por outro lado, os ácidos oxidantes, isto é, aqueles cujos
ÁCIDO íons negativos têm capacidade de realizar reações de oxida-
Desde os tempos dos alquimistas, observou-se que certas ção, não libertam hidrogênio e reagem até com os metais
substâncias apresentavam comportamentos peculiares quan- abaixo do hidrogênio na tabela de potenciais.
do dissolvidos na água. Entre tais propriedades destacavam- Os ácidos reagem com os óxidos (exceto os neutros e os
se o sabor, semelhante ao do vinagre; a facilidade de atacar anidridos) formando sais e água, e com os carbonatos e bi-
os metais, dando origem a um gás inflamável; e o fato de carbonatos desprendendo CO2. Os ácidos reagem com as
produzirem espuma quando em contato com calcários. Essas bases, formando sais e água. Daí dizer-se que a reação de
substâncias foram denominadas ácidos. ácidos com bases é de salificação (devido à formação de sal)
Definição. Os critérios inicialmente usados para caracteri- ou de neutralização (devido à anulação do caráter básico da
zar os ácidos baseavam-se nas propriedades de suas solu- solução), tornando o meio neutro.
ções aquosas. Dizia-se que ácidos eram substâncias que Nomenclatura. A denominação dos ácidos obedece aos
apresentavam sabor azedo ou ácido e produziam mudança de seguintes princípios: nos hidrácidos, à palavra "ácido" segue-
cor dos indicadores. Evidentemente, essas propriedades não se o nome do elemento ou radical eletronegativo, com o sufi-
são completas nem específicas, pois outras substâncias po- xo "ídrico": HCL, ácido clorídrico; HCN, ácido cianídrico; H2S,
dem também apresentá-las. Com o passar do tempo, foram ácido sulfídrico etc. Nos oxiácidos, à palavra "ácido" segue-se
estabelecidos conceitos mais definidos para a caracterização o nome do radical eletronegativo com a terminação "ico":
dos ácidos, tais como o de Arrhenius, o de Brönsted-Lowry e H2CO3, ácido carbônico; HCNO, ácido ciânico etc.
o de Lewis.
Quando um mesmo elemento forma dois oxiácidos, usa-se
Na segunda metade do século XIX, Arrhenius definiu áci- o sufixo "oso" para o menos oxigenado: HNO2, ácido nitroso;
do como um composto que, dissolvido em água, libera íons HNO3, ácido nítrico. Numa série de oxiácidos de um mesmo
hidrogênio. Essa definição, no entanto, tem sua aplicação elemento, usa-se o prefixo "hipo" e o sufixo "oso" para o ácido
limitada às soluções aquosas. Para superar essa restrição, o menos oxigenado, e o prefixo "per" e a desinência "ico" para o
químico dinamarquês Johannes M. Nicolaus Brönsted e o mais oxigenado: HClO, ácido hipocloroso, HClO3, ácido clóri-
inglês Thomas Lowry elaboraram a teoria protônica, segundo co; HClO4, ácido perclórico.
a qual ácido seria toda substância íon ou molécula capaz de
doar prótons, partícula subatômica de carga positiva. Essa A nomenclatura oficial UIQPA (União Internacional de
teoria pode aplicar-se a qualquer tipo de solvente, e não so- Química Pura e Aplicada) consiste em substituir o "o" do hi-
mente à água, como no caso do critério de Arrhenius. drocarboneto correspondente pelo sufixo "óico". Nos ácidos
ramificados, a cadeia principal é a mais longa que contenha o
Baseando-se em critérios distintos, o americano Gilbert grupamento funcional (-COOH), ponto a partir do qual a ca-
Lewis definiu ácido como uma substância que pode aceitar deia é numerada. Os átomos de carbono da cadeia principal
um par de elétrons, partículas subatômicas de carga negativa, podem também ser designados por letras: o carbono de car-
que giram em torno do núcleo atômico. boxila é ômega, e os seguintes, alfa, beta, gama etc.
Alguns átomos apresentam maior tendência a ceder elé- Tipos de ácidos. Os ácidos se dividem fundamentalmen-
trons e se convertem em íons positivos ou cátions, enquanto te em orgânicos e inorgânicos ou minerais. Os ácidos orgâni-
outros tendem a aceitar pares de elétrons, e se convertem em cos são compostos que contêm em sua estrutura o grupa-
íons negativos ou ânions. Em toda reação química ocorre mento carboxila, composto por um átomo de carbono ligado a
esse processo simultâneo de doação e recebimento de elé- um átomo de oxigênio por ligação dupla e a um grupo de
trons, no qual Lewis se baseou para formular sua teoria. hidroxila, por ligação simples. Entre os milhares de ácidos
Propriedades. Os ácidos possuem sabor azedo ou cáus- orgânicos conhecidos, alguns são de enorme importância
tico, facilmente identificado em frutas cítricas, como limão, para o homem.
laranja e maçã. Têm a capacidade de alterar a cor de certas O ácido fórmico, primitivamente obtido de certa espécie de
substâncias orgânicas, denominadas indicadores. Assim, em formiga, é atualmente produzido a partir da reação do monó-
presença de solução aquosa ácida, o papel azul de tornassol xido de carbono com hidróxido de sódio sob pressão (sete
passa para vermelho; o papel vermelho-do-congo passa para atmosferas), na temperatura de 120 a 150o C, obtendo-se
azul e uma solução básica de fenolftaleína passa de vermelho formiato de sódio, que, tratado por ácidos minerais, libera o
para incolor. Em soluções aquosas diluídas, os ácidos são ácido fórmico. É usado em corantes de tecidos, para formar a
bons condutores de eletricidade. solução ácida, sendo que, no final do processo, o ácido que
fica na fazenda se evapora. Preferido para a coagulação do

Conhecimentos Específicos 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


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látex de borracha, é também usado na neutralização da cal, Para o americano Gilbert Lewis, base é qualquer substân-
que é empregada no processamento do couro. cia química capaz de ceder um par de elétrons para a forma-
ção de co-valência coordenada. Certos sais são formados
O ácido acético, o mais importante dos ácidos carboxíli- sem transferência de prótons (na ausência de água) e, nesse
cos, forma-se a partir de soluções diluídas de etanol por ação caso, nem a teoria de Arrhenius nem a de Brønsted-Lowry
de microrganismos, sendo esse o processo de preparação de seriam suficientes para classificar como bases as substâncias
vinagre de vinho; é utilizado em grandes quantidades como que reagem com os compostos de caráter ácido para formar
solvente e como meio não aquoso, em reações. Tem também esses sais.
uso importante na neutralização ou acidulação, quando não
são aplicáveis ácidos minerais (por exemplo, no processa- As bases designam-se pela expressão "hidróxido de" se-
mento de filmes e papéis fotográficos). guida do nome do cátion ou metal. Quando o cátion apresenta
mais de um número de oxidação e, consequentemente, forma
Os ácidos graxos, presentes nas gorduras animais e vege- mais de um hidróxido, coloca-se, após o nome do cátion, o
tais, ocorrem, normalmente, combinados com glicerina ou seu número de oxidação em algarismos romanos. Usam-se,
glicerol, sob a forma de triésteres chamados glicerídeos, dos também, as terminações "-oso" e "-ico", conforme o número
quais são obtidos por saponificação. São utilizados na produ- de oxidação seja menor ou maior, respectivamente.
ção industrial de ceras, cosméticos e pinturas.
As bases reagem com os ácidos, com os óxidos de cará-
Os ácidos inorgânicos são de origem mineral e dividem-se ter ácido e com os anfóteros, produzindo sal e água. Com os
em hidrácidos, quando não apresentam oxigênio em sua anidridos ácidos a reação pode conduzir a mais de um sal,
combinação, e oxiácidos, quando esse átomo faz parte de sua conforme se use ou não excesso de anidrido. Os hidróxidos
estrutura. Entre eles, os mais utilizados industrialmente são o são bons condutores de corrente elétrica, tanto fundidos
ácido clorídrico, o nítrico, o fosfórico e o sulfúrico. O ácido quanto em solução aquosa, sendo os produtos da eletrólise
clorídrico ou cloreto de hidrogênio é um gás incolor, de odor diferentes num caso e noutro.
irritante e tóxico. Tem ponto de fusão -112o C e de ebulição -
83,7o C. É muito solúvel em água, solução chamada de ácido ÓXIDO
clorídrico. Ácido forte é quase totalmente ionizado, e empre-
ga-se na síntese de diversos compostos orgânicos de interes- A ferrugem que corrói os objetos de ferro e a pátina que
se. recobre as cúpulas de bronze de certas igrejas nada mais são
que variedades de óxidos formados pela reação dessas subs-
O ácido nítrico é um líquido incolor, de cheiro irritante e tó- tâncias com o oxigênio do ar.
xico; tem ponto de ebulição 86o C e ponto de fusão -41,3o C.
É miscível com a água em todas as proporções. Suas solu- Óxido é um composto binário do oxigênio com elementos
ções aquosas são incolores, mas se decompõem com o tem- menos eletronegativos. Segundo suas propriedades, os óxi-
po, sob a ação da luz. É utilizado como matéria-prima na dos distinguem-se em básicos, ácidos ou neutros.
indústria de plásticos, fertilizantes, explosivos e corantes. Chamam-se básicos os óxidos que reagem com a água
O ácido ortofosfórico é um sólido incolor, muito higroscó- para formar bases (ou hidróxidos) e com ácidos para produzir
pico e muito solúvel em água. Aplica-se na indústria de fertili- sais. Os elementos que se ligam ao oxigênio nos óxidos bási-
zantes, nos processos de estamparia nas indústrias têxteis e cos pertencem aos grupos Ia, IIa e IIIa (exceto o boro) ou são
na síntese de inúmeros compostos de interesse. elementos de transição, como nos óxidos de sódio (Na2O) e
de cálcio (CaO). Os óxidos ácidos, ou anidridos, como o dió-
O ácido sulfúrico é um líquido oleoso, com densidade de xido de carbono (CO2) e o dióxido de enxofre (SO2), reagem
1,84g/cm3. Tem ponto de fusão de 10o C e de ebulição de com a água para formar ácidos e com bases para formar sais.
338o C. Embora muito estável quando aquecido, sua solução São produzidos com elementos não-metálicos dos grupos
diluída perde água, gradualmente, com o aquecimento. Du- IVa, Va, VIa e VIIa e alguns elementos de transição. Já e-
rante o aquecimento, o ácido puro perde SO3. É utilizado xemplos de óxidos neutros (nem ácidos nem básicos) são o
como matéria-prima na produção do sulfato de amônio, inter- monóxido de carbono (CO) e o monóxido de nitrogênio (NO).
mediário da elaboração de fertilizantes, de detergentes, ex-
plosivos, pigmentos e corantes, entre outros produtos. Embora se enquadrem na classificação anterior, merecem
destaque os óxidos anfóteros, como o óxido de alumínio
BASE (Al2O3), que reage tanto com ácidos como com bases para
formar sais. São anfóteros tanto os peróxidos, como o peróxi-
Os antigos dividiam as substâncias em dois grandes gru- do de sódio (Na2O2), que reagem com a água para formar
pos: as que se assemelhavam ao vinagre, denominadas áci- bases e peróxido de hidrogênio (água oxigenada, H2O2), e
dos, e as semelhantes às cinzas de plantas, chamadas álca- com ácidos para formar sal e peróxido de hidrogênio, quanto
lis. Os álcalis eram substâncias detergentes ou, segundo o os superóxidos, como o superóxido de sódio (NaO2), que em
farmacêutico e químico francês Guillaume François Rouelle, reação com a água formam bases, peróxido de hidrogênio e
bases. oxigênio, e com os ácidos formam sal, peróxido de hidrogênio
No final do século XIX, o sueco Svante Arrhenius definiu e oxigênio. Mencionam-se ainda os ozonides (ou ozonetos),
base como substância que, em solução aquosa, libera íon resultantes da reação entre ozônio (O3) e hidróxidos de me-
hidroxila, OH-, como único ânion. Esse conceito corresponde tais alcalinos (exceto LiOH), e os óxidos salinos, como o
ao de hidróxido. De fato, base é uma classe mais geral de Fe3O4, que formam, pela reação com ácidos, dois sais dife-
compostos, de forma que todo hidróxido é uma base, mas rentes do mesmo metal. Exceto nos peróxidos e superóxidos,
nem toda base é um hidróxido. o oxigênio nessas reações tem valência dois, ou seja, partici-
pa das ligações com dois elétrons.
Um conceito mais abrangente, porém ainda não completo,
desses compostos foi proposto pelo dinamarquês Johannes SAL
Nicolaus Brønsted e pelo britânico Thomas Martin Lowry na A importância histórica do sal comum como conservante
década de 1920. Segundo os dois químicos, base é qualquer de alimentos e como moeda permaneceu em várias expres-
substância química, molecular ou iônica, capaz de receber sões de linguagem. A palavra salário, derivada do latim, re-
prótons. Esse conceito, mais geral do que o de Arrhenius, presentava originalmente a porção de sal que os soldados da
permite incluir entre as bases outras substâncias além dos antiguidade romana recebiam como pagamento por seus
hidróxidos. serviços.

Conhecimentos Específicos 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Na linguagem vulgar, o termo sal designa estritamente o (sulfato de ferro II, ou sulfato ferroso) e Fe2(SO4)3 (sulfato de
cloreto de sódio (NaCl), utilizado na alimentação. Em química, ferro III, ou sulfato férrico).
porém, tem um sentido muito mais amplo e se aplica a uma
série de compostos com características bem definidas, que Quando se tem sais ácidos, há várias alternativas de no-
têm em comum com o cloreto de sódio o fato de se formarem menclatura: (1) indica-se o número de íons positivos pelos
pela reação de um ácido com uma base. O cloreto de sódio prefixos "mono-", "di-", "tri-" etc; (2) indica-se o número de
resulta da reação do ácido clorídrico com o hidróxido de só- átomos de hidrogênio ácido não substituídos com as expres-
dio. sões "mono-hidrogeno", "di-hidrogeno" etc; (3) utilizam-se os
termos "monoácido", "diácido" etc; ou (4) coloca-se o prefixo
Pode-se, assim, definir sal como composto iônico resultan- "bi-" antes do nome do íon negativo, no caso de sais ácidos
te da reação entre um ácido e uma base, mas há outras con- derivados de diácidos. Um exemplo é NaHSO4, sulfato mo-
ceituações igualmente aceitas. Segundo a teoria de Arrheni- nossódico, também designado mono-hidrogeno-sulfato de
us, que defende a existência de três tipos de eletrólitos (ou sódio, ou sulfato monoácido de sódio, ou bissulfato de sódio.
substâncias em dissolução), sais são substâncias que, em
dissolução, produzem cátions e ânions de vários tipos, mas
sempre diferentes dos íons hidrogênio (H3O+), também cha-
mados hidroxônios, e hidroxila (OH-). Os outros dois tipos de
eletrólitos, segundo Arrhenius, são: os ácidos, que em água
se ionizam e produzem, como cátions, exclusivamente íons
hidrogênio; e as bases que, em água, se dissociam e produ-
zem, como ânions, exclusivamente íons hidroxila. Por serem
sobretudo iônicos, os sais são em geral cristalinos e solúveis
em água.
Classificação. De acordo com o ácido de que derivam, os
sais se classificam em: (1) halóides, derivados de hidrácidos,
e (2) oxissais, derivados de oxiácidos. Os halóides são sais
não-oxigenados, como NaCl e KBr (bromato de potássio). Os
oxissais apresentam oxigênio no íon negativo, como no caso
do Na2SO4 (sulfato de sódio). Outra classificação distingue
os sais ácidos, básicos, e neutros ou normais. Os sais ácidos Preparação. Alguns sais ocorrem em grandes quantida-
resultam da substituição, parcial ou total, de um ou mais hi- des na natureza. Basta, portanto, escolher o melhor processo
drogênios ácidos (ionizáveis ou substituíveis) por íons positi- de extração, como no caso do cloreto de sódio, presente na
vos, como no caso do NaH2PO4 (fosfato de sódio). Sais bási- água do mar. Muitos outros sais, porém, são preparados
cos têm uma ou mais hidroxilas, como no caso do Zn(OH)Cl artificialmente por meio de reações entre ácidos e bases
(cloreto monobásico de zinco), e resultam das bases por (chamadas reações de salificação); entre ácidos e óxidos
substituição parcial ou total das hidroxilas por íons negativos. básicos; ou entre óxidos ácidos e básicos. Outros processos
Os que não contêm hidrogênio ácido nem hidroxila, como é o de obtenção de sais incluem a ação de ácido, base ou sal
caso do CaSO4 (sulfato de cálcio), são chamados de sais sobre um sal, geralmente em solução aquosa; a reação entre
neutros ou normais. metal e ácidos, bases ou sais; e a combinação de um metal
com um ametal.
Quando se misturam soluções de dois ou mais sais sim-
ples, pode-se formar um terceiro sal, chamado duplo, como Sal comum. Dos inúmeros compostos salinos que podem
por exemplo o KCl.MgCl2.6H2O (cloreto duplo de potássio e ser encontrados na natureza, o que mais importância apre-
magnésio). Os sais compostos de íons complexos, formados senta para o ser humano é o cloreto de sódio, chamado sal
de diversos átomos, são chamados de sais complexos. Em comum ou sal de cozinha, muito empregado na alimentação
solução aquosa, os sais podem fixar uma ou mais moléculas como condimento e como conservante, neste caso especial-
de água e se tornarem hidratados, como ocorre em Cu- mente para carnes e pescados. A grande importância do sal,
SO4.5H2O (sulfato de cobre II penta-hidratado). no entanto, decorre de seus múltiplos usos e aplicações, além
do consumo humano e animal. Emprega-se o sal em refrige-
Nomenclatura. Existem regras para nomear os sais mais ração, na indústria eletroquímica de cloro e seus derivados,
comuns. No caso dos sais halóides, substitui-se a terminação como o ácido clorídrico e cloretos diversos, hipocloritos, clora-
"-ídrico" do hidrácido pelo sufixo "-eto". Acrescenta-se a pre- tos e percloratos. É ainda usado na fabricação de inseticidas
posição "de" e o nome do íon positivo. Tem-se assim, por como o DDT, de plásticos com base de cloro e outros.
exemplo, derivado do ácido cianídrico (HCN), o cianeto de
potássio (KCN). A eletrólise do cloreto de sódio fornece, além do cloro, o
sódio metálico ou soda cáustica, que tem na indústria um
Quando um metal forma dois sais, derivados do mesmo papel equivalente ao do ácido sulfúrico, pela diversidade de
ácido, acrescenta-se após o nome do sal, entre parênteses, o empregos, entre eles a produção de sabões, óleos vegetais e
número de oxidação do metal em algarismos romanos. É minerais, celulose etc. O sal também é matéria-prima para
comum também o emprego das terminações "-oso", para o sal fabricação de barrilha (Na2CO3), empregada na indústria
em que o metal apresenta o menor número de oxidação, e "- têxtil, na produção de vidro e em muitos outros casos em que
ico", para o número de oxidação maior. O estanho, por exem- se necessita de um álcali fraco.
plo, forma os sais SnCl2 (cloreto estanoso) e SnCl4 (cloreto
estânico). Tipos de sal. O sal comum pode ser classificado, de a-
cordo com seu teor de pureza, ou seja, a maior ou menor
No caso dos oxissais, derivados dos oxiácidos, substitu- porcentagem de outros sais em sua composição, em dois
em-se as terminações "-oso" e "-ico" dos ácidos de que deri- tipos: sal bruto e sal beneficiado. Sal bruto é o produto imedi-
vam os sais pelas terminações "-ito" e "-ato", respectivamen- ato da extração, com todas as impurezas de manipulação
te. Acrescenta-se a preposição "de" e o nome do cátion do extrativa e tudo o que cristaliza com o cloreto de sódio. Pode
sal. Do ácido sulfúrico (H2SO4), por exemplo, deriva o sulfato ser de três tipos: sal marinho (verde e curado); sal de minas,
de potássio (CaSO4). Ao metal que forma mais de um sal, lagos salgados ou mares interiores (salmoura); sal de jazidas
aplica-se o critério do número de oxidação em algarismos de sal-gema (ou halito) e depósitos de sais mistos. O sal
romanos, ou as terminações "-oso" e "-ico", como em FeSO4 beneficiado se subdivide em alimentício (sal de cozinha e sal

Conhecimentos Específicos 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
grosso) e de conserva, a qual pode ser salga seca ou sal- Ácidos orto, meta e piro. O elemento E tem o mesmo
moura. No Brasil, uma lei de 1953 determina que seja distri- nox. Esses ácidos diferem no grau de hidratação:
buído exclusivamente sal iodado nas regiões sujeitas ao
bócio endêmico, doença causada pela deficiência de iodo na 1 ORTO - 1 H2O = 1 META
alimentação. 2 ORTO - 1 H2O = 1 PIRO
Extração de sal. Ainda que a fonte principal de sal seja a
Nome dos ânions sem H ionizáveis - Substituem as
água do mar -- na qual sua concentração é muito variável, terminações ídrico, oso e ico dos ácidos por eto, ito e ato,
com uma média de 3,3% --, o produto pode ser encontrado
respectivamente.
também em lagos salgados. Em ambos os casos, o procedi-
mento de extração consiste em isolar a água salgada em CLASSIFICAÇÃO
tanques rasos, as salinas, onde, exposta ao sol e ao vento, a
solução atinge concentrações cada vez maiores, até o ponto • Quanto ao número de H ionizáveis:
de saturação, quando começa a precipitar o cloreto de sódio. - monoácidos ou ácidos monopróticos
O sal obtido do mar apresenta-se geralmente menos puro - diácidos ou ácidos dipróticos
que o sal-gema, encontrado em depósitos subterrâneos ou
superficiais formados a partir da evaporação dos mares em - triácidos ou ácidos tripróticos
eras geológicas passadas. O sal-gema é um mineral que
- tetrácidos ou ácidos tetrapróticos
ocasionalmente apresenta cristais de forma cúbica regular e
se caracteriza pelo sabor e pouca dureza (dois, na escala de • Quanto à força
Mohs). Entre as principais jazidas de sal-gema estão a da
baixa Saxônia, na Alemanha, e outras na Áustria, Espanha, - Ácidos fortes, quando a ionização ocorre em grande
Itália e Rússia. No que se refere à produção global de sal, os extensão.
principais países produtores são Estados Unidos, China e
Exemplos: HCl, HBr, HI . Ácidos HxEOy, nos quais (y - x) ³
Rússia.
2, como HClO4, HNO3 e H2SO4.

FUNÇÕES DA QUÍMICA INORGÂNICA: - Ácidos fracos, quando a ionização ocorre em pequena


ÁCIDOS extensão.

Ácido de Arrhenius - Substância que, em solução aquo- Exemplos: H2S e ácidos HxEOy, nos quais (y - x) = 0, co-
+ +
sa, libera como cátions somente íons H (ou H3O ). mo HClO, H3BO3.

Nomenclatura - Ácidos semifortes, quando a ionização ocorre em exten-


são intermediária.
Ácido não-oxigenado (HxE):
Exemplos: HF e ácidos HxEOy, nos quais (y - x) = 1, como
ácido + [nome de E] + ídrico H3PO4, HNO2, H2SO3.
Exemplo: HCl - ácido clorídrico Exceção: H2CO3 é fraco, embora (y - x) = 1.

Ácidos HxEOy, nos quais varia o nox de E: Roteiro para escrever a fórmula estrutural de
um ácido HxEOy
1. Ligue a E tantos -O-H quantos forem os H ionizáveis.
2. Ligue a E os H não-ionizáveis, se houver.
Grupo de E

Nome do
Nox de E

Exemplo 3. Ligue a E os O restantes, por ligação dupla (E = O) ou


ácido HxEOy
dativa (E → O).
Ácidos mais comuns na química do cotidiano
ácido per +
HClO4 ácido perclórico
7 [nome de E] • Ácido clorídrico (HCl)
Nox do Cl = +7
+ ico
- O ácido impuro (técnico) é vendido no comércio com o
ácido nome de ácido muriático.
HClO3 ácido clórico
a<7 [nome de E]
Nox do Cl = +5
+ ico - É encontrado no suco gástrico .
7
Ácido - É um reagente muito usado na indústria e no laboratório.
HClO2 ácido cloroso
b<a [nome de E]
+ oso Nox do Cl = +3 - É usado na limpeza de edifícios após a sua caiação, para
remover os respingos de cal.
ácido hipo +
HClO ácido hipocloroso
c<b [nome de E] - É usado na limpeza de superfícies metálicas antes da
Nox do Cl = +1
+ oso soldagem dos respectivos metais.
ácido Ácido sulfúrico (H2SO4)
H3PO4 ácido fosfórico •
G [nome de E]
Nox do P = +5
+ ico - É o ácido mais importante na indústria e no laboratório. O
G Ácido poder econômico de um país pode ser avaliado pela quan-
H3PO3 ácido fosforoso tidade de ácido sulfúrico que ele fabrica e consome.
¹ a<G [nome de E]
Nox do P = +3
7 + oso - O maior consumo de ácido sulfúrico é na fabricação de
ácido hipo + H3PO2 ácido hipofosfo- fertilizantes, como os superfosfatos e o sulfato de amônio.
b<a [nome de E] roso
+ oso - É o ácido dos acumuladores de chumbo (baterias) usados
Nox do P = +1
nos automóveis.

Conhecimentos Específicos 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- É consumido em enormes quantidades em inúmeros pro- Quanto à força:
cessos industriais, como processos da indústria petroquí-
mica, fabricação de papel, corantes, etc. São bases fortes os hidróxidos iônicos solúveis em água,
como NaOH, KOH, Ca(OH)2 e Ba(OH)2.
- O ácido sulfúrico concentrado é um dos desidratantes
mais enérgicos. Assim, ele carboniza os hidratos de car- São bases fracas os hidróxidos insolúveis em água e o hidró-
bono como os açúcares, amido e celulose; a carbonização xido de amônio. O NH4OH é a única base solúvel e fraca.
é devido à desidratação desses materiais. Ação de ácidos e bases sobre indicadores
- O ácido sulfúrico "destrói" o papel, o tecido de algodão, a Indicador Ácido Base
madeira, o açúcar e outros materiais devido à sua enérgi- tornassol róseo azul
ca ação desidratante.
fenolftaleína incolor avermelhado
- O ácido sulfúrico concentrado tem ação corrosiva sobre os alaranjado avermelhado amarelo
tecidos dos organismos vivos também devido à sua ação de metila
desidratante. Produz sérias queimaduras na pele. Por is-
so, é necessário extremo cuidado ao manusear esse áci- Bases mais comuns na química do cotidiano
do. • Hidróxido de sódio ou soda cáustica (NaOH)
- As chuvas ácidas em ambiente poluídos com dióxido de - É a base mais importante da indústria e do laboratório. É
enxofre contêm H2SO4 e causam grande impacto ambien- fabricado e consumido em grandes quantidades.
tal.
- É usado na fabricação do sabão e glicerina:
• Ácido nítrico (HNO3)
(óleos e gorduras) + NaOH → glicerina + sabão
- Depois do sulfúrico, é o ácido mais fabricado e mais con-
sumido na indústria. Seu maior consumo é na fabricação - É usado na fabricação de sais de sódio em geral. Exem-
de explosivos, como nitroglicerina (dinamite), trinitrotolue- plo: salitre.
no (TNT), trinitrocelulose (algodão pólvora) e ácido pícrico
e picrato de amônio. HNO3 + NaOH → NaNO3 + H2O
- É usado na fabricação do salitre (NaNO3, KNO3) e da - É usado em inúmeros processos industriais na petroquí-
pólvora negra (salitre + carvão + enxofre). mica e na fabricação de papel, celulose, corantes, etc.
- As chuvas ácidas em ambientes poluídos com óxidos do - É usado na limpeza doméstica. É muito corrosivo e exige
nitrogênio contém HNO3 e causam sério impacto ambien- muito cuidado ao ser manuseado.
tal. Em ambientes não poluídos, mas na presença de raios
e relâmpagos, a chuva também contém HNO3, mas em - É fabricado por eletrólise de solução aquosa de sal de
proporção mínima. cozinha. Na eletrólise, além do NaOH, obtêm-se o H2 e o
Cl2, que têm grandes aplicações industriais.
- O ácido nítrico concentrado é um líquido muito volátil;
seus vapores são muito tóxicos. É um ácido muito corrosi- • Hidróxido de cálcio (Ca(OH)2)
vo e, assim como o ácido sulfúrico, é necessário muito - É a cal hidratada ou cal extinta ou cal apagada.
cuidado para manuseá- lo.
- É obtida pela reação da cal viva ou cal virgem com a á-
• Ácido fosfórico (H3PO4) gua. É o que fazem os pedreiros ao preparar a argamas-
- Os seus sais (fosfatos) têm grande aplicação como fertili- sa:
zantes na agricultura. - É consumido em grandes quantidades nas pinturas a cal
- É usado como aditivo em alguns refrigerantes. (caiação) e no preparo da argamassa usada na alvenaria.

• Ácido acético (CH3 - COOH) • Amônia (NH3) e hidróxido de amônio (NH4OH)

- É o ácido de vinagre, produto indispensável na cozinha - Hidróxido de amônio é a solução aquosa do gás amônia.
(preparo de saladas e maioneses). Esta solução é também chamada de amoníaco.

• Ácido fluorídrico (HF) - A amônia é um gás incolor de cheiro forte e muito irritante.

- Tem a particularidade de corroer o vidro, devendo ser - A amônia é fabricada em enormes quantidades na indús-
guardado em frascos de polietileno. É usado para gravar tria. Sua principal aplicação é a fabricação de ácido nítrico.
sobre vidro. - É também usada na fabricação de sais de amônio, muito
• Ácido carbônico (H2CO3) usados como fertilizantes na agricultura. Exemplos:
NH4NO3, (NH4)2SO4, (NH4)3PO4
- É o ácido das águas minerais gaseificadas e dos refrige-
rantes. Forma-se na reação do gás carbônico com a água: - A amônia é usada na fabricação de produtos de limpeza
doméstica, como Ajax, Fúria, etc.
CO2 + H2O → H2CO3
• Hidróxido de magnésio (Mg(OH)2)
BASES
- É pouco solúvel na água. A suspensão aquosa de
Base de Arrhenius - Substância que, em solução aquosa, Mg(OH)2 é o leite de magnésia, usado como antiácido es-
-
libera como ânions somente íons OH . tomacal. O Mg(OH)2 neutraliza o excesso de HCl no suco
gástrico.
Classificação
Mg(OH)2 + 2HCl → MgCl2 + 2H2O
Solubilidade em água:
• Hidróxido de alumínio (Al(OH)3)
São solúveis em água o hidróxido de amônio, hidróxidos de
metais alcalinos e alcalino-terrosos (exceto Mg). Os hidróxi- - É muito usado em medicamentos antiácidos estomacais,
dos de outros metais são insolúveis. como Maalox, Pepsamar, etc.
Conhecimentos Específicos 9 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
TEORIA PROTÔNICA DE BRÖNSTED-LOWRY E
TEORIA ELETRÔNICA DE LEWIS
→ sal(1) + sal(2) + água 2NO2 + 2KOH → KNO3 +
KNO2 + H2O
Teoria protônica de Brönsted-Lowry - Ácido é um doa- Óxidos básicos
+
dor de prótons (H ) e base é um receptor de prótons. Li2O Na2O K2O Rb2O Cs2O MgO CaO SrO BaO RaO
ácido(1) + base(2) ⇔ ácido(2) + base(1) Cu2O CuO Hg2O HgO Ag2O FeO NiO CoO MnO
Reações caraterísticas Exemplos de reações
- Um ácido (1) doa um próton e se tranforma na sua base
conjugada (1). Um ácido (2) doa um próton e se tranforma Na2O + H2O → 2NaOH
na sua base conjugada (2). óxido básico + água → Na O
2 + 2HCl → 2NaCl +
base
- Quanto maior é a tendência a doar prótons, mais forte é o H2O
ácido. óxido básico + ácido → CaO + H2O → Ca(OH)2
sal + água
- Quanto maior a tendência a receber prótons, mais forte é CaO + 2HCl → CaCl2
a base, e vice-versa.
Óxidos anfóteros
Teoria eletrônica de Lewis - Ácidos são receptores de As2O3 As2O5 Sb2O3 Sb2O5 ZnO Al2O3 Fe2O3 Cr2O3 SnO
pares de elétrons, numa reação química. SnO2 PbO PbO2 MnO2
Reações caraterísticas Exemplos de reações
ÓXIDOS
Óxido - Composto binário de oxigênio com outro elemento ZnO + 2HCl→ ZnCl2 + H2O
menos eletronegativo. ZnO + 2KOH → K2ZnO2 +
óxido anfótero + ácido →
HO
Nomenclatura sal + água 2
Al O + 6HCl → 2AlCl3 +
óxido anfótero + base → 2 3
Óxido ExOy: 3H2O
sal + água
nome do óxido = [mono, di, tri ...] + óxido de [mono, di, Al2O3 + 2KOH → 2KAlO2 +
tri...] + [nome de E] H2O
Óxidos neutros
O prefixo mono pode ser omitido.
NO N2O CO
Os prefixos mono, di, tri... podem ser substituídos pelo nox Não reagem com a água, nem com os ácidos, nem com
de E, escrito em algarismo romano. as bases.
Nos óxidos de metais com nox fixo e nos quais o oxigênio Óxidos salinos
tem nox = -2, não há necessidade de prefixos, nem de indicar Fe3O4 Pb3O4 Mn3O4
o nox de E. Reações caraterísticas Exemplos de reações
Óxidos nos quais o oxigênio tem nox = -1: óxido salino + ácido → Fe3O4 + 8HCl → 2FeCl3 +
nome do óxido = peróxido de + [nome de E ] sal(1) + sal(2) + água FeCl2 + 4H2O
Peróxidos
Óxidos ácidos, óxidos básicos e óxidos anfóte- Li2O2 Na2O2 K2O2 Rb2O2 Cs2O2 MgO2 CaO2 SrO2 BaO2
ros RaO2 Ag2O2 H2O2
• Os óxidos dos elementos fortemente eletronegativos (não- Reações caraterísticas Exemplos de reações
metais), como regra, são óxidos ácidos. Exceções: CO,
NO e N2O. peróxido + água → base Na2O2 + H2O → 2NaOH +
+ O2 1/2 O2
• Os óxidos dos elementos fracamente eletronegativos
peróxido + ácido → sal + Na2O2 + 2HCl → 2NaCl +
(metais alcalinos e alcalino-terrosos) são óxidos básicos.
H2O2 H2O2
• Os óxidos dos elementos de eletronegatividade intermedi-
ária, isto é, dos elementos da região central da Tabela Pe-
riódica, são óxidos anfóteros. Óxidos mais comuns na química do cotidiano
Óxidos ácidos • Óxido de cálcio (CaO)
Cl2O Cl2O7 I2O5 SO2 SO3 N2O3 N2O5 P2O3 P2O5 CO2 SiO2
CrO3 MnO3 Mn2O7 - É um dos óxidos de maior aplicação e não é encontrado
na natureza. É obtido industrialmente por pirólise de calcá-
Reações caraterísticas Exemplos de reações
rio.
SO3 + H2O → H2SO4 - Fabricação de cal hidratada ou Ca(OH)2.
óxido ácido + água → SO3 +2KOH → K2SO4 + - Preparação da argamassa usada no assentamento de
ácido H2O
tijolos e revestimento das paredes.
óxido ácido + base → sal N2O5 + H2O → 2HNO3
+ água - Pintura a cal (caiação).
N2O5 + 2KOH → 2KNO3 +
H2O - Na agricultura, para diminuir a acidez do solo.
Óxidos ácidos mistos • Dióxido de carbono (CO2)
NO2
- É um gás incolor, inodoro, mais denso que o ar. Não é
Reações caraterísticas Exemplos de reações combustível e nem comburente, por isso, é usado como
óxido ácido misto + água extintor de incêndio.
→ ácido(1) + ácido(2) 2NOHNO2
2 + H2O → HNO3 +
- O CO2 não é tóxico, por isso não é poluente. O ar conten-
óxido ácido misto + base do maior teor em CO2 que o normal (0,03%) é impróprio à

Conhecimentos Específicos 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
respiração, porque contém menor teor em O2 que o nor- NO2 + O2 → NO + O3
mal.
- Os automóveis modernos têm dispositivos especiais que
- O CO2 é o gás usado nos refrigerantes e nas águas mine- transformam os óxidos do nitrogênio e o CO em N2 e CO2
rais gaseificadas. Aqui ocorre a reação: (não poluentes).
CO2 + H2O → H2CO3 (ácido carbônico) - Os óxidos do nitrogênio da atmosfera dissolvem-se na
água dando ácido nítrico, originando assim a chuva ácida,
- O CO2 sólido, conhecido por gelo seco, é usado para que também causa sério impacto ambiental.
produzir baixas temperaturas.
SAIS
- Atualmente, o teor em CO2 na atmosfera tem aumentado e
esse fato é o principal responsável pelo chamado efeito Sal de Arrhenius - Composto resultante da neutralização
estufa. de um ácido por uma base, com eliminação de água. É for-
mado por um cátion proveniente de uma base e um ânion
• Monóxido de carbono (CO)
proveniente de um ácido.
- É um gás incolor extremamente tóxico. É um seríssimo
Nomenclatura
poluente do ar atmosférico.
nome do sal = [nome do ânion] + de + [nome do cátion]
- Forma-se na queima incompleta de combustíveis como
álcool (etanol), gasolina, óleo, diesel, etc. Classificação
- A quantidade de CO lançada na atmosfera pelo escapa- Os sais podem ser classificados em:
mento dos automóveis, caminhões, ônibus, etc. cresce na
seguinte ordem em relação ao combustível usado: • sal normal (sal neutro, na nomenclatura antiga),

álcool < gasolina < óleo diesel. • hidrogênio sal (sal ácido, na nomenclatura antiga) e
- A gasolina usada como combustível contém um certo teor • hidróxi sal (sal básico, na nomenclatura antiga).
de álcool (etanol), para reduzir a quantidade de CO lança-
da na atmosfera e, com isso, diminuir a poluição do ar, ou REAÇÕES DE SALIFICAÇÃO
seja, diminuir o impacto ambiental. Reação da salificação com neutralização total do áci-
do e da base
• Dióxido de enxofre (SO2)
-
Todos os H ionizáveis do ácido e todos os OH da base
- É um gás incolor, tóxico, de cheiro forte e irritante.
são neutralizados. Nessa reação, forma-se um sal normal.
-
- Forma-se na queima do enxofre e dos compostos do en- Esse sal não tem H ionizável nem OH .
xofre:
Reação de salificação com neutralização parcial do á-
S + O2 (ar) → SO2 cido

- O SO2 é um sério poluente atmosférico. É o principal polu- Nessa reação, forma-se um hidrogênio sal, cujo ânion
ente do ar das regiões onde há fábricas de H2SO4. Uma contém H ionizável.
das fases da fabricação desse ácido consiste na queima Reação de salificação com neutralização parcial da
do enxofre. base
- A gasolina, óleo diesel e outros combustíveis derivados do
Nessa reação, forma-se um hidróxi sal, que apresenta o
petróleo contêm compostos do enxofre. Na queima desses -
ânion OH ao lado do ânion do ácido.
combustíveis, forma-se o SO2 que é lançado na atmosfe-
ra. O óleo diesel contém maior teor de enxofre do que a Sais naturais
gasolina e, por isso, o impacto ambiental causado pelo CaCO3 NaCl NaNO3
uso do óleo diesel, como combustível, é maior do que o da Ca3(PO4)2 CaSO4 CaF2
gasolina. sulfetos metálicos
silicatos etc.
(FeS2, PbS, ZnS,HgS)
- O álcool (etanol) não contém composto de enxofre e, por
Sais mais comuns na química do cotidiano
isso, na sua queima não é liberado o SO2. Esta é mais
uma vantagem do álcool em relação à gasolina em termos Cloreto de sódio (NaCl)
de poluição atmosférica.
- Alimentação - É obrigatória por lei a adição de certa quan-
- O SO2 lançado na atmosfera se transforma em SO3 que tidade de iodeto (NaI, KI) ao sal de cozinha, como preven-
se dissolve na água de chuva constituindo a chuva ácida, ção da doença do bócio.
causando um sério impacto ambiental e destruindo a ve-
getação: - Conservação da carne, do pescado e de peles.

2SO2 + O2 (ar) → 2SO3 - Obtenção de misturas refrigerantes; a mistura gelo + Na-


Cl(s) pode atingir -22°C.
SO3 + H2O → H2SO4
- Obtenção de Na, Cl2, H2, e compostos tanto de sódio
• Dióxido de nitrogênio (NO2) como de cloro, como NaOH, Na2CO3, NaHCO3, HCl, etc.
- É um gás de cor castanho-avermelhada, de cheiro forte e - Em medicina sob forma de soro fisiológico (solução aquo-
irritante, muito tóxico. sa contendo 0,92% de NaCl), no combate à desidratação.
- Nos motores de explosão dos automóveis, caminhões, Nitrato de sódio (NaNO3)
etc., devido à temperatura muito elevada, o nitrogênio e
- Fertilizante na agricultura.
oxigênio do ar se combinam resultando em óxidos do ni-
trogênio, particularmente NO2, que poluem a atmosfera. - Fabricação da pólvora (carvão, enxofre, salitre).
- O NO2 liberado dos escapamentos reage com o O2 do ar Carbonato de sódio (Na2CO3)
produzindo O3, que é outro sério poluente atmosférico
Conhecimentos Específicos 11 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- O produto comercial (impuro) é vendido no comércio com Química descritiva dos elementos representativos;
o nome de barrilha ou soda. conceito de solução, solvente e soluto, molaridade;
- Fabrição do vidro comum (maior aplicação): preparo de soluções e diluições, conceito de pH e
tampão.
Barrilha + calcáreo + areia ® vidro comum
- Fabricação de sabões.
SOLUÇÕES
Bicarbonato de sódio (NaHCO3)
Solução é uma mistura homogênea constituída por duas
- Antiácido estomacal. Neutraliza o excesso de HCl do suco
ou mais substâncias numa só fase. As soluções são formadas
gástrico.
por um solvente (geralmente o componente em maior quanti-
NaHCO3 + HCl → NaCl + H2O + CO2 dade) e um ou mais solutos (geralmente componente em
menor quantidade).
- O CO2 liberado é o responsável pelo "arroto".
Substâncias químicas presentes nos organismos de ani-
- Fabricação de digestivo, como Alka-Seltzer, Sonrisal, sal mais e vegetais estão dissolvidas em água constituindo solu-
de frutas, etc. ções. No cotidiano a maioria das soluções é líquida.
- O sal de frutas contém NaHCO3 (s) e ácidos orgânicos As propriedades físicas e químicas de uma mesma solu-
sólidos (tartárico, cítrico e outros). Na presença de água, o ção são constantes em toda sua extensão, todavia dependem
NaHCO3 reage com os ácidos liberando CO2 (g), o respon- da composição, que pode variar de solução para solução. As
sável pela efervecência: soluções são classificadas de acordo com:
+ +
NaHCO3 + H → Na + H2O + CO2 O estado de agregação da solução:
- Fabricação de fermento químico. O crescimento da massa - Sólida - ligas metálicas de bronze (cobre e estanho), latão
(bolos, bolachas, etc) é devido à liberação do CO2 do (cobre e zinco).
NaHCO3.
- Líquida - água do mar constituída principalmente de clore-
- Fabricação de extintores de incêndio (extintores de espu- to de sódio (NaCl).
ma). No extintor há NaHCO3 (s) e H2SO4 em compartimen-
tos separados. Quando o extintor é acionado, o NaHCO3 - Gasosa – ar.
mistura-se com o H2SO4, com o qual reage produzindo A proporção entre soluto e solvente:
uma espuma, com liberação de CO2. Estes extintores não
podem ser usados para apagar o fogo em instalações elé- - diluída: apresenta uma baixa relação soluto/solvente, ou
tricas porque a espuma é eletrolítica (conduz corrente elé- seja, a quantidade de soluto dissolvida na solução está
trica). bem abaixo da solubilidade desse soluto.
Fluoreto de sódio (NaF) - concentrada: apresenta uma alta relação soluto/solvente,
ou seja, a quantidade do soluto dissolvida na solução está
- É usado na prevenção de cáries dentárias (anticárie), na bem próxima a solubilidade desse soluto.
fabricação de pastas de dentes e na fluoretação da água
potável. A natureza do soluto:
Carbonato de cálcio (CaCO3) - molecular: o soluto é uma substância molecular (exem-
plo: açúcar e água)
- É encontrado na natureza constituindo o calcário e o
mármore. - iônica: o soluto é uma substância iônica (exemplo: sal e
água)
- Fabricação de CO2 e cal viva (CaO), a partir da qual se
obtém cal hidradatada (Ca(OH)2): A solubilidade:
CaCO3 → CaO + CO2 A maioria das substâncias dissolve-se, em certo volume
de solvente, em quantidade limitada.
CaO + H2O → Ca(OH)2
Solubilidade é a quantidade máxima de um soluto que po-
- Fabricação do vidro comum. de ser dissolvida em um determinado volume de solvente, a
- Fabricação do cimento Portland: uma dada temperatura, formando um sistema estável. Quanto
à solubilidade as soluções podem ser classificadas em:
Calcáreo + argila + areia → cimento Portland
- saturada: solução que contém uma quantidade de soluto
- Sob forma de mármore é usado em pias, pisos, escadari- igual à solubilidade a uma dada temperatura. Na solução
as, etc. saturada o soluto dissolvido e o não dissolvido estão em
equilíbrio dinâmico entre si.
Sulfato de cálcio (CaSO4)
- insaturada: solução que contém uma quantidade de solu-
- Fabricação de giz escolar. to inferior à solubilidade a uma dada temperatura.
- O gesso é uma variedade de CaSO4 hidratado, muito - supersaturada: solução que contém uma quantidade de
usado em Ortopedia, na obtenção de estuque, etc. soluto superior a solubilidade a uma dada temperatura. A
solução supersaturada é instável, e a mínima perturbação
do sistema faz com que o excesso de soluto dissolvido
precipite, tornando-se uma solução saturada com presen-
ça de corpo de fundo.
Em geral pode-se obter soluções supersaturadas aque-
cendo uma solução saturada que tenha parte do soluto não
dissolvido. O aquecimento deve ser realizado até que todo o
soluto presente se dissolva. Um resfriamento lento, com a
Conhecimentos Específicos 12 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
solução em repouso, até a temperatura inicial, pode permitir a A temperatura de fusão (também chamada ponto de fu-
obtenção da solução supersaturada, desde que o soluto não são) de uma substância é aquela em que pressão de vapor do
tenha cristalizado. sólido é igual a do líquido. A temperatura de fusão é sempre
igual à de solidificação (também chamada temperatura de
O mel, o melado de cana de açúcar e os xaropes são al- congelamento ).
guns exemplos de soluções supersaturadas usadas no dia a
dia. O ponto de fusão sofre uma variação muito pequena com
a pressão externa, para a maioria das substâncias sólidas, um
PROPRIEDADES COLIGATIVAS grande aumento na pressão provoca um pequeno aumento na
Propriedades coligativas são propriedades de uma solu- temperatura de fusão.
ção que dependem da concentração de partículas do soluto e Curiosidades
não da sua natureza .
As panelas de pressão são projetadas para reter boa parte
Cada uma dessas propriedades depende da diminuição do vapor de água, aumentando a pressão interna. A água
da tendência de escape das moléculas do solvente pela adi- permanece líquida, acima de 100° C e, em virtude da alta
ção das partículas do soluto. temperatura, os alimentos cozinham mais rápido.
As propriedades coligativas incluem o abaixamento da A água ferve sem necessidade de aquecimento em gran-
pressão do vapor, elevação do ponto de ebulição, abaixamen- des altitudes. A 27.000m de altitude, a água entra em ebulição
to do ponto de congelação e pressão osmótica. a 100° C.
Pressão de Vapor de um Líquido Puro
Quando patinamos no gelo, de fato os patins deslizam so-
Um recipiente contendo água líquida, depois de algum bre uma fina camada de água líquida, essa camada se forma
tempo evapora, ao fecharmos o recipiente , a evaporação não devido à pressão exercida pelas lâminas dos patins, pressão
ocorrerá com a mesma intensidade. Agora a fase líquida essa que provoca a fusão do gelo.
estará em permanente contato com a fase vapor. Nesse mo- Ebulioscopia
mento o líquido está em equilíbrio dinâmico com o vapor .
Como vimos um líquido ferve à temperatura na qual sua
Aqui o vapor exerce sobre o líquido a pressão máxima de pressão de vapor é igual à pressão atmosférica.
vapor (maior pressão possível)
Caso seja necessário reduzir a temperatura de ebulição
Pressão máxima de vapor de um líquido é a pressão que de um liquido , basta diminuir a pressão exercida sobre ele.
seu vapor exerce, num recipiente fechado, quando está em
equilíbrio com o líquido, a uma certa temperatura . Ao se adicionar um soluto ( não volátil e molecular) à água
pura, a temperatura de ebulição do solvente na solução au-
Quanto maior a temperatura, maior a pressão de vapor de menta.
uma substância.
Tonoscopia:
Quanto mais volátil de uma substância maior é a sua
pressão de vapor, a uma mesma temperatura, líquidos mais Como vimos a pressão de vapor aumenta com o aumento
voláteis têm maior pressão de vapor, ou seja, entram em da temperatura. Quando a pressão de vapor se iguala a pres-
ebulição antes. são atmosférica , o líquido entra em ebulição.
Maior pressão de vapor implica atingir o ponto de ebulição Quanto mais volátil o líquido, maior será sua pressão de
mais rápido vapor, assim a pressão de vapor de um líquido indica sua
volatilidade.
(Ponto De Ebulição Menor)
A pressão de vapor de uma solução a cada temperatura
Líquidos diferentes possuem pressões de vapor diferen- diminui como resultado da presença de um soluto e assim é
tes, consequência das maiores ou menores forças de atração necessário aquecer a solução a uma temperatura mais alta, a
entre as moléculas dos líquidos. fim de alcançar seu ponto de ebulição
Temperatura de ebulição (também chamada de ponto
Ou seja, ao adicionar soluto à solução a temperatura de
de ebulição) é aquela na qual a pressão de vapor de um líqui- ebulição diminui.
do é igual à pressão externa exercida sobre o líquido.
Abaixamento Do Ponto De Congelamento
Quanto maior a pressão externa , maior a temperatura de
ebulição Crioscopia
Locais situados ao nível do mar, têm pressão atmosférica A Temperatura de início de congelamento do solvente de
maior e a temperatura de ebulição é maior do que em locais uma solução É SEMPRE MENOR que a temperatura de início
com maior altitude em onde a pressão atmosférica é menor. de congelamento do solvente puro. Uma utilidade prática do
Assim o tempo de cozimento dos alimentos aumenta quando abaixamento da temperatura de congelamento é a utilização
a pressão externa diminui. de água e etilenoglicol no radiador de carros de países de
clima frio, a mistura pode baixar a temperatura até -35° C,
Adotou-se como pressão normal : 760 mmHg ou 1 atm. utilizando água pura a temperatura mínima seria de 0°C.
Pressão De Vapor Dos Sólidos
A água dos oceanos, é uma solução que contém diversos
A maioria dos sólidos, possui pressão de vapor pratica- solutos , dentre os quais o cloreto de sódio. Rios e lagos de
mente nula. água doce também possuem solutos, mas em bem menor
concentração .
Sólidos como naftalina e iodo apresentam pressão de va-
por alta, ambos sólidos sublimam, passam do estado sólido A temperatura de início de congelamento das águas dos
para o vapor. oceanos É MENOR que a temperatura de início de congela-
mento das águas de rios e lagos, mas POR QUE ? Como
Nesta sublimação também ocorre um equilíbrio dinâmico vimos a temperatura de início de congelamento de qualquer
entre o sólido e o vapor, existindo nesse momento a pressão solução é sempre menor que a temperatura de início de con-
máxima de vapor. gelamento do solvente puro e quanto maior a concentração

Conhecimentos Específicos 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
da solução, menor sua temperatura de início de congelamen- Ligações de hidrogênio: Quando ligado a um átomo pe-
to. queno e de forte eletronegatividade (F, O ou N), o hidrogênio
forma ligações polares muito fortes. Seus pólos interagirão
Uma utilidade prática do abaixamento da temperatura de fortemente com outras moléculas polares, formando uma forte
congelamento é a utilização de água e etilenoglicol no radia- rede de ligações intermoleculares.
dor de carros de países de clima frio, a mistura pode baixar a
temperatura até –35° C. Molécula polar x molécula apolar: Conhecida como inte-
ração dipolo x dipolo induzido, ocorrem porque moléculas
Pressão Osmótica
polares (dipolos permanentes) conseguem distorcer a distribu-
Dois líquidos podem aparecer separados por uma mem- ição de carga em outras moléculas vizinhas, através de pola-
brana semipermeável. rização induzida. Uma interação desse tipo é uma interação
fraca.
Uma membrana semipermeável é uma barreira fina que
permite a passagem de certas espécies atômicas, mas de Essas interações são responsáveis, por exemplo, pela so-
outras não. Neste caso, ela permite a passagem de moléculas lubilidade de gases como o O2 (apolar) em água.
do solvente em ambas as direções, mas é impermeável para Molécula apolar x molécula apolar: O movimento dos
partículas de soluto ) elétrons permite que, em determinado momento, moléculas
Osmose apolares consigam induzir um dipolo em sua molécula vizinha
e esta, uma vez polarizada, dê sequência ao efeito. Essas
Fenômeno que permite a passagem do solvente do meio forças foram percebidas pelo físico polonês Fritz London, que
mais diluído para o meio mais concentrado através de uma sugeriu que moléculas apolares poderiam se tornar dipolos
membrana permeável é denominado osmose. temporários. Essas forças ficaram conhecidas como forças de
Assim, para ocorrer osmose, as concentrações das partí- dispersão ou forças de London.
culas de soluto devem ser diferentes nos dois líquidos. Onde atuam as forças intermoleculares
FORÇAS INTERMOLECULARES A força intermolecular é responsável por alguns fenôme-
As forças de interação entre as moléculas nos muito comuns, como a capilaridade e a tensão superficial.
Quando pegamos uma toalha de papel e colocamos apenas
Será que uma molécula, quando próxima a outra, influen- uma de suas pontas em contato com a água. Após alguns
cia em alguma coisa? A resposta é positiva, como você pode instantes, toda a toalha está úmida. Essa "subida" da água
ver nos artigos "Solubilidade em água" ou mesmo "Eletrone- por algumas superfícies ou tubos capilares (muito finos) é
gatividade". O fato de moléculas - e átomos - possuírem cam- chamada de capilaridade. O fato de uma agulha flutuar sobre
po magnético faz com que haja influência de uma nas outras. a superfície da água mesmo sendo mais densa que ela e o
Vamos tentar explicar melhor essa questão. caminhar de um inseto sobre a água só é possível pela ten-
são superficial, uma espécie de fina camada que se forma nos
A polaridade molecular
líquidos.
Vamos ao básico, nos restringindo apenas a moléculas di-
Ponte de Hidrogênio
atômicas (formadas por apenas dois átomos): quando pelo
menos dois átomos se ligam, formando uma molécula, existe Se não existissem as pontes de hidrogênio, a água teria
entre eles uma "disputa" pelos elétrons. seu ponto de ebulição perto de -90°C, o que tornaria sua
existência impossível na Terra.
Quando um deles é mais eletronegativo que o outro con-
seguirá mantê-lo mais próximo de si por mais tempo. Dessa Capilaridade
forma, podemos dizer que o lado da molécula que possui o
átomo mais eletronegativo fica mais negativo, enquanto que o A água chega a uma flor subindo pelo seu caule. Esse é
lado do átomo menos eletronegativo fica mais positivo. Temos um bom exemplo para o fenômeno da capilaridade. Quando
então uma molécula polar. você recebe flores e as coloca em um jarro, é um hábito muito
comum cortar a ponta inferior do caule. Para evitar que o ar
Quando os dois átomos de nossa molécula têm a mesma entre nos pequenos vasos que existem no caule e interrom-
eletronegatividade, portanto são do mesmo elemento, ne- pam a capilaridade por evitar o contato entre as moléculas da
nhum deles é capaz de garantir a presença dos elétrons por água, faça o corte do caule dentro do jarro com água e suas
mais tempo que o outro. Dessa forma, nenhum dos lados flores durarão um pouco mais.
ficará mais positivo ou mais negativo. A molécula será apolar. Fonte: www.mundovestibular.com.br
Força intermolecular
Quando duas moléculas se aproximam há uma interação UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES
de seus campos magnéticos o que faz surgir uma força entre
elas. É o que chamamos de força intermolecular. Essas forças Concentração Comum (C) ou Concentração mas-
variam de intensidade, dependendo do tipo da molécula (polar sa/volume: é a razão estabelecida entre a massa do soluto
ou apolar) e, no caso das polares, de quão polares elas são. (m1) e o volume da solução (V);

Observação importante: A teoria cinética dos gases assu- Geralmente: soluto (g) e solvente em (L), logo: C=g/L
me que a distância entre as moléculas é tão grande que não
existe força de atração entre elas. Em estado líquido e sólido
as moléculas estão muito próximas e a força atrativa pode ser
observada.
Unidade: g/L
Íon x molécula polar: É a força mais forte e sua magnitu-
de pode ser compatível a de uma ligação covalente. Obs.: kL - hL - daL - L - dL - cL - mL (nova representação
para os múltiplos e submúltiplos do litro (L))
Molécula polar x molécula polar: Ocorre entre moléculas
polares da mesma substância ou de substâncias diferentes, Título em Massa (T) ou concentração massa/massa: é
ambas polares. Esta força é muito conhecida como dipolo x a razão estabelecida entre a massa do soluto (m1) e a massa
dipolo ou dipolo-permanente.

Conhecimentos Específicos 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
da solução (m), ambas na mesma unidade (geralmente em Fração Molar do Solvente (x2): é a razão estabelecida
gramas); entre o número de mols de moléculas do solvente (n2) e o
número de mols de moléculas da solução (n).

Obs.: 0 < T < 1


Obs.: x1 + x2 = 1
Obs.: Título percentual (T%): T% = Tx100
Obs.: A Fração molar não possui unidade
Obs.: O título não possui unidade
Concentração Molar ou Molaridade (M) ou Concentra-
Obs.: Para soluções onde a concentração é muito peque- ção em quantidade de matéria/volume ou concentração
na, ou seja, para soluções muito diluídas, a concentração mol/L: é a razão estabelecida entre o número de mols de
costuma ser expressa em partes por milhão ou ppm: moléculas do soluto (n1) e o volume da solução (V), em litros;

Título em Volume (Tv) ou concentração volu- Obs.: Número de mols do soluto (n1) é a razão entre a
me/volume: é a razão estabelecida entre volume do soluto massa do soluto (m1) e a massa molar desse soluto (M1).
(V1) e o volume da solução (V), ambos na mesma unidade;
Unidade: mol/L ou M ou molar escritas após o valor numé-
rico da concentração;
Obs.: Cuidado com os vários tipos de "m" usados até a-
qui!!! Revisando:
Obs.: 0 < Tv < 1 m1 = massa do soluto
Obs.: Título percentual (Tv%): Tv% = Tv x 100 m2 = massa do solvente
Obs.: Para soluções onde a concentração é muito peque- m = massa da solução
na, ou seja, para soluções muito diluídas, a concentração
M1 = massa molar do soluto
costuma ser expressa em partes por milhão ou ppm:
M = molaridade
Obs.: tudo que possui o índice "1" refere-se ao soluto, tu-
do que possui o índice "2" refere-se ao solvente e tudo que
3 3 3 não possui índice refere-se a solução, assim temos:
Obs.: 1cm = 1mL; 1dm = 1L; 1000L = 1m ;
n1 = número de mols de moléculas do soluto
Obs.: O título em volume não possui unidade
n2 = número de mols de moléculas do solvente
Densidade absoluta (d): é a razão estabelecida entre a
massa da solução (m) e o volume (V) dessa solução; n = número de mols de moléculas da solução
C= concentração comum da solução
Concentração Molal ou concentração quantidade de
matéria/massa (W): é a razão estabelecida entre o número
3
Unidade: g/mL = g/cm ; g/L = g/m ;
3 de mols de moléculas do soluto e a massa, em quilogramas,
do solvente;
Obs.: para se passar de g/mL para g/L (multiplica-se a
densidade por 1000) e para se passar de g/L para g/mL (divi-
de-se a densidade por 1000)
Obs.: volume e densidade devem estar nas mesmas uni-
dades;
Obs.: Como a densidade da água é igual a 1g/mL temos:
1 mL de água = 1g de água; 1L de água é igual a 1Kg de
água...Cuidado essas relações só são válidas para a água
devido a sua densidade ser igual a 1g/mL. Unidade: mol/kg ou molal
FRAÇÃO MOLAR OU CONCENTRAÇÃO EM QUANTI- Obs.: Numa solução aquosa diluída, 1L de solução con-
DADE DE MATÉRIA/QUANTIDADE DE MATÉRIA: tém aproximadamente 1L de água, ou seja, 1Kg de água.
Dessa forma o número de mols de soluto por litro de solução
Fração Molar do Soluto (x1): é a razão estabelecida en- (molaridade) é aproximadamente igual ao número de mols do
tre o número de mols de moléculas do soluto (n1) e o número soluto por quilograma de água (molalidade).
de mols de moléculas da solução (n).
pH e pOH de Soluções Aquosas
Por Luiz Molina Luz
É muito comum ouvirmos alguém dizer que o pH da água
de uma piscina precisa ser controlado, assim como o pH da
água de um aquário ou de um solo, para favorecer um deter-
minado plantio. Até mesmo nosso sangue deve manter um pH

Conhecimentos Específicos 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sempre entre os valores de 7,35 e 7,45. Uma variação de 0,4 Vejamos a variação do pH em função das concentrações
+ -
pode ser fatal! O que exatamente é o pH e o que significam de H e OH , a 25 °C:
seus valores?
Meio neutro: pH = 7
PRODUTO IÔNICO DA ÁGUA
Meio ácido: pH < 7
Considere um copo com água. Será que essa água é
composta apenas por moléculas de H2O? Não, pois como Meio básico: pH > 7
essas moléculas estão em constante movimento, elas se pOH
chocam o tempo todo. Resultado: uma molécula de água
pode colidir e reagir com outra molécula de água! O equilíbrio Por analogia, define-se pOH como sendo o logaritmo (de-
gerado é conhecido como auto-ionização da água: cimal) do inverso da concentração hidroxiliônica:
-
HOH ↔ H + OH
+ - pOH = log 1/[OH ]

ou Ou ainda, como sendo o cologaritmo da concentração de


-
+ -
OH :
HOH + HOH ↔ H3O + OH -
pOH = colog [OH ]
Como já é sabida, a concentração da água ─ [H2O] ≈ 55,6
mol/L ─ será desprezivelmente alterada caso alguma nova Assim:
substância seja adicionada (como um ácido, por exemplo) -
pOH = log 1/[OH ] → pOH = log 1 – log [OH ]
-
para a formação de soluções diluídas como as que estamos
estudando (dificilmente mais de 0,5 mol de água será consu- Como log 1 = 0:
mido na formação dessas soluções. Começar com 55,6 mol e - -
pOH = -log[OH ] ou pOH = colog [OH ]
terminar a experiência com 55,1 mol de água não é uma alte-
ração significativa). Portanto, vamos considerar [H2O] cons- Vejamos a variação do pOH em função das concentrações
- +
tante. de OH e H :
+
Como a água pura é neutra (já que para cada íon H , for- Meio neutro: pOH = 7
- + -
ma-se também um íon OH ), temos que [H ] = [OH ], a 25 °C,
+ - -14 + -
quando [H ].[OH ] = 1,0.10 , temos que [H ] = [OH ] = 10
-7 Meio ácido: pOH > 7
mol/L. Meio básico: pOH < 7
Como a concentração molar da água é praticamente cons- Relação entre pH e pOH:
tante, retomando a constante de equilíbrio, podemos escre-
ver: pH + pOH = 14 (25 °C)
+ -
K.[H2O] = [H ].[OH ] Observação:
do que resulta uma única constante (o produto de duas Os conceitos de pH e pOH indicam que em qualquer solu-
constantes), ou seja: + -
ção coexistem H e OH . Por mais ácida que seja a solução,
-
+
Kw = [H ].[OH ]
- sempre existirão, embora em pequeno número, íons OH . Nas
+
soluções básicas também estarão presentes os íons H . As
que é o chamado produto iônico da água, onde o w se de- concentrações desses íons jamais se anulam.
ve à palavra inglesa water.
SOLUBILIDADE DOS SAIS
Caráter das Soluções Aquosas
Os sais solúveis são os que sofrem o processo de disso-
Solução ácida: lução no qual uma grande quantidade de íons fica na solução.
+ -7 -
[H ] > 10 mol/L e [OH ] < 10 mol/L
-7 Os sais solúveis,são aqueles que um grande número de íons
vai para a solução, já os sais insolúveis ou pouco solúveis,
Solução básica: são aqueles que uma pequena quantidade de íons vai para a
+ -7 - -7 água, fazendo com que a maior parte dele fique coeso.
[H ] < 10 mol/L e [OH ] > 10 mol/L
Por exemplos
Solução neutra:
+ -7 - -7 O cloreto de potássio é um tipo de sal muito solúvel.
[H ] = 10 mol/L e [OH ] = 10 mol/L
O cloreto de prata é um tipo de sal pouco solúvel.
pH
Para que ocorra uma melhor compreensão dos estudos
Sörensen definiu pH como sendo o logaritmo (decimal) do
das reações de dupla-troca é de extrema importância o conta-
inverso da concentração hidrogeniônica:
to com a tabela de solubilidade dos sais na água.
+
pH = log 1/[H ]
Regra de solubilidade dos sais na água
Ou ainda, como o cologarítmo da concentração hidrogeni-
Regra 1 – solúveis: sais dos metais alcalinos e do amônio
ônica:
+ Regra 2 – solúveis: nitratos
pH = colog [H ]
Regra 3 – solúveis: os acetatos
Ou seja:
+ + Exceção dos acetatos: CH3 COOAg
pH = log 1/[H ] → pH = log 1 – log [H ]
Regra 4 – solúveis: os cloretos (Cl-), brometos (Br-) e io-
Como log 1 = 0:
detos (I-);
+ +
pH = -log[H ] ou pH = colog [H ]
Exceções que não são solúveis:
que é igual ao inverso do log.
- PbCl2, AgCl e Hg2Cl2 (insolúveis)
- PbBr2, AgBr e Hg2Br2 (insolúveis)

Conhecimentos Específicos 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- PbI2, AgI, Hg2, I2 (insolúveis) Ao se adicionar a base NaCN em meio neutro (água), ela
torna a solução básica (pH > 7).
Regra 5 – solúveis: os sulfatos (SO2-4);
A equação clássica do processo é:
Principais exceções:
CaSO4, SrSO4, BaSO4, PbSO4 (insoluveis)
Regra 6 – solúveis: os sulfetos (S2-)
Principais exceções:
- sulfeto dos metais alcalinos e de amônio. (solúveis) Os produtos da reação são:

- sulfeto dos metais alcalino-terrosos. (solúveis) NaOH (hidróxido de sódio): base forte

Regra 7 – insolúveis: os carbonatos (CO2-3), os fosfatos HCN (ácido cianídrico): ácido fraco
(PO3-4), os sais dos outros ânions que não foram citados são As duas regras a seguir são úteis para se obter a equação
quase todos insolúveis. do processo de Hidrólise do sal:
Exceções: sais dos alcalinos e do ânion. 1. Dissociar o sal (separar o cátion do ânion)
É importante sabermos que nas reações de dupla-troca
2. Dissociar a base forte (COH → C+ +OH-)
pode ocorrer a formação de um sal que seja insolúvel na
água, portanto podemos dizer que esse sal ele precipita, e • NaCN, por ser sal solúvel, encontra-se dissociado:
consequentemente forma-se um precipitado.
+
HIDRÓLISE NaCN → Na + CN-

Hidrólise salina é o processo em que íons provenientes de • NaOH, por ser base forte, encontra-se dissociada:
um sal reagem com a água. +
NaOH → Na + OH-
Uma solução salina pode originar soluções ácidas e bási-
cas. Os sais presentes se dissociam em cátions e ânions, e Assim, a maneira mais correta de representar a reação é:
dependendo destes íons a solução assume diferentes valores
de pH.
Representação:

CN- (aq) + H2O(l) ↔ OH- (aq) +HCN(aq)

Repare que a hidrólise (quebra da molécula através da


água) foi do ânion CN-, ou seja, do íon proveniente do ácido
fraco.
-
Equação genérica da Hidrólise do ânion: A + HOH → HA +
-
Quando o sal se dissolve em água, ele se dissolve total- OH
mente para produzir cátions (H+) e ânions (OH-). Repare na Conclusão: sal de ácido fraco e base forte dá à solução
equação acima que estes íons contribuíram para a formação caráter básico (pH > 7). A presença do íon OH- justifica o
de um ácido (HA) e uma base (COH). meio básico.
A palavra Hidrólise significa reação de decomposição de Por Líria Alves
uma substância pela água.
Hidrólise salina de ácido forte e base fraca
H+ + H2O ↔ HOH + H+
Ao preparamos uma solução aquosa de Nitrato de amônio
A decomposição de um cátion (H+) caracteriza as solu- (NH4NO3) podemos constatar que seu pH fica abaixo de 7.
ções ácidas.

OH- + H2O ↔ HOH + OH-

A decomposição de um ânion (OH-) dá origem a soluções


básicas.
Por Líria Alves
Hidrólise salina de ácido fraco e base forte
No preparo de uma solução aquosa de NaCN (cianeto de A adição de NH4NH3 à água torna a solução ácida.
sódio), verificamos que seu pH é maior que 7, portanto consti-
Para se obter a equação do processo de Hidrólise do sal,
tui uma base forte. Acompanhe a análise da hidrólise deste
devemos seguir as seguintes regras:
sal:
• dissociar o sal (separar o cátion do ânion)
+ -
• ionizar o ácido forte (HA → H + A )
+ -
• dissociar a base forte (COH → C + OH )

Conhecimentos Específicos 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(não é sempre que o aumento da temperatura causa esse
efeito, apenas em alguns casos)
Mudanças na concentração :
• NH4NO3, por ser sal solúvel, encontra-se dissociado: A situação de equilíbrio existente em um sistema químico
depende sempre da igualdade de velocidades das duas rea-
NH4NO3 → NH+4 + NO-3 ções : a direta e a inversa. Quando uma dessas reações ocor-
re com maior velocidade em relação a outra, seus produtos
• HNO3, por ser ácido forte, encontra-se ionizado: adquirem maior concentração pois passam a ser produzidos
mais rápidamente do que a reação inversa pode consumi-los.
HNO3 → H+ + NO-3
A+B⇔C+D
Assim, a maneira mais correta de representar a reação é:
V = K[A].[B]
Devemos lembrar de que a velocidade de uma reação de-
pende sempre de seus reagentes.
Dessa forma, se forem adicionadas quantidades extras de
Observe que a hidrólise foi do cátion, ou seja, do íon pro-
reagentes A e B, a velocidade da reação aumenta. Com isso
veniente da base fraca.
uma maior quantidade dos produtos C e D serão formados.
4+ +
Hidrólise do cátion: NH + HOH ↔ NH4OH + H Se a reação inversa estiver ocorrendo :
A Hidrólise salina do nitrato de amônio deu origem aos C+D⇔A+B
produtos:
Da mesma forma, a sua velocidade depende das concen-
NH4OH (hidróxido de amônio): base fraca trações dos reagentes C e D. Assim, se forem adicionadas
quantidades extras das espécies C e D a velocidade desta
HNO3 (ácido nítrico): ácido forte
reação aumenta produzindo maiores quantidades de produtos
A presença do íon H+ justifica a acidez da solução (pH < A e B.
7).
Portanto, se tivermos o equilíbrio :
Conclusão:
A+B=C+D
Sal de ácido forte e base fraca dá à solução caráter ácido.
O que aconteceria ao adicionar quantidades extras das
FATORES QUE INFLUENCIAM O EQUILÍBRIO : espécies A e B ?
A partir do momento em que uma reação química está o- O que aconteceria ao adicionar quantidades extras das
correndo tanto no seu sentido direto como no sentido inverso espécies C e D ?
com velocidades iguais, caracterizando o estado de equilíbrio,
Devemos ter em mente que a velocidade de uma reação
podemos esperar que esse estado de equilíbrio seja vulnerá-
depende das concentrações dos reagentes.
vel a alguns fatores como temperatura, concentração e pres-
são. Se a velocidade de uma das duas reações (reação direta Partindo da situação de equilíbrio, ao adicionar quantida-
ou inversa) for alterada, o equilíbrio será desbalanceado devi- des extras das espécies A e B, as concentrações dessas
do à diferença entre as velocidades das reações direta e espécies aumentariam. A velocidade da reação que transfor-
inversa. Chama-se esse desbalanceamento do equilíbrio de ma A e B em C e D aumentaria também e assim as concen-
deslocamento do equilíbrio. trações de C e D aumentariam. Portanto o equilíbrio seria
deslocado para a direita.
Qualquer deslocamento de equilibrio gera aumento ou
queda nas concentrações das espécies químicas presentes, Seguindo o mesmo raciocínio, tendo uma situação inicial
por exemplo : de equilíbrio, ao adicionar quantidades extras das espécies C
e D, as concentrações dessas espécies aumentariam e com
2SO2(g) + O2(g) = 2SO3(g)
isso a velocidade da reação inversa (C + D  A + B) aumenta-
Se o equilíbrio sofrer deslocamento e a concentração da ria também. Dessa forma uma quantidade maior dos produtos
espécie SO3(g) aumentar, então o equilíbrio foi deslocado para A e B seriam produzidos aumentando suas concentrações.
a direita. (porque SO3(g) está à direita do sinal igual ( = ). Assim o equilíbrio seria deslocado para a esquerda.
No entanto, se ocorrer o contrário e a concentração das Exemplo 1 :
espécies SO2(g) e O2(g) aumentarem, o equilíbrio foi deslocado
Inicialmente temos o seguinte equilíbrio :
para a esquerda. (porque essas espécies estão à esquerda
+ 3-
da dupla seta  ). H2CO3 = H + HCO
Por outro lado, se não for notado qualquer variação nas Ao adicionar H2CO3 o equilíbrio será deslocado para a di-
+ 3-
concentrações das espécies, não houve deslocamento de reita pois a produção de H e HCO será maior.
equilíbrio.
Exemplo 2 :
Exemplo :
Inicialmente temos o seguinte equilíbrio :
A seguinte reação encontrava-se em equilíbrio :
A+B=C+D
2 NO2 = N2O4
O que acontece ao adicionar quantidade extra apenas da
A temperatura foi elevada e a concentração de N2O4 au- espécie C ?
mentou !
Qual das reações terá sua velocidade aumentada ? a dire-
Como a espécie N2O4 está à direita da dupla seta, a rea- ta ou a inversa ?
ção foi deslocada para a direita.

Conhecimentos Específicos 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O raciocínio envolvido no equilíbrio químico é bastante 2CO + O2 ⇔ 2CO2 + calor
desenvolvido ao responder essas questões.
Quando queremos dizer que uma reação libera calor, não
Adicionando-se a espécie C a velocidade da reação inver- utilizamos a notação acima. Basta dizer que a entalpia dH <
sa aumenta : 0).
C+D⇔A+B Calor é sinônimo de energia térmica. No exemplo acima
ocorre a liberação de energia.
V = K[C].[D]
Existem reações que consomem energia, por exemplo a
Assim o equilíbrio será deslocado para a esquerda (no reação inversa :
sentido de aumentar as concentrações das espécies A e B).
2CO2 + calor ⇔ 2CO + O2
E a concentração da espécie D ? aumenta, diminui ou
permanece constante ? Reações que consomem energia são chamadas reações
endotérmicas e possuem entalpia positiva (dH > 0). O valor de
Sabemos que as concentrações das espécies A e B au-
dH é positivo porque temos de adicionar energia para a rea-
mentam porque o equilíbrio foi deslocado para a esquerda. A
ção ocorrer.
concentração da espécie C aumentou pois foi a espécie de
que adicionamos quantidades extras, mas e a concentração A forma correta de expressar estas duas reações é a se-
da espécie D ? guinte :
A concentração da espécie D diminui ! 2CO + O2 ⇔ 2CO2 dH < 0
Quando adicionamos a espécie C parte da concentração 2CO2 ⇔ 2CO + O2 dH > 0
da espécie D reagiu com a espécie C que foi adicionada pro-
duzindo A e B. Dessa forma, a concentração da espécie D "Calor" não é reagente nem produto de reação. A energia
restante é menor que a inicial. representada por "Calor" é a elevação da temperatura.

Seguindo esse raciocínio é possível resolver qualquer Se aumentarmos a temperatura, estamos fornecendo e-
problema relacionado a equilíbrio químico envolvendo altera- nergia à reação. Ao contrário, se resfriarmos o sistema, esta-
ções nas concentrações das espécies envolvidas. mos retirando energia da reação.

Mudanças na pressão : Se uma reação precisa de energia para ocorrer, oque de-
vemos fazer para que ela ocorra ? elevar a temperatura ou
A pressão total do sistema é frequentemente um fator ca- resfriar o sistema ?
paz de deslocar o equilíbrio químico. De acordo com a lei de
Le Chatelier, se a pressão total do sistema é aumentada, o Para a reação ocorrer é necessário energia. Uma forma
sistema tenderá a reduzir esse efeito. Assim, o equilíbrio será de fornecer energia é aumentar a temperatura, portanto de-
deslocado no sentido de diminuir a pressão. Num sistema vemos elevar a temperatura do sistema.
onde o equilíbrio envolve espécies gasosas, o equilíbrio será Sempre que uma reação apresentar dH > 0 significa que
deslocado no sentido de diminuir a quantidade de gás no sua velocidade aumenta se a temperatura elevar. Se dH < 0 a
sistema. Para isso ser possível, o equilíbrio deve deslocar-se veocidade da reação aumenta se a temperatura diminuir.
para o lado que possui menor número de moles gasosos.
dH > 0 temperatura aumenta velocidade aumenta
Por exemplo :
dH < 0 temperatura diminui velocidade aumenta
2NO2(g) = N2O4(g)
Suponhamos que :
Se a pressão do sistema aumentar, o equilíbrio é desloca-
do para a direita pois o número de moles gasosos no lado 2CO + O2 ⇔ 2CO2 dH < 0
direito é menor. Por outro lado, se a pressão diminuir aconte-
ce o contrário: o equilíbrio desloca-se para a direita. 2CO2 ⇔ 2CO + O2 dH > 0

Mudanças na temperatura : Temos o seguinte equilíbrio :

Vamos considerar agora o deslocamento do equilíbrio 2CO + O2 = 2CO2


causado pela variação da temperatura do sistema. O que acontece se a temperatura aumentar ?
Sempre que a temperatura aumenta, a energia cinética Se a temperatura aumentar, a reação cujo valor dH > 0 é a
das moléculas aumenta e os choques entre elas tornam-se reação inversa :
mais intensos. Isso faz com que a velocidade de qualquer
reação aumente. Como temos duas reações ocorrendo no 2CO2 ⇔ 2CO + O2 dH > 0
estado de equilíbrio, as velocidades das duas irão aumentar.
Se esta reação sofrer aumento de velocidade, o equilíbrio
No entanto, as velocidades das duas reações presentes será deslocado no sentido de produzir as espécies químicas
no estado de equilíbrio não aumentam em proporções iguais. CO + O2. O equilíbrio
Assim, as velocidades das duas reações tornam-se diferentes
2CO + O2 = 2CO2
entre si e a partir disso o equilíbrio é deslocado.
será deslocado para a esquerda.
Por que as velocidades das duas reações presentes no
estado de equilíbrio não crescem igualmente se a variação da O princípio de Le Chatelier :
temperatura é a mesma para as duas reações ?
Le Chatelier propôs este teorema geral em 1884 :
Cada reação possui uma característica própria e exclusiva
sua. Esta característica é denominada "Entalpia" e está rela- "Se uma perturbação é aplicada a um sistema em equilí-
cionada com a quantidade de calor liberada na reação. brio, o sistema altera-se, se possível, no sentido de anular a
perturbação".
Existem reações que liberam calor e por isso são chama-
das "reações exotérmicas". Por exemplo : Catalisadores não alteram o equilíbrio ?

Conhecimentos Específicos 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Catalisadores são espécies químicas geralmente encon- to da reação inversa, ou seja, a diminuição da sensação escu-
tradas nos metais de transição. Foi descoberto o fato de al- ra.
guns metais de transição tornarem determinadas reações
químicas mais velozes e a partir disso inicializou-se o uso Este exemplo é abrangido pelo princípio de Le Chatelier,
desses metais de transição no sentido de facilitar a ocorrência que diz: "Quando um sistema está em equilíbrio e sofre algu-
de algumas reações que até então dificilmente os químicos ma perturbação, seja ela por variação de pressão, de concen-
conseguiam realizar em laboratórios. tração de algum dos reagentes ou dos produtos, ou pela vari-
ação da temperatura, o sistema tenderá a retornar o estado
A grande função dos catalisadores consiste em aumentar de equilíbrio, a partir da diminuição do efeito provocado pela
a velocidade das reações. No entanto eles não são capazes perturbação."
de deslocar equilíbrios químicos. A explicação para esse
fenômeno é bastante simples : os catalizadores não aumen- Este princípio pode ser enunciado de uma maneira mais
tam apenas a velocidade da reação direta. A velocidade da simplificada, quando se aplica uma perturbação a um sistema
reação inversa também é aumentada proporcionalmente de em equilíbrio, o sistema tende a provocar um reajuste para
modo que o deslocamento do equilíbrio é compensado. Essa diminuir as influências da perturbação.
informação foi comprovada experimentalmente através da Um outro exemplo de equilíbrio químico em nosso dia-a-
síntese da amônia a partir de nitrogênio e hidrogênio utilizan- dia é o caso da garrafa de refrigerante, é isso mesmo, refrige-
do o ferro como catalizador. Da mesma forma que o ferro rante.
ajudava a reação de síntese da amônia, facilitava a sua de-
composição. Refrigerante

APLICAÇÃO DA VELOCIDADE E DO EQUILÍBRIO Dentro de uma garrafa de refrigerante, ocorre várias rea-
QUÍMICO NO COTIDIANO. ções, mas um destaque pode ser dado para o ácido carbônico
(H2CO3), que se decompõe em H2O e CO2 .
Estado de Equilíbrio, o que é?
Bem, você pode imaginar uma situação real e que aconte- H2CO3(aq) H2O + CO2(g)
ce no seu dia-a-dia.
Esta é a reação de decomposição do ácido carbônico,
Imagine uma garrafa de cerveja, quando a colocamos em sendo que ela está em equilíbrio químico, pois a medida que
um congelador ou freezer e esquecemos de retirá-la após um ocorre a decomposição, também ocorre a formação de ácido
determinado tempo, possivelmente a garrafa teria estourado, carbônico, sendo assim pode se dizer que esta é uma reação
mas muitas vezes isso não ocorre, ocorrendo um fenômeno que representa um estado de equilíbrio, que sofre influência
que é denominado de supercongelamento, isto é, quando o pelo aumento de temperatura, pela pressão e também pela
líquido, no caso a cerveja, "esquece" de congelar, pois o concentração.
processo de resfriamento foi muito rápido e as moléculas do
Quando abrimos uma garrafa de refrigerante, ocorre uma
líquido estão em um estado de equilíbrio. No entanto, quando
diminuição da pressão no interior do sistema (garrafa de refri-
retiramos a garrafa do congelador e a abrimos, ela estoura,
gerante), ocorrendo um deslocamento do equilíbrio para o
pois diminuímos a pressão no interior da garrafa, ou seja,
lado de maior número de mols gasosos, ou seja, o lado dos
diminuímos a pressão dentro do sistema, o que provoca uma
produtos. Isto é mostrado pelo princípio de Le Chatelier. O
perturbação no estado de equilíbrio que se estabelecia dentro
estado de equilíbrio também pode ser deslocado pelo aumen-
da garrafa.
to da temperatura, ou seja, caso coloquemos um pouco de
Estados de Equilíbrio estão muito presentes no nosso dia- refrigerante para aquecer em um recipiente adequado, ocorre-
a-dia, seja em fenômenos físicos, biológicos e até mesmo rá a liberação de gases (esta reação é endotérmica), assim
fenômenos químicos. como no caso em que abrimos a garrafa de refrigerante, ou
seja, o gás liberado é o gás carbônico, CO2,, Neste exemplo,
Exemplos diversos de equilíbrio químico podem ser verifi- nas duas situações, estaremos provocando um deslocamento
cados no nosso cotidiano, tais como os descritos abaixo. de equilíbrio químico, o que provocará no refrigerante uma
Óculos modificação no seu gosto. Isto você já deve ter percebido,
quando um resto de refrigerante fica muito tempo dentro da
Você, possivelmente, já viu ou ouviu falar dos óculos foto- geladeira, ele fica com um gosto diferente, isto ocorre devido
cromáticos, talvez não os conheça por este nome, mas devem ao fato de ter ocorrido perda de CO2, logo, perda de H2CO3.
conhecê-los.
Estes dois exemplos, lentes fotocromáticas e garrafa de
Óculos fotocromáticos são aqueles óculos que possuem refrigerante, são exemplos de equilíbrio químico, que ocorrem
lentes que mudam de cor, conforme a intensidade luminosa, em nosso cotidiano, mas não são os únicos exemplos, pode-
ou seja, quando uma pessoa que usa este tipo de óculos está mos citar, ainda, o caso do equilíbrio químico que ocorre nos
dentro de uma residência, as lentes são praticamente incolo- dentes ou do que ocorre nos pulmões, entre outros tantos.
res, mas quando esta pessoa sai para fora da residência,
ficando exposta à luz, as lentes tendem a ficar com uma colo- Velocidade das reações químicas
ração escura. Isso é devido à uma reação química que ocorre Uma reação química ocorre quando certas substâncias
nos óculos, você sabia? sofrem transformações em relação ao seu estado inicial. Para
A reação que ocorre nas lentes dos óculos é a seguinte: que isso possa acontecer, as ligações entre átomos e molécu-
las devem ser rompidas e devem ser restabelecidas de outra
maneira. Não existe uma velocidade geral para todas as rea-
AgCl + Energia Ag + Cl
ções químicas, cada uma acontece em sua velocidade espe-
O cloreto de prata (AgCl), quando na lente, dá uma apa- cífica. Algumas são lentas e outras são rápidas, como por
rência clara para a mesma, já a prata metálica (Ag), quando é exemplo: a oxidação (ferrugem) de um pedaço de ferro é um
formada na lente dá uma aparência escura à lente. Esta rea- processo lento, pois levará algumas semanas para reagir com
ção é um caso em que se aumentar a energia, no caso a o oxigênio do ar. Já no caso de um palito de fósforo que a-
claridade, na lente o equilíbrio deslocará para o lado da for- cendemos, a reação de combustão do oxigênio ocorre em
mação do Ag elementar que é escuro (na lente). Quando se segundos gerando o fogo, sendo assim é uma reação rápida.
diminui a intensidade luminosa na lente ocorre o favorecimen-

Conhecimentos Específicos 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
+ -
A velocidade das reações químicas depende de uma série H3CCOOH ↔ H + H3CCOO
de fatores: a concentração das substâncias reagentes, a
Visto que esse ácido é fraco, a sua ionização é muito pe-
temperatura, a luz, a presença de catalisadores, superfície de
quena e a concentração inicial do ácido acético permanece
contato. Esses fatores nos permitem alterar a velocidade
praticamente a mesma no equilíbrio químico dessa ionização.
natural de uma reação química, vejamos por que:
[H3CCOOH] no equilíbrio = [H3CCOOH] inicial (II)
Concentração de reagentes: Quanto maior a concentra-
ção dos reagentes, mais rápida será a reação química. Essa A constante do equilíbrio desse ácido (Ka) é dada por:
propriedade está relacionada com o número de colisões entre + - +
H3CCOOH ↔ H + H3CCOO Ka = [H ] . [H3CCOO ]
-

as partículas. Exemplo: uma amostra de palha de aço reage


mais rápido com ácido clorídrico concentrado do que com
ácido clorídrico diluído. [H3CCOOH]

Temperatura: De um modo geral, quanto maior a tempe- Considerando as igualdades (I) e (II), temos:
+
ratura, mais rapidamente se processa a reação. Podemos Ka = [H ] . [H3CCOONa]
acelerar uma reação lenta, submetendo os reagentes a uma [H3CCOOH]
temperatura mais elevada. Exemplo: se cozinharmos um
ou
alimento em panela de pressão ele cozinhará bem mais rápi-
+
do, devido à elevação de temperatura em relação às panelas Ka = [H ] . [H3CCOONa]
comuns. 1 [H3CCOOH]
+
Luz: Certas reações, as chamadas reações fotoquímicas, [H ] = Ka . [H3CCOOH]
podem ser favorecidas e aceleradas pela incidência de luz. [H3CCOONa]
Trata-se de uma reação de fotólise, ou seja, da decomposição Aplicando o logaritmo em todos os membros da equação da
de uma substância pela ação da luz. Podemos retardar a constante de equilíbrio:
velocidade de uma reação diminuindo a quantidade de luz. +
Exemplo: A fotossíntese, que é o processo pelo qual as plan- - log [H ] =- log Ka . [H3CCOOH]
tas convertem a energia solar em energia química, é uma [H3CCOONa]
reação fotoquímica. +
- log [H ] = - log Ka - log [H3CCOOH]
Catalisadores: São substâncias capazes de acelerar uma [H3CCOONa]
reação. Exemplo: alguns produtos de limpeza contêm enzi- +
mas para facilitar na remoção de sujeiras. Essas enzimas Sabendo que: pH = - log [H ], temos:
facilitam a quebra das moléculas de substâncias responsáveis pH = pKa - log [H3CCOONa]
pelas manchas nos tecidos.
[H3CCOOH]
Superfície de contato: Quanto maior a superfície de con-
Essa é a Equação de Henderson-Hasselbalch, sendo que
tato dos reagentes, maior será a velocidade da reação. E-
para qualquer solução-tampão, ela pode ser expressa por:
xemplo: os antiácidos efervescentes quando triturados se
dissolvem mais rápido em água do que em forma de compri- pH = pKa + log [sal]
mido inteiro, isto porque a superfície de contato fica maior [ácido]
para reagir com a água.
Se a solução for formada por uma base fraca e um sal de
SOLUÇÃO-TAMPÃO mesmo cátion que a base, o cálculo do pOH é feito por meio
da equação análoga:
Uma solução-tampão é uma mistura que tem a capaci-
dade de evitar que o pH e o pOH do meio sofra grandes pOH = pKb + log [sal]
variações, mesmo se forem adicionados ácidos e/ou ba- Fonte: http://www.mundoeducacao.com/
ses fortes em pequenas quantidades.
Essas soluções podem ser preparadas de duas formas,
misturando-se (1) um ácido fraco com um sal com o mes-
mo ânion desse ácido ou (2) uma base fraca com um sal
com o mesmo cátion dessa base.
Cada solução-tampão atua em determinada faixa de pH.
Por exemplo, o sangue humano é uma solução-tampão ligei-
ramente básica, cujo pH se mantém entre 7,35 e 7,45. Já a
saliva é um sistema-tampão com pH constante no intervalo de
6,8 a 7,0.
Uma forma de determinar o pH e o pOH de uma solução-
tampão é usar a Equação de Henderson-Hasselbalch que
mostra também a proporção entre seus componentes. Veja
como se chegou a essa equação de uma forma resumida:
Consideremos uma solução-tampão formada por ácido
acético (H3CCOOH) e o sal acetato de sódio (H3CCOONa),
-
sendo que ambos possuem o ânion acetato (H3CCOO ).
O sal se dissocia totalmente em água:
+ -
H3CCOONa → Na + H3CCOO
Química analítica: química analítica qualitativa e
Assim sendo, a concentração inicial do sal H3CCOONa se-
- quantitativa, análise gravimética, análise volumétri-
rá igual à concentração do ânion H3CCOO formado.
-
ca, tratamento estatístico de dados, fundamentos
[H3CCOONa] = [H3CCOO ] (I) de espectroscopia, técnicas espectroscópicas (es-
Ao mesmo tempo, o ácido acético sofre ionização: pectroscopia de infravemelho, absorção atômica,

Conhecimentos Específicos 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
emissão atômica, fotometria de chama), técnicas São três os fatores que determinam o sucesso de uma
cromatograficas (cromatografia em camada delga- análise por precipitação:
da, cromatografia gasosa, cromatografia líquida de - O precipitado deve ser insolúvel o bastante para que não
alta eficiência), espectrometria de massas; ocorram perdas apreciáveis na filtração. A quantidade de
analito que permanece na solução não deve exceder
0.1mg, o limite de secção das balanças analíticas comuns.
Análise gravimétrica e Precipitação Na análise faz-se uso de excesso de precipitante, a solubi-
É um método analítico quantitativo cujo processo envolve lidade do precipitante é reprimida por efeito do íon comum.
a separação e pesagem de um elemento (ou um composto) Este excesso deve ser, entretanto, usado sob controle, a
na forma mais pura possível, eliminando todas as sustâncias fim de eletrólitos inertes e de formação de complexos, so-
que interferem e convertendo o constituinte ou componente bre a solubilidade dos precipitados.
desejado em um composto de composição definida. (Pesa- - O precipitado deve ser separado facilmente da solução
gem indireta). por filtração e pode ser lavado para a eliminação completa
A análise gravimétrica baseia-se na medida indireta da das impurezas solúveis. Estas condições exigem que as
massa de um ou mais constituintes de uma amostra. Entende- partículas não atravessem o meio filtrante e que o tama-
se por medida indireta a conversão de determinada espécie nho das partículas não seja reduzido durante a lavagem.
química em uma forma separável do meio em que esta se Usam-se técnicas usuais de filtração através de papel ou
encontra, ou seja, através de cálculos estequiométricos, para cadinhos filtrantes. Um precipitado constituído de grandes
determinar a quantidade real (peso) do referido elemento (ou cristais pode ser recolhido sobre um material filtrante bas-
composto), constituinte da amostra inicial. tante poroso e a operação é rápida, porém, um sólido fi-
namente dividido requer um material filtroso denso, a ope-
Existem diversas maneiras de efetuar a separação do ração será mais lenta.
constituinte:
- O precipitado deve poder ser convertido em uma substân-
Precipitação cia pura de composição química definida. Isto pode ser
Cristalização conseguido por calcinação ou por uma operação química
simples, como a evaporação de uma solução apropriada.
Volatilização
Requisitos para que uma reação de precipitação pos-
Extração sa ser utilizada num processo de Gravimetria:
Precipitação Reagente precipitante seletivo
É realizada de maneira que o constituinte a determinar se- Precipitado gravimétrico que seja pouco solúvel
ja isolado mediante adição de um reagente capaz de ocasio-
nar a formação de uma substância pouco solúvel. Precipitado facilmente separável da fase líquida (facilmen-
te filtrável)
Nem sempre o constituinte pode ser pesado na mesma
forma química de precipitação. Algumas vezes, uma forma de O precipitado deve ser ele próprio uma forma de pesagem
precipitação não se constitui em uma adequada forma de adequada ou, então, de fácil conversão em um composto de
pesagem, seja por não possuir uma composição definida, seja composição definida.
por não suportar as etapas de aquecimento durante o decor- Requisitos necessários para a forma de pesagem:
rer da análise.
Composição perfeitamente definida
Etapas de um precipitado
Não ser higroscópica
Nucleação: “impureza” auxilia na formação do precipitado.
As moléculas na solução se juntam aleatoriamente formando Conversão do precipitado em forma de pesagem seja feita
agregados. Processo Lento: cristais maiores (maior será a sem controle da temperatura
pureza). Quanto maior a supersaturação maior a nucleação. Pequena quantidade do constituinte a determinar origine
Crescimento da partícula: deixar o cristal em contato com uma quantidade relativamente grande da forma de pesagem.
o sobrenadante. Adição de mais moléculas ao núcleo de A formação dos precipitados é um processo cinético e o
cristalização. controle da velocidade de formação e de outras condições
Etapas do processo gravimétrico por precipitação permite, em certa extensão, conduzir a precipitação de manei-
ra a separar a fase sólida desejada com as melhores caracte-
Quando a substância de interesse encontra-se solúvel no rísticas físicas possíveis.
meio.
Graudamente Cristalinos: São os mais favoráveis para fins
Etapa feita, no mínimo, 3 vezes ou até o peso constante. de análise gravimétrica. As partículas do precipitado são cris-
Pesagem da amostra tais individuais bem desenvolvidos. Elas são densas e sedi-
Preparação das soluções (dos reagentes e da amostra) mentam rapidamente.
Precipitação (Utilizar um Agente precipitante)
Sedimentação ou decantação Pulverulentos ou finamente cristalinos: Consiste em agre-
Filtração (utilizando cadinho filtrante ou papel de filtro) gados de diminutos cristais individuais. São densos e sedi-
Lavagem do precipitado (ao mesmo tempo que se filtra): mentam rapidamente. Às vezes, oferece dificuldade a filtra-
muito importante ção, pois a presença de pequenos cristais obriga o uso de
Secagem (estufa, vácuo, pistola de secagem ou ao ar) filtros de textura densa e lentos. Exs: BaSO4 e CaC2O4.
Esfriamento do precipitado Grumosos: Resultam da floculação de coloides hidrófobos.
Pesagem do precipitado São bastante densos, pois eles arrastam pouca água. A flocu-
Cálculos lação pode ser efetuada por adição de eletrólitos, aquecimen-
Interpretação dos resultados to e agitação. Os agregados de partículas coloidais são facil-
O ponto de fusão para substâncias puras são inalteradas. mente retidos pelos meios filtrantes usuais. Exs: haletos de
Se houver alteração é porque a substância ainda está impura. prata.
Gelatinosos: Resultam da floculação de coloides hidrófilos.
São volumosos, têm a consistência de flocos e arrastam

Conhecimentos Específicos 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
quantidades consideráveis de água. Oferecem dificuldades à reprecipitação é eficaz em face de qualquer tipo de contami-
filtração e à lavagem. nação.
As características físicas de um precipitado são parcial-
mente determinadas pelas condições que prevalecem no
VOLUMETRIA
momento de sua formação. Influi, neste sentido, a temperatu-
ra, a concentração dos reagentes, a velocidade de adição Prof. Fernando Dias da Silva
destes últimos, a solubilidade do precipitado no meio em que A volumetria é um método analítico no qual o teor de uma
se origina etc. dada substância é determinado, comparando-se um volume
Etapas de formação dos precipitados: de uma solução de concentração conhecida, com um dado
volume de solução da referida substância. No processo analí-
Outra dificuldade que pode ocorrer é a supersaturação. A
tico, porções da solução de concentração conhecida são
concentração do soluto em uma solução supersaturada é
gradativamente adicionadas a um volume conhecido da solu-
maior do que o esperado para situação de equilíbrio em uma
ção problema, até que ocorra a reação total entre as duas. O
dada temperatura. É, portanto, um estado instável.
processo é conhecido como titulação. Assim, titular uma solu-
O estado de equilíbrio pode ser estabelecido utilizando ção é determinar sua concentração através de adições suces-
maneiras para auxiliar a formação de um precipitado: sivas de porções de uma solução conhecida.
Adição de um cristal do soluto puro, cristal isomorfo. Pro- Os métodos volumétricos são, de um modo geral, menos
cedimento conhecido como “semear” a solução. A partir dele exatos que os gravimétricos, contudo além de apresentarem
o cristal começa a absorver na malha. adequadas exatidões, mostram grande rapidez nas operações
analíticas, são largamente utilizados na química analítica.
Choque térmico
Conforme foi acima referido, as análises volumétricas ba-
Por estímulos o início da cristalização, por exemplo, ras-
seiam-se em medidas de volumes. Os dispositivos utilizados
pando o interior da vidraria com o bastão de vidro.
em tais medições são classificados em “quantitativos” e “não
Carvão ativo quantitativos”. Como exemplo dos primeiros temos as buretas,
Quando o reagente adicionado gerar uma supersaturação balões volumétricas, pipetas volumétricas, enquanto nos “não
relativa elevada, a velocidade de formação de novos núcleos quantitativos” temos as provetas ou cilindros graduados. Es-
excederá bastante a velocidade de crescimento das partícu- tas últimas são utilizadas quando não é necessária uma me-
las, como resultado tem-se um precipitado finamente cristalino dida muito precisa, como por exemplo, a adição de um volu-
ou coloidal. Porém, se a supersaturação relativa for mantida me de ácido suficiente para conferir uma determinada acidez
baixa, a velocidade de crescimento, com a deposição de ao meio.
material sobre as partículas já existentes pode prevalecer 2.1 - Soluções Padrão
sobre a taxa de nucleação, gerando um precipitado grauda-
Nas determinações analíticas volumétricas são utilizadas
mente cristalino.
soluções com concentrações bem conhecidas. Essas solu-
É desejável que durante a formação do precipitado a su- ções são chamadas de “soluções padrão”. Operacionalmente,
persaturação relativa deve ser mantida no mínimo possível. uma substância a ser dosada é solubilizada e da solução
Um precipitado recém formado pode sofrer várias modifi- resultante é tomada uma alíquota de volume conhecido. Essa
cações se permanecer em contato com a solução-mãe, trata- alíquota é titulada com uma solução padrão, até que ocorra a
se do processo de digestão. O envelhecimento é o conjunto reação total entre a substância que está sendo analisada e o
de modificações estruturais irreversíveis que os precipitados componente da solução padrão utilizada. Determina-se assim
sofrem por efeito da digestão. o volume da solução padrão adicionado.

Contaminação dos precipitados: Observa-se que é crucial uma perfeita determinação da


concentração das soluções padrão, as quais dever ser prepa-
Por contaminação entende-se o arrastamento de substân- radas dentro do maior rigor possível.
cias estranhas pelo precipitado.
As substâncias utilizadas nas preparações de soluções
Precipitação simultânea: Ao mesmo tempo em que a padrão são conhecidas como padrões primários e padrões
substância de interesse está precipitando, outras substâncias secundários. Uma substância para ser classificada como
também precipitam. padrão primário deve:
Cooprecipitação: É uma contaminação do precipitado du- a - Ser quimicamente pura, isto é, deve ter um alto grau de
rante a separação da fase sólida por substância normalmente pureza
solúvel. Por adsorção ou por formação de sólidos. Ocorre a
ligação química com a substância, pois existe deslocamento b - Apresentar uma composição que corresponda exata-
de cátions ou ânions, não podendo ser empregada a gravime- mente a uma fórmula química
tria. c - ser quimicamente estável, não sendo atacada por
Precipitação tardia: É a contaminação na qual o contami- constituintes da atmosfera.
nante se deposita sobre o precipitado formado como fase Em caso contrário, a substância é classificada como pa-
pura, esse tipo de contaminação aumenta com o tempo de drão secundário.
digestão. Se demorar muito nas etapas de formação de preci-
Para se preparar uma solução padrão, a partir de um pa-
pitado outras substâncias alcançam a taxa de saturação e
drão primário, basta pesar cuidadosamente a quantidade da
começam a precipitar.
substância necessária e diluir para o volume adequado. Exe-
Métodos para diminuir a contaminação dos precipita- cutadas estas operações podemos confiar plenamente no
dos: Lavagem título, isto é na concentração da solução padrão preparada.
Obtenção do precipitado em condições de baixa saturação Se a substância for um padrão secundário devemos proceder
(favorece a formação de cristais grandes). Em certos casos, de modo semelhante, mas é preciso, antecipadamente, confe-
digestão do precipitado. rir a concentração do padrão preparado, através da titulação
do mesmo, isto é, comparando um volume conhecido do
Um importante meio de purificação dos precipitados. Con- mesmo, com um volume adequado de um padrão primário.
siste em dissolver o precipitado e repetir a precipitação. A

Conhecimentos Específicos 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Uma vez padronizado, um padrão secundário é tão digno reagir com 0,90milimol do ácido. A concentração do ácido
de confiança quanto um primário. será então
Exemplos: 1) Sabendo-se que o Na2CO3 é um padrão
primário, como se prepara 500mL de uma solução a 0,2 mol/L
daquele sal ? ou
Dados: Na = 23; C = 12; O = 16. 0,09mol/L
Através das massas atômicas dadas calculamos a massa Esta será a concentração real do ácido e não aquela de
de um mol do sal: 0,1mol/L. O fator de correção será então:
Para o Na: 23 x 2 = 46; para o C: 12 x 1 = 12; para o O: 16
x 3 = 48
A massa molecular será então: 46 + 12 + 48 = 106g.
2.2 - Ponto de Equivalência ou Ponto Final da Titulação
Para 1000mL da solução deveríamos tomar 0,2mol da
mesma, daí: Conforme anteriormente comentado, os métodos volumé-
tricos se baseiam na comparação química entre um volume
1000 - 0,2 conhecido da solução problema com um volume medido de
500 - x uma solução padrão. Quando se atinge o volume adequado
da solução padrão, isto é, o volume necessário para a reação
x = 0,1mol total com a substância problema, (no problema do item anteri-
Teremos então: 1mol - 106g or este volume seria 2,25mL da solução de Na2CO3) dizemos
que foi alcançado o ponto de equivalência, ou ponto final de
0,1mol - x x = 10,6g. titulação. Sabemos que o mesmo foi alcançado, através de
Tomamos uma massa do sal maior que 10,6g, digamos alguma mudança física ou química do meio. Esse assunto
12g e secamos em estufa. Deixamos esfriar em dessecador e será motivo de futuras discussões.
então tomamos a massa necessária, isto é, 10,6g. Dissolve- 2.3 - Reações Utilizadas em Determinações Volumétri-
mos a mesma em água, transferimos para um balão volumé- cas
trico de 500mL e em seguida completamos para a marca. A
solução final será, sem dúvida, a 0,2mol/L. Para ser adequada a uma análise volumétrica uma reação
deve obedecer a algumas condições, como:
2) Dispondo-se no laboratório de solução de ácido clorídri-
co com as seguintes características Pureza 37%; Densidade a - Ser bastante rápida. A grande vantagem dos métodos
= 1,18g/mL, como podemos preparar 250mL de solução deste volumétricos é a rapidez dos mesmos. Uma reação lenta
ácido a 0,1mol/L ? inviabiliza o método, além de dificultar a observação do ponto
final da titulação.
Dados: H = 1; Cl = 35,5.
b - A reação deve ser a mais completa possível, isto é,
A massa molecular do HCl será igual a 36,5g (35,5 + 1). tendendo para um equilíbrio que esteja bastante deslocado no
Para prepararmos 250mL da solução pedida deveremos to- sentido dos produtos.
mar 0,025mol do ácido. Teremos então, que a massa do
ácido necessária para preparamos a solução pedida será: c - A reação deve ser tal que possa ser representada per-
feitamente por uma única equação química, não ocorrendo
1mol - 36,5g reações paralelas. Se tais reações paralelas ocorrerem torna-
0,025 - x x = 0,913g se impossível efetuar-se os cálculos necessários para as
dosagens das substâncias.
Como a solução de ácido disponível não é totalmente pura
teremos: d - A reação deve permitir uma perfeita determinação do
ponto de equivalência.
100g - 37g
2.4 - Cálculos Volumétricos
x - 0,913g x = 2,468g, que será a massa da solução a 37%
necessária para a preparação do ácido a 0,1mol/L. Os cálculos baseiam-se sempre nas equações representa-
tivas das reações, observando-se os números de mol envolvi-
Uma vez que é inviável pesar o ácido transformemos, com
dos. Por exemplo, para padronizar 31,76 mL de uma solução
auxilio da densidade, esta massa em volume. Teremos então
de Ba(OH)2 foram necessários 46,25 mL de uma solução a
0,1280 mol/L de HCl. Qual a concentração da solução de
Ba(OH)2 ?
ou = 2,09mL.
A reação envolvida será:
Medimos então este volume da solução de HCl disponível,
transferimos para um balão volumétrico de 250mL e comple- Ba(OH)2 + 2.HCl → BaCl2 + 2.H2O
tamos para a marca. Como o HCl não é um padrão primário Podemos observar que 1 mmol de Ba(OH)2 reage com 2
devemos padronizar esta solução, com um padrão primário, mmol de HCl.
para então conhecermos a verdadeira concentração desta
O número de milimol contidos num volume V (em mL) será
solução de HCl preparada.
dado pelo produto entre o volume e a concentração, em
Digamos que para a padronização de 10mL desta solução mmol/mL, isto é:n° mmoles = V.M (onde V = volume da solu-
de HCl tenham sido gastos 2,25mL da solução de ção em L ou em mL; M = número de moles/L, ou de mmo-
Na2CO3acima preparada. A reação entre o HCl e o les/mL, respectivamente). Assim o número de mmoles de HCl
Na2CO3 será: envolvidos serão: 46,25 x 0,1280 = 5,92.

2HCl + Na2CO3 2NaCl + H2O Podemos estabelecer então a seguinte relação:

Observamos da equação acima que HCl reage com


Na2CO3 na proporção de 2:1. Em 2,25mL da solução a
0,2mol/L de Na2CO3 existirão 0,45milimol do sal, o que iria

Conhecimentos Específicos 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Além das pisetas, usadas para promover lavagens de pre-
cipitados e de resíduos sólidos nos papeis de filtro, temos
x também as garrafas lavadeiras, usadas com as mesmas fina-
lidades, porém podendo utilizar nestas, água quente.
= 2,96 mmoles da base
2.7: TIPOS DE VOLUMETRIA
A concentração em mol/L, ou em mmol/mL é dada pela re-
lação Conforme o tipo de reação química envolvida no processo
de titulação, os métodos volumétricos podem ser classificados
em: Volumetria de neutralização; volumetria de precipitação;
volumetria de oxi-redução ou oxidimetria; volumetria de com-
plexação, ou complexometria.
A concentração da solução de hidróxido de bário será en- 2.7.1 – Volumetria de Neutralização
A volumetria de neutralização, também conhecida com vo-
tão: C = . lumetria ácido-base, consiste na titulação (dosagem) de um
ácido por meio de uma base de concentração conhecida, ou
Exemplo 2. 0,804 g de uma amostra contendo ferro foram vice-versa. A reação envolvida é uma reação de neutraliza-
2+
solubilizados em ácido e o ferro foi reduzido à Fe . A titula- ção, isto é, uma reação entre um ácido e uma base formando
ção da solução resultante consumiu 47,2 mL de uma solução sal e água. Por exemplo, na titulação do HCl (ácido clorídrico)
0,02 mol/L de KMnO4. Qual o teor de ferro, expresso como com solução de NaOH (hidróxido de sódio) a reação será:
Fe2O3, contido na amostra?
HCl + NaOH → NaCl + H2O (56)
Dados: Fe = 56, O = 16,
Como podemos deduzir da equação (56) acima, durante a
A equação da reação envolvida no processo será:
titulação de um ácido por uma base, ou vice-versa, haverá
2+ - + 3+ 2+
5.Fe + MnO4 + H → 5.Fe + Mn + 4.H2O uma contínua variação do pH. Por exemplo, consideremos a
2+ titulação de 100mL de solução a 0,1mol/L de HCl, com uma
A equação nos “diz” que 5 mmoles de Fe reagem com 1
solução a 0,1mol/L de NaOH.
mmol de permanganato. Os dados mostram que são envolvi-
dos 47,2 x 0,02 = 0,944 mmol de permanganato. Daí ser pos- Antes de se iniciar a titulação, isto é, quando só tiver pre-
+ -1
sível a seguinte relação: sente o HCl, o pH do meio será: pH = - log[H ] = - log 10 = 1.
Após a adição de 10mL da base teremos:
Vfinal = (100 + 10)mL = 110ml.
O número de mmol iniciais de ácido serão 100 x 0,1 = 10
x = 4,72 mmol de Ferro. mmol. Quando se adiciona 10mL da base serão adicionados
Utilizando-se as massa atômicas dadas podemos calcular 10 x 0,1 = 1 mmol da mesma. Como a reação se dá mol a
a massa de ferro correspondente à 4,72 mmoles, como se mol, (equação 33), sobrarão 9 mmol de ácido sem neutralizar,
segue assim a concentração do ácido será

x = 264,32 mg = 0,264 g .

Relacionando-se esta massa com a massa da amostra te- A outra substância presente será o NaCl formado na rea-
remos: ção (Quantos mmol do sal serão formados?). Este sal sendo
derivado de um ácido forte e de uma base forte, não interferirá
-2
no pH, o qual será dado por pH = - log 8,18 x 10 = 1,09.

x = 32,84% em Fe
2+ Calculemos agora o pH do sistema, após terem sido adi-
cionados 20ml da solução da base. (Estes 20ml de base são
Para expressar este resultado sob a forma de Fe2O3, pro- considerados desde o início, isto é, 10ml a mais após a pri-
cedemos como no caso da determinação do fator gravimétrico meira adição). O número de mmol de base adicionados serão
(ver análise gravimétrica). Estabelecemos a relação entre 20 x 0,1 = 2 mml. Como o número inicial de mmol de ácido
2+
Fe e Fe2O3, observando que no óxido temos 2 átomos de era 10, de acordo com a equação (56) sobrarão 8mmol de
2+
ferro. Assim, 2Fe ≡ Fe2O3 O fator corresponderá à razão ácido (justifique este valor)
entre um mol de Fe2O3 (160g) para dois mol de Fe, (2x56 =
O volume final agora será 120ml (100mL iniciais de ácido
+ 20mL de base adicionados) e a concentração do ácido será
112g), isto é, = 1,4286. então igual a
2+
Multiplicando-se a percentagem de Fe por este fator, te-
remos a percentagem de Fe2O3, que será então: X = 1,4286 x
32,84 = 46,9% de Fe2O3. .

2.5 - Equipamentos Utilizados em Volumetria. Em consequência podemos calcular o valor do pH, que
-2
será: pH = - log 6,67 x 10 = 1,18.
a - buretas b - pipetas c - Provetas
Prosseguindo com raciocínio semelhante podemos cons-
e - erlenmeyer d - bequer e - bastão truir a tabela I, da qual observamos que enquanto existe ácido
f - piseta g - vidro de relógio f - balões sem titular o pH do sistema será menor que 7, enquanto que
havendo base titulante em excesso o pH será maior que 7.
Dos equipamentos acima referidos, as buretas, pipetas vo-
lumétricas e os balões volumétricos são aparelhos quantitati- Quando da adição de 100mL de solução de NaOH obser-
vos, isto é, permitem medidas de volumes muito precisas. As vamos que não se tem nem excesso de ácido nem de base,
provetas, também chamadas de cilíndros graduados fornecem que a única espécie presente será o NaCl (veja equação 56).
medidas menos precisas que as anteriores. Sendo este sal derivado de um ácido forte (HCl) e de uma
base forte (NaOH) a solução resultante terá um pH igual a 7.

Conhecimentos Específicos 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Dizemos que neste ponto atingimos a equivalência entre o
volume de ácido e o volume de base. Por esta razão chama-
mos este ponto de PONTO DE EQUIVALÊNCIA .

Tab. I Cálculos de valores de pH durante a titulação de 100mL de HCl a 0,1mol/L com solução a 0,1mol/L de NaOH
o o
vol. de NaOH adicio- n de mmol de HCl n de mmol de NaOH + -
[H ] OH ] pH
nados que sobram que sobram

0 10 0 10/100 1

10 9 0 9/110 - 1,09

20 8 0 8/120 - 1,18

50 5 0 5/150 - 1,48

90 1 0 1/190 - 2,28

99 0,1 0 0,1/199 - 3,30

99,9 0,01 0 0,01/199,9 - 4,30

100 0 0 - - 7,00

100,1 0 0,01 - 0,01/200,1 9,70

01 0 0,1 - 0,1/201 10,7

110 0 1 - 1/210 11,7

Evidentemente se estivermos titulando um ácido fraco, di- + -


Hind H + Ind (57)
gamos CH3COOH (ácido acético) com uma base forte, por
exemplo NaOH, o sal obtido no ponto de equivalência, onde Digamos que na forma molecular Hind, o indicador apre-
-
não haveria nem ácido, nem base, terá uma reação básica, senta uma cor azul, enquanto na forma dissociada Ind , tem
isto é, no ponto de equivalência o pH será maior que 7. Por uma cor vermelha. Se aumentarmos o pH do meio, isto é,
+
outro lado se a titulação for entre um ácido forte, por exemplo diminuindo-se a concentração de íons H , o equilíbrio (em 57)
HCl e uma base fraca, tal como NH3H2O (amônia hidratada), se desloca para a direita predominando a cor vermelha (cor
-
no ponto de equivalência o pH será menor que 7. de Ind ), mas se diminuirmos o pH, isto é, aumentarmos a
+
concentração de íons H , o equilíbrio (em 57) se desloca para
A determinação do ponto de equivalência é de máxima
a esquerda, passando a predominar a cor azul (cor de Hind).
importância na volumetria e para tal, podemos lançar mão de
diferentes métodos. Nos restringiremos ao uso de indicadores Exercício: Considere que o indicador é uma base orgânica
ácido-base conforme será a seguir discutido. fraca. Como poderíamos justificar suas diferentes colorações
se o meio estivesse ácido ou básico?
2.7.1.1: Indicadores Ácido-Base, ou Indicadores de Neu-
tralização
Indicadores ácido-base, também chamados de indicado-
res de neutralização, são substâncias que podem mudar de
cor conforme o pH do meio. Por exemplo o indicador conheci-
do como alaranjado de metila apresenta coloração vermelha
em valores de pH 3,1 e coloração amarela em pH 4,4.
Para pH entre 3,1 e 4,4 a cor não seria bem definida. Outro
indicador de extenso uso é a fenolftaleina. Este indicador A segunda teoria referente ao funcionamento dos indica-
dores é conhecida como “teoria cromófora” e se baseia no
apresenta coloração vermelha para valores de pH 10 e se fato de que a cor de uma substância orgânica depende da
apresenta como incolor em pH 8. estrutura de suas moléculas e que pode mudar de coloração
quando do rearranjo destas estruturas. Por exemplo, as duas
2.7.1.2: Teoria dos Indicadores estruturas A e B, núcleo benzênico e grupo quinólico, respec-
A primeira teoria para explicar o funcionamento dos indi- tivamente, que diferem quanto a estrutura e, consequente-
cadores de neutralização, conhecida como teoria iônica dos mente, apresentam diferentes colorações.
indicadores, se baseou na teoria da dissociação eletrolítica de Fig. 1 – Estruturas dos grupos benzênico (A) e quinólico
Arrhenius Segundo esta teoria, os indicadores ácido-base (B).
seriam ácidos, ou bases, orgânicos fracos que apresentariam
diferentes colorações conforme se apresentassem na forma Pela teoria cromófora a mudança de cor de um indicador
molecular, (formas não dissociadas), ou na forma iônica (for- seria consequência de uma mudança isomérica, isto é, de um
ma dissociada). Por exemplo, seja o indicador um ácido orgâ- reagrupamento intramolecular na estrutura do indicador. (É
nico fraco representado por Hind, que se dissocia segundo a conveniente lembrar que isômeros são compostos que apre-
equação: sentam a mesma composição química, porém tem diferentes
estruturas e consequentemente diferentes propriedades).

Conhecimentos Específicos 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Como se observa na fig. 1, as interconversões das formas Aplicando-se a lei da ação das massas a estes equilíbrios
isoméricas é um processo reversível, sendo este isomerismo teríamos:
reversível conhecido como tautomerismo. Cada um dos isô-
meros é chamado de tautômero Assim, pela teoria cromófora
os indicadores ácido-base seriam substâncias que poderiam
ocorrer sob a forma de diferentes tautômeros, com diferentes Equilíbrio (1) (59)
colorações. Cada tautômero predominaria em determinadas
fachas de pH.
Equilíbrio (2) (60)
Multiplicando-se membro a membro as expressões (59) e
(60) e simplificando os termos comuns teríamos:

, (61) ou

Tomemos por exemplo o indicador ácido-base conhecido (62)


como paranitrofenol, que pode existir sob as duas formas
A constante K na equação (62), produto das constantes de
tautoméricas dadas na figura 2.
tautomerismos e de dissociação, é chamada de constante de
Fig.2 Tautomerismo apresentado pelo indicador paranitro- dissociação aparente do indicador
fenol. O tautômero (A) é descolorido, enquanto o (B) é amare- +
Resolvendo a equação (62) em relação a [H ] iremos ob-
lo
ter:
] O tautômero (A) dado na figura 2 predominaria em meio
ácido, enquanto o (B), em meio alcalino.

(63) ou ainda

+
-log[H ] = -log K - log (64) ou

pH = pK - log (65)
O termo pK é chamado de expoente do indicador.

Atualmente aceita-se como mais provavel uma mistura


das duas teorias. Numa primeira etapa haveria um equilíbrio A relação é uma função do pH do meio.
tautomérico e numa segunda, um equilíbrio iônico, conforme
O olho humano só consegue distinguir a predominancia de
mostrado na figura 3, ainda para o indicador paranitrofenol.
uma cor devida a cada um dos tautômeros, quando a concen-
Fig. 3 Equilíbrio tautomérico entre as estruturas (A) e (B) tração do mesmo for no mínimo igual a 10 vezes a do outro,
o
(equilíbrio I) e equilíbrio iônico entre as estruturas (B) e(C) isto é, predomina a cor devida ao tautômero HInd , quando
o - -
(equilíbrio II) (a) [Hind ] = 10.[Ind ]. Por outro lado, predomina a cor de Ind
- o
+
Em um meio alcalino haveria consumo de íons H e o e- quando (b) [Ind ] = 10.[Hind ].
quilíbrio (II) se deslocaria para a direita. Em consequência, Levando a relação (a) na expressão (64) teremos pH = pK
também o equilíbrio (I) se deslocaria para a direita e conse-
quentemente haveria o predomínio da coloração amarela. Em
meio ácido, ao contrário, haveria uma aumento da concentra- -log , o que leva a;
+
ção dos íons H e o equilíbrio (II) se deslocaria para a es-
querda. pH = pK –log10 pH = pK – 1.
O equilíbrio (I) também se deslocaria para a esquerda e Levando agora na expressão (64) a relação (b) teremos
assim passaria a predominar a estrutura incolor.
2.7.1.3: Faixa de viragem de um indicador.
O equilíbrio mostrado na figura 3 para o indicador parani- pH = pK - log .
trofenol, pode ser generalizado para todos os indicadores
ácido base, que fossem ácidos orgânicos fracos, pela se-
quência seguinte: Simplificando teremos pH = pK - log pH = pK + 1.

o + -
Podemos então dizer, que um indicador de neutralização
HInd Hind H + Ind (58) muda de cor numa faixa de pH dada por:
o
onde as forma Hind e Hind representariam os tautôme-
ros, com o equilíbrio (i) sendo o equilíbrio tautomérico e o pH = pK 1 (66)
-
equilíbrio (ii) o iônico, com Ind representando a forma iônica Por exemplo, a fenolftaleina que tem pK = 9 tem coloração
do indicador, que seria aquela que predominaria em meio
alcalino. avermelhada em valores de pH 10 e torna-se incolor para
pH 8. Entre 8 e 10 teria cor intermediária.
Conhecimentos Específicos 27 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exercício: Sabendo-se que o expoente do indicador ala-
A equação da reação envolvida HCl + NaOH NaCl +
ranjado de metila é 4, qual será sua faixa de viragem ?
H2O, mostra que 1 mol de NaOH reage com 1 mol de HCl,
A faixa de viragem do amarelo de alizarina é 10 a 12. Qual formando 1 mol de NaCl.
o valor de seu expoente de indicador ?
Antes da primeira adição de NaOH, o pH da solução será
+ -1
O valor de pH no qual uma titulação é terminada, em fun- –log[H ] = -log10 = 1.
ção do uso de um dado indicador é chamado de expoente de
Após a adição de 10ml da solução de NaOH (adição de 1
titulação deste indicador e é denotado por pT. De um modo
mmol da base) restarão 4mmol de ácido sem neutralizar e
geral, o pT coincide com o pK de indicador. Por exemplo, o
será formado 1mmol do sal NaCl. O sal, derivado de ácido
alaranjado de metila tem pT = 4, que é também seu expoente
forte e base forte, na irá intervir no pH do meio. A concentra-
de titulação. O pT da fenolftaleína é igual a 9, valor idêntico
para seu pK. Um indicador pode ser referenciado pela sua
faixa de viragem ou seu pT.
ção do ácido que sobra será ,
2.7.1.4 – Curvas de Titulação. Titulação de um ácido forte onde o volume de 60mL corresponderá aos 50mL de ácido
com uma base forte ou vice-versa que estão sendo titulados mais os 10mL da base titulante
adicionados. o pH será então igual a –log 0,067=1,18.
Uma curva de titulação mostra graficamente a variação do
pH durante uma titulação e são bastante úteis na escolha dos Quando o volume adicionado da base titulante for igual a
indicadores adequados a uma determinada titulação. 20ml, restarão 3mmol de ácido. Sua concentração será dada
Consideremos a titulação de 50mL de solução de HCl a
0,1mol/L com uma solução de NaOH a 0,1mol/L.
por e o pH será 1,37.
Prosseguindo com este raciocínio, iremos obter os dados
mostrados na tabela II

Tabela II Valores de pH durante a Titulação de 50mL deHCl 0,1mol/L com NaOH 0,1mol/L
o o
vol de NaOH adicio- n mmol de HCl que n de mmol de Na- + -
- H] [OH ] pH
nados sobram OH que sobram

0 5 0 0,1 0 1,00

10 4 0 0,066 0 1,18

20 3 0 0,043 0 1,38

30 2 0 0,025 0 1,60

40 1 0 0,011 0 1,96

49 0,1 0 0,001 0 3,00

49,9 0,01 0 0,0001 0 4,00

50 0 0 0 0 7,00

50,1 0 0,01 0 0,0001 10,00

51 0 0,1 0 0,001 11,0

60 0 1 0 0,010 11,95

70 0 2 0 0,016 12,22

80 0 3 0 0,023 12,36

90 0 4 0 0,029 12,46

100 0 5 0 0,033 12,52

onde observamos que no ponto de equivalência, isto é, cionado da base ser 50,1mL. O número de mmol de base
quando não tivermos excesso nem de ácido nem da base (o adicionados será 5,01. Como estavam sendo titulados 5mmol
que foi alcançado quando o volume da base titulante foi de de ácido, sobrarão 0,01mmol de base, num volume igual a
-
50mL) o pH será igual a 7. Isto é consequência de existir 100,1ml. A concentração de íons OH será en-
neste instante no sistema apenas o sal NaCl, que sendo deri-
vado de base forte e de ácido forte dará à solução um pH = 7.
-
tão . O pOH será –log9,99x10
Após o ponto de equivalência haverá excesso de base for- 5
= 4. Como pH = 14-pOH, teremos pH = 14-4=10
te. Calculamos os valores de pH após este ponto levando
este fato em consideração. Por exemplo, após o volume adi-

Conhecimentos Específicos 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Com os dados da tabela II podemos construir a curva de Tab.III – Valores de pH na titulação de 50mL de HCl a
pH X Vol. de titulante (Fig.4) 0,01mol/L com NaOH a 0,01mol/L
Vol. de NaOH adicionados pH
0 2,00
10 2,18
20 2,37
30 2,40
40 2,95
49 4,00
49,9 5,00
50 7,00
50,1 9,00
51 10,00
60 10,95
70 11,22
80 11,36
90 11,46
100 11,53
Com os dados da tabela III construimos a curva de titula-
ção (figura 5)F ig.5. Curva de Titulação de Solução de HCl
Fig. 4: Curva de titulação de solução a 0,1mol/L de HCl, 0,01mol/L com solução de NaOH 0,01mol/L
com solução a 0,1mol/L de NaOH. São mostradas também
faixas de viragem de dois indicadores (fenolftaleina 8 – 10, e
alaranjado de metila 3 – 4)
Da figura 4, como também na tabela II, observamos que o
pH varia rapidamente nas proximidades do ponto de equiva-
lência, ocorrendo um salto brusco entre os volumes de 49,9 e
50,1ml de titulante adicionados, quando a pequena variação
de volume, 0,2ml, provoca uma variação de 6 unidades nos
valores de pH (de pH 4 a pH 10). Observamos ainda, que
nesta titulação o ponto de equivalência situa-se exatamente a
meia distância neste salto brusco.
Evidentemente que o indicador ideal seria aquele que mu-
daria de cor quando o pH do meio atingisse o valor 7. Neste
caso a titulação seria parada exatamente no ponto de equiva-
lência e o erro seria zero. Digamos porém que dispomos do
indicador alaranjando de metila, que apresenta uma faixa de
viragem compreendida entre pH 3 e 5, (pT = 4) e que apre-
senta coloração vermelha em valores de pH 3 e amarela
Na figura 6 são traçadas as duas curvas referentes às titu-
em pH 5. Se usássemos este indicador iríamos para a lações com reagentes de concentrações a 0,1mol/L (curva A)
titulação quando o indicador virasse de vermelho para amare- e a 0,01mol/L (curva B).
lo, isto é quando o volume adicionado de titulante estivesse
entre 49,9 e 50ml. Vemos que o erro cometido, devido à insu-

ficiência de titulante, seria menor que .


Se o indicador disponível fosse a fenolftaleina (faixa de vi-
ragem 8 – 10, pT = 9)) que é vermelha em meios cujos valo-
res de pH 10 e incolor quando pH 8. Com este indica-
dor iríamos para a titulação quando o indicador ficasse verme-
lho, isto é quando o volume de titulante adicionado fosse algo
como 50,1mL. O erro cometido, devido a excesso de titulante

seria também próximo de .


Observando-se a curva de titulação correspondente, fig. 4,
vemos que as faixas de viragem destes indicadores intercep-
tam a curva na região do salto brusco. Podemos concluir
então, que todos os indicadores, cujas faixas de viragem
situam-se na região do salto brusco, são adequados à titula- Fig.6: Curvas de Titulação de Soluções de concentrações
ção. 0,1mol/L (A) e 0,01mol/l (B).
Consideremos agora a titulação de 50mL de solução a Podemos observar na figura, que diminuindo-se as con-
0,01mol/L de HCl com solução a 0,01mol/L de NaOH. centrações das soluções, ocorre um decréscimo na extensão
Efetuando cálculos semelhantes aos anteriores, podemos do salto brusco nas imediações do ponto de equivalência. Isto
construir a tabela III. pode inibir o uso de determinados indicadores, pois com o
menor salto, suas faixas de viragem podem não interceptar a

Conhecimentos Específicos 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
curva na região desta variação brusca, o que inviabilizaria a o
uso do indicador.
.
Exercício -1: Considere os indicadores, cujas faixas de vi-
ragem são dadas entre parêntesis: Amarelo de alizarina (10 – Como teremos um ácido fraco (que sobrou na titulação) e
12); Vermelho de cresol (7,4 – 9); Tropeolina 00 (1,4 – 3,2); um sal de íon comum com o ácido, teremos um tampão, que
Azul de bromofenol (3 – 4,6); Tornassol (5 – 8). Quais seriam irá reger o pH do meio. O pH será então
os pT destes indicadores? Quais serviriam e quais não servi-
riam para a titulação acima.?
Exercício –2: Trace a curva de titulação de 50mL de uma
solução a 0,1mol/L de KOH com solução de HNO3 a
0,01mol/L. Dos indicadores dados no exercício 1, qual ou
quais serviriam para esta titulação ? .
2.7.1.5: Titulação de Ácido Fraco com Base Forte ou O tampão irá permanecer até que seja atingido o ponto de
Vice-Versa. equivalência, quando então teremos apenas o sal, que será
Vamos considerar a titulação de 50mL de solução a derivado de um ácido fraco e uma base forte. O pH neste
-5 ponto será então
0,1mol/L de CH3COOH (ácido acético) de Ka = 1,86 x 10 ,
com solução a 0,1mol/L de NaOH.

A equação da reação, CH3COOH + NaOH CH3COONa


+ H2O, mostrar que 1 mol de NaOH reage com 1 mol do áci- .
do, formando um 1 mol de sal.
A concentração do sal (Cs) será
O número iniciais de mmol do ácido será 50mL x
0,1mmol/mL = 5mmol.
Antes da adição da base o pH será dado .

por: , onde Ca representa a concen- O pH será então

tração do ácido. Teremos ,


pH = 2,87. Após a adição de 10mL da base, restarão 4mmol
do ácido e será formado 1mmol do sal. A concentração do .
ácido (Ca) será A partir do ponto de equivalência, o pH será dado pelo ex-
cesso da base forte titulante. Com estas considerações cons-
truimos a tabela IV e a seguir a figura 6.

e a concentração do sal (Cs) será

Tab.IV: Valores de pH na titulação de um ácido fraco (CH3COOH) com NaOH


o o o -
vol NaOH n mmol do n mmol da n mmol do sal Ca Cs [OH ] pH
adicionado ácido base
0 5 0 0 0,1 0 0 2,87
10 4 0 1 0,067 0,017 0 4,13
20 3 0 2 0,043 0,029 0 4,55
30 2 0 3 0,025 0,038 0 4,91
40 1 0 4 0,011 0,044 0 5,33
49 0,1 0 4,9 0,001 0,049 0 6,42
49,9 0,01 0 4,99 0,0001 0,0499 0 7,43
50 0 0 5 0 0,05 0 8,71
50,1 0 0,01 5 0 0,0499 0,0001 10,00
51 0 0,1 5 0 0,0496 0,001 11,00
60 0 1 5 0 0,0455 0,010 12,00
70 0 2 5 0 0,0416 0,017 12,21
80 0 3 5 0 0,0384 0,023 12,36
90 0 4 5 0 0,0357 0,029 12,46
100 0 5 5 0 0,0333 0,033 12,52

Conhecimentos Específicos 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Fig. 6: Curva de Titulação de CH3COOH (0,1mol/lL) com Solução de NaOH (0,1mol/L)

Podemos observar nesta figura que ocorre um ponto de ácido ligeiramente mais forte que o acético,CH3COOH (Ka =
-5
inflexão quando da adição de 10mL da base titulante. Este 1,86 x 10 ) com solução a 0,1mol/L de NaOH.
fato se deve ao efeito tampão, uma vez que no início não
Tab. V – Variação do pH durante a Titulação de Solução
havendo sal, o sistema não estava tamponado, mas a partir
de HCOOH (ácido fórmico) 0,1mol/L com Solução de NaOH
da primeira adição do titulante, haverá a formação de acetato
0,1mol/L.
de sódio e teremos então a ação do tampão, impedindo varia-
ções bruscas do pH.
Vol de NaOH pH Vol. de NaOH pH
É também visível, que o ponto de equivalência não se co- adicionado (ac.fórmico) adicionado (ac.f’órmico)
loca a meia distância do salto brusco, mas se encontra deslo-
cado no sentido do ramo superior da curva, isto é, daquele 0 2,34 50,1 10,00
calculado em função apenas, da ação da base forte isolada.
Colocando-se na curva as faixas de viragens dos indica- 10 3,16 51 10,99
dores alaranjando de metila (3 – 5; pT = 4) e fenolftaleina (8 –
10; pT = 9), observa-se que o primeiro não se presta para 20 3,58 60 11,96
esta titulação, diferentemente da titulação de ácido forte com
base forte, quando os dois indicadores eram eficientes
30 3,94 70 12,22
Usando-se soluções mais diluídas, de maneira semelhan-
te à titulação de ácido forte com base forte, haverá a diminui- 40 4,36 80 12,36
ção do salto brusco, o que restringe o número de indicadores
adequados. 49 5,45 90 12,46
Exercício: Trace a curva de titulação de ácido acético com
hidróxido de sódio, porém considerando soluções de concen- 49,9 6,46 100 12,52
trações a 0,01mol/L.
Outro fator que influencia a extensão do salto, nas proxi- 50 8,23
midades do ponto de equivalência, é a “força” do ácido, isto é,
o valor da constante de dissociaçãol, Ka, do ácido. A partir dos dados da tabelas V e foi construída a figura 7,
onde são traçadas as curvas referentes às titulações de ácido
Por exemplo consideremos a titulação de 50mL de solu-
-4 fórmico (HCOOH) (curva A) e do ácido acético (CH3COOH)
ção a 0,1mol/L de ácido fórmico, HCOOH (Ka = 1,74 x 10 ),
(curva B)

Conhecimentos Específicos 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

-4
Fig. 7: Curvas de titulação de ácido fórmico (HCOOH) (Ka = 1,74 x 10 ) (curva A) e de ácido acético (CH3COOH) (Ka = 1,86 x
-5
10 ) (curva B) com solução de NaOH e faixa de viragem de um indicador (4 – 6)
-4
Observa-se na figura 7, que a curva de titulação para o ácido mais forte, o ácido fórmico (Ka = 1,74 x 10 ), apresenta um sal-
to, na proximidades do ponto de equivalência, com maior extensão, que aquele do ácido mais fraco, o ácido acético (Ka = 1,86 x
-5
10 ). O indicador hipotético apresentado, com faixa de viragem 4 – 6, se prestaria melhor para a titulação do ácido fórmico, mas
não para a do ácido acético.
2.7.1.6: Titulação de Base Fraca com Ácido Forte, ou Vice-Versa.
-5
Consideremos a titulação de 50mL de solução a 0,1mol/L de NH3H2O, uma base fraca, de Kb = 1,79 x 10 , com HCl a
0,1mol/L.
Também neste caso iremos deparar com a formação de um tampão, após a primeira adição do ácido titulante, até se alcançar
o ponto de equivalência. Assim o cálculo dos valores de pH serão. a) antes da adição do titulante: pH de uma solução de base

fraca, ou pH = 14 + log , onde Cb = concentração da base. b) Após a primeira adição do ácido titulante, até ser alcan-
çado o ponto de equivalência, teremos a formação de um tampão, uma vez que teremos porções de base fraca sem titular e de

sal com íon comum com a base. O pH será calculado por: pH = 14 + log .
c) No ponto de equivalência teríamos apenas o sal derivado de uma base fraca e de um ácido forte. O pH neste ponto será

dado por pH = -log .


d) Após o ponto de equivalência, o pH será dado pelo ácido forte, que agora estará em excesso.

A equação da reação envolvida será: NH3H20 + HCl NH4Cl + H2O. Também neste caso a reação será na proporção de um
mol de base, para um mol do ácido. Os valores de pH são mostrados na tabela VI.
-5
Tab.VI – Variação do pH durante a titulação de uma solução a 0,1mol/L de NH3H2O, (Kb = 1,79 x 10 ) com solução a 0,1mol/L
de HCl
o o o
Vol de.HCl adicionado n de mmol da base n mmol ácido n mmol sal Cb Cs [H+] pH
0 5 0 0 0,1 0 0 11,13
10 4 0 1 0,067 0,017 0 9,85
20 3 0 2 0,043 0,029 0 9,43
30 2 0 3 0,025 0,038 0 9,08
40 1 0 4 0,011 0,044 0 8,65
49 0,1 0 4,9 0,001 0,049 0 7,56
49,9 0,01 0 4,99 0,0001 0,0499 0 6,55
50 0 0 5 0 0,05 0 5,28
50,1 0 0,01 5 0 0,0499 0,0001 4,00
51 0 0,1 5 0 0,0495 0.001 3,00
60 0 1 5 0 0,0455 0,01 2,00
70 0 2 5 0 0,0417 0,017 1,78
80 0 3 5 0 0,0385 0,023 1,64
90 0 4 5 0 0,0357 0,029 1,54
100 0 5 5 0 0,0333 0,033 1,48

Conhecimentos Específicos 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Com os dados pH x volume de titulante foi construído o gráfico da figura 8, onde foram localizadas ainda as faixas de vira-
gens dos indicadores fenolftaleína (8 – 10) e alaranjado de metila (3 – 5).
Observa-se na figura 8 que o ponto de equivalência se encontra deslocado no sentido do ramo da curva devido ao ácido forte
em excesso. Pode notar também que entre os indicadores aqui citados, o mais apropriado apropriado para esta titulação é o
alaranjado de metila.
Devemos ressaltar ainda, que à semelhança do caso anterior, tanto a diluição das soluções envolvidas no processo, quanto a
menor “força” da base (menor Kb), iriam diminuir a extensão do salto brusco.

-5
Fig. 8: Curva de titulação de solução a 0,1mol/L de uma base fraca (Kb= 1,86 x 10 , com solução de HCl a 0,01mol/L usando-
se como indicador alaranjado de metila (pT=4) e fenolftaleina (pT=9)
Não é viável a titulação de uma ácido fraco com uma base fraca, ou vice-versa, utilizando-se indicadores de neutralização,
uma vez que não ocorre a variação brusca do pH nas proximidades do ponto de equivalência. Esta variação sendo suave, não
haveria uma nítida mudança de cor do indicador anunciando o ponto final da titulação.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAbIEAK/quimica-analitica

ESPECTROSCOPIA DE INFRAVERMELHO
• A espectroscopia de infravermelho (espectroscopia IV) é um tipo de espectroscopia de absorção a qual usa a região
do infravermelho do espectro eletromagnético. Como as demais técnicas espectroscópicas, ela pode ser usada para identificar
um composto ou investigar a composição de uma amostra.
• A espectroscopia no infravermelho se baseia no fato de que as ligações químicas das substâncias possuem frequên-
cias de vibração específicas, as quais correspondem a níveis de energia da molécula (chamados nesse caso de níveis vibracio-
nais). Se a molécula receber luz com 'exatamente' a mesma energia de uma dessas vibrações, então a luz será absorvida.
• A fim de se fazer medidas em uma amostra, um raio monocromático de luz infravermelha é passada pela amostra, e a
quantidade de energia absorvida é registrada. Repetindo-se esta operação ao longo de uma faixa de comprimentos de onda de
-1
interesse (normalmente 4000-400 cm ) um gráfico pode ser construído. Quando olhando para o gráfico de uma substância, um
usuário experiente pode identificar informações dessa substância nele.
• Nem todas as vibrações moleculares provocam absorção de energia no IV. Para que uma vibração ocorra com absorção de
energia no IV o momento de dipolo da molécula deve se alterar quando a vibração se efetua. Assim, quando os quatro átomos de
hidrogênio do metano vibram simetricamente, o metano não absorve energia no IV. As vibrações simétricas das ligações carbo-
no-carbono duplas ou triplas do eteno e do etino não provocam, também, absorção de radiação no IV.
• Como o espectro de IV têm muitos picos de absorção, a possibilidade de dois compostos terem o mesmo espectro é prati-
camente inexistente. Por isso, o espectro de IV é a "impressão digital" da molécula. As absorções são registradas em números
-1
de onda (cm ).

Conhecimentos Específicos 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Tabela de algumas absorções de ligações de funções orgânicas
Ligação Tipo de ligação Tipo específico de ligação Faixa de absorção e intensidade
-1 -1 -
C-H Alquil Metil 1380 cm (fraca), 1460 cm (forte) and 2870, 2960 cm
1
(ambas médias a fortes)
-1 -1
Vinil C=CH2 900 cm (forte) and 2975, 3080 cm (média)
-1
aromática benzeno 3070 cm (fraca)
-1
alcinos 3300 cm (média)
-1
aldeídos 2720, 2820 cm (média)
-1
C=O aldeído/cetona alifática saturada/cíclica de 1720 cm
6 membros
-1
ácidos carboxílicos e seus ácidos carboxílicos satura- 1710 cm
derivados dos
-1
O-H álcoois, fenóis 3610-3670 cm (concentrando as amostras alarga-se a
-1
banda e a move para 3200-3400 cm )
-1
ácidos carboxílicos 3500-3560 cm (concentrando as amostras alarga-se a
-1
banda e a move para 3000 cm )
-1 -1
N-H aminas primárias duplete entre 3400-3500 cm e 1560-1640 cm (forte)
-1
C-O álcoois primários 1050±10 cm
-1
secundários cerca 1100 cm
-1
terciários 1150-1200 cm
-1
fenóis 1200 cm
-1
éteres alifático 1120 cm
-1
ácidos carboxílicos 1250-1300 cm
-1
ésteres 1100-1300 cm (duas bandas - distinção das cetonas, que
não possuem C-O!)
-1
C-N aminas alifáticas 1020-1220 cm (frequentemente sobreposta)
-1 -1
nitrila (ligação C≡N) 2210-2260 cm (não conjugada 2250 cm , conjugada 2230
-1
cm )
-1
C-X (X=F, Cl, fluoroalcanos ordinária 1000-1100 cm
Br, I)
-1
cloroalcanos 540-760 cm (média to fraca)
-1
bromoalcanos abaixo de 600 cm
-1
iodoalcanos abaixo de 600 cm
-1 -1
N-O nitro compostos alifática 1550 cm (banda mais forte) and 1380 cm (banda mais
fraca) - SEMPRE AMBAS!
-1
aromáticos 1520, 1350 cm (conjugação normalmente reduz o número
de onda)

Usos e Aplicações: • As máquinas modernas podem tirar medidas na faixa de


• A espectroscopia no infravermelho é largamente usada interesse frequentemente, como 32 vezes por segundo. Isso
tanto na indústria quanto na pesquisa científica, pois se trata pode ser feito enquanto se fazem medidas simultâneas com
de uma técnica rápida e confiável para medidas, controle de outras técnicas. Isso faz com que as observações dereações
qualidade e análises dinâmicas. Porém para se elucidar uma químicas sejam processadas mais rapidamente, de forma
estrutura se faz necessária utilização de outras técnicas para mais precisa e mais exata.
complemento. Esta técnica está mais relacionada com a iden-
tificação das funções orgânicas existentes em um composto
ou mistura.

Conhecimentos Específicos 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Um espectro de massas é o registro do que acontece
com as moléculas quando estas são bombardeadas em fase
gasosa por um feixe de elétrons em um instrumento chamado
espectrômetro de massas.
• As moléculas são destruídas em pedaços, usualmente é
possível deduzir do estudo dos fragmentos a estrutura da
molécula original.
• Durante a interação entre a molécula e o elétron de alta
energia há transferência de energia para a molécula. Uma
das maneiras pelas quais a molécula excitada pode dissipar a
energia em excesso é pela ejeção de um elétron, ficando
positivamente carregada.

MOLÉCULA MOLÉCU-
+ -
LA• + e
+
Íon molecular (M •)
Espectroscopia de Ultravioleta-Visível
• A espectroscopia de ultravioleta-visível (espectroscopia
UV-VIS) baseia-se na energia de excitação necessária para a
transição de elétrons entre orbitais moleculares, cobre a regi-
ão de comprimento de onda de 100 – 800 nm.
• A espectroscopia de absorção UV-VIS envolve a absor-
ção de luz UV/VIS por uma molécula promovendo a transição
de um elétron desde um orbital molecular fundamental a um
orbital excitado.
• Os elétrons de valência podem, geralmente, ser encon-
trados em um dos seguintes tipos de orbitais:
- orbitais ligantes simples, σ;
- orbitais ligantes π (duplas e triplas ligações);
- orbitais não-ligantes (par isolado de elétrons).
• Orbitais σ ligantes tendem a ter uma energia menor que
os orbitais π ligantes, os quais, por sua vez, têm energia
menor que os orbitais não-ligantes.
• Grupos Cromóforos: chama-se cromóforo a um grupo in-
+
saturado e covalente que apresenta absorção característica • Se o íon molecular (M •), assim formado, tiver energia
na região do ultravioleta (ou do visível). suficiente, poderá haver fragmentação de uma ou mais liga-
• Grupos Auxócromos: são grupos que contém heteroá- ções, dando como resultado um íon e uma molécula neutra
tomos (O, N, S, Cl, etc) com ao menos um par de elétrons ou radical.
livres ligados à uma ligação dupla, o composto absorve em ABSORÇÃO ATÔMICA
um comprimento de onda maior do que o composto sem o
heteroátomo correspondente. Apesar de não apresentarem Ademário Iris da Silva Junior - Antônio Marcos Fonseca
absorção maior que 200nm, quando ligados a um cromóforo Bidart - Ricardo Jorgenssen Casella
alteram o comprimento de onda de absorção deste último, PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS E CORPUSCULA-
bem como sua intensidade. RES DA LUZ
• Absorções características de alguns grupos cromóforos Atualmente matéria e energia não são consideradas enti-
insaturados: dades distintas e se interconvertem uma na outra, de acordo
2
com a equação de Einstein: E = mC . Mas é mais do que
Cromóforo Comprimento de onda (nm) isso. É como se matéria e energia fossem duas faces da
mesma moeda. Medem-se o comprimento de onda e a fre-
C=C 170 quência (propriedades ondulatórias) de partículas como elé-
C≡C 185-222 tron, próton ou nêutron. Do mesmo modo, a luz é um conjunto
C=O 277-279 de partículas se deslocando no espaço (fótons) com compri-
mento de onda e frequência.
C≡N 160
Ar 184-254 O que caracteriza a energia luminosa é a energia dos fó-
tons, determinada pelo comprimento de onda (λ-lâmbda) e
Usos e Aplicações: frequência (ν-ni), pois a velocidade (outro parâmetro de ener-
• Medidas de absorção baseadas em radiação ultravioleta gia) dos diversos fótons é a mesma e constante em cada
encontram vasta aplicação para identificação e determinação meio.
de uma miríade de espécies inorgânicas e orgânicas. Os A luz é dita onda eletromagnética porque na Física clássi-
métodos de absorção molecular talvez sejam os mais ampla- ca ela foi descrita como uma oscilação de um campo elétrico
mente usados dentre todas as técnicas de analise quantitati- e de um campo magnético se propagando no espaço. Essa
vas em laboratórios químicos e clínicos em todo o mundo. aproximação permite calcular vários fenômenos ondulatórios
Espectrometria de Massas (EM) e, paradoxalmente, a energia das partículas de luz:

Conhecimentos Específicos 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
do que Po, pois uma parte da luz foi absorvida. A nova inten-
sidade é então detectada.

A intensidade de P depende da intensidade de Po, da con-


centração dos átomos na região, da distância percorrida pelo
feixe de luz, do λ que incide e, é claro, de que espécie são os
átomos.
A energia de um trem de ondas é proporcional à frequên- Para medir concentração, os outros fatores quenão sejam
cia, pois quanto maior o número de ondas que passam por a concentração dos átomos não podem variar e deve-se man-
segundo (maior frequência, ν), maior a energia transportada. ter:
Do mesmo modo, se a velocidade é a mesma, quanto maior a
distância entre as ondas (o comprimento de onda, λ), menor a • o mesmo comprimento de onda para o mesmo tipo de
frequência e menor a energia. Se ν pode ser expressa como amostra.
c(velocidade da luz) dividida por λ, teremos: • a mesma distância percorrida.
E = hν ou E = hc/λ • a mesma intensidade de Po.
E é energia e h é a constante de proporcionalidade (cons- Como P depende de Po, há que se garantir que Poé sem-
tante de Planck). pre igual nas diferentes medições. Para escapar desse pro-
Essa é a energia da partícula (um fóton) de luz. A energia blema, mede-se a razão P/Po, e não P sozinho. Essa razão é
do conjunto de fótons se deslocando no espaço seria dada chamada de transmitância (T), definida como:
por E = Nhν, onde "N" seria o número de fótons.
A INTERAÇÃO DA LUZ COM A MATÉRIA
A teoria quântica, modelo atual da estrutura química, in-
forma que os níveis de energia dos elétrons em átomos neu-
tros são quantizados, isto é, os elétrons assumem estados Essa razão independe da intensidade isolada de P ou de
1
discretos de energia e só passam de um nível de energia Po. Utiliza-se também a porcentagem de transmitância (%T),
para outro se receberem uma quantidade exata. Essa energia onde %T = 100 T. Os valores de T vão de 0 a 1, e a porcen-
pode ser muito alta, e fazer com que o elétron saia da estrutu- 3
tagem de T vai de 0 a 100. A medida de Po é feita com a
ra atômica e o átomo neutro torne-se um íon. A partir desse região desprovida dos átomos que absorvem, por exemplo.
limite, que é a energia de ionização, o átomo neutro passa a Dessa forma, o decréscimo de transmitância em P será devi-
poder receber qualquer quantidade de energia e não mais do única e exclusivamente à ação da espécie atômica absor-
"pacotes discretos". Cada elemento químico tem estrutura vente.
eletrônica e níveis de energia diferenciados, tem uma energia
de ionização característica e absorve uma série diferente de A transmitância não estabelece uma relação linear com a
2
"pacotes discretos" : concentração, mas sim uma relação exponencial inversa, isto
é:

Onde k é uma constante de proporcionalidade, que pode


ser alterada pelas condições experimentais, e C é a concen-
tração.
Para escapar de uma relação matemática trabalhosa, utili-
za-se o logaritmo do inverso da transmitância, denominado de
absorbância (A), que é então diretamente proporcional à con-
centração. Esta última equação é chamada de lei de Lambert-
Beer.

COMO E PARA QUE MEDIR A ABSORÇÃO DE LUZ Um aparelho concebido para medir a transmitância tem
uma fonte de luz que emite os comprimentos de onda apro-
O que se mede diretamentenão é a quantidade de luz ab-
priados. Após essa fonte de luz, existe a região que contém a
sorvida. Só se poderia fazer isto se houvesse um detector
espécie atômica. Após essa região, um monocromador, dis-
junto a cada átomo, para ver se ele absorveu ou não o fóton.
positivo que seleciona o comprimento de onda que incide
O que se faz normalmente é medir a luz que consegue pas-
sobre a amostra. Depois do monocromador, existe um detec-
sar, e não a luz que é absorvida.
tor que gera um sinal elétrico proporcional à intensidade de
Se um feixe de luz com intensidade Po é incidido sobre a luz percebida. Este sinal elétrico é repassado a um registrador
região que contém os átomos capazes de absorver, após qualquer (voltímetro, amperímetro, etc.) e, dependendo do
passar pela região, ele terá uma nova intensidade P, menor
Conhecimentos Específicos 36 A Opção Certa Para a Sua Realização
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tipo de sinal elétrico gerado, pode ainda ser transformado Na técnica de emissão o átomo é colocado em um ambi-
num sinal digital e armazenado por um computador. ente com alta disponibilidade de energia a fim de serem pro-
duzidos átomos no “estado excitado”. Este ambiente pode ser
obtido por meio de chama, em forno de grafite, ou, mais re-
centemente, através de um plasma. Nas fontes de luz para
absorção atômica (lâmpadas de catodo oco), o estado excita-
do é obtido por colisão do átomo com partículas aceleradas
(elétrons ou íons). Os átomos excitados, sendo instáveis,
retornam espontaneamente para o “estado fundamental”,
Os monocromadores mais sofisticados são os que contêm emitindo luz. O espectro de emissão de uma espécie atômica
prisma ou rede de difração. consiste numa coleção de comprimentos de onda de emissão
Um monocromador com prisma teria o seguinte esquema denominadas linhas de emissão, por causa de sua natureza
básico: discreta. A intensidade de uma linha de emissão aumenta na
medida em que aumenta a proporção de átomos excitados
para aquele estado específico de um dado elemento, em
relação à população total dos átomos daquele elemento.
Absorção Atômica
O processo de absorção atômica pode ser representado
pela figura:

Para selecionar uma outra faixa de comprimento de onda,


basta que o prisma (ou a rede) esteja montado em uma base
giratória. Aogirar o prisma, outros comprimentos de onda vão
incidir sobre a fenda seletora. O mesmo efeito é obtido ao se
girar a fenda ou mudar-se o ângulo de incidência do feixe de
luz. Todo o conjunto do monocromador tem que estar fechado
para evitar a interferência da luz ambiente.
ABSORÇÃO ATÔMICA Átomos no “estado fundamental” são capazes de absorver
Emissão versus Absorção energia luminosa de um comprimento de onda específico,
alcançando um “estado excitado”. Aumentando-se o número
A maioria dos equipamentos modernos de espectrofoto- de átomos presentes no caminho ótico pode-se aumentar a
metria atômica é capaz de medir tanto a radiação absorvida quantidade de radiação absorvida. Medindo-se a variação da
por uma espécie atômica como a sua emissão. Desta forma é quantidade de luz transmitida, pode-se realizar uma determi-
muito importante para o operador compreender os processos nação quantitativa do analito presente. Na técnica de absor-
que ocorrem em cada uma das técnicas. ção atômica, fontes especiais de luz conjugadas com siste-
Cada elemento tem um número específico de elétrons as- mas eficientes de seleção de comprimentos de onda permi-
sociados com seu núcleo. A configuração mais estável de um tem a determinação específica de elementos.
átomo é denominada “estado fundamental” e representa a Emissão Atômica versus Absorção Atômica
forma como este é comumente encontrado no estado gasoso.
Se uma determinada quantidade de energia é aplicada sobre Como podemos ver, existem algumas diferenças básicas
o átomo e esta é absorvida, um dos elétrons mais externos entre as técnicas de emissão e absorção atômica. Na técnica
será promovido a um nível energético superior, levando o de emissão, a chama serve para dois propósitos: (i) ela con-
átomo a uma configuração energética menos estável denomi- verte o aerossol da amostra em um vapor atômico (onde se
nada “estado excitado”. Uma vez que esta configuração é encontram átomos no “estado fundamental”) e (ii) excita,
instável, o átomo retorna imediatamente para o “estado fun- termicamente, estes átomos, levando-os ao “estado excitado”.
damental”, liberando a energia absorvida sob a forma de luz. Quando estes átomos retornam ao estado fundamental, eles
emitem a luz que é detectada pelo instrumento. A intensida-
Esses dois processos (absorção e emissão de luz) são de de luz emitida está relacionada com a concentração do
explorados, com fins analíticos, através das técnicas de E- elemento de interesse na solução.
missão Atômica e Absorção Atômica.
Na absorção atômica, a única função da chama é conver-
Emissão Atômica ter o aerossol da amostra em vapor atômico, que pode então
Na técnica de emissão atômica, estão envolvidos os pro- absorver a luz proveniente de uma fonte primária. A quantida-
cessos de excitação (absorção de energia) e decaimento de de radiação absorvida está relacionada com a concentra-
(liberação de energia), mostrados na figura. ção do elemento de interesse na solução.
INSTRUMENTAÇÃO PARA ABSORÇÃO ATÔMICA
Como visto na introdução, os instrumentos empregados
na técnica de Absorção Atômica possuem cinco componentes
básicos :
1 - A fonte de luz, que emite o espectro do elemento de in-
teresse,
2 - A “célula de absorção”, na qual os átomos da amostra
são produzidos,
3 - O monocromador, para a dispersão da luz e seleção do
comprimento de onda a ser utilizado,
4 - O detector, que mede a intensidade de luz, transforma
este sinal luminoso em um sinal elétrico e o amplifica.

Conhecimentos Específicos 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5 - Um display (ou registrador) que registra e mostra a lei- de. Entretanto, no caso de alguns elementos mais voláteis, as
tura depois do sinal ser processado. Existem dois tipos bási- lâmpadas de catodo oco possuem baixa intensidade de emis-
cos de instrumentos para Absorção Atômica: o de feixe sim- são e uma vida útil muito curta. Para estes elementos as EDL
ples e o de feixe duplo. podem ser utilizadas. Asfontes EDL emitem radiação mais
intensa do que as LCO, conferindo maior precisão e sensibili-
dade às análises.
Espectrômetro de Feixe Simples
Lâmpadas de Catodo Oco (LCO)
Um diagrama esquemático de um instrumento está mos-
A figura mostra o esquema de uma lâmpada de catodo
trada na figura 3:
oco:

A fonte de luz (lâmpada de catodo oco ou lâmpada de


descarga sem eletrodos) emite o espectro específico do ele-
mento da qual é feita, que é focalizado através da célula e do
monocromador.
A fonte de luz deve ser modulada (eletronicamente ou
mecanicamente) para diferenciar a luz proveniente da própria
fonte daquela proveniente da emissão da chama. O mono-
cromador separa a luz em seus diferentes comprimentos de
onda, isolando um comprimento de onda específico para
alcançar o detector que, na maioria das vezes, é uma fotomul-
tiplicadora. Esse comprimento de onda produz no detector
uma corrente elétrica que é proporcional á intensidade de luz.
Espectrômetro de Feixe Duplo
Um esquema de um espectrômetro de feixe duplo pode
ser visto na figura. Nas LCO o catodo é construído inteiramente, ou em parte,
do metal que se deseja o espectro. Seu formato é cilíndrico,
sendo totalmente oco. O anodo (que pode ser um fio de
tungstênio) e o catodo são selados em uma cápsula de vidro
preenchida com um gás inerte à baixa pressão, geralmente
neônio ou argônio. O melhor gás deve ser selecionado se-
gundo alguns critérios: (i) aquele que gerar menor interferên-
cia na determinação do analito, (ii) aquele que confere maior
intensidade de radiação à fonte e (iii)aquele que é mais inerte.
A janela por onde a radiação passa deve ser feita de quartzo,
pois o vidro absorve na faixa do ultravioleta. Existem, no mer-
cado, LCOs disponíveis para 64 elementos.
O processo de emissão em uma lâmpada de catodo oco
Neste tipo de instrumento a luz proveniente da fonte é di- está ilustrado abaixo:
vidida em dois feixes : (i) o feixe da amostra, que é focalizado
na "célula" da amostra e (ii) o feixe de referência que passa
ao redor da "célula" contendo a amostra. Neste sistema, o
sinal analítico representa a razão entre as intensidades de luz
do feixe da amostra e do feixe de referência. Desta forma,
flutuações na intensidade de luz da fonte não são percebidas,
uma vez que ambos os feixes sofrem as mesmas flutuações,
que são canceladas no cálculo da transmitância. Este recurso
torna o sinal muito mais estável.
Fontes de luz para Absorção Atômica
Uma vez que os átomos absorvem luz de comprimentos
de onda muito específicos, em absorção atômica, torna-se
necessária a utilização de fontes que produzam um espectro
de emissão composto por linhas estreitas do elemento de
interesse e que não emitam radiação de fundo ou outras li-
nhas estranhas. Essas fontes de linhas, de alta intensidade,
conferem alta especificidade à técnica de absorção atômica,
fazendo-a praticamente livre de interferências. As principais
fontes usadas em absorção atômica são a lâmpada de catodo
oco (LCO) e a lâmpada de descarga sem eletrodos (EDL). Um potencial elétrico (300 a 500 V) é aplicado entre o a-
nodo e o catodo, e a descarga elétrica ioniza alguns átomos
A lâmpada de catodo oco é uma excelente fonte de linhas do gás de preenchimento. Os íons positivos formados colidem
para a grande maioria dos elementos devido à sua estabilida-

Conhecimentos Específicos 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
com o cátodo carregado negativamente, deslocando átomos As EDLs são fontes empregadas em absorção atômica, a-
do elemento de interesse que estavam depositados sobre a limentadas com energia na faixa das frequências de rádio.
superfície do catodo (o processo todo é denominado "sputte- Elas produzem espectros intensos, de linhas estreitas, com
ring"). pouca autoabsorção. Nas EDLs, uma pequena quantidade do
elemento ou de um sal do elemento (ou ainda a combinação
Posteriormente, os átomos metálicos deslocados são exci-
das duas coisas), é selada dentro deum bulbo de quartzo ou
tados através do choque com os íons do gás ou com os elé-
de vidro junto com uma pequena quantidade de um gás iner-
trons. Ao voltarem para o estado fundamental, estes átomos
te. Este bulbo é então colocado dentro de um cilindro cerâmi-
liberam a energia absorvida sob a forma de luz, resultando
co que é envolvido por uma bobina helicoidal ressonante, que
em um espectro de emissão de linhas.
irá gerar a energia empregada para o processo de atomiza-
As lâmpadas LCO possuem um tempo de vida útil limita- ção. Quando um campo de rádiofrequência é aplicado (10 a
do. Com o seu uso contínuo, o processo de "sputtering" re- 3000 MHz), através da bobina helicoidal, a energia gerada por
move átomos do metal do catodo, depositando-os nas pare- este campo ioniza o gás inerte e excita os átomos metálicos
des do tubo de vidro. Este processo provoca uma diminuição- dentro do bulbo que, quando voltam ao estado fundamental,
da intensidade de emissão e ocorre mais rapidamente em liberam esta energia absorvida, emitindo luz com o espectro
lâmpadas de elementos mais voláteis. característico do elemento.
Lâmpadas Multi-elementares A maior vantagem da EDL é a sua alta intensidade, que
O catodo de uma LCO deve ser construído a partir do me- pode ser várias ordens de grandeza maior do que a lâmpada
tal puro, de modo que o espectro de emissão desta lâmpada de catodo oco usual. Esse aumento de intensidade não leva a
contenha somente as linhas de emissão do elemento de inte- um aumento de sensibilidade, mas pode, ocasionalmente,
resse. Entretanto, é possível construir um catodo a partir de melhorar a razão sinal/ruído, levando a uma maior precisão e
uma liga contendo diversos metais. A lâmpada resultante, dita menor limite de detecção.
multi-elementar, pode ser usada como uma fonte eficiente As EDL’s são de grande vantagem para o trabalho na fai-
para a determinação de todos os metais constituintes do ca- xa de comprimento de onda abaixo de 200 nm, uma vez que
todo. Existem, atualmente, 17 tipos de lâmpadas multi- aí são maiores as perdas da fonte de radiação pela absorção
elementares disponíveis no mercado. Nem todos os metais da luz pelo ar, chama e parte ótica do aparelho. As principais
podem ser usados em combinações devido a limitações meta- desvantagens das primeiras EDLs eram o tempo de vida curto
lúrgicas e espectrais. Certos elementos não formam ligas ao e o longo tempo de aquecimento necessário para alcançar a
serem combinados, ou possuem raias importantes que se intensidade máxima de emissão. Mas estes problemas foram
sobrepõem. contornados e atualmente algumas EDLs praticamente substi-
A intensidade de emissão de uma lâmpada multi- tuíram as LCO, como é o caso da lâmpada para determinação
elementar, para um dado elemento, é consideravelmente de arsênio.
menor do que a intensidade de emissão para o mesmo ele-
mento, quando se utiliza uma lâmpada mono-elementar. Des-
te modo, quando empregamos uma lâmpada multielementar a
relação sinal/ruído pode influenciar decisivamente a precisão
das análises e o limite de detecção. Pode-se, então, concluir
que, quando se trabalha próximo ao limite de detecção ou
quando se requer uma análise mais precisa, é imperativo
utilizar uma lâmpada mono-elementar.
Corrente da Lâmpada
Cada lâmpada tem uma corrente ótima de trabalho que
depende, basicamente, do seu tamanho, do tipo de gás inter-
no, da pressão deste gás e do material do qual o catodo é
feito. À medida que a corrente de trabalho aumenta, a intensi- SISTEMA NEBULIZADOR-QUEIMADOR
dade de emissão também aumenta, alcançando um ponto
máximo, que é a corrente ótima,a partir do qual a intensidade Produção do Vapor Atômico
de emissão diminui. Correntes de trabalho muito altas produ- A função da célula de absorção é convertera amostra em
zem uma nuvem de vapor atômico muito densa ao redor do átomos no estado fundamental, no eixo ótico do sistema de
catodo, de modo que os átomos mais externos desta nuvem absorção atômica, obtidos de maneira reprodutível, de modo
absorvem parte da radiação produzida pela lâmpada (auto- que os dados obtidos sejam quantitativos. A amostra deve
absorção), diminuindo a sua eficiência. Correntes de trabalho encontrar-se, inicialmente, na forma líquida.
muito baixas produzem luz de baixa intensidade, fazendo o
detector trabalhar em condições inapropriadas para compen- São várias as etapas envolvidas no processo de conver-
sar esta baixa intensidade. são da amostra líquida em átomos:
À medida que a lâmpada é utilizada, torna-se necessário
um aumento da corrente de trabalho desta lâmpada, de modo
que ele produza uma intensidade de emissão semelhante ao
longo do tempo. O tempo de vida útil de cada lâmpada de-
pende da frequência de utilização e dos cuidados tomados
durante a operação (deve-se evitar trabalhar com a lâmpada
em uma corrente acima da necessária). Antes da operação,
as LCO devem ser pré-aquecidas durante um tempo, que O processo de nebulização é responsável pela conversão
pode variar de 10 a 20 minutos, dependendo do tipo de lâm- da amostra em pequenas gotículas, que são direcionadas
pada. Em equipamentos de feixe duplo este tempo de aque- para a chama, onde o solvente é evaporado, produzindo par-
cimento não é necessário, podendo-se trabalhar imediata- tículas secas. As partículas secas são fundidas e, posterior-
mente. mente, vaporizadas. No último estágio os átomos são dissoci-
Lâmpadas de Descarga sem Eletrodos (EDL) ados, produzindo as espécies absorventes. Alguns processos
indesejáveis podem ocorrer, como (i) excitação dos átomos

Conhecimentos Específicos 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pela chama, com a consequente emissão da energia de exci-
tação; (ii) átomos excitados podem reagir com outros átomos
Neste queimador, uma sobrepressão é criada na fenda (B)
e moléculas na chama produzindo espécies moleculares e/ou
de saída dos gases oxidante (A) e combustível (C), que é
radicais, que produzem espectros moleculares; (iii) ionização
onde se forma a chama. Esta sobrepressão é responsável
dos átomos.
pela aspiração da amostra, já que a pressão no topo do capi-
Nebulização da amostra lar é menor do que a pressão atmosférica à qual a amostra
líquida está submetida. As gotículas são formadas durante o
A nebulização é a produção de pequenas gotículas da
processo de transporte até o queimador pela alta velocidade
amostra, sendo a primeira etapa na produção do vapor atômi-
do gás de arraste.
co. Um método comum de nebulização se dá pela utilização
de um gás se movendo em alta velocidade e perpendicular-
mente à saída de um capilar, arrastando o líquido através do
Estes queimadores estão em desuso, substituídos pelos
capilar por efeito Venturi, e espargindo o líquido em gotículas
que produzem pequenas gotas de líquido em uma câmara de
na saída do capilar: a nebulização pneumática. No queimador
prémistura, antes que a amostra chegue na chama. A figura
de consumo total, toda a amostra aspirada vai para a chama,
mostra o esquema de um queimador de pré-mistura:
independentemente do tamanho das gotículas.

A câmara de pré-mistura é feita de Ryton (polipropileno), amostra está ligada (efeito Venturi). Da mesma forma que no
de modo a evitar problemas de corrosão e facilitar o escoa- queimador de consuma total, a pressão atmosférica à qual a
mento eficiente do líquido (amostra) que é drenado durante a amostra é submetida é maior do que a pressão na saída do
aspiração. capilar, “empurrando” a amostra para o interior da câmara de
pré-mistura. Durante esta etapa as pequenas gotículas são
Neste queimador o gás oxidante (ar) é introduzido a uma
formadas.
certa pressão, dentro do sistema de nebulização, gerando
uma zona de baixa pressão na saída do capilar ao qual a

Conhecimentos Específicos 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Ao contrário do que ocorre no queimador de consumo to- 1. Quando as soluções de análise contêm alta concentra-
tal, nem todas as gotículas formadas são direcionadas para a ção de sólidos dissolvidos.
chama, havendo uma seleção prévia daquelas que serão
2. Quando as soluções de análise contêm componentes
inseridas na célula de absorção. Esta etapa deseleção tem
capazes de atacar o vidro da pérola de impacto, tais como
por objetivo inserir no caminho ótico gotas de tamanho uni-
soluções altamente alcalinas e soluções contendo HF.
forme, melhorando assim a precisão das medidas. Neste
queimador apenas 5 % do líquido injetado alcança a chama, 3. Quando a análise requer o uso da chama de óxido-
podendo este número variar dependendo do sistema de sele- nitroso acetileno.
ção utilizado (pérola de impacto ou flow spoiler). - Quando usar a pérola de impacto?
Dois dispositivos básicos são empregados paraa seleção 1. Quando se necessita de uma melhora na sensibilidade
das gotículas a serem injetadas, podendo ser utilizados sepa- para a análise.
radamente ou em conjunto: (I) a pérola de impacto, construída
em vidro de borosilicato, Pyrex, que intensifica o processo de Cabeçotes para o Queimador
formação das gotículas, selecionando as menores para serem O cabeçote é o dispositivo onde se forma a chama. Ele é
injetadas na chama e desprezando as maiores através do construído em titânio, resistente à corrosão e livre da maioria
dreno; e (II) o flow spoiler, construído em polipropileno, que dos elementos determinados em absorção atômica. Existem
são anteparos dispostos sequencialmente, que tem por fun- atualmente três diferentes tipos, que podem ser acoplados ao
ção permitir que apenas as menores gotas alcancem a cha- queimador de pré-mistura para uso frequente em absorção
ma. Neste processo as gotas maiores, e portanto mais pesa- atômica: (i) cabeçote com fenda de comprimento de 10 cm,
das, não conseguem se desviar dos anteparos, chocando-se para uso com a chama de aracetileno, que possui um cami-
com estes e sendo drenadas. nho ótico mais longo para análises mais sensíveis, (ii) cabe-
Pérola de Impacto versus Flow Spoiler çote com fenda de 5 cm, empregado com a chama de óxido
nitroso-acetileno que por ter uma velocidade maior de queima
Algumas diferenças podem ser notadas no uso de um ou necessita de uma velocidade maior de saída do gás para
de outro sistema de seleção de evitar o retorno da chama e (iii) o cabeçote com três fendas,
gotículas utilizados em absorção atômica. De uma manei- que pode ser utilizado com a chama de ar-acetileno em situa-
ra geral, o flow spoiler confere à análise maior reprodutibilida- ções onde existe uma grande quantidade de sólidos dissolvi-
de do que a pérola de impacto. Entretanto, observa-se, na dos nas soluções em análise.
prática, que a pérola de impacto confere maior sensibilidade à Chama - Combustíveis e Oxidantes
técnica. Estas observações são facilmente explicadas pelo
fato de que a pérola de impacto permite a injeção de uma Um grande número de combinações de combustível e oxi-
maior quantidade de material na chama e o flow spoiler, per- dante pode ser usado para produzir a chama. Entretanto, as
mite a injeção de uma nuvem de gotas mais homogênea. combinações mais comuns de oxidante/combustível, empre-
gadas, atualmente, em absorção atômica são ar-acetileno e
Esse efeito é mais pronunciado quando se utiliza a chama óxido nitroso-acetileno. Na escolha de uma chama para o
de óxido nitroso-acetileno ao invés da chama de ar-acetileno. trabalho prático, os parâmetros mais importantes a serem
A escolha por cada um dos sistemas de seleção pode ser analisados são a temperatura da chama, a velocidade linear
resumidamente pautada em alguns pontos: de queima e a razão entre o combustível e o oxidante (este-
- Quando usar o flow spoiler? quiometria da chama). A tabela 1 lista características de di-
versas combinações.

Tabela 1 – Composição, velocidade e temperatura para várias chamas utilizadas em AAS.


Vel. linear de queima o
Combustível Oxidante Temperatura Máxima ( C)
(cm/s)
Propano ar 82 1725
Hidrogênio ar 320 2025
Acetileno ar 160 2300
Hidrogênio oxigênio 1300 2650
Propano oxigênio - 2900
Acetileno oxigênio 1130 3050
Acetileno óxido nitroso 285 2950

Inicialmente, os equipamentos para absorção atômica só redutor. Porém esta alternativa aumentou muito o perigo de
utilizavam chamas de baixa temperatura (ar-acetileno, por se trabalhar com chamas de O2-acetileno, uma vez que nes-
exemplo), o que limitava a aplicação da técnica aos elemen- tas condições a velocidade de queima desta chama é muito
tos capazes de serem convertidos em átomos nessas tempe- alta (3110 cm/s), aumentando muito o risco de flashback com
raturas. Posteriormente, chamas de mais alta temperatura a consequente explosão da câmara de mistura.
passaram a ser empregadas como, por exemplo, a chama de
Em 1965, Amos e Willis propuseram a utilização de uma
O2-acetileno.
chama composta por óxido nitroso-acetileno, que alcança
Entretanto, os problemas não foram de todo resolvidos, temperaturas bem mais altas que a chama de ar-acetileno e
uma vez que a utilização de chamas com alta concentração possui uma concentração de oxigênio livre relativamente
de oxigênio favorecia a conversão de certos elementos em baixa, além de queimar a uma velocidade (180 cm/s) que
seus respectivos óxidos, que não se dissociavam na chama permite uma operação segura, mesmo utilizando os queima-
para formar os átomos requeridos. O ajuste da estequiometria dores de pré-mistura. Para a utilização desta chama é neces-
da chama foi uma das alternativas tentadas, tornando a cha- sária a utilização de um cabeçote para queimador apropriado,
ma mais rica em combustível e criando um ambiente mais capaz de suportar as altas temperaturas produzidas. A chama

Conhecimentos Específicos 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


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de óxido nitroso-acetileno é largamente utilizada na determi- Mas mesmo que todas essas condições se mantenham
nação de vários elementos metálicos que possuem uma forte constantes, a mudança do analito também afeta a altura ótima
tendência a formar óxidos refratários, tais como Al, Zr, Cr, Ca em que se encontra a maior população de átomos livres,
, etc. como pode ser visto no gráfico.
Atualmente, a chama de ar-acetileno é preferencialmente
utilizada na determinação de aproximadamente 35 elementos.
o
Sua temperatura pode alcançar 2300 C e pode ser utilizada
com qualquer cabeçote. Usualmente, trabalha-se com um
consumo de acetileno de cerca de 4 litros/minuto. Alguns
cuidados devem ser observados quando se utiliza a chama de
ar acetileno, principalmente aquele relacionado com a pres-
são do gás no tanque. O acetileno comercial é vendido em
tanques de diferentes tamanhos com o gás dissolvido em
acetona. Deve-se evitar que a pressão no tanque de gás seja
menor do que 75 psig, para evitar o arraste de acetona, que
afetaria a transparência da chama, além de alterar a sua
temperatura. A acetona pode ainda causar forte contamina-
ção na determinação de alguns elementos.
Eventualmente, outras chamas podem ser utilizadas em MONOCROMADOR
absorção atômica, tais como a chama de ar-hidrogênio e a
chama de argônio-hidrogênio-ar. A chama de ar-hidrogênio A função do monocromador é isolar totalmente a linha es-
pode alcançar uma temperatura máxima de aproximadamente pectral desejada, evitando que outras linhas alcancem o de-
o
2000 C, enquanto a chama de argôniohidrogênio-ar é utiliza- tector. Dois parâmetros básicos controlam a capacidade do
da na determinação de elementos que se ionizam a baixas monocromador em separar as linhas de um espectro: (i) a
temperaturas, uma vez que a sua temperatura máxima é abertura da fenda de entrada, que é o espaço físico por onde
o
extremamente baixa, tipicamente 800 C. A chama de arhi- a radiação pode penetrar no sistema monocromador e (ii) o
drogênio é mais empregada em procedimentos para a deter- poder de resolução do elemento dispersor, que na grande
minação de metais alcalinos, pois sua baixa temperatura maioria das vezes é uma rede de difração.
minimiza os efeitos de ionização na chama. A chama de ar- Na realidade, a influência da abertura da fenda pode ser
gônio-hidrogênio-ar pode ser utilizada na determinação de discutida sobre dois aspectos. Ela controla o poder de resolu-
arsênio e selênio. Em ambos os casos, devido às baixas ção do monocromador e também, a quantidade de radiação
temperaturas alcançadas, diversos problemas podem ser que alcança o detector (fotomultiplicadora). A quantidade de
verificados, tais como interferências químicas e de matriz. radiação que alcança o detector não pode ser pequena pois
Chama – Distribuição da população de átomos implicaria a necessidade de maior amplificação eletrônica do
sinal, já que a quantidade de radiação não seria capaz de
A chama não é uniforme ao longo do seu comprimento. À gerar um sinal significativo. Quanto maior a amplificação ele-
medida que se distancia do queimador, ela muda em forma, trônica do sinal, maior o nível de ruído no sinal. O ruído é todo
temperatura e composição. Em vista do processo de produ- sinal gerado a partir de variações eletrônicas da instrumenta-
ção do estado atômico, é compreensível que o tempo devida ção e que não corresponde a um sinal analítico, causando
dos átomos livres seja limitado e que a maior concentração grandes inconvenientes para a precisão e exatidão da análi-
destes átomos seja encontrada numa altura de chama defini- se. Assim a fenda ótima é aquela que permite uma boa reso-
da, que seria, é claro, o melhor ponto para a passagem do lução das linhas espectrais, sem sacrifício da radiação que
feixe de luz. alcança o detector, ou seja, é aquela que leva à melhor razão
Esta altura ótima varia com o solvente e os outros compo- sinal/ruído.
nentes da solução, pois todos podem modificar a liberação da INTERFERÊNCIAS
espécie em estudo para atingir o estado atômico. O fluxo dos
gases para a chama altera também, é claro, as temperaturas A absorção atômica é uma técnica muito específica e com
(e a população de átomos) ao longo de toda a chama. muito poucas interferências. As que existem, podem ser clas-
sificadas em seis categorias: interferência química, interferên-
cia de ionização, interferência de matriz, interferência de e-
missão, interferência espectral, interferência de fundo. Como
são muito bem determinadas, existem métodos acessíveis
que podem corrigir a maioria dos problemas.
Interferência Química
Se a amostra na chama pode produzir um composto ter-
micamente estável do analito que se quer analisar e que não
se decompõe com a energia da chama, a população de áto-
mos do analito que podem absorver será reduzida. Isto dimi-
nuirá a sensibilidade da análise.
Normalmente este problema é resolvido de duas manei-
ras: ou uma temperatura mais alta da chama (onde o compos-
to é instável e pode ser quebrado), ou a adição de um agente
sequestrante. Este agente sequestrante é um cátion que
compete com o analito de interesse pela formação do com-
posto estável. Se o agente sequestrante está em concentra-
ção mais alta, o analito de interesse é liberado para formar o
estado atômico.
Um bom exemplo de agente sequestrante é a adição de
lantânio na determinação de Ca em amostras que contém

Conhecimentos Específicos 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


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fosfato. A adição de lantânio em excesso, que também forma ferência e pode ser subtraída da absorbância total medida
um composto termicamente estável com o fosfato, libera o com a lâmpada de catodo oco.
cálcio para o estado atômico e permite que ele seja detectado
BIBLIOGRAFIA
com boa sensibilidade, mesmo quando se usa ar/acetileno
como mistura para produzir chama. No caso de se usar óxido -Principles of Instrumental Analysis; Skoog,Holler & Nieman; 5ª
nitroso/acetileno, esta técnica não é necessária, já que esta edição; Saunders College Publishing, 1998.
-Manual do AAnalyst 100, Perkin Elmer.
chama é bem mais quente e consegue quebrar o fosfato de
-Atomic Absorption Spectroscopy; Juan Ramírez-Muñoz; Elsevier
cálcio. Publishing Company, 1968.
Interferência de Ionização -Flame Emission and Atomic Absorption Spectrometry, Volume 1,
Theory; J. A. Dean & T. C. Rains; Marcel Dekker, Inc., 1969.
A interferência de ionização ocorre quando a temperatura Notas:
da chama é muito alta para o analito e, por isso, tem energia 1 Discreto, nesse caso, quer dizer uma energia fixa e definida em
suficiente paralevá-lo além do estado atômico neutro e produ- cada nível.
zir íons. Isto também abaixa a população de átomos que 2 A unidade de absorção no espectro, absorbância, será explicada
podem absorver. mais adiante.
3 Se a amostra nada absorve, P = P o e T = 1. Se a amostra tudo
Uma estratégia para resolver este problema é adicionar absorve, P = 0 e T = 0.
um supressor de ionização à amostra, padrões e branco. Os CROMATOGRAFIA
mais comuns são K, Na, Rb e Cs, metais alcalinos que se
ionizam facilmente e tornam a chama rica em elétrons, desfa- Renato Marcondes
vorecendo a formação de outros cátions. O analito presente A cromatografia é uma técnica quantitativa, tem por fina-
na amostra se ionizará menos facilmente. lidade geral duas utilizações, a de identificação de substân-
cias e de separação-purificação de misturas. Usando proprie-
Outra estratégia é trabalhar com chamas mais frias, que
dades como solubilidade, tamanho e massa.
diminuem os efeitos da ionização.
Para o processo de separação de misturas, a mistura pas-
Interferência de Matriz sa por duas fases sendo uma estacionaria (fixa, sendo
As interferências de matriz podem aumentar ou diminuir o ummaterial poroso como um filtro) e outra móvel ( como um
sinal. Elas ocorrem por que as características físico-químicas liquido ou um gás, que ajuda na separação da mistura), sendo
da matriz de amostra (viscosidade, velocidade de queima, que os constituintes dessa misturas interagem com as fases
tensão superficial), podem diferir consideravelmente dos pa- através de forças intermoleculares e iônicas, fazendo a sepa-
drões da curva de calibração. Isto pode ocorrer pela diferença ração. A mistura pode ser separada em varias partes distinta
na concentração de sais, ácidos, ou bases dissolvidos; pelo ou ainda ser purificada eliminando-se as substancia indesejá-
uso de solventes diferentes; ou quando as temperaturas de veis.
padrões e amostra estão muito diferentes. Quando não for Para a identificação usa-se a comparação dos resultados
possível reproduzir ou aproximar as condições da amostra da análise com outros resultados previamente conhecidos,
nos padrões, recomenda-se utilizar a técnica da adição- como por exemplo, usa-se tabela de gráficos conhecidos e
padrão. através desta compara-se os resultados obtidos que também
são em gráficos achando-se os que mais se assemelham
Interferência de Emissão
assim descobrindo quais as substancias que pertence a mis-
Se o analito de interesse emite com muita intensidade, tura.
poderá ocorrer uma diminuição da absorbância, pela diminui- Existem várias classificações quanto à cromatografia, os
ção da população de átomos no estado fundamental. A modu- quatro principais são:
lação do sinal da lâmpada elimina o problema do detector Classificação pela forma física do sistema cromatográfico.
medir o sinal de emissão da chama misturado com o sinal
vindo da lâmpada. A utilização de chamas mais frias pode Classificação pela fase móvel empregada.
diminuir a queda da absorbância. Classificação pela fase estacionaria utilizada.
Interferência Espectral Classificação pelo modo de separação.

Em alguns casos raros pode ocorrer que dois elementos


presentes na amostra absorvam na mesma linha espectral
escolhida. Se o problema for detectado, a solução é simples:
basta trocar a linha espectral utilizada. É muito importante a
obtenção prévia da informação de quais elementos podem
interferir na raia utilizada e se há possibilidade de que eles
estejam na amostra, para que isto possa ser confirmado e o
erro possa ser corrigido.
Interferência de fundo
Este problema também não pode ser corrigido pelatécnica
da adição padrão e ocorre pelo espalhamento de luz, causado
por partículas presentes na chama, ou pela absorção de luz,
causada por fragmentos moleculares de materiais provenien-
tes da matriz de amostra.
Para solucionar o problema, a absorbância de fundo deve
ser determinada e subtraída do total. Esta determinação é
facilitada pelo fato do analito absorver numa raia estreita e o
fundo formar uma banda larga de absorção. Pode-se então
utilizar uma lâmpada acessória que emita um espectro contí-
nuo, como a lâmpada de deutério. Ora a amostra recebe a luz
da lâmpada de catodo oco, ora a amostra recebe o sinal da
lâmpada de deutério. Como o analito absorve muito pouco do
espectro contínuo, a absorbância do contínuo é toda da inter-

Conhecimentos Específicos 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


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(A) = a cromatografia de adsorção é baseada em uma fa-


se estacionaria solida que adsorve (prende) certas moléculas
em seu meio, da parte móvel que deve ser liquida. Essa ad-
sorção é devida a certas interações entre os constituintes da
parte liquida e da solida.
(B) = a cromatografia de partição se dá pela diferença de
solubilidade das substancias que devem ser liquidas, e sua
separação se dá com o auxilio de filtros de papel ou em colu-
nas como suporte.
Um exemplo de cromatografia de fácil entendimento é a
cromatografia de tintas de canetas para descobrir qual a mis-
(A) = tura de tintas usadas para a obtenção da cor especifica da
Nota-se que a mistura passa por duas fases ou filtros antes caneta.
de se depositar no erlenmeyer.
(B) = a fase estacionaria esta localizada sob uma placa
PLANA ou em poros de papel, onde a fase móvel ou mistura
atravessa através desses poros ou placa (CAMADA DELGA-
DA).

(A) = a cromatografia liquida se dá quando a fase móvel é


um liquido e a estacionaria é um solido, fazendo a separação Parte estacionaria: papel filtro (filtro de café)
através do sólido. Parte móvel: álcool pode subir no filtro quando absorvido
(B) = a cromatografia gasosa baseia-se quando a fase Substancia (mistura): a tinta de caneta
móvel é um gás e a estacionaria é um solido ou liquido.
O álcool avança sobre o papel filtro e à medida que sobe
(C) = a cromatografia supercrítica leva cer- acaba desintegrando por forças moleculares as cores da tinta
tas vantagens sobre aas outras duas, pode ser realizados da caneta, demonstrando assim de quais cores ela é formada.
analises não possíveis em cromatografia liquida ou gasosa. http://www.infoescola.com/quimica/cromatografia/

Noções de técnicas utilizadas nas análises de ali-


mentos e insumos agropecuários;
ANALISE DE ALIMENTOS
CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO A ANÁLISE DE ALIMEN-
TOS 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A análise de alimentos é uma área muito importante no
ensino das ciências que estudam alimentos, pois ela atua em
vários segmentos do controle de qualidade, do processamen-
(A) = Quando a fase fixa é um solido que serve como uma
to e do armazenamento dos alimentos processados. Muitas
espécie de filtro, e age de varias maneiras para a separação
vezes, o termo análise de alimentos é substituído por outros
da mistura
temos como “química de alimentos” e bromatologia, que se
(B) = esta pode estar absorvida em um solido ou presa consagraram na literatura.
sobre ele, servindo com um filtro.
A palavra Bromatologia deriva do grego: Broma, Bromatos
significa “dos alimentos”; e

Conhecimentos Específicos 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Logos significa Ciência. Portanto, por extensão dos termos b) ALIMENTOS ALTERADOS: são os alimentos que por
BROMATOS e LOGOS, pode-se definir Bromatologia como a causas naturais, de natureza física, química ou biológica,
ciência que estuda os alimentos. derivada do tratamento tecnológico não adequado, sofrem
deteriorações em suas características organolépticas, em sua
A Bromatologia estuda os alimentos, sua composição
composição intrínseca ou em seu valor nutritivo. Como exem-
química, sua ação no organismo, seu valor alimentício e caló-
plo de alimentos alterados temos o odor característico da
rico, suas propriedades físicas, químicas, toxicológicas e
carne início do estágio de decomposição, o borbulhar do mel
também adulterantes, cantaminantes, fraudes, etc. A Broma-
(fermentação), ou latas de conservas estufadas (enchimento
tologia relaciona-se com tudo aquilo que, de alguma forma, é
excessivo ou desenvolvimento de microorganismos)
alimento para os seres humanos, tem a ver com o alimento
desde a produção, coleta, transporte da matéria-prima, até a c) ALIMENTOS FALSIFICADOS: São aqueles alimentos
venda como alimento natural ou industrializado, verifica se o que tem aparência e as características gerais de um produto
alimento se enquadra nas especificações legais, detecta a legítimo e se denominam como este, sem sê-lo ou que não
presença de adulterantes, aditivos que são prejudiciais à procedem de seus verdadeiros fabricantes, ou seja, são ali-
saúde, se a esterilização é adequada, se existiu contamina- mentos fabricados clandestinamente e comercializados como
ção com tipo e tamanho de embalagens, rótulos, desenhos e genuínos (legítimos). Pode acontecer que o alimento falsifica-
tipos de letras e tintas utilizadas. Enfim, tem a ver com todos do esteja em melhores condições de qualidade que o legíti-
os diferentes aspectos que envolvem um alimento, com isso mo, mas por ser fabricado em locais não autorizados ou por
permitindo o juízo sobre a qualidade do mesmo. não proceder de seus verdadeiros fabricantes, é considerado
falsificado e, portanto, não apto ao consumo.
Química bromatológica estuda a composição química dos
alimentos, bem como suas características de aptidão para o d) ALIMENTOS ADULTERADOS: São aqueles que tem
seu consumo. Importante conhecer técnicas e métodos ade- sido privado, parcial ou totalmente, de seus elementos úteis
quados que permitam conhecer a composição centesimal dos ou característicos, porque foram ou não substituídos por ou-
alimentos, ou seja, determinar o percentual de umidade, pro- tros inertes ou estranhos. Também a adição de qualquer
teínas, lipídeos, fibras, carboidratos, que permitam o cálculo natureza, que tenha por objetivo dissimular ou ocultar altera-
do volume calórico do alimento. ções, deficiências de qualidade da matéria-prima ou defeitos
na elaboração, que venham a constituir adulteração do ali-
2- GENERALIDADES SOBRE ALIMENTOS
mento. A adulteração pode ser por acréscimo de substâncias
Definiremos, a seguir, alguns termos que julgamos perti- estranhas ao alimento (por exemplo água no leite ou vísceras
nentes: em conservas de carnes, amido no doce de leite, melado no
ALIMENTOS: “toda a substância ou mistura de substân- mel), por retirada de princípios ativos ou partes do alimento
cia, que ingerida pelo homem fornece ao organismo os ele- (retirada da nata do leite ou cafeína do café) ou por ambas as
mentos normais à formação, manutenção e desenvolvimento”. simultaneamente.
Outra definição seria aquela que diz que alimento “é toda a 3- IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE ALIMENTOS Indús-
substância ou energia que, introduzida no organismo, o nutre. trias – controle de qualidade, controle de processos em á-
Devendo ser direta ou indiretamente não tóxica”. ALIMENTOS guas, alimentos, matérias-primas, produto acabado, embala-
SIMPLES: São aquelas substâncias que por ação de enzimas gens, vida-de-prateleira, etc); Universidades e Institutos de
dos sucos digestivos são transformadas em metabólitos (açú- pesquisa - desenvolvimento de metodologia, controle de pro-
cares, lipídios, proteínas). METABÓLITOS: são os alimentos cessos em pesquisas, prestação de serviços, etc. Órgãos
diretos, ou seja, são substâncias metabolizadas depois de Governamentais – registro de alimentos, fiscalização na ven-
sua absorção (água, sais, monossacarídeos, aminoácidos, da e distribuição, etc
ácidos graxos).
4- CLASSIFICAÇÁO DA ANÁLISE DE ALIMENTOS
ALIMENTOS COMPOSTOS: São substâncias de compo-
Existem três tipos de aplicações em análise de alimentos:
sição química variada e complexa, de origem animal ou vege-
•Controle de qualidade de rotina: é utilizado tanto para checar
tal, ou formada por uma mistura de alimentos simples (leite,
a matéria prima que chega, como o produto acabado que sai
carne, frutas, etc).
de uma indústria, além de controlar os diversos estágios do
ALIMENTOS APTOS PARA O CONSUMO: São aqueles processamento. Nestes casos, de análises de rotina, costu-
que respondendo às exigências das leis vigentes, não contém ma-se, sempre que possível, utilizar métodos instrumentais
substâncias não autorizadas que constituam adulteração, que são bem mais rápidos que os convencionais.
vendendo-se com a denominação e rótulos legais. Também
• Fiscalização: é utilizado para verificar o cumprimento
são chamados de alimentos GENUÍNOS.
da legislação, através de métodos analíticos que sejam preci-
Alimentos NATURAIS são aqueles alimentos que estão sos e exatos e, de preferência, oficiais. •Pesquisa: é utilizada
aptos para o consumo, exigindo-se apenas a remoção da para desenvolver ou adaptar métodos analíticos exatos, pre-
parte não comestível (“in natura”). A diferença entre alimentos cisos, sensíveis, rápidos, eficientes, simples e de baixo custo
genuínos e naturais radica em que sempre os alimentos ge- na determinação de um dado componente do alimento 5-
nuínos devem estar dentro das regulamentações da lei; no MÉTODO DE ANÁLISE
entanto, nem sempre o alimento natural pode ser genuíno,
Em análise de alimentos, os objetivos se resumem em de-
como por exemplo uma fruta que está com grau de maturação
terminar um componente específico do alimento, ou vários
acima da maturação fisiológica permitida.
componentes, como no caso da determinação da composição
ALIMENTOS NÃO APTOS PARA O CONSUMO: São a- centesimal.
queles que por diferentes causas não estão dentro das espe-
A determinação do componente deve ser através da me-
cificações da lei. Podem ser:
dida de alguma propriedade física, como: medida de massa
a) ALIMENTOS CONTAMINADOS: são aqueles alimentos ou volume, medida de absorção de radiação, medida do po-
que contém agentes vivos (vírus, bactérias, parasitas, etc.) ou tencial elétrico, etc.
substâncias químicas minerais ou orgânicas (defensivos,
Existem dois tipos básicos de métodos em análise de ali-
metais pesados, etc.) estranhas à sua composição normal,
mentos: métodos convencionais e métodos instrumentais. Os
que pode ser ou não tóxica, e ainda, componentes naturais
primeiros são aqueles que não necessitam de nenhum equi-
tóxicos (sais como nitratos, etc.), sempre que se encontrem
pamento sofisticado, isto é, utilizam apenas a vidraria e rea-
em proporções maiores que as permitidas.
gentes, e geralmente são utilizados em gravimetria e volume-

Conhecimentos Específicos 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


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tria. Os métodos instrumentais, como o próprio nome diz, são A preparação da amostra está relacionada com o trata-
realizados em equipamentos eletrônicos mais sofisticados. mento que ela necessita antes de ser analisada, como: a
São utilizados, sempre que possível os métodos instrumentais moagem de sólidos, a filtração de partículas sólidas em líqui-
no lugar dos convencionas. dos, a eliminação de gases etc.
Em, alimentos, a escolha do melhor método de análise é c) Reações químicas ou mudanças físicas
um passo muito importante, pois o alimento é, geralmente,
Fazem parte da preparação do extrato para análise. Os
uma amostra muito complexa, em que os vários componentes
processos analíticos compreendem o manuseio da amostra
da matriz podem estar interferindo entre si. Por isso, em mui-
para obtenção de uma solução apropriada para a realização
tos casos, um determinado método pode ser apropriado para
da análise. O tipo de tratamento a usar depende da natureza
um tipo de alimento e não fornecer bons resultados para ou-
do material e do método analítico escolhido. Geralmente, o
tro. Portanto a escolha do método vai depender do produto a
componente de interesse é extraído com água ou com solven-
ser analisado.
te orgânico, e às vezes é necessário um ataque com ácido.
A escolha do método analítico vai depender de uma série Os reagentes químicos introduzidos na preparação do extrato
de fatores: não poderão interferir nos passos seguintes da análise ou, se
o fizerem, deverão ser de fácil remoção.
Quantidade relativa do componente desejado: Os compo-
nentes podem ser classificados em maiores (mais de 1%), d) Separações
menores (0,01 – 1%), micros (menos de 0,01%) e traços (ppm
Consiste na eliminação de substâncias interferentes. Ra-
e ppb) em relação ao peso total da amostra. No caso dos
ramente as propriedades físicas utilizadas na medida quanti-
componentes maiores, são perfeitamente empregáveis os
tativa de um componente são especificas para urna única
métodos analíticos convencionais, como os gravimétricos e
espécie, pois elas podem ser compartilhadas por várias ou-
volumétricos. Para os componentes menores e micros, ge-
tras espécies. Quando isso acontece, é necessário eliminar
ralmente é necessário o emprego de técnicas mais sofistica-
estes interferentes antes da medida final. Há duas maneiras
das e altamente sensíveis, como os métodos instrumentais.
para eliminar uma substância interferente: a sua transforma-
Exatidão requerida: Os métodos clássicos podem alcançar ção em uma espécie inócua (por oxidação, redução ou com-
uma exatidão de 9,9%, quando um composto analisado se plexação); ou o seu isolamento físico corno uma fase separa-
encontra em mais de 10% na amostra. Para componentes da (extração com solventes e cromatografia).
presentes em quantidade menores que 10%, a exatidão cai
e) Medidas
bastante, e então a escolha do método deve recair sobre os
instrumentais Todo processo analítico é delineado e desenvolvido de
modo a resultar na medida de uma certa quantidade, a partir
Composição química da amostra: A presença de substân-
da qual é avaliada a quantidade relativa do componente na
cias interferentes é muito constante em alimentos. A escolha
amostra.
do método vai depender da composição química dos alimen-
tos, isto é dos possíveis interferentes em potencial. Em análi- f) Processamento de dados e avaliação estatística
se de materiais de composição extremamente complexa, o O resultado da análise é expresso em forma apropriada e,
processo analítico se complica com a necessidade de efetuar na medida do possível, com alguma indicação referente ao
a separação dos interferentes antes da medida final. Na maio- seu grau de incerteza (médias e desvios, coeficientes de
ria das determinações em alimentos, as amostras são com- variação).
plexas, necessitando de uma extração ou separação prévia
dos componentes a ser analisado. Os resultados de uma análise quantitativa somente pode-
rão ter o valor que dela se espera na medida em que a porção
Recursos disponíveis: muitas vezes não é possível utilizar do material submetida ao processo analítico representar, com
o melhor método de análise em função do seu alto custo, que suficiente exatidão, a composição média do material em estu-
pode ser limitante em função do tipo de equipamento ou até do. A quantidade de material tornada para a execução da
mesmo ao tipo de reagente ou pessoal especializado. análise é relativamente pequena em comparação com a tota-
6 - ESQUEMA GERAL PARA ANÁLISE QUANTITATIVA lidade do material em estudo, Portanto é importante conside-
rar os seguintes fatores para tirar uma amostragem:
Qualquer análise quantitativa depende sempre da medida
de uma certa quantidade física, cuja magnitude deve estar • Finalidade da inspeção: aceitação ou rejeição. avalia-
relacionada à massa do componente de interesse presente na ção da qualidade média e determinação da uniformidade;
amostra tomada para análise. Porém esta medida vai ser, •Natureza do lote: tamanho, divisão em sub-lotes e se está a
geralmente, apenas a última de uma série de etapas opera- granel ou embalado;
cionais que compreende toda a análise. As etapas descritas • Natureza do material em teste: sua homogeneidade.
abaixo dão um exemplo de um processo funcional de uma tamanho unitário, história prévia e custo;
análise quantitativa
• Natureza dos procedimentos de teste: significância.
a) Amostragem procedimentos destrutivos ou não destrutivos e tempo e custo
A amostragem é o conjunto de operações com os quais se das análises.
obtém, do material em estudo, uma porção relativamente “Amostra” é definida como “uma porção limitada do mate-
pequena, de tamanho apropriado para o trabalho no laborató- rial tomada do conjunto - o universo, na terminologia estatísti-
rio, mas que ao mesmo tempo represente corretamente todo ca - selecionada de maneira a possuir as características es-
o conjunto da amostra. senciais do conjunto”.
A maior ou menor Amostragem é a série sucessiva de etapas operacionais
Introdução a Análise de Alimentos dificuldade da amostra- especificadas para assegurar que a amostra seja obtida com
gem vai depender da homogeneidade da amostra. É necessá- a necessária condição de representatividade. A amostra é
rio que a quantidade de amostra seja conhecida (peso ou obtida através de incrementos recolhidos segundo critérios
volume) nas operações subsequentes. adequados. A reunião dos incrementos forma a amostra bru-
ta. A amostra de laboratório é o resultado da redução da a-
b) Sistema de processamento da amostra
mostra bruta mediante operações conduzidas de maneira a
garantir a continuidade da condição de representatividade da

Conhecimentos Específicos 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


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amostra. A amostra para a análise é uma porção menor da as outras duas devem ser juntadas e homogeneizadas em
amostra de laboratório. suficientemente homogeneizada para liquidificador. As frutas pequenas podem ser simplesmente
poder ser pesada e submetida à análise. homogeneizadas inteiras no liquidificador.
Em resumo, o processo da amostragem compreende três O tipo de preparo da amostra vai depender da natureza da
etapas principais: a)coleta da amostra bruta: b)preparação da mesma e do método analítico envolvido. Para extração de um
amostra de laboratório; c)preparação da amostra para análi- componente da amostra, muitas vezes é necessária uma
se. preparação prévia da mesma, a fim de se conseguir uma
extração eficiente do componente em estudo. Por exemplo:
A) ASPECTOS FUNDAMENTAIS PARA A AMOSTRA-
para determinação de proteína bruta e metais, é necessária
GEM:
uma desintegração prévia da amostra com ácidos. Para de-
a) a amostra deve ser representativa da totalidade do a- terminação de umidade, proteína bruta e matéria mineral,
limento; b)a amostra não deve causar prejuízo econômico alimentos secos devem ser moídos até passar numa peneira
significativo; c)a parte da amostra a ser analisada numa análi- de 20 mesh. Para ensaios que envolvem extração de amos-
se de contraprova deve ser representativa da totalidade da tras úmidas, elas devem ser moídas até passar numa peneira
amostra. de 40 mesh. O preparo da amostra por desintegração pode
Idealmente, a amostra bruta deve ser uma réplica, em ta- ser feito de três maneiras:
manho reduzido, do universo considerado, tanto no que diz a) Desintegração mecânica: para amostras secas, utiliza-
respeito à composição como à distribuição do tamanho da se moagem em moinho tipo Wiley (martelo) ou similar. Para
partícula. •amostras fluidas (liquidas ou pastosas) homogê- amostras úmidas, usa-se moedores do tipo para carnes ou
neas , podem ser coletadas em frascos com o mesmo volu- liquidificadores.
me, do alto, do meio e do fundo do recipiente, após agitação e
b) Desintegração enzimática: E útil em amostras vegetal,
homogeneização.
com o uso de celulases. Protease e amilases são úteis para
• amostras sólidas, cujos constituintes diferem em textu- solubilizar componentes de alto peso molecular (proteínas e
ra, densidade e tamanho de partículas, devem ser moídas e polissacarídeos) em vários alimentos. c) Desintegração quí-
misturadas. •quantidades : o material a ser analisado poderá mica: Vários agentes químicos (ureia, piridina, detergentes
estar a granel ou embalado (caixas, latas, etc.) sintéticos, etc.) também podem ser usados na dispersão ou
⇒ No caso de embalagens únicas ou pequenas lotes, to- solubilização dos componentes dos alimentos.
do o material pode ser tomado como amostra bruta; ⇒Para O ideal seria analisar as amostras frescas o mais rápido
lotes maiores, a amostragem deve compreender de 10 a 20 % possível. Mas nem sempre isto é possível e, portanto, devem
do nº de embalagens contidas no lote, ou 5 a 10% do peso existir maneiras de preservá-las.
total do alimento a ser analisado; ⇒Lotes muito grandes:
a) Inativação Enzimática: Serve para preservar o estado
toma-se a raiz quadrada do nº de unidades do lote.
original dos componentes de um material vivo. Esse tipo de
B) PREPARAÇÃO DA AMOSTRA DO LABORATÓRIO tratamento depende do tamanho, consistência e composição
(Redução da amostra bruta) dos alimentos, enzimas presentes e as determinações analíti-
cas que se pretende
a) Alimentos Secos (em pó ou granulares): A redução
poderá ser manual ou através de equipamentos. - Manual: b) Diminuição das Mudanças Lipídicas: Os métodos tradi-
quarteamento; - Equipamentos: amostrador tipo Riffle; amos- cionais de preparo de amostras podem afetar a composição
trador tipo Boerner dos extratos lipídicos. Portanto, deve-se resfriar a amostra
rapidamente antes da extração ou congelar, se for estocar.
b) Alimentos líquidos: misturar bem o líquido no recipien-
te por agitação, por inversão e por repetida troca de recipien- c) Controle de Ataque Oxidativo :
tes. Retirar porções de líquido de diferentes partes do recipi-
Uma característica marcante nos alimentos é que eles têm
ente, do fundo, do meio e de cima, misturando as porções no
uma variação muito grande na composição. Por exemplo:
final.
a)Alimentos frescos de origem vegetal, tem composição mais
c) Alimentos Semi-sólidos (úmidos) (queijos duros e cho- variada que os alimentos frescos de origem animal; b)Frutas e
colates): As amostras devem ser raladas e depois pode ser vegetais da mesma variedade podem ter composições dife-
utilizado o quarteamento, como no caso de amostras em pó rentes ou a composição pode variar mesmo após a colheita.
ou granulares. c)As modificações pós-colheita são maiores nas frutas e ve-
getais que possuem maior teor de umidade do que em cere-
d) Alimentos Úmidos (carnes, peixes e vegetais): A a-
ais, por ex.: Os fatores que influenciam na composição de
mostra deve ser picada ou moída e misturada; e depois, se
alimentos de:
necessário, passar pelo quarteamento, para somente depois
ser tomada a alíquota suficiente para a análise. A estocagem - Constituição genética: variedade- Conteúdo de gordura -
deve ser sob refrigeração. Estado de maturação- Idade do animal
e) Alimentos Semiviscosos ou Pastosos (pudins, molhos, - Condição de crescimento: solo, clima, irrigação, fertiliza-
etc.) e Alimentos líquidos contendo sólidos (compotas de ção, temperatura e insolação - Parte do animal
frutas, vegetais em salmoura e produtos enlatados em geral):
- Estocagem: tempo e condições- Alimentação do animal
As amostras devem ser picadas em liquidificador ou bag mi-
xer, misturadas e as alíquotas retiradas para análise. Deve-se - Parte do alimento: casca ou polpa
tomar cuidado com molhos de saladas (emulsões), que po- Os fatores que influenciam na pós-colheita: - perda ou ab-
dem separar em duas fases no liquidificador. sorção de umidade; perda dos constituintes voláteis; decom-
f) Alimentos com emulsão (manteiga e margarina): As posição química e enzimática (vitaminas, clorofila); oxidação
amostras devem ser cuidadosamente aquecidas a 35 ºC em causada pela aeração durante a homogeneização; remoção
frasco com tampa e depois agitado para homogeneização. A de materiais estranhos; ataque por microorganismos, com
partir daí são retiradas alíquotas necessárias para análise. deterioração das amostras; contaminação com traços de
metais por erosão mecânica nos moedores.
g) Frutas: As frutas grandes devem ser cortadas ao meio,
no sentido longitudinal e transversal, de modo a repartir em RESUMO - COLETA DE AMOSTRAS
quatro partes. Duas partes opostas devem ser descartadas e a) Saco plástico ou frasco de vidro:

Conhecimentos Específicos 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Utilizar saco plástico para congelamento desinfetado ou tricos que forneçam maior absorção da radiação; → aumen-
esterilizado, de tamanho no mínimo de 1 litro. Utilizar frasco tando o poder de leitura do equipamento, em análise instru-
de vidro de 200 ml do tipo pote Arjek (tampa de metal) ou mental.
pote LN (tampa de plástico fervível). Esterilizados em estufa
2) PONTOS CRITICOS DE CONTROLE DE QUALIDADE
(como de Pasteur) por 1 hora a 150ºC, em autoclave por 15
EM UM LABORATÓRIO DE ANÁLISE DE ALIMENTOS
minutos a 121ºC, ou desinfetado por fervura em imersão
durante 15 minutos. Não utilizar desinfetantes químicos (Ál- Os pontos críticos em um laboratório de análise estão re-
cool Iodo, Cloro, etc.) sumidos nas seguintes áreas:
b) Utensílios para coleta - Coletar os alimentos com os → coleção e preparação da amostra;
próprios utensílios durante a distribuição, ou antes, com uten- → método de análise da amostra;
sílios específicos para cada tipo de alimento, desinfetados
com álcool e flambados ou fervidos. → erros;
c) Quantidade da amostra → instrumentação;
Coletar no mínimo 100 (cem) gramas úteis do material. → analista.
d) Armazenamento A) Coleção e preparação da amostra: esta área determina
o tamanho e o método de coleta da amostra para que ela seja
Fechar imediatamente o frasco de vidro ou o saco plásti- representativa, isto é, o cuidado na amostragem. Trabalhan-
co, e armazenar em congelamento a -10ºC ou menos, no do-se com alimentos, devemos lembrar também que se trata
máximo 72 horas ou refrigeração com temperatura não supe- de uma amostra perecível que pode sofrer mudanças rápidas
rior a 4 ºC no máximo 72 horas. durante a análise. Estas mudanças incluem perda de umida-
e) Colocar as amostras congeladas ou refrigeradas a 4ºC de, decomposição, separação de fases, infestação por inse-
em uma embalagem isotérmica com gelo, enviando imedia- tos, aumento da contaminação microbiológica, etc. Para ga-
tamente ao laboratório. Observar se as amostras estão bem rantir um eficiente programa para coleção de amostra. deve-
fechadas para não entrar água do gelo durante o transporte. mos considerar os seguintes itens de qualidade:
f) Coleta de água, sucos e refrigerantes → amostragem; documentação; controle de contamina-
ção; preservação e transporte para o laboratório.
Não é recomendada a utilização de saco plástico nem
frasco de vidro desinfetado. Recomenda-se coletar em frasco B) Métodos de análise: o método ideal deve possuir aque-
de vidro esterilizado fornecido pelo laboratório. Importante: les atributos essenciais como exatidão. precisão, especifici-
Não congelar as amostras, mantê-las sob refrigeração duran- dade e sensibilidade, além de ser prático, rápido e econômi-
te 72 horas. co. Porém não é possível otimizar todas estas condições ao
mesmo tempo e o analista deve decidir em função do objetivo
CAPÍTULO 3 - GARANTIA DE QUALIDADE EM LABO-
da análise, quais atributos devem ser priorizados. Por exem-
RATÓRIOS DE ANÁLISE DE ALIMENTOS
plo, em muitos casos, queremos ter apenas uma ideia da
1) CONFIABILIDADE DOS RESULTADOS quantidade de um composto na amostra. Neste caso, pode-
mos escolher um método menos exato e preciso e, conse-
A confiabilidade dos resultados em um método analítico
quentemente, mais prático, rápido e econômico. Os métodos
vai depender de vários fatores como: ⇒ especificidade:
de análise podem ser classificados em vários tipos:
⇒ exatidão;
⇒métodos oficiais: são os que devem ser seguidos por
⇒ precisão; uma legislação ou agência de fiscalização
⇒ sensibilidade. ⇒métodos padrões ou de referência: são métodos desen-
Especificidade está relacionada com a propriedade do mé- volvidos por grupos que utilizaram estudos colaborativos;
todo analítico em medir o composto de interesse independen- ⇒métodos rápidos: são utilizados quando se deseja determi-
te da presença de substâncias interferentes. Quando o méto- nar se será necessário um teste adicional através de um mé-
do é específico. o interferente não sela computado com o todo mais exato; ⇒métodos de rotina: são os métodos oficiais
composto de interesse ou ele poderá ser descontado. Neste ou padrões que podem ser modificados conforme a necessi-
último caso, é importante saber como o efeito da substância dade e conveniência; ⇒métodos automatizados: é qualquer
interferente está sendo adicionado à medida de interesse. um dos métodos citados acima, porém que utilizam equipa-
mentos automatizados; ⇒métodos modificados: são geral-
Exatidão mede quanto próximo o resultado de um dado mente métodos oficiais ou padrões, que sofreram alguma
método analítico se encontra do resultado real previamente modificação, para criar alguma simplificação, ou adaptação a
definido. A exatidão de um método pode ser medida de duas diferentes matrizes, ou, ainda, remover substâncias interfe-
maneiras. No primeiro caso, determina-se a porcentagem de rentes.
recuperação do composto de interesse que foi adicionado na
amostra numa quantidade previamente conhecida. Outra Existem procedimentos para verificação da correta aplica-
maneira de verificar a exatidão de um método é comparar bilidade de um método para uma determinada amostra:
com os resultados obtidos por outros métodos analíticos já ⇒formulação sintética: é o melhor procedimento, mas é
definidos como exatos. muito difícil duplicar a matriz das amostras, principalmente as
Precisão de um método é determinada pela variação entre sólidas; ⇒porcentagem de recuperação: não e um método
vários resultados obtidos na medida de um determinado com- muito exato, porém é simples e por isso bastante usado; o
ponente de uma mesma amostra, isto é, é o desvio padrão composto em análise é adicionado à matriz da amostra e
entre as várias medidas e a média. cuidadosamente misturada antes ou depois da etapa de ex-
tração
Sensibilidade é a menor quantidade do componente que
se consegue medir sem erro. Em análise instrumental, a ra- ⇒comparação com um método oficial ou padrão: é feita
zão entre o sinal e o ruído deve ser de (2:1). A sensibilidade em relação à exatidão e precisão.
pode ser aumentada de duas maneiras: ⇒A comparação entre métodos é sempre feita em relação
→ aumentando a resposta da medida - por exemplo, nu- à exatidão e precisão. A precisão pode ser definida de três
ma medida calorimétrica, podemos usar reagentes calorimé- maneiras dependendo das fontes de variabilidade: → replica-

Conhecimentos Específicos 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
bilidade: é expressa como desvio padrão e mede a variabili- sobre os resultados obtidos, de maneira a obter a exatidão e
dade entre replicatas; precisão do método em estudo.
→ repetibilidade: é expressa como desvio padrão e mede 4) RESUMO DOS TERMOS MAIS UTILIZADOS
a variabilidade entre resultados de medidas da mesma amos-
Resumo de alguns termos importantes no estudo de mé-
tra em épocas diferentes e no mesmo laboratório (estudo
todos analíticos:
intralaboratorial); → reprodutibilidade: é expressa como des-
vio padrão e mede a variabilidade entre resultados de medi- Precisão: concordância entre os resultados de várias me-
das da mesma amostra em diferentes laboratórios (estudo didas efetuadas sobre uma mesma amostra e nas mesmas
interlaboratorial). condições de análise. Exatidão: concordância entre o valor
medido e o valor real. Sensibilidade: pode ser medida em um
C) Tipos de erros em análise de alimentos: existem duas
método ou em um equipamento e é definido como o cociente
categorias de erros: determinados ou sistemáticos e indeter-
diferencial do sinal medido sobre o valor da propriedade a ser
minados. Erros determinados: possuem um valor definido,
medida. Limite de detecção: é o menor sinal, expresso em
podendo ser medidos e computados no resultado final.
quantidades ou concentração, que pode ser distinguido, com
⇒Erros de método; uma probabilidade conhecida. em relação a um branco medi-
do nas mesmas condições. Repetibilidade: é a expressão da
⇒Erros operacionais: erros de leitura de medidas instru-
precisão, quando o mesmo operador aplica o mesmo método
mentais ou medidas volumétricas; erros de preparação de
sobre a mesma amostra, no mesmo laboratório, com os
padrões; erro de amostragem; erro de diluições; erro devido à
mesmos aparelhos e os mesmos reagentes. Reprodutibilida-
limpeza deficiente da vidraria utilizada.
de: e a expressão da precisão, quando o método é realizado
⇒Erros pessoais: identificação imprópria da amostra; falha nas mesmas condições, mas em vários laboratórios diferen-
em descrever observações e informações importantes; falhas tes. Robustez: qualidade de um método de conduzir a resul-
em seguir as direções do método; erros no registro destes tados que são pouco afetados pela variação de fatores se-
dados tais como transposição dos dígitos, localização incorre- cundários (por exemplo, volume e marca de um reagente,
ta do ponto decimal, inversão do tempo de agitação etc.) não fixados dentro do protocolo do
método. Especificidade: qualidade de um método que possui
Sistema de qualidade em laboratórios numerador e deno-
uma função de medida de um único componente da amostra
minador etc.; erros de cálculos dos resultados; erro na inter-
sem medir outros componentes interferentes também presen-
pretação dos resultados;
tes na amostra.
⇒Erros devido a instrumentos e reagentes: erro devido ao
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABnFEAE/apostila-
uso de reagentes impuros e de má qualidade.
analise-alimentos?part=7
Erros indeterminados: não possuem valor definido e, por-
Karla Ilza
tanto, não podem ser medidos. Não podem ser localizados e
corrigidos, entretanto podem ser submetidos a um tratamento
estatístico que permite saber qual o valor mais provável e
também a precisão de uma série de medidas, pois eles de- MICROBIOLOGIA: NOÇÕES DE VIROLOGIA, BACTERIO-
vem seguir uma distribuição normal (distribuição de Gauss). LOGIA E MICOLOGIA; DESENVOLVIMENTO MICROBIA-
NO: MEDIDAS DE CRESCIMENTO MICROBIANO, CURVA
D) Instrumentação: os instrumentos consistem de compo- DE CRESCIMENTO MICROBIANO, CONDIÇÕES IDEAIS
nentes óticos e eletrônicos e, portanto, seu funcionamento DE CRESCIMENTO MICROBIANO. MEIOS DE CULTURA:
tende a se deteriorar com o tempo. Devemos, então, fazer CLASSIFICAÇÃO, FUNÇÕES E PREPARAÇÃO; INDICA-
frequentes padronizações e calibrações de modo a monitorar DORES BIOLÓGICOS; CONTROLE DOS MICRORGANIS-
este desgaste. Mesmo controlando os desgastes, pode ocor- MOS: MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE: CALOR SECO,
rer falhas de uso dos equipamentos como: CALOR ÚMIDO, PASTEURIZAÇÃO, RADIAÇÕES, FIL-
→ verificação do nível na balança analítica; TRAÇÃO;

→ tempo de espera de aquecimento em alguns equipa-


mentos etc. Microbiologia
E) Analistas: o analista de laboratório deve conseguir de- A vida humana está intimamente relacionada com os mi-
terminar com exatidão e precisão componentes presentes em crorganismos, abundantes no solo, no mar e no ar. Invisíveis
concentrações muito baixas e em matrizes muito complexas. a olho nu, esses seres oferecem fartas evidências de sua
A verificação das habilidades do analista pode ser feita pelo existência -- muitas vezes de forma desfavorável, quando
exame intralaboratorial e interlaboratorial de uma mesma deterioram objetos valorizados pelo homem e provocam do-
amostra. enças, ou benéfica, quando fermentam álcool para a fabrica-
3) MEDIDAS DA EFICIÊNCIA DE UM MÉTODO ANALÍ- ção de vinho e cerveja, levedam o pão e produzem os deriva-
TICO dos do leite. De incalculável valor na natureza, os microrga-
nismos também decompõem restos vegetais e animais para
O estudo de eficiência de métodos de análise e controle transformá-los em gases e elementos minerais recicláveis por
de qualidade pode ser feito em três etapas distintas: outros organismos.
⇒Utilizando material de referência: o resultado do método Microbiologia é a ciência que estuda os microrganismos,
novo, em análise, é comparado com o resultado obtido atra- seres vivos de tamanho microscópico que pertencem a clas-
vés de uma amostra referência de concentração e pureza ses e reinos diversos e entre os quais estão os protozoários,
conhecidas - este teste é problemático, pois em alimentos, na as algas microscópicas, os vírus, as bactérias e os fungos.
maioria dos casos, o material de referência não é disponível. Pela dificuldade em classificá-los como plantas ou animais, os
⇒Relações interlaboratoriais: a mesma amostra é analisa- microrganismos são às vezes agrupados separadamente
da por vários laboratórios utilizando o método em teste - é como protistas, seres de vida primitiva. A microbiologia pode
denominado estudo colaborativo. ser dividida em disciplinas específicas: a bacteriologia, que se
ocupa do estudo das bactérias; a virologia, que pesquisa os
⇒Iniciação ao controle de qualidade: aplicar cálculos esta- vírus e rickéttsias; e a protozoologia, que estuda os protozoá-
tísticos como média, desvio padrão e coeficiente de variação rios, as algas e os fungos. De outro ponto de vista, pode ser
classificada em teórica, ou pura, e prática, ou aplicada. A
Conhecimentos Específicos 49 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
microbiologia aplicada divide-se ainda, de acordo com as inalteradas. Esse método ficou conhecido como pasteuriza-
especialidades, em médica, industrial, agrícola e alimentar. ção e veio a ter enorme importância na indústria alimentícia.
Interesse biológico. Muitas bactérias e vírus produzem Graças aos trabalhos de Pasteur, desenvolveu-se a cirur-
graves doenças nos animais, em especial nos seres huma- gia anti-séptica, cuja aplicação, em 1867, se deve ao cirurgião
nos, como cólera, peste, difteria, tifo, sífilis, tuberculose etc. britânico Joseph Lister, que empregou como desinfetante o
Os vírus causam poliomielite, herpes e hidrofobia (raiva), ácido fênico. Esse procedimento reduziu de forma significativa
entre outras doenças. Mas há bactérias que interferem de os casos de mortalidade por infecção pós-operatória.
forma positiva em sistemas essenciais à sobrevivência huma-
Outra grande figura da microbiologia no século XIX foi o
na. Elas estão envolvidas, por exemplo, em processos indus-
alemão Robert Koch, que em 1876 isolou a bactéria causado-
triais como a fermentação alcoólica e a do leite, além da pro-
ra do carbúnculo. As bases da microbiologia foram solidamen-
dução de antibióticos e diversos compostos químicos. Inter-
te fundadas entre 1880 e 1990. Discípulos de Pasteur e Koch,
vêm ainda nos ciclos naturais do carbono e do nitrogênio.
entre outros, descobriram inúmeras bactérias capazes de
Um dos estudos mais recentes sobre os microrganismos é causar doenças específicas e elaboraram um conjunto de
a investigação de sua possível ocorrência no espaço sideral e técnicas e procedimentos laboratoriais para revelar a ubiqui-
em outros planetas além da Terra. Ramo da exobiologia, a dade, diversidade e o poder dos micróbios.
microbiologia espacial pesquisa os microrganismos como
Em 1882, Koch descobriu o bacilo da tuberculose e, um
fornecedores de alimento e oxigênio no ambiente fechado das
ano depois, o microrganismo responsável pela cólera asiática.
naves espaciais.
Também em 1883 foi identificada a bactéria causadora da
Abordagem histórica. A partir do século XIII, atribuiu-se a difteria. Nesse mesmo período, Pasteur e seus assistentes
organismos invisíveis a responsabilidade pelo surgimento de comprovaram que animais vacinados com um bacilo de an-
algumas doenças. Em 1546, Girolamo Fracastoro defendeu, traz especialmente cultivado se mostravam imunes à doença.
em seu livro De contagione et contagiosis morbis (Sobre os Essa descoberta deu início ao estudo da imunidade e dos
contágios, as doenças contagiosas) a ideia segundo a qual o princípios que fundamentaram a prevenção e o tratamento de
contágio se deve a agentes vivos. A microbiologia como ciên- doenças por meio de vacinas e soros.
cia só começou, porém, com a invenção e o aprimoramento
Pasteur, em 1885, produziu uma vacina contra a raiva, e
do microscópio. Embora não tenha sido o primeiro a observar
um assistente seu, Charles Chamberland, descobriu que,
o mundo microscópico, o holandês Antonie van Leeuwenho-
enquanto as bactérias não eram capazes de atravessar filtros
ek, comerciante e hábil construtor de lentes, foi, no final do
de porcelana, outros organismos o eram. Em 1892, o pesqui-
século XVII, o primeiro a registrar descrições adequadas de
sador russo Dimitri Ivanovski constatou que o agente causa-
suas observações, excelentes pela qualidade excepcional de
dor do mosaico do tabaco era do tipo filtrável. Dez anos de-
suas lentes. Leeuwenhoek comunicou suas descobertas so-
pois, outro organismo filtrável foi identificado como causador
bre os "animálculos" numa série de cartas enviadas à Royal
da febre aftosa do gado. Aos poucos foram sendo aprimora-
Society de Londres, em meados de 1670.
das técnicas muito precisas para investigar esses organis-
No século XVII, ainda exercia grande influência sobre os mos, que passaram a ser conhecidos como vírus. As rickétt-
cientistas o conceito de geração espontânea de vida -- ideia sias, que se assemelham às bactérias muito pequenas, foram
defendida inicialmente pelos gregos, segundo a qual os seres descritas pela primeira vez pelo patologista americano Ho-
vivos podem surgir da matéria inanimada. No final do século, ward Taylor Ricketts, em 1908, quando ele estudava a febre
uma série de observações e experiências desferiu um golpe das montanhas Rochosas, doença provocada por esses mi-
mortal sobre a teoria da geração espontânea. Coube a Louis crorganismos.
Pasteur demonstrar que os microrganismos só podem se
A partir da década de 1940, a microbiologia experimentou
originar de outros seres vivos.
uma fase extremamente produtiva, durante a qual foram iden-
tificados vários microrganismos causadores de doenças e
desenvolveram-se métodos para controlá-los. Esses organis-
mos também foram utilizados na indústria, canalizando-se sua
atividade para a produção de artigos para o comércio e a
agricultura. A pesquisa sobre os microrganismos também fez
progredir o conhecimento do homem a respeito dos seres
vivos, ao fornecer material adequado para o estudo de com-
plexos processos vitais, como o metabolismo.
Técnicas microbiológicas. Os microrganismos podem ser
isolados em condições especiais, mediante semeadura em
meios de cultura ou por inoculação em ovos embrionados de
galinha, em células cultivadas no laboratório, ou inoculação
em animais sensíveis. O microrganismo pode ser cultivado e
isolado de acordo com suas exigências biológicas, em meios
de cultura mantidos a 37o C ou à temperatura ambiente e
enriquecidos ou não com determinados nutrientes. Alguns
desses seres são anaeróbios (crescem somente na ausência
de oxigênio livre), como as bactérias do gênero Clostridium,
Cientista de importância fundamental para a história da
que inclui a espécie tetani, causadora do tétano. Outros, co-
microbiologia, Pasteur constatou também que os processos
mo o gonococo e o meningococo, exigem ambiente com dez
fermentativos resultam da atividade de microrganismos e
por cento de gás carbônico. Os pequenos vírus, os agentes
estudou o problema da deterioração do vinho, do vinagre e da
basófilos e as rickéttsias só crescem em ovos embrionados,
cerveja, além de doenças que afetavam o bicho-da-seda e
em cultivo de células e em animais de laboratório.
ameaçavam arruinar a indústria têxtil francesa. Pasteur des-
cobriu que o vinho se transforma em vinagre por ação da Uma vez obtidas, as culturas são analisadas quanto à
bactéria Acetobacter aceti e utilizou o calor para destruir os forma, cor, tamanho, rugosidade, produção de pigmentos,
agentes patogênicos contidos em alimentos líquidos, que temperatura ideal de crescimento etc. Com tais culturas pode-
mantinham assim suas propriedades nutritivas praticamente se realizar o antibiograma para verificar a sensibilidade ou a
resistência aos mais diversos agentes antimicrobianos.

Conhecimentos Específicos 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O microbiologista procura conhecer o equipamento enzi- pazes de produzir doenças infecciosas, como furúnculos, ou
mático de uma bactéria, por meio da pesquisa e da identifica- invadir a corrente sanguínea e se disseminarem por todo o
ção dos metabólitos que o organismo produz. Esses atributos corpo, produzindo infecção generalizada (septicemia) ou
são geralmente fixos e servem, portanto, para sua identifica- localizada em outra parte do corpo, como a meningite, infec-
ção. Pesquisa-se assim a produção de gás sulfídrico, amônia ção da membrana que recobre o cérebro e a medula espinhal.
e urease, assim como a fermentação de diferentes hidratos
Ingeridos nos alimentos e bebidas, os agentes infecciosos
de carbono e as necessidades de crescimento de determina-
podem atacar a parede dos intestinos e provocar doenças
dos microrganismos.
locais ou generalizadas. A conjuntiva, membrana que recobre
É a custa de enzimas que os microrganismos obtêm a e- o olho, pode ser penetrada por vírus que causam inflamação
nergia necessária para seu crescimento. Para que as bacté- local do olho ou caem na corrente sanguínea para provocar
rias, por exemplo, possam multiplicar-se nos meios de cultura, graves doenças, como sarampo ou varíola. Ao invadir o orga-
ou seja, fazer a síntese de sua própria matéria orgânica, pre- nismo pela mucosa genital, os agentes infecciosos podem
cisam dispor de uma fonte de carbono, de nitrogênio e de desencadear as reações inflamatórias agudas da gonorreia
energia. Geralmente desprovidas de clorofila, as bactérias ou se espalhar para atacar praticamente todos os órgãos do
não conseguem transformar a energia solar em química. organismo, com as lesões crônicas e mais destrutivas da
Precisam, portanto, oxidar um substrato orgânico ou inorgâni- sífilis ou como reação à redução da imunidade provocada
co para utilizar as calorias desprendidas de tais oxidações. pela AIDS.
Para combater essas ameaças, o corpo humano está e-
quipado com dispositivos sensíveis que integram o sistema
imunológico, responsável pela reação imediata aos agentes
causadores de doenças. Em sentido biológico, o meio ambi-
ente é hostil ao homem, que aprendeu a controlá-lo parcial-
mente, mas convive com o risco permanente de que uma
mínima alteração ambiental possa levar a desequilíbrios im-
previstos entre a espécie humana e seus concorrentes bioló-
gicos.
Vírus
Com o aumento vertiginoso dos índices de crescimento
demográfico em meados do século XX, as populações huma-
nas foram sendo empurradas para o interior de áreas até
então ocupadas por florestas tropicais densas, habitat de
incontáveis formas de vida. Esse avanço desenfreado, res-
A virulência dos microrganismos se verifica por meio da ponsável pela expansão das fronteiras agrícolas e pela aber-
inoculação em animais, nos quais se analisam as mudanças tura de novas estradas e rotas comerciais, parece ter encon-
de temperatura e as lesões provocadas. Quando um micror- trado resistência apenas de alguns organismos invisíveis e
ganismo é virulento para o homem, pode-se provocar uma extremamente agressivos: os vírus.
lesão experimental para descobrir o agente infectante e de-
pois voltar a isolá-lo em meios seletivos. Os animais, protegi-
dos com soros específicos, também podem ser inoculados
com os produtos tóxicos de determinadas bactérias.
A observação da forma, cor e aspecto das colônias pode
ser feita a olho nu ou ao microscópio. O estudo das bactérias
ao microscópio óptico é facilitado pela técnica de coloração
da amostra com violeta de genciana, ou método de Gram,
assim chamado em homenagem ao médico que descobriu o
processo, Hans Christian Gram, em 1884. Os organismos que
tomam a coloração são chamados de Gram-positivos, e os
outros, de Gram-negativos.
Doenças infecciosas
Todos os órgãos e sistemas fisiológicos podem sofrer do-
enças infecciosas, decorrentes da implantação no organismo
de seres vivos patogênicos de dimensões microscópicas.
Distingue-se, porém, uma série de quadros clínicos que inte-
gram o núcleo básico da pesquisa médica microbiológica e se
caracterizam, em geral, pelo elevado risco de contágio e, em
muitos casos, pela natureza epidêmica.
De acordo com o tamanho, as características bioquímicas
ou a maneira como interagem com o homem, os agentes
infecciosos se classificam em bactérias, vírus, rickéttsias,
micoplasmas e ureaplasmas, fungos, parasitos e clamídias
(parasitos intracelulares que provocam conjuntivite em recém-
nascidos, pneumonia e infecções genitais, contêm ADN e
ARN e podem ser combatidas com antibióticos).
As barreiras mais importantes à invasão do corpo humano
por microrganismos são a pele e as mucosas, tecidos que
revestem internamente o nariz, a boca e o trato respiratório
superior. Quando esses tecidos se rompem ou são afetados Vírus são agentes infecciosos de tamanho ultramicroscó-
por doenças, pode ocorrer invasão por microrganismos, ca- pico (com diâmetro entre 20 e 250 nanômetros), muito meno-
Conhecimentos Específicos 51 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
res que as menores bactérias. Desprovidos de estrutura celu- arbovírus não chegam a constituir uma família. Agrupam-se
lar e dependentes de outras células vivas para se multiplica- nessa classificação todos os vírus transmitidos por artrópo-
rem e propagarem, situam-se no limite que separa a matéria des, principalmente mosquitos. Como exemplos de arbovírus
viva da inerte. Consistem de um núcleo de ácido nucléico citam-se os vírus transmissores da dengue, da febre amarela
(ADN, ácido desoxirribonucléico, ou ARN, ácido ribonucléico), e da encefalite equina.
envolto por uma cápsula externa protéica (capsídeo). Alguns
Prevenção e tratamento. O tratamento de uma infecção vi-
apresentam ainda um envelope externo composto de lipídios
ral se restringe normalmente ao alívio dos sintomas: por e-
e proteínas. O ácido nucléico contém o genoma do vírus --
xemplo, a ingestão de líquidos controla a desidratação, a
sua coleção de genes --, enquanto o capsídeo o protege e
aspirina alivia dores e diminui a febre. Há poucas drogas que
pode apresentar moléculas que facilitam a invasão da célula
podem ser usadas para combater diretamente o vírus, uma
hospedeira. Podem ser esféricos, em formato de bastão ou
vez que esses organismos empregam a energia e o equipa-
ter formas muito complexas, como "cabeças" poliédricas e
mento bioquímico das células vivas para realizarem sua pró-
"caudas" cilíndricas.
pria replicação. Portanto, os medicamentos que inibem a
Em virtude de sua simplicidade, os vírus foram inicialmen- replicação viral também inibem as funções das células hos-
te considerados formas de vida primitivas. Esse conceito é pedeiras. Existe um reduzido número de drogas antivirais,
tido como incorreto porque os vírus, destituídos das estruturas porém, que combatem infecções específicas.
responsáveis pelo exercício das funções vitais, não sobrevive-
O controle epidemiológico é a medida de maior êxito con-
riam à ausência de células hospedeiras. É então mais prová-
tra as doenças viróticas. Programas de imunização ativa em
vel que os vírus tenham evoluído a partir das células e não o
larga escala, por exemplo, podem quebrar a cadeia de trans-
contrário.
missão de uma doença virótica e até erradicá-la, como ocor-
Ciclo de infecção. A injeção do ácido nucléico viral no inte- reu com a varíola. O controle de insetos e a higiene na mani-
rior de uma célula hospedeira é o início do ciclo de desenvol- pulação dos alimentos são outras medidas que podem ajudar
vimento do vírus. Vírus bacteriófagos (que invadem as células a eliminar alguns vírus do interior de populações específicas.
bacterianas) acoplam-se à superfície do microrganismo e
História. Os primeiros indícios da natureza biológica dos
perfuram sua rígida membrana celular, transmitindo assim o
vírus vieram de estudos feitos pelo russo Dmitri Ivanovski, em
ácido nucléico viral para o hospedeiro. Os vírus de animais
1892, e pelo holandês Martinus Beijerinck, em 1898. Beije-
entram nas células hospedeiras mediante um processo cha-
rinck supôs inicialmente que o organismo estudado, causador
mado endocitose (invaginação da membrana da célula), en-
de uma doença das plantas chamada mosaico, era um novo
quanto os vírus de vegetais penetram em corrosões nas fo-
agente infeccioso, que ele chamou de contagium vivum flui-
lhas das plantas. Uma vez no interior do hospedeiro, o geno-
dum, capaz de atravessar os filtros biológicos mais finos até
ma viral comanda a síntese de novos componentes virais --
então conhecidos. Em estudos independentes, Frederick
ácidos nucléicos e proteínas. Esses componentes são então
Twort, em 1915, e Félix d'Hérelle, em 1917, comprovaram a
montados para formar novos vírus, que, ao romperem a
existência dos vírus ao descobrirem agentes infecciosos ca-
membrana da célula, estão prontos para infectar novas célu-
pazes de produzir lesões em culturas de bactérias, os bacte-
las.
riófagos.
Há outro tipo de infecção viral, na qual o genoma viral
Na década de 1940, a invenção do microscópio eletrônico
forma uma associação estável com o cromossomo da célula
permitiu observar os vírus pela primeira vez. Um significativo
hospedeira e junto com ele se replica, antes da divisão celu-
avanço no estudo desses organismos se fez em 1949, com a
lar. Cada nova geração de células herda o genoma do vírus,
descoberta de uma técnica de cultura de células em superfí-
que nesse caso não produz descendentes. Em algum mo-
cies de vidro, que abriu caminho para o diagnóstico de doen-
mento, um fator qualquer pode induzir o genoma viral latente
ças causadas por vírus, por intermédio da identificação de
a comandar a replicação viral, com a subsequente ruptura da
sua ação sobre as células e dos anticorpos produzidos contra
célula hospedeira e a liberação de novos vírus.
eles no sangue.
Resposta imunológica. O animal pode responder de nu-
A nova técnica levou ao desenvolvimento de vacinas efici-
merosas formas a uma infecção viral. A febre é uma resposta:
entes, como as empregadas contra a poliomielite, a varíola, a
muitos vírus são inativados a temperaturas ligeiramente aci-
raiva e a febre amarela, avanços que pareciam prever a vitó-
ma da temperatura normal do hospedeiro. A secreção de
ria definitiva do homem sobre as doenças viróticas. No entan-
interferon pelas células do animal infectado é outra resposta
to, o crescimento descontrolado da população mundial e a
comum. O interferon inibe a multiplicação de vírus em células
invasão concomitante e indiscriminada de nichos ecológicos
não-infectadas. Os seres humanos e outros vertebrados são
antes intocados acabaram expondo o homem, nas últimas
capazes ainda de organizar um ataque imunológico contra
décadas do século XX, a vírus desconhecidos, por isso cha-
vírus específicos, com anticorpos e células imunológicas
mados emergentes, e extremamente agressivos. O surgimen-
especialmente produzidos para neutralizá-los.
to de novas correntes migratórias e a intensificação do turis-
Classificação. Os vírus classificam-se de acordo com vá- mo internacional também ajudaram a disseminar doenças
rias características: o tipo de ácido nucléico que apresentam, viróticas antes restritas a algumas populações isoladas.
seu tamanho, a forma do capsídeo ou a presença de um
O primeiro desses novos vírus a aparecer foi o HIV, cau-
envelope lipoprotéico em sua estrutura. A divisão taxionômica
sador da AIDS e provavelmente oriundo de macacos africa-
primária se faz em duas classes: vírus ADN e vírus ARN. Os
nos. Isolado em 1983, o HIV infectou mais de 13 milhões de
vírus ADN dividem-se em seis famílias: poxvírus (que inclui o
pessoas em 15 anos. Um dos vírus emergentes mais letais de
agente causador da varíola), adenovírus, herpesvírus, iridoví-
que se tem notícia, contudo, é o ebola, que surgiu pela primei-
rus, papovavírus (entre os quais os papilomavírus, que cau-
ra vez, em 1967, em Marburg, na Alemanha, onde matou sete
sam as verrugas simples, genitais e carcinomas de pele, de
pessoas contaminadas por macacos importados da Uganda.
vulva e de pênis) e parvovírus.
Novas variedades do ebola, letais em noventa por cento dos
Já os vírus ARN classificam-se nas famílias picornavírus casos, apareceram no Sudão e no Zaire, em 1976, e, nova-
(resfriados, poliomielite e hepatite A), calicivírus, togavírus mente no Zaire, em 1995, causando mortíferas epidemias de
(rubéola), flavivírus (dengue e febre amarela), coronavírus, febre hemorrágica.
ortomixovírus (gripe), paramixovírus (sarampo e caxumba),
Os hantavírus, transmitidos por roedores, são um exemplo
rabdovírus (raiva), arenavírus (febre hemorrágica), buniavírus,
de vírus que circulavam numa população isolada e se disse-
retrovírus (AIDS, leucemia e câncer de pele) e reovírus. Os
minaram pelo planeta na segunda metade do século XX.

Conhecimentos Específicos 52 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Antes da década de 1950, o Ocidente desconhecia os hanta- peptídeos (açúcares e proteínas). Em algumas espécies de
vírus, causadores de febre hemorrágica muito comuns na bactérias, a parede celular se encontra rodeada por uma
China e na Coreia, que se dispersaram principalmente no cápsula de natureza gelatinosa e de composição variável.
organismo de ratos transportados em porões de navios. A
A maioria das bactérias possui um tamanho médio de dez
lista dos vírus emergentes inclui ainda o rift valley, um arboví-
micra, e se apresenta em quatro formas fundamentais: cocos
rus causador de febre na região da grande fossa africana; e
ou pequenas esferas; bacilos ou bastonetes retos; vibriões ou
os arenavírus sabiá, junin, machupo, guanarito e lassa, cau-
bastonetes curvos; e espirilos ou filamentos em forma de
sadores de febre hemorrágica, respectivamente, no Brasil, na
hélice. Algumas espécies apresentam-se sob a forma de
Argentina, na Bolívia, na Venezuela e na África.
colônias de grupamentos: diplococos ou aos pares; estrepto-
Bacteriologia. cocos, formando longos filamentos; estafilococos, formando
estruturas tridimensionais; e sarcinas, de morfologia cúbica.
Ramo da microbiologia encarregado do estudo das bacté-
As bactérias se movem por meio de flagelos, estruturas alon-
rias. Seus métodos modernos tiveram início com o emprego
gadas de forma e número variáveis, distribuídas ao redor da
de corantes, por Carl Weigert, para tingir os tecidos animais, e
célula.
as descobertas de Robert Koch.
Reprodução. Em condições adequadas, uma célula bacte-
Bactéria
riana se reproduz assexuadamente pelo processo da biparti-
Incluídos entre os menores seres vivos conhecidos, as ção. Inicialmente, seu material celular dobra de volume, se-
bactérias estão presentes em toda parte: no solo, na água, no guindo-se uma constrição na parte média da célula, pela
ar e em outros seres vivos. Embora algumas espécies cau- invaginação ou dobra da membrana plasmática, ao longo da
sem graves enfermidades, a função biológica desses micror- qual ocorre o crescimento de uma nova parede celular, até
ganismos é indispensável, principalmente nos processos de que duas novas células se formem.
fermentação e no tratamento de resíduos orgânicos.
Além desse mecanismo de reprodução, as bactérias po-
dem se reproduzir sexuadamente, por meio de três processos
diferentes, conhecidos como conjugação, transformação e
transdução. No primeiro deles, há a transferência de material
genético entre duas células. Na transformação, uma célula
bacteriana, anteriormente destruída, libera para o meio parte
de seu material genético, captada por outra célula. Na trans-
dução, o material genético é transferido de uma célula para
outra com o auxílio de um vírus bacteriófago.
O crescimento desses microrganismos apresenta várias
fases sucessivas: latência, na qual o crescimento é nulo;
crescimento exponencial; fase estacionária, na qual o número
de indivíduos se mantém constante ao longo do tempo; e, por
último, fase de declive, na qual há uma redução na população
de microrganismos. Estas duas últimas são consequência da
redução dos nutrientes presentes no meio e da produção de
resíduos metabólicos tóxicos durante o processo de cresci-
mento.
Ciclo vital das bactérias. O desenvolvimento bacteriano
depende fortemente da temperatura. Existem certas espécies,
denominadas psicrófilas, que exibem crescimento a tempera-
turas na faixa de 4 a 10o C, enquanto outras, conhecidas
como bactérias mesófilas, apresentam um desenvolvimento
acentuado em temperaturas entre 25 e 40o C. Outras, ainda,
apresentam uma temperatura ótima de crescimento na faixa
de 45 a 75o C, sendo, por esse motivo, denominadas termófi-
Bactéria é um ser procariote, isto é, não possui núcleo las. Além da temperatura, também o teor de oxigênio presen-
propriamente dito, como ocorre nas células vegetais e ani- te no meio afeta o desenvolvimento desses microrganismos.
mais, e o material genético, reunido numa determinada região Assim, existem bactérias aeróbias (que só sobrevivem na
celular, não se isola fisicamente do resto dos componentes presença de oxigênio) e anaeróbias (para as quais a presen-
celulares por uma membrana. Por isso, são consideradas um ça desse gás é letal) e facultativas (que não necessitam de
grupo de seres vivos à parte, embora algumas espécies se- oxigênio mas podem desenvolver-se na presença dele).
jam capazes de, como os vegetais, realizar fotossíntese.
Quanto a suas necessidades nutritivas, as bactérias po-
Tamanho, forma e estrutura. O material celular desses or- dem ser classificadas como autotróficas, quando são capazes
ganismos, o citoplasma, é constituído pelo hialoplasma, subs- de produzir matéria orgânica a partir de matéria inorgânica, e
tância semifluida composta de água, sais, substâncias quími- heterotróficas, quando necessitam de matéria orgânica para
cas nutrientes e rejeitos do metabolismo da célula. Dispersos sintetizar seu alimento. Muitas espécies de bactéria formam,
no hialoplasma se encontram o material genético da célula, quando em condições adversas, uma estrutura de proteção,
responsável pela transmissão de suas características biológi- denominada endósporo, capaz de resistir a ataques químicos
cas, e várias organelas, responsáveis por suas funções vitais. e a grandes variações de temperatura. Quando as condições
O citoplasma, por sua vez, é circundado pela membrana do meio se normalizam, essa proteção se desfaz e a bactéria
plasmática, envoltório composto por lipídios e proteínas, onde se torna novamente ativa.
ocorrem as trocas nutritivas entre a célula e o meio, além de
várias outras atividades metabólicas, entre elas a respiração.
Essa membrana está envolvida pela parede celular, uma
estrutura de proteção que confere à bactéria sua forma carac-
terística; com dez a vinte micra (1 mícron = 1 milésimo de
milímetro) de espessura, compõe-se basicamente de gluco-

Conhecimentos Específicos 53 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Presentes na atividade industrial, as bactérias são respon-
sáveis pela obtenção de vários produtos, entre eles o ácido
lático, o butírico, o álcool butílico, o propílico e a acetona,
entre outros. Toda a indústria de laticínios, como manteiga,
queijos, cremes e coalhadas, e o preparo do café, do chá, das
bebidas fermentadas como vinhos, cervejas, vinagres etc.,
exploram o trabalho desses microrganismos.
Os despejos sanitários expostos à ação prolongada das
bactérias e insuflados de ar durante algumas horas recupe-
ram-se e podem voltar ao curso dos rios sem prejuízo para
sua fauna. A vasa que se forma nas estações de tratamento
como sedimento é rica em substância orgânica. Tanto pode
ser utilizada como fertilizante, como aproveitada para produzir
gás, em geral, é utilizado para fornecer a eletricidade neces-
sária ao funcionamento dessas estações.
A água contaminada com componentes do ácido fênico,
rejeitada pelas refinarias de petróleo, é purificada por certo
tipo de bactérias; e até as águas com escórias de certas in-
dústrias, como cianetos, que provocariam a total destruição
dos peixes e demais animais dos cursos de água, são hoje
neutralizadas pela ação de bactérias especializadas em trans-
formar esse veneno em substâncias inócuas.
As bactérias formam mais da metade do volume do conte-
údo intestinal. Existe aí um equilíbrio natural, entre as espé-
cies nocivas e as benéficas, que se traduz em saúde para o
organismo. Um dos efeitos secundários dos antibióticos em-
pregados para combater as bactérias patogênicas (aquelas
causadoras de enfermidades) é que eles matam também as
espécies úteis, podendo acarretar distúrbios em consequên-
cia do rompimento desse equilíbrio.
Muitas bactérias do gênero Streptomyces produzem anti-
bióticos, como a estreptomicina (S. griseus), aureomicina (S.
aureofaciens), terramicina (S. rimosus), cloranfenicol (S. ve-
nezuelae), eritromicina (S. erythreus), neomicina (S. fradiae),
farmicetina (S. lavendulae) etc.
Germes e doenças. Os organismos unicelulares que, in-
troduzidos no corpo humano ou de animais, são capazes de
provocar doenças, em determinadas condições, tomam o
nome genérico de germes ou micróbios. Alguns germes,
chamados não-patogênicos, podem ser encontrados no orga-
nismo.
Para demonstrar que uma enfermidade é causada por um
determinado germe, devem ser satisfeitas quatro condições,
conhecidas como "postulados de Koch": (1) o germe deve ser
encontrado no organismo do hospedeiro, homem ou animal;
(2) o micróbio deve ser extraído ou isolado do organismo e
cultivado fora dele em meios artificiais de cultura; (3) o germe,
Importância. Embora mais conhecidas pelas doenças que cultivado em laboratório, deve causar a mesma doença quan-
podem causar ao homem, as bactérias se mostram muito do inoculado em animal sadio; (4) deve-se encontrar o mes-
úteis em diversos aspectos. Fertilizam o solo onde crescem mo germe no animal inoculado experimentalmente.
vegetais, fixando o nitrogênio atmosférico ou transformando À medida que os cientistas iam estudando os micróbios,
compostos nitrogenados em sais absorvíveis pelas plantas.
foram descobrindo que esses organismos podiam apresentar
Também outras substâncias essenciais à nutrição das plantas características que os assemelhavam aos animais, sendo,
só são assimiladas com o auxílio de bactérias, como é o caso nesse caso, denominados protozoários; ou aos vegetais,
do ferro e do enxofre. englobando, nesse grupo, as bactérias e as riquétsias, fungos
Os grandes depósitos de salitre-do-chile resultam do tra- microscópicos; há ainda o grupo dos vírus filtráveis.
balho de transformação dos dejetos de aves marinhas em A tendência de certos germes patogênicos a se localiza-
nitratos de potássio e sódio efetuado por bactérias. O mesmo rem em determinadas células e órgãos, e neles produzirem
acontece com o salitre do Brasil, encontrado nos areais do lesões, nem sempre encontra explicação plausível. Do ponto
Norte, proveniente da transformação de dejetos de mocós. O
de vista clínico, o médico pode ter uma ideia da identidade do
guano, fertilizante rico em fósforo e ainda hoje produzido em germe quando leva em consideração a localização anatômica
ilhas das costas do Peru, é também um resultado da ação de ou conjunto de sinais e sintomas referentes a certos órgãos.
bactérias sobre os dejetos de aves guanaanis. Além disso,
muitas jazidas de ferro e de enxofre resultaram da atividade Salvo pequenas diferenças, as infecções geralmente se-
de bactérias ferruginosas e sulfurosas que concentram esses guem um curso constante. Os microrganismos penetram no
elementos, obtidos em águas primitivas nas quais abunda- corpo através da pele, nasofaringe, pulmões, uretra, intestino
vam. ou outras portas de entrada. Uma vez instalados no hospedei-
ro, passam a multiplicar-se, gerando uma infecção geral ou
primária. A partir daí, pode ocorrer invasão local de estruturas

Conhecimentos Específicos 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
orgânicas vizinhas ou disseminação para órgãos mais distan- diversos: em meio aquático, no solo, no ar, sobre partículas
tes, através da corrente sanguínea e linfática, produzindo em suspensão ou ainda à custa das plantas e também dos
lesões secundárias. A infecção pode ser vencida pelo hospe- animais, que muitos deles parasitam. Aparecem onde quer
deiro com recuperação completa ou matá-lo em qualquer fase que exista certo grau de umidade.
evolutiva (localização, invasão ou disseminação).
O diagnóstico das doenças infecciosas se fundamenta em
informações extraídas do interrogatório clínico, do exame
físico e de exames complementares, principalmente de san-
gue e de urina. Em doenças causadas por bactérias, frequen-
temente se demonstra a presença do germe mediante exame
microscópico de material colhido do hospedeiro. O diagnósti-
co pode ser confirmado, também, pelo estudo das caracterís-
ticas celulares no exame histológico de material colhido para
biópsia. Finalmente, no diagnóstico das infecções, serve-se o
médico também de exames sorológicos, por meio dos quais
consegue identificar os anticorpos específicos para esse ou
aquele germe.
Dados históricos. A bacteriologia se iniciou por volta de
1880, com os trabalhos básicos de Robert Koch e Louis Pas-
teur. A noção de que as bactérias eram a causa de doenças
Caracteres gerais. Como as plantas, os fungos são orga-
já fora mencionada anteriormente, em trabalhos que procura-
nismos imóveis que vivem fixados a um substrato. Possuem
vam esclarecer a origem do contágio. O médico italiano Giro-
um tecido indiferenciado, parecido com o talo de certos vege-
lamo Fracastoro foi o primeiro a postular, em meados do
tais inferiores, e formam estruturas reprodutivas semelhantes
século XVI, a ideia de que o contágio se devia a agentes
aos esporos de outros seres vivos. No entanto, não têm cloro-
vivos, admitindo que pudesse ser direto, indireto ou a distân-
fila, substância graças à qual os vegetais realizam a fotossín-
cia.
tese, e se alimentam de matéria inorgânica por meio da cap-
Daí até o desenvolvimento formal da teoria microbiana por tação de energia luminosa.
Pasteur, em 1878, vários cientistas realizaram experiências
Os fungos, portanto, como seres heterotróficos, isto é, que
visando confirmar as hipóteses sugeridas por Fracastoro.
vivem às expensas da matéria elaborada por outros organis-
Paralelamente ao trabalho realizado por Pasteur, estudos de
mos, devem necessariamente crescer sobre restos orgânicos
Koch, com a adoção de procedimentos normalizados de pes-
em decomposição ou como parasitos de outros seres vivos. A
quisa, foram responsáveis pelo surpreendente progresso da
carência de clorofila, que confere às plantas sua característica
bacteriologia nos vinte anos seguintes.
cor verde, faz com que os fungos apresentem outras tonali-
A invenção do ultramicroscópio, em 1903, pelo físico ale- dades, amiúde esbranquiçadas ou pardas, e também é a
mão Heinrich Wilhelm Siedentopf e pelo químico austríaco razão por que não precisam de luz para desenvolver-se. Além
Richard Zsigmond, facilitou consideravelmente as pesquisas. disso, não possuem em suas células a típica parede de celu-
Surgiram, em 1919, a fotomicrografia e, em 1943, o micros- lose dos vegetais e suas membranas frequentemente contêm
cópio eletrônico, que permitiu observar detalhadamente a quitina, substância de que se compõe a cutícula de alguns
célula microbiana. A descoberta do bacteriófago, em 1915, animais invertebrados, como os insetos. Essas características
pelo canadense Félix Hubert d'Hérelle, marcou o início do levaram os biólogos a considerarem os fungos como um reino
capítulo extremamente importante em bacteriologia, relacio- à parte. A ciência que estuda esses seres denomina-se mico-
nado a fenômenos de variação bacteriana, natureza dos vírus logia.
e mecanismo de sua manipulação.
As células dos fungos pluricelulares se dispõem em fila-
Finalmente, o advento da quimioterapia bacteriana, em mentos chamados hifas, as quais se agrupam e constituem o
1935, veio pavimentar o caminho para a era dos antibióticos, tecido fundamental ou micélio. A reprodução pode ser asse-
iniciada em 1940, com os trabalhos dos médicos ingleses Sir xuada, em geral por meio de estruturas microscópicas deno-
Howard Walter Florey e Ernst Boris Chain, que conduziram à minadas esporos, ou sexuada. Esta última se processa em
produção em massa da penicilina, descoberta, em 1928, por certos fungos por fusão de células procedentes de duas hifas
Alexander Fleming. distintas. Alguns grupos formam duas classes de esporos:
Micologia. uns dotados de flagelo, prolongamento filiforme que lhes
permite deslocar-se na água, conhecidos como zoósporos; e
Parte da botânica que estuda especialmente os fungos, ou outros sem flagelo, os aplanósporos, carentes de mobilidade.
cogumelos. Também conhecida como micetologia
Os diversos grupos de fungos desenvolvem também dife-
Fungo rentes tipos de órgãos produtores de esporos. Em alguns
Por muito tempo incluídos no reino vegetal, apesar de ca- mofos, esses órgãos denominam-se esporângios e se apre-
recerem de clorofila e possuírem características muito diferen- sentam como corpos arredondados situados na extremidade
tes das que apresentam as plantas, os fungos são hoje classi- de um filamento. Os cogumelos mais comuns produzem um
ficados em reino independente. Parasitos das plantas cultiva- órgão frutífero composto de um pé e um chapéu, que consti-
das, permitem a produção de antibióticos e favorecem muitos tuem a parte visível do fungo. Na parte inferior do chapéu há
processos de fermentação. Alguns são apreciados também uma série de lamelas em que se originam os basídios, estru-
como alimento. turas que emitem os esporos. Os levedos e certos mofos
formam os ascos, pequenos órgãos que costumam desenvol-
Fungo é o organismo vivo simples heterotrófico, isto é, in- ver oito esporos.
capaz de sintetizar matéria orgânica a partir de substâncias
inorgânicas, cujo corpo é formado somente de um talo unice- Ordenação sistemática. Entre as diversas classes de fun-
lular ou pluricelular. Semelhante às plantas em alguns aspec- gos encontram-se os mixomicetes, que produzem corpos
tos, delas difere muito em outros. Já foram descritas cerca de frutíferos dos quais surgem esporos muito resistentes, que
cinquenta mil espécies, mas calcula-se que tal número possa podem permanecer em estado de latência durante muitos
chegar a 250.000. Os fungos encontram-se em habitats muito anos, até que as condições ambientais se tornem favoráveis a
seu desenvolvimento. A classe dos ficomicetes, fungos inferi-

Conhecimentos Específicos 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ores e antigos, agrupa os arquimicetes, muito primitivos; os Medidas do crescimento microbiano
oomicetes, que parasitam vegetais; e os zigomicetes, que
O crescimento dos microrganismos pode ser mensurado
incluem alguns dos mofos mais comuns, como os pertencen-
por diferentes técnicas, tais como pelo acompanhamento da
tes aos gêneros Mucor e Rhizopus -- os chamados mofos
variação no número ou peso de células, por exemplo. Dentre
pretos -- frequentes no pão, nas frutas e em outros alimentos
as diferentes técnicas utilizadas, descreveremos alguns e-
em mau estado de conservação.
xemplos.
A classe dos ascomicetes, caracterizados por possuírem
Contagem total de células: esta metodologia envolve a
ascos dos quais saem os esporos, incluem, entre outros, os
contagem direta das células em um microscópio, utilizando-se
levedos do gênero Saccharomyces, importantes porque reali-
câmaras de contagem. A contagem direta é uma técnica rápi-
zam diferentes processos de fermentação, entre os quais o da
da, mas tem como principais limitações a impossibilidade de
farinha, que assim se transforma em pão, e o da cerveja. A
distinção entre células vivas e mortas e contagens errôneas,
esse grupo pertencem também os fungos do gênero Penicilli-
devido às pequenas dimensões de algumas células, ou pela
um, dos quais se obtém a penicilina, antibiótico descoberto
formação de agregados celulares.
pelo médico inglês Alexander Fleming em 1928, e as trufas,
do gênero Tuber, muito apreciadas como alimento, por seu
delicado sabor.
Os cogumelos são fungos pertencentes à classe dos basi-
diomiceto, alguns dos quais comestíveis, como o Agaricus
campestris, conhecido em culinária como champignon; e o
Lactarius deliciosus. Outros são venenosos, como os mata-
moscas (Amanita muscaria), e até mortais, como o A. phal-
loydes; e outros ainda são parasitos, como o carvão do milho
(Ustilago maydis).
Cogumelo
Organismos que por suas características se enquadram
no reino vegetal, embora incapazes de sintetizar clorofila, os
cogumelos apresentam espécies comestíveis e outras alta-
mente tóxicas, das quais se extraem venenos e substâncias
alucinógenas.
Cogumelo é um fungo pertencente à classe dos basidio-
micetos e dos ascomicetos, distribuído por numerosas famí-
lias e centenas de gêneros. Compõem-se, morfologicamente,
de um receptáculo ou chapéu, em cuja face inferior se encon-
tram finíssimas lamelas, e um pedúnculo. Podem ser micros-
cópicos, como os Aspergillus, Phitophthora e Plasmopora, ou
visíveis a olho nu. Dentre as espécies macroscópicas, o cha-
péu-de-sol-do-diabo (Agaricus campestris) apresenta pedún-
culo com aproximadamente seis centímetros e cresce em
lugares úmidos e em madeira podre. É a espécie mais co-
mum na Europa e muito encontrada no Brasil, onde também é
frequente a orelha-de-pau ou urupê (Polyporus sanguineus).
A ingestão de cogumelos venenosos produz sintomas co-
mo alucinações, enjôo, diarreia e vômito. Pode causar intoxi-
cação de consequências fatais, decorrentes de insuficiência
renal e hepática.©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publica-
ções Ltda.
CRESCIMENTO MICROBIANO
Em microbiologia, o termo crescimento refere-se a um
aumento do número de células e não ao aumento das dimen-
sões celulares (tamanho da célula).
Crescimento Populacional: é definido como o aumento
do número, ou da massa microbiana. A taxa de crescimento é
a variação no número ou massa por unidade de tempo. O
tempo de geração é o intervalo de tempo necessário para que
uma célula se duplique. O tempo de geração é variável para
os diferentes organismos, podendo ser de 10 a 20 minutos
até dias, sendo que em muitos dos organismos conhecidos,
este varia de 1 a 3 horas. O tempo de geração não corres-
ponde a um parâmetro absoluto, uma vez que é dependente Exemplo ilustrando o procedimento de contagem dire-
de fatores genéticos e nutricionais, indicando o estado fisioló- ta (Adaptado de Madigan et al., Brock Biology of Microorga-
gico da cultura. O tempo de geração pode ser calculado nisms, 2003)
quando uma cultura encontra-se em fase exponencial, pela Em determinadas situações, por exemplo quando se re-
fórmula abaixo: N=No.2n, onde N=número final de células, quer apenas uma estimativa da quantidade de microrganis-
No= número inicial de células, n= número de gerações. mos, pode-se empregar a contagem proporcional, que cor-
n= log(N) - log(No)/0.301 responde a uma análise comparativa das culturas com sus-
pensões padrão. Como exemplo de uma suspensão padrão
g = t/n , onde g= tempo de geração, t= tempo de cresci- podemos citar a escala de MacFarland, apresentando assim,
mento e n= determinado acima.
Conhecimentos Específicos 56 A Opção Certa Para a Sua Realização
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graus de turvação distintos. Desta forma, comparando-se a determinar o número preciso de microrganismos presentes.
turvação da cultura em estudo com os tubos de MacFarland, Peso seco: Muito utilizado na quantificação de fungos, onde o
pode-se obter uma estimativa do número de células presentes micélio é retirado da cultura, lavado e transferido para um
na amostra. frasco e submetido à secagem. Realizam-se então sucessivas
pesagens, até o momento onde não observa-se mais varia-
Contagem de viáveis: Procedimento também conhecido
ções. Este procedimento pode também ser realizado centrifu-
como contagem em placa, que estima o número de células
gando-se a cultura e pesando o sedimento, ou então secan-
viáveis (isto é, capazes de se reproduzir) em uma amostra.
do-o (100 - 150°C/16 horas) e depois pesando-o.
Esta metodologia envolve a coleta de uma cultura microbiana
em diferentes tempos de crescimento, as quais são então Turbidimetria: quantificação em espectrofotômetro ou co-
inoculadas em meio sólido. Após a incubação dos meios, lorímetro a 660 nm, uma vez que neste comprimento de onda,
geralmente por uma noite, o número de colônias é contado. a cor geralmente parda dos meios de cultura não interfere
Como uma colônia normalmente é originada a partir de um com os resultados. Nestes comprimentos, a absorção de luz
organismo, o total de colônias que se desenvolvem no meio por componentes celulares corados é desprezível mas, se
corresponde ao número de células viáveis presentes na alí- necessário, outros comprimentos de onda podem ser usados.
quota analisada. Esta técnica deve sempre realizada empre- Tal metodologia requer a confecção de uma curva padrão.
gando-se várias diluções (100 a 104 células) das amostras. Embora a análise turbidimétrica seja menos sensível, é de
Esta metodologia é amplamente utilizada, exibindo elevada rápida e fácil execução, não destruindo a amostra. Entretanto,
sensibilidade, detectando baixos números de células e permi- não permite a determinação de células viáveis.
tindo também a contagem de diferentes tipos de microrganis-
Análises químicas: A partir da quantificação de proteínas
mos, pelo emprego de meios seletivos (meios que favorecem
ou de nitrogênio, ou por meio da análise de diferentes ativida-
o crescimento de um determinado tipo ou grupo de organis-
des metabólicas.
mo) e/ou seletivos e diferenciais (meios que além de favore-
cerem o desenvolvimento de um tipo ou grupo de organismo, Número Mais Provável (NMP): Amplamente utilizado em
também permite sua distinção, a partir de alguma característi- laboratórios de microbiologia de alimentos ou ambiental, na
ca fenotípica). quantificação de microrganismos em água, leite e outros pro-
dutos.
Também podem ser usadas membranas filtrantes, onde
os líquidos são filtrados e as membranas colocadas direta- Esta metodologia é basicamente utilizada para a pesquisa
mente sobre os meios de cultura. de coliformes totais e coliformes fecais, que são microrganis-
mos indicadores de poluição fecal, o que pode ter como con-
sequência a presença de outros organismos, tais como proto-
zoários e vírus. Esta técnica foi desenvolvida após análises
estatísticas complexas.
CURVA DE CRESCIMENTO (CULTURA DESCONTÍ-
NUA)
Quando uma cultura microbiana desenvolve-se em um sis-
tema fechado, pode-se confeccionar uma curva de crescimen-
to. Esta pode ser dividida em diferentes etapas: lag, log, esta-
cionária e de declínio.

Lag: período variável, onde ainda não há um aumento


significativo da população. Nesta fase ocorre a síntese de
várias enzimas e/ou outros constituintes celulares necessários
à absorção dos nutrientes presentes no meio.
Log ou exponencial: nesta etapa, as células estão ple-
namente adaptadas, absorvendo os nutrientes, sintetizando
seus constituintes, crescendo e se duplicando. A taxa de
crescimento exponencial é variável, de acordo com o tempo
de geração do organismo em questão.
Geralmente, procariotos crescem mais rapidamente que
Técnica de contagem de viáveis (Adaptado de Madigan
eucariotos.
et al., Brock Biology of Microorganisms, 2003)
Estacionária: Nesta fase, os nutrientes estão escassean-
Massa de células: pode ser determinada a partir da esti-
do e os produtos tóxicos estão tornando-se mais abundantes.
mativa do peso seco ou do peso úmido de uma cultura. Este
Nesta etapa não há um crescimento da população, ou seja, o
tipo de procedimento é realizado quando não é necessário

Conhecimentos Específicos 57 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
número de células que se divide é equivalente ao número de
células que morrem. Na fase estacionária que são sintetiza-
dos vários metabólitos secundários, que incluem antibióticos e
algumas enzimas.
Nesta etapa ocorre também a esporulação das bactérias.
Declínio: A maioria das células está em processo de mor-
te, embora outras ainda estejam se dividindo.
Crescimento em culturas contínuas: técnica muito usa-
da nos processos industriais de obtenção de produtos micro-
biológicos. Nestes casos, tem-se o interesse em manter as
células em fase log ou estacionária. Utilizam-se fermentado-
res que permitem um crescimento em equilíbrio dinâminco.
CONDIÇÕES IDEAIS DE CRESCIMENTO
O crescimento dos microrganismos é grandemente afeta-
do pelas condições físicas e químicas do ambiente onde se
encontram, sendo que estas podem influir positivamente ou
negativamente de acordo com o microrganismo em questão.
TEMPERATURA: Corresponde a um dos principais fato-
res ambientais que influenciam o desenvolvimento bacteriano.
A medida que há um aumento da temperatura, as reações
químicas e enzimáticas na célula tendem a tornar-se mais
rápidas, acelerando a taxa de crescimento. Temperaturas cardeais dos microrganismos (Adaptado
de Madigan et al., Brock Biology of Microorganisms, 2003)
Entretanto, em determinadas temperaturas inicia-se o pro-
cesso de desnaturação de proteínas e ácidos nucléicos, invi- Dentre os diferentes microrganismos observa-se uma am-
abilizando a sobrevivência celular. pla variedade de faixas de temperatura, onde para alguns o
ótimo encontra-se entre 5 e 10°C, enquanto para outros é de
Assim, todos os microrganismos apresentam uma faixa de 90 a 100°C.
temperatura onde desenvolvem-se plenamente. Nesta faixa
de temperatura podemos determinar as temperaturas mínima, Assim, os microrganismos podem ser classificados em
ótima e máxima para cada microrganismo. A temperatura quatro grupos, de acordo com os ótimos de temperatura:
máxima provavelmente reflete os processos de desnaturação PSICRÓFILOS (0 a 20°C, ótimo de _ 15°C), MESÓFILOS (12
mencionados acima. a 45°C), TERMÓFILOS (42 a 68°C), e HIPERTERMÓFILOS
(80 a 113°C).

Tipos de bactérias em relação à temperatura (Adaptado Mesófilos: crescem numa faixa de 20 a 40°C, com um ó-
de Madigan et al., Brock Biology of Microorganisms, 2003) timo em torno de 37°C, sendo os principais microrganismos
encontrados em animais de sangue quente.
Há os microrganismos psicrotolerantes que são aqueles
cujo ótimo encontra-se entre 20 e 40°C e que sobrevivem a Termófilos e Hipertermófilos: São encontrados nos so-
0°C. São um grupo amplo (bactérias, fungos, algas e protozo- los, silagem, fontes termais e no fundo oceânico.
ários) que podem contaminar alimentos e outros substratos
TENSÃO DE HIDROGENIO - pH:
refrigerados.
Os ambientes naturais tem uma faixa de pH de 5 a 9, o
Profa Dra Luciana Furlaneto Maia
que comporta o crescimento de diferentes tipos de microrga-
Texto Adaptado (Profa. Dra Cynthia Maria Kyaw – UNB) nismos. Os fungos tendem a ser mais acidófilos que as bacté-
rias(pH <5).

Conhecimentos Específicos 58 A Opção Certa Para a Sua Realização


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PRESSÃO OSMÓTICA
Classes de organismos, em relação à salinidade (A-
daptado de Madigan et al., Brock Biology of Microorganisms,
2003)
Profa Dra Luciana Furlaneto Maia
Texto Adaptado (Profa. Dra Cynthia Maria Kyaw – UNB)

MEIOS DE CULTURA
Por: Raphael Gonçalves Nicésio

O crescimento dos microrganismos nos diferentes meios


de cultura utilizados fornece as primeiras informações para a
sua identificação. É importante conhecer o potencial de cres-
cimento de cada meio de cultura e adequar ao perfil bacteria-
no esperado para cada material.

Distribuição de alguns microrgansmos, de acordo Alguns procedimentos são essenciais na hora da prepara-
com o pH (Adaptado de Madigan et al., Brock Biology of ção de cada meio de cultura para a obtenção de melhores
Microorganisms, 2003) resultados e evitar contaminações, como nos diferentes ca-
sos: quando distribuir o meio antes de autoclavar, os tubos
TENSÃO DE O2: Extremamente importante no desenvol- não precisam estar esterilizados; quando distribuir o meio
vimento, uma vez que os microrganismos comportam-se de após a autoclavação, os tubos, frascos, placas, pipetas e
forma bastante distinta, sendo classificados como vidrarias ou materiais auxiliares obrigatoriamente devem ser
AERÓBIOS, ANAERÓBIOS FACULTATIVOS, ANAE- estéreis e os meios devem ser autoclavados com as tampas
RÓBIOS ESTRITOS, ANAERÓBIOS AEROTOLERANTES E semi-abertas, para que a esterilização seja por igual em todo
MICROAERÓFILOS. o conteúdo dos tubos - tampas fechadas não permitem a
entrada do vapor.
As condições de anaerobiose podem ser conseguidas pe-
lo uso de agentes redutores nos meios de cultura, tais como o Ágar nutriente (AN)
tioglicolato de sódio, que reage com o oxigênio, formando
água; pela remoção mecânica do oxigênio, sendo substituído
por nitrogênio e CO2; pelo uso de sistemas comerciais do tipo
"GasPak", que gera hidrogênio e CO2 com um catalisador de
paládio.

Meio relativamente simples, de fácil preparo e barato, mui-


to usado nos procedimentos do laboratório de microbiologia.
Utilidade: análise de água, alimentos e leite como meio
para cultivo preliminar das amostras submetidas à exames
bacteriológicos e isolamento de organismos para culturas
puras, conservação e manutenção de culturas em temperatu-
ra ambiente, como método opcional para os laboratórios que
não dispõem do método da criopreservação (congelamento
das cepas em freezer à - 70ºC) e observação da esporulação
de espécies de bacilos Gram positivos.
Interpretação:
Cor original do meio: branco opalescente
Positivo: Crescimento na superfície do ágar;
Negativo: Ausência de crescimento.

Classes de organismos, em relação à tensão de oxi-


Ágar sangue (AS)
gênio (Adaptado de Madigan et al., Brock Biology of
Microorganisms, 2003)

Conhecimentos Específicos 59 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O cristal violeta inibe o crescimento de microrganismos
Gram positivos especialmente enterococos e estafilococos. A
concentração de sais de bile é relativamente baixa em com-
paração com outros meios, por isso não é tão seletivo para
Gram negativos como, por exemplo, o ágar SS.
Utilidade: isolar bacilos Gram negativos (enterobactérias
e não fermentadores) e verificar a fermentação ou não da
lactose.
Interpretação:
O meio, usando uma base rica, oferece ótimas condições
de crescimento a maioria dos microrganismos. A conservação Cor original do meio: rosa avermelhado.
dos eritrócitos íntegros favorecem a formação de halos de Crescimento de bacilos Gram negativos.
hemólise nítidos, úteis para a diferenciação de Streptococcus
spp. eStaphylococcus spp. Colônias cor de rosa: fermentadoras de lactose.

Utilidade: isolamento de microrganismos não fastidiosos, Colônias incolores: não fermentadoras de lactose.
verificação de hemólise dos Streptococcus Não há crescimento de cocos Gram positivos.
spp. e Staphylococcus spp. e usado na prova de satelitismo
(para identificação presuntiva de Haemophilus spp.).
Ágar Salmonella-Shigella (SS)
Interpretação:
Cor original do meio: vermelho.
Beta hemólise: presença de halo transparente ao redor
das colônias semeadas (lise total dos eritrócitos).
Alfa hemólise: presença de halo esverdeado ao redor das
colônias semeadas (lise parcial dos eritrócitos).
Gama hemólise (sem hemólise): ausência de halo ao re-
dor das colônias (eritrócitos permanecem íntegros).
Ágar chocolate (CHOC) Possui componentes (sais de bile, verde brilhante e citrato
de sódio) que inibem microrganismos Gram positivos. A in-
corporação de lactose ao meio permite diferenciar se o mi-
crorganismo é lactose positiva (bactérias que fermentam a
lactose produzem ácido que na presença do indicador verme-
lho neutro resultando na formação de colônias de cor rosa), e
bactérias que não fermentam a lactose formam colônias
transparentes. Tissulfato de sódio e o citrato férrico permitem
a detecção de H²S evidenciado por formação de colônias de
cor negra no centro.

Amplamente utilizado para o cultivo de microrganismos e- Utilidade: selecionar e isolar espécies de Salmonel-
xigentes, embora cresçam neste meio quase todos os tipos la e Shigella, em amostras de fezes, alimentos e água.
de microrganismos. À base do meio, é adicionado sangue de Interpretação:
cavalo, carneiro ou coelho em temperatura alta, o que faz
com que as hemácias lisem, liberando hemina e hematina, Cor original do meio: vermelho alaranjado.
compostos fundamentais para o crescimento dos microrga- Colônias com centro negro (H²S) ou colônias incolores:
nismos exigentes. suspeita de Salmonella.
Utilidade: crescimento de microrganismos exigen- Colônias incolores: suspeita de Shigella spp.
tes Haemophilus spp., Neisseria spp., Branhamella catarrha-
Colônias cor de rosa ou vermelho: suspeita de Escherichia
lis e Moraxella spp.
coli ou Klebsiella spp.
Interpretação:
As bactérias não fermentadoras de lactose são incolores.
Cor original do meio: castanho escuro (chocolate).
As bactérias fermentadoras de lactose aparecem na cor
Colônias de tamanho pequeno a médio, com pigmento rosa.
amarelo: sugestivo de Neisseria spp,
Ágar Hektoen enteric (HE)
Branhamella catarrhalis ou Moraxella spp.
Colônias pequenas e delicadas, com pigmento creme cla-
ro: sugestivo de Haemophilus spp.
Ágar MacConkey (MC)

Os sais biliares e os corantes azul de bromotimol e fucsina


ácida inibem o crescimento da maioria dos microrganismos
Gram positivos. Lactose, sacarose e salicina fornecem car-
boidratos fermentáveis para incentivar o crescimento e dife-

Conhecimentos Específicos 60 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
renciação de enterobactérias. A base do meio é constituída por ovos integrais, o que
Utilidade: isolar e diferenciar os membros da espé- permite amplo crescimento das micobactérias e o crescimento
cie Salmonella e Shigella de outros Enterobacteriaceae. é satisfatório para o teste de niacina (que é positivo pa-
ra Mycobacterium tuberculosis).
Interpretação:
Cor original do meio: azul-esverdeado Utilidade: Isolamento primário das micobactérias.
Colônias amarelas a salmão: enterobactérias fermentado- Interpretação:
ras de carboidratos.
Cor original do meio: verde claro
Colônias azuis-esverdeadas com ou sem centro preto:
Positivo: Crescimento de colônias amarelas
suspeita de Salmonella spp. e Shigella spp.
Negativo: ausência de crescimento.
Ágar Cystine Lactose Electrolyte Deficient (CLED)

Ágar Saboraud (AS)

Usado para isolamento e quantificação de microrganismos


presentes em amostras urina. A deficiência de eletrólitos inibe
o véu de cepas de Proteus. Meio com nutrientes que favorece o crescimento de diver-
Utilidade: isolar e quantificar microrganismos Gram posi- sos fungos leveduriformes e filamentosos.
tivos, Gram negativos e leveduras. Utilidade: cultivo e crescimento de espécies de Candi-
Interpretação: das e fungos filamentosos, particularmente associados a
infecções superficiais e caracterização macroscópica do fun-
Cor original do meio: azul claro.
go filamentoso (colônia gigante).
Colônias lactose positiva: cor amarela.
Interpretação:
Colônias lactose negativa: cor azul.
Cor original do meio: amarelo claro opalescente.
Ágar Thayer-Martin Chocolate (TM)
Após o crescimento, deve-se seguir a identificação do mi-
crorganismo que cresceu.
Ágar Regan-Lowe (RL)

É um meio rico e superior a outros meios de cultivo desti-


nados para o isolamento de Neisseria gonorrhoea-
e e Neisseria meningitidis, pois contém em sua fórmula anti-
bióticos que inibem o crescimento deNeisserias saprófitas e Consiste em uma base de carvão vegetal acrescida de
outras bactérias, quando em amostras colhidas de sítios con- sangue (carneiro ou cavalo) e cefalexina. O carvão e o amido
taminados. atuam como absorventes, removendo qualquer substância
inibitória, o sangue tem função desintoxicante e enriquecedor
Utilidade: usado para o isolamento seletivo de Neisseria
e a cefalexina inibe a maioria dos contaminantes da microbio-
gonorrhoeaee Neisseria meningitidis, a partir do material de
ta do trato respiratório.
investigação.
Utilidade: isolamento do gênero Bordetella em amostras
Interpretação:
clínicas que são geralmente contaminadas com a microbiota
Cor original do meio: marrom-chocolate do trato respiratório.
Colônias pequenas e opacas: suspeita de Neisseria go- Interpretação:
norrhoeae e Neisseria meningitidis.
Cor original do meio: preto
Ágar Löwenstein-Jensen (LJ)
Colônias pequenas acinzentadas e brilhantes: suspeita
de Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis.
Ágar verde brilhante (BG)

Conhecimentos Específicos 61 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
em procedimentos equivocados ou mesmo insuficientes inter-
ferindo na qualidade de produtos e procedimentos.
Observando textos de livros traduzidos, ou não, e alguns
artigos científicos na área de controle de microrganismos,
observei que existem termos básicos mal especificados, con-
fusos, ou mesmo incorretos interferindo no uso e escolha
adequada de agentes químicos ou físicos, principalmente nos
procedimentos de esterilização e desinfecção. Incluem-se
títulos, frases e palavras que também permitem compreensão
O extrato de levedura e duas peptonas fornecem os nutri- de sentido variado. Explico alguns termos que considero bási-
entes; a lactose e a sacarose, juntamente com o vermelho de cos e que podem contribuir na melhor compreensão dos
fenol, fornecem um sistema de diferenciação que exclui os métodos de controle de microrganismos. Desta maneira,
fermentadores da lactose e/ou sacarose (ex: E. coli), enquan- propicia uma análise crítica das alternativas disponíveis para
to que as salmonelas não produzem ácido a partir destes o controle microbiológico.
açúcares. Lembro também da insuficiência de clareza nos textos de
Utilidade: isolamento de outras salmonelas que não se- alguns livros de Microbiologia ou mesmo de Doenças Infec-
jam as S. Typhi, existentes nas fezes e em outros materiais. ciosas traduzidos, principalmente da língua inglesa, incluindo
os meios eletrônicos de informação.
Interpretação:
Cor original do meio: castanho Microrganismo: Bactéria, fungo, protozoário, ovo de ne-
matelminto ou platelminto (vermes), protozoário, cistos de
Colônias brancas a vermelhas rodeadas por zonas verme- protozoários, ácaro e congêneres e microalgas. Os vírus são
lhas: suspeita de Salmonella spp. ou Proteus spp. agentes infecciosos que alguns autores não os consideram
Colônias amarelas a esverdeadas rodeadas por zonas microrganismos, por não serem células completas, mas cau-
amarelo-esverdeadas: suspeita de Escherichia coli, Klebsiella sam doenças. Neste contexto, incluem-se os fagos das bacté-
spp. rias, viroides das plantas e os príons (ex. o agente da “vaca
louca” e outras doenças priônicas). Desta maneira, todos os
ou Enterobacter spp. agentes infecciosos devem ser considerados nos métodos de
controle microbiológico.
Ágar Mueller-Hinton (MH) O que é um “antimicrobiano”? O que você espera ele
faça? Tente pensar sem continuar lendo e ter uma con-
clusão. Não importa qual foi, mas faça esta pergunta a
você como estímulo.
Um agente antimicrobiano pode interferir de várias manei-
ras nos diferentes microrganismos. Portanto, muita atenção e
verifique se o antimicrobiano é suficiente, ou não, ou até
mesmo, desnecessário. As atividades: bactericida, esporoci-
da*, fungicida, parasiticida, virucida significa "matar" ou "des-
truir" respectivamente bactérias, esporos bacterianos, fungos,
parasitas e vírus. Por outro lado, se substituirmos o sufixo
Meio padronizado por Kirby e Bauer e pelo CLSI que ofe- parastático, a atividade antimicrobiana terá uma diferença
rece condições de crescimento das principais bactérias. enorme. Estes microrganismos param sua multiplicação,
Utilidade: realização do teste de avaliação da resistência mas não morrem.
aos antimicrobianos pelos métodos de difusão em disco e E- Considerando as bactérias como referência, temos que
test para enterobactérias, não fermentado- "as bactérias têm como objetivo a sua multiplicação". No
res, Staphylococcus, Enterococcus sp. entanto, este objetivo pode ser “inibido” com um produto quí-
Interpretação: mico, ou equipamento com atividade bacteriostática, por e-
xemplo. Assim, a multiplicação destas bactérias cessa sem
Cor original do meio: amarelo palha. matá-las. Se removermos o agente bacteriostático, as bacté-
A zona do diâmetro é particular para cada antibiótico e or- rias podem voltar a se multiplicar.
ganismo, sendo comparado com diâmetros padronizados pelo Este procedimento é muito utilizado, pois é suficiente para
CLSI, que determina cada microrganismo sendo sensível, atender diversas situações para o controle de microrganismos
intermediário ou resistente. como, por exemplo, nos conservantes de alimentos, cosméti-
cos, tintas, etc. Se o conservante perder função, ou se a bac-
téria for transportada deste lugar para um ambiente favorável,
CONTROLE DE MICRORGANISMOS ela pode voltar a se multiplicar. Mas, dependendo do tipo
Jorge Timenetsky (Lattes) de bactéria, do conservante e o seu tempo de ação e do am-
Laboratório de Bactérias Oportunistas - Departamento de biente, estas bactérias podem, por outro lado, exaurirem-se
Microbiologia - ICB/USP nutricionalmente a ponto de morrer.
Controle de microrganismos: conceitos básicos Os bactericidas, ao contrário, “matam” ou “destroem”
as bactérias, e estas perdem totalmente a capacidade de se
antimicrobiano, esterilizante, desinfetante, conservan-
multiplicarem, mesmo se forem transportadas para ambientes
te, antisséptico, saneante, microbiocida, germicida, bio-
altamente favoráveis ao seu crescimento. Na verdade, este é
cida e outros termos
o conceito de morte bacteriana que pode ser estendido a
A compreensão inadequada ou incompleta de alguns ter- outros microrganismos.
mos básicos no contexto do controle de microrganismos por
Importa muitas vezes, também, saber o quê fez a bacté-
métodos químicos ou físicos nos campos da microbiologia
ria “morrer”. Existem produtos muito tóxicos ou equipamen-
(saúde humana e animal, industrial e ambiental) pode resultar
tos muito perigosos à saúde humana que, de fato, matam as
bactérias e outros microrganismos, mas o ambiente ou um

Conhecimentos Específicos 62 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
indivíduo também pode sofrer com isto e até morrer. É impor- lação bacteriana. Ou seja, quantos microrganismos morrem
tante, portanto, saber se ocorreu dano no DNA da bactéria, num determinado intervalo de tempo, isto é, se "mata" 10%,
qual parte do DNA foi alterada, se ocorreu dano de proteínas, 20%, 50%, 80%, 90% de uma população microbiana. Em
como foi isto, se as proteínas foram degradadas totalmente geral, começamos a pensar em valores de 90% ou mais. As
ou parcialmente, ou se a bactéria sofreu lise (estourou). A percentagens menores valem sim, mas em geral, são menos
bactéria pode também ter “murchado” por perder água, por significativas quando pensamos em populações em número
aquecimento em ambiente muito seco ou pelo excesso de sal de logaritmos a base de 10. Valores como99.99%,
em volta. 99.999% são vistos mais frequentemente em rótulos de al-
guns produtos desinfetantes! Puxa, mas assim é quase 100%.
Consideração importante sobre esporos bacterianos:
NÃO! Em microbiologia 100% é esterilização.
Os esporos* bacterianos são formados por apenas al-
Então, vejamos:
guns tipos de bactérias. Estas bactérias são capazes de se
"enclausurarem" formando o esporo que, por sua vez, é Na verdade, em microbiologia, temos que tratar popula-
uma estrutura extremamente desidratada, com muito cálcio ções de microrganismos cuja quantidade pode chegar a 1012
e ácido dipicolínico. Dependendo da espécie bacteriana, o bactérias por grama como nas fezes humanas, ou até 108 em
esporo pode manter viável em seu centro os principais com- alguns rios, ou cerca de 106 em lagos e etc. Na verdade, isto
postos das bactérias no ambiente por anos, séculos, milênios varia muito nos campos da microbiologia, principalmente, na
ou milhões de anos. Assim que estes esporos encontrarem área ambiental e industrial.
condições favoráveis para crescer, mesmo depois de muito
Se, por exemplo, um produto ou processo de descontami-
tempo esporuladas, os esporos germinam e as bactérias
nação tem capacidade de reduzir 90% de uma população
voltam a se multiplicar como antes. Portanto, este potencial
bacteriana, o que significaria isto? Se temos inicialmente 107
de resistência e de germinação varia entre as bactérias
bactérias por alguma unidade, no final teríamos cerca de 106
capazes de produzir esporos. O esporo bacteriano é mais
bactérias. Ora, esta redução pode ser insuficiente porque os
resistente às condições extremas do ambiente como o calor,
10% que restaram podem ser uma população microbiana alta
desidratação, radiação ultravioleta e agentes químicos. Estas
ainda.
propriedades "extras" são conferidas por serem estruturas
extremamente desidratadas, possuírem o ácido dipicolínico e Outro exemplo apresentado em alguns anúncios televisi-
o cálcio que contribuem na integridade das proteínas para as vos são as reduções de 99,9%. O que significa isto? Se
condições de "estresse" químico ou físico. tivermos uma população de 106 bactérias por alguma unidade
(gramas, mililitros, metros cúbicos de ar), no final ainda tere-
O termo "esporocida" usualmente está associado à im-
mos 103, ou seja, 1000 bactérias. Dependendo da área de
possibilidade irreversível de um esporo bacteriano “germinar”
microbiologia que trabalha no controle de microrganismos,
(da bactéria voltar para a sua vida vegetativa). Os esporos
1000 bactérias pode ser bom em alguns ambientes, mas não
fúngicos são outras estruturas microbianas e são mais frá-
em outros. O controle de microrganismos ocorre, também, em
geis, no entanto, são mais resistentes em geral do que as
outras áreas além da saúde humana ou animal. Temos os
formas vegetativas da maioria das bactérias (não esporula-
vegetais, as indústrias (alimentos, cosméticos, medicamentos,
das), de importância à saúde humana, animal e vegetal.
couro, tinta, petróleo, fermentação alcoólica e muitas outras,
Um equívoco comum neste assunto é considerar além do contexto ambiental).
que todo agente químico esporocida implica ser também
Vale também lembrar que os valores exemplificados são
esterilizante. Um agente esterilizante tem que possuir o po-
de testes laboratoriais, nos quais um produto desinfetante
tencial de todos os "cidas", claro. Mas, lembrem-se
fica em contato apenas com as bactérias testadas. Na práti-
que, existem diferentes tipos de esporos cujas resistên-
ca, diversos fatores ambientais nunca serão semelhantes
cias ao ambiente variam. Deve-se, portanto, considerar que
às condições do laboratório. Assim, as reduções mencio-
nem todo agente esporocida é necessariamente um agente
nadas geralmente são menores do que as mencionada pelos
esterilizante. Mas, todo agente esterilizante é também es-
testes laboratoriais. Discutiremos a avaliação de desinfetantes
porocida. Assim, para validar os processos de esterilização,
químicos em outro tema, principalmente pela existência de
em geral, utilizam-se determinados tipos de espécies de es-
conflitos metodológicos.
poros bacterianos sabidamente mais resistentes e que de-
vem, também, morrer nos diferentes processos de esteriliza- Vale, ainda, considerar se o antimicrobiano é um produto
ção. Assim são validados os muitos processos de esteriliza- ou equipamento tóxico ou não, e quanto tempo leva para
ção. atingir um objetivo. Além disto, quanto custa, se é estável, se
é sensível à matéria orgânica, pH, volatização, se está acon-
Vale também lembrar que existem agentes esporostáticos,
dicionado em ambiente escuro, ventilado e qual o tipo de
os quais não permitem a germinação bacteriana. Se estes
superfície que agirá (metal, madeira, fórmica, etc).
esporos, sob o efeito de um agente esporostático, forem
transportados para um ambiente favorável à germinação, Desta maneira, não aceitem sem questionar a atividade
estes germinarão e as bactérias voltariam a se multiplicar. antimicrobiana de um produto ou equipamento. É preciso
perguntar seu potencial e as limitações deste antimicrobiano.
Mas continuando com as diversidades do termo antimicro-
biano, vale acrescentar o questionamentonecessário so- Alguns termos importantes no controle de microrga-
bre qual tipo de bactéria/outro microrganismo que este nismos:
produto/equipamento atua. Os antibióticos que conhecemos são tam-
Temos que considerar se interfere com bactérias "frá- bém antimicrobianos, mas são usualmente ingeridos e, às
geis" como a Escherichia coli ou micobactérias(grupo das vezes, injetados. Alguns por serem relativamente tóxicos,
que causam tuberculose), que possuem uma espessa cama- são utilizados apenas em forma de pomada. A eficácia dos
da de gordura em sua parede celular (não são bactérias espo- antibióticos é avaliada de maneira muito diferente que desin-
ruladas!). A diferença é grande, pois as micobactérias são fetantes químicos. O mecanismo de ação dos antibióticos é
mais resistentes aos desinfetantes químicos. Maior ainda é a geralmente conhecido e, em geral, estas drogas funcionam
diferença se o produto ou equipamento é capaz de interferir como "mísseis teleguiados" enganando, em geral, o meta-
ou não nos esporos bacterianos, como já mencionamos. bolismo microbiano. Desinfetantes químicos ou físicos não
diferenciam bactérias das células de nosso corpo e, por isto,
Alem disso, temos que considerar QUANTO o antimicro-
os desinfetantes químicos, em geral, são muito mais tóxicos e
biano "mata" (atividade quantitativa) uma determinada popu-
são aplicados em superfícies inertes e não em pacientes.

Conhecimentos Específicos 63 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Esterilizante: Produto ou equipamento capaz de matar e sabão de uma superfície é importante. Por exemplo, se a
ou remover todos os microrganismos de um ambiente, pia de uma cozinha estiver suja, sem lavar bem antes, o de-
inclusive os mais resistentes. A esterilização deve ser enten- sinfetante reage com a sujeira residual e perde "força" na sua
dida como um procedimento absoluto e não relativo. Por ação contra as bactérias.
exemplo, não existe esterilização parcial ou "meia esteriliza-
Descontaminação: Promoção da atividade(s) antimicro-
ção" ou, por exemplo, estar estéril para bactérias, mas não
biana. Termo é muito genérico no contexto de controle de
para vírus.
microrganismos e pouco específico. No entanto, para tornar-
Desinfetante: Produto ou equipamento capaz de reduzir se mais claro, deve ser especificado ao que se pretende com
a níveis seguros microrganismos indesejáveis, matando- a descontaminação.
os. Este microrganismos indesejáveis variam nos diferentes Ex.: Descontaminar o quê? Como? Quais microrganismos
campos da microbiologia, mas às vezes, alguns são os mes- devem ser destruídos? Quantos microrganismos ficam após a
mos. Neste conceito, os desinfetantes não precisam ter ne- descontaminação, quais podem ficar? Qual é a exigência da
cessariamente atividade esporocida. Alguns desinfetantes descontaminação para um determinado local?
melhores podem até ser esporocidas, mas as espécies de
Por exemplo, descontaminar as mãos lavando-as com á-
esporos bacterianos que atingem, geralmente, são mais frá-
gua e sabão. Dependendo, se acrescenta em seguida o álco-
geis do que aqueles usados para validar esterilizantes.
ol-gel (que é o atualmente utilizado), se você estiver numa
Conservante: Produto com atividade "stática", mas com epidemia de gripe. Você pode ser um adulto voltando do tra-
o tempo pode causar a morte de alguns microrganismos. Os balho para visitar, no ambiente doméstico, seu neto recém-
conservantes, ou também conhecidos como preservantes, em nascido. Se você for pegá-lo no colo, então tem que lavar as
geral, mantém os níveis baixos de microrganismos. Usu- mãos antes com água e sabão e depois utilizar o álcool-gel de
almente, são aplicados em alimentos, mas podem ser incor- farmácia.
porados em muitos outros produtos em que a deterioração
Pode-se também descontaminar equipamentos de uma
microbiana é possível como os cosméticos, tintas, etc.
indústria. Neste caso, ocorrem diversos etapas e procedimen-
Saneante: Produto que não mata necessariamente mi- tos para que este equipamento não contamine o produto final.
crorganismos, usualmente mantém níveis baixos destes. Os
saneantes são compostos com atividade antimicrobiana
cujos resíduos podem ser ingeridos em pequena quanti- MÉTODOS DE CONTROLE DOS MICROORGANISMOS.
dade. O exemplo mais clássico é o uso de saneantes na (1.4)
descontaminação de pratos, talheres, panelas de hospitais
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS
ou mesmo os resíduos de cloro que existem na água potável.
O compostos ativo mais usado é o cloro em baixa concen- Departamento de Microbiologia e Parasitologia
tração.
Disciplina de Microbiologia Geral
Quanto maior a carga microbiana no inicio de um proces-
so de descontaminação, menor é a chance da eficácia espe- Prof. Daniel Roulim Stainki
rada. 1. INTRODUÇÃO.
Antisséptico: Na verdade, nada mais é do que A ciência para o controle do crescimento microbiano teve
um desinfetante cutâneo. É um composto ativo sem alvo início a cerca de 100 anos, quando Pasteur levou os pesqui-
especifico, ao contrário da pomada antibiótica. Os antissépti- sadores a acreditarem que os micróbios seriam uma possível
cos, em concentração baixa, podem ser aplicados a tecidos causa das doenças. Na metade do século XIX, o médico
vivos como a pele e mucosas. Pode ser aplicado por pouco húngaro Ignaz Semmelweis e o médico inglês Joseph Lister
tempo com objetivo de matar possíveis microrganismos inde- utilizaram algumas das primeiras práticas de controle microbi-
sejáveis e impedir a instalação e multiplicação destes. ano para procedimentos médicos. Essas práticas incluíam a
Antissepsia: A princípio, é um conjunto de regras e lavagem das mãos com hipoclorito de cálcio e a utilização de
normas aplicadas na manutenção da esterilidade de um técnicas cirúrgicas assépticas. Até aquele momento as infec-
objeto ou equipamento, previamente estéril quando ma- ções nosocomiais matavam pelo menos 10% dos pacientes
nipulado. Isto não impede que estas condutas sejam aplica- cirúrgicos e 25% das parturientes. A ignorância a respeito dos
das em procedimentos cirúrgicos, como também no repique microorganismos era tanta que, durante a Guerra Civil Ameri-
de uma determinada bactéria em estudo, próximo ao bico de cana, não era incomum um cirurgião limpar seu bisturi, entre
Bunsen ou em capela de fluxo laminar. Assim, ocorre a mani- as incisões, na sola de sua bota.
pulação apenas da bactéria em estudo e não das bactérias A prevenção e o controle de enfermidades infecciosas po-
contaminantes do ar ou da orofaringe do técnico, que prejudi- dem ser eficientemente realizados mediante aplicação de
cariam totalmente o estudo. agentes químicos ou físicos sobre os microorganismos antes
Detergente: é composto aniônico, miscível em água. É que estes entrem em contato com os hospedeiros, ou antes
apenas um sabão para ajudar a limpeza, masnão "mata" que atravessem a barreira cutânea. Tais procedimentos po-
microrganismos em geral, apenas os remove vivos de um dem ser utilizados sobre os alimentos, água, objetos em geral
lugar. Mas, a limpeza com água e sabão é fundamen- ou sobre a pele/mucosa. A natureza do agente a ser utilizado
tal para iniciar em seguida os processos de descontamina- (físico ou químico), seu tipo específico (grupo a que pertence)
ção. Após o sabão, é fundamental lavar em seguida com e sua intensidade de aplicação têm de ser apropriados para a
bastante água para que a limpeza seja eficaz. natureza do material que se vai submeter ao tratamento, bem
como devem ser condizentes com o grau de eliminação dos
Não confundir os sabões catiônicos (ex.: sabão de cozi- microorganismos que se almeja alcançar. Assim sendo, pode-
nha) com os compostos de amônio quaternário, que são se planejar desde uma inativação seletiva, até uma destruição
compostos que possuem atividade detergente reduzida, são completa de todos os micróbios presentes no local. Sendo
agentes desinfetantes químicos e matam microrganismos. assim faz-se necessário conceituar alguns vocábulos essen-
Estes produtos predominam, atualmente, nas prateleiras de ciais e fazer considerações básicas sobre os mesmos.
supermercados por serem pouco tóxicos. Os desinfetantes
domésticos funcionam, geralmente, quando não diluídos. No 2. TERMINOLOGIAS DO CONTROLE BACTERIANO.
entanto, os compostos de amônio quaternário são sensíveis a a) Esterilização: é a destruição ou remoção dos microor-
matéria orgânica. Desta maneira, a limpeza prévia com água ganismos patogênicos e não patogênicos (todas as formas de

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vida) de um objeto ou material. Este processo pode ser exe- 3. MÉTODOS DE CONTROLE E ELIMINAÇÃO MICRO-
cutado mediante emprego de métodos químicos ou físicos. O BIANA.
aquecimento é o método mais comumente utilizado para
Os métodos de controle e eliminação de microorganismos
matar os microorganismos, incluindo as formas mais resisten-
em objetos (incluindo alimentos), ambientes e superfície cor-
tes, como os endosporos. É um processo absoluto, não ha-
poral diferem conforme a natureza do micróbio, bem como do
vendo graus de esterilização. Ex: instrumental cirúrgico para a
item a ser higienizado. Existe uma variação muito grande
realização do procedimento operatório.
entre os microorganismos quanto à sensibilidade aos méto-
b) Desinfecção: é o emprego de métodos químicos ou físi- dos empregados para o controle e eliminação dos mesmos.
cos com vistas a destruir ou inibir microorganismos patogêni- Deve-se observar o fato de que, a princípio, o termo “controle”
cos em objetos inanimados (superfícies) ou em ambiente. Ex: se refere aos métodos que visam reduzir a população micro-
salas cirúrgicas e baias. biana a quantidades toleráveis
c) Antissepsia: é a manobra que promove a destruição ou ou, então, estratégias que impedem a referida população
inativação dos microorganismos (desinfecção química) da de crescer além dos limites aceitáveis. Já a palavra “elimina-
pele, mucosas e outros tecidos vivos animais ou humanos. ção” significa extermínio total dos microorganismos em de-
Ex: antissepsia das mãos do cirurgião. O produto químico terminado local.
utilizado para a antissepsia é denominado antisséptico.
Em uma visão global, os principais métodos físicos e quí-
OBS: a desinfecção difere da antissepsia pelo fato de es- micos, não quimioterápicos, para o controle e eliminação
ta segunda se referir apenas aos tecidos vivos, por isso microbiana são:
deve se evitar o uso de expressões tais como “desinfecção da
3.1 – MÉTODOS FÍSICOS.
pele ou ferida”, ou mesmo, “antissepsia de um instrumental
cirúrgico”; o correto é dizer “antissepsia da pele ou da feri- a) Temperatura: o calor constitui um dos mais importan-
da” e “desinfecção do instrumental cirúrgico”. tes métodos empregados para o controle do crescimento e
para a eliminação de microorganismos. É um dos métodos
d) Assepsia: é o conjunto de procedimentos que se em-
preferenciais por ser eficiente contra os micróbios, relativa-
pregam para evitar a infecção dos tecidos durante as inter-
mente seguro para quem o executa, ter custo baixo e por não
venções cirúrgicas. Engloba as manobras de esterilização,
formar produtos tóxicos. Da mesma forma o método que se
desinfecção e anti-sepsia.
baseia nas baixas temperaturas se apresenta seguro para
e) Degermação: retirada dos microorganismos da pele por quem o usa e não forma produtos nocivos.
meio da remoção mecânica ou pelo uso de antissépticos. Ex:
O calor aparentemente mata os microorganismos pela
o ato de passar o algodão embebido em álcool-iodado na pele
desnaturação de suas enzimas, que resulta na mudança
antes da aplicação de uma injeção.
tridimensional dessas proteínas, inativando-as. A resistência
f) Germicida ou Biocida: agentes químicos (ou físicos) que ao calor varia entre os diferentes microorganismos, e essas
são capazes de matar os microorganismos. Ex: bactericida é diferenças podem ser expressas pelo conceito de ponto de
o que mata a bactéria, virucida é o que mata os vírus, fungici- morte térmica (PMT). O PMT é a menor temperatura em que
da é o que mata os fungos e esporocida é o que mata os todos os microorganismos em uma suspensão líquida especí-
esporos. fica serão mortos em 10 minutos. Outro fator a ser considera-
do no processo de esterilização é
Os termos bacteriostático e fungiostático designam os
compostos químicos que apresentam a propriedade de inibir o o tempo requerido para o material se tornar estéril. Esse
crescimento e a multiplicação das bactérias e fungos, respec- período é expresso como tempo de morte térmica (TMT),
tivamente. O termo virustático deve ser utilizado para os que designa o tempo mínimo em que todas as bactérias em
medicamentos uma determinada cultura líquida específica serão mortas, em
uma determinada
que são empregados parenteralmente, tendo em vista
que, não ocorre a multiplicação viral fora das células. temperatura.
g) Sanitização: designa o tratamento, em nível industrial, Esterilização pelo calor: distinguem-se o calor úmido e o
que leva à diminuição da população microbiana nos alimentos calor seco. O calor úmido é a água ou o vapor de água a alta
não processados, em utensílios para a manipulação dos ali- temperatura, possui maior poder de penetração comparativa-
mentos, até atingir um padrão seguro para a saúde pública. mente ao calor seco. O quadro 07, abaixo, especifica as dife-
EX: lavagens em altas temperaturas, imersão em desinfetan- rentes formas de
tes químicos (sanitizantes).
controle microbiano pelo uso de calor úmido.
h) Sepse ou septicemia: indica contaminação bacteriana
grave do organismo por micróbios patogênicos.
Quadro 07 – Métodos físicos de calor úmido empregados para o controle microbiano.

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A autoclavação requer um equipamento chamado autoclave, e a esterilização é alcançada após 45 minutos a 115ºC, ou 15
minutos a 121ºC. A pasteurização é um procedimento usado principalmente na indústria, para o tratamento em alimentos e con-
trole da população microbiana, mas preservando boa parte de importantes substâncias nutrientes. O alimento é submetido ao
calor, seguido de resfriamento brusco. São basicamente três tipos de pasteurização: temperatura ultra-alta (ultra-high temperatu-
re – UHT), 141ºC por 2 segundos; alta temperatura por curto tempo (high temperature short time – HTST), 72ºC por 15 segun-
dos; baixa temperatura (low temperature – LT), 63ºC por 30 minutos.
Entre os métodos de calor seco empregados para o controle dos microorganismos temos os seguintes (Quadro 08).

O calor seco mata os microorganismos por efeitos de oxi- de microorganismos psicrófilos e psicotróficos (microorganis-
dação. Uma analogia simples é a lenta carbonização do papel mos que se multiplicam bem em ambientes refrigerados,
em um forno aquecido, mesmo quando a temperatura perma- sendo os principais agentes de deterioração de carnes e
nece abaixo do ponto de ignição do papel. Um dos métodos pescados, ovos entre outros) promovem alteração do sabor
mais simples de esterilização com calor seco é a chama dire- dos alimentos, após algum tempo. Ex.: Pseudomonas, Yersi-
ta ou flambagem, o qual será utilizado muitas vezes no labo- nia, Enterobacter.
ratório de microbiologia para a esterilização das alças de
Congelamento – utilizam-se temperaturas abaixo de
inoculação. E para que o processo de esterilização seja efeti-
0ºC. O congelamento rápido tende a inibir as bactérias sem
vo neste processo, a alça de inoculação deverá ser aquecida
matá-las (nitrogênio líquido, - 179ºC). No congelamento lento,
até a obtenção de um brilho vermelho (incandescente).
cristais de gelo se formam e crescem, rompendo as estruturas
Baixas temperaturas: atuam principalmente mediante re- celulares de bactérias e fungos. O congelamento (em torno de
dução da atividade enzimática microbiana, o que diminui sua -16 a -20ºC) constitui um eficiente recurso para a conservação
taxa metabólica e velocidade de crescimento. de alimentos por longos períodos, sobretudo carnes e deriva-
dos.
No geral as baixas temperaturas são utilizadas apenas
como método de preservação dos microorganismos, embora, b) Radiações: determinadas radiações eletromagnéticas,
dependendo da intensidade de aplicação, poderá acarretar na ionizantes e não ionizantes são capazes de inativar (matar)
morte de alguns microorganismos. Os métodos mais empre- de forma eficaz os microorganismos. Possuem dependência
gados são: de seus afeitos quanto ao comprimento de onda, da intensi-
dade, duração e distância da fonte.
Refrigeração – usado principalmente nas residências
e nos estabelecimentos de comercialização de alimentos. Existem dois tipos de radiação que possuem efeito de es-
Possui efeito bacteriostático e fungiostático, mas na presença terilização:

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A radiação ionizante – são utilizados isótopos radioa- Altas concentrações de determinadas substâncias criam
tivos que emitem radiação, como por exemplo, as radiações um ambiente hipertônico que ocasiona a saída de água da
gama. Esse tipo de radiação possui comprimento de onda célula microbiana. Esse processo lembra o método de con-
mais curto e carrega mais energia do que a radiação não- servação por dessecação, pois ambos os métodos retiram da
ionizante. O principal efeito da radiação ionizante é a morte célula a umidade que ela necessita para o crescimento. Lem-
ou inativação do microrganismo, através da destruição do bre-se de que, como regra geral, os fungos e os bolores são
DNA celular. Produtos hospitalares descartáveis como serin- muito mais capazes que as bactérias de crescer em materiais
gas plásticas, luvas, cateteres, fios e suturas são esterilizados com baixa umidade ou com alta pressão osmótica.
por este método. A industria de alimentos renovou recente-
3.2 – MÉTODOS QUÍMICOS:
mente seu interesse no uso da radiação para a conservação
de alimentos. Como forma de proteção contra o bioterrorismo, Os métodos químicos são baseados em substâncias natu-
em alguns países os correios usam com frequência essa rais ou sintéticas para eliminar ou inibir o crescimento dos
radiação para esterilizar certos tipos de correspondências. microorganismos em tecidos vivos ou em objetos inanimados.
Infelizmente, poucos agentes químicos proporcionam a esteri-
A radiação não ionizante – utilizam-se radiações com
lidade, a maioria apenas reduz as populações microbianas
comprimento de onda mais longo (acima de 1 nm), como a luz
em níveis seguros ou removem as formas vegetativas de
ultra-violeta (UV), que provoca alteração no DNA. As lâmpa-
patógenos nos objetos. Nenhum desinfetante isolado é apro-
das germicidas são empregadas para o controle dos micror-
priado para todas as circunstâncias. Fatores como pH, tempe-
ganismos no ar e são encontradas em centros cirúrgicos,
ratura, tempo de contato, presença de matéria orgânica (inati-
enfermarias, berçários, capelas de fluxo laminar, etc. As des-
va algumas substâncias), fase do ciclo vital do microorganis-
vantagens do uso da UV são: baixo poder de penetração,
mo, concentração do composto químico e presença de outras
obrigando a exposição direta dos microorganismos aos raios
substâncias químicas podem influenciar na ação dos agentes
para que sejam mortos (atua somente na superfície dos mate-
antimicrobianos, além da variação na resistência dos microor-
riais) e os efeitos nocivos sobre a pele e os olhos.
ganismos aos produtos químicos. Outra consideração impor-
As microondas, também denominadas super high fre- tante é se o agente químico entrará facilmente em contato
quency – SHF, não possuem efeito direto sobre os microor- com os microorganismos. Uma área pode precisar ser esfre-
ganismos, e as bactérias podem ser facilmente isoladas do gada e lavada antes da aplicação do produto, e em muitos
interior de fornos de microondas recém utilizados. As fre- casos haverá a necessidade de deixar o desinfetante em
quências dos fornos de microondas são ajustados para com- contato com a superfície por várias horas. Existem duas cate-
binar com os níveis de energia nas moléculas de água, que gorias principais de efeitos dos métodos químicos:
absorvem a energia e as transferem na forma de calor para o
- Efeito estático (bacteriostático ou fungiostático) –
alimento, que irá matar a maioria dos patógenos na forma
ocasiona a inibição no crescimento microbiano.
vegetativa. Os alimentos sólidos se aquecem de modo desi-
gual, devido uma distribuição não homogênea da umidade - Efeito microbicida/germicida (bactericida, fungicida,
nos tecidos. Por essa razão, uma carne de porco cozida no viruscida, protozoocida ou esporocida) – promove a des-
forno de microondas pode ocasionar a transmissão de triqui- truição dos microorganismos.
nose no homem. A capacidade de eliminar microorganismos, a rapidez as-
c) Filtração: método empregado para remover microorga- sim como o espectro de ação, define o nível de desinfecção
nismos de líquidos, ar e gases. Os filtros de partículas de ar que pode ser alcançado por determinado produto.
de alta eficiência (high-efficiency particulate air - HEPA) re- Tendo em vista isso, podemos classificá-los da seguinte
movem quase todos os microorganismos maiores que cerca forma:
de 0,3 μm de diâmetro. Atualmente, a descontaminação do ar
mediante filtração, realizada em laboratórios de manipulação - Nível baixo – eliminação da maioria das bactérias, de
asséptica, fluxos laminares, salas de cirurgia e outros ambien- alguns vírus e alguns fungos, sem inativação de microorga-
tes hospitalares onde o rigoroso controle microbiológico se faz nismos mais resistentes como micobactérias e formas esporu-
necessário. ladas.
d) Dessecação: condição conhecida pela remoção da u- - Nível intermediário – inativação das formas vegetativas
midade de determinada matéria, e pelo impedimento da de bactérias, da maioria dos vírus e maioria dos fungos.
mesma em absorver a umidade do ar. Os microorganismos - Nível alto – destruição de todos os microorganismos,
não podem crescer e se reproduzir nesse ambiente seco, mas com exceção de formas esporuladas.
podem permanecer viáveis por longos períodos. No momento
que a água é reintroduzida, podem ser reativados, retomando 3.2.1 – TIPOS DE AGENTES QUÍMICOS UTILIZADOS
seu crescimento e divisão. Esse é o princípio da liofilização NO CONTROLE MICROBIANO:
(congelamento-dessecação), um processo utilizado em labo- 3.2.1.1 – Agentes alquilantes:
ratórios para a preservação de microorganismos, onde uma
suspensão é rapidamente congelada em uma faixa de tempe- São compostos cancerígenos e, por isso, não devem ser
ratura de -54ºC a -72ºC, tendo a água removida por alto vá- utilizados em tecidos vivos. Por definição, um alquila ou alcoi-
cuo (sublimação). la é um radical monovalente (CnH2n+1) formado pela remo-
ção de um átomo de hidrogênio de um hidrocarboneto satura-
e) Remoção do oxigênio: na ausência de oxigênio as do.
bactérias aeróbicas perecem, ou então, formam esporos,
caso sejam dotadas dessa capacidade. Essa técnica possui Os principais alquilantes utilizados para o controle dos mi-
importância prática na indústria alimentícia, a qual utiliza-se croorganismos são:
de embalagens (ou Glutaraldeído: seu mecanismo de ação ocorre através da
envasamento) a vácuo como meio de melhorar a conser- alteração do DNA e de enzimas. Serve para a desinfecção
vação de alimentos (carne, legumes, etc). (de alto nível) e para a esterilização, dependendo da concen-
tração e do tempo de exposição. Possui grande poder de
f) Pressão osmótica: técnica que utiliza altas concentra- desinfecção em diversos equipamentos cirúrgicos, odontoló-
ções de sais e açucares para conservar próteses biológicas e gicos, além de não ser corrosivo. Muito utilizado para materi-
alimentos, baseada nos efeitos da pressão osmótica. ais termossensíveis. Tem como desvantagens o vapor irritan-
te, odor desagradável, ser carcinogênico e ter a sua eficácia

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diminuída na presença de matéria orgânica. Um possível 3.2.1.5 – Halogênios:
substituto do glutaraldeído é o orto-fitalaldeído (OFA) que
Os halogênios (ou halógenos), particularmente o iodo e o
além de mais efetivo contra a maioria dos miroorganismos,
cloro, são agentes antimicrobianos eficazes, tanto isolada-
mostra-se pouco irritante.
mente, como constituintes de compostos inorgânicos
Formaldeído: atua como desinfetante ou esterilizante,
ou orgânicos.
possuindo ótimo efeito sobre bactérias gram-positivas e gram-
negativas, além de vírus, fungos, micobactérias e endóspo- Cloro ou compostos clorados – são amplamente em-
ros. Obtem-se a esterilização através da solução alcoólica de pregados na desinfecção doméstica, pecuária, industrial,
formaldeído a 8% ou aquosa a 10%, com exposição mínima alimentícia e de água, bem como na desinfecção de nível
de 18 horas. Pode ser usado em instrumental cirúrgico e em médio na área hospitalar. São efetivos contra os vírus, bacté-
acrílicos, mas não deve ser utilizado em alumínio e em borra- rias gram-positivas e gramnegativas, fungos, e efetividade
chas. média como tuberculocidas e esporocidas. Uma grande van-
tagem é a permanência de atividade residual, e como desvan-
Apresenta alto poder carcinogênico, e deve ser manusea-
tagens destacam-se a inativação pela matéria orgânica, ativi-
do usando-se equipamentos de proteção individual (EPIs).
dade corrosiva em metais e o efeito descolorante.
Oxido de etileno (ETO): é um esterilizador gasoso incolor
Os principais compostos clorados com ação desinfetante
muito eficiente, utilizado principalmente para materiais ter-
são: hipoclorito de sódio (água sanitária, líquido de Dakin),
mossensíveis como as sondas para laparoscopia e artrosco-
hipoclorito de cálcio (alvejantes em pó) e as cloraminas (amô-
pia. Possuí alto poder de penetração, é carcinogênico, exigin-
nia com cloro).
do treinamento de pessoal, uso de EPIs e exames bioquími-
cos de saúde periódicos. Iodo – considerado um dos antissépticos mais antigos e
eficazes, empregados em feridas e tecidos, agindo contra
3.2.1.2 – Fenóis:
todos os tipos de bactérias, muitos endósporos, vários fungos
O fenol (ácido carbólico) e seus derivados atuam na des- e alguns vírus. O iodo pode ser empregado para a desinfec-
naturação de proteínas, servindo como antimicrobianos. Atu- ção de equipamentos e superfícies, não sendo seu uso reco-
almente, os compostos fenólicos são pouco utilizados, pois mendado em metais facilmente oxidáveis ou que mancham
irritam a pele e apresentam odor desagradável. Possuem facilmente. As soluções à base de iodo são geralmente alcoó-
efeitos carcinogênicos, com acentuada toxicidade em felinos licas (álcool etílico 70 com 0,5 a 1% de iodo livre), solução a
e crianças. Um dos compostos fenólicos mais utilizados deri- 2% em água ou emulsões em detergentes (iodopovidona),
va do alcatrão e são denominadas cresóis. Os cresóis são conhecidas como degermantes. Estas emulsões não são
ótimos desinfetantes de superfície. recomendadas para curativos, uma vez que a presença cons-
tante do detergente prejudica a cicatrização, entretanto, são
3.2.1.3 – Bifenóis:
indicadas para a antissepsia das mãos, campo operatório e
São derivados do fenol que possuem dois grupos fenóli- desinfecção de superfícies.
cos ligados por uma ponte.
3.2.1.6 – Peroxigênios – peróxido de hidrogênio, ácido
Um bifenol, o hexaclorofeno é muito utilizado em procedi- peracético e ozônio:
mentos de controle microbiano cirúrgico e hospitalar. Estafilo-
São agentes químicos oxidantes que exercem ação na
cocos e estreptococos gram-positivos, que costumam causar
membrana citoplasmática,
infecções de pele em recém-nascidos, são especialmente
susceptíveis ao no DNA e em outros componentes celulares.
hexaclorofeno, que é usado com frequência para controlar Peróxido de hidrogênio (H2O2) – conhecido como água
essas infecções em berçários. oxigenada, a substância é utilizada como desinfetante de
filtros e tubulações na indústria de alimentos. Possui ampla
Outro bifenol amplamente utilizado é o triclosano, um dos
aplicação na limpeza e desinfecção hospitalar e como antis-
componentes presentes em sabonetes antibacterianos e
séptico de feridas.
pastas de dentes. O uso do triclosano foi incorporado em
tábuas de cozinha, em cabos de facas e outros utensílios Ácido paracético – possui odor de vinagre, sendo eficien-
plásticos de cozinha. Seu uso está tão difundido que bactérias te para a desinfecção de materiais e instrumentos, sendo
resistentes a este agente já foram relatadas. É especialmente pouco afetado pela presença de matéria orgânica. Atua bem
efetivo contra bactérias gram-positivas, mas também funciona em temperaturas de 10 a 40ºC.
bem contra fungos e bactérias gram-negativas. Existem al-
Ozônio (O3) – trata-se de um composto derivado do oxi-
gumas exceções, como a Pseudomonas aeruginosa, uma
gênio, usado geralmente para a desinfecção de água. Possui
bactéria gram-negativa que é muito resistente ao triclosano,
efeito germicida e não apresenta toxicidade ao homem e
bem como a muitos outros antibióticos e desinfetantes.
animais.
3.2.1.4 – Biguanida:
3.2.1.7 – Alcoóis:
Apresentam um amplo espectro de atividade, especial-
O mecanismo de ação do álcool é a desnaturação de pro-
mente contra bactérias gram-positivas. As biguanidas são
teínas, mas também pode romper membranas e dissolver
também efetivas contra bactérias gram-negativas, com exce-
lipídeos, inclusive o componente lipídico dos vírus envelopa-
ção das pseudomonas. A biguanida mais conhecida é a clo-
dos. Agem efetivamente contra as bactérias, fungos, mas não
rexidina, muito usada na
contra endósporos e vírus não envelopados. Os dois alcoóis
preparação cirúrgica, antissepsia de mãos e para o com- mais comumente utilizados são o etanol e o isopropanol. A
bate de microorganismos indesejáveis da pele e mucosas. concentração ótima para o etanol (etílico) é de 70%, enquanto
Por possuir ótimo efeito bactericida e ser efetiva contra fungos que para o isopropanol ((isopropílico) é de 90%. Os alcoóis
e vírus, é tida como excelente antisséptico, embora não tenha têm a vantagem de agir e então evaporar rapidamente, sem
efeito esporocida. deixar resíduos. Quando a pele é degerminada antes de uma
injeção, a atividade de controle microbiano provém do fato de
Atua como bom desinfetante de superfícies e materiais di-
simplesmente remover a poeira e os microorganismos junto
versos e se demonstra eficaz mesmo na presença de matéria
com os óleos cutâneos (limpa). Contudo, os alcoóis não são
orgânica. A alexidina é uma biguanida similar à clorexidina,
antissépticos satisfatórios quando aplicados em feridas, pois
apresentando, porém, ação mais rápida.

Conhecimentos Específicos 68 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
causam a coagulação de uma camada de proteínas, sob a ainda úmidas, a fim de permitir boa distribuição e penetração
qual as bactérias continuam a proliferar. do desinfetante nas regiões a serem desinfetadas.
Como antisséptico das mãos, o álcool em gel apresenta 3.2.3 – CARACTERÁSTICAS DESEJÁVEIS A SEREM
determinadas vantagens sobre o líquido, as quais destacam- OBSERVADAS NA ESCOLHA DE UM DESINFETANTE
se: QUÍMICO:
- o gel retém certo grau de moléculas de álcool, com a vo- - Possuir amplo espectro de ação.
latilidade reduzida, possibilita maior tempo de ação.
- Alto poder germicida.
- adesão do gel nas mãos, prolongando a ação do álcool;
- Ser atóxico para o homem e animais.
- o gel protege a pele do ressecamento promovido pelo ál-
- Ser estável ao armazenamento na temperatura ambien-
cool líquido;
te, por longos períodos.
- o gel é menos inflamável, evitando acidentes com quei-
- Ser eficiente na presença de matéria orgânica ou matéria
maduras;
mineral.
- mais fácil no acondicionamento, na medida que o gel não
- Não ser corrosivo.
vaza facilmente.
- Manter boa atividade antimicrobiana sob temperatura en-
3.2.1.8 – Corantes:
tre 10 a 40ºC.
O azul de metileno e o cristal violeta (violeta genciana)
- Ser isento de atividade tintorial.
constituem-se nos principais corantes antimicrobianos, atuan-
do por inibição da síntese da parede celular. - Ser solúvel em água.
3.2.1.9 – Agentes de superfície (tensoativos ou surfac- - Ser compatível com sabões e detergentes.
tante): - Possuir bom poder de penetração.
Os agentes de superfície podem reduzir a tensão superfi- - Ser inodoro, ou exalar odor brando, ou mesmo agradá-
cial entre moléculas de um líquido. Esses agentes incluem os vel.
sabões e os detergentes.
- Não ser poluente.
Sabões e detergentes – possuem pouco valor como an-
tisséptico, mas tem uma importante função na remoção me- - Agir de forma eficaz com tempo de exposição relativa-
cânica dos microorganismos. A pele geralmente possui célu- mente curto (10 a 25 minutos).
las mortas, pó, suor seco, microorganismos e óleos, provin- -Ter custo acessível e estar disponível no mercado.
dos das glãndulas sebáceas. Os sabões rompem o filme
oleoso em pequenas gotículas, denominadas emulsificação, Atualmente não existe um desinfetante que contemple to-
que juntamente com a água, removem os resíduos à medida dos os requisitos desejáveis acima descritos. No contexto da
que a pele é lavada. Nesse sentido, os sabões funcionam atividade veterinária, a escolha dá-se baseada, principalmen-
como bons agentes degerminantes. te, em atributos como: espectro de ação, intensidade de ação,
susceptibilidade de inativação na presença de matéria orgâni-
Compostos quaternários de amônia (QUATs) – possu- ca e custo.
em excelente ação bactericida contra as gram-positivas e,
bom poder bactericida contra as gram-negativas, sendo efeti- Os microorganismos diferem quanto à susceptibilidade
vos contra vírus envelopados (lipofílicos), as amebas e alguns aos desinfetantes químicos.
fungos. São ineficazes contra vírus não envelopados (hidrifíli- As bactérias vegetativas (não esporuladas) e os vírus en-
cos), micobactérias e esporos. A presença de matéria orgâni- velopados sofrem rapidamente a ação dos desinfetantes. Os
ca limita a ação dos compostos deste grupo. Dois QUATs esporos fúngicos e os vírus desprovidos de envelope são
populares são o cloreto de benzalcônio e o cloreto de cetilpiri- menos susceptíveis. As micobactérias (bactérias do gênero
dínico. da tuberculose) são resistentes aos desinfetantes comumente
3.2.2 – PRINCIPAIS FATORES QUE PODEM INFLUEN- empregados, já os oocistos de protozoários e endósporos
CIAR NA AÇÃO DOS DESINFETANTES QUÍMICOS: bacterianos são altamente resistentes aos desinfetantes.
- Diluição do produto – desinfetantes muito diluídos podem 4. INATIVAÇÃO DOS PRÍONS.
se tornar pouco eficazes. Os príons, agentes etiológicos das encefalopatias espon-
- Tempo de exposição – para que tenha uma ação mais giformes transmissíveis (EETs) são extremamente resistentes
efetiva, é necessário um tempo mínimo de contato entre o as substâncias químicas. Altas concentrações de hipoclorito
desinfetante e o microorganismo. de sódio, assim como soluções concentradas de hipoclorito
de sódio aquecidas são indicadas para inativar estes agentes
- Mistura do desinfetante com outros produtos – a mistura infecciosos não convencionais.
de substâncias pode ocasionar a perda da eficácia dos produ-
tos. Os príons são igualmente resistentes à inativação térmica,
sendo necessária a autoclavação a 132ºC por quatro horas e
- Natureza do material a ser desinfetado. meia para inativá-los.
- Validade do produto – desinfetantes com prazo de vali-
dade já vencido pode exercer pouca ou nenhuma ação sobre
os microorganismos. TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS CAUSA-
DAS POR BACTÉRIAS: ELISA, FIXAÇÃO DO COMPLE-
- Lavagem prévia do local ou material antes da aplicação
MENTO, REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE. VALI-
do desinfetante – na maioria dos casos, a prévia lavagem das
DAÇÃO DE MÉTODOS DE ANÁLISES E NOÇÕES DE ES-
instalações facilita a ação dos
TATÍSTICA BÁSICA;
desinfetantes.
Doenças Causadas por Bactérias
- Aplicação em ambientes úmidos – após a lavagem pré-
via, a desinfecção deve ser realizada com as instalações CÓLERA

Conhecimentos Específicos 69 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A Cólera é causada pelo vibrião colérico (Vibrio cholerae, dos, ou pelo contato com os portadores. Seja como for, a
uma bactéria em forma de vírgula ou bastonete que se multi- única porta para a sua entrada é a via digestiva. A doença
plica rapidamente no intestino humano eliminando potente também é exclusiva do homem, não sendo encontrada mani-
toxina que provoca diarreia intensa), a doença (de origem festações dela em nenhuma outra espécie animal.. Os primei-
indonésia) é transmitida através da ingestão de água ou ali- ros sintomas, caracterizados por dor de cabeça, fadiga, febre
mentos contaminados. O tratamento imediato é o soro fisioló- e agitação durante o sono. Deve ser tratada com antibióticos
gico ou soro caseiro para repor a água e os sais minerais: específicos, mais comumente o cloranfenicol e ampicilina,
uma pitada de sal, meia xícara de açúcar e meio litro de água também deve-se tratar as complicações, caso hajam, e isolar
tratada. No hospital, a doença é curada com doses de antibió- o paciente, que mesmo curado pode tornar-se portador do
ticos. A higiene e o tratamento da água e do esgoto são as bacilo por meses, até mesmo anos.Além da vacinação, para
principais formas de prevenção. A vacina existente é de baixa evitar o contágio da febre tifóide é necessário tratar a água e
eficácia (50% de imunização) e de efeito retardado (de 3 a 6 os alimentos, controlar o lixo, observar boas condições de
meses após a aplicação). higiene, identificar e vigiar os portadores dos bacilos.
COQUELUCHE PESTE BUBÔNICA
Trata-se de uma enfermidade que agride o aparelho respi- A peste bubônica é causada pela bactéria Yersinia pestis
ratório e é causada por três bactérias do gênero Bordetella, e apesar de ser comum entre roedores, como ratos e esqui-
sobretudo a B. pertussis. O contágio se dá pelas gotículas de los, pode ser transmitida por suas pulgas (Xenopsylla cheo-
saliva liberadas pelo doente por meio de tosse, espirro ou fala pis) para o homem. O excesso de bactérias pode entupir o
- objetos contaminados também podem transmitir a doença. O tubo digestivo da pulga, o que causa problemas em sua ali-
período de maior contaminação acontece quando o enfermo mentação. Esfomeada, a pulga busca novas fontes de alimen-
se encontra na primeira fase da infecção (catarral), onde os to (como cães, gatos e humanos). Após o esforço da picada,
sintomas ainda não são suficientemente claros, e que ainda ela relaxa seu tubo digestivo e libera as bactérias na corrente
permitem um maior contato social do doente com pessoas sanguínea de seus hospedeiros. O primeiros sintomas, carac-
sadias. primeiros sintomas que apresentam-se sob a forma de terizados por inflamação dos gânglios linfáticos e uma leve
tosse com catarro, coriza, ligeiro mal-estar e, raramente, febre tremedeira. Segue-se então, dor de cabeça, sonolência, into-
baixa, o que não permite diferenciar a coqueluche de qual- lerância à luz, apatia, vertigem, dores nos membros e nas
quer gripe comum. Com o passar do tempo (duas semanas costas, febre de 40oC e delírios.
aproximadamente), a coqueluche começa a se expressar
O quadro pode se tornar mais grave com o surgimento da
mais intensamente por meio de sintomas típicos: a tosse
diarreia e pode matar em 60% dos casos não tratados. Atu-
torna-se mais seca e curta, ocorrendo de oito a dez vezes em
almente o quadro de letalidade é mínimo devido à administra-
um único movimento expiratório (lembrando o soar de uma
ção de antibióticos, como a tetraciclina e a estreptomicina.
metralhadora).
Também existem vacinas específicas que podem assegurar a
A tosse quase deixa o paciente sem ar e ao tentar inspirá- imunidade quando aplicadas repetidas vezes. No entanto, a
lo de volta, é possível identificar um guincho, semelhante a maneira mais eficaz de combate à doença continua a ser a
um assobio, característico da infecção e seguidos da elimina- prevenção com o extermínio dos ratos urbanos e de suas
ção de uma substância viscosa que, por vezes, provoca vômi- pulgas.
tos.Se não for tratada, a coqueluche pode provocar complica-
A peste bubônica também é conhecida como peste negra.
ções respiratórias graves como broncopneumonia, enfisema,
Tal denominação surgiu graças a um dos momentos mais
dispneia, ruptura do diafragma, inflamação nos ouvidos, con-
aterrorizantes da história da humanidade protagonizado pela
vulsões, coma e morte.A melhor forma de evitar a coqueluche
doença: durante o século 14, ela dizimou um quarto da popu-
é através da aplicação da vacina tríplice e do isolamento dos
lação total da Europa (cerca de 25 milhões de pessoas).
doentes. Nos casos mais graves, costuma-se administrar
antibióticos, mais exatamente a eritromicina. BOTULISMO
LEPTOSPIROSE É uma doença infecciosa produzida pela bactéria toxina
do bacilo Clostridium botulinum que produz uma paralisia no
A leptospirose é uma doença infecciosa aguda causada
nível do sistema nervoso. Os primeiros casos aconteceram
pela bactéria Leptospira interrogans, transmitida pela urina de
pela ingestão de salsichas contaminadas e outros derivados
ratos. A rede de esgoto precária, a falta de drenagem de
da carne. Felizmente e devido aos progressos nas técnicas
águas pluviais, a coleta de lixo inadequada e as consequen-
de enlatado e conservação dos alimentos, tem-se observado
tes inundações são condições favoráveis para o aparecimento
uma diminuição importantíssima de sua incidência. começa
de epidemias.Os sintomas da leptospirose aparecem entre
com uma paralisia dos músculos da cabeça que vai descendo
dois e trinta dias após a infecção, sendo o período de incuba-
simetricamente, visão borrada, dificuldade para falar e para
ção médio de dez dias. Febre alta, sensação de mal estar, dor
deglutir os alimentos, que pode-se acompanhar de manifesta-
de cabeça constante e acentuada, dor muscular intensa,
ções gerais como fraqueza muscular, enjôos e desmaios.
cansaço e calafrios estão entre as manifestações da doença.
Também são frequentes dores abdominais, náuseas, vômitos Também aparece: secura da boca e da língua que não se
e diarreia, podendo levar à desidratação.O tratamento de alivia com a ingestão de líquidos, constipação, retenção de
pessoas com leptospirose é feito principalmente com hidrata- líquidos e diminuição da pressão arterial. Caso comprometer
ção. Não devem ser utilizados medicamentes para dor ou os músculos respiratórios, pode acontecer a morte, pelo fato
para febre que contenham ácido acetil-salicílico, que podem de mudar a mecânica respiratória. tratamento específico con-
aumentar o risco de sangramentos. Os antiinflamatórios tam- siste no fornecimento de soro que contenha anticorpos contra
bém devem ser evitados. Quando o diagnóstico é feito até o a toxina del C. botulinum, que somente age sobre a toxina
quarto dia de doença, devem ser empregados antibióticos, que circula pelo sangue e não sobre a ligada ao sistema ner-
que reduzem as chances de evolução para a forma grave. As voso. Em alguns casos, pode-se realizar lavagens gástricas e
pessoas com leptospirose sem icterícia podem ser tratadas clister para impedir a absorção das toxinas que têm ficado no
no domicílio. As que desenvolvem meningite ou icterícia de- aparato digestivo. Para evitar a contaminação dos alimentos,
vem ser internadas. devera-se realizar um controle apropriado do processo de
enlatado e conservação deles. Os alimentos enlatados sus-
FEBRE TIFOIDE
peitos devem ser rejeitados. As conservas caseiras somente
Causada pela bactéria Salmonella Typhi, a febre tifóide é poderão ser consumidas se forem fervidas previamente.
transmitida pela ingestão de alimentos ou água contamina-

Conhecimentos Específicos 70 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ESCARLATINA desistindo antes do tempo". Para se evitar isso, o pesquisador
sugere a formação de equipes com médicos, enfermeiros,
escarlatina é uma doença infecciosa aguda, causada por
assistentes socias e visitadores devidamente preparados.
uma bactéria chamada estreptococo beta hemolítico do grupo
A. Os estreptococos são também agentes causadores de MENINGITE MENIGOCÓCICA
infecções da garganta (amigdalites) e da pele (impétigo, erisi-
Doença grave do sistema nervoso central, a meningite po-
pela). O aparecimento da escarlatina não depende de uma
de ser causada por inúmeros agentes, desde o Streptococcus
acção direta do estreptococo, mas de uma reacçao de hiper-
pneumoniae (pneumococo causador da pneumonia) até o
sensibilidade (alergia) a substâncias que a bactéria produz
Leptospira (bactéria causadora da leptospirose), mas os mais
(toxinas).
relevantes são o Neisseria Meningitidis (meningococo) e o
A transmissão da escarlatina faz-se de pessoa para pes- Mycobacterium tuberculosis (bacilo da tuberculose). É funda-
soa, através de gotículas de saliva ou secreções infectadas, mental o diagnóstico laboratorial, que analisa aspectos físi-
que podem provir de doentes ou de pessoas sãs que trans- cos, citológico, bioquímico, microbiológico e imunológico.
portam a bactéria na garganta ou no nariz sem apresentarem Geralmente acomete crianças ou idosos e, em algumas situa-
sintomas (portadores sãos). aparecem associadas uma infec- ções, pode surgir como consequência de infecções do trato
ção na garganta, febre e uma erupção típica na pele. O seu respiratório superior. É tratada com antibióticos e previne-se
início é súbito com febre, mal estar, dores de garganta, por com vacinação.
vezes vómitos, dor de barriga e prostração. A febre, elevada
DIFTERIA
nos dois ou três primeiros dias, diminui progressivamente a
partir daí, mas pode manter-se durante uma semana. O tra- Também conhecida como crupe, a difteria é altamente
tamento de escolha para a escarlatina é a penicilina que eli- contagiosa, normalmente ocorre nos meses frios e atinge,
mina os estreptococos, evita as complicações da fase aguda, principalmente, crianças de até 10 anos de idade. A doença é
previne a febre reumática e diminui a possibilidade de apare- produzida pelo bacilo Corynebacterium diphteriae, que se
cimento de glomerulonefrite (lesão renal). Nos doentes alérgi- aloja nas amígdalas, faringe, laringe e fossas nasais, onde
cos à penicilina o medicamento habitualmente utilizado é a cria placas brancas ou acinzentadas, muitas vezes visíveis a
eritromocina. olho nu. A difteria é altamente contagiosa e é adquirida pelo
simples contato com os infectados, com suas secreções ou
TÉTANO
com os objetos contaminados por eles.
A bactéria Clostridium tetani, agente causadora da molés-
Ambientes fechados facilitam a transmissão, que pode ser
tia, uma vez no organismo humano, a Clostridium germina,
causada por portadores assintomáticos (que não manifestam
assume uma forma vegetativa e passa a produzir uma pode-
a doença) ou mesmo por ex-doentes, já que estes continuam
rosa toxina chamada tetanospasmina que ataca o sistema
a eliminar o bacilo até seis meses após a cura.Além das pla-
nervoso central, causando rigidez muscular em diversas regi-
cas na garganta, a toxina diftérica também causa febre baixa
ões do corpo. Entre os principais sintomas observa-se o tris-
(entre 37,5 e 38o Celsius), abatimento, palidez e dor de gar-
mo (alteração nervosa que impossibilita a abertura da boca),
ganta discreta. Se não for devidamente tratada, a difteria
riso sardônico (produzido por espasmos dos músculos faci-
evolui, causando inchaço no pescoço (nos gânglios e nas
ais), dores nas costas, rigidez abdominal e da nuca, espas-
cadeias cervicais), que, dependendo de seu tamanho, pode
mos e convulsões. O quadro pode ser tornar complicado e
asfixiar o paciente. A vacina tríplice continua a ser a principal
causar parada respiratória ou cardíaca.
arma contra a difteria, no entanto, caso a doença se estabele-
O tratamento inclui, principalmente, sedativos, músculo- ça, recomenda-se o imediato isolamento do enfermo, para
relaxadores, antibióticos e o soro antitetânico, sendo a primei- tratá-lo com o soro antidiftérico, que inativa a toxina produzida
ra semana capital para se evitar a morte do doente. A partir pelo bacilo. As medidas profiláticas também recomendam a
de então, restará administrar os medicamentos e aguardar a observação de todos que estiveram em contato com o enfer-
recuperação orgânica dos tecidos comprometidos, sobretudo mo, que devem ser investigados por meio de exames labora-
o nervoso. Estatísticas apontam que as maiores vítimas de toriais.
tétano são crianças de até 14 anos. Crianças de até cinco
PNEUMONIA
anos devem tomar a vacina tríplice, mas todos, sem exceção,
devem ser vacinados com o toxóide tetânico com reforço a A pneumonia pode ser desencadeada por vírus, fungos,
cada dez anos. A vacina pode ser adquirida em qualquer protozoários e, principalmente, bactérias e caracteriza-se pela
posto de saúde público. Caso ocorra algum tipo de ferimento, inflamação dos pulmões - mais especificamente os alvéolos,
recomenda-se a lavagem imediata do local com água e sabão onde ocorrem as trocas gasosas - em virtude de infecções
e a aplicação de água oxigenada, já que a Clostridium tetani causadas pelos microorganismos citados. Os principais agen-
não resiste ao contato com o oxigênio. tes causadores da pneumonia são as bactérias Diplococcus
pneumoniae, Haemophilus influenza, Staphylococcus aureus
TUBERCULOSE
e Klebsiella pneumoniae. Entre os vírus destacam-se o do
Grave e causada por uma bactéria chamada Mycobacteri- sarampo e o da varíola (este último, já extinto).
um tuberculosis (também conhecida como bacilo de Koch), a
A doença pode ser adquirida por simples aspiração do ar
tuberculose é transmitida pelas vias respiratórias. O contágio
ou de gotículas de saliva e secreções contaminadas ou, ain-
se dá pelas gotículas de escarro eliminadas pelo enfermo
da, por transfusão de sangue. Normalmente a moléstia atinge
quando este tosse ou espirra ou mesmo pela poeira gerada
crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade, como al-
pelo catarro expelido. Quanto aos sintomas, Vicentin explica:
coólatras, tabagistas, ou indivíduos já atingidos por outras
"a tosse prolongada por mais de três semanas, mesmo sem
enfermidades - ela é a maior causa de mortes entre os enfer-
febre, é o primeiro indício da infeccção. Depois pode se seguir
mos infectados com o vírus da AIDS. A pneumonia também
catarro, febre acompanhada de muito suor, perda de apetite e
pode ser adquirida por mudanças bruscas da temperatura
emagrecimento".
(por exemplo, quando se sai da ducha quente direto para a
Apesar dos números altos, Vicentin afirma que o tratamen- varanda com vento frio) que comprometem o funcionamento
to à base de antibióticos aplicado no país é excelente e 100% dos cílios responsáveis pela filtragem do ar aspirado. Os
eficaz. No entanto, aponta seu abandono como outro proble- sintomas da doença são tosse com escarro, dores reumáticas
ma importante: "a cura leva seis meses, mas muitas vezes o e torácicas, febre que pode chegar a 40°C, calafrios, dor de
paciente não recebe o devido esclarecimento, está desem- ouvido e de garganta, aceleração de pulso e respiração ofe-
pregado, com baixa auto-estima, não é estimulado e acaba gante. Quando não é tratada, a pneumonia pode evoluir para

Conhecimentos Específicos 71 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
um quadro mais grave com acumulo de líquido nos pulmões e damente afeta os vasos linfáticos existentes na segunda ca-
o surgimento de ulcerações nos brônquios. O tratamento mada da pele.. Calor, rubor e dor são três sintomas de infla-
depende do agente causador da enfermidade, mas costuma- mação que a medicina conhece há muito tempo e que se
se administrar antibióticos como a tetraciclina e a eritromicina. manifestam também na erisipela. Dentro do organismo, a
Também deve-se isolar o paciente para evitar o contágio de proliferação das bactérias faz com que sejam liberadas toxi-
outras pessoas. nas que vão provocar febre, dor de cabeça, mal-estar. Nor-
malmente, as lesões aparecem mais nas pernas e nos pés,
SÍFILIS
embora possam manifestar-se também na face. Se o indiví-
Doença infecciosa causada por uma bactéria que causa duo for hígido e a erisipela simples e inicial, a prescrição de
sintomas crônicos e sistêmicos quando não diagnosticada ou antibióticos por via oral, repouso e elevação do membro aco-
tratada adequadamente. Doença sexualmente transmissível, metido creio que sejam medidas suficientes. O tratamento da
a sífilis começa na maior parte das vezes como uma ferida erisipela precisa ser seguido criteriosamente para evitar crises
perto dos órgãos genitais, mas também pode aparecer nos de repetição que podem ter consequências graves.
lábios e nos dedos. A seguir, os gânglios linfáticos incham e
DOENÇA DO SONO
aparece febre e dor de garganta. Se não tratada adequada-
mente, a doença se espalha e pode atingir até o sistema É uma doença (síndrome) crônica, evolutiva, com alta taxa
nervoso. Os sintomas são verrugas nos órgãos genitais, de morbidade e mortalidade, apresentando um conjunto sin-
manchas vermelhas na pele, febre dor de garganta. O trata- tomático múltiplo que vai desde o ronco até a sonolência
mento é feito com antibióticos, principalmente a penicilina. A excessiva diurna, com repercussões gerais hemodinâmicas,
Prevenção é usar camisinha, fazer sempre uma boa higieni- neurológicas e comportamentais. As cirurgias utilizadas de-
zação, além de exames anuais do aparelho reprodutor. Os pendem do grau de obstrução e também dos locais de obs-
homens que sentirem dores súbitas e fortes nos testículos trução estudados e diagnosticados; dependendo também da
devem procurar um médico com urgência. idade e da constituição física de cada paciente, podendo ser
desde cirurgias das adenóides, amígdalas, cornetos, desvios
FURÚNCULO
de septo, correções do palato mole incluindo úvula (campai-
O furúnculo é uma infecção bacteriana que provoca um nha), língua, maxilares e mandíbula. Recomendações: perder
nódulo vermelho, quente e dolorido, com inflamação profunda peso, evitar álcool no mínimo quatro horas antes de dormir,
na pele. A responsável é uma bactéria perigosa, mas muito evitar medicamentos sedativos do tipo hipnóticos, anti-
comum, chamada Staphilococcus aureus. Os primeiros sinais alérgicos, anti-histamínicos, preferencialmente antes de dor-
dessa lesão na pele são inflamação, dor aguda e vermelhi- mir, evitar dormir de costas (barriga para cima) , evitar refei-
dão. O nódulo apresenta um pouco de pus bem no centro. A ções pesadas antes de dormir, evitar bebidas cafeinadas no
dor que ele causa é intensa e latejante, como se estivessem mínimo quatro horas antes de dormir (chá, café, chocolate),
cutucando com uma agulha debaixo da pele. evitar fumar no mínimo quatro horas antes de dormir, evitar
O Tratamento em média, dura de cinco a sete dias. Se for comer no meio da noite , evitar privação de sono, procurar
um furúnculo simples, é provável que o médico receite com- manter um horário relativamente constante para dormir e
pressas de água quente e pomada com antibióticos, obser- acordar.
vando se há necessidade de fazer um corte para drenar o LEPRA
pus. Não esprema a lesão nem fure a região com agulha. Isso
O chamado Mal de Hansen ou Lepra é uma doença infec-
pode piorar bastante o quadro. O dermatologista é o único
ciosa crônica que acomete quase que exclusivamente o ho-
que pode fazer a drenagem. Furúnculos mal cuidados preci-
men, trata-se de uma doença que ataca principalmente os
sam ser extraídos no consultório e o procedimento deixa uma
nervos periféricos e a pele. O agente que causa a lepra cha-
cicatriz profunda escura. Uma boa higiene é a melhor forma
ma-se Mycobacterium leprae e é também conhecido como
de evitar os furúnculos.
Bacilo de Hansen seu descobridor ! O Homen, é hoje a fonte
Quem já foi contaminado deve lavar com sabonete bacte- de contágio, e o "homen doente" ou seja aquele que não está
ricida as regiões mais vulneráveis. Outras dicas: Lave as sendo tratado, ou está em recaída ou seja portador da cha-
mãos depois de cada curativo. Evite usar toalhas e sabonetes mada multibacilar (tem vários bacilos de diferentes formas). A
comuns. Não frequente saunas nem piscinas até o completo lepra é tratável em todas as suas formas, porém é claro, que
desaparecimento dos sintomas. Se tiver febre e os furúnculos naquelas mais graves como as virchowianas podem ocorrer
aparecerem com frequência, o especialista pode indicar anti- sequelas como deformidades, atrofias, deformações de mem-
bióticos por via oral. Quem tem predisposição para a doença bros, faces e vários locais.
não deve deixar colares friccionando a pele nem usar cintos
DESINTERIA BACILAR
apertados.
Da água podem vir muitas doenças, ainda mais nos dias
GONORREIA
de hoje, que este líquido está ficando cada vez mais poluí-
Doença sexualmente transmissível, a gonorreia é uma in- do.Causado pela Bactéria Shigella, que podem ser transmiti-
fecção dos órgãos genitais e do sistema urinário por bacté- das pela água contaminada. Os sintomas são Fezes com
rias. Nas mulheres, não existem sinais na fase inicial. A go- sangue e pus, vômitos e cólicas. As bactérias do grupo coli-
norreia provoca mal-estar, febre, coceira, dor e queimação na forme são consideradas os principais indicadores de contami-
hora de urinar, corrimento esverdeado e purulento. Ela atinge nação fecal.
homens e mulheres, pode gerar infertilidade e até meningite –
TRACOMA
infecção na meninge, membrana que envolve o cérebro. A
cura é feita com antibióticos. O preservativo reduz a chance É uma inflamação da conjuntiva e da córnea que pode le-
de infecção e evita que a pessoa passe a doença para o par- var à cegueira. A doença é causada pela bactéria Chlamydia
ceiro. trachomatis, de estrutura muito simples, cuja transmissão se
dá por contato com objetos contaminados. A profilaxia inclui
ERISIPELA
uma boa higiene pessoal e o tratamento é feito com sulfas e
A erisipela geralmente é causada por um tipo comum de antibióticos. Autoria: Ana Paula Rodrigues
bactéria, o estreptococo. Toda vez que há perda da barreira
da pele, isto é, toda vez que a pele se rompe por algum moti-
vo, o estreptococo pode penetrar e provocar uma infecção
superficial acompanhada de vermelhidão e calor e que rapi-

Conhecimentos Específicos 72 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ELISA três ou quatro semanas após o contato. No entanto, os testes
de quarta geração já detectam tanto anticorpos quanto um
dos antígenos do HIV (a proteína p24), fato esse que diminuiu
sensivelmente o período de janela imunológica, podendo
chegar a apenas duas semanas.
Um resultado reagente num teste de HIV por ELISA é
sempre confirmado por outros testes específicos, como é o
caso do Western blot, que detecta proteínas deste vírus, e
do PCR, que detecta os seus ácidos nucleicos virais.
Imunoradioensaio
O teste ELISA também pode ser utilizado de diversas
outras formas. Utilizando-se de um método semelhante ao
método de Imunoradioensaio, pode-se transformar muitas
outras substâncias em antígeno e obter um anticorpo do
mesmo. Assim, é possível utilizar o teste para se detectar
outras substâncias de interesse como, por exemplo,
hormônios. Pelo fato do radioimunoensaio ser muito caro, o
Uma microplaca de 96 poços usada para ELISA teste ELISA pode ser uma alternativa muito mais simples e
ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) é barata.
um teste imunoenzimático que permite a detecção Este teste utiliza antígenos virais (proteínas) produzidos
de anticorposespecíficos (por exemplo, em cultura celular (testes de primeira geração) ou por meio de
no plasma sanguíneo). Este teste é usado no diagnóstico de tecnologia molecular (recombinantes). Os antígenos virais são
várias doenças que induzem a produção de imunoglobulinas. absorvidos nas cavidades existentes das placas de plástico
Um imunoensaio que usa anticorpos específicos para detectar dos kits, onde o soro do paciente é adicionado a seguir. Se o
antígenos e anticorpos. O complexo que contém o anticorpo é soro possuir anticorpos contra o HIV, estes se ligarão aos
visualizado pelo acoplamento da enzima ao anticorpo. A antígenos (proteínas do HIV). Tal fenômeno pode ser verifica-
adição de substrato ao complexo enzima-anticorpo-antígeno do com a adição de reagente denominado de conjugado. Em
resulta num produto colorido. (Barker, K., Na Bancada). caso positivo, ocorre uma reação corada ao se adicionar um
Princípio substrato. Essa técnica é amplamente utilizada como teste
inicial para detecção de anticorpos contra o vírus, devido à
O método utilizado para realizar o teste se baseia na sua alta sensibilidade. Lis
interação anticorpo-antígeno. Normalmente é usada uma
placa de superfície inerte com poços onde serão adsorvidos O ELISA (do inglês, Enzyme Linked Immuno Sorbent As-
os antígenos de interesse, juntamente com um tampão say) permite a detecção de anticorpos e antígenos específi-
de carbonato (processo conhecido como sensibilização). cos no plasma e soro sanguíneo. Tem diversas aplicações,
nas mais variadas áreas.
Depois é realizada uma lavagem com PBS.
Posteriormente, é feito o bloqueio com PBS Tween com 10% A reação é desenvolvida, frequentemente, em microplacas
de soro de cabra ou com BSA para que esta ocupe os poços contendo vários poços onde são depositados os reagentes.
livres (sítios inespecíficos que podem gerar resultados falso Há várias maneiras (métodos) de se processar o ensaio imu-
positivo ou negativo). noenzimático:

Novamente é feita a lavagem. A superfície é então tratada


com solução de anticorpo primário - sabendo-se que exista
uma quantidade maior de anticorpo do que a proteína -
específico para a proteína de interesse e este vai se ligar a
ela. A superfície é lavada novamente para retirar os
anticorpos primários que não foram incorporados em
nenhuma proteína.
Em seguida, o produto é tratado com anticorpos
secundários que possuem uma enzima acoplada que irá
produzir uma substância corada e que se constitui de um
anticorpo para o anticorpo primário. A superfície é lavada
novamente para a retirada do anticorpo secundário que não
se ligou ao anticorpo primário. Adiciona-se o substrato de
ligação para a enzima produzir a substância corada e, assim,
medindo-se a intensidade da cor da superfície, pode-se
quantificar e verificar a presença de alguma substância de
interesse. • O método competitivo é mais usado para identificação de
Diagnóstico antígenos, mas pode também ser empregado para a detecção
de anticorpos.
Entre as doenças passíveis de diagnóstico pelo teste,
estão várias doenças infecciosas, uma vez que a maioria dos • O método indireto é utilizado para detecção de anticor-
agentes patológicos desencadeia a produção de pos.
imunoglobulinas. Também pode ser usado no diagnóstico • O método de sanduíche, ou captura, é indicado para i-
de doenças auto-imunes ou alergias. dentificação de antígenos, e este antígeno fica entre dois
HIV anticorpos.

Este é o teste de primeira linha no diagnóstico da infecção Os métodos se baseiam na identificação de anticorpos e
pelo HIV (vírus da SIDA/AIDS). Estes testes até a sua terceira ou antígenos por anticorpos marcados com uma enzima, de
geração só detectavam a presença de anticorpos (IgG e IgM) maneira que esta enzima age sobre um substrato e a reação

Conhecimentos Específicos 73 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
faz com que o cromógeno mude de cor. O produto da reação, Sabrine Guedes Gonçalves da Silva
além de colorido, é insolúvel para não difundir do local da
formação.
Com a utilização de um Espectrofotômetro é realizada a 1. INTRODUÇÃO
leitura de intensidade da cor da superfície através do compri- A norma ABNT ISO/IEC Guia 25 – Requisitos gerais para
mento de onda, podendo assim detectar e quantificar a pre- competência de laboratórios de calibração e ensaios (1), em
sença de alguma substância de interesse. qualimune função da qual muitos laboratórios buscam adequar seus
Reação em Cadeia da Polimerase - PCR sistemas de gestão, contém requisitos que visam garantir as
condições de realização das medições, de modo que a preci-
A Reação em Cadeia da Polimerase (que são e exatidão estejam de acordo com especificações prées-
em inglês é Polymerase Chain Reaction – PCR) é definida tabelecidas.
como uma técnica de amplificação de ácido ribonucléico
(DNA) sem utilizar organismos vivos. Define-se precisão como o grau de concordância entre os
resultados de uma série de medições, podendo esta ser ex-
Este processo foi descrito primeiramente por Kary Mullis, pressa na forma de desvio padrão.
no ano de 1983, sendo que somente dez anos depois foi lhe
concedido o Prêmio Nobel da Química pelo seu trabalho. No Exatidão é o grau de concordância entre a média dos re-
ano de 1989, a Hoffman La Roche & Perkin-Elmer Corporati- sultados obtidos e o valor de referência, sendo, portanto,
on patenteou esta técnica. quantificada pela diferença entre esses dois valores (2).
Atualmente, o PCR é utilizado em laboratórios de investi- A validação de um método analítico consiste na avaliação
gação médica e biológica objetivando diferentes tarefas, como da capacidade do processo analítico em produzir resultados
a identificação de doenças hereditárias, a construção compatíveis com níveis de precisão e exatidão considerados
de árvores filogenéticas, a clonagem de genes, teste de pa- como satisfatórios, na prática.
ternidade, detecção de organismos causadores de infecções, A avaliação da incerteza associada a um método analítico,
concepção de organismos transgênicos, entre outras. deve levar em consideração todas as variabilidades do pro-
Para a realização deste procedimento, o primeiro passo é cesso analítico, incluindo àquelas atribuíveis aos equipamen-
extrair o material genético da célula ou do local a ser estuda- tos, materiais, métodos, pessoas e ambiente. Todo esforço de
do com cuidado para que o mesmo não seja danificado e nem normalização e uniformização das práticas laboratoriais tem
sofra contaminação. Habitualmente, o material coletado é o como objetivo a redução das incertezas das informações,
DNA; todavia, pode-se utilizar o RNA em uma RT-PCR que garantindo maior confiabilidade aos resultados e às decisões
consiste em um desdobramento do PCR e apresenta outras gerenciais.
aplicações. 2. OBJETIVO
Após a extração do material, juntamente a este é adicio- O presente trabalho tem como objetivo apresentar os pro-
nada uma mistura, também chamada de pré-mix, na qual cedimentos implementados para validação dos métodos ana-
estão presentes os dNTPs (desoxirribonucleotídeos trifosfato), líticos utilizados no Departamento de Química Analítica (DQA)
sendo estas bases nitrogenadas ligadas com um três fosfato, do CETEM.
os denominados primers (também conhecidos por oligonucle-
otídeos ou iniciadores) e a enzima DNA polimerase em u- 3. MATERIAIS E MÉTODOS
masolução tampão. Este material vai para um aparelho co- 3. 1 GARANTIA DA QUALIDADE DO PROCESSO ANA-
nhecido como termociclador, aquecendo e esfriando o materi- LÍTICO
al ali contido em ciclos de temperatura pré-estabelecidos.
Para que se possa garantir resultados analíticos confiáveis
Primeiramente, o tudo é aquecido a uma temperatura en- (precisos e exatos) deve-se estabelecer o controle sobre os
tre 90° a 96°C para que ocorra a desnaturação do DNA (sepa- analistas, métodos de análise e equipamentos de medição e
ração das fitas). Por conseguinte, a temperatura do termoci- ensaio, que se constituem nas principais fontes de variação
clador cai (50° a 60°C) para que haja a hibridização ou ane- do processo analítico.
lamento. Neste ponto do procedimento, os primers se ligam
com especificidade às suas sequências complementares do O aprimoramento do processo analítico dependerá de
DNA. Subsequentemente, há uma elevação da temperatura a analistas habilitados, equipamentos de medição e ensaios
aproximadamente 72°C para que ocorra a síntese pela poli- calibrados e métodos de análise validados. As figuras 1a e 1b
merase (extensão de uma nova molécula). Em seguida, um apresentam os elementos a serem considerados na estrutura
novo ciclo é iniciado, sendo que normalmente são realizados de um sistema de medição, de acordo com os requisitos da
de 25 a 40 ciclos para cada reação, apresentado taxa de norma ABNT ISO/IEC Guia 25.
replicação exponencial. A habilitação dos analistas, na execução de uma determi-
A análise do resultado é feita por um meio da eletroforese nada análise ou de um ensaio de calibração, é consequência
em gel de agarose ou de poliacrilamida, sendo interpretada do processo de qualificação estabelecido no sistema da qua-
por um profissional treinado. lidade do laboratório. Isso implica na existência de registros
que evidenciem a realização de treinamento. A implementa-
Certos problemas técnicos podem interferir no resultado ção de uma avaliação periódica do desempenho dos analistas
do PCR, como a contaminação do material por substâncias permite a identificação das necessidades de treinamento,
que conhecidamente inibem a reação, como é o caso visando o aprimoramento das práticas laboratoriais.
da hemoglobina, bem como a contaminação por um material
genético que não está sendo estudado. Deste modo, para Os métodos analíticos e instruções de trabalho devem ser
reduzir as chances de erro, os profissionais que manuseiam documentadas de forma a servir de referência na realização
as amostras devem adotar certas medidas, como o uso de das análises. Esses documentos são elementos de grande
luvas, tubos descartáveis, dentre outras. Débora Carvalho importância na uniformização das práticas laboratoriais e,
Meldau consequente, redução da variabilidade dos resultados analíti-
cos.
VALIDAÇÃO DE MÉTODOS DE ANÁLISE QUÍMICA

Conhecimentos Específicos 74 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

As balanças analíticas, massas padrão, termômetros, termopares, balões volumétricos, provetas, buretas, pipetas, soluções
padrão de calibração e materiais de referências certificados constituem-se nos equipamentos de medição e ensaios (EME) de um
laboratório químico. Os EME devem ser identificados, calibrados, controlados e mantidos em condições adequadas para sua
utilização. A confiabilidade das medições é garantida, uma vez que os EME estejam calibrados. É necessário, portanto, que a
rastreabilidade metrológica à padrões primários seja demonstrada através de evidência objetivas, tais como: certificados, regis-
tros, relatórios e normas.

Conhecimentos Específicos 75 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

3. 2 USO DE MATERIAIS DE REFERÊNCIA PARA VALIDAÇÃO DE MÉTODOS


ANALÍTICOS
O procedimento para validação de métodos analíticos, utilizando materiais de referência certificados (3, 4), apresentado na
Figura 2, utiliza conceitos estatísticos e leva em consideração a incerteza associada ao valor certificado. Desta forma, procura-se
evitar a subjetividade na tomada de decisão.
Certificação
Existem, basicamente, três tipos de programas de certificação de materiais

Conhecimentos Específicos 76 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
de referência (5):
(a) programa interlaboratorial de consenso, em que os laboratórios participantes utilizam o método analítico de sua escolha;
(b) programa interlaboratorial de consenso, em que os laboratórios participantes utilizam o mesmo método analítico. Esse mé-
todo deve estar bem estabelecido e ser amplamente aceito;
(c) um único laboratório de referência, utilizando método analítico primário, de grande precisão e, supostamente sem erro sis-
temático.
Os parâmetros estatísticos, normalmente reportados nos documentos de certificação de materiais de referência, são descritos
na Tabela 1.

Validação de métodos analíticos


O uso de materiais de referência certificados (MRCs) para avaliação da precisão e a exatidão de métodos analíticos possui as
seguintes premissas básicas:
(1) o valor certificado de um elemento em um material de referência é a melhor estimativa do valor real;
(2) o método analítico é validado se a precisão e exatidão do método for compatível com àqueles que certificaram o material
de referência;
(3) independentemente do método analítico utilizado, sempre existe variabilidade entre laboratórios. Portanto, a relação entre
LC ? e RC ? deve também ser aplicada para os materiais certificados por um único laboratório de referência.
Uso de MRCs
São selecionados, no mínimo, dois MRCs com composição física e química semelhantes às das amostras analisadas em ro-
tina. Os níveis de concentração dos elementos de interesse devem permitir a avaliação do método nos limites inferior e superior
da faixa de concentração para a qual o método analítico será empregado. Para cada um dos MRCs, são realizadas n determina-
ções independentes (cinco no mínimo) e calculados os valores de média ( x ) e desvio padrão ( s ).
Todos métodos analíticos possuem erros inerentes. Erros aleatórios estão sempre presentes, e podem ser acompanhados
por erros sistemáticos.
Portanto, é definido um limite de tolerância aceitável para cada MRC, que depende, em parte, do programa de certificação. O
seguinte critério é proposto para avaliação do método analítico:
Precisão: o método analítico é suficientemente preciso se os resultados obtidos com o MRC forem estatisticamente tão preci-
sos quanto a precisão interna dos laboratórios, reportada no documento de certificação.
Exatidão: o método analítico é suficientemente exato se os resultados obtidos com o MRC não diferirem do valor certificado
mais do que a incerteza resultante da variabilidade interna e entre laboratórios.

Conhecimentos Específicos 77 A Opção Certa Para a Sua Realização


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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As informações referentes ao controle / calibração de equipamentos de medição e ensaios, documentação / validação de mé-
todos analíticos e qualificação de pessoal, necessárias a gestão do sistema da qualidade do DQA, foram registradas em plani-
lhas eletrônicas e disponibilizadas para todo corpo técnico (Tabela 2).

Conhecimentos Específicos 78 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Após a implementação de ações para garantia da rastreabilidade das medidas de massa, volume e temperatura, e da docu-
mentação dos métodos analíticos, os Responsáveis Técnicos iniciaram suas atividades experimentais para a validação desses
métodos, utilizando MRCs.
Verifica-se que dos 53 MRCs disponíveis no DQA, apenas alguns trazem em seus documentos de certificação, todos os pa-
râmetros estatísticos necessários para aplicação do procedimento de validação de métodos analíticos (Tabela 3). Os MRCs pro-
duzidos pelo IPT são, atualmente, os mais utilizados no DQA, devido a semelhança em composição física e química às mostras
analisadas em rotina, no laboratório, e a facilidade de aquisição desses materiais. Cabe ressaltar que o preço de um MRC impor-
tado, no Brasil, é cerca de 3 a 4 vezes maior que o valor de catálogo, e que o prazo de entrega é no mínimo 45 dias.

A aplicação do procedimento de validação é exemplificada para o método de determinação de perda ao fogo (PF) em minério
refratário, argila, calcário, cimento e feldspato (Tabela 4).

Conhecimentos Específicos 79 A Opção Certa Para a Sua Realização


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A avaliação da precisão não pôde ser realizada conforme o procedimento proposto, uma vez que o IPT não informa o valor de
RC ? , referente aos laboratórios participantes do programa de certificação.
Nesse caso, decidiu-se por calcular o coeficiente de variação( cv ), que expressa a variabilidade dos resultados como uma
percentagem do valor de média, e avaliar sua adequação com base em considerações subjetivas do que é satisfatório na prática.
O método de determinação de PF não apresentrou precisão satisfatória para concentrações menores que 0,5%. As possíveis
causas foram identificadas e modificações no método serão implementadas. Portanto, a avaliação da exatidão não é realizada.
Para as demais concentrações, o método foi considerado preciso e exato. Exceção é feita ao IPT 46 - cimento portland, para o
qual o valor de média obtido foi 30% maior que o valor certificado.
Nesse caso, há suspeita de ter ocorrido alteração na unidade de MRC, no que diz respeito a concentração de PF, cuja certifi-
cação foi realizada em junho/82.
5. CONCLUSÕES
O uso de materiais de referência certificados (MRCs), na avaliação de métodos analíticos bem como no controle dos proces-
sos de análise em rotina, é de fundamental importância para que o laboratório possa garantir resultados confiáveis. A implemen-
tação desses procedimentos é dificultada, e muitas vezes impossibilitada, visto que os MRCs disponíveis hoje no mercado, não
atendem a crescente demanda por diferentes tipos de matriz e níveis de concentração e, ainda as informações necessárias para
a avaliação estatística nem sempre são fornecidas.

Laboratório é uma sala ou espaço físico devidamente


TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO: CONHECI- equipado com instrumentos de medida próprios para a
MENTO, ORGANIZAÇÃO, MANUTENÇÃO E UTILIZAÇÃO realização de experimentos e pesquisas científicas diversas,
DE VIDRARIA E EQUIPAMENTOS; dependendo do ramo da ciência para o qual foi planejado.

Laboratório A importância do laboratório na investigação ou escala


industrial em qualquer de suas especialidades, seja química,
dimensional, elétrica, biológica, baseia-se no exercício de
suas atividades sob condições ambientais controladas e
normatizadas, de modo a assegurar que não ocorram
influências estranhas que alterem o resultado do experimento
ou medição e, ainda, de modo a garantir que o experimento
seja repetível em outro laboratório e obtenha o mesmo
resultado.
Riscos em laboratório de saúde
A realização de experiências por meio de cálculos, medi-
ções e análises químicas, físicas e biológicas exigem controle
e precisão alcançáveis apenas em espaço e ambiente estru-
turados para tal, de acordo com normas técnicas estabeleci-
das por lei. Essas atividades envolvem riscos como o biológi-
co, por exemplo, associado ao manuseio de material infecta-
do; como riscos ergonômico, químico, físico, entre outros. Por
essa razão, a sua prática é orientada por manuais de biosse-
gurança que determinamprocedimentos operacionais padro-
Laboratório de bioquímica. nizados visando diminuir ou eliminar riscos às saúdes ocupa-
cional e pública. 3

Conhecimentos Específicos 80 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Entre as ações regulamentadas e fiscalizadas por órgãos Condensador Liebig
de vigilância à saúde, incluem-se a instalação, a montagem e Condensador West
o funcionamento de um laboratório, os quais obedecem a Condensador a ar
requisitos de segurança como temperatura, umidade, pressão Condensador Allihn
atmosférica, rede elétrica, isenção de contaminação microbio- Condensador Davies (camisa dupla)
lógica em suspensão no ar ou empoeiras, isenção Condensador Friederich
de vibração e de ruído, além de instalações e equipamentos Condensador Serpentina
mantidos sob controle de qualidade atestada. 3 Condensador Dewar
Erlenmeyer
Uso didático do laboratório
Espectrofotômetros
Instituído pelo físico alemão Justus von Liebig (1803— Estufa
1873), o uso didático do laboratório ganha destaque no ensi- Frasco de Grignard
no da ciência e revela ao aluno um momento importante para Funil de Filtração de 60º
a formação de suas próprias reflexões e conclusões. Funil de separação
É comum, na prática laboratorial, a utilização de mode- Funil Buchner
los físicos e matemáticos como meios de compreensão da Funil Hirsch
realidade por trás dos fenômenos ou objetos de estudo, quer Funil com prato de Witt
sejam estes indiretamente acessíveis aos sentidos, quer não. Funil com crivo ou placa perfurada
Em termos científicos, a física busca fornecer compreensão Funil multi poroso
acerca das grandezas e entes físicos mais universais e fun- Kitasato
damentais. É por tal sempre relevante aos estudos científicos Microscópio
acerca do mundo natural. Tem-se a exemplo Mufla
a temperatura como grandeza física geralmente controlada Pipeta
em um ambiente laboratorial, e o termômetro como aparelho Pisseta
presente em praticamente todos os laboratórios das ciências Placa de petri
naturais. Proveta
Suporte para garra de condensador
termostato
Tubo de ensaio

Organização de um Laboratório
http://liapromulo.wordpress.com/organizacao-de-um-
laboratorio/
Pisos, Paredes e Aberturas. Instalação de Gás, Água e
Eletricidade.Mobiliário.Capela

Cientistas trabalhando em um laboratório.


Laboratórios de química
Nos laboratórios de química, normalmente, há pelo menos
uma capela de laboratório onde produtos químicos tóxicos e
perigosos podem ser manipulados sem risco. Isto reduz e, ao
menos em intenção, elimina o risco de inalação dos gases
tóxicos produzidos pela reação dos produtos químicos.
Instrumentos e equipamentos de laboratório
Os materiais utilizados em um laboratório são específicos.
Diferenciam-se, entretanto, de acordo com a utilização em
laboratórios de química, de física, de biologia, de clínica mé-
dica, de hidráulica, de solos, de aeronáutica entre outros. Um
exemplo de instrumento é a Bureta, um tubo cilíndrico gradu-
ado e apresenta na parte inferior uma torneira de vidro contro-
ladora da vazão e é empregada especificamente nas titula-
ções. Laboratório organizado.
Balança ASPECTOS IMPORTANTES A CONSIDERAR NA OR-
Balão fundo chato ou "balão de Florença" GANIZAÇÃO DE UM LABORATÓRIO.
Balão fundo redondo Não há um modelo definido de laboratório. Esse pode a-
Balão fundo redondo com gargalo de virola presentar-se das mais diversas formas. Cada professor irá
Balão tritubulado comum planejar e realizar seu projeto de acordo com as atividades
Balão bitubulados experimentais e dos recursos disponíveis.
Balão de adição tritubulado
Balão volumétrico Ao projetar um laboratório, devemos primeiramente levar
Banho Maria em consideração dois aspectos: - a sala será construída es-
Bastão de vidro pecialmente; - já existe uma sala que será adaptada para
Béquer laboratório. No primeiro caso, o professor, dentro das condi-
Bico de Bunsen ções financeiras da escola, terá maior liberdade para projetá-
Capela la, levando em consideração o número de alunos por turma,
Centrífuga seu tamanho, aberturas, iluminação, parte elétrica e hidráuli-
Colorímetro ca, etc. No segundo caso, a liberdade na oganização da sala

Conhecimentos Específicos 81 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
é bem menor. Será preciso adaptar-se às condições já exis- Outra alternativa, muito usada nos laboratórios de nossas
tentes, aos interesses dos professores e da escola. escolas, é o abastecimento de cada bico de gás com botijão
pequeno, tipo liquinho, individual para cada grupo de alunos,
Um terceiro aspecto altamente importante a considerar,
porém este procedimento é menos seguro que o anterior.
neste projeto de construção do laboratório, é definir se a utili-
Atualmente outra forma muito prática e econômica é o uso de
zação será exclusiva de uma disciplina ou compartilhada,
liquinhos com fogareiros, no lugar do bico de gás. Neste caso
podendo atender alunos da área de Ciências, Química, Física
teremos também botijões pequenos para cada grupo de alu-
e Biologia.
nos. No entanto esta opção requer um maior cuidado, tendo-
Pisos, Paredes e Aberturas se sempre que utilizar mangueiras próprias para este fim e
O piso de cerâmica comum é o mais recomendável pelo atenção para um possível vazamento de gás.
baixo custo, facilidade na colocação e limpeza, segurança Água
oferecida, ótima resistência e durabilidade. No entanto, há
várias outras alternativas de piso como os de: granilite, ma-
deira (tacos), borracha.
É de primordial importância que não haja desníveis ou eleva-
ções no piso, a fim de evitar tropeços e possíveis acidentes
Outro aspecto importante a considerar quanto ao piso, refere-
se à sua constante manutenção e limpeza. Os reparos que se
fizerem necessários devem ser feitos sempre o mais breve
possível, mantendo-se sempre o bom estado do mesmo.
Quanto às paredes internas do laboratório devemos observar
aspectos como: facilidade de limpeza, durabilidade, aparência
e custo.
O mais recomendado é o revestimento com massa corrida
pintada com latex fosco e de cor clara.
As janelas e portas devem ser amplas e distribuídas de tal
forma que permitam uma boa iluminação e arejamento do
laboratório.
Recomenda-se janelas basculantes por apresentarem maior
segurança e por serem facilmente abertas e fechadas com
um só comando de mão.
Como medida de segurança as portas devem sempre abrir
para o lado de fora e não devem ficar situadas frente a esca-
das. Pia lava olhos
Recomenda-se por medida de segurança que olaboratório
tenha mais de uma porta. Caso não seja possível as janelas Ao planejar-se a instalação de água para o laboratório re-
devem favorecer a saída de emergência. Neste caso estas comenda-se a utilização de tubulação externa de plástico
não devem ser obstruídas com armários, a fim de proporcio- (padrão de segurança cor verde), que igualmente será dirigida
narem uma alternativa para saída de emergência. para os locais previamente escolhidos para a localização das
pias e tanques.
Instalação de Gás, Água e Eletricidade Estas são indispensáveis para a realização de um grande
Gás número de atividades experimentais, bem como para a limpe-
za do equipamento a ser utilizado no laboratório.
Sugerimos a construção de no mínimo duas pias e um
tanque, em pontos não muito próximos um do outro, a fim de
evitar o congestionamento de alunos durante uma determin-
dada atividade experimental, em que a água se fizer necessá-
ria.
As pias e tanques podem ser confeccionadas de aço inoxidá-
vel, de louça ou revestidas com azulejos.
Eletricidade

Instalação de gás
O gás poderá ser instalado de diferentes formas. A mais
segura é a de um único botijão de gás, instalado fora do pré-
dio,
em uma caixa ventilada, porém fechada com cadeado e de
preferência numa área inacessível a alunos, como meio de se
obter maior segurança possível. A partir do botijão a instala-
ção deve ser feita através de tubulação de cobre dirigida para
os
locais onde se encontram os bicos de gás. Instalação elétrica

Conhecimentos Específicos 82 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Os fios de eletricidade devem passar por uma tubulação mais fácil o arranjo dos alunos em círculo no momento de
externa, sendo igualmente dirigidos para as tomadas e inter- uma discussão com toda a turma ou no caso de realizar um
ruptores de luz existentes no laboratório. trabalho mais expositivo.
No entanto, mesas e cadeiras fixas apresentam vantagens
Quanto às fontes de eletricidade, recomenda-se a instala-
como: maior estabilidade e durabilidade, e acima de tudo,
ção de tomadas de 110V e 220V sinalizadas com cores, dife-
permitem instalação elétrica e de gás, permanente. Por outro
rentes, por exemplo amarela para 110V e laranja para 220V.
lado, apresentam a desvantagem de não permitir seu deslo-
Dependendo da distribuição das mesas no laboratório, as camento em ocasiões em que isso se faz necessário.
tomadas poderão ficar junto a essas mesas ou ao longo dos
A disposição dos móveis irá depender muito das dimen-
balcões laterais. É conveniente dispor de uma tomada para
sões e formato do laboratório. Podem ficar dispostos lateral-
cada grupo. Caso isso seja inviável, convém localizar as to-
mente ou arranjados uniformemente na sala. Esta organiza-
madas em pontos opostos da sala, a fim de evitar a concen-
ção dependerá também, em grande parte, da forma como se
tração de muitos alunos num mesmo local, durante os traba-
encontram distribuídos pela sala as fontes elétricas, de gás,
lhos práticos.
luz e água.
A iluminação é condição fundamental para a realização de um
bom trabalho, contribuindo para a segurança do laboratório. As mesas e cadeiras devem ser resistentes, firmes e fá-
É recomendável a utilização de lâmpadas do tipo fluorescente ceis de limpar. Recomenda-se para tanto seu revestimento
no lugar das lâmpadas incandescentes, pois essas não alte- com fórmica fosca, de cor clara.
ram a temperatura ambiente, pela liberação de calor.
Mesa com prateleira abaixo do tampo são muito práticas,
Além de fornecerem uma ótima iluminação, não cansam pois permitem que o aluno guarde aquele material que não
os olhos quando se está trabalhando em algo que requer um está sendo utilizado no momento, deixando desta forma a
olhar fixo por um período mais longo de tempo. mesa o mais livre possível para a realização da atividade
experimental.
O número e a distribuição das lâmpadas no laboratório irá
depender do tamanho e formato da sala. Para obter-se uma Balcões
boa iluminação recomenda-se que a cada 1,5 m seja posicio-
Os balcões são peças muito importantes num laboratório,
nado um conjunto de duas lâmpadas fluorescentes. Ainda
pois podem servir para guardar o equipamento das aulas
como forma de obter-se maior segurança no laboratório re-
práticas, colocar materiais à disposição dos alunos, manter
comenda-se embutir na parede da sala uma caixa, com regis-
expostas montagens por um maior espaço de tempo, ou ain-
tros de água, gás e eletricidade. Esta caixa deve ficar em
da para análises e pesquisas em geral.
local de livre acesso ao professor, sinalizada adequadamente,
assim como os registros e tubulações, conforme descrito na Os balcões podem ser de madeira, alvenaria ou aço.
tabela . Qualquer que seja o tipo, irão apresentar vantagens e
Tabela: cores-padrão para tubulações em laboratório desvantagens.
Tipo Cor Os balcões de madeira são mais econômicos, porém po-
Água: Verde dem ser facilmente atacados por reagentes químicos ou
Ar: Azul mesmo por cupins. Outro inconveniente é sua deformação em
Gás: Amarelo presença de umidade, muito comum num laboratório, vindo a
empenar ou mesmo dificultar o movimento de gavetas e por-
Vácuo: Cinza
tas.
Vapor: Vermelho
Os balcões de alvenaria são bons para conter equipamen-
tos de vidraria. Para reagentes químicos não são recomenda-
Mobiliário dos devido a umidade que os mesmos normalmente apresen-
tam.
Mesas e Cadeiras
O tampo deste tipo de balcão pode ser recoberto com azu-
lejos de cor branca, pintados com tinta plástica ou revestido
com material emborrachado, sendo esta ao nosso ver a me-
lhor opção, pois trás maior segurança, na medida que evita
quebra de equipamento de vidro, apresentando ainda uma
boa resistência a ácidos e álcalis. Outra boa opção é o tampo
de madeira revestido com fórmica fosca. A fórmica apresenta
a vantagem de facilitar a limpeza, e ser muito resistente ao
atacada de produtos químicos, além de evitar modificações,
como ondulamentos da madeira. A desvantagem deste tipo
de revestimento é a ação do calor, que provoca a soltura da
lâmina de fórmica. No entanto, este inconveniente pode ser
perfeitamente evitado cuidando-se para não colocar sobre ela
Mesas e Cadeiras aparelhos ou equipamentos que irradiem calor.
Podem ser fixas ou móveis. Tanto uma como o outro a- Finalmente, os balcões de aço inoxidável, são muito ca-
presentam vantagens e desvantagens. Num trabalho experi- ros, entretanto apresentam vantagens como: maior resistên-
mental os alunos se organizam em grupos, para tanto o mais cia, facilidade na limpeza e ótima aparência. Para maior fun-
conveniente são mesas e cadeiras (ou banquetas) soltas, cionalidade, desse tipo de balcão e como forma de evitar a
possibilitando seu deslocamento. Essa flexibilidade trás inú- quebra fácil de materiais de vidro e a reflexão da luz, reco-
meras vantagens, pois conforme a atividade a ser realizada, menda-se revestir seu tampo com trilhos de borracha, facil-
há momentos que a disposição das mesas e cadeiras ficam mente encontrado no comércio. Recomenda-se colocar portas
mais funcionais se dispostas perto das paredes, deixando o de correr nos balcões, a fim de economizar espaço no labora-
centro da sala livre, e noutros momentos sua distribuição por tório. Outro aspecto a considerar é a existência, no interior
toda sala torna-se mais eficiente. Outra aspecto positivo de dos balcões, de prateleiras móveis, isto é, reguláveis de acor-
haver mesas e cadeiras móveis é a possibilidade de aumentar do com o tamanho do equipamento a ser utilizado. Torna-se
ou diminuir o número de alunos por grupo, tornando também

Conhecimentos Específicos 83 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
prático também planejar gavetas, de diversos tamanhos, junto Capela
aos balcões.
A capela é um elemento importante em laboratórios que
Armários lidam com substâncias tóxicas ou substâncias que através de
reações químicas liberam vapores tóxicos. Portanto, sua
construção contribui para uma maior segurança. No entanto,
não é considerado um elemento indispensável, podendo ser
substituída por outras medidas de segurança, como a de
procurar manter o melhor arejamento possível quando se
estiver trabalhando com substâncias que liberam vapores ou
gases tóxicos. Entretanto, sendo viável, recomenda-se sua
construção e uso no laboratório.
As capelas podem ser de vários tipos. Seu tamanho, for-
mato, material e localização irá depender da sua maior ou
menor necessidade de uso.
Os materiais mais usados na sua construção são: chapas
de aço inoxidável ou alvenaria. As capelas de alvenaria, nor-
malmente tem um revestimento interno de azulejos. Geral-
Armários mente este tipo de capela encontra-se embutida na própria
parede do laboratório. A janela frontal da capela deve ser de
Dependendo das condições físicas do laborató- vidro móvel, laminado ou temperado, tipo de correr, no senti-
rio,financeiras da escola e mesmo do tipo de equipamento do vertical, a fim de permitir a visualização de seu interior.
que se tem para guardar, os armários poderão ser dos mais Seu revestimento interno poderá ser com fórmica, tinta plásti-
variados tipos e dimensões. Dentre os mais seguros, duráveis ca ou com azulejos. O teto da capela deve ser em forma de
e práticos tem-se os armários de aço inoxidável, com pratelei- pirâmide ou de cone. No seu vértice deve estar localizado o
ras reguláveis. No entanto, armários de madeira, com portas exaustor, que irá lançar para fora do laboratório os vapores aí
de correr e prateleiras móveis, revestidas com fórmica são formados, devendo ser filtrados antes de serem eliminados ao
também muito práticos e úteis. Substâncias químicas de risco exterior, para evitar a poluição da atmosfera. Esta saída deve
(venenosas) devem ficar em um armário isolado e fechado à ficar afastada de locais onde se encontre fluxo de pessoas. É
chave. Para uma maior segurança recomenda-se ainda afas- importante também que o exaustor seja projetado conforme
tar os reagentes sólidos dos líquidos voláteis e ácidos. De tiragem da capela.
preferência, devem ser colocados nas prateleiras mais baixas
como medida de maior segurança. É importante também que Recomenda-se ter no interior da capela uma fonte de gás,
os armários apresentem aberturas para uma boa ventilação e eletricidade e água, pois há trabalhos que necessitam, por
acima de tudo que suas prateleiras tenham calços de segu- exemplo, de aquecimento de substâncias, condensação de
rança, devido ao peso dos frascos de reagentes. vapores ou agitação mecânica. Se no interior da capela existi-
rem lâmpadas, estas devem ser protegidas por luminárias
Esse tipo de armário deve receber limpeza e revisão peri- impermeáveis, inquebráveis e resistentes ao calor. Reações
ódicas, a fim de se manter um bom controle das substâncias químicas que liberem vapores ou gases tóxicos, devem ser
químicas aí contidas. Quanto à localização, o ideal é ter os processadas sempre que possível com a janela da capela
armários em uma sala própria (almoxarifado) anexa ao labo- fechada e o exaustor em funcionamento. A parte inferior da
ratório, pois oferece maior isolamento e segurança do materi- capela pode ser aproveitada como armário.
al.
Todo o tipo de tomadas e interruptor da capela devem es-
No entanto, nossa realidade é outra. Dificilmente encon- tar localizadas em sua parte externa. A construção de uma
tramos à nossa disposição um almoxarifado. Neste caso os capela implica em trabalhos com produção de materiais tóxi-
armários ficarão distribuídos pela sala do laboratório, da for- cos. Antes de construí-las pense bem se não há possibilidade
ma mais prática, fechados a chave, a fim de se evitar a perda de alteração ou mesmo substituição das experiências que
de material. utilizam produtos tóxicos.
Quadro Verde e Mural Material de laboratório
Estes deverão ser amplos e ficar numa posição que seja Chama-se material de laboratório os instrumentos e
facilmente visível por todos os alunos. O ideal é que a própria equipamentos utilizados pelos cientistas para manipulação
parede do laboratório sirva de quadro verde. O quadro mural específica em química, física e bioquímica para realizar uma
pode ser confeccionado com isopor ou qualquer outro materi- experiência, efetuar medições ou reunir dados.
al que permita afixar as comunicações com auxílio de alfinete
ou percevejo. Relação de materiais

Capelas Pompete: é usada para auxiliar nos procedimentos de


pipetagem;
Microscópio: aparelho óptico utilizado para visualizar
estruturas minúsculas, que não é possível enxergar a olho nu;
Bico de gás: um dos aparelhos mais frequentemente
usados em laboratório é o bico de gás, que pode receber
várias designações de acordo com o seu aspecto, sendo o
mais comum o Bico de Bunsen;
Bico de Bunsen: funciona a gás e serve para o
aquecimento de materiais não-inflamáveis;
Tela ou Rede de amianto: É um trançado de fios de ferro,
tendo no centro um disco de amianto que recebe calor do bico
de Bunsen e distribui o calor uniformemente para todos os
recipientes sobre ela;

Conhecimentos Específicos 84 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Tripé de ferro: serve como apoio para a tela de amianto e Colher de deflagração: Utiliza-se para realizar pequenas
para equipamentos que são colocados sobre ela; combustões de substâncias ou observar o tipo de chama,
reação, etc;
Suporte Universal: Um tipo de suporte que sustenta
todos os tipos de materiais de laboratório, composto por uma Condensador: É empregado
placa de ferro, e uma barra de ferro onde se colocam garras, nos processos de destilação. Sua finalidade é condensar os
prendedores e argolas para segurar os equipamentos ; vapores do líquido. É refrigerado a água;
Suportes, garras e argolas de ferro: servem para a Funil de separação ou decantação: Recipiente
montagem e a sustentação dos aparelhos de laboratório; de vidro em forma de pêra, que possui uma torneira. É
Utilizado para separar líquidos imiscíveis. Deixa-se decantar a
Tubo de ensaio: usado para testar reações com
mistura; a seguir abre-se a torneira deixando escoar a fase
pequenas quantidades de reagentes;
mais densa;
Vidro de relógio: usado para pesar pequenas
Funil de haste longa: Confeccionado em vidro, é utilizado
quantidades de substâncias, para evaporar pequenas
na retenção de partículas sólidas, além da filtração. Mesmo
quantidades de soluções e para cobrir béqueres e outros
sendo uma vidraria de laboratório, o funil de haste longa não
recipientes;
deve ser aquecido ;
Erlenmeyer: Muito utilizado em preparações de
Tubos em U: Tubo recurvado em forma de U, quando
soluções químicas, devido o formato afunilado de seu bico,
preenchido com uma solução especial funciona como ponte
que não deixa a solução respingar;
salina permitindo a passagem de íons na montagem de uma
Balão de fundo chato: usado para aquecer e preparar pilha de Daniell;
soluções e realizar reações com desprendimento de gases;
Cristalizador: São de vidro, possuem grande superfície
Balão de fundo redondo: de uso semelhante ao balão de que faz com que o solvente evapore com maior rapidez;
fundo chato, mas mais apropriado a aquecimentos sob
Dessecador ou Exsicador: É usado para guardar
refluxo;
substâncias em ambiente com pouco teor de umidade;
Proveta ou cilindro graduado: para medir e
Papel de filtro: Papel poroso, que retém as
transferir volumes de líquidos e solução (não é muito preciso);
partículas sólidas, deixando passar apenas a fase líquida;
Balão volumétrico: para preparar volumes precisos de
Mufla: tipo de estufa para altas temperaturas usada
soluções;
em laboratórios, principalmente de química. Consiste
Pipeta graduada: para medir e transferir volumes basicamente de uma câmara metálica com revestimento
variáveis de líquidos ou soluções, sem muita precisão; interno feito de material refractário e equipada com
Pipeta volumétrica: para medir e transferir um líquido ou resistências capazes de elevar a temperatura interior a
solução, porém mais preciso que a pipeta graduada; valores acima de 1000°C. As muflas mais comuns possuem
faixas de trabalho que variam de 200°C a 1400°C;
Bureta: para medir volume de líquidos ou soluções por
escoamento; Colorímetro: instrumento que utiliza amostras de
substâncias desconhecidas para determiná-las, através do
Trompa de vácuo: aproveita-se de uma corrente de água nível de absorção, que modifica sua coloração;
para aspirar o ar, por uma abertura lateral; é usada para as
"filtrações a vácuo"; Gobelé: Copo de vidro de tamanho variado utilizado para
aquecer e cristalizar substâncias, recolher filtrados, fazer
Cadinho ou porcelana (ou metal): usado para decantações, misturar reagentes, preparar soluções, transferir
aquecimento e fusão de sólidos a altas temperaturas; soluções e pesar substâncias;
Triângulo de porcelana: serve de suporte para cadinhos, Pinças: Madeira e Metálica: Instrumentos simples,
quando aquecedidos diretamente na chama de gás; destinado a manipular objetos aquecidos.
Cápsula de porcelana (ou de metal): usada para a Vidraria refere-se a uma grande variedade de equipamen-
concentração e secagem de soluções ; tos de laboratório que tradicionalmente são feitos de vidro.
Almofariz e pistilo: usado para a trituração e Em geral é utilizada em análises e experimentos científicos,
pulverização de sólidos; principalmente nas áreas de química e biologia. Atualmente
alguns equipamentos estão sendo fabricados com plástico,
Centrífuga: É um aparelho que acelera o processo de em sua maioria por razões econômicas, contudo o vidro ainda
decantação. Devido ao movimento de rotação, as partículas é muito utilizado devido a sua transparência, resistência ao
de maior densidade, por inércia, são arremessadas para o calor e por ser praticamente um material inerte. Muitas pe-
fundo do tubo; ças de vidraria são produzidas em vidro borossilicato1 , por
Estufa: Aparelho elétrico utilizado para dessecação ou agregar à peça, a resistência aochoque térmico e melhorar a
secagem de substâncias sólidas, evaporações lentas de resistência mecânica e aos químicos. Em algumas aplica-
líquidos, etc; ções, como por exemplo no armazenamento de produtos, é
utilizado o vidroescurecido para minimizar os efeitos da expo-
Capela: Local fechado, dotado de um exaustor onde se sição de seu conteúdo à luz.
realizam as reações que liberam gases tóxicos
num laboratório; PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA: NÍVEIS DE BIOSSE-
GURANÇA LABORATORIAL, EQUIPAMENTOS DE SEGU-
Banho Maria: É um dispositivo que permite aquecer
RANÇA (BARREIRAS PRIMÁRIAS) E INSTALAÇÕES LA-
substâncias de forma indireta(banho-maria), ou seja, que não BORATORIAIS (BARREIRAS SECUNDÁRIAS). NOÇÕES
podem ser expostas a fogo direto; DE PRÁTICAS LABORATORIAIS ADEQUADAS.
Frasco lavador ou pisseta: É empregada na lavagem de
Definição
recipientes por meio de jactos de água ou de outros
solventes. O mais utilizado é o de plástico pois é prático e a biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a
seguro; prevenção, proteção do trabalhador, minimização de riscos
inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, de-
senvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à

Conhecimentos Específicos 85 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambi- 1. O local de trabalho deve ser mantido sempre em ordem.
ente e a qualidade dos resultados" (Teixeira & Valle, 1996).
2. Aos chefes de grupo cabe a responsabilidade de orien-
Este foco de atenção retorna ao ambiente ocupacional e am-
tar seu pessoal e exigir o cumprimento das regras, sendo os
plia-se para a proteção ambiental e a qualidade. Não é cen-
mesmos, responsáveis diretos por abusos e falta de capacita-
trado em técnicas de DNA recombinante...
ção profissional para utilizar os equipamentos, reagentes e
Uma outra definição, baseada na cultura da engenharia de infra-estrutura.
segurança e da medicina do trabalho é encontrada em Costa
3. Antes de utilizar qualquer dependência que não seja a
(1996), onde aparece "conjunto de medidas técnicas, adminis-
do laboratório em que se encontra trabalhando, o estagiário
trativas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas
deverá pedir permissão ao responsável direto pelo mesmo.
para prevenir acidentes em ambientes biotecnológicos". Está
centrada na prevenção de acidentes em ambientes ocupacio- 4. Para sua segurança, procure conhecer os perigos ofe-
nais. recidos pelos produtos químicos utilizados no seu trabalho.
Fontes et al. (1998) já apontam para "os procedimentos 5. Procure inteirar-se das técnicas que você utiliza. Ciên-
adotados para evitar os riscos das atividades da biologia". cia não é mágica. O conhecimento dos porquês pode ser
Embora seja uma definição vaga, subentende-se que estejam muito útil na solução de problemas técnicos.
incluídos a biologia clássica e a biologia do DNA recombinan- 6. Na dúvida, pergunte.
te.
7. Ao perceber que um aparelho está quebrado, comuni-
Estas definições mostram que a biossegurança envolve as que imediatamente ao chefe do setor para que o reparo possa
relações tecnologia/risco/homem. O risco biológico será sem- ser providenciado.
pre uma resultante de diversos fatores e, portanto, seu contro-
le depende de ações em várias áreas, priorizando-se o de- 8. Ao perceber algo fora do lugar, coloque-o no devido lu-
senvolvimento e divulgação de informações além da adoção gar. A iniciativa própria para manter a ordem é muito bem-
de procedimentos correspondentes às boas práticas de segu- vinda e antecipadamente agradecida.
rança para profissionais, pacientes e meio ambiente. 9. Planeje bem os seus protocolos e realize os procedi-
Conceitos usados mentos operacionais dos mesmos.
A biossegurança está formatada legalmente para os pro- Idealmente, antes de começar um experimento, você deve
cessos envolvendo organismos geneticamente modificados e saber exatamente o que será consumido, sobretudo no tocan-
questões relativas a pesquisas científicas com células-tronco te ao uso de material importado.
embrionárias, de acordo com a Lei de Biossegurança - 10. Trabalho com patógenos não deve ser realizado em
N.11.105 de 24 de Março de 2005. local movimentado. O acesso ao laboratório deve ser restrito
O foco de atenção dessa Lei são os riscos relativos as a pessoas que, realmente, manuseiem o material biológico.
técnicas de manipulação de organismos geneticamente modi- 11. O trânsito pelos corredores com material patogênico
ficados. O órgão regulador dessa Lei é a Comissão Técnica deve ser evitado ao máximo.
Nacional de Biossegurança, integrada por profissionais de
diversos ministérios e indústrias biotecnológicas. Exemplo Quando necessário, utilize bandejas.
típico de discussão legal da biossegurança são os alimentos Aquele que nunca trabalhou com patógenos, antes de
transgênicos, produtos da engenharia genética. começar a manuseá-los, deve:
Por outro lado, a palavra biossegurança, também aparece Estar familiarizado com estas normas;
em ambientes onde a moderna biotecnologia não está pre-
sente, como indústrias, hospitais, laboratórios de saúde públi- Ter recebido informações e um treinamento adequa-
ca, laboratórios de análises clíni- do em técnicas e conduta geral de trabalho em laboratório
cas, hemocentros, universidades, etc., no sentido da preven- (pipetagem, necessidade de manter-se a área de trabalho
ção dos riscos gerados pelos agentes químicos, físicos e sempre limpa, etc.)
ergonômicos, envolvidos em processos onde o risco biológico 13. Ao iniciar o trabalho com patógenos, o estagiário deve-
se faz presente ou não. Esta é a vertente da biossegurança, rá ficar sob a supervisão de um pesquisador experimentado,
que na realidade, confunde-se com a engenharia de seguran- antes de estar completamente capacitado para o trabalho em
ça, a medicina do trabalho, a saúde do trabalhador, a higiene questão.
industrial, a engenharia clínica e a infecção hospitalar.
14. Saída da área de trabalho, mesmo que temporaria-
MANUAL DE BIOSSEGURANÇA mente, usando luvas (mesmo que o pesquisador tenha certe-
UNESP za de que não estão contaminadas), máscara ou avental, é
estritamente proibida. Não se deve tocar com as luvas em
I. INTRODUÇÃO maçanetas, interruptores,
As atividades a serem desenvolvidas no PROGRAMA DE telefone, etc. (Só se deve tocar com as luvas o material
BIOSSEGURANÇA estritamente necessário ao trabalho).
devem permitir o aprendizado e o crescimento do estudan- 15. Seja particularmente cuidadoso para não contaminar
te na sua área profissional. aparelhos dentro ou fora da sala (use aparelhos extras, ape-
nas em caso de extrema necessidade).
Os líquidos biológicos e os sólidos, os quais manuseamos
nos laboratórios, são, quase sempre, fontes de contaminação. 16. Em caso de acidente:
Os cuidados que devemos ter para não haver contaminação - A área afetada deve ser lavada com água corrente em
cruzada dos materiais, não contaminar o pessoal do laborató- abundância;
rio, da limpeza, os equipamentos, o meio ambiente através de
aerossóis e os cuidados com o descarte destes materiais - Álcool iodado deve ser passado na área afetada
fazem parte das Boas Práticas em Laboratório Clínico (com exceção dos olhos, que devem ser lavados exaustiva-
(BPLC), seguindo as regras da Biossegurança. Para cada mente com água destilada);
procedimento há uma regra já definida em Manuais,
Resoluções, Normas ou Instruções Normativas.

Conhecimentos Específicos 86 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- Em caso de ferida, deve ser lavada com água corrente Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias,
e comprimida de forma a sair sangue (cuidado para não au- fungos, parasitos, vírus, entre outros.
mentar as dimensões da ferida deve ser tomado);
Classificação de risco biológico:
- Os acidentes devem ser comunicados, imediatamente,
Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em
ao responsável pelo setor e a direção do Instituto para dis-
quatro classes de 1 a 4 por ordem crescente de risco (anexo
cussão das medidas a serem adotadas;
1), classificados segundo os seguintes critérios:
17. As normas de trabalho com material radioativo e com
- Patogenicidade para o homem.
material patogênico devem ser lidas com atenção antes de se
começar a trabalhar com os mesmos. - Virulência.
18. Recomendação final para minimizar o risco de aciden- - Modos de transmissão
tes: não trabalhe sob tensão. - Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes.
II BIOSSEGURANÇA - Disponibilidade de tratamento eficaz.
DEFINIÇÃO - Endemicidade.
Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, MÉTODOS DE CONTROLE DE AGENTE DE RISCO
técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes
de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de Os elementos básicos para contenção de agentes de ris-
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e co:
prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do A. - BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO - GLP
homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos
trabalhos desenvolvidos. - Observância de práticas e técnicas microbiológicas
padronizadas.
TIPOS DE RISCO
- Conhecimento prévio dos riscos.
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de
08/06/78) - Treinamento de segurança apropriado.
1. Riscos de Acidentes - Manual de biossegurança (identificação dos riscos,
especificação das práticas, procedimentos para eliminação de
2. Riscos Ergonômicos riscos).
3. Riscos Físicos A.1. - RECOMENDAÇÕES GERAIS
4. Riscos Químicos - Nunca pipete com a boca, nem mesmo água destilada.
5. Riscos Biológicos Use dispositivos de
1. RISCOS DE ACIDENTES pipetagem mecânica.
Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque - Não coma, beba, fume, masque chiclete ou utilize
o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua inte- cosméticos no laboratório.
gridade, bem estar físico e moral. São exemplos de risco de - Evite o hábito de levar as mãos à boca, nariz, olhos,
acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, proba- rosto ou cabelo, no laboratório.
bilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado,
armazenamento inadequado, etc. - Lave as mãos antes de iniciar o trabalho e após a ma-
nipulação de agentes químicos, material infeccioso, mesmo
2. RISCOS ERGONÔMICOS que tenha usado luvas de proteção, bem como antes de dei-
Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa xar o laboratório.
interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador - Objetos de uso pessoal não devem ser guardados no
causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos laboratório.
de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de
peso, o ritmo - Utilize jalecos ou outro tipo de uniforme protetor, de al-
godão, apenas dentro do laboratório. Não utilize essa roupa
excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a fora do laboratório.
responsabilidade excessiva, a postura inadequada de traba-
lho, o trabalho em turnos, etc. - Não devem ser utilizadas sandálias ou sapatos abertos
no laboratório.
3. RISCOS FÍSICOS
- Utilize luvas quando manusear material infeccioso.
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas
de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, - Não devem ser usados jóias ou outros adornos nas
tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas mãos, porque podem impedir uma boa limpeza das mesmas.
extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, - Mantenha a porta do laboratório fechada. Restrinja e
ultra-som, materiais controle o acesso do mesmo.
cortantes e ponteagudos, etc. - Não mantenha plantas, bolsas, roupas ou qualquer ou-
4. RISCOS QUÍMICOS tro objeto não relacionado com o trabalho dentro do laborató-
rio.
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias,
compostas ou produtos que possam penetrar no organismo - Use cabine de segurança biológica para manusear
pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, material infeccioso ou materiais que necessitem de proteção
neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da ativida- contra contaminação.
de de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo - Utilize dispositivos de contenção ou minimize as ativi-
organismo através da pele ou por ingestão. dades produtoras de aerossóis, tais como operações com
5. RISCOS BIOLÓGICOS grandes volumes de culturas ou soluções concentradas.
Essas atividades incluem: centrifugação (utilize sempre
copos de segurança), misturadores tipo Vortex (use tubos
Conhecimentos Específicos 87 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
com tampa), homogeneizadores (use homogeneizadores de B.1. - BARREIRAS PRIMÁRIAS
segurança com copo metálico), sonicagem, trituração, recipi-
B.1.1. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL –
entes abertos de material infeccioso, frascos contendo cultu-
EPI
ras, inoculação de animais, culturas de material infeccioso e
manejo de animais. São empregados para proteger o pessoal da área de saú-
de do contato com agentes infecciosos, tóxicos ou corrosivos,
- Qualquer pessoa com corte recente, com lesão na pe-
calor excessivo, fogo e outros perigos. A roupa e o equipa-
le ou com ferida aberta (mesmo uma extração de dente),
mento servem também para evitar a contaminação do materi-
devem abster-se de trabalhar com patógenos humanos.
al em experimento ou em produção. São exemplos:
- Coloque as cabines de segurança biológica em áreas
 LUVAS
de pouco trânsito no laboratório, minimize as atividades que
provoquem turbulência de ar dentro ou nas proximidades da As luvas são usadas como barreira de proteção prevenin-
cabine. do contra contaminação das mãos ao manipular material
contaminado, reduzindo a probabilidade de que microrganis-
- As cabines de segurança biológica não devem ser u-
mos presentes nas mãos sejam transmitidos durante proce-
sadas em experimentos que envolvam produtos tóxicos ou
dimentos.
compostos carcinogênicos. Neste caso utilizam-se capelas
químicas. O uso de luvas não substitui a necessidade da LAVAGEM
DAS MÃOS porque elas podem ter pequenos orifícios inapa-
- Descontamine todas as superfícies de trabalho diaria-
rentes ou danificar-se durante o uso, podendo contaminar as
mente e quando houver respingos ou derramamentos. Obser-
mãos quando removidas.
ve o processo de desinfecção específico para escolha e utili-
zação do agente desinfetante adequado. _ Usar luvas de látex SEMPRE que houver CHANCE DE
CONTATO com sangue, fluídos do corpo, dejetos, trabalho
- Coloque todo o material com contaminação biológica
com microrganismos e animais de laboratório.
em recipientes com tampa e a prova de vazamento, antes de
removê-los do laboratório para autoclavação. _ Usar luvas de PVC para manuseio de citostáticos (mais
resistentes, porém menos sensibilidade).
- Descontamine por autoclavação ou por desinfecção
química, todo o material com contaminação biológica, como: _ Lavar instrumentos, roupas, superfícies de trabalho
vidraria, caixas de animais, equipamentos de laboratório, SEMPRE usando luvas.
etc..., seguindo as recomendações para descarte desses _ NÃO usar luvas fora da área de trabalho, NÃO abrir por-
materiais. tas, NÃO atender telefone.
- Descontamine todo equipamento antes de qualquer _ Luvas (de borracha) usadas para limpeza devem per-
serviço de manutenção. manecer 12 horas em solução de Hipoclorito de Sódio a 0,1%
- Cuidados especiais devem ser tomados com agulhas e (1g/l de cloro livre = 1000 ppm). Verificar a integridade das
seringas. Use-as somente quando não houver métodos alter- luvas após a desinfecção.
nativos. _ NUNCA reutilizar as luvas, DESCARTÁ-LAS de forma
- Seringas com agulhas ao serem descartadas devem segura.
ser depositadas em recipientes rígidos, a prova de vazamento _ JALECO
e embalados como lixo patológico.
Os vários tipos de jalecos são usados para fornecer uma
- Vidraria quebrada e pipetas descartáveis, após des- barreira de proteção e reduzir a oportunidade de transmissão
contaminação, devem ser colocadas em caixa com paredes de microrganismos. Previnem a contaminação das roupas do
rígidas rotulada “vidro quebrado” e descartada como lixo ge- pessoal, protegendo a pele da exposição a sangue e fluidos
ral. corpóreos, salpicos e derramamentos de material infectado.
- Saiba a localização do mais próximo lava olhos, chu- _ São de uso constante nos laboratórios e constituem uma
veiro de segurança e extintor de incêndio. Saiba como usá- proteção para o profissional.
los.
_ Devem sempre ser de mangas longas, confeccionados
- Mantenha preso em local seguro todos os cilindros de em algodão ou fibra sintética (não inflamável).
gás, fora da área do laboratório e longe do fogo.
_ Os descartáveis devem ser resistentes e impermeáveis.
- Zele pela limpeza e manutenção de seu laboratório,
cumprindo o programa de limpeza e manutenção estabelecido _ Uso de jaleco é PERMITIDO somente nas ÁREAS DE
para cada área, equipamento e superfície. TRABALHO.
- Todo novo funcionário ou estagiário deve ter treina- NUNCA EM REFEITÓRIOS, ESCRITÓRIOS, BIBLIOTE-
mento e orientação específica sobre BOAS PRÁTICAS LA- CAS, ÔNIBUS, ETC.
BORATORIAIS e PRINCÍPIOS DE _ Jalecos NUNCA devem ser colocados no armário onde
BIOSSEGURANÇA aplicados ao trabalho que irá desen- são guardados objetos pessoais.
volver. _ Devem ser descontaminados antes de serem lavados.
- Qualquer acidente deve ser imediatamente comunica- _ OUTROS EQUIPAMENTOS
do à chefia do laboratório, registrado em formulário específico
e encaminhado para acompanhamento junto a Comissão de _ Óculos de Proteção e Protetor Facial (protege contra
Biossegurança da Instituição. salpicos, borrifos, gotas, impacto).
- Fique atento à qualquer alteração no seu quadro de _ Máscara (tecido, fibra sintética descartável, com filtro
saúde e dos funcionários sob sua responsabilidade, tais co- HEPA, filtros para gases, pó, etc.).
mo: gripes, alergias, diarreias, dores de cabeça, enxaquecas, _ Avental impermeável.
tonturas, mal estar em geral, etc... e notifique imediatamente
à chefia do laboratório. _ Uniforme de algodão, composto de calça e blusa.
B. - BARREIRAS _ Luvas de borracha, amianto, couro, algodão e descartá-
veis.

Conhecimentos Específicos 88 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
_ Dispositivos de pipetagem (borracha peras, pipetadores Utiliza o bromoclorodifluorometano. É usado em líquidos
automáticos, etc.). inflamáveis, incêndio de origem elétrica. O ambiente precisa
ser cuidadosamente ventilado após seu uso.
B.1.2. - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA
(EPC) MANGUEIRA DE INCÊNDIO
São equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal Modelo padrão, comprimento e localização são fornecidos
do laboratório, do meio ambiente e da pesquisa desenvolvida. pelo Corpo de Bombeiros.
São exemplos:
PROCEDIMENTOS PARA DESCARTE DOS RESÍDUOS
CABINES DE SEGURANÇA GERADOS EM LABORATÓRIO
As Cabines de Segurança Biológica constituem o principal 1 - RESÍDUOS INFECTANTES
meio de contensão e são usadas como barreiras primárias
Estes resíduos podem ser divididos em quatro grupos a
para evitar a fuga de aerossóis para o ambiente. Há três tipos
saber:
de cabines de segurança biológica:
MATERIAL PROVENIENTE DE ÁREAS DE ISOLAMEN-
Classe I
TO
Classe II – A, B1, B2, B3.
Incluem-se aqui, sangue e secreções de pacientes que
Classe III apresentam doenças transmissíveis.
Procedimento correto para uso da Cabine de Segurança MATERIAL BIOLÓGICO
Biológica encontra-se no anexo 2.
Composto por culturas ou estoques de microrganismos
FLUXO LAMINAR DE AR provenientes de laboratórios clínicos ou de pesquisa, meios
de cultura, placas de Petri, instrumentos usados para manipu-
Massa de ar dentro de uma área confinada movendo-se
lar, misturar ou inocular microrganismos, vacinas vencidas ou
com velocidade uniforme ao longo de linhas paralelas.
inutilizadas, filtros e gases aspiradas de áreas contaminadas.
CAPELA QUÍMICA NB
SANGUE HUMANO E HEMODERIVADOS
Cabine construída de forma aerodinâmica cujo fluxo de ar
Composto por bolsas de sangue com prazo de utilização
ambiental não causa turbulências e correntes, assim reduzin-
vencida, inutilizada ou com sorologia positiva, amostras de
do o perigo de inalação e contaminação do operador e ambi-
sangue para análise, soro, plasma, e outros subprodutos.
ente.
PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS PARA O DES-
CHUVEIRO DE EMERGÊNCIA
CARTE
Chuveiro de aproximadamente 30 cm de diâmetro, acio-
_ As disposições inadequadas dos resíduos gerados em
nado por alavancas de mão, cotovelos ou joelhos. Deve estar
laboratório poderão constituir focos de doenças infecto-
localizado em local de fácil acesso.
contagiosas se, não forem observados os procedimentos para
LAVA OLHOS seu tratamento.
Dispositivo formado por dois pequenos chuveiros de mé- _ Lixo contaminado deve ser embalado em sacos plásti-
dia pressão, acoplados a uma bacia metálica, cujo ângulo cos para o lixo tipo 1, de capacidade máxima de 100 litros,
permite direcionamento correto do jato de água. Pode fazer indicados pela NBR 9190 da ABNT.
parte do chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de
_ Os sacos devem ser totalmente fechados, de forma a
lavagem ocular.
não permitir o derramamento de seu conteúdo, mesmo se
MANTA OU COBERTOR virados para baixo. Uma vez fechados, precisam ser mantidos
Confeccionado em lã ou algodão grosso, não podendo ter íntegros até o processamento ou destinação final do resíduo.
fibras sintéticas. Utilizado para abafar ou envolver vítima de Caso ocorram rompimentos frequentes dos sacos, deverão
incêndio. ser verificados, a qualidade do produto ou os métodos de
transporte utilizados. Não se admite abertura ou rompimento
VASO DE AREIA de saco contendo resíduo infectante sem tratamento prévio.
Também chamado de balde de areia, é utilizado sobre _ Havendo derramamento do conteúdo, cobrir o material
derramamento de álcalis para neutralizá-lo. derramado com uma solução desinfetante (por exemplo, hi-
EXTINTOR DE INCÊNDIO A BASE DE ÁGUA poclorito de sódio a 10.000 ppm), recolhendo-se em seguida.
Proceder, depois, a lavagem do local. Usar os equipamentos
Utiliza o CO2 como propulsor. É usado em papel, tecido e de proteção necessários.
madeira. Não usar em eletricidade, líquidos inflamáveis, me-
tais em ignição. _ Todos os utensílios que entrarem em contato direto com
o material deverão passar por desinfecção posterior.
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE CO2 EM PÓ
_ Os sacos plásticos deverão ser identificados com o no-
Utiliza o CO2 em pó como base. A força de seu jato é ca- me do laboratório de origem, sala, técnica responsável e data
paz de disseminar os materiais incendiados. É usado em do descarte.
líquidos e gases inflamáveis, fogo de origem elétrica.
_ Autoclavar a 121 C (125F), pressão de 1 atmosfera
Não usar em metais alcalinos e papel. (101kPa, 151 lb/in acima da pressão atmosférica) durante
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE PÓ SECO pelo menos 20 minutos.
Usado em líquidos e gases inflamáveis, metais do grupo _ As lixeiras para resíduos desse tipo devem ser providas
dos álcalis, fogo de origem elétrica. de tampas.
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE ESPUMA _ Estas lixeiras devem ser lavadas, pelo menos uma vez
por semana, ou sempre que houver vazamento do saco.
Usado para líquidos inflamáveis. Não usar para fogo cau-
sado por eletricidade. 2 - RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE BCF

Conhecimentos Específicos 89 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Os resíduos perfurocortantes constituem a principal fonte Os Procedimentos estabelecidos para a eliminação de re-
potencial de riscos, tanto de acidentes físicos como de doen- jeitos radioativos foram padronizados pela Norma CNEN-NE-
ças infecciosas. São compostos por: agulhas, ampolas, pipe- 6.05 (CNEN, 1985).
tas, lâminas de bisturi, lâminas de barbear e qualquer vidraria
O pessoal envolvido na manipulação desses rejeitos de-
quebrada ou que se quebre facilmente.
vem receber treinamento específico para realização dessa
PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS PARA O DES- atividade, além de uma regular vigilância médico sanitária.
CARTE
4 - RESÍDUOS QUÍMICOS
- Os resíduos perfurocortantes devem ser descartados
Os resíduos químicos apresentam riscos potenciais de a-
em recipientes de paredes rígidas, com tampa e resistentes à
cidentes inerentes às suas propriedades específicas. Devem
autoclavação. Estes recipientes devem estar localizados tão
ser consideradas todas as etapas de seu descarte com a
próximo quanto possíveis da área de uso dos materiais.
finalidade, de minimizar, não só acidentes decorrentes dos
- Os recipientes devem ser identificados com etiquetas efeitos agressivos imediatos (corrosivos e toxicológicos),
autocolantes, contendo informações sobre o laboratório de como os riscos cujos efeitos venham a se manifestar a mais
origem, técnico responsável pelo descarte e data do descarte. longo prazo, tais como os teratogênicos, carcinogênicos e
mutagênicos. São compostos por resíduos orgânicos ou inor-
- Embalar os recipientes, após tratamento para descon-
gânicos tóxicos, corrosivos, inflamáveis, explosivos, teratogê-
taminação, em sacos adequados para descarte identificados
nicos, etc.
como material perfurocortantes e descartar como lixo comum,
caso não sejam incinerados. Para a realização dos procedimentos adequados de des-
carte, é importante a observância do grau de toxicidade e do
- A agulha não deve ser retirada da seringa após o uso.
procedimento de não mistura de resíduos de diferentes natu-
- No caso de seringa de vidro, levá-la juntamente com a rezas e composições. Com isto, é evitado o risco de combina-
agulha para efetuar o processo de descontaminação. ção química e
- Não quebrar, entortar ou recapear as agulhas. combustão, além de danos ao ambiente de trabalho e ao
3 - RESÍDUOS RADIOATIVOS meio ambiente. Para tanto, é necessário que a coleta desses
tipos de resíduos seja periódica.
Compostos por materiais radioativos ou contaminados
com radionuclídeos com baixa atividade provenientes de Os resíduos químicos devem ser tratados antes de des-
laboratórios de pesquisa em química e biologia, laboratórios cartados. Os que não puderem ser recuperados, devem ser
de análises clínicas e serviços de Medicina Nuclear. São armazenados em recipientes próprios para posterior descarte.
normalmente, sólidos ou líquidos (seringas, papel absorvente, No armazenamento de resíduos químicos devem ser con-
frascos, líquidos derramados, urina, fezes, etc.). siderados a compatibilidade dos produtos envolvidos, a natu-
Resíduos radioativos, com atividade superior às recomen- reza do mesmo e o volume.
dadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), PROCEDIMENTOS GERAIS DE DESCARTE
deverão ser acondicionados em depósitos de decaimento (até
_ Cada uma das categorias de resíduos orgânicos ou i-
que suas atividades se encontrem dentro do limite permitido
norgânicos relacionados deve ser separada, acondicionada,
para sua eliminação).
de acordo com procedimentos e formas específicas e ade-
PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARA O DESCARTE quadas a cada categoria. Na fonte produtora do rejeito e em
- Não misturar rejeitos radioativos líquidos com sólidos. sua embalagem deverão existir os símbolos internacionais
estabelecidos pela Organização Internacional de Normaliza-
- Preveja o uso de recipientes especiais, etiquetados e ção (ISO) e pelo Comitê de Especialistas em Transporte de
apropriados à natureza do produto radioativo em questão. Produtos Perigosos, ambos da Organização das Nações
- Coletar materiais como agulhas, ponteiras de pipetas e Unidas, adequados a cada caso.
outros objetos afiados, contaminados por radiação, em recipi- _ Além do símbolo identificador da substância, na emba-
entes específicos, com sinalização de radioatividade. lagem contendo esses resíduos deve ser afixada uma etique-
- Os containers devem ser identificados com: Isótopo ta autoadesiva, preenchida em grafite contendo as seguintes
presente, tipo de produto químico e concentração, volume do informações: Laboratório de origem, conteúdo qualitativo,
conteúdo, laboratório de origem, técnico responsável pelo classificação quanto à natureza e advertências.
descarte e a data do descarte. _ Os rejeitos orgânicos ou inorgânicos sem possibilidade
- Os rejeitos não devem ser armazenados no laborató- de descarte imediato devem ser armazenados em condições
rio, mas sim em um local previamente adaptado para isto, adequadas específicas.
aguardando o recolhimento. _ Os resíduos orgânicos ou inorgânicos deverão ser desa-
- Considerar como de dez meias vidas o tempo neces- tivados com o intuito de transformar pequenas quantidades de
sário para obter um decréscimo quase total para a atividade produtos químicos reativos em produtos derivados inócuos,
dos materiais (fontes não seladas) empregadas na área bio- permitindo sua eliminação sem riscos. Este trabalho deve ser
médica. executado com cuidado, por pessoas especializadas.

- Pessoal responsável pela coleta de resíduos radioati- _ Os resíduos que serão armazenados para posterior re-
vos devem utilizar vestimentas protetoras e luvas descartá- colhimento e descarte/incineração, devem ser recolhidos
veis. Estas serão eliminadas após o uso, também, como resí- separadamente em recipientes coletores impermeáveis a
duo radioativo. líquidos, resistentes, com tampas rosqueadas para evitar
derramamentos e fechados para evitar evaporação de gases.
- Em caso de derramamento de líquidos radioativos, po-
derão ser usados papéis absorventes ou areia, dependendo _ Resíduos inorgânicos tóxicos e suas soluções aquosas
da quantidade derramada. Isto impedirá seu espalhamento. – Sais inorgânicos de metais tóxicos e suas soluções aquosas
Estes deverão ser eliminados juntos com outros resíduos devem ser previamente diluídos a níveis de concentração que
radioativos. permitam o descarte direto na pia em água corrente.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Concentrações máximas permitidas ao descarte direto


na pia para cada metal:

Conhecimentos Específicos 90 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Cádmio - no máximo 1 mg/L estireno não deve ser submetida a temperatura acima de 50O
C no forno. Os demais materiais a serem esterilizados devem
Chumbo- no máximo 10 mg/L
ser solicitados, diretamente, ao pessoal da esterilização, pe-
Zinco- no máximo 5 mg/L los próprios usuários.
Cobre- no máximo 5 mg/L 1. Tubos de ensaio, frascos e pipetas:
Cromo- no máximo 10 mg/L a) Contaminados ou sujos com material proteico:
Prata- no máximo 1 mg/L Após o uso imergí-los em solução de hipoclorito de sódio
_ Resíduos inorgânicos ácidos e suas soluções aquosas – a 1% em vasilhames apropriados (pipetas Pasteur e demais
Diluir com água, neutralizar com bases diluídas e, descartar separadamente) por, no mínimo, 12 horas.
na pia em água corrente. b) Vidraria suja com material aderente (Nujol, Percoll, Ad-
_ Resíduos inorgânicos básicos e suas soluções aquosas juvantes oleosos, etc.):
– Diluir com água, neutralizar com ácidos diluídos e descartar Lavar em água de torneira e colocá-los em solução de Ex-
na pia em água corrente. tran a 2% próximos a pia das salas dos laboratórios por um
_ Resíduos inorgânicos neutros e suas soluções aquosas período mínimo de 04 horas (Pipetas Pasteur e demais sepa-
– Diluir com água e descartar na pia em água corrente. radamente).

_ Resíduos inorgânicos insolúveis em água: Observação: A vidraria maior que não couber dentro dos
vasilhames deve ser tratada colocando-se a solução desinfe-
_ Com risco de contaminação ao meio ambiente – arma- tante ou detergente dentro da mesma.
zenar em frascos etiquetados e de conteúdo similar, para
posterior recolhimento. c) Vidrarias utilizadas com água ou soluções tampões sem
proteínas:
_ Sem risco de contaminação ao meio ambiente – coletar
em saco plástico e descartar como lixo comum. Os frascos deverão ser lavados pelo próprio usuário, em
água corrente e, em seguida, três vezes em água destilada,
_ Resíduos orgânicos e suas soluções aquosas tóxicas – colocados para secar deixando-os emborcados sobre papel
coletar em frascos etiquetados e de conteúdo similar para toalha no laboratório, próximo a pia. Após secarem, deverão
posterior recolhimento. ser tampados com papel alumínio e guardados nos armários.
_ Resíduos orgânicos ácidos e suas soluções aquosas – Tubos e pipetas deverão ser processados como se estives-
diluir com água, neutralizar com ácidos diluídos e descartar sem contaminados.
na pia em água corrente. d) Pipetas sujas com gel:
_ Resíduos orgânicos básicos e suas soluções aquosas – Colocar em vasilhames separados e ferver antes de juntar
diluir com água, neutralizar com ácidos diluídos e descartar as demais pipetas.
na pia em água corrente.
2. Lâminas e Lamínulas
_ Resíduos orgânicos neutros e suas soluções aquosas –
diluir com água e descartar na pia em água corrente. Colocar nos vasilhames apropriados e rotulados para as
mesmas com solução de hipoclorito a 1%. Após o trabalho,
_ Resíduos orgânicos sólidos insolúveis em água: colocar as lâminas e lamínulas em vasilhames separados.
_ Com risco de contaminação ao meio ambiente – arma- Lavar as lamínulas no laboratório e colocar em vasilhames
zenar em frascos etiquetados e de conteúdo similar para contendo álcool, na mesa de apoio do fluxo.
posterior recolhimento.
3 - Câmara e Lamínula de Neubauer e Homogeneizadores
_ Sem risco de contaminação ao meio ambiente – coletar de Vidro:
em sacos plásticos e descartar em lixo comum.
Após uso, colocar em vasilhame imergindo em hipoclorito
_ Resíduos de solventes orgânicos: a 1%. Após 1 hora, lavar em água corrente, secar e guardar.
_ Solventes halogenados puros ou em mistura – armaze- MATERIAL PLÁSTICO
nar em frascos etiquetados e de conteúdo similar para poste-
rior recolhimento. 1) Frasco, tubos de ensaio, seringas, ponteiras e tampas

_ Solventes isentos de halogenados, puros ou em mistura a) Contaminados:


– coletar em frascos etiquetados e de conteúdo similar, para Imergir em hipoclorito de sódio a 1% no mesmo vasilhame
posterior incineração. utilizado para as vidrarias, com exceção das ponteiras, que
_ Solventes isentos de toxicidade, puros ou em solução deverão ser colocadas em recipientes menores, separados.
aquosa, utilizados em grande volume – coletar em frascos Observação: Encher as ponteiras com a solução de hipo-
etiquetados e de conteúdo similar para posterior recuperação. clorito ao desprezá-las.
_ Solventes que formam peróxidos e suas misturas – cole- b) Não contaminados, porém sujos com material aderente
tar em frascos, adicionar substâncias que impeçam a forma- (adjuvante oleoso, Nujol,Percoll,etc):
ção de peróxidos, etiquetar, para posterior incineração.
Lavar em água corrente e imergir em Extran a 2% por
5 - RESÍDUOS COMUNS tempo mínimo de 04 horas em vasilhame apropriado.
Composto por todos os resíduos que não se enquadram 2) Pipetas Descartáveis
em nenhuma das categorias anteriores e que, por sua seme-
a) Contaminadas:
lhança com os resíduos domésticos comuns, podem ser con-
siderados como tais. Colocar no vasilhame para pipeta de vidro.
ROTINAS DE ESTERILIZAÇÃO b) Sujas com material aderente:
Vidraria a ser autoclavada de rotina: Lavar em água corrente e colocar no vasilhame para pipe-
ta de vidro.
A vidraria deve ser autoclavada a 120O C por 20 minutos
e postas para secar em estufa. A vidraria com tampa de poli- 3) Tampas pretas de poliestireno:

Conhecimentos Específicos 91 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Imergir em formol a 10% ou glutaraldeído a 2% por um 1) Retirar, os vasilhames com materiais a serem lavados,
mínimo de 24 horas ou 02 horas respectivamente. da sala, no início do expediente.
OUTROS MATERIAIS: 2) Lavar o material que estava com hipoclorito de sódio,
fenol ou glutaraldeído em água corrente.
1) Agulhas descartáveis
3) Mergulhar o material em Extran em vasilhames especí-
a) Contaminadas:
ficos para cada tipo de material, pelo período mínimo de 04
Após o uso imergir no vasilhame de paredes duras con- horas.
tendo formol a 10%, para isso destinado, pelo menos 24 ho-
4) Retirar o Extran do material após escová-los (quando
ras.
necessário), rinsando-os , repetidas vezes, com água de
Observação: DESPREZÁ-LAS SEM USAR O PROTE- torneira seguido por água destilada.
TOR a fim de se evitar o risco de acidentes (punção acidental
5) Fazer a rinsagem das pipetas graduadas dentro do la-
do dedo).
vador de pipetas.
b) Sujas com material aderente:
6) Secar o material em estufa. Colocar papel alumínio pa-
Desprezá-las com o respectivo protetor bem preso. Após a ra cobrir a vidraria não autoclavável e devolver ao laboratório.
descontaminação deverá ser incinerado
B) ESTERILIZAÇÃO:
2) Material Cirúrgico
1) PIPETAS
a) Contaminado:
Colocar chumaço de algodão, empacotar em papel pardo
Imergir em solução de glutaraldeido a 2% por 02 horas pa- ou porta-pipetas e esterilizar em forno (170O C – 180O C) por
ra desinfectar. Após lavar em água corrente e destilada, secar 01 hora.
com gase e guardar.
Anexo 1
Se desejar esterilizar o material, submeter a glutaraldeido
Classes de risco biológico:
a 2% durante 10 horas, lavar e secar com água e gaze esté-
reis dentro do fluxo laminar. Alternativamente. Classe de Risco I - Escasso risco individual e comunitá-
rio.
3) Tampões de Gaze
O Microrganismo tem pouca probabilidade de provocar en-
a) Molhados com cultura
fermidades humanas ou enfermidades de importância veteri-
Colocar no vasilhame com hipoclorito de sódio a 1% para nária.
ser desprezado após desinfecção.
Ex: Bacillus subtilis
b) Secos
Classe de Risco II - Risco individual moderado, risco co-
Deixar em vasilhame reservado por, no mínimo, 48 horas munitário limitado.
e em seguida reutilizá-los.
A exposição ao agente patogênico pode provocar infec-
4) Filtros Millipore Pequenos ção, porém, se dispõe de medidas eficazes de tratamento e
Devem ser desmontados pelo operador, colocados dentro prevenção, sendo o risco de propagação limitado.
de um frasco com hipoclorito e entregues à esterilização (até Ex: Schistosoma mansoni
às 16 horas).
Classe de Risco III - Risco individual elevado, baixo risco
5) Culturas de parasitos não utilizados comunitário.
Colocar um volume duas vezes maior de hipoclorito dentro O agente patogênico pode provocar enfermidades huma-
dos frascos e em seguida desprezar dentro do vasilhame para nas graves, podendo propagar-se de uma pessoa infectada
vidrarias ou plásticos. para outra, entretanto, existe profilaxia e/ou tratamento.
6) Imãs para agitadores magnéticos Ex: Mycobacterium tuberculosis
Após uso, lavar com água corrente e destilada, secar e Classe de Risco IV - Elevado risco individual e comunitá-
guardar. rio.
7) Placas de gel de poliacrilamida Os agentes patogênicos representam grande ameaça pa-
Após o uso, lavar em água corrente, água destilada e ál- ra as pessoas e animais, com fácil propagação de um indiví-
cool, secar e guardar. duo ao outro, direta ou indiretamente, não existindo profilaxia
nem tratamento.
EQUIPAMENTOS, BANCADAS E PIAS
Ex: Vírus Ebola
1) Cada usuário deverá limpar e arrumar as bancadas e
equipamentos após o uso. Níveis de contenção física para riscos biológicos:

2) No final do expediente as bancadas deverão ser limpas Para manipulação dos microrganismos pertencentes a ca-
com hipoclorito a 0,5% e, na sexta-feira, à tarde, no caso, na da um das quatro classes de risco devem ser atendidos al-
sala de cultura, fazer a mesma limpeza com fenol semissinté- guns requisitos de segurança, conforme o nível de contenção
tico (Germipol – 50 mL/L), utilizando máscara. necessário.

3) As pias deverão ser limpas no início do expediente, - O nível 1 de contenção se aplica aos laboratórios de
quando forem removidos os materiais a serem lavados. ensino básico, nos quais são manipulados os microrganismos
pertencentes a classe de risco I. Não é requerida nenhuma
4) Verificar se os refrigeradores e freezeres precisam ser característica de desenho, além de um bom planejamento
descongelados e limpos, semanalmente, e executar a limpe- espacial, funcional e a adoção de boas práticas laboratoriais.
za, se necessário.
- O nível 2 de contenção é destinado ao trabalho com
ALGUMAS NORMAS DA SALA DE ESTERILIZAÇÃO microrganismos da classe de risco II, se aplica aos laborató-
A) - LAVAGEM: rios clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnósti-
co, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o

Conhecimentos Específicos 92 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança bioló- aquecimento de paraformaldeído (10,5g/m3) ou mistura de
gica e equipamentos de proteção individual) e secundárias formalina, paraformaldeído e água com permanganato de
(desenho e organização do laboratório). potássio. (35 mL de formalina e 7,5 g de permanganato de
potássio).
- O nível 3 de contenção é destinado ao trabalho com
microrganismos da classe de risco III ou para manipulação de - Deixar a cabine ligada de 15 a 20 minutos antes de
grandes volumes e altas concentrações de microrganismos desligá-la.
da classe de risco II. Para este nível de contenção são reque-
- Não introduzir na cabine objetos que causem turbulên-
ridos além dos itens
cia.
referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais
- Não colocar na cabine materiais poluentes como ma-
especiais. Devem ser mantidos controles rígidos quanto à
deira, papelão, papel, lápis, borracha.
operação, inspeção e manutenção das instalações e equipa-
mentos. O pessoal técnico deve receber treinamento específi- - Evitar espirrar ou tossir na direção da zona estéril (u-
co sobre procedimentos de segurança para a manipulação sar máscara).
desses microrganismos. - A cabine não é um depósito, evite guardar equipamen-
- nível 4 ou contenção máxima destina-se a manipula- tos ou quaisquer outras coisas no seu interior, mantendo as
ção de microrganismos da classe de risco IV, é o laboratório grelhas anteriores e posteriores desobstruídas.
com maior nível de contenção e representa uma unidade - Não efetue movimentos rápidos ou gestos bruscos na
geográfica e funcionalmente independente de outras áreas. área de trabalho.
Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e
operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de - Evite fontes de calor no interior da cabine, utilize mi-
contenção (instalações, desenho, equipamentos de proteção) croqueimadores elétricos. Emprego de chama, só quando
e procedimentos especiais de segurança. absolutamente necessário.
Anexo 2 - Jamais introduzir a cabeça na zona estéril.
- Fechar as portas do laboratório. - A projeção de líquidos e sólidos contra o filtro deve ser
evitada.
- Evitar circulação de pessoas no laboratório durante o
uso da cabine. - As lâmpadas UV não devem ser usadas enquanto a
cabine de segurança estiver sendo utilizada. Seu uso prolon-
- Ligar a cabine e a luz UV de 15 a 20 minutos antes de gado não é necessário para uma boa esterilização e provoca
seu uso. deterioração do material e da estrutura da cabine. As lâmpa-
- Descontaminar a superfície interior com gaze estéril das UV devem ter controle de contagem de tempo de uso.
embebida em álcool etílico ou isopropílico a 70%. - Os recipientes para descarte de material devem estar
- Lavar as mãos e antebraços com água e sabão e se- sobre o chão, carrinhos ou mesas ao lado da cabine de segu-
car com toalha ou papel toalha descartável. rança.
- Passar álcool etílico ou isopropílico a 70% nas mãos e - Papéis presos no painel de vidro ou acrílico da cabine
antebraços. limitará o campo de visão do usuário e diminuirá a intensidade
de luz podendo causar acidentes.
- Usar jaleco de manga longa, luvas, máscara, gorro e
pró-pé quando necessário.
- Colocar os equipamentos, meios, vidraria, etc. no pla-
no de atividade da área de trabalho.
- Limpar todos os objetos antes de introduzi-los na cabi-
ne.
- Organizar os materiais de modo que os itens limpos e
contaminados não se misturem.
- Minimizar os movimentos dentro da cabine.
- Colocar os recipientes para descarte de material no
fundo da área de trabalho ou lateralmente (câmaras laterais,
também, são usadas).
- Usar incinerador elétrico ou microqueimador automáti-
co (o uso de chama do bico de Bunhsen pode acarretar danos
no filtro HEPA e interromper o fluxo de ar causando turbulên-
cia).
- Usar pipetador automático.
- Conduzir as manipulações no centro da área de traba-
lho.
- Interromper as atividades dentro da cabine enquanto
equipamentos como centrífugas, misturadores, ou outros
equipamentos estiverem sendo operados.
- Limpar a cabine, ao término do trabalho, com gaze es-
téril embebida com álcool etílico ou isopropílico a 70%.
- Descontaminar a cabine (a descontaminação poderá
ser feita com formalina fervente;

Conhecimentos Específicos 93 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
BIOSSEGURANÇA LABORATORIAL sição a sangue e fluidos orgânicos, por via fecal-oral e por
contato.
Para obter êxito em um laboratório, é necessário dirigi-lo e
controlá-lo de maneira transparente, ética e disciplinada, São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, para-
cumprindo-se a legislação. É importante identificar os riscos e sitas, protozoários, fungos e bacilos.
avaliar os impactos que podem afetar o negócio, a fim de que Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganis-
ações possam ser compreendidas preventivamente, evitando- mos que, em contato com o homem, podem provocar doen-
se a instalação de falhas ou danos potenciais. ças. Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por
A norma NBR ISO 31000:2009 – Gestão de riscos, princí- microorganismos incluem-se: tuberculose, brucelose, malária,
pios e diretrizes, da Associação Brasileira de Normas Técni- febre amarela. Para que essas doenças possam ser conside-
cas (ABNT), orienta e facilita essa identificação em sua avali- radas doenças profissionais, é preciso que haja exposição do
ação e na priorização para a tomada de decisões, propiciando funcionário a estes microorganismos.
a implantação de estratégias para melhorar a gestão de riscos Há uma classificação dos agentes patogênicos selvagens
laboratoriais. que leva em consideração os riscos para o manipulador, para
A liderança precisa saber antecipar-se aos perigos, plane- a comunidade e para o meio ambiente. Esses riscos são
jando-se e preparando-se para que as eventuais ameaças avaliados em função do poder patogênico do agente infeccio-
sejam contidas,Assim, o laboratório torna-se capaz de identi- so, da sua resistência no meio ambiente, do modo de conta-
ficar e proteger seus produtos e serviços críticos, ativando minação, da importância da contaminação (dose), do estado
sua capacidade de gerir os incidentes, preparando seus cola- de imunidade do manipulador e da possibilidade de tratamen-
boradores para atuarem corretamente nessas situações. O to preventivo e curativo eficazes.
Perigo no ambiente de trabalho é definido como qualquer
fonte, situação ou ato com potencial para dano em termos de As classificações existentes (OMS, CEE, CDC-NIH) são
lesões, ferimentos ou danos para a saúde ou uma combina- bastante similares, dividindo os agentes em quatro classes:
ção destes. Já o risco é consequência do perigo. - Classe 1 - onde se classificam os agentes que não a-
Portanto, se os perigos estiverem ausentes, não há riscos presentam riscos para o manipulador, nem para a comunida-
no ambiente de trabalho. Como isso é praticamente impossí- de (ex.: E. coli, B. subtilis);
vel, trabalha-se na minimização do risco e dos impactos por
meio de ações de bloqueio, mecanismos de controle e educa- Classes 2 - apresentam risco moderado para o manipula-
ção dos envolvidos, buscando-se maiores níveis de conscien- dor e fraco para a comunidade e há sempre um tratamento
tização para as questões de saúde e segurança ocupacionais. preventivo (ex.: bactérias - Clostridium tetani, Klebsiella
pneumoniae, Staphylococcus aureus; vírus - EBV, herpes;
O laboratório é um lugar com inúmeras fontes de perigo. fungos - Candida albicans; parasitas - Plasmodium, Schisto-
Por isso, torna-se relevante o levantamento dos perigos para soma);
identificá-los adequadamente e avaliar os riscos a que estão
submetidos trabalhadores, terceiros que prestam serviços em Classe 3 - são os agentes que apresentam risco grave pa-
suas instalações e vizinhança. Em consequência, os riscos no ra o manipulador e moderado para a comunidade, sendo que
laboratório são multidimensionais, tanto do ponto de vista da as lesões ou sinais clínicos são graves e nem sempre há
estabilidade como da previsibilidade dos resultados. A gestão tratamento (ex.: bactérias - Bacillus anthracis, Brucella, C-
de riscos envolve necessariamente todos os níveis da empre- hlamydia psittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus - hepati-
sa. tes B e C, HTLV 1 e 2, HIV, febre amarela, dengue; fungos -
Blastomyces dermatiolis, Histoplasma; parasitos - Echinococ-
A norma Occupational Health and Safety Assessment Se- cus, Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi);
ries (OHSAS) 18001:2007, contribui para o planejamento no
reconhecimento dos perigos, na identificação dos riscos de Classe 4 - os agentes desta classe apresentam risco gra-
exposição e, essencialmente, na promoção de ações, orien- ve para o manipulador e para a comunidade, não existe tra-
tando a introdução de mecanismos de controle operacionais, tamento e os riscos em caso de propagação são bastante
o monitoramento das ações de bloqueio e o estabelecimento graves (ex.: vírus de febres hemorrágicas).
de instruções de trabalho associadas ao assunto. Em relação às manipulações genéticas, não existem re-
Os perigos mais comuns no cotidiano podem ser divididos gras pré-determinadas, mas sabe-se que pesquisadores fo-
em físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentes. ram capazes de induzir a produção de anticorpos contra o
Durante a jornada de trabalho, os funcionários do laboratório vírus da imunodeficiência simiana em macacos que foram
estão continuamente expostos a situações de risco, que po- inoculados com o DNA proviral inserido num bacteriófago.
dem gerar danos à sua saúde. Assim, é importante que medidas gerais de segurança sejam
adotadas na manipulação de DNA recombinante, principal-
No Brasil, existem inúmeros convênios e recomendações mente quando se tratar de vetores virais (adenovírus, retroví-
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificadas rus, vaccínia). Os plasmídeos bacterianos apresentam menor
pelas Portarias do Ministério do Trabalho, denominadas Nor- risco que os vetores virais, embora seja importante considerar
mas Regulamentadoras (NRs), além da Consolidação das os genes inseridos nesses vetores (em especial, quando se
Leis do Trabalho (CLT), disciplinando essa área. Os estudos manipula oncogenes).
sobre riscos ocupacionais afirmam que, quando eles não são
controlados, geram acidentes e doenças profissionais e do De maneira geral, as medidas de segurança para os ris-
trabalho. cos biológicos envolvem:

O Ministério do Trabalho, por meio das NRs, visa eliminar - Conhecimento da Legislação Brasileira de Biosseguran-
ou controlar esses riscos ocupacionais. ça, especialmente das Normas de Biossegurança emitidas
pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança;
Os riscos físicos no laboratório envolvem a exposição ex-
cessiva a ruídos (p. ex., centrifugação de materiais biológicos - O conhecimento dos riscos pelo manipulador;
e automação laboratorial), radiações ionizantes (por meio da - A formação e informação das pessoas envolvidas, prin-
manipulação de radioimunensaios), e variações de temperatu- cipalmente no que se refere à maneira como essa contamina-
ra (ar condicionado, câmaras frias, autoclaves). Profissionais ção pode ocorrer, o que implica no conhecimento amplo do
de saúde têm mais riscos de exposição a certas doenças microrganismo ou vetor com o qual se trabalha;
infecciosas transmissíveis por via respiratória, devido à expo-

Conhecimentos Específicos 94 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Nos EUA, estima-se que existam cerca de 8 milhões de Em um laboratório é possível encontrarmos todos os ris-
trabalhadores da saúde vítimas de acidentes com material cos existentes.
perfurocortante. No período de 1995 a 2001, foram registra-
Risco Físico: Provocados por algum tipo de energia como
dos 16.922 acidentes dessa natureza distribuídos da seguinte
calor, frio, ruído, vibração ou radiação.
forma: enfermeiras 44%, médicos 28%, técnicos de laborató-
rio 15%, estudantes 4% e pessoal de limpeza Risco Químico: Provocados por substâncias ou compostos
químicos que possam penetrar no organismo por absorção
3%(13). No Brasil, em razão da carência de estatísticas
cutânea, injestão, ou sistema respiratório na forma de poeira,
consolidadas e oficiais sobre o assunto, foi criada a Rede de
névoa, gases, vapores, gotículas.
Prevenção de Acidentes do Trabalho com Material Biológico
em Hospitais Brasileiros (REPAT), cujas metas são o controle Risco Biológico:Abrange amostras provenientes de seres
e a prevenção de acidentes do trabalho com exposição a vivo (plantas, animais, bactérias, fungos, protozoários) e a-
material biológico. mostras fluídas de humanos. Os organismos geneticamente
modificados (OGM) também pertencem à esta classe.
As avaliações de risco e vigilância em saúde para a expo-
sição a agentes químicos no ambiente de trabalho se justifi- O risco biológico é subdividido em categorias (classes de
cam pelo crescimento do uso de substâncias químicas nas risco), por ordem crescente, de acordo com a periculosidade
atividades de produção, armazenamento e transporte. do organismo manipulado.
Risco Químico é o perigo a que determinado indivíduo es- Risco Ergonômico: Qualquer fator que possa interferir nas
tá exposto ao manipular produtos químicos que podem cau- características fisiológicas do trabalhador afetando sua Saúde
sar-lhe danos físicos ou prejudicar-lhe a saúde. Os danos Ex: Levantamento de peso, movimentos repetitivos.
físicos relacionados à exposição química inclui, desde irrita-
ção na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo Risco de Acidentes: Qualquer fator que coloque o traba-
até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou lhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade
explosão. Os danos à saúde pode advir de exposição de curta física e moral.
e/ou longa duração, relacionadas ao contato de produtos A biossegurança é um conjunto de medidas necessárias
químicos tóxicos com a pele e olhos, bem como a inalação de para a manipulação adequada de agentes biológicos, quími-
seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas, cos, genéticos, físicos (elementos radioativos, eletricidade,
doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até equipamentos quentes ou de pressão, instrumentos de corte
mesmo alguns tipos de câncer. ou pontiagudos, vidrarias) dentre outros, para prevenir a ocor-
Agentes de Risco Químico rência de acidentes e consequentemente reduzir os riscos
inerentes às atividades desenvolvidas, bem como proteger a
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, comunidade e o ambiente e os experimentos.
compostos ou produtos que possam penetrar no organismo
do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, Equipamentos de proteção individual
fumos gases, neblinas, nevoas ou vapores, ou que seja, pela São quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utili-
natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou zados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores
ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma de-
O risco químico também pode ocasionar um impacto mar- terminada atividade.
cante no meio ambiente e na saúde do homem, tanto em Tipos de EPI’s utilizados no laboratório:
razão da exposição ocupacional quanto da contaminação
ambiental decorrente deles. Em nível global, isso provocou Luvas: As luvas protegem de sujidade grosseira. Elas de-
aumento no número de trabalhadores expostos a esses ris- vem ser usadas em procedimentos que envolvam sangue,
cos. Porém, nem sempre a exposição a produtos químicos fluidos corporais, secreções, excreções (exceto suor), mem-
resulta em efeitos prejudiciais à saúde. Ela dependerá de branas mucosas, pele não íntegra e durante a manipulação
fatores como tipo de agente químico e sua concentração, de artigos contaminados. As luvas devem ser trocadas após
frequência e duração da exposição, práticas e hábitos labo- contato com material biológico, entre as tarefas e procedimen-
rais e suscetibilidade individual. Acidentes químicos corres- tos num mesmo paciente, pois podem conter uma alta con-
pondem a eventos agudos, como explosões, incêndios e centração de microrganismos.
emissões, atuando individualmente ou combinados, envol- Remova as luvas logo após usá-las, antes de tocar em ar-
vendo uma ou mais substâncias perigosas, com potencial de tigos e superfícies sem material biológico e antes de atender
causar simultaneamente múltiplos danos ao meio ambiente e outro paciente, evitando a dispersão de microrganismos ou
à saúde dos seres humanos expostos. material biológico aderido nas luvas. Lave as mãos imediata-
A ampliação das consequências desses acidentes não se mente após a retirada das luvas para evitar a transferência de
restringe somente à possibilidade de causar óbito, mas en- microrganismos a outros pacientes e materiais, pois há re-
globa o potencial da gravidade e a extensão de seus efeitos, passe de germes para as mãos mesmo com o uso de luvas.
que podem ultrapassar os limites espaciais (laboratório, vizi- Luvas de procedimento: são de látex, não estéreis, prote-
nhança, cidade) e temporais (teratogênese, carcinogênese, gem o manipulador
mutagênese e danos a órgãos-alvo específicos).
Luvas domésticas: são de borracha e indicadas para lim-
No laboratório, há outros fatores de exposição, como os peza de materiais e de ambiente
ergonômicos, mecânicos e de acidentes, que também impac-
tam a integridade da saúde dos trabalhadores. Luvas estéreis: são utilizadas para procedimentos invasi-
vos e assépticos (evitar a contaminação por microrganismos),
Os riscos ergonômicos e psicossociais no laboratório de- protegem o operador e o paciente.
correm da organização e da gestão do trabalho; podem ser
apontados os esforços repetitivos, os turnos diferenciados de Máscaras: servem para proteger a mucosa do nariz e da
trabalho e o controle rígido da produtividade.As medidas boca contra respingos gerada por espirro, fala ou tosse de
ergonômicas relacionadas com a postura no ambiente de pacientes ou durante a realização de procedimentos laborato-
trabalho, assim como as soluções implementadas preventi- riais. São de uso único, devem ser trocadas quando úmidas
vamente, são mais positivas, especialmente quando associa- ou submetidas a respingos visíveis.
das à utilização de técnicas corretas no processo de trabalho. Óculos: protegem a mucosa dos olhos contra respingos,
aerossóis e da irritação provocada por substancias voláteis

Conhecimentos Específicos 95 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(álcool, acetona, reagentes). São reutilizáveis, feito de materi- Recomendações especificas devem ser seguidas durante
al plástico. a realização de procedimentos que envolvam a manipulação
de material perfurocortante.
Gorro: é utilizado para proteger as amostras de contami-
nação, para não cair fios de cabelo na amostra, para impedir a) Máxima atenção durante a realização dos procedimen-
a impregnação de algum odor nos cabelos. Também são úteis tos;
durante a realização de procedimentos nos quais são produ-
b) Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a reali-
zidos aerossóis, projeção de partículas e proteção dos paci-
zação de procedimentos que envolvam materiais perfurocor-
entes durante procedimentos cirúrgicos. São descartáveis.
tantes;
Protetor facial: é utilizado no lugar dos óculos e da másca-
c) As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas,
ra, protege toda a face. É utilzado em procedimentos onde há
quebradas ou retiradas da seringa com as mãos;
a produção de muitos aerossóis e de partículas solidas, de
faíscas, etc. d) Não utilizar agulhas para fixar papéis;
Avental ou jaleco: O avental (limpo, não estéril) serve para e) Todo material perfuro-cortante (agulhas, seringas,
proteger a pele e prevenir sujidade na roupa durante proce- scalp, laminas de bisturi, vidrarias, entre outros), mesmo que
dimentos que tenham probabilidade de gerar respingos ou esterilizados, devem ser desprezados em recipientes resisten-
contato de sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções. tes à perfuração e com tampa;
O avental será selecionado de acordo com a atividade e f) Os recipientes específicos para descarte de materiais
quantidade de fluido encontrado (plástico ou tecido). O aven- não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua
tal de plástico está indicado para lavagem de materiais em capacidade total e devem ser colocados sempre próximos do
áreas de expurgo. O avental sujo será removido após o des- local onde é realizado o procedimento.
carte das luvas e as mãos devem ser lavadas para evitar a
transferência de microrganismos para outros pacientes ou As Boas Práticas de Laboratório exigem que se respeitem
ambiente. as seguintes diretrizes básicas ao utilizar os laboratórios:
Calçados: fechados e impermeáveis, para impedir a pene- 1.Utilizar proteção apropriada para os olhos quando ne-
tração de sujidade ou de amostras derramadas no chão, vi- cessário.
dros quebrados, etc. 2.Usar outros equipamentos de proteção conforme for ne-
Equipamentos de proteção coletiva cessário.
São utilizados na proteção coletiva de trabalhadores ex- 3.Não usar cabelo solto, quando for longo.
postos ao risco 4.Jamais pipetar com a boca solventes ou reagentes volá-
Tipos de EPC’s: teis, tóxicos ou que apresentem qualquer risco para a segu-
rança. Usar sempre um pipetador.
Dispositivos de pipetagem – Nunca usar a boca para pipe-
tar, porque além do risco de aspiração, torna mais fácil a 5.Evitar a exposição a gases, vapores e aerossóis. Utilizar
inalação de aerossóis. Utilizar um dos vários tipos de bulbos, sempre uma capela ou fluxo para manusear estes materiais.
pêra ou pipetadores. 6.Lavar as mãos ao final dos procedimentos de laboratório
Extintores de incêndios: equipamento que combate o fogo e remover todo o equipamento de proteção incluindo luvas e
é colocado no corredor do laboratório. aventais.
Lava olhos: tem o objetivo de livrar os olhos de contami- 7.Nunca consumir alimentos e bebidas no laboratório. A
nantes separação de alimentos e bebidas dos locais contendo mate-
riais tóxicos, de risco ou potencialmente contaminados pode
Chuveiro de segurança: são aqueles especificamente pro- minimizar os riscos de ingestão acidental desses materiais.
jetados para fornecer um fluxo de água abundante e de baixa Consumir alimentos e bebidas apenas nas áreas designadas
pressão, suficiente para remover do corpo humano qualquer para esta finalidade.
tipo de contaminante ou calor, sem causar agravamento de
possíveis lesões. 8.Não guardar alimentos e utensílios utilizados para a ali-
mentação nos laboratórios onde se manuseiam materiais
Saída de emergência: facilitar o acesso para fora do labo- tóxicos e perigosos.
ratório no caso de incêndios ou acidente com gazes explosi-
vos ou tóxicos. 9.Não utilizar os fornos de micro-ondas ou as estufas dos
laboratórios para aquecer alimentos.
Capelas biológicas: Equipamento imprescindível onde se
manuseia produtos químicos ou particulados, amostras bioló- 10.A colocação ou retirada de lentes de contato, a aplica-
gicas que podem apresentar microorganismos infectantes. As ção de cosméticos ou escovar os dentes no laboratório pode
capelas ajudam a proteger o operador, a amostra e o meio transferir material de risco para os olhos ou boca. Estes pro-
ambiente, pois possuem filtros que purificam o ar que é lan- cedimentos devem ser realizados fora do laboratório com as
çado para o interior ou para fora do laboratório. mãos limpas.
Descartes para materiais perfurocortantes: devem ter pa- 11.Aventais e luvas utilizados no laboratório que possam
redes firmes e rígidas, geralmente são feitos de papelão, com estar contaminados com materiais tóxicos ou patogênicos não
revestimento interno que não permita vazamento ou perfura- devem ser utilizados nas áreas de café, salas de aula ou
ções. Após o uso, são recolhidos e devem ser incinerados salas de reuniões.
para destruir os matériais contaminantes. 12.Antes de sair do laboratório, lavar sempre as mãos pa-
Cuidados com materiais perfuro-cortantes: ra minimizar os riscos de contaminações pessoais e em ou-
tras áreas.
Os matérias perfurocortantes são seringas, agulhas, es-
calpes, ampolas, vidros de um modo em geral ou, qualquer 13.No laboratório sempre devem existir locais para a lava-
material pontiagudo ou que contenham fios de corte capazes gem das mãos com sabonete ou detergente apropriado e
de causar perfurações ou cortes. toalhas de papel descartáveis.
14.Limpeza da Bancada de Trabalho

Conhecimentos Específicos 96 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) Deve ser feita com álcool a 70% no início e no término mentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC) (HIRATA
das atividades ou sempre que houver necessidade; & MANCINI FILHO, 2002; BRASIL, 2006; PENNA et al.,
2010).
b) Quando houver derramamento de material biológico,
limpar imediatamente com solução de hipoclorito a 2% em Técnicas e práticas de laboratório: nos laboratórios, os in-
preparação diária. divíduos necessitam receber treinamento em relação às téc-
nicas de biossegurança. Cada unidade deve desenvolver seu
http://trabalhoseguro-tst.comunidades.net/
próprio manual de biossegurança, identificando os riscos e os
procedimentos operacionais de trabalho, o qual deverá ficar à
disposição de todos os usuários do local (BRASIL, 2006;
PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA APLICADOS AOS
PENNA et al., 2010).
LABORATÓRIOS DE ENSINO UNIVERSITÁRIO DE MI-
CROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA Estrutura física do laboratório (barreiras secundárias): la-
boratórios de ensino de microbiologia e parasitologia apresen-
Luis Antônio Sangioni; Daniela Isabel Brayer Pereira;
tam características diferenciadas, devido à grande variabilida-
Fernanda Silveira Flores Vogel; Sônia de Avila Botton
de de atividades realizadas em cada unidade. As barreiras
INTRODUÇÃO secundárias incluem tanto o projeto como a construção das
instalações e da infraestrutura do laboratório. A estrutura
A biossegurança pode ser definida como o conjunto de física laboratorial deve ser elaborada e/ou adaptada mediante
ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação a participação conjunta de especialistas, incluindo: os pesqui-
de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, sadores, técnicos do laboratório, arquitetos e engenheiros, de
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, modo a estabelecer padrões e normas a fim de garantir as
visando à saúde do homem, dos animais, à preservação do condições específicas de segurança de cada laboratório
meio ambiente e à qualidade dos resultados (TEIXEIRA & (BRASIL, 2006; SIMAS & CARDOSO, 2008; PENNA et al.,
VALLE, 2010). No Brasil, existem duas vertentes da biossegu- 2010).
rança: a legal e a praticada. A primeira está voltada à manipu-
lação de organismos geneticamente modificados (OGMs) e Gestão administrativa: nesses locais, as práticas gerenci-
de células tronco, regulamentada pela Lei n° 11.105/05. A ais e a organização das atividades são focos importantes de
segunda, está relacionada aos riscos químicos, físicos, bioló- análise no estabelecimento de um programa de biosseguran-
gicos, ergonômicos e de acidentes encontrados nos ambien- ça. Em cada laboratório, é necessário realizar um levanta-
tes laborais, amparada principalmente pelas normas regula- mento detalhado dos agentes biológicos manipulados, das
mentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), rotinas e das tecnologias empregadas, da infraestrutura dis-
Resoluções da Agência Nacional de Vigilância em Saúde ponível. Além disso, é imprescindível identificar os principais
(ANVISA) e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CO- riscos e avaliar o nível de contenção que definirá as ações de
NAMA), entre outras (COSTA, 2005). biossegurança específicas a serem adotadas e que devem
estar aliadas a um plano de educação continuada em biosse-
Os laboratórios de ensino de microbiologia e parasitologia gurança (HIRATA & MANCINI FILHO, 2002). Ressalta-se
nas universidades brasileiras são ambientes onde geralmente que, para manipular os agentes biológicos com potencial
se realizam atividades de ensino, pesquisa e extensão de infeccioso, deve-se conhecer as leis, dentre elas as interna-
forma isolada ou em conjunto. Dessa forma, no mesmo espa- cionais, federais, estaduais e municipais relativas à biossegu-
ço, convivem pessoas, equipamentos, reagentes, soluções, rança (BRASIL, 2010a). A evolução dos processos tecnológi-
agentes e amostras biológicas e os resíduos gerados nessas cos tem conduzido os profissionais ligados às atividades de
atividades. Nesse contexto, pode haver a exposição das pes- ensino nos laboratórios à exposição de diversos riscos, espe-
soas que neles trabalham, estudam e transitam pelos diferen- cialmente os biológicos e químicos. De acordo com HIRATA &
tes riscos, sejam eles: biológicos, químicos, físicos, ergonô- MANCINI FILHO (2002), a avaliação e o manejo dos riscos
micos e de acidentes; também gerando agravos para os ani- são mandatórios à definição dos critérios e ações, visando a
mais e para meio ambiente (BRASIL, 2006). Sendo assim, é minimizar os riscos que podem afetar a saúde dos professo-
imprescindível o conhecimento da biossegurança a fim de res, técnicos, alunos e do meio ambiente.
preservar e/ou minimizar os riscos nas atividades desenvolvi-
das. Em virtude de existirem poucas publicações científicas Riscos nos laboratórios de ensino de microbiologia e pa-
acerca da biossegurança nos laboratórios de ensino, pesqui- rasitologia
sa e extensão em microbiologia e parasitologia nas universi- O risco denota incerteza em relação a um evento futuro,
dades brasileiras, este artigo busca informar os principais sendo definido como a probabilidade de ocorrer um acidente
aspectos relacionados à biossegurança: os princípios, a clas- causando algum tipo de dano, lesão ou enfermidade ou a
sificação dos riscos, dos agentes biológicos e dos níveis de probabilidade de concretização de um perigo (BRASIL, 2006).
contenção laboratorial, bem como equipamentos de seguran- Essa probabilidade pode ser classificada como: alta: o dano
ça e as boas práticas laboratoriais aplicadas. poderá ocorrer sempre ou quase sempre; média: o dano po-
Princípios de biossegurança derá ocorrer em algumas ocasiões; ou baixa: o dano poderá
ocorrer remotamente (SILVA, 2010). É importante ressaltar
A biossegurança e a segurança biológica referem-se ao que a simples presença de um agente de risco em um labora-
emprego do conhecimento, das técnicas e dos equipamentos, tório não significa que, necessariamente, ocorrerá uma doen-
com a finalidade de prevenir a exposição do profissional, dos ça ou um acidente com os indivíduos que desenvolvem suas
acadêmicos, dos laboratórios, da comunidade e do meio am- atividades no ambiente laboral. Em diferentes recintos labora-
biente, aos agentes biológicos potencialmente patogênicos. toriais, há situações de perigo e risco; portanto, é necessário
Para isso, estabelecem as condições seguras para a manipu- sempre agir baseado no princípio básico da biossegurança,
lação e a contenção de agentes biológicos, incluindo: os e- isto é, no princípio da precaução. A prevenção de acidentes
quipamentos de segurança, as técnicas e práticas de labora- demanda principalmente dos EPIs e EPCs adequados, trei-
tório, a estrutura física dos laboratórios, além da gestão admi- namentos dos recursos humanos, adoção das normas e pro-
nistrativa (HIRATA & MANCINI FILHO, 2002; BRASIL, 2006; cedimentos de biossegurança (MASTROENI, 2005).
MASTROENI, 2005).
De acordo com HIRATA & MANCINI FILHO (2002), os ris-
Equipamentos de segurança: são considerados como bar- cos estão classificados em: de acidente, ergonômicos, físicos,
reiras primárias de contenção e, juntamente com as boas químicos e biológicos:
práticas em laboratório, visam à proteção dos indivíduos e
dos próprios laboratórios, sendo classificados como equipa-
Conhecimentos Específicos 97 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a. Risco de acidente: considerado como sendo as situa- 4: nesta estão incluídos os agentes biológicos que apre-
ções de perigo que possam afetar a integridade, o bem estar sentam risco elevado para o indivíduo e com probabilidade
físico e moral dos indivíduos presentes nos laboratórios. Nos elevada de disseminação para a coletividade. Apresenta
laboratórios de ensino, compreendem: infraestrutura física grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro.
com problemas (pisos lisos, escorregadios e instalações elé- Podem causar doenças graves ao ser humano, ainda não
tricas com fios expostos e/ou com sobrecarga elétrica); arma- existem meios eficazes para a sua profilaxia ou seu tratamen-
zenamento ou descartes impróprios de substâncias químicas; to (BRASIL, 2006).
dentre outras.
Níveis de biossegurança ou de contenção dos laboratórios
b. Risco ergonômico: é qualquer ocorrência que venha a de ensino em microbiologia e parasitologia
interferir nas características psicofisiológicas do indivíduo,
Para manipulação dos micro-organismos e parasitas per-
podendo gerar desconforto ou afetando sua saúde. São con-
tencentes a cada uma das quatro classes de risco, devem ser
sideradas as lesões determinadas pelo esforço repetitivo
atendidos alguns requisitos de segurança, conforme o nível
(LER) e as doenças osteomusculares relacionadas com o
de contenção necessário. Esses níveis de contenção são
trabalho (DORT); como exemplo, cita-se: a pipetagem, pesa-
denominados níveis de biossegurança ou de biocontenção,
gens, adoção de posturas físicas inadequadas durante a
sendo designados em ordem crescente (NB-1 a NB-4), pelo
execução das atividades, etc. Além disso, o levantamento e o
grau de proteção proporcionado ao pessoal do laboratório,
transporte manual de peso elevado, o ritmo e a carga horária
meio ambiente e à comunidade (BRASIL, 2010b).
excessivas de trabalho, a monotonia durante a realização de
técnicas meticulosas que demandam maior atenção, também Nível de biossegurança 1 (NB-1): necessário em ativida-
são considerados riscos ergonômicos relacionados às ativi- des que envolvam os agentes biológicos da classe de risco 1.
dades nos laboratórios de ensino de microbiologia e parasito- Representa um nível básico de contenção, que se fundamen-
logia. ta na aplicação das boas práticas laboratoriais (BPLs), na
utilização de EPIs e EPCs e na adequação das instalações.
c. Risco físico: é considerado como sendo as diversas
Em geral, as atividades são realizadas sobre as bancadas.
formas de energia que os indivíduos estão expostos, tais
como: ruído, vibrações, temperaturas extremas, radiações Nível de biossegurança 2 (NB-2): exigido para as ativida-
ionizantes e não ionizantes, ultra-som, materiais cortantes e des que envolvam os agentes biológicos da classe de risco 2.
pontiagudos. O acesso ao laboratório deve ser restrito aos profissionais da
área (professores, técnicos) e aos acadêmicos que estejam
d. Risco químico: constitui-se em todas as substâncias,
desenvolvendo atividades de ensino, pesquisa e extensão,
compostos ou produtos nas formas de gases, vapores, poei-
mediante autorização do responsável técnico.
ras, fumaças, fumos, névoas ou neblinas, as quais possam
penetrar no organismo pela via respiratória, por contato pela Nível de biossegurança 3 (NB-3): aplicável aos locais em
pele e mucosas ou absorvidas por ingestão. que forem desenvolvidas atividades com os agentes biológi-
cos da classe de risco 3. Nível de biossegurança 4 (NB-4):
e. Risco biológico: abrange a manipulação dos agentes e
exigido às atividades que manipulem os agentes biológicos da
materiais biológicos. São considerados agentes biológicos:
classe de risco 4. Nos laboratórios NB-3 e NB-4, o acesso dos
vírus, bactérias, fungos, parasitas, príons, OGMs, além das
indivíduos deve ser restrito e utiliza-se um sistema de segu-
amostras biológicas provenientes das plantas, dos animais e
rança altamente rigoroso. São designados aos laboratórios
dos seres humanos, como, por exemplo, os tecidos, as secre-
que desenvolvam atividades de diagnóstico e pesquisa de
ções e as excreções (urina, fezes, escarros, derrames cavitá-
maior complexidade e nível de biocontenção (ENSERINK,
rios, sangue, células, matérias de biópsias e peças cirúrgicas,
2000). Um resumo dos requisitos básicos exigidos em cada
entre outros).
nível de biossegurança laboratorial está apresentado
Tanto os agentes biológicos como os laboratórios de mi- na tabela 1.
crobiologia e parasitologia recebem uma classificação em
Atualmente, os laboratórios de ensino de microbiologia e
níveis de biossegurança de acordo com os critérios de avalia-
parasitologia vinculados às instituições de ensino superior no
ção dos riscos biológicos. Esses critérios são fundamentados
Brasil equivalem aos NB-1 e NB-2. Nas atividades realizadas
principalmente na análise das seguintes características: viru-
nesses laboratórios, há a manipulação de micro-organismos e
lência, modo de transmissão, resistência, concentração, vo-
parasitas de baixo risco biológico, estando associadas, princi-
lume, dose infectante e da origem dos agentes biológicos.
palmente, ao desenvolvimento das aulas práticas, das ações
Também são considerados critérios de avaliação dos riscos a
de extensão e de pesquisa. Em alguns laboratórios vincula-
disponibilidade de medidas profiláticas e de tratamento efica-
dos às instituições que oferecem serviços de diagnóstico e/ou
zes, caso aconteça a exposição dos indivíduos ao risco; além
pesquisa de agentes patogênicos, há maior risco biológico,
dos procedimentos técnicos realizados e dos fatores inerentes
sendo necessário adotar medidas de biossegurança mais
aos indivíduos que atuam nos laboratórios (BRASIL, 2006).
restritas. Como citado por HIRATA & MANCINI FILHO (2002),
Conforme o grau de patogenicidade, os agentes biológicos
nesses ambientes, podem ser manuseados agentes biológi-
são classificados em:
cos classificados em nível 3, tais como: vírus da raiva, vírus
Classe de risco da encefalomielite equina, vírus da imunodeficiência humana
(HIV), Mycobacterium tuberculosis,Histoplasma capsula-
1: inclui os agentes biológicos que apresentam baixo risco
tum e outros patógenos transmissíveis por fluídos corporais e
para o indivíduo e para a coletividade, com baixa probabilida-
sangue. Esses laboratórios recebem a classificação NB-2, no
de de causar doença ao ser humano. Classe de risco
entanto, necessitam instituir procedimentos padrões e BPLs
2: nessa classe estão inseridos os agentes biológicos que preconizados para o NB-3.
apresentam risco individual moderado para o indivíduo e com
Em relação à estrutura física, deve-se ressaltar que alguns
baixa probabilidade de disseminação para a coletividade.
laboratórios pedagógicos estão situados em prédios mais
Podem causar doenças ao ser humano, entretanto, existem
antigos, que inicialmente não foram projetados como estrutura
meios eficazes de profilaxia e/ou tratamento. Classe de risco
laboratorial e antecederam os preceitos de biossegurança,
3: são os agentes biológicos que apresentam risco eleva- revisados por PENNA et al. (2010). Todavia, devido à deman-
do para o indivíduo e com probabilidade moderada de disse- da das atividades de ensino, pesquisa e extensão, as instala-
minação para a coletividade. Podem causar doenças e infec- ções laboratoriais tiveram que ser adequadas a essas exigên-
ções graves ao ser humano, entretanto nem sempre existem cias. Contudo, a fim de atender as exigências reunidas nas
meios eficazes de profilaxia e/ou tratamento. Classe de risco resoluções e instruções normativas estabelecidas pela CTN-

Conhecimentos Específicos 98 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Bio e, com base na Lei Nacional de Biossegurança (BRASIL, veneno, etc., para indicar presença de risco químico; os sím-
2005), as dependências desses laboratórios deverão ser bolos de elementos radioativos, apontando para risco físico;
revistas e readaptadas. De acordo com os níveis de biossegu- mapa de risco, sinais para as saídas de emergência, escadas,
rança, as características dos laboratórios de microbiologia e extintores de incêndio, faixas de demarcação, etc. Extintor de
parasitologia estão sintetizadas na tabela 2. incêndio: o número, o tipo e a distribuição desses extintores
devem estar adequados; sua manutenção e/ou reposição
Equipamentos de segurança: EPIs e EPCs
devem ser periódicas, bem como o pessoal do laboratório
EPI é todo o dispositivo de uso individual, destinado a pro- deve ser treinado para o seu uso.
teger a saúde e a integridade física do trabalhador. A sua
Capela química: cabine construída de forma aerodinâmi-
regulamentação está descrita na Norma Regulamentadora n°
ca, de maneira que o fluxo de ar ambiental não ocasione
06 (NR-06) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). EPC,
turbulências e correntes, reduzindo o perigo de inalação e a
por sua vez, é todo o dispositivo que proporciona proteção a
contaminação do operador e do ambiente. Borrifador de teto:
todos os profissionais expostos aos riscos no ambiente labo-
sistema de segurança acionado pela elevação de temperatu-
ral.
ra, lançando fortes jatos de água no ambiente. Luz ultravioleta
Nos laboratórios de ensino superior de microbiologia e pa- (UV): lâmpadas germicidas, com comprimento de onda ativo
rasitologia, são imprescindíveis o emprego de EPIs e EPCs e de 240nm. Devem estar presentes nas cabines de segurança
o emprego das BPLs, a fim de minimizar os riscos e desem- biológica, tem ação efetiva por 15 minutos e o tempo médio
penhar um trabalho com maior segurança (HIRATA & MAN- de uso é aproximadamente de 3.000 horas. Pipetadores e
CINI FILHO, 2002; MASTROENI, 2005). pipetas mecânicos e automáticos: dispositivos de sucção para
Os EPIs e EPCs básicos recomendados para uso nos la- pipetas e ponteiras, como: pera de borracha, pipetador auto-
boratórios de ensino de microbiologia e parasitologia devem mático, pipetas mono e multicanais, etc.
estar em conformidade com a Portaria MTB n° 3.214, (BRA- Contenção para equipamentos como: homogeneizador,
SIL, 1978) e consistem em: agitador, ultrassom, etc. Equipamentos produtores de aeros-
i. EPIs para proteção da cabeça: óculos de segurança pa- sóis devem ser cobertos com anteparo autoclavável e, prefe-
ra prevenir os respingos nos olhos, os quais possam causar rencialmente, abertos dentro das cabines de segurança bioló-
infecção, principalmente os provenientes das culturas de gica. Containers para desprezar os materiais contaminados e
agentes e amostras biológicas, que possam ocasionar irrita- pérfuro-cortantes: precisam estar disponibilizados recipientes
ção nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de solu- resistentes e autoclaváveis para desprezar os materiais que
ções e reagentes usados no laboratório; partículas que pos- irão para o descarte.
sam ferir os olhos. Devem ser usados, também, protetores Conjunto (kit) de primeiros socorros: compostos por mate-
faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra le- rial comumente preconizado para socorro imediato e antído-
sões produzidas por diversas partículas, respingos, vapores tos especiais para produtos tóxicos usados nos laboratórios
de produtos químicos e radiações luminosas intensas. de ensino de microbiologia e parasitologia. Chuveiro e lava-
Membros superiores: luvas e/ou mangas de proteção de- olhos: devem estar presentes em todos os laboratórios em
vem ser usados em trabalhos em que haja perigo de agravos perfeito estado de funcionamento e higienizado. A água para
provocados por: agentes biológicos oriundos dos diferentes os lava-olhos deve ser preferencialmente filtrada. Cabine de
materiais biológicos; materiais ou objetos pérfuro-cortantes; segurança biológica (CSB): classes I e II (BRASIL, 2006).
produtos químicos (corrosivos, cáusticos, tóxicos, solventes Boas práticas laboratoriais (BPLs)
orgânicos, etc.); materiais ou objetos geradores de temperatu-
Conforme MASTROENI (2005) e ARAÚJO et al. (2009),
ras extremas (aquecidos ou frios).
as BPLs padrões constituem um conjunto de normas, proce-
Membros inferiores: calçado de proteção impermeável, so- dimentos e atitudes de segurança, as quais visam a minimizar
lado liso e antiderrapante, sendo resistente aos agentes bio- os acidentes que envolvem as atividades desempenhadas
lógicos patogênicos; produtos químicos; umidade; riscos de pelos laboratoristas, bem como incrementam a produtividade,
acidentes (escorregões, tropeços e quedas). asseguram a melhoria da qualidade dos serviços desenvolvi-
Tronco: vestimentas de proteção para atividades em que dos nos laboratórios de ensino de microbiologia e parasitolo-
haja perigo de danos provocados especialmente por riscos de gia e, ainda, auxiliam a manter seguro o ambiente. A utiliza-
origem biológica, química, física, tais como: jalecos, aventais ção das BPLs requer a aplicação do bom senso e prudência
e macacões. dos profissionais e acadêmicos ao desenvolver cada ativida-
de. Cabe aos coordenadores e professores dos laboratórios
Sistema respiratório: equipamentos de proteção respirató- de ensino de microbiologia e parasitologia o incentivo e a
ria (EPR) são os dispositivos usados para evitar a exposição fiscalização da aplicação das normas e dos procedimentos
aos diferentes agentes presentes nos laboratório de microbio- padrões e específicos, permitindo, com isso, a manutenção
logia e parasitologia, em concentrações prejudiciais à saúde de um ambiente seguro e confiável a toda equipe do laborató-
dos usuários, de acordo com os limites estabelecidos na NR-6 rio. As BPLs padrões nos laboratórios de ensino de microbio-
do MTB (BRASIL, 1978), incluindo: máscaras autônomas de logia e parasitologia devem ser conhecidas, aplicadas por
circuito aberto ou fechado para proteção das vias respirató- todos os usuários e compreendem:
rias. As máscaras do tipo cirúrgicas não são efetivas em pro-
teger o indivíduo contra os aerossóis 1. restringir o acesso de pessoas ao laboratório, somente
(http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/cartilha_mascara.pdf. os indivíduos autorizados pelos coordenadores e professores
). podem ingressar nos ambientes laboratoriais;

ii. EPCs: também devem seguir as especificações indica- 2. observar os princípios básicos de higiene, entre eles:
das conforme a legislação vigente (BRASIL, 1978) e as ins- manter as mãos limpas e unhas aparadas; sempre lavar as
truções que constam nos manuais disponíveis (WHO, 2004; mãos antes e após vários procedimentos (manuseio de mate-
CDC, 2009) e incluem: sinalização de segurança: nos labora- riais biológicos viáveis; uso das luvas; antes de sair do labora-
tórios de microbiologia e parasitologia, servem para indicar tório; antes e após a ingestão dos alimentos e bebidas, etc.).
onde há presença dos riscos. Exemplo: símbolo de risco bio- Se não existirem pias no local, deve-se dispor de líquidos
lógico afixado na porta de entrada nos locais de manipulação anti-sépticos para limpeza das mãos;
e armazenamento de agentes biológicos (a partir do NB-2); 3. proibir: a ingestão e/ou o preparo de alimentos e bebi-
símbolos de líquidos inflamáveis, explosivos, produto tóxico, das, fumar, mascar chicletes, manipular lentes de contato, a

Conhecimentos Específicos 99 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
utilização de cosméticos e perfumes, o armazenamento de CONCLUSÃO
alimentos para consumo nas áreas de manipulação de agen-
As atividades de ensino, pesquisa e extensão praticadas
tes biológicos e químicos. Em todos os laboratórios deve
nos laboratórios de ensino de microbiologia e parasitologia
haver uma área designada como refeitório;
das universidades brasileiras abrangem as diferentes áreas
4. pipetar com a boca é expressamente proibido e jamais do conhecimento e no seu desenvolvimento existe a presença
se deve colocar na boca objetos de uso no laboratório (cane- de riscos. Esse fato demanda a necessidade de normas de
tas, lápis, borrachas, pipetas, entre outros); segurança destinadas à análise e desenvolvimento de estra-
tégias para minimizá-los, sendo esta a principal função da
5. utilizar calçados de proteção: fechados, confortáveis,
biossegurança. A determinação dos níveis de contenção deve
com soldado liso e antiderrapante;
ser priorizada nos laboratórios das universidades, pois, com o
6. usar as luvas de procedimentos somente nas atividades surgimento de novas tecnologias, os procedimentos opera-
laboratoriais e evitar tocar em objetos de uso comum; cionais para a manipulação de agentes biológicos patogêni-
7. trajar roupas de proteção durante as atividades labora- cos deverão ser adequados para garantir a segurança dos
toriais, como: jalecos, aventais, macacões, entre outros. Es- profissionais, acadêmicos e do meio ambiente.
sas vestimentas não devem ser usadas em outros ambientes Devido ao fator humano estar implicado às causas de aci-
fora do laboratório, como: escritório, biblioteca, salas de estar dentes em laboratórios, o maior esforço deve estar direciona-
e refeitórios; do aos aspectos de educação em biossegurança, que devem
8. evitar o uso de qualquer tipo de acessórios/adornos du- estar presentes no cotidiano das instituições de ensino. Sali-
rante as atividades laboratoriais; enta-se que alguns indivíduos tendem somente a levar em
consideração a execução das atividades e menosprezar os
9. manter os artigos de uso pessoal fora das áreas desig- riscos, sendo que esta postura não pode ser admitida em
nadas às atividades laboratoriais; qualquer ambiente laboratorial. Para que um programa de
10. organizar os procedimentos operacionais padrões educação em biossegurança seja efetivo, é necessário que
(POP) para o manuseio dos equipamentos e técnicas empre- todos os usuários dos laboratórios estejam devidamente in-
gados nos laboratórios; formados acerca dos princípios de biossegurança, bem como
aptos a colocá-los em prática de maneira correta, a fim de
11. garantir que a limpeza dos laboratórios (bancadas, pi- manter o ambiente seguro.
sos, equipamentos, instrumentos e demais superfícies) seja
realizada regularmente antes e imediatamente após o término
das atividades laboratoriais. Em caso de derramamentos, NOÇÕES DE BIOSSEGURANÇA
dependendo do tipo e quantidade de material biológico dis-
seminado, pode-se empregar, para a descontaminação do Www.Microbiologia.Ufba.Br/Aulas/Noções%20de%20bi
local: álcool a 70% ou solução de hipoclorito de sódio, prefe- ossegurança.Doc
rencialmente, a 10%, deixando agir por 30 minutos e após 1. INTRODUÇÃO
remover com papel absorvente;
Laboratório - manuseio de agentes biológicos, químicos e
12. assegurar que os resíduos biológicos sejam descon- físicos – exposição a riscos de contaminação. Patogênicos.
taminados antes de ser descartados;
Pacientes e amostras clínicas – Doenças infecciosas
13. manusear, transportar e armazenar materiais (biológi-
cos, químicos e vidrarias) de forma segura para evitar qual- As atividades de aulas práticas efetuadas no Laboratório
quer tipo de acidente. O manuseio de produtos químicos de Microbiologia incluem a execução de preparações e ob-
voláteis, metais, ácidos e bases fortes, entre outros, necessita servações microscópicas, preparo e montagem de materiais e
ser realizado em capela de segurança química. As substân- instrumentais, preparo de meios de cultura, reagentes, segui-
cias inflamáveis precisam ser manipuladas com extremo cui- do da esterilização dos mesmos, manipulação de amostras
dado, evitando-se proximidade de equipamentos e fontes biológicas e do ambiente, culturas de microrganismos, execu-
geradoras de calor; ção de técnicas de cultivo, isolamento, quantificação, caracte-
rização e identificação de microrganismos. Desta forma, todo
14. usar os EPIs adequados durante o manuseio de pro- pessoal envolvido em sala de aula, inclusive os professores e
dutos químicos; laboratoristas, devem adotar os procedimentos de boas práti-
15. identificar adequadamente todos os produtos químicos cas laboratoriais, inclusive rigorosa assepsia, para evitar ris-
e frascos com soluções e reagentes, os quais devem conter a cos de contaminação e acidentes.
indicação do produto, condições de armazenamento, prazo de Por outro lado, há também a preocupação de evitar que os
validade, toxidade do produto e outros; experimentos efetuados sejam contaminados ou que o des-
16. acondicionar os resíduos biológicos e químicos em re- carte dos materiais contaminados possa vir a contaminar o
cipientes adequados, em condições seguras e encaminhá-los ambiente e a comunidade envolvida. Muito embora na maioria
ao serviço de descartes de resíduos dos laboratórios para dos experimentos efetuados emprega-se microrganismos não
receberem o seu destino final; patogênicos ou microrganismos cuja exposição laboratorial
raramente produz doença, é bom lembrar que um microrga-
17. afixar a sinalização adequada nos laboratórios, entre nismo pode até ser considerado incapaz de causar doença
elas, incluir o símbolo internacional de "Risco Biológico" na
em indivíduos sadios, mas poderá causar doença em indiví-
entrada dos laboratórios a partir do NB-2;
duos com a saúde debilitada.
18. instituir um programa de controle de roedores e veto- Conceito: biossegurança é um conjunto de medidas ne-
res nos laboratórios; cessárias para a manipulação adequada de agentes biológi-
19. evitar trabalhar sozinho no laboratório e jornadas de cos, químicos, genéticos, físicos (elementos radioativos, ele-
trabalho prolongadas; tricidade, equipamentos quentes ou de pressão, instrumentos
de corte ou pontiagudos, vidrarias) dentre outros, para preve-
20. providenciar treinamento e supervisão aos iniciantes
nir a ocorrência de acidentes e consequentemente reduzir os
nos laboratórios;
riscos inerentes às atividades desenvolvidas, bem como pro-
21. disponibilizar kits de primeiros socorros e promover a teger a comunidade e o ambiente e os experimentos.
capacitação dos usuários em segurança e emergência nos
2. MICRORGANISMOS E GRUPOS DE RISCO
laboratórios.

Conhecimentos Específicos 100 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Grupo 1: Microrganismos que, até o momento, não cau- 4. CONDUTAS, BARREIRAS, EQUIPAMENTOS E INS-
sam doenças para o homem (baixo risco individual e coletivo) TRUMENTAIS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E AMBIENTAL
e que não representam riscos para o ambiente (Lactobacillus, PARA MINIMIZAR OS RISCOS
Lactococcus, Saccharomyces, Bacillus polymyxa, cepas não
Assepsia é um conjunto de procedimentos utilizados para
patogênicas de E. coli, dentre outros);
impedir a penetração de microrganismos em objetos ou ambi-
Grupo 2: Microrganismos que podem causar doenças no entes estéreis ou até mesmo quando se está trabalhando com
homem, mas a exposição laboratorial raramente produz do- culturas puras. Esses procedimentos envolvem o uso de am-
ença. Mesmo assim, para essas doenças existem medidas biente apropriado, meios de cultura e instrumentais estéreis.
profiláticas e terapêuticas eficientes (Espécies de Salmonella Caso necessário usar luvas, máscaras e óculos protetores.
(exceto S. typhi), E. coli patogênicas, Proteus, Staphylococ- Pipetar usando pipetadores automáticos ou pêras de borra-
cus, Streptococcus, Neisseria, Listeria, dentre outros); cha. Flambar as alças e agulhas, boca dos tubos, limpar e
desinfetar periodicamente a bancada e o ar do ambiente de
Grupo 3: Microrganismos que podem causar doenças
trabalho. Todas as operações envolvendo manipulação de
graves no homem e apresentam risco elevado para os labora-
culturas e meios de cultura deverão ser efetuadas na área de
toristas. Eles podem apresentar riscos de serem dissemina-
proteção conferida pela chama do bico de Bunsen.
dos para a população, mas para as doenças causadas exis-
tem medidas profiláticas e terapêuticas eficazes (Mycobacte- O Bico de Bunsen é constituído de uma base e dois tubos
rium tuberculosis, Coxiella burnetti); (um vertical e outro horizontal). Pelo tubo horizontal entra o
combustível (gás de cozinha ou butano) que se desloca até o
Grupo 4: Microrganismos que causam doenças humanas
vertical, em cuja extremidade se instala a chama, a qual é
severas e apresentam risco elevado para os laboratoristas e
regulada através de um pequeno cilindro (superposto ao tubo
para a população em geral. Eles são agentes altamente infec-
vertical) com orifícios que graduam a entrada de ar. A chama
ciosos que se propagam facilmente, podendo causar a morte
tem três zonas: duas internas, mais frias, formadas por um
das pessoas infectadas, pois não existem atualmente medi-
gás que não entrou em plena combustão; a última é a zona
das profiláticas ou tratamentos efetivos.
oxidante da chama, sendo a que mais se emprega em micro-
3. VIAS DE TRANSMISSÃO DE PATÓGENOS EM LA- biologia.
BORATÓRIOS DE MICROBIOLOGIA
A transmissão oral é reduzida pela separação entre as á-
Transmissão oral: os agentes infecciosos são transmiti- reas de trabalho (laboratório) e as áreas de lazer. Da mesma
dos por via oral, principalmente quando microrganismos pato- maneira, as áreas laboratoriais devem ser separadas das
gênicos são isolados em culturas puras e atingem populações áreas de alimentação, onde são ingeridos os alimentos. Não
elevadas. Esta é uma das razões pelas quais não se deve se deve fumar, mascar ou beber no laboratório. Também,
pipetar com a boca, comer, beber, mascar chicletes, levar a cosméticos não devem ser aplicados nas áreas laboratoriais.
mão ou objetos como caneta ou lápis à boca ou fumar no A pipetagem pela boca não é permitida e onde for necessário
laboratório. deve-se usar luvas. Usar sempre avental de laboratório, de
Transmissão aérea: os microrganismos são transmitidos preferência do tipo Howie (avental com gola fechada através
através da inalação de aerossóis contendo os agentes infec- de botões de pressão e de mangas com elástico nas extremi-
ciosos. Esses microrganismos podem difundir-se no ambiente dades) e gorros, se necessário. O pessoal do laboratório deve
do laboratório. As práticas laboratoriais devem ser executadas lavar e/ou fazer a correta anti-sepsia das mãos sempre que
de modo a minimizar os riscos de formação dos aerossóis. De houver suspeita de contaminação e antes de deixarem o
preferência, os laboratórios devem ter pressão negativa e os laboratório.
microrganismos que são veiculados pelos aerossóis como M. A transmissão por aerossóis pode ocorrer durante o uso
tuberculosis devem ser manipulados em cabines especiais de alças bacteriológicas, principalmente se são muito longas
conhecidas como cabines de segurança biológica classe III, e de grande diâmetro, devido a vibração durante o uso. Para
localizadas em local apropriado dentro do laboratório. minimizar esse risco a alça deve ter de 2 a 3 mm de diâmetro
Transmissão cutânea ou parenteral: Esta transmissão e devem estar completamente fechadas e, de preferência,
ocorre através da pele, pela injeção acidental de espécimes deve-se usar agulhas ou alças de platina, pois vibram menos
ou culturas microbianas com agulhas ou quando ocorrem que a de níquel-cromo. A flambagem das alças pode gerar
acidentes com materiais cortantes, tais como vidro quebrado, aerossóis, razão pela qual deve ser utilizado micro-
lâminas de bisturi e agulhas. Apenas poucos organismos incineradores, especialmente se o microrganismo envolvido é
podem ser adquiridos através da pele intacta como Leptospi- transmitido pela via ocular ou trato respiratório. Também po-
ra, Brucella, Treponema e larvas do Strongyloides, dentre dem ser gerados aerossóis quando alças ou agulhas quentes
outros. Indivíduos com soluções de continuidade na pele não são contatadas com culturas. O uso de micro-incineradores
devem trabalhar no laboratório. para flambagem de instrumentais contendo microrganismos
patogênicos como as micobactérias (ou outras bactérias que
Transmissão ocular: Os organismos podem ser transmi- apresentam elevado conteúdo de lipídios) reduz a contamina-
tidos através da superfície da mucosa ocular através de gotí- ção do laboratorista e do ambiente. Os micro-incineradores
culas ou respingos de culturas que atinjam os olhos. Usual- atuais são constituídos de um cone contendo resistência
mente são os mesmos tipos de organismos que são transmi- elétrica que atinge temperaturas de cerca de 850°C.
tidos por via parenteral e também algumas toxinas potentes
como a do C. botulinum. O respingo na mucosa pode ocorrer Também podem formar aerossóis quando são realizados
quando há manipulação de culturas líquidas, principalmente movimentos bruscos na homogeneização durante realização
quando são pipetadas ou quando materiais como placas de de reações de aglutinação ou na preparação de esfregaços. A
micro-titulação contendo microrganismos são submetidos a centrifugação de amostras de pacientes suspeitos de albergar
etapas que envolvem lavagem (teste de ELISA) ou quando microrganismos do Grupo 3, bem como o manuseio de cultu-
são transferidos ou adicionados materiais dentro de líquidos ras desses microrganismos devem ser efetuados em capines
contendo microrganismos. Também podem contaminar-se por de classe biológica III, cujo ar é drenado para a cabine e e-
esta via através do contato dos olhos com lentes de micros- xaurido por um filtro HEPA. As áreas de trabalho devem ser
cópios e outros aparelhos oculares contaminados. desinfetadas com solução de hipoclorito a 0,5%, glutaraldeído
ou salina-formol (10%) para redução de riscos.

Tabela 1. Classificação das cabines de laboratório com relação a biossegurança

Conhecimentos Específicos 101 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Classe Patógeno Origem do fluxo de ar Saída do ar Proteção do Proteção do
experimento laboratorista
I 2,3 Ar ambiente Filtração HEPA +/- ++
II 2,3 Ar ambiente idem ++ +
Filtrado HEPA
III 2,3,4 Idem idem ++ +++

Os riscos de transmissão de microrganismos (Vírus da É fundamental que estejam facilmente acessíveis e imedi-
Hepatite B, HIV e Tripanosomas) por via parenteral são mini- atamente disponíveis os desinfetantes apropriados na neces-
mizados através do uso de luvas de látex para manuseio dos sidade de utilização, em casos de derrame ou vazamento
materiais ou culturas contendo esses microrganismos. Res- acidental dentro do laboratório e para a desinfecção das su-
tringir o uso de agulhas, lâminas de bisturi e objetos cortantes perfícies de bancadas de trabalho antes e, principalmente,
e, quando possível substituir vidro por plástico, descontaminar após a jornada diária.
amostras com glutaraldeído ou hipoclorito, sem comprometer
Anti-sepsia é o processo utilizado para inibir o crescimen-
os resultados da investigação. Manter frascos quebrados ou
to de formas vegetativas de microrganismos patogênicos na
objetos agudos descartados em recipientes resistentes de
superfície corporal do homem e animais. Muitas vezes a anti-
plástico ou de papelão especial e que possam reter líquidos,
sepsia destoe formas vegetativas de microrganismos patogê-
i.e., impermeáveis a líquidos. Uso de óculos e/ou máscara
nicos, mas usualmente não elimina esporos. As substâncias
protetoras para os olhos e narinas no sentido de evitar con-
químicas usadas são chamadas anti-sépticas. Um bom anti-
taminação pelas vias aérea e ocular (toxina botulínica e mi-
séptico para as mãos deve destruir a microbiota patogênica
crorganismos relacionados acima).
ou inibir a sua multiplicação bem como deve reduzir a micro-
5. DESCONTAMINAÇÃO biota total em cerca de 99,9%, i.e., 3 a 5 reduções decimais.
Autoclaves – um dos principais problemas nos laborató- Ë obrigação da instituição em que se trabalha fornecer um
rios de microbiologia é a grande quantidade de resíduos con- ambiente seguro. Isso inclui o fornecimento de procedimentos
tendo microrganismos infecciosos. Todos os materiais devem gerais de biossegurança, manutenção da organização escrita
tornar-se seguros antes de deixarem o laboratório. Para resí- e todos os arranjos necessários para implementar os proce-
duos sólidos, isso pode ser mais facilmente atingido através dimentos de segurança. Para tanto, cada laboratório deve
da autoclavação. Registros adequados das temperaturas de criar suas normas locais próprias, de acordo com o tipo de
autoclavação e duração dos ciclos devem ser mantidos jun- trabalho desenvolvido, seguindo as recomendações dos ór-
tamente com os testes biológicos empregando esporos na gãos e comissões de biossegurança.
autoclave, para assegurar que todos os materiais descartados
6. LABORATÓRIO E INSTRUMENTAL
do laboratório sejam adequadamente descontaminados. Após
a esterilização os resíduos devem ser transportados para a Todo o pessoal envolvido nas práticas microbiológicas, in-
incineração. Esse procedimento de transporte deve ser su- clusive os alunos, deve ser capaz de caracterizar a estrutura
pervisionado por um membro do laboratório especificamente e funcionamento de um laboratório de Microbiologia, identifi-
treinado para manusear materiais microbiológicos. O funcio- cando os materiais, instrumental e aparelhos empregados.
namento e manutenção adequados da autoclave exigem Além disso, as diversas operações devem ser efetuadas ade-
controle especial. quadamente para evitar riscos de contaminação ao estudante,
seus colegas e laboratoristas.
Desinfecção química: os recipientes que acondicionam
material com perigos microbiológicos devem conter um desin- “Lay-0ut” do Laboratório
fetante na diluição de uso apropriada. Esse desinfetante deve A segurança laboratorial é facilitada pelo “design” apropri-
ser trocado, de preferência, diariamente. Os desinfetantes ado do laboratório, presença de pisos antiderrapantes, im-
mais comumente utilizados são compostos à base de fenol permeáveis e de fácil limpeza e drenagem. O laboratório deve
5% , hipocloritos (água sanitária a 2%) e glutaraldeído 2%, apresentar ventilação apropriada e água em abundância. As
formaldeído (solução alcoólica 8% e solução aquosa 10%). A paredes e pisos do laboratório devem ser de material resis-
tabela 3 mostra o espectro de atividade dos mesmos. tente, impermeável e de fácil limpeza. As bancadas devem
ser recobertas de material resistente a substâncias químicas,
de fácil limpeza, tamanho e altura que permitam trabalhar
Tabela 2 . Desinfetantes químicos mais utilizados em
comodamente.
laboratório de microbiologia
A iluminação natural ou artificial tem que ser abundante e
Agentes Atividade contra microrganismos difusa. As correntes de ar devem ser evitadas e a ventilação
tem que ser controlada. O laboratório deve possuir depen-
Bactérias Fungos Vírus Micobactérias
dências adequadas, tais como sala de microscopia, câmara
asséptica ou capela de fluxo, de preferência classe II ou bio-
Fenóis +++ +++ +/- +++
lógica (mais apropriada para trabalhos com microrganismos
patogênicos), sala de preparo de meios de cultura, reagentes
Hipocloritos ++ ++ +++ -
e soluções, sala de lavagem, secagem, montagem e esterili-
Aldeídos zação de vidraria e outros materiais, biotério, dentre outros.
(Formaldeí- A execução de experimentos com material tóxico ao am-
+++ +++ +++ +++*
do) biente e aos operadores ou cuja mistura reativa exalem gases
tóxicos (amônia, metano, hidrogênio ou derivados fenólicos e
Glutaraldeído +++ +++ +++ +++** aldeídos) deverão ser procedidos em capelas ou cabines
dotadas de exaustão e caso utilizem substâncias como bro-
* Fumigação de cabines de segurança meto de etídio, cloreto mercúrico e nitrato de prata, devem
**Desinfecção de superfícies de equipamentos e utensílios utilizar luvas apropriadas e dispensá-los em recipientes pró-
prios. Caso trabalhem com luz ultravioleta devem estar prote-
gidos com máscaras apropriadas e estes raios não deverão
ser dirigidos para qualquer região do corpo. Assim, as capelas

Conhecimentos Específicos 102 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
e equipamentos de transiluminação com luz ultravioleta deve- fundo do laboratório ou em local distinto daquele onde se vai
rão estar protegidas com vidro. conduzir a prática;
Quando há possibilidades de contaminação das paredes Os alunos devem, de preferência, ocupar um lugar especí-
por respingos, jatos ou esguichos de água contendo materiais fico na bancada e mantê-lo fixo por todo o curso;
biológicos, as paredes devem ser impermeáveis para permitir
Os estudantes devem evitar conversas paralelas e circula-
a limpeza e descontaminação das mesmas. O mesmo deve
ção entre as bancadas para diminuir os riscos de contamina-
ser observado para as bancadas. Em muitos laboratórios é
ção;
comum a utilização de laminados plásticos impermeáveis
para proteção das bancadas. Deve ser levado em considera- Antes de iniciar os trabalhos, os auxiliares do laboratório
ção que todos os ambientes devem permitir o conforto do procederão à desinfecção da bancada utilizando algodão
laboratorista durante o trabalho, pois acidentes ocorrem com ortopédico embebido em soluções de álcool a 70% ou de
mais frequência em ambientes desconfortáveis. hipoclorito de sódio a 1000 ppm, ou outro agente, por um
período adequado;
Uma pia para lavagem das mãos e suportes para jalecos
devem ser previstos próximos à saída do laboratório. Se pos- Apesar de não trabalharmos com amostras clínicas ou mi-
sível, as torneiras devem ser acionadas sem o uso das mãos. crorganismos virulentos, convém considerar que todo material
O acesso ao laboratório deve ser restrito ao pessoal envolvido biológico é infeccioso;
com os trabalhos do mesmo. Todo experimento deve ser efetuado com o máximo de
Requerimentos laboratoriais adicionais de biossegurança cuidado e atenção;
devem ser atendidos para trabalhar com organismos do grupo Não é permitido fumar, beber ou comer no laboratório;
3.
Manter a bancada arrumada e colocar papéis no lixo;
O laboratório deve ser situado isolado das demais áreas
de trabalho do departamento e o acesso limitado a pessoas Não é permitido assistir aulas de chinelos, shorts ou cami-
autorizadas, que devem ter treinamento específico para a setas;
manipulação de organismos do grupo de risco 3; as portas Não é permitido aplicar cosméticos no laboratório, nem
devem ser trancadas e o laboratório deve ter pressão negati- mastigar lápis, canetas ou roer unhas, nem colocar os dedos
va, i.e., deve existir fluxo de ar do ambiente para o laboratório, na boca ou narinas;
quando em funcionamento; deve ser equipado com exausto-
res para evitar pressurização positiva; é preciso dotar o labo- Ao receber o material para a prática verificar se está devi-
ratório com painel de vidro transparente para que o laborato- damente íntegro, tubos tampados adequadamente, se não há
rista seja facilmente visto em caso de ocorrer acidente; o vazamentos;
laboratório deve possuir logotipo de identificação de risco Ao utilizar alças e agulhas de platina as mesmas devem
biológico e listagem para identificação das pessoas que po- ser esterilizadas por flambagem antes e após cada operação
dem utilizá-lo; o laboratório deve possuir todos os equipamen- efetuada com culturas microbianas;
tos e materiais necessários para as técnicas utilizadas (centrí-
fugas com fechamento hermético, incubadoras, e freezer); Colocar os instrumentos e materiais utilizados inclusive vi-
também devem ser previsto locais de armazenamento de draria, em recipientes apropriados existentes nas bancadas,
meios, reagentes e demais materiais necessários ao trabalho ao final do experimento;
de modo a evitar constante movimentação de entra e sai; uma Caso ocorra algum acidente comunicar imediatamente ao
cabine ou capela de biossegurança classe I ou III deve estar Professor Responsável que tomará as providências cabíveis;
disponível para operações com culturas ou espécimes, ou
amostras clínicas, durante a manipulação; o ar deve ser exau- Ao final dos experimentos envolvendo microscopia,
rido através de filtro HEPA para o meio exterior; o laboratório as objetivas devem ser limpas, o condensador deve ser
deve permitir o fechamento hermético de modo que possa ser deixado na posição original e o equipamento devidamen-
fumigado com gases microbicidas. O sistema de ventilação da te protegido;
sala de trabalho restrito do nível de segurança 3 deve apre- Os alunos devem trazer canetas tipo Pilot para identificar
sentar “design” de tal forma que ele não competirá com o devidamente os materiais utilizados na prática, facilitando o
fluxo de ar que cruza a parte frontal das cabines de seguran- reconhecimento posterior;
ça em uso na sala.
Não é permitido pipetar com a boca, em vez disso usar
7. NORMAS BÁSICAS A SEREM SEGUIDAS NO LA- pêras ou pipetadores apropriados;
BORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
Não tentar recapear agulhas;
Os alunos somente poderão assistir ou participar dos ex-
Ao final da aula prática envolvendo culturas microbianas,
perimentos práticos protegidos com avental apropriado (uso
obrigatório); lavar as mãos com sabão líquido contendo anti-sépticos e
enxugar com papel toalha;
Para aqueles alunos que apresentem problemas de
saúde recomendamos consultar o serviço médico da Após o término da aula, o aluno deverá retirar o jaleco e
universidade para orientação apropriada; acondicioná-lo apropriadamente, pois não será permitido que
o aluno circule pelas dependências do Instituto com o avental
Aos alunos que se apresentam gripados é recomen- utilizado na aula prática;
dável utilizar máscaras protetoras apropriadas, as quais
podem ser adquiridas em casas que comercializam pro- Após os trabalhos de laboratório, o recolhimento do mate-
dutos médicos ou de outra forma não participar direta- rial e o descarte das culturas são feitos por técnicos do labo-
mente dos experimentos; ratório.
8. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE MICRORGA-
Os alunos que apresentem soluções de continuidade (fe-
NISMOS E SOLUÇÕES TÓXICAS
rimentos ou cortes) na pele não devem participar diretamente
da prática; Os laboratoristas serão instruídos a trabalhar de forma se-
gura e asséptica, i.e., usarão jalecos, luvas descartáveis,
Os objetos pessoais, exceto aqueles utilizados em expe-
óculos e máscaras protetoras quando for o caso, efetuarão
rimento da prática, devem ser colocados bancada situada ao
regularmente limpeza, desinfecção das cabines e bancadas
com desinfetantes apropriados e na concentração correta

Conhecimentos Específicos 103 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(com segurança da presença do princípio ativo, concentração A biossegurança refere-se ao emprego do conhecimento
apropriada e dentro do prazo de validade); A segurança bio- das técnicas e dos equipamentos, com a finalidade de preve-
lógica das cabines deverá ser avaliada periodicamente de nir a exposição do profissional a agentes patogênicos.
acordo com instrução dos fabricantes; As operações envol-
Conscientizar o profissional de saúde da importância das
vendo pipetagem, homogeneização e centrifugação das cultu-
técnicas microbiológicas seguras e da incorporação das nor-
ras microbianas serão efetuadas de modo a evitar a contami-
mas de biossegurança ao seu trabalho diário, é fundamental
nação (assepsia apropriada) das mesmas, do experimento,
para manter a segurança dos que ali trabalham, estudam e
contaminação do ambiente (superfícies das bancadas e ar) e
pesquisam, além de garantir resultados precisos e de quali-
do laboratorista; Todas as operações envolvendo descarte
dade, pois todo trabalho, principalmente laboratorial, deve ser
e/ou disposição de materiais contaminados serão efetuadas
planejado e executado com segurança.
prevendo-se a correta desinfecção e/ou o acondicionamento
em recipientes apropriados. Em caso de derramamento aci- Introdução:
dental de culturas proceder-se-á à descontaminação apropri- Os laboratórios de microbiologia são ambientes em que as
ada (anti-sepsia, desinfecção ou esterilização quando for o atividades integradas, exigem a convivência de pessoas,
caso); As soluções anti-sépticas e desinfetantes estarão fácil agentes, amostras biológicas, equipamentos, reagentes e
e prontamente disponíveis para o caso da necessidade de resíduos num mesmo espaço, sendo inevitável a exposição
uso. das pessoas aos diferentes riscos, tais como agentes quími-
As autoclaves e estufas serão avaliadas periodicamente cos, físicos, biológicos e ergonômicos, sendo os riscos bioló-
com relação ao perfeito funcionamento, através do uso de gicos um dos principais geradores de periculosidade. As ativi-
indicadores físicos, químicos e biológicos; Os procedimentos dades realizadas nesses laboratórios necessitam empregar
de limpeza do laboratório envolverão uso de detergentes com as normas de segurança, pois uma vez que o fator humano é
panos úmidos descartáveis ou esterilizados em autoclave; susceptível aos acidentes, as práticas de biossegurança são
não serão utilizados procedimentos que envolvam movimen- indispensáveis (SANGIONI, ET AL, 2011).
tação de poeira ou formação de aerossóis, i.e., não será em- A biossegurança é definida como o conjunto de ações vol-
pregada limpeza a seco, exceto em circunstâncias especiais. tadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos
As formulações devem prever uso de substâncias com ati- inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, de-
vidade antimicrobiana; O uso de glutaraldeído (2%) será utili- senvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à
zado para a desinfecção química de materiais biológicos e saúde do homem, dos animais, à preservação do meio ambi-
contaminados; Para desinfecção do ar da capela e cabines de ente e à qualidade dos resultados (TEIXEIRA & VALLE,
segurança biológica será empregado formaldeído semanal- 2010).
mente; Os pisos e bancadas serão desinfetados com hipoclo- Cada laboratório deve desenvolver ou adotar um manual
rito a 1000ppm ou compostos fenólicos; de biossegurança ou de operações que identifique os riscos
Os materiais contaminados serão descontaminados com que podem ser encontrados e que especifique as práticas e
solução desinfetante, quando for o caso, ou, preferencialmen- os procedimentos específicos para minimizar ou eliminar as
o
te, autoclavados a 121 C por tempo mínimo de 30 minutos ou exposições aos perigos. Os funcionários devem receber in-
maior, de acordo com o tipo e carga microbiana. formações sobre os riscos, ler e seguir todas as praticas e os
procedimentos solicitados (Brasil., Ministério da Saúde, Se-
Os materiais plásticos descartáveis, géis, placas, pipetas,
cretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
papéis e membranas filtrantes, frascos contaminados serão
Epidemiológica, Biossegurança em Laboratórios Biomédicos
colocados em recipiente de plástico de biossegurança e auto-
e de Microbiologia 3ª edição, Brasília-DF, 2006).
clavados. Posteriormente, serão lacrados, acondicionados em
caixas de papelão apropriadas, lacradas e levadas para local A fonte de exposição está relacionada a procedimentos
apropriado onde serão coletadas por pessoal qualificado em com risco de ingestão, de inoculação, de contaminação da
caminhões especializados com lixo de risco biológico, que pele e/ou mucosas e de inalação de aerossóis. Numerosos
procederá a incineração. procedimentos em laboratórios geram aerossóis que podem
causar infecções quando inalados. (Departamento de Biome-
Os materiais reutilizáveis serão primeiramente desconta-
dicina, Universidade Católica de Goiás, Manual de Biossegu-
minados em autoclave e em seguida submetidos ao descarte
rança Laboratórios da Área Básica-LAB,2008)
dos resíduos em recipientes plásticos de segurança biológica,
após o que se fará a lavagem, detergência, enxágue, preparo Equipamentos de segurança: são considerados como bar-
e esterilização apropriada. Para a anti-sepsia das mãos far- reiras primárias de contenção e, juntamente com as boas
se-á uso de anti-sépticos, por ordem de preferência, do grupo práticas em laboratório, visam à proteção dos indivíduos e
dos iodóforos, clorexidina ou compostos fenólicos. dos próprios laboratórios, sendo classificados como equipa-
mentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC). (PENNA
As soluções químicas tóxicas, particularmente brometo de
et al., 2010).
etídio, nitrato de prata ou resíduos destas e outros metais
pesados, serão mantidos em recipientes individuais, hermeti- Os equipamentos de proteção individual (EPI) compreen-
camente fechados, devidamente identificados e o seu descar- dem as luvas,aventais, gorros, jalecos, botas, respiradores,
te será feito de acordo com recomendação da Comissão de escudo ou protetor facial, máscaras faciais, óculos de prote-
Recursos Ambientais do Governo do Estado da Bahia. ção, entre outros. Os equipamentos de proteção coletiva
(EPC) são capelas, cabines e chuveiros. (Universidade Fede-
BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE MICROBI-
ral de Santa Catarina, Departamento de Microbiologia e Para-
OLOGIA
sitologia, Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa, Ed-
mundo C. Grisard, 2009).
Resumo: A biossegurança em laboratórios de análises clínicas é
uma responsabilidade individual, sendo que seus gestores
Ambientes laboratoriais geralmente são locais que ofere-
devem garantir um local seguro para o exercício de todas as
cem riscos aos profissionais que neles exercem suas ativida-
atividades, uma vez que o problema não está nas tecnologias
des, uma vez que encontram-se sob risco de desenvolver
disponíveis para eliminar e minimizar os riscos e sim, no
doença por exposição a agentes infecciosos, radiação, pro-
comportamento inadequado dos profissionais. (Academia de
dutos químicos e tóxicos, entre outros.
Ciência e Tecnologia Biossegurança em Laboratórios de

Conhecimentos Específicos 104 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Análises Clínicas, Larissa Barbosa Zochio,São José do Rio associados a uma patologia humana de gravidade variável.
Preto, 2009) Com boas técnicas de microbiologia, esses agentes podem
ser usados de maneira segura em atividades conduzidas
Equipamento de Proteção Individual (EPI)
sobre uma bancada aberta, uma vez que o potencial para a
EPI e EPC correspondem a todo dispositivo ou produto, produção de borrifos e aerossóis é baixo, (Espécies
de uso individual/coletivo utilizado pelo trabalhador, destinado de Salmonella (exceto S. typhi), E. colipatogênicas, Proteus,
à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a Staphylococcus, Streptococcus, Neisseria, Listeria, dentre
saúde no trabalho. (NR6 – Legislação MTE). outros). (Brasil., Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância
Os equipamentos de segurança são barreiras primárias de em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica, Bios-
contenção, visando proteger o trabalhador e o ambiente labo- segurança em Laboratórios Biomédicos e de Microbiologia 3ª
ratorial. Alguns aspectos são relevantes aos profissionais de edição, Brasília-DF, 2006).
saúde: Equipamento de Proteção Individual (EPIs) luvas, Nível de Biossegurança 3:
avental, máscara, macacão, óculos, sapato fechado, botas,
As praticas, os equipamentos de segurança, o planeja-
além de realizar limpeza, desinfecção e esterilização de mate-
mento e a construção das dependências são aplicáveis para
riais e ambiente. (Biossegurança em Laboratórios Biomédicos
laboratórios clínicos, de diagnósticos, laboratórios escola, de
e de Microbiologia, I Seminário de Boas Práticas de Laborató-
pesquisa ou de produções. Nesses locais, realiza-se o traba-
rio- FCM, 2012)
lho com agentes nativos ou exóticos que possuam um poten-
Equipamento de Proteção Individual (EPI) cial de transmissão via respiratória e que podem causar infec-
EPI e EPC correspondem a todo dispositivo ou produto, ções seria se potencialmente fatais. O Mycobacterium tuber-
de uso individual/coletivo utilizado pelo trabalhador, destinado culosis, o vírus da encefalite de St. Louis e a Coxiella burneti-
à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a i são exemplos de microorganismos determinados para esse
saúde no trabalho. (NR6 – Legislação MTE). nível. (Silva et al, 2010).

Os equipamentos de segurança são barreiras primárias de Nível de Biossegurança 4:


contenção, visando proteger o trabalhador e o ambiente labo- As práticas, os equipamentos de segurança, o planeja-
ratorial. Alguns aspectos são relevantes aos profissionais de mento e a construção das dependências são aplicáveis para
saúde: Equipamento de Proteção Individual (EPIs) luvas, trabalhos que envolvam agentes exóticos perigosos, que
avental, máscara, macacão, óculos, sapato fechado, botas, representam alto risco por provocarem doenças. Esses agen-
além de realizar limpeza, desinfecção e esterilização de mate- tes podem ser transmitidos via aerossóis, são microrganismos
riais e ambiente. (Biossegurança em Laboratórios Biomédicos que causam doenças humanas severas e apresentam risco
e de Microbiologia, I Seminário de Boas Práticas de Laborató- elevado para os laboratoristas e para a população em geral.
rio- FCM, 2012) Eles são agentes altamente infecciosos que se propagam
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) facilmente, podendo causar a morte das pessoas infecta-
das, os vírus como os de Marburg ou da febre hemorrágica
São equipamentos de proteção usados coletivamente, que Crimeia-Congo, são manipulados no nível de biosseguranca
também tem a finalidade de evitar acidentes em ambientes 4. (Manual de Biossegurança FUNCESI, Lopes e Nogueira,
laboratoriais, tais como: Cabines, capelas e chuveiros. (Costa 2011)
e Costa, 2012)
Vias de Transmissão de Patógenos em Laboratórios
Níveis de Biossegurança: de Microbiologia:
Os quatro níveis de biossegurança (NB) consistem em Transmissão oral: os agentes infecciosos são transmiti-
combinações de praticas e técnicas de laboratório, equipa- dos por via oral, principalmente quando microrganismos pato-
mentos de segurança e instalações do laboratório. Cada gênicos são isolados em culturas puras e atingem populações
combinação é especificamente adequada para operações elevadas. Esta é uma das razões pelas quais não se deve
realizadas, vias de transmissões documentadas ou suspeitas pipetar com a boca, comer, beber, mascar chicletes, levar a
de agentes infecciosos e funcionamento ou atividade do labo- mão ou objetos como caneta ou lápis à boca ou fumar no
ratório. Os níveis de biossegurança recomendados para os laboratório. (Departamento de Biomedicina, Universidade
organismos representam as condições nas quais o agente Católica de Goiás, Manual de Biossegurança Laboratórios da
pode ser manuseado com segurança. (Brasil., Ministério da Área Básica-LAB, 2008)
Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância Epidemiológica, Biossegurança em Laboratórios Transmissão aérea: os microrganismos são transmitidos
Biomédicos e de Microbiologia 3ª edição, Brasília-DF, 2006). através da inalação de aerossóis contendo os agentes infec-
ciosos. (Costa e Costa, 2012)
Nível de Biossegurança 1:
Transmissão cutânea ou parenteral: Esta transmissão
As praticas, os equipamentos de segurança e o projeto ocorre através da pele, pela injeção acidental de espécimes
das instalações são apropriados para o treinamento educa- ou culturas microbianas com agulhas ou quando ocorrem
cional secundário ou para o treinamento de técnicos e de acidentes com materiais cortantes. (Brasil., Ministério da Saú-
professores de técnicas laboratoriais. Esse conjunto também de, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
é utilizado em outros laboratórios onde é realizado o trabalho Vigilância Epidemiológica, Biossegurança em Laboratórios
com cepas definidas e caracterizadas de microorganismos Biomédicos e de Microbiologia 3ª edição, Brasília-DF, 2006).
viáveis, conhecidos por não causarem doenças em homens Transmissão ocular: Os organismos podem ser transmi-
adultos e sadios (Bacillus subtilis, o Naegleria gruberi, o vírus tidos através da superfície da mucosa ocular através de gotí-
da hepatite canina infecciosa, Lactobacillus, Lactococcus, culas ou respingos de culturas que atinjam os olhos. (Agência
Saccharomyces, Bacillus polymyxa, cepas não patogênicas Nacional de Vigilância Sanitária, Segurança e Controle de
de E. coli, dentre outros). (Silva et al, 2010) Qualidade no Laboratório de Microbiologia Clínica).
Nível de Biossegurança 2: Conclusão:
As praticas, os equipamentos, a planta e a construção das As atividades de ensino, pesquisa e extensão praticadas
instalações são aplicáveis aos laboratórios clínicos, de diag- nos laboratórios de ensino de microbiologia, apresentam
nostico, laboratorios-escola e outros laboratórios nativos de inúmeros riscos. Esse fato necessita de normas de segurança
risco moderado, presentes na comunidade e que estejam destinadas à análise e desenvolvimento de estratégias para

Conhecimentos Específicos 105 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
minimizá-los, normas estas que estão disponíveis, porém a Algumas anomalias encontradas nas propriedades físicas
dificuldade é a conscientização dos profissionais em aplicá- da água são explicadas pela presença de moléculas associa-
las quanto ao transporte, conservação e manipulação de das. Assim, o ponto de ebulição da água, em comparação
microrganismos patogênicos. com o dos compostos de estruturas semelhantes, é bem mais
elevado. A explicação para esse fato é a seguinte: para que a
As pessoas que trabalham no laboratório devem entender
água entre em ebulição é preciso ceder energia para vencer
todos os procedimentos, funcionamento dos equipamentos e
as forças de atração intermoleculares (forças de Van der
instalações, assim como devem saber da natureza dos agen-
Waals) existentes entre todas as moléculas conhecidas, e
tes infecciosos ou emissores de radiações que são manipula-
também responsáveis pela associação das moléculas de
dos e as consequências da sua realização errônea, displicen-
água, as pontes de hidrogênio.
te e irresponsável. Thially
Propriedades químicas. Nas transformações químicas, a
água pode funcionar, principalmente, como solvente e como
reagente. A ação solvente é considerada como um processo
físico, através do qual a água solubiliza os reagentes, permi-
QUALIDADE DA ÁGUA EM LABORATÓRIOS: TIPOS DE
tindo um contato mais íntimo entre eles e acelerando as rea-
ÁGUA REAGENTE UTILIZADOS EM LABORATÓRIO; MÉ-
ções entre compostos sólidos e gasosos. Isso se dá graças a
TODOS DE PURIFICAÇÃO DA ÁGUA: IONIZAÇÃO, DES-
sua elevada constante dielétrica e à tendência de suas molé-
TILAÇÃO, CARVÃO ATIVADO, FILTRAÇÃO, OSMOSE
culas a se combinarem com íons dos reagentes previamente
REVERSA.
solubilizados, formando íons hidratados.
Água A constante dielétrica da água, na temperatura ambiente,
A formação das primeiras moléculas orgânicas ocorreu é de oitenta, isto é, duas cargas elétricas do mesmo módulo e
nas águas litorâneas dos oceanos primitivos. Nessa solução sinal repelem-se, dentro d'água, com uma força oitenta vezes
começaram a surgir os seres vivos, que nela encontraram os menor do que o fariam se estivessem no ar. Esse fato é expli-
nutrientes necessários ao seu crescimento e evolução. cado pelo modelo dipolar: no interior de um campo elétrico, as
moléculas de água, de caráter polar, orientam-se alinhando
A água é um líquido inodoro, incolor e insípido, imprescin- seu centro positivo na direção da porção negativa do campo e
dível para o desenvolvimento dos processos vitais de todos seu centro negativo na direção positiva. Assim, parte do cam-
os seres vivos. Uma prova disso é o fato de que aproximada- po elétrico inicial é neutralizado, tornando-se fraco.
mente setenta por cento do peso do corpo humano é constitu-
ído de água. Desse modo, os íons dos cristais em meio aquoso podem
separar-se do cristal muito mais facilmente que no ar, pois a
Composição e estrutura. A água, substância de fórmula força de atração eletrostática é oitenta vezes menor. Por essa
química H2O, compõe-se de dois átomos de hidrogênio e um razão, as soluções aquosas são consideradas boas conduto-
de oxigênio, dispostos nos vértices de um triângulo isósceles. ras de eletricidade. Por outro lado, cada íon negativo, quando
A ligação entre cada átomo de oxigênio e os átomos vizinhos em solução aquosa, atrai as extremidades positivas das mo-
tem caráter parcialmente covalente, de forma que o átomo de léculas de água vizinhas, o mesmo acontecendo com os íons
oxigênio divide um par de elétrons com cada um dos átomos positivos em relação às extremidades negativas. Isso faz com
de hidrogênio. que os íons fiquem como que recobertos por uma camada de
A localização desses pares de elétrons, no entanto, não é moléculas de água solidamente ligadas a eles, o que confere
equidistante em relação aos dois átomos que formam a liga- grande estabilidade à solução, sendo esse fenômeno conhe-
ção covalente. Como o oxigênio tem maior afinidade por elé- cido como hidratação dos íons.
trons, isto é, eletronegatividade mais elevada, estes se encon- Água e geologia. Na atmosfera, a água se apresenta na
tram mais próximos do átomo de oxigênio, gerando uma car- forma de vapor, que pode sofrer condensação, precipitando-
ga negativa no vértice do triângulo ocupado por ele. Conse- se como chuva, neve ou granizo, de acordo com as condições
quentemente, nos vértices ocupados pelos átomos de hidro- climatológicas presentes. Uma vez em contato com o solo, a
gênio surge uma carga positiva. Por essa razão, diz-se que a água pode fluir, constituindo as chamadas águas superficiais,
molécula da água tem caráter polar, já que apresenta uma ou se infiltrar na terra, formando as correntes subterrâneas.
distribuição desigual de cargas na sua estrutura. As águas superficiais, por sua vez, através da ação do calor,
As moléculas de água, quando nos estados líquido ou só- evaporam e voltam à atmosfera, de onde o ciclo se reinicia.
lido, tendem a associar-se através de ligações denominadas A evolução subterrânea da água depende fortemente das
pontes de hidrogênio -- quando um átomo de hidrogênio liga- características geológicas do terreno. Ao atravessar uma
do a um átomo eletronegativo forma uma ponte para um outro camada de areia, por exemplo, seu movimento é muito lento,
átomo eletronegativo. Embora de intensidade inferior à das ao passo que, ao passar por uma zona de rochas calcárias,
ligações covalentes ou iônicas puras, esse tipo de ligação é facilmente solúveis, forma correntes muito velozes, estabele-
suficientemente forte para influenciar decisivamente as pro- cendo uma rede fluvial subterrânea. Em alguns casos, a água
priedades físicas e químicas da água. subterrânea pode ficar aprisionada entre duas camadas de
Propriedades físicas. A água pura é insípida, inodora e rochas impermeáveis. Se essas camadas ou estratos afloram
praticamente incolor, apresentando, em grandes volumes, para a superfície, forma-se o que é chamado de fonte ou
coloração ligeiramente azulada. Seu ponto de fusão é 0°C e manancial. Quando isso não ocorre, a massa de água fica
de ebulição, 100° C, à pressão de uma atmosfera. A densida- retida na parte inferior do vale que é formado pelas rochas
de da água varia com a temperatura, sendo seu valor máximo impermeáveis. Esse tipo de estrutura geológica é muito utili-
igual a aproximadamente 1,0 g/cm3, a 4°C. Além disso, ob- zado pelo homem para a construção de poços artesianos.
serva-se que a água, ao congelar-se, sofre uma redução da A água é o principal agente geológico causador da erosão
densidade e, consequentemente, uma expansão de volume. ou desgaste das rochas e do transporte de materiais. Quando
Por esse motivo, o gelo -- água sólida -- flutua na água líqui- a concentração dos compostos químicos dissolvidos nas
da. Essa característica permite que, no inverno, a água do águas naturais alcança um determinado valor, elas passam a
fundo dos rios e lagos dos países frios continue líquida, en- chamar-se águas minerais. Se essas impurezas são constitu-
quanto a superfície recobre-se com uma camada de gelo, ídas de sais de cálcio e magnésio, a água se denomina água
permitindo que peixes e outros seres sobrevivam nessas dura. A dureza é temporária quando os sais são bicarbonatos
condições. e permanente quando o cálcio e o magnésio apresentam-se

Conhecimentos Específicos 106 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
na forma de outros sais. Além de impedir que o sabão faça São características importantes das águas minerais: com-
espuma esses sais provocam outros inconvenientes. A água posição, temperatura, radioatividade e tonicidade. A classifi-
dura pode ser amolecida pelo tratamento com água de cal. cação dos diversos tipos é bastante complexa, mas em linhas
gerais, há dois tipos básicos: (1) água de dominante simples
Água e os seres vivos. As principais funções da água nos
(um princípio químico em proporção muito maior) como as de
organismos vivos relacionam-se ao transporte das substân-
Caxambu, São Lourenço, Lambari, Cambuquira (carbogaso-
cias reguladoras dos processos vitais e à manutenção das
sas); as de Prata, Salutaris, Boa Vista
estruturas celulares dos tecidos. Dez por cento da água conti-
da no corpo humano se encontra no sangue; vinte por cento (bicarbonatadas); as de Vichy e Vals, na França, as de
se localizam nos interstícios celulares; e os setenta por cento Caldas de Cipó, Muriçoca, Mosquete e Fervente (cloretadas);
restantes ocupam o interior das células. e (2) águas de dominante complexa (com mais de um princí-
pio químico em proporção maior) como as de Brejo de Frei-
As membranas celulares são permeáveis à passagem da
tas, Pajé, Iraí, Prado (bicarbonato-cloretadas); as de Poços de
água, uma vez que é necessário manter as concentrações
Caldas, Pocinhos, Araxá, Patrocínio, Chapecó (sulfurosas); as
dos sais dissolvidos em equilíbrio no interior e no exterior da
ferruginosas de Lambari, Cambuquira, Caxambu, São Lou-
célula. Isso se consegue através da regulagem da quantidade
renço e outras.
de água que entra e sai do corpo. Quando o nível de água no
interior das células diminui, os receptores cerebrais localiza- A temperatura depende da natureza e da profundidade do
dos no hipotálamo detectam essa variação e ordenam, por veio original. Considera-se termal toda água cuja temperatura
meio de impulsos nervosos, a redução da eliminação da água é pelo menos 5o C superior à temperatura ambiente. Algumas
pelos rins e da secreção salivar o que, por sua vez, causa vezes a temperatura atinge 44o C ou mesmo mais. A água é
secura bucal e sensação de sede. então chamada hipertermal. Esse é o caso das águas de
Caldas de Piratininga e Caldas Novas, em Goiás. Utilizadas
As plantas utilizam a água para transportar, das raízes até
em banhos, as águas termais têm efeito comprovado nas
as folhas, as diferentes substâncias necessárias às suas
dermatoses, artrites, reumatismos etc. Bebidas, têm efeito
funções vitais. Essa água de transporte constitui cerca de
positivo na remoção de mucosidades, na estimulação gástri-
75% do peso da planta e é eliminada nas folhas, através do
ca, hepática e pancreática. ©Encyclopaedia Britannica do
processo de transpiração.
Brasil Publicações Ltda.
Água pesada. Utilizada como moderadora de nêutrons em
QUALIDADE NO LABORATÓRIO
reatores nucleares, a água pesada foi isolada pela primeira
vez por Harold C. Urey, em 1931, através da eletrólise de Água purificada é fundamental para a realização de pro-
uma solução de água e hidróxido de sódio. Com uma estrutu- cedimentos laboratoriais, contribuindo para obter resultados
ra molecular semelhante à da água comum, a água pesada precisos
apresenta, em sua composição, dois átomos de deutério, --
por Cledson Lino Burlin e Fernando Albertão
um isótopo estável do hidrogênio com peso molecular duas
vezes superior (P.M.= 2,0 g/mol) -- e um átomo de oxigênio.
A água comum contém cerca de um átomo de deutério pa-
ra cada 6.760 átomos de hidrogênio. Quando submetida ao
processo de eletrólise, a água libera no catodo, de preferên-
cia, moléculas de hidrogênio, e a solução fica assim enrique-
cida em deutério. A redução adequada do volume dessa solu-
ção produz óxido de deutério quase puro.
Essa operação, utilizada em larga escala até 1943, foi
substituída por processos mais baratos, como, por exemplo, a
destilação fracionada. Nesta última, a separação entre as
duas substâncias se dá através da concentração, na fase
líquida, da água pesada, graças a sua alta volatilidade em
relação à da água comum. Embora essas duas substâncias
não apresentem nenhuma diferença de comportamento quí-
mico, há grande diferença fisiológica entre ambas. Assim
sendo, não se deve utilizar a água pesada para beber ou
preparar alimentos.
Além de sua utilização em usinas geradoras de energia
nuclear, a água pesada é largamente aplicada, em laborató-
rio, como elemento traçador nos estudos das reações quími-
cas e bioquímicas.
Água oxigenada. Composto químico cuja molécula é for- Existem duas significativas razões que determinam a im-
mada por dois átomos de hidrogênio ligados a dois átomos de portância do uso da água em laboratórios clínicos: necessida-
oxigênio (H202). Líquido incolor, de densidade 1,47g/cm3, de de atender às exigências estipuladas pelas normas que
ponto de fusão -0,43o C e de ebulição 151o C, é poderoso regem o mercado (por exemplo: CLSI™ – Clinical and Labo-
oxidante, e age intensamente sobre as substâncias orgânicas. ratory Standards Institute™) e químicas sensíveis à qualidade
Empregada como antisséptico e descolorante de cabelos, da água. A norma CLSI foi criada para assegurar os níveis
entre outros usos, a água oxigenada comercial contém algu- básicos de uso da qualidade da água para que os procedi-
ma quantidade de estabilizante para evitar sua decomposi- mentos químicos clínicos possam ser executados com segu-
ção. rança.
Água mineral. Assim se denomina a água natural que se Fica claro que a água a ser utilizada em laboratórios deve
afasta de tal modo da média das águas potáveis de uso co- ser purificada para que não produza interferências nos testes
mum que pode ser usada com fins terapêuticos ou como água e ensaios. Vários são os processos de purificação que estão
de mesa naturalmente gasosa. disponíveis para utilização em laboratórios.

Conhecimentos Específicos 107 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Requisitos de qualidade da água para Laboratórios - bactérias que liberam enzimas e íons cujo comportamen-
Clínicos to é similar às dosagens enzimáticas;
Muitos laboratórios clínicos do Brasil seguem as especifi- - íons, onde alguns são utilizados como cofatores (exem-
cações de algumas agências regulamentadoras que definem plo: Mg, Zn) enquanto outros são utilizados como inibidores
os requisitos para o controle de qualidade e utilização da (exemplo: Cd, Pb);
água reagente. Dentre os órgãos que definem a qualidade da
- altas concentrações de orgânicos, como ácidos carboxí-
água para laboratórios estão o National Commitee for Clinical
licos. Algumas enzimas interferem no processo de ligação,
Laboratory Standards (NCCLS, atual Clinical and Laboratory
ativando posições e formas complexas através de cofatores
Standards Institute [CLSI], American Society for Testing Mate-
metálicos.
rials [ASTM] e o College of American Pathologists [CAP]).
Estas entidades classificam quatro tipos de água reagente Esses processos requerem qualidade de água com as se-
que são selecionadas pelos profissionais dos laboratórios guintes características:
clínicos de acordo com as necessidades dos ensaios, definin- - baixa contagem de bactérias;
do então o tipo de água, especificações, métodos de obten-
ção e os controles de qualidade que devem ser realizados - baixa concentração iônica (alta resistividade);
para manter a integridade da água que será utilizada. - baixo nível de Carbono Orgânico Total (TOC).
De acordo com o documento C3-A3 do então NCCLS16, a Análises Imunológicas
água reagente é classificada em:
Uma das áreas da Imunoquímica fornece informações crí-
• Água reagente Tipo I: água com a melhor qualidade, i- ticas através de diversos marcadores biológicos e indicadores
deal para métodos de análise que requeiram mínima interfe- de doenças específicas como as cardiológicas e tireoidianas.
rência e máxima precisão e exatidão (ex: dosagem de ele-
mentos e metais pesados, espectrometria, absorção atômica, Algumas fontes interferem nesse processo:
procedimentos enzimáticos, eletroforese, cromatografia líqui- - alta concentração de orgânicos, onde os orgânicos exer-
da de alta performance (HPLC), preparo de solução-padrão e cem forte interferência em processos e em enzimas inibido-
tampão, processos que requerem baixa carga microbiana). ras;
Deve ser utilizada no momento em que é produzida, ou no
mesmo dia da coleta, não podendo ser estocada. - íons, onde alguns são utilizados como cofatores (exem-
plo: Mg, Zn) enquanto outros são utilizados como inibidores
• Água reagente Tipo III: utilizada em procedimentos que (exemplo:
requerem a remoção de contaminantes específicos, como
endotoxinas, substâncias orgânicas ou outros não especifica- Cd, Pb);
dos, como parâmetros obrigatórios para os demais tipos de - outras fontes são provenientes de bactérias específicas
água. que metabolizam enzimas específicas, que se encontram
O órgão regulamentador mais comumente seguido no presentes em soluções imunológicas como exemplo: alcalina
Brasil é o CLSI/NCCLS, que define os parâmetros para a phosphatase e oxidase de aminoácidos.
classificação dos tipos de água citados, sendo que cada um Esses processos requerem qualidade da água com:
deles deve atender as especificações para cada tipo de água.
- baixa contagem de bactérias
Deve ser notado também que existem alguns outros re-
quisitos básicos de qualidade da água para laboratórios clíni- - baixa concentração iônica (alta resistividade)
cos: - baixo nível de TOC.
- Remoção de particulados, que podem obstruir agulhas Análise de Toxicologia e Processos TDM
ou manifolds e interferir em determinados processos.
Toxicologia e os processos TDM podem ser executados
- Verificação dos níveis de sílica para prevenir a formação usando-se dois métodos principais de análise: de imuno e
de depósitos nas agulhas que podem modificar os volumes cromatografia. As exigências da qualidade de água são simi-
dispensados. lares aos critérios descritos previamente. Para Cromatografia
- Redução dos níveis de orgânicos e de moléculas polia- Líquida e métodos de Espectrofotometria de massa, a exi-
romáticas como ácidos húmicos e fúlvicos, que possuem um gência principal é apresentar baixos níveis de orgânicos (tipi-
alto nível de absorção ultravioleta e propriedades fluorescen- camente TOC menor que 5 ppb). Para o uso de HPLC, os
tes. orgânicos podem impactar na vida das colunas, causando
interferência do fundo e criando picos fantasmas.
Análises Químicas, Eletrolíticas e de Lipídeos e Prote-
ínas Análises de Traços

As análises químicas, eletrolíticas e de lipídeos e proteí- Diversos metais de transição (exemplo: Cr, Mn, Mb, Co) e
nas procuram mensurar cargas de íons (exemplo: Ca, K, Na, metais pesados (exemplo: Pb e Hg) são considerados tóxicos.
Cl) e moléculas bio-orgânicas (exemplo: glicose, aminoácidos, O nível de outros elementos, tais como o selênio ou o iodide,
lipídeos, entre outros). é muito crítico à saúde. Assim, relatar dados exatos é particu-
larmente importante. Os métodos utilizados incluem a absor-
As fontes de interferência dessas análises são: íons na ção atômica e o ICP-MS.
água de alimentação e bactérias que liberam íons e molécu-
las bio-orgânicas. A qualidade da água requerida para essas As fontes que interferem nesses processos incluem:
análises deve possuir baixa concentração iônica (alta resisti- • íons, por serem elementos dosados; e
vidade) e baixa contagem de bactérias
• bactérias que liberam íons.
Análises Enzimáticas
Essas análises têm como propósito medir a presença e a-
tividade de diversas enzimas envolvidas nos processos bio-
químicos.
As fontes que interferem nesse processo de análise inclu-
em:

Conhecimentos Específicos 108 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mente, pode ser benéfico monitorar o nível de sílica em

Esses processos requerem qualidade de água com:


•baixíssima concentração iônica (18,2 Ω•cm de resistivi-
dade);
• baixa contagem de bactérias.
Ainda consideradas técnicas emergentes, esses métodos
da Biologia Molecular provaram ser muito valiosos para a
identificação e o reconhecimento genético da doença. No
geral, as exigências que se aplicam à água no campo de
genoma também se aplicam à água utilizada pelos laborató- uma base definida.
rios clínicos que executam esse tipo de procedimento. As Tecnologias de Purificação
fontes que interferem nesses processos incluem:
Uma combinação de tecnologias é utilizada em laborató-
• íons como fosfato e muitos bivalentes que se ligam com rios clínicos. Esta técnica reduz os níveis de contaminantes e
ácidos nucléicos, os quais interferem em análises protéicas; assegura que a água que alimentará o analisador clínico seja
• ácidos orgânicos, especialmente carboxílicos e fosfóri- de qualidade constante.
cos, que também interferem nesses tipos de análise; Existem quatro tipos principais de contaminantes na água
• RNA e DNA; de alimentação que entram no sistema de tratamento de á-
gua, cuja remoção é de fundamental importância para preser-
• nucleases que degradam as moléculas de DNA e RNA var a vida útil dos aparelhos, bem como dos filtros e não so-
analisadas; brecarregar o sistema. Os principais contaminantes existentes
• bactérias heterotróficas que metabolizam todos esses na água de alimentação são:
elementos. • Contaminantes Particulados: formados por substân-
Esses procedimentos requerem qualidade da água com: cias orgânicas e inorgânicas insolúveis e suspensas na água.
Tem origem na própria fonte de água, devido a resíduos libe-
• baixo nível de íons (18.2 Ω•cm de resistividade); rados do metal da tubulação, lama, poeira, sílica, material
• baixa contagem de bactérias; orgânico e mineral, podendo formar partículas em suspensão
e entupir filtros, válvulas e membranas, além de auxiliar no
• baixo nível de TOC;
processo de formação de biofilmes;
• água livre de endotoxinas (utilizar ultrafiltração no pro- • Contaminantes Inorgânicos dissolvidos:formados por
cesso de purificação).
íons como cálcio, magnésio, ferro, cloretos, fosfatos além de
Após ter revisto vários testes e suas sensibilidades aos metais pesados, gases como CO2 e silicatos;
contaminantes, está claro que os íons e bactérias devem ser • Contaminantes Orgânicos dissolvidos: têm origem na
mantidos nos mais baixos níveis para a maioria dos procedi-
natureza, decorrentes na degradação vegetativa, pesticidas,
mentos executados em laboratórios clínicos. Isto está em total
solventes, compostos orgânicos e resíduos de tecidos ani-
acordo com as recomendações da norma CLSI (resistividade
mais e vegetais. O carbono orgânico é utilizado pelas bacté-
> 10 MΩ•cm, bactéria < 10 ufc/ml para Clinical Laboratory
rias heterotróficas para a produção de novos materiais celula-
Reagent Water – CLRW).
res e como fonte de energia.
Para laboratórios que escolhem trabalhar com água de ins-
A maior parte do carbono orgânico na água de alimenta-
trumentação (Instrument Feed Water - IFW), cujas especifica-
ção origina-se de vegetais degradados que caem nos leitos
ções diferem daquelas da CLRW, é altamente recomendado
dos rios e passam para o sistema de abastecimento público.
monitorar a contagem bacteriana, de acordo com as especifi-
cações aceitas no mercado. Alguns contaminantes, como Estes compostos podem incluir ácidos fúlvicos, carboidra-
orgânicos e bactérias, também podem ser considerados po- tos polimétricos, proteínas e ácidos carboxílicos.
tenciais problemas para diversas análises de rotina. Quando • Contaminação Microbiológica: a água contém grande
recomendado pela norma CLSI, nível de orgânicos (TOC) quantidade de microorganismos que podem aderir nos recipi-
menor que 500 ppb, é aconselhável diminuir o TOC a níveis entes de armazenamento e resinas de troca iônica ou carvão
mais baixos para a maioria dos procedimentos. Em algumas ativado, tornando difícil sua remoção e levando à contamina-
especialidades químicas (toxicologia, teste molecular), os ção.
instrumentos e as tecnologias utilizadas requerem níveis
muito baixos de TOC (< 5 a 10 ppb). A concentração de sílica A descrição dessas técnicas e regras de purificação são:
deve ser considerada um impacto a longo prazo. Adicional-

Conhecimentos Específicos 109 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
método eficiente de remoção de contaminantes iônicos, atra-
vés de uma corrente elétrica que regenera continuamente as
resinas de troca iônica, estendendo seu tempo de vida útil;
•Armazenamento: A escolha da combinação correta de
tecnologias de purificação de água é o primeiro passo para a
garantia de qualidade constante da água. Entretanto, o arma-
zenamento da água produzida é determinante para o sucesso
dos experimentos no laboratório.
De modo geral, se armazenada adequadamente, a água
pode manter suas características de qualidade por um perío-
do de tempo. O correto armazenamento da água obtida a
partir de tecnologias complexas também minimiza a reconta-
minação que representam custo ao laboratório, nada adianta
utilizar boas tecnologias e armazenar a água inadequadamen-
te, gerando prejuízo. Os reservatórios mais adequados ao
armazenamento devem possuir algumas características que
• Filtro de Profundidade: Utilizado com o objetivo de re- visam minimizar a recontaminação, tais como:
ter partículas suspensas e microorganismos. O tamanho das
partículas removidas vai depender do diâmetro dos poros do - Material limpo, com o mínimo possível de extraíveis – uti-
filtro escolhido. Para o melhor dimensionamento da bateria de lizam-se polímeros com alta pureza como o polietileno e o
filtros a ser utilizado, a Millipore realiza o teste de SDI (Silt polipropileno;
Density Index), que determina o índice de partículas presen- - Distribuição homogênea do material, o que garante su-
tes na água a ser pré-filtrada; perfície interna mais lisa, minimizando a formação de biofilme;
• Filtro de Carvão Ativado: Utilizado principalmente para - Transbordo sanitário para que durante a saída de água,
remoção do cloro livre dosado na água potável, e para remo- o ar seja admitido pelo filtro de proteção;
ção de materiais orgânicos provenientes da degradação vege-
- Reservatórios Cilíndricos com Fundo Cônico, que garan-
tativa;
te superfície de contato minimizada, sem cantos e 100% es-
• Osmose Reversa (RO): Remove até 99% dos orgâni- gotável.
cos, partículas, microorganismos e cerca de 95% dos conta- Além destes cuidados, recomenda-se a utilização de lâmpada
minantes inorgânicos. A membrana de Osmose Reversa UV no reservatório, a fim de minimizar a contaminação micro-
separa a solução concentrada, contendo contaminantes, de biológica.
uma solução diluída (água purificada). A aplicação de pressão
•Ultra-Purificação: Nesse estágio do processo de purifi-
hidráulica força a solução concentrada a atravessar a mem-
cação, a água é armazenada temporariamente em um reser-
brana semipermeável, resultando na retenção dos contami-
vatório e dependendo da análise, do analisador clínico e do
nantes. A Osmose Reversa é um eficiente pré-tratamento
laboratório, pode ser utilizada diretamente para alimentar o
antes da Eletrodeionização;
analisador e também submetida a um processo de purificação
• Eletrodeionização (EDI): Tecnologia desenvolvida e pa- complementar (Ion Exchange Resins – IEX), o qual remove os
tenteada pela Millipore. Avançado sistema que utiliza um íons a um nível muito baixo.

•Filtro Bacteriológico: O controle bacteriológico pode ser analisador. Entretanto, deve-se notar que as soluções que
feito por membrana filtrante (0.22 µ) ou lâmpada UV. Nor- empregam a tecnologia EDI permitem a redução significativa
malmente, a membrana filtrante é colocada na saída do purifi- dos custos operacionais, pois o módulo EDI proporciona ní-
cador para prevenir a liberação de bactérias provenientes do veis de resistividade elevados com menor necessidade de
sistema de purificação. uso da resina IEX.
Para algumas especialidades químicas, tais como toxicologia
A figura acima ilustra a combinação de tecnologias utiliza-
e análises de ácidos nucléicos, outras tecnologias de purifica-
das para realizar o completo processo de purificação da água.
ção estão disponíveis. Sistemas específicos de purificação
Algumas combinações de tecnologias podem ser [RO + IEX +
podem combinar IEX, carvão ativado, Ultrafiltração (UF) e
filtro 0.22 µ], [RO + EDI + filtro 0.22 µ], e [RO + EDI + IEX +
Fotoxidação (UV 185/254), para atender esses tipos de análi-
filtro 0.22 µ]. Como mencionado anteriormente, IEX pode ser
ses.
um opcional de filtração e diversos analisadores clínicos têm
sido equipados com sistemas de purificação que não incluem Processo de Controle de Qualidade
a tecnologia EDI.
O Controle de Qualidade assegura a qualidade num pro-
A escolha da tecnologia de purificação depende da quali- cesso de purificação de água. Ele é utilizado para monitorar
dade da água necessária e do volume de água solicitado pelo os proessos analíticos e prevenir o erro de resultados no

Conhecimentos Específicos 110 A Opção Certa Para a Sua Realização


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diagnóstico dos pacientes. Alguns fatores pré-analíticos (pre- de ferro ou de manganês, o que torna esta água
paração, coleta da amostra), são difíceis de monitorar, pois especialmente agradável para beber e cozinhar. Se as
ocorrem fora do laboratório. Alguns fatores analíticos podem dosagens dos elementos químicos forem excessivas para o
ser controlados e otimizados para reduzir o número de falhas consumo humano elas podem requerer algum tipo de
e retrabalhos nos resultados. tratamento especial.
A água é considerada o mais importante reagente quími- Água de lagos e reservatórios elevados - localizados na
co. A qualidade da água pode ser monitorada por outras vari- superfície terrestre, em áreas elevadas, onde são restritas as
áveis como calibração dos instrumentos analíticos, bem como possibilidades de contaminação, se forem devidamente
de outras formas. protegidas.
A manutenção preventiva no sistema de purificação de Águas de rios, canais e reservatórios de planície - na
água e a regularidade com a norma CLSI são meios utilizados superfície terrestre, em áreas mais baixas, onde são maiores
para minimizar problemas nas análises. Não se deve utilizar as possibilidades de poluição ou decontaminação. Nesses
água com baixa qualidade para alimentação dos analisadores casos o tratamento, numa Estação de Tratamento de
clínicos, especialmente em termos de contagem microbiológi- Água pode ficar mais complexo e caro.
ca e concentração iônica. Estes dois parâmetros devem ser
A água percorre as seguintes etapas, para chegar às
prioritários no controle de qualidade, uma vez que nos labora-
casas:
tórios em que as recomendações da CLSI não são seguidas,
a água armazenada nos analisadores pode tornar-se fonte de captação (coleta)
contaminação. adução (transporte)
Após armazenada, a água utilizada nas cubetas para dilu- tratamento
ição dos reagentes, enxágue de manifolds, tubulação e agu-
lhas já está classificada segundo a norma CLSI. armazenamento
O reservatório do analisador clínico geralmente não pode distribuição
ser sanitizado e nem submetido a uma fonte UV para reduzir O tratamento da água deve ser iniciado desde
o crescimento bacteriológico. as nascentes, até as barragens, através da proteção
O reservatório não é frequentemente sanitizado e rara- aos mananciais, cuja poluição por detritos, impurezas, dejetos
mente a qualidade da água é monitorada. Quando não são domésticos, agrícolas e industriais (ver: Bacias hidrográficas),
seguidas das normas da CLSI, a qualidade da água pode se deve ser controlada o melhor possível, através de análises de
degradar antes mesmo do uso final. rotina. O alerta é dado quando atingido um número superior a
1000 microorganismos/cm³. Nesse caso, a água deve ser
Conclusão desinfectada com um algicida, tipo sulfato de
A água interfere de diversas maneiras em análises clíni- cobre ou hipoclorito de sódio, assim que chega à estação de
cas, sendo uma boa prática considerá-la como reagente. tratamento.
Dessa forma, é necessário ter cuidado com a qualidade da Métodos de tratamento da água
água a ser escolhida para trabalhar com diversos processos
em um laboratório, bem como com o projeto, a seleção e a
maneira apropriada de manter as unidades de filtração, mini-
mizando os problemas nas análises clínicas.
Purificação de água

Molécula de Água (H2O).


A purificação da água ou potabilização é um processo
que consiste no tratamento da água, a fim de remover os
contaminantes que eventualmente contenha, tornando-a
potável, isto é, própria para o consumo humano.
Dependendo da fonte da água, uma grande variedade de
técnicas poderá ser empregada para esse fim. Água mineral.
Um dos nomes dado às unidades onde é feita a Separação/Filtração - embora não sejam suficientes para
purificação de água é estação de tratamento de águas, um purificar completamente a água, é uma etapa preliminar
nome que também é aplicado às unidades de tratamento de necessária.
água residuais". Filtros de areia rápidos - o uso de filtros de areia de
Fontes da água potável acção rápida, é o tipo mais comum de tratamento físico da
água, para os casos de água de elevada turvação. Em casos
A água para consumo público ou privado pode ser obtida em que o gosto e o odor possam vir a constituir um problema,
de diversas fontes: o filtro de areia pode incluir uma camada adicional de carvão
Água subterrânea profunda - aquela que emerge de activado. Recorde-se que os filtros de areia ficam obstruídos
alguns poços localizados profundamente no subsolo. Esta após um período de uso e devem ser lavados.
terá sido filtrada naturalmente pelas camadas de solo e de Desinfecção - A maior parte da desinfecção de águas no
rochas, sendo normalmente rica em carbonatos e mundo é feita com gás cloro. Porém, outros processos tais
em cálcio, magnésio, cloretos, além de pequenas quantidades

Conhecimentos Específicos 111 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
como hipoclorito de sódio, dióxido de cloro, ozônio ou Indústrias alimentícias;
luz ultravioleta, também são utilizados em menor escala, dada
Bebidas;
a complexidade, alto custo e eficácia aquém das
necessidades sanitárias do mundo atual. Antes de ser Químicas;
bombeada para os tanques de armazenamento e para o Cosméticas;
sistema de distribuição aos consumidores, equipamentos de
cloração garantem a manutenção de uma quantidade de cloro Farmacêuticas;
residual, que continua exercendo a sua função de Pré-Tratamento para Osmose Reversa;
desinfectante até o destino final. A cloração de águas para
consumo humano é considerada um dos maiores avanços da Entre outros
ciência nos últimos dois séculos, podendo ser comparada
com a descoberta da penicilina ou mesmo a invenção do
avião. Tem o objetivo de retirar Cloro, materiais orgânicos, al-
guns contaminantes tipo V.O.C. (Carbono Orgânico Volátil),
Desinfeção solar ou SODIS (SOlar water DISinfection) - é T.O.C. (Carbono Orgânico Total) odor e melhorar o gosto da
um método de desinfecção da água de baixo custo que utiliza água.
o raios ultravioleta do sol e garrafas plásticas do tipo PET
transparentes. O processo de de cloração é realizado visando a remoção
do teor de Cloro residual presente em águas tratadas em
Coagulação ou floculação - Neste processo as ETA’S próprias ou da rede pública. O gosto, cor, odor e maté-
partículas sólidas se aglomeram em flocos para que sejam rias orgânicas são eliminadas após a filtragem.
removidas mais facilmente. Este processo consiste na
formação e precipitação de hidróxido de alumínio (Al(OH)3) O fator mais importante a ser observado no seu dimensio-
que é insolúvel em água e "carrega" as impurezas para o namento é o tempo de contato entre água e o leito de carvão.
fundo do tanque. O tempo ideal, indicado pelos fabricantes do carvão é entre 3
a 5 minutos.
Primeiramente, o pH da água tem que ser elevado pela
adição ou de uma base diretamente, ou de um sal básico Deve-se também observar as taxas de percolação e volu-
conhecido como barrilha (carbonato de sódio): métrica de modo a obterem-se resultados satisfatórios e evi-
tar-se caminhos preferenciais da água através do leito em
Base: NaOH(s) → Na+(aq) + OH-(aq)+ (5) = 78(N3) contato.
Sal básico: Na2CO3(s) → 2 Na+(aq) + (CO3)2-(aq)= Os de cloradores são necessários precedendo as colunas
32+(Ho6) de troca iônica, nos sistemas de abrandamento e desminera-
CO32-(aq) + H2O(l) → HCO3-(aq) + OH-(aq)= 67+CB8 lização, de modo a impedir que o Cloro residual ataque as
resinas, de alto custo, reduzindo sua vida útil. São utilizados
Após o ajuste do pH, adiciona-se o sulfato de alumínio, da mesma forma e com a mesma finalidade, nas unidades de
que irá dissolver na água e depois precipitar na forma Osmose Reversa, para preservar as membranas que fazem
de hidróxido de alumínio. parte do sistema.
Dissolução: Al2(SO4)3(s) → 2 Al3+(aq) + 2 (SO4)3-(aq) Também se utilizam os de cloradores na obtenção das
Precipitação: Al3+(aq) + 3 OH-(aq) → Al(OH)3(s) águas utilizadas em processos variados como por exemplo,
na fabricação de bebidas (Cervejas, Refrigerantes, Sucos,
Os flocos formados vão sedimentando no fundo do etc.).
tanque, "limpando" a água.
A vida útil do leito de carvão ativado é de 12 meses, desde
Outras técnicas de purificação da água que se procedam as retrolavagens de maneira correta e no
Outros métodos para purificar a água, especialmente para momento certo.
fontes locais são a destilação e a osmose, embora envolvam
custos elevados e manutenção complexa.
Osmose Reversa Duplo Passo
Para o uso doméstico, utilizam-se desde a Antiguidade:
Fervura - A água é aquecida até ao ponto de ferver,
mantendo-se a fervura por, pelo menos, cinco minutos, tempo
suficiente para inactivar ou matar a maior parte dos
microorganismos que nela possam existir. Este tipo de
tratamento não elimina o vírus da hepatite A que só é
destruído a mais de 120 graus Celsius.
Filtração por carbono - Utilizando-se carvão de lenha,
um tipo de carbono com uma extensa área, que absorve
diversos compostos, inclusive alguns tóxicos. Filtros
domésticos podem ainda conter sais de prata.
Destilação - O processo de destilação envolve ferver a
água transformando-a em vapor. O vapor de água é
conduzido a uma superfície de refrigeração onde retorna ao
estado líquido em outro recipiente. Uma vez que as
impurezas (solutos) não são vaporizados, permanecem no Aplicações:
primeiro recipiente. Observe-se que mesmo a destilação não Água para hemodiálise ou processos, onde a água de ali-
purifica completamente a água, embora a torne 99,9% pura. mentação possui alta condutividade inicial ou caso específico;
Filtro Carvão Ativado Água para injetáveis padrões WFI (Water For Injectables -
Aplicações USP);
Água potável; Água padrão PW (Purified Water - USP);
Água industrial;

Conhecimentos Específicos 112 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Água com padrão de qualidade elevado para outras apli- Equipamentos auxiliares, tais como:
cações específicas.
Filtros absolutos;
A mais avançada tecnologia em Osmose Reversa:
Desinfecção por Ozônio;
A água tratada do primeiro passo alimenta o segundo, fa-
Bombas reservas e dosadoras;
zendo com que a água passe duas vezes pelas membranas e
sofra uma dupla dessalinização. Com isso, os níveis bacterio- Tanques de armazenagem de fundo cônico;
lógicos e virais são muito inferiores, devido à dupla barreira Sistemas de distribuição da água tratada;
oferecida pelas membranas.
Automáticos de nível com sensor capacitivo.
Estes purificadores são indicados para tratar água de rede
ou poço com alta salinidade inicial, onde os purificadores de
um passo não conseguem fornecer água dentro dos padrões ÁGUA PARA USO EM LABORATÓRIO
desejados.
André Luis Silva da Silva
Equipamentos totalmente automáticos, com comandos e-
letrônicos e eletromecânicos, que dispensam a necessidade É evidente que no procedimento de uma análise química a
de um técnico em tempo integral para monitoramento do água deve ser purificada de alguma forma, tanto para a última
sistema, reduzindo ainda mais os custos de operação. lavagem da vidraria a ser utilizada como na preparação das
soluções e diluições necessárias. Dessa forma, a água deve-
Utiliza membranas de osmose reversa de última geração, rá estar sob condições determinadas experimentalmente.
tipo TFC (Thin Film Composite), de baixa pressão e alta pro-
dutividade, que demandam menos energia elétrica para o seu Os padrões atuais para a água ser utilizada em laboratório
funcionamento, tornando o equipamento altamente econômi- estabelecido pelo British Standard, são da ordem de 5 mg/L
co. para resíduo não volátil, 2 mg/L para resíduo após a ignição,
5,0 a 7,0 pH e 10 meg/ohm.cm para condutividade.
Pelo seu alto desempenho e baixo custo de aquisição, o-
peração e manutenção apresentam uma excelente relação Em um laboratório de química analítica são utilizadas prin-
custo x benefício. cipalmente os seguintes tipos de água:
Todos os Purificadores por osmose reversa são testados Água destilada: aquela purificada através de destiladores
elétrica e hidraulicamente na sua fabricação e embalados e que apresenta maior pureza do ponto de vista microbiológi-
com as suas membranas já sanitizadas. co; podendo conter íons contaminantes, arrastados durante a
destilação. A água destilada pode ser mais rica em gases
Características: dissolvidos, como o gás carbônico (CO2).
Membranas de última geração, tipo TFC (Thin Film Com- Água desionizada: aquela purificada através de desioni-
posite); zadores, que são aparelhos onde a água da torneira é perclo-
Leitura digital de condutividade no primeiro e no segundo rada através de misturas de resinas de troca iônica: uma
passo para o cálculo da rejeição salina, indicando a eficiência resina fortemente ácida remove os cátions eventualmente
+
de ambos os passos; presentes na água e os substitui por íons H ; enquanto uma
-
resina fortemente básica (OH ) remove ânions que estejam
Pré-filtro incluso com carcaça de polipropileno e microfiltro contaminando a água.
de 5 micras;
Estrutura e vasos de pressão em aço inox;
Métodos de purificação da água
Válvulas de amostragens de água para análises e cálculo
da rejeição;  Destilação
Totalizador de horas de funcionamento (horímetro);  Permuta iónica
Rotâmetros e manômetros para monitorar o funcionamen-  Osmose inversa
to do sistema;  Adsorção por carbono activado
Sistema para lavar e/ou desinfetar as membranas;  Filtragem microporosa
Sistema para reaproveitamento total do rejeito do 2º pas-  Ultrafiltragem
so;
 Foto-oxidação
Sistema para eliminação de ar;
Destilação
Registros para regular a produção e a recuperação;
A destilação é um processo há muito estabelecido para a
Funcionamento silencioso. purificação da água, no qual a água é aquecida até evaporar
Funcionamento automático: e o vapor é condensado e recolhido. O equipamento é relati-
vamente económico, mas tem um grande consumo de ener-
Alarmes sonoros e luminosos caso ocorra qualquer pro- gia – usa tipicamente 1kW de electricidade por litro de água
blema operacional; produzida. Dependendo do design do destilador, a água desti-
Interrupção e reinício automático da produção; lada pode ter uma resistividade de aproximadamente 1 MΩ-
cm e será estéril quando acabar de ser produzida se for utili-
Limpeza automática das membranas (autoflush);
zado equipamento especificamente concebido para o efeito,
Bloqueio do equipamento por falta d'água; mas não continuará estéril sem um armazenamento muito
cuidadoso. Para além disto, impurezas voláteis como dióxido
Controles automáticos de nível para os tanques de alimen-
de carbono, sílica, amoníaco e uma variedade de compostos
tação e produto.
orgânicos passarão para a água destilada.
Opcionais:
Quais são as desvantagens da destilação?
Filtros ou sistemas completos de pré-tratamento;
A destilação produz água purificada lentamente. Não é um
Tubos e conexões em aço inox; processo de resposta a pedido. Por este motivo, é necessário

Conhecimentos Específicos 113 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
destilar uma determinada quantidade de água e armazená-la mas, a destilação precedia a permuta iónica – os cartuchos
para utilizar mais tarde. Este armazenamento da água desti- duram muito mais, mas o problema das bactérias mantém-se.
lada pode constituir um problema se o reservatório em que a Noutros, a permuta iónica precedia a destilação – mas nesse
água é armazenada não for fabricado num material inerte. Os caso mantêm-se os problemas de armazenamento e de não
iões ou plastificantes serão lixiviados do reservatório e irão ter água a pedido.
recontaminar a água. Para além disto, as bactérias desenvol-
Electrodesionização
vem-se muito bem em água que esteja parada durante algum
tempo. A electrodesionização (EDI) é um processo de purificação
conduzido electricamente e oferece uma combinação de resi-
Para manter a esterilidade, são usadas garrafas de arma-
na de permuta iónica e membranas selectoras de iões. A EDI,
zenamento estéreis e a água recolhida é colocada num auto-
que é geralmente associada à osmose inversa, oferece uma
clave, mas uma vez aberta a garrafa fica exposta a bactérias
alternativa útil a outros métodos de purificação. Proporciona
e a contaminação começa.
água reagente para laboratório em grandes volumes sem a
Em áreas de água dura, os destiladores tem de ser limpos necessidade de cartuchos de desionização. Esta abordagem
frequentemente com ácido, devido à acumulação de incrusta- evita a redução na qualidade da água produzida associada a
ções, a não ser que a água de alimentação seja pré-tratada cartuchos à medida que estes vão ficando exaustos, bem
por amaciamento ou osmose inversa. como os custos associados à substituição dos cartuchos.
Permuta iónica Como funciona a electrodesionização?
A permuta iónica é muito usada em laboratórios para for- A EDI desenvolveu-se a partir da electrodiálise (ED). O
necer água purificada conforme necessária. Os desionizado- princípio da ED é que a água é purificada numa célula que
res de laboratório incorporam invariavelmente cartuchos de contém dois tipos de membranas selectoras de iões – perme-
leitos mistos de resinas de permuta iónica que ou são devol- áveis a catiões e permeáveis a aniões – colocadas entre um
vidos a uma estação de regeneração para recarregar quando par de eléctrodos. Quando é aplicado um potencial eléctrico
ficam exaustos ou então são descartados. A ELGA foi pionei- directo através da célula, os catiões presentes na água são
ra no que toca ao conceito de regeneração colectiva de resi- atraídos para o cátodo com carga negativa e os aniões são
nas de permuta iónica e as suas estações de regeneração atraídos para o ânodo com carga positiva. Os catiões podem
estão entre as maiores do mundo. atravessar a membrana permeável a catiões, mas não a
membrana aniónica. Da mesma forma, os aniões podem
Aniões e catiões presentes na água de alimentação são
atravessar a membrana permeável a aniões, mas não a
removidos pelas resinas de permuta iónica e substituídos por
membrana catiónica. O resultado é a movimentação de iões
iões de hidrogénio e hidróxilo da resina. Os iões de hidrogénio
entre as câmaras e a água numa secção pode ficar desioni-
e de hidróxilo combinam-se para formar moléculas de água.
zada enquanto a água que se encontra noutra secção fica
Como funciona a permuta iónica? concentrada.
A permuta iónica troca iões de hidrogénio por contaminan- Na prática, a ED só pode ser usada economicamente para
tes catiónicos e iões de hidróxilo por contaminantes aniónicos produzir água de condutividade relativamente alta (200 µS/cm
presentes na água de alimentação. Os leitos de resinas de ou superior) dadas as tensões eléctricas proibitivamente altas
permuta iónica são constituídos por pequenos grânulos esfé- que são necessárias para movimentar os iões numa água
ricos através dos quais passa a água de alimentação. Ao fim cada vez mais pura.
de algum tempo, os catiões e aniões terão substituído a maior
Este problema é resolvido na tecnologia EDI preenchendo
parte dos pontos de hidrogénio e hidróxilo activos nas resinas
os espaços entre as membranas com resinas de permuta
e os cartuchos necessitarão de ser substituídos ou regenera-
iónica. As resinas proporcionam uma via de fluxo condutivo
dos.
para a migração dos iões, permitindo que a desionização seja
Quais são as vantagens da permuta iónica? praticamente completa e resultando na produção de água de
A permuta iónica tem muitas vantagens relativamente à elevada pureza. Outra vantagem da EDI consiste no facto de
destilação no que respeita à produção de água purificada. Em que a electrólise contínua da água que ocorre na célula pro-
primeiro lugar, é um processo de resposta a pedido; a água duz iões de hidrogénio e de hidróxilo. Estes iões mantêm as
fica disponível quando é necessária. Em segundo lugar, resinas num estado altamente regenerado, evitando assim a
quando se usam materiais de resina de elevada pureza, efec- necessidade de reactivação química. As resinas usadas nos
tivamente, todo o material iónico é removido da água para dar sistemas EDI podem consistir em câmaras separadas de
uma resistividade máxima de 18,2 MΩ-cm (a 25ºC). Peque- grânulos de aniões ou catiões, camadas de cada um dos tipos
nos fragmentos dos materiais de resina de permuta iónica numa única câmara ou uma mistura íntima de grânulos de
podem ser expelidos do cartucho pela água que passa atra- catiões e de aniões.
vés do mesmo. A permuta iónica deve, portanto, ser usada Alguns sistemas EDI têm incorporados leitos de resina
juntamente com filtros se se desejar uma água isenta de par- mistos numa pluralidade de células estreitas. Isto é especial-
tículas. Dado que as bactérias se desenvolvem rapidamente mente eficaz em instalações de grande escala para aplica-
em água parada, os cartuchos podem ficar contaminados se ções farmacêuticas e outras. A Vivendi Water Systems, a
não forem regularmente usados. O problema é atenuado pela empresa matriz da ELGA, é a principal fornecedora de uma
recirculação frequente da água para inibir o desenvolvimento vasta gama de tecnologias CDI que dão resposta a estas
de bactérias e pela substituição ou regeneração regular das aplicações em grande escala.
resinas, dado que os químicos regenerantes são desinfectan-
O processo ADEPT (Tecnologia de Desionização Avança-
tes poderosos.
da por Purificação Eléctrica) da ELGA utiliza leitos separados
A permuta iónica remove apenas compostos orgânicos po- de resinas catiónicas e aniónicas e também um leito de resi-
lares da água e os orgânicos dissolvidos podem sujar os nas intimamente misturadas. Os leitos separados de resinas
grânulos de permuta iónica, reduzindo a sua capacidade. catiónicas e aniónicas estão alojados em células grandes que
Quando é necessária água pura em termos orgânicos e inor- proporcionam uma via de fluxo para os iões em trânsito. Is-
gânicos, a combinação de osmose inversa seguida de permu- to oferece vantagens na flexibilidade do design e simplicidade
ta iónica é especialmente efectiva. mecânica à escala laboratorial. O volume relativamente ele-
Tem havido muitas tentativas de ultrapassar algumas das vado de resinas nas células proporciona uma protecção con-
limitações da permuta iónica e da destilação. Nalguns siste- tra alterações na qualidade da água de alimentação. A quali-

Conhecimentos Específicos 114 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
dade da água produzida é depois reforçada ainda por um leito adsorção e encontra-se frequentemente em dois locais num
de resinas mistas. sistema de purificação de água. O carvão pode ser usado sob
a forma de grânulos ou, mais convenientemente, sob a forma
O processo de passagens múltiplas no qual a água de a-
de bloco. Dado que as membranas de osmose inversa em
limentação pré-purificada por osmose inversa passa por um
compósito de película fina podem ser danificadas por exposi-
leito de permuta catiónica, um leito de permuta aniónica e um
ção excessiva ao cloro livre e, em menor escala, sujas por
leito de resinas mistas é análogo a muitos sistemas de purifi-
orgânicos dissolvidos, o carvão activado é muitas vezes colo-
cação de água de elevada pureza em grande escala.
cado antes da membrana OI para remover estes contaminan-
Tipicamente, a água produzida tem uma resistividade de tes.
10-18 MΩ-cm (a 25°C) e um teor de carbono orgânico total
São também muitas vezes colocados filtros de carvão ac-
inferior a 20 ppb. Os níveis bacterianos são minimizados
tivado no circuito de polimento de um sistema de purificação
porque as condições químicas e eléctricas existentes dentro
de água para remover vestígios de orgânicos dissolvidos
do sistema inibem o desenvolvimento de microorganismos.
antes da permuta iónica final.
A EDI complementa muito eficazmente a osmose inversa.
A ELGA usa outros meios de adsorção para além do car-
A OI é um processo baseado na pressão no qual a água per-
vão activado. O “Adsorb”, por exemplo, é um produto que
de os seus contaminantes à medida que passa através da
possui uma vasta gama de tamanhos de poros e incorpora
membrana. Não elimina, contudo, todas as espécies iónicas e
tanto o carvão como um material inorgânico. Consequente-
não pode remover contaminantes dissolvidos como o dióxido
mente, o Adsorb tem a capacidade de remover da água impu-
de carbono. A EDI remove o dióxido de carbono e também
rezas orgânicas e inorgânicas. São também utilizadas no
outras espécies fracamente ionizáveis, tais como a sílica,
equipamento ELGA resinas macroporosas de permuta anióni-
ionizando-as e fazendo-as passar através da membrana.
ca (geralmente usadas na forma de cloro) que são especial-
Osmose inversa mente eficazes na remoção de contaminantes orgânicos
A osmose inversa (OI) é um processo que resolve muitos grandes que ocorrem naturalmente, tais como os ácidos hú-
dos problemas da destilação e da permuta iónica. Para expli- mico e fúlvico, da água de alimentação.
car a osmose inversa, vejamos primeiro a osmose. Este é um Filtragem microporosa
processo natural que ocorre sempre que uma solução diluída
As membranas de filtragem microporosa opõem uma bar-
é separada de uma solução concentrada por uma membrana
reira física à passagem de partículas e microorganismos e
semi-permeável. A água, levada por uma força causada pela
têm classificações nominais absolutas até 0,1 mícron; alguns
diferença na concentração – a pressão osmótica – passa
sistemas ELGA incorporam também “filtros ultramicro” com
através da membrana para a solução concentrada. O fluxo de
uma classificação nominal de 0,05 mícron. A maior parte das
água continua até a solução concentrada ficar diluída e a
águas não tratadas contém colóides, que têm uma ligeira
contra-pressão impedir a continuação do fluxo através da
carga negativa (medida pelo potencial Zeta). O desempenho
membrana (equilíbrio osmótico).
dos filtros pode ser melhorado utilizando microfiltros que in-
Quando é aplicada uma pressão superior à pressão osmó- corporam uma superfície modificada que atrai e retém esses
tica no lado da membrana onde se encontra a maior concen- colóides que ocorrem naturalmente, que são geralmente de
tração, o sentido normal do fluxo osmótico é invertido, a água dimensões muito inferiores às dos poros da membrana. São
pura passa da solução concentrada através da membrana e é muito usados em sistemas de tratamento de água microfiltros
assim separada dos seus contaminantes. Este é o princípio com um diâmetro absoluto dos poros de 0,2 mícron. Estes
básico da osmose inversa (às vezes chamada hiperfiltração). filtros recolhem contaminantes, incluindo finos de carvão
Na prática, a água de alimentação é bombeada para um provenientes de cartuchos de adsorção de orgânicos, partícu-
recipiente sob pressão que contém uma espiral ou um conjun- las de resina de cartuchos de permuta iónica e bactérias.
to de fibras ocas de membranas semi-permeáveis. A água O filtro sub-mícron pode ser instalado na torneira de forma
purificada passa através da membrana para formar o “perme- a que o último filtro que a água atravesse antes de ser usada
ato”. Os contaminantes ficam acumulados na água residual, seja o filtro sub-mícron.
chamada o “concentrado”, que é escoada continuamente para
Uma alternativa consiste em incluir o filtro sub-mícron no
a conduta de drenagem. A geração mais recente de membra-
circuito de recirculação para remover continuamente as bacté-
nas de osmose inversa em compósito de película fina de
rias da água purificada. Os filtros sub-mícron devem também
poliamida que substituíram as membranas celulósicas mais
ser colocados em pontos de utilização críticos para uma pro-
antigas remove 95-98% de iões inorgânicos, juntamente com
tecção absoluta e para impedir a recontaminação do sistema
praticamente todos os contaminantes não iónicos e moléculas
por bactérias que entrem por essa via.
orgânicas grandes com um peso molecular superior a 100. Os
gases dissolvidos não são removidos. As membranas microporosas são geralmente considera-
das indispensáveis num sistema de purificação de água, a
As membranas em compósito de película fina são usadas
não ser que sejam substituídas por um ultrafiltro.
em todo o equipamento de laboratório para osmose inversa
da ELGA. Ultrafiltragem
Devido a esta excepcional eficiência purificadora, a osmo- A ultrafiltragem utiliza uma membrana muito semelhante
se inversa é uma tecnologia muito eficiente em termos de na sua concepção à da osmose inversa, exceptuando que os
custo para um sistema de purificação de água. É, no entanto, poros do ultrafiltro são ligeiramente maiores, de 0,001 a 0,02
limitada pela velocidade de produção relativamente lenta e é, mícron. Para a remoção de pirogénios, os poros de um ultra-
portanto, normalmente usada para encher um reservatório filtro devem ter um diâmetro de aproximadamente 0,002 mí-
antes da utilização ou de mais purificação. A osmose inversa cron ou inferior e devem excluir todas as moléculas com um
tende a proteger o sistema de bactérias e pirogénios. É mui- peso molecular de 5.000 ou mais.
tas vezes combinada com a permuta iónica para melhorar
Os ultrafiltros podem ser usados de forma semelhante à
consideravelmente a qualidade da água produzida.
das membranas microporosas, mas também podem ser insta-
Meios de adsorção lados de forma a permitirem que uma pequena porção da
água de alimentação passe tangencialmente pela membrana
O carvão activado, preparado por pirólise de cascas de
para minimizar a acumulação de contaminantes e o desenvol-
coco, carvão ou grânulos de resina, remove o cloro através de
vimento de bactérias. A ultrafiltragem é uma tecnologia exce-
um mecanismo catalizador e os orgânicos dissolvidos por

Conhecimentos Específicos 115 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
lente para assegurar a qualidade contínua da água ultrapura O inventário de resíduos consiste na verificação dos tipos
no que toca a partículas, bactérias e pirogénios. de resíduos e das quantidades em que os mesmos são gera-
dos. Todas as etapas de todos os processos realizados den-
Foto-oxidação
tro do laboratório devem ser consideradas, inclusive aqueles
A foto-oxidação usa radiação ultravioleta de grande inten- que ocorrem esporadicamente, como em limpezas espo-
sidade para destruir bactérias e outros microorganismos e rádicas. O conhecimento dos reagentes existentes no labora-
para separar e ionizar quaisquer compostos orgânicos para tório é fundamental para a realização do inventário, já que
posterior remoção por cartuchos de permuta iónica. A radia- estes serão as fontes dos resíduos. Além disso, a existência
ção com um comprimento de onda de 254 nm é a que tem de reagentes sem uso, fora do prazo de validade ou ainda
uma maior acção bactericida, enquanto a radiação com com- deteriorados ou sem identificação deve ser verificada, já que
primentos de onda mais curtos (185 nm estes materiais deverão ser tratados ou dispostos, em função
) é mais eficiente para a oxidação de orgânicos. de suas características (Di Vitta et al, 2012).

Fonte: http://tecnologiadeagua.com.sapo.pt/metpurif.htm 2.2 A proposição de medidas de minimização:


Os dados do levantamento podem ser utilizados para
a proposição de medidas de minimização.
NOÇÕES SOBRE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS GE-
Entende-se por minimização de resíduos qualquer ação
RADOS NAS ATIVIDADES ANALÍTICAS: MANUSEIO, I-
que reduza a quantidade ou a toxicidade de um resíduo antes
DENTIFICAÇÃO, ACONDICIONAMENTO, TRANSPORTE E
de seu tratamento. A redução pode ser efetuada na fonte,
DESCARTE; MÉTODOS QUÍMICOS E FÍSICOS DE DESIN-
quando um determinado resíduo deixa de ser gerado. A re-
FECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS PARA USO
dução pode ainda ser atingida pelo reaproveitamento de um
EM ENSAIOS LABORATORIAIS; MÉTODOS BIOLÓGICOS
resíduo, seja via reciclagem ou reuso. Por exemplo, caso
UTILIZADOS EM ANÁLISES DE MATERIAIS DE PROPA-
sejam encontrados reagentes vencidos ou reagentes compra-
GAÇÃO VEGETAL.
dos em excesso, deve-se propor a compra de menores
quantidades do produto químico. Outro exemplo: alguns
resíduos podem ser utilizados no tratamento de outros, como
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS GERA- soluções aquosas ácidas ou básicas.
DOS EM LABORATÓRIOS DE ENSINO E PESQUISA:
PROCEDIMENTOS GERAIS Medidas de minimização também incluem a diminuição da
escala de experimentos ou a substituição de processos ou de
Patricia Busko Di Vitta reagentes por outros que não façam uso ou não sejam peri-
Setor Técnico de Tratamento de Resíduos gosos.
Instituto de Química da Universidade de São Paulo 2.3 A segregação de resíduos químicos:
Resumo: Toda vez que uma substância química é uti- A segregação de resíduos consiste na separação dos
lizada numa atividade de ensino ou de pesquisa podem- mesmos, de acordo com suas propriedades químicas,
se gerar resíduos perigosos, que devem ser manipulados de físicas e biológicas, com seu estado físico e seus tratamentos
maneira adequada. Assim, os resíduos tem que ser segre- ou utilizações. A segregação deve ser sempre efetuada no
gados, acondicionados e rotulados para posteriormente se- momento e no local de sua geração (CETESB, 2004). Isso
rem armazenados, tratados ou dispostos. Cada uma destas permitirá o reuso, a reciclagem ou ainda tratamentos mais
etapas deve ser efetuada seguindo-se regras de segu- seguros e baratos.
rança e legislação pertinente. O primeiro critério a ser considerado na segregação
Palavras-chave: Resíduos químicos; Gerenciamento de de um resíduo leva em consideração a sua periculosida-
resíduos. de. Assim, um resíduo perigoso deve ser separado de outro
não perigoso. A norma brasileira NBR 10.004 (ABNT, 2004),
1. Introdução:
que define um resíduo perigoso como sendo aquele que
O ensino e a pesquisa em diversas áreas muitas vezes fa- apresente características de toxicidade, inflamabilidade,
zem uso de substâncias perigosas em suas atividades expe- corrosividade, patogenicidade ou reatividade, deve ser
rimentais. Para que tais atividades sejam efetuadas de utilizada para fazer esta classificação. Além disso, deve-se
modo seguro e sustentável, é necessário que se faça um ter em mente que um resíduo não pode ser descartado em
planejamento completo de todo o experimento, o que inclui o rede de esgoto se ferir a legislação referente ao lança-
gerenciamento dos resíduos gerados nele gerados. Em fun- mento de efluentes líquidos em corpos d’água ou em rede
ção disso, várias instituições vêm não só adotando Progra- de esgoto, como por exemplo, a resolução CONAMA 357
mas de Gerenciamento de Resíduos Químicos como também (CONAMA, 2005) ou a NBR 9800 (ABNT, 1987).
propondo formas de tratamentos de resíduos por elas gera-
O segundo critério envolve o estado físico do resíduo. As-
dos (Afonso, 2003; Bendassoli, 2003; Gerbase, 2006, Medina,
sim, resíduos sólidos devem ser separados de resíduos líqui-
2010, Machado, 2008, De Conto, 2010, Figuerêdo, 2006,
dos.
entre outros.).
A incompatibilidade química dos resíduos químicos
2. Gerenciamento de Resíduos Químicos:
também deve ser levada em consideração quando do seu
O gerenciamento de resíduos envolve uma série de descarte. Resíduos contendo substâncias incompatíveis
etapas, que englobam: i) a realização de um inventário; ii) devem ser segregados a fim de evitar a ocorrência de
a proposição de medidas de minimização; iii) a segregação; reações indesejadas e consequentes acidentes.
iv) o acondicionamento; v) a rotulagem dos resíduos; vi) o
Uma vez obedecidos estes três critérios, deve-se pensar
tratamento; vii) o armazenamento; viii) o transporte e a ix)
no tratamento ou na aplicação do resíduo:
disposição final dos resíduos. Cada uma destas etapas deve
estar registrada para que se possa comprovar que o descarte Enquanto que resíduos que serão reaproveitados de-
dos resíduos químicos gerados em uma atividade foi efetuado vem ser segregados, aqueles que tiverem o mesmo tra-
de maneira correta. tamento poderão ser reunidos.
2.1 O inventário de resíduos químicos: 2.4 O acondicionamento de resíduos químicos:

Conhecimentos Específicos 116 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Os resíduos químicos segregados deverão ser acondicio- duos orgânicos sólidos e líquidos, que são transformados
nados em recipientes fisicamente resistentes e quimicamente principalmente em CO2 e H2
compatíveis com os resíduos. Estes recipientes deverão
O em temperaturas superiores a 850ºC.
ser apropriadamente rotulados e tampados e deverão,
ainda, ser armazenados sobre bandejas de contenção ii) Estabilização e solidificação: Processo apropriado
para prevenir possíveis acidentes. para o tratamento de resíduos inorgânicos, que são en-
capsulados em polímeros impermeáveis ou ainda fixados
2.5 A rotulagem de resíduos químicos:
em matrizes de cimento ou silicatos.
Os recipientes utilizados para o acondicionamento de re-
iii) Tratamento de efluentes: Utilizado para remover
síduos deverão ser rotulados com etiquetas confeccionadas
diversas substâncias de efluentes líquidos, é um trata-
em material resistente ao manuseio e armazenagem do
mento feito em várias etapas, que podem incluir acerto
resíduo. As informações que constarem da etiqueta devem
de pH, precipitação, degradação, entre outros.
ser de fácil visualização e compreensão. Assim, os rótulos
devem conter a inscrição “RESÍDUO PERIGOSO” ou “RESÍ- 2.7 O armazenamento de resíduos químicos:
DUO QUÍMICO”, o nome do resíduo químico, bem como sua Quando os resíduos químicos não puderem ser trata-
composição qualitativa, além de frases e símbolos de risco, o dos no laboratório de origem, devem ser armazenados
nome do responsável pela geração do resíduo, o volume temporariamente em abrigos, até que sejam retirados por
armazenado e a data de armazenamento (Di Vitta et al, uma empresa especializada, de modo que suas caracte-
2012). rísticas e suas quantidades não se alterem. Este arma-
2.6 O tratamento de resíduos químicos: zenamento não deve ser efetuado no laboratório, mas
sim em local específico. Os recipientes devem estar
Existem diversos tipos de tratamento que podem ser ado-
fechados e apropriadamente rotulados. Devem ainda estar
tados para a que um resíduo deixe de ser perigoso ou ainda
sobre coletores secundários, longe de fontes de luz, calor e
tenha sua periculosidade diminuída. Os tratamentos também
de água, e separados por compatibilidade química. No
permitem a reutilização de substâncias químicas. Alguns
local de armazenamento, deve-se manter absorvedor quí-
destes tratamentos podem ser realizados no próprio laborató-
mico para estancar qualquer vazamento que possa vir a ocor-
rio gerador ou ainda por um laboratório, instalação ou empre-
rer. Além disso, recomenda -se que seja elaborada uma ficha
sa especializada. Os tratamentos que podem ser realizados
de emergência sobre o resíduo (ABNT, 2011). É necessário
em um laboratório envolvem os seguintes processos (Di Vitta
ainda verificar o estado dos recipientes e de suas etiquetas
et al, 2012, Manahan, 2001, Alberguini, 2005, Afonso, 2003):
periodicamente, bem como, para aqueles resíduos que possa
i) Neutralização: Usado em resíduos ácidos ou bási- sofrer decomposição com o tempo, como éteres e peróxidos,
cos, principalmente inorgânicos, como soluções de ácido os prazos de estocagem (UNESP 2002). Por fim, é neces-
clorídrico, sulfúrico, nítrico, ou de hidróxido de sódio, potássio, sário acrescentar que abrigos de resíduos químicos só
etc. devem ser construídos e operados segundo critérios legais
(CETESB, 2004).
ii) Redução: Usado no tratamento de resíduos oxidantes,
como peróxidos e hipocloritos. 2.8 A disposição final de resíduos químicos:
iii) Oxidação: Usado no tratamento de resíduos redutores, Quando não houver tratamento disponível para um resí-
como sulfitos e bissulfitos. duo químico, este deverá ser enviado para um aterro licenci-
ado para o recebimento de resíduos perigosos, denomi-
iv) Precipitação: Usado principalmente para a remoção
nado Classe 1. Aterros Classe 1 obedecem a critérios
de cátions e de ânions de soluções aquosas, como por
técnicos de construção e operação e podem principalmente
exemplo, na remoção de mercúrio pela adição de sulfeto.
receber resíduos sólidos e semi-sólidos. Dos resíduos
v) Destilação: Usada principalmente para a recuperação gerados usualmente em laboratórios de ensino e pesqui-
de solventes orgânicos, como acetona, etanol, hexanos, entre sa que são normalmente enviados para aterros podem ser
outros. citados os resíduos sólidos de metais pesados.
vi) Degradação química: Usado para destruir uma 2.9 O transporte de resíduos químicos:
substância química. É o que ocorre, por exemplo, quando
Os resíduos químicos, quando não puderem ser tratados
se faz reagir acetato de etila com hidróxido de sódio.
no laboratório ou na instituição geradora, deverão ser removi-
vii) Biodegradação: Processo que faz uso de agentes dos do abrigo para uma unidade de tratamento ou de disposi-
biológicos para a destruição de uma substância química. ção final. Neste processo, é importante que sejam utilizadas
viii) Processos oxidativos avançados: Baseado na ge- técnicas que preservem uma vez mais as características e as
ração de radical hidroxila (OH), oxida quantidades do resíduo. Para garantir essa preservação,
a legislação brasileira que trata do transporte de produ-
compostos orgânicos complexos a moléculas mais sim- tos perigosos (Resolução Nº 420 da ANTT, Agência Nacio-
ples. Pode ser utilizado, por exemplo, para propiciar o reapro- nal de Transporte Terrestre) exige uma série de itens, como
veitamento de sílica. o uso de embalagens homologadas pelo INMETRO (Insti-
ix) Adsorção: Processo utilizado para reter íons, normal- tuto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
mente de metais pesados presentes em soluções aquosas. Industrial, Portaria 73/06), embalagens estas que são resis-
Pode ser efetuado pelo emprego de carvão ativo ou biomas- tentes a choques e a operações carregamentos durante o
sa. transporte e o transbordo ou qualquer outra operação .
Outro ponto importante diz respeito à confecção de rótulos e
x) Troca iônica: Usado para a remoção de íons de solu- de fichas com dados de segurança de resíduos químicos, que
ções aquosas. devem ser confeccionados segundo a norma NBR 16725,
Outros tratamentos podem ser realizados fora de um da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT).
laboratório, por empresas ou instalações especializadas. 2.10 Registros
Entre eles encontramos (Giovannini, 2007):
O gerenciamento de resíduos químicos prevê, como últi-
i) Tratamentos térmicos, como a incineração ou o co- ma etapa, o registro de todas as atividades realizadas nas
processamento: Utilizados para a decomposição de resí- outras etapas dos gerenciamentos. Assim, todos os documen-
tos gerados durante a geração, o armazenamento, os tra-

Conhecimentos Específicos 117 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tamento adotados, o transporte, etc. devem ser guarda- regra desacredita tentativas posteriores. Outro aspecto impor-
dos para que se possa comprovar que os procedimentos tante é o humano, pois o sucesso do programa está fortemen-
realizados foram os exigidos por lei, que visam a preservação te centrado na mudança de atitudes de todos os atores da
da saúde e do meio ambiente. Exemplos de documentos que unidade geradora (alunos, funcionários e docentes). A divul-
devem ser guardados incluem as licenças ambientais de gação interna e externa do Plano de Gestão de Resíduos é
empresas contratadas e certificados de destruição de resí- fundamental para a conscientização e difusão das ideias e
duos. atitudes que o sustentarão; e finalmente, trabalhando com
metas pouco ambiciosas (e reais), deve-se sempre reavaliar
os êxitos (ou insucessos) obtidos, redirecionando-as se preci-
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS EM LA- so for para que o programa seja factível.
BORATÓRIOS DE ENSINO E PESQUISA
A HIERARQUIA NO GERENCIAMENTO
Wilson de Figueiredo Jardim
Ao ser implementado, inicialmente um programa de ge-
INTRODUÇÃO renciamento de resíduos deve contemplar dois tipos de resí-
A geração de resíduos químicos em instituições de ensino duos: o ativo (gerado continuamente fruto das atividades
e pesquisa no Brasil sempre foi um assunto muito pouco rotineiras dentro da unidade geradora), e o passivo, que
discutido. compreende todo aquele resíduo estocado, via de regra não-
caracterizado, aguardando destinação final (o passivo inclui
Na grande maioria das universidades (e em especial nos desde restos reacionais, passando por resíduos sólidos, até
Institutos e Departamentos de Química), a gestão dos resí- frascos de reagentes ainda lacrados mas sem rótulos)1-3 . A
duos gerados nas suas atividades rotineiras é inexistente, e grande maioria das unidades geradoras do Brasil não têm o
devido à falta de um órgão fiscalizador, o descarte inadequa- passivo. Se por um lado a inexistência deste estoque muito
do continua a ser praticado. facilita na implementação do Programa de Gestão, por outro
No atual cenário, onde vários segmentos da sociedade lado mostra a realidade com que os resíduos sempre foram
vêm cada vez mais se preocupando com a questão ambien- tratados nas universidades.
tal, as universidades não podem mais sustentar esta medida A caracterização deste passivo nem sempre é possível, e
cômoda de simplesmente ignorar sua posição de geradora de o tempo e os esforços gastos com esta atividade inicial de-
resíduos, mesmo porque esta atitude fere frontalmente papel vem ser bem equacionados para que não haja um desestímu-
que a própria universidade desempenha quando avalia (e lo logo no início. É importante lembrar que esta caracteriza-
gerealmente acusa) o impacto causado por outras unidades ção prioriza o reciclo e o reuso de tudo que for possível, bem
de geradoras de resíduo fora dos seus limites físicos. Assim como habilita o resíduo para a sua destinação final (geralmen-
sendo, frente ao papel importante que as universidades de- te a incineração).
sempenham na nossa sociedade, frente à importância ambi-
ental que estes resíduos podem apresentar, e por uma ques- A tabela 1 traz uma série de testes simples que podem ser
tão de coerência de postura, é chagada a hora das universi- usados na caracterizaçõa preliminar do passivo.
dades, e em especial dos Institutos e Departamentos de Quí- Dentro o passivo, é muito comum se encontrar frascos
mica, implementarem seus programas de gestão de resíduos. sem rótulos, mas que contêm reagentes caros, ainda ínte-
Frente ao exposto, o objetivo maior deste artigo é o de a- gros, e cujo reuso depende apenas de testes analíticos relati-
presentar as linhas básicas que devem ser seguidas para a vamente simples.
implementação de um Plano de Gestão de Resíduos. A pro- Neste caso convém devotar um tempo maior na caracteri-
posta aqui apresentada é fruto não apenas de experiências zação destes resíduos. Cabe também lembrar que após a
compiladas na literatura internacional, mas também daquela implementação do programa, com a rotulagem e identificação
vivenciada e aprimorada dentro do Instituto de Química da de todos os reagentes usados sendo feita em rotina, o passi-
UNICAMP, e mais especificamente, dentro do Laboratório de vo tende a ser cada vez menor e de mais fácil manejo.
Química Ambiental (LQA).
O ativo é aquele resíduo gerado rotineiramente nas ativi-
PRÉ-REQUISITOS PARA IMPLEMENTAR O PROGRA- dades de ensino e de pesquisa, ou seja, o principal alvo de
MA DE GESTÃO qualquer programa de gerenciamento. Neste caso, a experi-
A implementação de um programa de gestão de resíduos ência tem mostrado que o mais produtivo é se dividir a im-
é algo que exige, antes de tudo, mudança de atitudes, e por plementação do programa em duas partes: começar enfocan-
isto, é uma atividade que traz resultados a médio e longo do, primeiramente, os resíduos gerados nas atividades de
prazo, além de requerer realimentação contínua. Por ser um ensino (aulas de laboratório),
programa que, uma vez implementado, o mesmo terá atuação pois estes podem ser facilmente caracterizados, inventari-
perene dentro da unidade geradora de resíduo, é muito impor- ados e gerenciados. Tendo adquirido certa prática na gestão
tante que o mesmo seja muito bem equacionado, discutido e deste tipo de resíduos, a segunda etapa de implementação se
assimilado por todos aqueles que serão os responsáveis pela expande para os laboratórios de pesquisa, onde a natureza e
manutenção e sucesso do mesmo. Deste modo, as premissas a quantidade de resíduos variam muito.
(e condições) básicas para sustentar um programa desta
Independentemente de qual das atividades geradoras de
natureza são 4:
resíduo (ensino ou pesquisa) serão abordadas, um programa
1- O apoio institucional irrestrito ao Programa de gerenciamento deve sempre adotar a regra da responsa-
2- Priorizar o lado humano do Programa frente ao tecnoló- bilidade objetiva, ou seja, quem gerou o resíduo é respon-
gico sável pelo mesmo, e praticar sempre a seguinte hierarquia
de atividades:
3- Divulgar as metas estipuladas dentro das várias fases
do Programa 1- Prevenção na geração de resíduos (perigosos ou não)

4- Reavaliar continuamente os resultados obtidos e as me- 2- Minimizar a proporção de resíduos perigosos que são
tas estipuladas inevitavelmente gerados

É importante que a institutição esteja realmente disposta a 3- Segregar e concentrar correntes de resíduos de modo a
implementar e sustentar um programa de gerenciamento de tornar viável e economicamente possível a atividade gerenci-
resíduos, pois o insucesso de uma primeira tentativa via de adora

Conhecimentos Específicos 118 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4- Reuso interno ou externo mento e refluxo, praticar uma oxidação drástica. Livra-se
desta maneira do cromo (VI) e de resíduos orgânicos ao
5- Reciclar o componente material ou energético do resí-
mesmo tempo, num procedimento similar à Demanda Quími-
duo
ca de Oxigênio (DQO), parâmetro este muito usado na quími-
6- Manter todo resíduo produzido na sua forma mais pas- ca ambiental para inferir qualidade de águas15.
sível de tratamento
Finalmente, tendo a unidade geradora estocado a quanti-
7- Tratar e dispor o resíduo de maneira segura dade mínima de resíduo fruto de suas atividades, a pergunta
Estas atitudes podem ser facilmente traduzidas para a ro- esperada é: Como tratar este resíduo? Qual a destinação final
tina de funcionamento da unidade geradora de várias manei- do mesmo? Infelizmente o interessado irá descobrir que o
ras. Por exemplo, há certos tipos de reagentes, tais como Brasil não tem uma política nacional de resíduo sólido, o que
Hg2+ , Pb2+ , Cd2+ , H2S, benzeno, formalina, que por serem muito dificulta as ações nesta etapa do Plano de Gestão.
altamente impactantes e tóxicos, devem se evitados, o que é Assim, prevalece o bom senso e a a criatividade para a esco-
quase sempre possível nas aulas de laboratório por simples lha da melhor opção nesta última parte dentro das atitudes
substituição de um experimento4-6. A prevenção aqui exem- hierárquicas propostas no Programa. Por isto, o tratamento de
plificada tem, portanto, uma faceta pedagógica importante, e resíduos “in situ” deve ser magnificado para que apenas o
deve, neste contexto, ser explorada na sua plenitude pelos mínimo seja enviado para fora da unidade geradora (destina-
docentes envolvidos tanto com o ensino como com a pesqui- ção final). Cabe lembar que o transporte de resíduos perigo-
sa. sos no Estado de São Paulo é fiscalizado pela CETESB, e
exige muito burocracia, além dos custos que podem ser ele-
A minimização também pode ser facilmente implementada vados.
num laboratório de ensino ou de pesquisa7-9. O que se nota
hoje em dia é que há um distanciamento muito grande entre a O Laboratório de Química Ambiental vem praticando um
química que se ensina nos cursos experimentais e a química programa de gerenciamento de seus resíduos baseado em
que se pratica na rotina dos laboratórios de pesquisa. Por experiências
exemplo, com a facilidade de aquisição de micro-pipetas e adotadas em outros países16, adaptadas porém para a
microburetas, cabe questionar a necessidade de se fazer um nossa realidade. Além disso, desenvolveu uma série de pro-
aluno passar 4 anos titulando da maneira tradicional (em cedimentos
macro-escala, com buretas de 50 mL), onde os volumes e
de baixo custo para tratar resíduos aquosos contaminados
consumo de reagentes são muito grandes. A implementação
com compostos orgânicos potencialmente tóxicos17. Basica-
das técnicas de micro-escala tem sido tão bem sucedida, que
mente explora-se o uso de processos oxidativos avançados
o próprio Journal of Chemical Education dedica constante-
(H2O2, UV, Ozônio, Reagente de Fenton, fotocatálise hetero-
mente artigos voltados para este tema, os quais sempre tra-
gênea e algumas de suas combinações), com ou sem luz
zem experimentos que podem ser facilmente implementados
solar, com excelentes resultados, e que poderiam ser utiliza-
nas ementas de disciplinas experimentais. Na pesquisa, o
dos por outras fontes geradoras. Várias destas experiências
mesmo princípio deve ser adotado, lembrando porém que a
já foram relatadas na literatura nacional18,19.
automação de métodos rotineiros e adaptações para FIA
(Análise por Injeção em Fluxo) são exemplos que muito cola- CONCLUSÃO
boram para a minimização, principalmente quanto ao consu-
A geração de resíduos químicos nos laboratórios de ensi-
mo de reagentes.
no e de pesquisa no Brasil precisa ser equacionada adequa-
A segragação dos resíduos em diferentes correntes tem damente para que haja uma minimização neste volume, além
como principal objetivo o de facilitar o seu tratamento e dispo- de propiciar seu correto descarte e destinação final. Se por
sição final. Por exemplo, o Instituto de Química da UNICAMP, um lado as normas que regem o manuseio e a disposição de
através de sua Comissão de Segurança, já vem desenvol- grande parte dos resíduos biológicos e radiativos são disponí-
vendo um trabalho consistente de controle do resíduos no veis (Vigilância Sanitária e CNEN - Comissão Nacional de
qual são geradas cinco correntes, a saber: (a) clorados; (b) Energia Nuclear), para os demais resíduos químicos elas são
acetatos e aldeídos ; (c) ésteres e éteres; (d) hidrocarbonetos inexistentes.
e (e) álcoois e cetonas. Estes, após reciclo e reuso, são envi-
Neste cenário onde a omissão é o agente comum, cabe às
ados para uma empresa para incineração. Via de regra, quem
universidades a iniciativa de desenvolver e implementar um
determina o número e a natureza das correntes de resíduos
programa de gestão de resíduos regional ou mesmo nacional,
dentro de uma unidade geradora é o destinatário final destes
revertendo este quadro de tamanha incoerência dentro da
resíduos, ou seja, quase sempre um incinerador. Assim, antes
vida acadêmica. Através da troca de experiências, da divulga-
de se decidir pela segregação interna dos resíduos, é impor-
ção de resultados pontuais, e principalmente da criação de
tante ter em mente qual será o seu destino final10-12.
um espaço onde este tipo de informação possa ser gerencia-
O reuso e o reciclo podem devem ser exercitados e fo- do, centralizado e disseminado, a solução para a questão dos
mentados dentro da unidade geradora. Entende-se por reuso resíduos gerados em laboratórios de ensino e de pesquisa no
o uso do resíduo como insumo, sem que o mesmo sofra qual- Brasil com certeza passará a ser uma questão apenas de
quer pré-tratamento. Já o reciclo envolve o uso do material tempo.
(ou do seu conteúdo energético) após algum tipo de tratamen- REFERÊNCIAS
to. O reciclo já é bastante praticado nos laboratórios de quí- 1. Schneider, J.; Wiskamp, V.; J. Chem. Educ. 1994, 71, 587.
mica, principalmente naqueles onde o consumo de solventes 2. Ashbrook, P. C.; Reinhardt, P. A.; Environ. Sci. Technol. 1985, 19,
voláteis é muito grande. É quase sempre realizado em escala 1150.
pequena, descentralizado, e motivado historicamente por 3. Sanders, H. J.; Chem. Eng. News 1986, 64, 21.
razões econômicas e não ambientais. O reuso, ainda muito 4. Quigley, M. N.; Vernon, F.; J. Chem. Educ. 1996, 73, 671.
pouco praticado, pode ser fomentado de várias maneiras13. 5. Brouwer, H.; J. Chem. Educ. 1995, 72, 182.
6. Reiner, R. A.; Miyazak, A.; J. Anal. At. Spectrom. 1992, 7, 1239.
Por exemplo, a recuperação de prata ou de outros metais
7. Schmedake, T. A.; Welch, L. E.; J. Chem. Educ. 1996, 73, 1045.
nobres tem sido constantemente relatada no Journal of Che- 8. Anderson, G. E.; J. Chem. Educ. 1996, 73, A 173.
mical Education14, e poderia também ter um espaço similar 9. Brooks, D. W.; Epp, D.; Brooks, H. B.; J. Chem. Educ. 1995, 72, A
em periódicos nacionais, e nada melhor para dar um fim na- 162.
quele estoque de mistura sulfocrômica (cujo uso deve ser 10. Giglio, K. D.; Green, D. B.; Hutchinson, B.; J. Chem.
banido de qualquer laboratório) e também de fenóis e outros Educ. 1995, 72, 352.
compostos orgânicos do que misturar ambos e, sob aqueci- 11. Jardim, W. F.; Nogueira, R. F. P.; J. Chem. Educ. 1993, 70, 861.

Conhecimentos Específicos 119 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
12. Lunn, G.; Sansone, E. B.; J. Chem. Educ. 1994, 71, 972. 16. Waste Disposal in Academic Institutions, Kaufman, J. A., Ed.
13. Reel, K.; J. Chem. Educ. 1993, 70, 854. Lewis Publishers 1990.
14. Murphy, J. A.; Ackerman, A. H.; Heeren, J. K. J. Chem. 17. Jardim, W. F. Gerênciamento de Resíduos Químicos em Labora-
Educ. 1991, 68, 602. tórios de Ensino e Pesquisa, Livro em fase final de redação.
15. APHA; AWWA; WPCP; Standard Methods for the 18. Alberici, R., Nogueira, R. F. P. e Jardim, W. F. Ciência Hoje (en-
Examination of Water and Wastewaters. 18 Ed., Washington carte Technologia) 1995, 19, 4.
1996. 19. Nogueira, R. F. P., Alberici, R., e Jardim, W. F. Ciência e Cultura
1997, 49, 14.

tados a todo o momento em regiões em que o seu subsistema


gira em torna da própria dinâmica da natureza. Este fluxo de
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS EM LA- deposição dos rejeitos acaba voltando ao ciclo de vida dos
BORATÓRIOS DE ANÁLISES E PESQUISA: O DESEN- seres humanos sob formas de poluição, radiação, contamina-
VOLVIMENTO DO SISTEMA EM ção, chuva ácida, entre outras. (FIGUEIREDO, 1995).
LABORATÓRIOS DA ÁREA QUÍMICA Sabemos que no Brasil são gerados milhares de tonela-
Fabio Eduardo Penatti, Solange T. Lima Guimarães, Paulo das de resíduos diariamente, porém, esses mesmos resíduos
Marcos da Silva não são percebidos como uma significativa preocupação
ambiental pela nossa sociedade. Esta problemática quase
Resumo: sempre é evitada até o momento em que acarretam ameaças,
Laboratórios de análises e pesquisas envolvem uma gama iniquidades e conflitos ambientais mais graves às pessoas
de resíduos no desenvolvimento de seus estudos com carac- que estão diretamente ligadas a esses contextos, tais como
terísticas intrínsecas referente à sua forma de geração. A as populações que habitam o entorno de áreas degradadas, a
quantidade gerada de resíduos neste segmento é desprezível exemplo, daquelas onde a deposição de resíduos se apresen-
comparado às atividades industriais, mas a questão ambiental ta potencial e efetivamente com altos níveis de poluição e
é que estes resíduos não possuem uma técnica padrão para contaminação.
o seu tratamento, devido ao potencial de variação da sua Os resíduos são rejeitos determinados pelo homem que
composição. Este trabalho buscou estabelecer um sistema de não podem fluir diretamente para os rios, solo e ar. Para Phi-
gerenciamento de resíduos convencional, mas que procurou lippi (1990) apud Silva (2004) resíduos sólidos podem ser
desenvolver técnicas para a quantificação da geração dos considerados qualquer mistura de materiais ou restos destes,
resíduos a fim de criar uma sistemática padronizada de con- oriundos dos mais diversos tipos de atividades antropogêni-
trole de uso excedente de produto para a condução e conclu- cas. São classificados de acordo com a sua natureza física,
são dos estudos. sua composição química, e os riscos potenciais que oferecem
Palavras-Chave: Resíduos. Gerenciamento. Sistema. ao meio ambiente e a saúde pública (perigoso inerte e não
Meio Ambiente. Laboratório. Registros. inerte). Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) – NBR 10004 – os resíduos sólidos são definidos
Introdução como:
No decorrer do processo civilizatório, verificamos um cres- ...resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resul-
cimento acelerado da população humana, sendo que os di- tam de atividades de origem industrial doméstica, hospitalar,
versos resíduos gerados como subprodutos de suas ativida- comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos
des, transcendem a capacidade de resiliência do meio ambi- nesta definição lodos provenientes de sistemas de tratamento
ente, gerando desequilíbrios em seus ciclos originais. Gran- de água, aqueles instalados em equipamentos e instalação de
des fluxos de elementos artificiais em altas concentrações, e controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas
muitos deles tóxicos e nocivos à vida na biosfera, são deposi- particularidades

Conhecimentos Específicos 120 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de es- as organizações espaciais oriundas dos processos ligados às
gotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técni- atividades humanas”.
cas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia
Para compreendermos melhor o meio ambiente, não ape-
disponível.
nas como um conjunto de elementos naturais interagindo
Para retratarmos diretamente o problema dos resíduos entre si, mas envolvendo a interação destes elementos tendo
químicos especificamente, devemos considerar que a Quími- a ação do homem como principal agente transformador, con-
ca é uma das ciências que mais trouxe benefícios para a sideramos que algumas formas dessas relações podem cau-
sociedade principalmente nos últimos tempos. Entretanto, um sar danos ambientais irreparáveis ou irreversíveis se não
dos questionamentos mais graves relacionados ao uso inade- forem controladas ou amenizadas através de medidas racio-
quado da Química refere-se aos danos e riscos ambientais nais visando sua conservação. Simmons (1982) destaca que
causados pela geração de resíduos. Os resíduos químicos o uso crescente do processamento dos recursos naturais está
compreendem uma infinidade de compostos gerados nas criando uma série de problemas ambientais. Por conseguinte,
mais variadas atividades industriais e laboratoriais do ramo. nos dias de hoje, o final do processo de produção e o descar-
Estes resíduos merecem uma preocupação especial devido à te no uso doméstico de alguns desses mesmos recursos,
complexidade dos seus compostos, e principalmente por transformados em produtos, estão causando sérios proble-
apresentarem vários níveis de toxidade, sendo eles de carac- mas de tratamento e disposição final dos resíduos para a
terísticas físico-químicas ou bioquímicas, muito distintos em gestão ambiental.
sua complexidade de geração.
A prevenção e a minimização de impactos ambientais
No estudo efetuado sobre a geração de resíduos químicos causados pelas atividades industriais e humanas são alguns
em laboratórios de análises e pesquisas na área química, a dos principais objetivos dos sistemas gestão ambiental. Para
quantidade da geração dos mesmos apresenta índices des- Tommasi (1993), impactos ambientais são alterações físicas
prezíveis comparados às indústrias de grande porte deste ou funcionais no meio ambiente que trazem consequências
mesmo ramo, como as de produtos químicos e petroquímicas. desfavoráveis à sociedade humana. Eles são controlados
Segundo Zancanaro Jr. (2002), se considerarmos a quantida- através de ações integradas entre a administração pública,
de de geração de resíduos no setor industrial (100ton/mês), setores industriais, de serviços e sociedade civil para o esta-
os resíduos de instituições de pesquisas aparentam ser insig- belecimento de medidas de redução e tratamentos menos
nificantes. Gil et al. (2007), afirma que a grande diferença danosos relacionados à geração de resíduos. Através de
entre gerenciar resíduos industriais e resíduos de laboratórios práticas conservacionistas relacionadas à prevenção e à
está na forma de tratamento e disposição final. O grande remediação de impactos, podemos contribuir para o restabe-
problema destas formas de geração é a composição variada e lecimento do equilíbrio das relações entre os múltiplos com-
inconstante que apresentam. As propriedades químicas dos ponentes ambientais, acarretando um novo relacionamento
resíduos mudam constantemente e dificilmente encontra-se do homem com seu ambiente total (DUBOS, 1974).
um método padrão e eficaz para o seu tratamento (GERBASE
1.1 O Gerenciamento de Resíduos como processo do Sis-
et al., 2005).
tema de Gestão Ambiental segundo a série ISO 14000
A importância para o meio ambiente de um padrão de ge-
A série ISO 14000 foi criada pela Organização Mundial de
renciamento destes resíduos justifica-se mediante o fato de
Normatizações (ISO - International Organization for Standar-
que as fiscalizações dos órgãos competentes não possuem
dization). Esta instituição foi criada em 1946 com o caráter de
respaldo legislativo quanto ao tratamento que realmente deve
promover o desenvolvimento de normas internacionais com
ser dado (JARDIM, 1998). As deficiências para se estabelecer
características voluntárias na indústria, comércio e serviços. A
procedimentos para esta destinação obrigam algumas institui-
série inicialmente formulada pela ISO/TC (International Orga-
ções a recorrer e se adaptar em outras leis, como a de Resí-
nization for Standardization/ Technical Committees) 207 em
duos de Serviço de Saúde (RDC 306/04); Inventário de Resí-
1993 tinha como meta principal a elaboração de normas de
duos Industriais (CONAMA 313/02), ou às normas internacio-
gestão ambiental promovendo um enfoque comum ao geren-
nais.
ciamento ambiental para aprimorar métodos de desempenhos
Objetivo ambientais e facilitar o comércio entre os países (CAVAL-
CANTI apud FREIRE, 2000 p.20). De acordo com os seus
Desenvolver um estudo que consiste em determinar os
conceitos, a organização que pretende implantar um Sistema
principais indicadores ambientais presentes em laboratórios
de Gestão Ambiental, deve implantar parâmetros como políti-
da área química de análises e pesquisas para criar uma sis-
cas ambientais, identificação e controle dos seus aspectos
temática padronizada de quantificações dos resíduos gerados
ambientais, metas e objetivos, treinamentos contínuos, moni-
provenientes do processamento dos produtos químicos com
toramentos e verificação do desempenho ambiental, redução
as substancias testes.
dos impactos ambientais referentes aos seus aspectos ambi-
1.0 Importância do gerenciamento de resíduos para a entais, entre outros.
conservação ambiental
Os conteúdos da série ISO 14000 estão relacionados dire-
Antes de discutirmos qual é o grau de importância do ge- tamente a implantação de técnicas que reduzem os proces-
renciamento de resíduos industriais e de laboratórios para a sos de deterioração ambiental. No caso de laboratórios quí-
conservação ambiental, é necessário contextualizarmos al- micos de análises e pesquisas o principal potencial que pode
guns conceitos sobre meio ambiente. Tommasi (1993), citan- gerar impacto ambiental é a geração de resíduos líquidos
do Grinover (1989), afirma que meio ambiente é um jogo de oriundos do processamento da amostra analisada e os insu-
interações entre o meio que suporta os elementos vivos e as mos usados para obter os resultados analíticos. Segundo Gil
práticas sociais produtivas do homem. Sachs (1986) apud et al. (2007), com as determinações desta norma pode-se
Tommasi (1993) coloca que o meio ambiente é a interação estabelecer procedimentos de levantamento, armazenamen-
entre os elementos naturais e a sociedade humana, incluindo to, recuperação e disponibilização dos dados oriundos da
os domínios ecológico, social, econômico e político. Ao anali- quantificação dos resíduos gerados favorecendo, desta forma,
sar o conceito sob uma perspectiva sistêmica, Christofoletti a prevenção de impactos ambientais de caráter compartimen-
(1990) apud Tommasi (1993, p.11) afirma que neste mesmo tal e não-compartimental, tais como contaminações do solo,
meio ambiente estão os “geossistemas, que compreendem a ar, água, flora e fauna.
organização espacial oriunda dos processos do meio ambien-
Segundo a ISO 14001 após a primeira etapa do cumpri-
te físico, e os sistemas sócio-econômicos, que compreendem
mento das suas determinações que é o estabelecimento da

Conhecimentos Específicos 121 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
política ambiental, a próxima etapa é o levantamento dos 2.0 Definição da área de estudo e a metodologia apli-
aspectos ambientais que potencialmente podem ocasionar cada para o levantamento dos compostos de resíduos
impactos no meio ambiente, sendo ele de forma direta ou gerados
indireta. Nos laboratórios estudados, os aspectos ambientais
As atividades dos laboratórios envolvidos no estudo se de-
que oferecem maior destaque é a geração de resíduos líqui-
finem em análises físicoquímicas, radioativas e residuais em
dos proporcionados por diversas áreas de atividade. Cada
produtos como agroquímicos, domissanitários e fármacos que
área de atuação possui uma característica intrínseca quanto
agem diretamente no meio ambiente e que podem causar
aos tipos de produtos utilizados e aos tipos de amostras ana-
diferentes impactos ambientais.
lisadas, ou seja, para cada tipo de amostra são necessários
produtos diferentes para estabelecer os resultados espera- Em suas análises químicas são usados muitos compostos
dos. Dentro da etapa do levantamento dos aspectos ambien- de reagentes como solventes halogenados, não halogenados,
tais, segundo o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Em- radiomarcados, ácidos e bases, entre outras características,
presas (2006), é necessária a classificação e a quantificação que necessitam ser controlados desde o momento em que
destes resíduos. Ao partirmos deste conceito, foi desenvolvi- são retirados do almoxarifado, até o momento em que devem
do um sistema de classificação e subclassificação dos resí- ser descartados.
duos químicos gerados para o seu futuro levantamento para Os laboratórios envolvidos no programa são:
se cumprir a determinação da quantificação destes resíduos.
• Laboratório de Análise de Resíduos (LAR)
Existem muitos benefícios quanto às quantificações dos
resíduos gerados de acordo com o sistema de registro im- • Laboratório de Fármacos (LFAR)
plantado (conforme item 4 p.7-11), o principal deles é o de • Laboratório de Espectrometria de Massa (LEM)
atender o requisito da norma que obriga verificar os indicado-
res de desempenho ambiental do Sistema de Gestão Ambien- • Laboratório de Rádioquímica (LRD)
tal (SGA) implantado. Para a Federação das Indústrias do • Laboratório de Físico-Químca (LFQ)
Estado de São Paulo (2007), os elementos presentes no
SGA, em especial as operações relacionadas aos aspectos e Para iniciar o Programa de Gerenciamento de Resíduos
impactos ambientais significativos, devem ser monitoradas e primeiramente foram mapeados os compostos gerados nas
medidas, sendo que a organização deve manter registros e principais fontes geradoras para definir todas as soluções
controle dessas medições. Outro ponto importante relaciona- usadas em suas análises. Com o objetivo de determinar as
do às medições de desempenho ambiental é o cumprimento características essenciais dos compostos dos resíduos, foram
das metas ambientais estabelecidas periodicamente pelos inventariados os ativos de geração, como forma de levantar
laboratórios. Estas metas são traçadas de acordo com os os aspectos ambientais presentes no objeto da pesquisa de
índices de geração de resíduos anuais, e de forma gradativa acordo com a norma ISO 14001. A metodologia de Inventário
são implantados sistemas de redução na fonte, de reutilização do Ativo foi desenvolvida por Jardim (1998) nos laboratórios
e de reciclagem, com o intuito de diminuir estes índices, e de análises químicas da Universidade de Campinas (UNI-
consequentemente melhorar continuamente o sistema de CAMP). Para esse autor, ativo é todo o
gerenciamento implantado. resíduo gerado na rotina de trabalho da Unidade Geradora
Além do ponto principal que é o cumprimento das deter- (ou Fonte Geradora), sendo imprescindível esta atividade
minações exigidas pela ISSO 14001, os laboratórios estuda- para o Gerenciamento, pois é através dela que “se poderá
dos possuem atividades diretamente ligadas ao bem estar traçar metas e objetivos a serem atingidos em termo de gera-
humano, tais como análise de fármacos e análise de resíduos ção futura de resíduos” (JARDIM, 1998, p.10).
de alimentos, portanto, é necessário que o sistema de geren- O inventário do ativo foi desenvolvido através da visitação
ciamento de resíduos seja adequado à resolução da Agência de todos os laboratórios envolvidos. Nos laboratórios foram
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Resolução da Dire- entrevistados os responsáveis com o objetivo de coletar in-
toria Colegiada (RDC) número 306/04, pois a sua abrangên- formações sobre as características dos resíduos gerados e
cia enfoca laboratórios de análises de produtos para saúde, quais eram as suas principais fontes geradoras. Após o levan-
além de outras normas e leis como as da ABNT- NBR 10004, tamento de todos os tipos e fontes de resíduos gerados, es-
NBR 12235, NBR 7500, NBR 13221 sas mesmas fontes foram codificadas e inseridas em um
e da Comissão Nacional de Energia Nuclear – (CNEN) mapa de resíduos com a função de localizar as fontes no
NE- 6.05, entre outras. Assim como exige na ISO 14001, interior dos laboratórios. Para auxiliar o levantamento dos
como na RDC 306/04, é necessário após o levantamento dos resíduos e de suas fontes, foi desenvolvida uma planilha
aspectos ambientais, a aplicação do seu manejo segundo específica para registro das informações coletadas.
outros requisitos legais aplicáveis. No caso da RDC 306/04, Após a tabulação de todos os dados, os resíduos foram
são citados quais os requisitos legais que devem ser segui- classificados segundo as características definidas pela ABNT
dos, já na ISO 14001 ficam abertos para as adequações con- – NBR 10004/04.
forme a realidade dos aspectos e seus impactos decorrentes.
Ambas corroboram para a melhoria do bem estar social vi- 3.0 Gerenciamento de Resíduos Químicos nos Labora-
sando à implantação de técnicas que conservem e preservem tórios
o meio ambiente. Especificamente a RDC 306/04 é o requisito Gerenciamento de resíduos é uma prática que consiste
legal que mais se aproxima da realidade estudada dos labora- em controlar o potencial de impactos ambientais dos resíduos
tórios da área química, portanto, o sistema de gerenciamento gerados de uma determinada atividade (ROCCA et al., 1993).
que consiste em caracterizar, classificar, segregar, transpor- Esta atividade é considerada com uma prática de Produção
tar, armazenar, tratar e destinar, além das suas quantifica- Mais Limpa (P+L) na medida em que o gerenciamento de
ções que consiste em desenvolver “instrumentos de avaliação resíduos estabelece formas de conter ou minimizar uma gera-
e controle, incluindo a construção de indicadores claros, obje- ção demasiada de resíduos, ou até mesmo de buscar outras
tivos, auto-explicativos e confiáveis, que permitam acompa- alternativas para as suas destinações.
nhar a eficácia do PGRSS implantado” (RDC 306/04 item
4.2.1 p.6) contribuem para o fornecimento de dados para o A metodologia aplicada para o gerenciamento dos resí-
duos químicos consiste em caracterizar, segregar, armazenar
estabelecimento de metas de redução da geração de resí-
e destinar de forma correta e legal os resíduos gerados
duos, e, consequentemente, da diminuição dos riscos e im-
pactos ambientais adversos. (JARDIM, 1998; CUNHA, 2001). Para Jardim (1998), esta
forma de gerenciamento é figura de mérito para qualquer

Conhecimentos Específicos 122 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
plano de gerenciamento e também propõe uma hierarquia de produto final em uma indústria, os laboratórios geram laudos
medidas visando uma otimização da “Unidade Geradora”, ou relatórios finais tomando como base os resultados analíti-
com intuito de proporcionar a minimização dos resíduos e a cos tendo como referência normas da Environmental Protecti-
redução dos custos das análises, meta comum a ser cumpri- on Agency (EPA), Organisation for Economic Co-operation
da por qualquer tipo de Sistema de Gestão Ambiental. and Development (OECD) e ABNT, principalmente.
Através desta estratégia hierárquica de medidas para o Para a quantificação dos resíduos gerados nestes labora-
gerenciamento de resíduos nos laboratórios de análises quí- tórios, foi necessário que os operadores e técnicos seguissem
micas, a próxima ação após o levantamento dos resíduos um sistema implantado de registros de descartes, e através
fornecidos através do inventário do ativo, foi a caracterização destes registros pôde-se quantificar periodicamente as princi-
dos resíduos gerados nos laboratórios. Com a identificação pais composições de resíduos. O sistema implantado através
da fonte geradora de resíduos podemos estabelecer padrões da formulação de livros de registros para atividades específi-
de caracterização de suas propriedades. Para facilitar a ca- cas de descarte foi baseado na norma ISO17025 - Requisitos
racterização dos resíduos foi necessário identificá-lo, caracte- gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibra-
rizando apenas os resíduos químicos e depois definir como ção.
ele foi gerado (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 1996).
4.1 Técnicas para o levantamento dos dados
4.0 Procedimento de levantamento e tratamento dos
Antes dos registros em livros específicos de descarte de
dados referentes à geração de resíduos
resíduos, foi necessário criar um sistema de identificação e
Um laboratório de análises químicas é visto como um local rotulagem dos frascos coletores. Através de normas internas
que reúne as condições indispensáveis à experimentação de meio ambiente, ficou estabelecido que frascos coletores
científica e à comprovação dos conhecimentos expostos teo- considerados de atividades de geração rotineira de resíduos
ricamente utilizando as suas próprias metodologias para o teriam uma capacidade máxima de 5 litros. As informações da
desenvolvimento dos seus estudos (CHRISPINO, 1994). rotulagem destes frascos foram baseadas na Ficha de Carac-
Sabemos que a função das atividades de laboratórios de terização de Resíduos aplicadas no Programa de Gerencia-
análises e pesquisas, principalmente da área química, é de mento de Resíduos da Universidade Federal de São Carlos
fornecer dados para certificações de resultados referentes às (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, 2005). A
características das amostras, como composição físico- identificação deste tipo de descarte é “Descarte Usual” que
química; potencial residual; potencial de lixiviação; impurezas contém: o grupo de descarte e o código da fonte geradora1,
residuais; estabilidade, entre outras (BOETHILING; MACKAY, informações pertinentes às características do resíduo, a data,
2000; SETTLE, 1997). Diferentemente da confecção de um a rubrica e vencimento de utilização do frasco:

Descarte Usual
Após o uso destes frascos coletores com os descartes gerados rotineiramente em locais de uso comum que ficam geralmente
próximos a bancadas ou equipamentos, baseando-se no sistema implantado de segregação, estes resíduos são transferidos em
frascos coletores maiores, como bombonas de 50 litros. Estes frascos maiores, em geral, ficam em locais afastados do interior
dos laboratórios, como as salas de lavagens. Este tipo de descarte recebe o nome de “Descarte Temporário”. A rotulagem destes
recipientes foi desenvolvida internamente, contendo informações pertinentes ao grupo de descarte, e outro código que no caso é
identificado com o código do laboratório em um número sequencial:

Conhecimentos Específicos 123 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

O procedimento que envolve a transferência de um volume menor de resíduo coletado nos frascos de “Descarte Usual” para
os frascos de maior capacidade designado como “Descarte Temporário”, deve ser registrado em um livro de registro criado pelo
sistema implantado, intitulado de “Registro de Identificação do resíduo gerado na fonte para o armazenamento temporário no
laboratório”, de acordo com a figura 3. Este livro coleta informações para a quantificação dos dados referentes à geração dos
resíduos nos laboratórios. Neste livro são informados: o volume descartado; a pessoa que descartou; o horário; o código da fonte
pela qual procede este resíduo identificado na etiqueta de “Descarte Usual”, e o código do coletor pelo qual o resíduo está sendo
transferido, encontrado no rótulo do recipiente de “Descarte Temporário”. Dentro das informações contidas neste livro de registro
é que os dados são coletados para tabular e quantificar o total de resíduos gerados divididos em determinado períodos de tempo.

Da mesma forma pela qual é feito o “Descarte Usual” (sempre que se esgota a capacidade do recipiente, o seu conteúdo de-
ve ser transferido para o “Descarte Temporário”), o procedimento de registro se repete quando o recipiente de “Descarte Tempo-
rário” esgota a sua capacidade de armazenamento e passa a ser descartado. Neste livro, a todo o momento que o próprio pes-
soal responsável do laboratório coleta os resíduos e encaminha para o armazenamento na Área Central de Armazenamento
Temporário de Resíduos da instituição, a atividade é registrada, informando a identificação do recipiente que leva o código do
laboratório e o seu número sequencial; a quantidade aproximada do volume existente no coletor; algumas observações; e o des-
tino do coletor, como mostra a figura 4. Com as informações contidas neste livro é possível estabelecer o período de geração de
resíduos, ou seja, em qual espaço de tempo é gerado aproximadamente 50 litros de resíduos por laboratório, e com isso estabe-
lecer através de planilhas de cálculos, a variação mensal e diária dos tipos e do total de resíduos gerados:

O último procedimento de registro estruturado pelo sistema é quando um dado lote de resíduos recebe uma determinada for-
ma de tratamento, ou é destinado a um local de destruição ou deposição permanente. O livro de registro de “Destinação Final”
(fig.5) é utilizado quando os resíduos são destinados para aterros sanitários especializados, coprocessamento ou incineração.
Através do sistema de gestão implantado nos laboratórios, os resíduos são segregados previamente, de acordo com a sua com-
posição. Tendo em vista a característica dos estudos desenvolvidos nos laboratórios inclusos no sistema, determina-se qual o
seu melhor destino, por onde são armazenados separadamente por local de origem na “Área Central de Armazenamento Tempo-
rário de Resíduos”:

Conhecimentos Específicos 124 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Atualmente, a maior parte dos resíduos gerados nestes Para se criar um hábito para a aplicação do programa,
laboratórios tem o potencial de co-processamento para quei- principalmente referente aos registros de descarte pelos fun-
ma em equipamentos industriais. Segundo laudos técnicos cionários, foi preciso aplicar ciclos de treinamentos intensivos,
efetuados por análises de classificação, eles são caracteriza- assim como atividades de Educação Ambiental, como pales-
dos de acordo com o seu poder calorífico acima de 3500 tras, campanhas e divulgação de documentários e notícias
cal/kg e uma baixa concentração de cloro livre, o que potenci- ambientais. Podemos tomar como exemplo, a Semana Inter-
aliza o uso para este tipo de destinação. Para Rocca et al. na dePrevenção de Acidentes (SIPAT), onde além da temáti-
(1993), este tipo de alternativa pode garantir uma destinação ca de Segurança no Trabalho, também foram realizadas al-
aceitável referente aos custos e à própria proteção ambiental. gumas palestras sobre a temática da égide ambiental com
enfoque na geração de resíduos e diminuição de desperdí-
4.2 Levantamento dos resíduos e tratamento dos da-
cios.
dos
Treinamentos e atividades de Educação Ambiental são
Como todo sistema de gerenciamento, além da organiza-
instrumentos muito eficazes para o Programa de Gerencia-
ção da sua gestão, como foi citada nos itens pertinentes a
mento de Resíduos obter resultados positivos. É importante
estas aplicações, os dados levantados através dos inventários
que a instituição, ou a empresa, que deseja implantar um
de resíduos devem ser analisados e tratados conforme os
programa como esse tenha um departamento ou um setor
seus riscos correlacionados ao meio ambiente e o seu poten-
responsável pelo fornecimento destes serviços, tendo em
cial de minimização. A metodologia aplicada para qualificar os
vista que este trabalho é muito significativo perante a sua
resíduos, foi baseada em um estudo desenvolvido por Cercal
responsabilidade para a conservação ambiental, necessitando
(2000) apud Souza (2005 p.48).
de uma boa base organizacional com profissionais especiali-
Este estudo consistiu em criar subsídios para a priorização zados para exercer atividades multidisciplinares.
da minimização da sua geração em uma indústria alimentícia
Considerações finais
de Curitiba. Nele, são avaliados para aplicação três modelos
de análises para se estabelecer uma classificação para os A realização deste trabalho permitiu mostrar outra forma
rejeitos: de caracterizar e classificar os resíduos que são oriundos
principalmente do final das análises químicas relacionadas
1. Análise do resíduo por valor econômico
basicamente ao processamento das substancias testes com
2. Análise do resíduo por risco os produtos utilizados para a efetivação dos resultados. Neste
3. Análise do resíduo por facilidade de minimização. trabalho procuramos enfocar, não somente a quantificação
dos resíduos provenientes dos aspectos ambientais, mas
Neste estudo, a principal análise efetuada para estabele- também identificar as principais fontes geradoras no interior
cer formas de minimização da sua geração foi a análise do dos próprios laboratórios. Desta forma, além desta quantifica-
resíduo por facilidade de minimização. A minimização desta ção, através do sistema implantado de registros, fica possível
geração é o principal instrumento econômico para propiciar também identificar quais as fontes geradoras que mais produ-
fundamentos de incentivos do desenvolvimento do sistema de zem resíduos, e finalmente poder traçar planos de ações
gerenciamento pela alta diretoria de certas empresas deste específicos e focalizados para a realidade de cada atividade
ramo. Ao contabilizar a quantidade de resíduos gerados pelos que estruturam estas fontes.
laboratórios, relacionando estes dados com o total de insu-
mos mais utilizados nas análises, e a quantidade de estudos Assim como toda atividade que envolve o aspecto humano
desenvolvidos em um mesmo período de tempo, foi possível para colher os resultados esperados na pesquisa, a principal
traçar curvas rítmicas destas variáveis. De acordo com o dificuldade encontrada durante este estudo foi a assimilação e
desempenho destas curvas foi possível definir os momentos a aplicação dos procedimentos implantados pelos funcioná-
em que os insumos estavam sendo utilizados com eficiência, rios dos laboratórios.
se estava havendo algum tipo de desperdício ou havendo um Foi necessária primeiramente a implantação de um projeto
maior consumo de insumos em relação ao estudo desenvolvi- piloto em um dos laboratórios do escopo do estudo para le-
do. vantar as principais dificuldades encontradas pelos funcioná-
Durante um determinado período de tempo a variação rios referentes aos registros de quantificação, caracterização
destes três fatores foi monitorada e analisada para estabele- e classificação dos resíduos nos livros aplicáveis. Neste proje-
cer o desempenho da dinâmica deste sistema no período de to piloto foi quantificado a totalidade dos descartes registrados
um ano. em livros. Comparados ao volume total gerado foi constatado
que os resíduos não estavam sendo registrados em sua tota-
5.0 Treinamento e Educação Ambiental lidade, portanto não poderia estabelecer a quantidade real da
O sistema implantado de gerenciamento de resíduos nos geração. Para sanar este problema foi necessário a implanta-
laboratórios, também preconiza a aceitação e o entendimento ção de treinamentos e auditorias periódicas para que os labo-
dos funcionários como fator fundamental para a efetivação e ratórios se adequassem ao novo sistema de registros, tendo
continuidade do programa, pois é a partir da conscientização como meta que os dados registrados do volume descartado
do funcionário que se pode evitar a sua obsolescência. atingissem uma margem de erro de no máximo 5% referentes
ao da sua totalidade gerada.

Conhecimentos Específicos 125 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Sendo este trabalho parte de um sistema de gerenciamen- Dito isto, consideramos que nunca é demais lembrar que
to de resíduos implantado na instituição, muitos aspectos segurança é sinônimo de boa técnica. Não há cabine de se-
positivos são destacados com a prática das suas atividades, gurança biológica nem qualquer outro equipamento ou proce-
mas entre estes podemos destacar – a diminuição dos gastos dimento que por si só seja capaz de garantir a segurança, a
com a compra de reagentes e insumos de uso excedente nos não ser que os seus usuários apliquem técnicas seguras,
estudos detectados pela análise dos dados do gerenciamen- baseadas na informação e na compreensão.
to; desenvolvimento de novas técnicas de tratamento para
A educação e os fatores decorrentes ou presentes no tra-
redução, reciclagem e reutilização dos resíduos; minimização
balho que podem ter impacto sobre a sua saúde e segurança
da exposição aos riscos dos funcionários envolvidos nos
dos alunos e funcionários, são fundamentais para que a sua
estudos quanto aos atributos de saúde ocupacional. Tendo
participação seja efetiva e resulte em mudanças de compor-
como base estes aspectos positivos, o sistema remete-se a
tamento que possam evitar a exposição desnecessária ao
importância de que as preocupações para se estabelecer o
risco
gerenciamento dos seus resíduos e dos seus indicadores,
podem perpetuar e disseminar novas atitudes e condutas 1. OBJETIVO
benéficas ao meio ambiente quando incentivadas pelos res- Prover informações que auxiliem a prevenir, minimizar e,
ponsáveis deste seguimento e aplicadas pelos funcionários se possível, eliminar a exposição aos riscos ocupacionais
diretamente envolvidos na continuidade e melhoria dos siste- presentes no IMMES, evitando os acidentes de trabalho e
mas. preservando a saúde dos funcionários,alunos, professores, a
saúde da comunidade e o meio ambiente.
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
MÉTODOS QUÍMICOS E FÍSICOS DE DESINFECÇÃO E Este manual aplica-se aos ambientes, condições, proces-
ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS PARA USO EM ENSAIOS sos e práticas de trabalho do IMMES que possam colocar em
LABORATORIAIS; risco a segurança e a saúde dos seus profissionais e alunos a
saúde coletiva, a preservação do meio ambiente e a qualida-
de dos trabalhos desenvolvidos.
MANUAL DE BIOSSEGURANÇA IMMES 3. DEFINIÇÕES
INSTITUTO MACAPAENSE DE ENSINO SUPERIOR CO-
Para efeito deste manual, são adotadas as seguintes defi-
MISSÃO DE BIOSSEGURANÇA - CBioss
nições:
http://www.immes.com.br/files/MANUAL%20DE%20BIOSSEG
URANÇA%20IMMES_ok.pdf a) Biossegurança
Conjunto de medidas voltadas para a prevenção, controle,
minimização ou eliminação dos riscos presentes nas ativida-
CAPÍTULO I des de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnoló-
APRESENTAÇÃO gico e prestação de serviços que podem comprometer a saú-
de do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente
Os Laboratórios do IMMES são ambientes complexos e e/ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
dinâmicos que necessitam adaptar-se rapidamente às neces-
sidades e pressões sempre crescentes da informação ao b) Risco ocupacional
acadêmico e também mostrar a interatividade acadêmica com São os riscos para a saúde ou para a vida dos trabalhado-
a saúde pública. res decorrentes de suas atividades no trabalho.
Os desafios que se apresentam - como as doenças emer- c) Classe de Risco
gentes ou reemergentes, as questões ambientais - impõem a
constante reavaliação das prioridades dos laboratórios. Grau de risco associado ao material biológico manipulado.
Dentro deste contexto, a Biossegurança, que constitui d) Análise de Risco
uma área de conhecimento relativamente nova, é um campo É o processo de levantamento, avaliação, e comunicação
que cresce em importância e abrangência, sendo as suas dos riscos, considerando o ambiente e os processos de traba-
normas e recomendações cada vez mais difundidas interna- lho, a fim de implementar ações destinadas à prevenção,
cionalmente. controle, redução ou eliminação dos mesmos.
O IMMES, visando a adoção das normas de Biosseguran- e) Contenção
ça, com o objetivo de implantar medidas voltadas para a pre-
venção, controle, minimização ou eliminação dos riscos ine- O termo contenção é usado para descrever os métodos de
rentes às suas atividades, instituiu em 2011 a sua Comissão segurança utilizados na manipulação de materiais infecciosos
de Biossegurança (CBioss). em um meio laboratorial onde estão sendo manejados ou
mantidos.
Desde então, a Comissão de Biossegurança do IMMES,
vem implementando um programa de educação continuada f) Material Biológico
para os profissionais de laboratório, alunos e professores Todo material que contenha informação genética e seja
abordando diferentes aspectos da segurança e saúde no capaz de autoreprodução ou de ser reproduzido em um sis-
trabalho e da questão ambiental. tema biológico. Inclui os organismos cultiváveis e agentes
Faltava-nos disponibilizar um manual de Biossegurança, (entre eles bactérias, fungos filamentosos, leveduras e proto-
que servisse de consulta e orientação para os procedimentos zoários); as células humanas, animais e vegetais, as partes
laboratoriais. replicáveis destes organismos e células (bibliotecas genômi-
cas, plasmídeos, vírus e fragmentos de DNA clonado), príons
Este é o objetivo deste manual, que reúne conceitos, nor- e os organismos ainda não cultivados.
mas e procedimentos referenciados em publicações reconhe-
cidas, abordados de forma objetiva, alguns apresentados g) Patogenicidade
passo a passo, visando a facilitar a sua compreensão e apli- Capacidade de um agente biológico causar doença em um
cação. No manual são tratadas as práticas seguras mais hospedeiro suscetível.
essenciais, baseadas nos trabalhos acadêmicos.
h) Filtro HEPA

Conhecimentos Específicos 126 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Filtro de alta eficiência, feito de tecido e fibra de vidro com sua saúde. Pode-se citar como exemplos o levantamento
60μ de espessura. As fibras do filtro são feitas de uma trama e transporte manual de peso, os movimentos repetitivos, a
tridimensional a qual remove as partículas de ar que passam postura inadequada de trabalho, que podem resultar em LER
por ele por inércia, intercessão e difusão. O filtro HEPA tem – Lesões por Esforços Repetitivos, ou DORT – Doenças Ós-
capacidade para filtrar partículas com eficiência igual ou maior teo-musculares
que 99,99%.
Relacionadas ao Trabalho.
i) Disposição Final
O ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, longos perío-
Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente dos de atenção sustentada, ambiente não compatível com a
preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos necessidade de concentração, pausas insuficientes para
de construção e operação, e com licenciamento ambiental. descanso intra e inter-jornadas, assim como problemas de
relações interpessoais no trabalho também apresentam riscos
j) Profissional Responsável
psicofisiológicos para o trabalhador.
Profissional com conhecimento, experiência, formação e
1.3 Risco Físico
treinamento específico para a área de atuação e que exerce a
função de supervisão do trabalho. Está relacionado às diversas formas de energia, como
pressões anormais, temperaturas extremas, ruído, vibrações,
4. SIGLAS
radiações ionizantes (Raio X, Iodo 125, Carbono 14), ultra-
CBIOSS – Comissão de Biossegurança do IMMES som, radiações não ionizantes (luz Infra-vermelha, luz Ultravi-
IE – Instituição de Ensino oleta, laser, microondas), a que podem estar expostos os
trabalhadores.
EPI – Equipamento de Proteção Individual
1.4 Risco Químico
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
Refere-se à exposição a agentes ou substâncias químicas
CSB – Cabine de Segurança Biológica na forma líquida, gasosa ou como partículas e poeiras mine-
HEPA - High Efficiency Particulate Air filter (Filtro de ar de rais e vegetais, presentes nos ambientes ou processos de
alta eficiência para partículas) trabalho, que possam penetrar no organismo pela via respira-
tória, ou possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo
UV – Ultra-Violeta através da pele ou por ingestão, como solventes, medica-
NB – Nível de Biossegurança mentos, produtos químicos utilizados para limpeza e desin-
fecção, corantes, entre outros.
UN – United Nations (Nações Unidas)
1.5 Risco Biológico
v/v – volume a volume
Está associado ao manuseio ou contato com materiais
ppm – parte por milhão biológicos e/ou animais infectados com agentes biológicos
HIV – Human lmunnedeficiency Virus (Vírus da Imunodefi- que possuam a capacidade de produzir efeitos nocivos sobre
ciência Humana) os seres humanos, animais e meio ambiente. Em relação à
biossegurança, os agentes biológicos são classificados de
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária acordo com o risco que eles apresentam (ver capítulo III, sub-
RDC - Resolução da Diretoria Colegiada ítem 1.1).
RSS – ResídPAs de Serviços de Saúde. 2. NORMAS BÁSICAS DE BIOSSEGURANÇA
CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear Estas normas consistem num conjunto de regras e proce-
dimentos de segurança que visam a eliminar ou minimizar os
FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produto
acidentes e agravos de saúde relacionados ao trabalho em
Químico laboratórios e em outros serviços de saúde.
NBR – Norma Técnica Brasileira 2.1 Higiene Pessoal
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
a) cabelos
P.A. – Pró-análise
Cabelos longos são mantidos presos durante os trabalhos;
b) unhas
CAPÍTULO II
As unhas são mantidas limpas e curtas;
RISCOS OCUPACIONAIS E NORMAS BÁSICAS DE BI-
c) calçados
OSSEGURANÇA
Usa-se exclusivamente sapatos fechados no laboratório;
1. RISCOS EM LABORATÓRIOS DE SAÚDE
d) lentes de contato
O trabalho em laboratórios de saúde expõe os trabalhado-
res a riscos comuns a outros grupos profissionais e riscos O ideal é não usar lentes de contato no laboratório. Se for
específicos da sua atividade. Estes riscos são classificados necessário usálas, não podem ser manuseadas durante o
em cinco grupos principais: trabalho e necessitam ser protegidas com o uso de óculos de
segurança. Evita-se manipular produtos químicos usando
1.1 Risco de Acidente
lentes de contato, uma vez que o material das lentes pode ser
É o risco de ocorrência de um evento negativo e indeseja- atacado por vapores ou reter substâncias que possam provo-
do do qual resulta uma lesão pessoal ou dano material. Em car irritações ou lesões nos olhos;
laboratórios os acidentes mais comuns são as queimaduras,
e) cosméticos
cortes e perfurações.
Não é permitido aplicar cosméticos na área laboratorial;
1.2 Risco Ergonômico
f) jóias e adereços
Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa
interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, Os alunos serão instruídos quanto ao uso de adornos e
causando desconforto ou afetando jóias durante as aulas laboratoriais. Não são usados anéis

Conhecimentos Específicos 127 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
que contenham reentrâncias, incrustações de pedras, assim 2.4.3 Sequência da lavagem das mãos
como não se usa pulseiras e colares que possam tocar as
1. Palma
superfícies de trabalho, vidrarias ou pacientes;
2. Dorso das mãos
Quando são usados crachás presos com cordão em volta
do pescoço, estes devem estar sob o guarda-pó dentro da 3. Espaços Interdigitais
área analítica. 4. Polegar
2.2 Cuidados Gerais 5. Articulação dos dedos
a) cuidar no levantamento e transporte de pesos, para não 6. Unhas e extremidades
sofrer lesões osteomusculares;
7. Punhos
b) utilizar escada para acessar prateleiras mais altas;
2.4.4 Anti-sépticos
c) colocar os objetos mais pesados em prateleiras mais
baixas; São preparações contendo substâncias microbicidas (que
destroem microrganismos ativos) ou microbiostáticas (que
d) não sobrecarregar fichários e não deixar gavetas aber- inativam microrganismos em forma vegetativa),destinadas ao
tas em área de circulação; uso tópico na pele, mucosa e ferimentos.
e) não trabalhar sozinho no laboratório. 2.4.5 Anti-sepsia das mãos:
2.3 Proibições na área analítica Após a lavagem das mãos utiliza-se o álcool a 70% ou ál-
a) pipetar com a boca; cool gel glicerinado ou não.
b) comer, beber ou fumar; 2.5 Superfícies
c) armazenar alimentos; As superfícies das bancadas de trabalho são limpas e
descontaminadas antes e após os trabalhos e sempre após
d) utilizar equipamentos da área analítica para aquecer a-
algum respingo ou derramamento, sobretudo no caso de
limentos;
material biológico potencialmente contaminado e substâncias
e) manter objetos pessoais, bolsas ou roupas; químicas.
f) coletar amostras de pacientes; 2.6 Aerossóis
g) usar ventiladores; Aerossóis são partículas microscópicas que permanecem
suspensas no ar e podem carregar elementos químicos, bio-
h) assistir TV, ouvir radio ou fone de ouvido;
lógicos ou sujidades. Todos os procedimentos de laboratório
i) presença de pessoas estranhas durante o andamento são conduzidos com o máximo cuidado visando a evitar a sua
das aulas e crianças; formação.
j) presença de animais e plantas que não estejam relacio- 3. EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
nados com as aulas.
Os equipamentos de proteção individuais e coletivos são
2.4 Lavagem das mãos considerados elementos de contenção primária ou barreiras
Para manipular materiais potencialmente infectantes e primárias. Estes equipamentos podem reduzir ou eliminar a
substâncias químicas utiliza-se luvas de proteção. Isto, no exposição da equipe do laboratório, de outras pessoas e do
entanto, não elimina a necessidade de lavar as mãos regu- meio ambiente aos agentes potencialmente perigosos.
larmente e de forma correta. 3.1 Equipamentos de Proteção Individual – EPI
Na maioria dos casos, lavar bem as mãos com água e sa- São elementos de contenção de uso individual utilizados
bão é suficiente para a descontaminação, mas em situações para proteger o profissional do contato com agentes infeccio-
de maior risco é recomendada a utilização de sabão germici- sos, químicos, calor ou frio excessivo, fogo, entre outros ris-
da. cos, no ambiente de trabalho. Servem, também, para evitar a
No laboratório, as torneiras são, preferencialmente, acio- contaminação do material em experimento ou em produção.
nadas com o pé ou outro tipo de acionamento automático. 3.1.1/Jaleco
Não estando disponíveis estes dispositivos, usa-se papel
É usado dentro da área do laboratório, mesmo quando
toalha para fechar a torneira a fim de evitar a contaminação
não se esteja executando algum trabalho, e em todos os
das mãos lavadas.
trabalhos que envolvam os riscos descritos acima, pois prote-
O ato de lavar as mãos com água e sabão, através de gem tanto a pele como as roupas do técnico. As mangas são
técnica adequada, objetiva remover mecanicamente a sujida- longas podendo ser com elástico na extremidade. O fecha-
de e a maioria da flora transitória da pele. mento é frontal, com botões, preferencialmente de pressão. O
2.4.1 Quando lavar as mãos guarda-pó é confeccionado em tecido de algodão ou misto,
não inflamável, e tem comprimento abaixo dos joelhos. É
a) ao iniciar o turno de trabalho/aulas; usado permanentemente fechado.
b) sempre depois de ir ao banheiro É lavado sempre que sujar ou, no mínimo, uma vez por
c) antes e após o uso de luvas; semana, mesmo que apresente aspecto limpo.

d) antes de beber e comer; Para os que trabalham com amostras potencialmente con-
taminadas com agentes biológicos classe 3 (Mycobacterium
e) após a manipulação de material biológico e químico; tuberculosis ou Histoplasma capsulatum, por exemplo), é
f) ao final das atividades, antes de deixar o laboratório. utilizado um guarda-pó exclusivo para a área restrita de ma-
nuseio destes agentes. Este guarda-pó é descontaminado em
2.4.2 Regras básicas autoclave antes da lavação normal.
a) antes de lavar as mãos, retirar anéis e pulseiras; Nota:
b) quando houver lesões nas mãos e antebraços, protegê-
las com pequenos curativos antes de calçar as luvas.

Conhecimentos Específicos 128 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
É proibido o uso de jalecos em elevadores, corredores, sa- Utiliza-se as chamadas luvas de procedimento nos traba-
las de aula, toaletes e outros locais públicos. Este permanece lhos que envolvem contato com membranas mucosas e le-
no ambiente técnico, em cabides ou vestiários específicos. Só sões, no atendimento a pacientes e para procedimentos de
é usado em áreas comuns para o transporte de materiais diagnóstico que não requeiram o uso de luvas estéreis;
biológicos, químicos, estéreis ou resíduos entre uma e outra
b) luvas de cloreto de vinila (PVC)
IE.
Para manusear citostáticos e alguns produtos químicos
3.1.2 Avental impermeável
(ver Tabela 3: Tipos de Luva e Seu Uso Adequado Conside-
É utilizado para limpeza e lavagem de materiais,vidrarias rando a Incompatibilidade, no Capítulo IV);
vestido sobre o guarda-pó.
c) luvas de látex nitrílico/borracha butadieno
3.1.3 Óculos de segurança e/ou escudo facial
Para alguns produtos químicos (ver Tabela 3: Tipos de
São usados em todas as atividades que possam produzir Luva e Seu Uso Adequado Considerando a Incompatibilidade,
salpicos, respingos e aerossóis, projeção de estilhaços pela no Capítulo IV);
quebra de materiais que envolvam risco químico ou biológico,
d) luvas de fibra de vidro com polietileno reversível
ou quando há exposição a radiações perigosas (por ex. luz
ultra-violeta), dando proteção ao rosto e, especialmente, aos Usadas para proteção contra materiais cortantes;
olhos. e) luvas de fio de kevlar tricotado
Lavar após o uso com água e sabão ou, no trabalho com Protegem em trabalhos a temperaturas até 250ºC (figura à
agentes biológicos, com solução desinfetante - hipoclorito a direita);
0,1% (o álcool prejudica o material com que são fabricados os
óculos) e guardá-los adequadamente. f) luvas térmicas de nylon
3.1.4 Máscaras Usadas para trabalhos a temperaturas até -35ºC;
São usadas as do tipo cirúrgico, sem sistema de filtro, pa- g) luvas de borracha
ra proteção do aparelho respiratório no manuseio de material • para serviços gerais de limpeza, processos de limpeza
biológico, dependendo da sua classe de risco, assim como de instrumentos e descontaminação;
para proteção do produto que está sendo manuseado.
• essas luvas podem ser descontaminadas por imersão
Existem tipos de máscaras com maior ou menor capaci- em solução de hipoclorito a 0,1% por 12 h;
dade de retenção de partículas. A seleção é feita consideran-
do o agente biológico com o qual se vai trabalhar. • após lavar, enxaguar e secar para a reutilização;
Os profissionais que trabalham com amostras potencial- • são descartadas quando apresentam qualquer evidência
mente contaminadas com agentes biológicos classe 3 (Myco- de deterioração.
bacterium tuberculosis ou Histoplasma capsulatum, por e- Notas:
xemplo), utilizam máscaras com sistema de filtração que
retenha no mínimo 95% das partículas menores que 0,3μ. 1) verificar a presença de furos antes de calçar as luvas.

3.1.5 Respiradores 2) não lavar ou desinfetar luvas de procedimento ou cirúr-


gicas para reutilização. O processo de lavagem pode ocasio-
São dispositivos com sistemas de filtro para serem usados nar dilatação dos poros e aumentar a permeabilidade da luva.
em áreas de alta contaminação com aerossóis de material Agentes desinfetantes podem causar deterioração.
biológico e na manipulação de substâncias químicas com alto
teor de evaporação, dando proteção ao aparelho respiratório. 3) as luvas não são usadas fora do laboratório, a não ser
para o transporte de materiais biológicos, químicos, estéreis
O uso do respirador não dispensa o uso de Capela de Se- ou resíduos entre uma e outra IE.
gurança Química ou da Cabine de Segurança Biológica.
4) nunca tocar maçanetas, telefone, puxadores de armá-
É necessário que o funcionário receba treinamento para rios e outros objetos de uso comum quando estiver de luvas e
usá-los corretamente. manuseando material biológico potencialmente contaminado,
3.1.6 Botas de Borracha substâncias químicas ou radioativas.
São usadas para proteção dos pés durante atividades em 3.2 Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC
áreas molhadas, para transporte de material e resíduos e São equipamentos de contenção que possibilitam a prote-
para a limpeza de locais contaminados, entre outras ativida- ção do trabalhador, do meio ambiente e do produto ou pes-
des. quisa desenvolvida. Podem ser utilizados por um ou mais
3.1.7 Gorro descartável trabalhadores.
É usado para proteger os cabelos de aerossóis e salpicos 3.2.1 Alças de transferência descartáveis
e o produto ou experimento de contaminações. Substituem as alças de cromo-níquel e alças de platina.
3.1.8 Pro-pé ou sapatilha São de material plástico estéril, descartáveis e dispensam a
flambagem.
Recomendado para a proteção dos calçados/pés, em á-
reas contaminadas ou para trabalhar em áreas estéreis. A vantagem dessas alças é a de não precisarem ser este-
rilizadas, sendo, portanto, ideais para ser utilizadas em cabi-
3.1.9 Luvas nes de segurança biológica, onde microincineradores e, prin-
Utilizadas para proteger as mãos. São de uso obrigatório cipalmente, bicos de Bunsen interferem no fluxo do ar.
na manipulação de qualquer material biológico ou produto Após o uso, são descartadas como resíduo contaminado
químico. São fabricadas em diferentes materiais para atender (é necessário descontaminar antes do descarte quando usa-
as diversas atividades laboratoriais. das em culturas).
3.1.9.1 Tipos de luvas e indicação de uso 3.2.2 Dispositivos de pipetagem
a) luvas de látex (borracha natural)

Conhecimentos Específicos 129 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
São dispositivos para auxiliar a sucção em pipetas. Podem É a forma mais simples de cabine.
ser mais simples, como pêras de borracha, até equipamentos
É recomendada para trabalho com agente de risco bioló-
elétricos ou com bateria conforme ilustração abaixo.
gico baixo e moderado.
3.2.3 Anteparo para microscópio de imunofluorescência
b) Cabines de Segurança Biológica Classe II
É um dispositivo para proteção contra a radiação da luz ul-
São constituídas por um sistema de fluxo laminar unidire-
travioleta, que pode causar danos aos olhos. Este dispositivo
cional (por isto são conhecidas como capelas de fluxo lami-
é usado acoplado ao microscópio.
nar), projetado para criar uma área de trabalho isenta de
3.2.4 Capela de segurança química contaminação externa, onde se manipula com segurança os
materiais biológicos ou estéreis que não podem sofrer conta-
É uma cabine de exaustão que protege o profissional da
minação do meio ambiente.
inalação de vapores e gases liberados por reagentes quími-
cos e evita a contaminação do ambiente laboratorial. Podem, também, garantir que o manipulado (ou experi-
mento) não vá contaminar o operador e o meio ambiente.
3.2.5 Chuveiro de emergência
O fluxo laminar faz com que o experimento seja varrido
É um chuveiro para banhos em caso de acidentes com
por uma corrente de ar limpo,garantindo seu grau de limpeza.
produtos químicos e fogo. Este chuveiro é colocado em local
Como consequência, todos os contaminantes produzidos na
de fácil acesso e é acionado por alavancas de mãos, cotove-
área de trabalho são retirados em uma direção determinada
los ou joelhos.
pelo sentido do fluxo de ar.
Chuveiros convencionais são usados para emergências,
Por isto, as cabines são instaladas, preferencialmente, em
quando não existem outros disponíveis. São localizados pró-
locais exclusivos e protegidos, ou então, o mais afastado
ximos aos locais de risco e reservados somente para essa
possível da porta de entrada do laboratório para evitar interfe-
função, sendo sinalizados de acordo com as normas (ver
rência no fluxo de ar.
capítulo IV, item15.1.1). Neste caso lava-olhos são disponibi-
lizados em cada setor. Os movimentos dentro das cabines devem ser lentos, para
que este fluxo não se rompa, comprometendo a barreira de
3.2.6 Lava-olhos
contenção.
É utilizado para lavação dos olhos em casos de respingos
• Cabine Classe II A
ou salpicos acidentais. Pode fazer parte do chuveiro ou ser do
tipo frasco lava olhos. A cabine Classe II A protege tanto o operador como o pro-
duto.
O pessoal de laboratório é treinado para o uso deste EPC,
levando em conta que jatos fortes de água podem prejudicar Microrganismos de risco biológico classes I e II podem ser
ainda mais o olho. manipulados em pequenas quantidades;
3.2.7 Extintores de incêndio Não é utilizada em ensaios envolvendo substâncias tóxi-
cas, explosivas, inflamáveis ou radioativas, pela elevada por-
Os extintores são utilizados para acidentes envolvendo fo-
centagem de ar que recircula na cabine e no ambiente.
go.
• Cabine Classe II B1
Podem ser de vários tipos, dependendo do tipo de materi-
al envolvido no incêndio (ver capítulo IV, item 16.1). Este tipo de cabine é usado em operações de risco mode-
rado com materiais químicos e voláteis e com agentes bioló-
3.2.8 Cabines de segurança biológica – CSB
gicos tratados com mínimas quantidades de produtos quími-
São equipamentos projetados com sistemas de filtração cos ou tóxicos.
de ar para que se possa ter uma área de trabalho segura para
Protege o operador, o produto e o ambiente.
os diversos tipos de ensaios desenvolvidos no laboratório.
Microrganismos de risco biológico classes I, II, III podem
São utilizados para proteger o profissional e o ambiente
ser manipulados.
laboratorial dos aerossóis potencialmente infectantes que
podem se espalhar durante a manipulação dos materiais É recomendada para a utilização de equipamentos que
biológicos. Alguns tipos de cabine protegem também o produ- homogeneízam, agitam e/ou centrifugam materiais de risco
to que está sendo manipulado do contato com o meio externo, biológico.
evitando a sua contaminação.
• Cabine Classe II B2
As CSB são providas de filtros de alta eficiência. O mais
Este tipo de cabine é usada para agentes biológicos trata-
utilizado atualmente é o filtro HEPA (High Efficiency Particula-
dos com produtos químicos e radioativos e em operações de
te Air) que apresenta uma eficiência de 99,93% para partícu-
risco moderado, incluindo materiais químicos voláteis.
las de 0,3μ de diâmetro, chamadas de MPPS (Maximum
Penetration Particulate Size). Pode ser usada com materiais que liberam odores.
3.2.8.1 Classificação das cabines de segurança biológica Protege o operador, o produto e o ambiente.
Os sistemas de filtração das CSB são mais ou menos Microrganismos de risco biológico classes I, II e III podem
complexos, de acordo com o tipo de microrganismo ou produ- ser manipulados;
to que vai ser manipulado em cada cabine. É recomendada para a utilização de equipamentos que
Por isto elas são classificadas em três tipos: homogeneízam, agitam e/ou centrifugam materiais de risco
biológico.
• Classe I
• Cabine Classe II B3
• Classe II, subdivididas em A, B1, B2 e B3.
É semelhante à cabine Classe II A. É usada para peque-
• Classe III
nas quantidades de materiais químicos voláteis, químicos
a) Cabine de Segurança Biológica Classe I tóxicos e radioativos (traços).
É uma modificação da capela usada em laboratório quími- Protege o operador, o produto e o meio ambiente.
co, diferindo pela presença de filtro HEPA.

Conhecimentos Específicos 130 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Microrganismos de risco biológico classes I, II e III podem 1.1 Classificação de microrganismos infecciosos por
ser manipulados. grupo de risco
• Cabine de Segurança Biológica Classe III a) agentes Biológicos Classe de Risco I
É uma cabine de contenção máxima, totalmente fechada, São agentes biológicos que representam baixo risco para
com ventilação própria, construída em aço inox, à prova de o indivíduo e para a comunidade.
escape de ar, que opera com pressão negativa.
São os agentes não incluídos nas classes de risco 2, 3 e 4
O trabalho é efetuado com luvas de borracha acopladas à e que comprovadamente não causam doença ao homem ou
cabine. aos animais. A não classificação do agente nas classes de
risco 2, 3 e 4 não implica na sua inclusão automática na clas-
Como esta cabine proporciona máxima proteção ao pes-
se de risco 1. Para isso deverá ser feita uma avaliação de
soal, meio ambiente e produto, ela é indicada para microrga-
risco baseada nas propriedades conhecidas e/ou potenciais
nismos de risco biológico classe III e principalmente IV, como
desses agentes.
os arbovírus Machupo, Lassa, e Marburg, e vírus de febres
hemorrágicas.Também é usada com material para pesquisa b) agentes biológicos classe de risco II
de DNA de alto risco.
São agentes biológicos que apresentam risco moderado
3.2.9.2 Escolha da Cabine de Segurança Biológica para o individPA e risco limitado para a comunidade.
A escolha de uma CSB depende, em primeiro lugar, do ti- c) agentes biológicos classe de risco III
po de proteção que se pretende obter: proteção do produto ou
São agentes biológicos que apresentam risco individual
ensaio, proteção pessoal contra microrganismos dos Grupos
elevado e risco comunitário baixo.
de Risco 1 a 4, proteção pessoal contra exposição a radionu-
clídios e químicos tóxicos voláteis ou uma combinação des- d) agentes biológicos classe de risco IV
tes. São agentes biológicos que apresentam elevado risco in-
Verificar na tabela 1 a comparação de CSB de acordo com dividual e comunitário.
o tipo de proteção desejada, características e indicações de 2. ELEMENTOS DE CONTENÇÃO
uso.
O objetivo da contenção no ambiente laboratorial é reduzir
CAPÍTULO III ou eliminar a exposição da equipe de um laboratório, de ou-
BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE MICROBI- tras pessoas e do meio ambiente em geral aos agentes po-
OLOGIA E PATOLOGIA CLINICA tencialmente perigosos.
1 AVALIAÇÃO DE RISCOS O elemento de contenção mais importante é a adesão rí-
gida às práticas e às técnicas padrão de microbiologia.
A avaliação de riscos é o ponto mais importante quando
se trata de segurança biológica. Um dos instrumentos dispo- O trabalho com agentes infecciosos ou com materiais po-
níveis mais úteis para avaliar os riscos microbiológicos em tencialmente contaminados é realizado por profissionais
laboratórios é conhecer a lista dos grupos de risco de agentes conscientizados dos riscos potenciais, treinados e aptos a
biológicos. exercer as técnicas e práticas necessárias para o manuseio
seguro dos materiais.
A relação de agentes biológicos de acordo com o grupo de
risco consta da publicação do Ministério da Saúde Classifica- 2.1 Barreiras Primárias
ção de Risco dos Agentes Biológicos de 2006. A contenção primária é proporcionada por uma boa técni-
A simples referência a um grupo de risco, no entanto, é in- ca de microbiologia e pelo uso de equipamentos de seguran-
suficiente para realizar uma avaliação de riscos. Devem ser ça adequados.
considerados pelo profissional microbiologista os seguintes A imunização da equipe também faz parte da contenção
fatores: primária.
a) patogenicidade do agente e dose infecciosa; 2.2 Barreiras Secundárias
b) resultado potencial da exposição; A contenção secundária diz respeito ao planejamento e a
c) via natural da infecção; construção das instalações do laboratório, de forma a contri-
buir para a proteção da equipe de trabalho, das pessoas que
d) outras vias de infecção, resultantes de manipulações
se encontram fora do laboratório e da comunidade e meio
laboratoriais (parentéricas, via aérea, ingestão);
ambiente contra agentes infecciosos que podem ser liberados
e) estabilidade do agente no ambiente; acidentalmente do laboratório.
f) concentração do agente e volume do material concen- 3 NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
trado a ser manipulado;
Os níveis de biossegurança consistem em combinações
g) presença de um hospedeiro apropriado (humano ou a- de práticas e técnicas de laboratório, equipamentos de segu-
nimal); rança e instalações do laboratório.
h) informação disponível de estudos sobre animais e rela- Essas combinações são especificamente adequadas para
tórios de infecções adquiridas em laboratórios ou relatórios as operações realizadas, considerando as vias de transmis-
clínicos; são documentadas ou suspeitas dos agentes infecciosos e o
funcionamento ou tividade do laboratório.
i) atividade laboratorial (geração de ultra-sons, produção
de aerossóis, centrifugação, etc); São quatro os níveis de biossegurança, designados em
ordem crescente, pelo grau de proteção proporcionado ao
j) qualquer manipulação genética do microrganismo que
pessoal do laboratório, ao meio ambiente e à comunidade.
possa ampliar o raio de ação do agente ou alterar a sensibili-
dade do agente a métodos de tratamento eficazes conheci- O nível de biossegurança de um experimento é determi-
dos; nado de acordo com o organismo de maior classe de risco
envolvido, segundo descrito neste capítulo no item 1.
k) disponibilidade de profilaxia eficaz ou intervenções te-
rapêuticas.

Conhecimentos Específicos 131 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
No IMMES os laboratórios são de nível de biossegurança tos permitem fácil acesso para limpeza e a circulação do
nível 1 pessoal com segurança;
3.1. Práticas Padrão de Microbiologia g) as CSB são instaladas longe de portas e janelas que
possam ser abertas e de equipamentos como agitadores e
a) o acesso ao laboratório é limitado ou restrito de acordo
centrífugas, para que sejam mantidos os parâmetros de fluxo
com critérios de biossegurança definidos pela Coordenação
de ar nessas cabines. Se isto não é possível, adota-se a res-
de Biossegurança - COBIO ou gerência técnica do laboratório
trição de entrada no ambiente durante o uso da cabine.
quando estiver sendo realizado o ensaio;
h) um lava-olhos está disponível.
b) os profissionais, alunos e professores lavam as mãos
após a manipulação de materiais potencialmente contamina- i) se o laboratório possuir janelas que se abram para o ex-
dos, após a remoção das luvas e antes de terior, estas deverão estar providas de telas de proteção con-
tra insetos, caso contrário não são abertas.
saírem do laboratório;
j) os derramamentos de materiais infecciosos são descon-
c) não é permitido comer, beber, fumar, manusear lentes
taminados, contidos e limpos pela equipe de profissionais
de contato ou aplicar cosméticos nas áreas de trabalho. As
especializados adequadamente treinados e equipados para
pessoas que usam lentes de contato usam óculos de prote-
tal. Os acidentes com material potencialmente infeccioso são
ção ou protetores faciais.;
notificados à COBIO;
d) são usados dispositivos auxiliares de pipetagem. É pro-
k) quando um procedimento ou processo não pode ser
ibida a pipetagem com a boca;
conduzido dentro de uma CSB, são utilizadas combinações
e) os perfurocortantes potencialmente infectados são des- apropriadas de equipamentos de proteção individual, como
cartados adequadamente (ao lado modelo de recipiente apro- respiradores e protetores faciais, com dispositivos de conten-
priado para descarte destes resíduos); ção física, como centrífugas de segurança e frascos selados.
f) todos os procedimentos são realizados cuidadosamente 3.1.3 Acesso
a fim de minimizar a geração de borrifos ou aerossóis;
a) as portas do laboratório são mantidas fechadas quando
g) as superfícies de trabalho são descontaminadas ao final aulas são administradas e mesmo quando não há aulas;
do trabalho e sempre após qualquer vazamento ou borrifo de
b) o acesso ao laboratório é limitado ou restrito. Somente
material potencialmente contaminado;
os alunos professores e funcionários, mas os mesmos devem
h) as culturas e outros resíduos (ver item 9.3 do capítulo estar providos de jaleco;
III) são descontaminados antes de serem descartados com o
c) as pessoas que têm acesso ao laboratório estão infor-
método de descontaminação aprovado. Os materiais que são
madas sobre o potencial de risco, atendem os requisitos para
descontaminados fora da IE são colocados em recipientes
o acesso (por exemplo, imunização) e observam todas as
inquebráveis, à prova de vazamentos e hermeticamente fe-
regras para entrada e saída desta área.
chados a fim de serem transportados ao local desejado. Os
materiais que são enviados para descontaminação e descarte b) todas as janelas são mantidas fechadas;
fora da instituição são embalados de acordo com a legislação
c) uma autoclave está disponível dentro do laboratório pa-
e os regulamentos locais, estaduais e federais antes de se-
ra descontaminação dos resíduos infectantes;
rem removidos das dependências do laboratório;
d) o laboratório tem uma pia para lavagem das mãos e ou
i) o símbolo de risco biológico é colocado na entrada de
álcool gel 70%localizada perto da porta de saída;
todos os laboratórios que trabalham com agentes infecciosos.
f) um lava-olhos está disponível.
j) é mantido um programa rotineiro de controle de roedo-
res e insetos. 4 TÉCNICAS LABORATORIAIS SEGURAS
3.1.1 Práticas Especiais 4.1 Técnicas de Manuseio Seguro de Material Biológi-
co no Laboratório
a) não são admitidas no laboratório pessoas suscetíveis a
infecções, imunocomprometidas ou imunodeprimidas. 4.1.1 Coleta das amostras
b) o pessoal do laboratório é apropriadamente imunizado A coleta das amostras requer cuidados especiais que as-
ou examinado quanto aos agentes manipulados ou potenci- segurem sua integridade, conservação e inviolabilidade:
almente presentes no laboratório (por exemplo, hepatiteB); a) a coleta do sangue é realizada por funcionários treina-
d) procedimentos com possibilidade de formação de ae- dos e experientes;
rossóis e borrifos infecciosos são conduzidos, preferencial- b) o paciente recebe orientações sobre os preparos ne-
mente, em CSB. cessários para realização do exame;
3.1.2 Instalações laboratoriais c) as amostras são acompanhadas de solicitação de exa-
a) os laboratórios possuem portas para o controle de a- me, devidamente assinada pelo médico, na qual constem os
cesso; dados de identificação do paciente, finalidade do exa-
me,procedência, tipo de material e técnica de colheita (quan-
b) cada laboratório possui uma pia para lavagem das
do for o caso);
mãos;
d) após a punção venosa, a agulha é retirada da seringa
c) o laboratório é organizado de modo a permitir a fácil
com auxílio da pinça para agulhas, sendo a seguir colocada
limpeza;
na caixa de descarte para perfurocortantes;
d) os pisos são impermeáveis e resistentes, com o mínimo
e) as requisições que acompanham as amostras são en-
de juntas de dilatação;
tregues separadamente, e não enroladas em volta dos recipi-
e) a superfície das bancadas de trabalho é impermeável à entes.
água e resistente ao calor moderado e aos desinfetantes;
f) o sangue e o soro são coletados com todo cuidado. As
f) os móveis são capazes de suportar as cargas e usos agulhas nunca devem ser reinseridas nos seus invólucros.
previstos. Os espaços entre bancadas, cabines e equipamen-

Conhecimentos Específicos 132 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Este material é descartado dentro de caixas especiais para g) na superfície da bancada de trabalho, quando necessá-
resíduos perfurocortantes; rio, coloca-se um papel absorvente, com o objetivo de evitar a
dispersão de material infeccioso, se este vazar acidentalmen-
g) o tubo de ensaio contendo a amostra é firmemente fe-
te da pipeta. O papel é descartado no saco próprio para resí-
chado com rolha;
duo infectante após o uso;
h) os recipientes para a coleta do material são de vidro ou
h) as pipetas contaminadas são mergulhadas por comple-
de polietileno. São resistentes e não apresentam vazamento.
to em um recipiente inquebrável, contendo solução de hipo-
Cuida-se para não deixar nenhum resídPA de amostra nas
clorito de sódio a 2% por um prazo de 18 a 24 horas, antes de
faces externas do recipiente;
serem autoclavadas ou descartadas, ou podem ser colocadas
i) utiliza-se luvas, guarda-pó e óculos de proteção em to- diretamente em recipientes próprios para autoclave para pos-
das as tarefas. terior descontaminação por calor úmido (autoclavação);
4.1.2 Separação de soro 4.1.5 Procedimentos para evitar a dispersão de microrga-
a) o sangue e o soro são pipetados cuidadosamente e nismos infecciosos
transferidos delicadamente de um recipiente para o outro. É a) as alças de transferência formam um círculo completa-
proibido pipetar com a boca; mente fechado, com diâmetro de 2 a 3 mm. O comprimento
b) após o uso, coloca-se as pipetas imersas em solução da haste da alça não deve ultrapassar 6 cm para minimizar a
de hipoclorito de sódio a 2% durante 24 horas, antes de se- vibração. Usar, de preferência, alças descartáveis, pois
rem descartadas ou esterilizadas e lavadas para nova utiliza- apresentam a vantagem de dispensar a flambagem e, por-
ção; tanto, são ideais para o trabalho dentro das CSB;
c) os frascos com material infectante contendo coágulo de b) quando não são utilizadas alças descartáveis, utiliza-se,
sangue destinados ao descarte são colocados em sacos preferencialmente, microincinerador para flambar as alças de
apropriados para esterilização em autoclave; transferência, uma vez que há risco de projeção de material
d) desinfetantes adequados estão disponíveis para limpar infeccioso com o uso do bico de Bunsen;
salpicos e derramamentos; c) as provas de catalase, preferencialmente, são feitas em
e) para este procedimento o uso de luvas e outros EPI é tubos ou lâminas cobertas com lamínula.
obrigatório. 4.2 Transporte de amostras biológicas e materiais in-
4.1.3 Abertura de ampolas que contêm material infeccioso fecciosos
liofilizado 4.2.1 Transporte intralaboratorial
a) é necessário ter cuidado ao abrir ampolas com conteú- O transporte das amostras clínicas entre IE necessita de
do liofilizado ou congelado, pois este está a uma pressão cuidados especiais para evitar que ocorram acidentes:
inferior, de modo que a entrada súbita de ar é capaz de pro-
a) para o transporte destes materiais, são usadas caixas
vocar a dispersão de parte do conteúdo para o ar ambiente;
resistentes à ação de desinfetantes químicos. Estas caixas
b) as ampolas são abertas dentro de cabines de seguran- devem permitir que o material a ser transportado fique em
ça biológica, tomando os seguintes cuidados: posição que evite derramamentos e são desinfetadas diaria-
• o superfície externa da ampola é desinfetada; mente;

• faz-se uma marca com lima própria para ampolas (ou ti- b) no transporte entre IE, o técnico usa guarda-pó e luvas
po lixa de unha) próximo à extremidade superior; como proteção;

• para abrir o vidro, utiliza-se um chumaço de algodão 4.2.2 Transporte interlaboratorial


embebido em álcool para proteger as mãos ao segurar e Substâncias infecciosas e amostras para diagnóstico são
quebrar a ampola na marca da lima; classificadas como mercadorias perigosas, sendo expressa-
• segura-se a porção superior da ampola com o cuidado mente proibida a remessa não identificada desses materiais,
com que se manipula material contaminado; de acordo com as regulamentações nacionais e internacionais
para o transporte seguro de materiais infecciosos por qual-
• se a parte superior ainda estiver por cima da ampola, uti- quer via de transporte.
liza-se uma pinça esterilizada para a remoção;
É necessário que os remetentes de substâncias infeccio-
• adiciona-se lentamente o líquido para voltar a formar a sas e amostras para diagnóstico conheçam suas responsabi-
suspensão, evitando a formação de espuma. lidades em relação às regulamentações pertinentes.
4.1.4 Uso de pipetas e dispositivos auxiliares de pipeta- Os princípios do transporte seguro por via terrestre são os
gem mesmos que para o aéreo ou internacional. O material não
a) usar sempre um dispositivo auxiliar de pipetagem; deve vazar da embalagem em condições normais de trans-
porte.
b) todas as pipetas devem possuir rolhas de algodão hi-
drófobo, com a finalidade de reduzir o risco de contaminação 4.2.3 Exigências em Relação à Embalagem
dos dispositivos de pipetagem; As amostras (substâncias infecciosas e materiais biológi-
c) nunca passar ar através de um líquido que contenha cos para fins de diagnóstico) são acondicionadas para trans-
agentes infecciosos; porte num sistema de embalagem tripla, como pode ser ob-
servado nas ilustrações a seguir. A embalagem apropriada
d) não se mistura materiais infecciosos soprando e aspi- serve para assegurar a integridade dos materiais enviados e
rando alternadamente através da pipeta; minimizar o risco potencial de danos durante o seu transporte.
e) os líquidos não devem ser eliminados das pipetas à for- O sistema triplo básico para embalagem consiste de três
ça; recipientes:
f) é recomendado utilizar pipetas com graduação superior 4.2.3.1Recipiente primário:
e inferior, visto que este tipo não exige a eliminação da última
gota;

Conhecimentos Específicos 133 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) é um recipiente à prova de vazamento, etiquetado, que Os movimentos de entrada e saída da cabine devem ser
contém a amostra, como um tubo de cultura, um frasco de minimizados, introduzindo-se previamente todos os materiais
vidro ou outros recipientes similares; necessários antes de iniciar o trabalho;
b) o recipiente primário é envolvido em material absorven- j) às vezes é necessário o uso de uma mesa auxiliar ao
te suficiente para absorver todo o fluido em caso de ruptura; lado da cabine, pelo volume de trabalho a ser executado.
Neste caso, os movimentos de introduzir e retirar os braços
c) usa-se um sistema de selagem a prova de vazamentos;
da cabine são lentos e cuidadosos;
d) as tampas de rosca são reforçadas com fita adesiva ou
k) o material a ser colocado dentro da cabine é desinfeta-
filme plástico.
do com álcool a 70%;
4.2.3.2 Recipiente secundário:
l) o trabalho pode ser realizado sobre toalhas de papel ab-
a) é um segundo recipiente à prova de vazamentos, que sorventes ou campos de papel filtro, que capturam borrifos e
encerra e protege o(s) recipiente(s) primário(s); salpicos;
b) podem ser colocados vários recipientes primários num m) antes de iniciar o trabalho, é ajustada a altura do ban-
recipiente secundário; co, fazendo com que a face do operador se posicione acima
c) quando forem colocados vários recipientes primários da abertura frontal;
dentro de um secundário, os primários são envoltos de forma n) todos os procedimentos são realizados na superfície de
individual; trabalho a uma distância de pelo menos 10 cm da grelha
d) é usado material absorvente suficiente para proteger frontal;
todos os recipientes primários e evitar choques entre eles. o) a grelha frontal na entrada das CSB Classe II não pode
5 .USO ADEQUADO DOS EQUIPAMENTOS DE LABO- estar bloqueada com papel, equipamento ou outros materiais;
RATÓRIO p) todo o material a ser utilizado é colocado no fundo da
5.1 Cabines de Segurança Biológica cabine, perto da borda traseira da superfície de trabalho, sem
bloquear a grelha traseira;
5.1.1 Utilização
q) os materiais são organizados de modo que os itens lim-
As CSB são equipamentos concebidos para proteger o pos e os contaminados não se misturem;
operador, o ambiente laboratorial e o material de trabalho da
exposição a aerossóis e salpicos resultantes do manuseio de r) equipamentos geradores de aerossóis também são co-
materiais que contêm agentes infecciosos. No entanto, estes locados no fundo da cabine;
equipamentos devem ser utilizados de forma correta, caso s) materiais mais volumosos, como recipientes para resí-
contrário a proteção que oferecem pode ficar muito reduzida. duos e bandejas de pipetas são acomodados nas laterais da
Os seguintes cuidados são necessários: CSB. No interior da cabine são utilizadas bandejas horizontais
a) durante o uso da CSB as portas do laboratório são para pipetas contendo desinfetante químico adequado. Reci-
mantidas fechadas, evitando a circulação de pessoas; pientes verticais para pipetas prejudicam a integridade da
barreira de ar;
b) não começar as atividades dentro da cabine enquanto
centrífugas, misturadores ou outros equipamentos similares t) não é recomendado que os recipientes para descarte de
estiverem sendo operados no laboratório; resíduos sejam colocados fora da cabine, uma vez que a
frequência de movimentos “para dentro e para fora”
c) fazer a descontaminação da superfície interna da cabi-
ne com gaze embebida em álcool etílico ou isopropílico a interfere na integridade da barreira de ar da cabine e pode
70%, sempre de cima para baixo e de trás para frente; comprometer a proteção do operador e do produto manipula-
do. Como alternativa, utilizar recipientes intermediários como
d) as CSB são ligadas pelo menos 5 minutos antes do iní- a reutilização de latas limpas, que após fechadas podem ser
cio das atividades e permanecem ligadas por 5 minutos após autoclavadas ou colocadas nos sacos para resíduos infectan-
o término do seu uso, a fim de dar tempo para que o ar con- tes.
taminado seja filtrado de dentro da cabine;
u) as atividades são realizadas ao longo da superfície de
e) Se forem utilizadas lâmpadas ultra-violeta nas cabines, trabalho, sempre no sentido da área limpa para a área conta-
estas devem ser limpas toda a semana, para retirar o pó e minada;
sujidades que podem diminuir a eficácia germicida da radia-
ção. Liga-se a lâmpada ultra-violeta cerca de 20 minutos v) não se recomenda o uso de bicos de Bunsen dentro
antes de usar a cabine, depois da desinfecção. das CSB, uma vez que a chama perturba o fluxo de ar e pode
ser perigosa quando se utilizam substâncias voláteis. Para
f) registrar o tempo de utilização da lâmpada em formulá- esterilizar as alças de transferência utiliza-se os microincine-
rio próprio para não utilizá-la quando esta já não mais tiver radores;
eficácia. A vida útil (poder germicida) deve ser verificada con-
sultando-se as especificações técnicas do produto junto ao x) ao término do trabalho a cabine é limpa com gaze em-
fabricante; bebida em álcool etílico ou isopropílico a 70%, e mantida
ligada ainda por 20 a 30 minutos;
g) a luz UV é desligada quando a cabine estiver sendo o-
cupada no intuito de proteger olhos e pele e evitar prejuízos à z) todas estas atividades são realizadas com o operador
saúde; devidamente protegido com guarda-pó, luvas e, se necessá-
rio, máscaras e óculos de proteção. As luvas devem cobrir os
h) a introdução e retirada dos braços na CSB é feita de punhos do guarda-pó e não devem ficar debaixo das mangas.
forma cuidadosa, para que os movimentos não interfiram no
fluxo de ar proveniente da abertura frontal; Nota:

i) o manuseio dos materiais dentro da cabine só deve co- Os procedimentos aqui descritos são de uso geral. A ava-
meçar 1 minuto após a introdução dos braços do operador, liação de risco do material a ser manipulado poderá indicar
para que o fluxo de ar no interior se estabilize. cuidados especiais de biossegurança.
5.1.2 Limpeza e desinfecção

Conhecimentos Específicos 134 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
As CSB são utilizadas para contenção de aerossóis, logo Substâncias inflamáveis não são guardadas dentro de re-
a superfície de trabalho e as paredes do interior da cabine frigeradores ou freezers, a não ser que este seja à prova de
devem ser limpas e descontaminadas diariamente com desin- explosão. Se for esse o caso, colocar um aviso na porta do
fetantes. refrigerador para que os funcionários saibam do conteúdo.
Os álcoois etílico e isopropílico a 70% são considerados Os refrigeradores, freezers e recipientes para gelo seco
eficientes no uso diário. são descongelados e limpos periodicamente pelo pessoal
técnico dos setores, nunca deixando a espessura do gelo
A descontaminação profunda é realizada quando o filtro
ultrapassar 1cm.
absoluto HEPA é trocado (antes da troca), quando há derra-
mamento no interior da cabine ou quando a contagem de Para isso, é necessário desligar a geladeira/freezer, reti-
partículas viáveis no controle ambiental da CSB estiver acima rando os materiais existentes, transferindo-os para outra ge-
do especificado; ladeira/freezer ou caixa de isopor.
Para descontaminação profunda e antes das trocas de fil- Fazer a limpeza interna e externa com água e sabão, se-
tros é utilizado o método de fumigação com formaldeído. cando após.
5.2 Centrífuga Friccionar as superfícies internas com álcool a 70% duran-
te 2 minutos. Para limpar as borrachas das portas usa-se
O bom funcionamento mecânico das centrífugas é requisi-
bicarbonato de sódio (1 colher de sopa para cada litro de
to prévio de segurança biológica ou química para a sua utili-
água morna).
zação. Estes equipamentos são operados de acordo com as
instruções do fabricante. Ligar a geladeira/freezer e recolocar os materiais retirados
quando a temperatura atingir a preconizada.
As centrífugas são colocadas em bancadas cuja altura
permita que tanto funcionários de baixa quanto de alta estatu- É necessário o uso de luvas e guarda-pó para realizar es-
ra possam visualizar o seu interior, com objetivo de que pos- tes procedimentos.
sam dispor corretamente os materiais a serem centrifugados.
Nota: Todo o equipamento que necessitar de conserto ou
Os tubos devem ter pesos correspondentes para que os de cuidados técnicos deve ser desinfetado antes de ser en-
porta-tubos fiquem bem equilibrados. tregue ao pessoal de manutenção.
Os rotores e os porta-tubos são inspecionados diariamen- 6. DESCONTAMINAÇÃO EM LABORATÓRIOS
te para detectar precocemente quaisquer sinais de corrosão
Os materiais utilizados em laboratórios de saúde e os lo-
ou presença de fendas.
cais onde são executados os procedimentos de laboratório
Os copos, rotores e cubas das centrifugas são desconta- podem veicular agentes infecciosos se não forem desconta-
minados depois de cada utilização. minados após cada uso. Assim, a limpeza, desinfecção ou
esterilização dos materiais e a limpeza dos ambientes são
Quando as centrífugas estão sendo utilizadas pode haver
ações preventivas de biossegurança.
projeção de partículas infecciosas transportadas pelo ar, Es-
tas partículas deslocam-se a velocidades grandes demais É importante a conscientização sobre o risco de transmis-
para serem retidas pelo fluxo de ar de cabines de segurança são de infecções e dos limites de cada método de desconta-
biológica das classes I ou II. Sendo assim, as centrífugas não minação na escolha do processo mais adequado.
são utilizadas dentro das CSB. O emprego de boa técnica de
Essa conscientização se inicia pelo conhecimento dos
centrifugação, tubos de
conceitos de cada processo, de modo a torná-los compreen-
ensaio fechados e porta-tubos com vedação perfeita (copo síveis e utilizáveis na prática.
de segurança) são elementos que oferecem proteção ade-
A descontaminação consiste na utilização de processos
quada contra os aerossóis infecciosos e contra a dispersão de
que eliminam total ou parcialmente microrganismos. O mes-
partículas contendo microrganismos da classe de risco 2, 3 e
mo termo é utilizado para remoção ou neutralização de produ-
4.
tos químicos perigosos e materiais radioativos. O objetivo da
5.3 Banho-Maria descontaminação é tornar qualquer material seguro para o
descarte final ou para a reutilização.
Pode haver intensa multiplicação de microrganismos no
interior de equipamentos de Banho-Maria. Por isso é neces- Os processos seguintes são utilizados de acordo com o
sário fazer a sua limpeza e desinfecção regulares. Nestes nível de descontaminação que se pretende alcançar:
procedimentos o uso de luvas e guarda-pó é obrigatório. Pro-
• Limpeza
ceder como segue:
• Desinfecção
a) desligar o aparelho da tomada antes de fazer a limpeza
e desinfecção; • Esterilização
b) retirar toda a água e esperar esfriar; 6.1 Limpeza
c) lavar com água e sabão as superfícies internas e exter- É o conjunto de ações que visa à remoção de sujeiras e
nas; detritos, com a finalidade de manter em estado de asseio
objetos e superfícies.
d) enxaguar muito bem com pano embebido em água;
É o primeiro passo nos procedimentos técnicos de desin-
e) secar com pano limpo;
fecção e esterilização, constituindo o núcleo de todas as a-
f) friccionar as superfícies internas e externas com pano ções referentes aos cuidados de higiene de objetos e superfí-
embebido em álcool a 70% durante 2 minutos. cies.
5.4 Geladeiras e Freezers 6.1.1 Recomendações
Todos os materiais guardados dentro desses equipamen- As operações de limpeza compreendem a lavação com
tos são bem identificados. água e sabão, escovação, fricção ou esfregação e o uso de
pano úmido.
Materiais sem identificação ou antigos são descontamina-
dos e descartados.

Conhecimentos Específicos 135 A Opção Certa Para a Sua Realização


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A varredura e espanação secas são proibidas, pois estas da pele, desinfecção e descontaminação de bancadas, cabi-
práticas espalham no ar e nas superfícies limpas poeiras, nes de segurança biológica, estufas, banhos-maria, geladei-
matérias estranhas e microrganismos. ras, congeladores e centrífugas.
É importante ressaltar que, independente da maior ou me- Após a limpeza com água e sabão deve-se esfregar um
nor rotatividade do pessoal que atua nos setores de limpeza, pano ou algodão embebido com álcool a 70%.
programas de treinamento específicos são mantidos, de modo
b) procedimento:
a garantir a eficácia dos procedimentos de limpeza.
• imergir o produto no álcool ou friccioná-lo na superfície;
Esses treinamentos são promovidos periodicamente, com
atenção especial para os funcionários das empresas terceiri- • deixar secar sozinho e repetir por 3 vezes (a rápida eva-
zadas. Os funcionários da limpeza são constantemente moni- poração limita o tempo de contato);
torados para um melhor controle de qualidade nestes proce- • é contra-indicado o uso em acrílico. Enrijece borrachas e
dimentos. tubos plásticos.
6.2 Desinfecção c) como preparar Álcool etílico a 70%:
o processo de destruição de agentes infecciosos em forma • como o peso de 70g de álcool etílico PA ou álcool etílico
vegetativa existentes em superfícies inertes, como pisos ce- comercial (96º) corresponde a aproximadamente 77 ml na
râmicos, fórmica, granito, aço inox e outros, através de proce- prática, para preparar uma solução de álcool etílico a 70%,
dimentos físicos ou químicos. admite-se a utilização de 77 ml de álcool etílico PA ou comer-
Os meios químicos compreendem os germicidas (desinfe- cial 96º mais 23 ml de água destilada.
tantes), que podem ser líquidos ou gasosos, e os meios físi- Nota: O álcool é inflamável, irritante para os olhos e inefi-
cos, o calor. caz contra esporos de bactérias.
6.2.1 Desinfecção por meio químico líquido 6.2.1.3 Hipoclorito de sódio
Há muitos tipos de germicidas químicos (desinfetantes). A Composto inorgânico liberador de cloro ativo. É o mais uti-
escolha destes produtos deve de acordo com as necessida- lizado e é muito ativo para bactérias na forma vegetativa,
des específicas. Muitos desinfetantes são nocivos para a gram-positivas e negativas, micobactérias, esporos bacteria-
saúde e também para o meio ambiente. Por isso, ao serem nos, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos.
manuseados ou preparados deve-se utilizar equipamentos de
proteção, tais como luvas, guarda-pós e óculos de proteção. a) indicações de uso:
São utilizados e descartados com cuidado, de acordo com as • no laboratório são apropriados para desinfecção em ge-
instruções do fabricante. ral de objetos e superfícies inanimadas, inclusive as contami-
Na sequência são apresentados os produtos utilizados no nadas com sangue e outros materiais orgânicos e para recipi-
IMMES, bem como o procedimento e a indicação: entes de descarte de materiais, como ponteiras, swabs e
outros objetos que contenham pouca matéria orgânica;
6.2.1.1 Formaldeído
• o tempo de exposição para desinfecção de superfícies
Apresenta atividade para bactérias gram-positivas e gram- de laboratório e qualquer superfície contaminada é de 10
negativas na forma vegetativa, incluindo as micobactérias, minutos, com 1% de cloro ativo (10.000 ppm);
fungos, vírus lipofílicos, hidrofílicos e esporos bacterianos.
• na desinfecção de cozinhas, depósitos de água e bebe-
É utilizado para descontaminação através de fumigação douros deixar agir por 60 minutos, em 0,02% de cloro ativo
das cabines de segurança biológica. Em função da sua alta (200ppm).
toxicidade e caráter irritante para os olhos e aparelho respira-
tório não é recomendado para desinfecção rotineira de super- b) recomendações de uso:
fícies, equipamentos e vidrarias. • o hipoclorito de sódio tem capacidade corrosiva e desco-
Para fumigação de Cabines de Segurança Biológica com lorante e não é utilizado em metais e mármore devido a estas
formaldeído verificar os procedimentos operacionais padrão características;
de utilização destes equipamentos. • seu efeito é limitado na presença de muita matéria orgâ-
6.2.1.2 Álcoois nica;
Os álcoois mais empregados em desinfecção são o etanol • os materiais submetidos até a concentração de 0,02%
ou álcool etílico e o isopropanol ou álcool isopropílico. Apre- não necessitam de enxágue;
sentam atividade rápida sobre bactérias, mas não possuem • as soluções são estocadas em lugares fechados, frescos
atividade sobre esporos bacterianos e vírus hidrofílicos. e em frascos escuros.
O álcool etílico tem maior atividade germicida, menor cus- c) efeitos adversos:
to e menor toxicidade que o isopropílico.
• é tóxico, causando irritação da pele e olhos. Quando in-
O mecanismo de ação dos álcoois ainda não foi totalmen- gerido provoca irritação e corrosão das membranas mucosas;
te elucidado, sendo a desnaturação de proteínas a explicação
mais plausível. Na ausência de água as proteínas não são • a inalação do ácido hipocloroso provoca tosse e choque,
desnaturadas tão rapidamente quanto na presença desta, podendo causar irritação severa do trato respiratório.
razão pela qual o etanol absoluto é menos ativo do que as d) formulações:
suas soluções aquosas.
Para preparar uma solução percentual de hipoclorito deve-
Em relação à concentração, estudos demonstraram que a se levar em conta a concentração de cloro ativo indicada no
atuação do etanol sobre os microrganismos em meio aquoso rótulo do hipoclorito que se tem disponível e utilizar as seguin-
se faz entre 60 e 80%, enquanto o álcool sem diluir não inati- tes fórmulas:
va os microrganismos.
• fórmula para cálculo do volume necessário do hipoclorito
a) indicações de uso: disponível:
O álcool a 70%(v/v) é um dos desinfetantes mais empre-
gados no laboratório, sendo muito utilizado para anti-sepsia

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• enxaguar os materiais submetidos a estes produtos vá-
rias vezes para eliminar os resíduos do produto utilizado.
Evitar recipientes de múltiplo uso;
Hd = hipoclorito disponível
• secar e acondicionar o material em recipiente ou invólu-
VSH = volume final da solução de hipoclorito no percentu- cro adequado.
al de cloro ativo desejado
6.3 Esterilização
• fórmula para cálculo do volume de água a ser adicionado
É o processo de destruição ou eliminação total de todos
ao Hd para obter o hipoclorito no percentual de cloro ativo
os microrganismos na forma vegetativa e esporulada através
desejado:
de agentes físicos ou químicos.
Volume de água a ser adicionado = VSH – volume neces-
Os meios químicos compreendem os germicidas que po-
sário do Hd
dem ser líquidos ou gasosos. No IMMES não se utiliza este
Hipoclorito no percentual desejado = volume necessário tipo de esterilização.
de Hd + volume de água Exemplos:
Os meios físicos são o calor, em suas formas seca e úmi-
Exemplo 1 - Aplicação da fórmula para preparo de hipo- da, como o método mais tradicional de esterilização.
clorito a 0,5% a partir de hipoclorito com 50% de cloro ativo.
6.3.1 Esterilização por calor úmido – Autoclavação
Dados:
É um processo rápido. A esterilização é efetuada de 15 a
VSH = 2000 ml 30 minutos, dependendo do material, a uma temperatura de
% de cloro ativo do Hd = 50% 121°C, sob pressão.

% de cloro ativo desejado = 0,5% As autoclaves são equipamentos que realizam o processo
de esterilização utilizando vapor saturado, sob pressão. São
Calculando o volume necessário de hipoclorito disponível: indicadas para a esterilização de materiais termorresistentes.
Volume necessário do Hd = 2000 ml x 0,5% = 20 ml a) recomendações:
50% • os invólucros para esterilização são permeáveis ao va-
Calculando o volume de água a ser adicionado: por. No IMMES se utiliza papel crepado ou tubos de aço ino-
xidável;
Volume de água a ser adicionado = 2000 ml – 20 ml =
1980 ml • materiais contaminados são autoclavados por 30 minu-
tos em temperatura de 121°C;
Portanto, para preparar 2000 ml de hipoclorito a 0,5% a
partir de hipoclorito a 50% precisa-se de 20 ml de hipoclorito a • materiais limpos são autoclavados por 15 minutos em
50% + 1980 ml de água. temperatura de 121°C;

Exemplo 2 - Aplicação da fórmula para preparo de hipo- • antes da autoclavação do material limpo, é colocada em
clorito a 2% a partir de hipoclorito com 50% de cloro ativo. cada pacote uma fita adesiva termossensível, que indica se
este foi realmente exposto a altas temperaturas. Esta fita
Dados: muda de cor quando exposta à autoclavação, mas indica
VSH = 2000 ml unicamente se a temperatura foi atingida e não o tempo du-
rante o qual ela foi mantida.
% de cloro ativo do Hd = 50%
b) como colocar o material dentro da autoclave para este-
% de cloro ativo desejado = 2% rilização:
Calculando o volume necessário de hipoclorito disponível: • os materiais são colocados folgadamente dentro da câ-
mara para que o vapor circule livremente;
• todos os materiais precisam estar acondicionados em
recipientes pequenos e rasos, com aberturas para facilitar a
Calculando o volume de água a ser adicionado: retirada do ar e permitir a boa penetração do calor;

Volume de água a ser adicionado = 2000 ml – 80 ml = • os sacos de autoclave precisam estar abertos para que o
1920 ml Portanto, para preparar 2000 ml de hipoclorito a 2% a vapor possa penetrar no seu conteúdo;
partir de hipoclorito a 50% precisa-se de 80 mL de hipoclorito • o carregamento de materiais na autoclave não deve ul-
a 50% + 1920 ml de água. trapassar 2/3 da capacidade da câmara e a distribuição des-
Notas: tes é feita de forma a garantir a circulação do vapor. Com a
câmara muito carregada a penetração do calor será inade-
1. O hipoclorito é preparado diariamente no volume ne- quada e parte da carga deixará de ser esterilizada, ou seja, a
cessário para o trabalho. Ao final do dia, descartar as sobras autoclavação perde a eficiência se o vapor não atingir todos
diluídas em bastante água na rede de esgoto. os materiais.
2. Cuidados a serem tomados na desinfecção por meio c) monitoramento:
químico líquido:
• sempre na primeira carga do dia e ao término de todas
• utilizar os EPI; as manutenções realizadas, sejam elas preventivas ou corre-
• garantir farta ventilação do local; tivas;
• imergir os materiais na solução, evitando a formação de • é feita a identificação visual dos pacotes com fita ter-
bolhas de ar; mossensível, para assegurar que o material passou pelo
calor;
• observar o tempo correto de exposição ao produto;
• os controles da pressão interna, pressão negativa e tem-
• manter os recipientes tampados; peratura são registrados a cada ciclo de esterilização;

Conhecimentos Específicos 137 A Opção Certa Para a Sua Realização


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• a eficiência da autoclave é verificada regularmente, de A eficiência do processo depende das seguintes precau-
acordo com a frequência que ela é utilizada. ções:
d) outros cuidados a serem observados no uso das auto- • a estufa é regulada à temperatura indicada, antes da co-
claves: locação dos materiais;
• a câmara e as vedações da porta precisam ser inspecio- • estes devem estar escrupulosamente limpos, protegidos
nadas regularmente por um técnico qualificado; com invólucros adequados em pacotes de 10x10x30 cm, no
máximo, e colocados de forma a permitir que o ar circule
• é indispensável manter a principal válvula de vapor fe-
livremente na câmara, sem sobrecarregar as prateleiras;
chada e esperar que a temperatura da câmara caia abaixo de
80°C, antes de abrir a porta, a não ser que a autoclave pos- • o tempo de esterilização é contado a partir do instante
sua um dispositivo de segurança que impeça a abertura da em que o termômetro acusar a temperatura escolhida após a
porta enquanto a câmara estiver sob pressão; colocação do material na câmara;
• antes de abrir e descarregar a autoclave convém abrir a • os invólucros são de folha de alumínio e/ou papel crepa-
porta apenas alguns milímetros, deixando-a nesta posição do. Monitoramento:
durante cerca de 5 minutos;
• registrar a temperatura em todas as esterilizações;
• a pessoa que abre a autoclave precisa usar luvas e
• utilizar indicadores de temperatura nas caixas (fitas ter-
máscaras com visor para proteção de braços, mãos, face e
mossensíveis apropriadas para o calor seco).
pescoço, mesmo que a temperatura do conteúdo da autocla-
ve já tenha caído para 80°C; 7 LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
• semanalmente, no centro de cada carga para esteriliza- 7.1 Procedimentos de limpeza
ção, coloca-se um indicador de esterilidade biológica; No laboratório os pisos não são varridos. Um pano úmido
• a responsabilidade pelo manuseio da autoclave e pelos em balde com água e sabão, exclusivamente para o chão, é
cuidados de rotina com a mesma é confiada a funcionários embrulhado na vassoura ou rodo e passado de maneira a vir
capacitados e qualificados; esfregando e trazendo as sujidades. Este pano é frequente-
mente lavado no balde. A água e sabão do balde são troca-
• o filtro com drenagem que se encontra no fundo da câ-
dos tantas vezes quanto forem necessárias para que não se
mara precisa ser retirado e limpo diariamente;
“limpe” o pano com água suja.
• deve-se ter o cuidado de verificar se as válvulas de es-
Outras superfícies fixas como paredes, tetos, portas, mo-
cape da autoclave tipo panela de pressão não estão obstruí-
biliários, não representam risco significativo de transmissão
das por papel ou outros materiais que se encontram no meio
de infecções em estabelecimentos de saúde, portanto podem
da carga.
ser limpos também com água e sabão, a não ser que ocorra
e) falhas do processo de esterilização respingo ou deposição de matéria orgânica, quando é reco-
mendada a desinfecção localizada.
As falhas podem ser humanas ou mecânicas:
7.2 Desinfecção de bancadas
• limpeza deficiente do material;
As bancadas de laboratório onde há manipulação material
• emprego de invólucros impermeáveis ao vapor;
biologico são desinfetadas friccionando-se gaze embebida em
• confecção de pacotes muito grandes e incorretamente álcool 70 % na superfície, no sentido do fundo para borda da
posicionados na câmara; bancada.
• drenagem insuficiente do ar; Deixar o desinfetante secar naturalmente e repetir a ope-
• superaquecimento; ração por 3 vezes, uma vez que a rápida evaporação do álco-
ol limita o tempo de contato com a superfície.
• tempo de exposição insuficiente;
As bancadas de laboratório onde há manipulação material
• secagem inadequada da carga; químico é passado um pano úmido com sabão e posterior-
• operação incorreta e falta de manutenção da autoclave. mente pano úmido e depois são desinfetadas friccionando-se
gaze embebida em álcool 70 % na superfície, no sentido do
Tendo isso em vista, as instruções do manual de uso do fundo para borda da bancada.
aparelho devem ser obedecidas, particularmente em relação
ao manejo, limpeza diária da câmara de esterilização e limpe- 7.3 Procedimentos de desinfecção localizada
za diária dos reservatórios de água. a) com uso de luvas e roupa protetora, retirar o excesso
6.3.2 Esterilização por calor seco - Estufa da carga contaminante em papel absorvente ou pano de lim-
peza;
A esterilização por calor seco é um processo lento que
necessita de altas temperaturas. b) desprezar o papel ou pano em sacos plásticos de lixo
ou encaminhar para a lavanderia;
Sendo o calor seco menos penetrante do que o úmido, o
processo requer temperaturas mais elevadas (geralmente de c) aplicar desinfetante sobre a área atingida e deixar o
140 a 180ºC) e tempo de exposição mais prolongado. tempo recomendado;

Utilizando-se a estufa durante 1 hora sob uma temperatu- d) remover o desinfetante com pano molhado;
ra de 170 ± 5ºC, o calor atua sobre todas as superfícies que e) proceder à limpeza com água e sabão no restante da
não são penetradas pelo vapor. superfície.
Este processo é indicado para esterilizar vidrarias, instru- Notas:
mentos de corte ou de pontas, passíveis de serem oxidados
pelo vapor, e recipientes fechados que não são penetrados 1) os esfregões, panos de limpeza e de chão, escovas e
pelo vapor. baldes são lavados nos tanques destinados para tal fim, du-
rante e após o uso.
A estufa é elétrica que aquece por irradiação do calor a-
través das paredes laterais e da base. A distribuição deste 2) tanto para os procedimentos de limpeza como desin-
calor deve ser o mais uniforme possível. fecção são usados os EPI adequados.

Conhecimentos Específicos 138 A Opção Certa Para a Sua Realização


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7.3.1 Utilização de desinfetantes na descontaminação de Os Laboratórios que trabalham com agentes biológicos
áreas e superfícies Dentre todos os desinfetantes químicos o têm disponíveis soluções desinfetantes, em local visível e de
hipoclorito de sódio é o mais utilizado tanto para o piso quanto fácil acesso, com todo o material e instruções necessárias
para o teto, paredes, vidraças, bancadas e outras superfícies para a descontaminação e descarte dos resíduos resultantes
não metálicas. do derramamento acidental de material potencialmente con-
taminado
As superfícies contaminadas ou suspeitas de contamina-
ção são desinfetadas com uma solução de hipoclorito de 8.3 Quebra de tubos contidos em recipiente de centrifuga-
sódio com 0,5 a 1% de cloro ativo ou com outro desinfetante ção fechados (copos de segurança)
de ação comprovada.
Se houver suspeita de quebra dentro do recipiente, a tam-
Recomenda-se o preparo diário do hipoclorito a 0,5% para pa de segurança pode ser afrouxada no interior de uma CSB
esses procedimentos. e o recipiente esterilizado em autoclave. Como alternativa, o
recipiente de segurança pode ser quimicamente desinfetado.
O hipoclorito de sódio é um oxidante forte e por isso não é
utilizado para desinfetar objetos ou superfícies de metal. Para 8.4 Acidentes com materiais perfurocortantes.
desinfetar metais, o álcool etílico a 70% (p/p) é uma boa al-
Nos casos de exposição percutânea recomenda-se, como
ternativa.
primeira medida, lavar exaustivamente o local ferido com
7.3.2 Recomendações gerais água e sabão, evitando o uso de escovinhas para não provo-
car a escarificação na pele. O uso de solução anti-séptica é
A desinfecção das bancadas com hipoclorito de sódio a
recomendado, embora não haja qualquer evidência objetiva
0,5% ou álcool 70% (p/p), é feita antes e depois da realização
de vantagens em relação ao uso do sabão.
da rotina de trabalho.
Após a exposição em mucosas, lavar exaustivamente com
A limpeza geral, incluindo teto, paredes e vidraças é feita
água ou solução fisiológica a 0,9%.
mensalmente ou semestralmente, dependendo das caracte-
rísticas e do volume de trabalho do laboratório. As soluções irritantes, tais como éter ou hipoclorito são
contra-indicadas, uma vez que podem aumentar a área ex-
Esses procedimentos são realizados preferencialmente
posta. Evitar, também, a compressão da área do ferimento,
quando o laboratório não estiver em atividade analítica para
para não favorecer a vascularização da área.
evitar transtornos, e sempre com o acompanhamento de um
técnico ou responsável pelo setor. O profissional acidentado é encaminhado para o serviço
de pronto-socorro e informa a pessoa responsável sobre a
É importante verificar se o pessoal da limpeza está usan-
causa do acidente e sobre os microrganismos envolvidos.
do roupa de proteção e outros EPI apropriados, como luvas
de borracha resistentes e sapatos fechados ou botas de bor- Sempre que possível a pessoa acidentada deve levar
racha. Óculos e máscaras devem ser utilizados na limpeza de consigo informações sobre a sua condição imunológica (regis-
tetos e paredes. tro de vacinas) e sobre o paciente – fonte do acidente. A partir
dessas informações, o responsável pelo atendimento de pron-
8 MEDIDAS DE EMERGÊNCIA EM LABORATÓRIOS DE
to-socorro poderá tomar as medidas cabíveis para o caso,
MICROBIOLOGIA incluindo a indicação de quimioprofilaxia para HIV. O acidente
8.1 Derramamentos contendo material potencialmente é devidamente registrado.
contaminado 8.5 Ingestão de material contaminado
Na presença de material biológico, como sangue e secre- No caso de ingestão acidental de material possivelmente
ções em piso ou bancada, adotar os seguintes procedimen- perigoso, o acidentado deve procurar atendimento médico,
tos: informando sobre o material ingerido. O acidente é registrado.
a) cubra o material com toalha de papel ou gaze e despeje Nota: Estão afixados em lugares bem visíveis, em todas
uma solução de hipoclorito de sódio com 0,5 a 1% de cloro os Laboratórios, os telefones e localização da diretoria e do
ativo por cima. Realizar a operação cuidadosamente para serviço de pronto-socorro
evitar respingos e a formação de aerossóis, cuidando para
9 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
que todo material entre em contato com o hipoclorito;
Resíduos de serviço de saúde - RSS é o produto residual,
b) deixe o desinfetante agir por 20 minutos pelo menos;
não utilizável, resultante das atividades exercidas por estabe-
c) se há material quebrado este é recolhido com o auxílio lecimentos prestadores de serviços de saúde, que, por suas
de pinça e pá de lixo; características, necessita de processos diferenciados em seu
d) recolha tudo com um pano ou papel toalha, coloque manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição
dentro de sacos plásticos autoclaváveis, encaminhando para final.
autoclavação e depois para descarte final como resíduos 9.1 Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde
infectante;
Os RSS são classificados pela ANVISA na Resolução
e) quando houver cacos de vidro, colocar o saco de auto- RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004 nos seguintes gru-
clave com os resíduos dentro de um recipiente rígido, para pos:
evitar acidentes;
GRUPO A
f) recoloque a solução desinfetante na área ou superfície
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos
onde houve o derramamento;
que, por suas características, podem apresentar risco de
g) deixe agir por mais 10 minutos; infecção.
h) esfregue a área afetada com pano limpo embebido em GRUPO B
solução desinfetante;
Resíduos contendo substâncias químicas que podem a-
i) proceda a limpeza do piso ou da bancada, como de roti- presentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, depen-
na; dendo de suas características de inflamabilidade, corrosivida-
j) todas essas atividades exigem uso de equipamentos de de reatividade e toxicidade.
proteção. GRUPO C

Conhecimentos Específicos 139 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas g) racionalizar matéria prima e otimizar gastos; permitindo
que contenham radionuclídeos em quantidades superiores o tratamento adequado de acordo com o tipo de resíduo;
aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e
h) adotar a coleta seletiva para os resíduos passíveis de
para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.
reutilização e de reciclagem.
GRUPO D
9.3 Resíduos com Risco Biológico
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou
9.3.1 Acondicionamento
radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equi-
parados aos resíduos domiciliares. Os resíduos do Grupo A, ou de risco biológico são emba-
lados em sacos para autoclavação ou, se não necessitarem
GRUPO E
de tratamento prévio, em sacos plásticos, de cor branca,
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: apresentando o símbolo internacional de risco biológico. Utili-
lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, zar até 2/3 da capacidade máxima do saco, para poder ofere-
brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de cer mais espaço para o fechamento adequado e, assim, maior
bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e segurança.
lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados
Fechar bem os sacos, de forma a não permitir o derrama-
no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de
mento de seu conteúdo. Uma vez fechados, precisam ser
Petri) e outros similares.
mantidos íntegros até o processamento ou destinação final do
9.2 Gerenciamento dos RSS resíduo. Caso ocorram rompimentos frequentes dos sacos,
deve-se verificar a qualidade do produto ou os métodos de
O manejo dos Resíduos de Serviços de Saúde é entendi-
transporte utilizados.
do como a ação de gerenciá-los em seus aspectos intra e
extra-estabelecimento, desde a geração até a disposição Não se admite abertura ou rompimento de saco contendo
final, incluindo a segregação, acondicionamento, identifica- resíduo com risco biológico sem prévio tratamento. Encami-
ção, transporte interno, tratamento preliminar, armazenamen- nhar os sacos dentro de um recipiente fechado, com tampa,
to temporário e externo, coleta e disposição final. se forem tratados em outro local.
Este conjunto de procedimentos de gestão tem o objetivo Todos os contentores (lixeiras) para resíduos possuem
de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resí- tampas, e são lavados pelo menos uma vez por semana ou
duos gerados um encaminhamento seguro, de forma eficien- sempre que houver vazamento do saco contendo resíduos.
te, visando à proteção dos trabalhadores, à preservação da
Os materiais perfurocortantes são agentes de risco de a-
saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.
cidentes, além de serem agentes de risco biológico se estive-
Estes procedimentos estão descritos no Plano de Geren- rem contaminados com algum microrganismo patogênico. Por
ciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS do suas características físicas específicas, este tipo de resíduo
IMMES. O PGRSS da instituição contém as orientações que possui uma separação diferente do restante dos resíduos.
são seguidas no manejo dos resíduos gerados.
São descartados em recipientes de paredes rígidas, com
9.2.1 Segregação dos resíduos tampa e resistentes ao processo de tratamento de desconta-
minação, se for o caso.
Todos os profissionais do laboratório são capacitados para
a correta segregação dos resíduos. Esta etapa é fundamental Resíduos perfurocortantes que não necessitam de trata-
para o manejo apropriado dos RSS e compreende o seu a- mento são dispostos em recipientes rígidos (recomenda-se
condicionamento e identificação, que são efetuados no local caixas do tipo descarpax), que devem ser bem fechados após
de origem ou de geração, segundo a classificação adotada e o preenchimento. Não devem ser preenchidos em mais de ¾
o estado físico. de sua capacidade. Estes recipientes estão localizados tão
próximo quanto possível da área de trabalho.
O técnico responsável pelo procedimento gerador de resí-
duos é, também, encarregado de sua separação e identifica- 9.3.2 Tratamento intra-unidade
ção, bem como das providencias ou encaminhamento para
O tratamento preliminar dos resíduos de risco biológico
quaisquer tratamentos prévios que devam ser realizados.
consiste na descontaminação (desinfecção ou esterilização)
A separação deve ser coerente com os métodos de trata- por meios físicos ou químicos, realizado em condições de
mento e de disposição final utilizados, visando a facilitar estes segurança e eficácia comprovada, no local de geração, a fim
procedimentos. Esta etapa tem como objetivos: de promover a redução da carga microbiana.
a) impedir que os resíduos biológicos, químicos e radioati- O objetivo é permitir que os resíduos sejam coletados e
vos, que geralmente são frações menores, contaminem os transportados com segurança até sua disposição final.
resíduos comuns;
O processo mais tradicional de tratamento é a autoclava-
b) prevenir incidentes e acidentes ocupacionais e ambien- ção por 30 minutos à temperatura de 121ºC, sob pressão.
tais, facilitando o atendimento emergencial nestes casos;
Após a autoclavação, proceder do seguinte modo:
c) garantir a movimentação segura do resíduo da unidade
a) verificar se todos os recipientes e sacos que vão ser
geradora até o armazenamento intermediário ou abrigo exter-
descartados estão com a fita indicando que o material passou
no de armazenamento final e até o tratamento ou disposição
pelo processo térmico. Só assim poderão ser encaminhados
final;
para o descarte;
d) intensificar e fortalecer as medidas de segurança a to-
b) o material autoclavado é acondicionado e encaminhado
dos que utilizam as dependências dos laborotorios incluisve
para descarte de acordo com o sub-grupo (dentro do Grupo
os alunos;
A) no qual se classifica.
e) impedir a reutilização ou a reciclagem de resíduos con-
9.3.3 Armazenamento
taminados;
O armazenamento temporário interno consiste na guarda
f) incentivar a adoção de processos que reduzam a gera-
temporária, em contentores apropriados, dos resíduos já
ção de resíduos;
acondicionados, separados por tipologia, identificados e trata-

Conhecimentos Específicos 140 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
dos, em local próximo aos pontos de geração, para aguardar d) as informações para o descarte seguro.
a retirada para o depósito externo de resíduos.
Essa ficha é mantida na sala do Coordenador dos Labora-
Esta etapa possibilita a redução das distâncias entre os tórios, numa pasta de fácil acesso a todos os que manipulam
pontos geradores e a área de armazenamento temporário tais substâncias. A partir das informações constantes na
final. FISPQ, pode-se saber como manipular, estocar, transportar
adequadamente o reagente, assim como descartar correta-
A permanência nos contentores de armazenamento tem-
mente os resíduos do produto.
porário interno dos resíduos não deve ultrapassar o período
de oito horas para os resíduos do Grupo A. 2 SÍMBOLOS UTILIZADOS NA ROTULAGEM DE REA-
GENTES QUÍMICOS
O armazenamento temporário externo (depósito externo
de resíduos) tem como objetivo principal garantir a guarda São utilizados símbolos internacionais na rotulagem de
dos resíduos em condições seguras e sanitariamente ade- reagentes químicos, específicos de cada classe de risco.
quadas até a realização da coleta externa.
A rotulagem por intermédio de símbolos e textos de avisos
Nestes locais de armazenamento segue-se o plano de é precaução essencial de segurança.
limpeza e desinfecção e plano de controle integrado de inse-
Os rótulos ou etiquetas aplicados sobre uma embalagem
tos e de roedores adotados pelo IMMES.
devem conter em seu texto as informações necessárias para
CAPÍTULO IV que o produto ali contido seja tratado com toda a segurança
possível.
SEGURANÇA QUÍMICA EM LABORATÓRIOS
É perigoso reutilizar o frasco de um produto rotulado para
1 RISCO QUÍMICO
guardar qualquer outro diferente, ou mesmo colocar outra
Os riscos químicos são de grande relevância em laborató- etiqueta sobre a original. Isto pode causar acidentes.
rios de saúde. Em alguns laboratórios os profissionais estão
Ao encontrar uma embalagem sem rótulo, não se deve
expostos a uma grande diversidade de agentes químicos,
tentar adivinhar o que há em seu interior. Se não houver pos-
sem que tenham, muitas vezes, conhecimento dos seus efei-
sibilidade de identificação, o produto deve ser descartado.
tos sobre o organismo.
Os símbolos mais utilizados para os reagentes químicos
Diversos produtos químicos, quando em contato com o
estão demonstrados na figura abaixo.
homem, podem apresentar uma ação localizada ou sistêmica,
quando levados aos diferentes órgãos e tecidos, através da
absorção por inalação ou por outra via.
Além do risco de lesões e intoxicação, os produtos quími-
cos podem apresentar reações de incompatibilidade com
outras substâncias devido às suas propriedades, ou mesmo
quando acidentalmente entram em contato com outro reagen-
te. Essas reações podem ser violentas e provocar danos
irreversíveis, tanto para quem os manipula quanto para outras
pessoas.
Assim, antes de manusear um produto químico é necessá-
rio conhecer suas propriedades e o grau de risco a que se
está exposto.
Ler o rótulo no recipiente ou na embalagem é a primeira
providência a ser tomada, observando a classificação quanto
ao tipo de risco que o reagente oferece.
Todos os laboratórios possuem uma Ficha de Informações
de Segurança de Produto Químico – FISPQ (modelo constan-
te do Anexo A), para cada reagente utilizado nos seus ensai-
os.
De acordo com a NBR 14725 da ABNT, o fornecedor deve
tornar disponível ao receptor/usuário uma FISPQ completa
para cada substância ou preparo, na qual estão relatadas
informações relevantes quanto à segurança, saúde e meio
ambiente. O fornecedor tem o dever de manter a FISPQ sem-
pre atualizada e tornar disponível ao usuário/receptor a edi-
ção mais recente.
Ainda de acordo com a NBR 14725, o usuário da FISPQ é 3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
responsável por agir de acordo com uma avaliação de riscos, O manuseio de substâncias químicas, via de regra, requer
tendo em vista as condições de uso do produto, por tomar as o uso de equipamentos de proteção individuais ou coletivos.
medidas de prevenção necessárias numa dada situação de O equipamento a ser utilizado dependerá do trabalho a ser
trabalho e por manter os demais trabalhadores informados desenvolvido.
quanto aos perigos relevantes do seu local individual de tra-
balho. 3.1 Equipamentos de Proteção Individual - EPI
A FISPQ deverá informar, no mínimo: São equipamentos de uso individual, utilizados com o ob-
jetivo de oferecer o máximo de proteção ao corpo contra res-
a) as características do produto: usos, propriedades físi- pingos, vapores, absorção cutânea, etc.
cas e químicas, formas de estocagem;
3.1.1 Guarda-pó / Jaleco
b) os riscos: toxicologia, incêndio e/ou explosão;
O guarda-pó/ Jaleco deverá ser exclusivamente de manga
c) as medidas de proteção: coletiva, individual; longa, usado permanentemente fechado. As mangas devem

Conhecimentos Específicos 141 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ter elástico nas extremidades. Deve ser fácil de ser aberto e Normalmente se identifica a saturação do filtro pela per-
retirado em caso de emergência. cepção do cheiro da substância ou pelo aumento progressivo
da resistência na respiração.
3.1.2 Óculos de segurança
Estes filtros contêm carvão ativado, cuja estrutura porosa
São usados em todas as atividades onde haja possibilida-
oferece uma grande superfície de absorção. Enquanto o ar
de de formação de vapores ou aerossóis irritantes ou cáusti-
inspirado flui através do carvão ativo do filtro, as moléculas do
cos, projeção de produtos químicos e/ou de estilhaços de
contaminante são retidas.
vidro (na quebra de vidrarias).
b) Filtros contra aerodispersóides (aerossóis e poeiras)
3.1.3 Respiradores
Podem ser armazenados por tempo indeterminado. Quan-
São usados quando da manipulação de substâncias quí-
do em uso, observa-se a saturação pelo aumento de resistên-
micas com alto teor de evaporação. O uso do respirador não
cia respiratória.
dispensa a necessidade de que os reagentes sejam manipu-
lados em capela química. Estes filtros são providos de material fibroso microscopi-
camente fino. As partículas sólidas e líquidas são retidas na
O filtro utilizado nos respiradores é específico para cada
superfície destas fibras.
tipo de contaminante.
3.1.4 Luvas
O fabricante, quando solicitado, pode orientar na escolha
do filtro mais adequado para cada uso. São utilizadas durante a manipulação de produtos quími-
cos, tanto na fase analítica quanto na lavação do material
Acima, à direita, um exemplo da utilização de óculos e
utilizado na análise. As luvas precisam ser de material resis-
respirador para vapores orgânicos - peça semi-facial com
tente e compatível com as substâncias que serão manusea-
válvula de exalação.
das (ver
3.1.3.1Tipos de Filtro
Tabela 2).
a) Filtros contra gases ou combinados
No trabalho em laboratórios pode ser necessário o uso de
Têm um prazo de validade de três anos, desde que este- outros tipos de luva, como as luvas resistentes a altas tempe-
jam na embalagem original e os lacres não tenham sido viola- raturas para o trabalho com equipamentos que geram calor,
dos. Quando em uso, o tempo de saturação dos filtros contra como estufas e muflas. Essas luvas podem ser de kevlar
gases depende da concentração do reagente, do consumo de tricotado ou revestidas de material isolante ao calor.
ar do usuário, da temperatura e da umidade do ar.
Tabela 2: Seleção de luvas de acordo com o reagente

Notas: Qualquer atividade em capela química deve ser monitora-


da, principalmente quando se faz uso de equipamentos que
1) os EPI são de uso individual, ou seja, cada pessoa pos-
geram calor ou chamas. Ao final do trabalho, limpa-se a su-
sui e cuida do seu EPI, que
perfície interna da capela e verifica-se se os equipamentos
deverá ser submetido periodicamente à limpeza e manu- elétricos e bicos de gás estão desligados.
tenção.
3.2.2 Dispensadores automáticos
2) os EPI são de uso exclusivo na área de laboratório.
São equipamentos que oferecem segurança ao operador,
3.2 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC uma vez que evita-se verter os reagentes de um frasco para o
Estes equipamentos de proteção são de uso comum dos outro, com o risco de derramamentos. Proporcionam maior
profissionais que trabalham no laboratório. precisão ao ensaio, já que basta ajustar o volume desejado
para dispensar.
3.2.1 Capela de Segurança Química
3.2.3 Chuveiro e lava-olhos de emergência
É o equipamento que faz a exaustão dos vapores proveni-
entes de substâncias químicas que estão sendo manipuladas Descrito no Capítulo II, itens 3.2.6 e 3.2.7.
no seu interior. 3.2.4 Extintores de incêndio

Conhecimentos Específicos 142 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Descritos no item 16.2 deste capítulo. Estes produtos não podem ser armazenados próximos de
líquidos voláteis e/ou inflamáveis, pois no caso de ocorrer
4 NORMAS DE SEGURANÇA PARA O MANUSEIO DE
vazamento da embalagem, volatilização ou outra forma de
PRODUTOS QUÍMICOS
contato, há risco de incêndio ou explosão.
Para evitar ou minimizar o risco de acidente com reagen-
As explosões resultam de reações fortemente exotérmi-
tes químicos é necessário adotar as normas básicas de segu-
cas, nas quais grandes volumes de gases são produzidos em
rança para laboratório já apresentadas no capítulo II, item 2,
frações de segundos. As reações químicas que oferecem o
além das precauções específicas descritas a seguir:
maior risco de explosão são as oxidações.
a) conhecer os produtos químicos com os quais se vai tra-
Os principais agentes oxidantes são os peróxidos, per-
balhar. Ler com atenção os rótulos dos frascos de reagentes
manganatos, cloratos e percloratos, nitritos orgânicos ou
e a FISPQ antes de usá-los. Se necessário, procurar mais
inorgânicos, nitratos, iodados, periodados, cromatos, perbro-
informações;
matos, persulfatos, dicromatos e óxidos.
b) manter o seu rosto sempre afastado do recipiente onde
4.2.1.1Recomendações
está ocorrendo uma reação química ou combustão. Evitar o
contato de substâncias químicas com a pele, olhos e muco- Os nitretos não devem entrar em contato com o cobre. O
sas; nitreto de cobre explode violentamente ao menor impacto.
c) conservar os frascos de produtos químicos devidamen- O ácido perclórico quando deixado sobre madeira de al-
te fechados e não colocar as tampas descuidadamente sobre venaria ou tecido explode e se incendeia ao ipacto.
as bancadas. Elas devem ser depositadas com o encaixe
O ácido pícrico e os picratos são detonados pelo calor e
para cima;
pelo impacto mecânico. O ácido pícrico (trinitrofenol) é acom-
d) nunca cheirar diretamente nem provar qualquer subs- panhado por um produto secundário (2,4 dinitrofenol), um
tância utilizada ou produzida nos ensaios; poderoso agente oxidante que provoca sérios danos à saúde.
e) não usar frascos de laboratório para beber água ou ou- O oxidante glicerol na presença de permanganatos, quan-
tros líquidos; do agitado, mesmo à temperatura ambiente, ele reage violen-
tamente.
f) não misturar substâncias químicas fora da capela sem
ter conhecimento do tipo de reação que ocorrerá. 4.2.2 Substâncias ácidas e alcalinas
4.1 Efeitos tóxicos dos produtos químicos Para o trabalho com estas substâncias usa-se sempre e-
quipamento de segurança: guarda-pó, luvas, óculos de prote-
Certas substâncias ou compostos químicos exercem ação
ção, respiradores e sapatos fechados, além da capela quími-
nociva sobre a saúde das pessoas que os manipulam ou que
ca, pêras ou dispensadores automáticos. Chuveiros e lavao-
inalam os seus vapores. O aparelho respiratório é a principal
lhos de emergência devem estar próximos de onde são ma-
via de ingresso de substâncias tóxicas (gases, partículas e
nuseadas.
vapores), que podem passar ao sangue, através do qual se-
rão distribuídas a outras regiões do organismo. 4.2.2.1 Ácido Clorídrico
Vários órgãos e tecidos podem ser prejudicados ou sofrer Sob a forma de solução é uma substância altamente cor-
lesões graves. rosiva. Seus vapores são extremamente irritantes ao trato
respiratório.
Alguns compostos químicos são sabidamente carcinogê-
nicos ou teratogênicos. 4.2.2.2 Ácido Sulfúrico
Além dos efeitos agudos, que podem ser graves, a expo- O ácido sulfúrico é uma das substâncias químicas mais u-
sição pode comprometer o organismo sem que apareçam tilizadas em laboratórios. É muito volátil quando concentrado
efeitos imediatos sobre a saúde. Além disso, o indivíduo pode e desprende gás de trióxido de enxofre e névoa de ácido
vir a apresentar distúrbios de coordenação, sonolência ou sulfúrico, ambos fortemente irritantes ao trato respiratório. È
sintomas semelhantes que o tornam mais propenso aos aci- corrosivo da pele e dos dentes.
dentes.
4.2.2.3 Ácido Nítrico
A exposição prolongada ou repetida à fase líquida de mui-
É extremamente corrosivo e ataca os olhos, a pele e as
tos solventes orgânicos é capaz de provocar lesões cutâneas.
membranas mucosas. Os vapores contém bióxido de nitrogê-
Essas podem ser devidas à ação desengordurante sobre a
nio que é altamente tóxico.
epiderme, mas podem também surgir manifestações de natu-
reza alérgica ou corrosiva. 4.2.2.4 Hidróxido de sódio e potássio
Os efeitos prejudiciais à saúde são descritos na FISPQ de Esses hidróxidos são substâncias cáusticas, quer na for-
cada reagente. ma sólida, em poeiras, névoas, jatos, quer em solução líquida
concentrada. Podem ser mais corrosivos à pele e mucosas
4.2 Substâncias químicas que exigem cuidados
que a maioria dos ácidos.
Todos os produtos químicos utilizados em laboratório de-
4.2.3 Solventes Orgânicos
vem ser manipulados com cuidado e de maneira a reduzir ao
mínimo a exposição. Os solventes orgânicos, quando manipulados sem a ob-
servância das normas de segurança, podem causar forte
É importante levar em conta as incompatibilidades entre
irritação e dermatites na pele, além de intoxicações.
reagentes (ver Tabela 3: Incompatibilidade de substâncias
químicas, item 6.1). Recomenda-se que sejam guardados em armários refrige-
rados; no entanto, geladeiras domésticas não devem ser
Alguns reagentes exigem precauções especiais:
usadas para a guarda de substâncias inflamáveis, uma vez
4.2.1 Agentes Oxidantes que podem acontecer explosões provocadas por faíscas elé-
tricas geradas dentro desses equipamentos.
Os oxidantes são compostos químicos que durante uma
reação química fornecem oxigênio, um dos elementos neces- Seguem recomendações sobre alguns dos solventes mais
sários à formação do fogo. usados em laboratório:
4.2.3.1 Fenol

Conhecimentos Específicos 143 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O fenol é tóxico e altamente corrosivo, pois desnatura as e) Condições do frasco e do reagente
proteínas da pele.
• as condições do reagente são verificadas. Os que apre-
Pode penetrar diretamente através da pele e ser absorvido sentam aspecto ou coloração diferente da normal, não são
para a corrente sanguínea. utilizados.
É obrigatório o uso de EPI para os trabalhos com fenol, • verifica-se se o frasco não apresenta trincas ou vaza-
especialmente óculos de segurança, devido a gravidade da mentos, o que é considerado perigoso. Estando o frasco do
lesão caso o produto atinja os olhos. reagente em condições de uso, prossegue-se limpando a
área externa do frasco antes de abri-lo, pois as impurezas
Quando em contato com a pele, lavar com bastante água
podem contaminar e interferir na qualidade da solução.
e sabão.
• em todos os momentos é muito importante proteger o ró-
4.2.3.2 Metanol ou álcool metílico
tulo. Um frasco com o rótulo destruído é inaceitável e deve
É extremamente tóxico se ingerido, afetando o sistema ser descartado.
nervoso, causando náusea, dor de cabeça, cegueira e delí-
• o descarte de substâncias químicas é realizado por pes-
rios. A ingestão desse reagente geralmente é fatal.
soal qualificado, de maneira a atender todos os requisitos
4.2.3.3 Éter etílico referentes às normas de segurança.
É um solvente muito utilizado em laboratórios. Sua mani- f) Dissolução da substância
pulação exige cuidados especiais, por se tratar de substância
Dissolver o material com muito cuidado, utilizando água
extremamente inflamável e até explosiva. Em contato com a
purificada recentemente, aguardando o equilíbrio térmico para
pele provoca ressecamento, podendo causar dermatites.
completar o volume até quase a marca de aferição, adicio-
Deve ser manipulado em capela química.
nando o restante da água com o auxílio de pipeta ou conta-
4.2.3.4 Clorofórmio gotas.
Solvente usado por muito tempo como anestésico. Sabe- g) Identificação das soluções
se hoje que a exposição a esta substância pode levar a lesão
As soluções produzidas são rotuladas devidamente. No
no fígado e rins.
rótulo devem constar:
5 SEGURANÇA NO PREPARO DE SOLUÇÕES
• o nome do produto;
Por se tratar de uma tarefa que envolve muitas atividades,
• a concentração;
o preparo de uma solução requer cuidados especiais. Para
algumas soluções, é necessária muita atenção a todos os • a data de preparo da solução;
detalhes, para que se evitem acidentes, às vezes com gran-
• o nome do analista / aluno;
des prejuízos.
• o prazo de validade;
Relacionamos alguns procedimentos importantes que de-
vem ser seguidos no preparo de soluções, obedecendo a • outras informações como: fórmula, incompatibilidades,
normas de qualidade e segurança: nome comercial, antídoto, etc.
a) Planejamento das aulas Os frascos de soluções são estocados em locais adequa-
dos.
Primeiramente, é muito importante obter todas as informa-
ções pertinentes à execução da aula, consultando a literatura h) Outros cuidados
e metodologia específica. • não se trabalha sozinho, pois em caso de acidente nin-
b) Laboratorio próprio para preparo de soluções guém poderá ajudar, principalmente quando o trabalho é
realizado fora do horário normal de expediente, como no
Para as soluções que requerem cuidados especiais, pro-
horário de almoço, por exemplo.
videncia-se todo o material necessário, de maneira a não
gerar situações de desconforto e falta de segurança, inclusive • nunca se adiciona água diretamente sobre ácidos. Pri-
para os demais trabalhadores da área. Se necessário, usa-se meiro coloca-se a água num recipiente (a 2/3 de sua capaci-
capela de segurança química. dade) e, na capela química, adiciona-se o ácido lentamente.
Para reações exotérmicas recomenda-se banho de gelo.
c) Material para o trabalho
• é necessário limpar a área de trabalho após a utilização
• para o preparo de soluções são providenciados todos os
de substâncias químicas, evitando que outros se acidentem.
instrumentos necessários para a execução da tarefa, como
vidrarias, espátulas, papel de filtro, pesa-filtro, bastão de vidro • o pessoal de apoio é sempre orientado, não permitindo
e pisseta de água destilada. que estes manuseiem frascos contendo sobras de substân-
cias químicas e que levem para casa frascos vazios para
• as improvisações são evitadas, pois normalmente elas
reutilizar.
não funcionam e podem servir como fontes de risco.
6 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS
• trabalha-se sempre com o volume mínimo necessário de
reagente. 6.1 No laboratório
d) Transporte de substâncias químicas Reagentes químicos não são estocados em laboratório.
Cada solicitação de aula onde requer uso de reagentes, são
• os reagentes a serem utilizados no laboratório são arma-
acondicionados de forma adequada os reagentes químicos
zenados convenientemente em armários próprios e devida-
necessários, em quantidades limitadas para as aulas, que são
mente identificados.
repostas periodicamente.
• a retirada dos frascos do armário é feita com muita cau-
O Setor de Armazenamento e Distribuição da instituição
tela.
faz o fornecimento de acordo com o pedido da solicitação de
• os frascos são transportados individualmente, nunca de aula.
encontro ao peito, e, quando necessário transportar vários
Uma vez na IE, os reagentes são guardados em armários
frascos, utiliza-se carrinhos próprios para tal.
adequados, com prateleiras ajustáveis para se obter o vão

Conhecimentos Específicos 144 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
necessário, revestidas com material resistente ao ataque dos sistema de extinção de incêndio apropriado para os reagentes
produtos químicos armazenados. armazenados.
Os reagentes são guardados em frascos bem fechados, 6.1.1 Outras recomendações
mas não de forma a dificultar a sua abertura posteriormente.
Planejar com cuidado a aquisição de reagentes. Evitar
Os reagentes não são guardados de forma aleatória ou comprar quantidade acima do necessário. Reagentes venci-
por ordem alfabética, pois pode haver incompatibilidade quí- dos normalmente transformam-se em resíduos.
mica entre eles. As substâncias incompatíveis podem reagir
Não aceitar produtos químicos faltando rótulo ou com a
violentamente entre si produzindo calor, explosão e/ou a libe-
embalagem violada.
ração de produtos altamente tóxicos e/ou inflamáveis. Os
agentes oxidantes são exemplos clássicos. Os produtos químicos são estocados em áreas bem venti-
ladas, protegidos de temperaturas altas e fontes de ignição.
Os frascos são dispostos de modo a facilitar o acesso à-
queles usados com maior frequência, sendo que os mais Se for utilizado armário fechado para armazenagem, certi-
pesados são guardados nas prateleiras mais baixas, assim ficar-se que este tenha aberturas laterais ou na parte superior
como as substâncias líquidas. para ventilação, evitando assim o acúmulo de vapores.
A tabela 3 relaciona a incompatibilidade de alguns reagen- Não é permitido que estagiários, empregados novos ou
tes mais utilizados. As substâncias do lado esquerdo da colu- pessoas não qualificadas organizem ou arrumem os reagen-
na devem ser estocadas e manuseadas de tal forma que não tes nas áreas de armazenagem.
possam entrar em contato, sob condições não controladas, O estoque de reagentes é inspecionado de tempos em
com as substâncias correspondentes do lado direito da colu- tempos e retiradas as substâncias que apresentam sinais de
na, uma vez que reações violentas podem ocorrer. deterioração.
Em todos os casos de armazenamento de compostos Não são armazenados produtos químicos dentro da cape-
químicos, providenciasse uma ventilação adequada e um la química nem no chão do laboratório.
Tabela 3: Incompatibilidade entre substâncias químicas

Conhecimentos Específicos 145 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

6.2 No setor de armazenamento Neste setor é importante que os profissionais tenham co-
nhecimento das características e riscos inerentes aos materi-
O setor de armazenamento de materiais, quando bem or-
ais estocados, tendo em vista que as substâncias químicas
ganizado e administrado por pessoal qualificado e experiente,
podem promover grandes acidentes se manipuladas indevi-
é o local ideal para a estocagem de substâncias químicas e
damente.
outros materiais que fazem parte do conjunto de itens neces-
sários para a produção das atividades dos laboratórios. São observadas as seguintes recomendações a fim de
que as questões relativas à segurança estejam asseguradas:
A distribuição das substâncias químicas nas áreas de ar-
mazenagem deve ser muito bem planejada, de forma a não a) o local de armazenamento de reagentes é bem sinali-
permitir que as atividades ali desenvolvidas passem a ser zado, indicando, inclusive, rotas de evacuação e telefones de
fontes geradoras de riscos, com a possibilidade de ocorrer emergência. São utilizadas advertências objetivas e em local
situações de emergência. de fácil visualização;

Conhecimentos Específicos 146 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) os almoxarifados que estocam reagentes químicos são a) equipamentos de proteção, tais como respiradores, lu-
ventilados; vas de borracha grossa,
c) todas as entradas de ventilação estão protegidas por te- guarda-pós e botas de borracha;
las;
b) pás para o recolhimento do resíduo;
d) os equipamentos de proteção estão disponíveis em lo-
c) pinça para recolher os estilhaços de vidro;
cal de fácil acesso e em quantidade suficiente para o pessoal;
d) panos tipo esfregão e papel-toalha para o chão;
e) os equipamentos de combate a incêndio estão disponí-
veis e em condições de uso e) baldes;
f) portas e acessos estão desobstruídos. O mesmo vale f) mantas absorventes;
para os equipamentos de segurança e para as saídas de g) areia de gato;
emergência;
h) detergente não inflamável.
g) os locais de armazenagem têm temperatura ambiente
adequada as suas atividades; Consultar a ficha de informação de segurança do produto
químico – FISPQ e providenciar o equipamento e materiais
h) deixa-se pelo menos 50 cm de distância entre as estan- necessários para limpar os locais contaminados pelo produto.
tes e as paredes para que haja fluxo de ventilação;
8.1 Derramamento de substâncias inflamáveis
i) todas as estantes têm seu conteúdo identificado;
Absorver imediatamente o líquido derramado com subs-
j) todos os materiais inflamáveis, explosivos e tóxicos são tâncias absorventes, como mantas específicas ou areia.
guardados em locais próprios, obedecendo às normas de Recolher e descartar tudo em recipiente destinado a material
segurança; inflamável.
k) os materiais potencialmente perigosos são estocados Em caso de derramamento de produtos tóxicos (mais de
em locais protegidos e dotados de fechadura com chaves; 100 ml),
l) as substâncias incompatíveis são estocadas em áreas inflamáveis (mais de 1 litro) ou corrosivos (mais de 1 litro)
próprias de acordo com a classe de risco das mesmas; tomar as seguintes providências:
m) é recomendável que haja uma área de quarentena des- a) interromper o trabalho/aula;
tinada à estocagem de produtos que estão em processo de
controle de qualidade e ainda não liberados para uso; b) evitando inalar o vapor do produto derramado, remover
fontes de ignição e desligar os equipamentos e o gás;
n) é mantida uma área destinada a produtos reprovados,
isto é, rejeitados pelo controle de qualidade ou que tenham c) abrir as janelas e ligar o exaustor, se disponível, desde
seus prazos de validade vencidos. que não haja perigo em fazê-lo;
7. TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS E VI- d) evacuar o laboratório;
DRARIAS e) isolar a área e fechar as portas do ambiente;
O transporte de vidrarias e reagentes químicos entre o al- f) chamar a equipe de segurança;
moxarifado e os laboratórios é feito, preferencialmente, em
carrinhos, dentro de caixas de papelão ou outro material que g) atender as pessoas que podem ter se contaminado;
diminua a possibilidade de impactos que possam causar a h) advertir as pessoas próximas sobre o ocorrido;
quebra dos frascos. Observa-se, ainda, as seguintes reco-
mendações: i) informar a chefia e/ou gerência do laboratório.

a) não segurar as garrafas pelo gargalo ao transferi-las 8.2 Derramamento de Ácidos e Compostos Químicos
para a caixa de transporte; Corrosivos

b) transportar o material somente em horários de menor Absorver imediatamente o líquido derramado com subs-
movimento nos laboratórios. tâncias absorventes, tais como mantas específicas ou areia
de gato.
c) no transporte de cilindros de gases, utilizar carrinhos
apropriados; 8.3 Procedimentos para a limpeza

d) transportar gelo seco preferencialmente pela escada, Qualquer derramamento de produto ou reagente deve ser
pois um pequeno bloco pode produzir Dióxido de Carbono limpo imediatamente, usando-se para isso os EPI e outros
(C02) suficiente para deslocar oxigênio de ambientes fecha- materiais necessários.
dos como elevadores; Em caso de dúvida quanto à toxicidade ou cuidados espe-
e) respeitar as incompatibilidades entre reagentes e usar ciais em relação ao produto derramado, não efetuar qualquer
os equipamentos de segurança apropriados durante o trans- operação de remoção sem orientação adequada. Consultar a
porte; FISPQ.

f) sempre que possível, levar um kit de emergência para o 8.4 Derramamento de produtos tóxicos, inflamáveis ou
caso de acidente. corrosivos sobre o trabalhador

8 DERRAMAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS Remover as roupas atingidas sob o chuveiro, lavando a


área do corpo afetada com água fria por 15 minutos ou en-
A maioria das empresas produtoras de compostos quími- quanto persistir dor ou ardência;
cos para uso laboratorial costuma distribuir quadros que des-
crevem a maneira de lidar com os respingos e derramamen- Se os olhos forem atingidos por produtos químicos, enxá-
tos dos diversos produtos químicos. Estes quadros devem ser gua-se por 15 minutos com água fria, encaminhando a vítima
afixados em local apropriado. ao atendimento médico de emergência. Informar ao médico o
produto químico envolvido no acidente.
Alguns equipamentos, como os relacionados a seguir, de-
vem estar disponíveis para serem utilizados nos casos de 9 GASES COMPRIMIDOS
acidente:

Conhecimentos Específicos 147 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Os gases em geral exercem efeitos tóxicos no organismo. Ex: Sulfeto de hidrogênio, Monóxido de carbono, Brometo
Ocupam lugar na atmosfera, impedindo o corpo de obter o de metila, Dimetilamina, Óxido de etileno, Cloreto de metila,
Oxigênio necessário, favorecendo o processo de asfixia. Metilmercaptana.
Muitos equipamentos nos laboratórios utilizam gases, co- Grupo IV
mo espectrofotômetros de absorção atômica, cromatógrafos a
Tóxicos e/ou corrosivos e não inflamáveis.
gás e estufas de Dióxido de Carbono. Por isto é cada vez
mais importante o conhecimento sobre os riscos gerados Ex: Amônia, Cloro, Flúor, Tetracloreto de Boro, Brometo
pelos gases, sua classificação, a observação das incompatibi- de Hidrogênio, Cloreto de Hidrogênio, Dióxido de Enxofre,
lidades, assim como os cuidados com a instalação dos cilin- FlPAreto de Hidrogênio, Iodeto de Hidrogênio.
dros. Grupo V
Os laboratórios do IMMES no momento da confecção des- Espontaneamente inflamável.
te manual utiliza gás tipo GLP que pertence ao Grupo II.
Ex: Silano
9.1 Grupos de Risco dos Gases
Grupo VI
Os gases são classificados em grupos, numerados de 1 a
6: Muito venenosos.
Grupo I Ex: Arsina, Cloreto de nitrosila, Fosfina, Óxido nítrico, Ci-
anogênio, Dióxido de Nitrogênio, Fosgênio, Seleneto de Hi-
Não inflamáveis, não corrosivos e de baixa periculosidade. drogênio.
Ex: Ar sintético, Argônio, Hélio, Neônio, Dióxido de carbo- 9.1.1 Compatibilidade dos gases
no, Nitrogênio, Óxido nitroso, Oxigênio.
Como regra geral, dois gases cuja soma dos grupos for
Grupo II igual a 5, poderão ser guardados juntos.
Inflamáveis não-corrosivos e de baixa toxidez. Por exemplo, se tivermos um gás do grupo I, segundo a
Ex: Acetileno, Butano, Cloreto de metila, Hidrogênio, Me- relação acima, e um gás do grupo IV, a soma será 5. Estes
tano, Propano, Gás natural, Etano, Cloreto de vinila, Deutério, gases podem ser estocados juntos.
Isobutano. Igualmente se juntarmos um gás do gupo II com um do
Grupo III grupo III, ou apenas os do grupo V.
Inflamáveis, corrosivos e tóxicos.
Tabela 4 - Compatibilidade de Gases Comprimidos

Conhecimentos Específicos 148 A Opção Certa Para a Sua Realização


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9.2 Cilindros de Gás do gás em uso, tais como risco de explosão, reatividade,
toxicidade, verificando a identificação do gás antes de abrir a
O armazenamento dos cilindros de gás é feito em local
válvula.
próprio, amplo, em área externa fora das áreas de circulação,
coberto, bem ventilado, que deve permanecer trancado. Os cilindros de gases, se operados incorretamente, po-
dem gerar situações de risco para o usuário e também para
O profissional que trabalha com equipamentos alimenta-
as instalações prediais, tais como:
dos por gases deve estar informado sobre as características

Conhecimentos Específicos 149 A Opção Certa Para a Sua Realização


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a) difusão do gás no ambiente de trabalho; c) os cilindros devem estar presos à parede por correntes
ou cintas de materiais resistentes e com seus respectivos
b) efeito anestésico dos usuários quando do escapamento
capacetes.
do gás;
9.2.4 Identificação dos cilindros
c) processos de asfixia dos usuários quando do escape do
gás; a) todos os rótulos, adesivos, etiquetas de fabricação e de
testes devem ser preservados.
d) formação de misturas explosivas;
b) o rótulo de corpo oferece as informações necessárias
e) incêndios de grandes proporções.
ao correto manuseio do gás.
A fim de minimizar os riscos inerentes aos cilindros con-
Nos rótulos de colarinho devem constar informações im-
tendo gases, devem ser seguidas à risca as seguintes reco-
portantes como: nome do gás, pureza do mesmo, simbologia
mendações:
de risco e número da ONU.
9.2.1 Recebimento de cilindro
c) o número de risco foi adotado pela maioria dos fornece-
Ao receber o cilindro de gás certificar-se do seu conteúdo, dores de gases para facilitar a rápida identificação do grau de
observando a identificação do cilindro antes de colocá-lo em periculosidade.
operação. Checar a origem do cilindro e as suas condições.
d) as cores também identificam os gases contidos nos ci-
9.2.2 Teste de vazamento lindros. Para cada gás existe uma cor específica.
Para detectar possíveis vazamentos em cilindros de gases 9.2.5 Movimentação e transporte de cilindros
pressurizados, utiliza-se espuma de sabão ou produtos espe-
Só deve ser feita por pessoal habilitado, utilizando carros
cíficos oferecidos pelos fabricantes.
próprios para o transporte. Deve-se impedir a utilização de
Jamais utilizar qualquer outro produto para tal finalidade. empilhadeiras para este fim.
Verificar as conexões de entrada e saída, a válvula de sa- 10 SEGURANÇA NO USO DE EQUIPAMENTOS
ída do regulador de pressão e as conexões de tubos nas
Além dos reagentes químicos, outras fontes de risco são
extremidades dos reguladores de pressão.
consideradas num laboratório químico, como os equipamen-
9.2.3 Armazenagem tos elétricos que geram calor e chamas, as vidrarias, entre
São adotados procedimentos especiais que ofereçam aos outras.
cilindros de gases pressurizados condições de estocagem As instruções sobre a operação de um equipamento de-
compatíveis com as normas de segurança. vem ser lidas antes de iniciar o trabalho/aulas.
9.2.3.1 Recomendações gerais 10.1 Equipamentos elétricos
a) os cilindros de gases devem ser armazenados em lo- a) os equipamentos elétricos são operados somente
cais devidamente projetados para tal, sempre na posição quando os fios, tomadas e pinos estiverem em perfeitas con-
vertical. dições e o fio terra estiver ligado.
b) não devem ser armazenados em subsolos, próximo a b) nunca ligar equipamentos elétricos sem antes verificar a
refeitórios, nem em salas administrativas, corredores, áreas voltagem correta (110 ou 220v) entre o equipamento e o cir-
de tráfico intenso ou em locais onde possam sofrer choques e cuito.
quedas.
c) não usar equipamento elétrico que não tiver identifica-
c) não devem ser estocados próximos a aparelhos de ar ção de voltagem. Caso não haja, solicitar que a manutenção
condicionado, fonte de calor irradiante ou chama aberta ou faça a identificação.
em locais com temperatura superior a 52ºC (locais quentes
d) não instalar ou operar equipamentos elétricos sobre su-
aumentam a pressão interna dos cilindros).
perfície úmida.
d) os depósitos para cilindros devem ser arejados, cober-
e) enxugar qualquer líquido derramado no chão antes de
tos e secos, protegidos da incidência de luz solar direta e da
operar equipamentos elétricos.
chuva, longe de fontes de calor e ignição.
f) verificar periodicamente a temperatura do conjunto. Ca-
e) o local deve ser bem sinalizado
so esteja fora do normal, desligar o equipamento.
f) o capacete protetor da válvula deve ser mantido quando
g) não confiar completamente no controle automático de
o cilindro não estiver em operação.
equipamentos elétricos.
g) é expressamente proibido movimentar ou operar equi-
Estes devem ser observados quando em operação.
pamentos que geram calor, fogo ou centelhas elétricas perto
dos cilindros. h) verificar se os equipamentos elétricos do laboratório es-
tão desligados no final do trabalho.
h) fumar é expressamente proibido.
i) remover frascos de inflamáveis das proximidades do lo-
i) o trânsito de carros e pedestres deve ser evitado, sendo
cal onde são usados equipamentos elétricos.
que a área ao redor do depósito deve ser pavimentada, de
maneira a impedir o crescimento de vegetação, que pode Nota: Caso haja focos de fogo em equipamento elétricos,
entrar em combustão espontaneamente e atingir o cilindro combata somente com extintores de CO2.
promovendo acidentes.
10.1.1 Chapas ou Mantas de Aquecimento
9.2.3.2 Organização
a) quando em uso, sinalizar com um aviso de Chapa
a) cilindros cheios devem ser mantidos afastados de cilin- Quente, cuidando para que o aviso seja afixado de forma
dros vazios. segura.
b) cilindros contendo gases combustíveis (hidrogênio, me- b) utilizar chapas ou mantas de aquecimento para evapo-
tano, acetileno) devem ser mantidos afastados de cilindros ração ou refluxos de produtos inflamáveis sempre dentro da
contendo gases oxidantes (oxigênio, óxido nitroso); capela química.

Conhecimentos Específicos 150 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c) usar sempre placas de proteção sob as chapas ou man- a) Nunca inicie um trabalho na capela sem que:
tas de aquecimento, especialmente em bancadas de fórmica
• o sistema de exaustão esteja operando;
ou madeira.
• o piso e janela da capela estejam limpos;
10.1.2 Muflas
• a janela da capela esteja funcionando perfeitamente.
a) não deixar o forno mufla aquecido ou em operação,
sem o aviso "Forno Quente"; cuidando para que o aviso seja b) não se inicia qualquer trabalho que exija aquecimento
afixado de forma segura. antes de serem removidos da capela os materiais desneces-
sários, principalmente produtos inflamáveis e tóxicos.
b) desligar o forno mufla ou não colocar em operação se:
c) deixar na capela apenas a porção de amostra a anali-
• o pirômetro deixar de indicar a temperatura;
sar.
• a temperatura ultrapassar a ajustada;
d) a capela química não é local de armazenamento de
c) não abrir a porta do equipamento, de modo brusco, produtos. Para isso usar os armários.
quando o mesmo estiver aquecido;
e) as janelas das capelas devem ser mantidas com o mí-
d) não colocar ou retirar cadinhos sem utilizar: nimo de abertura possível, mantendo-se o rosto distante da
abertura da capela.
• pinças adequadas;
f) proceder da seguinte forma ao sinal de paralisação do
• protetor facial;
exaustor das capelas:
• luvas, guarda-pó e protetores de braço, se necessário.
• interromper o procedimento imediatamente;
e) a disposição dos cadinhos, dentro do forno, deve ser
• fechar a janela da capela;
feita de tal modo que facilite a retirada da amostra. As amos-
tras a serem retiradas primeiro ficam próximas da abertura. • colocar respirador contra gases, quando o reagente utili-
zado for tóxico;
f) empregar para calcinação cadinhos ou cápsulas de ma-
teriais que resistam a altas temperaturas. Estes devem ser • avisar o chefe ou gerente e advertir o pessoal do labora-
pré-aquecidos antes de serem colocados em forno mufla, tório;
para evitar quebra.
• só reiniciar a análise no mínimo 5 minutos após a norma-
g) não colocar nenhum material no interior do equipamen- lização do sistema de exaustão.
to sem prévia carbonização
10.2 Utilização de Instrumentos
h) não evaporar líquidos nem queimar óleo neste equipa-
10.2.1 Bicos de Bunsen
mento.
Usar chama de preferência em capela química e somente
i) sempre que for colocado um produto no equipamento,
nos laboratórios onde for permitido. Antes de acender o bico
verificar se o mesmo não é explosivo.
de Bunsen verificar:
10.1.3 Centrífugas
• se não há vazamento de gás;
a) carregar a cruzeta com tubos balanceados. Os tubos
• se não há dobras na mangueira de gás;
não balanceados quebram e lançam estilhaços, aerossóis e
até gotículas de amostra, podendo ferir o operador ou conta- • se não há ajuste inadequado entre o tubo de gás e suas
minar o ambiente. conexões;
b) ligar o equipamento somente quando a tampa estiver • se não há produtos inflamáveis nas proximidades.
devidamente travada. • certificar-se de que os problemas foram solucionados e
Nunca colocar o equipamento em funcionamento com só então acender o bico de Bunsen;
tampa aberta. Não deixar a válvula de gás combustível muito aberta. Ca-
c) nunca usar a mão para desacelerar a centrifuga, nem so esteja muito aberta, não acender o bico de Bunsen.
abrir a tampa para retirar material antes do final do processo. 10.2.2 Dessecadores
d) seguir rigorosamente as instruções do fabricante quanto Dar preferência à sílica gel com indicador de umidade ao
ao manuseio do equipamento. ácido sulfúrico para o uso em dessecadores, uma vez que
10.1.4 Refrigeradores este último é um produto que oferece muito risco. A sílica gel
é facilmente recuperável em estufa, seca a 100ºC e é bastan-
Não devem ser utilizados refrigeradores domésticos para
te segura.
a guarda de reagentes químicos. Acidentes podem acontecer
em decorrência da utilização de geladeiras de uso doméstico Antes de transferir uma amostra que passou por aqueci-
em laboratórios e almoxarifados para o armazenamento de mento para o dessecador, deve-se tomar as seguintes pre-
substâncias químicas, devido ao acúmulo de vapores e à cauções:
presença de fontes de ignição no interior do equipamento, tais • deixar o cadinho passar por certo resfriamento, para que
como lâmpada, botão do termostato e o fecho magnético da não haja rompimento da placa de porcelana do dessecador;
porta. No exterior, há o motor do compressor e o plug de
ligação à tomada da rede elétrica que também são fontes de • deixar o orifício do dessecador aberto por algum tempo
ignição. após a colocação do cadinho, caso contrário a dilatação do ar
devido ao aquecimento poderá expulsar violentamente a
Usar somente os modelos projetados para laboratórios. tampa do dessecador.
Todas as geladeiras e freezers usados para o armazenamen-
to de substâncias químicas devem seguir as Normas de Se- 10.2.3 Dessecadores com sistema de vácuo
gurança Laboratorial da National Fire Protection Association Ao se usar vácuo, o dessecador deve estar colocado den-
45 (NFPA 45) — Especificações para as geladeiras usadas tro de uma caixa de tela metálica, para evitar projeção de
no armazenamento de substâncias químicas. estilhaços em caso de explosão. Esta observação é válida
10.1.5 Capelas de Segurança Químicas para outros casos em que se use vácuo, como nas filtrações
com uso de kitasato.
Conhecimentos Específicos 151 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Quando a aparelhagem for grande, como no caso de des- 12.1 Vidraria
tilação, e não se dispuser de tela metálica de tamanho ade-
Ao término de um trabalho ou aula, todas as peças e reci-
quado, o laboratorista deve usar óculos de segurança e traba-
pientes devem passar por um processo rigoroso de lavagem.
lhar com o máximo de prudência, evitando fazer vácuo (ou
desfazê-lo) com rapidez:. O processo deve ser lento para O profissional que tiver realizado um trabalho faz a pré-
permitir a acomodação das paredes de vidro à nova relação lavagem do material antes de entregá-lo à pessoa responsá-
de pressão interna/externa e o material de vidro deve ser de vel pela limpeza final. Isto evita que esta pessoa se acidente
boa qualidade. ao desconhecer a natureza dos resíduos contidos nos frascos
ou pela mistura destes com outros reagentes incompatíveis.
No caso de estufas de vácuo com frente de vidro, embora
Esta norma deve ser estritamente observada.
este seja normalmente de resistência adequada, também
deve ser adaptada uma tela metálica na face anterior. A reti- Cada laboratório deve usar um processo de lavagem que
rada e a admissão de ar não devem ser rápidas. lhe seja conveniente. Em geral, após a pré-lavagem, o mate-
rial é imerso por algum tempo em solução de detergente,
10.2.4 Aparelhos para refluxo
esfregado e enxaguado diversas vezes com água corrente e
Manusear o equipamento com todo o cuidado, uma vez mais algumas vezes com água destilada (alguns laboratórios
que estes aparelhos estão sujeitos a explosão. Por este moti- têm necessidades adicionais em termos de lavagem de mate-
vo, deve-se instalar o equipamento dentro de capela química. rial).
Não esquecer de abrir a torneira, para a circulação de á- O funcionário encarregado da lavagem deve usar luvas de
gua fria. borracha ou plástico com superfície antiderrapante, para pro-
teger as mãos de arestas cortantes e para evitar ocorrência
Colocar pérolas de vidro no frasco a ser aquecido, fazen-
de irritações de pele pelo contato constante com produtos
do o controle do aquecimento e monitoramento periódico do
químicos e de limpeza. São utilizados aventais impermeáveis
processo.
sobre o guarda-pó e óculos de segurança ou protetores faci-
11 CUIDADOS COM MATERIAL DE VIDRO ais.
11.1 Montagem de aparelhagens Pode ser colocada uma placa de borracha (com abertura
Para as aparelhagens constituídas por peças de vidro, no centro) no fundo da pia, para atenuar o choque das peças
como destiladores, é necessário estar atento para os seguin- de vidro.
tes fatores: Algumas torneiras necessitam de proteção de borracha
a) observar primeiramente os tipos de conexões e termi- nas suas extremidades, visando a proteção das grandes vi-
nais que podem ser esmerilhados; drarias quando da lavagem.

b) não são usadas peças trincadas ou com qualquer tipo 12.2 Outros materiais
de ruptura que permita vazamento ou não proporcione ajuste Outros materiais que necessitem ser lavados no laborató-
perfeito; rio devem sofrer pré-lavagem e imersão, por algum tempo,
c) após a montagem, o ajuste deve ser tal que nenhuma em solução detergente apropriada.
peça esteja sob tensão; O funcionário encarregado da lavagem, deve usar luvas
d) as peças devem estar convenientemente presas por para evitar contato direto das mãos com os produtos químicos
garras, distribuídas ao longo da aparelhagem, de modo que utilizados, bem como aventais impermeáveis sobre o guarda-
uma peça não necessite suportar o peso de outra; pó e óculos de segurança ou protetores faciais. Após o uso,
as luvas são lavadas e colocadas em local apropriado para
e) as garras devem estar firmemente presas a suportes secar. Deve ser evitado o uso de luvas umedecidas, que
seguros; poderá resultar no desenvolvimento de micoses nas mãos e
f) verificar se as peças recurvadas não apresentam es- unhas.
trangulamento externo; 13 SECAGEM DE MATERIAIS
g) vedar as conexões com parafina derretida, quando pos- 13.1 Vidrarias
sível, aplicada por meio de um pincel.
As vidrarias não são secas em estufas a temperaturas su-
h) peças de vidro não devem ser consertadas pelo labora- periores a 65Cº. As altas temperaturas diminuem a resistência
torista. Se a reposição da peça é difícil, o conserto deve ser do vidro, podendo provocar rachaduras ou mesmo favorecer a
feito por um vidreiro. quebra da vidraria quando utilizada.
11.1.1 Perfuração de rolhas 13.2 Outros Materiais
a) para perfurar rolhas, apoiar a parte superior de maior Rolhas e outros materiais que normalmente são comple-
diâmetro da rolha sobre uma bancada. No caso de rolhas de mentos para equipamentos de vidro, são secos ao ar livre,
borracha, escolher um furador de diâmetro ligeiramente maior para evitar que ressequem e se formem fissuras, podendo
que o tubo a ser inserido; assim ser utilizados com segurança.
b) o furador não deve ser molhado no caso de rolhas de 14 RESÍDPAS QUÍMICOS
cortiça. Este pode ser lubrificado com vaselina, silicone ou um
pouco de óleo, no caso de rolhas de borracha; Os resíduos químicos de laboratório representam um pro-
blema em função da multiplicidade de produtos utilizados, às
c) o furo deve ser feito em um único sentido, com as late- vezes em pequenas quantidades.
rais das rolhas de cortiça sendo reforçadas com fita adesiva;
O técnico responsável pelo procedimento gerador de resí-
d) não se deve tentar aumentar o furo de uma rolha com duo deverá ser, também, o encarregado de sua separação e
um furador maior. identificação, bem como de quaisquer tratamentos prévios
Utilizar outra e fazer o furo maior; que devam ser realizados, conforme o procedimento opera-
cional aprovado.
e) se um tubo de vidro for inserido em uma rolha, esta de-
ve ter um furo de diâmetro compatível com o mesmo. O descarte de resíduos químicos no IMMES segue o POP
xxxx COBIO xxx Descarte de Resíduos Químicos.
12 LAVAGEM DE MATERIAIS

Conhecimentos Específicos 152 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
14.1 Características dos Resíduos Químicos g) os produtos para limpeza de laboratório (tipo Extran) se
auto-degradam, não contaminam o meio ambiente e nem
Os resíduos químicos apresentam riscos potenciais à sa-
interferem no tratamento biológico de águas residuais;
úde e de acidentes, inerentes às suas propriedades específi-
cas. Os acidentes podem ser decorrentes de efeitos agressi- h) recipientes vazios de algumas substâncias químicas
vos imediatos (corrosivos e toxicológicos). Os riscos à saúde devem sofrer lavagem antes de serem descartados ou esto-
podem decorrer de exposições sucessivas, cujos efeitos ma- cados;
nifestam-se a longo prazo.
i) substâncias químicas não tóxicas podem ser despejadas
14.2 Alternativas para a disposição de resíduos na pia se antes forem devidamente diluídas. A torneira deverá
permanecer aberta por alguns minutos, de maneira a favrecer
Encontrar outro uso para o resíduo, como vender, doar ou
o processo de diluição;
purificar para o reuso.
j) soluções ácidas e alcalinas devem ser diluídas para
Alguns resíduos químicos podem ser diluídos e descarta-
neutralização antes de serem despejadas no esgoto;
dos no esgoto.
k) os solventes orgânicos podem ser estocados em recipi-
Outros devem ser desativados a fim de transformar produ-
entes próprios e em locais seguros e devidamente sinaliza-
tos químicos perigosos em produtos derivados menos perigo-
dos, a fim de serem reaproveitados. Caso a recuperação seja
sos ou inócuos, que podem ser eliminados sem risco.
impossível, devem ser enviados para uma empresa licenciada
Os resíduos sem possibilidade de descarte imediato de- que faça a destruição dos mesmos;
vem ser armazenados em condições seguras, especificas
l) resíduos inflamáveis devem ser colocados em recipien-
para cada categoria.
tes à prova de fogo. Deve haver nos laboratórios recipientes
14.2.1 Desativação de resíduos. adequados para o descarte de líquidos inflamáveis. Após o
Deve-se ter precaução ao desativar produtos químicos, já enchimento desses coletores, estes devem ser substituídos
que podem ocorrer reações químicas perigosas. Todos os por outros recipientes vazios;
trabalhos devem ser executados por pessoas m) todo produto químico a ser descartado é armazenado
especializadas. Observar as medidas de precaução gerais em local adequado a espera da coleta e destinação final devi-
constantes na FISPQ do produto. damente identificado com as seguintes informações:

Recomenda-se com insistência experimentar o método de • identificação do produto;


desativação em escala reduzida, uma vez que, em caso de • classificação quanto à natureza e advertência;
problemas, as consequências não serão tão sérias.
• conteúdo quantitativo;
14.3 Descarte de Resíduos
• Laboratório de origem;
O descarte de resíduos é feito de maneira a não colocar
• responsável pelo descarte e data do descarte.
em risco a integridade dos ensaios, a saúde das pessoas e a
preservação do meio ambiente. 14.3.1 Recipientes Coletores
Quando existem vários laboratórios contribuindo para o a) devem ser fechados de forma estanque, identificados
mesmo sistema de esgoto, deve-se fazer uma avaliação cui- claramente de acordo com
dadosa dos resíduos despejados por cada um dos laborató-
os seus conteúdos. É importante utilizar os símbolos de
rios para reduzir o risco de acidentes, uma vez que podem
risco;
ocorrer reações entre essas substâncias descartadas na
própria tubulação, nas caixas de passagem ou fossas, geran- b) devem ser de material estável e, em alguns casos, fa-
do condições propícias para um acidente. bricados de material combustível;
A possibilidade de reações provocadas por misturas de c) devem ser resistentes a ponto de não sofrerem racha-
produtos químicos sempre deve ser considerada. duras. Quando do transporte, os recipientes devem ser envol-
tos em material absorvente;
Seguem algumas orientações para um descarte seguro de
reagentes ou soluções: d) nunca ultrapassar 80% do volume do rasco coletor para
armazenar os resíduos.
a) os peróxidos devem ser descartados na forma diluída e
nunca pura. Pequenas quantidades (25 gramas ou menos) Abaixo, exemplo de utilização de recipientes coletores de
geralmente são descartadas após diluição com água, numa plástico.
concentração de 2% ou menos, ou então transferidas para um 15 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
frasco de polietileno contendo uma solução aquosa de um
agente redutor, tal como o sulfato ferroso ou bissulfeto de O uso da sinalização de segurança visa a:
sódio. Dessa forma, o material pode ser manuseado como • instruir e informar normas de procedimentos;
resíduo químico;
• advertir contra riscos;
b) não misturar peróxidos com outros resíduos;
• identificar as canalizações para a condução de líquidos e
c) nunca lançar peróxidos diretamente na pia; gases;
d) o éter etílico, o éter isopropílico, o éter terc-butílico, o • identificar os equipamentos de segurança;
cloreto de vinilideno divinil acetileno devem ser descartados
entre 3 e 6 meses após o início do seu uso; • delimitar áreas.
e) o tetrahidrofurano , o dioxano e o ciclohexano devem Os laboratórios devem ser devidamente sinalizados com
ser descartados entre 6 a 12 meses, após o inicio do seu uso; instruções claras e objetivas, indicando as áreas de risco,
rotas de evacuação em caso de emergência, telefones de
f) soluções aquosas de ácidos orgânicos podem ser cui- interesse, locais de extintores de incêndio, etc.
dadosamente neutralizadas com bicarbonato de sódio ou
hidróxido de sódio; Os símbolos devem ser colocados somente nos locais on-
de existe o risco.

Conhecimentos Específicos 153 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Quando a fonte desse risco for removida o símbolo deve Todos os trabalhadores devem ser instruídos sobre esses
ser retirado. símbolos e sobre as devidas precauções que devem ser to-
madas.

15.1 Formas e cores

15 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA a) Sinalização de Alerta ou de Aviso


O uso da sinalização de segurança visa a: b) Sinalização de Comando ou Obrigação
• instruir e informar normas de procedimentos; c) Sinalização de Proibição ou Interdição
• advertir contra riscos; d) Sinalização de Segurança ou Emergência
• identificar as canalizações para a condução de líquidos e e) Sinalização de Combate a Incêndio
gases;
15.1.2 Cores de Segurança
• identificar os equipamentos de segurança;
Algumas cores adotadas pela Norma Regulamentadora 26
• delimitar áreas. (NR-26) – Sinalização de Segurança e normas ABNT NBR
7195 – Cores para Segurança, NBR 6493 – Cores para identi-
Os laboratórios devem ser devidamente sinalizados com
ficação de tubulações e NBR 12176 – Cilindros para gases-
instruções claras e objetivas, indicando as áreas de risco,
identificação do conteúdo:
rotas de evacuação em caso de emergência, telefones de
interesse, locais de extintores de incêndio, etc. a) Vermelho
Os símbolos devem ser colocados somente nos locais on- Para distinguir e indicar locais, equipamentos e aparelhos
de existe o risco. de proteção e combate a incêndio;
Quando a fonte desse risco for removida o símbolo deve b) Amarelo
ser retirado.
Para indicar “Cuidado”, assinalando acidentes de pisos,
Todos os trabalhadores devem ser instruídos sobre esses partes salientes, e constituindo o fundo de letreiros e avisos
símbolos e sobre as devidas precauções que devem ser to- de advertência;
madas.
c) Branco
15.1 Formas e cores
Para assinalar a localização de coletores de resíduos e
A utilização das formas e das cores não dispensa o em- bebedouros, áreas de armazenagem, áreas em torno dos
prego de outras maneiras de prevenção de acidentes. O uso equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio
de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ou outros equipamentos de emergência, zona de segurança,
ocasionar distração, confusão e fadiga visual ao trabalhador. etc;
A indicação em cor, sempre que necessária, será acom- d) Preto
panhada dos sinais convencionais ou de identificação por
Usado em coletores de esgoto ou lixo e em substituição
palavras.
ao branco ou combinado a este, quando condições especiais
15.1.1 Símbolos o exigirem;
As Formas e as Cores dos símbolos são definidas em fun- e) Laranja
ção dos seus objetivos específicos.
Conhecimentos Específicos 154 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Significa «Alerta” e é usada para identificar partes móveis
de máquinas e equipamentos, face interna de caixas proteto-
ras de dispositivos elétricos, etc;
f) Verde
Caracteriza “Segurança” e deverá ser empregado para i-
dentificar portas de entrada de salas de curativos de urgência,
caixas de equipamentos de socorro de urgência, caixas con-
tendo máscaras contra gases, dispositivos tais como chuvei-
ros, lavaolhos, saídas de emergências, quadros para exposi-
ção de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc.
g) Azul
É utilizado para indicar “Cuidado” ficando o seu emprego 15.2 Sinalização luminosa
limitado a avisos contra uso e movimentação de equipamen- É empregada para indicar a presença de pessoas em á-
tos que deverão permanecer fora de serviço; reas confinadas tais como: salas de imunofluorescência, câ-
h) Púrpura maras assépticas, câmaras escuras etc.

Para indicar os perigos provenientes das radiações ele- As saídas de emergência bem como as rotas de escape
tromagnéticas penetrantes de partículas nucleares tais como: são providas de sinalização luminosa, conectadas a uma
portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipu- fonte de suprimento de energia de emergência.
lam ou armazenam materiais radioativos ou materiais conta- 15.3 Palavras de Advertência
minados pela radioatividade, recipientes de materiais radioati-
vos ou de refugos de materiais e equipamentos contamina- a) Perigo
dos, etc. Para indicar situações que apresentam alto risco;
15.1.3 Cores para Canalização b) Cuidado
a) Vermelho Para situações que apresentam risco médio;
Para indicar a rede de água para incêndio (sprinklers); c) Atenção
b) Verde Para situações que apresentam risco leve.
Para canalizações de água; 16 INCÊNDIO NO LABORATÓRIO
c) Azul O laboratório deve possuir saídas suficientes para rápida
Para canalizações de ar comprimido; retirada do pessoal em serviço em caso de incêndio, e equi-
pamentos em condições de funcionamento e em número
d) Amarelo adequado para combater o fogo em seu início.
Para canalizações de gases não liquefeitos; Uma relação de colaboração entre a instituição e o serviço
e) Laranja local de bombeiros deve ser mantida.

Para canalizações contendo ácidos; Os funcionários do laboratório são treinados nas medidas
de prevenção de incêndio, nas primeiras medidas a serem
f) Alumínio adotadas em caso de fogo e no uso correto do equipamento
Para canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis para a sua extinção.
e combustíveis de baixa viscosidade (óleo diesel, gasolina, Os alertas contra incêndio, as instruções pertinentes e os
querosene, solventes, etc.) caminhos de saída estão indicados em lugar visível em todas
g) Platina ou Cinza Claro as salas, bem como nos corredores.

Canalizações em vácuo; Como causas mais frequentes de incêndios em laborató-


rios temos:
h) Cinza Escuro
• sobrecarga da rede de eletricidade;
Para identificar eletrodutos;
• falta de manutenção da rede elétrica;
i) Branco
• equipamentos que permanecem ligados sem necessida-
Para vapor; de;
j) Preto • chamas abertas;
Canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta visco- • encanamento de gás com defeito;
sidade (óleo lubrificante, óleo combustível, etc).
• falta de cuidado ao lidar com substâncias inflamáveis;
15.1.4 Cores para cilindros de Gases
• armazenamento de compostos químicos inflamáveis ou
explosivos dentro de refrigeradores comuns.
Os reagentes de laboratório são, em muitos casos, infla-
máveis e/ou explosivos. Eles podem agravar um incêndio de
origem elétrica, tanto ao espalhar as chamas quanto ao pro-
vocar ferimentos por estilhaços.
Além do perigo decorrente da presença de compostos
químicos no laboratório, é preciso considerar também os
efeitos do fogo na possível disseminação de material infeccio-
so.
16.1 Classes de Incêndio

Conhecimentos Específicos 155 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Classe A Classe D
Incêndio envolvendo materiais que queimam em superfície Incêndio envolvendo materiais que requerem agentes ex-
e em profundidade. tintores específicos.
Exemplos: madeira, papel, tecido. Exemplos: pó de zinco, sódio, magnésio.
Classe B 16.2 Tipos de Extintores
Incêndio com líquidos inflamáveis, que queimam na super- É preciso controlar as chamas com o extintor de incêndio
fície. Exemplos: álcool, gasolina, querosene. adequado, de acordo com a tabela abaixo. No IMMES os
extintores estão distribuídos de acordo com a classe de in-
Classe C
cêndio mais provável nas PA.
Incêndio em equipamentos elétricos e eletrônicos energi-
zados. Exemplos: computadores, televisores, motores.

Tabela 6 – Tipos de extintores de incêndio e sua utilização

16.2.1 Recomendações i) os cilindros de extintores de pressão injetada devem ser


pesados semestralmente.
a) os extintores devem estar dentro do prazo de validade e
fixados em locais de fácil acesso como, por exemplo, nos Se a perda de peso for além de 10 (dez) por cento do pe-
corredores; so original, deve ser providenciada a sua recarga.
b) só devem ser utilizados extintores de incêndio que obe- j) deve ser pintada uma larga área do piso embaixo do ex-
deçam às normas brasileiras ou regulamentos técnicos de tintor, a qual não pode ser obstruída por forma nenhuma.
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Essa área deve ser de no mínimo de 1.00 m X 1.00 m (um
Industrial — INMETRO. metro X um metro).
c) independentemente de haver outros dispositivos de ex- 16.3 Como proceder em caso de incêndio
tinção de incêndio, os extintores portáteis devem estar sem-
a) se forem percebidos indícios de incêndios (fumaça,
pre disponíveis, a fim de combater o fogo em seu início.
cheiro de queimado, estalidos, etc.), aproxime-se a uma dis-
d) os extintores devem ser colocados em locais de fácil vi- tância segura para ver o que está queimando e a extensão do
sualização, fácil acesso e onde haja menos probabilidade de fogo e dê o alarme pelo meio disponível ;
o fogo bloquear o seu acesso.
b) se não souber combater o fogo, ou não puder dominá-
e) a parte superior do extintor não deve estar a mais de lo, saia do local, fechando todas as portas e janelas atrás de
1,60 m (um metro e sessenta centímetros) acima do piso. si, mas sem trancá-las, desligando a eletricidade, alertando os
demais ocupantes do andar e informando os laboratórios
f) não se deve afixar extintores nas paredes das escadas.
vizinhos da ocorrência do incêndio. Não perder tempo tentan-
g) todo extintor deverá ter uma ficha de controle de inspe- do salvar objetos.
ção e ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-
c) manter-se vestido, pois a roupa protege o corpo contra
se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros quando o
o calor e a desidratação.
extintor for do tipo pressurizado e verificando se o bico e vál-
vulas de alívio não estão entupidos. d) procurar alcançar o térreo ou as saídas de emergência
do prédio, sem correr.
h) o extintor de espuma tem que ser recarregado anual-
mente.

Conhecimentos Específicos 156 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Jamais usar o elevador, pois a energia é normalmente cor- mente reposta, o microorganismo readquirem a capacidade
tada, e este poderá ficar parado, com o risco de abrir justa- de crescimento. Esta peculiaridade tem sido muito explorada
mente no andar em chamas. pelos microbiologistas para preservar microorganismos e o
método mais empregado é a liofilização.
e) é da responsabilidade de cada chefe de laboratório co-
nhecer os disjuntores de suas instalações. Métodos Químicos de controle
Os agentes químicos são apresentados em grupos que
tenham em comum, ou as funções químicas, ou elementos
MÉTODOS QUÍMICOS E FÍSICOS DE DESINFECÇÃO E químicos, ou mecanismo de ação.
ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS PARA USO EM ENSAIOS
LABORATORIAIS; Álcoois: A desnaturação de proteínas é explicação mais
aceita para a ação antimicrobiana. Na ausência de água, as
proteínas não são desnaturadas tão rapidamente quanto na
O controle dos microorganismos é um assunto abrangente sua presença. Alguns glicóis podem ser usados, dependendo
e de inúmeras aplicações práticas envolvendo toda a microbi- das circunstâncias, como desinfetantes do ar.
ologia e não só aquela aplicada à medicina. Aldeídos e derivados: Pode ser facilmente solúvel em á-
Métodos Físicos de controle: gua, é empregado sob a forma de solução aquosa em con-
centrações que variam de 3 a 8% . A metenamina é um anti-
O método mais empregado para matar microorganismos é séptico urinário que deve sua atividade à liberação de aldeído
o calor, por ser eficaz, barato e prático. Os microorganismos fórmico. Em algumas preparações, a metenamina é misturada
são considerados mortos quando perdem a capacidade de ao ácido mandélico, o que aumentaseu poder bactericida.
multiplicar.
Fenóis e derivados: O fenol é um desinfetante fraco, tendo
Calor úmido: A esterilização empregando calor úmido re- interesse apenas histórico, pois foi o primeiro agente a ser
quer temperaturas acima de fervura da água (120º). Estas são utilizado como tal na prática médica e cirúrgica, os fenóis
conseguidas nas autoclaves, e este é o método preferencial atuam sobre qualquer proteína, mesmo aquelas que não
de esterilização desde que o material ou substância a ser fazem parte da estrutura ou protoplasma do microorganismo,
esterilizado não sofra mudanças pelo calor ou umidade. A significando que, em meio orgânico protéico, os fenóis per-
esterilização é mais facilmente alcançada quando os orga- dem sua eficiência por redução da concentração atuante.
nismos estão em contato direto como vapor, nestas condições
o calor úmido matará todos os organismos. Halogênios e derivados: Entre os alogênios, o iodo sob
forma de tintura é um dos anti-sépticos mais utilizados na
Calor seco: A forma mais simples de esterilização empre- práticas cirúrgicas. O mecanismo de ação é combinação
gando o calor seco é a flambagem. A incineração também é irreversível com proteínas, provavelmente através dainteração
uma forma de esterilizar, empregando o calor seco. Outra com os aminoácidos aromáticos, fenilalanina e tirosina.
forma de esterilização empregando o calor seco é feita em
fornos, e este binômio tempo e temperatura deve ser obser- Ácidos inorgânicos e orgânicos: Um dos ácidos inorgâni-
vado atentamente. A maior parte da vidraria empregada em cos mais populares é o acido bórico; porém, em vista dos
laboratório é esterilizada deste modo. numerosos casos de intoxicação, seu emprego é desaconse-
lhado. Desde a muito tempo tem sido usados alguns ácidos
Pasteurização: consiste em aquecer o produto a uma da- orgânicos, como o ácido acético e o ácido láctico, não como
da temperatura, num dado tempo e a seguir, resfria-lo brus- anti-sépticos mas sim na preservação de alimentos hospitala-
camente, porém a pasteurização reduz o numero de microor- res.
ganismos presentes mas não assegura uma esterilização.
Agentes de superfície: Embora os sabões se encaixem
Radiações: As radiações têm seus efeitos dependentes do nessa categoria são compostos aniônicos que possuem limi-
comprimento da onda, da intensidade, da duração e da dis- tada ação quando comparada com a de substância catiôni-
tância da fonte. Há pelo menos dois tipos deradiações em- cas. Dentre os detergentes catiônicos os derivados de amônia
pregadas no controle dos microorganismos: ionizantes e não- tem grande utilidade nas desinfecções e anti-sepsias. O modo
ionizantes. preciso de ação dos catiônicos não esta totalmente esclareci-
Indicadores biológicos: São suspensões-padrão de espo- do, sabendo-se, porém, que alteram a permeabilidade da
ros bacterianos submetidos a esterilização juntamente com os membrana, inibem a respiração e a glicólise de formas vege-
materiais a serem processados em autoclave, estufas e câ- tativas das bactérias, tendo também ação sobre fungos, vírus
mera de radiação. Terminado o ciclo, são colocados em meio e esporos bacterianos.
de cultura adequada para o crescimento de esporos, se não Metais pesados e derivados: O baixo índice terapêutico
houver crescimento, significa que o processo está validado. dos mercuriais e o perigo de intoxicação por absorção fizeram
Microondas: Os fornos de microondas são cada vez mais com que aos poucos deixassem de serem usados, curiosa-
utilizados em laboratórios e as radiações emitidas não afetam mente alguns derivados mercuriais tiveram grande aceitação,
o microorganismo, mas geram calor. O calor gerado é res- embora dotados de fraca atividade bactericida e bacteriostáti-
ponsável pela morte dos microorganismos. ca in vivo, como o merbromino.
Filtração: A passagem de soluções ou gases através de Agentes oxidantes: A propriedade comum destes agentes
filtros, retêm os microorganismos, então pode ser empregada é a liberação de oxigênio nascente, que é extremamente
na remoção de bactérias e fungos, entretanto, passar a maio- reativo e oxida, entre outras substâncias o sistemas enzimáti-
ria dos vírus. cos indispensáveis para a sobrevivência dos microorganis-
mos.
Pressão Osmótica: A alta concentração de sais ou açúca-
res cria um ambiente hipertônico que provoca a saída de Esterilizantes gasosos: Embora tenha atividade esterili-
água do interior da célula microbiana. Nessas condições os zante lenta o óxido de etileno tem sido empregado com su-
microorganismos deixam de crescer e isto tem permitido a cesso na esterilização de instrumentos cirúrgicos, fios de
preservação de alimentos. agulhas para suturas e plásticos.
Dessecação: Na falta total de água, os microorganismos Terminologias
não são capazes de crescer, multiplicar, embora possam
permanecer viáveis por vários anos. Quando a água é nova-

Conhecimentos Específicos 157 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Esterilização: Processo de destruição de todos as formas principal vantagem desse sistema é a grande disponibilidade
de vida de um objeto ou material. É um processo absoluto, de pólen que resulta em maior troca genética e maior nível de
não havendo grau de esterilização. polinização, consequentemente grande quantidade de semen-
tes viáveis e maior variabilidade genética. Os ganhos obtidos
Desinfecção: Destruição de microorganismos capazes de
nessa área são relativamente baixos e é recomendada para o
transmitir infecção. São usadas substâncias químicas que são
início do melhoramento do material introduzido.
aplicadas em objetou os materiais. reduzem ou inibem o cres-
cimento, mas não esterilizam necessariamente. Área produção de sementes (APS)
Anti-sepsia: Desinfecção química da pele, mucosas e teci- Na área de produção de sementes ocorre a retirada das
dos vivos, é um caso da desinfecção. árvores sem as características desejáveis através do desbas-
te seletivo. Assim cada semente terá 100 % do material gené-
Germicida: Agente químico genérico que mata germes.
tico proveniente de árvores com as características desejáveis.
Bacteriostase: A condição na qual o crescimento bacteria- As principais vantagens desse sistema são: produção de
no está inibido, mas a bactéria não está morta. Se o agente sementes com material genético superior; baixo custo e em
for retirado o crescimento pode recomeçar curto período. Essa área deve ficar isolada de outras onde
Assepsia: Ausência de microorganismos em uma área. existam florestas que possam estar polinizando os indivíduos
Técnicas assépticas previnem a entrada de microorganismos. selecionados.

Degermação: Remoção de microorganismos da pele por Pomar de semente por mudas (PSM)
meio de remoção mecânica ou pelo uso de anti-sépticos. O pomar de sementes por mudas é implantado a partir da
Por: Fernanda Teixeira seleção de plantas de um teste de progênie (estudo feito
sobre o comportamento das diferentes plantas selecionadas
de diferentes populações). A área deve ficar devidamente
isolada e corretamente manejada para produção de semen-
MÉTODOS BIOLÓGICOS UTILIZADOS EM ANÁLISES
tes. Esse sistema tem maiores ganhos genéticos, mas não
DE MATERIAIS DE PROPAGAÇÃO VEGETAL.
pode ser obtido na introdução de material genético.
O Programa Propagação Vegetal tem por objetivo o de- Pomar de semente clonal (PSC)
senvolvimento tecnológico em sementes e multiplicação de
materiais básicos de cultivares criadas e/ou introduzidas pelo O pomar de semente clonal consiste na pré-seleção de di-
IAPAR e indicadas para o Estado, visando contribuir sistema- ferentes materiais com as características desejáveis que
ticamente na transferência de tecnologia a agricultores. devem ser clonados e implantados, com o devido isolamento,
de modo a direcionar o cruzamento entre diferentes clones
Os projetos objetivam: desenvolver tecnologia para produ- superiores. Nesse sistema ocorrem grandes ganhos genéti-
ção, secagem, beneficiamento, armazenamento e controle de cos e também pode ocorrer a precocidade na produção de
qualidade de sementes; elevar o padrão de competitividade sementes, quando a propagação é realizada via enxertia.
de empresas produtoras e assegurar a disponibilidade de
sementes e mudas das espécies cultivadas pelos agricultores. 2. Propagação via clonagem ou propagação vegetativa
O PPV participa ainda da criação de normas, padrões e A propagação vegetativa é utilizada para obter ganhos
procedimentos, através de funções consultivas, informativas e genéticos de maneira mais rápida, pois essa técnica conserva
de assessoria para aperfeiçoamento do Sistema Estadual de características da planta mãe. Mas deve-se ressaltar que
Sementes e Mudas - SESM, para que seja elo de ligação mesmo em floresta de origem de propagação vegetativa po-
pesquisa-agricultor, tanto na produção em quantidade e qua- dem ocorrer diferenças entre um mesmo clone devido às
lidade quanto na transferência da potencialidade de cultivares diferenciações ocorridas durante a fase de propagação do
desenvolvidas. material.
Existem diversos métodos para a propagação vegetativa de
Sistemas de propagação de mudas de essências flo- plantas jovens ou adultas e para todos os métodos deve-se
restais trabalhar com condições de umidade e temperatura controla-
Paulo Henrique Muller da Silva da e meios propícios para cada sistema.
Atualmente, o Brasil atingiu grande desenvolvimento do Micro-propagação
setor florestal obtendo alta produtividade em suas florestas Esse método de propagação vegetativa é baseado nas
plantadas, sendo alcançado pelas condições climáticas favo- técnicas de cultura de tecidos e é realizado a partir de calos,
ráveis, qualidade genética das florestas e pelo manejo ade- órgãos, células e protoplastos. A cultura de tecidos consiste
quado. A obtenção de floresta deve ser iniciada com a aquisi- em cultivar segmentos da planta em tubos de ensaio que
ção de material adequado às condições locais e finalidade. contenham soluções nutritivas e hormônios na dosagem ade-
Esse material deve ser oriundo de um processo de melhora- quada para o desenvolvimento. Após o termino da fase de
mento que consiste na seleção e propagação de plantas com desenvolvimento em tubos de ensaio, as plantas passarão
as características desejadas, também chamadas de plantas por aclimatização e posteriormente serão levadas ao campo.
superiores. Nesse sistema é possível obter com rapidez a produção de
A propagação das mudas pode ser realizada de duas ma- um grande número de mudas idênticas.
neiras via semente ou via clonagem (propagação vegetativa). Macro-propagação
1- Propagação via semente O método de macro-propagação é baseado nos métodos
Este tipo de propagação gera maior variabilidade entre os convencionais de estaquia e enxertia.
indivíduos o que possibilita maior distribuição e adaptação do Estaquia – É o processo de enraizamento de estacas ob-
material em condições de solo e clima diferentes. tidas de material selecionado. Essa é a metodologia mais
Área coleta de sementes (ACS) utilizada nas grandes empresas florestais que obtêm as esta-
cas nos mini-jardins clonais. Podem existir nesse processo,
A área de coleta de sementes consiste na escolha de al-
além da metodologia, algumas características inadequadas
gumas árvores com características desejáveis. Cada árvore
para o enraizamento das estacas, como o material genético e
selecionada é chamada de planta-mãe, ou seja, cada semen-
a idade (o material adulto apresenta maior dificuldade de
te terá 50 % do material genético de origem conhecida. A
enraizamento).

Conhecimentos Específicos 158 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Enxertia – É o processo de inserção da parte superior de
uma planta em outra, através da implantação do ramo, gema
ou borbulha da planta a ser multiplicada (cavaleiro) sobre o
porta-enxerto (cavalo). Nesse procedimento pode ocorrer a
rejeição do material, sendo que a melhor maneira de evitá-lo
é utilizar plantas jovens.
A maior dificuldade da propagação vegetativa de plantas
adultas é o enraizamento, sendo necessário trabalhar com
material fisiologicamente juvenil ou rejuvenescido. As técnicas
de rejuvenescimento podem ser realizadas através da poda
drástica, aplicações de citocininas, propagação seriada via
enxertia, propagação seriada via estaquia e micropropagação.
Outros fatores também são importantes para o enraizamento
entre eles a nebulização (prevenindo o estresse hídrico), o
estado nutricional, a utilização de hormônios (para eucaliptos
são utilizados o AIB e o ANA) e condições adequadas de
desenvolvimento. Para a propagação vegetativa de eucalipto Processo de estaquia
adulto é recomendada, para facilitar o processo, a utilização
dos brotos epicórmicos originários da base das árvores. Propagação vegetativa

3. Considerações finais http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesH


T-
As ACS e APS são os métodos utilizados no inicio de pro- ML/Pinus/CultivodoPinus_2ed/Propagacao_vegetativa.ht
gramas de melhoramento florestal, recomendadas para o ml
pequeno produtor devido ao menor custo e menor tempo para
a produção das sementes. Para essas áreas recomenda-se a
utilização de 1 ha, devidamente isolado. A clonagem é uma técnica obtida por método de propaga-
ção vegetativa (clonagem), de grande utilidade tanto para o
As metodologias de melhoramento que envolvem a pro- melhoramento convencional de espécies florestais como para
pagação vegetativa são recomendadas para as empresas da os plantios comerciais a partir da multiplicação de árvores
área florestal que conseguem trabalhar com as complexida- superiores. A partir dela é possível obter indivíduos genetica-
des existentes no processo e que procuram características mente idênticos à planta original (matriz), visto que as carac-
específicas em suas florestas plantadas. terísticas genéticas são mantidas.
O pequeno produtor que pretende implantar sua floresta A propagação vegetativa é utilizada em pínus para se pro-
deve obter o material (sementes ou mudas) que melhor se duzir mudas uniformes e em curto período de tempo, a partir
adapte as suas condições de clima, solo e finalidade, sendo da enxertia (normal e top-grafting), estaquia e cultura de teci-
importante a aquisição de fornecedores credenciados. dos (brotações ou embriões somáticos).

Enxertia
A enxertia em pínus é usada principalmente para fins de
pesquisa e formação de pomares clonais de sementes.
Quando tecidos fisiologicamente maduros são enxertados
sobre mudas, pode-se obter a indução de florescimento pre-
coce. Geralmente, propágulos para enxertia são coletados
dos ramos do terço superior da copa da árvore. A época re-
comendada para a enxertia de pínus compreende o final da
primavera até o início do verão. O tipo de enxertia mais usado
em pínus é a garfagem de topo ou fenda cheia que consiste
nas seguintes etapas:
1. Corte do propágulo (enxerto) da planta selecionada;
Foto: Ananda Virginia de Aguiar

Mini-jardim clonal de eucalipto

Fig 1. Propágulos de pínus para enxertia.


2. Retirada das acículas próximas ao local da enxertia, no
porta-enxerto;
Foto: Ananda Virginia de Aguiar
Coleta e preparo de material para a estaquia

Conhecimentos Específicos 159 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
6. União das partes, encaixando-se a extremidade do ra-
mo em forma de cunha na fenda aberta no topo da haste do
porta-enxerto, sem deixar espaços vazios, fixando as partes
com fitilho para enxertia e cobrindo o conjunto com saco plás-
tico amarrado à haste.
Foto: Ananda Virginia de Aguiar

Fig 2. Retirada das acículas.


3. Corte do porta-enxerto acima do último verticilo;
Foto: Ananda Virginia de Aguiar

Fig 6. Encaixe da extremidade do ramo em forma de cu-


nha à fenda aberta no porta-enxerto de pínus.
Foto: Ananda Virginia de Aguiar

Fig 3. Corte do porta-enxerto de pínus.

4. Abertura de uma fenda de 3 cm a 4 cm de profundida-


de, a partir do topo da haste do porta-enxerto, usando-se um
canivete próprio para enxertia;
Foto: Ananda Virginia de Aguiar
Fig 7. Fixação das partes com fitilho para enxertia.

Foto: Ananda Virginia de Aguiar

Fig 4. Abertura da fenda no porta-enxerto de pínus.

5. Corte na base do ramo a ser enxertado (propágulo), em


forma de cunha (não passar a mão na cunha); Fig 8. Cobertura da enxertia com saco plástico amarrado
Foto: Ananda Virginia de Aguiar à haste.
Os diâmetros da haste do porta-enxerto e do enxerto de-
vem, de preferência, ser coincidentes na altura da enxertia,
para que seus tecidos cambiais fiquem em contato ao encai-
xar essas partes na enxertia.
Para que a enxertia tenha sucesso, alguns requisitos bási-
cos devem ser observados: afinidade entre as plantas (grau
de parentesco), analogia entre as plantas (semelhança em
relação à fisiologia, anatomia, consistência dos tecidos, porte
e vigor), condições ambientais durante e após a enxertia
(época do ano, temperatura, umidade), fatores de propagação
(vigor do porta-enxerto e do enxerto, materiais e instrumentos
adequados), amarrio (manutenção do contato entre enxerto e
porta-enxerto até a completa união), habilidade do enxertador
Fig 5. Corte na base do ramo de pínus a ser enxertado. (cuidados no procedimento), entre outros.

Conhecimentos Específicos 160 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Estaquia O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Con-
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Para espécies de pínus, a propagação vegetativa por es-
taquia tem sido objeto de estudo há várias décadas. Apesar Art. 1º Para os efeitos desta lei, servidor público é a pes-
da tendência geral nas empresas em adotar e ampliar pro- soa legalmente investida em cargo ou em emprego público na
gressivamente o uso de estacas enraizadas, especialmente administração direta, nas autarquias ou nas fundações públi-
para a propagação de eucaliptos, no Brasil, o uso de estaca cas.
enraizada de pínus é restrito. Tal fato deve-se, principalmen-
Art. 2º São deveres dos servidores públicos civis:
te, à dificuldade de enraizamento e da recuperação da idade
fisiológica da planta. Neste caso, é necessária a utilização de I - exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e
material juvenil para se ter êxito no enraizamento. regulamentares inerentes ao cargo ou função;
Uma das grandes dificuldades para o enraizamento de es- II - ser leal às instituições a que servir;
tacas de pínus é a incapacidade de rebrota das cepas após o III - observar as normas legais e regulamentares;
corte raso, além de não responder às outras técnicas para a
indução de brotações basais, como o anelamento. Deste IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifes-
modo, o resgate vegetativo de árvores superiores tem sido tamente ilegais;
realizado com o material maduro da copa, por intermédio da V - atender com presteza:
enxertia em série, visando ao seu rejuvenescimento.
a) ao público em geral, prestando as informações requeri-
Dentre os vários métodos de rejuvenescimento que po- das, ressalvadas as protegidas pelo sigilo;
dem ser empregados para pínus, tem se destacado a enxertia
seriada, principalmente para as espécies tropicais. Resulta- b) à expedição de certidões requeridas para a defesa de
dos satisfatórios em termos de enraizamento têm sido obtidos direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
para P. oocarpa e P. caribeae, enquanto que, para P. tae- VI - zelar pela economia do material e pela conservação
da, este procedimento não tem sido suficiente para melhorar do patrimônio público;
os índices de enraizamento das estacas.
VII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição, desde
A propagação de pínus por estaquia depende de fatores que envolvam questões relativas à segurança pública e da
que influenciam diretamente o pegamento, o desenvolvimento sociedade;
e o enraizamento do material. Entre esses fatores, destacam-
se a idade da planta a ser propagada, o período de coleta das VIII - manter conduta compatível com a moralidade públi-
estacas, a lignificação das brotações, a umidade relativa do ar ca;
no ambiente da estaquia, o estado nutricional e de turgidez da IX - ser assíduo e pontual ao serviço;
planta matriz, a temperatura ambiente e a composição do
substrato. O uso de hormônios para a indução de enraiza- X - tratar com urbanidade os demais servidores públicos e
mento de pínus não tem surtido muito efeito. De maneira o público em geral;
geral, os propágulos coletados de ramos laterais enraízam XI - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de
melhor que os apicais. poder.
Assim como nos eucaliptos, a miniestaquia vem sendo uti- Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XI
lizada na propagação vegetativa de pínus, em vários países. deste artigo será obrigatoriamente apreciada pela autoridade
Este método apresenta vantagens em relação à estaquia, superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao
como: menor demanda de mão de obra nos procedimentos de representado ampla defesa, com os meios e recursos a ela
preparação das estacas e a juvenilidade das estacas, maior inerentes.
êxito no enraizamento e produção de mudas de boa qualida-
de, com baixo custo em todas as etapas do processo (implan- Art. 3º São faltas administrativas, puníveis com a pena de
advertência por escrito:
tação, irrigação e manutenção).
Na propagação vegetativa de P. taeda, por miniestaquia, I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem pré-
recomenda-se utilizar miniestacas de 5 cm a 8 cm de com- via autorização do superior imediato;
primento. II - recusar fé a documentos públicos;
O sucesso na clonagem de pínus com a técnica da mini- III - delegar a pessoa estranha à repartição, exceto nos
estaquia depende da obtenção e manutenção da juvenilidade casos previstos em lei, atribuição que seja de sua competên-
das fontes de propágulos (cepas) e da identificação de genó- cia e responsabilidade ou de seus subordinados.
tipos com maior capacidade de enraizamento.
Art. 4º São faltas administrativas, puníveis com a pena de
Como alternativa na clonagem de pínus, por meio do enra- suspensão por até 90 (noventa) dias, cumulada, se couber,
izamento de miniestacas, pode-se recomendar a multiplicação com a destituição do cargo em comissão:
de famílias selecionadas ainda na fase juvenil (a partir de
I - retirar, sem prévia autorização, por escrito, da autorida-
mudas de sementes). Desta forma, com base nas informa-
de competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
ções de famílias avaliadas nos testes de progênies, são iden-
tificados os melhores cruzamentos e destes são produzidas II - opor resistência ao andamento de documento, proces-
mudas como fonte de minicepas, visando à produção de mi- so ou à execução de serviço;
niestacas para o processo de produção de mudas por minies- III - atuar como procurador ou intermediário junto a repar-
taquia. tições públicas;
IV - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado es-
Lei Federal nº 8.027, de 12 de abril de 1990 – Código de trangeiro, sem licença do Presidente da República;
Ética dos Servidores Públicos. V - atribuir a outro servidor público funções ou atividades
LEI Nº 8.027, DE 12 DE ABRIL DE 1990. estranhas às do cargo, emprego ou função que ocupa, exceto
em situação de emergência e transitoriedade;
Dispõe sobre normas de conduta dos servidores públicos
civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas, e VI - manter sob a sua chefia imediata cônjuge, companhei-
dá outras providências. ro ou parente até o segundo grau civil;

Conhecimentos Específicos 161 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
VII - praticar comércio de compra e venda de bens ou ser- § 3º Verificada, a qualquer tempo, a incidência da acumu-
viços no recinto da repartição, ainda que fora do horário nor- lação vedada, assim como a não apresentação, pelo servidor,
mal de expediente. no prazo a que se refere o § 1º deste artigo, da respectiva
declaração de acumulação de que trata o caput, a autoridade
Parágrafo único. Quando houver conveniência para o ser-
competente promoverá a imediata instauração do processo
viço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em
administrativo para a apuração da infração disciplinar, nos
multa, na base de cinquenta por cento da remuneração do
termos desta lei, sob pena de destituição do cargo em comis-
servidor, ficando este obrigado a permanecer em serviço.
são ou função de confiança, da autoridade e do chefe de
Art. 5º São faltas administrativas, puníveis com a pena de pessoal.
demissão, a bem do serviço público:
Art. 8º Pelo exercício irregular de suas atribuições o servi-
I - valer-se, ou permitir dolosamente que terceiros tirem dor público civil responde civil, penal e administrativamente,
proveito de informação, prestígio ou influência, obtidos em podendo as cominações civis, penais e disciplinares cumular-
função do cargo, para lograr, direta ou indiretamente, proveito se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim
pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função as instâncias civil, penal e administrativa.
pública;
§ 1º Na aplicação das penas disciplinares definidas nesta
II - exercer comércio ou participar de sociedade comercial, lei, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração e
exceto como acionista, cotista ou comanditário; os danos que dela provierem para o serviço público, podendo
III - participar da gerência ou da administração de empre- cumular-se, se couber, com as cominações previstas no § 4º
sa privada e, nessa condição, transacionar com o Estado; do art. 37 da Constituição.

IV - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em § 2º A competência para a imposição das penas discipli-
serviços ou atividades particulares; nares será determinada em ato do Poder Executivo.

V - exercer quaisquer atividades incompatíveis com o car- § 3º Os atos de advertência, suspensão e demissão men-
go ou a função pública, ou, ainda, com horário de trabalho; cionarão sempre a causa da penalidade.

VI - abandonar o cargo, caracterizando-se o abandono pe- § 4º A penalidade de advertência converte-se automati-


la ausência injustificada do servidor público ao serviço, por camente em suspensão, por trinta dias, no caso de reincidên-
mais de trinta dias consecutivos; cia.

VII - apresentar inassiduidade habitual, assim entendida a § 5º A aplicação da penalidade de suspensão acarreta o
falta ao serviço, por vinte dias, interpoladamente, sem causa cancelamento automático do valor da remuneração do servi-
justificada no período de seis meses; dor, durante o período de vigência da suspensão.

VIII - aceitar ou prometer aceitar propinas ou presentes, § 6º A demissão ou a destituição de cargo em comissão
de qualquer tipo ou valor, bem como empréstimos pessoais incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo
ou vantagem de qualquer espécie em razão de suas atribui- público federal, pelo prazo de cinco anos.
ções. § 7º Ainda que haja transcorrido o prazo a que se refere o
Parágrafo único. A penalidade de demissão também será parágrafo anterior, a nova investidura do servidor demitido ou
aplicada nos seguintes casos: destituído do cargo em comissão, por atos de que tenham
resultado prejuízos ao erário, somente se dará após o ressar-
I - improbidade administrativa; cimento dos prejuízos em valor atualizado até a data do pa-
II - insubordinação grave em serviço; gamento.

III - ofensa física, em serviço, a servidor público ou a parti- § 8º O processo administrativo disciplinar para a apuração
cular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; das infrações e para a aplicação das penalidades reguladas
por esta lei permanece regido pelas normas legais e regula-
IV - procedimento desidioso, assim entendido a falta ao mentares em vigor, assegurado o direito à ampla defesa.
dever de diligência no cumprimento de suas atribuições;
§ 9º Prescrevem:
V - revelação de segredo de que teve conhecimento em
função do cargo ou emprego. I - em dois anos, a falta sujeita às penas de advertência e
suspensão;
Art. 6º Constitui infração grave, passível de aplicação da
pena de demissão, a acumulação remunerada de cargos, II - em cinco anos, a falta sujeita à pena de demissão ou à
empregos e funções públicas, vedada pela Constituição Fede- pena de cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
ral, estendendo-se às autarquias, empresas públicas, socie- § 10. A falta, também prevista na lei penal, como crime,
dades de economia mista da União, dos Estados, do Distrito prescreverá juntamente com este.
Federal e dos Municípios, e fundações mantidas pelo Poder
Público. Art. 9º Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade
do inativo que houver praticado, na ativa, falta punível com
Art. 7º Os servidores públicos civis são obrigados a decla- demissão, após apurada a infração em processo administrati-
rar, no ato de investidura e sob as penas da lei, quais os car- vo disciplinar, com direito à ampla defesa.
gos públicos, empregos e funções que exercem, abrangidos
ou não pela vedação constitucional, devendo fazer prova de Parágrafo único. Será igualmente cassada a disponibilida-
exoneração ou demissão, na data da investidura, na hipótese de do servidor que não assumir no prazo legal o exercício do
de acumulação constitucionalmente vedada. cargo ou emprego em que for aproveitado.

§ 1º Todos os atuais servidores públicos civis deverão a- Art. 10. Essa lei entra em vigor na data de sua publicação.
presentar ao respectivo órgão de pessoal, no prazo estabele- Art. 11. Revogam-se as disposições em contrário.
cido pelo Poder Executivo, a declaração a que se refere o
Brasília, 12 de abril de 1990; 169º da Independência e
caput deste artigo.
102º da República.
§ 2º Caberá ao órgão de pessoal fazer a verificação da in-
cidência ou não da acumulação vedada pela Constituição
Federal.

Conhecimentos Específicos 162 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Análise em Alimentos critérios utilizados RDC pela fiscalização de organismos transgênicos, produtos
Nº12. (Analisados dependendo da Exigência do Pa- orgânicos, indicação geográfica, cooperativismo rural,
drão) garantia à proteção de cultivares; inspeção de semen-
tes e mudas, além da regulamentação de agrotóxicos e
Análise Microbiológica - Parâmetros:
insumos agropecuários.
Contagem de Bactérias Mesófilas
Coliformes Fecais (NMP) “Um fiscal formado em Agronomia se especializa para
Contagem de Staphylococcus coagulase positiva classificar alimentos de origem vegetal. Muitos fazem
Contagem de Bacillus cereus
coleta nas indústrias e verificam se os produtos obede-
cem aos padrões estabelecidos na legislação. Em Bra-
Pesquisa de Salmonella sp sília, elaboramos normas buscando atender às exigên-
Contagem de Clostridium sulfito redutor cias do consumidor e do mercado internacional”, expli-
Os consumidores estão a cada dia se tornando mais exi- cou o engenheiro agrônomo Fábio Florêncio Fernan-
gentes na escolha dos alimentos industrializados. Não fosse des, coordenador de Qualidade Vegetal do Departa-
somente isso, o que já seria o suficiente para uma crescente mento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal
preocupação dos produtores e envazadores, a fiscalização do (Dipov). No curso de classificadores de café, por exem-
Ministério da Agricultura (MAPA) e da Vigilância Sanitária plo, um candidato chega a degustar 1,2 mil xícaras de
(ANVISA) ás industrias de alimentos estão aumentando a vários tipos e qualidades do produto antes de se for-
cada dia. mar.
Através das análises Microbiológicas e Físico-químicas, as
empresas de alimentos buscam garantir as propriedades Os fiscais federais estão presentes em abatedouros,
químicas dos produtos. Entretanto, para uma maior garantia frigoríficos indústrias de pescado, laticínios e entrepos-
do processo de qualidade, outros métodos podem ajudar a tos de ovos e mel, em empresas de classificação e
não expor a organização a situações vexatórias, algumas padronização animal e vegetal; em entrepostos de pro-
vezes catastróficas, que ocorrem quando a empresa acaba cessamento de frutas, empresas produtoras de semen-
sendo descoberta através da reclamação do consumidor, ou
por meio da imprensa, o que é suficiente para acabar com a
te e mudas; de embriões e sêmen, nos laboratórios de
construção de uma boa imagem. diagnóstico sanitário e fitossanitário, nas distribuidoras
de insumos agropecuários e no credenciamento de
A Microscopia de Alimentos preenche essa lacuna analíti- campos de produção.
ca para controle da higiene do produto final assim como maté-
ria-prima. Através de análises Histológicas e de Sujidades,
Ênio Marques Pereira, médico veterinário e diretor de
podem ser comprovada a presença de todos os componentes
do produto e possíveis falhas de processo. Programas da Secretaria de Defesa Agropecuária, con-
sidera o Brasil uma das maiores potências mundiais na
Análise Histológica: abrange desde a comprovação dos produção de alimentos. Na avaliação de Ênio Pereira, o
elementos vegetais presentes na composição (ingredientes), desafio da geração atual de fiscais federais agropecuá-
elementos estranhos à composição e fraudes (acréscimo de
rios é tornar o mercado nacional ainda mais competiti-
produtos não declarados de forma acidental ou por adultera-
ção), assim como a presença de partes indesejáveis de vege- vo. “Cada um precisa fazer a sua parte. As indústrias
tais (Ex: contagem de cascas e paus em café torrado e moí- devem praticar o autocontrole no processo produtivo, o
do, chá-mate, condimentos, dentre outros). governo intensificar a fiscalização e o consumidor con-
tinuar exigindo alimentos com mais qualidade”, conclui.
Análises de Sujidades: envolve a investigação de sujida-
des leves e pesadas não características do produto. Esta Alimentos Agropecuários
análise envolve produtos de origem não biológica (vidro, se-
dimento, metais, etc); Análises biológicas (Infestações por Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários
insetos, pelos de roedor e bárbulas de pássaro, caracteriza- (ANFFA Sindical) realiza campanha no Dia do Consumidor
ção de larvas, presença de parasitas, fragmentos de insetos para alertar a população sobre os cuidados essenciais de
em produtos farináceos, materiais prejudiciais à saúde huma- consumo. Ação colocará profissionais em 22 cidades do País
na, dentre outros elementos de sujidades). nesta quinta-feira (15/3) para dar dicas aos consumidores
Os Fiscais Federais Agropecuários, responsáveis por ze-
lar pela qualidade dos alimentos de origem animal e vegetal
Fiscais agropecuários do Mapa garantem qua- consumidos pelos brasileiros, lançam a campanha “O Fiscal
lidade dos alimentos pode ser você”. A ação, realizada no Dia do Consumidor
(15/3), tem como objetivo esclarecer a população sobre os
Mais de 3,3 mil fiscais federais agropecuários (FFAs) cuidados básicos que devem observados na hora de comprar
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento alimentos.
(Mapa) atuam em todo o País. São engenheiros agrô- A campanha, uma iniciativa Sindicato Nacional dos Fis-
nomos, farmacêuticos, químicos, médicos veterinários e cais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical), ocorrerá si-
zootecnistas que estão presentes desde o campo até multaneamente em 22 cidades brasileiras: Aracaju, Belém,
as linhas de produção das agroindústrias, aeroportos e Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Caxias do Sul, Cha-
laboratórios agropecuários, acompanhando de perto a pecó, Concórdia, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza,
qualidade dos alimentos. Itajaí, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Sal-
vador, Santa Maria, São Miguel do Oeste, São Paulo e Tere-
Para garantir a segurança alimentar, o trabalho dos sina. Em cada cidade, um local de grande circulação foi esco-
lhido para a ação, onde serão distribuídas cartilhas informati-
fiscais tem como base a prevenção, controle e elimina-
vas e haverá um fiscal agropecuário para esclarecer dúvidas
ção de pragas em lavouras e de doenças nos animais. da população. O material é bem didático, no qual os persona-
Além disso, os fiscais também são os responsáveis

Conhecimentos Específicos 163 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
gens Pedro e Martinha, ambos fiscais federais, alertam para fico fora da temperatura correta, ou quando desligados à
os cuidados necessários para adquirir alimentos. noite, formam água no chão; sinal de que os produtos tam-
bém saíram da sua temperatura ideal. Não compre produtos
Essa é a segunda campanha desenvolvida pelo Sindicato, nessas condições;
com o intuito de destacar a importância dos Fiscais Federais
Agropecuários. São eles que atestam a qualidade dos produ- · Evite comprar carnes de ambulantes, pois os animais
tos agropecuários consumidos pelas pessoas. É tarefa deles poderiam estar doentes ou terem sido abatidos em condições
verificar se tais produtos estão em condições próprias para o inadequadas de higiene. Esses comerciantes, por vezes, não
consumo. observam as condições adequadas de temperatura e higiene
e, sobretudo, não fornecem nota fiscal;
Os Fiscais Federais Agropecuários são funcionários do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). · Frangos e aves: a cor da pele deve variar entre o branco
Essa função existe há mais de 150 anos, mas apenas em ao amarelo, com superfície brilhante e firme ao tato. Verifique
2000 foi criada a carreira. Atualmente, existem 3.500 fiscais o carimbo do SIF e a validade;
em todo o Brasil. São agrônomos, farmacêuticos, químicos,
médicos veterinários e zootecnistas. Eles não são apenas · Pescados embalados: precisam ter o selo do serviço de
profissionais que multam ou penalizam. Têm como tarefa inspeção, devem ter a data em que foi embalado e o prazo de
zelar pela qualidade dos alimentos que chegam à mesa do validade;
consumidor e dos que vão para fora do País. Com isso, con- · Pescados frescos expostos: devem estar cobertos por
tribuem para a produção de riquezas do Brasil e protegem a uma farta camada de gelo, de forma a garantir que a tempe-
marca brasileira nos produtos do agronegócio. ratura de segurança seja mantida (entre 0°C e 5°C). Peixes
Cuidados a serem observados na compra de um ali- congelados precisam ser mantidos em balcões apropriados
mento: de acordo com as recomendações do fabricante, normalmen-
te abaixo de -18ºC;
1. Escolha o estabelecimento pela higiene. Mais limpeza,
mais saúde. · Carrinho de compras: o consumidor deve colocar por úl-
2. Não compre alimentos com embalagens sujas ou danifica- timo no carrinho as carnes, queijos e alimentos que precisam
das. ser mantidos gelados;
3. Rótulos devem conter: ingredientes, origem, validade, · Automóveis: não deixe os alimentos no carro por muito
conteúdo, lote e informações nutricionais. tempo;
4. Nunca compre alimentos com a data de validade vencida.
5. No carrinho de compras, alimentos perecíveis devem ser · Refrigerador: ao chegar em casa, coloque imediatamen-
colocados por último. te os alimentos no refrigerador;
6. Paredes e balcões de estabelecimentos que vendem carne · Validade: fique atento à data de vencimento dos alimen-
devem ser limpos e claros. tos. Não utilize produtos vencidos;
7. Estabelecimentos que vendem produtos que são pesados
devem ter balanças inspecionadas pelo órgão fiscalizador. · Armazenamento: observe se o local está em boas condi-
8. Carnes de ambulantes podem ter problemas de higiene e ções, com prateleiras limpas, refrigeradores e freezers em
costumam não fornecer nota fiscal. temperatura adequada.
9. É ilegal iluminar carnes com luz vermelha. Isso esconde a
verdadeira cor da carne.
Projeto inclui engenheiro de alimentos na carrei-
10. Para evitar misturas, a carne deve ser moída na frente do ra de fiscal federal agropecuário
consumidor. Entendendo que o engenheiro de alimentos é o profissio-
11. Verifique se os produtos em promoção não estão venci- nal mais bem capacitado a inspecionar o processamento de
dos ou perto de vencer. substâncias na indústria alimentícia, o senador Arthur Virgílio
12. Ao fazer compras, não deixe alimentos por muito tempo (PSDB-AM) quer aprovar na Comissão de Constituição, Justi-
no seu automóvel. ça e Cidadania (CCJ) projeto incluindo este profissional nos
13. Produtos de origem animal precisam do carimbo do SIF cargos da carreira de fiscal federal agropecuário.
(serviço de inspeção federal)
14. Exija nota fiscal. Ela é fundamental para formalizar possí- O projeto (PLS 734/07) tem parecer favorável do senador
veis reclamações. Osmar Dias (PDT-PR), o qual afirma que, ao permitir o in-
15. Caso encontre alguma irregularidade procure o dono ou gresso dos engenheiros de alimentos nos cargos da carreira
gerente do estabelecimento. Sua atitude pode evitar muitos listados pela lei 10.883/04, o projeto executa relevante medi-
problemas. da.
16. Não esqueça! Até o alimento do seu animal de estimação
Para a efetivação dessa mudança, o texto altera o artigo
possui o registro no Ministério da agricultura.
3º da lei para incluir, entre as atribuições do fiscal federal
Algumas dicas essenciais na hora de consumir: agropecuário, a inspeção sanitária do acondicionamento,
preservação, distribuição, processamento, transporte e abas-
· Produtos em promoção: Cuidado! Eles podem estar ven- tecimento de produtos da indústria alimentícia. Essa medida
cidos ou perto de vencer; propiciará o ingresso nessa carreira de engenheiros de ali-
· Não comprar produtos com embalagens amassadas ou mentos, os únicos preparados para atuar na área de proces-
abertas; samento e hoje impedidos de exercer o cargo de fiscal federal
agropecuário.
· Produtos de origem animal: carnes, presunto, salsicha,
manteiga, leite e derivados, mel, peixes e enlatados precisam Em defesa do projeto, Arthur Virgilio explica que, apesar
ter na embalagem o selo do Serviço de Inspeção (SIF); de existirem hoje no Brasil 65 cursos de nível superior em
Engenharia de Alimentos, a lei 10.883/04 impede o profissio-
· Carne bovina e suína: não compre se a carne escura ou nal formado nesses cursos de exercer o cargo de fiscal fede-
esverdeada, com cheiro desagradável e se não tiver o SIF; ral agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e A-
bastecimento.
· Carnes pré-embaladas e congeladas, encontradas nor-
malmente em supermercados, devem ser mantidas em bal- De acordo com Arthur Virgilio, esse cargo hoje é privativo
cão ou câmara frigorífica. Atenção: "freezer" ou balcão frigorí- de engenheiros agrônomos, médicos veterinários, zootecnis-

Conhecimentos Específicos 164 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tas, farmacêuticos e químicos. O senador sustenta que os mados no Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos,
engenheiros de alimentos são os profissionais efetivamente Sociais e Culturais (1966) e incorporados à legislação nacio-
preparados para atuar na área de processamento de laticí- nal em 1992.
nios, sucos, carnes e outros alimentos. Na justificação do
projeto, ele acrescenta: A concretização dos direitos humanos, e mais particular-
mente no âmbito da alimentação e nutrição, compreende
- Entretanto a lei não prevê, entre as competências do en- responsabilidades tanto por parte do Estado, quanto da soci-
genheiro de alimentos, a de fiscalizar as linhas de processa- edade e dos indivíduos. Assim é que, no preâmbulo da Decla-
mento dessa indústria, mas somente a de fiscalizar os produ- ração Universal dos Direitos Humanos, está inscrita a condi-
tos de origem animal ou vegetal já embalados. Assim, apre- ção do ser humano de sujeito do desenvolvimento, a qual é
sento o projeto, que visa incluir, entre as atribuições do fiscal explicitada, na Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimen-
federal agropecuário, a de realizar essa inspeção sanitária. to da ONU (1986), nos seguintes termos: “Todos os seres
humanos são responsáveis pelo desenvolvimento, individual-
Ao justificar o projeto, Arthur Virgilio diz ainda estar certo mente e coletivamente, levando em conta a necessidade do
de que um especialista em processamento, como o engenhei- respeito integral de seus direitos humanos e liberdades fun-
ro de alimentos, tem muito a contribuir para o setor de fiscali- damentais, bem como suas obrigações para com a comuni-
zação de alimentos de origem agropecuária. Já aprovado na dade, que podem garantir a livre e completa realização do
Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), o projeto potencial humano.”
será votado em decisão terminativa pela CCJ.
Ao Estado cabe respeitar, proteger e facilitar a ação de in-
Fonte: Teresa Cardoso / Agência Senado divíduos e comunidades em busca da capacidade de alimen-
O controle sobre a produção e uso de agrotóxicos no Bra- tar-se de forma digna, colaborando para que todos possam
sil é executado pelos Ministérios da Saúde, ter uma vida saudável, ativa, participativa e de qualidade. Nas
situações em que seja inviabilizado ao indivíduo o acesso a
Agricultura e Meio Ambiente, por meio da ANVISA e CO- uma alimentação e nutrição digna, tais como desastres natu-
VISAs, Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA, e rais (seca, enchente, etc.) ou em circunstâncias estruturais de
IBAMA. As Secretarias Estaduais de Agricultura, por meio penúria, deve o Estado, sempre que possível em parceria
de seus órgãos específicos de defesa agropecuária,também com a sociedade civil, garantir o direito humano à alimentação
executam ações de controle sobre o uso de agrotóxicos. e nutrição adequadas. A ação do Estado, nessas situações,
deve ser sempre associada a medidas que visem prover as
condições para que indivíduos, famílias e comunidades recu-
perem, dentro do mais breve espaço de tempo, a capacidade
Engenharia de alimentos ou engenharia alimentar é o de produzir e ou adquirir sua própria alimentação.
ramo da engenharia que engloba todos os elementos relacio-
nados com a industrialização de alimentos , seja no desenvol- Os riscos nutricionais, de diferentes categorias e magnitu-
vimento, fabricação, conservação, armazenamento, transpor- des, permeiam todo o ciclo da vida humana, desde a concep-
te e comercialização. A engenharia de alimentos inclui, mas ção até a senectude, assumindo diversas configurações epi-
não se limita, a aplicação de conceitos e métodos demiológicas em função do processo saúde/doença de cada
da engenharia química e engenharia agrícola. população.

Este ramo da engenharia está baseado nas aplicações de Nas três últimas décadas, a constatação dessas evidên-
recursos tecnológicos na formação de profissionais que atu- cias converteu-se em amplo consenso, e a segurança alimen-
am nas principais etapas da cadeia de produção dos alimen- tar e nutricional passou a ser considerada requisito básico
tos industrializados, assim trabalham desde a chegada das para a afirmação plena do potencial de desenvolvimento físi-
matéria-primas até um produto final embalado e rotula- co, mental e social de todo ser humano (Valente, 1997).
do. Para que todo esse processo ocorra, é necessário uma O conceito de segurança alimentar que, anteriormente,
vasta gama de conhecimentos em física, química, matemática era limitado ao abastecimento, na quantidade apropriada, foi
e biologia , além de conceitos de economia e administração. ampliado, incorporando também o acesso universal aos ali-
Esse enfoque no processo produtivo em si diferencia esta mentos, o aspecto nutricional e, conseqüentemente, as ques-
área do conhecimento da nutrição, com o qual pode ser por tões relativas à composição, à qualidade e ao aproveitamento
vezes confundido. Não obstante, o engenheiro dos alimentos biológico. O Brasil adotou esse novo conceito a partir de
deve obrigatoriamente ter sólidos conceitos de nutrição, pois, 1986, com a I Conferência Nacional de Alimentação e Nutri-
de modo contrário, não seria possível a produção de alimen- ção, o qual consolidou-se quando da realização da I Confe-
tos com características nutricionais desejadas. rência Nacional de Segurança Alimentar, em 1994.
Fiscalização de Alimentos e Bebidas Assim, no conjunto dos componentes de uma política na-
Atuar junto aos órgãos governamentais de âmbito munici- cional voltada para a segurança alimentar e nutricional, estão
pal, estadual e federal, objetivando o estabelecimento de o crédito agrícola, inclusive o incentivo ao pequeno agricultor;
padrões de qualidade e identidade de produtos, e na aplica- a avaliação e a adoção de tecnologias agrícolas e industriais;
ção destes padrões pelas indústrias, garantindo assim, os os estoques estratégicos; o cooperativismo; a importação, o
direitos do consumidor. acesso, a distribuição, a conservação e o armazenamento de
alimentos, o manejo sustentado dos recursos naturais, entre
POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRI- outros
ÇÃO As ações voltadas a garantir essa segurança dão, assim,
1. INTRODUÇÃO conseqüência prática ao direito humano à alimentação e nu-
trição, extrapolando, portanto, o setor saúde e alcançando um
A alimentação e a nutrição constituem requisitos básicos caráter intersetorial, sobretudo no que respeita à produção e
para a promoção e a proteção da saúde, possibilitando a ao consumo, o qual engloba, necessariamente, a capacidade
afirmação plena do potencial de crescimento e desenvolvi- aquisitiva da população e a escolha dos alimentos que devem
mento humano, com qualidade de vida e cidadania. No plano ser consumidos, nesta incluída os fatores culturais que inter-
individual e em escala coletiva, esses atributos estão consig- ferem em tal seleção.
nados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, pro-
mulgada há 50 anos, os quais foram posteriormente reafir-

Conhecimentos Específicos 165 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Tanto a adoção do conceito de Segurança Alimentar e Nu- rendo em 5,7% das crianças menores de 5 anos, com as
tricional, em âmbito mundial, quanto a retomada das discus- maiores freqüências sendo registradas nas regiões Norte
sões acerca do tema, por parte do Governo Brasileiro, facilita- (7,7%) e Nordeste (8,3%). Mesmo com a diminuição em mais
ram a compreensão do papel do setor Saúde no tocante à de 20% da DEP, na última década, um contingente conside-
alimentação e nutrição, reconhecidas como elementos essen- rável de crianças brasileiras ainda apresentava atraso mar-
ciais para a promoção, proteção e recuperação da saúde. cante de crescimento, pela relação peso/idade, na faixa crítica
dos 6 aos 23 meses.
A atuação do setor Saúde no contexto da Segurança Ali-
mentar e Nutricional é marcada por dois momentos, que po- Outro ponto prioritário da questão alimentar e nutricional
dem ser denominados positivo e crítico. está relacionado às deficiências de micronutrientes, centrali-
zadas no trinômio vitamina A/ferro/iodo, sobre as quais as
O momento positivo ocorre quando a oferta, a distribuição avaliações recentes evidenciam um quadro preocupante.
e o consumo de alimentos, viabilizados por meios extra-
setoriais e com a participação da sociedade, transcorrem com A deficiência de vitamina A, de acordo com publicação do
normalidade, quer em termos de quantidade, qualidade e Projeto HOPE, constitui problema endêmico em grandes
regularidade, quer em termos de utilização biológica. Nessas espaços das regiões Norte, Nordeste e Sudeste. A despeito
condições positivas, as ações predominantes do setor Saúde da escassez de informações, é possível identificar a popula-
são a vigilância alimentar e nutricional, a vigilância sanitária ção infantil do Nordeste como a mais vulnerável ao problema,
de alimentos e as medidas de caráter educativo. uma vez que entre 16% a 55% das crianças apresentariam
dosagem de vitamina A abaixo de 20 mcg/dl, caracterizando
O momento crítico ocorre quando há falhas na oferta, no situações carenciais endêmicas, conforme McAuliffe e cols,
consumo ou no padrão de utilização biológica dos alimentos. (1991), Diniz (1997), Veras e cols (1998).
Nessas circunstâncias, obstáculos extra-setoriais – deficiência
de renda, quebra de produção, intercorrência na oferta – ou Existem, igualmente, indicações da ocorrência da hipovi-
setoriais, a exemplo da desinformação e de hábitos alimenta- taminose A em bolsões de pobreza de Minas Gerais e de São
res inadequados, bem como a ocorrência de doenças e agra- Paulo, além de áreas da região Norte. Nessas áreas, mais de
vos endêmicos ou epidêmicos possibilitam a existência de 15% das amostras de sangue examinadas comprovaram que
problemas que afetam a saúde da população e cuja resolução a dosagem de vitamina A estava também abaixo do limite.
compete ao setor Saúde: a desnutrição, as carências especí-
ficas, a obesidade, o diabetes melito, as dislipidemias e as Essa deficiência é, ainda, a principal causa da cegueira
associações com outras doenças crônicas de reconhecida evitável no mundo, estando também associada a 23% das
relevância epidemiológica. mortes por diarréias, em crianças. Estudos promovidos pelo
UNICEF, em 1980, indicaram que cerca de 25% dos sobrevi-
No arcabouço legal referente ao Sistema Único de Saúde ventes à xeroftalmia grave perdem completamente a visão, e
– SUS –, essas questões estão devidamente contempladas. que os sinais clínicos da hipovitaminose A estão quase sem-
O Art. 3º da Lei N.º 8.080/90 define que a alimentação consti- pre acompanhados de manifestações de deficiência energéti-
tui um dos fatores determinantes e condicionantes da saúde co-protéica. Nos dois casos, as infecções desempenham
da população, cujos níveis expressam “a organização social e papel relevante.
econômica do país”. No Art. 6º, estão estabelecidas como
atribuições específicas do SUS “a vigilância nutricional e ori- No tocante à deficiência de ferro, ressalta-se a anemia
entação alimentar“ e “o controle de bens de consumo que, como problema nutricional de maior magnitude no País, aco-
direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compre- metendo sobretudo mulheres no período fértil e crianças me-
endidas todas as etapas e processos, da produção ao con- nores de dois anos de idade. Estima-se que, de cada dez
sumo”. gestantes que fazem o pré-natal, três são anêmicas, sendo
bem maior a proporção entre crianças: 50% ou mais (Arruda,
Já o parágrafo único do Art. 12 define que a articulação de 1995).
componentes de políticas e programas de alimentação e
nutrição, cuja elaboração e execução estejam fora do setor É ilustrativo referir que, no estado de São Paulo, mesmo
Saúde, é realizada em Comissão Intersetorial específica, considerando os notáveis avanços obtidos na redução da
subordinada ao Conselho Nacional de Saúde. Essa Comissão mortalidade infantil e pré-escolar, bem como no controle da
deve ser integrada “pelos ministérios e órgãos competentes e desnutrição infantil, nos últimos 22 anos, a freqüência de
por entidades representativas da sociedade civil”. anemia em crianças elevou-se em mais de 100%: 22%, em
1974; 35%, em 1985; e 46%, em 1996 (Monteiro, 1997).
De outra parte, são inúmeros os problemas inerentes à a-
limentação e à nutrição inadequadas, cabendo destacar, de Quanto ao bócio e outros distúrbios decorrentes da defici-
início, as informações oriundas do UNICEF (1998) dando ência de iodo, pode-se considerar que representam, igual-
conta que, nos países em desenvolvimento, cerca de 55% mente, grave problema, inclusive pelo risco de associação
das mortes infantis estão ligadas à desnutrição, não existindo, com o cretinismo e a surdo-mudez irreversíveis, constituindo
na história recente da humanidade, qualquer situação mórbi- o principal fator de idiotia evitável no mundo. No inquérito
da com esta magnitude, apesar dos avanços alcançados na nacional realizado em 1994-95, realizado pelo então Instituto
redução da prevalência do problema. Além do efeito mais Nacional de Alimentação e Nutrição, foi pesquisada a preva-
desfavorável, ou seja, a mortalidade, a desnutrição energéti- lência do bócio entre escolares de seis a 14 anos de idade.
co-proteica – DEP – agrava o curso de outras doenças, pro- Observa-se que o problema do bócio é bastante localizado no
longa o tempo de internação e resulta em seqüelas para o País, concentrando-se nos estados de Mato Grosso do Sul,
desenvolvimento mental. Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Acre.

Dados de 1996, oriundos da Pesquisa Nacional de Demo- Nesse estudo, foi também analisada a concentração de
grafia e Saúde – um estudo de base populacional –, indicam iodo na urina, o marcador bioquímico mais recomendado
que 10,5% das crianças brasileiras apresentavam deficit de atualmente, tendo em conta os problemas de validade e pre-
altura (<-2dp), e que a prevalência desta condição variava cisão da medição do bócio por palpação. Segundo esse indi-
notavelmente nas regiões brasileiras, situando-se entre 5,1 %, cador bioquímico, apenas o estado de Tocantins apresenta,
no Sul, e 17,9%, no Nordeste. globalmente, deficiência de iodo, embora, em 35 dos municí-
pios estudados, 10% ou mais dos escolares apresentaram
Tomando como referência o deficit peso/idade (<-2dp), a valores muito baixos para excreção urinária. Esses municípios
situação também se mostrava desfavorável para o País, ocor-

Conhecimentos Específicos 166 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
concentravam-se nos estados de Tocantins, Goiás, Mato Influenciando ainda nos hábitos alimentares, cabe regis-
Grosso e Mato Grosso do Sul. trar o expressivo volume de refeições diárias oferecidas a
diferentes segmentos populacionais, sendo exemplos: 36
Outra ocorrência extremamente importante no milhões, na merenda escolar; 300 mil, nas Forças Armadas, e
cenário da alimentação e nutrição no Brasil é a 10 milhões de trabalhadores atendidos pelo Programa de
manutenção de índices ainda insatisfatórios de Alimentação do Trabalhador (PAT).
aleitamento materno exclusivo, apesar dos rele-
vantes progressos observados nas últimas déca- Assim, o atendimento adequado dos vários núcleos popu-
das. lacionais específicos em suas necessidades nutricionais é um
outro grande desafio. O alto índice de urbanização e concen-
Uma análise da Fundação Oswaldo Cruz rela- tração humana nas grandes metrópoles brasileiras requer que
cionando a prática da amamentação com econo- o setor produtivo se organize para responder em volume,
mia familiar refere que, se todas as crianças nas- qualidade e preço, por meio da utilização de técnicas apropri-
cidas em 1995 tivessem sido amamentadas ex- adas de produção, industrialização, conservação e distribui-
clusivamente ao peito, até aos seis meses de vi- ção dos alimentos.
da, teriam sido poupados 423,8 milhões de litros
de leite, que representam um custo superior a No tocante, ainda, à questão da industrialização de ali-
200 milhões de dólares. Se as práticas de aleita- mentos, que envolve diretamente a complexa ação de vigilân-
mento materno seguissem as recomendações, cia sanitária, é importante levar em conta a quantidade de
além dos ganhos incalculáveis para a saúde, nu- produtos e empresas existentes. No Brasil, conta-se atual-
trição e bem-estar das crianças, a despesa das mente com cerca de 100 mil produtos alimentícios e 20 mil
famílias com crianças em idade de amamentação empresas cadastradas.
seria, sem dúvida, bastante reduzida .
Outra vertente a considerar é o fluxo crescente de alimen-
Convivendo com o quadro carencial apresentado, obser- tos importados, que requer maior ação da vigilância sanitária.
va-se no Brasil, por outro lado, a evolução epidêmica da obe- Ademais, outros fatores relevantes estão vinculados à segu-
sidade, das dislipidemias e suas relações com as doenças rança e à qualidade dos produtos, cabendo destacar:
cardiovasculares. Trata-se, nos termos em que hoje se apre-
senta, de uma situação epidemiológica nunca antes experi- • o avanço científico e tecnológico em relação à
mentada. avaliação do valor nutritivo dos alimentos;

Segundo relatório conjunto do Banco Interamericano de • os efeitos das técnicas de industrialização, con-
Desenvolvimento e da Organização Mundial da Saúde, de servação, enriquecimento e tratamento culinário;
1996, o incremento da obesidade e das enfermidades crôni- • as necessidades nutricionais do homem, sob di-
cas associadas à alimentação, particularmente nos grupos de ferentes condições fisiológicas e patológicas, transi-
baixo nível socioeconômico, tem alcançado proporções da ção demográfica e conseqüências nutricionais dos
ordem de 50% entre os adultos. estilos de vida; e
A obesidade na população brasileira está se tornando bem • a implementação e fiscalização do cumprimento
mais freqüente do que a própria desnutrição infantil, sinali- da legislação pertinente.
zando um processo de transição epidemiológica que deve ser
devidamente valorizado no plano da saúde coletiva. As doen- Uma outra análise importante no contexto da
ças cardiovasculares, que representam a principal causa de alimentação e nutrição diz respeito às diferencia-
morte e de incapacidade na vida adulta e na velhice e são ções regionais. O Relatório do Desenvolvimento
responsáveis, no Brasil, por 34% de todas as causas de óbito, Humano de 1997 destaca a redução da pobreza
estão relacionadas, em grande parte, com a obesidade e com no País, com extensão e padrões que variam in-
práticas alimentares e estilos de vida inadequados. ternamente, porque o Índice de Pobreza Humana
– IPH – difere de maneira expressiva de uma re-
Cabe registrar que a avaliação antropométrica gião para outra.
dos brasileiros adultos, pelo Índice de Massa
Corporal, decorrente da Pesquisa Nacional de O IPH encontrado no Nordeste foi de 46%; já no Sul e no
Saúde e Nutrição – PNSN –, realizada em 1989 e Sudeste, ficou situado em 17% e 14%, respectivamente.
divulgada em 1990, indicou que cerca de 24,6% Assinalam ainda os estudos que essas disparidades têm se
apresentavam sobrepeso e 8,3% eram obesos. O ampliado ao longo das duas últimas décadas, haja vista que a
problema começa a ser evidenciado também em prevalência de pobreza humana decresceu 2/3 no Sul e,
crianças e adolescentes. Ainda em 1990, os re- apenas, 1/3 no Nordeste (PNUD, 1997). Enquanto na popula-
sultados do Estudo Multicêntrico sobre a Preva- ção urbana do Nordeste 13% de crianças apresentam deficit
lência do Diabetes Melito, promovido pelo Minis- de estatura, na zona rural, a freqüência é de 25,2%, em con-
tério da Saúde, mostraram a ocorrência de 7,6% traste com 4,6% no Centro-Sul urbano do País. 7
de casos na faixa de 30 a 69 anos, resultados Nas áreas urbanas da região Norte, analisando-se ten-
compatíveis com os encontrados em Pernambuco dências passadas e recentes, verifica-se que o declínio da
(1998). Estima-se que existam 5 milhões de dia- prevalência é menor do que a observada no resto do País.
béticos no País, 50% dos quais desconhecem a Em 1996, os maiores índices de deficit de crescimento na
sua situação. população urbana passaram a ser encontrados no Norte e
Acresce-se a esses problemas os hábitos alimentares ina- não mais no Nordeste.
propriados, que constituem, igualmente, um grande desafio. Constata-se, assim, que é bastante complexa a situação
Nas diferentes regiões do Brasil, a cultura popular ainda pre- da alimentação e nutrição no Brasil, País com características
serva tradições e práticas alimentares errôneas sobre o valor epidemiológicas e regionais bastante heterogêneas, no qual
nutritivo, propriedades terapêuticas, indicações ou interdições coexistem problemas típicos de sociedades subdesenvolvidas
de alimentos ou de suas combinações. Ressalte-se, de outra e de países desenvolvidos.
parte, a multiplicação do comércio de fast food e o crescente
uso de alimentos pré-cozidos ou de cozimento rápido, em que 2. PROPÓSITO
as técnicas modernas de produção são fundamentais para a
garantia da qualidade nutricional.

Conhecimentos Específicos 167 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A presente Política Nacional de Alimentação e Nutrição in- garantia da segurança e da qualidade dos produtos e da pres-
tegra a Política Nacional de Saúde, inserindo-se, ao mesmo tação de serviços na área de alimentos. Essas ações consti-
tempo, no contexto da Segurança Alimentar e Nutricional. tuem, assim, instrumento básico na preservação de atributos
relacionados com o valor nutricional e com os critérios de
Dessa forma dimensionada – e compondo, portanto, o qualidade sanitária dos alimentos e na prestação de serviços
conjunto das políticas de governo voltadas à concretização do neste âmbito, com vistas à proteção da saúde do consumidor,
direito humano universal à alimentação e nutrição adequadas dentro da perspectiva do direito humano à alimentação e
– esta Política tem como propósito a garantia da qualidade
nutrição adequadas.
dos alimentos colocados para consumo no País, a pro-
moção de práticas alimentares saudáveis e a prevenção e Tal questão é particularmente importante em face, princi-
o controle dos distúrbios nutricionais, bem como o estí- palmente, das constantes reciclagens nas tecnologias de
mulo às ações intersetoriais que propiciem o acesso produção, processamento industrial, conservação, embala-
universal aos alimentos. gens e outros aspectos que compõem o perfil da oferta e do
consumo alimentar da população, inclusive as tecnologias de
Para assegurar os direitos humanos no âmbito da alimen- controle dos perigos que percorrem toda a cadeia alimentar.
tação e nutrição, a definição desta Política setorial compreen-
deu a revisão de conceitos, levando em conta a diversidade e Em todos os níveis de atuação, será buscada e estimula-
a necessidade de tratamento diferenciado e tendo por base a da a constituição de parcerias com órgãos de proteção do
análise da situação alimentar e nutricional da população. Essa consumidor, entidades da sociedade civil e do setor produtivo
revisão implicará, por via de conseqüência, o redimensiona- ligados ao tema, com o objetivo de divulgar as informações
mento das práticas, mediante a formulação ou readequação relevantes ao direito à qualidade e segurança dos alimentos,
dos planos, programas, projetos ou atividades que operacio- de modo a facilitar o acesso de todos cidadãos a mecanismos
nalizarão as diretrizes fixadas nesta Política Nacional. destinados a garantir este direito.
3. DIRETRIZES No âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária,
deverá ser fortalecido o componente relativo a alimentos e
Para o alcance do propósito desta Política serviços de alimentação, mediante a revisão e ou adequação
Nacional de Alimentação e Nutrição, são defini- das normas técnicas e operacionais, enfatizando aquelas
das como diretrizes: relacionadas à prevenção de agravos à saúde. Nesse sentido,
• estímulo às ações intersetoriais com vistas ao aces- será buscada a modernização dos instrumentos de
so universal aos alimentos; fiscalização, com a adoção de medidas de controle e
segurança na produção e na prestação de serviços na área
• garantia da segurança e da qualidade dos alimentos de alimentos, levando em conta, em especial, a análise dos
e da prestação de serviços neste contexto; perigos e o controle de pontos críticos, visando a prevenção
• monitoramento da situação alimentar e nutricional; de doenças transmitidas por alimentos e perdas econômicas
por deterioração.
• promoção de práticas alimentares e estilos de vida
saudáveis; Para tanto, o setor público deverá proporcionar, nos três
níveis de gestão do SUS, infra-estrutura adequada – nesta
• prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e de incluída os diferentes recursos – para o desenvolvimento das
doenças associadas à alimentação e nutrição; ações de vigilância sanitária. Ao lado disso, atualizará normas
de racionalização, coordenação e controle dos processos de
• promoção do desenvolvimento de linhas de investi-
vigilância sanitária, de modo a possibilitar uma atuação ágil e
gação; e
consistente em todos os segmentos da cadeia alimentar,
• desenvolvimento e capacitação de recursos huma- desde a produção, rotulagem – incluindo a rotulagem nutricio-
nos. nal, embalagem e reembalagem, armazenagem, transporte,
comercialização, até o consumo.
Será promovida, igualmente, a atualização da legislação
3.1. Estímulo às ações intersetoriais com vistas ao a- sanitária nacional sobre alimentos, considerando os avanços
cesso universal aos alimentos da biotecnologia – processos de transgenicidade e outros –,
Na condição de detentor dos dados epidemiológicos rela- bem como a compatibilização de critérios e procedimentos da
tivos aos aspectos favoráveis e desfavoráveis da alimentação vigilância, consoante aos instrumentos legais que regem os
e nutrição, em âmbito nacional, o setor Saúde deverá promo- acordos internacionais. Em relação ao MERCOSUL, deverão
ver ampla articulação com outros setores governamentais, a ser realizados, inclusive, os ajustes requeridos pelo intercâm-
sociedade civil e o setor produtivo, cuja atuação esteja rela- bio de alimentos in natura ou industrializados entre o Brasil e
cionada a determinantes que interferem no acesso universal os demais países que o integram.
aos alimentos de boa qualidade. No campo da articulação intersetorial, buscar-
Tal ação intersetorial consistirá, portanto, em ampla nego- se-á, ainda, a compatibilização dos procedimen-
ciação e tem em conta que os principais determinantes da tos de vigilância sanitária, desenvolvidos pelo se-
alimentação e nutrição saudáveis não são do domínio direto tor Saúde, com aqueles praticados por outros se-
do setor Saúde, como por exemplos: o acesso ao trabalho, ao tores, para que sejam potencializados os recursos
emprego e á renda; a produção, o armazenamento e a distri- disponíveis e evitada a superposição de ações e
buição de produtos agrícolas; o crédito agrícola e o estímulo conflitos entre instituições.
ao pequeno produtor; os estoques de alimentos; o abasteci-
mento e a suplementação alimentar de diferentes segmentos A consolidação do processo de descentralização da
populacionais e sociais, entre os quais os programas desen- gestão das ações de vigilância sanitária, para as esferas
volvidos de forma articulada com a produção de alimentos estadual e municipal, constituirá, igualmente, uma medida
locais e regionais. essencial na busca da garantia da segurança e da qualidade
dos produtos.
3.2. Garantia da segurança e da qualidade dos alimen-
tos e da prestação de serviços neste contexto No tocante à descentralização, deverá ser concedida prio-
ridade às ações de vigilância sanitária dos alimentos – parti-
O redirecionamento e o fortalecimento das ações de vigi- cularmente daqueles de interesse coletivo, utilizados como
lância sanitária serão focos de atenção especial na busca da

Conhecimentos Específicos 168 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
veículos de micronutrientes, de que é exemplo o sal –, sobre- alimentar e, por conseguinte, de riscos difusos ou localizados
tudo por meio de incentivos financeiros específicos. de insegurança. Eventos mobilizadores de grandes
contingentes de população, como os “dias nacionais de
3.3. Monitoramento da situação alimentar e nutricional
vacinação”, devem ser aproveitados como oportunidades para
Para o monitoramento da situação alimentar e nutricional, a realização de estudos sobre alimentação e nutrição.
será ampliado e aperfeiçoado o Sistema de Vigilância Alimen- Com essa conformação, o SISVAN será o suporte para o
tar e Nutricional – SISVAN –, de modo a agilizar os seus pro- desenho e o ajuste de programas, a atualização contínua e a
cedimentos e a estender sua cobertura a todo o País. A con- análise sistemática de informações concernentes à situação
solidação desse Sistema deverá ser feita, especialmente, com alimentar e nutricional do País, produzindo, assim, o desejado
o apoio de centros colaboradores em alimentação e nutrição e feed-back entre informação, ação e avaliação de resultados.
de núcleos de trabalho existentes na quase totalidade dos Nesse sentido, deverá produzir um elenco básico de indi-
estados e em centenas de municípios brasileiros. cadores capazes de sinalizar os eventos de maior interesse,
A atuação do SISVAN compreenderá a descrição contínua tais como: disponibilidade de alimentos, aspectos qualitativos
e a predição de tendências das condições de alimentação e e quantitativos da dieta consumida, práticas de amamentação
nutrição da população, bem como de seus fatores determi- e perfil da dieta complementar pós-desmame, distribuição do
nantes. peso ao nascer, prevalência da desnutrição energético-
protéica, de anemias, do sobrepeso, das deficiências de iodo
O diagnóstico descritivo e analítico dos problemas e dos e de vitamina A e das demais carências de micronutrientes
principais fatores determinantes deverá caracterizar áreas relacionadas às enfermidades crônicas não-transmissíveis.
geográficas, segmentos sociais e grupos biológicos de maior
risco. A análise dessas informações irá favorecer o estabele- 3.4. Promoção de práticas alimentares e estilos de vi-
cimento de tendências evolutivas espontâneas ou condicio- da saudáveis
nadas por intervenções gerais e específicas. A promoção de práticas alimentares saudáveis, que se i-
Uma das medidas prioritárias a serem implementadas es- nicia com o incentivo ao aleitamento materno, está inserida
tará representada pela instalação de sítios sentinelas que no contexto da adoção de estilos de vida saudáveis, compo-
possam testemunhar o comportamento epidemiológico dos nente importante da promoção da saúde. Nesse sentido,
problemas e sua vinculação com marcadores de risco. A ênfase será dada à socialização do conhecimento sobre os
organização desses sítios deverá ocorrer, principalmente, em alimentos e o processo de alimentação, bem como acerca da
áreas e junto a populações de elevado risco, devendo estar prevenção dos problemas nutricionais, desde a desnutrição –
relacionados, sobretudo, a eventos de difícil mensuração, tais incluindo as carências específicas – até a obesidade. O direi-
como hipovitaminose A e deficiência de iodo. to humano à alimentação deverá sempre ser citado em todo
No monitoramento da situação alimentar e nutricional, o material educativo, pois é condição indispensável à vida e à
SISVAN deverá concentrar sua atenção na gestante e no construção da cidadania.
crescimento e desenvolvimento das crianças, servindo de As ações dirigidas à adoção de práticas alimentares sau-
eixo para todo trabalho empreendido na rede de serviços, de dáveis deverão integrar todas as medidas decorrentes das
forma especial na atenção básica de saúde, inclusive consi- diretrizes definidas nesta Política. Além das iniciativas ineren-
derando o compromisso de sua universalização. tes a cada medida específica que vier a ser adotada, atenção
Buscar-se-á, também no âmbito da rede de serviços, in- especial deverá ser dada ao desenvolvimento de processo
corporar às rotinas de atendimento o monitoramento do esta- educativo permanente acerca das questões atinentes à ali-
do nutricional de cada usuário, visando a detecção da situa- mentação e à nutrição, bem como à promoção de campanhas
ção de risco e a prescrição de ações que possibilitem a pre- de comunicação social sistemáticas. Para isso, deverá ser
venção de seus efeitos e a garantia da reversão ao quadro de buscado o engajamento das entidades técnico-científicas, dos
normalidade. estabelecimentos de ensino, dos veículos de comunicação,
Um outra prioridade será o mapeamento das endemias de entidades da sociedade civil e do setor produtivo.
carenciais, de modo a evidenciar a sua distribuição espacial e Merecerá, igualmente, enfoque prioritário o resgate de há-
a indicar a magnitude da ocorrência da desnutrição energéti- bitos e práticas alimentares regionais inerentes ao consumo
co-protéica, da anemia, da hipovitaminose A e da deficiência de alimentos locais de baixo custo e elevado valor nutritivo,
de iodo. bem como de padrões alimentares mais variados, desde os
No tocante ao acompanhamento da situação das doenças primeiros anos de vida até a idade adulta e a velhice.
crônicas não-transmissíveis, relacionadas com a alimentação Deverá, além disso, ser concedida ênfase particular à ori-
e estilos de vida considerados inadequados, o trabalho deve- entação quanto à prevenção de doenças crônicas não-
rá ser compatibilizado com os sistemas em funcionamento, transmissíveis, tais como as cardiovasculares e a diabetes
em termos da coleta, da geração, do fluxo, do processamento melito, e à adoção de hábitos alimentares apropriados por
e da análise dos dados, de que são exemplos: o Sistema de seus portadores, como forma de se evitar o agravamento
Informação de Mortalidade (SIM), o Sistema de Informação de destas patologias.
Nascidos Vivos (SINASC), o Sistema Nacional de Agravos
Notificáveis (SINAN), no qual será incluído o registro de for- A educação alimentar e nutricional contém e-
mas graves de desnutrição, e o Sistema de Informação Am- lementos complexos e até conflituosos. Dessa
bulatorial (SIAB). forma, deverão ser buscados consensos sobre
conteúdos, métodos e técnicas do processo edu-
De forma mais específica, os sistemas de informação en- cativo, considerando os diferentes espaços geo-
focarão aspectos ligados às práticas de aleitamento materno gráficos, econômicos e culturais. A promoção de
e aos fatores de interferência positiva ou negativa, bem como práticas alimentares contemplará, também, inicia-
à avaliação periódica do estado de nutrição de alunos das tivas específicas dirigidas ao aleitamento mater-
escolas públicas. Configurarão, ainda, pontos fundamentais no, tendo prioridade, neste contexto, as mulheres
desta diretriz o monitoramento da produção de alimentos e a em idade fértil.
análise crítica da evolução qualitativa e quantitativa de sua
oferta e de seu consumo. A revisão de métodos e estratégias de atua-
ção, sobretudo no âmbito do setor Saúde, consti-
Além disso, deverão ser enfatizadas a coleta e a análise tuirá medida básica e inicial para a efetivação da
de dados macroeconômicos e sociais indicativos da situação prioridade conferida ao incentivo ao aleitamento

Conhecimentos Específicos 169 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
materno. Nesse trabalho, será buscada, igual- Na primeira, prevalece um quadro de morbimortalidade,
mente, a articulação com os diferentes segmen- dominado pelo binômio desnutrição/infecção, que afeta, prin-
tos sociais, em especial aqueles com maior capa- cipalmente, as crianças pobres, nas regiões de atraso eco-
cidade de influenciar as práticas do aleitamento, nômico e social.
tais como: entidades representativas de diversas
categorias profissionais em saúde; entidades re- Na segunda, está o grupo predominante do sobrepeso e
presentativas da indústria da alimentação e nutri- obesidade, diabetes melito, doenças cardiovasculares e al-
ção; de comunicadores sociais e de educação; de gumas afecções neoplásicas, tendo como hospedeiro eletivo
lideranças comunitárias; de defesa do consumi- o segmento de adultos e pessoas de idade mais avançada, a
dor; de extensionistas; e de organizações da so- despeito de se reconhecer que muitos desses problemas
ciedade civil de um modo geral. podem ter início na infância.

Importante, também, será a adoção de medidas voltadas No grupo das enfermidades crônicas não-transmissíveis,
ao disciplinamento da publicidade de produtos alimentícios as medidas estarão voltadas à promoção da saúde e ao con-
infantis, sobretudo em parceria com as entidades representa- trole dos desvios alimentares e nutricionais, por constituírem
tivas da área de propaganda, com as empresas de comunica- as condutas mais eficazes para prevenir sua instalação e
ção, com entidades da sociedade civil e do setor produtivo. evolução.

Ao lado disso, a partir de critérios previamente estabeleci- Os problemas alimentares e nutricionais que gravitam em
torno da desnutrição energético-protéica – DEP – serão enfo-
dos, serão apoiados programas institucionais, a exemplo do
“Hospital Amigo da Criança” e dos bancos de leite humano, cados por meio de uma abordagem familiar, reconhecendo-se
bem como movimentos voltados ao estímulo à amamentação, que os fatores de risco se definem dentro de um contexto que
de iniciativa de organizações não-governamentais. poderia ser considerado como “família vulnerável”. Na prática,
essa visualização torna recomendável a avaliação simultânea
Os bancos de leite receberão uma atenção particular, para de outros membros da família, principalmente irmãos e, even-
que as suas atividades sejam fortalecidas e incorporadas tualmente, mães em condições de sobrecarga fisiológica,
efetivamente na rotina dos serviços de saúde. Esses bancos como gestação e lactação.
deverão ser disseminados para todo o País.
Assim, no binômio desnutrição/infecção, serão enfatizadas
Especificamente em relação ao reconhecimento de servi- as ações dirigidas à prevenção e ao manejo adequado das
ços na categoria “Hospital Amigo da Criança”, deverá ser doenças infecciosas. A distribuição de alimentos e a educa-
procedida a sua reavaliação contínua, bem como realizada a ção alimentar constituirão ferramentas indispensáveis, que
revisão dos critérios de avaliação para credenciamento, espe- serão trabalhadas em conjunto com a prevenção e o controle
cialmente com vistas à reformulação de rotinas hospitalares das diarréias, das infecções respiratórias agudas e das doen-
que facilitem a prática do aleitamento materno. ças imunopreveníveis, medidas essenciais para evitar a des-
nutrição ou o seu agravamento. A ação do Estado, nessas
No tocante à legislação, serão reforçados, divulgados e situações, deverá ser sempre associada a medidas que visem
ampliados aqueles dispositivos que assegurem às mães prover as condições para que indivíduos, famílias e comuni-
condições básicas para amamentarem os seus filhos, tais dades recuperem, dentro do maior espaço de tempo, a capa-
como horários e locais de trabalho compatíveis com a prática cidade de produzir ou adquirir sua própria alimentação.
do aleitamento. Uma referência essencial na incorporação de
todas essas medidas são os diversos códigos, regulamentos A vigilância do crescimento e do desenvolvimento será
e normas, nacionais e internacionais, relativos à industrializa- adotada como eixo de apoio a todas as atividades de assis-
ção, à comercialização e à propaganda de alimentos proces- tência à saúde da criança. Deverão receber atenção especial
sados para uso infantil. as crianças nascidas com baixo peso, em face do elevado
grau de vulnerabilidade à desnutrição e às doenças infeccio-
Constituirá, também, medida relevante o acompanhamen- sas.
to do processo de industrialização e comercialização de pro-
dutos farmacêuticos e ou dietéticos, apresentados como solu- Para o enfrentamento dos problemas atinentes ao baixo
ções terapêuticas ou profiláticas de problemas nutricionais, de peso ao nascer e à DEP em crianças, deverá ser concedida
que são exemplos importantes: o controle do peso, da fadiga, prioridade à normalização de medidas relacionadas aos fato-
do processo de envelhecimento, bem como a prevenção e o res de risco e ao seguimento de casos que se enquadram
tratamento eficaz de doenças de difícil manejo, além de ou- nestas condições nas diferentes instâncias e circunstâncias
tras indicações discutíveis ou francamente injustificadas. do atendimento.
Ao lado disso, serão implementadas iniciativas que possi- As crianças em risco de desnutrição, compreendidas na
bilitem o acompanhamento e o monitoramento de práticas de faixa etária dos seis aos 23 meses de idade, levando-se em
marketing sob os critérios e interesses de uma vida efetiva- consideração a realidade epidemiológica da região, serão
mente saudável. Nesse particular, serão objeto de atenção as atendidas mediante a assistência alimentar, o controle de
questões relacionadas ao sobrepeso e suas implicações. doenças coexistentes e a vigilância dos irmãos ou contatos,
incluindo as gestantes e as nutrizes em risco nutricional, com
Deverá ser consolidado o conteúdo técnico ênfase nos bolsões de pobreza. O monitoramento do estado
das medidas em desenvolvimento, o qual servirá nutricional, fundamental para a prevenção e o controle da
de base para a elaboração de materiais informati- DEP, será incorporado às rotinas da assistência em geral, de
vo e instrucional destinado, especialmente, a a- forma a cobrir toda a faixa etária de risco e possibilitando a
poiar a capacitação de profissionais da rede bási- identificação e o desenvolvimento de ações voltadas à:
ca de saúde em orientação alimentar.
• redução da freqüência da desnutrição moderada e
3.5. Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e
grave em crianças;
das doenças associadas à alimentação e nutrição
• diminuição da ocorrência de anemia e desnutrição
A inexistência de uma divisão clara entre as medidas insti- em gestantes;
tucionais específicas de nutrição e as intervenções conven-
cionais de saúde exigirá uma atuação baseada em duas situ- • redução da incidência do baixo peso ao nascer e o
ações polares acompanhamento dos casos enquadrados nesta condi-
ção.

Conhecimentos Específicos 170 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Deverão ser consolidados, pelas três esferas
de gestão, os esforços destinados a ampliar a du-
Na adoção de cuidados especiais às crianças dos seis aos ração do aleitamento materno, de modo que a
23 primeiros meses de vida, valer-se-á, como referência, de prática da amamentação exclusiva se estenda até
experiências desenvolvidas no País e que vêm obtendo resul- aos seis meses de idade e o aleitamento, combi-
tados importantes. Nesse particular, serão assegurados apoio nado com a introdução de alimentos adequados,
alimentar, cuidados nutricionais específicos e atenção básica se prolongue até o segundo ano de vida.
de saúde a todas as crianças nessa faixa etária que estejam
situadas abaixo do percentil 10 da relação peso/idade, com Esses esforços, em sua maioria de caráter in-
ênfase nos casos abaixo do percentil 3, mediante o desenvol- tersetorial, deverão assegurar condições básicas
vimento de ações de reabilitação nutricional. Deverá ser con- que permitam às mães amamentar seus filhos.
siderada, também, a evolução do peso da criança e não so- Nesse particular, será conferida ênfase à recupe-
mente a localização pontual no Cartão da criança. ração e consolidação da cultura da amamenta-
ção, por meio da adoção de medidas específicas,
Em relação às carências de micronutrientes, e especifica- tais como a suplementação alimentar às nutrizes,
mente no controle da deficiência de ferro, serão adotadas o “Hospital Amigo da Criança”, implementação de
como medidas essenciais o enriquecimento alimentar, a ori- bancos de leite humano, divulgação e fiscalização
entação educativa e, sobretudo, o uso de ferro medicamento- da Norma Brasileira de Comercialização de Ali-
so. mentos para Lactentes, respaldadas por uma a-
Para a redução da anemia por carência de ferro no País, ção educativa intensiva, adequada e permanente.
serão implementadas ações de fortificação de parte da produ- Um dos mecanismos para garantir a execução dessas ati-
ção brasileira das farinhas de trigo e de milho, alimentos de vidades será a transferência de recursos federais específicos
largo consumo popular e de baixo custo. Com isso, buscar- para o controle das carências e outros distúrbios nutricionais.
se-á reduzir a anemia ferropriva em pré-escolares em até um Os municípios habilitados nas condições de gestão estabele-
terço, até o ano 2.003, tendo em vista protocolo, neste senti- cidas na Norma Operacional Básica de 1996 – Gestão Plena
do, já firmado entre o Governo brasileiro e o setor produtivo. da Atenção Básica e a Gestão Plena do Sistema Municipal –
No combate à hipovitaminose A, nas áreas reconhecidas poderão, atendidos os critérios fixados, se credenciar para
como de risco, além da aplicação periódica e emergencial de receber um incentivo financeiro agregado ao Piso da Atenção
megadoses de retinol, deverá ser promovido o estímulo à Básica (o PAB). Os recursos serão transferidos, de forma
produção e ao consumo de fontes alimentares ricas nesta regular e automática, diretamente do Fundo Nacional de Saú-
vitamina ou seus precursores e, quando necessário, o enri- de para o Fundo Municipal de Saúde.
quecimento/fortificação de alguns alimentos. É importante assinalar que, na conformidade da portaria
Nas áreas de risco de hipovitaminose A, ao lado de outros que trata do incentivo financeiro destinado ao custeio das
cuidados compreendidos no elenco das ações que integram a medidas relativas à alimentação e nutrição, estão definidas
atenção básica à saúde, serão sistematizadas medidas peri- todas as ações a serem empreendidas, entre as quais aque-
ódicas de administração de doses massivas deste nutriente a las inerentes ao controle da desnutrição de grupos de risco.
todas as crianças menores de cinco anos. O enriquecimento 3.6. Promoção de linhas de investigação
do leite e das massas alimentares com vitamina A, ferro ou,
eventualmente, com outros nutrientes, também deverá ser A implementação de todas as diretrizes desta Política Na-
promovido. cional de Alimentação e Nutrição contará com o suporte de
linhas de investigação, desenvolvidas de acordo com as nor-
Além disso, levando em conta a importância epidemiológi- mas da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa Humana –
ca da deficiência desses nutrientes no País, promover-se-á a CONEP/MS –, que esclareçam aspectos particulares e até
complementação das tabelas de composição químico- gerais de alguns problemas, avaliem a contribuição dos fato-
nutricional dos principais alimentos consumidos no Brasil, res causais envolvidos e indiquem as medidas mais apropria-
valorizando o conteúdo e a biodisponibilidade de ferro e de das para seu controle.
precursores da vitamina A.
Nesse sentido, as linhas de pesquisas a se-
Já o enfrentamento dos distúrbios produzidos pela defici- rem estabelecidas e apoiadas deverão permitir o
ência primária de iodo será feito mediante a iodação do sal de domínio do cenário de situações e dos fatores
consumo doméstico e de consumo animal, assegurando-se que interessam para a definição e a execução de
as condições legais, administrativas e operacionais para a ações de nutrição.
aplicação sistemática desta medida.
Entre as linhas de interesse, caberá destaque o problema
No combate à deficiência de iodo, deverá ser garantido da desnutrição energético-protéica – DEP – que, apesar de
que todo o sal de consumo humano e animal seja enriquecido bem descrito e analisado, em termos geográficos e sociais,
com o iodato de potássio, para o que serão sistematizadas e requer estudos adicionais para sua atualização. No contexto
implementadas medidas contínuas de controle, quer no pró- da deficiência de micronutrientes, deverá merecer atenção
prio processo de adição do iodo, junto às indústrias, quer especial o aprofundamento do conhecimento, ainda muito
mediante ações de fiscalização, a partir da colocação do limitado, sobre a epidemiologia das anemias e da hipovitami-
produto, no mercado, para consumo. nose A.
Para tanto, será implementada a parceria entre os setores De outro lado, os estudos ainda preliminares
governamental e o industrial, consubstanciada no compromis- sobre a relação entre enfermidades crônicas não-
so da adição do iodo ao sal destinado ao consumo humano, transmissíveis e perfil da dieta deverão ser, da
independentemente da forma de seu fornecimento. mesma forma, ampliados, e disseminadas as su-
Por outro lado, o estímulo ao aleitamento materno terá im- as conclusões. Já a relação entre consumo ali-
portância estratégica, quer na prevenção da desnutrição e- mentar e valor da dieta deverá ser objeto de es-
nergético-protéica, da anemia e da deficiência de vitamina A, tudos que permitam ampliar a análise da situa-
nos primeiros meses de vida, quer na redução da incidência, ção, uma vez que os dados disponíveis referem-
duração e gravidade das diarréias e das infecções respirató- se apenas a algumas áreas metropolitanas. De-
rias agudas. verão ser promovidos, igualmente, estudos relati-

Conhecimentos Específicos 171 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
vos ao custo-benefício e ao custo-eficácia de pro- humanos como um dos eixos centrais desta Polí-
gramas e ações decorrentes desta Política, bem tica.
como estudos epidemiológicos destinados a ma-
pear as carências nutricionais prevalentes no Pa- No âmbito da execução de ações, de forma mais específi-
ís. ca, a capacitação buscará preparar os recursos humanos
para a operacionalização de um elenco básico de atividades,
Os estudos e investigações deverão possibili- na perspectiva de promoção dos direitos humanos, que inclui-
tar a elaboração de tabelas nacionais sobre com- rá: a avaliação de casos; a eleição de beneficiários e seu
posição e valor nutritivo dos alimentos e das prin- devido acompanhamento nos serviços locais de saúde; e a
cipais preparações culinárias, particularizando-se prevenção e o manejo adequado de doenças que interferem
o interesse pelos aspectos de biodisponibilidade no estado de nutrição ou, sob outros aspectos, de condições
de ferro e de vitamina A. alimentares e nutricionais que atuam como fatores relevantes
de risco no desenvolvimento de doenças, particularmente as
Uma outra linha de interesse será o estudo da composição de natureza crônica não-transmissível.
alimentar e conteúdo nutricional das refeições oferecidas em
grandes quantidades, como as servidas nas Forças Armadas, A capacitação de pessoal para o planejamen-
na merenda escolar e na alimentação do trabalhador pelo to, coordenação e avaliação de ações deverá
Programa de Alimentação do Trabalhador e pelos Serviços constituir as bases para o desenvolvimento do
Sociais do Comércio e da Indústria, com vistas à promoção processo contínuo de articulação com os demais
de práticas e hábitos alimentares saudáveis. setores, cujas ações estão diretamente relaciona-
das com a alimentação e a nutrição no âmbito do
Será, também, objeto de ênfase o estabelecimento de pa- setor Saúde.
drões alimentares regionalizados para todas as faixas etárias,
segundo hábitos locais prevalentes, inclusive no período de Essa capacitação será promovida levando em conta as
transição alimentar do aleitamento, destacando-se, nesse questões inerentes à garantia do direito humano à alimenta-
particular, a implementação de projetos já iniciados. ção e nutrição adequadas. Deverá, igualmente, capacitar os
profissionais para prestar a devida cooperação técnica de-
Nesses estudos, deverão ser investigados, entre outros, mandada pelas demais esferas de gestão, no sentido de
fatores de proteção ao aleitamento materno, bem como as uniformizar conceitos e procedimentos que se tornarão indis-
propostas e iniciativas sobre parâmetros e normas recomen- pensáveis para a efetivação desta Política Nacional de Ali-
dadas para a alimentação de transição ao aleitamento. mentação e Nutrição, bem como para o seu processo contí-
Serão desenvolvidos, ainda, pesquisas de na- nuo de avaliação e acompanhamento.
tureza antropológica e etnográfica sobre hábitos e 4. RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS
práticas alimentares, visando, especificamente, o
resgate de diferentes culturas relacionadas ao Em observância aos princípios do SUS, os gestores, de
consumo de alimentos tradicionalmente valoriza- forma articulada e dando cumprimento às suas atribuições
dos. comuns e específicas, atuarão no sentido de viabilizar o al-
cance do propósito desta Política Nacional de Alimentação e
Além desses estudos, promover-se-á a atualização da car- Nutrição, que é a garantia da qualidade dos alimentos
tografia dos problemas alimentares e nutricionais do País; a colocados para consumo no País, a promoção de práticas
análise dos fatores de risco das endemias nutricionais de alimentares saudáveis e a prevenção e o controle dos
importância epidemiológica; e a formulação de proposição, distúrbios nutricionais.
avaliação e validação de modelos de intervenção, conside-
rando os aspectos referentes à eficácia, à efetividade e à Outrossim, considerando as características
relação custo/benefício. peculiares de intersetorialidade e de vinculação
desta Política à Política de Segurança Alimentar e
3.7. Desenvolvimento e capacitação de recursos hu-
Nutricional, estão explicitadas, na seqüência, res-
manos
ponsabilidades de natureza intra e intersetorial.
O desenvolvimento e a capacitação de recursos humanos 4.1. Articulação intra e intersetorial
constituem diretriz que perpassará todas as demais definidas
nesta Política, configurando mecanismo privilegiado de articu- Caberá aos gestores do SUS, em suas respectivas áreas
lação intersetorial, de forma que o setor saúde possa dispor de abrangência, promover a implementação e a avaliação
de pessoal em qualidade e quantidade, e cujo provimento, desta Política, estabelecendo, para tanto, o necessário pro-
adequado e oportuno, é de responsabilidade das três esferas cesso de articulação com aqueles setores envolvidos com a
de governo. Segurança Alimentar e Nutricional, visando, em especial, o
estabelecimento de parcerias e a articulação interinstitucional
Esse componente deverá merecer atenção especial, so- que possibilitem consolidar compromissos multilaterais. Será
bretudo no tocante ao que define a Lei N.º 8.080/90, em seu buscado, da mesma forma, o estabelecimento de parceria
Art. 14 e parágrafo único, nos quais está estabelecido que a com a sociedade, de modo a alcançar-se a sua efetiva parti-
formação e a educação continuada contemplarão ação inter- cipação na consecução da Política Nacional de Alimentação e
setorial articulada. A lei estabelece, como mecanismo funda- Nutrição.
mental, a criação de comissão permanente de integração
entre os serviços de saúde e as instituições de ensino profis- A busca de parcerias com os demais setores envolvidos
sional e superior, com a finalidade de "propor prioridades, na Segurança Alimentar e Nutricional e, por conseguinte, na
métodos e estratégias". concretização do direito humano à alimentação e nutrição
adequadas, levará em conta a adoção ou implementação de
O trabalho conjunto com o Ministério da Edu- medidas essenciais que poderão redundar em impacto impor-
cação, especificamente, deverá ser viabilizado tante sobre a saúde da população e, por via de conseqüência,
tendo em vista a indispensável adequação dos no alcance do propósito da presente Política. A seguir, são
cursos de formação na área da saúde, abordando identificados instituições e setores federais prioritários, bem
todos os aspectos inerentes às diretrizes aqui fi- como as principais medidas preconizadas.
xadas, com especial atenção à incorporação de
conteúdos relevantes à realização dos direitos A. Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutri-
ção do Conselho Nacional de Saúde

Conhecimentos Específicos 172 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O funcionamento dessa Comissão reveste-se da maior acompanhamento do impacto da Política Nacional de Alimen-
importância para a consolidação desta Política, além de con- tação e Nutrição.
cretizar o estabelecido na Lei N.º 8.080/90, já mencionada, e
que se refere à articulação de políticas e programas no âmbi- E. Gabinete do Ministro Extraordinário de Política
to da alimentação e nutrição, cuja elaboração e execução Fundiária
estão fora do Sistema Único de Saúde.
Nesse contexto, será importante a redefinição Com esse Gabinete, a articulação pretendida deverá pos-
da composição Comissão Intersetorial, de modo sibilitar a mobilização de agricultores vocacionados, em pri-
que possa contar com representantes dos gesto- meira instância, para a questão do auto-abastecimento, des-
res do SUS e dos setores envolvidos com a Se- tacando objetivos básicos de alimentação e nutrição não só
gurança Alimentar e Nutricional, para que as de- pelo perfil dominante dos sistemas de produção nos assen-
cisões decorrentes das resoluções do Conselho tamentos agrários, como pela vulnerabilidade biológica e
Nacional de Saúde, respaldadas na apreciação social que os beneficiários destes projetos apresentam aos
desta Comissão, estejam baseadas na realidade problemas nutricionais. Dessa maneira, essa mobilização
e tenham como suporte os agentes e instituições buscará, prioritariamente, promover a alimentação e nutrição
responsáveis por sua implementação. dos assentados, mediante:
A Comissão Intersetorial deverá promover, • o desencadeamento de um processo que resguarde
junto ao Conselho Nacional de Saúde, a criação os pequenos produtores e os insira no processo de mer-
de Comissões semelhantes nos âmbitos estadual cados globalizados;
e municipal.
• o desenvolvimento da capacidade cognitiva para
B. Comunidade Solidária decodificar e adotar novas tecnologias, por meio da ade-
A articulação com a Comunidade Solidária estará voltada quada educação dos trabalhadores rurais e pequenos a-
para o aproveitamento de sua capacidade de mobilização dos gricultores;
diferentes setores e, portanto, do seu papel catalisador, facili- • a avaliação do investimento em pesquisa agrícola
tando, assim, a viabilização de medidas estratégicas, tais direcionada à modernização da pequena agricultura, em
como: a integração de programas de alimentação e nutrição termos de incorporação de tecnologia mecânica, químico-
com outras ações sociais; a divulgação de informações refe- biológica – tendo como referência o modelo agroecológi-
rentes a esta Política Nacional; a promoção do diálogo entre co – e organizacional (comercialização e agroindustriali-
os principais atores governamentais e não-governamentais zação).
envolvidos com a área de alimentação e nutrição.
C. Ministério da Agricultura e do Abastecimento
F. Ministério das Relações Exteriores
A parceria com esse Ministério terá por finalidade:
Tendo em conta o acordo formal dos Ministé-
• a identificação de estratégias e programas agrícolas rios da Saúde do Brasil, da Argentina, do Uruguai
que tenham objetivos e metas nutricionais específicos, e e do Paraguai, no âmbito do MERCOSUL, o pro-
a avaliação da capacidade destes para a melhoria da nu- cesso de articulação deverá envolver o estabele-
trição, tendo como referência o modelo agroecológico; cimento de compromisso em torno de uma ação
• a uniformização de procedimentos de vigilância, nos conjunta de combate às carências de micronutri-
diferentes níveis governamentais, de modo a estabele- entes.
cer-se a sintonia operacional e o intercâmbio de informa- Essa medida implica interferências diretas no
ções entre a vigilância sanitária dos alimentos, por parte setor de produção e transformação de alimentos,
do SUS, e as ações pertinentes executadas por esse Mi- especialmente no que se refere aos critérios e
nistério; normas de enriquecimento de produtos industria-
• a análise de níveis e padrões da produção local e da lizados e de amplo consumo popular.
produção caseira de alimentos, e as práticas de armaze- G. Ministério do Trabalho e Emprego
namento e conservação;
A articulação com o Ministério do Trabalho deverá buscar:
• a avaliação da eficiência da extensão agrícola (as-
sistência técnica e creditícia), a capacidade e disposição • a avaliação da possibilidade de mensuração dos ob-
estacional de alimentos, a comercialização e as cone- jetivos atinentes à melhoria das condições nutricionais
xões entre o mercado rural e urbano; dos trabalhadores e sua relação com a redução dos aci-
dentes de trabalho;
• a avaliação do impacto do programa de agricultura
familiar, na oferta de alimentos, as dificuldades na transi- • o acompanhamento e a orientação dos agentes en-
ção da agricultura tradicional para a moderna e as con- volvidos no Programa de Alimentação do Trabalhador
seqüências no que respeita ao aumento das disparidades (empresas beneficiárias, trabalhadores e empresas for-
regionais; necedoras e ou prestadoras de serviços de alimentação);

• a utilização dos sistemas estaduais de extensão ru- • a ampliação da política de alimentação do trabalha-
ral, conectados à prestação de assistência técnica a pe- dor, visando a expansão do benefício para as regiões
quenos agricultores com vistas, prioritariamente, à auto- mais carentes e para a população trabalhadora de mais
suficiência alimentar. baixa renda; e
• a identificação das repercussões do PAT sobre a a-
tividade econômica, por parte dos vários agentes interve-
D. Ministério do Orçamento e da Gestão nientes (fornecedores de alimentação coletiva, distribui-
No conjunto de medidas decorrentes da parceria com es- dores de cestas de alimentos, restaurantes etc.), a gera-
se Ministério, destacam-se aquelas inerentes à alocação de ção de emprego e renda e o crescimento da demanda de
recursos orçamentários; à definição de prioridades; e ao produtos agropecuários.

Conhecimentos Específicos 173 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
efetividade de políticas extra-setoriais que garantam o
respeito, a proteção, a facilitação e a concretização do di-
H. Ministério da Educação reito humano à alimentação e nutrição adequadas, no
Com esse Ministério, o trabalho de articulação promovido contexto da Segurança Alimentar e Nutricional.
pelo Ministério da Saúde estará centrado: • Implementar e avaliar a operacionalização das dire-
• na promoção de práticas alimentares e nutricionais trizes e prioridades desta Política Nacional de Alimenta-
saudáveis junto aos escolares e seus familiares; ção e Nutrição.
• na reorientação da formação de profissionais de sa- • Estabelecer normas e prestar cooperação técnica
úde, tendo em conta as diretrizes fixadas nesta Política; aos estados e municípios, voltadas à implementação des-
ta Política, sistematizando, inclusive, medidas de preven-
• na avaliação da qualidade da merenda escolar e de ção e manejo de problemas de nutrição em escala indivi-
seu impacto sobre o crescimento e desenvolvimento do dual, familiar e comunitária, contando com o apoio técni-
aluno, a capacidade de aprendizagem e o rendimento co-científico dos Centros Colaboradores em Alimentação
escolar; e Nutrição.
• na avaliação da influência das transformações de a- • Participar do financiamento das ações decorrentes
titudes e potencial de extensão à família e à comunidade, desta Política, destinando recursos, sob a forma de in-
em termos da incorporação de novos e melhores hábitos centivos, procedimentos específicos e outros mecanis-
alimentares; mos disponíveis para a prestação de serviços e a aquisi-
• na análise da introdução de conteúdos educativos ção, por parte dos outros gestores do SUS, de alimentos
de saúde, alimentação e nutrição, nos currículos do ensi- e outros insumos definidos.
no fundamental, e a preparação de material educativo • Promover mecanismos de consolidação do Sistema
com esta finalidade, inclusive para as atividades da edu- de Vigilância Alimentar e Nutricional – o SISVAN –, inclu-
cação a distância; sive ampliando a sua abrangência em termos técnicos e
• na capacitação do professor e na reorientação de geográficos, para fins de mapeamento e monitoramento
sua formação para a prática do ensino de temas de saú- da fome, da desnutrição e de outros problemas nutricio-
de e nutrição, bem como para identificar problemas nutri- nais.
cionais; • Orientar e apoiar estados e municípios em seus pro-
• na introdução de temas de saúde, alimentação e nu- cessos de aquisição de alimentos e outros insumos estra-
trição, entre eles o aleitamento materno, nos currículos tégicos, contribuindo para que esta aquisição esteja con-
escolares; soante à realidade alimentar e nutricional e para que seja
assegurado o abastecimento de forma oportuna, regular
• na avaliação e fortalecimento dos vínculos com as e com menor custo.
universidades e outros centros de ensino e pesquisa, pa-
ra utilização da capacidade analítica e de desenho de es- • Criar mecanismos que vinculem a transferência de
tratégias, bem como para o apoio à capacitação e trei- recursos às instâncias estadual e municipal ao desenvol-
namento de profissionais e agentes comunitários. vimento de um modelo adequado de atenção à saúde.

I. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio • Promover a revisão da legislação sobre alimentos,


e Ministério da Ciência e Tecnologia em especial daquela inerente à vigilância sanitária.

A atuação do Ministério da Saúde, junto a es- • Adequar planos, programas, projetos e atividades às
ses dois Ministérios, no tocante a esta Política diretrizes e prioridades desta Política.
Nacional de Alimentação e Nutrição, deverá foca- • Promover o estabelecimento de rede de laboratórios
lizar: capacitados à certificação da qualidade de alimentos.
• a análise das medidas de salvaguarda do Governo • Promover a inspeção e a fiscalização sanitária dos
em relação às importações de alimentos, para assegurar alimentos colocados ao consumo da população, segundo
a qualidade e inocuidade dos produtos ofertados; o grau de risco destes produtos, formulando, inclusive,
• a análise das ofertas tecnológicas capazes de elevar programas específicos para tal fim.
a produtividade e rentabilidade das culturas alimentícias, • Implementar e consolidar o processo de descentrali-
privilegiando as de manejo agroecológico; zação das ações de vigilância sanitária de alimentos.
• a avaliação de tecnologias de fortificação de alimen- • Redefinir e coordenar, no tocante a alimentos, o Sis-
tos com iodo, ferro e vitamina A; tema Nacional de Vigilância Sanitária.
• a ampliação do incentivo para pesquisas a partir das • Coordenar e monitorar outros sistemas nacionais
prioridades apontadas nesta Política. básicos para esta Política, de que são exemplos o de Vi-
gilância Epidemiológica e o de Rede de Laboratórios de
Saúde Pública.
J. Ministério da Justiça
• Estimular e apoiar a realização de pesquisas consi-
A articulação com o Ministério da Justiça buscará a reali- deradas estratégicas no contexto desta Política.
zação da alimentação como um direito humano universal,
incluindo o desencadeamento de medidas de defesa do con- • Promover a disseminação de informações técnico-
sumidor, inclusive mobilizando outros órgãos e segmentos científicas e de experiências exitosas referentes à alimen-
sociais envolvidos com a questão. tação e nutrição.

4.2.Responsabilidades do Gestor Federal – Ministério • Promover a capacitação de recursos humanos para


da Saúde a implementação desta Política.

• Preparar e fornecer informações, análises e propos- • Promover a adoção de práticas e hábitos de alimen-
tas que subsidiem a elaboração e o monitoramento da tação saudáveis, mediante a mobilização de diferentes

Conhecimentos Específicos 174 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
segmentos da sociedade e por intermédio de campanhas • Manter e estreitar as relações entre a vigilância sani-
publicitárias. tária de alimentos, a cargo do SUS, e as ações pertinen-
tes executadas pelo Ministério e pelas Secretarias de A-
• Apoiar estados e municípios, a partir da análise de gricultura, com vistas a preservar atributos relacionados
tendências, no desencadeamento de medidas visando a ao valor nutricional e critérios de sanidade dos alimentos.
eliminação ou o controle dos fatores de risco detectados.
• Participar da aquisição de insumos destinados à a-
• Promover as negociações intersetoriais que propici- tenção ambulatorial e hospitalar, no que diz respeito ao
em o acesso universal aos alimentos de boa qualidade. atendimento de distúrbios nutricionais.
• Promover o controle social da execução desta Polí- • Promover o adequado armazenamento dos alimen-
tica, inclusive da aplicação dos recursos financeiros cor- tos e de outros insumos.
respondentes, mediante o fortalecimento da ação do
Conselho Nacional de Saúde. • Promover a adoção de práticas e hábitos alimenta-
res saudáveis, mediante a mobilização de diferentes
4.3.Responsabilidades do Gestor Estadual –
segmentos da sociedade e por intermédio de campanhas
Secretaria Estadual de Saúde
de comunicação.
• Elaborar, coordenar e executar a Política Estadual • Promover as negociações intersetoriais que propici-
de Alimentação e Nutrição, consoante a esta Política Na- em o acesso universal aos alimentos de boa qualidade.
cional.
• Promover o controle social da execução desta Polí-
• Promover a elaboração e ou adequação dos planos, tica, inclusive da aplicação dos recursos financeiros cor-
programas, projetos e atividades, na conformidade da respondentes, mediante o fortalecimento da ação do
Política Estadual de Alimentação e Nutrição. Conselho Estadual de Saúde respectivo.
• Promover processo de articulação intersetorial no
Estado, visando a implementação da respectiva política
de alimentação e nutrição. 4.4.Responsabilidades do Gestor Municipal -- Secreta-
ria Municipal de Saúde ou organismos correspondentes
• Participar do financiamento das ações decorrentes
da Política Estadual. • Coordenar e executar ações decorrentes das Políti-
cas Nacional e Estadual, em seu respectivo âmbito, defi-
• Participar da definição e da aquisição dos alimentos nindo componentes específicos que devem ser imple-
e insumos estratégicos, segundo o seu papel nos planos, mentados pelo município.
programas, projetos e atividades que operacionalizarão a
Política. • Receber e ou adquirir alimentos e suplementos nu-
tricionais, garantindo o abastecimento de forma perma-
• Orientar e apoiar os municípios em seus processos nente e oportuna, bem como a sua dispensação adequa-
de aquisição de alimentos e outros insumos estratégicos, da.
contribuindo para que esta aquisição esteja consoante à
realidade alimentar e nutricional e para que seja assegu- • Promover as medidas necessárias para integrar a
rado o abastecimento de forma oportuna, regular e com programação municipal à adotada pelo Estado.
menor custo.
• Promover o treinamento e a capacitação de recur-
• Prestar cooperação técnica aos municípios na im- sos humanos para operacionalizar, de forma produtiva e
plementação das ações decorrentes da Política Estadual. eficaz, o elenco de atividades específicas na área de ali-
mentação e nutrição.
• Elaborar e apoiar propostas de estudos e pesquisas
estrategicamente importantes para a implementação, a- • Operacionalizar o componente municipal de siste-
valiação ou reorientação das questões relativas à alimen- mas nacionais básicos para a implementação desta Polí-
tação e nutrição. tica, de que são exemplos o de Vigilância Sanitária, o de
Vigilância Epidemiológica e o de Rede de Laboratórios de
• Coordenar e monitorar o componente estadual de Saúde Publica.
sistemas nacionais básicos para a operacionalização
desta Política, de que são exemplos o • Promover mecanismos de consolidação do compo-
nente municipal do Sistema de Vigilância Alimentar e Nu-
de Vigilância Sanitária, o de Vigilância Epidemiológica tricional (o SISVAN).
e o de Rede de Laboratórios de Saúde Publica.
• Estabelecer sistemas de informação e análise como
• Promover mecanismos de consolidação do compo- prática contínua e regular.
nente estadual do Sistema de Vigilância Alimentar e Nu-
tricional – o SISVAN –, inclusive ampliando a sua abran- • Implantar, na rede de serviços, o atendimento da
gência em termos técnicos e geográficos, para fins de clientela portadora de agravos nutricionais clinicamente
mapeamento e monitoramento da fome, da desnutrição e instalados, envolvendo: a assistência alimentar, o contro-
de outros problemas nutricionais. le de doenças intercorrentes e a vigilância dos irmãos e
contatos, garantindo a simultaneidade da execução de
• Organizar e coordenar a rede estadual de laborató- ações específicas de nutrição e de ações convencionais
rios de saúde pública, no tocante a procedimentos relati- de saúde.
vos ao diagnóstico de distúrbios nutricionais e ao controle
da iodatação do sal. • Uniformizar procedimentos relativos à avaliação de
casos, à eleição de beneficiários, ao acompanhamento e
• Promover a capacitação de recursos humanos ne- recuperação de desnutridos, bem como à prevenção e
cessários à consecução da política estadual de alimenta- manejo de doenças que interferem no estado nutricional.
ção e nutrição.
• Identificar e atender situações individuais e coletivas
• Implementar as ações de vigilância sanitária de ali- de risco nutricional.
mentos sob a sua responsabilidade.
• Obter informações representativas do consumo ali-
mentar.
Conhecimentos Específicos 175 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Realizar a vigilância da hipovitaminose A, promo- ção do direito humano neste contexto, dentro de uma visão
vendo, inclusive, a aplicação periódica de megadoses sistêmica e intersetorial.
desta vitamina.
Ao viabilizar essa avaliação, deverão ser incluídos indica-
• Promover a difusão de conhecimentos e recomen- dores que permitam verificar em que medida estão sendo
dações sobre práticas alimentares saudáveis, tais como o consolidados os princípios e diretrizes do SUS, na conformi-
valor nutritivo, propriedades terapêuticas, indicações ou dade do detalhamento feito no Art. 7º, da Lei N.º 8.080/90,
interdições de alimentos ou de suas combinações, mobi- observando-se, por exemplo, se:
lizando, para tanto, diferentes segmentos sociais, como,
por exemplo, a escola. • o potencial dos serviços de saúde e as possibilida-
des de utilização pelo usuário estão sendo devidamente
• Estabelecer infra-estrutura e aplicar normas de con- divulgados junto à população;
trole de alimentos para consumo, assegurando a sua
qualidade e inocuidade. • o estabelecimento de prioridades, a alocação de re-
cursos e a orientação programática estão sendo funda-
• Executar ações de vigilância sanitária de alimentos mentados na epidemiologia;
sob sua responsabilidade.
• os planos, programas, projetos e atividades que o-
• Manter e estreitar as relações entre a vigilância sani- peracionalizam a Política Nacional de Alimentação e Nu-
tária de alimentos, a cargo do SUS, e as ações pertinen- trição estão sendo desenvolvidos de forma descentrali-
tes executadas pelo Ministério e pelas Secretarias Esta- zada, considerando a direção única em cada esfera de
duais e Municipais de Agricultura, com vistas a preservar gestão.
atributos relacionados ao valor nutricional e critérios de
sanidade dos alimentos.
• Associar-se a outros municípios, inclusive na forma O processo de acompanhamento e avaliação desta Políti-
de consórcios, de modo a prover o atendimento de sua ca envolverá, também, a avaliação do cumprimento dos com-
população nas questões referentes à alimentação e nutri- promissos internacionais assumidos pelo País neste contexto.
ção. No conjunto desses compromissos, cabe destacar aqueles
• Participar do financiamento das ações decorrentes de iniciativa das Nações Unidas, representadas por diversas
das Políticas Nacional e Estadual, destinando recursos agências internacionais – tais como a FAO, a OMS, o UNI-
para a prestação de serviços e a aquisição de alimentos CEF, o Alto Comissariado de Direitos Humanos–, os quais
e outros insumos. destinam-se a incorporar, na agenda dos governos, concep-
ções, objetivos, metas e estratégias de alimentação e nutri-
• Definir e adquirir, com o apoio dos demais ges- ção.
tores, os alimentos e insumos estratégicos que de-
vem fazer parte da suplementação alimentar e nutri- Entre as metas prioritárias fixadas para o ano 2.000, seis
cional na rede de serviços, atentando para que esta se referem à área de alimentação e nutrição, indicando a sua
aquisição esteja consoante à realidade alimentar e relevância como campo de ação dos governos e da socieda-
nutricional e para que seja assegurado o abasteci- de. Essas metas são:
mento de forma oportuna, regular e com menor cus- • a redução, para menos de 10%, da incidência do
to. baixo peso ao nascer;
• Investir na infra-estrutura de armazenamento • a diminuição, em 50%, da freqüência de desnutrição
dos alimentos e outros insumos estratégicos, visando moderada e grave em crianças;
assegurar a qualidade dos mesmos.
• a redução, em 1/3, da ocorrência de anemia em
• Promover as negociações intersetoriais que gestantes;
propiciem o acesso universal aos alimentos de boa
qualidade. • o controle dos distúrbios provocados pela deficiência
de iodo;
• Promover o controle social da execução desta
Política, inclusive da aplicação dos recursos financei- • o controle da deficiência de vitamina A como pro-
ros correspondentes, mediante o fortalecimento da blema de saúde pública; e
ação do Conselho Municipal de Saúde respectivo. • o provimento de condições para que todas as mães
5. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO possam amamentar seus filhos de forma exclusiva até o
6º mês de vida, continuando a amamentação, num pro-
A explicitação de diretrizes e prioridades desta Política cesso de transição alimentar, até os dois anos.
Nacional de Alimentação e Nutrição, no âmbito do SUS, evi-
dencia a necessidade da sistematização de um processo 6. TERMINOLOGIA
contínuo de acompanhamento e avaliação de sua implemen- Aleitamento materno - Conjunto de processos (nutricio-
tação. nais, comportamentais e fisiológicos) envolvidos na ingestão,
Esse processo exigirá a definição de critérios, parâmetros, pela criança, do leite produzido pela própria mãe, seja dire-
indicadores e metodologia, voltados, de forma específica e tamente no peito ou por extração artificial.
inovadora, para a avaliação da Política. Grande parte das Alimentação - Processo biológico e cultural que se traduz
informações alimentadoras do processo de acompanhamento na escolha, preparação e consumo de um ou vários alimen-
e avaliação deverá, obviamente, ser produzida no interior dos tos.
vários planos, programas, projetos, ações e ou atividades que Alimentação complementar adequada e oportuna -
operacionalizarão esta Política Nacional. Aquela que se inicia como complemento ao aleitamento ma-
terno, a partir do 4-6 meses de vida com dietas adequadas
Além da avaliação de questões relativas ao impacto de em quantidade e qualidade (nutrientes e calorias).
políticas extra-setoriais sobre alimentação e nutrição e relati- Alimentos complementares ou de transição - Aqueles
vas à alimentação e nutrição propriamente ditas, buscar-se-á que se oferecem à criança em complementação ao leite ma-
verificar a repercussão desta Política na saúde e na melhoria terno, a partir dos 4-6 meses de vida e que são preparados
da qualidade de vida da população e, portanto, da concretiza- de modo a oferecer uma dieta de consistência gradativamen-

Conhecimentos Específicos 176 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
te maior até que ela possa receber a dieta da família, junto Deficiência de ferro - Estado orgânico de carência deste
com o leite materno. Atualmente, está em desuso o termo micronutriente, que ocorre quando o consumo alimentar de
alimentos de desmame para não dar a idéia de que a introdu- ferro biodisponível é baixo, quando as perdas de sangue são
ção de outro alimento na dieta da criança implica a suspen- elevadas, o aumento dos requerimentos por processos infec-
são do leite materno. ciosos e ou febris, ou, ainda, quando ocorrem simultanea-
Alimentos “in natura” - Produtos ofertados e consumi- mente as duas condições, diminuindo o estoque corporal de
dos em seu estado natural, sem sofrer alterações industriais ferro, podendo resultar no aparecimento de anemia.
que modifiquem suas propriedades físico-químicas (textura, Deficiência primária de iodo - É a deficiência de iodo, i-
composição, propriedades organolépticas). As frutas e o leite nicialmente atribuída à baixa ingestão deste micronutriente.
fresco são bons exemplos de alimentos “in natura”. Deficiência de micronutrientes - Estado orgânico de ca-
Amamentação exclusiva - Uso de leite materno, habitu- rência de princípios nutritivos cujas exigências são muito
almente até aos 6 meses de vida, como único alimento da pequenas, medindo-se em miligramas diárias, como a vitami-
criança, não sendo admitidos chás ou água como exceção. na A, o ferro, o iodo e o zinco.
Anemia - Redução dos níveis de hemoglobina no sangue Deficiência energético-protéica - Também chamada
para valores abaixo dos limites estabelecidos como normais, desnutrição energético-protéica, refere-se ao estado nutricio-
de acordo com a idade, sexo e condição fisiológica. nal que ressalta a deficiência de calorias e de proteínas.
Apoio alimentar - Doação pessoal ou institucional de um Ocorre sobretudo em crianças.
ou vários alimentos para pessoas desnutridas ou em risco de Deficit de altura - Atraso do crescimento estatural, quan-
desnutrição. O mesmo que suplementação alimentar ou, em do comparado com os padrões de normalidade por sexo e
alguns países, assistência alimentar. idade.
Assistência alimentar - Ver apoio e suplementação ali- Deficit antropométrico - Atraso nas relações peso / ida-
mentares. de, peso / altura, altura / idade, tomando como referência as
Avaliação antropométrica - Uso de medidas (principal- tabelas de normalidade convencionalmente recomendadas.
mente peso e altura) como critério para avaliar o crescimento Pode referir-se a outros índices de medidas corporais.
físico e, por extensão, o estado nutricional. Deficit peso/idade - A explicação está implícita na termi-
Baixo peso ao nascer - Os casos de crianças nascidas nologia do deficit antropométrico.
vivas com menos de 2.500 gramas. Desmame - Processo que se inicia com a introdução de
Banco de leite humano - Centro especializado, respon- qualquer alimento na dieta da criança que não seja o leite
sável pela promoção do incentivo ao aleitamento materno e materno – incluindo os chás e a água – e que termina com a
execução das atividades de coleta, processamento, estoca- suspensão completa do leite materno.
gem e controle de qualidade do leite humano extraído artifici- Desnutrição - Termo genérico usualmente empregado
almente, para posterior distribuição, sob prescrição de médico para discriminar deficiências nutritivas, referindo-se, princi-
ou nutricionista. palmente`, à desnutrição energético-protéica. Ver as defini-
Bem-estar nutricional - Estado orgânico em que as fun- ções correspondentes a deficits antropométricos, desnutrição
ções de consumo e utilização de energia alimentar e de nutri- energético-protéica, deficiência de micronutrientes, que seri-
entes se fazem de acordo com as necessidades biológicas am casos específicos de desnutrição ou de doenças carenci-
dos indivíduos. ais.
Biodisponibilidade - O grau de aproveitamento de nutri- Desnutrição crônica - Processo carencial de longa dura-
entes específicos contidos nos alimentos, tomando como ção, expresso, ilustrativamente, no deficit de altura.
referência o conteúdo total (100%) do princípio nutritivo con- Diabetes - Processo de intolerância à glicose, que se tra-
siderado. duz, convencionalmente, na elevação do “açúcar” no sangue
Bócio - Aumento significativo da glândula tireóide, que e sua presença eventual na urina.
passa a extrapolar seus limites normais. Dieta - Genericamente, corresponde aos padrões alimen-
Caráter intersetorial - Aspecto que considera a co- tares dos indivíduos. Especificamente, pode representar um
responsabilidade de dois ou mais de dois setores do governo combinação recomendada de alimentos em determinadas
em relação às causas ou às soluções dos problemas de ali- proporções para atender necessidades terapêuticas.
mentação e nutrição. Dislipidemias - Termo que se refere às alterações, quase
Carências nutricionais - Situações em que deficiências sempre por excessos, nos teores de lipídeos ou gorduras do
gerais ou específicas de energia e nutrientes resultam na sangue, como o colesterol e os triglicerídeos.
instalação de processos orgânicos adversos para a saúde. Distúrbios nutricionais – São problemas de saúde de-
Composição dos alimentos - Valor nutritivo dos alimen- correntes da má nutrição, ou seja, situações patológicas de
tos, ou seja, o seu conteúdo em substâncias específicas, etiologia nutricional.
como vitaminas, minerais e outros princípios. Doenças da nutrição - Terminologia para uma grande
Controle de doenças coexistentes - Medidas para pre- variedade de doenças que resultam do baixo consumo, do
venir e curar a ocorrência de doenças que agravam o estado consumo excessivo ou do desequilíbrio prolongado da inges-
nutricional. tão e utilização de princípios nutritivos que devem ser harmo-
Crescimento e desenvolvimento - O primeiro termo re- nicamente combinados. Várias referências anteriores configu-
fere-se ao aumento de medidas corporais, como peso e altu- ram essas situações: bócio, deficiências nutricionais, desnu-
ra. O segundo aplica-se ao aparecimento e aperfeiçoamento trição. Ver também dislipidemias e obesidade.
de funções, como a linguagem, a habilidade motora, as fun- Endemias carenciais - Doenças carenciais, como a a-
ções cognitivas, a maturidade psíquica e outras. nemia ferropriva, a desnutrição energético-proteica e o bócio,
Cretinismo - Retardo mental resultante da ação adversa que ocorrem com uma freqüência regular e praticamente
da deficiência de iodo na maturação do sistema nervoso da constante, e prevalência acima dos limites tolerados como
criança. “normais”.
Critério de sanidade dos alimentos - Princípios e nor- Enriquecimento alimentar - Adição de determinados nu-
mas para assegurar que os alimentos tenham bom valor trientes (vitaminas, sais minerais ou outros) a alimentos com
nutritivo e não apresentem contaminantes físicos, químicos e baixo conteúdo em relação a determinados princípios nutriti-
biológicos prejudiciais à saúde dos consumidores. vos.
Cuidados nutricionais específicos - Ações recomenda- Estresse - Estímulos adversos, com diferentes impactos
das para situações peculiares de riscos nutricionais, como a físicos, psíquicos e nutricionais. Tensão.
anemia, o bócio, a hipovitaminose A e outras condições. Ferro medicamentoso - Compostos orgânicos ou inor-
gânicos de ferro usados para tratamento das anemias.

Conhecimentos Específicos 177 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Garantia da qualidade dos alimentos - Ver segurança Perigo na cadeia alimentar – Agente biológico, químico
alimentar, vigilância sanitária dos alimentos. ou físico, ou propriedade de um alimento, que pode ter efeitos
Grupos biológicos - Ver “vigilância nutricional”, “Vigilân- adversos sobre a saúde.
cia de irmãos e contatos”, “vulnerabilidade”. Designativo de Práticas alimentares saudáveis - Usos, hábitos e cos-
riscos induzidos por fatores biológicos. tumes que definem padrões de consumo alimentar de acordo
com os conhecimentos científicos e técnicas de uma boa
33 alimentação. Ver “orientação alimentar”, “composição dos
Hábitos alimentares saudáveis - Ver práticas alimenta- alimentos” e “bem-estar nutricional”.
res saudáveis, segurança e qualidade dos alimentos. Precursores de vitamina A - Substâncias contidas nos
Hipovitaminose A - Baixa disponibilidade de vitamina A alimentos vegetais (carotenos) que, depois de ingeridos, se
nos depósitos hepáticos e níveis diminuídos no sangue, apre- convertem em vitamina.
sentando ou não sintomas e sinais de deficiência. Produtos dietéticos - Bebidas ou alimentos processados,
Hospital “Amigo da Criança” - Maternidades e hospitais com a particularidade de que se destinam a atender determi-
que cumprem os “Dez passos para o sucesso do aleitamento nadas situações de interesse médico ou nutricional: baixo
materno”, preconizados pela OMS/UNICEF. conteúdo calórico, reduzido teor de gorduras, por exemplo.
Idiotia - Retardo físico, motor e mental ocasionado pela Produtos farmacêuticos - Usa-se o termo, neste docu-
deficiência grave de iodo no período fetal e nos primeiros mento, para discriminar preparações farmacológicas à base
meses de vida. de nutrientes específicos, como vitaminas, ferro, iodo, zinco
Índice de Pobreza Humana (IPH) - Esse índice é com- etc., sob a forma de medicamentos.
posto pelos indicadores relacionados à esperança de vida, à Propriedade terapêutica - Propriedade que tem determi-
desnutrição em menores de cinco anos, à alfabetização, ao nado alimento ou fármaco (ver item anterior) de atuar, curati-
acesso a serviços de saúde e à água potável. vamente, na correção de desvios ou doenças plenamente
Iodo dependente - Diz-se dos distúrbios funcionais ou caracterizadas. No uso em apreço, as doenças da nutrição.
morfológicos (entre os quais o bócio e a idiotia) produzidos Riscos nutricionais - Condições caracterizadas por pro-
pela deficiência de iodo na água, sais e alimentos consumi- babilidade aumentada de que um determinado problema
dos. nutricional possa acontecer ou já esteja ocorrendo.
Mcg/dl - Microgramas por decilitro. Medida utilizada em Rotulagem Nutricional - Componente do rótulo que des-
exames laboratoriais. creve o conteúdo nutricional do produto.
Medidas profiláticas - Medidas tomadas para a preven- Segurança alimentar - Garantia de que as famílias te-
ção de doenças ou de agravos nutricionais. nham acesso físico e econômico regular e permanente a
Medidas terapêuticas - Medidas adotadas para corrigir conjunto básico de alimentos em quantidade e qualidade
situações patológicas clinicamente instaladas. Ações destina- significantes para atender os requerimentos nutricionais.
das à cura de doenças. Segurança alimentar e nutricional - Acrescenta-se, à
Megadoses - Grandes quantidades de um medicamento definição anterior, o conceito de que, além do acesso e con-
ou micronutriente administradas de uma só vez, como é o sumo, o organismo deve dispor de condições fisiológicas
caso da vitamina A. adequadas para o aproveitamento dos alimentos. Ou seja,
Micronutrientes - Nutrientes demandados pelo organis- para uma boa digestão, absorção e metabolismo de nutrien-
mo em quantidades muito pequenas (miligramas ou micro- tes.
gramas) como o iodo, a vitamina A, o zinco e o ferro. Segurança e qualidade dos alimentos - Trata, em Vigi-
Monitoramento do estado nutricional - O mesmo que lância Sanitária, dos atributos referentes à inocuidade dos
Vigilância Nutricional. alimentos e seu valor nutritivo. Ver também práticas alimenta-
Nutrição - Estado fisiológico que resulta do consumo e u- res saudáveis.
tilização biológica de energia e nutrientes em nível celular. Sítios sentinelas - Áreas ou comunidades que podem ser
Obesidade - Aumento exagerado do peso em relação à acompanhadas, mediante a aplicação de um conjunto de
altura. No sinônimo popular, os gordos correspondem aos indicadores do estado nutricional, para expressar, por analo-
obesos. gia, a situação provável em contextos socioeconômicos e
Orientação alimentar - Recomendações para a escolha, sanitários semelhantes.
preparação, conservação doméstica e consumo de alimentos Sobrepeso - Excesso de peso de um indivíduo quando
mediante critérios de consideração de seu valor nutritivo e em comparação com tabelas ou padrões de normalidade. A
indicações específicas, segundo condições fisiológicas (cres- obesidade é um grau bem elevado de sobrepeso.
cimento, gravidez, lactação), patológicas (obesidade, diabe- Suplementação alimentar - Cota adicional de alimentos
tes, doenças carenciais) ou, ainda, por justificativas socioe- destinada a prevenir ou corrigir deficiências nutricionais. Ver
conômicas (relação valor nutritivo x custos). Ver, ainda, práti- apoio alimentar.
cas alimentares saudáveis. Tabela de composição químico-nutricional - São tabe-
Percentil 10 e percentil 3 da relação peso/idade - O las que informam o conteúdo dos alimentos em proteínas,
percentil refere-se à posição de um indivíduo em uma dada gorduras, hidratos de carbono, vitaminas e minerais de inte-
distribuição de referência. Assim, os percentis 10 e 3, como resse da nutrição humana.
utilizados no texto, referem-se aos valores de peso apresen- Tradições alimentares - Usos e costumes alimentares
tados por 10% e 3% das crianças, respectivamente, na distri- que se transmitem de geração a geração, segundo a cultura
buição do padrão antropométrico de referência. Dessa forma, tradicional de determinadas etnias ou grupamentos antropo-
uma criança que se encontra com pesos iguais ou inferiores a logicamente homogêneos.
esses dois limites têm uma possibilidade maior de apresentar Transição alimentar - Refere-se às mudanças lentas ou
uma situação de distúrbio nutricional. Em outras palavras, rápidas que ocorrem no padrão alimentar das crianças, na
pode-se afirmar que o percentil 10 ou o percentil 3 da relação medida em que a amamentação vai sendo substituída por
peso/idade é a linha de separação representada no gráfico de outros produtos, até atingir o padrão alimentar da família. É
crescimento do “Cartão da Criança”, indicando o limite inferior um período crítico em relação aos riscos nutricionais.
de separação entre a normalidade e a possível desnutrição Transição epidemiológica - Mudanças que ocorrem nos
ou retardo de crescimento. A visualização do gráfico esclare- perfis de morbimortalidade de uma população , tendo como
ce bem o princípio e a aplicação da linha “percentil 10” ou substrato principal a transição demográfica de uma pirâmide
“percentil 3”. etária “jovem” para um modelo de população madura ou
envelhecida. O fato epidemiológico mais representativo seria

Conhecimentos Específicos 178 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a passagem do pólo desnutrição / infecção para o pólo obesi- distribuem os dados de um experimento, informando o valor
dade / doenças crônico-degenerativas. (ou faixa de valores) da variável aleatória que ocorre mais
Utilização biológica dos alimentos - Processo que en- tipicamente. Ao todo, são os seguintes três parâmetros:
volve a cadeia digestão / absorção / metabolismo / excreção
ou ressíntese parcial dos alimentos nos organismos vivos. A idéia básica é a de se estabelecer uma descrição dos da-
Pode ser adversamente alterado pela ocorrência de doenças, dos relativos a cada uma das variáveis, dados esses levanta-
compreendendo um, dois ou até todos os elos da cadeia de dos através de uma amostra.
utilização biológica. • Média: É a soma de todos os resultados dividida pelo
Vigilância alimentar e nutricional - Consiste na coleta e número total de casos, podendo ser considerada como um
na análise de informações sobre a situação alimentar e nutri- resumo da distribuição como um todo.
cional de indivíduos e coletividades, com o propósito de fun-
damentar medidas destinadas a prevenir ou corrigir proble- • Moda: É o evento ou categoria de eventos que ocorreu
mas detectados ou potenciais. É um requisito essencial para com maior freqüência, indicando o valor ou categoria mais
justificar, racionalmente, programas de alimentação e nutri- provável.
ção. Ver, ainda: crescimento e desenvolvimento, controle de
• Mediana: É o valor da variável aleatória a partir do qual
doenças, cuidados nutricionais específicos.
metade dos casos se encontra acima dele e metade se en-
Vigilância de irmãos e contatos - Recomendação para
contra abaixo
acompanhar, de forma atenta, dispensando os cuidados
necessários (apoio ou suplementação alimentar, avaliação do Medidas de Dispersão: São medidas da variação de um con-
crescimento, ações básicas de saúde), os irmãos e mães junto de dados em torno da média, ou seja, da maior ou me-
(considerados “contatos”) de crianças desnutridas de 6 a 23 nor variabilidade dos resultados obtidos. Elas permitem se
meses. A desnutrição nessa faixa etária pode ser um indicati- identificar até que ponto os resultados se concentram ou não
vo de que mães e irmãos podem ser desnutridos, constituindo ao redor da tendência central de um conjunto de observa-
grupos de risco nutricional. ções. Incluem a amplitude, o desvio médio, a variância, o
Vigilância nutricional - Parte da vigilância alimentar e desvio padrão, o erro padrão e o coeficiente de variação,
nutricional, tratando, como enfoque principal, o estado de cada um expressando diferentes formas de se quantificar a
nutrição dos grupos biológicos (crianças, gestantes) e sociais tendência que os resultados de um experimento aleatório tem
(baixa renda) mais expostos aos problemas da nutrição. Pode de se concentrarem ou não em determinados valores (quanto
incluir, também, situações opostas (homens e mulheres adul- maior a dispersao, menor a concentração e vice-versa).
tos e velhos com sobrepeso, obesidade e suas conseqüên-
cias). A idéia básica é a de se estabelecer uma descrição dos da-
Vigilância sanitária dos alimentos - Verificação da apli- dos relativos a cada uma das variáveis, dados esses levanta-
cação de normas e condutas objetivando assegurar a neces- dos através de uma amostra.
sária qualidade dos alimentos. Ver “critério de sanidade dos Fonte: http://www.vademecum.com.br/iatros/estdiscritiva.htm
alimentos”.
Vulnerabilidade - Trata de fatores biológicos, ocupacio- DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA
nais ou sociais que aumentam os riscos aos agravos nutricio-
nais. A primeira tarefa do estatístico é a coleta de dados. Torna-
Xeroftalmia - Alterações oculares condicionadas pela de- se então necessário um pequeno planejamento, no qual se irá
ficiência de vitamina A. decidir:

• Quais são os dados a coletar?


ESTATÍSTICA • A coleta de dados será feita utilizando toda a popula-
Estatística Descritiva ção ou recorrendo a amostragem?

Estatística Descritiva é o nome dado ao conjunto de técnicas • Onde serão coletados os dados? Que tipo de fonte se-
analíticas utilizado para resumir o conjunto de todos os dados rá utilizada?
coletados numa dada investigação a relativamente poucos
números e gráficos. Ela envolve basicamente: • Como organizar os dados?
• Distribuição de Freqüência: É o conjunto das freqüências
Vejamos como essas questões são resolvidas numa situ-
relativas observadas para um dado fenômeno estudado, sen-
ação prática:
do a sua representação gráfica o Histograma (diagrama onde
o eixo horizontal representa faixas de valores da variável
Exemplo 1: Um repórter do jornal A Voz da Terra foi des-
aleatória e o eixo vertical representa a freqüência relativa).
tacado para acompanhar a apuração de votos da eleição da
Por uma conseqüência da Lei dos Grandes Números, quanto
diretoria do clube da cidade, à qual concorrem os candidatos
maior o tamanho da amostra, mais a distribuição de freqüên-
A, B, C e D. O objetivo da pesquisa é a publicação da porcen-
cia tende para a distribuição de probabilidade.
tagem de votos obtidos pelos candidatos.
Testes de Aderência: São procedimentos para a identificação
de uma distribuição de probabilidade a partir de um conjunto O repórter já tem explícitas na proposta de trabalho que
de freqüências usando a Lei dos Grandes Números. Essenci- recebeu algumas respostas para seu planejamento:
almente, calcula-se a chance da diferença entre uma distribu-
ição de freqüência observada e aquela que seria de se espe- • os dados a coletar são os votos apurados;
rar a partir de uma determinada distribuição de probabilidade
(geralmente a Curva Normal). Uma distribuição de freqüência • a população envolvida é o conjunto de todos os eleito-
pode ser tida como pertencente a um dado tipo de distribuição res (não será utilizada amostragem, pois os eleitores
se o teste de aderência mostrar uma probabilidade de mais serão consultados, através da votação);
de 5% da diferença entre as duas ser devida ao acaso
• a coleta será direta, no local da apuração.
Medidas da Tendência Central: São indicadores que permi-
tem que se tenha uma primeira idéia, um resumo, de como se

Conhecimentos Específicos 179 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Falta resolver o último item do planejamento: como orga-
nizar os dados? 9
Candidato A = 0,18 = 18%
Os dados obtidos constituem os dados brutos. O repórter 50
poderá recorrer a uma organização numérica simples, regis-
trada através de símbolos de fácil visualização: 11
Candidato B = 0,22 = 22%
50

14
Candidato C = 0,28 = 28%
50

16
Candidato D = 0,32 = 32%
50
Agora, ele poderá fazer o rol desses dados, organizando-
os em ordem crescente (ou decrescente): A freqüência relativa (Fr) ou freqüência porcentual (F%) é
a relação entre a freqüência absoluta e o número total de
Candidatos Votos observações. Sua soma é 1 ou 100%:
D 9
B 11 0.18 + 0,22 + 0,28 + 0,32 = 1,00
A 14
C 16 18% + 22% + 28% + 32% = 100%
Exemplo 2: Dada a tabela abaixo, observe qual a variável
Deste modo, ele terá iniciado o trabalho de tabulação dos e qual a freqüência absoluta e calcule as freqüências relati-
dados. vas.

Apesar de as anotações do repórter trazerem todas as in- DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL — 1971
formações sobre os cinqüenta votos, provavelmente o jornal Faixa de renda Habitações
não irá publicá-los dessa forma. Ë mais provável que seja Até 1 salário mínimo 224 740
publicada uma tabela, com o número de votos de cada candi- De 1 a 3 salários mínimos 363 860
dato e a respectiva porcentagem de votos: De 4 a 8 salários mínimos 155 700
Mais de 8 salários mínimos 47 500
Candidatos Numero % de votos Total 791 800
de Votos Fonte: Brasil em dados. Apud: COUTINHO, M. 1. C. e CU-
D 9 18 NHA,
B 11 22 S. E. Iniciação à Estatística. Belo Horizonte, Lê,
A 14 28 1979, p. 40.
C 16 32
Total 50 100 Solução: A variável é a renda, em salários mínimos por
habitação. As freqüências absolutas são os dados da tabela:
Este é um exemplo de distribuição por freqüência.
em 224 740 moradias a renda é de até 1 salário mínimo;
VARIÁVEIS E FREQÜÊNCIAS em 363 860 é de 1 a 3 salários;
em 155 700 está entre 4 e 8 salários;
No caso que estamos estudando, cada voto apurado pode em 47 800 é maior que 8 salários mínimos.
ser do candidato A, do B, do C ou do D. Como são cinqüenta
os votantes, o número de votos de cada um pode assumir Para obter as freqüências relativas, devemos calcular as
valores de 1 a 50. O número de votos varia. Ë uma variável. porcentagens de cada faixa salarial, em relação ao total de
dados:
O valor que representa um elemento qualquer de um con- 224740
junto chama-se variável. até 1 salário mínimo = 0,28 = 28%
791800
No caso dos votos, a variável assume valores resultantes
de uma contagem de O a 50. Quando se tomam, nesse con- 363860
junto de valores, dois números consecutivos quaisquer, não é de 1 a 3 salários = 0,46 = 46%
791800
possível encontrar entre um e outro nenhum valor que a vari-
ável possa assumir. Por exemplo, entre 20 e 21 não existe
nenhum valor possível para a variável. Estamos, portanto, 155700
de 4 a 8 salários = 0,20 = 20%
diante de uma variável discreta. 791800
Uma tabela associa a cada observação do fenômeno es-
47500
tudado o número de vezes que ele ocorre. Este número cha- mais de 8 salários = 0,06 = 6%
ma-se freqüência. 791800

Na tabela do exemplo dado, a freqüência de votos do Organizando os dados numa tabela:


candidato A é 9, a do candidato B é 11, a do C é 14 e a do D
é 16. Estas freqüências, representadas na segunda coluna, DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL — 1971
são as freqüências absolutas (F). Sua soma é igual a 50 que Faixa de renda F Fr(F%)
é o número total de observações. Na coluna “% de votos”,
obtida a partir do cálculo de porcentagem de votos de cada
candidato, estão representadas as freqüências relativas (Fr).
Conhecimentos Específicos 180 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Até 1 salário mínimo 224 740 28 Exemplo 3: A partir das idades dos alunos de uma escola,
De 1 a 3 salários mínimos 363 860 46 fazer uma distribuição por freqüência, agrupando os dados
De 4 a 8 salários mínimos 155 700 20 em classes.
Mais de 8 salários mínimos 47 500 6
Total 791 800 100 Idades (dados brutos):

Observe que, nesse exemplo, a variável é uma medida: 8 8 7 6 9 9 7 8 10 10 12 15 13 12


quantos salários mínimos por habitação. Podemos encontrar
salários correspondentes a qualquer fração do salário mínimo. 11 11 9 7 8 6 5 10 6 9 8 6 7 11 9
Entre dois valores quaisquer sempre poderá existir um outro
valor da variável. Por exemplo, entre 1 e 2 salários poderá Organizando o rol, temos:
existir a renda de 1 salário e meio (1,5 salário); entre 1,5 e 2
poderá existir 1,7 salário etc. Trata-se então de uma variável 5 6 6 6 6 7 7 7 7 8 8 8 8 8 9 9 9
contínua. Para representá-la na tabela houve necessidade de
organizar as faixas de renda em classes. 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 13 15

Portanto, uma variável que pode teoricamente assumir São 29 observações. As idades variam de 5 a 15 anos; lo-
qualquer valor entre dois valores quaisquer é uma variável go, o limite inferior da primeira classe é 5 e o limite superior
contínua. Caso contrário ela é discreta, como no exemplo 1. da última classe é 15.
Em geral, medições dão origem a variável contínua, e conta-
gens a variável discreta. A diferença entre o Ls da última classe o Li da primeira
classe chama-se amplitude total da distribuição.
AGRUPAMENTO EM CLASSES
A amplitude total é: 15 — 5 = 10
Como vimos no exemplo 2, para representar a variável
contínua “renda” foi necessário organizar os dados em clas- Organizando os dados, por freqüência, temos:
ses. Idade F
5 1
O agrupamento em classes acarreta uma perda de infor- 6 4
mações, uma vez que não é possível a volta aos dados origi- 7 4
nais, a partir da tabela. Quando isso se torna necessário, uma 8 5
maneira de obter resultados aproximados é usar os pontos 9 5
médios das classes. 10 3
11 3
Ponto médio de uma classe é a diferença entre o maior e 12 2
o menor valor que a variável pode assumir nessa classe. 13 1
Esses valores chamam-se, respectivamente, limite superior e 14 -
limite inferior da classe. 15 1

No exemplo que acabamos de estudar, na classe de 4 a 8 Total 29


salários temos:

• limite inferior: 4 salários — Li = 4 Estando os dados organizados nessa disposição, é fácil


agrupá-los em classes.
• limite superior: 8 salários — Ls = 8
Como a amplitude total é 10 e o número de observações é
8+6 pequeno, nossa melhor opção é amplitude h = 2, que nos
• ponto médio: =6 dará cinco classes com amplitudes iguais a 2.
2
h=2 Classes F
Li + Ls 5 7 5
Pm =
2 7 9 9
9 11 8
O ponto médio da classe entre 4 e 8 salários é 6 salários 11 13 5
mínimos. 2
13 15
A diferença entre os limites superior e inferior chama-se Total 29
amplitude da classe:

h = Ls − Li A representação 5 7 significa que 5 pertence à classe


e 7 não pertence; 7 está Incluído na classe seguinte.
Nem sempre a amplitude é um número constante para to-
das as classes. Há casos em que a desigualdade das ampli- Poderíamos também pensar em dez classes com amplitu-
tudes de classe não prejudica, mas favorece a disposição do de h = 1 ou em duas classes com h = 5. Mas com li = 1 os
quadro de freqüência. Ë o que ocorre no exemplo 2, em que dados não seriam agrupados, e a tabela continuaria a mes-
os salários acima de 8 mínimos foram agrupados em uma ma, e com h —= 5 teríamos apenas duas classes, perdendo
única classe, impedindo o aparecimento de freqüências muito muitas informações.
baixas.
h=5 Classes F
5 10 19
10 15 10

Conhecimentos Específicos 181 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
41 46 13
Total 29 46 51 12
51 56 6
Para amplitudes 3, 4, 6 ou 7 não conseguiríamos classes 56 61 3
com amplitudes iguais. Observemos como ficariam os qua- 61 100 16
dros:

Classes F De 1 a 15 anos foram agrupadas três classes, e ainda as-


5 8 9 sim a freqüência é zero. De 61 a 100 anos os casamentos
8 9 13 não costumam ser freqüentes: foram agrupadas oito classes,
11 14 6 sendo registrada a freqüência de 16 casamentos.
14 15 1
Estabelecimento do número de classes e da amplitude
Total 29
Devemos escolher o número de classes, e consequente-
mente a amplitude, de modo que. possamos verificar as ca-
Com h = 3 temos quatro classes, mas a última tem ampli- racterísticas da distribuição. Ë lógico que, se temos um núme-
tude (h = 1) diferente das demais. ro reduzido de observações, não podemos utilizar grandes
amplitudes; e também que, se o número de observações é
Classes F muito grande, as amplitudes não devem ser pequenas.
5 9 14
9 13 14 Para o estabelecimento do número de classes, o matemá-
13 15 1 tico Sturges desenvolveu a seguinte fórmula:

Total 29 n = 1 + 3,3 logN

Com h = 4 ficamos com três classes, sendo a última com N é o número de observações, derivado do desenvolvi-
amplitude (h = 2) diferente das demais. mento do Binômio de Newton. Waugh resumiu as indicações
na seguinte tabela:
Classes F
5 11 22
7 Número de classes a
11 15 Casos observados usar
Total 29 (De acordo com a
regra de Sturges)
1 1
Temos agora duas classes com amplitudes 6 e 4. 2 2
3—5 3
Classes F 6—11 4
5 12 25 12—22 5
12 15 4 23—45 6
46—90 7
91—181 8
Total 29
182—362 9
363—724 10
Ficamos, neste caso, com duas classes com amplitudes 7
725—1448 11
e 3.
1 449—2 896 12
2 897—5 792 13
Podemos notar que, quanto maior a amplitude, menor é o
5 793—11 585 14
número de classes.
11586—23171 15
23 172—46 341 16
É regra geral considerarmos amplitudes iguais para todas
46 342—92 681 17
as classes, mas há casos em que a desigualdade, em vez de
92 682—185 363 18
prejudicar, favorece a disposição dos dados no quadro.
185 364—3 70 727 19
370 726—741 455 20
Quando, por exemplo, estamos estudando determinado
741 456—1 482 910 21
assunto, muitas vezes surgem dados desnecessários; pode-
mos desprezá-los ou então reduzir a tabela, agrupando-os
numa classe.
Nem sempre, porém, temos à mão essa tabela. Devemos,
então, procurar a amplitude total da distribuição. Com este
Exemplo 4: Levantamento, segundo faixas etárias, do nú-
dividendo fixado, consideraremos como divisor um número de
mero de casamentos realizados na cidade X, durante deter-
classes razoável, e o quociente nos indicará qual amplitude
minado ano.
escolher.
Classes F
Exemplo 5: Suponhamos uma distribuição onde o menor
de 1 a 15 anos
valor da variável é 3 e o maior é 80. Temos:
(3 classes) -
15 20 15 Li (primeira classe) = 3
20 26 530 Ls (última classe) = 80
26 31 325
31 36 120 H (amplitude total) = 80 - 3 = 77
36 41 115

Conhecimentos Específicos 182 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Dois números razoáveis de classes seriam 7 ou 11 (diviso- Classes Pm F Fa Fr


res de 77). 150 15 152,5 6 6 15
5
Se desejarmos 11 classes, a amplitude de cada uma será: 155 16 157,5 - 10 16 25
0
80 − 3 160 16 162,5 15 31 38
h = 77 : 11 ou h = ⇒ h=7 5
11
165 17 167,5 5 36 12
h = (Ls -Li) : n 0
170 17 172,5 3 39 8
Onde: h = amplitude de classe 5
Ls — Li = amplitude total 175 18 177,5 1 40 2
n = número de classes 0
Total 40 100
Exemplo 6: Em uma escola, tomou-se a medida da altura
de cada um de quarenta estudantes, obtendo-se os seguintes
dados (em centímetros): Observando a tabela podemos responder a questões co-
mo:
160 152 155 154 161 162 162 161 150 160
163 156 162 161 161 171 160 170 156 164 a) Quantos são os estudantes com estatura inferior a
155 151 158 166 169 170 158 160 168 164 160 cm?
163 167 157 152 178 165 156 155 153 155
b) Que porcentagem de estudantes tem estatura igual
Fazer a distribuição por freqüência. ou superior a 175 cm?
Solução: Podemos organizar o rol de medidas a partir dos
dados brutos, dispondo-os em ordem crescente (ou decres- c) Quantos são os estudantes com estatura maior ou
cente). igual a 160 cm e menor que 175 cm?
150 153 155 156 160 161 162 163 166 170
151 154 155 157 160 161 162 164 167 170 d) Qual a porcentagem de estudantes com estatura a-
152 155 156 158 160 161 162 164 168 171 baixo de 170 cm?
152 155 156 158 160 161 163 165 169 178
Respostas: a)16 b)2% c)23 d)90%
A menor estatura é 150 cm e a maior 178 cm. A amplitude
total é 28 cm. Poderíamos pensar em 4 ou 7 classes. O pri- Finalizando, uma observação: o agrupamento em classes
meiro é um número pequeno para quarenta observações. muito grandes poderá levar a uma perda de pormenores;
Com 7 classes, as duas últimas teriam freqüência 1. Para podemos, então, optar pelo agrupamento em classes meno-
agrupá-las, podemos reduzir o número de classes para 6, e, res e, conseqüentemente, por um maior número delas, desde
para facilitar o cálculo, arredondar 178 cm para 180 cm. As- que isso não prejudique o estudo. Com a possibilidade do uso
sim, a amplitude total a considerar será: de computadores, esta alternativa torna-se bastante viável.

180 — 150 = 30 PRINCIPAIS TIPOS DE GRÁFICOS :

Logo: 1. GRÁFICOS LINEARES OU DE CURVAS


São gráficos em duas dimensões, baseados na repre-
h = 30 : 6 = 5 sentação cartesiana dos pontos no plano. Servem para repre-
sentar séries cronológicas ou de localização (os dados são
Organizando os dados em 6 classes de amplitude 5, tere- observados segundo a localidade de ocorrência), sendo que o
mos: tempo é colocado no eixo das abscissas (x) e os valores ob-
servados no eixo das ordenadas (y).
Classes Alturas (cm) Vendas da Companhia Delta
150 155 150 151 152 153 154 1971 a 1977
155 160 155 155 155 155 156 156 156 157 158
160 165 158 Ano Vendas (Cr$ 1.000,00)
160 160 160 160 161 161 161 161 162
165 170 162 162 1971 230
170 175 163 163 164 164 1972 260
175 180 165 166 167 168 169 1973 380
170 170 171 1974 300
178 1975 350
1976 400
Representando as classes por intervalos fechados à es- 1977 450
querda, não teremos dúvidas quanto a seus limites inferiores Fonte: Departamento de Marketing da Companhia
e superiores.
Podemos agora fazer a tabulação dos dados, registrando
na tabela as classes e seus pontos médios, e as freqüências.
Além da freqüência absoluta (F) e da relativa (Fr), pode-
mos representar a freqüência acumulada (Fa). Acumular
freqüências, na distribuição, significa adicionar a cada fre-
qüência as que lhe são anteriores.
ALTURAS (CM) DE ESTUDANTES DA ESCOLA X

Conhecimentos Específicos 183 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Vendas da Companhia Delta PRODUÇÃO DE ALHO - BRASIL- 1988

500 São Paulo


(Cr$1.000,00)

450
400 400

Estados
380
Vendas

350
300 300 Rio Grande do Sul
200 230 260
100
0 Santa Catarina
1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977
0 5.000 10.00 15.00
Anos
0
toneladas 0

2. GRÁFICO EM COLUNAS OU BARRAS

São representados por retângulos de base comum e altu- 3. GRÁFICO EM COLUNAS OU BARRAS MÚLTIPLAS
ra proporcional à magnitude dos dados. Quando dispostos
em posição vertical, dizemos colunas; quando colocados na Este tipo de gráfico é geralmente empregado quando que-
posição horizontal, são denominados barras. Embora pos- remos representar, simultânea mente, dois ou mais fenô-
sam representar qualquer série estatística, geralmente são menos estudados com o propósito de comparação.
empregados para representar as séries específicas ( os da-
dos são agrupados segundo a modalidade de ocorrência).
BALANÇA COMERCIAL
A) Gráfico em Colunas BRASIL – 1984 - 1988
ESPECIFI- VALOR (US$ 1.000.000)
População Brasileira ( 1940 – 1970) CAÇÃO 1984 1985 1986 1987 1988
27.0 25.6 26.2 22.3 33.789
Ano População 05 39 24 48 14.605
1940 41.236.315 13.9 13.1 14.0 15.0
1950 51.944.398 16 53 44 52
1960 70.119.071 Fonte: Ministério das Economia
1970 93.139.037
Fonte: Anuário Estatístico - 1974 BALANÇA COMERCIAL
BRASIL - 1984-88
População do Brasil
40.000
100000000 30.000
MILHÃO
US$

80000000 20.000
População

10.000
60000000
0
40000000 exportação
1984
1985
1986
1987
1988

20000000
0
ANOS
1940 1950 1960 1970
ANOS
4. GRÁFICO EM SETORES

É a representação gráfica de uma série estatística,


B) Gráfico em Barras em um círculo, por meio de setores circulares. É
empregado sempre que se pretende comparar cada
Produção de Alho – Brasil (1988) valor da série com o total.
O total é representado pelo círculo, que fica dividido em
ESTADOS QUANTIDADES (t) tantos setores quantas são as partes. Para construí-lo,
divide-se o círculo em setores, cujas áreas serão proporcio-
Santa Catarina 13.973
nais aos valores da série. Essa divisão poderá ser obtida por
Minas Gerais 13.389
meio de uma regra de três simples e direta.
Rio Grande do Sul 6.892
Total ___________ 360º
Goiás 6.130
Parte___________ x º
São Paulo 4.179
Fonte: IBGE REBANHOS BRASILEIROS
1988
ESPÉ- QUANTIDADE
CIE (milhões de cabeças)
Bovinos 140
Suínos 32
Ovinos 20
Caprinos 11

Conhecimentos Específicos 184 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Total 203 Junho 418,4
Fonte: IBGE Julho 538,7
Agosto 323,8
Temos: Setembro 39,7
Outubro 66,1
Para Bovinos: Novembro 83,3
203 -------------360º Dezembro 201,2
Fonte: IBGE
140 ------------- x

x = 248,2º x = 248º PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA


MUNICÍPIO DE RECIFE - 1989
Para Suínos:
203 ------------360º

32 ----------- y Janeiro
600
Dezembro Fevereiro
y = 56,7º y = 57º 400
Novembro Março
200
Para Ovinos:
203 -----------360º Outubro 0 Abril

20 ---------- z Setembro Maio


z = 35,4º z = 35º Agosto Junho

Para Caprinos: Julho


203 ----------360º

11 ---------- w 1. traçamos uma circunferência de raio arbitrário (em particu-


w = 19,5º w = 20º lar, damos preferência ao raio de comprimento proporcional à
média dos valores da série; neste caso,
x = 124,5);
REBANHOS BRASILEIROS - 1988 2. construímos uma semi-reta ( de preferência na horizontal)
partindo de O (pólo) e com uma escala (eixo polar);
3. dividimos a circunferência em tantos arcos quantas fo-
5% rem as unidades temporais;
10% Bovinos 4. traçamos, a partir do centro O (pólo), semi-retas passan-
Suínos do pelos pontos de divisão;
16%
Ovinos 5. marcamos os valores correspondentes da variável, inician-
69% do pela semi-reta horizontal (eixo polar);
Caprinos
6. ligamos os pontos encontrados com segmentos de reta;
7. se pretendemos fechar a poligonal obtida, empregamos
uma linha interrompida.

5. GRÁFICO POLAR 6. CARTOGRAMA

É a representação de uma série por meio de um polígono. O cartograma é a representação sobre uma carta
É o gráfico ideal para representar séries temporais cíclicas, geográfica.
isto é, séries temporais que apresentam em seu desenvolvi- Este gráfico é empregado quando o objetivo é o de figurar
mento determinada periodicidade, como, por exemplo, a vari- os dados estatísticos diretamente relacionados com áreas
ação da precipitação pluviométrica ao longo do ano ou da geográficas ou políticas.
temperatura ao longo do dia, a arrecadação da Zona Azul
durante a semana, o consumo de energia elétrica durante o Distinguimos duas aplicações:
mês ou o ano, o número de passageiros de uma linha de
ônibus ao longo da semana, etc. a) Representar dados absolutos (população) – neste ca-
so, lançamos mão, em geral, dos pontos, em número
O gráfico polar faz uso do sistema de coordenadas proporcional aos dados.
polares. b) Representar dados relativos (densidade) – neste ca-
so, lançamos mão, em geral, de Hachuras.
PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA
POPULAÇÃO PROJETADA DA
MUNICÍPIO DE RECIFE – 1989 REGIÃO SUL DO BRASIL – 1990
MESES PRECIPITAÇÃO (mm)
ESTA- POPULAÇÃO ÁR DE
Janeiro 174,8 DO (hab.) 2
EA (km ) NSIDADE
Fevereiro 36,9
Março 83,9 Paraná 9.137.700 199.324 45,8
Abril 462,7 Santa Catarina 4.461.400 95.318 46,8
Maio 418,1 Rio Grande do 9.163.200 280.674 32,6

Conhecimentos Específicos 185 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Sul
Fonte: IBGE GRÁFICOS ANALÍTICOS

Os gráficos analíticos são usados tipicamente na repre-


sentação de distribuições de freqüências simples e acumu-
ladas.

1. HISTOGRAMA

É a representação gráfica de uma distribuição de freqüên-


cias por meio de retângulos justapostos , onde no eixo das
abscissas temos os limites das classes e no eixo das ordena-
das os valores das freqüências absolutas (fi)

2. POLÍGONO DE FREQÜÊNCIAS

É um gráfico de linhas que se obtém unindo-se os pontos


médios dos patamares dos retângulos do HISTOGRAMA .

Classes PM fi fr f% fa fra f%a


30 |--- 40 35 4 0,08 8 4 0,08 8
7. GRÁFICOS PICTÓRICOS
40 |--- 50 45 6 0,12 12 10 0,20 20
50 |--- 60 55 8 0,16 16 18 0,36 36
São gráficos através de figuras que simbolizam fatos esta-
60 |--- 70 65 13 0,26 26 31 0,62 62
tísticos, ao mesmo tempo que indicam as proporcionalidades.
70 |--- 80 75 9 0,18 18 40 0,80 80
Por serem representados por figuras, tornam-se atraentes
80 |--- 90 85 6 0,12 12 46 0,92 92
e sugestivos, por isso, são largamente utilizados em publici-
90 |--- 100 95 4 0,08 8 50 1,00 100
dades.
Σ 50 1,00 10
0
Regras fundamentais para a sua construção:

a) Os símbolos devem explicar-se por si próprios;


b) As quantidades maiores são indicadas por meio de
um número de símbolos, mas não
por um símbolo maior;
c) Os símbolos comparam quantidades aproximadas,
mas detalhes minunciosos;
d) Os gráficos pictóricos só devem ser usados para
comparações, nunca para afirma-
e) ções isoladas.

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE VEÍCULOS


1972 – 1975 (dados fictícios)

A PRODU-
NO ÇÃO
1972 9.974 OBSERVAÇÕES:
1973 19.814
1974 22.117 a) O HISTOGRAMA e o POLÍGONO DE FREQÜÊNCIAS, em
1975 24.786 termos de fi , fr e f% têm exatamente o mesmo aspecto, mu-
dando apenas a escala vertical;

b) Observe que, como o primeiro valor da tabela é bem maior


ANOS que zero, adotamos aproxima-lo do zero através da conven-
ção:
1975


1974 30

3. POLÍGONO DE FREQÜÊNCIAS ACUMULADAS OU O-


1973 GIVA DE GALTON

É a representação gráfica que tem no eixo das abscissas


1972 os limites das classes e no eixo das ordenadas as freqüências
PRODUÇÃO acumuladas (fa ou f%a )
= 5.000 unidades

Conhecimentos Específicos 186 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
NOTA: Para obtermos o valor da mediana de uma série de
valores em dados agrupados usamos uma fórmula, porém, I) Cálculo da média :
através do gráfico de freqüências acumuladas (OGIVA DE
GALTON) podemos obter esse valor. x=
∑ PM . fi =
180
≅ 6,92 x = 6,92
n 26
EXEMPLO: Seja a distribuição:
Classes fi fa II) Cálculo da mediana:
02 |---- 04 3 3
04 |---- 06 5 8 a) posição da mediana : P = n/2 = 26/2
06 |---- 08 10 18
08 |---- 10 6 24 P = 13ª posição obtida na coluna fa que corresponde
10 |---- 12 2 26 à 3ª classe;

Construir a OGIVA DE GALTON e, a partir dos dados, deter-


mine o valor da mediana da série. b) Li = 6 , ‘fa = 8 ,
fi = 10 , h=8–6=2

c) Md = Li + (P - ' fa ) . h = 6 + (13 - 8) . 2 = 6 + 1
fi 10

Md = 7

III) Cálculo da moda pela fórmula de CZUBER:

a) Classe modal = Classe de freqüência máxima = 3ª


classe (6 |--- 8)

b) Li = 6 , ∆1 = 10 – 5 = 5 ,

∆2 = 10 – 6 = 4 , h=8–6=2

∆1
c) Mo = Li + .h =
∆1 + ∆ 2
5
6 + . 2 = 6 + 1,11... ≅ 7,11
Para obtermos a mediana, a partir da OGIVA DE GALTON, 5+4
tomamos em fa = 26 a freqüência percentual que irá corres-
ponder à 100% ou seja, f%a = 100. Mo ≅ 7,11
Como a mediana corresponde ao termo central, localizamos o
valor da fa que corresponde à 50% da f%a, que neste caso, é IV) Cálculo da moda pela fórmula de PEARSON:
fa = 13. A mediana será o valor da variável associada a esse
valor no eixo das abscissas ou seja, Md = 7 M o ≅ 3.Md – 2. x
M o = 3 . 7 – 2 . 6,92 = 21 – 13,84 = 7,16
CÁLCULO DA MODA PELA FÓRMULA DE PEARSON
Mo ≅ 7,16
M o ≅ 3 . Md – 2. x MEDIDAS DE UMA DISTRIBUIÇÃO
Segundo PEARSON, a moda é aproximadamente igual à Há certas medidas que são típicas numa distribuição: as
diferença entre o triplo da mediana e o dobro da média. Esta de tendência central (médias), as separatrizes e as de disper-
fórmula dá uma boa aproximação quando a distribuição a- são.
presenta razoável simetria em relação à média.
MÉDIAS
Exemplo: Seja a distribuição:
Consideremos, em ordem crescente, um rol de notas obti-
Classes PM fi fa PM . fi das por alunos de duas turmas (A e B):
02 |---- 04 3 3 3 9
04 |---- 06 5 5 8 25 Turma A: 2 3 4 4 5 6 7 7 7 7 8
06 |---- 08 7 10 18 70 Turma B: 2 3 4 4 4 5 6 7 7 8 9
08 |---- 10 9 6 24 54
10 |---- 12 11 2 26 22 Observemos para cada turma:
∑ 26 180
• valor que ocupa a posição central:

Classe Modal e Classe Mediana


06 |---- 08

Determine a Moda pela fórmula de CZUBER e pela fórmula


de PEARSON.

Conhecimentos Específicos 187 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A média aritmética (Ma) é a medida de tendência central
mais conhecida. Já sabemos que ela é o quociente da soma
dos valores (∑ x) pela quantidade deles (n).

Exemplo 1: Consideremos os dados abaixo:


18 17 17 16 16 15 15 15 14 14
13 13 13 13 13 12 12 12 11 11

A quantidade de dados é:

n = 20

• O valor que aparece com maior freqüência: A soma dos dados é:

∑ x = 18 + 17 + 17 + 16 + 16 + 15 + 15 + 15 + 14 +
+ 14 + 13 + 13 + 13 + 13 + 13 + 12 + 12 +12 +
+ 11 + 11 = 280

A média aritmética é:
• O quociente da somatória (∑ ) dos dados (x) pela

∑X Ma =
∑ X = 280 ⇒ Ma = 14
quantidade de dados (n): n 20
n
Exemplo 2: Consideremos os mesmos dados do exemplo
Turma A: 1 dispostos em uma distribuição por freqüência:
2+3+4+4+5+6+7+7+7+7+8 60
= = 5,45
11 11 x F
Turma B: 18 1
2+3+4+4+4+5+6+7+7+8+9 59 17 2
= = 5,36 16 2
11 11 15 3
14 2
13 5
Colocando estes três valores lado a lado, temos: 12 3
11 2
Turma Posição Maior freqüência
central ∑X Total 20
n
A 6 7 5,45
B 5 4 5,36 Veja que o número de observações é igual ao da soma
das freqüências: n = F = 20.
Observando os resultados, podemos afirmar que a turma
A teve melhor desempenho que a turma B. Esses três valores ∑ x =18 + 17 + 17 + 16 + 16 + 15 + 15 + 15 +
caracterizam as distribuições. São chamados valores típicos. + 14 + 14 + 13 + 13 + 13 + 13 + 13 + 12 +
Eles tendem a se localizar em um ponto central de um conjun- =12 + 12 + 11 + 11
to de dados ordenados segundo suas grandezas, o que justi-
fica a denominação medidas de tendência central ou médias.
∑ x = 1 .18 + 2.17 + 2.16 + 3.15 + 2.14 +
+5.13 + 3.12 + 2.11
O valor que ocupa a posição central chama-se mediana
(Md): Os fatores que multiplicam os dados são as freqüências
Para a turma A, a mediana é 6: Md = 6. que aparecem na tabela da distribuição. Logo:
Para a turma B, a mediana é 5: Md = 5
Ma =
∑ X = ∑ Fx
O valor que aparece com maior freqüência chama-se mo- n
da (Mo): ∑F
Para a turma A, a moda é 7: Mc = 7.
Para a turma B, a moda é 4: Mc = 4. As relações se eqüivalem:

O quociente da soma dos valores pela quantidade chama- Ma =


∑X e Ma =
∑ Fx
se média aritmética (Ma): n ∑F
Para a turma A, a média aritmética é Ma =5,45 Na prática, quando temos a distribuição por freqüência,
Para a turma B, a média aritmética é Ma =5,36. acrescentamos à tabela uma coluna com os produtos Fx de
cada valor pela sua freqüência:
Portanto, mediana, moda e média aritmética são medidas
de tendência central ou médias da distribuição. x F Fx
18 1 18
Existem outros tipos de média, como a média geométrica 17 2 34
e a harmônica, que não constarão deste capítulo por não 16 2 32
serem muito utilizadas neste nível de ensino. 15 3 45
14 2 28
Média aritmética 13 5 65
12 3 36

Conhecimentos Específicos 188 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
11 2 22 h=5 x (cm) Pm F Pm.F
Total 20 280 150 15 152,5 6 915,0
5
155 16 157,5 9 1417,5
280 0
Ma = ⇒ Ma = 14 160 16 162,5 16 2600,0
20 5
165 17 167,5 5 837,5
Muitas vezes, são associados aos dados certos fatores de 0
ponderação (pesos), que dependem do significado ou da
170 17 172,5 3 517,5
importância que se atribui ao valor. No exemplo acima, a cada
5
dado está associada sua freqüência. Ë comum nas escolas
175 18 177,5 1 177,5
obter-se a média do aluno pela ponderação das notas das
0
provas.
Total ∑F=40 ∑Pm.F=6465,
Exemplo 3: Numa determinada escola, no primeiro semes- 0
tre, o prol’ ‘~sor de Matemática aplicou a seus alunos três
provas: a primeira de álgebra, a segunda de geometria e a
terceira exigindo toda a matéria. Considerou peso 2 para a
última prova e peso 1 para as duas primeiras. Ma =
∑ Pm ⋅ F
∑F
Um aluno obteve as seguintes notas:
primeira prova ____ 8,0 6465
segunda prova ____ 5,0 Ma =
terceira prova ____ 7,0 40

Qual é a média do aluno? Ma = 161,625 cm

Solução:
Este é o cálculo da média aritmética pelo chamado pro-
cesso longo.
(8,0.1) + (5,0.1) + (7,0.2) 27
média é: = = 6,75
1+ 1+ 2 4 Podemos, no entanto, calcular a Ma, sem cálculos demo-
rados, utilizando o processo breve. Para isso, devemos com-
Temos então um exemplo de média aritmética ponderada preender o conceito de desvio (d), que é a diferença entre
(Mp). cada dado e a Ma. O desvio também pode ser chamado de
afastamento.
No exemplo 2, os fatores de ponderação são as freqüên-
cias dos dados. No exemplo 3, são os pesos atribuídos às No exemplo que acabamos de ver, os dados estão agru-
provas. pados em classes; são, portanto, considerados coincidentes
com os pontos médios das classes às quais pertencem. Os
A média ponderada é usada quando já temos os dados desvios são:
dispostos em tabelas de freqüência ou quando a ponderação
dos dados já é determinada. d = α. F, onde α = Pm — Ma.

Cálculo da média aritmética para dados agrupados em Neste exemplo:


classes (α) (α.F)
152,5 — 161,625 = —9,125 —54,75
Quando, numa distribuição por freqüência, os dados estão 157,5 — 161,625 = —4,125 —37,125
agrupados cm classes, são considerados coincidentes com os 162,5 — 161,625 = 0,875 14,0
pontos médios das classes às quais pertencem. Para o cálcu- 167,5 — 161,625 = 5,875 29,375
lo da Ma, usaremos os produtos dos pontos médios pelas 172,5 — 161,625 = 10,875 32,625
freqüências de cada classe (Pm . F). Acrescentamos, então, à 177,5 — 161,625 = 15,875 15,875
tabela dada a coluna Pm . F.
A soma algébrica dos desvios é:
Exemplo 4: Seja a tabela que nos dá a altura (x) dos estu-
dantes de uma classe de primeiro grau: ∑αF= —91,875 + 91,875=0
h=5 x (cm) Pm F Esta propriedade pode ser usada para o cálculo da Ma pe-
150 155 152,5 6 lo processo breve: A soma algébrica dos desvios dos valores
155 160 157,5 9 de uma série em relação à Ma é nula.
160 165 162,5 16
165 170 167,5 5 Podemos, então, calcular a média aritmética sem recorrer
170 175 172,5 3 a cálculos demorados. Primeiro, indicamos o ponto médio de
175 180 177,5 1 uma das classes como uma suposta média aritmética (Ms).
Total 40 Em geral, escolhemos o da classe que apresenta a maior
freqüência, para que o desvio (Ma — Ms) seja o menor possí-
Queremos, a partir da tabela, calcular a média aritmética. vel. Calculamos, a seguir, esse fator de correção (C = Ma —
Ms).
Solução: Completando a tabela, com a coluna Pm . F.
temos: Se C = 0 ⇒ Ma = Ms. Caso contrário, estaremos depen-
dendo de um fator de correção para mais ou para menos.

Conhecimentos Específicos 189 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Se os intervalos de classe têm a mesma amplitude h, to-


dos os desvios Pm — Ms podem ser expressos por c .h, onde
h é a amplitude e c pode ser um número inteiro negativo (se o
Pm considerado está abaixo da Ms) ou um inteiro positivo (se
o Pm está acima da Ms).

Consideremos a tabela do exemplo 4, e calculemos a Ma


pelo processo breve. Vamos escolher o Pm da classe de
maior freqüência como a suposta média:

Ms = 162,5

Os desvios em relação à Ms são:

A linha obtida equilibra o histograma, dividindo-o em duas


152,5- 162,5= -10 = -2.5 = -2. h ⇒ c = -2 partes de áreas iguais.
157,5- 162,5= -5 = -1.5 = -1. h ⇒ c = -1
162,5- 162,5= 0 = 0.5= 0 . h ⇒ c = 0 Todos os histogramas de distribuições normais são mais
167,5- 162,5= 5 = 1.5= 1 . h ⇒ c = 1 ou menos simétricos em relação à Ma. Os dados de maior
freqüência se aproximam da Ma.
172,5- 162,5= 10= 2.5= 2 . h ⇒ c = 2
177,5- 162,5= 15= 3.5= 3 . h ⇒ c = 3
Você deve ter notado que a média aritmética é um valor
que engloba todos os dados. Se houver dados discrepantes,
eles influirão no valor da Ma.
Os valores obtidos para c são: - 2, - 1, 0, 1, 2, 3. Esses
números seriam iguais a α se Ms fosse a média aritmética. Exemplo 5: A média aritmética de : 2, 2, 3, 3, 3, 4, 15 é:
Acrescentando à tabela os valores de c e de c . F:
2 + 2 + 3 + 3 + 3 + 4 + 15 32
= = 4,57
x Pm F c c.F 7 7
150 15 152,5 6 -2 -12
5 Podemos notar aqui que a discrepância entre os dados,
155 16 157,5 9 -1 -9 levou a uma media aritmética maior do que os seis primeiros
0 valores; maior, portanto, do que a maioria deles.
160 16 162,5 16 0 0
5 Mediana
165 17 167,5 5 1 5
0 Mediana é o valor que divide a distribuição ao meio de tal
170 17 172,5 3 2 6 modo que 50% dos dados estejam acima desse valor e os
5 outros 50% abaixo dele.
175 18 177,5 1 3 3
0 Exemplo 6: Sejam as nove observações:
Total ∑F=40 ∑cF=-7

Considerando-se os quarenta dados, o erro verificado é —


7. A soma algébrica dos desvios deveria ser nula se Ms = Ma.
−7
Logo, o fator de correção é C = ou seja, C = — 0,175.
40
Mediana é o número que tem antes e depois de si a mes-
ma quantidade de valores. Quando a quantidade de observa-
Se:
ções é um número par, a mediana é a média aritmética dos
valores centrais.
Ma — Ms = 0 ⇒ Ma — 162,5 = —0,175 ou
Exemplo 7: Sejam as seis observações:
Ma = 162,5 + (—0,175) ∴ Ma = 161,625 10 11 15 17 18 20
Vamos construir o histograma da distribuição e traçar uma Nesse caso, a mediana e:
perpendicular ao eixo das abscissas passando pelo ponto
correspondente à Ma.
15 + 17
= 16 ⇒ Md = 16
2

Você já sabe encontrar a mediana pelo processo gráfico,


pela construção da ogiva porcentual. Agora veremos outro
modo de obtê-la. A mediana é o valor central; sua posição é
definida por:

n +1
P=
2

Conhecimentos Específicos 190 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Nessa expressão n é o número de observações.


25 + 1
No exemplo 6, n = 9; portanto, a posição da mediana é P Calculando a mediana, P = ⇒ P = 13, verificamos
2
9 +1 que ela é o 13.0 termo. Está, portanto, na terceira classe.
=
2
A freqüência acumulada imediatamente superior a 13 é
ou P = 5: a mediana é o quinto termo. 16, que corresponde à terceira classe, em que a freqüência é
10. O 13.º termo está entre os 10 da terceira classe. Logo, a
6 +1 mediana está entre 20 e 25. Os 10 elementos estão na ampli-
No exemplo 7, n = 6 ⇒ P = = 3,5. A mediana está, tude 5 (h = 25 — 20). A diferença (a) entre P e a Fa da
2 classe imediatamente anterior à terceira é
assim, entre o terceiro e o quarto termos.
Em geral, a média aritmética de uma distribuição não co-
13 — 6 = 7 ⇒ a = 7.
incide com a mediana. A mediana é um valor que não sofre
influência dos valores extremos e a média aritmética envolve
Veja o esquema:
todos os dados.

Cálculo da mediana de uma distribuição por freqüên-


cia

Exemplo 8: Consideremos a seguinte distribuição:

Diária (Cz$) Número de operá- Fa


rios À distância entre 20 e a mediana chamaremos x. Na dis-
200,00 5 5 tância x, temos 7 elementos. Na amplitude 5, temos 10 ele-
250,00 8 13 mentos. Podemos armar a proporção:
300,00 4 17
350,00 1 18 x 5
= ⇒ x = 3,5
7 10
Determinar a mediana dessa distribuição, em que temos
Logo:
as diárias dos operários de uma fábrica.
Md = 20 + 3,5
Solução: Procuremos a posição da mediana pela fórmula:
Md = 23,5
n +1
P=
2 Se os dados estão agrupados em classes, podemos verifi-
car a que classe pertence a mediana calculando o valor P =
São 18 operários: n = 5 + 8 + 4 + 1; logo: n +1
. A mediana pertence à classe cuja Fa é imediatamente
2
18 + 1 superior a P.
P= ⇒ P = 9,5
2
Se Fa = P, a mediana é o limite superior da classe com
A mediana está entre o nono e o décimo dado (operários). essa freqüência acumulada.
Observemos que a Fa imediatamente superior a 9,5 é 13, e
corresponde à diária de R$250,00. A mediana está entre os Se P ≠ Fa, calculamos d P — Fa (Fa imediatamente supe-
oito operários que recebem essa diária. A diária mediana é: rior à P).

Md = R$250,00 Armamos então a proporção:

De fato, se colocássemos os operários em fila, por ordem x h


de diária, teríamos: =
d F
5 operários com diárias de R$200,00
8, com diárias de R$250,00 F é a freqüência da classe à qual pertence a mediana;

h é a amplitude da classe;
x é o número que somado ao limite inferior da classe em
questão nos dará a mediana.

d⋅h
Exemplo 9: Consideremos a distribuição: x=
F
h=5 Classe F Fa
10 15 2 2 d⋅h
Md = Li +
15 20 4 6 F
20 25 10 49
25 30 6 22 Essa é a fórmula usada para o cálculo da mediana de uma
30 35 3 25 distribuição por freqüência com dados acumulados em clas-
Total 25 ses.

Conhecimentos Específicos 191 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Pode-se obter a moda de uma distribuição a partir de seu
Exemplo 10: Consideremos a tabela do exemplo 4, deste histograma.
capítulo, e calculemos a mediana.
Exemplo 14: Considerando os dados do exemplo 4, va-
n +1 41 mos encontrar a moda:
Solução: P = ⇒ P= ⇒ P = 20,5
2 2 Solução:
A mediana está entre o 20.º e o 21.º termos. A freqüência
acumulada imediatamente superior a 20,5 é a da terceira
classe. A Md é um valor entre 160 e 165 cm.

A Md está entre os 16 dados:

A Fa está entre 15 e 31: d = 20,5 — 15 ⇒ d = 5,5

A amplitude da classe é h = 5

d⋅h
Md = 160 +
F

5,5 ⋅ 5 Considera-se a abscissa do ponto de intersecção dos


Md = 160 + segmentos CA e BD.
16
Md = 160+1,71 Numa distribuição com dados agrupados, para a qual se
construiu uma curva de freqüência, a moda é o valor (ou os
Md = 161,71 cm valores) que corresponde ao ponto de ordenada máxima
(ponto mais alto da curva).
Vamos construir o histograma da distribuição, localizando
a Ma e a Md:

Exemplo 15: Seja a distribuição do exemplo 4, deste capí-


tulo, que nos dá a altura dos estudantes de uma classe de
primeiro grau. Calculamos Ma = 161,625 cm (no exemplo 4),
Md = 161,71 cm (no exemplo 10) e encontramos a Mo pelo
processo gráfico (exemplo 14). Representemos os três valo-
res no mesmo gráfico:
Moda

A moda de um conjunto de números é o valor que ocorre


com maior freqüência. A moda pode não existir, e se existir
pode não ser única.

Exemplo 11: O conjunto de números 2, 2, 5, 7, 9, 9, 9, 10,


11, 12, 18 tem moda 9.

Exemplo 12: No conjunto 3, 5, 7, 9, 10, li, todos os dados


têm a mesma freqüência. Não existe nenhum valor que apre-
sente maior freqüência do que os outros. Ë um caso em que a
moda não existe.

Exemplo 13: Seja o rol de dados: 3, 3, 4, 4, 4, 5, 6, 7, 7, 7,


8, 9. Os números 4 e 7 apresentam freqüência 3, maior que a
dos demais. Nessa distribuição há, portanto, duas modas: 4 e
7.
As medidas que acabamos de estudar (Ma, Md e Mo) têm
Uma distribuição com duas modas é denominada bimodal.
a tendência de se localizar no centro da distribuição. Em dis-
tribuições em que as curvas são simétricas, as três são coin-
A rigor, a moda não é uma medida empregada para um
cidentes (distribuição normal). Para curvas assimétricas, o
pequeno número de observações. Existem fórmulas para o
matemático Pearson verificou que a distância entre a Ma e a
cálculo da moda, mas, na prática, ela é determinada pelo
Mo é três vezes maior que a distância entre a Ma e a Md:
valor ou pela classe que apresenta maior freqüência. Neste
último caso, ela é chamada classe modal, e seu ponto médio
é a moda bruta, que representa uma aproximação da moda. Ma — Mo = 3 (Ma — Md)

Isolando Mo:

Conhecimentos Específicos 192 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Mo = 3 Md — 2 Ma 168100.2+ 100.3+ 8 100. 2 + 57 600.2 + 36 100


= 50400
10
Essa é a fórmula empírica de Pearson.
Para as meninas:
Exemplo 16: Na distribuição do exemplo anterior, Ma =
161,625 e Md = 161,71. Calcular o valor da Mo.
22500.4 + 2500.4 + 10000 110000
= = 11000
Mo = 3 Md — 2 Ma 10 10

Mo = 3.161,71 — 2.161,625 = 161,88 ⇒ Mo = 161,88 A raiz quadrada da variância é o desvio padrão.

DESVIO PADRÃO Calculemos os desvios padrões de cada uma das distribu-


ições:
O desvio padrão é a medida mais usada na comparação
de diferenças entre grupos, por ser a mais precisa. Ele deter- para os meninos _____ s1 = 50400 = 224,5 g
mina a dispersão dos valores em relação à média.
para as meninas _____ s2 = 11000 = 104,9g
Exemplo 7: Consideremos os pesos de 20 crianças re-
cém-nascidas, numa cidade X: 10 meninos e 10 meninas. Comparando os dois valores, notamos que a variabilidade
no peso dos meninos é maior que no das meninas (s1 > s2).
Meninos Peso (g) Meninas Peso (g)
1 3 750 1 3 000 O desvio padrão é a medida de dispersão mais utilizada
2 3 750 2 3 300 em casos de distribuições simétricas. Lembramos que, grafi-
3 3 350 3 3 200 camente, distribuições desse tipo se aproximam de uma curva
4 3 250 4 3 250 conhecida como curva nórmal ou curva de Gauss:
5 3 250 5 3 100
6 3100 6 3100 O desvio padrão tomado com os sinais - e + ( - s e +s) de-
7 3 150 7 3 300 fine em torno da média aritmética uma amplitude (2s) chama-
8 3 100 8 3 000 da zona de normalidade. Processos matemáticos indicam que
9 3 350 9 3 100 68,26% dos casos se situam nessa amplitude.
10 3 350 10 3 150
Exemplo 8: Considerando os resultados do exemplo 7 a
As médias aritméticas dos pesos são: respeito do peso das meninas: Ma = 3 150 g e s = 104,9 g,
calcular a zona de normalidade.
meninas: 3150g meninos: 3340g
Solução: Devemos encontrar um intervalo de amplitude
Podemos observar que o peso dos meninos é em média 2s, em torno da Ma:
maior que o das meninas.
Ma + s = 3 150 + 104,9 = 3254,9 g
Calculemos os desvios e seus quadrados:
Ma - s = 3 150 - 104,9 = 3005,1 g
2
Meninos Peso d d
1 3 750 410 168 100 Serão consideradas dentro da normalidade todas as me-
2 3 750 410 168 100 ninas com pesos entre 3 005,1 g e 3 254,9 g.
3 3 350 10 100
4 3 250 —90 8 100 Exemplo 9: Consideremos a seguinte tabela:
5 3 250 —90 8 100
6 3 100 —240 57 600 NOTAS DE MATEMÁTICA DE UMA CLASSE X
7 3 150 —190 36 100 Notas Pm F
8 3 100 —240 57 600
9 3 350 10 100 0 2,0 1,0 3
10 3 350 10 100 2,0 4,0 3,0 9
4,0 6,0 5,0 16
2
Meninas Peso d d 6,0 8,0 7,0 8
1 3 000 —150 22 500 8,0 10,0 9,0 4
2 3 300 150 22 500 ∑ F = 40
3 3 200 50 2 500
4 3 250 100 10 000 Calcular:
5 3 100 —50 2500
6 3 100 —50 2 500 a) a média aritmética;
7 3 300 150 22 500 b) o desvio padrão;
8 3 000 —150 22 500 c) a zona de normalidade (e representá-la em um polí-
9 3 100 —50 2 500 gono de freqüência).
10 3 150 0 0
Solução:

A média aritmética dos quadrados dos desvios chama-se a) Para o cálculo da Ma, vamos construir uma tabela que
variância. Calculemos as variâncias das duas distribuições. nos auxilie:

Para os meninos: h = 2 Notas Pm F α α.F

Conhecimentos Específicos 193 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
0 2,0 1,0 3 -2 -6 1. Fornecer um guia geral e regras básicas consideradas
2,0 4,0 3,0 9 -1 -9 mínimas para o funcionamento seguro dos laboratórios
4,0 6,0 5,0 16 0 0 de aulas práticas.
6,0 8,0 7,0 8 1 8
8,0 10,0 9,0 4 2 8 2. Proteger os técnicos, alunos e professores de riscos e
∑F=40 ∑αF=1 acidentes de laboratório.

3. Definir quem é o Líder e o pessoal técnico (atribuições).


Ma = Pm + h.
∑α ⋅F
4. Definir as responsabilidades do Líder e do pessoal técni-
∑F co para o funcionamento seguro dos laboratórios de au-
1 las práticas.
Ma = 5,0 + 2 .
40
5. Fornecer um padrão de boas práticas de segurança dos
laboratórios.
Ma = 5,0 + 0,050
II. RESPONSABILIDADES DO LÍDER DOS LABORATÓ-
Ma = 5,05
RIOS DA ÁREA DE SAÚDE
b) Para o cálculo do desvio padrão, vamos calcular os
1. Supervisionar os laboratórios da área da Saúde.
desvios (d = Pm — Ma) e acrescentar à tabela dada
2 2
as colunas d, d , d F:
2. Assegurar que os regulamentos e normas dos laborató-
2 2 rios da área da Saúde estejam sendo cumpridos.
h = 2 notas Pm F d d dF Ma =
5,05
3. Coordenar e organizar os calendários das aulas práticas
01 2,0 1.0 3 - 16,40 49,2 semestrais de cada laboratório, assegurando que haja
2,01 4,0 3,0 9 4,05 4,20 0 um atendimento eficiente aos professores e alunos.
4.01 6.0 5,0 16 - 0,0025 37,8
6,01 8,0 7,0 8 2,05 3,80 0 4. Autorizar o uso do laboratório tanto no caso das ativida-
8,0 9.0 4 - 15,60 0,04 des de estudo e ensino como no caso de utilização para
10,0 0,05 30,4 outros fins (pesquisas próprias, desenvolvimento de es-
1,95 0 tudos não relacionados com as aulas práticas, etc.).
3,95 62,4
0 5. Supervisionar os horários de trabalho dos funcionários
2
∑F=40 ∑d F= 179,84 dos laboratórios.

6. Cuidar da estrutura geral dos laboratórios: funcionários,


2 equipamentos, materiais, reagentes, almoxarifado e ins-
s=
∑d F talações. Assegurar o funcionamento de cada um desses
∑F itens.

179,84 7. Solicitar, junto à diretoria de campus, a aprovação da


s= compra de aparelhos, materiais e reagentes necessários
40
ao andamento das aulas práticas.
s = 4,50
8. Aprovar a utilização e ou retirada de equipamentos e
s = 2,12 materiais de qualquer tipo dos laboratórios das áreas da
Saúde ou eventos do setor, informando ao departamento
c) Cálculo da zona de normalidade: de patrimônio e segurança o destino e data de retorno
dos equipamentos e materiais.
Ma - s = 5,05 - 2,12 ⇒ Ma - s = 2,93
9. Supervisionar o almoxarifado.
Ma + s = 5,05 + 2,12 ⇒ Ma + s = 7,17
10. Supervisionar o biotério. Cuidar de toda a infra-estrutura,
instalações, funcionários.
A zona de normalidade inclui, portanto, notas de 2,93 a
7,17.
11. Assegurar que o biotério atenda as exigências das disci-
plinas que utilizam animais em suas aulas práticas.
BIBLIOGRAFIA
Estatística Fácil –Editora Ática
12. Responder pela segurança e bom funcionamento dos
Introdução à Estatística – Editora Saraiva
laboratórios.
Introdução à Estatística – Editora Ática
13. Realizar inspeções de manutenção regular tanto das
MANUAL DE SEGURANÇA E BOAS PRÁTICAS DE instalações quanto dos equipamentos de segurança dos
LABORATÓRIO (BPL) laboratórios e fazer relatórios dessas inspeções, sendo
arquivados para posterior verificação.
Universidade Anhembi
14. Treinamento do pessoal técnico do laboratório principal-
I. OBJETIVOS DO MANUAL DE SEGURANÇA E BOAS mente no que diz respeito a novos funcionários.
PRÁTICAS DE LABORATÓRIO

Conhecimentos Específicos 194 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
15. Providenciar um treinamento apropriado de segurança 4. Conhecer a localização e o uso correto dos equipa-
aos novos funcionários que forem admitidos para traba- mentos de segurança disponíveis.
lhar nos laboratórios.
5. Determinar causas de risco potenciais e as precau-
16. Assegurar-se que todo o pessoal técnico tenha recebido ções de segurança apropriadas antes de começar a
o treinamento em segurança de laboratório. utilizar novos equipamentos ou implantar novas téc-
nicas no laboratório e confirmar se existem condi-
17. Assegurar-se de que o pessoal técnico esteja familiariza- ções e equipamentos de segurança suficientes para
do com as regras de segurança e de que todos as cum- implantação do novo procedimento.
pram.
6. Evitar perturbar ou distrair quem esteja realizando
18. Oferecer treinamento aos funcionários do laboratório em algum trabalho no laboratório.
técnicas especiais ou ações a serem tomadas em aciden-
tes incomuns que possam ocorrer no caso de se utiliza- 7. Verificar que tanto alunos quanto visitantes estejam
rem no laboratório técnicas não rotineiras. O registro equipados com os equipamentos de segurança a-
desses treinamentos deve ser guardado em arquivo. propriados.

19. Preencher, em conjunto com o funcionário, um formulário 8. Assegurar-se que todos os agentes que ofereçam
de comunicação da situação de risco e das providências. algum risco estejam rotulados e estocados correta-
mente.
20. Manter sempre disponível o equipamento de emergência
adequado em perfeito funcionamento (por exemplo, lava- 9. Consultar os dados de segurança existentes antes
olhos, chuveiro de segurança e extintores de incêndio). de utilizar reagentes químicos com os quais não es-
teja familiarizado e seguir os procedimentos apropri-
21. Treinamento do pessoal técnico na utilização dos equi- ados ao manusear ou manipular agentes perigosos.
pamentos específicos de emergência e do que fazer em
casos de acidentes. 10. Seguir os procedimentos de descarte adequados pa-
ra cada reagente ou material de laboratório.
22. Fazer os relatórios de investigação de causas para qual-
quer acidente ou incidente que venha a ocorrer nos labo- 11. Nunca pipetar ou sugar diretamente com a boca ma-
ratórios pelos quais seja responsável. Exemplos incluem: teriais biológicos, perigosos, cáusticos, tóxicos, ra-
acidentes necessitando de primeiros socorros, derrama- dioativos ou cancerígenos.
mento de líquidos, incêndios, explosões e equipamentos
ou reagentes desaparecidos.
VI. SAÚDE E HIGIENE
23. Comunicar sempre que esteja ausente para que o coor-
denador possa assumir suas funções. As Boas Práticas de Laboratório exigem que se respeitem as
seguintes diretrizes básicas ao utilizar os laboratórios da área
IV. RESPONSABILIDADES DO PESSOAL TÉCNICO DO da Saúde:
LABORATÓRIO
1. Utilizar proteção apropriada para os olhos quando
1. Seguir todas as normas e práticas de segurança a- necessário.
plicáveis como apresentadas neste manual, pelo Lí-
der. 2. Usar outros equipamentos de proteção conforme for
necessário.
2. Utilizar o equipamento pessoal de proteção de acor-
do com as instruções. 3. Não usar cabelo solto, quando for longo.

3. Relatar todos os acidentes ou incidentes ocorridos 4. Jamais pipetar com a boca solventes ou reagentes
no laboratório ao encarregado. voláteis, tóxicos ou que apresentem qualquer risco
para a segurança. Usar sempre um pipetador.
4. Relatar todas as condições de falta de segurança ao
Líder de laboratório. 5. Evitar a exposição a gases, vapores e aerossóis. Uti-
lizar sempre uma capela ou fluxo para manusear es-
5. Cumprir todos os programas recomendados e exigi- tes materiais.
dos pela legislação de saúde ocupacional.
6. Lavar as mãos ao final dos procedimentos de labora-
V. PRINCÍPIOS GERAIS tório e remover todo o equipamento de proteção in-
cluindo luvas e aventais.
As Boas Práticas de Laboratório exigem que cada Líder, téc-
nico de laboratório, professor, aluno ou visitante observem o 7. Nunca consumir alimentos e bebidas no laboratório.
seguinte ao utilizar as dependências dos mesmos: A separação de alimentos e bebidas dos locais con-
tendo materiais tóxicos, de risco ou potencialmente
1. Não consumir alimentos e bebidas no laboratório. contaminados pode minimizar os riscos de ingestão
acidental desses materiais. Consumir alimentos e
2. Usar os equipamentos do laboratório apenas para bebidas apenas nas áreas designadas para esta fi-
seu propósito designado. nalidade.

3. Assegurar-se que o líder de laboratório esteja infor- 8. Não guardar alimentos e utensílios utilizados para a
mado de qualquer condição de falta de segurança. alimentação nos laboratórios onde se manuseiam
materiais tóxicos e perigosos.

Conhecimentos Específicos 195 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
9. Não utilizar os fornos de micro-ondas ou as estufas rante o dia, quando não houver nenhum técnico ou
dos laboratórios para aquecer alimentos. professor responsável no seu interior.

10. A colocação ou retirada de lentes de contato, a apli- 4. Não é permitido que pessoas não autorizadas manu-
cação de cosméticos ou escovar os dentes no labo- seiem os reagentes químicos ou equipamentos exis-
ratório pode transferir material de risco para os olhos tentes no laboratório.
ou boca. Estes procedimentos devem ser realizados
fora do laboratório com as mãos limpas. 5. As pessoas que precisem utilizar os laboratórios fora
do horário das aulas, não pertencentes ao pessoal
11. Aventais e luvas utilizados no laboratório que pos- técnico, somente poderão fazê-lo mediante autoriza-
sam estar contaminados com materiais tóxicos ou ção do líder.
patogênicos não devem ser utilizados nas áreas de
café, salas de aula ou salas de reuniões. 6. As pessoas assim autorizadas deverão ser informa-
das a respeito do regulamento do laboratório, usar
12. Antes de sair do laboratório, lavar sempre as mãos os mesmos tipos de proteção utilizados pelas pesso-
para minimizar os riscos de contaminações pessoais as que trabalham no laboratório e estarem cientes
e em outras áreas. dos riscos existentes no laboratório.

13. No laboratório sempre devem existir locais para a la-


vagem das mãos com sabonete ou detergente apro-
priado e toalhas de papel descartáveis.
7.3 MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES

1. As áreas de trabalho devem estar limpas e livres de


VII. SEGURANÇA BÁSICA obstruções.

É expressamente proibido fumar dentro do laboratório. A 2. Não se devem usar escadas e saguões para estoca-
proximidade com materiais tóxicos, biológicos e inflamáveis gem de materiais ou equipamentos de laboratório. Is-
faz com que ao fumar se corra o risco de ingestão acidental to se aplica também a equipamentos de uso pessoal
de reagentes ou de incêndio. (por exemplo, bicicletas, rádios, etc.).

7.1 PROCEDIMENTOS NÃO SUPERVISIONADOS 3. As áreas de circulação e passagem dos laboratórios


devem ser mantidas limpas.
1. Os procedimentos de laboratório não supervisiona-
dos por um técnico devem ser mantidos em um nú- 4. Os acessos aos equipamentos e saídas de emer-
mero mínimo. Somente serão permitidos quando fo- gência nunca devem estar bloqueados.
rem indispensáveis e não houver possibilidade de
serem realizados durante o horário de permanência 5. Os equipamentos e os reagentes químicos devem
do técnico no laboratório, após autorização pelo líder ser estocados de forma apropriada.
dos laboratórios ou coordenador do curso.
6. Reagentes derramados devem ser limpos imediata-
2. Estes procedimentos, quando autorizados, deverão mente de maneira segura.
ser acompanhados por um responsável, que deixará
seu nome e telefone de contato com a segurança e 7. Os materiais descartados devem ser colocados nos
com o líder do laboratório. locais adequados e etiquetados.

3. O responsável deverá indicar a data e horário em 8. Materiais usados ou não etiquetados não devem ser
que o procedimento será iniciado e quando espera acumulados no interior do laboratório e devem ser
completá-lo. descartados imediatamente após sua identificação,
seguindo os métodos adequados para descarte de
4. Procedimentos não supervisionados utilizando água material de laboratório.
de resfriamento devem ter as conexões de manguei-
ras seguramente adaptadas e o fluxo de água adap-
tado ao mínimo necessário. O responsável deve as- 7.4 MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE LABORA-
segurar-se que os locais de escoamento da água e- TÓRIO
liminada estejam livres antes de deixar o local.
1. Os equipamentos de laboratório devem ser inspecio-
7.2 PERMANÊNCIA NO LABORATÓRIO nados e mantidos em condições por pessoas qualificadas
para este trabalho. A frequência de inspeção depende do
1. Por razões de segurança, deve-se evitar trabalhar risco que o equipamento possui, das instruções do fabri-
sozinho no laboratório. Procurar sempre trabalhar cante ou quando necessário pela utilização. Os registros
próximo de alguém que possa ouvir se houver qual- contendo inspeções, manutenções e revisões dos equi-
quer problema. Alunos ou pessoas da administração pamentos, devem ser guardados e arquivados pelo líder
nunca devem permanecer sozinhos no laboratório do laboratório.

2. Ao trabalhar com materiais ou técnicas de risco, o lí- 2. Todos os equipamentos devem ser guardados ade-
der tem o direito de exigir que outra pessoa esteja quadamente para prevenir quebras ou perda de compo-
presente. nentes do mesmo.

3. Quando o laboratório estiver vazio deve permanecer 3. Quando possível, os equipamentos devem possuir
trancado. Isto se aplica não somente ao período no- filtros de linha que evitem sobrecarga, devido à queda de
turno, quando não há mais aulas, mas também du- energia elétrica e posterior restabelecimento da mesma.

Conhecimentos Específicos 196 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
da se uma atmosfera inflamável pode ser gerada,
por exemplo, ao pipetar solventes inflamáveis.
7.5 USO DE MÁSCARAS
7.8 MATERIAL CRIOGÊNICO E TRAPS DE RESFRIAMEN-
1. Devem-se utilizar máscaras apropriadas sempre que TO
uma operação envolva reagentes químicos com po-
tencial de explosão ou que podem espirrar no rosto. 1. Utilizar luvas e máscaras apropriadas ao preparar ou
Alguns exemplos incluem: manusear traps de resfriamento abaixo de - 70 °C ou
a) Quando uma reação é realizada pela primeira vez. líquidos criogênicos (por exemplo, nitrogênio líquido).
b) Quando uma reação realizada no laboratório é exe-
cutada em uma escala maior do que a normal. 2. Nunca use nitrogênio líquido ou ar líquido pra resfri-
c) Sempre que uma operação for realizada fora das amento de materiais inflamáveis ou combustíveis em
condições ambientes. mistura com o ar. O oxigênio da atmosfera pode
d) Sempre que existir a possibilidade de ocorrer um condensar e provocar risco de explosão.
borrifo ocorrer ao manusear materiais corrosivos.
3. Utilize sempre um frasco de Dewar específico para
7.6 MANUSEIO DA VIDRARIA DE LABORATÓRIO líquidos criogênicos e não um frasco normal para vá-
cuo.
1. Vidraria danificada deve sempre ser consertada ou des-
cartada. 4. Use luvas apropriadas ao manusear materiais crio-
gênicos (por exemplo, gelo seco).
2. Ao trabalhar com tubos ou conexões de vidro, deve-se
utilizar uma proteção adequada para as mãos. 5. Sistemas de resfriamento contendo gelo se-
co/solvente devem ser preparados com cuidado, pe-
3. Utilizar proteção adequada nas mãos ao manusear vidros la adição lenta de pequenas quantidades de gelo se-
quebrados. co ao solvente, evitando que ao borbulhar o solvente
derrame.
4. Familiarizar-se com as instruções apropriadas ao utilizar
vidraria para fins específicos. 6. Nunca coloque sua cabeça no interior de um recipi-
ente contendo gelo seco uma vez que um alto nível
5. Descartar vidraria quebrada em recipientes plásticos ou de CO2 pode se acumular provocando risco de asfi-
de metal etiquetados e que não sejam utilizados para co- xia.
leta de outros tipos de materiais de descarte.

6. Descartar a vidraria contaminada como recomendado. 7.9 APARELHOS E EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS


Por exemplo, quando utilizada em microbiologia, a vidra-
ria quebrada deve ser esterilizada em autoclave antes de 1. Todos os equipamentos elétricos devem ter certifica-
ser dispensada para coleta em recipiente apropriado. Ma- do de qualidade ao serem adquiridos ou serem apro-
teriais cirúrgicos usados (agulhas, seringas, lâminas, gile- vados quando de sua aquisição.
tes, etc) devem ser descartados em caixa de descarte
para materiais perfuro cortantes com símbolo indicando 2. Não se devem utilizar extensões para ligar aparelhos
material infectante e perigo. Lâmpadas fluorescentes e a instalações permanentes.
resíduos químicos não devem ser jogados nos coletores
de lixo tradicionais, devem ser descartados em recipien- 3. Utilizar interruptores com circuito de fio terra quando
tes diferentes e identificados com etiquetas. existir o risco de que o operador esteja em contato
com água e com equipamento elétrico simultanea-
7.7 MATERIAIS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS mente.

1. Deve-se utilizar a chama do bico de Bunsen apenas 4. Somente pessoal qualificado e treinado está autori-
o tempo necessário e ao terminar o trabalho, extin- zado a consertar ou modificar equipamentos elétri-
gui-la o mais rápido possível. cos ou eletrônicos.

2. Não utilizar a chama do bico de Bunsen para aque-


cer próxima de materiais combustíveis ou inflamá- 7.10 TREINAMENTO
veis. Não se recomenda proceder a uma destilação a
pressão reduzida utilizando uma chama devido à O líder de laboratório deve providenciar treinamento específi-
possibilidade de superaquecimento local. co para a localização dos equipamentos de emergência e sua
utilização, para o manuseio e descarte de reagentes de risco
3. Remover todos os materiais combustíveis e inflamá- específicos e para a operação segura de equipamentos espe-
veis da área de trabalho antes de acender qualquer cializados.
chama.

4. Avisar todos no laboratório quando estiver realizando VIII. REAGENTES QUÍMICOS


qualquer procedimento que utilize líquidos ou gases
combustíveis ou inflamáveis. 8.1 ESTOQUE, TRANSPORTE E DESCARTE DE MATERI-
AIS QUÍMICOS
5. Guardar todos os materiais combustíveis e inflamá-
veis apropriadamente. 1. Todos os reagentes químicos, soluções, solventes e
sais utilizados no laboratório devem ser etiquetados
6. Ao trabalhar com chama, evitar fazê-lo próximo a apropriadamente e guardados de acordo com sua
solventes e a equipamentos que possam gerar faís- compatibilidade.
cas. Trabalhar sempre com uma ventilação adequa-

Conhecimentos Específicos 197 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2. Todos os frascos contendo soluções ou reagentes 8.3 CAPELAS
devem ser rotulados com o nome do produto, a data
de aquisição ou preparação, validade e responsável As capelas dos laboratórios servem para conter e trabalhar
pela solução. Quando necessário adicionar informa- com reações que utilizem ou produzam vapores tóxicos, irri-
ções sobre o risco, perigo e condições de segurança tantes ou inflamáveis, mantendo o laboratório livre de tais
em seu manuseio. componentes. Com a janela corrediça abaixada, a capela
fornece uma barreira física entre o técnico de laboratório e a
3. As prateleiras para estoque devem ser apropriadas reação química. Todos os procedimentos envolvendo a libe-
para conter os frascos de reagentes e serem feitas ração de materiais voláteis, tóxicos ou inflamáveis devem ser
de material resistente aos produtos químicos a se- realizados em uma capela para eliminar os riscos.
rem guardados. Bandejas de plástico resistentes po-
dem ser utilizadas para estocar reagentes que pos- Nota:
suam propriedades químicas especiais. As capelas não são uma proteção contra explosões.
Quando existe risco de explosão, outras medidas adicionais
4. É aconselhável que as prateleiras possuam uma devem ser tomadas para proteção individual. Os equipamen-
borda ou algo equivalente que evite que os frascos tos utilizados em capelas devem ser aparelhados com con-
possam escorregar e cair das prateleiras. densadores, traps ou sugadores para conter e coletar na
medida do possível os solventes de descarte e os vapores
5. Reagentes perigosos em frascos quebráveis como: tóxicos. A capela não é um meio de descarte de reagentes
materiais altamente tóxicos (cianetos, neurotoxinas), químicos.
inflamáveis (dietil-éter, acetona), líquidos corrosivos
(ácidos) ou materiais sensíveis a impactos (perclora- 1. As capelas devem ser verificadas antes de cada uti-
tos) devem ser estocados de tal maneira que o risco lização (no mínimo uma vez por mês) para assegu-
de quebra seja minimizado. É aconselhável que rea- rar-se que a exaustão esta funcionando apropriada-
gentes químicos em frascos de vidro ou pesando mente. Antes da utilização, assegurar-se que o fluxo
mais de 500g não sejam estocados a mais de 2 me- de ar esteja adequado.
tros do chão.
2. Exceto quando a capela estiver em reparos ou
6. Devem-se comprar apenas quantidades limitadas de quando estiver sendo utilizada para manipulações
reagentes químicos, somente para uso imediato. em seu interior, a janela corrediça deve permanecer
Não é aconselhável guardar reagentes químicos por fechada. Na eventualidade de estar aberta, a janela
períodos de tempo muitos longos por risco de perder deve ficar elevada entre 30 a 45 cm.
suas propriedades físico-químicas.
3. Os aparelhos, equipamentos e reagentes devem ser
7. Deve-se manter um controle de estoque de almoxari- colocados pelo menos a 15 cm de distância da jane-
fado. As condições dos materiais estocados devem la da capela. Este procedimento reduz a turbulência
ser verificadas anualmente. Materiais que não este- durante o manuseio e evita a perda de contaminan-
jam mais sendo utilizados devem ser descartados o tes para o laboratório.
mais rápido possível.
4. As capelas não devem ser utilizadas como local de
8. Não estocar reagentes químicos diretamente sob a estoque de reagentes. Isto pode interferir com o fluxo
luz solar ou próximo a fontes de calor. de ar em seu interior e, além disso, provocar riscos
adicionais às reações e processos efetuados no inte-
9. Não se devem estocar reagentes inflamáveis na ge- rior da capela que podem provocar reação sem con-
ladeira. Quando necessário deve ser feito por perío- trole. Os frascos com reagentes químicos e frascos
dos muito curtos. Os refrigeradores domésticos con- para descarte de solventes devem estar presentes
tem fontes de ignição como a luz de abertura de por- no interior da capela somente enquanto estiverem
ta e o termostato. Quando necessário, devem-se uti- em uso. Devem posteriormente ser estocados em
lizar refrigeradores especialmente fabricados ou mo- lugares apropriados.
dificados para excluir as fontes de ignição do interior
da cabine refrigerada onde os solventes serão guar- 5. As capelas devem ser deixadas em funcionamento
dados. continuamente durante o manuseio em seu interior.

10. Solventes inflamáveis e bases e ácidos altamente 6. O uso da capela é altamente recomendado ao utili-
corrosivos devem ser transportados em frascos a- zar os seguintes materiais:
propriados. - materiais e combustíveis inflamáveis.
- materiais oxidantes
- materiais com efeitos tóxicos sérios e imediatos
8.2 SOLVENTES INFLAMÁVEIS - materiais com outros efeitos tóxicos.
- materiais corrosivos.
1. O descarte de solventes inflamáveis ou combustíveis - materiais que reagem perigosamente
em recipientes maiores que 4 l é restrito e somente
deve ser utilizado em caso onde existam facilidades 7. As capelas devem ser avaliadas anualmente para
para sua retirada sob esta forma. O descarte de lí- verificação da exaustão.
quidos combustíveis ou inflamáveis deve ser realiza-
do em uma capela com a exaustão em funcionamen-
to. IX. EQUIPAMENTO PESSOAL DE PROTEÇÃO – GERAL

2. A quantidade máxima de solvente com ponto de ebu- 1. No laboratório deve-se usar equipamento de prote-
lição menor que 37.8°C que pode ser estocada no ção pessoal apropriado aos riscos existentes.
laboratório é de 10 l.

Conhecimentos Específicos 198 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2. O pessoal de laboratório deve consultar o supervisor qual o funcionário esteja exposto. Pode surgir risco
com relação ao equipamento de proteção específico ao se derramar ou borrifar alguns reagentes sem uti-
para cada laboratório. lização de roupas adequadas (por exemplo, pelo uso
de bermudas, mini-saias, sandálias, chinelos, etc.). A
3. O equipamento de proteção individual não deve ser proteção mínima que um funcionário de laboratório
considerado o principal meio de proteção dos funcio- deve ter consiste em usar calças compridas, camisa
nários dos laboratórios. Os procedimentos de traba- ou camiseta, meias e sapatos fechados. Sempre
lho e equipamentos, como capelas, chuveiros, etc. consultar o supervisor do laboratório para conhecer
devem ser considerados também. os requisitos específicos de cada laboratório.

4. O equipamento de proteção individual deve ser utili- 2. Muitos procedimentos exigem proteção adicional do
zado por todo o pessoal existente no laboratório e corpo. Nestas situações devem-se usar luvas e a-
não apenas pelos que estiverem trabalhando no ventais.
momento, uma vez que no laboratório, os riscos de
acidente estão presentes, mesmo que não se esteja 3. Quando se utilizam aventais no laboratório devem-se
trabalhando ativamente. Devem-se vestir roupas a- seguir as seguintes normas para sua utilização:
propriadas durante todo o tempo. a) Retirar e pendurar o avental antes de sair do labora-
tório
5. Equipamentos de proteção pessoais (como por e- b) Lavar o avental separadamente de outras roupas
xemplo, aventais e luvas) não devem ser utilizados c) No laboratório, o avental deve ser fechado com to-
em áreas públicas se tiverem sido utilizados em á- dos os botões quando estiver sendo usado
reas contaminadas. Da mesma forma, os aventais u-
tilizados nas áreas esterilizadas (por exemplo, Bioté- 4. Aventais de borracha devem ser utilizados ao manu-
rio), não devem ser utilizados nas áreas públicas ou sear materiais ou reagentes altamente corrosivos.
contaminadas. Nestes casos, os equipamentos de-
vem ser guardados em lugares apropriados nos se- 9.4 Proteção respiratória
tores de utilização.
Em circunstâncias normais, aparelhos respiratórios não são
9.1 Luvas necessários para as situações existentes nos laboratórios. A
utilização de capelas geralmente elimina os problemas de
1. Existem muitos tipos diferentes de luvas de proteção riscos respiratórios.
disponíveis e devem ser escolhidas aquelas que dão
a melhor proteção em cada rotina de trabalho espe- X. EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS DE EMERGÊN-
cífica. Existem luvas de diferentes materiais e que, CIA
portanto, possuem resistências diferentes aos produ-
tos químicos. O melhor tipo deve ser selecionado 1. Os equipamentos comuns de segurança e emergên-
nos catálogos dos fabricantes antes de sua utiliza- cia incluem extintores, kit de primeiros socorros, es-
ção. tação de lavagem de olhos e chuveiros de emergên-
cia, kits para o derramamento de determinados rea-
2. Verificar sempre a integridade da luva antes de sua gentes e saídas de emergência. É necessário que os
utilização. usuários saibam onde estão e como manejar os e-
quipamentos de segurança, aprendam o que fazer
3. Utilizar sempre a técnica correta para remoção das em uma emergência e se familiarizem com estes
luvas antes de deixar o laboratório. As luvas devem procedimentos.
sempre ser consideradas como contaminadas após
o uso e tratadas como tal. 2. Um lava-olhos e um chuveiro de emergência devem
estar acessíveis a todo o momento nos laboratórios
9.2 Proteção dos Olhos onde reagentes perigosos para a pele e os olhos são
usados. Os funcionários devem estar a menos de 25
1. O contato de materiais tóxicos e de risco com a pele m e devem atravessar no máximo uma porta para
exposta ou com os olhos podem causar problemas de chegar ao local onde estejam o lava-olhos e o chu-
saúde bastante sérios. Equipamentos de proteção para veiro de emergência.
os olhos adequados tais como óculos de proteção, más-
caras acrílicas ou óculos bloqueadores de raios ultravio- 3. Os laboratórios devem estar equipados com um nú-
leta, devem estar disponíveis e serem utilizados quando mero suficiente de extintores de incêndio do tipo cor-
houver algum risco. Óculos de segurança aprovados com reto para ser usado nos materiais que estão sendo
proteção lateral são o mínimo de proteção requerida em manipulados.
um laboratório.
4. Todos os equipamentos de emergência devem ser
2. Óculos de proteção e máscaras para o rosto podem checados periodicamente. Os lava-olhos e os chu-
também ser necessários quando trabalhando em alguns veiros devem ser testados anualmente. Os extintores
procedimentos especiais. de incêndio devem ser inspecionados mensalmente.
Um registro das inspeções deve ser colocado numa
3. Lentes de contato podem ser usadas nos laborató- etiqueta afixada ao equipamento.
rios. No entanto, as lentes de contato não são um meio
de proteção e devem ser usadas em conjunto com óculos
de proteção apropriados em áreas de risco. 10.1 PRIMEIROS SOCORROS

9.3 Proteção do Corpo O líder do laboratório é responsável por conhecer e aplicar as


técnicas de primeiros socorros e por verificar que todo o pes-
1. Devem-se usar roupas que permitam a cobertura soal de laboratório esteja familiarizado com a localização dos
máxima do corpo de acordo com o nível de risco ao

Conhecimentos Específicos 199 A Opção Certa Para a Sua Realização


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kits de primeiros socorros. Os funcionários devem ser treina- Classe A – combustíveis comuns como Madeira, papel, teci-
dos a prestar primeiros socorros. dos, plásticos, etc.
Após o primeiro atendimento, o funcionário deve ser conduzi- Classe B – líquidos combustíveis e inflamáveis
do à enfermaria ou mesmo ao hospital, dependendo da gravi- Classe C – fogo em equipamentos elétricos
dade do caso. Classe D – metais combustíveis

10.2 ACIDENTES COM EXPOSIÇÃO DA PELE A PRODU- TIPOS DE EXTINTORES


TOS QUÍMICOS
Extintores de Pó Seco – tipo ABC – estes extintores são utili-
1. Lavar todas as áreas do corpo afetadas por 15 a 20 zados em incêndios da classe A, B e C.
minutos com água corrente. Os extintores de água pressurizada devem ser utilizados
somente em incêndios da classe A. Não use este tipo de
2. Não use sabão ou detergente até verificar as normas extintor em materiais carregados eletricamente, pois poderá
de risco e segurança do reagente em questão. resultar em choque elétrico. Se utilizado sobre líquido infla-
mável pode causar o espalhamento do fogo.
3. Encaminhar a pessoa ao hospital se a irritação per- Nenhum destes extintores deve ser utilizado em incêndios
sistir, se houver um dano aparente ou se as normas provocados por metais combustíveis. Deve-se utilizar o extin-
de segurança do produto assim exigirem. tor tipo “Químico Seco” com pó químico especial para cada
material.
4. Quando grandes áreas do corpo forem atingidas, a
utilização dos chuveiros é mais eficiente se toda a XI. DIRETRIZES ESSENCIAIS DE COMPATIBILIDADE
roupa da região afetada for removida. QUÍMICA DE REAGENTES PARA ESTOQUE E SEPARA-
ÇÃO
10.3 ACIDENTES COM EXPOSIÇÃO DOS OLHOS A PRO-
DUTOS QUÍMICOS Os seguintes grupos químicos devem ser guardados separa-
damente de reagentes químicos de outros grupos e em luga-
1. Lavar os olhos durante 15 a 20 minutos em água corren- res de estoque separados.
te. Manter os olhos abertos enquanto se efetua a lava-
gem. 11.1 Ácidos

2. Sempre procurar atendimento médico no hospital no caso Por exemplo: ácido clorídrico, ácido fluorídrico, ácido nítrico,
de exposição dos olhos a materiais perigosos. ácido sulfúrico, ácido fosfórico, ácido perclórico*
*Ácido perclórico deve ser guardado com outros ácidos. No
10.4 INCÊNDIOS NO LABORATÓRIO entanto, ele deve ser mantido em uma bandeja separada dos
outros ácidos. Se, por exemplo, ácido sulfúrico pingar na
Antes de utilizar qualquer reagente químico, os funcionários prateleira, e esta for de madeira, e ácido perclórico cair no
do laboratório devem se familiarizar com os riscos potenciais mesmo lugar, imediatamente este local pegará fogo. Ácido
de incêndio associados a esse reagente. Estas informações perclórico deve ser manuseado sempre em capelas com
podem ser encontradas nas especificações do reagente. As excelente exaustão, principalmente no caso de se lidar com
informações devem incluir produtos de decomposição, tempe- quantidades superiores a 10 mL.
raturas críticas e o tipo de equipamento mais indicado para
conter o incêndio se porventura o reagente pegar fogo. 11.2 Solventes inflamáveis

Se um pequeno incêndio começar no laboratório e estiver Na maioria dos laboratórios não é permitido o estoque de
restrito a um béquer, um frasco ou outro recipiente pequeno mais que 10 l de solventes inflamáveis. Os materiais inflamá-
pode-se tentar dominá-lo com o extintor apropriado ou abafá- veis têm um ponto de ebulição menor que 37.8°C. Os materi-
lo com uma coberta. ais combustíveis possuem um ponto de ebulição entre 37.8°C
e 93°C.
Se o incêndio não estiver limitado a uma pequena área, se Exemplos: acetona, álcool, éter, dietil-éter, benzeno, acetoni-
houver envolvimento de materiais voláteis ou tóxicos ou se as trila, formamida, tolueno, xilol.
tentativas de conter um pequeno incêndio forem inúteis, de- Exemplos de solventes não inflamáveis incluem clorofórmio,
vem-se tomar as seguintes providências: metileno, tetracloreto de carbono.
Ácidos orgânicos como acético, butírico, e fórmico são ma-
1. Informar todo o pessoal nas áreas vizinhas da existência teriais combustíveis e devem ser estocados com solventes
de um foco de incêndio. inflamáveis.

2. Se possível, fechar todas as portas que possam isolar o 11.3 Oxidantes inorgânicos
foco de incêndio do restante das instalações.
Exemplos: nitratos, nitritos, cloratos, percloratos, periodatos,
3. Evacuar as instalações utilizando as escadas e as saídas permanganatos, persulfatos.
de emergência. Não utilizar os elevadores.
11.4 Bases (Materiais Alcalinos)
4. Entrar em contato com o bombeiro através do ramal 4544
e explicar a natureza do fogo e identificar todos os possí- Exemplos: hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido
veis produtos de risco como fumaças tóxicas, materiais de amônio e aminas orgânicas.
potencialmente explosivos, meios de combater o fogo,
etc. 11.5 Ciano-compostos

5. Preencher um relatório de acidentes/incidentes. Exemplos: cianeto de sódio, ferrocianeto de potássio, tiocia-


nato de sódio, cianobrometo.
CLASSES DE INCÊNDIOS

Conhecimentos Específicos 200 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
11.6 Materiais que requerem considerações especiais de Constitui um conjunto de princípios que asseguram a confiabi-
estoque lidade dos laudos emitidos por um dado laboratório e é apli-
cado em estudos que dizem respeito ao uso seguro de produ-
1. Ácido pícrico - Inspecionar mensalmente e manter tos relacionados à saúde humana, vegetal, animal e ao meio
imerso em água destilada. Secar apenas a quantidade ambiente.
necessária para uso imediato. O ácido pícrico seco é
sensível a choques. Tem como objetivo garantir a qualidade, reprodutividade e a
integridade de dados gerais para fins regulamentares, a fim
2. Substâncias formadoras de peróxidos - Os materiais de trazer o reconhecimento em nível nacional e internacional
formadores de peróxidos devem ser datados quando sua sem que seja necessária a reprodução de estudos.
embalagem for aberta pela primeira vez e descartados Quais as normas sobre o assunto?
quando o tempo limite de estoque recomendado for atin- O Laboratório de Microbiologia segue os requisitos exigidos
gido. pela a Norma ISO 17025 e orientações voltadas para Acredi-
Após 3 meses – éter isopropílico, di-vinil-acetileno, clore- tação em Laboratórios de Microbiologia do documento consi-
to de vinilideno, butadieno, cloropreno, tetrafluoroetileno. derado como “Documento de Aplicação” EURACHEM para os
Após 12 meses – éter etílico, tetrahidrofurano, dioxano, ensaios microbiológicos conforme descrito no Anexo B da ISO
acetaldeído, éter vinílico, diacetileno, metil-acetileno, ci- 17025.
clohexano.
A maioria destes materiais é inflamável e devem ser Os ensaios são realizados atendendo as Legislações vigentes
guardados em almoxarifados isolados. para Verificação de Eficácia e Controle Microbiológico de
Produtos Cosméticos e Saneantes para registro na Anvisa e
3. Outros materiais sensíveis a choques - Compostos Controle de Qualidade dos Fabricantes.
nítricos, nitratos orgânicos, acetilenos, azidas, diazome- As metodologias são de Órgãos Oficiais pré estabelecidos
tano. pelo Ministério da Saúde.
Adquirir sempre pequenas quantidades destes materiais
e descartar assim que o projeto no qual está sendo utili- Os ensaios microbiológicos incluem os Testes de eficácia,
zado terminar. detecção, Isolamento, enumeração e identificação de micror-
ganismos e seus metabólitos em diferentes materiais e produ-
4. Peróxidos orgânicos - Comprar sempre pequenas tos.
quantidades, manter sob refrigeração e descartar 12 me-
Quais os principais procedimentos para a redução do
ses após ter sido aberto. Exemplos: benzilperóxido, ácido
índice de falhas e riscos nas práticas laboratoriais micro-
per-acético.
biológicas?
Pessoal:
5. Materiais reativos com água - Exemplos: metais de
A gerência do laboratório deve garantir que todo o pessoal
sódio e potássio, pentóxido de fósforo, cloreto de alumí-
tenha recebido treinamento adequado para o desempenho
nio, cloreto de titânio.
competente de ensaios e operação de equipamentos. Isso
inclui treinamento em técnicas básicas, tais como: semeadura
6. Materiais que reagem com o ar (pirogênicos) - E-
em placas, contagem de colônias, trabalhos em condição de
xemplos: alquil - compostos de lítio, reagente de Grig-
assepsia etc., com o uso de critérios para determinar níveis
nard, fósforo branco.
de aceitação. O pessoal do laboratório somente pode realizar
ensaios se for reconhecidamente capacitado para fazê-lo ou
7. Todos os outros reagentes, incluindo sais inorgâni- se estiver sob supervisão adequada. A capacitação contínua
cos e líquidos e sólidos orgânicos, podem ser estocados deve ser monitorada, sendo capaz de detectar necessidades
juntos. de reciclagem.
Especialista dá dicas para redução do índice de Ensaios microbiológicos devem ser realizados ou supervisio-
falhas nas práticas laboratoriais nados por pessoal experiente, qualificado em microbiologia ou
equivalente.
O Portal Boas Práticas entrevistou Sabrina Menchini, analista
responsável do Laboratório de Microbiologia dos Laboratórios É realizada a criação e revisão de Procedimentos Operacio-
Ecolyzer nais Padrão, que devem ser seguidos como guias para cada
etapa realizada no Laboratório de Microbiologia.
É indispensável conscientizar o profissional da importância da
sua adesão às técnicas microbiológicas seguras e da incorpo- A redução do índice de falhas, bem como a proteção dos
ração das normas de biossegurança ao seu trabalho diário. analistas e dos ambientes, está ligada à estruturação
Além dos cuidados normais de boas práticas de laboratório, racional da área física do laboratório. Nesse sentido,
são necessários procedimentos específicos para minimizar os quais as características físicas do laboratório?
riscos de acidentes pessoais e de contaminação ambiental. Um laboratório típico é composto pelas instalações de ensaio
(onde os ensaios microbiológicos e as atividades associadas
Sobre este tema nós conversamos com Sabrina Menchini, são conduzidos) e por instalações auxiliares (acessos, corre-
analista responsável do Laboratório de Microbiologia dos dores, prédios da administração, vestiários, banheiros, almo-
Laboratórios Ecolyzer. Sabrina é bacharel em Ciências Bioló- xarifados, arquivos etc.). Em geral, existem requisitos ambien-
gicas pela Universidade do Grande ABC e pós-graduada em tais específicos para as instalações de ensaio. Dependendo
microbiologia pela Faculdade Oswaldo Cruz. dos tipos de ensaio realizados, o acesso ao laboratório micro-
Confira. biológico deve ser restrito ao pessoal autorizado. Quando tais
restrições estiverem em vigor, o pessoal deve ser informado
Quais os objetivos e a importância da implantação das quanto ao que segue:
Boas Práticas de Laboratório de Microbiologia (BPLM) de
produtos considerados críticos para a saúde? (a) Uso estabelecido para uma área específica;
Boas Práticas de Laboratório refere-se ao sistema da quali- (b) Restrições impostas ao trabalho dentro dessas áreas;
dade que diz respeito à organização e às condições sob as
quais estudos em laboratórios e campos são planejados, (c) As razões para a existência de tais restrições;
realizados, monitorados, registrados, relatados e arquivados.

Conhecimentos Específicos 201 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(d) Níveis de contenção adequados. tante no laboratório, onde, por exemplo, o deslocamento pos-
sa introduzir contaminação cruzada.
O laboratório deve possuir um fluxo que minimize riscos de
contaminação cruzada, quando esses riscos forem significati- Instalações adequadas para lavagem das mãos devem estar
vos para o tipo de ensaio realizado. As maneiras para alcan- disponíveis.
çar esse objetivo podem ser:
Quais os recursos tecnológicos mínimos necessários
(a) Construir o laboratório segundo o princípio de disposição para a biossegurança?
“sem possibilidade de retorno”; Os principais requisitos exigidos para Biossegurança em
Laboratórios de Microbiologia são divididos em 4 níveis, devi-
(b) Trabalhar de maneira seqüencial, tomando precauções do as atividades envolverem microrganismos infecciosos. Os
apropriadas para garantir a integridade dos ensaios e das níveis são designados pelo grau de proteção proporcionado a
amostras (por exemplo, com uso de recipientes fechados e pessoal do laboratório, meio ambiente e a comunidade.
manipulação dentro de Capela de Fluxo Laminar ou próximas
a um bico de Bunsen); Nivel 1 de Biossegurança (NB-1)
O nível de Biossegurança 1 é adequado ao trabalho que en-
(c) Separar atividades por tempo ou espaço. volva agentes bem caracterizados e conhecidos por não pro-
Geralmente, se consideram boas práticas possuírem locais vocarem doença em seres humanos e que possuam o mínimo
separados, ou áreas claramente designadas, para o seguinte: de risco ao pessoal do laboratório e meio ambiente.
Recepção de amostras e áreas de armazenamento; O trabalho pode ser conduzido em bancada, com adoção de
Preparação das amostras para ensaio (por exemplo: um local boas práticas laboratoriais.
separado deve ser usado para produtos em pó com possibili- Nível 2 de Biossegurança (NB-2)
dade de contaminação elevada); O nível de Biossegurança 2 é adequado ao trabalho que é
Análise das amostras, incluindo a incubação; realizado com um maior espectro de agentes nativos de risco
Manutenção dos microrganismos de referência; moderado presentes na comunidade e que estejam associa-
Preparação dos meios de cultura, equipamentos e vidrarias, dos a uma patologia humana de gravidade variável.
incluindo esterilização;
Avaliação de esterilidade, quando pertinente; Com boas técnicas de microbiologia, esses agentes podem
Descontaminação. ser usados de maneira segura em atividades conduzidas
sobre uma bancada aberta, uma vez que o potencial para a
O espaço deve ser suficiente para permitir que as áreas de produção de borrifos e aerossóis é baixo.
trabalho sejam mantidas limpas e arrumadas. O espaço deve
ser proporcional ao volume de análises realizadas e à organi- Nível 3 de Biossegurança (NB-3)
zação interna do laboratório. O espaço deve estar de acordo O nível de Biossegurança 3 é aplicável para laboratórios clíni-
com o especificado pela legislação nacional, quando existen- cos, de diagnóstico, ensino e pesquisa ou até mesmo de
te. produção, onde o trabalho com agentes exóticos possa cau-
sar doenças sérias ou potencialmente fatais.
Os recintos de trabalho devem ter ventilação e temperatura
apropriadas. Isso pode ser obtida por ventilação natural ou A equipe laboratorial deve possuir treinamento específico no
forçada ou pelo uso de um condicionador de ar. Devem ser manejo de agentes patogênicos e potencialmente letais.
usados filtros apropriados quando do uso de condicionadores
de ar. Os filtros devem ser adequadamente inspecionados, Todos os procedimentos que envolverem a manipulação de
conservados e substituídos de acordo com o tipo de trabalho materiais infecciosos devem ser conduzidos dentro de cabi-
realizado. nes de segurança biológica ou outro dispositivo de contenção
física e o pessoal do laboratório devem utilizar roupas e equi-
Ainda dentro da questão redução do índice de falhas, pamentos de proteção individual.
como deve ser oprograma de monitoração ambiental?
Deve haver um programa de monitoração ambiental apropria- Nível 4 de Biossegurança (NB-4)
do, como, por exemplo, a exposição de placas ao ar e swabs O nível de Biossegurança 4 é indicado para o trabalho que
de superfícies. As contagens ambientais aceitáveis devem ser envolve agentes infecciosos perigosos que exponham o indi-
determinadas e deve haver um procedimento documentado víduo a um alto risco de contaminações que podem ser fatais.
para quando estes limites forem ultrapassados. A análise dos A equipe do laboratório deverá seguir treinamento específico
dados deve permitir a determinação de tendências nos níveis e completo, direcionado para a manipulação de agentes
de contaminação. infecciosos extremamente perigosos.
Os resultados são registrados a fim de avaliar os graus de
risco para a contaminação do ambiente laboratorial. O acesso ao laboratório deverá ser rigorosamente controlado.
Caso necessário, devem-se realizar medidas eficazes para As instalações do laboratório devem ser em local separado
solucionar possíveis alterações. das demais instalações de uma Unidade ou em área contro-
As áreas de trabalho devem ser mantidas limpas e organiza- lada dentro desta.
das. O pessoal deve estar devidamente paramentado e todos os
E o programa de limpeza? procedimentos com materiais deverão permanecer restritos
O programa de limpeza documentado para instalações, equi- as Cabines de Segurança Biológica.
pamentos e superfícies de laboratório considera resultados de Referências para Argumentação:
monitoração ambiental e a possibilidade de contaminação Comitê de Laboratórios da European Accreditation; “EURA-
cruzada, assim como o procedimento para lidar com derra- CHEM/ EA Guide 04/10 – Accredition for Microbiological La-
mamentos. boratories”, 2004.
Espaço suficiente de armazenamento para que seja possível Agência Nacional de Vigilância Sanitária; Segurança e Con-
a limpeza, evitando o acúmulo de poeira. Os registros dos trole de Qualidade no Laboratório de Microbiologia Clínica;
dados em papel devem ser reduzidos ao mínimo. Módulo II;
Ministério da Saúde – Fundação Nacional de Saúde – FUNA-
Roupas apropriadas ao tipo de ensaio realizado (incluindo, se SA – Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e de Micro-
necessário, proteção para cabelo, mãos, sapatos etc.) devem biologia; 2001.
ser usadas no laboratório de microbiologia e removidas antes
da saída do local de trabalho. Isso é particularmente impor- Alberto Nascimento e Marcelo Nicolósi – Portal Boas Práticas

Conhecimentos Específicos 202 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
LAVAGEM E ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS podem ser manual ou mecânica. Em ambos os casos, os
seguintes passos devem ser observados:
Qual a importância da qualidade da água no processo
de esterilização? PREPARO:

A qualidade da água a ser empregada é fator fundamental Separar os instrumentos mais delicados e em pequenas
a considerar. A água representa um item crítico na limpeza e quantidades. Esta separação é necessária visando à preser-
esterilização do instrumental em razão da variedade de trata- vação desses instrumentos. Colocá-los em cestos furados e
mentos que recebe, além disso, apresenta grande concentra- nunca devem estar misturados com instrumentos mais pesa-
ção de cloreto de sódio, presença de certos elementos parti- dos, deve-se levar em conta que os instrumentos que estão
culados, juntamente com o desequilíbrio do PH que podem embaixo não devem ser pressionados com o peso dos de-
deteriorar o instrumental durante o processo de limpeza, além mais.
de levar a incrustação de precipitados minerais não eliminá- Os instrumentos com articulação, tais como tesouras, pin-
veis na fase de remoção de matéria orgânica, bem como na ças, porta-agulha, devem ser colocados em cestos furados
indução ao processo de corrosão do aço inoxidável. A pre- em posição aberta. Os maiores, tipo afastadores e os instru-
sença de íons de metais pesados, tais como: ferro, cobre, mentos desmontáveis, devem ser desmontados para limpeza
manganês, chumbo e cádmio que podem impregnar-se nos e lavagem e cada componente lavado isoladamente.
instrumentos, provocando o aparecimento de manchas colori-
das marrons, azuladas ou com manchas irisdicentes, apesar Os procedimentos de limpeza devem ter uma padroniza-
de se tratar de uma alteração superficial, isto não constitui em ção adequada, a fim de evitar a disseminação de contamina-
processo de corrosão. Já ação do íon cloro presente na água, ção e danos ao instrumental.
o aço inoxidável tem a sua resistência à corrosão diminuída, MÉTODO:
podendo aparecer pontos de corrosão, fissuras e nas áreas
de tensão finalmente a fratura dos instrumentos. Assim como O funcionário após estar devidamente paramentado (EPI -
na limpeza, a qualidade da água e ou vapor empregados para Equipamento de Proteção Individual - óculos, máscara, gorro,
esterilização em autoclaves devem estar dentro das exigên- bota, avental impermeável de manga longa e luva), colocará o
cias de qualidade dos padrões estabelecidos a fim de assegu- instrumental impregnado com matéria orgânica em cestos
rar a redução de corrosão. Na prática, a única forma de evitar furados para serem imersos em água na temperatura de 40° à
esses incovenientes seria a utilização de água desmineraliza- 45°C. e solução de fenol sintético ou solução enzimática em
da ou destilada, ou a instalação de um sistema de filtragem concentração e tempo determinados pelo fabricante.
da água e vapor na área de lavagem de material e esteriliza-
ção. Os instrumentos após serem retirados da solução enzimá-
tica, deverão ser passados por um enxágue direto em jato de
Qual o melhor produto que devo utilizar para lavar os água desmineralizada ou destilada, para remoção de resí-
instrumentos? duos. Nunca ultrapassar 45°C. O instrumental exposto à tem-
peraturas mais elevadas causam a coagulação de proteínas
Não indicamos o melhor produto, mas este deverá ser um
contida no sangue e outras secreções, dificultando o processo
agente tensoativo, com a finalidade de proporcionar a limpeza
de remoção de sujidades presentes no instrumental.
através da dispersão e suspensão da sujidade. O ideal será
sempre utilizar, durante o processo de lavagem detergentes Após esta prévia lavagem, será efetuado o processo de
enzimáticos, à base de enzimas (proteases, amilases, lipa- DESINFECÇÃO, através da eliminação de microorganismos.
ses) que removem a sujidade, desprendem e dissolvem resí- O instrumental deverá estar aberto ou desmontado para se-
duos e substâncias orgânicas em um curto espaço de tempo rem imersos em solução desinfetante e água em temperatura
e não danificam o instrumental. Quanto ao sabão aconselhá- ambiente (desinfecção química) ou em banho aquecido (de-
vel à ser utilizado deverá ser neutro à 1% e no caso de solu- sinfecção termoquímica). O tempo de imersão e temperatura
ções desencrostantes deverão conter enzimas que catalisam da água durante a operação e a diluição do desinfetante em-
o processo de decomposição dos resíduos orgânicos oriun- pregado deve ser seguido conforme determinação do fabri-
dos dos procedimentos cirúrgicos e odontológicos. cante.
Por que a limpeza prévia do instrumental é tão impor- Retirar o instrumental desta solução e passar por outro
tante? enxágue direto em jato de água desmineralizada ou destilada.
A limpeza é essencial antes da desinfecção e esteriliza- LAVAGEM MANUAL:
ção. Limpeza com água e sabão ou detergentes.
Todo o procedimento de limpeza deve ser realizado utili-
Seu principal objetivo é a remoção de matéria orgânica do zando-se o EPI. Escovamento individualmente, peça por
instrumental. Este processo deve ser iniciado o mais rápido peça, sob água morna corrente, deve ser limpa por escova-
possível, tão logo os instrumentos acabem de ser utilizados, mento (escova com cerdas naturais e macias), utilizando-se
devem ser submetidos à processo de limpeza para remoção sabão neutro ou detergente enzimático. O movimento de
de resíduos orgânicos (sangue, pus, gorduras), substâncias escovamento, das partes serrilhadas dos instrumentos, deve
químicas (água oxigenada, álcool , éter, iodo, etc.) e outras seguir a linha das serrilhas, portanto deve-se limpar atenta-
secreções . mente o encaixe dos instrumentos, são nesses locais que se
acumulam as principais sujeiras, dando-se especial atenção
Quanto mais tempo demorar para se iniciar este processo
às articulações, serrilhas e cremalheiras (essas devem ser
tanto mais dificuldade se terá para remover os resíduos fixa-
escovadas na direção dos dentes). Nunca utilizar materiais de
dos aos instrumentos.
limpeza abrasivos (ex.: palhas ou esponjas de aço do tipo
Por conseguinte, aqueles instrumentos com áreas críticas usado para utensílios de cozinha). Isto, além de marcar e
de limpeza e áreas de difícil acesso, pode ocorrer a retenção ocasionar microfissuras, também provocará a remoção da
de tecidos orgânicos e depósito de secreções ou soluções base protetora obtida pelo polimento e favorecerá o apareci-
químicas e desinfetantes. Os Instrumentos novos que nunca mento de corrosão.
foram utilizados e instrumentos que estejam retornando de LAVAGEM POR ULTRA-SOM:
manutenção ou conserto, devem ser, primeiramente, lavados
e inspecionados antes de serem levados à esterilização. Elas Para lavagem de limpadores ultra-sônicos ou cubas de ul-
tra-som, os instrumentos devem ser colocados na posição

Conhecimentos Específicos 203 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
aberta. A temperatura mínima da solução para lavagem deve de da articulação, capacidade de apreensão, capacidade de
ser de 40°C. Temperaturas à 45°C. facilitarão a volatizacão corte, alinhamento e justaposição de serrilhas (parte-ativa).
dos agentes de limpeza (neste método não se verificou a
coagulação de proteínas), favorecendo, assim, a ação limpa-
dora do ultra-som. Também deve-se observar que o detergen- LUBRIFICAÇÃO:
te a ser usado deverá ser enzimático, de PH neutro e que
espume o menos possível. Normalmente 3 a 5 minutos de
imersão numa frequência de 25 à 40 kHz é o suficiente para Lubrifique as partes móveis de pinças hemostáticas, porta-
limpeza dos instrumentos. Os instrumentos delicados devem agulhas e tesouras , bem como todas as junções dos demais
ser colocados com cuidado evitando-se contato de um com o instrumentos, com um lubrificante não oleoso, não pegajoso,
outro, pois as vibrações poderão causar desgaste prematuro não corrosivo e sem silicone, que seja à base de leite mineral
em suas pontas. neutro com polímeros de hidrocarbonetos , deixando uma
C) LAVAGEM POR LAVADORA TERMODESINFECTA- película sobre a articulação e juntas do instrumental. Para
DORA (LIMPEZA AUTOMATIZADA): Os processos automá- proporcionar que as mesmas, permaneçam maleáveis duran-
ticos são realizados por equipamentos específicos que execu- te o uso e prevenir contra a oxidação nos instrumentos.
tam, isoladamente ou combinados, com procedimentos pró- Quais são os pré-requisitos antes de iniciar um pro-
prios as diversas etapas do processo de limpeza (lavagem + cesso de esterilização?
detergência + enxague + desinfecção + enxague + secagem).
Assegurar que todo o instrumental esteja efetivamente
MÉTODO: limpo. O processo de esterilização passa por ciclos térmicos,
O funcionário após estar paramentado, manuseará o ins- provocando dilatações e retrações dos materiais, assim, a fim
trumental impregnado com matéria orgânica, separando-o por de evitar a perda prematura da elasticidade é indispensável
peso e tamanhos, em cestos furados apropriados do equipa- abrir todos os instrumentos com articulações e cremalheiras,
mento. Fazer o carregamento da câmara do equipamento inclusive os instrumentos atraumáticos (com serrilha De Ba-
conforme orientação do fabricante. Optar pelo ciclo de lava- key). As tesouras devem ser esterilizadas semi-abertas e
gem apropriado ao nível de sujidade do instrumental que será devem ter as suas superfícies de corte (parte-ativa) protegi-
estabelecido pelo fabricante ou pela instituição de acordo com das com gazes, que além de permitir a ação do agente esteri-
suas necessidades específicas. Acionar o equipamento e ao lizante, não interferem na capacidade de corte (sem alterar a
término do ciclo remover os cestos. qualidade do instrumental). Nunca fechar completamente ou
tencionar o instrumento, independente do processo de esteri-
ENXAGUADURA: lização empregado. Exceção deve ser feita com instrumentos
Após completa limpeza de cada instrumento por lavagem de garra na parte ativa com o intuito de evitar acidentes. De-
manual e ultra-sônica, deve-se proceder um cuidadoso enxá- vem ser levadas em consideração as recomendações do
gue para a completa remoção da espuma ou de qualquer fabricante do aparelho esterilizador quanto ao volume e à
indício de substância detergente ou até mesmo resíduos disposição da carga dentro do mesmo. O contato entre dife-
orgânicos, principalmente os instrumentos articulados, que rentes tipos de metais, como aço inoxidável e material croma-
devem ser abertos e fechados algumas vezes durante o pro- do, em um mesmo ciclo de esterilização pode provocar a
cesso de enxágue. Recomenda-se a utilização de água desti- formação de uma película escura sobre o instrumental inoxi-
lada ou desmineralizada aquecida em temperatura à 30°C. dável, além de alterar o aspecto visual, poderá influir negati-
para enxágue. Se necessário utilizar uma pistola para auxiliar vamente quanto ao comportamento mecânico do instrumen-
o enxague dos canais e do lúmen das pinças. tal. A fim de evitar depósitos eletrolíticos de um material sobre
o outro, recomenda-se que seja evitada a esterilização em
SECAGEM: uma mesma operação. Esterilizador defeituoso ou alimentado
com água encanada ou ainda caixas cirúrgicas indevidamente
Após enxaguados, os instrumentos devem ser abertos e limpas ou com riscos acentuados, podem ser focos de conta-
totalmente enxugados com compressa (tecido de algodão minação além de contribuir para ocorrência de corrosão. A
macio e absorvente) ou jato de ar comprimido. Os instrumen- escolha do invólucro para o instrumento cirúrgico deve ser
tos que possua lúmen, deve ter seu interior seco e deve ser adequada ao processo de esterilização escolhido.
evitado que os instrumentos sequem “ao natural ”. Deve-se
assegurar que os processos de secagem não introduzam Quais são os métodos de esterilização mais utilizados?
depósitos de partículas ou felpas, tanto na superfície do ins-
CALOR SECO
trumental, como às articulações, serrilhas e cremalheiras.
SUA AÇÃO ESTERILIZANTE RESULTA EM DESTRUI-
ÇÃO BACTERIANA QUE SE DÁ PELA OXIDAÇÃO CELU-
INSPEÇÃO: LAR.
Após a limpeza (Manual, Ultra-sônica ou pela Lavadora Os instrumentos que tenham algum componente de mate-
Termodesinfectadora) e antes da esterilização, deve-se pro- rial têxtil ou de borracha não podem ser esterilizados pelo
ceder a um minucioso exame individual em cada peça. Uma calor seco. Na Estufa, os instrumentos devem ser colocados
observação visual deve revelar completa ausência de qual- em caixas metálicas furadas e fechadas de preferência, com
quer vestígio de resíduos, para tanto o instrumental deve ser o fundo forrado de papel alumínio tendo a sua face mais bri-
colocado sobre um campo, preferencialmente de cor branca, lhante voltada para cima. Este é o processo indicado para
para inspeção e posterior lubrificação. Todos os instrumentos esterilizar instrumentos de corte, portanto as tesouras devem
que apresentem qualquer irregularidade, deformidade ou ficar na posição semi-aberta e devem ter as suas superfícies
resíduo de sujidade, encaminhar para conserto ou relavagem de corte (parte-ativa) protegidas com gazes, que além de
e aqueles que apresentem corrosão, devem ser separados permitir a ação do agente esterilizante, não alterem a qualida-
para evitar que o processo de corrosão se espalhe em conta- de e capacidade de corte dos mesmos. A estufa deverá ser
to aos demais instrumentos, ao equipamento de esterilização aquecida à temperatura indicada antes da colocação das
ou instrumentos em aço inoxidável. Este processo deve ser caixas de instrumentos e o tempo de esterilização deve ser
feito antes da montagem de caixas do instrumental. Deve-se contado a partir do instante em que o termômetro acusar a
verificar as características de cada peça, tais como a facilida- temperatura escolhida. Os instrumentos devem ser protegidos

Conhecimentos Específicos 204 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
com invólucros adequados e de forma à permitir que o ar do com as membranas celulares, com ação bactericida, espo-
circule livremente na câmara. ricida, fungicida e virucida. Tempo de exposição para esterili-
zação: 75 minutos à temperatura de 40°C à 55°C.
Para instrumentos cirúrgicos, o tempo de exposição é de
120 minutos à temperatura de 170 (C. Utilizado para materiais e artigos termosensíveis, apare-
lhos elétricos, endoscópios, serras e instrumentais. Atóxico,
Nunca ultrapassar essa temperatura. É pouco utilizado em altamente eficaz e alta penetrabilidade .
hospitais, porém é mais utilizado em consultórios médicos e
odontológicos. Invólucro : cestos aramados envolvidos em manta de poli-
propileno (tecido não tecido).
Prazo de validade : Estéril por 10 dias.
Validade da esterilização :
CALOR ÚMIDO
1 mês (embalagem : manta)
AUTOCLAVE:
2 anos (embalagem tyvek / mylar)
SUA AÇÃO ESTERILIZADORA SE DÁ PELA TERMO-
COAGULAÇÃO DAS PROTEÍNAS BACTERIANAS. ÁCIDO PERACÉTICO (STÉRIS):
Este é o processo de esterilização indicado para a maioria SUA AÇÃO ESTERILIZANTE SE DÁ PELA AÇÃO OXI-
dos instrumentos cirúrgicos. Vapor saturado sob pressão. DANTE E ATUA NA PAREDE CELULAR E NO INTERIOR DA
Agente esterilizante : CALOR + UMIDADE . Umidade 100% CÉLULA, DANIFICANDO O SISTEMA ENZIMÁTICO, DES-
relativa (saturação). Penetração do vapor saturado que con- TRUINDO O MICROORGANISMO.
densa o calor + precipitação da umidade (umidifica o microor-
ganismo,amolecendo até a quebra capsular, destruindo os
esporos). Agente esterilizante :ÁCIDO ACÉTICO . Método totalmen-
Validade da esterilização: 7 à 15 dias. O perfeito funcio- te automático. Tempo de exposição para esterilização 30 à 45
namento da Autoclave deve ser frequentemente confirmado e minutos à temperatura de 50°C `a 55°C. Atóxico e alto custo.
serem sempre observadas: ABITÓX:
Corrosão nas tubulações; presença de sinais de oxidação; O agente esterilizante é a mistura do Peróxido de Hidro-
partículas metálicas; presença de óleo e o vapor utilizado na gênio com o Ácido Peracético. Método totalmente automático.
esterilização deve estar isento de toda impureza (através da Tempo de exposição para esterilização 30 à 45 minutos à
utilização de água desmineralizada ou destilada, do contrário, temperatura de 50°C `a 55°C. Atóxico e alto custo.
podem produzir corrosão e manchas nos instrumentos. Para
evitar incidentes dessa natureza deve-se seguir fielmente as ESTERILIZAÇÃO POR RADIAÇÃO:
recomendações de operação do fabricante da Autoclave. Os SUA AÇÃO ESTERILIZANTE SE PROCESSA ATRAVÉS
instrumentos devem ser dispostos em bandejas abertas forra- DA ALTERAÇÃO DA COMPOSIÇÃO MOLECULAR DAS
das com campos cirúrgicos, caixas furadas ou cestos arama- CÉLULAS, AS QUAIS SOFREM PERDA OU ADIÇÃO DE
dos em aço inoxidável, envolvidas externamente com tecido CARGAS ELÉTRICAS (IONIZAÇÃO), FICANDO CARREGA-
não tecido. Deixar espaço dentro do rack entre um material e DAS NEGATIVA OU POSITIVAMENTE .
outro para haver circulação do agente esterilizante. As válvu-
las, manômetros e registros devem operar corretamente, A esterilização por irradiação é obtida através dos Raios
tendo certa relação entre si. A pressão do vapor desde a Gama Cobalto à 60°C. É um método eficaz e oferece como
caldeira até a Autoclave deverá ser mantida no nível reco- vantagens ser altamente penetrante, atravessando o invólucro
mendado pelo fabricante. Recomenda-se a instalação de filtro dos materiais embalados em não tecido ou papel grau cirúrgi-
de vapor. na alimentação da Autoclave, com capacidade de co e não danifica o material submetido ao processo, por ser
filtragem de material particulado (para solucionar o problema frio.
de manchas e corrosão em instrumentos e pacotes molha-
Ex: Peças cromadas e artigos termosensíveis.
dos).
ESTERILIZAÇÃO POR AGENTES QUÍMICOS
Evitar abrir prematuramente a Autoclave. Isto leva ao
surgimento de ar frio no interior do compartimento do esterili- SUA AÇÃO LETAL DECORRE DA ALQUILAÇÃO DE HI-
zador, resultando em rápida condensação do vapor que irá DROGÊNIO DO GRUPO.
depositar resíduos nos instrumentos, manchando-os.
A esterilização de produtos químicos para a desinfecção e
Evitar abrir a Autoclave rapidamente. Deixe todo o va- ou esterilização de materiais é indicada para artigos sensíveis
por sair primeiro e que o ciclo de secagem se complete, prin- ao calor e quando não se dispõe de Autoclave à Gás de Óxi-
cipalmente se a Autoclave se dispor de bomba à vácuo. do de Etileno. Esses produtos são também utilizados para
desinfetar objetos contaminados antes de serem preparados
Evite exceder a temperatura e o tempo recomendado
para esterilização.
para a esterilização. Normalmente, o instrumental deve ficar
em Autoclave convencional durante 30 minutos à uma tempe- GASES: ALDEÍDO FÓRMICO OU PARAFÓRMICO:
ratura de 121°C a 132°C. Resfriamento : processo gradativo.
Não colocar o material retirado da Autoclave direta e sobre a MECANISMO DE AÇÃO : COAGULAÇÃO DA PROTEÍNA
supefície fria. Forrar a superfície com vários campos. POR CITOPLASMA.

Em ambos os casos o tempo de penetração + tempo de Mais comumente conhecido como pastilhas de formalina,
exposição conta a partir do momento em que se atingiu a são derivados do Metanol, que é um gás de cheiro forte, irri-
temperatura da esterilização. tante e hidrossolúvel. As pastilhas de formalina esterilizam o
material, quando aquecidas em estufas à 50°C. , com o tempo
STERRAD (PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO): de exposição de 2 horas e numa quantidade de 5grs. para
cada 100cm cúbicos de área do recipiente que contém o
Plasma de água oxigenada (H2O2) 4º estado da materia:
material. Ex: PONTAS, LÂMINAS OU PINÇAS DO BISTURÍ
sólido, líquido, gás, plasma). O plasma gerado a partir do
ELETRICO, BISTURI À LASER, PEÇAS CROMADAS E INS-
peróxido de hidrogênio apresenta-se constituido de radicais
TRUMENTOS ÓPTICOS (fibra óptica).
livres e de mais formas químicas altamente reativas interagin-

Conhecimentos Específicos 205 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Este processo não é recomendado por não garantir a sua Passar pelo enxague com água destilada ou desminerali-
esterilidade, e em alguns casos agredir a integridade do ins- zada. Colocar os instrumentos abertos, submersos no líquido
trumento . esterilizante escolhido, pelo tempo determinado pelo fabrican-
te. O enxague deve ser feito com água destilada esterilizada e
FORMALDEÍDO À 2%:
efetaur a secagem com compresssas esterilizadas.
Método totalmente automático. Tempo de exposição para Ex: Instrumentos ópticos (fibra óptica, materiais termolá-
esterilização 180 minutos à temperatura de 50°C `a 60°C. beis, termosensíveis, endoscópios, laparoscópios).
ÓXIDO DE ETILENO:
Este processo não é muito recomendado, pois para ter
SUA AÇÃO ESTERILIZANTE SE DÁ POR ALTERAÇÃO sua eficiência total, deveria ser feito em sala totalmente estéril
NO DNA, ONDE OCORRE A MUTAÇÀO DAS CÉLULAS. e também há relatos de ação corrosiva do instrumental.
É um gás tóxico, incolor, inflamável e obtido pela reação Quais são as manchas mais comuns no instrumental?
de cloridrina de glicol com potassa cáustica concentrada, Como devo tratá-las?
sendo inflamável quando puro. Poderão ser esterilizados os 1) TIPO : Auréolas de coloração superficial sem con-
materiais a termo sensíveis (peças cromadas). Em um tempo torno definido (coloração irisdicente).
de exposição dependendo da concentração do gás , podendo
ser em geral de 2 à 7 horas de exposição, numa temperatura CAUSA: São auréolas e manchas de água provenientes
de 50°C à 60°C. Conta-se 20 minutos à 240 minutos para de:
aeração mecânica + 24 à 72 horas para aeração ambiental.
íons de metais pesados: ferro, manganês e cobre presen-
Prazo de validade: 3 mêses à 5 anos. Ex: PONTAS, LÂ- tes na água utilizada na limpeza ou na esterilização;
MINAS OU PINÇAS DO BISTURÍ ELÉTRICO, PEÇAS CRO-
MADAS E INSTRUMENTOS ÓPTICOS. concentração alta de substâncias minerais, como cálcio,
ou substâncias orgânicas presentes na água de lavagem e da
Excelente penetração, alto custo operacional, altamente Autoclave.
tóxico para quem manipula e meio ambiente.
TRATAMENTO: Podem ser removidas mecanicamente
QUÍMICOS LÍQUIDOS: esfregando-se com escovas ou utilizando-se um removedor
de manchas específicos para limpeza de aços inoxidáveis.
SUA AÇÃO ESTERILIZANTE SE DÁ PELA FORMAÇÃO Para evitar essas manchas, a enxaguadura e o vapor da
DE COMPOSTOS INCOMPATÍVEIS COM AS FUNÇÕES Autoclave devem ser provenientes de água desmineralizada
CELULARES VITAIS. ou destilada.
Agente químico Esterilizante à base de : 2) TIPO : Resíduos amarelados ou marrom escuros.
ALDEÍDOS : GLUTACID, CIDEX, GLUTA-LABOR, etc. Encontram-se principalmente nos lugares mais difíceis de
limpar. Não devem ser considerados como oxidação (fer-
Tempo mínimo de exposição do instrumental é de 30 mi- rugem).
nutos para desinfecção e 10 horas para esterilização.
CAUSA: Podem ser devidas a :
Altamente corrosivo.
resíduos protéicos que já estavam incrustados no instru-
ÁCIDO PERACÉTICO: mentos antes da lavagem;
Muito utilizado como desinfetante nas indústrias de ali- uso repetido de detergentes com água suja, onde os resí-
mentos, bebidas e sucos. duos em suspensão se agregam aos instrumentos;
Unidade de tratamento de esgotos e utilizado em unidade resíduos depositados em soluções químicas desinfetantes
de Hemodiálise - Tempo de exposição do instrumental é de 5 não renovadas.
à 10 minutos para esterilização - Altamente corrosivo.
TRATAMENTO: Limpar sempre os depósitos ou cubas de
FORMALDEÍDO: lavagem e de desinfecção. Os resíduos desaparecem quando
Tempo de exposição do instrumental : 30 minutos para esfregados ou limpos com agentes de limpeza neutros (não
desinfecção e 10 horas para esterilização. corrosivos). Se não eliminados, após certo tempo podem
produzir corrosão e deterioração do Instrumento.
HIPOCLORITO DE SÓDIO:
3)TIPO : Coloração amarelada em todo o corpo do ins-
Utilizado em unidade de Hemodiálise + Banco de sangue - trumento.
Tempo de exposição do instrumental para desinfecção é de
30 minutos. Altamente corrosivo. CAUSA: Superaquecimento no processo de esterilização.

FENOL SINTÉTICO: TRATAMENTO: Averiguar funcionamento do aparelho de


esterilização ou troca de sistema.
Tempo de exposição do instrumental para desinfecção é
de 30 minutos. 4) TIPO : Manchas cinza-azuladas.

QUATERNÁRIO DE AMÔNIA: CAUSA: Utilização a frio de substâncias químicas deger-


mantes.
Tempo de exposição do instrumental para desinfecção é
de 30 minutos. TRATAMENTO: certas soluções usadas por tempo mais
prolongado, tornam-se corrosivas. A solução degermante
BROMETO DE LAURIL: (GERDEX) deverá ser trocada frequentemente e observado rigidamente
o tempo recomendado pelo fabricante ou substituído por outro
Tempo de exposição do instrumental : 30 minutos para
sistema de esterilização.
desinfecção e 04 horas para esterilização.
5) TIPO : Película ou manchas escuras sobre o ins-
Passa pelo processo de limpeza manualmente com esco-
trumental inoxidável
va de cerdas macias com detergente enzimático.

Conhecimentos Específicos 206 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
CAUSA: Esterilização de instrumentais cromados com A segurança dos laboratórios e dos métodos de trabalho
materiais inoxidáveis num mesmo pacote e até mesmo numa transcende aos aspectos éticos implícitos nas pesquisas com
mesma operação. manipulação genética. Medidas de biossegurança específicas
devem ser adotadas por laboratórios e aliadas a um amplo
TRATAMENTO: Recomenda-se que seja evitada a esteri-
plano de educação baseado nas normas nacionais e
lização dos dois artigos em uma mesma operação internacionais quanto ao transporte, à conservação e à
Quais são os tipos de corrosão mais comuns no instru- manipulação de microorganismos patogênicos.
mental? Como devo tratá-las? Normas tradicionais de segurança laboratorial enfatizam o
1) TIPO : Pontos de corrosão (“Pitting”). É o mais fre- uso de boas práticas de trabalho, de equipamentos de
quente. Progridem rapidamente e causam em pouco tem- contenção adequados, dependências bem projetadas e
po, a deterioração total do instrumento. controles administrativos que minimizem os riscos de uma
infecção acidental ou ferimentos em trabalhadores de
CAUSA: Provocada normalmente por íons halógenos que laboratório e que evitem a contaminação do meio ambiente.
atuam na superfície do instrumento. Provém de soluções
salinas, cloretos, iodo e também de resíduos orgânicos e de Embora os laboratórios clínicos e de pesquisas possam
secreções ou ainda de detergentes, desencrostantes ou solu- conter uma variedade de materiais biológicos, químicos e
ções desinfetantes sujas. TRATAMENTO: Se o contato direto radioativos perigosos, até o momento existem poucos
dos instrumentos com as soluções halógenas for inevitável, relatórios sobre o uso intencional de quaisquer desses
deve-se providenciar a imediata lavagem dos instrumentos. materiais para ferir trabalhadores de laboratório ou outras
pessoas.
2) TIPO : Fissura por tensões internas ou externas.
Não confundir com rachadura por esforço. Entretanto, há uma crescente preocupação sobre o
possível uso de materiais biológicos, químicos e radioativos
CAUSA: como agentes para o terrorismo. Em resposta a essas
utilização ou manipulação inadequada do instrumento; preocupações, as seguintes normas orientam essas questões
de segurança laboratorial (por exemplo, prevenção da entrada
tensões produzidas pelo brusco aumento ou diminuição de de pessoas não autorizadas em áreas laboratoriais e
temperatura durante a esterilização; prevenção da remoção não autorizada de agentes biológicos
perigosos).
presença de íons de cloro na água.
Os seguintes itens são oferecidos como normas para os
TRATAMENTO: Manter os instrumentos articulados e
laboratórios que usam agentes biológicos ou toxinas capazes
com cremalheira, sempre abertos no processo de lavagem e
de causarem doenças sérias ou fatais aos homens e aos
esterilização.
animais. A maioria desses laboratórios estaria trabalhando
3) TIPO : Corrosão nas articulações de pinças ou te- sob condições de níveis de biossegurança 3 ou 4 descritas
souras. nas seções II e III. Porém, os laboratórios de pesquisa, de
produção e os clínicos que trabalham com patógenos
CAUSA: Limpeza insuficiente em razão da dificuldade de recentemente identificados, patógenos animais de alto nível
se atingir a parte interna da articulação. e/ou toxinas não-cobertas pelas recomendações dos níveis
TRATAMENTO: Usar um removedor de oxidação especí- de biossegurança 3 ou 4 deverão também seguir essas
fico para remoção de crostas, manchas e oxidação conforme normas para minimizar as oportunidades de remoção
orientação do fabricante e lubrificar as partes móveis e juntas acidental ou inten-cional dos agentes de um laboratório.
dos instrumentos com um lubrificante à base de leite mineral
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS
neutro para proporcionar maleabilidade durante o uso e pre-
venir contra a oxidação. Fonte: Normas Gerais
http://www.erwinguth.com.br/html/cig9.php
Considerações Gerais
BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS
O Instituto de Química consciente da importância de
O imprevisível e diversificado comportamento das adotar ações efetivas no sentido do gerenciamento
doenças infecciosas emergentes e reemergentes tem de resíduos químicos em laboratórios, tanto do ponto
acarretado a discussão das condições de biossegurança nas de vista de responsabilidade civil quanto da forma-
instituições de ensino, pesquisa, desenvolvimento tecnológico ção de futuros profissionais da Química, resolve ins-
e de prestação de serviços. A despeito do avanço tituir as presentes Normas.
tecnológico, o profissional de saúde está frequentemente Como ponto de partida, institui-se a obrigatoriedade
exposto a riscos biológicos e de produtos químicos, cujo de incluir, em todos os projetos de pesquisa a serem
enfrentamento está consubstanciado na adequação das desenvolvidos (no todo ou em parte) nos laboratórios
instalações do ambiente de trabalho e na capacitação técnica IQ/UNESP, descrição detalhada do tratamen-
desses profissionais. O manejo e a avaliação de riscos são to/destinação que será dado aos resíduos químicos
fundamentais para a definição de critérios e ações e visam a gerados em tais projetos, que deverá obedecer, no
minimizar os riscos que podem comprometer a saúde do que couber, os ditames das normas a seguir discri-
homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos minadas.
trabalhos desenvolvidos.
Definições
A biossegurança constitui uma área de conhecimento
Resíduos são materiais considerados sem utilidade
relativamente nova, regulada em vários países por um
por seu possuidor.
conjunto de leis, procedimentos ou diretrizes específicas. No
Brasil, a legislação de biossegurança foi criada em 1995 e, Resíduo perigoso: material (substância ou mistura
apesar da grande incidência de doenças ocupacionais em de substâncias) com potencial de causar da-
profissionais de saúde, engloba apenas a tecnologia de nos a organismos vivos, materiais, estruturas
engenharia genética, estabelecendo os requisitos para o ou ao meio ambiente; ou ainda, que pode tor-
manejo de organismos geneticamente modificados. nar-se perigosa por interação com outros ma-
teriais

Conhecimentos Específicos 207 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Danos: explosão, fogo, corrosão, toxicidade a or- Considerar sempre a toxicidade (aguda e crônica), infla-
ganismos ou outros efeitos deletérios. mabilidade e reatividade, além da quantidade e con-
centração, obviamente
Em laboratórios químicos os resíduos perigosos
mais usuais compreendem: Compostos com características ácido-base pronunciadas
(pH < 6 ou pH > 8) deverão ser neutralizados antes
. solventes orgânicos do descarte
. resíduos de reações
. reagentes contaminados, degradados ou fora do Compostos com odor forte devem ser neutraliza-
prazo de validade dos/destruídos, diluídos pelo menos 1000 vezes com
. soluções-padrão água e depois descartados sob água corrente
. fases móveis de cromatografia
Orgânicos
Hierarquia no gerenciamento de resíduos químicos
em Laboratórios: Álcoois com menos de 5 carbonos

Inventário: O responsável pelo laboratório deve elaborar Dióis com menos de 8 carbonos
um inventário com os resíduos existentes (composi- Glicerol
ção e quantidade) naquele local. Uma lista contendo
uma estimativa da geração de resíduos (quantida- Açúcares
de/mês ou ano), também é muito importante. Aldeídos alifáticos com menos de 7 carbonos
Minimização: Amidas : RCONH2 e RCONHR c/menos de 5 carbonos
Substituição de substâncias perigosas por outras; ou mu- RCONR2 c/ menos de 11 carbonos
dança de processos. Devem ser adotadas sempre
que possível Aminas alifáticas com menos de 7 carbonos
Minimização/redução: procedimentos de re-utilização, re- Ácidos carboxílicos com menos de 6 carbonos e seus
cuperação e tratamento. Redução na quantida- sais de NH4+, Na+ e K+
de/frequência de utilização de substâncias/materiais
Ésteres com menos de 5 carbonos
perigosos
Cetonas com menos de 6 carbonos
Ações neste sentido deverão ser adotadas em todas as ativi-
dades (graduação e pesquisa) que envolverem substâncias Inorgânicos
químicas.
Cátions: Al(III), Ca(II), Cu(II), Fe(II), Fe(III), Li(I), Mg(II),
Segregação de resíduos perigosos Na(I), NH4+, Sn(II), Sr(II), Zn(II), Zr (II)
Definição de grupos de resíduos: deverão ser defini- Ânions: BO33- , B4O72-, Br-, CO32-, Cl-, HSO3-, I-,
dos considerando-se, além das peculiaridades do in- NO3-, PO43-, SO42-, SCN-, SO32-, OCN-
ventário, as características fisico-químicas, periculo-
sidade, compatibilidade e o destino final dos resí- Materiais assemelhados a resíduos domésticos
duos Compostos com DL50 > 500 mg/Kg, não inflamáveis ou
Tratamento e/ou destruição de resíduos no laborató- reativos, toxicidade crônica baixa
rio Alguns compostos que podem ser descartados no lixo
Destinação final efetuada por empresas especializa- Orgânicos:
das
açúcares, amido, aminoácidos e sais de ocorrência natu-
Neste documento, serão abordados apenas aspectos de ral ácido cítrico e seus sais (Na, K, Mg, Ca, NH4); á-
segregação, armazenamento e tratamento/destruição de cido lático e seus sais (Na, K, Mg, Ca, NH4)
resíduos em laboratório, que são operações que deverão ser
efetuadas no IQ. Inorgânicos:

Resíduos que podem ser descartados diretamente na Sulfatos, fosfatos, carbonatos: Na, K, Mg, Ca, Sr, Ba,
pia ou lixo NH4

Em geral, podem ser descartados diretamente na pia (a- Óxidos: B, Mg, Ca, Sr, Al, Si, Ti, Mn, Fe, Co, Cu, Zn
pós diluição-100x e sob água corrente) os compos- Cloretos: Na, K, Mg
tos solúveis em água (pelo menos 0,1g ou 0,1ml/3 ml
de água) e com baixa toxicidade. Para os orgânicos Fluoretos: Ca
é preciso que também sejam facilmente biodegradá-
Boratos: Na, K, Mg, Ca
veis. Quantidade máxima recomendável: 100 g ou
100 ml. Outros materiais de laboratório não contaminados com
o produtos químicos perigosos:
Compostos com PE <50 C não devem ser descartados
na pia, mesmo que extremamente solúveis em água adsoventes cromatográficos: sílica, alumina, etc
e pouco tóxicos
material de vidro
Misturas contendo compostos pouco solúveis em água,
em concentrações abaixo de 2% podem ser descar- papel de filtro
tadas na pia luvas e outros materiais descartáveis
Alguns compostos que podem ser descartados direta- Segregação de resíduos químicos
mente na pia:
A seguir estão arroladas as categorias mais comuns em
ATENÇÃO: que os resíduos devem ser separados. Substâncias que não
se enquadram nestas categorias devem ser avaliadas quanto

Conhecimentos Específicos 208 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a compatibilidade química e adicionadas a uma delas, ou resíduos destinados à incineração;
armazenadas em separado, conforme o caso.
resíduos de solventes orgânicos destinados à recupera-
Informações sobre toxicidade, reatividade e compatibilidade ção
de inúmeras substâncias químicas podem ser encontradas
em MSDS (Material Safety Data Sheets), diponíveis em vários Como regra geral os frascos de resíduos cheios não de-
sites da internet (alguns estão listados na Seção de Bibliogra- verão permanecer nos Laboratórios. Deverão ser
fia deste documento). Na Biblioteca do IQ também podem ser encaminhados para o Depósito de Resíduos, ou tra-
encontradas monografias da OMS para algumas substâncias. tados no próprio laboratório, conforme o caso.
A responsabilidade pela correta segregação dos resíduos é NÃO serão aceitos para armazenamento no Depósito de
do pesquisador (docente ou aluno PG/IC) que o gerou. Resíduos:
frascos com identificação incompleta ou inexistente
Classes de resíduos químicos que devem ser adotadas resíduos destinados a tratamento/destruição em laborató-
no IQ: rio (exceto recuperação de solventes)
Inorgânicos frascos inadequados para o tipo de resíduo
soluções aquosas de metais pesados frascos que não estejam adequadamente tampados
ácidos Os resíduos de metais destinados à recuperação deverão
bases ser armazenados e tratados nos próprios Departa-
mentos que os geraram.
sulfetos
Embalagens apropriadas:
cianetos
cada tipo de resíduo deve ser acondicionado em embala-
mercúrio metálico (recuperação) gem adequada às suas características.
sais de prata (recuperação) As embalagens plásticas (PE alta densidade) são preferí-
veis, exceto quando houve incompatibilidade com o
Orgânicos
resíduo.
Para descarte (incineração/co-processamento): Na falta de embalagem de PE, os frascos vazios de rea-
solventes não halogenados, < 5% água gentes/solventes, também poderão ser utilizados a-
pós tríplice enxague com água ou solvente apropria-
solventes não halogenados, > 5% água do (atenção às incompatibilidades com o resíduo que
solventes halogenados se pretende armazenar no frasco)

peróxidos orgânicos Não usar embalagens metálicas

pesticidas Armazenamento de resíduos no laboratório

Para recuperação (se houver possibilidade de for- Deverão ser armazenados nos laboratórios os resíduos
mação de misturas azeotrópicas, avaliar o cus- de metais para recuperação e os resíduos passíveis
to/benefício da recuperação) de tratamento/destruição (exceto solventes a recupe-
rar).
solventes clorados
Por questões de segurança, recomenda-se não acumular
acetatos e aldeídos grandes quantidades de resíduos no laboratório. O
ideal é que em cada local exista apenas um frasco,
ésteres e éteres
em uso, para cada tipo de resíduo e nenhum frasco
hidrocarbonetos cheio esperando ser tratado ou levado ao Depósito
de Resíduos.
álcoois e cetonas
Os frascos de resíduos deverão permanecer sempre
Rotulagem tampados
Todos os frascos contendo resíduos devem ser identifi- Os frascos para resíduos jamais devem ser rotulados a-
cados adequadamente. penas como "Resíduos". Mesmo para aqueles que
Cada frasco deverá ser acompanhado das respectivas não serão destinados ao Depósito de Resíduos, de-
Fichas de Resíduos, que deverão ser preenchidas ve ser adotada a rotulagem explicitada anteriormen-
no ato do descarte de resíduos naquele frasco. te.

Frascos sem rótulo, desacompanhados das fichas de Ao utilizar frascos de reagentes para os resíduos, tomar o
Resíduos, ou com informações parcial ou inadequa- cuidado de retirar completamente a etiqueta antiga,
damente preenchidas, não serão aceitos para arma- para evitar confusões na identificação precisa do seu
zenamento no Depósito de Resíduos. conteúdo.

Uso do Depósito de Resíduos Frascos destinados a resíduos ácidos e básicos deverão


ser armazenados em locais diferentes, para evitar
A responsável pelo recebimento e aceitação dos resíduos confusões no momento do descarte. O mesmo deve
para armazenamento no Depósito de Resíduos será ser feito para resíduos ácidos e orgânicos.
a Sra. Edna Samira B. Gobatti, da Seção de Apoio
Técnico Químico. NUNCA armazenar frascos de resíduos na capela

Serão aceitos para armazenamento no Depósito de Re- NUNCA utilizar embalagens metálicas para resíduos.
síduos, em frascos apropriadamente rotulados: Mesmo próximo à neutralidade, sólidos e líquidos
podem corroer facilmente este tipo de embalagem.

Conhecimentos Específicos 209 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
NÃO armazenar frascos de resíduos próximo a fontes de Finalizado o refluxo, neutraliza-se a solução e descarta-
calor ou água. se na pia se o resíduo não contiver outras substân-
cias tóxicas.
Frascos vazios de reagentes/solventes
Agentes oxidantes
Deverão passar por tríplice lavagem com água
hipocloritos, cloratos, bromatos, iodatos, periodatos, pe-
Após esta limpeza deverão ser encaminhados ao Setor róxidos e hidroperóxidos inorgânicos, cromatos e di-
de Apoio Técnico Químico cromatos, molibdatos, manganatos e permanganatos
Tratamento de resíduos em laboratório podem ser reduzidos por hiposulfito de sódio.
Regras Gerais: O excesso de hipossulfito deve ser destruído com H2O2.
Depois disso, diluir a 3% e descartar na pia
os resíduos que são passíveis de destruição/ neutraliza-
ção no próprio laboratório, para posterior descarte na Sulfetos inorgânicos
pia, não deverão ser acumulados . É sempre mais precipitar na forma de sulfeto de Fe(II), decantar,
fácil e menos perigoso o tratamento de pequenas
quantidades dos resíduos. O tratamento destes resí- o precipitado deve ser descartado nos resíduos de me-
duos deverá ser feito no próprio laboratório que os tais,
gerou, sob a responsabilidade de um docente
o sobrenadante pode ser descartado na pia após dilui-
Colocamos aqui os tratamentos para destruição, neutraliza- ção, se não contiver metais pesados/tóxicos
ção ou inertização das substâncias frequentemente encontra-
das em resíduos dos laboratórios do IQ. Procedimentos re- Metais finamente divididos (Al, Co, Fe, Mg, Mn, Ni, Pd,
comendados para outras substâncias, ou alternativas aos Pt, Ti, Sn, U, Zn, Zr, e suas ligas)
procedimentos aqui descritos, poderão ser encontrados nas suspender o pó em água, até formar uma pasta
obras citadas no ítem Bibliografia.
colocar em um recipiente metálico formando uma cama-
Todos os procedimentos, descritos a seguir, devem ser da fina
efetuados em capela com boa exaustão, fazendo-se uso
de equipamentos de proteção individual como avental, deixar secar ao ar. Conforme a mistura for secando, for-
luvas e óculos de segurança. É aconselhável a supervi- mar-se-ão, óxidos que não são pirofóricos
são de um docente. Descartar como resíduos de metal ou recuperar, depen-
Ácidos e bases: neutralizar com NaOH ou H2SO4 , res- dendo do metal
pectivamente, utilizar papel indicador ou gotas de fe- Outra alternativa: solubilizar com ácido e depois descar-
nolftaleína, para garantir que o pH da solução resul- tar como resíduo de metais
tante situe-se entre 6 e 8. Após a neutralização, des-
cartar lentamente na pia sob água corrente. Para so- Haletos metálicos que reagem violentamente com água
luções extremamente ácidas, como mistura sulfoní- (TiCl4, SnCl4, AlCl3, ZrCl4)
trica, por exemplo, utilizar cal na neutralização.
adicionar os haletos à água em um balão de 3 bocas,
Metais: tratar com soda cáustica (NaOH + Na2CO3) em com resfriamento (banho de gelo) e agitação cons-
excesso. Descartar a mistura nos tambores apropri- tante
ados para este fim que encontram-se no Depósito de
A solução resultante deve ser tratada com resíduo de
Resíduos.
metais
Cianetos: A destruição deve ser feita em capela com boa
Haletos e haletos ácidos de não-metais (BCl3, PCl3, SiCl4,
exaustão. O procedimento relatado a seguir é ade-
SOCl2, SO2Cl2, PCl3). O procedimento descrito abai-
quado para cianetos solúveis e insolúveis, não é re-
xo também pode ser utilizado na destruição de:
comendado para complexos com alta estabilidade.
RCOX, RSO2X , (RCO)2O
basificar o meio com NaOH não muito concentrado (pH
colocar em um balão de 3 bocas, provido de termômetro,
entre 10 e 11)
balão de adição e agitador mecânico, 600 ml de Na-
sob agitação adicionar hipoclorito de sódio ou cálcio OH 2,5 mol.l-1
- -1
(50% em excesso em relação ao CN em mol.l )
adicionar lentamente o resíduo sob agitação constante
manter sob agitação, na capela por cerca de 12 horas
se a temperatura aumentar com a adição do resíduo, de-
abaixar o pH com HCl até cerca de 8 ve-se continuar a dição do mesmosem aquecimento.
Se isto não ocorrer, aquecer o balão até cerca de 90
descartar lentamente na pia da capela, sob água corrente oC, antes de continuar a adição do resíduo
Acetonitrila (sozinha ou em misturas com água) continuar o aquecimento até que solução seja clara
dissolve-se cuidadosamente no resíduo de acetonitrila resfriar à temperatura ambiente
uma massa de NaOH que resulte numa relação mo-
lar 2:1 com a CH3CN. neutralizar a pH 7 e descartar na pia, lentamente e sob
água corrente
Mol NaOH = 50 g MolCH3CN = 51 g
-3 OBS:
dCH3CN = 0,805 g.cm
* PCl5 e outros sólidos, devem ser tratados em um bequer
mCH3CN = dCH3CN x Vresísuo (tendem a endurecer no balão) com gelo pela metade, depois
Após a dissolução do hidróxido, leva-se a mistura a um que o gelo derreter, se não solubilizou completamente, aque-
equipamento de refluxo com captação de amônia cer ligeiramente
(similar ao utilizado na determinação de N amoniacal * *S2Cl2 forma Na2S, deve passar pela destruição de sulfetos
por Kjeldhal), por 6 horas antes de ser descartado na pia

Conhecimentos Específicos 210 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Aminas aromáticas água ou de aço. Nas extremidades do travessão, dois outros
cutelos, cujas faces são paralelas ao do centro e orientados
Destruição em laboratório: oxidação por KMnO4 em meio no sentido inverso a este, sustentam os componentes sob os
ácido quais estão suspensos os pratos, um contendo pesos de
0,2 mol KMnO4 para 0,01 mol de amina, em H2SO4 2 massas conhecidas e padronizadas, o outro com o objeto a
-1
mol.l ser medido. Um ponteiro denominado fiel, preso ao centro do
travessão, move-se sobre uma escala colocada na parte
temperatura ambiente por 8 horas inferior do aparelho. A posição de equilíbrio se dá quando o
+ NaHSO4, para destruir o excesso de MnO4
- ponteiro está na vertical.

neutralizar com NaOH, diluir e descartar na pia sob água Alguns dos tipos de balança, de alta precisão, podem for-
corrente necer medições de 0,1 miligrama a alguns microgramas (um
micrograma = 10-6g). Em geral são protegidas da umidade
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS por caixas de vidro e contam com amortecedores para dimi-
nuir a oscilação do fiel.
Estufa
As balanças analíticas são projetadas para medir com exa-
O tomate, fruto típico de climas quentes, pode ser cultivado tidão trabalhos executados em laboratório. A macrobalança
no rigoroso inverno do Reino Unido, e a tulipa, que simboliza analítica mede cargas de 200g até o mínimo de 0,1mg, en-
os frios Países Baixos, pode florescer no tórrido verão de quanto que, na microbalança analítica, as medições vão de
Burkina Faso, graças à estufa. 0,1mg até próximas ao micrograma.
Estufa é uma galeria envidraçada cuja finalidade é obter As modernas balanças eletrônicas têm precisão muito su-
uma atmosfera favorável ao cultivo de certas plantas fora da perior à das balanças mecânicas. Nesses equipamentos, um
estação propícia ou de sua região natural. Originou-se a partir detector mede o deslocamento do prato onde se acha o obje-
da experiência dos camponeses e lavradores das zonas tem- to a ser pesado e, com o auxílio de um amplificador ou de um
peradas, ao observarem que os frutos cultivados em encostas computador, uma corrente é gerada, movimentando o prato
ensolaradas se desenvolviam com maior rapidez. No Reino até sua posição original. A magnitude dessa corrente é pro-
Unido, desde tempos remotos se difundiu a prática de cultivar porcional ao peso do objeto e esse valor é lido numa tela
parreiras junto a muros bem expostos ao sol. Surgiu daí a digital. Esse instrumento permite determinar, além da massa,
ideia de dar inclinação adequada aos muros, para que os o peso médio e o teor de umidade de uma amostra ©Ency-
raios solares incidissem mais diretamente sobre as parreiras. clopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Mais tarde, para proteger os renovos e folhas tenras contra
ventos frios e geadas, passou-se a cobrir de vidro a latada. Autoclave
Se o calor do sol era insuficiente, colocavam-se dispositivos É o equipamento utilizado para o tratamento de inativação
de aquecimento. Chegou-se assim ao projeto da estufa, tal biológica de resíduos sólidos de serviços de saúde.
como se conhece hoje.
SUA AÇÃO ESTERILIZADORA SE DÁ PELA TERMOCO-
As estufas podem ser usadas tanto nos climas frios quanto AGULAÇÃO DAS PROTEÍNAS BACTERIANAS.
nos quentes. Neste último caso, denomina-se estufa fria.
Ambos os tipos têm larga aplicação. Podem ser usadas para Este é o processo de esterilização indicado para a maioria
o cultivo de flores, para acelerar a produção de hortaliças, dos instrumentos cirúrgicos. Vapor saturado sob pressão.
formar sementeiras ou abrigar mudas, que serão transplanta- Agente esterilizante : CALOR + UMIDADE . Umidade 100%
das na época propícia. Podem também abrigar coleções de relativa (saturação). Penetração do vapor saturado que con-
plantas valiosas ou servir à exposição de plantas ou flores. densa o calor + precipitação da umidade (umidifica o microor-
ganismo,amolecendo até a quebra capsular, destruindo os
Aplicação mais recente da estufa é o estudo da fisiologia esporos).
vegetal e da ecologia, uma vez que permite variar amplamen-
te os fatores de crescimento, como temperatura, umidade, Validade da esterilização: 7 à 15 dias. O perfeito funcio-
qualidade, intensidade e duração da iluminação, a fim de namento da Autoclave deve ser frequentemente confirmado e
obter a reprodução artificial das variações climáticas e nutriti- serem sempre observadas:
vas a que estão submetidas as plantas nos diferentes ambi-
Corrosão nas tubulações; presença de sinais de oxidação;
entes naturais, ou mesmo a combinação de condições de
partículas metálicas; presença de óleo e o vapor utilizado na
ordem puramente experimental. Tais unidades denominam-se
esterilização deve estar isento de toda impureza (através da
fítotrons e seu manejo desenvolveu-se numa especialidade, a
utilização de água desmineralizada ou destilada, do contrário,
fitotrônica.
podem produzir corrosão e manchas nos instrumentos. Para
A técnica da construção de estufas leva em consideração evitar incidentes dessa natureza deve-se seguir fielmente as
determinadas condições, como a boa iluminação e a ventila- recomendações de operação do fabricante da Autoclave. Os
ção adequada, pois a regulagem da circulação do ar é essen- instrumentos devem ser dispostos em bandejas abertas forra-
cial para manter a temperatura e umidade desejadas. É tam- das com campos cirúrgicos, caixas furadas ou cestos arama-
bém fundamental a perfeita drenagem da estufa e sua colo- dos em aço inoxidável, envolvidas externamente com tecido
cação a salvo de gases tóxicos. Deve-se fazer um exame não tecido. Deixar espaço dentro do rack entre um material e
permanente para evitar goteiras, vidros partidos, aquecimento outro para haver circulação do agente esterilizante. As válvu-
ou resfriamento excessivos. ©Encyclopaedia Britannica do las, manômetros e registros devem operar corretamente,
Brasil Publicações Ltda. tendo certa relação entre si. A pressão do vapor desde a
caldeira até a Autoclave deverá ser mantida no nível reco-
Balança mendado pelo fabricante. Recomenda-se a instalação de filtro
de vapor. na alimentação da Autoclave, com capacidade de
filtragem de material particulado (para solucionar o problema
Balança é um aparelho destinado a medir a massa dos de manchas e corrosão em instrumentos e pacotes molha-
corpos. O tipo de balança mais conhecido é o que possui dois dos).
braços iguais e uma haste rígida metálica (travessão) apoiada
em seu ponto central por um prisma triangular (cutelo), per- Evitar abrir prematuramente a Autoclave. Isto leva ao
pendicular ao eixo da haste e que repousa sobre um plano de surgimento de ar frio no interior do compartimento do esterili-

Conhecimentos Específicos 211 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
zador, resultando em rápida condensação do vapor que irá Trabalha com resinas de troca iônica (catiônica e aniônica)
depositar resíduos nos instrumentos, manchando-os. que estão na mesma coluna, de fácil instalação e manuseio.
Evitar abrir a Autoclave rapidamente. Deixe todo o vapor A lâmpada vermelha da célula condutimétrica indica quan-
sair primeiro e que o ciclo de secagem se complete, princi- do há a necessidade da troca da coluna de resina.
palmente se a Autoclave se dispor de bomba à vácuo.
Equipamento indispensável para recarga de cartuchos,
Evite exceder a temperatura e o tempo recomendado filtra a água e retira através de reações químicas os metais
para a esterilização. Normalmente, o instrumental deve ficar pesados como Nitrato, Fosfato, Cobre entre outros.
em Autoclave convencional durante 30 minutos à uma tempe-
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994
ratura de 121°C a 132°C. Resfriamento : processo gradativo.
Não colocar o material retirado da Autoclave direta e sobre a Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público
superfície fria. Forrar a superfície com vários campos. Civil do Poder Executivo Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribui-
Em ambos os casos o tempo de penetração + tempo de ções que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo
exposição conta a partir do momento em que se atingiu a em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos
temperatura da esterilização. arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de
ESTUFA OU FORNO DE PASTEUR
1992,
SUA AÇÃO ESTERILIZANTE RESULTA EM DESTRUI- DECRETA:
ÇÃO BACTERIANA QUE SE DÁ PELA OXIDAÇÃO CELU- Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do
LAR. Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com
este baixa.
Os instrumentos que tenham algum componente de mate- Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública
rial têxtil ou de borracha não podem ser esterilizados pelo Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as
calor seco. Na Estufa, os instrumentos devem ser colocados providências necessárias à plena vigência do Código de Éti-
em caixas metálicas furadas e fechadas de preferência, com ca, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão
o fundo forrado de papel alumínio tendo a sua face mais bri- de Ética, integrada por três servidores ou empregados titula-
lhante voltada para cima. Este é o processo indicado para res de cargo efetivo ou emprego permanente.
esterilizar instrumentos de corte, portanto as tesouras devem Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética
ficar na posição semi-aberta e devem ter as suas superfícies será comunicada à Secretaria da Administração Federal da
de corte (parte-ativa) protegidas com gazes, que além de Presidência da República, com a indicação dos respectivos
permitir a ação do agente esterilizante, não alterem a qualida- membros titulares e suplentes.
de e capacidade de corte dos mesmos. A estufa deverá ser Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua pu-
aquecida à temperatura indicada antes da colocação das blicação.
caixas de instrumentos e o tempo de esterilização deve ser Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e
contado a partir do instante em que o termômetro acusar a 106° da República.
temperatura escolhida. Os instrumentos devem ser protegidos ANEXO
com invólucros adequados e de forma à permitir que o ar Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
circule livremente na câmara. Poder Executivo Federal
Para instrumentos cirúrgicos, o tempo de exposição é de CAPÍTULO I
120 minutos à temperatura de 170 (C. Seção I
Das Regras Deontológicas
Nunca ultrapassar essa temperatura. É pouco utilizado em I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consci-
hospitais, porém é mais utilizado em consultórios médicos e ência dos princípios morais são primados maiores que devem
odontológicos. nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou fun-
ção, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do
Espectrofotômetro
próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes
A operação de um espectrofotômetro é basicamente de i- serão direcionados para a preservação da honra e da tradição
luminar a amostra com luz branca e calcular o montante de dos serviços públicos.
luz que é refletido pela amostra em cada intervalo do compri- II - O servidor público não poderá jamais desprezar o
mento de onda. Tipicamente os dados são medidos para 31 elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir
intervalos de comprimento de onda centrados em 400 nm, somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveni-
410 nm, 420 nm, ....., 700 nm. Isto é feito passando-se a luz ente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas prin-
refletida através de filtros de interferência ou de grade de cipalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as
difração que dividem a luz em intervalos separados de com- regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Fe-
primentos de onda. O instrumento é calibrado usando-se uma deral.
cerâmica branca cuja refletância em cada comprimento de III - A moralidade da Administração Pública não se limi-
onda seja conhecida e comparada a uma superfície que per- ta à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da
mita uma perfeita difusão. A refletância de uma amostra é idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre
expressa entre 0 e 1 (como uma fração) ou entre 0 e 100 a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é
(como uma percentagem). É importante compreender que os que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
valores de refletância obtidos são valores relativos e, para IV- A remuneração do servidor público é custeada pe-
amostras não fluorescentes, são independentes da qualidade los tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por
e quantidade de luz usada para iluminar a amostra. ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a
moralidade administrativa se integre no Direito, como elemen-
Deionizador to indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-
São próprios para obtenção de água desmineralizada ou se, como conseqüência, em fator de legalidade.
deionizada com alto grau de pureza química, removendo os V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público pe-
sais minerais a uma vazão de 50 l/h com condutividade abai- rante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao
xo de 3µ siemens dando-lhes uma pureza iônica superior a da seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da
água bi-destilada, com baixo consumo de energia. sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como
seu maior patrimônio.

Conhecimentos Específicos 212 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
VI - A função pública deve ser tida como exercício pro- f) ter consciência de que seu trabalho é regido por prin-
fissional e, portanto, se integra na vida particular de cada cípios éticos que se materializam na adequada prestação dos
servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta serviços públicos;
do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminu- g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção,
ir o seu bom conceito na vida funcional. respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investiga- os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de
ções policiais ou interesse superior do Estado e da Adminis- preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor,
tração Pública, a serem preservados em processo previamen- idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se,
te declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de dessa forma, de causar-lhes dano moral;
qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor
moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético de representar contra qualquer comprometimento indevido da
contra o bem comum, imputável a quem a negar. estrutura em que se funda o Poder Estatal;
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor i) resistir a todas as pressões de superiores hierárqui-
não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos inte- cos, de contratantes, interessados e outros que visem obter
resses da própria pessoa interessada ou da Administração quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-
o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da men- las;
tira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigên-
quanto mais a de uma Nação. cias específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo de- l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que
dicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disci- sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo
plina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou negativamente em todo o sistema;
indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e
forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimô- qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo
nio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não as providências cabíveis;
constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações n) manter limpo e em perfeita ordem o local de traba-
ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que lho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização
dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e e distribuição;
seus esforços para construí-los. o) participar dos movimentos e estudos que se relacio-
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera nem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por
de solução que compete ao setor em que exerça suas fun- escopo a realização do bem comum;
ções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequa-
espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza das ao exercício da função;
apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas q) manter-se atualizado com as instruções, as normas
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce
públicos. suas funções;
XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às or- r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as
dens legais de seus superiores, velando atentamente por seu instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função,
cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez,
repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, mantendo tudo sempre em boa ordem.
às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo im- s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por
prudência no desempenho da função pública. quem de direito;
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu lo- t) exercer com estrita moderação as prerrogativas fun-
cal de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, cionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo con-
o que quase sempre conduz à desordem nas relações huma- trariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço
nas. público e dos jurisdicionados administrativos;
XIII - 0 servidor que trabalha em harmonia com a estru- u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função,
tura organizacional, respeitando seus colegas e cada conci- poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse
dadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois público, mesmo que observando as formalidades legais e não
sua atividade pública é a grande oportunidade para o cresci- cometendo qualquer violação expressa à lei;
mento e o engrandecimento da Nação. v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua
Seção II classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando
Dos Principais Deveres do Servidor Público o seu integral cumprimento.
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: Seção III
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, fun- Das Vedações ao Servidor Público
ção ou emprego público de que seja titular; XV - E vedado ao servidor público;
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades,
rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resol- tempo, posição e influências, para obter qualquer favoreci-
ver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas mento, para si ou para outrem;
ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros
serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim servidores ou de cidadãos que deles dependam;
de evitar dano moral ao usuário; c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, co-
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a in- nivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao
tegridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver Código de Ética de sua profissão;
diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o e-
bem comum; xercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condi- dano moral ou material;
ção essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da cole- e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao
tividade a seu cargo; seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços a- seu mister;
perfeiçoando o processo de comunicação e contato com o f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, ca-
público; prichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no

Conhecimentos Específicos 213 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou a) H0
com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; b) H-
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qual- c) e+
quer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, d) e-
doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares e) H+
ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou
para influenciar outro servidor para o mesmo fim; 04. A diferença estrutural entre um ácido e uma base conju-
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva gados consiste em:
encaminhar para providências; a) um elétron
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite b) um nêutron
do atendimento em serviços públicos; c) um próton
j) desviar servidor público para atendimento a interesse d) dois nêutrons
particular; e) dois elétrons
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente
autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao 05. (PUC) Segundo Brönsted-Lowry, um ácido é uma base
patrimônio público; conjugada, diferem entre si por:
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no a) um próton
âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de paren- b) uma hidroxilia
tes, de amigos ou de terceiros; c) um hidroxônio
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele d) um par de elétrons
habitualmente; e) uma ligação covalente
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente
contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa hu- 06. (UFB) Entre as afirmativas abaixo, relacionadas com
mana; ácidos e bases, a única correta é:
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu a) a base conjugada de um ácido forte é base forte;
nome a empreendimentos de cunho duvidoso. b) a base conjugada de um ácido fraco é uma base forte;
CAPÍTULO II c) um ácido e sua base conjugada reagem para formar sal
DAS COMISSÕES DE ÉTICA e água;
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administra- d) o ácido H2O funciona como a sua própria base conjuga-
ção Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, da;
ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições e) n.d.a.
delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comis-
são de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a 07. (ITA) “Ácido é uma substância capaz de receber 1 par de
ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas elétrons”.
e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concre- A definição acima corresponde à proposta de:
tamente de imputação ou de procedimento susceptível de a) Arrhenius
censura. b) Brönsted
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos or- c) Lavoisier
ganismos encarregados da execução do quadro de carreira d) Lewis
dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o e) Ostwald
efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os
demais procedimentos próprios da carreira do servidor públi- 08. Ag+ é um ácido:
co. a) de Arrhenius
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comis- b) de Brönsted
são de Ética é a de censura e sua fundamentação constará c) de Lewis
do respectivo parecer, assinado por todos os seus integran- d) nas três teorias
tes, com ciência do faltoso. e) Ag+ não é um ácido
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento éti-
co, entende-se por servidor público todo aquele que, por força 09. NH3 é uma base:
de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de a) de Arrhenius
natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que b) de Brönsted
sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indire- c) de Lewis
tamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarqui- d) nas três teorias
as, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as em- e) NH3 não é uma base
presas públicas e as sociedades de economia mista, ou em
qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. 10. (PUC) Um ácido de Lewis deve ter:
a) hidrogênio ionizável
b) oxigênio em sua molécula
PROVAS SIMULADAS c) baixa densidade eletrônica
d) larga densidade eletrônica
e) caráter iônico
PROVA SIMULADA I
Resolução:
01. Escrever a equação da reação que ocorre quando se 01. Seja a reação de ionização do HCN:
dissolve cianeto de hidrogênio em água. Indicar quais HCN + H2O DH3O+ + CN-
espécies químicas são ácidos de Brönsted e quais são Ácidos de Brönsted:HCN e H3O+
bases de Brönsted. Bases de Brönsted: H2O e CN-

02. No processo: HF + H2O - H3O+ + F-, determine os pares 02. próton


conjugados de acordo com a teoria de Brönsted-Lowry: HF + H2O¾¾ - H3O+ + F-
ácido1base1 ácido2 base2
03. Um próton pode ser representado por: 1° par conjugado: HF e F-

Conhecimentos Específicos 214 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2° par conjugado: H2O e H3O meio ambiente (chuva ácida).
03. E Um dos danos ao meio ambiente diz respeito a corrosão
04. C de certos materiais. Considere as seguintes obras:
05. A I) monumento Itamarati - Brasília (mármore).
06. B II) esculturas de Aleijadinho - MG (pedra-sabão, contém
07. D carbonato de cálcio).
08. C III) grades de ferro ou alumínio de edifícios
09. C a) Em quais materiais pode acontecer a ação corrosiva da
10. C chuva ácida?
http://www.coladaweb.com/ b) Quais os ácidos que mais contribuem para a chuva áci-
da?
PROVA SIMULADA II
07. A introdução no conhecimento humano, de dois dos
01. Completar a seguinte sequência de equações, com o conceitos mais fundamentais em química, a saber, o
objetivo de indicar a formação de ácido nítrico: conceito de átomo e do elemento, não é recente. Apare-
N2(g) + O2(g) ® 2NO(g) ceram já por volta do século V a.C.. Para alguns filósofos
NO(g) + ½ O2(g) ® NO2(g) gregos daquela época, as coisas seriam formadas por
apenas quatro elementos: a água, o ar, a terra e o fogo;
02. Escrever as equações das reações que ocorrem na os corpos seriam constituídos por partículas sólidas, in-
fabricação do ácido sulfúrico, a partir do enxofre. visíveis, em constante movimento, que não poderiam ser
cortadas ou divididas - os átomos. O termo átomo rela-
03. Na reação Fe3O4 + 4 CO ¾®3Fe + 4 CO2, utilizada na ciona-se com esta última característica, a indivisibilidade.
siderurgia para a obtenção de ferro metálico, A respeito da conceituação atual do elemento químico e
a) O carbono e ferro são oxidados. átomo, é correto afirmar:
b) O carbono e ferro são reduzidos. (01) Os átomos são partículas em constante movimento, que
c) O ferro e o oxigênio são reduzidos. se combinam para formar as substâncias químicas.
d) O ferro é oxidado e o carbono reduzido. (02) Embora ainda utilizado, o termo átomo não é apropriado,
e) O ferro é reduzido e o carbono é oxidado. por designar uma partícula atualmente
considerada divisível.
04. (04) São hoje pouco mais de uma centena de elementos
Combustível Calor de combustão (kcal/g) químicos, alguns deles obtidos em laboratório.
(08) A cada elemento químico corresponde um determinado
hidrogênio 28,7 tipo de átomo, caracterizado pelo número de prótons do
gasolina 11,5 seu núcleo.
etanol 6,4 (16) A água não é um elemento químico, mas uma mistura de
oxigênio e hidrogênio; o ar é um composto formado pe-
Compare as qualidades de cada um dos três combustí- los elementos nitrogênio e oxigênio.
veis, levando em conta seu poder energético e o impacto (32) Dos quatro elementos citados pelos gregos, apenas o
ambiental decorrente do seu uso. Justifique. fogo é ainda hoje considerado um elemento químico.

05. Uma sonda espacial pousou na superfície de um planeta Resolução:


do nosso universo cuja temperatura ambiente e pressão 01. Processo do arco voltaico: N2(g) + O2(g) - 2NO(g)
atmosférica são, respectivamente, de 25°C e 1,5 atm. NO(g) + ½ O2(g) - NO2(g)
Amostras coletadas forneceram dados que podem ser
Resp.: 1 NO2(g) + H2O(l) HNO3 + HNO2
resumidos assim:
ou
I. A atmosfera do planeta é composta por uma mistura
equimolar de dois gases. O gás X é uma substância 3 NO2(g) + H2O(l) 2 HNO3 + NO
simples diatômica e o gás Y é uma substância composta
por 3 átomos de 2 elementos da tabela periódica. 02. S + O2 ® SO2
II. O solo do planeta é rico em uma substância sólida e
solúvel em água. A substância no estado sólido não
conduz eletricidade mas a conduz quando fundida. SO2 + ½O2 SO3
III. Amostras de um líquido encontrado na superfície do
planeta revelaram que se trata de uma substância tam- SO3 + H2O - H2SO4
bém solúvel em água. O líquido não conduz eletricidade, 03. E
mas sua solução aquosa conduz. 04. O combustível que apresenta o maior poder energético e
Qual das afirmativas é verdadeira? nenhum impacto ambiental é o hidrogênio, pois possui
a) O gás X é necessariamente uma substância apolar. maior calor de combustão e sua queima produz água
b) O gás Y não pode ser uma substância apolar. que não é poluente. Tanto a gasolina quanto o etanol,
c) O sólido analisado é provavelmente uma substância quando queimados, produzem gases poluentes, logo
apolar e definitivamente iônico. afetariam o ambiente, com baixo poder energético em re-
d) O líquido analisado é provavelmente uma substância lação ao hidrogênio.
polar e definitivamente iônico. 05. A
e) Ambos os gases são necessariamente substâncias sóli- 06. a) Todos
das. b) H2SO4 e HNO3
07. (01) Correto
06. Um dos problemas ambientais decorrentes da industriali- (02) Correto
zação é a poluição atmosférica. Chaminés altas lançam (04) Correto
no ar, entre outros materiais, o dióxido de enxofre (SO2) (08) Correto
que pode ser transportado por muitos quilômetros em ( 16) Errado. A água é uma substância composta formada
poucos dias. Dessa forma, podem ocorrer precipitações pelos elementos hidrogênio e oxigênio, enquanto o ar é
ácidas em regiões distantes, causando vários danos ao

Conhecimentos Específicos 215 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
uma mistura de gases: nitrogênio, oxigênio, argônio, gás 08. A figura ao lado representa uma ligação:
carbônico.
(32) Errado. O fogo não é elemento químico. É uma
mistura de gases a alta temperatura.
a) sigma (s – s)
PROVA SIMULADA III b) sigma (p – p)
c) sigma (s – p)
d) pi
Exercícios sobre ligações químicas e fórmulas estruturais
e) sigma ou pi
01. Com referência à molécula H2S, forneça:
a) Distribuição eletrônica fundamental de cada elemento (H
09. A figura abaixo representa uma ligação:
= 1; S = 16)
b) Fórmula eletrônica.

02. (PUC) Os elétrons que diferenciam o cálcio (Z = 20) de


seu cátion bivalente estão situados no subnível: a) sigma (s – p)
a) 3s b) pi
b) 3p c) pi ou sigma
c) 4s d) sigma (p – p)
d) 3d e) sigma (s – s)
e) 4p
A questão 10 deve ser respondida pelas alternativas:
03. (UFRS) “Para a formação da ligação, duas condições a) sigma (s – s)
são necessárias: um par de elétrons com spins opostos b) sigma (s – p)
e um orbital estável em cada átomo. A força de ligação é c) sigma (p – p)
qualitativamente proporcional à interpenetração das nu- d) s (p – p) e pi
vens de carga dos dois átomos.”
O texto refere-se à ligação: 10. A molécula de H2 tem ligação:
a) iônica Resolução:
b) metálica 01. a) 1H – 1s1
c) covalente
d) por forças de Van der Waals 16S – 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4
e) por pontes de hidrogênio ==
b) H · · S · · H
04. Um orbital que pertence a um só átomo denomina-se:
a) orbital atômico · ·
b) orbital s 02. C
c) orbital molecular 03. C
d) orbital sigma 04. A
e) orbital pi 05. B
06. B
A questão 05 refere-se ao texto: 07. A
“Chamaremos de orbital ligante, de maneira simplificada, 08. C
ao orbital que possui um único elétron e que entrará em 09. D
uma ligação covalente.” 10. A
05. O carbono, no estado fundamental, apresenta um núme-
ro de orbitais ligantes igual a: PROVA SIMULADA IV
a) 1
b) 2
Exercícios sobre cinética química
c) 3
01. Aplique a equação de Gulberg Waage (lei da ação das
d) 4
massas) às reações apresentadas:
e) 5
a) 2 N2(g) + 3 O2(g) ® 2 N2O3(g)
b) 2 NO2(g) ® N2O4(g)
A questão 06 refere-se ao texto:
“Chamaremos de orbital ligante, de maneira simplificada,
02. Numa reação temos x moles / l de H2 e y moles / l de
ao orbital que possui um único elétron e que entrará em
O2. A velocidade da reação é V1. Se dobrarmos a con-
uma ligação covalente.”
centração de hidrogênio e triplicarmos a de oxigênio, a
06. No cloro, em sua configuração fundamental, o orbital
velocidade passa a V2.
ligante é do tipo:
Qual a relação V1 / V2?
a) s
Dado: 2H2 + O2 ® 2H2O
b) p
a) V2 = 2 V1
c) d
b) V2 = 4 V1
d) f
c) V2 = 12 V1
e) s ou p
d) V2 = 24 V1
e) V2 = 6 V1
07. O hélio, em sua configuração normal, apresenta orbitais
ligantes em número de:
03. (FIT - MG) Em determinada experiência, a reação de
a) 0
formação de água está ocorrendo com o consumo de 4
b) 1
mols de oxigênio por minuto. Consequentemente, a ve-
c) 2
locidade de consumo de hidrogênio é de:
d) 3
a) 8 mols/minuto
e) 4
b) 4 mols/minuto

Conhecimentos Específicos 216 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c) 12 mols/minuto
d) 2 mols/minuto PROVA SIMULADA V
e) n.d.a.
Exercícios sobre eletroquímica
04. (OSEC) Em uma reação, o complexo ativado:
a) possui mais energia que os reagentes ou os produtos. 01. (PUC) Na pilha eletro-química sempre ocorre:
b) age como catalisador. a) oxidação do cátodo.
c) sempre forma produtos. b) movimento de elétrons no interior da solução eletrolítica.
d) é composto estável. c) reação com diminuição de calor.
e) possui menos energia que os reagentes ou os produtos. d) passagem de elétrons, no circuito externo, do ânodo
para o cátodo.
05. (MAUÁ) Por que o catalisador altera velocidade de uma e) reação de neutralização.
reação?
02. (MACK) Em uma pilha com eletrodos de zinco e de co-
06. (FEI) É incorreto dizer-se que um catalisador, bre, com circuito fechado, ocorre:
01. altera a energia de ativação de uma reação a) o potencial do eletrodo de zinco diminui e o do cobre
02. altera a velocidade de uma reação aumenta;
04. altera o DH da reação b) o potencial do dois eletrodos diminui;
c) o potencial do eletrodo de zinco aumenta e o do cobre
07. (UnB) Assinale as opções corretas: diminui;
01. O catalisador afeta a velocidade de uma reação porque d) o potencial dos dois eletrodos aumenta;
aumenta o número de moléculas com energia cinética e) o potencial dos dois eletrodos não se altera.
maior ou igual à energia de ativação da reação.
02. A temperatura afeta a velocidade de uma reação porque 03. (USP) Considere as seguintes semi-reações e os respec-
muda a energia de ativação da reação. tivos potenciais normais de redução (E0):
04. A concentração dos reagentes afeta a velocidade de Ni+3 + 2e- ¾¾® Ni0E0 = -0,25 V
uma reação porque há alteração no número de colisões Au+3 + 3e- ¾¾®Au0E0 = 1,50 V
efetivas. O potencial da pilha formada pela junção dessas duas
08. Uma reação ocorre quando há colisão efetiva entre as semi-reações será:
moléculas reagentes, numa orientação apropriada. a) +1,25 V
08. Justifique sua RESPOSTA ao item 08 da questão ante- b) –1,25 V
rior. c) +1,75 V
d) –1,75 V
09. (SANTA CASA) A reação hipotética 2X + 2Y ® P + Q e) +3,75 V
poderá ocorrer segundo o seguinte mecanismo:
04. (MACK) A reação que ocorre em uma pilha é represen-
X + Y ® Z + W .............................. V1 tada pela seguinte equação: Mn + Cu++ ® Mn++ + Cu
Sabendo-se que o potencial de óxido-redução do man-
X + Z ® P ...................................... V2 ganês é igual a +1,05 volts e o do cobre é igual a –0,35
volts, e admitindo-se que a concentração dos íons é uni-
W + Y ® Q .................................... V3 tária, a voltagem da pilha será:
(soma): 2X + 2Y ® P + Q .......................... V4 a) 0,70 volts
onde V são as velocidades das reações expressas em mol b) –1,40 volts
. l-1 . s-1. c) 1,40 volts
Admitindo que V1 = V3 > V2, a velocidade global, V4, de- d) –0,70 volts
verá ser mais próxima de: e) n.d.a.
a) V1 + V2
b) V2 05. (SANTA CASA) Dentre as espécies químicas representa-
c) V3 das abaixo através de semi-reações:
d) V3 – V2 Potencial padrão de Redução
e) 2V1 + V2 Semi-reações
(volt)
10. Justifique sua resposta ao teste anterior. Na+ + e- ® Na - 2,7
Cu + + e- ® Cu +0,5
Resolução: ½ Cl2 + e- ® Cl- +1,4
01. a) V = k [N2]2 [O2]3 Qual, nas condições padrão, é a mais oxidante?
b) V = k [NO2]2 a) Na
02. C b) Cu
03. A c) Na+
04. A d) Cu+
05. Porque diminui a energia de ativação dos reagentes. e) Cl2
06. 4
07. 12 06. (FUVEST) Considere os potenciais padrões de redução:
08. CERTA, a reação ocorre quando moléculas ativadas Semi-reação (em solução aquosa)potencial (volt)
energicamente chocam-se numa orientação apropriada, Ce4+ + 1e- ® Ce3++1,61
isto é, que possibilite a quebra de ligações nos reagen- Sn4+ + 2e- ® Sn2+ +0,15
tes. Qual das reações deve ocorrer espontaneamente?
09. B a) Ce4+ + Sn4+ ® Ce3+ + Sn2+
10. A velocidade da reação global só depende da etapa b) 2Ce4+ + Sn2+ ® 2Ce3+ + Sn4+
lenta e se V1 = V3 > V2, a etapa lenta é V2; logo: V4 = c) Sn4+ + Ce3+ ® Ce4+ + Sn2+
V2. d) Ce3+ + Sn2+ ® Ce4+ + Sn4+

Conhecimentos Específicos 217 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
07. (FUVEST) Na reação espontânea do exercício anterior, d) 0,01
o oxidante e o redutor são, respectivamente: e) n.d.a.
a) Ce4+ e Sn+2
b) Ce4+ e Sn4+ 04. (MED – POUSO ALEGRE) Concentração molal, é:
c) Ce3+ e Sn2+ a) Equivalente-grama de soluto por litro de solvente;
d) Sn2+ e Ce4+ b) Mol de soluto por litro de solvente;
e) n.d.a. c) Mol de soluto por 1 000 g de solvente;
d) 100 g de soluto por 1 000 g de solvente.
08. (PUC) Conhecendo-se as seguintes equações de meia-
célula e os respectivos potenciais padrão do eletrodo 05. (ITA) Deseja-se calcular a fração molar do soluto de uma
(E0): solução aquosa 0,50 molal desse soluto. Sabe-se que o
Sn++ + 2e- ® Sn0E0 = -0,14 volts peso molecular da água vale 18,0.
Ag+ + e- ® Ag0 E0 = +0,80 volts Qual é a melhor opção:
Podemos concluir que a pilha eletroquímica que funciona a) O cálculo somente será possível se for dado o peso
segundo a reação: Sn0 + 2 Ag+ ® Sn++ + 2 Ag0 Apre- molecular do soluto.
sentará, nas condições padrões, a seguinte diferença de b) O cálculo somente será possível se forem dadas as
potencial: condições de pressão e de temperatura.
a) 0,54 volts c) O cálculo somente será possível se for dada a densidade
b) 0,66 volts da solução.
c) 0,94 volts d) O cálculo somente será possível se for dada a fração
d) 1,46 volts molar do solvente.
e) 1,74 volts e) Não falta nenhum dado para o cálculo pedido.

09. (MACK) Uma cela eletroquímica é constituída pelas 06. (UBERLÂNDIA) A concentração de ácido acético
semicelas Cr // Cr+3 e Ag // Ag+ cujos valores potenciais (C2H4O2) no vinagre é da ordem de 0,83 M. Aproxima-
E0 são: damente, quantos gramas desse ácido há em 1 litro de
Cr(s) ® Cr+3(aq) + 3e- E0 = +0,75 volts vinagre? Dados: C = 12; H = 1; O =16
Ag (s) ® Ag+(aq) + e- E0 = -0,80 volts a) 10 g
Quando a cela está em funcionamento, á FALSA a afir- b) 20 g
mação de que: c) 30 g
a) O eletrodo, onde ocorre oxidação é o ânodo da cela. d) 40 g
b) A voltagem da cela é de 1,55 volts. e) 50 g
c) O cromo metálico reage e forma Cr+3.
d) Os íons negativos e positivos se movimentam através da 07. (MED – ITAJUBA) Quantos gramas de Na3PO4 (PM =
solução, mas em direções opostas. 164) são necessárias para preparar 5,0 litros de uma so-
e) Os elétrons passam através do voltímetro, da prata para lução 3 molar?
o cromo. a) 10,9
b) 65,6
Resolução: c) 98,4
01. D d) 273
02. A e) 2460
03. C
04. C 08. (MED – POUSO ALEGRE) Para se preparar um litro de
05. E solução de KMnO4 0,1 N que deve atuar como oxidante
06. B em meio ácido, são necessários do sal: Dados: K = 39;
07. A Mn = 55; O =16
08. C a) 15,8 g
09. E b) 7,9 g
c) 31,6 g
PROVA SIMULADA VI d) 3,16 g
e) 1,58 g
Exercícios sobre soluções químicas
09. (PUC) Foram totalmente dissolvidos em 100 ml de ácido
01. (FAAP) Quais as massas de Na2CO3 e de água, neces- clorídrico 6,54 gramas de zinco. Supondo não haver va-
sárias para preparar 2 kg de uma solução aquosa de riação de volume da solução, qual é a molaridade da so-
carbonato de sódio de concentração igual a 0,5 molal? lução final em cloreto de zinco? Dado: Zn = 65,4
a) 0,1 M
02. (UFG) Qual é a molalidade de uma solução que contém b) 0,2 M
34,2 g de sacarose, C12H22O11, dissolvidos em 200 g c) 1 M
de água? Dados: C = 12; H = 1; O = 16 d) 2 M
a) 0,1 molal e) 10 M
b) 0,005 molal
c) 0,5 molal 10. (UFPR – UEMT) Uma solução aquosa de determinada
d) 1,2 molal concentração foi preparada a 20°C. Na temperatura de
e) 0,0005 molal 60°C, a sua concentração será exatamente a mesma,
somente se for expressa como:
03. (PUCC) Se dissolvermos 40 g de hidróxido de sódio em a) normalidade
162 g de água, a quente, a fração molar do soluto se- b) molaridade
rá: Dados: Na = 23; O =16; H = 1 c) molalidade
a) 0,2 d) fração pondero-volumétrica
b) 0,02 e) fração volumétrica
c) 0,1

Conhecimentos Específicos 218 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Resolução: 06. (UFRS) Suponha uma reação química genérica do tipo A
01 - aproximadamente 106 g de Na2CO3 e 1894 g de H2O + B D AB que é iniciada com 2 mols de A e com 2 mols
de B. Se, após atingido o equilíbrio químico, a quantida-
02 - C de de A existente no sistema for de 0,5 mol, a constante
03 - C de equilíbrio será:
04 - C a) 0,5
05 - E b) 1,5
06 - E c) 3,0
07 - E d) 4,0
08 - D e) 6,0
09 - C
10 – C 07. (UNIUBE - MG) Em uma experiência que envolve a dis-
sociação de N2O4(g) em NO2(g) coletaram-se os se-
PROVA SIMULADA VII guintes dados:
Amostra inicial: 92g de N2O4(g)
Exercícios sobre equilíbrio químico No equilíbrio: 1,20 mol de mistura gasosa de N2O4 e
NO2
01. Assinale abaixo qual alternativa é incorreta acerca de um Dado: N = 14u e O = 16u
equilíbrio químico: Com esses dados, calcula-se que a quantidade em mols
a) A velocidade da reação direta é igual à velocidade da de N2O4 que dissociou é:
reação inversa. a) 0,20
b) Ambas as reações (direta e inversa) ocorrem simultane- b) ,40
amente (trata-se de um equilíbrio dinâmico). c) 0,60
c) As características macroscópicas do sistema (desde que d) 0,80
fechado) não mais se alteram. e) 1,00
d) Os sistemas se deslocam espontaneamente para o es-
tado de equilíbrio. 08. (ITA - SP) Um mol de hidrogênio é misturado com um
e) Obrigatoriamente, as concentrações de todas as subs- mol de iodo num recipiente de um litro a 500°C, onde se
tâncias participantes do equilíbrio devem ser iguais. estabelece o equilíbrio H2(g) + I2(g) D 2 HI(g). Se o valor
da constante de equilíbrio (Kc) for 49, a concentração de
02. (FATEC) Nas condições ambientes, é exemplo de siste- HI no equilíbrio em mol/litro valerá:
ma em estado de equilíbrio uma: a) 1/9
a) xícara de café bem quente; b) 14/9
b) garrafa de água mineral gasosa fechada; c) 2/9
c) chama uniforme de bico de Bunsen; d) 7/9
d) porção de água fervendo em temperatura constante; e) 11/9
e) tigela contendo feijão cozido.
09. (UFU - MG) Misturam-se 2 mols de ácido acético com 3
03. (UFAL) Na expressão da constante de equilíbrio da rea- mols de álcool etílico, a 25°C, e espera-se atingir o equi-
ção H2(g) + Br2(g) D 2 HBr(g) estão presentes as con- líbrio. Sendo o valor de Kc, a 25°C, igual a 4, as quanti-
centrações em mol/L das três substâncias envolvidas. Is- dades aproximadas, em mols, de ácido acético e acetato
to porque a reação: de etila são, respectivamente:
a) envolve substâncias simples, como reagentes; a) 2 e 5
b) envolve moléculas diatômicas; b) 2 e 3
c) envolve moléculas covalentes; c) 0,43 e 1,57
d) se processa em meio homogêneo; d) 3,57 e 1,57
e) se processa sem alteração de pressão, a volume cons- e) 3,57 e 4,57
tante.
10. Um equilíbrio químico, gasoso, é identificado pela equa-
04. (SEVERINO SOMBRA - RJ) À temperatura de 25°C ção de decomposição de AB: AB(g) D A(g) + B(g). Verifi-
A+ + B- "AB com velocidade da reação V1 = 1 x 1013 [A+] [B-] cou-se, em dada temperatura, que iniciando o processo
AB " A+ + B- com velocidade da reação V2 = 2 x 10-7 [AB] com pressão do sistema a 5 atm, o equilíbrio foi alcan-
çado quando a pressão estabilizou em 6 atm.
O valor numérico da constante de equilíbrio, a 25°C, da
reação representada por A+ + B- DAB é: Diante das informações, conclui-se que o grau de disso-
a) 2 x 10-6 ciação do processo é:
b) 5 x 10-6 a) 10%
c) 2 x 10-20 b) 40%
d) 5 x 10-14 c) 50%
e) 5 x 1019 d) 20%
e) 80%
05. (FAAP - SP) Foi aquecido a 250°C um recipiente de 12
litros contendo certa quantidade de PCl5. Sabe-se que, Resolução:
no equilíbrio, o recipiente contém 0,21 mol de PCl5, 0,32 01. E
mol de PCl3 e 0,32 mol de Cl2. A constante de equilíbrio, 02. B
para a dissociação térmica do PCl5, em mol/litro, é: 03. D
a) 0,41 mol/litro 04. E
b) 0,49 mol/litro 05. A
c) 0,049 mol/litro 06. B
d) 0,041 mol/litro 07. A
e) 0,082 mol/litro 08. B
09. C

Conhecimentos Específicos 219 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
10. D e) I, II, III e V, somente.

PROVA SIMULADA VIII 09. Quantidades adequadas de hidróxido de magnésio po-


dem ser usadas para diminuir a acidez estomacal. Qual
Exercícios sobre funções inorgânicas o ácido, presente no estômago, principal responsável pe-
lo baixo pH do suco gástrico? Escreva a equação da re-
01. Conhecendo a fórmula do ácido pirocrômico (H2Cr2O7), ação entre esse ácido e o hidróxido de magnésio.
comumente chamado de ácido dicrômico, achar as fór- 10. Em uma das etapas do tratamento de água ocorre a
mulas dos ácidos ortocrômico e metacrômico. adsorsão de partículas sólidas em uma massa gelatinosa
constituída de hidróxido de alumínio. Esta substância é
02. Considere soluções aquosas de nitrato de sódio (Na preparada pela adição de Ca(OH)2 e Al2(SO4)3 à água
NO3), nitrato de chumbo (Pb(NO3)2) e cloreto de potás- contida em tanques de tratamento.
sio (KCl). a) Represente a reação entre Ca(OH)2 e Al2(SO4)3.
Na NO3 + Pb(NO3)2 → não há precipitação b) Quantos moles do sal devem reagir para formar um mol
Na NO3 + KCl → não há precipitação de hidróxido de alumínio?
Pb(NO3)2 + KCl → forma-se precipitado
a) Escreva a equação da reação de precipitação. Resolução:
b) Qual substância constitui o precipitado? Justifique sua 01. orto = H2CrO4
resposta, baseando-se nas informações acima. meta = não é possível

03. Dê as fórmulas das substâncias: 02. a) Equação da reação de precipitado: Pb(NO3)2 + K-


a) hidróxido de lítioe) ácido hipofosforoso Cl → PbCl2 + 2 KNO3
b) hidróxido de magnésio f) ácido fosforoso b) O cloreto de chumbo II (PbCl2) é insolúvel e constitui
c) hidróxido de níquel III g) ácido metabórico o precipitado. O nitrato de potássio é solúvel e fica em
d) hidróxido de prata h) ácido pirossulfúrico solução aquosa.

04. (U. PASSO FUNDO-RS) Ao dissociar em água destilada 03. a) LiOH


o ácido ortofosfórico (H3PO4), resultam, como cátion e b) Mg(OH)2
ânion: c) Ni(OH)3
a) 3H+(aq) e PO (aq) d) AgOH
b) PO (aq) e 3H-(aq) e) H3PO2
c) PO (aq) e H+(aq) f) H3PO3
d) 2H+(aq) e PO (aq) g) HBO2
e) 3H+(aq) e HPO(aq) h) H2S2O7

05. Escrever as fórmulas empíricas dos compostos abaixo: 04. A


Cloreto de mercúrio (II) 05. HgCl2 , Fe2(SO4)3 , Al(OH)3 , HCN
Sulfato de ferro (III) 06. B
Hidróxido de alumínio 07. A
Cianeto de hidrogênio 08. E
09. O ácido presente no estômago é o ácido clorídrico (HCl).
06. Assinale a alternativa que apresenta dois produtos casei- 2HCl + Mg(OH)2 → MgCl2 + 2H2O ou
ros com propriedades alcalinas. 2H+(aq) + Mg(OH)2(s) → Mg++ (aq) = 2H2O
a) Sal e coalhada.
b) Leite de magnésia e sabão. Observe que ocorre uma neutralização dos íons H+ (ou
c) Bicarbonato e açúcar. H3O+) do ácido pelos íons OH- da base, diminuindo por-
d) Detergente e vinagre. tanto a acidez estomacal: H+ + OH- ® H2O
e) Coca-cola e água de cal.
10. a) 3Ca(OH)4 + Al2(SO4)3 → 2Al(OH)3 + 3CaSO4
07. (CESGRANRIO) Na reação SO2 + NaOH (excesso)
forma-se: b) x = 0,5 moles de sal
a) Na2SO3
b) NaHSO3 PROVA SIMULADA IX
c) Na2S
d) Na2SO4 Exercícios sobre a lei das combinações químicas
e) Na2S2O3
01. (ITA) A observação experimental de que 1,20g de carbo-
08. Sobre o ácido fosfórico, são feitas cinco afirmações se- no pode se combinar tanto com 1,60g de oxigênio como
guintes: com 3,20g de oxigênio corresponde a uma confirmação
I) Tem forma molecular H3PO4 e fórmula estrutural da:
II) É um ácido triprótico cuja molécula libera três íons H+ a) Lei da Conservação das Massas, de Lavoisier;
em água. b) Lei de Guldberg e Waage;
III) Os três hidrogênios podem substituídos por grupos or- c) Regra de Proust, sobre pesos atômicos;
gânicos formando ésteres. d) Lei das Proporções Múltiplas, de Dalton;
IV) É um ácido tóxico que libera, quando aquecido, PH3 e) Lei das Proporções Recíprocas, de Richter e Wenzel.
gasoso de odor irritante.
V) Reage com bases para formar sais chamados fosfatos. 02. Numa primeira experiência, colocando-se 2,4g de mag-
Dessas afirmações, estão correta: nésio em presença de 9,1g de cloro, verifica-se a forma-
a) I e II, somente. ção de 9,5g de cloreto de magnésio com um excesso de
b) II, III, IV, somente. 2g de cloro. Numa Segunda experiência, adicionando-se
c) I e V, somente. 5g de magnésio a 14,2g de cloro, formam-se 19g de clo-
d) III e V, somente. reto de magnésio com 0,2g de magnésio em excesso.

Conhecimentos Específicos 220 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Verificar se os resultados estão de acordo com a Lei de
Lavoisier e de Proust. 02. O etanoato de butila é o responsável pelo odor das ba-
nanas. Sabões são sais de sódio de ácidos
03. Na reação equacionada X + Y ® XY, a razão entre as carboxílicos de cadeia longa (exemplo →
massas de X e Y é de 0,5. C15H31COOH).
Ao se adicionarem 30,0g de X a 90,0g de Y, obtêm-se Dê a fórmula estrutural do etanoato de butila e de sal só-
90,0g de produto XY. Pode-se dizer que: dico com quatro átomos de carbono em sua molécula.
a) há excesso de 30,0g de Y;
b) a Lei de Lavoisier não foi obedecida; 03. Dê as funções presentes no composto fenolftaleína:
c) a Lei de Prost não foi obedecida;
d) há excesso de 15,0g de X; 04. Quando um dos hidrogênios da amônia é substituído por
e) reagiram 20,0g de X e 70,0g de Y. um radical arila, o composto resultante é:
a) sal de amônio
04. De acordo com a Lei de Lavoisier, quando fizermos rea- b) imida
gir completamente, em ambiente fechado, 1,12g de ferro c) amina
com 0,64g de enxofre, a massa, em gramas, de sulfeto d) nitrila
de ferro obtido será de: e) amida
Dados: Fe = 56 u; S = 32 u
a) 2,76 05. (UNIMEP) As funções: ArOH; RCOCl;RH; ROR; RNH2
b) 2,24 são, respectivamente:
c) 1,76 a) álcool, cloreto de alquila, hidrocarboneto, éster e amida;
d) 1,28 b) fenol, cloreto de alquila, ácido, éster e amida;
e) 0,48 c) fenol, cloreto de ácido, hidrocarboneto, éter, amina;
d) álcool, cloreto de ácido, ácido, éster e amina;
05. Na reação dada pela equação A + B → C, a razão entre e) fenol, cloreto de alquila; hidrocarboneto, éter e amina.
as massas de A e B é 0,4. Se 8g de A forem adicionados
a 25g de B, após a reação, verificar-se-á: 06. (FMTM / 2000)
a) a formação de 20g de C, havendo excesso de 13g de B. Titã, a lua de Saturno, será o único corpo celeste do sis-
b) um excesso de 5g de B e consumo total da massa de A tema solar, além da Terra, a possuir um oceano em sua
colocada. superfície. Nesse caso, é de se supor que tenha também
c) o consumo total das massas de A e B colocadas. cataratas, rios e lagos formados de etano, propano e ou-
d) a formação de 18g de C, havendo excesso de 5g de A. tras substâncias orgânicas. Ainda mais interessante, do
e) um excesso de 4,8g de A e consumo total da massa de ponto de vista dos cientistas, é a atmosfera do satélite,
B colocada. rica em hidrogênio molecular, gás carbônico, metano e
outros hidrocarbonetos, o que faria chover gasolina.”
Resolução: (Revista Galileu, n° 104, março / 2000)
01. D Dê as fórmulas dos hidrocarbonetos, cujos nomes foram
02. Mg + Cl2 → MgCl2 +excesso dados no texto, e da substância simples mencionada.
2,4g 9,1g 9,5g2,0g de Cl2
5,0g 14,2g 19,0g0,2g de Mg 07. (UNICAMP) A fórmula C3H8O representa um certo nú-
mero de compostos isômeros.
a) Escreva a fórmula estrutural de cada isômero e identifi-
Lei de Lavoisier: Lei da Conservação das Massas que que-o pelo nome.
efetivamente reagem. b) Alguns desses isômeros apresenta atividade óptica?
Logo: Mg + Cl2 → MgCl2 Justifique.
2,4g 7,1g 9,5g
4,8g 14,2g19g 08. O bactericida FOMECIN A, cuja fórmula estrutural é
As experiências obedecem a Lei de Lavoisier. apresenta as funções:
03. A a) Ácido carboxílico e fenol.
04. C b) Álcool, fenol e éter.
05. B c) Álcool, fenol e aldeído.
d) Éter, álcool e aldeído.
PROVA SIMULADA X e) Cetona, fenol e hidrocarboneto.

Exercícios sobre funções orgânicas Resolução:


01. a) R-CO-R ; R-OH
01. As formigas, principalmente as cortadeiras, apresentam b) cetona ; álcool
uma sofisticada rede de comunicações, dentre as quais
a química, baseada na transmissão de sinais por meio 02.
de substâncias voláteis, chamadas feromônios, variáveis
em decomposição, de acordo com a espécie. O feromô-
nio de alarme é empregado, principalmente, na orienta-
ção de ataque ao inimigo, sendo constituído, em maior
proporção, pela 4-metil-3-heptanona, além de outros
componentes secundários já identificados, tais como: 2-
heptanona, 3-octanona, 3-octanol e 4-metil-3-heptanol. 03. As funções presentes na fenolftaleína são fenol e és-
(Ciência hoje, v. 6, nº 35) ter.
a) Quais os grupos funcionais presentes na estrutura da 2-
heptanona e do 3-octanol, respectivamente? 04. C
b) Quais as funções orgânicas representadas pelos com-
postos 4-metil-3-heptanona e 4-metil-3-heptanol, respec- 05. C
tivamente?

Conhecimentos Específicos 221 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A definição acima corresponde à proposta de:
06. H3C - CH3 ; H3C - CH2 - CH3 ; H2
a) Arrhenius
07. a) H3C – CH2 – CH2 – OH1 – propanol b) Brönsted
c) Lavoisier
H d) Lewis
H3C – C – CH3 2 – propanol e) Ostwald
| OH

H3C – O – C – CH3 metoxietano 08. Ag+ é um ácido:


H2
b) Não, pois nenhum possui átomo de carbono assimétrico. a) de Arrhenius
b) de Brönsted
08. C c) de Lewis
d) nas três teorias
PROVA SIMULADA XI e) Ag+ não é um ácido

Exercícios sobre conceitos de ácidos e bases 09. NH3 é uma base:


01. Escrever a equação da reação que ocorre quando se a) de Arrhenius
dissolve cianeto de hidrogênio em água. b) de Brönsted
Indicar quais espécies químicas são ácidos de Brönsted e c) de Lewis
quais são bases de Brönsted. d) nas três teorias
e) NH3 não é uma base
02. No processo: HF + H2O - H3O+ + F-, determine os pares
conjugados de acordo com a teoria de Brönsted-Lowry: 10. (PUC) Um ácido de Lewis deve ter:

a) hidrogênio ionizável
03. Um próton pode ser representado por: b) oxigênio em sua molécula
c) baixa densidade eletrônica
a) H0 d) larga densidade eletrônica
b) H- e) caráter iônico
c) e+
d) e- Resolução:
e) H+
01. Seja a reação de ionização do HCN: HCN + H2O DH3O+
+ CN-
04. A diferença estrutural entre um ácido e uma base conju- Ácidos de Brönsted: HCN e H3O+
gados consiste em: Bases de Brönsted: H2O e CN-
a) um elétron 02. próton
b) um nêutron HF + H2O ¾¾ - H3O+ + F-
c) um próton ácido1 base1 ácido2 base2
d) dois nêutrons 1° par conjugado: HF e F-
e) dois elétrons 2° par conjugado: H2O e H3O
03. E
04. C
05. (PUC) Segundo Brönsted-Lowry, um ácido é uma base 05. A
conjugada, diferem entre si por: 06. B
07. D
a) um próton 08. C
b) uma hidroxilia 09. C
c) um hidroxônio 10. C
d) um par de elétrons
e) uma ligação covalente
http://www.coladaweb.com/exercicios-
resolvidos/exercicios-resolvidos-de-quimica/calculo-
06. (UFB) Entre as afirmativas abaixo, relacionadas com áci- estequiometrico
dos e bases, a única correta é:

a) a base conjugada de um ácido forte é base forte;


PROVA SIMULADA XII
b) a base conjugada de um ácido fraco é uma base forte;
c) um ácido e sua base conjugada reagem para formar sal e
água; Exercícios sobre cálculo estequiométrico
d) o ácido H2O funciona como a sua própria base conjugada;
e) n.d.a. 01. Quantos moles de clorato de potássio são necessários
para a produção de 33,6 litros de oxigênio (CNTP) na decom-
posição térmica do clorato de potássio?
07. (ITA) “Ácido é uma substância capaz de receber 1 par de
elétrons”.

Conhecimentos Específicos 222 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
02. Rodando a 60 km/h, um automóvel faz cerca de 10 km por
litro de etanol (C2H5OH). Calcule o volume de gás carbônico a) Escreva a equação de decomposição do nitrito de amônio.
(CO2), em metros cúbicos, emitido pelo carro após cinco b) Calcule o volume de nitrogênio obtido, nas condições nor-
horas de viagem. Admita queima completa do combustível. mais de pressão e de temperatura, pela decomposição de
12,8g de nitrito de amônio, supondo que o rendimento da
Dados: Densidade do etanol: 0,8 kg/l reação seja de 80% (em massa).
Massa molar do etanol: 46 g/mol (massas atômicas: H = 1,0; N = 14,0; O = 16,0)
Volume molar do CO2: 25 1/mol

a) 13 08. O acetileno, substância de grande aplicação, é um gás


b) 26 menos denso do que o ar, empregado especialmente como
c) 30 combustível, uma vez que, quando queima em atmosfera de
d) 33 oxigênio puro, fornece uma chama azul de elevada tempera-
e) 41 tura. O processo industrial de obtenção de acetileno pode ser
demonstrado pela equação:

03. Um carro pode emitir em cada minuto 600 litros de gases, CaC2 + 2H2O → C2H2 + Ca(OH)2
dos quais 4% em volume correspondem a CO. A emissão de
CO pode ser diminuída transformando-o em CO2, através da
Sabendo-se que 100g de carbeto de cálcio reagem com
reação com excesso de ar, em presença de catalisador.
quantidade suficiente de água para a obtenção de 24,6g de
acetileno, qual o rendimento porcentual dessa reação?
Dado: volume molar dos gases = 24 1/mol.
Dados: H = 1 u, C = 12 u, O = 16 u e Ca = 40 u
a) Qual a quantidade de CO, em moles, emitida pelo veículo
em uma hora?
b) Por que é necessário o uso de catalisador.
09. Fazendo-se reagir 3,4 g de NH3 com quantidade suficien-
te de O2, segundo a reação 4NH3 + 3O2 → 2N2 + 6H2O,
04. Sabendo-se que a massa molar do lítio é 7,0 g/mol, a obteve-se 2,1 g de N2. O rendimento dessa reação foi apro-
massa de lítio contida em 250 ml de uma solução aquosa de ximadamente:
concentração 0,160 mol/L de carbonato de lítio é:
Dados: massas molares em g/mol: H = 1,0; N = 14,0; O = 16.
a) 0,560 g.
b) 0,400 g. a) 75%
c) 0,280 g. b) 70%
d) 0,160 g. c) 50%
e) 0,080 g. d) 25%
e) 20%

05. São colocadas para reagir entre si, as massas de 1,00 g


de sódio metálico e 1,00 g de cloro gasoso. Considere que o 10. A combustão completa de um mol de um alcano gastou
rendimento da reação é 100%. São dadas as massas mola- 179,2 litros de oxigênio nas condições normais de temperatu-
res, em g/mol: Na = 23,0 e Cl = 35,5. A afirmação correta é: ra e pressão. Esse alcano é o:

a) Há excesso de 0,153 g de sódio metálico. Dados: C (12u); H (1u); O(16u)


b) Há excesso de 0,352 g de sódio metálico.
c) Há excesso de 0,282 g de cloro gasoso. a) pentano
d) Há excesso de 0,153 g de cloro gasoso. b) hexano
e) Nenhum dos dois elementos está em excesso. c) heptano
d) octano
e) nonano
06. O inseticida DDT (massa molar = 354,5 g/mol) é fabricado
a partir de clorobenzeno (massa molar = 112,5 g/mol) e cloral,
de acordo com equação:
Resolução:
2 C6H5Cl + C2HCl3O → C14H9Cl5 + H2O
clorobenzeno cloral DDT 01. A reação é: 2 KClO3 → 2 KCl + 3 O2
moles volume (CNTP)
Partindo-se de uma tonelada (1 t) de clorobenzeno e admitin- 2 moles ¾¾¾¾¾ 3 x 22,4 l
do-se rendimento de 80%, a massa de DDT produzida é igual x moles ¾¾¾¾¾ 33,6 l
a: Resp.: 1 mol de KClO3

a) 1,575 t. 02. B
b) 1,260 t.
c) 800,0 kg. 03. a) 60 moles/h
d) 354,5 kg. b) Para converter o CO, que é um gás poluente e letal,
e) 160,0 kg. em CO2, gás não-poluente.

04. A
07. O nitrogênio pode ser obtido pela decomposição térmica
do nitrito de amônio. 05. B

Conhecimentos Específicos 223 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

06. B

07. a) A equação de decomposição do nitrito de amônio é:


NH4NO2 N2 + 2 H2O

b) Cálculo do volume de nitrogênio:


NH4NO2 N2 + 2 H2O
1 mol 1 mol

64g ¾¾ → 22,4 l (CNTP)


12,8g ¾¾ → x
x = 4,48 l

100% ¾¾ → 4,48 l
80 % ¾¾ → x
x = 3,58 l
08. 60%
09. A
10. A
http://www.coladaweb.com/exercicios-
resolvidos/exercicios-resolvidos-de-quimica/calculo-
estequiometrico

PROVA SIMULADA XIII

01) (UERJ- 1º EXAME QUALIF./2010) A gripe conhecida


popularmente como gripe suína é causada por
um vírusinfluenza A.
Esse tipo de vírus se caracteriza, dentre outros aspec-
tos, por:
- ser formado por RNA de fita simples (-), incapaz de atuar
como RNA mensageiro ou de sintetizar DNA nas células
parasitadas;
- os RNA complementares do RNA viral poderem ser
traduzidos em proteínas pelo aparelhamento celular.
Os esquemas a seguir apresentam um resumo de eta-
pas dos processos de replicação de alguns dos vírus
RNA, após penetrarem nas células.

Conhecimentos Específicos 224 A Opção Certa Para a Sua Realização


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moléculas de RNA servem de modelo para a síntese de
moléculas de RNA complementares à cadeia molde.
III - Os vírus de cadeia positiva possuem RNA genômico com
sequências de bases nitrogenadas complementares às
dos RNAm formados. Desta maneira, moléculas de RNA
servem de modelo para a síntese do RNAm.
IV - Os retrovírus contêm uma cadeia de RNA dupla hélice
que serve de base para a transcrição do DNA necessário
à replicação.
Marque a alternativa correta.
a) Somente II e III são corretas.
O tipo de replicação encontrado no vírus infuenza A está b) Somente IV é correta.
representado no esquema de número: c) Somente I é correta.
a) I d) Somente I, II e III são corretas.
b) II
c) III 04) (UFES/2008) Das doenças abaixo, a que NÃO é causa-
d) IV da por vírus é
a) Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
02) (UFLA-JULHO/2006) O jornal Folha de São Paulo, em b) Dengue.
6/4/2006, noticiou que a AIDS (em português: SIDA – c) Tétano.
síndrome da Imunodeficiência Adquirida), hoje em dia, já d) Influenza.
faz parte do grupo das doenças negligenciadas pelos pa- e) Raiva.
íses ricos. Estando 95% dos portadores dessa doença
nos países pobres, o investimento em pesquisa é pe- 05) (UFScar/2006)"Nesta cidade, vacinação anti-rábica.
queno, ocasionando pouco avanço na descoberta de no- Não deixe de levar seus cães e gatos".
vos tratamentos. A Vigilância Sanitária promove, ao longo do ano, campa-
Em relação a essa doença, afirma-se: nha para a vacinação anti-rábica de cães e gatos. Nes-
I- A doença é causada por vírus. sas campanhas, as pessoas não são vacinadas porque
II- A doença provoca diminuição na produção de hemácias. a) com os animais vacinados, é menor a probabilidade dos
III- Os sintomas iniciais são característicos, contribuindo humanos contraírem a doença.
para o diagnóstico. b) a raiva só ocorre em humanos quando contraída através
IV- A doença atua sobre o sistema imunológico, diminuindo da mordida de morcegos.
a resistência do organismo. c) ainda não existe uma vacina específica para os huma-
De acordo com os conhecimentos atuais, assinale nos.
a) Se apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. d) a raiva é uma doença exclusiva de cães e gatos.
b) Se apenas as afirmativas I e II estão corretas. e) já foram imunizadas com a vacina tríplice tomada quan-
c) Se apenas as afirmativas I e III estão corretas. do criança.
d) Se apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
06) (UFV/2004) Os vírus são parasitas intracelulares obriga-
03) (UNIFAL/2008) Os estudos sobre as formas de replica- tórios que realizam todas as fases do ciclo no interior de
ção dos vírus intensificaram-se nos últimos anos, objeti- uma célula hospedeira. Sem contato com as células, as
vando encontrar meios mais eficientes de prevenção e partículas virais são inertes e não apresentam atividade
tratamento de doenças virais nos seres humanos. Tais biológica aparente. Com relação aos vírus que infectam
estudos têm demonstrado que existem diferentes tipos eucariotos, assinale a alternativa INCORRETA:
de vírus e diferentes formas de replicação. Os vírus de a) Alguns vírus são capazes de infectar células animais e
RNA de cadeia simples podem ser divididos em três ti- vegetais, multiplicando-se em ambos os organismos.
pos básicos, conhecidos como vírus de cadeia positiva, b) Os vírus que infectam animais normalmente penetram
vírus de cadeia negativa e como retrovírus. na célula por meio de endocitose mediada por recepto-
Com relação aos diferentes tipos de replicação res.
dos vírus, analise as afirmativas abaixo. c) A infecção de uma célula vegetal por vírus com genoma
I- Os retrovírus contêm cadeias simples de RNA, enzima de DNA tem como desfecho a lise da parede celular.
transcriptase reversa e produzem DNA tendo como mo- d) Os retrovírus integram seu genoma ao genoma da célu-
delo o RNA viral. la e alguns estão associados à ocorrência de câncer.
II - Os vírus de cadeia negativa possuem RNA genômico e) Morcegos hematófagos e roedores são exemplos de
com as mesmas sequências de bases nitrogenadas dos vetores de vírus que infectam seres humanos.
RNA mensageiros (RNAm) formados. Dessa maneira,

07) (UNIVASF-JUNHO/2008) Da tabela abaixo constam distintas doenças virais, juntamente com alguns de seus mecanismos
de transmissão e de prevenção. A esse propósito, assinale a alternativa incorreta.
Doenças Transmissão Prevenção
a) Hepatite A Água ou alimentos contaminados pelo vírus Saneamento básico, vacinação.
b) Rubéola, sarampo e toxo- Gotículas eliminadas por tosse, espirro e fala. Vacinação e fuga ao contato com
plasmose doentes.
c) Hepatite B Transfusão de sangue, contato sexual, materiais Evitar contágio por sangue e mate-
contaminados riais contaminados e vacinação.
d) Dengue e febre amarela Picada de mosquito Aedes aegypti. Combate ao mosquito e vacinação
urbana (quando existente).
e) Raiva Mordedura por animais, principalmente, gatos e Vacinação de animais transmisso-
cães infectados pelo vírus. res.

Conhecimentos Específicos 225 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

08) (UEPB/2009) Sobre os vírus, podemos afirmar que sim, conhecendo-se o causador da dengue e seu vetor,
a) a transmissão dos vírus das plantas ocorre exclusiva- podemos usar como medidas profiláticas a:
mente por difusão mecânica, ou seja, quando uma pes- a) vacinação em massa da população contra a bactéria
soa manipula uma planta infectada e a seguir uma sadia. causadora dessa doença.
b) são estruturalmente simples, sendo formados por uma b) exterminação de ratos vetores do vírus causador dessa
ou mais cápsulas protéicas, que envolvem o DNA e o doença.
RNA, compondo o nucleocapsídeo. Al- c) eliminação dos insetos vetores da bactéria causadora
guns vírus apresentam ainda um envoltório externo ao dessa doença.
nucleocapsídeo denominado envelope. d) eliminação dos insetos vetores do vírus causador dessa
c) se reproduzem sempre no interior de uma célula hospe- doença.
deira, exceto os bacteriófagos, por terem dois tipos de e) distribuição de antibióticos contra a bactéria causadora
ciclos de replicação: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico. dessa doença.
d) a infecção viral é específica, sendo esta especificidade
decorrência do fato de que para um vírus penetrar em 12) (UFJF-JULHO/2003) Os vírus não são considerados
uma célula deve haver uma interação das proteínas vi- células porque:
rais com as proteínas receptoras existentes na membra- a) possuem somente um cromossomo e são muito peque-
na plasmática das células. nos.
e) os retrovírus podem apresentar DNA ou RNA, mas obri- b) não possuem mitocôndrias e o retículo endoplasmático é
gatoriamente apresentam a transcriptase reversa. pouco desenvolvido.
c) não têm membrana plasmática nem metabolismo pró-
09) (FGV/2009) CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA prio.
RUBÉOLA COMEÇA HOJE. HOMENS DE 20 A 39 d) parasitam plantas e animais e dependem de outras célu-
ANOS SÃO O PRINCIPAL FOCO. ("Folha de S. Paulo", las para sobreviver.
09.08.2008) e) seu material genético sofre muitas mutações e é consti-
Na campanha promovida pelo Ministério da Saúde, em- tuído apenas por RNA
bora homens e mulheres tenham sido chamados à vaci-
nação, a ênfase foi para a vacinação dos homens adul- QUESTÕES DISCURSIVAS:
tos. Sobre isso, foram feitas as seguintes afirmações: 01) (UFC/2008) A Inglaterra anunciou que meninas entre 12
I. A rubéola, nos adultos, geralmente não é grave; caracte- e 13 anos poderão receber vacina contra o HPV (papi-
riza-se por febre baixa e pequenas manchas vermelhas lomavírus humano), que causa grande parte dos tipos de
no corpo, sintomas que desaparecem depois de alguns câncer do colo do útero, além do condiloma acuminado.
dias. Com base nessa informação, responda ao que se pede.
II. Quando a rubéola se manifesta em gestantes, principal- a) Cite dois métodos que podem impedir a contaminação
mente nos primeiros meses da gravidez, pode acarretar por essa doença e ao mesmo tempo evitar uma gravidez
a morte do feto, provocar malformações ou a surdez do não planejada.
bebê. b) Considerando a diversidade de opção sexual, vacinar
III. As mulheres são obrigatoriamente vacinadas quando apenas indivíduos do sexo feminino será uma medida e-
dos exames pré-natal e por isso correm menor risco de ficaz para acabar com a transmissão da doença condi-
contrair a rubéola, o que justifica não terem sido o princi- loma acuminado na população? Justifique.
pal foco da campanha de vacinação. c) A descoberta e a utilização de uma vacina para uma
IV. A vacinação dos homens não é regular e, embora a determinada doença é um grande avanço para a saúde
rubéola não traga risco ao organismo do homem, obriga- pública. Porém, além das vacinas existe também o soro
os a faltar ao trabalho, o que justifica serem o principal como forma de imunizar a população. Qual a diferença
foco da campanha de vacinação. entre vacina e soro e qual é o mais indicado para uma si-
Pode-se dizer que estão corretas as afirmações: tuação na qual o antígeno já está no organismo?
a) I e II, apenas. d) O HPV é um vírus, e os vírus não são considerados
b) II e III, apenas. como seres vivos por muitos cientistas. Qual a principal
c) I, II e III, apenas. justificativa para não se considerar vírus como um ser vi-
d) II, III e IV, apenas. vo?
e) I, II, III e IV.
02) (UFRJ/2009) O herpes genital é uma doença infec-
10) (UTFPR/2008) Em 25 anos o HIV matou 25 milhões de ciosa causada pelo vírus HSV-2, geralmente transmitido
pessoas e está presente em outros 40 milhões. É a se- por meio de relações sexuais. Quando um médico detec-
gunda doença infecciosa que mais faz vítimas no mundo, ta o HSV-2 em uma mulher grávida, costuma recomen-
logo atrás da tuberculose. Em 2005, 3 milhões de pes- dar que o parto seja realizado por cesariana, uma inter-
soas morreram devido a AIDS; dessas vítimas, 570 mil venção cirúrgica que extrai o feto diretamente do útero.
eram crianças. Dentre as características biológicas cita- Apresente a razão desse cuidado.
das a seguir a única que pode ser encontrada no vírus
da AIDS é: 03) (UFRJ/2007) O gráfico a seguir mostra a variação do
a) parede celular formada por substâncias mucocomple- número de um tipo de leucócitos, os linfócitos T CD4, e
xas. da quantidade de vírus HIV no sangue de um indivíduo
b) DNA de fita simples. ao longo do tempo. Esse indivíduo, portador da síndrome
c) pequenos anéis de DNA, os plasmídeos, dispersos no de imunodeficiência causada pelo vírus HIV (AIDS/ SI-
capsídeo. DA), não teve acesso a tratamento algum durante o pe-
d) membrana externa lipoprotéica. ríodo mostrado.
e) enzima especial, a transcriptase reversa, para produzir
DNA.

11) (PUC-RJ/2008) A dengue continua sendo um problema


de saúde pública para o Estado do Rio de Janeiro. As-

Conhecimentos Específicos 226 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
II. 1, 3, 3, 6, 7
III. 8, 7, 5, 2,1
IV. 5, 4, 4, - 1

podemos afirmar que:

a. todas elas constituem réis.


b. só a série I constitui um rol.
c. a série II não é um rol, mas as outras sim.
d. apenas as séries I e IV não são réis.
e. somente a série III é um rol, as demais não.

Com base na distribuição abaixo, resultante de pesos de


Note que, somente após cerca de 60 meses, apareceram, moças, responda às questões de 6 a 9:
nesse indivíduo, infecções oportunistas por fungos, pa-
rasitas e bactérias. Foram essas infecções, e não CLASSES 42 44 46 48 50 52
o vírus propriamente dito, que levaram o paciente à mor- fi 22 24 56 59 25
te. Por que pacientes infectados com HIV e não tratados
sofrem, em geral, de infecções oportunistas?
6. Nessa distribuição, o intervalo usado é:
GABARITO
01 - B; 02 - D. 03 - C; 04 - C; 05 - A; 06 - C; 07 - B; 08 - D; 09 a. aberto à esquerda.
- A; 10 - E; 11 - D; 12 - C b. fechado à esquerda.
c. aberto.
d. fechado.
PROVA SIMULADA XIV e. aberto à esquerda e à direita.

1. Ao nascer, os bebês são pesados e medidos, para se 7. Nessa distribuição, os pontos médios são:
saber se estão dentro das tabelas de peso e altura espe-
rados. Estas duas variáveis são: a. 42, 44, 46, 48, 50.
b. 44, 46, 48, 50, 52.
a. qualitativas. c. 86, 90, 94, 98, 102.
b. ambas discretas. d. 43, 45, 47, 49, 51.
c. ambas contínuas.
d. contínua e discreta, respectivamente. 8. Nessa distribuição, a amplitude total do fenômeno estuda-
e. discreta e contínua, respectivamente. do é:

2. A parcela da população convenientemente escolhida para a. 42.


representá-la é chamada de: b. 10.
c. 52.
a. variável. d. 2.
b. rol. e. 94.
c. amostra.
d. dados brutos. 9. Nessa distribuição, a amplitude dos intervalos de classe é:
e. Nada podemos afirmar, porque a informação é incom-
pleta. a. 10.
b. 2.
3. Na administração de um sistema escolar de certo municí- c. 52.
pio, 70% da despesa vão para o ensino, 12% para a ad- d. 94.
ministração e manutenção e 18% para órgãos auxiliares, e. 50.
encargos fixos e despesas ocasionais. O gráfico que me-
lhor representa essa situação é: 10. As regras básicas para se construir uma distribuição de
freqüência são:
a. o linear simples.
b. o de barras. I. Nenhum dado deve ser excluído.
c. o de setores II. Nenhum dado deve ser contado mais de uma vez.
d. o hístograma. III. As classes têm que ser mutuamente exclusivas.
IV. O campo de variação da variável tem que ser esgota-
4. Um conjunto de 100 notas de Matemática, de alunos do do.
sexo masculino, tiradas dos arquivos da secretaria da es-
cola, constitui: Destas regras:

a. um rol. a. todas estão corretas.


b. uma relação de dados brutos. b. todas estão erradas.
c. uma tabela. c. só a segunda está errada.
d. uma distribuição de freqüência. d. só a terceira está errada.
e. só a quarta está correta.
5. Por definição, rol é qualquer série ordenada de valores
referentes a uma mesma variável. Então, dada as séries 11. Os gráficos próprios de uma distribuição de freqüência
da mesma variável x: são:
I. - 2,4, 5,6, 7

Conhecimentos Específicos 227 A Opção Certa Para a Sua Realização


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a. colunas, curva de freqüência e histograma.
b. polígono de freqüência e histograma. a. gráficos em colunas.
c. colunas, curva de freqüência e polígono de freqüência. b. histogramas.
d. gráfico em setor, gráfico em barra, curva de freqüência c. gráfico em colunas e polígono de freqüência.
e curva normal. d. histograma e polígono de freqüência.
e. colunas, barra, setor e curva de freqüência. e. gráfico em colunas e histograma.

12. Um teste de inteligência, aplicado aos alunos das quartas 16. Das afirmações:
séries do 1.º grau da Escola A, apresentou os seguintes
resultados: I. Tanto o histograma como o polígono de freqüência
são gráficos próprios da distribuição de freqüência,
PON 90 95 10 10 11 11 12 12 13 140 são gráficos de análise, os quais devem ser feitos só
TOS 0 5 0 5 0 5 0 quando a variável for contínua.
DO II. Tanto o polígono de freqüência como o histograma
QI
são gráficos próprios da distribuição de freqüência,
NÚ- 40 60 14 16 18 12 40 30 20 1
são gráficos de análise, e devem ser feitos só quan-
ME- 0 0 0 0 0
RO do a variável for discreta.
DE III. Tanto o histograma como o polígono de freqüência
ALU- são gráficos de análise, próprios da distribuição de
NOS freqüência, e podem ser feitos para qualquer tipo de
variável, desde que ela seja quantitativa.
A freqüência relativa da classe modal é: IV. O histograma é um gráfico em colunas, mas qual-
quer gráfico em colunas não é necessariamente um
a. 0,200. histograma.
b. 0,225.
c. 0,250. a. II e III são falsas.
d. 0,500. b. a IV é falsa.
c. apenas a 1 é verdadeira.
13. Na construção de qual dos gráficos citados — histograma d. todas são verdadeiras.
e polígono de freqüência — usamos, obrigatoriamente, as e. todas são falsas.
freqüências acumuladas?
17. Das afirmações:
a. Só no primeiro.
b. Só no segundo. I. A média aritmética ficará aumentada (ou diminuída) da
c. Em ambos. quantidade que for adicionada (ou subtraída) a (de) to-
d. Em nenhum. dos os valores da série.
e. No primeiro, às vezes, dependendo do tipo de variável. II. A média aritmética, por ser um valor representativo,
depende de todos os valores da série ou distribuição
14. As classes de uma distribuição de freqüência devem ser de freqüência.
mutuamente exclusivas para que: III. A média aritmética pode não ser considerada um valor
típico da distribuição de freqüência ou rol.
a. nenhum dado seja excluído IV. A moda pode ser considerada como um valor repre-
b. nenhum dado seja contado mais de uma vez. sentativo que envolve todos os elementos do rol ou
c. todos os dados sejam computados. distribuição de freqüência.
d. possam exaurir totalmente o campo de variação. V. A média, a moda e a mediana são valores de posição.
e. os limites inferiores e superiores sejam levados em
consideração. a. somente a I é correta.
b. todas são corretas.
15. c. II e III são incorretas.
d. IV é incorreta.
e. todas são incorretas.

18. Na tabela primitiva abaixo:

6, 2, 7, 6, 5, 4,
a soma dos desvios em relação à média é igual a:

a. - 4.
b. 8.
c. 0.
d. 25.
e. 4.

19. Dados os conjuntos de valores abaixo:

A = {3, 5, 6, 8, 9,10, 10, 10, 11, 12, 17}

B = {4, 5, 7, 10, 11, 13, 15}

C = {2, 3, 4, 5, 5, 5, 5, 6, 7, 8, 8, 8, 8, 9, 10, 11}


.
Estes dois gráficos são, respectivamente: em relação à moda, podemos dizer que:

Conhecimentos Específicos 228 A Opção Certa Para a Sua Realização


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I. A é unimodal e a moda é 10.
II. B é unimodal e a moda é 10. 24. Então, acima da mediana temos:
III. C é bimodal e as modas são 5 e 8. a. 15 alunos.
b. 18 notas.
Então: c. 33 notas.
d. 19 alunos.
a. estas afirmações estão todas corretas.
b. estas afirmações estão todas erradas. 25. A média aritmética dos valores 2, 3, -5, 6, -7, 2, 0, 8, -3,
c. I e II estão corretas. 5,10 é:
d. I e III estão corretas
e. II e III estão corretas. a. -1,9.
b. 1,9.
20. Um professor, após verificar que toda a classe obteve nota c. 3,2.
baixa, eliminou as questões que não foram respondidas d. 4,7.
pelos alunos. Com isso, as notas de todos os alunos fo-
ram aumentadas de três pontos. Então: 26. Na série abaixo, composta de notas de Matemática:
6, 2, 8, 6, 3, 0, 4, 2, 6, 7, 10, 3, 6,
a. a média aritmética ficou alterada, assim como a medi-
ana. a média aritmética, a mediana e a moda são, respectivamen-
b. apenas a média aritmética ficou alterada. te:
c. apenas a mediana ficou alterada.
d. não houve alteração nem na média nem na mediana. a. 4,85; 6,5 e 6.
e. nada podemos afirmar sem conhecer o número total b. 4,85; 6 e 6.
de alunos. c. 5,33; 6 e 6.
d. 5,33; 6,5 e 6.
21. No conjunto abaixo, correspondente a notas de Inglês de
15 alunos: 27. A mediana da série 1 3 8 15 10 12 7 é:

[1, 2, 3, 8, 5, 7, 6, 9, 4, 6, 2,10, 3, 5, 3], a. 15.


b. 10.
a mediana é: c. 7.
d. 3,5.
a. 5,0 alunos. e. Nenhuma das anteriores.
b. nota 5,0.
c. 9,0 alunos. 28. Numa pesquisa de opinião, 80 pessoas são favoráveis ao
d. nota 9,0. divórcio, 50 são desfavoráveis, 30 são indiferentes e 20
e. nota 5,5. ainda não têm opinião formada a respeito do assunto. En-
tão, a média aritmética será:
22. Das afirmações abaixo:
a. 180, porque todos opinaram somente uma vez.
A. Quando se ordenam valores não-agrupados segundo b. 40, porque é a média entre os valores centrais 50 e 30.
sua grandeza, a mediana é o ponto médio desta série. c. 45.
B. Quando os valores de uma série contínua estão agru- d. 1, porque todos opinaram somente uma vez.
pados em uma distribuição de freqüência, a mediana e. Não há média aritmética.
é, por definição, o ponto que corresponde a 50% da
distribuição. 29. O gráfico seguinte foi construído a partir da seguinte dis-
C. Quando desejamos o ponto médio exato de uma dis- tribuição de freqüência:
tribuição de freqüência, basta calcular a mediana.
D. Quando existem valores extremos que afetam muito o PON- 4 8 12 16 20 24 28 32
cálculo da média, para representá-la devemos dar pre- TOS
ferência à mediana. DE
UM
a. todas estão incorretas. TES-
b. todas estão corretas. TE
c. apenas a A está incorreta. PES- 10 25 35 40 25 15 5
d. apenas a D está incorreta. SOAS
e. apenas a B está correta.

Com base na tabela abaixo, que corresponde às notas de


Estatística de uma classe, responda às questões 23 e 24:

xi 1 2 3 4 5 6 7 8 9
fi 2 6 9 12 14 9 5 4 1

23. Para essa tabela, a mediana é:


a. 31.
b. 5.
c. 6.
d. 7.
e. 5,5.

Conhecimentos Específicos 229 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Nesse caso, o valor 16,5 é:
37. Para a série de valores 0, - 1, - 2, 5,4, - 3, - 7, 2, - 4 e 6:
a. a mediana.
b. a média aritmética. a. a média é 3,4 e a variância 16.
c. a moda. b. a média é zero e a variância 4.
d. a média harmônica. c. a média é zero e a variância 16.
d. a média é 3,4 e a variância 4.
30. Qual a percentagem de valores que se localiza entre o e. a média é zero mas a variância é impossível calcular.
último quartil e o P81?
38. Os resultados de uma prova de Estudos Sociais estão
a. 6% normalmente distribuídos (curva de Gauss ou normal).
b. 19% Sabe-se que z = 0,5 corresponde, na curva normal, a uma
c. 56% área de 0, 1915. Indique a percentagem dos resultados
d. 77% que diferem da média aritmética de mais da metade do
e. 81% desvio padrão.

31. O sexagésimo percentil divide a área de uma distribuição a. 61,70% c. 38,30%


em quantas partes? b. 57,45% d. 19,15%

a. 2 39. Qual a percentagem de casos acima da mediana, numa


b. 6 distribuição normal?
c. 40
d. 60 a. 25% c. 68%
e. 100 b. 50% d. 75%

32. Se numa distribuição há 500 valores, então entre o se- 40. O preço de determinado bem, em 1980, era R$ 10; consi-
gundo quartil e o qüinquagésimo percentil quantos valores derando-se esse preço igual a 100, em 1983, o preço rela-
haverá? tivo para o mesmo bem, vendido a R$ 92, é:
a.7
b. 13 a. R$ 950. d. R$ 920.
c. 42 b. R$ 970. e. R$ 910.
d.4.8 c. R$ 930.
e. Não haverá valores.
41. Em 1980, o preço de uma mercadoria era 60% menor do
33. A nota média dos alunos de uma classe foi 7 e das alunas, que o preço da mesma mercadoria em 1981 e, em 1982,
9. O número de alunos era 20 e o das alunas, 30. Então, a era 80% superior ao de 1981. O aumento de preço em
nota média da classe toda foi: 1982, tendo por base o preço de 1980, foi de:
a. 7. a. 120%. d. 300%
b. 7,8. b.140%. e.450%.
c. 8. c. 148%.
d. 8,2.
e. 9. 42. Considere a seguinte série:

34. Um relatório mostrou, entre outras coisas, que numa regi- ANOS 1980 1981 1982 1983
0
ão polar a temperatura média é de -23 C e o desvio EXPOR-
0
padrão é - 5 C. Com base nestas informações, podemos TAÇÃO 48.500 54.000 40.500 57.500
afirmar que: (tonela-
das)
a. o relatório está impreciso e deve ser completado com
o rol. Os índices relativos para 1981, 82 e 83, sendo 1980 100, são:
b. o relatório está correto e deve ser aceito.
c. o relatório está incompleto e deve ser completado com a. 112,5; 84,4 e 119,8.
o rol. b. 111,5; 83,2 e 112,8.
d. o relatório está bem, desde que se tenha o rol das c. 112,5; 84,3 e 119,7.
temperaturas. d. 113,5; 82,3 e 111,4.
e. o relatório está errado e deve ser rejeitado. e. 114,5; 81,4 e 111,9.

35. Um coeficiente de variação é uma razão, geralmente per- 43. Se os salários dos empregados de uma empresa aumen-
centual, entre: tam em 20% em dado período, enquanto o Índice de Pre-
ços ao Consumidor aumenta 10%, então, o aumento real
a. a média e a mediana. de salário, durante o período, foi:
b. o desvio padrão e a média aritmética. a. de 10%. c. maior do que 10%.
c. o desvio padrão e a mediana. b. menor do que 10%. d. nulo.
d. a média aritmética e o número de casos.

36. Num teste de Conhecimentos Gerais, a média das ques- 44. Considerando a série abaixo:
tões certas foi 57,5 e o desvio padrão 5,98. A variabilidade
relativa das classes foi de:
a. 5,75%. MER- PREÇOS
b. 9,62%. CA- 197 198 198 198 198
c. 10,4%. DO- 9 0 1 2 3
d. 11,4%. RIAS

Conhecimentos Específicos 230 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A 150 150 160 180 180 e. Linfoblasto.
B 450 320 380 420 390
C 180 190 190 210 220 6. Dadas as medidas de proteção contra riscos biológicos no
laboratório, assinale a opção incorreta.
os índices médios dos relativos para 1979, 80, 81, 82 e A) Ao manusear líquidos biológicos, a exemplo de sangue e
83, tomando como ano-base 1980, são: derivados, faz-se necessária a utilização de, pelo menos,
luvas, óculos de proteção, máscara, sapato fechado e jaleco.
a. 112, 100,120, 110 e 121. B) Para evitar aerossóis perigosos, é suficiente a utilização de
b. 119, 122, 115, 115 e 109. máscara e óculos.
c. 112, 100, 109, 121 e 119. C) Usar sempre removedores mecânicos de agulhas sem
d. 113, 111, 112, 123 e 118. nunca reencapar, dobrar ou até mesmo cortar ou quebrar as
e. 114, 109, 113, 116 e 101. agulhas usadas.
D) Sempre limpar a superfície de trabalho com solução de
10% de água sanitária ou 1% de hipoclorito antes e após
GABARITO: todos os
procedimentos e a qualquer momento que se faça necessário.
1.c 7.d 13,d 19.c 25.b 31.a 37.c 43.b E) A utilização de capela de segurança biológica e os EPI’s
2.c 8.b 14.b 20.a 26.b 32.e 38.a 44.c evita contaminações de microorganismos patógenos.
3.c 9.b 15.e 21.b 27.e 33.d 39.b
4.b 10.a 16.a 22.b 28.e 34.e 40.d 7. Qual opção contém vidrarias utilizadas em laboratório que
possuem graduação precisa?
5.a 11.b 17.d 23.b 29.a 35.b 41.e
A) Pipeta graduada e balão volumétrico.
6.b 12.b 18.c 24.d 30.a 36.c 42.a
B) Béquer e cadinho.
C) Proveta graduada e pipeta volumétrica.
D) Tubos de ensaio e béquer.
E) Erlenmeyer e proveta graduada.
PROPROVA SIMULADA XV
8. Sobre a afirmação “Toda medida de prevenção depende do
1. Qual o método mais eficaz para esterilizar os materiais de agente de risco presente no laboratório e das atividades rela-
laboratório? cionadas a esse agente”. Pode-se concluir que (1,0):
a. Vapor úmido sob pressão. a. As medidas de biossegurança adotadas no ambiente labo-
b. Tratamento com hipoclorito de sódio 5%. ratorial devem ser adequadas na contenção de agentes de
c. Tratamento com álcool 70%. risco biológicos, físicos, químicos ou ergonômicos.
d. Estufa. b. As medidas de biossegurança adotadas no ambiente labo-
e. Tratamento com álcool 96 GL. ratorial devem ser adequadas na contenção dos agentes de
risco em função do grupo de risco (ou biosafety levels) a que
2. Sobre coleta, colocação de rótulos e transporte das amos- são associados em NB1, NB2, NB3 ou NB4
tras é incorreto afirmar. c. As medidas de biossegurança adotadas no ambiente labo-
a. Todas essas tarefas requerem o uso de luvas. ratorial devem ser adequadas na contenção de todos os tipos
b. A colheita do sangue deve ser confiada a funcionários de agentes de risco e de atividades envolvendo tais agentes.
competentes. d. As medidas de biossegurança adotadas no ambiente labo-
c. A equipe que trabalha na recepção não está autorizada a ratorial devem ser adequadas na contenção dos agentes de
abrir sacos contendo material biológico. risco presentes no laboratório, mas devem também primar
d. Os tubos contendo as amostras e os formulários de requi- pela minimização dos riscos de atividades que potencializem
sição de exame levarão um rótulo, assinalando “perigo de o risco dos agentes biológicos. Assim, em algumas circuns-
infecção”, ou outro alerta semelhante. tâncias microorganismos de GR2 devem ser manipulados em
e. A equipe que trabalha na recepção está autorizada a abrir NB3.
sacos contendo material biológico.
9. Com relação aos grupos de risco biológicos podemos é
3. A incidência de luz sobre o tubo de coleta com sangue correto afirmar que (1,0):
interfere na dosagem de alguns análitos. Qual, entre os cita- a. Os microorganismos do GR1 não são capazes de infectar
dos abaixo, exige que seja conservado ao abrigo da luz? os homens
a. Sódio. b. Os microorganismos do GR2 infectam o homem e podem
b. Amilase. gerar doenças graves, mas as doenças são passíveis de
c. Potássio. tratamento e o risco de transmissão é mínimo.
d. Glicose. c. Os microorganismos do GR3 são os mais utilizados em
e. Bilirrubina. pesquisas, produzem enfermidades graves no homem e não
apresentam risco comunitário.
4. As células bacterianas são caracterizadas morfologicamen- d. Os microorganismos do GR4 apresentam alto risco comuni-
te pelo seu tamanho, forma, arranjo e estruturas que apresen- tário, mas provocam doenças graves que são passíveis de
tam. Quanto à forma, quais os três grupos básicos? tratamento.
a. Diplococos, Estreptococos e Estafilococos.
b. Pseudomonas, Escherichia e Proteus. 10. As barreiras de proteção ou contenção constituem (0,5):
c. Cocos, bacilos e espirilos. a. Barreiras primárias, entre elas os equipamentos de prote-
d. Diplococos, Escherichia e Proteus. ção individual e os equipamentos de proteção coletiva.
e. Estreptococos, Escherichia e Proteus. b. Barreiras primárias, entre elas os equipamentos de prote-
ção individual tais como luvas, jalecos, óculos, máscaras e
5; Qual a célula precursora das hemácias? etc; e os equipamentos de proteção coletiva tais como as
a. Monoblasto. cabines de segurança, lava olhos e chuveiros; e barreiras
b. Megacarioblasto. secundárias, entre elas o layout do laboratório e equipamen-
c. Mioloblasto. tos como autoclaves.
d. Proeritroblasto.

Conhecimentos Específicos 231 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c. Barreiras primárias, entre elas os equipamentos de prote- b) não apresenta ribossomos.
ção individual tais como luvas, jalecos, óculos, máscaras e c) não apresenta núcleo organizado.
etc; e os equipamentos de proteção coletiva tais como as d) não apresenta DNA como material genético.
cabines de segurança, lava olhos e chuveiros. e) nunca apresenta parede celular (esquelética).
d) Barreiras primárias, entre elas os equipamentos de prote-
ção individual tais como as cabines de segurança, lava olhos 15. Considere as seguintes afirmativas:
e etc; e os equipamentos de proteção coletiva tais como; I . Cólera, rubéola e botulismo são exemplos de infecções
luvas, jalecos, óculos, máscaras, e etc; e barreiras secundá- bacterianas.
rias, entre elas o layout do laboratório e equipamentos como II . Bactérias se reproduzem principalmente por meio de con-
autoclaves. jugação, um mecanismo de reprodução assexuada.
III. Bactérias possuem um único cromossomo. Entretanto,
11. Assinale a alternativa correta (0,5): podem conter material genético adicional na forma de plasmí-
1. Existem diferentes tipos de luvas que devem ser utilizadas deos.
em função do tipo de risco que o agente biológico ou químico IV . Existem bactérias cujo habitat natural apresenta tempera-
oferecem. Em algumas situações o uso de um tipo inadequa- tura em torno de 72ºC.
do de luvas para uma atividade eleva seu risco. Assinale a alternativa que contém as afirmativas CORRETAS:
2. Os jalecos devem ser longos, de manga comprida e total- a) I e II.
mente fechados. Não podem ser usados nas áreas externas b) II, III e IV.
do laboratório e devem ser higienizados com hipoclorito. De- c) III e IV.
vem existir jalecos de uso no laboratório, na casa de vegeta- d) II e III.
ção e no biotério. e) I, II e III.
3. Quando utilizamos luz UV são necessários os equipamen-
tos: óculos de proteção, jaleco, luvas e sapatos fechados. 16. Bactérias, fungos e vírus são agentes causadores de
4. Substâncias que são nocivas quando inaladas podem ser diversas patologias.
aliquotadas na bancada desde que o operador esteja ade- Qual das opções abaixo mostra doenças causadas por bacté-
quadamente equipado com: máscara de proteção respiratória, rias?
jaleco e sapatos fechados. a) tuberculose e tétano
a. Todas as alternativas estão corretas. b) gastroenterite e malária
b. Apenas as alternativas 1 e 2 estão corretas. c) sífilis e sarampo
c. Apenas as alternativas 1, 2 e 3 estão corretas. d) varíola e tétano
d. Apenas as alternativas 1, 2 e 4 estão corretas.
17. É cada vez mais freqüente a presença de amostras da
12. Com relação ao descarte de resíduos que oferecem risco bactéria Escherichia coli patogênica em rebanhos bovinos. A
biológico é correto afirmar que (1,0): figura a seguir ilustra a participação dessa bactéria no nosso
1. As agulhas e vidrarias, materiais perfurocortantes com meio. Analise-a.
potencial infeccioso, devem ser coletadas em caixas de pape-
lão resistentes a perfuração e autoclavadas para reutilização.
2. Meios de cultivo de microorganismos devem ser devida-
mente embalados e autoclavados para esterilização. Os mei-
os devem então ser incinerados, quando oferecem risco, e o
material (placa de petri) pode ser lavado, autoclavado e reuti-
lizado.
3. As agulhas e vidrarias, materiais perfurocortantes com
potencial infeccioso, devem ser coletadas em caixas de pape-
lão resistentes a perfuração e incineradas.
4. Equipamentos utilizados para materiais infecciosos devem
ser sempre descartáveis e incinerados após a utilização.
a.Apenas as alternativas 1, 2 e 4 estão corretas.
b. Apenas as alternativas 2, 3 e 4 estão corretas.
c. Todas as alternativas estão corretas.
d. Apenas as alternativas 2 e 4 estão corretas.

13. Recentemente, os noticiários divulgaram o lançamento


excessivo de esgoto sanitário na lagoa Rodrigo de Freitas, De acordo com a figura e o assunto abordado, analise as
localizada na cidade do Rio de Janeiro. afirmativas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.
Considere as seguintes conseqüências: a) A alta incidência dessa bactéria nos rebanhos pode estar
I - Proliferação de microorganismos aeróbios. relacionada com uma contaminação da água ingerida pelo
II - Multiplicação dos microorganismos anaeróbios. gado.
III - Diminuição da concentração de oxigênio na água. b) O risco de contaminação seria eliminado se o gado fosse
IV - Aumento da quantidade de matéria orgânica na água. tratado em cocheiras e mantido em ambientes fechados.
V - Mortalidade dos peixes. c) O gado não consegue transmitir a bactéria para sua mes-
Aponte a seqüência que melhor representa a ordem em que ma espécie.
ocorreram os acontecimentos. d) A produção de toxinas pela bactéria não caracteriza um
a) I, III, V, IV e II. fator de virulência.
b) IV, II, I, III e V.
c) II, IV, I, III e V. 18. Em relação às bactérias, marque V para as afirmativas
d) IV, I, III, V e II. verdadeiras e F para as falsas.
e) II, III, I, V e IV. ( ) As bactérias têm sido usadas pela engenharia genética
na síntese de peptídios humanos como a insulina e o hor-
14. A Escherichia coli é uma bactéria procarionte. Isto signifi- mônio de crescimento.
ca que esta bactéria ( ) As bactérias causam muitas doenças sexualmente
a) é parasita obrigatório. transmitidas, como o herpes simples, a meningite e a sífilis.

Conhecimentos Específicos 232 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
( ) Em geral as bactérias trazem mais benefícios do que a) gripe
prejuízos para os seres humanos e para a biosfera. b) caxumba
Assinale a alternativa que contém a seqüência correta. c) tétano
a) F V F d) sarampo
b) V F V e) varíola
c) F F V
d) F V V 26. Coloque V para verdadeiro ou F para falso, para as práti-
e) V V V cas de biossegurança:
( ) É proibido comer, beber, fumar e aplicar cosméticos nas
19. Todos os seres vivos (exceto os vírus) são formados por áreas de trabalho.
células. De acordo com o tipo estrutural de células que os ( ) Lavar as mãos antes e depois da manipulação com micror-
compõem, os organismos podem ser classificados em eucari- ganismos.
ontes ou procariontes. ( ) Uso de Equipamento de Proteção Individual no interior do
Assinale a alternativa correta. laboratório, não sendo permitido a circulação com os mesmos
a) Os protozoários e as bactérias possuem células eucarióti- em áreas externas.
cas. ( ) É proibido pipetar com a boca, colocar objetos na boca
b) Os fungos (bolores e leveduras) possuem células eucarióti- (lápis), armazenar alimentos nas salas de realização de exa-
cas. mes.
c) Os fungos e as bactérias possuem células procarióticas. ( ) Os perfurocortantes podem ser colocados nas lixeiras
d) As bactérias e as algas possuem células eucarióticas. comuns.
e) As bactérias e os protozoários possuem células procarióti- ( ) Cabelos compridos devem estar presos.
cas. ( ) O pessoal do laboratório deve usar roupas de proteção
individual.
20. Certos fungos se desenvolvem nas raízes de certas plan- A partir das afirmativas acima, indique a alternativa correta:
tas, formando uma associação denominada MICORRIZA. a) F V V V F V V
Sobre essa associação, é correto afirmar que é um tipo de: b) V V V V F F F
a) parasitismo, pois o fungo prejudica a planta hospedeira. c) V F F V F V V
b) comensaIismo, pois o fungo é beneficiado e a planta não é d) V V V V F V V
prejudicada.
c) mutualismo, pois tanto o fungo quanto a planta são benefi- 27. Em relação aos métodos de purificação da água reagente,
ciados. marque a alternativa incorreta:
d) epifitismo, pois o fungo só se desenvolve na raiz da planta a) Destilação: É um processo que utiliza uma membrana
para conseguir absorver melhor os nutrientes do solo. obtida por tecnologia emergente, destinada à purificação da
e) predatismo, pois o fungo mata a planta ao sugar-lhe a água. Utiliza em combinação as características dos ultrafiltros
seiva orgânica. e da osmose reversa.
b) Deionização: É um processo de troca de íons para obter
21 .(UFES) Bactérias causadoras de infecção e que são vis- água reagente de alta resistividade. Consta da utilização de
tas ao microscópio como grupamento de glóbulos em cacho colunas contendo resinas de trocas iônicas que retêm as
certamente são: impurezas existentes na água.
a) estafilococos. c) Osmose Reversa: É o processo no qual a água é forçada
b) estreptococos. sob pressão através de uma membrana semipermeável que
c) diplococos. retém uma porcentagem das substâncias orgânicas e inorgâ-
d) micrococos. nicas dissolvidas, íons e impurezas em suspensão.
e) bacilos. d) Filtração e Ultrafiltração: A filtração é um processo mecâni-
co de retenção de partículas, incluindo microrganismos, natu-
22.(MACK-SP) Em relação a morfologia, as bactérias com ralmente dependendo do tamanho dos poros do filtro utiliza-
formas esféricas, de bastão, em cacho de uva e em colar do. A ultrafiltração é o processo mecânico ou eletromecânico
denominam-se, respectivamente: destinado a remover pequenas impurezas dissolvidas ou
a) cocos, bacilos, estafilococos, estreptococos. suspensas na água. A filtração retém partículas, dependendo
b) bacilos, cocos estafilococos, estreptococos. do diâmetro dos poros do filtro, e a ultrafiltração retém basea-
c) cocos, bacilos, estreptococos, estafilococos. do no seu tamanho, forma e carga elétrica.
d) bacilos, cocos, estreptococos, estafilococos.
e) estreptococos, estafilococos, bacilos, cocos. 28. No gerenciamento de laboratórios de análises a adoção
de sistemas de controle de qualidade é uma excelente alter-
23.(FCMS-SP) Bacilos são: nativa para assegurar a precisão dos resultados e satisfação
a) vírus em forma de bastonete. dos clientes e fornecedores.
b) bactérias esféricas, agregadas em fio. Considerando esta afirmativa, assinale a alternativa INCOR-
c) bactérias em forma de bastonete. RETA:
d) hifas de fungos do grupo dos basidiomicetos. a) A implementação de um programa de qualidade do produto
e) fungos unicelulares e de forma alongada. ou serviço prestado poderá ser alcançada por iniciativa indivi-
dual de qualquer funcionário do laboratório, sem
24 .(FCMS-SP) O principal tipo de reprodução das bactérias envolvimento da equipe e das chefias.
é: b) Entende-se por processo todo um conjunto de etapas para
a) a harmogogia. a execução das análises laboratoriais e como produto o resul-
b) o brotamento. tado de qualquer processo.
c) a cissipariedade. c) O programa 5 S constitui a base da rotina diária de um
d) a segmentação. laboratório, compreendendo os sensos de utilização, ordena-
e) a isogamia. ção, limpeza, saúde e autodisciplina.
d) O ciclo PDCA para a solução de problemas envolve a defi-
25.(PUC-RJ) Muitas doenças humanas são produzidas por nição de metas e métodos para atingi-las (planejamento);
vírus. Marque da relação seguinte a única de origem bacteri- educação, treinamento e execução de tarefas (execução);
ana:

Conhecimentos Específicos 233 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
verificação dos resultados (checagem) e correção dos desvios
(ação). 34. Desinfecção - A maior parte da desinfecção de águas no
mundo é feita com gás cloro. Porém, outros processos tais
29. A higienização na indústria de alimentos pode ser feita como hipoclorito de sódio, dióxido de cloro, ozônio ou
empregando-se diversas substâncias químicas. Na lavagem luz ultravioleta, também são utilizados em menor escala, dada
de superfícies, para a máxima remoção de resíduos de gordu- a complexidade, alto custo e eficácia aquém das necessida-
ra, devem ser observadas algumas características da água e des sanitárias do mundo atual. Antes de ser bombeada para
tomadas algumas medidas. Marque a alternativa INCORRE- os tanques de armazenamento e para o sistema de distribui-
TA: ção aos consumidores, equipamentos de cloração garantem a
a) A Limpeza ácida deve ser realizada semanalmente com manutenção de uma quantidade de cloro residual, que conti-
ácido fosfórico a 2% de acidez livre, e em temperatura de nua exercendo a sua função de desinfetante até o destino
80°C, quando a água for considerada dura. final. A cloração de águas para consumo humano é conside-
b) Quando a água for considerada dura, deve-se manter a rada um dos maiores avanços da ciência nos últimos dois
temperatura da pré-lavagem a 40°C, aumentando o tempo de séculos, podendo ser comparada com a descoberta da penici-
contato. lina ou mesmo a invenção do avião.
c) O hipoclorito de sódio a 200ppm é o principal detergente
alcalino usado para remoção da gordura e deve ser emprega- 35. Desinfeção solar ou SODIS (SOlar water DISinfection) -
do em temperaturas ambientes durante a limpeza. é um método de desinfecção da água de baixo custo que
d) Independentemente da dureza da água, deve ser feito um utiliza o raios ultravioleta do sol e garrafas plásticas do tipo
enxague final com água quente até a remoção completa dos PET transparentes.
resíduos dos detergentes.
36. Coagulação ou floculação - Neste processo as partícu-
30. A sanificação é uma etapa crucial nos processos de higie- las sólidas se aglomeram em flocos para que sejam removi-
nização nas indústrias de alimentos e visa reduzir, até níveis das mais facilmente. Este processo consiste na formação e
seguros, os microrganismos deterioradores e patogênicos das precipitação de hidróxido de alumínio (Al(OH)3) que é insolú-
superfícies dos equipamentos. Com relação a esse processo, vel em água e "carrega" as impurezas para o fundo do tan-
marque a alternativa CORRETA: que.
a) Dentre os sanificantes mais empregados podem ser cita-
dos os compostos à base de cálcio, iodo e amônia quaterná- 37. Laboratório é uma sala ou espaço físico devidamente
ria. equipado cominstrumentos de medida próprios para a realiza-
b) Os sanificantes químicos podem atuar por mecanismos de ção de experimentos e pesquisas científicas diversas, depen-
alteração da permeabilidade da membrana citoplasmática e dendo do ramo da ciência para o qual foi planejado.
oxidação de componentes celulares, entre outros.
c) Os agentes sanificantes são eficientes contra formas vege- 38. A realização de experiências por meio de cálculos, medi-
tativas e esporos bacterianos, independentemente da sua ções e análises químicas, físicas e biológicas exigem controle
concentração, temperatura e tempo de exposição. e precisão alcançáveis apenas em espaço e ambiente estru-
d) A sanificação na indústria de alimentos pode ser feita em- turados para tal, de acordo com normas técnicas estabeleci-
pregando-se o calor, o frio e a radiação ultravioleta. das por lei. Essas atividades envolvem riscos como o biológi-
co, por exemplo, associado ao manuseio de material infecta-
31. O processamento de vegetais e frutas inicia-se desde o do; como riscos ergonômico, químico, físico, entre outros. Por
momento da sua colheita, sendo necessário o emprego de essa razão, a sua prática é orientada por manuais de biosse-
métodos de preparo das matérias-primas. Com base nesta gurança que determinam procedimentos operacionais padro-
afirmativa é INCORRETO afirmar que: nizados visando diminuir ou eliminar riscos às saúdes ocupa-
a) Na preparação de matérias-primas de origem vegetal estão cional e pública.
envolvidas a limpeza, seleção, classificação e o descasca-
mento dos alimentos. 39. Entre as ações regulamentadas e fiscalizadas por órgãos
b) A limpeza a seco é mais simples, mas por gerar resíduos de vigilância à saúde, incluem-se a instalação, a montagem e
efluentes secos apresenta maior dificuldade para a remoção o funcionamento de um laboratório, os quais obedecem a
desses descartes, aumentando seus custos. requisitos de segurança como temperatura, umidade, pressão
c) A limpeza úmida é mais indicada no preparo das frutas e atmosférica,rede elétrica, isenção de contaminação microbio-
hortaliças, mas pode aumentar a sua deterioração química e lógica em suspensão no ar ou em poeiras, isenção
microbiana, principalmente na limpeza aquecida. de vibração e de ruído, além de instalações e equipamentos
d) Dentre os principais contaminantes encontrados em ali- mantidos sob controle de qualidade atestada.
mentos crus podem ser citados a terra, folhas, galhos, pelos,
insetos, fertilizantes, herbicidas, células e metabólitos micro- 40. Uma capela de laboratório, capela laboratorial, capela
bianos. de exaustão ou hotte é um compartimento envidraçado,
fechado, equipado com um exaustor, usado em laboratórios
São métodos de tratamento da água: de química.
C = correto
E= incorreto 41. Marque a alternativa CORRETA. Substância utilizada
para a limpeza de vidraria de laboratório:
32. Separação/Filtração - embora não sejam suficientes para a) Álcool P.A.
purificar completamente a água, é uma etapa preliminar ne- b) Hipoclorito de sódio
cessária. c) Solução sulfocrômica
d) Glutaraldeído
33. Filtros de areia rápidos - o uso de filtros de areia de e) Álcool hipoclorídrico.
ação rápida, é o tipo mais comum de tratamento físico da
água, para os casos de água de elevada turvação. Em casos 42. O Frasco de Stoll tem duas duas marcas em seu gargalo
em que o gosto e o odor possam vir a constituir um problema, e sobre estas marcas, é correto afirmar:
o filtro de areia pode incluir uma camada adicional de carvão a) A inferior indica 56m e a superior 60ml.
ativado Recorde-se que os filtros de areia ficam obstruídos b) A inferior indica os 46 ml e a superior 56ml.
após um período de uso e devem ser lavados. c) A inferior indica 66 ml e a superior 56ml.

Conhecimentos Específicos 234 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
d) A superior indica os 50 ml e a superior 60ml. 48. No laboratório, o álcool é utilizado na desinfecção e na
e) A superior indica 60 ml e a inferior indica 58ml. descontaminação de superfícies. A concentração ideal do
etanol em uma solução com poder antisséptico deve ser de:
43. Qual a desvantagem de utilizar o óxido de etileno no pro- a) 70%.
cesso de esterilização? b) 80%.
a) Baixo poder de penetração. c) 95%.
b) Baixa velocidade de ação contra os microrganismos. d) 100%.
c) Falta de autoclaves apropriadas para sua utilização. e) 60 %.
d) Ponto de ebulição de 155ºC.
e) Baixa efetividade de ataque aos esporos. 49. Autoclave é utilizada no laboratório para:
a) esterilização de material, baseado no princípio de calor
44. A figura abaixo é representa um: seco.
b) esterilização de material, baseado no princípio de calor
úmido e pressão.
c) preparação de amostras em Hematologia.
d) coloração do material sob pressão e alta temperatura.
e) esterilização de material, baseado no princípio do calor
de alta pressão.

50. Qual dos instrumentos abaixo deve ser empregado para


medir 350 mL de uma solução salina?
a) Cilindro graduado.
b) Balão Volumétrico.
c) Pipeta.
d) Becker.
e) Provetas.

Quanto ao Teste De Elisa podemos afirmar:


a) Balão de Gay Lussac. Assinale:
b) Funil Buchner. C = certo
c) Funil de separação. E = errado
d) Tubo de ensaio.
e) Balão de Bohr. 51. O teste de “ELISA” (do inglês “Enzyme Linked Immuno-
noSorbent Assay) se baseia reações antígeno-anticorpo de-
45. A figura abaixo representa um: tectáveis através de reações enzimáticas.

52. A enzima mais comumente utilizada nestas provas é a


peroxidase, que catalisa a reação de desdobramento da água
oxigenada (H2O2) em H2O mais O2.

53. Existem vários modelos de testes de ELISA; em sua for-


ma mais simples, chamada ELISA indireto, um antígeno
aderido a um suporte sólido (placa de ELISA) é preparado; a
seguir coloca-se sobre este os soros em teste ( ex. soro hu-
mano), na busca de anticorpos contra o antígeno. Se houver
anticorpos no soro em teste ocorrerá a formação da ligação
antígeno-anticorpo, que posteriormente é detectada pela
adição de um segundo anticorpo dirigido contra imunoglobuli-
nas da espécie onde se busca detectar os anticorpos (huma-
na, no caso), a qual é ligada à peroxidase. Este anticorpo
a) Balão de Gay Lussac. anti-IgG, ligado à enzima denomina-se conjugado. Ao adi-
b) Funil Buchner. cionar-se o substrato apropriado para a enzima (isto é, H2O2
c) Funil de separação. dissolvida em uma substancia química que dá uma reação
d) Tubo de ensaio. colorida quando H2O2 é desdobrada). Os orifícios onde ocor-
e) Balão de Bohr. reu a reação antígeno-anticorpo apresentam uma coloração
(variável dependendo do substrato).
46. A medição de substâncias ácidas e corrosivas em grande
quantidade deve ser efetuada em: 54. Outro método é o chamado ELISA de bloqueio ou compe-
a) Pipetas volumétricas. tição, em que a presença de anticorpos em determinado soro
b) Provetas. é revelada pela competição com um anticorpo específico
c) Tubos de ensaio. (mono ou policlonal) dirigido contra o antígeno.
d) Balões volumétricos. Igualmente, o resultado é dado pela adição de um conjugado,
e) Buretas. porém a coloração aparecerá nos orifícios onde não havia
anticorpos. A seguir, temos um modelo de teste de ELISA de
47. É considerado um aparelho próprio para se obter água bloqueio, desenvolvido por nós e utilizado amplamente em
desmineralizada: nosso laboratório para o diagnóstico de anticorpos contra
a) Decantador. herpesvírus bovinos.
b) Destilador de óleos essenciais.
c) Deionizador. 55. Método:
d) Destilador de nitrogênio. 1 – Sensibilizar as placas de ELISA com o antígeno, previa-
e) Becker. mente diluído (no nosso exemplo, diluído a 1/200, correspon-
dente à diluição considerada ótima em titulações anteriores),

Conhecimentos Específicos 235 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
em tampão carbonato (vide fórmulas no final), 100 ul por
orifício, e incubar overnight a 4 oC. Isto permitirá a ligação do RESPOSTAS
antígeno à placa. 01. A 11. B 21. A 31. B 41. C
2- No dia seguinte, remover a solução de antígeno e lavar a 02. E 12. B 22. A 32. C 42. A
placa 3 vezes com líquido de lavagem de ELISA (PBS-T20), 03. E 13. D 23. C 33. C 43. B
em volume de 100 ul por orifício. 04. C 14. C 24. C 34. C 44. A
3- A placa pode então ser armazenada para uso posterior (em 05. D 15. C 25. C 35. C 45. B
sacos plásticos fechados a – 20 oC, ou utilizada imediatamen- 06. B 16. A 26. D 36. C 46. B
te. 07. C 17. A 27. A 37. C 47. C
4- Acrescentar os soros a testar em uma diluição previamente 08. D 18. B 28. A 38. C 48. A
determinada ( ½ em nosso exemplo), preparada em líquido de 09. B 19. B 29. C 39. C 49. B
lavagem, em volumes de 100 ul/orifício. Incubar por uma hora 10. B 20. C 30. B 40. C 50. A
a 37 oC.
5- Remover a diluição dos soros e lavar três vezes com líqui-
51. C
do de lavagem.
52. C
6- Acrescentar 100 ml por orifício de uma diluição apropriada
53. C
do anticorpo monoclonal (1:1000 em nosso exemplo), prepa-
54. C
rada em líquido de lavagem. Incubar por uma hora a 37 oC.
55. C
7 - Remover o anticorpo monoclonal e lavar três vezes com
56. C
líquido de lavagem.
57. C
8- Acrescentar 100 ml por orifício de uma diluição apropriada
58. C
do conjugado (anti- IgG de camundongos; 1:1000 em nosso
59. C
exemplo), preparada em líquido de lavagem. Incubar por uma
60. C
hora a 37 oC.
9- Remover a diluição de conjugado e lavar três vezes com
líquido de lavagem.
10- Acrescentar 100 ml por orifício de uma solução de OPD PROVA SIMULADA XVI
(ortofenilenodiamina) preparada em tampão citrato-fosfato
acrescentado de 0,001% de H2O2. Incubar por 15 minutos a 1. Grupos de seres vivos com representantes bastante variá-
37 oC. veis quanto à forma do corpo e modo de vida, podendo ser
11- A reação é interrompida pela adição de 50 ml por orifício parasitas, saprófitos, simbiontes e todos heterótrofos. Essa
de uma solução de H2SO4 2M. descrição vale para:
12- Os resultados são obtidos com base na leitura da densi- a) os liquens.
dade ótica (D.O.) em espectrofotômetro com filtro de 492 nm. b) as bactérias.
56. A Reação em Cadeia da Polimerase (que c) os animais.
em inglês é Polymerase Chain Reaction – PCR) é definida d) os fungos.
como uma técnica de amplificação de ácido ribonucléico e) os protistas.
(DNA) sem utilizar organismos vivos.
resposta:D
57. Atualmente, o PCR é utilizado em laboratórios de investi-
gação médica e biológica objetivando diferentes tarefas, como 2. A 'Candida albicans' é causadora de micoses brandas que
a identificação de doenças hereditárias, a construção atingem os dedos dos pés e as mucosas vaginais, na classifi-
de árvores filogenéticas, a clonagem de genes, teste de pa- cação dos seres, a 'Candida albicans' é considerada:
ternidade, detecção de organismos causadores de infecções, a) vírus
concepção de organismos transgênicos, entre outras. b) bactéria
58. Para a realização deste procedimento, o primeiro passo é c) fungo
extrair o material genético da célula ou do local a ser estuda- d) protozoário
do com cuidado para que o mesmo não seja danificado e nem e) briófita
sofra contaminação. Habitualmente, o material coletado é o
DNA; todavia, pode-se utilizar o RNA em uma RT-PCR que resposta:C
consiste em um desdobramento do PCR e apresenta outras
aplicações. 3. Assinale a opção que apresenta uma característica AU-
SENTE no Reino Fungi:
59. Após a extração do material, juntamente a este é adicio- a) Reprodução assexuada
nada uma mistura, também chamada de pré-mix, na qual b) Respiração anaeróbia
estão presentes os dNTPs (desoxirribonucleotídeos trifosfato), c) Célula procariótica
sendo estas bases nitrogenadas ligadas com um três fosfato, d) Nutrição heterotrófica
os denominados primers (também conhecidos por oligonucle- e) Relação mutualística
otídeos ou iniciadores) e a enzima DNA polimerase em u-
masolução tampão. Este material vai para um aparelho co- resposta:C
nhecido como termociclador, aquecendo e esfriando o materi-
al ali contido em ciclos de temperatura pré-estabelecidos. 4. :É muito comum o paulistano sair aos sábados com a famí-
60. Certos problemas técnicos podem interferir no resultado lia ou com os amigos para ir comer pizza e tomar cerveja.
do PCR, como a contaminação do material por substâncias Tanto a pizza quanto a cerveja só são possíveis de serem
que conhecidamente inibem a reação, como é o caso feitas graças a um organismo fermentante. Esse organismo
da hemoglobina, bem como a contaminação por um material é:
genético que não está sendo estudado. Deste modo, para a) um vírus
reduzir as chances de erro, os profissionais que manuseiam b) um lêvedo
as amostras devem adotar certas medidas, como o uso de c) um protozoário
luvas, tubos descartáveis, dentre outras d) uma bactéria
e) uma alga

Conhecimentos Específicos 236 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c) das algas rodofíceas.
resposta:B d) das cianobactérias.
e) das algas feofíceas.
5. Assinale a alternativa INCORRETA a respeito dos fungos:
a) Há fungos que vivem em associação harmoniosa com resposta:A
plantas.
b) Há fungos que vivem em associação desarmoniosa com 10. O molho de soja mofado vem sendo usado na China, há
plantas. mais de 2.500 anos, no combate a infecções de pele. Durante
c) Há fungos autótrofos, ou seja, que realizam a fotossíntese. a Segunda Guerra Mundial, prisioneiros russos das prisões
d) No fungo há tanto reprodução sexuada como reprodução alemãs, que aceitavam comer pão mofado, sofriam menos
assexuada. infecções de pele que os demais prisioneiros, os quais recu-
e) O primeiro antibiótico que o homem obteve, a penicilina, foi savam esse alimento.
extraída de um fungo ascomiceto. a) O que é mofo?
b) Por que esses alimentos mofados podem combater as
resposta:C infecções de pele?

6. Os líquens são associações obrigatórias entre certos fun- resposta:


gos e certas algas. Nesse tipo de associação, as algas podem a) Mofo é um termo vulgar que designa certos tipos de fun-
ser classificadas como gos.
a) produtores - mutualistas. b) Alguns fungos podem produzir substâncias antibióticas que
b) consumidores - mutualistas. impedem a proliferação de bactérias, evitando infecções de
c) decompositores - parasitas. pele.
d) consumidores - parasitas.
e) produtores - inquilinos. 11. O 'Lecanora esculenta' que se desenvolve nos desertos,
inclusive no Saara, e parece ter sido o "maná caído do céu',
resposta:A na história bíblica de Moisés, na fuga do Egito com os he-
breus, é um exemplo de:
7. A figura a seguir representa uma preparação incluída em a) fungo.
uma experiência feita para verificar se lêvedos em atividade b) líquen.
produzem CO2 quando dispõem de sacarose. c) mamífero.
d) bactéria.
e) alga.

resposta:B

12. Relacione os gêneros de fungos da coluna 1 com as ca-


racterísticas da coluna 2.
Coluna 1
I - Saccharomyces
II - Penicillium
III - Mucor
IV - Algaricus
V - Amanita

Coluna 2
Um controle adequado para essa experiência é uma prepara- ( ) mofo escuro do pão
ção semelhante contendo ( ) comestível
a) lêvedos vivos em água e glicose. ( ) antibiótico
b) lêvedos vivos em água. ( ) fermentação alcoólica
c) lêvedos mortos em água e glicose. ( ) tóxico
d) lêvedos mortos em água.
e) apenas água. Assinale a alternativa com a seqüência correta.
a) I, II, III, IV e V
resposta:B b) III, I, II, IV e V
c) III, IV, II, I e V
d) II, III, V, I e IV
8. Nas classificações antigas dos seres vivos, os fungos fo-
e) II, V, IV, III e I
ram considerados como vegetais, mas, atualmente, eles figu-
ram num Reino à parte. Uma das razões para essa mudança resposta:C
é a ausência, nesses organismos, de:
a) clorofila.
b) núcleo diferenciado. PROVA SIMULADA XVII
c) metabolismo próprio.
d) reprodução sexuada. 1. (Mack) Plantas, algas, cianobactérias e um grupo de
e) respiração aeróbica. bactérias têm capacidade de realizar o processo de fo-
tossíntese. A respeito desse processo nesses organis-
resposta:A mos, é correto afirmar que:
a) Todos apresentam, além da clorofila, os pigmentos carote-
9. Grupo de organismos que não possui nenhum representan- nóides e xantofilas.
te autotrófico. Trata-se: b) Todos utilizam o gás carbônico e a água como matéria
a) dos fungos. prima.
b) das bactérias. c) Somente as plantas e as algas produzem o gás oxigênio.

Conhecimentos Específicos 237 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
d) Somente as plantas apresentam as clorofilas a e b. tantes para o combate de certas doenças. O Penicillium
e) Somente as plantas e as algas apresentam as clorofilas é:
localizadas no interior dos plastos. a) Fungo.
b) Alga.
2. (FaZU) O conjunto de organismos flutuantes na super- c) Vírus.
fície dos mares é denominado: d) Bactéria.
a) Plâncton. e) Protozoário.
b) Bioma.
c) Benton. 9. (UFPI) “Eles são operários quase anônimos da nature-
d) Tundra. za, ao mesmo tempo criadores e destruidores da vida
e) Necton. (…). Há os que fazem o pão crescer (…). Alguns escure-
cem os azulejos do banheiro, outros causam e curam
3. (UFSCar) Pode-se afirmar que fitoplâncton: doenças, enriquecem o solo, apodrecem a madeira”.
a) É constituído por organismos heterótrofos. (“National Geographic”, Agosto de 2000)
b) Representa a comunidade dos produtores do plâncton. O texto acima se refere aos:
c) Não depende da presença de luz para se desenvolver. a) Protozoários.
d) Representa a comunidade dos consumidores do plâncton. b) Artrópodes.
e) É representado por organismos que se deslocam ativamen- c) Anelídeos terrestres.
te na água. d) Platelmintos.
e) Fungos.
4. (UFPE) Com relação às algas e aos fungos, é INCOR-
RETO afirmar que: 10. (UFRS) As afirmações abaixo se referem ao grupo dos
a) O fenômeno das marés vermelhas, um sério problema fungos.
ambiental, é provocado pela proliferação intensa de algas do I – As leveduras são conhecidas por sua capacidade de
grupo dos dinoflagelados. fermentar carboidratos e produzir álcool etílico e dióxido
b) Entre as algas, observa-se reprodução sexuada e assexu- de carbono, sendo utilizadas pelos vinicultores, panifica-
ada, podendo esta última se dar por divisão binária. dores e cervejeiros.
c) Além de servir de alimento para praticamente todos os II – Fungos patogênicos são os principais causadores de
organismos marinhos, as algas do fitoplâncton produzem a doenças de pele em pessoas que estão com o sistema
maior parte do oxigênio da atmosfera terrestre. imunológico afetado, como, por exemplo, as que estão
d) Certas espécies de fungos são parasitas, vivendo à custa contaminadas com o vírus HIV.
de plantas e de animais vivos. Outras espécies vivem em III – Aflatoxinas são metabólitos secundários produzidos
associações harmoniosas com outros organismos, trocando por alguns fungos, que freqüentemente contaminam a-
benefícios. mendoim, milho, trigo, entre outros, podendo causar
e) Certas espécies de fungos, como as micorrizas e os li- câncer de fígado em pessoas e animais que as ingerem.
quens, são importantes para o reaproveitamento da matéria Quais estão corretas?
orgânica dos seres mortos, devido a seus papéis como agen- a) Apenas I.
tes decompositores. b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
5. (FUVEST) Nos ambientes aquáticos, a fotossíntese é d) Apenas II e III.
realizada principalmente por: e) I, II e III.
a) Algas e bactérias.
b) Algas e plantas. RESPOSTAS
c) Algas e fungos.
d) Bactérias e fungos. 01. E
e) Fungos e plantas. 02. A
03. B
6. (UFMG) Todas as alternativas apresentam atividades 04. E
que alguns fungos podem realizar, EXCETO: 05. A
a) Produzir álcool na indústria. 06. D
b) Produzir antibióticos para controle de doenças. 07. C
c) Produzir enzimas para controle biológico. 08. A
d) Produzir glicose para obtenção de energia. 09. E
e) Promover decomposição de matéria orgânica. 10. E

7. (UFRN) Assinale a opção em que há correspondência


entre o ser e aquilo que se afirma sobre ele. PROVA SIMULADA XVIII
a) O protozoário é unicelular, pode ser parasito ou de vida
livre e causar dengue. 1. (UNESP-SP) Os vírus são organismos obrigatoriamente
b) Os vírus são parasitos intracelulares e causam, em animais parasitas, uma vez que só se reproduzem quando no interior
e vegetais, doenças invariavelmente prevenidas por meio de de seus hospedeiros. Sobre os vírus, é correto afirmar que:
vacinas. a) apresentam características fundamentais dos seres vivos:
c) O fungo é uni ou pluricelular, pode causar candidíase e ser estrutura celular, reprodução e mutação.
usado nas indústrias alimentícia e farmacêutica. b) são seres maiores que as bactérias, pois não atravessam
d) A bactéria é unicelular, pode causar poliomielite e ser usa- filtros que permitem a passagem de bactérias.
da na indústria alimentícia. c) são formados por uma carapaça protéica envolvendo o
e) Ascaris lumbricoides, verme pluricelular causador da toxo- retículo rugoso com ribossomos utilizados na síntese de sua
plasmose. carapaça.
d) são todos parasitas animais, pois não atacam células vege-
8. ( (PUCPR) Algumas espécies do gênero Penicillium tais.
desempenham um papel importante na obtenção de anti- X e) podem desempenhar funções semelhantes aos anti-
bióticos, utilizados no preparo de medicamentos impor-

Conhecimentos Específicos 238 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
bióticos, ocasionando “o lise bacteriano”, e impedir a seres vivos que os vírus não possuem é:
reprodução das bactérias. a) ser constituídos de ácidos nucléicos e proteínas.
b) ser capazes de auto-reprodução limitada.
2. (MACK-SP) X c) apresentar estrutura celular com carioteca e cito-
I. Todas elas têm capacidade de realizar a fotossíntese. plasma.
II. Em muitas delas, há alternância de gerações, ou seja, em d) agir como parasitas intracelulares obrigatórios.
seu ciclo de vida, alternam-se gerações de indivíduos haplói- e) parasita células tanto animais e vegetais quanto bactérias.
des e diplóides.
III. A maioria delas apresenta o amido como substância de 8. (UnB-DF) A dona-de-casa deve encher os latões de ferro e
reserva. a caixa-d´água rapidamente para não desperdiçar água. De-
Dentre as afirmações acima, relativas às algas, indique: pois, a água é estocada e usada para beber, para fazer comi-
X a) se somente I e II estiverem corretas. da, lavar louça, tomar banho – e expor a família ao risco de
b) se somente I e III estiverem corretas. pegar dengue. É isso mesmo: na casa de todas as família dos
c) se todas estiverem corretas. dois conjuntos, a água parada nos baldes – sem qualquer
d) se somente I estiver correta. proteção para evitar que seja contaminada – transforma-se
e) se somente II estiver correta. em piscina para o Aedes aegypti, que já infectou dezessete
pessoas da comunidade desde janeiro.
3. (Unisinos-RS) Um aluno, ao observar os seres vivos mi- Falta água e sobra dengue no Guará II. In: Correio Brasilien-
croscópicos de um charco, verifica a grande quantidade de se, 19 maio 1999
seres eucariontes unicelulares, coloniais ou não, e, com a (com adaptações).
ajuda da bibliografia, consegue identificar um microrganismo Acerca do assunto desenvolvido no texto, julgue os seguintes
do gênero Euglena, que apresenta características tanto ani- itens.
mais como vegetais, sendo autotróficos ou heterotróficos V (1) A dengue caracteriza-se pelo aparecimento de febres
dependendo da presença ou ausência de luz e deslocando-se altas e fortes dores no corpo, podendo causar a morte.
através do movimento de um flagelo. F (2) O simples contato do Aedes aegypti com a água parada
Considerando o sistema de Classificação de Whittaker (1969), torna-a contaminada e, portanto, potencial transmissora da
o aluno concluirá, pelas características observadas, que tal dengue.
organismo pertence ao Reino: F (3) Para “evitar que seja contaminada” pelo Aedes aegypti a
a) Animalia. água estocada nos recipientes referidos no texto, é suficiente
b) Metaphyta. fervê-la antes da estocagem.
X c) Protista. F (4) O homem é hospedeiro no ciclo do Aedes aegypti.
d) Monera.
e) dos vírus. 9. (Fuvest-SP) Os antibióticos atuam contra os agentes cau-
sadores das seguintes doenças:
4. (Fuvest-SP) Os vírus: a) tuberculose, coqueluche e hepatite.
a) possuem genes para os três tipos de RNA (ribossômico, b) tuberculose, sífilis e gripe.
mensageiro e transportador), pois utilizam apenas aminoáci- c) tétano, sífilis e gripe.
dos e energia das células hospedeiras. X d) tuberculose, coqueluche e sífilis.
b) possuem genes apenas para RNA ribossômico e para RNA e) coqueluche, sífilis e sarampo.
mensageiro, pois utilizam RNA transportador da célula hos-
pedeira. 10. (UFMS) Associe a coluna da esquerda de acordo com a
c) possuem genes apenas para RNA mensageiro e para RNA coluna da direita e indique a(s) afirmativa(s) correta(s).
transportador, pois utilizam ribossomos da célula hospedeira. 1 – Doenças causadas por bactérias (A) Tétano
X d) possuem genes apenas para RNA mensageiro, pois 2 – Doenças causadas por vírus (B) Caxumba
utilizam ribossomos e RNA transportador da célula hos- (C) Sífilis
pedeira. (D) Sarampo
e) não possuem genes para qualquer um dos três tipos de (E) Tuberculose
RNA, pois utilizam toda a maquinaria de síntese de proteínas (F) Raiva
da célula hospedeira. (G) Hepatite
(H) Hanseníase (Lepra)
5. (FMU-FIAM-FAAM-SP) Agentes infecciosos de natureza (I) Cólera
semelhante àquele que atualmente vem causando surtos de 01) 1-A 1-B 1-C 1-E
febre amarela são, também, causadores de: X 02) 1-A 1-C 2-B 2-D 2-F
a) malária e elefantíase. X 04) 1-H 1-I 2-F 2-G
b) tripanossomíase e malária. 08) 1-B 1-E 2-H 2-G
c) tuberculose e sarampo. 16) 1-B 1-C 2-D 2-F
d) leishmaniose e catapora. 32) 1-B 2-D 2-F 2-H
X e) catapora e sarampo.
11. (UFMA) Em protozoários de vida livre, como na Amoeba
6. (MACK-SP) O material hereditário dos retrovírus é o (1). proteus, existe o vacúolo contrátil, cuja função é a:
Esses vírus apresentam uma enzima, a transcriptase reversa, X a) eliminação do excesso de água.
capaz de produzir moléculas de (2) a partir de (3). b) locomoção.
Indique a alternativa que preenche de forma adequada as c) digestão de microcrustáceos.
lacunas 1, 2 e 3. d) absorção de água.
a) RNA — RNA — DNA e) emissão de pseudópodos.
b) DNA — RNA — DNA
X c) RNA — DNA — RNA 12. (UEL-PR) Protozoários podem causar diversas doenças
d) DNA — DNA — RNA ao homem. Nas alternativas abaixo, identifique aquela em que
e) DNA — RNA — RNA o protozoário, seu agente transmissor e a doença causada
estão corretamente relacionados
7. (UNAERP-SP) A classificação dos vírus como seres vivos é X a) Trypanosoma cruzi, triatomídeo, doença de Chagas.
muito discutida. A característica encontrada em alguns dos b) Leishmania brasiliensis, contato com água, leishmaniose.

Conhecimentos Específicos 239 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c) Entamoeba histolytica, contato com água, amarelão. artificiais. O tifo é causado pela Rickettsia prowazeki e é
d) Plasmodium vivax, barbeiro, malária. transmitido por piolhos e pulgas.
e) Plasmodium falciparum, barbeiro, doença de Chagas. X b) Dengue e febre amarela são transmitidas pela picada
de mosquitos do gênero Anopheles.
13. (Unesp-SP) Uma determinada moléstia que pode causar c) A divisão amastigomycota compreende os fungos sem
lesões nas mucosas, pele e cartilagens é transmitida por um esporos flagelados, ou seja, os zigomicetos, os ascomicetos e
artrópode e causada por um protozoário flagelado. Os nomes os basidiomicetos.
da doença, do artrópode transmissor e do agente causador d) A febre aftosa e a enfermidade vegetal mosaico do tabaco
são, respectivamente: foram as primeiras enfermidades virais descobertas.
a) leishmaniose, mosquito anófeles e Leishmania brasiliensis. e) A tricomoníase, a giardíase, a leishmaniose e a doença de
b) úlcera de Bauru, mosquito cúlex e Plasmodium vivax. Chagas são causadas por flagelados de diferentes espécies.
c) doença-do-sono, mosca tsé-tsé e Trypanosoma cruzi.
d) doença de Chagas, barbeiro e Trypanosoma gambiensis. ___________________________________
X e) úlcera de Bauru, mosquito flebótomo e Leishmania
___________________________________
brasiliensis.
___________________________________
14. (UFSC) O mofo que ataca os alimentos, os cogumelos
comestíveis e o fermento de fazer o pão são formados por ___________________________________
organismos que pertencem ao Reino Fungi. ___________________________________
Com relação a esse grupo indique a(s) proposi-
ção(ões) verdadeira(s), _______________________________________________________
01) São organismos eucariontes, unicelulares ou pluricelula- _______________________________________________________
res, autotróficos facultativos.
X 02) O material nutritivo de reserva é o glicogênio. _______________________________________________________
X 04) Em função da nutrição heterótrofa, esses seres podem
viver em mutualismo, em saprobiose ou em parasitismo. _______________________________________________________
X 08) Alguns fungos são utilizados na obtenção de medica- _______________________________________________________
mentos.
X 16) Nutrem-se por digestão extracorpórea, isto é, liberam _______________________________________________________
enzimas digestivas no ambiente, que fragmentam macromo- _______________________________________________________
léculas em moléculas menores, permitindo sua absorção pelo
organismo. _______________________________________________________
X 32) Na alimentação humana são utilizados, por exemplo, na
_______________________________________________________
fabricação de queijos, como oroquefort e o gorgonzola.
64) Reproduzem-se, apenas, assexuadamente por meio de _______________________________________________________
esporos, formados em estruturas denominadas esporângios,
ascos e basídios. _______________________________________________________
Dê como resposta a soma dos números associados às propo- _______________________________________________________
sições corretas. 62
_______________________________________________________
15. (PUC-RS) Em qual das atividades humanas listadas abai- _______________________________________________________
xo não há participação de fungos?
a) Produção de álcool combustível. _______________________________________________________
b) Fabricação de certos antibióticos.
_______________________________________________________
c) Indústria da cerveja e do vinho.
d) Pesquisas em controle biológico. _______________________________________________________
X e) Produção industrial de iogurte.
_______________________________________________________
16. (UnB-DF) No ciclo da vida, os fungos exercem papel im- _______________________________________________________
portante na reciclagem dos nutrientes. Com relação a esses
organismos, julgue os seguintes itens: _______________________________________________________
F 1) Os cogumelos venenosos podem ser facilmente distin- _______________________________________________________
guidos dos não-venenosos pela vivacidade da sua coloração,
pois os não-venenosos são brancos ou pardos. _______________________________________________________
F 2) Alguns fungos são capazes de associarem-se a algas
para constituírem os micélios. _______________________________________________________
V 3) Os fungos não apresentam clorofila. _______________________________________________________
F 4) Todos os fungos são saprófitas, não havendo nenhum
autótrofo ou parasita. _______________________________________________________
_______________________________________________________
17. (PUC-RS) Os fungos que conhecemos por champignons,
vendidos no comércio em embalagens de plástico ou vidro, _______________________________________________________
pertencem ao grupo dos:
_______________________________________________________
a) ascomicetos.
b) deuteromicetos. _______________________________________________________
c) ficomicetos.
d) arquimicetos. ______________________________________________________
X e) basidiomicetos. _______________________________________________________
18. (UFMA) Indique a opção incorreta. _______________________________________________________
a) Rickéttsias são bacilos que apresentam atividade exclusi- _______________________________________________________
vamente parasitária e dificilmente se desenvolvem em meios

Conhecimentos Específicos 240 A Opção Certa Para a Sua Realização

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