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PETROBRAS
PETRÓLEO BRASILEIRO S.A

Ênfase 12: Suprimento


de Bens e Serviços,
Administração

EDITAL Nº 1 - PETROBRAS/PSP RH 2023.1

CÓD: SL-087FV-23
7908433232865
INTRODUÇÃO

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.

Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!


• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;

• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;

• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;

• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;

• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.

• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;

• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.

A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!

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ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. Reconhecimento de tipos textuais: narração, descrição, disser-
tação............................................................................................................................................................................................ 7
2. Domínio da ortografia oficial....................................................................................................................................................... 15
3. Emprego das classes de palavras: substantivos, adjetivos, verbos, conjunções, preposições, pronomes, advérbios................. 16
4. Reconhecimento e emprego das estruturas morfossintáticas do texto...................................................................................... 24
5. Relações de regência entre termos. . .......................................................................................................................................... 27
6. Relações de concordância entre termos...................................................................................................................................... 29
7. Sinais de pontuação..................................................................................................................................................................... 30
8. Reescritura de frases e parágrafos do texto................................................................................................................................. 32

Matemática
1. Teoria dos conjuntos.................................................................................................................................................................... 37
2. Conjuntos numéricos. Relações entre conjuntos......................................................................................................................... 38
3. Funções exponenciais, logarítmicas e trigonométricas............................................................................................................... 41
4. Equações de 1º grau. Equações polinomiais reduzidas ao 2º grau. Equações exponenciais, logarítmicas e trigonométricas.... 49
5. Análise combinatória: permutação, arranjo, combinação. Eventos independentes.................................................................... 52
6. Progressão aritmética. Progressão geométrica........................................................................................................................... 56
7. Matrizes. Determinantes. Sistemas lineares................................................................................................................................ 58
8. Trigonometria. Geometria plana. Geometria espacial................................................................................................................. 66
9. Geometria analítica: equação da reta, parábola e círculo........................................................................................................... 78
10. Matemática financeira: capital, juros simples, juros compostos, montante................................................................................ 83

Conhecimentos Específicos - Bloco I


1. Noções de Administração: Planejamento (Estratégico, Tático e Operacional)............................................................................ 89
2. Administração da Qualidade . ..................................................................................................................................................... 95
3. Gestão por Processos . ................................................................................................................................................................ 97
4. Atendimento ao Cliente .............................................................................................................................................................. 99
5. Conceitos de Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Gestão de Compras......................................................... 101
6. Estratégias de Negociação .......................................................................................................................................................... 102
7. Seleção e Avaliação de Fornecedores ......................................................................................................................................... 105
8. Gestão e Fiscalização de Contratos ............................................................................................................................................. 106
9. Sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos . ............................................................................................................................. 109
10. Gestão de Transporte de Cargas ................................................................................................................................................. 113
11. Gestão de Estoques e Almoxarifados...................................................................................................................................... 116

Conhecimentos Específicos - Bloco II


1. Legislação. Artigos 28 a 91 da Lei 13.303/16 (Estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias).................................................................................................................................................................................. 129
2. Regulamento de Licitações e Contratos da Petrobras - RLCP........................................................................................................ 141

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ÍNDICE

Conhecimentos Específicos - Bloco III


1. Noções de Contabilidade e Tributário. Conceitos, Objetivos e Finalidades da Contabilidade..................................................... 167
2. Receita, Despesa, Custos e Resultados........................................................................................................................................ 170
3. Administração Tributária.............................................................................................................................................................. 176

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A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.


COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNE-
ROS VARIADOS. RECONHECIMENTO DE TIPOS TEXTUAIS:
NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO, DISSERTAÇÃO

Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação,
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente,
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada
em nossos conhecimentos prévios.

Compreensão de Textos “A Constituição garante o direito à educação para todos e a


Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem. deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso menos severas.”
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender.
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a (A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, 1988.
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos (B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito severas.
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado (C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes
evento. ou não.
(D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser
Interpretação de Textos incluídos socialmente.
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os (E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar Comentário da questão:
é decodificar o sentido de um texto por indução. Em “A” – Errado: o texto é sobre direito à educação, incluindo as
A interpretação de textos compreende a habilidade de se pessoas com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade.
chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de Em “B” – Certo: o complemento “mais ou menos severas” se
texto, seja ele escrito, oral ou visual. refere à “deficiências de toda ordem”, não às leis.
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado Em “C” – Errado: o advérbio “também”, nesse caso, indica a
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado inclusão/adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, educação, além das que não apresentam essas condições.
podendo ser diferente entre leitores. Em “D” – Errado: além de mencionar “deficiências de
toda ordem”, o texto destaca que podem ser “permanentes ou
Exemplo de compreensão e interpretação de textos temporárias”.
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de Em “E” – Errado: este é o tema do texto, a inclusão dos
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em deficientes.
um texto misto (verbal e visual): Resposta: Letra B.

FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Espe- IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO
cial > 2015 O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia
Português > Compreensão e interpretação de textos principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen-
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tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
significativo, que é o texto. novo sentido, gerando um efeito de humor.
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um Exemplo:
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos- Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-
sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex- dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo Ironia verbal
do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso- Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a
mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens. intenção são diferentes.
As informações que se relacionam com o tema chamamos de Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível!
subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida- Ironia de situação
de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o
fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja.
conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães. Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja
Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li-
capaz de identificar o tema do texto! vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da
Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-se- vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces-
cundarias/ so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a
IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM morte.
TEXTOS VARIADOS
Ironia dramática (ou satírica)
Ironia A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos textos
Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que
está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre inten-
com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem). ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar
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os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado Busca de sentidos


pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé- Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con- os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
flitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo apreensão do conteúdo exposto.
da narrativa. Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- citadas ou apresentando novos conceitos.
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.
Humor
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare- Importância da interpretação
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti- informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor- pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos
rer algo fora do esperado numa situação. específicos, aprimora a escrita.
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti- Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa-
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi-
acessadas como forma de gerar o riso. ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto,
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges. que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de
sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais
Exemplo: presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-
tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários,
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido,
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au-
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas.
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas.
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão,
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.

Diferença entre compreensão e interpretação


ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ- A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do
NERO EM QUE SE INSCREVE texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O
de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter- leitor tira conclusões subjetivas do texto.
pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha Gêneros Discursivos
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto. Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso-
Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual- nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou
quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma
principal. Compreender relações semânticas é uma competência novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No
imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos. romance nós temos uma história central e várias histórias secun-
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode- dárias.
-se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
fissional, mas também o desenvolvimento pessoal. Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações
encaminham-se diretamente para um desfecho.
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Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- Exemplos de interpretação:


do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O tro país.
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de- A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um do que com a filha.
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais
curto. Opinião
A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para que fazemos do fato.
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
como horas ou mesmo minutos. do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião
pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de anteriores:
imagens. A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto do que com a filha. Ela foi egoísta.
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
vencer o leitor a concordar com ele. Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas mos expressando nosso julgamento.
de destaque sobre algum assunto de interesse. É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali- analisamos um texto dissertativo.
za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando Exemplo:
os professores a identificar o nível de alfabetização delas. A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando
com o sofrimento da filha.
Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li- ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS
berdade para quem recebe a informação. Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do
DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as
ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto.
Fato Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento
O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência e o do leitor.
do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é
uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei- Parágrafo
ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro. O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é
Exemplo de fato: desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma-
A mãe foi viajar. do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela-
Interpretação cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre-
É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos sentada na introdução.
quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
sas, previmos suas consequências. Embora existam diferentes formas de organização de parágra-
Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon- fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís-
tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível. ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em
Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen- três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem
ças sejam detectáveis. a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em pa-
rágrafos curtos, é raro haver conclusão.

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Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz Linguagem popular e linguagem culta
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
prova. presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e o diálogo é usado para representar a língua falada.
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí-
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até Linguagem Popular ou Coloquial
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con- que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
clusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento. está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
Outro aspecto que merece especial atenção são os conecto- expressão dos esta dos emocionais etc.
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais
fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as A Linguagem Culta ou Padrão
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do pe- É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
ríodo, e o tópico que o antecede. se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
para a clareza do texto. escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial,
Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér- mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro, cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
sem coerência.
Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta- Gíria
tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores. A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es- arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam
trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
mais direto. gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam
NÍVEIS DE LINGUAGEM o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os
Definição de linguagem novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, de pequenos grupos ou cair em desuso.
gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”,
da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti- “mina”, “tipo assim”.
cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa
linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal). Linguagem vulgar
As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco
o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar
incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na
social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua comida”.
e caem em desuso.
Linguagem regional
Língua escrita e língua falada Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa-
A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala-
falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico,
parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.
ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na Tipos e genêros textuais
conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran-
do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem
pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li- como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e
berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante. explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma
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como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás- Tipo textual expositivo
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
exemplos e as principais características de cada um deles. discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
pode ser expositiva ou argumentativa.
Tipo textual descritivo A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto,
um movimento etc. Características principais:
Características principais: • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje- • O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função mar.
caracterizadora. • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu- • Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa
meração. de ponto de vista.
• A noção temporal é normalmente estática. • Apresenta linguagem clara e imparcial.
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini-
ção. Exemplo:
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo. O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún- questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex-
cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial. pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
terminado tema.
Exemplo: Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
Era uma casa muito engraçada ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).
Não tinha teto, não tinha nada Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
Ninguém podia entrar nela, não sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede Tipo textual dissertativo-argumentativo
Porque na casa não tinha parede Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur-
Ninguém podia fazer pipi sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias
Porque penico não tinha ali apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade,
Mas era feita com muito esmero clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in-
Na rua dos bobos, número zero tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor
(Vinícius de Moraes) (leitor ou ouvinte).

TIPO TEXTUAL INJUNTIVO Características principais:


A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe, • Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento
instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté-
tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e gias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho
comportamentos, nas leis jurídicas. de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo,
enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su-
Características principais: gestão/solução).
• Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver- • Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações
bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente
do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas). nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e
• Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª um caráter de verdade ao que está sendo dito.
pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc. • Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali-
zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou
Exemplo: probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados.
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito- • Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o de-
ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se senvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se rodeios.
na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi-
nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde Exemplo:
que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol-
suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su- vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente
perior para formação de oficiais. administração política (tese), porque a força governamental certa-
mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência
de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró-
poles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os
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traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo Expositivo Seminários
dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da popula- Palestras
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato- Conferências
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar Entrevistas
de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o Trabalhos acadêmicos
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Enciclopédia
cobrança efetiva (conclusão). Verbetes de dicionários
Tipo textual narrativo Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta Carta de opinião
um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu- Resenha
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, Artigo
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo). Ensaio
Monografia, dissertação de
Características principais: mestrado e tese de doutorado
• O tempo verbal predominante é o passado. Narrativo Romance
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his- Novela
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história – Crônica
onisciente). Contos de Fada
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em Fábula
prosa, não em verso. Lendas

Exemplo: Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da for-


Solidão ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infi-
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era nitos e mudam de acordo com a demanda social.
o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe-
liz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. ARGUMENTAÇÃO
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni-
rem, um tirou do outro a essência da felicidade. — Definição
Nelson S. Oliveira Argumentação é um recurso expressivo da linguagem
empregado nas produções textuais que objetivam estimular as
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossurreais/4835684 reflexões críticas e o diálogo, a partir de um grupo de proposições.
A elaboração de um texto argumentativo requer coerência e
GÊNEROS TEXTUAIS coesão, ou seja, clareza de ideia e o emprego adequado das
Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes normas gramaticais. Desse modo, a ação de argumentar promove
de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um a potencialização das capacidades intelectuais, visto que se pauta
texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro- expressão de ideias e em pontos de vista ordenados e estabelecidos
dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem com base em um tema específico, visando, especialmente,
funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são persuadir o receptor da mensagem. É importante ressaltar que a
passíveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preser- argumentação compreende, além das produções textuais escritas,
vando características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela as propagandas publicitárias, os debates políticos, os discursos
que apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos orais, entre outros.  
textuais que neles predominam.
Os tipos de argumentação
Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais – Argumentação de autoridade: recorre-se a uma
personalidade conhecida por sua atuação em uma determinada
Descritivo Diário
área ou a uma renomada instituição de pesquisa para enfatizar os
Relatos (viagens, históricos, etc.)
conceitos influenciar a opinião do leitor. Por exemplo, recorrer ao
Biografia e autobiografia
parecer de um médico infectologista para prevenir as pessoas sobre
Notícia
os riscos de contrair o novo corona vírus.  
Currículo
– Argumentação histórica: recorre-se a acontecimentos e
Lista de compras
marcos da história que remetem ao assunto abordado. Exemplo:
Cardápio
“A desigualdade social no Brasil nos remete às condutas racistas
Anúncios de classificados
desempenhadas instituições e pela população desde o início do
Injuntivo Receita culinária século XVI, conhecido como período escravista.”
Bula de remédio – Argumentação de exemplificação: recorre a narrativas do
Manual de instruções cotidiano para chamar a atenção para um problema e, com isso,
Regulamento auxiliar na fundamentação de uma opinião a respeito. Exemplo:
Textos prescritivos “Os casos de feminicídio e de agressões domésticas sofridas pelas

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mulheres no país são evidenciados pelos sucessivos episódios de não se restringe a textos verbais (livros, poemas, poesias, etc.) e
violência vividos por Maria da Penha no período em que ela esteve envolve, também composições de natureza não verbal (pinturas,
casada com seu ex-esposo. Esses episódios motivaram a criação de esculturas, etc.) ou mista (filmes, peças publicitárias, música,
uma lei que leva seu nome, e que visa à garantia da segurança das desenhos animados, novelas, jogos digitais, etc.).
mulheres.”
– Argumentação de comparação: equipara ideias divergentes — Intertextualidade Explícita x Implícita
com o propósito de construir uma perspectiva indicando as – Intertextualidade explícita: é a reprodução fiel e integral
diferenças ou as similaridades entre os conceitos abordados. da passagem conveniente, manifestada aberta e diretamente nas
Exemplo: No reino Unido, os desenvolvimentos na educação palavras do autor. Em caso de desconhecimento preciso sobre a
passaram, em duas décadas, por sucessivas políticas destinadas obra que originou a referência, o autor deve fazer uma prévia da
ao reconhecimento do professor e à sua formação profissional. No existência do excerto em outro texto, deixando a hipertextualidade
Brasil, no entanto, ainda existe um um déficit na formação desses evidente.
profissionais, e o piso nacional ainda é muito insuficiente.” As características da intertextualidade explícita são:
– Argumentação por raciocínio lógico: recorre-se à relação – Conexão direta com o texto anterior;
de causa e efeito, proporcionando uma interpretação voltada – Obviedade, de fácil identificação por parte do leitor, sem
diretamente para o parecer defendido pelo emissor da mensagem. necessidade de esforço ou deduções;
Exemplo: “Promover o aumento das punições no sistema penal – Não demanda que o leitor tenha conhecimento preliminar
em diversos países não reduziu os casos de violência nesses locais, do conteúdo;
assim, resultados semelhantes devem ser observados se o sistema – Os elementos extraídos do outro texto estão claramente
penal do Brasil aplicar maiores penas e rigor aos transgressores das transcritos e referenciados.
leis.”
– Intertextualidade explícita direta e indireta: em textos
Os gêneros argumentativos acadêmicos, como dissertações e monografias, a intertextualidade
– Texto dissertativo-argumentativo: esse texto apresenta um explícita é recorrente, pois a pesquisa acadêmica consiste
tema, de modo que a argumentação é um recurso fundamental de justamente na contribuição de novas informações aos saberes já
seu desenvolvimento. Por meio da argumentação, o autor defende produzidos. Ela ocorre em forma de citação, que, por sua vez, pode
seu ponto de vista e realiza a exposição de seu raciocínio. Resenhas, ser direta, com a transcrição integral (cópia) da passagem útil, ou
ensaios e artigos são alguns exemplos desse tipo de texto.   indireta, que é uma clara exploração das informações, mas sem
– Resenha crítica: a argumentação também é um recurso transcrição, re-elaborada e explicada nas palavras do autor.
fundamental desse tipo de texto, além de se caracterizar pelo pelo – Intertextualidade implícita: esse modo compreende os textos
juízo de valor, isto é, se baseia na exposição de ideias com grande que, ao aproveitarem conceitos, dados e informações presentes em
potencial persuasivo. produções prévias, não fazem a referência clara e não reproduzem
– Crônica argumentativa: esse tipo de texto se assemelha aos integralmente em sua estrutura as passagens envolvidas. Em
artigos de opinião, e trata de temas e eventos do cotidiano. Ao outras palavras, faz-se a menção sem revelá-la ou anunciá-la.
contrário das crônicas cômicas e históricas, a argumentativa recorre De qualquer forma, para que se compreenda o significado da
ao juízo de valor para acordar um dado ponto de vista sempre com relação estabelecida, é indispensável que o leitor seja capaz de
vistas ao convencimento e à persuasão do leitor.   reconhecer as marcas intertextuais e, em casos mais específicos,
– Ensaio: por expor ideias, pensamentos e pontos de vista, ter lido e compreendido o primeiro material. As características da
esse texto caracteriza-se como argumentativo. Recebe esse intertextualidade implícita são: conexão indireta com o texto fonte;
nome exatamente por estar relacionado à ação de ensaiar, isto o leitor não a reconhece com facilidade; demanda conhecimento
é, demonstrar as proposições argumentativas com flexibilidade e prévio do leitor; exigência de análise e deduções por parte do leitor;
despretensão. os elementos do texto pré-existente não estão evidentes na nova
– Texto editorial: dentre os textos jornalísticos, o editorial é estrutura.
aquele que faz uso da argumentação, pois se trata de uma produção
que considera a subjetividade do autor, pela sua natureza crítica e — Tipos de Intertextualidade
opinativa. 1 – Paródia: é o processo de intertextualidade que faz uso da
– Artigos de opinião: são textos semelhantes aos editoriais, por crítica ou da ironia, com a finalidade de subverter o sentido original
apresentarem a opinião ao autor acerca de assuntos atuais, porém, do texto. A modificação ocorre apenas no conteúdo, enquanto a
em vez de uma síntese do tema, esses textos são elaborados por estrutura permanece inalterada. É muito comum nas músicas, no
especialistas, pois seu objetivo é fazer uso da argumentação para cinema e em espetáculos de humor. Observe o exemplo da primeira
propagar conhecimento. estrofe do poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel
Bandeira:
INTERTEXTUALIDADE
TEXTO ORIGINAL
— Definições gerais “Vou-me embora para Pasárgada
Intertextualidade é, como o próprio nome sugere, uma relação Lá sou amigo do rei
entre textos que se exerce com a menção parcial ou integral de Lá tenho a mulher que eu quero
elementos textuais (formais e/ou semânticos) que fazem referência Na cama que escolherei?”
a uma ou a mais produções pré-existentes; é a inserção em um texto
de trechos extraídos de outros textos. Esse diálogo entre textos
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PARÓDIA DE MILLÔR FERNANDES 6) Epígrafe: é a transição de uma pequena passagem do texto


“Que Manoel Bandeira me perdoe, mas vou-me embora de de origem na abertura do texto corrente. Em geral, a epígrafe está
Pasárgada localizada no início da página, à direita e em itálico. Mesmo sendo
Sou inimigo do Rei uma passagem “solta”, esse tipo de intertextualidade está sempre
Não tenho nada que eu quero relacionado ao teor do novo texto.
Não tenho e nunca terei” Exemplo:
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu,
2 – Paráfrase: aqui, ocorre a reafirmação sentido do texto mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre
inicial, porém, a estrutura da nova produção nada tem a ver com aquilo que todo mundo vê.”
a primeira. É a reprodução de um texto com as palavras de quem
escreve o novo texto, isto é, os conceitos do primeiro texto são Arthur Schopenhause
preservados, porém, são relatados de forma diferente. Exemplos:
observe as frases originais e suas respectivas paráfrases:
“Deus ajuda quem cedo madruga” – A professora ajuda quem DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL
muito estuda.
“To be or not to be, that is the question” – Tupi or not tupi, that
is the question. ORTOGRAFIA

3 – Alusão: é a referência, em um novo texto, de uma dada — Definições


obra, situação ou personagem já retratados em textos anteriores, Com origem no idioma grego, no qual orto significa “direito”,
de forma simples, objetiva e sem quaisquer aprofundamentos. Veja “exato”, e grafia quer dizer “ação de escrever”, ortografia é o nome
o exemplo a seguir: dado ao sistema de regras definido pela gramática normativa que
“Isso é presente de grego” – alusão à mitologia em que os indica a escrita correta das palavras. Já a Ortografia Oficial se refere
troianos caem em armadilhada armada pelos gregos durante a às práticas ortográficas que são consideradas oficialmente como
Guerra de Troia. adequadas no Brasil. Os principais tópicos abordados pela ortografia
são: o emprego de acentos gráficos que sinalizam vogais tônicas,
4 – Citação: trata-se da reescrita literal de um texto, isto é, abertas ou fechadas; os processos fonológicos (crase/acento grave);
consiste em extrair o trecho útil de um texto e copiá-lo em outro. os sinais de pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e
A citação está sempre presente em trabalhos científicos, como decorrentes dessas funções, entre outros.  
artigos, dissertações e teses. Para que não configure plágio (uma Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre
falta grave no meio acadêmico e, inclusive, sujeita a processo a qual recaem, para que palavras com grafia similar possam
judicial), a citação exige a indicação do autor original e inserção ter leituras diferentes, e, por conseguinte, tenham significados
entre aspas. Exemplo: distintos.  Resumidamente, os acentos são agudo (deixa o som da
“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” vogal mais aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz
com que o som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase).
(Lavoisier, Antoine-Laurent, 1773). O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão
estabelecidos os sinais gráficos e os sons representados por cada
5 – Crossover: com denominação em inglês que significa um dos sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes.  
“cruzamento”, esse tipo de intertextualidade tem sido muito As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras
explorado nas mídias visuais e audiovisuais, como televisão, séries foram integradas oficialmente ao alfabeto do idioma português
e cinema. Basicamente, é a inserção de um personagem próprio de brasileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico.
um universo fictício em um mundo de ficção diferente. Freddy & As possibilidades da vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente,
Jason” é um grande crossover do gênero de horror no cinema. para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo:  
Exemplo: – Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km
(quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma).
– Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus
derivados na língua portuguesa, como Britney, Washington, Nova
York.  

Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos


do emprego da ortografia correta das palavras e suas principais
regras:
«ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos:
– Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum,
abacaxi.  
– Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa.
– Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar.
– Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer,
mexerica.   
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br
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s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos:


– Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa, verminose.
– Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjetivos. Exemplo: amazonense, formosa, jocoso.
– Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título ou nacionalidade. Exemplo: marquês/marquesa, holandês/holandesa,
burguês/burguesa.
– Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”. Exemplo: casa – casinha – casarão; análise – analisar.

Porque, Por que, Porquê ou Por quê?


– Porque (junto e sem acento): é conjunção explicativa, ou seja, indica motivo/razão, podendo substituir o termo pois. Portanto, toda
vez que essa substituição for possível, não haverá dúvidas de que o emprego do porque estará correto. Exemplo: Não choveu, porque/pois
nada está molhado.  
– Por que (separado e sem acento): esse formato é empregado para introduzir uma pergunta ou no lugar de “o motivo pelo qual”, para
estabelecer uma relação com o termo anterior da oração. Exemplos: Por que ela está chorando? / Ele explicou por que do cancelamento
do show.  
– Porquê (junto e com acento): trata-se de um substantivo e, por isso, pode estar acompanhado por artigo, adjetivo, pronome ou
numeral. Exemplo: Não ficou claro o porquê do cancelamento do show.  
– Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi embora novamente. Por quê?  

Parônimos e homônimos
– Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na pronúncia, mas se divergem no significado. Exemplos: absolver (perdoar)
e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar).
– Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas que divergem na pronúncia. Exemplos: “gosto” (substantivo) e “gosto”
(verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome demonstrativo).

EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVOS, ADJETIVOS, VERBOS, CONJUNÇÕES, PREPOSIÇÕES, PRONOMES,
ADVÉRBIOS

CLASSES DE PALAVRAS

— Definição
Classes gramaticais são grupos de palavras que organizam o estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua portuguesa
condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida em razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades de cada classe
gramatical.

— Artigo
É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo, podendo flexionar em número e em gênero.

A classificação dos artigos


Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou para referirem-se a um ser específico por já ter sido mencionado ou por
ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem flexionar em número (singular e plural) e gênero (masculino e feminino).
Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento não
é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira vez em que aparece no discurso. Podem variar em número e gênero.
Observe:

NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS


Preciso de um pedreiro.
Singular Um Uma
Vi uma moça em frente à casa.
Localizei uns documentos antigos.
Plural Umas Umas
Joguei fora umas coisas velhas.

Outras funções do artigo


Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do emprego do
artigo. Observe:  
– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado.

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Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de
posse. Por exemplo:
“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”
Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronome possessivo dela.

Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor
aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e
“aproximadamente. Observe:
“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.”
“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.”

Contração de artigos com preposições


Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse processo
ocorre:

PREPOSIÇÃO
de em a per/por
singular o do no ao pelo
masculino
plural os dos nos aos pelos
ARTIGOS
DEFINIDOS singular a da na à pela
feminino plural as das nas às pelas
singular um dum num
masculino plural uns duns nuns
ARTIGOS
INDEFINIDOS singular uma duma numa
feminino plural umas dumas numas

— Substantivo
Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os substantivos
se subdividem em:
Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) ou lugares
(São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto, caneta, cachorro).
Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra palavra,
é substantivo derivado (carruagem, planetário).
Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que nomeiam
sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos.  
Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada (rebanho de gado),
constelação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de cães).  

— Adjetivo
É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma
qualidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade ou extensão à palavra, locução, oração, pronome, enfim, ao que quer
que seja nomeado.

Os tipos de adjetivos
Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples (bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um
radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo-limão).  
Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo,
substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: substantivo morte → adjetivo mortal; adjetivo lamentar → adjetivo
lamentável).
Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino).  

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O gênero dos adjetivos – Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu
Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, significado).
isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” – Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e,
/ “Ana é uma amiga leal.”   tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 2a, 3a), número (singular
Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo
variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.” / “Menina (pretérito, presente ou futuro). Perceba que a conjugação desse
travessa”. no presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações,
tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro;
O número dos adjetivos tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós nutris; eles/elas nutrem.
Por concordarem com o número do substantivo a que se – Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos
referem, os adjetivos podem estar no singular ou no plural. Assim, regulares, têm seu radical modificado quando conjugados e /ou
a sua composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma.
instruída → pessoas instruídas; campo formoso → campos Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito
formosos. do indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos;
vós dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda
O grau dos adjetivos conjugação (-er) tem seu radical, diz, alterado, além de apresentar
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo duas desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer
(compara qualidades) e superlativo (intensifica qualidades). fosse regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo
seria: dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram.
Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom
quanto o anterior.”   — Pronome
Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do O pronome tem a função de indicar a pessoa do discurso (quem
que Luciana.” fala, com quem se fala e de quem se fala), a posse de um objeto
Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento e sua posição. Essa classe gramatical é variável, pois flexiona em
do que a equipe.”    número e gênero. Os pronomes podem suplantar o substantivo
Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo, ou acompanhá-lo; no primeiro caso, são denominados “pronome
podendo ser: substantivo” e, no segundo, “pronome adjetivo”. Classificam-se em:
– Analítico - “A modelo é extremamente bonita.” pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e
– Sintético - “Pedro é uma pessoa boníssima.” relativos.

Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de: Pronomes pessoais


– Superioridade - “Ela é a professora mais querida da escola.” Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso
– Inferioridade - “Ele era o menos disposto do grupo.”   (pessoas gramaticais), e se subdividem em pronomes do caso reto
(desempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos
Pronome adjetivo (atuam como complemento), sendo que, para cada caso reto, existe
Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses um correspondente oblíquo.
pronomes alteram os substantivos aos quais se referem. Assim,
esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer CASO RETO CASO OBLÍQUO
concordância com os substantivos. Exemplos: “Esta professora é
a mais querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o Eu Me, mim, comigo.
substantivo comum professora). Tu Te, ti, contigo.

Locução adjetiva Ele Se, o, a , lhe, si, consigo.


Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras, Nós Nos, conosco.
que, associadas, têm o valor de um único adjetivo. Basicamente,
Vós Vos, convosco.
consiste na união preposição + substantivo ou advérbio.
Exemplos: Eles Se, os, as, lhes, si, consigo.
– Criaturas da noite (criaturas noturnas).
– Paixão sem freio (paixão desenfreada). Observe os exemplos:
– Associação de comércios (associação comercial). – Na frase “Maria está feliz. Ela vai se casar.”, o pronome cabível
é do caso reto. Quem vai se casar? Maria.  
— Verbo – Na frase “O forno? Desliguei-o agora há pouco. O pronome
É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo, “o” completa o sentido do verbo. Fechei o que? O forno.
fenômeno da natureza e estado. Os verbos se subdividem em:
Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não Lembrando que os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los, las,
têm seu radical modificado e preservam a mesma desinência do no, na nos, e nas desempenham apenas a função de objeto direto.  
verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação),
“-er” (segunda conjugação) ou “-ir” (terceira conjugação).  Observe
o exemplo do verbo “nutrir”:

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Pronomes possessivos
Esses pronomes indicam a relação de posse entre o objeto e a pessoa do discurso.

PESSOA DO DISCURSO PRONOME


1 pessoa – Eu
a
Meu, minha, meus, minhas
2 pessoa – Tu
a
Teu, tua, teus, tuas
3 pessoa–
a
Seu, sua, seus, suas

Exemplo: “Nossos filhos cresceram.” → o pronome indica que o objeto pertence à 1ª pessoa (nós).

Pronomes de tratamento
Tratam-se termos solenes que, em geral, são empregados em contextos formais — a única exceção é o pronome você. Eles têm a
função de promover uma referência direta do locutor para interlocutor (parceiros de comunicação). São divididos conforme o nível de
formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome de tratamento específico. Apesar de expressarem interlocução (diálogo), à qual
seria adequado o emprego do pronome na segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os verbos devem ser
usados em 3a pessoa.

PRONOME USO ABREVIAÇÕES


Você situações informais V./VV
Senhor (es) e
pessoas mais velhas Sr. Sr.a (singular) e Srs. , Sra.s. (plural)
Senhora (s)
Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a/V.Sas
altas autoridades, como Presidente da República, senadores,
Vossa Excelência V. Ex.a/ V. Ex.as
deputados, embaixadores
Vossa Magnificência reitores das Universidades V. Mag.a/V. Mag.as
Vossa Alteza príncipes, princesas, duques V.A (singular) e V.V.A.A. (plural)
Vossa Reverendíssima sacerdotes e religiosos em geral V. Rev. m.a/V. Rev. m. as
Vossa Eminência cardeais V. Ex.a/V. Em.as
Vossa Santidade Papa V.S.

Pronomes demonstrativos
Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo ao espaço e à pessoa do discurso – nesse último caso, o pronome
determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em gênero e número.

PESSOA DO DISCURSO PRONOMES POSIÇÃO


1a pessoa Este, esta, estes, estas, isto. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa que fala.
2a pessoa Esse, essa, esses, essas, isso. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa com quem se fala.
3 pessoa
a
Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Com quem se fala.

Observe os exemplos:
“Esta caneta é sua?”
“Esse restaurante é bom e barato.”

Pronomes Indefinidos
Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do discurso. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis (não flexionam). Analise os exemplos abaixo:
– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefinida ou não especificada).
– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de modo vago, pois não se
sabe de qual convidado se trata.
– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase “criança”, sem especificá-lo.
– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem especificar de quais lojas se
trata.
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Confira abaixo a tabela com os pronomes indefinidos:

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INDEFINIDOS


VARIÁVEIS Muito, pouco, algum, nenhum, outro, qualquer, certo, um, tanto, quanto, bastante, vários, quantos, todo.
INVARIÁVEIS Nada, ninguém, cada, algo, alguém, quem, demais, outrem, tudo.

Pronomes relativos
Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, sendo importante, portanto, para
prevenir a repetição indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual, cujo, quanto) ou invariáveis (que, quem, onde).
Observe os exemplos:
– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos (“pessoas” e “história”) e se
relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”).
– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o substantivo dito anteriormente
(“problemas”).

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES RELATIVOS


VARIÁVEIS O qual, a qual, os quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que, onde.

Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e indiretas. Exemplos:
“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta)
“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INTERROGATIVOS


VARIÁVEIS Qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que.

— Advérbio
É a classe de palavras invariável que atua junto aos verbos, aos adjetivos e mesmo aos advérbios, com o objetivo de modificar ou
intensificar seu sentido, ao adicionar-lhes uma nova circunstância. De modo geral, os advérbios exprimem circunstâncias de tempo, modo,
lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, aprovação, afirmação, negação, dúvida, entre outras noções. Confira na tabela:

CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAIS TERMOS EXEMPLOS


Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar.
“Coloquei-o cuidadosamente no berço.”
ADVÉRBIO DE MODO Grande parte das palavras terminam em “-mente”,
“Andou depressa por causa da chuva”
como cuidadosamente, calmamente, tristemente.
“O carro está fora.”
ADVERBIO DE LUGAR Perto, longe, dentro, fora, aqui, ali, lá e atrás. “Foi bem no teste?”
“Demorou, mas chegou longe!”
Antes, depois, hoje, ontem, amanhã sempre, nunca, “Sempre que precisar de algo, basta chamar-me.”
ADVÉRBIO DE TEMPO
cedo e tarde. “Cedo ou tarde, far-se-á justiça.”
“Eles formam um casal tão bonito!”
ADVÉRBIO DE
Muito, pouco, bastante, tão, demais, tanto. “Elas conversam demais”
INTENSIDADE
“Você saiu muito depressa”
Sim e decerto e palavras afirmativas com o sufixo
“Decerto passaram por aqui”
ADVÉRBIO DE “-mente” (certamente, realmente). Palavras como
“Claro que irei!”
AFIRMAÇÃO claro e positivo, podem ser advérbio, dependendo do
“Entendi, sim.”
contexto.
Não e nem. Palavras como negativo, nenhum, nunca, “Jamais reatarei meu namoro com ele.”
ADVÉRBIO DE
jamais, entre outras, podem ser advérbio de negação, “Sequer pensou para falar.”
NEGAÇÃO
conforme o contexto. “Não pediu ajuda.”

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Talvez, quiçá, porventura e palavras que expressem “Quiçá seremos recebidas.”


ADVÉRBIO DE
dúvida acrescidas do sufixo “-mente”, como “Provavelmente sairei mais cedo.”
DÚVIDA
possivelmente. “Talvez eu saia cedo.”
“Por que vendeu o livro?” (oração interrogativa
Quando, como, onde, aonde, donde, por que. Esse direta, que indica causa)
ADVÉRBIO DE advérbio pode indicar circunstâncias de modo, “Quando posso sair?” (oração interrogativa direta,
INTERROGAÇÃO tempo, lugar e causa. É usado somente em frases que indica tempo)
interrogativas diretas ou indiretas. “Explica como você fez isso.”
(oração interrogativa indireta, que indica modo).

— Conjunção
As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado ou oração e, com isso,
estabelecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados. Em função dessa relação entre os termos
conectados, as conjunções podem ser classificadas, respectivamente e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras
palavras, as conjunções são um vínculo entre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado uma maior mais clareza e precisão
ao enunciado.

Conjunções coordenativas: observe o exemplo:


“Eles ouviram os pedidos de ajuda. Eles chamaram o socorro.” – “Eles ouviram os pedidos de ajuda e chamaram o socorro.”

No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações em um mesmo período: além
de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há relação de dependência entre ambas as sentenças, e que,
para fazerem sentido, elas não têm necessidade uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as
relaciona, como coordenativa.

Conjunções subordinativas: analise este segundo caso:


“Não passei na prova, apesar de ter estudado muito.”

Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além disso, notamos que o sentido
da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração
principal, enquanto a segunda, de oração subordinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.

Classificação das conjunções


Além da classificação que se baseia no grau de dependência entre os termos conectados (coordenação e subordinação), as conjunções
possuem subdivisões.
Conjunções coordenativas: essas conjunções se reclassificam em razão do sentido que possuem cinco subclassificações, em função o
sentido que estabelecem entre os elementos que ligam. São cinco:

CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS


Estabelecer relação de adição (positiva
“No safári, vimos girafas, leões e zebras.” /
Conjunções coordenativas ou negativa). As principais conjunções
“Ela ainda não chegou, nem sabemos quando vai
aditivas coordenativas aditivas são “e”, “nem” e
chegar.”
“também”.
Estabelecer relação de oposição. As principais
“Havia flores no jardim, mas estavam murchando.” /
Conjunções coordenativas conjunções coordenativas adversativas
“Era inteligente e bom com palavras, entretanto,
adversativas são “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”,
estava nervoso na prova.”
“entretanto”.
Estabelecer relação de alternância. As principais “Pode ser que o resultado saia amanhã ou depois.” /
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, “Ora queria viver ali para sempre, ora queria mudar
alternativas
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”.. de país.”
Estabelecer relação de conclusão. As principais “Não era bem remunerada, então decidi trocar de
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas conclusivas são emprego.” /
conclusivas
“portanto”, “então”, “assim”, “logo”. “Penso, logo existo.”
Estabelecer relação de explicação. As principais “Quisemos viajar porque não conseguiríamos
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas explicativas são descansar aqui em casa.” /
explicativas
“porque”, “pois”, “porquanto”. “Não trouxe o pedido, pois não havia ouvido.”

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Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a conjunção subordinativa pode ser
de dois subtipos:  

1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,
complemento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exemplos:  
«É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.”   
“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”

2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração
principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo:

CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS


São empregadas para introduzir a oração que Que e se. Analise:
cumpre a função de sujeito, objeto direito, “É obrigatório que o senhor compareça na data
Conjunções Integrantes
objeto indireto, predicativo, complemento agendada.” e
nominal ou aposto de outra oração. “Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”
Conjunções subornativas Introduzem uma oração subordinada que Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto
causais denota causa. que, que, porquanto.
Estabelecer relação de alternância. As principais
Conjunções subornativas
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, Conforme, segundo, como, consoante.
conformativas
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..
Introduzem uma oração subordinada em que
Conjunções subornativas é indicada uma hipótese ou uma condição Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado
condicionais necessária para que seja realizada ou não o fato que, a menos que, a não ser que.
principal.
Mais, menos, menor, maior, pior, melhor, seguidas
Conjunções subornativas Introduzem uma oração que expressa uma de que ou do que. Qual depois de tal. Quanto depois
comparativas comparação. de tanto. Como, assim como, como se, bem como,
que nem.
Indicam uma oração em que se admite um Por mais que, por menos que, apesar de que,
Conjunções subornativas
fato contrário à ação principal, mas incapaz de embora, conquanto, mesmo que, ainda que, se bem
concessivas
impedí-la. que.
Introduzem uma oração, cujos acontecimentos
Conjunções subornativas são simultâneos, concomitantes, ou seja, À proporção que, ao passo que, à medida que, à
proporcionais ocorrem no mesmo espaço temporal daqueles proporção que.
contidos na outra oração.
Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas
Conjunções subornativas Introduzem uma oração subordinada indicadora
as vezes que, antes que, sempre que, logo que, mal,
temporais de circunstância de tempo.
quando.
Introduzem uma oração na qual é indicada a Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida
Conjunções subornativas
consequência do que foi declarado na oração pelo que em outra oração). De maneira que, de
consecutivas
anterior. forma que, de sorte que, de modo que.
Conjunções subornativas Introduzem uma oração indicando a finalidade
A fim de que, para que.
finais da oração principal.

— Numeral
É a classe de palavra variável que exprime um número determinado ou a colocação de alguma coisa dentro de uma sequência. Os
numerais podem ser: cardinais (um, dois, três), ordinais (primeiro, segundo, terceiro), fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos
(dobro, triplo, quádruplo). Antes de nos aprofundarmos em cada caso, vejamos o emprego dos numerais, que tem três principais finalidades:
1 – Indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral ordinal somente até o número nono; após, devem ser utilizados os
numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); Parágrafo 10 (Parágrafo 10).
2 – Indicar os dias do mês: nessas situações, empregam-se os numerais cardinais, sendo que a única exceção é a indicação do primeiro
dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal. Exemplos: dezesseis de outubro; primeiro de agosto.
3 – Indicar capítulos, séculos, capítulos, reis e papas: após o substantivo emprega-se o numeral ordinal até o décimo; após o décimo
utiliza-se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); século IV (quarto); Henrique VIII (oitavo), Bento XVI (dezesseis).
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Os tipos de numerais Classificação das preposições


Cardinais: são os números em sua forma fundamental e Preposições essenciais: são aquelas que só aparecem na língua
exprimem quantidades. propriamente como preposições, sem outra função. São elas: a,
Exemplos: um dois, dezesseis, trinta, duzentos, mil.   antes, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante,
– Alguns deles flexionam em gênero (um/uma, dois/duas, por (ou per, em dadas variantes geográficas ou históricas), sem,
quinhentos/quinhentas). sob, sobre, trás.
– Alguns números cardinais variam em número, como é o caso: Exemplo 1 – ”Luís gosta de viajar.” e “Prefiro doce de coco.” Em
milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/trilhões, e assim por diante. ambas as sentenças, a preposição de manteve-se sempre sendo
– Apalavra ambos(as) é considerada um numeral cardinal, pois preposição, apesar de ter estabelecido relação entre unidades
significa os dois/as duas. Exemplo: Antônio e Pedro fizeram o teste, linguísticas diferentes, garantindo-lhes classificações distintas
mas os dois/ambos foram reprovados. conforme o contexto.

Ordinais: indicam ordem de uma sequência (primeiro, segundo, Exemplo 2 – “Estive com ele até o reboque chegar.” e “Finalizei
décimo, centésimo, milésimo…), isto é, apresentam a ordem de o quadro com textura.” Perceba que nas duas fases, a mesma
sucessão e uma série, seja ela de seres, de coisas ou de objetos. preposição tem significados distintos: na primeira, indica recurso/
– Os numerais ordinais variam em gênero (masculino e instrumento; na segunda, exprime companhia. Por isso, afirma-se
feminino) e número (singular e plural). Exemplos: primeiro/ que a preposição tem valor semântico, mesmo que secundário ao
primeira, primeiros/primeiras, décimo/décimos, décima/décimas, valor estrutural (gramática).
trigésimo/trigésimos, trigésima/trigésimas.  
– Alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. Classificação das preposições
Exemplo: A carne de segunda está na promoção.   Preposições acidentais: são aquelas que, originalmente, não
apresentam função de preposição, porém, a depender do contexto,
Fracionários: servem para indicar a proporções numéricas podem assumir essa atribuição.  São elas: afora, como, conforme,
reduzidas, ou seja, para representar uma parte de um todo. durante, exceto, feito, fora, mediante, salvo, segundo, visto, entre
Exemplos: meio ou metade (½), um quarto (um quarto (¼), três outras.
quartos (¾), 1/12 avos.   Exemplo: ”Segundo o delegado, os depoimentos do
– Os números fracionários flexionam-se em gênero (masculino suspeito apresentaram contradições.” A palavra “segundo”, que,
e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: meio copo de normalmente seria um numeral (primeiro, segundo, terceiro), ao
leite, meia colher de açúcar; dois quartos do salário-mínimo.    ser inserida nesse contexto, passou a ser uma preposição acidental,
por tem o sentido de “de acordo com”, “em conformidade com”.  
Multiplicativos: esses numerais estabelecem relação entre
um grupo, seja de coisas ou objetos ou coisas, ao atribuir-lhes uma Locuções prepositivas
característica que determina o aumento por meio dos múltiplos. Recebe esse nome o conjunto de palavras com valor e
Exemplos: dobro, triplo, undécuplo, doze vezes, cêntuplo.   emprego de uma preposição. As principais locuções prepositivas
– Em geral, os multiplicativos são invariáveis, exceto quando são constituídas por advérbio ou locução adverbial acrescido da
atuam como adjetivo, pois, nesse caso, passam a flexionar número preposição de, a ou com. Confira algumas das principais locuções
e gênero (masculino e feminino). Exemplos: dose dupla de elogios, prepositivas.
duplos sentidos.
abaixo de de acordo junto a
Coletivos: correspondem aos substantivos que exprimem
quantidades precisas, como dezena (10 unidades) ou dúzia (12 acerca de debaixo de junto de
unidades). acima de de modo a não obstante
– Os numerais coletivos sofrem a flexão de número: unidade/
unidades, dúzia/dúzias, dezena/dezenas, centena/centenas. a fim de dentro de para com
à frente de diante de por debaixo de
— Preposição
antes de embaixo de por cima de
Essa classe de palavras cujo objetivo é marcar as relações
gramaticais que outras classes (substantivos, adjetivos, verbos e a respeito de em cima de por dentro de
advérbios) exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas atrás de em frente de por detrás de
relações entre as unidades linguísticas dentro do enunciado,
as preposições não possuem significado próprio se isoladas no através de em razão de quanto a
discurso. Em razão disso, as preposições são consideradas classe com respeito a fora de sem embargo de
gramatical dependente, ou seja, sua função gramatical (organização
e estruturação) é principal, embora o desempenho semântico, que — Interjeição
gera significado e sentido, esteja presente, possui um valor menor. É a palavra invariável ou sintagma que compõem frases que
manifestam por parte do emissor do enunciado uma surpresa, uma
hesitação, um susto, uma emoção, um apelo, uma ordem, etc.,
por parte do emissor do enunciado. São as chamadas unidades
autônomas, que usufruem de independência em relação aos demais

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elementos do enunciado. As interjeições podem ser empregadas A ordem das palavras: associada à pontuação apropriada,
também para chamar exigir algo ou para chamar a atenção do a disposição das palavras na frase também é fundamental para a
interlocutor e são unidades cuja forma pode sofrer variações como: compreensão da informação escrita, e deve seguir os padrões da
– Locuções interjetivas: são formadas por grupos e palavras Língua Portuguesa. Observe que a frase “A professora já vai falar.”
que, associadas, assumem o valor de interjeição. Exemplos: “Ai de Pode ser modificada para, por exemplo, “Já vai falar a professora.” ,
mim!”, “Minha nossa!” Cruz credo!”. sem que haja prejuízo de sentido. No entanto, a construção “Falar a
– Palavras da língua: “Eita!” “Nossa!” já professora vai.” , apesar da combinação das palavras, não poderá
– Sons vocálicos: “Hum?!”, “Ué!”, “Ih…!» ser compreendida pelo interlocutor.

Os tipos de interjeição Oração


De acordo com as reações que expressam, as interjeições É uma unidade sintática que se estrutura em redor de um
podem ser de: verbo ou de uma locução verbal. Uma frase pode ser uma oração,
desde que tenha um verbo e um predicado; quanto ao sujeito, nem
ADMIRAÇÃO “Ah!”, “Oh!”, “Uau!” sempre consta em uma oração, assim como o sentido completo. O
importante é que seja compreensível pelo receptor da mensagem.
ALÍVIO “Ah!, “Ufa!” Analise, abaixo, uma frase que é oração com uma que não é.
ANIMAÇÃO “Coragem!”, “Força!”, “Vamos!” 1 – Silêncio!”: É uma frase, mas não uma oração, pois não
contém verbo.
APELO “Ei!”, “Oh!”, “Psiu!” 2 – “Eu quero silêncio.”: A presença do verbo classifica a frase
APLAUSO “Bravo!”, “Bis!” como oração.

DESPEDIDA/SAUDAÇÃO “Alô!”, “Oi!”, “Salve!”, “Tchau!” Unidade sintática (ou termo sintático): a sintaxe de uma
oração é formada por cada um dos termos, que, por sua vez,
DESEJO “Tomara!” estabelecem relação entre si para dar atribuir sentido à frase. No
DOR “Ai!”, “Ui!” exemplo supracitado, a palavra “quero” deve unir-se às palavras
“Eu” e “silêncio” para que o receptor compreenda a mensagem.
DÚVIDA “Hã?!”, “Hein?!”, “Hum?!” Dessa forma, cada palavra desta oração recebe o nome de termo
ESPANTO “Eita!”, “Ué!” ou unidade sintática, desempenhando, cada qual, uma função
sintática diferente.
IMPACIÊNCIA
“Puxa!”
(FRUSTRAÇÃO) Classificação das orações: as orações podem ser simples ou
IMPOSIÇÃO “Psiu!”, “Silêncio!” compostas. As orações simples apresentam apenas uma frase; as
compostas apresentam duas ou mais frases na mesma oração.
SATISFAÇÃO “Eba!”, “Oba!”
Analise os exemplos abaixo e perceba que a oração composta tem
SUSPENSÃO “Alto lá!”, “Basta!”, “Chega!” duas frases, e cada uma tem seu próprio sentido.
– Oração simples: “Eu quero silêncio.”
– Oração composta: “Eu quero silêncio para poder ouvir o
RECONHECIMENTO E EMPREGO DAS ESTRUTURAS MOR- noticiário”.
FOSSINTÁTICAS DO TEXTO
Período
É a construção composta por uma ou mais orações, sempre com
Definição: sintaxe é a área da Gramática que se dedica ao sentido completo. Assim como as orações, o período também pode
estudo da ordenação das palavras em uma frase, das frases em um ser simples ou composto, que se diferenciam em razão do número
discurso e também da coerência (relação lógica) que estabelecem de orações que apresenta: o período simples contém apenas uma
entre si. Sempre que uma frase é construída, é fundamental que oração, e o composto mais de uma. Lembrando que a oração é uma
ela contenha algum sentido para que possa ser compreendida pelo frase que contém um verbo. Assim, para não ter dúvidas quanto à
receptor. Por fazer a mediação da combinação entre palavras e classificação, basta contar quantos verbos existentes na frase.
orações, a sintaxe é essencial para que essa compreensão se efetive. – Período simples: “Resolvo esse problema até amanhã.” -
Para que se possa compreender a análise sintática, é importante apresenta apenas um verbo.
retomarmos alguns conceitos, como o de frase, oração e período. – Período composto: Resolvo esse problema até amanhã ou
Vejamos: ficarei preocupada.” - contém dois verbos.

Frase — Análise Sintática


Trata-se de um enunciado que carrega um sentido completo É o nome que se dá ao processo que serve para esmiuçar a
que possui sentido integral, podendo ser constituída por somente estrutura de um período e das orações que compõem um período.
uma ou várias palavras podendo conter verbo (frase verbal) ou Termos da oração: é o nome dado às palavras que atribuem
não (frase nominal). Uma frase pode exprimir ideias, sentimentos, sentido a uma frase verbal. A reunião desses elementos forma o
apelos ou ordens. Exemplos: “Saia!”, “O presidente vai fazer seu que chamamos de estrutura de um período. Os termos essenciais
discurso.”, “Atenção!”, “Que horror!”. se subdividem em: essenciais, integrantes e acessórios. Acompanhe
a seguir as especificidades de cada tipo.
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1 – Termos Essenciais (ou fundamentais) da oração – Verbo de ligação: servem para expressar características de
Sujeito e Predicado: enquanto um é o ser sobre quem/o qual estado ao sujeito, sendo eles: estado permanente (“Pedro é alto.”),
se declara algo, o outro é o que se declara sobre o sujeito e, por estado de transição (“Pedro está acamado.”), estado de mutação
isso, sempre apresenta um verbo ou uma locução verbal, como nos (“Pedro esteve enfermo.”), estado de continuidade (“Pedro continua
respectivos exemplos a seguir: esbelto.”) e estado aparente (“Pedro parece nervoso.”).
Exemplo: em “Fred fez um lindo discurso.”, o sujeito é “Fred”, – Predicados nominais: são aqueles que têm um nome
que “fez um lindo discurso” (é o restante da oração, a declaração (substantivo ou adjetivo) como cujo núcleo significativo da oração.
sobre o sujeito). Ademais, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade,
Nem sempre o sujeito está no início da oração (sujeito direto), e é composto por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito.
podendo apresentar-se também no meio da fase ou mesmo após – Predicativo do sujeito: é um termo que atribui características
o predicado (sujeito inverso). Veja um exemplo para cada um dos ao sujeito por meio de um verbo. Exemplo: em “Marta é
respectivos casos: inteligente.”, o adjetivo é o predicativo do sujeito “Marta”, ou seja,
“Fred fez um lindo discurso.” é sua característica de estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo
“Um lindo discurso Fred fez.” “ser” (é), que é o verbo de ligação entre Marta e sua característica
“Fez um lindo discurso, Fred.” atual. Esse elemento não precisa ser, obrigatoriamente, um adjetivo,
mas pode ser uma locução adjetiva, ou mesmo um substantivo ou
– Sujeito determinado: é aquele identificável facilmente pela palavra substantivada.
concordância verbal. – Predicado Verbo-Nominal: esse tipo deve apresentar sempre
– Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo um predicativo do sujeito associado a uma ação do sujeito acrescida
ligado ao verbo. Ex.: “Júlia passou no teste”. de uma qualidade sua. Exemplo: “As meninas saíram mais cedo da
– Sujeito determinado composto: possui dois ou mais núcleos. aula. Por isso, estavam contentes.
Ex.: “Júlia e Felipe passaram no teste.” O sujeito “As meninas” possui como predicado o verbo “sair”
e também o adjetivo “contentes”. Logo, “estavam contentes” é o
– Sujeito determinado implícito: não aparece facilmente na predicativo do sujeito e o verbo de ligação é “estar”.
oração, mas a frase é dotada de entendimento. Ex.: “Passamos no
teste.” Aqui, o termo “nós” não está explícito na oração, mas a 2 – Termos integrantes da oração
concordância do verbo o destaca de forma indireta. Basicamente, são os termos que completam os verbos de uma
– Sujeito indeterminado: é o que não está visível na oração oração, atribuindo sentindo a ela. Eles podem ser complementos
e, diferente do caso anterior, não há concordância verbal para verbais, complementos nominais ou mesmo agentes da passiva.
determiná-lo. – Complementos Verbais: como sugere o nome, esses termos
completam o sentido de verbos, e se classificam da seguinte forma:
Esse sujeito pode aparecer com: – Objeto direto: completa verbos transitivos diretos, não
– Verbo na 3a pessoa do plural. Ex.: “Reformaram a casa velha”. exigindo preposição.
– Verbo na 3a pessoa do singular + pronome “se”: “Contrata-se – Objeto indireto: complementam verbos transitivos indiretos,
padeiro.”». isto é, aqueles que dependem de preposição para que seu sentido
– Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você seja compreendido.
estiver lá.”
Quanto ao objeto direto, podemos ter:
– Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado, – Um pronome substantivo: “A equipe que corrigiu as provas.”
e sua mensagem está centralizada no verbo, que é impessoal. – Um pronome oblíquo direto: “Questionei-a sobre o
Essas orações podem ter verbos que constituam fenômenos da acontecido.”
natureza, ou os verbos ser, estar, haver e fazer quando indicativos – Um substantivo ou expressão substantivada: “Ele consertou
de fenômeno meteorológico ou tempo. Observe os exemplos: os aparelhos.»
“Choveu muito ontem”.
“Era uma hora e quinze”. – Complementos Nominais: esses termos completam o sentido
de uma palavra, mas não são verbos; são nomes (substantivos,
– Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e adjetivos ou advérbios), sempre seguidos por preposição. Observe
verbo, ou entre verbo e complementos. Os verbos, por sua vez, os exemplos:
também recebem sua classificação, conforme abaixo: – “Maria estava satisfeita com seus resultados.” – observe que
– Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adiante “satisfeita” é adjetivo, e “com seus resultados” é complemento
para passar a informação adequada. Em outras palavras, é o verbo nominal.
que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa – “O entregador atravessou rapidamente pela viela. –
compreensão, esse trânsito do verbo, o complemento pode ser “rapidamente” é advérbio de modo.
direto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e – “Eu tenho medo do cachorro.” – Nesse caso, “medo” é um
complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e substantivo.
complemento são unidos por preposição. Ex.: “Preciso de dinheiro.”
– Verbo intransitivo: não requer complemento, é provido de
sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, nascer, nadar,
cair, mergulhar, correr.

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– Agentes da Passiva: são os termos de uma oração que praticam – Vocativo: esse termo não apresenta relação sintática nem
a ação expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva. Assim, com sujeito nem com predicado, tendo sua função no chamamento
estão normalmente acompanhados pelas preposições de e por. ou na interpelação de um ouvinte, e se relaciona com a 2a pessoa
Observe os exemplos do item anterior modificados para a voz do discurso. Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a
passiva: quem ela é dirigida. Podem ser acompanhados de interjeições de
– “Os resultados foram motivo de satisfação de Maria.” apelo. Observe:
– “O cachorro foi alvo do meu medo.” “Ei, moça! Seu documento está pronto!”
– “A viela foi atravessada rapidamente pelo entregador.” “Senhor, tenha misericórdia de nós!”
“Vista o casaco, filha!”
3 – Termos acessórios da oração
Diversamente dos termos essenciais e integrantes, os termos — Estudo da relação entre as orações
acessórios não são fundamentais o sentido da oração, mas servem Os períodos compostos são formados por várias orações.
para complementar a informação, exprimindo circunstância, As orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de
determinando o substantivo ou caracterizando o sujeito. Confira subordinação.
abaixo quais são eles: – Período composto por coordenação: é formado por
– Adjunto adverbial: são os termos que modificam o sentido orações independentes. Apesar de estarem unidas por conjunções
do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Analise os exemplos: ou vírgulas, as orações coordenadas podem ser entendidas
“Dormimos muito.” individualmente porque apresentam sentidos completos.
Acompanhe a seguir a classificação das orações coordenadas:
O termo acessório “muito” classifica o verbo “dormir”. – Oração coordenada aditiva: “Assei os salgados e preparei os
“Ele ficou pouco animado com a notícia.” doces.”
– Oração coordenada adversativa: “Assei os salgados, mas não
O termo acessório “pouco” classifica o adjetivo “animado” preparei os doces.”
“Maria escreve bastante bem.” – Oração coordenada alternativa: “Ou asso os salgados ou
preparo os doces.”
O termo acessório “bastante” modifica o advérbio “bem”. – Oração coordenada conclusiva: “Marta estudou bastante,
logo, passou no exame.”
Os adjuntos adverbiais podem ser: – Oração coordenada explicativa: “Marta passou no exame
– Advérbios: pouco, bastante, muito, ali, rapidamente longe, etc. porque estudou bastante.”
– Locuções adverbiais: o tempo todo, às vezes, à beira-mar, etc.
– Orações: «Quando a mercadoria chegar, avise.” (advérbio de – Período composto por subordinação: são constituídos por
tempo). orações dependentes uma da outra. Como as orações subordinadas
apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas
– Adjunto adnominal: é o termo que especifica o substantivo, de forma separada. As orações subordinadas são divididas em
com função de adjetivo. Em razão disso, pode ser representado substantivas, adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos:
por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais adjetivos ou – Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado
pronomes adjetivos. Analise o exemplo: que o suspeito era realmente o culpado.”
“O jovem apaixonado presenteou um lindo buquê à sua colega – Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não
de escola.” queria que isso acontecesse.”
– Sujeito: “jovem apaixonado” – Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É
– Núcleo do predicado verbal: “presenteou” obrigatório de que todos os estudantes sejam assíduos.”
– Objeto direto do verbo entregar: “um lindo buquê” – Oração subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho
– Objeto indireto: “à amiga de classe” – Adjuntos adnominais: expectativa de que os planos serão melhores em breve!”
no sujeito, temos o artigo “o” e “apaixonado”, pois caracterizam – Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa
o “jovem”, núcleo do sujeito; o numeral “um” e o adjetivo “lindo” é que meus pais são saudáveis.”
fazem referência a “buquê” (substantivo); o artigo “à” (contração – Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba
da preposição + artigo feminino) e a locução “de trabalho” são os disto: que tudo esteja organizado quando eu voltar!”
adjuntos adnominais de “colega”. – Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me
demorar porque tenho hora marcada na psicóloga.”
– Aposto: é o termo que se relaciona com o sujeito para – Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão
caracterizá-lo, contribuindo para a complementação uma felizes que pulamos de alegria.”
informação já completa. Observe os exemplos: – Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando
“Michael Jackson, o rei do pop, faleceu há uma década.” para que nós chegássemos a casa em segurança.”
“Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 1950.” – Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu
cheguei, eles iniciaram o trabalho.”
– Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo,
espero por você.»
– Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que
estivesse cansado, concluiu a maratona.”

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– Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia como se ainda vivesse no interior.”
– Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme combinamos anteriormente, entregarei o produto até amanhã.”
– Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais me exercito, mais tenho disposição.”
– Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que passou no concurso, mudou-se para o interior.”
– Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve enferma conseguiu ser aprovada nas provas.”

RELAÇÕES DE REGÊNCIA ENTRE TERMOS.

Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando, em um enunciado ou
oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina termo determinante, essa relação entre esses
termos denominamos regência.

— Regência Nominal
É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um substantivo, um adjetivo ou um
advérbio e será o termo determinante.
O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse pelo complemento.
Observe os exemplos:
“A nova entrada é acessível a cadeirantes.”
“Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”
“Ele é perito em investigações como esta.”

Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O mesmo ocorre com os
substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem as preposições de e em para completude de seus
sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição
para que seu sentido seja completo.

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A


acessível a cego a fiel a nocivo a
agradável a cheiro a grato a oposto a
alheio a comum a horror a perpendicular a
análogo a contrário a idêntico a posterior a
anterior a desatento a inacessível a prestes a
apto a equivalente a indiferente a surdo a
atento a estranho a inerente a visível a
avesso a favorável a necessário a

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR


admiração por devoção por responsável por
ansioso por respeito por

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE


sedento
amante de cobiçoso de digno de inimigo de natural de
de
amigo de contemporâneo de dotado de livre de obrigação de seguro de
ávido de desejoso de fácil de longe de orgulhoso de sonho de
capaz de diferente de impossível de louco de passível de
cheio de difícil de incapaz de maior de possível de

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REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM


doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em
exato em incessante em lento em parco em versado em
firme em indeciso em morador em perito em

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA


apto para essencial para mau para
bastante para impróprio para pronto para
bom para inútil para próprio para

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM


amoroso com compatível com descontente com intolerante com
aparentado com cruel com furioso com liberal com
caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com

— Regência Verbal
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Um verbo
possui a mesma regência do nome do qual deriva.

Observe as duas frases:


I – “Eles irão ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica como verbo transitivo direto;
“ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento.  
II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum lugar), portanto, é verbo
transitivo indireto.  

REGE
VERBO No sentido de / pela transitividade EXEMPLO
PREPOSIÇÃO?
ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”
Assistir ver SIM “Você assistiu ao jogo?”
pertencer SIM “Assiste aos cidadãos o direito de protestar.”
valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”
Custar
desafio, dano, peso moral SIM “Dizer a verdade custou a ela.”
fundamento / verbo instransitivo NÃO “Isso não procede.”
Proceder
origem SIM “Essa conclusão procede de muito vivência.”
finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”
Visar
avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”
desejo NÃO “Queremos sair cedo.”
Querer
estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”
pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”
Aspirar
absorção ou respiração NÃO “Evite aspirar fumaça.”
consequência / verbo transitivo
NÃO “A sua solicitação implicará alteração do meu trajeto.”
Implicar direto
insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”

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convocação NÃO “Chame todos!”


“Chamo a Talita de Tatá.”
Chamar Rege complemento, “Chamo Talita de Tatá.”
apelido
com e sem preposição “Chamo a Talita Tatá.”
“Chamo Talita Tatá.”
o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”
Pagar
a quem se paga SIM “Pague ao credor.”
quem chega, chega a algum lugar /
Chegar SIM “Quando chegar ao local, espere.”
verbo transitivo indireto
quem obedece a algo / alguém /
Obedecer SIM “Obedeçam às regras.”
transitivo indireto
Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”
... exige um
verbo transitivo direito e indireto,
Informar complemento sem e “Informe o ocorrido ao gerente.”
portanto...
outro com preposição
quem vai vai a algum lugar / verbo
Ir SIM “Vamos ao teatro.”
transitivo indireto
Quem mora em algum lugar (verbo “Eles moram no interior.”
Morar SIM
transitivo indireto) (Preposição “em” + artigo “o”).
Namorar verbo transitivio direito NÃO “Júlio quer namorar Maria.”
Preferir verbo bi transitivo (direto e indireto) SIM “Prefira assados a frituras.”
quem simpatiza simpatiza com algo/
Simpatizar SIM “Simpatizei-me com todos.”
alguém/ verbo transitivo indireto

RELAÇÕES DE CONCORDÂNCIA ENTRE TERMOS

CONCORDÂNCIA

Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal estudam a sintonia entre os componentes de uma oração.
– Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao sujeito, sendo que o primeiro deve, obrigatoriamente, concordar em
número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a, 2a, ou 3a pessoa) com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é flexionado
para concordar com o sujeito.
– Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero (flexão em masculino e feminino) e número entre os vários nomes da
oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos e o adjetivo. Em outras palavras, refere-se ao substantivo e suas formas
relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal concordância ocorre em gênero e pessoa

Casos específicos de concordância verbal


Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três situações em que o verbo no infinitivo é flexionado:
I – Quando houver um sujeito definido;
II – Sempre que se quiser determinar o sujeito;
III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração forem distintos.

Observe os exemplos:
“Eu pedir para eles fazerem a solicitação.”
“Isto é para nós solicitarmos.”

Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão verbal quando o sujeito não for definido, ou sempre que o sujeito da
segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo em locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos imperativos.

Exemplos:
“Os membros conseguiram fazer a solicitação.”
“Foram proibidos de realizar o atendimento.”
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Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos, Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo
verbo ficará sempre em concordância com a 3a pessoa do singular, concorda em gênero e número com os pronomes pessoais:
tendo em vista que não existe um sujeito. – “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”
Observe os casos a seguir: – “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”
– Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer,
nevar, amanhecer. Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois
Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.» ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular,
se houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o
– O verbo haver com sentido de existir. Exemplo: “Havia duas substantivo deve estar no plural:
professoras vigiando as crianças.”
– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz – “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o
duas horas que estamos esperando.” xadrez.”
– “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e
Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes xadrez.”
tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito, há concordância
verbal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas
no singular ou no plural: expressões, o adjetivo flexiona em gênero e número, sempre que
– “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.” houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista
– “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos esse artigo, o adjetivo deve permanecer invariável, no masculino
do que ocorreria.” singular:
– “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É
Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo, proibido circulação de pessoas não identificadas.”
ou faz concordância com o termo precedente ao pronome, ou – “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada
permanece na 3a pessoa do singular: de crianças acompanhadas.”
– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.» Concordância nominal com menos: a palavra menos
permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela
Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo advérbio ou adjetivo:
concorda com o termo que antecede o pronome: – “Menos pessoas / menos pessoas”.
– “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.» – “Menos problema /menos problemas.”
– “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.»
Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe,
Concordância verbal com a partícula de indeterminação do barato, meio e caro: esses termos instauram concordância em
sujeito se: nesse caso, o verbo cria concordância com a 3a pessoa do gênero e número com o substantivo quando exercem função de
singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos adjetivo:
ou por verbos transitivos indiretos: – “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.”
– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.” – “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”.
– “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.
Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo
concorda com o objeto direto, que desempenha a função de sujeito
paciente, podendo aparecer no singular ou no plural: SINAIS DE PONTUAÇÃO
– Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.”

Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria, — Visão Geral


a maior parte: preferencialmente, o verbo fará concordância com O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais
a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode gráficos que, em um período sintático, têm a função primordial
ser empregada: de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas
– “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos e, ocasionalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias)
entraram.” em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os
– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das gestos e as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a
pessoas entenderam.” compreensão da frase.
O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades:
Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve – Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos
concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo, tipos textuais;
mas também concordar com a forma no masculino plural: – Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;
– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.” – Demarcar das unidades de um texto;
– “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.” – Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.

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— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um • Entre as sentenças


enunciado 1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas
“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.”
Vírgula
De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado 2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e
para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”:
da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas, “Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos
se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes ajudasse.”
não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo
tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em 3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a
outras, ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser principal:
empregada: “Quando será publicado, ainda não foi divulgado.”

• No interior da sentença 4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas


1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição: ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração principal:

ENUMERAÇÃO Reduzida Por ser sempre assim, ninguém dá atenção!


Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate. Desenvolvida Porque é sempre assim, já ninguém dá atenção!
Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.
5 – Separar as sentenças intercaladas:
“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu
REPETIÇÃO leito, até que você se recupere por completo.”
Os arranjos estão lindos, lindos!
• Antes da conjunção “e”
Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada. 1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire
valores que não expressam adição, como consequência ou
2 – Isolar o vocativo diversidade, por exemplo.
“Crianças, venham almoçar!” “Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.”
“Quando será a prova, professora?”
2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre
3 – Separar apostos que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de destacar
“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.” alguma ideia, por exemplo:
“(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede;
4 – Isolar expressões explicativas: e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o
“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)
responsabilizado.”
3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas
5 – Separar conjunções intercaladas apresentam sujeitos distintos, por exemplo:
“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” “A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”

6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado: O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito
“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome
do setor.” e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração
“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja
7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: apositiva nem se apresente inversamente).
“Estas alegações, não as considero legítimas.”
Ponto
8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas 1 – Para indicar final de frase declarativa:
por conjunções) “O almoço está pronto e será servido.”
“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.”
2 – Abrevia palavras:
9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas: – “p.” (página)
“São Paulo, 16 de outubro de 2022”. – “V. Sra.” (Vossa Senhoria)
– “Dr.” (Doutor)
10 – Marcar a omissão de um termo:
“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo 3 – Para separar períodos:
“fazer”). “O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”

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Ponto e Vírgula Ponto de Exclamação


1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou 1 – Após interjeição:
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula: “Nossa Que legal!”
“Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG;
nossa amiga, de praticar esportes.” 2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva
“Infelizmente!”
2 – Para separar os itens de uma sequência de itens:
“Os planetas que compõem o Sistema Solar são: 3 – Após vocativo
Mercúrio; “Ana, boa tarde!”
Vênus;
Terra; 4 – Para fechar de frases imperativas:
Marte; “Entre já!”
Júpiter;
Saturno; Parênteses
Urano; a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases
Netuno.” intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou
a vírgula:
Dois Pontos “Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sempre)
1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas, quem seria promovido.”
enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem
ideias anteriores. Travessão
“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.” 1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto:
“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela “O rapaz perguntou ao padre:
grande ofensa.” — Amar demais é pecado?”

2 – Para introduzirem citação direta: 2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos:
“Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente “— Vou partir em breve.
muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma’.” — Vá com Deus!”
3 – Para iniciar fala de personagens:
“Ele gritava repetidamente: 3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários:
– Sou inocente!” “Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”

Reticências 4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:


1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta “Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.”
sintaticamente:
“Quem sabe um dia...” Aspas
1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta,
2 – Para indicar hesitação ou dúvida: como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos,
“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar arcaísmos, palavrões, e neologismos.
ainda.” “Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.”
“A reunião será feita ‘online’.”
3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o
objetivo de prolongar o raciocínio: 2 – Para indicar uma citação direta:
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas “A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de
faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar). Assis)

4 – Suprimem palavras em uma transcrição:


“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - REESCRITURA DE FRASES E PARÁGRAFOS DO TEXTO
Raimundo Fagner).

Ponto de Interrogação A reescrita é tão importante quanto a escrita, visto que, difi-
1 – Para perguntas diretas: cilmente, sobretudo para os escritores mais cuidadosos, chegamos
“Quando você pode comparecer?” ao resultado que julgamos ideal na primeira tentativa. Aquele que
observa um resultado ruim na primeira versão que escreveu terá,
2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para na reescrita, a possibilidade de alcançar um resultado satisfatório.
destacar o enunciado: A reescrita é um processo mais trabalhoso do que a revisão, pois,
“Não brinca, é sério?!” nesta, atemo-nos apenas aos pequenos detalhes, cuja ausência não
implicaria em uma dificuldade do leitor para compreender o texto.

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Quando reescrevemos, refazemos nosso texto, é um proces- – entre um e outro – entre exige a conjunção e, e não a
so bem mais complexo, que parte do pressuposto de que o autor – implicar em – a regência é direta (sem em)
tenha observado aquilo que está ruim para que, posteriormente, – ir de encontro a – chocar-se com
possa melhorar seu texto até chegar a uma versão final, livre dos er- – ir ao encontro de – concordar com
ros iniciais. Além de aprimorar a leitura, a reescrita auxilia a desen- – se não, senão – quando se pode substituir por caso não, se-
volver e melhorar a escrita, ajudando o aluno-escritor a esclarecer parado; quando não se pode, junto
melhor seus objetivos e razões para a produção de textos. – todo mundo – todos
– todo o mundo – o mundo inteiro
Nessa perspectiva, esse autor considera que reescrever seja – não pagamento = hífen somente quando o segundo termo
um processo de descoberta da escrita pelo próprio autor, que passa for substantivo
a enfocá-la como forma de trabalho, auxiliando o desenvolvimento – este e isto – referência próxima do falante (a lugar, a tempo
do processo de escrever do aluno. presente; a futuro próximo; ao anunciar e a que se está tratando)
– esse e isso – referência longe do falante e perto do ouvinte
Operações linguísticas de reescrita: (tempo futuro, desejo de distância; tempo passado próximo do pre-
A literatura sobre reescrita aponta para uma tipologia de ope- sente, ou distante ao já mencionado e a ênfase).
rações linguísticas encontradas neste momento específico da cons-
trução do texto escrito. Expressões não recomendadas
- Adição, ou acréscimo: pode tratar-se do acréscimo de um ele- – a partir de (a não ser com valor temporal).
mento gráfico, acento, sinal de pontuação, grafema (...) mas tam- Opção: com base em, tomando-se por base, valendo-se de...
bém do acréscimo de uma palavra, de um sintagma, de uma ou de
várias frases. – através de (para exprimir “meio” ou instrumento).
- Supressão: supressão sem substituição do segmento suprimi- Opção: por, mediante, por meio de, por intermédio de, se-
do. Ela pode ser aplicada sobre unidades diversas, acento, grafe- gundo...
mas, sílabas, palavras sintagmáticas, uma ou diversas frases.
- Substituição: supressão, seguida de substituição por um ter- – devido a.
mo novo. Ela se aplica sobre um grafema, uma palavra, um sintag- Opção: em razão de, em virtude de, graças a, por causa de.
ma, ou sobre conjuntos generalizados.
- Deslocamento: permutação de elementos, que acaba por mo- – dito.
dificar sua ordem no processo de encadeamento. Opção: citado, mencionado.

Graus de Formalismo – enquanto.


São muitos os tipos de registros quanto ao formalismo, tais Opção: ao passo que.
como: o registro formal, que é uma linguagem mais cuidada; o colo-
quial, que não tem um planejamento prévio, caracterizando-se por – inclusive (a não ser quando significa incluindo-se).
construções gramaticais mais livres, repetições frequentes, frases Opção: até, ainda, igualmente, mesmo, também.
curtas e conectores simples; o informal, que se caracteriza pelo uso
de ortografia simplificada e construções simples ( geralmente usado – no sentido de, com vistas a.
entre membros de uma mesma família ou entre amigos). Opção: a fim de, para, com a finalidade de, tendo em vista.

As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de for- – pois (no início da oração).
malismo existente na situação de comunicação; com o modo de Opção: já que, porque, uma vez que, visto que.
expressão, isto é, se trata de um registro formal ou escrito; com a
sintonia entre interlocutores, que envolve aspectos como graus de – principalmente.
cortesia, deferência, tecnicidade (domínio de um vocabulário espe- Opção: especialmente, sobretudo, em especial, em particular.
cífico de algum campo científico, por exemplo).

Expressões que demandam atenção


– acaso, caso – com se, use acaso; caso rejeita o se
– aceitado, aceito – com ter e haver, aceitado; com ser e estar,
aceito
– acendido, aceso (formas similares) – idem
– à custa de – e não às custas de
– à medida que – à proporção que, ao mesmo tempo que, con-
forme
– na medida em que – tendo em vista que, uma vez que
– a meu ver – e não ao meu ver
– a ponto de – e não ao ponto de
– a posteriori, a priori – não tem valor temporal
– em termos de – modismo; evitar
– enquanto que – o que é redundância
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4. (VUNESP – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011)


QUESTÕES Assinale a alternativa em que a concordância verbal está correta.
(A) Haviam cooperativas de catadores na cidade de São Paulo.
(B) O lixo de casas e condomínios vão para aterros.
(C) O tratamento e a destinação corretos do lixo evitaria que
1. (FCC – METRÔ/SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR –
35% deles fosse despejado em aterros.
2012) A frase que apresenta INCORREÇÕES quanto à ortografia é:
(D) Fazem dois anos que a prefeitura adia a questão do lixo.
(A) Quando jovem, o compositor demonstrava uma capacidade
(E) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com a coleta
extraordinária de imitar vários estilos musicais.
de lixo.
(B) Dizem que o músico era avesso à ideia de expressar senti-
mentos pessoais por meio de sua música.
5. (Prefeitura de Piracicaba - SP - Professor - Educação Infantil
(C) Poucos estudiosos se despõem a discutir o empacto das
- VUNESP - 2020)
composições do músico na cultura ocidental.
(D) Salvo algumas exceções, a maioria das óperas do compo-
Escola inclusiva
sitor termina em uma cena de reconciliação entre os persona-
gens.
É alvissareira a constatação de que 86% dos brasileiros
(E) Alguns acreditam que o valor da obra do compositor se
concordam que há melhora nas escolas quando se incluem alunos
deve mais à árdua dedicação do que a arroubos de inspiração.
com deficiência.
Uma década atrás, quando o país aderiu à Convenção sobre
2. (CESGRANRIO – CMB – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRA-
os Direitos das Pessoas com Deficiência e assumiu o dever de uma
TIVO – 2012) Algumas palavras são acentuadas com o objetivo ex-
educação inclusiva, era comum ouvir previsões negativas para tal
clusivo de distingui-las de outras. Uma palavra acentuada com esse
perspectiva generosa. Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou
objetivo é a seguinte:
lei em 2015 e criou raízes no tecido social.
(A) pôr.
A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualifi-
(B) ilhéu.
cados até para o mais básico, como o ensino de ciências; o que dizer
(C) sábio.
então de alunos com gama tão variada de dificuldades.
(D) também.
Os empecilhos vão desde o acesso físico à escola, como o en-
(E) lâmpada.
frentado por cadeirantes, a problemas de aprendizado criados por
limitações sensoriais – surdez, por exemplo – e intelectuais.
3. (FCC – INFRAERO – ADMINISTRADOR – 2011) Está inteira-
Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para
mente correta a pontuação do seguinte período:
minorar preconceitos. A maioria dos entrevistados (59%), hoje, dis-
(A) Os personagens principais de uma história, responsáveis
corda de que crianças com deficiência devam aprender só na com-
pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes, de peque-
panhia de colegas na mesma condição.
nas providências que, tomadas por figurantes aparentemente
Tal receptividade decerto não elimina o imperativo de contar
sem importância, ditam o rumo de toda a história.
com pessoal capacitado, em cada estabelecimento, para lidar com
(B) Os personagens principais, de uma história, responsáveis
necessidades específicas de cada aluno. O censo escolar indica 1,2
pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes, de pequenas
milhão de alunos assim categorizados. Embora tenha triplicado o
providências que tomadas por figurantes, aparentemente sem
número de professores com alguma formação em educação espe-
importância, ditam o rumo de toda a história.
cial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país.
(C) Os personagens principais de uma história, responsáveis
Não se concebe que possa haver um especialista em cada sala de
pelo sentido maior dela dependem muitas vezes de pequenas
aula.
providências, que, tomadas por figurantes aparentemente,
As experiências mais bem-sucedidas criaram na escola uma es-
sem importância, ditam o rumo de toda a história.
trutura para o atendimento inclusivo, as salas de recursos. Aí, ao
(D) Os personagens principais, de uma história, responsáveis
menos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno
pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes de pequenas
e sua família para definir atividades e de auxiliar os docentes do
providências, que tomadas por figurantes aparentemente sem
período regular nas técnicas pedagógicas.
importância, ditam o rumo de toda a história.
Não faltam casos exemplares na rede oficial de ensino. Compe-
(E) Os personagens principais de uma história, responsáveis,
te ao Estado disseminar essas iniciativas exitosas por seus estabele-
pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes de peque-
cimentos. Assim se combate a tendência ainda existente a segregar
nas providências, que tomadas por figurantes, aparentemente,
em salas especiais os estudantes com deficiência – que não se con-
sem importância, ditam o rumo de toda a história.
funde com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 16.10.2019. Adaptado)

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Assinale a alternativa em que, com a mudança da posição do (A) O uso do plural em “valores” é responsável pela flexão de
pronome em relação ao verbo, conforme indicado nos parênteses, plural em “deflacionados”.
a redação permanece em conformidade com a norma-padrão de (B) O plural em “resultados” é responsável pela flexão de plural
colocação dos pronomes. em “Elevaram-se”.
(A) ... há melhora nas escolas quando se incluem alunos com (C) Emprega-se o singular em “proporcionou” para respeitar as
deficiência. (incluem-se) regras de concordância com “economia”.
(B) ... em educação especial inclusiva, contam-se não muito (D) O singular em “a arrecadação” é responsável pela flexão de
mais que 100 mil deles no país. (se contam) singular em “fez aumentar”.
(C) Não se concebe que possa haver um especialista em cada (E) A flexão de plural em “foram” justifica-se pela concordância
sala de aula. (concebe-se) com “relevantes”.
(D) Aí, ao menos um profissional preparado se encarrega de
receber o aluno... (encarrega-se) 9. (Prefeitura de Blumenau - SC - Professor - Português – Matu-
(E) ... que não se confunde com incapacidade, como felizmente tino - FURB – 2019)
já vamos aprendendo. (confunde-se) Determinado, batalhador, estudioso, dedicado e inquieto. Mui-
tos são os adjetivos que encontramos nos livros de história para
6. (FGV – SENADO FEDERAL – POLICIAL LEGISLATIVO FEDERAL – definir Hermann Blumenau. Desde os primeiros anos da colônia, es-
2008) Assinale a alternativa em que se tenha optado corretamente teve determinado a construir uma casa melhor para viver com sua
por utilizar ou não o acento grave indicativo de crase. família, talvez em um terreno que lhe pertencia no morro do aipim.
(A) Vou à Brasília dos meus sonhos. Infelizmente, nunca concretizou este sonho, porém, nunca deixou
(B) Nosso expediente é de segunda à sexta. de zelar por tudo aquilo que lhe dizia respeito.[...]
(C) Pretendo viajar a Paraíba.
(D) Ele gosta de bife à cavalo. Disponível em: <https://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/funda-
cao-cultural/fcblu/memaoria-digital-ao-comemoraacaao-200-anos-dr-
7. (ESAF – SRF – AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL – 2003) -blumenau85>. Acesso em: 05 set. 2019. [adaptado]
Indique o item em que todas as palavras estão corretamente em-
pregadas e grafadas. Sobre a colocação dos pronomes átonos nos excertos: “...talvez
(A) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o po- em um terreno que lhe pertencia no morro do aipim.” e “...zelar por
der de infringir punições legais a cidadãos aparece livre de tudo aquilo que lhe dizia respeito.”, podemos afirmar que ambas
qualquer excesso e violência. as próclises estão corretas, pois o verbo está precedido de palavras
(B) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exata- que atraem o pronome para antes do verbo. Assinale a alternativa
mente nem juízes, nem professores, nem contramestres, nem que identifica essas palavras atrativas dos excertos:
suboficiais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de tudo (A) palavras de sentido negativo
isso, num modo de intervenção específico. (B) advérbios
(C) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o (C) conjunções subordinativas
poder técnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento (D) pronomes demonstrativos
em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revol- (E) pronomes relativos
ta que ambos possam suscitar.
(D) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo po- 10. (FDC – MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – 2010) Na oração
der do soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o “Eles nos deixaram À VONTADE” e no trecho “inviabilizando o ata-
corpo dos supliciados. que, que, naturalmente, deveria ser feito À DISTÂNCIA”, observa-se
(E) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um a ocorrência da crase nas locuções adverbiais em caixa-alta. Nas
campo de práticas ilegais, sob o qual se chega a exercer con- locuções das frases abaixo também ocorre a crase, que deve ser
trole e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua marcada com o acento, EXCETO em:
organização em delinqüência. (A) Todos estavam à espera de uma solução para o problema.
(B) À proporção que o tempo passava, maior era a angústia do
8. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2012) eleitorado pelo resultado final.
Assinale a opção que fornece a correta justificativa para as relações (C) Um problema à toa emperrou o funcionamento do sistema.
de concordância no texto abaixo. (D) Os técnicos estavam face à face com um problema insolú-
O bom desempenho do lado real da economia proporcionou vel.
um período de vigoroso crescimento da arrecadação. A maior lucra- (E) O Tribunal ficou à mercê dos hackers que invadiram o sis-
tividade das empresas foi decisiva para os resultados fiscais favo- tema.
ráveis. Elevaram-se, de forma significativa e em valores reais, de-
flacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as
receitas do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e a Contribuição para o Finan-
ciamento da Seguridade Social (Cofins). O crescimento da massa de
salários fez aumentar a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa
Física (IRPF) e a receita de tributação sobre a folha da previdência
social. Não menos relevantes foram os elevados ganhos de capital,
responsáveis pelo aumento da arrecadação do IRPF.
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GABARITO
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1 C
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2 A
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3 A
4 E ______________________________________________________
5 D ______________________________________________________
6 A
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7 B
8 A ______________________________________________________
9 E ______________________________________________________
10 D
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ANOTAÇÕES
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MATEMÁTICA

Logo:
TEORIA DOS CONJUNTOS A C B (A está contido em B, ou seja, todos os elementos de A
estão em B);
C Ȼ B (C não está contido em B, na medida em que os elemen-
A teoria dos conjuntos é a teoria matemática capaz de agrupar tos do conjunto são diferentes);
elementos1. B Ɔ A (B contém A, donde os elementos de A estão em B).
Dessa forma, os elementos (que podem ser qualquer coisa: nú-
meros, pessoas, frutas) são indicados por letra minúscula e defini- — Conjunto Vazio
dos como um dos componentes do conjunto. O conjunto vazio é o conjunto em que não há elementos; é re-
presentado por duas chaves { } ou pelo símbolo Ø. Note que o con-
Exemplo: o elemento “a” ou a pessoa “x” junto vazio está contido (C) em todos os conjuntos.

Assim, enquanto os elementos do conjunto são indicados pela — União, Intersecção e Diferença entre Conjuntos
letra minúscula, os conjuntos, são representados por letras maiús- A união dos conjuntos, representada pela letra (U), correspon-
culas e, normalmente, dentro de chaves ({ }). de a união dos elementos de dois conjuntos, por exemplo:
Além disso, os elementos são separados por vírgula ou ponto e A = {a,e,i,o,u}
vírgula, por exemplo: B = {1,2,3,4}
A = {a,e,i,o,u}
Logo:
— Diagrama de Euler-Venn AB = {a,e,i,o,u,1,2,3,4}.
No modelo de Diagrama de Euler-Venn (Diagrama de Venn), os
conjuntos são representados graficamente:

— Relação de Pertinência
A relação de pertinência é um conceito muito importante na
“Teoria dos Conjuntos”. A intersecção dos conjuntos, representada pelo símbolo (∩),
Ela indica se o elemento pertence (e) ou não pertence (ɇ) ao corresponde aos elementos em comum de dois conjuntos, por
determinado conjunto, por exemplo: exemplo:
D = {w,x,y,z} C = {a, b, c, d, e} ∩ D = {b, c, d}
Logo:
w e D (w pertence ao conjunto D);
j ɇ D (j não pertence ao conjunto D).

— Relação de Inclusão
A relação de inclusão aponta se tal conjunto está contido (C),
não está contido (Ȼ) ou se um conjunto contém o outro (Ɔ), por
exemplo:
A = {a,e,i,o,u}
B = {a,e,i,o,u,m,n,o}
C = {p,q,r,s,t}

1 https://www.todamateria.com.br/teoria-dos-conjuntos/
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MATEMÁTICA

Logo:
CD = {b, c, d} CONJUNTOS NUMÉRICOS. RELAÇÕES ENTRE CONJUNTOS

— Conjuntos Numéricos
O grupo de termos ou elementos que possuem características
parecidas, que são similares em sua natureza, são chamados de
conjuntos. Quando estudamos matemática, se os elementos pare-
cidos ou com as mesmas características são números, então dize-
mos que esses grupos são conjuntos numéricos2.
Em geral, os conjuntos numéricos são representados grafica-
mente ou por extenso – forma mais comum em se tratando de ope-
rações matemáticas. Quando os representamos por extenso, escre-
vemos os números entre chaves {}. Caso o conjunto seja infinito, ou
seja, tenha incontáveis números, os representamos com reticências
A diferença entre conjuntos corresponde ao conjunto de ele- depois de colocar alguns exemplos. Exemplo: N = {0, 1, 2, 3, 4…}.
mentos que estão no primeiro conjunto, e não aparecem no segun- Existem cinco conjuntos considerados essenciais, pois eles são
do, por exemplo: os mais usados em problemas e questões no estudo da Matemáti-
A = {a, b, c, d, e} – B = {b, c, d} ca. São eles: Naturais, Inteiros, Racionais, Irracionais e Reais.

Logo: Conjunto dos Números Naturais (N)


A-B = {a,e} O conjunto dos números naturais é representado pela letra N.
Ele reúne os números que usamos para contar (incluindo o zero) e
é infinito. Exemplo:
N = {0, 1, 2, 3, 4…}

Além disso, o conjunto dos números naturais pode ser dividido


em subconjuntos:
N* = {1, 2, 3, 4…} ou N* = N – {0}: conjunto dos números natu-
rais não nulos, ou sem o zero.
Np = {0, 2, 4, 6…}, em que n ∈ N: conjunto dos números natu-
rais pares.
Ni = {1, 3, 5, 7..}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais
ímpares.
— Igualdade dos Conjuntos P = {2, 3, 5, 7..}: conjunto dos números naturais primos.
Na igualdade dos conjuntos, os elementos de dois conjuntos
são idênticos, por exemplo nos conjuntos A e B: Conjunto dos Números Inteiros (Z)
A = {1,2,3,4,5} O conjunto dos números inteiros é representado pela maiús-
B = {3,5,4,1,2} cula Z, e é formado pelos números inteiros negativos, positivos e o
zero. Exemplo: Z = {-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4…}
Logo: O conjunto dos números inteiros também possui alguns sub-
A = B (A igual a B). conjuntos:
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não nega-
— Conjuntos Numéricos tivos.
Os conjuntos numéricos são formados pelos: Z- = {…-4, -3, -2, -1, 0}: conjunto dos números inteiros não po-
- Números Naturais: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12...}. sitivos.
- Números Inteiros: Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3...}. Z*+ = {1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não negati-
- Números Racionais: Q = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,4,5,6...}. vos e não nulos, ou seja, sem o zero.
- Números Irracionais: I = {..., √2, √3, √7, 3, 141592…}. Z*- = {… -4, -3, -2, -1}: conjunto dos números inteiros não posi-
- Números Reais (R): N (números naturais) + Z (números tivos e não nulos.
inteiros) + Q (números racionais) + I (números irracionais).
Conjunto dos Números Racionais (Q)
Números racionais são aqueles que podem ser representados
em forma de fração. O numerador e o denominador da fração preci-
sam pertencer ao conjunto dos números inteiros e, é claro, o deno-
minador não pode ser zero, pois não existe divisão por zero.
O conjunto dos números racionais é representado pelo Q. Os
números naturais e inteiros são subconjuntos dos números racio-
nais, pois todos os números naturais e inteiros também podem ser
2 https://matematicario.com.br/
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

representados por uma fração. Além destes, números decimais e Devido a isso, encontraremos subconjuntos dos números in-
dízimas periódicas também estão no conjunto de números racio- teiros, pois os elementos dos conjuntos dos múltiplos e divisores
nais. são elementos do conjunto dos números inteiros. Para entender o
Vejamos um exemplo de um conjunto de números racionais que são números primos, é necessário compreender o conceito de
com 4 elementos: divisores.
Qx = {-4, 1/8, 2, 10/4}
Múltiplos de um Número
Também temos subconjuntos dos números racionais: Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, o número a é
Q* = subconjunto dos números racionais não nulos, formado múltiplo de b se, e somente se, existir um número inteiro k tal que
pelos números racionais sem o zero. a = b · k. Desse modo, o conjunto dos múltiplos de a é obtido multi-
Q+ = subconjunto dos números racionais não negativos, forma- plicando a por todos os números inteiros, os resultados dessas mul-
do pelos números racionais positivos. tiplicações são os múltiplos de a.
Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado Por exemplo, listemos os 12 primeiros múltiplos de 2. Para isso
pelos números racionais positivos e não nulos. temos que multiplicar o número 2 pelos 12 primeiros números in-
Q- = subconjunto dos números racionais não positivos, forma- teiros, assim:
do pelos números racionais negativos e o zero. 2·1=2
Q*- = subconjunto dos números racionais negativos, formado 2·2=4
pelos números racionais negativos e não nulos. 2·3=6
2·4=8
Conjunto dos Números Irracionais (I) 2 · 5 = 10
O conceito de números irracionais é dependente da definição 2 · 6 = 12
de números racionais. Assim, pertencem ao conjunto dos números 2 · 7 = 14
irracionais os números que não pertencem ao conjunto dos racio- 2 · 8 = 16
nais. 2 · 9 = 18
Em outras palavras, ou um número é racional ou é irracional. 2 · 10 = 20
Não há possibilidade de pertencer aos dois conjuntos ao mesmo 2 · 11 = 22
tempo. Por isso, o conjunto dos números irracionais é complemen- 2 · 12 = 24
tar ao conjunto dos números racionais dentro do universo dos nú-
meros reais. Portanto, os múltiplos de 2 são:
Outra forma de saber quais números formam o conjunto dos M(2) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24}
números irreais é saber que os números irracionais não podem ser
escritos em forma de fração. Isso acontece, por exemplo, com deci- Observe que listamos somente os 12 primeiros números, mas
mais infinitos e raízes não exatas. poderíamos ter listado quantos fossem necessários, pois a lista de
Os decimais infinitos são números que têm infinitas casas de- múltiplos é dada pela multiplicação de um número por todos os
cimais e que não são dízimas periódicas. Como exemplo, temos inteiros. Assim, o conjunto dos múltiplos é infinito.
0,12345678910111213, π, √3 etc. Para verificar se um número é ou não múltiplo de outro, de-
vemos encontrar um número inteiro de forma que a multiplicação
Conjunto dos Números Reais (R) entre eles resulte no primeiro número. Veja os exemplos:
O conjunto dos números reais é representado pelo R e é forma- – O número 49 é múltiplo de 7, pois existe número inteiro que,
do pela junção do conjunto dos números racionais com o conjunto multiplicado por 7, resulta em 49.
dos números irracionais. Não esqueça que o conjunto dos racionais 49 = 7 · 7
é a união dos conjuntos naturais e inteiros. Podemos dizer que en-
tre dois números reais existem infinitos números. – O número 324 é múltiplo de 3, pois existe número inteiro
Entre os conjuntos números reais, temos: que, multiplicado por 3, resulta em 324.
R*= {x ∈ R│x ≠ 0}: conjunto dos números reais não-nulos. 324 = 3 · 108
R+ = {x ∈ R│x ≥ 0}: conjunto dos números reais não-negativos.
R*+ = {x ∈ R│x > 0}: conjunto dos números reais positivos. – O número 523 não é múltiplo de 2, pois não existe número
R– = {x ∈ R│x ≤ 0}: conjunto dos números reais não-positivos. inteiro que, multiplicado por 2, resulte em 523.
R*– = {x ∈ R│x < 0}: conjunto dos números reais negativos. 523 = 2 · ?”

— Múltiplos e Divisores • Múltiplos de 4


Os conceitos de múltiplos e divisores de um número natural Como vimos, para determinar os múltiplos do número 4, deve-
estendem-se para o conjunto dos números inteiros3. Quando tra- mos multiplicar o número 4 por números inteiros. Assim:
tamos do assunto múltiplos e divisores, referimo-nos a conjuntos 4·1=4
numéricos que satisfazem algumas condições. Os múltiplos são en- 4·2=8
contrados após a multiplicação por números inteiros, e os divisores 4 · 3 = 12
são números divisíveis por um certo número. 4 · 4 = 16
4 · 5 = 20
4 · 6 = 24
3 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/multiplos-divisores.htm 4 · 7 = 28
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MATEMÁTICA

4 · 8 = 32 Assim, temos o dividendo N = 525 e o divisor d = 8. Veja que


4 · 9 = 36 as propriedades são satisfeitas, pois (525 – 5 + 8) = 528 é divisível
4 · 10 = 40 por 8 e:
4 · 11 = 44 528 = 8 · 66
4 · 12 = 48
— Números Primos
... Os números primos são aqueles que apresentam apenas dois
divisores: um e o próprio número4. Eles fazem parte do conjunto
Portanto, os múltiplos de 4 são: dos números naturais.
M(4) = {4, 8, 12, 16, 20. 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, … } Por exemplo, 2 é um número primo, pois só é divisível por um
e ele mesmo.
Divisores de um Número Quando um número apresenta mais de dois divisores eles são
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, vamos dizer que chamados de números compostos e podem ser escritos como um
b é divisor de a se o número b for múltiplo de a, ou seja, a divisão produto de números primos.
entre b e a é exata (deve deixar resto 0). Por exemplo, 6 não é um número primo, é um número com-
Veja alguns exemplos: posto, já que tem mais de dois divisores (1, 2 e 3) e é escrito como
– 22 é múltiplo de 2, então, 2 é divisor de 22. produto de dois números primos 2 x 3 = 6.
– 63 é múltiplo de 3, logo, 3 é divisor de 63. Algumas considerações sobre os números primos:
– 121 não é múltiplo de 10, assim, 10 não é divisor de 121. – O número 1 não é um número primo, pois só é divisível por
ele mesmo;
Para listar os divisores de um número, devemos buscar os nú- – O número 2 é o menor número primo e, também, o único
meros que o dividem. Veja: que é par;
– Liste os divisores de 2, 3 e 20. – O número 5 é o único número primo terminado em 5;
D(2) = {1, 2} – Os demais números primos são ímpares e terminam com os
D(3) = {1, 3} algarismos 1, 3, 7 e 9.
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
Uma maneira de reconhecer um número primo é realizando
Observe que os números da lista dos divisores sempre são di- divisões com o número investigado. Para facilitar o processo, veja
visíveis pelo número em questão e que o maior valor que aparece alguns critérios de divisibilidade:
nessa lista é o próprio número, pois nenhum número maior que ele – Divisibilidade por 2: todo número cujo algarismo da unidade
será divisível por ele. é par é divisível por 2;
Por exemplo, nos divisores de 30, o maior valor dessa lista é o – Divisibilidade por 3: um número é divisível por 3 se a soma
próprio 30, pois nenhum número maior que 30 será divisível por dos seus algarismos é um número divisível por 3;
ele. Assim: – Divisibilidade por 5: um número será divisível por 5 quando o
D(30) = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}. algarismo da unidade for igual a 0 ou 5.

Propriedade dos Múltiplos e Divisores Se o número não for divisível por 2, 3 e 5 continuamos as divi-
Essas propriedades estão relacionadas à divisão entre dois in- sões com os próximos números primos menores que o número até
teiros. Observe que quando um inteiro é múltiplo de outro, é tam- que:
bém divisível por esse outro número. – Se for uma divisão exata (resto igual a zero) então o número
Considere o algoritmo da divisão para que possamos melhor não é primo.
compreender as propriedades. – Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quo-
N = d · q + r, em que q e r são números inteiros. ciente for menor que o divisor, então o número é primo.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o
Lembre-se de que: quociente for igual ao divisor, então o número é primo.
N: dividendo;
d, divisor; Exemplo: verificar se o número 113 é primo.
q: quociente; Sobre o número 113, temos:
r: resto. – Não apresenta o último algarismo par e, por isso, não é
divisível por 2;
– Propriedade 1: A diferença entre o dividendo e o resto (N – r) – A soma dos seus algarismos (1+1+3 = 5) não é um número
é múltipla do divisor, ou o número d é divisor de (N – r). divisível por 3;
– Propriedade 2: (N – r + d) é um múltiplo de d, ou seja, o nú- – Não termina em 0 ou 5, portanto não é divisível por 5.
mero d é um divisor de (N – r + d).
Como vimos, 113 não é divisível por 2, 3 e 5. Agora, resta saber
Veja o exemplo: se é divisível pelos números primos menores que ele utilizando a
Ao realizar a divisão de 525 por 8, obtemos quociente q = 65 e operação de divisão.
resto r = 5.

4 https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-numeros-primos/
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Divisão pelo número primo 7: Abaixo representamos o gráfico da função exponencial.

Divisão pelo número primo 11:

Observe que chegamos a uma divisão não exata cujo quociente


é menor que o divisor. Isso comprova que o número 113 é primo.
— Função Crescente ou Decrescente
A função exponencial pode ser crescente ou decrescente.
FUNÇÕES EXPONENCIAIS, LOGARÍTMICAS E TRIGONOMÉ- Será crescente quando a base for maior que 1. Por exemplo, a
TRICAS função y = 2x é uma função crescente.

Para constatar que essa função é crescente, atribuímos valores


Função Exponencial é aquela que a variável está no expoente e para x no expoente da função e encontramos a sua imagem. Os va-
cuja base é sempre maior que zero e diferente de um5. lores encontrados estão na tabela abaixo.
Essas restrições são necessárias, pois 1 elevado a qualquer nú-
mero resulta em 1. Assim, em vez de exponencial, estaríamos dian-
te de uma função constante.
Além disso, a base não pode ser negativa, nem igual a zero, pois
para alguns expoentes a função não estaria definida.
Por exemplo, a base igual a - 3 e o expoente igual a 1/2. Como
no conjunto dos números reais não existe raiz quadrada de número
negativo, não existiria imagem da função para esse valor.

Exemplos:
f(x) = 4x
f(x) = (0,1)x
f(x) = (⅔)x

Nos exemplos acima 4, 0,1 e ⅔ são as bases, enquanto x é o


expoente.

— Gráfico da Função Exponencial


O gráfico desta função passa pelo ponto (0,1), pois todo núme-
ro elevado a zero é igual a 1. Além disso, a curva exponencial não
toca no eixo x.
Na função exponencial a base é sempre maior que zero, por-
tanto, a função terá sempre imagem positiva. Assim sendo, não
apresenta pontos nos quadrantes III e IV (imagem negativa).

5 https://www.todamateria.com.br/funcao-exponencial/
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Observando a tabela, notamos que quando aumentamos o valor de x, a sua imagem também aumenta. Abaixo, representamos o
gráfico desta função.

Por sua vez, as funções cujas bases são valores maiores que zero e menores que 1, são decrescentes. Por exemplo, f(x) = (1/2)x é uma
função decrescente.
Calculamos a imagem de alguns valores de x e o resultado encontra-se na tabela abaixo.

Notamos que para esta função, enquanto os valores de x aumentam, os valores das respectivas imagens diminuem. Desta forma,
constatamos que a função f(x) = (1/2)x é uma função decrescente.

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Com os valores encontrados na tabela, traçamos o gráfico dessa função. Note que quanto maior o x, mais perto do zero a curva ex-
ponencial fica.

— Função Logarítmica
A função logarítmica de base a é definida como f (x) = loga x, com a real, positivo e a ≠ 16. A função inversa da função logarítmica é a
função exponencial.
O logaritmo de um número é definido como o expoente ao qual se deve elevar a base a para obter o número x, ou seja:

Exemplos:
f (x) = log3 x

g (x) =

h (x) = log10 x = log x

6 https://www.todamateria.com.br/funcao-logaritmica/
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— Gráfico da Função Logarítmica Observando a tabela, notamos que quando o valor de x au-
De uma forma geral, o gráfico da função y = loga x está localiza- menta, a sua imagem também aumenta. Abaixo, representamos o
do no I e IV quadrantes, pois a função só é definida para x > 0. gráfico desta função.
Além disso, a curva da função logarítmica não toca o eixo y e
corta o eixo x no ponto de abscissa igual a 1, pois y = loga 1 = 0, para
qualquer valor de a.

Abaixo, apresentamos o esboço do gráfico da função logarít-


mica.

Por sua vez, as funções cujas bases são valores maiores que
zero e menores que 1 são decrescentes, ou seja, x1 < x2 ⇔ loga x1 >
loga x2. Por exemplo, é uma função decrescente,
pois a base é igual a .

Calculamos a imagem de alguns valores de x desta função e o


resultado encontra-se na tabela abaixo:

— Função Crescente e Decrescente


Uma função logarítmica será crescente quando a base a for
maior que 1, ou seja, x1 < x2 ⇔ loga x1 < loga x2. Por exemplo, a fun-
ção f (x) = log2 x é uma função crescente, pois a base é igual a 2.
Para verificar que essa função é crescente, atribuímos valores
para x na função e calculamos a sua imagem. Os valores encontra-
dos estão na tabela abaixo.

Notamos que, enquanto os valores de x aumentam, os valores


das respectivas imagens diminuem. Desta forma, constatamos que
a função é uma função decrescente.

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Com os valores encontrados na tabela, traçamos o gráfico des- f (0) = 4


sa função. Note que quanto menor o valor de x, mais perto do zero a . 0² + b . 0 + c = 4
a curva logarítmica fica, sem, contudo, cortar o eixo y. c = 4 (equação II)

f (2) = 2
a . 2² + b . 2 + c = 2
4a + 2b + c = 2 (equação III)

Pela segunda função f (0) = 4, já temos o valor de c = 4.


Assim, vamos substituir o valor obtido para c nas equações I e
III para determinar as outras incógnitas (a e b):

(Equação I)
a-b+4=8
a-b=4
a=b+4
Já que temos a equação de a pela Equação I, vamos substituir
na III para determinar o valor de b:

(Equação III)
4a + 2b + 4 = 2
4a + 2b = - 2
4 (b + 4) + 2b = - 2
FUNÇÃO QUADRÁTICA 4b + 16 + 2b = - 2
A função quadrática, também chamada de função polinomial 6b = - 18
de 2º grau, é uma função representada pela seguinte expressão7: b=-3
f(x) = ax² + bx + c
Por fim, para encontrar o valor de a substituímos os valores de
Onde a, b e c são números reais e a ≠ 0. b e c que já foram encontrados. Logo:

Exemplo: (Equação I)
f(x) = 2x² + 3x + 5, a-b+c=8
a - (- 3) + 4 = 8
sendo, a=-3+4
a=2 a=1
b=3
c=5 Sendo assim, os coeficientes da função quadrática dada são:
a=1
Nesse caso, o polinômio da função quadrática é de grau 2, pois b=-3
é o maior expoente da variável. c=4

— Como resolver uma função quadrática — Raízes da Função


Confira abaixo o passo-a-passo por meio um exemplo de reso- As raízes ou zeros da função do segundo grau representam aos
lução da função quadrática: valores de x tais que f(x) = 0. As raízes da função são determinadas
pela resolução da equação de segundo grau:
Exemplo: Determine a, b e c na função quadrática dada por: f(x)
= ax² + bx + c, sendo: f(x) = ax² +bx + c = 0
f (-1) = 8
f (0) = 4 Para resolver a equação do 2º grau podemos utilizar vários
f (2) = 2 métodos, sendo um dos mais utilizados é aplicando a Fórmula de
Bhaskara, ou seja:
Primeiramente, vamos substituir o x pelos valores de cada fun-
ção e assim teremos:
f (-1) = 8
a (-1)² + b (–1) + c = 8
a - b + c = 8 (equação I)

7 https://www.todamateria.com.br/funcao-quadratica/
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Exemplo: Encontre os zeros da função f(x) = x2 – 5x + 6.


Sendo:
a=1
b=–5
c=6

Substituindo esses valores na fórmula de Bhaskara, temos:

Portanto, as raízes são 2 e 3.


Observe que a quantidade de raízes de uma função quadrática vai depender do valor obtido pela expressão: Δ = b² – 4. ac, o qual é
chamado de discriminante.

Assim,
- Se Δ > 0, a função terá duas raízes reais e distintas (x1 ≠ x2);
- Se Δ < 0, a função não terá uma raiz real;
- Se Δ = 0, a função terá duas raízes reais e iguais (x1 = x2).

— Gráfico da Função Quadrática


O gráfico das funções do 2º grau são curvas que recebem o nome de parábolas. Diferente das funções do 1º grau, onde conhecendo
dois pontos é possível traçar o gráfico, nas funções quadráticas são necessários conhecer vários pontos.
A curva de uma função quadrática corta o eixo x nas raízes ou zeros da função, em no máximo dois pontos dependendo do valor do
discriminante (Δ). Assim, temos:
- Se Δ > 0, o gráfico cortará o eixo x em dois pontos;
- Se Δ < 0, o gráfico não cortará o eixo x;
- Se Δ = 0, a parábola tocará o eixo x em apenas um ponto.

Existe ainda um outro ponto, chamado de vértice da parábola, que é o valor máximo ou mínimo da função. Este ponto é encontrado
usando-se a seguinte fórmula:

O vértice irá representar o ponto de valor máximo da função quando a parábola estiver voltada para baixo e o valor mínimo quando
estiver para cima.

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É possível identificar a posição da concavidade da curva analisando apenas o sinal do coeficiente a. Se o coeficiente for positivo, a
concavidade ficará voltada para cima e se for negativo ficará para baixo, ou seja:

Assim, para fazer o esboço do gráfico de uma função do 2º grau, podemos analisar o valor do a, calcular os zeros da função, seu vértice
e o ponto em que a curva corta o eixo y, ou seja, quando x = 0.
A partir dos pares ordenados dados (x, y), podemos construir a parábola num plano cartesiano, por meio da ligação entre os pontos
encontrados.

FRAÇÃO ALGÉBRICA
Frações algébricas são expressões algébricas que possuem pelo menos uma incógnita (número desconhecido representado por letra)
no denominador8.
Em Matemática, a palavra “algébrico” é reservada para expressões e operações numéricas que possuem pelo menos um número
desconhecido, chamado de incógnita. As expressões algébricas que possuem uma incógnita no denominador são chamadas de frações
algébricas.
Desse modo, qualquer expressão algébrica que, expressa na forma de fração, possua uma letra no denominador é uma fração algébri-
ca. Como ela é formada por números (alguns conhecidos, outros não), valem as propriedades das operações de números reais para elas.
Veja:

— Adição e Subtração de Fração Algébrica


De agora em diante utilizaremos apenas a palavra “adição” para representar as operações de soma e subtração, pois elas são realiza-
das da mesma maneira, levando em conta as regras de sinais para números inteiros, que também valem para os números reais.
A adição de frações algébricas é dividida em dois casos e deve ser realizada do mesmo modo que a adição de frações numéricas.

1º caso: Quando os denominadores são iguais


Se os denominadores forem iguais, realize a operação indicada (soma ou subtração) apenas com os numeradores e repita o denomi-
nador no resultado:

2º caso: Quando os denominadores são diferentes


Nesse caso, é necessário igualá-los antes. Para tanto, o procedimento é igual ao da soma de frações com denominadores diferentes:
1) Encontre o MMC dos denominadores. No caso das frações algébricas, eles podem ser monômios ou polinômios. Exemplo9:
mmc entre 10x e 5x² – 15x
10x = 2 * 5 * x
5x² – 15x = 5x * (x – 3)
mmc = 2 * 5 * x * (x – 3) = 10x * (x – 3) ou 10x² – 30x

8 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/fracoes-algebricas.htm
9 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/minimo-multiplo-comum-polinomios.htm
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2) Reescrever o mínimo múltiplo comum encontrado como de- — Potenciação de Fração Algébrica
nominador das frações e encontrar os respectivos numeradores da A potenciação de frações é uma extensão da multiplicação de
seguinte maneira: frações. A solução do problema é dada da mesma maneira, con-
- Dividir o MMC pelo denominador da fração original e multipli- tudo, com fatores iguais sempre. Como a multiplicação é feita de
car o resultado por seu numerador; numerador para numerador e de denominador para denominador,
- Repetir o último procedimento para todas as frações. as potências de frações algébricas são calculadas para numerador e
Observe o exemplo de adição de frações algébricas com deno- depois para denominador separadamente. Observe:
minadores diferentes a seguir:

O MMC entre 3y e 2y² é 6y², logo: — Radiciação de Fração Algébrica


A radiciação segue o mesmo padrão da potenciação. Quando
houver raiz de uma fração algébrica, calcule a raiz do numerador e
do denominador separadamente. Veja:

Para preencher as lacunas, basta dividir 6y² pelo denominador


da primeira fração e multiplicar o resultado pelo seu numerador.
Isso dará o numerador para a primeira lacuna. Para a segunda, repi-
ta o procedimento com a segunda fração.

— Simplificando Frações Algébricas


Simplificar uma fração algébrica segue o mesmo fundamento
de simplificar uma fração numérica. É preciso dividir numerador
— Multiplicação de Fração Algébrica e denominador por um mesmo número. Observe um exemplo de
A multiplicação de fração algébrica segue o mesmo padrão da simplificação de fração:
multiplicação de frações: multiplique numerador por numerador e
denominador por denominador. De forma prática, multiplique pri-
meiramente os coeficientes, coloque o resultado numérico e parta
para a multiplicação das incógnitas. Elas devem ser multiplicadas
por meio das propriedades de potência. A fração acima foi simplificada por 2, depois por 3 e depois por
5. Para fundamentar o procedimento de simplificação de frações
algébricas, reescreveremos a primeira fração acima em sua forma
fatorada:

Observe que incógnitas diferentes, que aparecem apenas uma


vez em um fator, não devem ser multiplicadas entre si, mas apenas
repetidas.
Observe também que existe uma multiplicação implícita entre Perceba que os números 2, 3 e 5 repetem-se no numerador e
números e incógnitas nas frações acima, portanto: 4xy = 4·x·y. no denominador e que eles foram exatamente os mesmos núme-
ros pelos quais a fração foi simplificada. No contexto das frações
— Divisão de Fração Algébrica algébricas, o procedimento é parecido, pois é necessário fatorar os
Essa operação é exatamente igual à divisão de frações. Portan- polinômios presentes no numerador e no denominador. Após isso,
to, para realizá-la, multiplique a primeira fração algébrica pelo in- devemos avaliar se é possível simplificar alguns deles. Exemplo:
verso da segunda. Observe: Simplifique a fração algébrica seguinte:

Fatore cada uma das incógnitas e números presentes na fração:

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Agora realize as divisões que forem possíveis, conforme feito Nesse caso, o número que aparece do mesmo lado de x é o 4 e
anteriormente para a fração numérica: Os números que aparecem ele está somando. Para isolar a incógnita, ele vai para o outro lado
tanto no numerador quanto no denominador desaparecem, isto da igualdade fazendo a operação inversa (subtração):
é, são “cortados”. Também é possível escrever que o resultado de
cada uma dessas simplificações é 1. Observe:

2° exemplo:

O número que está do mesmo lado de x é o 12 e ele está sub-


traindo. Nesse exemplo, ele vai para o outro lado da igualdade com
a operação inversa, que é a soma:

EQUAÇÕES DE 1º GRAU. EQUAÇÕES POLINOMIAIS REDU-


ZIDAS AO 2º GRAU. EQUAÇÕES EXPONENCIAIS, LOGARÍT-
MICAS E TRIGONOMÉTRICAS
3° exemplo:

— Equação do 1° Grau
Na Matemática, a equação é uma igualdade que envolve uma
ou mais incógnitas10. Quem determina o “grau” dessa equação é Vamos analisar os números que estão no mesmo lado da incóg-
o expoente dessa incógnita, ou seja, se o expoente for 1, temos a nita, o 4 e o 2. O número 2 está somando e vai para o outro lado da
equação do 1º grau. Se o expoente for 2, a equação será do 2º grau; igualdade subtraindo e o número 4, que está multiplicando, passa
se o expoente for 3, a equação será de 3º grau. Exemplos: para o outro lado dividindo.
4x + 2 = 16 (equação do 1º grau)
x² + 2x + 4 = 0 (equação do 2º grau)
x³ + 2x² + 5x – 2 = 0 (equação do 3º grau)

A equação do 1º grau é apresentada da seguinte forma:

É importante dizer que a e b representam qualquer número


real e a é diferente de zero (a 0). A incógnita x pode ser representa-
da por qualquer letra, contudo, usualmente, utilizamos x ou y como
valor a ser encontrado para o resultado da equação. O primeiro 4° exemplo:
membro da equação são os números do lado esquerdo da igualda- Esse exemplo envolve números negativos e, antes de passar o
de, e o segundo membro, o que estão do lado direito da igualdade. número para o outro lado, devemos sempre deixar o lado da incóg-
nita positivo, por isso vamos multiplicar toda a equação por -1.
Como resolver uma equação do primeiro grau
Para resolvermos uma equação do primeiro grau, devemos
achar o valor da incógnita (que vamos chamar de x) e, para que isso
seja possível, é só isolar o valor do x na igualdade, ou seja, o x deve
ficar sozinho em um dos membros da equação. Passando o número 3, que está multiplicando x, para o outro
O próximo passo é analisar qual operação está sendo feita no lado, teremos:
mesmo membro em que se encontra x e “jogar” para o outro lado
da igualdade fazendo a operação oposta e isolando x.
1° exemplo:

10https://escolakids.uol.com.br/matematica/equacao-primeiro-grau.
htm#:~:text=Na%20Matem%C3%A1tica%2C%20a%20equa%C3%A7%-
C3%A3o%20%C3%A9,equa%C3%A7%C3%A3o%20ser%C3%A1%20
de%203%C2%BA%20grau.
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MATEMÁTICA

— Propriedade Fundamental das Equações — Fórmula de Bhaskara


A propriedade fundamental das equações é também chamada
de regra da balança. Não é muito utilizada no Brasil, mas tem a van- 1) Determinar os coeficientes da equação
tagem de ser uma única regra. A ideia é que tudo que for feito no Os coeficientes de uma equação são todos os números que não
primeiro membro da equação deve também ser feito no segundo são a incógnita dessa equação, sejam eles conhecidos ou não. Para
membro com o objetivo de isolar a incógnita para se obter o resul- isso, é mais fácil comparar a equação dada com a forma geral das
tado. Veja a demonstração nesse exemplo: equações do segundo grau, que é: ax2 + bx + c = 0. Observe que o
coeficiente “a” multiplica x2, o coeficiente “b” multiplica x, e o coe-
ficiente “c” é constante.
Por exemplo, na seguinte equação:
Começaremos com a eliminação do número 12. Como ele está x² + 3x + 9 = 0
somando, vamos subtrair o número 12 nos dois membros da equa-
ção: O coeficiente a = 1, o coeficiente b = 3 e o coeficiente c = 9.

Na equação:
– x² + x = 0

Para finalizar, o número 3 que está multiplicando a incógnita O coeficiente a = – 1, o coeficiente b = 1 e o coeficiente c = 0.
será dividido por 3 nos dois membros da equação: 2) Encontrar o discriminante
O discriminante de uma equação do segundo grau é represen-
tado pela letra grega Δ e pode ser encontrado pela seguinte fór-
mula:
Δ = b² – 4·a·c

Nessa fórmula, a, b e c são os coeficientes da equação do se-


EQUAÇÃO DO 2° GRAU gundo grau. Na equação: 4x² – 4x – 24 = 0, por exemplo, os coefi-
Toda equação que puder ser escrita na forma ax2 + bx + c = 0 cientes são: a = 4, b = – 4 e c = – 24. Substituindo esses números na
será chamada equação do segundo grau11. O único detalhe é que fórmula do discriminante, teremos:
a, b e c devem ser números reais, e a não pode ser igual a zero em Δ = b² – 4 · a · c
hipótese alguma. Δ= (– 4)² – 4 · 4 · (– 24)
Uma equação é uma expressão que relaciona números conhe- Δ = 16 – 16 · (– 24)
cidos (chamados coeficientes) a números desconhecidos (chama- Δ = 16 + 384
dos incógnitas), por meio de uma igualdade. Resolver uma equação Δ = 400
é usar as propriedades dessa igualdade para descobrir o valor nu-
mérico desses números desconhecidos. Como eles são representa- — Quantidade de soluções de uma equação
dos pela letra x, podemos dizer que resolver uma equação é encon- As equações do segundo grau podem ter até duas soluções re-
trar os valores que x pode assumir, fazendo com que a igualdade ais13. Por meio do discriminante, é possível descobrir quantas solu-
seja verdadeira. ções a equação terá. Muitas vezes, o exercício solicita isso em vez
de perguntar quais as soluções de uma equação. Então, nesse caso,
— Como resolver equações do 2º grau? não é necessário resolvê-la, mas apenas fazer o seguinte:
Conhecemos como soluções ou raízes da equação ax² + bx + c Se Δ < 0, a equação não possui soluções reais.
= 0 os valores de x que fazem com que essa equação seja verdadei- Se Δ = 0, a equação possui apenas uma solução real.
ra12. Uma equação do 2º grau pode ter no máximo dois números Se Δ > 0, a equação possui duas soluções reais.
reais que sejam raízes dela. Para resolver equações do 2º grau com-
pletas, existem dois métodos mais comuns: Isso acontece porque, na fórmula de Bhaskara, calcularemos a
- Fórmula de Bhaskara; raiz de Δ. Se o discriminante é negativo, é impossível calcular essas
- Soma e produto. raízes.

O primeiro método é bastante mecânico, o que faz com que 3) Encontrar as soluções da equação
muitos o prefiram. Já para utilizar o segundo, é necessário o conhe- Para encontrar as soluções de uma equação do segundo grau
cimento de múltiplos e divisores. Além disso, quando as soluções usando fórmula de Bhaskara, basta substituir coeficientes e discri-
da equação são números quebrados, soma e produto não é uma minante na seguinte expressão:
alternativa boa.

11https://escolakids.uol.com.br/matematica/equacoes-segundo-grau.
htm#:~:text=Toda%20equa%C3%A7%C3%A3o%20que%20puder%20
ser,a%20zero%20em%20hip%C3%B3tese%20alguma.
12 https://www.preparaenem.com/matematica/equacao-do-2-grau. 13https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/discriminante-u-
htm ma-equacao-segundo-grau.htm
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Observe a presença de um sinal ± na fórmula de Bhaskara. Esse 3º passo: encontrar o valor de x1 e x2 analisando a equação.
sinal indica que deveremos fazer um cálculo para √Δ positivo e outro Nesse caso, estamos procurando dois números cujo produto
para √Δ negativo. Ainda no exemplo 4x2 – 4x – 24 = 0, substituire- seja igual a 6 e a soma seja igual a 5.
mos seus coeficientes e seu discriminante na fórmula de Bhaskara: Os números cuja multiplicação é igual a 6 são:
I. 6 x 1 = 6
II. 3 x 2 =6
III. (-6) x (-1) = 6
IV. (-3) x (-2) = 6

Dos possíveis resultados, vamos buscar aquele em que a soma


seja igual a 5. Note que somente a II possui soma igual a 5, logo as
raízes da equação são x1 = 3 e x2 = 2.

— Equação do 2º Grau Incompleta


Equação do 2º grau é incompleta quando ela possui b e/ou c
iguais a zero4. Existem três tipos dessas equações, cada um com um
método mais adequado para sua resolução.
Uma equação do 2º grau é conhecida como incompleta quando
Então, as soluções dessa equação são 3 e – 2, e seu conjunto de um dos seus coeficientes, b ou c, é igual a zero. Existem três casos
solução é: S = {3, – 2}. possíveis de equações incompletas, que são:
- Equações que possuem b = 0, ou seja, ax² + c = 0;
— Soma e Produto - Equações que possuem c = 0, ou seja, ax² + bx = 0;
Nesse método é importante conhecer os divisores de um nú- - Equações em que b = 0 e c = 0, então a equação será ax² = 0.
mero. Ele se torna interessante quando as raízes da equação são
números inteiros, porém, quando são um número decimal, esse Em cada caso, é possível utilizar métodos diferentes para
método fica bastante complicado. encontrar o conjunto de soluções da equação. Por mais que seja
A soma e o produto é uma relação entre as raízes x1 e x2 da possível resolvê-la utilizando a fórmula de Bhaskara, os métodos
equação do segundo grau, logo devemos buscar quais são os possí- específicos de cada equação incompleta acabam sendo menos tra-
veis valores para as raízes que satisfazem a seguinte relação: balhosos. A diferença entre a equação completa e a equação in-
completa é que naquela todos os coeficientes são diferentes de 0,
já nesta pelo menos um dos seus coeficientes é zero.

Como Resolver Equações do 2º Grau Incompletas


Para encontrar as soluções de uma equação do 2º grau, é bas-
tante comum a utilização da fórmula de Bhaskara, porém existem
métodos específicos para cada um dos casos de equações incom-
Exemplo: Encontre as soluções para a equação x² – 5x + 6 = 0. pletas, a seguir veremos cada um deles.
1º passo: encontrar a, b e c.
a=1 Quando c = 0
b = -5 Quando o c = 0, a equação do 2º grau é incompleta e é uma
c=6 equação do tipo ax² + bx = 0. Para encontrar seu conjunto de solu-
ções, colocamos a variável x em evidência, reescrevendo essa equa-
2º passo: substituir os valores de a, b e c na fórmula. ção como uma equação produto. Vejamos um exemplo a seguir.
Exemplo: Encontre as soluções da equação 2x² + 5x = 0.
1º passo: colocar x em evidência.
Reescrevendo a equação colocando x em evidência, temos que:
2x² + 5x = 0
x · (2x + 5) = 0

2º passo: separar a equação produto em dois casos.


Para que a multiplicação entre dois números seja igual a zero,
um deles tem que ser igual a zero, no caso, temos que:
x · (2x + 5) = 0
x = 0 ou 2x + 5 = 0

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3º passo: encontrar as soluções.


Já encontramos a primeira solução, x = 0, agora falta encontrar o valor de x que faz com que 2x + 5 seja igual a zero, então, temos que:
2x + 5 = 0
2x = -5
x = -5/2

Então encontramos as duas soluções da equação, x = 0 ou x = -5/2.

Quando b = 0
Quando b = 0, encontramos uma equação incompleta do tipo ax² + c = 0. Nesse caso, vamos isolar a variável x até encontrar as possí-
veis soluções da equação. Vejamos um exemplo:
Exemplo: Encontre as soluções da equação 3x² – 12 = 0.
Para encontrar as soluções, vamos isolar a variável.
3x² – 12 = 0
3x² = 12
x² = 12 : 3
x² = 4

Ao extrair a raiz no segundo membro, é importante lembrar que existem sempre dois números e que, ao elevarmos ao quadrado,
encontramos como solução o número 4 e, por isso, colocamos o símbolo de ±.
x = ±√4
x = ±2
Então as soluções possíveis são x = 2 e x = -2.

Quando b = 0 e c = 0
Quando tanto o coeficiente b quanto o coeficiente c são iguais a zero, a equação será do tipo ax² = 0 e terá sempre como única solução
x = 0. Vejamos um exemplo a seguir.
Exemplo:
3x² = 0
x² = 0 : 3
x² = 0
x = ±√0
x = ±0
x=0

ANÁLISE COMBINATÓRIA: PERMUTAÇÃO, ARRANJO, COMBINAÇÃO. EVENTOS INDEPENDENTES

A análise combinatória ou combinatória é a parte da Matemática que estuda métodos e técnicas que permitem resolver problemas
relacionados com contagem14.
Muito utilizada nos estudos sobre probabilidade, ela faz análise das possibilidades e das combinações possíveis entre um conjunto de
elementos.

— Princípio Fundamental da Contagem


O princípio fundamental da contagem, também chamado de princípio multiplicativo, postula que:
“quando um evento é composto por n etapas sucessivas e independentes, de tal modo que as possibilidades da primeira etapa é x e as
possibilidades da segunda etapa é y, resulta no número total de possibilidades de o evento ocorrer, dado pelo produto (x) . (y)”.

Em resumo, no princípio fundamental da contagem, multiplica-se o número de opções entre as escolhas que lhe são apresentadas.
Exemplo: Uma lanchonete vende uma promoção de lanche a um preço único. No lanche, estão incluídos um sanduíche, uma bebida
e uma sobremesa. São oferecidas três opções de sanduíches: hambúrguer especial, sanduíche vegetariano e cachorro-quente completo.
Como opção de bebida pode-se escolher 2 tipos: suco de maçã ou guaraná. Para a sobremesa, existem quatro opções: cupcake de cereja,
cupcake de chocolate, cupcake de morango e cupcake de baunilha. Considerando todas as opções oferecidas, de quantas maneiras um
cliente pode escolher o seu lanche?

14 https://www.todamateria.com.br/analise-combinatoria/
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Solução: Podemos começar a resolução do problema apresentado, construindo uma árvore de possibilidades, conforme ilustrado
abaixo:

Acompanhando o diagrama, podemos diretamente contar quantos tipos diferentes de lanches podemos escolher. Assim, identifica-
mos que existem 24 combinações possíveis.
Podemos ainda resolver o problema usando o princípio multiplicativo. Para saber quais as diferentes possibilidades de lanches, basta
multiplicar o número de opções de sanduíches, bebidas e sobremesa.
Total de possibilidades: 3.2.4 = 24.
Portanto, temos 24 tipos diferentes de lanches para escolher na promoção.

— Tipos de Combinatória
O princípio fundamental da contagem pode ser usado em grande parte dos problemas relacionados com contagem. Entretanto, em
algumas situações seu uso torna a resolução muito trabalhosa.
Desta maneira, usamos algumas técnicas para resolver problemas com determinadas características. Basicamente há três tipos de
agrupamentos: arranjos, combinações e permutações.
Antes de conhecermos melhor esses procedimentos de cálculo, precisamos definir uma ferramenta muito utilizada em problemas de
contagem, que é o fatorial.
O fatorial de um número natural é definido como o produto deste número por todos os seus antecessores. Utilizamos o símbolo ! para
indicar o fatorial de um número.
Define-se ainda que o fatorial de zero é igual a 1.
Exemplo:
0! = 1.
1! = 1.
3! = 3.2.1 = 6.
7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5.040.
10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1 = 3.628.800.

Note que o valor do fatorial cresce rapidamente, conforme cresce o número. Então, frequentemente usamos simplificações para efe-
tuar os cálculos de análise combinatória.

— Arranjos
Nos arranjos, os agrupamentos dos elementos dependem da ordem e da natureza dos mesmos.
Para obter o arranjo simples de n elementos tomados, p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte expressão:

Exemplo: Como exemplo de arranjo, podemos pensar na votação para escolher um representante e um vice-representante de uma
turma, com 20 alunos. Sendo que o mais votado será o representante e o segundo mais votado o vice-representante.
Dessa forma, de quantas maneiras distintas a escolha poderá ser feita? Observe que nesse caso, a ordem é importante, visto que
altera o resultado.

Logo, o arranjo pode ser feito de 380 maneiras diferentes.


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— Permutações A partir disso, a probabilidade é determinada pela razão en-


As permutações são agrupamentos ordenados, onde o número tre o número de eventos possíveis e número de eventos favoráveis,
de elementos (n) do agrupamento é igual ao número de elementos sendo apresentada pela seguinte expressão:
disponíveis.
Note que a permutação é um caso especial de arranjo, quando
o número de elementos é igual ao número de agrupamentos. Desta
maneira, o denominador na fórmula do arranjo é igual a 1 na per-
mutação. Sendo:
Assim a permutação é expressa pela fórmula: P (A): probabilidade de ocorrer um evento A.
n (A): número de resultados favoráveis.
n (Ω): número total de resultados possíveis.

Exemplo: Para exemplificar, vamos pensar de quantas maneiras Para encontrar o número de casos possíveis e favoráveis, mui-
diferentes 6 pessoas podem se sentar em um banco com 6 lugares. tas vezes necessitamos recorrer as fórmulas estudadas em análise
Como a ordem em que irão se sentar é importante e o número combinatória.
de lugares é igual ao número de pessoas, iremos usar a permuta- Exemplo: Qual a probabilidade de um apostador ganhar o prê-
ção: mio máximo da Mega-Sena, fazendo uma aposta mínima, ou seja,
apostar exatamente nos seis números sorteados?

Solução: Como vimos, a probabilidade é calculada pela razão


Logo, existem 720 maneiras diferentes para as 6 pessoas se entre os casos favoráveis e os casos possíveis. Nesta situação, temos
sentarem neste banco. apenas um caso favorável, ou seja, apostar exatamente nos seis nú-
meros sorteados.
— Combinações Já o número de casos possíveis é calculado levando em consi-
As combinações são subconjuntos em que a ordem dos ele- deração que serão sorteados, ao acaso, 6 números, não importando
mentos não é importante, entretanto, são caracterizadas pela na- a ordem, de um total de 60 números.
tureza dos mesmos. Para fazer esse cálculo, usaremos a fórmula de combinação,
Assim, para calcular uma combinação simples de n elementos conforme indicado abaixo:
tomados p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte expressão:

Exemplo: A fim de exemplificar, podemos pensar na escolha de


3 membros para formar uma comissão organizadora de um evento,
dentre as 10 pessoas que se candidataram. Assim, existem 50 063 860 modos distintos de sair o resultado.
De quantas maneiras distintas essa comissão poderá ser for- A probabilidade de acertarmos então será calculada como:
mada?
Note que, ao contrário dos arranjos, nas combinações a ordem
dos elementos não é relevante. Isso quer dizer que escolher Maria,
João e José é equivalente a escolher João, José e Maria.
— Probabilidade
A teoria da probabilidade é o campo da Matemática que estu-
da experimentos ou fenômenos aleatórios e através dela é possível
analisar as chances de um determinado evento ocorrer15.
Quando calculamos a probabilidade, estamos associando um
Observe que para simplificar os cálculos, transformamos o fato- grau de confiança na ocorrência dos resultados possíveis de expe-
rial de 10 em produto, mas conservamos o fatorial de 7, pois, desta rimentos, cujos resultados não podem ser determinados antecipa-
forma, foi possível simplificar com o fatorial de 7 do denominador. damente. Probabilidade é a medida da chance de algo acontecer.
Assim, existem 120 maneiras distintas formar a comissão. Desta forma, o cálculo da probabilidade associa a ocorrência de
um resultado a um valor que varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo
— Probabilidade e Análise Combinatória de 1 estiver o resultado, maior é a certeza da sua ocorrência.
A Probabilidade permite analisar ou calcular as chances de Por exemplo, podemos calcular a probabilidade de uma pessoa
obter determinado resultado diante de um experimento aleatório. comprar um bilhete da loteria premiado ou conhecer as chances de
São exemplos as chances de um número sair em um lançamento de um casal ter 5 filhos, todos meninos.
dados ou a possibilidade de ganhar na loteria.

15 https://www.todamateria.com.br/probabilidade/
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— Experimento Aleatório — Ponto Amostral


Um experimento aleatório é aquele que não é possível conhe- Ponto amostral é cada resultado possível gerado por um expe-
cer qual resultado será encontrado antes de realizá-lo. rimento aleatório.
Os acontecimentos deste tipo quando repetidos nas mesmas
condições, podem dar resultados diferentes e essa inconstância é Exemplo: Seja o experimento aleatório lançar uma moeda e ve-
atribuída ao acaso. rificar a face voltada para cima, temos os pontos amostrais cara e
Um exemplo de experimento aleatório é jogar um dado não vi- coroa. Cada resultado é um ponto amostral.
ciado (dado que apresenta uma distribuição homogênea de massa)
para o alto. Ao cair, não é possível prever com total certeza qual das — Espaço Amostral
6 faces estará voltada para cima. Representado pela letra Ω(ômega), o espaço amostral corres-
ponde ao conjunto de todos os pontos amostrais, ou, resultados
— Fórmula da Probabilidade possíveis obtidos a partir de um experimento aleatório.
Em um fenômeno aleatório, as possibilidades de ocorrência de Por exemplo, ao retirar ao acaso uma carta de um baralho, o
um evento são igualmente prováveis. espaço amostral corresponde às 52 cartas que compõem este ba-
Sendo assim, podemos encontrar a probabilidade de ocorrer ralho.
um determinado resultado através da divisão entre o número de Da mesma forma, o espaço amostral ao lançar uma vez um
eventos favoráveis e o número total de resultados possíveis: dado, são as seis faces que o compõem:
Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.

A quantidade de elementos em um conjunto chama-se cardi-


nalidade, expressa pela letra n seguida do símbolo do conjunto en-
tre parênteses.
Sendo: Assim, a cardinalidade do espaço amostral do experimento lan-
P(A): probabilidade da ocorrência de um evento A. çar um dado é n(Ω) = 6.
n(A): número de casos favoráveis ou, que nos interessam
(evento A). — Espaço Amostral Equiprovável
n(Ω): número total de casos possíveis. Equiprovável significa mesma probabilidade. Em um espaço
amostral equiprovável, cada ponto amostral possui a mesma pro-
O resultado calculado também é conhecido como probabilida- babilidade de ocorrência.
de teórica.
Para expressar a probabilidade na forma de porcentagem, bas- Exemplo: Em uma urna com 4 esferas de cores: amarela, azul,
ta multiplicar o resultado por 100. preta e branca, ao sortear uma ao acaso, quais as probabilidades de
ocorrência de cada uma ser sorteada?
Exemplo: Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade
de sair um número menor que 3? Sendo experimento honesto, todas as cores possuem a mesma
chance de serem sorteadas.
Solução: Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma
chance de caírem voltadas para cima. Vamos então, aplicar a fórmu- — Tipos de Eventos
la da probabilidade. Evento é qualquer subconjunto do espaço amostral de um ex-
Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1, perimento aleatório.
2, 3, 4, 5, 6) e que o evento “sair um número menor que 3” tem 2
possibilidades, ou seja, sair o número 1 ou 2. Assim, temos: Evento certo
O conjunto do evento é igual ao espaço amostral.
Exemplo: Em uma delegação feminina de atletas, uma ser sor-
teada ao acaso e ser mulher.

Evento Impossível
O conjunto do evento é vazio.

Exemplo: Imagine que temos uma caixa com bolas numeradas


de 1 a 20 e que todas as bolas são vermelhas.

Para responder na forma de uma porcentagem, basta multipli- O evento “tirar uma bola vermelha” é um evento certo, pois
car por 100. todas as bolas da caixa são desta cor. Já o evento “tirar um número
maior que 30”, é impossível, visto que o maior número na caixa é
20.

Portanto, a probabilidade de sair um número menor que 3 é Evento Complementar


de 33%. Os conjuntos de dois eventos formam todo o espaço amostral,
sendo um evento complementar ao outro.
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MATEMÁTICA

Exemplo: No experimento lançar uma moeda, o espaço amos- Note que quando as sequências são infinitas, elas são indicadas
tral é Ω = {cara, coroa}. pelas reticências no final. Além disso, vale lembrar que os elemen-
tos da sequência são indicados pela letra a. Por exemplo:
Seja o evento A sair cara, A = {cara}, o evento B sair coroa é 1° elemento: a1 = 2.
complementar ao evento A, pois, B={coroa}. Juntos formam o pró- 4° elemento: a4 = 8.
prio espaço amostral.
O último termo da sequência é chamado de enésimo, sendo
Evento Mutuamente Exclusivo representado por an. Nesse caso, o an da sequência finita acima se-
Os conjuntos dos eventos não possuem elementos em comum. ria o elemento 8.
A intersecção entre os dois conjuntos é vazia. Assim, podemos representá-la da seguinte maneira:
SF = (a1, a2, a3,...,an).
Exemplo: Seja o experimento lançar um dado, os seguintes SI = (a1, a2, a3, an...).
eventos são mutuamente exclusivos
A: ocorrer um número menor que 5, A = {1, 2, 3, 4}. — Lei de Formação
B: ocorrer um número maior que 5, A = {6}. A Lei de Formação ou Termo Geral é utilizada para calcular
qualquer termo de uma sequência, expressa pela expressão:
— Probabilidade Condicional an = 2n² - 1
A probabilidade condicional relaciona as probabilidades entre
eventos de um espaço amostral equiprovável. Nestas circunstân- — Lei de Recorrência
cias, a ocorrência do evento A, depende ou, está condicionada a A Lei da Recorrência permite calcular qualquer termo de uma
ocorrência do evento B. sequência numérica a partir de elementos antecessores:
A probabilidade do evento A dado o evento B é definida por: an = an-1, an-2,...a1

— Progressão Aritmética (PA)

Uma progressão aritmética é uma sequência formada por ter-


mos que se diferenciam um do outro por um valor constante, que
Onde o evento B não pode ser vazio. recebe o nome de razão, calculado por17:
r = a2 – a1
Exemplo de caso de probabilidade condicional: Em um encon-
tro de colaboradores de uma empresa que atua na França e no Bra- Onde:
sil, um sorteio será realizado e um dos colaboradores receberá um r é a razão da PA;
prêmio. Há apenas colaboradores franceses e brasileiros, homens a2 é o segundo termo;
e mulheres. a1 é o primeiro termo.

Como evento de probabilidade condicional, podemos associar Sendo assim, os termos de uma progressão aritmética podem
a probabilidade de sortear uma mulher (evento A) dado que seja ser escritos da seguinte forma:
francesa (evento B).
Neste caso, queremos saber a probabilidade de ocorrer A (ser
mulher), apenas se for francesa (evento B).
Note que em uma PA de n termos a fórmula do termo geral (an)
da sequência é:
PROGRESSÃO ARITMÉTICA. PROGRESSÃO GEOMÉTRICA an = a1 + (n – 1) . r

Alguns casos particulares são: uma PA de 3 termos é represen-


— Sequência Numérica tada por (x - r, x, x + r) e uma PA de 5 termos tem seus componentes
Na matemática, a sequência numérica ou sucessão numérica representados por (x - 2r, x - r, x, x + r, x + 2r).
corresponde a uma função dentro de um agrupamento de núme-
ros. Tipos de PA
De tal modo, os elementos agrupados numa sequência numéri- De acordo com o valor da razão, as progressões aritméticas são
ca seguem uma sucessão, ou seja, uma ordem no conjunto16. classificadas em 3 tipos:
1. Constante: quando a razão for igual a zero e os termos da
— Classificação PA são iguais.
As sequências numéricas podem ser finitas ou infinitas, por Exemplo: PA = (2, 2, 2, 2, 2, ...), onde r = 0
exemplo:
SF = (2, 4, 6, ..., 8). 2. Crescente: quando a razão for maior que zero e um termo a
SI = (2,4,6,8...). partir do segundo é maior que o anterior;
Exemplo: PA = (2, 4, 6, 8, 10, ...), onde r = 2

16 https://www.todamateria.com.br/sequencia-numerica/ 17 https://www.todamateria.com.br/pa-e-pg/
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56
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MATEMÁTICA

3. Decrescente: quando a razão for menor que zero e um termo 3. Soma dos termos
a partir do segundo é menor que o anterior.
Exemplo: PA = (4, 2, 0, - 2, - 4, ...), onde r = - 2

As progressões aritméticas ainda podem ser classificadas em


finitas, quando possuem um determinado número de termos, e in-
finitas, ou seja, com infinitos termos.

Soma dos Termos de uma PA


A soma dos termos de uma progressão aritmética é calculada — Progressão Geométrica (PG)
pela fórmula: Uma progressão geométrica é formada quando uma sequência
tem um fator multiplicador resultado da divisão de dois termos con-
secutivos, chamada de razão comum, que é calculada por:

Onde, n é o número de termos da sequência, a1 é o primeiro


termo e an é o enésimo termo. A fórmula é útil para resolver ques-
tões em que são dados o primeiro e o último termo. Onde,
Quando um problema apresentar o primeiro termo e a razão q é a razão da PG;
da PA, você pode utilizar a fórmula: a2 é o segundo termo;
a1 é o primeiro termo.

Uma progressão geométrica de n termos pode ser representa-


da da seguinte forma:

Essas duas fórmulas são utilizadas para somar os termos de


uma PA finita.
Sendo a1 o primeiro termo, o termo geral da PG é calculado
Termo médio da PA por a1.q(n-1).
Para determinar o termo médio ou central de uma PA com um
número ímpar de termos calculamos a média aritmética com o pri- Tipos de PG
meiro e último termo (a1 e an): De acordo com o valor da razão (q), podemos classificar as Pro-
gressões Geométricas em 4 tipos:
1. Crescente: com a razão q > 1 e termos positivos ou, 0 < q < 1
e termos negativos;

Exemplos:
Já o termo médio entre três números consecutivos de uma PA PG: (3, 9, 27, 81, ...), onde q = 3.
corresponde à média aritmética do antecessor e do sucessor. PG: (-90, -30, -15, -5, ...), onde q = 1/3.
Exemplo: Dada a PA (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14) vamos determinar a
razão, o termo médio e a soma dos termos. 2. Decrescente: com a razão q > 1 e termos negativos ou, 0 < q
1. Razão da PA < 1 e os termos positivos;

Exemplo:
PG: (-3, -9, -27, -81, ...), onde q = 3.
PG: (90, 30, 15, 5, ...), onde q = 1/3.

3. Oscilante: a razão é negativa (q < 0) e os termos são números


2. Termo médio negativos e positivos;
Exemplo: PG: (3, -6, 12, -24, 48, -96, …), onde q = - 2.

4. Constante: a razão é sempre igual a 1 e os termos possuem


o mesmo valor.

Exemplo: PG: (3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, ...), onde q = 1.

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MATEMÁTICA

Soma dos Termos de uma PG Soma dos termos


A soma dos termos de uma progressão geométrica é calculada
pela fórmula:

Sendo a1 o primeiro termo, q a razão comum e n o número de


termos.
Se a razão da PG for menor que 1, então utilizaremos a fórmula
a seguir para determinar a soma dos termos.

Essas fórmulas são utilizadas para uma PG finita. Caso a soma


pedida seja de uma PG infinita com 0 < q < 1, a fórmula utilizada é:
MATRIZES. DETERMINANTES. SISTEMAS LINEARES

— Matriz
Termo Médio da PG Matriz é uma representação matemática que inclui em linhas
Para determinar o termo médio ou central de uma PG com um (horizontais) e colunas (verticais) alguns números naturais não-nu-
número ímpar de termos calculamos a média geométrica com o pri- los18.
meiro e último termo (a1 e an): Os números, chamados de elementos, são representados entre
parênteses ou colchetes.

Exemplo: Dada a PG (1, 3, 9, 27 e 81) vamos determinar a razão,


o termo médio e a soma dos termos.
1. Razão da PG

— Classificação das Matrizes


Há quatro tipos de matrizes especiais:

2. Termo médio Matriz Linha: formada por uma única linha, por exemplo:

Matriz Coluna: formada por uma única coluna, por exemplo:

18 https://www.todamateria.com.br/tipos-de-matrizes/
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Matriz Nula: formada por elementos iguais a zero, por exem- Matriz Inversa
plo: A matriz inversa é uma matriz quadrada. Ela ocorre quando o
produto de duas matrizes for igual a uma matriz identidade quadra-
da de mesma ordem.
A . B = B . A = In (quando a matriz B é inversa da matriz A)

Matriz Quadrada: formada pelo mesmo número de linhas e


colunas, por exemplo:

A é uma matriz quadrada 2 x 2 ou A é quadrada de ordem 2


Obs.: Para encontrar a matriz inversa utiliza-se a multiplicação
Matriz Transposta de matrizes.
A matriz transposta (indicada pela letra t) é aquela que apre-
senta os mesmos elementos de uma linha ou coluna comparada — Igualdade de Matrizes
com outra matriz. Quando temos matrizes iguais, os elementos das linhas e das
No entanto, os elementos iguais entre as duas são invertidos, colunas são correspondentes:
ou seja, a linha de uma apresenta os mesmos elementos que a colu-
na de outra. Ou ainda, a coluna de uma possui os mesmos elemen-
tos da linha de outra.

Para que as matrizes A e B sejam iguais os valores devem ser:


a=3
Matriz Oposta b = -5
Na matriz oposta, os elementos entre duas matrizes apresen- c=2
tam sinais diferentes, por exemplo: d=1

— Multiplicação de Matrizes
A multiplicação de matrizes corresponde ao produto entre
duas matrizes19. O número de linhas da matriz é definido pela letra
m e o número de colunas pela letra n.
Já as letras i e j representam os elementos presentes nas linhas
Matriz Identidade e colunas respectivamente.
A matriz identidade ocorre quando os elementos da diagonal
principal são todos iguais a 1 e os outros elementos são iguais a 0
(zero):

Exemplo: A3x3 (a matriz A possui três linhas e três colunas).

Obs.: Importante ressaltar que na multiplicação de matrizes, a


ordem dos elementos afeta o resultado. Ou seja, ela não é comu-
tativa:
A.B≠B.A

19 https://www.todamateria.com.br/multiplicacao-de-matrizes/
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— Cálculo: Como Multiplicar Matrizes? Inicialmente, vamos multiplicar os elementos da linha 1 de A


com os da coluna 1 de B. Encontrados os produtos, somamos esses
Sejam as matrizes: valores:
c11 = 2 . 1 + 3 . 0 + 1 . 4 = 6
Por conseguinte, vamos multiplicar e somar os elementos da
linha 1 de A com a coluna 2 de B:
Onde: c12 = 2 . (-2) + 3 . 5 + 1 . 1 = 12
Depois disso, vamos passar para a linha 2 de A e multiplicar e
somar com a coluna 1 de B:
c21 = (-1) . 1 + 0 . 0 + 2 . 4 = 7
— Quando é Possível Multiplicar Matrizes? Ainda na linha 2 de A, vamos multiplicar e somar com a coluna
Para ser possível multiplicar matrizes, é primordial que o nú- 2 de B:
mero de colunas da primeira matriz seja igual ao número de linhas c22 = (-1) . (-2) + 0 . 5 + 2 . 1 = 4
da segunda matriz. Por fim, temos que a multiplicação de A . B é:

Multiplicação de um Número Real por uma Matriz


No caso de multiplicar um número real por uma matriz, deve-
-se multiplicar cada elemento da matriz por esse número:

A matriz C, resultado da multiplicação A . B, tem as dimensões


m x p, ou seja, o número de linhas da primeira matriz e o número
de colunas da segunda.

Exemplo de Multiplicação de Matrizes


No exemplo abaixo, temos que a matriz A é do tipo 2x3 e a
matriz B é do tipo 3x2. Portanto, o produto entre elas (matriz C)
resultará numa matriz 2x2.
— Determinantes
O determinante é um número associado a uma matriz quadra-
da20. Esse número é encontrado fazendo-se determinadas opera-
ções com os elementos que compõe a matriz.
Indicamos o determinante de uma matriz A por det A. Pode-
mos ainda, representar o determinante por duas barras entre os
elementos da matriz.

Determinantes de 1.ª Ordem


O determinante de uma matriz de Ordem 1, é igual ao próprio
elemento da matriz, pois esta apresenta apenas uma linha e uma
coluna.

Exemplos:

Assim, a matriz C genérica é:


Determinantes de 2.ª Ordem
As matrizes de Ordem 2 ou matriz 2x2, são aquelas que apre-
sentam duas linhas e duas colunas.
O determinante de uma matriz desse tipo é calculado, primeiro
multiplicando os valores constantes nas diagonais, uma principal e
outra secundária.

Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

A seguir, subtraindo os resultados obtidos dessa multiplicação. Seguimos os seguintes passos:


1) Calculamos a multiplicação em diagonal. Para tanto, traça-
Exemplos: mos setas diagonais que facilitam o cálculo.
Matriz A = As primeiras setas são traçadas da esquerda para a direita e
correspondem às diagonais principais:

Matriz B =

2) Calculamos a multiplicação do outro lado da diagonal. Assim,


traçamos novas setas.
Agora, as setas são traçadas da direita para a esquerda e cor-
respondem à diagonal secundária:

Matriz A =

Determinantes de 3.ª Ordem


As matrizes de Ordem 3 ou matriz 3x3, são aquelas que apre-
sentam três linhas e três colunas:

Para calcular o determinante desse tipo de matriz, utilizamos a 3) Somamos cada uma delas:
Regra de Sarrus, que consiste em repetir as duas primeiras colunas
logo a seguir à terceira:

4) Subtraímos cada um desses resultados:

Logo, o determinante é: .
Editora
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MATEMÁTICA

— Sistemas Lineares Exemplo: Classificando o sistema abaixo:


Sistemas Lineares são conjuntos de equações associadas entre
elas que apresentam a forma a seguir21:

Para identificar o tipo de sistema, vamos calcular a razão entre


os coeficientes das equações:

A chave do lado esquerdo é o símbolo usado para sinalizar que


as equações fazem parte de um sistema. O resultado do sistema é
dado pelo resultado de cada equação.
Os coeficientes am, am2, am3, ... , an3, an2, an1 das incógnitas x1, xm2,
xm3, ... , xn3, xn2, xn1 são números reais.
Ao mesmo tempo, b também é um número real que é chamado
de termo independente.
Sistemas lineares homogêneos são aqueles cujo termo inde-
pendente é igual a 0 (zero): a1x1 + a2x2 = 0.
Portanto, aqueles que apresentam termo independente dife- Como , então o sistema é impossível.
rente de 0 (zero) indica que o sistema não é homogêneo: a1x1 + a2x2
= 3. — Como Resolver um Sistema de Equações do 1º Grau?
As matrizes associadas a um sistema linear podem ser comple- Podemos resolver um sistema de equações do 1º grau, com
tas ou incompletas. São completas as matrizes que consideram os duas incógnitas, usando o método da substituição ou o da soma.22
termos independentes das equações.
Os sistemas lineares são classificados como normais quando o Método da Substituição
número de equações é o mesmo que o número de incógnitas. Além Esse método consiste em escolher uma das equações e isolar-
disso, quando o determinante da matriz incompleta desse sistema mos uma das incógnitas, para determinar o seu valor em relação a
não é igual a zero. outra incógnita. Depois, substituímos esse valor na outra equação.
Desta forma, a segunda equação ficará com uma única incóg-
— Classificação nita e, assim, poderemos encontrar o seu valor final. Para finalizar,
Os sistemas lineares podem ser classificados conforme o nú- substituímos na primeira equação o valor encontrado e, assim, en-
mero de soluções possíveis. Lembrando que a solução das equa- contramos também o valor da outra incógnita.
ções é encontrada pela substituição das variáveis por valores.
Sistema Possível e Determinado (SPD): há apenas uma solu- Exemplo: Resolva o seguinte sistema de equações:
ção possível, o que acontece quando o determinante é diferente de
zero (D ≠ 0). Isso acontecerá quando:

Sistema Possível e Indeterminado (SPI): as soluções possíveis


são infinitas. A condição para que um sistema seja desse tipo é:

Sistema Impossível (SI): não é possível apresentar qualquer


tipo de solução. Nesse tipo de sistema temos:

21 https://www.todamateria.com.br/sistemas-lineares/ 22 https://www.todamateria.com.br/sistemas-de-equacoes/
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MATEMÁTICA

Solução: Vamos começar escolhendo a primeira equação do sistema, que é a equação mais simples, para isolar o x. Assim temos:

Após substituir o valor de x, na segunda equação, podemos resolvê-la, da seguinte maneira:

Agora que encontramos o valor do y, podemos substituir esse valor da primeira equação, para encontrar o valor do x:

Assim, a solução para o sistema dado é o par ordenado (8, 4). Repare que esse resultado torna ambas as equações verdadeiras, pois
8 + 4 = 12 e 3.8 - 4 = 20.

Método da Adição
No método da adição buscamos juntar as duas equações em uma única equação, eliminando uma das incógnitas.
Para isso, é necessário que os coeficientes de uma das incógnitas sejam opostos, isto é, devem ter o mesmo valor e sinais contrários.
Exemplo: Para exemplificar o método da adição, vamos resolver o mesmo sistema anterior:

Note que nesse sistema a incógnita y possui coeficientes opostos, ou seja, 1 e - 1. Então, iremos começar a calcular somando as duas
equações, conforme indicamos abaixo:

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MATEMÁTICA

Ao anular o y, a equação ficou apenas com o x, portanto agora, — Escalonamento de Sistemas Lineares
podemos resolver a equação: Escalonamento é um método para resolver sistemas de equa-
ções lineares, quando existe solução23. Também é usado para classi-
ficar estes sistemas que podem possuir quaisquer ordens.

Escalonar um sistema linear é modificar suas equações e ter-


Para encontrar o valor do y, basta substituir esse valor em uma mos de modo a obter um novo sistema, escalonado, em que ambos
das duas equações. Vamos substituir na mais simples: são equivalentes, pois possuem as mesmas soluções.

Forma Escalonada de Sistemas


Um sistema linear de equações está na forma escalonada
Note que o resultado é o mesmo que já havíamos encontrado, quando:
usando o método da substituição. - As incógnitas das equações são escritas na mesma ordem;
Quando as equações de um sistema não apresentam incógni- - O 1.º elemento diferente de zero de uma equação, está à es-
tas com coeficientes opostos, podemos multiplicar todos os termos querda do 1.º elemento diferente de zero da linha seguinte;
por um determinado valor, a fim de tornar possível utilizar esse mé- - Uma linha com todos os elementos nulos, deve estar abaixo
todo. de todas as outras.
Por exemplo, no sistema abaixo, os coeficientes de x e de y não
são opostos: Exemplo 1: Um sistema 2x2 escalonado, com duas equações e
duas incógnitas, x e y. Na segunda equação o 1.º termo é nulo (x =
0).

Portanto, não podemos, inicialmente, anular nenhuma das in-


cógnitas. Neste caso, devemos multiplicar por algum número que
transforme o coeficiente em um número oposto do coeficiente da Exemplo 2: Um sistema 3x3 escalonado, com três equações e
outra equação. três incógnitas: x, y e z. A primeira equação possui todos os termos
Podemos, por exemplo, multiplicar a primeira equação por - 2. não-nulos (diferentes de zero). A segunda equação tem o 1.º termo
Contudo, devemos ter o cuidado de multiplicarmos todos os termos nulo (x=0) e, a terceira equação possui x e y iguais a zero.
por - 2, para não modificarmos a igualdade.
Assim, o sistema equivalente ao que queremos calcular é:

Agora, é possível resolver o sistema por adição, conforme apre- Repare que os sistemas escalonados estão na forma de escada,
sentado abaixo: diminuindo a quantidade de termos a cada linha.

Como Escalonar um Sistema Linear


Para escalonar um sistema linear podemos utilizar as seguintes
operações:
- Troca da ordem das equações.

Logo, x = - 12, não podemos esquecer de substituir esse valor


em uma das equações para encontrar o valor do y. Substituindo na
primeira equação, temos:

Podemos passar a equação da linha 2 para a linha 1.

23 https://www.todamateria.com.br/escalonamento-de-sistemas-li-
Assim, a solução para o sistema é o par ordenado (- 12, 60) neares/
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MATEMÁTICA

- Multiplicação (ou divisão) de todos os termos de uma equação Começamos a resolução a partir da última equação, de baixo
por um mesmo número real diferente de zero. para cima.
Podemos multiplicar todos os termos de uma equação qual- Substituindo z na segunda equação:
quer do sistema.

Multiplicando todos os termos por 3:

O procedimento continua até a primeira equação, determinan-


do todas as incógnitas.
- Multiplicação dos termos de uma equação por um número Substituindo y e z na primeira equação:
real e, soma (ou subtração) do resultado aos termos corresponden-
tes de outra equação do sistema.

Podemos multiplicar todos os elementos da equação da pri-


meira linha por 2:

- Número de equações menor que o número de incógnitas.

Exemplo: 2 equações e 3 incógnitas.

Somamos a equação obtida termo a termo com a equação da


segunda linha e substituímos na segunda linha o resultado.

1. Identificamos a variável livre


Variável livre é aquela que não inicia equações, no exemplo, é
a variável z.
2. Transpomos a variável livre para o outro lado da igualdade,
Obtemos o sistema escalonado. no segundo membro da equação.

Devemos realizar tantas transformações quanto forem neces- 3. Atribuímos para z um valor numérico real k parêntese es-
sárias, até obtermos um sistema na forma escalonada, equivalente querdo k pertence reto números reais parêntese direito, z=k.
ao primeiro.

Resolução de Sistemas Lineares Escalonados


Resolver um sistema de equações é determinar seu conjunto
solução, os valores numéricos que ao substituí-los pelas incógnitas,
tornam verdadeiras as igualdades. 4. Substituímos y na primeira equação pelo segundo membro
Para resolver sistemas lineares escalonados consideramos dois da segunda equação e resolvemos para x.
casos e realizamos as seguintes estratégias:

- Número de equações igual o número de incógnitas.

5. O conjunto solução é: .
Como k pode assumir qualquer valor real, o sistema é possível
e indeterminado.
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TRIGONOMETRIA. GEOMETRIA PLANA. GEOMETRIA ESPACIAL

A trigonometria é a parte da matemática que estuda as relações existentes entre os lados e os ângulos dos triângulos24.
Ela é utilizada também em outras áreas de estudo como física, química, biologia, geografia, astronomia, medicina, engenharia etc.

— Funções Trigonométricas
As funções trigonométricas são as funções relacionadas aos triângulos retângulos, que possuem um ângulo de 90°. São elas: seno,
cosseno e tangente.

As funções trigonométricas estão baseadas nas razões existentes entre dois lados do triângulo em função de um ângulo.
Elas são formadas por dois catetos (oposto e adjacente) e a hipotenusa:

Lê-se cateto oposto sobre a hipotenusa.

Lê-se cateto adjacente sobre a hipotenusa.

Lê-se cateto oposto sobre cateto adjacente.

Ângulos Notáveis
Os chamados ângulos notáveis são os que surgem com maior frequência nos estudos de razões trigonométricas25.
Veja a tabela abaixo com o valor dos ângulos de 30°; 45° e 60°:

24 https://www.todamateria.com.br/trigonometria/
25 https://www.todamateria.com.br/razoes-trigonometricas/
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— Círculo Trigonométrico Dessa maneira, sua fórmula é representada da seguinte ma-


O círculo trigonométrico ou círculo unitário é usado no estudo neira:
das funções trigonométricas: seno, cosseno e tangente.

Lei das Tangentes


A Lei das Tangentes estabelece a relação entre as tangentes
de dois ângulos de um triângulo e os comprimentos de seus lados
opostos.
Dessa forma, para um triângulo ABC, de lados a, b, c, e ângulos
α, β e γ, opostos a estes três lados, têm-se a expressão:

— Teoria Euclidiana
Alguns conceitos importantes da geometria euclidiana nos es-
tudos da trigonometria são:

Lei dos Senos


A Lei dos Senos estabelece que num determinado triângulo, a
razão entre o valor de um lado e o seno de seu ângulo oposto, será
sempre constante.
Dessa forma, para um triângulo ABC de lados a, b, c, a Lei dos
Senos é representada pela seguinte fórmula:

Teorema de Pitágoras
O Teorema de Pitágoras, criado pelo filósofo e matemático gre-
go, Pitágoras de Samos, (570 a.C. - 495 a.C.), é muito utilizado nos
estudos trigonométricos.
Ele prova que no triângulo retângulo, composto por um ângulo
interno de 90° (ângulo reto), a soma dos quadrados de seus catetos
corresponde ao quadrado de sua hipotenusa:

Lei dos Cossenos


A Lei dos Cossenos estabelece que em qualquer triângulo, o
quadrado de um dos lados, corresponde à soma dos quadrados dos
outros dois lados, menos o dobro do produto desses dois lados pelo
cosseno do ângulo entre eles.

a² = b² + c²

Sendo:
a: hipotenusa;
b e c: catetos.
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MATEMÁTICA

Relações Fundamentais Como todos os pontos da circunferência trigonométrica estão


A trigonometria ao longo dos anos foi se tornando mais abran- a uma distância de 1 unidade da origem, podemos usar o teorema
gente, não se restringindo apenas aos estudos dos triângulos26. de Pitágoras. O que resulta na seguinte relação trigonométrica fun-
Dentro deste novo contexto, define-se o círculo unitário, tam- damental:
bém chamado de circunferência trigonométrica. Ele é utilizado para
estudar as funções trigonométricas.

Circunferência Trigonométrica
A circunferência trigonométrica é uma circunferência orienta- Podemos definir ainda a tg x, de um arco de medida x, no círcu-
da de raio igual a 1 unidade de comprimento. Associamos a ela um lo trigonométrico como sendo:
sistema de coordenadas cartesianas.
Os eixos cartesianos dividem a circunferência em 4 partes, cha-
madas de quadrantes. O sentido positivo é anti-horário, conforme
figura abaixo:
— Outras Relações Fundamentais

Cotangente do Arco de Medida x

Secante do Arco de Medida x

Cossecante do Arco de Medida x

— Funções Trigonométricas
Usando a circunferência trigonométrica, as razões que a prin- As funções trigonométricas, também chamadas de funções cir-
cípio foram definidas para ângulos agudos (menores que 90º), pas- culares, estão relacionadas com as demais voltas no ciclo trigono-
sam a ser definidas para arcos maiores de 90º. métrico27.
Para isso, associamos um ponto P, cuja abscissa é o cosseno de As principais funções trigonométricas são:
θ e cuja ordenada é o seno de θ. - Função Seno;
- Função Cosseno;
- Função Tangente.

26 https://www.todamateria.com.br/relacoes-trigonometricas/ 27 https://www.todamateria.com.br/funcoes-trigonometricas/
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MATEMÁTICA

No círculo trigonométrico temos que cada número real está associado a um ponto da circunferência.

Figura do Círculo Trigonométrico dos ângulos expressos em graus e radianos.

Funções Periódicas
As funções periódicas são funções que possuem um comportamento periódico. Ou seja, que ocorrem em determinados intervalos de
tempo.
O período corresponde ao menor intervalo de tempo em que acontece a repetição de determinado fenômeno.
Uma função f: A → B é periódica se existir um número real positivo p tal que
f(x) = f (x+p), ∀ x ∈ A

O menor valor positivo de p é chamado de período de f.


Note que as funções trigonométricas são exemplos de funções periódicas visto que apresentam certos fenômenos periódicos.

Função Seno
A função seno é uma função periódica e seu período é 2π. Ela é expressa por:
f(x) = sen x

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MATEMÁTICA

No círculo trigonométrico, o sinal da função seno é positivo quando x pertence ao primeiro e segundo quadrantes. Já no terceiro e
quarto quadrantes, o sinal é negativo.

Além disso, no primeiro e quarto quadrantes a função f é crescente. Já no segundo e terceiro quadrantes a função f é decrescente.
O domínio e o contradomínio da função seno são iguais a R. Ou seja, ela está definida para todos os valores reais: Dom(sen)=R.
Já o conjunto da imagem da função seno corresponde ao intervalo real [-1, 1]: -1 < sen x < 1.
Em relação à simetria, a função seno é uma função ímpar: sen(-x) = -sen(x).
O gráfico da função seno f(x) = sen x é uma curva chamada de senoide:

Função Cosseno
A função cosseno é uma função periódica e seu período é 2π. Ela é expressa por:
f(x) = cos x

No círculo trigonométrico, o sinal da função cosseno é positivo quando x pertence ao primeiro e quarto quadrantes. Já no segundo e
terceiro quadrantes, o sinal é negativo.

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Além disso, no primeiro e segundo quadrantes a função f é decrescente. Já no terceiro e quarto quadrantes a função f é crescente.
O domínio e o contradomínio da função cosseno são iguais a R. Ou seja, ela está definida para todos os valores reais: Dom(cos)=R.
Já o conjunto da imagem da função cosseno corresponde ao intervalo real [-1, 1]: -1 < cos x < 1.
Em relação à simetria, a função cosseno é uma função par: cos(-x) = cos(x).
O gráfico da função cosseno f(x) = cos x é uma curva chamada de cossenoide:

Função Tangente
A função tangente é uma função periódica e seu período é π. Ela é expressa por:
f(x) = tg x

No círculo trigonométrico, o sinal da função tangente é positiva quando x pertence ao primeiro e terceiro quadrantes. Já no segundo
e quarto quadrantes, o sinal é negativo.

Além disso, a função f definida por f(x) = tg x é sempre crescente em todos os quadrantes do círculo trigonométrico.
O domínio da função tangente é: Dom(tan)={x ∈ R│x ≠ de π/2 + kπ; K ∈ Z}. Assim, não definimos tg x, se x = π/2 + kπ.
Já o conjunto da imagem da função tangente corresponde a R, ou seja, o conjunto dos números reais.
Em relação à simetria, a função tangente é uma função ímpar: tg(-x) = -tg(x).

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

O gráfico da função tangente f(x) = tg x é uma curva chamada Algumas fórmulas de geometria plana:
de tangentoide:
— Teorema de Pitágoras
Uma das fórmulas mais importantes para esta frente matemá-
tica é o Teorema de Pitágoras.
Em um triângulo retângulo (com um ângulo de 90º), a soma
dos quadrados dos catetos (os “lados” que formam o ângulo reto) é
igual ao quadrado da hipotenusa (a aresta maior da figura).
Teorema de Pitágoras: a² + b² = c²

— Lei dos Senos


Lembre-se que o Teorema de Pitágoras é válido apenas para
triângulos retângulos. A lei dos senos e lei dos cossenos existe para
facilitar os cálculos para todos os tipos de triângulos.
Veja a fórmula abaixo. Onde a, b e c são lados do triângulo.
Para qualquer triângulo ABC inscrito em uma circunferência de
centro O e raio R, temos que:

Geometria
A geometria é uma área da matemática que estuda as formas
geométricas desde comprimento, área e volume28. O vocábulo ge-
ometria corresponde a união dos termos “geo” (terra) e “metron”
(medir), ou seja, a “medida de terra”.
A Geometria é dividida em três categorias:
- Geometria Analítica;
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;

Assim, a geometria analítica, também chamada de geometria


cartesiana, une conceitos de álgebra e geometria através dos sis-
temas de coordenadas. Os conceitos mais utilizados são o ponto e
a reta. — Lei dos Cossenos
Enquanto a geometria plana ou euclidiana reúne os estudos A lei dos cossenos pode ser utilizada para qualquer tipo de tri-
sobre as figuras planas, ou seja, as que não apresentam volume, ângulo, mesmo que ele não tenha um ângulo de 90º. Basta conhe-
a geometria espacial estuda as figuras geométricas que possuem cer o cosseno de um dos ângulos e o valor de dois lados (arestas)
volume e mais de uma dimensão. do triângulo.

— Geometria Plana
É a área da matemática que estuda as formas que não possuem
volume. Triângulos, quadriláteros, retângulos, circunferências são
alguns exemplos de figuras de geometria plana (polígonos)29.
Para geometria plana, é importante saber calcular a área, o pe-
rímetro e o(s) lado(s) de uma figura a partir das relações entre os
ângulos e as outras medidas da forma geométrica.

28 https://www.todamateria.com.br/matematica/geometria/#:~:-
text=A%20geometria%20%C3%A9%20uma%20%C3%A1rea,Geome-
tria%20Anal%C3%ADtica
29 https://bityli.com/BMvcWO
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Veja a fórmula abaixo. Onde a, b e c são lados do triângulo. — Teorema de Tales


Para qualquer triângulo ABC, temos que: O Teorema de Tales é uma propriedade para retas paralelas.

— Relações Métricas do Triângulo Retângulo


As relações trigonométricas no triângulo retângulo são fórmu-
las simplificadas. Elas podem facilitar a resolução das questões em
que o Teorema de Pitágoras é aplicável.
Para um triângulo retângulo, sua altura relativa à hipotenusa e
as projeções ortogonais dos catetos, temos o seguinte:
- Onde a é hipotenusa;
- b e c são catetos; Se as retas CC’, BB’ e AA’ são paralelas, então:
- m e n são projeções ortogonais;
- h é altura.

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

— Fórmulas Básicas de Geometria Plana

Polígonos
O perímetro é a soma de todos os lados da figura, ou seja, o comprimento do polígono.
Onde A é a área da figura, veja as principais fórmulas:

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MATEMÁTICA

Fórmulas da Circunferência

Conversão para radiano, comprimento e área do círculo:


Conversão de unidades: π rad corresponde a 180°.
Comprimento de uma circunferência: C = 2 · π · R.
Área de uma circunferência: A = π · R²

— Geometria Espacial
É a frente matemática que estuda a geometria no espaço. Ou seja, é o estudo das formas que possuem três dimensões: comprimento,
largura e altura.
Apenas as figuras de geometria espacial têm volume.
Uma das primeiras figuras geométricas que você estuda em geometria espacial é o prisma. Ele é uma figura formada por retângulos,
e duas bases. Outros exemplos de figuras de geometria espacial são cubos, paralelepípedos, pirâmides, cones, cilindros e esferas. Veja a
aula de Geometria espacial sobre prisma e esfera.

— Fórmulas de Geometria Espacial


Fórmula do Poliedro: Relação de Euler
Para saber a quantidade de vértices e arestas de uma figura espacial, utilize a Relação de Euler:
Onde V é o número de vértices, F é a quantidade de faces e A é a quantidade de arestas, temos:
V+F=A+2

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MATEMÁTICA

Fórmulas da Esfera

Fórmulas do Cone
Onde r é o raio da base, g é a geratriz e H é a altura.
Área lateral do cone: Š = π · R . g
Área da base do cone: A = π · R²
Área da superfície total do cone: S = Š + A
Volume do cone: V = 1/3 . A . H

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MATEMÁTICA

Fórmulas do cilindro Fórmulas da Pirâmide Regular

Área da base de um cilindro: Ab = π · r².


Área da superfície lateral de um cilindro: Al = 2 · π · r · h.
Volume de um cilindro: V = Ab · h = π · r² · h.
Secção meridiana: corte feito na “vertical”; a área desse corte
será 2r · h. Para uma pirâmide regular reta, temos:
Área da Base (AB): área do polígono que serve de base para a
Fórmulas do Prisma pirâmide.
O prisma é um sólido formado por laterais retangulares e duas Área Lateral (AL): soma das áreas das faces laterais, todas trian-
bases. Na imagem a seguir, o prisma tem base retangular, sendo um gulares.
paralelepípedo. O cubo é um paralelepípedo e um prisma. Área Total (AT): soma das áreas de todas as faces: AT = AB + AL.
Volume (V): V = . AB . h.

E sendo a (apótema da base), h (altura), g (apótema da pirâ-


mide), r (raio da base), b (aresta da base) e t (aresta lateral), temos
pela aplicação de Pitágoras nos triângulos retângulos.
h² + r² = t²

h² + a² = g²

Fórmulas do Tetraedro Regular


Para o tetraedro regular de aresta medindo a, temos:
Diagonal de um paralelepípedo: .
Área total de um paralelepípedo:

Volume de um paralelepípedo: .
Prismas retos são sólidos cujas faces laterais são formadas por
retângulos.
Volume de um prisma:

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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Exemplo: Um P(3,-1) está em qual quadrante?


Altura da face = x>0 e y<0 IV quadrante.

Altura do tetraedro = Distância entre Dois Pontos


Dados os pontos P(xp,yp) e Q(xq,yq), a distância dAB entre eles é
Área da face: AF = uma função das coordenadas de P e Q:

Área total: AT =

Volume do tetraedro:

GEOMETRIA ANALÍTICA: EQUAÇÃO DA RETA, PARÁBOLA E


CÍRCULO

Estudo do Ponto

Podemos localizar um ponto P em um plano α utilizando um


sistema de eixos cartesianos. Ponto Médio
- A é a abscissa do ponto P
- B é a ordenada do ponto P
- P ϵ 1ºQuad

Dados os pontos P(xp,yp) e Q(xq,yp), as coordenadas do ponto


M(xM, yM) médio entre A e B, serão dadas pelas semi-somas das co-
ordenadas de P e Q.

O ponto M terá as seguintes coordenadas:


Fonte: www.matematicadidatica.com.br

1º Quadrante: x>o e y>o


2º Quadrante: x<0 e y>0
3º Quadrante: x<0 e y<0
4º Quadrante: x>0 e y>0

Para representar o par ordenado P(x,y)


Vale a pena lembrar que o eixo x é chamado de abscissa e o
eixo y de ordenada.

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78
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA

Três pontos estão alinhados se, e somente se, pertencerem à 1º caso: 0° < a < 90°
mesma reta.

Para verificarmos se os pontos estão alinhados, podemos uti-


lizar a construção gráfica determinando os pontos de acordo com
suas coordenadas posicionais. Outra forma de determinar o alinha-
mento dos pontos é através do cálculo do determinante pela regra Sendo o triângulo ABC retângulo ( é reto), temos:
de Sarrus envolvendo a matriz das coordenadas.

2º caso: 90° < a < 180°

Exemplo
Dados os pontos A (2, 5), B (3, 7) e C (5, 11), vamos determinar
se estão alinhados.

Do triângulo retângulo ABC, vem:


(14 + 25 + 33)–(35 + 22 + 15)
72 – 72 = 0

Os pontos somente estarão alinhados se o determinante da


matriz quadrada calculado pela regra de Sarrus for igual a 0.

Estudo da Reta
Cálculo do coeficiente angular
Consideremos a reta r que passa pelos pontos A(x1,y1) e B(x2,y2),
com x1 ≠ x2, e que forma com o eixo x um ângulo de medida a.
Portanto, para os dois casos, temos:

Coeficiente angular

Coeficiente angular m de uma reta não - perpendicular ao eixo


é o valor da tangente do ângulo de inclinação dessa reta.

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MATEMÁTICA

m = tan a A equação fundamental de r é dada por:

Equação Geral da Reta


Ax + by + c = 0

Equação Segmentária

O valor do coeficiente angular m varia em função de a.

0 < a < 90° → m > 0

Equação reduzida da reta


Vamos determinar a equação da reta r que passa por Q(0,q) e
tem coeficiente angular m = tan a:

y - q = m(x - 0)
a=0→m=0 y - q = mx
y = mx + q

a = 90° → m
Toda equação na forma y = mx + q é chamada equação reduzi-
da da reta, em que m é o coeficiente.

Posições relativas de duas retas


Considere duas retas distintas do plano cartesiano:

Podemos classificá-las como paralelas ou concorrentes.

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MATEMÁTICA

Retas paralelas De fato:


As retas r e s têm o mesmo coeficiente angular.

ar = as ↔ mr = ms

Como:

Assim, para r // s, temos:

Então:

Retas concorrentes
As retas r e s têm coeficientes angulares diferentes.

ar ≠ as ↔ mr ≠ ms E, reciprocamente, se

Assim, para r e s concorrentes, temos:

Logo,

Distância de ponto a reta


Considere uma reta r, de equação ax + by + c = 0, e um ponto
P( x0, y0 ) não pertencente a r. Pode-se demonstrar que a distância
entre P e r( dPr ) é dada por:

Retas perpendiculares
Duas retas, r e s, não - verticais são perpendiculares se, e so-
mente se, os seus coeficientes angulares são tais que

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MATEMÁTICA

Ângulo entre duas retas Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um ponto qualquer da
Conhecendo os coeficientes angulares mr e ms de duas retas, r circunferência, a distância de C a P(dCP) é o raio dessa circunferên-
e s, não paralelas aos eixos , podemos determinar o ângu- cia. Então:
lo 0 agudo formado entre elas:

Se uma das retas for vertical, teremos:

Portanto, (x - a)2 + (y - b)2 =r2 é a equação reduzida da circunfe-


rência e permite determinar os elementos essenciais para a cons-
trução da circunferência: as coordenadas do centro e o raio.
Observação: Quando o centro da circunfer6encia estiver na ori-
gem (C(0,0)), a equação da circunferência será x2 + y2 = r2.

Equação Geral
Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos a equação geral
da circunferência:

Circunferência: Equações da circunferência e Equação reduzida


Circunferência é o conjunto de todos os pontos de um plano
equidistantes de um ponto fixo, desse mesmo plano, denominado
centro da circunferência: Como exemplo, vamos determinar a equação geral da circunfe-
rência de centro C(2, -3) e raio r = 4.

A equação reduzida da circunferência é:

( x - 2 )2 +( y + 3 )2 = 16

Desenvolvendo os quadrados dos binômios, temos:

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MATEMÁTICA

Determinação do centro e do raio da circunferência, dada a acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é
equação geral superior ao valor inicial do empréstimo. A essa diferença damos o
Dada a equação geral de uma circunferência, utilizamos o pro- nome de juros.
cesso de fatoração de trinômio quadrado perfeito para transformá-
-la na equação reduzida e, assim, determinamos o centro e o raio Capital
da circunferência. O Capital é o valor aplicado através de alguma operação finan-
ceira. Também conhecido como: Principal, Valor Atual, Valor Pre-
Para tanto, a equação geral deve obedecer a duas condições: sente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se Present Value (indicado
- Os coeficientes dos termos x2 e y2 devem ser iguais a 1; pela tecla PV nas calculadoras financeiras).
- Não deve existir o termo xy.
Taxa de juros e Tempo
Então, vamos determinar o centro e o raio da circunferência A taxa de juros indica qual remuneração será paga ao dinheiro
cuja equação geral é x2 + y2 - 6x + 2y - 6 = 0. emprestado, para um determinado período. Ela vem normalmente
expressa da forma percentual, em seguida da especificação do perí-
Observando a equação, vemos que ela obedece às duas con- odo de tempo a que se refere:
dições. 8 % a.a. - (a.a. significa ao ano).
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).
Assim:
1º passo: agrupamos os termos em x e os termos em y e isola- Outra forma de apresentação da taxa de juros é a unitária, que
mos o termo independente é igual a taxa percentual dividida por 100, sem o símbolo %:
x2 - 6x + _ + y2 + 2y + _ = 6 0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês).
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre)
2º passo: determinamos os termos que completam os quadra-
dos perfeitos nas variáveis x e y, somando a ambos os membros as Montante
parcelas correspondentes Também conhecido como valor acumulado é a soma do Capi-
tal Inicial com o juro produzido em determinado tempo.
Essa fórmula também será amplamente utilizada para resolver
questões.
M=C+J
M = montante
C = capital inicial
J = juros
3º passo: fatoramos os trinômios quadrados perfeitos M=C+C.i.n
( x - 3 ) 2 + ( y + 1 ) 2 = 16 M=C(1+i.n)

4º passo: obtida a equação reduzida, determinamos o centro Juros Simples


e o raio Chama-se juros simples a compensação em dinheiro pelo em-
préstimo de um capital financeiro, a uma taxa combinada, por um
prazo determinado, produzida exclusivamente pelo capital inicial.
Em Juros Simples a remuneração pelo capital inicial aplicado
é diretamente proporcional ao seu valor e ao tempo de aplicação.
A expressão matemática utilizada para o cálculo das situações
envolvendo juros simples é a seguinte:
J = C i n, onde:
J = juros
C = capital inicial
MATEMÁTICA FINANCEIRA: CAPITAL, JUROS SIMPLES, JU- i = taxa de juros
ROS COMPOSTOS, MONTANTE n = tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, semestre,
ano...)
Observação importante: a taxa de juros e o tempo de aplica-
Matemática Financeira ção devem ser referentes a um mesmo período. Ou seja, os dois
A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual devem estar em meses, bimestres, trimestres, semestres, anos... O
sistema econômico. Algumas situações estão presentes no cotidia- que não pode ocorrer é um estar em meses e outro em anos, ou
no das pessoas, como financiamentos de casa e carros, realizações qualquer outra combinação de períodos.
de empréstimos, compras a crediário ou com cartão de crédito, Dica: Essa fórmula J = C i n, lembra as letras das palavras “JU-
aplicações financeiras, investimentos em bolsas de valores, entre ROS SIMPLES” e facilita a sua memorização.
outras situações. Todas as movimentações financeiras são baseadas Outro ponto importante é saber que essa fórmula pode ser tra-
na estipulação prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um emprés- balhada de várias maneiras para se obter cada um de seus valores,
timo a forma de pagamento é feita através de prestações mensais ou seja, se você souber três valores, poderá conseguir o quarto, ou

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MATEMÁTICA

seja, como exemplo se você souber o Juros (J), o Capital Inicial (C)
e a Taxa (i), poderá obter o Tempo de aplicação (n). E isso vale para QUESTÕES
qualquer combinação.

Exemplo 1. PREFEITURA DE GUZOLÂNDIA/SP - ESCRITURÁRIO -


Maria quer comprar uma bolsa que custa R$ 85,00 à vista. OMNI/2021
Como não tinha essa quantia no momento e não queria perder a Podemos definir um número primo, como um número natu-
oportunidade, aceitou a oferta da loja de pagar duas prestações de ral, que é divisível por exatamente dois números naturais. Como os
R$ 45,00, uma no ato da compra e outra um mês depois. A taxa de números racionais são números escritos como a fração entre dois
juros mensal que a loja estava cobrando nessa operação era de: números inteiros, assinale a opção CORRETA em relação aos núme-
(A) 5,0% ros primos e racionais.
(B) 5,9% (A) Os números primos não são racionais, já que não podemos
(C) 7,5% escrevê-los na forma de uma fração.
(D) 10,0% (B) O único número primo e racional é o número 1.
(E) 12,5% (C) Todos os números primos também são racionais.
Resposta Letra “e”. (D) Não existe número primo que seja par.

O juros incidiu somente sobre a segunda parcela, pois a pri- 2. PREFEITURA DE PAULÍNIA/SP - CARGOS DE NÍVEL FUNDA-
meira foi à vista. Sendo assim, o valor devido seria R$40 (85-45) e a MENTAL - FGV/2021
parcela a ser paga de R$45. Observe o exemplo seguinte.
Aplicando a fórmula M = C + J: O número 10 possui 4 divisores, pois os únicos números que
45 = 40 + J dividem 10 exatamente são: 1, 2, 5 e 10.
J=5 O número de divisores de 48 é
Aplicando a outra fórmula J = C i n: (A) 6.
5 = 40 X i X 1 (B) 7.
i = 0,125 = 12,5% (C) 8.
(D) 9.
Juros Compostos (E) 10.
o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir do saldo
no início de correspondente intervalo. Ou seja: o juro de cada in- 3. PREFEITURA DE ITATIBA/SP - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁ-
tervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e passa a render SICA - AVANÇA SP/2020
juros também. No que se refere aos Conjuntos Numéricos, julgue os itens a
seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
Quando usamos juros simples e juros compostos? I – Reúnem diversos conjuntos cujos elementos são quase to-
A maioria das operações envolvendo dinheiro utilizajuros com- dos números.
postos. Estão incluídas: compras a médio e longo prazo, compras II – São formados por números naturais, inteiros, racionais, ir-
com cartão de crédito, empréstimos bancários, as aplicações finan- racionais e reais.
ceiras usuais como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos III – O ramo da Matemática que estuda os conjuntos numéricos
de renda fixa, etc. Raramente encontramos uso para o regime de é a Teoria dos Sistemas.
juros simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do pro-
cesso de desconto simples de duplicatas. (A) Apenas o item I é verdadeiro.
(B) Apenas o item II é verdadeiro.
O cálculo do montante é dado por: (C) Apenas o item III é verdadeiro.
M = C (1 + i)t (D) Apenas os itens I e III são verdadeiros.
(E) Todos os itens são verdadeiros.
Exemplo
Calcule o juro composto que será obtido na aplicação de 4. PREFEITURA DE ARAPONGAS/PR - FISCAL AMBIENTAL - FA-
R$25000,00 a 25% ao ano, durante 72 meses FIPA/2020
C = 25000 O conjunto dos números reais (ℝ) é formado pela união de ou-
i = 25%aa = 0,25 tros conjuntos numéricos: naturais (ℕ), inteiros (ℤ), racionais (ℚ) e
i = 72 meses = 6 anos irracionais. Das alternativas a seguir, qual representa um conjunto
de múltiplos de um número real e, ao mesmo tempo, um subcon-
M = C (1 + i)t junto dos números naturais?
M = 25000 (1 + 0,25)6 (A) {1, 5, 7, 9, 11, 13}.
M = 25000 (1,25)6 (B) {−1, 5, −7, 9, −11, 13}.
M = 95367,50 (C) {1, −5, 7, −9, 11, −13}.
(D) {⋯ , 27, 36, 45, 54, 63, 72, ⋯ }.
M=C+J (E) {1, 5, 7, −9, −11, −13}.
J = 95367,50 - 25000 = 70367,50

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MATEMÁTICA

5. CRMV/AM - SERVIÇOS GERAIS – QUADRIX/2020 9. CREF - 21ª REGIÃO (MA) - AUXILIAR ADMINISTRATIVO - QUA-
DRIX/2021
O ser humano pode carregar, no máximo, 10% do seu peso,
sem prejudicar sua coluna. Em uma loja, um funcionário que pesa
80 kg transportou 1.000 pacotes de folhas de papel de uma estante
A para uma estante B. Cada pacote contém 100 folhas de papel e
cada folha pesa 5 g.
Com base nessa situação hipotética e sabendo-se que o funcio-
nário não prejudicou sua coluna, é correto afirmar que o número
mínimo de vezes que ele se deslocou da estante A para a estante
B é igual a:
(A) 61.
(B) 62.
(C) 63.
(D) 64.
(E) 65.

10. PREFEITURA DE BOA VISTA/RR - NUTRICIONISTA - SELE-


A partir dos números escritos no quadro acima, julgue o item. CON/2020
Os números 13 e 17 são primos. Para calcular a capacidade de um caldeirão, usa-se a fórmula V
( ) CERTO = π x R² x h (altura). Considerando-se que o caldeirão possui 1 metro
( ) ERRADO de diâmetro e 0,50 cm de altura, a capacidade média em litros é
(considere π = 3,14):
6. PREFEITURA DE MINISTRO ANDREAZZA/RO - AGENTE ADMI- (A) 252,5
NISTRATIVO - IBADE/2020 (B) 302,6
Em uma determinada loja de departamentos, o fogão custava (C) 337,5
R$ 400,00. Após negociação o vendedor aplicou um desconto de R$ (D) 392,5
25,00. O valor percentual de desconto foi de:
(A) 5,57% 11. PREFEITURA DE VILA VELHA/ES - PROFESSOR - IBADE/2020
(B) 8,75% A cidade de Vila Velha é separada da capital, Vitória, pela Baía
(C) 12,15% de Vitória, mas unidas por pontes. A maior delas é a monumental,
(D) 6,25% Terceira Ponte, com 3,33 km de extensão, um cartão postal das duas
(E) 6,05% cidades.
O comprimento da ponte, em metros, corresponde a:
7. ALEPI - CONSULTOR LEGISLATIVO - COPESE - UFPI/2020 (A) 0,333
Marina comprou 30% de uma torta de frango e 80% de um bolo (B) 33,3
em uma padaria. Após Marina deixar a padaria, Pedro comprou o (C) 333
que sobrou da torta de frango por 14 reais e o que sobrou do bolo (D) 3.330
por 6 reais, o valor que Marina pagou em reais é: (E) 33.300
(A) 28
(B) 30 12. CREFONO - 1ª REGIÃO - AGENTE FISCAL - QUADRIX/2020
(C) 32 Com base nessa situação hipotética, julgue o item.
(D) 34 Supondo-se que um cachorro de pequeno porte precise de 600
(E) 36 mL de água por dia para se manter hidratado e que 1 g de água
ocupe o volume de 1 cm3, é correto afirmar que a quantidade de
8. PREFEITURA DE PIRACICABA/SP - PROFESSOR - VUNESP/2020 água necessária para um cachorro de pequeno porte se manter hi-
Do número total de candidatos inscritos em um processo se- dratado é superior a meio quilo.
letivo, apenas 30 não compareceram para a realização da prova. ( ) CERTO
Se o número de candidatos que fizeram a prova representa 88% ( ) ERRADO
do total de inscritos, então o número de candidatos que realizaram
essa prova é 13. AVAREPREV/SP - OFICIAL DE MANUTENÇÃO E SERVIÇOS -
(A) 320. VUNESP/2020
(B) 300. A capacidade de uma caixa d´água é de 8,5 m³. Essa capacidade
(C) 250. em litros é de:
(D) 220. (A) 8,5.
(E) 200. (B) 85.
(C) 850.
(D) 8500.

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14. COMUR DE NOVO HAMBURGO/RS - AGENTE DE ATENDI- 19. AVAREPREV/SP - OFICIAL DE MANUTENÇÃO E SERVIÇOS -
MENTO E VENDAS - FUNDATEC/2021 Qual o resultado da equação VUNESP/2020
de primeiro grau 2x - 7 = 28 - 5x? Paulo vai alugar um carro e pesquisou os preços em duas agên-
(A) 3. cias. A tabela a seguir apresenta os valores cobrados para a locação
(B) 5. de um mesmo tipo de carro nessas duas agências.
(C) 7. Agência Taxa inicial Taxa por quilômetro rodado
(D) -4,6. I R$ 40,00 R$ 8,00
(E) Não é possível resolver essa equação. II R$ 20,00 R$ 5,00

15. PREFEITURA DE PEREIRAS/SP - ASSISTENTE SOCIAL - AVAN- O valor do aluguel é calculado somando-se a taxa inicial com
ÇA SP/2021 o valor correspondente ao total de quilômetros rodados. Se Paulo
Assinale a alternativa que apresenta o resultado correto para a escolher a agência II e rodar 68 km, ele pagará pelo aluguel a quan-
seguinte equação de primeiro grau: tia de
x + 5 = 20 – 4x (A) R$ 360,00.
(B) R$ 420,00.
(A) x = 1. (C) R$ 475,00.
(B) x = 2. (D) R$ 584,00.
(C) x = 3.
(D) x = 4. 20. PREFEITURA DE TAUBATÉ/SP - ESCRITURÁRIO - VU-
(E) x = 5. NESP/2022
Um mestre de obras precisa de um pedaço de madeira cortada
16. PREFEITURA DE CERQUILHO/SP - PROFESSOR DE ENSINO em formato de triângulo retângulo, com o maior lado medindo 37
FUNDAMENTAL II - METROCAPITAL SOLUÇÕES/2020 cm, e o menor lado medindo 12 cm. O perímetro desse pedaço de
Assinale a alternativa que apresenta corretamente o resultado madeira triangular deve ser de:
para a seguinte equação de primeiro grau: (A) 81 cm.
13x - 23 -45 = -7x +12 (B) 82 cm.
(C) 83 cm.
(A) 2. (D) 84 cm.
(B) 3. (E) 85 cm.
(C) 4.
(D) 5. 21. CÂMARA DE IPIRANGA DO NORTE/MT - ASSISTENTE ADMI-
(E) 6. NISTRATIVO - OBJETIVA/2022
Um terreno retangular com comprimento de 16m e largura de
17. PREFEITURA DE VENÂNCIO AIRES/RS - PSICOPEDAGOGO - 12m será dividido ao meio por uma de suas diagonais. Supondo-se
OBJETIVA/2021 que será utilizado uma cerca para fazer essa divisão, ao todo, quan-
Um posto de combustível está com promoção em prol de uma tos metros de cerca serão necessários?
entidade. Em dias normais, o litro da gasolina está R$ 4,00, mas, na (A) 18m
promoção, abastecendo o carro e doando o valor de R$ 20,00 para (B) 20m
uma entidade beneficente, o litro da gasolina sai por R$ 3,75. A pro- (C) 22m
moção feita pelo posto pode ser descrita por uma função. Como é (D) 24m
chamada essa função e como podemos escrevê-la?
(A) Função de primeiro grau, f(x) = 4x − 3,75x + 20 22. PREFEITURA DE LARANJAL PAULISTA/SP - PEB II - AVANÇA
(B) Função de segundo grau, f(x) = 4x2 − 3,75x + 20 SP/2022
(C) Função de segundo grau, f(x) = 3,75x2 + 20 Raquel deseja comprar 15 litros de uma bebida vendida na se-
(D) Função de primeiro grau, f(x) = 3,75x + 20 guinte embalagem:
(E) Função de segundo grau, f(x) = 4x + 3,75 + 20

18. PREFEITURA DE SANTO AUGUSTO/RS - AUDITOR FISCAL DE


TRIBUTOS MUNICIPAIS - FUNDATEC/2020
Considerando as seguintes frações: f(x) = 2x + 8 e g(x) = 3x – 2,
assinale a alternativa que apresenta o resultado de f(6)/g(2).
(A) 3.
(B) 5.
(C) 8.
(D) 16.
(E) 24.

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MATEMÁTICA

Quantas embalagens iguais a essa, no mínimo, devem ser ad- Após analisar as propostas, este homem percebeu que o valor
quiridas? a ser pago ao fim do período de 2 anos eram os mesmos para am-
(A) 15 embalagens. bos os casos. Dessa forma, qual é o valor de i?
(B) 30 embalagens. (A) 12.
(C) 34 embalagens. (B) 15.
(D) 45 embalagens. (C) 18.
(E) 53 embalagens. (D) 20.

23. CRF/GO - ADVOGADO - QUADRIX/2022 28. PREFEITURA DE VICTOR GRAEFF/RS - PROFESSOR - OBJETI-
Considerando uma esfera com 36 π metros cúbicos de volume, VA/2021
julgue o item. Sabendo-se que a razão entre a altura de certa árvore e a pro-
O raio dessa esfera é igual a 3 metros. jeção de sua sombra é igual a 3/4 e que a sua sombra mede 1,6m,
( ) CERTO ao todo, qual a altura dessa árvore?
( ) ERRADO (A) 1m
(B) 1,1m
24. PREFEITURA DE VACARIA/RS - PROFESSOR DE ENSINO FUN- (C) 1,2m
DAMENTAL - FUNDATEC/2021 (D) 1,3m
O ponto A (-1,7) pertence à reta de equação reduzida:
(A) y = 2x + 7. 29. PREFEITURA DE JARDINÓPOLIS/SC - FISCAL DE VIGILÂNCIA
(B) y = 2x + 9. SANITÁRIA - GS ASSESSORIA E CONCURSOS/2021
(C) y = -2x + 7. Na construção de um muro 8 pedreiros levaram 12 dias para
(D) y = -x + 7. conclui-lo. Se a disponibilidade para fazer esse muro fosse de 6 ho-
(E) y = x + 7. mens em quanto tempo estaria concluído?
(A) 16
25. PREFEITURA DE ICAPUÍ/CE - AGENTE ADMINISTRATIVO - (B) 14
CETREDE/2021 (C) 20
Se tenho R$150,00 em julho e aplico essa quantia a juros sim- (D) 21
ples de 3% ao mês, qual o valor que terei em outubro? (E) 18
(A) R$133,50.
(B) R$163,50. 30. PREFEITURA DE PIRACICABA/SP - PROFESSOR - VU-
(C) R$173,00. NESP/2020
(D) R$183,50. Uma escola tem aulas nos períodos matutino e vespertino.
(E) R$193,00. Nessa escola, estudam 400 alunos, sendo o número de alunos do
período vespertino igual a 2/3 do número de alunos do período ma-
26. PREFEITURA DE LARANJAL PAULISTA/SP - AUXILIAR ADMI- tutino. A razão entre o número de alunos do período vespertino e o
NISTRATIVO - AVANÇA SP/2021 número total de alunos dessa escola é:
Um pai e uma mãe, no dia do nascimento do seu filho, resol- (A) 1/4
veram aplicar uma determinada quantia em um investimento. Esse (B) 1/3
dinheiro será resgatado quando o filho fizer 18 anos. Considerando (C) 2/5
que o valor aplicado foi de R$ 15.000,00 com taxa de juros simples (D) 3/5
de 1,5 % ao mês, qual será o valor do resgate? (E) 2/3
(A) R$ 48.600,00
(B) R$ 63.600,00
(C) R$ 78.600,00 GABARITO
(D) R$ 83.600,00
(E) R$ 98.600,00
1 C
27. PREFEITURA DE SÃO BENTO DO SUL/ - PROFESSOR DE ANOS
FINAIS - OMNI/2021 2 E
Um homem, precisando fazer um empréstimo, consultou uma 3 B
agência bancária para analisar suas possibilidades. Ele quer fazer
um empréstimo no valor de R$ 5 000,00 e pagá-lo em uma única 4 D
parcela dois anos após a data do empréstimo. Para isso o banco 5 CERTO
apresentou duas propostas:
6 D
• Modalidade de juros simples, com uma taxa de 10 · i % ao
ano. 7 B
• Modalidade de juros compostos, com uma taxa de · i % ao 8 D
ano.
9 C

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MATEMÁTICA

10 D ______________________________________________________

11 D ______________________________________________________
12 CERTO ______________________________________________________
13 D
______________________________________________________
14 B
15 C ______________________________________________________
16 C ______________________________________________________
17 D
______________________________________________________
18 B
______________________________________________________
19 A
20 D ______________________________________________________
21 B ______________________________________________________
22 C
______________________________________________________
23 CERTO
24 B ______________________________________________________
25 B ______________________________________________________
26 B
______________________________________________________
27 C
______________________________________________________
28 C
29 A ______________________________________________________
30 C ______________________________________________________

______________________________________________________
ANOTAÇÕES
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CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS - BLOCO I
Ênfase 12: Suprimento de Bens e
Serviços, Administração
Idalberto Chiavenato diz: “Planejamento é um processo de
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO: PLANEJAMENTO (ESTRATÉ- estabelecer objetivos e definir a maneira como alcança-los”.
GICO, TÁTICO E OPERACIONAL) • Processo: Sequência de etapas que levam a um determi-
nado fim. O resultado final do processo de planejamento é o
PLANO;
Funções de administração • Estabelecer objetivos: Processo de estabelecer um fim;
• Definir a maneira: um meio, maneira de como alcançar.
• Planejamento, organização, direção e controle
• PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E CON- • Passos do Planejamento
TROLE — Definição dos objetivos: O que quer, onde quer chegar.
— Determinar a situação atual: Situar a Organização.
— Desenvolver possibilidades sobre o futuro: Antecipar
eventos.
— Analisar e escolher entre as alternativas.
— Implementar o plano e avaliar o resultado.

• Vantagens do Planejamento
— Dar um “norte” – direcionamento;
— Ajudar a focar esforços;
— Definir parâmetro de controle;
— Ajuda na motivação;
— Planejamento — Auxilia no autoconhecimento da organização.
Processo desenvolvido para o alcance de uma situação futu- — Processo de planejamento
ra desejada. A organização estabelece num primeiro momento,
através de um processo de definição de situação atual, de opor- • Planejamento estratégico ou institucional
tunidades, ameaças, forças e fraquezas, que são os objetos do Estratégia é o caminho escolhido para que a organização
processo de planejamento. O planejamento não é uma tarefa possa chegar no destino desejado pela visão estratégica. É o ní-
isolada, é um processo, uma sequência encadeada de atividades vel mais amplo de planejamento, focado a longo prazo. É desdo-
que trará um plano. brado no Planejamento Tático, e o Planejamento Tático é desdo-
• Ele é o passo inicial; brado no Planejamento Operacional.
• É uma maneira de ampliar as chances de sucesso; — Global — Objetivos gerais e genéricos — Diretrizes estra-
• Reduzir a incerteza, jamais eliminá-la; tégicas — Longo prazo — Visão forte do ambiente externo.
• Lida com o futuro: Porém, não se trata de adivinhar o fu-
turo; Fases do Planejamento Estratégico:
• Reconhece como o presente pode influenciar o futuro, — Definição do negócio, missão, visão e valores organiza-
como as ações presentes podem desenhar o futuro; cionais;
• Organização ser PROATIVA e não REATIVA; — Diagnóstico estratégico (análise interna e externa);
• Onde a Organização reconhecerá seus limites e suas com- — Formulação da estratégia;
petências; — Implantação;
• O processo de Planejamento é muito mais importante do — Controle.
que seu produto final (assertiva);

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

• Planejamento tático ou intermediário


Complexidade menor que o nível estratégico e maior que o
operacional, de média complexidade e compõe uma abrangên-
cia departamental, focada em médio prazo.
— Observa as diretrizes do Planejamento Estratégico;
— Determina objetivos específicos de cada unidade ou de-
partamento;
— Médio prazo.

• Planejamento operacional ou chão de fábrica


Baixa complexidade, uma vez que falamos de somente uma
única tarefa, focado no curto ou curtíssimo prazo. Planejamento
mais diário, tarefa a tarefa de cada dia para o alcance dos obje-
tivos. Desdobramento minucioso do Planejamento Estratégico.
— Observa o Planejamento Estratégico e Tático;
— Determina ações específicas necessárias para cada ativi-
dade ou tarefa importante;
— Seus objetivos são bem detalhados e específicos.

Com a ação de planejar, busca-se: • Negócio, Missão, Visão e Valores


• Eficiência: medida do rendimento individual dos compo- Negócio, Visão, Missão e Valores fazem parte do Referencial
nentes do sistema. É fazer certo o que está sendo feito. Refe- estratégico: A definição da identidade a organização.
re-se à otimização dos recursos utilizados para a obtenção dos — Negócio = O que é a organização e qual o seu campo de
resultados. atuação. Atividade efetiva. Aspecto mais objetivo.
• Eficácia: medida do rendimento global do sistema. É fazer — Missão = Razão de ser da organização. Função maior. A
o que é preciso ser feito. Refere-se à contribuição dos resultados Missão contempla o Negócio, é através do Negócio que a orga-
obtidos para alcance dos objetivos globais da empresa. nização alcança a sua Missão. Aspecto mais subjetivo. Missão é
• Efetividade: refere-se à relação entre os resultados alcan- a função do presente.
çados e os objetivos propostos ao longo do tempo. — Visão = Qual objetivo e a visão de futuro. Define o “gran-
No setor privado, os conceitos de eficiência, eficácia e efeti- de plano”, onde a organização quer chegar e como se vê no fu-
vidade são assim resumidos por Oliveira (1999): turo, no destino desejado. Direção mais geral. Visão é a função
do futuro.
Eficiência — Valores = Crenças, Princípios da organização. Atitudes bá-
- fazer as coisas de maneira adequada; sicas que sem elas, não há negócio, não há convivência. Tutoriza
- resolver problemas; a escolha das estratégias da organização.
- salvaguardar os recursos aplicados;
- cumprir o seu dever; e • Análise SWOT
- reduzir os custos. Strenghs – Weaknesses – Opportunities – Threats.
Ou FFOA
Eficácia Forças – Fraquezas – Oportunidades – Ameaças.
- fazer as coisas certas;
- produzir alternativas criativas; É a principal ferramenta para perceber qual estratégia a or-
- maximizar a utilização de recursos; ganização deve ter.
- obter resultados; e É a análise que prescreve um comportamento a partir do
- aumentar o lucro. cruzamento de 4 variáveis, sendo 2 do ambiente interno e 2 do
ambiente externo. Tem por intenção perceber a posição da or-
Efetividade ganização em relação às suas ameaças e oportunidades, perce-
- manter-se no ambiente; e ber quais são as forças e as fraquezas organizacionais, para que
- apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo a partir disso, a organização possa estabelecer posicionamento
(permanentemente) no mercado, sendo elas: Posição de Sobrevivência, de Manu-
tenção, de Crescimento ou Desenvolvimento. Em que para cada
Eficiência – relação entre o custo e o benefício envolvido na uma das posições a organização terá uma estratégia definida.
execução de um procedimento ou na prestação de um serviço. Ambiente Interno: É tudo o que influencia o negócio da or-
Eficácia – grau de atingimento de uma meta ou dos resulta- ganização e ela tem o poder de controle. Pontos Fortes: Elemen-
dos institucionais da organização. tos que influenciam positivamente. Pontos Fracos: Elementos
Efetividade – eliminar ou reduzir sensivelmente o problema que influenciam negativamente.
que afeta a sociedade, alcançando a satisfação do cidadão. Ambiente Externo: É tudo o que influencia o negócio da or-
ganização e ela NÃO tem o poder de controle. Oportunidades:
Elementos que influenciam positivamente. Ameaças: Elementos
que influenciam negativamente.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

• Matriz GUT
Gravidade + Urgência + Tendência
Gravidade: Pode afetar os resultados da Organização.
Urgência: Quando ocorrerá o problema.
Tendência: Irá se agravar com o passar do tempo.
Determinar essas 3 métricas plicando uma nota de 1-5, sendo 5 mais crítico, impactante e 1 menos crítico e com menos impac-
to. Somando essas notas. Levando em consideração o problema que obtiver maior total.

PROBLEMA GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA TOTAL


X 1 3 3 7
Y 3 2 1 6

• Ferramenta 5W2H
Ferramenta que ajuda o gestor a construir um Plano de Ação. Facilitando a definição das tarefas e dos responsáveis por cada
uma delas. Funciona para todos os tipos de negócio, visando atingir objetivos e metas.
5W: What? – O que será feito? - Why? Porque será feito? - Where? Onde será feito? - When? Quando será feito? – Who? Quem
fará? 2H: How? Como será feito? – How much? Quanto irá custar para fazer?
Não é uma ferramenta para buscar causa de problemas, mas sim elaborar o Plano de Ação.

WHAT WHY WHERE WHEN WHO HOW HOW MUCH


Padronização de Otimizar tempo Coordenação Agosto 2021 João Silva Contratação de Assessoria 2.500,00
Rotinas externa
Sistema de Impedir entrada Setor Compras 20/08/21 Paulo Santos Compra de equipamentos 4.000,00
Segurança Portaria de pessoas não e instalação
Central autorizadas

• Análise competitiva e estratégias genéricas


Gestão Estratégica: “É um processo que consiste no conjunto de decisões e ações que visam proporcionar uma adequação
competitivamente superior entre a organização e seu ambiente, de forma a permitir que a organização alcance seus objetivos”.
Michael Porter, Economista e professor norte-americano, nascido em 1947, propõe o segundo grande essencial conceito para
a compreensão da vantagem competitiva, o conceito das “estratégias competitivas genéricas”.
Porter apresenta a estratégia competitiva como sendo sinônimo de decisões, onde devem acontecer ações ofensivas ou defen-
sivas com finalidade de criar uma posição que possibilite se defender no mercado, para conseguir lidar com as cinco forças compe-
titivas e com isso conseguir e expandir o retorno sobre o investimento.
Observa ainda, que há distintas maneiras de posicionar-se estrategicamente, diversificando de acordo com o setor de atuação,
capacidade e características da Organização. No entanto, Porter desenha que há três grandes pilares estratégicos que atuarão dire-
tamente no âmbito da criação da vantagem competitiva.

As 3 Estratégias genéricas de Porter são:


1. Estratégia de Diferenciação: Aumentar o valor – valor é a percepção que você tem em relação a determinado produto. Exem-
plo: Existem determinadas marcas que se posicionam no mercado com este alto valor agregado.
2. Estratégia de Liderança em custos: Baixar o preço – preço é quanto custo, ser o produto mais barato no mercado. Quanto
vai custar na etiqueta.
3. Estratégia de Foco ou Enfoque: Significa perceber todo o mercado e selecionar uma fatia dele para atuar especificamente.

• As 5 forças Estratégicas
Chamada de as 5 Forças de Porter (Michael Porter) – é uma análise em relação a determinado mercado, levando em considera-
ção 5 elementos, que vão descrever como aquele mercado funciona.
1. Grau de Rivalidade entre os concorrentes: com que intensidade eles competem pelos clientes e consumidores. Essa força
tenciona as demais forças.
2. Ameaça de Produtos substitutos: ameaça de que novas tecnologias venham a substituir o produto ou serviço que o mercado
oferece.
3. Ameaça de novos entrantes: ameaças de que novas organizações, ou pessoas façam aquilo que já está sendo feito.
4. Poder de Barganha dos Fornecedores: Capacidade negocial das empresas que oferecem matéria-prima à organização, poder
de negociar preços e condições.
5. Poder de Barganha dos Clientes: Capacidade negocial dos clientes, poder de negociar preços e condições.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

• Redes e alianças — Organização


Formações que as demais organizações fazem para que te-
nham uma espécie de fortalecimento estratégico em conjunto. • Estrutura organizacional
A formação de redes e alianças estratégicas de modo a poder A estrutura organizacional na administração é classificada
compartilhar recursos e competências, além de reduzir seus cus- como o conjunto de ordenações, ou conjunto de responsabilida-
tos. des, sejam elas de autoridade, das comunicações e das decisões
Redes possibilitam um fortalecimento estratégico da orga- de uma organização ou empresa.
nização diante de seus concorrentes, sem aumento significativo É estabelecido através da estrutura organizacional o desen-
de custos. Permite que a organização dê saltos maiores do que volvimento das atividades da organização, adaptando toda e
seriam capazes sozinhas, ou que demorariam mais tempo para qualquer alteração ou mudança dentro da organização, porém
alcançar individualmente. essa estrutura pode não ser estabelecida unicamente, deve-se
Tipos: Joint ventures – Contratos de fornecimento de longo estar pronta para qualquer transformação.
prazo – Investimentos acionários minoritário – Contratos de for- Essa estrutura é dividida em duas formas, estrutura informal
necimento de insumos/ serviços – Pesquisas e desenvolvimento e estrutura formal, a estrutura informal é instável e mais flexível
em conjunto – Funções e aquisições. e não está sujeita a um controle tão rígido, enquanto a estrutura
Vantagens: Ganho na posição de barganha (negociação) formal é estável e está sujeita a controle.
com seus fornecedores e Aumento do custo de entrada dos po-
tenciais concorrentes em um mercado = barreira de entrada. • Tipos de departamentalização
É uma forma de sistematização da estrutura organizacional,
• Administração por objetivos visa agrupar atividades que possuem uma mesma linha de ação
A Administração por objetivos (APO) foi criada por Peter com o objetivo de melhorar a eficiência operacional da empre-
Ducker que se trata do esforço administrativo que vem de baixo sa. Assim, a organização junta recursos, unidades e pessoas que
para cima, para fazer com que as organizações possam ser geri- tenham esse ponto em comum.
das através dos objetivos. Quando tratamos sobre organogramas, entramos em con-
Trata-se do envolvimento de todos os membros organiza- ceitos de divisão do trabalho no sentido vertical, ou seja, ligado
cionais no processo de definição dos objetivos. Parte da premis- aos níveis de autoridade e hierarquia existentes. Quando fala-
sa de que se os colaboradores absorverem a ideia e negociarem mos sobre departamentalização tratamos da especialização ho-
os objetivos, estarão mais dispostos e comprometidos com o rizontal, que tem relação com a divisão e variedade de tarefas.
atingimento dos mesmos.
Fases: Especificação dos objetivos – Desenvolvimento de • Departamentalização funcional ou por funções: É a forma
planos de ação – Monitoramento do processo – Avaliação dos mais utilizada dentre as formas de departamentalização, se tra-
resultados. tando do agrupamento feito sob uma lógica de identidade de
funções e semelhança de tarefas, sempre pensando na especia-
• Balanced scorecard lização, agrupando conforme as diferentes funções organizacio-
Percepção de Kaplan e Norton de que existem bens que são nais, tais como financeira, marketing, pessoal, dentre outras.
intangíveis e que também precisam ser medidos. É necessário Vantagens: especialização das pessoas na função, facilitan-
apresentar mais do que dados financeiros, porém, o financeiro do a cooperação técnica; economia de escala e produtividade,
ainda faz parte do Balanced scorecard. mais indicada para ambientes estáveis.
Ativos tangíveis são importantes, porém ativos intangíveis Desvantagens: falta de sinergia entre os diferentes departa-
merecem atenção e podem ser ponto de diferenciação de uma mentos e uma visão limitada do ambiente organizacional como
organização para a outra. um todo, com cada departamento estando focado apenas nos
Por fim, é a criação de um modelo que complementa os da- seus próprios objetivos e problemas.
dos financeiros do passado com indicadores que buscam medir
os fatores que levarão a organização a ter sucesso no futuro. • Por clientes ou clientela: Este tipo de departamentalização
ocorre em função dos diferentes tipos de clientes que a orga-
• Processo decisório nização possui. Justificando-se assim, quando há necessidades
É o processo de escolha do caminho mais adequado à orga- heterogêneas entre os diversos públicos da organização. Por
nização em determinada circunstância. exemplo (loja de roupas): departamento masculino, departa-
Uma organização precisa estar capacitada a otimizar recur- mento feminino, departamento infantil.
sos e atividades, assim como criar um modelo competitivo que a Vantagem: facilitar a flexibilidade no atendimento às de-
possibilite superar os rivais. Julgando que o mercado é dinâmico mandas específicas de cada nicho de clientes.
e vive em constante mudança, onde as ideias emergem devido Desvantagens: dificuldade de coordenação com os objetivos
às pressões. globais da organização e multiplicação de funções semelhantes
Para que um negócio ganhe a vantagem competitiva é ne- nos diferentes departamentos, prejudicando a eficiência, além
cessário que ele alcance um desempenho superior. Para tanto, a de poder gerar uma disputa entre as chefias de cada departa-
organização deve estabelecer uma estratégia adequada, toman- mento diferente, por cada uma querer maiores benefícios ao
do as decisões certas. seu tipo de cliente.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

• Por processos: Resume-se em agregar as atividades da or- Nesse contexto, há sempre autoridade dupla ou dual, por
ganização nos processos mais importantes para a organização. responder ao comando da linha funcional e ao gerente da ho-
Sendo assim, busca ganhar eficiência e agilidade na produção de rizontal. Assim, há a matricial forte, a fraca e a equilibrada ou
produtos/serviços, evitando o desperdício de recursos na pro- balanceada:
dução organizacional. É muito utilizada em linhas de produção. • Forte – aqui, o responsável pelo projeto tem mais autori-
Vantagem: facilita o emprego de tecnologia, das máquinas e dade;
equipamentos, do conhecimento e da mão-de-obra e possibilita • Fraca – aqui, o gerente funcional tem mais autoridade;
um melhor arranjo físico e disposição racional dos recursos, au- • Equilibrada ou Balanceada – predomina o equilíbrio entre
mentando a eficiência e ganhos em produtividade. os gerentes de projeto e funcional.

• Departamentalização por produtos: A organização se es- Porém, não há consenso na literatura se a departamentali-
trutura em torno de seus diferentes tipos de produtos ou ser- zação matricial de fato é um critério de departamentalização, ou
viços. Justificando-se quando a organização possui uma gama um tipo de estrutura organizacional.
muito variada de produtos que utilizem tecnologias bem diver-
sas entre si, ou mesmo que tenham especificidades na forma de Desvantagens: filiais, ou projetos, possuírem grande auto-
escoamento da produção ou na prestação de cada serviço. nomia para realizar seu trabalho, dificultando o processo admi-
Vantagem: facilitar a coordenação entre os departamentos nistrativo geral da empresa. Além disso, a dupla subordinação a
envolvidos em um determinado nicho de produto ou serviço, que os empregados são submetidos pode gerar ambiguidade de
possibilitando maior inovação na produção. decisões e dificuldade de coordenação.
Desvantagem: a “pulverização” de especialistas ao longo da
organização, dificultando a coordenação entre eles. • Organização formal e informal
Organização formal trata-se de uma organização onde duas
• Departamentalização geográfica: Ou departamentalização ou mais pessoas se reúnem para atingir um objetivo comum com
territorial, trata-se de critério de departamentalização em que um relacionamento legal e oficial. A organização é liderada pela
a empresa se estabelece em diferentes pontos do país ou do alta administração e tem um conjunto de regras e regulamentos
mundo, alocando recursos, esforços e produtos conforme a de- a seguir. O principal objetivo da organização é atingir as metas
manda da região. estabelecidas. Como resultado, o trabalho é atribuído a cada
Aqui, pensando em uma organização Multinacional, pressu- indivíduo com base em suas capacidades. Em outras palavras,
pondo-se que há uma filial em Israel e outra no Brasil. Obvia- existe uma cadeia de comando com uma hierarquia organizacio-
mente, os interesses, hábitos e costumes de cada povo justifica- nal e as autoridades são delegadas para fazer o trabalho.
rão que cada filial tenha suas especificidades, exatamente para Além disso, a hierarquia organizacional determina a relação
atender a cada povo. Assim, percebemos que, dentro de cada lógica de autoridade da organização formal e a cadeia de coman-
filial nacional, poderão existir subdivisões, para atender às dife- do determina quem segue as ordens. A comunicação entre os
rentes regiões de cada país, com seus costumes e desejos. Como dois membros é apenas por meio de canais planejados.
cada filial estará estabelecida em uma determinada região geo-
gráfica e as filiais estarão focadas em atender ao público dessa Tipos de estruturas de organização formal:
região. Logo, provavelmente haverá dificuldade em conciliar os — Organização de Linha
interesses de cada filial geográfica com os objetivos gerais da — Organização de linha e equipe
empresa. — Organização funcional
— Organização de Gerenciamento de Projetos
• Departamentalização por projetos: Os departamentos são — Organização Matricial
criados e os recursos alocados em cada projeto da organização.
Exemplo (construtora): pode dividir sua organização em torno Organização informal refere-se a uma estrutura social inter-
das construções “A”, “B” e “C”. Aqui, cada projeto tende a ter ligada que rege como as pessoas trabalham juntas na vida real. É
grande autonomia, o que viabiliza a melhor consecução dos ob- possível formar organizações informais dentro das organizações.
jetivos de cada projeto. Além disso, esta organização consiste em compreensão mútua,
Vantagem: grande flexibilidade, facilita a execução do pro- ajuda e amizade entre os membros devido ao relacionamento
jeto e proporciona melhores resultados. interpessoal que constroem entre si. Normas sociais, conexões
Desvantagem: as equipes perdem a visão da empresa como e interações governam o relacionamento entre os membros, ao
um todo, focando apenas no seu projeto, duplicação de estru- contrário da organização formal.
turas (sugando mais recursos), e insegurança nos empregados Embora os membros de uma organização informal tenham
sobre sua continuidade ou não na empresa quando o projeto no responsabilidades oficiais, é mais provável que eles se relacio-
qual estão alocados se findar. nem com seus próprios valores e interesses pessoais sem dis-
criminação.
• Departamentalização matricial A estrutura de uma organização informal é plana. Além dis-
Também é chamada de organização em grade, e é uma mis- so, as decisões são tomadas por todos os membros de forma co-
tura da departamentalização funcional (mais verticalizada), com letiva. A unidade é a melhor característica de uma organização
uma outra mais horizontalizada, que geralmente é a por proje- informal, pois há confiança entre os membros. Além disso, não
tos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

existem regras e regulamentos rígidos dentro das organizações Liderança


informais; regras e regulamentos são responsivos e adaptáveis​​ Fenômeno social, depende da relação das pessoas. Aspecto
às mudanças. ligado a relação dos indivíduos. Capacidade de exercer liderança
Ambos os conceitos de organização estão inter-relaciona- – influência: fazer com que as pessoas façam aquilo que elas não
dos. Existem muitas organizações informais dentro de organiza- fariam sem a presença do líder. Importante utilização do poder
ções formais, portanto, eles são mutuamente exclusivos. para influenciar o comportamento de outras pessoas, ocorrendo
em uma dada situação.
• Cultura organizacional — Liderança precisa de pessoas.
A cultura organizacional é responsável por reunir os hábitos, — Influência: capacidade de fazer com que o indivíduo
comportamentos, crenças, valores éticos e morais e as políticas mude de comportamento.
internas e externas da organização. — Poder: que não está relacionado ao cargo, pode ser por
via informal.
— Direção — Situação: em determinadas situações a liderança pode
Direção essencialmente como uma função humana, apên- aparecer.
dice de psicologia organizacional. Recrutar e ajustar os esforços
para que os indivíduos consigam alcançar os resultados preten- Não confunda: Chefia (posição formal) – Autoridade (dada
didos pela organização. por algum aspecto) – Liderança – Poder.
Direção = Rota – Intensidade = Grau – Persistência = Capaci- A influência acontece e gera a liderança, o poder é por onde
dade de sobrevivência (gatilhos da motivação) essa influência acontece. Esse poder pode ser formal ou infor-
mal.
• Motivação Segundo Max Weber: “Poder é a capacidade de algo ou al-
“Pode ser entendido como o conjunto de razões, causa e guém fazer com que um indivíduo ou algo, faça alguma coisa,
motivos que são responsáveis pela direção, intensidade e per- mesmo que este ofereça resistência. ” – Exemplo: votação, alis-
sistência do comportamento humano em busca de resultados. tamento militar para homens.
” É o que desperta no ser a vontade de alcançar os objetivos — Poderes formais são aqueles que estão relacionados ao
pretendidos. Algo acontece no indivíduo e ele reage. Estímulos: cargo e ficam no cargo independente de quem o ocupe. Já pode-
quanto mais atingível parecer o resultado maior a motivação e res informais são aqueles que ficam com a pessoa, independen-
vice-e-versa. te do cargo que o indivíduo ocupe.
A (Razão, Causas, Motivos) pode ser: Intrínseca (Interna): — Autoridade: Direito formal e legítimo, que algo ou al-
do próprio ser ou, Extrínseca (Externa): algo que vem do meio. guém tem, para te dar ordens, alocar recursos, tomar decisões
Porém a motivação é sempre um processo do indivíduo, e de conduzir ações.
sempre uma resposta interna aos estímulos. — Dilema chefia e liderança: Chefe é aquele que toma
ações baseadas em seu cargo, onde sofre a influência dos po-
deres formais. E o líder é aquele que toma as decisões, recebe
e consegue liderar os indivíduos, através de seu poder informal,
independente do cargo que ocupe.

Conceito de Poder, segundo o Dilema chefia e liderança é o


que consegue agrupar os dois distintos tipos de poder, os pode-
res formais e informais.

• Tipos de Liderança:
Transacional: Baseada na troca. Liderança tradicional, in-
centivos materiais. Funciona bem em ambientes estáveis, pois
líderes e liderados precisam estar “satisfeitos” com o negócio
em si.
Transformacional: Baseada na mudança. Liderança atual:
Inspira seus subordinados. Quando construída, gera resultados
acima da transacional, já que os subordinados alcançam uma po-
sição de agentes de mudança e inovação.

• Comunicação
É a ligação entre a liderança e a motivação. Para motivar é
necessário comunicar-se bem. A comunicação é essencial para
o todo dentro da organização. A organização que possui uma
boa comunicação, tende a ser valorizada pelos indivíduos, con-
sequentemente gera melhores resultados.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

A comunicação organizacional eficiente é fundamental para • Tipos, vantagens e desvantagens.


o êxito na organização. Caso a comunicação seja deficiente, — Preventivo (ex-ante): Controle proativo. Objetiva preve-
acarretará um grau de incompreensão no ambiente organizacio- nir, evitar e identificar possíveis problemas, antes que eles acon-
nal, dificultando a organização de atingir seus objetivos. teçam.
Através da comunicação a organização, bem como sua li- — Simultâneo: Controle reativo. Acontece durante a exe-
derança, obtém maior engajamento de seus colaboradores de cução das tarefas. Controle estatístico da produção, verificar as
forma mais efetiva. margens de erro de produção. Avaliação, monitoramento.
A comunicação interna tem como objetivo manter os indiví- — Posterior (ex-post): Controle reativo. Inspeção no final do
duos informados quanto as diretrizes, filosofia, cultura, valores processo produtivo se avalia o resultado dado. Acontece após.
e resultados obtidos pela organização. Agregando valor e tor-
nando a organização competitiva no mercado. • Sistema de medição de desempenho organizacional
Faz parte das etapas do Processo de Controle os sistemas de
• Descentralização e delegação medição de desempenho, onde pode-se:
Centralização ocorre quando uma organização decide que — Estabelecer padrões: definição de objetivos, metas e de-
a maioria das decisões deve ser tomadas pelos ocupantes dos sempenho esperado.
cargos no topo somente. Descentralização ocorre quando o con- — Monitorar desempenho: acompanhar, coletar informa-
trário acontece, ou seja, quando a autoridade para tomar as de- ção, andar simultaneamente ao processo. Determinar o que me-
cisões está dispersa pela empresa, na base, através dos diversos dir, como medir e quando medir.
setores. — Comparação com o padrão: análise dos resultados reais
Delegação é o processo usado para transferir autoridade e em comparação com o objetivo previamente estabelecido.
responsabilidade para os membros organizacionais em níveis — Medidas Corretivas: tomar as decisões que levem a orga-
hierárquicos inferiores. nização a atingir os resultados desejados. Caminhos: Não mudar
nada. Corrigir desempenho. Alterar padrões.
— Controle Cada vez mais, as equipes se tornam a forma básica de
Segundo Djalma de Oliveira: trabalho nas organizações do mundo contemporâneo. As evi-
“Controle é uma função do processo administrativo que, dências sugerem que as equipes são capazes de melhorar o
mediante a comparação com padrões previamente estabeleci- desempenho dos indivíduos quando a tarefa requer múltiplas
dos, procura medir e avaliar o desempenho e o resultado das habilidades, julgamentos e experiências. Quando as organiza-
ações, com a finalidade de realimentar os tomadores de deci- ções se reestruturaram para competir de modo mais eficiente e
sões, de forma que possam corrigir ou reforçar esse desempe- eficaz, escolheram as equipes como forma de utilizar melhor os
nho ou interferir em funções do processo administrativo, para talentos dos seus funcionários. As empresas descobriram que as
assegurar que os resultados satisfaçam aos desafios e aos obje- equipes são mais flexíveis e reagem melhor às mudanças do que
tivos estabelecidos. ” os departamentos tradicionais ou outras formas de agrupamen-
Segundo Robbins e Coulter: tos permanentes. As equipes têm capacidade para se estruturar,
“O processo de monitorar as atividades de forma a assegu- iniciar seu trabalho, redefinir seu foco e se dissolver rapidamen-
rar que elas estejam sendo realizadas conforme o planejado e te. Outras características importantes é que as equipes são uma
corrigir quaisquer desvios significativos. ” forma eficaz de facilitar a participação dos trabalhadores nos
Segundo Maximiano: processos decisórios aumentar a motivação dos funcionários.
“Consiste em fazer comparação e tomar a decisão de con-
firmar ou modificar os objetivos e os recursos empregados em
sua realização. ” ADMINISTRAÇÃO DA QUALIDADE

No processo administrativo o controle aparece como a eta-


pa final, porém, o controle acontece durante todas as fases do — Principais teóricos e suas contribuições para a gestão da
processo, é contínua. qualidade
Gestão da Qualidade: “Capacidade de satisfazer desejos” – Wil-
• Objetivo: liam Edward Deming.
— Identificar os problemas, falhas, erros e desvios. “Grau em que um produto está de acordo com as especifica-
— Fazer com que os resultados obtidos estejam próximos ções” – Gilmore
dos resultados esperados. Qualidade é uma relação entre a expectativa em relação a algo
— Fazer com que a organização trabalhe de forma mais ade- e a realidade daquele algo.
quada.
— Proporcionar informações gerenciais periódicas.
— Redefinir e retroalimentar os objetivos (feedback).

• Características
- Monitorar e avaliar ações.
- Verificar desvios (positivos e negativos)
- Promover mudanças (correção e aprimoramento)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

Quando a expectativa é suprida efetivamente, aparece em — Principais autores


cena a Qualidade, que é a relação entre Expectativa e Realidade.
Essa relação pode-se dar de 3 maneiras: Walter Shewart
1. A Expectativa ser igual a Realidade = Qualidade. Quando as Pai do Controle Estatístico: começa-se a utilizar modelos ma-
especificações do produto ou serviço se adequam à Expectativa (sa- temáticos para aceitar limites de erros. A margem de erros começa
tisfazem as necessidades intrínsecas) do cliente. a ser inserida nos processos, classificando como erros aceitáveis e
2. A Expectativa ser menor que a Realidade = Excelência. Quan- não aceitáveis.
do as especificações do produto ou serviço surpreendem positiva- — Gráfico de Controle.
mente, satisfazendo ou superando as Expectativas do cliente. Exce- — Inicia-se a amostragem, não mais a necessidade de avaliação
lência é Qualidade (superando-a, acima da Qualidade) individual, um a um e sim amostras, acelerando o processo.
3. A Expectativa ser maior que a Realidade = Frustração. Quan- — Buscar evitar as causas do erro e não o erro em si.
do as especificações do produto ou serviço não atendem ou satisfa- — Criou o ciclo PDCA (chamado ciclo de Deming), porém o cria-
zem as Expectativas do cliente. dor desse ciclo foi Walter Shewart.
A Qualidade é dinâmica, sofre mudanças, depende do momen- — Inspirou os 2 grandes nomes da Qualidade: William Edward
to e dos indivíduos. Nas primeiras eras a relação de Qualidade es- Deming e Joseph Juran.
tava muito mais ligada a Gilmore, em que a Qualidade do produto
estava muito mais ligado à capacidade de repetir as especificações William Edward Deming
dele. Relação mais Industrial de Qualidade. Para Deming o cliente é o foco da Qualidade, que muda assim
A organização ou prestador de serviços pode atuar tanto no como os desejos do cliente.
Realidade, quanto na Expectativa para obter essa relação (Quali- Traz 14 princípios da Qualidade:
dade). 1. Aperfeiçoamento constante do produto ou serviço.
2. Estabelecer Nova Filosofia da Qualidade.
— Eras da Qualidade 3. Acabar com a dependência da inspeção – fazer certo desde
o início.
Era da Inspeção 4. Acabar com o lucro na base do preço – aumentar a margem
A Qualidade era analisar o produto posterior à sua produção. de lucro, baixando o custo de produção.
Era a relação do produto com o padrão estabelecido. 5. Aperfeiçoamento constante do processo – diminuindo os
Desvantagem: Quando a preocupação da Qualidade é somen- desperdícios.
te na produção final dos produtos, tem-se um desperdício grande. 6. Treinamento on the job (no trabalho) – capacitação dos indi-
Não havia durante esse processo a retroalimentação, não há análise víduos dentro das atividades em si.
anterior das fases de produção. 7. Estabelecer a Liderança – é necessário direcionamento e mo-
nitoramento do controle.
Era do Controle Estatístico 8. Eliminar o medo de inovar.
A Qualidade era analisar o produto posterior à sua produção. 9. Quebrar as barreiras entre os departamentos – trabalharem
Era a relação do produto com o padrão estabelecido, porém, a ava- juntos.
liação ocorria entre as fases de produção, para que havendo des- 10. Eliminar slogam sobre Qualidade – Qualidade não é meta,
perdício, se encontre em que momento aconteceu a falha, para não é princípio, é valor.
se repetir. Gerando agora padrões estatísticos para que não ocorra 11. Eliminar padrões artificiais – colocar a base da Qualidade
novamente, minimizando então o desperdício. Retroalimentação. no propósito e não na meta em si.
12. Permita que as pessoas tenham orgulho de trabalhar na
Era da Garantia da Qualidade – William Edward Deming: organização.
O Planejamento como método de prevenção a priori. Pro-ativi- 13. Programa de educação contínua.
dade na produção. 14. Qualidade objetivo de todos – todos devem estar envolvi-
Treinamento dos indivíduos, análise gerando melhoramento e dos.
eficiência nos processos, principalmente antes da produção, mini-
mizando erros e desperdícios. Philip Crosby
Principal ponto deste autor é a intolerância com margem de
Era da Gestão da Qualidade Total erro.
Opera além das Eras anteriores, o conceito agora é a Qualidade — Conceito “Defeito Zero” ;
passando a ser um Diferencial Competitivo. Pesquisa de mercado, — Fazer certo desde a primeira vez;
Avaliação de Experiência do Produto ou Serviço, fazem parte do — Intolerância;
processo. — Quem comanda a perspectiva de Qualidade é o cliente e é
Preocupação não somente durante o processo, mas também mutável.
com o que os clientes, fornecedores e colaboradores pensam. Pas-
sa-se a ver a Qualidade não só durante o processo, ou somente den- Joseph Juran
tro da Organização, a Qualidade acontece antes da produção com — Conceito da Trilogia da Qualidade: Planejamento + Controle
os fornecedores, durante a produção dentro da organização com os + Aperfeiçoamento = PCAQ.
colaboradores e fora dela, com seus clientes. — Planejamento: Identificar as necessidades do cliente e com
base nisso, desenhar e projetar serviços e produtos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

— Controle de Qualidade: Avaliar desempenho > Comparar o • Carta de controle ou gráfico de controle remoto da quali-
que almejava com o que foi alcançado > Propor melhorias. dade
— Aperfeiçoamento: Melhora contínua, Treinamento, Motiva- Tipo de gráfico utilizado para o acompanhamento durante um
ção e Apoio das Equipes. processo, determina uma faixa chamada de limites de controle pela
linha superior (limite superior de controlo) e uma linha inferior (li-
Armand Feigenbaum mite inferior de controlo) e uma linha média do processo (limite
Conceito de que a Qualidade é um Esforço Sistêmico. A Quali- central), estatisticamente determinadas. Objetiva verificar se o pro-
dade deve ser disseminada da diretoria da organização para os de- cesso está sob controle.
mais colaboradores, não só uma parte, mas do todo.
— Trabalha custo relacionados a garantia da Qualidade e rela- Tipos de Gráficos de Controle: Controle por variáveis e Con-
cionados à falta de Qualidade. trole por atributos.
— Garantia: Focado na Prevenção e Avaliação – Existe um custo
nesses processos e são avaliados; • Diagramas de dispersão
— Falta de Qualidade: Focado nas Falhas Internas: perdas de Representações de dados de duas ou mais variáveis que são
processos produtivos e Falhas Externas: perdas ligadas a imagem da organizadas por um gráfico. O gráfico de dispersão usa coordena-
organização e de competitividade em relação ao mercado. das cartesianas para mostrar valores de um conjunto de dados. Os
dados são exibidos por pontuação, cada um com valor de uma va-
Kauru Ishikawa riável, determinando assim, a posição no eixo horizontal e o valor
Um dos principais tradutores dos conceitos americanos para a da outra variável determinando a posição no eixo vertical (em caso
realidade japonesa. Responsável pela disseminação dos CCQs - Cír- de duas variáveis).
culos de Controle de Qualidade: pequenos grupos de 6,12 ou mais
pessoas que são responsáveis por repensar a Qualidade dentro da • Listas de controle
organização. Ou folhas de verificação são planilhas ou tabelas utilizadas para
— Filosofia da melhoria continua. facilitação da coleta e análise de dados. O uso de folhas de verifica-
— Diagrama Causa ou Efeito ou Espinha de Peixe: Encontrar o ção visa economizar tempo, eliminando o trabalho de se desenhar
Efeito – Listar as Possíveis Causas e Sub-causas que vão responder figuras ou escrever números repetitivos. Além disso elas evitam
ao Efeito. comprometer a análise dos dados.

Principal herança do diagrama Causa e Efeito é que a organiza- • Fluxogramas


ção consiga entender o problema como um efeito e consiga erradi- Tipo de diagrama que pode ser entendido como uma repre-
car a causa para que não se repita. sentação esquemática de um processo ou algoritmo, comumente
expresso por gráficos que ilustram de forma descomplicada a tran-
sição de informações entre os elementos que o compõem, ou seja,
é a sequência operacional do desenvolvimento de um processo, o
qual caracteriza: o trabalho que está sendo realizado, o tempo ne-
cessário para sua realização, a distância percorrida pelos processos,
quem está realizando o trabalho e como ele flui entre os participan-
tes deste processo.

GESTÃO POR PROCESSOS


— Ferramentas de gestão da qualidade (ou de processos)

• Análise (gráfico) de Pareto Um processo é uma sequência de atividades rotineiras que, em


Conceito: uma pequena parcela das soluções, resolvem gran- conjunto com outros processos, compõe a forma pela qual a orga-
des parcelas de problemas, assim uma pequena parcela de soluções nização funcionará. É a abordagem pela qual esses processos serão
porem resolver, por exemplo 80% dos problemas. Assim, 20% das desenhados, descritos, medidos, supervisionados e controlados.
causas são responsáveis por 80% dos problemas. Curva ABC.
Segundo a Fundação Nacional da Qualidade - FNQ, esse tipo
• Diagrama de causa-efeito – Ishikawa de gestão necessita de visão sistêmica, pois sem ela é impossível
A organização consegue entender o problema como um efeito perceber como o todo significa muito mais, do que a uma simples
e levanta as causas para erradicar e não se repetir. Espinha de peixe. soma das partes. A abordagem sistêmica dentro de uma organiza-
ção faz com que o foco de sua gestão esteja voltado não só para o
• Histograma seu ambiente interno, mas para o externo também, ou seja, que
Gráfico em barras junto com o histograma representam uma haja uma sinergia entre as partes para que os objetivos planejados
ferramenta que analisa frequência dos fatos. Quantas vezes eles sejam alcançados.
acontecem.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

A gestão de processos realiza diversos papéis dentro da organização. Sendo o primeiro passo para organizar e entender como as áreas,
bem como seus processos funcionam internamente. É por meio dela que os responsáveis compreenderão como melhorar o aproveita-
mento dos recursos disponíveis e quais ações necessitam ser tomadas para aperfeiçoar o fluxo de trabalho e otimizando e adequando a
organização para o mercado vigente.

Gerenciamento de Processo ou Gestão de Processos é o entendimento de como funciona a organização. A série de atividades estru-
turadas para a produção do produto/serviço. Anteriormente à compreensão desses processos, setorizava-se os trabalhos com base na
departamentalização, onde os procedimentos existentes dentro de cada setor da organização eram separados por departamentos e cada
área pensava separadamente, sem sinergia umas com as outras. Focada em cilos verticais separados.

Objetivos da Gestão de Processos


— Gerir sistemas de rotinas que envolve o cotidiano da organização e delegar responsabilidades;
— Administrar os processos com o objetivo de alcançar resultados perceptíveis (e não tarefas específicas);
— Ampliar e detectar melhorias contínuas na comunicação e relação entre participantes e áreas da organização;
— Facilitar o planejamento, padronizando-o com acompanhando de perto o que acontece no ambiente;
— Perceber oportunidades de otimização de processos através de gargalos encontrados;
— Ao invés de criar novos modelos; concentrar-se na melhoria de processos que já existem.
— Efetuar toda e qualquer correção que possam surgir nos processos antes de automatizá-los, para não acelerar o que está desorga-
nizado.

Análise de Processos
Geralmente é nessa etapa que a empresa é mapeada. É preciso analisar com exatidão como acontece cada processo no negócio atual-
mente. Assim, os processos são listados e descritos pelo conjunto de atividades que os compõem.
É preciso conhecer realmente como funciona a empresa, para realizar esse mapeamento. Somente sim o gestor terá conhecimento
dos pontos de melhoria na operação com clareza.

Nessa etapa verifica-se:


— A compreensão do negócio com os processos principais que o compõem;
— Plano estratégico com metas e indicadores;
— Senso comum dos processos;
— Entradas e saídas, incluindo clientes e fornecedores;
— Responsabilidades de diferentes áreas e equipes;
— Avaliação dos recursos disponíveis.

— Noções de estatística aplicada ao controle e à melhoria de processos

• Execução
É importante estudar os recursos necessários, antes de institucionalizar as mudanças, como: remanejar equipe, ferramentas, mudan-
ças no layout da organização, aquisição de programas (softwares), entre outras.
Existem duas vertentes para a implantação das novas estratégias:
— Implantação sistêmica, quando são utilizados softwares para isso
— Implantação não sistêmica, que não necessitam de ferramentas desse tipo.
A visão dessa execução deve ser positiva, pois irá auxiliar organização a estruturar melhor seus processos, não sendo que atrapalhará
o ciclo de trabalho.

• Monitoramento
Através dos indicadores de desempenho pré-definidos, os novos processos devem ser constantemente acompanhados. Geralmente,
algumas das métricas a constar em cada processo são: o tempo de duração, o custo, a capacidade (quanto cada processo realmente pro-
duz) e a qualidade (medida com indicadores próprios que variam de processo a processo).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

• Melhoria de Processos torna também possível apresentar o fluxo para clientes, possibilita
Nessa etapa, observa-se os indicadores previamente levanta- que novos integrantes façam alterações agregando valor aos pro-
dos, onde se torna possível identificar quais são os principais garga- cessos.
los em todo processo e se os objetivos estão sendo conquistados.
As melhorias podem ser concernentes a inclusão ou exclusão de — BPM
atividades, realocação de responsabilidades, documentação, novas Gestão de Processos de Negócio (Business Process Manage-
ferramentas de apoio e sequências diferentes, por exemplo. ment ou BPM) é um conceito que une gestão de negócios e tec-
Melhorar o desempenho para reduzir custos, aumentar a efi- nologia da informação com foco na otimização dos resultados das
ciência, aprimorar a qualidade do produto/serviço e melhorar o re- organizações por meio da melhoria dos processos de negócio.
lacionamento com o cliente, devem ser o objetivo. A utilização do BPM, ao longo dos últimos anos, vem crescendo
O processo todo em si é cíclico: finalizando essa fase, volta-se a de forma bastante significativa, dada a sua utilidade e rapidez com
analisar a situação no negócio, investigam se os processos estão si- que melhora os processos nas empresas onde já foi implementado.
nérgicos ao objetivo da empresa, mapeia-se novas situações diante A sua perspectiva de crescimento é muito grande.
das melhorias apontadas. Executa-se as mudanças, monitorando-as O termo ‘processos operacionais’ se refere aos processos de
e otimizando-as! rotina (repetitivos) desempenhados pelas organizações no seu dia a
dia, ao contrário de ‘processos de decisão estratégica’, os quais são
• Técnicas de Mapeamento desempenhados pela alta direção. O BPM difere da remodelagem
de processos de negócio, uma abordagem sobre gestão bem popu-
• Modelo AS-IS / lar na década de 90, cujo enfoque não eram as alterações revolu-
Levantar e documentar a atual situação dos processos, geral- cionárias nos processos de negócio, mas a sua melhoria contínua.
mente realizado pelos usuários diretamente envolvidos nos proces- Adicionalmente, as ferramentas denominadas sistemas de ges-
sos-chaves. tão de processos do negócio (sistemas BPM) monitoram o anda-
O levantamento das principais oportunidades de melhorias é mento dos processos de uma forma rápida e barata. Dessa forma,
realizado com as equipes através de entrevistas feitas com essas os gestores podem analisar e alterar processos baseados em dados
pessoas, que relatarão como são realizadas as atividades. reais e não apenas por intuição.
A alta direção da empresa pode enxergar, por exemplo, onde
• TO-BE estão os gargalos, quem está atrasando (e o quanto está atrasando)
Após, é realizado o mapeamento “To-Be”, que define a meta a determinada tarefa, com que frequência isso ocorre, o percentual
ser alcançada e as mudanças que será necessário implementar para de processos concluídos e em andamento, entre outros. Como con-
isso. Nesse processo é importante documentar pontos de melho- sequência, fatores cruciais para o bom desempenho da organização
rias e acréscimos esperados quantitativamente, realizar a definição podem ser analisados com extrema facilidade e rapidez o que geral-
dos recursos, ferramentas e responsabilidades de cada atividade. mente não ocorre com outras ferramentas que não o BPM.

• Tipos de Mapeamento
Fluxograma de processos: Desenho simplificado de um proces- ATENDIMENTO AO CLIENTE
so usando símbolos padronizados. Forma simples de representar
visualmente a teia de atividades envolvidas na operação.
O atendimento ao cliente é a interação direta entre um
Fluxograma horizontal: Visando uma melhor representação consumidor que faz uma compra e o representante da empresa que
dos processos, o fluxograma horizontal foi criado, possibilitando as- está vendendo. A maioria dos varejistas enxergam essa interação
sim mais alternativas ao gestor. direta como um fator crítico para garantir a satisfação do comprador
Em uma matriz o fluxo de tarefas é detalhado, cujo o eixo hori- e incentivar a repetição de negócios.
zontal indica quais processos estão em andamento e o eixo vertical Ainda hoje, quando grande parte do atendimento ao cliente é
mostra as etapas de produção ou os responsáveis por cada proces- feito por sistemas automatizados de autoatendimento, a opção de
so. Possibilitando assim, uma visão mais clara em relação ao fluxo- falar com um ser humano é vista como necessária para a maioria das
grama de processos. empresas. É um aspecto fundamental no atendimento humanizado.
Nos bastidores da maioria das empresas estão pessoas que
Mapofluxograma: Principal mapeamento utilizado para linhas nunca encontram ou cumprimentam as pessoas que compram
de produção, por exemplo. seus produtos. Os representantes de atendimento ao cliente são
É a união de um fluxograma dentro de um layout industrial. os que têm contato direto com os compradores. As percepções dos
Aqui, o fluxograma é representado sobre o desenho da planta. compradores sobre a empresa e o produto são moldadas em parte
Isso facilita a visão e compreensão da movimentação de materiais por sua experiência em lidar com essa pessoa.
e pessoas. Por esse motivo, muitas empresas trabalham arduamente para
aumentar os níveis de satisfação de seus clientes.
BPMN: Tipo de modelagem de processos mais utilizado, aten-
dendo inclusive às normas especiais. O custo da satisfação do cliente
Os símbolos são padronizados com formas e cores previamente Durante décadas, as empresas de muitos setores procuraram
definidas, facilita muito mais a compreensão e representação de reduzir os custos de pessoal automatizando seus processos o
um processo complexo. Como é de uma “linguagem universal”, se máximo possível.

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No atendimento ao cliente, isso tem levado muitas empresas – Estimular a fidelidade dos funcionários.
a implementar sistemas online e por telefone que tiram o máximo – Resolver problemas mais rapidamente.
de dúvidas ou resolvem o máximo de problemas sem a presença – Melhorar o atendimento ao cliente externo.
humana.
Mas, no final, há questões de atendimento ao cliente para as Existem muitas dicas e práticas recomendadas de atendimento
quais a interação humana é indispensável, criando uma vantagem ao cliente que podem ser implementadas em uma empresa para
competitiva. desenvolver um excelente atendimento ao cliente interno. A
A Amazon é um exemplo de empresa que está fazendo de tudo criação de um programa que consiste em todos ou na maioria
para automatizar uma operação vasta e complexa. Já que entregou desses elementos pode ter um grande impacto na produtividade e
4,2 bilhões de pacotes nas portas de seus clientes em 2020. no moral da equipe.
No entanto, a Amazon ainda oferece atendimento ao cliente
24 horas por dia, por telefone, além de serviços de e-mail e chat — Atendimento externo
ao vivo. Muito provavelmente, você pode se lembrar vividamente de
A maioria das empresas bem-sucedidas reconhece a experiências boas e ruins ao interagir com o atendimento ao cliente
importância de fornecer um excelente atendimento ao cliente. A externo pessoalmente ou por telefone. Você interage com a equipe
interação cortês e empática com um representante de atendimento externa de atendimento ao cliente ao fazer reservas para jantar,
ao cliente treinado pode significar a diferença entre perder ou reter verificar um livro na biblioteca ou comprar um carro novo, para citar
um cliente. apenas alguns exemplos encontrados na vida cotidiana. O trabalho
de um representante externo de atendimento ao cliente é ajudá-lo
Principais componentes do bom atendimento ao cliente – o cliente – dentro dos parâmetros da política da empresa.
Proprietários de pequenos negócios bem-sucedidos entendem Atendimento ao cliente externo é o negócio de ajudar indivíduos
instintivamente a necessidade de um bom atendimento ao cliente. e entidades fora da organização a obter bens, produtos, informações
Grandes empresas estudam o assunto em profundidade e têm e serviços. Os usuários finais podem ser compradores, patronos de
algumas conclusões básicas sobre os principais componentes: cinema, turistas, clientes empresariais ou empresas interessadas
– A atenção oportuna às questões levantadas pelos clientes em contratar serviços. O atendimento ao cliente externo avalia as
é crítica. Exigir que um cliente espere na fila ou fique em espera necessidades do usuário final e estabelece processos e protocolos
prejudica uma interação antes de começar. para atender a essas expectativas.
– O atendimento ao cliente deve ser um processo de etapa A pessoa média não distingue entre atendimento ao cliente
única para o consumidor. externo e atendimento ao cliente em geral. No entanto, os termos
– Se um cliente ligar para uma linha de apoio, o representante são mais sutis nos negócios. As grandes organizações tendem a ser
deve, sempre que possível, acompanhar o problema até à sua muito claras sobre os papéis e suas funções de atendimento para
resolução. com o cliente externo versus interno. Ambas as áreas são essenciais
– Se um cliente precisar ser transferido para outro para o bom funcionamento e sucesso de uma organização.
departamento, o representante original deve acompanhar o cliente
para garantir que o problema foi resolvido. Atendimento ao Cliente Externo x Interno
O atendimento externo existe para prestar os mais diversos
— Atendimento interno tipos de atendimento àqueles que estão fora da organização.
O atendimento ao cliente interno envolve tudo o que uma Por outro lado, o atendimento ao cliente interno refere-se ao
organização pode fazer para ajudar seus funcionários a cumprir suas atendimento, suporte e assistência estendidos aos funcionários e
obrigações, atingir suas metas e desfrutar de seu trabalho. Abrange partes interessadas filiadas à organização. O help desk de TI e os
como diferentes departamentos se comunicam uns com os outros recursos humanos, por exemplo, se esforçam para fornecer um
e como os indivíduos interagem com seus colegas, subordinados e atendimento eficiente ao cliente interno. Departamentos e equipes
superiores. É um aspecto vital dos negócios modernos, pois cria o que dependem uns dos outros são provedores e receptores de
ambiente no qual uma empresa tem mais chances de sucesso. atendimento ao cliente interno.

Por que o atendimento ao cliente interno é importante? Importância do Atendimento ao Cliente Externo
A importância do atendimento ao cliente interno não pode O Advertising Specialty Institute, ou ASI, afirma que o
ser exagerada, especialmente para um departamento como o de atendimento ao cliente externo trata de atender e exceder as
recursos humanos, onde as interações internas são parte integrante necessidades e desejos dos clientes. Exemplos de bom atendimento
de suas tarefas diárias. Existem vários benefícios em cultivar um ao cliente externo incluem saudar calorosamente um hóspede do
bom atendimento ao cliente interno como uma de suas metas hotel, servir alegremente os clientes do restaurante, emitir um
de negócios, por isso é fácil entender por que é um aspecto tão reembolso sem complicações e processar um pedido com eficiência.
valorizado dos negócios modernos. Empresas que valorizam o relacionamento com o cliente vão além
para conhecer seus clientes e atender seus desejos e expectativas
Os benefícios incluem: de qualidade.
– Aumentar a produtividade da equipe. A ASI observa ainda que um bom atendimento ao cliente
– Aumentar a satisfação dos funcionários com sua experiência interno e externo anda de mãos dadas. Clientes internos, como
de trabalho. funcionários, parceiros de negócios e acionistas, têm maior
– Criação de canais de comunicação claros.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

probabilidade de serem bons embaixadores da empresa e prestar • Aquisição de mercadorias e serviços em grau de qualidade e
atendimento ao cliente com um sorriso se estiverem genuinamente quantidade precisas.
felizes e leais à empresa. • Pesquisa de mercado para garantir menor custo na compra,
mantendo o do padrão de qualidade determinado.
Receita e Rentabilidade • Localização de fornecedores confiáveis e construção de uma
A qualidade do atendimento ao cliente externo afeta o parceria propícia
comportamento do consumidor e os resultados de uma empresa • Controle dos processos internos para exercer a interação com
em todos os setores industriais. A menos que um monopólio os fornecedores e a gestão dos recursos.
venda um produto muito necessário e tenha uma vantagem no • Estabelecimento de responsabilidades e funções, como
mercado, o atendimento ao cliente externo desempenha um papel quem será o encarregado por especificar as compras, eleição do
fundamental na lucratividade. Clientes satisfeitos que gostam e fornecedor, negociação das condições, emissão dos pedidos de
confiam na empresa continuarão voltando e comprando. compra, etc.
De acordo com a Ameritas – uma seguradora de vida que se
orgulha de seu excelente atendimento ao cliente – os benefícios Etapas do processo
de um ótimo atendimento ao cliente externo são mensuráveis. Por 1. Recepção e análise dos pedidos de compra: os pedidos de
exemplo, de acordo com Ameritas: compras têm origem com o setor ou o colaborador que será o seu
– 97% dos clientes satisfeitos compartilham suas experiências usuário final. Em geral, as informações básicas de um pedido de
de atendimento ao cliente. compras são:
– 70% dos compradores gastam mais dinheiro se obtiverem um a) Identificação do solicitante, assinatura do gestor (aprova-
bom atendimento ao cliente. ção), centro de custo
– 59% mudarão para uma nova empresa para obter um melhor b) Caracterização do item
atendimento ao cliente. c) Quantidade / medida
d) Data e local de entrega requeridos
Lealdade do consumidor e) Informações complementares, se necessário
As qualidades de atendimento ao cliente externo mais
valorizadas pelos clientes são eficiência, cortesia, empatia e uma 2. Seleção de fornecedores: seja para mercadorias cotidianas
conexão pessoal. Fornecer um ótimo serviço cria uma base de ou mesmo para compra de um item pela primeira vez, é necessário
clientes leais que oferece uma proteção contra concorrentes possuir uma listagem de fornecedores qualificados. Sempre que for
famintos que entram no mercado. Mesmo que os preços em o caso de primeira compra ou os registros não apresentarem for-
uma pequena empresa sejam um pouco mais altos do que os necedor habilitado para compra específica, é necessária uma nova
encontrados em um grande varejista, os clientes podem pagar mais pesquisa.
para obter assistência imediata, informações confiáveis, atenção 3. Solicitação de orçamentos e cotações: para mercadorias de
pessoal e uma garantia confiável. maior valor, ou em grande quantidade, deve-se fazer uma requisi-
Os clientes que são ignorados, maltratados ou frustrados ção por escrito a uma quantidade razoável de fornecedores, para
por suas interações com o atendimento ao cliente externo assegurar um rol de cotações confiáveis e competitivas, para que
provavelmente comprarão na próxima vez que precisarem comprar se possa alcançar a melhor oferta possível. A análise das cotações
um item idêntico ou semelhante. Com a crescente popularidade do recebidas deve levar em conta o preço, a conformidade com as es-
merchandising online, os clientes têm infinitas opções quando se pecificações, as condições e o contrato de venda, prazos e formas
trata de gastar seu dinheiro. Uma equipe externa de atendimento de entrega e de pagamento.
ao cliente ineficaz, inacessível, mal treinada ou rude pode levar 4. Estabelecer o preço justo: deve-se fazer negociação do pre-
uma empresa à falência com o tempo. ço, para se chegar ao valor mais satisfatório junto ao fornecedor.
5. Emissão de pedidos de compra: a ordem de compra é uma
proposta legal de compra. Ao ser aprovada pelo fornecedor, passa
CONCEITOS DE LOGÍSTICA E GERENCIAMENTO DA CADEIA a constituir contrato legal para entrega dos produtos ou prestação
DE SUPRIMENTOS: GESTÃO DE COMPRAS de serviço conforme os termos e as condições indicadas no contrato
de compra e venda. O pedido de compra é elaborado a partir das
cotações ou da requisição de compra. Uma cópia dessa requisição é
Organização do setor de compras enviada ao fornecedor, enquanto outra é retida pelo setor de com-
O Setor de Compras se organiza conforme uma estrutura for- pras; outras, ainda, são despachadas para outros setores, como o
mada, basicamente, por quatro divisões principais, sendo elas: setor solicitante da compra, o departamento de contabilidade e o
Planejamento: ponto de partida para que as ações do setor de setor de recebimento.
compras sejam bem sucedidas, envolve, sequencialmente, defini- 6. Acompanhamento e entrega: Cabe ao setor de compras ga-
ção da política interna da empresa: determinação das normas de rantir que o fornecedor entregue a mercadoria conforme termos
conduta e de controle dos departamentos interno e qualificação acordados, tomando as medidas necessárias em caso de dúvidas
dos empregados para colocarem essa política em prática na sua quanto aos cumprimentos dos prazos. Entre as principais ações, es-
atuação dentro da organização; definição, com base nas respon- tão a interação junto ao fornecedor para evitar problemas, agilizar
sabilidades do setor, das metas do setor de compras, que devem o transporte, buscar por fontes alternativas de provimentos, repro-
abranger as seguintes ações e conceitos: gramar a produção, entre outras.

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7. Recebimento e aceite de mercadorias: no ato da entrega, o • Licitação: modalidade de compras praticada no âmbito go-
setor de recebimento realiza a inspeção para assegurar conformida- vernamental. Ocorre nas esferas municipal, estadual e federal. A
de de itens, quantidade e ausência de danos no transporte. O rece- licitação tem a sua subcategoria de modalidades, sendo elas:
bimento utiliza a sua via do pedido de compra para essa conferência — concorrência pública: utilizada para compras de qualquer
e, em seguida, preenche o recibo, anotando quaisquer observações valor, e obrigatória para valores maiores que 1.430.000 mil reais,
necessárias. Caso o pedido não esteja completo, será mantido “em em compras gerais, ou 3.300.00 mil reais, para serviços e obras de
aberto”, até que se conclua a entrega integral. engenharia; não exige cadastro prévio.
8. Anuência da fatura: ao se receber a fatura do fornecedor, — tomada de preços: os interessados devem estar previamen-
deve-se verificar a conformidade dos seguintes documentos: pedi- te cadastrados e serem qualificados para cumprir com as exigências
do de compra, relatório de recebimento e fatura. Itens e quanti- para cadastro até, no máximo, três dias antes do prazo final de acei-
dades devem constar iguais em todos os registros; preços e seus tação das propostas.
acréscimos ou abatimentos precisam coincidir na requisição de — carta-convite: na mais simples das subcategorias, os interes-
compra e na fatura. Aprovada a fatura, esta deve ser encaminhada sados (no mínimo três) são convidados a fazer parte do processo.
ao setor de pagamentos. Porém, até o dia anterior à realização da sessão, outros fornecedo-
res podem manifestar interesse em participar, desde que estejam
Perfil do comprador previamente cadastrados na organização.
Dentro de uma organização, o comprador é componente cru- — leilão: também chamada de concurso, essa modalidade de
cial para garantia de resultados no que diz respeito à produtividade licitação destina-se especialmente para vendas de bens móveis cujo
e lucratividade, devendo tomar decisões que visem ao atendimento uso não constitui mais serventia para a Administração Pública.
das solicitações e à redução de despesas. Em poucas palavras, o — pregão: destinado para aquisição de bens e serviços comuns.
gestor de materiais, como também pode-se chamar esse profissio- Essa concorrência se dá mediante assembleia pública, a partir de
nal, deve: ofertas de preços (por escrito) e lances (oral), para classificação e
• representar a organização nas transações comerciais com for- qualificação do interessado com a oferta de menor preço.
necedores, refletindo seus conceitos e valores corporativos, assim
como suas políticas comerciais, pois ele é o principal elo com os
parceiros e fornecedores. ESTRATÉGIAS DE NEGOCIAÇÃO
• possuir conhecimento integral de todos os procedimentos
que serão praticados, estando alinhado com os objetivos gerais da
organização, não apenas focando no sucesso de suas tarefas. Análise de mercado
• possuir habilidade de negociação, prática essencial nas tran- A análise de mercado é um dos componentes do plano de ne-
sações comerciais; as negociações realizadas pelo comprador de- gócios que está relacionado ao marketing da organização. Ela apre-
vem apresentar resultados e lucratividade. senta o entendimento do mercado da empresa, seus clientes, seus
• possuir resiliência, autoridade e flexibilidade na tomada de concorrentes e quanto a empresa conhece, em dados e informa-
decisões; um profissional com essas características é capaz de am- ções, o mercado onde atua1.
pliar as possibilidades de maximização dos resultados, pois é o com- A análise do mercado permite ainda se conhecer de perto o
prador que comunica ao fornecedor as necessidades e exigências ambiente onde o produto/serviço se encontra. O mercado está
da organização, recebendo como retorno as ofertas do mercado. composto pelo ambiente onde a empresa e produto se localizam,
• possuir idoneidade, capacidade de decisão, iniciativa e objeti- pela concorrência e pelo perfil do consumidor.
vidade, para que possa gerar bons resultados, tanto no suporte para A definição do mercado leva em conta:
alavancar as vendas, como na minimização de despesas ou mesmo
nas operações de compra. Essas características e habilidades são • Análise da Indústria/Setor
importantes para situações em que as necessidades da organização A análise da indústria deve apresentar as informações a respei-
(lote adquirido, acondicionamento da mercadoria, lead-time, prazo to do tamanho, crescimento e estrutura da indústria/setor em que
de entrega, etc.) não estiverem alinhadas. Em outras palavras, é ne- sua organização está inserida. Inicia-se com a coleta de informação
cessária a capacidade de criação de estratégias junto ao fornecedor do setor ao qual pertence o produto/serviço.
para impulsionar as transações. Essa informação é geralmente discriminada em termos dos ob-
jetivos e pode estar relacionada com a estrutura da indústria e do
Modalidades de compras setor em termos estatísticos, práticas de marketing e o composto
• Compra de Reposição: para aquisição de produtos com esta- de marketing. Também pode ser usada para monitorar mudanças
bilidade de vendas, como itens de limpeza e higiene. no setor e aproveitar as oportunidades decorrentes dessas mudan-
• Compra de Emergência: realizada às pressas, sem que tenha ças em nichos específicos.
sido feito planejamento.
• Compra Especulativa: dispõe-se a conjecturar um provável • Descrição do Segmento de Mercado
aumento de preços, sendo efetuada a aquisição de um item antes O segmento de mercado é definido a partir das características
mesmo que haja necessidade. do produto, estilo de vida do consumidor (idade, sexo, renda, pro-
• Compra Antecipada: efetuada para suprir as reais necessida- fissão, família, personalidade, etc.) e outros fatores que afetam de
des da organização em um período específico. uma maneira direta o consumo do produto, como localização geo-
• Compra Contratada: efetuada a partir da previsão da entrega gráfica por exemplo.
dos pedidos em datas pré-estabelecidas. 1 https://www.fca.unesp.br/Home/Instituicao/Departamentos/Ges-
taoetecnologia/analise-de-mercado.pdf
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

Geralmente, para segmentar um mercado é necessário ter um conhecimento mais abrangente, não somente qualitativo, mas também
quantitativo do mesmo.
Um segmento de mercado é um conjunto de clientes que tem necessidades e desejos em comum. Ao agrupar clientes semelhantes,
pode-se satisfazer suas necessidades específicas de forma mais eficaz.

• Análise SWOT do Produto/Serviço


Os pontos fortes e fracos dos principais concorrentes em relação ao produto/serviço devem ser avaliados, de maneira a se tentar
eliminar as ameaças dos concorrentes e os riscos envolvidos.

• Análise da Concorrência
A concorrência deve ser avaliada em relação a produtos/serviços e à organização (nesse caso, sua análise já ocorreu na etapa de pla-
nejamento estratégico).

Forças competitivas
Na luta por participação de mercado, a competição não se manifesta apenas através dos demais concorrentes. Pelo contrário, a com-
petição de um setor industrial tem suas raízes em sua respectiva economia subjacente e existem forças competitivas que vão bem além do
que esteja representado unicamente pelos concorrentes estabelecidos nesse setor em particular2.
Os clientes, os fornecedores, os novos entrantes em potencial e os produtos substitutos são todos competidores que podem ser mais
ou menos proeminentes ou ativos, dependendo do setor industrial.
O estado de competição em um segmento industrial depende de cinco forças básicas, que estão esquematizadas na figura abaixo. O
vigor coletivo destas forças determina o lucro potencial máximo de um setor industrial, variando de intenso e suave.

Forças que governam a competição em um setor industrial

O conhecimento dessas fontes básicas de pressão competitiva propicia o trabalho preliminar para uma agenda estratégica de ação.
Elas acentuam os esforços críticos e os pontos fracos da empresa, dão vida ao posicionamento da empresa no setor, tornam claras as áreas
onde as mudanças estratégias possam oferecer maiores vantagens e acentuam os lugares onde as tendências do setor prometem ser da
maior importância, seja como oportunidade, seja como ameaça.
Entender essas fontes passa a ser também uma forma de ajuda quando forem consideradas áreas para diversificação. As forças mais
competitivas determinam a lucratividade de um setor e, portanto, são da maior importância na formulação estratégica.

Imagem institucional
A Imagem Institucional é formada pelo conjunto de ações que formam a reputação da empresa. Acredita-se que a imagem institucio-
nal de uma empresa é positiva quando a comunicação bilateral tem eficiência. Ou seja, o cliente consegue obter respostas que satisfaçam
as dúvidas.

2 MONTGOMERY, Cynthia; PORTER, Michael (org.). Estratégia: a busca da vantagem competitiva. 7ª edição. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

A imagem se refere ao conjunto de representações mentais • Posicionamento


atribuídas a uma organização, construídas por um indivíduo ou gru- O marketing direcionado também abrange o posicionamento
po a partir de percepções e experiências concretas, informações e de mercado pretendido pela empresa em relação ao mercado alvo
influências recebidas por terceiros ou da mídia. Todas as práticas e à concorrência. O posicionamento permite evidenciar a empresa
da organização são importantes e influenciam como a sua imagem no cenário competitivo, pela oferta de um produto destacado pe-
é percebida pelos stakeholders (agentes interessados e envolvidos rante o consumidor, que se baseia na satisfação mais plena de sua
direta e indiretamente com a organização). necessidade para decidir a sua preferência.
Define-se como Imagem Corporativa, o conjunto das percep- A doutrina majoritária define duas conceituações para posicio-
ções em relação a uma empresa, tanto junto a seus consumidores namento de mercado, quais sejam:
como a outros grupos de pessoas e ao mercado como um todo. Es- 1) Valoriza-se a análise da concorrência para se definir o posi-
sas percepções são a visão externa em relação a diversos aspectos cionamento, pois é a imagem que os clientes têm de um produto,
da empresa. especialmente em relação aos concorrentes3;
Ou seja, a imagem corporativa pode ser percebida de várias 2) Entende-se a importância do registro de uma marca específi-
formas de acordo com a subjetividade de cada público em particu- ca na mente dos consumidores, ao destacar que o posicionamento,
lar. Imagem corporativa é como a empresa é vista, percebida pelos é o ato de desenvolver a oferta e a imagem da empresa, de manei-
públicos de interesse. ra que ocupem uma posição competitiva distinta e significativa nas
mentes dos consumidores-alvos4.
• Comunicação Empresarial
Durante muitos anos a comunicação empresarial clássica se Agrupando-se ambas as definições, tem-se um entendimento
segmentou em três conjuntos de esforços: generalizado de qualquer tipo de planejamento, a saber: onde esta-
1) Comunicação de Marketing: para cuidar da marca, dos pro- mos, para onde queremos ir, como chegarmos e, no caso específico
dutos e serviços, voltada para clientes e consumidores; do posicionamento de mercado, qual a posição do produto frente à
2) Comunicação Institucional: refere-se à empresa e é voltada concorrência. A partir do momento que a empresa tenha definido
para formadores de opinião e à opinião da sociedade em geral; seu mercado-alvo, é necessário posicionar o produto nesse mercado.
3) Comunicação Interna: voltada para funcionários e seus fa- O Posicionamento de Produto significa conseguir que um pro-
miliares. duto ocupe um lugar claro, distinto e desejável, em relação aos pro-
dutos concorrentes na mente dos consumidores-alvo. A estratégia
Esse tipo de trabalho é ainda muito encontrado no mercado e de posicionamento do produto é fundamental para desenvolver o
faz com que a empresa tenha processos internos diferentes para composto de marketing adequado.
cada segmento acima citado. Na maioria das vezes, os departamen- O Posicionamento da Oferta é composto por um complexo
tos estão isolados e possuem estratégias individuais e diferentes. grupo de percepções, impressões e sentimentos. Os profissionais
Para o melhor desempenho de comunicação de uma organi- de Marketing devem planejar a posição da oferta de forma que dê
zação, é fundamental que se aplique o Processo Único de Comuni- o maior lucro possível.
cação Empresarial (PUC). Este integra todas as funções e departa-
mentos voltados à comunicação, como marketing, vendas, recursos • Estratégias de Posicionamento
humanos, relações públicas, advogados, serviço de atendimento ao Por mais comoditizado5 que seja o produto para o cliente, as
cliente, telemarketing, agências de publicidade, entre outros, e faz empresas devem converter um produto indiferenciado em uma
com que todos trabalhem sob o mesmo processo de comunicação. oferta diferenciada. Os profissionais podem posicionar a oferta de
Nada impede que as funções tenham suas estratégias próprias, várias maneiras, seguindo as principais estratégias de posiciona-
mas, no momento da comunicação empresarial, as ações devem mento elencadas abaixo:
ser coordenadas. Outro aspecto relevante a se abordar, é que a au- — Atributos específicos do produto (desempenho);
ditoria de imagem compreende o estudo, a pesquisa e a análise da — Benefícios do produto;
imagem e/ou reputação de uma organização junto aos seus públi- — Ocasiões de uso dos produtos;
cos de interesse (stakeholders). — Classes de usuários;
Em outras palavras, é uma atividade que tem como objetivo ve- — Contra os concorrentes (comparação de uma empresa com
rificar de que forma os veículos e os públicos avaliam uma empresa, outra direta ou indiretamente);
entidade ou pessoa. — Em contraste aos concorrentes, (na contramão dos concor-
rentes);
Identidade e posicionamento

• Identidade
A Identidade Corporativa, diferentemente da imagem ou da 3 SIMPSON, P. M. Segmentação de Mercado e Mercados-alvo. Porto
reputação, representa o conjunto de produtos, significados, valo- Alegre: Bookman: 2001.
res, marcas e princípios de uma organização e que contribui para 4 KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 7. ed. São
distingui-la do mercado, inclusive dos seus concorrentes. Paulo: Pearson Prentice Hall,1998.
A identidade incorpora a sua missão e visão, sua forma de ges- 5 A palavra comoditização vem da palavra inglesa “commodity”. Em
tão, o seu capital intelectual, e também a sua identidade visual. uma definição clara, significa dizer, que aos olhos de um cliente não
Identidade corporativa é quem de fato ela é, ou seja, crenças, va- há diferença entre o produto A, B ou C. Se não existe diferença para
lores, cultura. o cliente, o mesmo certamente irá escolher aquele que lhe ofereça o
menor preço ou a melhor oferta.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

— Classes de produtos; isenção da apresentação de documentação nos processos licitató-


— Preço/qualidade (enfatiza o valor derivado do produto seja rios, de acordo com o edital; elimina a necessidade de o mesmo for-
em termos de qualidade ou de preço); necedor enviar os mesmos documentos repetidas vezes, caso tenha
— Símbolo (as empresas utilizam um símbolo ou ícone para mais de um contrato com a instituição ou órgão público; acima de
posicionar o seu produto nas mentes dos consumidores, assim, ao tudo, fortalece o relacionamento empresarial.
longo do tempo, o símbolo torna-se um sinônimo da empresa ou
do produto). Fornecedor como cliente: em casos de devoluções de merca-
dorias, remessa para industrialização, retorno para conserto, é ne-
cessário que o fornecedor conste também como cliente, a fim de
SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES possibilitar o lançamento de notas fiscais de entrada e saída.

Objeto de licitação
Gestão de fornecedores Diversos mecanismos legais da Lei nº 8.666/1993 (Lei de Lici-
• Gerenciamento e central de risco de fornecedores: assegu- tação) indicam como transmissor da atividade administrativa e res-
rar que falhas e conflitos no processo de conformidade com as nor- ponsabilidade do gestor da área pública a designação dos atributos
mas internas e externas da organização (Compliance) não acarre- do produto. É dever da Administração informar o objeto pretendido
tem quaisquer prejuízos, prevendo e identificando possíveis riscos no processo licitatório, além dos aspectos fundamentais à qualida-
(matriz de riscos). de adequada.
• Qualificação de fornecedores: consiste no processo de coleta
de dados, certificados e documentação dos fornecedores, para ga- Descrição do objeto
rantir que a situação de cada um deles está de acordo com as Leis • Obrigatoriedade da Especificação: o objeto pretendido da
correntes dos órgãos tributários, trabalhistas, socioambientais e de licitação precisa ter ser definido de forma distinta e esclarecedora,
fiscalização. sem margem a ambiguidades; esse é o primeiro e mais importante
• Cadastro de fornecedores homologados: consiste no moni- ponto para um resultado satisfatório de um processo licitatório. No
toramento e na manutenção dos fornecedores, como forma de as- pregão, inclusive, a regra é destacada de tal forma que a Lei somen-
segurar que eles se mantenham em conformidade com a cadeia de te reconhece um objeto como comum, se sua descrição for possível
suprimentos da organização. (garantia da qualidade).
• Negociação: a negociação com fornecedores homologados
é importante porque, raramente, uma organização disporá de um • Características detalhadas: antes da deliberação para licita-
único fornecedor, pois isso pode representar sérios riscos ao seu ção ou da sua declaração de inexigibilidade e da compra em si, as
funcionamento. Assim, com uma cadeia de suprimentos (suplly instituições públicas têm o dever de estabelecer a descrição do ob-
chain) composta por uma diversidade de fornecedores homologa- jeto pretendido com suas características apropriadas, assim como
dos é fundamental que a organização tenha um orçamento aberto de todos as suas peculiaridades concernentes.6
em cada fornecedor para cada uma de suas necessidades. Com isso,
será plenamente viável que se preserve o padrão de qualidade de- • Conhecimento técnico: é fundamental que se tenha entendi-
terminado na política da organização, negociando a aquisição de mento especializado suficiente para descrever o objeto da licitação,
produtos e serviços pelo menor custo possível. assim como para certificar-se da qualidade da mercadoria adqui-
• Avaliação: consiste na análise dos aspectos relacionados à rida no ato do recebimento. Exemplo: distinguir um papel branco
solicitação de compra, como precisão dos produtos e serviços e pra- e resistente, com composição e gramatura específicos, que não se
zos de pagamento, além dos indicadores essenciais de performance possa confundir com um papel de cor amarelada e com facilidade
(KPI- Key Performance Indicators), adotados pelo setor de compras de rasgo.
para realização das análise do desempenho dos fornecedores, bem
como para verificação das compras recebidas, a fim de saber se es- • Garantia de qualidade do objeto de licitação: o gestor públi-
tão sendo introduzidos ao fluxo produtivo da organização, de forma co tem o direito de adquirir mercadorias pleiteando:
que não dê margem à redução do nível de qualidade, ao retardo — a discriminação integral do item conforme as normas ergo-
no fornecimento, aos pedidos excedentes, ao estoque parado ou nômicas
quaisquer problemas potenciais. — a realização de testes laboratoriais por parte do contratado
— a apresentação de amostras da mercadoria por parte do
Cadastro de fornecedores contratado, assegurando ao licitador a prerrogativa a contraprova
O Cadastro de Fornecedores é um instrumento de gerencia-
mento que possibilita às organizações públicas que efetuam licita- Edital de Licitação
ções regularmente a abreviar a etapa de qualificação e habilitação • Definição: trata-se do convite destinado a fornecedores de
dos processos licitatórios por meio do registro preexistente dos for- produtos e serviços, ou seja, é o ato de convocação, cujo objetivo é
necedores que pretendem concorrer; também auxilia a gestão de atender a licitação, demanda governamental que pode correspon-
contratos na pesquisa das condições de pagamento na ocasional der à aquisição de mercadorias, locação, realização de eventos, exe-
assinatura de aditivo de contrato. cução de obras ou prestação de quaisquer outros tipos de serviços.
O fornecedor cadastrado, em contrapartida, tem a garantia da
verificação assegura prévia de seus documentos para qualificação
de habilitação; viabiliza a remessa automática de e-mail para avi- 6 Sistema de Registro de Preços e Pregão Presencial Eletrônico – Edito-
sar a respeito de publicação de licitações de seu interesse; viabiliza ra Fórum – 6. ed., 2013.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

• Finalidade: o Edital determinada as regras da licitação para os Finalidade da gestão de contratos


interessados em participar do processo, desde as candidaturas dos A gestão de contratos deve garantir que os contratados pela
fornecedores até a escolha do vencedor. Administração forneçam os bens ou prestem os serviços pactuados,
• Informações obrigatórias do Edital: nesse documento, cons- e que tais bens e serviços sejam da melhor qualidade possível. Deve
tam as informações referentes ao certame e as exigências, como: atuar na tentativa de aliar a busca pelo bem ou serviço de menor
— número do processo preço e o atendimento ao princípio constitucional da eficiência,
— detalhes sobre o órgão licitador evitando desperdícios e oferecendo bens e serviços públicos de
— documentos de habilitação qualidade à população.
— meios de julgamento das propostas Outra finalidade da gestão de contratos é a de evitar prejuízos
— sanções aos cofres públicos ocasionados pela necessidade de novas
— condições de participação contratações para substituir ou concluir obras e serviços não
— prazos prestados ou insatisfatórios, e pela condenação da Administração,
— datas e horários nas esferas trabalhista e previdenciária, ao pagamento de encargos
— especificações do objeto devidos aos empregados e fornecedores inadimplentes.
A gestão dos contratos abrange duas esferas de trabalho a
• Principais seções do Edital: regras para participação, regras serem desenvolvidas, sendo uma de perfil administrativo, cujo
de conduta e as sanções em caso de inadimplemento (podem acar- foco é a relação jurídica com a contratada, efetuada pelo Gestor de
retar na extinção do direito de participar da licitação). Contratos; e outra, de perfil técnico, que tem como foco o próprio
• Princípio de Publicidade: em atendimento a esse princípio, objeto, sua execução, que é a fiscalização.
o Edital de Licitação deve ser divulgado para todos os fornecedores O Fiscal de Contratos necessita ter conhecimento técnico e
que se interessarem em participar da concorrência. domínio do objeto para que possa avaliá-lo.
• Edital de pregões eletrônicos: essa modalidade, regida pela Diferença entre Gestão e Fiscalização
Lei no 10.520/2002, requer especificações diferenciadas, o que quer Não podemos, entretanto, confundir gestão com fiscalização.
dizer que, pela natureza do processo, para um edital desse tipo de A Gestão é o serviço geral de gerenciamento dos contratos; a
certame não são obrigatórios pormenores como dados de contato fiscalização é pontual.
do licitante, tópicos sobre aprovação de preços e critérios de julga- É necessário diferenciarmos estas duas funções, tão comumente
mento. confundidas, visto que possuem atribuições semelhantes, não
esquecendo que os responsáveis pelas mesmas, ou seja, gestor de
contrato e fiscal, devem atuar em perfeita sintonia, pois objetivam,
GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS cada um a seu tempo e modo, a perfeita execução do contrato.
Na gestão do contrato cuida-se, por exemplo, do equilíbrio
econômico-financeiro, de incidentes relativos a pagamentos,
Gestão de contratos de questões ligadas à documentação, ao controle dos prazos de
A gestão de contratos refere-se ao acompanhamento e a vencimento, de prorrogações, etc. É um serviço administrativo
fiscalização, pela Administração, da execução de todos seus propriamente dito, que pode ser exercido por uma pessoa ou um
contratos e deve ser promovida por todos os órgãos públicos. setor.
A gestão do contrato é realizada por um representante da Já a fiscalização, exercida necessariamente por um representante
Administração, conforme exigência do artigo 67 da Lei nº8.666/937. da Administração, especialmente designado, como preceitua a lei,
Este representante é denominado gestor do contrato: cuida pontualmente de cada contrato. Cada órgão deve organizar
Artigo 67 – A execução do contrato deverá ser acompanhada e regulamentar a gestão dos contratos de acordo com o pessoal
e fiscalizada por um responsável da Administração especialmente disponível, o número de contratos existentes e a complexidade dos
designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e objetos contratados.
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. A lei exige que pelo menos um servidor seja responsável pelo
acompanhamento da execução, exercendo a função de gestor
Competência da Gestão do contrato. Ele pode ser auxiliado por outros servidores ou por
A gestão de contratos abrange uma série de condutas e terceiros contratados, mediante processo licitatório dispensa ou
procedimentos a serem aplicados pelo agente público e por seus inexigibilidade de licitação, conforme o caso, quando tecnicamente
representantes desde o planejamento da contratação, a seleção do justificável, para auxiliá-lo.
fornecedor, e a fiscalização da execução contratual, que contribuem Em sendo estas tarefas exercidas por apenas um servidor, é
para o bom uso do dinheiro público, e, para que as necessidades da recomendável que ele tenha formação ou conhecimento na área
Administração e da população sejam atendidas da melhor forma do objeto a ser fiscalizado.
possível.
Da contratação dos serviços
A contratação de particulares pela Administração Pública é
necessária para atender uma necessidade do próprio órgão ou da
população. Em todos os casos, a necessidade a ser atendida deve
7 Lembrando que de acordo com o Art. 193 da Lei nº 14.133, de 1º de abril de ser identificada e bem conhecida pelos setores responsáveis.
2021 (Lei de Licitações e Contratos Administrativos), REVOGA-SE a Lei nº 8.666, É importante que se estabeleça uma perfeita comunicação entre
de 21 de junho de 1993, após decorridos 2 (dois) anos da publicação oficial desta o setor que necessita o objeto (Requisitante) e o setor encarregado
Lei. do expediente licitatório (Serviço de Compras).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

Muitas vezes, há requisição de compra de determinado produto/ É possível também fazer constar no contrato que o gestor será
serviço, sem que se descreva com nitidez as características, as nomeado através de portaria, pela autoridade competente. Além
peculiaridades daquilo que se precisa. Na etapa seguinte o Serviço disso, é importante fazer constar expressamente as prerrogativas e
de Compras acaba por fazer uma descrição do objeto que não atribuições do gestor do contrato.
atende rigorosamente ao interesse de quem o solicitou.
Todas as informações sobre os serviços e obras devem ser Gestor de Contratos
reunidas e organizadas em um Memorial Descritivo (Projeto Básico). É o servidor especialmente designado pela Administração,
Este memorial serve, portanto, para descrever a necessidade da através de Portaria, para cumprir as atribuições legais definidas
Administração que justifica a contratação de uma empresa ou no artigo 67 da Lei de Licitações. Ele é o responsável por tomar as
profissional da iniciativa privada. medidas necessárias ao fiel cumprimento da avença administrativa,
Ao mesmo tempo, ele contém as informações sobre o objeto cabendo-lhe as estratégias de gestão, tais como as questões
a ser contratado, que são utilizadas pelos setores responsáveis relacionadas a: verificação da execução do objeto [serviço, obra
pela elaboração do edital e da minuta do contrato. Além disso, as ou fornecimento de bem contratado, constatação da adequação
informações do Memorial Descritivo são essenciais para que as do objeto contratado às especificações constantes nas cláusulas
empresas e profissionais conheçam as características do serviço ou contratuais que descrevem a forma de execução, observando o
da obra e possam decidir se têm condições técnicas para executá- desempenho do serviço prestado ou a qualidade da obra ou do
las, optando por participar da licitação ou não. bem fornecido e as eventuais irregularidades ou imperfeições;
Por isso é importante que a Administração elabore um equilíbrio econômico financeiro do contrato; responsável pela
Memorial Descritivo claro e detalhado, que descreva com precisão a conferência dos valores faturados, assinando o aceite definitivo nas
necessidade pública que deve ser atendida e o padrão de qualidade Notas Fiscais emitidas pela Contratada; encaminhamento das notas
exigido, ou ainda, a descrição do objeto no Memorial Descritivo fiscais ao setor responsável, para que proceda o pagamento.
deve ter como foco o resultado pretendido pela Administração. O gestor do contrato deve ainda acompanhar o cumprimento
O artigo 6º, inciso IX, da Lei de Licitações, define o Memorial das obrigações decorrentes da execução contratual (trabalhistas,
Descritivo (Projeto Básico) e lista os elementos que ele deve conter previdenciárias e garantias contratual e técnica), e penalidades.
(alíneas “a” a “f”). Em linhas gerais, o Memorial Descritivo deve: É tarefa do gestor fiscalizar a manutenção, pela contratada,
descrever a solução escolhida para a necessidade a ser atendida; das condições de habilitação exigida pela Lei de Licitações, edital e
especificar as técnicas que podem ou devem ser utilizadas; contrato, solicitando os documentos comprobatórios pertinentes.
enumerar os serviços principais e assessórios a serem executados e Em relação à fiscalização de ausência de débitos trabalhistas e
tipos de materiais necessários; descrever as condições de execução previdenciários, o gestor deve:
do serviço ou da obra (organização, periodicidade, horários, etc.); – Nos casos em que o contrato condiciona o pagamento
fixar obrigações das partes, prazos, garantias contratuais, forma e à apresentação de certidões negativas, recolher e conferir as
condições de pagamento; conter orçamento detalhado do custo certidões antes de atestar as notas fiscais;
global da obra ou serviço, e outras informações relevantes para a – Nos casos em que o contrato exige que a Contratada viabilize
descrição do objeto, conforme o caso. o acesso de seus funcionários aos sistemas do INSS e FGTS, solicitar
É muito importante, também, que conste no Memorial mensalmente aos funcionários, por amostragem, que consultem
Descritivo e no Termo Contratual o procedimento de fiscalização seus respectivos extratos e confirmem se os recolhimentos estão
das obrigações trabalhistas e previdenciárias da Contratada, e que em ordem;
o gestor do contrato execute este procedimento e arquive toda a – Silenciando o contrato sobre o procedimento de fiscalização, o
respectiva documentação. gestor pode, a qualquer tempo, requerer da contratada as certidões
Como medida de resguardo de incidentes, a recomendação negativas de débitos, com amparo nos artigos 71 e 55, inciso XIII, da
é de que a descrição do objeto seja feita pelo funcionário que o Lei de Licitações.
requisita; ou seja, que este busque o assessoramento técnico
para fazê-lo. Sem isso, corremos o risco de termos um contrato O descumprimento dessas obrigações deve ser comunicado à
impróprio, com dinheiro público desperdiçado, ou com remendos autoridade competente para que esta aplique as penalidades legais
na execução, transferindo ao contratado encargos de trocas ou e as previstas no contrato, como a execução da garantia contratual
ajustes e caracterizando ineficiência da Administração. e até mesmo a rescisão contratual, após notificar a Contratada a
apresentar justificativas para o inadimplemento. Caso verifique
Do Termo Contratual que há necessidade de prorrogação do prazo contratual conforme
O contrato deve conter cláusulas referentes ao gestor e hipótese prevista no artigo 57 da Lei de Licitações, o gestor do
à fiscalização, estabelecendo que a execução do objeto seja contrato deve informar esta necessidade à autoridade competente,
acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração encaminhando as justificativas para a prorrogação.
(gestor do contrato), além de conter cláusulas que definam como Se a prorrogação não for cabível na forma da lei, o gestor
a prestação do serviço, obra ou fornecimento de bem que será deve informar a necessidade de realização de nova licitação antes
avaliada por este representante. O nome do servidor especialmente do término do prazo contratual, de modo que a nova empresa
designado para acompanhar a execução pode constar em cláusula Contratada comece a atuar logo após o término do contrato
do contrato, sendo este aditado para alteração desta cláusula caso anterior. Caso constate a necessidade de alterações em cláusulas
seja necessário substituir o gestor do contrato. contratuais, para melhor execução do objeto, atendimento do
objetivo da contratação ou gestão do contrato, o gestor deve
solicitar a alteração à autoridade competente, apresentando as
justificativas do seu pedido.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

Nos casos de complexidade técnica do objeto, é importante Quando o gestor for o único servidor designado para exercer
que ele encaminhe também pareceres ou relatórios elaborados a função de gestão e fiscalização, é recomendável que o mesmo
por servidores da área ou por profissionais contratados para tenha formação ou conhecimento técnico na área do objeto a ser
auxiliá-lo, que contenham as informações técnicas necessárias. Se fiscalizado.
a Contratada tem interesse que alguma cláusula do contrato seja
alterada ou que o prazo seja prorrogado, esta pode apresentar Responsabilidades do Gestor
justificativas e comprovações necessárias à Administração, que A Administração e a Contratada respondem pelos danos que
deve analisar a legalidade e conveniência da alteração contratual, seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Porém ambas
observando o disposto no artigo 65 da Lei de Licitações. podem processar administrativamente ou judicialmente, conforme
O gestor deve assinar o termo de recebimento definitivo do o caso, o responsável pelos danos, se este agiu com dolo ou culpa.
serviço, para que seja efetivado o pagamento do Contratado. A culpa verifica-se na ação ou omissão lesiva, resultante de
A situação ideal é que o servidor que vai atuar como gestor imprudência, negligência ou imperícia do agente; o dolo ocorre
acompanhe todas as fases da contratação, desde o planejamento e quando o agente deseja a ação ou omissão lesiva ou assume o risco
elaboração do Memorial Descritivo (Projeto Básico), para conhecer de produzi-la. Desta forma, a Administração pode abrir processo
todos os detalhes do objeto a ser fiscalizado. administrativo, ingressar com ação civil ou penal, conforme o caso,
Caso não tenha participado das fases de Planejamento e para apurar a responsabilidade do servidor por danos causados ao
Licitação, é imprescindível que o gestor leia atentamente o erário ou a terceiros no exercício de suas funções.
Memorial Descritivo, o Projeto Executivo (quando for o caso) Tanto na esfera administrativa quanto na civil e penal, a
e o Contrato, prestando especial atenção às cláusulas que conduta do servidor será examinada para apuração da culpa ou
descrevem as especificações do objeto, as condições de execução, dolo. O gestor do contrato é responsável por sua conduta, ou
os procedimentos de fiscalização e as penalidades aplicáveis à seja, pelo desempenho das atividades que lhe foram atribuídas
Contratada. na portaria de designação e no contrato, respondendo se não
De acordo com o parágrafo 1º do artigo 67 da Lei de Licitações, tomar as providências que estiverem ao seu alcance e forem de
este representante da Administração deverá anotar em registro sua competência para garantir o fiel cumprimento das cláusulas
próprio todas as ocorrências relacionadas à execução do contrato, contratuais e atingimento do objetivo da contratação, ou para
ou seja, registrar por escrito tanto o cumprimento de etapas, interromper a execução em desconformidade com o pactuado e
especificações e condições de execução do objeto, quanto falhas evitar prejuízos à Administração.
e imperfeições verificadas, comunicações à Administração e à Assim sendo, ressaltamos a importância da formalização de
Contratada e respostas obtidas, fatores externos que causaram todos os atos do gestor de contrato. Ele deve comunicar-se sempre
atrasos ou alterações nas especificações ou cronograma, por escrito com o ordenador de despesas, com os servidores que
determinando o que for necessário à regularização das ocorrências auxiliam na fiscalização e, principalmente, com os representantes
das faltas ou defeitos observados. da Contratada.
Esta determinação deverá ser feita na forma escrita e mencionada Além de registrar por escrito todas as ocorrências relacionadas
ou anexada ao registro de ocorrências, pois é fato relacionado à com a execução do objeto, sobretudo nos casos de falhas e defeitos,
execução do contrato. Caso haja um Fiscal nomeado para apoiar ele deve fotografar tanto o cumprimento quanto o descumprimento
o trabalho do Gestor, estes registros de acompanhamento diário de etapas, condições e especificações contratuais. Se tudo estiver
ficam à cargo do mesmo. documentado, será possível comprovar qual foi a conduta do gestor
No parágrafo 2º do artigo 67 da Lei de Licitações temos que em cada situação, bem como as condutas dos demais servidores
as decisões e providências que ultrapassarem a competência envolvidos, do ordenador de despesas (autoridade que assinou o
do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em contrato) e da Contratada.
tempo hábil para a adoção de medidas convenientes. As decisões Essa comprovação será necessária nos casos de falhas
e providências de que trata este parágrafo são, por exemplo, na execução do contrato, danos causados a terceiros e/ou
alterações contratuais necessárias, prorrogação de prazos e inadimplemento das obrigações trabalhistas e previdenciárias
aplicações de penalidades à Contratada, ou até mesmo a rescisão devidas a funcionários terceirizados, quando a conduta de cada um
do contrato. dos envolvidos na execução contratual irá determinar o responsável
A partir das cláusulas contratuais, o gestor pode elaborar pela falha, dano ou inadimplemento, conforme o caso.
um roteiro, um plano de trabalho e/ou um check list (modelo Finalmente, não podemos deixar de lembrar sobre a
anexo) com os prazos, etapas e especificações a serem conferidos Responsabilidade Fiscal. É sabido que a impropriamente chamada
durante a execução do objeto, para facilitar seu trabalho, podendo Lei de Responsabilidade Fiscal trouxe um novo elenco de atribuições
inclusive apresentar este roteiro à autoridade que o designou, ao gestor. Em seu primeiro artigo, a lei indica o ponto de cautela: ela
para que verifique a compatibilidade com o que foi estipulado não é a lei de responsabilidade, mas é a lei de responsabilidade do
contratualmente. O gestor deve optar pelo formato do registro de gestor na gerência fiscal.
ocorrências da execução contratual que entender apropriado ao
tipo de contrato e às atividades que lhe foram atribuídas na Portaria Capacitação do Gestor/Fiscal do contrato
de Designação e cláusulas contratuais. Dadas as responsabilidades que envolvem o acompanhamento
Este registro pode ser, por exemplo, em forma de processo, no da execução contratual, é necessário que a Administração/
qual são anexadas todas as manifestações, relatórios e documentos, Ordenador de Despesas tome medidas para informar e capacitar
em formato de livro ou de relatório (em todos os casos, as folhas os servidores que designa, bem como estes servidores devem
devem ser numeradas).

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

adotar condutas e tomar precauções necessárias ao bom e seguro desempenho da gestão contratual, a fim de que tenham condições de
acompanhar e fiscalizar os contratos firmados, evitando que a nomeação destes gestores se limite ao cumprimento de formalidades e
trazendo benefícios reais para a Administração.
Nesse sentido, sempre que possível, o ordenador de despesas pode custear a participação de seus servidores em cursos de capacitação
em gestão de contratos oferecidos por órgãos públicos e empresas privadas. A qualificação dos servidores contribui para que desempenhem
melhor suas funções.
Caso o servidor designado não tenha conhecimentos técnicos sobre o objeto, deve informar este fato, por escrito, à autoridade que
o designou, solicitando inclusive a designação de servidores da área para auxiliá-lo ou a contratação de profissionais, conforme o caso.

SUSTENTABILIDADE NA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Antes de se discutir o gerenciamento da cadeia de suprimentos ou gerenciamento da cadeia de fornecimento8, é necessário compreen-
der o que é a cadeia de fornecimento ou também chamada de cadeia de suprimento ou ainda de cadeia de abastecimento:
A Cadeia de Suprimentos representa um conjunto de atividades que envolvem as atividades de compra, armazenamento, transforma-
ção embalagem, transporte, movimentação interna distribuição e todo o suporte necessário para que tudo possa acontecer.
Na logística os suprimentos são os atores principais de toda a cadeia, é com base nas características dos suprimentos, que a logística
define seus parâmetros de lead time, tipos de embalagem, as características dos equipamentos de movimentação, modais de transporte,
áreas de armazenamento e os recursos humanos e financeiros necessários.
Cadeia de suprimentos é o conjunto de materiais necessários para o funcionamento de uma empresa comercial ou fabricante. A cadeia
de suprimentos envolve todos os níveis de fornecimento do produto desde a matéria-prima bruta até a entrega do produto no seu destino
final [2], além do fluxo reverso de materiais para reciclagem, descarte e devoluções.

Veja algumas outras definições:


“É o processo da movimentação de bens desde o pedido do cliente através dos estágios de aquisição de matéria prima, produção até
a distribuição dos bens para os clientes”. (Rockford Consulting Group – RCG, 2001)
“Uma rede de organizações conectadas e interdependentes, trabalhando conjuntamente, em regime de cooperação mútua, para con-
trolar, gerenciar e aperfeiçoar o fluxo de matérias-primas e informações dos fornecedores para os clientes finais”. (Martin CHRISTOPHER,
2009).

A partir disso, é possível compreender que tal cadeia de suprimentos / fornecimento / abastecimento pode ter um gerenciamento
estratégico.
Assim, temos que a globalização tem aumentado consideravelmente a competitividade entre as empresas. Em países como o Brasil,
até anos atrás acostumado com o protecionismo econômico viu-se, de um momento para outro, tendo que assimilar novidades que, lá
fora, já vinham sendo discutidas.
Desta maneira, práticas industriais até há pouco utilizadas estão sendo substituídas ou adaptadas para suportar a nova ordem mundial
e obter as devidas vantagens competitivas. O SCM - Supply Chain Management (ou, em português, Gerenciamento da Cadeia de Suprimen-
tos ou Gerenciamento da cadeia de Fornecimento) é uma destas práticas.
O Supply Chain pode ser considerado uma visão mais atualizada e expandida da Administração de Materiais tradicional (e ainda hoje
vista em faculdades de Administração de Empresas). Até 1.950, esta administração de materiais era restrita ao almoxarifado e o diretor
da organização. Cerca de seis anos depois, os empresários deixaram de focar apenas nos materiais e passaram a pensar nos investimentos
monetários em materiais (isso permitiu que materiais deixassem de ser vistos apenas como artigos físicos, focando o lado monetário da
questão).
Entre os anos 1980 e 1990, a administração de materiais passou a ser vista sobre um ângulo mais complexo: a de sistema - o que im-
plica num conjunto de variáveis inter-relacionadas e interdependentes na busca de objetivos comuns. Tal definição propiciou o surgimento
de uma visão ainda mais abrangente: a do Supply Chain.

O princípio básico do SCM é que toda a cadeia produtiva deve ser levada em conta quando se visa o aumento da competitividade.
Entenda-se por cadeia produtiva todas as partes envolvidas na produção de qualquer item, tais como:
- Fornecedor da minha empresa;
- Fornecedor do meu fornecedor;
- Minha empresa;
- Meu cliente;
- Cliente do meu cliente, e assim por diante.

8 COSTA, Jaciane Cristina. et al. A gestão da cadeia de suprimentos: teoria e prática. Porto Alegre: XXV ENEGEP, 2005.
RAZZOLINI FILHO, Edelvino. Logística empresarial e cadeias de suprimentos. Curitiba, 2009.
CARRETONI, ÊNIO, Administração de Materiais – Uma Visão Sistêmica, Ed. PSY, Campinas/SP, 1.993
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O grau de profundidade desta cadeia pode variar dependendo dos objetivos que se deseja atingir.

Fonte: Bertaglia, Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento

Definição de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ou Supply Chain Management (SCM).


O conceito de gestão da cadeia de suprimentos pressupõe a integração de todas as atividades da cadeia mediante melhoria nos relacio-
namentos entre as diversas organizações de diferentes tipos, interagindo em busca da construção de vantagens competitivas sustentáveis
para a cadeia como um todo. A cadeia de suprimentos deve ser vista como uma rede de empresas independentes que agem em sintonia
de forma a criar valor para o usuário final através da distribuição de produtos. Essa sintonia é exatamente o objetivo do Supply Chain Ma-
nagement (BATALHA, 1999).
A SCM pode ser definida como uma rede de empresas autônomas ou semiautônomas, coletivamente responsáveis pelas atividades de
obtenção, fabricação e distribuição, associados com uma ou mais famílias de determinados produtos.
A gestão ou gerenciamento da Cadeia de Suprimentos pode ser definida como uma integração dos processos-chave de negócios desde
o usuário final até os fornecedores originais que proveem produtos, serviços e informações que agregam valor para os consumidores e
demais interessados no negócio (LAMBERT). O escopo original de uma cadeia de suprimentos tem sido a integração entre as firmas.

O que caracteriza a SCM


1) Redes de cooperação entre os agentes de uma mesma cadeia de suprimentos;
2) Competição entre as cadeias de suprimentos;

O Objetivo do SCM
O SCM propõe uma rede de facilidades e opções de distribuição para garantir a obtenção de materiais e a transformação destes em
produto intermediário ou final; e, depois, a distribuição destes para os consumidores. O SCM pode ser implantado tanto em organizações
de manufatura quanto em prestadoras de serviços.
Para compreender melhor a ideia do SCM, observe o exemplo de uma grande siderúrgica. Não basta apenas que se tenha aço e energia
elétrica como garantias de produtividade e, sim, garantir também materiais de escritório (canetas, papéis, lápis), de informática (cartuchos
para impressoras, computadores), e outros. Já é possível se ter uma ideia dos canais envolvidos nesta cadeia.
Por questões de competitividade, não basta o produto final ser bom, mas é necessário que esta siderúrgica, ao precisar de um cartu-
cho de tinta, possa solicitá-lo ao seu fornecedor e este possa disponibilizá-lo imediatamente - o que significa que deve haver uma grande
sincronia na integração entre as duas empresas.
Portanto, o objetivo básico do SCM é maximizar e tornar realidade as potenciais sinergias das partes envolvidas na cadeia produtiva,
para que o consumidor possa ser atendido de maneira mais eficiente e a um custo menor para quem produz.
Trata-se, claro, de um investimento de alto risco, já que tem por objetivo gerenciar toda uma cadeia complexa de atividades. Porém, o
SCM tem permitido práticas eficazes em grandes corporações ao redor do mundo, da seguinte maneira:

Reestruturação Fornecedores
Reduzir o número de fornecedores e escolhê-los adequadamente constituem uma reestruturação válida, já que torna mais fácil o ge-
renciamento das matérias-primas (ou outros materiais) e permite um aprofundamento das relações entre as entidades envolvidas;

Integração de Infraestrutura
Sistemas de informática integrados com os do fornecedor e os do cliente têm permitido a reposição automática de determinados pro-
dutos nas prateleiras. Sistemas de EDI (Eletronic Data Interchange) vêm sendo muito usados com essa finalidade e têm permitido entregas
mais rápidas e níveis de estoques mais baixos;

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Desenvolvimento de Novos Produtos Decisões sobre Localização


A participação do fornecedor no desenvolvimento de novos O local geográfico das facilidades de produção, estocagem e re-
produtos de seus clientes tem propiciado uma redução dos custos cursos é o, naturalmente, o primeiro passo para se criar um SCM.
e do tempo de desenvolvimento dos mesmos. O acompanhamento Este local de facilidades envolve assegurar disponibilidade de recur-
da fase inicial torna-se, então, um importante item de SCM. sos a longo prazo. Uma vez determinado, é possível distinguir por
qual caminho o produto flui até o consumidor final. Trata-se de uma
Boa parte dos pacotes de gestão incluem um módulo de Supply estratégia muito significativa para a empresa, já que irá determinar
Chain. Mas não basta o software. Além disso, é preciso negociar o acesso aos mercados consumidores e terá um considerável im-
com fornecedores e clientes, e usar meios online (como a Internet) pacto nos custos de venda e níveis de serviço.
para receber e emitir pedidos.
Portanto, o SCM deverá integrar as informações de todos os for- Decisões de Produção
necedores, além daquelas relacionadas à verificação de processos Decisões estratégicas incluem quais produtos produzir, quais
internos como fabricação e despacho. A partir dessa integração, são fábricas para produzi-los serão usadas e alocação de fornecedores.
gerados dois fluxos principais: de materiais e financeiro. Do mesmo modo que o item anterior, este também terá impacto
O fluxo de materiais ocorre quando há uma “configuração do crucial no custo de venda e no nível de serviço da empresa. Outro
produto” conforme os requisitos do consumidor, ou seja, saem dos ponto crítico é a capacidade de facilidades de manufatura, que de-
fornecedores os componentes, as embalagens, etc., agregando va- pende do grau de integração vertical dentro da firma.
lor à proporção que passam pelos participantes dos canais de distri-
buição, até chegar ao consumidor final. Decisões de Inventário
O fluxo financeiro inicia-se com a aquisição de componentes Aqui define-se quais inventários serão gerenciados, isto é, de
pelo fornecedor, para a fabricação do produto, e vai até a aquisição quais itens se deverá fazer inventário. Inventários devem existir em
do produto pelo consumidor, passando pelos canais de distribuição todos os estágios da cadeia de suprimentos, tais como matérias-pri-
necessários. mas, produtos semiacabados, produtos-acabados, produtos finais,
O SCM oferece grandes perspectivas de ganhos para quem o etc.
utiliza, na medida em que exista não somente um aumento de es-
cala nos volumes transacionados entre os participantes, como tam- Decisões de Transporte
bém a transferência de tecnologias para as empresas menos desen- O aspecto que deve ser levado em conta neste tópico é, basica-
volvidas, de maneira a possibilitar custos operacionais menores e mente, estratégico: como transportar o produto? Enquanto despa-
melhorias na qualidade dos produtos fabricados (Savoi, 1998, apud chos aéreos tendem a ser mais velozes, são também mais caros. Já
Pereira e Hamacher, 2000). despachos marítimos tendem a ser menos custosos, porém neces-
sitam de inventários mais descritivos e detalhados para ir de encon-
De maneira resumida, temos: tro à incerteza inerente desse tipo de transporte. Todavia, o nível do
serviço ao consumidor e a localidade geográfica ditam regras vitais
Objetivos do SCM nestes casos, qualquer que seja a escolha. O transporte representa
1) Melhorar o atendimento ao cliente com o menor custo total cerca de 30% do custo logístico e, assim sendo, operar eficiente-
possível; mente traz economias consideráveis.
2) Desenvolver e utilizar tecnologias de informações;
3) Promover a tomada de decisões com baixa margem de risco; Implementação da SCM o que se deve visar:
4) Operar com maiores níveis de eficiência; 1) Parcerias com fornecedores/cliente (redes);
5) Melhorar a comunicação com clientes e fornecedores da me- 2) Sincronização da produção;
lhor maneira possível 3) Redução de estoques em toda a cadeia;
4) Revisão dos processos;
As Decisões no SCM 5) Melhoria dos sistemas de comunicação e informação;
Tipicamente, costuma-se classificar as decisões para gerência 6) Gestão da demanda.
da cadeia de suprimentos em duas categorias: estratégica e opera-
cional. A primeira, como sugere o nome, envolve decisões a longo Operação de Risco: Os Riscos do SCM
prazo e lidera as atividades de SCM baseadas em perspectivas. São, A ideia de Supply-Chain Management, apesar de envolver várias
portanto, decisões globais, com a finalidade de unir os vários aspec- partes, parece simples, mas por ser extremamente abrangente, se
tos do Supply-Chain. não for bem pensada e estudada, pode surtir no efeito contrário:
Por outro lado, decisões operacionais são mais imediatistas, fo- aumento de custos e desencontros com clientes e fornecedores.
cando as atividades baseadas no dia-a-dia da companhia. A soma Deve-se conversar com os clientes e fornecedores, conhecê-los
destes dois conceitos produz esforços no sentido de gerenciar, efi- e conhecer seus produtos, além dos métodos de trabalho de cada
caz e eficientemente, o fluxo de produção. um. Adaptar fornecedores e clientes para fazer parte de uma cadeia
Olhando estas decisões mais de perto, perceberemos que ainda de suprimentos não é fácil já que, por si só, cada empresa possui
podemos desdobrar estes tópicos em quatro outras áreas de deci- seus próprios objetivos e uni-los em um projeto de SCM requer es-
sões de grande importância: tudar item por item destes objetivos.
No entanto, SCM é uma prática que vem sendo bastante usada
ao redor do mundo.

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A Tecnologia da Informação na gestão da cadeia de suprimentos9


A TI tem afetado a competição ao alterar a estrutura do setor, criar novos negócios e proporcionar vantagens competitivas. Nesse
sentido, a TI permeia toda a cadeia de valor e também o sistema de valor, impactando processos, estruturas e até mesmo produtos. As
empresas estão recorrendo à aplicação de TI nas cadeias de suprimento visando à obtenção de vantagem competitiva e automatização dos
processos produtivos. Os gestores envolvidos na cadeia de suprimentos veem a TI como a principal fonte de melhorias na produtividade e
na capacidade competitiva e é empregada diferentemente de outros recursos já que possibilita um aumento de velocidade de transmissão
e de capacidade de dados e simultaneamente reduz custos.
A TI está proporcionando a virtualidade das relações no âmbito da gestão da cadeia de suprimentos. A SCM virtualizada é mais do
que apenas ligações eletrônicas entre elos da cadeia, representa configurações e estruturas organizacionais orientadas para este relacio-
namento eletrônico, o que facilita o efetivo e eficiente fluxo de bens e informações. Isto resulta em maior flexibilidade e capacidade de
adaptação da organização e da própria cadeia ao ambiente de negócios. A virtualização da SCM pode representar uma oportunidade de
inovação ou também uma ameaça à vitalidade da organização à medida que aumentam os riscos e as dificuldades de coordenação entre
os parceiros da cadeia. O quadro abaixo apresenta algumas das definições da TI utilizadas na cadeia de suprimentos:

Quadro: sistemas de informações logísticas (Tecnologias e Definições)

Tecnologias Definições
Sistema que mantém o controle e rastreamento do movimento de estoques por meio dos depósi-
Sistemas de gestão de
tos, desde o recebimento até a expedição. O WMS gerencia a utilização de recursos tais como espaço
armazéns (WMS)
e pessoal.
Tecnologia que suporta comunicações sem fio para a leitura e transmissão de dados. São utiliza-
Identificação por rádio
dos nas cadeias de suprimento por etiquetas rastreáveis que possibilitam o controle do posicionamen-
frequência (RFID)
to de produtos.
Equipamentos de rastreamento de frotas são comumente utilizados em caminhões e reboques
Rastreamento de frotas de modo a acompanhar a localização e alimentar sistemas de informação. Podem utilizar tecnologias
como satélites ou sistemas celulares para a localização dos móveis.
Sistema de etiquetas padronizadas utilizadas para identificação de produtos, esses códigos são
Códigos de barras
utilizados na aquisição de dados por parte dos sistemas de informações logísticas.
Intercâmbio eletrônico Sistema para intercâmbio de dados por tecnologia eletrônica que possibilita transmissões de
de dados (EDI) dados mais ágeis entre parceiros da cadeia de suprimentos
Estoque administrado Tem como objetivo fazer com que os fornecedores, por meio de sistema de EDI, verifique as neces-
pelo fornecedor (VMI): sidades do cliente por um produto, no momento certo e na quantidade certa
Compras eletrônicas Sistemas utilizados para a automação dos processos de compras. Podem utilizar a internet como
(e-procurement) plataforma de modo a possibilitar maior integração com fornecedores.
Sistemas integrados de Têm como objetivo apoiar a gestão organizacional integrando os processos e operações da em-
gestão (SIG) presa, mantendo uma base unificada de informações.

Fonte: Maçada et. al. Impacto da tecnologia da informação na gestão das cadeias de suprimentos – um estudo de casos múltiplos. São Carlos,
2007.

Diante do aumento da competitividade, as instituições tem buscado formas para agilizar os processos, e com isso, algumas ferramen-
tas gerenciais tem sido adotadas para facilitar a administração de materiais, abaixo segue algumas das principais ferramentas utilizadas:
1. WMS (Warehouse Management System): O WMS é um Sistema de automação e gerenciamento e depósitos, armazéns e linhas de
produção, que fornece a rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking, consolidação e cross-docking para maximizar o uso
dos espaços nos armazéns.

2. TMS (Transportation management System): É um software para a melhoria da qualidade e produtividade de todo o processo de dis-
tribuição, que permite controlar toda a operação e gestão de transportes de forma integrada, e tem como finalidade identificar e controlar
os custos inerentes a cada operação. Esse sistema é desenvolvido em módulos, de acordo com as necessidades dos clientes.

3. ERP (Enterprise Resource Planning): É um sistema de gestão empresarial que integra todos os dados de uma organização, formando
um único sistema ou banco de dados. Desenvolvido para integrar todos os departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e
armazenamento das informações geradas por cada operação realizada. A sua integração pode ser vista por duas perspectivas, a funcional
e a sistêmica.

9 Maçada et. al. Impacto da tecnologia da informação na gestão das cadeias de suprimentos – um estudo de casos múltiplos. São Carlos, 2007.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

4. MRP (Material Requirement Planning): É o planejamento Como elaborar um planejamento de rotas mais eficiente?
das necessidades de materiais, em que transforma a previsão de Para conseguir alcançar todos esses benefícios, é preciso levar
demanda de um determinado produto em uma programação das em consideração uma série de fatores no momento de elaboração
necessidades dos itens para comporem este mesmo produto. O do planejamento de rotas:
MRP permite a coordenação do fluxo de compra de recursos e ma-
teriais, se baseando nas previsões de entrada e de vendas da or- Realize o rastreamento dos veículos
ganização, e sua finalidade é auxiliar os gestores a determinarem Essa ferramenta já é utilizada para garantir ao cliente um acom-
a quantidade certa e o momento ideal para realizar a compra dos panhamento em tempo real de seu pedido. Mas, além disso, o ras-
materiais que a instituição necessita. treamento de veículos pode ser utilizado pelo gestor para que ele
possa analisar o desempenho dos motoristas, os problemas com
tempo, a ocorrência de imprevistos, etc.
GESTÃO DE TRANSPORTE DE CARGAS Isso também pode viabilizar a comparação de rotas, permitin-
do a escolha daquela mais adequada.

Rotas Considere imprevistos


A área da logística gira em torno do termo otimização, que re- É sempre importante levar em conta uma margem de erro.
duz os desperdícios e possibilita a maximização dos lucros. Sendo Em todos os lugares, principalmente em cidades grandes, há uma
assim, é sempre muito importante garantir que todas as etapas iminente possibilidade de um imprevisto acontecer. Para evitar ser
estejam alinhadas corretamente e que isso se dê da maneira mais pega de surpresa, a empresa pode utilizar dados históricos para
econômica possível, sem comprometer o nível da qualidade. prever e se preparar caso eles ocorram. Sendo assim, é possível
O planejamento de rotas é um sistema que proporciona um traçar as alternativas mais viáveis.
alto índice de otimização. Mas para que isso seja possível, é preciso
conhecer muito bem essa ferramenta. Neste artigo vamos abordar Leve em conta as restrições dos clientes
os benefícios trazidos pelo planejamento de rotas, bem como al- Uma parcela dos consumidores finais tem algumas restrições
gumas dicas para elaborá-lo de forma mais eficiente e otimizada. em relação às entregas, principalmente relativas ao horário ou à
Confira! ordem de recebimento. Portanto, é recomendado verificar essas
restrições a fim de evitar a ocorrência de problemas, que acarretam
Qual a importância do planejamento de rotas? custos com devoluções e re-entregas.
O planejamento de rotas proporciona uma maior organização
do calendário de entregas, o que torna possível um planejamento Utilize indicadores de desempenho
melhor sobre todas as etapas que envolvem o processo de distribui- Os indicadores de desempenho permitem que a empresa men-
ção. Dessa forma, a empresa passa a analisar mais todas as alterna- sure os resultados de suas ações. Assim, é possível definir o que
tivas de entrega. está dando certo e o que não está e, a partir dessas informações,
Veja a seguir os principais benefícios gerados pelo planejamen- estabelecer mudanças e correções em sua estratégia.
to de rotas, tanto para o setor de transportes quanto para as ativi- O planejamento de rotas melhora o nível das entregas, que se
dades da empresa de forma geral. tornam mais ágeis, rápidas e certeiras. Para isso, é necessário ali-
nhar uma série de estratégias. Um planejamento de rotas eficiente
Utilização do melhor trajeto e otimizado contribui muito para a empresa, reduzindo custos, con-
Com o estudo dos pontos de entrega e das possibilidades de quistando clientes e aumentando lucros.
caminho, considerando variáveis como tempo ou trânsito, se tor-
na viável traçar o melhor trajeto a ser percorrido. Isso traz muitas Riscos
vantagens e, certamente, a principal delas é a economia de tempo. O transporte de cargas é uma atividade que apresenta diferen-
tes riscos. Muitos deles trazem consequências graves e são causa-
Economia de combustível dos por 3 fatores principais: imperícia, imprudência e negligência.
Um dos benefícios mais fáceis de serem notados, pois gera um Isso comprova que a falta de preparo e de gerenciamento dos riscos
resultado imediato. Por meio das rotas mais inteligentes, com um é um problema constante e que deve receber a atenção especial
planejamento mais adiantado, percorrendo o melhor e mais eco- das empresas.
nômico caminho, o gasto com combustível cai significativamente.
Riscos do transporte de cargas
Redução dos impactos ambientais Muitas vezes, imperícia, imprudência e negligência são enten-
É visível o aumento da preocupação com as questões didos como sinônimos. Mas, na realidade, esses conceitos são bem
ambientais, da sociedade em geral e, é claro, do consumidor diferentes. É importante entender cada um deles para evitar que os
final. Rodando por menos tempo nas estradas, se queima menos riscos ocorram durante o transporte de cargas.
combustível. Logo, emite-se uma quantidade menor de gases
poluentes. Isso é bom tanto para questões ecológicas quanto para Imperícia
a construção da imagem da sua marca. Está relacionada à falta de habilidade ou de capacidade do tra-
balhador. No caso do transporte de cargas, a imperícia pode levar a
acidentes, já que o motorista não tem a habilidade necessária para
evitá-los. À empresa cabe a responsabilidade de contratar trabalha-
dores experientes ou capacitá-los.Por exemplo: um caminhão mui-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

to carregado ou que transporte uma carga maior do que ele (como Custos de Frete
equipamentos para refinaria) pode tombar facilmente. Por isso, o Um estudo de caso desenvolvido pelo administrador Roberto
motorista deve ter a perícia necessária para transitar em baixa velo- Vatan dos Santos analisa os custos operacionais e a formação de
cidade e acomodar a carga da melhor forma possível. preço do frete no transporte de carga. Segundo a pesquisa, o setor
de transporte fatura mais de R$ 40 bilhões e movimenta dois terços
Imprudência do total de cargas do país. A estimativa é de que 65% dos fretes se-
Ocorre quando o trabalhador é seguro de seu trabalho. É uma jam feitos por caminhões, o que explica o intenso fluxo de veículos
situação de inconveniência, inadvertência. Por exemplo: um tra- de transporte de cargas pelo modal rodoviário.
balhador que executa a mesma função há 5 anos pode deixar de O transporte de carga no Brasil é feito tanto por profissionais
tomar algumas medidas de segurança por achar que já sabe o que autônomos quanto por micro e pequenas empresas ou grandes
fazer. Esta é uma atitude imprudente. operadores logísticos. Segundo dados do Anuário CNT do Transpor-
No entanto, a imprudência também pode aparecer quando a te, nos últimos 15 anos as rodovias pavimentadas cresceram 23,2%
pessoa é proativa e quer mostrar trabalho, mas não tem o conheci- no Brasil, mas a frota de veículos aumentou 184,2% no mesmo pe-
mento necessário. Nesse caso, ele quer ajudar, mas acaba tomando ríodo.
uma atitude errada. Por outro lado, uma reportagem publicada pela Folha de São
Por exemplo: acomodando mal a carga no veículo de transpor- Paulo afirma que 43% dos caminhões trafegam vazios, isso só no
te, levando ao tombamento. estado de São Paulo. A ausência da carga de retorno é um dos mo-
tivos que eleva o custo de frete e gera essa sobrecarga de veículos
Negligência circulando a capacidade ociosa.
Aparece por um descuido, uma falta de atenção. A negligência Entenda a composição de custo do transporte de carga
é a situação mais comum, ocorrendo em diferentes situações. Por Muitas empresas que se valem de transportadoras para efetuar
exemplo: quando o motorista de um caminhão atende o celular, suas entregas, ou mesmo os consumidores finais, são os primeiros
quando o trabalhador conversa com outra pessoa e acaba deixando a afirmar e reclamar do custo do frete no Brasil, considerado muito
de prestar atenção à tarefa que está executando etc. elevado se comparado a outros países. Porém, poucos param para
Assim, a negligência pode aparecer em atividades mais sim- refletir sobre quais os aspectos interferem e, principalmente, con-
ples, como o transporte de uma caixa por meio de uma empilhadei- tribuem para esse alto valor.
ra móvel. Como a caixa pode impedir a visão do trabalhador, a car- As justificativas para o alto custo são diversas, contudo, algu-
ga pode cair por um simples desnível no chão. Considerando esses mas se destacam, a exemplo citamos:
problemas, o que pode ser feito para reduzir os riscos da atividade
de transporte de cargas? Uma das respostas é: Riscos nos Deslocamentos
Nesse contexto, um dos fatores que mais impacta o valor do
Gerenciamento de riscos frete no Brasil são os riscos envolvidos nos deslocamentos nas es-
Essa prática é uma das melhores para impedir que acidentes tradas. De acordo com dados divulgados em março de 2017 pela
aconteçam. Basicamente, ela se constitui em um conjunto de recur- Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), as
sos que podem ser utilizados para reduzir os riscos, considerando a ocorrências de roubo de carga causaram um rombo estimado em
logística aplicada pela empresa. Assim, o gerenciamento de riscos R$ 1.6 bilhão durante o ano de 2016.
envolve os aspectos materiais e humanos a fim de controlar, dirigir, Para se ter ideia da proporção desse problema que as empresas
organizar e planejar as melhores práticas, evitando a ocorrência de de transporte e os caminhoneiros sofrem, segundo a federação, a
acidentes. cada 23 minutos um caminhão é roubado no país. Uma estatística
Por exemplo: essa prática pode prever a capacitação profissio- expressiva e que corrobora com os altos prejuízos sofridos no setor,
nal dos trabalhadores e a substituição de equipamentos e veículos que são estimados em R$ 6,1 bilhões.
antigos, que podem ocasionar acidentes no transporte de cargas. O Brasil, segundo a Joint Cargo Comitte, ocupa o oitavo lugar
O resultado é facilitar o processo de transporte, assegurando as na lista dos países mais perigosos do mundo para o transporte de
melhores práticas. Para isso, é elaborado o Plano de Gerenciamento cargas, considerando dados de 57 países
de Riscos, que prevê a análise da logística, as técnicas mais adequa-
das para o contexto e a realidade da empresa e o monitoramento Custos Fixos X Custos Variáveis
das atividades. Para calcular o gasto operacional do transporte de carga é pre-
ciso classificar os gastos como variáveis e fixos. Combustível, lubrifi-
Assim, as principais vantagens do gerenciamento de risco são: cantes, pneus, peças e demais valores para a manutenção do cami-
- Alinhamento dos riscos com as estratégias da empresa. nhão são classificados como gastos variáveis. Já os custos fixos são:
- Fortalecimento das tomadas de decisão a respeito dos riscos. o salário do motorista, a depreciação do caminhão, o seguro obri-
- Redução de prejuízos operacionais. gatório do veículo e demais impostos, como emplacamento e IPVA.
- Identificação e gestão dos riscos. Nesse ponto temos um dos itens que mais indignam os profis-
- Aproveitamento de oportunidades. sionais do ramo de transporte: o preço do combustível. Nos últimos
- Otimização do capital. anos, o brasileiro vem sofrendo com aumentos sucessivos no preço
da gasolina e etanol principalmente, o que não significa que o diesel
Controlando os riscos do transporte, a empresa evita prejuízos — combustível mais utilizado nos transportes — também não tenha
e garante a segurança dos trabalhadores e da sua mercadoria. sofrido acréscimos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

No mês de abril de 2017, por exemplo, a Petrobras anunciou Por exemplo, o transporte de produtos inflamáveis ou tóxicos
que no corrente mês os preços da gasolina e diesel subiriam 2,2% e certamente tem um valor mais alto, dada a complexidade que o
4,3% respectivamente. O que, segundo a empresa, representa um deslocamento envolve e a capacitação do motorista, que é obriga-
aumento de até R$ 0,09 por litro de diesel e R$ 0,04 no litro de do a frequentar curso específico para o transporte desse tipo de
gasolina. carga.

Cálculo do Gasto Unitário Rotas Ociosas


Como cada caminhão tem uma característica própria, isso sig- O transporte de carga para rotas com menor demanda é outro
nifica que a despesa variável é diferente para cada veículo. Portan- fator que deve ser considerado na composição de custos. Além de
to, o cálculo deve ser unitário para cada carreta, truck ou qualquer encarecer o preço do frete, é um aspecto que interfere na preserva-
outro modelo. ção do meio ambiente e manutenção das estradas.
Além disso, é preciso sempre levar em conta o consumo do Além disso, o frete para regiões menos povoadas faz com que
veículo por quilômetro rodado, seu ano de fabricação, garantia do a probabilidade de que o motorista encontre uma carga de retorno
fabricante etc. São custos que interferem no transporte de carga e é menor. Assim, essa variável também será considerada na hora de
nem sempre são calculados de forma unitária. fixar o valor, visto que é provável que o caminhão terá que circular
As empresas de transporte, principalmente as grandes, tem a vazio, o que só representa gastos.
política de substituição periódica da frota, justamente para minimi-
zar os gastos com caminhões mais antigos e menos modernos. Hoje, Redução Dos Custos Logísticos Com Relação Aos Transportes
os caminhões já saem da fábrica com sistemas inovadores capazes Como é possível perceber, o transporte de cargas envolve mui-
de melhorar o consumo e indicar a melhor maneira de conduzi-lo. tos custos, por isso a importância de buscar alternativas que sejam
Nesse ponto, a tecnologia surge como uma aliada dos moto- eficientes e, ao mesmo tempo, gerem economia.
ristas e das empresas, pois, ao mesmo tempo que oferece mais Algumas medidas podem contribuir significativamente para a
conforto e segurança, ainda fornece uma redução nos custos ope- redução dos custos do transporte, seja minimizando riscos de pre-
racionais. juízos, como a ocorrência de acidentes e roubos, ou otimizando
Contudo, é preciso lembrar que tecnologia custa caro e, por a condução do veículo, capacitando o motorista para um melhor
isso, nem todas as empresas têm condições de aproveitar dos be- aproveitamento da máquina, reduzindo o desgaste e consumo de
nefícios de veículos novos — tanto o é, que, segundo levantamento combustível.
realizado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), a frota
de caminhões no Brasil está envelhecendo, sendo que a média de Redução Dos Riscos No Transporte
idade do veículo é: As empresas e profissionais que lidam diretamente com o
16,9 anos para motoristas autônomos; transporte de cargas não têm outra opção além de investir em so-
7,5 anos para empregados de frota; luções para reduzir os riscos nos deslocamentos. O monitoramento
13,9 anos para caminhoneiros. e rastreamento eletrônicos, por exemplo, são formas de prevenir a
ocorrência de roubos de cargas.
Rotas de Coleta e Entrega
Depois de estimar os custos fixos, variáveis e o gasto unitário Conhecendo as rotas e os horários em que o risco de roubo é
de cada veículo, o passo seguinte é calcular o preço efetivo para o maior, visto que há mais incidentes, a empresa consegue elaborar
transporte de carga. Esse cômputo é feito costumeiramente, pois um plano de operação em conjunto com o motorista, orientando
consiste em definir as despesas desde a coleta da mercadoria, até ele sobre os riscos em determinadas localidades e pedindo um cui-
a sua entrega. dado redobrado nessas áreas.
Para não deixar nenhum gasto operacional fora da conta é pre- Nesse contexto, algumas orientações são primordiais, como:
ciso somar a hora do custo fixo com a hora do custo variável, de Não faça paradas em locais perigosos: parece óbvio, mas nem
acordo com o veículo escolhido, e multiplicar pelo número de qui- sempre o motorista sabe exatamente onde está. Por isso, a empre-
lômetros rodados. sa sabendo que a área oferece risco para o tipo de carga transpor-
Além da distância percorrida, há também de considerar que tada, deve prontamente informar ao motorista para que ele pro-
nem todas as regiões do Brasil oferecem a mesma disponibilida- grame a sua parada antes ou depois de passar pelo trecho indicado
de de infraestrutura e acesso. Desse modo, fretes menos comuns, como crítico.
como para o extremo norte do país, no qual as condições das ro- Viaje em comboio: se o trecho possui um alto índice de roubo
dovias são piores e o acesso é mais difícil, ainda que a distância de cargas, é recomendado que o motorista passe por ela junto a
seja menor, o custo do transporte pode sofrer uma grande oscilação outros colegas, pois os alvos mais comuns desse tipo de ação crimi-
para compensar todas essas variáveis negativas. nosa são veículos que trafegam isolados.
Utilize rastreadores: hoje essa tecnologia é bastante comum no
Características E Peso transporte de cargas, dada a grande incidência de roubos. O comum
Além da distância a ser percorrida, existem outros aspectos é que o rastreador seja instalado no caminhão, porém já existe a
que também influenciam o valor do transporte de carga, como o possibilidade de instalar na própria carga e até mesmo no celular
peso e a especificidade da carga. É fundamental avaliar essas duas do motorista.
características antes de definir o veículo que fará o transporte, pois
cargas perecíveis requerem caminhões adaptados. Quanto maiores
forem as exigências para o deslocamento da carga, mais caro tende
a ser o preço do serviço.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

Roteirização Eficiente E Otimização Do Veículo O foco do mapeamento de processos é encontrar as causas-


Os dois pilares para alcançar uma redução de custos em trans- -base de cada falha e criar soluções mais acertadas para cada uma
porte de carga são uma roteirização eficiente e a otimização do veí- delas, a fim de que a eficiência da empresa não seja afetada e nem
culo. A roteirização evita a onerosa situação de ter que deslocar os custos sejam alterados.
com o caminhão vazio, gastando combustível e desgastando o veí-
culo sem ter nenhum retorno — no Brasil, a título de informação, Padronização de Processos
40% dos veículos de carga que circulam pelas rodovias estão vazios, A padronização auxilia muito na execução do trabalho, espe-
o que demonstra a grande necessidade de um melhor planejamen- cialmente no treinamento de novos colaboradores, já que existe um
to de rotas. roteiro de ações que pode ser seguido, simplificando o aperfeiçoa-
O ideal é que, sempre que um veículo sai com destino progra- mento da atividade.
mado, haja um planejamento para que exista a carga de retorno. Além disso, a padronização contribui para a redução no núme-
Nesse ponto, é necessário ser estratégico para que o veículo não ro de erros e necessidade de retrabalho, pois o funcionário respon-
fique parado esperando carga, nem trafegue vazio. sável já está habituado com a tarefa, o que afeta também os custos
operacionais.
Investimento Em Tecnologia Portanto, os custos operacionais do transporte de carga com-
O uso da tecnologia pode simplificar a conexão entre embar- portam diferentes fatores, o que dificulta um pouco a vida dos ge-
cadores e transportadores. O cruzamento entre as informações de rentes na hora de criar estratégias para conter gastos. No entanto,
quem necessita de frete e quem oferece esse serviço permite pre- algumas medidas são essenciais, como a redução de riscos no trans-
ver carga de retorno, minimizar as rotas ociosas, aumentar o apro- porte, investimento em tecnologia, dentre outras que listamos.
veitamento dos espaços e, com isso, reduzir o custo do transporte
de carga. A tecnologia ainda possibilita que o embarcador acompa-
nhe o posicionamento da carga, etapas do transporte e até dados GESTÃO DE ESTOQUES E ALMOXARIFADOS
do caminhoneiro.
Além disso, como já pontuamos — e agora reforçamos —,
atualmente, a tecnologia permite saber praticamente todas as in- Funções Do Almoxarifado
formações sobre o veículo de forma remota, desde seu destino, Esse termo é derivado de um vocábulo árabe que significa “de-
carga transportada, velocidade, autonomia etc. Todos esses dados positar”.
podem servir de base para uma negociação de frete por região, for- Como um dos mais importantes setores de uma organização, o
necendo uma estimativa mais confiável dos custos envolvidos. almoxarifado consiste em um lugar destinado ao armazenamento
adequado para cada produto de uso interno. No campo da adminis-
Estabelecimento De Rotas Padrão tração se tornou também, uma das principais matérias de estudo.
Com uma maior demanda sobre determinadas localidades Carlos Henrique Klipel em seu artigo publicado em 2014 desta-
é possível desenvolver um trabalho logístico mais otimizado para ca que é o setor responsável pela gestão física dos estoques e tem a
aquele determinado percurso. Assim, a empresa adquire uma função de guardar, preservar, receber e expedir materiais.
maior experiência em transportes em regiões específicas, permitin-
do que a negociação de valores seja mais interessante. Suas funções:
• Garantir que o material adequado esteja, em sua quantidade
Antecipação De Demandas devida, no local correto, quando se fizer necessário;
O mercado é dinâmico, de modo que oscilações nas demandas • Evitar que haja divergência de inventário e/ou perda, desvios
acontecem com frequência. Sabendo disso, as empresas necessi- de qualquer natureza;
tam se antecipar a esse tipo de situação para que não sejam sur- • Resguardar a qualidade e as quantidades exatas de cada ma-
preendidas. terial;
Planejar e antecipar demandas evita que a empresa tenha que • Obter as devidas instalações, de forma adequadas, bem
adotar medidas emergenciais para conseguir supri-las e, em razão como recursos de movimentação e distribuição suficientes para um
disso, tenha gastos extraordinários. Por exemplo, se uma compa- atendimento rápido e eficiente.
nhia não antecipa as demandas de final de ano — típica época de
grande volume de vendas — e é surpreendido com um fluxo alto Função Dos Estoques
de solicitações que não é capaz de suprir, ela terá que recorrer aos O estoque é todo o material ou produtos disponíveis para o uso
serviços de terceiros, por exemplo contratando uma transportadora da empresa no processo de fabricação ou comercialização direta ao
terceirizada. No entanto, esse gasto poderia ter sido evitado, caso a consumidor final.
situação já fosse prevista.
Funções:
Mapeamento de Processos • Receber para armazenagem e proteção os materiais adquiri-
Mapear processos nada mais é do que o estudo detalhado de dos pela empresa;
como os métodos de trabalho são executados no dia a dia da orga- • Entrega dos materiais mediante requisições autorizadas aos
nização. Essa medida visa, principalmente, identificar falhas e suas setores da organização;
possíveis causas. Assim, fica mais fácil encontrar inconsistências • Assegurar que os registros necessários estejam sempre atu-
nas operações, que possam gerar desperdício — seja de materiais, alizados;
tempo, mão de obra etc. —, que acabem por onerar os custos ope-
racionais.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

• Controle: que deve fazer parte do conjunto de atribuições de Tipos De Armazenamento


cada setor envolvido, qual seja recebimento, armazenagem e dis- O setor de almoxarifado exige o controle do estoque, como
tribuição. quantidade, reposição, armazenamento, validade, controle do uso,
etc.
Critérios Para Armazenamento No Almoxarifado Para as mercadorias e produtos (de limpeza, de escritório, ser-
O almoxarifado constituía-se em um depósito, em sua maioria viços, etc.),
o pior e mais inadequado local da empresa, onde os materiais fica- Materiais de aquisição (levantamento de preços, pesquisa de
vam acumulados de qualquer maneira, não havia mão de obra qua- fornecedores, registro das compras feitas e a fazer, arquivamento
lificada para tal função. Com o passar do tempo surgiram sistemas de notas) e outras tarefas ligadas ao almoxarife ou estoquista. Estas
de armazenagem e processos mais sofisticados, acarretando no au- funções necessitam observar critérios de racionalização, acondicio-
mento da produtividade, segurança nas operações de agilidade na namento, localização, precisão, padronização, indicadores e docu-
obtenção das informações. mentação.
As tarefas de recebimento compreendem desde a recepção do Na organização do almoxarifado, deve-se observar o cálculo
material pelo fornecedor na entrega, até a entrada nos estoques. A das quantidades de produtos que deverá possuir em estoque. No
tarefa de recebimento dos materiais é módula de um sistema global acondicionamento deve-se almejar a otimização das distâncias en-
integrado, com as áreas de contabilidade, compras e transportes, e tre o local de estocagem e o local a ser utilizado, a adequação do
é definida em sinergia com o atendimento do pedido pelo fornece- espaço de armazenagem com o melhor uso de sua capacidade em
dor e os estoques físico e contábil. volume.
Quanto a localização deve-se observar a facilidade em encon-
O recebimento dispõe de quatro etapas: trar o que está sendo procurado, por meio de etiquetagem, ordem
1ª Entrada de materiais; alfabética, ou utilização setorial, por exemplo, a fim de se evitar a
2ª Conferência quantitativa; entrega errônea de materiais, acarretando em problemas de con-
3ª Conferência qualitativa; trole e em tempo desperdiçado.
4ª Regularização. Precisão de operação: exatidão nas informações de controle
com a realidade dos itens armazenados. A inexatidão dos dados
Ao armazenar materiais no almoxarifado, são necessários al- acarreta falhas de contabilidade, fornecimento, e etc.
guns cuidados especiais, eles devem ser definidos dentro do siste- Os itens do almoxarifado devem ser padronizados, com a finali-
ma de instalação e no layout adotado pela organização. Deve pro- dade de melhoria no controle das compras (fornecimento), e evitar
porcionar condições físicas adequadas que resguardem a qualidade falhas como a duplicidade de itens registrados.
dos materiais, visando a ocupação plena e a ordenação da arruma- O setor deve apresentar relatórios de eficiência, com os devi-
ção. dos indicadores das atividades, proporcionando otimização do ge-
renciamento, controle do histórico dos itens, etc.
Etapas
Recomendações Gerais Para Almoxarifado: Treinamento, Fer-
Verificação das condições de recebimento do ramentas, Manutenção

material A eficácia de um almoxarifado tange fundamentalmente:
2ª Identificação do material • Reduzir as distâncias internas percorridas pela carga e con-
sequentemente o aumento do número das viagens de ida e volta
3ª Depositar na localização destinada (desperdício de tempo);
• Do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas;
Informação da localização física de armazenagem • Da melhor utilização de sua capacidade em volume.

ao controle
O caminho tomado pelas organizações no mercado que rea-
Verificar periodicamente as condições de proteção lizam esse controle e sanam este impasse de minimizar erros no

e armazenamento controle de estoque, devido a forma manual (ou não informatizada)
de se realizar a manutenção periódica, visa através de ferramen-
6ª Separação para distribuição tas como softwares de controle de almoxarifado, conseguir obter o
acompanhamento da gestão do estoque, empréstimos de patrimô-
Controle De Entradas E Saídas nios e relatórios gerenciais para compra, por exemplo.
O controle de entrada e saída de produtos/matérias de esto-
que pode ser realizado de forma manual (para organizações não Através de treinamentos e aperfeiçoamento da equipe voltada
informatizadas), por meio de planilhas, memorandos, fichas de para o setor, o controle de almoxarifado pode minimizar o tempo
controle, formulários criados pela própria organização, ou ainda por nas tarefas (como entrada, verificação e saída de produtos/mate-
softwares de controle de estoque, que são programas elaborados riais), mão-de-obra (conferência), bem como desperdícios em ter-
de forma a viabilizar toda a rotina administrativa do setor. mos de compra de produtos/materiais.
As etapas do processo de controle de entrada e saídas, bem
como seus critérios e definições, são elaboradas pela gestão da or-
ganização e o responsável pelo almoxarifado, em sinergia com os
demais setores, de maneira a abranger e sanar a necessidade da
organização.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

Um software de controle de almoxarifado pode realizar: Carga Unitária: Conceito, Tipos, Vantagens
• Um melhor controle de compras juntamente com alertas de Carga unitária: Materiais acondicionados em volume único.
estoque mínimo e máximo. Conceito - Toda a carga constituída de embalagens de transpor-
• Agilizar solicitações de produtos e patrimônios pelos próprios te que condicionam uma certa quantidade de material para possi-
usuários. bilitar o seu manuseio, transporte e armazenamento como se fosse
• Facilitar a consulta rápida de produtos. uma unidade.
• Realizar Entrada e Saída de produtos, de forma rápida e sim- Tipo - A formação de carga unitária se dá através de pallets.
ples. Vantagem - Isto é feito para facilitar o transporte e a armaze-
• Controlar os itens consignados. nagem do produto.
• Organizar mediante criação de grupos e subgrupos de pro-
dutos. Pallet: Conceito, Tipos, Vantagem
• Empréstimos e Devoluções de Patrimônios. O palete (do inglês pallet, ou francês pallette) é uma plataforma
• Emissões de etiquetas para identificação fácil dos produtos ou estrado, que geralmente é feito em madeira, plástico ou metal,
ou patrimônios. utilizado para empilhamento ou transporte de materiais por meio
• Controlar pedidos e recebimentos de materiais. de empilhadeiras. Geralmente é fabricado com medidas pré-deter-
• Gerenciar usuários e níveis de acesso. minadas, para poder ser carregado pelas máquinas existentes no
• Criar eventos e definir produtos e patrimônios que serão uti- mercado e otimizar os espaços por onde as mercadorias transitam.
lizados. A paletização é um sistema consolidado no meio logístico e muito
• Transferência de produtos/ materiais entre estoques. utilizado por empresas de varejo, para armazenagem e transporte
• Relatórios de controle detalhados. de cargas.
A principal função dos paletes é otimizar e facilitar o transporte
De Equipamento, Ventilação, Limpeza, Identificação, Formu- e armazenamento de mercadorias, com um tamanho padrão, em
lários, Itens Diversos porta-paletes e com o uso de paleteiras e/ou empilhadeiras, etc.
Os equipamentos utilizados nos locais de armazenamento ba- Vantagens dos pallets: Otimizar a tarefa de expedição de pedi-
sicamente são: dos. Com a utilização de pallets é possível tornar o fluxo de entrada
Empilhadeiras: que são as protagonistas de um sistema de e saída de mercadorias cada vez mais ágil. Organização sistemática:
logística para a movimentação de mercadorias. Paleteiras, entre Diminuindo o prazo de entrega e aumentando a qualidade do aten-
outros, como: Guindastes, Comboio, Esteira transportadora, Mono- dimento prestado. Redução de custos: Reduzir custos com estoque
vias, Transportador de roletes, Transelevadores. e aumentar a produtividade.

Além disso, o almoxarife deve sempre preservar: Equipamentos Gerais De Um Almoxarifado


— As áreas de circulação localizadas entre as áreas de estoca- Os equipamentos utilizados em um almoxarifado, em sua
gem e/ou áreas livres, destinadas à movimentação do material e ao maioria são: Empilhadeiras, Paleteiras, Guindastes, Comboio, Estei-
trânsito de pessoas e equipamentos. ra transportadora, Monovias, Transportador de roletes e Transele-
— Os espaços decorrentes da divisão de uma área de estoca- vadores.
gem, destinados a definir a localização do material nas unidades de
estocagem e/ou áreas livres, podem ser: Tipos De Estoques
ABERTOS: para materiais de alta rotatividade ou que não re- ▪ Estoque de antecipação ou sazonal
queira condições especiais de segurança e/ou preservação) e Que se refere a mercadorias com época específica de utilização
FECHADOS: delimitados por paredes e teto, destinados à se- (entrada/saída). É muito útil em datas comemorativas, por exem-
gurança e/ou preservação de materiais, tais como: eletrodos, pro- plo. Ao longo do ano, podemos identificar épocas em que há picos
dutos perecíveis, ferramentas, instrumentos de precisão, material de compras, dos quais vale a pena mencionar: Dia das Mães; Natal;
radioativo, produtos químicos, hospitalares, cirúrgicos, farmacêu- e etc.
ticos, etc.). De modo a atender a toda essa demanda, a empresa deve se
preparar com antecedência e tomar todas as medidas necessárias
São procedimentos promovidos sistematicamente pelos cola- para estar preparada para a demanda. Nesse momento o estoque
boradores do almoxarifado, da segurança e da limpeza, que englo- sazonal se torna essencial. Essa estratégia costuma ser adotada
bam medidas para prevenir incêndios, furtos, roubos e acidentes quando o gestor identifica um aumento na expectativa de vendas,
pessoais, bem como medidas que assegurem o patrimônio. onde a produção ou aquisição dos produtos é intensificada com o
objetivo de tentar assegurar ao consumidor o pronto atendimento
Os critérios básicos para identificar o material são a descrição de seu pedido, permitindo que a empresa aproveite a oportunidade
e a codificação. de ampliar suas vendas e lucros. Diante dessa variação relevante,
A descrição do material para identificação, pode ser feita com pode ser realizado também o reforço do estoque.
base nas características físicas do material recebido e aceito. Isto
porque a descrição do item na nota de empenho pode não coincidir Destaca-se que esse modelo também é utilizado quando o ges-
com a descrição que o almoxarifado utilize. O material aceito deve tor percebe o risco de sofrer alguma interrupção ou que poderá
ser catalogado de acordo com uma descrição que possibilite fácil enfrentar problemas com o fornecimento de algum item devido a
identificação visual por parte dos usuários externos também. alguma situação inesperada — como um estoque de contingência.
Assim, para evitar prejuízos ao atendimento dos pedidos, é realiza-
da uma compra antecipada e em maior volume.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

▪ Estoque consignado o seu estoque máximo —, quando a quantidade dessa mercadoria


É mantido por terceiros, que podem ser distribuidores ou atingir o ponto de ressuprimento, é importante negociar uma nova
clientes. compra.
Nesse caso, a guarda dos produtos é transferida, mas a proprie-
dade continua sendo da empresa. ▪ Estoque de proteção ou estoque isolador
Esse modelo tem se mostrado interessante principalmente Apesar de evitarem o mesmo risco, o estoque de proteção e o
quando o negócio não dispõe de muito espaço livre, precisa agilizar estoque mínimo, tratam-se de conceitos distintos.
o processo de distribuição ou deseja ampliar seus canais de vendas. Esse é um dos modelos de estoque mais utilizados por setores
Na prática, o estoque é abastecido por fornecedores que, em geral, robustos, como o alimentício e o automobilístico. Seu objetivo é
são fabricantes, proteger as vendas e garantir a disponibilidade dos produtos mes-
distribuidores ou importadores. Os itens ficam armazenados mo em situações pouco favoráveis, como: alta nos preços; greve
nesse local e, conforme a demanda do cliente final, são distribuí- de fornecedores; greve no setor de transportes; súbita elevação na
dos. Podendo ser realizado em dois modelos: demanda do mercado.
O estoque em poder próprio: o fornecedor mantém a estrutura Caso algum desses problemas surja, o estoque de proteção é
para a venda em consignação pelo revendedor; O estoque do forne- utilizado até que o abastecimento retorne ao normal e as novas
cedor em posse de terceiros: o fornecedor transfere provisoriamen- mercadorias sejam cadastradas. Para isso, alguns itens adicionais
te a guarda dos produtos a um terceiro. são mantidos no estoque.

▪ Estoque inativo ▪ Estoque de segurança


Destinado a verificação e separação de itens em estoque que É importante para grande parte das empresas. Os varejistas
não tiveram um bom desempenho nas saídas e, por isso, estão pa- precisam manter em estoque todos os produtos que o cliente de-
rados há algum tempo, se tornando obsoletos. seja, e a indústria deve ter um estoque de matérias-primas para
Essa situação, apesar de não ser produtiva para a empresa, é assegurar o ritmo de produção.
relativamente comum e configura o chamado estoque inativo. Como o nome sugere, esse tipo de estoque visa reduzir o ris-
Essa questão está intimamente relacionada ao giro de estoque, co de o negócio perder vendas ou atrasar entregas em razão de
que mostra o nível de atividade de cada produto: fast mover (alto problemas inesperados, como um imprevisto durante a negociação
giro), low mover (baixo giro) e no mover (sem giro). Ou seja, quanto com o fornecedor. Com uma gestão eficiente do estoque de segu-
maior é a rotatividade das mercadorias no estoque, menor o núme- rança, é possível desfrutar de benefícios importantes e que fazem a
ro de produtos inativos. diferença para o crescimento empresarial, como: cumprimento de
Para determinar que o produto se tornou obsoleto, diversas prazos; aumento da satisfação dos clientes; manutenção do fluxo
questões precisam ser analisadas. Em geral, o tipo de mercadoria e de produção; redução de gastos com armazenagem; diminuição do
o prazo de validade devem ser levados em consideração para que o acúmulo de produtos sazonais e perecíveis; liberação de recursos
negócio não sofra prejuízos. para investir em setores estratégicos.
Nessa metodologia, o desafio do gestor é encontrar a quanti-
▪ Estoque máximo dade exata de estoque de segurança. Isso significa definir quantos
É preciso compreender que ele trabalha com a perspectiva da produtos armazenar, de modo que exista um equilíbrio entre inves-
quantidade máxima de produtos que deve existir no estoque em timento e lucros — por isso o apoio da tecnologia é tão importante.
um determinado período. Por exemplo: uma empresa pode definir
que um certo tipo de material tenha o estoque máximo do produto ▪ Estoque regulador
de 100 unidades em um mês, ao atingir esse número, portanto, as É uma excelente opção para manter equilíbrio. Ele é mantido
compras devem ser suspensas. A entrada desse produto no estoque por uma das filias com o objetivo de suprir uma eventual neces-
fica interrompida (exceto por razões sazonais ou inesperadas), pois sidade dos demais pontos de vendas. Em geral, a filial que possui
isso evita que os itens se tornem obsoletos e se transformem em melhor espaço físico para armazenamento de mercadorias mantém
um estoque inativo. um estoque maior. Assim, caso a demanda aumente em outra uni-
Destaca-se que diversos fatores influenciam na determina- dade, ela consegue transferir mercadorias sem afetar a sua própria
ção desse estoque máximo, como o espaço físico disponível para segurança. Esse modelo já é bem aplicado pelos varejistas, mas vale
armazenamento e a própria disponibilidade orçamentária — além ressaltar que a gestão dos itens precisa ser executada com o auxílio
de cálculos realizados por algoritmos de reposição de estoque, em de um software.
soluções tecnológicas de É imprescindível que exista uma comunicação efetiva entre to-
ressuprimento, baseados nas vendas ao consumidor final. das as filiais. O sistema precisa ser integrado, já que o gestor deve
ter acesso às informações e agir antes que o desabastecimento
▪ Estoque mínimo ocorra — isto é, ele precisa reequilibrar o estoque com antecedên-
Conhecido também como ponto de ressuprimento, consiste na cia.
menor quantidade possível de um produto armazenado. Esse nú-
mero é definido com antecedência pelo gestor e leva em conside- ▪ Estoque de ciclo
ração a demanda por aquele item. Sua intenção é evitar que o item Por meio dele, a produção e o planejamento de estoque serão
acabe antes do ressuprimento. organizados em períodos determinados. A ideia é suprir totalmente
Na prática, uma empresa pode definir, por exemplo, que o es- a demanda e manter o desempenho econômico do negócio. Esse
toque mínimo de um produto específico seja de 50 peças. Com isso, modelo é muito utilizado em indústrias devido às suas caracterís-
mesmo que ela faça uma compra de 100 unidades — que pode ser ticas permitirem que os itens em estoque circulem internamente.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

Em uma fabricante de carros, por exemplo, há várias linhas de pro- • Fragilidade: sua estrutura poderá ser danificada, ou se for
dução, e cada uma se responsabiliza por um componente — como quebradiça, deformável, caracterizando sua perda ou não podendo
a parte elétrica, a mecânica e os assentos. Com isso, cada grupo ser recuperada sua identidade ou funcionalidade;
fabrica e estoca o item de acordo com um ciclo produtivo que visa
assegurar que o produto (o carro) seja finalizado em tempo hábil. • Perecibilidade: está sujeito a modificações (físicas ou quími-
cas), se há como deteriorar-se, ou perde sua característica pelo uso
▪ Estoque em trânsito normal;
Faz parte da rotina de toda empresa. Ele se refere aos produ-
tos que estão em rota de deslocamento pelas transportadoras. Por • Incorporabilidade: destina-se a incorporação a outro bem e
exemplo: o gestor terá em mãos a informação precisa de quanto não podendo ser retirado sem prejuízo das características físicas
tempo as suas mercadorias permanecem nos veículos de transpor- e funcionais do principal. Pode ser utilizado para constituir novos
te. bens, adições ou melhorias complementares de bens em utilização
Além disso, é possível ter uma visão mais exata sobre o esto-
que global, isto é, a quantidade exata de todos os produtos que a • Transformabilidade: caso tenha sido adquirido com a finalida-
empresa possui armazenado — os que estão na empresa e os que de de transformação.
ainda estão sendo transportados. Portanto, o estoque em trânsito é
um modelo intermediário de estoque, responsável por controlar o Objetivos Da Codificação
trânsito das mercadorias entre a origem Consiste em metodizar o processo, sendo utilizada interna-
(o fornecedor) e o destino (o varejista). Vale lembrar que esse mente pelo setor de almoxarifado. A codificação de cada material
controle de estoque é tão necessário quanto os demais. poderá ser do tipo alfanumérico, em que a letra inicial do item
será acrescida de três números que serão gerados numa sequên-
▪ Dropshipping cia numérica crescente. Exemplo: açúcar cristal marca Coité, código
O dropshipping é um tipo de estoque voltado para e-commerce A-001. O próximo item que o nome na descrição começa com a le-
pequenos marketplaces. Nesse modelo, após a conclusão da venda tra “A” terá o código A-002, e assim por diante.
ao consumidor é aberta uma ordem de serviço que é encaminhada A lista com os códigos de cada material deve ser atualizada
ao fornecedor. sempre que um novo material estiver disponível para o forneci-
Esse fornecedor é que será o responsável por enviar a merca- mento.
doria ao cliente. Ou seja, a mercadoria sai do centro de distribuição
do fornecedor direto para a residência do consumidor final, mesmo Fluxo Contábil E Administrativo Dos Materiais
tendo sido vendido no site de um distribuidor ou revendedor. Existem etapas em que o almoxarife (responsável pelo almo-
Perceba que o e-commerce funciona aqui como um interme- xarifado), deve responsabilizar-se para o bom desenvolvimento do
diário entre o cliente e o fornecedor. Ele não precisa investir em fluxo administrativo e contábil do setor, como:
sistemas de armazenagem, tampouco reservar capitar para gestão • Garantir que os produtos/materiais estejam armazenados em
de estoque. local seguro e na quantidade ideal de suprimento;
• Reparar as divergências de inventário e perdas de qualquer
Estoque de materiais ou matérias-primas natureza;
• Estoques de Insumos: os insumos correspondem a todo tipo • Garantir a qualidade e as quantidades corretas e observar a
de matéria-prima, ou demais materiais que se encontram armaze- adequação das instalações e se os recursos de movimentação e dis-
nados ou estocados na empresa, aguardando o processo de pro- tribuição são suficientes para um atendimento rápido e eficiente.
dução, ou outro tipo de processo, ou momento, para ser utilizado. • Recebimento e conferência dos materiais adquiridos ou cedi-
dos de acordo com o documento de compra (Nota de Empenho e
Estoque de material em processo Nota Fiscal) ou equivalentes;
• Estoque de Produtos em Processamento: Durante o processo • Registrar em sistema próprio manual ou software de controle
de produção também é possível manter-se estoques dos produtos de estoque, as notas fiscais dos materiais recebidos;
e dos componentes que estão sendo produzidos, ou serão produzi- • Encaminhamento ao Departamento de Contabilidade e Fi-
dos no processo completo de produção. Isso é possível em virtude nanças as notas fiscais para o devido pagamento;
de que cada processo de fabricação é composto por fases, e depen- • Elaboração de estatísticas de consumo por materiais e cen-
dendo do produto final, as fases são complexas e contínuas, além tros de custos para previsão das compras;
de serem numerosas. Por isso a importância desse tipo de estoque. • Elaboração de balancetes dos materiais existentes e demais
relatórios solicitados por outros setores;
Critérios de classificação de materiais • Preservação da qualidade e as quantidades dos materiais es-
Os critérios de classificação de materiais e os parâmetros a se- tocados;
guir podem ser utilizados para diferenciar o material permanente, • Viabilização do inventário anual ou periódico (de acordo com
do material de consumo. Um material é considerado de consumo a organização) dos materiais estocados;
caso atenda a um dos critérios a seguir: • Garantir que as instalações estejam adequadas para a devida
movimentação e retiradas dos materiais, visando um atendimento
• Durabilidade: em uso normal perde ou tem reduzidas as suas eficiente com agilidade;
condições de funcionamento, no prazo máximo estabelecido; • Organizar de forma atualizada o registro de estoque do ma-
terial existente;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

• Proporcionar políticas e diretrizes relativas a estoques e pro- do estoque. Toda solicitação tem que ser objetiva, oferecendo ao
gramação de aquisição, bem como o fornecimento de material de usuário, Almoxarifado e a Contabilidade todos os dados necessários
expediente; para um perfeito controle dos materiais e dos gastos.
• Estabelecer normas de armazenamento dos materiais esto- Quando o almoxarife receber a requisição de materiais, deve
cados; fornecer no máximo a quantidade solicitada pelo requisitante. As
• Estabelecer as necessidades de aquisição dos materiais de requisições de materiais devem ser arquivadas pelo setor de Al-
consumo para fins de reposição de estoque, e assim solicitar sua moxarifado de forma a estar disponível para posteriores consultas,
aquisição. caso necessário.

Recebimento De Mercadorias Notas fiscais


O recebimento de produtos/materiais pode ser classificado em Recebimentos de bens com nota fiscal dependerão da impres-
dois tipos: são da sua autenticidade, que pode ser obtida através do site Portal
da Nota Fiscal.
• Recebimento provisório: Divergências e irregularidades que são insanáveis, geralmente
Que se refere ao ato da entrega de um bem ao órgão no lo- constatadas em relação às condições de contrato (compras não au-
cal previamente designado pela organização, para fins de posterior torizadas, entrega fora do prazo, autenticidade não autorizada da
conferência e verificação de conformidade do material com a espe- nota fiscal etc.) devem nortear a recusa do recebimento. Anota-se
cificação, não configurando sua aceitação definitiva. então, no canhoto da Nota Fiscal recebida, os motivos da recusa,
assim também, nos documentos do transportador, comunicando
• Recebimento definitivo: imediatamente ao setor responsável ela compra e/ou ao fornece-
Os produtos/materiais serão recebidos somente após verifica- dor, como a gestão definir ser melhor ao fluxo interno. Sugere-se
ção da qualidade e quantidade e consequente validação de recebi- também que seja tirado uma cópia do documento no qual foi ano-
mento e aceitação da mercadoria. tado o motivo da recusa de recebimento e que seja solicitado ao
entregador um visto de ciência.
• Recebimento e aceitação:
As etapas de recebimento e aceitação compreendem desde São considerados documentos aptos para o recebimento de
a recepção do material na entrega pelo fornecedor até a entrada produtos/materiais:
da mercadoria nos estoques. A etapa de recebimento e aceitação • Nota Fiscal, Fatura e Nota Fiscal/Fatura;
de materiais abrange um sistema global integrado com as áreas de • Termo de Cessão, Doação;
contabilidade e compras, e é caracterizada como uma conexão en- • Declaração exarada no processo relativo à permuta;
tre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques físico • Guia de Remessa de Material ou Nota de Transferência;
e contábil.O recebimento e aceitação compõe as seguintes etapas: • Guia de Produção.

Compreende no ato pelo qual os produtos/materiais adquiri-


dos são entregues no local designado previamente (almoxarifado). Ficha de controle de estoque
Independentemente do local físico que os produtos/ materiais fo- As documentações do setor, resultam na confecção do manual
rem recebidos, todo o registro de entrada e distribuição de material técnico de almoxarifado, definido um modo preciso às normas de
deverá ser de responsabilidade do Almoxarifado. O recebimento identificação dos materiais, inventário, inclusão de novos itens, en-
dispõe de duas etapas: tre outros.
Utiliza-se os seguintes documentos para atendimento das di-
versas rotinas de trabalho no Almoxarifado:
• Ficha de controle de estoque (para organizações ainda não
informatizadas): documento que visa controlar manualmente o es-
toque, por meio da anotação das quantidades de entradas e saídas,
destinado ao reabastecimento;
• Ficha de Localização (para organizações ainda não informati-
zadas): documento destinado a indicar as localizações (onde o ma-
Ordem de compra terial está guardado), através de códigos,
É o documento pelo qual os usuários requisitam os materiais • Comunicação de Irregularidades: documento destinado a es-
no Almoxarifado. A requisição de materiais é um pedido oficial, por- clarecer ao fornecedor os motivos da devolução, quanto os aspec-
menorizado, do setor que vai consumir o material. Ao receber uma tos qualitativo e quantitativo;
requisição, o almoxarife terá que preliminarmente efetuar as devi- • Relatório técnico de inspeção: documento destinado a defi-
das conferências, como por exemplo:verificar se o setor emitiu a nir, qualitativamente o aceite ou a recusa do material adquirido do
requisição dentro dos padrões previamente definidos, constatar se fornecedor;
as quantidades pedidas estão normais e dentro das possibilidades
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

• Requisição de material: documento destinado a retirada de ▪ Endereçamento de estoque


materiais do almoxarifado; Essa técnica facilita muito na hora de encontrar algum item
• Devolução de material: documento destinado a devolver ao estocado. O objetivo é denominar as áreas e alocar os materiais
estoque do almoxarifado, as quantidades de material, outrora, re- conforme os critérios estabelecidos. Duas opções são:
quisitadas além do necessário. RPA: rua, posição e altura; e ARMNV: área, rua, módulo, nível
e vão.
Armazenamento centralizado x descentralizado Em ambos os casos são utilizados apenas números, que facili-
Um estoque centralizado mantém as mercadorias em Centros tam a nomeação dos elementos.
de Distribuição (CD).
Um estoque descentralizado faz com que todas as mercadorias ▪ Paletização
sigam diretamente para seus (PVs) pontos de vendas. Esse sistema de unitização abrange uma quantidade de produ-
• Centralizado: materiais são armazenados em um único local tos grande em apenas um palete. Depois disso, os itens podem ser
– CD. colocados em porta-paletes, como já indicado, ou agrupados por
• Descentralizado: não há um ponto central e os materiais são meio de pirâmides ou torres, geralmente se utiliza os mesmos pro-
armazenados em vários lugares conectados entre si que podem es- dutos com as mesmas datas, o que simplifica a movimentação e o
tar em um mesmo local físico ou dispersos - PVs controle.

Técnicas para armazenagem de materiais ▪ FEFO, ou PVPS


As técnicas de armazenagem variam conforme o segmento de Esse método de controle de estoque indica que o primeiro
atuação da empresa. produto que vence é o primeiro que sai. É uma técnica bastante
Por exemplo: se as atividades envolvem produtos químicos, é indicada para bens perecíveis, que possuem prazos de vencimento
necessário adotar alguns procedimentos exclusivos, que cumpram curto ou médio, como é o caso dos iogurtes, leites, carnes não con-
as regras de regulamentação para transporte e armazenagem. geladas, entre outros alimentos.
Para ser mais eficiente, a empresa também deve implantar sis- Outra indicação é quando você recebe o mesmo produto a
temas para o endereçamento de estoque e implantação de códigos partir de fábricas distintas ou quando negocia com os fornecedores
de barras, que facilitam o encaminhamento, localização e uso dos para ter acesso a itens com prazos menores de venda.
itens armazenados.
A definição de um método de controle de estoque (FIFO e LIFO, ▪ FIFO, ou PEPS
por exemplo) é outro item necessário. Nesse caso, a ideia é que o primeiro que entra é o primeiro que
A opção deve ser feita a partir do vencimento da validade do sai. Esse sistema de armazenamento não considera a data de ven-
item armazenado. cimento, mas sim a de entrada. Por isso, é indicada para produtos
que não têm prazo de validade ou ele é muito longo, como é o caso
Exemplos de Técnicas de armazenagem: dos eletrônicos.

▪ Armazenamento de produtos químicos Contagem cíclica


Nesse caso, a logística e o transporte desse tipo de produto é Contagem cíclica ou inventário cíclico, rotativo refere-se à con-
mais complexa e, por isso, há várias regras que precisam ser segui- tagem do estoque que é realizada periodicamente, em intervalos
das. Algumas diretrizes são: regulares ao longo do ano, sejam eles diários, mensais, bimestrais,
NBR 7502, que determina como deve ser feito o transporte de semestrais, etc. Possibilita a precisão dos processos e pode ser uti-
cargas perigosas; lizada para focar em itens de maior valor, maior taxa de movimen-
Código Marítimo Internacional de Mercadorias Perigosas; tação ou críticos os processos da empresa. Menor interrupção – A
Decreto 2.657, que aborda o uso de produtos químicos no tra- contagem cíclica como parte dos processos contínuos da logística
balho. diminuem a interrupção das operações de armazém.
O ideal é que você analise o tipo de produto químico que utiliza
e verifique as normas impostas pela legislação. Método de classificação ABC
Esse método dispõe de vários nomes como: Curva ABC, Princí-
▪ Uso de planos metálicos pio de Pareto, Análise de Pareto ou até mesmo Regra 80/20. Sendo
Nesse caso as opções são bastante variadas. Estantes porta-pa- essa uma ferramenta (geralmente em forma gráfica de colunas),
letes é uma delas, já que exclui a necessidade de paletização. que tem como objetivo o agrupamento e ordenamento de diversas
Além disso, o equipamento é transformado em uma gôndola ocorrências para identificar problemas nas empresas. O entendi-
rapidamente, o que traz mais flexibilidade para o transporte e o ar- mento é simples: 80% das consequências originam-se de 20% das
mazenamento. causas.

▪ Sistemas de gestão de estoque É uma ferramenta muito usada na gestão de estoques, pois ela
Nesse caso o uso de suporte tecnológico é uma necessidade, permite determinar quais itens são mais importantes para a empre-
especialmente se o estoque da empresa for grande. Pode-se usar sa e, portanto, merecem maior atenção no acompanhamento de
um software ERP, que reúne várias informações em um só local e níveis de estoque ou na realização de inventários.
garante a atualização dos dados automática.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

Classe A – a maior importância, valor ou quantidade da análise, Etapas


o que corresponde a 20% do total; Antes da contagem dos produtos estocados, é fundamental sa-
Classe B – importância, valor ou quantidade intermediária, o ber onde eles permanecerão, evitando o retrabalho de retirar item
que corresponder a 30% do total; por item para acessar aquele produto mal posicionado na pratelei-
Classe C – de menor importância, valor ou quantidade, o que ra. Tudo isso se relaciona diretamente com a necessária elaboração
corresponde a 50% do total. de uma estratégia de reposição de estoque.
Fazer a contagens e recontagens dos itens para consolidar o
Neste sentido, a curva ABC existe para dar tempo e disciplina inventário e conferir se está de acordo com a real quantidade.
fundamentais para lidar com a demanda e entender a relação de
casualidade dentro das empresas. Serve para tornar o trabalho no É imprescindível que todos os itens sejam identificados com
dia a dia mais estratégicos, direcionado àquilo que realmente faz a códigos, que são usados também para a checagem e conferência na
diferença para gerar melhores resultados. hora do recebimento dos produtos dos fornecedores. Uma alterna-
tiva tecnologicamente mais avançada são as etiquetas RFID.
Inventário físico: benefícios, periodicidade, etapas e reco- A contagem dos produtos em estoque pode ser feita por equi-
mendações pes. Se o estoque não conta com pessoal suficiente, podem ser des-
O inventário físico de estoque é o processo de contagem físi- tacados funcionários para a tarefa, desde que eles tenham perfil
ca de todas as mercadorias que a empresa possui para que então, compatível com a responsabilidade envolvida, que exige muita con-
após essa contagem, seja feita uma comparação entre a quantidade centração e atenção aos detalhes.
dos produtos existentes na empresa e a quantidade que está cadas-
trada no sistema de controle de estoque utilizado. Recomendações
Toda empresa busca atender as demandas do cliente na hora
Benefícios certa e na quantidade ideal. Porém, isso só é alcançado por meio
Redução das perdas - Um bom inventário de estoque é capaz de uma distribuição rápida e precisa das mercadorias. Nesse con-
de diminuir os gastos e evitar desperdícios. Caso a relação de itens texto, a gestão de estoque exerce um papel crucial para qualquer
do inventário físico estiver em desarmonia com a área contábil, será empreendimento, pois ajuda a alcançar o estoque ideal, sem faltas
mais fácil saber se ocorreu extravios e furtos, por exemplo. e excessos e de acordo com a demanda do consumidor. Em outras
palavras, para que se consiga manter a disponibilidade de produtos
Melhoria do atendimento ao cliente - Ao entender quais mer- nas prateleiras, é indispensável que a empresa conte com um esto-
cadorias estão disponíveis no estoque, é possível melhorar suas saí- que organizado e completo, de acordo com a demanda da empresa.
das e também ampliar a credibilidade com os clientes. Quando não Uma boa gestão de estoque permite que o negócio tenha cla-
existe controle de estoque, a possibilidade de erros é bem maior: reza sobre os fatores que prejudicam suas vendas, os produtos com
vender um produto indisponível e comprometer a entrega. menor saída e as situações que geram aumento dos custos logísti-
cos. E o sell-out é a chave para manter o nível de estoque ideal e
Cumprimento da legislação -Incoerências entre o inventário toda cadeia de suprimentos em sincronia.
físico e o contábil podem fazer com que a empresa entre na mira Destaca-se que sua utilização leva em consideração inúme-
do Fisco. Se o fiscal constatar que há divergências entre o estoque ros fatores, como o tipo de produto e a própria infraestrutura da
declarado de mercadorias e o real, pode ocorrer penalização com empresa. Mas que, independentemente do modelo, é importante
aplicação de multas, ameaçando, dessa forma, a saúde financeira sempre orientar os processos pelas vendas ao consumidor final.
da sua empresa. Sem dúvida, o primeiro passo para se alcançar resultados positivos
com a gestão de estoque é conhecer a realidade do negócio e as
Periodicidade opções à sua disposição.
Definir a periodicidade do inventário de estoque é muito im- O inventário de estoque é uma tarefa trabalhosa e driblar os
portante, quando se realiza um inventário de estoque, nada mais é entraves deste processo só é possível por meio de planejamento,
feito do que a contagem de tudo que está armazenado. Essa conta- para tanto se faz necessário um olhar pontual para esse tema, as-
gem, portanto, deve ser referenciada de alguma forma. sim, destaca-se algumas recomendações importantes, como:
O objetivo de um inventário é muito simples: É o procedimento Definir o melhor momento para realizar o inventário, categori-
que vai garantir o controle, de modo que possíveis problemas sejam zar os produtos, organizar os espaços físicos, desenvolver um méto-
identificados e corrigidos. Como todo estoque apresenta rotativida- do de contagem e padronizar os registros.
de, definir inventários periódicos se torna obrigatório.
Destaca-se que a prestação de contas junto ao Fisco envolve a
declaração de bens em estoque.
Se sua empresa não sabe o quanto tem estocado de tempos
em tempos, vai se arriscar a passar informações erradas.
A consequência disso é aplicação de multas que vão desfalcar
as suas reservas e, consequentemente, trazer prejuízos e perdas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

4-O estoque empenhado na administração de materiais


QUESTÕES representa
(A) a quantidade de determinado item, com utilização certa,
comprometida previamente e que por alguma razão permane-
1-Os estoques têm a função de atuar como reguladores do ce temporariamente em almoxarifado.
fluxo de negócios. Sobre o tema, analise as assertivas abaixo: (B) o estoque que sofre flutuações quanto à quantidade, volu-
I. Os estoques de produtos em processos correspondem a me, peso e custo em consequência de entradas e saídas.
todos os itens que já entraram no processo produtivo, mas que (C) a quantidade de itens constituídos por sobras de retiradas
ainda não são produtos acabados. São os materiais que começaram de estoque, sem condições de uso, mas passíveis de aproveita-
a sofrer alterações, sem, contudo, estar finalizados. mento após recuperação.
II. Os estoques de produtos acabados são todos os itens que já (D) a quantidade de itens em estoque, novos ou recuperados,
estão prontos para ser entregues aos consumidores finais. São os obsoletos ou inúteis, que devem ser eliminados.
produtos finais da empresa. Itens como os de revenda enquadram- (E) a menor quantidade de um artigo ou item que deverá exis-
se nessa categoria. tir em estoque para prevenir qualquer eventualidade ou emer-
III. Os estoques em consignação correspondem a todos os gência.
itens que já foram despachados de uma unidade fabril para outra,
normalmente da mesma empresa, e que ainda não chegaram a seu 5-Em uma organização há diferentes tipos de estoques.
destino final. é onde são armazenados os produtos praticamente acabados que
estão em algum estágio intermediário de produção. Assinale a
Quais estão corretas? alternativa que preencha corretamente a lacuna.
(A) Apenas I. (A) Almoxarifado de manutenção
(B) Apenas II. (B) Almoxarifado de materiais em processo
(C) Apenas III. (C) Almoxarifado de produtos acabados
(D) Apenas I e II. (D) Almoxarifado de matéria-prima
(E) I, II e III. (E) Almoxarifado de reserva

2-A redução dos custos na gestão do estoque é algo que 6-Gilmar é responsável pelo processo de compras de um órgão
deve ser perseguido pelas organizações. Neste sentido, analise as governamental e precisa solicitar a compra de um produto feito com
sentenças abaixo e assinale com “V” as Verdadeiras e com “F” as um tecido com fio especial, fornecido somente por uma empresa
Falsas. no mercado. Assim, acredita que possa fazer a compra sem passar
( ) A empresa deve se preparar para um período de alta nas pelo processo de licitação, informando sobre a exclusividade do
vendas, adquirindo mercadorias com muita antecedência. fornecimento. Para isso, ele deve anexar ao processo de compra,
( ) Negociar melhores descontos com fornecedores favorece dentre outros documentos,
uma expressiva redução nos custos. (A) carta explicativa do gestor da área solicitante, com aprova-
( ) Evitar, a todo custo, desperdícios que geram gastos ção de diretor responsável da área, informando o fato de for-
desnecessários mantém o estoque em um ótimo nível. necimento exclusivo.
( ) Um estoque bem gerenciado pode proporcionar um uso (B) atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do
otimizado dos recursos. local em que se realizaria a licitação, ou pelo Sindicato, Federa-
ção ou Confederação Patronal.
A sequência correta, de cima para baixo, é: (C) contrato da empresa fornecedora, especificando a exclusivi-
(A) V, F, F, V. dade do produto no mercado.
(B) V, V, V, F. (D) relatório detalhado de busca pelo produto na internet, cer-
(C) F, F, F, V. tificado pela área de tecnologia do órgão público que ateste o
(D) V, V, V, V. fornecimento exclusivo do material.
(E) F, F, V, V. (E) contrato da empresa fornecedora e carta explicativa do ges-
tor da área solicitante.
3-Para que os princípios de organização sejam implantados, é
importante reconhecer a necessidade de desenvolver diferentes 7-A administração de materiais pode ser dividida em três
áreas funcionais especializadas que cuidam de aspectos igualmente especialidades complementares: gestão de estoques, gestão de
relevantes de uma empresa. Num contexto de escassez, a área compras e gestão dos centros de distribuição. A gestão de compras
funcional que cuida da determinação e garantia de suprimento (A) resulta no controle físico dos materiais armazenados.
das necessidades de insumos e materiais (quantidade e prazos) (B) trata do gerenciamento dos materiais, analisando a neces-
necessários à produção é essencial. sidade de reposição de itens das diversas áreas da empresa.
Essa área funcional é conhecida como (C) envolve atividades vinculadas ao recebimento de materiais,
(A) financeiro. movimentação e estocagem.
(B) gestão de estoques. (D) aplica os sistemas de controles dos estoques.
(C) recursos humanos. (E) atende às necessidades de reposição dos materiais dos es-
(D) marketing. toques planejados.
(E) distribuição.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO I

8-As empresas precisam de matérias-primas, materiais, 13-A respeito das características das modalidades de
máquinas, equipamentos, serviços e uma grande variedade de transporte, assinale a opção correta.
insumos que provêm do ambiente externo, com o objetivo de (A) O transporte rodoviário é o modal mais utilizado no país
abastecer suas operações. Nesse contexto, a função compras devido ao seu baixo custo.
envolve: (B) O transporte ferroviário é destinado a cargas de maior volu-
(A) aquisição de materiais priorizando os menores preços me e grande peso, cujos prazos de entrega sejam relativamente
(B) gerar as especificações dos produtos de cada setor da em- curtos.
presa (C) O transporte intermodal encontra-se em desuso devido ao
(C) aquisição do máximo de quantidade para suprir estoques alto custo de carga e descarga, transbordo e recepção, além do
(D) todo processo de localização de fornecedores e fontes de elevado risco de perda de mercadorias.
suprimento (D) O transporte aeroviário é indicado para o transporte de pe-
quenos volumes, de baixo peso, de alta sofisticação e de preço
9-Questões como a centralização ou a descentralização da elevado, em que o fator tempo seja imperioso.
atividade de compras devem atender às características de cada (E) O transporte rodoviário é destinado a volumes menores,
empresa e suas necessidades. É uma vantagem dos sistemas distâncias maiores ou entregas com prazos relativamente lon-
descentralizados de compras: gos.
(A) maior conhecimento dos fornecedores locais
(B) qualidade uniforme dos materiais adquiridos 14-O gestor de uma fábrica, após a análise dos efeitos da
(C) maior especialização dos compradores pandemia da Covid-19 na empresa e em seus negócios, verificou
(D) padronização dos procedimentos de compra que, desde que tornou o uso de álcool gel parte do protocolo da
organização, o número de funcionários acometidos por outras
10-De acordo com VIANA, considerando-se a administração de doenças reduziu-se drasticamente. Em razão disso, ele decide
materiais, o ato de comprar inclui algumas etapas, EXCETO: comprar um grande volume do produto para o ano de 2022.
(A) Determinar o que, quanto e quando comprar. Considerando que não existem limitações para a localização,
(B) Estudar os fabricantes e seus familiares. que a entrega não tem urgência e é crucial a utilização de um frete
(C) Promover a concorrência para selecionar o fornecedor ven- de baixo custo, o modal adequado para essa entrega será o
cedor. (A) aquaviário.
(D) Encerrar o processo após recebimento do material, contro- (B) aeroviário.
le da qualidade e da quantidade. (C) dutoviário.
(D) rodoviário.
11-“Modais de transporte são os modos de se realizar a (E) infoviário.
locomoção de uma carga, ou seja, os tipos de transporte. Todos
os tipos apresentam vantagens e desvantagens, mas geralmente a 15-A respeito da Gestão Logística da Cadeia de Suprimentos, é
escolha é determinada pela carga que será deslocada”. incorreto afirmar que:
O modal de transporte que está relacionado ao conceito de (A) A logística inclui todas as atividades necessárias para movi-
cabotagem e apresenta como uma de suas principais vantagens o mentar produtos e informações de, para e entre membros de
baixo impacto ambiental é o? uma cadeia de suprimentos.
(A) Aquaviário. (B) O conceito de logística integrada é desenvolvido por meio
(B) Dutoviário. da discussão sobre o modo como tarefas específicas se con-
(C) Rodoviário. jugam para apoiar o atendimento aos stakeholders da cadeia
(D) Aeroviário. produtiva.
(E) Ferroviário. (C) A cadeia de suprimentos oferece a estrutura para que em-
presas e fornecedores, em conjunto, desenvolvam produtos,
12-Administração de Materiais: Escolha a alternativa que serviços e informações de modo eficiente, eficaz, relevante e
corresponde aos modais de transporte mais usados no comércio sustentável para os clientes.
internacional: (D) Um dos principais desafios na gestão integrada da cadeia
(A) Lacustre, Portuário e Internacional. de suprimentos é o planejamento multifuncional e interempre-
(B) Comboiado, Ferroviário, Duto e Contêiner. sarial, e a implementação operacional.
(C) Pluvial, Paletizado, e Intra-canal.
(D) Portuário, Sub-aquatico, Logístico.
(E) Aéreo, Marítimo, Rodoviário e Ferroviário.

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16-No atual cenário, as empresas precisam buscar práticas 18-Sobre planejamento, analise as afirmativas abaixo.
eficazes para atuarem na dinâmica que envolve a gestão de I. Planejamento estratégico é o processo de definir atividades
materiais e logística para se manterem no mercado. O grande e recursos, ele é feito na base da pirâmide e para realização de
desafio é garantir produtos e serviços com a qualidade, o prazo qualquer objetivo.
e os custos requeridos pelo cliente. Acerca da administração de II. Planos funcionais são elaborados para possibilitar a
materiais, assinale a alternativa INCORRETA. realização de planos do topo da organização.
(A) A cadeia de suprimentos é uma cadeia que abrange to- III. Planejamento operacional é o processo de definir objetivos
das as atividades relacionadas ao fluxo de informações e de e formas de realizá-los e definem planos para toda a organização.
transformações de matérias-primas em produto acabado para
o consumidor. Estão corretas as afirmativas:
(B) No contexto de administração de materiais, a logística é (A) I, II e III
considerada um dos fatores de competitividade. Além da qua- (B) I e III apenas
lidade exigida, é preciso garantir também agilidade na entrega, (C) I apenas
com custos reduzidos. (D) II apenas
(C) No processo de logística de compra de insumo à manufa- (E) III apenas
tura, a preocupação deve ser voltada para o abastecimento do
produto para a entrega ao cliente. 19-O processo de planejamento tem finalidades tais como
(D) Na gestão de estoque, além das funções de planejar e a antecipação de situações previsíveis e de preservação da lógica
controlar, existe também a necessária função da retroalimen- entre eventos. Deste modo, os planos ________ são aqueles que
tação, ou seja, “renovar” o planejamento com as informações definem objetivos específicos, indicando qual a ação a ser realizada.
relevantes e os pontos de melhoria identificados na etapa de Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.
controle. (A) estratégicos
(E) Na etapa de planejamento de estoque, devem ser estabele- (B) financeiros
cidos os valores que o estoque terá. Também ocorre a definição (C) de marketing
das datas de entrada e saída dos materiais do estoque, bem (D) operacionais
como das quantidades necessárias.
20-Relacione os diferentes níveis de planejamento para os
17-Qualquer que seja o sistema de produção utilizado pela projetos de uma empresa, com suas respectivas descrições.
empresa, por encomenda, lotes ou produção contínua, o processo 1. Planejamento Operacional
produtivo é sempre uma complicada e contínua transformação de 2. Planejamento Estratégico
matérias-primas, materiais e informações em produtos acabados ou 3. Planejamento Tático
serviços prestados. Acerca da administração de materiais, assinale a
alternativa correta. ( ) Processo mais gerencial no qual se define o rumo a ser
(A) Os materiais precisam ficar estáticos dentro das empresas seguido pela empresa no longo prazo.
para facilitar o fluxo das mercadorias. ( ) Planejamento que reúne informações para serem
(B) As matérias-primas são também denominadas componen- formalizadas no médio prazo.
tes. ( ) Medidas de curto prazo em que se formalizam e implementam
(C) A palavra suprimento serve para designar todas as ativida- os desenvolvimentos estabelecidos nas etapas anteriores.
des que visam ao abastecimento ou fornecimento de materiais
à produção. Assinale a opção que indica a relação correta na ordem
(D) De acordo com o fluxo dos materiais, os materiais semiaca- apresentada.
bados se transformaram diretamente em produtos acabados. (A) 1 – 2 – 3.
(E) A entrada de materiais dos fornecedores é de maneira di- (B) 2 – 1 – 3.
reta para o processo de produção, sem que haja o processo de (C) 2 – 3 – 1.
estocagem. (D) 3 – 1 – 2.
(E) 3 – 2 – 1.

GABARITO

1 D
2 D
3 B
4 A
5 B
6 B
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7 E
8 D ______________________________________________________
9 A ______________________________________________________
10 B
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11 A
12 E ______________________________________________________
13 D ______________________________________________________
14 A
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15 B
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16 C
17 C ______________________________________________________
18 D ______________________________________________________
19 D
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20 C
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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS - BLOCO II
Ênfase 12: Suprimento de Bens e
Serviços, Administração
nação de participação em sociedades e outras formas associativas,
LEGISLAÇÃO. ARTIGOS 28 A 91 DA LEI 13.303/16 (ESTATUTO societárias ou contratuais e as operações realizadas no âmbito do
JURÍDICO DA EMPRESA PÚBLICA, DA SOCIEDADE DE ECO- mercado de capitais, respeitada a regulação pelo respectivo órgão
NOMIA MISTA E DE SUAS SUBSIDIÁRIAS) competente.
Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas
públicas e sociedades de economia mista:
LEI Nº 13.303, DE 30 DE JUNHO DE 2016. I - para obras e serviços de engenharia de valor até R$
100.000,00 (cem mil reais), desde que não se refiram a parcelas de
Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da socie- uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e serviços de mesma
dade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. concomitantemente;
II - para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00
CAPÍTULO I (cinquenta mil reais) e para alienações, nos casos previstos nesta
DAS LICITAÇÕES Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,
compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizado de uma
SEÇÃO I só vez;
DA EXIGÊNCIA DE LICITAÇÃO E DOS CASOS DE DISPENSA E DE III - quando não acudirem interessados à licitação anterior e
INEXIGIBILIDADE essa, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para
a empresa pública ou a sociedade de economia mista, bem como
Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de para suas respectivas subsidiárias, desde que mantidas as condi-
serviços às empresas públicas e às sociedades de economia mista, ções preestabelecidas;
inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação IV - quando as propostas apresentadas consignarem preços
de bens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo pa- manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional ou
trimônio ou à execução de obras a serem integradas a esse patri- incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes;
mônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais bens, V - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendi-
serão precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as mento de suas finalidades precípuas, quando as necessidades de
hipóteses previstas nos arts. 29 e 30. instalação e localização condicionarem a escolha do imóvel, desde
§ 1º Aplicam-se às licitações das empresas públicas e das socie- que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo ava-
dades de economia mista as disposições constantes dos arts. 42 a liação prévia;
49 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 . VI - na contratação de remanescente de obra, de serviço ou de
§ 2º O convênio ou contrato de patrocínio celebrado com pes- fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde que
soas físicas ou jurídicas de que trata o § 3º do art. 27 observará, no atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as
que couber, as normas de licitação e contratos desta Lei. mesmas condições do contrato encerrado por rescisão ou distrato,
§ 3º São as empresas públicas e as sociedades de economia inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;
mista dispensadas da observância dos dispositivos deste Capítulo VII - na contratação de instituição brasileira incumbida regi-
nas seguintes situações: mental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desen-
I - comercialização, prestação ou execução, de forma direta, volvimento institucional ou de instituição dedicada à recuperação
pelas empresas mencionadas no caput , de produtos, serviços ou social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável
obras especificamente relacionados com seus respectivos objetos reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos;
sociais; VIII - para a aquisição de componentes ou peças de origem na-
II - nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a cional ou estrangeira necessários à manutenção de equipamentos
suas características particulares, vinculada a oportunidades de ne- durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original
gócio definidas e específicas, justificada a inviabilidade de procedi- desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for in-
mento competitivo. dispensável para a vigência da garantia;
§ 4º Consideram-se oportunidades de negócio a que se refere
o inciso II do § 3º a formação e a extinção de parcerias e outras
formas associativas, societárias ou contratuais, a aquisição e a alie-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

IX - na contratação de associação de pessoas com deficiência § 3º Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput podem
física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, para a pres- ser alterados, para refletir a variação de custos, por deliberação
tação de serviços ou fornecimento de mão de obra, desde que o do Conselho de Administração da empresa pública ou sociedade
preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; de economia mista, admitindo-se valores diferenciados para cada
X - na contratação de concessionário, permissionário ou auto- sociedade.
rizado para fornecimento ou suprimento de energia elétrica ou gás Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabili-
natural e de outras prestadoras de serviço público, segundo as nor- dade de competição, em especial na hipótese de:
mas da legislação específica, desde que o objeto do contrato tenha I - aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só
pertinência com o serviço público. possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante co-
XI - nas contratações entre empresas públicas ou sociedades de mercial exclusivo;
economia mista e suas respectivas subsidiárias, para aquisição ou II - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados,
alienação de bens e prestação ou obtenção de serviços, desde que com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a
os preços sejam compatíveis com os praticados no mercado e que inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
o objeto do contrato tenha relação com a atividade da contratada a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou exe-
prevista em seu estatuto social; cutivos;
XII - na contratação de coleta, processamento e comerciali- b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
zação de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras
áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associa- ou tributárias;
ções ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou ser-
de baixa renda que tenham como ocupação econômica a coleta de viços;
materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
as normas técnicas, ambientais e de saúde pública; f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
XIII - para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexi- § 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou a
dade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente
especialmente designada pelo dirigente máximo da empresa públi- de desempenho anterior, estudos, experiência, publicações, orga-
ca ou da sociedade de economia mista; nização, aparelhamento, equipe técnica ou outros requisitos rela-
XIV - nas contratações visando ao cumprimento do disposto cionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é
nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004 essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação
, observados os princípios gerais de contratação dela constantes; do objeto do contrato.
XV - em situações de emergência, quando caracterizada ur- § 2º Na hipótese do caput e em qualquer dos casos de dispen-
gência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo sa, se comprovado, pelo órgão de controle externo, sobrepreço ou
ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipa- superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado
mentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os quem houver decidido pela contratação direta e o fornecedor ou o
bens necessários ao atendimento da situação emergencial e para prestador de serviços.
as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo § 3º O processo de contratação direta será instruído, no que
máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, couber, com os seguintes elementos:
contado da ocorrência da emergência, vedada a prorrogação dos I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que
respectivos contratos, observado o disposto no § 2º ; justifique a dispensa, quando for o caso;
XVI - na transferência de bens a órgãos e entidades da adminis- II - razão da escolha do fornecedor ou do executante;
tração pública, inclusive quando efetivada mediante permuta; III - justificativa do preço.
XVII - na doação de bens móveis para fins e usos de interesse
social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socio- SEÇÃO II
econômica relativamente à escolha de outra forma de alienação; DISPOSIÇÕES DE CARÁTER GERAL SOBRE LICITAÇÕES E CON-
XVIII - na compra e venda de ações, de títulos de crédito e de TRATOS
dívida e de bens que produzam ou comercializem. (Vide ADIN
5624) (Vide ADIN 5846) (Vide ADIN 5924) (Vide ADIN 6029) Art. 31. As licitações realizadas e os contratos celebrados por
§ 1º Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contratação empresas públicas e sociedades de economia mista destinam-se a
nos termos do inciso VI do caput , a empresa pública e a sociedade assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no que
de economia mista poderão convocar os licitantes remanescentes, se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em que
na ordem de classificação, para a celebração do contrato nas condi- se caracterize sobrepreço ou superfaturamento, devendo observar
ções ofertadas por estes, desde que o respectivo valor seja igual ou os princípios da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
inferior ao orçamento estimado para a contratação, inclusive quan- publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da econo-
to aos preços atualizados nos termos do instrumento convocatório. micidade, do desenvolvimento nacional sustentável, da vinculação
§ 2º A contratação direta com base no inciso XV do caput não ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade e do
dispensará a responsabilização de quem, por ação ou omissão, te- julgamento objetivo.
nha dado causa ao motivo ali descrito, inclusive no tocante ao dis- § 1º Para os fins do disposto no caput , considera-se que há:
posto na Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 . I - sobrepreço quando os preços orçados para a licitação ou os
preços contratados são expressivamente superiores aos preços re-
ferenciais de mercado, podendo referir-se ao valor unitário de um
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

item, se a licitação ou a contratação for por preços unitários de ser- IV - adoção preferencial da modalidade de licitação denomi-
viço, ou ao valor global do objeto, se a licitação ou a contratação for nada pregão, instituída pela Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002
por preço global ou por empreitada; , para a aquisição de bens e serviços comuns, assim considerados
II - superfaturamento quando houver dano ao patrimônio da aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser ob-
empresa pública ou da sociedade de economia mista caracterizado, jetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usu-
por exemplo: ais no mercado;
a) pela medição de quantidades superiores às efetivamente V - observação da política de integridade nas transações com
executadas ou fornecidas; partes interessadas.
b) pela deficiência na execução de obras e serviços de enge- § 1º As licitações e os contratos disciplinados por esta Lei de-
nharia que resulte em diminuição da qualidade, da vida útil ou da vem respeitar, especialmente, as normas relativas à:
segurança; I - disposição final ambientalmente adequada dos resíduos só-
c) por alterações no orçamento de obras e de serviços de enge- lidos gerados pelas obras contratadas;
nharia que causem o desequilíbrio econômico-financeiro do contra- II - mitigação dos danos ambientais por meio de medidas con-
to em favor do contratado; dicionantes e de compensação ambiental, que serão definidas no
d) por outras alterações de cláusulas financeiras que gerem procedimento de licenciamento ambiental;
recebimentos contratuais antecipados, distorção do cronograma III - utilização de produtos, equipamentos e serviços que, com-
físico-financeiro, prorrogação injustificada do prazo contratual com provadamente, reduzam o consumo de energia e de recursos na-
custos adicionais para a empresa pública ou a sociedade de econo- turais;
mia mista ou reajuste irregular de preços. IV - avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação
§ 2º O orçamento de referência do custo global de obras e ser- urbanística;
viços de engenharia deverá ser obtido a partir de custos unitários V - proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e
de insumos ou serviços menores ou iguais à mediana de seus cor- imaterial, inclusive por meio da avaliação do impacto direto ou indi-
respondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices reto causado por investimentos realizados por empresas públicas e
da Construção Civil (Sinapi), no caso de construção civil em geral, sociedades de economia mista;
ou no Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro), no caso de VI - acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobi-
obras e serviços rodoviários, devendo ser observadas as peculiari- lidade reduzida.
dades geográficas. § 2º A contratação a ser celebrada por empresa pública ou so-
§ 3º No caso de inviabilidade da definição dos custos consoante ciedade de economia mista da qual decorra impacto negativo so-
o disposto no § 2º, a estimativa de custo global poderá ser apurada bre bens do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial
por meio da utilização de dados contidos em tabela de referência tombados dependerá de autorização da esfera de governo encar-
formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração regada da proteção do respectivo patrimônio, devendo o impacto
pública federal, em publicações técnicas especializadas, em banco ser compensado por meio de medidas determinadas pelo dirigente
de dados e sistema específico instituído para o setor ou em pesqui- máximo da empresa pública ou sociedade de economia mista, na
sa de mercado. forma da legislação aplicável.
§ 4º A empresa pública e a sociedade de economia mista po- § 3º As licitações na modalidade de pregão, na forma eletrôni-
derão adotar procedimento de manifestação de interesse privado ca, deverão ser realizadas exclusivamente em portais de compras
para o recebimento de propostas e projetos de empreendimentos de acesso público na internet.
com vistas a atender necessidades previamente identificadas, ca- § 4º Nas licitações com etapa de lances, a empresa pública ou
bendo a regulamento a definição de suas regras específicas. sociedade de economia mista disponibilizará ferramentas eletrôni-
§ 5º Na hipótese a que se refere o § 4º, o autor ou financiador cas para envio de lances pelos licitantes.
do projeto poderá participar da licitação para a execução do em- Art. 33. O objeto da licitação e do contrato dela decorrente será
preendimento, podendo ser ressarcido pelos custos aprovados pela definido de forma sucinta e clara no instrumento convocatório.
empresa pública ou sociedade de economia mista caso não vença Art. 34. O valor estimado do contrato a ser celebrado pela em-
o certame, desde que seja promovida a cessão de direitos de que presa pública ou pela sociedade de economia mista será sigiloso,
trata o art. 80. facultando-se à contratante, mediante justificação na fase de pre-
Art. 32. Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão paração prevista no inciso I do art. 51 desta Lei, conferir publicidade
observadas as seguintes diretrizes: ao valor estimado do objeto da licitação, sem prejuízo da divulgação
I - padronização do objeto da contratação, dos instrumentos do detalhamento dos quantitativos e das demais informações ne-
convocatórios e das minutas de contratos, de acordo com normas cessárias para a elaboração das propostas.
internas específicas; § 1º Na hipótese em que for adotado o critério de julgamento
II - busca da maior vantagem competitiva para a empresa públi- por maior desconto, a informação de que trata o caput deste artigo
ca ou sociedade de economia mista, considerando custos e benefí- constará do instrumento convocatório.
cios, diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou ambien- § 2º No caso de julgamento por melhor técnica, o valor do prê-
tal, inclusive os relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e mio ou da remuneração será incluído no instrumento convocatório.
resíduos, ao índice de depreciação econômica e a outros fatores de § 3º A informação relativa ao valor estimado do objeto da li-
igual relevância; citação, ainda que tenha caráter sigiloso, será disponibilizada a ór-
III - parcelamento do objeto, visando a ampliar a participação gãos de controle externo e interno, devendo a empresa pública ou
de licitantes, sem perda de economia de escala, e desde que não a sociedade de economia mista registrar em documento formal sua
atinja valores inferiores aos limites estabelecidos no art. 29, incisos disponibilização aos órgãos de controle, sempre que solicitado.
I e II; § 4º (VETADO).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

Art. 35. Observado o disposto no art. 34, o conteúdo da pro- III - cujo proprietário, mesmo na condição de sócio, tenha ter-
posta, quando adotado o modo de disputa fechado e até sua aber- minado seu prazo de gestão ou rompido seu vínculo com a respecti-
tura, os atos e os procedimentos praticados em decorrência desta va empresa pública ou sociedade de economia mista promotora da
Lei submetem-se à legislação que regula o acesso dos cidadãos às licitação ou contratante há menos de 6 (seis) meses.
informações detidas pela administração pública, particularmente Art. 39. Os procedimentos licitatórios, a pré-qualificação e os
aos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 . contratos disciplinados por esta Lei serão divulgados em portal es-
Art. 36. A empresa pública e a sociedade de economia mista pecífico mantido pela empresa pública ou sociedade de economia
poderão promover a pré-qualificação de seus fornecedores ou pro- mista na internet, devendo ser adotados os seguintes prazos míni-
dutos, nos termos do art. 64. mos para apresentação de propostas ou lances, contados a partir da
Art. 37. A empresa pública e a sociedade de economia mista divulgação do instrumento convocatório:
deverão informar os dados relativos às sanções por elas aplicadas I - para aquisição de bens:
aos contratados, nos termos definidos no art. 83, de forma a man- a) 5 (cinco) dias úteis, quando adotado como critério de julga-
ter atualizado o cadastro de empresas inidôneas de que trata o art. mento o menor preço ou o maior desconto;
23 da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013 . b) 10 (dez) dias úteis, nas demais hipóteses;
§ 1º O fornecedor incluído no cadastro referido no caput não II - para contratação de obras e serviços:
poderá disputar licitação ou participar, direta ou indiretamente, da a) 15 (quinze) dias úteis, quando adotado como critério de jul-
execução de contrato. gamento o menor preço ou o maior desconto;
§ 2º Serão excluídos do cadastro referido no caput , a qualquer b) 30 (trinta) dias úteis, nas demais hipóteses;
tempo, fornecedores que demonstrarem a superação dos motivos III - no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias úteis para licitação
que deram causa à restrição contra eles promovida. em que se adote como critério de julgamento a melhor técnica ou a
Art. 38. Estará impedida de participar de licitações e de ser con- melhor combinação de técnica e preço, bem como para licitação em
tratada pela empresa pública ou sociedade de economia mista a que haja contratação semi-integrada ou integrada.
empresa: Parágrafo único. As modificações promovidas no instrumento
I - cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5% (cinco convocatório serão objeto de divulgação nos mesmos termos e pra-
por cento) do capital social seja diretor ou empregado da empresa zos dos atos e procedimentos originais, exceto quando a alteração
pública ou sociedade de economia mista contratante; não afetar a preparação das propostas.
II - suspensa pela empresa pública ou sociedade de economia Art. 40. As empresas públicas e as sociedades de economia
mista; mista deverão publicar e manter atualizado regulamento interno de
III - declarada inidônea pela União, por Estado, pelo Distrito Fe- licitações e contratos, compatível com o disposto nesta Lei, espe-
deral ou pela unidade federativa a que está vinculada a empresa cialmente quanto a:
pública ou sociedade de economia mista, enquanto perdurarem os I - glossário de expressões técnicas;
efeitos da sanção; II - cadastro de fornecedores;
IV - constituída por sócio de empresa que estiver suspensa, im- III - minutas-padrão de editais e contratos;
pedida ou declarada inidônea; IV - procedimentos de licitação e contratação direta;
V - cujo administrador seja sócio de empresa suspensa, impedi- V - tramitação de recursos;
da ou declarada inidônea; VI - formalização de contratos;
VI - constituída por sócio que tenha sido sócio ou administra- VII - gestão e fiscalização de contratos;
dor de empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea, no pe- VIII - aplicação de penalidades;
ríodo dos fatos que deram ensejo à sanção; IX - recebimento do objeto do contrato.
VII - cujo administrador tenha sido sócio ou administrador de Art. 41. Aplicam-se às licitações e contratos regidos por esta
empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea, no período Lei as normas de direito penal contidas nos arts. 89 a 99 da Lei nº
dos fatos que deram ensejo à sanção; 8.666, de 21 de junho de 1993 .
VIII - que tiver, nos seus quadros de diretoria, pessoa que parti-
cipou, em razão de vínculo de mesma natureza, de empresa decla- SEÇÃO III
rada inidônea. DAS NORMAS ESPECÍFICAS PARA OBRAS E SERVIÇOS
Parágrafo único. Aplica-se a vedação prevista no caput :
I - à contratação do próprio empregado ou dirigente, como pes- Art. 42. Na licitação e na contratação de obras e serviços por
soa física, bem como à participação dele em procedimentos licitató- empresas públicas e sociedades de economia mista, serão observa-
rios, na condição de licitante; das as seguintes definições:
II - a quem tenha relação de parentesco, até o terceiro grau I - empreitada por preço unitário: contratação por preço certo
civil, com: de unidades determinadas;
a) dirigente de empresa pública ou sociedade de economia II - empreitada por preço global: contratação por preço certo
mista; e total;
b) empregado de empresa pública ou sociedade de economia III - tarefa: contratação de mão de obra para pequenos traba-
mista cujas atribuições envolvam a atuação na área responsável lhos por preço certo, com ou sem fornecimento de material;
pela licitação ou contratação; IV - empreitada integral: contratação de empreendimento em
c) autoridade do ente público a que a empresa pública ou so- sua integralidade, com todas as etapas de obras, serviços e instala-
ciedade de economia mista esteja vinculada. ções necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a
sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em con- e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da
dições de segurança estrutural e operacional e com as característi- obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de supri-
cas adequadas às finalidades para as quais foi contratada; mentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em
V - contratação semi-integrada: contratação que envolve a ela- cada caso;
boração e o desenvolvimento do projeto executivo, a execução de f) (VETADO);
obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização de tes- IX - projeto executivo: conjunto dos elementos necessários e
tes, a pré-operação e as demais operações necessárias e suficientes suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas
para a entrega final do objeto, de acordo com o estabelecido nos §§ técnicas pertinentes;
1º e 3º deste artigo; X - matriz de riscos: cláusula contratual definidora de riscos e
VI - contratação integrada: contratação que envolve a elabora- responsabilidades entre as partes e caracterizadora do equilíbrio
ção e o desenvolvimento dos projetos básico e executivo, a execu- econômico-financeiro inicial do contrato, em termos de ônus finan-
ção de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização ceiro decorrente de eventos supervenientes à contratação, conten-
de testes, a pré-operação e as demais operações necessárias e sufi- do, no mínimo, as seguintes informações:
cientes para a entrega final do objeto, de acordo com o estabeleci- a) listagem de possíveis eventos supervenientes à assinatura
do nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo; do contrato, impactantes no equilíbrio econômico-financeiro da
VII - anteprojeto de engenharia: peça técnica com todos os ele- avença, e previsão de eventual necessidade de prolação de termo
mentos de contornos necessários e fundamentais à elaboração do aditivo quando de sua ocorrência;
projeto básico, devendo conter minimamente os seguintes elemen- b) estabelecimento preciso das frações do objeto em que ha-
tos: verá liberdade das contratadas para inovar em soluções metodoló-
a) demonstração e justificativa do programa de necessidades, gicas ou tecnológicas, em obrigações de resultado, em termos de
visão global dos investimentos e definições relacionadas ao nível de modificação das soluções previamente delineadas no anteprojeto
serviço desejado; ou no projeto básico da licitação;
b) condições de solidez, segurança e durabilidade e prazo de c) estabelecimento preciso das frações do objeto em que não
entrega; haverá liberdade das contratadas para inovar em soluções meto-
c) estética do projeto arquitetônico; dológicas ou tecnológicas, em obrigações de meio, devendo haver
d) parâmetros de adequação ao interesse público, à economia obrigação de identidade entre a execução e a solução pré-definida
na utilização, à facilidade na execução, aos impactos ambientais e no anteprojeto ou no projeto básico da licitação.
à acessibilidade; § 1º As contratações semi-integradas e integradas referidas,
e) concepção da obra ou do serviço de engenharia; respectivamente, nos incisos V e VI do caput deste artigo restringir-
f) projetos anteriores ou estudos preliminares que embasaram -se-ão a obras e serviços de engenharia e observarão os seguintes
a concepção adotada; requisitos:
g) levantamento topográfico e cadastral; I - o instrumento convocatório deverá conter:
h) pareceres de sondagem; a) anteprojeto de engenharia, no caso de contratação integra-
i) memorial descritivo dos elementos da edificação, dos com- da, com elementos técnicos que permitam a caracterização da obra
ponentes construtivos e dos materiais de construção, de forma a ou do serviço e a elaboração e comparação, de forma isonômica,
estabelecer padrões mínimos para a contratação; das propostas a serem ofertadas pelos particulares;
VIII - projeto básico: conjunto de elementos necessários e su- b) projeto básico, nos casos de empreitada por preço unitário,
ficientes, com nível de precisão adequado, para, observado o dis- de empreitada por preço global, de empreitada integral e de contra-
posto no § 3º, caracterizar a obra ou o serviço, ou o complexo de tação semi-integrada, nos termos definidos neste artigo;
obras ou de serviços objeto da licitação, elaborado com base nas c) documento técnico, com definição precisa das frações do
indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegure a viabi- empreendimento em que haverá liberdade de as contratadas ino-
lidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do varem em soluções metodológicas ou tecnológicas, seja em termos
empreendimento e que possibilite a avaliação do custo da obra e a de modificação das soluções previamente delineadas no antepro-
definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os jeto ou no projeto básico da licitação, seja em termos de detalha-
seguintes elementos: mento dos sistemas e procedimentos construtivos previstos nessas
a) desenvolvimento da solução escolhida, de forma a fornecer peças técnicas;
visão global da obra e a identificar todos os seus elementos consti- d) matriz de riscos;
tutivos com clareza; II - o valor estimado do objeto a ser licitado será calculado com
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente de- base em valores de mercado, em valores pagos pela administração
talhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou pública em serviços e obras similares ou em avaliação do custo glo-
de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e bal da obra, aferido mediante orçamento sintético ou metodologia
de realização das obras e montagem; expedita ou paramétrica;
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais III - o critério de julgamento a ser adotado será o de menor pre-
e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especifica- ço ou de melhor combinação de técnica e preço, pontuando-se na
ções, de modo a assegurar os melhores resultados para o empre- avaliação técnica as vantagens e os benefícios que eventualmente
endimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; forem oferecidos para cada produto ou solução;
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de mé-
todos construtivos, instalações provisórias e condições organiza-
cionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua
execução;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

IV - na contratação semi-integrada, o projeto básico poderá VI - contratação integrada, quando a obra ou o serviço de en-
ser alterado, desde que demonstrada a superioridade das inova- genharia for de natureza predominantemente intelectual e de ino-
ções em termos de redução de custos, de aumento da qualidade, vação tecnológica do objeto licitado ou puder ser executado com
de redução do prazo de execução e de facilidade de manutenção diferentes metodologias ou tecnologias de domínio restrito no mer-
ou operação. cado.
§ 2º No caso dos orçamentos das contratações integradas: § 1º Serão obrigatoriamente precedidas pela elaboração de
I - sempre que o anteprojeto da licitação, por seus elementos projeto básico, disponível para exame de qualquer interessado, as
mínimos, assim o permitir, as estimativas de preço devem se basear licitações para a contratação de obras e serviços, com exceção da-
em orçamento tão detalhado quanto possível, devendo a utilização quelas em que for adotado o regime previsto no inciso VI do caput
de estimativas paramétricas e a avaliação aproximada baseada em deste artigo.
outras obras similares ser realizadas somente nas frações do em- § 2º É vedada a execução, sem projeto executivo, de obras e
preendimento não suficientemente detalhadas no anteprojeto da serviços de engenharia.
licitação, exigindo-se das contratadas, no mínimo, o mesmo nível Art. 44. É vedada a participação direta ou indireta nas licitações
de detalhamento em seus demonstrativos de formação de preços; para obras e serviços de engenharia de que trata esta Lei:
II - quando utilizada metodologia expedita ou paramétrica para I - de pessoa física ou jurídica que tenha elaborado o antepro-
abalizar o valor do empreendimento ou de fração dele, considera- jeto ou o projeto básico da licitação;
das as disposições do inciso I, entre 2 (duas) ou mais técnicas esti- II - de pessoa jurídica que participar de consórcio responsável
mativas possíveis, deve ser utilizada nas estimativas de preço-base pela elaboração do anteprojeto ou do projeto básico da licitação;
a que viabilize a maior precisão orçamentária, exigindo-se das lici- III - de pessoa jurídica da qual o autor do anteprojeto ou do
tantes, no mínimo, o mesmo nível de detalhamento na motivação projeto básico da licitação seja administrador, controlador, geren-
dos respectivos preços ofertados. te, responsável técnico, subcontratado ou sócio, neste último caso
§ 3º Nas contratações integradas ou semi-integradas, os riscos quando a participação superar 5% (cinco por cento) do capital vo-
decorrentes de fatos supervenientes à contratação associados à tante.
escolha da solução de projeto básico pela contratante deverão ser § 1º A elaboração do projeto executivo constituirá encargo do
alocados como de sua responsabilidade na matriz de riscos. contratado, consoante preço previamente fixado pela empresa pú-
§ 4º No caso de licitação de obras e serviços de engenharia, as blica ou pela sociedade de economia mista.
empresas públicas e as sociedades de economia mista abrangidas § 2º É permitida a participação das pessoas jurídicas e da pes-
por esta Lei deverão utilizar a contratação semi-integrada, prevista soa física de que tratam os incisos II e III do caput deste artigo em
no inciso V do caput , cabendo a elas a elaboração ou a contrata- licitação ou em execução de contrato, como consultor ou técnico,
ção do projeto básico antes da licitação de que trata este parágrafo, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusi-
podendo ser utilizadas outras modalidades previstas nos incisos do vamente a serviço da empresa pública e da sociedade de economia
caput deste artigo, desde que essa opção seja devidamente justifi- mista interessadas.
cada. § 3º Para fins do disposto no caput , considera-se participação
§ 5º Para fins do previsto na parte final do § 4º, não será admi- indireta a existência de vínculos de natureza técnica, comercial,
tida, por parte da empresa pública ou da sociedade de economia econômica, financeira ou trabalhista entre o autor do projeto bási-
mista, como justificativa para a adoção da modalidade de contrata- co, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos servi-
ção integrada, a ausência de projeto básico. ços, fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens
Art. 43. Os contratos destinados à execução de obras e serviços e serviços a estes necessários.
de engenharia admitirão os seguintes regimes: § 4º O disposto no § 3º deste artigo aplica-se a empregados
I - empreitada por preço unitário, nos casos em que os objetos, incumbidos de levar a efeito atos e procedimentos realizados pela
por sua natureza, possuam imprecisão inerente de quantitativos empresa pública e pela sociedade de economia mista no curso da
em seus itens orçamentários; licitação.
II - empreitada por preço global, quando for possível definir Art. 45. Na contratação de obras e serviços, inclusive de enge-
previamente no projeto básico, com boa margem de precisão, as nharia, poderá ser estabelecida remuneração variável vinculada ao
quantidades dos serviços a serem posteriormente executados na desempenho do contratado, com base em metas, padrões de qua-
fase contratual; lidade, critérios de sustentabilidade ambiental e prazos de entrega
III - contratação por tarefa, em contratações de profissionais definidos no instrumento convocatório e no contrato.
autônomos ou de pequenas empresas para realização de serviços Parágrafo único. A utilização da remuneração variável respeita-
técnicos comuns e de curta duração; rá o limite orçamentário fixado pela empresa pública ou pela socie-
IV - empreitada integral, nos casos em que o contratante neces- dade de economia mista para a respectiva contratação.
site receber o empreendimento, normalmente de alta complexida- Art. 46. Mediante justificativa expressa e desde que não impli-
de, em condição de operação imediata; que perda de economia de escala, poderá ser celebrado mais de
V - contratação semi-integrada, quando for possível definir pre- um contrato para executar serviço de mesma natureza quando o
viamente no projeto básico as quantidades dos serviços a serem objeto da contratação puder ser executado de forma concorrente e
posteriormente executados na fase contratual, em obra ou serviço simultânea por mais de um contratado.
de engenharia que possa ser executado com diferentes metodolo- § 1º Na hipótese prevista no caput deste artigo, será mantido
gias ou tecnologias; controle individualizado da execução do objeto contratual relativa-
mente a cada um dos contratados.
§ 2º (VETADO).

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

SEÇÃO IV VI - negociação;
DAS NORMAS ESPECÍFICAS PARA AQUISIÇÃO DE BENS VII - habilitação;
VIII - interposição de recursos;
Art. 47. A empresa pública e a sociedade de economia mista, na IX - adjudicação do objeto;
licitação para aquisição de bens, poderão: X - homologação do resultado ou revogação do procedimento.
I - indicar marca ou modelo, nas seguintes hipóteses: § 1º A fase de que trata o inciso VII do caput poderá, excepcio-
a) em decorrência da necessidade de padronização do objeto; nalmente, anteceder as referidas nos incisos III a VI do caput , desde
b) quando determinada marca ou modelo comercializado por que expressamente previsto no instrumento convocatório.
mais de um fornecedor constituir o único capaz de atender o objeto § 2º Os atos e procedimentos decorrentes das fases enume-
do contrato; radas no caput praticados por empresas públicas, por sociedades
c) quando for necessária, para compreensão do objeto, a iden- de economia mista e por licitantes serão efetivados preferencial-
tificação de determinada marca ou modelo apto a servir como refe- mente por meio eletrônico, nos termos definidos pelo instrumento
rência, situação em que será obrigatório o acréscimo da expressão convocatório, devendo os avisos contendo os resumos dos editais
“ou similar ou de melhor qualidade”; das licitações e contratos abrangidos por esta Lei ser previamente
II - exigir amostra do bem no procedimento de pré-qualificação publicados no Diário Oficial da União, do Estado ou do Município e
e na fase de julgamento das propostas ou de lances, desde que jus- na internet.
tificada a necessidade de sua apresentação; Art. 52. Poderão ser adotados os modos de disputa aberto ou
III - solicitar a certificação da qualidade do produto ou do pro- fechado, ou, quando o objeto da licitação puder ser parcelado, a
cesso de fabricação, inclusive sob o aspecto ambiental, por institui- combinação de ambos, observado o disposto no inciso III do art.
ção previamente credenciada. 32 desta Lei.
Parágrafo único. O edital poderá exigir, como condição de acei- § 1º No modo de disputa aberto, os licitantes apresentarão lan-
tabilidade da proposta, a adequação às normas da Associação Bra- ces públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes, conforme o
sileira de Normas Técnicas (ABNT) ou a certificação da qualidade critério de julgamento adotado.
do produto por instituição credenciada pelo Sistema Nacional de § 2º No modo de disputa fechado, as propostas apresentadas
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro) . pelos licitantes serão sigilosas até a data e a hora designadas para
Art. 48. Será dada publicidade, com periodicidade mínima se- que sejam divulgadas.
mestral, em sítio eletrônico oficial na internet de acesso irrestrito, à Art. 53. Quando for adotado o modo de disputa aberto, pode-
relação das aquisições de bens efetivadas pelas empresas públicas rão ser admitidos:
e pelas sociedades de economia mista, compreendidas as seguintes I - a apresentação de lances intermediários;
informações: II - o reinício da disputa aberta, após a definição do melhor lan-
I - identificação do bem comprado, de seu preço unitário e da ce, para definição das demais colocações, quando existir diferença
quantidade adquirida; de pelo menos 10% (dez por cento) entre o melhor lance e o sub-
II - nome do fornecedor; sequente.
III - valor total de cada aquisição. Parágrafo único. Consideram-se intermediários os lances:
I - iguais ou inferiores ao maior já ofertado, quando adotado o
SEÇÃO V julgamento pelo critério da maior oferta;
DAS NORMAS ESPECÍFICAS PARA ALIENAÇÃO DE BENS II - iguais ou superiores ao menor já ofertado, quando adotados
os demais critérios de julgamento.
Art. 49. A alienação de bens por empresas públicas e por socie- Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julga-
dades de economia mista será precedida de: mento:
I - avaliação formal do bem contemplado, ressalvadas as hipó- I - menor preço;
teses previstas nos incisos XVI a XVIII do art. 29; II - maior desconto;
II - licitação, ressalvado o previsto no § 3º do art. 28. III - melhor combinação de técnica e preço;
Art. 50. Estendem-se à atribuição de ônus real a bens integran- IV - melhor técnica;
tes do acervo patrimonial de empresas públicas e de sociedades V - melhor conteúdo artístico;
de economia mista as normas desta Lei aplicáveis à sua alienação, VI - maior oferta de preço;
inclusive em relação às hipóteses de dispensa e de inexigibilidade VII - maior retorno econômico;
de licitação. VIII - melhor destinação de bens alienados.
§ 1º Os critérios de julgamento serão expressamente identifi-
SEÇÃO VI cados no instrumento convocatório e poderão ser combinados na
DO PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO hipótese de parcelamento do objeto, observado o disposto no inci-
so III do art. 32.
Art. 51. As licitações de que trata esta Lei observarão a seguinte § 2º Na hipótese de adoção dos critérios referidos nos incisos
sequência de fases: III, IV, V e VII do caput deste artigo, o julgamento das propostas será
I - preparação; efetivado mediante o emprego de parâmetros específicos, defini-
II - divulgação; dos no instrumento convocatório, destinados a limitar a subjetivi-
III - apresentação de lances ou propostas, conforme o modo de dade do julgamento.
disputa adotado; § 3º Para efeito de julgamento, não serão consideradas vanta-
IV - julgamento; gens não previstas no instrumento convocatório.
V - verificação de efetividade dos lances ou propostas; § 4º O critério previsto no inciso II do caput :
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

I - terá como referência o preço global fixado no instrumento § 2º A empresa pública e a sociedade de economia mista pode-
convocatório, estendendo-se o desconto oferecido nas propostas rão realizar diligências para aferir a exequibilidade das propostas ou
ou lances vencedores a eventuais termos aditivos; exigir dos licitantes que ela seja demonstrada, na forma do inciso V
II - no caso de obras e serviços de engenharia, o desconto in- do caput .
cidirá de forma linear sobre a totalidade dos itens constantes do § 3º Nas licitações de obras e serviços de engenharia, conside-
orçamento estimado, que deverá obrigatoriamente integrar o ins- ram-se inexequíveis as propostas com valores globais inferiores a
trumento convocatório. 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores:
§ 5º Quando for utilizado o critério referido no inciso III do I - média aritmética dos valores das propostas superiores a 50%
caput , a avaliação das propostas técnicas e de preço considerará o (cinquenta por cento) do valor do orçamento estimado pela empre-
percentual de ponderação mais relevante, limitado a 70% (setenta sa pública ou sociedade de economia mista; ou
por cento). II - valor do orçamento estimado pela empresa pública ou so-
§ 6º Quando for utilizado o critério referido no inciso VII do ciedade de economia mista.
caput , os lances ou propostas terão o objetivo de proporcionar eco- § 4º Para os demais objetos, para efeito de avaliação da exequi-
nomia à empresa pública ou à sociedade de economia mista, por bilidade ou de sobrepreço, deverão ser estabelecidos critérios de
meio da redução de suas despesas correntes, remunerando-se o aceitabilidade de preços que considerem o preço global, os quanti-
licitante vencedor com base em percentual da economia de recur- tativos e os preços unitários, assim definidos no instrumento con-
sos gerada. vocatório.
§ 7º Na implementação do critério previsto no inciso VIII do Art. 57. Confirmada a efetividade do lance ou proposta que ob-
caput deste artigo, será obrigatoriamente considerada, nos termos teve a primeira colocação na etapa de julgamento, ou que passe a
do respectivo instrumento convocatório, a repercussão, no meio ocupar essa posição em decorrência da desclassificação de outra
social, da finalidade para cujo atendimento o bem será utilizado que tenha obtido colocação superior, a empresa pública e a socie-
pelo adquirente. dade de economia mista deverão negociar condições mais vantajo-
§ 8º O descumprimento da finalidade a que se refere o § 7º sas com quem o apresentou.
deste artigo resultará na imediata restituição do bem alcançado ao § 1º A negociação deverá ser feita com os demais licitantes,
acervo patrimonial da empresa pública ou da sociedade de econo- segundo a ordem inicialmente estabelecida, quando o preço do pri-
mia mista, vedado, nessa hipótese, o pagamento de indenização em meiro colocado, mesmo após a negociação, permanecer acima do
favor do adquirente. orçamento estimado.
Art. 55. Em caso de empate entre 2 (duas) propostas, serão uti- § 2º (VETADO).
lizados, na ordem em que se encontram enumerados, os seguintes § 3º Se depois de adotada a providência referida no § 1º deste
critérios de desempate: artigo não for obtido valor igual ou inferior ao orçamento estimado
I - disputa final, em que os licitantes empatados poderão apre- para a contratação, será revogada a licitação.
sentar nova proposta fechada, em ato contínuo ao encerramento Art. 58. A habilitação será apreciada exclusivamente a partir
da etapa de julgamento; dos seguintes parâmetros:
II - avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, I - exigência da apresentação de documentos aptos a compro-
desde que exista sistema objetivo de avaliação instituído; var a possibilidade da aquisição de direitos e da contração de obri-
III - os critérios estabelecidos no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 gações por parte do licitante;
de outubro de 1991 , e no § 2º do art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de II - qualificação técnica, restrita a parcelas do objeto técnica ou
junho de 1993 ; economicamente relevantes, de acordo com parâmetros estabele-
IV - sorteio. cidos de forma expressa no instrumento convocatório;
Art. 56. Efetuado o julgamento dos lances ou propostas, será III - capacidade econômica e financeira;
promovida a verificação de sua efetividade, promovendo-se a des- IV - recolhimento de quantia a título de adiantamento, tratan-
classificação daqueles que: do-se de licitações em que se utilize como critério de julgamento a
I - contenham vícios insanáveis; maior oferta de preço.
II - descumpram especificações técnicas constantes do instru- § 1º Quando o critério de julgamento utilizado for a maior ofer-
mento convocatório; ta de preço, os requisitos de qualificação técnica e de capacidade
III - apresentem preços manifestamente inexequíveis; econômica e financeira poderão ser dispensados.
IV - se encontrem acima do orçamento estimado para a contra- § 2º Na hipótese do § 1º, reverterá a favor da empresa pública
tação de que trata o § 1º do art. 57, ressalvada a hipótese prevista ou da sociedade de economia mista o valor de quantia eventual-
no caput do art. 34 desta Lei; mente exigida no instrumento convocatório a título de adiantamen-
V - não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exi- to, caso o licitante não efetue o restante do pagamento devido no
gido pela empresa pública ou pela sociedade de economia mista; prazo para tanto estipulado.
VI - apresentem desconformidade com outras exigências do Art. 59. Salvo no caso de inversão de fases, o procedimento
instrumento convocatório, salvo se for possível a acomodação a licitatório terá fase recursal única.
seus termos antes da adjudicação do objeto e sem que se prejudi- § 1º Os recursos serão apresentados no prazo de 5 (cinco) dias
que a atribuição de tratamento isonômico entre os licitantes. úteis após a habilitação e contemplarão, além dos atos praticados
§ 1º A verificação da efetividade dos lances ou propostas pode- nessa fase, aqueles praticados em decorrência do disposto nos inci-
rá ser feita exclusivamente em relação aos lances e propostas mais sos IV e V do caput do art. 51 desta Lei.
bem classificados.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

§ 2º Na hipótese de inversão de fases, o prazo referido no § 1º § 4º A pré-qualificação poderá ser parcial ou total, contendo
será aberto após a habilitação e após o encerramento da fase pre- alguns ou todos os requisitos de habilitação ou técnicos necessários
vista no inciso V do caput do art. 51, abrangendo o segundo prazo à contratação, assegurada, em qualquer hipótese, a igualdade de
também atos decorrentes da fase referida no inciso IV do caput do condições entre os concorrentes.
art. 51 desta Lei. § 5º A pré-qualificação terá validade de 1 (um) ano, no máximo,
Art. 60. A homologação do resultado implica a constituição de podendo ser atualizada a qualquer tempo.
direito relativo à celebração do contrato em favor do licitante ven- § 6º Na pré-qualificação aberta de produtos, poderá ser exigida
cedor. a comprovação de qualidade.
Art. 61. A empresa pública e a sociedade de economia mista § 7º É obrigatória a divulgação dos produtos e dos interessados
não poderão celebrar contrato com preterição da ordem de classifi- que forem pré-qualificados.
cação das propostas ou com terceiros estranhos à licitação. Art. 65. Os registros cadastrais poderão ser mantidos para efei-
Art. 62. Além das hipóteses previstas no § 3º do art. 57 desta to de habilitação dos inscritos em procedimentos licitatórios e se-
Lei e no inciso II do § 2º do art. 75 desta Lei, quem dispuser de com- rão válidos por 1 (um) ano, no máximo, podendo ser atualizados a
petência para homologação do resultado poderá revogar a licitação qualquer tempo.
por razões de interesse público decorrentes de fato superveniente § 1º Os registros cadastrais serão amplamente divulgados e fi-
que constitua óbice manifesto e incontornável, ou anulá-la por ile- carão permanentemente abertos para a inscrição de interessados.
galidade, de ofício ou por provocação de terceiros, salvo quando for § 2º Os inscritos serão admitidos segundo requisitos previstos
viável a convalidação do ato ou do procedimento viciado. em regulamento.
§ 1º A anulação da licitação por motivo de ilegalidade não gera § 3º A atuação do licitante no cumprimento de obrigações as-
obrigação de indenizar, observado o disposto no § 2º deste artigo. sumidas será anotada no respectivo registro cadastral.
§ 2º A nulidade da licitação induz à do contrato. § 4º A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou can-
§ 3º Depois de iniciada a fase de apresentação de lances ou celado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as exigências
propostas, referida no inciso III do caput do art. 51 desta Lei, a revo- estabelecidas para habilitação ou para admissão cadastral.
gação ou a anulação da licitação somente será efetivada depois de Art. 66. O Sistema de Registro de Preços especificamente desti-
se conceder aos licitantes que manifestem interesse em contestar o nado às licitações de que trata esta Lei reger-se-á pelo disposto em
respectivo ato prazo apto a lhes assegurar o exercício do direito ao decreto do Poder Executivo e pelas seguintes disposições:
contraditório e à ampla defesa. § 1º Poderá aderir ao sistema referido no caput qualquer órgão
§ 4º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo aplica-se, ou entidade responsável pela execução das atividades contempla-
no que couber, aos atos por meio dos quais se determine a contra- das no art. 1º desta Lei.
tação direta. § 2º O registro de preços observará, entre outras, as seguintes
condições:
SEÇÃO VII I - efetivação prévia de ampla pesquisa de mercado;
DOS PROCEDIMENTOS AUXILIARES DAS LICITAÇÕES II - seleção de acordo com os procedimentos previstos em re-
gulamento;
Art. 63. São procedimentos auxiliares das licitações regidas por III - desenvolvimento obrigatório de rotina de controle e atuali-
esta Lei: zação periódicos dos preços registrados;
I - pré-qualificação permanente; IV - definição da validade do registro;
II - cadastramento; V - inclusão, na respectiva ata, do registro dos licitantes que
III - sistema de registro de preços; aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais ao do licitan-
IV - catálogo eletrônico de padronização. te vencedor na sequência da classificação do certame, assim como
Parágrafo único. Os procedimentos de que trata o caput deste dos licitantes que mantiverem suas propostas originais.
artigo obedecerão a critérios claros e objetivos definidos em regu- § 3º A existência de preços registrados não obriga a adminis-
lamento. tração pública a firmar os contratos que deles poderão advir, sendo
Art. 64. Considera-se pré-qualificação permanente o procedi- facultada a realização de licitação específica, assegurada ao licitante
mento anterior à licitação destinado a identificar: registrado preferência em igualdade de condições.
I - fornecedores que reúnam condições de habilitação exigidas Art. 67. O catálogo eletrônico de padronização de compras, ser-
para o fornecimento de bem ou a execução de serviço ou obra nos viços e obras consiste em sistema informatizado, de gerenciamento
prazos, locais e condições previamente estabelecidos; centralizado, destinado a permitir a padronização dos itens a serem
II - bens que atendam às exigências técnicas e de qualidade da adquiridos pela empresa pública ou sociedade de economia mista
administração pública. que estarão disponíveis para a realização de licitação.
§ 1º O procedimento de pré-qualificação será público e perma- Parágrafo único. O catálogo referido no caput poderá ser utili-
nentemente aberto à inscrição de qualquer interessado. zado em licitações cujo critério de julgamento seja o menor preço
§ 2º A empresa pública e a sociedade de economia mista po- ou o maior desconto e conterá toda a documentação e todos os
derão restringir a participação em suas licitações a fornecedores ou procedimentos da fase interna da licitação, assim como as espe-
produtos pré-qualificados, nas condições estabelecidas em regula- cificações dos respectivos objetos, conforme disposto em regula-
mento. mento.
§ 3º A pré-qualificação poderá ser efetuada nos grupos ou seg-
mentos, segundo as especialidades dos fornecedores.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

CAPÍTULO II § 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou resti-


DOS CONTRATOS tuída após a execução do contrato, devendo ser atualizada moneta-
riamente na hipótese do inciso I do § 1º deste artigo.
SEÇÃO I Art. 71. A duração dos contratos regidos por esta Lei não exce-
DA FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS derá a 5 (cinco) anos, contados a partir de sua celebração, exceto:
I - para projetos contemplados no plano de negócios e inves-
Art. 68. Os contratos de que trata esta Lei regulam-se pelas timentos da empresa pública ou da sociedade de economia mista;
suas cláusulas, pelo disposto nesta Lei e pelos preceitos de direito II - nos casos em que a pactuação por prazo superior a 5 (cinco)
privado. anos seja prática rotineira de mercado e a imposição desse prazo
Art. 69. São cláusulas necessárias nos contratos disciplinados inviabilize ou onere excessivamente a realização do negócio.
por esta Lei: Parágrafo único. É vedado o contrato por prazo indeterminado.
I - o objeto e seus elementos característicos; Art. 72. Os contratos regidos por esta Lei somente poderão ser
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; alterados por acordo entre as partes, vedando-se ajuste que resulte
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data- em violação da obrigação de licitar.
-base e a periodicidade do reajustamento de preços e os critérios Art. 73. A redução a termo do contrato poderá ser dispensada
de atualização monetária entre a data do adimplemento das obri- no caso de pequenas despesas de pronta entrega e pagamento das
gações e a do efetivo pagamento; quais não resultem obrigações futuras por parte da empresa públi-
IV - os prazos de início de cada etapa de execução, de conclu- ca ou da sociedade de economia mista.
são, de entrega, de observação, quando for o caso, e de recebimen- Parágrafo único. O disposto no caput não prejudicará o registro
to; contábil exaustivo dos valores despendidos e a exigência de recibo
V - as garantias oferecidas para assegurar a plena execução do por parte dos respectivos destinatários.
objeto contratual, quando exigidas, observado o disposto no art. Art. 74. É permitido a qualquer interessado o conhecimento
68; dos termos do contrato e a obtenção de cópia autenticada de seu
VI - os direitos e as responsabilidades das partes, as tipificações inteiro teor ou de qualquer de suas partes, admitida a exigência de
das infrações e as respectivas penalidades e valores das multas; ressarcimento dos custos, nos termos previstos na Lei nº 12.527, de
VII - os casos de rescisão do contrato e os mecanismos para 18 de novembro de 2011 .
alteração de seus termos; Art. 75. A empresa pública e a sociedade de economia mista
VIII - a vinculação ao instrumento convocatório da respectiva convocarão o licitante vencedor ou o destinatário de contratação
licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, bem como ao com dispensa ou inexigibilidade de licitação para assinar o termo
lance ou proposta do licitante vencedor; de contrato, observados o prazo e as condições estabelecidos, sob
IX - a obrigação do contratado de manter, durante a execução pena de decadência do direito à contratação.
do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumi- § 1º O prazo de convocação poderá ser prorrogado 1 (uma) vez,
das, as condições de habilitação e qualificação exigidas no curso do por igual período.
procedimento licitatório; § 2º É facultado à empresa pública ou à sociedade de economia
X - matriz de riscos. mista, quando o convocado não assinar o termo de contrato no pra-
§ 1º (VETADO). zo e nas condições estabelecidos:
§ 2º Nos contratos decorrentes de licitações de obras ou ser- I - convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classifi-
viços de engenharia em que tenha sido adotado o modo de dispu- cação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propos-
ta aberto, o contratado deverá reelaborar e apresentar à empresa tas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualiza-
pública ou à sociedade de economia mista e às suas respectivas dos em conformidade com o instrumento convocatório;
subsidiárias, por meio eletrônico, as planilhas com indicação dos II - revogar a licitação.
quantitativos e dos custos unitários, bem como do detalhamento Art. 76. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover,
das Bonificações e Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos Sociais reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o
(ES), com os respectivos valores adequados ao lance vencedor, para objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incor-
fins do disposto no inciso III do caput deste artigo. reções resultantes da execução ou de materiais empregados, e res-
Art. 70. Poderá ser exigida prestação de garantia nas contrata- ponderá por danos causados diretamente a terceiros ou à empresa
ções de obras, serviços e compras. pública ou sociedade de economia mista, independentemente da
§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes moda- comprovação de sua culpa ou dolo na execução do contrato.
lidades de garantia: Art. 77. O contratado é responsável pelos encargos trabalhis-
I - caução em dinheiro; tas, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.
II - seguro-garantia; § 1º A inadimplência do contratado quanto aos encargos tra-
III - fiança bancária. balhistas, fiscais e comerciais não transfere à empresa pública ou à
§ 2º A garantia a que se refere o caput não excederá a 5% (cin- sociedade de economia mista a responsabilidade por seu pagamen-
co por cento) do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas to, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regula-
mesmas condições nele estabelecidas, ressalvado o previsto no § rização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro
3º deste artigo. de Imóveis.
§ 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto en- § 2º (VETADO).
volvendo complexidade técnica e riscos financeiros elevados, o limi-
te de garantia previsto no § 2º poderá ser elevado para até 10% (dez
por cento) do valor do contrato.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

Art. 78. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo cial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou
das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou
partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força
cada caso, pela empresa pública ou pela sociedade de economia maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econô-
mista, conforme previsto no edital do certame. mica extraordinária e extracontratual.
§ 1º A empresa subcontratada deverá atender, em relação ao § 1º O contratado poderá aceitar, nas mesmas condições con-
objeto da subcontratação, as exigências de qualificação técnica im- tratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, ser-
postas ao licitante vencedor. viços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
§ 2º É vedada a subcontratação de empresa ou consórcio que atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício
tenha participado: ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para
I - do procedimento licitatório do qual se originou a contrata- os seus acréscimos.
ção; § 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limi-
II - direta ou indiretamente, da elaboração de projeto básico tes estabelecidos no § 1º, salvo as supressões resultantes de acordo
ou executivo. celebrado entre os contratantes.
§ 3º As empresas de prestação de serviços técnicos especializa- § 3º Se no contrato não houverem sido contemplados preços
dos deverão garantir que os integrantes de seu corpo técnico execu- unitários para obras ou serviços, esses serão fixados mediante acor-
tem pessoal e diretamente as obrigações a eles imputadas, quando do entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no § 1º.
a respectiva relação for apresentada em procedimento licitatório § 4º No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o
ou em contratação direta. contratado já houver adquirido os materiais e posto no local dos
Art. 79. Na hipótese do § 6º do art. 54, quando não for gera- trabalhos, esses materiais deverão ser pagos pela empresa públi-
da a economia prevista no lance ou proposta, a diferença entre a ca ou sociedade de economia mista pelos custos de aquisição re-
economia contratada e a efetivamente obtida será descontada da gularmente comprovados e monetariamente corrigidos, podendo
remuneração do contratado. caber indenização por outros danos eventualmente decorrentes da
Parágrafo único. Se a diferença entre a economia contratada e supressão, desde que regularmente comprovados.
a efetivamente obtida for superior à remuneração do contratado, § 5º A criação, a alteração ou a extinção de quaisquer tributos
será aplicada a sanção prevista no contrato, nos termos do inciso VI ou encargos legais, bem como a superveniência de disposições le-
do caput do art. 69 desta Lei. gais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta,
Art. 80. Os direitos patrimoniais e autorais de projetos ou ser- com comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a
viços técnicos especializados desenvolvidos por profissionais au- revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso.
tônomos ou por empresas contratadas passam a ser propriedade § 6º Em havendo alteração do contrato que aumente os encar-
da empresa pública ou sociedade de economia mista que os tenha gos do contratado, a empresa pública ou a sociedade de economia
contratado, sem prejuízo da preservação da identificação dos res- mista deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-
pectivos autores e da responsabilidade técnica a eles atribuída. -financeiro inicial.
§ 7º A variação do valor contratual para fazer face ao reajus-
SEÇÃO II te de preços previsto no próprio contrato e as atualizações, com-
DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS pensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições
de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações
Art. 81. Os contratos celebrados nos regimes previstos nos inci- orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido,
sos I a V do art. 43 contarão com cláusula que estabeleça a possibili- não caracterizam alteração do contrato e podem ser registrados por
dade de alteração, por acordo entre as partes, nos seguintes casos: simples apostila, dispensada a celebração de aditamento.
I - quando houver modificação do projeto ou das especifica- § 8º É vedada a celebração de aditivos decorrentes de eventos
ções, para melhor adequação técnica aos seus objetivos; supervenientes alocados, na matriz de riscos, como de responsabi-
II - quando necessária a modificação do valor contratual em lidade da contratada.
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto,
nos limites permitidos por esta Lei; SEÇÃO III
III - quando conveniente a substituição da garantia de execu- DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
ção;
IV - quando necessária a modificação do regime de execução Art. 82. Os contratos devem conter cláusulas com sanções ad-
da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face ministrativas a serem aplicadas em decorrência de atraso injustifi-
de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais cado na execução do contrato, sujeitando o contratado a multa de
originários; mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no con-
V - quando necessária a modificação da forma de pagamento, trato.
por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor § 1º A multa a que alude este artigo não impede que a empresa
inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com rela- pública ou a sociedade de economia mista rescinda o contrato e
ção ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contra- aplique as outras sanções previstas nesta Lei.
prestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; § 2º A multa, aplicada após regular processo administrativo,
VI - para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicial- será descontada da garantia do respectivo contratado.
mente entre os encargos do contratado e a retribuição da adminis-
tração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento,
objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro ini-
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

§ 3º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia presta- Art. 86. As informações das empresas públicas e das socieda-
da, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferen- des de economia mista relativas a licitações e contratos, inclusive
ça, a qual será descontada dos pagamentos eventualmente devidos aqueles referentes a bases de preços, constarão de bancos de da-
pela empresa pública ou pela sociedade de economia mista ou, ain- dos eletrônicos atualizados e com acesso em tempo real aos órgãos
da, quando for o caso, cobrada judicialmente. de controle competentes.
Art. 83. Pela inexecução total ou parcial do contrato a empresa § 1º As demonstrações contábeis auditadas da empresa públi-
pública ou a sociedade de economia mista poderá, garantida a pré- ca e da sociedade de economia mista serão disponibilizadas no sítio
via defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções: eletrônico da empresa ou da sociedade na internet, inclusive em
I - advertência; formato eletrônico editável.
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou § 2º As atas e demais expedientes oriundos de reuniões, ordi-
no contrato; nárias ou extraordinárias, dos conselhos de administração ou fiscal
III - suspensão temporária de participação em licitação e impe- das empresas públicas e das sociedades de economia mista, inclu-
dimento de contratar com a entidade sancionadora, por prazo não sive gravações e filmagens, quando houver, deverão ser disponibili-
superior a 2 (dois) anos. zados para os órgãos de controle sempre que solicitados, no âmbito
§ 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia pres- dos trabalhos de auditoria.
tada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua dife- § 3º O acesso dos órgãos de controle às informações referidas
rença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devi- no caput e no § 2º será restrito e individualizado.
dos pela empresa pública ou pela sociedade de economia mista ou § 4º As informações que sejam revestidas de sigilo bancário,
cobrada judicialmente. estratégico, comercial ou industrial serão assim identificadas, res-
§ 2º As sanções previstas nos incisos I e III do caput poderão ser pondendo o servidor administrativa, civil e penalmente pelos danos
aplicadas juntamente com a do inciso II, devendo a defesa prévia do causados à empresa pública ou à sociedade de economia mista e a
interessado, no respectivo processo, ser apresentada no prazo de seus acionistas em razão de eventual divulgação indevida.
10 (dez) dias úteis. § 5º Os critérios para a definição do que deve ser considerado
Art. 84. As sanções previstas no inciso III do art. 83 poderão sigilo estratégico, comercial ou industrial serão estabelecidos em
também ser aplicadas às empresas ou aos profissionais que, em ra- regulamento.
zão dos contratos regidos por esta Lei: Art. 87. O controle das despesas decorrentes dos contratos e
I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por demais instrumentos regidos por esta Lei será feito pelos órgãos do
meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos; sistema de controle interno e pelo tribunal de contas competente,
II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos na forma da legislação pertinente, ficando as empresas públicas e
da licitação; as sociedades de economia mista responsáveis pela demonstração
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a da legalidade e da regularidade da despesa e da execução, nos ter-
empresa pública ou a sociedade de economia mista em virtude de mos da Constituição.
atos ilícitos praticados. § 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital
de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo pro-
CAPÍTULO III tocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para
DA FISCALIZAÇÃO PELO ESTADO E PELA SOCIEDADE a ocorrência do certame, devendo a entidade julgar e responder à
impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade
Art. 85. Os órgãos de controle externo e interno das 3 (três) es- prevista no § 2º.
feras de governo fiscalizarão as empresas públicas e as sociedades § 2º Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica
de economia mista a elas relacionadas, inclusive aquelas domicilia- poderá representar ao tribunal de contas ou aos órgãos integrantes
das no exterior, quanto à legitimidade, à economicidade e à eficácia do sistema de controle interno contra irregularidades na aplicação
da aplicação de seus recursos, sob o ponto de vista contábil, finan- desta Lei, para os fins do disposto neste artigo.
ceiro, operacional e patrimonial. § 3º Os tribunais de contas e os órgãos integrantes do sistema
§ 1º Para a realização da atividade fiscalizatória de que trata o de controle interno poderão solicitar para exame, a qualquer tem-
caput , os órgãos de controle deverão ter acesso irrestrito aos do- po, documentos de natureza contábil, financeira, orçamentária, pa-
cumentos e às informações necessários à realização dos trabalhos, trimonial e operacional das empresas públicas, das sociedades de
inclusive aqueles classificados como sigilosos pela empresa pública economia mista e de suas subsidiárias no Brasil e no exterior, obri-
ou pela sociedade de economia mista, nos termos da Lei nº 12.527, gando-se, os jurisdicionados, à adoção das medidas corretivas per-
de 18 de novembro de 2011 . tinentes que, em função desse exame, lhes forem determinadas.
§ 2º O grau de confidencialidade será atribuído pelas empre- Art. 88. As empresas públicas e as sociedades de economia
sas públicas e sociedades de economia mista no ato de entrega mista deverão disponibilizar para conhecimento público, por meio
dos documentos e informações solicitados, tornando-se o órgão de eletrônico, informação completa mensalmente atualizada sobre a
controle com o qual foi compartilhada a informação sigilosa corres- execução de seus contratos e de seu orçamento, admitindo-se re-
ponsável pela manutenção do seu sigilo. tardo de até 2 (dois) meses na divulgação das informações.
§ 3º Os atos de fiscalização e controle dispostos neste Capítu- § 1º A disponibilização de informações contratuais referentes a
lo aplicar-se-ão, também, às empresas públicas e às sociedades de operações de perfil estratégico ou que tenham por objeto segredo
economia mista de caráter e constituição transnacional no que se industrial receberá proteção mínima necessária para lhes garantir
refere aos atos de gestão e aplicação do capital nacional, indepen- confidencialidade.
dentemente de estarem incluídos ou não em seus respectivos atos
e acordos constitutivos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

§ 2º O disposto no § 1º não será oponível à fiscalização dos III- Alienação - Ato de transferência da propriedade de um bem
órgãos de controle interno e do tribunal de contas, sem prejuízo da ou direito a outrem.
responsabilização administrativa, civil e penal do servidor que der IV- Autoridade Competente - Autoridade detentora de compe-
causa à eventual divulgação dessas informações. tência estatutária ou de limite de competência para a prática de
Art. 89. O exercício da supervisão por vinculação da empresa determinado ato.
pública ou da sociedade de economia mista, pelo órgão a que se V- Autoridade Superior - Autoridade responsável pela constitui-
vincula, não pode ensejar a redução ou a supressão da autonomia ção de Comissão de Licitação ou Comissão de Negociação ou desig-
conferida pela lei específica que autorizou a criação da entidade nação de Pregoeiro e equipe de apoio.
supervisionada ou da autonomia inerente a sua natureza, nem au- VI- Carta-Contrato - Instrumento contratual em formato sim-
toriza a ingerência do supervisor em sua administração e funciona- plificado.
mento, devendo a supervisão ser exercida nos limites da legislação VII- Certificado de Cadastramento - Documento fornecido ao
aplicável. fornecedor de bem ou prestador de serviços, após análise pela PE-
Art. 90. As ações e deliberações do órgão ou ente de controle não TROBRAS, atestando sua condição de parcial ou totalmente cadas-
podem implicar interferência na gestão das empresas públicas e das trada na forma deste Regulamento.
sociedades de economia mista a ele submetidas nem ingerência no VIII- Comissão de Licitação - Comissão, permanente ou espe-
exercício de suas competências ou na definição de políticas públicas. cial, formalmente designada para conduzir processo de licitação de
acordo com a regulamentação vigente.
TÍTULO III IX- Comissão de Negociação - Comissão, permanente ou espe-
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS cial, formalmente designada para conduzir processo de Contrata-
ção Direta ou de Aditivo contratual de acordo com a regulamenta-
Art. 91. A empresa pública e a sociedade de economia mista ção vigente.
constituídas anteriormente à vigência desta Lei deverão, no prazo X- Comissão Especial - Comissão composta por empregados da
de 24 (vinte e quatro) meses, promover as adaptações necessárias PETROBRAS designada para atuar em um determinado processo de
à adequação ao disposto nesta Lei. contratação.
§ 1º A sociedade de economia mista que tiver capital fechado XI- Comissão para Análise de Aplicação de Sanções (CAASE):
na data de entrada em vigor desta Lei poderá, observado o prazo Comissão específica constituída pela Unidade Organizacional onde
estabelecido no caput , ser transformada em empresa pública, me- aconteceu o fato gerador, ou, no caso de contrato com múltiplas in-
diante resgate, pela empresa, da totalidade das ações de titularida- terfaces, da Unidade Gestora do Contrato. A CAASE terá a finalidade
de de acionistas privados, com base no valor de patrimônio líquido de apurar fatos certos e determinados que causem potenciais ou
constante do último balanço aprovado pela assembleia-geral. efetivos danos à Companhia. RLCP REVISÃO 4
§ 2º (VETADO). XII- Comissão Permanente - Comissão composta por emprega-
§ 3º Permanecem regidos pela legislação anterior procedimen- dos da PETROBRAS designada em caráter permanente para condu-
tos licitatórios e contratos iniciados ou celebrados até o final do pra- zir diversos processos durante um período pré-determinado.
zo previsto no caput . XIII- Contratação Direta - Processo de contratação realizado
com base nas hipóteses de dispensa, inexigibilidade ou inaplicabili-
dade de licitação.
REGULAMENTO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS DA PETRO- XIV- Contrato de Propriedade Intelectual - Inclui os contratos
BRAS - RLCP de transferência de tecnologia (contratos de tecnologia não paten-
teada, incluindo know how, segredo e fornecimento de informa-
ções não amparadas por direitos de propriedade industrial e ser-
REGULAMENTO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS DA PETROBRAS viços de assistência técnica); contratos de cessão (transferência de
Adotado pela PBEN-P em 26/05/2022 , Ata RDE Nº 013/2022 titularidade do direito de propriedade intelectual) e contratos de
Os administradores, tendo em vista o disposto na Lei nº 13.303, licenciamento (licenciamento de uso, exclusivo ou não, de direito
de 30 de junho de 2016, no uso da atribuição que lhe confere o Art. de propriedade intelectual).
71, §1º, do Decreto nº 8.945, de 27 de dezembro de 2016. XV- Convocação - Instrumento Convocatório por meio do qual
DECIDEM: se divulgam as regras de procedimentos auxiliares, aos quais se
Art.1º O estatuto jurídico de licitações e contratos da PBEN-P, vinculam tanto a PETROBRAS quanto os participantes interessados,
de que trata a Lei nº 13.303, fica disciplinado por este Regulamento. durante o prazo nele definido.
Art.1º O estatuto jurídico de licitações e contratos da PETROBRAS, XVI- Demonstrativo de Formação de Preços (DFP) - Documento
de que trata a Lei nº 13.303, fica disciplinado por este Regulamento. hábil a demonstrar a formação dos preços a partir do detalhamento
de todas as parcelas (custos, insumos etc.) que o compõem dentro
TÍTULO I de parâmetros previamente exigidos pela PETROBRAS.
DO GLOSSÁRIO DE EXPRESSÕES TÉCNICAS XVII- Edital - Instrumento Convocatório por meio do qual são
divulgadas as regras do procedimento licitatório e ao qual se vincu-
Art. 2º Para os fins deste Regulamento considera-se: lam tanto a PETROBRAS quanto os Licitantes.
I- Aditivo - Instrumento jurídico pelo qual se alteram as estipu- XVIII- Equipe de Apoio - Equipe designada junto com o Pregoei-
lações contratuais originais. ro, para auxiliá-lo na condução do Pregão.
II- Adjudicação - Ato que reconhece formalmente a validade e a XIX- Escopo - Aspectos atinentes ao Objeto Contratual como
conveniência da proposta do Licitante vencedor e que a ele atribui especificações, local e metodologia de execução.
o direito de não ser preterido.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

XX- Jurídico - Unidade Organizacional da Estrutura Geral que XXXIV- Valor Inicial Atualizado do Contrato - Valor contratado
tem por atribuição orientar e avaliar os processos normativo, con- inicialmente, sem a incidência de acréscimos ou supressões, so-
sultivo, assessoramento legal e contencioso de natureza jurídica, mente podendo incidir nesse valor atualização de acordo com a
coordenando ou executando ações de interesse corporativo, asse- cláusula de reajustamento de preços ou eventual reequilíbrio eco-
gurando a conformidade legal dos processos de negócio da Com- nômico-financeiro.
panhia.
XXI- Licitante - Todo aquele que apresentar documentação para TÍTULO II
fins de participação em processo licitatório. DISPOSIÇÕES GERAIS
XXII- Matriz de Riscos - Distribuição de responsabilidades e ris-
cos entre as partes, caracterizadoras do equilíbrio econômico-finan- Art. 3º A PETROBRAS tem compromisso permanente com a éti-
ceiro inicial do contrato, e que deverá ser considerada na avaliação ca, a integridade e a transparência na condução de seus negócios,
da ocorrência de eventual ônus financeiro adicional decorrente de com tolerância zero a qualquer tipo de desvio de conduta, em espe-
eventos supervenientes à contratação que RLCP REVISÃO 4 atinja cial à fraude, à corrupção, à lavagem de dinheiro e ao financiamen-
uma ou ambas as partes no Contrato, e que possa vir a ensejar, em to do terrorismo, cultivando a credibilidade junto aos seus públicos
razão de sua efetiva ocorrência e materialidade, alguma alteração de interesse.
dos termos e condições originalmente acordados. Art. 4º O Programa PETROBRAS de Prevenção à Corrupção
XXIII- Objeto Contratual - Prestação a ser cumprida pelo contra- (PPPC), programa de integridade corporativa, estabelece mecanis-
tado, concernente às condutas de dar, fazer ou não fazer. mos de prevenção, detecção e correção de atos não condizentes
XXIV– Orçamento Referencial - Premissas e elementos que com as condutas estabelecidas e requeridas pela Companhia. As
compõem o valor estimado para o objeto da contratação, seja de diretrizes do PPPC devem ser conhecidas e pautar a atuação das
um determinado bem, serviço, patrocínio, convênio ou termo de Partes Interessadas em iniciar e manter relacionamento com a PE-
cooperação. TROBRAS.
XXV- Partes Interessadas - Indivíduos ou entidades que assu- § 1º: As Partes Interessadas em iniciar ou manter relaciona-
mam algum tipo de risco ou possuam algum interesse, direto ou mento com a PETROBRAS nos termos deste Regulamento devem
indireto, em face da PETROBRAS. São elas, além dos acionistas, os demonstrar conformidade ao Programa PETROBRAS de Prevenção
empregados, clientes, fornecedores, credores, entes públicos, en- à Corrupção (PPPC), bem como assumir o compromisso de cumprir
tre outros. as leis anticorrupção e as políticas, procedimentos e regras de inte-
XXVI- Pequena Despesa de Pronta Entrega - Desembolso ocorri- gridade aplicáveis, incluindo, sem limitação, o Código de Conduta
do uma única vez, em contrato cujo valor não ultrapasse o limite de Ética da PETROBRAS.
contratação de dispensa por valor e cuja execução ocorra de modo § 2º As Partes Interessadas em iniciar e manter relacionamento
instantâneo ou diferido e do qual não resultem obrigações futuras. com a PETROBRAS serão submetidas a diligências apropriadas, à luz
XXVII- Preço Atualizado - Valor proposto pelo Licitante, somen- do PPPC, sendo-lhes atribuído grau de risco de integridade baixo,
te podendo incidir nesse valor atualização de acordo com a cláusula médio ou alto.
de reajustamento de preços. § 3º As Partes Interessadas às quais seja atribuído grau de ris-
XXVIII– Pregoeiro - Operador responsável pela condução da co de integridade alto não poderão participar de procedimentos de
fase externa do pregão (presencial ou eletrônico). contratação com a PETROBRAS, salvo exceções previstas em nor-
XXIX- Registro de Pré-Qualificação - Informação disponibilizada mas internas da Companhia.
em sistema eletrônico referente à aprovação ou renovação da pré- § 4º O procedimento de avaliação de integridade e as exceções
-qualificação de determinado fornecedor ou produto, nos termos previstas no parágrafo anterior estarão disponíveis em portal ele-
da Convocação, indicando que, durante a sua validade, a empresa trônico.
ou o produto está pré-qualificado para futuras licitações. Art. 5º As decisões relativas a licitações e contratos na PETRO-
XXX– Repreensão Formal – Medida aplicada pela Petrobras BRAS podem ser de competência do Conselho de Administração, da
para alertar o Fornecedor quanto à reprovação dos atos por este Diretoria Executiva ou de seus membros individualmente, dentro
praticados, bem como quanto aos efeitos dela decorrentes, con- de sua área de atuação, assessorados por Comitês Técnicos Esta-
forme previstos no Título VIII, Capítulo I deste Regulamento e no tuários compostos por Gerentes Executivos, conforme disposto no
Edital. Estatuto Social e demais normas internas da Companhia.
XXXI- Risco Tecnológico – possibilidade real de insucesso no § 1º A competência para decidir sobre licitações e contratos
desenvolvimento da solução em função do grau de maturidade e pode ser parcialmente delegada.
escopo do projeto, do conhecimento técnico-científico disponível § 2º As decisões relativas a licitações e contratos, no âmbito
quando se decide pela sua realização ou do próprio comportamen- gerencial, ocorrerão de forma compartilhada, por pelo menos duas
to da tecnologia na solução do problema colocado. RLCP REVISÃO 4 Autoridades Competentes e sem relação de subordinação entre
XXXII– Startup - organizações empresariais ou societárias, nas- elas, salvo exceções previstas em normas internas da Companhia.
centes ou em operação recente, cuja atuação caracteriza-se pela Art. 6º Nas contratações da PETROBRAS devem ser adotadas
inovação aplicada a modelo de negócios ou a produtos ou serviços as minutas-padrão de instrumentos convocatórios e de contratos,
ofertados. previamente examinadas e aprovadas pelo Jurídico.
XXXIII- Unidade Organizacional - Constitui-se no componente Parágrafo único. O uso de minuta-padrão não impede a PETRO-
da estrutura organizacional configurado para atender necessidades BRAS de, a cada contratação, realizar as adaptações julgadas neces-
provenientes da divisão de trabalho, contando com gerente e equi- sárias para adequá-la ao caso concreto.
pe próprios, estando definido no plano de contas da Companhia.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

Art. 7º A PETROBRAS pode estabelecer a obrigatoriedade de § 2º A ausência de renovação da Pré-Qualificação implica a per-
que os proponentes apresentem o Demonstrativo de Formação de da de validade do Registro de Pré-Qualificação emitido para aquele
Preços (DFP) referente a sua proposta comercial. bem ou fornecedor.
Parágrafo único. Será garantido tratamento sigiloso aos DFP § 3º A Convocação estará aberta à participação de quaisquer
apresentados pelos proponentes. Art. 8º Na contagem de prazos interessados, independentemente de terem participado ou não de
exclui-se o dia do início e inclui-se o do vencimento. pré-qualificações anteriores.
§ 1º Os prazos se iniciam e expiram exclusivamente em dia útil § 4º A Convocação exigirá daqueles que desejem manter o sta-
no âmbito da Unidade Organizacional responsável pela licitação. tus de pré-qualificados a apresentação dos documentos que por-
§ 2º Os prazos contados em dias úteis consideram os dias úteis ventura não estejam mais válidos, bem como de comprovação do
na localidade da Unidade responsável pela licitação. atendimento de exigências adicionais feitas pela PETROBRAS.
Art. 14. A existência de pré-qualificação não obriga a PETRO-
TÍTULO III BRAS a licitar o objeto nela mencionado, tampouco condiciona lici-
DOS PROCEDIMENTOS AUXILIARES tações posteriores ao uso da lista de pré-qualificados.

CAPÍTULO I SEÇÃO II
DA PRÉ-QUALIFICAÇÃO DA PRÉ-QUALIFICAÇÃO SUBJETIVA

SEÇÃO I Art. 15. A pré-qualificação subjetiva consiste na identificação


DISPOSIÇÕES GERAIS dos fornecedores, dentre todos aqueles que respondam a Convo-
cação divulgada pela PETROBRAS, que reúnam as condições de ha-
Art. 9º A PETROBRAS poderá promover a pré-qualificação: bilitação exigidas para o fornecimento de bem ou a execução de
I- subjetiva, quando destinada a identificar fornecedores que serviço ou obra nos prazos, locais e condições previamente estabe-
reúnam condições de habilitação exigidas na Convocação para o lecidos, conforme definido na Convocação.
fornecimento de bem ou a execução de serviço ou obra nos prazos, Art. 16. Caso seja necessária a avaliação presencial da capaci-
locais e condições previamente estabelecidos; e dade do interessado em fornecer o bem ou prestar o serviço, a Con-
II- objetiva, destinada a identificar bens que atendam às exi- vocação poderá prever como requisito de habilitação a realização
gências técnicas e de qualidade estabelecidas pela PETROBRAS. de visita técnica às instalações do interessado.
§ 1º A pré-qualificação subjetiva poderá ser efetuada por gru- Parágrafo único. A avaliação presencial poderá ser realizada di-
pos ou segmentos de objetos a serem contratados, segundo as es- retamente pela PETROBRAS ou por preposto por ela indicado, nos
pecialidades dos fornecedores. termos da Convocação.
§ 2º A pré-qualificação não se confunde com o registro cadas-
tral de que trata o Capítulo II abaixo, embora a avaliação dos dados SEÇÃO III
para fins de pré-qualificação possa ser utilizada como insumo para DA PRÉ-QUALIFICAÇÃO OBJETIVA
o preenchimento do registro cadastral do fornecedor de bem ou
prestador de serviço. Art. 17. A pré-qualificação objetiva consiste na identificação de
Art. 10. Sem prejuízo da avaliação dos outros parâmetros de bens que atendam às exigências técnicas e de qualidade da PETRO-
habilitação de que trata a Lei 13.303/16, a pré-qualificação será: BRAS, conforme definido na Convocação.
I- parcial, quando contemplar somente alguns dos requisitos de § 1º A Convocação poderá exigir a comprovação de qualidade
habilitação técnica necessários à contratação; ou do bem, inclusive através da apresentação de amostra.
II- total, quando contemplar todos os requisitos de habilitação § 2º Na hipótese de exigência de amostra, o resultado da pré-
ou técnicos necessários à contratação. -qualificação estará condicionado à análise, pela PETROBRAS, do
Parágrafo único. A pré-qualificação não impede a avaliação, no bem amostral e à sua aprovação.
curso da licitação, de requisitos adicionais julgados necessários pela § 3º A amostra poderá ser substituída por documentação que
PETROBRAS e incluídos no Edital, assegurada, em qualquer hipóte- ateste a qualidade do produto, a critério da PETROBRAS, na forma
se, a igualdade de condições entre os concorrentes. da Convocação.
Art. 11. O procedimento de pré-qualificação ficará permanen-
temente aberto para a inscrição dos eventuais interessados. SEÇÃO IV
Art. 12. Os pré-qualificados serão inseridos no Registro de Pré- DA CONVOCAÇÃO PARA PRÉ-QUALIFICAÇÃO
-Qualificação.
Parágrafo único. O Registro de Pré-Qualificação pode substituir, Art. 18. Sempre que a PETROBRAS entender conveniente iniciar
integral ou parcialmente, os documentos de habilitação em proce- procedimento de pré- qualificação de fornecedores ou bens, publi-
dimento licitatório realizado durante o seu prazo de validade, nos cará Convocação para que quaisquer interessados demonstrem o
termos do Edital. cumprimento das exigências, na forma da Convocação.
Art. 13. O Registro de Pré-Qualificação terá validade máxima de Parágrafo único. A Convocação será realizada mediante divul-
1 ano, contado da sua concessão, podendo a pré-qualificação ser gação em portal eletrônico.
atualizada a qualquer tempo. Art. 19. O atendimento das exigências constantes da Convo-
§ 1º Decorrido o prazo de validade descrito acima, caberá ao cação deverá ser comprovado através do envio, preferencialmente
pré-qualificado atualização das informações, caso deseje renovar a por meio eletrônico, da respectiva documentação, conforme instru-
validade do Registro de Pré-Qualificação. ções contidas na própria Convocação.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

Parágrafo único. Sempre que for necessária a realização de visi- SEÇÃO II


ta técnica ou o envio de amostra de produto, a Convocação deverá DO PROCESSO DE CADASTRAMENTO
explicitar as condições.
Art. 20. A Convocação deverá definir, de forma clara, os requi- Art. 23. O registro cadastral dos fornecedores poderá conter
sitos de habilitação ou técnicos, necessários para atender à PETRO- todos ou alguns dos parâmetros de habilitação definidos nos incisos
BRAS. I, II e III do Art.58 da Lei 13.303/16, além de outras informações
§ 1º A Convocação pode prever a substituição da documenta- julgadas necessárias pela PETROBRAS a depender da natureza do
ção ali exigida por Certificado de Cadastramento, quando cabível, serviço ou fornecimento.
com as complementações pertinentes. Parágrafo único. Os interessados deverão apresentar os docu-
§ 2º Poderão ser incluídos na Convocação outros requisitos mentos exigidos para inscrição cadastral por meio da utilização de
que, a critério da PETROBRAS, devam ser avaliados através de pré- recursos de tecnologia da informação, indicados em portal eletrô-
-qualificação, além do parâmetro técnico. nico.
§ 3º A Convocação poderá admitir a participação de empresas Art. 24. O cadastramento poderá ser:
consorciadas, através da apresentação de compromisso de consti- I- total, quando atender a todos os parâmetros de habilitação
tuição de consórcio. definidos nos incisos I, II e III do Art. 58 da Lei 13.303/16, sem pre-
§ 4º Na hipótese de que trata o § 3º, a substituição de con- juízo de outras informações exigidas pela PETROBRAS na forma do
sorciado no momento de realização da futura licitação ou da ce- Art. 23 deste Regulamento.
lebração do contrato após a licitação fica condicionada à prévia e II- parcial, quando atender a pelo menos um dos parâmetros de
expressa autorização pela PETROBRAS, observando-se o disposto habilitação definidos nos incisos I, II e III do Art. 58 da Lei 13.303/16.
no Art. 106 e seguintes deste Regulamento.
Art. 21. Uma vez analisada a documentação e não identifica- SEÇÃO III
dos impedimentos previstos na Lei 13.303/16, nesse Regulamento DA COMPROVAÇÃO DO STATUS DE CADASTRADO
ou na Convocação, a PETROBRAS divulgará resultado preliminar da
pré-qualificação, conferindo ao interessado prazo de 05 (cinco) dias Art. 25. O cadastrado receberá certificado atestando seu status
úteis para recurso, na forma da Convocação. de cadastrado quando atender ao disposto no Art.24 deste Regu-
§ 1º A divulgação do resultado preliminar será realizada por lamento.
meio de portal eletrônico, exceto se presentes ao ato todos os inte- § 1º O cadastrado será classificado de acordo com a especifi-
ressados, quando então a divulgação será feita naquele momento e cidade do item cadastral, considerando as peculiaridades do bem
iniciada a contagem do prazo recursal. a ser fornecido ou serviço a ser prestado, bem como os resultados
§ 2º O resultado da pré-qualificação será divulgado em portal apresentados pelo inscrito para cada parâmetro.
eletrônico e mantido disponível para consulta a qualquer tempo. § 2º O Certificado de Cadastramento mencionará expressa-
mente se o cadastro é total ou parcial, na forma do Art. 24, incisos
CAPÍTULO II I e II, detalhando quais parâmetros de habilitação foram atendidos.
DO REGISTRO CADASTRAL § 3º O Certificado de Cadastramento terá validade de até 1
(um) ano, nele indicada, podendo ser atualizado a qualquer tempo.
SEÇÃO I § 4º A PETROBRAS poderá estabelecer prazos diferenciados
DISPOSIÇÕES GERAIS para revisão periódica do critério de habilitação técnica constante
do cadastro, que poderão ser maiores do que o prazo de 1 (um) ano
Art. 22. O atendimento aos parâmetros de habilitação pelos previsto para os demais critérios, a depender da especificidade do
fornecedores em licitação, Contratação Direta ou durante os proce- item cadastral, considerando as peculiaridades do bem a ser forne-
dimentos auxiliares de pré-qualificação e manifestação de interesse cido ou serviço a ser prestado.
privado poderá ser comprovado por meio do registro cadastral, for- § 5º O cadastrado deverá, antes do término do prazo de valida-
malizado por meio do Certificado de Cadastramento. de, encaminhar a documentação necessária à renovação do regis-
§ 1º O cadastro é o banco de dados que reúne as informações tro, sob pena de perda do Certificado de Cadastramento.
de prestadores de serviços e fornecedores de bens e ficará perma- Art. 26. A apresentação de Certificado de Cadastramento não
nentemente aberto para inscrição de novos interessados. exime a interessada em contratar com a PETROBRAS ou em parti-
§ 2º Para melhor administrar sua base de dados de registro ca- cipar de procedimento de pré-qualificação ou de manifestação de
dastral, a PETROBRAS poderá elaborar calendário anual de atuali- interesse privado da obrigação de apresentar documentação adi-
zação e renovação de sua base cadastral, por grupos ou segmentos cional, de atualizar informações ou outras comprovações, na forma
de objetos, segundo as especialidades dos fornecedores, quando do Edital ou da negociação.
então novos interessados em se cadastrar poderão apresentar sua
documentação para análise. SEÇÃO IV
§ 3º Na hipótese de a pessoa física ou jurídica contratada pela DA ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DO REGIS-
PETROBRAS não possuir registro cadastral, a PETROBRAS poderá TRO CADASTRAL
realizar a inscrição cadastral de ofício, utilizando, para tanto, a do-
cumentação apresentada para fins de habilitação, sem ônus para a Art. 27. O desempenho das empresas que se relacionam com
contratada. a PETROBRAS na execução dos contratos, medido segundo critérios
§ 4º Qualquer interessado poderá consultar em portal eletrô- objetivos por ela previamente definidos, será anotado no respecti-
nico se determinado fornecedor de bens ou prestador de serviços vo registro cadastral.
consta no cadastro.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

§ 1º O registro cadastral poderá ser alterado, suspenso ou can- SEÇÃO II


celado a qualquer tempo, quando o fornecedor de bem ou presta- DA ABERTURA DO PMIP
dor de serviço deixar de satisfazer as exigências estabelecidas para
habilitação ou para admissão cadastral, ou por resultado da avalia- Art. 31. O PMIP será aberto por meio de publicação de Convo-
ção do desempenho das empresas na execução contratual, ou ain- cação em portal eletrônico. Art. 32. A Convocação deverá conter no
da como resultado da aplicação de sanção administrativa. mínimo os seguintes elementos:
§ 2º A alteração, suspensão ou cancelamento de que trata o I– definição do Escopo dos projetos, levantamentos, investiga-
item acima será comunicada pela PETROBRAS ao fornecedor de ções ou estudos, mediante termo de referência ou outro documen-
bem ou prestador de serviço. to técnico;
II– indicação de:
CAPÍTULO III a)diretrizes e premissas do projeto que orientem sua elabora-
DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS ção;
b)prazo máximo e forma de apresentação do projeto, levan-
Art. 28. O Sistema de Registro de Preços (SRP) é o conjunto de tamento, investigação e estudo, considerando a complexidade do
procedimentos para registro formal de preços relativos à prestação objeto;
de serviços e aquisição de bens, para as contratações futuras. c)critérios para avaliação e seleção do projeto, levantamento,
Parágrafo único. O Sistema de Registro de Preços de que trata investigação e estudo apresentado;
a Lei 13.303/16 reger-se-á pelo disposto em decreto do Poder Exe- d)valor nominal máximo para eventual ressarcimento;
cutivo. III– divulgação das informações disponíveis para a realização de
projetos, levantamentos, investigações ou estudos; e
IV– expressa previsão quanto à cessão dos direitos de proprie-
CAPÍTULO IV dade intelectual e autorais relativos ao projeto aprovado, pelo autor
DO CATÁLOGO ELETRÔNICO DE PADRONIZAÇÃO e pelo financiador, para a PETROBRAS, sem prejuízo da preservação
da identificação dos respectivos autores e da responsabilidade téc-
Art. 29. O Catálogo Eletrônico de Padronização de compras, nica a eles atribuída.
serviços e obras (CEP) consiste em sistema informatizado, de ge- § 1º A definição de Escopo poderá se restringir à indicação do
renciamento centralizado, destinado a permitir a padronização dos problema a ser resolvido, deixando ao interessado a possibilidade
bens ou serviços a serem adquiridos pela PETROBRAS que estarão de sugerir diferentes meios para sua solução.
disponíveis para a realização de licitação. § 2º A Convocação poderá estabelecer prazos intermediários
§ 1º O CEP poderá ser utilizado em licitações cujo critério de para apresentação de informações e relatórios de andamento no
julgamento seja o menor preço ou o maior desconto e poderá con- desenvolvimento de projetos, levantamentos, investigações ou es-
ter: tudos.
I - especificação de bens, serviços ou obras, inclusive quando se § 3º A Convocação poderá solicitar exclusivamente a apresen-
tratar de item padronizado; II - descrição de requisitos de habilita- tação de estudos preliminares sobre a viabilidade do projeto, fican-
ção de Licitantes, conforme o objeto da licitação; e do a solicitação dos demais projetos, estudos, investigações e levan-
III - modelos de: tamentos condicionada às conclusões obtidas a partir dos estudos
a)instrumentos convocatórios e declarações a eles anexas; preliminares apresentados.
b)minutas de contratos; § 4º O ressarcimento dos custos referentes aos projetos, le-
c)termos de referência e projetos referência; e vantamentos, investigações e estudos estará condicionado ao aten-
d)outros documentos necessários ao procedimento de licita- dimento da necessidade de sua atualização e de sua adequação,
ção que possam ser padronizados. até a abertura da licitação do empreendimento, em decorrência de
§ 2º O uso do CEP não impede a PETROBRAS de, a cada licita- alteração de premissas regulatórias e de atos normativos aplicáveis
ção, realizar na documentação padronizada as adaptações julgadas ou recomendações e determinações dos órgãos de controle, dentre
necessárias para adequá-la ao caso concreto. outros aspectos aplicáveis a cada caso.
Art. 33. Os atos relativos ao PMIP serão realizados preferencial-
CAPÍTULO V mente por meio eletrônico.
PROCEDIMENTO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE PRIVADO
SEÇÃO III
SEÇÃO I DA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 34. O interessado em participar do PMIP deverá apresen-
Art. 30. A PETROBRAS poderá abrir Procedimento de Manifes- tar, na forma da Convocação: I - habilitação jurídica, na forma do
tação de Interesse Privado (PMIP) para a apresentação, por pessoa inciso I do Art.58 da Lei 13.303/16;
física ou jurídica, de projetos, levantamentos, investigações ou estu- II- habilitação técnica;
dos, com a finalidade de subsidiá-la na estruturação de seus empre- III- detalhamento das atividades que pretende realizar, con-
endimentos, atendendo necessidades previamente identificadas. siderado o Escopo dos projetos, levantamentos, investigações e
Parágrafo único. O PMIP poderá ser aplicado à atualização, estudos definidos na solicitação, inclusive com a apresentação de
complementação ou revisão de projetos, levantamentos, investiga- cronograma que indique as datas de conclusão de cada etapa e a
ções e estudos já elaborados. data final para a entrega dos trabalhos;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

IV- indicação de valor do ressarcimento pretendido, acompa- SEÇÃO IV


nhado de informações e parâmetros utilizados para sua definição; e DA AVALIAÇÃO, SELEÇÃO E APROVAÇÃO DE PROJETOS, LE-
V- declaração de transferência à PETROBRAS dos direitos asso- VANTAMENTOS, INVESTIGAÇÕES E ESTUDOS
ciados aos projetos, levantamentos, investigações e estudos apro-
vados, inclusive os direitos de propriedade intelectual correlatos, Art. 40. Os critérios de avaliação e seleção dos projetos, levan-
apta a produzir efeitos na hipótese de o projeto, levantamento, in- tamentos, investigações e estudos serão especificados na Convoca-
vestigação ou estudo apresentado pelo interessado ser o escolhido ção e considerarão:
pela PETROBRAS. I - a observância de diretrizes e premissas definidas pela PE-
§ 1º A demonstração de experiência poderá consistir na jun- TROBRAS na Convocação; II - a consistência das informações que
tada de documentos que comprovem as qualificações técnicas de subsidiaram sua elaboração;
profissionais vinculados ao interessado, resguardada a possibilida- III- a adoção das melhores técnicas de elaboração, segundo
de de que o interessado contrate terceiros para tanto. normas e procedimentos pertinentes, e a utilização de equipamen-
§ 2º Fica facultado aos interessados se associarem para apre- tos e processos recomendados pela melhor tecnologia aplicada ao
sentação de projetos, levantamentos, investigações e estudos em setor;
conjunto, hipótese em que deverá ser feita a indicação do respon- IV- a compatibilidade com a legislação aplicável ao setor e com
sável pela interlocução com a PETROBRAS e indicada a proporção as normas técnicas emitidas pelos órgãos e pelas entidades com-
da repartição do eventual valor devido a título de ressarcimento. petentes;
Art. 35. Analisada a documentação apresentada pelo interessa- V- indicadores positivos e satisfatórios da viabilidade econômi-
do, a PETROBRAS emitirá autorização para apresentação do projeto, co-financeira do projeto ou do empreendimento;
levantamento, investigação ou estudo objeto do PMIP para os inte- VI- razoabilidade dos valores apresentados para eventual res-
ressados que atenderem as exigências constantes da Convocação. sarcimento, considerando projetos, levantamentos, investigações e
Parágrafo único. A autorização para apresentação de projetos, estudos similares e condicionado ao disposto no Art.34, IV acima;
levantamentos, investigações e estudos: VII- impactos sociais e ambientais; e
I- será conferida sem exclusividade; VIII- demonstração comparativa de custo e benefício do em-
II- não gerará direito de preferência no processo licitatório; preendimento em relação a opções funcionalmente equivalentes,
III- não obrigará a PETROBRAS a realizar licitação ou contrata- se existentes.
ção; Art. 41. Ao final da avaliação, será selecionado um projeto, le-
IV- não implicará, por si só, direito a ressarcimento de valores vantamento, investigação ou estudo, com a possibilidade de apro-
envolvidos em sua elaboração; e V - será pessoal e intransferível. vação parcial de seu conteúdo.
Art. 36. Além de outros itens previstos na Convocação, o pro- Parágrafo único. Na hipótese de aprovação parcial, o valor de
jeto, estudo, levantamento ou investigação poderá contemplar o ressarcimento será calculado proporcionalmente com base nas in-
seguinte conteúdo: formações efetivamente utilizadas em eventual licitação.
I– justificativa da opção pela modalidade de contratação suge- Art. 42. A PETROBRAS comunicará formalmente aos participan-
rida pelo interessado a ser adotada pela PETROBRAS; tes o resultado do procedimento de seleção, conferindo aos parti-
II– viabilidade econômica do empreendimento; cipantes prazo de 05 (cinco) dias úteis para recurso, na forma da
III– estudo preliminar de impacto ambiental e social do empre- Convocação.
endimento, a partir de termo de referência ou documento equiva- Parágrafo único. Os projetos, levantamentos, investigações e
lente expedido pelo órgão ambiental competente, ou atendendo estudos rejeitados pela PETROBRAS serão descartados em até 30
aos critérios pré-estabelecidos na Convocação; dias contados da data de publicação da decisão.
IV– projeto ou anteprojeto e planilha quantitativa e orçamentá- Art. 43. A aprovação de projetos, levantamentos, investigações
ria da obra e demais investimentos; e estudos selecionados não vincula a PETROBRAS a sua efetiva utili-
V– sugestões de requisitos legais recomendados para a abertu- zação futura, podendo ela avaliar, opinar e aprovar posteriormente
ra do procedimento licitatório futuro, quando cabível. a legalidade, a consistência e a suficiência dos projetos, levanta-
Art. 37. A PETROBRAS poderá, a qualquer momento, cancelar mentos, investigações e estudos eventualmente apresentados.
o PMIP, sem que isso gere direito de ressarcimento dos valores já Art. 44. Concluída a seleção do projeto, levantamento, investi-
dispendidos pelos interessados na elaboração de projetos, levan- gação ou estudo, a PETROBRAS realizará a verificação dos valores de
tamentos, investigações e estudos, ou quaisquer outras formas de ressarcimento daquele que tiver sido selecionado, ficando tal valor
reembolso ou indenização. limitado ao valor nominal máximo de que trata o Art.34, IV, acima.
Art. 38. O participante do PMIP poderá, a qualquer tempo, de- Parágrafo único. O valor de ressarcimento deverá ser aceito por
sistir de apresentar ou concluir os projetos, levantamentos, investi- escrito, com expressa renúncia a outros valores pecuniários.
gações e estudos, mediante prévia comunicação à PETROBRAS. Art. 45. A correção ou alteração do projeto, levantamento, in-
Art. 39. A autorização para apresentação de projetos, levanta- vestigação ou estudo de que trata o §4.º do Art.32 poderá ser feita
mentos, investigações e estudos não implica corresponsabilidade diretamente pela PETROBRAS, hipótese na qual esta assumirá
da PETROBRAS perante terceiros pelos atos praticados pela pessoa o custo e a responsabilidade da alteração realizada.
autorizada. Parágrafo único. Na hipótese de a PETROBRAS solicitar ao autor
correções e alterações dos projetos, levantamentos, investigações e
estudos, na forma do §4º do Art.32, a PETROBRAS poderá arbitrar
novos valores para o eventual ressarcimento, com a devida funda-
mentação.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

TÍTULO IV II- o Edital deve prever o atendimento, pelos interessados não


DAS LICITAÇÕES pré-qualificados, das exigências de habilitação constantes do proce-
dimento de pré-qualificação.
CAPÍTULO I Art. 52. Os procedimentos licitatórios, realizados com base em
DISPOSIÇÕES GERAIS determinada pré-qualificação, poderão ser restritos aos pré-qualifi-
cados, condicionadas ao atendimento dos seguintes requisitos:
Art. 46. As licitações da PETROBRAS serão processadas prefe- I- publicação de aviso prévio informando que a licitação será
rencialmente por meio eletrônico, de acordo com os seguintes pro- restrita aos pré-qualificados, nos termos do Art. 66 deste Regula-
cedimentos estabelecidos neste Regulamento: mento;
I- rito do pregão; II- os avisos prévios devem incluir a definição do Objeto Contra-
II- modo de disputa aberto; tual a ser licitado e mencionar a respectiva Convocação.
III- modo de disputa fechado; § 1º Na hipótese de realização de licitação restrita aos fornece-
IV- modo de disputa combinado. dores ou produtos pré- qualificados:
§ 1º Nos termos do Art. 32, inciso IV da Lei 13.303/16, para a I I. somente poderão participar da futura licitação os forne-
contratação de bens e serviços comuns, assim considerados aque- cedores cujos pedidos de pré- qualificação tenham sido homologa-
les cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objeti- dos ou que derem entrada no pedido de pré-qualificação até a data
vamente definidos pelo Edital, por meio de especificações usuais indicada no aviso a ser publicado antes da realização da respectiva
no mercado, a licitação pelo rito do pregão é preferencial, podendo licitação;
ser substituída pelos demais procedimentos mediante justificativa. I II. somente serão aceitos na futura licitação os produtos
§ 2º As licitações conduzidas pelo rito do pregão serão proces- que tenham sido considerados pré-qualificados e homologados ou
sadas e julgadas por um Pregoeiro, auxiliado por uma Equipe de cuja documentação ou mesmo amostra tenha sido apresentada até
Apoio. a data indicada no aviso a ser publicado antes da realização da res-
Art. 47. A qualquer tempo, a Comissão de Licitação, o Pregoei- pectiva licitação.
ro, a Autoridade Superior e/ou a Autoridade Competente poderão Art. 53. No caso de realização de licitação precedida de pré-
determinar a realização de diligências de esclarecimentos. -qualificação, a PETROBRAS poderá informar sua realização a todos
§ 1º A Comissão de Licitação, o Pregoeiro, a Autoridade Supe- os pré-qualificados no respectivo segmento através de meio eletrô-
rior e/ou a Autoridade Competente devem anular seus próprios nico.
atos, quando possuírem vício de legalidade, e podem revogá-los Parágrafo único. A comunicação de que trata este artigo não
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direi- exclui a obrigatoriedade de publicação do Edital em portal eletrô-
tos adquiridos. nico e no Diário Oficial da União, na forma do Art. 66 deste Regu-
§ 2º Os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser lamento.
convalidados pela PETROBRAS, de ofício ou mediante provocação,
quando a decisão não acarretar lesão ao interesse público nem pre- SEÇÃO II
juízo a terceiros. DA LICITAÇÃO PRECEDIDA DE PMIP
Art. 48. Os documentos que formalizam os atos do procedi-
mento licitatório são públicos. São exceções os casos de sigilo de- Art.54. O autor ou financiador do projeto poderá participar da
corrente de legislação, as informações declaradas e aceitas pela licitação para a execução do empreendimento.
Comissão de Licitação ou Pregoeiro como segredos de negócio dos § 1º Considera-se financiador, a pessoa física ou jurídica de di-
Licitantes, bem como as informações classificadas como sigilosas reito privado que tenha contribuído financeiramente, por qualquer
segundo orientações internas da PETROBRAS. meio e montante, para custeio da elaboração de projetos, levanta-
Art. 49. Aplicam-se às licitações da PETROBRAS as disposições mentos, investigações ou estudos a serem utilizados em licitação
constantes dos Arts. 42 a 49 da Lei Complementar nº 123, de 14 de para a contratação à qual se refere o PMIP.
dezembro de 2006 (Estatuto Nacional da Microempresa e da Em- § 2º Equiparam-se aos autores do projeto as empresas inte-
presa de Pequeno Porte). grantes do mesmo grupo econômico do autor.
Art. 50. As contratações de bens e serviços da PETROBRAS po- § 3º Caso o autor ou financiador do projeto não participe da
derão ser realizadas por meio de portal eletrônico, com base nos licitação ou não seja dela vencedor, deverá ser ressarcido pelos cus-
termos e condições divulgados no próprio portal. tos aprovados pela PETROBRAS, na forma do Art. 32 deste Regula-
mento.
CAPÍTULO II Art.55. Os valores relativos a projetos, levantamentos, investi-
DA UTILIZAÇÃO DE PROCEDIMENTO AUXILIAR PREVIAMENTE gações e estudos selecionados na forma acima constarão do Edital
À LICITAÇÃO de licitação e serão ressarcidos pelo vencedor da licitação, desde
que efetivamente utilizados.
SEÇÃO I Parágrafo único. Nenhum pagamento será devido pela PETRO-
DA LICITAÇÃO PRECEDIDA DE PRÉ-QUALIFICAÇÃO BRAS em razão da participação do interessado no PMIP, indepen-
dentemente de ter ele incorrido em custos para a realização do
Art. 51. Aos procedimentos licitatórios precedidos de pré-qua- projeto, levantamento, investigação ou estudo.
lificação aplicam-se as seguintes regras, sem prejuízo de outras pre- Art.56. A assinatura do contrato pelo vencedor da licitação pre-
vistas neste Regulamento e no Edital: cedida de PMIP estará condicionada ao ressarcimento, pelo ven-
I– na pré-qualificação objetiva, fica dispensada a apresentação cedor da licitação, dos valores relativos à elaboração dos projetos,
de nova amostra de bem já pré- qualificado; levantamentos, investigações e estudos utilizados na licitação.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

CAPÍTULO III § 4º A PETROBRAS poderá estabelecer que o laudo de avaliação


DA FASE DE PREPARAÇÃO preveja o valor para a venda do imóvel em espaço de tempo menor
do que o normalmente observado no mercado, podendo utilizar
Art. 57. Na preparação da Licitação, que constitui fase interna, este valor para fins de venda do imóvel, desde que justificadamente
a PETROBRAS elaborará os documentos e praticará os atos necessá- atenda o seu melhor interesse.
rios para caracterização do objeto a ser licitado e para definição dos Art. 62 A licitação para alienação será publicada no site da Pe-
parâmetros do certame, tais como: trobras, podendo também ser divulgada em jornais de grande cir-
I - justificativa da contratação; II - definição: culação e em mídias e fóruns especializados, conforme o imóvel.
a)do objeto da contratação; Art. 63 Caso não acudam interessados ao primeiro procedi-
b)do Orçamento, elaborado conforme os critérios da Lei mento de licitação de imóveis, a PETROBRAS poderá, justificada-
13.303/16; mente, após reavaliar a estratégia de alienação, realizar segundo
c)do preço de referência, remuneração ou prêmio, se houver, procedimento de licitação com desconto de até 25% (vinte e cinco
conforme critério de julgamento adotado; por cento) sobre o limite inferior da avaliação.
d)dos requisitos de conformidade das propostas; Art. 64. Os imóveis poderão ser disponibilizados para venda di-
e)dos requisitos de habilitação dos Licitantes; reta, na hipótese de procedimento de licitação deserto ou fracassa-
f)das cláusulas que deverão constar do contrato, inclusive as do por duas vezes consecutivas e esse, justificadamente, não puder
referentes a sanções e, quando for o caso, a prazos de fornecimen- ser repetido sem prejuízo para a PETROBRAS.
to;
g)do procedimento da licitação, com a indicação da forma de CAPÍTULO V
execução, do modo de disputa e do critério de julgamento; DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO E DO PREGOEIRO
h)da necessidade de realizar procedimento auxiliar prévio; e
i)da necessidade de aplicação de tratamento diferenciado e Art. 65. As licitações promovidas pela PETROBRAS serão pro-
simplificado a microempresas e empresas de pequeno porte, nos cessadas e julgadas por Comissão Permanente ou Especial de licita-
termos dos Arts. 47 a 49 da Lei Complementar nº 123. ções, composta por empregados pertencentes aos quadros perma-
III- especificação técnica que contenha conjunto de elementos nentes da Companhia ou por Pregoeiro.
necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para Art. 66. Os membros da Comissão de Licitação responderão
caracterizar os serviços a serem contratados ou os bens a serem pelos atos praticados pela comissão e o Pregoeiro por seus atos,
fornecidos; na medida de sua responsabilidade, sendo recomendada a ressalva
IV– anteprojeto, projeto básico ou projeto executivo para a em ata de reunião em caso de posição individual divergente.
contratação de obras e serviços de engenharia; Art. 67. São atribuições da Comissão de Licitação e do Prego-
V- justificativa para duração contratual superior a 5 (cinco) eiro:
anos, nos casos permitidos pelo Art. 71 da Lei 13.303/16; I– verificar se o fornecedor ou prestador de serviços está im-
VI– justificativa para restrição do certame aos Licitantes pré- pedido de participar de licitações ou de ser contratado pela PETRO-
-qualificados, quando for o caso; VII - Edital; BRAS nos termos dos Arts. 38 e 44 da Lei 13.303/16;
VIII- minuta do contrato; e II- processar licitações, receber e responder a pedidos de es-
IX- ato de designação da Comissão de Licitação ou Pregoeiro e clarecimentos, receber e decidir as impugnações contra o Edital,
Equipe de Apoio. receber, analisar os recursos, apreciar a sua admissibilidade, com
Art. 58. Para as contratações de obras e serviços devem ser ob- reconsideração de sua decisão ou encaminhamento à apreciação
servadas as disposições dos Arts. 42 a 46 da Lei 13.303/16. da Autoridade Superior;
Art. 59. Para a aquisição de bens devem ser observadas as dis- III- receber, examinar e julgar as propostas conforme requisi-
posições do Art. 47 da Lei 13.303/16. tos e critérios estabelecidos no Edital, promovendo as diligências
Art. 60. Para a Alienação de bens devem ser observadas as dis- necessárias ao esclarecimento de questões sobre as quais pairem
posições dos Arts. 49 e 50 da Lei 13.303/16. dúvidas;
IV- desclassificar propostas ou lances nas hipóteses previstas
CAPÍTULO IV no Art. 56 da Lei 13.303/16; V - negociar condições mais vantajosas,
DA ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS nos termos do Art. 57 da Lei 13.303/16;
VI - recomendar:
Art. 61. A alienação de imóveis da Petrobras será precedida de a)a contratação do objeto licitado; ou
avaliação formal do bem. b)a anulação da licitação em caso de ilegalidade; ou
§ 1º A avaliação formal será feita observando-se as normas téc- c)a revogação da licitação; ou
nicas aplicáveis, podendo abranger intervalo de variação em torno d)o encerramento da licitação, nas hipóteses em que licitação
da estimativa de tendência central da avaliação do imóvel. seja deserta ou fracassada.
§2º Os laudos de avaliação dos imóveis elaborados por tercei- Parágrafo único. Caberá à Equipe de Apoio auxiliar o Pregoeiro
ros avaliadores serão homologados pela PETROBRAS, conforme cri- em todas as fases da licitação.
térios definidos em procedimento interno.
§3º Quando a avaliação dos imóveis for realizada por terceiros
será necessária a identificação da pessoa física ou jurídica contrata-
da e do(s) profissional(is) responsável(is) pela avaliação.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

CAPÍTULO VI § 2º Nos casos de contratações semi-integradas e integradas,


DO EDITAL restritas a obras e serviços de engenharia, conterá, ainda, nos ter-
mos do §1º, do Art. 42, da Lei 13.303/16:
Art. 68. O Edital definirá: II - anteprojeto de engenharia, no caso de contratação integra-
II - o objeto da licitação e do contrato dela decorrente; da, com elementos técnicos que permitam a caracterização da obra
IIII - a forma de execução da licitação, eletrônica ou presencial; ou do serviço e a elaboração e comparação, de forma isonômica,
IIIIII - o modo de disputa, aberto, fechado ou com combinação, das propostas a serem ofertadas pelos particulares;
ou a utilização do rito do pregão, os critérios de classificação para IIII - projeto básico, nos casos de empreitada por preço unitá-
cada etapa da disputa e as regras para apresentação de propostas rio, de empreitada por preço global, de empreitada integral e de
e de lances; contratação semi-integrada, nos termos definidos neste artigo;
IVIV - os requisitos de conformidade das propostas; IIIIII - documento técnico, com definição precisa das frações do
VV - o prazo de apresentação de proposta pelos Licitantes, que empreendimento em que haverá liberdade de as contratadas ino-
não poderá ser inferior aos previstos no Art. 39 da Lei 13.303/16; varem em soluções Imetodológicas ou tecnológicas, seja em termos
VIVI - o critério de julgamento, dentre os estabelecidos no Art. de modificação das soluções previamente delineadas no antepro-
54 da Lei 13.303/16; ressalvada a previsão do inc. III, do §1º, do Art. jeto ou no projeto básico da licitação, seja em termos de detalha-
42 da Lei 13.303/16. mento dos sistemas e procedimentos construtivos previstos nessas
VIIVII - os critérios de desempate; peças técnicas;
VIIIVIII - os requisitos de habilitação e, excepcionalmente, caso IIIV - Matriz de Riscos, nos termos do inciso X do Art. 42 da Lei
decidido na fase de preparação, informação sobre a inversão dessa 13.303/16.
fase;
IXIX - a exigência, quando for o caso, nos termos do Art. 47 da CAPÍTULO VII
Lei 13.303/16: DA DIVULGAÇÃO
a)de marca ou modelo;
b)de amostra; Art. 69. A publicidade do Edital, sem prejuízo da faculdade de
c)de certificação de qualidade do produto ou do processo de divulgação direta aos potenciais interessados, cadastrados ou não,
fabricação. I X - o prazo de validade da proposta; será realizada mediante:
IIXI - os prazos e meios para apresentação de pedidos de escla- II - publicação de extrato do Edital no Diário Oficial da União; e
recimentos, impugnações e recursos; IIII - divulgação do Edital em portal eletrônico.
IIIXII - os prazos e condições para a entrega do objeto; Art. 70. O extrato do Edital conterá a definição precisa, suficien-
IVXIII - as formas, condições e prazos de pagamento, bem como te e clara do objeto, a indicação dos locais, dias e horários em que
o critério de reajuste, quando for o caso; poderá ser consultada ou obtida a íntegra do Edital, bem como o
VXIV - a exigência de garantias e seguros, quando for o caso; endereço, a data e hora onde ocorrerá a sessão pública.
VIXV - os critérios objetivos de avaliação do desempenho do Parágrafo único. Alternativamente, o extrato do Edital informa-
contratado, bem como os requisitos da remuneração variável, rá que a licitação se dará de forma eletrônica, por meio da internet,
quando for o caso; contendo, ainda, a indicação do respectivo site em que poderá ser
VIIXVI - as sanções; consultada ou obtida a íntegra do Edital, bem como a data e hora
VIIIXVII - outras indicações específicas da licitação, como, por de sua realização.
exemplo: Art. 71. Eventuais modificações no Edital serão divulgadas nos
a)o valor estimado do objeto da licitação, quando adotado o mesmos prazos dos atos e procedimentos originais, exceto quando
critério de julgamento por maior desconto; a alteração não comprometer a formulação das propostas.
b)valor da remuneração ou do prêmio, quando adotado o crité- Art. 72. Caberá impugnação ao Edital de licitação por irregu-
rio de julgamento por melhor técnica ou conteúdo artístico; laridade na aplicação da Lei 13.303/16, por qualquer cidadão ou
c)o preço mínimo de Alienação de bens móveis, quando adota- interessado em participar do certame, no prazo de 5 (cinco) dias
do o critério de julgamento por maior oferta de preço; úteis antes da data fixada para a ocorrência do certame, devendo
d)limites para subcontratação quando permitida, nos termos a impugnação ser julgada e respondida pela Comissão de Licitação
definidos no Art. 78 da Lei 13.303/16; em até 3 (três) dias úteis.
e)os parâmetros específicos, na hipótese de adoção dos crité-
rios de melhor combinação de técnica e preço, melhor técnica, me- CAPÍTULO VIII
lhor conteúdo artístico ou maior retorno econômico; e DOS PROCEDIMENTOS PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOS-
f)os parâmetros específicos de qualificação técnica para as par- TAS OU LANCES
celas do objeto técnica ou economicamente relevantes.
XVIII – a exigência de outros documentos, declarações e infor- SEÇÃO I
mações, inclusive quanto ao atendimento dos Arts. 3º e 4º deste DO RITO DO PREGÃO
Regulamento.
§ 1º Integram o Edital, como anexos: Art. 73. O pregão será realizado conforme os procedimentos
I – a especificação técnica; II – a minuta do contrato; dispostos nas Subseções I e II abaixo.
III – as especificações complementares e as normas de execu- Parágrafo único. As normas deste Regulamento referentes aos
ção; IV - Matriz de Riscos, quando cabível. demais procedimentos licitatórios se aplicarão ao procedimento do
pregão no que couber.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

SUBSEÇÃO I dos para apresentar impugnações em igual prazo, que começarão a


PREGÃO PRESENCIAL correr do término do prazo do recorrente, sendo- lhes assegurada
vista dos autos;
Art. 74. O pregão presencial observará o seguinte procedimen- XIV- o acolhimento de recurso importará a invalidação apenas
to: dos atos insuscetíveis de aproveitamento;
I- no dia, hora e local designados, será realizada sessão pública XV- a falta de manifestação imediata e motivada do Licitante
para recebimento das propostas, devendo o interessado, ou seu re- importará a decadência do direito de recurso e a Adjudicação do
presentante, identificar-se e, se for o caso, comprovar a existência objeto da licitação pelo Pregoeiro ao vencedor;
dos necessários poderes para formulação de propostas e para a prá- XVI– finalizada a fase recursal, a PETROBRAS adjudicará o ob-
tica de todos os demais atos inerentes ao certame; jeto em favor do Licitante vencedor e homologará o resultado ou
II- aberta a sessão, os interessados ou seus representantes revogará, ou anulará, o procedimento; RLCP REVISÃO 4
apresentarão declaração dando ciência de que cumprem plena- XVII- Será concedido aos Licitantes o direito à contestação da
mente os requisitos de habilitação e entregarão os envelopes con- revogação ou anulação, nos termos do art. 117 deste Regulamento;
tendo a indicação do objeto e do preço oferecidos, procedendo-se à XVIII- homologada a licitação, o adjudicatário será convocado
sua imediata abertura e à verificação da conformidade das propos- para assinar o contrato no prazo definido em Edital.
tas com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório;
III- para julgamento e classificação das propostas, serão adota- SUBSEÇÃO II
dos os critérios de menor preço ou de maior desconto, observados PREGÃO ELETRÔNICO
os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas
e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no Art. 75. O pregão eletrônico observará o seguinte procedimen-
Edital; to:
IV- encerrada a etapa competitiva por meio da apresentação I- a partir do horário previsto no Edital, a sessão pública na in-
de lances, o Pregoeiro verificará a incidência de eventual direito de ternet será aberta por comando do Pregoeiro com a utilização de
preferência a ser concedido à Licitante enquadrada na condição de sua chave de acesso e senha;
microempresa, empresa de pequeno porte; II- os Licitantes poderão participar da sessão pública na inter-
V– após o encerramento da etapa de lances, o Pregoeiro pode net, devendo utilizar sua chave de acesso e senha;
verificar se a diferença entre o melhor lance e o segundo colocado III- o Pregoeiro verificará as propostas apresentadas, desclassi-
é de pelo menos 10% (dez por cento). Sendo confirmada esta dife- ficando aquelas que não estejam em conformidade com os requisi-
rença, o Pregoeiro poderá reiniciar a fase competitiva, convocando tos estabelecidos no Edital;
os Licitantes posicionados a partir do segundo lugar, para apresen- IV- a desclassificação de proposta será sempre fundamentada
tarem novos lances, visando à definição destas posições; RLCP RE- e registrada no sistema, com acompanhamento em tempo real por
VISÃO 4 todos os participantes;
VI- examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quan- V- as propostas contendo a descrição do objeto, valor e eventu-
to ao objeto e valor, caberá ao Pregoeiro decidir motivadamente a ais anexos estarão disponíveis em portal eletrônico;
respeito da sua aceitabilidade; VI- o portal eletrônico disponibilizará campo próprio para troca
VII- encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o de mensagens entre o Pregoeiro e os Licitantes;
Pregoeiro procederá à abertura do invólucro contendo os documen- VII- o portal eletrônico ordenará, automaticamente, as propos-
tos de habilitação do Licitante que apresentou a melhor proposta, tas classificadas pelo Pregoeiro, sendo que somente estas participa-
para verificação do atendimento das condições fixadas no Edital; rão da fase de lance;
VIII- a habilitação far-se-á de acordo com o disposto no Edital e VIII- classificadas as propostas, o Pregoeiro dará início à fase
neste Regulamento; competitiva, quando então os Licitantes poderão encaminhar lan-
IX- os documentos de habilitação poderão ser total ou parcial- ces exclusivamente por meio do portal eletrônico;
mente substituídos por Certificado de Cadastramento, compatível IX- no que se refere aos lances, o Licitante será imediatamente
com a exigência para o objeto do contrato, nos termos do Edital; informado do seu recebimento e do valor consignado no registro;
X- verificado o atendimento das exigências fixadas no Edital, o X- os Licitantes poderão oferecer lances sucessivos, observados
Licitante será declarado vencedor; o horário fixado para abertura da sessão e as regras estabelecidas
XI- se a oferta não for aceitável ou se o Licitante não atender no Edital;
às exigências habilitatórias, o Pregoeiro examinará as ofertas subse- XI- o Licitante somente poderá oferecer lance inferior ao último
quentes e a qualificação dos Licitantes, na ordem de classificação, e por ele ofertado e registrado pelo portal eletrônico;
assim sucessivamente, até a apuração de uma que atenda ao Edital, XII- serão aceitos dois ou mais lances iguais, prevalecendo
sendo o respectivo Licitante declarado vencedor; aquele que for recebido e registrado primeiro no sistema eletrônico
XII- o Pregoeiro poderá intentar negociação visando a obtenção utilizado pela PETROBRAS;
de melhores condições de preço ou qualidade diretamente com o XIII- durante a sessão pública na internet, os Licitantes serão
proponente autor da proposta melhor classificada; informados, em tempo real, do valor do menor lance registrado,
XIII- declarado o vencedor, qualquer Licitante poderá manifes- vedada a identificação do Licitante;
tar imediata e motivadamente a intenção de recorrer, quando lhe XIV- a etapa de lances da sessão pública na internet será encer-
será concedido o prazo de 3 (três) dias úteis para apresentação das rada por decisão do Pregoeiro, em prazo nunca inferior a 15 (quinze)
razões do recurso, ficando os demais Licitantes desde logo intima- minutos, com exceção aos pregões em que tenha sido classificada
apenas uma proposta, que poderá ser encerrado em prazo inferior;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

XV– a partir do encerramento da etapa de lances pelo Prego- XXVIII- a falta de manifestação motivada do Licitante quanto à
eiro, dar-se-á início a etapa de lances por tempo randômico, que intenção de recorrer, nos termos do inciso anterior, importará na
poderá durar até 30 (trinta) minutos. O sistema eletrônico utilizado decadência desse direito, ficando o Pregoeiro autorizado a adjudi-
pela PETROBRAS encaminhará aviso de término iminente do tempo car o objeto ao Licitante declarado vencedor;
da etapa dos lances, findo o qual será automaticamente encerrada XXIX- o acolhimento de recurso importará na invalidação ape-
a recepção de lances; nas dos atos insuscetíveis de aproveitamento;
XVI– após o encerramento da etapa de lances, o Pregoeiro XXX- finalizada a fase recursal, a PETROBRAS adjudicará o ob-
pode verificar se a diferença entre o melhor lance e o segundo co- jeto em favor do Licitante vencedor e homologará o resultado ou
locado é de pelo menos 10% (dez por cento). Sendo confirmada revogará, ou anulará, o procedimento;
esta diferença, o Pregoeiro poderá reiniciar a fase competitiva, con- XXXI- Será concedido aos Licitantes o direito à contestação da
vocando os Licitantes posicionados a partir do segundo lugar, para revogação ou anulação, nos termos do art. 121 deste Regulamento;
apresentarem novos lances, visando à definição destas posições; XXXII- homologada a licitação, o adjudicatário será convocado
XVII- para julgamento e classificação das propostas, serão ado- para assinar o contrato no prazo definido em Edital. RLCP REVISÃO 4
tados os critérios de menor preço ou de maior desconto, observa-
dos os prazos máximos para fornecimento, as especificações técni- SEÇÃO II
cas e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos DO MODO DE DISPUTA ABERTO
no Edital;
XVIII- encerrada a etapa competitiva por meio da apresenta- Art. 76. No modo de disputa aberto, os Licitantes apresentarão
ção de lances, será verificada a incidência de eventual direito de propostas escritas ou eletrônicas em sessão pública e, na sequên-
preferência a ser concedido a Licitante enquadrada na condição de cia, ofertarão lances públicos e sucessivos, crescentes ou decres-
microempresa ou empresa de pequeno porte, observado o proce- centes, conforme o critério de julgamento adotado.
dimento constante nos Arts. 44 e 45 da Lei Complementar nº 123, § 1º O Edital poderá estabelecer intervalo mínimo de diferença
de 14 de dezembro de 2006; de valores entre os lances, que incidirá tanto em relação aos lances
XIX- após o encerramento da etapa de lances da sessão pública intermediários quanto em relação à proposta que cobrir a melhor
na internet, o Pregoeiro poderá encaminhar, pelo portal eletrônico, oferta.
contraproposta ao Licitante que tenha apresentado lance mais van- § 2º Caso a licitação de modo de disputa aberto seja realizada
tajoso, para que sejam obtidas melhores condições; sob a forma presencial, serão adotados, adicionalmente, os seguin-
XX- a negociação será realizada por meio de portal eletrônico, tes procedimentos:
podendo ser acompanhada pelos demais Licitantes; I- as propostas iniciais serão ordenadas de acordo com a ordem
XXI- no caso de desconexão do Pregoeiro, no decorrer da etapa de vantajosidade, conforme o critério de julgamento adotado;
de lances, se o portal eletrônico permanecer acessível aos Licitan- II- a Comissão de Licitação convidará individual e sucessivamen-
tes, os lances continuarão sendo recebidos, sem prejuízo dos atos te os Licitantes, de forma sequencial, a apresentar lances verbais, a
realizados; RLCP REVISÃO 4 partir do autor da proposta menos vantajosa, seguido dos demais; e
XXII- quando a desconexão do Pregoeiro persistir por tempo III- a desistência do Licitante em apresentar lance verbal, quan-
superior a 10 (dez) minutos, a sessão do pregão eletrônico será sus- do convocado, implicará sua exclusão da etapa de lances verbais
pensa e reiniciada somente após comunicação aos participantes, no e a manutenção do último preço por ele apresentado, para efeito
portal eletrônico; de ordenação das propostas, exceto no caso de ser o detentor da
XXIII- encerrada a etapa de lances, o Pregoeiro examinará a melhor proposta, hipótese em que poderá apresentar novos lances
proposta classificada em primeiro lugar quanto à compatibilidade sempre que esta for coberta, observado o disposto no § 1º do Art.
do preço em relação ao estimado para contratação e verificará a 76 deste Regulamento.
habilitação do Licitante conforme disposições do Edital; § 3º O Edital poderá estabelecer a possibilidade de apresen-
XXIV- a habilitação dos Licitantes será realizada de acordo com tação de lances intermediários pelos Licitantes durante a disputa
o disposto neste Regulamento e no Edital; aberta.
XXV- se a proposta não for aceitável ou se o Licitante não aten- I - São considerados intermediários os lances:
der às exigências habilitatórias, o Pregoeiro examinará a proposta a)iguais ou inferiores ao maior já ofertado, mas superiores ao
subsequente e, assim sucessivamente, na ordem de classificação, último lance dado pelo próprio Licitante, quando adotado o julga-
até a apuração de uma proposta que atenda ao Edital; mento pelo critério da maior oferta de preço; ou
XXVI- constatado o atendimento às exigências fixadas no Edital, b)iguais ou superiores ao menor já ofertado, mas inferiores ao
o Licitante será declarado vencedor; último lance dado pelo próprio Licitante, quando adotados os de-
XXVII- declarado o vencedor, qualquer Licitante poderá, no mais critérios de julgamento.
prazo do Edital, de forma motivada, em campo próprio do portal Art. 77. Após a identificação da melhor proposta, se a diferença
eletrônico, manifestar sua intenção de recorrer, quando lhe será em relação à segunda for de pelo menos 10% (dez por cento), a Comis-
concedido o prazo de 3 (três) dias úteis para apresentar as razões são de Licitação poderá admitir o reinício da disputa aberta, nos ter-
de recurso, ficando os demais Licitantes, desde logo, intimados mos estabelecidos no Edital, para a definição das demais colocações.
para, querendo, apresentarem impugnações em igual prazo, que § 1º Após o reinício previsto no caput, os Licitantes serão con-
começará a contar do término do prazo do recorrente, sendo-lhes vocados a apresentar lances.
assegurada vista imediata dos elementos indispensáveis à defesa § 2º Os Licitantes poderão apresentar lances intermediários
dos seus interesses; nos termos do § 3º do Art. 76 deste Regulamento.
§ 3º Os lances iguais serão classificados conforme a ordem de
apresentação.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

SEÇÃO III § 1º O fator de ponderação mais relevante será limitado a 70%


DO MODO DE DISPUTA FECHADO (setenta por cento).
§ 2º Poderão ser utilizados parâmetros de sustentabilidade am-
Art. 78. No modo de disputa fechado, as propostas apresen- biental para a pontuação das propostas técnicas.
tadas pelos Licitantes serão sigilosas até a data e hora designadas § 3º O Edital estabelecerá pontuação mínima para as propostas
para sua divulgação. técnicas, cujo não atingimento implicará desclassificação.
Parágrafo único. No caso de licitação presencial, as propostas
deverão ser apresentadas em envelopes lacrados, abertos em ses- SEÇÃO IV
são pública e ordenadas conforme critério de julgamento adotado. DA MELHOR TÉCNICA

SEÇÃO IV Art. 84. O critério de julgamento pela melhor técnica poderá


DA COMBINAÇÃO DOS MODOS DE DISPUTA ser utilizado para a contratação de projetos e trabalhos de natureza
técnica, científica, incluídos os projetos arquitetônicos e excluídos
Art. 79. O Edital poderá estabelecer que os modos de disputa os projetos de engenharia.
sejam combinados, quando o objeto puder ser parcelado. § 1º O critério de julgamento pela melhor técnica considerará
Parágrafo único. Na hipótese de combinação de modos de exclusivamente as propostas técnicas apresentadas pelos Licitan-
disputa, cada parte do objeto será avaliada conforme as regras do tes, segundo parâmetros objetivos inseridos no Edital.
modo de disputa escolhido, nos termos do Edital. § 2º O Edital definirá o prêmio ou a remuneração que será atri-
buída ao vencedor.
CAPÍTULO IX § 3º Poderão ser utilizados parâmetros de sustentabilidade am-
DO JULGAMENTO DAS PROPOSTAS biental para a pontuação das propostas nas licitações.
§ 4º O Edital poderá estabelecer pontuação mínima para as
SEÇÃO I propostas, cujo não atingimento implicará desclassificação.
DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO V
Art. 80. O julgamento é a fase em que as propostas serão or- DO CONTEÚDO ARTÍSTICO
denadas de acordo com um dos seguintes critérios de julgamento:
I- menor preço; Art. 85. O critério de julgamento pelo melhor conteúdo artísti-
II- maior desconto; co poderá ser utilizado para a contratação de projetos e trabalhos
III- melhor combinação de técnica e preço; IV - melhor técnica; de natureza artística.
V - melhor conteúdo artístico; VI - maior oferta de preço; Art. 86. O critério de julgamento pelo melhor conteúdo artísti-
VII- maior retorno econômico; co considerará exclusivamente as propostas artísticas apresentadas
VIII- melhor destinação de bens alienados. pelos Licitantes, segundo parâmetros objetivos inseridos no Edital.
Seção II § 1º O Edital definirá o prêmio ou a remuneração que será atri-
DO MENOR PREÇO OU MAIOR DESCONTO buída ao vencedor.
Art. 81. Os critérios de julgamento pelo menor preço ou pelo § 2º Poderão ser utilizados parâmetros de sustentabilidade am-
maior desconto considerarão o menor dispêndio para a PETROBRAS, biental para a pontuação das propostas nas licitações.
atendidos os parâmetros mínimos de qualidade definidos no Edital. § 3º O Edital poderá estabelecer pontuação mínima para as
§ 1º Os custos indiretos, relacionados às despesas de manuten- propostas, cujo não atingimento implicará desclassificação.
ção, utilização, reposição, depreciação e impacto ambiental, entre Art. 87. Nas licitações que adotem o critério de julgamento pelo
outros fatores, poderão ser considerados para a definição do menor melhor conteúdo artístico, a Comissão de Licitação poderá ser auxi-
dispêndio, sempre que objetivamente mensuráveis, conforme pa- liada por Comissão Especial integrada por, no mínimo, três pessoas
râmetros definidos no Edital. de reputação ilibada e notório conhecimento da matéria em exame.
§ 2º O critério de julgamento por maior desconto utilizará Parágrafo único. Os membros da Comissão Especial a que se
como referência o preço global fixado pelo Edital. refere o caput responderão pelos atos praticados, na medida de sua
§ 3º No caso de obras ou serviços de engenharia, o percentual de responsabilidade, sendo recomendada a ressalva em ata de reunião
desconto apresentado pelos Licitantes incidirá linearmente sobre os em caso de posição individual divergente.
preços de todos os itens do Orçamento estimado constante do Edital.
SEÇÃO VI
SEÇÃO III DA MAIOR OFERTA DE PREÇO
DA MELHOR COMBINAÇÃO DE TÉCNICA E PREÇO
Art. 88. O critério de julgamento pela maior oferta de preço
Art. 82. Será escolhido o critério de julgamento de melhor com- será utilizado no caso de contratos que resultem em receita para a
binação de técnica e preço quando a avaliação e a ponderação da PETROBRAS.
qualidade técnica das propostas forem relevantes aos fins pretendi- § 1º Poderá ser dispensado o cumprimento dos requisitos
dos pela PETROBRAS. de qualificação técnica e econômico- financeira, desde que assim
Art. 83. No julgamento pelo critério de melhor combinação de apontado no Edital.
técnica e preço, deverão ser avaliadas e ponderadas as propostas § 2º Poderá ser requisito de habilitação a comprovação do reco-
técnicas e de preço apresentadas pelos Licitantes, segundo fatores lhimento de quantia como garantia, limitada a 5% (cinco por cento) do
de ponderação objetivos previstos no Edital. valor mínimo de Alienação, no prazo para tanto estipulado no Edital.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

§ 3º Na hipótese do § 2º, o Licitante vencedor perderá a quan- Parágrafo único. Nos casos em que a restituição não for pos-
tia em favor da PETROBRAS caso não efetue o pagamento devido sível, o adquirente deverá indenizar o valor avaliado do bem à PE-
no prazo estipulado. TROBRAS, além de eventuais perdas e danos.
Art. 89. Os bens e direitos a serem licitados pelo critério previs-
to no Art. 88 deste Regulamento serão previamente avaliados para SEÇÃO IX
fixação do valor mínimo de arrematação. DA PREFERÊNCIA E DESEMPATE
Art. 90. O Edital estabelecerá as condições para a entrega do
bem ao arrematante, quando for o caso. RLCP REVISÃO 4 Art. 96. No caso de empate entre duas ou mais propostas, de-
verão ser observados, os seguintes critérios de desempate, nesta
SEÇÃO VII ordem:
DO MAIOR RETORNO ECONÔMICO I- disputa final, em que os Licitantes empatados poderão apre-
sentar nova proposta fechada, em ato contínuo ao encerramento
Art. 91. No critério de julgamento pelo maior retorno econômi- da etapa de julgamento;
co os lances ou propostas terão o objetivo de proporcionar econo- II- avaliação do desempenho contratual prévio dos Licitantes,
mia à PETROBRAS, por meio da redução de suas despesas corren- desde que exista sistema objetivo de avaliação instituído;
tes, remunerando-se o Licitante vencedor com base em percentual III- os critérios estabelecidos no Art. 3º da Lei nº 8.248, de 23
da economia de recursos gerada. de outubro de 1991 (Lei de Informática e Automação), e no § 2º do
§ 1º O Edital deverá prever parâmetros objetivos de mensu- Art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (Lei de Licitações e
ração da economia gerada com a execução do contrato, sendo o Contratos Administrativos);
contratado remunerado com base em percentual da economia de IV- sorteio.
recursos gerada. § 1º Caso algum dos Licitantes seja microempresa ou empresa
§ 2º Para efeito de julgamento da proposta, o retorno econô- de pequeno porte, antes da aplicação dos incisos anteriores, será
mico é o resultado da economia que se estima gerar com a execu- observado o procedimento constante nos Arts. 44 e 45 da Lei Com-
ção do contrato de acordo com a proposta de trabalho, deduzida a plementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
proposta de preço. § 2º Para o critério constante do inciso II deste artigo, somente
Art. 92. Nas licitações que adotem o critério de julgamento poderão ser utilizadas avaliações de contratos de objeto similar.
pelo maior retorno econômico, os Licitantes apresentarão:
I- proposta de trabalho, que deverá contemplar: CAPÍTULO X
a)as obras, serviços ou bens, com respectivos prazos de realiza- DA VERIFICAÇÃO DA EFETIVIDADE
ção ou fornecimento; e
b)a economia que se estima gerar, expressa em unidade de Art. 97. Efetuado o julgamento dos lances ou propostas, será
medida associada à obra, bem ou serviço e expressa em unidade promovida a verificação de sua efetividade, nos termos do Art. 56
monetária. da Lei 13.303/16, promovendo-se a desclassificação daqueles que:
II- proposta de preço, que corresponderá a um percentual so- I- contenham vícios insanáveis;
bre a economia que se estima gerar durante determinado período, II- descumpram especificações técnicas constantes do Edital; III
expressa em unidade monetária. - apresentem preços manifestamente inexequíveis;
Art. 93. O contrato deverá prever que nos casos em que não for IV- se encontrem acima do Orçamento estimado para a con-
gerada a economia contratada: tratação, após adotado o procedimento descrito no § 1º do Art. 99
I- a diferença entre a economia contratada e a efetivamente deste Regulamento;
obtida será descontada da remuneração do contratado; V- não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exigi-
II- se a diferença entre a economia contratada e a efetivamen- do pela PETROBRAS;
te obtida for superior à remuneração do contratado, será aplicada VI- apresentem desconformidade com outras exigências do
multa por inexecução contratual; e Edital, salvo se for possível a acomodação a seus termos antes da
III– aplicação de outras sanções cabíveis, caso a diferença entre Adjudicação do objeto e sem que se prejudique a atribuição de tra-
a economia contratada e a efetivamente obtida seja superior ao li- tamento isonômico entre os Licitantes.
mite máximo estabelecido no contrato. § 1º Para os fins do § 1º do Art. 56 da Lei 13.303/16, poderão
ser definidos em Edital critérios para limitar a verificação da efetivi-
SEÇÃO VIII dade aos lances e propostas mais bem classificados.
DA MELHOR DESTINAÇÃO DOS BENS ALIENADOS § 2º Caso após verificada a efetividade das propostas dos Lici-
tantes que atendam aos critérios definidos nos termos do parágrafo
Art. 94. Na implementação deste critério será obrigatoriamen- anterior, não haja proposta válida, poderá ser analisada a efetivida-
te considerada, nos termos do respectivo Edital, a repercussão, no de das demais propostas na sequência da classificação.
meio social, da finalidade para cujo atendimento o bem será utiliza- Art. 98. Quando todas as propostas forem desclassificadas, a
do pelo adquirente. PETROBRAS poderá fixar aos Licitantes o prazo de 8 (oito) dias úteis
Parágrafo único. O adquirente do bem deverá comprovar por para a apresentação de nova documentação ou de novas propostas
documento escrito a destinação do bem. sanadas as causas da desclassificação.
Art. 95. O descumprimento da finalidade a que se refere o Art.
94 deste Regulamento resultará na imediata restituição do bem al-
cançado ao acervo patrimonial da PETROBRAS, vedado, nessa hipó-
tese, o pagamento de indenização em favor do adquirente.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

CAPÍTULO XI Art. 104. Em qualquer caso, os documentos relativos à regu-


DA NEGOCIAÇÃO laridade fiscal poderão ser exigidos em momento posterior ao jul-
gamento das propostas, apenas em relação ao Licitante mais bem
Art. 99. Confirmada a efetividade do lance ou proposta que ob- classificado.
teve a primeira colocação na etapa de julgamento, ou que passe a Art. 105. O Edital definirá o prazo para a apresentação dos do-
ocupar essa posição em decorrência da desclassificação de outra cumentos de habilitação.
que tenha obtido colocação superior, a PETROBRAS deverá negociar Art. 106. A habilitação será apreciada a partir dos parâmetros
condições mais vantajosas com quem o apresentou. previstos no Art. 58 da Lei 13.303/16, segundo requisitos específi-
§ 1º A negociação deverá ser feita com os demais Licitantes, cos previstos no Edital.
segundo a ordem inicialmente estabelecida, quando o preço do pri-
meiro colocado, mesmo após a negociação, permanecer acima do SEÇÃO II
Orçamento estimado. DA PARTICIPAÇÃO DE CONSÓRCIO
§ 2º Se depois de adotada a providência referida no § 1º não
for obtido valor igual ou inferior ao Orçamento estimado para a Art. 107. O Edital pode prever a participação de interessados
contratação, será revogada a licitação. em Consórcio, devendo ser observadas as seguintes condições:
Art. 100. O Licitante que apresentou a melhor proposta no cer- I- impedimento de participação de consorciado, na mesma lici-
tame deverá reelaborar e apresentar à Comissão de Licitação, por tação, em mais de um consórcio ou isoladamente;
meio eletrônico, conforme prazo estabelecido no Edital, as plani- II- comprovação do compromisso público ou particular de
lhas com indicação dos quantitativos e dos custos unitários, bem constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados, constando
como do detalhamento das Bonificações e Despesas Indiretas (BDI) o objetivo e composição do Consórcio, com a indicação do percen-
e dos Encargos Sociais (ES), com os respectivos valores adequados tual de participação individual de cada consorciado no Escopo da
ao lance/proposta negociado, para fins do disposto no inciso III do contratação;
Art. 69 da Lei 13.303/16. III- indicação da pessoa jurídica responsável pelo consórcio,
que deverá atender às condições de liderança fixadas no Edital;
CAPÍTULO XII RLCP REVISÃO 4
DA HABILITAÇÃO IV- apresentação dos documentos exigidos no Edital quanto a
cada consorciado, podendo o Edital admitir, para efeito de qualifi-
SEÇÃO I cação técnica do Consórcio, o somatório da qualificação de cada
DISPOSIÇÕES GERAIS consorciado;
V- declaração expressa de compromissos e obrigações dos con-
Art. 101. Será exigida a apresentação dos documentos de habi- sorciados, dentre os quais o de que cada consorciado responderá,
litação apenas pelo Licitante classificado em primeiro lugar, exceto individual e solidariamente, pelas exigências de ordem fiscal, ad-
no caso de inversão de fases, previsto como excepcionalidade no ministrativa e contratuais pertinentes ao objeto da licitação, até a
§1º do Art. 51 da Lei 13.303/16. conclusão do Objeto Contratual;
Parágrafo único. Os documentos poderão ser total ou parcial- VI- comprovação de qualificação econômico-financeira, me-
mente substituídos por Certificado de Cadastramento ou por Regis- diante apresentação do somatório dos valores dos consorciados e
tro de Pré-Qualificação, compatível com a exigência para o objeto demonstração do atendimento aos requisitos contábeis definidos
do contrato, nos termos do Edital. no Edital, por cada consorciado.
Art. 102. Em caso de inabilitação, serão requeridos e avaliados Art. 108. O Edital deverá exigir que conste cláusula de respon-
os documentos de habilitação dos Licitantes subsequentes, por or- sabilidade solidária:
dem de classificação. I - no compromisso de constituição de consórcio a ser firmado
Parágrafo único. Quando todos os Licitantes forem inabilitados, pelos consorciados; e II - no contrato a ser celebrado pelo consórcio
a PETROBRAS poderá fixar aos Licitantes o prazo de 8 (oito) dias vencedor.
úteis para a apresentação de nova documentação sanadas as cau- Art. 109. Nos Consórcios compostos por brasileiros e estran-
sas da inabilitação. geiros, a representação legal cabe ao consorciado brasileiro, nos
Art. 103. Caso ocorra a inversão de fases: termos do inciso III do Art. 107 deste Regulamento.
I - os Licitantes apresentarão simultaneamente os documentos Art. 110. O Licitante vencedor fica obrigado a promover, antes
de habilitação e as propostas; II - serão verificados os documentos da celebração do contrato, a constituição e o registro do consórcio,
de habilitação de todos os Licitantes; e nos termos do compromisso referido no inciso II do Art. 107 deste
III - serão julgadas apenas as propostas dos Licitantes habilita- Regulamento.
dos. Art. 111. A modificação da composição do consórcio somente
§ 1º Nesta hipótese, caberá recurso relativo à habilitação após poderá ocorrer caso seja expressamente autorizada pela PETRO-
esta fase, observando-se o disposto no Art. 113 e seguintes deste BRAS, até a conclusão do Objeto Contratual.
Regulamento, sem prejuízo do recurso após a fase de negociação, Parágrafo único. Não se aplicará a proibição constante no caput
que não poderá ter por objeto a decisão relativa à habilitação. quando os consorciados decidirem fundir-se em uma só pessoa ju-
§ 2º A PETROBRAS poderá realizar a inscrição cadastral dos Lici- rídica, que as suceda para todos os efeitos legais, mantendo-se a
tantes habilitados, desde que haja previsão no Edital e concordân- solidariedade dos consorciados nos termos do Art. 108 deste Re-
cia dos Licitantes. gulamento.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

Art. 112. O Edital poderá fixar a quantidade máxima de socie- Parágrafo único. Perderá a condição para assinatura do contra-
dades empresárias por consórcios e estabelecerá prazo para que to o interessado que não mantiver as condições de efetividade da
o compromisso de consorciação seja substituído pelo contrato de proposta, no momento da assinatura do instrumento contratual.
constituição definitiva do consórcio, na forma do disposto no Art. Art. 123. É facultado à PETROBRAS, quando o convocado não
279 da Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976, sob pena de can- assinar o instrumento contratual, no prazo e condições estabele-
celamento da eventual Adjudicação. cidos:
I- convocar os Licitantes remanescentes, na ordem de classifi-
CAPÍTULO XIII cação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propos-
DOS RECURSOS tas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos Preços Atualiza-
dos em conformidade com o Edital; ou
Art. 113. A fase recursal é única, após o término da habilitação, II- revogar a licitação.
salvo em caso de inversão de fases. Parágrafo único. A recusa do convocado em celebrar o contra-
Parágrafo único. No caso da inversão de fases prevista no § 1º to pode ensejar a aplicação de sanção administrativa, na forma do
do Art. 51 da Lei 13.303/16, os Licitantes poderão apresentar re- Art.83 da Lei 13.303/16.
cursos após a habilitação e após a verificação de efetividade, neste
caso abrangendo os atos decorrentes das fases de verificação de TÍTULO V
efetividade e de julgamento. DA CONTRATAÇÃO DIRETA
Art. 114. Após a divulgação do encerramento da fase de habili-
tação, os recursos e respectivas impugnações deverão ser apresen- Art. 124. Poderão ser realizadas contratações sem prévia licita-
tados no prazo e na forma estabelecida no edital. ção nos seguintes casos: I - Inaplicabilidade de Licitação, prevista no
Parágrafo único. Os recursos interpostos possuem efeito sus- Art. 28, § 3º da Lei 13.303/16;
pensivo até sua decisão final. II- Dispensa de Licitação, nas hipóteses descritas, em rol taxati-
Art. 115. É assegurado aos Licitantes obter vista dos elementos vo, no Art. 29 da Lei 13.303/16;
dos autos indispensáveis à defesa de seus interesses, respeitado o III- Inexigibilidade de Licitação, nos casos de inviabilidade de
sigilo do Orçamento e de documentos relativos à formação de pre- competição, na forma do Art. 30 da Lei 13.303/16.
ços dos Licitantes, bem como de demais documentos resguardados § 1º As disposições deste Título não se aplicam às hipóteses de
pelo sigilo bancário, estratégico, comercial ou industrial. que tratam o Inciso I deste Artigo.
Art. 116. O recurso será dirigido à Autoridade Superior, por § 2º São dispensadas da observância dos procedimentos licita-
intermédio da Comissão de Licitação, que apreciará sua admissibi- tórios, na forma do Art. 28, § 3º, I, da Lei 13.303/16, as atividades
lidade, cabendo a esta reconsiderar sua decisão ou endereça-lo à relacionadas à comercialização de produtos decorrentes da explo-
Autoridade Superior. ração e produção de hidrocarbonetos, gás natural e seus derivados,
Art. 117. O acolhimento de recurso implicará invalidação ape- de produtos de indústrias químicas, para importação, exportação e
nas dos atos insuscetíveis de aproveitamento. troca desses produtos, seu transporte, beneficiamento e armaze-
Art. 118. A decisão que julgar o recurso será irrecorrível. namento.
Art. 125. Verificada a necessidade de contratação e estando
CAPÍTULO XIV consubstanciada hipótese permissiva de Contratação Direta, de-
DA ADJUDICAÇÃO DO OBJETO E HOMOLOGAÇÃO DO RESUL- vem ser identificadas as condições do contrato a ser negociado, as
TADO OU REVOGAÇÃO DO PROCEDIMENTO premissas comerciais e demais elementos inerentes à negociação.
Parágrafo único. Previamente à negociação visando Contrata-
Art. 119. Os dispositivos deste capítulo aplicam-se, no que cou- ção Direta, a Unidade Organizacional responsável pela contratação
ber, aos atos por meio dos quais se determine a Contratação Direta, deve diligenciar quanto à pertinência do objeto a ser contratado
salvo o Art. 121 deste Regulamento. em relação ao contrato ou Estatuto Social da empresa com a qual
Art. 120. Finalizada a fase recursal, a PETROBRAS adjudicará o pretende negociar.
objeto em favor do Licitante vencedor e homologará o resultado ou Art. 126. A partir dessa análise prévia, podem ser realizadas
revogará, ou anulará o procedimento. as negociações pertinentes, considerando-se a(s) estimativa(s) da
Art. 121. Será concedido aos Licitantes, que tenham manifesta- PETROBRAS, as condições de mercado e as praxes comerciais.
do interesse em contestar, prazo de 5 (cinco) dias úteis para apre- Art. 127. As contratações diretas devem ser conduzidas por
sentação de contestação, contados da divulgação da anulação ou Comissão de Negociação nas hipóteses previstas em procedimento
revogação da licitação, nos casos em que a anulação ou revogação interno.
ocorrer depois de iniciada a fase de apresentação de lances ou pro- Art. 128. Excetuada a hipótese prevista no Art. 131 deste Regu-
postas. lamento, os demais casos de dispensa e inexigibilidade, bem como
§ 1º A contestação será dirigida à autoridade hierarquicamente as hipóteses de inaplicabilidade de licitação devem ser celebrados
superior àquela que praticou o ato contestado, por intermédio da por escrito, observando-se os Arts. 129 e 130 deste Regulamento,
Comissão de Licitação, que apreciará sua admissibilidade. além do devido registro dos seguintes elementos:
§ 2º A autoridade que praticou o ato pode reconsiderar sua I- circunstâncias de fato justificadoras do pedido ou da necessi-
decisão ou endereçar a autoridade hierarquicamente superior para dade de assunção do compromisso;
decisão final. II- razão da escolha do fornecedor de bens ou prestador do ser-
Art. 122. Convocado para assinar o instrumento contratual, o viço; e III - justificativa do preço/ valor total contratado.
interessado deverá observar os prazos e condições estabelecidos,
sob pena de decair o direito à contratação.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

TÍTULO VI Art. 128-H Concluída a fase de julgamento das propostas, a


DA CONTRATAÇÃO DE SOLUÇÕES INOVADORAS PETROBRAS poderá negociar com os selecionados condições eco-
SEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS nômicas mais vantajosas, inclusive, a depender da rota tecnológica
e estágio de desenvolvimento de cada proposta de solução, os cri-
Art.128-A. A PETROBRAS poderá contratar soluções inovado- térios de remuneração que serão adotados na forma do art. 128-N.
ras por meio de Licitação na Modalidade Especial, na forma da Lei Parágrafo único. Encerrada a fase de julgamento e de negocia-
Complementar nº 182, de 1º de junho de 2021, que institui o marco ção, na hipótese de o preço ser superior à estimativa, a PETROBRAS
legal das startups e do empreendedorismo inovador (LC 182/21), poderá, mediante justificativa expressa, aceitar o preço ofertado
consoante o disposto no art. 12, §2º dessa mesma lei. adotando a sistemática prevista no art. 13 §10° da LC 182/2021.
§ 1º Como forma de maximizar a probabilidade de sucesso nos Art. 128-I. A apresentação e julgamento dos recursos serão re-
objetivos da contratação, poderá ser admitida a participação de alizados conforme previsto no Edital.
pessoas físicas ou jurídicas, individualmente ou em consórcio, in- Art. 128-J. Ao final da licitação, seu resultado será homologa-
clusive com a presença de estrangeiros, quando e na forma prevista do, divulgando-se no portal eletrônico o(s) participante(s) selecio-
no edital. nado(s) para cada desafio.
Art. 128-B O processo de contratação pode envolver um ou Art. 128-K Concluída a fase de seleção das propostas e divulga-
mais desafios a serem resolvidos, podendo ser celebrado mais de do o resultado da Licitação na Modalidade Especial, a Petrobras po-
um contrato para o mesmo desafio, conforme art. 13 §6º da LC derá celebrar Contrato Público para Solução Inovadora (CPSI) com
182/2021. as proponentes selecionadas, com vigência limitada a 12 (doze) me-
Art. 128-C A Licitação na Modalidade Especial será conduzi- ses, prorrogável por mais um período de até 12 (doze) meses.
da preferencialmente de forma eletrônica, com observância da LC Art. 128-L O CPSI deve ter como objeto a entrega de uma so-
182/2021. lução para atender a um desafio específico, com base no que foi
Art.128-D O edital de Licitação na Modalidade Especial será di- delimitado na licitação conforme previsto no § 1º do art. 13 da LC
vulgado no portal/plataforma eletrônica empregada pela Petrobras 182/2021, não sendo obrigatório o alcance dos resultados espera-
e seu extrato no Diário Oficial da União, sendo previsto, no edital, o dos, em função do potencial risco tecnológico envolvido.
prazo para apresentação de propostas. Art. 128-M O CPSI deverá conter, entre outras, as cláusulas pre-
§ 1º O extrato do Edital conterá a delimitação do escopo da vistas no artigo 14, §1º da LC 182/21.
licitação, a indicação dos locais, dias e horários em que poderá ser Art. 128-N Cada CPSI terá valor limitado a R$ 1.600.000,00 (um
consultada ou obtida a íntegra do Edital, datas limite para apresen- milhão e seiscentos mil reais), sem prejuízo da possibilidade de o
tação de propostas e a indicação do portal eletrônico em que o pro- edital estabelecer limites inferiores.
cedimento será realizado. § 1° O valor estabelecido no caput poderá ser anualmente atu-
Ar.128-E As propostas para cada desafio serão avaliadas e julga- alizado pela PETROBRAS, na forma do art. 12 §3° da LC 182/2021 e
das por comissão especial integrada por, no mínimo, 3 (três) pesso- será divulgado no edital da contratação.
as com reconhecido conhecimento nos assuntos objeto do desafio. § 2º A remuneração da contratada deverá adotar um dos crité-
§ 1º A Petrobras, em atenção às peculiaridades da contratação, rios previstos no art. 14, § 3º da LC 182/21, podendo ser definido
poderá convidar membros externos para atuar na comissão espe- cronograma de execução e pagamento por etapa concluída, bem
cial acima referida, de forma a ampliar a cooperação e a interação como a atribuição de critérios diferentes de pagamento para cada
com os entes públicos, entre os setores público e privado e entre uma das etapas, na forma dos §§ 4º a 6º do art. 13 da LC 182/21.
as empresas. § 3º A PETROBRAS poderá prever no contrato pagamento ante-
§ 2º O edital poderá prever etapas intermediarias de seleção cipado de uma parcela do preço anteriormente ao início da execu-
de desafios para intensificar a interação técnica entre a PETROBRAS ção do objeto, na forma do art.14 §§ 7º e 8º da LC 182/21.
e os participantes, visando o refinamento e a adequação da pro- § 4º Na hipótese de que trata o § 3º acima, o edital preverá
posta inicial, considerando, entre outros, os aspectos técnicos e as os parâmetros que possibilitarão o pagamento inicial, as condições
condições reais de aplicação da solução. RLCP REVISÃO 4 para sua utilização e os limites de valor aplicáveis.
Art. 128-F As propostas serão julgadas conforme os critérios Art. 128-O Encerrado o CPSI com resultados satisfatórios, a
previstos no art. 13, §§ 4º e 5º da LC 182/2021, sem prejuízo da PETROBRAS poderá celebrar com a mesma contratada, sem nova
possibilidade de a PETROBRAS incluir outros critérios que considere licitação, contrato para o fornecimento do produto, do processo ou
necessários. da solução resultante do CPSI ou, se for o caso, para integração da
Art.128-G Poderá ser dispensada a habilitação de que tratam solução à infraestrutura tecnológica ou ao processo de trabalho da
o CAPÍTULO XII desse Regulamento e o art. 58 da Lei 13.303/16, PETROBRAS.
considerando as peculiaridades de cada processo. § 1º A PETROBRAS poderá optar por não celebrar o Contrato de
Parágrafo único. Quando dispensados os requisitos de habilita- Fornecimento ainda que o resultado do CPSI tenha sido satisfatório.
ção na forma acima prevista, os critérios de julgamento e seleção de § 2º O Contrato de Fornecimento será limitado a:
proposta deverão conter mecanismos que permitam avaliar: I- 24 (vinte e quatro) meses, prorrogável por mais um período
a)a possibilidade da aquisição de direitos e de obrigações por de até 24 (vinte e quatro) meses;
parte da contratada; II- 5 (cinco) vezes o valor definido no art. 128-N deste Regula-
b)a regularidade junto aos tributos que custeiam a Seguridade mento, incluídas as eventuais prorrogações.
Social, na forma do § 3º do art. 195 da Constituição Federal; e § 3º O limite de valor previsto no § 2º, II acima poderá ser ul-
c)a capacidade técnica de trabalhar na proposta de solução dos trapassado nos casos de reajuste de preços e dos acréscimos de que
problemas. trata o art. 81, § 1º da Lei nº 13.303/16.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

Art. 128-P. Aplicam-se ao CPSI e ao Contrato de Fornecimento Art. 140. Nos contratos regidos por este Regulamento, poderá
de que tratam este Título as previsões dos Títulos VI (DOS CONTRA- ser admitido o emprego dos mecanismos privados de resolução de
TOS E OUTRAS FIGURAS NEGOCIAIS), VII (DA GESTÃO E disputas, inclusive a arbitragem e a mediação, para dirimir conflitos
FISCALIZAÇÃO) e VIII (DA APLICAÇÃO DE PENALIDADES) deste decorrentes da sua execução ou a ela relacionados.
Regulamento que não conflitarem com a sistemática prevista na LC
182/21 e neste Título. SEÇÃO II
DOS PRAZOS
TÍTULO VII
DOS CONTRATOS E OUTRAS FIGURAS NEGOCIAIS CAPÍTULO I Art. 141. O prazo total dos contratos não poderá exceder a 5
FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS (cinco) anos, contados a partir de sua celebração, incluindo even-
tuais Aditivos de prorrogação, ressalvadas as exceções do Art. 71,
SEÇÃO I da Lei 13.303/16.
DAS NORMAS GERAIS Art. 142. Nos casos em que a pactuação de prazo contratual su-
perior a 5 (cinco) anos seja prática rotineira de mercado e a imposi-
Art. 129. Os instrumentos jurídicos negociais firmados pela ção do limite de 5 (cinco) anos inviabilize ou onere excessivamente
PETROBRAS são regidos por suas cláusulas, pelo disposto na Lei a realização do negócio, o gestor deverá justificar, sob a perspectiva
13.303/16, pelos preceitos de direito privado, bem como pelas re- técnico- econômica, a necessidade desse prazo superior.
gras contidas no presente Regulamento. Parágrafo único. A justificativa apresentada deve constar do
Art. 130. A formalização dos contratos é obrigatória, podendo documento de instauração da contratação. RLCP REVISÃO 4
ser realizada por meio de instrumento jurídico simplificado, deno-
minado Carta-Contrato, nas hipóteses definidas em procedimento SEÇÃO III
interno. DA SUBCONTRATAÇÃO
Art. 131. Apenas nas contratações envolvendo Pequenas Des-
pesas de Pronta Entrega está dispensada a formalização de instru- Art. 143. É vedada a subcontratação total do Objeto Contratual.
mento contratual. Art. 144. O contratado poderá subcontratar parcialmente o Ob-
Parágrafo único. O gestor deve arquivar na pasta de contratação jeto Contratual desde que haja previsão no contrato e autorização
dos processos de Pequenas Despesas de Pronta Entrega documento prévia, por escrito, da PETROBRAS, observado o disposto no Art. 78
hábil a comprovar a entrega do bem ou a execução do serviço e da Lei 13.303/16.
os recibos/notas fiscais fornecidos pelo contratado, observando o
registro contábil exaustivo dos valores despendidos. SEÇÃO IV
Art. 132. Os instrumentos contratuais deverão conter as cláu- DA MATRIZ DE RISCO
sulas necessárias constantes do Art. 69 da Lei 13.303/16.
Art. 133. Nos casos em que o critério de julgamento for o de Art. 145. Os contratos de obras e serviços de engenharia, ce-
maior retorno econômico, a periodicidade da verificação da efetiva lebrados nos regimes de contratação semi-integrada e integrada,
economia deve ser estabelecida no contrato. RLCP REVISÃO 4 devem conter Matriz de Risco, com a alocação dos riscos de respon-
Art. 134. As estipulações contratuais devem reproduzir fielmen- sabilidade de cada uma das partes.
te os termos da minuta contratual que acompanhou, como anexo, o
Edital da licitação ou os termos negociados em Contratação Direta. SEÇÃO V
Parágrafo único. A minuta contratual pode sofrer alterações em DOS CONTRATOS DE OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA
decorrência da negociação nos termos do Art. 57, da Lei 13.303/16.
Art. 135. O objeto do contrato deve ser definido de forma su- Art. 146. Nos contratos de obras e serviços de engenharia, a
cinta e clara, permitindo a identificação dos elementos característi- execução de cada etapa será precedida do respectivo projeto exe-
cos da contratação. cutivo para a etapa e da conclusão e aprovação, pela PETROBRAS,
Art. 136. Como condição de celebração do contrato, a empresa dos trabalhos relativos às etapas anteriores.
a ser contratada deve estar em situação regular com o Fundo de § 1º O projeto executivo de etapa posterior poderá ser desen-
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e com a Seguridade Social. volvido concomitantemente com a execução das obras e serviços
Art. 137. Em qualquer caso, a Unidade Organizacional respon- de etapa anterior, desde que autorizado pela PETROBRAS.
sável deve manter, em arquivo, os instrumentos probantes da con- § 2º No caso da contratação integrada, a análise e a aceitação
tratação por prazo suficiente a resguardar os interesses da PETRO- do projeto deverá limitar-se a sua adequação técnica em relação
BRAS. aos parâmetros definidos no Edital, em conformidade com o Art.
Art. 138. A legitimidade específica para celebração dos contra- 42, § 1º, inciso I, alínea “a” da Lei 13.303/16, devendo ser asse-
tos, quando não decorrente de previsão estatutária, deve ser esta- gurado que as parcelas desembolsadas observem ao cronograma
belecida em instrumento de mandato, no qual devem constar ex- financeiro estabelecido contratualmente.
pressamente os poderes conferidos e as condições do seu exercício. § 3º A aceitação a que se refere o § 2º não enseja a assunção
Art. 139. Nas contratações em que for exigida a prestação de de qualquer responsabilidade técnica sobre o projeto pela PETRO-
garantias devem ser observadas as disposições do Art. 70 da Lei BRAS.
13.303/16.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

CAPÍTULO II CAPÍTULO III


DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS DOS CONTRATOS EM ESPÉCIE

Art. 147. O contrato, no curso de sua vigência, pode ser alte- SEÇÃO I
rado em razão de fatos supervenientes ou oportunidades que im- CONTRATOS DE PATROCÍNIO
ponham a revisão das estipulações iniciais, ou ainda em razão da
necessidade de correção de erros materiais, respeitada a vedação Art. 160. Os contratos de patrocínio visam ao fortalecimento
prevista no § 8º do Art. 81 da Lei 13.303/16. das marcas, produtos e serviços da PETROBRAS através da associa-
Art. 148. As alterações contratuais devem ocorrer durante a ção a projeto de iniciativa de terceiro para promoção de atividades
vigência do contrato, mediante a celebração de Aditivos, os quais culturais, sociais, esportivas, educacionais e de inovação tecnológi-
devem receber numeração sequencial. ca, objetivando obter ganho à imagem institucional, ao relaciona-
Art. 149. As previsões dos § 1º a § 8º do Art. 81 da Lei 13.303/16, mento com seu público e sua reputação.
aplicam-se a todos os contratos regidos por este Capítulo. Art. 161. Os contratos de patrocínio deverão possuir verbas de-
Art. 150. Salvo no regime de contratação integrada, os contra- finidas na dotação orçamentária da PETROBRAS, respeitado o limite
tos destinados à execução de obras e serviços de engenharia deve- previsto no Art. 93 da Lei 13.303/16.
rão conter cláusulas que estabeleçam a possibilidade de alteração Art. 162. Os patrocínios serão previamente submetidos à análi-
contratual nos casos previstos nos incisos I a VI do Art. 81 da Lei se da área responsável pela Comunicação e Marcas ou pela Respon-
13.303/16. sabilidade Social, dependendo da natureza do projeto ou evento a
Art. 151. As alterações contratuais devem ser negociadas por ser patrocinado.
Comissões de Negociação nas hipóteses previstas em procedimen- Art. 163. Nos contratos de patrocínio em que houver incentivo
to interno. fiscal deve constar cláusula detalhando os aspectos necessários à
Art. 152. O instrumento de Aditivo deve conter: sua fruição.
I- Os nomes e qualificação das partes; Art. 164. Deve constar, obrigatoriamente, dos contratos de pa-
II- A numeração do instrumento contratual que está sendo al- trocínio, cláusula de contrapartidas.
terado; Parágrafo único. Os contratos de patrocínio devem conter, tam-
III- A descrição pormenorizada das alterações, indicando os bém, cláusula com disposição de que todo e qualquer material con-
itens contratuais que estão sendo alterados e detalhamento dos feccionado com as marcas da PETROBRAS só poderá ser utilizado e
seus valores; veiculado após aprovação pela PETROBRAS.
IV- A ratificação das estipulações contratuais não alteradas; V - Art. 165. Os contratos de patrocínio, além das multas contratu-
A data de sua celebração; ais, devem prever cláusula que legitime a PETROBRAS a ressarcir-se
VI - As assinaturas das partes, das testemunhas e, quando for o dos valores pagos, no mesmo percentual de descumprimento das
caso, dos intervenientes e cessionários. contrapartidas.
Parágrafo único. Nos casos de alteração de cláusula contratual, Art. 166. Os pagamentos devem atender ao cronograma espe-
o Aditivo deve descrever o que está sendo alterado, repetindo a cificado em cada contrato de patrocínio.
cláusula com a nova redação. Art. 167. Nas contratações de patrocínio, a PETROBRAS deve
Art. 153. Celebrado o Aditivo, suas estipulações passam a inte- diligenciar quanto à pertinência do objeto a ser contratado em rela-
grar o instrumento contratual. ção ao contrato ou Estatuto Social da contratada.
Art. 154. Os Aditivos que impliquem aumento do valor depen- Art. 168. A PETROBRAS exigirá do patrocinado a comprovação
dem da existência ou previsão de recursos orçamentários. da realização da iniciativa patrocinada e das contrapartidas previs-
Art. 155. Os contratos podem sofrer alterações no Escopo, des- tas no contrato.
de que não importem em alteração do seu objeto.
Art. 156. Os contratos podem sofrer acréscimos, substituições SEÇÃO II
ou decréscimos de serviços ou fornecimentos. RLCP REVISÃO 4 CONTRATOS DE COMODATO
Art. 157. Alterações contratuais, que redundem ou não em al-
teração no valor contratual, devem ter demonstrada a sua necessi- Art. 169. O contrato de comodato caracteriza-se pelo emprés-
dade e justificativa técnica e/ou econômica. timo gratuito de coisas não fungíveis, ou seja, de coisas que não
Art. 158. O cálculo para enquadramento do percentual de limi- podem ser substituídas por outras da mesma espécie, qualidade e
te previsto no § 1º do Art. 81 da Lei 13.303/16, deve ser realizado quantidade.
como base no Valor Inicial Atualizado do Contrato, considerando Art. 170. Aos contratos de comodato não se aplicam as normas
isoladamente tanto os acréscimos quanto os decréscimos, não se contidas na Lei 13.303/16.
admitindo compensação entre esses. Art. 171. O contrato de comodato somente poderá ser cele-
Art. 159. As alterações contratuais decorrentes de desequilí- brado mediante a presença de benefícios para a Companhia, seus
brio da equação econômico- financeira devem ser submetidas pre- empregados ou para a comunidade.
viamente ao Jurídico. Art. 172. Os contratos de comodato deverão ser precedidos
de avaliação do bem a ser cedido em comodato, seja ele móvel ou
imóvel.
Art. 173. A execução de obras, modificações e/ou benfeitorias
no bem necessitam de prévia anuência, por escrito, da PETROBRAS.

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Art. 174. A conveniência e oportunidade de eventual cessão ou II- Definição percentual de desconto a ser conferido à PETRO-
transferência do contrato de comodato devem ser avaliadas pela BRAS na hipótese de a licenciada vier a prestar serviços para a PE-
Autoridade Competente, tendo em vista o caráter personalíssimo TROBRAS, quando a contratação não for precedida de procedimen-
deste contrato. to licitatório.
III- Definição de como a PETROBRAS fará o monitoramento da
SEÇÃO III exploração comercial e autorização expressa para que a PETRO-
CONTRATOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL SUBSEÇÃO I BRAS, a qualquer tempo, mesmo após o encerramento do contrato,
DAS NORMAS GERAIS examine os livros contábeis da empresa licenciada, visando aferir os
royalties na respectiva exploração comercial.
Art. 175. A PETROBRAS poderá celebrar Contratos de Proprie-
dade Intelectual sobre bens de sua titularidade, sejam eles passí- SUBSEÇÃO II.C
veis ou não de registro e/ou privilégio legal. LICENCIAMENTO DE USO DE PROGRAMA DE COMPUTADOR
§ 1º Aos contratos que envolvam cessão de titularidade e aos DA PETROBRAS PARA EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS E CONTRO-
que estabeleçam exclusividade de uso aplicam-se as regras relativas LADAS
à Alienação de bens dadas na Lei 13.303/16. A celebração de tais
contratos deve ser precedida de argumentação técnica e econômi- Art. 180. A PETROBRAS poderá realizar o licenciamento de pro-
ca que, sob critérios objetivos, demonstre que tal opção de negócio grama de computador, a título não oneroso e não exclusivo, para
é a mais vantajosa para a PETROBRAS. empresas controladas e subsidiárias, desde que não cause perda ou
§ 2º Especificamente quanto aos negócios com cláusula de ex- limitação de direitos, bem como que esteja devidamente caracteri-
clusividade, na minuta do contrato correlato deverá constar a obri- zada a vantagem para ambas as empresas.
gação de que o uso do bem deverá observar o prazo e demais con- Art. 181. Nesta hipótese de licenciamento, a licenciada não po-
dições dispostas no mesmo instrumento, sob pena de revogação derá exigir da PETROBRAS garantias quanto ao funcionamento do
automática da licença e, neste caso, com a faculdade de que a PE- programa, excluindo a responsabilidade da PETROBRAS por qual-
TROBRAS possa estabelecer novos negócios sobre o mesmo bem. quer erro ou defeito do software.
§ 3º Os contratos que não envolvam cessão de titularidade ou Art. 182. Caso o licenciamento acarrete custos para PETRO-
que não assegurem exclusividade de uso não estão sujeitos às re- BRAS, como necessidade de apoio técnico, correção de erros, me-
gras da Lei 13.303/16, e podem ser celebrados independentemente lhorias específicas etc., os referidos custos deverão ser ressarcidos à
de prévia licitação. PETROBRAS em contrato de compartilhamento de custos.
Art. 176. Aos Contratos de Propriedade Intelectual em que a
PETROBRAS figure como receptora de bens intelectuais de terceiros SUBSEÇÃO III
aplicam-se as normas contidas na Lei 13.303/16. CONTRATAÇÃO DE LICENCIAMENTO DE USO DE PROGRAMA
DE COMPUTADOR DE TERCEIROS
SUBSEÇÃO II
LICENCIAMENTO DE USO DE PROGRAMA DE COMPUTADOR Art. 183. Na contratação de licenciamento de programa de
DA PETROBRAS computador de terceiros para uso pela PETROBRAS se aplicam as
normas contidas na Lei 13.303/16.
SUBSEÇÃO II.A Art. 184. Previamente à contratação, a Unidade Organizacional
LICENCIAMENTO DE USO DE PROGRAMA DE COMPUTADOR responsável pela Tecnologia da Informação deverá emitir um Pare-
DA PETROBRAS PARA FIM ACADÊMICO cer Técnico que tenha por objetivo verificar, dentre as soluções exis-
tentes no mercado, quais são capazes de atender satisfatoriamente
Art. 177. O contrato de licenciamento de uso de programa de à demanda da PETROBRAS.
computador é o instrumento jurídico adequado para permissão de Parágrafo único. Caso o Parecer Técnico conclua pela existên-
uso pela classe acadêmica, visando fomentar o desenvolvimento de cia de uma única solução tecnológica que atenda satisfatoriamente
pesquisa e tecnologias nacionais. a PETROBRAS, a contratação poderá ser feita diretamente, desde
que devidamente caracterizada hipótese de inexigibilidade, com o
SUBSEÇÃO II.B detentor de sua titularidade autoral, sem distribuidores, represen-
LICENCIAMENTO DE USO DE PROGRAMA DE COMPUTADOR tantes comerciais, ou com um destes na hipótese de exclusividade,
DA PETROBRAS PARA COMERCIALIZAÇÃO comprovada esta por documento hábil.
Art. 185. A contratação de programa de computador em uso na
Art. 178. Nos casos excepcionais em que houver a contratação PETROBRAS dependerá de Parecer Técnico, onde constem as justifi-
de licenciamento de programa de computador para comercializa- cativas para a manutenção do padrão corporativo.
ção, deverá ser elaborado estudo de mercado a fim de justificar o
valor a ser pago à PETROBRAS a título de royalties, bem como o SEÇÃO IV
prazo do licenciamento. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PELA PETROBRAS
Art. 179. Na minuta de contrato devem constar, ao menos, as
seguintes disposições: Art. 186. A prestação de serviços pela PETROBRAS, relativos à
I- Disponibilização, sem custo para a PETROBRAS, do release e/ sua atividade-fim e correlatos se realiza mediante a celebração de
ou da nova versão do programa de computador. contratos apropriados, aos quais não se aplicam as normas contidas
na Lei 13.303/16.

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SEÇÃO V Art. 196. Do instrumento de Convênio devem constar, dentre


ACORDOS SUBSEÇÃO I outras cláusulas, aquelas que estabeleçam os encargos dos partí-
ACORDOS COMERCIAIS cipes, o aporte financeiro, a forma de repasse, prazo de vigência,
previsão de encerramento e denúncia.
Art. 187. Aos acordos comerciais para realização da ativida- § 1º Havendo aporte financeiro, na forma de repasse deve
de-fim da PETROBRAS não se aplicam as normas contidas na Lei estar estabelecida a forma e prazo para comprovação de uso dos
13.303/16. repasses, que, em não sendo atendidos, importarão na impossibili-
Art. 188. Em tais acordos serão adotadas as praxes mercadoló- dade de realização do repasse subsequente.
gicas, consoante os usos e costumes comerciais envolvidos. § 2º Deve estar explicitado que, por ocasião do advento do ter-
Art. 189. A PETROBRAS também poderá firmar acordos comer- mo, encerramento ou denúncia, impondo a extinção do Convênio,
ciais de apoio logístico por ela utilizado, estendendo-o a terceiros, o Partícipe Beneficiário do aporte financeiro deve realizar prestação
de forma a obter economicidade nas suas atividades-meio, não se de contas final, sob pena de legitimar o Partícipe Repassador a exi-
aplicando as normas contidas na Lei 13.303/16. gi-la judicialmente.
§ 3º Quando do encerramento do Convênio, mediante a pres-
SUBSEÇÃO II tação de contas final, o Partícipe Repassador deve exigir a restitui-
ACORDOS DE CONFIDENCIALIDADE ção de saldos do aporte financeiro que, apesar de repassados, não
tenham sido utilizados ou tenham sido indevidamente utilizados
Art. 190. Aos acordos de confidencialidade não se aplicam as pelo Partícipe Beneficiário.
normas contidas na Lei 13.303/16. Art. 197. A celebração de Convênio, bem como a realização de
Art. 191. Podem ser celebrados acordos de confidencialidade, alterações a seus termos, devem observar as regras de licitações e
desde que em conformidade com as orientações de segurança da contratos previstas neste Regulamento, no que couber.
informação vigentes na PETROBRAS.
SEÇÃO II
CAPÍTULO IV TERMOS DE COOPERAÇÃO
OUTRAS FIGURAS NEGOCIAIS
Art. 198. Quando ocorrerem interesses mútuos e precípuos en-
SEÇÃO I tre a PETROBRAS e outras entidades, visando à execução do objeto
CONVÊNIOS de cunho tecnológico, tais como desenvolvimento de protótipos,
testes de equipamentos, realização de estudos técnicos, Projeto de
Art. 192. Os Convênios podem ser celebrados quando ocor- Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I), pode ser celebrado
rerem interesses mútuos e precípuos entre a PETROBRAS e outras termo de cooperação.
entidades, visando à execução de projetos de cunho social, educa- Art. 199. Aos Termos de Cooperação aplicam-se as regras pro-
cional, cultural ou esportivo, mediante ação conjunta. cedimentais atinentes aos Convênios.
Art. 193. Na celebração dos Convênios, serão observados os
seguintes parâmetros cumulativos: SEÇÃO III
I - a convergência de interesses entre as partes; II - a execução PROTOCOLO DE INTENÇÕES
em regime de mútua cooperação;
III- o alinhamento com a função social de realização do interes- Art. 200. A PETROBRAS pode firmar Protocolos de Intenções,
se coletivo; visando explicitar intenções futuras quanto a projetos de interesse
IV- a análise prévia da conformidade do Convênio com a políti- comum das partes, desde que tais protocolos não contemplem a
ca de transações com partes relacionadas; assunção de encargos e obrigações. RLCP REVISÃO 4
V- a análise prévia do histórico de envolvimento com corrupção Parágrafo único. Quando os Protocolos de Intenções previrem
ou fraude, por parte da instituição beneficiada, e da existência de a realização de estudos pelas partes, deverá haver a repartição dos
controles e políticas de integridade na instituição; e custos, prevista em cláusula específica.
VI- a vedação de celebrar Convênio com dirigente de partido
político, titular de mandato eletivo, empregado ou administrador TÍTULO VIII
da empresa estatal, ou com seus parentes consanguíneos ou afins DA GESTÃO E FISCALIZAÇÃO
até o terceiro grau, e também com pessoa jurídica cujo proprietário
ou administrador seja uma dessas pessoas. CAPÍTULO I
Art. 194. A celebração de Convênio depende de aprovação pré-
via de Plano de Trabalho, para execução do seu objeto. Art. 201. A Gestão e a Fiscalização do contrato terão por objeti-
Parágrafo único. O Plano de Trabalho pode conter a previsão de vo verificar o cumprimento das obrigações da empresa contratada,
aporte financeiro, assim como sua forma de repasse, para realiza- visando assegurar que as atividades sejam executadas atendendo
ção do objeto do Convênio, e deve estabelecer prazos e etapas de ao estipulado no contrato.
execução. RLCP REVISÃO 4 Art. 202. Cabe à atividade de Gestão e Fiscalização:
Art. 195. Os aportes financeiros devem ser empregados exclu- I- Transmitir, quando for o caso, as instruções e determinações
sivamente no objeto do Convênio. da PETROBRAS à empresa contratada, na forma do contrato.
II- Sustar ou recusar qualquer atividade ou parcela executada
em desacordo com o contrato ou capaz de comprometer a seguran-
ça de pessoas e bens da PETROBRAS ou de terceiros.
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III- Acompanhar o cumprimento das obrigações contratuais, I- não apresentação, pelo Licitante, após a conclusão da etapa
podendo solicitar informações e esclarecimentos a respeito das ati- de lances, da Planilha de Preços (PPU) ajustada ao lance final;
vidades, equipamentos e materiais a eles relacionados. II- não manutenção da proposta, pelo Licitante mais bem colo-
IV- Avaliar o desempenho da empresa contratada com base em cado, após a etapa de verificação de efetividade;
critérios como prazo, qualidade, gestão e Segurança, Meio Ambien- III- não apresentação dos documentos da habilitação ou sua
te e Saúde (SMS) que podem considerar, por exemplo, materiais, entrega em desconformidade ao Edital, mesmo após prazo confe-
equipamentos, máquinas, veículos, ferramentas e instalações, sua rido para correção das inconsistências ou os defeitos constatados; e
qualidade e eficácia, e recursos humanos empregados na execução IV- não assinatura do contrato no prazo estabelecido no Edital,
das atividades. Os resultados dessas avaliações serão comunicados quando convocada dentro do prazo de validade de sua proposta.
ao longo da execução contratual ou quando solicitados pela empre- § 1º Será caracterizado como injustificável o motivo apresen-
sa contratada nos termos do contrato. tado pelo Licitante e não aceito de forma fundamentada pela PE-
V- Registrar as reclamações, impugnações, irregularidades, fa- TROBRAS.
lhas e outros registros quanto a fatos que sejam considerados re- § 2º O Edital poderá prever outros casos que, se praticados por
levantes pela Fiscalização, na execução das atividades contratadas. Licitante, de forma injustificável, poderão ensejar a aplicação das
Parágrafo único. A ação ou omissão, total ou parcial, da Ges- medidas previstas neste Capítulo.
tão e Fiscalização não exime a contratada da total responsabilidade Art. 207. O Licitante reincidente, na forma prevista neste Capí-
pela completa execução do objeto, nos exatos termos contratados. tulo, perderá a condição de participar de procedimentos licitatórios
Art. 203. A PETROBRAS disponibilizará para conhecimento pú- futuros da Petrobras que possuam escopo semelhante ao da licita-
blico, por meio eletrônico, informação sobre a execução dos con- ção na qual seja verificada a ocorrência de reincidência.
tratos por ela firmados e sobre os bens adquiridos, nos termos da Parágrafo Único. Por reincidente, entende-se o Licitante que,
Lei 13.303/16. no período de 12 meses contados da aplicação da última medida
Art. 204. O encerramento do contrato ocorrerá nas seguintes editalícia prevista neste Capítulo, praticar nova conduta sujeita as
hipóteses: I - com a entrega de todo o Objeto Contratual; medidas previstas neste Capítulo.
II- na data final do prazo contratual; Art. 208. O prazo de vigência da perda da condição de partici-
III- no caso de consumo antecipado da verba total contratual, par de licitações da Petrobras, citado neste Capítulo, será fixado no
caso previsto no contrato; IV - nas demais hipóteses previstas em lei Edital.
e no instrumento contratual. Art. 209. O processo prévio à aplicação das medidas constantes
Art. 205. O recebimento definitivo do Objeto Contratual se dará deste Capítulo constará do Edital, sendo garantidos o contraditório
na sua conclusão, mediante a assinatura, pelas partes, do Termo de e a ampla defesa ao Licitante.
Recebimento Definitivo (TRD). Art. 210. Caso no período de perda da condição de participar
§ 1º A assinatura do Termo de Recebimento Definitivo (TRD) de procedimentos licitatórios futuros com escopo semelhante, a Li-
deve ser precedida da solução, pela contratada, de todas as pen- citante que, ao participar de licitação com escopo diverso, venha
dências identificadas pela gestão e fiscalização do contrato, sem a praticar nova conduta sujeita a pena nos termos deste Capítulo
ônus para a PETROBRAS. estará sujeito a abertura de Processo Administrativo de Responsa-
§ 2º As parcelas registradas no documento de medição serão bilização de Pessoas Jurídicas (PAR).
consideradas como provisoriamente recebidas apenas para efeito
de pagamento parcial. CAPÍTULO II
§ 3º A assinatura do Termo de Recebimento Definitivo (TRD) DAS MULTAS CONTRATUAIS
não exime a contratada das responsabilidades que lhe são cometi-
das pela legislação em vigor e pelo contrato, nem exclui as garantias Art. 211. Os contratos poderão conter previsão de multas con-
legais e contratuais, as quais podem ser arguidas pela PETROBRAS, tratuais, nos termos do Direito Privado e da Lei 13.303/16.
dentro dos prazos de garantia e responsabilidade previstos em lei, Art. 212. Em decorrência de mora ou inexecução parcial ou to-
se outro prazo não for estipulado no contrato. tal obrigacional, a PETROBRAS poderá aplicar à empresa contratada
§ 4º Nos casos de obras e serviços de engenharia, a assinatura multa de mora ou compensatória, nos termos do Direito Privado, na
do Termo de Recebimento Definitivo (TRD) fixa a data do início dos forma prevista no Edital ou no contrato, sem prejuízo da aplicação
prazos previstos no Art. 618, do Código Civil. de outras sanções previstas neste Regulamento e/ou no contrato.
§ 5º Poderão ser lavrados e assinados pelas partes Termos de Parágrafo único. A aplicação de multa citada acima não impede
Recebimento Parcial, quando uma parte bem definida dos serviços que a PETROBRAS rescinda o contrato, quando for o caso, e aplique
estiver concluído e já realizada a respectiva medição. outras sanções previstas neste Regulamento e/ou no contrato.

TÍTULO IX CAPÍTULO III


DA APLICAÇÃO DE PENALIDADES DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

CAPÍTULO I Art. 213. A PETROBRAS pode aplicar as sanções administrativas


DAS MEDIDAS EDITALÍCIAS previstas na Lei 13.303/16 e reproduzidas neste Regulamento às
empresas ou profissionais que com ela negociem e contratam, pela
Art. 206. Os Editais poderão conter previsão de aplicação de prática de atos ilícitos ou atos que causem ou tenham potencial de
Repreensão Formal, nos casos em que o Licitante, por ação ou causar prejuízos à PETROBRAS.
omissão e de forma injustificável, der causa a sua eliminação do Parágrafo único. Por profissionais, entende-se, pessoas físicas,
processo, tais como: que negociem ou contratem com a PETROBRAS.
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Art. 214. De acordo com a gravidade do ato praticado cabe a I- na suspensão de registro cadastral, no Registro de Pré-Qua-
aplicação das seguintes sanções I - advertência; lificação ou no impedimento de inscrição cadastral e da Pré-Quali-
II– multa administrativa, na forma prevista no instrumento con- ficação;
vocatório ou no contrato; II- na impossibilidade de participar nas licitações e de contratar
III- suspensão temporária de participação em licitação e impe- com a PETROBRAS.
dimento de contratar com a PETROBRAS e suspensão e impedimen- § 4º A aplicação de tal sanção importa na comunicação da sus-
to de inscrição cadastral, por prazo não superior a 2 (dois) anos. pensão à empresa ou ao profissional, ficando registrado tal fato nos
Parágrafo único. Comprovado risco iminente de dano e haven- sistemas de informação da Base de Fornecedores da Petrobras.
do a plausibilidade nos fatos imputados, poderá ser determinada, § 5º Se existir contrato vigente entre a PETROBRAS e a em-
sem a prévia manifestação do interessado, medida cautelar de sus- presa ou profissional sancionado, a PETROBRAS tem a faculdade
pensão. de rescindi-lo de plano ou mantê-lo vigente. A PETROBRAS poderá
Art. 215. A competência para aplicação das sanções administra- condicionar a manutenção de vigência de determinado contrato
tivas previstas neste capítulo é do Gerente Geral da Unidade Orga- à apresentação de garantia, na modalidade por ela determinada,
nizacional Responsável pela Base de Fornecedores da PETROBRAS. proporcional ao prazo restante da contratação e sem que a garantia
Parágrafo único. A competência para aplicação de sanções ad- impacte no preço contratual.
ministrativas previstas neste capítulo, a serem apuradas e julgadas § 6º A reincidência de prática punível com suspensão, ocorri-
conjuntamente com os atos lesivos previstos na Lei 12.846/13, é da da num período de até 2 (dois) anos a contar do último sanciona-
autoridade julgadora dos Processos Administrativos de Responsabi- mento, pode implicar no agravamento da sanção a ser aplicada, se
lização da PETROBRAS (PAR-PB). cabível.
Art. 216. A sanção de advertência é cabível sempre que o ato Art. 220. Em substituição à sanção de suspensão, havendo jus-
praticado não tenha acarretado danos à PETROBRAS, suas instala- tificativa, poderá ser aplicada a sanção de multa administrativa pre-
ções, pessoas, imagem, meio ambiente ou a terceiros, e que não vista neste Capítulo.
justifique a imposição de penalidade mais gravosa. Parágrafo único. O valor da multa administrativa deve consi-
§ 1º A aplicação de tal penalidade importa na comunicação da derar o valor e o disposto no contrato ou no instrumento convo-
advertência à empresa, registrando-se a penalidade junto ao siste- catório, o impacto causado à PETROBRAS e o porte da empresa a
ma de informação do Gestor da Base de Fornecedores da PETRO- ser sancionada, dispensado o último requisito quando se tratar de
BRAS. pessoa física.
§ 2º A penalidade de advertência se inicia a partir da notifica- Art. 221. O Gerente Geral ou equivalente da Unidade Organi-
ção de sua aplicação. zacional onde ocorreu o fato deve nomear Comissão para Análise
§ 3º A reincidência de prática punível com advertência, ocor- de Aplicação de Sanções (CAASE), para a qual devem ser remetidas
rida num período de até 2 (dois) anos do último sancionamento, informações sobre ato considerado passível de sanção administra-
pode ensejar a aplicação de penalidade de suspensão branda. tiva.
Art. 217. A sanção de suspensão é cabível sempre que for pra- Art. 222. Qualquer empregado da PETROBRAS que tome ciên-
ticada ação ou omissão com potencialidade de causar ou que tenha cia quanto à ocorrência de fato que possa se enquadrar em hipóte-
causado dano à PETROBRAS, suas instalações, pessoas, imagem, se que justifique a instauração de Processo de Aplicação de Sanção
meio ambiente ou a terceiros, e que não justifique a imposição de Administrativa conduzido por CAASE deve comunicar o ocorrido
penalidade menos gravosa. ao Gerente Geral ou equivalente da Unidade Organizacional onde
Art. 218. Estão sujeitas à instauração de processo administra- aconteceu o fato para providências.
tivo de sanção e à eventual aplicação de pena de suspensão, nos Art. 223. A CAASE, tomando conhecimento do ato e de posse
moldes previstos no art. 84 da Lei 13.303/2016, as licitantes que das evidências e provas, deve notificar a empresa ou profissional
dentre outros: para em 10 (dez) dias úteis apresentar defesa escrita.
I- pratiquem atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da lici- Art. 224. Apresentada ou não a defesa, a CAASE deve elaborar
tação; relatório, do qual conste: I - a discriminação dos fatos, evidências e
II- venham a desistir da proposta após a fase de apresentação, provas existentes;
sem a comprovação de motivo justo; II- o resumo do teor da defesa, se apresentada, com a análise
III- se recusem a assinar o contrato, sem a apresentação de mo- dos argumentos expostos pela empresa ou profissional;
tivo justo, após declaradas vencedoras. III- a definição sobre a ocorrência, ou não, de ato passível de
Art. 219. Praticada conduta sujeita à aplicação da penalidade aplicação de sanção;
de suspensão, esta pode ser aplicada de acordo com a gravidade do IV- a proposta de aplicação de sanção, inclusive, se for o caso,
fato, nos seguintes termos: de aplicação concomitante de multa administrativa prevista no ins-
I - suspensão branda, pelo prazo de 1 a 6 meses; II – suspensão trumento convocatório e seu valor.
média, pelo prazo de 7 a 12 meses; Parágrafo único. A CAASE pode realizar diligências para apurar
III – suspensão grave, pelo prazo de 13 a 24 meses. e esclarecer os fatos.
§ 1º Na fixação da gradação da penalidade prevista neste artigo Art. 225. A CAASE deve encaminhar a minuta de relatório, bem
a PETROBRAS levará em conta a potencialidade do dano ou a exten- como todo o procedimento ao Jurídico, para análise do cumprimen-
são do dano causado. to dos trâmites regulares e da proporcionalidade na aplicação da
§ 2º O prazo da penalidade de suspensão se inicia a partir da pena sugerida.
notificação de sua aplicação.
§ 3º A sanção de suspensão importa, durante sua vigência:

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Art. 226. Caso a decisão seja pela aplicação de penalidade, da análise pela Unidade de Suprimento de Bens e Serviços e Jurídico,
notificação deve constar a sanção aplicada, inclusive, se for o caso, em articulação com as demais Unidades Organizacionais, sujeitas as
a aplicação concomitante de multa administrativa prevista no ins- alterações à aprovação da Diretoria Executiva da PETROBRAS.
trumento convocatório e contrato, já estipulados seu valor e prazo Art. 233. Qualquer integrante da força de trabalho da PETRO-
para pagamento. BRAS que tome ciência de possível ocorrência de atos ilícitos contra
Art. 227. A empresa ou profissional sancionado no âmbito da a PETROBRAS, nos termos previstos na Lei nº 12.846/2013, deve
CAASE poderá interpor recurso contra a decisão que lhe aplicar san- registrar o caso no Canal Denúncia da Petrobras, por meio do sítio
ção administrativa, no prazo de 10 dias úteis, a contar do recebi- eletrônico.
mento da notificação de aplicação de sanção. Parágrafo único. O público externo pode registrar no Canal De-
§ 1º O recurso deverá ser interposto na forma escrita e endere- núncia da Petrobras as possíveis ocorrências previstas no caput.
çado à Autoridade constante da notificação de aplicação de sanção. Art. 234. As informações referentes a licitações na forma ele-
§ 2º Se a autoridade mencionada no parágrafo 1º não reconsi- trônica, procedimentos licitatórios, pré-qualificação e contratos, re-
derar sua decisão, no prazo de 30 (trinta) dias, encaminhará o recur- lação de bens adquiridos e atualizações do presente Regulamento,
so à Autoridade Superior. serão disponibilizadas em portal eletrônico.
Art. 228. As hipóteses de penalidades previstas neste Título não Art. 235. Este Regulamento entra em vigor na data de sua pu-
impedem ou não excluem o emprego do regramento previsto na Lei blicação, produzindo efeitos de modo progressivo por Unidades Or-
nº12.846/2013, sobretudo acerca da instauração de Processo Ad- ganizacionais, na forma do cronograma de implantação.
ministrativo de Responsabilização (PAR), podendo, inclusive, ocor- § 1º O cronograma de implantação será divulgado no portal da
rer a aplicação das sanções previstas na citada Lei nº12.846/2013 Petrobras na internet.
concomitantemente àquelas previstas neste Capítulo. § 2º Permanecem regidos pela legislação anterior procedimen-
Art. 229. O fornecedor sancionado com a pena de suspensão tos licitatórios e contratações iniciados ou celebrados antes da vi-
poderá, nos termos do art. 37 §2º da Lei 13.303/16, ter sua situação gência deste Regulamento, inclusive eventuais Aditivos
revista, a qualquer tempo, caso demonstre a superação dos moti-
vos que deram causa à sanção.
§1º A revisão deverá ser solicitada pelo fornecedor sancionado, QUESTÕES
por meio de requerimento escrito, sendo indispensável a compro-
vação de fatos novos que demonstrem a superação dos motivos
que deram causa à sanção de suspensão. 1. FGV - 2022 - Senado Federal - Advogado- O estatuto jurídico
§2º O requerimento referido neste artigo não se confunde com das empresas estatais estabelece que as empresas públicas e as so-
a fase recursal do Processo de Aplicação de Sanção Administrativa ciedades de economia mista deverão observar, no mínimo, alguns
tratada no art. 227 deste Regulamento. requisitos de transparência.
§3º A revisão de que trata este artigo deve ser autorizada, de De acordo com a Lei nº 13.303/2016, assinale a opção que não
forma compartilhada, pelo Gerente Geral da Unidade Organiza- contém um desses requisitos em relação a uma empresa estatal,
cional Responsável pela Base de Fornecedores da PETROBRAS e o em nível federal.
Gerente Geral da Unidade Organizacional onde aconteceu o fato (A) Divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabi-
gerador. lidade.
(B) Elaboração de política de distribuição de dividendos, à luz
TÍTULO X do interesse público que justificou a criação da empresa públi-
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ca ou da sociedade de economia mista;
(C) Divulgação, em nota explicativa às demonstrações finan-
Art. 230. Recomenda-se que o presente Regulamento seja apli- ceiras, dos dados operacionais e financeiros das atividades re-
cado às contratações das sociedades integrantes do Conglomerado lacionadas à consecução dos fins de interesse coletivo ou de
PETROBRAS, com seus devidos ajustes, devendo ser previamente segurança nacional;
submetido à aprovação dos respectivos Conselhos de Administra- (D) Elaboração e divulgação da política de transações com par-
ção, se houver, ou da Assembleia Geral de Acionistas. tes relacionadas, em conformidade com os requisitos de com-
Art. 231. As contratações de bens e serviços efetuadas pelos petitividade, conformidade, transparência, equidade e comu-
consórcios operados pela PETROBRAS e que visem a atender a de- tatividade, que deverá ser revista, no mínimo, anualmente, e
mandas exclusivas dos consórcios ficarão sujeitas ao regime próprio aprovada pelo Senado Federal.
das empresas privadas, hipótese em que não se aplica o procedi- (E) Divulgação tempestiva e atualizada de informações rele-
mento previsto na Lei nº 13.303, observados os princípios da admi- vantes, em especial as relativas a atividades desenvolvidas,
nistração pública previstos na Constituição. estrutura de controle, fatores de risco, dados econômico-finan-
Parágrafo único. As contratações de bens e serviços efetuadas ceiros, comentários dos administradores sobre o desempenho,
pela PETROBRAS que visem a atender, simultaneamente, demandas políticas e práticas de governança corporativa e descrição da
da PETROBRAS e de consórcios por ela operados deverão seguir o composição e da remuneração da administração.
regime da Lei nº 13.303.
Art. 232. As situações especiais não previstas neste Regula-
mento, bem como aquelas oriundas de fatos supervenientes, que
demandem alterações neste Regulamento devem ser objeto de

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2. IBFC - 2022 - AFEAM - Especialista de Fomento - Administra- 4. IBFC - 2022 - PC-BA - Investigador de Polícia Civil- A Lei nº
ção- De acordo com a Lei nº 13.303/2016 e as disposições aplicá- 13.303/2016 (Lei das Estatais) dispõe que a empresa pública e a
veis às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às sociedade de economia mista terão a função social de realização
suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção do interesse coletivo ou de atendimento a imperativo da segurança
ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda que nacional expressa no instrumento de autorização legal para a sua
a atividade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da criação. Sobre o assunto, assinale a alternativa incorreta.
união, ou seja, de prestação de serviços públicos, assinale a alter- (A) A realização do interesse coletivo visa à ampliação econo-
nativa correta. micamente sustentada do acesso de consumidores aos produ-
(A) É inexigível a realização de licitação na contratação de as- tos e serviços da empresa pública ou da sociedade de econo-
sociação de pessoas com deficiência física, sem fins lucrativos mia mista
e de comprovada idoneidade, para a prestação de serviços ou (B) A empresa pública e a sociedade de economia mista de-
fornecimento de mão de obra, desde que o preço contratado verão, nos termos da lei, adotar práticas de sustentabilidade
seja compatível com o praticado no mercado ambiental e de responsabilidade social corporativa compatíveis
(B) É dispensável a realização de licitação na contratação de re- com o mercado em que atuam
manescente de obra, de serviço ou de fornecimento, em con- (C) Ainda que não haja comprovação sobre a vinculação ao
sequência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem fortalecimento de sua marca, a empresa pública e a sociedade
de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas con- de economia mista deverão celebrar convênio ou contrato de
dições do contrato encerrado por rescisão ou distrato, inclusive patrocínio com pessoa física ou com pessoa jurídica para pro-
quanto ao preço, devidamente corrigido moção de atividades culturais, sociais, esportivas, educacionais
(C) É inviável a realização de licitação na transferência de bens a e de inovação tecnológica
órgãos e entidades da administração pública, inclusive quando (D) Para a realização do interesse coletivo, as estatais estão
efetivada mediante permuta orientadas ao desenvolvimento ou emprego de tecnologia bra-
(D) É dispensada a realização de licitação para aquisição de ma- sileira para produção e oferta de produtos e serviços da em-
teriais, equipamentos ou gêneros que só possam ser fornecidos presa pública ou da sociedade de economia mista, sempre de
por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo. maneira economicamente justificada
(E) A realização do interesse coletivo deverá ser orientada para
3. IBFC - 2022 - AFEAM - Especialista de Fomento - Adminis- o alcance do bem-estar econômico e para a alocação social-
tração- A Lei nº 13.303/2016 dispõe sobre o estatuto jurídico da mente eficiente dos recursos geridos pela empresa pública e
empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsi- pela sociedade de economia mista
diárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios. Com relação ao regime societário das empresas esta- 5. IBFC - 2022 - PC-BA - Investigador de Polícia Civil- A Lei nº
tais, assinale a alternativa correta. 13.303/2016 dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública,
(A) Os custos e receitas das obrigações e responsabilidades que da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias e traz dis-
a empresa pública e a sociedade de economia mista que explo- posições sobre o Comitê de Auditoria Estatutário. Sobre o assunto,
rem atividade econômica e assumam em condições distintas analise as afirmativas abaixo e dê valores de Verdadeiro (V) ou Falso
às de qualquer outra empresa do setor privado não precisam (F).
estar inseridos no plano contábil ( ) A empresa pública e a sociedade de economia mista deverão
(B) O estatuto da empresa pública, da sociedade de economia possuir em sua estrutura societária Comitê de Auditoria Estatutário
mista e de suas subsidiárias deverá observar regras de gover- como órgão auxiliar do Conselho de Administração, ao qual se re-
nança corporativa, de transparência e de estruturas, práticas portará diretamente.
de gestão de riscos e de controle interno, composição da admi- ( ) O Comitê de Auditoria Estatutário deverá possuir meios para
nistração e, havendo acionistas, mecanismos para sua proteção receber denúncias, inclusive sigilosas, internas e externas à empre-
(C) As sociedades de economia mista com registro na Comissão sa pública ou à sociedade de economia mista, em matérias relacio-
de Valores Mobiliários não se sujeitam ao regime informacional nadas ao escopo de suas atividades.
estabelecido por essa autarquia, mas devem divulgar as infor- ( ) O Comitê de Auditoria Estatutário deverá se reunir quando
mações previstas nas resoluções pertinentes necessário, no mínimo anualmente, de modo que as informações
(D) A área responsável pela verificação de cumprimento de contábeis sejam sempre apreciadas antes de sua divulgação.
obrigações e de gestão de riscos deverá ser vinculada ao Presi-
dente da República e liderada pelo sócio majoritário, devendo Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de
o estatuto social prever as atribuições da área, bem como es- cima para baixo.
tabelecer mecanismos que assegurem atuação independente (A) V - V - V
(B) V - F - V
(C) F - F - V
(D) V - V - F
(E) F - V - F

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

6. VUNESP - 2022 - PC-SP - Delegado de Polícia- Uma empre- (D) vedação à emissão de partes beneficiárias, aplicável apenas
sa pública realizou licitação com vistas a contratar equipamentos às empresas públicas.
de escritório, que deverão ser disponibilizados a seu pessoal, que (E) possibilidade de criação de subsidiárias, aplicável apenas às
se encontra em regime de trabalho remoto (home office). Foram sociedades de economia mista.
adquiridos computadores e impressoras, que permanecerão de
propriedade da entidade, mas poderão ser utilizadas pelos funcio- 9. CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Ad-
nários em suas residências, dado o novo regime de trabalho ado- vogado- Um contador pretende se especializar na área de contro-
tado pela entidade. O Tribunal de Contas instaurou procedimento ladoria. Para isso, ele estuda os trâmites dos atos no âmbito das
para apurar a validade da contratação. Com base na situação hipo- sociedades públicas e privadas.
tética, na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e na Lei n° Nos termos da Lei nº 13.303/2016, a sociedade de economia
13.303/16, é correto afirmar que mista adotará regras de estruturas e práticas de gestão de riscos e
(A) o Tribunal de Contas não poderá investigar a contratação, controle interno que abranjam, dentre outros atos, o
caso a empresa pública esteja domiciliada no exterior. (A) Conselho de Auditoria Interna
(B) a estatal, independentemente do seu objeto, estará sujeita (B) Código Fiscal Popular
ao controle do Tribunal de Contas, desde que a medida não (C) Centro de Conformidade Social
implique em interferência na gestão da empresa. (D) Comitê de Auditoria Estatutário
(C) na realização da atividade fiscalizatória, o Tribunal de Con- (E) Conservatório de Transparência Administrativa
tas deverá ter acesso irrestrito aos documentos e às informa-
ções necessárias a realização dos trabalhos, excluídos os classi- 10. IBFC - 2022 - DETRAN-AM - Analista Jurídico- A Lei das Esta-
ficados como sigilosos. tais (Lei nº 13.303/2016) dispõe sobre o estatuto jurídico da empre-
(D) a instauração do procedimento não é válida, pois a Consti- sa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias,
tuição Federal somente autoriza a apuração de contas dos ad- no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
ministradores de bens e valores públicos. pios. Sobre o assunto, assinale a alternativa incorreta.
(E) a apuração somente poderá ser realizada se a empresa tiver (A) O interesse público da empresa pública e da sociedade de econo-
como objeto a prestação de serviços públicos. mia mista, respeitadas as razões que motivaram a autorização legis-
lativa, manifesta-se por meio do alinhamento entre seus objetivos e
7. FUNDATEC - 2022 - AGERGS - Técnico Superior Advogado- aqueles de políticas públicas, na forma explicitada na carta anual
A Lei nº 13.303/2016 dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa (B) O estatuto deverá observar regras de governança corpo-
pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no rativa, de transparência e de estruturas, práticas de gestão de
âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. riscos e de controle interno, composição da administração e,
À luz do referido diploma normativo, assinale a alternativa correta. havendo acionistas, mecanismos para sua proteção
(A) Aplicam-se a todas as empresas públicas, às sociedades de (C) A sociedade de economia mista será constituída sob a forma
economia mista de capital fechado e as suas subsidiárias as de sociedade limitada ou sociedade anônima. A empresa pública
disposições da Lei nº 6.404/1976, e as normas da Comissão poderá ser constituída sobre qualquer modalidade empresarial
de Valores Mobiliários sobre escrituração e elaboração de de- (D) A área responsável pela verificação de cumprimento de
monstrações financeiras, exceto a obrigatoriedade de auditoria obrigações e de gestão de riscos deverá ser vinculada ao di-
independente por auditor registrado nesse órgão. retor-presidente e liderada por diretor estatutário, devendo o
(B) A empresa pública poderá lançar debêntures ou valores estatuto social prever as atribuições da área, bem como esta-
mobiliários, conversíveis em ações. belecer mecanismos que assegurem atuação independente
(C) A empresa pública poderá emitir partes beneficiárias.
(D) O acionista controlador da empresa pública e da sociedade
de economia mista responderá pelos atos praticados com abu- GABARITO
so de poder nos termos da Lei nº 6.404/1976.
(E) O Conselho de Administração deve ser composto, no míni-
mo, por 50% (cinquenta por cento) de membros independen-
1 D
tes ou por pelo menos 1 (um), caso haja decisão pelo exercício
da faculdade do voto múltiplo pelos acionistas minoritários, 2 B
nos termos do art. 141 da Lei nº 6.404/1976. 3 B
8. FCC - 2022 - Prefeitura de Teresina - PI - Procurador do Mu- 4 C
nicípio- Ao lado de diversas regras de caráter comum, o regime jurí- 5 D
dico da empresa pública diferencia-se do aplicável às sociedades de
6 B
economia mista em vários aspectos. Dentre os traços diferenciado-
res estatuídos pela Lei Federal nº 13.303, de 30 de junho de 2016, 7 D
Lei das Estatais, inclui-se a 8 D
(A) presença de Conselho de Administração na estrutura de go-
vernança, aplicável apenas às sociedades de economia mista. 9 D
(B) imunidade tributária, aplicável apenas às empresas públicas. 10 C
(C) submissão ao regime licitatório, aplicável apenas às empre-
sas públicas.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO II

ANOTAÇÕES

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CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS - BLOCO III
Ênfase 12: Suprimento de Bens e
Serviços, Administração
• Sócios e proprietários;
NOÇÕES DE CONTABILIDADE E TRIBUTÁRIO. CONCEITOS, • Acionista;
OBJETIVOS E FINALIDADES DA CONTABILIDADE • Empregados;
• Administradores.

Conceito Externos - Esses usuários costumam analisar qual situação da


Contabilidade é ciência social que registra fenômenos financei- empresa no mercado, eles procuram saber quais as condições fi-
ros e econômicos que estão atrelados com PATRIMÔNIO (bens, di- nanceiras da empresa, tem capacidade de cumprir com suas obri-
reitos e obrigações) da entidade (pode ser pessoa física ou jurídica; gações para realizar operações de crédito (score), se estão em dia
exemplo empresa, organização ou cia). Gerar relatórios com inter- com suas obrigações tributárias. Resumindo, os usuários externos
pretação das mudanças que ocorreram com patrimônio da empresa precisão saber se empresa está cumprindo com os seus compromis-
e auxiliando na tomada de decisões pelos usuários. sos para que assim possam negociar.
• Concorrentes;
Objetivo • Bancos;
Objetivo da Contabilidade é estudar e compreender o patrimô- • Fornecedores;
nio, que é formado por: • Governo; e
• BENS – prédios, veículos, máquinas, estoque, etc; • Investidores.
• DIREITOS – contas a receber (exemplo, cliente que efetua o
pagamento) que pode ser de curto ou longo prazo; Funções da Contabilidade
• OBRIGAÇÕES – contas a pagar (exemplo, boletos de fornece- As principais funções na contabilidade é:
dores, empréstimos) que são em curto ou longo prazo; • Registrar os fatos ocorridos identificado na escrituração em
livros contábeis;
E com identificação das alterações do patrimônio expor os da- • Organizar adequar sistema para empresa, exemplo, arquiva-
dos aos usuários ligados a entidade (internos e externos) para de- mento de documentos físicos ou eletrônicos;
senvolver objetivos a organização. • Demonstrar, expor por meio de relatórios a situações econô-
mica, com base nos dados adquiridos no registro, exemplo elaborar
Finalidade balanço das contas contábeis;
Contabilidade tem finalidade de organizar, analisar e mensu- • Analisar as demonstrações com finalidade de apuração de
rar a riqueza da empresa. Com coleta e registro das mudanças do resultado, exemplo análise do balanço patrimonial;
patrimônio, é possível visualizar o desenvolvimento da organização • Acompanhar o planejamento financeiro definidos após aná-
junto ao mercado. lise dos resultados. Normalmente fica uma equipe responsável por
Além de acompanhar os resultados, compreendendo os da- controlar o desempenho dos eventos financeiro, e verificando se os
dos financeiro é possível a tomada de decisão pelos usuários da planos estabelecidos estão sendo cumpridos e se existe necessida-
entidade. Com atual cenário econômico no mundo, a contabilidade de de ajustes.
passou a ser importante direcionador de estratégias definindo dire-
trizes a serem tomadas pelas empresas. Princípios Contábeis
A contabilidade é estudo das mudanças econômicas por acom-
Usuários panhar as alterações do mercado é definida como ciência social, e
Com as informações contábeis analisadas e registradas, os da- para manter confiabilidade e segurança sobre estes estudos surgi
dos para criação de medidas ficam adequadas para os usuários in- os Princípios Fundamentas da Contabilidade. Resumindo, os princí-
ternos e externos. Que são: pios são como “leis” para regulamentar os conhecimentos técnicos
Internos – São aqueles que estão ligados diretamente com e nenhum órgão (como Banco Central, Receita Federal ou Comitê
empresa, que precisam acompanhar o crescimento, rentabilidade, de Pronunciamentos Contábeis) pode ultrapassá-las.
verificar a criação de projetos. Com os dados os usuários internos Os princípios contábeis foram elaborados pela Resolução do
podem saber o melhor momento de expansão da empresa, como CFC (Conselho Federal de Contabilidade) nº 750, de 29/12/1993
criação de filial; aumentar folha de pagamento; aumenta ou dimi- (posteriormente alterado pela Resolução nº 1282/2010), e nº 774,
nuição dos lucros. de 16/12/1994. São eles:
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO III

— Princípio da Entidade – reconhece que o patrimônio da empresa é independente dos patrimônios dos sócios. Objetivo é diferenciar
as contas da pessoa física, no caso dos proprietários, das contas da pessoa jurídica (entidade).
— Princípio da Continuidade – determina a continuidade das atividades da entidade, considerando as mudanças patrimoniais, classifi-
cando e avaliando de forma quantitativa e qualitativa. Exemplo, é confirmação que a contabilidade vai manter os registros atualizados das
mutações financeiras durante tempo de vida da entidade.
— Princípio da Oportunidade – afirma que os registros financeiros devem ser computados no mesmo tempo que são realizadas.

Exemplo:
Empresa fez compra de matéria prima no dia 25/04/2021 por R$ 50.000,00. Essa movimentação deve ser lançada no livro:
Data: 25/04/2021 D - Estoque
C - Banco 50.000,00

Obs.: D – DÉBITO
C - CRÉDITO

— Princípio do Registro pelo valor Original – considera os registros dos verdadeiros valores dos componentes do patrimônio fiéis as
transações e configuração em moeda nacional.

Usando o exemplo acima, no momento de registrar o valor da compra correto, identificar os descontos, e no caso de moeda estran-
geira, dever realizar a conversão para moeda do país.
— Princípio da atualização monetária - este princípio estabelece que os valores originais do patrimônio devam sempre ser atualizados,
e utilizando indexadores econômicos para ajustar conforme moeda nacional.

— Princípio da Prudência – procurar medidas aceitáveis e que não sofram grandes impactos no patrimônio, seria cautela para que as
ações realizadas não prejudiquem o Patrimônio Líquido da empresa. Exemplo, seria controlar os gastos mensais para que isso não interfira
no lucro no fechamento do balanço.

Todos esses princípios tem intenção de ajudar o contabilista salvar- guarda informações ligados a entidade. Por tanto o contador se-
guindo esses princípios auxilia os gestores e sócios na realização de tomadas de decisão mantendo segurança financeira, realiza atividades
dentro da conduta ética do profissional de contabilidade.

Patrimônio
Patrimônio é conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa. Bens e direitos são denominados como ATIVO e as obrigações
denominados PASSIVO, junto com passivo inclui o PQTRIMÔNIO LIQUIDO.

▪ Ativos
Onde constitui os direitos e bens da empresa e é identificada no lado esquerdo do Balanço Patrimonial.
Os bens são classificados como Tangíveis (que são materiais), exemplo carro, computador, e bens Intangíveis (não são materiais),
exemplo: no hall, marcas e patentes.
Direitos é tudo que é de direito da empresa, exemplo, é direito da empresa receber seus dividendos, manter conta bancária e que
pode ser mensurado.

No ativo é identificado as seguintes contas:


• Caixa;
• Banco;
• Estoque;
• Duplicatas a receber;
• Imobilizado.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO III

▪ Passivos
Representado pelas obrigações da empresa, conhecidas como as dívidas, que pode ser boleto, cobranças, empréstimos, folha de pa-
gamento, recolhimento de tributos. O passivo fica no lado direito do Balanço Patrimonial, e com o total somado das obrigações tem que
igualar ao valor do total do ativo. Exemplo:

As contas do passivo são classificadas em Circulante, Exigível a longo prazo e Patrimônio Líquido. No circulante é identificado as obri-
gações de curto prazo (mensais):
• Fornecedores;
• Alugueis a pagar;
• Salários a pagar;
• Impostos a pagar.

As contas do exigível a longo prazo, são os que tem mais de um ano:


• Empréstimos a longo prazo;
• Financiamento.

Patrimônio Liquido
Patrimônio Líquido pode ser identificado como riqueza liquida da empresa, é a dedução entre o ativo e passivo e as contas, são:
• Capital Social;
• Reserva de Capital;
• Lucros Acumulados.

Todas as contas identificadas a cima representa o patrimônio da empresa e agrupadas formam o demonstrativo BALANÇO PATRI-
MONIAL, onde o profissional de contabilidade irá informar a evolução financeira da instituição frequentemente seguindo os princípios
contábeis:
• Princípio da Entidade;
• Princípio da Continuidade;
• Princípio da Oportunidade;
• Princípio do Registro pelo valor Original;
• Princípio da atualização monetária; e
• Princípio da Prudência.

Desta forma a contabilidade como uma ciência constitui de princípios éticos para evitar irregularidades e distorções dos fatos contá-
beis, isso faz com que exista uma padronização na apresentação da movimentação financeira das organizações.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO III

a) Os juros pagos antecipadamente, os descontos de títulos


RECEITA, DESPESA, CUSTOS E RESULTADOS de créditos e o deságio concedido na colocação de debêntures ou
títulos de crédito, deverão ser apropriados proporcionalmente ao
tempo decorrido (pro rata tempore), nos períodos de apuração a
Receita e Despesa que competirem;
Receita1 é a entrada bruta de benefícios econômicos durante o b) Os juros de empréstimos contraídos para financiar a aquisi-
período que ocorre no curso das atividades ordinárias de uma em- ção ou construção de bens do ativo permanente, incorridos durante
presa, quando tais entradas resultam em aumento do patrimônio as fases de construção e pré-operacional, podem ser registrados no
líquido, excluídos aqueles decorrentes de contribuições dos pro- ativo diferido, para serem amortizados.
prietários, acionistas ou cotistas. c) A partir de 01 /01/1999, as variações monetárias dos direitos
Nas contas do grupo de receitas2 são registrados todos os de créditos e das obrigações do contribuinte, em função da taxa
valores que são recebidos pela empresa. Estes valores podem de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição
ser provenientes da operação direta da empresa, como venda de legal ou contratual, serão consideradas, para efeitos da legislação
produtos, mercadorias ou serviços, ou ainda podem ser receitas do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido
não operacionais, como juros recebidos ou até mesmo da venda de (e também da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS), como
um ativo não mais utilizado. despesas financeiras, quando passivas (Lei nº 9.718, de 1998, art.
9 º e 17, inciso II).
Receita Financeira3
São considerados como receita financeira, para fins tributários: Despesa é saída ou decréscimo de recursos econômicos
1) Os juros recebidos, os descontos obtidos, o lucro na opera- durante o período, que ocorre no curso das atividades ordinárias
ção de reporte, o prêmio de resgate de títulos ou debêntures e os de uma empresa, excluídas as reduções patrimoniais decorrentes
rendimentos nominais relativos a aplicações financeiras de renda de pagamento de recursos efetuados aos proprietários, acionistas
fixa, auferidos pela empresa no período de apuração, compõem as ou cotistas.
receitas financeiras e como tal deverão ser incluídas no lucro opera- O grupo de despesas é composto pelas contas onde são regis-
cional. Tais receitas, quando derivados de operações ou títulos com tradas todas os desembolsos realizados pela organização, como pa-
vencimento posterior ao encerramento do período de apuração, gamento de funcionários e fornecedores, compra de matéria-prima
poderão ser rateados pelos períodos a que competirem. ou equipamentos, pagamento por serviços de terceiros etc.
2) A atualização monetária dos valores de tributos pagos indevi-
damente ou a maior, bem como saldos negativos de IRPJ e CSLL, su- Apuração dos resultados
jeitos à taxa de juros Selic a partir do mês seguinte ao do pagamento A demonstração ou apuração do resultado do exercício (DRE) é
indevido/ou a maior e, no caso de Saldo Negativo de IRPJ e CSLL, a uma demonstração contábil que cruza receitas, custos e resultados
partir do mês seguinte ao do fechamento do período de apuração com o objetivo de determinar o resultado líquido em um período
(trimestral ou anual). de tempo.
3) As variações monetárias dos direitos de crédito e das Empreender envolve uma série de coisas boas e também mui-
obrigações do contribuinte em função da taxa de câmbio ou de tos desafios, afinal, a lista de novos aprendizados para quem está
índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual começando é grande e apuração do resultado do exercício é a mais
serão consideradas para efeitos da legislação do Imposto de Renda, importante delas. Entre as habilidades a serem aprendidas, existe a
como receitas financeiras, quando for o caso (Lei 9.718/98, art. 9°). necessidade de organizar o financeiro da empresa. Sem ela, qual-
4) Os juros sobre capital próprio (TJLP) - Lei 9.249/1995, artigo quer empreendedor pode quebrar ou entrar em crise em pouco
9°. tempo.
Para efeito de apuração do IRPJ e da CSLL, as receitas financei- A melhor ferramenta para medir a rentabilidade de uma orga-
ras são receitas tributáveis tanto para as pessoas jurídicas que ado- nização é a DRE: Demonstração ou Apuração do Resultado do Exer-
tem o Lucro Presumido quanto para as que tributam pelas regras cício. Essa técnica permite saber quanto foi seu lucro no último mês
do Lucro Real. ou nos últimos 6 meses, por exemplo. Consequentemente, pode
revelar o futuro do negócio e mostrar se ele está crescendo ou se
Despesa Financeira4 está tendo prejuízos.
São consideradas despesas financeiras os juros pagos ou incor-
ridos, os quais serão dedutíveis como custos ou despesa operacio- Conceito
nais observadas às seguintes normas (RIR/1999, art. 374): A demonstração ou apuração do resultado do exercício (DRE) é
uma demonstração contábil que cruza receitas, custos e resultados
com o objetivo de determinar o resultado líquido em um período de
tempo. De forma simplificada, é um resumo financeiro que aponta
se a empresa teve lucro ou prejuízo. O termo “resultado” represen-
1 http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npc14.htm ta as contas de receita (dinheiro que entra) e de gastos (despesas e
2 https://www.treasy.com.br/blog/o-que-classificacao-contabil-ativo-passivo-recei- custos). O DRE é elaborado anualmente para prestação de contas,
ta-e-despesa mas pode ser feito mensalmente pela administração da empresa
3 http://www.portaltributario.com.br/artigos/conceito-tributario-receitas-financeiras. para acompanhar os resultados.
htm
4 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/despesas-finan-
ceiras/38869
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO III

Segundo a legislação brasileira, a apuração do resultado do Incorporação e Distribuição de Lucros


exercício apresentada anualmente deve detalhar: A incorporação de lucros é uma das diversas formas para au-
- A receita bruta das vendas de produtos e serviços, as dedu- mentar o capital social das empresas.
ções (descontos) das vendas, os abatimentos e os impostos; Sob perspectiva fiscal, é tratado no artigo 41 do Regulamento
- A receita líquida das vendas de produtos e de serviços, o custo do Imposto de Renda - RIR/1999. O regulamento afasta a incidência
das mercadorias vendidas ou dos serviços prestados e o lucro bruto; do imposto de renda sobre os valores decorrentes de aumento de
- Todas as despesas operacionais, como as despesas com as capital mediante a incorporação de reservas ou lucros, desde que
vendas, as financeiras, as deduzidas das receitas, as despesas gerais apurados:
e as administrativas; Quando o lucro da pessoa jurídica5 não tributado em virtude
- O lucro ou o prejuízo operacional, as outras despesas e as re- de isenção ou redução do imposto de renda, apurado com base
ceitas; no lucro da exploração, pode ser distribuído aos sócios, desde
- O resultado do exercício antes do Imposto de Renda e a pro- que deduzido do correspondente imposto de renda não pago.
visão para o imposto; Portanto, o valor que deixar de ser pago em virtude dessas isenções
- As participações de empregados, debêntures, partes benefi- ou reduções, não poderá ser distribuído aos sócios e constituirá
ciárias e administradores mesmo na forma de instrumentos finan- reserva de capital da pessoa jurídica, que somente poderá ser
ceiros, e de fundos ou instituições de assistências e previdência de utilizada para absorção de prejuízos ou aumento de capital.
empregados; Considera-se distribuição do valor do imposto a restituição de
- O lucro ou o prejuízo líquido do exercício e o seu montante capital aos sócios, em casos de redução do capital social, até o mon-
por ação do capital social. tante do aumento com incorporação da reserva. Considera-se, tam-
bém, distribuição do valor do imposto a partilha do acervo líquido
A DRE representa um desafio até mesmo para os profissionais da sociedade dissolvida, até o valor do saldo da reserva de capital.
de contabilidade, já que é uma bastante complexa. Porém, o 1º pas-
so para tornar tudo mais claro é entender a finalidade da apuração Dividendos
do resultado do exercício. Conforme a ITG 08 (R1) Contabilização da Proposta de Paga-
mento de Dividendos - a legislação societária brasileira, Lei nº.
Lucro x Prejuízo 6.404/76, determina a distribuição de dividendo obrigatório aos
O objetivo da DRE é determinar se uma empresa está obtendo acionistas por meio do artigo 202:
lucros ou prejuízos a partir das suas atividades, listando as opera- “Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo
ções que alteram o patrimônio líquido contábil, tanto positivamen- obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no
te (receitas) como negativamente (despesas). estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acor-
Tudo parece bastante simples se pensarmos que é só pegar do com as seguintes normas…”
o valor das receitas e subtrair as despesas. Entretanto, a empresa
pode vender um produto neste mês e só receber o pagamento da- A lei societária prevê que o dividendo obrigatório pode deixar
qui alguns meses, da mesma forma que existem vendas parceladas. de ser distribuído ou pode ser distribuído por valor inferior ao de-
Quando a empresa faz um investimento (por exemplo, a com- terminado no estatuto social da entidade, quando não houver lu-
pra de produtos para o estoque), é difícil determinar quanto esse cro realizado em montante suficiente (art. 202, inciso II). Quando
investimento trouxe de resultado, já que os produtos não são ven- o dividendo obrigatório, devido por força do estatuto social ou da
didos no mesmo mês — e, mesmo que sejam, o pagamento nem própria lei, excede o montante do lucro líquido do exercício realiza-
sempre entra de imediato. do financeiramente, pode a parcela não distribuída ser destinada à
O mesmo vale para as despesas, que muitas vezes são difíceis constituição da reserva de lucros a realizar.
de identificar, pois nem sempre são provenientes apenas da compra A lei societária ainda prevê que o dividendo obrigatório pode
de mercadorias. Existem itens como aluguel, refeições, horas extras deixar de ser distribuído quando os órgãos da administração infor-
e diversos outros. marem à Assembleia Geral Ordinária ser ele incompatível com a
Por todas essas questões, a DRE é uma ferramenta capaz de situação financeira da companhia (art. 202, § 4º). É uma discricio-
demonstrar com exatidão qual foi o resultado líquido (lucro) obtido nariedade conferida por lei aos administradores com vistas a evitar
por uma empresa dentro de um determinado período. o comprometimento da gestão de caixa e equivalente de caixa da
entidade, desde que observadas outras condicionantes legais. A
DICA: Vale lembrar que as empresas pagam impostos como o parcela dos lucros não distribuída deve ser destinada à constituição
Imposto de Renda da pessoa jurídica e a Contribuição Social sobre de reserva especial.
o lucro líquido. Esses tributos são calculados em cima do lucro apu-
rado pela DRE. Em ambos os casos, o procedimento estabelecido em lei é a
Ou seja, se houver algum erro na apuração, consequentemente retenção de lucros por meio da constituição de reservas de lucros
existirá um erro no pagamento dos impostos. Nesse caso, a empre- que poderão não necessariamente ser destinadas ao pagamento de
sa sempre sairá perdendo. Se o erro na apuração do lucro for para dividendos, já que poderão vir a ser absorvidas por prejuízos em
menos, o imposto pago também será menor e a empresa estará su- exercícios subsequentes. Consta na lei:
jeita a uma multa da Receita Federal ou qualquer outro órgão fiscal. - Os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando
Se o erro for para mais, a empresa acabará desperdiçando dinheiro, realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exer-
o que também é totalmente indesejado. cícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo
declarado após a realização.” (Art. 202, inciso III)
5 http://www.crcba.org.br/boletim/edicoes/tfis.htm
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO III

- Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § Fluxo de Caixa


4º serão registrados como reserva especial e, se não absorvidos por Muitos empreendedores acreditam que o lucro da empresa é
prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser pagos como di- identificado no fluxo de caixa, mas esse é um equívoco.
videndo assim que o permitir a situação financeira da companhia” O fluxo de caixa registra as movimentações financeiras, mos-
(Art. 202, §5º) trando se a empresa pagou todas as contas do período e se faltou
ou sobrou dinheiro. Porém, fechar o caixa no vermelho — ou seja,
O dividendo obrigatório pode também deixar de ser distribuí- faltar dinheiro para pagar as contas — não quer dizer que a empre-
do, ou pode ser distribuído por um valor inferior ao determinado sa não dá lucro. A organização pode ter altos valores em direitos a
no estatuto social da entidade ou na lei, por decisão soberana e receber, por exemplo.
unânime da Assembleia Geral de Acionistas de: Muitas vezes, a ausência de dinheiro no caixa pode acontecer
- companhia aberta, se com registro na CVM exclusivamente devido ao aumento do volume de compra (para abastecer o esto-
para captação de recursos por debêntures não conversíveis em que, digamos) devido a um aumento nas vendas. Pode ser que a
ações; ou empresa esteja vendendo à prazo, mas comprando à vista.
- companhia fechada, exceto se controlada por companhia Daí a importância de analisar a situação por meio da apura-
aberta registrada na CVM para captação de recursos por meio de ção do resultado do exercício. Só ela vai mostrar se a empresa está
qualquer valor mobiliário que não seja uma debênture não conver- efetivamente operando com lucro, ajudando a encontrar falhas de
sível em ações (Art. 202, §3º). gestão que podem ir desde a precificação até os custos e despesas
variáveis.
Segundo a IAS 106 – Eventos após o período de relatório quan-
do forem declarados dividendos após o período de relatório, porém Elaboração da Apuração dos Resultados
antes da autorização para emissão das demonstrações financeiras, Antes de entrarmos em um exemplo de apuração do resultado
os dividendos não devem ser reconhecidos como passivo no final do exercício, é importante compreender alguns conceitos e defini-
do período. Tal tratamento é devido, pois os critérios de uma obri- ções básicas das variáveis que estarão contidas na própria DRE.
gação presente segundo a IAS 37 – Provisões, passivo contingente - Ativo: representa todos os bens, os direitos e os valores a re-
e ativo contingente não são atendidos. De acordo com a IAS 37 a ceber de uma entidade. Por exemplo: dinheiro em caixa, mercado-
obrigação presente existe quando existe uma obrigação legal que rias e depósitos bancários;
faça a entidade não ter outra alternativa realista a não ser liquidar - Passivo: representa todas as obrigações financeiras de uma
a obrigação. empresa junto a terceiros, ou seja, todas as dívidas contraídas, con-
tas a pagar, fornecedores etc;
Vamos a um pequeno exemplo: - Patrimônio líquido: representa o registro de valor que os pro-
Alpha declara em 20 de fevereiro de 2010 que vai distribuir prietários de uma empresa têm aplicado no negócio;
R$ 5 milhões em dividendos referentes ao exercício findo em 31 - Receita: são os grupos de contas que registram as operações
de dezembro de 2009, a data de autorização para emissão das de- que levam ao aumento do patrimônio, como aumento de dinheiro
monstrações financeiras é 10 de março de 2010. Segundo o estatu- ou de direitos, como contas a receber;
to social de Alpha, o dividendo mínimo obrigatório a ser distribuído - Custos: são grupos de contas que registram as operações que
corresponde a 10% do lucro líquidos após impostos. O lucro líquido causam uma redução no patrimônio. Vale lembrar que os custos
de Alpha em 2009 foi de $ 20 milhões. estão sempre diretamente associados às vendas, ou seja, um custo
ocorre quando há diminuição de um ativo por meio de uma venda
Assim, a obrigação de pagamento de 10% do lucro líquido (R$ 2 (por exemplo: a diminuição do número de mercadorias);
milhões) atende aos requisitos para o reconhecimento do passivo, - Despesas: são grupos de contas que registram as operações
porém qualquer montante acima do mínimo obrigatório (R$ 3 mi- que levam a uma redução no patrimônio. É importante se atentar
lhões) não deve ser reconhecido no passivo, sendo reconhecido em para o fato de que as despesas não estão diretamente associadas às
conta patrimonial (i.e. dividendo adicional proposto). vendas, diferenciando-se dos custos por essa característica. Ainda
assim, também representam a diminuição de um ativo, geralmente
Reservas de Capital dinheiro.
A Reserva de capital, são consideradas contribuições dos pro-
prietários, sócios, acionistas, ou de terceiros que investem no pa- Custo x Despesa
trimônio de uma determinada empresa por meio da compra dos - Custo: Ao vender uma mercadoria, a empresa faz a entrega e
seus títulos. tem a diminuição de um ativo (mercadorias). Em contrapartida, re-
São apresentados como reserva de capital os valores que não cebe dinheiro pela venda. Ou seja, nessa operação há um custo de
representam receitas, mas sim uma origem de capital que não exige mercadoria vendida, já que a saída da mercadoria está diretamente
uma contrapartida de entrega de bens ou prestação de serviços. É associada à venda que foi feita
por esta razão que não devem transitar por contas de resultado, - Despesa: Por outro lado, o pagamento de uma conta (aluguel,
pois não são tributadas. por exemplo) também causa a diminuição de um ativo (dinheiro),
mas não está associada a uma venda. Afinal, a conta do aluguel será
paga mesmo que a empresa não efetue nenhuma venda

6 http://ifrsbrasil.com/outros-assuntos/diversos/exemplo-pratico-pagamento-de-di-
videndos-e-a-ias-10
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO III

Etapas para a Apuração do Resultado do Exercício Por ocasião de início da produção:


São 5 etapas para a apuração do resultado do exercício, sendo D - Estoque de Produto em elaboração
que o Resultado Líquido do Exercício é o valor que deve ser identifi- C - Estoque de MP
cado ao final do processo. C - Salários

1. Conhecer a Receita Operacional Líquida - Receita Opera- Por ocasião de término da produção:
cional Líquida = Receita Operacional Bruta – Deduções da Receita D - Estoque de Produtos Acabados
Bruta, sendo que: C - Estoque de Produtos em elaboração
- A Receita Operacional Bruta é formada por: Vendas de Produ-
tos + Vendas de Mercadorias + Prestação de Serviços; Por ocasião da venda:
- E as Deduções da Receita Bruta são formadas por: Devoluções D - CPV
de Vendas + Abatimentos + Impostos e Contribuições Incidentes so- C - Estoque de Produtos Acabados
bre Vendas.
Dica: Apresentaremos os lançamentos contábeis referente a
2. Conhecer o Resultado Operacional Bruto distribuição de lucros:
Resultado Operacional Bruto = Receita Operacional Líquida – Exemplificando que uma sociedade empresária limitada
Custos das Vendas apurou lucro apurado no fechamento do Demonstrativo de R$
Sendo que: 150.000,00 e cujo contrato social preveja distribuição de lucros de
- Os Custos das Vendas são formados por: Custo dos Produtos 50% (R$ 75.000,00):
Vendidos + Custo das Mercadorias + Custo dos Serviços Prestados D – Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) R$ 150.000,00
C – Lucros a Pagar (Passivo Circulante) R$ 75.000,00
3. Conhecer o Resultado Operacional antes do Imposto de C – Reserva de Lucros (Patrimônio Líquido) R$ 75.000,00
Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro
Resultado Operacional pré-IR/Contribuição Social = Resultado No Momento do Pagamento
Operacional Bruto – Despesas Operacionais – Despesas Financeiras D – Lucros a Pagar (Passivo Circulante)
Líquidas – Outras Receitas e Despesas C – Caixa/Bancos (Ativo Circulante – disponibilidades) R$
75.000,00
Sendo que:
- As Despesas Operacionais são formadas por: Despesas Com É fundamental lembrar que a Demonstração do Resultado do
Vendas + Despesas Administrativas; Exercício (DRE) está prevista na lei brasileira e deve ser apresentada
- As Despesas Financeiras Líquidas são formadas por: (Despe- pelas empresas anualmente. Portanto, o 1º cuidado a ser tomado
sas Financeiras – Receitas Financeiras) + (Variações Monetárias e é a realização periódica da apuração, evitando que a empresa seja
Cambiais Passivas – Variações Monetárias e Cambiais Ativas); punida por essa omissão.
- As Outras Receitas e Despesas são formadas por: (Resultado Em 2º lugar, é importante recordar que a empresa está sujeita a
da Equivalência Patrimonial) + (Venda de Bens e Direitos do Ativo multas e medidas judiciais caso efetue de forma equivocada o paga-
Não Circulante – Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não mento de impostos. Como os impostos são justamente calculados
Circulante). sobre o lucro, a DRE deve ser executado com precisão para que ne-
nhuma consequência negativa venha a ocorrer.
4. Conhecer o Lucro Líquido antes das participações Além disso, obviamente, uma empresa que negligencia a DRE
Lucro Líquido Antes das Participações = Resultado Operacional está sujeita a complicações financeiras por não conhecer o real de-
pré-IR/Contribuição Social – Provisão para Imposto de Renda e Con- sempenho da organização. Isso prejudica imensamente a tomada
tribuição Social Sobre o Lucro de decisões, podendo levar a companhia à falência ou a uma grave
crise.
5. Conhecer o Resultado Líquido do Exercício Atualmente, a maior parte das empresas opta por utilizar um
Resultado Líquido do Exercício = Lucro Líquido Antes das Par- software para ajudar na gestão financeira. Esses programas são
ticipações – Empregados, Partes Beneficiárias, Participações de conhecidos como sistemas de gestão e, ao contrário do que muita
Administradores, Debêntures, Fundos de Previdência e Assistência gente pensa, não são de uso exclusivo das grandes organizações.
para Empregados. Pelo contrário: existem softwares desenvolvidos especialmente
para auxiliar as pequenas e médias empresas a organizar sua conta-
Lançamentos Contábeis bilidade no cotidiano da rotina corporativa.
Hoje em dia são raras as empresas que optam por fazer toda a
Por ocasião da compra de matéria prima: sua contabilidade manualmente. No caso da DRE, o próprio sistema
D - Estoque de MP de gestão se encarrega de zerar as contas de resultado e fazer a
C - Fornecedores transferência para o Patrimônio Líquido, facilitando muito o proces-
so e ajudando a prevenir erros.
Por ocasião da provisão da Mão de Obra (salário): Uma das vantagens de contar com um sistema de gestão é
D - Salários que não há necessidade de investir em infraestrutura (como com-
C - Salários a pagar putadores e equipe) se o software for totalmente armazenado na
nuvem. Assim não é preciso se preocupar com instalações. Isso

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO III

também traz mais segurança para os dados da empresa, além de PIS - Programa de Integração Social (União); COFINS - Contribuição
possibilitar o acesso via internet de qualquer lugar para os usuários para Financiamento da Seguridade Social (União); ICMS - Imposto
cadastrados. sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Uma das dificuldades da contabilidade e da DRE em si é a visu- Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal,
alização dos dados, que nem sempre é clara ou rápida de ser feita, de Comunicação e Energia Elétrica (Estado); ISSQN - Imposto sobre
podendo levar a erros. Os softwares de gestão financeira exibem Serviços de Qualquer Natureza (Município).
informações em tempo real, de forma visual e objetiva. Assim os Receita Operacional Líquida: Constitui a base de cálculo para
profissionais da equipe otimizam seu trabalho, já que não precisam a análise das receitas efetivamente realizadas pela empresa em de-
gastar tempo com pesquisas e análises. Um software é capaz de terminado período. Evidencia o valor da venda líquida de bens e
gerar gráficos de resultados com muita eficiência, facilitando a vi- serviços, oriundos da atividade da empresa, subtraindo as dedu-
sualização dos dados, o controle financeiro e, consequentemente, a ções incidentes sobre a receita bruta (faturamento).
tomada de decisões dentro da empresa.
Custos dos Produtos, das Mercadorias ou dos Serviços Ven-
Demonstração do Resultado do Exercício7 didos
É na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que apare- Os custos a serem atribuídos como CMV, CSP ou CPV no exercí-
cerão todas as contas de Receitas e Despesas do período, que são cio devem ser correspondentes às receitas de vendas dos produtos
contas transitórias, ou seja, ao final do período de apuração estarão e serviços reconhecidos como tal no mesmo período, obedecendo
com seus saldos zerados. ao princípio da competência.
A DRE tem por objetivo evidenciar a situação econômica da
entidade em um determinado período por meio da apuração do Cálculo do Custo da Mercadoria Vendida – CMV
resultado do exercício (lucro ou prejuízo) CMV= EI + C – EF
Além disso, a DRE é uma demonstração dedutiva e dinâmica,
mostrando o cálculo do resultado do exercício, enquanto o Balanço Onde:
Patrimonial é uma é uma demonstração estática, pois mostra a si- CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
tuação patrimonial em um dado momento. EI = Estoque Inicial
Portando, a demonstração do resultado destina-se a evidenciar C = Compras
a composição do resultado formado em determinado período de EF = Estoque Final (inventário final)
operações da entidade. As demonstrações do resultado do período
devem, no mínimo, obedecer as determinações legais e as seguin- Cálculo do Custo do Serviço Prestado (CSP)
tes rubricas: CSP = Sin + (MO + GDS + GIS) – Sfi

Receitas Onde:
Receita Operacional Bruta: é a somatória de todas as vendas CSV = Custo dos Serviços Vendidos
ou serviços que foram efetuados e que tenham sido faturados, ou Sin = Saldo Inicial dos Serviços em Andamento
seja, que tenham gerado a emissão de uma nota fiscal em determi- MO = Mão de Obra Direta aplicada nos serviços vendidos
nado período, obedecendo ao princípio da competência. GDS = Gastos Diretos (locação de equipamentos, subcontrata-
Dedução da Receita Bruta: são representadas pelas contas de ções, etc.) aplicados nos serviços vendidos
devolução (vendas canceladas), abatimentos, descontos comerciais GIS = Gastos Indiretos (luz, mão de obra indireta, depreciações
e impostos incidentes sobre venda de produtos ou serviços. Para de equipamentos, etc.) aplicados nos serviços vendidos
efeito de análise, as receitas não são demonstradas de forma líqui- Sfi = Saldo Final dos Serviços em Andamento
da, ou seja, registram-se as receitas na forma bruta e, em separado,
suas respectivas deduções: Cálculo do Custo do Produto Vendido – (CPV)
- Devolução ou Vendas Canceladas: correspondem à anulação CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF
de valores registrados como receita, decorrentes do cancelamen-
to de vendas, devoluções totais ou parciais, quebras ou avarias na Onde:
mercadoria vendida, pela não concretização da entrega dos produ- CPV = Custo dos Produtos Vendidos
tos ou pela má qualidade na prestação de serviços. EI = Estoque Inicial
- Abatimentos: também conhecidos como descontos incon- In = Insumos (matérias primas, materiais de embalagem e ou-
dicionais, são concedidos aos clientes quando, após a entrega do tros materiais) aplicados nos produtos vendidos
produto, este apresenta defeitos de qualidade, caracterizados por MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos
quebras ou avarias, por exemplo. Esses descontos não podem ser GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia, depre-
confundidos com descontos financeiros, nem tampouco com des- ciações, mão de obra indireta, etc.) aplicada nos produtos vendidos
contos de preço de venda (promoções). EF = Estoque Final (inventário final)
- Impostos Incidentes sobre Vendas de Produtos e Prestação
de Serviços: também serão deduzidos da receita bruta, pois são os Lucro Bruto
que guardam proporcionalidade com o preço da venda efetuada ou De acordo com o artigo 187, item II, da Lei nº 6.404/76, deve
do serviço prestado. São exemplos de impostos incidentes sobre o ser computado na DRE o custo das mercadorias e serviços vendidos
faturamento: IPI - Imposto sobre produtos Industrializados (União); ou prestados no exercício, que deduzido das receitas corresponden-
7 MORAES, Júnior, José Jayme – Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada e tes, gera o Lucro Bruto.
Análise das Demonstrações Contábeis – 5ª ed – Rio de Janeiro – Impetus, 2016.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO III

Despesas com Vendas, Gerais, Administrativas e Outras Des- Resultado operacional antes do Imposto de Renda (IR) e Con-
pesas e Receitas Operacionais tribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) - lucro ou prejuízo: o
Despesas de Vendas: Têm a função de registrar as despesas resultado obtido até este ponto na DRE constitui base de cálculo da
com a comercialização dos produtos, mercadorias ou serviços Provisão para Imposto de Renda e da Provisão para Contribuição
para atender aos objetivos da empresa. São alguns exemplos de Social. Caso o resultado obtido seja negativo, caracterizando prejuí-
despesas com vendas: despesas com pessoal de vendas; marketing; zo em sua movimentação, não haverá incidência de IR e CSLL. Para
distribuição; administrativo interno de vendas; comissões sobre o cálculo do imposto de renda a pagar, que deverá ser recolhido
vendas; propaganda e publicidade; garantia de produtos; despesas pela empresa, a base de cálculo (lucro tributável) é denominada
com estimativas de perdas com duplicatas derivadas de vendas a Lucro Real, que será obtido mediante a escrituração do livro fiscal
prazo (provisão para devedores duvidosos), etc. denominado LALUR - Livro de apuração do Lucro Real. Nesse livro,
Despesas Administrativas: Representam os gastos pagos ou registram-se os ajustes necessários (adições e exclusões ou com-
incorridos necessários para arcar com despesas para a gestão ou pensações) de acordo com a legislação vigente.
direção da empresa. Sua função é registrar, em cada conta espe- - Participações e Contribuições: após a apuração do “Resultado
cífica, as despesas com a administração do negócio para atender depois do IR e CSLL”, deve-se calcular e deduzir outras participa-
aos objetivos da empresa. Dentre as despesas administrativas mais ções do resultado, tais como dos empregados, administradores e
comuns, temos: honorários da administração; salários e encargos de assistência ou previdência do empregado. Essas participações
do pessoal administrativo; despesas legais e judiciais; material de normalmente estão previstas no estatuto da empresa.
escritório; depreciação de móveis e utensílios; seguro do escritório; - Resultado líquido do exercício (lucro ou prejuízo): o Resultado
energia elétrica; telefone, etc. Líquido corresponde ao resultado final do exercício “à disposição”
Despesas Operacionais: Segundo a Lei das S.A. – Lei 6.404/76, dos proprietários (sócios ou acionistas) que, apoiados em determi-
as despesas operacionais correspondem ao esforço financeiro ne- nações legais e estatutárias, determinam a forma como será feita a
cessário para que a empresa possa funcionar, ou seja, financiar suas sua distribuição.
atividades de vendas, produção e prestação de serviços. Constituem O saldo remanescente integrará o Patrimônio Líquido da em-
as despesas pagas ou incorridas no período (princípio da competên- presa nas contas Reservas de Lucros - caso ocorra lucro - e Prejuízos
cia). Não estão relacionadas a elas aquelas alocadas na fabricação Acumulados - caso ocorra prejuízo, no qual compõe os seguintes
de produtos ou na prestação dos serviços, pois estas compõem os itens:
custos das mercadorias ou dos serviços. - Resultado líquido após tributos das operações descontinua-
das;
Ganho de Equivalência Patrimonial - Resultado após os tributos decorrente da mensuração ao va-
Resultados Financeiros Líquidos: O art. 187 da Lei das S.A. – Lei lor justo menos despesas de vendas ou na baixa dos ativos ou do
nº 6.404/76 define como despesas operacionais as despesas finan- grupo de ativo à disposição para venda que constituem a unidade
ceiras deduzidas das receitas, ou seja, as receitas financeiras deve- operacional descontinuada;
rão ser compensadas das despesas financeiras. - Resultado líquido do exercício.
Ex.: Valor das Receitas Financeiras – Valor das Despesas Finan-
ceiras = Valor dos Resultados Financeiros Líquidos. DICAS:
- Resultado do período é o total das receitas deduzido das des-
Receitas Financeiras - São receitas geradas em função de: pesas, exceto os itens reconhecidos como outros resultados abran-
- Descontos obtidos; gentes ao patrimônio líquido;
- Juros recebidos; - Operação descontinuada corresponde ao componente da
- Rendimentos de aplicações financeiras (fundos de investi- entidade que foi baixado ou está classificado como mantido para
mentos, por exemplo). venda e:
a) Representa uma importante linha separada de negócios ou
Perda de Equivalência Patrimonial área geográfica de operações;
Despesas Financeiras - São caracterizadas por serem despesas b) É parte integrante de um único plano coordenado para
decorrentes da necessidade de Capital de Giro ou do financiamento venda de uma importante linha separada de negócios ou área
do Ativo: geográfica de operações;
- Juros pagos; c) É uma empresa controlada adquirida exclusivamente com
- Descontos concedidos; objetivo de revenda, ou seja, são ativos imobilizados que a empresa
- Despesas bancárias (IOF, manutenção da conta corrente, den- de uma linha separada de negócios ou área geográfica de opera-
tre outras, por exemplo) ções que ficaram obsoletos ou descontinuados e foram colocados à
venda, ou um investimento de aquisição de uma empresa controla-
Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras da adquirida com o objetivo de revenda.
São as chamadas atividades acessórias do objetivo social da
empresa. Compõem-se de itens que não são provenientes da ati-
vidade fim da empresa, tais como: participação nos resultados de
coligadas e controladas pelo método de equivalência patrimonial;
dividendos e rendimentos de outros investimentos; amortização de
ágio ou deságio de investimentos; vendas diversas que não corres-
pondem à atividade fim da empresa (venda de sucatas).

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO III

Exemplo de DRE:
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Vendas de Produtos
Fiscalização
Vendas de Mercadorias As regras sobre a administração tributária se referem às for-
Prestação de Serviços malidades acerca dos órgãos e agentes responsáveis pela concre-
tização das normas tributárias. A Emenda Constitucional nº 42/03
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA previu expressamente na CF/88 que as administrações tributárias
Devoluções de Vendas são atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas
por servidores de carreiras específicas, tendo recursos prioritários
Abatimentos
para a realização de suas atividades, mediante, inclusive, vinculação
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas de receitas de impostos para tais fins.
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA A fiscalização é atividade indispensável à efetividade da tribu-
tação, estando a ela sujeitas todas as pessoas. Ela não se confunde
(-) CUSTOS DAS VENDAS
com o resultado da fiscalização, que pode encerrar em lançamento
Custo dos Produtos Vendidos de tributos e imposição de multas.
Custo das Mercadorias Contra a fiscalização regularmente efetivada ninguém pode se
opor, tendo, inclusive, o dever de facilitá-la, já contra eventuais lan-
Custo dos Serviços Prestados çamentos e aplicações de multas, diferentemente, há vários meios
(=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO de impugnação, seja na esfera administrativa ou judicial.
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
• Poderes das Autoridades Fiscais
Despesas Com Vendas Tais poderes são concedidos pelo legislador na exata medida
Despesas Administrativas para o eficiente exercício das atividades de fiscalização e arrecada-
ção, levando em consideração a natureza específica de cada tributo
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
ou em caráter geral.
Despesas Financeiras A legislação relativa à fiscalização aplica-se às pessoas naturais
(-) Receitas Financeiras ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imuni-
dade tributária ou de isenção de caráter pessoal. Nesse sentido, é o
Variações Monetárias e Cambiais Passivas texto do Código Tributário Nacional, dos Artigos 194 a 200:
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas
TÍTULO IV
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
Resultado da Equivalência Patrimonial
Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante CAPÍTULO I
FISCALIZAÇÃO
(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circu-
lante
Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta
(=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da
RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua
Sobre o Lucro aplicação.
Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo apli-
(=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES ca-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusi-
(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administra- ve às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter
dores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência pessoal.
para Empregados Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm apli-
cação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, pa-
péis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou
produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comer-
cial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados se-
rão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários
decorrentes das operações a que se refiram.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - BLOCO III

Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabe-
a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessá- lecida em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar infor-
rios para que se documente o início do procedimento, na forma da mações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da
legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão da- fiscalização de tributos.
quelas. Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão re-
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão quisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e
lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exer-
quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujei- cício de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê medida
ta à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato
este artigo. definido em lei como crime ou contravenção.
Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à
autoridade administrativa todas as informações de que disponham Dívida ativa
com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: Pode-se conceituar a Dívida Ativa da Fazenda Pública como o
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; conjunto de créditos líquidos e certos que compõe o Ativo Perma-
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais ins- nente (após a Medida Provisória 449/2008, o Ativo Permanente
tituições financeiras; passou a integrar o Ativo Não Circulante).
III - as empresas de administração de bens; Assim, constitui dívida ativa o valor originário de débito, tribu-
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; tário ou não, a favor dos governos em todas as esferas, registrado
V - os inventariantes; com essa chancela na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, no
VI - os síndicos, comissários e liquidatários; caso da União, e nos Estados e Municípios em suas respectivas sec-
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, cionais, pelo não pagamento de tributo juridicamente constituído e
em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou pro- esgotadas as exigências de prazos e cobranças.
fissão. Em síntese, dívida ativa tributária é aquela que reúne os crédi-
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange tos relativos a tributos lançados e não arrecadados. É o crédito da
a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o infor- Fazenda Pública proveniente da obrigação legal relativa a tributos e
mante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de respectivos adicionais e multas.
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. O Código Tributário Nacional dispõe sobre a matéria dos Arti-
Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é ve- gos 201 a 204:
dada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servi-
dores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação CAPÍTULO II
econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a DÍVIDA ATIVA
natureza e o estado de seus negócios ou atividades.
§ 1º Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos pre- Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de cré-
vistos no art. 199, os seguintes: dito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição adminis-
I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; trativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para paga-
II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da mento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os
regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade res- efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.
pectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refe- Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela
re a informação, por prática de infração administrativa. autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
§ 2º O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Admi- I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos corresponsáveis,
nistração Pública, será realizado mediante processo regularmente bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um
instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solici- e de outros;
tante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora
preservação do sigilo. acrescidos;
§ 3º Não é vedada a divulgação de informações relativas a: III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamen-
I – representações fiscais para fins penais; te a disposição da lei em que seja fundado;
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; IV - a data em que foi inscrita;
III - parcelamento ou moratória; e (Redação dada pela Lei Com- V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se
plementar nº 187, de 2021) originar o crédito.
IV - incentivo, renúncia, benefício ou imunidade de natureza tri- Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste
butária cujo beneficiário seja pessoa jurídica. (Incluído pela Lei artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
Complementar nº 187, de 2021) Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no
Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Dis- artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da
trito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistên- inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulida-
cia para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de infor- de poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante
mações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado
lei ou convênio. ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar so-
bre a parte modificada.

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Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que
certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoal-
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é re- mente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de
lativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito mora acrescidos.
passivo ou do terceiro a que aproveite. Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsa-
bilidade criminal e funcional que no caso couber.
Certidões negativas
As certidões negativas são documentos aptos a comprovar a
inexistência de débito de determinado contribuinte, de determina- QUESTÕES
do tributo ou relativo a determinado período. A inscrição do contri-
buinte na dívida ativa gera uma certidão positiva de débito do con-
tribuinte (sujeito passivo da obrigação tributária) demonstrando 1. São Princípios Fundamentais de Contabilidade, EXCETO:
sua inadimplência e determinando prazos e penalidades previstas (A) Entidade;
na lei. (B) Continuidade;
(C) Prudência;
• Certidões Positivas com Efeitos de Negativa (ou Certidão de (D) Oportunidade;
Regularização) (E) Ética.
São certidões nas quais, apesar da existência de débitos peran-
te o fisco, o sujeito passivo se encontra regular. Com elas, o sujeito 2. O Patrimônio da empresa é divido em quantas partes?
poderá praticar quaisquer atos que dependam da apresentação de (A) Duas;
certidão negativa. (B) Quatro;
Ocorrem em três situações: (C) Três.
a) Quando os créditos ainda não estiverem vencidos;
b) Quando os créditos estão em curso de cobrança executiva 3. Quem são os usuários externos na contabilidade:
em que tenha sido efetivada a penhora; (A) Funcionários, investidor, concorrentes;
c) Quando os créditos estiverem com a exigibilidade suspensa. (B) Fornecedores, clientes e sócios;
(C) Diretores, empregados e administradores;
O servidor que emitir certidão errada por dolo ou fraude res- (D) Bancos, concorrentes e fornecedores
ponderá pessoalmente pelo crédito tributário e juros de mora. Se
emitir errada culposamente, não será responsabilizado. 4- (CEGAS – Assistente Técnico – Administrativo e Financeiro –
Dispõe o CTN sobre o assunto em seus Artigos 205 a 208. Ve- IESES) O lucro líquido de uma organização é apresentado em qual
jamos: demonstração contábil?
(A) Demonstração do Resultado do Exercício.
CAPÍTULO III (B) Demonstração de Fluxo de Caixa.
CERTIDÕES NEGATIVAS (C) Balanço Patrimonial.
(D) Inventário Periódico.
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de deter-
minado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, 5- (UFG – Auditor – CS-UFG) A partir do conhecimento das re-
expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha to- ceitas e despesas, pode-se estruturar a Demonstração de Resulta-
das as informações necessárias à identificação de sua pessoa, do- do, que tem como objetivo principal apresentar, de forma vertical
micílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a resumida,
que se refere o pedido. (A) O resultado apurado em relação ao conjunto de opera-
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos ções realizadas num determinado período.
termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (B) A capacidade da entidade de pagar seus empregados e
(dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição. proporcionar-lhes outros benefícios.
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior (C) O rendimento vinculado às políticas tributárias e de distri-
a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em buição de lucros e dividendos.
curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penho- (D) A decisão de manter ou vender um investimento em ações
ra, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. resultantes de operações financeiras.
Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva,
será dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimen-
to, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a
caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes
no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades
cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja
pessoal ao infrator.

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6. (CODEVASF – ANALISTA EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL 9. (PREFEITURA DE SANTO AUGUSTO/RS – AUDITOR FISCAL


– CESPE/CEBRASPE/2021) No mês de janeiro de 20X1, o município DE TRIBUTOS – FUNDATEC/2020) Os livros obrigatórios de escritu-
de Petrolina efetuou a emissão dos boletos de pagamento do IPTU ração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles
municipal com vencimento para março, abril e maio de 20X1. efetuados, de acordo com o Código Tributário Nacional, devem ser
Com base nessa situação hipotética, julgue o item subsequente. conservados:
Esgotado o prazo fixado para o pagamento do IPTU, o muni- (A) Até cinco anos após a decadência dos créditos tributários
cípio deverá fazer a inscrição no cadastro de dívida ativa daqueles decorrentes das operações a que se refiram.
que não tiverem recolhido o imposto municipal, para viabilizar a (B) Até cinco anos após a prescrição dos créditos tributários de-
cobrança judicial do IPTU. correntes das operações a que se refiram.
( ) CERTO (C) Até que ocorra a decadência dos créditos tributários decor-
( ) ERRADO rentes das operações a que se refiram.
(D) Até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decor-
7. (CÂMARA DE BOITUVA/SP - ANALISTA JURÍDICO – VU- rentes das operações a que se refiram.
NESP/2020) Devedor por débitos de natureza tributária devida- (E) Nenhuma das alternativas está correta.
mente inscritos em Dívida Ativa e devidamente citado no âmbito de
execução fiscal deixa de realizar o pagamento ou apresentar bens à 10. (PREFEITURA DE BARÃO DE COCAIS/MG – FISCAL DE REN-
penhora no prazo legal e começa a alienar bens do seu patrimônio DAS E TRIBUTOS – FUNDEP/Gestão de Concursos/2020) Sobre os
a terceiros. Supondo que a dívida seja no valor de R$ 100.000,00, e procedimentos presentes no Código Tributário Nacional (CTN), assi-
o patrimônio conhecido do devedor no valor de R$ 2.000.000,00, é nale a alternativa correta.
correto afirmar sobre a situação hipotética, com base na legislação (A) Apenas mediante intimação judicial, as empresas de admi-
e jurisprudência nacionais, que nistração de bens são obrigadas a prestar à autoridade admi-
(A) o juiz deverá decretar a indisponibilidade da totalidade dos nistrativa todas as informações de que disponham com relação
bens e direitos do devedor até que sejam penhorados bens em aos bens, negócios ou atividades de terceiros.
valor suficiente à garantia da dívida. (B) A Certidão Negativa expedida com dolo ou fraude, que con-
(B) o juiz poderá, de ofício, declarar nulas as alienações rea- tenha erro contra a Fazenda Pública, não responsabiliza pes-
lizadas pelo devedor, em homenagem à liquidez e certeza do soalmente o funcionário que a expedir pelo crédito tributário e
crédito tributário inscrito em dívida ativa. juros de mora acrescidos.
(C) não responderão pela dívida os bens do devedor eventual- (C) É vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de
mente gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade seus servidores, de informações relativas a representações fis-
ou impenhorabilidade. cais para fins penais, a inscrições na Dívida Ativa da Fazenda
(D) considerando o valor da dívida em relação ao patrimônio Pública e a parcelamento ou moratória.
do devedor, conclui-se pela impossibilidade de apresentação (D) Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e
de medida cautelar fiscal pela Fazenda Pública. os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão con-
(E) se presumem fraudulentas as alienações, exceto se tiverem servados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários
sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao decorrentes das operações a que se refiram.
total pagamento da dívida inscrita.

8. (PREFEITURA DE MORRO AGUDO/SP – FISCAL DE TRIBUTOS GABARITO


– VUNESP/2020) Entre outras informações, o termo de inscrição
da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará
obrigatoriamente: 1 E
(A) o nome do devedor e do seu cônjuge ou companheiro, bem
como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um 2 A
e de outro. 3 D
(B) a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora
acrescidos. 4 A
(C) a existência de indícios de crime contra a ordem tributária 5 A
na origem da dívida.
6 CERTO
(D) a data em que houve a ocorrência do fato gerador do tri-
buto. 7 E
(E) o número do processo judicial de que se originar o crédito. 8 B
9 D
10 D

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ANOTAÇÕES

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