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CÓD: SL-116JN-22

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SUSEPE-RS
SUPERINTENDÊNCIA DOS SERVIÇOS PENITENCIÁRIOS
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Agente Penitenciário
EDITAL DE ABERTURA Nº 01/2022
DICA

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa
encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou este artigo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!

• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo.
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

Se prepare para o concurso público


O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes sobre
seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do
certame.
O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua
rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até
o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras
disciplinas.

Vida Social
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você,
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso
Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória.
DICA

Motivação
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência.
Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação:
• Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir
focado, tornando o processo mais prazeroso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes
com seu sucesso.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br

Vamos juntos!
ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Leitura e compreensão de textos: Assunto. Estruturação do texto. Ideias principais e secundárias. Relação entre as ideias. Efeitos de
sentido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Figuras de linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3. Recursos de argumentação. Informações implícitas: pressupostos e subentendidos. Coesão e coerência textuais . . . . . . . . . . . . . 01
4. Léxico: Significação de palavras e expressões no texto. Substituição de palavras e de expressões no texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5. Estrutura e formação de palavras. Aspectos linguísticos: Relações morfossintáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
6. Ortografia: emprego de letras e acentuação gráfica sistema oficial vigente (inclusive o Acordo Ortográfico vigente, conforme Decreto
7.875/12) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
7. Relações entre fonemas e grafias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
8. Flexões e emprego de classes gramaticais. Vozes verbais e sua conversão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
9. Concordância nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
10. Regência nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
11. Emprego do acento indicativo de crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
12. Coordenação e subordinação: emprego das conjunções, das locuções conjuntivas e dos pronomes relativos . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
13. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Raciocínio Lógico
1. Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios; deduzir novas informações das relações
fornecidas e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações. Diagramas lógicos. Proposições e conectivos:
Conceito de proposição, valores lógicos das proposições, proposições simples, proposições compostas. Operações lógicas sobre prop-
osições: Negação, conjunção, disjunção, disjunção exclusiva, condicional, bicondicional. Construção de tabelas-verdade. Tautologias,
contradições e contingências. Implicação lógica, equivalência lógica, Leis De Morgan. Argumentação e dedução lógica.. Sentenças
abertas, operações lógicas sobre sentenças abertas. Quantificador universal, quantificador existencial, negação de proposições quan-

tificadas. Argumentos Lógicos Dedutivos; Argumentos Categóricos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

Informática
1. Conhecimentos do sistema operacional Microsoft Windows 10: (1) Área de Trabalho (Exibir, Classificar, Atualizar, Resolução da tela,
Gadgets) e Menu Iniciar (Documentos, Imagens, Computador, Painel de Controle, Dispositivos e Impressoras, programa Padrão, Ajuda
e Suporte, Desligar, Todos os programas, Pesquisar programa e Arquivos e Ponto de Partida): saber trabalhar, exibir, alterar, organizar,
classificar, ver as propriedades, identificar, usar e configurar, utilizando menus rápidos ou suspensos, painéis, listas, caixa de pesquisa,
menus, ícones, janelas, teclado e/ou mouse; (2) Propriedades da Barra de Tarefas, do Menu Iniciar e do Gerenciador de Tarefas: saber
trabalhar, exibir, alterar, organizar, identificar, usar, fechar programa e configurar, utilizando as partes da janela (botões, painéis, listas,
caixa de pesquisa, caixas de marcação, menus, ícones e etc.), teclado e/ou mouse; (3) Janelas (navegação no Windows e o trabalho
com arquivos, pastas e bibliotecas), Painel de Controle e Lixeira: saber exibir, alterar, organizar, identificar, usar e configurar ambientes,
componentes da janela, menus, barras de ferramentas e ícones; usar as funcionalidades das janelas, programa e aplicativos utilizando as
partes da janela (botões, painéis, listas, caixa de pesquisa, caixas de marcação, menus, ícones e etc.), teclado e/ou mouse; (4) Bibliotecas,
Arquivos, Pastas, Ícones e Atalhos: realizar ações e operações sobre bibliotecas, arquivos, pastas, ícones e atalhos: localizar, copiar, mover,
criar, criar atalhos, criptografar, ocultar, excluir, recortar, colar, renomear, abrir, abrir com, editar, enviar para, propriedades e etc.; e (5)
Nomes válidos: identificar e utilizar nomes válidos para bibliotecas, arquivos, pastas, ícones e atalhos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Conhecimentos sobre o programa Microsoft Word 2016: (1) Ambiente e Componentes do Programa: saber identificar, caracterizar,
usar, alterar, configurar e personalizar o ambiente, componentes da janela, funcionalidades, menus, ícones, barra de ferramentas,
guias, grupos e botões, incluindo número de páginas e palavras, erros de revisão, idioma, modos de exibição do documento e zoom;
(2) Documentos: abrir, fechar, criar, excluir, visualizar, formatar, alterar, salvar, configurar documentos, utilizado as barras de ferramen-
tas, menus, ícones, botões, guias e grupos da Faixa de Opções, teclado e/ou mouse; (3) Barra de Ferramentas: identificar e utilizar os
botões e ícones das barras de ferramentas das guias e grupos Início, Inserir, Layout da Página, Referências, Correspondências, Revisão
e Exibição, para formatar, personalizar, configurar, alterar e reconhecer a formatação de textos e documentos; e (4) Ajuda: saber usar
a Ajuda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. Conhecimentos sobre o programa Microsoft Excel 2016: (1) Ambiente e Componentes do Programa: saber identificar, caracterizar,
usar, alterar, configurar e personalizar o ambiente, componentes da janela, funcionalidades, menus, ícones, barra de ferramentas,
guias, grupos e botões; (2) Elementos: definir e identificar célula, planilha e pasta; saber selecionar e reconhecer a seleção de células,
ÍNDICE

planilhas e pastas; (3) Planilhas e Pastas: abrir, fechar, criar, visualizar, formatar, salvar, alterar, excluir, renomear, personalizar, config-
urar planilhas e pastas, utilizar fórmulas e funções, utilizar as barra de ferramentas, menus, ícones, botões, guias e grupos da Faixa de
Opções, teclado e/ou mouse; (4) Barra de Ferramentas: identificar e utilizar os ícones e botões das barras de ferramentas das guias
e grupos Início, Inserir, Layout da Página, Fórmulas, Dados, Revisão e Exibição, para formatar, alterar, selecionar células, configurar,
reconhecer a formatação de textos e documentos e reconhecer a seleção de células; (5) Fórmulas: saber o significado e resultado de
fórmulas; e (6) Ajuda: saber usar a Ajuda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4. Mozilla Firefox versão atualizada: (1) Ambiente e Componentes do Programa: identificar o ambiente, características e componentesda
janela principal; (2) Funcionalidades: identificar e saber usar todas as funcionalidades do Mozilla Firefox. Internet Explorer 11: (1)
identificar o ambiente, características e componentes da janela principal do Internet Explorer; (2) identificar e usar as funcionalidades
da barra de ferramentas e de status; (3) identificar e usar as funcionalidades dos menus; (4) identificar e usar as funcionalidades
das barras de Menus, Favoritos, Botões do Modo de Exibição de Compatibilidade, Barra de Comandos, Barra de Status; e (5) utilizar
teclas de atalho para qualquer operação. Google Chrome versão atualizada: (1) Ambiente e Componentes do Programa: identificar
o ambiente, características e componentes da janela principal; (2) Funcionalidades: identificar e saber usar todas as funcionalidades
do Google Chrome. Outlook Express: Contas de e-mail, endereços de e-mail, escrever, enviar, responder e encaminhar mensagens,
destinatário oculto, arquivos anexos, organizar e selecionar mensagens recebidas. Importar e exportar mensagens. Funcionalidade
dos menus, ferramentas e teclas de atalho. Microsoft Outlook 2016: Contas de e-mail, endereços de e-mail, escrever, enviar, respond-
er e encaminhar mensagens, destinatário oculto, arquivos anexos, organizar e selecionar mensagens recebidas. Importar e exportar
mensagens. Funcionalidade dos menus, ferramentas e teclas de atalho. Gmail: Funcionamento do serviço de e-mail Gmail, incluindo:
menus, caixas de emails, enviados, rascunhos, configurações, estrela, escrever, responder, encaminhar, inserir anexos, filtros, entre

outros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Conhecimentos Gerais
1. Cultura popular, personalidades, pontos turísticos, organização política e territorial, divisão política, regiões administrativas, re-
gionalização do ibge, hierarquia urbana, símbolos, estrutura dos poderes, fauna e flora locais, hidrografia e relevo, matriz produ-
tiva, matriz energética e matriz de transporte, unidades de conservação, história e geografia do estado, do município e da região
que o cerca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Tópicos atuais, internacionais, nacionais, estaduais ou locais, de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, econo-

mia, sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, desenvolvimento sustentável e ecologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

Conteúdo Digital Complementar


Legislação Aplicada / Direito
1. Lei Federal nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 – Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos
termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra
as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução
Penal; e dá outras providências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Lei Federal nº 12.288, de 20 de julho de 2010 – Estatuto Nacional da Igualdade Racial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
3. Lei Estadual nº 13.694, de 19 de janeiro de 2011 – Estatuto Estadual da Igualdade Racial e dá outras providências . . . . . . . . . . . . 12
4. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988: - Dos Princípios Fundamentais: Artigos: 1º; 2°;
3° e 4º; - Dos Direitos e Garantias Fundamentais: Artigos: 5°; 6º; 7°; 8; 9°;10°; 14; 15; 16; e 17; - Da Organização do Estado: Da União:
Artigos: 21; 22; 23 e 24; Dos Estados Federados: Artigos: 25; 26; 27 e 28; - Da Administração Pública: Artigos: 37; 38; 39; 40 e 41. - Do
Poder Judiciário - Disposições Gerais: Artigos: 92; 93; 94; 95; 96; 97; 98; 99 e 100; - Dos Tribunais e Juízes dos Estados: Artigos: 125 e
126; - Do Ministério Público: Artigos: 127; 128 e 129; - Da Advocacia Pública: Artigos: 131 e 132; - Da Advocacia e Defensoria Pública:
Artigos: 133 e 134; - Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas: Da Segurança Pública; Artigo 144 . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
5. Lei Federal nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989 – Dispõe sobre a prisão temporária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
6. Lei Federal nº 7.210, de 11 de julho de 1984 - Institui a Lei de Execução Penal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
7. Lei Federal n°. 7.853, de 24 de outubro de 1989 - dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social,
sobre a coordenadoria nacional para integração da pessoa portadora de deficiência – Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses
coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências . . . . . . . 68
8. Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências . . . 71
ÍNDICE

9. Lei Federal nº 8.072, de 25 de julho de 1990 - Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição
Federal, e determina outras providências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
10. Lei Federal nº 8.429, de 2 de junho de 1992 - Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimen-
to ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras
providências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
11. Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021 – Lei de licitações e Contratos Administrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
12. Lei Federal nº 8.930, de 06 de setembro de 1994 - Dá nova redação ao art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe
sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5o, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências . . . . . . 153
13. Lei Federal nº 9.455, de 7 de abril de 1997 - Define os crimes de tortura e dá outras providências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
14. Lei Estadual n.º 10.098, de 03 de fevereiro de 1994 - Dispõe sobre o Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do
Estado do Rio Grande do Sul; - Disposições Preliminares: Artigos 1°; 2°; 3°; 4°; 5°; 6°; 7° e 8°; - Do Provimento: Artigo 10; - Do Recru-
tamento e Seleção: Artigo 11; - Do Concurso Público: Artigos 12; 13; 14 e 15; - Da Nomeação: Artigo 16; - Da Lotação: Artigo 17; - Da
Posse: Artigos 18; 19; 20 e 21; - Do Exercício: Artigos 22; 23; 24; 25; 26 e 27; - Do Estágio Probatório: Artigos 28 e 29; - Da Estabili-
dade: Artigos 30 e 31; - Do Regime de Trabalho: Artigos 32; 33 e 34; - Da Promoção: Artigos 35; 36; 37 e 38; - Da Readaptação: Artigo
39; - Da Reintegração: Artigo 43; - Da Reversão: Artigo 44; - Da Disponibilidade: Artigos 49 e 50; - Do Aproveitamento: Artigo 51; - Da
Recondução: Artigo 54; - Da Vacância: Artigo 55 e 56; - Da Remoção: Artigo 58; - Da Redistribuição: Artigo 60; - Da Substituição: Artigo
61; - Do Tempo de Serviço: Artigos 62; 63; 64; 65 e 66; - Das Férias: Artigos 67; 68; 69; 71 e 72; - Do Vencimento e da Remuneração:
Artigos 78; 79; 80; 81; 82; 83 e 84; - Das Vantagens: Artigos 85; 86; 87 e 88; - Das Indenizações: Artigo 89; - Da Ajuda de Custo: Artigo
90; 91 e 93; - Das Diárias: Artigos 95 e 97; - Dos Avanços: Artigo 99; - Das Gratificações e Adicionais: Artigo 100; - Da Gratificação por
Exercício de Função: Artigos 101; 102 e 103; - Da Gratificação Natalina: Artigo 104; - Da Gratificação por Exercício de Atividades Insa-
lubres, Perigosas ou Penosas: Artigos 107; 108 e 109; - Do Adicional por Tempo de Serviço: Artigos 115 e 116; - Do Direito de Petição:
Artigos 167; 168; 169; 170; 171; 172; 173; 174; 175 e 176; - Dos Deveres do Servidor: Artigo 177; - Das Proibições: Artigo 178; - Das
Acumulações: Artigos 179; 180; 181 e 182; - Das Responsabilidades: Artigos 183; 184; 185; 186; - Das Penalidades: Artigos 187; 189;
190; 191 192; 193; 194; 195 e 196; - Do Processo Administrativo Disciplinar: Artigos 198; 199 e 200; - Da Sindicância: Artigos 201; 202
e 203; - Do Afastamento Preventivo: Artigo 204; - Do Processo Administrativo-Disciplinar em Espécie: Artigos 205; 206 e 207; - Do
Inquérito Administrativo: Artigos 224 e 225; - Das Disposições Gerais: Artigos 266; 267 e 269 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155
15. Lei Federal nº 10.216, de 6 de abril de 2001 - Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e
redireciona o modelo assistencial em saúde mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180
16. Lei Federal nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 - Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências . . . . . . . . . . . . . . . 181
17. Lei Federal nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 - Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre
o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190
18. Lei Federal nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 - Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve
medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196
19. Lei Federal nº 11.464, de 28 de março de 2007- Dá nova redação ao art. 2o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre
os crimes hediondos, nos termos do inciso XLIII do art. 5o da Constituição Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207
20. Lei Federal nº 12.403, de 4 de maio de 2011 - Altera dispositivos do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Pro-
cesso Penal, relativos à prisão processual, fiança, liberdade provisória, demais medidas cautelares, e dá outras providências . . 208
21. Lei Estadual n.º 13.259, de 20 de outubro de 2009 - Dispõe sobre o Quadro Especial de Servidores Penitenciários do Estado do Rio
Grande do Sul, da Superintendência dos Serviços Penitenciários – SUSEPE – criado pela Lei nº 9.228, de 1º de fevereiro de 1991, e dá
outras providências, e suas alterações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 210
22. Declaração Universal Dos Direitos Humanos - Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas
em 10 de dezembro de 1948 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213
23. Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro De 1940 - Código Penal: Da Aplicação da Lei Penal; Da Imputabilidade Penal; Do Concurso de
Pessoas; Das Penas; Das Medidas de Segurança; Da Ação Penal; Da Extinção da Punibilidade; Dos Crimes Contra a Pessoa, Dos Crimes
Contra o Patrimônio, Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual, Dos crimes Contra a Paz Pública, Dos Crimes Contra a Fé Pública, Dos
Crimes Contra a Administração Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215
24. Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal: Da Prisão e da Liberdade Provisória; Da Execução das
Penas em Espécie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241
25. Decreto n° 678, de 6 de novembro de 1992 - Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa
Rica), de 22 de novembro de 1969 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258
26. Decreto nº 46.534, de 04 de agosto de 2009. Dispõe sobre o Regimento Disciplinar Penitenciário do Estado do Rio Grande do
Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268
27. Resolução nº 14, de 11 de novembro de 1994. Regras Mínimas para o Tratamento do Preso no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273
28. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, texto constitucional de 3 de outubro de 1989. - Dos Princípios Fundamentais: Artigos:
1° e 2°; - Da Organização do Estado: Disposições Preliminares: Artigos: 3°; 5°; 6° e 7°; - Da Administração Pública: Artigos: 19; 20; 21;
23; 24; 26 e 27; - Dos Servidores Públicos Civis: Artigos: 29; 30; 31; 32; 33; 34; 35; 36; 37; 44 e 45; - Do Poder Legislativo: Disposições
Gerais: Artigo: 49: - Das Atribuições da Assembléia Legislativa: Artigo 52; - Do Poder Executivo: Artigo 78; - Das Atribuições do Gov-
ernador: Artigo: 82; - Dos Secretários de Estado: Artigos: 85; 86; 87 e 90; - Do Poder Judiciário: Disposições Gerais: Artigos: 91; 92 e
ÍNDICE

93; - Do Tribunal de Justiça: Artigo: 94; - Dos Juízes de Primeiro Grau: Artigos: 98 e 99; - Do Ministério Público: Artigos 107; 108; 109 e
111; - Da Advocacia-Geral do Estado: Artigos: 114 e 115; - Da Defensoria Pública: Artigos: 120 e 122; - Da Segurança Pública: Artigos:
124; 125; 126 e 127; - Da Brigada Militar: Artigo: 129; - Da Polícia Civil: Artigos: 133; 134; 135; - Do Instituto Geral de Perícia: Artigo:
136; - Da Política Penitenciária: Artigos: 137; 138 e 139 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 284
29. Constituição Estadual do Rio Grande do Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
30. Decreto Estadual nº 48.598/2011 - Dispõe sobre a inclusão da temática de gênero, raça e etnia nos concursos públicos para provimen-
to de cargos de pessoal efetivo no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta do Estado do Rio Grande do Sul . . . . . . . . 293

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LÍNGUA PORTUGUESA
1. Leitura e compreensão de textos: Assunto. Estruturação do texto. Ideias principais e secundárias. Relação entre as ideias. Efeitos de
sentido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Figuras de linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3. Recursos de argumentação. Informações implícitas: pressupostos e subentendidos. Coesão e coerência textuais . . . . . . . . . . . . . 01
4. Léxico: Significação de palavras e expressões no texto. Substituição de palavras e de expressões no texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5. Estrutura e formação de palavras. Aspectos linguísticos: Relações morfossintáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
6. Ortografia: emprego de letras e acentuação gráfica sistema oficial vigente (inclusive o Acordo Ortográfico vigente, conforme Decreto
7.875/12) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
7. Relações entre fonemas e grafias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
8. Flexões e emprego de classes gramaticais. Vozes verbais e sua conversão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
9. Concordância nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
10. Regência nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
11. Emprego do acento indicativo de crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
12. Coordenação e subordinação: emprego das conjunções, das locuções conjuntivas e dos pronomes relativos . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
13. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
LÍNGUA PORTUGUESA
• Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que utiliza tanto as
LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS: ASSUNTO. palavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO. IDEIAS PRINCIPAIS E SE- verbal com a não-verbal.
CUNDÁRIAS. RELAÇÃO ENTRE AS IDEIAS.EFEITOS DE
SENTIDO. RECURSOS DE ARGUMENTAÇÃO. INFORMA-
ÇÕES IMPLÍCITAS: PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS.
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS

Compreensão e interpretação de textos


Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o
seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilidade
é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa
prova de qualquer área do conhecimento.
Mas você sabe a diferença entre compreensão e interpretação?
A compreensão é quando você entende o que o texto diz de
forma explícita, aquilo que está na superfície do texto.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo
que Jorge era infeliz, devido ao cigarro.
A interpretação é quando você entende o que está implícito,
nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto Além de saber desses conceitos, é importante sabermos
ou que faça com que você realize inferências. identificar quando um texto é baseado em outro. O nome que
Quando Jorge fumava, ele era infeliz. damos a este processo é intertextualidade.
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, mas
podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora é feliz. Interpretação de Texto
Percebeu a diferença? Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, chegar
a uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao
Tipos de Linguagem subentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir
Existem três tipos de linguagem que precisamos saber para que de um texto.
facilite a interpretação de textos. A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos
• Linguagem Verbal é aquela que utiliza somente palavras. Ela prévios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado
pode ser escrita ou oral. texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça
uma relação com a informação já possuída, o que leva ao
crescimento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma
apreciação pessoal e crítica sobre a análise do novo conteúdo lido,
afetando de alguma forma o leitor.
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes tipos de
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma leitura analítica
e, por fim, uma leitura interpretativa.

É muito importante que você:


- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade,
estado, país e mundo;
- Se possível, procure por jornais escritos para saber de notícias
(e também da estrutura das palavras para dar opiniões);
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informações
ortográficas, gramaticais e interpretativas;
• Linguagem não-verbal é aquela que utiliza somente imagens, - Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais
fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra. polêmicos;
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas.

Dicas para interpretar um texto:


– Leia lentamente o texto todo.
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar
compreender o sentido global do texto e identificar o seu objetivo.

– Releia o texto quantas vezes forem necessárias.


Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de cada
parágrafo e compreender o desenvolvimento do texto.

– Sublinhe as ideias mais importantes.


Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da ideia
principal e das ideias secundárias do texto.

1
LÍNGUA PORTUGUESA
– Separe fatos de opiniões. CACHORROS
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
mutável). espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
– Retorne ao texto sempre que necessário. seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
enunciados das questões. precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
– Reescreva o conteúdo lido. comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
tópicos ou esquemas. casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.
Além dessas dicas importantes, você também pode grifar
palavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
vocabulário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
são uma distração, mas também um aprendizado. to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
compreensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
nossa imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
nosso foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
de melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. As informações que se relacionam com o tema chamamos de
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
do texto. fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi
as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, capaz de identificar o tema do texto!
ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões
apresentadas na prova. Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-se-
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um cundarias/
significado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso
o candidato só precisa entendê-la – e não a complementar com IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM
algum valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e TEXTOS VARIADOS
nunca extrapole a visão dele.
Ironia
IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem).
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen- A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo novo sentido, gerando um efeito de humor.
significativo, que é o texto. Exemplo:
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

2
LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplo:

Na construção de um texto, ela pode aparecer em três modos:


ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ-
Ironia verbal NERO EM QUE SE INSCREVE
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig- Compreender um texto trata da análise e decodificação do que
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
intenção são diferentes. pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível! conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
Ironia de situação Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. principal. Compreender relações semânticas é uma competência
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces-
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que Busca de sentidos
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
morte. os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
apreensão do conteúdo exposto.
Ironia dramática (ou satírica) Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
A ironia dramática é um dos efeitos de sentido que ocorre nos relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
textos literários quando a personagem tem a consciência de que citadas ou apresentando novos conceitos.
suas ações não serão bem-sucedidas ou que está entrando por um Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
caminho ruim, mas o leitor já tem essa consciência. tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a Importância da interpretação
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
Humor pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare- específicos, aprimora a escrita.
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa-
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti- tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor- sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi-
rer algo fora do esperado numa situação. ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto,
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti- pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais
acessadas como forma de gerar o riso. presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges. tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários,
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido,
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.

3
LÍNGUA PORTUGUESA
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au- Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. berdade para quem recebe a informação.
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas.
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, Fato
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes. O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é
Diferença entre compreensão e interpretação uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- Exemplo de fato:
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O A mãe foi viajar.
leitor tira conclusões subjetivas do texto.
Interpretação
Gêneros Discursivos É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou sas, previmos suas consequências.
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
dárias. ças sejam detectáveis.

Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente Exemplos de interpretação:
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso- A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única tro país.
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
encaminham-se diretamente para um desfecho. do que com a filha.

Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- Opinião


A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a
juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O
que fazemos do fato.
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um
cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais
do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião
curto.
pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para anteriores:
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
como horas ou mesmo minutos. A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
do que com a filha. Ela foi egoísta.
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
imagens. cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a mos expressando nosso julgamento.
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con- principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
vencer o leitor a concordar com ele. analisamos um texto dissertativo.

Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um Exemplo:


entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas com o sofrimento da filha.
de destaque sobre algum assunto de interesse.
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali- Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si
za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as
os professores a identificar o nível de alfabetização delas. ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto.
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento
e o do leitor.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Parágrafo Língua escrita e língua falada
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma- falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela- ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre- mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
sentada na introdução. conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
Embora existam diferentes formas de organização de parágra- pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís- berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem Linguagem popular e linguagem culta
a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em pa- Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
rágrafos curtos, é raro haver conclusão. gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo o diálogo é usado para representar a língua falada.
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria
prova. Linguagem Popular ou Coloquial
Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí- guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma expressão dos esta dos emocionais etc.
pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con-
clusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento. A Linguagem Culta ou Padrão
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
Outro aspecto que merece especial atenção são os conecto- se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do pe- escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial,
ríodo, e o tópico que o antecede. mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
para a clareza do texto.
Gíria
Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér-
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como
bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas
arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro,
a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
sem coerência.
gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta-
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam
tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores.
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os
trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode
mais direto. acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário
de pequenos grupos ou cair em desuso.
NÍVEIS DE LINGUAGEM Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”,
“mina”, “tipo assim”.
Definição de linguagem
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias Linguagem vulgar
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco
gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar
da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti- há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na
cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa comida”.
linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com Linguagem regional
o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa-
incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala-
social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico,
e caem em desuso. nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos e genêros textuais Tipo textual expositivo
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran- A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma pode ser expositiva ou argumentativa.
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás- A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
exemplos e as principais características de cada um deles.
Características principais:
Tipo textual descritivo • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo • O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma mar.
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
um movimento etc. • Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa
Características principais: de ponto de vista.
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje- • Apresenta linguagem clara e imparcial.
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função
caracterizadora. Exemplo:
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu- O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no
meração. questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex-
• A noção temporal é normalmente estática. pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini- terminado tema.
ção. Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo. ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún- Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial. sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.

Exemplo: Tipo textual dissertativo-argumentativo


Era uma casa muito engraçada Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur-
Não tinha teto, não tinha nada sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias
Ninguém podia entrar nela, não apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade,
Porque na casa não tinha chão clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in-
Ninguém podia dormir na rede tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor
Porque na casa não tinha parede (leitor ou ouvinte).
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali Características principais:
Mas era feita com muito esmero • Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento
Na rua dos bobos, número zero e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté-
(Vinícius de Moraes) gias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo,
TIPO TEXTUAL INJUNTIVO enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su-
A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe, gestão/solução).
instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o • Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações
tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente
comportamentos, nas leis jurídicas. nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e
um caráter de verdade ao que está sendo dito.
Características principais: • Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali-
• Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver- zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou
bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados.
do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas). • Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o
• Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª desenvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se ro-
pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc. deios.
Exemplo: Exemplo:
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito- A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol-
ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente
na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi- administração política (tese), porque a força governamental certa-
nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência
que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró-
suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su- poles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os
perior para formação de oficiais. traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo
dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da popula-
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato-

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LÍNGUA PORTUGUESA
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o Carta de opinião
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Resenha
cobrança efetiva (conclusão). Artigo
Ensaio
Tipo textual narrativo Monografia, dissertação de
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta mestrado e tese de doutorado
um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu-
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, Narrativo Romance
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo). Novela
Crônica
Características principais: Contos de Fada
• O tempo verbal predominante é o passado. Fábula
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his- Lendas
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história –
onisciente). Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da for-
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infi-
prosa, não em verso. nitos e mudam de acordo com a demanda social.

Exemplo: INTERTEXTUALIDADE
Solidão A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. As-
o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe- sim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção
liz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni- existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de
rem, um tirou do outro a essência da felicidade. ambos: forma e conteúdo.
Nelson S. Oliveira Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossur- forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções
reais/4835684 textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escri-
ta), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música,
GÊNEROS TEXTUAIS dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos,
Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes provérbios, charges, dentre outros.
de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um
texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro- Tipos de Intertextualidade
dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem • Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmen-
funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são te, em forma de crítica irônica de caráter humorístico. Do grego (paro-
passíveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preser- dès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (semelhante)
vando características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante a outro”. Esse
que apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos recurso é muito utilizado pelos programas humorísticos.
textuais que neles predominam. • Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a
mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis),
Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais
significa a “repetição de uma sentença”.
Descritivo Diário • Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras e textos cientí-
Relatos (viagens, históricos, etc.) ficos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha
Biografia e autobiografia alguma relação com o que será discutido no texto. Do grego, o ter-
Notícia mo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior)
Currículo e “graphé” (escrita).
Lista de compras • Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção
Cardápio textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa
Anúncios de classificados entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor.
Injuntivo Receita culinária Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem re-
Bula de remédio lacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo
Manual de instruções “citação” (citare) significa convocar.
Regulamento • Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros
Textos prescritivos textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
Expositivo Seminários • Outras formas de intertextualidade menos discutidas são
Palestras o pastiche, o sample, a tradução e a bricolagem.
Conferências
Entrevistas ARGUMENTAÇÃO
Trabalhos acadêmicos O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa-
Enciclopédia ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva
Verbetes de dicionários de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente,

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LÍNGUA PORTUGUESA
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati-
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que
propõe. outro fundado há dois ou três anos.
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo der bem como eles funcionam.
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
vista defendidos. acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto
uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu- pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi-
tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera
que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur- associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
sos de linguagem. essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de zado numa dada cultura.
escolher entre duas ou mais coisas”.
Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des- Tipos de Argumento
vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar. Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fa-
Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas zer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argu-
coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre- mento. Exemplo:
cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu-
mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna Argumento de Autoridade
uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas
domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para
que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos- servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recur-
sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra. so produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor
O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a
um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto
enunciador está propondo. um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e ver-
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação. dadeira. Exemplo:
O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende “A imaginação é mais importante do que o conhecimento.”
demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre-
missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para
admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhe-
crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea- cimento. Nunca o inverso.
mento de premissas e conclusões. Alex José Periscinoto.
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2
A é igual a B.
A é igual a C. A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor-
Então: C é igual a A. tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela,
o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se
Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente, um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem
que C é igual a A. acreditar que é verdade.
Outro exemplo:
Todo ruminante é um mamífero. Argumento de Quantidade
A vaca é um ruminante. É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú-
Logo, a vaca é um mamífero. mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento
Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz
também será verdadeira. largo uso do argumento de quantidade.
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se Argumento do Consenso
mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau- É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se
sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como
confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o
da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de
banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con- que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu-
fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não

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LÍNGUA PORTUGUESA
desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as - Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque al-
afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que guns deles são barrapesada, a gente botou o governador no hospi-
as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao tal por três dias.
confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos argu-
mentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as frases Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen-
carentes de qualquer base científica. tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser
ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação
Argumento de Existência deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar texto tem sempre uma orientação argumentativa.
aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante
provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o ar- traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
gumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo
do que dois voando”. ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.
Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concre- dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó-
tas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Durante dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não
a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exérci- outras, etc. Veja:
to americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa “O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras troca-
afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser vam abraços afetuosos.”
vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela
comparação do número de canhões, de carros de combate, de na- O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras
vios, etc., ganhava credibilidade. e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse
fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até,
Argumento quase lógico que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada.
É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tra-
e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são tamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros:
chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógi- - Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão am-
cos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os plo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrá-
elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausí- rio. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode ser
veis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “en- usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem ter valor
tão A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade lógica. positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas
Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo” de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio ambiente,
não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável. injustiça, corrupção).
Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente - Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas por
aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con- um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos são
correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para destruir
tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se o argumento.
fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais - Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do con-
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações texto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizando-as e
indevidas. atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso, por
exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite
Argumento do Atributo que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido,
É aquele que considera melhor o que tem propriedades típi- uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir
cas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais outros à sua dependência política e econômica”.
raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o
que é mais grosseiro, etc. A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situa-
Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, ce-
ção concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvi-
lebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza,
dos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação,
alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor tende
o assunto, etc).
a associar o produto anunciado com atributos da celebridade.
Convém ainda alertar que não se convence ninguém com mani-
Uma variante do argumento de atributo é o argumento da
festações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo men-
competência linguística. A utilização da variante culta e formal da
tir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas
língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social-
(como estou certo, creio firmemente, é claro, é óbvio, é evidente,
mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto
em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto,
dizer dá confiabilidade ao que se diz. sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve
Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas quali-
de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas manei- dades não se prometem, manifestam-se na ação.
ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade- A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer
quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a
estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico: que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz.
- Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um
conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui
por bem determinar o internamento do governador pelo período a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Ar-
de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001. gumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para che-

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LÍNGUA PORTUGUESA
gar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo - evidência;
de convencimento, por meio da argumentação, no qual procura-se - divisão ou análise;
convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu - ordem ou dedução;
comportamento. - enumeração.
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão váli-
da, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou pro- A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão
posição, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
empregado na argumentação. A persuasão não válida apoia-se em encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo.
argumentos subjetivos, apelos subliminares, chantagens sentimen- A forma de argumentação mais empregada na redação acadê-
tais, com o emprego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mí- mica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, que
mica e até o choro. contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a con-
Alguns autores classificam a dissertação em duas modalidades, clusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a con-
expositiva e argumentativa. Esta, exige argumentação, razões a fa- clusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa
vor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa, apresen- maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns não
ta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos caracteriza a universalidade.
dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silo-
“tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta- gística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai do
ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. Desse particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo é o
ponto de vista, a dissertação pode ser definida como discussão, de- silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se em
bate, questionamento, o que implica a liberdade de pensamento, a uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à
possibilidade de discordar ou concordar parcialmente. A liberdade conclusão. Segundo esse método, partindo-se de teorias gerais, de
de questionar é fundamental, mas não é suficiente para organizar verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de
um texto dissertativo. É necessária também a exposição dos fun- fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para
damentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto de vista. o efeito. Exemplo:
Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude argu-
mentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de dis- Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal)
curso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia. Fulano é homem (premissa menor = particular)
Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições, Logo, Fulano é mortal (conclusão)
é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e
seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas ve- A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseia-
zes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre, se em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse
essa capacidade aprende-se com a prática. Um bom exercício para caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, par-
aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol- te de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconheci-
ver as seguintes habilidades: dos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo:
- argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma O calor dilata o ferro (particular)
ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição total- O calor dilata o bronze (particular)
mente contrária; O calor dilata o cobre (particular)
- contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os O ferro, o bronze, o cobre são metais
argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresenta- Logo, o calor dilata metais (geral, universal)
ria contra a argumentação proposta;
- refutação: argumentos e razões contra a argumentação opos- Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido
ta. e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas
também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos,
A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, ar-
pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclu-
gumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões
são falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição inexata,
válidas, como se procede no método dialético. O método dialético
uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são
não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas.
algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé, intenção
Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de
deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o sofisma não tem
sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em ques-
essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo de
tão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.
argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo simples de
Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou o mé-
todo de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do sofisma no seguinte diálogo:
simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mes- - Você concorda que possui uma coisa que não perdeu?
ma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclusões - Lógico, concordo.
verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, co- - Você perdeu um brilhante de 40 quilates?
meçando-se pelas proposições mais simples até alcançar, por meio - Claro que não!
de deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana, - Então você possui um brilhante de 40 quilates...
é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes, ordenar
os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os seus elementos Exemplos de sofismas:
e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução.
A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a Dedução
argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro Todo professor tem um diploma (geral, universal)
regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais, uma Fulano tem um diploma (particular)
série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa)
da verdade:

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LÍNGUA PORTUGUESA
Indução nos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores são
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (parti- empregados de modo mais ou menos convencional. A classificação,
cular) no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e
Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular) espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas caracterís-
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades. ticas comuns e diferenciadoras. A classificação dos variados itens
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artificial.
– conclusão falsa)
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão,
Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio,
pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são profes- sabiá, torradeira.
sores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Redentor. Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou infun- Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
dadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise su- Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
perficial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, basea- Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
dos nos sentimentos não ditados pela razão.
Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não fundamen- Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabé-
tais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da verda- tica e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de
de: análise, síntese, classificação e definição. Além desses, existem classificação das ideias e argumentos, pela ordem de importância, é
outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam os uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de
processos de dedução e indução à natureza de uma realidade par- uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato mais
ticular. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método próprio importante para o menos importante, ou decrescente, primeiro
demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a o menos importante e, no final, o impacto do mais importante; é
classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos, por- indispensável que haja uma lógica na classificação. A elaboração
que pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a do plano compreende a classificação das partes e subdivisões, ou
pesquisa. seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização.
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados; (Garcia, 1973, p. 302304.)
a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na in-
todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma de- trodução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para expres-
pende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a sar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara e racio-
síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém, nalmente as posições assumidas e os argumentos que as justificam.
que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição
reunisse todas as peças de um relógio, não significa que reconstruiu adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos
o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria de vista sobre ele.
todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combina- A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lingua-
das, seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então, gem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma
o relógio estaria reconstruído. ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento conforme a
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferen-
meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num con- cia dos outros elementos dessa mesma espécie.
junto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise, Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição
que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decompo- é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A
sição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às pa-
operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim lavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou
relacionadas: metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a lógica
Análise: penetrar, decompor, separar, dividir. tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos:
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir. - o termo a ser definido;
- o gênero ou espécie;
A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias - a diferença específica.
a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação
de abordagens possíveis. A síntese também é importante na esco- O que distingue o termo definido de outros elementos da mes-
lha dos elementos que farão parte do texto. ma espécie. Exemplo:
Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou in-
formal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é ca- Na frase: O homem é um animal racional classifica-se:
racterística das ciências matemáticas, físico-naturais e experimen-
tais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir”
por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de
um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno. Elemento especie diferença
A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabe- a ser definido específica
lece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se É muito comum formular definições de maneira defeituosa,
confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos: por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par-
análise é decomposição e classificação é hierarquisação. tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando é
Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenôme- advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é
nos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importan-
classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou me- te é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973,

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LÍNGUA PORTUGUESA
p.306), para determinar os “requisitos da definição denotativa”. segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no
Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos: entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece,
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está assim, desse ponto de vista.
realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de
ou instalação”; elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração
- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são
exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente restrito frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, de-
para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade; pois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, de-
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade, pois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente,
definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”; respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí,
definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem” além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no
não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem); interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...
- deve ser breve (contida num só período). Quando a definição, Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de
ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de períodos se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar uma
ou de parágrafos), chama-se explicação, e também definição expan- ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mesma
dida;d forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para esta-
- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) + belecer contraste, empregam-se as expressões: mais que, menos
cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as que, melhor que, pior que.
diferenças). Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar
o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se:
As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade
paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afir-
consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a pala- mação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credi-
vra e seus significados. bilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no
A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Sem- corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer
pre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira e uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na li-
necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada nha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou
com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional do
justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem mais
mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma funda-
caráter confirmatório que comprobatório.
mentação coerente e adequada.
Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam expli-
Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clás-
cação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido por
sica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento
consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. Nesse
da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode reco-
caso, incluem-se
nhecer-se facilmente seus elementos e suas relações; outras vezes,
- A declaração que expressa uma verdade universal (o homem,
as premissas e as conclusões organizam-se de modo livre, mistu-
mortal, aspira à imortalidade);
rando-se na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender a
reconhecer os elementos que constituem um argumento: premis- - A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postula-
sas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar se tais elementos dos e axiomas);
são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está - Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de nature-
expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus za subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão
elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprende os pro- desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto não se
cessos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda que
raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um tipo espe- parece absurdo).
cífico de relação entre as premissas e a conclusão.
Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de
argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação: um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados con-
exemplificação, explicitação, enumeração, comparação. cretos, estatísticos ou documentais.
Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se
de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns nes- realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: cau-
se tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior sa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência.
relevância que. Empregam-se também dados estatísticos, acompa- Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações,
nhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opi-
apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de niões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprova-
causas e consequências, usando-se comumente as expressões: por- da, e só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que
que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em expresse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na
virtude de, em vista de, por motivo de. evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade
Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é expli- dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contra-
car ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar -argumentação ou refutação. São vários os processos de contra-ar-
esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela interpreta- gumentação:
ção. Na explicitação por definição, empregamse expressões como: Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demonstran-
quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista, do o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargu-
ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme, mentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”;

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LÍNGUA PORTUGUESA
Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses - analisar as condições atuais de vida nos grandes centros ur-
para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga ver- banos;
dadeira; - como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar
Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opi- mais a sociedade.
nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a universali-
dade da afirmação; Conclusão
Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consis- - a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/conse-
te em refutar um argumento empregando os testemunhos de auto- quências maléficas;
ridade que contrariam a afirmação apresentada; - síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos
Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em de- apresentados.
sautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseou-se
em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes. Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de reda-
Por exemplo, se na argumentação afirmou-se, por meio de dados ção: é um dos possíveis.
estatísticos, que “o controle demográfico produz o desenvolvimen-
to”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, pois baseia-se em Coesão e coerência fazem parte importante da elaboração de
uma relação de causa-feito difícil de ser comprovada. Para con- um texto com clareza. Ela diz respeito à maneira como as ideias são
traargumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento organizadas a fim de que o objetivo final seja alcançado: a com-
é que gera o controle demográfico”. preensão textual. Na redação espera-se do autor capacidade de
Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para mobilizar conhecimentos e opiniões, argumentar de modo coeren-
desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao te, além de expressar-se com clareza, de forma correta e adequada.
desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em segui-
da, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados para a Coerência
elaboração de um Plano de Redação. É uma rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto.
Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada relação se-
Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução mântica, que se manifesta na compatibilidade entre as ideias. (Na
tecnológica linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com
- Questionar o tema, transformá-lo em interrogação, responder outra”).
a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da respos- Coerência é a unidade de sentido resultante da relação que se
ta, justificar, criando um argumento básico; estabelece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreen-
- Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e der a outra, produzindo um sentido global, à luz do qual cada uma
construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação das partes ganha sentido. Coerência é a ligação em conjunto dos
que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la elementos formativos de um texto.
(rever tipos de argumentação); A coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito
- Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias aos conceitos e às relações semânticas que permitem a união dos
que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias po- elementos textuais.
dem ser listadas livremente ou organizadas como causa e conse- A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante
quência); de uma língua, quando não encontra sentido lógico entre as propo-
- Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o sições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguística,
argumento básico; tomada em sentido lato, que permite a esse falante reconhecer de
- Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que imediato a coerência de um discurso.
poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em
argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do argu- A coerência:
mento básico; - assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto;
- Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma se- - situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão concei-
quência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às tual;
partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou - relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com
menos a seguinte: o aspecto global do texto;
- estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases.
Introdução
- função social da ciência e da tecnologia; Coesão
- definições de ciência e tecnologia; É um conjunto de elementos posicionados ao longo do texto,
- indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico. numa linha de sequência e com os quais se estabelece um vínculo
ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via gramática,
Desenvolvimento fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário,
- apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvol- tem-se a coesão lexical.
vimento tecnológico; A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre pala-
- como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as vras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por elementos
condições de vida no mundo atual; gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre os compo-
- a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica- nentes do texto.
mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub- Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical,
desenvolvidos; que é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes ge-
- enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social; néricos e formas elididas, e a gramatical, que é conseguida a partir
- comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do pas- do emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinados
sado; apontar semelhanças e diferenças; advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.

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LÍNGUA PORTUGUESA
A coesão: A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sineste-
- assenta-se no plano gramatical e no nível frasal; sia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferen-
- situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequencial; ça gelada”.
- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes
componentes do texto; Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade,
- Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases. atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o.

Exemplos
O filósofo de Genebra (= Calvino).
FIGURAS DE LINGUAGEM
O águia de Haia (= Rui Barbosa).

Figuras de Linguagem Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida.
valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um re-
curso linguístico para expressar de formas diferentes experiências Exemplos:
comuns, conferindo originalidade, emotividade ao discurso, ou tor- Leio Graciliano Ramos. (livros, obras)
nando-o poético. Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)
Tomei um Danone. (iogurte)
As figuras de linguagem classificam-se em
- figuras de palavra; Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné-
- figuras de pensamento; doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural.
- figuras de construção ou sintaxe.
Exemplo:
Figuras de palavra: emprego de um termo com sentido dife- A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro
rente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conse-
sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo
guir um efeito mais expressivo na comunicação.
plural)
(José Cândido de Carvalho)
Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos co-
nectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente
Figuras Sonoras
vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase.
Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral-
mente em posição inicial da palavra.
Exemplos
...a vida é cigana
É caravana Exemplo:
É pedra de gelo ao sol. Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes ve-
(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença) ladas.
(Cruz e Sousa)
Encarnado e azul são as cores do meu desejo.
(Carlos Drummond de Andrade) Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um
verso ou poesia.
Comparação: aproxima dois elementos que se identificam,
ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal Exemplo:
como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a com- Sou Ana, da cama,
paração: parecer, assemelhar-se e outros. da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam.
Exemplo: (Chico Buarque)
Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando
você entrou em mim como um sol no quintal. Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou
(Belchior) na prosódia, mas diferentes no sentido.
Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o
qual não existe uma designação apropriada. Exemplo:
Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu
Exemplos [erro
– folha de papel quero que você ganhe que
– braço de poltrona [você me apanhe
– céu da boca sou o seu bezerro gritando
– pé da montanha [mamãe.
(Caetano Veloso)
Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen-
tidos físicos. Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro-
duzido por seres animados e inanimados.
Exemplo:
Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva) Exemplo:
mecânica. Vai o ouvido apurado
(Carlos Drummond de Andrade) na trama do rumor suas nervuras

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LÍNGUA PORTUGUESA
inseto múltiplo reunido Morrerás morte vil na mão de um forte.
para compor o zanzineio surdo (Gonçalves Dias)
circular opressivo
zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia-
da noite em branco na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado.
(Carlos Drummond de Andrade)
Exemplos:
Observação: verbos que exprimem os sons são considerados Ouvir com os ouvidos.
onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc. Rolar escadas abaixo.
Colaborar juntos.
Figuras de sintaxe ou de construção: dizem respeito a desvios Hemorragia de sangue.
em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, Repetir de novo.
possíveis repetições ou omissões.
Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben-
Podem ser formadas por: tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con-
omissão: assíndeto, elipse e zeugma; junções, preposições e verbos.
repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage; Exemplos:
ruptura: anacoluto; Compareci ao Congresso. (eu)
concordância ideológica: silepse. Espero venhas logo. (eu, que, tu)
Ele dormiu duas horas. (durante)
Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período, No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)
frase ou verso. (Camões)
Exemplo: Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anterior-
Dentro do tempo o universo mente.
[na imensidão.
Dentro do sol o calor peculiar Exemplos:
[do verão. Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.
Dentro da vida uma vida me (Camilo Castelo Branco)
[conta uma estória que fala
[de mim.
Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes.
Dentro de nós os mistérios
(Machado de Assis)
[do espaço sem fim!
(Toquinho/Mutinho)
Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elemen-
tos na frase.
Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam
vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por
Exemplos:
vírgulas.
Passeiam, à tarde, as belas na avenida.
Exemplo: (Carlos Drummond de Andrade)
Não nos movemos, as mãos é
que se estenderam pouco a Paciência tenho eu tido...
pouco, todas quatro, pegando-se, (Antônio Nobre)
apertando-se, fundindo-se.
(Machado de Assis) Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a
frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do
Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde- período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem
nativa mais vezes do que exige a norma gramatical. função sintática definida.

Exemplo: Exemplos:
Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas.
tuge, nem muge. (Manuel Bandeira)
(Rubem Braga)
Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas bo-
Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter- tassem as mãos.
mo já expresso. (José Lins do Rego)

Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres- Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que
são, dando ênfase à mensagem. pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase).

Exemplos: Exemplo:
Não os venci. Venceram-me ...em cada olho um grito castanho de ódio.
eles a mim. (Dalton Trevisan)
(Rui Barbosa) ...em cada olho castanho um grito de ódio)

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LÍNGUA PORTUGUESA
Silepse:
Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo ou pronome com a pessoa a que se refere.

Exemplos:
Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...
(Rachel de Queiroz)

V. Ex.a parece magoado...


(Carlos Drummond de Andrade)

Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com o sujeito da oração.

Exemplos:
Os dois ora estais reunidos...
(Carlos Drummond de Andrade)

Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas.


(Machado de Assis)

Silepse de número: Não há concordância do número verbal com o sujeito da oração.

Exemplo:
Corria gente de todos os lados, e gritavam.
(Mário Barreto)

LÉXICO: SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS E EXPRESSÕES NO TEXTO. SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS E DE EXPRESSÕES NO


TEXTO

Significação de palavras
As palavras podem ter diversos sentidos em uma comunicação. E isso também é estudado pela Gramática Normativa: quem cuida
dessa parte é a Semântica, que se preocupa, justamente, com os significados das palavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos que
compõem este estudo.

Antônimo e Sinônimo
Começaremos por esses dois, que já são famosos.

O Antônimo são palavras que têm sentidos opostos a outras. Por exemplo, felicidade é o antônimo de tristeza, porque o significado
de uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre com homem que é antônimo de mulher.

Já o sinônimo são palavras que têm sentidos aproximados e que podem, inclusive, substituir a outra. O uso de sinônimos é muito im-
portante para produções textuais, porque evita que você fique repetindo a mesma palavra várias vezes. Utilizando os mesmos exemplos,
para ficar claro: felicidade é sinônimo de alegria/contentamento e homem é sinônimo de macho/varão.

Hipônimos e Hiperônimos
Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo designa uma palavra de sentido mais específico, enquanto que o hiperônimo
designa uma palavra de sentido mais genérico. Por exemplo, cachorro e gato são hipônimos, pois têm sentido específico. E animais domés-
ticos é uma expressão hiperônima, pois indica um sentido mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substantivo
coletivo. Hiperônimos estão no ramo dos sentidos das palavras, beleza?!?!

Outros conceitos que agem diretamente no sentido das palavras são os seguintes:

Conotação e Denotação
Observe as frases:
Amo pepino na salada.
Tenho um pepino para resolver.

As duas frases têm uma palavra em comum: pepino. Mas essa palavra tem o mesmo sentido nos dois enunciados? Isso mesmo, não!
Na primeira frase, pepino está no sentido denotativo, ou seja, a palavra está sendo usada no sentido próprio, comum, dicionarizado.
Já na segunda frase, a mesma palavra está no sentindo conotativo, pois ela está sendo usada no sentido figurado e depende do con-
texto para ser entendida.
Para facilitar: denotativo começa com D de dicionário e conotativo começa com C de contexto.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Por fim, vamos tratar de um recurso muito usado em propagandas:

Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:

https://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/

Perceba que há uma duplicidade de sentido nesta construção. Podemos interpretar que os móveis não durarão no estoque da loja, por
estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato, não têm qualidade e, por isso, terão vida útil curta.
Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade, que é justamente a duplicidade de sentidos que podem haver em uma palavra,
frase ou textos inteiros.

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS. ASPECTOS LINGUÍSTICOS: RELAÇÕES MORFOSSINTÁTICAS. FLEXÕES E EM-


PREGO DE CLASSES GRAMATICAIS. VOZES VERBAIS E SUA CONVERSÃO

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS


As palavras são formadas por estruturas menores, com significados próprios. Para isso, há vários processos que contribuem para a
formação das palavras.

Estrutura das palavras


As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas menores - os morfemas, também chamados de elementos mórficos:
– radical e raiz;
– vogal temática;
– tema;
– desinências;
– afixos;
– vogais e consoantes de ligação.
Radical: Elemento que contém a base de significação do vocábulo.
Exemplos
VENDer, PARTir, ALUNo, MAR.

Desinências: Elementos que indicam as flexões dos vocábulos.

Dividem-se em:

Nominais
Indicam flexões de gênero e número nos substantivos.
Exemplos
pequenO, pequenA, alunO, aluna.
pequenoS, pequenaS, alunoS, alunas.

Verbais
Indicam flexões de modo, tempo, pessoa e número nos verbos

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LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplos Exemplos
vendêSSEmos, entregáRAmos. (modo e tempo) cafezAL, meninINHa, loucaMENTE.
vendesteS, entregásseIS. (pessoa e número)
Parassíntese: Formação de palavra derivada com acréscimo de
Indica, nos verbos, a conjugação a que pertencem. um prefixo e um sufixo ao radical da primitiva ao mesmo tempo.
Exemplos Exemplos
1ª conjugação: – A – cantAr EMtardECER, DESanimADO, ENgravidAR.
2ª conjugação: – E – fazEr
3ª conjugação: – I – sumIr Derivação imprópria: Alteração da função de uma palavra
primitiva.
Observação Exemplo
Nos substantivos ocorre vogal temática quando ela não indica Todos ficaram encantados com seu andar: verbo usado com
oposição masculino/feminino. valor de substantivo.
Exemplos
livrO, dentE, paletó. Derivação regressiva: Ocorre a alteração da estrutura fonética
de uma palavra primitiva para a formação de uma derivada. Em
Tema: União do radical e a vogal temática. geral de um verbo para substantivo ou vice-versa.
Exemplos Exemplos
CANTAr, CORREr, CONSUMIr. combater – o combate
chorar – o choro
Vogal e consoante de ligação: São os elementos que se
interpõem aos vocábulos por necessidade de eufonia. Prefixos
Exemplos Os prefixos existentes em Língua Portuguesa são divididos em:
chaLeira, cafeZal. vernáculos, latinos e gregos.

Afixos Vernáculos: Prefixos latinos que sofreram modificações ou


Os afixos são elementos que se acrescentam antes ou depois do foram aportuguesados: a, além, ante, aquém, bem, des, em, entre,
radical de uma palavra para a formação de outra palavra. Dividem- mal, menos, sem, sob, sobre, soto.
se em: Nota-se o emprego desses prefixos em palavras como:
Prefixo: Partícula que se coloca antes do radical. abordar, além-mar, bem-aventurado, desleal, engarrafar, maldição,
Exemplos menosprezar, sem-cerimônia, sopé, sobpor, sobre-humano, etc.
DISpor, EMpobrecer, DESorganizar.
Latinos: Prefixos que conservam até hoje a sua forma latina
Sufixo original:
Afixo que se coloca depois do radical. a, ab, abs – afastamento: aversão, abjurar.
Exemplos a, ad – aproximação, direção: amontoar.
contentaMENTO, reallDADE, enaltECER. ambi – dualidade: ambidestro.
Processos de formação das palavras bis, bin, bi – repetição, dualidade: bisneto, binário.
Composição: Formação de uma palavra nova por meio da centum – cem: centúnviro, centuplicar, centígrado.
junção de dois ou mais vocábulos primitivos. Temos: circum, circun, circu – em volta de: circumpolar, circunstante.
cis – aquem de: cisalpino, cisgangético.
Justaposição: Formação de palavra composta sem alteração na com, con, co – companhia, concomitância: combater,
estrutura fonética das primitivas. contemporâneo.
Exemplos contra – oposição, posição inferior: contradizer.
passa + tempo = passatempo de – movimento de cima para baixo, origem, afastamento:
gira + sol = girassol decrescer, deportar.
des – negação, separação, ação contrária: desleal, desviar.
Aglutinação: Formação de palavra composta com alteração da dis, di – movimento para diversas partes, ideia contrária:
estrutura fonética das primitivas. distrair, dimanar.
Exemplos entre – situação intermediaria, reciprocidade: entrelinha,
em + boa + hora = embora entrevista.
vossa + merce = você ex, es, e – movimento de dentro para fora, intensidade,
privação, situação cessante: exportar, espalmar, ex-professor.
Derivação: extra – fora de, além de, intensidade: extravasar, extraordinário.
Formação de uma nova palavra a partir de uma primitiva. im, in, i – movimento para dentro; ideia contraria: importar,
Temos: ingrato.
inter – no meio de: intervocálico, intercalado.
Prefixação: Formação de palavra derivada com acréscimo de intra – movimento para dentro: intravenoso, intrometer.
um prefixo ao radical da primitiva. justa – perto de: justapor.
Exemplos multi – pluralidade: multiforme.
CONter, INapto, DESleal. ob, o – oposição: obstar, opor, obstáculo.
pene – quase: penúltimo, península.
Sufixação: Formação de palavra nova com acréscimo de um per – movimento através de, acabamento de ação; ideia
sufixo ao radical da primitiva. pejorativa: percorrer.

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LÍNGUA PORTUGUESA
post, pos – posteridade: postergar, pospor. Incoativos: -escer, -ejar, -itar.
pre – anterioridade: predizer, preclaro. Diminutivos: -inhar, -itar, -icar, -iscar.
preter – anterioridade, para além: preterir, preternatural.
pro – movimento para diante, a favor de, em vez de: prosseguir, Adverbial = há apenas um
procurador, pronome. MENTE: mecanicamente, felizmente etc.
re – movimento para trás, ação reflexiva, intensidade, repetição:
regressar, revirar. CLASSES DE PALAVRAS
retro – movimento para trás: retroceder.
satis – bastante: satisdar. Substantivo
sub, sob, so, sus – inferioridade: subdelegado, sobraçar, sopé. São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imagi-
subter – por baixo: subterfúgio. nários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sen-
super, supra – posição superior, excesso: super-homem, timentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata.
superpovoado.
trans, tras, tra, tres – para além de, excesso: transpor. Classificação dos substantivos
tris, três, tri – três vezes: trisavô, tresdobro.
ultra – para além de, intensidade: ultrapassar, ultrabelo. SUBSTANTIVO SIMPLES: Olhos/água/
uni – um: unânime, unicelular. apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/
sua estrutura. macaco/João/sabão
Grego: Os principais prefixos de origem grega são:
a, an – privação, negação: ápode, anarquia. SUBSTANTIVOS COMPOSTOS: Macacos-prego/
ana – inversão, parecença: anagrama, analogia. são formados por mais de um porta-voz/
anfi – duplicidade, de um e de outro lado: anfíbio, anfiteatro. radical em sua estrutura. pé-de-moleque
anti – oposição: antipatia, antagonista. SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS: Casa/
apo – afastamento: apólogo, apogeu. são os que dão origem a mundo/
arqui, arque, arce, arc – superioridade: arcebispo, arcanjo. outras palavras, ou seja, ela é população
caco – mau: cacofonia. a primeira. /formiga
cata – de cima para baixo: cataclismo, catalepsia.
deca – dez: decâmetro. SUBSTANTIVOS DERIVADOS: Caseiro/mundano/
dia – através de, divisão: diáfano, diálogo. são formados por outros populacional/formigueiro
dis – dualidade, mau: dissílabo, dispepsia. radicais da língua.
en – sobre, dentro: encéfalo, energia. SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS: Rodrigo
endo – para dentro: endocarpo. designa determinado ser /Brasil
epi – por cima: epiderme, epígrafe. entre outros da mesma /Belo Horizonte/Estátua da
eu – bom: eufonia, eugênia, eupepsia. espécie. São sempre iniciados Liberdade
hecto – cem: hectômetro. por letra maiúscula.
hemi – metade: hemistíquio, hemisfério.
hiper – superioridade: hipertensão, hipérbole. SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/
hipo – inferioridade: hipoglosso, hipótese, hipotermia. referem-se qualquer ser de cachorro/prima
homo – semelhança, identidade: homônimo. uma mesma espécie.
meta – união, mudança, além de: metacarpo, metáfase. SUBSTANTIVOS CONCRETOS: Leão/corrente
míria – dez mil: miriâmetro. nomeiam seres com existência /estrelas/fadas
mono – um: monóculo, monoculista. própria. Esses seres podem /lobisomem
neo – novo, moderno: neologismo, neolatino. ser animadoso ou inanimados, /saci-pererê
para – aproximação, oposição: paráfrase, paradoxo. reais ou imaginários.
penta – cinco: pentágono.
peri – em volta de: perímetro. SUBSTANTIVOS ABSTRATOS: Mistério/
poli – muitos: polígono, polimorfo. nomeiam ações, estados, bondade/
pro – antes de: prótese, prólogo, profeta. qualidades e sentimentos que confiança/
não tem existência própria, ou lembrança/
Sufixos seja, só existem em função de amor/
Os sufixos podem ser: nominais, verbais e adverbial. um ser. alegria
SUBSTANTIVOS COLETIVOS: Elenco (de atores)/
Nominais referem-se a um conjunto acervo (de obras artísticas)/
Coletivos: -aria, -ada, -edo, -al, -agem, -atro, -alha, -ama. de seres da mesma espécie, buquê (de flores)
Aumentativos e diminutivos: -ão, -rão, -zão, -arrão, -aço, -astro, mesmo quando empregado
-az.
no singular e constituem um
Agentes: -dor, -nte, -ário, -eiro, -ista.
substantivo comum.
Lugar: -ário, -douro, -eiro, -ório.
Estado: -eza, -idade, -ice, -ência, -ura, -ado, -ato. NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS
Pátrios: -ense, -ista, -ano, -eiro, -ino, -io, -eno, -enho, -aico. QUE NÃO ESTÃO AQUI!
Origem, procedência: -estre, -este, -esco.
Flexão dos Substantivos
Verbais • Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculi-
Comuns: -ar, -er, -ir. no e feminino. E no caso dos substantivos podem ser biformes ou
Frequentativos: -açar, -ejar, -escer, -tear, -itar. uniformes

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LÍNGUA PORTUGUESA
– Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta uma forma para o masculino e uma para o feminino: tigre/tigresa, o pre-
sidente/a presidenta, o maestro/a maestrina
– Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em
epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros.
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariáveis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira ma-
cho/palmeira fêmea.
b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto que aparecem que se determina o gênero: a criança (o criança), a tes-
temunha (o testemunha), o individuo (a individua).
c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente, o/a
estudante, o/a colega.
• Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1).
– Singular: anzol, tórax, próton, casa.
– Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas.

• Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau diminutivo.


– Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra.
– Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme.
– Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha
– Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula.

Adjetivo
É a palavra invariável que especifica e caracteriza o substantivo: imprensa livre, favela ocupada. Locução adjetiva é expressão compos-
ta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo por preposição com o mesmo valor e a mesma função que um adjetivo: golpe
de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal vespertino).

Flexão do Adjetivos
• Gênero:
– Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o feminino: homem feliz, mulher feliz.
– Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro japonês/ indústria japo-
nesa, aluno chorão/ aluna chorona.

• Número:
– Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de número que os substantivos: sábio/ sábios, namorador/ namoradores,
japonês/ japoneses.
– Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos da cor de chumbo.

• Grau:
– Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vitorioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vitorioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso quanto o seu.
– Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssimo.
– Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito famoso.
– Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o mais famoso de todos.
– Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é menos famoso de todos.

Artigo
É uma palavra variável em gênero e número que antecede o substantivo, determinando de modo particular ou genérico.
• Classificação e Flexão do Artigos
– Artigos Definidos: o, a, os, as.
O menino carregava o brinquedo em suas costas.
As meninas brincavam com as bonecas.
– Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
Um menino carregava um brinquedo.
Umas meninas brincavam com umas bonecas.

Numeral
É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
• Classificação dos Numerais
– Cardinais: indicam número ou quantidade:
Trezentos e vinte moradores.
– Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
Quinto ano. Primeiro lugar.
– Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma quantidade é multiplicada:
O quíntuplo do preço.

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LÍNGUA PORTUGUESA
– Fracionários: indicam a parte de um todo:
Dois terços dos alunos foram embora.

Pronome
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso.

Pronomes Retos Pronomes Oblíquos


Pessoas do Discurso
Função Subjetiva Função Objetiva
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
3º pessoa do singular Ele, ela, Se, si, consigo, lhe, o, a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
2º pessoa do plural Vós Vos, convosco
3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as

• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação.

Pronomes de Tratamento Emprego


Você Utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora (s) Tratamento para pessoas mais velhas.
Vossa Excelência Usados para pessoas com alta autoridade
Vossa Magnificência Usados para os reitores das Universidades.
Vossa Senhoria Empregado nas correspondências e textos escritos.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Vossa Reverendíssima Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.

• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Pessoa do Discurso Pronome Possessivo


1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas

• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo
ou no espaço.

Pronomes Demonstrativos Singular Plural


Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles

• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e invariáveis (não variam em gênero e número).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação Pronomes Indefinidos – Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa
quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação praticada pelo
algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, sujeito. Veja:
nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, mui- João pulou da cama atrasado
ta, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos, – Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas
poucas, todo, toda, todos, todas, outro, ou- recebe a ação. A voz passiva pode ser analítica ou sintética. A voz
Variáveis tra, outros, outras, certo, certa, certos, cer- passiva analítica é formada por:
tas, vário, vária, vários, várias, tanto, tanta, Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros)
tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, + verbo principal da ação conjugado no particípio + preposição
quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais, por/pelo/de + agente da passiva.
um, uma, uns, umas. A casa foi aspirada pelos rapazes
quem, alguém, ninguém, tudo, nada, ou-
Invariáveis A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva prono-
trem, algo, cada.
minal (devido ao uso do pronome se) é formada por:
• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plu-
utilizadas para formular perguntas diretas e indiretas. ral) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente.
Aluga-se apartamento.
Classificação Pronomes Interrogativos Advérbio
qual, quais, quanto, quantos, É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro ad-
Variáveis vérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circuns-
quanta, quantas.
tância. As circunstâncias dos advérbios podem ser:
Invariáveis quem, que.
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, ama-
nhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem,
• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anterior- brevemente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-
mente na oração, evitando sua repetição. Eles também podem ser -dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez
variáveis e invariáveis. em quando, em nenhum momento, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém,
Classificação Pronomes Relativos perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em
cima, à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja,
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapi-
Variáveis cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quan-
damente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às
tas.
ocultas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
Invariáveis quem, que, onde. – Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente,
efetivamente, realmente, sem dúvida, com certeza, por certo, etc.
Verbos – Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo al-
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos me- gum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
teorológicos, sempre em relação ao um determinado tempo. – Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, as-
saz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco,
• Flexão verbal de todo, etc.
Os verbos podem ser flexionados de algumas formas. – Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, por-
– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na ventura, etc.
frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. O modo é
dividido em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, Preposição
subjetividade) e imperativo (ordem, pedido). É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo com-
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato ex- plete o sentido do primeiro. As preposições são as seguintes:
presso pelo verbo. Existem três tempos no modo indicativo: pre-
sente, passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito)
e futuro (do presente e do pretérito). No subjuntivo, são três: pre-
sente, pretérito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural.
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º
pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa (ele amou, eles ama-
ram).

• Formas nominais do verbo


Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exer-
cem a função de nomes (normalmente, substantivos). São elas infi-
nitivo (terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particí-
pio (terminado em –DA/DO).

• Voz verbal
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação
com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou reflexiva.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Conjunção
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma ORTOGRAFIA: EMPREGO DE LETRAS E ACENTUAÇÃO
oração a outra. As conjunções podem ser coordenativas (que ligam GRÁFICA SISTEMA OFICIAL VIGENTE (INCLUSIVE O
orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que li- ACORDO ORTOGRÁFICO VIGENTE, CONFORME DECRE-
gam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é TO 7.875/12
determinante e o outro é determinado).
ORTOGRAFIA OFICIAL
• Conjunções Coordenativas • Mudanças no alfabeto: O alfabeto tem 26 letras. Foram rein-
troduzidas as letras k, w e y.
Tipos Conjunções Coordenativas O alfabeto completo é o seguinte: A B C D E F G H I J K L M N O
PQRSTUVWXYZ
Aditivas e, mas ainda, mas também, nem... • Trema: Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a
contudo, entretanto, mas, não obstante, no letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue,
Adversativas gui, que, qui.
entanto, porém, todavia...
já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, Regras de acentuação
Alternativas
quer… – Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das
assim, então, logo, pois (depois do verbo), palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima
Conclusivas sílaba)
por conseguinte, por isso, portanto...
pois (antes do verbo), porquanto, porque,
Explicativas Como era Como fica
que...
alcatéia alcateia
• Conjunções Subordinativas
apóia apoia
Tipos Conjunções Subordinativas apóio apoio
Causais Porque, pois, porquanto, como, etc. Atenção: essa regra só vale para as paroxítonas. As oxítonas
Embora, conquanto, ainda que, mes- continuam com acento: Ex.: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
Concessivas
mo que, posto que, etc.
– Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no
Se, caso, quando, conquanto que,
Condicionais u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
salvo se, sem que, etc.
Conforme, como (no sentido de con-
Conformativas Como era Como fica
forme), segundo, consoante, etc.
baiúca baiuca
Para que, a fim de que, porque (no
Finais
sentido de que), que, etc. bocaiúva bocaiuva
À medida que, ao passo que, à
Proporcionais Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em
proporção que, etc.
posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos:
Quando, antes que, depois que, até tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Temporais
que, logo que, etc.
Que, do que (usado depois de mais, – Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem
Comparativas e ôo(s).
menos, maior, menor, melhor, etc.
Que (precedido de tão, tal, tanto), de
Consecutivas Como era Como fica
modo que, De maneira que, etc.
Integrantes Que, se. abençôo abençoo
crêem creem
Interjeição
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, – Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/
apelos, sentimentos e estados de espírito, traduzindo as reações para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
das pessoas.
• Principais Interjeições Atenção:
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum! • Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por.
Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas • Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural
é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter,
função de cada classe de palavras, não terá dificuldades para enten- reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
der o estudo da Sintaxe. • É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as
palavras forma/fôrma.

Uso de hífen
Regra básica:

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LÍNGUA PORTUGUESA
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-ho- Fonologia
mem. A fonologia também é um ramo de estudo da Linguística, mas
ela se preocupa em analisar a organização e a classificação dos
Outros casos sons, separando-os em unidades significativas. É responsabilidade
1. Prefixo terminado em vogal: da fonologia, também, cuidar de aspectos relativos à divisão silábi-
– Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo. ca, à acentuação de palavras, à ortografia e à pronúncia.
– Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto,
semicírculo. Sintetizando: a fonologia estuda os sons, preocupando-se com
– Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracis- o significado de cada um e não só com sua estrutura física.
mo, antissocial, ultrassom.
– Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-on- Bom, agora que sabemos que fonética e fonologia são coisas
das. diferentes, precisamos de entender o que é fonema e letra.

2. Prefixo terminado em consoante: Fonema: os fonemas são as menores unidades sonoras da fala.
– Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub- Atenção: estamos falando de menores unidades de som, não de sí-
-bibliotecário. labas. Observe a diferença: na palavra pato a primeira sílaba é pa-.
– Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, su- Porém, o primeiro som é pê (P) e o segundo som é a (A).
persônico. Letra: as letras são as menores unidades gráfica de uma pa-
– Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante. lavra.

Observações: Sintetizando: na palavra pato, pa- é a primeira sílaba; pê é o


• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra primeiro som; e P é a primeira letra.
iniciada por r: sub-região, sub-raça. Palavras iniciadas por h perdem Agora que já sabemos todas essas diferenciações, vamos en-
essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade. tender melhor o que é e como se compõe uma sílaba.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de pala-
Sílaba: A sílaba é um fonema ou conjunto de fonemas que emi-
vra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano.
tido em um só impulso de voz e que tem como base uma vogal.
• O prefixo co aglutina-se, em geral, com o segundo elemento,
A sílabas são classificadas de dois modos:
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, coope-
rar, cooperação, cooptar, coocupante.
Classificação quanto ao número de sílabas:
• Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-al-
As palavras podem ser:
mirante.
– Monossílabas: as que têm uma só sílaba (pé, pá, mão, boi,
• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam luz, é...)
a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, – Dissílabas: as que têm duas sílabas (café, leite, noites, caí,
pontapé, paraquedas, paraquedista. bota, água...)
• Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, – Trissílabas: as que têm três sílabas (caneta, cabeça, saúde,
usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, circuito, boneca...)
recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu. – Polissílabas: as que têm quatro ou mais sílabas (casamento,
jesuíta, irresponsabilidade, paralelepípedo...)
Viu? Tudo muito tranquilo. Certeza que você já está dominando
muita coisa. Mas não podemos parar, não é mesmo?!?! Por isso Classificação quanto à tonicidade
vamos passar para mais um ponto importante. As palavras podem ser:
– Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu-
-já, ra-paz, u-ru-bu...)
– Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa,
RELAÇÕES ENTRE FONEMAS E GRAFIAS
sa-bo-ne-te, ré-gua...)
– Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima
Muitas pessoas acham que fonética e fonologia são sinônimos. (sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)
Mas, embora as duas pertençam a uma mesma área de estudo, elas
são diferentes. Lembre-se que:
Tônica: a sílaba mais forte da palavra, que tem autonomia fonética.
Fonética Átona: a sílaba mais fraca da palavra, que não tem autonomia
Segundo o dicionário Houaiss, fonética “é o estudo dos sons da fonética.
fala de uma língua”. O que isso significa? A fonética é um ramo da Na palavra telefone: te-, le-, ne- são sílabas átonas, pois são
Linguística que se dedica a analisar os sons de modo físico-articula- mais fracas, enquanto que fo- é a sílaba tônica, já que é a pronun-
dor. Ou seja, ela se preocupa com o movimento dos lábios, a vibra- ciada com mais força.
ção das cordas vocais, a articulação e outros movimentos físicos,
mas não tem interesse em saber do conteúdo daquilo que é falado. Agora que já sabemos essas classificações básicas, precisamos
A fonética utiliza o Alfabeto Fonético Internacional para representar entender melhor como se dá a divisão silábica das palavras.
cada som.
Divisão silábica
Sintetizando: a fonética estuda o movimento físico (da boca, A divisão silábica é feita pela silabação das palavras, ou seja,
lábios...) que cada som faz, desconsiderando o significado desses pela pronúncia. Sempre que for escrever, use o hífen para separar
sons. uma sílaba da outra. Algumas regras devem ser seguidas neste pro-
cesso:

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LÍNGUA PORTUGUESA
Não se separa: Vossa Excelência parece satisfeito com as pesquisas.
• Ditongo: encontro de uma vogal e uma semivogal na mesma Blumenau estava repleta de turistas.
sílaba (cau-le, gai-o-la, ba-lei-a...) • Silepse de número trata-se da concordância feita com o nú-
• Tritongo: encontro de uma semivogal, uma vogal e uma semi- mero gramatical (singular ou plural) que está subentendido no con-
vogal na mesma sílaba (Pa-ra-guai, quais-quer, a-ve-ri-guou...) texto.
• Dígrafo: quando duas letras emitem um único som na pala- O elenco voltou ao palco e [os atores] agradeceram os aplau-
vra. Não separamos os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu (fa-cha-da, co- sos.
-lhei-ta, fro-nha, pe-guei...) • Silepse de pessoa trata-se da concordância feita com a pes-
• Encontros consonantais inseparáveis: re-cla-mar, psi-có-lo- soa gramatical que está subentendida no contexto.
-go, pa-trão...) O povo temos memória curta em relação às promessas dos po-
líticos.
Deve-se separar:
• Hiatos: vogais que se encontram, mas estão é sílabas vizinhas
(sa-ú-de, Sa-a-ra, ví-a-mos...)
• Os dígrafos rr, ss, sc, e xc (car-ro, pás-sa-ro, pis-ci-na, ex-ce- REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
-ção...)
• Encontros consonantais separáveis: in-fec-ção, mag-nó-lia, • Regência Nominal
rit-mo...) A regência nominal estuda os casos em que nomes (substan-
tivos, adjetivos e advérbios) exigem outra palavra para completar-
-lhes o sentido. Em geral a relação entre um nome e o seu comple-
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL mento é estabelecida por uma preposição.

• Regência Verbal
Concordância Nominal
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre o
Os adjetivos, os pronomes adjetivos, os numerais e os artigos
verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido).
concordam em gênero e número com os substantivos aos quais se
Isto pertence a todos.
referem.
Os nossos primeiros contatos começaram de maneira amisto-
Regência de algumas palavras
sa.

Casos Especiais de Concordância Nominal Esta palavra combina com Esta preposição
• Menos e alerta são invariáveis na função de advérbio:
Acessível a
Colocou menos roupas na mala./ Os seguranças continuam
alerta. Apto a, para
Atencioso com, para com
• Pseudo e todo são invariáveis quando empregados na forma-
ção de palavras compostas: Coerente com
Cuidado com os pseudoamigos./ Ele é o chefe todo-poderoso. Conforme a, com
• Mesmo, próprio, anexo, incluso, quite e obrigado variam de Dúvida acerca de, de, em, sobre
acordo com o substantivo a que se referem: Empenho de, em, por
Elas mesmas cozinhavam./ Guardou as cópias anexas.
Fácil a, de, para,
• Muito, pouco, bastante, meio, caro e barato variam quando Junto a, de
pronomes indefinidos adjetivos e numerais e são invariáveis quan-
Pendente de
do advérbios:
Muitas vezes comemos muito./ Chegou meio atrasada./ Preferível a
Usou meia dúzia de ovos. Próximo a, de
• Só varia quando adjetivo e não varia quando advérbio: Respeito a, com, de, para com, por
Os dois andavam sós./ A respostas só eles sabem. Situado a, em, entre
• É bom, é necessário, é preciso, é proibido variam quando o Ajudar (a fazer algo) a
substantivo estiver determinado por artigo: Aludir (referir-se) a
É permitida a coleta de dados./ É permitido coleta de dados.
Aspirar (desejar, pretender) a
Concordância Verbal Assistir (dar assistência) Não usa preposição
O verbo concorda com seu sujeito em número e pessoa:
Deparar (encontrar) com
O público aplaudiu o ator de pé./ A sala e quarto eram enor-
mes. Implicar (consequência) Não usa preposição
Lembrar Não usa preposição
Concordância ideológica ou silepse
• Silepse de gênero trata-se da concordância feita com o gêne- Pagar (pagar a alguém) a
ro gramatical (masculino ou feminino) que está subentendido no Precisar (necessitar) de
contexto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Proceder (realizar) a – Antes de verbos no infinitivo


A partir de hoje serei um pai melhor, pois voltei a trabalhar.
Responder a
Visar ( ter como objetivo a
pretender) COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO: EMPREGO DAS
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS CONJUNÇÕES, DAS LOCUÇÕES CONJUNTIVAS E DOS
QUE NÃO ESTÃO AQUI! PRONOMES RELATIVOS

Agora chegamos no assunto que causa mais temor em muitos


EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DE CRASE estudantes. Mas eu tenho uma boa notícia para te dar: o estudo
da sintaxe é mais fácil do que parece e você vai ver que sabe muita
coisa que nem imagina. Para começar, precisamos de classificar al-
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. A primeira vogal a gumas questões importantes:
é uma preposição, a segunda vogal a é um artigo ou um pronome
demonstrativo. • Frase: Enunciado que estabelece uma comunicação de sen-
a (preposição) + a(s) (artigo) = à(s) tido completo.
Os jornais publicaram a notícia.
• Devemos usar crase: Silêncio!
– Antes palavras femininas:
Iremos à festa amanhã • Oração: Enunciado que se forma com um verbo ou com uma
Mediante à situação. locução verbal.
O Governo visa à resolução do problema. Este filme causou grande impacto entre o público.
A inflação deve continuar sob controle.
– Locução prepositiva implícita “à moda de, à maneira de”
Devido à regra, o acento grave é obrigatoriamente usado nas • Período Simples: formado por uma única oração.
locuções prepositivas com núcleo feminino iniciadas por a: O clima se alterou muito nos últimos dias.
Os frangos eram feitos à moda da casa imperial.
Às vezes, porém, a locução vem implícita antes de substanti- • Período Composto: formado por mais de uma oração.
vos masculinos, o que pode fazer você pensar que não rola a crase. O governo prometeu/ que serão criados novos empregos.
Mas... há crase, sim!
Depois da indigestão, farei uma poesia à Drummond, vestir- Bom, já está a clara a diferença entre frase, oração e período.
-me-ei à Versace e entregá-la-ei à tímida aniversariante. Vamos, então, classificar os elementos que compõem uma oração:
• Sujeito: Termo da oração do qual se declara alguma coisa.
– Expressões fixas O problema da violência preocupa os cidadãos.
Existem algumas expressões em que sempre haverá o uso de • Predicado: Tudo que se declara sobre o sujeito.
crase: A tecnologia permitiu o resgate dos operários.
à vela, à lenha, à toa, à vista, à la carte, à queima-roupa, à von- • Objeto Direto: Complemento que se liga ao verbo transitivo
tade, à venda, à mão armada, à beça, à noite, à tarde, às vezes, às direto ou ao verbo transitivo direto e indireto sem o auxílio da pre-
pressas, à primeira vista, à hora certa, àquela hora, à esquerda, à posição.
direita, à vontade, às avessas, às claras, às escuras, à mão, às escon- A tecnologia tem possibilitado avanços notáveis.
didas, à medida que, à proporção que. Os pais oferecem ajuda financeira ao filho.
• NUNCA devemos usar crase: • Objeto Indireto: Complemento que se liga ao verbo transi-
– Antes de substantivos masculinos: tivo indireto ou ao verbo transitivo direto e indireto por meio de
Andou a cavalo pela cidadezinha, mas preferiria ter andado a preposição.
pé. Os Estados Unidos resistem ao grave momento.
João gosta de beterraba.
– Antes de substantivo (masculino ou feminino, singular ou • Adjunto Adverbial: Termo modificador do verbo que exprime
plural) usado em sentido generalizador: determinada circunstância (tempo, lugar, modo etc.) ou intensifica
Depois do trauma, nunca mais foi a festas. um verbo, adjetivo ou advérbio.
Não foi feita menção a mulher, nem a criança, tampouco a ho- O ônibus saiu à noite quase cheio, com destino a Salvador.
mem. Vamos sair do mar.
• Agente da Passiva: Termo da oração que exprime quem prati-
– Antes de artigo indefinido “uma” ca a ação verbal quando o verbo está na voz passiva.
Iremos a uma reunião muito importante no domingo. Raquel foi pedida em casamento por seu melhor amigo.
• Adjunto Adnominal: Termo da oração que modifica um subs-
– Antes de pronomes tantivo, caracterizando-o ou determinando-o sem a intermediação
Obs.: A crase antes de pronomes possessivos é facultativa. de um verbo.
Um casal de médicos eram os novos moradores do meu pré-
Fizemos referência a Vossa Excelência, não a ela. dio.
A quem vocês se reportaram no Plenário? • Complemento Nominal: Termo da oração que completa no-
Assisto a toda peça de teatro no RJ, afinal, sou um crítico. mes, isto é, substantivos, adjetivos e advérbios, e vem preposicio-
nado.
A realização do torneio teve a aprovação de todos.

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Predicativo do Sujeito: Termo que atribui característica ao sujeito da oração.
A especulação imobiliária me parece um problema.
• Predicativo do Objeto: Termo que atribui características ao objeto direto ou indireto da oração.
O médico considerou o paciente hipertenso.
• Aposto: Termo da oração que explica, esclarece, resume ou identifica o nome ao qual se refere (substantivo, pronome ou equivalen-
tes). O aposto sempre está entre virgulas ou após dois-pontos.
A praia do Forte, lugar paradisíaco, atrai muitos turistas.
• Vocativo: Termo da oração que se refere a um interlocutor a quem se dirige a palavra.
Senhora, peço aguardar mais um pouco.

Tipos de orações
As partes de uma oração já está fresquinha aí na sua cabeça, não é?!?! Estudar os tipos de orações que existem será moleza, moleza.
Vamos comigo!!!
Temos dois tipos de orações: as coordenadas, cuja as orações de um período são independentes (não dependem uma da outra para
construir sentido completo); e as subordinadas, cuja as orações de um período são dependentes (dependem uma da outra para construir
sentido completo).
As orações coordenadas podem ser sindéticas (conectadas uma a outra por uma conjunção) e assindéticas (que não precisam da
conjunção para estar conectadas. O serviço é feito pela vírgula).

Tipos de orações coordenadas

Orações Coordenadas Sindéticas Orações Coordenadas Assindéticas


Aditivas Fomos para a escola e fizemos o exame final. • Lena estava triste, cansada, decepcionada.
Adversativas Pedro Henrique estuda muito, porém não passa •
no vestibular. • Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lan-
chamos.
Alternativas Manuela ora quer comer hambúrguer, ora quer
comer pizza. Alfredo está chateado, pensando em se mudar.
Conclusivas Não gostamos do restaurante, portanto não
iremos mais lá. Precisamos estar com cabelos arrumados, unhas feitas.

Explicativas Marina não queria falar, ou seja, ela estava de João Carlos e Maria estão radiantes, alegria que dá inveja.
mau humor.

Tipos de orações subordinadas


As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas e adverbiais. Cada uma delas tem suas subclassificações, que veremos
agora por meio do quadro seguinte.

Orações Subordinadas
Subjetivas É certo que ele trará os a sobremesa do
Exercem a função de sujeito jantar.
Completivas Nominal Estou convencida de que ele é solteiro.
Exercem a função de complemento
nominal
Predicativas O problema é que ele não entregou a
Orações Subordinadas Substantivas Exercem a função de predicativo refeição no lugar.
Apositivas Eu lhe disse apenas isso: que não se
Exercem a função de aposto aborrecesse com ela.
Objetivas Direta Espero que você seja feliz.
Exercem a função de objeto direto
Objetivas Indireta Lembrou-se da dívida que tem com ele.
Exercem a função de objeto indireto

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LÍNGUA PORTUGUESA

Explicativas Os alunos, que foram mal na prova de


Explicam um termo dito anteriormente. quinta, terão aula de reforço.
SEMPRE serão acompanhadas por
vírgula.
Orações Subordinadas Adjetivas
Restritivas Os alunos que foram mal na prova de quinta
Restringem o sentido de um termo terão aula de reforço.
dito anteriormente. NUNCA serão
acompanhadas por vírgula.
Causais Estou vestida assim porque vou sair.
Assumem a função de advérbio de causa
Consecutivas Falou tanto que ficou rouca o resto do dia.
Assumem a função de advérbio de
consequência
Comparativas A menina comia como um adulto come.
Assumem a função de advérbio de
comparação
Condicionais Desde que ele participe, poderá entrar na
Assumem a função de advérbio de reunião.
condição
Conformativas O shopping fechou, conforme havíamos
Assumem a função de advérbio de previsto.
Orações Subordinadas Adverbiais
conformidade
Concessivas Embora eu esteja triste, irei à festa mais
Assumem a função de advérbio de tarde.
concessão
Finais Vamos direcionar os esforços para que todos
Assumem a função de advérbio de tenham acesso aos benefícios.
finalidade
Proporcionais Quanto mais eu dormia, mais sono tinha.
Assumem a função de advérbio de
proporção
Temporais Quando a noite chega, os morcegos saem de
Assumem a função de advérbio de suas casas.
tempo

Olha como esse quadro facilita a vida, não é?! Por meio dele, conseguimos ter uma visão geral das classificações e subclassificações
das orações, o que nos deixa mais tranquilos para estudá-las.

PONTUAÇÃO

Pontuação
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema de reforço da escrita, constituído de sinais sintáticos, destinados a organi-
zar as relações e a proporção das partes do discurso e das pausas orais e escritas. Estes sinais também participam de todas as funções da
sintaxe, gramaticais, entonacionais e semânticas”. (BECHARA, 2009, p. 514)
A partir da definição citada por Bechara podemos perceber a importância dos sinais de pontuação, que é constituída por alguns sinais
gráficos assim distribuídos: os separadores (vírgula [ , ], ponto e vírgula [ ; ], ponto final [ . ], ponto de exclamação [ ! ], reticências [ ...
]), e os de comunicação ou “mensagem” (dois pontos [ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ], travessão duplo
[ — ], parênteses [ ( ) ], colchetes ou parênteses retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada [ } ]).

Ponto ( . )
O ponto simples final, que é dos sinais o que denota maior pausa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer tipo de
oração que não seja a interrogativa direta, a exclamativa e as reticências.
Estaremos presentes na festa.

Ponto de interrogação ( ? )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação interrogativa ou de incerteza, real ou fingida, também chamada retórica.
Você vai à festa?

28
LÍNGUA PORTUGUESA
Ponto de exclamação ( ! ) 3º – A vírgula tem sim grande importância na produção de tex-
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação exclama- tos escritos. Não caia na conversa de algumas pessoas de que ela é
tiva. menos importante e que pode ser colocada depois.
Ex: Que bela festa! Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma or-
dem comum de construção de suas frases, que é Sujeito > Verbo >
Reticências ( ... ) Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj).
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou Maria foi à padaria ontem.
porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com Sujeito Verbo Objeto Adjunto
breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor
nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo. Perceba que, na frase acima, não há o uso de vírgula. Isso ocor-
Ex: Essa festa... não sei não, viu. re por alguns motivos:
1) NÃO se separa com vírgula o sujeito de seu predicado.
Dois-pontos ( : ) 2) NÃO se separa com vírgula o verbo e seus complementos.
Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. 3) Não é aconselhável usar vírgula entre o complemento do
Em termos práticos, este sinal é usado para: Introduzir uma citação verbo e o adjunto.
(discurso direto) e introduzir um aposto explicativo, enumerativo,
distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva. Podemos estabelecer, então, que se a frase estiver na ordem
Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa. comum (SVOAdj), não usaremos vírgula. Caso contrário, a vírgula
é necessária:
Ponto e vírgula ( ; ) Ontem, Maria foi à padaria.
Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o Maria, ontem, foi à padaria.
ponto, e é empregado num trecho longo, onde já existam vírgulas, À padaria, Maria foi ontem.
para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enume-
ração (frequente em leis), etc. Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é neces-
Ex: Vi na festa os deputados, senadores e governador; vi tam- sário:
bém uma linda decoração e bebidas caras. • Separa termos de mesma função sintática, numa enumera-
ção.
Travessão ( — ) Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a
Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com serem observadas na redação oficial.
o traço de divisão empregado na partição de sílabas (ab-so-lu-ta- • Separa aposto.
-men-te) e de palavras no fim de linha. O travessão pode substituir Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica.
vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão inter- • Separa vocativo.
calada e pode indicar a mudança de interlocutor, na transcrição de Brasileiros, é chegada a hora de votar.
um diálogo, com ou sem aspas. • Separa termos repetidos.
Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gratidão. Aquele aluno era esforçado, esforçado.

Parênteses e colchetes ( ) – [ ] • Separa certas expressões explicativas, retificativas, exempli-


Os parênteses assinalam um isolamento sintático e semântico ficativas, como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo,
mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior in- ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com
timidade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parên- efeito, digo.
tese é assinalada por uma entonação especial. Intimamente ligados O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara,
aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são utiliza- ou seja, de fácil compreensão.
dos quando já se acham empregados os parênteses, para introduzi-
rem uma nova inserção. • Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complemen-
Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo go- tos).
vernador) O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particula-
res. (= ... a portaria regulamenta os casos particulares)
Aspas ( “ ” )
As aspas são empregadas para dar a certa expressão sentido • Separa orações coordenadas assindéticas.
particular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as
especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para ideias na cabeça...
apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. É utilizada, ain-
da, para marcar o discurso direto e a citação breve. • Isola o nome do lugar nas datas.
Ex: O “coffe break” da festa estava ótimo. Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006.
Vírgula • Isolar conectivos, tais como: portanto, contudo, assim, dessa
São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Evidencia- forma, entretanto, entre outras. E para isolar, também, expressões
remos, aqui, os principais usos desse sinal de pontuação. Antes disso, conectivas, como: em primeiro lugar, como supracitado, essas infor-
vamos desmistificar três coisas que ouvimos em relação à vírgula: mações comprovam, etc.
1º – A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “senti-
Fica claro, portanto, que ações devem ser tomadas para ame-
mos” o momento certo de fazer uso dela.
nizar o problema.
2º – A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em
alguns contextos, quando, na leitura de um texto, há uma vírgula, o
leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. Afinal,
cada um tem seu tempo de respiração, não é mesmo?!?!

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LÍNGUA PORTUGUESA
6. (FUNDEC – TJ/MG – Oficial de Justiça – 2002) Todas as pala-
EXERCÍCIOS vras a seguir apresentam o mesmo número de sílabas e são paroxí-
tonas, EXCETO:
1. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode ser (A) gratuito;
retirada sem prejuízo para o significado e mantendo a norma pa- (B) silencio;
drão na seguinte sentença: (C) insensível;
(A) Mário, vem falar comigo depois do expediente. (D) melodia.
(B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho.
(C) Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe. 7. (FUNIVERSA – CEB – ADVOGADO – 2010) Assinale a alterna-
(D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião. tiva em que todas as palavras são acentuadas pela mesma razão.
(E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso. (A) “Brasília”, “prêmios”, “vitória”.
(B) “elétrica”, “hidráulica”, “responsáveis”.
2. (CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO DE ENFERMAGEM (C) “sérios”, “potência”, “após”.
DO TRABALHO – 2011) Há ERRO quanto ao emprego dos sinais de (D) “Goiás”, “já”, “vários”.
pontuação em: (E) “solidária”, “área”, “após”.
(A) Ao dizer tais palavras, levantou-se, despediu-se dos convi-
dados e retirou-se da sala: era o final da reunião. 8. (CESGRANRIO – CMB – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRA-
(B) Quem disse que, hoje, enquanto eu dormia, ela saiu sorra- TIVO – 2012) Algumas palavras são acentuadas com o objetivo ex-
teiramente pela porta? clusivo de distingui-las de outras. Uma palavra acentuada com esse
(C) Na infância, era levada e teimosa; na juventude, tornou-se objetivo é a seguinte:
tímida e arredia; na velhice, estava sempre alheia a tudo. (A) pôr.
(D) Perdida no tempo, vinham-lhe à lembrança a imagem mui- (B) ilhéu.
to branca da mãe, as brincadeiras no quintal, à tarde, com os (C) sábio.
irmãos e o mundo mágico dos brinquedos. (D) também.
(E) Estava sempre dizendo coisas de que mais tarde se arre- (E) lâmpada.
penderia. Prometia a si própria que da próxima vez, tomaria
cuidado com as palavras, o que entretanto, não acontecia. 9. (CESGRANRIO – BNDES – ADVOGADO – 2004) No título do
artigo “A tal da demanda social”, a classe de palavra de “tal” é:
3. (FCC – INFRAERO – ADMINISTRADOR – 2011) Está inteira- (A) pronome;
mente correta a pontuação do seguinte período: (B) adjetivo;
(A) Os personagens principais de uma história, responsáveis (C) advérbio;
pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes, de peque- (D) substantivo;
nas providências que, tomadas por figurantes aparentemente (E) preposição.
sem importância, ditam o rumo de toda a história.
(B) Os personagens principais, de uma história, responsáveis 10. Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação
pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes, de pequenas morfológica do pronome “alguém” (l. 44).
providências que tomadas por figurantes, aparentemente sem (A) Pronome demonstrativo.
importância, ditam o rumo de toda a história. (B) Pronome relativo.
(C) Os personagens principais de uma história, responsáveis (C) Pronome possessivo.
pelo sentido maior dela dependem muitas vezes de pequenas (D) Pronome pessoal.
providências, que, tomadas por figurantes aparentemente, (E) Pronome indefinido.
sem importância, ditam o rumo de toda a história.
(D) Os personagens principais, de uma história, responsáveis 11. Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na
pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes de pequenas oração “A abordagem social constitui-se em um processo de traba-
providências, que tomadas por figurantes aparentemente sem lho planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os vocábulos subli-
importância, ditam o rumo de toda a história. nhados classificam-se, respectivamente, em
(E) Os personagens principais de uma história, responsáveis, (A) preposição, pronome, artigo, adjetivo e substantivo.
pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes de peque- (B) pronome, preposição, artigo, substantivo e adjetivo.
nas providências, que tomadas por figurantes, aparentemente, (C) conjunção, preposição, numeral, substantivo e pronome.
sem importância, ditam o rumo de toda a história. (D) pronome, conjunção, artigo, adjetivo e adjetivo.
(E) conjunção, conjunção, numeral, substantivo e advérbio.
4. (NCE/UFRJ – TRE/RJ – Auxiliar Judiciário – 2001) O item abai-
xo que apresenta erradamente uma separação de sílabas é: 12. (CESGRANRIO – SEPLAG/BA – PROFESSOR PORTUGUÊS –
(A) trans-o-ce-â-ni-co; 2010) Estabelece relação de hiperonímia/hiponímia, nessa ordem,
(B) cor-rup-te-la; o seguinte par de palavras:
(C) sub-li-nhar;
(A) estrondo – ruído;
(D) pneu-má-ti-co;
(B) pescador – trabalhador;
(C) pista – aeroporto;
5. (FGV – SPTRANS – Especialista em Transportes – 2001) Assi-
(D) piloto – comissário;
nale a alternativa em que o x representa fonema igual ao de
(E) aeronave – jatinho.
“exame”.
(A) exceto.
(B) enxame.
(C) óxido.
(D) exequível.

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LÍNGUA PORTUGUESA
13. (VUNESP – SEAP/SP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA III. O texto é apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
PENITENCIÁRIA – 2012) No trecho – Para especialistas, fica uma que se trata de uma reportagem.
questão: até que ponto essa exuberância econômica no Brasil é IV. O texto apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
sustentável ou é apenas mais uma bolha? – o termo em destaque se trata de um editorial.
tem como antônimo:
(A) fortuna; Analise as assertivas e responda:
(B) opulência; (A) Somente a I é correta.
(C) riqueza; (B) Somente a II é incorreta.
(D) escassez; (C) Somente a III é correta
(E) abundância. (D) A III e IV são corretas.

14. (FEMPERJ – VALEC – JORNALISTA – 2012) Intertextualidade 16. Observe as assertivas relacionadas ao texto “A lama que
é a presença de um texto em outro; o pensamento abaixo que NÃO ainda suja o Brasil”:
se fundamenta em intertextualidade é: I- O texto é coeso, mas não é coerente, já que tem problemas
(A) “Se tudo o que é bom dura pouco, eu já deveria ter morri- no desenvolvimento do assunto.
do há muito tempo.” II- O texto é coerente, mas não é coeso, já que apresenta pro-
(B) “Nariz é essa parte do corpo que brilha, espirra, coça e se blemas no uso de conjunções e preposições.
mete onde não é chamada.” III- O texto é coeso e coerente, graças ao bom uso das classes
(C) “Une-te aos bons e será um deles. Ou fica aqui com a de palavras e da ordem sintática.
gente mesmo!” IV- O texto é coeso e coerente, já que apresenta progressão
(D) “Vamos fazer o feijão com arroz. Se puder botar um ovo, temática e bom uso dos recursos coesivos.
tudo bem.”
(E) “O Neymar é invendável, inegociável e imprestável.” Analise as assertivas e responda:
(A) Somente a I é correta.
Leia o texto abaixo para responder a questão. (B) Somente a II é incorreta.
A lama que ainda suja o Brasil (C) Somente a III é correta.
Fabíola Perez(fabiola.perez@istoe.com.br) (D) Somente a IV é correta.

A maior tragédia ambiental da história do País escancarou um Leia o texto abaixo para responder as questões.
dos principais gargalos da conjuntura política e econômica brasilei-
ra: a negligência do setor privado e dos órgãos públicos diante de UM APÓLOGO
um desastre de repercussão mundial. Confirmada a morte do Rio Machado de Assis.
Doce, o governo federal ainda não apresentou um plano de recu-
peração efetivo para a área (apenas uma carta de intenções). Tam- Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
pouco a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela — Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrola-
anglo-australiana BHP Billiton. A única medida concreta foi a aplica- da, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
ção da multa de R$ 250 milhões – sendo que não há garantias de — Deixe-me, senhora.
que ela será usada no local. “O leito do rio se perdeu e a calha pro- — Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está
funda e larga se transformou num córrego raso”, diz Malu Ribeiro, com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me
coordenadora da rede de águas da Fundação SOS Mata Atlântica, der na cabeça.
sobre o desastre em Mariana, Minas Gerais. “O volume de rejeitos — Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha.
se tornou uma bomba relógio na região.” Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem
Para agravar a tragédia, a empresa declarou que existem ris- o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos
cos de rompimento nas barragens de Germano e de Santarém. Se- outros.
gundo o Departamento Nacional de Produção Mineral, pelo menos — Mas você é orgulhosa.
16 barragens de mineração em todo o País apresentam condições — Decerto que sou.
de insegurança. “O governo perdeu sua capacidade de aparelhar — Mas por quê?
órgãos técnicos para fiscalização”, diz Malu. Na direção oposta — É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa
Ao caminho da segurança, está o projeto de lei 654/2015, ama, quem é que os cose, senão eu?
do senador Romero Jucá (PMDB-RR) que prevê licença única em um — Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora
tempo exíguo para obras consideradas estratégicas. O novo marco que quem os cose sou eu, e muito eu?
regulatório da mineração, por sua vez, também concede priorida- — Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pe-
de à ação de mineradoras. “Ocorrerá um aumento dos conflitos ju- daço ao outro, dou feição aos babados…
diciais, o que não será interessante para o setor empresarial”, diz — Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
Maurício Guetta, advogado do Instituto Sócio Ambiental (ISA). Com puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e
o avanço dessa legislação outros danos irreversíveis podem ocorrer. mando…
FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/441106_A+LA MA+- — Também os batedores vão adiante do imperador.
QUE+AINDA+SUJA+O+BRASIL — Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel su-
15. Observe as assertivas relacionadas ao texto lido: balterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o
I. O texto é predominantemente narrativo, já que narra um trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto…
fato. Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa.
II. O texto é predominantemente expositivo, já que pertence ao Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que
gênero textual editorial. tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a

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LÍNGUA PORTUGUESA
costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, en- (C) “- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
fiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço
orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre e mando...” (L.14-15)
os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a (D) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?
isto uma cor poética. E dizia a agulha: Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo;
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando
Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é abaixo e acima.” (L.25-26)
que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo (E) “- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela
e acima… e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.
agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe Onde me espetam, fico.” (L.40-41)
o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que
ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era 18. O diminutivo, em Língua Portuguesa, pode expressar outros
tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-pli- valores semânticos além da noção de dimensão, como afetividade,
c-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a pejoratividade e intensidade. Nesse sentido, pode-se afirmar que
costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até os valores semânticos utilizados nas formas diminutivas “unidi-
que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. nha”(L.26) e “corpinho”(L.32), são, respectivamente, de:
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que (A) dimensão e pejoratividade;
a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para (B) afetividade e intensidade;
dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da (C) afetividade e dimensão;
bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, (D) intensidade e dimensão;
alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, (E) pejoratividade e afetividade.
perguntou-lhe:
— Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da 19. Em um texto narrativo como “Um Apólogo”, é muito co-
baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que mum uso de linguagem denotativa e conotativa. Assinale a alterna-
vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para tiva cujo trecho retirado do texto é uma demonstração da expressi-
a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? vidade dos termos “linha” e “agulha” em sentido figurado.
Vamos, diga lá. (A) “- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de ca- ama, quem é que os cose, senão eu?” (L.11)
beça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: (B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha.
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é Agulha não tem cabeça.” (L.06)
que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze (C) “- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um
como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, pedaço ao outro, dou feição aos babados...” (L.13)
fico. (D) “- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordi-
Contei esta história a um professor de melancolia, que me dis- nária!” (L.43)
se, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a (E) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?”
muita linha ordinária! (L.25)

17. De acordo com o texto “Um Apólogo” de Machado de Assis 20. De acordo com a temática geral tratada no texto e, de modo
e com a ilustração abaixo, e levando em consideração as persona- metafórico, considerando as relações existentes em um ambiente
gens presentes nas narrativas tanto verbal quanto visual, indique de trabalho, aponte a opção que NÃO corresponde a uma ideia pre-
a opção em que a fala não é compatível com a associação entre os sente no texto:
elementos dos textos: (A) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação
equânime em ambientes coletivos de trabalho;
(B) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação
equânime em ambientes coletivos de trabalho;
(C) O texto indica que, em um ambiente coletivo de trabalho,
cada sujeito possui atribuições próprias.
(D) O texto sugere que o reconhecimento no ambiente cole-
tivo de trabalho parte efetivamente das próprias atitudes do
sujeito.
(E) O texto revela que, em um ambiente coletivo de trabalho,
frequentemente é difícil lidar com as vaidades individuais.

21. (FCC – TRE/MG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2005) As liberda-


des ...... se refere o autor dizem respeito a direitos ...... se ocupa a
nossa Constituição. Preenchem de modo correto as lacunas da frase
acima, na ordem dada, as expressões:
(A) a que – de que;
(A) “- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda en- (B) de que – com que;
rolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?” (L.02) (C) a cujas – de cujos;
(B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. (D) à que – em que;
Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar?” (L.06) (E) em que – aos quais.

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LÍNGUA PORTUGUESA
22. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2008) 25. Levando-se em consideração os conceitos de frase, oração
Assinale o trecho que apresenta erro de regência. e período, é correto afirmar que o trecho abaixo é considerado um
(A) Depois de um longo período em que apresentou taxas de (a):
crescimento econômico que não iam além dos 3%, o Brasil fe- “A expectativa é que o México, pressionado pelas mudanças
cha o ano de 2007 com uma expansão de 5,3%, certamente a americanas, entre na fila.”
maior taxa registrada na última década. (A) Frase, uma vez que é composta por orações coordenadas e
(B) Os dados ainda não são definitivos, mas tudo sugere que subordinadas.
serão confirmados. A entidade responsável pelo estudo foi a (B) Período, composto por três orações.
conhecida Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). (C) Oração, pois possui sentido completo.
(C) Não há dúvida de que os números são bons, num momento (D) Período, pois é composto por frases e orações.
em que atingimos um bom superávit em conta-corrente, em
que se revela queda no desemprego e até se anuncia a am- 26. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – MECÂNICO DE VEÍCULOS – 2007)
pliação de nossas reservas monetárias, além da descoberta de Leia a seguinte sentença: Joana tomou um sonífero e não dormiu. Assi-
novas fontes de petróleo. nale a alternativa que classifica corretamente a segunda oração.
(D) Mesmo assim, olhando-se para os vizinhos de continente, (A) Oração coordenada assindética aditiva.
percebe-se que nossa performance é inferior a que foi atribuí- (B) Oração coordenada sindética aditiva.
da a Argentina (8,6%) e a alguns outros países com participação (C) Oração coordenada sindética adversativa.
menor no conjunto dos bens produzidos pela América Latina. (D) Oração coordenada sindética explicativa.
(E) Nem é preciso olhar os exemplos da China, Índia e Rússia, (E) Oração coordenada sindética alternativa.
com crescimento acima desses patamares. Ao conjunto inteiro
da América Latina, o organismo internacional está atribuindo 27. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – BIBLIOTECÁRIO – 2007) Leia a
um crescimento médio, em 2007, de 5,6%, um pouco maior do seguinte sentença: Não precisaremos voltar ao médico nem fazer exa-
que o do Brasil. mes. Assinale a alternativa que classifica corretamente as duas orações.
(A) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver-
23. (VUNESP – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – sativa.
2011) Assinale a alternativa em que a concordância verbal está cor- (B) Oração principal e oração coordenada sindética aditiva.
reta. (C) Oração coordenada assindética e oração coordenada adi-
(A) Haviam cooperativas de catadores na cidade de São Paulo. tiva.
(B) O lixo de casas e condomínios vão para aterros. (D) Oração principal e oração subordinada adverbial consecu-
(C) O tratamento e a destinação corretos do lixo evitaria que tiva.
35% deles fosse despejado em aterros. (E) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver-
(D) Fazem dois anos que a prefeitura adia a questão do lixo. bial consecutiva.
(E) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com a coleta
de lixo. 28. (EMPASIAL – TJ/SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO – 1999) Ana-
lise sintaticamente a oração em destaque:
24. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2012) “Bem-aventurados os que ficam, porque eles serão recompen-
Assinale a opção que fornece a correta justificativa para as relações sados” (Machado de Assis).
de concordância no texto abaixo. (A) oração subordinada substantiva completiva nominal.
O bom desempenho do lado real da economia proporcionou (B) oração subordinada adverbial causal.
um período de vigoroso crescimento da arrecadação. A maior lucra- (C) oração subordinada adverbial temporal desenvolvida.
tividade das empresas foi decisiva para os resultados fiscais favo- (D) oração coordenada sindética conclusiva.
ráveis. Elevaram-se, de forma significativa e em valores reais, de- (E) oração coordenada sindética explicativa.
flacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as
receitas do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição 29. (FGV – SENADO FEDERAL – TÉCNICO LEGISLATIVO – ADMI-
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e a Contribuição para o Finan- NISTRAÇÃO – 2008) “Mas o fato é que transparência deixou de ser
ciamento da Seguridade Social (Cofins). O crescimento da massa de um processo de observação cristalina para assumir um discurso de
salários fez aumentar a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa políticas de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase
Física (IRPF) e a receita de tributação sobre a folha da previdência nada retratam as necessidades de populações distintas.”.
social. Não menos relevantes foram os elevados ganhos de capital, A oração grifada no trecho acima classifica-se como:
responsáveis pelo aumento da arrecadação do IRPF. (A) subordinada substantiva predicativa;
(A) O uso do plural em “valores” é responsável pela flexão de (B) subordinada adjetiva restritiva;
plural em “deflacionados”. (C) subordinada substantiva subjetiva;
(B) O plural em “resultados” é responsável pela flexão de plural (D) subordinada substantiva objetiva direta;
em “Elevaram-se”. (E) subordinada adjetiva explicativa.
(C) Emprega-se o singular em “proporcionou” para respeitar as
regras de concordância com “economia”. 30. (FUNCAB – PREF. PORTO VELHO/RO – MÉDICO – 2009) No
(D) O singular em “a arrecadação” é responsável pela flexão de trecho abaixo, as orações introduzidas pelos termos grifados são
singular em “fez aumentar”. classificadas, em relação às imediatamente anteriores, como:
(E) A flexão de plural em “foram” justifica-se pela concordância “Não há dúvida de que precisaremos curtir mais o dia a dia,
com “relevantes”. mas nunca à custa de nossos filhos...”
(A) subordinada substantiva objetiva indireta e coordenada sin-
dética adversativa;
(B) subordinada adjetiva restritiva e coordenada sindética ex-
plicativa;

33
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) subordinada adverbial conformativa e subordinada adver- 6. Para os destacados empresários do ramo frigorífico, um belo
bial concessiva; “mamar na vaca você não quer, né?” é incontestável. Tenho certeza
(D) subordinada substantiva completiva nominal e coordenada de que o estimado leitor há de concordar.
sindética adversativa; 7. E os deputados e senadores? E os que infringiram acordos?
(E) subordinada adjetiva restritiva e subordinada adverbial con- Ou aquilo está “um quiprocó”, “um perereco” do caramba mesmo.
cessiva. Alguns ministros “aparecem mais que umbigo de vedete”, mas a
real é que deveriam “sair de fininho”.
31. (PREFEITURA DE CARANAÍBA - MG - AUXILIAR DE CONSUL- 8. A verdade é que o País está “do jeito que o diabo gosta” e
TÓRIO DENTÁRIO - FCM - 2019) cabe a nós acabar logo com esse “lero-lero” e “partir pras cabeças”.
Afinal, amigo, nossa situação “está mais feia que bater na mãe”.
O Sol e a Neve IstoÉ, n. 2581, 19 jun. 2019. Adaptado

Era uma floquinha de neve que vivia no alto de uma montanha Avalie as informações sobre aspectos estilísticos e semânticos
gelada. Um dia, se apaixonou pelo sol. E passou a flertar descarada- utilizados pelo autor do texto.
mente com ele. “Cuidado!”, alertaram os flocos mais experientes. I. No período “Tenho certeza de que o estimado leitor há de
“Você pode se derreter”. Mas a nevinha não queria nem saber e concordar...”, algumas palavras estão empregadas no sentido cono-
continuava a olhar para o Sol, que com seus raios a queimava de tativo.
paixão. Ela nem percebia o quanto se derretia... e ficou ali um bom II. Identifica-se a metonímia em um dos sintagmas da estrutura
tempo, só se derretendo, se derretendo. Quando viu, era uma goti- frasal “... aos que se enriqueceram por meios ilícitos, um ‘bobeou,
nha, uma pequena lágrima de amor descendo, com nobreza e deli- dançou’ cai feito uma luva”. (§3)
cadeza, a montanha. Lá embaixo, um rio esperava por ela. III. A locução adjetiva “do balacobaco”, presente no título, diz
Disponível em: <file:///C:/Users/sosan/Downloads/2014-08a-18s- respeito a algo inverossímil, descontextualizado e que caiu em de-
-ep-05.pdf> Acesso em: 15 ago. 2019. suso.
IV. Em “Nossa cultura popular é uma enciclopédia aberta, en-
No sentido figurado, a personificação confere características, volvente e rica em termos e frases de profundidade inquestionável”
qualidades e sentimentos de seres humanos a seres irracionais ou (§1), uma das figuras de linguagem empregada é a personificação.
inanimados. V. A expressão “enciclopédia aberta” (§1) é uma metáfora, pois
O trecho em que a personificação NÃO aparece é nela as palavras foram retiradas do seu contexto convencional e um
(A) “Lá embaixo, um rio esperava por ela.” novo campo de significação se instaurou por meio de uma compa-
(B) “... com seus raios a queimava de paixão.” ração implícita.
(C) “Mas a nevinha (...) continuava a olhar para o sol”.
(D) “‘Cuidado’!, alertaram os flocos mais experientes.” Está correto apenas o que se afirma em
(A) II e IV.
32. (PREFEITURA DE CARANAÍBA - MG - ASSISTENTE SOCIAL - (B) IV e V.
FCM - 2019) (C) I, II, III.
(D) I, III e V.
Um país do balacobaco
Mentor Neto 33. (EMDEC - ADVOGADO JR - IBFC - 2019)

1. Nossa cultura popular é uma enciclopédia aberta, envolven- A perfeição (adaptado)


te e rica em termos e frases de profundidade inquestionável. Co-
nhecimento comum, da gente simples, do dia a dia, que resultou O susto de reencontrar alguém que não vemos há anos é o im-
em gotículas de sabedoria muitas vezes desprezadas. Ao longo dos pacto do tempo. O desmanche alheio incomoda? Claro que não,
anos venho colecionando inúmeras. Utilizo esta enciclopédia aber- apenas o nosso refletido na hipótese de estarmos também daquele
ta como repositório que, acredito, poderia ser de amplo emprego jeito. Há momentos nos quais o salto para o abismo do fim parece
por alguns brasileiros. mais dramático: especialmente entre 35 e 55. (...)
2. É verdade que algumas dessas expressões caíram em desuso, Agatha Christie deu um lindo argumento para todos nós que
mas nem por isso perderam o brilhantismo. Por exemplo, no es- envelhecemos. Na sua Autobiografia, narra que a solução de um ca-
cândalo mais recente, o caso Intercept Brasil, o conselho “em boca samento feliz está em imitar o segundo casamento da autora: con-
fechada não entra mosca” teria sido de profunda utilidade. trair núpcias com um arqueólogo (no caso, Max Mallowan), pois,
3. Há como descrever melhor o trabalho da Lava Jato do que quanto mais velha ela ficava, mais o marido se apaixonava. Talvez
com um “cada enxadada uma minhoca”? Aos acusados ou suspei- o mesmo indicativo para homens e mulheres estivesse na busca de
tos de corrupção, aos que se enriqueceram por meios ilícitos, um geriatras, restauradores, historiadores, egiptólogos ou, no limite,
“bobeou, dançou” cai feito uma luva. tanatologistas.
4. “Entornar o caldo” me parece adequado quando nos referimos Envelhecer é complexo, a opção é mais desafiadora. O célebre
à cultura de delações premiadas na qual estamos imersos. Por falar nis- historiador israelense Yuval Harari prevê que a geração alpha (nas-
so, os delatores encontram um sábio conselho no “ajoelhou, tem que cidos no século em curso) chegará, no mínimo, a 120 anos se obti-
rezar” ou, quem sabe, no consagrado “colocar a boca no trombone”! ver cuidados básicos. O Brasil envelhece demograficamente e nós
Já aos que preferem manter o silêncio, “boca de siri” é o ideal. poderíamos ser chamados de vanguarda do novo processo. Dizem
5. Alguns personagens desse “bafafá” que tomou conta de nos- que Nelson Rodrigues aconselhava aos jovens que envelhecessem,
sa política são protagonistas tão importantes que merecem frases como o melhor indicador do caminho a seguir. Não precisamos do
conhecidas de aplicação exclusiva, já que “entraram numa fria”. Afi- conselho pois o tempo é ceifador inevitável. (...)
nal, como descrever mais precisamente o que ocorreu com aquele Como em toda peça teatral, o descer das cortinas pode ser
que “foi pego com a boca na botija”? a deixa para um aplauso caloroso ou um silêncio constrangedor,
quando não vaia estrondosa. É sabedoria que o tempo ensina, ao

34
LÍNGUA PORTUGUESA
retirar nossa certeza com o processo de aprendizado. Hoje começa 36. (CORE-MT - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO EX-
mais um dia e mais uma etapa possível. Hoje é um dia diferente de CELÊNCIA - 2019)
todos. Você, tendo 16 ou 76, será mais velho amanhã e terá um dia
a menos de vida. Hoje é o dia. Jovens, velhos e adjacentes: é preciso Em “Tempos Modernos”, fez-se o uso de figuras de linguagem,
ter esperança. assinale a alternativa em que os termos destacados têm a classifi-
cação corretamente:
Leia os trechos retirados do texto e assinale a alternativa
que não possui uma figura de linguagem em sua construção. ”Hoje o tempo voa, amor
(A) “pois o tempo é ceifador inevitável.” escorre pelas mãos
(B) “deixa para um aplauso caloroso.” ...Vamos viver tudo que há pra viver .
(C) “É sabedoria que o tempo ensina.” ..eu vejo um novo começo de era
(D) “Você, tendo 16 ou 76, será mais velho amanhã.” de gente fina, elegante, sincera
com habilidade para dizer mais sim do que não
34. (CORE-MT – FISCAL - INSTITUTO EXCELÊNCIA - 2019)
(A) Prosopopeia / pleonasmo / gradação / antítese.
Assinale a alternativa que contém as figuras de linguagem cor- (B) Metáfora / pleonasmo / gradação / antítese.
respondentes aos períodos a seguir: (C) Metáfora / hipérbole / gradação / antítese.
I- “Está provado, quem ama o feio, bonito lhe parece.” (D) Pleonasmo / metáfora / antítese / gradação.
II- “ Era a união do amor e o ódio.” (E) Nenhuma das alternativas.
III- Ele foi discriminado por faltar com a verdade.”
IV- Marta quase morreu de tanto rir no circo.
GABARITO
(A) ironia - antítese - eufemismo - hipérbole.
(B) eufemismo - ironia - hipérbole - antítese.
(C) hipérbole - eufemismo - antítese - ironia.
(D) antítese - hipérbole – ironia – eufemismo. 1 B
(E) Nenhuma das alternativas. 2 E
3 A
35. (CORE-MT - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO EX-
CELÊNCIA - 2019) 4 A
5 D
Na tirinha abaixo, há dois exemplos de figura de linguagem,
identifique-os e assinale a alternativa CORRETA: 6 A
7 A
8 A
9 A
10 E
11 B
12 E
13 D
14 E
15 C
16 D
17 E
18 D
19 D
(A) Metáfora e pleonasmo.
(B) Metáfora e antítese. 20 D
(C) Metonímia e hipérbole. 21 A
(D) Metonímia e ironia.
22 D
(E) Nenhuma das alternativas.
23 E
24 A
25 B
26 C
27 C
28 E

35
LÍNGUA PORTUGUESA

29 A 3-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada)


A Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Copa 2014
30 D (CAFCOPA) constatou indícios de superfaturamento em contratos
31 B relativos a consultorias técnicas para modelagem do projeto de
parceria público-privada usada para construir uma das arenas da
32 B Copa 2014.
33 D Após análise das faturas de um dos contratos, constatou-se que
os consultores apresentaram regime de trabalho incompatível com
34 A
a realidade. Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam
35 C 77,2 horas por dia no período entre 16 de setembro e sete de ou-
36 A tubro de 2010. Os outros quatro supostamente trabalharam 38,6
horas por dia. Tendo em vista que um dia só tem 24 horas, identifi-
cou-se a ocorrência de superfaturamento no valor de R$ 2.383.248.
“É óbvio que tais volumes de horas trabalhadas jamais existiram.
Diante de tal situação, sabendo-se que o dia possui somente 24 ho-
EXERCÍCIOS COMENTADOS ras, resta inconteste o superfaturamento praticado nesta primeira
fatura de serviços”, aponta o relatório da CAFCOPA.
1-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) Existem outros indícios fortes que apontam para essa irregu-
Exercer a cidadania é muito mais que um direito, é um dever, laridade, pois não há nos autos qualquer folha de ponto ou docu-
uma obrigação. mento comprobatório da efetiva prestação dos serviços por parte
Você como cidadão é parte legítima para, de acordo com a lei, dos consultores.
informar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte Internet: <www.jornaldehoje.com.br> (com adaptações).
(TCE/RN) os atos ilegítimos, ilegais e antieconômicos eventualmen-
te praticados pelos agentes públicos. O termo “com a realidade” e a oração ‘que tais volumes de ho-
A garantia desse preceito advém da própria Constituição do ras trabalhadas jamais existiram’ desempenham a função de com-
estado do Rio Grande do Norte, em seu artigo 55, § 3.º, que estabe- plemento dos adjetivos “incompatível” e ‘óbvio’, respectivamente.
lece que qualquer cidadão, partido político ou entidade organizada ( ) CERTO
da sociedade pode apresentar ao TCE/RN denúncia sobre irregula- ( ) ERRADO
ridades ou ilegalidades praticadas no âmbito das administrações
estadual e municipal. Voltemos ao texto: regime de trabalho incompatível com a rea-
Exercício da cidadania. Internet: <www.tce.rn.gov.br> (com adapta- lidade = complemento nominal de “incompatível” (afirmação do
ções). enunciado correta); É óbvio que tais volumes de horas trabalhadas
jamais existiram = podemos substituir a oração destacada por “Isso
Mantém-se a correção gramatical do texto se o trecho “infor- é óbvio”, o que nos indica que se trata de uma oração com função
mar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/ substantiva - no caso, oração subordinada substantiva subjetiva –
RN) os atos ilegítimos” for reescrito da seguinte forma: informar função de sujeito da oração principal (É óbvio), ou seja, afirmação
ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) do enunciado incorreta.
sobre os atos ilegítimos. RESPOSTA: ERRADO.
( ) CERTO
( ) ERRADO 4-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) O uso dos
advérbios “alegadamente” e “supostamente” concorre para a argu-
Quem informa, informa algo (os atos ilegítimos) a alguém (ao mentação apresentada no texto de que houve irregularidades em
Tribunal de Contas), portanto não há presença de preposição antes um dos contratos, especificamente no que se refere à descrição do
do objeto direto (os atos). volume de horas trabalhadas pelos consultores.
RESPOSTA: ERRADO. ( ) CERTO
( ) ERRADO
2-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) A substitui-
ção da última vírgula do primeiro parágrafo do texto pela conjunção Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam 77,2 horas
e não acarreta erro gramatical ao texto nem traz prejuízo à sua in- por dia no período entre 16 de setembro e sete de outubro de 2010.
terpretação original. Os outros quatro supostamente trabalharam 38,6 horas por dia.
( ) CERTO Sete funcionários alegaram ter trabalhado horas a mais e há a
( ) ERRADO suposição de que quatro também ultrapassaram o limite estabele-
cido.
Analisemos o trecho sugerido: Exercer a cidadania é muito RESPOSTA: CERTO.
mais que um direito, é um dever, uma obrigação. Se acrescentarmos
a conjunção “e” teremos “é um dever e uma obrigação” = haveria 5-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada) A oração
mudança no sentido, pois da maneira como foi escrito entende-se “que os consultores apresentaram regime de trabalho incompatí-
que o termo “obrigação” foi enfatizado, por isso não se conectou ao vel com a realidade” funciona como complemento da forma verbal
termo anterior. “constatou-se”.
RESPOSTA: ERRADO. ( ) CERTO
( ) ERRADO

- constatou-se que os consultores apresentaram regime de tra-


balho incompatível com a realidade

36
LÍNGUA PORTUGUESA
A oração destacada pode ser substituída pelo termo “isso” (Isso 8-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Assina-
foi constatado), o que nos indica ser uma oração substantiva = ela le a opção correspondente a erro gramatical inserido no texto.
funciona como sujeito da oração principal, portanto não a comple- A Embraer S. A. atualmente é destaque (1) internacional e
menta. Temos uma oração subordinada substantiva subjetiva. passou a produzir aeronaves para rotas regionais e comerciais de
RESPOSTA: ERRADO. pequena e média densidades (2), bastante (3) utilizadas no Brasil,
Europa e Estados Unidos. Os modelos 190 e 195 ocupou (4) o espa-
6-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada) As formas ço que era do Boeing 737.300, 737.500, DC-9, MD-80/81/82/83 e
verbais “apresentaram”, “trabalharam” e “Existem” aparecem fle- Fokker 100. A companhia brasileira é hoje a terceira maior indústria
xionadas no plural pelo mesmo motivo: concordância com sujeito aeronáutica do mundo, com filiais em vários países, inclusive na (5)
composto plural. China.
( ) CERTO <http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso
( ) ERRADO em:13/12/2015. (com adaptações).

- os consultores apresentaram = verbo concorda com o sujeito A) é destaque


simples B) densidades
- Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam = verbo C) bastante
concorda com o sujeito simples D) ocupou
- Existem outros indícios fortes = verbo concorda com o sujeito E) inclusive na
simples
Trata-se de sujeito simples, não composto (não há dois elemen- Os modelos 190 e 195 ocupou = os modelos ocuparam
tos em sua composição) RESPOSTA: D
RESPOSTA: ERRADO.
9-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO- ESAF/2015) Assinale
7-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015 - adap- a opção correta quanto à justificativa em relação ao emprego de
tada) Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a op- vírgulas.
ção correta. O mercado de jatos executivos está em alta há alguns anos, e
Não vamos discorrer sobre a pré-história da aviação, sonho dos os maiores mercados são Estados Unidos, Brasil, França, Canadá,
antigos egípcios e gregos, que representavam alguns de seus deu- Alemanha, Inglaterra, Japão e México. Também nesse segmento a
ses por figuras aladas, nem sobre o vulto de estudiosos do proble- Embraer é destaque, apesar de disputar ferozmente esse mercado
ma, como Leonardo da Vinci, que no século XV construiu um modelo com outras indústrias poderosas, principalmente a canadense Bom-
de avião em forma de pássaro. Pode-se localizar o início da aviação bardier. A Embraer S.A. está desenvolvendo também uma aerona-
nas experiências de alguns pioneiros que, desde os últimos anos do ve militar, batizada de KC-390, que substituirá os antigos Hércules
século XIX, tentaram o voo de aparelhos então denominados mais C-130, da Força Aérea Brasileira. Para essa aeronave a Embraer S.A.
pesados do que o ar, para diferenciá-los dos balões, cheios de gases, já soma algumas centenas de pedidos e reservas.
mais leves do que o ar. <http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm> Acesso em:
Ao contrário dos balões, que se sustentavam na atmosfera por 13/12/2015 (com adaptações).
causa da menor densidade do gás em seu interior, os aviões preci-
savam de um meio mecânico de sustentação para que se elevassem As vírgulas no trecho “...os maiores mercados são Estados Uni-
por seus próprios recursos. O brasileiro Santos Dumont foi o primei- dos, Brasil, França, Canadá, Alemanha, Inglaterra, Japão e México.”
ro aeronauta que demonstrou a viabilidade do voo do mais pesado separam
do que o ar. O seu voo no “14-Bis” em Paris, em 23 de outubro de A) aposto explicativo que complementa oração principal.
1906, na presença de inúmeras testemunhas, constituiu um marco B) palavras de natureza retificativa e explicativa.
na história da aviação, embora a primazia do voo em avião seja C) oração subordinada adjetiva explicativa.
disputada por vários países. D) complemento verbal composto por objeto direto.
<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso em: E) termos de mesma função sintática em uma enumeração.
13/12/2015 (com adaptações).
RESPOSTA: E
A) O emprego de vírgula após “Vinci” justifica-se para isolar
oração subordinada de natureza restritiva. 10-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Assi-
B) Em “Pode-se” o pronome “se” indica a noção de condição. nale a opção que apresenta substituição correta para a forma verbal
C) A substituição de “então” por “naquela época” prejudica as contribuiu.
informações originais do texto. No início da década de 60, trinta anos depois de sua funda-
D) Em “se sustentavam” e “se elevassem” o pronome “se” in- ção, a Panair já era totalmente nacional. Era uma época de crise
dica voz reflexiva. na aviação comercial brasileira, pois todas as companhias apresen-
E) O núcleo do sujeito de “constituiu” é 14-Bis. tavam problemas operacionais e crescentes dívidas para a moder-
nização geral do serviço que prestavam. Uma novidade contribuiu
A = incorreta (oração de natureza explicativa) para apertar ainda mais a situação financeira dessas empresas - a
B = incorreta (pronome apassivador) inflação. Apesar disso, não foram esses problemas, comuns às con-
C = incorreta correntes, que causaram a extinção da Panair.
E = incorreta (voo) <http://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/58Panair.htm>.
RESPOSTA: D Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

A) contribuísse
B) contribua

37
LÍNGUA PORTUGUESA
C) contribuíra E) Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos e
D) contribuindo analistas, além de ser gestor substituto (…)
E) contribuído RESPOSTA: A

A substituição pode ser feita utilizando-se um verbo que in- (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL
dique uma ação que acontecera há muito tempo (década de 60!), - ESAF/2015 - adaptada) Leia o texto a seguir para responder às
portanto no pretérito mais-que-perfeito do Indicativo (contribuíra). questões
RESPOSTA: C
Se você é um passageiro frequente, certamente já passou por
(ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL - uma turbulência. A pior da minha vida foi no meio do nada, sobre-
ESAF/2015 - adaptada) Leia o depoimento a seguir para responder voando o Atlântico, e durou uma boa hora. Já que estou aqui escre-
às questões vendo esse artigo, sobrevivi.
A turbulência significa que o avião vai cair? Ok, sabemos que
Há quase dois anos fui empossado técnico administrativo na não. Apesar de também sabermos que o avião é a forma mais se-
ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de trabalhar lá. Nesse gura de viagem, não é tão fácil lembrar disso em meio a uma tur-
tempo já fui nomeado para outros dois cargos na administração bulência. Então, não custa lembrar que, mesmo quando o ar está
pública, porém preferi ficar onde estou por diversos motivos, pro- “violento”, é impossível que ele «arremesse» o avião para o chão.
fissionais e pessoais. Sinceramente, sou partidário do “não se mexe <http://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2015/07/tur-
em time que está ganhando”. bulencia-dos-avioes-e-perigosa.html> Acesso em:15/12/2015(com
adaptações).
Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos e
analistas, além de ser gestor substituto do setor de transportes da 13-) Assinale a opção em que o primeiro período do texto foi
ANAC/SP. Tenho de analisar documentação, preparar processos reescrito com correção gramatical.
solicitando pagamentos mensais para empresas por serviços pres- A) Na hipótese de você for um passageiro frequente, já tinha
tados, verificar se os termos do contrato estão sendo cumpridos, passado por uma turbulência, com certeza.
resolver alguns “pepinos” que sempre aparecem ao longo do mês, B) Certamente, já deverá ter passado por uma turbulência, se
além, é claro, de efetuar trabalhos eventuais que surgem conforme você fosse um passageiro frequente.
a demanda. C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já acon-
<http://wordpress.concurseirosolitario.com.br/o-cotidianode-um-ser- teceu de passar por uma turbulência.
vidor-publico/> Acesso em: 17/12/2015> (comadaptações). D) Com certeza, se você foi um passageiro frequente, já tivesse
passado por uma turbulência.
11-) Assinale a substituição proposta que causa erro de morfos- E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com certe-
sintaxe no texto.substituir:por: za, ter passado por uma turbulência.
A) HáA
B) Nesse tempoDurante esse tempo Correções:
C) junto juntamente A) Na hipótese de você for (SER) um passageiro frequente, já
D) Tenho deTenho que tinha passado (PASSOU) por uma turbulência, com certeza.
E) ao longo do mês no decorrer do mês B) Certamente, já deverá (DEVE) ter passado por uma turbulên-
cia, se você fosse (FOR) um passageiro frequente.
A única substituição que causaria erro é a de “há” por “a”, já C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já acon-
que, quando empregado com o sentido de tempo passado, deve ser teceu de passar (PASSOU) por uma turbulência.
escrito com “h” (há). D) Com certeza, se você foi (É) um passageiro frequente, já ti-
RESPOSTA: A vesse passado (PASSOU) por uma turbulência.
E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com certe-
12-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO za, ter passado por uma turbulência.
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Assinale a opção em que a pontua- RESPOSTA: E
ção permanece correta, apesar de ter sido modificada.
A) Há quase dois anos, fui empossado técnico administrativo 14-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
(...) CIVIL - ESAF/2015) A expressão sublinhada em “Já que estou escre-
B) (...) na ANAC, de São Paulo e estou muito satisfeito de tra- vendo esse artigo, sobrevivi” tem sentido de
balhar lá. A) conformidade.
C) (...) na administração pública, porém; preferi, ficar onde es- B) conclusão.
tou (…) C) causa.
D) Sinceramente sou partidário, do “não se mexe, em time que D) dedução.
está ganhando”. E) condição.
E) Trabalho na área administrativa, junto com outros técnicos e
analistas, além de ser, gestor substituto (…) Subordinadas Adverbiais - Indicam que a oração subordinada
exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a
Fiz as correções: circunstância que expressam, classificam-se em:
B) na ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de trabalhar - Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da
lá. oração principal. As conjunções são: porque, que, como (= porque,
C) na administração pública, porém preferi ficar onde estou (…) no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já
D) Sinceramente, sou partidário do “não se mexe em time que que, desde que, etc.
está ganhando”. RESPOSTA: C

38
LÍNGUA PORTUGUESA
15-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo da
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Sobre as vírgulas e as aspas empre- conjunção “e”.
gadas no texto é correto afirmar que B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada na
A) a primeira vírgula separa duas orações coordenadas. vogal “e” fechada.
B) a vírgula antes do “e” ocorre porque o verbo da oração “e C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “deverá”.
durou uma boa hora” é diferente do verbo da oração anterior. D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do em-
C) a vírgula antes de “sobrevivi” marca a diferença entre os prego de locução com substantivo no feminino.
tempos verbais de “estou escrevendo” e “sobrevivi”. E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de pala-
D) a vírgula que ocorre depois do “que” e a que ocorre depois vra paroxítona terminada em ditongo.
de “violento” estão isolando oração intercalada.
E) as aspas nas palavras “violento” e “arremesse” se justificam Comentários:
porque tais palavras pertencem ao vocabulário técnico da aviação. A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo da
conjunção “e” = não é acento diferencial
A = Se você é um passageiro frequente, certamente já passou B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada na
por uma turbulência – incorreta (subordinada adverbial condicio- vogal “e” fechada = acentua-se por ser oxítona terminada em “e”
nal) C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “deve-
B = incorreta (vem depois de uma oração explicativa) rá” = correta (oxítona terminada em “a”). Lembre-se de que, em
C = incorreta (separando oração principal da causal) verbos com pronome oblíquo, este é desconsiderado ao analisar a
E = incorreta (empregadas em sentido figurado, facilitando a acentuação
compreensão da descrição) D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do em-
RESPOSTA: D prego de locução com substantivo no feminino = o acento grave se
deve à regência do verbo “submeter” que pede preposição (sub-
16-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO meter-se a)
CIVIL - ESAF/2015) A frase sublinhada em “Apesar de também sa- E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de pala-
bermos que o avião é a forma mais segura de viagem, não é tão vra paroxítona terminada em ditongo = acentua-se por ser propa-
fácil lembrar disso em meio a uma turbulência” mantém tanto seu roxítona
sentido original quanto sua correção gramatical na opção: RESPOSTA: C
A) Embora também sabemos …
B) Dado também saibamos … 18-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL
C) Pelo motivo o qual também sabemos … 01 – FCC/2014 - adaptada)
D) Em virtude de também sabermos … ... a navegação rio abaixo entre os séculos XVIII e XIX, começava
E) Conquanto saibamos … em Araritaguaba...
O verbo conjugado nos mesmos tempo e modo em que se en-
Correções: contra o grifado acima está em:
A) Embora também sabemos= saibamos (A) ... o Tietê é um regato.
B) Dado também saibamos = sabermos (B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas...
C) Pelo motivo o qual também sabemos = essa deixa o período (C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro
confuso... ao rio.
D) Em virtude de também sabermos= sentido diferente do ori- (D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude...
ginal… (E) ... e traziam ouro.
E) Conquanto saibamos = conjunção que mantém o sentido
original (concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia “Começava” = pretérito imperfeito do Indicativo
contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. (A) ... o Tietê é um regato. = presente do Indicativo
São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo (B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas... = presen-
que, por mais que, posto que, conquanto, etc.) te do Indicativo
RESPOSTA: E (C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro
ao rio.= pretérito perfeito do Indicativo
17-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO (D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude... = pre-
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Em relação às regras de acentuação, sente do Indicativo
assinale a opção correta. (E) ... e traziam ouro. = pretérito imperfeito do Indicativo
RESPOSTA: “E”
Por que é preciso passar pelo equipamento de raios X?
São normas internacionais de segurança. É proibido portar ob- 19-) (TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL -
jetos cortantes ou perfurantes. Se você se esqueceu de despachá- ESAF/2015) Assinale o trecho sem problemas de ortografia.
-los, esses itens terão de ser descartados no momento da inspeção. A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos des-
Como devo proceder na hora de passar pelo equipamento de- respeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se primeiro à empresa
tector de metais? aérea contratada, para reinvindicar seus direitos como consumidor.
A inspeção dos passageiros por detector de metais é obrigatória. O B) É possível, também, registrar reclamação contra a empresa
passageiro que, por motivo justificado, não puder ser inspecionado por aérea na ANAC, que analizará o fato.
meio de equipamento detector de metal deverá submeter-se à busca C) Se a ANAC constatar descomprimento de normas da aviação
pessoal. As mulheres grávidas podem solicitar a inspeção por meio de civil, poderá aplicar sanção administrativa à empresa.
detector manual de metais ou por meio de busca pessoal. D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo fir-
<http://www.infraero.gov.br/images/stories/guia/2014/
mada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual não é
guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso em: 4/1/2016 (com
possível buscar indenização na Agência.
adaptações).

39
LÍNGUA PORTUGUESA
E) Para exijir indenização por danos morais e/ou materiais, con- 22-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016)
sulte os órgãos de defesa do consumidor, e averigúe antecipada-
mente se está de posse dos comprovantes necessários. A essência da infância
Como a convivência íntima com os filhos é capaz de transfor-
Trechos adaptados de <http://www.infraero.gov.br/images/ mar a relação das crianças consigo mesmas e com o mundo
stories/guia/2014/guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso Crianças permanentemente distraídas com o celular ou o ta-
em:17/12/2015. blet. Agenda cheia de tarefas e aulas depois da escola. Pais que não
Por itens: conseguem impor limites e falar “não”. Os momentos de lazer que
A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos des- ficaram restritos ao shopping Center, em vez de descobertas ao ar
respeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se (DIRIGIR-SE) pri- livre. Quais as implicações desse conjunto de hábitos e comporta-
meiro à empresa aérea contratada, para reinvindicar (REIVINDICAR) mentos para nossos filhos? Para o pediatra Daniel Becker, esses têm
seus direitos como consumidor. sido verdadeiros pecados cometidos à infância, que prejudicarão as
B) É possível, também, registrar reclamação contra a empresa crianças até a vida adulta. Pioneiro da Pediatria Integral, prática
aérea na ANAC, que analizará (ANALISARÁ) o fato. que amplia o olhar e o cuidado para promover o desenvolvimento
C) Se a ANAC constatar descomprimento (DESCUMPRIMENTO) pleno e o bem-estar da criança e da família, Daniel defende que
de normas da aviação civil, poderá aplicar sanção administrativa à devemos estar próximos dos pequenos – esse, sim, é o melhor pre-
empresa. sente a ser oferecido. E que desenvolver intimidade com as crianças,
além de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença.
D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo fir- Para o bem-estar delas e para toda a família.
mada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual não é (Revista Vida Simples. Dezembro de 2015).
possível buscar indenização na Agência.
E) Para exijir (EXIGIR) indenização por danos morais e/ou ma- O tema central do texto a essência da infância refere-se:
teriais, consulte os órgãos de defesa do consumidor, e averigúe (A) Às tecnologias disponíveis.
(AVERIGUE) antecipadamente se está de posse dos comprovantes (B) À importância do convívio familiar.
necessários. (C) Às preocupações do pediatra Daniel Becker.
RESPOSTA: D (D) À importância de impor limites.
(E) Ao exagerado consumo.
20-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO ES-
COLAR - EXATUS/2015 ) Assinale a alternativa em que a palavra é Fica clara a intenção do autor: mostrar a importância do con-
acentuada pela mesma razão que “cerimônia”: vívio familiar (E que desenvolver intimidade com as crianças, além
A) tendência – crônica. de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença. Para o
B) descartáveis – uísque. bem-estar delas e para toda a família).
C) búzios – vestuário. RESPOSTA: B
D) ótimo – cipó.
23-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No excerto:
Cerimônia = paroxítona terminada em ditongo “... esses têm sido verdadeiros pecados cometidos à infância...”. O
A) tendência = paroxítona terminada em ditongo / crônica = pronome em destaque refere-se a:
proparoxítona (A) Celular e tablet.
B) descartáveis = paroxítona terminada em ditongo / uísque = (B) Agenda.
regra do hiato (C) Aulas depois da escola.
C) búzios = paroxítona terminada em ditongo / vestuário = pa- (D) Visitas ao shopping Center.
roxítona terminada em ditongo (E) Conjunto de hábitos.
D) ótimo = proparoxítona / cipó = oxítona terminada em “o”
RESPOSTA: C Voltemos ao texto: “Quais as implicações desse conjunto de há-
bitos e comportamentos para nossos filhos? Para o pediatra Daniel
21-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO ES- Becker, esses têm sido (..)”
COLAR - EXATUS/2015 ) Os termos destacados abaixo estão corre- RESPOSTA: E
tamente analisados quanto à função sintática em:
I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito. 24-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No frag-
II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto. mento: “... além de um tempo reservado ao lazer com elas...”. A pa-
III - O Boldo resolve – predicado verbal. lavra destacada expressa ideia de:
(A) Ressalva.
A) Apenas I e II. (B) Conclusão.
B) Apenas I e III. (C) Adição.
C) Apenas II e III. (D) Advertência.
D) I, II e III. (E) Explicação.

I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito = correta Dá-nos a ideia de adição.


II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto = correta RESPOSTA: C
III - O Boldo resolve – predicado verbal = correta
RESPOSTA: D

40
LÍNGUA PORTUGUESA
25-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No período: (C) Na voz reflexiva.
“Para o pediatra Daniel Becker, esses têm sido verdadeiros pecados (D) Na voz passiva analítica.
cometidos à infância, que prejudicarão as crianças até a vida adul- (E) Na voz passiva sintética.
ta”. O verbo destacado está respectivamente no modo e tempo do:
(A) Indicativo – presente. Temos sujeito (ANS) praticando a ação (reforça), portanto voz
(B) Subjuntivo – pretérito. ativa.
(C) Subjuntivo – futuro. RESPOSTA: B
(D) Indicativo – futuro.
(E) Indicativo – pretérito. 30-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase:
Ao terminar a prova, todos os candidatos deverão aguardar a verifi-
Quando o verbo termina em “ão”: indica uma ação que aconte- cação dos aplicadores. A oração destacada faz referência a
cerá – futuro do presente do Indicativo. (A) Condição.
RESPOSTA: D (B) Finalidade.
(C) Tempo.
26-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase: Se (D) Comparação.
não chover hoje à tarde faremos um belíssimo passeio. Há indicação (E) Conformidade.
de:
(A) Comparação. A frase nos dá a ideia do momento (tempo) em que deveremos
(B) Condição. aguardar a verificação por parte dos aplicadores.
(C) Tempo. RESPOSTA: C
(D) Concessão.
(E) Finalidade. 31-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015)
Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes em
O trecho apresenta uma condição para que façamos um belís- outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, trans-
simo passeio: não chover. formado em minha própria estrela.
RESPOSTA: B Atribuindo-se caráter hipotético ao trecho acima, os verbos
sublinhados devem assumir a seguinte forma:
27-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL 01 (A) iria − iria ser − teria enchido
(B) ia − tinha sido − encheria
– FCC/2014) Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê
(C) viria − iria ser − encheria
...... pela população, ...... das enchentes e do risco de doenças que
(D) iria − teria sido − encheria
...... depois delas.
(E) viria − teria sido − teria enchido
Os espaços da frase acima estarão corretamente preenchidos,
na ordem dada, por:
O modo verbal que trabalha com hipótese é o Subjuntivo. Fa-
(A) eram evitadas − temerosa − apareciam
çamos as transformações: Mas não iria pegá--lo − o poema já teria
(B) era evitadas − temerosa − aparecia
sido reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu boi no asfalto
(C) era evitado − temerosas − apareciam ainda me encheria de luz, transformado em minha própria estrela.
(D) era evitada − temeroso − aparecia RESPOSTA: D
(E) eram evitadas − temeroso – aparecia
32-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CIVIL –
Destaquei os termos que se relacionam: FCC/2014 - adaptada)
Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê eram evi- ...’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no
tadas pela população, temerosa das enchentes e do risco de DOEN- interior do país...
ÇAS que APARECIAM depois delas. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal
Eram evitadas/temerosa/apareciam. resultante será:
RESPOSTA: A (A) vinham indicadas.
(B) era indicado.
28-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase: (C) eram indicadas.
“O livro que estou lendo é muito interessante”. A palavra destacada (D) tinha indicado.
é um: (E) foi indicada.
(A) Artigo.
(B) Substantivo. ‘sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no
(C) Adjetivo. interior do país.
(D) Verbo. As músicas produzidas no país eram indicadas pelo sertanejo,
(E) Pronome. indistintamente.
RESPOSTA: C
Quando conseguimos substituir o “que” por “o qual” temos um
caso de pronome relativo – como na questão. 33-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015) As
RESPOSTA: E normas de concordância estão respeitadas em:
(A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão pari-
29-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016 - adaptada) siense onde se confinava criminosos e dissidentes políticos − a Re-
No período: “ANS reforça campanha contra o mosquito transmissor volução Francesa levou milhares de condenados à guilhotina.
da dengue e zika”. O verbo em destaque apresenta-se: (B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Esta-
(A) Na voz passiva. dos Unidos chegariam com algum atraso ao Brasil, mas com efeito
(B) Na voz ativa. igualmente devastador.

41
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isolamen- Considerado o contexto, preenchem corretamente as lacunas
to do país, viajava na bagagem da pequena elite brasileira que tive- da frase acima, na ordem dada:
ra oportunidade de estudar em Portugal. (A) tornarei − tinha
(D) No final do século 18, haviam mudanças profundas na tec- (B) tornara − tivesse
nologia, com a invenção das máquinas a vapor protagonizadas pe- (C) tornarei − tiver
los ingleses. (D) tornaria − tivesse
(E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, havia (E) tornasse – tivera
nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard, e che-
gava a três milhões de exemplares por ano a circulação de jornais. Pelo contexto, é possível identificar que se trata de uma hipó-
tese (se tivesse ficado na França, ele se tornaria um velho ranzinza).
Correções: RESPOSTA: D
(A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão pari-
siense onde se confinava (CONFINAVAM) criminosos e dissidentes 36-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
políticos − a Revolução Francesa levou milhares de condenados à FCC/2016 - adaptada) O acréscimo de uma vírgula após o termo
guilhotina. sublinhado não altera o sentido nem a correção do trecho:
(B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Esta- (A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à
dos Unidos chegariam (CHEGARIA) com algum atraso ao Brasil, mas abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos.
com efeito igualmente devastador. (B) Há experiências importantes em cidades brasileiras tam-
(C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isolamen- bém.
to do país, viajava (VIAJAVMA) na bagagem da pequena elite brasi- (C) ... uma parte prioriza a transparência como meio de pres-
leira que tivera oportunidade de estudar em Portugal. tação de contas e responsabilidade política frente à sociedade civil,
(D) No final do século 18, haviam (HAVIA) mudanças profundas como a ideia de governo aberto...
na tecnologia, com a invenção das máquinas a vapor protagoniza- (D) ...outra parte prioriza a participação popular através da in-
das pelos ingleses. teratividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de da-
(E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, havia dos abertos por entidades e empresas.
nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard, e che- (E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me-
gava a três milhões de exemplares por ano a circulação de jornais. ros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de uma
RESPOSTA: E pessoa na cidade.

34-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 - Vejamos:


adaptada) Considere o texto abaixo para responder à questão. (A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece, relacionada
O pesquisador e médico sanitarista Luiz Hildebrando Pereira da à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. = in-
Silva tornou-se professor titular de parasitologia em 1997, assumin- correta
do a direção dos programas de pesquisa em Rondônia − numa das (B) Há experiências importantes em cidades brasileiras,tam-
frentes avançadas da USP na Amazônia −, que reduziram o percen- bém. = correta
tual de registros de malária em Rondônia de 40% para 7% do total (C) ... uma parte,prioriza a transparência como meio de pres-
de casos da doença na região amazônica em uma década. tação de contas e responsabilidade política frente à sociedade civil,
(Adaptado de: revistapesquisa.fapesp.br/2014/10/09/o-cientista-das- como a ideia de governo aberto... = incorreta
-doencas-tropicais) (D) ...outra parte prioriza a participação popular através da in-
teratividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de da-
... que reduziram o percentual de registros de malária em Ron- dos, abertos por entidades e empresas. = incorreta
dônia... (E) Contudo, existem estudos, que apontam que bastariam me-
O elemento que justifica a flexão do verbo acima é: ros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de uma
(A) casos da doença.
pessoa na cidade. = incorreta
(B) frentes avançadas da USP na Amazônia.
RESPOSTA: B
(C) registros de malária.
(D) programas de pesquisa em Rondônia.
37-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
(E) investigações sobre a malária em Rondônia.
FCC/2016) A alternativa em que a expressão sublinhada pode ser
substituída pelo que se apresenta entre colchetes, respeitando-se a
Recorramos ao texto: “assumindo a direção dos programas de
concordância, e sem quaisquer outras alterações no enunciado, é:
pesquisa em Rondônia − numa das frentes avançadas da USP na
Amazônia −, que reduziram o percentual”. O termo entre “traços” (A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inte-
é um aposto, uma informação a mais. O verbo se relaciona com o ligentes já são viáveis economicamente em todo o mundo... [viável]
termo anteriormente citado (programas). (B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada
RESPOSTA: D à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. [rela-
cionado]
35-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 - (C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armaze-
adaptada) Considere o texto abaixo para responder à questão. nar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urba-
na... [são possíveis]
Sobre a vinda ao Brasil, Luiz Hildebrando Pereira da Silva afir- (D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por
mou: “Quando me aposentei na França, considerando-me ainda vá- exemplo, até os dados pessoais... [pública]
lido, hesitei antes de tomar a decisão de me reintegrar às atividades (E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me-
de pesquisa na Amazônia. Acabei decidindo. (...) Eu me ...... um ve- ros quatro pontos de dados... [bastaria]
lho ranzinza se ....... ficado na França plantando rosas”.
(Adaptado de: cremesp.org.br)

42
LÍNGUA PORTUGUESA
Analisando: O distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendi-
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inteli- cância foram contemplados por mim.
gentes já são viáveis economicamente em todo o mundo... [viável]= RESPOSTA: B
já é viável
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à 40-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. [relacio- FCC/2016) O sinal indicativo de crase está empregado corretamen-
nado] = teríamos que alterar a palavra “ideia” por um substantivo te em:
masculino (A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à uma
(C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armaze- brisa de contentamento.
nar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urba- (B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de
na... [são possíveis] = são possíveis armazenamentos (inclusão des- abraçar uma árvore gigante.
se termo) (C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à escrever tudo o que
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por me propusera para o dia.
exemplo, até os dados pessoais... [pública]= ok (D) A paineira sobreviverá a todas às 18 milhões de pessoas
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me- que hoje vivem em São Paulo.
ros quatro pontos de dados... [bastaria] = bastaria um ponto (E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à essa tradi-
RESPOSTA: D ção de se abraçar árvore.

38-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES - Por item:


FCC/2016) A frase cuja redação está inteiramente correta é: (A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à (A)
(A) Obtido pela identificação por radiofrequência, os dados das uma brisa de contentamento. = antes de artigo indefinido
placas de veículos são passíveis em oferecer informações valiosas (B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de
acerca dos motoristas. abraçar uma árvore gigante.
(B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de setores (C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à (A) escrever tudo o
urbanos são facilitadores de serviços imprecindíveis, como saúde, que me propusera para o dia. = antes de verbo no infinitivo
educação e segurança. (D) A paineira sobreviverá a todas às (AS) 18 milhões de pes-
(C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais des- soas que hoje vivem em São Paulo. = função de artigo
taca-se em termos de inteligência, com avançados centros de ope- (E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à (A) essa
ração de dados. tradição de se abraçar árvore. = antes de pronome demonstrativo
(D) São necessários viabilizar projetos de cidades inteligentes, RESPOSTA: B
amparados em políticas públicas que salvaguardam os dados aber-
tos dos cidadãos. 41-) (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO – TÉCNICO AD-
(E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados MINISTRATIVO – FCC/2014)
permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido como ... muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era
espaço de fluxos. também cantor-compositor.
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o des-
Analisando: tacado acima está empregado em:
(A) Obtido (OBTIDOS) pela identificação por radiofrequência, (A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator...
os dados das placas de veículos são passíveis em (DE) oferecer in- (B) Primeiro surgiu o cantor-compositor...
formações valiosas acerca dos motoristas. (C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico...
(B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de setores (D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil...
urbanos são facilitadores (É FACILITADORA) de serviços imprescin- (E) ... a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução...
díveis (IMPRESCINDÍVEIS), como saúde, educação e segurança.
(C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais des- Descobrir = exige objeto direto
taca-se (SE DESTACAM) em termos de inteligência, com avançados (A) E Adoniran estava = verbo de ligação
centros de operação de dados. (B) Primeiro surgiu o cantor-compositor. = intransitivo
(D) São necessários (É NECESSÁRIO) viabilizar projetos de ci- (C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico = verbo de
dades inteligentes, amparados em políticas públicas que salvaguar- ligação
dam os dados abertos dos cidadãos. (D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil = verbo de
(E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados
ligação
permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido como
(E) ... a Revista do Rádio noticiava = exige objeto direto
espaço de fluxos.
RESPOSTA: E
RESPOSTA: E
42-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JU-
39-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES
DICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada)
- FCC/2016) Foram dois segundos de desespero durante os quais
Atribuindo-se sentido hipotético para o segmento E é curioso
contemplei o distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a
mendicância... que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham..., os verbos
Transpondo-se para a voz passiva o verbo sublinhado, a forma devem assumir as seguintes formas:
resultante será: (A) teria sido − soubesse − viriam
(A) contemplavam-se. (B) será − saiba − virão
(B) foram contemplados. (C) era − tivesse sabido − viriam
(C) contemplam-se. (D) fora − tivera sabido − vieram
(D) eram contemplados. (E) seria − tivesse sabido – viriam
(E) tinham sido contemplados.

43
LÍNGUA PORTUGUESA
Hipótese é com o modo subjuntivo: E seria curioso que nunca 47-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
tivesse sabido ao certo de onde eles viriam... Assinale a opção cujo par não é formado por substantivo + adjetivo.
RESPOSTA: E (A) Enredo açucarado.
(B) Dias atuais.
43-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JU- (C) Produto cultural.
DICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada) (D) Tremendo preconceito.
Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mu- (E) Telenovela brasileira.
lungus...
Na frase acima, alterando-se de voz passiva sintética para ana- Analisemos:
lítica, a forma verbal resultante é: (A) Enredo açucarado. = substantivo + adjetivo
(A) tinha sido medida (B) Dias atuais. = substantivo + adjetivo
(B) tinham sido medidos (C) Produto cultural. = substantivo + adjetivo
(C) era medida (D) Tremendo preconceito. Adjetivo + substantivo (no contex-
(D) eram medidas to, “tremendo” tem sentido de adjetivo – grande; pode-se classifi-
(E) seria medida car como verbo + substantivo, mas o enunciado cita “par”, portanto
a classificação deve considerar tal formação)
A grandeza da manhã era medida pela quantidade de mulun- (E) Telenovela brasileira. = substantivo + adjetivo
gus (na analítica basta retirar o pronome apassivador e fazer as al- RESPOSTA: D
terações adequadas).
RESPOSTA: C 48-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015) “Seja
você a mudança no trânsito”; a forma de reescrever-se essa mesma
44-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015) frase que mostra uma incorreção da forma verbal no imperativo é:
“15 segundos de novela bastam para me matar de tédio.” A expres- (A) sê tu a mudança no trânsito;
são “me matar de tédio” expressa (B) sejamos nós a mudança no trânsito;
(A) uma comparação. (C) sejam vocês a mudança no trânsito;
(B) uma ironia. (D) seja ele a mudança no trânsito;
(C) um exagero. (E) sejai vós a mudança no trânsito.
(D) uma brincadeira.
(E) uma ameaça. Correções:
(A) sê tu a mudança no trânsito - OK
Hipérbole = exagero
(B) sejamos nós a mudança no trânsito - OK
RESPOSTA: C
(C) sejam vocês a mudança no trânsito - OK
(D) seja ele a mudança no trânsito - OK
45-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
(E) sejai vós a mudança no trânsito – SEDE VÓS
Dizer que “a vida é um mar de rosas” é uma comparação que é
RESPOSTA: E
denominada, em termos de linguagem figurada, de
(A) metáfora.
49-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 -
(B) pleonasmo.
(C) metonímia. adaptada)
(D) hipérbole. “Vivemos numa sociedade que tem o hábito de responsabilizar
(E) eufemismo. o Estado, autoridades e governos pelas mazelas do país. Em muitos
casos são críticas absolutamente procedentes, mas, quando o tema
Metáfora - consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão é segurança no trânsito, não nos podemos esquecer que quem faz o
em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude trânsito são seres humanos, ou seja, somos nós”.
da circunstância de que o nosso espírito as associa e percebe entre O desvio de norma culta presente nesse segmento é:
elas certas semelhanças. É o emprego da palavra fora de seu sen- (A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria inse-
tido normal. rir a preposição “em” antes do “que”;
RESPOSTA: A (B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce-
dentes” deveria ser substituído por “precedentes”;
46-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015) (C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos” de-
“Bobagem imaginar que a vida é um mar de rosas só por causa de veria ser substituída por “vive-se”;
um enredo açucarado.” (D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”: de-
Um “enredo açucarado” significa um enredo veria inserir-se a preposição “de” antes do “que”;
(A) engraçado. (E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos
(B) crítico. nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz”.
(C) psicológico.
(D) aventureiro. Por item:
(E) sentimental. (A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria inse-
rir a preposição “em” antes do “que” = incorreta
Questão de interpretação dentro de um contexto. Açucarado (B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce-
geralmente se refere a um texto doce, sentimental. dentes” deveria ser substituído por “precedentes” = mudaria o sen-
RESPOSTA: E tido do período
(C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos” de-
veria ser substituída por “vive-se” = incorreta

44
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”: de- (D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não
veria inserir-se a preposição “de” antes do “que” = nos esquecer interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino = ok
de que (E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças
(E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos pagam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L.
nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz” = incorreta Mencken) / dominical = ok
RESPOSTA: D RESPOSTA: B

50-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 - 52-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) A
adaptada) frase em que o vocábulo mas tem valor aditivo é:
“Deveríamos aproveitar a importância desta semana para re- (A) “Perseverança não é só bater em porta certa, mas bater até
fletir sobre nosso comportamento como pedestres, passageiros, abrir”. (Guy Falks);
motoristas, motociclistas, ciclistas, pais, enfim, como cidadãos cujas (B) “Nossa maior glória não é nunca cair, mas sim levantar toda
ações tem reflexo na nossa segurança, assim como dos demais”. vez que caímos”. (Oliver Goldsmith);
(C) “Eu caminho devagar, mas nunca caminho para trás”.
O comentário correto sobre os componentes desse segmento
(Abraham Lincoln);
é:
(D) “Não podemos fazer tudo imediatamente, mas podemos
(A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os
fazer alguma coisa já”. (Calvin Coolidge);
motoristas; (E) “Ele estudava todos os dias do ano, mas isso contribuía para
(B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois seu progresso”. (Nouailles).
seu sujeito está no plural;
(C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob”; A alternativa que apresenta adição de ideias é: “ele estudava e
(D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras “em isso contribuía para seu progresso”.
fim”; RESPOSTA: E
(E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das de-
mais”, por referir-se ao feminino “ações”. 53-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) Em
todas as frases abaixo o verbo ter foi empregado no lugar de outros
Análise: com significado mais específico. A frase em que a substituição por
(A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os esses verbos mais específicos foi feita de forma adequada é:
motoristas = incorreta (sujeito elíptico = nós) (A) “Nunca é tarde para ter uma infância feliz”. (Tom Robbins)
(B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois / desfrutar de;
seu sujeito está no plural = exatamente (B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta paciência
(C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob” = você tem, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / você oferece;
de maneira alguma (C) “O maior recurso natural que qualquer país pode ter são
(D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras “em suas crianças”. (Danny Kaye) / usar;
fim” = incorreta (D) “Acreditar que basta ter filhos para ser pai é tão absurdo
(E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das de- quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um músico”.
mais”, por referir-se ao feminino “ações” = dos demais (cidadãos) (Mansour Challita) / originar;
RESPOSTA: B (E) “A família é como a varíola: a gente tem quando criança e
fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre.
51-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) O
termo em função adjetiva sublinhado que está substituído por um Façamos as alterações propostas para facilitar a análise:
adjetivo inadequado é: (A) “Nunca é tarde para desfrutar de uma infância feliz”. (Tom
(A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá acon- Robbins) / desfrutar de;
tecer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) / divi- (B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta paciência
natória; você oferece, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / oferece;
(B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele (C) “O maior recurso natural que qualquer país pode usar são
termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais; suas crianças”. (Danny Kaye) / usar;
(C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coisas”. (D) “Acreditar que basta originar filhos para ser pai é tão absur-
(Leo Buscaglia) / universal; do quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um músi-
(D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não co”. (Mansour Challita) / originar;
interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino; (E) “A família é como a varíola: a gente sofre quando criança e
(E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre.
pagam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L. RESPOSTA: A
Mencken) / dominical.
54-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Sobre os
Vejamos: elementos destacados do fragmento “Em verdade, seu astro não
(A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá aconte- era o Sol. Nem seu país não era a vida.”, leia as afirmativas.
cer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) / divina- I. A expressão EM VERDADE pode ser substituída, sem altera-
tória = ok ção de sentido por COM EFEITO.
(B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele II. ERA O SOL formam o predicado verbal da primeira oração.
termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais = flu- III. NEM, no contexto, é uma conjunção coordenativa.
viais (pluvial é da chuva)
(C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coisas”. Está correto apenas o que se afirma em:
(Leo Buscaglia) / universal = ok A) I.
B) II e III.

45
LÍNGUA PORTUGUESA
C) I e II. C) III.
D) III. D) I e III.
E) I e III. E) II e III.

Na alternativa II – “era o Sol” formam o predicado nominal. Analisemos:


RESPOSTA: E I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no
pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela
55-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Do ponto música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro
de vista da norma culta, a única substituição pronominal realizada não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado = errado (o úni-
que feriu a regra de colocação foi: co que deve receber acento grave é “aquela”, neste caso)
A) “Chamavam-lhe o passarinheiro.” = Lhe chamavam o passa- II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” / “des-
rinheiro. dobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destaca-
B) “O mundo inteiro se fabulava.” = O mundo inteiro fabulava- das são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação.
-se. Remédio – paroxítona terminada em ditongo/existência - paro-
C) “Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam” = Eles xítona terminada em ditongo
igualam-se aos bichos silvestres, concluíam. III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses com
D) “Os brancos se inquietavam com aquela desobediência” = as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função anafó-
Os brancos inquietavam-se com aquela desobediência. rica, exprimindo relação coesiva referencial. = função anafórica é a
E) “O remédio, enfim, se haveria de pensar.” = O remédio, en- relação de um termo com outro que será citado (esses pássaros)
fim, haver-se-ia de pensar. RESPOSTA: E

Não se inicia um período com pronome oblíquo. 58-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORISTA -
RESPOSTA: A IBFC/2015) Em “Minha geladeira, afortunadamente, está cheia”, o
termo em destaque classifica-se, morfologicamente, como:
56-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO – A) adjetivo
FCC/2014) Substituindo-se o segmento grifado pelo que está entre B) advérbio
parênteses, o verbo que se mantém corretamente no singular, sem C) substantivo
que nenhuma outra alteração seja feita na frase, está em: D) verbo
(A) ...cada toada representa uma saudade... (todas as toadas) E) conjunção
(B) Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira... (os an-
tropólogos)... Palavras terminadas em “-mente”, geralmente (!), são advér-
(C) A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. (As bios de modo.
canções populares) RESPOSTA: B
(D) Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz
grave... (quase todos os homens) 59-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORISTA -
(E) ...’sertanejo’ passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os IBFC/2015) Considerando a estrutura do período “Quero engordar
caipiras do Centro-Sul) no lugar certo.”, pode-se afirmar, sobre o verbo em destaque que:
A) não apresenta complemento
(A) representa uma saudade... (todas as toadas) = representam B) está flexionado no futuro do presente
(B) Acrescenta (os antropólogos)... = acrescentam C) seu sujeito é inexistente
(C) conserva profunda nostalgia da roça. (As canções popula- D) constitui uma oração
res) = conservam E) expressa a ideia de possibilidade
(D) só cantava em tom maior e voz grave... (quase todos os ho-
mens) = cantavam A - Quero é verbo transitivo direto – precisa de complemento
(E) passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os caipiras do (objeto) – representado aqui por uma oração (engordar no lugar
Centro-Sul) = passou (o termo ficará entre aspas, significando um certo).
apelido) B – está flexionado no presente
RESPOSTA: E C – sujeito elíptico (eu)
E – queria indicaria possibilidade
57-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Considere RESPOSTA: D
as seguintes afirmações sobre aspectos da construção linguística:
I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no 60-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE-
pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela CAN/2016 - adaptada) A palavra “se” possui inúmeras classificações
música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro e funções. Acerca das ocorrências do termo “se” em “Exatamente
não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado. por causa dessa assimetria entre o fotojornalista e os protagonis-
II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” / “des- tas de suas fotos, muitas vezes Messinis deixa a câmera de lado e
dobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destaca- põe-se a ajudá-los. Ele se impressiona e se preocupa muito com os
das são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação. bebês que chegam nos botes.” pode-se afirmar que
III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses A) possuem o mesmo referente.
com as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função B) ligam orações sintaticamente dependentes.
anafórica, exprimindo relação coesiva referencial. C) apenas o primeiro “se” é pronome apassivador.
D) apenas o último “se” é uma conjunção integrante.
Está correto apenas o que se afirma em:
A) I. Possuem o mesmo referente (o fotojornalista).
B) II. RESPOSTA: A

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LÍNGUA PORTUGUESA
61-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE- 65-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
CAN/2016 - adaptada) Ao substituir “perigos da travessia” por “tra- -CIDADES/2016) Marque a opção em que a regência verbal foi DE-
vessia”, mantendo-se a norma padrão da língua, em “Obviamente, SOBEDECIDA:
são os mais vulneráveis aos perigos da travessia.” ocorreria: A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabilidade
A) Facultativamente, o emprego do acento grave, indicador de do equilíbrio ambiental é coletiva.
crase. B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do
B) A substituição de “aos” por “a”, pois o termo regido teria equilíbrio ambiental é coletiva.
sido modificado. C) Todos os países não devem esquecer-se de que a responsa-
C) Obrigatoriamente, o emprego do acento grave, indicador de bilidade do equilíbrio ambiental é coletiva.
crase, substituindo-se “aos” por “à”. D) Todos os países não devem esquecer de que a responsabili-
D) A substituição de “aos” por “a”, já que o termo regente pas- dade do equilíbrio ambiental é coletiva.
saria a não exigir o emprego da preposição.
Vejamos:
Teríamos: Obviamente, são os mais vulneráveis à travessia – A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabilidade
“vulnerável” exige preposição. do equilíbrio ambiental é coletiva - ok
RESPOSTA: C B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do
equilíbrio ambiental é coletiva - ok
62-) (UFPB-PB – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO - IDE- C) Todos os países não devem esquecer-se de que a responsa-
CAN/2016 - adaptada) De acordo com a classe de palavras, assinale bilidade do equilíbrio ambiental é coletiva - ok
a alternativa em que o termo destacado está associado INCORRE- D) Todos os países não devem esquecer de que (esquecer que)
TAMENTE. a responsabilidade do equilíbrio ambiental é coletiva.
A) “E não só isso.” – pronome. RESPOSTA: D
B) “Todas as épocas têm os seus ídolos juvenis.” – substantivo.
C) “Até porque quem de nós nunca teve seu ídolo?” – conjun- 66-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITU-
ção. TO-CIDADES/2016) Marque a opção em que as duas palavras são
D) “O preparo para a vida adulta envolve uma espécie de liber- acentuadas por obedecerem a regras distintas:
tação das opiniões familiares.” – verbo. A) Catástrofes – climáticas.
B) Combustíveis – fósseis.
“Nunca” é advérbio (de negação). C) Está – país.
RESPOSTA: C D) Difícil – nível.
63-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO- Por item:
-CIDADES/2016) Marque a opção em que há total observância às A) Catástrofes = proparoxítona / climáticas = proparoxítona
regras de concordância verbal: B) Combustíveis = paroxítona terminada em ditongo / fósseis =
A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aqueci- paroxítona terminada em ditongo
mento global está ocorrendo em função” C) Está = oxítona terminada em “a” / país = regra do hiato
B) “Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devasta- D) Difícil = paroxítona terminada em “l” / nível = paroxítona
dores” terminada em “l”
C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam- RESPOSTA: C
bém colabora para este processo”
D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po- 67-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
luentes no mundo, não aceitou o acordo” -CIDADES/2016) Assim como “redução” e “emissão”, grafam-se,
correta e respectivamente, com Ç e SS, as palavras:
Analisemos A) Aparição e omissão.
A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aqueci- B) Retenção e excessão.
mento global está ocorrendo em função” C) Opreção e permissão.
B) “Nunca se viu (viram) mudanças tão rápidas e com efeitos D) Pretenção e impressão.
devastadores”
C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam- A) Aparição = OK / omissão = OK
bém colabora (colaboram) para este processo” B) Retenção = OK / excessão = EXCEÇÃO
D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po- C) Opreção = OPRESSÃO / permissão = OK
luentes no mundo, não aceitou (aceitaram) o acordo” D) Pretensão = PRETENSÃO / impressão= OK
RESPOSTA: A RESPOSTA: a
64-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
-CIDADES/2016) A voz verbal ativa correspondente à voz passiva
destacada em “A Europa tem sido castigada por ondas de calor” é:
A) Castigaram.
B) Têm castigado.
C) Castigam.
D) Tinha castigado.

As ondas de calor têm castigado a Europa.


RESPOSTA: B

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LÍNGUA PORTUGUESA
68-) (SEAP-GO -AUXILIAR DE SAÚDE - SEGPLAN/2016) Leia o 70-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RESERVA
texto publicitário abaixo. PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014 - adaptada)
Se, no lugar dos verbos destacados no verso “Escolho os filmes que
eu não vejo no elevador”, fossem empregados, respectivamente,
Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras sobre
regência verbal e concordância nominal prescritas pela norma--pa-
drão, deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.
(E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.

O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, indireto (com


preposição): Esqueço os filmes dos quais não gosto.
RESPOSTA: “E”.

Pasta. São Paulo, n. 10, p.86 set-out. 2007 71-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RE-
* Com a doação de órgãos, a vida continua. SERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014
- adaptada) Conforme a norma-padrão, a oração “As obras foram
A finalidade desse anúncio é iniciadas em janeiro de 1992” poderia ser reescrita da seguinte ma-
A) Simbolizar o fim da vida. neira:
B) Proibir a doação de órgãos. (A) Iniciou-se as obras em janeiro de 1992.
C) Estimular a doação de órgãos. (B) Se iniciou as obras em janeiro de 1992.
D) Questionar a doação de órgãos. (C) Iniciaram-se as obras em janeiro de 1992.
E) Demonstrar os sinais de pontuação (D) Teve início as obras em janeiro de 1992.
(E) Deu-se início as obras em janeiro de 1992.
Campanha a favor da doação de órgãos, já que com tal atitude
a vida continua. Podemos ir por eliminação: em “A”, o correto seria “iniciaram-
RESPOSTA: C -se”; em “B”, não podemos iniciar um período com pronome (ini-
ciou-se, ou melhor, iniciaram-se – como em “A”); em “D”: tiveram
69-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) As- início; “E”: deu-se início às obras. Portanto, chegamos à resposta
sinale a alternativa correta quanto à concordância verbal. correta – pelo caminho mais longo. O caminho mais curto é trans-
(A) A mudança de direção da economia fazem com que se alte- formar a voz passiva analítica (a do enunciado) em sintética: Inicia-
re o tamanho das jornadas de trabalho, porexemplo. ram-se as obras.
(B) Existe indivíduos que, sem carteira de trabalho assinada,
enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos. *Dica: a passiva sintética tem o “se” (pronome apassivador).
(C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram Sintética = Se (memorize!)
com que muitas empresas optassem por manter seus funcionários. RESPOSTA: C
(D) São as dívidas que faz com que grande número dos consu-
midores não estejam em dia com suas obrigações. 72-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016)
(E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédi- O SBT fará uma homenagem digna da história de seu proprietá-
to mostra que 59 milhões de consumidores não pode obter novos rio e principal apresentador: no próximo dia 12 [12.12.2015] coloca-
créditos. rá no ar um especial com 2h30 de duração em homenagem a Silvio
Santos. É o dia de seu aniversário de 85 anos.
Correções: (http://tvefamosos.uol.com.br/noticias)
(A) A mudança de direção da economia fazem (FAZ) com que se
altere o tamanho das jornadas de trabalho, por exemplo. As informações textuais permitem afirmar que, em 12.12.2015,
(B) Existe (EXISTEM) indivíduos que, sem carteira de trabalho Sílvio Santos completou seu
assinada, enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos. (A) octogenário quinquagésimo aniversário.
(C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram (B) octogésimo quinto aniversário.
com que muitas empresas optassem por manter seus funcionários. (C) octingentésimo quinto aniversário.
(D) São as dívidas que faz (FAZEM) com que grande número dos (D) otogésimo quinto aniversário.
consumidores não estejam (ESTEJA) em dia com suas obrigações. (E) oitavo quinto aniversário.
(E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédi-
to mostra (MOSTRAM) que 59 milhões de consumidores não pode RESPOSTA: B
(PODEM) obter novos créditos.
RESPOSTA: C 73-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016 -
adaptada) Assinale a alternativa correta quanto à norma-padrão e
aos sentidos do texto.
(A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação
para contornar as tragédias.
(B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos que as parcerias
nipo-brasileiras renderão bons frutos.

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LÍNGUA PORTUGUESA
(C) A experiência do Japão mostra que não há como discordar (C) Se o Japão se dispor (DISPUSER) a auxiliar Minas Gerais,
com as parcerias nipo-brasileira. Mariana é (SERÁ) superada e os danos ambientais e sociais recu-
(D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que são importan- perados.
tes as parcerias nipos-brasileiras. (D) Se o Japão manter (MANTIVER) seu auxílio a Minas Gerais,
(E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de tra- Mariana poderá ser superada e os danos ambientais e sociais recu-
gédia e das parcerias nipo-brasileira. perados.
(E) Caso Minas Gerais faz (FAÇA) uso da experiência do Japão,
Acertos: poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
(A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação RESPOSTA: B
para contornar as tragédias.
(B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos (DE) que as par- 76-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO EM SAÚDE
cerias nipo-brasileiras renderão bons frutos. – LABORATÓRIO – VUNESP/2014)
(C) A experiência do Japão mostra que não há como discordar Reescrevendo-se o segmento frasal – ... incitá-los a reagir e a
com as parcerias nipo-brasileira (BRASILEIRAS). enfrentar o desconforto, ... –, de acordo com a regência e o acento
(D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que (REVELA QUE) indicativo da crase, tem-se:
são importantes as parcerias nipos(NIPO)-brasileiras. (A) ... incitá-los à reação e ao enfrentamento do desconforto
(E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de tra- (B) ... incitá-los a reação e o enfrentamento do desconforto,
gédia e das parcerias nipo-brasileira(BRASILEIRAS). (C) ... incitá-los à reação e à enfrentamento do desconforto,
RESPOSTA: A (D) ... incitá-los à reação e o enfrentamento do desconforto,
(E) ... incitá-los a reação e à enfrentamento do desconforto,
74-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) Ob-
serve: incitá-los a reagir e a enfrentar o desconforto = incitá-los À rea-
Acostumados___________ tragédias naturais, os japoneses ção e AO enfrentamento.
geralmente se reerguem em tempo recorde depois de catástrofes. RESPOSTA: A
Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já
voltava________ viver a sua rotina. 77-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A
Um tsunami chegou ______costa nordeste do Japão em 2011, assertiva correta quanto à conjugação verbal é:
deixando milhares de mortos e desaparecidos. A) Houveram eleições em outros países este ano.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas das frases devem B) Se eu vir você por aí, acabou.
ser preenchidas, respectivamente, com: C) Tinha chego atrasado vinte minutos.
(A) a … à … à D) Fazem três anos que não tiro férias.
(B) à … a … a E) Esse homem possue muitos bens.
(C) às … a … à
(D) as … a … à Correções à frente:
(E) às … à … a A) Houveram eleições em outros países este ano = houve
C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado
Acostumados ÀS tragédias naturais, os japoneses geralmente D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos
se reerguem em tempo recorde depois de catástrofes. E) Esse homem possue muitos bens = possui
Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já RESPOSTA: “B”.
voltava A viver a sua rotina.
Um tsunami chegou À costa nordeste do Japão em 2011, dei- 78-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO/2014) Assinale a as-
xando milhares de mortos e desaparecidos. sertiva cuja regência verbal está correta:
RESPOSTA: C A) Ela queria namorar com ele.
B) Já assisti a esse filme.
75-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) As- C) O caminhoneiro dormiu no volante.
sinale a alternativa correta quanto ao emprego do verbo, em con- D) Quando eles chegam em Campo Grande?
formidade com a norma-padrão. E) A moça que ele gosta é aquela ali.
(A) Caso Minas Gerais usa a experiência do Japão, pode superar
Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. Correções:
(B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Japão, A) Ela queria namorar com ele = namorar “ele” (ou namorá-lo).
poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. B) Já assisti a esse filme = correta
(C) Se o Japão se dispor a auxiliar Minas Gerais, Mariana é su- C) O caminhoneiro dormiu no volante = dormiu ao volante
perada e os danos ambientais e sociais recuperados. (“no” dá a entender “sobre” o volante!)
(D) Se o Japão manter seu auxílio a Minas Gerais, Mariana po- D) Quando eles chegam em Campo Grande? = chegaram a
derá ser superada e os danos ambientais e sociais recuperados. Campo Grande
(E) Caso Minas Gerais faz uso da experiência do Japão, poderá E) A moça que ele gosta é aquela ali = a moça de quem ele
superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. gosta
RESPOSTA: “B”.
Analisemos:
(A) Caso Minas Gerais usa (USE) a experiência do Japão, pode 79-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A
(PODERÁ) superar Mariana e recuperar (RECUPARERÁ) os danos acentuação correta está na alternativa:
ambientais e sociais. A) eu abençôo – eles crêem – ele argúi.
(B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Japão, B) platéia – tuiuiu – instrui-los.
poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. C) ponei – geléia – heroico.

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LÍNGUA PORTUGUESA
D) eles têm – ele intervém – ele constrói.
E) lingüiça – feiúra – idéia.

Palavras corrigidas:
A) eu abençoo – eles creem – ele argui.
B) plateia – tuiuiú – instruí-los.
C) pônei – geleia – heroico.
D) eles têm – ele intervém – ele constrói = corretas
E) linguiça – feiura – ideia.
RESPOSTA: D

80-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)


A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste _______grave ameaça ____ saúde huma-
na. Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada _______ uma população de baixa renda, mais
vulnerável devido _______condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada.
(http://www.tratabrasil.org.br Adaptado)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, segundo a norma--padrão da língua portuguesa.
A) em ... A ... À ... A.
B) em ... À ... A ... A.
C) de ... À ... A ... As.
D) em ... À ... À ... Às.
E) de ... A ... A ... Às.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste EM grave ameaça À saúde humana. Apesar
de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada A uma população de baixa renda, mais vulnerável devido
A condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada. Temos: em, à, a, a.
RESPOSTA: B

81-) (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014)

De acordo com o que prescreve a norma-padrão acerca do emprego das classes de palavra e da concordância verbal, assinale a alter-
nativa que apresenta outra redação possível para o período “A economia brasileira já faz isso há séculos.”
A) A economia brasileira já faz isso tem séculos.
B) A economia brasileira já faz isso têm séculos.
C) A economia brasileira já faz isso existe séculos.
D) A economia brasileira já faz isso faz séculos.
E) A economia brasileira já faz isso fazem séculos.

O “há” foi empregado no sentido de tempo passado, portanto pode ser substituído por “faz”, no singular: “faz séculos”.
RESPOSTA: “D”.

82-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Feitas as adequações necessárias, a reescrita do trecho – O Marco Civil garante
a inviolabilidade e o sigilo das comunicações. – permanece correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em:
A inviolabilidade e o sigilo das comunicações...
A) ... Mantêm-se garantidos pelo marco civil.
B) ... Mantém-se garantidos pelo marco civil.

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LÍNGUA PORTUGUESA
C) ... Mantêm-se garantido pelo marco civil. E) “...quando o conteúdo não é lembrado...” – “pode acontecer
D) ... Mantém-se garantidas pelo marco civil. por influência de fatores diversos...”
E) ... Mantêm-se garantidas pelo marco civil.
O exercício quer que localizemos palavras proparoxítonas
O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comuni- A) influência = paroxítona terminada em ditongo / infalível =
cações = O verbo “manter” será empregado no plural, concordan- paroxítona terminada em L
do com “inviolabilidade” e “sigilo”, portanto teremos: mantêm-se. B) fórmula = proparoxítona / pública = proparoxítona
Descartamos os itens B e D. Como temos dois substantivos de gê- C) conteúdo = regra do hiato / influência = paroxítona termina-
neros diferentes, podemos usar o verbo no masculino ou concordar da em ditongo
com o gênero do mais próximo, no caso, “sigilo”. Teremos, então: D) dedicação = oxítona / seleção = oxítona
garantidos (plural, pois temos dois núcleos – inviolabilidade e sigi- E) é = monossílaba / influência = paroxítona terminada em di-
lo). Assim, chegamos à resposta: mantêm-se / garantidos. tongo
RESPOSTA: A RESPOSTA: B

83-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Leia o 85-) (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AM-
seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual de Redação da BULÂNCIA – FGV/2014) “existe um protocolo para identificar os
Presidência da República, no qual expressões foram substituídas focos”. Se colocássemos o termo “um protocolo” no plural, uma
por lacunas. forma verbal adequada para a substituição da forma verbal “existe”
Senhor Deputado seria:
Em complemento às informações transmitidas pelo telegrama A) hão.
n.º 154, de 24 de abril último, informo ______de que as medidas B) haviam.
mencionadas em ______ carta n.º 6708, dirigida ao Senhor Presi- C) há.
dente da República, estão amparadas pelo procedimento adminis- D) houveram.
trativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto E) houve.
n.º 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
(http://www.planalto.gov.br. Adaptado) O verbo “haver”, quando utilizado no sentido de “existir” –
como proposto no enunciado – não sofre flexão, não vai para o plu-
A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacu- ral. Teríamos “existem protocolos”, mas “há protocolos”.
nas do texto, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa RESPOSTA: C
e atendendo às orientações oficiais a respeito do uso de formas de
tratamento em correspondências públicas, é: 86-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
A) Vossa Senhoria … tua. FE/2014) Na frase “Meu amigo fora lá fora buscar alguma coisa, e
B) Vossa Magnificência … sua. eu ficara ali, sozinho, naquela janela, presenciando a ascensão da
C) Vossa Eminência … vossa. lua cheia”, as palavras destacadas correspondem, morfologicamen-
D) Vossa Excelência … sua. te, pela ordem, a:
E) Sua Senhoria … vossa. A-) advérbio, advérbio, adjetivo pronominal, advérbio, substan-
tivo.
Podemos começar pelo pronome demonstrativo. Mesmo utili- B-) verbo, pronome adverbial, pronome adjetivo, adjetivo, ver-
zando pronomes de tratamento “Vossa” (muitas vezes confundido bo.
com “vós” e seu respectivo “vosso”), os pronomes que os acom- C-) verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo, substantivo.
panham deverão ficar sempre na terceira pessoa (do plural ou do D-) advérbio, substantivo, adjetivo, substantivo, adjetivo.
singular, de acordo com o número do pronome de tratamento). En- E-) advérbio, pronome adverbial, pronome relativo, advérbio,
tão, em quaisquer dos pronomes de tratamento apresentados nas verbo.
alternativas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos,
então, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome adequado a “Meu amigo fora (verbo) lá fora (advérbio) buscar alguma
ser utilizado para deputados. Segundo o Manual de Redação Oficial, (pronome) coisa, e eu ficara ali, sozinho, (adjetivo) naquela janela,
temos: presenciando a ascensão (substantivo) da lua cheia”. Temos, então:
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo e substantivo.
b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e Membros RESPOSTA: C
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (...).
RESPOSTA: D 87-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
FE/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos e modos in-
84-) (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – dicados entre parênteses, fazendo a devida concordância.
UPENET/2014) Sobre ACENTUAÇÃO, assinale a alternativa cuja to- • O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque sur-
nicidade de ambos os termos sublinhados recai na antepenúltima giram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - pretérito perfeito
sílaba. do indicativo)
A) “Ele pode acontecer por influência de fatores diversos...” - • Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos pos-
“infalível de aprovação para o candidato...” tados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do indicativo)
B) “...que podem ser considerados a fórmula infalível...” – “que • Representantes do PCRT somente serão aceitos na composi-
pretende enfrentar uma seleção pública.” ção da chapa quando se _________ de criticara atual diretoria do
C) “...quando o conteúdo não é lembrado justamente...» - «Ele clube, (abster-se - futuro do subjuntivo)
pode acontecer por influência de fatores diversos...”
D) “Esforço, preparo, dedicação e estudo intenso...” - “preten- A sequência correta, de cima para baixo, é:
de enfrentar uma seleção pública.» A-) interveio - entretinham - abstiverem

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LÍNGUA PORTUGUESA
B-) interviu - entretiveram - absterem IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação
C-) intervém - entreteram - abstêm de uso, quanto à flexão de número = “vêm” é utilizado para a tercei-
D-) interviera - entretêm - abstiverem ra pessoa do plural (correta)
E-) intervirá - entretenham - abstiveram RESPOSTA: C

O verbo “intervir” deve ser conjugado como o verbo “vir”. Este, 90-) (LIQUIGÁS – PROFISSIONAL JÚNIOR – CIÊNCIAS CON-
no pretérito perfeito do Indicativo fica “veio”, portanto, “interveio” TÁBEIS – CEGRANRIO/2014) A frase em que a flexão do verbo au-
(não existe “interviu”, já que ele não deriva do verbo “ver”). Des- xiliar destacado obedece aos princípios da norma-padrão é
cartemos a alternativa B. Como não há outro item com a mesma (A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs tão
opção, chegamos à resposta rapidamente! inteligentes quanto o homem.
RESPOSTA: A (B) Devem existir formas de garantir a exploração de outras ta-
refas destinadas aos robôs.
88-) (PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE (C) No futuro, devem haver outras formas de investimentos
ADMINISTRAÇÃO – VUNESP/2014) A forma verbal em destaque para garantir a evolução da robótica.
está no tempo futuro, indicando uma ação hipotética, em: (D) Pode existir obstáculos que os robôs sejam capazes de su-
(A) Lia o jornal enquanto aguardava meu voo para São Paulo... perar, como a locomoção e o diálogo.
(B) Meus voos todos saíram na hora. (E) Pode surgir novas tecnologias para aperfeiçoar a conquista
(C) Era um berimbau, meu Deus. espacial.
(D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento mu-
sical. Os verbos auxiliares devem obedecer à regra do verbo prin-
(E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira, cipal que acompanham. Se este sofre flexão de número, aqueles
bonita... também sofrerão. Exemplo: o verbo “haver”, no sentido de “existir”,
é invariável. Então, na frase: “Podem haver mais fatos” temos um
Tal questão pode ser resolvida somente pela leitura das alter- erro. O correto é “Pode haver”. Vamos às análises:
nativas, sem a necessidade de classificar todos os verbos grifados. (A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs =
Farei a classificação por questão pedagógica! pode haver
(A) Lia o jornal enquanto aguardava = pretérito imperfeito do (B) Devem existir formas = o “existir” sofre flexão (correta)
Indicativo (C) No futuro, devem haver = deve haver
(B) Meus voos todos saíram na hora. = pretérito mais-que-per- (D) Pode existir obstáculos = podem existir
feito do Indicativo (E) Pode surgir novas tecnologias = podem surgir
(C) Era um berimbau, meu Deus. = pretérito imperfeito do In- RESPOSTA: B
dicativo
(D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento musi- 91-) (ANTAQ –ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS
cal. = futuro do pretérito do Indicativo (hipótese) DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014 - adaptada) Es-
(E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira, taria mantida a correção gramatical do trecho “a Internet tem po-
bonita...= pretérito mais-que-perfeito do Indicativo tencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada” caso se
RESPOSTA: D empregasse o artigo a antes do substantivo “dimensão”.
( ) CERTO
89-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL – ( ) ERRADO
FUNDATEC/2014 - adaptada)
Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação gráfica. Após o pronome relativo “cujo” não deve existir artigo.
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti- RESPOSTA: ERRADO
rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa.
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’ 92-) (PREFEITURA DE OSASCO – FARMACÊUTICO –
não é a mesma. FGV/2014) “Esses produtos podem ser encontrados nos supermer-
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente. cados com rótulos como ‘sênior’ e com características adaptadas às
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação dificuldades para mastigar e para engolir dos mais velhos, e prepa-
de uso, quanto à flexão de número. rados para se encaixar em seus hábitos de consumo”. O segmento
“para se encaixar” pode ter sua forma verbal reduzida adequada-
Quais estão corretas? mente desenvolvida em
A) Apenas I e III. (A) para se encaixarem.
B) Apenas II e IV. (B) para seu encaixotamento.
C) Apenas I, II e IV. (C) para que se encaixassem.
D) Apenas II, III e IV. (D) para que se encaixem.
E) I, II, III e IV. (E) para que se encaixariam.

I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti- As orações subordinadas reduzidas são aquelas que não apre-
rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa = tere- sentam conjunção. Para torná-las desenvolvidas, basta acrescentar-
mos “transito” e “especifico” – serão verbos (correta) mos a conjunção: “para que se encaixem”.
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’ RESPOSTA: D
não é a mesma = vários é paroxítona terminada em ditongo; país é
a regra do hiato (correta)
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um hiato,
por isso a acentuação (da-í) = incorreta.

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LÍNGUA PORTUGUESA
93-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁRIO (C) para fazer a dragagem = para fazê-la
– FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo instituto En- (D) que desviava a água = que lhe desviava
deavor” equivale, na voz ativa, a: (E) supriam a necessidade = supriam-na
(A) que o instituto Endeavor traz;
(B) que o instituto Endeavor trouxe; (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = correta
(C) trazida pelo instituto Endeavor; (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta
(D) que é trazida pelo instituto Endeavor; (C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta
(E) que traz o instituto Endeavor. (D) que desviava a água = que lhe desviava = que a desviava
(E) supriam a necessidade = supriam-na = correta
Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa teremos um: “que RESPOSTA: D
o instituto Endeavor trouxe” (manter o tempo verbal no pretérito –
assim como na passiva). 97-) (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
RESPOSTA: B NESP/2014) Assinale a alternativa em que a reescrita da frase – Os
bons mecânicos sabiam lidar com máquinas e construir toda espé-
94-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – cie de engenhoca. – está correta quanto à concordância, de acordo
VUNESP/2014) Considere o trecho a seguir. com a norma-padrão da língua.
Já __________ alguns anos que estudos a respeito da utilização (A) Toda espécie de engenhoca eram construídas por bons me-
abusiva dos smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especia- cânicos, os quais sabia lidar com máquinas.
listas acreditam _________ motivos para associar alguns compor- (B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
tamentos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, nicos, os quais sabia lidar com máquinas.
e _________ alertado os pais para que avaliem a necessidade de (C) Toda espécie de engenhoca eram construída por bons me-
estabelecer limites aos seus filhos. cânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as la- (D) Toda espécie de engenhoca era construídas por bons mecâ-
cunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, nicos, os quais sabia lidar com máquinas.
com: (E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
(A) faz … haver … têm nicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
(B) fazem … haver … tem
(C) faz … haverem … têm Fiz as correções entre parênteses:
(D) fazem … haverem … têm (A) Toda espécie de engenhoca eram (era) construídas (cons-
(E) faz … haverem … tem truída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com má-
quinas.
Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns anos que (B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
estudos a respeito da utilização abusiva dos smartphones estão nicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
sendo desenvolvidos. Os especialistas acreditam HAVER (sentido (C) Toda espécie de engenhoca eram (era) construída por bons
de existir: não varia) motivos para associar alguns comportamen- mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
tos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e TÊM (D) Toda espécie de engenhoca era construídas (construída)
(concorda com o termo “os especialistas”) alertado os pais para que por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
avaliem a necessidade de estabelecer limites aos seus filhos. (E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
Temos: faz, haver, têm. nicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
RESPOSTA: A RESPOSTA: E
95-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - adaptada) 98-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL
... e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Cen- 01 – FCC/2014 - adaptada) O segmento grifado está corretamente
tral até o mar Cáspio e além. substituído pelo pronome correspondente em:
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado
(A) Sem precisar atravessar a cidade = atravessar-lhe
acima está em:
(B) Eles serviriam para receber a enorme quantidade de lixo =
(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia...
recebê-lo
(B) ... era a capital da China.
(C) Um grupo de pesquisadores da USP tem um projeto = tem-
(C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
-los
(D) ... dispararam na última década.
(D) O primeiro envolve a construção de uma série de portos =
(E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...
envolve-lhe
Percorriam =Pretérito Imperfeito do Indicativo (E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema
A = contornam – presente do Indicativo em São Paulo = resolvê-lo
B = era = pretérito imperfeito do Indicativo
C = foi = pretérito perfeito do Indicativo (A) atravessar a cidade = atravessar-lhe (atravessá-la)
D = dispararam = pretérito mais-que-perfeito do Indicativo (B) receber a enorme quantidade de lixo = recebê-lo (recebê-la)
E = acompanham = presente do Indicativo (C) tem um projeto = tem-los (tem-no)
RESPOSTA: B (D) envolve a construção de uma série de portos = envolve-lhe
(envolve-a)
96-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substituição do ele- (E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema
mento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo em São Paulo = resolvê-lo
INCORRETO em: RESPOSTA: E
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os

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LÍNGUA PORTUGUESA
99-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CI- “Passai, passai, desfeitas em tormentos.” Os verbos estão no
VIL – FCC/2014) Modo Imperativo Afirmativo, segunda pessoa do plural (vós). Para
... ele conciliava as noites de boemia com a rotina de professor, descobrirmos como ficarão na segunda do singular (tu), conjugue-
pesquisador e zoólogo famoso. mos o verbo “passar” no Presente do Indicativo (que é de onde co-
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado piamos o Afirmativo, sem o “s” final): Eu passo, tu passas, ele passa,
acima se encontra em: nós passamos, vós passais, eles passam. Percebeu como o “passai”
(A) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho No- pertence a “vós”? Bastou retirar o “s” = passai (como no verso).
gueira. Agora, retiremos o “s” do verbo conjugado com o “tu”: “passa”. Te-
(B) As músicas eram todas de Vanzolini. remos, então, a construção: “Passa, passa...”.
(C) Por mais incrível que possa parecer... RESPOSTA: C
(D) ... os fortes laços que unem campo e cidade.
(E) ... porque não espalha... 103-) (EBSERH/HUCAM-UFES - ADVOGADO - AOCP/2014) Em
“Todos sabem como termina a história, tragicamente.”, a expressão
Conciliava = pretérito imperfeito do Indicativo destacada indica
(A) Tem músicas = presente do Indicativo A) meio
(B) As músicas eram todas de Vanzolini. = pretérito imperfeito B) tempo.
do Indicativo C) fim.
(C) Por mais incrível que possa parecer... = presente do Sub- D) modo.
juntivo E) condição.
(D) ... os fortes laços que unem campo e cidade. = presente do
Indicativo Geralmente, os advérbios terminados em “-mente” indicam
(E) ... porque não espalha... = presente do Indicativo “modo”. No caso, de maneira trágica, tragicamente.
RESPOSTA: B RESPOSTA: D

100-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E 104-) (TRT 19ª - ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA –
COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO FCC/2014) Sentava-se mais ou menos ...... distância de cinco metros
– CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar satisfeita com os do professor, sem grande interesse. Estudava de manhã, e ...... tar-
resultados das negociações”, o adjetivo estará corretamente em- des passava perambulando de uma praça ...... outra, lendo algum
pregado se dirigido a ministro de Estado do sexo masculino, pois livro, percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros, en-
o termo “satisfeita” deve concordar com a locução pronominal de tregue somente ...... discrição de si mesmo.
tratamento “Vossa Excelência”. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem
( ) CERTO dada:
( ) ERRADO A) a - às - à - a
B) à - as - a - à
Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo feminino (ministra), C) a - as - à - a
o adjetivo está correto; mas, se for do sexo masculino, o adjetivo D) à - às - a - à
sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O pronome de tratamento é E) a - às - a - a
apenas a maneira de como tratar a autoridade, não concordando
com o gênero (o pronome de tratamento, apenas). Sentava-se mais ou menos À distância de cinco metros (palavra
RESPOSTA: ERRADO “distância” especificada) do professor, sem grande interesse. Estu-
dava de manhã, e AS tardes (artigo + substantivo; lemos “e durante
101-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABA- as tardes”) passava perambulando de uma praça A outra, lendo al-
LHO – CESPE/2014) O emprego do acento gráfico em “incluíram” gum livro, percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros,
e “número” justifica-se com base na mesma regra de acentuação. entregue somente À (regência verbal de “entregue”: entregue algo
( ) CERTO a alguém) discrição de si mesmo.
( ) ERRADO Temos: à/as/a/à.
RESPOSTA: B
Incluíram = regra do hiato / número = proparoxítona
RESPOSTA: ERRADO 105-) (RECEITA FEDERAL - AUDITOR FISCAL – ESAF/2014)
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de
102-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ palavra inserido na transcrição do texto.
UFAL/2014 - adaptada) Dado o trecho abaixo, No desenho constitucional, os tributos são fonte importantís-
“Passai, passai, desfeitas em tormentos, sima dos recursos financeiros de cada ente político, recursos esses
Em lágrimas, em prantos, em lamentos” indispensáveis para que façam frente ao (1) seu dever social. Con-
SOUZA, Cruz e. Broqueis. São Paulo: L&PM Pochet, 2002. sequentemente, o princípio federativo é indissociável das compe-
tências tributárias constitucionalmente estabelecidas. Isso porque
O verbo do primeiro verso, se utilizado na 2ª pessoa do singu- tal princípio prevê (2) a autonomia dos diversos entes integrantes
lar, resulta na seguinte forma: da federação (União, Estados, DF e Municípios). A exigência da au-
A) Passe, passe, desfeitas em tormentos. tonomia econômico financeira determina que seja outorgado (3)
B) Passem, passem, desfeitas em tormentos. a cada ente político vários tributos de sua específica competência,
C) Passa, passa, desfeitas em tormentos. para, por si próprios, instituírem (4) o tributo e, assim, terem (5) sua
D) Passas, passas, desfeitas em tormentos. própria receita tributária.
E) Passam, passam, desfeitas em tormentos. (Adaptado de: <http://www.ambito-juridico.com.br/site>. Acesso em:
17mar. 2014.)

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LÍNGUA PORTUGUESA
A) (1) Podemos resolver por eliminação: dos verbos apresentados
B) (2) nas alternativas, o único que não sofre flexão é o “haver”, deven-
C) (3) do, portanto, permanecer no singular. Eliminemos a D. Os demais,
D) (4) que deveriam estar flexionados (sucederam-se, existiram, aconte-
E) (5) ceram), não estão. Restou-nos a alternativa com a opção coreta:
ocorreram.
No item 3, a forma correta do trecho é: “A exigência da autono- RESPOSTA: A
mia econômico financeira determina que sejam outorgados a cada
ente político vários tributos de sua específica competência”. 109-) (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALIS-
RESPOSTA: C TA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Consi-
dere os numerais sublinhados a seguir:
106-) (TCE-RS - AUDITOR PÚBLICO EXTERNO - ENGENHARIA I (...) Copa do Mundo de 2014 (...)
CIVIL - CONHECIMENTOS BÁSICOS – FCC/2014) Transpondo-se II (...) primeiro jogo (...)
para a voz passiva o segmento sublinhado em É possível que os III (...) três unidades (...)
tempos modernos tenham começado a desfavorecer a solução do IV (...) mais de 10 anos.
jeitinho, a forma obtida deverá ser:
A) tenha começado a ser desfavorecida. Tais numerais são classificados, CORRETA e respectivamente,
B) comecem a desfavorecer. de cima para baixo, como:
C) terá começado a ser desfavorecida. A) Cardinal, ordinal, cardinal e cardinal.
D) comecem a ser desfavorecidos. B) Cardinal, cardinal, ordinal e cardinal.
E) estão começando a se desfavorecer. C) Cardinal, cardinal, ordinal e multiplicativo.
D) Cardinal, fracionário, ordinal e cardinal.
“É possível que os tempos modernos tenham começado a des- E) Cardinal, fracionário, multiplicativo e cardinal.
favorecer a solução do jeitinho” – se na voz ativa temos três verbos,
na passiva teremos quatro (lembrando que o verbo “ter” é auxiliar): Podemos responder por eliminação, o que nos ajudaria a che-
“É possível que a solução do jeitinho tenha começado a ser desfavo- gar à resposta correta rapidamente. Veja: ORdinal lembra ORdem =
recida pelos tempos modernos”. a alternativa que representa um numeral ordinal é a II – o que nos
RESPOSTA: A leva a procurar o item que tenha “ordinal” como segundo elemento
da classificação. Chegamos à letra A – única resposta correta!
107-) (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTO- RESPOSTA: A
RIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto à colo-
cação pronominal. 110-) (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALIS-
(A) Certamente delineou-se um cenário infernal com assassi- TA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Nas al-
natos brutais. ternativas abaixo, apenas UM vocábulo DEVE, NECESSARIAMENTE,
(B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul Kagame. ser acentuado. Assim, assinale a opção CORRETA.
(C) Se completam, em 2014, 20 anos do genocídio em Ruanda. A) Intimo.
(D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se do vírus B) Ate.
do ódio. C) Miseria.
(E) Com Kagame como presidente, têm feito-se mudanças em D) Policia.
Ruanda. E) Amem.

Correções: A) Intimo – eu a intimo a comparecer... (verbo) / amigo íntimo


(A) Certamente delineou-se = certamente se delineou (advér- (adjetivo)
bio) B) Ate – quer que eu ate o nó? (verbo) / Ele veio até mim (pre-
(B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul Kagame posição)
= correta. C) Miseria.– deve ser acentuada (miséria – substantivo)
(C) Se completam = completam-se (início de período) D) Policia – ela não se policia (verbo – igual “vigiar”, “contro-
(D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se = não se lar”) / Quero trabalhar na polícia! (substantivo)
livraram (advérbio de negação) E) Amem – (verbo) / amém (interjeição)
(E) Com Kagame como presidente, têm feito-se = têm-se feito Que Deus o abençoe! Amém! Que vocês se amem! Amém!
RESPOSTA: B RESPOSTA: C

108-) (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VU- 111-) (CGE-MA - AUDITOR - CONHECIMENTOS BÁSICOS -
NESP/2014) Considerando as regras de concordância verbal, o ter- FGV/2014) “...Marx e Engels e outros pensadores previram um futu-
mo em destaque na frase – Segundo alguns historiadores, houve ro redentor...”. Nesse segmento o verbo irregular prever é conjuga-
dois sacolejões maiores na história da humanidade. – pode ser cor- do de forma correta no pretérito perfeito do indicativo.
retamente substituído por: Assinale a frase em que a forma desse mesmo verbo está con-
A) ocorreram. jugada de forma errada.
B) sucedeu-se. A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão.
C) existiu. B) Elas preveem coisas impossíveis
D) houveram. C) Espero que elas prevejam boas coisas.
E) aconteceu D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar.
E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Cuidado com a pegadinha! O enunciado quer a alternativa In- 115-) (PETROBRAS – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA
correta. Teremos 4 corretas! TODOS OS CARGOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014
A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão. = quan- - adaptada) No trecho “Um mundo habitado por seres com habi-
do ele previr lidades sobre-humanas parece ficção científica”, a palavra destaca-
B) Elas preveem coisas impossíveis = correta da apresenta hífen porque a natureza das partes que a compõem
C) Espero que elas prevejam boas coisas= correta assim o exige. O grupo em que todas as palavras estão grafadas de
D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar= cor- acordo com a ortografia oficial é
reta (A) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural
E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente= correta (B) girassol, bem-humorado, batepapo
RESPOSTA: A (C) hiper-glicemia, vice-presidente, pontapé
(D) pan-americano, inter-estadual, vagalume
112-) (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTO- (E) subchefe, pós-graduação, inter-municipal
RIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto ao uso
do acento indicativo da crase. (A) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural = corretas
(A) Os meninos querem que a chuva comece à cair. (B) girassol, bem-humorado, batepapo (bate-papo)
(B) E os meninos ficam à espera de chuva intensa. (C) hiper-glicemia – (hiperglicemia), vice-presidente, pontapé
(C) As borboletas vão de um jardim à outro. (D) pan-americano, inter-estadual (interestadual) , vagalume
(D) Mas a chuva não chega à ninguém. (E) subchefe, pós-graduação, inter-municipal (intermunicipal)
(E) As borboletas ainda não perceberam à leve chuva. RESPOSTA: A

(A) Os meninos querem que a chuva comece à cair = a cair 116-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL
(verbo no infinitivo) TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO/2014 - adaptada) Assinale a
(B) E os meninos ficam à espera de chuva intensa = correta alternativa que contém duas palavras acentuadas conforme a mes-
(dica: dá para substituir por “esperando”) ma regra.
(C) As borboletas vão de um jardim à outro = a outro (palavra (A) “Hambúrgueres” e “repórter”.
masculina) (B) “Inacreditáveis” e “repórter”.
(D) Mas a chuva não chega à ninguém = a ninguém (pronome (C) “Índice” e “dólares”.
indefinido) (D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”.
(E) As borboletas ainda não perceberam à leve chuva = a leva (E) “Atribuídos” e “índice”.
(objeto direto, sem preposição)
RESPOSTA: B (A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = paroxítona
(B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paroxítona
113-) (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINISTRA- (C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxítona
ÇÃO - CESGRANRIO/2014) Em “Há políticas que reconhecem a in- (D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra do hiato
formalidade”, ao substituir o termo destacado por um pronome, de (E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparoxítona
acordo com a norma-padrão da língua, o trecho assume a formula-
RESPOSTA: B
ção apresentada em:
A) Há políticas que a reconhecem.
117-) (SUSAM/AM- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
B) Há políticas que reconhecem-a.
FGV/2014 - adaptada) “Ainda assim, por força da longa estiagem
C) Há políticas que reconhecem-na.
que afetou o Sudeste e o Centro‐Oeste, o Operador Nacional do Sis-
D) Há políticas que reconhecem ela.
tema Elétrico (NOS)trabalha com uma estimativa de que no atual
E) Há políticas que lhe reconhecem.
período úmido ovolumedechuvasnãoultrapasse67%damédiahistó-
Primeiramente identifiquemos se temos objeto direto ou indi- ricanasáreas que abrigam os principais reservatórios das hidrelétri-
reto. Reconhece o quê? Resposta: a informalidade. Pergunta e res- cas”.Nesse segmento, é correto colocar uma vírgula
posta sem preposição, então: objeto direto. Não utilizaremos “lhe” (A)apósaformaverbal“abrigam”.
– que é para objeto indireto. Como temos a presença do “que” – in- (B) apósosubstantivo“áreas”.
dependente de sua função no período (pronome relativo, no caso!) (C) apósosubstantivo“estimativa”.
– a regra pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a (D)após“deque”eantesde“ovolume”.
reconhecem. (E) após“chuvas”eantesde“nasáreas”.
RESPOSTA: A
“Ainda assim, por força da longa estiagem que afetou o Sudeste
114-) (UNESP - CAMPUS DE ARARAQUARA/FCL - ASSISTEN- e o Centro‐Oeste, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS)
TE OPERACIONAL II – JARDINAGEM – VUNESP/2014)As discus- trabalha com uma estimativa de que no atual período úmido ovolu-
sões na internet _____ o consumidor ______ buscar preços mais medechuvasnãoultrapasse67%damédiahistóricanasáreas que abri-
______. gam os principais reservatórios das hidrelétricas”.
(A) leva ... à ... vantajoso. (A)apósaformaverbal“abrigam” – incorreta (não posso separar
(B) levam ... à ... vantajosos. o verbo de seu complemento - objeto).
(C) leva ... a ... vantajoso. (B) apósosubstantivo“áreas” – incorreta (mudaríamos o senti-
(D) leva ... à ... vantajosos. do do período, já que passaríamos uma oração adjetiva restritiva
(E) levam ... a ... vantajosos. para uma explicativa – fato que generalizaria o termo “áreas”, dan-
do a entender que todas abrigam reservatórios).
As discussões na internet levam o consumidor a buscar (verbo (C) apósosubstantivo“estimativa” – incorreta (separaria subs-
no infinitivo = sem acento grave) preços mais vantajosos. tantivo de seu complemento).
RESPOSTA: E

56
LÍNGUA PORTUGUESA
(D)após“deque”eantesde“ovolume” – correta (não haveria mu- Cuidado! O exercício quer que encontremos o par que tem a
dança no período, dando ao termo uma função de aposto explica- mesma justificativa de acentuação entre as palavras que o com-
tivo, por exemplo). põem, não necessariamente igual às do enunciado.
(E) após“chuvas”eantesde“nasáreas” – incorreta – separaria RESPOSTA: B
sujeito de predicado
RESPOSTA: D 121-) (DETRAN/RO – ANALISTA EM TRÂNSITO - ADMINIS-
TRADOR – IADES/2014) Observe o emprego das palavras destaca-
118-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - adap- das nas frases a seguir.
tada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por muitos o maior • Quando elas dirigem, ficam meio nervosas.
maratonista de todos os tempos” para a voz ativa, encontramos a • As crianças estavam sós no carro.
seguinte forma verbal: • Ela mesma se dirigiu ao DETRAN.
A) consideravam. • Os carros custam caro.
B) consideram.
C) considerem. Acerca das regras de concordância que justificam o emprego
D) considerarão. dos termos anteriores, analise.
E) considerariam. I. A palavra “meio” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
xionou.
É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os II. A palavra “sós” é um adjetivo, por isso concorda com o su-
tempos = dois verbos na voz passiva, então na ativa teremos UM: jeito.
muitos o consideram o maior maratonista de todos os tempos. III. A palavra “mesma” sempre concorda com o substantivo e o
RESPOSTA: B pronome a que se refere.
IV. A palavra “caro” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
119-) (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TEC- xionou.
NOLOGIA/SP – ADMINISTRADOR – FUNDEP/2014) Leia:
____ um mês, uma turma de operários se posta ___ entrada da Estão corretas as afirmativas
fábrica pela manhã e só sai ___ uma hora da tarde. Espera-se que a A) I, II, III e IV.
greve termine daqui ___ uma semana. B) I, II e IV, apenas.
C) I, II e III, apenas.
Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacu- D) I, III e IV, apenas.
nas da frase acima, na respectivamente ordem. E) II, III e IV, apenas.
A) Há – à – a – a.
B) Há – à – à – a. • Quando elas dirigem, ficam meio nervosas.
C) A – a – a – há. • As crianças estavam sós no carro.
D) Há – a – à – há. • Ela mesma se dirigiu ao DETRAN.
• Os carros custam caro.
HÁ (tempo passado) um mês, uma turma de operários se pos-
ta À (“na”) entrada da fábrica pela manhã e só sai À uma hora da Acerca das regras de concordância que justificam o emprego
tarde. Espera-se que a greve termine daqui A (tempo futuro) uma dos termos anteriores, analise.
semana. I. A palavra “meio” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
Ficou: há / à / à / a. xionou = correta.
RESPOSTA: B II. A palavra “sós” é um adjetivo, por isso concorda com o su-
jeito = correta.
120-) (ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM CON- III. A palavra “mesma” sempre concorda com o substantivo e o
TABILIDADE – IDECAN/2014) Os vocábulos “cinquentenário” e pronome a que se refere = correta.
“império” são acentuados devido à mesma justificativa. O mesmo (Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso – Quite: Estas pa-
ocorre com o par de palavras apresentado em lavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo
A) prêmio e órbita. ou pronome a que se referem)
B) rápida e tráfego IV. A palavra “caro” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
C) satélite e ministério. xionou. = correta
D) pública e experiência. RESPOSTA: A
E) sexagenário e próximo.
122-) (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRI-
Cinquentenário e império = ambas são paroxítonas. Cuidado! O VÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) A linguagem por meio da
exercício quer que encontremos o par que tem a mesma justificati- qual interagimos no nosso dia a dia pode revestir-se de nuances as
va de acentuação entre as palavras que o compõem, não necessa- mais diversas: pode apresentar-se em sentido literal, figurado, me-
riamente igual às do enunciado. tafórico. A opção em cujo trecho utilizou-se linguagem metafórica é
A) prêmio = paroxítona / órbita = proparoxítona a) O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente familiar.
B) rápida = proparoxítona / tráfego = proparoxítona b) Temos medo de sair às ruas.
C) satélite = proparoxítona / ministério = paroxítona c) Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos sho-
D) pública = proparoxítona / experiência = paroxítona ppings.
E) sexagenário = paroxítona / próximo = proparoxítona d) Somos esse novelo de dons.
e) As notícias da imprensa nos dão medo em geral.

57
LÍNGUA PORTUGUESA
A alternativa que apresenta uma linguagem metafórica (figura-
da) é a que emprega o termo “novelo” fora de seu contexto habitual
ANOTAÇÕES
(novelo de lã, por exemplo), representando, aqui, um emaranhado,
um monte, vários dons. ______________________________________________________
RESPOSTA: D
______________________________________________________
123-) (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRI-
VÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014 - adaptada) Identificamos as ______________________________________________________
seguintes palavras formadas pelo processo de derivação regressiva:
A) arma e formação. ______________________________________________________
B) combate e guerreiros.
______________________________________________________
C) combate e ataque.
D) lanças e armas. ______________________________________________________
E) ataque e situação.
______________________________________________________
Palavra formada pela derivação regressiva é aquela que resulta
de um verbo transformado em substantivo, geralmente. Por exem- ______________________________________________________
plo: caça deriva de caçar; pesca, de pescar. Dentre as apresenta-
das nas alternativas, as que derivam de tal processo são: combate ______________________________________________________
(combater) e ataque (atacar).
______________________________________________________
RESPOSTA: C
______________________________________________________
124-) (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA
SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “infraestrutura” é formada pelo ______________________________________________________
seguinte processo:
A) sufixação ______________________________________________________
B) prefixação
C) parassíntese ______________________________________________________
D) justaposição
E) aglutinação ______________________________________________________

______________________________________________________
Temos apenas a junção do prefixo “infra” ao radical “estrutura”,
portanto: prefixação. ______________________________________________________
RESPOSTA: B
______________________________________________________
125-) (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – ICMBIO – CES-
PE/2014) A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos vocá- ______________________________________________________
bulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”.
( ) CERTO ______________________________________________________
( ) ERRADO
______________________________________________________
Brasília = paroxítona terminada em ditongo / cenário = paro- ______________________________________________________
xítona terminada em ditongo / próprio = paroxítona terminada em
ditongo ______________________________________________________
RESPOSTA: CERTO
_____________________________________________________

_____________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

58
RACIOCÍNIO LÓGICO
1. Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios; deduzir novas informações das relações
fornecidas e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações. Diagramas lógicos. Proposições e conectivos:
Conceito de proposição, valores lógicos das proposições, proposições simples, proposições compostas. Operações lógicas sobre pro-
posições: Negação, conjunção, disjunção, disjunção exclusiva, condicional, bicondicional. Construção de tabelas-verdade. Tautologias,
contradições e contingências. Implicação lógica, equivalência lógica, Leis De Morgan. Argumentação e dedução lógica.. Sentenças
abertas, operações lógicas sobre sentenças abertas. Quantificador universal, quantificador existencial, negação de proposições quan-
tificadas. Argumentos Lógicos Dedutivos; Argumentos Categóricos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
RACIOCÍNIO LÓGICO
RACIOCÍNIO VERBAL
ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS EN-
TRE PESSOAS, LUGARES, OBJETOS OU EVENTOS FICTÍ- Avalia a capacidade de interpretar informação escrita e tirar
CIOS; DEDUZIR NOVAS INFORMAÇÕES DAS RELAÇÕES conclusões lógicas.
FORNECIDAS E AVALIAR AS CONDIÇÕES USADAS PARA Uma avaliação de raciocínio verbal é um tipo de análise de ha-
ESTABELECER A ESTRUTURA DAQUELAS RELAÇÕES. bilidade ou aptidão, que pode ser aplicada ao se candidatar a uma
DIAGRAMAS LÓGICOS. PROPOSIÇÕES E CONECTIVOS: vaga. Raciocínio verbal é parte da capacidade cognitiva ou inteli-
CONCEITO DE PROPOSIÇÃO, VALORES LÓGICOS DAS gência geral; é a percepção, aquisição, organização e aplicação do
PROPOSIÇÕES, PROPOSIÇÕES SIMPLES, PROPOSIÇÕES conhecimento por meio da linguagem.
COMPOSTAS. OPERAÇÕES LÓGICAS SOBRE PROPOSI- Nos testes de raciocínio verbal, geralmente você recebe um
ÇÕES: NEGAÇÃO, CONJUNÇÃO, DISJUNÇÃO, DISJUN- trecho com informações e precisa avaliar um conjunto de afirma-
ÇÃO EXCLUSIVA, CONDICIONAL, BICONDICIONAL. ções, selecionando uma das possíveis respostas:
CONSTRUÇÃO DE TABELAS-VERDADE. TAUTOLOGIAS, A – Verdadeiro (A afirmação é uma consequência lógica das in-
CONTRADIÇÕES E CONTINGÊNCIAS. IMPLICAÇÃO formações ou opiniões contidas no trecho)
LÓGICA, EQUIVALÊNCIA LÓGICA, LEIS DE MORGAN. B – Falso (A afirmação é logicamente falsa, consideradas as in-
ARGUMENTAÇÃO E DEDUÇÃO LÓGICA. SENTENÇAS formações ou opiniões contidas no trecho)
ABERTAS, OPERAÇÕES LÓGICAS SOBRE SENTENÇAS C – Impossível dizer (Impossível determinar se a afirmação é
ABERTAS. QUANTIFICADOR UNIVERSAL, QUANTIFICA- verdadeira ou falsa sem mais informações)
DOR EXISTENCIAL, NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES QUAN-
TIFICADAS. ARGUMENTOS LÓGICOS DEDUTIVOS; AR- ESTRUTURAS LÓGICAS
GUMENTOS CATEGÓRICOS Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições.
Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos
atribuir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos.
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO Trata-se, portanto, de uma sentença fechada.

Este tipo de raciocínio testa sua habilidade de resolver proble- Elas podem ser:
mas matemáticos, e é uma forma de medir seu domínio das dife- • Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógi-
rentes áreas do estudo da Matemática: Aritmética, Álgebra, leitura co verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto,
de tabelas e gráficos, Probabilidade e Geometria etc. Essa parte não é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
consiste nos seguintes conteúdos: - Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem?
- Operação com conjuntos. – Fez Sol ontem?
- Cálculos com porcentagens. - Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geomé- - Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a
tricos e matriciais. televisão.
- Geometria básica. - Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, am-
- Álgebra básica e sistemas lineares. bíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro
- Calendários. do meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1
- Numeração.
- Razões Especiais. • Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO
- Análise Combinatória e Probabilidade. valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será conside-
- Progressões Aritmética e Geométrica. rada uma frase, proposição ou sentença lógica.
Proposições simples e compostas
RACIOCÍNIO LÓGICO DEDUTIVO • Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém
nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
Este tipo de raciocínio está relacionado ao conteúdo Lógica de proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas
Argumentação. p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

ORIENTAÇÕES ESPACIAL E TEMPORAL • Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógi-


cas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
O raciocínio lógico espacial ou orientação espacial envolvem simples. As proposições compostas são designadas pelas letras lati-
figuras, dados e palitos. O raciocínio lógico temporal ou orientação nas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.
temporal envolve datas, calendário, ou seja, envolve o tempo.
O mais importante é praticar o máximo de questões que envol- ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas
vam os conteúdos: por duas proposições simples.
- Lógica sequencial
- Calendários

1
RACIOCÍNIO LÓGICO
Proposições Compostas – Conectivos
As proposições compostas são formadas por proposições simples ligadas por conectivos, aos quais formam um valor lógico, que po-
demos vê na tabela a seguir:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

2
RACIOCÍNIO LÓGICO
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões

Exemplo:
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F corres-
pondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a

( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:

R Q P [P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F

Resposta: Certo

3
RACIOCÍNIO LÓGICO
Proposição
Conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de sentido completo. Elas transmitem pensamentos,
isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.

Valores lógicos
São os valores atribuídos as proposições, podendo ser uma verdade, se a proposição é verdadeira (V), e uma falsidade, se a proposi-
ção é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos verdade e falsidade respectivamente.
Com isso temos alguns aximos da lógica:
– PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo.
– PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses casos, NUNCA
existindo um terceiro caso.

“Toda proposição tem um, e somente um, dos valores, que são: V ou F.”

Classificação de uma proposição


Elas podem ser:
• Sentença aberta:quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não
é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova?- Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.
Exemplos
r: Thiago é careca.
s: Pedro é professor.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições sim-
ples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R...,também chamadas letras proposicionais.
Exemplo
P: Thiago é careca e Pedro é professor.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Exemplos:
1. (CESPE/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
– “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
– A expressão x + y é positiva.
– O valor de √4 + 3 = 7.
– Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
– O que é isto?
Há exatamente:
(A) uma proposição;
(B) duas proposições;
(C) três proposições;
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.

Resolução:
Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a quantidade
certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? -como vemos não podemos atribuir valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Resposta: B.

4
RACIOCÍNIO LÓGICO
Conectivos (conectores lógicos)
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos. São eles:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

5
RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo: • Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela ver-
2. (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP) Os conectivos ou dade (última coluna), F (falsidades). A contradição é a negação da
operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbo- Tautologia e vice versa.
los (da linguagem formal) utilizados para conectar proposições de Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição,
acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma contradição, quaisquer que
que apresenta exemplos de conjunção, negação e implicação, res- sejam as proposições P0, Q0, R0, ...
pectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q • Contingência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q (última coluna). Em outros termos a contingência é uma proposição
(C) p -> q, p v q, ¬ p composta que não é tautologia e nem contradição.
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q Exemplos:
4. (DPU – ANALISTA – CESPE) Um estudante de direito, com o
Resolução: objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o qual identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto
conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre- à disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposi-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposi- ções). No seu vocabulário particular constava, por exemplo:
ção simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma P: Cometeu o crime A.
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representa- Q: Cometeu o crime B.
da pelo símbolo (→). R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no
Resposta: B. regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
Tabela Verdade
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determi- Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar
namos o seu valor lógico partindo das proposições simples que a qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
compõe. O valor lógico de qualquer proposição composta depende Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item
UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições simples compo- que se segue.
nentes, ficando por eles UNIVOCAMENTE determinados. A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, in-
dependentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou
• Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do nú- falsas.
mero de proposições simples que a integram, sendo dado pelo se- () Certo
guinte teorema: () Errado
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* pro-
posições simples componentes contém 2n linhas.” Resolução:
Considerando P e Q como V.
Exemplo: (V→V) ↔ ((F)→(F))
3. (CESPE/UNB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições sim- (V) ↔ (V) = V
ples e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da pro- Considerando P e Q como F
posição (A → B) ↔ (C → D) será igual a: (F→F) ↔ ((V)→(V))
(A) 2; (V) ↔ (V) = V
(B) 4; Então concluímos que a afirmação é verdadeira.
(C) 8; Resposta: Certo.
(D) 16;
(E) 32.

Resolução:
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima,
então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.

Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência


• Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade
(última coluna), V (verdades).
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma tautologia,
então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma tautologia, quaisquer que
sejam as proposições P0, Q0, R0, ...

6
RACIOCÍNIO LÓGICO
Equivalência
Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma
solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.

Exemplo:
5. (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:
(A) Se João é rico, então Maria é pobre.
(B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(C) João é rico, e Maria não é pobre.
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.
Resolução:
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo
por “e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam como fica:

Resposta: B.

Leis de Morgan
Com elas:
– Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivalendo a afirmar que pelo menos uma é falsa
– Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivalendo a afirmar que ambas são falsas.

ATENÇÃO
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÃO CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO
transforma: DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

7
RACIOCÍNIO LÓGICO
CONECTIVOS
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos.

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA EXEMPLOS


Negação ~ Não p A cadeira não é azul.
Conjunção ^ peq Fernando é médico e Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Inclusiva v p ou q Fernando é médico ou Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q Ou Fernando é médico ou João é Engenheiro.
Condicional → Se p então q Se Fernando é médico então Nicolas é Engenheiro.
Bicondicional ↔ p se e somente se q Fernando é médico se e somente se Nicolas é Engenheiro.

Conectivo “não” (~)


Chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F)
quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de p. Pela tabela verdade temos:

Conectivo “e” (˄)


Se p e q são duas proposições, a proposição p ˄ q será chamada de conjunção. Para a conjunção, tem-se a seguinte tabela-verdade:

ATENÇÃO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão o valor verdadeiro somente quando todas as sentenças, ou argumen-
tos lógicos, tiverem valores verdadeiros.
Conectivo “ou” (v)
Este inclusivo: Elisabete é bonita ou Elisabete é inteligente. (Nada impede que Elisabete seja bonita e inteligente).

Conectivo “ou” (v)


Este exclusivo: Elisabete é paulista ou Elisabete é carioca. (Se Elisabete é paulista, não será carioca e vice-versa).

8
RACIOCÍNIO LÓGICO
• Mais sobre o Conectivo “ou”
– “inclusivo”(considera os dois casos)
– “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

Exemplos:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa
No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeira

Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

Exemplo:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa

No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeiro

Conectivo “Se... então” (→)


Se p e q são duas proposições, a proposição p→q é chamada subjunção ou condicional. Considere a seguinte subjunção: “Se fizer sol,
então irei à praia”.
1. Podem ocorrer as situações:
2. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
3. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade)
5. Não fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade, pois eu não disse o que faria se não fizesse sol. Assim, poderia ir ou não ir à praia).
Temos então sua tabela verdade:

Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando a primeira proposição, p, for verdadeira e a segunda, q, for falsa.

Conectivo “Se e somente se” (↔)


Se p e q são duas proposições, a proposição p↔q1 é chamada bijunção ou bicondicional, que também pode ser lida como: “p é con-
dição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é condição necessária e suficiente para p”.
Considere, agora, a seguinte bijunção: “Irei à praia se e somente se fizer sol”. Podem ocorrer as situações:
1. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
2. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
3. Não fez sol e fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade). Sua tabela verdade:

Observe que uma bicondicional só é verdadeira quando as proposições formadoras são ambas falsas ou ambas verdadeiras.

ATENÇÃO: O importante sobre os conectivos é ter em mente a tabela de cada um deles, para que assim você possa resolver qualquer
questão referente ao assunto.

9
RACIOCÍNIO LÓGICO
Ordem de precedência dos conectivos:
O critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivos ou operadores lógicos de uma expressão qualquer. A lógica matemática
prioriza as operações de acordo com a ordem listadas:

Em resumo:

Exemplo:
(PC/SP - DELEGADO DE POLÍCIA - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B

CONTRADIÇÕES
São proposições compostas formadas por duas ou mais proposições onde seu valor lógico é sempre FALSO, independentemente do
valor lógico das proposições simples que a compõem. Vejamos:
A proposição: p ^ ~p é uma contradição, conforme mostra a sua tabela-verdade:

Exemplo:
(PEC-FAZ) Conforme a teoria da lógica proposicional, a proposição ~P ∧ P é:
(A) uma tautologia.
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p.
(C) uma contradição.
(D) uma contingência.
(E) uma disjunção.

Resolução:
Montando a tabela teremos que:

P ~p ~p ^p
V F F
V F F
F V F
F V F

Como todos os valores são Falsidades (F) logo estamos diante de uma CONTRADIÇÃO.
Resposta: C

10
RACIOCÍNIO LÓGICO
A proposição P(p,q,r,...) implica logicamente a proposição Q(p,- Regras de Inferência obtidas da implicação lógica
q,r,...) quando Q é verdadeira todas as vezes que P é verdadeira.
Representamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolicamente
temos:

P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).

ATENÇÃO: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente distin-


tos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um conec-
tivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação lógica • Silogismo Disjuntivo
que pode ou não existir entre duas proposições.

Exemplo:

• Modus Ponens

Observe:
- Toda proposição implica uma Tautologia:

• Modus Tollens

- Somente uma contradição implica uma contradição:

Propriedades
• Reflexiva:
– P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
– Uma proposição complexa implica ela mesma. Tautologias e Implicação Lógica
• Teorema
• Transitiva: P(p,q,r,..) ⇒ Q(p,q,r,...) se e somente se P(p,q,r,...) → Q(p,q,r,...)
– Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então
P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)
– Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R

Regras de Inferência
• Inferência é o ato ou processo de derivar conclusões lógicas
de proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em ou-
tras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de propo-
sições verdadeiras já existentes.

11
RACIOCÍNIO LÓGICO
Observe que: • Universal afirmativa (Tipo A) – “TODO A é B”
→ indica uma operação lógica entre as proposições. Ex.: das Teremos duas possibilidades.
proposições p e q, dá-se a nova proposição p → q.
⇒ indica uma relação. Ex.: estabelece que a condicional P →
Q é tautológica.

Inferências
• Regra do Silogismo Hipotético

Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido no


conjunto “B”, ou seja, que todo e qualquer elemento de “A” é tam-
bém elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é diferente de
Princípio da inconsistência “Todo B é A”.
– Como “p ^ ~p → q” é tautológica, subsiste a implicação lógica
p ^ ~p ⇒ q • Universal negativa (Tipo E) – “NENHUM A é B”
– Assim, de uma contradição p ^ ~p se deduz qualquer propo- Tais proposições afirmam que não há elementos em comum
sição q. entre os conjuntos “A” e “B”. Observe que “nenhum A é B” é o mes-
mo que dizer “nenhum B é A”.
A proposição “(p ↔ q) ^ p” implica a proposição “q”, pois a Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte dia-
condicional “(p ↔ q) ^ p → q” é tautológica. grama (A ∩ B = ø):

Lógica de primeira ordem


Existem alguns tipos de argumentos que apresentam proposi-
ções com quantificadores. Numa proposição categórica, é impor-
tante que o sujeito se relacionar com o predicado de forma coeren-
te e que a proposição faça sentido, não importando se é verdadeira
ou falsa.

Vejamos algumas formas: • Particular afirmativa (Tipo I) - “ALGUM A é B”


- Todo A é B. Podemos ter 4 diferentes situações para representar esta pro-
- Nenhum A é B. posição:
- Algum A é B.
- Algum A não é B.
Onde temos que A e B são os termos ou características dessas
proposições categóricas.

• Classificação de uma proposição categórica de acordo com


o tipo e a relação
Elas podem ser classificadas de acordo com dois critérios fun-
damentais: qualidade e extensão ou quantidade.

– Qualidade: O critério de qualidade classifica uma proposição


categórica em afirmativa ou negativa.
– Extensão: O critério de extensão ou quantidade classifica
uma proposição categórica em universal ou particular. A classifica-
ção dependerá do quantificador que é utilizado na proposição.

Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto “A”


tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto “B”. Con-
tudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos que nem todo
A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que “Algum B é A”.

Entre elas existem tipos e relações de acordo com a qualidade


e a extensão, classificam-se em quatro tipos, representados pelas
letras A, E, I e O.

12
RACIOCÍNIO LÓGICO
• Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A não é B” Resolução:
Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição
representações possíveis: do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação.
O quantificador existencial “alguns” pode ser negado, seguindo
o esquema, pelos quantificadores universais (todos ou nenhum).
Logo, podemos descartar as alternativas A e E.
A negação de uma conjunção se faz através de uma disjunção,
em que trocaremos o conectivo “e” pelo conectivo “ou”. Descarta-
mos a alternativa B.
Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo de
que a relação que existe é: Algum A é B, deve ser trocado por: Todo
A é não B.
Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que não
são pardos NÃO miam alto.
Resposta: C

(CBM/RJ - CABO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - ND) Dizer que a


Proposições nessa forma: Algum A não é B estabelecem que o afirmação “todos os professores é psicólogos” e falsa, do ponto de
conjunto “A” tem pelo menos um elemento que não pertence ao vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira
conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o mesmo (A) Todos os não psicólogos são professores.
que Algum B não é A. (B) Nenhum professor é psicólogo.
(C) Nenhum psicólogo é professor.
• Negação das Proposições Categóricas (D) Pelo menos um psicólogo não é professor.
Ao negarmos uma proposição categórica, devemos observar as (E) Pelo menos um professor não é psicólogo.
seguintes convenções de equivalência:
– Ao negarmos uma proposição categórica universal geramos Resolução:
uma proposição categórica particular. Se a afirmação é falsa a negação será verdadeira. Logo, a nega-
– Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma proposição ção de um quantificador universal categórico afirmativo se faz atra-
categórica particular geramos uma proposição categórica universal. vés de um quantificador existencial negativo. Logo teremos: Pelo
– Negando uma proposição de natureza afirmativa geramos, menos um professor não é psicólogo.
sempre, uma proposição de natureza negativa; e, pela recíproca, Resposta: E
negando uma proposição de natureza negativa geramos, sempre,
uma proposição de natureza afirmativa. • Equivalência entre as proposições
Em síntese: Basta usar o triângulo a seguir e economizar um bom tempo na
resolução de questões.

Exemplo:
Exemplos: (PC/PI - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - UESPI) Qual a negação
(DESENVOLVE/SP - CONTADOR - VUNESP) Alguns gatos não lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou igual
são pardos, e aqueles que não são pardos miam alto. a cinco”?
Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da afir- (A) Todo número natural é menor do que cinco.
mação anterior é: (B) Nenhum número natural é menor do que cinco.
(A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são par- (C) Todo número natural é diferente de cinco.
dos. (D) Existe um número natural que é menor do que cinco.
(B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos. (E) Existe um número natural que é diferente de cinco.
(C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são pardos
não miam alto.
(D) Todos os gatos que miam alto são pardos.
(E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele é
pardo.

13
RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução:
Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pede-
-se a sua negação.
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o
esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe
ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com To-
dos e Nenhum, que também são universais.
Existe pelo menos um elemento co-
mum aos conjuntos A e B.
Podemos ainda representar das seguin-
tes formas:
ALGUM
I
AéB

Portanto, já podemos descartar as alternativas que trazem


quantificadores universais (todo e nenhum). Descartamos as alter-
nativas A, B e C.
Seguindo, devemos negar o termo: “maior do que ou igual a
cinco”. Negaremos usando o termo “MENOR do que cinco”.
Obs.: maior ou igual a cinco (compreende o 5, 6, 7...) ao ser
negado passa a ser menor do que cinco (4, 3, 2,...).
Resposta: D

Diagramas lógicos
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários proble-
mas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que envolvam
argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento po-
dem ser formadas por proposições categóricas.

ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para


conseguir resolver questões que envolvam os diagramas lógicos.

Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas: ALGUM


O
A NÃO é B
TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS

Perceba-se que, nesta sentença, a aten-


TODO ção está sobre o(s) elemento (s) de A que
A não são B (enquanto que, no “Algum A é
AéB
B”, a atenção estava sobre os que eram B,
ou seja, na intercessão).
Se um elemento pertence ao conjunto A, Temos também no segundo caso, a dife-
então pertence também a B. rença entre conjuntos, que forma o con-
junto A - B

Exemplo:
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO
– IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa de
NENHUM cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é
E
AéB casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que
(A) existem cinemas que não são teatros.
Existe pelo menos um elemento que (B) existe teatro que não é casa de cultura.
pertence a A, então não pertence a B, e (C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
vice-versa. (D) existe casa de cultura que não é cinema.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.

14
RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução: (B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mes-
Vamos chamar de: mo princípio acima.
Cinema = C (C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Errado,
Casa de Cultura = CC a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama
Teatro = T nos afirma isso
Analisando as proposições temos:
- Todo cinema é uma casa de cultura

(D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justifi-


cativa é observada no diagrama da alternativa anterior.
- Existem teatros que não são cinemas (E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Cor-
reta, que podemos observar no diagrama abaixo, uma vez que
todo cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura
também não é cinema.

- Algum teatro é casa de cultura


Resposta: E

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de propo-
sições iniciais redunda em outra proposição final, que será conse-
quência das primeiras. Ou seja, argumento é a relação que associa
um conjunto de proposições P1, P2,... Pn , chamadas premissas do
argumento, a uma proposição Q, chamada de conclusão do argu-
mento.

Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC


Segundo as afirmativas temos:
(A) existem cinemas que não são teatros- Observando o último
diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que existe
pelo menos um dos cinemas é considerado teatro.

Exemplo:
P1: Todos os cientistas são loucos.
P2: Martiniano é louco.
Q: Martiniano é um cientista.

15
RACIOCÍNIO LÓGICO
O exemplo dado pode ser chamado de Silogismo (argumento
formado por duas premissas e a conclusão).
A respeito dos argumentos lógicos, estamos interessados em
verificar se eles são válidos ou inválidos! Então, passemos a enten-
der o que significa um argumento válido e um argumento inválido.

Argumentos Válidos
Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem
construído), quando a sua conclusão é uma consequência obrigató-
ria do seu conjunto de premissas.

Exemplo:
O silogismo... Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença
P1: Todos os homens são pássaros. “Nenhum A é B”: dois conjuntos separados, sem nenhum ponto em
P2: Nenhum pássaro é animal. comum.
Q: Portanto, nenhum homem é animal. Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas
vistas acima e as analisemos em conjunto. Teremos:
... está perfeitamente bem construído, sendo, portanto, um
argumento válido, muito embora a veracidade das premissas e da
conclusão sejam totalmente questionáveis.

ATENÇÃO: O que vale é a CONSTRUÇÃO, E NÃO O SEU CONTE-


ÚDO! Se a construção está perfeita, então o argumento é válido,
independentemente do conteúdo das premissas ou da conclusão!

• Como saber se um determinado argumento é mesmo váli-


do?
Para se comprovar a validade de um argumento é utilizando
diagramas de conjuntos (diagramas de Venn). Trata-se de um mé-
todo muito útil e que será usado com frequência em questões que
pedem a verificação da validade de um argumento. Vejamos como
funciona, usando o exemplo acima. Quando se afirma, na premissa Comparando a conclusão do nosso argumento, temos:
P1, que “todos os homens são pássaros”, poderemos representar NENHUM homem é animal – com o desenho das premissas
essa frase da seguinte maneira: será que podemos dizer que esta conclusão é uma consequência
necessária das premissas? Claro que sim! Observemos que o con-
junto dos homens está totalmente separado (total dissociação!) do
conjunto dos animais. Resultado: este é um argumento válido!

Argumentos Inválidos
Dizemos que um argumento é inválido – também denominado
ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma – quando a verdade
das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclu-
são.

Exemplo:
P1: Todas as crianças gostam de chocolate.
P2: Patrícia não é criança.
Q: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate.

Observem que todos os elementos do conjunto menor (ho- Este é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois
mens) estão incluídos, ou seja, pertencem ao conjunto maior (dos as premissas não garantem (não obrigam) a verdade da conclusão.
pássaros). E será sempre essa a representação gráfica da frase Patrícia pode gostar de chocolate mesmo que não seja criança, pois
“Todo A é B”. Dois círculos, um dentro do outro, estando o círculo a primeira premissa não afirmou que somente as crianças gostam
menor a representar o grupo de quem se segue à palavra TODO. de chocolate.
Na frase: “Nenhum pássaro é animal”. Observemos que a pa- Utilizando os diagramas de conjuntos para provar a validade
lavra-chave desta sentença é NENHUM. E a ideia que ela exprime é do argumento anterior, provaremos, utilizando-nos do mesmo arti-
de uma total dissociação entre os dois conjuntos. fício, que o argumento em análise é inválido. Comecemos pela pri-
meira premissa: “Todas as crianças gostam de chocolate”.

16
RACIOCÍNIO LÓGICO
Por este método, fácil e rapidamente demonstraremos a vali-
dade de um argumento. Porém, só devemos utilizá-lo na impossibi-
lidade do primeiro método.
Iniciaremos aqui considerando as premissas como verdades.
Daí, por meio das operações lógicas com os conectivos, descobri-
remos o valor lógico da conclusão, que deverá resultar também em
verdade, para que o argumento seja considerado válido.

4º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos, conside-


rando premissas verdadeiras e conclusão falsa.
É indicado este caminho quando notarmos que a aplicação do
terceiro método não possibilitará a descoberta do valor lógico da
conclusão de maneira direta, mas somente por meio de análises
Analisemos agora o que diz a segunda premissa: “Patrícia não é mais complicadas.
criança”. O que temos que fazer aqui é pegar o diagrama acima (da
primeira premissa) e nele indicar onde poderá estar localizada a Pa- Em síntese:
trícia, obedecendo ao que consta nesta segunda premissa. Vemos
facilmente que a Patrícia só não poderá estar dentro do círculo das
crianças. É a única restrição que faz a segunda premissa! Isto posto,
concluímos que Patrícia poderá estar em dois lugares distintos do
diagrama:
1º) Fora do conjunto maior;
2º) Dentro do conjunto maior. Vejamos:

Finalmente, passemos à análise da conclusão: “Patrícia não


gosta de chocolate”. Ora, o que nos resta para sabermos se este ar-
gumento é válido ou não, é justamente confirmar se esse resultado
(se esta conclusão) é necessariamente verdadeiro!
- É necessariamente verdadeiro que Patrícia não gosta de cho-
colate? Olhando para o desenho acima, respondemos que não! Exemplo:
Pode ser que ela não goste de chocolate (caso esteja fora do círcu- Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido:
lo), mas também pode ser que goste (caso esteja dentro do círculo)!
Enfim, o argumento é inválido, pois as premissas não garantiram a (p ∧ q) → r
veracidade da conclusão! _____~r_______
~p ∨ ~q
Métodos para validação de um argumento
Aprenderemos a seguir alguns diferentes métodos que nos Resolução:
possibilitarão afirmar se um argumento é válido ou não! -1ª Pergunta) O argumento apresenta as palavras todo, algum
1º) Utilizando diagramas de conjuntos: esta forma é indicada ou nenhum?
quando nas premissas do argumento aparecem as palavras TODO, A resposta é não! Logo, descartamos o 1º método e passamos
ALGUM E NENHUM, ou os seus sinônimos: cada, existe um etc. à pergunta seguinte.
2º) Utilizando tabela-verdade: esta forma é mais indicada
quando não for possível resolver pelo primeiro método, o que ocor- - 2ª Pergunta) O argumento contém no máximo duas proposi-
re quando nas premissas não aparecem as palavras todo, algum e ções simples?
nenhum, mas sim, os conectivos “ou” , “e”, “” e “↔”. Baseia-se A resposta também é não! Portanto, descartamos também o
na construção da tabela-verdade, destacando-se uma coluna para 2º método.
cada premissa e outra para a conclusão. Este método tem a des- - 3ª Pergunta) Há alguma das premissas que seja uma proposi-
vantagem de ser mais trabalhoso, principalmente quando envolve ção simples ou uma conjunção?
várias proposições simples. A resposta é sim! A segunda proposição é (~r). Podemos optar
3º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos e consi- então pelo 3º método? Sim, perfeitamente! Mas caso queiramos
derando as premissas verdadeiras. seguir adiante com uma próxima pergunta, teríamos:

17
RACIOCÍNIO LÓGICO
- 4ª Pergunta) A conclusão tem a forma de uma proposição
simples ou de uma disjunção ou de uma condicional? A resposta
também é sim! Nossa conclusão é uma disjunção! Ou seja, caso
queiramos, poderemos utilizar, opcionalmente, o 4º método!
Vamos seguir os dois caminhos: resolveremos a questão pelo
3º e pelo 4º métodos.

Resolução pelo 3º Método


Considerando as premissas verdadeiras e testando a conclusão
verdadeira. Teremos:
- 2ª Premissa) ~r é verdade. Logo: r é falsa! A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa,
- 1ª Premissa) (p ∧ q)r é verdade. Sabendo que r é falsa, utilizando isso temos:
concluímos que (p ∧ q) tem que ser também falsa. E quando uma O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então Fernando
conjunção (e) é falsa? Quando uma das premissas for falsa ou am- estava estudando. // B → ~E
bas forem falsas. Logo, não é possível determinamos os valores Iniciando temos:
lógicos de p e q. Apesar de inicialmente o 3º método se mostrar 4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B
adequado, por meio do mesmo, não poderemos determinar se o = V – para que o argumento seja válido temos que Quando chove
argumento é ou NÃO VÁLIDO. tem que ser F.
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V).
Resolução pelo 4º Método // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que Maria
Considerando a conclusão falsa e premissas verdadeiras. Tere- vai ao cinema tem que ser V.
mos: 2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C → ~D
- Conclusão) ~p v ~q é falso. Logo: p é verdadeiro e q é verda- = V - para que o argumento seja válido temos que Quando Cláudio
deiro! sai de casa tem que ser F.
Agora, passamos a testar as premissas, que são consideradas 5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V).
verdadeiras! Teremos: // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando pode
- 1ª Premissa) (p∧q)r é verdade. Sabendo que p e q são ver- ser V ou F.
dadeiros, então a primeira parte da condicional acima também é 1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V
verdadeira. Daí resta que a segunda parte não pode ser falsa. Logo:
r é verdadeiro. Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao
- 2ª Premissa) Sabendo que r é verdadeiro, teremos que ~r é cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F); pois temos
falso! Opa! A premissa deveria ser verdadeira, e não foi! dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).
Resposta: Errado
Neste caso, precisaríamos nos lembrar de que o teste, aqui no
4º método, é diferente do teste do 3º: não havendo a existência si- (PETROBRAS – TÉCNICO (A) DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO
multânea da conclusão falsa e premissas verdadeiras, teremos que JÚNIOR – INFORMÁTICA – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma fada,
o argumento é válido! Conclusão: o argumento é válido! então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca
é um centauro. Se Monarca é um centauro, então Tristeza é uma
Exemplos: bruxa.
(DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE) Considere que as Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
seguintes proposições sejam verdadeiras. (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. (B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. (C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. (D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
• Quando Fernando está estudando, não chove. (E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.
• Durante a noite, faz frio.
Resolução:
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza não é
item subsecutivo. bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como conclusão
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. o valor lógico (V), então:
( ) Certo (4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F)
( ) Errado →V

Resolução: (3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro


A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as pre- (F) → V
missas chegamos a uma conclusão. Enumerando as premissas: (2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F)
A = Chove →V
B = Maria vai ao cinema (1) Tristeza não é uma bruxa (V)
C = Cláudio fica em casa
D = Faz frio Logo:
E = Fernando está estudando Temos que:
F = É noite Esmeralda não é fada(V)
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) Bongrado não é elfo (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional: Monarca não é um centauro (V)

18
RACIOCÍNIO LÓGICO
Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, a única que
contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Resposta: B

LÓGICA MATEMÁTICA QUALITATIVA


Aqui veremos questões que envolvem correlação de elementos, pessoas e objetos fictícios, através de dados fornecidos. Vejamos o
passo a passo:

01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos quem ê casado com quem. Eles tra-
balham com Engenharia, Advocacia e Medicina, mas também não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente descobrir o
nome de cada marido, a profissão de cada um e o nome de suas esposas.
a) O médico é casado com Maria.
b) Paulo é advogado.
c) Patrícia não é casada com Paulo.
d) Carlos não é médico.

Vamos montar o passo a passo para que você possa compreender como chegar a conclusão da questão.
1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a visualização da resolução, a mesma deve conter as informações prestadas no
enunciado, nas quais podem ser divididas em três grupos: homens, esposas e profissões.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia
Patrícia
Maria

Também criamos abaixo do nome dos homens, o nome das esposas.

2º passo – construir a tabela gabarito.


Essa tabela não servirá apenas como gabarito, mas em alguns casos ela é fundamental para que você enxergue informações que ficam
meio escondidas na tabela principal. Uma tabela complementa a outra, podendo até mesmo que você chegue a conclusões acerca dos
grupos e elementos.

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos
Luís
Paulo

3º passo preenchimento de nossa tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas que não deixam margem a nenhuma
dúvida. Em nosso exemplo:
- O médico é casado com Maria: marque um “S” na tabela principal na célula comum a “Médico” e “Maria”, e um “N” nas demais
células referentes a esse “S”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

ATENÇÃO: se o médico é casado com Maria, ele NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia, então colocamos “N” no cruzamento
de Medicina e elas. E se Maria é casada com o médico, logo ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e nem com o advogado (logo
colocamos “N” no cruzamento do nome de Maria com essas profissões).

19
RACIOCÍNIO LÓGICO
– Paulo é advogado: Vamos preencher as duas tabelas (tabela gabarito e tabela principal) agora.
– Patrícia não é casada com Paulo: Vamos preencher com “N” na tabela principal
– Carlos não é médico: preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula que ficou em branco. Podemos também completar a tabela gabarito.
Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento de Carlos com Engenharia. Marcamos um “S” nesta célula. E preenchemos
sua tabela gabarito.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro
Luís Médico
Paulo Advogado

4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na tabela gabarito, vamos procurar informações que levem a novas conclu-
sões, que serão marcadas nessas tabelas.
Observe que Maria é esposa do médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser registrado na tabela-gabarito. Mas não vamos
fazer agora, pois essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o problema que está sendo analisado é muito simples. Vamos con-
tinuar o raciocínio e fazer as marcações mais tarde. Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo. Como Paulo é o advogado,
podemos concluir que Patrícia não é casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N N
Maria S N N

Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N N S

20
RACIOCÍNIO LÓGICO
Patrícia N S N
Maria S N N

Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e Carlos) e Maria é
casada com o médico (que é Luís).
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está resolvido:

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro Patrícia
Luís Médico Maria
Paulo Advogado Lúcia

Exemplo:
(TRT-9ª REGIÃO/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC) Luiz, Arnaldo, Mariana e Paulo viajaram em janeiro, todos
para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia, Curitiba e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram, sabe-se que:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;
− Mariana viajou para Curitiba;
− Paulo não viajou para Goiânia;
− Luiz não viajou para Fortaleza.

É correto concluir que, em janeiro,


(A) Paulo viajou para Fortaleza.
(B) Luiz viajou para Goiânia.
(C) Arnaldo viajou para Goiânia.
(D) Mariana viajou para Salvador.
(E) Luiz viajou para Curitiba.

Resolução:
Vamos preencher a tabela:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N
Arnaldo N
Mariana
Paulo

− Mariana viajou para Curitiba;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N

− Paulo não viajou para Goiânia;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N N

− Luiz não viajou para Fortaleza.

21
RACIOCÍNIO LÓGICO
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador Aplicando temos:
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Agora, se escrevermos da for-
Luiz N N N ma ∀ (x) ∈ N / x + 2 = 5 ( lê-se: para todo pertencente a N temos x
Arnaldo N N + 2 = 5), atribuindo qualquer valor a x a sentença será verdadeira?
A resposta é NÃO, pois depois de colocarmos o quantificador,
Mariana N N S N
a frase passa a possuir sujeito e predicado definidos e podemos jul-
Paulo N N gar, logo, é uma proposição lógica.

Agora, completando o restante: • Quantificador existencial (∃)


Paulo viajou para Salvador, pois a nenhum dos três viajou. En- O símbolo ∃ pode ser lido das seguintes formas:
tão, Arnaldo viajou para Fortaleza e Luiz para Goiânia

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N S N N
Arnaldo S N N N
Mariana N N S N
Exemplo:
Paulo N N N S “Algum matemático é filósofo.” O diagrama lógico dessa frase
é:
Resposta: B

Quantificador
É um termo utilizado para quantificar uma expressão. Os quan-
tificadores são utilizados para transformar uma sentença aberta ou
proposição aberta em uma proposição lógica.

QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA = SENTENÇA FECHADA


O quantificador existencial tem a função de elemento comum.
Tipos de quantificadores A palavra algum, do ponto de vista lógico, representa termos co-
muns, por isso “Algum A é B” possui a seguinte forma simbólica: (∃
• Quantificador universal (∀) (x)) (A (x) ∧ B).
O símbolo ∀ pode ser lido das seguintes formas:
Aplicando temos:
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Escrevendo da forma (∃ x) ∈
N / x + 2 = 5 (lê-se: existe pelo menos um x pertencente a N tal que x
+ 2 = 5), atribuindo um valor que, colocado no lugar de x, a sentença
será verdadeira?
A resposta é SIM, pois depois de colocarmos o quantificador,
Exemplo: a frase passou a possuir sujeito e predicado definidos e podemos
Todo homem é mortal. julgar, logo, é uma proposição lógica.
A conclusão dessa afirmação é: se você é homem, então será
mortal. ATENÇÃO:
Na representação do diagrama lógico, seria: – A palavra todo não permite inversão dos termos: “Todo A é B”
é diferente de “Todo B é A”.
– A palavra algum permite a inversão dos termos: “Algum A é
B” é a mesma coisa que “Algum B é A”.

Forma simbólica dos quantificadores


Todo A é B = (∀ (x) (A (x) → B).
Algum A é B = (∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Nenhum A é B = (~ ∃ (x)) (A (x) ∧ B).
ATENÇÃO: Todo homem é mortal, mas nem todo mortal é ho- Algum A não é B= (∃ (x)) (A (x) ∧ ~ B).
mem.
A frase “todo homem é mortal” possui as seguintes conclusões: Exemplos:
1ª) Algum mortal é homem ou algum homem é mortal. Todo cavalo é um animal. Logo,
2ª) Se José é homem, então José é mortal. (A) Toda cabeça de animal é cabeça de cavalo.
(B) Toda cabeça de cavalo é cabeça de animal.
A forma “Todo A é B” pode ser escrita na forma: Se A então B. (C) Todo animal é cavalo.
A forma simbólica da expressão “Todo A é B” é a expressão (∀ (D) Nenhum animal é cavalo.
(x) (A (x) → B).
Observe que a palavra todo representa uma relação de inclusão Resolução:
de conjuntos, por isso está associada ao operador da condicional. A frase “Todo cavalo é um animal” possui as seguintes conclu-
sões:

22
RACIOCÍNIO LÓGICO
– Algum animal é cavalo ou Algum cavalo é um animal.
– Se é cavalo, então é um animal.
Nesse caso, nossa resposta é toda cabeça de cavalo é cabeça de animal, pois mantém a relação de “está contido” (segunda forma de
conclusão).
Resposta: B

(CESPE) Se R é o conjunto dos números reais, então a proposição (∀ x) (x ∈ R) (∃ y) (y ∈ R) (x + y = x) é valorada como V.

Resolução:
Lemos: para todo x pertencente ao conjunto dos números reais (R) existe um y pertencente ao conjunto dos números dos reais (R) tal
que x + y = x.
– 1º passo: observar os quantificadores.
X está relacionado com o quantificador universal, logo, todos os valores de x devem satisfazer a propriedade.
Y está relacionado com o quantificador existencial, logo, é necessário pelo menos um valor de x para satisfazer a propriedade.
– 2º passo: observar os conjuntos dos números dos elementos x e y.
O elemento x pertence ao conjunto dos números reais.
O elemento y pertence ao conjunto os números reais.
– 3º passo: resolver a propriedade (x+ y = x).
A pergunta: existe algum valor real para y tal que x + y = x?
Existe sim! y = 0.
X + 0 = X.
Como existe pelo menos um valor para y e qualquer valor de x somado a 0 será igual a x, podemos concluir que o item está correto.
Resposta: CERTO

LÓGICA SEQUENCIAL

As sequências podem ser formadas por números, letras, pessoas, figuras, etc. Existem várias formas de se estabelecer uma sequência,
o importante é que existem pelo menos três elementos que caracterize a lógica de sua formação, entretanto algumas séries necessitam
de mais elementos para definir sua lógica1. Um bom conhecimento em Progressões Algébricas (PA) e Geométricas (PG), fazem com que
deduzir as sequências se tornem simples e sem complicações. E o mais importante é estar atento a vários detalhes que elas possam ofe-
recer. Exemplos:

Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um mesmo número.

Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente um mesmo número.

Sequência de Figuras: Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão visto na sequência de pessoas ou simplesmente sofrer
rotações, como nos exemplos a seguir. Exemplos:

01. Analise a sequência a seguir:

Admitindo-se que a regra de formação das figuras seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar que a figura que ocuparia a 277ª
posição dessa sequência é:

1 https://centraldefavoritos.com.br/2017/07/21/sequencias-com-numeros-com-figuras-de-palavras/

23
RACIOCÍNIO LÓGICO

Resolução:
A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim, continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A figura de número 277 ocu-
pa, então, a mesma posição das figuras que representam número 5n + 2, com nN. Ou seja, a 277ª figura corresponde à 2ª figura, que é
representada pela letra “B”.
Resposta: B.

02. (Câmara de Aracruz/ES - Agente Administrativo e Legislativo - IDECAN) A sequência formada pelas figuras representa as posições,
a cada 12 segundos, de uma das rodas de um carro que mantém velocidade constante. Analise-a.

Após 25 minutos e 48 segundos, tempo no qual o carro permanece nessa mesma condição, a posição da roda erá:

Resolução:
A roda se mexe a cada 12 segundos. Percebe-se que ela volta ao seu estado inicial após 48 segundos.
O examinador quer saber, após 25 minutos e 48 segundos qual será a posição da roda. Vamos transformar tudo para segundos:
25 minutos = 1500 segundos (60x25)
1500 + 48 (25m e 48s) = 1548
Agora é só dividir por 48 segundos (que é o tempo que levou para roda voltar à posição inicial)
1548 / 48 = vai ter o resto “12”.
Portanto, após 25 minutos e 48 segundos, a roda vai estar na posição dos 12 segundos.
Resposta: B.

24
RACIOCÍNIO LÓGICO
PROBLEMAS DE RACIOCÍNIO LÓGICO, PROBLEMAS USANDO Sabe-se também que, desses funcionários, exatamente 64 têm
AS QUATRO OPERAÇÕES nível médio. Desses funcionários, o número de homens com nível
superior é:
É possível resolver problemas usando o raciocínio lógico e asso- (A) 30;
ciar ao mesmo, questões matemáticas básicas. No entanto, ele não (B) 32;
pode ser ensinado diretamente, mas pode ser desenvolvido através (C) 34;
da resolução de exercícios lógicos que contribuem para a evolução (D) 36;
de algumas habilidades mentais. (E) 38.
Exemplos:
01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Em Resolução:
um prédio há três caixas d’água chamadas de A, B e C e, em certo São 160 funcionários
momento, as quantidades de água, em litros, que cada uma contém No nível médio temos 64, como 30 são homens, logo 64 – 30
aparecem na figura a seguir. = 34 mulheres
Somando todos os valores fornecidos temos: 15 + 13 + 30 + 34
+ 36 = 128
160 – 120 = 32, que é o valor que está em branco em homens
com nível superior.
Resposta: B.

03. (Pref. Petrópolis/RJ – Auxiliar de coveiro- Fundação Dom


Cintra) Um elevador pode transportar, no máximo, 7 adultos por
Abrindo as torneiras marcadas com x no desenho, as caixas fo- viagem. Numa fila desse elevador estão 45 adultos. O número míni-
ram interligadas e os níveis da água se igualaram. mo de viagens que esse elevador deverá dar, para que possa trans-
Considere as seguintes possibilidades: portar todas as pessoas que estão na fila, é:
(A) 4;
1. A caixa A perdeu 300 litros. (B) 5;
2. A caixa B ganhou 350 litros. (C) 6;
3. A caixa C ganhou 50 litros. (D) 7;
(E) 8.
É verdadeiro o que se afirma em:
Resolução:
(A) somente 1; Dividindo 45/7= 6,42. Como 6.7 = 42 sobram 3 pessoas para
(B) somente 2; uma próxima viagem. Logo temos 6 + 1 = 7 viagens
(C) somente 1 e 3; Resposta: D.
(D) somente 2 e 3;
(E) 1, 2 e 3. 04. (Pref. Marilândia/ES – Aux. Serviços Gerais – IDECAN) Anel
está para dedo, assim como colar está para
Resolução: (A) papel
Somando os valores contidos nas 3 caixas temos: 700 + 150 + (B) braço
350 = 1200, como o valor da caixa será igualado temos: 1200/3 = (C) perna
400l. Logo cada caixa deve ter 400 l. (D) pescoço
Então de A: 700 – 400 = 300 l devem sair
De B: 400 – 150 = 250 l devem ser recebidos Resolução:
De C: Somente mais 50l devem ser recebidos para ficar com O Anel usa-se no dedo, logo o colar usa-se no pescoço.
400 (400 – 350 = 50). Logo As possibilidades corretas são: 1 e 3 Resposta: D.
Resposta: C.
05. (DPU – Agente Administrativo – CESPE) Em uma festa com
02. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Cada 15 convidados, foram servidos 30 bombons: 10 de morango, 10 de
um dos 160 funcionários da prefeitura de certo município possui cereja e 10 de pistache. Ao final da festa, não sobrou nenhum bom-
nível de escolaridade: fundamental, médio ou superior. O quadro a bom e
seguir fornece algumas informações sobre a quantidade de funcio- •quem comeu bombom de morango comeu também bombom
nários em cada nível: de pistache;
• quem comeu dois ou mais bombons de pistache comeu tam-
Fundamental Médio Superior bém bombom de cereja;
• quem comeu bombom de cereja não comeu de morango.
Homens 15 30
Mulheres 13 36 Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
É possível que um mesmo convidado tenha comido todos os 10
bombons de pistache.
() Certo ( ) Errado

Resolução:
Vamos partir da 2ª informação, utilizando a afirmação do enun-
ciado que ele comeu 10 bombons de pistache:

25
RACIOCÍNIO LÓGICO
- quem comeu dois ou mais bombons (10 bombons) de pista- 5. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO/2017)
che comeu também bombom de cereja; - CERTA. João estuda à noite e sua aula começa às 18h40min. Cada aula tem
Sabemos que quem come pistache come morango, logo: duração de 45 minutos, e o intervalo dura 15 minutos. Sabendo-se
- quem comeu bombom de morango comeu também bombom que nessa escola há 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afir-
de pistache; - CERTA mar que o término das aulas de João se dá às:
Analisando a última temos: (A) 22h30min
- quem comeu bombom de cereja não comeu de morango. – (B) 22h40min
ERRADA, pois esta contradizendo a informação anterior. (C) 22h50min
Resposta: Errado. (D) 23h
(E) Nenhuma das anteriores
EXERCÍCIOS
6. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO ADMINISTRATIVO-
FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km em
1. (IPRESB/SP - ANALISTA DE PROCESSOS PREVIDENCI- 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em 1h20min.
ÁRIOS- VUNESP/2017) Uma gráfica precisa imprimir um lote de Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado com a época
100000 folhetos e, para isso, utiliza a máquina A, que imprime 5000 em que era jovem, Arquimedes precisa de mais:
folhetos em 40 minutos. Após 3 horas e 20 minutos de funciona- (A) 10 minutos;
mento, a máquina A quebra e o serviço restante passa a ser fei- (B) 7 minutos;
to pela máquina B, que imprime 4500 folhetos em 48 minutos. O (C) 5 minutos;
tempo que a máquina B levará para imprimir o restante do lote de (D) 3 minutos;
folhetos é (E) 2 minutos.
(A) 14 horas e 10 minutos.
(B) 14 horas e 05 minutos. 7. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO ADMINISTRATIVO-
(C) 13 horas e 45 minutos. FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho em um horário de
(D) 13 horas e 30 minutos. trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem trânsito intenso,
(E) 13 horas e 20 minutos. Lucas foi de carro para o trabalho a uma velocidade média 20km/h
maior do que no dia de trânsito intenso e gastou 48min.
2. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VUNESP/2017) A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é:
Renata foi realizar exames médicos em uma clínica. Ela saiu de sua (A) 36;
casa às 14h 45 min e voltou às 17h 15 min. Se ela ficou durante uma (B) 40;
hora e meia na clínica, então o tempo gasto no trânsito, no trajeto (C) 48;
de ida e volta, foi igual a (D) 50;
(A) 1/2h. (E) 60.
(B) 3/4h.
(C) 1h. 8. (EMDEC - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JR – IBFC/2016)
(D) 1h 15min. Carlos almoçou em certo dia no horário das 12:45 às 13:12. O total
(E) 1 1/2h. de segundos que representa o tempo que Carlos almoçou nesse dia
é:
3. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VUNESP/2017) (A) 1840
Uma indústria produz regularmente 4500 litros de suco por dia. Sa- (B) 1620
be-se que a terça parte da produção diária é distribuída em caixi- (C) 1780
nhas P, que recebem 300 mililitros de suco cada uma. Nessas condi- (D) 2120
ções, é correto afirmar que a cada cinco dias a indústria utiliza uma
quantidade de caixinhas P igual a 9. (ANP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2016)
(A) 25000. Um caminhão-tanque chega a um posto de abastecimento com
(B) 24500. 36.000 litros de gasolina em seu reservatório. Parte dessa gasolina
(C) 23000. é transferida para dois tanques de armazenamento, enchendo-os
(D) 22000. completamente. Um desses tanques tem 12,5 m3, e o outro, 15,3
(E) 20500. m3, e estavam, inicialmente, vazios.
Após a transferência, quantos litros de gasolina restaram no
4. (UNIRV/GO – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – UNIRV- caminhão-tanque?
GO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400 litros de (A) 35.722,00
uma substância líquida em recipientes de 72 cm3 cada um. Sabe-se (B) 8.200,00
que cada recipiente, depois de cheio, tem 80 gramas. A quantidade (C) 3.577,20
de toneladas que representa todos os recipientes cheios com essa (D) 357,72
substância é de (E) 332,20
(A) 16
(B) 160
(C) 1600
(D) 16000

26
RACIOCÍNIO LÓGICO
10. (DPE/RR – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FCC/2015) 7ª expressão: █ x 9 + ▲
Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45 m. Ele
precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem 40 cm de com- Seguindo esse padrão e colocando os números adequados no
primento cada um. Ele cortou as duas cordas em pedaços de 40 cm lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª expressão será
de comprimento e assim conseguiu obter
(A) 6 pedaços. (A) 1 111 111.
(B) 8 pedaços. (B) 11 111.
(C) 9 pedaços. (C) 1 111.
(D) 5 pedaços. (D) 111 111.
(E) 7 pedaços. (E) 11 111 111.

11. (PREFEITURA DE SALVADOR /BA - TÉCNICO DE NÍVEL 16. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2017) Durante um
SUPERIOR II - DIREITO – FGV/2017) Em um concurso, há 150 can- treinamento, o chefe da brigada de incêndio de um prédio comer-
didatos em apenas duas categorias: nível superior e nível médio. cial informou que, nos cinquenta anos de existência do prédio, nun-
Sabe-se que: ca houve um incêndio, mas existiram muitas situações de risco, fe-
• dentre os candidatos, 82 são homens; lizmente controladas a tempo. Segundo ele, 1/13 dessas situações
• o número de candidatos homens de nível superior é igual ao deveu-se a ações criminosas, enquanto as demais situações haviam
de mulheres de nível médio; sido geradas por diferentes tipos de displicência. Dentre as situa-
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mulheres. ções de risco geradas por displicência,

O número de candidatos homens de nível médio é − 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas inadequada-
(A) 42. mente;
(B) 45. − 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas;
(C) 48. − 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e;
(D) 50. − As demais foram geradas por descuidos ao cozinhar.
(E) 52.
De acordo com esses dados, ao longo da existência desse pré-
12. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA dio comercial, a fração do total de situações de risco de incêndio
- MSCONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda, Isabella e geradas por descuidos ao cozinhar corresponde à
José foram a uma prova de hipismo, na qual ganharia o competidor (A) 3/20.
que obtivesse o menor tempo final. A cada 1 falta seriam incremen- (B) 1/4.
tados 6 segundos em seu tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, (C) 13/60.
Maria Eduarda fez 1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, (D) 1/5.
Raoni fez 1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a (E) 1/60.
colocação, é correto afirmar que o vencedor foi:
(A) José 17. (ITAIPU BINACIONAL - PROFISSIONAL NÍVEL TÉCNICO
(B) Isabella I - TÉCNICO EM ELETRÔNICA – NCUFPR/2017) Assinale a alterna-
(C) Maria Eduarda tiva que apresenta o valor da expressão
(D) Raoni

13. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA -


MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é:
(A) 0,2222...
(B) 0,6666...
(C) 0,1616... (A) 1.
(D) 0,8888... (B) 2.
(C) 4.
14. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2017) (D) 8.
Se, numa divisão, o divisor e o quociente são iguais, e o resto é 10, (E) 16.
sendo esse resto o maior possível, então o dividendo é
(A) 131. 18. (UNIRV/GO – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – UNIRV-
(B) 121. GO/2017)
(C) 120.
(D) 110. Qual o resultado de ?
(E) 101.
(A) 3
15. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2017) As expressões (B) 3/2
numéricas abaixo apresentam resultados que seguem um padrão (C) 5
específico: (D) 5/2

1ª expressão: 1 x 9 + 2
2ª expressão: 12 x 9 + 3
3ª expressão: 123 x 9 + 4
...

27
RACIOCÍNIO LÓGICO
19. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL E SUPERVI- 23. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2017) Três irmãos, An-
SOR – FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b . dré, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia herança constituída pe-
las seguintes joias: um bracelete de ouro, um colar de pérolas e um
Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a: par de brincos de diamante. A tia especificou em testamento que
(A) 1; as joias não deveriam ser vendidas antes da partilha e que cada um
(B) 2; deveria ficar com uma delas, mas não especificou qual deveria ser
(C) 3; dada a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um re-
(D) 4; cebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam que as joias
(E) 6. tinham valores diferentes entre si e, além disso, tinham diferentes
opiniões sobre seus valores. Então, decidiram fazer a partilha do
20. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL E SUPERVI- seguinte modo:
SOR – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de determinada − Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um deveria
empresa tem o mesmo número de mulheres e de homens. Certa escrever em um papel três porcentagens, indicando sua avaliação
manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos homens dessa equipe saíram sobre o valor de cada joia com relação ao valor total da herança.
para um atendimento externo. − A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas avaliações.
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles rece-
Desses que foram para o atendimento externo, a fração de mu- besse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da herança toda
lheres é: ou mais.
(A) 3/4; As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das joias foi a
(B) 8/9; seguinte:
(C) 5/7;
(D) 8/13; ANDRÉ Bracelete: 40% Colar: 50% Brincos: 10%
(E) 9/17.
BEATRIZ Bracelete: 30% Colar: 50% Brincos: 20%
21. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA CLARICE Bracelete: 30% Colar: 20% Brincos: 50%
- MSCONCURSOS/2017) Um aparelho de televisão que custa
R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação, com um des- Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clarice rece-
conto de 40%. Marta queria comprar essa televisão, porém não ti- bessem, respectivamente,
nha condições de pagar à vista, e o vendedor propôs que ela desse (A) o bracelete, os brincos e o colar.
um cheque para 15 dias, pagando 10% de juros sobre o valor da (B) os brincos, o colar e o bracelete.
venda na liquidação. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de: (C) o colar, o bracelete e os brincos.
(A) R$1120,00 (D) o bracelete, o colar e os brincos.
(B)R$1056,00 (E) o colar, os brincos e o bracelete.
(C)R$960,00
(D) R$864,00 24. (UTFPR – TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
– UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas foi alte-
22. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2017) A equipe de rado. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser 2/ 3 do com-
segurança de um Tribunal conseguia resolver mensalmente cerca primento original e sua largura foi reduzida e passou a ser 3/ 4 da
de 35% das ocorrências de dano ao patrimônio nas cercanias desse largura original.
prédio, identificando os criminosos e os encaminhando às autorida- Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo original, a
des competentes. Após uma reestruturação dos procedimentos de área do novo retângulo:
segurança, a mesma equipe conseguiu aumentar o percentual de (A)foi aumentada em 50%.
resolução mensal de ocorrências desse tipo de crime para cerca de (B) foi reduzida em 50%.
63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação, a equipe (C) aumentou em 25%.
de segurança aumentou sua eficácia no combate ao dano ao patri- (D) diminuiu 25%.
mônio em (E)foi reduzida a 15%.
(A) 35%.
(B) 28%. 25. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO/2017)
(C) 63%. Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma editora um lote de
(D) 41%. apostilas para concursos, cujo valor unitário original é de R$ 60,00.
(E) 80%. Por ter cadastro no referido estabelecimento, ele recebeu 30% de
desconto na compra. Para revender os materiais, Paulo decidiu
acrescentar 30% sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas
condições, qual será o lucro obtido por unidade?
(A) R$ 4,20.
(B) R$ 5,46.
(C) R$ 10,70.
(D) R$ 12,60.
(E) R$ 18,00.

26. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO/2017) Joana


foi fazer compras. Encontrou um vestido de R$ 150,00 reais. Des-
cobriu que se pagasse à vista teria um desconto de 35%. Depois de
muito pensar, Joana pagou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou?

28
RACIOCÍNIO LÓGICO
(A) R$ 120,00 reais 31. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VU-
(B) R$ 112,50 reais NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em centímetros,
(C) R$ 127,50 reais mostra um painel informativo ABCD, de formato retangular, no qual
(D) R$ 97,50 reais se destaca a região retangular R, onde x > y.
(E) R$ 90 reais

27. (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-


NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão de re-
ceitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o primeiro tri-
mestre é de 180 milhões de reais, valor que é 10% inferior ao da
receita prevista para o trimestre seguinte. A receita prevista para o
primeiro semestre é 5% inferior à prevista para o segundo semes-
tre. Nessas condições, é correto afirmar que a receita média trimes-
tral prevista para 2018 é, em milhões de reais, igual a
(A) 200.
(B) 203.
(C) 195.
(D) 190.
(E) 198.
Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados correspon-
28. (CRM/MG – TÉCNICO EM INFORMÁTICA- FUNDEP/2017) dentes do retângulo ABCD e da região R é igual a 5/2 , é correto
Veja, a seguir, a oferta da loja Magazine Bom Preço: afirmar que as medidas, em centímetros, dos lados da região R, in-
dicadas por x e y na figura, são, respectivamente,
Aproveite a Promoção! (A) 80 e 64.
Forno Micro-ondas (B) 80 e 62.
De R$ 720,00 (C) 62 e 80.
Por apenas R$ 504,00 (D) 60 e 80.
(E) 60 e 78.
Nessa oferta, o desconto é de:
(A) 70%. 32. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VU-
(B) 50%. NESP/2017) O piso de um salão retangular, de 6 m de comprimento,
(C) 30%. foi totalmente coberto por 108 placas quadradas de porcelanato,
(D) 10%. todas inteiras. Sabe-se que quatro placas desse porcelanato cobrem
exatamente 1 m2 de piso. Nessas condições, é correto afirmar que
29 (CODAR – RECEPCIONISTA – EXATUS/2016) Considere o perímetro desse piso é, em metros, igual a
que uma caixa de bombom custava, em novembro, R$ 8,60 e pas- (A) 20.
sou a custar, em dezembro, R$ 10,75. O aumento no preço dessa (B) 21.
caixa de bombom foi de: (C) 24.
(A) 30%. (D) 27.
(B) 25%. (E) 30.
(C)20%.
(D) 15% 33. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) Seis livros diferentes
estão distribuídos em uma estante de vidro, conforme a figura abai-
30. (ANP – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DE- xo:
RIVADOS – CESGRANRIO/2016) Um grande tanque estava vazio
e foi cheio de óleo após receber todo o conteúdo de 12 tanques
menores, idênticos e cheios.
Se a capacidade de cada tanque menor fosse 50% maior do que
a sua capacidade original, o grande tanque seria cheio, sem exces-
sos, após receber todo o conteúdo de
(A) 4 tanques menores
(B) 6 tanques menores
(C) 7 tanques menores
(D) 8 tanques menores Considerando-se essa mesma forma de distribuição, de quan-
(E) 10 tanques menores tas maneiras distintas esses livros podem ser organizados na estan-
te?
(A) 30 maneiras
(B) 60 maneiras
(C) 120 maneiras
(D) 360 maneiras
(E) 720 maneiras

29
RACIOCÍNIO LÓGICO
34. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação – 39. (MRE – OFICIAL DE CHANCELARIA – FGV/2016) Em uma
UTFPR/2017) Em um carro que possui 5 assentos, irão viajar 4 pas- urna há quinze bolas iguais numeradas de 1 a 15. Retiram-se ale-
sageiros e 1 motorista. Assinale a alternativa que indica de quantas atoriamente, em sequência e sem reposição, duas bolas da urna.
maneiras distintas os 4 passageiros podem ocupar os assentos do
carro. A probabilidade de que o número da segunda bola retirada da
(A) 13. urna seja par é:
(B) 26. (A) 1/2;
(C) 17. (B) 3/7;
(D) 20. (C) 4/7;
(E) 24. (D) 7/15;
(E) 8/15.
35. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação –
UTFPR/2017) A senha criada para acessar um site da internet é for- 40. (CASAN – ADVOGADO – INSTITUTO AOCP/2016) Lançan-
mada por 5 dígitos. Trata-se de uma senha alfanumérica. André tem do uma moeda não viciada por três vezes consecutivas e anotando
algumas informações sobre os números e letras que a compõem seus resultados, a probabilidade de que a face voltada para cima
conforme a figura. tenha apresentado ao menos uma cara e ao menos uma coroa é:
(A) 0,66.
(B) 0,75.
(C) 0,80.
Algarismo Algarismo Algarismo (D) 0,98.
Vogal Vogal
Ímpar Ímpar Ímpar (E) 0,50.

Sabendo que nesta senha as vogais não se repetem e também 41. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA -
não se repetem os números ímpares, assinale a alternativa que in- MSCONCURSOS/2017) O dobro do quadrado de um número na-
dica o número máximo de possibilidades que existem para a com- tural aumentado de 3 unidades é igual a sete vezes esse número.
posição da senha. Qual é esse número?
(A) 3125. (A) 2
(B) 1200. (B) 3
(C) 1600. (C) 4
(D) 1500. (D) 5
(E) 625.
42. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO -VUNESP/2017)
36. (PREF. DE PIRAUBA/MG – ASSISTENTE SOCIAL – MS- Um carro parte da cidade A em direção à cidade B pela rodovia que
CONCURSOS/2017) A probabilidade de qualquer uma das 3 crian- liga as duas cidades, percorre 1/3 do percurso total e para no ponto
ças de um grupo soletrar, individualmente, a palavra PIRAÚBA de P. Outro carro parte da cidade B em direção à cidade A pela mesma
forma correta é 70%. Qual a probabilidade das três crianças soletra- rodovia, percorre 1/4 do percurso total e para no ponto Q. Se a
rem essa palavra de maneira errada? soma das distâncias percorridas por ambos os carros até os pontos
(A) 2,7% em que pararam é igual a 28 km, então a distância entre os pontos
(B) 9% P e Q, por essa rodovia, é, em quilômetros, igual a
(C) 30% (A) 26.
(D) 35,7% (B) 24.
(C) 20.
37. (UFTM – TECNÓLOGO – UFTM/2016) Lançam-se simulta- (D) 18.
neamente dois dados não viciados, a probabilidade de que a soma (E) 16.
dos resultados obtidos seja nove é:
(A) 1/36 43. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO -VUNESP/2017)
(B) 2/36 Nelson e Oto foram juntos a uma loja de materiais para construção.
(C) 3/36 Nelson comprou somente 10 unidades iguais do produto P, todas
(D) 4/36 de mesmo preço. Já Oto comprou 7 unidades iguais do mesmo pro-
duto P, e gastou mais R$ 600,00 na compra de outros materiais. Se
38. (CASAN – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – INSTITUTO os valores totais das compras de ambos foram exatamente iguais,
AOCP/2016) Um empresário, para evitar ser roubado, escondia seu então o preço unitário do produto P foi igual a
dinheiro no interior de um dos 4 pneus de um carro velho fora de (A) R$ 225,00.
uso, que mantinha no fundo de sua casa. Certo dia, o empresário se (B) R$ 200,00.
gabava de sua inteligência ao contar o fato para um de seus amigos, (C) R$ 175,00.
enquanto um ladrão que passava pelo local ouvia tudo. O ladrão ti- (D) R$ 150,00.
nha tempo suficiente para escolher aleatoriamente apenas um dos (E) R$ 125,00.
pneus, retirar do veículo e levar consigo. Qual é a probabilidade de
ele ter roubado o pneu certo?
(A) 0,20.
(B) 0,23.
(C) 0,25.
(D) 0,27.
(E) 0,30.

30
RACIOCÍNIO LÓGICO
44. (TRT – 14ªREGIÃO -TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2016)
Carlos presta serviço de assistência técnica de computadores em
empresas. Ele cobra R$ 12,00 para ir até o local, mais R$ 25,00 por
hora de trabalho até resolver o problema (também são cobradas
as frações de horas trabalhadas). Em um desses serviços, Carlos re-
solveu o problema e cobrou do cliente R$ 168,25, o que permite
concluir que ele trabalhou nesse serviço
(A) 5 horas e 45 minutos. 2. Resposta: C.
(B) 6 horas e 15 minutos. Como ela ficou 1hora e meia na clínica o trajeto de ida e volta
(C) 6 horas e 25 minutos. demorou 1 hora.
(D) 5 horas e 25 minutos.
(E) 5 horas e 15 minutos. 3. Resposta: A.
4500/3=1500 litros para as caixinhas
45. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) No sis- 1500litros=1500000ml
tema de coordenadas cartesianas da figura abaixo, encontram-se 1500000/300=5000 caixinhas por dia
representados o gráfico da função de segundo grau f, definida por 5000.5=25000 caixinhas em 5 dias
f(x), e o gráfico da função de primeiro grau g, definida por g(x).
4. Resposta: A.
14400litros=14400000 ml

200000⋅80=16000000 gramas=16 toneladas

5. Resposta: B.
5⋅45=225 minutos de aula
225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos de in-
tervalo=4horas
18:40+4h=22h:40

6. Resposta: D.
1h45min=60+45=105 minutos
15km-------105
1--------------x
X=7 minutos
1h20min=60+20=80min
Os valores de x, soluções da equação f(x)=g(x), são 8km----80
(A)-0,5 e 2,5. 1-------x
(B) -0,5 e 3. X=10minutos
(C) -1 e 2. A diferença é de 3 minutos
(D) -1 e 2,5.
(E) -1 e 3. 7. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
GABARITO Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversamente)

1. Resposta: E.
3h 20 minutos-200 minutos
5000-----40
x----------200 80v=48V+960
x=1000000/40=25000 32V=960
V=30km/h
Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda 75000 30km----60 min
4500-------48 x-----------80
75000------x
X=3600000/4500=800 minutos
800/60=13,33h
13 horas e 1/3 hora
13h e 20 minutos 60x=2400
X=40km
8 Resposta: B.

31
RACIOCÍNIO LÓGICO
12:45 até 13:12 são 27 minutos
27x60=1620 segundos

9. Resposta: B.
1m³=1000litros
36000/1000=36 m³
36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros

10.Resposta: E. 18. Resposta: D.


1,7m=170cm
1,45m=145 cm
170/40=4 resta 10
145/40=3 resta 25
4+3=7

11. Resposta: B. 19. Resposta: C.


150-82=68 mulheres 2-2(1-2N)=12
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37 são de 2-2+4N=12
nível médio. 4N=12
Portanto, há 37 homens de nível superior. N=3
82-37=45 homens de nível médio.
20. Resposta: E.
12. Resposta: D. Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o vencedor.

13. Resposta: B.
Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração
X=0,4444.... Dos homens que saíram:
10x=4,444...
9x=4

Saíram no total

14. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número 11 que
é igua o quociente.
11x11=121+10=131 21. Resposta: B.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do produto.
15. Resposta: E.
A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111 1600⋅0,6=960
Como vai pagar 10% a mais:
16. Resposta: D. 960⋅1,1=1056

22. Resposta: E.
63/35=1,80
Portanto teve um aumento de 80%.
Gerado por descuidos ao cozinhar:
23. Resposta: D.
Clarice obviamente recebeu o brinco.
Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou acima de
30% e André recebeu o bracelete.
Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1-1/13)
24. Resposta: B.
A=b⋅h

17. Resposta: C.

32
RACIOCÍNIO LÓGICO
Portanto foi reduzida em 50% 5x=400
25. Resposta: D. X=80
Como ele obteve um desconto de 30%, pagou 70% do valor:
60⋅0,7=42
Ele revendeu por:
42⋅1,3=54,60
Teve um lucro de: 54,60-42=12,60 32. Resposta: B.
108/4=27m²
26. Resposta: D. 6x=27
Como teve um desconto de 35%. Pagou 65%do vestido X=27/6
150⋅0,65=97,50
O perímetro seria
27. Resposta: C.
Como a previsão para o primeiro trimestre é de 180 milhões e é
10% inferior, no segundo trimestre temos uma previsão de
180-----90%
x---------100 33. Resposta: E.
x=200 P6=6!=6.5.4.3.2.1=720

200+180=380 milhões para o primeiro semestre 34. Resposta: E.


380----95 P4=4!= 4.3.2.1=24
x----100
x=400 milhões 35. Resposta: B.
Vogais: a, e, i, o, u
Somando os dois semestres: 380+400=780 milhões Números ímpares: 1,3,5,7,9
780/4trimestres=195 milhões
5 5 4 4 3
28. Resposta: C.
Algarismo Algarismo Algarismo
Vogal Vogal
Ímpar Ímpar Ímpar

5.5.4.4.3=1200

Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de 30%. 36. Resposta: A.
OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não errar con- A probabilidade de uma soletrar errado: 0,3
forme a pergunta feita. __ __ __
0,3.0,3.0,3=0,027=2,7%
29. Resposta: B.
8,6(1+x)=10,75 37. Resposta: D.
8,6+8,6x=10,75 Para dar 9, temos 4 possibilidades
8,6x=10,75-8,6 3+6
8,6x=2,15 6+3
X=0,25=25% 4+5
5+4
30. Resposta: D.
50% maior quer dizer que ficou 1,5 P=4/36
Quantidade de tanque: x
A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tanques 38. Resposta: C.
1,5x=12 A probabilidade é de 1/4, pois o carro tem 4 pneus e o dinheiro
X=8 está em 1.
1/4=0,25
31. Resposta: A
39. Resposta: D.
Temos duas possibilidades
As bolas serem par/par ou ímpar/par
Ser par/par:

5y=320 Os números pares são: 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14


Y=64

33
RACIOCÍNIO LÓGICO
Ímpar/par: Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém.
Os números ímpares são: 1, 3, 5, 7, 9, 11 ,13, 15 42. Resposta: C.

MMC (3,4)=12
A probabilidade é par/par OU ímpar/par 4x+3x=336
7x=336
X=48
A distância entre A e B é 48km
Como já percorreu 28km
48-28=20 km entre P e Q.
40. Resposta: B.
São seis possibilidades: 43. Resposta: B.
Cara, coroa, cara Sendo x o valor do material P
10x=7x+600
3x=600
X=200

44.Resposta: B.
Cara, coroa, coroa F(x)=12+25x
X=hora de trabalho

168,25=12+25x
25x=156,25
X=6,25 horas
Cara, cara, coroa 1hora---60 minutos
0,25-----x
X=15 minutos

Então ele trabalhou 6 horas e 15 minutos

Coroa, cara, cara 45. Resposta: E.


Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
(x-2)(x+2)=x²-4
A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3)
Y=ax+b
-1=b
Coroa, coroa, cara 3=2a-1
2a=4
A=2
Y=2x-1

Igualando a função do primeiro grau e a função do segundo


Coroa, cara, coroa grau:
X²-4=2x-1
X²-2x-3=0
∆=4+12=16

41. Resposta: B.
2x²+3=7x
2x²-7x+3=0
∆=49-24=25

34
INFORMÁTICA
1. Conhecimentos do sistema operacional Microsoft Windows 10: (1) Área de Trabalho (Exibir, Classificar, Atualizar, Resolução da tela,
Gadgets) e Menu Iniciar (Documentos, Imagens, Computador, Painel de Controle, Dispositivos e Impressoras, programa Padrão, Ajuda
e Suporte, Desligar, Todos os programas, Pesquisar programa e Arquivos e Ponto de Partida): saber trabalhar, exibir, alterar, organizar,
classificar, ver as propriedades, identificar, usar e configurar, utilizando menus rápidos ou suspensos, painéis, listas, caixa de pesquisa,
menus, ícones, janelas, teclado e/ou mouse; (2) Propriedades da Barra de Tarefas, do Menu Iniciar e do Gerenciador de Tarefas: saber
trabalhar, exibir, alterar, organizar, identificar, usar, fechar programa e configurar, utilizando as partes da janela (botões, painéis, listas,
caixa de pesquisa, caixas de marcação, menus, ícones e etc.), teclado e/ou mouse; (3) Janelas (navegação no Windows e o trabalho
com arquivos, pastas e bibliotecas), Painel de Controle e Lixeira: saber exibir, alterar, organizar, identificar, usar e configurar ambientes,
componentes da janela, menus, barras de ferramentas e ícones; usar as funcionalidades das janelas, programa e aplicativos utilizando as
partes da janela (botões, painéis, listas, caixa de pesquisa, caixas de marcação, menus, ícones e etc.), teclado e/ou mouse; (4) Bibliotecas,
Arquivos, Pastas, Ícones e Atalhos: realizar ações e operações sobre bibliotecas, arquivos, pastas, ícones e atalhos: localizar, copiar, mover,
criar, criar atalhos, criptografar, ocultar, excluir, recortar, colar, renomear, abrir, abrir com, editar, enviar para, propriedades e etc.; e (5)
Nomes válidos: identificar e utilizar nomes válidos para bibliotecas, arquivos, pastas, ícones e atalhos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Conhecimentos sobre o programa Microsoft Word 2016: (1) Ambiente e Componentes do Programa: saber identificar, caracterizar,
usar, alterar, configurar e personalizar o ambiente, componentes da janela, funcionalidades, menus, ícones, barra de ferramentas,
guias, grupos e botões, incluindo número de páginas e palavras, erros de revisão, idioma, modos de exibição do documento e zoom;
(2) Documentos: abrir, fechar, criar, excluir, visualizar, formatar, alterar, salvar, configurar documentos, utilizado as barras de ferramen-
tas, menus, ícones, botões, guias e grupos da Faixa de Opções, teclado e/ou mouse; (3) Barra de Ferramentas: identificar e utilizar os
botões e ícones das barras de ferramentas das guias e grupos Início, Inserir, Layout da Página, Referências, Correspondências, Revisão
e Exibição, para formatar, personalizar, configurar, alterar e reconhecer a formatação de textos e documentos; e (4) Ajuda: saber usar
a Ajuda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. Conhecimentos sobre o programa Microsoft Excel 2016: (1) Ambiente e Componentes do Programa: saber identificar, caracterizar,
usar, alterar, configurar e personalizar o ambiente, componentes da janela, funcionalidades, menus, ícones, barra de ferramentas,
guias, grupos e botões; (2) Elementos: definir e identificar célula, planilha e pasta; saber selecionar e reconhecer a seleção de células,
planilhas e pastas; (3) Planilhas e Pastas: abrir, fechar, criar, visualizar, formatar, salvar, alterar, excluir, renomear, personalizar, configu-
rar planilhas e pastas, utilizar fórmulas e funções, utilizar as barra de ferramentas, menus, ícones, botões, guias e grupos da Faixa de
Opções, teclado e/ou mouse; (4) Barra de Ferramentas: identificar e utilizar os ícones e botões das barras de ferramentas das guias
e grupos Início, Inserir, Layout da Página, Fórmulas, Dados, Revisão e Exibição, para formatar, alterar, selecionar células, configurar,
reconhecer a formatação de textos e documentos e reconhecer a seleção de células; (5) Fórmulas: saber o significado e resultado de
fórmulas; e (6) Ajuda: saber usar a Ajuda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4. Mozilla Firefox versão atualizada: (1) Ambiente e Componentes do Programa: identificar o ambiente, características e componentesda
janela principal; (2) Funcionalidades: identificar e saber usar todas as funcionalidades do Mozilla Firefox. Internet Explorer 11: (1)
identificar o ambiente, características e componentes da janela principal do Internet Explorer; (2) identificar e usar as funcionalida-
des da barra de ferramentas e de status; (3) identificar e usar as funcionalidades dos menus; (4) identificar e usar as funcionalidades
das barras de Menus, Favoritos, Botões do Modo de Exibição de Compatibilidade, Barra de Comandos, Barra de Status; e (5) utilizar
teclas de atalho para qualquer operação. Google Chrome versão atualizada: (1) Ambiente e Componentes do Programa: identificar
o ambiente, características e componentes da janela principal; (2) Funcionalidades: identificar e saber usar todas as funcionalidades
do Google Chrome. Outlook Express: Contas de e-mail, endereços de e-mail, escrever, enviar, responder e encaminhar mensagens,
destinatário oculto, arquivos anexos, organizar e selecionar mensagens recebidas. Importar e exportar mensagens. Funcionalidade
dos menus, ferramentas e teclas de atalho. Microsoft Outlook 2016: Contas de e-mail, endereços de e-mail, escrever, enviar, respon-
der e encaminhar mensagens, destinatário oculto, arquivos anexos, organizar e selecionar mensagens recebidas. Importar e exportar
mensagens. Funcionalidade dos menus, ferramentas e teclas de atalho. Gmail: Funcionamento do serviço de e-mail Gmail, incluindo:
menus, caixas de emails, enviados, rascunhos, configurações, estrela, escrever, responder, encaminhar, inserir anexos, filtros, entre
outros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
INFORMÁTICA
No caso da figura acima temos quatro pastas e quatro arquivos.
CONHECIMENTOS DO SISTEMA OPERACIONAL MICRO-
SOFT WINDOWS 10:(1) ÁREA DE TRABALHO (EXIBIR, Arquivos e atalhos
CLASSIFICAR, ATUALIZAR, RESOLUÇÃO DA TELA, GA- Como vimos anteriormente: pastas servem para organização,
DGETS) E MENU INICIAR (DOCUMENTOS, IMAGENS, vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
COMPUTADOR, PAINEL DE CONTROLE, DISPOSITIVOS • Arquivo é um item único que contém um determinado dado.
E IMPRESSORAS, PROGRAMAS PADRÃO, AJUDA E SU- Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
PORTE, DESLIGAR, TODOS OS PROGRAMAS, PESQUI- vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
SAR PROGRAMAS E ARQUIVOS E PONTO DE PARTIDA): • Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determina-
SABER TRABALHAR, EXIBIR, ALTERAR, ORGANIZAR, da pasta ou arquivo propriamente dito.
CLASSIFICAR, VER AS PROPRIEDADES, IDENTIFICAR,
USAR E CONFIGURAR, UTILIZANDO MENUS RÁPIDOS
OU SUSPENSOS, PAINÉIS, LISTAS, CAIXA DE PESQUI-
SA, TECLAS DE ATALHO, MENUS, ÍCONES, JANELAS,
TECLADO E/OU MOUSE; (2) PROPRIEDADES DA BARRA
DE TAREFAS E DO MENU INICIAR E GERENCIADOR
DE TAREFAS: SABER TRABALHAR, EXIBIR, ALTERAR,
ORGANIZAR, IDENTIFICAR, USAR, FECHAR PROGRA-
MAS E CONFIGURAR, UTILIZANDO AS PARTES DA
JANELA (BOTÕES, PAINÉIS, LISTAS, CAIXA DE PESQUI-
SA, CAIXAS DE MARCAÇÃO, MENUS, ÍCONES E ETC.),
TECLADO E/OU MOUSE. (3) JANELAS PARA FACILITAR
A NAVEGAÇÃO NO WINDOWS E O TRABALHO COM
ARQUIVOS, PASTAS E BIBLIOTECAS, PAINEL DE CON-
TROLE E LIXEIRA: SABER EXIBIR, ALTERAR, ORGANI-
ZAR, IDENTIFICAR, USAR E CONFIGURAR AMBIENTES,
COMPONENTES DA JANELA, MENUS, BARRAS DE FER-
RAMENTAS E ÍCONES; USAR AS FUNCIONALIDADES
DAS JANELAS, PROGRAMAS E APLICATIVOS UTILIZAN-
DO AS PARTES DA JANELA (BOTÕES, PAINÉIS, LISTAS, Área de trabalho
CAIXA DE PESQUISA, CAIXAS DE MARCAÇÃO, MENUS,
ÍCONES E ETC.), TECLADO E/OU MOUSE; (4) REALIZAR
AÇÕES E OPERAÇÕES SOBRE BIBLIOTECAS, ARQUIVOS,
PASTAS, ÍCONES E ATALHOS: LOCALIZAR, COPIAR, MO-
VER, CRIAR, CRIAR ATALHOS, CRIPTOGRAFAR, OCUL-
TAR, EXCLUIR, RECORTAR, COLAR, RENOMEAR, ABRIR,
ABRIR COM, EDITAR, ENVIAR PARA, PROPRIEDADES E
ETC.; E (5) IDENTIFICAR E UTILIZAR NOMES VÁLIDOS
PARA BIBLIOTECAS, ARQUIVOS, PASTAS, ÍCONES E
ATALHOS

WINDOWS 10

Conceito de pastas e diretórios


Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pas- Área de transferência
ta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armaze- A área de transferência é muito importante e funciona em se-
nar e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários
de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos). tipos de itens, tais como arquivos, informações etc.
Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o – Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”,
nome do usuário onde são armazenados dados pessoais. estamos copiando dados para esta área intermediária.
Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas. – Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”,
estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na
área de transferência.

1
INFORMÁTICA
Manipulação de arquivos e pastas
A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e
pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos
executar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pas-
tas, criar atalhos etc.

– Ferramentas do sistema
• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o pró-
prio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente
confirmar sua exclusão.

Uso dos menus

• O desfragmentador de disco é uma ferramenta muito impor-


tante, pois conforme vamos utilizando o computador os arquivos
ficam internamente desorganizados, isto faz que o computador fi-
que lento. Utilizando o desfragmentador o Windows se reorganiza
internamente tornando o computador mais rápido e fazendo com
que o Windows acesse os arquivos com maior rapidez.

Programas e aplicativos e interação com o usuário


Vamos separar esta interação do usuário por categoria para en-
tendermos melhor as funções categorizadas.
– Música e Vídeo: Temos o Media Player como player nativo
para ouvir músicas e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma
excelente experiência de entretenimento, nele pode-se administrar
bibliotecas de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar
CDs, criar playlists e etc., isso também é válido para o media center.

2
INFORMÁTICA
• O recurso de backup e restauração do Windows é muito importante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mesmo
escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma cópia de segurança.

Inicialização e finalização

Quando fizermos login no sistema, entraremos direto no Windows, porém para desligá-lo devemos recorrer ao e:

CONHECIMENTOS SOBRE O PROGRAMA MICROSOFT WORD 2013:(1) SABER IDENTIFICAR, CARACTERIZAR, USAR,
ALTERAR, CONFIGURAR E PERSONALIZAR O AMBIENTE, COMPONENTES DA JANELA, FUNCIONALIDADES, MENUS,
ÍCONES, BARRA DE FERRAMENTAS, GUIAS, GRUPOS E BOTÕES, TECLAS DE ATALHO, INCLUINDO NÚMERO DE PÁGI-
NAS E PALAVRAS, ERROS DE REVISÃO, IDIOMA, MODOS DE EXIBIÇÃO DO DOCUMENTO E ZOOM; (2) ABRIR, FECHAR,
CRIAR, EXCLUIR, VISUALIZAR, FORMATAR, ALTERAR, SALVAR, CONFIGURAR DOCUMENTOS, UTILIZADO AS BARRAS
DE FERRAMENTAS, MENUS, ÍCONES, BOTÕES, GUIAS E GRUPOS DA FAIXA DE OPÇÕES, TECLADO E/OU MOUSE; (3)
IDENTIFICAR E UTILIZAR OS BOTÕES E ÍCONES DAS BARRAS DE FERRAMENTAS DAS GUIAS E GRUPOS INÍCIO, INSE-
RIR, LAYOUT DA PÁGINA, REFERÊNCIAS, CORRESPONDÊNCIAS, REVISÃO E EXIBIÇÃO, PARA FORMATAR, PERSONALI-
ZAR, CONFIGURAR, ALTERAR E RECONHECER A FORMATAÇÃO DE TEXTOS E DOCUMENTOS; (4) SABER IDENTIFICAR
AS CONFIGURAÇÕES E CONFIGURAR AS OPÇÕES DO WORD; E (5) SABER USAR A AJUDA

Conhecido como o mais popular editor de textos do mercado, a versão 2013 do Microsoft Word traz tudo o que é necessário para
editar textos simples ou enriquecidos com imagens, links, gráficos e tabelas, entre outros elementos1.
A compatibilidade entre todos os componentes da família Office 2013 é outro dos pontos fortes do Microsoft Word 2013. É possível
exportar texto e importar outros elementos para o Excel, o PowerPoint ou qualquer outro dos programas incluídos no Office.
Outra das novidades do Microsoft Word 2013 é a possibilidade de guardar os documentos na nuvem usando o serviço SkyDrive. Dessa
forma, é possível acessar documentos do Office de qualquer computador e ainda compartilhá-los com outras pessoas.

1 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4685295/mod_resource/content/1/Apostila%20de%20Word.pdf

3
INFORMÁTICA

Os menus e as barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções (Guias e Comandos) e pelo modo de exibição Backstage
(área de gerenciamento de arquivo)3.

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido


Esta barra permite acesso rápido para alguns comandos que são executados com frequência: como iniciar um novo arquivo, salvar um
documento, desfazer e refazer uma ação, entre outros.

Na parte superior do Word 2013 você encontra uma faixa de opções, que também é organizada por guias. Cada guia tem várias faixas
de opções diferentes. Estas faixas de são formadas por grupos e estes grupos têm vários comandos. O comando é um botão, uma caixa
para inserir informações ou um menu.

2 Fonte: http://www.etec.sp.gov.br/view/file/wv_file.aspx?id=84AFA42DFAD089D53534D753C0488CE2E8CCFF5EC8324596BE-
CE07A8164EDF12521C97DA04C93379CD1A503BE1561B8D7DFDD0202571B27264EF62AF01F952C6
3 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/20/word-2013-estrutura-basica-dos-documentos/

4
INFORMÁTICA
Botão Arquivo
Ao clicar sobre ele será exibido opções como Informações, Novo, Abrir, Salvar, Salvar como, Imprimir, etc. Portanto, clique sobre ele e
visualize essas opções.

Página inicial
Área de transferência, Fonte, Parágrafo, Estilo e Edição.

Inserir
Páginas, Tabelas, Ilustrações, Aplicativos, Links, comentários, Cabeçalho e Rodapé, Texto e Símbolos.

Design
Formatação do documento.

5
INFORMÁTICA
Layout da Página
Configurar Página, Parágrafo e Organizar.

Referências
Sumário, Notas de Rodapé, Citações e Bibliografia, Legendas e Índice.

Correspondências
Criar, Iniciar Mala Direta, Gravar e Inserir Campos, Visualizar Resultados e Concluir.

Exibição
Modo de Exibição, Mostrar, Zoom, Janela e Macros.

Formatos de arquivos Word 2013


Formatos de arquivo suportados e suas extensões4:
.doc: documento do Word 97-2003
.docm: documento para macro do Word. Baseado em XML par macro do Word 2019, 2016, 2013 2010 e 2007
.docx: padrão Word 2019, 2016, 2013, 2010 e 2007 e Documento Strict de Open XML
.htm e .html: página da Web Página da Web, Filtrado
.mht e .mhtml: página da Web de Arquivo Único
.odt: texto do OpenDocument. Este é a extensão do LibreOffice, mas o Word dá suporte para que os arquivos salvos do Word 2019,
2016 e 2013 possam ser abertos no Writer do LibreOffice e arquivos do Writer possam ser abertos no Word 2019, 2016 e 2013, mas aten-
ção, a formatação do documento pode ser perdida.
.dot: modelo do Word 97-2003
.dotm: modelo habilitado para macro do Word
.dotx: modelo do Word
.pdf: arquivos que usam o formato de arquivo PDF podem ser visualizados, editados e salvos em .docx ou .pdf usando o Word 2019,
o Word 2016 e o Word 2013. Atenção: Os arquivos PDF podem não ter uma correspondência perfeita de página para paginação com o
original.
.rtf: formato Rich Text . Formato para ser multiplataforma. Os documentos criados em diferentes sistemas operacionais e aplicativos
de software podem ser utilizados entre eles.
.txt: texto simples. Quando o documento é salvo perde sua formatação. É o formato do bloco de notas e WordPad.
.xml: documento XML do Word 2003 e Word 2019, 2016, 2013 e 2007 (Open XML). É também chamado de MetaFile e arquivo de
MetaDados (arquivos com informações extras).
.xps: XML Paper Specification, um formato de arquivo que preserva a formatação do documento e habilita o compartilhamento de
arquivos.
.wps: documento Works 6-9. Este é o formato de arquivo padrão do Microsoft Works, versões 6.0 a 9.0.

4 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/17/word-2013-formatos-de-arquivos/

6
INFORMÁTICA
Criando um documento
Ao criar um documento no Word 2013, é possível começar com um documento em branco ou deixar que um modelo faça a maior
parte do trabalho5.

Iniciando um documento
A maioria das pessoas costuma criar um documento a partir de uma página em branco, apesar de o Word ter vários modelos com
temas e estilos pré-definidos, assim só é preciso adicionar conteúdo.

Abrir um documento
Ao iniciar o Word, aparece uma galeria de modelo separado por categorias. É só clicar em uma delas e escolher um modelo que atenda
melhor seu objetivo.
Aparecerá do lado esquerdo (ver imagem anterior) uma lista com os documentos recentes que você usou.
É só clicar em uma delas e escolher um modelo que atenda melhor seu objetivo.
Caso queira outro documento que não está nesta lista você verá bem abaixo desta coluna a opção abrir outros documentos.

Se já estiver trabalhando no Word e quiser abrir um arquivo é só ir na Barra de Opções e clicar em Arquivo > Abrir e navegar até o local
onde se encontra o arquivo.
Caso você esteja abrindo um documento criado em versões anteriores do Word, você verá Modo de Compatibilidade na barra de título
da janela do documento. Você pode trabalhar no modo de compatibilidade ou atualizar o documento e usar os recursos do Word 2013.
Ctrl + O: atalho para abrir um documento novo documento.
Ctrl + A: atalho para abrir um documento já existente.

5 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/21/edicao-e-formatacao-de-textos-word-2013/

7
INFORMÁTICA
Salvando e Fechando o Arquivo
Para salvar um documento digitado, clique na guia Arquivo.

Em seguida, clique na opção Salvar como.

Após o clique, a caixa de diálogo Salvar como será aberta, onde devemos informar o nome do arquivo e o local onde será salvo.
É possível também salvar na nuvem (on-line) clicando em OneDrive e assim podendo compartilhar o arquivo em vários dispositivos
como no celular ou outros computadores.
O Word já salva automaticamente o arquivo no formato .docx mas caso queira salvar em outro formato, logo abaixo do nome do ar-
quivo tem uma lista de tipos de arquivos suportados pelo Word 2013.

No Word tem uma barra de acesso rápido no topo do editor na qual o documento pode ir sendo salvo
conforme se vai trabalhando nele.
Ctrl + B: atalho para salvar documento.

Funções básicas em um editor de texto


Ctrl + C (Copiar): é quando copiar um texto para repetir no mesmo texto ou colar em outro lugar. Selecione o texto e clique com direito
do mouse e clique em Copiar.
Ctrl + X (Recortar): recurso para tirar o texto selecionado e colar em outro lugar. Selecione o texto e clique com botão direito do mouse
e selecione Recortar. Este arquivo copiado ou recortado irá para a área de transferência.
Área de transferência: área separada do sistema operacional para guardar uma pequena quantidade de dados.
Ctrl + V (Colar): recurso para colar o texto que foi copiado ou recortado. Selecione o local que quer colar e clique no botão direito do
mouse e selecione o tipo de colagem.

Cabeçalho e rodapé
Para colocar números das páginas, título ou data em todas as páginas de seu documento, você deve adicionar um cabeçalho ou ro-
dapé6.
Basta clicar na aba Inserir e em adicionar Cabeçalho ou rodapé.
Seleciona o formato clicando no modelo de seu interesse. Abrirá o cabeçalho para editar a parte interna dele.

6 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/28/cabecalho-e-rodape-word-2013/

8
INFORMÁTICA

Digite o Título e feche o cabeçalho.

Todas as páginas do documento terão o mesmo cabeçalho.

Parágrafos
No Word 2013 tem dois lugares em que encontramos funções para formatarmos parágrafos7.

Guia Página Inicial

Guia Layout de Páginas

A formatação propriamente dita é feita na página inicial.

7 https://centraldefavoritos.com.br/2019/10/28/paragrafos-word-2013/

9
INFORMÁTICA
Escolhe o espaçamento entre linha ou parágrafos.
Clicando na seta de opções tem os valores de espaçamento.
Quanto maior o número maior o espaçamento.
Sombreamento de parágrafo

Alinhamento de parágrafos

Alinhar à esquerda (Ctrl+Q): alinha todo parágrafo na margem


esquerda do documento.
Centralizar (Ctrl+E): centraliza o texto no centro da página, Para realçar o texto, parágrafo ou célula de tabela selecionada.
dando ao documento uma aparência mais formal Ele simplesmente muda a cor atrás dando maior destaque.
Alinhar à direita (Ctrl+G): alinha o conteúdo à margem direita
do documento. Bordas
Justificar (Ctrl+J): distribui o texto uniformemente entre as Além do sombreamento, você pode dar um destaque a um tex-
margens to colocando uma borda. E clicando na seta você poderá alterar o
estilo da borda.
Espaçamento de linhas e parágrafos

Para colocar a borda basta selecionar o texto ou parágrafo e


clica na borda desejada.

10
INFORMÁTICA
Classificar

Nesta opção, pode-se classificar itens selecionado em ordem


alfabética ou numérica.
Ex.: Lista de animais
Vaca
Elefante
Porco
Girafa

Ao selecionar a lista e clica na opção ela fica em ordem


alfabética; Na janela que abrir, pode-se colocar a lista em ordem Selecionando-se uma sequência de quadradinhos, é possível
crescente ou decrescente. inserir uma tabela automaticamente, após soltar o mouse.
Exemplo: Na figura abaixo, é possível notar a seleção de alguns
Recuos quadradinhos e a indicação Tabela 3x2, o que significa que ao soltar
o botão do mouse, será inserida no documento uma tabela com 3
colunas e 2 linhas.

A primeira opção o parágrafo vai para mais perto da margem


(DIMINUIR RECUO)
A segunda opção o parágrafo vai para mais longe da margem
(AUMENTAR RECUO)
É só selecionar o parágrafo e clicar na opção. Cada clicada ele
salta 1,25 cm.

Mostrar tudo (Ctrl+*)

Inserir Tabela: permite inserir uma


tabela na posição do cursor. Note que
a opção tem reticências no final, o que
significa que será aberta uma janela de
opções, para que sejam feitas as confi-
gurações da tabela que será inserida no
documento.
Mostra as marcas de parágrafo e outros símbolos de formata-
ção ocultos. É útil para formatação de layouts avançados.

Guia Inserir (Grupo Tabelas)

Tabela: permite inserir e trabalhar com tabelas no


documento8. Ao clicar na setinha logo abaixo do botão
Tabela, abre-se um menu com opções.

8 https://bit.ly/2BH2KiN

11
INFORMÁTICA

Neste quadro é possível configurar o número de colunas e o número de linhas da tabela, além de largura de coluna fixa, ajustada auto-
maticamente.

CONHECIMENTOS SOBRE O PROGRAMA MICROSOFT EXCEL 2013: (1) SABER IDENTIFICAR, CARACTERIZAR, USAR,
ALTERAR, CONFIGURAR E PERSONALIZAR O AMBIENTE, COMPONENTES DA JANELA, FUNCIONALIDADES, MENUS,
ÍCONES, BARRA DE FERRAMENTAS, TECLAS DE ATALHO, GUIAS, GRUPOS E BOTÕES; (2) ELEMENTOS : DEFINIR E
IDENTIFICAR CÉLULA, PLANILHA E PASTA; SABER SELECIONAR E RECONHECER A SELEÇÃO DE CÉLULAS, PLANILHAS E
PASTAS; (3) PLANILHAS E PASTAS: ABRIR, FECHAR, CRIAR, VISUALIZAR, FORMATAR, SALVAR, ALTERAR, EXCLUIR, RE-
NOMEAR, PERSONALIZAR, CONFIGURAR PLANILHAS E PASTAS, UTILIZANDO AS BARRA DE FERRAMENTAS, MENUS,
ÍCONES, BOTÕES, GUIAS E GRUPOS DA FAIXA DE OPÇÕES, TECLADO E/OU MOUSE; (4) BARRA DE FERRAMENTAS:
IDENTIFICAR E UTILIZAR OS ÍCONES E BOTÕES DAS BARRAS DE FERRAMENTAS DAS GUIAS E GRUPOS INÍCIO, IN-
SERIR, LAYOUT DA PÁGINA, FÓRMULAS, DADOS, REVISÃO E EXIBIÇÃO, PARA FORMATAR, ALTERAR, SELECIONAR
CÉLULAS, CONFIGURAR, RECONHECER A FORMATAÇÃO DE TEXTOS E DOCUMENTOS E RECONHECER A SELEÇÃO DE
CÉLULAS; E (5) AJUDA : SABER USAR A AJUDA

É o principal software de planilhas eletrônicas entre as empresas quando se trata de operações financeiras e contabilísticas9.
O Microsoft Excel 2013 tem um aspeto diferente das versões anteriores.

Tela inicial do Excel 2013.


9 http://www.prolinfo.com.br

12
INFORMÁTICA
As cinco principais funções do Excel são:
– Planilhas: Você pode armazenar manipular, calcular e analisar dados tais como números, textos e fórmulas. Pode acrescentar grá-
fico diretamente em sua planilha, elementos gráficos, tais como retângulos, linhas, caixas de texto e botões. É possível utilizar formatos
pré-definidos em tabelas.
– Bancos de dados: você pode classificar pesquisar e administrar facilmente uma grande quantidade de informações utilizando ope-
rações de bancos de dados padronizadas.
– Gráficos: você pode rapidamente apresentar de forma visual seus dados. Além de escolher tipos pré-definidos de gráficos, você
pode personalizar qualquer gráfico da maneira desejada.
– Apresentações: Você pode usar estilos de células, ferramentas de desenho, galeria de gráficos e formatos de tabela para criar apre-
sentações de alta qualidade.
– Macros: as tarefas que são frequentemente utilizadas podem ser automatizadas pela criação e armazenamento de suas próprias
macros.

Planilha Eletrônica
A Planilha Eletrônica é uma folha de cálculo disposta em forma de tabela, na qual poderão ser efetuados rapidamente vários tipos de
cálculos matemáticos, simples ou complexos.
Além disso, a planilha eletrônica permite criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos, impri-
mir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.

Barra de ferramentas de acesso rápido


Essa barra localizada na parte superior esquerdo, ajudar a deixar mais perto os comandos mais utilizados, sendo que ela pode ser
personalizada. Um bom exemplo é o comando de visualização de impressão que podemos inserir nesta barra de acesso rápido.

Barra de ferramentas de acesso rápido.

Barra de Fórmulas
Nesta barra é onde inserimos o conteúdo de uma célula podendo conter fórmulas, cálculos ou textos, mais adiante mostraremos
melhor a sua utilidade.

Barra de Fórmulas.

Guia de Planilhas
Quando abrirmos um arquivo do Excel, na verdade estamos abrindo uma pasta de trabalho onde pode conter planilhas, gráficos, tabe-
las dinâmicas, então essas abas são identificadoras de cada item contido na pasta de trabalho, onde consta o nome de cada um.
Nesta versão quando abrimos uma pasta de trabalho, por padrão encontramos apenas uma planilha.

Guia de Planilhas.

13
INFORMÁTICA
– Coluna: é o espaçamento entre dois traços na vertical. As colunas do Excel são representadas em letras de acordo com a ordem
alfabética crescente sendo que a ordem vai de “A” até “XFD”, e tem no total de 16.384 colunas em cada planilha.
– Linha: é o espaçamento entre dois traços na horizontal. As linhas de uma planilha são representadas em números, formam um total
de 1.048.576 linhas e estão localizadas na parte vertical esquerda da planilha.

Linhas e colunas.

– Célula: é o cruzamento de uma linha com uma coluna. Na figura abaixo podemos notar que a célula selecionada possui um endereço
que é o resultado do cruzamento da linha 4 e a coluna B, então a célula será chamada B4, como mostra na caixa de nome logo acima da
planilha.

Células.

Faixa de opções do Excel (Antigo Menu)


Como na versão anterior o MS Excel 2013 a faixa de opções está organizada em guias/grupos e comandos. Nas versões anteriores ao
MS Excel 2007 a faixa de opções era conhecida como menu.
1. Guias: existem sete guias na parte superior. Cada uma representa tarefas principais executadas no Excel.
2. Grupos: cada guia tem grupos que mostram itens relacionados reunidos.
3. Comandos: um comando é um botão, uma caixa para inserir informações ou um menu.

Faixa de opções do Excel.

Pasta de trabalho
É denominada pasta todo arquivo que for criado no MS Excel. Tudo que for criado será um arquivo com extensão: xls, xlsx, xlsm, xltx
ou xlsb.

Fórmulas
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula sempre inicia com um sinal de igual (=).
Uma fórmula também pode conter os seguintes itens: funções, referências, operadores e constantes.

– Referências: uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Microsoft Excel onde
procurar os valores ou dados a serem usados em uma fórmula.

14
INFORMÁTICA
– Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o tipo de cálculo a ser executado dentro de uma expressão. Existem operadores
matemáticos, de comparação, lógicos e de referência.

– Constantes: é um valor que não é calculado, e que, portanto, não é alterado. Por exemplo: =C3+5.
O número 5 é uma constante. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão não é considerado uma constante.

Níveis de prioridade de cálculo


Quando o Excel cria fórmulas múltiplas, ou seja, misturar mais de uma operação matemática diferente dentro de uma mesma fórmula,
ele obedece a níveis de prioridade.
Os Níveis de Prioridade de Cálculo são os seguintes:
Prioridade 1: Exponenciação e Radiciação (vice-versa).
Prioridade 2: Multiplicação e Divisão (vice-versa).
Prioridade 3: Adição e Subtração (vice-versa).
Os cálculos são executados de acordo com a prioridade matemática, conforme esta sequência mostrada, podendo ser utilizados pa-
rênteses “ () ” para definir uma nova prioridade de cálculo.

Criando uma fórmula


Para criar uma fórmula simples como uma soma, tendo como referência os conteúdos que estão em duas células da planilha, digite
o seguinte:

15
INFORMÁTICA
Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos, denominados argumentos, em uma determinada
ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Assim como as fórmulas, as funções também possuem uma estrutura (sintaxe), conforme ilustrado abaixo:

Estrutura da função.

NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel permite usar em suas células tem um nome exclusivo.
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula e pressione SHIFT+F3.
ARGUMENTOS: os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro
como #N/D ou referências de célula. O argumento que você atribuir deve produzir um valor válido para esse argumento. Os argumentos
também podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.

Função SOMA
Esta função soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma referência
de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1:A5) soma todos os números
contidos nas células de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1;A3; A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.

Função MÉDIA
Esta função calcula a média aritmética de uma determinada faixa de células contendo números. Para tal, efetua o cálculo somando os
conteúdos dessas células e dividindo pela quantidade de células que foram somadas.

16
INFORMÁTICA
• Função MÁXIMO e MÍNIMO
Essas funções dado um intervalo de células retorna o maior e menor número respectivamente.

• Função SE
A função SE é uma função do grupo de lógica, onde temos que tomar uma decisão baseada na lógica do problema. A função SE verifica
uma condição que pode ser Verdadeira ou Falsa, diante de um teste lógico.

Sintaxe
SE (teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso)

Exemplo:
Na planilha abaixo, como saber se o número é negativo, temos que verificar se ele é menor que zero.
Na célula A2 digitaremos a seguinte formula:

Função SOMASE
A função SOMASE é uma junção de duas funções já estudadas aqui, a função SOMA e SE, onde buscaremos somar valores desde que
atenda a uma condição especificada:

Sintaxe
SOMASE (intervalo analisado; critério; intervalo a ser somado)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.
Intervalo a ser somado (opcional): caso o critério seja atendido é efetuado a soma da referida célula analisada. Não pode conter texto
neste intervalo.

17
INFORMÁTICA
Exemplo:
Vamos calcular a somas das vendas dos vendedores por Gênero. Observando a planilha acima, na célula C9 digitaremos a função
=SOMASE (B2:B7;”M”; C2:C7) para obter a soma dos vendedores.

Função CONT.SE
Esta função conta quantas células se atender ao critério solicitado. Ela pede apenas dois argumentos, o intervalo a ser analisado e o
critério para ser verificado.

Sintaxe
CONT.SE (intervalo analisado; critério)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.

Aproveitando o mesmo exemplo da função anterior, podemos contar a quantidade de homens e mulheres.

Na planilha
FIREFOX acima,ATUALIZADA:(1)
VERSÃO na célula C9 digitaremos a funçãoO=CONT.SE
IDENTIFICAR (B2:B7;”M”)
AMBIENTE, para obter a quantidade
CARACTERÍSTICAS de vendedores.
E COMPONENTES DA JANELA PRIN-
CIPAL DO FIREFOX;(2) IDENTIFICAR E USAR AS FUNCIONALIDADES DAS BARRAS DE MENUS, FERRAMENTAS, TECLAS
DE ATALHO, FAVORITOS, BARRA DE COMANDOS E BARRA DE STATUS; (3) IDENTIFICAR E USAR AS FUNCIONALIDA-
DES DOS MENUS ARQUIVO, EDITAR, EXIBIR, HISTÓRICO, FAVORITOS, FERRAMENTAS E AJUDA. GOOGLE CHROME
VERSÃO ATUALIZADA:1) IDENTIFICAR O AMBIENTE, CARACTERÍSTICAS E COMPONENTES DA JANELA PRINCIPAL,
TECLAS DE ATALHO; (2) IDENTIFICAR E SABER USAR TODAS AS FUNCIONALIDADES DO GOOGLE CHROME; MOZILLA
FIREFOX VERSÃO ATUALIZADA: (1) AMBIENTE E COMPONENTES DO PROGRAMA: IDENTIFICAR O AMBIENTE, CA-
RACTERÍSTICAS E COMPONENTESDA JANELA PRINCIPAL; (2) FUNCIONALIDADES: IDENTIFICAR E SABER USAR TODAS
AS FUNCIONALIDADES DO MOZILLA FIREFOX. INTERNET EXPLORER 11: (1) IDENTIFICAR O AMBIENTE, CARACTE-
RÍSTICAS E COMPONENTES DA JANELA PRINCIPAL DO INTERNET EXPLORER; (2) IDENTIFICAR E USAR AS FUNCIONA-
LIDADES DA BARRA DE FERRAMENTAS E DE STATUS; (3) IDENTIFICAR E USAR AS FUNCIONALIDADES DOS MENUS;
(4) IDENTIFICAR E USAR AS FUNCIONALIDADES DAS BARRAS DE MENUS, FAVORITOS, BOTÕES DO MODO DE EXI-
BIÇÃO DE COMPATIBILIDADE, BARRA DE COMANDOS, BARRA DE STATUS; E (5) UTILIZAR TECLAS DE ATALHO PARA
QUALQUER OPERAÇÃO. GOOGLE CHROME VERSÃO ATUALIZADA: (1) AMBIENTE E COMPONENTES DO PROGRAMA:
IDENTIFICAR O AMBIENTE, CARACTERÍSTICAS E COMPONENTES DA JANELA PRINCIPAL; (2) FUNCIONALIDADES:
IDENTIFICAR E SABER USAR TODAS AS FUNCIONALIDADES DO GOOGLE CHROME. OUTLOOK EXPRESS: CONTAS DE
E-MAIL, ENDEREÇOS DE E-MAIL, ESCREVER, ENVIAR, RESPONDER E ENCAMINHAR MENSAGENS, DESTINATÁRIO
OCULTO, ARQUIVOS ANEXOS, ORGANIZAR E SELECIONAR MENSAGENS RECEBIDAS. IMPORTAR E EXPORTAR MENSA-
GENS. FUNCIONALIDADE DOS MENUS, FERRAMENTAS E TECLAS DE ATALHO. MICROSOFT OUTLOOK 2016: CONTAS
DE E-MAIL, ENDEREÇOS DE E-MAIL, ESCREVER, ENVIAR, RESPONDER E ENCAMINHAR MENSAGENS, DESTINATÁRIO
OCULTO, ARQUIVOS ANEXOS, ORGANIZAR E SELECIONAR MENSAGENS RECEBIDAS. IMPORTAR E EXPORTAR MENSA-
GENS. FUNCIONALIDADE DOS MENUS, FERRAMENTAS E TECLAS DE ATALHO. GMAIL: FUNCIONAMENTO DO SERVI-
ÇO DE E-MAIL GMAIL, INCLUINDO: MENUS, CAIXAS DE EMAILS, ENVIADOS, RASCUNHOS, CONFIGURAÇÕES, ESTRE-
LA, ESCREVER, RESPONDER, ENCAMINHAR, INSERIR ANEXOS, FILTROS, ENTRE OUTROS.

Tipos de rede de computadores


• LAN: Rele Local, abrange somente um perímetro definido. Exemplos: casa, escritório, etc.

18
INFORMÁTICA

• MAN: Rede Metropolitana, abrange uma cidade, por exemplo.

• WAN: É uma rede com grande abrangência física, maior que a MAN, Estado, País; podemos citar até a INTERNET para entendermos
o conceito.

Navegação e navegadores da Internet

• Internet
É conhecida como a rede das redes. A internet é uma coleção global de computadores, celulares e outros dispositivos que se comu-
nicam.

19
INFORMÁTICA
• Procedimentos de Internet e intranet
Através desta conexão, usuários podem ter acesso a diversas informações, para trabalho, laser, bem como para trocar mensagens,
compartilhar dados, programas, baixar documentos (download), etc.

• Sites
Uma coleção de páginas associadas a um endereço www. é chamada web site. Através de navegadores, conseguimos acessar web
sites para operações diversas.

• Links
O link nada mais é que uma referência a um documento, onde o usuário pode clicar. No caso da internet, o Link geralmente aponta
para uma determinada página, pode apontar para um documento qualquer para se fazer o download ou simplesmente abrir.

Dentro deste contexto vamos relatar funcionalidades de alguns dos principais navegadores de internet: Microsoft Internet Explorer,
Mozilla Firefox e Google Chrome.

Internet Explorer 11

• Identificar o ambiente

O Internet Explorer é um navegador desenvolvido pela Microsoft, no qual podemos acessar sites variados. É um navegador simplifi-
cado com muitos recursos novos.
Dentro deste ambiente temos:
– Funções de controle de privacidade: Trata-se de funções que protegem e controlam seus dados pessoais coletados por sites;
– Barra de pesquisas: Esta barra permite que digitemos um endereço do site desejado. Na figura temos como exemplo: https://www.
gov.br/pt-br/
– Guias de navegação: São guias separadas por sites aberto. No exemplo temos duas guias sendo que a do site https://www.gov.br/
pt-br/ está aberta.
– Favoritos: São pastas onde guardamos nossos sites favoritos
– Ferramentas: Permitem realizar diversas funções tais como: imprimir, acessar o histórico de navegação, configurações, dentre ou-
tras.

Desta forma o Internet Explorer 11, torna a navegação da internet muito mais agradável, com textos, elementos gráficos e vídeos que
possibilitam ricas experiências para os usuários.

• Características e componentes da janela principal do Internet Explorer

20
INFORMÁTICA

À primeira vista notamos uma grande área disponível para visualização, além de percebemos que a barra de ferramentas fica automa-
ticamente desativada, possibilitando uma maior área de exibição.

Vamos destacar alguns pontos segundo as indicações da figura:


1. Voltar/Avançar página
Como o próprio nome diz, clicando neste botão voltamos página visitada anteriormente;

2. Barra de Endereços
Esta é a área principal, onde digitamos o endereço da página procurada;

3. Ícones para manipulação do endereço da URL


Estes ícones são pesquisar, atualizar ou fechar, dependendo da situação pode aparecer fechar ou atualizar.

4. Abas de Conteúdo
São mostradas as abas das páginas carregadas.

5. Página Inicial, favoritos, ferramentas, comentários

6. Adicionar à barra de favoritos

Mozila Firefox

Vamos falar agora do funcionamento geral do Firefox, objeto de nosso estudo:

21
INFORMÁTICA
Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Voltar para a página inicial do Firefox

5 Barra de Endereços

6 Ver históricos e favoritos


Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:
Mostra um painel sobre os favoritos (Barra,
7
Menu e outros)
Sincronização com a conta FireFox (Vamos 1 Botão Voltar uma página
8
detalhar adiante)
2 Botão avançar uma página
9 Mostra menu de contexto com várias opções
3 Botão atualizar a página
– Sincronização Firefox: Ato de guardar seus dados pessoais na
internet, ficando assim disponíveis em qualquer lugar. Seus dados 4 Barra de Endereço.
como: Favoritos, históricos, Endereços, senhas armazenadas, etc.,
sempre estarão disponíveis em qualquer lugar, basta estar logado 5 Adicionar Favoritos
com o seu e-mail de cadastro. E lembre-se: ao utilizar um computa-
dor público sempre desative a sincronização para manter seus da- 6 Usuário Atual
dos seguros após o uso.
Exibe um menu de contexto que iremos relatar
7
Google Chrome seguir.

O que vimos até aqui, são opções que já estamos acostuma-


dos ao navegar na Internet, mesmo estando no Ubuntu, percebe-
mos que o Chrome é o mesmo navegador, apenas está instalado
em outro sistema operacional. Como o Chrome é o mais comum
atualmente, a seguir conferimos um pouco mais sobre suas funcio-
nalidades.

• Favoritos
No Chrome é possível adicionar sites aos favoritos. Para adi-
O Chrome é o navegador mais popular atualmente e disponi- cionar uma página aos favoritos, clique na estrela que fica à direita
biliza inúmeras funções que, por serem ótimas, foram implementa- da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido, e
das por concorrentes. pronto.
Vejamos: Por padrão, o Chrome salva seus sites favoritos na Barra de Fa-
voritos, mas você pode criar pastas para organizar melhor sua lista.
• Sobre as abas Para removê-lo, basta clicar em excluir.
No Chrome temos o conceito de abas que são conhecidas tam-
bém como guias. No exemplo abaixo temos uma aba aberta, se qui-
sermos abrir outra para digitar ou localizar outro site, temos o sinal
(+).
A barra de endereços é o local em que se digita o link da página
visitada. Uma outra função desta barra é a de busca, sendo que ao
digitar palavras-chave na barra, o mecanismo de busca do Google é
acionado e exibe os resultados.

22
INFORMÁTICA
• Histórico
O Histórico no Chrome funciona de maneira semelhante ao Firefox. Ele armazena os endereços dos sites visitados e, para acessá-lo,
podemos clicar em Histórico no menu, ou utilizar atalho do teclado Ctrl + H. Neste caso o histórico irá abrir em uma nova aba, onde pode-
mos pesquisá-lo por parte do nome do site ou mesmo dia a dia se preferir.

• Pesquisar palavras
Muitas vezes ao acessar um determinado site, estamos em busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso, utilizamos o atalho
do teclado Ctrl + F para abrir uma caixa de texto na qual podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado.

• Salvando Textos e Imagens da Internet


Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.

• Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de algum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.). Neste caso,
o Chrome possui um item no menu, onde podemos ver o progresso e os downloads concluídos.

• Sincronização
Uma nota importante sobre este tema: A sincronização é importante para manter atualizadas nossas operações, desta forma, se por
algum motivo trocarmos de computador, nossos dados estarão disponíveis na sua conta Google.
Por exemplo:
– Favoritos, histórico, senhas e outras configurações estarão disponíveis.
– Informações do seu perfil são salvas na sua Conta do Google.

No canto superior direito, onde está a imagem com a foto do usuário, podemos clicar no 1º item abaixo para ativar e desativar.

23
INFORMÁTICA

Safari

O Safari é o navegador da Apple, e disponibiliza inúmeras funções implementadas.


Vejamos:

• Guias

– Para abrirmos outras guias podemos simplesmente teclar CTRL + T ou

Vejamos os comandos principais de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Barra de Endereço.

24
INFORMÁTICA
• Histórico e Favoritos
5 Adicionar Favoritos

6 Ajustes Gerais

7 Menus para a página atual.

8 Lista de Leitura

Perceba que o Safari, como os outros, oferece ferramentas bas-


tante comuns.
Vejamos algumas de suas funcionalidades:

• Lista de Leitura e Favoritos


No Safari é possível adicionar sites à lista de leitura para pos-
terior consulta, ou aos favoritos, caso deseje salvar seus endere-
ços. Para adicionar uma página, clique no “+” a que fica à esquerda
da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido e • Pesquisar palavras
pronto. Muitas vezes, ao acessar um determinado site, estamos em
Por padrão, o Safari salva seus sites na lista de leitura, mas você busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso utilizamos o
pode criar pastas para organizar melhor seus favoritos. Para remo- atalho do teclado Ctrl + F, para abrir uma caixa de texto na qual po-
vê-lo, basta clicar em excluir. demos digitar parte do que procuramos, e será localizado.

• Salvando Textos e Imagens da Internet


Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão
direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.

• Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de um al-
gum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.).
Neste caso, o Safari possui um item no menu onde podemos ver o
progresso e os downloads concluídos.

25
INFORMÁTICA
Correio Eletrônico • Preparo e envio de mensagens
O correio eletrônico, também conhecido como e-mail, é um
serviço utilizado para envio e recebimento de mensagens de texto
e outras funções adicionais como anexos junto com a mensagem.

Para envio de mensagens externas o usuário deverá estar co-


nectado a internet, caso contrário ele ficará limitado a sua rede lo-
cal.
Abaixo vamos relatar algumas características básicas sobre o
e-mail
– Nome do Usuário: é o nome de login escolhido pelo usuário
na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso este é
nome do usuário;
– @ : Símbolo padronizado para uso em correios eletrônicos;
– Nome do domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria • Boas práticas para criação de mensagens
das vezes, a empresa; – Uma mensagem deverá ter um assunto. É possível enviar
mensagem sem o Assunto, porém não é o adequado;
Vejamos um exemplo: joaodasilva@gmail.com.br / @hotmail. – A mensagem deverá ser clara, evite mensagens grandes ao
com.br / @editora.com.br extremo dando muitas voltas;
– Caixa de Entrada: Onde ficam armazenadas as mensagens – Verificar com cuidado os destinatários para o envio correto
recebidas; de e-mails, evitando assim problemas de envios equivocados.
– Caixa de Saída: Onde ficam armazenadas as mensagens ainda
não enviadas; • Anexação de arquivos
– E-mails Enviados: Como o próprio nome diz, é onde ficam os
e-mails que foram enviados;
– Rascunho: Guarda as mensagens que você ainda não termi-
nou de redigir;
– Lixeira: Armazena as mensagens excluídas.

Ao escrever mensagens, temos os seguintes campos:


– Para: é o campo onde será inserido o endereço do destinatá-
rio do e-mail;
– CC: este campo é usado para mandar cópias da mesma men-
sagem. Ao usar esse campo os endereços aparecerão para todos os
destinatários envolvidos;
– CCO: sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior, no
entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos da Uma função adicional quando criamos mensagens é de ane-
mensagem; xar um documento à mensagem, enviando assim juntamente com
– Assunto: campo destinado ao assunto da mensagem; o texto.
– Anexos: são dados que são anexados à mensagem (imagens,
programas, música, textos e outros); • Boas práticas para anexar arquivos à mensagem
– Corpo da Mensagem: espaço onde será escrita a mensagem. – E-mails tem limites de tamanho, não podemos enviar coisas
que excedem o tamanho, estas mensagens irão retornar;
• Uso do correio eletrônico – Deveremos evitar arquivos grandes pois além do limite do
– Inicialmente o usuário deverá ter uma conta de e-mail; e-mail, estes demoram em excesso para serem carregados.
– Esta conta poderá ser fornecida pela empresa ou criada atra- Computação de nuvem (Cloud Computing)
vés de sites que fornecem o serviço. As diretrizes gerais sobre a cria-
ção de contas estão no tópico acima; • Conceito de Nuvem (Cloud)
– Uma vez criada a conta, o usuário poderá utilizar um cliente
de e-mail na internet ou um gerenciador de e-mail disponível;
– Atualmente existem vários gerenciadores disponíveis no
mercado, tais como: Microsoft Outlook, Mozila Thunderbird, Opera
Mail, Gmail, etc.;
– O Microsoft outlook é talvez o mais conhecido gerenciador
de e-mail, dentro deste contexto vamos usá-lo como exemplo nos
tópicos adiante, lembrando que todos funcionam de formas bas-
tante parecidas.

A “Nuvem”, também referenciada como “Cloud”, são os servi-


ços distribuídos pela INTERNET que atendem as mais variadas de-
mandas de usuários e empresas.

26
INFORMÁTICA

A internet é a base da computação em nuvem, os servidores remotos detêm os aplicativos e serviços para distribuí-los aos usuários
e às empresas.
A computação em nuvem permite que os consumidores aluguem uma infraestrutura física de um data center (provedor de serviços
em nuvem). Com acesso à Internet, os usuários e as empresas usam aplicativos e a infraestrutura alugada para acessarem seus arquivos,
aplicações, etc., a partir de qualquer computador conectado no mundo.
Desta forma todos os dados e aplicações estão localizadas em um local chamado Data Center dentro do provedor.
A computação em nuvem tem inúmeros produtos, e esses produtos são subdivididos de acordo com todos os serviços em nuvem,
mas os principais aplicativos da computação em nuvem estão nas áreas de: Negócios, Indústria, Saúde, Educação, Bancos, Empresas de
TI, Telecomunicações.

• Armazenamento de dados da nuvem (Cloud Storage)

A ideia de armazenamento na nuvem ( Cloud Storage ) é simples. É, basicamente, a gravação de dados na Internet.
Este envio de dados pode ser manual ou automático, e uma vez que os dados estão armazenados na nuvem, eles podem ser acessados
em qualquer lugar do mundo por você ou por outras pessoas que tiverem acesso.
São exemplos de Cloud Storage: DropBox, Google Drive, OneDrive.
As informações são mantidas em grandes Data Centers das empresas que hospedam e são supervisionadas por técnicos responsáveis
por seu funcionamento. Estes Data Centers oferecem relatórios, gráficos e outras formas para seus clientes gerenciarem seus dados e
recursos, podendo modificar conforme a necessidade.
O armazenamento em nuvem tem as mesmas características que a computação em nuvem que vimos anteriormente, em termos de
praticidade, agilidade, escalabilidade e flexibilidade.
Além dos exemplos citados acima, grandes empresas, tais como a IBM, Amazon, Microsoft e Google possuem serviços de nuvem que
podem ser contratados.

27
INFORMÁTICA
OUTLOOK
O Microsoft Outlook é um gerenciador de e-mail usado principalmente para enviar e receber e-mails. O Microsoft Outlook também
pode ser usado para administrar vários tipos de dados pessoais, incluindo compromissos de calendário e entradas, tarefas, contatos e
anotações.

Funcionalidades mais comuns:

PARA FAZER ISTO ATALHO CAMINHOS PARA EXECUÇÃO


1 Entrar na mensagem Enter na mensagem fechada ou click Verificar coluna atalho
2 Fechar Esc na mensagem aberta Verificar coluna atalho
3 Ir para a guia Página Inicial Alt+H Menu página inicial
4 Nova mensagem Ctrl+Shift+M Menu página inicial => Novo e-mail
5 Enviar Alt+S Botão enviar
6 Delete Excluir (quando na mensagem fechada) Verificar coluna atalho
7 Pesquisar Ctrl+E Barra de pesquisa
8 Responder Ctrl+R Barra superior do painel da mensagem
9 Encaminhar Ctrl+F Barra superior do painel da mensagem
10 Responder a todos Ctrl+Shift+R Barra superior do painel da mensagem
11 Copiar Ctrl+C Click direito copiar
12 Colar Ctrl+V Click direito colar
13 Recortar Ctrl+X Click direito recortar
14 Enviar/Receber Ctrl+M Enviar/Receber (Reatualiza tudo)
15 Acessar o calendário Ctrl+2 Canto inferior direito ícone calendário
16 Anexar arquivo ALT+T AX Menu inserir ou painel superior
17 Mostrar campo cco (cópia oculta) ALT +S + B Menu opções CCO

Endereços de e-mail
• Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso este é nome
do usuário;
• @ – Símbolo padronizado para uso;
• Nome do domínio – domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria das vezes, a empresa. Vejamos um exemplo real: joaodasil-
va@solucao.com.br;
• Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as mensagens recebidas;
• Caixa de Saída – Onde ficam armazenadas as mensagens ainda não enviadas;
• E-mails Enviados – Como próprio nome diz, e aonde ficam os e-mails que foram enviados;
• Rascunho – Guarda as mensagens que ainda não terminadas;
• Lixeira – Armazena as mensagens excluídas;

28
INFORMÁTICA
Escrevendo e-mails Criar nova mensagem de e-mail
Ao escrever uma mensagem, temos os seguintes campos:
• Para – é o campo onde será inserido o endereço do destina-
tário do e-mail;
• CC – este campo é usado para mandar cópias da mesma men-
sagem. Ao usar este campo os endereços aparecerão para todos os
destinatários envolvidos.
• CCO – sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior,
no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos;
• Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem.
• Anexos – são dados que são anexados à mensagem (imagens,
programas, música, textos e outros.)
• Corpo da Mensagem – espaço onde será escrita a mensagem.

Contas de e-mail Ao clicar em novo e-mail é aberto uma outra janela para digita-
É um endereço de e-mail vinculado a um domínio, que está ção do texto e colocar o destinatário, podemos preencher também
apto a receber e enviar mensagens, ou até mesmo guarda-las con- os campos CC (cópia), e o campo CCO (cópia oculta), porém esta
forme a necessidade. outra pessoa não estará visível aos outros destinatários.

Adicionar conta de e-mail


Siga os passos de acordo com as imagens:

Enviar
De acordo com a imagem a seguir, o botão Enviar fica em evi-
dência para o envio de e-mails.

A partir daí devemos seguir as diretrizes sobre nomes de e-mail,


referida no item “Endereços de e-mail”.

29
INFORMÁTICA
Encaminhar e responder e-mails Adicionar assinatura de e-mail à mensagem
Funcionalidades importantes no uso diário, você responde a Um recurso interessante, é a possibilidade de adicionarmos
e-mail e os encaminha para outros endereços, utilizando os botões assinaturas personalizadas aos e-mails, deixando assim definida a
indicados. Quando clicados, tais botões ativam o quadros de texto, nossa marca ou de nossa empresa, de forma automática em cada
para a indicação de endereços e digitação do corpo do e-mail de mensagem.
resposta ou encaminhamento.

Adicionar, abrir ou salvar anexos


A melhor maneira de anexar e colar o objeto desejado no corpo
do e-mail, para salvar ou abrir, basta clicar no botão corresponden-
te, segundo a figura abaixo:

30
INFORMÁTICA
Imprimir uma mensagem de e-mail 5. (IBASE PREF. DE LINHARES – ES) Quando locamos servido-
Por fim, um recurso importante de ressaltar, é o que nos pos- res e armazenamento compartilhados, com software disponível e
sibilita imprimir e-mails, integrando-os com a impressora ligada ao localizados em Data-Centers remotos, aos quais não temos acesso
computador. Um recurso que se assemelha aos apresentados pelo presencial, chamamos esse serviço de:
pacote Office e seus aplicativos. (A) Computação On-Line.
(B) Computação na nuvem.
(C) Computação em Tempo Real.
(D) Computação em Block Time.
(E) Computação Visual

6. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e modos


de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimen-
tos associados à Internet, julgue o próximo item.
Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Inter-
net para diversas finalidades, ainda não é possível extrair apenas o
áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, por exemplo, no
Youtube (http://www.youtube.com).
() Certo
EXERCÍCIOS () Errado

7. (CESP-MEC WEB DESIGNER) Na utilização de um browser, a


1. (FGV-SEDUC -AM) O dispositivo de hardware que tem como execução de JavaScripts ou de programas Java hostis pode provocar
principal função a digitalização de imagens e textos, convertendo as danos ao computador do usuário.
versões em papel para o formato digital, é denominado ( ) Certo
(A) joystick. ( ) Errado
(B) plotter.
(C) scanner. 8. (FGV – SEDUC -AM) Um Assistente Técnico recebe um e-mail
(D) webcam. com arquivo anexo em seu computador e o antivírus acusa existên-
(E) pendrive. cia de vírus.
Assinale a opção que indica o procedimento de segurança a ser
2. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) João comprou um adotado no exemplo acima.
novo jogo para seu computador e o instalou sem que ocorressem (A) Abrir o e-mail para verificar o conteúdo, antes de enviá-lo
erros. No entanto, o jogo executou de forma lenta e apresentou ao administrador de rede.
baixa resolução. Considerando esse contexto, selecione a alterna- (B) Executar o arquivo anexo, com o objetivo de verificar o tipo
tiva que contém a placa de expansão que poderá ser trocada ou de vírus.
adicionada para resolver o problema constatado por João. (C) Apagar o e-mail, sem abri-lo.
(A) Placa de som (D) Armazenar o e-mail na área de backup, para fins de moni-
(B) Placa de fax modem toramento.
(C) Placa usb (E) Enviar o e-mail suspeito para a pasta de spam, visando a
(D) Placa de captura analisá-lo posteriormente.
(E) Placa de vídeo
9. (CESPE – PEFOCE) Entre os sistemas operacionais Windows
3. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) Há vários tipos de pe- 7, Windows Vista e Windows XP, apenas este último não possui ver-
riféricos utilizados em um computador, como os periféricos de saída são para processadores de 64 bits.
e os de entrada. Dessa forma, assinale a alternativa que apresenta ( ) Certo
um exemplo de periférico somente de entrada. ( ) Errado
(A) Monitor
(B) Impressora 10. (CPCON – PREF, PORTALEGRE) Existem muitas versões do
(C) Caixa de som Microsoft Windows disponíveis para os usuários. No entanto, não é
(D) Headphone uma versão oficial do Microsoft Windows
(E) Mouse (A) Windows 7
(B) Windows 10
4. (VUNESP-2019 – SEDUC-SP) Na rede mundial de computado- (C) Windows 8.1
res, Internet, os serviços de comunicação e informação são disponi- (D) Windows 9
bilizados por meio de endereços e links com formatos padronizados (E) Windows Server 2012
URL (Uniform Resource Locator). Um exemplo de formato de ende-
reço válido na Internet é: 11. (MOURA MELO – CAJAMAR) É uma versão inexistente do
(A) http:@site.com.br Windows:
(B) HTML:site.estado.gov (A) Windows Gold.
(C) html://www.mundo.com (B) Windows 8.
(D) https://meusite.org.br (C) Windows 7.
(E) www.#social.*site.com (D) Windows XP.

31
INFORMÁTICA
12. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7 e 18. (FUNDEP – UFVJM-MG) Assinale a alternativa que apresen-
Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura não exe- ta uma ação que não pode ser realizada pelas opções da aba “Pági-
cuta? na Inicial” do Word 2010.
(A) Capturar qualquer item da área de trabalho. (A) Definir o tipo de fonte a ser usada no documento.
(B) Capturar uma imagem a partir de um scanner. (B) Recortar um trecho do texto para incluí-lo em outra parte
(C) Capturar uma janela inteira do documento.
(D) Capturar uma seção retangular da tela. (C) Definir o alinhamento do texto.
(E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse ou (D) Inserir uma tabela no texto
uma caneta eletrônica
19. (CESPE – TRE-AL) Considerando a janela do PowerPoint
13. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 8, 2002 ilustrada abaixo julgue os itens a seguir, relativos a esse apli-
assinale a alternativa INCORRETA: cativo.
(A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são desenvolvidos A apresentação ilustrada na janela contém 22 slides ?.
pela Microsoft.
(B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na interfa-
ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está sem-
pre visível ao usuário.
(C) É possível executar aplicativos desenvolvidos para Windows
7 dentro do Windows 8.
(D) O Windows 8 possui um antivírus próprio, denominado
Kapersky.
(E) O Windows 7 possui versões direcionadas para computado-
res x86 e 64 bits. ( ) Certo
( ) Errado
14. (CESPE BANCO DA AMAZÔNIA) O Linux, um sistema multi-
tarefa e multiusuário, é disponível em várias distribuições, entre as 20. (CESPE – CAIXA) O PowerPoint permite adicionar efeitos so-
quais, Debian, Ubuntu, Mandriva e Fedora. noros à apresentação em elaboração.
( ) Certo ( ) Certo
( ) Errado ( ) Errado
15. (FCC – DNOCS) - O comando Linux que lista o conteúdo de
um diretório, arquivos ou subdiretórios é o GABARITO
(A) init 0.
(B) init 6.
(C) exit 1 C
(D) ls.
(E) cd. 2 E
3 E
16. (SOLUÇÃO) O Linux faz distinção de letras maiúsculas ou
4 D
minúsculas
( ) Certo 5 B
( ) Errado
6 ERRADO
17. (CESP -UERN) Na suíte Microsoft Office, o aplicativo 7 CERTO
(A) Excel é destinado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô- 8 C
nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção
de textos organizados por linhas e colunas identificadas por nú- 9 CERTO
meros e letras. 10 D
(B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração 11 A
e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT.
(C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é 12 B
útil na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos 13 D
que o Excel.
14 CERTO
(D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa-
gens de correio eletrônico. 15 D
(E) Outlook é utilizado, por usuários cadastrados, para o envio 16 CERTO
e recebimento de páginas web.
17 A
18 D
19 CERTO
20 CERTO

32
CONHECIMENTOS GERAIS
1. Cultura popular, personalidades, pontos turísticos, organização política e territorial, divisão política, regiões administrativas, regio-
nalização do ibge, hierarquia urbana, símbolos, estrutura dos poderes, fauna e flora locais, hidrografia e relevo, matriz produtiva,
matriz energética e matriz de transporte, unidades de conservação, história e geografia do estado, do município e da região que o
cerca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Tópicos atuais, internacionais, nacionais, estaduais ou locais, de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, econo-
mia, sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, desenvolvimento sustentável e ecologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
CONHECIMENTOS GERAIS
Em 1548, a Coroa portuguesa instituiu o governo geral, para
CULTURA POPULAR, PERSONALIDADES, PONTOS TU- melhor controlar a administração da colônia. O governador-ge-
RÍSTICOS, ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E TERRITORIAL, ral Tomé de Sousa possuía extensos poderes, e administrava em
DIVISÃO POLÍTICA, REGIÕES ADMINISTRATIVAS, RE- nome do rei a capitania da Bahia, cuja sede, Salvador -- primeira
GIONALIZAÇÃO DO IBGE, HIERARQUIA URBANA, SÍM- cidade fundada no Brasil, foi também sede do governo geral até
BOLOS, ESTRUTURA DOS PODERES, FAUNA E FLORA 1763, quando a capital da colônia foi transferida para o Rio de
LOCAIS, HIDROGRAFIA E RELEVO, MATRIZ PRODUTI- Janeiro. A administração local era exercida pelas câmaras mu-
VA, MATRIZ ENERGÉTICA E MATRIZ DE TRANSPORTE, nicipais, para as quais eram eleitos os colonos ricos, chamados
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, HISTÓRIA E GEOGRA- “homens bons”.
FIA DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA REGIÃO QUE O O papel da Igreja Católica era da mais alta importância. A ela
CERCA cabiam tarefas administrativas, a assistência social, o ensino e a
catequese dos indígenas. Dentre as diversas ordens religiosas,
Histórico do Brasil e Informações Mundiais destacaram-se os jesuítas.
Invasões estrangeiras. Durante o período colonial, o Brasil
Fundação foi alvo de várias incursões estrangeiras, sobretudo de france-
A descoberta do Brasil, em 22 de abril de 1500, pela esqua- ses, ingleses e holandeses. Os franceses chegaram a fundar, em
dra comandada por Pedro Álvares Cabral, com destino às Índias, 1555, uma colônia, a França Antártica, na ilha de Villegaignon,
integra o ciclo da expansão marítima portuguesa. Inicialmente na baía de Guanabara. Somente foram expulsos em 1567, em
denominada Terra de Vera Cruz, depois Santa Cruz e, finalmen- combate do qual participou Estácio de Sá, fundador da cidade
te, Brasil, a nova terra foi explorada a princípio em função da do Rio de Janeiro (1565). Mais tarde, entre 1612 e 1615, nova-
extração do pau-brasil, madeira de cor vermelha usada em tin- mente os franceses tentaram estabelecer uma colônia no Brasil,
turaria na Europa, e que deu o nome à terra. desta vez no Maranhão, chamada França Equinocial.
Várias expedições exploradoras (Gonçalo Coelho, Gaspar Os holandeses, em busca do domínio da produção do açúcar
de Lemos) e guarda-costas (Cristóvão Jacques) foram enviadas (do qual eram os distribuidores na Europa), invadiram a Bahia,
em 1624, sendo expulsos no ano seguinte. Em 1630, uma nova
pelo rei de Portugal, a fim de explorar o litoral e combater pira-
invasão holandesa teve como alvo Pernambuco, de onde esten-
tas e corsários, principalmente franceses, para garantir a posse
deu-se por quase todo o Nordeste, chegando até o Rio Grande
da terra. O sistema de feitorias, já utilizado no comércio com a
do Norte. Entre 1637 e 1645, o Brasil holandês foi governado
África e a Ásia, foi empregado tanto para a defesa como para
pelo conde Maurício de Nassau, que realizou brilhante adminis-
realizar o escambo (troca) do pau-brasil com os indígenas. A
tração. Em 1645, os holandeses foram expulsos do Brasil, no epi-
exploração do pau-brasil, monopólio da Coroa portuguesa, foi
sódio conhecido como insurreição pernambucana.
concedida ao cristão-novo Fernão de Noronha.
A partir de 1530, tem início a colonização efetiva, com a
Expansão geográfica
expedição de Martim Afonso de Sousa, cujos efeitos foram o
Durante o século 16, foram organizadas algumas entradas,
melhor reconhecimento da terra, a introdução do cultivo da ca- expedições armadas ao interior, de caráter geralmente oficial,
na-de-açúcar e a criação dos primeiros engenhos, instalados na em busca de metais preciosos. No século seguinte, expedições
recém-fundada cidade de São Vicente, no litoral de São Paulo, particulares, conhecidas como bandeiras, partiram especial-
que no século 16 chegou a ter treze engenhos de açúcar. A eco- mente de São Paulo, com três objetivos: a busca de índios para
nomia açucareira, entretanto, vai se concentrar no Nordeste, escravizar; a localização de agrupamentos de negros fugidos
principalmente em Pernambuco. Estava baseada no tripé lati- (quilombos), para destruí-los; e a procura de metais preciosos.
fúndio--monocultura--escravidão. A cana-de-açúcar, no Nordes- As bandeiras de caça ao índio (Antônio Raposo Tavares, Sebas-
te, era cultivada e beneficiada em grandes propriedades, que tião e Manuel Preto) atingiram as margens do rio Paraguai, onde
empregavam mão-de-obra dos negros africanos trazidos como arrasaram as “reduções” (missões) jesuíticas. Em 1695, depois
escravos, e destinava-se à exportação. de quase um século de resistência, foi destruído Palmares, o
Ao lado do ciclo da cana-de-açúcar, ocorrido na zona da mais célebre quilombo do Brasil, por tropas comandadas pelo
mata, desenvolveu-se o ciclo do gado. A pecuária aos poucos bandeirante Domingos Jorge Velho.
ocupou toda a área do agreste e do sertão nordestinos e a bacia Datam do final do século 17 as primeiras descobertas de jazi-
do rio São Francisco. No século 18, o ciclo da mineração do ouro das auríferas no interior do território, nas chamadas Minas Gerais
e dos diamantes em Minas Gerais levou à ocupação do interior (Antônio Dias Adorno, Manuel de Borba Gato), em Goiás (Bartolo-
da colônia. A sociedade mineradora era mais diversificada do meu Bueno da Silva, o Anhanguera) e Mato Grosso (Pascoal Morei-
que a sociedade açucareira, extremamente ruralizada. Na zona ra Cabral), onde foram estabelecidas vilas e povoações. Mais tarde,
mineira, ao lado dos proprietários e escravos, surgiram classes foram encontrados diamantes em Minas Gerais. Um dos mais cé-
intermediárias, constituídas por comerciantes, artesãos e fun- lebres bandeirantes foi Fernão Dias Pais, o caçador de esmeraldas.
cionários da Coroa. Ao mesmo tempo que buscavam o oeste, os bandeirantes
Política e administrativamente a colônia estava subordina- ultrapassaram a vertical de Tordesilhas, a linha imaginária que,
da à metrópole portuguesa, que, para mais facilmente ocupá-la, desde 1494, separava as terras americanas pertencentes a Por-
adotou, em 1534, o sistema de capitanias hereditárias. Consis- tugal e à Espanha, contribuindo para alargar o território brasilei-
tia na doação de terras pelo rei de Portugal a particulares, que ro. As fronteiras ficaram demarcadas por meio da assinatura de
se comprometiam a explorá-las e povoá-las. Apenas duas capi- vários tratados, dos quais o mais importante foi o de Madri, ce-
tanias prosperaram: São Vicente e Pernambuco. As capitanias lebrado em 1750, e que praticamente deu ao Brasil os contornos
hereditárias somente foram extintas em meados do século 18. atuais. Nas negociações com a Espanha, Alexandre de Gusmão
defendeu o princípio do uti possidetis, o que assegurou a Portu-
gal as terras já conquistadas e ocupadas.

1
CONHECIMENTOS GERAIS
Revoltas coloniais paratista, questionava a excessiva centralização do poder políti-
Desde a segunda metade do século 17, explodiram na colô- co nas mãos do imperador, mas foi prontamente debelado. Em
nia várias revoltas, geralmente provocadas por interesses eco- 1828, depois da guerra contra as Províncias Unidas do Rio da
nômicos contrariados. Em 1684, a revolta dos Beckman, no Ma- Prata, o Brasil reconheceu a independência do Uruguai.
ranhão, voltou-se contra o monopólio exercido pela Companhia Depois de intensa luta diplomática, em que foi muito impor-
de Comércio do Estado do Maranhão. tante a intervenção da Inglaterra, Portugal reconheceu a inde-
Já no século 18, a guerra dos emboabas envolveu paulistas e pendência do Brasil. Frequentes conflitos com a Assembleia e
“forasteiros” na zona das minas; a guerra dos mascates opôs os interesses dinásticos em Portugal levaram D. Pedro I, em 1831,
comerciantes de Recife aos aristocráticos senhores de engenho a abdicar do trono do Brasil em favor do filho D. Pedro, então
de Olinda; e a revolta de Vila Rica, liderada por Filipe dos Santos, com cinco anos de idade.
em 1720, combateu a instituição das casas de fundição e a co- Período regencial. O reinado de D. Pedro II teve início com
brança de novos impostos sobre a mineração do ouro. um período regencial, que durou até 1840, quando foi procla-
Os mais importantes movimentos revoltosos desse século mada a maioridade do imperador, que contava cerca de quinze
foram a conjuração mineira e a conjuração baiana, as quais pos- anos. Durante as regências, ocorreram intensas lutas políticas
suíam, além do caráter econômico, uma clara conotação polí- em várias partes do país, quase sempre provocadas pelos cho-
tica. A conjuração mineira, ocorrida em 1789, também em Vila ques entre os interesses regionais e a concentração do poder
Rica, foi liderada por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiraden- no Sudeste (Rio de Janeiro). A mais importante foi a guerra dos
tes, que terminou preso e enforcado, em 1792. Pretendia, entre farrapos ou revolução farroupilha, movimento republicano e se-
outras coisas, a independência e a proclamação de uma repú- paratista ocorrido no Rio Grande do Sul, em 1835, e que só ter-
blica. A conjuração baiana -- também chamada revolução dos minou em 1845. Além dessa, ocorreram revoltas na Bahia (Sabi-
alfaiates, devido à participação de grande número de elementos nada), no Maranhão (Balaiada) e no Pará (Cabanagem).
das camadas populares (artesãos, soldados, negros libertos) --, Segundo reinado. O governo pessoal de D. Pedro II começou
ocorrida em 1798, tinha ideias bastante avançadas para a época, com intensas campanhas militares, a cargo do general Luís Alves
inclusive a extinção da escravidão. Seus principais líderes foram de Lima e Silva, que viria a ter o título de duque de Caxias, com
executados. Mais tarde, estourou outro importante movimento a finalidade de pôr termo às revoltas provinciais. A partir daí, a
de caráter republicano e separatista, conhecido como revolução política interna do império brasileiro viveu uma fase de relativa
pernambucana de 1817. estabilidade, até 1870.
Independência. Em 1808, ocorreu a chamada “inversão bra- A base da economia era a agricultura cafeeira, desenvolvida
sileira”, isto é, o Brasil tornou-se a sede da monarquia portu- a partir de 1830, no Sudeste, inicialmente nos morros como o da
guesa, com a transferência da família real e da corte para o Rio Tijuca e a seguir no vale do Paraíba fluminense (província do Rio
de Janeiro, fugindo da invasão napoleônica na península ibérica. de Janeiro), avançando para São Paulo (vale do Paraíba e oeste
Ainda na Bahia, o príncipe regente D. João assinou o tratado de paulista). Até 1930, o ciclo do café constituiu o principal gerador
abertura dos portos brasileiros ao comércio das nações amigas, da riqueza brasileira. A partir da década de 1850, graças aos em-
beneficiando principalmente a Inglaterra. Terminava assim o preendimentos de Irineu Evangelista de Sousa, o barão e depois
monopólio português sobre o comércio com o Brasil e tinha iní- visconde de Mauá, entre os quais se destaca a construção da
cio o livre-cambismo, que perduraria até 1846, quando foi esta- primeira estrada de ferro brasileira, ocorreu um primeiro surto
belecido o protecionismo. de industrialização no país.
Além da introdução de diversos melhoramentos (Imprensa A base social do império era a escravidão. Desde o período
Régia, Biblioteca Pública, Academia Militar, Jardim Botânico, fa- colonial, os negros escravos constituíam a principal, e quase ex-
culdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia e outros), no clusiva, mão-de-obra no Brasil. As restrições ao tráfico negreiro
governo do príncipe regente D. João (que passaria a ter o título começaram por volta de 1830, por pressões da Inglaterra, então
de D. João VI a partir de 1816, com o falecimento da rainha D. em plena revolução industrial. Finalmente, em 1888, após in-
Maria I) o Brasil foi elevado à categoria de reino e teve anexadas tensa campanha abolicionista, a chamada Lei Áurea declarava
a seu território a Guiana Francesa e a Banda Oriental do Uru- extinta a escravidão no país. Nesse período, houve uma grande
guai, que tomou o nome de província Cisplatina. imigração para o Brasil, sobretudo de alemães e italianos.
A partir de 1821, com a volta do rei e da corte para Por- Na política externa, sobressaíram as guerras do Prata, em
tugal, o Brasil passou a ser governado pelo príncipe regente D. que o Brasil enfrentou o Uruguai e a Argentina, e a da Trípli-
Pedro. Atendendo principalmente aos interesses dos grandes ce Aliança ou do Paraguai, que reuniu o Brasil, a Argentina e o
proprietários rurais, contrários à política das Cortes portugue- Uruguai numa coligação contra o ditador paraguaio Solano Ló-
sas, que desejavam recolonizar o Brasil, bem como pretenden- pez. A guerra do Paraguai (1864--1870), um dos episódios mais
do libertar-se da tutela da metrópole, que visava diminuir-lhe a sangrentos da história americana, terminou com a vitória dos
autoridade, D. Pedro proclamou a independência do Brasil, em aliados.
7 de setembro de 1822, às margens do riacho do Ipiranga, na A partir de 1870, a monarquia brasileira enfrentou sucessi-
província de São Paulo. É importante destacar o papel de José vas crises (questão religiosa, questão militar, questão da aboli-
Bonifácio de Andrada e Silva, à frente do chamado Ministério da ção), que culminaram com o movimento militar, liderado pelo
Independência, na articulação do movimento separatista. marechal Deodoro da Fonseca, que depôs o imperador e procla-
Primeiro reinado. Aclamado imperador do Brasil, D. Pedro mou a república, em 15 de novembro de 1889.
I tratou de dar ao país uma constituição, outorgada em 1824. República Velha. A Primeira República, ou República Velha,
No início do seu reinado, ocorreu a chamada “guerra da inde- estendeu-se de 1889 até 1930. Sob a chefia do marechal Deo-
pendência”, contra as guarnições portuguesas sediadas princi- doro, foi instalado um governo provisório, que convocou uma
palmente na Bahia. Em 1824, em Pernambuco, a confederação assembleia constituinte para elaborar a primeira constituição
do Equador, movimento revoltoso de caráter republicano e se- republicana, promulgada em 1891. Os governos do marechal

2
CONHECIMENTOS GERAIS
Deodoro, e, depois, do marechal Floriano Peixoto foram plenos a pesquisa, extração e refino do petróleo. Foi um período con-
de conflitos com o Legislativo e rebeliões, como as duas revoltas turbado, que teve no atentado da rua Tonelero (dirigido ao jor-
da Armada. nalista Carlos Lacerda, mas em que morreu um oficial da Aero-
Com a eleição de Prudente de Morais, tem início a chamada náutica) um dos seus episódios mais importantes. Pressionado
“política do café com leite”, segundo a qual os presidentes da pelas classes conservadoras, e ameaçado de deposição por seus
República seriam escolhidos dentre os representantes dos esta- generais, Vargas suicidou-se em 24 de agosto de 1954.
dos mais ricos e populosos -- São Paulo e Minas Gerais -- prática A eleição de Juscelino Kubitschek de Oliveira, candidato do
que foi seguida, quase sem interrupções, até 1930. PSD, inaugurou a era do desenvolvimentismo. Durante seu go-
A economia agrário-exportadora continuou dominante. O verno, orientado pelo Plano de Metas, construiu-se a nova ca-
café representava a principal riqueza brasileira, e os fazendeiros pital, Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960; foram aber-
paulistas constituíam a oligarquia mais poderosa. As classes mé- tas numerosas estradas, ligando a capital às diversas regiões do
dias eram pouco expressivas e começava a existir um embrião país, entre as quais a Belém--Brasília; implantou-se a indústria
de proletariado. Por ocasião da primeira guerra mundial (1914-- automobilística; e foi impulsionada a construção das grandes
1918), ocorreu um surto de industrialização, em função da subs- usinas hidrelétricas de Três Marias e Furnas. A sucessão pre-
tituição de importações europeias por produtos fabricados no sidencial coube a Jânio Quadros, apoiado pela UDN, que, após
Brasil. sete meses de governo, renunciou.
A partir da década de 1920, o descontentamento dos mili- A subida de João Goulart ao poder contrariou as classes con-
tares explodiu em uma série de revoltas, destacando-se a mar- servadoras e altos chefes militares. No início de seu governo, o
cha da coluna Prestes, entre 1924 e 1927, que percorreu grande Brasil viveu uma curta experiência parlamentarista, solução en-
parte do Brasil. As oligarquias alijadas do poder central também contrada para dar posse a Goulart. Foi um período marcado por
se mostravam insatisfeitas. Quando ocorreu a crise de 1929 -- greves e intensa agitação sindical. O presidente terminou sendo
iniciada com o crash da bolsa de Nova York --, com seus reflexos deposto pelos militares, com apoio da classe média, em 1964.
negativos sobre os preços do café, a desorganização da econo- Regime militar. Os governos militares preocuparam-se so-
mia, as divergências político-eleitorais das oligarquias dominan- bretudo com a segurança nacional. Editaram vários atos ins-
tes e as aspirações de mudança de amplos setores da sociedade titucionais e complementares, promovendo modificações no
provocaram a deflagração da revolução de 1930, que levou Ge- funcionamento do Congresso e tomando medidas de caráter
túlio Vargas ao poder. econômico, financeiro e político. Os partidos políticos tradicio-
nais foram extintos, e criadas duas novas agremiações políticas,
República Nova a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o Movimento Demo-
Sob a chefia de Getúlio Vargas, foi instaurado um governo crático Brasileiro (MDB).
provisório que durou até 1934. Embora vitorioso sobre a revo- Em 1967, promulgou-se nova constituição, que estabeleceu
lução constitucionalista de 1932, ocorrida em São Paulo, Vargas um poder executivo ainda mais forte. Com o crescimento da agi-
viu-se obrigado a convocar uma assembleia constituinte, que tação estudantil e operária, foi editado o Ato Institucional nº 5,
deu ao país uma nova constituição (1934), de cunho liberal. que fechou o Congresso. Em 1969, a Emenda Constitucional nº 1
Em 1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL) promoveu deu ao país praticamente uma nova carta política.
uma revolta militar, conhecida como intentona comunista. No campo do desenvolvimento econômico, as atenções dos
Aproveitando-se de uma conjuntura favorável, Vargas deu um governantes e dos tecnocratas voltaram-se prioritariamente
golpe de estado, em 1937, fechando o Congresso e estabele- para o combate à inflação, que atingira níveis alarmantes; para a
cendo uma ditadura de cunho corporativo-fascista, denominada construção de obras de infra-estrutura, sobretudo nas áreas de
Estado Novo, regida por uma carta outorgada, de caráter auto- transportes -- como a rodovia Transamazônica e a ponte Rio--Ni-
ritário. Vargas governou até 1945, quando foi deposto por novo terói (oficialmente, ponte Presidente Costa e Silva) --, de comu-
golpe militar. nicações -- com a implantação do sistema de comunicação por
Durante seu governo, incentivou-se a industrialização, inclu- satélite -- e de energia, com a construção da usina hidrelétrica
sive com a fundação da Companhia Siderúrgica Nacional, foi es- de Itaipu -- por meio de um convênio com o Paraguai -- e com a
tabelecida uma legislação trabalhista, reorganizou-se o aparelho assinatura de um acordo com a Alemanha para a construção de
administrativo do Estado, com a criação de novos ministérios, e usinas nucleares.
cuidou-se da previdência social, entre outros melhoramentos. O governo Geisel iniciou um processo de abertura demo-
Terceira República. As eleições de 1945 apontaram o gene- crática, lenta e gradual, desembocando na anistia política, que
ral Eurico Gaspar Dutra como o novo presidente da República. permitiu a volta ao país de numerosos exilados. Em seguida à
Em seu governo, o Brasil ganhou uma nova constituição, foi mo- anistia, veio o fim do bipartidarismo, e foram criados vários par-
dernizada a estrada de rodagem entre o Rio de Janeiro e São tidos políticos. No final da década de 1970, o movimento popu-
Paulo (rodovia Presidente Dutra) e começou o aproveitamento lar e sindical tomou um novo alento, o que levaria, nos primeiros
hidrelétrico da cachoeira de Paulo Afonso. anos da década seguinte, ao movimento das “diretas já”, que,
Nesse período, firmaram-se os três grandes partidos que ti- embora não fosse vitorioso, permitiu em 1985 a eleição indireta
veram importância na vida política brasileira até a deflagração pelo Congresso de Tancredo Neves, do Partido do Movimento
do movimento militar de 1964: o Partido Trabalhista Brasileiro Democrático Brasileiro (PMDB), para a presidência da República.
(PTB), o Partido Social Democrático (PSD) e a União Democrática Com a morte de Tancredo Neves, na véspera da posse, assumiu
Nacional (UDN). O Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi posto seu vice-presidente, José Sarney.
na ilegalidade.
Em 1951, Vargas, candidato do PTB, voltou ao poder, elei-
to pelo voto popular. Em seu segundo governo, destacou-se a
criação da Petrobrás, empresa estatal destinada a monopolizar

3
CONHECIMENTOS GERAIS
Nova República nhas e São João Del Rei são típicas cidades coloniais mineiras.
O governo Sarney teve como fato econômico mais impor- Modernamente, o maior exemplo da arquitetura brasileira é
tante a implantação do Plano Cruzado, com vistas a combater Brasília, obra de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
a inflação pelo congelamento de preços e da troca da moeda.
O fato político marcante do período foi a eleição de uma as- Instituições
sembleia nacional constituinte, que em 1988 deu ao Brasil uma O impulso cultural inicial foi dado com a vinda da corte
nova constituição. O fracasso do plano econômico e a corrupção portuguesa para o Brasil, em 1808. Datam dessa época a atual
generalizada contribuíram para polarizar as preferências eleito- Biblioteca Nacional, o Museu Nacional, o mais importante da
rais em 1989 em torno das candidaturas de Fernando Collor de América do Sul para o estudo das ciências naturais e antropoló-
Mello, apoiado por poderosas forças políticas, e Luís Inácio Lula gicas, e o Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.
da Silva, do Partido dos Trabalhadores. Ainda nessa cidade, podem ser encontrados o Museu Histó-
A vitória de Fernando Collor provocou uma euforia momen- rico Nacional, típico do estilo barroco-rococó, o Palácio Gustavo
tânea, logo dissipada pelo fracasso dos sucessivos planos eco- Capanema, cujo traço se deve ao arquiteto francês Le Corbusier,
nômicos e pelas denúncias de corrupção que atingiam figuras o Museu Nacional de Belas-Artes, o Museu de Arte Moderna,
próximas ao presidente. Depois de intensa movimentação popu- exemplo da arquitetura contemporânea, e o Teatro Municipal.
lar, Collor foi afastado do governo, em 1992, pelo processo de O Museu Imperial, em Petrópolis RJ, contém rico material sobre
impeachment, conduzido pelo Congresso Nacional. o período monárquico.
O Presidente Itamar Franco, sucessor de Fernando Collor, Fonte: https://www.sohistoria.com.br/ef2/histbrasil/p7.php
contou com vasto apoio parlamentar e popular. Seus objetivos
principais eram combater a inflação, retomar o crescimento Geografia do Brasil
econômico e diminuir a pobreza do povo brasileiro. O sucesso A Geografia do Brasil compreende aspectos como área, cli-
das medidas econômicas permitiu a eleição do criador do Plano ma, hidrografia, relevo, vegetação, entre outros.
Real, Fernando Henrique Cardoso, que conquistou a Presidên- Localizado na América do Sul, sua extensão é de mais de 8,5
cia da República, e foi presidente por dois mandatos, de 1995 a milhões de quilômetros quadrados de extensão (8.515.759,090
1998 e de 1999 a 2002. km2) o que faz dele o quinto maior país do mundo.
Em 27 de outubro de 2002, Luiz Inácio Lula da Silva é eleito Também é um dos países mais populosos. Apesar de ter
Presidente da República Federativa do Brasil com quase 53 mi- 204.450.649 habitantes é qualificado como pouco povoado pelo
lhões de votos, e, em 29 de outubro de 2006 é reeleito com mais fato de que conta com 22,4 hab./km2.
de 58 milhões de votos (60,83% dos votos válidos). O país está dividido em cinco regiões (Nordeste, Norte, Cen-
No dia 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff foi eleita pre- tro-Oeste, Sudeste e Sul) e tem 26 estados e um Distrito Federal.
sidente do Brasil, cargo a ser ocupado pela primeira vez na his- Faz fronteira com Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana
tória do país por uma mulher. Dilma Roussef obteve 55.752.529 Francesa, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uru-
votos, que contabilizaram 56,05% do total de votos válidos. Em guai. Isso quer dizer que faz fronteira com quase todos os países
seu pronunciamento oficial após vencer as eleições disse: “Vou desse subcontinente americano, exceto com Chile e Equador.
fazer um governo comprometido com a erradicação da miséria O relevo brasileiro é formado principalmente por planaltos
e dar oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Mas, e depressões. O Brasil é banhado pelo oceano Atlântico e possui
humildemente, faço um chamado à nação, aos empresários, as maiores bacias hidrográficas do mundo.
trabalhadores, imprensa, pessoas de bem do país para que me
ajudem.” População Brasileira
A expectativa de vida da população brasileira é de 73 anos.
Aspectos culturais e turísticos São Paulo é o estado mais populoso do Brasil com 41,2 mi-
A arquitetura colonial brasileira apresenta exemplos de ri- lhões de habitantes. Depois dele, Minas Gerais, com 19,5 mi-
queza e originalidade, graças ao impulso inicial dado pelos je- lhões de habitantes.
suítas, que foram responsáveis pela construção de numerosas Esses dados mostram que a região brasileira com maior con-
igrejas e produziram obras de arte que constituem boa parte da centração populacional é o Sudeste.
riqueza arquitetônica e artística do país. Enquanto isso, o estado brasileiro que tem a população mais
Algumas cidades e lugares históricos ou de interesse am- pequena é Roraima, com 451,2 mil habitantes.
biental foram declarados pela UNESCO patrimônio cultural da Relevo Brasileiro
humanidade: o centro histórico de Salvador, compreendendo Os planaltos, áreas elevadas e planas, ocupam a maior parte
o Terreiro de Jesus (Pelourinho), na Bahia; Olinda, em Pernam- do nosso território, cerca de 5.000.00 km2. São divididos em:
buco; Ouro Preto, em Minas Gerais; Brasília, a capital federal; • Planalto das Guianas
as ruínas de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul; o • Planalto Brasileiro
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, Minas • Planalto Central
Gerais; e os parques nacionais da Serra da Capivara, no Piauí, e • Planalto Meridional
de Iguaçu, no Paraná. Entre as cidades históricas, também me- • Planalto Nordestino
recem destaque Parati, no Rio de Janeiro, célebre pelo seu ca- • Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste,
sario, e Aparecida, em São Paulo, considerada cidade-santuário • Planalto do Maranhão-Piauí
do Brasil. • Planalto Dissecado de Sudeste (Escudo Sul-Riograndense)
Na antiga zona aurífera de Minas Gerais encontram-se os
melhores exemplos da arte barroca, tanto na decoração do in- Junto com as depressões, áreas mais baixas, os planaltos
terior dos templos religiosos, como nas esculturas de Antônio ocupam cerca de 95% do território nacional. As principais de-
Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Ouro Preto, Tiradentes, Congo- pressões do nosso país são Depressões Norte e Sul Amazônica.

4
CONHECIMENTOS GERAIS
As principais planícies do Brasil, que se caracterizam pela Área de mineração na Serra dos Carajás, nesse local é extraí-
áreas planas quase sem variação de altitude são: Planície Ama- do minério de ferro formado em escudos cristalinos.
zônica, Planície do Pantanal e Planície Litorânea. A realização de estudos direcionados ao conhecimento geo-
lógico é de extrema importância para saber quais são as princi-
Hidrografia Brasileira pais jazidas minerais e sua quantidade no subsolo. Tal informa-
Ao todo, o Brasil tem 12 regiões hidrográficas, dentre as ção proporciona o racionamento da extração de determinados
quais a bacia amazônica, a maior de todas. São elas: minérios, de maneira que não comprometa sua reserva para o
• Região Hidrográfica Amazônica futuro.
• Região Hidrográfica Tocantins Araguaia A superfície brasileira é constituída basicamente por três
• Região Hidrográfica do Paraná estruturas geológicas: escudos cristalinos, bacias sedimentares
• Região Hidrográfica do São Francisco e terrenos vulcânicos.
• Região Hidrográfica do Paraguai • Escudos cristalinos: são áreas cuja superfície se constituiu
• Região Hidrográfica do Uruguai no Pré-Cambriano, essa estrutura geológica abrange aproxima-
• Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental damente 36% do território brasileiro. Nas regiões que se for-
• Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental maram no éon Arqueano (o qual ocupa cerca de 32% do país)
• Região Hidrográfica do Parnaíba existem diversos tipos de rochas, com destaque para o grani-
• Região Hidrográfica Atlântico Leste to. Em terrenos formados no éon Proterozoico são encontradas
• Região Hidrográfica Atlântico Sudeste rochas metamórficas, onde se formam minerais como ferro e
• Região Hidrográfica Atlântico Sul manganês.
• Bacias sedimentares: estrutura geológica de formação
Clima Brasileiro mais recente, que abrange pelo menos 58% do país. Em regiões
Na maior parte do país o clima é quente, o que decorre da onde o terreno se formou na era Paleozoica existem jazidas car-
sua localização, entre a Linha do Equador e o Trópico de Capri- boníferas. Em terrenos formados na era Mesozoica existem ja-
córnio. zidas petrolíferas. Em áreas da era Cenozoica ocorre um intenso
Apesar disso existem 6 principais tipos de climas no Brasil: processo de sedimentação que corresponde às planícies.
Equatorial, Tropical, Tropical Semiárido, Tropical de Altitude, • Terrenos vulcânicos: esse tipo de estrutura ocupa somen-
Tropical Litorâneo e Subtropical. te 8% do território nacional, isso acontece por ser uma formação
mais rara. Tais terrenos foram submetidos a derrames vulcâni-
Vegetação Brasileira cos, as lavas deram origem a rochas, como o basalto e o dia-
No nosso país localiza-se a maior floresta tropical do Mun- básio, o primeiro é responsável pela formação dos solos mais
do. Parte da Floresta Amazônica, o “Pulmão do Mundo”, tam- férteis do Brasil, a “terra roxa”.
bém encontra-se em outros 8 países da América do Sul.
Tipos de Relevo
A vegetação brasileira é constituída principalmente por: A superfície terrestre é composta por diferentes tipos de re-
• Caatinga levo: montanhas, planícies, planaltos e depressões.
• Cerrado
• Mangue
• Pampa
• Pantanal
• Mata Atlântica
• Mata das Araucárias
• Mata dos Cocais
• Amazônia

Relevo brasileiro

Estrutura Geológica do Brasil


Três estruturas geológicas distintas compõem o Brasil: escu-
dos cristalinos, bacias sedimentares e terrenos vulcânicos.

As diferentes feições da superfície formam os diferentes


tipos de relevo

O relevo corresponde às variações que se apresentam so-


bre a camada superficial da Terra. Assim, podemos notar que o
relevo terrestre apresenta diferentes fisionomias, isto é, áreas
com diferentes características: algumas mais altas, outras mais
baixas, algumas mais acidentadas, outras mais planas, entre ou-
tras feições.

5
CONHECIMENTOS GERAIS
Para melhor analisar e compreender a forma com que essas Os planaltos – também chamados de platôs – são definidos
dinâmicas se revelam, foi elaborada uma classificação do relevo como áreas mais ou menos planas que apresentam médias al-
terrestre com base em suas características principais, dividin- titudes, delimitações bem nítidas, geralmente compostas por
do-o em quatro diferentes formas de relevo: as montanhas, os escarpas, e são cercadas por regiões mais baixas. Neles, predo-
planaltos, as planícies e as depressões. mina o processo de erosão, que fornece sedimentos para outras
áreas.
Montanhas Existem três principais tipos de planaltos: os cristalinos, for-
mados por rochas cristalinas (ígneas intrusivas e metamórficas)
e compostos por restos de montanhas que se erodiram com o
tempo; os basálticos, formados por rochas ígneas extrusivas (ou
vulcânicas) originadas de antigas e extintas atividades vulcâni-
cas; e os sedimentares, formados por rochas sedimentares que
antes eram baixas e que sofreram o soerguimento pelos movi-
mentos internos da crosta terrestre.

Planaltos do Brasil
No território brasileiro há um predomínio de planaltos. Esse
tipo de relevo ocupa cerca de 5.000.00 km2 da área total do
país, do qual as formas mais comuns são os picos, serras, coli-
nas, morros e chapadas.
De maneira geral, o planalto brasileiro é dividido em planal-
to meridional, planalto central e planalto atlântico:

Planalto Central
O planalto central está localizado nos Estados de Minas Ge-
rais, Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Os Alpes, na Europa, formam uma cadeia de montanhas O local possui grande potencial elétrico com presença de
muitos rios, donde se destacam os rios São Francisco, Araguaia
As montanhas são formas de relevo que se caracterizam e Tocantins.
pela elevada altitude em comparação com as demais altitudes Além disso, há o predomínio de vegetação do cerrado. Seu
da superfície terrestre. Quando tidas em conjunto, elas formam ponto de maior altitude é a Chapada dos Veadeiros, localizada no
cadeias chamadas de cordilheiras, a exemplo da Cordilheira dos estado de Goiás e com altitudes que variam de 600 m a 1650 m.
Andes, na América do Sul, e da Cordilheira do Himalaia, na Ásia.
Existem quatro tipos de montanhas: as vulcânicas, que se Planalto das Guianas
formam a partir de vulcões; as de erosão, que surgem a partir Localizado nos estados do Amazonas, Pará, Roraima e Ama-
da erosão do relevo ao seu redor, levando milhões de anos para pá, o planalto das guianas é uma das formações geológicas mais
serem formadas; as falhadas, originadas a partir de falhamentos antigas do planeta.
na crosta, que geram uma ruptura entre dois blocos terrestres, Ele se estende também pelos países vizinhos: Venezuela,
ficando soerguidos um sobre o outro; e as dobradas, que se ori- Colômbia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
ginam a partir dos dobramentos terrestres causados pelo tecto- Formado em sua maioria, por vegetação tropical (Floresta
nismo. De todos esses tipos, o último é o mais comum. Amazônica) e serras. É aqui que se encontra o ponto mais alto
do relevo brasileiro, ou seja, o Pico da Neblina com cerca de
Planaltos 3.000 metros de altitude, localizado na Serra do Imeri, no Estado
do Amazonas.

Planalto Brasileiro
Formado pelo Planalto Central, Planalto Meridional, Planal-
to Nordestino, Serras e Planaltos do Leste e Sudeste, Planaltos
do Maranhão-Piauí e Planalto Uruguaio-Rio-Grandense.
O ponto mais alto do planalto brasileiro é o Pico da Bandeira
com cerca de 2.900 metros, localizado nos estados do Espírito
Santo e de Minas Gerais, na serra do Caparaó.

Planalto Meridional
Localizado, em sua grande maioria, no sul do país, o planalto
meridional estende-se também pelas regiões do centro-oeste e
sudeste no Brasil.
Seu ponto mais alto é Serra Geral do Paraná presente nos
estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
É dividido em: planalto arenito-basáltico, os quais formam
Imagem do planalto tibetano as serras (cuestas) e a depressão periférica, caracterizada por
altitudes menos elevadas.

6
CONHECIMENTOS GERAIS
Planalto Nordestino Planície do Pantanal
Localizado na região nordeste do país, esse planalto pos- Situada nos estados no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,
suem a presença de chapadas e serras cristalinas, donde desta- a planície do pantanal é um terreno propenso às inundações.
ca-se a Serra da Borborema. Portanto, ele é marcado por diversas regiões pantanosas.
Ela está localizada nos Estados de Alagoas, Pernambuco, Pa- Lembre-se que o Pantanal é a maior planície inundável do
raíba e Rio Grande do Norte, com altitude máxima de 1260 m. mundo.
Os picos mais elevados na Serra ou Planalto da Borborema é
o Pico do Papagaio (1260 m) e o Pico do Jabre (1200 m). Planície Litorânea
Também chamada de planície costeira, a planície litorânea é
Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste uma faixa de terra situada na região costeira do litoral brasileiro,
É conhecido pela denominação “mar de morros”. Envolve que possui aproximadamente 600 km.
grande parte do planalto atlântico, no litoral do país, as serras e
os planaltos do leste e do sudeste. Depressão
Abrangem os estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo,
Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia.
Destacam-se a Serra da Canastra, Serra do Mar e Serra da
Mantiqueira.

Planalto do Maranhão-Piauí
Também chamado de planalto meio-norte, esse planalto
está localizado nos estados do Maranhão, Piauí e Ceará.

Planalto Dissecado de Sudeste (Escudo Sul-rio-grandense)


Localizado no estado do Rio Grande do Sul, o escudo sul-
-rio-grandense apresenta elevações de até 550 metros, o qual
caracteriza o conjunto de serras do estado.
Um dos pontos mais altos é o Cerro do Sandin, com 510
metros de altitude.

Planícies Mar morto, exemplo de depressão absoluta

São áreas rebaixadas que apresentam as menores altitudes


da superfície terrestre. Quando uma localidade é mais baixa que
o seu entorno, falamos em depressão relativa, e quando ela se
encontra abaixo do nível do mar, temos a depressão absoluta. O
mar morto, no Oriente Médio, é a maior depressão absoluta do
mundo, ou seja, é a área continental que apresenta as menores
altitudes, com cerca de 396 metros abaixo do nível do mar.

Urbanização: crescimento urbano, problemas estruturais,


contingente populacional brasileiro
Para chegar ao tamanho atual, com um território integra-
do e sem riscos iminentes de fracionamento, muitos conflitos e
processos de exploração econômica ocorreram ao longo de cin-
co séculos. Uma série de fatores contribuiu para o alargamento
do território, a partir da chegada dos portugueses em 1500, al-
guns desses fatores foram:
O Rio Amazonas é cercado por uma área de planície - a sucessão de grandes produções econômicas para expor-
São áreas planas e com baixas altitudes, normalmente muito tação (cana-de-açúcar, tabaco, ouro, borracha, café, etc.), além
próximas ao nível do mar. Encontram-se, em sua maioria, próxi- de culturas alimentares e pecuária, em diferentes bases geográ-
mas a planaltos, formando alguns vales fluviais ou constituindo ficas do território;
áreas litorâneas. Caracterizam-se pelo predomínio do processo - as expedições (bandeiras) que partiam de São Paulo –
de acumulação e sedimentação, uma vez que recebem a maior então um colégio e um pequeno povoado fundado por padres
parte dos sedimentos provenientes do desgaste dos demais ti- jesuítas – e se dirigiam ao interior, aproveitando a topografia
pos de relevo. favorável e a navegabilidade de afluentes do rio Paraná, para a
captura de indígenas e a busca de metais preciosos;
Planície Amazônica - a criação de aldeias de missões jesuíticas, em especial ao
Localizada no estado de Rondônia, esse tipo de relevo ca- sul do território, buscando agrupar e catequizar grupos indígenas;
racteriza a maior área de terras baixas no Brasil. As formas mais - o esforço político e administrativo da coroa portuguesa
recorrentes são a região de várzeas, terraços fluviais (tesos) e em assegurar a posse do novo território, especialmente após as
baixo planalto. ameaças da efetiva ocupação de frações do território – ainda
que por curtos períodos – por franceses e holandeses.

7
CONHECIMENTOS GERAIS
É importante destacar que a construção da unidade territorial nacional significou também o sistemático massacre, desloca-
mento ou aculturação dos povos indígenas. Além de provocar a redução da diversidade cultural do país, determinou a imposição
dos padrões culturais europeus. A geração de riquezas exauriu também ao máximo o trabalho dos negros africanos trazidos a força,
tratados como mera mercadoria e de forma violenta e cruel. Nesse caso, houve imposições de ordem cultural: muitos grupos, ao
longo do tempo, perderam os ritos religiosos e traços culturais que possuíam.

Expansão Territorial do Brasil Colônia


Durante o período do capitalismo comercial (séculos XV a XVIII), as metrópoles europeias acumularam capital com a prática
de atividades de retirada e comercialização de produtos primários (agrícolas e extrativistas), empreendida nos territórios conquis-
tados. O Brasil na condição de colônia portuguesa, consolidou-se como área exportadora de matérias-primas e importadora de
bens manufaturados.
Esse sistema de exploração de matérias-primas permite explicar a formação e a expansão territorial do Brasil, juntamente com
os tratados assinados entre Portugal e Espanha (Tratado de Tordesilhas e Tratado de Madri), que acabaram por definir, com alguns
acréscimos posteriores, a área que hoje consideramos território brasileiro.

Tratado de Tordesilhas

Espanha e Portugal foram pioneiros na expansão maritimo-comercial europeia, iniciada no século XV, que ficou conhecida
como Grandes Navegações e que resultou na conquista de novas terras. Essas descobertas geraram diversas tensões e conflitos
entre os dois países que, na tentativa de evitar uma guerra, em 7 de junho de 1494 assinaram o Tratado de Tordesilhas, na pequena
cidade de Tordesilhas, na Espanha. Esse tratado estabeleceu uma linha imaginária que passava a 370 léguas a oeste do arquipéla-
go de Cabo Verde (África), dividindo o mundo entre Portugal e Espanha: as terras situadas a leste seriam de Portugal enquanto as
terras a oeste da Espanha.
Os limites do território brasileiro, estabelecidos por esse tratado, se estendiam do atual estado do Pará até o atual estado de
Santa Catarina. No entanto, esses limites não foram respeitados, e terras que seriam da Espanha foram ocupadas por portugueses
e brasileiros, contribuindo para que nosso país adquirisse a forma atual.

8
CONHECIMENTOS GERAIS
Tratado de Madri

O Tratado de Madri, assinado em 1750, praticamente garantiu a atual extensão territorial do Brasil. O novo acordo anulou o
Tratado de Tordesilhas e determinou que as terras pertencial a quem de fato as ocupasse, seguindo o princípio de uti possidetis.
Dessa forma, a Espanha reconheceu os direitos dos portugueses sobre as áreas correspondentes aos atuais estados de Mato
Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas, Rondônia, Pará, Amapá, entre outros.

De Arquipélago a Continente
É costume dizer que, ao longo do período de colonização portuguesa, o território brasileiro se assemelhava a um arquipélago
– um arquipélago econômico.
Por que um arquipélago? As regiões do Brasil colônia que foram palco da produção agroexportadora se mantiveram sob o do-
mínio do poder central da metrópole portuguesa, formando assim um arquipélago geográfico. Já que não existiam ligações entre
as regiões. O mesmo ocorreu no Brasil independente.

9
CONHECIMENTOS GERAIS

A expansão econômica
A expansão de atividades dos colonizadores avançou gradativamente das faixas litorâneas para o interior. Nos primeiros dois
séculos, formou-se um complexo geoeconômico no Nordeste do país. Para cultivar a cana-de-açúcar, os colonos passaram a impor-
tar escravos africanos. A primeira leva chegou já em 1532, num circuito perverso do comércio humano que durou até 1850. Confor-
me os geógrafos Hervé Théry e Neli Mello, a produção de cana gerou atividades complementares, como a plantação do tabaco, na
região do Recôncavo Baiano, a criação de gado nas zonas mais interiores e as culturas alimentares no chamado Agreste (transição
da Zona da Mata úmida para o semiárido).
A pecuária desempenhou importante papel na ocupação do interior, aproveitando-se o rebrotar das folhas na estação das
águas nas caatingas arbustivas mais densas, além dos brejos e dos trechos de matas. Com a exploração das minas de ouro desco-
bertas mais ao sul, foram necessários também carne, couro e outros derivados, além de animais para o transporte.
Desse modo, a pecuária também se consolidou no alto curso do rio São Francisco, expandiu-se para áreas onde hoje se encon-
tram o Piauí e o Ceará, e para o Sul, seguindo o curso do “Velho Chico”, até o Sudeste e o Sul do território. Vários povoados foram
surgindo ao longo desses percursos, oferecendo pastos para descanso e engorda e feiras periódicas.
A organização do espaço no Brasil central ganhou contornos mais nítidos com a exploração do ouro, diamantes e diversos
minerais preciosos, especialmente em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, ao longo do século XVIII, o que deu origem à criação de
inúmeros núcleos urbanos nas rotas das minas.
Nos séculos XVIII e XIX, a constituição do território começou a se consolidar com a ocupação da imensa frente amazônica. Por
motivações mais políticas do que econômicas – a defesa do território contra incursões de corsários estrangeiros -, a região passou a
ser ocupada com a instalação de fortes e missões, acompanhando o curso do rio Amazonas e alguns de seus afluentes. Esse avanço
ocorreu inclusive sobre domínios espanhóis, que estavam mais interessados no ouro e na exploração dos nativos do México e do
Peru e em rotas comerciais do mar do Caribe (América Central) e no rio da Prata, na parte mais meridional da América do Sul.
A dinamização das fronteiras amazônicas ocorreu mais efetivamente com o surto da borracha, no fim do século XIX e início
do século XX. O desenvolvimento da indústria automobilística justificava a demanda por borracha par a fabricação de pneus. Esse
período curto, mas virtuoso, foi responsável pela atração de mais de 1 milhão de nordestinos, que fugiam da terrível seca que se
abateu sobre o sertão nordestino em 1877.

Os períodos econômicos indicados, em seus momentos de apogeu e crise, contribuíram para determinar um processo de regio-
nalização do território, marcando a diferenciação de áreas. Ao mesmo tempo, contribuíram para a integração territorial.

10
CONHECIMENTOS GERAIS

Café, Ferrovias, Fábricas e Cidades


O enredo de formação do território brasileiro culminou, ainda no século XIX, com a economia cafeeira e a constituição de um
núcleo econômico no Sudeste do país. A cultura do café, em sua origem próxima à cidade do Rio de Janeiro, expandiu-se pelo vale
do rio Paraíba do Sul para os estados de São Paulo e de Minas Gerais. Mas foi no planalto ocidental paulista, sobre os solos férteis
de terra roxa (do italiano rossa, que significa vermelha), que o café mais se desenvolveu. Em torno desse circuito econômico, foram
construídas as ferrovias para escoar o produto do interior paulista ao porto de Santos. No caminho, São Paulo, a pequena vila do
final do século XIX, foi crescendo rapidamente, transformando-se em sede de empresas, bancos e serviços diversos e chegando a
sediar a nascente industrialização do país. O Rio de Janeiro, já na época um núcleo urbano considerável, também veio a exercer
esse papel.
Ao longo do século XX, intensificou-se a concentração regional das riquezas. O Sudeste, e particularmente o eixo Rio – São
Paulo, passou a ser o meio geográfico mais apto a receber inovações tecnológicas e novas atividades econômicas, aumentando sua
posição de comando do país.

11
CONHECIMENTOS GERAIS
Fatores da Industrialização no Brasil

Vários fatores contribuíram para o processo de industriali-


zação no Brasil:
- a exportação de café gerou lucros que permitiram o inves-
timento na indústria;
- os imigrantes estrangeiros traziam consigo as técnicas de
fabricação de diversos produtos;
- a formação de uma classe média urbana consumidora, es-
timulou a criação de indústrias;
- a dificuldade de importação de produtos industrializados
durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) estimulou a in-
dústria.
A passagem de uma sociedade operária para uma urbano
industrial, mudou a paisagem de algumas cidades brasileiras,
Observação: principalmente de São Paulo e Rio de Janeiro.
Durante o século XVIII e início do XIX, diversos tratados fo-
ram assinados para o estabelecimento dos limites do território Resumo das fases do desenvolvimento industrial brasileiro
brasileiro.
Esses tratados sempre envolveram Portugal e Espanha, com Mais de trezentos anos sem indústrias
exceção do Tratado de Utrecht (1713), assinado também com a Enquanto o Brasil foi colônia de Portugal (1500 a 1822) não
França, para definir um trecho de limite no norte do Brasil (atual houve desenvolvimento industrial em nosso país. A metrópole
estado do Amapá), e do Tratado de Petrópolis (1903), pelo qual, proibia o estabelecimento de fábricas em nosso território, para
num acordo com a Bolívia, o Brasil incorporou o trecho que cor- que os brasileiros consumissem os produtos manufaturados
responde atualmente ao estado do Acre. Em 1801, ao ser esta- portugueses. Mesmo com a chegada da família real (1808) e a
belecido o Tratado de Badajós, entre portugueses e espanhóis, Abertura dos Portos às Nações Amigas, o Brasil continuou de-
os limites atuais de nosso país já estavam praticamente defini- pendente do exterior, porém, a partir deste momento, dos pro-
dos. dutos ingleses.
Pelo Tratado de Santo Ildefonso ou Tratado dos Limites, as-
sinado em 1777 entre Portugal e a Espanha, esta última fica- História do início da industrialização
ria com a Colônia do Sacramento e a região dos Sete Povos das Foi somente no final do século XIX que começou o desenvol-
Missões, mas devolveria à Coroa Portuguesa as terras que havia vimento industrial no Brasil. Muitos cafeicultores passaram a in-
ocupado nos atuais estados de Santa Catarina e Rio Grande do vestir parte dos lucros, obtidos com a exportação do café, no es-
Sul. Resolviam-se assim as contendas abertas pelo Tratado de tabelecimento de indústrias, principalmente em São Paulo e Rio
Madrid de 1750. de Janeiro. Eram fábricas de tecidos, calçados e outros produtos
de fabricação mais simples. A mão de obra usada nestas fábricas
Industrialização no Brasil era, na maioria das vezes, formada por imigrantes italianos.
A industrialização no Brasil foi historicamente tardia ou re-
tardatária. Enquanto na Europa se desenvolvia a Primeira Revo- Era Vargas e desenvolvimento industrial
lução Industrial, o Brasil vivia sob o regime de economia colonial. Foi durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-
1945) que a indústria brasileira ganhou um grande impulso.
Vargas teve como objetivo principal efetivar a industrialização
do país, privilegiando as indústrias nacionais, para não deixar o
Brasil cair na dependência externa. Com leis voltadas para a re-
gulamentação do mercado de trabalho, medidas protecionistas
e investimentos em infraestrutura, a indústria nacional cresceu
significativamente nas décadas de 1930-40. Porém, este desen-
volvimento continuou restrito aos grandes centros urbanos da
região sudeste, provocando uma grande disparidade regional.

12
CONHECIMENTOS GERAIS
Durante este período, a indústria também se beneficiou Outra forma de concentração de terras no Brasil é prove-
com o final da Segunda Guerra Mundial (1939-45), pois, os paí- niente também da expropriação, isso significa a venda de pe-
ses europeus, estavam com suas indústrias arrasadas, necessi- quenas propriedades rurais para grandes latifundiários com
tando importar produtos industrializados de outros países, en- intuito de pagar dívidas geralmente geradas em empréstimos
tre eles o Brasil. bancários, como são muito pequenas e o nível tecnológico é res-
Com a criação da Petrobrás (1953), ocorreu um grande de- trito diversas vezes não alcançam uma boa produtividade e os
senvolvimento das indústrias ligadas à produção de gêneros de- custos são elevados, dessa forma, não conseguem competir no
rivados do petróleo (borracha sintética, tintas, plásticos, fertili- mercado, ou seja, não obtêm lucros. Esse processo favorece o
zantes, etc.). sistema migratório do campo para a cidade, chamado de êxodo
rural.
Período JK A problemática referente à distribuição da terra no Brasil é
Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956 -1960) o produto histórico, resultado do modo como no passado ocorreu
desenvolvimento industrial brasileiro ganhou novos rumos e fei- a posse de terras ou como foram concedidas.
ções. JK abriu a economia para o capital internacional, atraindo A distribuição teve início ainda no período colonial com a
indústrias multinacionais. Foi durante este período que ocorreu criação das capitanias hereditárias e sesmarias, caracterizada
a instalação de montadoras de veículos internacionais (Ford, Ge- pela entrega da terra pelo dono da capitania a quem fosse de
neral Motors, Volkswagen e Willys) em território brasileiro. seu interesse ou vontade, em suma, como no passado a divisão
de terras foi desigual os reflexos são percebidos na atualidade e
Últimas décadas do século XX é uma questão extremamente polêmica e que divide opiniões.
Nas décadas 70, 80 e 90, a industrialização do Brasil con-
tinuou a crescer, embora, em alguns momentos de crise eco- Agricultura no Brasil atual
nômica, ela tenha estagnado. Atualmente o Brasil possui uma Atualmente, a agricultura no Brasil é marcada pelo processo
boa base industrial, produzindo diversos produtos como, por de mecanização e expansão das atividades em direção à região
exemplo, automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, Norte.
produtos alimentícios industrializados, eletrodomésticos, etc. A atividade do setor agrícola é uma das mais importantes da
Apesar disso, a indústria nacional ainda é dependente, em al- economia brasileira, pois, embora componha pouco mais de 5%
guns setores, (informática, por exemplo) de tecnologia externa. do PIB brasileiro na atualidade, é responsável por quase R$100
bilhões em volume de exportações em conjunto com a pecuária,
Dados atuais segundo dados da Secretaria de Relações Internacionais do Mi-
- Felizmente, o Brasil está apresentando, embora pequena, nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa).
recuperação na produção industrial. De acordo com dados do A produção agrícola no Brasil, portanto, é uma das principais
IBGE, divulgados em 1 de fevereiro de 2019, a indústria brasilei- responsáveis pelos valores da balança comercial do país.
ra apresentou crescimento de 1,1% em 2018. Ao longo da história, o setor da agricultura no Brasil passou
por diversos ciclos e transformações, indo desde a economia ca-
Estrutura fundiária do Brasil navieira, pautada principalmente na produção de cana-de-açú-
A estrutura fundiária corresponde ao modo como as pro- car durante o período colonial, até as recentes transformações
priedades rurais estão dispersas pelo território e seus respec- e expansão do café e da soja. Atualmente, essas transformações
tivos tamanhos, que facilita a compreensão das desigualdades ainda ocorrem, sobretudo garantindo um ritmo de sequência às
que acontecem no campo. transformações técnicas ocorridas a partir do século XX, como
A desigualdade estrutural fundiária brasileira configura a mecanização da produção e a modernização das atividades.
como um dos principais problemas do meio rural, isso por que A modernização da agricultura no Brasil atual está direta-
interfere diretamente na quantidade de postos de trabalho, va- mente associada ao processo de industrialização ocorrido no
lor de salários e, automaticamente, nas condições de trabalho e país durante o mesmo período citado, fator que foi responsável
o modo de vida dos trabalhadores rurais. por uma reconfiguração no espaço geográfico e na divisão terri-
No caso específico do Brasil, uma grande parte das terras torial do Brasil. Nesse novo panorama, o avanço das indústrias,
do país se encontra nas mãos de uma pequena parcela da popu- o crescimento do setor terciário e a aceleração do processo de
lação, essas pessoas são conhecidas como latifundiários. Já os urbanização colocaram o campo economicamente subordinado
minifundiários são proprietários de milhares de pequenas pro- à cidade, tornando-o dependente das técnicas e produções in-
priedades rurais espalhadas pelo país, algumas são tão peque- dustriais (máquinas, equipamentos, defensivos agrícolas etc.).
nas que muitas vezes não conseguem produzir renda e a própria Podemos dizer que a principal marca da agricultura no Brasil
subsistência familiar suficiente. atual – e também, por extensão, a pecuária – é a formação dos
Diante das informações, fica evidente que no Brasil ocorre complexos agrícolas, notadamente desenvolvidos nas regiões
uma discrepância em relação à distribuição de terras, uma vez que englobam os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de
que alguns detêm uma elevada quantidade de terras e outros Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato
possuem pouca ou nenhuma, esses aspectos caracterizam a con- Grosso e Mato Grosso do Sul. Nesse contexto, destacam-se a
centração fundiária brasileira. produção de soja, a carne para exportação e também a cana-de-
É importante conhecer os números que revelam quantas -açúcar, em razão do aumento da necessidade nacional e inter-
são as propriedades rurais e suas extensões: existem pelo me- nacional por etanol.
nos 50.566 estabelecimentos rurais inferior a 1 hectare, essas Na região Sul do país, a produção agrícola é caracterizada
juntas ocupam no país uma área de 25.827 hectares, há também pela ocupação histórica de grupos imigrantes europeus, pela
propriedades de tamanho superior a 100 mil hectares que juntas expansão da soja voltada para a exportação nos últimos decê-
ocupam uma área de 24.047.669 hectares. nios e pela intensiva modernização agrícola. Essa configuração

13
CONHECIMENTOS GERAIS
é preponderante no oeste do Paraná e de Santa Catarina, além
do norte do Rio Grande do sul. Além da soja, cultivam-se tam-
bém, em larga escala, o milho, a cana-de-açúcar e o algodão. Na
pecuária, a maior parte da produção é a de carne de porco e de
aves.
Na região Sudeste, assim como na região sul, a mecanização
e produção com base em procedimentos intensivos de alta tec-
nologia são predominantes. Embora seja essa a região em que
a agricultura encontra-se mais completamente subordinada à
indústria, destacam-se os altos índices de produtividade e uso
do solo. Por outro lado, com a maior presença de maquinários,
a geração de empregos é limitada e, quando muito, gerada nas
agroindústrias. As principais culturas cultivadas são o café, a ca-
na-de-açúcar e a fruticultura, com ênfase para os laranjais.

Produção mecanizada de soja no Mato Grosso

Por fim, a região Norte é caracterizada por receber, atual-


mente, as principais frentes de expansão, vindas do Nordeste
e do Centro-Oeste. A região do “matopiba” (Maranhão, Tocan-
tins, Piauí e Bahia), por exemplo, é a área onde a pressão pela
expansão das atividades agrárias ocorre mais intensamente, o
que torna a região Norte como o futuro centro de crescimento
do agronegócio brasileiro. As atividades mais praticadas nessa
região ainda são de caráter extensivo e de baixa tecnologia, com
ênfase na pecuária primitiva, na soja em expansão e em outros
produtos, que passam a competir com o extrativismo vegetal
existente.
Produção cafeeira em Alfenas, Minas Gerais

Na região Nordeste, por sua vez, encontra-se uma relativa


pluralidade. Na Zona da Mata, mais úmida, predomina o cultivo
das plantations, presente desde tempos coloniais, com desta-
que novamente para a cana, voltada atualmente para a produ-
ção de álcool e também de açúcar. Nas áreas semiáridas, ressal-
ta-se a presença da agricultura familiar e também de algumas
zonas com uma produção mais mecanizada. O principal cultivo
é o de frutas, como o melão, a uva, a manga e o abacaxi. Além
disso, a agricultura de subsistência também possui um impor-
tante papel.
Já a região Centro-Oeste é a área em que mais se expande o
cultivo pela produção mecanizada, que se expande em direção à
Amazônia e vem pressionando a expansão da fronteira agrícola
para o norte do país. A Revolução Verde, no século passado, foi a
principal responsável pela ocupação dos solos do Cerrado nessa
região, pois permitiu o cultivo de diversas culturas em seus solos Pecuária extensiva na área de expansão agrícola da região
de elevada acidez. O principal produto é a soja, também voltada Norte
para o mercado externo. As relações de trabalho no campo

Diminuição do sistema de parceria:


Com a capitalização do campo, as relações de trabalho tradi-
cionais vão desaparecendo porque são substituídas pelo traba-
lho assalariado, ou porque o proprietário prefere deixar a terra
ociosa á espera de valorização.

Expansão de um regime associativo:


Com a capitalização do campo, as relações de trabalho tra-
dicionais tendiam a desaparecer mais, porque são substituídas
pelo trabalho assalariado, no entanto, para diminuir custo e en-

14
CONHECIMENTOS GERAIS
cargos, as grandes empresas desenvolveram uma nova forma de – Expansão desmedida das periferias urbanas, com a forma-
trabalhar no campo, incentivando o pequeno e o médio produ- ção de habitações irregulares e o crescimento das favelas em
tor a produzir para eles. várias metrópoles do país;
– Aumento do desemprego e do emprego informal: o êxo-
Êxodo rural do rural, acompanhado do crescimento das cidades, propiciou o
O êxodo rural corresponde ao processo de migração em aumento do setor terciário e também do campo de atuação in-
massa da população do campo para as cidades, fenômeno que formal, gerando uma maior precarização das condições de vida
costuma ocorrer em um período de tempo considerado curto, dos trabalhadores. Além disso, com um maior exército de traba-
como o prazo de algumas décadas. Trata-se de um elemento lhadores de reserva nas cidades, houve uma maior elevação do
diretamente associado a várias dinâmicas socioespaciais, tais desemprego;
como a urbanização, a industrialização, a concentração fundiá- – Formação de vazios demográficos no campo: em regiões
ria e a mecanização do campo. como o Sudeste, o Sul e, principalmente, o Centro-Oeste, forma-
Um dos maiores exemplos de como essa questão costuma ram-se verdadeiros vazios demográficos no campo, com densi-
gerar efeitos no processo de produção do espaço pode ser visua- dades demográficas praticamente nulas em várias áreas.
lizado quando analisamos a conjuntura do êxodo rural no Bra-
sil. Sua ocorrência foi a grande responsável pela aceleração do Já entre as causas do êxodo rural no Brasil, é possível citar:
processo de urbanização em curso no país, que aconteceu mais – Concentração da produção do campo, na medida em que a
por valores repulsivos do que atrativos, isto é, mais pela saída menor disponibilidade de terras proporciona maior mobilidade
de pessoas do campo do que pelo grau de atratividade social e da população rural de média e baixa renda;
financeira das cidades brasileiras. – Mecanização do campo, com a substituição dos trabalha-
O êxodo rural no Brasil ocorreu, de forma mais intensa, em dores rurais por maquinários, gerando menos empregos no se-
apenas duas décadas: entre 1960 e 1980, mantendo patamares tor primário e forçando a saída da população do campo para as
relativamente elevados nas décadas seguintes e perdendo for- cidades;
ça total na entrada dos anos 2000. Segundo estudos publicados – Fatores atrativos oferecidos pelas cidades, como mais
pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o empregos nos setores secundário e terciário, o que foi possível
êxodo rural, nas duas primeiras décadas citadas, contribuiu com graças ao rápido – porém tardio – processo de industrialização
quase 20% de toda a urbanização do país, passando para 3,5% vivido pelo país na segunda metade do século XX.
entre os anos 2000 e 2010.¹
De acordo com o Censo Demográfico de 2010 divulgado Agronegócio e a produção agropecuária brasileira
pelo IBGE, o êxodo rural é, realmente, desacelerado nos tempos O agronegócio, que atualmente recebe o nome de agrobusi-
atuais. Em comparação com o Censo anterior (2000), quando a ness (agronegócios em inglês), corresponde à junção de diversas
taxa de migração campo-cidade por ano era de 1,31%, a últi- atividades produtivas que estão diretamente ligadas à produção
ma amostra registrou uma queda para 0,65%. Esses números e subprodução de produtos derivados da agricultura e pecuária.
consideraram as porcentagens em relação a toda a população Quando se fala em agronegócio é comum associar somente
brasileira. a produção in natura, como grãos e leite, por exemplo, no en-
Se considerarmos os valores do êxodo rural a partir do nú- tanto esse segmento produtivo é muito mais abrangente, pois
mero de migrantes em relação ao tamanho total da população existe um grande número de participantes nesse processo.
residente no campo no Brasil, temos que, entre 2000 e 2010, O agronegócio deve ser entendido como um processo, na
a taxa de êxodo rural foi de 17,6%, um número bem menor do produção agropecuária intensiva é utilizado uma série de tec-
que o da década anterior: 25,1%. Na década de 1980, essa taxa nologias e biotecnologias para alcançar níveis elevados de pro-
era de 26,42% e, na década de 1970, era de 30,02%. Portanto, dutividade, para isso é necessário que alguém ou uma empresa
nota-se claramente a tendência de desaceleração, ao passo que forneça tais elementos.
as regiões Centro-Oeste e Norte, até mesmo, apresentam um Diante disso, podemos citar vários setores da economia que
pequeno crescimento no número de habitantes do campo. faz parte do agronegócio, como bancos que fornecem créditos,
Os principais fatores responsáveis pela queda do êxodo ru- indústria de insumos agrícolas (fertilizantes, herbicidas, insetici-
ral no Brasil são: a quantidade já escassa de trabalhadores ru- das, sementes selecionadas para plantio entre outros), indústria
rais no país, exceto o Nordeste, que ainda possui uma relativa de tratores e peças, lojas veterinárias e laboratórios que forne-
reserva de migrantes; e os investimentos, mesmo que tímidos, cem vacinas e rações para a pecuária de corte e leiteira, isso na
para os pequenos produtores e agricultores familiares. Existem, primeira etapa produtiva.
dessa forma, vários programas sociais do governo para garantir Posteriormente a esse processo são agregados novos in-
que as pessoas encontrem melhores condições de vida no cam- tegrantes do agronegócio que correspondem às agroindústrias
po, embora esses investimentos não sejam considerados tão ex- responsáveis pelo processamento da matéria-prima oriunda da
pressivos. agropecuária.
Entre os efeitos do êxodo rural no Brasil, podemos desta- A agroindústria realiza a transformação dos produtos pri-
car: mários da agropecuária em subprodutos que podem inserir na
produção de alimentos, como os frigoríficos, indústria de enla-
– Aceleração da urbanização, que ocorreu concentrada, so- tados, laticínios, indústria de couro, biocombustíveis, produção
bretudo, nas grandes metrópoles do país, sobretudo as da re- têxtil entre muitos outros.
gião sudeste ao longo do século XX. Essa concentração ocorreu, A produção agropecuária está diretamente ligada aos ali-
principalmente, porque o êxodo rural foi acompanhado de uma mentos, processados ou não, que fazem parte do nosso cotidia-
migração interna no país, em direção aos polos de maiores atra- no, porém essa produção é mais complexa, isso por que muitos
tividades econômicas e com mais acentuada industrialização; dos itens que compõe nossa vida são oriundos dessa atividade

15
CONHECIMENTOS GERAIS
produtiva, madeira dos móveis, as roupas de algodão, essência Gonçalves (2003, p. 22) coloca ainda que:
dos sabonetes e grande parte dos remédios têm origem nos Este fato é evidente quando levamos em conta que uma das
agronegócios. características centrais da globalização econômica (a pós-mo-
A partir de 1970, o Brasil vivenciou um aumento no setor dernidade na sua dimensão econômica) é o próprio acirramento
agroindustrial, especialmente no processamento de café, soja, da concorrência ou a maior contestabilidade do mercado mun-
laranja e cana-de-açúcar e também criação de animais, princi- dial.
pais produtos da época. A globalização se apresenta como um ambiente contextual,
A agroindústria, que corresponde à fusão entre a produção pois reúne condições de atuar sobre o espaço herdado de tem-
agropecuária e a indústria, possui uma interdependência com pos passados, compreendendo enfoques organizacionais cons-
relação a diversos ramos da indústria, pois necessitam de emba- truídos através da evolução, remodelando as novas necessida-
lagens, insumos agrícolas, irrigação, máquinas e implementos. des do mercado.
Esse conjunto de interações dá à atividade alto grau de im- Segundo Ianni (2002, p. 19) convém ressaltar:
portância econômica para o país, no ano de 1999 somente a A fábrica global instala-se além de toda e qualquer frontei-
agropecuária respondeu por 9% do PIB do Brasil, entretanto, se ra, articulando capital, tecnologia, força de trabalho, divisão do
enquadrarmos todas as atividades (comercial, financeira e ser- trabalho social e outras forças produtivas. Acompanhada pela
viços envolvidos) ligadas ao setor de agronegócios esse percen- publicidade, a mídia impressa e eletrônica, a indústria cultu-
tual se eleva de forma significativa com a participação da agroin- ral, misturadas em jornais, revistas, livros, programas de radio,
dústria para aproximadamente 40% do PIB total. emissões de televisão, videoclipes, fax, redes de computadores e
Esse processo também ocorre nos países centrais, nos quais outros meios de comunicação, informação e fabulação, dissolve
a agropecuária responde, em média, por 3% do Produto Inter- fronteiras, agiliza os mercados, generaliza o consumismo. Provo-
no Bruto (PIB), mas os agronegócios ou agrobusiness represen- ca a desterritorialização e reterritorialização das coisas, gentes
tam um terço do PIB. Essas características levam os líderes dos e ideias. Promove o redimensionamento de espaços e tempos.
Estados Unidos e da União Européia a conduzir sua produção Este contexto da globalização da economia demanda uma
agrícola de modo subsidiado pelos seus respectivos governos, integração dos agentes econômicos dentro de uma realidade
esses criam medidas protecionistas (barreiras alfandegárias, im- competitiva de mercado, a velocidade da mudança e os desa-
pedimento de importação de produtos de bens agrícolas) para fios do mundo globalizado demonstram uma necessidade de
preservar as atividades de seus produtores. considerar circunstancias em todos os campos de atuação, que
Em suma, o agronegócio ocupa um lugar de destaque na evidenciam alguma forma de tecnologia para alcançar seus ob-
economia mundial, principalmente nos países subdesenvolvidos jetivos.
ou em desenvolvimento, pois garante o sustento alimentar das
pessoas e sua manutenção, além disso, contribui para o cresci- Quando se trata especificamente da economia, Ianni (1995,
mento da exportação e do país que o executa. p. 17-18):
Toda economia nacional, seja qual for, torna-se província da
Globalização e economia economia global. O modo capitalista de produção entra em uma
Sobre a globalização em si já falamos acima, vamos aqui época propriamente global, e não apenas internacional ou multi-
abordar a globalização no contexto ecnomômico. nacional. Assim, o mercado, as forças produtivas, a nova divisão
A globalização da economia é o processo através do qual internacional do trabalho, a reprodução ampliada do capital de-
se expande no mercado, trata-se de buscar aumentos cada vez senvolvem-se em escala mundial.
maiores a fim de ampliar ao máximo o mercado. Discute-se, Tem-se, portanto, o fato de que os termos “globalização”
portanto a ideia de que a globalização econômica poderá de- e “economia global” passaram a fazer parte do vocabulário dos
sempenhar este processo num contexto em que as dinâmicas de especialistas, agentes econômicos e políticos, que normalmen-
integração global se destacam cada vez mais às dinâmicas das te são utilizados para caracterizar o processo atual de integra-
economias nacionais ou até mesmo regionais, também o siste- ção econômica à escala planetária e a perda de importância das
ma de relações econômicas e na valorização da inserção coletiva economias nacionais, afirmações de uma grande economia de
e individual na economia globalizada. mercado global. Traduzindo a realidade de um processo em
Assim, segundo Gonçalves (2003, p. 21): movimento e em permanente transformação, não encontraram
A globalização econômica pode ser entendida como a ocor- ainda uma aplicação uniforme e uma substancia teórica conso-
rência simultânea de três processos. O primeiro é o aumento lidada.
extraordinário dos fluxos internacionais de bens, serviços e ca- Ainda sobre as questões da inserção internacional de paí-
pitais. O segundo processo é o acirramento da concorrência in- ses ou de espaços econômicos, é absolutamente indispensável
ternacional. A evidencia empírica é pontual e, portanto, não há o conjunto de referencias que servirão de suporte a analise que
indicadores agregados a esse respeito. O terceiro processo é o permitem formular um conjunto de hipóteses que possam inse-
da crescente interdependência entre agentes econômicos nacio- rir positivamente nas dinâmicas de internacionalização econô-
nais. mica e de constituição de um espaço econômico integrado.
Em uma época de complexidades organizacionais e um am-
biente mercadológico globalizado, compreender e aceitar esses Held (2001, p. 71) diz ainda:
desafios representa um dos mais importantes compromissos da Embora haja um reconhecimento de que a globalização eco-
sociedade capitalista na atualidade. A globalização por sua vez nômica tanto gera perdedores quanto ganhadores, os neolibe-
compreende um processo de integração mundial que se baseia rais frisam a difusão crescente da riqueza e da prosperidade em
na liberalização econômica, os países então se abrem ao fluxo toda economia mundial – o efeito em cascata. A pobreza global,
internacional de bens, serviços e capitais. segundo padrões históricos, caiu mais nos últimos cinquenta
anos do que nos quinhentos anteriores, e o bem-estar das po-

16
CONHECIMENTOS GERAIS
pulações de quase todas as regiões melhorou significamente nas que designamos globalização interrompida. A quarta fase apre-
ultimas décadas. senta uma dupla lógica de integração econômica global, com a
Este processo de globalização trata-se de um desenvol- cisão da economia mundial, com dois sistemas econômicos ri-
vimento da economia mundial, ou, pelo contrario, trata-se de vais, o sistema de economia de mercado e o de direção central,
um resultado intrínseco e necessário do desenvolvimento e ex- onde ambos procuram estender a sua área de influencia, a esta
pansão das economias modernas baseadas na produção para fase chamamos de globalização rival. A quinta fase vai de 1971 a
o mercado. Existe também o processo objetivo de integração 1989, fundamentalmente o que determina esta fase é a recom-
econômica, de expansão espacial das economias e de geração e posição das relações de força a nível internacional, impulsionada
aprofundamento de interdependências que tentam transformar por crises econômicas internacionais, fase esta que se denomina
as dinâmicas globais que gera as dinâmicas locais e particulares fase da globalização liberal. E então a sexta fase que caracteriza
que permanecem. o retorno da economia mundial a uma lógica única de integração
global, que se sobrepõe às lógicas nacionais ou mesmo regionais
No entanto considerar um fator importante em que assenta de equilíbrio interno e externo, chamamos esta de globalização
todo o processo de globalização, e que é a existência de uma uniforme.
referência monetária. Este processo de globalização começa Contudo, esta evolução do processo de globalização consi-
com o aparecimento da moeda e expande a utilização desta e derando evidencias aos seus marcadores genéticos e suas dinâ-
se fixam as formas e as regras pelas quais é reconhecida como micas de transformação, fatores que darão forma e base para a
referencia comum. sustentação atual. Com essa ideia podemos observar que este
Com o aparecimento de formas e funções ao sistema mo- processo de globalização constitui uma maior tendência do de-
netário internacional atual, longo e complexo foi o processo de senvolvimento das economias de mercado, podendo então so-
evolução da economia mundial e diversas dinâmicas impulsiona- frer com crises econômicas profundas ou de relações de forças
ram a integração das diferentes economias locais. É fundamen- internacionais. Vale ressaltar a importância de distinguir globa-
tal neste processo e que determinou a passagem a uma nova lização, enquanto processo histórico que encontra-se no século
fase de evolução da economia mundial em que as dinâmicas de XVI, na sequencia da integração geográfica mundial, as suas ba-
globalização claramente se tornaram dominantes. ses de desenvolvimentos modernos, da economia global, que só
tem existência efetiva a partir do século XIX.
Mingst (2009, p. 265) diante dessas circunstancias descreve Podendo então dar formas as dinâmicas de transformação
as seguintes palavras: da economia global resultando de modo como se articulam his-
Nos derradeiros do século XX, crenças sobre a teoria econô- toricamente a sustentação das relações econômicas internacio-
mica convergiram. Os princípios do liberalismo econômico mos- nais.
traram-se eficientes para elevar o padrão de vida dos povos no Conforme visto, há vários conceitos e abordagens acerca
mundo inteiro. As alternativas radicais que foram criadas para dos processos de globalização das relações sociais, abordagens
promover o desenvolvimento econômico não mostraram ser viá- estas que diferenciam entre si a definição, escala, cronologia,
veis, ainda que as alternativas de capitalismo de estado tenham impacto. Muitos dos argumentos são generalizados, há uma ên-
continuado atrativas para alguns estados. fase em alguns aspectos sejam eles cultural, econômico, histó-
Contudo, essa divergência não significou a ausência de con- rico, político, algo de sumo importância principalmente quando
flito sobre questões da economia política internacional. A globa- se vê questões fundamentais que se encontram em jogo neste
lização econômica resultante do triunfo do liberalismo econômi- conceito chamado globalização.
co tem enfrentado vários desafios. O maior efeito ocorrido nas ultimas décadas tem sido o cres-
A década de 70 do século XIX deve ser entendida como um cimento do mercado por todo o mundo, como consequências de
período fundamental de evolução da economia mundial que transnacionalização dos mercados. As mudanças trazidas pelos
marca a passagem de uma fase inicial de processo de globaliza- processos globalizantes dos mercados, com sua força atual dada
ção, isso poderá designar o inicio de uma globalização primitiva, pelo avanço tecnológico.
para uma fase de globalização efetiva, onde se estende até a Assim, neste circulo vicioso que os Estados menos desen-
atualidade. É importante que não se misture economia global volvidos social e economicamente se encontram nesses três
com o conceito de economia mundial, a economia global não primeiros anos do século XXI divididos entre as necessidades
tende coincidir com economia mundial, ela deve ser entendida de prestigiar uma economia globalizada, com o retrocesso do
na sua dimensão qualitativa, enquanto espaço econômico e de trabalho para atração de investimentos a fim de propiciar o cres-
outras realidades econômicas, nestes aspectos a globalização cimento econômico, e, o dever de corrigir as distorções que o
transforma a economia mundial numa economia global. O sur- mercado global tende a produzir diante da fragilidade crescente
gimento da economia global não vem marcar o esgotamento do por esse retrocesso nas questões sociais.
processo de globalização, mas sim a entrada de uma nova fase A globalização, no entanto, não perdoa as incertezas e as
que terá suas fases de desenvolvimento. indecisões, é capaz de transnacionalizar mercados, tecnologias,
Assim, diante de suas diferentes fases é possível distinguir culturas, valores, com a queda das fronteiras nacionais, mundia-
a sucessão de algumas grandes fases deste processo, a primeira liza também as crises.
delas corresponde aos primórdios da globalização, é a fase pré- Um fenômeno decorrente dos avanços tecnológicos e das
-economia que podemos chamar de globalização primitiva. telecomunicações, um conjunto de ações políticas econômicas e
A segunda vai do inicio da década de 70 ate o inicio da 1ª culturais que objetivam a integração do mundo todo permitindo
Guerra Mundial, é a fase que representa à economia global e a transmissão de informações com extrema rapidez de uma par-
coincide com o sistema monetário, é a chamada globalização te a outra do planeta.
clássica. A terceira é marcada regressão do funcionamento dos
sistemas e das instituições econômicas internacionais, é a fase

17
CONHECIMENTOS GERAIS
Organização e estrutura do MERCOSUL Protocolos complementares ao tratado fundador
O Mercosul estrutura-se a partir de alguns organismos re- Em razão da dinâmica presente no processo de integração,
presentados pelos países-membros efetivos do bloco que visam para adequar a estrutura do bloco às mudanças ocorridas, o
à correta estruturação dos acordos realizados. Esse bloco eco- Conselho do Mercado Comum anexou ao Tratado de Assunção
nômico possui três grupos diferentes de países integrantes: diversos protocolos complementares ao longo do tempo. Para
Membros permanentes: são aqueles países que fazem parte ter validade, após receber a assinatura dos presidentes do blo-
integralmente do Mercosul, adotam a TEC e compõem todos os co, um protocolo geral deve ser aprovado por decreto legislativo
acordos do bloco, além de possuírem poderes de votação em em todos os países signatários. Ao todo, 15 protocolos recebe-
instâncias decisórias. São membros permanentes a Argentina, ram esta aprovação e estão em vigência:
o Brasil, o Paraguai e o Uruguai. (A Venezuela foi aceita como Protocolo de Las Leñas, 1992; determinou que sentenças
membro permanente em 2012 e suspensa do bloco em dezem- provenientes de um país signatário tenham o mesmo entendi-
bro de 2016 e em 05 de agosto de 2017). mento judicial em outro, sem a necessidade de homologação de
Membros associados: são aqueles países que não fazem sentença, a que estão submetidas todas as demais decisões ju-
parte totalmente dos acordos do Mercosul, principalmente por diciais tomadas em países de fora do bloco. No Brasil, este pro-
não adotarem a TEC, mas que integram o bloco no sentido de tocolo foi aprovado através do decreto legislativo número 55 de
ampliar suas trocas comerciais com os demais países do bloco. 19 de abril de 1995 e promulgado por meio do decreto 2 067, de
São membros associados a Bolívia, o Chile, a Colômbia, o Equa- 12 de novembro de 1996.
dor, o Peru, o Suriname e a Guiana. Protocolo de Buenos Aires sobre Jurisdição Internacional
Membros observadores: composto pelo México e pela Nova em Matéria Contratual, 1994; No Brasil, este protocolo foi apro-
Zelândia, esse grupo é destinado aos países que desejam acom- vado pelo decreto legislativo número 129, de 5 de outubro de
panhar o andamento e expansão do bloco sem o compromisso 1995, e promulgado através do decreto número 2 095, de 17 de
de dele fazer parte, podendo tornar-se um membro efetivo ou dezembro de 1996.
associado no futuro. No caso do México, isso será muito difícil,
haja vista que esse país já compõe outros dois blocos: o NAFTA Protocolo de Integração Educativa e Reconhecimento de
e a APEC. Certificados, Títulos e Estudos de Nível Primário, Médio e Técni-
Em termos de organização interna e estruturação, o Mer- co, 1994; No Brasil, este protocolo foi aprovado através do de-
cosul é formado por algumas instituições que detêm funções creto legislativo número 101, de 3 de julho de 1995, e promulga-
específicas e buscam assegurar o bom andamento e o desenvol- do por meio do decreto número 2 726, de 10 de agosto de 1998.
vimento do bloco, são elas: Protocolo de Ouro Preto, 1994; estabeleceu estrutura ins-
a) CMC (Conselho do Mercado Comum): É o principal ór- titucional para o Mercosul, ampliando a participação dos parla-
gão do Mercosul, sendo responsável pelas principais tomadas mentos nacionais e da sociedade civil. Este foi o protocolo que
de decisões no bloco. É composto pelos Ministros das Relações deu ao Mercosul personalidade jurídica de direito internacional,
Exteriores e da Economia de todos os membros efetivos e apre- tornando possível sua relação com outros países, organismos in-
senta duas reuniões por ano, sendo a presença dos presidentes ternacionais e blocos econômicos. No Brasil, este protocolo foi
obrigatória em pelo menos uma dessas reuniões. aprovado através do decreto legislativo número 188, de 16 de
b) GMC (Grupo Mercado Comum): É o órgão executivo do dezembro de 1995, e promulgado por meio do decreto número
Mercosul, sendo composto por representantes titulares e alter- 1 901, de 9 de maio de 1996.
nativos de cada um dos membros efetivos do bloco. Esse grupo Protocolo de Medidas Cautelares, 1994; No Brasil, este pro-
reúne-se trimestralmente, mas pode haver encontros extraordi- tocolo foi aprovado através do decreto legislativo número 192,
nários a pedido de qualquer um dos seus partícipes. de 15 de dezembro de 1995 e promulgado por meio do decreto
c) CCM (Comissão de Comércio do Mercosul): É o órgão res- número 2 626, de 15 de junho de 1998.
ponsável pela gestão das decisões sobre o comércio do Merco- Protocolo de Assistência Jurídica Mútua em Assuntos Pe-
sul. Suas funções envolvem a aplicação dos instrumentos políti- nais, 1996; No Brasil, este protocolo foi aprovado através do de-
cos e comerciais dentro do bloco e deste com terceiros, além de creto legislativo número 3, de 26 de janeiro de 2000, e promul-
criar e supervisionar órgãos e comitês para funções específicas. gado por meio do decreto número 3 468, de 17 de maio de 2000.
d) CPC (Comissão Parlamentar Conjunta): representa os Protocolo de São Luís em Matéria de Responsabilidade Civil
parlamentos dos países-membros do Mercosul. É o órgão res- Emergente de Acidentes de Trânsito entre os Estados Partes do
ponsável pela operacionalização e máxima eficiência do corpo Mercosul, 1996; No Brasil, este protocolo foi aprovado através
legislativo do bloco. do decreto legislativo número 259, de 15 de dezembro de 2000,
e) Foro Consultivo Econômico e Social: é o órgão que repre- e promulgado por meio do decreto número 3 856, de 3 de julho
senta os setores da economia e da sociedade de cada um dos de 2001.
membros do Mercosul. Ele possui um caráter apenas consultivo, Protocolo de Integração Educativa para a Formação de Re-
opera por meio de recomendações ao GMC e pode incluir em cursos Humanos a Nível de Pós-Graduação entre os Países Mem-
torno de si a participação de empresas privadas. bros do Mercosul, 1996; No Brasil, este protocolo foi aprovado
pelo decreto legislativo número 129, de 5 de outubro de 1995, e
Além desses organismos, existem outros órgãos e secreta- promulgado através do decreto número 2 095, de 17 de dezem-
rias vinculados às denominações acima apresentadas. Juntos, bro de 1996.
esses elementos compõem a estrutura do Mercosul, atuando no Protocolo de Integração Cultural do Mercosul, 1996; No Bra-
sentido de organizá-lo e fundamentando suas ações e estraté- sil, este protocolo foi registrado através do decreto legislativo
gias de mercado. O seu correto funcionamento significa a garan- número 3, de 14 de janeiro de 1999, e promulgado através do
tia da coesão e harmonia desse importante bloco econômico. decreto número 3 193, de 5 de outubro de 1999.

18
CONHECIMENTOS GERAIS
Protocolo de Integração Educacional para o Prosseguimen- O MERCOSUL oferece ao Brasil a possibilidade de se tornar
to de Estudos de Pós-Graduação nas Universidades dos Países o líder de uma região com um PIB da ordem de grandeza de
Membros do Mercosul, 1996; No Brasil, este protocolo foi apro- US$ 4,7 trilhões; sem conflitos étnicos, de fronteira, religiosos,
vado através do decreto legislativo número 2, de 14 de janeiro históricos ou culturais; com sistemas financeiros relativamente
de 1999, e promulgado por meio do decreto número 3 194, de 5 desenvolvidos; uma tradição capitalista de décadas; um parque
de outubro de 1999. industrial de porte razoável; consumo de massa; e uma consi-
Protocolo de Ushuaia, 1998; No Brasil, este protocolo foi derável demanda reprimida, visto se tratar de uma região com
aprovado através do decreto legislativo número 452, de 14 de uma renda per capita média, porém com bolsões de pobreza ex-
novembro de 2001 e promulgado através de decreto número 4 pressivos e portanto com grande potencial de expansão de con-
210, de 24 de abril de 2002. sumo. O MERCOSUL é o grande expoente brasileiro no cenário
Protocolo de Olivos, 2002; aprimorou o Protocolo de Brasília internacional, nas relações econômicas e até mesmo políticas,
mediante a criação do Tribunal Arbitral Permanente de Revisão possibilitando uma maior estrutura de negociação ao gozar do
do Mercosul. Esse tribunal passou a revisar laudos expedidos status de bloco econômico, é visto, por muitos, como uma forma
pelos Tribunais Arbitrais, em caso de contestação. Seus árbitros de fugir da gigantesca influência dos Estados Unidos na América
são nomeados por um período de dois anos, com possibilidade Latina que é uma constante preocupação no que diz respeito
de prorrogação. As decisões deste tribunal têm caráter obrigató- a manter tradições e costumes culturais singulares dos latinos.
rio para os Estados envolvidos nas controvérsias, não estão su-
jeitas a recursos ou revisões e, em relação aos países envolvidos, Integração regional Brasil e América Latina é muito baixa
exercem força de juízo. No Brasil, este protocolo foi registrado
através do decreto legislativo número 712, de 15 de outubro de Países poderiam aproveitar melhor o aumento de barreiras
2003, e promulgado por meio do decreto número 4 982, de 9 de entre EUA e China se houvesse um comércio interregional mais
fevereiro de 2004. estruturado
Protocolo de Assunção sobre o Compromisso com a Pro- Enquanto as incertezas no cenário externo aumentam devi-
moção e Proteção dos direitos Humanos no Mercosul, 2005; No do às tensões comerciais entre Estados Unidos e China, apesar
Brasil, este protocolo foi registrado através do decreto legislati-
da trégua temporária de 90 dias acordada no encontro do G2
vo número 592, de 27 de agosto de 2009 e promulgado por meio
(grupo das 19 maiores economias desenvolvidas e emergentes
do decreto número 7 225, de 1 de julho de 2010.
do planeta mais a União Europeia), especialistas alertam para a
Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul, 2005;
falta de integração do Brasil com os países vizinhos, que poderia
No Brasil, este protocolo foi aprovado através do decreto legis-
ser uma forma de proteção para a região, de acordo com levan-
lativo número 408, de 12 de setembro de 2006 e promulgado
tamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Avançada
por meio do decreto número 6 105, de 30 de abril de 2007.
(Ipea) e a Comissão Econômica pra a América Latina (Cepal), li-
Protocolo de Adesão da República Bolivariana de Venezuela
gada à Organização das Nações Unidas (ONU).
ao Mercosul, 2006; Protocolo válido em razão da suspensão da
“Temos um quadro de integração regional que não é muito
República do Paraguai. No Brasil, este protocolo foi registrado
através do decreto legislativo número 936, de 16 de dezembro satisfatório. Ele é muito baixo. Aproximadamente, apenas 18%
de 2009 e promulgado por meio do decreto número 3 859, de 6 do comércio dos países latino americanos é intrarregional nos
de dezembro de 2012. últimos anos. Ainda que ele tenha melhorado um pouco entre
Alguns protocolos não receberam esta aprovação e, por este 2005 e 2011, que foram os melhores anos para o comércio na
motivo, são chamados de protocolos pendentes. No entanto, região e o Brasil aumentou sua participação, mas, nos últimos
outros protocolos aprovados por decreto legislativo foram apri- anos, esse comércio intrarregional voltou a diminuir”. (Pedro Sil-
morados posteriormente, tendo assim, sua validade revogada: va Barros - pesquisador do Ipea Pedro Silva Barros).
Protocolo de Brasília, 1991; foi revogado com a assinatura O pesquisador lembrou que um dos maiores desafios para
do Protocolo de Olivos em 2002. Modificou o mecanismo de o aumento dessa integração regional é a infraestrutura precária
controvérsias inicialmente previsto no Tratado de Assunção, dis- assim como a falta de garantias para o comércio intrarregional
ponibilizando a utilização de meios jurídicos para a solução de e a desorganização das cadeias de valor. “A estruturação das
eventuais disputas comerciais. Estipulou a utilização do recurso cadeias de valor não compreende nossa região como espaço de
de arbitragem como forma de assegurar ao comércio regional articulação. Nesse sentido, o Estado pode atuar para estruturar
estabilidade e solidez. Definiu prazos, condições de requerer o melhor essas cadeias”, disse ele, lembrando que boa parte das
assessoramento de especialistas, nomeação de árbitros, con- exportações brasileiras na região é de manufaturas e, no setor
teúdo dos laudos arbitrais, notificações, custeio das despesas, de serviços, a participação do Brasil cresce em uma velocidade
entre outras disposições. No Brasil, este protocolo foi registrado muito lenta. O técnico destacou que a Zona Franca de Manaus
através do decreto legislativo número 88, de 01 de dezembro de poderia ser um catalisador do comércio intrarregional, contudo,
1992, e decreto número 922, de 10 de setembro de 1993. está longe de cumprir essa função. “A Suframa é um polo in-
dustrial que foi estruturado como agência de desenvolvimento
Alguns dados demográficos, econômicos e geográficos do regional, mas não cumpre o seu papel”, lamentou.
Mercosul De acordo com o representante da área de Assuntos Econô-
- População: 300 milhões de habitantes (estimativa 2017) micos da Cepal em Santiago, José Duran, destacou que o índice
- Comércio entre os países: US$ 37,9 bilhões (em 2016) de comércio intrarregional ficou em 17,2% das exportações to-
- Área total: 14.869.775 km² tais da América Latina, em 2017, dos quais 54% do valores das
- PIB: US$ 4,7 trilhões (estimativa 2017) trocas entre países vizinhos são de produtos de tecnologia alta,
- PIB per capita: US$ 15.680 (estimativa 2017) média e baixa. A China é o maior destino desses produtos e im-
- IDH: 0.767 (índice de desenvolvimento humano alto) - porta quase 50% do total embarcado. “A América Latina pode-
Pnud 2016 ria se beneficiar das maiores barreiras comerciais entre Estados

19
CONHECIMENTOS GERAIS
Unidos e China se houvesse maior integração regional”, disse
Duran. A Cepal projetou um crescimento das trocas interregio-
nais, liderado pelas manufaturas baseadas em recursos mine-
rais, como derivados de petróleo, cobre papel e papelão, e de
manufaturas de tecnologia baixa e média. Todavia, ele acrescen-
tou que há também um potencial de crescimento do comércio
eletrônico intrarregional, mas há quatro desafios que precisam
ser enfrentados: melhorar o capital humano, aperfeiçoar a in-
fraestrutura logística, convergência regulatória e adequação dos
meios de pagamentos. “O Brasil participa com 42% desse comér-
cio e a região está aumentando o consumo de produto importa-
do, que vem ocupando o espaço brasileiro”, alertou.
Avaliações demonstram que o modelo de trocas comerciais
na região não é sustentável e muito diferente do que ocorre no
sudeste asiático. Os países do sudeste asiático são provedores
de insumo da produção chinesa. Logo, quando a China cresce, os
demais países crescem junto. Agora, aqui na região, se o Brasil
cresce, não acontece nada. Estação das Artes Elizeu Ventania em Mossoró - RN. Antigo
A condição básica para a sustentabilidade de longo prazo na prédio do Sistema Ferroviário Federal, foi recuperado pela Pe-
integração da América do Sul é criar a capacidade de oferta nos trobras e hoje abriga a maior parte das festas e eventos sociais
países menores de uma forma que eles possam prover insumos da cidade.
para a produção brasileira pra que quando a economia brasileira
crescer, aí o crescimento da região se sustenta, porém, isso re- O geógrafo Milton Santos chama de «rugosidades» essas
quer uma maior coordenação entre as organizações de fomento formas espaciais produzidas para atender necessidades do pas-
da região e de bancos de desenvolvimento. Essas instituições sado, mas que resistiram aos processos de transformação social
precisam focar os recursos em projetos para melhorar a infraes- e econômico e continuam a desempenhar um papel ativo no
trutura regional. presente. É o que ocorre, por exemplo, com as redes nacionais
O diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas In- de transporte - espelhos dos diferentes modelos de organização
ternacionais do Ipea, reforçou que a capacidade de investimen- da economia que se sucederam ao longo da história de um país.
to no país, que é baixa e depende das multinacionais e da agen- No Brasil, as rodovias dominam a matriz de transportes.
da de integração. “O Brasil tem pés de barro para ser um líder O sistema rodoviário responde por 59% da matriz, em contras-
regional e uma limitação estrutural, que é determinante para te com os 24% das ferrovias e os 17% das hidrovias e outros
qualquer integração. A discussão de abertura comercial, cogi- meios somados. Para efeitos de comparação com o Brasil, um
tada pelo novo governo, precisa ter mecanismos de incentivo país também de dimensões continentais como o Canadá tem
ao comércio intrarregional”, afirmou. O diretor destaca ainda a 46% de ferrovias, 43% de rodovias e 11% de hidrovias e outros.
necessidade de ampliação dos acordos comerciais não apenas A opção pelas rodovias, responsáveis pelos elevados custos de
do Mercosul como forma de melhorar a integração regional. deslocamento que vigoram no país, foi realizada no contexto da
Circulação e custos acelerada industrialização que teve lugar em meados do século
O sistema de transporte é um elemento fundamental das passado.
economias nacionais. Os custos de deslocamento incidem sobre
os custos das matérias-primas e dos produtos finais destinados
aos mercados internos ou à exportação. Sistemas de transportes
caros e ineficientes reduzem o potencial de geração de riquezas
e a competitividade dos países. No Brasil, o desenho do sistema
de transporte reflete as desigualdades regionais.
Nas paisagens coexistem formas espaciais, objetos produzi-
dos pelo trabalho humano em diferentes momentos históricos.
Por mais velozes que sejam as mudanças na sociedade, esses
objetos nunca são destruídos ou substituídos por outros ao mes-
mo tempo. Ao contrário, alguns processos novos se adaptam às
formas espaciais preexistentes, e a elas atribuem novos papéis.
Isso acontece, por exemplo, quando uma região fabril é desa-
tivada e os velhos galpões são reaproveitados para novos fins,
como grandes restaurantes, danceterias ou áreas de promoção
cultural; ou quando uma antiga área portuária se transforma em
polo de turismo ou lazer.

20
CONHECIMENTOS GERAIS

Ferrovia Transiberiana - maior ferrovia do mundo, corta a Rússia de leste a oeste

No final do século XIX e início do século XX, porém, o modelo de transporte adotado no Brasil contemplava, basicamente, as necessidades
da economia agroexportadora. Nesse período, o trem era o meio de transporte mais típico. O traçado das redes regionais interligava as áreas
produtoras de mercadorias tropicais aos portos, pelos quais a produção era escoada para o mercado externo. No caso da malha ferroviária
paulista, que estava a serviço do café, havia uma abertura em leque para as terras do interior e um afunilamento na direção do Porto de Santos.
Essas redes configuravam as estruturas de “bacia de drenagem”, pois se destinavam a escoar produtos minerais e agrícolas
para os portos, de onde eles seguiam rumo aos mercados internacionais. Os planos de desenvolvimento de transportes visavam
integrar as ferrovias com as hidrovias, uma vez que os rios eram bastante utilizados para a circulação regional. Um plano esboçado
pelo engenheiro militar Eduardo José de Moraes ainda no século XIX tinha como objetivo criar um sistema hidroviário integrado.

21
CONHECIMENTOS GERAIS
Com a emergência da economia urbano-industrial, as ferrovias e hidrovias foram paulatinamente perdendo importância para
a rede rodoviária. Na década de 1930 esboçou-se uma nova diretriz na política nacional de transporte, que passou a privilegiar a
construção de grandes rodovias. Washington Luís, presidente da República entre 1926 e 1930, adotou como lema de seu mandato
a frase “governar é construir estradas”. Nas décadas seguintes, essa política seria fortalecida pela criação da Petrobras e pelo de-
senvolvimento da indústria automobilística.
A opção rodoviária, adotada naquela época, é atualmente uma das maiores dificuldades logísticas do país, pois teve como resul-
tado um sistema de transporte caro e ineficiente, que traz impactos negativos tanto para a economia quanto para o meio ambiente.

Mapa rodoviário do Brasil

Embora no Brasil existam grandes extensões de rios navegáveis, o país não dispõe de um sistema hidroviário. O sistema ferro-
viário, praticamente abandonado nos últimos 80 anos, hoje apresenta enormes trechos desativados ou subaproveitados.
No que diz respeito às rodovias, apesar da presença de estradas modernas e construídas com os mais avançados recursos da
engenharia, predominam os trechos esburacados e em péssimas condições. Cerca de 16% delas foram privatizadas e receberam
investimentos nas últimas décadas, ainda que tenham se tornado extremamente caras tanto para os carros de passeio quanto para
os caminhões de carga, em virtude das elevadas tarifas de pedágio.

22
CONHECIMENTOS GERAIS
Entre as rodovias públicas, cerca de 80% da malha foi clas- ciações, esses militantes preservam a memória ferroviária bra-
sificada como deficiente, ruim ou péssima por uma pesquisa da sileira, recuperam locomotivas e vagões e procuram colocá-los
Confederação Nacional do Transporte (CNT). novamente em atividade.

Trem Turístico puxado por uma “Maria Fumaça” que liga


São João Del Rey a Tiradentes - MG
BR-230 (Transamazônica) - Trecho entre Altamira e Mara-
bá, no Pará Algumas rodovias brasileiras desempenharam (e ainda desem-
penham) papel estratégico na integração do território nacional.
A situação da maior parte da malha ferroviária brasileira O Nordeste e o Sul do país foram conectados ao Sudeste por
também é bastante precária. Enquanto a maioria dos países meio da BR-116 e, depois, da BR-101. Nas décadas de 1950 e 1960,
desenvolvidos dispõe de um sistema ferroviário moderno, que as capitais do Centro-Oeste e Brasília foram ligadas ao Sudeste.
permite tráfego das locomotivas de até 300 km/h, os trilhos no Em seguida, Brasília e Cuiabá tornaram-se os trampolins
Brasil têm mais de 100 anos, e por eles passam trens vagarosos. para a integração da Amazônia com o restante do território bra-
Além disso, muitos trechos da malha foram cercados por ci- sileiro. Os eixos principais foram a BR-153 (Belém-Brasília) e a
dades: um levantamento feito pela MRS Logística, que opera a BR-364, que parte de Mato Grosso e abre caminho para Rondô-
malha sudeste da antiga Rede Ferroviária Federal, aponta a exis- nia e o Acre. Um eixo secundário é a BR-163 (Cuiabá-Santarém),
tência de 11.000 cruzamentos com estradas no Brasil. A necessi- cuja pavimentação se interrompe antes da divisa setentrional de
dade de desacelerar nos trechos próximos a cidades e estradas Mato Grosso e só é retomada nas proximidades de Santarém.
obriga os trens de carga brasileiros a andarem numa velocidade
de 25 km/h, ao passo que em outros países a velocidade média
é de 80 km/h.

Trecho da BR-010 (Belém-Brasília) em Dom Eliseu (PA)

Na década de 1980, a crise financeira do Estado brasileiro


Grande parte da rede ferroviária do Brasil encontra-se teve efeitos devastadores sobre a vasta malha rodoviária. Com
sucateada a capacidade de investimentos bastante reduzido, o governo fe-
deral simplesmente deixou de realizar a manutenção das estra-
Atualmente, onze linhas férreas estão convertidas em atra- das, que, sob o peso dos caminhões de carga e dos efeitos erosi-
ções turísticas. A maior delas, com 664 km de extensão é a que vos da chuva e do sol quente, se deterioraram em pouco tempo.
liga a capital do Espírito Santo, Vitória, à capital mineira. A me- O péssimo estado de conservação das rodovias brasileiras
nor, com somente 4 km, fica na cidade do Rio de Janeiro: o Tren- não prejudica apenas os usuários de transporte de passageiros,
zinho do Corcovado. mas também o ramo de transporte de cargas, que tem muito
Em muitos casos, a transformação de trechos ferroviários mais gastos com a manutenção de caminhões. Além disso, a
desativados em caminhos turísticos foi iniciativa dos apaixo- existência de trechos intransitáveis e a falta de maior integra-
nados por trens; gente que gostava de ver as locomotivas cor- ção entre as redes de transporte, exigem trajetos mais longos e
rer sobre os trilhos e lembrar com saudade da época áurea do complicados, o que resulta em mais poluição e mais gastos com
transporte ferroviário de passageiros no país. Reunidos em asso- combustíveis, além de uma maior exposição a acidentes.

23
CONHECIMENTOS GERAIS

Condições das rodovias federais de acordo com uma pesquisa feita em 2010 pela CNT

Na década de 1990, a administração de inúmeras rodovias federais e estaduais passou ao controle de concessionários privados,
garantindo a modernização e expansão das ligações viárias que servem principalmente aos eixos de circulação do Sudeste. Entre
esses empreendimentos destacam-se as grandes rodovias paulistas, como os sistemas Anhanguera-Bandeirantes (entre São Paulo e
Campinas), Anchieta-Imigrantes (entre São Paulo e a Baixada Santista) e Dutra-Ayrton Senna (entre São Paulo e o Vale do Paraíba).

Rodovia dos Bandeirantes - trecho São Paulo-Cordeirópolis

24
CONHECIMENTOS GERAIS
As estradas da globalização
Nos últimos anos, o Brasil tem realizado um enorme esfor-
ço para aumentar sua participação no comércio internacional.
Entretanto, o predomínio das rodovias e a precária integração
entre os diferentes modos de transportes geram elevados cus-
tos de deslocamento, que dificultam a chegada dos produtos
brasileiros aos mercados externos. Por isso mesmo, uma par-
cela significativa do orçamento e das obras previstas no Plano
de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado em 2007, está
voltado para o setor. Essas obras destinam-se a configurar uma
nova estrutura em “bacia de drenagem”, por meio de empreen-
dimentos ferroviários e hidroviários. A perspectiva do Plano Na-
cional de Logística e Transporte (PNTL), do Ministério dos Trans-
portes, é alcançar em 2015 o equilíbrio entre os três sistemas,
com a seguinte repartição: rodoviário, 33%; hidroviário, 29%.

Ferrovia Ferronorte

A Ferrovia Norte-Sul destina-se a escoar a produção agro-


pecuária de uma vasta área que se estende pelo oeste baiano,
Goiás, Tocantins e nordeste de Mato Grosso. A estrada de fer-
ro está conectada às rodovias e ferrovias do Sudeste. Do outro
lado, tanto a ferrovia quanto a hidrovia projetada interligam-
-se à Estrada de Ferro Carajás, que transporta minérios e grãos
para o porto de Itaqui, no Maranhão. O novo eixo ferroviário em
construção tende a reduzir o transporte de cargas pela BR-153.

Obras do PAC na BR-101 no município de Goianinha - RN

Alguns dos principais empreendimentos destinam-se a fa-


cilitar o escoamento da agropecuária modernizada do Centro-
-Oeste, na Amazônia meridional e no leste do Pará. O centro e
o sul do Mato Grosso do Sul já estão conectados aos portos de
Santos e Paranaguá por meio das ferrovias Noroeste do Brasil,
Novoeste e Ferropar. Os trilhos da Ferronorte alcançaram a por-
ção setentrional do Mato Grosso do Sul e, numa segunda etapa,
devem atingir Cuiabá e Porto Velho. O ramal ferroviário Cuiabá-
-Santarém é um projeto de longo prazo, mas o trecho paraense
da rodovia que liga essas duas cidades estão sendo asfaltado.
A conclusão da segunda etapa da Ferronorte representará
uma dupla conexão das áreas agrícolas do oeste do Mato Grosso
e de Rondônia. Ao sul, a produção será escoada pelos portos de
São Paulo e do Paraná, ou através da Hidrovia do Rio Paraná,
rumo à Argentina. Ao norte, seguirá pela Hidrovia do Madeira
até chegar ao Rio Amazonas, de onde seguirá para o oceano. A
estrada de ferro também servirá para aliviar o fluxo que passa
pela BR-364.

Ferrovia Norte-Sul

Os investimentos não estão ocorrendo apenas no ramo fer-


roviário. Desde 2007, o Departamento Nacional de Infraestrutu-
ra e Transportes (DNIT) está preparando uma espécie de “PAC
das hidrovias”, que prevê investimentos de até R$ 18 bilhões
nos próximos anos.

25
CONHECIMENTOS GERAIS
A mais importante entre essas obras é a ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná. A intenção do governo é ampliar o trecho nave-
gável, dos atuais 800 para 2.000 km. A capacidade de transporte de carga aumentaria de 5 milhões para 30 milhões de toneladas
por ano. Outra vantagem é que a hidrovia terminaria a uma distância de apenas 150 km do Porto de Santos (hoje essa distância é
de 310 km).

HidroviaTietê-Paraná

A segunda obra em análise é a ampliação da Hidrovia do Tocantins-Araguaia. O primeiro trecho da obra contempla a constru-
ção da eclusa de Tucuruí, que dará ao Rio Tocantins 700 km navegáveis. No futuro, pretende-se fazer mais três eclusas, elevando
a distância navegável para 2.200 km.
O terceiro projeto trata-se do projeto da implantação da Hidrovia Teles Pires-Tapajós, que demandará investimentos de R$ 5
bilhões para ampliar a navegabilidade do rio de 300 km para 1.500 km.

Hidrovia Tocantins-Araguaia

A integração intermodal
A nova política de transportes não representa uma mera substituição da prioridade rodoviária pela ênfase nas ferrovias e hidro-
vias. A configuração de uma estrutura de “bacia de drenagem” capaz de contribuir para a inserção competitiva do país na economia
globalizada depende da integração intermodal - ou seja, entre diferentes modos de transporte.

26
CONHECIMENTOS GERAIS
As cargas devem ser transferidas, com eficiência e baixos custos, entre caminhões, vagões ferroviários e comboios fluviais. Isso
exige a construção de terminais intermodais e terminais especializados junto às ferrovias, hidrovias e portos marítimos. Os traba-
lhos de ligações intermodais desenvolvem-se em todas as regiões. Um exemplo é a ligação da Ferrovia Norte-Sul ao Porto de Santos,
que deverá facilitar o escoamento da safra de grãos do Centro-Oeste.

Os portos marítimos e fluviais nos quais atracam embarcações de longo curso representam os elos principais entre o sistema
nacional de transporte e o mercado mundial. Segundo o Ministério dos Transportes, existem no país 40 portos públicos, basica-
mente operados pelo setor privado. Do ponto de vista da movimentação de cargas, os maiores portos brasileiros são dois grandes
terminais exportadores de minérios e produtos siderúrgicos: Tubarão, no Espírito Santo, e Itaqui, no Maranhão. Ambos prestam
serviços para a Companhia Vale do Rio Doce (Vale), a maior empresa mineradora do país e uma das maiores do mundo.

27
CONHECIMENTOS GERAIS

Os principais portos do Brasil

No litoral Sudeste encontra-se a maior concentração de portos de intenso movimento, com destaque para o Porto de Santos,
que movimenta principalmente produtos industrializados. Na Região Sul, destacam-se as exportações agropecuárias de Paranaguá
e Rio Grande.
Os custos portuários brasileiros chegaram a figurar entre os mais elevados do mundo, em razão da fraca mecanização das ope-
rações de embarque e desembarque e da intrincada burocracia administrativa. Faltam equipamentos para movimentar a carga, há
poucos estacionamentos para os caminhões e os armazéns são insuficientes. Desse modo, congestionamentos e atrasos tornam-se
rotina, o que dificulta a vida de quem exporta. Nesse setor, porém, a maior parte dos investimentos está sendo realizada pelo setor
privado, que já controla cerca de 80% da movimentação portuária nacional.

28
CONHECIMENTOS GERAIS
No mundo todo houve expansão da motorização individual,
ao passo que o uso dos transportes públicos experimentou es-
tagnação, ou mesmo declínio. Nas metrópoles brasileiras, caren-
tes de adequados sistemas de transporte público, o automóvel
tende a substituir os deslocamentos a pé ou em bicicletas.

Desde a década de 1960, as estratégias voltadas para re-


duzir a crise do tráfego urbano concentraram-se na multiplica-
ção das obras viárias: pistas expressas, vias elevadas, viadutos,
túneis, anéis periféricos. Essas estratégias, extremamente ca-
ras, desfiguram grande parte da paisagem urbana, ampliaram
o espaço consumido pelas infraestruturas de circulação, dete-
rioraram áreas residenciais, parques e praças e fracassaram: o
aumento da oferta de vias de tráfego estimulou o crescimento,
num ritmo ainda maior, da quantidade de veículos e das distân-
Fila de carretas em direção ao Porto de Paranaguá - PR cias percorridas.
A falta de investimentos em transporte público, obriga a po-
Os investimentos em infraestrutura de transporte estão ge- pulação a andar em ônibus cada vez mais lotados nas grandes
rando novos polos de crescimento econômico e acendem dis- cidades
putas pela atração de investimentos. No Nordeste, dois novos e A experiência do passado recente revelou que novas in-
modernos portos foram empreendimentos prioritários dos go- fraestruturas de circulação geram seus próprios congestiona-
vernos estaduais na década de 1990: Suape, em Pernambuco, e mentos. Assim, surgiram propostas para enfrentar o desafio do
Pecém, no Ceará. Em torno deles, surgiram, graças a generosos tráfego urbano que buscam combinar investimentos nos trans-
incentivos fiscais, distritos industriais com vocação exportadora. portes de massa com restrições ativas à circulação de veículos
particulares. No Brasil, as experiências de limitação do tráfego
O transporte intraurbano de automóveis abrangem principalmente proibições parciais de
As últimas décadas conheceram uma verdadeira explosão circulação, por meio de sistemas de rodízios. O automóvel, anti-
nas taxas de motorização individual. Entre os países desenvol- go ícone da liberdade de deslocamento, tornou-se símbolo das
vidos, essa taxa varia de cerca de 350 mil automóveis por mil mazelas da vida urbana.
habitantes da Dinamarca até 500 ou mais na Alemanha, Itália e
nos Estados Unidos. Nos países subdesenvolvidos industrializa- Destaque da Região Centro-Sul
dos, ela é bem menor, em torno de 100 a 200 automóveis por Com aproximadamente de 2,2 milhões de km2, cerca de 25%
mil habitantes, embora esteja crescendo em ritmo acelerado. do território brasileiro, a região centro-sul abrange os estados
Nas cidades brasileiras com mais de 60 mil habitantes, por da região Sul, Sudeste (exceto o norte de Minas Gerais) e Cen-
exemplo, a taxa de motorização passou de 171 veículos/mil ha- tro-Oeste, (Goiás, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Sul do
bitantes em 2003 para 206 veículos/mil habitantes em 2007. Por Mato Grosso e de Tocantins.
isso, e apesar dos programas de redução de poluentes de veícu- É o complexo regional mais importante e o centro econômi-
los, a quantidade de poluentes emitidos pelos habitantes dessas co da nação, com mais de 60% da população brasileira. Aí estão
cidades apresentou aumento de 2,3% no período. 16 das 22 áreas metropolitanas do país. É a mais dinâmica das
A poluição atmosférica causada pelos veículos acarreta dis- regiões, com uma economia muito diversificada.
túrbios de saúde em vastas camadas da população. A poluição Apresenta a maior concentração de indústrias do país, uma
sonora e os acidentes de tráfego também fazem parte da lista rede complexa e interligada de cidades, a agropecuária mais mo-
dos problemas gerados pelo crescimento intensivo do transpor- derna e a mais densa rede de serviços, comunicações e transpor-
te individual. tes. É onde se produz mais emprego do que todos os complexos
regionais e concentra a maior quantidade dos investimentos das
grandes empresas.
O Centro-Sul é o espaço da modernização e do dinamismo,
embora apresente ainda estruturas tradicionais e atrasadas,
acarretando desequilíbrios socioespaciais no seu espaço regio-
nal. Podemos dizer que o Centro-Sul representa o “Brasil novo”,
da indústria, das grandes metrópoles, da imigração e da moder-
nização da economia.
É a região de economia mais dinâmica do país, produzindo a
maior parte do PIB. Nos setores agrário, industrial e de serviços,
além de concentrar a maior parte da população. Apesar da maior
dinamicidade, o centro-sul possui também as contradições típi-
cas do desigual desenvolvimento sócieconômico brasileiro.

Ar bastante poluído na cidade de São Paulo - SP

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CONHECIMENTOS GERAIS
População Brasileira Crescimento populacional ou demográfico: é a taxa de cres-
O Brasil é considerado um dos países de maior diversidade cimento populacional calculada a partir da soma entre o cresci-
étnica do mundo, sua população apresenta características dos mento natural e o crescimento migratório.
colonizadores europeus (brancos), dos negros (africanos) e dos Migração pendular: aquela realizada diariamente no coti-
indígenas (população nativa), além de elementos dos imigrantes diano da população. Exemplo: ir ao trabalho e voltar.
asiáticos. A construção da identidade brasileira levou séculos Migração sazonal: aquela que ocorre durante um determi-
para se formar, sendo fruto da miscigenação (interação entre nado período, mas que também é temporária. Exemplo: viagem
diferentes etnias) entre os povos que aqui vivem. de férias.
Migração definitiva: quando se trata de algum tipo de mi-
Além de miscigenado, o Brasil é um país populoso. De acor- gração ou mudança de moradia definitiva.
do com dados do último Censo Demográfico, realizado em 2010 Êxodo rural: migração em massa da população do campo
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a po- para a cidade durante um determinado período. Lembre-se que
pulação total do país é de 190.755.799 habitantes. Essa quanti- uma migração esporádica de campo para a cidade não é êxodo
dade faz do Brasil o quinto mais populoso do mundo, atrás da rural.
China, Índia, Estados Unidos da América (EUA) e Indonésia, res- Metropolização: é a migração em massa de pessoas de pe-
pectivamente. quenas e médias cidades para grandes metrópoles ou regiões
metropolitanas.
Apesar de populoso, o Brasil é um país pouco povoado, pois Desmetropolização: é o processo contrário, em que a po-
a densidade demográfica (população relativa) é de apenas 22,4 pulação migra em massa para cidades menores, sobretudo as
habitantes por quilômetro quadrado. Outro fato que merece ser cidades médias.
destacado é a distribuição desigual da população no território
nacional. Um exemplo desse processo é a comparação entre o Mercado de Trabalho
contingente populacional do estado de São Paulo (41,2 milhões) Mercado de Trabalho é um conceito utilizado para explicar a
com o da região Centro-Oeste (14 milhões). procura e a oferta das atividades remuneradas oferecidas pelas
A demografia – ou Geografia da População – é a área da
pessoas ao setor público e ao privado.
ciência que se preocupa em estudar as dinâmicas e os processos
O mercado de trabalho acompanhou a expansão da econo-
populacionais. Para entender, por exemplo, a lógica atual da po-
mia e as taxas de desemprego chegaram a registrar somente 4%
pulação brasileira é necessário, primeiramente, entender alguns
de desocupação.
conceitos básicos desse ramo do conhecimento.
Cada vez mais, exige-se o ensino médio para as profissões
População absoluta: é o índice geral da população de um
mais elementares, conhecimento básico de inglês e informática.
determinado local, seja de um país, estado, cidade ou região.
Devido a desigualdade social do país, nem sempre esses requisi-
Exemplo: a população absoluta do Brasil está estimada em 180
tos serão cumpridos durante a vida escolar.
milhões de habitantes.
O melhor é se dedicar aos estudos, fazer um bom currículo,
Densidade demográfica: é a taxa que mede o número de
pessoas em determinado espaço, geralmente medida em habi- acumular experiências de trabalho voluntário e se preparar para
tantes por quilômetro quadrado (hab/km²). Também é chamada entrevistas.
de população relativa. Por isso, é preciso abandonar de vez a ideia de trabalho in-
Superpovoamento ou superpopulação: é quando o quantita- fantil e lembrar que uma criança que não estudou durante a in-
tivo populacional é maior do que os recursos sociais e econômi- fância será um adulto com menos chances de conseguir um bom
cos existentes para a sua manutenção. emprego.
Qual a diferença entre um local, populoso, densamente po- Desde 2016, a taxa de desemprego tem crescido e isso só
voado e superpovoado? aumenta a competição para quem deseja se recolocar ou entrar
Um local densamente povoado é um local com muitos habi- no mercado de trabalho.
tantes por metro quadrado, enquanto que um local populoso é
um local com uma população muito grande em termos absolutos
e um lugar superpovoado é caracterizado por não ter recursos
suficientes para abastecer toda a sua população.
Exemplo: o Brasil é populoso, porém não é densamente po-
voado. O Bangladesh não é populoso, porém superpovoado. O
Japão é um país populoso, densamente povoado e não é super-
povoado.
Taxa de natalidade: é o número de nascimentos que aconte-
cem em uma determinada área.
Taxa de fecundidade: é o número de nascimentos bem suce-
didos menos o número de óbitos em nascimentos.
Taxa de mortalidade: é o número de óbitos ocorridos em um
determinado local.
Crescimento natural ou vegetativo: é o crescimento popula-
cional de uma localidade medido a partir da diminuição da taxa
de natalidade pela taxa de mortalidade.
Crescimento migratório: é a taxa de crescimento de um local
medido a partir da diminuição da taxa de imigração (pessoas que
chegam) pela taxa de emigração (pessoas que se mudam).

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CONHECIMENTOS GERAIS
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em
todo mundo, apenas 46% das mulheres em idade de trabalhar
buscam emprego. Na mesma faixa etária, os homens respondem
por 76%.
Nos países desenvolvidos a mulher ocupa 51,6% dos postos
de trabalho frente aos 68% dos homens. No Brasil, essa diferen-
ça é de 22 pontos percentuais, aumentando a brecha salarial.
Nos gráficos abaixo podemos observar a participação da
mulher no mercado de trabalho no Brasil:

Taxa de desemprego no Brasil em 2017 Divisão do mercado de trabalho entre mulheres e homens

Muitas pessoas recorrem ao trabalho informal, temporário Jovens


ou não, a fim de escapar da situação de desemprego. Para os jovens da chamada geração Y ou os millennials –
que nasceram após 1995 – o mercado de trabalho pode ser um
Atual desafio complexo.
O mercado de trabalho nunca foi tão competitivo. A econo- Os millennials se caracterizam por ter um domínio das tec-
mia de mercado globalizada fez com que as empresas possam nologias mais recentes, redes sociais e até programação. Pos-
contratar pessoas em todos os cantos do planeta. Com o cresci- suem bom nível de inglês e um segundo idioma, fizeram pós-gra-
mento do trabalho remoto esta tendência só tende a aumentar. duação e quem pode, viajou para o exterior.
Igualmente, os postos oferecidos pelo mercado de trabalho Por outro lado, têm dificuldades em aceitar hierarquias e,
exigem cada vez mais tempo de estudo, autonomia e habilida- por conta de sua formação, desejam começar logo em postos de
des em informática. comando. São menos propensos a serem fiéis à empresa e pre-
ferem empreender seu próprio negócio que buscar um emprego
Dessa maneira, nem sempre aqueles que são considerados tradicional.
como população economicamente ativa, tem suficiente forma- A realidade dos millennials nos países subdesenvolvidos em
ção para ingressar no mercado de trabalho. geral e no Brasil em particular esbarra sempre no acesso à edu-
cação formal.
Tendências
As principais tendências para o aperfeiçoamento do traba- Profissões mais valorizadas
lhador, em 2017, segundo uma consultoria brasileira seriam: Apesar de ser apenas uma estimativa, aqui estão as profis-
• Capacidade de Negociação sões que estão em alta e devem ser mais demandadas nos pró-
• Execução de planejamento estratégico e projetos ximos anos:
• Assumir equipes de sucesso herdadas - Estatística
• Domínio do idioma inglês - Analista de dados
- Médico
Mulher - Biotecnologia e Nanotecnologia
Embora a mulher ocupe uma fatia expressiva do mercado - Economia Agroindustrial
de trabalho, vários problemas persistem como a remuneração - Administração de Empresas
inferior ao homem e a dupla jornada de trabalho. - Comércio Exterior
Mesmo possuindo a mesma formação de um homem e ocu- - Turismo
pando a mesma posição, a mulher ganhará menos. Além disso, - Geriatria
em casa se ocupará mais tempo das tarefas domésticas do que - Design com foco em inovação
os homens.

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CONHECIMENTOS GERAIS
Estrutura ocupacional Nonato et al (2012) ressalta que os efeitos de curto prazo
Nos últimos anos o ritmo de crescimento populacional foi de diminuição da população jovem será desdobrado no médio
alterado pelas modificações das taxas de mortalidade e fecun- e longo prazo em uma redução da (PIA) e inversão da pirâmide
didade. Nonato et al (2012) analisando a força de trabalho, des- etária. E a partir de uma perspectiva do mercado de trabalho a
tacam que a transição demográfica altera a quantidade da força consequência da transição demográfica resulta diretamente na
de trabalho, pois altera a composição relativa de peso para cada composição da PIA brasileira e impactando a disponibilidade de
grupos da população, principalmente em termos de números de mão de obra.
adultos que constituem a PIA brasileira, e assim modificando a Além dos fatores que dizem respeito aos indivíduos e suas
oferta de mão de obra do país, como será visto na seção nesta condições, existem as barreiras sociais. Uma dessas barreiras
seção. sociais é como absorver um contingente mais envelhecido (ou
Para Camarano (2014) o Brasil estaria indo em direção à ter- manter ele em atividade) como o preconceito em relação ao tra-
ceira fase da transição demográfica na qual a população apre- balho das pessoas mais envelhecidas, embora tenham um nível
senta diminuição e envelhecimento. Barbosa (2014) argumenta maior de experiência em relação aos jovens, apresentam maior
que a demografia brasileira nas últimas décadas vem expondo absenteísmo por condições físicas e de saúde como também
um menor ritmo de crescimento populacional e alteração de sua maior tempo de aprendizado de algumas funções assim como
estrutura etária, fato que modifica população em idade ativa dificuldades para lidar com modificações tecnológicas. Logo
(PIA), assim como, modifica o mercado de trabalho. existe a necessidade para adequação dos meios de trabalho para
Nonato et al (2012) observam a força de trabalho brasileira esse contingente da população mais envelhecido, assim como
e sua disposição de quantidade e qualidade. A quantidade da ampliar o número de oportunidade para esse grupo etário (CA-
força de trabalho está condicionada ao tamanho da população, MARANO; KANSO E FERNANDES, 2014).
número de adultos e a disposição de empregabilidade. Enquan- A proporção de idosos com mais de 65 anos que continuam
to a qualidade da força de trabalho está condicionada ao nível no mercado de trabalho na maior parte do mundo é baixa, e
educacional da população. Segundo os autores as características apesar desse fato foi observado nos Estados Unidos, um incre-
quantitativa e qualitativa da força de trabalho brasileira modifi- mento dessa parcela da população na atividade econômica, em-
caram-se nas ultimas décadas por três razões centrais. A primei- bora com um quadro diferenciado, pois possuem uma condição
ra diz respeito à transição demográfica e alteração da estrutura socioeconômica mais elevada em termos de saúde e escolarida-
etária, que altera a composição da PIA e consequentemente o de entre eles. No entanto, esse grupo etário observado também
número de indivíduos da força de trabalho. A segunda são al- se diferencia dos outros aspectos, além da idade, pois optaram
terações da qualificação, especialização, ou seja, aumentos da por uma maior flexibilidade em sua permanência nas atividade
escolaridade que são associados a maiores níveis de participa- econômicas, trabalhando menos horas com uma remuneração
ção nas atividades produtivas. E a terceira refere-se à população menor, o que de fato pode ser uma alternativa muito viável para
feminina e sua participação no mercado de trabalho. ser aproveitado no contexto brasileiro, pois se adotadas medi-
Barbosa (2014) ressalta que a parcela que representa a PIA das que favoreça uma maior participação desse grupo etário na
dentro do conjunto populacional de 2012, tinha um peso próxi- economia, mesmo que não integralmente, pode levar a um pro-
mo a 69,0% do total da população brasileira. No entanto a PIA longamento do tempo nas atividades econômicas (CAMARANO;
tem crescido a taxas relativamente menores que a população KANSO E FERNANDES, 2014).
com mais de 65 anos de idade, apresentando uma tendência de
desaceleração do grupo entre 15 e 64 anos de idade desde 1999, Participação das Mulheres Brasileiras na Atividade Econô-
em função da queda da fecundidade e com projeções para sua mica nos Últimos Anos
intensificação de queda para as próximas décadas. A presente seção aponta para um cenário aonde a mulher
Camarano (2014) explica que o grupo da PIA apresentou vem incrementando sua participação no mercado de trabalho
uma taxa de crescimento de 1,4% ao ano, entre 2010 e 2015, assim como seu nível educacional nos últimos anos. E se com-
taxa considerada relativamente alta por Camarano, mas deve parado o cenário entre homens e mulheres em termos de par-
apresentar crescimento negativo para os períodos finais da pro- ticipação nas atividades econômicas do Brasil e alguns países
jeção até 2050, atingindo seu máximo até 2040 com um número integrantes da OCDE e Estados Unidos, ainda existe espaço para
aproximado de 177 milhões. A desaceleração do crescimento ampliação das taxa de atividades da mulher no mercado de tra-
para o grupo da PIA é projetado a partir de 2045, projeta-se tam- balho.
bém que 60,0% de sua formação sejam de indivíduos com mais O incremento da participação feminina no mercado de tra-
de 45 anos de idade, e de 50,0% com mais de 50 anos de idade balho é uma opção que pode ser explorada visto que possui es-
Camarano (2014) argumenta que as taxas de participação paço para crescer. Comparativamente aos países da Organização
na atividade econômica (PEA) de 2010 ficam constantes até a para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e aos
projeção de 2020, no entanto para a projeção de 2020- 2030 Estados Unidos, as taxas por faixa etária dos homens brasilei-
em decorrência da queda da fecundidade devem resultar em um ros ficam nem níveis similares. No entanto, com relação a faixa
decréscimo aproximado de 380 mil na demanda por postos de etária entre 40 e 64 anos do grupo das mulheres brasileiras, as
trabalho anuais. Ressalta que para manter o nível de atividade taxas de atividade ficam abaixo das taxas observadas entre as
da economia brasileira de 2010, entre 2030 e 2050, 400 mil no- mulheres da OCDE e Estados Unidos.
vos indivíduos deverão estar dispostos a ocuparem uma vaga no Para Souza Júnior e Levy (2014) o nível de atividade das mu-
mercado de trabalho brasileiro. A autora argumenta que esses lheres em relação ao nível de atividade do grupo dos homens é
potenciais demandantes por vagas no mercado de trabalho po- menor para todas as faixas etárias. Esta diferença se amplia se
deriam resultar do declínio de mortalidade, aumento da partici- observado o grupo das mulheres com mais de 45 anos de idade.
pação feminina ou ainda uma postergação da saída do mercado Nonato et al (2012) argumentam que apesar da diferença entre
de trabalho. a participação entre homens e mulheres, existe um crescente

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CONHECIMENTOS GERAIS
incremento das mulheres no mercado de trabalho formal nos Camarano (2004) argumenta que a presença de idosos com
últimos anos, passando de uma taxa de participação de 32,9% mais de 75 é uma variável dúbia, pois se o idoso pode gerar um
para uma taxa de 52,7% entre o período de 1981 a 2009 e, que efeito negativo se necessitar de cuidados, assim como pode ge-
apesar do aumento nos últimos anos, ainda existe uma diferen- rar um efeito positivo se os idosos auxiliarem no cuidado dos
ça considerável, 20 pontos percentuais em comparação a nível filhos e/ou da casa.
de participação masculina. Barbosa (2014) aponta que vários estudos indicam de forma
Logo Nonato et al (2012) observam um potencial para o au- significativa que creches e pré-escolas aumentam a participação
mento do grupo das mulheres no mercado de trabalho. Somado das mulheres no mercado de trabalho assim como o aumento
a esse potencial, uma melhora do nível de escolaridade tende a das horas trabalhadas. Barros et al (2011) observa que ao incre-
incrementar a participação dos indivíduos nas atividades econô- mentar a oferta de creches públicas em bairros de baixa renda
micas assim como tendem a incrementar a sua produtividade. no Rio de Janeiro, elevou consideravelmente a participação fe-
Para Barbosa (2014) dentre os fatores que influenciam a entrada minina no mercado de trabalho nestas localidades, entre 36,0%
das mulheres no mercado de trabalho sem sombra de dúvidas e 46,0%.
a educação possui um destaque. Nonato et al (2012) alega que Berlingeri e Santos (2014) argumentam que é previsto em
toda a PIA brasileira tem apresentado níveis cada vez maiores lei o atendimento gratuito em creches e pré-escolas e que nos
de escolarização nos últimos anos e evidencia um maior peso da últimos anos está ocorrendo um aumentando na demanda nes-
participação das mulheres para esse aumento no nível de esco- ses serviços. Entre 1997 e 2009 a demanda por creches munici-
laridade da PIA brasileira. pais teve um aumento de quatro vezes. Segundo os autores o
aumento na demanda tem dois motivos principais. O primeiro
Determinantes da Participação Feminina no Mercado de é em relação às conquistas da mulher no mercado de trabalho
Trabalho para complementação da renda familiar, sendo que a creche
Nota-se o potencial que ainda pode ser explorado em rela- aparece como uma entidade que auxilia as mães trabalhadoras
ção às mulheres e sua inserção no mercado de trabalho, como já na conciliação do trabalho e maternidade. O segundo motivo
comentado neste trabalho, observa-se a diferença entre a taxa é o benefício no ensino infantil, desenvolvimento cognitivo e
de participação nas atividades econômica brasileira feminina e a
socioemocional das crianças, ou seja, a relevância no processo
internacional, como exemplo dos países que compõe Organiza-
educacional.
ção para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e
Várias modificações institucionais visando o ensino infantil
Estados Unidos, mas principalmente, em relação à diferença nas
foram realizadas pelos órgãos públicos tentando suprir a cres-
taxas de atividade masculina e feminina no Brasil. A seção abor-
cente demanda por vagas desse grupo etário como exemplo
da o conceito de salário reserva da mulher na tomada de decisão
Por meio da Lei nº 9.394/1996, que estabelece as diretrizes
de entrada ou não no mercado de trabalho, assim como trata da
e bases da educação nacional (Brasil, 1996), as creches foram
conciliação entre trabalho e maternidade, sendo que a presença
incorporadas ao sistema de educação e, posteriormente, ao
de creches aponta para uma maior disposição das mulheres a
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
exercerem atividades econômicas.
A tomada de decisão em relação a entrar no mercado de e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), rece-
trabalho está ligada a oferta de trabalho e, na teoria neoclássica bendo recursos diretos do governo. Outras medidas, como a Lei
a decisão de ofertar trabalho ou não ofertar trabalho é uma de- nº 11.114/2005 (Brasil, 2005) – que altera o Artigo 32 da LDB,
cisão em relação à maximização da utilidade individual em rela- determinando que o ensino fundamental, gratuito e obrigatório,
ção à quantidade de bens e lazer. Logo, a determinação quanto passa a ter início aos 6 anos de idade e estende sua duração
à oferta de trabalho do indivíduo está associada ao chamado até os 9 anos –, a Emenda Constitucional (EC) nº 59/2009 – que
salário de reserva, ou seja, quanto o indivíduo receberá de re- passa a incluir a pré-escola (4 a 5 anos) como etapa obrigatória
muneração adicional para abrir mão de uma hora de lazer. Logo do ensino básico –, e o projeto de lei (PL) que cria o Plano Na-
o indivíduo estará disposto a ter menos horas de lazer quando cional de Educação (PNE) para vigorar de 2011 a 2020, buscando
o salário de mercado exceder seu salário de reserva. Barbosa ampliar a oferta de educação infantil de forma a atender a 50%
(2014) nota que enquanto para os homens a elasticidade das ho- da população de até 3 anos, refletem a preocupação do governo
ras trabalhadas em relação ao salário é a principal variável dos em universalizar o atendimento escolar destinado ao público in-
estudos sobre oferta de trabalho. No entanto não é o mesmo fantil (BERLINGERI; SANTOS, 2014, p.449)
para entender os determinantes da oferta do trabalho feminino, O cenário de transformação demográfica da população
justamente pelo contraste da participação de ambos os sexos no brasileira oferece importantes informações a respeito das de-
mercado de trabalho. mandas por vagas na educação infantil de creches e pré-escolas.
Barbosa (2014) aponta que o salário de reserva tem um pa- Como já visto, a fecundidade nas ultimas décadas vem decres-
pel importante para determinar a inserção ou não da mulher no cendo cada vez mais no cenário brasileiro, que com o passar dos
mercado de trabalho, pois o mesmo indica características indivi- anos, foi alterando a composição etária da população, modifi-
duais, familiares ou econômicas que afetam a disposição de seu cando principalmente os dois grupos extremos, as crianças e os
nível de participação. Como exemplo, as mulheres com filhos idosos, pois o primeiro grupo perde seu peso na composição da
pequenos, possuem uma tendência a ter um salário de reserva população enquanto o segundo amplia seu contingente. Logo,
maior do que as mulheres que não possuem filhos, assim como não é comum para os formuladores de políticas atenderem esse
outros membros dependentes no domicílio e um número maior aumento de demanda presente através da expansão dos ser-
de adultos também tendem a aumentar o salário de reserva das viços de educação infantil esperando que esses investimentos
mulheres. A autora ainda observa variáveis como a idade e o es- não possam ficar ociosos no futuro. Assim a demanda por esses
tado conjugal com grande influencia no salário de reserva e, que serviços são conflitantes, pois o número de crianças do grupo
podem ter o efeito positivo ou negativo quanto a participação entre 0 e 3 anos de idade é cada vez menor, mas apesar disso, o
da mulher no mercado de trabalho. número de família que buscam por esse serviço é cada vez maior

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CONHECIMENTOS GERAIS
(BERLINGERI; SANTOS, 2014). Os indicadores sociais compõem um sistema e, para que te-
Como visto neste capítulo, a população que compõe a PIA nham sentido, é necessário que sejam observados uns em rela-
brasileira vem apresentando menores taxas de crescimento com ção aos outros, como elementos de um mesmo conjunto.
projeções de máximo de sua população em 2040, e taxa de cres- A partir destes indicadores sociais, pode ser avaliada a ren-
cimento negativas para depois desse período. Além disso, vem da per capita, analfabetismo (grau de instrução), condições ali-
apresentando maior grau de envelhecimento. Segundo Cama- mentares e condições médicas-sanitárias de uma região ou país.
rano (2014) para manter os níveis de atividade de 2010 entre
2030 e 2050 a oferta de mão obra trabalhadora deve crescer, e
indica a possibilidade de incremento da participação das mulhe-
res e aumento da permanência dos trabalhadores no mercado
de trabalho. Embora não elimine a tendência de diminuição da
população em idade ativa, essas duas possibilidades retardam o
processo.
Apesar disso, uma maior permanência nas atividades labo-
rativas não é uma tarefa simples, pois conforme o trabalhador
vai ficando mais velho tende a apresentar mais problemas rela-
cionados à sua condição de saúde. Como visto em média ambos
os sexos saem do mercado de trabalho antes da idade mínima
prevista em lei para aposentadoria. Ilustração de gráfico para indicadores sociais
Logo a tendência de saída do mercado de trabalho pelo
trabalhador brasileiro não está em concordância com as modi- Através destes indicadores, pode-se ainda indicar os países
ficações demográficas que o país está passando, ou seja, o in- como sendo: ricos (desenvolvidos), em desenvolvimento (eco-
cremento em anos de vida que a população brasileira vem ga- nomia emergente) ou pobres (subdesenvolvidos). Para que isso
nhando não está sendo repassada em aumentos em anos nas ocorra, organismos internacionais analisam os países segundo:
atividades econômicas. • Expectativa de vida (média de anos de vida de uma pessoa
Contudo cabe ressaltar que em conjunto de um tempo em determinado país).
maior de trabalho o incremento da participação das mulheres • Taxa de mortalidade (corresponde ao número de pessoas
nas atividades é outra possibilidade a ser explorada. Pois os ní- que morreram durante o ano).
veis de atividade das mulheres brasileiras são menores compa- • Taxa de mortalidade infantil (corresponde ao número de
rativamente ao nível de atividade dos homens brasileiros, assim crianças que morrem antes de completar 1 ano).
como menores, quando comparadas aos níveis de atividade das
mulheres dos países da OCDE e Estados Unidos. • Taxa de analfabetismo (corresponde ao percentual de pes-
Barros et al (2011) observa uma relação positiva entre au- soas que não sabem ler e nem escrever).
mento de número de creches e aumento da participação fe- • Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na parida-
minina nas atividades econômicas. Berlingeri e Santos (2014) de de poder de compra dos habitantes.
argumentam que a demanda pelo serviço de creches tem au- • Saúde (referente à qualidade da saúde da população).
mentando nos últimos anos, mas observa que um aumento de • Alimentação (referente à alimentação mínima que uma
investimentos na ampliação deste tipo de serviço pode ficar pessoa necessita, cerca de 2.500 calorias, e se essa alimentação
ocioso no futuro, tendo em vista as alterações demográficas, é equilibrada).
como um número cada vez menor de nascimentos para o grupo • Condições médico-sanitárias (acesso a esgoto, água trata-
de crianças de 0 a 3 anos que utilizam esse serviço. da, pavimentação, entre outros).
Barbosa (2014) argumenta ser incerto os cenários de au- • Qualidade de vida e acesso ao consumo (correspondem
mento das mulheres na atividade econômica, e mesmo se hou- ao número de carros, de computadores, televisores, celulares,
ver este incremento ainda não será o suficiente para suprir a acesso à internet, etc).
necessidade futura de mão de obra no mercado de trabalho
brasileiro, argumenta a necessidade de melhores níveis edu- IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
cacionais e mais políticas para permanência do trabalhador no O IDH foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas)
mercado de trabalho. com o objetivo de medir o grau econômico e, principalmente,
Nonato et al (2012) argumenta que para reduzir a diferença como as pessoas estão vivendo nos países de todo o mundo.
entre mulheres e homens em termos de níveis de atividade do O IDH avalia os países em uma escala de 0 a 1. O índice 1
mercado de trabalho depende de modificações culturais, eco- não foi alcançado por nenhum país do mundo, e dificilmente
nômicas e sociais. Ressalta ainda que a participação feminina será, pois tal índice iria significar que determinado país apresen-
deve incrementar-se para os próximos anos com mais mulheres ta uma realidade praticamente perfeita, com elevada renda per
ocupando cargos e postos nos quais ainda não estão muito pre- capita, expectativa de vida de 90 anos e assim por diante.
sentes. Igualmente é importante ressaltar que não existe nenhum
país do mundo com índice 0, pois se isso acontecesse seria o
Indicadores sócioeconômicos mesmo que apresentar, por exemplo, taxas de analfabetismo de
Os indicadores sociais são dados estatísticos sobre os vá- 100% e todos os outros indicadores em níveis catastróficos. Os
rios aspectos da vida de um povo que, em conjunto, retratam 10 países que ocupam o topo no quesito “muito alto desenvol-
o estado social da nação e permitem conhecer o seu nível de vimento humano” na tabela que apresenta o ranking IDH Global
desenvolvimento social. de 2018 são:

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CONHECIMENTOS GERAIS

Ranking IDH Global País Nota Para disponibilizar dados sobre 20 regiões metropolitanas
brasileiras — de um total de 70 espalhadas pelo país —, o Pro-
1 Noruega 0,953 grama das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o
2 Suiça 0,944 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) criaram uma
plataforma online com informações sobre educação, renda, tra-
3 Austrália 0,939
balho, demografia, longevidade, habitação e vulnerabilidade de
4 Irlanda 0,938 grupos específicos. O objetivo é melhorar as políticas públicas
5 Alemanha 0,936 para as cidades.
A iniciativa é tema de apresentações da Terceira Conferên-
6 Islândia 0,935
cia da ONU sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentá-
7 Hong Kong 0,933 vel, a Habitat III, que teve início na segunda-feira (17) e termina
8 Suécia 0,933 na próxima quinta (20).
Criado também em parceria com a Fundação João Pinheiro,
9 Singapura 0,932
o Atlas do Desenvolvimento Humano das Regiões Metropolita-
10 Holanda 0,931 nas Brasileiras utiliza informações do projeto Atlas Brasil, que
avaliou as condições de vida em 5.565 municípios.
De acordo com este relatório, o Brasil figura no quesito “alto Além de apresentar o índice de desenvolvimento humano
desenvolvimento humano”, ocupando a posição 79º no ranking de cada cidade (IDHM), o portal exibe outros 200 indicadores
IDH Global, com nota 0,759. socieconômicos e sua evolução de 2000 a 2010 nas 20 regiões
analisadas. Entre as regiões metropolitanas avaliadas, estão São
Paulo, Distrito Federal e Entorno, Rio de Janeiro, Manaus, Ma-
ceió, Curitiba, Porta Alegre, entre outras.
“O Atlas é um instrumento de democratização da informa-
ção que pode auxiliar na melhoria da qualidade de políticas pú-
blicas”, destaca a coordenadora do Relatório de Desenvolvimen-
to Humano no PNUD, Andréa Bolzon.
Segundo a especialista, com a plataforma “é possível per-
ceber que a desigualdade em nível ‘intrametropolitano’ ainda
persiste como realidade tanto no Sudeste quanto no Nordeste”.
“Dentro da mesma região metropolitana, por exemplo, a
diferença em termos de esperança de vida ao nascer pode che-
gar a mais de dez anos entre uma Unidade de Desenvolvimento
Humano (UDHs) e outra, quer estejamos em Campinas ou em Ma-
ceió”, explica Bolzon.
As UDHs — que podem ser analisadas separadamente na pla-
taforma — são áreas menores que bairros nos territórios mais po-
pulosos e heterogêneos, mas iguais a municípios inteiros quando
Mapa ilustrando a visualização IDH Global estes têm população insuficiente para desagregações estatísticas.
Através do link a seguir terá acesso, sequencialmente, à pla-
Que tipo de informação os indicadores podem dar sobre taforma online e ao atlas apontado no texto.
o Brasil?
A comparação entre as regiões norte, nordeste, sudeste, sul e http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/presscenter/
centro-oeste é muito importante para que tenhamos condições de articles/2016/10/18/atlas-do-desenvolvimento-humano-nas-re-
conhecer melhor uma região ou o país. Quando comparados os in- gi-es-metropolitanas-fornece-indicadores-para-focaliza-o-de-
dicadores sociais do nordeste com os do sudeste (por exemplo, nú- -pol-ticas-p-blicas-/
mero de pessoas que têm em casa esgoto ligado à rede geral, água Consequências do processo de urbanização
tratada e coleta de lixo), fica evidente que no nordeste as famílias O processo de urbanização, além de ocorrer de forma desi-
vivem em piores condições de vida do que no sudeste. gual, não só no Brasil mas em diversas partes do mundo, dá-se
Ao mesmo tempo, estes indicadores possibilitam que tenha- de forma desordenada, apontando então a falta de planejamen-
mos condições de avaliar com mais cuidado as ações dos gover- to. Isso acarreta diversos problemas urbanos de ordem social e
nos no que se refere à administração da vida das pessoas. Um ambiental. São alguns deles:
governo conseguiu melhorar os índices de educação em várias Favelização: A falta de planejamento e de políticas públi-
regiões, outro pode ter incentivado a criação de novas indústrias cas faz com que muitas pessoas (ao dirigirem-se às cidades e
- os números mostram o que realmente foi realizado. não encontrar locais para abrigarem-se) ocupem áreas terrenas,
muitas vezes em áreas de risco. A favelização é uma consequên-
Plataforma do PNUD apresenta indicadores sociais de 20 cia do inchaço urbano e da ocupação desordenada das cidades.
regiões metropolitanas do Brasil Excesso de lixo: Visivelmente, onde há maior concentração
Atlas do Desenvolvimento Humano das Regiões Metropo- de pessoas, há também maior produção de lixo. O aumento do
litanas Brasileiras disponibiliza informações do IDH municipal número de habitantes nas grandes cidades fez com que houvesse
e outros 200 indicadores socioeconômicos. Objetivo é melho-
maior produção de lixo, que, por vezes, é descartado de maneira
rar elaboração de políticas públicas para as cidades. Iniciativa é
incorreta, provocando outros problemas urbanos e também pro-
tema de apresentações na Terceira Conferência da ONU sobre
blemas ambientais. Segundo o IBGE, no Brasil, cerca de 50% do
Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável, a Habitat III.
lixo gerado é depositado em locais incorretos, a céu aberto.

35
CONHECIMENTOS GERAIS
Poluição: A questão da poluição pode ter diversas nature- Existem basicamente 4 tipos de Recursos Naturais:
zas. As grandes cidades concentram, além de um elevado nú- - Recursos Minerais: água, solo, ouro, prata, cobre, bronze;
mero de habitantes, também um grande número de indústrias e - Recursos Energéticos: sol, vento, petróleo, gás;
automóveis, que, diariamente, emitem diversos gases poluentes - Recursos Renováveis: madeira, peixes, vegetais – podem
à atmosfera, causando poluição do ar. A poluição sonora e vi- ser finitos, a depender do seu grau de utilização
sual também é um grande problema vivido nos centros urbanos, - Recursos Não-Renováveis: petróleo, gás, demais minérios
comprometendo o bem-estar da população. – podem ser recuperados, porém em escalas de tempo sobre-
Violência: Processos como a marginalização da população -humanas.
por meio da favelização ou da ocupação desordenada contri-
buem para o aumento da violência. O inchaço das cidades asso- Como podemos perceber analisando o breve esquema aci-
ciado à incapacidade de abrigar toda a população, às condições ma a maioria dos recursos naturais, mesmo os renováveis, po-
insalubres de moradia e à falta de políticas públicas que aten- dem não ser inesgotáveis, principalmente se forem utilizados
dam essa parcela da população tem como consequência direta o de maneira irresponsável e em larga escala. Com isso, talvez o
aumento da criminalidade. maior desafio, não somente dos gestores ambientais, mas de
Inundações: O processo de urbanização está atrelado a di- toda a espécie humana, seja justamente o de conciliar o desen-
versas questões, como o aumento da produção de lixo associado volvimento econômico com a preservação e conservação do
à impermeabilização do solo. O asfaltamento das cidades e o meio ambiente.
mau planejamento prejudicam o escoamento das águas, provo- E uma boa alternativa pode ser, realmente, a utilização de
cando inundações. fontes de energia limpas, baratas e economicamente viáveis,
para que sejam atendidas todas as necessidades energéticas da
Recursos naturais humanidade, porém, sem prejudicar nem esgotar as reservas
A economia dos recursos naturais é o ramo da economia naturais, preservando-as e conservando-as para as próximas ge-
que lida com os aspectos da extração e exploração dos recur- rações que estão por vir.
sos naturais ao longo do tempo, e a sua optimização em termos
económicos e ambientais.[1] Procura compreender o papel dos Diversas soluções criativas e viáveis vêm surgindo, dia após
recursos naturais na economia, a fim de desenvolver métodos dia, em todo o mundo. Painéis solares à base de garrafas PET,
de gestão mais sustentável destes recursos para garantir a sua biodigestores, moinhos e cataventos geradores de energia eóli-
disponibilidade para as gerações futuras. ca, geradores de energia a partir das ondas do mar, carregado-
O que se conhece por “economia dos recursos naturais” é res de celular à base de energia solar, carros movidos à energia
um campo da teoria microeconômica que emerge das análises elétrica ou solar, computadores que funcionam movidos a pe-
neoclássicas a respeito da utilização das terras agrícolas, dos re- dais de bicicleta, enfim, uma verdadeira infinidade de ideias ino-
cursos minerais, dos peixes, dos recursos florestais madeireiros
vadoras que, com investimento e, sobretudo, boa vontade, po-
e não madeireiros, da água, todos os recursos naturais reprodu-
dem perfeitamente ajudar a solucionar boa parte dos problemas
tíveis e os não reprodutíveis. (Maria Amélia Enriquez)
ambientais, nesse caso, suprir nossas necessidades energéticas
de locomoção e bem-estar.
- Renováveis - São recursos compatíveis com o horizonte de
vida do homem.
- Fontes de Energia.
Ex: solos, ar, águas, florestas, fauna e flora.
Fontes de energia são matérias-primas que direta ou indi-
retamente produzem energia para movimentar as máquinas, os
- Não Renováveis - São recursos que necessitam de eras
transportes, a indústria, o comércio, a agricultura, as casas, etc.
“geológicas” para sua formação.
Ex: Os minérios em geral e os combustíveis fósseis (petróleo O carvão, o petróleo, as águas dos rios e dos oceanos, o ven-
e gás natural). to e certos alimentos são alguns exemplos de fontes energéticas.
- Energia Renováveis e Não Renováveis
“Um recurso que é extraído mais rápido do que é renovado
por Processos naturais é um recurso não renovável. Um recurso
que é Reposto tão rápido quanto é extraído é certamente reno-
vável” (Irene Domenes Zapparoli).
O principal critério para a classificação dos recursos naturais
é a capacidade de recomposição de um recurso no horizonte do
tempo humano. Um recurso que é extraído mais veloz do que é
renovado por processos naturais é um recurso não-renovável. Um
recurso que é reposto tão rápido quanto é retirado é certamente
um recurso renovável.
Em relação a Economia dos Recursos Naturais temos a atual
classificação:
- Renováveis: solos, ar, águas, florestas, fauna e flora no geral.
- Não renováveis, ou exauríveis, esgotáveis ou não reprodu-
tíveis: minérios, combustíveis.
O estudo da economia dos recursos naturais tem adquiri-
do importância crescente em várias correntes do pensamento
econômico, mas a abordagem dominante ainda é a da economia
neoclássica (também chamada de economia convencional).

36
CONHECIMENTOS GERAIS
As fontes de energia ou recursos energéticos podem ser classificados em dois grupos: energias renováveis e não renováveis.

Diferentes fontes de energia: hidrelétrica, eólica, térmica, solar, nuclear

- Energias Renováveis
Energias renováveis são aquelas que regeneram-se espontaneamente ou através da intervenção humana. São consideradas
energias limpas, pois os resíduos deixados na natureza são nulos.
Alguns exemplos de energias renováveis são:
• Hidrelétrica - oriunda pela força da água dos rios;
• Solar - obtida pelo calor e luz do sol;
• Eólica - derivada da força dos ventos,
• Geotérmica - provém do calor do interior da terra;
• Biomassa - procedente de matérias orgânicas;
• Mares e Oceanos - natural da força das ondas;
• Hidrogênio - provém da reação entre hidrogênio e oxigênio que libera energia.

Energia solar
Consiste no aproveitamento da radiação solar emitida sobre a Terra. Trata-se, portanto, de uma fonte de energia que, além de
inesgotável, é altamente potente, pois uma grande quantidade de radiação é emitida sobre o planeta todos os dias. A sua principal
questão, todavia, não é a sua disponibilidade na natureza, e sim as formas de aproveitá-la para a geração de eletricidade.
Existem duas formas de utilização da energia solar, a fotovoltaica, em que placas fotovoltaicas convertem a radiação solar em
energia elétrica, e a térmica, que aquece a água e o ambiente, sendo utilizada em casas ou também em termoelétricas através da
conversão da água em vapor, este responsável por movimentar as turbinas que acionam os geradores.

Energia eólica
Utiliza-se da força promovida pelos ventos para a produção de energia. Sua importância vem crescendo na atualidade, pois,
assim como a energia solar, ela não emite poluentes na atmosfera. As usinas eólicas utilizam-se de grandes cataventos instalados
em áreas onde a movimentação das massas de ar é intensa e constante na maior parte do ano. Os ventos giram as hélices, que, por
sua vez, movem as turbinas, acionando os geradores.
Embora essa fonte de energia seja bastante eficiente e elogiada, ela apresenta algumas limitações, como o caráter não total-
mente constante dos ventos durante o ano, havendo interrupções, e a dificuldade de armazenamento da energia produzida.

Estação de produção de energia eólica

37
CONHECIMENTOS GERAIS
Energia hídrica ou hidroelétrica Combustíveis gasosos: aqueles que são obtidos pela trans-
Por sua vez, a energia hidroelétrica utiliza-se do movimen- formação industrial ou até natural de restos orgânicos, como o
to das águas dos rios para a produção de eletricidade. Em paí- biogás e o gás metano coletado em áreas de aterros sanitários.
ses como Brasil, Rússia, China e Estados Unidos, ela é bastante
aproveitada pelas usinas que transformam a energia hidráulica Energia geotérmica
e cinética em eletricidade. A energia geotérmica corresponde ao calor interno da Ter-
Como é necessário o estabelecimento de uma área de inun- ra. Em casos em que esse calor se manifesta em áreas próximas
dação no ambiente em que se instala uma usina hidrelétrica, a à superfície, as elevadas temperaturas do subsolo são utilizadas
sua construção é recomendada em áreas de planalto, onde o para a produção de eletricidade.
terreno é mais íngreme e acidentado, pois rios de planície ne- Basicamente, as usinas geotérmicas injetam água no sub-
cessitam de mais espaço para represamento da água, o que gera solo por meio de dutos especificamente elaborados para esse
mais impactos ambientais. fim. Essa água evapora e é conduzida pelos mesmos tubos até
Por um lado, as hidroelétricas trazem vários prejuízos am- as turbinas, que se movimentam e acionam o gerador de eletri-
bientais, não só pela inundação de áreas naturais e desvio de cidade. Para o reaproveitamento da água, o vapor é novamente
leitos de rios, como também pelo dióxido de carbono emitido transportado para áreas em que retorna à sua forma líquida, rei-
pela decomposição da matéria orgânica que se forma nas áreas niciando o processo.
alagadas. Por outro lado, essa é considerada uma eficiente for- O principal problema da energia geotérmica é o seu impacto
ma de geração de eletricidade, além de ser menos poluente, por ambiental através de eventuais emissões de poluentes, além da
exemplo, que as termoelétricas movidas a combustíveis fósseis. poluição química dos solos em alguns casos. Somam-se a isso os
elevados custos de implantação e manutenção.

Energia das ondas e das marés


É possível utilizar a água do mar para a produção de eletri-
cidade tanto pelo aproveitamento das ondas quanto pela utili-
zação da energia das marés. No primeiro caso, utiliza-se a movi-
mentação das ondas em ambientes onde elas são mais intensas
para a geração de energia. Já no segundo caso, o funcionamento
lembra o de uma hidrelétrica, pois cria-se uma barragem que
capta a água das marés durante as suas cheias, e essa água é
liberada quando as marés diminuem. Durante essa liberação, a
água gira as turbinas que ativam os geradores.
Energia da biomassa
- Energias Não Renováveis
Energias não renováveis são aquelas que se encontram na
A biomassa corresponde a toda e qualquer matéria orgânica natureza em grandes quantidades, mas uma vez esgotadas, não
não fóssil. Assim, pode-se utilizar esse material para a queima e podem mais ser regeneradas.
produção de energia, por isso ela é considerada uma fonte re- Têm reservas finitas, pois é necessário muito tempo para
novável. Sua importância está no aproveitamento de materiais sua formação na natureza. São consideradas energias poluentes,
que, em tese, seriam descartáveis, como restos agrícolas (prin- porque sua utilização causa danos para o meio-ambiente.
cipalmente o bagaço da cana-de-açúcar), e também na possibi- Exemplos de energia não renováveis:
lidade de cultivo. • Combustíveis fósseis: como o petróleo, o carvão mineral,
o xisto e o gás natural;
• Energia Nuclear: que necessita urânio e tório para ser pro-
duzida.

- Fontes de Energia no Brasil


A busca por fontes alternativas de energias não poluentes
ou renováveis tem avançado no mundo. Seja para diminuir a de-
pendência do petróleo, seja para descer os níveis de poluição, o
fato é que a busca por diferentes fontes de energia já são uma
realidade no mundo.
No Brasil, o uso do álcool, proveniente da cana-de-açúcar,
data de 1975, com a implantação do Programa Nacional do Ál-
A biomassa é utilizada como fonte de eletricidade e tam- cool (Proálcool), em decorrência da crise do petróleo. Hoje o
bém como biocombustível álcool é também usado como aditivo à gasolina.
Igualmente, o uso e a exploração da energia solar e eólica,
Existem três tipos de biomassa utilizados como fonte de vem sendo estimulada ainda que de maneira tímida por parte
energia: os sólidos, os líquidos e os gasosos. do governo.
Combustíveis sólidos: podemos citar a madeira, o carvão ve- Percebemos que a fonte energética mais utilizada no Brasil
getal e os restos orgânicos vegetais e animais. é a hidráulica, enquanto a energia solar praticamente não é ex-
Combustíveis líquidos: o etanol, o biodiesel e qualquer ou- plorada. Isso pode ser considerado um despropósito, devido ao
tro líquido obtido pela transformação do material orgânico por tamanho do território e a quantidade de luz solar a que o país
processos químicos ou biológicos. está exposto.

38
CONHECIMENTOS GERAIS
- Transformação Por outro lado, as mudanças climáticas agravam ainda mais
As fontes de energias são encontradas na natureza em es- a miséria. Na maioria dos casos, as pessoas que mais sofrem as
tado bruto, e para serem aproveitadas economicamente devem consequências dos desastres naturais e dos eventos climáticos
passar por um processo de transformação e armazenamento. extremos – inundações, furacões, deslizamentos, etc. – são os
A água, o sol, o vento, o petróleo, o carvão, o urânio são pobres. Mesmo quando sobrevivem à tragédia, muitas vezes aca-
canalizados pelo ser humano e assim toda sua capacidade de bam perdendo todos seus bens materiais: o pouco que se acumu-
produzir energia será explorada. lou após anos de trabalho pode ser perdido algumas horas.
Os centros de transformação podem ser: As mudanças climáticas dificultam a redução da pobreza no
• Usinas Hidrelétricas - a força da queda d’água faz girar as mundo e ameaçam a sobrevivência física de milhões de pessoas.
turbinas e assim convertida em eletricidade Em outras palavras, é praticamente impossível dissociar a pre-
• Refinarias de Petróleo - o petróleo é transformado em servação ambiental da péssima qualidade de vida de milhões de
óleo diesel, gasolina, querosene, etc. seres humanos.
• Usinas Termoelétricas - através da queima do carvão mi- A riqueza material também pode causar mudanças climá-
neral e do petróleo, obtém-se energia. ticas, pois uma pesada pegada ecológica e de carbono exerce
• Coquerias - o carvão mineral é transformado em coque, pressão sobre o ambiente e o clima.
que é um produto empregado para aquecer altos fornos da side- O Brasil vem apresentando melhorarias em alguns indicado-
rurgia e indústrias. res ambientais. Apesar de tal progresso, ainda há grandes desa-
fios que o país precisa superar.
A questão ambiental
O Brasil é famoso por seu território continental e por seus A Floresta Amazônica e o desflorestamento
diversos ecossistemas. O país é também conhecido por possuir a
maior diversidade biológica do planeta. O gigantesco patrimônio
ambiental do Brasil inclui cerca de 13% das espécies de plantas
e animais existentes no mundo.

Desflorestamento da Floresta Amazônica


O desflorestamento e a degradação produzem mais de 10%
das emissões mundiais de carbono.
A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo.
O Brasil possui também as maiores reservas de água doce Abrange 6,9 milhões de quilômetros quadrados em nove países
da Terra e um terço das florestas tropicais. Quase um terço de sul-americanos (Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Vene-
todas as espécies vegetais do mundo se concentram no Brasil. A zuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa). No Brasil, cobre
Amazônia por si só abriga aproximadamente um terço das flo- 49% do território nacional e faz parte de nove estados brasi-
restas tropicais do mundo e um terço da biodiversidade global, leiros: Amazonas, Pará, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Roraima,
além da maior bacia de água doce da Terra. Cabe ressaltar que Amapá, Tocantins e Maranhão.
63,7% da região amazônica se encontra em território brasileiro. A Floresta Amazônica compreende a maior biodiversidade
A conservação do meio ambiente brasileiro é um desafio, do mundo, que inclui mais de cinco mil espécies de árvores, três
pois o crescimento econômico do país aumenta a demanda por mil de peixes, 300 de mamíferos e 1,300 de pássaros. Além dis-
recursos naturais. Utiliza-se mais a terra, extraem-se mais mine- so, conta com um quinto da disponibilidade de água potável do
rais e torna-se necessário expandir a infraestrutura. Evidente- mundo - a maior bacia hidrográfica do planeta. No território bra-
mente, a agricultura, a mineração e a realização de novas obras sileiro da Floresta Amazônica habitam 20 milhões de pessoas,
impactam o meio ambiente. entre elas, 220 mil indígenas de inúmeras tribos.
Nas conferências internacionais sobre o Meio Ambiente, há Na Floresta Amazônica, há muitas espécies em perigo de
um embate ideológico entre o mundo desenvolvido e o subde- extinção. A Amazônia sofre um ritmo acelerado de destruição.
senvolvido. Se torna inviável preservar a natureza em espaços Na década de 1970, o governo brasileiro, com o objetivo de de-
habitados por uma população miserável. Alguém que encontra senvolver essa região e integrá-la ao restante do país, criou inú-
dificuldades para se alimentar não vai se preocupar com as con- meros incentivos para que milhões de brasileiros passassem a
sequências das queimadas nas lavouras e do desmatamento nas habitá-la. Contudo, os limites de propriedades não foram clara-
florestas; ações que resultam na emissão de gases estufa. mente delineados e o caos fundiário passou a ser uma realidade
na região.

39
CONHECIMENTOS GERAIS
A Floresta Amazônica contém uma das maiores reservas de As frentes humanas contra o desmatamento são chamadas
madeira tropical do mundo. A extração dessa madeira e a am- de: empates. A “política dos empates” foi a forma encontrada
pliação de áreas usadas para o gado e o plantio da soja resultam pelo grupo de Chico Mendes para impedir que madeireiros e fa-
em desmatamento. O garimpo e as grandes hidroelétricas tam- zendeiros do Acre praticassem o desmatamento ilegal. Já que o
bém são nocivos para os rios da região. grupo não possui os recursos para enfrentar seus adversários,
O governo brasileiro precisa conter o desmatamento, de- adotaram a estratégia de formar uma corrente humana, com as
marcar as propriedades privadas e implementar leis que prote- mãos de pessoas dadas, para impedir que os tratores passassem.
jam as áreas de conservação. Vamos aqui falar dos principais problemas ambientais bra-
É importante não confundir a Amazônia Legal com a Flo- sileiros
resta Amazônica. A Amazônia Legal é uma área geoeconômica, O Brasil, assim como qualquer país do mundo, enfrenta
delimitada em 1966 pelo Governo Federal, por meio da Supe- ameaças ao meio ambiente. De acordo com uma pesquisa rea-
rintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Inclui lizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
a Floresta Amazônica, os cerrados e o Pantanal. A taxa anual de 90% dos municípios brasileiros apresentam problemas ambien-
desflorestamento na Amazônia Legal (Rondônia, Acre, Amazo- tais, e entre os mais relatados estão as queimadas, desmata-
nas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso) mento e assoreamento. A seguir, falaremos um pouco a respeito
foi reduzida significativamente nos últimos anos. A quantidade de cada um deles:
de árvores desflorestadas em 2011 foi a menor desde 1988. Con- - Queimadas: As queimadas são geralmente utilizadas para
tudo, por mais que o número tenha diminuído, ainda é elevado: limpar uma determinada área, renovar as pastagens e facilitar a
em 2009, 14,6% da Amazônia Legal já havia sido desflorestada. colheita de produtos como a cana-de-açúcar. Essa prática pode
As queimadas e o desflorestamento são os principais res- ser prejudicial para o ecossistema, pois aumenta os riscos de
ponsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa no Brasil. erosão, mata micro-organismos que vivem no solo, retira nu-
Outros países pressionam o Brasil a tomar medidas eficazes para trientes e causa poluição atmosférica.
preservar a Floresta Amazônica, por esta ser considerada “o pul- - Desmatamentos: Os desmatamentos acontecem por vários
mão do mundo”. motivos. Entre eles, podemos citar a ampliação da agropecuária,
extração da madeira para uso comercial, criação de hidrelétri-
Desmatamento dos outros ecossistemas cas, mineração e expansão das cidades. O desmatamento pre-
Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o ecossistema brasi- judica o ecossistema de diferentes maneiras, provocando ero-
leiro que foi mais alterado pela ocupação humana. O Cerrado, sões, agravamento dos processos de desertificação, alterações
que é o segundo maior bioma brasileiro e que abrange as sava- no regime de chuvas, redução da biodiversidade, assoreamento
nas do centro do país, teve sua cobertura vegetal reduzida pela dos rios, etc.
metade. O percentual de área desmatada nesse bioma é maior - Assoreamento: O assoreamento acontece com o acúmu-
que o verificado na Floresta Amazônica. lo de sedimentos em ambientes aquáticos. Seus impactos para
Um dos impactos ambientais mais graves na região foi cau- o meio ambiente são grandes, como a obstrução de cursos de
sado por garimpos: os rios foram contaminados com mercúrio e água, destruição de habitats aquáticos, prejuízos na água desti-
houve o assoreamento dos cursos de água. nada ao consumo e veiculação de poluentes.
Nos últimos anos, porém, a maior fator de risco para o Cer-
rado tem sido a expansão da agricultura, principalmente do cul- Apesar de esses serem os mais relatados, não significa que
tivo da soja, e da pecuária. Graças ao desenvolvimento de tec- sejam os únicos problemas ambientais enfrentados em nosso
nologia que permitiu corrigir o problema da baixa fertilidade de país. Podemos citar ainda como ameaças ao meio ambiente: a
seus solos, o Cerrado se tornou área de expansão da plantação poluição das águas, que causam doenças e prejuízo no abaste-
de grãos, como a soja, para exportação. As atividades agrope- cimento, a poluição atmosférica, responsável por uma grande
cuárias, por meio do desmatamento e das queimadas, estão de- incidência de doenças respiratórias, e a poluição do solo, de-
vastando a formação vegetal dos cerrados, causando processos sencadeada principalmente pelo acúmulo de lixo e pelo uso de
erosivos e levando à compactação do solo. agrotóxicos.
A Mata Atlântica continua a ser desflorestada. É um dos
biomas mais ameaçados do mundo. No presente, há apenas Todos essas questões que afetam e ameaçam os ecossiste-
133.010 km² de área remanescente – menos de 10% do que ha- mas e a saúde humana devem ser combatidas. Para isso, neces-
via originalmente. sitamos de urgente criação de políticas mais eficientes a fim de
A Mata Atlântica é um conjunto de formações florestais que evitar crimes ambientais, assim como precisamos de programas
possui uma enorme biodiversidade e que se estende por uma voltados à conscientização da população acerca de como dimi-
faixa do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, passando nuir os problemas ambientais em nosso país. Se todos fizerem
por 17 estados brasileiros. Originalmente, a Mata Atlântica se sua parte, poderemos deixar um Brasil com muito mais quali-
estendia por toda a costa nordeste, sudeste e sul do Brasil, com dade de vida para nossos descendentes.
faixa de largura variável. Na tentativa de preservar o que restou
dessa incalculável riqueza, foram criadas Unidades de Conser- Degradação Ambiental
vação. A maior delas é o Parque Estadual da Serra do Mar, que Os problemas ambientais de âmbito nacional (no território
contém 315 mil hectares. Não obstante, a Mata Atlântica conti- brasileiro) ocorrem desde a época da colonização, estendendo-
nua a ser ameaçada pelo constante aumento das cidades e pela -se aos subsequentes ciclos econômicos (cana, ouro, café etc.).
poluição que muito dificultam as tentativas de preservá-la. Na Atualmente, os principais problemas estão relacionados
Mata Atlântica, há várias espécies em risco de extinção, como a com as práticas agropecuárias predatórias, o extrativismo vege-
onça pintada e o mico-leão dourado. tal (atividade madeireira) e a má gestão dos resíduos urbanos.
Os principais agravantes de ordem rural e urbana são:

40
CONHECIMENTOS GERAIS
- perda da biodiversidade em razão do desmatamento e das Como funciona o sistema político brasileiro?
queimadas; Participar do processo político e poder eleger seus repre-
- degradação e esgotamento dos solos por causa das técni- sentantes é um direito de todo cidadão brasileiro. No entanto,
cas de produção; a grande maioria da população vota em seus candidatos sem a
- escassez da água pelo mau uso e gerenciamento das bacias mínima noção de como funciona o sistema político em questão.
hidrográficas; Como sabemos, o Brasil é uma república federativa presiden-
- contaminação dos corpos hídricos por esgoto sanitário; cialista. República, porque o Chefe de Estado é eletivo e tem-
- poluição do ar nos grandes centros urbanos. porário; federativa, pois os Estados são dotados de autonomia
política; presidencialista, porque ambas as funções de Chefe de
Vários são os problemas ambientais existentes no planeta. Governo e Chefe de Estado são exercidas pelo presidente.
Problemas como poluição atmosférica, poluição das águas, quei- O Poder de Estado é dividido entre órgãos políticos distin-
madas e desmatamentos são cada vez mais frequentes e afetam tos. A teoria dos três poderes foi desenvolvida por Charles de
a qualidade de vida do homem e também de outras espécies. No Montesquieu em seu livro “O Espírito das Leis” (1748). Basea-
Brasil, não é diferente. Enfrentamos todos os dias graves amea- do na afirmação de que “só o poder freia o poder”, o mesmo
ças aos nossos ecossistemas. afirmava que para não haver abusos, era necessário, por mei-
os legais, dividir o Poder de Estado em Executivo, Legislativo e
Principais problemas ambientais brasileiros Judiciário. No Brasil, esses são exercidos respectivamente, pelo
O Brasil, assim como qualquer país do mundo, enfrenta presidente da república, Congresso Nacional e pelo Supremo Tri-
ameaças ao meio ambiente. De acordo com uma pesquisa rea- bunal Federal (STF).
lizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), O Executivo possui a função de fazer as leis funcionarem. O
90% dos municípios brasileiros apresentam problemas ambien- presidente pode vetar ou sancionar leis criadas pelo Legislativo,
tais, e entre os mais relatados estão as queimadas, desmata- editar medidas provisórias, etc. O Legislativo é responsável por
mento e assoreamento. A seguir, falaremos um pouco a respeito idealizar as leis e julgar as propostas do presidente. O parlamen-
de cada um deles: to brasileiro é bicameral, ou seja, é composto por duas “casas”:
Queimadas: As queimadas são geralmente utilizadas para a Câmara dos Deputados e o Senado. Qualquer projeto de lei
limpar uma determinada área, renovar as pastagens e facilitar a deve primeiramente passar pela Câmara e depois, se aprovado,
colheita de produtos como a cana-de-açúcar. Essa prática pode pelo Senado. O Poder Judiciário deve interpretar as leis e fis-
ser prejudicial para o ecossistema, pois aumenta os riscos de calizar o seu cumprimento. O mesmo é composto por 11 juízes,
erosão, mata micro-organismos que vivem no solo, retira nu- escolhidos pelo presidente e aprovados pelo Senado.
trientes e causa poluição atmosférica.
Pode-se dizer que a história da política brasileira se divide
Desmatamentos: Os desmatamentos acontecem por vários em três fases:
motivos. Entre eles, podemos citar a ampliação da agropecuária, O Absolutismo Colonial, o Parlamentarismo da Monarquia
extração da madeira para uso comercial, criação de hidrelétri- Unitária e o Presidencialismo da República Federativa.
cas, mineração e expansão das cidades. O desmatamento pre- No Absolutismo Colonial o destino do Brasil dependia da
judica o ecossistema de diferentes maneiras, provocando ero- vontade soberana dos reis de Portugal. Já no Parlamentarismo
sões, agravamento dos processos de desertificação, alterações da Monarquia Unitária o governo era exercido por imperadores
no regime de chuvas, redução da biodiversidade, assoreamento hereditários os quais eram auxiliados por gabinetes depend-
dos rios, etc. entes do parlamento popular.
No Presidencialismo da Republica Federativa, o governo é
Assoreamento: O assoreamento acontece com o acúmulo constituído pelo povo e para o povo e é o regime que vigora no
de sedimentos em ambientes aquáticos. Seus impactos para Brasil desde a Proclamação da República até os dias de hoje.
o meio ambiente são grandes, como a obstrução de cursos de Neste sistema o chefe supremo do governo não é hered-
água, destruição de habitats aquáticos, prejuízos na água desti- itário, desta forma a República é uma legitima forma de democ-
nada ao consumo e veiculação de poluentes. racia. O chefe supremo é escolhido pelo povo por um tempo
limitado e o Congresso Legislativo também é eleito por uma es-
Apesar de esses serem os mais relatados, não significa que colha nacional.
sejam os únicos problemas ambientais enfrentados em nosso A República Brasileira é Federativa. Possui autonomia nas
país. Podemos citar ainda como ameaças ao meio ambiente: a várias circunscrições territoriais em que se divide o país. Na de-
poluição das águas, que causam doenças e prejuízo no abaste- mocracia brasileira a Constituição rege os direitos garantindo o
cimento, a poluição atmosférica, responsável por uma grande desenvolvimento do homem respeitando a liberdade. O poder
incidência de doenças respiratórias, e a poluição do solo, de- é limitado pelas leis e o povo intervém diretamente ou indire-
sencadeada principalmente pelo acúmulo de lixo e pelo uso de tamente.
agrotóxicos.
Todos essas questões que afetam e ameaçam os ecossiste- História política brasileira
mas e a saúde humana devem ser combatidas. Para isso, neces- Foram muitos os acontecimentos políticos que marcaram o
sitamos de urgente criação de políticas mais eficientes a fim de país, destacamos alguns:
evitar crimes ambientais, assim como precisamos de programas
voltados à conscientização da população acerca de como dimi- Independência do Brasil
nuir os problemas ambientais em nosso país. Se todos fizerem D. Pedro I se enfurecera porque recebera a notícia que Por-
sua parte, poderemos deixar um Brasil com muito mais qualida- tugal anulara a Assembléia Constituinte e o mandava voltar à
de de vida para nossos descendentes. metrópole. Aos sete de setembro de 1822, às margens do rio

41
CONHECIMENTOS GERAIS
Ipiranga, o príncipe regente proclamou a independência do denominada Terra de Vera Cruz, depois Santa Cruz e, finalmen-
país. O fato marcou o fim do domínio português e a autono- te, Brasil, a nova terra foi explorada a princípio em função da
mia política brasileira. No entanto, este fato embora marcante extração do pau-brasil, madeira de cor vermelha usada em tin-
não mudou significativamente a estrutura social do país. Ainda turaria na Europa, e que deu o nome à terra.
havia trabalho escravo, os pobres continuaram marcados pela Várias expedições exploradoras (Gonçalo Coelho, Gaspar
desigualdade e somente a elite agrária se beneficiou com o ac- de Lemos) e guarda-costas (Cristóvão Jacques) foram enviadas
ontecimento. pelo rei de Portugal, a fim de explorar o litoral e combater pira-
tas e corsários, principalmente franceses, para garantir a posse
Abolição da escravatura da terra. O sistema de feitorias, já utilizado no comércio com a
Quando os portugueses iniciaram a colonização do país não África e a Ásia, foi empregado tanto para a defesa como para
havia mão-de-obra disponível para os trabalhos como na ag- realizar o escambo (troca) do pau-brasil com os indígenas. A
ricultura, por exemplo. Como utilizar os índios não deu certo, exploração do pau-brasil, monopólio da Coroa portuguesa, foi
optaram como os demais europeus por ocupar dos negros afri- concedida ao cristão-novo Fernão de Noronha.
canos como escravos. Em 1888, a princesa Isabel, proclamou a A partir de 1530, tem início a colonização efetiva, com a
Lei Áurea, onde os negros se tornaram livres. A luta agora era expedição de Martim Afonso de Sousa, cujos efeitos foram o
conseguir emprego e condições de vida digna e sem preconcei- melhor reconhecimento da terra, a introdução do cultivo da ca-
tos entre os brancos que continua até hoje. na-de-açúcar e a criação dos primeiros engenhos, instalados na
recém-fundada cidade de São Vicente, no litoral de São Paulo,
Proclamação da República que no século 16 chegou a ter treze engenhos de açúcar. A eco-
Ao final de 1880, a monarquia brasileira estava em crise. nomia açucareira, entretanto, vai se concentrar no Nordeste,
Havia a necessidade crescente de mudanças que favorecessem principalmente em Pernambuco. Estava baseada no tripé lati-
a todo o povo brasileiro e a progredir economicamente, e com fúndio--monocultura--escravidão. A cana-de-açúcar, no Nordes-
a monarquia isto era praticamente impossível. Havia corrupção te, era cultivada e beneficiada em grandes propriedades, que
na corte, a classe média agora em ascensão contava com es- empregavam mão-de-obra dos negros africanos trazidos como
tudantes, profissionais liberais, intelectuais entre outros que escravos, e destinava-se à exportação.
Ao lado do ciclo da cana-de-açúcar, ocorrido na zona da
almejavam participar também dos assuntos políticos brasileiros.
mata, desenvolveu-se o ciclo do gado. A pecuária aos poucos
Esses e outros fatos contribuíram para que ficasse insustentáv-
ocupou toda a área do agreste e do sertão nordestinos e a bacia
el a monarquia no Brasil. Então, aos 15 de novembro de 1889,
do rio São Francisco. No século 18, o ciclo da mineração do ouro
o Marechal Deodoro da Fonseca, apoiado pelos republicanos,
e dos diamantes em Minas Gerais levou à ocupação do interior
declarou a verdadeira independência do Brasil constituindo
da colônia. A sociedade mineradora era mais diversificada do
um governo provisório e mandando de volta à Portugal toda a
que a sociedade açucareira, extremamente ruralizada. Na zona
família real.
mineira, ao lado dos proprietários e escravos, surgiram classes
intermediárias, constituídas por comerciantes, artesãos e fun-
Ditadura
cionários da Coroa.
A partir da república o país começou a crescer, mas vieram Política e administrativamente a colônia estava subordina-
novos problemas sociais, políticos. O povo antes participante da da à metrópole portuguesa, que, para mais facilmente ocupá-la,
democracia, com poder de voto foi surpreendido pela tomada adotou, em 1534, o sistema de capitanias hereditárias. Consistia
pelos militares. Foi período da ditadura militar, entre 1964 a na doação de terras pelo rei de Portugal a particulares, que se
1985. A intenção fora ajudar o país a tornar-se um país forte comprometiam a explorá-las e povoá-las. Apenas duas capita-
economicamente com uma ordem estabelecida. No entanto, nias prosperaram: São Vicente e Pernambuco. As capitanias here-
foi o período negro da democracia brasileira, os direitos con- ditárias somente foram extintas em meados do século 18.
stitucionais foram ignorados, a censura estabelecida, houve fer- Em 1548, a Coroa portuguesa instituiu o governo geral, para
renha perseguição política e repressão aqueles que se opunham melhor controlar a administração da colônia. O governador-geral
ao regime militar. Tomé de Sousa possuía extensos poderes, e administrava em nome
do rei a capitania da Bahia, cuja sede, Salvador -- primeira cida-
Diretas Já de fundada no Brasil, foi também sede do governo geral até 1763,
Foi o movimento político que marcou o desejo do povo pela quando a capital da colônia foi transferida para o Rio de Janeiro.
volta da democracia. Houve muitas manifestações populares e A administração local era exercida pelas câmaras municipais, para
os nomes que marcaram esta época foram Fernando Henrique as quais eram eleitos os colonos ricos, chamados “homens bons”.
Cardoso, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Mario Covas, Luís O papel da Igreja Católica era da mais alta importância. A ela
Inácio Lula da Silva entre outros. cabiam tarefas administrativas, a assistência social, o ensino e a
Em 1989, as eleições diretas retornaram e o povo, após tan- catequese dos indígenas. Dentre as diversas ordens religiosas,
tos anos, pode votar novamente para presidente do Brasil e a destacaram-se os jesuítas.
Constituição de 1988 foi restabelecida. Invasões estrangeiras. Durante o período colonial, o Brasil
A democracia brasileira não é uma das mais brilhantes, mas foi alvo de várias incursões estrangeiras, sobretudo de france-
pode-se firmar que é uma das mais modernas do mundo. ses, ingleses e holandeses. Os franceses chegaram a fundar, em
1555, uma colônia, a França Antártica, na ilha de Villegaignon,
Histórico do Brasil na baía de Guanabara. Somente foram expulsos em 1567, em
Fundação combate do qual participou Estácio de Sá, fundador da cidade
A descoberta do Brasil, em 22 de abril de 1500, pela esqua- do Rio de Janeiro (1565). Mais tarde, entre 1612 e 1615, nova-
dra comandada por Pedro Álvares Cabral, com destino às Índias, mente os franceses tentaram estabelecer uma colônia no Brasil,
integra o ciclo da expansão marítima portuguesa. Inicialmente desta vez no Maranhão, chamada França Equinocial.

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CONHECIMENTOS GERAIS
Os holandeses, em busca do domínio da produção do açúcar baiana -- também chamada revolução dos alfaiates, devido à par-
(do qual eram os distribuidores na Europa), invadiram a Bahia, ticipação de grande número de elementos das camadas populares
em 1624, sendo expulsos no ano seguinte. Em 1630, uma nova (artesãos, soldados, negros libertos) --, ocorrida em 1798, tinha
invasão holandesa teve como alvo Pernambuco, de onde esten- ideias bastante avançadas para a época, inclusive a extinção da
deu-se por quase todo o Nordeste, chegando até o Rio Grande escravidão. Seus principais líderes foram executados. Mais tarde,
do Norte. Entre 1637 e 1645, o Brasil holandês foi governado estourou outro importante movimento de caráter republicano e
pelo conde Maurício de Nassau, que realizou brilhante adminis- separatista, conhecido como revolução pernambucana de 1817.
tração. Em 1645, os holandeses foram expulsos do Brasil, no epi- Independência. Em 1808, ocorreu a chamada “inversão bra-
sódio conhecido como insurreição pernambucana. sileira”, isto é, o Brasil tornou-se a sede da monarquia portu-
guesa, com a transferência da família real e da corte para o Rio
Expansão geográfica de Janeiro, fugindo da invasão napoleônica na península ibérica.
Durante o século 16, foram organizadas algumas entradas, Ainda na Bahia, o príncipe regente D. João assinou o tratado de
expedições armadas ao interior, de caráter geralmente oficial, abertura dos portos brasileiros ao comércio das nações amigas,
em busca de metais preciosos. No século seguinte, expedições beneficiando principalmente a Inglaterra. Terminava assim o
particulares, conhecidas como bandeiras, partiram especial- monopólio português sobre o comércio com o Brasil e tinha iní-
mente de São Paulo, com três objetivos: a busca de índios para cio o livre-cambismo, que perduraria até 1846, quando foi esta-
escravizar; a localização de agrupamentos de negros fugidos belecido o protecionismo.
(quilombos), para destruí-los; e a procura de metais preciosos. Além da introdução de diversos melhoramentos (Imprensa
As bandeiras de caça ao índio (Antônio Raposo Tavares, Sebas- Régia, Biblioteca Pública, Academia Militar, Jardim Botânico, fa-
tião e Manuel Preto) atingiram as margens do rio Paraguai, onde culdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia e outros), no
arrasaram as “reduções” (missões) jesuíticas. Em 1695, depois governo do príncipe regente D. João (que passaria a ter o título
de quase um século de resistência, foi destruído Palmares, o de D. João VI a partir de 1816, com o falecimento da rainha D.
mais célebre quilombo do Brasil, por tropas comandadas pelo Maria I) o Brasil foi elevado à categoria de reino e teve anexadas
bandeirante Domingos Jorge Velho. a seu território a Guiana Francesa e a Banda Oriental do Uru-
guai, que tomou o nome de província Cisplatina.
Datam do final do século 17 as primeiras descobertas de
A partir de 1821, com a volta do rei e da corte para Por-
jazidas auríferas no interior do território, nas chamadas Minas
tugal, o Brasil passou a ser governado pelo príncipe regente D.
Gerais (Antônio Dias Adorno, Manuel de Borba Gato), em Goiás
Pedro. Atendendo principalmente aos interesses dos grandes
(Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera) e Mato Grosso (Pas-
proprietários rurais, contrários à política das Cortes portugue-
coal Moreira Cabral), onde foram estabelecidas vilas e povoa-
sas, que desejavam recolonizar o Brasil, bem como pretenden-
ções. Mais tarde, foram encontrados diamantes em Minas Ge-
do libertar-se da tutela da metrópole, que visava diminuir-lhe a
rais. Um dos mais célebres bandeirantes foi Fernão Dias Pais, o
autoridade, D. Pedro proclamou a independência do Brasil, em
caçador de esmeraldas.
7 de setembro de 1822, às margens do riacho do Ipiranga, na
Ao mesmo tempo que buscavam o oeste, os bandeirantes
província de São Paulo. É importante destacar o papel de José
ultrapassaram a vertical de Tordesilhas, a linha imaginária que, Bonifácio de Andrada e Silva, à frente do chamado Ministério da
desde 1494, separava as terras americanas pertencentes a Por- Independência, na articulação do movimento separatista.
tugal e à Espanha, contribuindo para alargar o território brasilei- Primeiro reinado. Aclamado imperador do Brasil, D. Pedro
ro. As fronteiras ficaram demarcadas por meio da assinatura de I tratou de dar ao país uma constituição, outorgada em 1824.
vários tratados, dos quais o mais importante foi o de Madri, ce- No início do seu reinado, ocorreu a chamada “guerra da inde-
lebrado em 1750, e que praticamente deu ao Brasil os contornos pendência”, contra as guarnições portuguesas sediadas princi-
atuais. Nas negociações com a Espanha, Alexandre de Gusmão palmente na Bahia. Em 1824, em Pernambuco, a confederação
defendeu o princípio do uti possidetis, o que assegurou a Portu- do Equador, movimento revoltoso de caráter republicano e se-
gal as terras já conquistadas e ocupadas. paratista, questionava a excessiva centralização do poder políti-
co nas mãos do imperador, mas foi prontamente debelado. Em
Revoltas coloniais 1828, depois da guerra contra as Províncias Unidas do Rio da
Desde a segunda metade do século 17, explodiram na colô- Prata, o Brasil reconheceu a independência do Uruguai.
nia várias revoltas, geralmente provocadas por interesses eco- Depois de intensa luta diplomática, em que foi muito impor-
nômicos contrariados. Em 1684, a revolta dos Beckman, no Ma- tante a intervenção da Inglaterra, Portugal reconheceu a inde-
ranhão, voltou-se contra o monopólio exercido pela Companhia pendência do Brasil. Frequentes conflitos com a Assembleia e
de Comércio do Estado do Maranhão. interesses dinásticos em Portugal levaram D. Pedro I, em 1831,
Já no século 18, a guerra dos emboabas envolveu paulistas e a abdicar do trono do Brasil em favor do filho D. Pedro, então
“forasteiros” na zona das minas; a guerra dos mascates opôs os com cinco anos de idade.
comerciantes de Recife aos aristocráticos senhores de engenho Período regencial. O reinado de D. Pedro II teve início com
de Olinda; e a revolta de Vila Rica, liderada por Filipe dos Santos, um período regencial, que durou até 1840, quando foi procla-
em 1720, combateu a instituição das casas de fundição e a co- mada a maioridade do imperador, que contava cerca de quinze
brança de novos impostos sobre a mineração do ouro. anos. Durante as regências, ocorreram intensas lutas políticas
Os mais importantes movimentos revoltosos desse século em várias partes do país, quase sempre provocadas pelos cho-
foram a conjuração mineira e a conjuração baiana, as quais pos- ques entre os interesses regionais e a concentração do poder
suíam, além do caráter econômico, uma clara conotação política. no Sudeste (Rio de Janeiro). A mais importante foi a guerra dos
A conjuração mineira, ocorrida em 1789, também em Vila Rica, foi farrapos ou revolução farroupilha, movimento republicano e se-
liderada por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que termi- paratista ocorrido no Rio Grande do Sul, em 1835, e que só ter-
nou preso e enforcado, em 1792. Pretendia, entre outras coisas, minou em 1845. Além dessa, ocorreram revoltas na Bahia (Sabi-
a independência e a proclamação de uma república. A conjuração nada), no Maranhão (Balaiada) e no Pará (Cabanagem).

43
CONHECIMENTOS GERAIS
Segundo reinado. O governo pessoal de D. Pedro II começou iniciada com o crash da bolsa de Nova York --, com seus reflexos
com intensas campanhas militares, a cargo do general Luís Alves negativos sobre os preços do café, a desorganização da econo-
de Lima e Silva, que viria a ter o título de duque de Caxias, com mia, as divergências político-eleitorais das oligarquias dominan-
a finalidade de pôr termo às revoltas provinciais. A partir daí, a tes e as aspirações de mudança de amplos setores da sociedade
política interna do império brasileiro viveu uma fase de relativa provocaram a deflagração da revolução de 1930, que levou Ge-
estabilidade, até 1870. túlio Vargas ao poder.
A base da economia era a agricultura cafeeira, desenvolvida
a partir de 1830, no Sudeste, inicialmente nos morros como o da República Nova
Tijuca e a seguir no vale do Paraíba fluminense (província do Rio Sob a chefia de Getúlio Vargas, foi instaurado um governo
de Janeiro), avançando para São Paulo (vale do Paraíba e oeste provisório que durou até 1934. Embora vitorioso sobre a revo-
paulista). Até 1930, o ciclo do café constituiu o principal gerador lução constitucionalista de 1932, ocorrida em São Paulo, Vargas
da riqueza brasileira. A partir da década de 1850, graças aos em- viu-se obrigado a convocar uma assembleia constituinte, que
preendimentos de Irineu Evangelista de Sousa, o barão e depois deu ao país uma nova constituição (1934), de cunho liberal.
visconde de Mauá, entre os quais se destaca a construção da Em 1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL) promoveu
primeira estrada de ferro brasileira, ocorreu um primeiro surto uma revolta militar, conhecida como intentona comunista. Apro-
de industrialização no país. veitando-se de uma conjuntura favorável, Vargas deu um golpe de
A base social do império era a escravidão. Desde o período estado, em 1937, fechando o Congresso e estabelecendo uma di-
colonial, os negros escravos constituíam a principal, e quase ex- tadura de cunho corporativo-fascista, denominada Estado Novo,
clusiva, mão-de-obra no Brasil. As restrições ao tráfico negreiro regida por uma carta outorgada, de caráter autoritário. Vargas
começaram por volta de 1830, por pressões da Inglaterra, então governou até 1945, quando foi deposto por novo golpe militar.
em plena revolução industrial. Finalmente, em 1888, após in- Durante seu governo, incentivou-se a industrialização, inclu-
tensa campanha abolicionista, a chamada Lei Áurea declarava sive com a fundação da Companhia Siderúrgica Nacional, foi es-
extinta a escravidão no país. Nesse período, houve uma grande tabelecida uma legislação trabalhista, reorganizou-se o aparelho
imigração para o Brasil, sobretudo de alemães e italianos. administrativo do Estado, com a criação de novos ministérios, e
Na política externa, sobressaíram as guerras do Prata, em cuidou-se da previdência social, entre outros melhoramentos.
que o Brasil enfrentou o Uruguai e a Argentina, e a da Tríplice Terceira República. As eleições de 1945 apontaram o gene-
Aliança ou do Paraguai, que reuniu o Brasil, a Argentina e o Uru- ral Eurico Gaspar Dutra como o novo presidente da República.
guai numa coligação contra o ditador paraguaio Solano López. Em seu governo, o Brasil ganhou uma nova constituição, foi mo-
A guerra do Paraguai (1864--1870), um dos episódios mais san- dernizada a estrada de rodagem entre o Rio de Janeiro e São
grentos da história americana, terminou com a vitória dos alia- Paulo (rodovia Presidente Dutra) e começou o aproveitamento
dos. hidrelétrico da cachoeira de Paulo Afonso.
A partir de 1870, a monarquia brasileira enfrentou sucessi- Nesse período, firmaram-se os três grandes partidos que ti-
vas crises (questão religiosa, questão militar, questão da aboli- veram importância na vida política brasileira até a deflagração
ção), que culminaram com o movimento militar, liderado pelo do movimento militar de 1964: o Partido Trabalhista Brasileiro
marechal Deodoro da Fonseca, que depôs o imperador e procla- (PTB), o Partido Social Democrático (PSD) e a União Democrática
mou a república, em 15 de novembro de 1889. Nacional (UDN). O Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi posto
República Velha. A Primeira República, ou República Velha, na ilegalidade.
estendeu-se de 1889 até 1930. Sob a chefia do marechal Deo- Em 1951, Vargas, candidato do PTB, voltou ao poder, elei-
doro, foi instalado um governo provisório, que convocou uma to pelo voto popular. Em seu segundo governo, destacou-se a
assembleia constituinte para elaborar a primeira constituição criação da Petrobrás, empresa estatal destinada a monopolizar
republicana, promulgada em 1891. Os governos do marechal a pesquisa, extração e refino do petróleo. Foi um período con-
Deodoro, e, depois, do marechal Floriano Peixoto foram plenos turbado, que teve no atentado da rua Tonelero (dirigido ao jor-
de conflitos com o Legislativo e rebeliões, como as duas revoltas nalista Carlos Lacerda, mas em que morreu um oficial da Aero-
da Armada. náutica) um dos seus episódios mais importantes. Pressionado
Com a eleição de Prudente de Morais, tem início a chamada pelas classes conservadoras, e ameaçado de deposição por seus
“política do café com leite”, segundo a qual os presidentes da generais, Vargas suicidou-se em 24 de agosto de 1954.
República seriam escolhidos dentre os representantes dos esta- A eleição de Juscelino Kubitschek de Oliveira, candidato do
dos mais ricos e populosos -- São Paulo e Minas Gerais -- prática PSD, inaugurou a era do desenvolvimentismo. Durante seu go-
que foi seguida, quase sem interrupções, até 1930. verno, orientado pelo Plano de Metas, construiu-se a nova ca-
A economia agrário-exportadora continuou dominante. O pital, Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960; foram aber-
café representava a principal riqueza brasileira, e os fazendeiros tas numerosas estradas, ligando a capital às diversas regiões do
paulistas constituíam a oligarquia mais poderosa. As classes mé- país, entre as quais a Belém--Brasília; implantou-se a indústria
dias eram pouco expressivas e começava a existir um embrião automobilística; e foi impulsionada a construção das grandes
de proletariado. Por ocasião da primeira guerra mundial (1914-- usinas hidrelétricas de Três Marias e Furnas. A sucessão pre-
1918), ocorreu um surto de industrialização, em função da subs- sidencial coube a Jânio Quadros, apoiado pela UDN, que, após
tituição de importações europeias por produtos fabricados no sete meses de governo, renunciou.
Brasil. A subida de João Goulart ao poder contrariou as classes con-
A partir da década de 1920, o descontentamento dos mili- servadoras e altos chefes militares. No início de seu governo, o
tares explodiu em uma série de revoltas, destacando-se a mar- Brasil viveu uma curta experiência parlamentarista, solução en-
cha da coluna Prestes, entre 1924 e 1927, que percorreu grande contrada para dar posse a Goulart. Foi um período marcado por
parte do Brasil. As oligarquias alijadas do poder central também greves e intensa agitação sindical. O presidente terminou sendo
se mostravam insatisfeitas. Quando ocorreu a crise de 1929 -- deposto pelos militares, com apoio da classe média, em 1964.

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CONHECIMENTOS GERAIS
Regime militar. Os governos militares preocuparam-se so- Em 27 de outubro de 2002, Luiz Inácio Lula da Silva é eleito
bretudo com a segurança nacional. Editaram vários atos ins- Presidente da República Federativa do Brasil com quase 53 mi-
titucionais e complementares, promovendo modificações no lhões de votos, e, em 29 de outubro de 2006 é reeleito com mais
funcionamento do Congresso e tomando medidas de caráter de 58 milhões de votos (60,83% dos votos válidos).
econômico, financeiro e político. Os partidos políticos tradicio- No dia 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff foi eleita pre-
nais foram extintos, e criadas duas novas agremiações políticas, sidente do Brasil, cargo a ser ocupado pela primeira vez na his-
a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o Movimento Demo- tória do país por uma mulher. Dilma Roussef obteve 55.752.529
crático Brasileiro (MDB). votos, que contabilizaram 56,05% do total de votos válidos. Em
Em 1967, promulgou-se nova constituição, que estabeleceu seu pronunciamento oficial após vencer as eleições disse: “Vou
um poder executivo ainda mais forte. Com o crescimento da agi- fazer um governo comprometido com a erradicação da miséria
tação estudantil e operária, foi editado o Ato Institucional nº 5, e dar oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Mas,
que fechou o Congresso. Em 1969, a Emenda Constitucional nº 1 humildemente, faço um chamado à nação, aos empresários,
deu ao país praticamente uma nova carta política. trabalhadores, imprensa, pessoas de bem do país para que me
No campo do desenvolvimento econômico, as atenções dos ajudem.”
governantes e dos tecnocratas voltaram-se prioritariamente
para o combate à inflação, que atingira níveis alarmantes; para a Aspectos culturais e turísticos
construção de obras de infra-estrutura, sobretudo nas áreas de A arquitetura colonial brasileira apresenta exemplos de ri-
transportes -- como a rodovia Transamazônica e a ponte Rio--Ni- queza e originalidade, graças ao impulso inicial dado pelos je-
terói (oficialmente, ponte Presidente Costa e Silva) --, de comu- suítas, que foram responsáveis pela construção de numerosas
nicações -- com a implantação do sistema de comunicação por igrejas e produziram obras de arte que constituem boa parte da
satélite -- e de energia, com a construção da usina hidrelétrica riqueza arquitetônica e artística do país.
de Itaipu -- por meio de um convênio com o Paraguai -- e com a Algumas cidades e lugares históricos ou de interesse am-
assinatura de um acordo com a Alemanha para a construção de biental foram declarados pela UNESCO patrimônio cultural da
usinas nucleares. humanidade: o centro histórico de Salvador, compreendendo
O governo Geisel iniciou um processo de abertura demo- o Terreiro de Jesus (Pelourinho), na Bahia; Olinda, em Pernam-
crática, lenta e gradual, desembocando na anistia política, que buco; Ouro Preto, em Minas Gerais; Brasília, a capital federal;
permitiu a volta ao país de numerosos exilados. Em seguida à as ruínas de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul; o
anistia, veio o fim do bipartidarismo, e foram criados vários par- Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, Minas
tidos políticos. No final da década de 1970, o movimento popu- Gerais; e os parques nacionais da Serra da Capivara, no Piauí, e
lar e sindical tomou um novo alento, o que levaria, nos primeiros de Iguaçu, no Paraná. Entre as cidades históricas, também me-
anos da década seguinte, ao movimento das “diretas já”, que, recem destaque Parati, no Rio de Janeiro, célebre pelo seu ca-
embora não fosse vitorioso, permitiu em 1985 a eleição indireta sario, e Aparecida, em São Paulo, considerada cidade-santuário
pelo Congresso de Tancredo Neves, do Partido do Movimento do Brasil.
Democrático Brasileiro (PMDB), para a presidência da República. Na antiga zona aurífera de Minas Gerais encontram-se os
Com a morte de Tancredo Neves, na véspera da posse, assumiu melhores exemplos da arte barroca, tanto na decoração do in-
seu vice-presidente, José Sarney. terior dos templos religiosos, como nas esculturas de Antônio
Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Ouro Preto, Tiradentes, Congo-
Nova República nhas e São João Del Rei são típicas cidades coloniais mineiras.
O governo Sarney teve como fato econômico mais impor- Modernamente, o maior exemplo da arquitetura brasileira é
tante a implantação do Plano Cruzado, com vistas a combater Brasília, obra de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
a inflação pelo congelamento de preços e da troca da moeda.
O fato político marcante do período foi a eleição de uma as- Instituições
sembleia nacional constituinte, que em 1988 deu ao Brasil uma O impulso cultural inicial foi dado com a vinda da corte
nova constituição. O fracasso do plano econômico e a corrupção portuguesa para o Brasil, em 1808. Datam dessa época a atual
generalizada contribuíram para polarizar as preferências eleito- Biblioteca Nacional, o Museu Nacional, o mais importante da
rais em 1989 em torno das candidaturas de Fernando Collor de América do Sul para o estudo das ciências naturais e antropoló-
Mello, apoiado por poderosas forças políticas, e Luís Inácio Lula gicas, e o Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.
da Silva, do Partido dos Trabalhadores. Ainda nessa cidade, podem ser encontrados o Museu Histó-
A vitória de Fernando Collor provocou uma euforia momen- rico Nacional, típico do estilo barroco-rococó, o Palácio Gustavo
tânea, logo dissipada pelo fracasso dos sucessivos planos eco- Capanema, cujo traço se deve ao arquiteto francês Le Corbusier,
nômicos e pelas denúncias de corrupção que atingiam figuras o Museu Nacional de Belas-Artes, o Museu de Arte Moderna,
próximas ao presidente. Depois de intensa movimentação popu- exemplo da arquitetura contemporânea, e o Teatro Municipal.
lar, Collor foi afastado do governo, em 1992, pelo processo de O Museu Imperial, em Petrópolis RJ, contém rico material sobre
impeachment, conduzido pelo Congresso Nacional. o período monárquico.
O Presidente Itamar Franco, sucessor de Fernando Collor,
contou com vasto apoio parlamentar e popular. Seus objetivos Cultura Nacional
principais eram combater a inflação, retomar o crescimento Nós, brasileiros, somos parte de um enorme grupo que
econômico e diminuir a pobreza do povo brasileiro. O sucesso compartilha uma determinada cultura e, dentro desse grupo,
das medidas econômicas permitiu a eleição do criador do Plano há outros grupos, menores, que compartilham outras culturas.
Real, Fernando Henrique Cardoso, que conquistou a Presidên- Ou seja, há certas características comuns a todos os brasileiros,
cia da República, e foi presidente por dois mandatos, de 1995 a porém, cada povo dentro do Brasil compartilha outras caracte-
1998 e de 1999 a 2002. rísticas particulares. Descomplicando isso tudo, o que se quer

45
CONHECIMENTOS GERAIS
dizer é que paulistas, baianos, cearenses, gaúchos, cariocas, to- queremos dizer com isso? Na verdade, com a globalização, o im-
dos nós somos brasileiros e compartilhamos costumes e valores perialismo cultural que sofríamos da Europa não se findou, mas
comuns como, por exemplo, a nossa receptividade. No entanto, passou a ser um imperialismo oriundo dos EUA. Trocamos, ape-
há características particulares dentro de cada um desses grupos. nas, de metrópole. O mundo todo passou pelo mesmo processo.
Por exemplo: o funk, apesar de ser escutado e dançado em mui-
tas partes do país, é uma particularidade dos imaginários cultu- Cultura brasileira
rais do Rio de Janeiro e de São Paulo.Ainda assim, o mesmo funk, A cultura brasileira é rica e diversa, o que se explica pela
por vezes, tem características diferentes em cada um desses es- formação geográfica e histórica do país. Indígenas, africanos e
tados. Indo direto ao ponto: o Brasil, como o grande país que é, portugueses contribuíram muito para essa construção.
tem uma diversidade cultural tão extensa quanto seu tamanho. A cultura brasileira, assim como a formação étnica do povo
É importante, ou melhor, é imprescindível sabermos a razão brasileiro, é vasta e diversa. Nossos hábitos culturais receberam
dessa diversidade toda. A razão está na formação da nossa cul- elementos e influências de povos indígenas, africanos, portu-
tura, que se divide em quatro momentos. São eles: o período da gueses, espanhóis, italianos e japoneses, entre outros, devido
colonização, o período da independência política do Brasil para à colonização, à imigração e aos povos que já habitavam aqui.
com a sua metrópole, o período da república e o período que São elementos característicos da cultura brasileira a música
vivemos atualmente, o da globalização. popular, a literatura, a culinária, as festas tradicionais nacionais,
Durante a colonização, nossa nação começa a dar os primei- como o Carnaval, e as festas tradicionais locais, como as Cava-
ros passos, pelo menos em termos de formação cultural. Foi nes- lhadas de Pirenópolis, em Goiás, e o Festival de Parintins, no
se momento que houve o primeiro contato de três povos muito Amazonas.
diferentes, responsáveis pelo nosso hibridismo cultural: os euro- A religião, como elemento cultural, também sofreu miscige-
peus, os indígenas e os africanos. É importante lembrar que es- nação, formando o que chamamos de sincretismo religioso. O
ses termos são uma generalização e que eles englobam diversos sincretismo religioso brasileiro reúne elementos do candomblé,
povos africanos e indígenas e, por isso, quando os usamos, não do cristianismo e das religiões indígenas, formando uma concep-
estamos falando de uma unidade cultural oriunda da áfrica e ção religiosa plural.
das tribos que aqui havia, mas de uma pluralidade imensa. Além
disso, quando mencionamos os europeus, estamos falando não Como a cultura brasileira nasceu?
só dos portugueses, mas também de outras nacionalidades que Podemos dizer que os elementos mais antigos da cultura
aqui estiveram por tanto tempo, como os holandeses. O que isso genuinamente brasileira remontam aos povos indígenas que
tudo significa? A nossa cultura já começa sendo formada pela já habitavam o território de nosso país antes da chegada dos
mistura de váaaarias outras. Por isso, hoje, somos um país cheio portugueses em 1500. Donos de uma cultura extensa, os povos
de religiões, estilos musicais, danças… Você não pode deixar de nativos mantinham as suas crenças e praticavam seus elementos
levar isso em consideração caso o tema da redação esteja rela- culturais aliados a um modo de vida simples e em contato com
cionado a isso. a natureza.
O segundo momento que mencionamos, junto ao terceiro, Com a chegada dos portugueses e o início da colonização, a
também é de extrema importância. Na independência do Brasil cultura europeia foi introduzida, à força, nos povos indígenas, e
começamos, timidamente, a buscar a nossa independência cul- as missões da Companhia de Jesus (formadas por padres jesuí-
tural da Europa, já que, desde o século XVI, éramos reproduto- tas) vieram para o Brasil com o intuito de catequizar os índios.
res de tudo o que a nossa metrópole criava. Foi nesse momento No século XVII, devido ao grande número de engenhos de
que o romantismo começou a ser patrocinado aqui no Brasil, cana-de-açúcar, os europeus começaram a capturar e trazer os
como uma tentativa de produção nacional, se tornando o pri- negros africanos, à força, para o Brasil, como escravos. Esses, ti-
meiro passo da nossa emancipação cultural. O terceiro momen- ranicamente escravizados, trouxeram consigo elementos da sua
to, a república, foi um grito de liberdade ainda maior. Na época, cultura e de seus hábitos, como as religiões de matriz africana, a
com tudo o que acontecia dentro e fora do país, a tendência era, sua culinária e seus instrumentos musicais.
cada vez mais, produzir coisas nossas. No século XIX, o Brasil vivenciou mais um processo migra-
Nesse período, surgiu o modernismo, que veio pra mostrar tório composto por trabalhadores italianos que vieram traba-
como é o Brasil e pra provar que o povo brasileiro podia ser lhar nas lavouras de café, quando os primeiros indícios da aboli-
tema da nossa própria arte. (Vale lembrar que, nesse momento, ção da escravatura já apontavam no governo brasileiro. Outros
os Estados Unidos da América já tinham virado o jogo e, assim grandes fluxos migratórios significativos aconteceram durante a
como a Europa, também exportava novidades artísticas, sendo Segunda Guerra Mundial, quando japoneses, alemães e judeus
outro foco do nosso desejo de emancipação.). buscaram refúgio em terras brasileiras.
O quarto momento que temos de analisar é um pouco mais Toda essa vastidão de povos provocou a formação de uma
simples de entendermos, já que está tão próximo de nós: a glo- cultura plural e de culturas diferentes. As diferenças geográficas
balização. Através do avanço dos meios de comunicação, da também contribuíram para que o processo cultural brasileiro se
ampla utilização da internet, de computadores, e a facilidade tornasse plural e diversificado.
com que a informação circula no mundo todo, temos a sensação Se considerarmos como exemplo a música sertaneja de raiz,
de que o mundo está mais dinâmico e próximo. Por conta de encontramos nela elementos que remetem à vida no campo. Já
toda essa facilidade, é comum que haja um diálogo maior entre o funk carioca fala da vida nas favelas, de onde ele surgiu. A
as culturas. Por isso temos a sensação de que nossos valores literatura de cordel, por sua vez, trata de temas recorrentes ao
e costumes são cada vez mais iguais. Porém, as coisas não são sertanejo nordestino, enquanto os elementos da vida gaúcha
assim como imaginamos. Esse diálogo não ocorre de forma ho- tratam da vida dos povos que se estabeleceram no Sul do país,
mogênea, sendo assim, não podemos considerar que a mistura sob influência de alemães e argentinos.
de culturas que a globalização possibilitou foi igualitária. O que

46
CONHECIMENTOS GERAIS
Hábitos e costumes Alguns elementos culturais do século XX também resistem
Os costumes brasileiros são variados. Tratando de termos e colocam-se como fatores que ainda influenciam a cultura bra-
morais, a nossa influência toma como base, principalmente, a sileira atual, como o carnaval, que movimenta grande parte da
moral judaico-cristã. O cristianismo constitui a maior influência população brasileira entre nos meses de fevereiro e março de
para a formação de nosso povo, principalmente pela vertente cada ano.
católica, que compõe o maior grupo religioso brasileiro. Tam-
bém sofremos influências morais de outros povos que vieram Diversidade Cultural no Brasil
para o Brasil por meio dos fluxos migratórios, como os africanos. A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes
A diversidade de hábitos e costumes morais também se deu de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta,
por conta dos regionalismos que foram surgindo ao longo do culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros as-
tempo. Por possuir um território de proporções continentais, o pectos. O Brasil, por conter um extenso território, apresenta di-
Brasil viu, ao longo de sua história, o desenvolvimento de dife- ferenças climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas
rentes vertentes culturais, devido às diferenças geográficas que regiões.
separam o território. Os principais disseminadores da cultura brasileira são os
Pensando em termos culinários (a culinária é um valioso ele- colonizadores europeus, a população indígena e os escravos
mento cultural de um povo), temos pratos típicos e ingredientes africanos. Posteriormente, os imigrantes italianos, japoneses,
que provêm da cultura indígena, dos estados nordestinos e do alemães, poloneses, árabes, entre outros, contribuíram para a
Centro-Oeste brasileiro, por exemplo. Enquanto vatapá e acara- pluralidade cultural do Brasil.
jé são pratos típicos baianos de origem africana, os habitantes Nesse contexto, alguns aspectos culturais das regiões brasi-
do Cerrado consomem pequi, e a culinária tradicional paulista leiras serão abordados.
é fortemente influenciada pela culinária portuguesa e italiana.
Região Nordeste
Influências Entre as manifestações culturais da região estão danças e
• Influência europeia festas como o bumba meu boi, maracatu, caboclinhos, carna-
A cultura europeia é uma das principais fornecedoras de
val, ciranda, coco, terno de zabumba, marujada, reisado, frevo,
elementos culturais para o Brasil. Foram os europeus que mais
cavalhada e capoeira. Algumas manifestações religiosas são a
migraram para o país. Culinária, festas, músicas e literatura fo-
festa de Iemanjá e a lavagem das escadarias do Bonfim. A lite-
ram trazidas para o território brasileiro, fundindo-se com outros
ratura de Cordel é outro elemento forte da cultura nordestina.
elementos de outros povos. Além da cultura popular dos países
O artesanato é representado pelos trabalhos de rendas. Os pra-
europeus, foi trazida também a cultura erudita, marca essencial
tos típicos são: carne de sol, peixes, frutos do mar, buchada de
das elites intelectuais e financeiras europeias.
bode, sarapatel, acarajé, vatapá, cururu, feijão-verde, canjica,
arroz-doce, bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca,
• Influência indígena
broa de milho verde, pamonha, cocada, tapioca, pé de moleque,
Hoje nós consumimos pratos típicos indígenas, além de in-
corporarmos em nosso vocabulário palavras oriundas da família entre tantos outros.
linguística tupi-guarani. Palavras como caju, acerola, guaraná,
mandioca e açaí têm origem indígena, além do hábito alimen- Região Norte
tar que desenvolvemos comendo esses frutos e da mandioca ter A quantidade de eventos culturais do Norte é imensa. As
nascido na cultura indígena antes da chegada dos portugueses. duas maiores festas populares do Norte são o Círio de Nazaré,
em Belém (PA); e o Festival de Parintins, a mais conhecida festa
• Influência africana do boi-bumbá do país, que ocorre em junho, no Amazonas. Ou-
Os africanos trouxeram para o Brasil as suas práticas religiosas tros elementos culturais da região Norte são: o carimbó, o congo
expressas hoje, principalmente, pelo candomblé e pela umbanda, ou congada, a folia de reis e a festa do divino.
que mistura elementos do candomblé com o espiritismo kardecis- A influência indígena é fortíssima na culinária do Norte,
ta. Também trouxeram pratos típicos de suas regiões e desenvolve- baseada na mandioca e em peixes. Outros alimentos típicos do
ram aqui pratos com inspiração naquilo que compunha a culinária povo nortista são: carne de sol, tucupi (caldo da mandioca co-
africana dos locais de onde vieram. Outra marca cultural que her- zida), tacacá (espécie de sopa quente feita com tucupi), jambu
damos dos africanos é a capoeira, praticada até os dias atuais. (um tipo de erva), camarão seco e pimenta-de-cheiro.

Cultura brasileira atual Região Centro-Oeste


Atualmente, a cultura brasileira sofre diversas influências A cultura do Centro-Oeste brasileiro é bem diversificada, re-
além daquelas raízes apontadas no tópico anterior. A cultura cebendo contribuições principalmente dos indígenas, paulistas,
brasileira atual é influenciada fortemente pelos elementos da mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. São manifestações
indústria cultural. Além desses fatores, existem outros oriundos culturais típicas da região: a cavalhada e o fogaréu, no estado de
da cultura produzida nas periferias, que não necessariamente Goiás; e o cururu, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A culi-
são frutos da indústria cultural. nária regional é composta por arroz com pequi, sopa paraguaia,
Hoje, podemos elencar o hip hop e o funk como elementos arroz carreteiro, arroz boliviano, maria-isabel, empadão goiano,
que impulsionam a cultura brasileira atual, para além da cul- pamonha, angu, cural, os peixes do Pantanal - como o pintado,
tura de massa produzida pela indústria cultural. Nesses casos, pacu, dourado, entre outros.
podemos relacionar esses elementos a uma cultura autêntica,
produzida pela periferia e para a periferia, sendo muitas vezes
confundidos com os elementos da indústria cultural ou incorpo-
rado por eles.

47
CONHECIMENTOS GERAIS
Região Sudeste se, ao mesmo tempo em que o criam. Desde 1994, tais eventos
Os principais elementos da cultura regional são: festa do atraíram a atenção de mais de 2 milhões de pessoas, deixando
divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, congada, ca- para trás a percepção tradicional que creditava o interesse pela
valhadas, bumba meu boi, carnaval, peão de boiadeiro, dança linguagem plástica apenas a parcelas eruditas do público. Na
de velhos, batuque, samba de lenço, festa de Iemanjá, folia de realidade, essas mostras de extraordinária beleza e valor trans-
reis, caiapó. formaram-se em manifestações culturais de massa, particular-
A culinária do Sudeste é bem diversificada e apresenta forte mente do público mais jovem, mostrando que o espaço está
influência do índio, do escravo e dos diversos imigrantes euro- aberto para novas iniciativas semelhantes.
peus e asiáticos. Entre os pratos típicos se destacam a moqueca Há, evidentemente, muitas outras manifestações interes-
capixaba, pão de queijo, feijão-tropeiro, carne de porco, feijoa- santes e inovadoras acontecendo na cultura brasileira. Mas o
da, aipim frito, bolinho de bacalhau, picadinho, virado à paulis- que foi dito é suficiente para colocar em discussão um outro
ta, cuscuz paulista, farofa, pizza, etc. aspecto tão importante quanto inovador. Trata-se da questão
do financiamento da cultura.
Região Sul Desde meados de 1995, o Governo Federal vem implemen-
O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugue- tando, na área cultural, uma vigorosa política de parceria entre
ses, espanhóis e, principalmente, alemães e italianos. As festas o Estado brasileiro, os produtores culturais e a iniciativa privada.
típicas são: a Festa da Uva (italiana) e a Oktoberfest (alemã). Tal política se apoia na legislação de incentivo fiscal às ativida-
Também integram a cultura sulista: o fandango de influência des artísticas e culturais e permite, no caso do cinema, que os
portuguesa, a tirana e o anuo de origem espanhola, a festa de investidores privados deduzam 100% do que aplicam e, no caso
Nossa Senhora dos Navegantes, a congada, o boi-de-mamão, a das outras áreas culturais, entre 66 e 76%, dependendo da na-
dança de fitas, boi na vara. Na culinária estão presentes: chur- tureza das empresas, podendo-se chegar aos mesmo 100% para
rasco, chimarrão, camarão, pirão de peixe, marreco assado, bar- o caso das artes cênicas, música erudita e instrumental, livros
reado (cozido de carne em uma panela de barro), vinho. de arte, acervos de museus, itinerância de exposições de artes
plásticas e acervos de bibliotecas públicas. É uma política fiscal
generosa e adequada pois, em função do conhecido déficit fiscal
A partir de meados da década de 90, o Brasil vem conhecen- do Estado brasileiro e das enormes carências de recursos para
do uma extraordinária retomada de suas atividades culturais. O áreas prioritárias, as empresas privadas são convidadas a se as-
cinema foi a primeira área a beneficiar-se disso. O sucesso com sociarem ao Governo Federal e aos produtores culturais para
que foram recebidos pelo público filmes como Carlota Joaquina, garantirem o desenvolvimento da cultura.
O Quatrilho, O Que é Isso Companheiro? e Central do Brasil in- Com efeito, a partir de importantes reformas introduzidas
dica que o cinema brasileiro poderá reconquistar, a curto prazo, em 1995 e 1996 na legislação de incentivo fiscal à cultura, e só
o lugar de destaque que havia alcançado no panorama cultural, a nível federal, onde o incentivo ocorre a partir de deduções
no início dos anos 60, com Terra em Transe e outros filmes. É no Imposto de Renda dos patrocinadores privados, o Governo
um sinal de que a indústria cinematográfica tem futuro no país. atraiu investimentos que ultrapassaram os 180 milhões de reais
Mas o cinema não é o único. Também na área do patrimô- nos dois primeiros anos de governo. E a atual política de finan-
nio artístico e cultural as iniciativas são tantas e tão diferentes, ciamento da cultura está longe de se limitar apenas a estimular
tomadas em distintas esferas de responsabilidade pública, que os investimentos privados na área. O Governo Federal reconhe-
estão a demonstrar que em sociedades como a brasileira, quan- ce que também lhe cabe papel fundamental no financiamento a
do se logra alcançar um estágio razoável de controle da inflação fundo perdido da cultura, particularmente no que diz respeito às
e de estabilidade econômica, a energia social antes empregada atividades que, pela sua natureza, não chegam ou não têm atra-
pela comunidade na luta pela sobrevivência pode ser canalizada tivo no mercado. Por essa razão, pela primeira vez em muitas
também para a preservação das identidades culturais. décadas, aumentou-se em mais de 100% o orçamento do Minis-
O restauro do Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador tério da Cultura de um ano para o outro, fazendo-o passar de R$
(Bahia), a reforma e recuperação da Pinacoteca do Estado e do 104 milhões, em 1995, para R$ 212 milhões, em 1996.
Museu do Ipiranga (São Paulo), a retomada de cuidados com o Além disso, através de suplementações orçamentárias e de
centro histórico do Rio de Janeiro e do centro colonial de cidades um acordo inédito com o BID, ao final de quatro anos, em 1998,
como São Luiz (Maranhão), Ouro Preto e Diamantina (Minas Ge- o Governo Federal aplicou quase 300 milhões de dólares no res-
rais), e Recife e Olinda (Pernambuco), e as celebrações, por todo tauro de sítios históricos e na recuperação de áreas urbanas, em
o País, dos 300 Anos de Zumbi e da Década dos Povos Indígenas, vários estados do País, onde há forte interação entre a cultu-
mostram que, a despeito de avanços que ainda são necessários ra e partes do tecido urbano deteriorado ou em deterioração.
nas áreas econômica e social, às vésperas de celebrarmos os 500 Ainda, através de investimentos diretos, o Ministério da Cultu-
anos do Descobrimento, os brasileiros estão redescobindo a im- ra tem apoiado a recuperação de arquivos públicos, fomentado
portância da sua própria memória histórica e cultural. São sinais produções na área das artes cênicas, estimulado a renovação
de enorme renovação da própria cultura. e a consolidação de orquestras sinfônicas e apoiado a reforma
A retomada cultural no Brasil pode ser percebida também de museus, teatros e espaços culturais de diferentes naturezas.
na música, na literatura e, mais importante ainda, em um ex- São todos sinais de que o Estado e a sociedade percebem, cada
traordinário fenômeno de mídia, que reflete o interesse dos bra- vez mais, a importância da cultura para a qualidade de vida das
sileiros pela produção cultural do País. pessoas.
Certamente, a revalorização das atividades dos museus e Tal política de financiamento é adequada à realidade cultu-
das artes plásticas -com exposições de pintura e escultura de ral brasileira? Para justificá-la, podemos mencionar algumas ra-
artistas como Rodin, Miró, Monet e Maillol, sem esquecer a pró- zões. O Brasil é um país de cultura extremamente rica e diversifi-
pria Bienal de Artes de São Paulo - são reflexos desse interes- cada. A origem dessa característica está no peculiar processo de

48
CONHECIMENTOS GERAIS
formação da sociedade brasileira, que desde o seu nascimento to de coerência e influência recíproca, enfatizado por sua descri-
no século XVI, recolheu a generosa contribuição de povos e et- ção através da analogia com o organismo. Essa mesma analogia
nias tão diferentes quanto os índios autóctones, os portugueses facilitava a apresentação dos povos como indivíduos coletivos,
descobridores, os africanos feitos escravos e, depois, franceses, e a afirmação das identidades nacionais como um processo cor-
espanhóis, holandeses, italianos, japoneses, árabes e tantos ou- respondente à maturação e aperfeiçoamento das capacidades
tros que, como conquistadores ou aventureiros, vieram deixar a singulares de cada indivíduo. Compartilhamento de valores e
sua marca cultural aqui, acrescentando valores novos aos trazi- significados e singularização diante de outros conjuntos da mes-
dos pelos pioneiros desbravadores. ma natureza são assim o verso e o reverso, as duas dimensões
Tudo isso fez da cultura brasileira um formidável e curioso inseparáveis da ideia de cultura.
caleidoscópio, em que se mesclam raças e se misturam múlti- Cabe lembrar que a gênese dessa ideia ocorre num contex-
plas concepções de vida, expressando uma enorme variedade to de conflito, com o significado político de oposição ao império
de influências. O mais interessante, no entanto, é que toda essa napoleônico, apoiado por sua vez no universalismo revolucio-
diversidade não implica, ao contrário do que ocorre em algumas nário da doutrina dos direitos do homem. O potencial agressivo
sociedades, conflitos ou exclusões de qualquer natureza em re- da ideia de cultura nacional não tardou a se manifestar nas lu-
lação ao diferente, isto é, àqueles que expressam identidades tas posteriores à unificação alemã e nas duas guerras mundiais.
culturais distintas. Ao contrário, uma das mais extraordinárias Concomitantemente, os organismos internacionais comprome-
características da cultura brasileira está em seu caráter aco- tidos com esforços de paz, como a Liga das Nações e a ONU,
lhedor e integrador. É um sinal de que, no Brasil, as diferentes através da Unesco, desde cedo se empenharam em promover o
origens do povo brasileiro servem para integrá-lo e não para ex- potencial de tolerância e diálogo presente naquela mesma ideia.
cluí-lo ou dividi-lo. Por outro lado, identidades culturais singularizantes não
Por isso mesmo, é indispensável que a política de finan- tardaram a ser reivindicadas por outros tipos de grupos huma-
ciamento da cultura, no Brasil, seja vigorosa o suficiente para nos, aquém ou além do recorte nacional, com as mesmas osci-
impulsionar o seu desenvolvimento e, ao mesmo tempo, capaz lações entre formas pacíficas e conflitivas de afirmação. Todas
de assegurar a realização plena da riqueza e diversidade forma- essas variações acabaram por dar origem a diferentes mode-
doras da sua matriz. Com efeito, o financiamento da cultura em los de articulação da diversidade cultural no seio dos Estados
países pluriculturais como este tem de ser tarefa de distintas nacionais, desde o que inspirou André Malraux na criação do
fontes de financiamento: o Estado, os produtores culturais e as Ministério da Cultura francês, em que as identidades distintas
empresas privadas. Isso assegura tanto que o interesse público tenderiam a se integrar em níveis sucessivamente ampliados de
seja preservado, através da ação do Estado, como que a socie- perspectiva universalizante, ao modelo multiculturalista de tra-
dade civil possa intervir no processo de criação artística, através dição anglo-saxônica, onde importa antes de tudo um ideal de
de seus projetos e de seus investimentos. “representação federada” dos grupos culturalmente definidos
A política de parceria é o fundamento da atual política cul- em uma arena pública competitiva.
tural que se baseia na essência da cultura brasileira, isto é, a sua Hoje, depois de um longo período em que a célula-mater
riqueza e diversidade. Identidade e diversidade são termos de da identidade social foi a nação, forças centrífugas têm trazido
forte carga emocional e política, que aparentemente apontam para a arena política diversos outros atores. Identidades étnicas,
para campos opostos: o que privilegiar, o idêntico ou o diverso? de gênero, religiosas, sexuais, de idade, de condição social etc.,
Num extremo estaria a ideia, cara à sociedade ocidental moder- entraram na competição pela primazia na definição do lugar do
na, de que todos somos iguais (perante a lei, perante Deus). indivíduo no mundo. Ao lado e frequentemente contra a ação
No outro, a liberdade, igualmente cara, de grupos compar- política institucional, surgiram as ONG’s como expressão mais
tilharem características e valores específicos que os diferen- “pura” da sociedade civil. No Brasil, essa tendência fragmen-
ciam dos demais. Neste embate, o universalismo é acusado de tadora vem sendo temperada pela tradição do Estado central
totalitário e o particularismo de discriminatório e defensor das forte, tradicionalmente visto como árbitro de conflitos entre ci-
desigualdades. O Ministério da Cultura – através da Secretaria dadãos iguais, e que passa a ser visto também como arena onde
da Identidade e Diversidade Cultural e da Fundação Casa de Rui os desiguais podem expressar a sua diversidade. O Ministério da
Barbosa – promoveu, ao longo de 2004, uma série de encontros Cultura é chamado a reconhecer e proteger as culturas contra
para discutir os significados, a história, os dilemas e as implica- forças que as ameaçam por um “neocolonialismo” interno ou
ções político-jurídicas da identidade e da diversidade cultural, externo. Tais identidades culturais se constroem no embate con-
assim como sua relevância e aplicações ao contexto brasileiro. creto dos grupos em sociedade e são cambiantes. Assim como o
O propósito de tais discussões foi lançar alguma luz sobre con- indivíduo é múltiplo e fragmentado em sua psique, ele partilha
ceitos amplamente usados e pouco entendidos e servir como de múltiplas e instáveis identidades sociais, que se reafirmam e
subsídio à tomada de decisões sobre políticas públicas. se redefinem. O grande desafio do Estado nacional e da socieda-
A moderna ideia de cultura está, desde o seu surgimento, de internacional organizada hoje é exercer sua função agrega-
intrinsecamente associada à ideia de diversidade. Produto do dora, favorecendo o diálogo em lugar do conflito, estimulando a
romantismo alemão, ela passou a reunir na mesma noção, des- criatividade de forças centrífugas, sem permitir que o caos aca-
de o início do século XIX, a tradição humanista de cultivo das be por inviabilizar a criação.
realizações superiores do espírito nas artes e ciências e a nova A reivindicação dos direitos do cidadão pode ser percebida
valorização, de raiz iluminista, da diversidade de costumes e como um processo de demanda por direitos universais. Univer-
crenças dos povos como via para o conhecimento do humano. sal no sentido de que tais direitos e os movimentos sociais asso-
O que tornava possível essa aproximação era o fato de ambas ciados com o seu desenvolvimento tendem a reforçar um ideal
as componentes caracterizarem-se pela afirmação de valores e capaz de englobar toda a sociedade. Os direitos civis, políticos e
atribuição de sentido ao mundo. Integrados numa totalidade, sociais foram configurados com base nessa ideia.
costumes coletivos e obras individuais ganhavam um pressupos-

49
CONHECIMENTOS GERAIS
Sua implementação possibilitou uma certa homogeneização LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA: CONTEX-
social, o que está claro, por exemplo, no direito de uma educa- TO HISTÓRICO, PRINCIPAIS AUTORES E OBRAS
ção igual e gratuita para todos. CONTEXTO HISTÓRICO
Entretanto, ao reforçarem um ideal oposto, o universal e
o homogêneo, em vez do particular e do heterogêneo, os mo- O Brasil viveu o desenvolvimento tecnológico há poucas dé-
vimentos sociais mais recentes dizem não ser mais possível um cadas, causando impactos tanto na indústria, quanto política e
sistema jurídico cego a diferenças – étnicas, de cor, de gênero, na sociedade. Nos anos 60 – enquanto J.K. governava -, aconte-
etc. A questão que se coloca para o debate é se a implementa- ceram vários reflexos na sociedade disso, vide a bossa nova, o
ção do direito à diferença representa ou não o antagonismo en- cinema novo, o teatro de Arena, as vanguardas, o movimento da
tre uma cidadania universal-inclusiva e outra particular-plural. Tropicália e o surgimento da televisão.
Nesse sentido, é significativo que a Unesco tenha aprovado Porém, com a crise causada pela renúncia de Jânio Quadros
em 2001 a sua Declaração Universal sobre a Diversidade Cultu- e o golpe militar que depôs João Goulart do poder, o momen-
ral. O documento chama a atenção para algumas questões inte- to de felicidade do país deu origem ao de descontentamento,
ressantes, das quais se destaca, numa reflexão sobre o tema no provocado pela censura e sensação de medo constante, princi-
Brasil, o conteúdo do Artigo 3º: “A diversidade cultural amplia palmente pelo fechamento do Congresso, pelos vários jornais
as possibilidades de escolha que se oferecem a todos: é uma das sendo calados, pela perseguição, pela tortura e pelo exílio de
fontes do desenvolvimento, entendido não somente como cres- intelectuais, políticos e artistas.
cimento econômico, mas também como meio de acesso a uma É nesse momento que a cultura precisou encontrar formas
existência intelectual, afetiva, moral e espiritual satisfatória”. diferentes de se expressar, mesmo que por baixo dos panos.
A diversidade de condições econômicas e sociais entre as Esse também foi o período em que o Brasil conquistou a sua
várias regiões do Brasil, aliada ao peso de um passado histórico terceira vitória na Copa do Mundo, sendo utilizada como moti-
específico está na base da diversidade de suas manifestações vo nacionalista, silenciando a população por um tempo. É nesse
culturais. A circunstância histórica que fez com que em deter- momento que surge o ditado “Brasil – ame-o ou deixe-o”.
minada região tenha havido maior concentração de escravos, No final dos anos 70, o presidente Figueiredo sanciona a
ou de imigrantes ou de populações indígenas só recentemente Lei da Anistia, permitindo a volta dos exilados para o território
contatadas conforma a fisionomia cultural do lugar; bem como nacional. Isso desperta o sentimento de otimismo para aqueles
o isolamento em que se mantiveram localidades distantes do que estavam descontentes com o regime militar da época.
interior foi fundamental para a preservação de usos e falares A ditadura militar, por sua vez, acaba em 1985, e o movi-
antigos e já desaparecidos nas grandes cidades. mento Diretas Já! ganha força em 1989, tendo Fernando Collor
Essas peculiaridades culturais locais conformam identidades de Mello como o novo presidente do Brasil, posteriormente de-
culturais específicas. Elas podem se manifestar tanto nas varia- posto 2 anos depois.
ções de uso da língua portuguesa, quanto na de realizar deter-
minados trabalhos, nos hábitos alimentares, na indumentária, LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA: CARACTERÍSTI-
na maneira de construir as habitações, nas tradições religiosas, CAS
nas festas e nas manifestações artísticas. Produzir o mapa cultu- No geral, a literatura contemporânea procura:
ral do Brasil é localizá-las e identificá-las, estabelecendo a car- Diminuição das fronteiras entre a arte popular e a erudita;
tografia cultural do país em sua diversidade. Ao mesmo tempo, Intertextualidade;
este mapa deve identificar também uma espécie de bacia hidro- Vários estilos de narrativa;
gráfica cultural que ligaria entre si os grupos que compartilham Preocupação com o presente;
características culturais independente de sua localização física. Temas cotidianos;
O Brasil garante em sua constituição de 1988 direitos dife- Metalinguagem;
renciados para as minorias indígenas. De maneira semelhante, Engajamento social;
algumas políticas públicas vêm sendo implementadas com o Novas técnicas de escrita e arte;
objetivo de dar maior projeção social e econômica às minorias Produção de contos e crônicas.
étnicas e de cor. No nosso contexto, coloca-se para discussão: A literatura contemporânea é divida em duas linhas princi-
1. como a implementação desses direitos diferenciados as- pais:
sim como dessas políticas públicas fundamentadas na discrimi-
nação positiva (ou ação afirmativa) são compatíveis com os prin- TRADICIONAL
cípios do universalismo e do individualismo jurídico que definem Autores já consagrados ganham mais destaque ainda, como
o sistema jurídico brasileiro; João Cabral e Drummond, além do destaque para novos artistas,
2. qual a melhor maneira de implementar essas políticas como Dalton Trevisan e Lygia Telles.
sem que grupos sociais fiquem em desvantagem em relação a Esses tinham como linha de escrita o tradicional: regionalis-
outros; mo, intimismo, introspecção e psicológico.
3. quais os impactos que essas políticas virão a ter para a so-
ciedade (países que as adotaram podem servir de exemplo para ALTERNATIVO
o debate). Porém, havia ainda aqueles que queriam romper com o tra-
dicional, trazendo novos estilos ou novas maneiras de exprimir
a arte, principalmente na poesia, na qual os sentimentos que há
muito tempo ficaram oprimidos pela Ditadura ganham espaço,
por exemplo:
Concretismo;
Poema processo;

50
CONHECIMENTOS GERAIS
Poesia social;
Poesia marginal.
CONCRETISMO
Idealizado pelos irmãos Haroldo e Augusto de Campos e Décio Pignatari, esse movimento começou na revista “Noisgrandes”,
porém ganhou destaque somente na Exposição Nacional da Arte Concreta em São Paulo.
No geral, esse tipo de poesia não possui uma forma e nem versos, fugindo do lirismo, como se o poema estivesse sendo feito
em uma tela, podendo ser lido em qualquer direção. Veja um exemplo, abaixo, para compreender melhor:

POESIA PROCESSO
No ano de 1964, Décio Pignatari e Luiz Ângelo Pinto criaram o poema código ou semiótico, geralmente visual, como se fosse um
poema dadaísta, veja exemplo, abaixo:

POESIA SOCIAL
O nome mais conhecido desse tipo de poesia é Ferreira Gullar, que no ano de 1964 sai fora do padrão da poesia concreta e de
forma lírica, impondo o verso com temas de interesse social, principalmente relacionados à Guerra Fria, Corrida Atômica, Neoca-
pitalismo e mais.
Porém, depois do golpe militar, ela é considerada uma poesia de resistência, tendo grandes nomes, como Thiago de Mello,
Affonso Romano de Sant’Ana, Chico Buarque e muito mais.

51
CONHECIMENTOS GERAIS

POESIA MARGINAL
Um exemplo da contracultura no Brasil, durante os tempos “negros” da Ditadura Militar, a poesia marginal vinha com o intuito
de expressar a violência diária e ir contra o conservadorismo da época.
São marcadas principalmente por ironia, sarcasmo, gírias e humor. Os grandes nomes do movimento são Paulo Leminski, Tor-
quato Neto, Chacal e Ana Cristina Cesar.

PROSA NA LITERATURA CONTEMPORÂNEA


Há vários tipos no Brasil que ganham destaque:

ROMANCE REGIONALISTA
Com uma pegada ainda consequente do Romantismo, muitos escritores comentam sobre as zonas rurais e os problemas rela-
cionados. Alguns dos principais escritores e suas obras são:

Mário Palmério – Vila dos Confins;


José Cândido de Carvalho – O Coronel e o Lobisomem;
Antônio Callado – Quarup;
Herberto Sales – Além dos Maribus.

52
CONHECIMENTOS GERAIS
ROMANCE INTIMISTA Esse tipo de literatura é marcado por sequência anormal,
Com linha mais de sondagem do ser humano, os autores relato pessoal, vários flashes, mistura entre poesia e prosa, além
têm uma pegada mais angustiada, com traumas e vários proble- de aparecimento de estados emocionais com frequência.
mas psicológicos que envolvem tanto o campo espiritual, quan- Os nomes mais marcantes são: Dalton Trevisan, Hilda Hist,
to moral e metafísico. Os principais nomes desse estilo são: Luís Vilela, Marcelo Rubens Paiva, Domingos Pellegrini JR., Viní-
Lydia Fagundes Telles – Ciranda de Pedra; cius de Moraes, Rachel de Queiroz, Carlos Drummond de Andra-
Autran Dourado – Ópera dos Mortos; de, Fernando Sabino, Luís Fernando Veríssimo, além de muitos
Lya Luft – Reunião de Família; outros.
Fernando Sabino – O Encontro Marcado;
Chico Buarque – Estorvo. OUTROS ESTILOS
A literatura contemporânea também deu abertura a outros
ROMANCE URBANO/SOCIAL tipos de literatura que envolvem multimodalidades, ou variadas
Mostra os centros urbanos e seus problemas relacionados à formas composicionais, como é o caso de Valêncio Xavier e seu
burguesia, luta do proletariado, violência urbana, solidão e mui- livro Mez da Grippe, no qual o autor narra uma história, valen-
to mais. Os principais nomes são: do-se de vários gêneros textuais para compor o livro, como notí-
José Conde – Um Ramo Para Luísa; cias, entrevistas, poesias e propagandas.
Carlos Heitor Cony – O Ventre;
Dalton Trevisan – Cemitério de Elefantes. A literatura produzida por povos quilombolas e indígenas
também ganha destaque, como é o caso de Daniel Munduruku,
ROMANCE POLÍTICO com Coisas de Índio, e Kaka Werá Jecupé, com A terra dos mil
Depois do fim da Ditadura Militar, vários romances surgi- povos, que revelam outras formas de literatura que já existiam
ram como forma de expressão de tudo que se passou e ficou antes mesmo da colonização no Brasil.
sufocado. Esse tipo de literatura possui algumas classes varia- Carolina de Jesus também inova no cenário literário brasilei-
das, como: ro com Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada lançado em
Paródia histórica com nomes como Ariano Suassuna, com A 1960. O livro abre espaço para a literatura feminista.
Pedra do Reino, e João Ubaldo Ribeiro, com Sargento Getúlio.
Também, o romance reportagem surge, usando a linguagem Arquitetura Brasileira
jornalística para explanar os relatos de tortura, como uma voz A história da arquitetura brasileira é restrita aos cinco sécu-
de denúncia e protesto. Os grandes nomes são: los após a descoberta, pois o período pré-cabralino não temos
Ignácio de Loyola Brandão – Zero, não Verás País Nenhum; como reconstituir.
Roberto Drummond – Sangue de Coca-Cola; A arquitetura indígena é baseada nas convicções mágicas
Rubem Fonseca – O Caso Morel. que tinham tanto para a moradia quanto para o conjunto urba-
O romance policial também ganha destaque com a narrativa no. A disposição geométrica de uma aldeia visa funcionalidade,
urbana, com autores como Marcelo Rubens Paiva, com Bala na mas também é orientada pelo gosto. Uma aldeia circular, com
Agulha, e Rubens Fonseca, com A Grande Arte. orientação norte-sul, tendo como eixo a casa central servindo
O romance histórico também traz à tona histórias com ca- de passagem e como espaço de reuniões, seu conceito é a “al-
racterísticas policiais e políticas. Grandes nomes dessa forma de deia do além” : assim, o arco da existência supera o tempo e
protesto são Ana Miranda, com Boca do Inferno, Fernando Mo- o trânsito terreno em função do infinito. Esta filosofia governa
rais, com Olga, e Rubem Fonseca, com Agosto. os atos de viver, as expressões plásticas e mais ainda a poesia,
Ainda, surge o Realismo fantástico ou Surrealismo, no qual compondo uma cultura bem definida.
alguns escritores tratam da situação do Brasil de modo metafó- Já os portugueses começam da estaca zero, os pioneiros
rico, como Murilo Rubião, com O Pirotécnico Zacarias, J. J. Veiga, improvisavam-se construtores para levantar moradias e en-
com A Hora dos Ruminantes, e Érico Veríssimo, com Incidente trincheiramento a fim de se defenderem dos índios e de outros
em Antares. brancos. Na necessidade da conquista e manutenção do espaço
cria-se um sistema feudal e organizam-se os arraiais, como no
ROMANCE MEMORIALISTA/AUTOBIOGRÁFICO caso de Salvador uma cidade cercada por muros de taipa, essa
Um estilo que ganha força durante os anos 80, misturan- técnica, embora precária quando bem mantida, perpetua-se ao
do-se à autobiografia e às reflexões intelectuais de quem viveu longo dos séculos. Em cada uma das regiões ocupadas recursos
no exílio ou sofreu com torturas durante o Regime Militar. Os locais são utilizados na construção, como a carnaúba no Piauí
nomes mais marcantes são Fernando Gabeira, com O que é isso, que ainda hoje é utilizada.
Companheiro?, Marcelo Rubens Paiva, com Feliz Ano Velho, e Até a primeira metade deste século grande parte das casas
Érico Veríssimo, com Solo de Clarineta I e II. no Recife eram construídas como no século do descobrimento.
A “casa-fortaleza”, como era denominada, utilizava pedra, cal,
ROMANCE EXPERIMENTAL E METALINGUÍSTICO pau-a-pique e era telhada e avarandada. Não se tem amostras
Marcado pela sua estrutura fragmentada e diferente, há mas sabe-se através dos documentos que obedeciam às prescri-
nomes marcantes como Osman Lins, com Avalovara, Ignácio de ções da Coroa ao conceder-se uma sesmaria. Com o crescimento
Loyola Brandão, com Zero, e Ivan Ângelo, com A Festa. das vilas, os construtores começam a procurar materiais mais
resistentes e passam a utilizar a pedra. A primeira obra em pe-
CONTOS E CRÔNICAS dra parece ter sido a torre de Olinda, construída por seu primei-
Nos anos 70, os contos e as crônicas ganham o mundo pela ro donatário (Duarte Coelho).
narrativa mais simples e curta, atendendo à necessidade dos lei-
tores que buscavam algo mais rápido de ser consumido.

53
CONHECIMENTOS GERAIS
A grande produção desta época é de fortalezas e o número te anos, por ocasião da morte do Conde da Barca, responsável
de arquitetos é grande, porém a maioria ocultos. A arquitetura pela vinda de Grandjean. tal fato faz com que o arquiteto passe a
“arte” foi preocupação dos missionários, pois sabiam da impor- dedicar-se a outros projetos, como o edifício da Praça do Comér-
tância da construção das Igrejas na catequese. Esta arquitetura cio, já demolido, a Alfândega, o antigo Mercado da Candelária e
toma vulto com a chegada de Francisco Dias e Luís Dias, assim várias residências, além de ter sido o primeiro professor de ar-
como Grandejean de Montiny, no século XIX e Le Corbusier no quitetura do Brasil. Atuaram também nesta época os arquitetos
século XX. Deve-se notar aqui as conquistas holandesas, os ba- José da Costa e Silva, Manuel da Costa e o Mestre Valentim da
tavos muito produziram com alta qualidade e fazem com que Fonseca e Silva, autor da ornamentação do passeio público do
Recife torne-se a cidade mais importante da colônia, porém não Rio de Janeiro.
se misturam com os produtores da insipiente arte local. É com a Já no começo do século, o Art Nouveau e o Art Deco apa-
ajuda de Pieter Post, arquiteto incluído na expedição de Nassau, recem de forma restrita, principalmente em São Paulo, e seu
que se realizam um conjunto de obras urbanísticas e arquitetô- expoente máximo é Victor Dubugras, que faleceu em 1934. A Se-
nicas notáveis. mana de Arte Moderna de 1922 e a sequente revolução de 1930
É nesta época que o barroco começa a dar sinais de vida, e são a alavanca da arquitetura moderna no Brasil. Já em 1925 o
as Igrejas buscam construir com luxo, enquanto o povo conti- arquiteto Gregori Warchavchik publicou seu Manifesto da Ar-
nuará a viver da maneira mais simples até os anos setecentos. quitetura Funcional. É interessante notar que a Casa Modernista
A prosperidade da arquitetura religiosa deve-se, também, à ins- que Warchavchik construiu em São Paulo, em 1928, é anterior
tituição das Irmandades que construíam suas igrejas, às vezes, à construção da Casa das Rosas, da Av. Paulista. Le Corbusier,
rivalizando com as Ordens. Os artistas eram disputados e razoa- arquiteto modernista francês, visitou o Brasil pela primeira vez
velmente retribuídos. em 1929 e realizou conferências no Rio e em São Paulo; chegou
Nosso barroco floresce de maneira torta e não é compará- a propor um plano de urbanização para o Rio de Janeiro que
vel aos outros movimentos no mundo, pode-se dizer que é mais não foi executado. Provavelmente o seria, não fosse a Revolução
parecido com o alemão do que com o italiano. A arquitetura civil que colocou Getúlio Vargas no poder e Júlio Prestes no exílio.
é inexpressiva e servia, praticamente, a fins religiosos. Quase to- Mas a revolução traz vantagens para a arquitetura: Lúcio Costa
dos os arquitetos brasileiros da primeira metade do século XVIII, torna-se diretor da Escola Nacional de Belas Artes, para onde
constroem igrejas de nave octogonal, a primeira, construída en- chama Warchavchik. Por motivos políticos, sua gestão não dura
tre 1714 e 1730, é a de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, no um ano, mas não sem frutos. Cedo uma nova geração de arqui-
Rio de Janeiro, muito importante por representar uma evolução tetos surgia: Luiz Nunes, os irmãos M.M.M. Roberto, Aldo Garcia
em relação às igrejas portuguesas ou mesmo qualquer igreja da Roza, entre outros.
época. Outras Igrejas brasileiras de plano octogonal são: a igreja Em 1935, é realizado o concurso para o prédio do Minis-
paroquial de Antônio Dias (1727); a Igreja de Santa Efigênia em tério da Educação no Rio de Janeiro, cujo primeiro prêmio foi
Ouro Preto (1727), ambas atribuídas a Manuel Francisco Lisboa, para um projeto puramente acadêmico; porém, por decisão do
pai de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho; igreja do Pilar em Ministro Gustavo Capanema, o projeto passa para as mãos de
Ouro Preto (1720); igreja de São Pedro dos Clérigos de Recife Lúcio Costa, que reúne uma equipe com outros concorrentes,
(1728-1782), de Manoel Ferreira Jácome; igreja da Conceição entre eles Oscar Niemeyer. Le Corbusier faz nova visita ao Brasil
da Praia em Salvador, projetada por Manoel Cardoso Saldanha, para opinar sobre o projeto do concurso e também para discutir
que foi a última de importância construída na Bahia, também a o projeto da Cidade Universitária do Rio de Janeiro. Lúcio Costa
última de plano octogonal a ser erguida, tanto no Brasil quanto deixou, em 1939, a chefia da equipe que construía o Ministério
em Portugal. da Educação e em seu lugar assume Oscar Niemeyer, no início
Na segunda metade do século XVIII, Minas Gerais passa a de uma carreira brilhante, que tem seu apogeu juntamente com
dominar a arquitetura religiosa em igrejas como: o Santuário Lúcio Costa, com a construção de Brasília, vinte anos mais tar-
de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo (1757- de. No mesmo ano de 1939, acontece a Exposição Internacional
1770); a de São Pedro dos Clérigos, em Mariana (1771) e a Cape- de Nova York, onde o Pavilhão do Brasil, obra de Lúcio e Oscar,
la do Rosário de Ouro Preto. Antônio Francisco Lisboa, o Aleija- causa furor.
dinho principal escultor e arquiteto da época deixou vasta obra, A arquitetura brasileira dá sinais de vida mundialmente.
adepto do estilo rococó, soube integrar melhor do que ninguém Niemeyer constrói o conjunto da Pampulha em Belo Horizon-
a arquitetura e a escultura, a decoração rebuscada à sobriedade te durante a prefeitura de Juscelino Kubitschek, que depois o
da arquitetura religiosa portuguesa. Ele modifica a estrutura do leva para Brasília, onde realizará um conjunto de obras notáveis
altar suprimindo o baldaquim ou elevando-o até a abóbada. A juntamente com o plano geral de Lúcio Costa. Oscar Niemeyer
igreja de São Francisco em Ouro Preto foi inteiramente projeta- também esteve à frente da equipe que construiu o parque do
da, construída e decorada por Aleijadinho num espaço de vinte Ibirapuera em São Paulo entre 1951 e 1955. No Ibirapuera, o
e oito anos entre 1766 e 1794, o que explica sua extraordinária paisagismo é de Roberto Burle Marx, que tem vasta obra a ser
unidade. Sua capela-mor é uma das obras mais importantes de apreciada e é o maior expoente dessa arte no país.
Aleijadinho. Em 1954, foi construído o Museu de Arte Moderna do Rio de
A transferência da Corte de Dom João VI para o Brasil provo- Janeiro, de Affonso Eduardo Reidy. Outro arquiteto modernista
ca mudanças sensíveis na arquitetura. Em 1816 chega ao Rio de de grande importância é Villanova Artigas, autor, entre outras
Janeiro a chamada Missão Francesa incumbida, por Dom João, obras, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universida-
da educação artística do povo brasileiro. Liderada por Lebreton, de de São Paulo. Artigas, que esteve exilado por causa do regime
a missão trouxe como arquiteto Auguste-Henri-Victor Grandjean militar, quando retornou ao Brasil, viu-se obrigado a fazer uma
de Montigny (1776-1850), que introduziu o Neoclassicismo e fez prova de admissão para poder lecionar na faculdade que ele
adeptos. A primeira obra, que foi encomendada a ele, foi a da mesmo projetara, prova que ficou registrada em forma de livro.
Academia de Belas-Artes, edifício cujas obras paralisadas duran-

54
CONHECIMENTOS GERAIS
Não é possível, neste breve esforço, abranger toda a produ- Os 7 principais artistas:
ção arquitetônica contemporânea, porém não podemos deixar 1. Henri Matisse (1869 – 1954), Le Cateau-Cambrésis, França
de citar aqui a grande obra de Lina Bo Bardi, mulher de Pietro
Maria Bardi, autora de projetos como o do SESC Pompeia, em
São Paulo ou o do MASP (Museu de Arte de São Paulo), cuja
arrojada estrutura foi uma imposição do terreno. O projeto de-
veria conservar o antigo belvedere, e a solução encontrada por
Lina foi construir um prédio sustentado apenas por quatro pi-
lares nas extremidades do terreno, uma vez que o túnel da Av.
9 de julho, que passa por baixo do terreno, não permitia outra
conformação. O resultado é uma grande caixa de vidro suspen-
sa, envolta em dois pórticos, formados pelos pilares somados
às vigas de sustentação da cobertura. Seu vão livre, de setenta
e dois metros em concreto protendido, é uma aventura a ser
apreciada.

Principais Movimentos Artísticos do Século XX


O século XX é marcado por profundas mudanças históricas,
as quais afetaram drasticamente o comportamento político-
-social do nosso tempo. Foi onde acentuaram-se as diferenças
entre a alta burguesia e o proletariado, dando maior força ao
capitalismo e fazendo surgir os primeiros movimentos sindicais,
como algumas das consequências do Pós Guerra.
Mediante todo o acúmulo de acontecimentos pertencentes
à esse período, cheio de contradições e complexidades, é possí-
vel encontrar um terreno farto para a criação de novos concei-
tos no campo das artes.
Assim, os movimentos e as tendências artísticas, tais como
o Expressionismo, o Fauvismo, o Cubismo, o Futurismo, o Abs-
tracionismo, o Dadaísmo, o Surrealismo, a Op-art e a Pop-art
expressam, de um modo ou de outro, a perplexidade do homem
contemporâneo.
O Expressionismo surge como uma reação ao Impressionis-
mo, pois no primeiro, a preocupação está em expressar as emo-
ções humanas, transparecendo em linhas e cores vibrantes os
sentimentos e angústias do homem moderno. Enquanto que no
Impressionismo, o enfoque resumia-se na busca pela sensação Henri-Émile-Benoît Matisse, conhecido por seu uso da cor e
de luz e sombra. sua arte de desenhar, fluida e original. Foi um desenhista, gravu-
O Fauvismo foi um movimento que teve basicamente dois rista e escultor, mas é principalmente conhecido como um pintor.
princípios: a simplificação das formas das figuras e o emprego Matisse é considerado, juntamente a Picasso e Marcel Duchamp,
das cores puras, sem mistura. As figuras não são representadas como um dos três artistas seminais do século XX, responsável por
tal qual a forma real, ao passo que as cores são usadas da manei- uma evolução significativa na pintura e na escultura.
ra que saem do tubo de tinta.O nome deriva de ‘fauves’ (feras,
no francês), devido a agressividade no emprego das cores. 2. Andre Derain (1880 – 1954), Chatou, França

55
CONHECIMENTOS GERAIS
4. Raoul Dufy (1877 – 1953), Le Havre, França

Foi um pintor totalmente autodidata, começou a pintar com


quinze anos. Se encontrou com Matisse e depois com Vlaminck
em 1900, pintaram juntos e desenvolveram suas ideias com a
cor em suas obras de arte.

3. Maurice de Vlaminck (1876 – 1958) Paris, França

Foi um pintor, desenhista, gravador, ceramista, ilustrador


de tecidos, de tapeçarias e de móveis, decorador de interiores,
espaços públicos e teatro francês. Impressionista a princípio,
evoluiu gradativamente para o fauvismo, depois de travar con-
tato com Henri Matisse.

5. Jean Puy (1876 – 1960) Roanne, França

Nasceu em Paris, em uma família de músicos. Foi o mais au-


têntico fauvista, dizia: “Quero incendiar a Escola de Belas Artes
com meus vermelhos e azuis”. Trabalhou com André Derain em
um estúdio que mantinham juntos.

56
CONHECIMENTOS GERAIS
7. Georges Rouault (1851 – 1958) Paris, França

Foi um pintor fauvista, conhecido como um dos principais


intervenientes deste movimento artístico, surgido em 1905. Puy
é igualmente lembrado como sendo um dos primeiros fauvistas,
já que participou na escandalosa exposição no Salon d’Automne,
junto a Henri Matisse, Henri Manguin, George Rouault e Derain.

6. Albert Marquet (1875 – 1947), Bordéus, França

Era um artista francês cujo trabalho unia o fauvismo e o ex-


pressionismo. Influenciado por Henri Matisse e André Derain,
Rouault extraiu de seu fervor espiritual e conhecimento de vi-
trais medievais a capacidade para produzir retratos ressonantes,
paisagens, cenas religiosas e naturezas-mortas.
Principais características do fauvismo
Uso de cores intensas como: roxo, verde, amarelo, azul e
vermelho;
- Busca de estabelecer harmonia, tranquilidade, pureza e
equilíbrio nas obras de arte;
- Uso de formatos planos, grandes, simples e com traços lar-
gos;
- Intenção de demonstrar sentimentos nas obras;
- Temas preferidos: cenas urbanas e rurais, retratos, am-
bientes internos, nus e cenas ao ar livre.
Realizou diversas exposições no Salon des Indépendants, No Cubismo podemos observar a mesma despreocupação
não tendo vendido quaisquer obras. Todavia, consolidou a sua em representar realisticamente as formas de um objeto, porém
carreira artística e ganho reconhecimento entre a aristocracia aqui, a intenção era representar um mesmo objeto visto de vá-
parisiense. rios ângulos, em um único plano. Com o tempo, o Cubismo evo-
A maioria das suas obras, datadas deste período, seguiam luiu em duas grandes tendências chamadas Cubismo Analítico e
uma linha impressionista, na qual provou o seu controlo do de- Cubismo Sintético. O movimento teve o seu melhor momento
senho e testou a distribuição da luz pela tela. Embora sendo fau- entre 1907 e 1914, e mudou para sempre a forma de ver a rea-
vista, Marquet não utilizava cores tão violentas ou brilhantes, lidade.
usando e abusando dos cinzentos e do branco.

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CONHECIMENTOS GERAIS
Artistas que fizeram parte do cubismo 2. Georges Braque, 1882 – 1963, Argenteuil, França

1. Pablo Picasso, 1881-1973, Málaga, Espanha

Pablo Ruiz Picasso foi um pintor espanhol, escultor, cera-


mista, cenógrafo, poeta e dramaturgo que passou a maior parte
da sua vida adulta na França.

A maior figura da pintura moderna espanhola, Picasso é


classificado como um dos principais pintores do século XX e, pro-
vavelmente, um dos artistas mais influentes na história da arte.

Foi um pintor e escultor francês, que fundou o cubismo com


Pablo Picasso. Braque iniciou a sua ligação às cores na empresa
de pintura decorativa de seu pai.

3. Albert Gleizes, 1881-1953, Paris, França

Rejeitou a visão de Matisse sobre a importância e o papel


primário da cor; e concentrou-se em outras representações pic-
tóricas de retratar a forma e o espaço. Isto levou-o, em associa-
ção com Georges Braque, a desenvolver um movimento cubista
inteiramente novo, que rapidamente se tornou a vanguarda da
arte moderna.

58
CONHECIMENTOS GERAIS

Foi um artista francês, teórico, filósofo, fundador auto-proclamado do cubismo. Começou a pintar mais metodicamente duran-
te o serviço militar. Nessa época, seus principais temas voltaram-se para questões sociais e misteriosas cenas noturnas.
Ao conhecer Picasso, interessou-se pelo movimento cubista e publicou, com Jean Metzinger, o primeiro tratado sobre o Cubis-
mo, 1912. A partir da Primeira Guerra Mundial, sua produção tornou-se mais abstrata.

4. Fernand Léger, 1881 – 1955, Argentan, França

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CONHECIMENTOS GERAIS

Jules-Fernand-Henri Léger foi um pintor francês que se distinguiu como pintor e desenhador cubista, autor de muitas litografias.

5. Tarsila do Amaral, 1886 – 1973, Capivari, São Paulo

Foi uma pintora e desenhista brasileira e uma das figuras centrais da pintura e da primeira fase do movimento modernista no
Brasil, ao lado de Anita Malfatti. Em 1922, introduziu o cubismo no Brasil com suas formas geométricas representadas, na maioria
das vezes, por cubos e cilindros. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas.
O Futurismo abrange sua criação em expressar o real, assinalando a velocidade exposta pelas figuras em movimento no espaço.
Foi um movimento que desenvolveu-se em todas as artes e exerceu influência sobre vários artistas que, posteriormente, criaram
outros movimentos de arte moderna. Repercutiu principalmente na França e na Itália, onde diversos artistas se identificaram com
o fascismo nascente.

60
CONHECIMENTOS GERAIS
Artistas futuristas 3. Carlo Carrá, 1881-1966, Quargnento, Itália
1. Umberto Boccioni, 1882-1916, Régio da Calábria, Itália

O pintor assinou o primeiro manifesto futurista. Participou


em diversas edições da Bienal de Arte de São Paulo, iniciou seus
primeiros estudos e esboços de Ritmo dos Objetos e Trens, por
definição suas obras mais futuristas. Entrou em contato com o
Foi um pintor e escultor, contribui muito para levar a polê- cubismo junto com outros futuristas, mas em 1915 rompe com
mica “anticultural” do futurismo no âmbito das artes plásticas. o movimento, juntou-se a De Chirico e realizou sua primeira pin-
A sensação dinâmica é o principal valor de sua arte, ação que se tura metafísica.
traduz na pintura pela prática das técnicas neo-impressionistas,
associadas aos princípios do Cubismo. No campo da escultura 4. Giacomo Balla, 1871-1958
procurou solucionar todos os aspectos da forma dinâmica na lin-
guagem tridimensional, estudou de forma intensiva o movimen-
to dinâmico de um corpo humano no espaço.

2. Luigi Russolo, 1885-1947, Portogruaro, Itália

Em 1910 declarou publicamente sua filiação ao movimento


futurista do qual se afastou em 1931. O pintor e escultor italiano
durante a sua obra tentou endeusar os novos avanços científicos
e técnicos por meio de representações totalmente desnaturali-
zadas, sem chegar a uma total abstracção. Mesmo assim, mos-
Foi um pintor e compositor italiano, futurista e o autor da trou grande preocupação com o dinamismo das formas, com a
L’Arte dei Rumori e Música Futurista. Acreditava que a vida con- situação da luz e a integração do espectro cromático.
temporânea era demasiado ruidosa e que os ruídos deveriam O abstracionismo é a arte que se opõe à arte figurativa ou
ser utilizados para música. objetiva. A principal característica da pintura abstrata é a ausên-
cia de relação imediata entre suas formas e cores e as formas e
cores de um ser. A pintura abstrata é uma manifestação artística
que despreza completamente a simples cópia das formas natu-
rais.

61
CONHECIMENTOS GERAIS
Artistas brasileiros de arte abstrata
No Brasil, a arte abstrata ganhou força a partir da I Bienal de
São Paulo (1951). Entre os artistas brasileiros de arte abstrata,
podemos destacar:

1. Antônio Bandeira, 1922 – 1967, Fortaleza, Ceará

Foi um pintor, desenhista, professor e gravador brasileiro.


A obra de Ivan Serpa, desde o início de sua carreira, oscilou en-
tre o figurativismo e a arte concreta. Recebeu vários prêmios
no Brasil e participou de várias bienais realizadas em São Paulo,
além de Veneza (1952, 1954 e 1962) e Zurique (1960), quando
foi igualmente premiado.
Entre o final dos anos 50 e começo dos anos 60, seu trabalho
ganhou novos contornos, passando a incorporar elementos me-
nos determinados como gestos, manchas e respingos de tinta.
Em 1960, influenciado pelo desenho infantil, construiu imagens
entre a abstração e a figuração.

3. Iberê Camargo, 1914 – 1994, Restinga Seca, Rio Grande


do Sul

É um dos mais valorizados pintores brasileiros e tem obras


nas maiores coleções particulares em museus do Brasil e do
mundo. Com Aldemir Martins, Inimá de Paula e outros, fez parte
do Movimento Modernista de Fortaleza, nos anos 1940.
Renomado mestre da pintura abstrata brasileira — e tam-
bém mestre das aquarelas —, viveu grande parte de sua vida na
França. Conviveu com os pintores da tradicional École de Paris,
integrando-se a eles plenamente até seu retorno ao Brasil em
1960.

2. Ivan Serpa, 1923 – 1973, Rio de Janeiro

Foi um pintor, gravurista e professor brasileiro; uma grande


referência para a arte gaúcha e brasileira, em geral.

62
CONHECIMENTOS GERAIS
Embora Camargo tenha estudado com figuras marcantes re- Artistas do dadaísmo
presentativas de variadas correntes estéticas e formas de vista, 1. Hugo Ball, 1886-1927, Pirmasens, Alemanha
não se pode afirmar que tenha se filiado a alguma. Suas obras
estiveram presentes, e sempre reapresentadas, em grandes ex-
posições pelo mundo inteiro, como na Bienal de São Paulo e na
Bienal de Veneza.
O pintor matou a tiros o engenheiro Sérgio Alexandre Es-
teves Areal, de 32 anos. Uma versão diz que o homem discu-
tia com uma mulher quando Camargo se intrometeu. Após uma
luta, o pintor teria atirado no engenheiro. Segundo a Fundação
Iberê Camargo, ele passou um mês preso e foi absolvido por le-
gítima defesa. Ao ser absolvido, em 1982, ele volta a viver em
Porto Alegre. A pintura que começa a fazer depois ganha tom
dramático. A princípio, insere figuras humanas que convivem,
em grandes telas, com signos mais corriqueiros de sua obra. Ele
se retrata em meio a carretéis e cubos.
Foi um poeta, escritor e filósofo alemão. Foi um dos principais
4. Manabu Mabe, 1924 – 1997, Kumamoto artistas do Dadaísmo e escreveu o Manifesto Dadaísta, sendo con-
siderado por muitos teóricos o inventor da poesia fonética.

2. Marcel Duchamp, 1887 – 1968, Blainville-Crevon, França

Foi um pintor, escultor, poeta francês e um dos precursores


da arte conceitual. Cidadão dos Estados Unidos a partir de 1955,
e inventor dos ready made.
Seu modo de vida boêmio e paixão pelos jogos de xadrez, dos
quais participou em torneios, podem ser vistos ao longo de sua
carreira artística, na qual temos obras de inspiração romântica, ex-
pressionista, até mesmo de natureza cubista e futurista. Além dis-
so, era contra a “arte retiniana”, ou seja, aquela que agrada à vista.

3. Hans Arp, 1886 – 1966, Estrasburgo, França

No Dadaísmo, podemos encontrar um movimento que


abrange a arte em todos os seus campos, pois não foi apenas
uma corrente artística, mas sim, um verdadeiro movimento li-
terário, musical, filosófico e até mesmo político. Embora a pala-
vra dada em francês signifique cavalo de madeira, sua utilização
marca o non-sense ou falta de sentido que pode ter a linguagem
(como na fala de um bebê). A princípio, o movimento não envol-
veu uma estética específica, mas talvez as principais expressões
do Dadaísmo tenham sido o poema aleatório e o ready-made.
O intuito deste movimento era mais de protestar contra os
estragos trazidos da guerra, denunciando de forma irônica toda
aquela loucura que estava acontecendo. Sendo a negação total
da cultura, o Dadaísmo defende o absurdo, a incoerência, a de-
sordem, o caos.

63
CONHECIMENTOS GERAIS
Figura marcante no cenário das Vanguardas Europeias, par- consequência lógica das demonstrações usuais e sim automati-
ticipou do Grupo Cavaleiro Azul, foi importante artista dadaísta, camente. Técnicas como a escrita automática da literatura, da
surrealista e ligado ao abstracionismo. colagem e a decalcomania, em relação às artes plásticas, torna-
Pintor, escultor, artista gráfico e poeta, Hans Arp buscou em ram-se muito populares entre os surrealistas que as utilizavam
sua arte a simplicidade e a pureza das formas. Um dos pioneiros na produção dos seus jogos de associação livre de sentidos.
da Arte Abstrata, já não se preocupava com a expressão plástica
do ser e do objeto, mas com a “forma pela forma”. Artistas do surrealismo
1. Salvador Dalí, (1904-1986)
4. Raoul Hausmann, 1886 – 1971, Viena, Áustria

1. Salvador Dalí, (1904-1986)

Salvador Dalí, foi um importante pintor catalão, conhecido


pelo seu trabalho surrealista. O trabalho de Dalí chama a aten-
Foi um artista plástico, poeta e romancista austríaco. Com o ção pela incrível combinação de imagens bizarras, oníricas, com
pseudônimo Der Dadasophe exerceu um destacado papel como excelente qualidade plástica. Dalí foi influenciado pelos mestres
dadaísta, participando dos grupos de Zurique e posteriormen- do classicismo. O seu trabalho mais conhecido, A Persistência da
te de Berlim. Foi crítico às instituições da Alemanha durante os Memória, foi concluído em 1931.
anos transcorridos entre as duas guerras mundiais. Salvador Dalí teve também trabalhos artísticos no cinema,
O Surrealismo foi um movimento artístico e literário surgido escultura, e fotografia. Ele colaborou com a Walt Disney no curta
primeiramente em Paris nos anos 20, inserido no contexto das de animação Destino, que foi Lançado postumamente em 2003
vanguardas que viriam a definir o modernismo no período entre e, ao lado de Alfred Hitchcock, no filme Spellbound. Também foi
as duas Grandes Guerras Mundiais. autor de poemas dentro da mesma linha surrealista.
A priori, a característica deste movimento era unir uma
combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do in-
consciente. Segundo os surrealistas, a arte deve se libertar das
exigências da lógica e da razão e ir além da consciência cotidia-
na, buscando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos.
O surrealismo é também uma espécie de mecanismo que
não se limita a transcrever passivamente o sonho e sim desco-
brir um modo de acionar o inconsciente mediante ao “automa-
tismo psíquico”. Dessa maneira, uma ideia segue a outra sem a

64
CONHECIMENTOS GERAIS
2. Max Ernst, (1891-1976) Esse importante artista surrealista, que está na origem do
Expressionismo Abstrato norte-americano, dedicou toda a sua
vida à arte, salvo nos anos que se seguiram à guerra, quando,
gravemente ferido e após longa estadia em hospitais, viu-se em
dificuldades financeiras e passou a trabalhar em outras ativida-
des.

Os maiores escritores brasileiros de todos os tempos


Aqui listamos alguns dos escritores brasileiros indispensá-
veis. São nomes que mudaram a literatura nacional, que todo
mundo já ouviu falar (mas nem todo mundo leu). Se você quer
ter uma boa ideia da literatura brasileira essencial, pode come-
çar por aqui.

Monteiro Lobato (1882-1948)

Max Ernst foi um pintor alemão, naturalizado norte-ameri-


cano e depois francês. Também praticou a poesia. Em 1914 Ernst
veio a conhecer o surrealismo através de um grande pintor sur-
realista, Jean Arp, pelo qual manteve a amizade pela vida inteira.

3. René Magritte, (1898-1967)

Um dos primeiros escritores brasileiros e latino-americanos


a escrever para crianças. Também foi precursor dos editores no
Brasil, numa época em que os livros eram feitos apenas no ex-
terior.
Além dos livros infantis que incluem os personagens de mui-
to sucesso do Sítio do Pica-Pau Amarelo, Lobato também escre-
René François Ghislain Magritte foi um dos principais ar- veu contos, e um único romance, polêmico, em 1926, chamado
tistas surrealistas belgas, ao lado de Paul Delvaux. Ele nasceu O Choque das Raças.
na Bélgica e depois de frequentar a escola de arte em Bruxelas,
trabalhou com publicidade para se sustentar enquanto experi- José de Alencar (1829-1877)
mentava a sua pintura.

4. André Masson, (1896-1987)

65
CONHECIMENTOS GERAIS
José de Alencar inaugurou o que é chamado de romance de Machado de Assis (1839-1908)
temática nacional. Formou em direito, mas sua paixão sempre
foi a escrita e depois do sucesso de O Guarani (1857), investiu
ainda mais na sua carreira, depois mesclando-a com a política.
Escreveu romances, contos, crônicas, peças de teatro e a sua
própria autobiografia.

Cecília Meireles (1901-1964)

O nome brasileiro mais reconhecido no exterior, traduzido


para inúmeras línguas, estudado e aclamado pôr mais de um sé-
culo. Machado de Assis foi o primeiro presidente da Academia
Brasileira de Letras e sua obra Dom Casmurro (1899) é leitura
obrigatória para qualquer pessoa que queira conhecer a litera-
tura nacional.
A primeira escritora brasileira a se tornar realmente famo-
sa no meio literário. Assinando mais de cinquenta obras, Cecília Clarice Lispector (1920-1977)
estreou no mundo editoral com apenas dezoito anos de idade
com a obra Espectros (1919). Poemas, romances, livros infantis
e textos jornalísticos estão no currículo premiado da autora.

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)

A profundidade e sentimentalismo da obra de Clarice Lis-


pector faz dela um dos nomes mais adorados por jovens bra-
sileiros de várias gerações. Nascida na Ucrânia e naturalizada
brasileira, Clarice escreveu poemas, romances, matérias para
A poesia de Drummond é conhecida no mundo inteiro e jornal e livros infantis.
considerada a maior influência para este gênero literário no Bra-
sil. Versos soltos, palavras simples e uma extensa obra, sendo
a mais renomada A Rosa do Povo (1945) fazem dele um nome
sempre lembrado entre os clássicos escritores nacionais.

66
CONHECIMENTOS GERAIS
João Cabral de Melo Neto (1920-1999) “Todos esses que aí estão atravancando meu caminho: eles
passarão, eu passarinho”, quem nunca ouviu esses famosos ver-
sos? O autor de tamanha delicadeza foi Mario Quintana, um po-
eta gaúcho que foi também jornalista e tradutor.
Dono de uma linguagem simples e singela, que promove
enorme identificação no leitor, Quintana é tido como um dos
maiores poetas do século XX.

Guimarães Rosa (1908-1967)

Um dos maiores nomes da Geração de 45, João Cabral de


Melo Neto é autor do clássico poema dramático Morte e Vida
Severina (1955). Com obras marcadas por uma rigidez formal,
seus versos bebem muito da cultura popular e fazem uso de uma
série de imagens surrealistas.

Graciliano Ramos (1892-1953)

O livro épico mais famoso do Brasil, Grande Sertão Veredas


saiu da cabeça e mãos desse médico mineiro que sabia falar mais
de nove idiomas. Depois de longos anos em carreira diplomática
em nome do país, Guimarães passou a se dedicar a escrita e foi
sucesso absoluto desde a primeira publicação.

Os autores brasileiros contemporâneos consagrados


Aqui selecionamos alguns dos nomes mais reconhecidos do
mundo editorial brasileiro, que ainda estão em plena atividade,
lançando novos livros, trabalhando em atividades jornalística e
outras coisas. São pessoas que fizeram e ainda fazem muito pela
literatura nacional.

O prosador mais importante da segunda metade do moder- Ruth Rocha (1931)


nismo brasileiro, com a publicação de Vidas Secas (1938) o autor
alagoano entrou de vez para o hall da fama da literatura nacio-
nal. Com mais de vinte obras publicadas, Graciliano é um autor
para não perder de vista quando falamos em literatura clássica
brasileira.

Mario Quintana (1906-1994)

O nome feminino mais conhecido da literatura infantil. Seu


maior clássico, Marcelo, Marmelo, Martelo, já vendeu mais de
um milhão de cópias. A escritora já venceu o Prêmio Jabuti qua-
tro vezes e continua criando histórias que marcam gerações e
mais gerações de crianças brasileiras.

67
CONHECIMENTOS GERAIS
Luis Fernando Veríssimo (1936) Chico é mais conhecido pelo seu trabalho na música, mas
também é um grande autor, tendo escrito oito livros, além de
peças de teatro e romance. O autor já conquistou três prêmios
Jabuti com os seus romances e diversos outros prêmios nacio-
nais e internacionais.

BANDEIRA NACIONAL

Mais de sessenta títulos estão no currículo deste que é um


dos escritores contemporâneos mais renomados do país. Seu ta-
lento para a escrita criativa, especialmente voltada para o coti-
diano (contos) já lhe rendeu dois Prêmios Jabuti.

Ana Maria Machado (1941)

A Bandeira Nacionalfoi instituída no dia 19 de novembro de


1889, 4 dias depois da Proclamação da República. É o resultado
de uma adaptação na tradicional Bandeira do Império Brasileiro,
onde o escudo Imperial português dentro do losango amarelo
foi substituído por um círculo azul com estrelas na cor branca. A
esfera azul de nossa bandeirarepresenta nosso céu estrelado, ao
centro com a frase “Ordem e Progresso”. São 27 estrelas, repre-
sentando os 26 estados e o Distrito Federal. O losango amare-
lo ao centro representa o ouro e o retângulo verde, representa
nossas matas e florestas.

No dia 19 de novembro comemora-se o dia da bandeira.

ARMAS NACIONAIS
Outra gigante da literatura infantil, também premiada, tra-
duzida para várias línguas e membro da Academia Brasileira de
Letras. Fundou a primeira livraria voltada para livros infantis do
Brasil e possui mais de cem livros publicados.

Chico Buarque de Holanda (1944)

68
CONHECIMENTOS GERAIS
SELO NACIONAL Aspectos Políticos
À nível de Brasil, o Rio Grande do Sul situa-se na Região Sul
do País.

Consequências do processo de urbanização


O processo de urbanização, além de ocorrer de forma desi-
gual, não só no Brasil mas em diversas partes do mundo, dá-se
de forma desordenada, apontando então a falta de planejamen-
to. Isso acarreta diversos problemas urbanos de ordem social e
ambiental. São alguns deles:
Favelização: A falta de planejamento e de políticas públi-
cas faz com que muitas pessoas (ao dirigirem-se às cidades e
não encontrar locais para abrigarem-se) ocupem áreas terrenas, Herdeira de um padrão de colonização baseado em peque-
muitas vezes em áreas de risco. A favelização é uma consequên- nas propriedades voltadas para os mercados internos, a Região
cia do inchaço urbano e da ocupação desordenada das cidades. Sul atualmente se destaca na produção industrial e agrícola e
Excesso de lixo: Visivelmente, onde há maior concentra- apresenta indicadores sociais acima da média nacional.
ção de pessoas, há também maior produção de lixo. O aumen- → Domínios naturais: Entre os aspectos naturais da Região
to do número de habitantes nas grandes cidades fez com que Sul destacam-se o clima subtropical, o relevo predominante-
houvesse maior produção de lixo, que, por vezes, é descartado mente planáltico e a presença de formações vegetais caracterís-
de maneira incorreta, provocando outros problemas urbanos e ticas, como a Mata das Araucárias e as Pradarias.
também problemas ambientais. Segundo o IBGE, no Brasil, cerca → Ocupação territorial: Iniciada pelos portugueses no sé-
de 50% do lixo gerado é depositado em locais incorretos, a céu culo XVII, a colonização da Região Sul ganhou impulso no século
aberto. XIX, quando se estabeleceram os principais núcleos de povoa-
Poluição: A questão da poluição pode ter diversas nature- mento fundados por imigrantes europeus.
zas. As grandes cidades concentram, além de um elevado nú- → Dinâmica e diversificação econômica: Na Região Sul, os
mero de habitantes, também um grande número de indústrias e ramos industriais que mais se desenvolveram utilizam como
automóveis, que, diariamente, emitem diversos gases poluentes matéria-prima os produtos da Agropecuária. Porto Alegre e
à atmosfera, causando poluição do ar. A poluição sonora e vi- Curitiba, porém, destacam-se pela diversidade de seus parques
sual também é um grande problema vivido nos centros urbanos, industriais, que incluem também os setores metalúrgico e auto-
comprometendo o bem-estar da população. mobilístico.
Violência: Processos como a marginalização da população
por meio da favelização ou da ocupação desordenada contri- A diversificação em diferentes setores econômicos acarre-
buem para o aumento da violência. O inchaço das cidades asso- tou transformações sociais na Região Sul. A modernização da
ciado à incapacidade de abrigar toda a população, às condições agricultura e o fortalecimento da agroindústria aceleraram o
insalubres de moradia e à falta de políticas públicas que aten- êxodo rural, aumentando a migração para outros estados e a
dam essa parcela da população tem como consequência direta o ocupação de áreas urbanas.
aumento da criminalidade. → Distribuição de renda: A Região Sul apresenta distribui-
Inundações: O processo de urbanização está atrelado a di- ção de renda menos desigual que a média do Brasil. Enquanto a
versas questões, como o aumento da produção de lixo associado parcela da população com rendimento mensal de até um salário
à impermeabilização do solo. O asfaltamento das cidades e o mínimo é de aproximadamente 5,8% menor que a nacional, os
mau planejamento prejudicam o escoamento das águas, provo- percentuais das outras classes de rendimento dessa região são
cando inundações. maiores do que os brasileiros.

Essa distribuição de renda da população é similar à da Re-


gião Sudeste. Aproximadamente um quarto das pessoas possui
rendimento mensal entre um e dois salários mínimos.

69
CONHECIMENTOS GERAIS
→ Distribuição populacional: A distribuição populacional da Durante o Estado Novo (1937 a 1946), Getúlio Vargas sus-
Região Sul é a mais homogênea do País devido à área reduzida pendeu o uso dos símbolos estaduais e municipais, incluindo
dessa região e à sua ocupação em pequenas propriedades com bandeiras e brasões. O restabelecimento viria somente em 5 de
produções diversificadas, o que pode ser relacionado com o pro- janeiro de 1966 pela lei nº 5.213.
cesso de ocupação e desenvolvimento de núcleos populacionais Não há um consenso sobre o que representam as cores da
no interior dos estados. bandeira rio-grandense. Uma versão, possivelmente mais próxi-
A população é bem distribuída no território e a estrutura fun- ma da real, diz que a faixa verde significa a mata dos pampas, a
diária é a menos desigual do País. As terras parceladas em peque- vermelha simboliza o ideal revolucionário e a coragem do povo,
nas propriedades são características da agricultura familiar. e a amarela representa as riquezas nacionais do território gaú-
cho.
No tocante ao Rio Grande do Sul, a repartição constitucional Algumas fontes, entretanto, alegam que as cores expressa-
dos três poderes, no respectivo Estado, tem o Poder Executivo riam o auriverde do Brasil separado pelo vermelho da guerra.
representado pelo Governador, Eduardo Figueiredo Cavalheiro Outras mencionam que o vermelho seria o ideal republicano.
Leite. Sua sede é o Palácio Piratini, que desde 1921, faz-se a sede
do governo gaúcho. Brasão
O Poder legislativo, é unicameral, sendo representado pela
Assembleia Legislativa, localizada no Palácio Farroupilha.
Já o Poder Judiciário é representado pelo Tribunal de Justiça
do Estado, bem como seus demais tribunais e juízes. Sua sede
está localizada no centro de Porto Alegre.
Além dos três poderes, o estado também permite a partici-
pação popular nas decisões do governo através de referendos e
plebiscitos.
Sua atual Constituição foi promulgada em 3 de outubro de
1989.
O Rio Grande do Sul está dividido em 497 municípios. O mais
populoso deles é a capital, Porto Alegre, que de acordo com da-
dos de 2019, do IBGE1, possui aproximadamente 1.483.771 ha-
bitantes, sendo a cidade mais rica do estado.

São Símbolos do Estado do Rio grande do Sul2:

Bandeira

Sabe-se que tanto o lema, Liberdade, Igualdade e Humani-


dade, quanto os símbolos estão diretamente ligados ao Positi-
vismo.
À época, a elite gaúcha militar e política, em sua maioria, era
ligada à Religião da Humanidade, como também era conhecido
o Positivismo de Auguste Comte. A colocação do termo Huma-
nidade coube a Júlio de Castilhos, governador do Rio Grande do
Sul e autor da sua constituição, que era considerado um grande
seguidor das ideias do filósofo francês.

Hino
O Hino Rio-Grandense que hoje é cantado possui uma histó-
ria bastante peculiar. A partir de sua criação, muitas controvér-
Fontes literárias indicam que a Bandeira do Rio Grande do
Sul é originária da época da Guerra dos Farrapos, em 1835, mas sias se apresentaram no caminho até o formato atual.
sem o brasão de armas até então. Sua autoria é controversa: Existe o registro de três letras para a composição, desde os
enquanto alguns apontam Bernardo Pires, outros falam em José tempos do Decênio Heroico (como também se conhece a Revo-
Mariano de Mattos. lução Farroupilha) até agora. Num espaço de tempo de quase
Algumas de suas características são de evidente inspiração um século, as três letras diferentes foram utilizadas até que uma
maçônica, como as duas colunas que ladeiam o losango inverti- comissão abalizada definisse o formato final.
do, idênticas às encontradas em todos os templos maçônicos. O ano de 1933 era auge dos preparativos para a Semana do
Foi adotada como símbolo oficial do Estado logo nos primei- Centenário da Revolução Farroupilha. Aproveitando o momento
ros anos da república, sendo promulgada pela Constituição Esta- de celebrações, um grupo de intelectuais reuniu-se para esco-
dual em 14 de julho de 1891. No entanto, nenhuma lei posterior lher a versão que se tornaria a letra definitiva do Hino do Rio
foi criada regulamentando seu uso ou descrição. Grande do Sul.
1https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/porto-alegre/panorama
2https://estado.rs.gov.br/simbolos

70
CONHECIMENTOS GERAIS
A partir daí, o Instituto Histórico e a Sociedade Rio-Granden- No Paraná, imigrantes eslavos voltaram-se para o extrati-
se de Educação colaboraram para sua harmonização. A adoção vismo de madeira. Estavam lançadas as raízes de uma economia
viria em 1934, com a letra igual à escrita pelo autor no século rural diversificada, baseada na policultura e no trabalho familiar.
passado, levando ao desuso os demais poemas. Especificamente sobre o Rio Grande do Sul, alguns autores
A lei 5.213 oficializou o Hino Farroupilha, ou Hino Rio-Gran- apontam que a identidade regional dos estados do Sul é fruto da
dense, em 5 de janeiro de 1966. A letra é de Francisco Pinto da formação social e territorial, única no Brasil, constituída social-
Fontoura, a música de Comendador Maestro Joaquim José Men- mente no século XIX e politicamente entre 1892 e 19303.
danha e a harmonização de Antônio Corte Real. O principal período de constituição dessa formação foi o sé-
culo XIX e a formação especificamente do Rio Grande do Sul foi
Aspectos Históricos fruto do fato da fronteira estar em guerra, envolvido pelas dis-
Quanto à ocupação do território que hoje pertence aos putas militares entre Portugal e Espanha pela posse da Colônia
estados da Região Sul, inicialmente não fazia parte da Améri- de Sacramento no século XVII. Seu território mesmo ora perten-
ca portuguesa, tendo ficado fora dos limites estabelecidos pelo ceu à Espanha, ora a Portugal.
Tratado de Tordesilhas. A partir de um dado momento, a fronteira ficava entre Por-
Expedições exploradoras haviam percorrido a costa no sé- to Alegre e Rio Pardo e o Uruguai incorporado como Província
culo XVI, mas somente no século XVII começaram as atividades Cisplatina. Depois veio a Revolução Farroupilha e as infindáveis
colonizadoras na região. guerras contra os Estados do Prata, que só terminaram em 1870.
Com o domínio espanhol sobre Portugal (1580 – 1640), o Tra- Nessas guerras, foi sempre o Rio Grande do Sul que forne-
tado de Tordesilhas perdeu sua validade, uma vez que todas as ceu os importantes contingentes em homens mesmo com a po-
terras pertenciam ao monarca espanhol. pulação desorganizada nas mobilizações militares. O território
Colonos portugueses então se estabeleceram em territórios do estado era passagem obrigatória para que as tropas brasilei-
espanhóis, adquirindo para Portugal soberania sobre essas áreas. ras atingissem os países do Prata.
Jesuítas ultrapassaram a linha de Tordesilhas ao sul, fundan- Na época da substituição do trabalho escravo pelo livre,
do missões em áreas da campanha gaúcha, onde índios aldeados questão de grande importância na economia brasileira no século
criavam gado, trazidos dos territórios que formaram o Uruguai e XIX, teve início uma relação importante entre abolição e imigra-
a Argentina, e plantavam erva-mate. ção no Rio Grande do Sul. A imigração sufocou o setor escravista
Outros povoados também foram fundados, como o de Nos- com falta de mão de obra, pois os imigrantes possuíam um des-
sa Senhora do Desterro, atual Florianópolis. tino em outro lugar que não o do trabalho ao lado dos escravos.
Ainda no século XVII, os bandeirantes paulistas iniciaram o Em meados do século XIX, o governo imperial estabeleceu a
apresamento dos índios aldeados nas missões, que se destina- colonização não ibérica como um mundo diferente do escravis-
vam à sua proteção e catequese, para vende-los às capitanias ta tradicional e que deveria inclusive opor-se a ele. O objetivo
luso-espanholas, produtoras de açúcar.
era iniciar a formação de uma classe média rural proprietária e
Com a expulsão dos holandeses do Nordeste (1654), o trá-
não escravista para se contrapor ao poder dos latifundiários e
fico negreiro voltou a estabelecer os engenhos. No entanto,
escravistas.
quando o domínio espanhol chegou ao fim, as missões estavam
praticamente destruídas; o gado, solto, começou a se reproduzir
Aspectos Geográficos
nos campos do sul.
Tropeiros paulistas, índios aldeados e pessoas errantes pas-
saram então a se dedicar á caça do gado selvagem e ao comércio
de couro.
Com a descoberta de ouro e o desenvolvimento das minas
gerais durante o século XVIII, os tropeiros desenvolveram um
novo negócio, caçavam os animais, reuniam estes em currais e
os transportavam até as áreas mineradoras.
À Coroa Portuguesa, porém, interessava garantir a posse
das terras ao sul. Para isso, na metade do século XVIII, Portugal
enviou casais de açorianos ao território do atual Rio Grande do
Sul e de Santa Catarina, especialmente para a faixa litorânea,
com o objetivo de povoar a região. Lotes de terra também foram
doados à tropeiros, que, além de se fixar na área, deram início
à criação do gado em grandes estâncias, atividade que se trans-
formaria numa das mais importantes do atual Rio Grande do Sul.
No século XIX, surgiram diversos núcleos de povoamento na
Região Sul. Em 1808, famílias de açorianos fundaram a cidade de
Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Os primeiros imigrantes alemães se dirigiram para a atual ci-
dade de São Leopoldo, no Vale do Rio dos Sinos, em 1824. Os ita-
lianos chegaram a partir de 1875 e foram assentados em Caxias
do Sul, Bento Gonçalves e Garibaldi.
Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, os alemães for-
maram colônias de povoamento baseadas no cultivo de trigo e
da policultura, ao passo que os italianos dedicaram-se ao cultivo Rio Grande do Sul no mapa do Brasil
da uva. 3https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/historico

71
CONHECIMENTOS GERAIS
Posição O Relevo e os Solos
O Rio Grande do Sul é o estado mais meridional do Brasil, O relevo do Rio Grande do Sul assemelha-se ao do resto do
localiza-se no extremo sul do país. Tem um território de 282.062 Brasil pois possui um substrato rochoso muito antigo, que há mi-
km², ou seja, 3,30% da área do país. É o maior estado da região lhões de anos não sofre manifestações tectônicas expressivas.
sul, sendo o nono maior Estado brasileiro, o que corresponde Por isso mesmo, o relevo é relativamente suave.
a 6% da população nacional. O volume populacional fica atrás Possui diferentes unidades, cada qual com suas altitudes, ti-
apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia4. pos de rochas e formas predominantes: o planalto Sul-Rio-Gran-
dense, o planalto Norte-Rio-Grandense, a depressão central, a
Situação Geográfica planície litorânea e a campanha.
A situação geográfica de um território é definida pela sua po- O planalto Sul-Rio-Grandense constitui-se de rochas muito
sição em relação a fatos ou elementos externos capazes de influir antigas, por este motivo as paisagens geralmente apresentam
em sua história e em seu desenvolvimento. Assim, pode-se afir- morros arredondados e somente em alguns lugares as altitudes
mar que a situação geográfica do Rio Grande do Sul reveste-se ultrapassam 300 metros. Nessas partes mais altas os morros são
de grande importância geopolítica em razão da extensa fronteira mais salientes e aparecem agrupados formando serras, são as
com a Argentina e o Uruguai e da proximidade com o Paraguai. serras Sul-Rio-Grandenses.
As fronteiras do estado formaram-se em meio a intensas O planalto Norte-Rio-Grandense constitui-se terrenos mais
disputas entre portugueses e espanhóis, às quais se seguiram ou menos elevados. Trata-se da extremidade sul do planalto Me-
sucessivos conflitos entre o Brasil e seus vizinhos platinos. Ou ridional do Brasil, que se estende desde o sul de Goiás até o Rio
seja, são áreas nas quais sempre predominou a preocupação Grande do Sul.
com a preservação e a defesa e que por isso marcam de modo As maiores elevações do planalto estão na sua parte leste
concreto a separação entre o território brasileiro e dos países e nordeste, onde chegam a mais de mil metros de altitude. É
vizinhos. nessa parte que se encontra o ponto mais elevado do território
Hoje, no estágio de capitalismo globalizado e sob patrocínio rio-grandense: o monte Negro.
do Mercosul, as fronteiras que outrora eram elementos de sepa- A depressão central, uma faixa de terras relativamente bai-
ração, tendem a se tornar espaços onde avança a pretendida in- xas, planas ou levemente onduladas. Assemelha-se a uma pla-
tegração. nície, que se estende de leste a oeste e sobre o qual corre o rio
Nesse sentido, o Rio Grande do Sul tem uma situação poten- mais importante do estado, o rio Jacuí.
cialmente favorável por sua proximidade com Montevidéu, Assun- A Planície Litorânea, o litoral rio-grandense, isto é, a fai-
ção, Buenos Aires, Santiago, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. xa de terra que fica junto ao oceano Atlântico, é uma planície,
pois seus terrenos são baixos e planos. No seu interior existem
numerosas lagoas, cuja água é salobra, isto é, salgada. Por se
comunicarem diretamente com o oceano algumas delas tem o
nome de lagunas, em vez de lagoas.
Esse é o caso da Laguna dos patos, a maior do Brasil, que se
comunica com o atlântico através do canal de Rio Grande. Além
da laguna dos Patos, a lagoa Mirim e a lagoa Mangueira também
merecem destaque por sua extensão.
A região oeste e sudoeste do Rio Grande do Sul tem o nome
de campanha. Em seus terrenos predominam elevações suaves
e alongadas. As elevações suaves e compridas do estado rece-
beram o nome de coxilhas, primitivamente cobertas por uma
vegetação rasteira, de campos limpos, são os elementos predo-
minantes nas paisagens da Campanha, mas também aparecem
em outras áreas do estado.

O Clima
O clima do Rio Grande do Sul é classificado como subtropi-
cal. O ar atmosférico varia muito no decorrer do ano. Isso acon-
tece devido à posição geográfica do estado, que o torna ora do-
minado por massas de ar tropicais, ora por massas de ar polares.

Rio Grande do Sul As Paisagens Vegetais


No Rio Grande do Sul as condições de clima e solo favorece-
População ram tanto a formação de matas quanto a de campos. No litoral,
De acordo com dados extraídos do IBGE5, a população do porém, a vegetação é escassa e pobre devido à presença de solos
Rio Grande do Sul, no último censo, em 2010, era de 10.693.929 arenosos e com muito sal. A vegetação litorânea é formada por
habitantes. Com densidade demográfica, na mesma época, de plantas baixas e arbustos, adaptados ao ambiente em que vivem.
37,96 hab./km².
No ano de 2019, essa população estimada evoluiu para Os campos
aproximadamente 11.377.239 habitantes. Há dois tipos de campos no Rio Grande do Sul: as campinas
4https://geovest.files.wordpress.com/2012/09/rio-grande-do-sul-21.pdf e os campos do planalto. As campinas são campos limpos, que
5https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/panorama cobriam quase toda a metade sul e o oeste do estado.

72
CONHECIMENTOS GERAIS
Nas áreas remanescentes dessa vegetação no Rio Grande do Todos os estados da Região Sul contam com zonas de fron-
Sul forma-se um verdadeiro tapete de gramíneas, que se esten- teira, ou seja, faixas territoriais localizadas de cada lado de um
de pelas terras onduladas das coxilhas. limite internacional. Nas zonas de fronteira desenvolveram-se
Os campos do planalto, ou de cima da serra, aparecem em diversas cidades cortadas por limites internacionais.
solos relativamente pobres, em comparação aos solos ricos de Essas cidades-gêmeas geralmente apresentam grande fluxo
origem vulcânica do planalto Norte-Rio-Grandense. de pessoas e mercadorias e integração econômica e cultural.

No Nordeste do estado, nos campos de Bom Jesus e de vaca- Aspectos Econômicos


ria, os solos são arenosos. Além disso o frio rigoroso do inverno
contribui para a ocorrência e vegetação campestre. Agropecuária
Na Região Sul do Brasil, a produção agropecuária pode estar
As matas associada à indústria. É o caso da cultura da uva à fabricação de
A mata subtropical ocupava a encosta do planalto e o alto vinhos, do cultivo de milho à criação de frangos e porcos ou da
vale do rio Uruguai, onde a pluviosidade é farta e o inverno não pecuária leiteira às usinas de leite e fábricas de laticínios.
é muito frio. Ela é parecida com as florestas tropicais, possui A modernização da agropecuária tem provocado mudanças
grande variedade de árvores, de folhas largas e perenes, que na estrutura agrária em toda a Região Sul, com o aumento da
estão entrelaçadas por cipós. concentração fundiária e dos movimentos de luta pela terra, a
No entanto, as árvores são de menor porte que as das flo- partir da década de 1980.
restas tropicais, e algumas delas perdem as folhas durante o in- Pequenos proprietários e trabalhadores rurais perderam
verno. Por isso é do tipo subtropical. suas terras e trabalho, tendo como consequência o aumento de
A devastação da floresta Subtropical começou no início do boias-frias e de migrações para as cidades, para outras regiões
século XIX, para a extração da madeira, e prosseguiu com a vinda ou mesmo para outros países, como Portugal.
dos imigrantes europeus, que passaram a cultivar as áreas que Nas pastagens naturais da Região Sul desenvolve-se a pe-
receberam para colonizar. cuária extensiva de corte, geralmente em grandes propriedades
A mata dos Pinhais é formada pelo pinheiro-do-paraná, e com poucos trabalhadores.
também chamada de floresta ou mata de Araucária. Os pinhei-
ros são árvores que preferem as baixas temperaturas. Indústria e Tecnologia
Antigamente os pinhais cobriam boa parte do território rio- Os ramos industriais na Região Sul evoluíram inicialmente
-grandense. No entanto, devido ao intenso desmatamento para graças às matérias-primas fornecidas pela agropecuária, couro e
a exploração de madeira, restam hoje poucos lugares onde as calçados (pecuária), móveis (pinho), têxteis (algodão) e bebidas
araucárias podem ser encontradas. (uva, mate).
O maior centro industrial da Região Sul é Porto Alegre. Bas-
Sistemas naturais tante diversificado, conta com indústrias alimentícias, de fiação
O Rio Grande do Sul possui uma das redes hidrográficas e tecelagem, de produtos minerais não metálicos, siderúrgicas,
com maior disponibilidade de água do Brasil, com densa malha mecânicas, de material eletrônico, químicas, de couros e de be-
hidrográfica superficial, dividida em três grandes bacias, a do bidas.
Uruguai, que drena cerca de 57% da área total do Rio Grande do Rio Grande, Pelotas e Caxias do Sul destacam-se nos setores
Sul; a do Guaíba, 30%; e a Litorânea, abrangendo cerca de 13% de alimentos, tecidos, móveis e calçados. O complexo metalme-
do território. cânico desenvolveu-se em Gravataí, Canoas, Guaíba e Cachoei-
O estado possui grandes reservas de água subterrânea, den- rinha.
tre elas, o Aquífero Guarani, uma das maiores reservas de água São Leopoldo e Novo Hamburgo são importantes polos da
subsuperficial do mundo, abrigando cerca de 18% do total de cadeia produtiva de artigos de couro. Além de, no primeiro, des-
sua área neste estado. taques como polo de informática.
A indústria automobilística também ganhou força com a
Aspectos Culturais instalação de fábricas, como por exemplo, em Gravataí, Porto
Com paisagens variadas e os invernos mais rigorosos do Alegre.
país, a Região Sul do Brasil atrai grande número de turistas. No Rio Grande do Sul, as aglomerações industriais se carac-
Possui cidades com características europeias, como Canela terizam por empresas que inovam e diferenciam produtos, ou
e Gramado, ou centros produtores de vinho, como Bento Gon- seja, a dinâmica industrial nessa região é influenciada por em-
çalves e Caxias do Sul, são lugares procurados pela culinária e presas de maior conteúdo tecnológico. Pequenas e médias em-
atrativos culturais no Rio Grande do Sul. presas têm se destacado na busca de alternativas competitivas.
Durante o verão, os litorais de Santa Catarina e do Paraná O setor industrial de Santa Catarina também é muito im-
recebem muitos turistas estrangeiros. portante, porém, ao contrário das outras capitais de estado no
Tradições e festas típicas são eventos que tornam concor- Brasil, a cidade de Florianópolis não ocupa o primeiro lugar na
ridos lugares como Blumenau, onde se realiza, em outubro, a economia do estado. Essa posição cabe a Joinville, município
festa da cerveja, chamada Oktoberfest, de origem alemã. mais populoso no norte catarinense, importante polo metalme-
No Rio Grande do Sul, as ruínas das povoações jesuítas do cânico, além de centro de serviços.
século XVII, em São Borja e São Miguel das Missões, foram trans- Com grandes empresas dos setores metalmecânico, quími-
formadas pela Unesco em patrimônio da humanidade. co, plástico e têxtil, tornou-se um dos mais dinâmicos polos in-
Em Ponta Grossa, no Paraná, o Parque Estadual de Vila Ve- dustriais do sul do país.
lha apresenta interessantes formações rochosas esculpidas pela
erosão causada pelas chuvas e pelos ventos.

73
CONHECIMENTOS GERAIS
No Vale do Itajaí, onde se situam as cidades de Brusque, se vive de modo algum deve ser visto como irrelevante no es-
Blumenau, Pomerode, entre outras, estabeleceu-se um dos mais tudo para concursos, pois permite que o indivíduo vá além do
importantes parques têxteis do país, a partir de pequenas unida- conhecimento técnico e explore novas perspectivas quanto à
des fabris dos imigrantes europeus, sobretudo alemães. conhecimento de mundo.
Blumenau destaca-se também por desenvolver um polo tec- Em sua grande maioria, as questões de atualidades em con-
nológico. No eixo Chapecó – Seara – Concórdia, a produção in- cursos são sobre fatos e acontecimentos de interesse público,
dustrial voltou-se para o setor alimentício de processamento de mas podem também apresentar conhecimentos específicos do
produtos suínos e avícolas. meio político, social ou econômico, sejam eles sobre música,
Apresentam ainda índice de industrialização alto, os muni- arte, política, economia, figuras públicas, leis etc. Seja qual for a
cípios de Criciúma, Lages e Joaçaba. A estrutura portuária con- área, as questões de atualidades auxiliam as bancas a peneira-
centra-se nos portos de Itajaí, Imbituba e São Francisco do Sul. rem os candidatos e selecionarem os melhores preparados não
Curitiba é o segundo maior centro industrial da Região Sul, apenas de modo técnico.
com destaque para os estabelecimentos do setor mecânico e, Sendo assim, estudar atualidades é o ato de se manter cons-
mais recentemente, para as indústrias de ponta geradoras de tantemente informado. Os temas de atualidades em concursos
maior valor agregado. são sempre relevantes. É certo que nem todas as notícias que
Regiões em Desenvolvimento você vê na televisão ou ouve no rádio aparecem nas questões,
O Rio Grande do Sul é dividido em 28 regiões definidas como manter-se informado, porém, sobre as principais notícias de re-
Conselhos Regionais de Desenvolvimento, os populares Core- levância nacional e internacional em pauta é o caminho, pois são
des, criados em 1994. debates de extrema recorrência na mídia.
Assim foram determinadas para promover o desenvolvi- O grande desafio, nos tempos atuais, é separar o joio do
mento regional e sustentável, integrando recursos e ações de trigo. Com o grande fluxo de informações que recebemos dia-
governo nas localidades para uma distribuição mais equilibra- riamente, é preciso filtrar com sabedoria o que de fato se está
da das riquezas. A regionalização serve como referência para o consumindo. Por diversas vezes, os meios de comunicação (TV,
planejamento e elaboração do Plano Plurianual e Orçamento do internet, rádio etc.) adaptam o formato jornalístico ou informa-
Estado6. cional para transmitirem outros tipos de informação, como fofo-
A economia gaúcha é bastante diversificada, com grande cas, vidas de celebridades, futebol, acontecimentos de novelas,
tradição na exportação, tendo como base a agricultura, a pecuá- que não devem de modo algum serem inseridos como parte do
ria e a indústria. estudo de atualidades. Os interesses pessoais em assuntos des-
Baseado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH/ te cunho não são condenáveis de modo algum, mas são triviais
PNUD), o Rio Grande do Sul possui seu próprio indicador para quanto ao estudo.
avaliar o desenvolvimento dos municípios em educação, saúde Ainda assim, mesmo que tentemos nos manter atualizados
e renda: o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese). através de revistas e telejornais, o fluxo interminável e ininter-
Entre as cidades com melhores indicadores estão Carlos rupto de informações veiculados impede que saibamos de fato
Barbosa, Nova Bassano, Água Santa, Três Arroios, Aratiba, Nova como estudar. Apostilas e livros de concursos impressos tam-
Araçá, Garibaldi, Veranópolis, Horizontina e Bento Gonçalves. bém se tornam rapidamente desatualizados e obsoletos, pois
atualidades é uma disciplina que se renova a cada instante.
Referências Bibliográficas: O mundo da informação está cada vez mais virtual e tecno-
TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; e GUIMARÃES, Raul Borges. lógico, as sociedades se informam pela internet e as compar-
Conexões – Estudos de Geografia Geral e do Brasil. 2ª edição – tilham em velocidades incalculáveis. Pensando nisso, a editora
São Paulo: Moderna. prepara mensalmente o material de atualidades de mais diver-
sos campos do conhecimento (tecnologia, Brasil, política, ética,
meio ambiente, jurisdição etc.) na “área do cliente”.
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GIA, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ECOLOGIA conferir e checar os fatos e fontes de imediato através dos veí-
culos de comunicação virtuais, tornando a ponte entre o estudo
A importância do estudo de atualidades desta disciplina tão fluida e a veracidade das informações um
caminho certeiro.
Dentre todas as disciplinas com as quais concurseiros e es- Acesse: https://www.editorasolucao.com.br/retificacoes
tudantes de todo o país se preocupam, a de atualidades tem Bons estudos!
se tornado cada vez mais relevante. Quando pensamos em ma-
temática, língua portuguesa, biologia, entre outras disciplinas,
inevitavelmente as colocamos em um patamar mais elevado
que outras que nos parecem menos importantes, pois de algum
modo nos é ensinado a hierarquizar a relevância de certos co-
nhecimentos desde os tempos de escola.
No, entanto, atualidades é o único tema que insere o indi-
víduo no estudo do momento presente, seus acontecimentos,
eventos e transformações. O conhecimento do mundo em que
6https://estado.rs.gov.br/geografia

74
CONHECIMENTOS GERAIS
5. (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) A rede hidrográfica brasi-
QUESTÕES leira apresenta, dentre outras, as seguintes características:
(a) grande potencial hidráulico, predomínio de rios perenes
1. Sobre o território brasileiro, assinale a alternativa INCOR- e predomínio de foz do tipo delta.
RETA: (b) drenagem exorréica, predomínio de rios de planalto e
Sobre o território brasileiro, assinale a alternativa INCOR- predomínio de foz do tipo estuário.
RETA: (c) predomínio de rios temporários, drenagem endorréica e
(A) o Brasil é um país com dimensões continentais. grande potencial hidráulico.
(B) a extensão do território brasileiro denuncia a grande dis- (d) regime de alimentação pluvial, baixo potencial hidráuli-
tância de seus pontos extremos. co e predomínio de rios de planície.
(C) a localização do Brasil indica-se por longitudes negativas, (e) drenagem endorreica, predomínio de rios perenes e re-
no hemisfério ocidental. gime de alimentação pluvial.
(D) a grande variação de latitudes explica a homogeneidade
climática do país. 6. (IFCE – com adaptações) Sobre as características da hidro-
grafia brasileira, são feitas as seguintes afirmações:
2. “Moro num país tropical, abençoado por Deus I. Considerando-se os rios de maior porte, só é encontrado
E bonito por natureza, mas que beleza regime temporário no sertão nordestino, onde o clima é semiá-
Em fevereiro (em fevereiro) rido, no restante do país, os grandes rios são perenes.
Tem carnaval (tem carnaval)”. II. Predominam os rios de planalto em áreas de elevado ín-
(JOR, J. B. ; SIMONAL, W. País Tropical. Intérprete: Jorge Ben dice pluviométrico. A existência de muitos desníveis no relevo e
Jor). o grande volume de água possibilitam a produção de hidroele-
tricidade.
Ao dizer que o Brasil é um “país tropical”, o trecho acima III. Na região Amazônica, os rios são muito utilizados como
está, em uma perspectiva geográfica, vias de transporte, e o potencial hidrelétrico é amplamente
(A) correto, pois o território brasileiro é cortado por ambos aproveitado.
os trópicos da Terra.
(B) incorreto, pois nenhum trópico, de fato, corta a área do Está correto o que se afirma em:
país. (A) I apenas.
(C) correto, pois a maior parte do país encontra-se em uma (B) I e II apenas.
zona intertropical. (C) I e III apenas.
(D) incorreto, pois não existe o “clima tropical” na classifica- (D) II e III apenas.
ção climática do Brasil. (E) I, II e III.

3. As fronteiras brasileiras, todas elas posicionadas na Amé- 7. (FAC. AGRONOMIA E ZOOTECNIA de Uberaba) Leia as afir-
rica do Sul, totalizam 23.102 quilômetros de extensão. Desse to- mativas abaixo sobre a hidrografia brasileira:
tal, mais de 15 mil quilômetros encontram-se em terras emersas, I. É a maior das três bacias que formam a Bacia Platina, pois
fazendo fronteira com todos os países sul-americanos, exceto: possui 891.309 km2, o que corresponde a 10,4% da área do ter-
(A) Venezuela e Colômbia ritório brasileiro.
(B) Chile e Equador II. Possui a maior potência instalada de energia elétrica, des-
(C) Uruguai e Guiana Francesa tacando-se algumas grandes usinas.
(D) Panamá e Peru III. Em virtude de suas quedas d’água, a navegação é difícil.
Entretanto, com a instalação de usinas hidrelétricas, muitas de-
4. (Faculdade Trevisan) Em síntese, o Brasil é um país intei- las já possuem eclusas para permitir a navegação.
ramente ocidental, predominantemente do Hemisfério Sul e da
Zona Intertropical. Estas características referem-se à bacia do:
Considere as afirmações: (A) Uruguai
I) O Brasil situa-se a oeste do Meridiano de Greenwich. (B) São Francisco
II) O Brasil é cortado ao norte pela Linha do Equador. (C) Paraná
III) Ao sul, é cortado pelo Trópico de Câncer. (D) Paraguai
IV) Ao sul, é cortado pelo Trópico de Capricórnio, apresen- (E) Amazonas
tando 92% do seu território na Zona Intertropical, entre os Tró-
picos de Câncer e de Capricórnio. 8. Sobre os mangues, assinale a alternativa INCORRETA:
V) Os 8% restantes estão na Zona Temperada do Sul. (A) São encontrados em ambientes alagados;
(B) São adaptados a cursos d’água com alta concentração de
(A) Apenas I, II e IV são verdadeiras. sal, em razão da proximidade com o mar;
(B) Apenas I e II são verdadeiras. (C) No Brasil, são encontrados em regiões litorâneas;
(C) Apenas IV e V são verdadeiras. (D) A extração de caranguejo é a principal atividade econô-
(D) Apenas I, II, IV e V são verdadeiras. mica nesse ambiente;
(E) Apenas I, II, III e V são verdadeiras. (E) É uma vegetação do tipo homogênea.

75
CONHECIMENTOS GERAIS
9. A Amazônia é uma área em evidência, seja pela questão 13. (UNINOEST) Entre os impactos ambientais causados nos
ecológica ou pela riqueza de seus recursos minerais. A expansão ecossistemas pelo homem, podemos citar:
e a crescente valorização dessa área provocam uma infinidade I. Destruição da biodiversidade.
de suposições a respeito do seu quadro natural. Sobre a Amazô- II. Erosão e empobrecimento dos solos.
nia são feitas as afirmações a seguir: III. Enchentes e assoreamento dos rios.
I - As queimadas podem alterar o clima do planeta e a des- IV. Desertificação.
truição da floresta pode influenciar o aumento da temperatura; V. Proliferação de pragas e doenças.
II - A floresta Amazônica funciona como “pulmão do mun-
do”, sendo a principal fonte produtora de oxigênio; Assinale a alternativa que melhor representa os impactos
III - A bacia hidrográfica do Amazonas é a maior do mundo, consequentes do desmatamento:
drenando em torno de 20% da água doce dos rios para os ocea- (A) Apenas I
nos; (B) Apenas V
IV - Os solos amazônicos são de alta fertilidade, a qual é (C) Apenas III, IV e V
facilmente explicada pela concentração de matéria orgânica e (D) Apenas I, II, III e V
pelo tempo de formação. (E) I, II, III, IV e V

As afirmações corretas são: 14. As queimadas são um problema ambiental grave enfren-
(A) somente I e III. tado em nosso país. Analise as alternativas e marque aquela que
(B) somente II e III. não indica uma consequência das queimadas:
(C) somente I, II e III. (A) Morte dos micro-organismos que vivem no solo.
(D) somente II, III e IV. (B) Aumento da poluição atmosférica.
(E) somente I, II e IV (C) Diminuição dos nutrientes do solo.
(D) Aumento dos riscos de erosão.
10. Muitas espécies de plantas lenhosas são encontradas (E) Redução do aquecimento global.
no cerrado brasileiro. Para a sobrevivência nas condições de
15. (UNESP) Os animais da Amazônia estão sofrendo com o
longos períodos de seca e queimadas periódicas, próprias des-
desmatamento e com as queimadas, provocados pela ação hu-
se ecossistema, essas plantas desenvolveram estruturas muito
mana. A derrubada das árvores pode fazer com que a fina cama-
peculiares. As estruturas adaptativas mais apropriadas para a
da de matéria orgânica em decomposição (húmus) seja lavada
sobrevivência desse grupo de plantas nas condições ambientais
pelas águas das constantes chuvas que caem na região.
do referido ecossistema são:
(J. Laurence, Biologia.)
(A) Cascas finas e sem sulco ou fendas.
(B) Caules estreitos e retilíneos.
O contido no texto justifica-se, uma vez que:
(C) Folhas estreitas e membranosas.
(A) a reciclagem da matéria orgânica no solo amazônico é
(D) Gemas apicais com densa pilosidade. muito lenta e necessita do sombreamento da floresta para
(E) Raízes superficiais, em geral, aéreas. ocorrer.
(B) o solo da Amazônia é pobre, sendo que a maior parte
11. O Brasil enfrenta diversos problemas ambientais que dos nutrientes que sustenta a floresta é trazida pela água
prejudicam as diferentes espécies que aqui vivem. De acordo da chuva.
com o IBGE, três problemas ambientais são os mais relatados no (C) as queimadas, além de destruírem os animais e as plan-
Brasil. Marque a alternativa que indica esses problemas: tas, destroem, também, a fertilidade do solo amazônico, ori-
(A) Poluição do solo, poluição atmosférica e contaminação ginalmente rico em nutrientes e minerais.
por metais pesados. (D) mesmo com a elevada fertilidade do solo amazônico,
(B) Contaminação por metais pesados, desmatamento e próprio para a prática agrícola, as queimadas destroem a
caça. maior riqueza da Amazônia, sua biodiversidade.
(C) Poluição atmosférica, queimadas e caça. (E) o que torna o solo da Amazônia fértil é a decomposição
(D) Assoreamento, desmatamento e queimadas. da matéria orgânica proveniente da própria floresta, feita
(E) Queimadas, poluição do solo e contaminação por metais por muitos decompositores existentes no solo.
pesados.
16. “O conceito de transição demográfica foi introduzido por Frank
12. Um dos principais problemas ambientais que acontecem Notestein, em 1929, e é a contestação factual da lógica malthusiana.
no Brasil são decorrentes do acúmulo de sedimentos nos am- Foi elaborada a partir da interpretação das transformações demográfi-
bientes aquáticos, desencadeando obstrução dos fluxos de água cas sofridas pelos países que participaram da Revolução Industrial nos
e destruição desses habitats. Esse problema é conhecido como: séculos 18 e 19, até os dias atuais. A partir da análise destas mudanças
(A) Desertificação demográficas foi estabelecido um padrão que, segundo alguns demó-
(B) Poluição marinha grafos, pode ser aplicado aos demais países do mundo, embora em
(C) Assoreamento momentos históricos e contextos econômicos diferentes.”
(D) Desmatamento
(E) Degradação do solo (Cláudio Mendonça. Demografia: transição demográfica e
crescimento populacional. UOL Educação. 2005. Disponível em:
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/demografia‐
transicao‐demografica‐e‐crescimento‐populacional.htm. Acesso
em: março de 2014.)

76
CONHECIMENTOS GERAIS
Sobre a dinâmica de crescimento vegetativo da população 21. (IFB/2017 – IFB) Nas últimas décadas, as questões am-
brasileira com base no conceito de transição demográfica, deve‐ bientais vêm ganhando peso nas preocupações mundiais. As re-
se considerar os seguintes conceitos, EXCETO: lações entre o modelo de desenvolvimento econômico e o meio
(A) Crescimento vegetativo: crescimento populacional me- ambiente vêm sendo profundamente questionadas. Julgue abai-
nos o número de óbitos. xo os questionamentos a este respeito, assinalando (V) para os
(B) Taxa de mortalidade: expressa a proporção entre o nú- VERDADEIROS e (F) para os FALSOS.
mero de óbitos e a população absoluta de um lugar, em um ( ) As ideias associadas ao modelo de desenvolvimento eco-
determinado intervalo de tempo. nômico hegemônico são a da modernização e progresso, que
(C) Crescimento populacional: função entre duas variáveis: creem e professam um caminho evolutivo a seguir, tendo como
o saldo entre o número de imigrantes e o número de emi- referencial de sociedade “desenvolvida” aquela que está no cen-
grantes; e, o saldo entre o número de nascimentos e o nú- tro do sistema capitalista.
mero de mortos. ( ) Os diferentes espaços urbano e rural direcionam-se para
(D) Taxa de fecundidade: número médio de filhos por mu-
a formação das sociedades modernas, mercadologizadas tanto
lher em uma determinada população. Para obter essa taxa,
em escala regional, quanto em escalas nacional e global, impul-
divide‐se o total dos nascimentos pelo número de mulheres
sionados por um modelo desenvolvimentista, com característi-
em idade reprodutiva da população considerada.
cas inerentes de preservação ambiental.
17. Sobre o território brasileiro, assinale a alternativa IN- ( ) O modelo de desenvolvimento econômico hegemônico
CORRETA: prima pelos interesses privados (econômicos) frente aos bens
(A) o Brasil é um país com dimensões continentais. coletivos (meio ambiente).
(B) a extensão do território brasileiro denuncia a grande dis- ( ) A ideia de desenvolvimento econômico hegemônico con-
tância de seus pontos extremos. substancia-se em uma visão antropocêntrica de mundo, gerador
(C) a localização do Brasil indica-se por longitudes negativas, de fortes impactos socioambientais.
no hemisfério ocidental. ( ) A crítica mais comum à sociedade de consumo, repre-
(D) a grande variação de latitudes explica a homogeneidade sentante e representada pelo modelo de desenvolvimento he-
climática do país. gemônico, é que essa sociedade está imersa em um processo de
massificação cultural.
18. As fronteiras brasileiras, todas elas posicionadas na Amé-
rica do Sul, totalizam 23.102 quilômetros de extensão. Desse to- A sequência dos questionamentos é:
tal, mais de 15 mil quilômetros encontram-se em terras emersas, (A) F, F, V, V, F
fazendo fronteira com todos os países sul-americanos, exceto: (B) V, F, F, V, F
(A) Venezuela e Colômbia (C) V, V, F, F, V
(B) Chile e Equador (D) V, F, V, V, V
(C) Uruguai e Guiana Francesa (E) F, V, F, V, V
(D) Panamá e Peru
22. (CESPE/2015 – MPOG) A respeito de tempo e clima, jul-
19. No Brasil, a agropecuária é um dos principais setores da gue os itens a seguir.
economia, sendo uma das mais importantes atividades a impul- A afirmação “o aquecimento global deverá elevar a tempe-
sionar o crescimento do PIB nacional. Nesse contexto, o tipo de ratura média da superfície da Terra em até cinco graus Celsius
prática predominante é: nos próximos anos” está relacionada ao conceito de clima.
(A) a agricultura familiar, com elevado emprego de tecno- ( ) CERTO
logias.
( ) ERRADO
(B) o agronegócio, com predomínio de latifúndios.
(C) a agricultura sustentável, com práticas extrativistas.
23. (FUNDEP/2014 – IS/SP) Considerando-se os estudos po-
(D) a agricultura itinerante, com técnicas avançadas de cul-
pulacionais, demográficos e econômicos elaborados sob enfo-
tivo.
que do planejamento, é INCORRETO afirmar que
20. O processo de concentração fundiária caminha junto à (A) a geografia da população é tão importante quanto é o
industrialização da agropecuária com predomínio de capitais. estudo da demografia naqueles trabalhos voltados para o
Sobre esse tema, assinale o que for incorreto: planejamento estratégico, uma vez que a primeira investiga
(A) O discurso de modernidade das elites tem contribuído e explica as leis de crescimento e mudança na estrutura da
para que a terra esteja concentrada nas mãos da grande população; ao passo que a segunda investiga e explica os
maioria dos agricultores brasileiros. fatores das suas diferentes formas de distribuição espacial.
(B) Os pequenos agricultores não conseguem competir e são (B) as diferentes sociedades contemporâneas passaram a se
forçados a abandonar suas lavouras de subsistência e ven- preocupar com o conhecimento sistemático do seu efetivo
der suas terras. populacional (estoque populacional disponível), tanto em
(C) A intensa mecanização leva à redução do trabalho hu- nível quantitativo como qualitativo, notadamente entre os
mano e à mudança nas relações de trabalho, com a espe- países desenvolvidos, em razão da prática do planejamento
cialização de funções e o aumento do trabalho assalariado como instrumento para o desenvolvimento.
e de diaristas. (C) o conhecimento da taxa de crescimento demográfico e
(D) As modificações na estrutura fundiária provocam de- da distribuição da população em suas diferentes faixas de
semprego no campo, intenso êxodo rural, além de aumen- idade é condição necessária para qualquer política de em-
tar o contingente de trabalhadores sem direito à terra e sua pregos e de educação, assim como para os programas habi-
exclusão social. tacionais e de saneamentos básicos.

77
CONHECIMENTOS GERAIS
(D) os estudos econômicos que se seguiram a Malthus in- 27. As tentativas francesas de estabelecimento definitivo
corporaram as pesquisas demográficas como segmento no Brasil ocorreram entre a segunda metade do século XVI e a
importante de seu campo científico, apesar da teoria dos primeira metade do século XVII. As regiões que estiveram sob
rendimentos decrescentes por ele proposta não ter previsto ocupação francesa foram:
o desenvolvimento das técnicas de produção que surgiram a (A) Rio de Janeiro (França Antártica) e Pernambuco (França
partir do século seguinte à publicação de sua obra. Equinocial);
(B) Pernambuco (França Antártica) e Santa Catarina (França
24. (CESPE/2013 – MPU) Desde o período colonial, o espaço Equinocial);
geográfico brasileiro foi transformado e produzido prioritaria- (C) Bahia (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França An-
mente segundo as necessidades do mercado externo em de- tártica);
trimento da formação econômica interna. Foi por meio dessa (D) Maranhão (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França
perspectiva colonizadora que, a partir de 1530, as propriedades Antártica);
rurais se organizaram no Brasil. (E) Espírito Santo (França Equinocial) e Rio de Janeiro (Fran-
Com relação às questões agrária e agrícola no Brasil, julgue ça Antártica).
o item.
A partir dos anos 50 do século passado, os países capitalis- 28. As invasões holandesas no Brasil, no século XVII, esta-
tas desenvolvidos intensificaram o processo de industrialização vam relacionadas à necessidade de os Países Baixos manterem
da agricultura no mundo subdesenvolvido como parte da estra- e ampliarem sua hegemonia no comércio do açúcar na Europa,
tégia de revigoramento do capitalismo em âmbito mundial. Esse que havia sido interrompido
fato ficou conhecido como Revolução Verde. (A) pela política de monopólio comercial da Coroa Portugue-
( ) CERTO sa, reafirmada em represália à mobilização anticolonial dos
( ) ERRADO grandes proprietários de terra.
(B) pelos interesses ingleses que dominavam o comércio en-
25. (CESPE/2013 – SEE/AL) No que se refere à globalização, tre o Brasil e Portugal.
(C) pela política pombalina, que objetivava desenvolver o
julgue o item subsecutivo.
beneficiamento do açúcar na própria colônia, com apoio dos
O mundo globalizado definiu uma nova ordem mundial, mas
ingleses.
não uma nova geografia do comércio internacional.
(D) pelos interesses comerciais dos franceses, que estavam
( ) CERTO
presentes no Maranhão, em relação ao açúcar.
( ) ERRADO
(E) pela Guerra de Independência dos Países Baixos contra a
Espanha, e seus conseqüentes reflexos na colônia portugue-
26. (CONSULPLAN/2014 – MAPA) “O conceito de transição
sa, devido à União Ibérica.
demográfica foi introduzido por Frank Notestein, em 1929, e é a
contestação factual da lógica malthusiana. Foi elaborada a partir
29. Durante o século XVII, grupos puritanos ingleses per-
da interpretação das transformações demográficas sofridas pe- seguidos por suas ideias políticas (antiabsolutistas) e por suas
los países que participaram da Revolução Industrial nos séculos crenças religiosas (protestantes calvinistas) abandonaram a In-
18 e 19, até os dias atuais. A partir da análise destas mudanças glaterra, fixando-se na costa leste da América do Norte, onde
demográficas foi estabelecido um padrão que, segundo alguns fundaram as primeiras colônias. A colonização inglesa nessa re-
demógrafos, pode ser aplicado aos demais países do mundo, gião foi facilitada:
embora em momentos históricos e contextos econômicos dife- (A) pela propagação das ideias iluministas, que preconiza-
rentes.” vam a proteção e o respeito aos direitos naturais dos go-
(Cláudio Mendonça. Demografia: transição demográfica e vernados.
crescimento populacional. UOL Educação. 2005. Disponível em: (B) pelo desejo de liberdade dos puritanos em relação à
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/demografia‐ opressão metropolitana.
transicao‐demografica‐e‐crescimento‐populacional.htm. Acesso (C) pelo abandono dessa região por parte da Espanha, que
em: março de 2014.) então atuava no eixo México-Peru
(D) pela possibilidade de explorar grandes propriedades
Sobre a dinâmica de crescimento vegetativo da população agrárias com produção destinada ao mercado europeu.
brasileira com base no conceito de transição demográfica, deve‐ (E) pelas consciências políticas dos colonos americanos, des-
se considerar os seguintes conceitos, EXCETO: de logo treinados nas lutas coloniais
(A) Crescimento vegetativo: crescimento populacional me-
nos o número de óbitos. 30- Leia o texto abaixo:
(B) Taxa de mortalidade: expressa a proporção entre o nú- “Aqueles que foram de Espanha para esses países (e se têm
mero de óbitos e a população absoluta de um lugar, em um na conta de cristãos) usaram de duas maneiras gerais e princi-
determinado intervalo de tempo. pais para extirpar da face da terra aquelas míseras nações. Uma
(C) Crescimento populacional: função entre duas variáveis: foi a guerra injusta, cruel, tirânica e sangrenta. Outra foi matar
o saldo entre o número de imigrantes e o número de emi- todos aqueles que podiam ainda respirar ou suspirar e pensar
grantes; e, o saldo entre o número de nascimentos e o nú- em recobrar a liberdade ou subtrair-se aos tormentos que su-
mero de mortos. portam, como fazem todos os senhores naturais e os homens
(D) Taxa de fecundidade: número médio de filhos por mu- valorosos e fortes; pois comumente na guerra não deixam viver
lher em uma determinada população. Para obter essa taxa, senão mulheres e crianças: e depois oprimem-nos com a mais
divide‐se o total dos nascimentos pelo número de mulheres horrível e áspera servidão a que jamais tenham submetido ho-
em idade reprodutiva da população considerada. mens ou animais.”

78
CONHECIMENTOS GERAIS
LAS CASAS, Frei Bartolomeu de. O paraíso destruído. Brevíssima 33. (FUVEST) “Esta guerra, de fato, é uma continuação da
relação da destruição das Índias [1552]. Porto Alegra: L&PM, anterior.” (Winston Churchill, em discurso feito no Parlamento
2001. em 21 de agosto de 1941). A afirmativa acima confirma a con-
tinuidade latente de problemas não solucionados na Primeira
O trecho do texto de Las Casas aponta o processo de dizima- Guerra Mundial, que contribuíram para alimentar antagonismos
ção das populações indígenas americanas por parte dos espa- e levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Entre esses
nhóis. Além da guerra, os processos de trabalho e o controle dis- problemas, identificamos:
ciplinar imposto resultaram na morte de milhões de habitantes (A) o crescente nacionalismo e o aumento da disputa por
nativos da América. Dentre os processos de trabalho impostos mercados consumidores e por áreas de investimentos;
aos indígenas e que resultaram em sua mortandade, destaca-se: (B) o desenvolvimento do imperialismo chinês da Ásia, com
(A) a escravidão imposta a eles, semelhante a dos africanos abertura para o Ocidente;
levados à América para trabalhar na extração de metais. (C) os antagonismos austro-ingleses em torno da questão da
(B) a encomienda, um processo de trabalho compulsório im- Alsácia-Lorena;
posto a toda uma tribo para executar serviços agrícolas e (D) a oposição ideológica que fragilizou os vínculos entre os
extrativistas. países, enfraquecendo todo tipo de nacionalismo;
(C) o assalariamento, pago em valores muito baixos e geral- (E) a divisão da Alemanha, que a levou a uma política agres-
mente em espécie. siva de expansão marítima.
(D) a parceria, onde os indígenas eram obrigados a trabalhar
na agricultura e nas minas, destinando dois terços da produ- 34. (CEPERJ/2013 - SEDUC-RJ) O Absolutismo tem origens
ção aos espanhóis. remotas que remontam, pelo menos, à Idade Média. Mas, nos
séculos XVI e XVII, multiplicaram-se os principais autores de
31. (Acafe-2015) O início da Primeira Guerra (1914/1918) doutrinas justificando o poder absoluto dos monarcas. Entre
completou seu centenário em 2014. Conflito de grandes propor- as justificativas filosóficas do Absolutismo, podemos destacar
ções, ela foi o resultado de disputas econômicas, imperialistas e aquelas ligadas à obra conhecida como O Príncipe, de Maquia-
nacionalistas numa Europa industrializada. vel. A alternativa que expressa possíveis justificativas do poder
absoluto dos reis presentes em O Príncipe é:
Sobre a Primeira Guerra e seu contexto, todas as alternati- (A) No texto de O Príncipe, Maquiavel expõe a doutrina da
vas estão corretas, exceto a: origem divina da autoridade do Rei, afirmando que o mo-
(A) A questão balcânica evidencia as disputas entre Alema- narca tem o poder supremo sobre cidadãos e súditos, sem
nha e Hungria pelo controle do mar Adriático e coloca em restrições determinadas pela lei
choque os movimentos nacionalistas: pan-eslavismo, lidera- (B) Em O Príncipe, Maquiaveldemonstra que não há poder
do pela Sérvia e o pan-germanismo, liderado pelos alemães. público sem a vontade de Deus; todo governo, seja qual for
(B) Apesar de ter começado a guerra como aliada da Tríplice sua origem, justo ou injusto, pacífico ou violento, é legítimo;
Aliança, a Itália passou para o lado da Tríplice Entente por todo depositário da autoridade, é sagrado; revoltar-se con-
ter recebido uma proposta de compensações territoriais. tra o governo, é sacrilégio.
(C) A Rússia não permaneceu na guerra até o seu término. (C) Maquiavel afirma, em O Príncipe, que os homens viviam
Por conta da Revolução socialista foi assinado um tratado inicialmente em estado natural, obedecendo apenas a inte-
com os alemães e os russos se retiraram da guerra. resses individuais, sendo vítimas de danos e invasões de uns
(D) Quando a guerra iniciou, multidões saíram às ruas nos contra os outros. Assim, mediante a adoção de um contrato
países envolvidos para comemorar o conflito: a lealdade e o social, abriram mão de todos os direitos em favor da autori-
patriotismo eram palavras de ordem. dade ilimitada de um soberano
(D) Em O Príncipe, Maquiavel expressava seu desprezo pelo
32. (FGV-RJ 2015) Sobre a participação brasileira na Primei- conceito medieval de uma lei moral limitando a autoridade
ra Guerra Mundial, é correto afirmar: do governante e argumentava que a suprema obrigação do
(A) O governo brasileiro declarou guerra à Alemanha, em governante é manter o poder e a segurança do país que go-
1914, após o torpedeamento de um navio, carregado de verna, adotando todos os meios que o capacitem a realizar
café, que acabara de deixar o porto de Santos. essa obrigação
(B) O governo brasileiro manteve-se neutro ao longo de (E) O Príncipe é a obra na qual Maquiavel expressa o dever de
todo o conflito devido aos interesses do ministro das rela- todo soberano de combater o obscurantismo medieval repre-
ções exteriores Lauro Muller, de origem alemã. sentado pela Igreja; o rei absoluto deve enfrentar, com mão
(C) A partir de 1916, o Exército brasileiro participou de bata- de ferro, o poder temporal do clero católico, assumindo o seu
lhas na Bélgica e no norte da França com milhares de solda- lugar no comando dos corpos e das almas dos homens .
dos desembarcados na região.
(D) O Brasil enviou uma missão médica, um pequeno contin- 35. (IBMECSP 2009) A Companhia de Jesus foi criada na
gente de oficiais do Exército e uma esquadra naval, que se Espanha em 1534 no contexto da Contrarreforma, tendo uma
envolveu em alguns confrontos com submarinos alemães. atuação importante no processo colonizador da América Portu-
(E) Juntamente com a Argentina, o governo brasileiro orga- guesa. Sobre a atuação da Companhia de Jesus na colonização
nizou uma esquadra naval internacional incumbida de pa- do Brasil podemos afirmar que:
trulhar o Atlântico Sul contra as ofensivas alemãs. (A) Os jesuítas foram responsáveis pela fundação das pri-
meiras cidades brasileiras como São Paulo, São Vicente e
Salvador. A catequização dos indígenas era feita em redu-
ções onde eles permaneciam em regime de escravidão.

79
CONHECIMENTOS GERAIS
(B) Os jesuítas se destacaram na ação educativa e catequi- V) A independência do Brasil trouxe grandes limitações dos
zadora dos grupos indígenas brasileiros. Vários missionários direitos civis, uma vez que manteve a escravidão.
jesuítas moravam nas aldeias procurando conhecer os hábi- Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmativas
tos, a cultura e respeitando a religiosidade indígena. CORRETAS.
(C) A educação foi um dos principais instrumentos de evan- (A) I, V
gelização dos jesuítas, que fundaram colégios no Brasil e (B) II, IV
organizaram aldeamentos conhecidos como Missões para (C) II, V
catequizar os indígenas e convertê-los para o catolicismo. (D) I, IV
(D) Os jesuítas chegaram ao Brasil como o braço religioso (E) III, IV
da coroa portuguesa. Tinham como missão catequizar os in-
dígenas e apoiar os bandeirantes na captura dos índios que 38. (CESPE - Instituto Rio Branco) Durante o Primeiro Rei-
passavam a morar nas vilas e missões. nado consolidou-se a independência nacional, construiu-se o
(E) A ação militar foi a forma pela qual os jesuítas partici- arcabouço institucional do Império do Brasil e estabeleceram-se
param da colonização portuguesa no Brasil. Apoiados pelo relações diplomáticas com diversos países. Acerca desse perío-
Marquês de Pombal estabeleceram Missões na região de do da história do Brasil, julgue (C ou E) o item subsequente.
São Paulo e no sul do país para manter os índios reunidos. Originalmente uma questão concernente apenas ao eixo
das relações simétricas entre os Estados envolvidos, a Guerra
36. (UFMT- IF/MT) Durante o período imperial brasileiro, o da Cisplatina encerrou-se com a interferência de uma potência
liberalismo foi uma das correntes políticas influentes na compo- externa ao conflito.
sição do nascente Estado independente, tendo, em diferentes ( ) CERTO
momentos, pautado seus rumos. Há que se observar, no entan- ( ) ERRADO
to, que, diferentemente do modelo europeu, o liberalismo en-
contrado no Brasil tinha suas idiossincrasias. A partir do expos- 39. (MPE/GO– MPE/GO) Acerca da história do Brasil, é in-
to, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. correto afirmar:
( ) Os limites do liberalismo brasileiro estiveram marcados (A) Em 15 de novembro de 1889, ocorreu a Proclamação da
pela manutenção da escravidão e da estrutura arcaica de pro- República pelo Marechal Deodoro da Fonseca e teve início a
dução. República Velha, que só veio terminar em 1930 com a che-
( ) Os adeptos do liberalismo pertenciam às classes médias gada de Getúlio Vargas ao poder. A partir daí, têm destaque
urbanas, agentes públicos e manumitidos ou libertos. na história brasileira a industrialização do país; sua partici-
( ) O liberalismo brasileiro mostrou seus limites durante a pação na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Estados Uni-
elaboração da Constituição de 1824. dos; e o Golpe Militar de 1964, quando o general Castelo
( ) A aproximação de D. Pedro I com os portugueses no Brasil Branco assumiu a Presidência.
ajudou a estruturar o pensamento liberal no primeiro reinado. (B) A ditadura militar, a pretexto de combater a subversão
e a corrupção, suprimiu direitos constitucionais, perseguiu
Assinale a sequência correta. e censurou os meios de comunicação, extinguiu os partidos
(A) F, V, F, V políticos e criou o bipartidarismo. Após o fim do regime mi-
(B) V, V, F, F litar, os deputados federais e senadores se reuniram no ano
(C) V, F, V, F de 1988 em Assembléia Nacional Constituinte e promulga-
(D) F, F, V, V ram a nova Constituição, que amplia os direitos individuais.
O país se redemocratiza, avança economicamente e cada
37. (IFB/2017 – IFB) “A principal característica política da vez mais se insere no cenário internacional.
independência brasileira foi a negociação entre a elite nacional, (C) O período que vai de 1930 a 1945, a partir da derrubada
a coroa portuguesa e a Inglaterra, tendo como figura mediadora do presidente Washington Luís em 1930, até a volta do país
o príncipe D. Pedro” à democracia em 1945, é chamado de Era Vargas, em razão
(CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo cami- do forte controle na pessoa do caudilho Getúlio Domeles
nho. 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. p. 26). Vargas, que assumiu o controle do país, no período. Neste
período está compreendido o chamado Estado Novo (1937-
Leia as afirmativas com relação ao processo de emancipação 1945).
política do Brasil. (D) Em 1967, o nome do país foi alterado para República Fe-
I) As tentativas das Cortes lusitanas em recolonizar o Brasil derativa do Brasil.
uniram os luso-americanos em torno da ideia de perpetuar os la- (E) Fernando Collor foi eleito em 1989, na primeira eleição
ços políticos que uniam, entre si, os lados europeu e americano direta para Presidente da República desde 1964. Seu governo
do Império Português. perdurou até 1992, quando foi afastado pelo Senado Federal
II) A escolha da monarquia em vez da república, como alter- devido a processo de “impugnação” movido contra ele.
nativa política para o Brasil independente, derivou da convicção
da elite brasileira de que só um monarca poderia manter a or- 40. (MPE/GO– MPE/GO) A volta democrática de Getúlio Var-
dem social e a união territorial. gas ao poder, após ser eleito no ano de 1950, ficou caracterizada
III) Desde o retorno do Rei D. João VI para Portugal, em pelo presidente:
1821, a elite brasileira percebeu a necessidade de uma solução (A) ter se aproximado dos antigos líderes militares do Esta-
política que implicasse a separação entre Brasil e Portugal. do Novo e ter dado um golpe de Estado em 1952.
IV) O papel dos escravos e livres pobres foi decisivo para a (B) ter exercido um governo de tendência populista e ter se
transição do Brasil de colônia para emancipado politicamente. suicidado em 1954.

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CONHECIMENTOS GERAIS
(C) ter exercido um governo de tendência autoritária, com o 15 E
apoio de Carlos Lacerda.
(D) ter exercido um governo de tendência populista que foi 16 A
a base para sua reeleição em 1955. 17 D
(E) não ter levado o governo adiante por motivos de saúde, 18 B
sendo substituído por seu vice, Café Filho, em 1951.
19 B
41. (NC-UFPR – UFPR) Sobre a redemocratização no Brasil 20 A
pós - ditadura, assinale a alternativa correta. 21 D
(A) Uma das ações que marcou o processo de redemocra-
tização foi a campanha pelas eleições diretas para a presi- 22 CERTO
dência da República, que ficou conhecida como “Diretas já”. 23 A
(B) O bipartidarismo foi uma das marcas do período pós-di- 24 ERRADO
tadura, motivo pelo qual a ARENA e o MDB foram os únicos
partidos políticos autorizados a funcionar no período 25 ERRADO
(C) O presidente Tancredo Neves foi o primeiro presidente 26 A
eleito pelo voto popular após a ditadura militar.
27 D
(D) Devido às graves denúncias que ocorreram, o presidente
José Sarney foi afastado da presidência da República. Esse 28 E
processo ficou conhecido como impeachment 29 A
(E) Fernando Collor de Mello foi um dos presidentes eleitos
30 B
após a ditadura militar e ficou famoso pela criação do Pro-
grama Bolsa-Família. 31 A
32 D
42. (Prefeitura de Betim/MG - Prefeitura de Betim/MG) É
33 A
alternativa verdadeira, correspondente às principais caracterís-
ticas do Feudalismo. 34 D
(A) Economia e sociedade agrárias e cultura predominante- 35 C
mente laica.
36 C
(B) Trabalho assalariado, cultura teocêntrica e poder políti-
co centralizado nas mãos do rei. 37 C
(C) As relações entre a nobreza feudal baseavam-se nos la- 38 CERTO
ços de suserania e vassalagem: tornava-se suserano o nobre
39 E
que doava um feudo a outro; e vassalo, o nobre que recebia
o feudo. 40 B
(D) Trabalho regulado pelas obrigações servis e sociedade 41 A
com grande mobilidade.
42 C

GABARITO

1 D ANOTAÇÕES
2 C
3 B ______________________________________________________
4 D
5 B ______________________________________________________

6 B
______________________________________________________
7 C
8 E ______________________________________________________
9 A
______________________________________________________
10 D
11 D ______________________________________________________
12 C
______________________________________________________
13 E
14 E ______________________________________________________

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CONHECIMENTOS GERAIS

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