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Motivação
Introdução
Classificação do construto motivação,
Algumas crenças e mitos acerca da motivação
Abordagem científica ao estudo da motivação
Motivação – as múltiplas causas do comportamento,
Distinguir as atitudes que os autores tomam face à diversidade de teorias da
motivação.
Distinguir as conceções mecanicista e cognitivista da motivação.
Reconhecer a mais-valia da conceção cognitivista da motivação.
Motivação é…
Algumas crenças/mitos acerca da motivação:
A motivação constitui uma qualidade ou característica fixa dos indivíduos
impermeável às influências contextuais;
Enquanto característica pessoal, ela pode ser descrita através de um único conceito
(e.g., interesse, objetivo, esforço, pensamento positivo, felicidade…), o qual explica o
seu impacto no comportamento dos indivíduos;
Há uma estratégia única ou preferencial que é mais eficaz na motivação dos indivíduos
para a realização de tarefas em determinado contexto e para a promoção do
ajustamento a esse mesmo contexto;
Estudar PME, Hoje
“golden age of motivation” (Reeve, 2015)
Estudar psicologia da motivação e da emoção
É interessante e responde a questões que são essenciais na compreensão do
desenvolvimento e comportamento humano quem somos? O que desejamos e porquê?
E as outras pessoas, o que desejam e porquê?
É útil/prático – pode identificar os preditores da qualidade do nosso desempenho e do
nosso bem-estar. Como podemos melhorar as nossas realizações e os nossos níveis
de bem-estar?
1. Caracterização do conceito da motivação
O conceito da motivação deriva da expressão latina movere que significa movimento….
A motivação será o conjunto de forças que mobilizam e orientam a ação de um organismo em
direção a determinados objetivos.
Motivação (Reeve, 2009, 2015)
Envolve os processos que dão ao comportamento energia e direção
Intensidade, Persistência comportamental
O comportamento é dirigido para objetivos ou metas
Tende a ser vista como um conceito unidimensional que é operacionalizado em termos
de quantidade (quanto?)
Mas é, na verdade, um conceito multidimensional que é operacionalizado em termos
de quantidade e de qualidade (porquê?)
O que é que causa o comportamento?
1. Por que razão se inicia um determinado comportamento?
2. Uma vez iniciado, o que é que sustenta o comportamento?
3. Por que razão se orienta para determinados objetivos, ou metas, e não para outros?
4. Por que razão o comportamento muda de direção?
5. Por que razão um determinado comportamento termina?
Razões para a prática desportiva?
Reformulando!
How motivation affects behavior’s initiation, persistence, change, goal directedness, and
eventual termination.
Papel da motivação na efetivação do comportamento (Ford, 1992)
Comportamento = Motivação x Competências x Responsividade do meio
O que causa o comportamento? Por que razão o comportamento varia em intensidade?
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Abordagem das necessidades
Teorias mecanicistas
Introdução
Analisar a abordagem das necessidades no estudo da motivação.
Estabelecer paralelismos entre as teorias de Maslow (1954) e de Herzberg (1959) da
motivação;
Caracterizar a teoria X e Y de McGregor (1960);
Caracterizar a teoria das necessidades aprendidas de McClelland (1961)
Motivação: Contextualização
A motivação é o processo que confere ao comportamento energia, pela intensidade e
persistência comportamental, e direção, pois o comportamento é dirigido para o objetivo
(Reeve, 2009).
Pode ser definida como a variedade do comportamento intra e interindividual
devida a diferenças individuais e competências no controlo das exigências do
meio que a ação exige (Vroom, 1964).
Tende a ser visto como um conceito unidimensional que é operacionalizado em termos
de quantidade (o quanto?), mas, na verdade, é um conceito multidimensional que é
operacionalizado em termos de quantidade e de qualidade (o porquê?)
1. CJRHU
2. Teoria dos 2 fatores de Herzberg (1959)
Pense em algo que tenha acontecido no seu trabalho e que o tenha feito sentir-se
especialmente satisfeito ou insatisfeito.
Quais os fatores que fizeram sentir-se satisfeito?
Quais os fatores que a fizeram sentir-se insatisfeito?
A teoria dos 2 fatores de Herzberg (1959) apresenta muitos pontos comuns com a
de Maslow, existindo mesmo autores que têm procurado fazer corresponder as
necessidades de Maslow aos fatores de Herzberg (Jesus, 1996).
O autor distingue entre fatores higiénicos (necessidades de segurança e sociais de
Maslow) e motivadores (necessidades de estima e realização de Maslow).
O autor sugere que o oposto da satisfação é a não satisfação e que o inverso da
insatisfação é a não insatisfação. A grande novidade desta teoria reside no
postulado da independência entre fatores de satisfação e de insatisfação.
Visão Y
1. O trabalho é tão natural quanto o jogo, desde que as condições sejam favoráveis.
2. O autocontrole é frequentemente indispensável para a realização dos objetivos da
organização.
3. A capacidade para criar e resolver problemas das organizações está muito distribuída
na população.
4. A motivação ocorre num nível social, de estima e autorrealização, bem como no nível
fisiológico e de segurança.
5. As pessoas podem orientar-se e ser criativas no trabalho, desde que motivadas.
Estabelecendo uma comparação com a teoria de Maslow (1954), verificamos que:
A visão X assume que as necessidades de ordem inferior regulam os comportamentos
das pessoas.
A visão Y garante que os indivíduos são determinados por necessidades de ordem
superior.
Não há evidência empírica que permita considerar como unicamente válidos os pressupostos
da teoria Y. Nem a garantia de que se alterarmos os nossos comportamentos de acordo com
esses pressupostos haverá um aumento na motivação dos indivíduos.
Em última instância a grande mais-valia desta teoria constitui a confirmação de que a
motivação dos indivíduos depende do contexto e situação particulares.
Abordagem Z de Ouchi (1980)
Organizações
Tipo A: americanas
Tipo J: japonesas
Tipo Z
Fundamentos
Confiança.
Atenção às relações interpessoais.
Relações sociais estreitas.
Características
1. Emprego estável para as pessoas.
2. Avaliação do desempenho constante e promoção lenta.
3. Equidade no tratamento das pessoas, não importando o seu nível hierárquico. Todas
as pessoas passam a ter igual tratamento, iguais benefícios etc.
4. Democracia e participação: nenhuma decisão é tomada sem o consenso do grupo.
5. Valorização das pessoas. O maior património das empresas japonesas são as
pessoas que nela trabalham.
Em síntese…
A teoria Z, de William Ouchi, é uma variante da teoria Y
Defende que os trabalhadores têm um grau de envolvimento similar ao dos gestores,
sempre que haja um sistema de recompensas e incentivos eficaz.
The only way to do great work is to love what you do. – Steve Jobs
“If people are doubting how far u can go, go so far that you can’t hear them anymore.” – Michele
Ruiz
Podemos não mudar?
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Crenças que suportam a agência individual
1) As expectativas
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Teorias cognitivistas da motivação (II)
Contrariamente às abordagens mecanicistas, as teorias cognitivistas da motivação defendem
que os indivíduos possuem uma matriz de valores e de expectativas em relação ao mundo
que as rodeia, tendo por base as suas representações internas.
O indivíduo passa a ser entendido como agente do seu comportamento, sendo, por
conseguinte, capaz de a selecionar e elaborar alternativas de ação.
Teoria da aprendizagem social de (Rotter, 1966)
Julian Rotter (1916-2014, USA)
Nasceu em Nova Iorque
Começou por estudar química
Mestrado em psicologia sob a orientação de Kurt Lewin,
Teoria da aprendizagem social
Locus de controlo
Comportamento potencial
Expectativa
Valor de resultado
Situação
A probabilidade de ocorrência de um determinado comportamento, numa determinada
situação, ou seja, o comportamento potencial (C) é a função da expectativa (E) de que esse
comportamento permitirá alcançar um certo resultado e do valor do reforço (V) desse
resultado para o sujeito.
Comportamento potencial
O comportamento potencial é a probabilidade de ocorrência de um comportamento
numa determinada situação, sendo escolhido comparativamente a outras alternativas de
comportamento.
Valor de resultado
O valor do resultado é o grau em que o sujeito prefere que um determinado resultado
ocorra. Este valor depende do estado de necessidade em que o sujeito se encontra.
Expectativa
A expectativa constitui a probabilidade de o sujeito considerar a ocorrência de um
determinado resultado, em função de um comportamento numa determinada situação. É
determinada pela experiência anterior, levando o sujeito a aprender que há uma relação entre
determinados comportamentos e o alcance de certas metas.
Quais as relações possíveis entre a expectativa e valor?
Segundo o autor, existe uma relação independente entre as variáveis expectativa e valor, o
facto de se valorizar muito alguma coisa não quer dizer que se tenha grandes expectativas.
Alguns fatores que podem estar na base da discrepância entre as expectativa e valor:
1. O desconhecimento dos meios para alcançar os fins (solução: fornecer valor
instrumental aos meios).
2. A generalização inadequada de experiências fracassadas anteriormente (solução:
procurar discriminar as situações).
3. A não aprendizagem de determinadas competências (solução: treino dessas
competências, mas com um caráter comportamental).
Rotter, J. B. (1966). Generalized expectancies for internal versus external controlo f
reinforcement. Psychological Monographs, 80(1), 1-28.
Qual o conceito mais desenvolvido na teoria de Rotter?
Expectativa de controlo dos resultados ou locus de controle
Traduzem as diferenças individuais na expectativa de contingência entre o comportamento
pessoal e os resultados obtidos.
Trata-se de uma importante variável motivacional, uma vez que pode influenciar a seleção e a
adoção de estratégias de realização.
O locus de controlo interno refere-se à perceção de controle pessoal sobre o
resultado da situação ou reforço e, por isso, tende-se a percebê-lo como resultante
das próprias ações;
O locus e controlo externo refere-se à perceção de falta de controlo pessoal sobre a
situação ou de que o resultado não é/está dependente do próprio comportamento e,
por isso, há uma tendência a percebê-lo como resultante de fatores exteriores, como
sorte ou acaso.
Os sujeitos podem ser classificados ao longo de um continuum desde uma internalidade
extrema a uma externalidade extrema: os predominantemente internos têm tendência a
categorizar as situações em função da própria competência e, por isso, sobre o controlo
pessoal, enquanto os predominantemente externos tendem a categorizá-las em função da
sorte e, por isso, fora do próprio controlo.
Segundo Rotter, trata-se de uma expectativa generalizada, sendo que foi neste pressuposto
que construiu a sua escala.
As expectativas de controle vão influenciar as expectativas de sucesso do sujeito, no sentido
de serem maiores quanto mais o sujeito apresenta expectativas de controlo interno numa tarefa
em que tenha sido bem sucedido no passado. (Seeman & Liverant, 1962, cit. in Jesus, 2000).
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Teoria da Autodeterminação (self-determination theory of motivation) (Ryan & Deci, 2000)
2 abordagens motivacionais dominantes
Sdt self-determination theory http://selfdeterminationtheory.org/
Self-determination theory (SDT) represents a broad framework for the study of a human
motivation and personality. SDT articulates a meta-theory for framing motivational studies, a
formal theory that defines intrinsic and varied extrinsic sources of motivation, and a descriptor of
the respective roles of intrinsic and types of extrinsic motivation in cognitive and social
development and in individual differences.
1. Teoria evolucionista
1.1. Darwin (1872 O estudo das expressões faciais como prova da evolução da espécie
humana, a continuidade do comportamento humano com os outros animais e as bases
físicas da mente).
“The expression of emoticons in Man and Animals”
Vídeo 1: luta de evolução da origem das espécies
Sugere que há esquemas de comportamento congénitos para as emoções mais
importantes.
O que interessava não eram as emoções em si, mas as expressões emocionais
como prova da evolução da espécie humana, a continuidade do comportamento
humano com os outros animais e as bases físicas da mente. (Oatley & Jenkins, 2000)
Estas constituem padrões de ação que derivam de um passado evolucionário, nem sempre
com uma utilidade funcional (atual)
Contributos:
Consideram a origem e o desenvolvimento das emoções;
Distinguiram a emoção de não emoção;
Procuraram a localização fisiológica;
Reconheceram uma dimensão comportamental e expressiva;
2. Teoria fenomenológica
2.1. Sartre (1945)
Importância da natureza experimental da emoção
O filósofo existencialista chegou ao estudo da emoção, através de uma super-generalização,
considerando a emoção com um estado de espírito.
A emoção é um súbito mergulho da consciência no mágico, proporcionando uma forma
de existência diferente, uma maneira existencial de estar no mundo.
A consciência não é consciente de si mesma nem emoção – uma coisa é estar furioso,
outra coisa é estar consciente de que estou furioso, não se trata de verdadeira fúria.
Contributos:
Abordagem muito específica de emoção, preocupação apenas com a natureza da
experiência emocional.
Avançam com casas possíveis, mas não chegam a definir em emoção.
3. Teoria comportamentalista
A emoção é uma resposta importante para a vida e para a sobrevivência.
A teoria comportamentalista considera a emoção uma resposta importante para a
vida e para a sobrevivência, mais do que um estado de espírito.
Emotion makes us ready to behave (Strongman, 2003, p. 40).
Por vezes e me integram a emoção com a motivação.
3.1. Watson (1929-1930)
Elaborou a primeira teoria comportamentalista das emoções, muito embora salientasse
aspetos fisiológicos (sistemas vicerais e glandulares).
Defendeu que a emoção é um padrão hereditário que envolve profundas mudanças
dos mecanismos do corpo como um todo..
Defendeu a existência de 3 tipos de reações emocionais:
1) Medo (súbita retirada de apoio);
2) Raiva (movimentos constrangedores, como choro);
3) Amor (manipulação carinhosa).
Watson analisou o desenvolvimento das reações dos recém-nascidos e catalogou as respostas
não aprendidas das crianças durante os primeiros meses (em alguns casos, anos) de vida:
1. Atividades reflexas (espirrar, chorar, fechar os punhos, pescar, etc.): aparecem em
sequência bem definida durante os primeiros dias de infância;
2. Emoções fundamentais da natureza humana através de estudos genéticos e
experimentais:
Medo: chorar, movimentos intermitentes, fechar apertadamente as pálpebras
Raiva: enrijecimento do corpo, agitação de mãos e braços, suster a respiração.
Amor: sorrir, palrar, estender os braços.
As respostas emocionais mais complicadas do comportamento humano, como a vergonha, o
ódio, o ciúme ou o orgulho são combinações e permutações dos 3 padrões anteriores.
3.2. Harlow e Stagner (1933)
Os autores sugerem que as emoções se baseiam em respostas afetivas não
condicionadas das quais surgem respostas condicionadas.
Argumentam que as emoções não são inatas, mas que existem respostas
condicionadas a partir das quais as emoções se desenvolvem.
As emoções são caracterizadas como experiências complexas, derivadas de
componentes mais simples.
As respostas não condicionadas são controladas pelo tálamo e as sensações pelo
córtex.
Harlow desenvolveu estudos sobre a separação materna e a importância do conforto e
contactos iniciais no desenvolvimento.
Vídeo: Harlow
Harlow concluiu que, após estabelecido o vínculo com a mãe, esta funcionava como
símbolo de proteção, capaz de evitar o sentimento de medo face a situações estranhas.
Os autores sugerem que as emoções se baseiam em respostas afetivas não
condicionadas, das quais surgem respostas condicionadas.
Harlow e Stanger expandem a sua teoria baseada nos postulados:
1. As emoções podem refletir estados conscientes e não apenas sensações;
2. Os sentidos são controlados pelo tálamo e as sensações pelo córtex;
3. Argumentam que as emoções não são inatas, mas que existem respostas não
condicionadas a partir das quais as emoções se desenvolvem.
As emoções ocorrem quando estes estados de consciência afetiva são combinados com a
representação consciente de uma situação ou de estímulo.
Como Watson, argumentam os processos de condicionamento pelos quais todas as
emoções são adquiridas, modifica o padrão de comportamento afetivo, não
condicionados por alargar o leque de estímulos que a provocam. (Gendron e Barrett,
2009)
Embora seja uma teoria comportamentalista (condicionamento e aprendizagem social)
evidenciaram a importância de mecanismos fisiológicos (sensação) e para a cognição
(condicionamento).
Contributos:
Proporcionam definições lineares e conduzem a previsões testáveis.
Conferem uma estrutura motivacional às emoções.
Tratam o desenvolvimento emocional
4. Teoria fisiológica
Estamos emocionados porque o nosso corpo está emocionado. (William James, sd.)
O principal objetivo tem sido o de encontrar o substrato da emoção no sistema nervoso
central, no sistema periférico e no sistema endócrino.
As emoções têm uma base biológica, atendendo à complexidade do ser humano
também podem ter aspetos sociais.
Emoção = ativação neuro fisiológica.
A energia motivacional é uma ativação que se materializa em mecanismos fisiológicos.
Neste contexto foi observado que estruturas como, por exemplo as estruturas do
hipotálamo, bem como outras estruturas cerebrais, estariam também envolvidas no
processamento das emoções (Kolb & Taylor, 2000).
4.6. Cacciopo (1993) neurociência social
Dado que o sistema nervoso autónomo está envolvido na emoção e que a
experiência individual permite a distinção entre as várias emoções.
É mais importante olhar para as condições e emoções nas quais existe uma atividade
fisiológica, do que para padrões invariáveis.
Padrões diferentes de aferência somatovisceral podem conduzir à mesma
experiência emocional (através do reconhecimento de padrões ou facilitação
precetiva). o mesmo padrão somatovisceral pode conduzir a emoções discretas e
diferenciadas.
À medida que o envolvimento dos processos neurofisiológicos no processamento das
emoções se foi tornando incontestável, as neurociências cognitivas, contribuíram
fortemente para o estudo da relação entre cérebro e processamento de emoções. (Ortony
& Colbs, 1988, citado por Lane, Nadel, Allen & Kaszniak, 2000)
Estudo de sujeitos que sofreram lesões cerebrais e pelo recurso a métodos de imagem
funcional (alterações metabólicas perante um estímulo ou situação).
Contributos:
A emoção tem uma base neurofisiológica; as teorias atuais apresentam uma grande
amplitude.
São claros os contributos, no que se refere às funções das emoções (biológicas e
evolutivas).
5. Teoria cognitiva
Estamos emocionados porque pensamos.
A emoção constitui a experiência subjetiva do sujeito, centralizando-a ao nível
do processamento de informação e das cognições (Carlson & Hattfield, 1992)
A mesma só pode ser desencadeada após a perceção e a avaliação cognitiva, daí a
associação entre emoção e motivação. Só após a avaliação da emoção é que vai
saber se quero ou não despender esforço.
Assim, é fundamental a avaliação, implícita ou explícita, que é feita ao fenómeno que
desencadeia a emoção.
5.1. Schacheter (1959, 1964, 1970)
Visão cognitivo-fisiológica da emoção. Estados emocionais caracterizam-se pela ativação do
sistema nervoso simpático, cujo padrão pode variar de estado para estado
Interpretamos e classificamos a partir do que pensamos ter dado origem. As
nossas cognições do motivo que originou dão a direção.
As emoções são controladas pela inter-relação entre a ativação fisiológica e a
avaliação cognitiva – teoria da emoção dos 2 fatores
5.2. Frijda (1993)
A emoção resulta de um processo de avaliação automático, simples e básico, o qual é
posteriormente elaborado de forma cognitiva (Strongman, 1996)
Frijda (1986) preconiza que a cognição é determinante na resposta emocional e parte
integrante da experiência emocional. (Eysenck, 1990).
As emoções envolvem 2 tipos de avaliação:
Avaliação primária:
Preocupada em encontrar o significado emocional de um acontecimento ou estímulo.
Avaliação secundária:
Preocupada com a avaliação da emoção resultante.
Lazarus (1966; 1991)
Defende que abordarem emoção biologicamente é insuficiente. Defende que a cultura
pode afetar em emoção:
Avaliação automática e, muitas vezes não consciente do que está a acontecer e o seu
impacto.
6. Teoria desenvolvimentista
A emoção é tratada do ponto de vista da mudança, a qual ocorre durante a vida inteira.
Procura as relações entre a base biológica e a importância social – mais do que
considerações tudo ou nada.
Importância do desenvolvimento emocional.
6.1. Bowlby (1969)
É o exponente mais conhecido da teoria da vinculação, a qual preocupa-se com a
influência da emoção no desenvolvimento das relações sociais e da
personalidade.
As emoções podem existir, sem serem experimentadas conscientemente. A
discussão das emoções centra-se no processo de avaliação, sendo as avaliações
afetivas experimentadas conscientemente, ou não.
Constitui uma teoria do desenvolvimento social que se baseia muito nos aspetos
emocionais da interação entre a criança e os seus prestadores de cuidados.
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Emoção II
Introdução
1. Análise do conceito de emoção.
2. Análise de diferentes contributos para a experiência emocional.
3. Caracterização das funções das emoções
I. Conceito de emoção
Defining “emotion” is a notorious problema (Scherer, 2005)
A emoção é o processo transitório, brusco ou agudo, desencadeado por uma percepção
(externa ou interna), ou representação (real ou imaginária), acompanhado por alterações
somáticas (glandulares, musculares, respiratórias, etc.).
A emoção é uma variação psíquica e física, desencadeada por um estímulo. Depois de
reconhecido o estímulo, o organismo desencadeia de um modo automático e subjectivo um
estado de resposta ao mesmo.
O autor refere ainda que as emoções são um meio natural de avaliar o ambiente que nos
rodeia e reagir de forma adaptativa. (Damásio, 2000, 2003)
A emoção é definida como um episódio de mudanças inter-relacionadas e
sincronizadas na maioria dos 5 subsistemas organísmicos, em resposta à
avaliação de um evento de estímulo relevante (Scherer, 1987, 2001).
I.1. Componentes do conceito de emoção (Scherer, 2005)
Cognitiva: avaliação de objetos e eventos.
Avaliação neurofisiológica: circuitos neuronais.
Motivacional: preparação e direção da ação.
Expressiva: expressões faciais, comunicação da reação e intenção
comportamental.
Experiência subjetiva: monitorização do estado interno.
As emoções estão relacionadas com o tempo. A emoção tem um princípio e um
fim.
As emoções variam de intensidade.
As emoções refletem-se em alterações corporais através de gestos, movimentos,
…
As emoções têm causas e objetos a que se dirigem. Surgem a propósito de um
acontecimento, pessoa, situação ou ideia.
As emoções caracterizam-se pela sua versatilidade, aparecendo e
desaparecendo com rapidez.
As emoções caracterizam-se pela sua polaridade: são positivas (alegria) ou
negativas (medo). A qualidade varia de intensidade.
As emoções não são hábitos, no sentido de que não se exprimem como parte de
algum ciclo regular. São reações a experiências específicas.
A emoção não é determinada pelos factos, mas pela interpretação dos factos.
II. Caracterização emoções
Emoções básicas:
Emoções evolutivas, partilhadas por indivíduos de todas as culturas e associadas a
processos neuronais e fisiológicos específicos (alegria, tristeza, raiva, nojo, medo,
surpresa).
Envolvem todas as emoções que podem ser universalmente reconhecidas (Ekman, &
Friesen, 1971; Harris, 1991; Walker, 1982).
Emoções sociais:
Emoções associadas às relações sociais e em que os aspetos socioculturais
aprendidos são significativas (vergonha, simpatia, culpa, empatia, compaixão…).
Envolvem todos os estados emocionais que se aprendem a reconhecer em sociedade
e que envolvem a atribuição de crenças e intenções a outros (Cohen, Wheelwright,
Raste, & Plumb, 2001).
III. Distensão conceptual
A imprecisão em torno do conceito de emoção é só o início (Buck, 1990)… do
caos.
Há vários tipos de estados afetivos, incluindo:
o Dimensão afetiva das atitudes;
o Humores: não têm objetos específicos, são menos estáveis do que as
atitudes.
o Emoções: são as que têm mais curta duração, são respostas a situações
relevantes e dão origem a mudanças mais ou menos coordenadas, em
termos experimentais, comportamentais e fisiológicos
Afeto e afetividade
O afeto conduz à relação. É empregue para fazer referência à vida afetiva em geral.
A afetividade designa o conjunto da vida dos sentimentos da pessoa, de acordo
com as suas caraterísticas mais evidentes, com a intensidade, expressividade e
duração (Scharfetter, 1999).
Estado psicológico que pode ou não ser modificado a partir das situações. Fazse
presente em sentimentos, desejos, etc.
Humores
Os humores caraterizam-se por flutuação livre (Frijda, 1993).
Os humores são estados emocionais podem ser alterados de formas que não
envolvem apreciações de eventos externos (Oatley & Jenkins, 2002).
Reflexo
Reação física a um estímulo exterior.
Resposta imediata e involuntária como resposta a um estímulo.
Reação simples que ocorre em resposta a algum estímulo (ex: a flexão de um membro
evitando a dor)
Estímulo
Indutores para determinadas classes de emoções.
Tudo o que no ambiente pode ser detetado pelo organismo e a que este pode
responder.
Sentimentos
Experiência subjetiva dos afetos e das emoções. Distingue-se da emoção pelo seu
carácter subjetivo e cognitivo.
Estados mais ou menos duradouros, resultantes da intelectualização das
emoções
Experiência mental e privada de uma emoção, virado para o interior. Não podemos
observar um sentimento noutra pessoa, mas pode observar um sentimento em si
próprio quando tem a perceção dos estados emocionais.
Os sentimentos desencadeiam se no teatro da mente as emoções no teatro do corpo.
IV. Contributos importantes
De acordo com Paul McLean (1991; 1993), o modelo da especialização vertical do cérebro
humano (Modelo Triúnico), divide-o em três partes, cada uma delas desenvolvida em alturas
diferentes da sua evolução histórica em várias centenas de milhões de anos: Cérebro
Reptiliano ou Arcaico; Cérebro Mamífero ou Sistema Límbico; Cérebro Humano ou
Neocórtex
Elementos fundamentais do sistema límbico
Amígdala
A amígdala foi uma das primeiras regiões a ser identificada como estando ativamente
envolvida no processamento das emoções (Aggleton & Young, 2000).
Regista a carga emocional das situações que vivemos, comparando-as com
anteriores.
O papel crucial da amígdala ficou demonstrado em meados dos anos 90, a partir dos
trabalhos do neurocientista Joseph LeDoux (1993).
Para LeDoux (1993),é um computador emocional central para o cérebro, avaliando
as entradas sensoriais pela importância emocional – função de apreciação primária.
Perante um sinal de alarme são provocados os seguintes resultados:
Segregação Hormonal;
Aceleração do ritmo cardíaco, etc.;
Imobilização de músculos pouco pertinentes para a situação de perigo;
Atenção a este processo sobre qualquer outro em pensamento;
Alteração dos sistemas de memória.
Hipocampo
Trabalha conjuntamente com a amígdala.
Regista os factos em si, as informações.
Estrutura fulcral para as emoções.
“Sentinela” que examina muito rapidamente os estímulos.