CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO JUIZ DE FORA

CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS

LEONORA DA SILVA FONSECA

Fatores Motivacionais no ambiente de trabalho

Juiz de Fora
2019
 1. INTRODUÇÃO

A motivação é uma força interior que se modifica a cada momento durante toda a
vida, onde direciona e intensifica os objetivos de um indivíduo. "O estudo da
motivação comporta a busca de princípios (gerais) que nos auxiliem a compreender
a razão pela qual os seres humanos e animais, em determinadas situações
específicas escolhem, iniciam e mantém determinadas ações”. Segundo Abraham
Maslow, o homem se motiva quando suas necessidades são todas supridas de
forma hierárquica. Maslow organiza tais necessidades da seguinte forma:
autorrealização, autoestima, sociais, segurança e fisiológicas. Tais necessidades
devem ser supridas primeiramente no alicerce das necessidades escritas, ou seja,
as necessidades fisiológicas são as iniciantes do processo motivacional, porém,
cada indivíduo pode sentir necessidades acima das que está executando ou abaixo,
o que quer dizer que o processo não é engessado, e sim flexível.
Segundo Frederick Herzberg, a motivação é alcançada através de fatores
higiênicos e motivacionais, que está ligada diretamente ao campo de trabalho dentro
das empresas. Os fatores higiênicos são estímulos externos que dão melhor
desempenho e ação aos indivíduos e os fatores motivacionais que são os internos,
são sentimentos gerados através dos seus atos, a partir do reconhecimento e da
autorrealização.
Atualmente, uma das principais preocupações não só para gestores ou
líderes no trabalho, está relacionado à motivação. Através da motivação no trabalho,
os funcionários se sentem mais reconhecidos e tendem a se envolver muito mais
com a empresa, gerando uma vontade de ir além de suas obrigações e dar o seu
melhor em todas as atividades. Dessa maneira, o ambiente de trabalho deve ser um
local agradável, seguro, satisfatório e motivador para atender aos objetivos pessoais
dos colaboradores e também da organização. Segundo Costa (2010), são os
colaboradores que satisfazem as necessidades dos clientes da organização e, para
satisfazer as necessidades dos outros, é preciso que suas próprias necessidades
estejam satisfeitas em primeiro lugar. Portanto, para melhor compreender o
complexo mundo da motivação, realizou-se um breve histórico sobre o assunto.
O presente estudo tem como objetivo analisar os fatores motivacionais no
ambiente de trabalho, pois, estando motivado significa que esses desafios serão
vistos como oportunidades de aprendizado e crescimento pessoal, mas nunca como
impedimento. No entanto, é necessário identificar aqueles que exercem maior
influência sobre o indivíduo, bem como, descobrir como manter uma motivação
contínua no trabalho.

2. MOTIVAÇÃO

De acordo com Maximiano (2000), a palavra motivação (derivada do latim motivus,

movere, que significa mover) indica o processo pelo qual um conjunto de razões ou
motivos explica, induz, incentiva, estimula ou provoca algum tipo de ação ou
comportamento humano. Segundo Tejada (2013), a motivação pode ser esclarecida
através de duas definições: “motivo+ação”, sendo que motivo é o que as pessoas
buscam atingir, através de um objetivo; já a ação é a atitude para alcançar este
objetivo. Já para Stephen Robbins a motivação é resultante da interação do
indivíduo com a situação e seu nível varia tanto de indivíduo para indivíduo, quanto
em um mesmo indivíduo, em diferentes situações. Sua definição foi dada como o
processo que determina a intensidade, a direção e a persistência dos esforços de
uma pessoa para alcançar sua meta.
Conforme Spector (2005), “As teorias de motivação no trabalho normalmente
se preocupam mais com as razões do que com as habilidades que levam certos
indivíduos a realizar suas tarefas melhor do que outros”. Dependendo da ocasião, as
teorias podem prever as escolhas de comportamento para a tarefa, o esforço ou a
persistência desses funcionários. Os indivíduos motivados permanecem na
realização de suas tarefas até atingirem seus objetivos. Dizer que um colaborador
está motivado para o trabalho significa dizer que essa pessoa mostra disposição
positiva para realizar o trabalho. Em algumas situações na falta de motivação, pode
ser produtivo introduzir ou melhorar o sistema de incentivos ou remuneração, esse é
um passo que precisar estar extremamente afinado com os objetivos estabelecidos.
Segundo Maximiano (2004) menciona que motivação para o trabalho é um estado
psicológico de disposição, interesse, empenho e vontade de perseguir ou alcançar
uma tarefa ou meta.
 2.1 CICLO MOTIVACIONAL

O ciclo motivacional tem o objetivo de mantê-los engajados e motivados. Assim,

acredita-se que os profissionais terão mais engajamento no trabalho, sucesso nas
suas tarefas e, com isso, poderão se destacar e evoluir dentro da empresa. Segundo
Lewin, (apud CHIAVENATO, 2003), o organismo humano permanece em estado de
equilíbrio psicológico até que um estímulo o rompa e crie uma necessidade, daí o
conceito de ciclo motivacional. Essa necessidade provoca um estado de tensão que
conduz a um comportamento ou ação para alcançar a satisfação da necessidade e o
equilíbrio é recobrado assim que esta necessidade é satisfeita, caso contrário ocorre
uma frustração. Portanto, a satisfação da necessidade está diretamente proporcional
ao estado de equilíbrio e toda necessidade não satisfeita é motivadora de
comportamento. (CHIAVENATO, 2003). A figura 4 expõe o ciclo motivacional:
 3. MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA E MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA

Conceitos que também influenciaram estudos sobre motivação, foram os que

mostram as diferenças entre a motivação intrínseca e extrínseca. A motivação
intrínseca gerada por necessidades e motivos próprios, é o resultado que a pessoa
obtém após realizar uma tarefa, ou simplesmente de trabalhar na mesma. Suas
principais características são a independência, o domínio e o propósito. Ninguém
motiva ninguém. Nós é que nos motivamos, ou não. Tudo o que os de fora podem
fazer é estimular, incentivar, provocar nossa motivação. A motivação extrínseca
refere-se aos fatores externos, tais como recompensa ou punição. É estar
condicionado ao resultado da tarefa realizada: o prazer não estar na atividade, mas
no resultado, pois surgem das consequências e dos incentivos ambientais (ex:
dinheiro ou alimento). Para essa teoria motivação é sinônimo de condicionamento
Bergamini, (1997). Independentemente das teorias, o que se deve ter em mente é
que se trata de pessoas e seu comportamento nem sempre é previsível. Intrínseca
ou extrínseca, a verdadeira motivação só é efetivamente conseguida quando os
colaboradores conseguem realizar suas necessidades e seus objetivos de vida,
tanto dentro da empresa quanto fora dela.

4. MASLOW E A PIRÂMIDE DAS NECESSIDADES

Fatores
Referencias

Bergamini, Cecília Whitaker (1995). "Psicologia aplicada à administração de

empresas". 3ª Ed. São Paulo. Atlas.

BERGAMINI, C. (1997). Motivação nas Organizações (4ª ed. ed.). São Paulo: Atlas.

COSTA, Daniel. Endomarketing Inteligente.Porto Alegre: Dublinense, 2010.

Heckhausen, Jutta & Heckhausen, Heinz (2008). Motivation and action. Cambridge
University Press.

Lepper, M.R., Greene, D., & Nisbett, R.E. (1973). Undermining children's intrinsic
interest with extrinsic reward: A test of the "overjustification" hypothesis. Journal of
Personality and Social Psychology, 28, 129-137.

MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à Administração. 5 ed. São Paulo:

Atlas, 2000.

MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Introdução a administração. 6. ed rev. e ampl.

São Paulo: Atlas, 2004.

Robbins, Stephen P (2009). Comportamento Organizacional. 11ª Ed. São Paulo.

Pearson Prentice Hall.

TEJADA, José. Motivação e Liderança como fatores estratégicos de sucesso: você

pode fazer a diferença na organização. Caxias do Sul: EDUCS, 2013.