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¹ Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Discente do curso de
Administração. juliana.dsantos@sou.unaerp.edu.br
² Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Docente do Curso de
Administração. fhenriques@unaerp.br
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
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como um dos componentes básicos para o desenvolvimento produtivo individual e
organizacional. Assim, os conceitos de motivação devem considerar aspectos
intrínsecos (próprios do indivíduo) e extrínsecos (fatores ambientais) ou as
condições motivacionais internas trazidas pelo colaborador e condições
organizacionais que favorecem essa parceria produtiva.
Segundo Feldman (2015), o conceito de motivação se refere a fatores que
direcionam e energizam o comportamento e envolve aspectos biológicos, cognitivos
e sociais.
A motivação é vista como um processo que envolve intensidade, direção e
persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta
ou seja, pelo esforço, foco e manutenção na realização de tarefas organizacionais
até que os objetivos sejam atingidos.
A valorização e a motivação dos colaboradores facilitam todo tipo de processo
desenvolvido pela empresa, por isso grandes líderes enfrentam a complexidade de
lidar com as diversas variáveis do ambiente de trabalho e a influência sobre os
colaboradores.
Pouco a pouco, observa-se que as organizações estão percebendo a
importância de valorizar as pessoas. Assim, a escolha do tema se justifica para
evidenciar os estudos sobre a motivação no trabalho como um fator fundamental
para o desempenho dos colaboradores, gestores e equipes da área de Gestão de
Pessoas. Desta forma, o problema de pesquisa consiste na busca pela
compreensão dos principais desafios encontrados pelas organizações para manter
seus colaboradores motivados.
Para melhor elucidação dos conteúdos, são apresentados de forma breve os
tópicos que serão desenvolvidos neste artigo. O primeiro tópico apresenta breve
histórico, conceito de motivação e as motivações intrínseca e extrínseca. Em
seguida são apresentadas as principais teorias motivacionais, os resultados
adquiridos através de pesquisa de sondagem e as considerações finais.
2 OBJETIVOS
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● Apresentar os conceitos de motivação para o trabalho.
● Apresentar as principais teorias sobre a motivação.
● Apresentar algumas estratégias motivacionais que as organizações têm
adotado para estimular seus colaboradores, como plano de carreira, investimento
em comunicação e treinamentos.
● Apresentar uma análise de como a motivação pode contribuir para os
resultados organizacionais
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Nas teorias clássica e científica, o enfoque motivacional era baseado na
remuneração, porém, foi se configurando com o tempo, uma maior preocupação por
parte do empregado em manter seu emprego do que preocupar-se com a
remuneração, tornando o aspecto econômico somente um dos fatores motivacionais,
entre vários outros.
Conforme destaca Santana (2015) a teoria das necessidades humanas surgiu
da necessidade de se humanizar e democratizar a administração, transformando
conceitos rígidos e mecanicistas das teorias anteriores, adequando-a aos novos
padrões de vida e de trabalho.
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As pessoas são capazes de trabalhar arduamente e produzir com qualidade
quando a motivação para sua tarefa é tanto intrínseca como extrínseca. Ou seja,
considerando a relação do trabalho nas organizações, vemos que seria um resultado
eficiente no atendimento dos objetivos organizacionais que os colaboradores
mantenham suas motivações internas, pessoais, individuais, profissionais e as
motivações externas proporcionadas pelas estratégias motivacionais das
organizações, por meios de benefícios, programas de qualidade de vida, planos de
carreira, metas compartilhadas, trabalho em equipe e colaborativo, oportunidade de
crescimento, entre outros.
As estratégias motivacionais que podem ser adotadas pelas organizações
serão elucidadas nas principais Teorias Motivacionais apresentadas a seguir.
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● Necessidades Fisiológicas: são aquelas que correspondem a manutenção da vida
e conservação da espécie, como fome, sede, sexo e outras necessidades do
corpo;
● Necessidades de Segurança: é a classe de necessidades que compreende o
desejo do indivíduo de proporcionar para si e para os seus um ambiente físico e
emocional seguro e livre de ameaças (segurança e proteção);
● Necessidades Sociais: são necessidades que incluem afeição, aceitação,
amizade e sensação de pertencer a um grupo;
● Necessidades de Estima: inclui fatores de internos de estima, como respeito
próprio, realização e autonomia; e fatores externos de estima, como status,
reconhecimento e atenção;
● Necessidades de Auto-Realização: é a classificação mais alta na escala, que se
refere a intenção de tornar-se tudo aquilo que se é capaz de ser; inclui
crescimento, alcance de seu próprio potencial e autodesenvolvimento.
A teoria dos dois fatores foi criada pelo psicólogo Frederick Herzberg. O autor
queria saber o que as pessoas desejavam de seus trabalhos e pesquisou em que
situação elas afirmavam sentir-se bem ou mal a respeito deles. Sua pesquisa
demonstrou que a motivação estava ligada tanto à satisfação como à insatisfação
dos funcionários.
Os trabalhadores satisfeitos atribuíam esse fato a si mesmo, como receber
reconhecimentos e promoções. Os insatisfeitos indicavam fatores externos,
como remuneração, políticas e condições de trabalho. Herzberg entendeu
que o oposto de satisfação não era insatisfação, pois eliminar a insatisfação
em um trabalho não faz com que ele passe a trazer satisfação. Ele propôs,
assim, um continuum, no qual satisfação se opõe a não satisfação e
insatisfação se opõe a não insatisfação. (MENEGON, 2012 p. 44)
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Herzberg apresenta a divisão de dois fatores em relação ao que as pessoas
desejam no trabalho: os fatores motivacionais e os fatores higiênicos ou fatores
motivacionais e fatores que geram satisfação, diferenciando estes conceitos.
Os fatores higiênicos tratam das premissas físicas do ambiente corporativo
como o salário, os benefícios, as políticas organizacionais, o clima organizacional,
plano de carreira, entre outros.
Segundo Herzberg apud Robbins (2005) o conjunto desses fatores são
compassivos para evitar que os colaboradores fiquem insatisfeitos. Eles apaziguam,
satisfazem, mas não motivam os colaboradores. São chamados de fatores
extrínsecos ou ambientais.
Já, os fatores motivacionais estão ligados às premissas do cargo e das tarefas
que permitam a possibilidade de promoção, de oportunidades de crescimento
pessoal, progresso, reconhecimento, realização. São características que os
colaboradores consideram intrinsecamente recompensadoras. Como exemplo,
podemos citar que acrescentar a liberdade de definir como será executado um
trabalho, de como serão aplicadas suas habilidades pessoais e profissionais, suas
responsabilidades no cargo, como serão cumpridas suas metas e objetivos,
projetando desenvolvimento e crescimento, são fatores que geram motivação aos
colaboradores.
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● Como eles não gostam de trabalhar, precisam ser coagidos, controlados ou
ameaçados com punições para que atinjam as metas.
● Os funcionários evitam responsabilidades e buscam orientação formal sempre
que possível.
● A maioria dos trabalhadores coloca a segurança acima de todos os fatores
associados ao trabalho e mostra pouca ambição.
Por outro lado, na teoria Y, McGregor apud Robbins (2005) destaca quatro
premissas positivas em relação aos funcionários:
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A comunicação institucional objetiva edificar e ratificar a imagem e a identidade
corporativa.
A comunicação administrativa refere-se à tomada de decisão sobre os diversos
assuntos que dizem respeito à organização. A comunicação mercadológica é a
comunicação ligada à área de marketing e objetiva ampliar as vendas através da
melhoria da imagem.
E, por fim, a comunicação organizacional integrada é formada pelo conjunto de
estratégias, planejamento e canais de comunicação interna e externa que buscam
alcançar os objetivos organizacionais.
Segundo Pimentel, 2017 apud Geber (2017) quando falamos de comunicação
organizacional, “[...] é muito importante entendê-la como um fenômeno envolvendo
esses diferentes tipos de comunicação que estabelecem fluxos diversos dos quais
participam todas as equipes” (PIMENTEL, 2017 apud GEBER, 2017, p.23).
Os estudos mostram que para manter um ambiente favorável e motivacional, é
necessário ter uma boa comunicação na organização, principalmente entre gestores
e equipes. A comunicação deve envolver processos comunicacionais claros e
objetivos sobre metas organizacionais, bem como, saber ouvir o outro e expor novas
ideias e críticas, visando aprimorar a evolução do trabalho. Gerentes, diretores,
chefias de áreas, muitas vezes, deixam a desejar nesse aspecto. Não oferecem
feedback ou quando oferecem não possuem habilidade para sua execução e não
torna esta experiência produtiva para gerar mudanças.
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empresa.
As carreiras podem ser classificadas em diversos formatos e desenhos,
assumindo algumas tipologias dentro da organização por meio de cargos da base ao
topo da estrutura. Elas são geradoras de aprendizagem sobre trabalhos e
organizações, definem metas para crescimento e permitem uma revisão e avaliação
de experiências profissionais.
E por fim, é abordado brevemente sobre os treinamentos e sua importância. De
acordo com Chiavenato (2014) o treinamento é o processo de desenvolver
qualidades nos recursos humanos para habilitá-los a serem mais produtivos e a
contribuir melhor para o alcance dos objetivos organizacionais. “O propósito do
treinamento é aumentar a produtividade dos indivíduos em seus cargos
influenciando seus comportamentos.” (CHIAVENATO, 2014, p.310)
Segundo Chiavenato (2014), o treinamento é desenhado pelas organizações
para construir competências, conhecimentos e habilidades necessárias aos seus
cargos. O autor apresenta uma variedade de competências, entre elas competências
gerenciais, competências fundamentais como a de relacionamento interpessoal, e
competências de apoio, como as habilidades de comunicação, empatia, motivação,
negociação e gerenciamento de conflitos.
Contudo, de acordo com Walger (2014), o gestor tem o papel principal em
analisar o comportamento dos colaboradores, para que possa direcionar o método
mais adequado para motivá-los.
É uma ressalva importante para que o indivíduo possa apresentar um
desempenho compatível com a sua capacidade, é preciso haver condições
suficientes de apoio, tais como materiais adequados, colegas corporativos,
informações suficientes e tempo adequado para tomada de decisões.
(WALGER, 2014, p.82).
5 MATERIAL E MÉTODOS
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o tema.
Fonseca (2002) afirma que essa forma de pesquisa utiliza “referências teóricas
divulgadas com o intuito de obter dados ou conhecimentos sobre determinado
problema do qual se busca a resposta”. (FONSECA, 2002, p.31)
A pesquisa exploratória permite o levantamento e a análise dos dados ao
mesmo tempo e, de acordo com Mascarenhas (2012), “objetiva maior familiaridade
com o problema de pesquisa, para depois, criar hipótese sobre ele”.
(MASCARENHAS, 2012, p.46).
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facilidade na aplicação e rapidez para levantamento dos dados que puderam
contribuir para análise da temática desenvolvida.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Gráfico 2 - Motivação no ambiente organizacional.
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Gráfico 4 - Treinamentos ou cursos oferecidos pela empresa.
95,2% dos participantes informaram que possuem uma boa comunicação com
a equipe.
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Gráfico 6 - Relacionamento com seu Gestor.
A boa relação com o gestor (a) é uma realidade para 42,9% dos respondentes
e ótima para 41,3%. Quando se soma esses percentuais tem-se que a maioria
(84,2%) considera a relação com o gestor boa ou ótima.
Com base nos dados obtidos através da pesquisa bibliográfica e das respostas
dos participantes da pesquisa de sondagem e opinião, foi possível identificar que o
índice de pessoas que atualmente recebem feedback com frequência é 46%.
Sobre a investigação quanto ao relacionamento com o (a) gestor (a) 42,9% dos
colaboradores responderam que possuem uma boa relação.
O índice mais alto da pesquisa está ligado com a comunicação com a equipe,
totalizando 95,2% considerando um aspecto positivo dentro das organizações,
devido a comunicação possuir impactos nos resultados organizacionais.
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variadas que expressam não sentir motivação, às vezes sentir ou nunca, o que pode
denotar que essas pessoas não se sentem realizadas dentro do ambiente
corporativo de forma constante ou dependam de fatores extrínsecos.
O gestor como linha de frente tem grande influência nesse problema. O líder é
um importante mediador para gerar motivação e levar o colaborador a se
desenvolver junto à empresa. Os processos de comunicação e feedback são
fundamentais para o apontamento de resultados positivos e negativos por parte dos
gestores e permitem analisar o que pode ser melhorado em todos os aspectos
incluindo, desempenho e ambiente organizacional.
Os fatores motivacionais de Frederick Herzberg estão ligados a realizações
dentro da organização podendo gerar reconhecimento e até mesmo a possibilidade
de promoções. Os colaboradores precisam estar motivados para alcançar novas
oportunidades de carreira.
A projeção de crescimento permite maior envolvimento com o trabalho e é
gerador de motivação e não apenas de satisfação ou fatores higiênicos
apresentados por Herzberg.
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motivacionais na relação de colaboradores e gestores dentro das organizações.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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É fundamental, portanto, que os gestores proporcionem um bom ambiente de
trabalho com investimentos na melhoria da comunicação, oferecendo oportunidades
de treinamento e preparação profissional, bem como oportunidades para o
crescimento; estratégias estas, consideradas importantes para estimular o
desenvolvimento organizacional eficaz.
Percebe-se que, colaboradores cada vez mais motivados e valorizados,
possibilitam o desenvolvimento de diferenciais competitivos e uma condição
organizacional de estar à frente dos demais concorrentes no mercado.
Assim, conclui-se que a motivação é a chave de sucesso para o mercado de
trabalho. O mundo corporativo necessita de um comportamento de gestão que
possibilite cada vez mais o envolvimento e a valorização das pessoas. Embora
complexas e desafiadoras, as estratégias motivacionais devem estar presentes e
consideradas como mais um dos objetivos essenciais a serem cumpridos pelas
organizações.
Ainda que os conteúdos deste artigo não esgotem o tema, espera-se que ele
possa contribuir para a disseminação dos conhecimentos sobre a importância da
motivação no trabalho e incentive práticas organizacionais, bem como a
continuidade de estudos científicos por demais pesquisadores.
8 REFERÊNCIAS
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MENEGON, Letícia Fantinato. Comportamento organizacional. [livro eletrônico]. São
Paulo: Person Education do Brasil, 2012. Disponível em:
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/3054
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.); et al. Pesquisa social: teoria, método e
criatividade. 21 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
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