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19/06/23, 15:35 Motivação

Motivação
Andréia Costa Rabelo

Descrição

Desenvolvimento do conceito de motivação e sua interferência no comportamento humano, as necessidades fisiológicas e psicológicas envolvidas
nesse processo e as teorias a respeito do tema.

Propósito

Entender como a motivação interfere na vida de cada indivíduo, de forma fisiológica e psicológica, é essencial para compreender como cada um se
coloca dentro da sociedade e fornece importantes ferramentas de análise para a prática do profissional psicólogo.

Objetivos

Módulo 1

Motivação intrínseca, extrínseca e seus conceitos


Refletir sobre o conceito de motivação ao longo da história bem como sobre a diferença entre motivação intrínseca e extrínseca.

Módulo 2

Teorias relacionadas a motivação

Identificar as principais teorias ligadas à motivação.

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Módulo 3

Psicologia e fisiologia na motivação


Reconhecer as necessidades psicológicas e fisiológicas que interferem na motivação de cada sujeito.

meeting_room
Introdução
Chris Gardner, atualmente palestrante de sucesso, inspira e motiva outras pessoas ao redor do mundo a vencerem os obstáculos e alcançarem seus
sonhos. Mas nem sempre foi assim! Chris teve uma história difícil desde o início da vida. Quando adulto viveu nas ruas, passou fome, frio e diversas
dificuldades, juntamente com o filho. Todas essas difíceis experiências inspiraram o filme À procura da felicidade, estrelado por Will Smith.

Gardner lutou, persistiu e lutou mais ainda até conquistar o cargo que almejava na Bolsa de Valores de Nova York. Sua motivação em continuar em
busca dos seus sonhos fez com que saísse de uma situação de extrema pobreza e se tornasse um homem de sucesso.

Estados motivacionais, como os que levaram Chris Gardner a conquistar seus objetivos, envolvem quatro qualidades essenciais. A motivação dá a
energia capaz de ativar comportamentos, direciona esse comportamento para atingir o objetivo ou a necessidade, faz com que haja persistência
para alcançá-los e atua de modo diferente em cada indivíduo, uma vez que sua força depende de fatores internos e externos.

Sendo assim, neste conteúdo, entenderemos como as pessoas definem seus objetivos e trabalham para atingi-los. Nem todos se tornam
personagens de sucesso como Chris Gardner, mas a todo momento buscamos nos sentir bem e, muitas vezes, evitamos situações, eventos e outras
pessoas que nos afastam de alcançarmos os nossos sonhos.

Vamos estudar, então, o conceito de motivação!

1 - Motivação intrínseca, extrínseca e seus conceitos


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Ao final deste módulo, você será capaz de refletir sobre o conceito de motivação ao longo da história bem como sobre a
diferença entre a motivação intrínseca e extrínseca.

Elementos do conceito motivação


Neste módulo, discutiremos as diversas formas de entendermos o conceito de motivação como objeto de estudo na Psicologia. Para analisar a
complexidade desse termo, iniciaremos por uma breve revisão histórica de sua origem na Filosofia até chegar à sua abordagem na Psicologia,
destacando seus elementos constituintes e sua diversidade.

Motivação é um processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de alguém que tem por objetivo alcançar um propósito
ou uma meta (ROBBINS, 2012). É uma força que move, regula e sustenta as ações de um indivíduo. Esse complexo processo interfere tanto no início
de uma atividade quanto em sua continuidade com constância e força adequadas ao longo do tempo (HARTER, 1981; DECI; VALLERAND;
PELLETIER; RYAN, 1991; RYAN; DECI, 2000).

Dentro desse processo, a intensidade refere-se a quanto esforço a pessoa despende; a direção refere-se a quanto a pessoa é capaz de organizar
seus objetivos para chegar a resultados favoráveis de desempenho e a persistência, a quanto tempo uma pessoa consegue manter seu esforço. A
motivação se inicia com uma necessidade não satisfeita, seja ela fisiológica ou psicológica, que desencadeará um impulso em direção à obtenção
do objeto ou incentivo almejado.

É importante termos em mente que o nível da motivação pode variar de um indivíduo para outro, assim como no mesmo indivíduo em diferentes
momentos. De acordo com Todorov e Moreira (2005), motivação, assim como aprendizagem, possui diferentes significados e é usada em diferentes
contextos no ramo da Psicologia. Motivação e aprendizagem estão diretamente relacionadas, pois a primeira é um importante combustível para o
sucesso da segunda, e a falta de motivação dificulta a aprendizagem.

A motivação é importante na aprendizagem não somente para o aluno, mas também para o professor, que o levará ao
sucesso ou fracasso na tentativa de ensinar.

Devemos considerar três variáveis muito importantes no estudo da motivação, quais sejam: o ambiente, as forças internas do indivíduo ou sua
necessidade e o objeto que o atrai.

O ambiente em que o indivíduo está inserido interferirá drasticamente em seu estado motivacional, pois todos somos seres muito influenciados pelo
ambiente. Usando como exemplo a aprendizagem, caso nos encontremos em um ambiente agradável, em que a maioria das pessoas esteja
envolvida e interessada no processo, com certeza nossa motivação será aguçada.

As forças internas estão relacionadas com necessidades, interesses, valores, desejos, vontades, impulsos e instinto. Quando a pessoa tem
objetivos os quais sabe que alcançará de forma mais objetiva, ela terá uma maior motivação interna para se dedicar.

Quanto ao objeto, a forma como ele pode atrair o indivíduo está relacionada com o fato de o objeto em si ser fonte de satisfação para questões
internas que vão mobilizar e motivar o indivíduo. Nesse caso, podemos exemplificar considerando o desejo e a gratificação alcançados pelo título
que se receberá ao cursar um mestrado ou doutorado. Veja a imagem a seguir:

Portanto, a necessidade não satisfeita gera uma tensão, que, por sua vez, desperta uma vontade que impulsionará a pessoa a um comportamento
de busca para satisfazer tal necessidade que, quando alcançada, reduzirá a tensão.

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História do conceito motivação


O interesse dos estudos voltados para o tema da motivação emerge de três fontes:

Psicoterapia expand_more

Traz a ideia de que as pessoas estão em busca do alívio de desconfortos, e, como o próprio Freud já pontuava, os desconfortos resultam da
busca pelo equilíbrio dinâmico das forças psíquicas, que podemos reconhecer como forças motivacionais. Nesse sentido, é o próprio
psicoterapeuta que medeia essa força motivacional.

Psicometria expand_more

Traz a ideia dos testes psicológicos de aptidão e desempenho, que a princípio surgiram para classificação e/ou seleção de pessoas. Mas
essas variáveis dependiam do fator de dedicação às tarefas, o que levou ao surgimento dos testes de motivação. Nessa fonte, podemos
encontrar diferentes trabalhos que procuram conhecer o grau de motivação das pessoas em diferentes contextos, como o acadêmico, o do
trabalho, o do esporte, entre outros.

Teorias da aprendizagem expand_more

Dentro da área educacional, trazem os estudos sobre problemas de aprendizagem, voltando o olhar para as variáveis motivacionais ligadas à
memória, à aprendizagem etc.

Por apresentarem objetivos e métodos diferentes, essas fontes tratam o conceito motivacional também de forma diferente.

Os motivos que levam o homem a se comportar de determinadas maneiras despertam tanta curiosidade que há evidências de estudos sobre o tema
antes mesmo da Psicologia se consolidar como ciência! Desde os filósofos da Grécia Antiga até os pensadores do século XIX, a exemplo de
Schopenhauer, Darwin, James e Freud, os estudos sobre motivação foram voltados ao comportamento diretamente observado e/ou aos motivos
internos que levavam a esse comportamento, além de explicações que consideravam a herança genética e as experiências da infância.

Platão – filósofo e matemático

Platão já entendia que a motivação tinha a sua origem em uma “alma” que estava em função de apetites corporais, necessidades e desejos, mas
que respondia também a padrões sociais assim como à razão e à capacidade de escolha. Segundo esse filósofo, a razão poderia controlar os
nossos apetites corporais. Para Reeve (2019), esses apetites correspondem ao que Freud entenderia como Id mais tarde. Tempo depois, essa visão
dos gregos sobre motivação foi a base de uma visão dualista separando a paixão corpórea da razão da mente.

René Descartes fez uma distinção, dentro desse dualismo, entre o aspecto passivo e ativo da motivação. Para ele, o corpo, entendido de forma
mecanicista, apenas reage de forma passiva às suas necessidades físicas; mas, por outro lado, a mente, como uma entidade pensante e espiritual,
possui uma vontade com propósito. Isso posto, ficava determinada a divisão entre os estudos fisiológicos das necessidades de um corpo físico e os

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estudos dos motivos ativos da vontade, os quais corresponderiam, naquela época, ao pensamento dos filósofos. No entanto, o estudo da vontade
acabava sendo muito pouco objetivo e de natureza misteriosa e pouco científica.

Esse dilema do estudo da vontade levou à sua substituição pelo conceito de instinto. Aqui encontramos as teorias de W. James, Darwin e outros. O
conceito de instinto, que funcionou de forma satisfatória com animais, começou a apresentar deficiências nos estudos motivacionais com seres
humanos, e, da mesma forma como foi abordando o termo vontade, a Psicologia passou a demandar a busca de uma nova teoria no estudo da
motivação que não fosse em relação ao termo instinto. Surge, assim, a teoria de impulso com Freud e Clark Hull (REEVE, 2019).

Para Reeve (2019), segundo o conceito de libido de Freud, podemos fazer uma analogia com um sistema hidráulico, no qual a energia flui e precisa
ser descarregada. Usando esse modelo, podemos entender como os impulsos acumulam energia no psiquismo e, assim como a água no sistema
hidráulico pode transbordar, no caso da energia psíquica acumulada dos impulsos, o sujeito sente a necessidade da sua descarga.

Na teoria do impulso de Hull, o impulso também é entendido como a base fisiológica que representa a base de nossa motivação. Segundo Hull, o
tempo de privação de determinada necessidade fisiológica permite-nos antecipar o nível de motivação desse indivíduo. Assim, o impulso energiza o
comportamento, mas não o direciona. Para Hull, é o hábito que direciona o comportamento. E os hábitos são produto da aprendizagem pelo reforço
(REEVE, 2019).

Apesar do interesse antigo pela motivação humana, o termo ainda não possui um conceito definido totalmente, uma vez que diferentes abordagens
trazem diferentes ideias e maneiras de estudá-lo. Atualmente, a ideia que mais cabe a esses estudos é a de que cada indivíduo tem expectativas e
objetivos diferentes, e essa diversidade de interesses revela que as pessoas fazem coisas por razões diferentes.

Como traz Bergamini (1990, p. 24), o provérbio "Faça aos outros o que queres que te façam" dá lugar à frase "Faça aos outros aquilo que eles
querem que lhes seja feito", quando o assunto é motivação.

Mas para podermos trabalhar com uma definição neste conteúdo sobre motivação, podemos citar o conceito trazido por Bock, Furtado e Teixeira,
em 2008:

[...] A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação
estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que, na base da
motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um
interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir.

(BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008, p. 137)

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Evolução do conceito e estudos da motivação
Neste vídeo, será feita uma reflexão sobre a evolução do conceito e dos estudos da motivação ao longo do tempo até o final do século XIX.

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Motivação intrínseca e extrínseca


É possível aprender a motivar os outros? A resposta para essa pergunta pode ser positiva para uns e negativa para outros. De qualquer modo, ilustra
bem o que foi mencionado no item anterior, sobre as diferentes possibilidades de explicar o comportamento humano.

A resposta positiva pressupõe que a motivação vem de fora da pessoa, ou seja, a força é extrínseca, enquanto na resposta negativa a crença é de
que essa força se origina interiormente, é espontânea e gratuita, ou seja, intrínseca. Apesar de as pessoas serem movidas tanto por forças internas
quanto por forças externas, não podemos confundir os dois tipos de comportamento, pois são qualitativamente diferentes:

Produtividade no trabalho devido à recompensa por salário: motivação extrínseca.


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Leitura de um livro por prazer: motivação intrínseca.

Teóricos que estudam a questão do incentivo identificam que a motivação extrínseca se direciona a um objetivo externo, geralmente uma
recompensa, como no caso do empregado que se esforça para ter um aumento de salário, ou da criança que vai na padaria para a mãe, na
esperança de ficar com o troco. Mas há atividades, como ler um bom livro, ouvir música ou realizar trabalhos voluntários, que não oferecem uma
recompensa externa, apesar de resultarem em satisfação e prazer.

Essas são atividades dirigidas pela motivação intrínseca, elas são agradáveis e prazerosas, e trazem benefícios individuais específicos. Mesmo não
tendo reforçadores ou recompensas, a motivação intrínseca é forte o suficiente para motivar a pessoa a buscar a atividade simplesmente por ser
interessante e lhe gerar satisfação.

Vale ressaltar que uma mesma atividade pode ser realizada valendo-se de forças internas ou externas; isso depende de cada indivíduo.

Exemplo

Há quem estude para tirar boas notas (força externa), mas há aqueles que estudam pelo prazer de conhecer algo novo (força interna).

Além disso, é possível que muitas atividades sejam e tenham sido realizadas com objetivos intrínsecos, mas acabaram trazendo benefícios
externos, como é o caso das brincadeiras lúdicas, em que a criança brinca por prazer e acaba desenvolvendo a criatividade, resolução de problemas
e outros, que são fatores essenciais para a adaptação e sobrevivência. Veja a diferença:

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Motivação intrínseca

Também chamada de motivação interna, oriunda de uma força interior que tem a energia de manter a motivação vívida mesmo perante
adversidades. Voltada para metas, objetivos e projetos pessoais que estimulam a pessoa a se esforçar, por exemplo: acordar todos os dias,
enfrentar ônibus, trânsito e trabalhar o dia todo para alcançar seus projetos.

close
Motivação extrínseca

Também conhecida como motivação externa, voltada para o ambiente e outros fatores externos ao indivíduo. Relacionada a gratificações,
incentivos e benefícios externos. Esse tipo de motivação pode ser inconstante, pois depende completamente de fatores externos. Mesmo não
gostando da tarefa, a pessoa pode executá-la por causa da recompensa.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Quando o assunto é motivação, como traz Bergamini (1990), o provérbio “Faça aos outros o que queres que te façam” dá lugar à frase “Faça
aos outros aquilo que eles querem que lhes seja feito”. A ideia sobre o conceito de motivação expressa nessa frase é a presente na seguinte
alternativa:

A Todos sabemos completamente o que motiva cada um de nós.

B A motivação é um conceito muito abrangente, utilizado, inclusive, para a formulação de provérbios novos.

C Há um conceito definido para o termo motivação que ajuda a compreender como cada um se comporta.

D O que os outros desejam que lhes seja feito diz respeito ao alívio do desconforto.

E O conceito de motivação é muito abrangente e difere de pessoa para pessoa.

Parabéns! A alternativa E está correta.


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Questão 2

Assinale a alternativa que corresponde a um fator extrínseco e um intrínseco de motivação, respectivamente.

A Eduardo passou a estudar para tirar boas notas, e sua amiga Julia estudou bastante para ganhar uma viagem dos pais.

B Mônica lavou o carro e sentiu-se aliviada, e seu filho a ajudou para poder usá-lo depois.

José acordou disposto a ir trabalhar e dar o seu melhor para a empresa, e João acordou disposto a trabalhar para ganhar o
C
aumento salarial que seu chefe propôs.

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D Renata gosta de cantar em barzinhos, pois recebe muito bem, e sua dupla, Ana, adora a sensação que a música lhe desperta.

E Lara lê poemas todas as noites e sente-se revigorada, e seu irmão Lucas escreve os poemas para ver a irmã mais feliz.

Parabéns! A alternativa D está correta.


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2 - Teorias relacionadas a motivação


Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as principais teorias ligadas à motivação.

Enfoque baseado em objetivos


Até o momento foi possível identificar que, ao longo da história, muitas foram as tentativas de se explicar o conceito de motivação. Vamos, agora,
conhecer as principais teorias relacionadas ao tema.

É importante entendermos que as teorias da motivação não se anulam, elas podem complementar-se. Para uma melhor compreensão de cada uma,
serão agrupadas com base em dois enfoques: objetivos e necessidades.

Para os teóricos que apresentaram esse enfoque em seus trabalhos, a motivação está relacionada a estímulos externos, e o sujeito persegue seus
objetivos continuamente, até alcançá-los. A seguir, as principais teorias que seguem esse enfoque.

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Teoria X e Teoria Y de McGregor (1960)


Até a década de 1960, as teorias da motivação se dividiam em visões mecanicistas e humanistas. McGregor criou as Teorias X e Y para que
pudesse ser feita uma síntese entre essas duas visões. Ele era psicólogo e economista, e debruçou-se sobre a criação de sua teoria, no final da
década de 1950, procurando usar uma nomenclatura o mais neutra possível; por isso, nomeou suas duas perspectivas de X e Y, pois não queria que
elas fossem diferenciadas de forma apreciativa com conotações de valor.

Essas teorias se referem a perfis de personalidade, bem como comportamentos normalmente encontrados em funcionários:

X
A Teoria X propõe que a motivação se dá por prêmio ou punição.

Y
A Teoria Y enfatiza que a motivação acontece quando um grupo compartilha objetivos.

Ambas estão mais ligadas ao ambiente de trabalho, sendo que, na primeira, há um líder que demanda o serviço e pune ou remunera por isso, e na
segunda o líder é aquele que buscará uma estratégia para motivar a equipe dependendo do padrão de comportamento que encontrar nela.

Segundo a teoria de McGregor, o indivíduo tende a atuar de acordo com suas convicções com relação à natureza humana. Essas nuances, que
transparecem na nossa forma de falar e interagir, na nossa postura e, inclusive, na nossa forma de olhar, influenciam tanto o desempenho individual
quanto o coletivo das pessoas que nos rodeiam. Assim sendo, toma-se o seguinte exemplo, se não acreditamos nas pessoas com as quais
interagimos, nossa forma de agir acabará influenciando o seu comportamento, conduzindo-nos a uma profecia autorrealizável. Em outras palavras,
as nossas baixas expetativas podem conduzir ao baixo desempenho do grupo, o que, por sua vez, acaba levando a um resultado pobre e,
paradoxalmente, confirmando as baixas expectativas; desse modo, entramos em uma espiral sem fim de desempenho insatisfatório.

No caso da teoria X, partimos do princípio de que o trabalho não é visto como agradável pela maioria das pessoas. Cabe, então, às organizações e
empresas desenvolver formas para tentar mediar essa situação; em outras palavras, a organização dos processos deve ser, justamente, para induzir
as pessoas a produzirem. Já na teoria Y, considera-se que o trabalho, em condições adequadas, pode ser tão natural como o lazer. Portanto, o
desafio aqui é justamente gerar essas condições favoráveis para que as pessoas se sintam envolvidas e satisfeitas no seu trabalho.

Vejamos, no seguinte esquema, as principais diferenças de postura entre a Teoria X e a Teoria Y:

Teoria X e Y de McGregor.

De acordo com a teoria X, por exemplo, o líder irá gerar benefícios aos colaboradores que se envolverem com as tarefas, que as fizerem com
dedicação, dando-lhes um ingresso para uma partida de futebol que eles gostam. Enquanto isso, os que não se destacaram por não terem se
envolvido como esperado terão um trabalho extra a cumprir.

De acordo com a teoria Y, esse líder convidaria toda a equipe para um almoço com palestras motivacionais, sorteio de brindes, despertando nos
colaboradores um senso de equipe e pertencimento.

Podemos entender que a contribuição dialética de McGregor com as teorias X e Y permite delimitar as diversas posturas gerenciais e
organizacionais que provocam resultados significativamente diferentes.

Teoria da fixação de objetivos de Edwin Locke (1960)


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A teoria de Edwin Locke parte do pressuposto de que, primeiramente, concentramo-nos em nossos esforços para o alcance de objetivos. Esse fato
nos permite estabelecer metas que direcionam nossos pensamentos e nossas ações. Dessa forma, para podermos estar motivados, precisamos
estabelecer objetivos concretos ou metas.

Comentário

É importante também que a pessoa conte com autossuficiência para se autoavaliar, para reconhecer quais metas está conseguindo alcançar e quais
não. Com isso, a pessoa poderá fazer os ajustes necessários nos comportamentos apresentados para alcançar o rumo desejado. Portanto, para
Locke, a maior motivação que existe é a intenção de lutar por um objetivo.

Nessa teoria, a motivação ocorre quando os objetivos obedecem a alguns critérios, como ter sentido para a pessoa, não ir contra seus valores,
poder compartilhá-los com outros, serem desafiadores e, ao mesmo tempo, não tão difíceis de serem alcançados, além de mensuráveis, no sentido
de se saber o que, quando e o quanto se quer atingir algo.

Um exemplo que podemos colocar para ilustrar essa teoria acontece com os estudantes que precisam de determinada nota para sua aprovação. A
quantidade de horas envolvidas para o estudo estará diretamente ligada à nota que ele pretende ou necessita obter. Objetivos específicos acabam
melhorando o desempenho. Se formos comparar, os objetivos mais difíceis, quando aceitos, irão motivar muito mais que os mais fáceis, obtendo
um desempenho melhor. Outra questão importante é a presença do feedback, principalmente o autogerenciado, que propicia melhores
desempenhos.

Em geral, segundo Locke, objetivos concretos, bem definidos e desafiadores conduzem a melhores resultados do que objetivos genéricos e muito
fáceis.

Teoria da expectativa de Victor H. Vroom (1997)


Para Vroom (1997), nosso comportamento deriva das escolhas que fazemos entre alternativas. Dessa forma, o indivíduo se comporta a partir de
uma combinação de escolhas afetivas, expectativas e vontade. Assim sendo, esse comportamento depende da expectância – o que o sujeito
acredita ser capaz de fazer após realizar um esforço –; da instrumentalidade – quando percebemos que nosso comportamento permitirá atingir o
objetivo esperado – e da valência – a medida entre o objetivo que atingimos e sua relevância para nós.

Dessa forma, para Vroom, a motivação é um produto desses três fatores e, assim, teríamos a seguinte equação:

motivação = expectância x instrumentalidade x valência.

Rotacione a tela. screen_rotation


Vroom (1997) enfatiza três relações:

looks_one
Relação esforço-desempenho
A probabilidade percebida pelo indivíduo de que certa quantidade de esforço levará ao desempenho.

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Relação desempenho-recompensa

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O grau em que o indivíduo acredita que determinado nível de desempenho levará a um resultado desejado.

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Relação recompensa-metas pessoais
O grau em que as recompensas organizacionais satisfazem as metas pessoais, e a atração que essas recompensas potenciais exercem sobre ele.

Em outras palavras, nossa força motivacional é o resultado da possibilidade que temos de alcançarmos determinado objetivo e de sua importância.
Quando acreditamos que somos capazes de alcançar determinado objetivo e que este é valioso ou útil para nós, estaremos concentrando nossos
esforços para um alto desempenho, que trará, como consequência, a recompensa esperada. Portanto, quando precisamos decidir entre várias
opções, as pessoas acabam decidindo por aquela que apresenta maior força motivacional.

Enfoque baseado nas necessidades


O enfoque nas necessidades propõe que a motivação é mais do que a busca por alcançar um objetivo. Para esse grupo, a motivação consiste em
satisfazer as necessidades internas de cada um. Veja, a seguir, as principais teorias focadas nas necessidades.

Teoria da Hierarquia de Necessidades de Abraham Maslow (1963)


Maslow foi um psicólogo humanista que publicou, em 1943, o livro Hierarquia das necessidades. Nas décadas de 1950 e 1960, foi o líder da escola
humanista de Psicologia, posteriormente, foi fundador da Terceira Força em Psicologia e propôs que a motivação emerge de um impulso
ascendente. Nos estudos sobre motivação, talvez a teoria da Escola Hierárquica das Necessidades Humanas Básicas de Maslow seja uma das mais
conhecidas. Ele pensou em uma pirâmide hierárquica das necessidades de uma pessoa, propondo que ela se sente motivada a subir na escala das
necessidades somente após ter satisfeito os primeiros níveis da pirâmide, que são necessidades mais básicas (CAVALCANTI, 2019).

Esse modelo é bastante flexível, pois Maslow reconhecia haver variações individuais, principalmente quanto à intensidade das necessidades. A
princípio, a escala proposta pelo teórico continha sete níveis, que sofreram alterações ao longo do tempo resultando nos seguintes itens:

Pirâmide das Necessidades de Maslow

Veja a seguir, o detalhamento das necessidades:

Necessidades fisiológicas expand_more

Relacionadas à sobrevivência; têm como finalidade manter a sobrevivência e a homeostase do organismo. Esse grupo de necessidades é um
dos mais urgentes e demanda um nível mínimo de satisfação. Fome e sede são exemplos, dentre muitos outros, de necessidades
fisiológicas.

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Necessidade de segurança expand_more

Proteção contra perigo, ameaça e privação (sejam elas reais ou imaginárias) assim como estabilidade e ordem.

Necessidades sociais (família, amizade, amor) expand_more

Nesse nível, encontramos as necessidades relativas à carência que as pessoas têm de amar, à aceitação, ao dar e receber afeto e a
pertencer a grupos.

Necessidade de autoestima, confiança, respeito aos outros expand_more

Envolve as necessidades de autoafirmação, confiança em si, reconhecimento pessoal e por parte de outros. Corresponde à forma com que a
pessoa se vê.

Necessidade de realização pessoal (autorrealização) expand_more

Satisfação por se ser quem é, pelas conquistas e pelo crescimento psicológico; desejo de alcançar sonhos. Esse último nível é o mais difícil
de ser alcançado em sua plenitude.

As necessidades fisiológicas e de segurança, que são consideradas de nível mais baixo, são satisfeitas externamente. Já as outras necessidades –
sociais, de autoestima e de autorrealização – são chamadas de necessidades de nível mais alto, envolvendo a motivação mais intrínseca. Para
Maslow, a motivação acontece quando a pessoa, que apresenta níveis de necessidades inferiores satisfeitos, sente-se impelida a buscar satisfazer
um nível superior.

Segundo o autor, o sistema de necessidades é influenciado por duas forças: a privação e a gratificação. Na medida em que as necessidades são
satisfeitas, elas deixam de ser prioridade, e o sujeito passa a se direcionar para a satisfação de níveis superiores. Em relação ao nível de
autorrealização, Maslow explica que ele pode começar a ser almejado a partir da adolescência (CAVALCANTI, 2019).

Os méritos na teoria de Maslow são especialmente relativos à organização das suas ideias e à forma como seus conceitos são facilmente
aplicáveis na prática. No entanto, uma das críticas feitas a essa teoria é a falta de clareza em relação à forma como acontece a transição de um
nível para outro.

Teoria dos Fatores Motivadores de Frederick Herzberg (1959)


Herzberg traz, em sua teoria, informações compatíveis com as de Maslow, entretanto, enquanto este coloca as necessidades humanas no centro de
sua teoria, o primeiro faz isso sem deixar de lado os incentivos externos utilizados para satisfazer tais necessidades.

O desenvolvimento da teoria de Herzberg tinha como objetivo identificar os fatores que causavam a satisfação e a insatisfação dos empregados no
ambiente de trabalho. Por isso, o autor entrevistou vários profissionais da área industrial, o que leva sua teoria a ficar circunscrita, especialmente, ao
âmbito empresarial.

Em seus estudos, Herzberg divide as forças motivadoras em duas categorias:

Fatores de higiene

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São aqueles cuja falta gera desmotivação, e estão voltados a aspectos extrínsecos.

add
Fatores motivacionais

São fatores intrínsecos que geram motivação por meio da satisfação das necessidades.

É como se os fatores de higiene de Herzberg se relacionassem com as necessidades fisiológicas, de segurança e sociais; e os fatores motivacionais
se relacionassem com as necessidades de estima e autorrealização, na pirâmide de necessidades de Maslow. Veja a seguir:

Fatores higiênicos de Herzberg.

Teoria da Necessidade de Realização de David McClelland (1961)


David McClelland compreendia que o indivíduo era autônomo e responsável por seu sucesso ou fracasso; desse modo, acreditava que a motivação
estaria mais ligada à realização pessoal do que a recompensas externas. McClelland desenvolveu um método para medir a intensidade com que
alguém se preocupava com sua realização; em seguida, esse método estendeu-se para medir as necessidades de afiliação e poder.

Esses três tipos de necessidade, segundo o teórico, se inter-relacionam e aparecem em diferentes graus em cada pessoa, podendo, inclusive,
configurar um perfil psicológico para cada uma.

Exemplo
Quando o nível de necessidade de realização se destaca, revela uma pessoa que se esforça para alcançar altos níveis de desenvolvimento,
autonomia e responsabilidade. Por sua vez, um maior nível de necessidade de afiliação caracteriza alguém que tem um grande desejo de aprovação
por parte dos outros e se identifica com os seus sentimentos. Esse indivíduo tem o desejo de ser amado e aceito pelos outros, busca amizade,
prefere situações de cooperação em vez de competição e deseja relacionamentos que envolvam um alto grau de compreensão mútua.

Por fim, um alto nível nas necessidades de poder reflete aquele que quer controlar as atitudes e ações dos outros, quer dominar e ser prestigiado. A
necessidade de poder e de associação costumam estar relacionadas com o sucesso gerencial. Os melhores executivos possuem alta necessidade
de poder e baixa necessidade de associação.

Pessoas que são mais “caxias” em seus trabalhos possuem necessidade de realização mais aguçada. As que necessitam de amizade, são
“boazinhas” e deixam de fazer por si para agradar aos outros têm a necessidade de afiliação direcionando suas ações. Já a necessidade de poder
se evidencia nas pessoas que gostam de controlar, estar sempre no comando e ser elogiadas por seu trabalho. Por exemplo:

Realização
As pessoas precisam competir como forma de mostrar competência e conhecimento.

Poder
As pessoas querem exercer influência.

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Afiliação
As pessoas necessitam relacionar-se cordial e afetuosamente. É o desejo de relacionamentos interpessoais próximos e amigáveis.

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Comparação das diversas teorias de motivação e sua utilidade
Neste vídeo, será feita uma comparação entre os dois grupos de teorias de motivação, as diversas teorias apresentadas e sua utilidade na prática.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

A motivação ocorre quando os objetivos obedecem a alguns critérios como ter um sentido pessoal, ter possibilidade de compartilhamento,
representar um desafio e ser mensurável. Essa ideia sobre a motivação corresponde à Teoria

A da Fixação de Objetivos de Edwin Locke.

B da Necessidade de Realização de David McClelland

C da Hierarquia de Necessidades de Abraham Maslow.

D X e Teoria Y de McGregor.

E da Expectativa de Victor H. Vroom.

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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Questão 2

Fazer novas amizades é um comportamento ligado à qual etapa dentro da hierarquia de necessidades de Maslow?

A Necessidades fisiológicas.

B Necessidade de segurança.

C Necessidades sociais.

D Necessidade de autoestima.

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E Necessidade de autorrealização.

Parabéns! A alternativa C está correta.


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3 - Psicologia e fisiologia na motivação


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer as necessidades psicológicas e fisiológicas que interferem na motivação
de cada sujeito.

Estruturas neurais na homeostase e a motivação


A motivação é um dos processos básicos da Psicologia e não podemos deixar de compreender que ela só ocorre devido à existência de estruturas
neurais que a produzem. Como dito, a motivação é um processo que busca, em suas necessidades primárias, a homeostasia do corpo. Essa
desregulação temporária corporal se transforma em energia necessária e suficiente para que o organismo seja impulsionado a buscar recursos para
o reestabelecimento do equilíbrio do corpo. Por exemplo, quando uma pessoa faz atividade física, há o aumento da temperatura corporal, levando ao
desequilíbrio. Imediatamente, o corpo produz o suor para o resfriamento da temperatura corporal. Porém, um novo desequilíbrio surge com a
diminuição de líquido, e a mensagem de sede surge para gerar o reequilíbrio. Calor, frio, sede, fome e, inclusive, sexo são sinais de alerta emitidos
pelo corpo para levá-lo à busca da homeostasia.

omeostasia
Homeostase é um termo ciado por Walter Cannon que define a habilidade ou capacidade do organismo em manter o meio interno em determinado
equilíbrio, apesar das alterações que possam ocorrer no ambiente externo.

Existem estruturas, tanto do sistema endócrino quanto do sistema nervoso, que são responsáveis por esse controle e, consequentemente,
diretamente relacionadas com a motivação. O sistema nervoso (SN) é responsável por disparar os sinais de alerta, e o sistema endócrino (SE) por
secretar os mensageiros químicos. Existe uma estrutura do SN, mais especificamente do diencéfalo, que se localiza logo abaixo do tálamo,
chamada de hipotálamo, que tem comunicação com o sistema nervoso central (SNC), com o sistema nervoso autônomo (SNA) e com o sistema
endócrino (SE). Essa estrutura é responsável pela homeostasia do corpo, pelo controle da fome, da sede e da temperatura corporal, além de secretar
hormônios que controlam diretamente a hipófise e indiretamente diversos órgãos vitais. O hipotálamo é reconhecido como o centro ordenador de
comportamentos motivados.

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Lesões no hipotálamo podem levar a pessoa a um quadro de intensa desmotivação, podem provocar voracidade alimentar se a pessoa não receber
mensagens de saciação ou deixá-las completamente inapetentes (sem fome), por falta de informação de que seu corpo necessita de alimento para
produção de energia. Veja a imagem a seguir:

Hipotálamo.

Necessidade de pertencimento
Você concorda que o ser humano é um animal social? Para melhor ajudá-lo nessa reflexão, vamos dar uma breve olhada no curso da evolução
humana.

Sabemos que, para os animais se reproduzirem, o contato é fundamental, e isso não é diferente para os humanos. Desde suas origens, aqueles que
conviviam entre si eram mais propensos à reprodução; da mesma forma, os adultos que desenvolviam relacionamentos de longo prazo tinham uma
maior probabilidade de se reproduzir e ter descendentes.

Desde as antigas gerações, percebeu-se que, embora possua capacidades, a criança completamente dependente do adulto tinha mais chances de
sobrevivência; assim que isso foi compreendido, elas passaram a ser cuidadas, para que tivessem mais chances de sobreviver até chegarem à idade
reprodutiva, podendo dar início a um novo ciclo de desenvolvimento. Os grupos provaram ser eficientes a partir do momento em que garantiram a
própria sobrevivência, desde os alimentos compartilhados às caças de grandes mamíferos ou à vigia contra inimigos predadores. Por isso, faz todo
o sentido que, ao longo dos milênios, os humanos tenham-se comprometido a viver em grupos.

Quando você sente fome, seu organismo te impulsiona a procurar comida em uma tentativa de evitar a morte. Da mesma forma como a falta de
comida é um risco à vida, o não pertencer a um grupo, como vimos, aumenta o risco a perigos adversos, como doenças e mortes prematuras, ou
seja, a necessidade de pertencimento é uma necessidade básica humana que impulsiona um comportamento. Dessa maneira, assim como a fome
nos alerta, precisamos de algo que nos alerte quando estamos prestes a nos isolar.

Você já se sentiu excluído? É evidente que a sensação não é agradável, no entanto, ela te alerta. Assim como os indivíduos que são confrontados
com a exclusão ficam ansiosos, aqueles que são mais tímidos e solitários se atentam mais com a avaliação social.

Imagine que você seja convidado a participar de um estudo; ao chegar, depara-se com uma informação um tanto quanto inquietante: todos os
participantes levariam um choque. No entanto, aqueles que apresentassem um nível baixo de ansiedade sentiriam no máximo cócegas, já aqueles
com um nível alto de ansiedade sentiriam uma dor muito grande. Após ouvir essa informação, você possui a chance de escolher esperar sua vez
acompanhado ou sozinho. Qual seria sua escolha?

Esse estudo foi realizado pelo psicólogo social Stanley Schachter (1959) com participantes do sexo feminino. Schachter descobriu que o aumento
na ansiedade levou a um aumento nas motivações por parceria: aquelas na condição de alta ansiedade eram muito mais propensas a querer
esperar com outras pessoas.

Vamos pensar agora na companhia. Se você vai fazer uma prova e não estudou muito, prefere ficar do lado de uma pessoa que sabe toda a matéria
e não compartilha ou de uma pessoa que, assim como você, não sabe quase nada?

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Outro estudo realizado revelou que os participantes com níveis altos de ansiedade preferiam estar acompanhados de outros também ansiosos; mas
por quê? Segundo Schachter, estamos em constante comparação e validação de nossas ações, desse modo, estar rodeado de pessoas
semelhantes a nós produz a sensação de que estamos agindo da maneira adequada e de acordo com nossas crenças pessoais (SCHACHTER,
1959).

Alimentação
De fato, todos nós precisamos comer para sobreviver, mas alimentar-se vai muito além da sobrevivência; a comida faz parte das relações sociais.
Não é à toa que no mundo todo as pessoas fazem festas, reuniões, ou passeios em que o social é rodeado pelo comportamento de comer.

Há quem acredite que comemos quando sentimos fome, mas existem pessoas que preferem fazer jejum, outras que continuam comendo mesmo
que estejam saciadas, por isso comer envolve impulsos e incentivos. Ou seja, a fome nos leva a comer, entretanto aquilo que escolhemos para
comer é determinado pelo que gostamos.

De fato, precisamos comer para manter as funções vitais do corpo, por isso muitos mecanismos biológicos atuam na questão da alimentação. A
principal estrutura do encéfalo responsável por esse comportamento é o hipotálamo. Estudos realizados na primeira metade do século XX
revelaram que danos causados nessa região mudaram, significativamente, o comportamento alimentar e o peso corporal.

Já o desejo que sentimos ao ver uma comida saborosa está ligado ao sistema límbico, principal região do encéfalo ligada à emoção e à
recompensa. Danos nessa região podem levar à síndrome de Gourmand, que deixa as pessoas obcecadas pela variedade, qualidade e pelo modo de
preparo de alimentos.

Dificilmente, você verá um animal não domesticado fazer suas refeições em horários determinados como almoço ou jantar, por exemplo. Isso
porque, fisiologicamente, não há essa necessidade, visto que a alimentação é feita com o intuito de suprir os estoques de gordura e armazenamento
de energia que será usada para a sobrevivência. Com o ser humano não é diferente, já que cada indivíduo possui um organismo diferente contendo
diferentes taxas metabólicas.

Atente-se aos horários em que você come: consegue perceber que a maioria das pessoas almoça no mesmo horário? Será que é porque os seres
humanos possuem um déficit nos estoques de energia maior nesses horários específicos?

Resposta
A resposta é não. No estudo feito por Pavlov, foi descoberto o condicionamento em cães, o que formou a base do que hoje é a Psicologia
Comportamental. A partir dela, entendemos que as pessoas comem porque foram condicionadas a associar suas alimentações a refeições do
cotidiano, ou seja, as horas no relógio fazem com que percebamos que a hora de comer está se aproximando, como uma resposta aprendida, dando
início a várias respostas que preparam nosso corpo para a alimentação (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008).

Você já ficou com água na boca só de pensar em alguma comida? Ou quando se deparou com uma mesa cheia de variedades, teve a imensa
vontade de experimentar tudo? A alimentação é influenciada por muitos fatores, mas o principal é o sabor da comida; não só o sabor bom da
comida, mas a variedade de sabores que vemos.

Da mesma forma que sua vontade de comer aumenta quando lhe são apresentadas muitas opções, ela se atenua quando você passa a comer o
mesmo sabor repetidamente, ou seja, quanto mais variedade de alimentos, mais você comerá.

Mas você pode se perguntar o porquê de isso acontecer, já que, se pensar em peso, ele independe da comida. Tanto com os animais quanto com as
pessoas acontece um fenômeno que é chamado de saciedade sensorial específica, ou seja, se você tiver que comer um brigadeiro em todas as
refeições, no começo, será uma delícia, mas logo você se cansará do mesmo sabor. Isso acontece porque a avaliação de recompensa que ocorre na
região dos seus lobos frontais diminui à medida que um mesmo alimento é ingerido repetidas vezes.

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Exemplo
Considere a sua capacidade de conseguir comer a sobremesa depois de uma ceia de Natal que o deixou farto. Em termos de evolução, esse
fenômeno se mostrou vantajoso, uma vez que se alimentando de vários alimentos, as exigências nutricionais foram satisfeitas, aumentando a
qualidade de vida e sua expectativa.

Já aprendemos que o ser humano é sociável, condicionado a comer em determinados horários e come mais de acordo com a variedade da comida;
então é certo pensar que, com essas semelhanças, todas as pessoas comem as mesmas coisas? Se você fosse a um restaurante e o garçom
trouxesse um prato com cupins fritos, qual seria a sua reação? Isso depende de onde você está, já que no Zaire, por exemplo, esse é um dos pratos
prediletos, enquanto para os brasileiros é um tanto quanto nojento.

Em termos evolutivos, rejeitar alimentos diferentes e desconhecidos faz sentido, uma vez que esses podem ser venenosos ou perigosos. Desse
modo, ao evitá-los a sobrevivência é garantida. Atualmente, a preferência de cada um se relaciona com aquilo que se tem contato, ou seja, se você
nunca comeu certo alimento, ele, provavelmente, não será o seu preferido. Assim, adicionar cupim frito à sua alimentação não será tão simples.

Comportamento sexual
Os impulsos sexuais variam entre indivíduos, circunstâncias e influência social; mas, de todo modo, o desejo sexual é um motivador extremamente
poderoso e durável na sociedade.

Pensando no quesito biológico, esse comportamento é profundamente influenciado por hormônios de duas maneiras:

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No desenvolvimento físico do cérebro e do corpo na puberdade.

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Na influência sobre o comportamento sexual por meio da motivação que ativa o comportamento reprodutivo.

A região cerebral que mais estimula tal comportamento é o hipotálamo, uma vez que ele é o responsável por controlar a liberação de hormônios na
corrente sanguínea. Os hormônios sexuais são liberados nos testículos e ovários, sendo que os homens têm maior atividade de andrógenos (como
a testosterona) e as mulheres, maior atividade de estrogênios e progesterona. No comportamento reprodutivo, os andrógenos exercem maior
influência. Desta forma, para que o homem se envolva na atividade sexual, é preciso que tenha certa quantidade de testosterona. Por outro lado, em
muita quantidade, esse hormônio pode dificultar seu desempenho sexual. Já na mulher, quanto maior a quantidade de testosterona, maiores são o
desejo e os pensamentos sexuais.

Quanto aos neurotransmissores, eles podem afetar vários aspectos do comportamento sexual. Os receptores dopaminérgicos do sistema límbico,
por exemplo, auxiliam na experiência física do prazer, já a atividade sexual é estimulada pelos receptores dopaminérgicos do hipotálamo.

Sexta-feira, seus amigos chamam você para sair, ambiente legal, comida boa, até que você conhece uma pessoa que lhe atrai. Do toque ao beijo, seu
sangue começa a fluir de maneira diferente, e as sensações agora são de excitação. Claro que, nesse momento, o que você menos vai pensar é no
que está acontecendo com seu corpo e com seu cérebro, e muito menos no ciclo de resposta sexual. Mas, afinal, o que é isso?

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William Masters e Virginia Johnson, no começo da década de 1960, questionaram-se sobre isso e, em 1966, realizaram testes laboratoriais sobre o
comportamento sexual, o que lhes fez identificar o ciclo de resposta sexual. Nesse estudo, as respostas físicas e psicológicas se firmaram em um
padrão que consiste em quatro fases (MASTERS; JOHNSON, 1966). Veja a seguir:

Fase de excitação

A fase inicial em que as pessoas contemplam a atividade sexual entre beijos e toques sensuais. Nessa fase, com o sangue fluindo
para os órgãos genitais, nos homens, o pênis começa a ficar ereto e, nas mulheres, o clitóris incha, a vagina secreta fluidos se
expandindo e os mamilos aumentam dando continuação à excitação.

Fase platô

As frequências cardíaca e respiratória e a pressão arterial aumentam, sendo a fase da atividade sexual de maior frenesim, com a
paixão acima de todas as inibições, que são perdidas.

Fase do orgasmo

Os músculos do corpo começam a se contrair involuntariamente, e as frequências aumentam. Para cada um, a resposta é diferente:
nos homens, há ejaculação e, nas mulheres, contrações da vagina. O orgasmo, nos homens saudáveis, é praticamente certo, já nas
mulheres o orgasmo varia.

Fase de resolução

Depois do orgasmo, um alívio acontece; para os homens, há um período chamado de refratário, em que uma ereção não é mais
possível temporariamente, enquanto nas mulheres, não há esse período, de modo que ela pode ter orgasmos múltiplos.

Vale ressaltar que, como ocorre com outros tipos de necessidade, o nosso pertencimento a grupos bem como a inserção desses em determinada
cultura, além da influência da mídia e das normas sociais, religiosas e pessoais, tudo isso pode moldar o comportamento sexual, desde como ele
deve ocorrer até o momento que parece mais adequado.

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O comportamento sexual humano
Neste vídeo, apresentaremos o padrão de resposta sexual desenvolvido por Masters e Johnson e sua relação com o conceito de homeostase.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Sobre o comportamento alimentar, assinale a alternativa correta.

A Está inteiramente ligado a fatores biológicos, uma vez que comemos para não passar fome.

B O jejum está ligado à falta de motivação.

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C Comer envolve tanto um impulso biológico quanto um incentivo.

D Comemos apenas aquilo que nos agrada, pois alimentar-se está relacionado à motivação intrínseca.

E Não é o cérebro que atua no comportamento alimentar, mas sim o estômago.

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EComemos%20quando%20temos%20fome%2C%20mas%20aquilo%20que%20escolhemos%20comer%20depende%20muito%20do%20q

Questão 2

Pessoas com níveis altos de ansiedade, segundo estudos, preferem estar acompanhados de outros também ansiosos. Isso ocorre porque:

A buscamos estar rodeados de semelhantes, pois isso produz a sensação de que estamos agindo da forma adequada.

B precisamos sentir que estamos cuidando de alguém.

C os hormônios que causam a ansiedade, em contato com os hormônios de outras pessoas, têm seus efeitos diminuídos.

D a ansiedade é um pré-requisito para se fazer amizades.

E a ansiedade diminui quando estamos em contato com outras pessoas, pois nos sentimos protegidos.

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EEstamos%20em%20constante%20compara%C3%A7%C3%A3o%20e%20valida%C3%A7%C3%A3o%20de%20nossas%20a%C3%A7%C3%

Considerações finais
Ao longo deste módulo, constatamos que não há um único conceito definido quanto à motivação, pois esse é um tema abrangente, que leva em
conta fatores extrínsecos (externos) e intrínsecos (internos). Cada pessoa é motivada por expectativas e objetivos diferentes, uma vez que estão
rodeadas por uma diversidade grande de interesses.

Desde a Grécia Antiga, alguns filósofos já se interessavam pelos motivos ligados ao comportamento humano, mas foi na primeira metade do século
XX que os estudos sobre motivação começaram a ganhar força. A maioria das teorias propostas pode ser agrupada em dois enfoques, um que liga

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as forças motivacionais a um objetivo, e outro que as relaciona às necessidades.

Um enfoque não anula o outro, ambos se complementam, por essa razão, comportamentos como comer, relacionar-se com outras pessoas, ou
mesmo as relações sexuais, apresentam motivações fisiológicas e psicológicas.

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Podcast
Agora, o especialista Vilson Carvalho refletirá sobre as últimas pesquisas da Neuropsicologia, suas importantes descobertas no estudo da
motivação e suas implicações.

Explore +
1. Para conhecer um pouco mais sobre as teorias e os fatores que levam à motivação, recomendamos que você assista, no canal Didatics, no
Youtube, ao vídeo: O que é motivação/série temas atuais.

2. Assista à entrevista dada por Suzana Herculano-Houzel ao programa Roda Viva da TV Cultura, em que ela fala sobre a influência da motivação no
aprendizado. O vídeo completo, intitulado Suzana Herculano-Houzel – 25/03/2013, pode ser encontrado no canal do Roda Viva no Youtube.

3. Assista ao filme À procura da felicidade (Columbia Pictures, 2007), estrelado por Will Smith, inspirado na história de Chris Gardner.

Referências
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BOCK, A.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. Psicologias. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

CAVALCANTI, T.; GOUVEIA, V.; MEDEIROS, E.; MARIANO, T.; MOURA, H.; MOIZEÍS, H. Hierarquia das necessidades de Maslow: validação de um
instrumento. Psicologia: Ciência e Profissão. v. 39, n. 7, p. 1-13, 2019.

DECI, E. L.; VALLERAND, R. J.; PELLETIER, L. G.; RYAN, R. M. Motivations and education: the self-determination perspective. Educational
Psychologist, v. 26 n. 3 e 4, p. 325-346, 1991.

GAZZINIGA, M.; HEATHERTON. T.; HALPERN, D. Ciência psicológica [recurso eletrônico]. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018.

HARTER, S. A new self-report scale of intrinsic versus extrinsic orientation in the classroom: motivational and informational components.
Developmental Psychology, v. 17, n. 3, p. 300-312, 1981.

MASTERS, W. H.; JOHNSON, V. E. Human sexual response. Toronto; New York: Bantam Books, 1966.

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PEREZ-RAMOS, J. Motivação no trabalho: abordagens teóricas. Psicol. USP, São Paulo, v. 1, n. 2, p. 127-140, dez. 1990.

REEVE, J. Motivação e emoção. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019.

RIBAS, R. A motivação empreendedora e as teorias clássicas da motivação. Cad. Adm., v. 5, n. 1, 2011.

ROBBINS, S. P., JUDGE, T. A., SOBRAL, F. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. 14. ed. Porto Alegre: Pearson, 2012.

RYAN, R. M.; DECI, E. L. Self-determination theory and the facilitation of intrinsic motivation, social development, and wellbeing. American
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SCHACHTER, S. The psychology of affiliation: experimental studies of the sources of gregariousness. Stanford, California: Stanford University, 1959.

TODOROV, J. C.; MOREIRA, M. B. O conceito de motivação na Psicologia. Rev. Bras. Terap. Comp. Cog., v. 7, n. 1, p. 119-132, 2005.

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