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Motivação deriva originalmente da palavra latina movere, que significa mover. É o desejo
de exercer altos níveis de esforço em direção a determinados objetivos organizacionais,
condicionados pela capacidade de satisfazer algumas necessidades individuais.
A definição de "motivo" encontrada em dicionários indica ser ele "algo que impulsiona uma
pessoa a atuar de certa maneira". Logo, o estudo da "motivação" compreende
essencialmente o estudo "da direção e persistência da ação". Entretanto, outra ideia sobre
a "motivação" é aquela que a relaciona "com a conduta em termos dos objetivos por
ela perseguidos".
A palavra motivação é usada com diferentes significados. Pode-se falar em motivação para
estudar, ganhar dinheiro, viajar e até mesmo para não fazer nada. A palavra motivação
indica as causas ou motivos que produzem determinado comportamento, seja ele qual for.
A motivação é a energia ou força que movimenta o comportamento e que tem três
propriedades:
A motivação é específica. Uma pessoa motivada para trabalhar pode não ter motivação
para estudar ou vice-versa. Não há um estado geral de motivação, que leve uma pessoa a
sempre ter disposição para tudo.” (MAXIMIANO, 2004)
Segundo Stephen P. Robbins, motivação é o processo responsável pela intensidade,
direção e persistência dos esforços de uma pessoa para alcançar uma meta. A
intensidade refere-se ao esforço que a pessoa despende, sendo um dos elementos que
mais nos referimos quando falamos em motivação. Já a direção deverá ser conduzida de
uma maneira que beneficie a organização. Portanto precisamos considerar a qualidade do
esforço, tanto quanto sua intensidade. A persistência é uma medida de quanto tempo uma
pessoa consegue manter seu esforço. Os indivíduos motivados se mantêm na realização
de suas tarefas até que seus objetivos sejam atingidos.
Já na visão de Chiavenato (2014), a motivação é o desejo de exercer altos níveis de
esforço em direção a determinados objetivos organizacionais, condicionados pela
capacidade de satisfazer objetivos individuais. A motivação depende da direção (objetivos),
força e intensidade do comportamento (esforço) e duração e persistência.
CONCEITO DE MOTIVAÇÃO
Motivação define-se pelo desejo de exercer altos níveis de esforço em direção a
determinados objetivos, organizacionais ou não, condicionados pela capacidade de
satisfazer algumas necessidades individuais.
A motivação é relativa às forças internas ou externas que fazem uma pessoa se
entusiasmar e persistir na busca de um objetivo.
Podemos dizer que as principais características básicas da motivação são que ela é um
fenômeno individual, ou seja, somos únicos e devemos ser tratados com tal; que a
motivação é intencional, uma vez que está sob o controle do trabalhador; a motivação é
multifacetada, depende tanto do estímulo como da escolha do comportamento empregado.
Ciclo Motivacional
Em todo estado de motivação existe um ciclo motivacional, ele começa com o surgimento
de uma necessidade, portanto, sem esta necessidade não há ciclo. A necessidade traz um
estado psicológico no indivíduo causando um desconforto levando a um motivo para sair
desta situação. Quando as pessoas estão em estado estável, sem esta necessidade, elas
tendem a ficar estáticas se acomodando nos lugares que ocupam, por um lado isso é bom,
mas pelo outro, seres estáticos se acomodam com a situação atual e acabam ficando para
trás, por isso este incômodo pode ser visto como algo positivo, pois é ele quem faz as
pessoas se moverem e conseguirem grandes realizações e avanços como seres humanos
ou para qualquer outra coisa.
TIPOS DE MOTIVAÇÃO
Motivação intrínseca
Os Motivos internos são as necessidades, aptidões, interesses, valores e habilidades
das pessoas. Os motivos internos fazem cada pessoa ser capazes de realizar certas
tarefas e não outras; valorizar certos comportamentos e menosprezar outros. São os
impulsos interiores, de natureza fisiológica e psicológica, afetados por fatores sociológicos,
como os grupos ou a comunidade de que a pessoa faz parte.
Motivação extrínseca
Os motivos externos são estímulos ou incentivos que o ambiente oferece ou objetivos
que a pessoa persegue. Os motivos externos satisfazem necessidades, despertam
sentimentos de interesse ou representam recompensas desejadas. São motivos externos
todas as recompensas ou punições oferecidas pelo ambiente, os padrões estabelecidos
pelo grupo de colegas, os valores do meio social, as oportunidades de carreira e muitos
outros componentes da situação de trabalho.
PRINCIPAIS TEORIAS MOTIVACIONAIS
A teoria da hierarquia das necessidades (Maslow, 1943) afirma que a satisfação das
necessidades humanas é importante para a saúde física e mental do indivíduo, pois elas
estão dispostas em uma hierarquia que inclui necessidades físicas, sociais e
psicológicas.
1. Necessidades fisiológicas: são o nível mais baixo de todas as necessidades humanas,
mas de vital importância. Nesse nível, estão as necessidades de alimentação (fome e
sede), de sono e repouso (cansaço), de abrigo (frio ou calor), o desejo sexual, etc. As
necessidades fisiológicas estão relacionadas com a sobrevivência do indivíduo e com a
preservação da espécie. São necessidades instintivas e que já nascem com o indivíduo.
2. Necessidades de segurança: constituem o segundo nível das necessidades humanas.
São necessidades de segurança, estabilidade, busca de proteção contra ameaça ou
privação e fuga do perigo. Surgem no comportamento quando as necessidades fisiológicas
estão relativamente satisfeitas.
3. Necessidades sociais: surgem quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de
segurança) encontram-se relativamente satisfeitas. Dentre as necessidades sociais estão a
necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de
troca de amizade, de afeto e de amor. Quando as necessidades sociais não estão
suficientemente satisfeitas, o indivíduo torna-se resistente, antagônico e hostil em relação
às pessoas que o cercam. Em nossa sociedade, a frustração das necessidades de amor e
de afeição conduz à falta de adaptação social, ao isolacionismo e à solidão. Dar e receber
afeto são importantes forças motivadoras do comportamento humano.
4. Necessidades de estima: são as necessidades relacionadas com a maneira pela qual o
indivíduo se vê e se avalia. Envolvem a autoapreciação, a autoconfiança, a necessidade de
aprovação social e de respeito, de status, de prestígio e de consideração. Incluem ainda o
desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência e
autonomia. A satisfação das necessidades de estima conduz a sentimentos de
autoconfiança, de valor, força, prestígio, poder, capacidade e utilidade.
5. Necessidades de autorrealização: são as necessidades humanas mais elevadas e que
estão no topo da hierarquia. Estão relacionadas com a realização do próprio potencial e
autodesenvolvimento contínuo. Essa tendência se expressa pelo impulso que a pessoa
tem para tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser.
Alguns aspectos sobre a hierarquia de necessidades de Maslow
1. Somente quando um nível inferior de necessidades está satisfeito é que o nível
imediatamente mais elevado surge no comportamento da pessoa. Em outros termos,
quando uma necessidade é satisfeita, ela deixa de ser motivadora de comportamento,
dando oportunidade para que um nível mais elevado de necessidade possa se manifestar.
2. Nem todas as pessoas conseguem chegar ao topo da pirâmide de necessidades.
Algumas chegam a se preocupar com as necessidades de autorrealização; outras
estacionam nas necessidades de estima; outras ainda, nas necessidades sociais,
enquanto muitas outras ficam preocupadas exclusivamente com necessidades de
segurança e fisiológicas, sem que consigam satisfazê-las adequadamente.
3. Quando as necessidades mais baixas estão satisfeitas, as necessidades localizadas nos
níveis mais elevados passam a dominar o comportamento. Contudo, quando alguma
necessidade de nível mais baixo deixa de ser satisfeita, ela volta a predominar no
comportamento, enquanto gerar tensão no organismo. A necessidade mais premente
monopoliza o indivíduo e o leva a mobilizar as diversas faculdades do organismo para
atendê-la.
4. Cada pessoa possui sempre mais de uma motivação. Todos os níveis de motivação
atuam conjuntamente no organismo. As necessidades mais elevadas atuam sobre as mais
baixas, desde que estas estejam satisfeitas. Toda necessidade está relacionada com o
estado de satisfação ou insatisfação de outras necessidades. Seu efeito sobre o organismo
é sempre global e conjunto, nunca isolado.
5. O comportamento motivado funciona como um canal pelo qual as necessidades são
expressas ou satisfeitas.
6. A frustração ou a possibilidade de frustração da satisfação de certas necessidades
passa a ser considerada ameaça psicológica. Essa ameaça produz as reações gerais de
emergência no comportamento humano.
Teoria ERC ou ERG de Clayton Alderfer
A Teoria ERG (Existência-Relacionamento-Crescimento) formulada por Alderfer (1969),
também derivada diretamente das ideias de Maslow e do seu Esquema Hierárquico de
Necessidades. Basicamente, é uma adaptação da teoria da hierarquia das necessidades
de Maslow. A diferença entre ambas orientações teóricas consiste, não só no número de
categorias que definem a escala de necessidades (cinco no modelo de Maslow e três no
de Alderfer), mas, principalmente, no sentido ou direção do desenvolvimento motivacional.
Para Maslow, o processo se realiza em forma progressiva, ascendente, de nível a nível de
categoria nas necessidades da escala hierárquica; para Alderfer, esse processo pode dar-
se também em sentido regressivo, descendente; isto é, de frustração-regressão, e não
unicamente na direção de satisfação-progressão, conforme Maslow. O sentido de
frustração-regressão pode ser resultante de barreiras e bloqueios na satisfação das
necessidades de categorias hierarquicamente mais altas na escala, produzindo, nesse
caso, um retorno ou descenso às inferiores, sempre que nestas últimas o indivíduo tenha
experimentado satisfação.
1. Necessidades de existência (existence): incluem as necessidades de bem-estar físico:
existência, preservação e sobrevivência. Incluem as necessidades básicas de Maslow, ou
seja, as fisiológicas e as de segurança.
2. Necessidades de relacionamento (relatedness): são as necessidades de
relacionamentos interpessoais, ou seja, de sociabilidade e relacionamento social. Podem
ser associadas às necessidades sociais e de estima de Maslow.
3. Necessidades de crescimento (growth): são as necessidades que o ser humano tem
de desenvolver seu potencial e crescer. Relacionam-se com as necessidades de
autorrealização de Maslow.
Teoria das Necessidades adquiridas de McClelland
Segundo McClelland (1961), existem três classes de diferentes razões ou “motivos” que
nos propelem e induzem a comportamentos de determinada maneira. De acordo com
Bergamini (2008), as necessidades são adquiridas socialmente por meio das
experiências vivenciadas pelas pessoas, podendo ser aprendidas, ou seja,
aperfeiçoadas ou ensinadas, possibilitando aos indivíduos uma melhoria em suas
características e habilidades.
As necessidades variam de pessoa para pessoa, se apresentando com diversas
intensidades, ou seja, cada indivíduo demonstra diferentes níveis destas
necessidades, ainda que uma delas sempre predomine, o que caracterizada um padrão
de comportamento. Esta característica, dada às necessidades, torna possível a formulação
de um sistema tipológico, constituído por três tipos de pessoas: os que têm
predominantemente uma motivação para realização, os que têm predominantemente uma
motivação para afiliação e os que são predominantemente motivados pelo poder.
A necessidade de realização é voltada para a excelência, levando os indivíduos a
lutarem pelo sucesso, apreciando desafios significativos e satisfazendo-se ao completá-
los. A necessidade de realização é controlada por diversas forças, como: desejo de ser
aprovado socialmente, desejo de status, conhecimentos e habilidades.
5. Pessoas com alta autoeficácia tendem a concluir com êxito as tarefas. Pessoas com
baixa autoeficácia precisam de maio retroação externa.