Você está na página 1de 367

1

ISBN --

9 788580
788580 33169
1
Ao examinr de perto ntes, movientos e pessoas a Renascença
e a Rerm
Rerma, a, Voglin
Voglin revela, neste olume, as raízes as ieologias
políticas e hoje. Este cuiaoso estuo stabelece o nameno
a crítica e Voegelin ao períoo moerno e é essencial para a com
preensão e sua análise posterior
Voegelin ientica, não um, mas ois começos istintos o moi
mnto em reção à consciência política moerna: a Renasceça e a
Rrma Historicamen
Historicamente, te, entretanto, os efeitos poerosos
poeros os o segun
o oscar os o s o primeiro Neste livro,
livro , Voege
Voegelin
lin examina cuiao
samente ambos os períoos e sua presenç no pensamento moerno
A Renascença - represen
representaa
taa pelas obras
obras e Nicola Maq Maquiav
uiavel
el
Dsiér
Dsi ério
io rasmo
rasmo  Tomas
Tomas ore
ore  é caracterizaa como como uma
uma
luta por eqilíbrio aquiavel e Erasmo eseram por um príncipe
 virtu
 vi rtuoso
oso par
par alcanç
alcançarar a orem  um recorreno à rça bruta; o
outro, à espiritualiae cristã para alcançar o seu obetivo Tam
 bém participnt
participntee do prim
primeiro
eiro começ
começoo  mornida
mornidae, e, oe era
um pensaor comp compexo
exo ienticao ao mesmo tempo como c omo santo
a igrea e o movimento comunista. As questões que expora em
Utopia, coo emonstra Voegelin,
Voegelin, inretame
inretament nt eram orige os
conceitos que atingiram em cio  istória ociental colonização,
imperialismo, nacionalsocialismo e comunismo.
Explorano a trnição a Rnscenç para a Rerma á um
capítulo brlante, "O povo e Dus", que examina o moimento
sectário. ssas páginas contêm o rico pano e no istórco que
levou às colusõe posterioes e oegelin acerca o gnosticismo
e e suas inuências moernas.
Vegelin oferce uma visão controversa a Rerma assim como a
situaão política e religiosa que a peceeu iretamente No entanto,
lança luzes sobre as rças e inaequações e gurascave como
artino Lutro e João Calvino A rça propulsra por trá a Re
rma provém exclusi
exclusivamente
vamente a peronaliae poerosa
poero sa e Lutero
O que comou coo uma iscussão absata, purament técnica
 tornouse uma aoraa revolta ai tare, Calvino conontou os
probleas eixaos para trás por Lutero e srçou srçouse por crar sua
própria igra unrsal para suplantar a Igrea Católica Su teoria
e uma nova elite teria um impacto inconnível na istória
Ao examinar s ieias políticas que mrgiram pela primeira ve
urante a Renscnça e a Rerma, este volume scinant oerece
o namento para a compreensã os acotecientos s séculos
que se sega
Davi L orse e William . Tompson
1 mpresso no agosto de 2014
Tíulo orgina: The Collected Works of Eric Voegelin,
Voe gelin, Volume 22,
Hisory of Política[ Ideas Volume  Renaissance and
an d Reformaion
Copyrigh © by The Curaors of he Uversiy ofMissour.
ofMissour. Unver-
sy ofMssouri Press Columba, MO 65201
Os dreios desa edção perecem a
É Realizações Ediora Lvraria e Dsrbudora Lda.
Caixa Posa 45321·04010 970 ·São aulo S
Telex (1) 5572 5363
e@erealizacoescombr  www.ereazacoescombr
Todos os dreios reservados

Edit
dson Maoel de Olveira Flho
&ee editoral
Soii Ruiz
du�o doia
Lliana Cruz e Wllam C Cruz

Lucas Caraxo
vis
Céla Maria
Maria Cassis
pcf dil;çr
aro Ns Goçalves e Adré avalcae imeez
-mp1o t :sâ
dções Loyola

Reservados odos os direos desa obra.


Proibda oda e qualquer reprodução desa edição
por quaquer meio ou rma, seja ela elerôica
elerôic a ou mecâca,
ocópa gravação
gr avação ou quaquer ouro meo de reprodução
sem permssão expressa do edor
HISTÓRJA DA IDEIAS POLÍTICAS
VOLUM lV

RENASCNÇA  REFORMA

INTRODUÇÃO À DÃO AEJCA


DAVID L. MO E WIIAM M. THOMPSON
TRADUÇÃO
ELPÍO ÁO ANTS FON
REVIS ÉCNIA
MNO ASO HENQU
HENQUSS
Sumário

RENASCENÇA E REFORA

Introdução
Intro dução dos ediores . . . .  .  ..  . .            .      9  

I O lugar deste texto na obra de Voegelin.


Voegelin .  

  9 

 A caracterização que Voegelin eu a esse perío   12    . . . . .  .     . 

. Esboço do conteúo       14


IV. Uma nota sobre a leitura voegeliniana dede
Lutero e Cavino               26
  .      .     .     . .  . .

Nota dos editore ..


..  33

QUARTA
QUARTA PARTE
PARTE - O MUNDO MODERNO
MODERNO

1 A ordem d poder: Maquiavel. . .   ..  ...               37


 1 Circuntâncias biográfcas - Maquiavel e Guicciarini   .   . . .  . .  38
 2 O roblema
roblema da éoca  O trauma
trauma e 1494  

 41
 3 A tdição italiana 
    





 46
 4 O cenário asiático  



 

 51
51
 5 A Vita d Castrucco
Castrucco Castracani
Castracani  .    
 . .  .  .     . .    . .        . 66
 6 Os Dscorsi 
 .  .
.     .
.         70
 7 O Pícpe . . .  . . .    .    .        .    .    . .             .   .  .  85
 8 Conclusão .   .  .   .   .  .  .  .  .  . . .     . .  .  . .  . . . .    . .   98 . .

2 A ordem da razão: Erasmo e More     .     .            10


10 5
§ 1 O ano
ano de 1516 
  
 .
.




 


 107
 2A Critandae e Erasmo .             
. . .  .  . .  .     .   .  .  109 

 3 O príncipe aceta e o vulgus .  .       116 

 4 O alcance do ascetismo princieco   .  . . . .   .  .   . .   . . .    .  . 121


 5 Erasmo sobre a guerra     . .   .     . . .  .   .      . . . .     125.

 6 O roblema o poder   . . . . .    . . . .  .  . .    .  .            .       126


 7 Utoia e América   
   130
.

 8 Algure e nenhures     . . . .  .    .  . . . . . .   .    .    135


  . . . .  . .

 9 Orgulho e roprieae  .     


   
  142

 10 Guerra utópica  . . .       . .       . . .  .  . . . . .  . .  .    . .  .   149  .


3. O povo de Deus     ..    .                      .      155
§ 1Instituição e movimento 
.   
 156
§ 2 Periodização do movimento

 161
§ 3 O alcance do movimento.     .     . . . . . . . . . .  . . . . . .  . .    . . . . . 163
§ 4 Igreja e seita   
  165
§ 5 Reforma e efeitos anticivilizacionais 

 169
§ 6 Um Vislumbre da Gória de Sião          .        .    .    .   17 

§ 7 A estrutura social do movimento .


. 175
§ 8 nuências do Leste nos movimentos ocidentais -
Dionísio Areopagita 
 179
§ 9As ideias dos movimentos 186
§ 1 . O espito livre . .  . .   . . 209 .   . . . .  . .     .   .  . .      .  .    .   

§ 11 mperium apolíneo . . .    . 238 .   .  .      . .  .  .    .           . . .

QUI
QUINTA
NTA PARTE - A GRANDE CONFUSÃO
. A grande confsão 1: Lutero e Calvino             .      255
§ 1 mprensa e público.
. 257
§ 2 O Cisma  A disputa de Leipzig
Leipzig . . . . . . . . . .  .  .  . .  . . .  .  . .  . . . .  259
§ 3 A historicidade dos símbolos - Igreja e transubstanciação
transubstanciação 62
§ 4 As Noventa e Cinco Teses 
 268
§ 5 O Apeo à Nobreza Cistã da Nação Aemã   . . . .  .  . .   .  .  .   .  22
§ 6Justcação pela fé .   .     . .    . .    .  .        .  .  .  . .  . .   292 

§ 7 Reexões posteriores .  . .  .  .    . . .  . . . .   . . .  . .    .    .  .    306 .

§ 8 Calvino
Calvino e a predestinação  .  .  . .   .  . . . . .  .  . .  .  . . . . .  . . . . . .  316

Índice remissivo
r emissivo     .           .    .                 . 345 
RENASCENÇA E REFORMA
INTRODUÇÃO DOS EDTORES

Os leitores que esejam particuarmene ineressados na


crítica de oegelin
oegelin às ideologias políicas modernas irão con-
siderar este voume, perencene a seus primeiros escritos,
especialmene reevante
reevante Aqui oegelin analisa o colapso da da
unidade da Crisandade
Crisandade imperia queque evou
evou à ascensão da ra-
zão autônoma e das revoltas sectárias, tendências que chega-
ram ao desenvolvimento compleo nos séculos
sécul os XIX e X. Daí a
análise
análi se encontrada neste exto ser diretamene relevante
relevante para
a compreensão de aspecos
aspeco s das ideologias políticas
políticas modernas
modernas 
Os eitores perceberão
perceberão que ele contém não apenasapen as a análise
anális e
inicial
inicia l de Voegein
Voegein acerca
acerca da modernidade, mas também des des 
crições e anáise das raízes próximas de muios dos movimen-
os modernos que aborda em obras poseriores.

I O llug
ugar
ar deste texto
texto na
n a oobra
bra de Voegeli
Voegelinn

Embora não seja a sua primeira publicação, História das


Ideias Políticas i iniciada cedo na carreira de oegelin
Ideias oegelin como
professor
professor 1 De
D e acordo
acordo com suas próprias reexões,
reexões, começou

1Esses textos ram escitos os aos de 1940, e pbicaam-se mias obras
desde etão. A iteraura sobre a Renasceça e a Refma é tão vasta que qual
qer coisa como uma atualização complea esaia para aém do escopo desta
como um livro escolar que deveria ter cerca de duzentas a
duzentas e cinquenta páginas2 Quando
Quando Voegelin começou o
estudo
estudo para o ivro
ivro escoar, aconteceram
a conteceram três coisas
coisa s que o le
varam a fzer uma nova avaliaçã
avaliaçãoo de sua obra Primeiro,
Prime iro, des
des 
cobriu que era inadequado o tratamento
tratamento que até então se tinha
dado ao material Para
Pa ra desenvover
desenvover seu próprio conhecimento
conh ecimento
do materia, Voegein
V oegein trabahou sem parar
pa rar a literatura desde
a losoa grega até o presente Nesse
N esse ponto,
p onto, o material come
çou a expandirse muito além do pequeno texto escolar que
ee panejara escrever.
es crever.
Em segundo lugar, como Voegelin estudou esse material,
cou convencido de que também era inadequado o esque
ma tradciona de começar com a losoa
loso a grega e mover-se
até o período presente. Cada período que Voegelin estudava
obrigava-o a uma
uma consideração
considera ção de suas
suas ntes
n tes A Idade Média
Médi a
empurrouo para as origens cristãs Seu estudo das origens
cristãs
cristãs empurrou-o
empurr ou-o para uma consideração
consideração das ntes judai
juda i
cas e hebraicas
hebraicas  Voegein dedicou-se
dedic ou-se ao estudo
estu do do hebraico

nota ou do propósto desa obra O leior que esteja ineressado no pano de


fndo histórico geal desta época pode consultar George R. Poer (ed.) The
New Cambridge Mode Histo, vos. 1 e 2 The Renaissance 1493-1520.
Cabridge Cambridge Unvesity Pess, 957 e Georey R. Elton (ed.)
The Rnation. Cabridge, Cabidge Universiy Pess 1958. Um volu
me únco recente cobrindo esse período é o de Bard Thopson Humants
 and Rn
Rnersers:: A Hist
Histo
o of the
the Renais
Renaisssance
sance and Re Renation
nation Gand Rapids
Eerdans 996 Para ua consideração especca da losoa poíca dessa
era coo enaiada
enaiada em seu contexto histórico,
históric o, ver Quen
Quennn Skinner
Skinn er The Foun
Foun
tions of Mode Political Thought, vols. 1 e 2 The Renaissance Cambridge
Cabridge Unversiy Press, 1978 e Quentn Sknner, The Age of Re Rena
tion. Cambrdge Cambdge Universty Press 1978 Aé dessas obras a mais
recente Quenin Sknner Eckhard Kesse (eds) Camb Ca mbri
rid
dge Histo
Histo ofRenais
Renais
sance Philosophy. Cabridge Cambrdge Univesty Pess 1988 conté não
apenas uma série de atigos sobre o peíodo mas também ua apla coleção
de fntes adconais incluindo ua biograa das guras pncipas da época
assim coo uma bibiograa prmára e secundá secundáia.ia. V
V abém J H Buns;
Mark Godie (eds) The Cambridge Histo of Political Thought 14501700
Cabrdge
Cabrdge Cambridge
Cambridge Univer
Universty
sty Press
Press  99 1 , e Carer Lindber
Lindberg
g The Euro
 pean
 pean Rnation.
Rnation. Nova York Oxfrd Unversity Press 1996.
2 As reexões de Voegeln
Voegeln sobre ese pojeo podem ser encon
enconrad
radas
as no Capu-
Cap u-
de A utobi
o 1 7 de uto biog
ographical
raphical Reections.
Reections. Ed Elis Sandoz. Baon Rouge Lousiana
State Universiy Press 989. [E português: Eric Voegeln Reexõe Reexõess Autobi
Autobio-
o-
grácas Trad. Maria Inês de Caho e notas de Mati Ma ti Vasques
Vasques da Cunha
Cun ha
São Paulo É Realiações 2008]

 O 1 Históia das Ideas Polícas


Polícas -Renascença
- Renascença e Refrma
com um rabino ocal, a m de poder poder consultar
cons ultar os texos
texos em
sua língua
língua original. Esses esudos
esud os obrigaram-no
obrigaram-no a uma con
sideração posterior acerca das civilizações anigas
anigas do Orien
te Próximo como a mariz da qual emergiu Israe Isso Is so levou
à conclusão, mais bem expressa nas próprias paavras de
Voegein, de que "O modelo de um desenvolvimento linear
das ideias políicas, de um suposo constitucionalismo de Pla
ão e Arisóteles, passando por
po r um duvidoso consitucionais
mo medieval e cuminando
cumina ndo no esplêndido consitucion
cons itucionalismo
alismo
da era
era moderna,
moderna, sucumbiu3
sucumbiu 3
A terceira matéria que aingiu o estudo tornou-se clara
quando Voegein estava escrevendo acerca do século XIX
À medida
medid a que trabalhava nesse período,
períod o, chegou à conclusão
de que "a concepção de uma hisória das ideias era uma de
rmação ideológica da realidade Não haveria ideias se antes
não houvesse símboos
sí mboos de experiências imediaas Isso levou 4

Voegelin a voltarse do estudo


estu do de ideias para
p ara um exame das
experiências que as engendraram. Essas três quesões leva
ram na direção para aém do escopo de uma hisória de ideias.
ideia s.
Desse período em seu desenvovimento
desenvovimento inelecual,
in elecual, escreveu
Voegelin: "Os cinco anos, entre
entre 945
 945 e 950
 950 eu os caracerizaria
caracerizaria
como um período de de indenição, senão
sen ão mesmo de paraisação,
no tratamento de problemas que, embora percebesse, não con con 
seguia aprondar ineectualmene de maneira satisfória.
Como sabe todo esudante do pensameno de Voegelin, sua re
veação encontrou
encontro u expressão no
n o desenvovimeno
desenvovimeno das W agreen
agreen
Lecures
Lecures apresenadas
apresenadas em Chicago
Chicago em  95 1 6
Os texos neste volume ram escritos nesse período ini
cial, quando
qua ndo Voegein esava uando para escarecer ano o

3 Ibdem, p. 63 [Ibidem, p. 102.]


4 bdem.

5 Ibidem,
Ibidem, p. 64. Ibdem,
Ibdem, p 03.]
03. ]
6 Foam pubicad
pub icadas
as como Erc
Er c Voege in,, The New Science ofPolitics: An
Voegein A n ntro-
ntro-
duction Chicago, U nivesty of Chica
Ch icago
go Press,  952
95 2 . [Em potuguês: A Nova
[Em potuguês:
Ciência  Políica. Trad. José Viegas Filho, com apresenação do Pofessor
José Pedro
Pedro Galvão
Galvão de Sousa. Brasíia,
Brasíia, UnB,
Un B,  979 (2 ed. 1 982)]
982) ]

Introduç
Introduçãoão dos ediore
edioress l 1 1
signicado da experiência poítica quanto as implicações da
mudança emergente
emergente de um estudo de ideias para um u m estudo
da experiência No entanto, é fácil perder-se na mudança de
Voegein, imaginando que i um rompimento radical com
os materiais contidos nestes estudos Não i esse o caso,
como a "Introdução Geral
G eral à Série se esrçou para ilustrar e
expanar7
expanar7 A mudança i uma penetração mais pronda em
guras e movimentos dessas épocas e uma u ma interpretação
interpretação mais
sugestiva do signicado deles O materia nesta coeção conti
nua a ter vaor
vaor não apenas para uma compreensão do desen
volvimento inteectual de Voegein, mas também um estudo
das ntes, movimentos
movimen tos e pessoas que articularam uma loso
lo so
a de ordem na história, por
p or mais rmada ou dermada
dermada que
tenha sido ta articuação Foi mediante o estudo especíco da
história
histór ia que Voegelin chegou às concusões signicativas
signicativas que
mais tarde tirou da existência humana na história e sua busca
de ordem Podese dizer
d izer que esses estudos evaram
evaram ao nda
mento de um dos princípios
princ ípios básicos de Voegelin: "A ordem da
história surge da história da ordem
ordem88

I A caracte
caracterização
rização que
q ue Voeg
Voegelin
elin de
d eu a esse perído
perído

Este volume na História das Ideias Políticas cobre o período


perío do
moderno como representado pea Renascença e Rerma. As
dimensões osócas da modenidade ram um dos temas
centrais da obra de Voegelin como cientista político, sendo,
pois, estes estudos das origens da modernidade de interesse

7Thomas A. Holw
Hol weck
eck e Ellis Sandoz General
 General Inroducon
In roducon to he Sees" em
The Coect
Coected
ed Works of
ofEric VoeVo egelin vo. 19 Histo of Política! eas vol ,
Hellenisme Rome and Ear Christiani. Ed. Ahanasos Moulakis. Columbia,
Univesity of Mssou Pess 1997 p -47 [Em português: Eric Voegelin,
História s eias Policas vo. 1, Helenismo Roma e Cristianismo Primivo.
Trad. Mendo Caso Henriques. São São Paulo É Reali
Realizaç
zações
ões,, 20 1 2]
8 Voegeln Order
Eric Voegeln Order and
a nd Histo, vo , Israel and Reve/tion Baon Rouge,
Louisana Stae Universiy Press, 1956 ix. [Em poruguês Eric Voegein, Or- Or-
dem e História vol. 1  Israel
srael e a Reve/ç
Reve/ção.ão. Tad Cecília Camago Baoot
São Palo
Palo Loyola,
Loyola, 2009 Pefáco,
Pefáco, p 27]
2 7]

1 2 \ Históra das Ideas


Ideas Políti
Políticas
cas - Renascen�a e Refrma
Refrma
especial para pessoas que estão procurando
proc urando entender a anáise
de Voegelin das raízes de nossas ideologias políticas de hoje
As raízes que zeram orescer as várias dermações moder
 nas de consciência são estudadas nas pessoas e nos movimen
tos analisados nestes capítulos. Neles, Voegelin caracteriza o
período moderno sob a ótica da destruição da uidade tem
poral e esiritual da sociedade ocidental como representada
pela Cristandade imperal Essa destruição de uma autoridade
espiritual e temporal uicada levou aos reinos relativamente
autônomos da greja e do Estado
Voegelin defende a existência de dois começos do período
moderno O primeiro é representado pela obra de Maquiavel
e, até certo ponto, pela de Erasmo e More O segundo é repre
sentado pela Rerma. No cursocur so da história, os efeios
efeios podero
sos do segundo começo obscureceram o primeiro O poder da
Rerma, como iniciado principalmente pela personalidade
de Lutero, e continuada pela de Calvino, atraiu a atenção de
historiadores e obscureceu os desenvolvimentos representa
dos por Maquiavel,
Maquiavel, Erasmo e More A Rerma liberou as r
ças reprimidas da religião popular representada pelos vários
movimentos sectários que nos períodos anteriores tinham
podido absorverse numa comunidade maior À medida que
a absorção anterior se deteriorou, essas rças etraram em
erupção, cristalizando-se
cristalizando-s e ao redor de questõe
questõess levantada
levantadass por
p or
Lutero. Em muitas instâncias, as rças liberadas ram além
do que Lutero imaginara; no entanto, Voegelin considera que,
para suas conclusões, elas seguiram as iluminações políticas
de Lutero Essas rças populares eram mais "medievais
do que moderas Nisso, Voegeli se junta aos historiadores
contemporâneos que etizam a continuidade entre o perío
do medieval e a Rerma Mas o que era novo nessas rças
o período da Rerma era que estavam crescendo de tal r
ma que não podiam ser contidas dentro da greja e acabaramacabaram
explodindo num cisma Foi somente no século XVII com a
ascensão do assim chamado luminismo, quando as rças
do protestantismo parecem ter sido gastas, que se notaram as
conexões entre esse período de modernidade e o mundo de

Introduço
Intro duço dos editores
editores l 13
Maquiavel, Erasmo e More Voaire, por exemplo, pode ser
conectado a Erasmo; ou
o u Aexander Hamion,
Hami on, a Maquiave
Maqu iave
Os quatro capíulos deste volume são dedicados à explica
ção desses dois começos e seus represenanes. Os Capíulos
 e 2 da Parte 4 mapeiam o curso do primeiro começo, a Re
nascença, como representada por Nicolau Maquiavel Maquiavel ( 1 469-
1527) Erasmo de Roerdã (466/69536) e Thomas More
(  478
478  535)
53 5)  O Capítu
Capítuoo 3 examin
examinaa os movi
movimen
menos os secári
secários
os
antes, durane e depois da Rerma e rma um tipo de transi
ção.
ção . O Capíulo  da Pare 5 mapeia o curso do segundo come
ço, a Rerma, pelo p elo estudo
estud o de duas guras de liderança
lideran ça ligadas
ao protesantismo: Marinho Lutero Lutero (  483
483 546
546)) e João Cavi
Cavi
no (  509- 1 564)
564 )  Juntos, esses quatro
quatro capíuos
capíuos consiuem um
esudo das nes principais do período moderno e servem
como a basebase para a compreensão dos vários raços de moder mode r
nidade que se desenvolveram bem nos no s séculos XIX e X.

I Esboço do
do cont
con teúdo

O primeiro capíuo
capíuo é um cuidadoso esboço de esudo
esud o so
bre Maquiavel, uma das guras mais intrigantes e controver
sas na história inelecual ocidenta O capíulo desenroase
em quaro pares
pares amplas. A primeira é uma introdução, aer
ando o eior que Voegelin se empenhará em moverse
mover se para
aém da condenação moralisa que equentemen
equentemente te está liga
da a Maquiave e que não seve a nenhum propósio
pro pósio quando
se rata
rata de uma anáise eoréica de seu pensamento políico
polí ico
Embora as caricaturas não nos digam nada sobre o conteúdo
conteú do
do pensameno de Maquiave, aeram, no enanto, o histo
riador para o fto de que aconeceu algo extaordinári
extaordinário
o Para
P ara
Voegelin, o signicado de Maquiavel deve ser viso numa
combinação única de gênio e circunsâncias
A segunda parte do capíuo é um esrço de examinar
as circunstâncias na vida de Maquiave que incitaram sua

1 4  Hstóra das Ideias


Ideias Polít
Polítcas
cas -Renasc
- Renascen�a
en�a e Refrma
Refrma
reexão e as ntes que he moldaram
moldara m o pensamento
pensame nto Voegein
V oegein
emprega essas ntes, incuindo a tradição italiana da arte de
governo e especiamente a obra de de historiadores
historiadore s humanistas,
humanis tas,
para conduzir uma anáise das circunstâncias de Maquiavel
Maquiavel
Ao usar as ntes antigas, especialmente Lívio, como seu se u mo
delo, esses historiadores romperam com a tradição cristã de
historiograa e secuarizaram o entendimento do processo
histórico O co i i em indivíduos
indivíduos particulares e sua ação no
mundo O estadista e o líder miita se tornaram as guras
-chave, e a arena de ação era o estado secuar O critério de
ação se tornou
torn ou a vantagem
vantagem do país, reetindo
reetindo a desintegração
do império e dede sua unidade temporal e espiritua Uma preo
preo 
cupação adicional dos historiadores i com as inuências
inuência s e
mitos asiáticos que remontavam à luta nos tempos clássicos
entre Europa e Ásia Uma dessas inuências importantes em
Maquiavel, argumenta
argumenta Voegein, i a imagem de Timur (Ta
merlão)
merlão ) desenvolvida numa série de apresentações mitoógi
cas de sua "vida
"vida  Juntamente
Junta mente com os acontecimentos reais na
Á sia, essa imagem inuenciou a tradição italiana e sua com
preensão
preensã o do poder e da história Através dessa inuência
inuênci a veio
veio
à luz a obra de Maquiave Central
Central a essa mitologia é o herói
que age na história e que, em seu agir com virtude diante da
rtuna, se torna uma nte de ordem no Estado.
A terceira parte do capítulo examina três das obras de
Maquiave: A Vida de Castruccio Castracani, os Discursos e O
Príncipe. Em sua análise, Voegein mostra como Maquiave
estava reagindo à experiência
experiên cia da manifestaç
manifestação
ão de poder que é
tida como para aém das categorias do bem e do ma Em sua
resposta, Maquiave não sucumbe ao niiismo. Ao contrário,
propõe o íder rte, o príncipe, que com sua virtude diante da
rtuna será a nte de ordem
orde m O mito do herói ou príncipe é
estabeecido integramente na Vida de Castruccio Castracani
mas está também presente em outras obras
A quarta parte desse capítuo estabelece a conclusão de
Voegelin e a avaiação de Maquiave A avaliação é positiva,
pois o estudo histórico mostro
m ostrouu por que o estereótipo típico

Introdu�ão dos editores


editores l 15
de Maquiavel está incorreto Maquiavel não é nem amoral
nem antimoral; ee tem um conjunto de princípios espirituais
que está promovendo.
promovend o. A perspectiva
pers pectiva negativa
negativa de Voegein em
relação
relaç ão a Maquiavel vem em sua avaliação da espiritualidade
espi ritualidade
de Maquiavel, que Voegelin diz estar enraizada no mito pagão
da natureza Aqui, de novo, o probema não é que isso esteja
errado per se. Ao contrário, está errado historicamente.
histori camente. Uma
diferenci
diferenciação
ação histór
hi stórica
ica de verdade ocorreu com o advento da
Cristandade.
Cristanda de. Não ses e pode zer voltar
voltar o reógio para um tem
po pagão
pag ão Tentar zê-lo, agora que a verdade i diferencia
diferencia
da numa realidade transcendente,
transcenden te, é um fechamento
fechamento da alma
àquela reaidade e, como ta, uma reversão ao ao tribaismo.
triba ismo. Em
E m
bora a análise de Voegelin seja justa ao exibir as ntes e inten
to de Maquiave,
Ma quiave, é também crítica
crít ica ao expor o fechamento
fechamento dea
à transcendência que é umas as principais
principa is características da
modernidad
modern idadee como a experienciou Voegein
O segundo capíto trata de Erasmo e More, escritores que
part
pa rtiham
iham com Maquiave
Maquiave uma participação no primeir
primeiroo come
ço a odernidade. Voegein está preocupado
preocu pado principamente
com a Institutio Principis
Principis Christianii e a Utopia, de More, ambos
Christian
escritos
escritos em 1 5 1 6 um ano crucial
crucial na anáise
anáise de Voegel
Voegelin
in
A Educação
Educaçã o de um Prínci pe Cristão é o equivaente do Prín-
Príncipe
cipe de Maquiavel Como ta, pertence a um gênero comum de
iteratura Erasmo queria uma rerma Já que era cético das
massas, cuidou
cuido u do príncipe para providenciar tal rerma de
vida A esse respeito,
respei to, partiha com Maquiavel
Maq uiavel da
da esperança de
que será o príncipe o portador da ordem No caso de Erasmo,
entretanto, não será
s erá através de seu poder bruto, mas através
através
de sua virtude
virtude cristã Erasmo
Erasm o cuidou do príncipe cristão para
que este sse um agente de ordem mediante sua deliade
aos princípios
princípio s cristãos Contudo, a Cristandade de Erasmo di
fere da compreensão
compreensã o tradiciona
tradi ciona de
de Cristanade incorporada
in corporada
na Igreja e nos sacramentos
sacramentos Para Erasmo, Cristandade,
Cristandade, como
estabelecido no Novo Testamento, é realmente a "osoa
de Cristo. O cristão segue os ensinamentos de Cristo muito
como qualquer discípuo seguiria o ensinamento
ensinamen to de qualquer
qualquer
outro grande lóso e mestre

 6 1 Hstóra das Ideias Polític


Políticasas - Renascen�a e Refrma
Refrma
Para Voegelin essa versão
versão simplista
simpli sta de Cristandade parece
ser cândida Como pôde Erasmo um homem supostamente
supostamente
educado cair nessa siuação? Podese enendêa quando a
vemos como a reação de Erasmo a sua experiência da Cris
andade de seu tempo. A Cristandade a que Erasmo esava
exposto era um tipo de escolástica epigônica Isso justica a
oposiçã
opos içãoo inensa de Erasmo à escolástica e a muito da teoogia
teoogia
que ele enconrou
enconrou em seus dias Procurou rermar a Cristan
dade desenvovendo uma osoa de condua baseada em en
sinamentos
sinamentos do ((grande
((grande lóso" Jesus Cristo e incorporados
na vida do
do príncipe
prínci pe
Embora o desejo de rerma seja admirável a aiude nega
tiva para com a escolástica e suas contribuições
contri buições à civiização
cristã é um probema na obra de Erasmo Leva a uma arrogân
cia ineecual que Voegelin caracteriza pelo to de Erasmo
estar cero em sua revota emociona, masm as errado em sua rea
ção intelectual Sua atitude representa uma rejeição
rejeição da orien
ação para o divino,
di vino, em vor de uma orientação para a razão
intramundana
intramun dana que eva
eva à húbris inteectua que mais arde se
tornaria ão prevaecent
prevaecentee na
n a cutura ocidental Erasmo termi
na com uma razão que se orna um orguho espiriua em que
um ((líder" diz conhecer e portanto estar justicado a zer o
que quer que lhe pareça pessoalmene
pess oalmene correo. Esta é a libido
dominandi, a paixão do do poder
pode r
Adicionamente, um u m esreiameno de perspectva
perspectva acompa
nha essa
ess a secuarização da razão em Erasmo Erasmo vê a chave chave
da rerma na pessoa do príncipe cujas ações deram rma à
vida do povo O povo desempenha
desempen ha uma pare pequena se é que
desempenha alguma na compreensão de Erasmo da políica
O príncipe ocupa o palco cenra O príncipe move-se num vá
cuo socia, evando
evand o Voegein a concuir que há uma cegueira
hisórica
hisóri ca pecuiar em Erasmo"
Erasmo " Para
Pa ra Voegein, Erasmo, no o
de terse
ter se fechado
fechado em seu próprio
próp rio mundo, carrega as marcas de
aguns inteecuais
inteecuais contemporâneos
contemporâneo s No nal, o que enconra
mos em Erasmo é a pleonexia do inelecua apanhado em si
mesmo e divorciado
divorciado da reaidade da existência histórica
histór ica

Introdução dos ediores


ediores l 1 7
A Utopia de More ocupa o restante do segundo capítuo
Como sabem todos os o s que estudaram este ivro, e como ava
ia caramente Voegein, seu tamanho pequeno está em pro
porção inversa com a densidade de seu pensamento Nota
Voegein,
Voegein, suspeita-se
suspei ta-se que ironicamente, que More é um santo
assim na greja como no movimento
movimento comunista Isso apon ap on
ta para sua complexidade. Parte da complexidade envolve a
própria
própr ia obra, e parte envolve a medida
medida da consideráve opu
lência
lênci a de signicados que a palavra utopia adquiriu para aém
do texto
texto de More Voegein
Voegein explora
explora as implicações disso,
di sso, por
p or
er More
Mor e a m de estabelecer agum
agum sentido histórico
hist órico do que
More pretendia em sua obra
Reexões sobre a iteratura
iter atura utópica em relação a More são
seguidas
segui das de uma análise do texto Em parte, o texto texto representa
a própria uta de More Deve ee procurar servir se rvir ao rei em seu
país ou retirar-se da poítica? Já a uta está secularizada
secularizada porque
a harmonia com um poder espiritual transcendente
transcendente decinou
para More Seus problemas, e as questões que cooca, são os
de um intelectua secuarizado Rafe, o narrador de Utopia,
representa
representa uma resposta possível
pos sível Ee viaja
viaja peo mundo como
um "homem sem país Rejeita dar conseho conseho osóco, pois
não será ouvido.
Essa resposta à pergunta da partcipação
partcipação na vida da repú
blica é um desao a More Para responder ao ao desao, ee fz a
mesma distinção
distinç ão que Erasmo fz entre
entre dois tpos de losoa
los oa::
osoa de escola e losoa civil. A osoa civilcivil esrçase
por fzer parte do sistema,
siste ma, fzendo o melhor que pode sob as
circunstâcias
circunstâcias em que se encontra. Essa Es sa pode ser a própria
própri a
resposta de More, mas Voegein
Voegein não se impressiona com ela,
rotulando-
rotulando - a de
de argumento do colaborador O reino
rein o do
do espírito
é negado, e a comunidade tende a adquirir uma autoridade
útima que é apropriadamente
aprop riadamente reservada ao espírto Estamos
a caminho de uma modernidade que terminará negando com
petamente o espírito
espíri to
Este estudo identica a direção a que a osoa desse "pri
,,
meiro começo evaria. Embora Erasmo e More cooquem

18 1 Hstóia das Ideias Polítcas


Polítcas -Renascença
- Renascença e Refrma
Refrma
restrições nessa direção, pensadores posteriores não estavam
estavam
tão inclinados a isso Vemos então, assim em Erasmo como
em More, o movimento da ratio humana
huma na dstante de orientar
a natureza humana pela partcipação
partcipação na
n a ratio divina para con
ar num conjunto de regras que guam a vida ntramundana.
ntramundan a.
More reconhece o mal dessa sociedade, o ma da pleone-
xia do povo, expressa, dentre otras maneiras, como a paxão
pelo engrandecmento Nesse sentidosentid o ee se move para além de
Erasmo,
Erasmo, que parece desprezar o povo e concentrar-s
concen trar-see na pleo
nexia do príncpe Para More, o símboo desse mal na soceda
de é a propriedade privada No entanto, Voegeln crtica os que
querem zer de More m comunsta precoce A propriedade
em si não é o probema Ela é apenas o símboo o probema
mais prondo
prond o do poder A imagem da comnidae que More
desenvolveu
desenvolveu na Utopia é uma crítca de de sua socedade. Ao con
trário de pensadores posteriores, havia sucente substânca
crstã dexada em More para ee saber que essa sociedade ideal
era realmente
realmente "nenhures,
"nenhures , que a comundade que ee descre
ve é um "dea
"dea  Essa é a dferença
dferença entre More e os modernos
moderno s
More sabe que sa utopautop a é apenas m idea que serveserve como
uma crítca socia e não pode ser reaizada Qe Q e a verdade
verdade serv
se rvee
como um conceito
conceito mtante para ele More não não tenta criar esse
Estado
Estad o nenhures na terra.
terra . Aquelas
Aquel as restrções se perderam em
outras, dos radicas
radicas sectários do períoo da Rerma para os
postivstas
pos tivstas,, socialstas e comunistas do período moderno
A despeito dessas restrições,
restriç ões, Voegelin encontra a presença
de superbia nos voos ded e ntasa e interpretações imagnativas
de More
More  O deal nteectua de More traz a s um asoto que
pertence apenas ao espírito
espírit o Isso
Is so eva à mesma pleonexia qe
já se encontro em em Erasmo É também o mesmo demonismo
demoni smo
de poder exdo por Maqiavel, exceto que está disrçado
como um idea
idea  Voegeln acredta qeqe na Utopia podese ver a
rmação de conceitos
con ceitos qe teram um efeto
efeto prondo na his
tória do Ocdente A curv
curvaa que começa
começ a na "atrocidade jocosa
do inteectual
inteectual humansta termina com coonialismo, impe i mpe
rialismo, nacional-socalismo e comunsmo.

Introdu�ão
Introdu�ão dos
do s editore
editoress l 19
O Capítulo 3 é um estudo magistral dos movimentos
sectários na Cristandade apres entado com o título de "O
Povo de Deus 9
Começando
Começando j á no sécuo
sécuo XI exibe
exibemse
mse asa s trajetória
trajetóriass de
d e mo
vimentos representativos
representativos sectários Voegein
Voegein sugere que cada
sociedade move-se em dois panos o plano institucional e o
dos movimentos que resistem
resistem às instituiç
instit uições
ões Há
H á um
um elemento
elemento
permanente
permanente de resistência às instituições em cada sociedade
que dá rma a essa mesma sociedade No caso da sociedade
cristã em que o espírito é representado pea instituição da
Igreja
Igreja essa resistência pode tomar a rma de uma rerma já
que o que a instituição da Igreja presume é incorporar o espíri espíri 
to mas sente-se que o z por po r meio de maneiras cada vez mais
problemáticas O problema
proble ma é que a igre igrejj a na sociedade cristã
incorpora o espírito na civiização por meio de um compromiscompromi s
so com o mundo
m undo A igreja
igreja é uma rça civilizacional à medida
que pode efetuar um compromisso com o mundo e trazer a
mensagem do espírito para a vida socia do povo Especica
mente
ment e a maneira em que issoiss o é feito
feito nalmente
nalme nte na igreja
igreja é pelo
saerdócio e pelo sistema sacramenta É esse sistema siste ma contra o
qua se dirige a revota
revota dos grupos
grup os sectários.
sectá rios.
Uma das questões
qu estões de que trata Voegelin é o grau a que a
instituição
instit uição social
soc ial dominante
dominante  neste caso a igreigrejj a i capaz de
absorver essas rças revolucionárias "Absorvência torna
-se o tema-ch
tema- chav
avee da anáise
an áise poítica aoao ongo deste capítuo e
Voegelin iguamente o tinha em mente quando o caracterizoucaracte rizou
em uma carta
carta de 1 41
4 1 , como "em minha opinião uma síntese
importantíssima da dinâmica das ideias ocidentais
ocidentais que nun
ca i apresentada desse modo modo ºº O capítulo identica qua
tro períodos de "absorção'' variando
variando de um alto grau até um
competo
competo coapso

9 Ver o tratamento anteror qe Voegein


Voegein de a esse tema no Sermão da Monta- M onta-
nha
nha  e sua
sua referência
referência ao presente apíuo
apíu o em vol I, Helenism
Helenism Rome and Ear
Chritiani, op. i. p 16062
10 Voegelin a Fritz Mosein
Mosein Ma 6 de maio de de  94 1 , séie de lvros escoar
escoares
es
da McGrawHll
McGrawHll omo
omo itad
 itadoo em ibdem p.p . 

20 1 Hisóra
Hisóra das Ideas Polítcas
Polítcas - Renascença e Refrma
Refrma
Quando ocorre o colapso na absorção entre rças institu
cionais e contrainstitucionais, estas últimas se tornam mais
anticivilacionais e revolucionárias A conexão entre rerma
espiritual
espiritual e revolução social é analisada por um u m estudo denso
de um dos panetos puritanos, Um Vlumbre da Glória de Sião. Sião.
Este texto e as reexões de Voegelin sobre
so bre ele oferecem
oferecem um es
e s
tudo
tud o das tendências
tendências sociais desses movimentos em relação
relação a
uma sociedade mais ampla Voegelin também identica certas
inuências orientais nos movimentos, chamando
chamand o a atenção do
leitor
leit or para a obra de Dionísio
Dioní sio Areopagita e João Escoto Erígena
Erígen a
O que torna esse capítulo especialmente
especial mente signicativo é que
ele oferece
oferece a rica base histórica
histór ica em que se desenvolveram
d esenvolveram mui
tas das conclusões de Voegelin acerca do gnosticismo e seu
impacto no mundo moderno." As tendências gnósticas, que
estão presentes nan a variedade de movimentos que Voegelin es
tuda, oresceram plenamente,
plenamente, de acordo com ele na n a especu
lação secularista do iluminismo e do positivismo
positivi smo
O leitor cará especialmente interessado pela conexão que
Voegelin estabelece
estabelece entre os movimentos sectários cristãos e
os esrços ideológicos modernos e transrmar o mundo
numa comunidade
comunidad e de perfeit
perfeitos.
os. A conexão é feita
feita pela obra de
certos escritores italianos cujas especulações sobre o Terceiro
Reino of
o ferecem esse elo Voegelin vê vê o processo completado
na evocação de Dante de um imperium apolíneo É median
te essa imagem que as especulações místicas sobre um reino r eino
perfeito
perfeito são traduzida
trad uzidass num reino do intelecto mundano
mund ano Essa
é a conexão com os pecti intelectuais do Iluminismo e ou
tros movimentos que pocuram
pocur am divinizar
divinizar a humanidade e es es 
tabelecer
tabelecer no mundo um reino rein o de espírito perfeito
perfeito A nota de
encerramento de Voegelin é que esse processo
proc esso chega à realiza
ção nal no super-homem dionisíaco
dionis íaco de Nietzsche
Nietzsche Nesse sen
tido, o que começou na Renascença terminou com Nietzsche.

11
O leitor pode consulta outos estudos de Voegelin
Voegelin do gnosticismo modeno
nos Capítulos 4 e 5 de New Science of Politics op cit, e Science, Politics and
Gnosticism: Two Essays. Trad Wiliam J. Ftzpatck ntrodução Elis Sandoz
( 1 968) Washi
Washingto
ngton
n DC.
DC . Regn
Regne,
e, 1 997

Introdução dos editores 1 21


Com o p rimeiro
rimeir o capítulo da Parte 5, o eitor chega à Rer
ma propriamente dita. A atenção agora se ca ca em Martinho
Lutero e João Cavino
Cavino  Voegein intitula esse capítuo "A Gran
de Consão I indicando sua visão global do pensamento
poítico
poítico da Rerma assim como a iuminação de que o mo mo 
vimento
vimento continuou numa n uma segunda se (que
( que será
se rá tratada
tratada no
volume
volum e que se segue)
segue)  Voegein
Voegein não z nem um pouco de fé fé
na Rerma sob a ótica de sua osoa poítica Arma ele "Se "S e
ago
ago é característico da Rerma
Rer ma é o to de que não podemos
ligar a ea o nome de nenhum grande pensador político
político 
A grande rça da Rerma é a personalidade
person alidade de Martinho
Lutero A transmissão
tran smissão das ideias de Lutero se tornou possível
pos sível
em parte por causa da imprensa
impre nsa e do desenvolvimento de um
púbico eitor pelas universidades O embate começou primeiro
em torno da questão das indugências e ogo se espalhou para
outras questões que não tinham sido apropriadamente
apropriada mente digeri
das na vida social da igreja
igreja Voegelin vê o probema nesse está
gio sob a ótica da discussão
discus são platônica de um mito que se tornou
historicamente faso pea passagem do tempo Oferece como
exemplo um exame das discussões da transubstanciação
transubst anciação
Enquanto a questão de indulgências se tornou algo como
uma espécie de "deagrador pondo em movimento outras
questões as personalidades de Lutero e outros contribuíram
para o que Voegein
Voegein chama "discussões mahumoradas
mahumorad as sen
timentos feridos e armações sentimentais com impicações
inesperadas. Poderia ter sido possív
pos síve
e chegar
chegar a algum
algum com
promisso razoáve
razoáve em todas essas questões se mentes maiores
e personaidades mais calmas estivessem envolvidas No en
tanto não seria esse o caso com a Rerma Em onsequência
o que começou como uma discussão bem abstrata de uma
maéria teológica técnica entrou em erupção transrmando
-se numa revolta desabrochada na igreja ocidenta
Voegein prossegue
pross egue com uma consideração de várias obras
de Lutero no período crucial de cinco anos entre 1520 e
1525: O Apelo à Nobreza Cristã da Nação Alemã (520), Da
Liberdade de um Cristão (  520),
520), e Da Au
A u toridade
toridade Tem
Temporal
po ral,,

22 1 Hstóra das Ideias


Ideias Polítcas
Polítcas -Renascen�a
- Renascen�a e Refrma
Refrma
até onde o Homem Deve Obediência ( 1 523) Em tod todos
os esse
essess
escritos, o co está nas impicações poíticas do que Lutero
está advogando. Ensinamentos concernentes ao sacerdócio de
todos os cristãos,
cristão s, j usticação
usticaçã o pea fé e oposiçã
opo siçãoo à escoástica
escoá stica
são todos
todo s anaisados sob a ótica de seu signicado para a te
oria poítica Muitas coisas são notáveis Primeiro,
Primeiro , destacase
a rça pura da personaidade de Lutero como um condutor c ondutor
signicativo dessa mensagem revoucionária. Em segundo
ugar, Voegein aponta o aparente equívoco de Lutero Lutero sobre
as impicações daquio que ee dizia como pensador
pensad or Voegein
identica Lutero
Lutero como o primeiro de muitos pensadores
pensadores a 
car aterrado
aterrado com o que pôs em movimento e tentar, tentar, então, a
gumas vezes
vezes sem sucesso, interromper
interromper essas tenências Um
exempo disso é Lutero estabeecer
estabeecer o princípio e que cada
pessoa pode interpretar as Escrituras por si mesma. Lutero
empregou esse princípio como um ataque à escoástica. Nesse
ponto, de acordo com Voegein, ee partihava com Erasmo
e More uma atitude de antiososmo
antiososm o Quando outros eva
ram isso ao extremo, como no caso de alguns sectários que
zeram sua própria consciência de Deus o princípio de ação,
Lutero cou aterrado No entanto, Voegein sugere sugere que era de
se esperar precisamente
precisament e esse resutao de um ataque às rças
civiizacionais da Cristandade.
Os cinco anos entre 1520 e 1525 são anos cruciais para a
revoução
revoução poítica que Lutero pôs em movimento
movim ento Embora
Embo ra ee
ee
vivesse
vivesse por mais vinte anos,ano s, a revota que
que ee iniciara tomou
tomo u
seu curso destrutivo
destrutivo O sucesso
suces so da rerma protestante
protestante cega as
pessoas
pessoa s para oso s efeitos
efeitos negativos
negativos de Lutero
Lute ro Voegein
Voegein resume
sua anáise
aná ise de Lutero notando
not ando quatro
quat ro ideias que tiveram
tiveram sig
nicância para a história ocidenta Primeiro, Lutero atacou
e destruiu o núceo da cutura espiritua cristã com sua dou
trina de justicação pea fé, fé, que era um ataque à doutrina da
des caritate
caritat e fo rmata,
rma ta, a reaização civiizacional signicativa
da Cristandade medieva A fé fé tornou-s
torno u-se,
e, para Lutero, um ato
externo de conança
con ança numa reveação externaizada, codica codica 
da nas Escrituras. Perdeuse a intimidade pessoa de uma vida
rmada pea graça A justicação se torna um ato externo externo que

Introdução dos
dos editores 1 23
não atinge a vida empírica de uma pessoa
pess oa Corpo e alma,
alma, espí
espí 
rito e mundo estão separados Em segundo lugar, e relaciona
do ao primeiro, Lutero tem uma pesada responsabiidade por
destruir a cultura inteectua
inteectua ocidental, com seu ataque à esco
ástica aristotélica e ao aprendizado em geral. Como a de Eras
mo, sua posição antiosóca criou um padrão que se pode
ver nos lósos iuministas e na ignorância de "inteectuais
iberais, scistas e marxistas contemporâneos Em terceiro
lugar, por sua doutrina da sola fdes, Lutero destruiu o equi
líbrio da existência humana
human a Ao rejeitar a vida contemplativa
conte mplativa
e caizar a atenção no trabaho neste mundo
mundo  já que as ques
tões com Deus estavam postas, ele preparou o caminho para
o pragmatismo utiitário
utiitário na sociedade,
socieda de, que é incapaz de res
ponder aos movimentos de massa revoucionários
revoucionários modernos
Finalmente,
Finalmen te, a própria personali
person alidade
dade de Lutero, tão signica
tiva para sua revolução,
revolução, é o protótipo da pessoa vountariosa,
que se revota contra a ordem tradiciona e impõe sua vontade
àqueles em torno dela Podem-se ver muitas vezes exemposexempos
desse tipo de personalidade na história do pensamento oci
dental, desde a época de Lutero
A porção nal desse útimo capítuo
capítuo é uma análise
análi se da obra
de Cavino e, em particular, das Instituições. Para Voegelin,
Calvino estava esrçando-se para resolver o problema que
Lutero
Lutero deixara com sua revoução
revoução  ou seja,
seja, um eleito jogado
no deserto do réprobo.
réprob o. O que deveriam zer? Estavam inde
fesos? Permaneceriam indivíduos isolados? Deveriam tentar
organizar-se em pequenos grupos? Deveriam retirarse do
corpo principa da Cristandade? Nenhuma dessas soluções
interessava
interessava a Calvino Segundo Voegein, Calvino aceitou aceitou as
ideias de Lutero quanto aos remanescentes, mas queria, en
tão transrmar esses remanescentes numa nu ma igreja
igreja universal
que supantaria a Igreja Católica. É disso que tratam as Ins-
tituições, uma obra de poítica pragmática para estabeecer e
justicar
just icar uma igreja
igreja universal, dando sua própria identidade,
sacramentos, iderança e assim por diante. Embora o tama
nho, a matéria ( ou seja, a teoogia
teoogia aparente) obscureçam esse
propósito a obra é um livre de
de circonstance para a nova ordem

24 1 História das Ideias Políticas


íticas - Renascença
Renascença e Refm
Refmaa
de Calvno. Escrituas,
Escritua s, doutrina
doutr ina e tudo o mais está submetido
à vontade de Cav
Cavno
no Por trás do texto está a pessoa de Cal
vino, que procura impo sua vontade
vontade ao povo
povo de Genebra.12
Genebra. 12
Calvno
Calvno executa
executa seu
se u manifesto
manifesto por
p or uma
u ma nova greja
greja unver
sa de duas maneras Prmeiro, empega a doutina da pre
destinação paa cooca juntos nessa greja assm os eletos
como os não eletos sso ncona apenas em parte, mas se
ninguém ar muto disso, as cosas se manterão undas Se
gundo, ele ataca a velha igreja
igreja por coupta: não é de maneira
aguma uma igreja,
igreja, e não é, potanto,
potant o, competção para a nova
igeja unversa
unversa de Calvino
Voegen citca o empego que Calvno z da doutr
na da predestinação com base na incapacdade de Calvino
entender a teora
teora dos símbolos tomsta e platônco
platôn co A dou
tina da predestinação, até esse ponto na linhalinh a princpal
princ pal de
teoogia,
teoogia, a entendda como uma anaogia. No sstema de
Cavino, ea tornou-se uma proposção empíica imanente
do mundo
mundo  Voegelin especula que ta pode ter sido engen
dado pela intensidade da experiência regiosa de Calvno,
mas é, no entanto, defes
defesoo nterpreta dessa ma a douti
dou ti
na Como Luteo e também Easmo, Calvno poderia poderia bem
estar representando o colapso das nstituições acadêmicas
de seu tempo Inquiições acadêmicas, especiamente na
áea de teologa,
teologa, tnham-se
tnham-s e simpesmente transrmado
transrmad o em
assunto de segunda classe e ram incapazes de lida com
as questões
questõ es que a experiência
experiênc ia de fé
fé estava evantando. A re
volta de Lutero, Calvno e mesmo de Erasmo são um reexo reexo
desse estado
estado de coisas acadêmico E é um estado estado de cosas
que Voegen
Voegen via também presente na n a vida acadêmca de seu
tempo, como ilustram seus apartes
apartes aqu e ai.
De gual nteresse para a teoia poítica é que Cavino
não apenas queria estabeecer uma greja
greja universal; quera

12
Ver a adição da nota dos editoes à nota 29, p. 326,
32 6, sugerindo que materiais
hsóricos adicionas podem ser relevantes para rever a avaiação
avaiação qe Voegelin
fez de Calvino

Introduço dos editores 1 25


também ser uma rça ativa na história  uma rça que
promovesse o progresso do reino de Deus. As várias or
dens políticas e ações que Cavino
Cavino imagina
imagina  profetas
profetas ar
ar
mados
mados  órgãos
órgãos representativos de governos
governos nos Estados e
as alianças
alianças entre príncipes
príncipes  representam
representam o arsenal ideo
ideo
ógico para as grandes guerras religiosas que se seguiram
na esteira da revolução protestante Dada a desintegração
da sociedade e o pape de organzações mais vitais, o pro
grama político de Cavino para os eeitos parece a Voegelin
Voegelin
o que hoje chamaríamos uma teoria de uma nova eite
Cavino sabia empregar símboos bíbicos para apoiar este
p rograma
rograma porque tempos
temp os de crise dão mais
ma is visibiidade à
igreja invisíve
Como as de Lutero  as ideias de Cavino deixaram seu
impacto na história ocidenta Na época de Cavino, a elite
elite
eram os protestantes eeitos Quando se gastou
gastou o protestan
protesta n
tismo  surgiram novas eites para agir e procurar impor sua
vontade transrmada à história. Estão representadas por
exempo  na obra de Comte  que de acordo com Voegein
tem muito em comum
comum com Calvino
Calvino - e nos movimentos
movimentos to
talitários de nosso tempo

IV. Uma no
n o ta sobre a leitura voege
voegelin
liniaiana
na de
Lut
Lu tero e Calvino

Em gera
gera tentamos evitar interpretações nesta
n esta introdução,
introdu ção,
mas pode ser necessára uma nota especial a respeito do capí
tuo sobre Lutero e Cavino Leitores que cheguem a essa par
te do texto
texto podem car
 car surpresos
surpreso s com a crítica
crítica muito dura
às vezes hosti de Voegelin. Teóogos que seguem a obra de
Voegelin e que eram Lutero e Cavino podem também car
desapontados
desapontad os nessas seções Aém disso ao contrário das ou
tras guras dessa seção,
seç ão, Lutero
Luter o e Cavino
Cavino são ainda conside
rados os antepassados espirituais de vastas comunidades que

26 1 Hstória das Ideas


Ideas Políicas
Políicas - Renascença
Renascença e Refrma
Refrma
podem chocar-se com o que está escrito aqui Portanto, são
úteis algumas
algumas observações interpretativas adiciona
adic ionais
is
Em primeiro ugar, não obstante o to de haver milhões
de pessoas no mundo que são herdeiras espirituais de Lute
ro e Calvino e que os têm em alta estima histórica, história
histór ia
não é hagiograa
hagiograa Voegein não estáes tá escrevendo
escrevendo um tributo
a Lutero e Cavino, mas procurando executar uma análise
teorética cuidadosa do pensamento poítico reetido nas
obras dees e as impicações desse pensamento para a histó
ria poítica ocidental
ociden tal Na verdade, é opinião
opini ão de Voegein
Voegein que
os efeitos
efeitos da Rerma na história
hist ória tendem a obscurecer uma
análise
anál ise e crítica
crítica mais cuidadosamente esboçadas
esboçad as de Lutero
e Cav
Cavino.
ino. Ademais,
Ademais, sua obra é um reconheci
reconhecimento
mento do
do pa
pe signicativo
signicativo que
q ue ambos tiveram no desenvolvimento das
ideias políticas, ainda que a direção
direção dessas ideias não tenha
sido, para
p ara Voegein,
Voegein, sempre positiva
pos itiva
Em segundo ugar, é importante
i mportante notar que Voegein
Voegein não
cooca
cooca toda a cupa
cupa  nem mesmomesmo a culpaculpa maior  pea rup
tura desse período em Lutero e Calvino. De D e um lado, a igreja
igreja
já estava dividida
dividida ss
 ssoo se tornou uma questão na Disputa de
Leipzig.
Leipz ig. O papel do cisma entre a greja Grega Grega e a Igreja Latina
i revelado
revelado incompletamente peos historiadores, de acordo
com Voegelin. Numa longa nota, ele parece parece ser simpático ao
ponto de vista de que a ruptura da Rerma é a consequênciaconsequên cia
prováve do cisma anteror
antero r entre o Oriente e o Ocidente
Ocidente  Ade
mais, as rças que ram liberadas, especiamente pea perso perso 
naidade de Lutero,
Lute ro, não eram
er am rças feitas
feitas apenas
apen as por Lutero
Lute ro
Ao contrário, essas rças já estavam presentes na situação
Portanto, a igreja
igreja tem de suportar sua su a cota de responsabilida
de Como aponta Voegelin "O aparecimento do grande grande indi
víduo' não causa a revolução, é em si o sintoma de um coapso
que pode precisar apenas de uma ocasião conveniente para
manifestar-se
manifestar-se na revoução Dessa Des sa regra gera
gera não podemos
p odemos
zer exceção
exceção para o caso
cas o da igreja
igreja Agures
Agures neste
nest e texto,
texto, Voe
gein
gein sugere
sugere que o rdo principa
princi pa para a revolta
revolta recai na igreja
igreja
romana quando nota que: que: "a culpa está primordialm
primor dialmente
ente nas

Inrodução
Inrodução dos editores 1 27
classes dominantes das instituições estabelecidas, não nos re
volucionários que são o produto de uma situação que i mal
dirigida pelas autoridades responsáveis"
responsáveis"  1 3
Essas referências
referências sugerem que embora
embo ra seja negativa a ava
ava
liação
liaç ão que Voegelin z de Lutero e Calvino, ele reconhece que
ambos são um produto de um conjunto de circunstâncias
sociais que lhes moldaram as reaçõesreações a suas épocas. Dado o
colapso na ordem, conjugconjugado
ado com as personalidades envol
vidas, a Rerma parece ter sido inevitável É útil relembrar, a
esse respeito,
respeit o, a arqueologia de Voegelin sobre o declínio, por
exemplo, já no começo da Idade Média Francisco de Assis,
escreveu Voegelin, alargou nosso mundo, mas a ênse de
seus sentimentos [  ] trouxe uma nova irrupção de rças
.

intramundanas;
intramundanas; não trouxe uma nova síntese" Como resul
tado, negligenciaram-se outros problemas" Francisco era
uma das grandes guras e, no entanto, mesmo aqui Voegelin
encontra a irrupção que ele pensa explodir
explodi r realmente durante
o período da Rerma A irrupção intramundana i não ape
nas aguda, como na Rerma, mas também crônica Elemen
tos dela permeiam o período
período inicial medieval Mesmo Aquino,
que segundo
segund o Voegelin
Voegel in obteve
obteve um equilíbrio e harmonia
har monia entre
os muitos elementos de experiência
experiência humana e cristã,
cristã, é descri
to por
po r Voegelin como beirando o revolucionário"
revolucionário" em alguns
alguns
de seus pensamentos (su ( suaa ênse
ênse na liberdade
liberdade e participação
no governo, e o papel do intelectual independente,
independente , por exem
plo)
plo )  Voegelin refere-se
refere-se ainda ao espiritualismo
espiritualismo quase pro
testante
testante dede Santo Tomás".14
Tomás". 14
Uma terceira
terceira observação:
observação: tem
t em de ser
s er lembrado
lembrado que
qu e a aná
lise que Voegelin está zendo nesta obra não é uma análise

13 Ver a eguir
eguir p 330, n 34 p 29 1 e 337
14 The Co
Colcted Wo
Works of ofEc VoeVo egelin vo. 20 Histo of Political !eas, vol.
II The Mi
Mi Age Agess to
t o Aquin
Aquin.. Ed. Pete von Sive. Coumba Univeity of
Mioui
Mioui Pre  997 p.  42, 230-31
230-3 1  [Em por
portug
tuguês
uês:: Eric Voegelin História
Voegelin
d Iias Polític, vo II, Ide Mia até Tom de Aquino. Trad. Mendo
Cato Henrique. São Pauo É Realzaçõe 2012.] Notar que Voegelin não
etá lando contra rças intamu
in tamundana;
ndana; etá ando
ando a vo de um equiíbrio
ente ea e a outa dimenõe de exitência
exitê ncia trancendentai
trancendentai e critã.

28 1 Históra das Ideas


Ideas Políticas
Políticas -Renascen
- Renascençaça e Refrma
Refrma
teoógica
teoógica Pode-s
P ode-see reclamar da impossibilidade de de separa
ção nítida entre teoogia e losoa
loso a poítica particuarme
pa rticuarmente
nte
nos escritos de um pensador como Voegein Ainda assim
Voegein é muito claro no texto
texto ao dizer
di zer que está anaisando
os escritos de Lutero
Lutero e Cavino
Cavino não
não com a preocupação a res
peito de seu
seu conteúdo doutrina mas ao contrário com um
oho nas implicações poíticas da obra desses autores Em
várias ocasiões
ocas iões no entanto ele se aventura em em aguma críti
ca teológica Por exempo sugere que que Calvino pode não ter
tido uma teoria de simbolismo satstória. Essa avaliação
acerca de Calvino
Calvino precisa ser coocada no contexto da épo ép o
ca O problema não começou com Calvino,Calvino, como o próprio
Voegein indica
indic a claramente. A este respeito é imprescindí
imprescind í
vel que o leitor deste volume da História das Ideias Po Polític
líticas
as
embre que eaea é parte de uma série maior
ma ior O que
que Voegein
chama "a má compreensão iluminada dos símbolos e "a
inclinação gnóstica a estender a operação do intelecto até o
reino da fé
fé e do mito
mit o é um processo
proc esso que já tinha começa
come ça
do no sécuo
sécu o XII. Nesse contexto
contexto ee chega a coocar Santo
Tomás "entre os pecadores
pecadores
Ainda umu m exemplo
exemplo ded e interpretação
interpretação teoógica seria a visão
de Voegein do ensinamento de Lutero sobre a justicação.
Esta naturalmente
naturalmente é a questão centra
centra  para Lutero a ques
tão central da Rerma  e Voegelin parece insinuar isso mes
mo pela anáise a que procede. É uma anáise suti e muito
pertinente para a história
históri a posterior dos efeitos
efeitos da Rerma
A justicação
ju sticação é apresentada como uma imputação meramente
rense sem nenhuns efeitos
efeitos transrmadores na experiência
humana
huma na Isso efetivamente
efetivamente remove
remove Deus do pano da hstória
hst ória
e aimenta uma visão radicalmente desdivinizada e autônoma
autônom a
do comportamento humano De D e novo assim como a visão de
Calvino
Calvino quanto ao simbolismo
simbolism o as raízes históricas desse pen
samento no nominalismo tardio e no deísmo deísm o precisam ser
evadas em conta
con ta
Ainda assim as obseações "teológicas são litigiosas
obviamente
obviamente pois pode-se argumentar
argumentar que em alguns lugares

Introdução dos ediores


ediores l 29
elas não são suci
s ucientemente
entemente diferenciadas,
diferenciadas, especiamente em
vista do estado corrente da "ciência (segundo a denição
de Voege
Voegein
in))  Por exempo para retornar à qestão qestão do sim
si m
boismo em Calvino  pode-se argmentar que o que estava
em jogo nas complexas disputas eucarísticas entre os rer
madores  e mesmo depois entre os Catóicos Tridentinos, i
precisamente
precisa mente a tentativa de de mover-se para
p ara aém de ma visão
cramente sicaista de experiência e desenvover ma qe
reconheça as dimensões transcendentais da experiência qe
pode ser apontada apenasapenas em símbolos
símbolos  1 5 Entretanto,
Entretanto, Cavi
Cavi
no pode não ter investigado as impicações disso devido a se
pensamento
pensament o sobre a predestinação
predestinação  e nesse sentido vale a crí
tica de Voegelin. Iguamente a interpretação qe Voegein dá dá
ao ensinamento de Ltero sobre a justicação
justi cação poderia
poderi a ser tida
como uma apresentação de ma "tendência em aguns dos
escritos de Lutero  qe  anal se tornara uma inência tor
tuosa na história
história posterior
posteri or do protestantismo. Mas era ma
tendência equiibrada por corretivos É Lutero inconsistente
sobre o pape das boas obras no seu Da Liberdade do Cristão,
como argumenta Voegelin, já que este acredita que Lutero se
parou fé
fé e obras? Ou será qe Lutero não separou, mas distin
guiu, fé e obras, ded e uma maneira análoga à distinção
distinçã o mas não
a separação entre as naturezas divina e humana de Jess? Isso Iss o
lhe permitiria
permiti ria arantir ma spremacia
s premacia à graça e à fé fé como a
nte de boas
boas obras1
obras 1 6
Finalmente, nessa interpretação da Rerma, pode-se
ver a preocupação de Voegein com a ordem e com as con
seqências na história dessas das pessoas  movimentos e
articulações que rompem a ordem Em particuar, está
está preo
cupado com o equilíbrio metáxico
metáxico na consciência
consciê ncia humana e

15 Ver, por exemplo


exempl o Roland M Frye Calvns
Ca lvns Theologca Use of Fguratice
Language" n: Thimohy George (.( .),), John Calvin
Calvin and
a nd the
th e Church:
Church: A Prism
Prism of
of
Rerm. Louisville
Louisville Westmnst
Westmnster
er/}
/}ohn Kno 1 990 990  p.
p . 1 7294 para uma apre-
apre-
sentação bem requintada da teoria
teoria smbólca
smból ca de Calvino.
16 Ver Wlliam M Thompson The Sains, Justicaion and Sancicaion:

A Ecumenical Thought Experimen", Pro Eccia 4 (995) p. 1636; e


Viewing Justication though Cavn's Eyes A Ecumenic Experiment'
Theogcal Studie 57 (1 996), p 44766
44766

 30 1 Hstóra das


das Ideias Polítcas
Polítcas - Renascen�a
Renascen�a e Refrma
Refrma
na hstóra socal.
socal . Luteo e Calvno representam guras que
vveam e escreveam em tempos e ruptua e, e acoo
com Voegeln contrbuíam para essa ruptura No N o antlo
sosmo ees Lutero e Cavno estavam-
estavam-se se movendo contra
as ças civizaconais
civizaconais de odem que se tnham esenvol
vdo na históra até aquele tempo. Uma etua atenta do
texto sugee que a própra stuação existencial de Voegein
à época em que escreva
escreva pode te so um u m fto que tenha
contibuído paa sua análse desse peíodopeíod o Ee sugere que
o ponto espirtua ato da civlização ocienta pode se
encontrao na grande doutina a des caritate fo rmat a, a
fo rmata,
amicitia entr
entree Deus
Deu s e a humandae. sso s so se estuiu  e as
conseuêncas experencadas
experencadas toas muto caamente
caamente po
Voegen
Voegen em seus pópos ias ias  evaam-no a concur que que
no momento pesente "nada é vsíve senão a iadae do
apsonamento na natureza humana sem a gaça Esse é
o muno como Voegeln o vu uante a época ue estava
esceveno seu estuo Este muno é o resultao da gande
uptua que exploiu durante a Rema Não Nã o é e admira
então que Voegen
Voegen seja tão cítico da osoa poítca a
uela ea Voegen está avaando
avaando não apenas o que pensa
tenha sdo o papel e Lutero e Cavno na Rema mas tam
bém as mplcações
mplcações que oesceram
oesceram da obra eesees Paa um
euto
euto fze
fz e quaquer
quaquer outa coisa seia desonestdade
desonestdade Para
nós
nó s  esperar
espera r ago
ago mas seria injusto
injusto para
p ara com Voegen
Voege n Se
há ntepretações alternatvas
alternatvas do sgnicao poítco
p oítco essas
guas que sejam coocadas à ente e tansmadas em
pate da convesação pública De quaque modo emos a
Voegen a paavra como ntérprete
ntérpre te de pensam
pen samento
ento poítco
nesse ponto em seu desenvolvmento
Voegeln sempre exou caro que a anáse everia se
baseada no estado
estado contempoâneo a ciênca (segundo
(s egundo sua
denição o termo). Igualmente ee seria o primeiro a re
conhecer
conhecer a necessdae e atuaiza
atuaiza a obra aqu posta Onde
 apropriao indicamos em acréscimos dos eitores
eitores às
notas estudos que poeram levar o eto a maores re
namentos e agumas das posiçõe tomaas Terminemos

Introdução dos editores \ 31


com um exemplo de como o próprio
pró prio Voegein repensou suas
posições
po sições A interpretaç
interpretação
ão do protestantismo aqui apresen
tada, como
co mo expressa
expres sa em Lutero e Cavino, levaria aguém
aguém a
argumentar que que Hegel representa o "eu protestante,
protesta nte, como
com o
que no sentido autêntico.
autêntico . Caramente o Lutero de Voegelin
é muito semelhante a Hegel e Voegein defende "uma i-
nha inteligíve
inteligíve de signicado de Lutero a Hegel, e mesmo
mesm o a
Marx, embora sejaseja uma linha que não corra com nenhuma
"necessidade íntima.17 Não obstante, num estudo poste
rior, escrito
escrito em  95 Voegelin pôde armar,
armar, indicando cer-
tamente ago de certa
certa nuance:
Em nosso tempo, esta estruição bárbara as estruturas
espirituais
espirit uais e inteectuais
inteectuai s está em processo e reparação.
reparação. Men-
ciono apenas o bom estuo sobre Fides Fide s Qu
Quaeren
aerenss Intellectum
Intellectum
( 1931 ) e Kar Barth, que preparou o autor paa a revisão e
seu Dogmatik. Esta atenção renovaa atribuída por um im
portante teóogo protestante ao equiíbrio
equiíbrio e Ansemo entre o
mistério
mistério e a razão poeria também provocar alguns segunos
seguno s
pensamentos sobre se o princpio hegeiano é tão "protestan
te quanto
quanto ee pensava ser.ser.1818
Estava Voegelin pensando melhor? Isso apenas teste
munharia a fecundidade dos estudos estabelecidos nesta
obra importante

17Eric Voegelin, Fro Enlightenment to Revolution Ed. Joh H Hlowe


Durhm, Duke Universiy Press 1975, p 283
18
Eric Voeg
Voegei
ei Response
Response to Professor
Professor tizer's A New Hiso H isory
ry nd  New
but Ancien God?". n The Colcted Works ofEric Voegelin oegelin,, vol 12, Published
says 1966-1985. Ed. Ellis Sdoz. Bto Rouge Louisn Stte University
Press 1990 p. 301. O princípio protestte de Hegel é  proprção d u
onomi humn no que p Voegeli é um uonomi bsout ngid
Ver Georg Wilhelm Friedrich Hegel, The Phis Phisophy of
ofHist
Histo
o.. Trd
Trd.. ]. Sibree
Sibree
Nov York Dover 1 956,
95 6, p. 4, sec. 3 A nerpreção
nerpreção de Voege
Voegeinin de Lutero
e Clvio rm um todo com  inerpretção que esv desenvolvendo cerc
d moderidde"
 moderidde" Como est últim
últi m ps por um dferencção
dferencção crescete em
seu pensmento e escritos, isso mbém se pss por dedução com su visão
dquel. Estudiosos de Voegeln cosderrão ess du obras especimente
sugesvas pr chegrem  seu própro julgmeo
ju lgmeo ispirdo
isp irdo em Voegeli:
Voegeli: Ber-
hrd Lohse Martin Luther; An nroduction to His L and Work Trd Ro
bert C. Schtz F ildé
ildé, Forress  986;
986 ; e Willi
Willim
m J Bouwsm, John Calvin:
A Sixteenth Cen Porait. Nov York Oxford Uiversity Press 988.

 32 1 Hstóra das Ideias


Ideias Poltca
Poltcass - Renascença
Renascença e Refrma
Refrma
No ta dos editores

Tal como outros ediores da série mos deliberadamente


conservadores ao zer mudanças no teo de Voegelin, Voegelin, seguin
do as recomendações edioriais da Universiy
Universiy of Missori
Misso ri Press
Pre ss
Em gera onde necessário
necessário  modeamos orograa, pontação
e o emprego de letras maiúscas Ocasionalmene dividimos
parágras
parágras ongíssos em parágras menores menore s Ateramos a
gns aseados idiossincráticos envovendo o emprego de a
preposiçã
preposiçãoo - por
por exem
exemppoo qando Voegein escreve "blinded
r, mas ceramente preendia escrever "bided"bided o
 o 19 Embora
sse soberbo o domínio de Voegein do ingês mesmo qan
do estava escrevendo Histor
Histor ofPolitica
Politicall Ide, convém lembrar
que às vezes a sua íngua alemã nativa se manifesav
manifesavaa no inglês
Por exempo nese volme eqentemente
eqentemente ocorrem verbos na
"segunda posição emã: "No curso de ta pacicação i pro
mlgada a nova
nova "Não mio depois começo
começo a  
  são exem
pos ípicos desa endência20 Esa "gramáica alemã é o estilo
único de Voegelin
Voegelin e não o abamos.
abamo s. Noss
N ossoo ratamento
ratamento ao zer
acréscimos às noas de rodapé ambém i conseador Auiza
mos referências quando adeqado e acrescenamos inrmação
de pbicação mais completa Qando a pesqisa au parecia
exigir
exigir a apresenação de ma perspecti
persp ectiva
va alernaiva
alernaiva à dada por
Voegein, zemos isso em comenários entre cochees,
cochees, nas noas
de rodapé Também
Ta mbém traduzimos
traduzimos ciações em línguas esrangeas
esrangeas
David L. Morse é Pastor
Pas tor Presidente da
d a Monroevil
Monroeville
le United
Pensilvâni a. É também Professor Ad
Methodist Church, na Pensilvânia. A djunto
junt o no
Departamento
Departamento de Teologia
Teologia da Duquesne
Duq uesne Universi de Pittsburgh
Pitts burgh
Escreveu sua
su a dissertação de doutorado sobre Eric Voegelin
Voegelin
William M Thompson
Thompson é Professor de Teologia Sistemática
Sistemátic a na Du-
quesn e Universi. É autor
quesne auto r ou editor de numerosos livr
livros
os incluindo
incl uindo
Voegelin and the Theologian:
Theologian: Ten Essays in Interpretaton.
Interpretaton.

19 Em poruguês, lgo equvente à diferenç


diferenç ene ego por e ego " (N. T.
20 O cso não se p
p  o pogês, que, ssim
ss im omo o lemão pode cooc
cooc o ver-
o em segudo lug, qudo
qudo quer dr ênfase
ênfase  ee, e não o sujeito.
sujeit o. No glês mo
derno, é sempre neessái
neessáioo segui est ordem: sujeto verbo, ompemento
ompemento (N T)

Introdução
Introdução dos editores \ 33
 33
QUARTA PART
RTEE

O MUND
MUN D O MODERN
MODERNOO
1 . A ORDEM
ORDEM DO PODER
PODER:: QUIVE
QUIVELL

Para um púbico
púbico mais amplo o nome de Nicolau Maquia
vel ( 469-527) ainda jaz à sombra de uma condenação mo
ralista.1 A propaganda antimaquiavéica da Contrarrerma
concentrou-se nos princípios de habiidade poítica desen
vovidos n'O Príncipe, como alvo; e, ra de um círcuo mais
estreito de historiadores Maquiave
Maquiave desde então permaneceu o
autor dessa obra fmosa pubi
pubicada
cada depois de sua morte com o
título que e deu o editor embora a moraidade do conseho a
governantes permanecesse
permane cesse a grande questão por aviar. Quase
não é necessário dizer que tais preocupações de propaganda
malista não podem rmar a base para uma análise crítica
das ideias de Maquiavel Tudo o que podemos reter da cari
catura é a consciência
consciên cia de que ocorrera go de extraordinário,
extraordinário,
um rompimento implacável com as tradições no tratamento
de questões
questões políticas  e que
que com o autor de O Príncipe passa
mos o imiar de uma era nova,
nova, "moderna.
"mod erna. Entretant
Entretanto, o, mesmo
esse elemento da caricatura
caricatura merece emenda A concentração
riosa nesse ivro mau criou a iusão de que seu autor
au tor i uma
gura solitária, algo como um anormal moral quiçá criado
com o propósito sinistro de fzer miseráv
mis erável
el a vida para os his
toriadores
toriadores do sécuo XVI quequ e podiam iniciar sua história tão

1[A primeiras cinco seções deste capíulo fram pubicadas como Machiaveli's
Prince: Backround and
and Formation"
Formation" em
e m Rei ofPolitcs 3 ( 951) , p. 142-
142-68
68.].]
maravlhosamente com a Rerma, se a "gura enigmática
não estivesse no caminho2 É claro que não é assim Não há
nada de soitário ou enigmático em Maquiave. Suas ideias,
como as de todo o mundo, têm uma pré-históri
pr é-históriaa sóida que se
estende
estend e por gerações, e ram compartihadas em seu tempo
por outros pensadores.
pensa dores. O que é historicamente únicoúnic o é o gê
nio de Maquiavel, assim como a consteação peculiar de cir
cunstâncias que lhelhe incliaram o gênio para a cristaização das
ideias da época no símboo do príncipe que, mediante afortuna
e a virt, será o savador e o restaurador da Itáia.
Itáia .

§ 1 . Circunstânci
Circunstâncias
as biográ
biográfcas
fcas -
Maquiavel e Guicciardin
Guicciardinii

Foi única
úni ca a convergência
convergência do gênio e da circunstância
circuns tância Re
tamos por um instate esse acidente No que diz respeito
à hstória das ideias políticas, o ano de 1 494 seria tavez a me
lhor escoha para ter a honra de ser o ao de abertura do pe
ríodo moderno Foi o ano em que Caros
Car os VIII da França
Franç a seguiu
seguiu
o apeo de Ludovico Srza e começou a invasão da Itália. Nos No s
nais
nai s do ano, Piero
Pie ro de Medii
Medi i i expuso dede Florença e a ci
dade entrou no interúdio
interúdio republicano Sob o regime repubi
cano, Maquiave
Maquiave i secretário
secretário do senhorio,
senhorio, desde  498 até à
restauração
restauração dos Medii em 1 5 1  ; e, sob Piero
Piero Soderini, que
que i
eleito gonfaloniere vitaício
vitaício em 1 50, teve ocasião de realizar
realizar
os seus planos para uma miícia popular. O republicanismo
desses anos i uma questão precária
precária A monarquia, de fto,
representada pelos Medii tinha surgido no começo das lutas
internas de Florença como a rma politicamente estáve de

2 Ve a organização de materiais em J. W Allen, A Histor


Histor of
ofPolítica!
Política! Thought
hought
in the Sixteenth Centur. Londres Methuen, 1928 reimpressão Nova York
Barnes
Barnes and Noble 1 960.
960 . A istóra começa com Lutero
Lutero e Calvino. Maquiavel
e Guicciardin
Guiccia rdin cuja rmação
rmação precede a Rerma, aparecem no fnal
fna l do capítu
lo sobre a Itália A Utopia pré-Rerma de Thomas More é tratada num apên
dice a Crowley e Starkey; e Erasmo, que parece ser um incômodo particular,
i cautelosamente omitido.

 38
 3 8 1 Hisória das Ideias
Ideias Poltic
Polticasas - Renascen�a
Renascen�a e Refrma
Refrma
governo; o etono ao republicanis
republ icanismomo reabiu a luta das fc-
ções,
çõe s, agravada pelo
pelo fto de que sessenta
sesse nta anos de regência dos
Medii
Medi i tinham qebado
qebado a continidade
continid ade de tadições instit
in stit
cionais A nova ea se tornou um período de experimentação
constituciona, consideravelmente
cons ideravelmente aquecida pela atividade de
Savonarola As institições de Florença, que tinham cescido
na luta de ças políticas contendoas, epentinamente se
tornaram um tópico parap ara o debate
debate constitcional dotriário,
ao passo que as própias tas até então tinham rnecido o
tópico
tópi co para a naação históica
histó ica O acidente
acidente histórico
históric o do inter-
lúdio epubicao criou o inteesse nma ocupação sistemáti-
ca e teoética com a poítica qe distingue
distingu e Maqiave de seus
pedecessores na histoiogaa orenta
A segnda cicnstância que tem de se levada em con-
sideação é a idade de Maquiave Nasce em  469 qando
se tonou secetário, tinha 30 quando chego ao m a sa
careira poítica sob a república, tinha
tin ha 43. Um peíodo
peíod o muito
impotante de sua vida ra dedicado à expeiência repbi
cana Duate
Du ate o ócio obigatóio em qe começou a escever
O Príncipe em  5  3, esse período não voltou ao nível do epi-
sódio
sódi o qe de fto
fto estava no desenvovimento de Floença em
dieção à monarquia heeditária dos Medii; permaeceu a
motivação de suas reexões poíticas,
poíti cas, dessa
d essa bsca peo típico
na política de tal maneira qe o domínio de egas de ação
se poderia tona a base para o sucesso
sucesso na n a dieção desejada
desejada /

Nesse
Ness e ponto, entetanto,
entetant o, a$ caracteísticas de gênio e de ci
cnstância biogáca não podem se claramente separad�
Seria irespons
ir esponsáve
ávell dize qe a oba poítica de Maqiave
não teria tomado a direção que tomo a não se que a sua
saída rçada da d a ação poítica tivesse elevado a experiência
de ses anos madros a um níve dúbio de absolto e ge
neralidade Mas sabemos que no caso de seu contemporâ-
neo mais jovem Guicciadini (nascido em 1483) o mesmo
epubicanismo básico, o mesmo pessimismo insoete
quanto à natureza do do homem e considerações aindaain da mais ni-
tidamente desiudidas sobre as motivações da ação política

1 - A ordem do poder: Maquiav J 39


 39
conduziram-no
conduziram -no não a uma tentativa
tentativa de teorização da política,
mas, ao contrário,
con trário, a uma
um a aceitação
aceitação do uxo da história
histór ia como
um presente
present e móvel de ação tão intimamente dif di ferenciada pe
las circunstâncias
circunstâ ncias que não se deixou lugar para o típico como
a base de planejamento ParaPa ra Guicciardini, assim, a política é
reduzida à luta quotidiana pelo poder, na n a ação
ação diplomática
dip lomática e
militar, entre
entre as unidades de poder existentes, sem nenhum
espaço de respiração para sonhos de Maquiavel, tais como a
unicação da Itália Como consequência,
consequência, o diplomata mais
jovem e historiador
historia dor é equentemente acusado de um "cinis "cini s
mo mais grave
grave do
do que o de seu amigo mais velho  espe
cialmente desde que se s e envolveu
envolveu ativamente no jogo político,
ao serviço da Cúria, e de um u m homem a quem ele desprezava
tanto como papa quanto como MediiMed ii
Tais lugares-comuns
lugares-comuns moralistas, como indicamos,
indicamos, não
n ão são
muito
muit o úteis
úteis na análise
anális e teorética. Estamos,
Estamo s, ao contrário, incli
nados
nado s a explicar a diferença
diferença de comportamento
comportame nto entre os dois
homens pelo to t o de Guicciardini ser muito jovem para envol
verse prondamente no período republicano de Florença;
ser um aristocrata e, por conexões de mília, ter a garantia
de uma carreira esplêndida seja no cardinalato seja na polí
tica Teve, nan a verdade,
verdade, uma grande carreira
carreira como diploma
dip loma
ta e administrador, e antes de ter atingido a idade de trinta
anos tomara o passo
p asso psicológico
p sicológico na aceitação da nova situação
italiana,3
italian a,3 e que, como consequência,
consequê ncia, estava
e stava livre dos estorvos

3 Baseara esse jugamento


jugamento na Storia Fiorentina, que Guiccardin escreveu em
1509 para seu própio escarecmento (a existênca da obra tornouse conhe
cida apenas depos do meado do sécuo XIX). Nessa época seu panejamento
poítico ainda ia em dieção a uma repúbica aristocática.
aristocática. Seu repubicansmo,
entretanto não era doutrinário. Escreveu como membro de um partido que
detestava tanto os Medii quanto os Popoani Seus interesses ainda eram estri
tamente oentinos
entinos;; não
não havia nenhum toque ainda de uma compreensão do
probema italiano maior que ee desvendou com mestia em sua útima Istoria
d1talia. Pode-se dizer que ainda mais
mais do que para
para Maquiave o repubicanismo
repubic anismo
que seguu a invasão ancesa fi sua escoa de de pensento. M seu comporta
mento
men to já é o de anaista de
de ação; e a teoria da natureza humana que ee emprega
ao ponderar a sabedoria de ações á é radicamente reaista" muito mais do
que para Maquave não endo nenhuma concessão a motivações de uma
natureza tradicionaista mora ou espiritua que perturbaria a raconaidade
estrita da potica de pode

40 1 Hisóra das Ideias Polític


Políticasas - Renascença
Renascença e Refma
doutrinários de Maquiavel Na apreciação de Guicciardini,
como revelada em suas observações nos Discorsi, Maquiavel
aparecia como um entusiasta
entu siasta algo irreaista e otimista na po
po 
lítica Esse
E sse julgamento
julgamento de um grande contemporâneo
contemporâneo que, em - I
'

contraste com os denunciadores de Maquiavel


Maquiavel no tempo da
Contrarrerma
Contrarrerma  estava completamente a par de suas ideias e
sabia do qe ee lava
lava deveria pesar
pesa r mais numa
n uma interpretação
crítica do autor de O Prínci
Príncipp e do que quase tudo o que i
 i dito
peos detratores moralistas
moralistas posteriores
posteri ores

§ 2. Os problemas da época
época - O tra
tra uma
um a de 149
1 4944

Conquanto o gênio e a circunstância biográca conspira


ram em tornar única a resposta de : Maquiave aos aconteci
mentos de seu tempo e sendo ee o únco pensador da época
que elevou o novo problema da política
pol ítica do poder ao nível da
especulação
especula ção generaizante,os problemas em si não ram uma
_

invenção
invenção sa Encontramo
Encon tramo-los
-los da mesma maneira,
maneir a, e tratados
tavez ainda mais realisticamente nas obras do Guicciardi
ni mais jovem o u nas Mémoires do mais velho _Phi-E�-4
jovem ou
_ (ca 144 1 447-
7- ca. 1 5 1 1 ) Volte
Voltemo-
mo-nos
nos agor
agoraa para
para os
probemas da época
A Christianitas medieva
medieva estava desmoronando-se
desmoronan do-se na n a igre
igre
ja e nos Estados nacionai
na cionaiss Essa caracterização gera parece
ser mais adeqada
adeq ada do qe lar do m  m da era feuda
feuda o da as
censão da monarquia absolta porque essas últimas carac
terizações já restringem o problema aos desenvolvimentos
especícos e colocam ênse na política
po lítica do século XV
XV que se
origina da historiograa secularista dos períodos posteriores
poster iores
A desintegração da Christianitas atingiu a ordem espirital
e a ordem tempora à medida qe em ambas as esferas se
dissovia o espírito comum que induz à cooperação ecaz
entre pessoas a despeito
despeit o da divergência de interesses assim
como o senso de obrigação de compromisso no espírito do
todo O "desmoronamento signica literalmente a quebra

1-A ordem do poder: Maquiavel {41


em jurisdições especícas de um todo espiritualmente ani
mado; signic
sig nicaa a insistência
insist ência inexível
inexível nos direitos e a busca
de interesses pessoais e institucionais
instituciona is sem se importar com a
destruição da ordem
ordem total No que diz respeito à Igreja Igreja já tra
tamos dessa questão na seção sobre o movimento conciliar4
Abortou a tentativa de rermar a Igreja mediante concílios e
abortou a tentativa posterior de lhe conf con ferir uma constituição
cons tituição
representativa permanente, porque os interesses pessoais e
nacionais já não podiam ser ecazmente subordinados a
interesses gerais
gerai s Se a Igreja
Igreja universal não quisesse
quises se cair em
paralisia parlamentar nem dissolver-se em igre igrejj as nacionais
a representação
representação ecaz tinha de ser assumida pela cabeça mo
nárquica. Da
D a lência dos concílios como condutores do es
pírito emerge o papa monárquico como o representante da
instituição No reino das ideias, poderíamos observa obse rvarr a tran
sição de homens como Giuliano Cesarini Enea Silvio Picco
lomini e Nicolau de Cusa do conciliarismo inicial para uma
posição
posiçã o que Dempf caracterizou como a de monarquioptan
monarqui optan
tes
tes  ou seja,
seja, homens que pref prefeririam
eririam uma constituição
constituição re
presentativa mas que se inclinaram
inclin aram ao inevitável
inevitável histórico e
se tornaram monarquistas
No domínio temporal podemos observarobservar uma consolida
ção similar de instituições, assim como uma concentração de
nção representativa numa cabeça monárquica A Guerra
dos Cem Anos entre
entr e Inglaterra
Inglaterra e França i o grande processo
em que o terreno
terre no pessoal
pess oal e as associações
associa ções feudais
feudais da Europa
Ocidental ram desenredadas e as velhas unidades políticas
se consolidaram nos reinos nacionais territoriais da Inglater
ra e da França. Ao desenredamento seguiu-se uma consolida
ção interna
interna  As Guerras das Rosas
R osas ram a última luta feudal
feudal
para disputar a chea da nação e terminaram em 185 com
o estabelecimento da monarquia Tudor. Ao mesmo tempo 

4Ve The Collected Works of Eric Voegelin v 21, Histo


Histo  ofPolitical
Political eas v
III The Later Mi Ages Ed. David Walsh. Columba University of Mis-
soui Pess, 1998 cap 22 [Em porgês: Ei Voegelin História d ei
Políicas, v. III Ide Méia Tardia
rdia.. Trad. Mendo Castro Henrqes São
Pao É Realizações, 2013.]

42 1 Hsóia das
das Ideias Poltc
Poltcasas - Renascen�a
Renascen�a e Refrma
Lís XI consoido a monarqia absota ancesa mediante
o governo por decretos
decretos desde  469 e, em 1 480 o poder ré
gio i consideravemente
cons ideravemente rerçado qando,
qand o, pea extinção da
Casa de Anjo
Anjou,
u, as sas propriedades
propried ades passaram
passar am para a coroa
Ao mesmo tempo,
tempo , o casamento
casament o de Fernando
Ferna ndo de Aragão
Aragão com
Isabe de Castela troxe a nicação poítica da Espanha, ao
passo que a vitória
vitória sobre o reino de Granada em 1 492 asseg
ro esse território à nova monarqia.
A consolidação das três monarqias ocidentais i con
cída com sucesso qando caiu a tempestade sobre a Itáia
em 1 494 À época, o equiíbrio de poder entre as cinco maio
res nidades poíticas
poíticas na penínsa  Mião, Veneza, Foren
ça, Estados Pontícios e Nápoes  era o sistema poítico da
Itáia, descrito admiravemente por Gicciardini na Storia
Fiorentina. No cerne desse sistema
sist ema estava
estava a aiança
aianç a próxima
entre Nápoes, Forença e Mião que, por vota do meado do
sécuo
sécuo XV, Cosimo
Cosi mo de' Medii
Medi i tinha panejado com o propó
sito de eqiibrar o poder do papado e Veneza. Era precário o
eqilíbrio
eqilíbrio,, e depois de 1 474 encontramos
encontramos m reainhamen
to de Mião, Forença e Veneza contracontra o papado e Nápoes
Náp oes
As pertrbações
pertrbações sangrentas restantes
restantes terminaram em 1 480
com os esrços dipomáticos de Lorenço, o Magníco; o
veho sistema,
sistema , com a tripa aliança de Cosimo
Cosim o no se cerne,
i restarado e durou até a morte de Lorenço em 492.
A aiança secreta sbsequente
sbsequen te entre Nápoes e Forença,
Foren ça, para
a espoiação de Mião, evo Ldovico Srza a apear à aj aj u
da da França e à invasão.
inva são. O eqiíbrio de poder tinha
tinh a sido,
de fto, a orgaização política naciona
nacio na da Itáia A despeito
de pertrbações menores eqentes e pertrbações maiores
ocasionais,
ocasionais , poderia ter drado
drado e se transrmado no nda
mento para m desenvovimento interno em direção a ma
organização
organização naciona
nacion a mais estáve
estáve Deve-se considerar esse
ponto na ponderação dos eitos revoucionários
revoucionários do choqe
nos reinos das ideias
O scesso dos invasores anceses, espanhóis e aemães
e a redção dos estados itaianos à impotência poítica i

1 A ordem do poder: Maquiavel 1 43


-
o acontecimento cujo sentido utrapassa
utrapass a a esfera
esfera do poder
puro A Itália dessa época era um país próspero e rico e
também a regiregião
ão de mais
ma is alta civiização
civiização da Europa
Europ a A tem
tem 
pestade não zia sentido
sent ido à luz
l uz da subjugação
subjugação de umaum a região
região
pobre
pobre e atrasada por países em progresso econômico;
econô mico; nem
zia sentido à uz de umauma revolução
revolução social
social  talvez a ascen
asce n
são de um terceir
terceiroo estad, ou uma insurreição populista ; ;
nem estavam
estavam em causa questões de princípios morais ou
poíticos, como posteriormente nas guerras da Rerma.
Em suma: a economia, a moral, os princípios de j ustiça so
cia, ideias
ideia s concernentes
concernentes à organização
organização política, movimen
tos espirituais ou cções reigiosas nada tinham que ver
,_

com o acontecimento; era um caso claro de um poder mais


rte e de uma organização militar superior superi or a atingir
ating ir uma
vitória
vitó ria implacá
imp lacáve
ve sobre um poder mais aco e militarmen
te menos equipado
equipad o
Temos de perceber, e tavez o possamos zer melhor
do que há vinte anos, que a geração que testemunha
testemunha tais
acontecimentos
acontecimentos soe um trauma Os membros mais inte
igentes e sensíveis de ta geração observaram a reaidade
do poder no momento de seu rtaecimento existencial,
quando ele destrói uma ordem Quando a destruição
é um to bruto sem sentido, sem razão e sem ideias, é
difíci contar tais histórias sobre moraidade e política a
essas pessoas
pes soas Com os ohos experientes,
experientes, diagnosticarão
diagnosticarão
o moralista na
n a poítica
po ítica como o beneciário
bene ciário do status
status quo,
como
com o o hipócrita qu quee pretende
pretende que todos sejam honestos
e amantes da paz, depois de sua própria sede de poder o
ter
ter alcandorado à posição
posiçã o que quer manter
mant er Esse
Ess e diagnós
diagnós
tico psicológico está  ndamentamente
ndamentamente correto e aplica
-se equentemente Sob esse aspecto,
aspect o, um homem como
Maquiavel,
Maqui avel, que teoriza
teori za com b ase em sua rte experiência
de poder, é uma gura saudáve e honesta, certaente
preferível, como homem, aos contratuaistas que tentam
encobrir a realidade do poder por baixo de uma ordem
estabelecida
estabelecida pela vigarice
vigarice mora do consentimento  ou,
poderíamos dizer antes, imoral

4 1 Históra das Ideas Políicas


Políicas - Renascença e Refrma
Refrma
No entano,
entan o, a experiência é traumática,
traumátic a, pois
poi s é capaz de ce
ce
gar um homem para o fto de que o mistério do poder não
é o odo da políica  pela
pela razão pertinente
pertinente de que
que a paixão
de poder não é tudo o que há na natureza humana Embora
Maquiavel não esivesse cego
cego para outros ftores na política o
seu quadro da reaidade
reaidade poítica certamene esá descado,
descad o, e
é essa distorção de visão que emos
emos de entender
entender historicamen
historica men
te como causada pela vioenta disorção da realidade peos
acontecimentos da época. Desse rauma (coocando de ado
ouras causas que debateremos em breve) surge a sua concen
ração, primeiro na racionaidade da ação poítica sem aten
tar a princípios à moral ou a qualquer outro dado e segundo,
na imporância de uma organização miliar ecaz A Iáia
ra esmagada peo poder das monarquias nacionais conso con so
idadas
idad as A resposa a esse probema
probema seria a consrução igua
mente bruta, de um poder nacional italiano consolidado
que expulsaria o invasor e protegeria o país conra qualquer
qualque r
repeição do desasre. Os instrumentos écnicos da conquista
ancesa inham
inh am sido a artiharia que deiou abaixo rtaezas
e a infntaria suíça que venceu os coningentes de cavaaria
dos condottieri. A resposta a esse segundo problema teria de
ser uma rerma miitar, em paricular a criação de uma mí
cia naciona  que dicimene
dicimene poderia ser criada
criada com um ins
rumento ecaz
ecaz sem um parioismo repubicano de massasmassas 
Nesse ponto, as ideias de Maquiave concernentes à rerma
miiar ndem-se com a sua visão da repúbica unida.5

5Sobre A Arte  Guerra ( 1 520) de Maquavel


Maquavel,, ver Felx Giber, Machiavel
Machiavel
Te Renassance o he Art o War". n: E M. Eare (ed.), Maker ofModes Modes
Strateg. Princeon, Princeton Unversity Press, 1943. Maquiavel não cou
muito impressonado peo problema meramente tecnológico da arilharia e ez
da miícia
miícia naconal o centro de sua refrma militar
mil itar A idea de uma milícia na-
conal, enretanto, esava
esava ra de
de época Nos séculos
século s até a Revouç
Revoução
ão Francesa,
a are da guerra desenvo
desenvoveu
veu o instrumento do exércio prossional O exércto
prosona tornouse o insrumento ecaz de guerra na verdade, apenas com
o desenvolvimeno da virt (no sendo de Montequeu) republicana nas m
sas em gera Ao passo que a idea esava hisorcamente fra do ugar é, no
entanto, imporante para nós como o sintoma convncente do nacionismo
e republicanismo básicos de Maquiavel. Tradução nglesa  The Art of of War"
ar "
ofNiccol Machiav ei T rad. Ellis Farneworth.
Machiavei Farnew orth. Introdução
In trodução N e Wood. Nova
York, Da Capo Press, 990

/-\
1 A odem do poder: Maquiave! 45
- '
§ 3. A tradição
tradição italiana
italiana

A superioridade
superioridade do poder pósp ós-mediev
-medieval
al institucionalizado
e racionalizado estava do lado das novas monarquias
monarq uias nacio
nais e a Itália tornou-se
tornou -se a primeira vítima
vítima do surto da pleone-
xia [o desejo insaciável a ambição moderna. O processo de
institucionalização e racionalização em si entretanto come
çara na Itália mais de um u m século antes Enquanto Maquiavel
Maquiavel
queria
queria aprender de Luís XI o próprio
própr io rei ancês tinha apren
dido de seu amigo
amigo Francesco Srza A invasão com suas con
sequências i o acontecimento revolucionário que ofereceu
os tópicos mais imediatos para a especulação de Maquiavel;
mas ele acabou por situála numa tradição peculiarmente
italiana de arte de governo secular Consideremos os tores
mais importantes envolvidos na construção dessa tradição

a. Cardeal
Cardeal Albooz

Em  354
35 4 depois do m do do [ tribunato de] Cola di Rienzo
os senhores dos estados papais
pap ais retomaram o controle políti
políti
co; e já que o próprio papa
pa pa estava em Avignon os domínios
se transrmaram em algo anárquico independente do reino
feudal Já em  353,
35 3, entretanto
entretanto surgiu o Cardeal
Cardeal Albornoz le
gado papal a quem i conada a tare de pacicação que
acabaria por possibilitar o retorno do papa a Roma No de
curso dessa pacicação ram promulgadas em 357 no
Parlamento de Fano as Constitutiones
Constitut iones Egidianae,, a nova cons
Egidianae
tituição para o estadoigreja que duraria vários séculos
sécul os e que
só i abol
abolida
ida rmal
rmalment
mentee em
em 1 8 1 6
As Constitutiones organizaram o estadoigreja como um
domínio
domínio temporal
tempo ral da Santa Sé; as suas disposiçõ
dispo sições
es ram um
modelo para a ransrmação de um campo pluralístico de
poderes feudais numa instituição racional controlada cen
tralmente
tralmente  Estabeleceram radicalmente que nenhum
nenhu m impera
dor rei príncipe marquês duque conde ou barão e nenhum
parente próximo de alguma dessas pessoas e nem outros

46 1 Hstória das Ideas Políticas


Políticas -Renasce
- Renascen�a
n�a e Refma
Refma
nobres, poderiam ser escolhidos como reitor, podestà, capi
tão, protetor, guardião ou magistrado em qualquer parte do
estado-ig
estado- igre
reja
ja Essa provisão quebraria o poder dos senhores
senho res
Os estados, assim, ram divididos
divididos em províncias com reito
res no seu topo.
top o. A m
 m de evitar
evitar que essas divisões
div isões provinciais
e desenvolvessem em unidades de poder pod er independentes sob
os administradores com a ajuda de conexões miliares, as
Constitutiones estabeleceram que ninguém poderia p oderia ter cargo
na cidade de seu nascimento ou residência Os cargos mais
arriscados
arriscad os de reitor e podestà eram imitados a seis meses; o
tituar poderia exercer o mesmo cargo novamente depois de
dois anos,
ano s, embora pudesse
pude sse exercer agures o cargo
cargo do mesmo
níve
níve nesse meio tempo ém disso, i proibido criar igas e
confederações
confederações entre as subunidades
subunidad es do estado-igre
estado- igreja
ja
Aqui vemos
vemos Abornoz, com suas
sua s Constitutiones e hábeis
atividad
atividades
es diplomáticas ( que, na
n a verdade, possibiitaram o
retorno
retorno temporário
temporário de Urbano V a Roma
Roma em 1 32)
3 2) no papel
de um prncipe maquiavélico, o pacicador e unicador de
um territór
território
io itaiano desordenado
desordenado  embora com o resulta
do não maquiavélico de uma monarquia como a constitui
ção terapêutica6

b. Coluccio Salutati

Não muito depois começou a teorização do grande pro


ema  ou seja,
seja, o proema de estabestabecer a ordem
ord em através
através
de um íder monárquico numa época em que as velhas r
as representativas se revelaram incapazes de autogoverno A
ocasião
ocasião surgiu com os distúrbios em Florença no tempo da re
ota dos ciompi. O pensador
pensado r que tratou
tratou a ndo desse
desse probe
prob e
ma i Couccio Salutati, o chanceler
chanceler de Florença desde
desde 1 375
37 5
O seu
se u tratado
tratado D e Tyranno
yrann o (escrit
(es critoo em  400) é o exempl
exemploo mais
antigo
antigo da posição optante
optan te pea monarquia, o que só apareceu
apareceu

' Para Abornoz e a Constitutiones


Co nstitutiones Egid
gidianae,
ianae, ver Ephram Emerton Human-
m and Tyran
yrannny: Studies in the Itali
Italian
an Trecento
recento.. Cambridge, Haard Univer-
i Press, 1925.

1 - A ordem do poder: Maquiavel  47


no cenário europeu mais amplo após o Concílio de Basileia
A desordem orentina mostrara a prondeza do conito en
tre a oigarquia reinante
reinant e e o povo, assim como
c omo o perigo de que
demagogos pudessem empregar o desassossego do povo para
seus próprios ns. A situação
situação já tendia
tendia para a solução monár
quica encontrada pelos Medii em 1434 O grande problema
teorético i o estigma de tirania que se juntou a uma regra
secuar
secuar absoluta.
absoluta . Para o tratamento desse problema, o huma
nista Sautati
Sauta ti desenvolveu
desenvolveu a nova análise ((reaista"
((rea ista" da política
polític a
Removeu a Christianistas, que até então tinha sido o ambien
te de legitimação da poítica; o papa e o imperador desapa
recem da discussão
discuss ão Uma esfera
esfera de política secuar é isoada
num contexto mais ampo; todas as reexões teoógicas são
abandonadas,
abando nadas, e o teórico trata o Estado como um fenômeno fenômeno
histórico autônomo, absoluto,
ab soluto, sem relação com um ambiente
ambiente
de legitimação de signicado.
O probema da própria tirania é discutido no caso concreto
da ascensão de César ao poder
pode r A pergunta é se César i um
tirano
tirano - como ainda eraera para João de Saisbúria e como
como seria,
de novo, para Maquiavel A resposta de Salutati é negativa.
César não era tirano porque
porqu e a situação
situação poítica
poítica tornou o prin
prin 
cipado
cipa do historicamente inevitável A luta da guerra civil
civil não di
zia respeito à aternativa
aternativa entre repúbica e ditadura; a questão
era qual dos contendores deveria ser o governante absouto
(uter regeret et rerum summam et moderamen assumeret).
Quem mais poderia
poderia ter savo
savo a situação? Nem o senado, nem
os tribunos,
tribu nos, nem a plebe o poderiam
poderiam ter feito,
feito, pois estavam
estavam
diacerados
diacerados por cções e eram incapazes de ação concertada
O único resultado a esperar eram a cemência e a justiça do
vitorioso, e nessa esperança os observadores impotentes não
ram desiudidos pois César, com sua espantosa magnani
midade, reparou os horrores da guerra civ O que sucedeu
após a morte de César mostrou o carácter criminoso do assas
sinato e a justiça histórica da monarquia
Nessa análise do
do probema da tirania,
tirania, devemos notar
notar es
pecialmente o realismo histórico e intransigente de Sautati;

48 1 História
Históri a das Ideias
Ideias Polític
Políticasas - Renascen�a
Renascen�a e Refrma
Refrma
tal como
como em Guicciardini,
Guicc iardini, seu j ulgamento nunca é ferido
ferido por
po r
suas preferência
preferênciass políticas pessoais.
pessoa is. Comparado com o rea
rea 
lsmo de Salutati,
Salu tati, Maquiavel
Maqu iavel tem de aparecer como
com o a "mente
ahistórca, como o caracterizou Aled von Martin Apenas
quando vemos Maquiavel no contexto da tradição italiana é
que nos damos conta de quão rte é o toque de dogmatismo
dogma tismo e
entusiasmo na sua obra

e. Histor
Historio
iogra
grafa
fa hum
h umaa n ista
Com Salutati, o novo aprendizado humanista entrou na
chancelaria de Florença O estilo humanista começou a deter
minar a rma das relações diplomátcas, e o desenvolvimen
to de uma hstoriograa humanista ocial tornouse parte
das atvdades do que hoje chamaríamos de serviço de rela
ções exteriores
exteriores Seu propósito era a apresentação da históra
da república de maneira a impressionar
impress ionar os o s governos
governos no exte
exte
ror e aumentar o prestgo do estado
estado  Na esteira de Salutat,
Salutat ,
encontramos as séries de chanceleres orentinos que eram
ao mesmo tempo historiadores relativamente
relativamente eminentes, ho h o
mens como Leonardo Bruni, Poggio Bracciolin, Benedetto
de' Accolti e Bartolomeo della Scala O valor de propaganda
de uma obra como a Historiae Florentinae de Bruni (publ
cada
cada de
de 1 4 1 6 a 1 449) não escapou
escapou a outros
outros estados italianos
Os governos da pennsul
pen nsulaa de Nápoles a Milão começaram a
empreg
empregarar historógras ociais
o ciais a m de equpararem a ma m a
de suas hstórias à glória de de Florença
Flore nça O movimento começou
em meados do século XV e contnuou intensamenteintensa mente pelo sé
culo XVI adentro Menconemos deste grupo grup o apenas um dos
últimos hstoria
hstoriadore
dores,s, Donato
Donato Gianotti ( 1492- 1 573)  porque
eu trabalho, e em particular sua Repubblica de' Viniziani,
exerce
exerceuu uma inuência
inuênci a consideráv
consi derávelel nas ideias do livro Ocea-
na de James Harrngton
Harrngton 

- Alf
Alfed Marin Coluccio
ed von Marin oluccio Salutati
Salutati Traktat
raktat "Vo
" Vomm Tyrannen
yranne n ' Berlm e
epzig W. Rothshild 913 ver ambém do mesmo autor Coluccio Salu-
ati und s humanistische Lebensidea Leipz
Leipzig,
ig, B.G.
B.G . Teubner
Teubner 1 9 1 6; também
também
Emeron Humani
um anism
sm and
and Tyrann
yran ny, op. ci

1 A ordem do pode: Maquiavel


- uiavel 1 49
O novo estio de historiograa i estabeecido pela Histo-
riae Florentinae de Bruni, e certas
certas características do modeo
ainda determinaram o tratamento da história política na Is-
torie Fiorentine de Maquiavel, assim como a deimitação da
matéria poítica, de maneira geral Enumeremos
Enu meremos brevemente
essas características Os humanistas empregaram Lívio como
modeo Essa escolha teve consequências à medida que o tra
tamento da história teve de ser concentrado em acontecimen
tos emocionantes
emocio nantes como guerras e revouções, com a excusão
dos tores permanentes e os desenvolvimentos de ongo al
cance que determinam a textura
textura da história.
históri a. Aém disso, no
interesse da efeti
efetividade
vidade retórica e dramática, o indivíduo tinha
de tornarse
tornar se o centro da ação a ta ponto que voltaram a obs
curecer-se as determinantes permanentes que efetivamente
não deixam muito espaço para a iberdade heroica O modelo
romano tinha, aém disso, o efeito de uma secuarização ra
dical do tratamento dos problemas políticos A concentração
concentração
humanista nan a história da repúbica à maneira romana acarre
tou o rompimento com co m a visão cristã da história A corrente
rigidamente fechada
fechada da história do estado secuar não admitia
uma Providência divina governando uma história universa
Problemas como a translatio imperii e a especuação sobre as
quatro monarquias mundiais
mund iais saram de cena, cena, sem uma
um a pala
vra No século XVIII, quando Votaire começoucomeçou a secuariza
ção da história, a poêmica contra a posição cristã de Bossuet
era de interesse absorvente
absorvente Os humanistas do século XV des des 
prezaram o problema cristão como se não existisse existisse  O papa,
p apa,
uma gura incontornáve da história
hist ória medieva, é considerado
cons iderado
um príncipe terrtoria como os outros
outros  Em que medida esse
comportamento é rerçado peo modeo cássico, e em que
medida reete uma política antieclesiástica dos escritores,
nem sempre é cilmente discerníve
discerníve Certamente,
Certamen te, o estadista
e o líder miitar são os dois
doi s tipos cássicos
cássic os que determinam o
curso da ação; o ecesiástico,
ecesiásti co, como um terceiro
terceiro tipo, não tem
nenhuma nção nesse quadro O imperador soe o mesmo
do que o papa; simpesmente, desaparece A história é escri
ta do ponto de vista do estado territoria;
territoria; o critério para jugar

50 1 Hisória das Ideias Política


Políticass - Renascen�a
Renascen�a e Refma
Refma
 ção poític é  vantgem
vantgem do país; o que está implícito nessa
ne ssa
estrição
estrição é, de to, uma teoria da sobeania nciona indepen
dente do impéio
Essas são s crcterístics que prosseguem
prossegu em na oba de Ma
quive
qui ve e Guiccidini. A su existência e o seu culto centená
o têm de ser levdos em consideção num interpretção
ítica de M aquive; de outro modo, corremos o riscorisc o de re
tá-lo como o cidor de um novo elismo seculr "antie
gioso em polític, movimento que, n verdade, não nsceu
om ee, ms pertencia à longa trdição
trdição em que se mou.
mou . 8

§ 4. O cenário asiático

A historiograa ds ideis poíticas do Ocidente está cer


d de muitas curiosiddes Uma delas é  compcênci
mena com a qual os histoidores desprezam o to de que
 ivilizção
ivilizção ocidental não se desenvoveu num vácuo, ms
existênci perigos à sombra da Ási. No curso de
ve um existênci
osso estudo,
est udo, tivemos ocsião equente de toca o poblem
pobl em
iático. Examinemos os momentos de contto e os os taços que
exr
exrm,
m, pois
poi s um desses contatos inuenciou
i nuenciou rtemente a
ei do píncipe tal como rmda
rmd a no século
sécu lo XV 

1 A
• sombra
som bra da Ásia
Ásia
A própi ndação da civilização ocidental na bse étnic
as tibos
tibos germânics d Grande Migração está intimmen
�e igda  acontecimentos siáticos. A grande ofensiva que

e\'OU os vândalos à Áic e os visigodos o sque de Rom


;m 4  0 é o efeito
efeito mis ocident de um cdeia de aconteci
:ntos que começaram com a unicção da China por Ch'in Ch 'in
�h Hung Ti em 221 22 1 C. A rmação do império chinês i

�o sumaiando essas caracerísicas do elao feito pela hisorograa hu


:'a em Eduard
Eduard Fueer
Fueer  Geschichte der neueren Historiogaphie. 3 ed Mu
_e e Berlm, R. Oldenbourg, 1936, p. 9-55

1 - A orordem do poder: Maquiavel


Maquiavel  5 1
seguida
seguida da conrarmação de um império Hiung-nu Hiu ng-nu a nor
te da Grande Muralha
Muralh a A guerra
guerra intermitente
intermitente entre os dois
impérios terminou por volta do nal do primeiro sécuo de
nossa era com a desruição
desruição da organização
organização Hiung-nu; esse i
o começo de um movimento lento lento para o ocidente, do norte
de Hiung-nu
Hiung- nu evando as ribos germânicas adiante, e ermi
somen e com a derrota de Áa na Batalha de Chalons
nando somene
em 451
45 1  O grande resulado
resulado literário
literário no Ocidene
Ocidene i a Civitas
Dei [Cid
[ Cidadadee de Deus] . Santo Agosinho começou a escrevê-la
de Deus] escrevê-la
com uma intervenção
intervenção no debae poítico
po ítico que surgira com a
queda de Roma em 40, e morreu em Hipona, em 431 en
quano a cidade era siiada pelos vândao
vând aoss
Depois
Depoi s do na do
do império romano
romano  a pressão asiáica sobre
os reinos germânicos
germânico s recém-esabeecidos continuou inermi
enemene
enemen e até
até o sécuo X; a útima dessas
dessa s vagas
vagas rmidáveis,
a magiar i nalmene quebrada na baalha de Lechfeld
Lechfeld em
955 A ordáia de migração
migraç ão em que desapareceram povos in
eiros como os osrogodos sem deixar nenhum
nenhum rasro, cris
alizou-
alizou-se
se na épica traumáica
traumáica dos povos germanos a Canção
Nibelu ngos;; a primeira versão
dos Nibelungos versão das pares mais
mai s anigas des
se poema
poe ma deve stuar-se provavelment
provavelmentee por
po r voa do m do
sécuo X pouco depois da derrota dos magiares
O movimeno asiáico seguinte, ameaçando a exisência
da civilização ocidenta veio com a expansão do império
mongo no sécuo XII  Por vota
vota de
de  24
24  , os mongóis
mongóis inham
inham
avançado
avançado em rês counas até à Siésia Hugria ocidenta e o
Adriático. Na
N a bataha
bataha de Liegniz os úimos exércios
exércios organi
zados ocidentais inham sido derrotados quando as notícias
da more de Ogodai Khan chegaram aos mongóis vitoriosos
e os seus líderes regressaram a casa para paricipar da eeição
do sucessor O choque ra erríve, e nos anos seguines os
poderes ocidentais, que não podiam saber
sab er se a expansão seria
retomada ou não, mandaram embaixadores a Karakorum a
m de negociar uma paz. No que diz respeio
respeio  história das
ideias essas embaixadas deram origem a alguns relatos de
viagem
viagem e à ransmissão de documentos dipomáticos
dip omáticos mongóis

52 1 Hstóia das Ideas


Ideas Polítc
Polítcasas - Renascen�a
Renascen�a e Refrma
Refrma
que dão
dão uma boa
boa vsão das insttuições
insttui ções mongóis
mong óis e das ideias
oíticas9
oíticas9 A essa classe de lteratura
lteratura pertence o Itinerarium
de Guherme de Rubruck a Historia Mongolorum de João
de Pano Carpn o relato
relato de Simon de Saint-Quentn
S aint-Quentn sobre
a mssão de Asceino assim
ass im como as seções
seç ões sobre a nvasão
ongo e as negocações subsequentes
subsequen tes no Speculum
pecu lum Historia/e
Historia/e
de Vncent de Beauvas a Chronica de Mateus de Paris e a
hrnica Parmensia de FreiFrei Salmbene. Os documentos
documen tos dipo
mátcos reatados elos embaxadore
embaxadoress e historiadores deram
o Ocdente o conhecmento
conhecmento da Ordem de Deus em que se ba
eava
eava a expansão
expansão merial
meri al mongo ou o u seja o rncípo:
rncíp o: "No
"N o
éu há Deus o eterno o altíssmo; na Terra Gêngis
Gêngis Khan é o
enhor únco e surem
su remo
o Tendo em vsta
vsta a intensidade
intensid ade desse
mbiente
mbiente iterário na segunda
segun da metade do século XIII, X III, temos
de considerar
consid erar a possibildade
po ssibildade de que as deas mongós sobre sob re
 osção imperial ram uma das inuências na concepção
orresondente
orresondente dad a Monarquia de Dante
Por vota do m do século XIII começou a ascensão dos
rcos otomanos. Em 1354 estabeeceram-se ea rimera
ez na Euroa;
Euroa; a conqusta dede Constantinopa
Constantinopa em 1 453
453  iqui
ou o útmo remanescente do méro bzantno; em 152
a expansão turca acançou Vena. Esse avanço nexvel 

terrompdo
terrompdo aenas por um breve erodo ela ascensão de
amerlã
amerlãoo ( 1 36- 1405)
140 5).. No aog
aogeu
eu da sua ofens
ofensva
va derrotou
derrotou
ayezd I na Bataa de Ancara em 1 402 e o mpério otoma otoma 
:o esteve a onto de desntegrar-se A vitória contudo não

ou ao estabeecmento de um governogoverno mongo ermanente


 Anatóia;
Anatóia; Tamerlão retirou-s
retirou-se
e e depos de sua morte o seu
'ério
'ério cou restrto
restrto à Pérsa orental
orental Sob Maomé I ( 1 4 1 3 
 2
211 ) o mpério otomno  reorganzado e o seu sucessor
suces sor
�You a exansão para a Europa centra.
centra.
A queda de Bzâncio e a ascensão do imério otomano
omanhadas da ameaça ao Ocdente ram sucientes

aa um edição críti dos doumenos diplomáicos mongóis ver Eric
  :eln, "The Mongol Orders of Submisson to Europen Powers 1245
: � 5'', Byzntion  5 (194 01941) p. 378-43.
(19401941)

1 - A ordem do poder: Maquiavel 1 53


para
para capturar a imaginação
imaginação dos contemporâneos.
contemporâneos . Essas mu
danças na cena política ram em tal escala que em com
paração
paraçã o reduziram as luas entre os príncipes
príncipe s ocidentais
ocidentais a
quesões
quesõ es domésticas
doméstic as relaivamene menores;
meno res; aqui
aqu i esta
estava
va um
poder
pod er sem
sem tradição
tradiçã o com uma escala de organização
organizaçã o raciona
e ecácia capaz de construir um império, ra  ra do acance de
qualquer unidade de poder ocidenta
ocidenta Por trás desse pano
de ndo de ameaça sombria
sombri a apareceu a gura meteórica de
amerão - no que diz respeio
respeio aos ocidentais
ocidentais outro poder
vindo de nenhures - inerrompe
inerrompendondo abrupame
abrupamentente o avan
avan
ço turco vitorioso que ao mesmo empo
 empo tinha penetrado
prondamente na Bulgária
Bulgária e na Macedônia; suspendendo
suspend endo
o perigo para Bizâncio e para o Ocidente; mas depois re
rocedendo ão inexplicavelmente
inexplicavelmente como tinha surgido. Tal
exposão de poder cru, com seus altos e baixos de ameaça e
salvação seria tão scinante quanto
quanto perturbadora. Os histo
his to
riadores
riador es italianos do século XV, que estavam
estavam mais próximos
dos acontecimenos e seniam as repercussões de primei
ra mão através da emigração grega estavam na verdade
nensamente ocupados com o novo fenômeno de poder à
escala mundial e em particuar a inervenção dramática
de amerão o quase salvador deu ocasião para pa ra evocar a
imagem
imagem do homem
home m de desino
desi no o príncipe conquistad
conq uistadoror 
ídico Enquano o próprio Maquiavel não reetiu sobre os
aconecimentos asiáticos a imagem de Tamerão
Tamerão que tinha
sido rmada peas gerações precedenes é muito notável
como uma inuência na criação de sua própria imagem imagem do
Príncipe Daí consideraremos
cons ideraremos agora
agora com mais pormenor a
rmação da imagem de Tamerlão na literatura humanisa. 1 0

10 A sombra da Ása continuou a cair sobre o Ocidene. A eiminação do perigo


rco
rco no sécuo XII
X II fi imediatamente
imediatamente seguida pela censão
censão da Rússa que
se transfrmo na mas rmdáve ameaça à existência do Ocidene. Para a
consciência crescente do problema russo no reino das deias o leitor deve con-
sltar The Collected Wo
Works of Voegelin , vol.
ofEric Voegelin, vol. 25, Histo
Histo ofPoliti cal Ias vol
Political
VII, The New Orientation, eds Jürgen
New Orr and Last Orientation, J ürgen Gebhard e Thomas A.
Hollweck Columbia University
University o Missouri Press a seção sobre Nietzche e
The Co
C oected
ected Works of
ofEric Voe gelin vo 26 Hist
Vo egelin Histo Political eas vo. VII
o ofPolitical
Crisis an
a nd the Apoca pse ofMan, ed. David Walsh Combia Unversity o
Apocapse
Mssour
Mssou r Press as eções
eções sobre Napoeão
Napoeão Comte Bakunn
B akunn Bauer e Ma. Para

54 1 Hstória das
das Ideias Políicas
Políicas -Renase
- Renasença
nça e Refrma
b. Pogi
Pogioo Bracciolini
Bracciolin i
Os primeros traços de ma preocpação com Tamerlão
ncontram-se nas cartas
cartas e obras de
de Poggio
Poggio Braccioini (  380-
380 -
459 )  que nos útimos anos de vida
vida em  453 i canceler
canceler e
toriógra de Forença Sa vida vida corre paralela
paralela com a as
nsão
ns ão do poder turco.
turc o. Qando os crzados ram derrotados
 Nicópois em  396
396  tinha dezesseis anos de
de idade; qando
ayezid
ayezid por se trno i derrotado por Tamerão em em  402
na
na 22 anos O qe nos ses últimos
último s anos tinha para dizer
dizer
obe o conqistador mongol confessava
confessava ter aprendido
aprendido com
JS sodados do exército de Tamerlão

Essa atitde criosamente experimental de m uma


Jta diante do problema do poder em seu tempo é revelada revelada
ma carta de Poggio provavemente escrita escrita antes de  450.
450 .
_\ carta reete sobre
sobr e o vaor reativo
reativo da ação militar
milit ar e o clti
�.-o das letras
letras para a aquisição de ma posteridade drado
:a. Poggio não quer decidir qua das das é intrinsecamente

l mais valiosa; simplesmente


simple smente descobre que a ma sóida já
o pode ser adqirida por ma m a vida
vida militar porqe os i  i
:os mais grandiosos de governantes são esquecidos nma
�ração pea fta de istoriadores qe os anotem e elo
m convenientemente Como prova, cita as çanas de
merão qe tinham sido praticamente esqecidas em
· ra as vitórias tivessem ocorrido á  á menos de cinquenta
=os As suas conqistas militares ultrapassaram tudo o
 fra acançado na Antigidade; no entantoent anto a memória
:as desaparecera
desa parecera Daí a atividade mais ovável será a qe
:ão dependa da aj aj da de otros para ser preservada
pres ervada para a
�  tridade;
trid ade; e sa reexão
reexão conci com mama exortação ao
ivo das letras.  1
ivo

 nsfrmção d d imgem de Tmerlão


Tmerlão e sua trnserênci pr
 �"!eão n Rússi,
R ússi, ver, de Goethe
Goe the Der Wínter
Wínter und Tmur em West-
est- sícher
� :  . Edção ingles: Westeaste Dívan. Trd. J.
J . Whey om texo emão.
_ : es Wol
Wol 1 97 4
? Dgo Bolin Pogí Forentíní Oratorís et Phílosophí Opera. Bsilei,
� s. p 344 ss.

1 - A odem do poder: Maquiavel 1 55


Uma reexão
reexão desse tipo é, em parte, propaganda Encontra
molo da mesma maneira nas inúmeras propostas propostas desse tem
po,
po , quando os humanistas
humanist as tenara
tenaramm persuadir (e( e persuadiram
com êxito) príncipes e estadistas de que todas as ações gloriosas
não vaiam
vaiam a pena se não ssem incorporadas
incorporadas na memória da
humanidade por historiógras bem pagos Daí a obseação
acerca de uma amnésia gera em reação a Tamerlão não deva
ser omada muito lieralmente O próprio Poggio evidentemen
te se lembrou muio bem dele; e não i o único Duvidou-se
de que tenha obido
obido seu conhecimento através
através dos soldados
s oldados do
exército de Tamerão; 1 2 mais provavemente ele o poderia co
er numa tradição de conhecmento. Que tal radição existia
prova-se pelo rerato posterior
pos terior de Tamerlão feito
feito por Enea S
vio Piccolomini, que incorpora eventos que não se enconram
em Poggio O que permanece, todavia, é o apelo à ma que deve deve
ter tocado um acorde
acorde ressonane
resson ane Ao tempo de Poggio, já es
tia um longo caminho em direção à dissolução da preocupação
crisã sobre o desino da d a alma na beatitude eterna
eterna e à sua
s ua subs
ituição pela
pel a preocupação com o sentido da vida inramundana
Desde o séco
séc o II crescera o desejo
desejo de desenvolver
desenvolver esse sen
tido intramundano;
int ramundano; e agora, em meados do século XV a ma
tnhase
tnh ase oado o primeiro
prime iro símbolo geramente aceitoaceito para a
expressão
expressão desse sentimento
sentimento  3 A vida intramundan
intramundanaa da ma,

2 A dúvda surgu na edção de Joannes Oliva de Poggio o Poi Bracciolini F-


rentini Htore  vare
vareteteJe Lib L ib quaor (Lvo N da históa
 quaor histó a da vieda
vieda
de da frtuna, de Poggio
Poggio Braccon
Braccon Forentno) P
Pis
is  7 1 3 Poggio
Poggio chama
chama mur
[Tamerlão] constatemente de Tambelnus. Se tvesse recebido sua infrmação
dos soldados quierunt ct (que esavam em seu acampamento) esses
eru nt in us ct
sodados povavemene teriam ao menos sabido o nome de seu capião. Paa Ol-
va paece ineamente nacedtável que um hanista não vesse mostado seu
conhecimeno do nome coeto se o tivesse. Preácio a De varie variete  nae,e, xvi.
tena
13 Sobre o poblema da ama
ama,, ver Jakob Burckhardt, Die Ku!tur
Ku!tur r Renais
Rena issance
sance in
ta!ien Ed. Host Günthe rankrt DeutscherDeutscher Kassik
Kassike e Verlag
Verlag 1 989,
98 9, parte
II, cap 6 De moderne Ruhm" radução inglesa: The Civiliztion ofthe Renais-
sence in ta rad S. G
in ta G  C. Mddlemore.
M ddlemore. Londes e Nov Nov York Penguin, 1 990 99 0
Uma ds pimeir sugestões do poblema da ama inamunda podem ser
encontada em Dante De Monarchia i " Omnium hominum in quos amorem amorem
veritat
veritatis
is natura superio
superiorr impre
impress
ssit
it,, hoc
ho c maxime interess
interessee videtur
videtur,, ut quemadmo
quemadmo
dum de bore antiquorum ditati sunt, ita et ipsi posteris proborent, quatenus
ab eis posteritas habeat quo ditetu' No co de todos os homens cuja natureza
supeor impime o amo da verdade parece de grde nteresse que à medda

56 1 Hstóra das
das Ideas Pol
Polticas
ticas - Renascenç
Renascençaa e Refrma
Refrma
ós a morte, substituía a vida do além A salvação pela ma,
�etanto,
�etanto, é tão precária quanto a salvação pela graça: muitos
o os chamados,
chamados, mas poucos os escohidos
escohidos O próprio mun
o revela agora uma estraticação numa região instável, a de
Jenção da salvação. Na região
região superior de salvação garantida
a fama, encontramos o humanista com a çanha literária
amente relembrada; pode conceder a graça da ma a si
mo Na região inferior
inferior da ação governamenta e militar, a
a também pode ser adquirida, mas apenas através da come
oração de grandes
grandes çanhas pelo historiador Contudo,
Con tudo, além
: desvatage
desvatagens ns da graça através da meditação historiográca,
his toriográca,
e reio inferior é goverado por uma ordem que o z i-
secamente um reino de miséria
misé ria Pois nesse reino o homem
' é bem-sucedi
' bem-su cedido
do obtém a glória a expensas do oponente que
ce derrotado,
d errotado, e o do
do dos vencidos pode ser, no turo, o
o do vencedor do momento. Esse reino de ação é governado
a fortuna, a deusa imprevisível que pode vorecer um ho
m como secunda e despedaçar outro homem como adversa;
: ão há enhuma harmonia pré-estabelecida entre a boa e a

'á runa e os méritos


méritos de um homem e seus objetivos
objetivos1414

� o eniquecidos pelo rabaho dos antigos, assim ees pópios trabalharam


= ome da poseridade de a modo que a posteridade possa ser eniquecida

 ·   e (rad. dos ediores)]


ediores)] . O passo é de interesse não apenas porqe porqe mosa a
�àuação de Dane de eniqecer a posteridade poster idade paa cont
c ontibi
ibir
r com ago
  a oene de signicado inundano, mas também por asa da rivaida

 onunciada nesse esço com os antigos. O parágra contina e pergunta:

:  ntido poderia have em demonstra novamente o qe os anigos já de-

 aam? Temos de e ago novo. E o novo nesse o era a epoação epoação da
d monarquia unives, tempora. Nesses começos vemos a reação íntima
  ideia de ma correntecorrente intamundana de signicado, a noção de uma me
  :  d humanidade
humanidade na hisória,
hisó ria, a inteetaç
inteetaçoo da çanha
çanh a civiizaciona
civiizacionall como
com o
_ ontibição", a rivaidade enre os antigos e os modernos, o sentimento

  obigação de adiciona a própria conribuição para a corente e a ideia

 ação progressiva de signicado Com Poggio, a ama ama á tem a nção


 nção da
- it que, no século X, fi dogmatizada por Come na imoidade
- :it
-�·  d vida na memóia do GrandÊre

 ·o
·o Bracciolini, De Varietate Fortunae, p. 25 ss. Ver sobre essa quesão
� _ \Yalser, Poius Florentinus Leben und Werke Leipzig, B. G. Teubne,
· . =- ?· 37 ss; e Werner KaeKaegi gi em sua inod
in odçã
çãoo a Ens Walser, Gesammete
1 zur Geistesgeschichte r Renaissance Basieia, Benno Schwabe Co

 . · i. Paa as interconexões da frtuna secun do vencedor com a


- . dversa do vencido, ver, de Poggio, De Humanae Conditionis Miseria.

 a Estra Estrasb


sbur
urgo
go,,  5 1 3 , .
. 45r.

1 - A ordem M aquiavel
ordem do poder: Ma 1 57
Há uma certa nobreza pagã nessa concepção nicial da fma fm a
e fortuna. Sob o mpacto da Rerma e da sociedade
sociedade urbana
competitiva
competiti va ela desaparece na especuação posteror
po steror sobre a
estrutura do signcado nramundano Por volta do sécuo
XIX, a rmua boógca da sobrevivência
sobrevivência do mas apo subs
tuiu a especulação renascentsta sobre a for ortuna
tuna secunda
sec unda etet
adversa, e a sobrevvência
sobrevvência do mais apo implca a suposção
s uposção
plebea de que o sobrevivente é o mehor Poggio está ainda
a par da tensão enre fdo e vaor É sensível à tragéda num
choque enre dos poderes como os o s de Tamerlão e Bayezid; e
há ago vvo nele do temor polbano dante da vitóra Esse
sentido de tragéda esá anda presente
present e na tensão de Maqua
ve entre virt e fortuna: mas já  eimnado em Thomas
More através da perversão
perversão da cristandade em deaismo
deaismo Na
adoração posterior do sucesso as duas dmensões de ação
 ou seja a vitória e o vaor  são rçadas
rçadas a concidr
concidr e a
correne
correne de ação se torna
torna progressiva
progr essiva de manera não trágica
Pois o vencedor plebeu
plebe u não gosta de ver a sombra da fortuna;
ele quer ser o vencedor
vencedor por seu própro méro
mér o O pessmsmo
de Poggio quanto à miséra da condição humana dá lugar pri
mero ao otimismo hpócria da sociedade compettiva
compettiva que
despreza
desp reza as vítimas do progresso
progre sso e mas
ma s tarde à brutaidade
desabrida da era coletivsta que com um encolher de om
bros reconhece
reconhece que voarão
voarão lascas quando o plano
pla no se realzar
realzar
A despeto de suas manias humanistas e de sua autossal
vação através do cutvo das etras Poggio não é pois um
megalomaí aco. É um dipomata e administrador;
ntelectua megalomaíaco. administ rador;
sabe apenas que mesmo o hisorador
hisor ador não pode ober a imor
taldade da fma a não ser
se r que o homem de ação povidencie a
históra
histór a mas está ambém fscnado pela ftaidade
ftaidade do poder
em sua época Como consequência encontramos um pendor
em sua obra que não esperaríamos num homem que em sua
caça fnátca de esouros da Antiguidade va ao exremo de
subornar bbliotecários
bbliotecários e praticamente
praticamente rtar mauscritos Se
podemos expressar-lhe sucintamente o estado de senimen
tos: Poggio está fro de Atiguidade
Atiguidade e dos
dos cásscos
cássco s O huma
nsa não pode obter fma a reocar a glória que i Gréca e

58 1 História das
das Ideas Políicas
Políicas -Renascença
- Renascença e Refrma
Refrma
Roma; tem de obtê-la
obtê-l a peo ovor
ovor da grandeza de sua própria
época E anuncia belicamente: "Não "Nã o sou daqueles cuja lem
brança do passado os fez esquecr o presente; não esto tão
absorto pea Antiguidade qe dependa dea totalmente e des
preze os homens de nossa época, qe acredite qe não haja 
comparáveis às dos antigos 1 5 E onde
anhas em nosso tempo comparáveis
ncontra ee essa grandeza de nossa época? Não nas desordens
a Eropa; não na paraisia
paraisi a os concíios; não na desinegra
ão da Christianitas - mas na ascensão de Tamerlão Na N a opi
ião de Poggio, as vitórias
vitórias de Tamrão trapassam, por po r sa
magnitude assim como por se comando, as mais mosas
ataas da Antiguidade Toavia, o mndo está repleto da
ma e Maratona e de Aexandre, ao passo que Tamerlão é
ma gra qase esqecida Esse estado de coisas reabre a
stão da ma Por que deveria
deveria a ma
ma da Antigidade, con
co n
rida pelos antigos historiadores,
historiad ores, ser
se r denitiva? Se ações
açõ es tão
maiores estão à mão, por que deveríamos admirar os feitos
nores dos antigos?  por qe devemos conar tanto nos
tores antigos, se tudo o qe temos de zer para igalá-los
m grandeza
grandeza é contar a história do nosso
n osso tempo?
tem po? O orguho
orguho
a época irrompe e revotase
revotas e contra a opressão exercida peo
ntigo modeo  É um orgho desesperado
ntigo modeo desespera do que o tempo ata
ssa
ss a ser desprezíve
desprezíve,, mas ao menos a grandeza de sua misémis é
a é superior à Antigidade. 1 6

· oggo Braccioln De Varietate Fortunae, op c, p 36


a
a a crítca às proezas da Antguidade e aos soriadores
s oriadores antigos, ver
ve r ibi
.m, p 77 37 ss Para o tom da críca, a passagem na p. 38 é caacerstca,

= que oggo la uo apidamente dos ugarescomuns das narrativas da

;a omana a m de ouvar Tamerão: " Nunqu un quam


am cum toties acie
acie puass
puassetet
�-- 'l victoriam reportavit ctris semper tutissimum elegit locum acie instructa

1bus copiis saepe confixit: plures hstium exercitus ad inteecionem dit ac


.·it:
. ·it: Sthas
Sthas Pers
Pers
 Medo
Medoss Arm
A rmenios
enios A bas Assyriam
Assyriam Asiamque
Asiam que sub
s ubjecit
jecit Re-
 •uos
•u os proelio sos gatosque
gatosque prostravit
prostravit delevit
delevit cepit: urbes mulas
mulas praesid
praesidiiiiss
 'ztura loc
locis
is munit
mu nit vi militum
militum expu
expuavit
avit nihiue
nihi ue ei dit quod in summosumm o
_7ratore requiratu [Nunca sempre ue travava ma batala campal, de-
   de vencer: sempre escohia o ocaoca mas seguro paa os acampamentos:
acampamentos: com
_ ose reinada euentemene ee aemetia com odas as tropas Levou

_ : emnio numerosas armadas inimigas, destrundoas: subjugou os citas,


. • ?sas, os medos, os amênos
amê nos os áabes, os assíros, assim como a Assria e a
2 muitos res, debandados em baaha e postos a corre, ele venceu, destrui destr ui
 �urou: conuistou com armas mutas cdades, p roegidas roegidas po defe
defesasass e sua

1  A odem do poder: Maquiavel


uiavel 1 59
O toque irônico na caracterização por Poggio das proezas
miitares helêica
helêica e romana, assim como o ouvor de Tamer-
lão, não é sintoma de subvalorização
subvalorização da importância do po- po -
der
de r bruto. A iroia em tais matérias evita queque a ama atribua
ao poder uma
u ma dignidade de signifcado que o poder não tem,
mas ão abole a efcácia do poder em esmagar domínios com
signifcado civiizacioa, ao destruir os homens e os mate
riais que os suportam A ironia de Poggio é o sintoma de ma
compreensão pessimista
p essimista do to de que o esplendor civiiza-
civiiza-
cional, grego o ocidenta, pode ser aniquiado pelo poder
Precisamente porque Poggio era um humaista e cohecia os
clássicos, acredit
acreditava
ava que a peste cairia
cair ia sobre as proezas
proeza s iterá-
iterá-
rias da Antigidade quando a produção dos autores antigos antigos
deixasse de ser ecarada esteticamente como ma herança
civiizaciona de vaor exemplar, e quando, em vez disso, o
olhar penetrasse as reaidades relatadas as obras dos histo-
riadores Etão
Et ão o veho coito euroasiáti
euro asiático
co viria à tona, tal
como relatado desde Heródoto e a realidade do presente seria
experimentada
experimentada como uma cotinuação da realidade grecoro-
mana numa escala mais ampla Tamerlão movese a  a posição
de Xerxes  só que a Eropa
Eropa ão tem enhuma Ateas, nem
Esparta, em Macedônia17
Macedônia 17 O Ocidente emerge
emerge da clausura da
fnalidade imperial para a abertura de um cenário mundial
em que imperadores mais poderosos ameaça a existência
da civiização europeia; a Ásia se tora de novo um to to deter-
minate oo signifcado da história e da potica
potica88 Reativamse

localzação natural, e não he ava nada que é exigido de um comandante


(tradução de Voegelin aqui "nee não tava nada que z parte da frmação
de um guerreiro supremo); trad dos edtores]
17 Ver a carta de Poggo Braccioini, n: Opera. Basilea, 1538 p 344 ss
18 Exaamente a mesma situação volta a ocorrer no sécuo XIII sob a nuên
cia da ascensão da Rússia. Para a inuência da Rússia na concepção de Vo
taire da
da hstória
 hstória universal em oposção à historiograa crstã de Bossuet, ver
The Coct
Cocteded Works of Veogeín vo 24 Híto
ofEríc Veogeín íto ofPolití cal J vol 
Politícal
Revolution and the New Scíence Ed Barry Cooper Columbia Universty o
Mssouri Press, cap  O paraeo entre Poggio e Voltare poderia ser levado
adiante, à medida que ambos estavam intensamente a par da exstênca da Chi
na e deixaram suas reexões sobre o mpério cinês inuenciar-hes o senido
de proporção quanto à importânca do Ocidente no cenário mundial Como
livro IV de sua De varietate
varietate rtunae, Poggio publicou o relato de Nicol de'

60 1 Hstóra
Hstó ra das Ideias
Ideia s Poltcas
Poltcas -Renasce
- Renascença
nça e Refma
Refma
reações euroasiáticas que tinham cado adormecidas no
tempo helensticoromano e, de novo, nos sécuos da cris-
andade imperia que se seguem ao período de migração
O universalismo romano cristão e a sua interpretação inear
da história é agora seriamente perturbado pela emergência de
poeres asiáticos e de uma história asiática "paralea
"par alea..
O retrato do próprio Tamerlão
Ta merlão por Poggio não tem grande
mportância no que diz respeito aos pormenores; cedo fi
utrapassado
utrapassado por
po r um padrão de interpretação mais elabora-
o. Mas tem interesse para os princípios dessa construção,
assim como para o to de que fi o primeiro do seu gênero
 seeção de tos e sua organização num quadro fi determi-
nada pea revota de Poggio contra a Antiguidade Tamerão
nha de provar que o presente era ao menosme nos tão grandioso
anto a Antiguiade, na qualidade de seus heróis; aí a sele-
ão de materiais ser determinada pelas categorias
categorias clássicas,
clá ssicas,
penas elevando o número quantitativ
quantitativamente
amente O resutado
resutad o é
m herói conquistador que ganha prmeiro ascendência em
asa, depois conquista os povos
pov os vizinhos,
vizinhos, e que
qu e avança
avança com
u exército
exército enorme eme m direção à Anatóia, derrota Bayezid
: uipado com um u m exército
exército gigante)
gigante) e se
s e distingue por sua
e de construir acampamentos, a discipina de seus sol-
ados e a eciência em manter a corrente de materiais e
antimentos; o relato continua com uma enumeração das
�atahas vitoriosas
vitoriosas e cidades conquistadas, reexões sobre a
2e do cerco, uma comparação
comparaç ão com Anbal; e chegachega ao na
=iz com o retorno do vencedor a Samarcanda, ricamente
rregado de pihagens, permitindo um esplêndido aarga
ento
ento da cidade com novas construções
construç ões Essa é a imagem
�o novo herói  do conquistador
conquistador e destruidor,
destruidor, o saqueador e
} onstrutor cuto de uma cidade que será o monumento
monumen to da

=· de suas viagens asiátcas em 1414-1439 que contém infrmação (de


: . fnes acerca da China. Ver sobre essa questão Waldemar Sensburg
-� _-o Bracciolini und
un d Nico/
Nico/ de ' Conti
Co nti inin ihrer Beutung fr diedie Geogra
Geographi
phiee
.:
.:- Renaiancezeitalters, Mielungen der k.kk .k Geographisch
Geographischen
en Geselscha
Geselscha in
Tn ol 49 (1906), e Mario Longhena, 1 manocriti de I libr Del De
 ete
e te Fortunae
Fortunae " di
di Poi
Poioo Bracciolini
Bracciolini Boleino della Societá Geographica
:a
:a se
se  vol
vol 2 (
(  925)
92 5)..

 A ordem
- ordem d o pode: Maquiavel
uiavel 1 66 
sua
sua própria
próp ria glória. Desapareceu
De sapareceu o signicado da hisória no
sentid o cristão, e mesmo o pathos da exisência naciona. Ci-
sentido C i-
dades, povos
p ovos e a humanidade em gera são a matériaprima
que ganha senido quando encrustada na carreira do prínci-
poder. Esse é o primeiro Espelho
pe heroico e na sua sede de poder.
do Prín
Prín cip
cip e de uma era em que o signicado do poder e da
políica é demoniacamente estreitado
estreitado aé [coincidir
[ coincidir com] a
auoexpressão
auoexp ressão do indivíduo. O toque dessa imagem também
surge ceramene na imagem o príncipe em Maquiavel
mas, de novo, emos de noar que em Maqui
M aquiavel
avel não
não encon-
ramos a cruedade
crued ade de poder que caraceriza a época no que
há de pior; na sua concepção do príncipe, o conquisador e a
sua virtu já esão suavizados pea imiação da carreira prin
cipesca para a sav
savação
ação da nação
nação11 9

e A Vita Tamerlani

Depois de Poggio, inensicouse a preocupação com a


vida de Tamerlão.
Tamerl ão. O retrao
retrao fi enriquecido por mais porme-
porm e-
nores, e xouse
xous e um padrão para a organizaç
organização
ão dos maeriais.
O princípio de inerpreação, contudo, permaneceu essen-
cialmente
cialmente o mesmo de Poggio A reescria desse rerao,
rerao, em
numerosas
numer osas varianes,
varianes, evou
evo u à criação de um gênero iteário,
a ita Tamerlani. O originador da Vta padrão é Enea Silvio
Piccoomini ( 405- 1 464,
464, Pio II depois de 458).
Silvio, a Vita
Desde Enea Silvio, Vita Tam
Tamerlan
erlanii tem as seguines pares
principais: (  ) insisência na origem humilde de Tamerão; (2)
descrições de
d e sua habilidade e m ganhar
ganhar os primeiros seguido-
res em casa; (3) um relao da expansão inicial desde a Transo-
Tran so-
xiana à Anaóia; ( 4) a hisória da viória de Ancara e o desino
de Bayezid; (5) infrmação concernene à disciplina
discipli na miiar do
seu exércio e às técnicas de cerco; ( 6) um relao da segunda
segunda
expansão para a Síria e o Egito; (7) uma série de anedoas
anedoas que

9 O rerato de Tamelão
Tamelão pode encontarse
e ncontarse na De Varietate Fortunae 36 ss de
Poggo Esta últma apresentação de Tamerão em De Humanae Conditionis
Miseria, n: Opera, Estrasburgo, 153 fi. 44v-45r é mais sunta.

62 1 História das
das Ideas
Ideas Poltc
Poltcasas - Renascen� e Refrma
Refrma
mostram a crueldade na conqusta, seus tuques nescrupu-
osos em obter vantagen
vantagenss e o uso sstemátco do terror para
naquecer nm go; ( 8) uma anedota em que
naquecer a resstênca do nmgo;
ameão se desgna como
como uma frça sobrehumana, como a
ra De' [ra de Deus] e o ultor peccatorum [vngador dos pe
ados]; (9) uma comparação
comp aração com Aníbal; (10) a hstóra do
nrquecmento de Samarcanda20
A elaboração
elaboração mas ampla serve ao propósto de esmuçar esmuça r
as questões que já encontramos em Poggo Poggo Os materas são
tócos, mas são empregados para a cração cração de uma ma-
m mítca Em partc uar, a Vita não tem qualquer pano de
p artcuar,
do hstórco Se contvesse um relato pormenorzado de
tahas, reexões sobre estratéga ou nfrmação
nfrmação sobre a hs
�a
� a e oganzação
oganzação polítca
polítca mongós,
mongós , dancasea
danca sea o eeto
eeto
i magem mítca
mítca Tameão é um aparecmento puro, vndo
io nada, um terror
terror gentium
genti um terror gentes] e uma ira Dei,
ter ror das gentes]
mbolzando o natsmo puro do poder em expansão, a lu-
a e o horror de destrução,
destru ção, a ceguera de um destino que
maga uma exstênca na sua macha e, por sso, s so, salva talvez
ma outra Seeconamse ou omtemse anedotas e mate-
s, de acordo com a nção de aumentar o eeto eeto Daí, a Vta
ntém sempre uma uma maca que que podemos
podemo s chama um "passar"passa r
,,
� m esta os nomes  ou seja, um catáog catáogoo amplo de de povos
nqustados e cdades
cda des reduzdas
reduzdas e destruídas. Se os tos não nã o
em bem ao propóso, são dstorcdos de agum modo.
-� ampanha estrategcamente necessáa contra a Síra e o
:to, por exempo, reta
re tase
se a azão,
azão, e aparece como a expres-
expres -
�20 de uma sede
sed e nexauríve
nexaurívell e expansva
expansva  A retrada da Aába,
=Jada
Jada pelas dculdades da guerra no deserto e por doenças,

:n Silvio
Silv io tesou duas vezes
vezes a mão em uma Vta Tamerni. Uma pode ser
=�trada em sua Historia rerum ubique gestarum quam alii Cosmosgaphiam
· 1nd
1 ndii univer
uni versi
si historiam
historiam appel nt Opera omnia [História das proezas pelo
app elnt
-_do, também chamada Cosmoga e a história universal do mundo, obras
:pletas] p 313 Uma segunda Vta está contida na seção sobe a Europa
_:.a Omnia, 3 95  Uma refrência mais breve a Terlão está em seu De 
_:.
-� oribus et conditionconditionee Genaniae script
scriptio om nia [Descrição de
io Opera omnia
: es religiosos, localização, hábitos e circunstâncias da Germânia obras
  lea
leas]s]  p 1 .060
.060 

 A ordem do poder: Maquiavel


- Maquiavel 1 63
é interpretada como uma hesitação em penetrar o sítio sagra-
do do Isã À ascensão nada miraculosa de Tamerão retrase
retr ase
o seu contexto socal e transfrmase numa ascensão mítica
desde a nsignicância
nsignicância social até ao poder mundia. Ao lon
go da Vita, Tamerlão é um homem sem outro propósto
propós to aém
da conquista Suas ações são orentadas com racionaldade
estrita em direção ao objetivo da expansão sem
se m consideração
para o custo em
em destruição, crimnalidade
cri mnalidade e mséria humana
huma na
O resultado desses prncípios de
d e apresentação é um símbolo
brhante
brhante da grandiosdade
grandiosdade nlsta
nlsta do poer sem
s em sgncado21
sgncado2 1
Muitas vezes reermo
reermonos
nos à padronzação de d e uma imagem,
à deberada seleção e distorção de materais e a cração cons
cente
cente de um mito; ém disso, dis so, cortamos em pedaços a Vita e
os numeramos como se s e a magem
magem fsse ntenconalmente
ntenconalmente cons-
truída
truída a partir
parti r desses elementos
elementos  Queremos
Queremos agora assegurar ao
leitor
leit or que não nos permtimos zer ze r uma interpretação
interpretação arbitrá-
ria, mas que a nterpretação da imagem, na verdade, procedeu
dessa
dess a manera Os humanstas do sécuo XV eram artistas muto
conscentes e sabam como mestres de seu ocio, que elemen-
tos típcos empregar a m de d e crar o eeito
eeito desejado A obra mas
escarecedora
escare cedora quanto
quanto a esse aspecto do probema
prob ema é a de Battsta
Battsta
Fregoso ( 453-1504 )  o duque de Gênova Depois de perder o
ducado em 483, escreveu os Memorabilia à imtação de Vale
ducado
rius Maxmus, uma coeção de incidentes memoráveis das vdas
de homens mosos2
mos os222 O materal anedótco
anedótco é organzado
organzado em 89

21 Depois de Enea Slvo as mais imporates tae Tamerni são a de Adrea


Cambi em seu Come Co mentari
ntarioo del
del origine
rigine dede Turchi et imperio
imperi o del
del Casa Ot-
tomana, sem editor,
editor,  538
53 8 f
f  4 r a de Paolo
Paolo Govio emem seu Elogia virorum
beica virtute iusium, Basilea 56 p. 6573 e de Pero Mexia em seu
Silva de varia lecio
Silva lecio Ve
Veez
eza
a 1 55 3 f. 1 87v-
87v- 1 92v O títuo
títuo da ta de Mexia
 de interesse porque etza os pontos que paecem eevanes a seus co
emporâneos: De!De ! exceenti
exceentissimo
ssimo Capitan y muy muy poderoso
poderoso r el
e l gan
gan Tamorn
amor n
de los rnos
rno s y províncias
pro víncias que conqu
conquist
ist y de su discipna m ilitar.. Muio
discipna e arte militar
elaboada namente é de Pieto Perondino a Mai Tamernis Stharum
mperatoris ta impressa com a Opera de Laoncus Chacocodyles (  5 56) p.
2358 A Vita de Peodino é a base paa a de Louis LeRoys; para esta útima
ver The CoC olcted Wo
Works of gelin vol 23 Histo
ofEric Voegelin Histo  ofPolíti ca! Ieas, vol
Política!
V Religion and the Rise of Modei. Ed James L. Wser. Coumba Uver Uver
sty o Mssouri Press cap 5.
2 2 Bap Fulgos
Fulgosii
ii Factorum
Factorum dict
dictor
orumque mem orabilium Libri I Pars 1578
umque memorabilium

6 4 1 Hstóia das Ideas


Ideas Polítcas
Polítcas -Renasc
- Renascença
ença e Refrma
Refrma
pítos, tais como: Da majestade, Da frtaleza, Da pobreza,
a piedade perante os pais, Dos estratagemas miitares, Das
as pouco usuais de morte,
mo rte, etc A obra é uma encicopédia
encicopédia
ponente de materiais elementares
elementares históricos do tipo que en
ontramos na Vita Tamerlani de Enea Silvi Silvioo e seus sucessores
suce ssores..
�a verdade, encontramos esses mesmos eementos, e aguns
ais que não estão contidos na Vita, em capítuos como Da
ciplina miitar, Da abstinência e continência e Do orguho;
 encontramos um trabho extenso, que trata da ascensão de
Tmerão, com o título
título "De homens
ho mens de frtuna humilde que que as
nderam
nderam até ganhar mo so É uma coeção de um
ganhar um nome moso
·oraliste para moralistes, e Tiraboschi caracterizoua correta
nte como uma storia delle virtu vi zio. 23 A partir desses
vi rtu e de vizio.
=mentos
=mentos classicados em e m tipos, fi construída a imagemimagem pa
o do conquistador.
conqui stador. A compreen
comp reensãosão dessa
des sa gênese é necessá
nece ssá
: para entender o tratamento de materiais históri
hist óricos
cos que, visto
r ós, pode aparecer como um mau uso, ou o u uma distorção,
distorção, ou
cação da história A intenção da Vita não fi a de escrever
a história crítica, mas precisamete
precisame te a de frmatar materiais
3tóricos numa imagem
imagem correspondente a um tipo tipo

i Conclusão

De nosso estudo da inuência asiática na frmação da nova


cepção da política, chegamos aos seguintes resutados A
_ensão
ensão do poder otomano e o episódio de Tamerlão tiveram
tiveram
•equências
•equências traumáticas para a ideia ocidental de poítica
·mo antes do do choque de 1494, os italianos tinham frmado
i <eia
<eia de poder niilista e raciona como uma frça absoluta que
.i cegamente
cegamente uma existêcia cheia de sentido Além disso,
disso ,
 dos acontecimentos do Oriente Próximo, a história
ca
ca tinha-se tornado um to que já não podia podi a ser despre
a nalida
nalidade
de imperial do Ocidente perdeu
perde u sua ógica de
quado os turcos chegaram an te portas
portas [às portas
portas ] .24

?�
?� oo rabosch, Storia dl tteratura italiana, 9 vos Florença 1805-
=
= l Vi/2
Vi/2 p 1 05 .
-.= a comparações
 -. comparações signifcati
sign ifcativas
vas entre Tamelão
Tamelão e Aíba
Aí ba

1 A ordem do poder: Maquiavel


- 1 65
O secularismo humanista na política, então,
então, fi
f i refrçado pe-
los
lo s acontecimentos que
qu e reativi
reativizaram
zaram o signicado cristão
cristão da
história ocidenta A estrutura dessa nova situação histórica
fi moldada em imagens clássicas, e notamos a reativação
reativação do
conito homérico e herodooniano
herodooniano da Europa contra a Ásia,
assim como o emprego de rmulas clássicas ao descrever o
novo Xerxes A busca pelo típico, além disso, determinou a
distorção e seleção de materiais históricos de tal maneira
maneira que
se enquadrariam no sistema estabelecidos de cassicação
E por trás do emprego da história para a compreensão do
típico nos acontecimentos, poderíamos namente discer-
nr a tentativa
tentativa de penetrar o mistério do poder
po der e destruição,
destru ição,
mediante a criação da imagem
i magem mítica do terror
terror gent ium para
gentium
aém do bem e do ma
ma 
Todos esses eementos estavam presentes na tradição
tradição italia
na antes de Maquiave Boa parte do que convencionalmente
é considerado enigmático, ou pouco usua, ou idiossincrático,
ou imoral em suas obras perde ta caráter ao não sermos obri-
gados a atribuir ao próprio Maquiave
M aquiavell esses eementos, antes
ante s
compreendendoos como parte do cima inteectua em que
suas ideias fram frmadas
frmadas 

§ 5. A Vita di Castruccio Castracani

A experiência do poder esmagador aguçou a consciência


do to de que a ordem de um governo ana de contas é
a maniestação de uma frça existencial para além do bem
e do ma A frça mais potente quebrará a existência mais
aca, por maior que seja seu níve nono reino dos valores ci
viizacionais A resposta a essa experiência, contudo, não é
um niilismo naturalista que
que negaria o signicado do poder e
da ordem. A ordem mais aca, enquanto sicamente esma
gada,
gada, ainda
aind a é uma ordem
orde m humana com muito signicado
signicado e
não
não um enômeno
enômeno natura; e a ordem mais frte,
frte , enquanto
sicamente esmagadora, não é uma catástroe natural, mas

66 1 História das
da s Ideas Polítcas
Polítcas - Renascença e Refrma
a frça da existência humana organizada. A existência mais
�re, enquano esmaga a ordem mais aca, esabelece a si
esma como o poder que maném ma nova ordem huma
Ja Daí a resposa à experiência é uma eevação da exisência
mana que destrói e cria a ordem numa imagem míica,
desenvovimento da Vita Tamerlani. A vir-
:o vimos no desenvovimento
�u o príncipe conquisador orna-se a fnte de ordem; e j á
e a ordem cristã transcendena de exisência se tinha
rnado letra
letra morta para os pensadores ialianos do sécuo
, a virt ordinat
ordina ta do príncipe, como o princípio da única
0em que é experiencada como rea, adquire roporções
]mano-divinas,
]mano-divinas, heroicas.
ssa é a siuação de Maquiavel. A miséria da Iália não é
E do que se deva deva aceiar;
aceiar; ao conrário,
c onrário, a rondidade
rondid ade da
umilhação poítica é um convite para um homem de qua
ades semidivinas heroicas, para expusar os bárbaros e
aurar uma ordem aravés de sua virt, que utra
ord em ialiana aravés
a fortuna adversa tão ogo um herói tenha ascendido
?asará afortuna
a insignicância
insignicância privada para tornar-se o ndaor de um
?VO e de sua ordem. A evocação do herói mítico é o centro
. obra de Maquiavel
Maquiavel no mesmo senido em e m que a evocação
o rei-ósof
rei-óso f é o centro a obra de Platão. Maquiavel criou
: mio; esse
ess e o em de ser a base de interpretação se quiser
os evitar
evitar uma má compreensão de sua teoria política como
 luminação de que meios
meio s abomináveis são equenemente
equenemente
ais
ais úteis
úteis em adquirir poder político do que os mais justos.
teo ria dos Discorsi e o Príncipe pressupõe o
_\ eaboração da teoria
io
io do herói. Esboços de uma vida vida heroica são até embutidos
o Príncipe tais como a vida de de Cesare Bórgia (Caítulo
(C aítulo VII)
VII ) e
_átocle
átocless (Capít
( Capítulo
ulo VIII)
VII I).. Esses esboços
esbo ços entretanto são qua
cados, como veremos como c omo tipos imper eitos.2525 O próprio
imp ereitos.

_\ busca romântica de um modelo empírico paa o Príncipe (seja Cesare Cesare Bór-
Bór -
ou outro aguém) é til, em nossa opinião Empiricamente Maquiave
:beria bem quem quer que fsse como savador da Itália Uma busca desse
:? desconsidera
desconsidera a origem da magem na imagiação mítica; aém dis so, des-
�- idera a distinção sistemática de vários tipos
tip os de virtu que são ilustrados pelos
empíricos do Prínipe, nos Capítulos
Capítulos VIVIII.
VIV III.

1 - A ordem
ordem do poder: Maquiavel 1 67
mito é desenoado inteia consciosam ente apenas em a Vita
inteia e consciosamente
di Castrccio Castr
Castrac anii (150).26
acan
A Vita é ostensivamente ma biogaa de Castccio Cas Cas 
tacani (8-38), scessivamente
sces sivamente senho, vigáo
vigáo impeia
e dque de Lcca m vedade, no entanto, Maqiave em-
pegou os tos bem conhecidos
conhecid os da vida de Castccio muito
cavahe
cavaheiescame
iescamente
nte  seecionand
seecionandoo agns,
agns, omitindo otos e
inventando
inventando mito  paa cia cia a imagem
imagem de m heói italia
italia
no qe po sa virtu se tona o ndado de um estado (stato) ,
stado em sua gande empesa
empes a apenas pea fortna, que lhe
coa a vida no meio de se cso e põe m, então, à ascen
são em
e m dieção às glóias
glóia s qe tantos sucessos
su cessos elizes paeciam
pomete27 É consciente a ciação A dedicatóia a ses amigos
abese com
co m a eexão
eexão de qe, maavhosamente, os o s qe ze
am gandes obas neste mndo são equentemente de oigem oigem
obscua A ftuna paece pesegios de toda maneia Em
se nascimento
nas cimento são enteges
enteges a bestas sevagens; ou têm pais
tão hmdes
hmdes qe têm de apesentase
apesenta se como hos
ho s de Zeus o
de agum
agum outo des Os exemplos desse tipo são bem conheci-
dos de todos. Essa ciosidade paece devese
devese ao to de que a
Fotuna
Fotuna que mosta
mosta  ao mndo que ela, e não a prdenza, to-
na gandes os homens; e, potanto, começa
c omeça a modela a vida de
m homem numa nu ma época em qe não pode have dúvida de que
a pudência não tem parte nisso A vida de Castuccio é deste
tipo, e devese taze à memóia dos homens poque poqu e é a mais
instutiva (grandís
(grandíssim esemplo)) paa a atuação da irtu e da
simoo esemplo
fortna.28 A ionia da eexão intoduz a Vita como uma peça
de consciência, com o popósito
pop ósito séio de cia um grndíssimo
esemplo das fças que moldam a vida do do heói
heó i

26 Machiaveli Tu
u le Opere Leerarie Eds Gid
Opere Storiche e Leerarie Gi d Mzzon e Mar
Casela Forença G. Barra 1929 p 747 ss. Todas as referênc às obras de
Maquiave são desa edição Edições mas recenes em taano Machiaveli
Opere Eds. Sergio Beeli e Franco Gaeta 8 vs. Milão Fetrinelli 1960-
1965 e Tue
ue le
le opere.
opere. Ed. Mar Martelli
Martelli Forença
Forença Sansonm 1 97   A edição
edição
inglesa mais completa é The ChiefWorks and Others 3 vs Trad. e ed. lan
Gibert Durham
Durham DukeDuke Universt
Universtyy Press
Press 1 965
96 5 
2 7 Machiaveli Vta n: Opere, op ci., p. 759 

28
Ibidem p 747 ss

68 1 História das
da s Ideas Políicas
Políicas - Renascença e Refrma
A própria Vita segue o padrão cássico do mito do herói
ue vimos empregado na Vita Tamerlani.29 A consciência da
nerpretação aparecerá mais claramente quando caraceri
armos a sequência de cenas da mesma maneira maneir a que zemos
ara a imagem
imagem de Tamerão. As principais ses da d a Vita são as
guintes: ( 1 ) um inne de nascimento desconhecido é en
nrado
nrado no jardim pea irmã de d e Antonio Castracani,
Castracani, umu m sa-
sa -
rdoe; ( 2) Castracani adoa
ado a o garoto e tena eváo aos
a os ideais
e eu estado e educálo como um turo padre; (3) aos caor-
 anos, o garoto z vaer
vaer seus direitos,
di reitos, abandona
ab andona os ivros te-
ógicos e voltase
voltase para a are das armas; (4) ultrapassa todos
o s seus camaradas nesses exerccios; (5) adquire um tipo de
derança rea sobre os ouros garoos e comanda a conança e
�aldade; ( 6) enão vem
vem o descobrimeno;
descobrim eno; o garoto é observa
o em seus jogos com
c om seus amigos por Francesco Guinigi, um
bre; (7) Guinigi persuade
persuad e o sacerdoe a conarhe
conar he o uro
uro
o garoo; (8) aos dezoio anos, Casruccio embarca em sua
arreira como lder miiar e político com sucesso momen
o na expansão do domínio de Lucca; (9) no meio dessas
mpresas mais promissoras, a fortuna despedaçahe a vida;
asrucci
as ruccioo morre de uma
um a ebre
ebre contrada mediane
median e um vento
urno miasmático, logo após uma batalha vitoriosa.vitorios a.
A hisória
hisória combina o mito do ipo de Moisés e CiroCi ro com as
cunstâncias que Maquiavel queria ver ver em seu herói naciona
aiano. Os
Os desvios da história que ele se permitiu são muito re-
Yladores
Yladores.. O Casruccio hisórico não era de maneira nenhuma
J esposito, mas pertencia
p ertencia a uma das mias gibeinas de Luc-
-. Aém disso, fi casado e deixou os  ponto que Maquiave

Jmitiu; pois queria


q ueria um herói que ria seu trabaho de salvação
_íica e, enão, convenientemente sem ligações miares,

  a anise está


está estritente no nível da autointerpret
autointerpretação
ação de Maquiavel.
Maquiavel.
�'r os problemas maiores envovidos na criação imaginaiva do do Mito
Mit o do He-
�J ver Üo Rnk, Da Mythu von der Geburt s Heen. 2. ed. Lepzig e
 :ena Deutcke, 1922 Para a variante especia desse mito no caso da biogra
 de artistas ver Ütto Kurz e Erns Krs, Die Legende vom Künstler (1934),
�=pressão
�=pressão Frankfrt
Frankfrt Suhrkamp 1 9 80 e Ernst Kris Zur Psycholo
Psychologie
gie erer
oraphik" Imago:
Imago: Zeitschr r AnA n wendung r Psych
Psychoana
oanase
se aufdie
die Ge
-senchaen X, 935

1 A ordem do poder: Maquave


- Maquavell 1 69
deixaria o estado para o povo.
pov o. O to de o Castruccio histórico
ter sido u vigário
vigário imperial e duque, de novo é judiciosamente
judici osamente
suprimido, pois essas honras não pareceriam
pareceriam tão boas no salva
salva
dor que liberta
liberta a Itália dos bárbaros, incuindo o imperador
i mperador Na
descrição da carreira política e mitar, por outro ado, encon-
tramos infrmação variada sobre a organização de Castruccio
da inntaria e da cavalaria,
cavalaria, assim
as sim como
c omo de sua tática de bata-
ha, que por acaso coincide
c oincide com as próprias
próp rias ideias de Maquiave
para a refrma miitar E colocase ênse considerável na cir-
cunspeção com
co m que Castrucco se envove em traições e destrui
ção competa
competa de seus inimigos  mais precisamente
precisamente segundo
segundo o
modelo da época de Cesare Bó Bórgia
rgia de Sinigagia.
Sinigagia.
A história da vida de Castruccio encerrase com um qua
dro sumariante de seu caráter: "Ee era caro a seus amigos
e terrível
terrível com seus inimigos; justo com seus súditos e inel
para com os estrangeiros; não tentou nunca dizer que, pela
vitória, e não pelo método
méto do da vitória, adquires ma Ninguém
jamais fi mais audaz em enentar perigos, e ninguém mais
habilidoso em pouparse deles. Costumava dizer que o ho-
mem deve tentar
tentar tudo
tudo e não recuar; e que Deus
De us ama homens
frtes, pois, como se vê, sempre castiga os impotentes com
os poderosos30
po derosos30 A observaç
o bservação
ão nal é de muito interesse por
que apresenta o elemento da ira Dei que conhecemos da Vita
Tamerlani; o príncipe vitorioso se torna o ltor peccator
peccatorm.
m.
Nem no Príncipe nem nos Discorsi Maquiavel
Maquiavel se tornou tão
explícito em dar ao poder e à virtu o signicado de uma ordem
providencial
providencial de poder

§ 6. Os Discorsi

O mito da ordem
or dem mediante o poder intramundano tem de
ser pressuposto na leitura sistemática da obra prncipal de
Maqui
Maquiav
avel
el  se o termo sistemático pode ser aplicado a uma

30 Machiavel, Vta di Castuccio Castacani. l: Opere, op ci. p. 761

70 1 Hisóra
Hisór a das Ideas Polítcas
Polítcas -Renascença
- Renascença e Refrma
ra que por seu próprio título indica sua discursividade
Os Discorsi sopra
sopra La prima decade ca de Tito Liv io (escrt
Tito Livio (es crtoo de  5  3
e 1522) é a reunião completa de suas reexões sobre a n-

ação organização expansão e restauração da repúblca


_\ sstematzaç
sstematzação ão dos materiais e problemas dexam muito muito que
sejar; a sequência de tópicos é equentemente associativa;
asso ciativa;
asonalmente um capítulo parece ter seu lugar partcular
? nenhuma outra razão senão que estara igualmente mal
lcado alhures; algumas vezes os tópcos são estendidos
m das proporções e assumem
ass umem o caráter de uma digressão
o o longo
longo Capítulo I
 I66 sore consprações. Todavia há
a ordem governando s Discorsi. O Lvro 1 lda com a n-
:o e organização interna da repúlca; o Lvro II com os
s
 s miltares e políticos para
p ara engrandecment e expansã;
exp ansã;
  Lvro
Lvro III
I II,, com o prolema asorv
a sorvent
entee da restauração de
a città corrotta a sua rdem prístna.
Os prolemas são tratados na frma de uma dscussão
  exemplos histórcos
histórcos dexando de lado os exemplos ita-
nos são trados princpalmente dos Anais de Lívo O A 
: be condita tnha serdo
:be serdo como o modelo de hstoriograa
alsta e humansta desde Brun;
B run; mas
m as apenas
ap enas fra
fr a o mode-
:J, emora a matéra tratada pelos hstoriadores orentinos
= se a hstóra
hstór a taliana medeval
medeval Agora a própria históra
ana se s e torna tópca como o grande nstrumento de ins-
ção em matéria polítca. Não Nã o é um nstrumento aritrário
aritrá rio
e pudesse ser sustituído por outros; pois a ascensão e
�eda da Roma republicana tinha uma autordade especial
J o modelo da hstória naconal da ndação monár-
ica ao nal tirânco O republicansmo nacional de Ma-
avel é almentado pelo pathos de Roma como o primero
_-Ho (no sentdo de Vico) da históra taliana e o exemplo
. e Roma agora deve servir de lição para a regeneração da
� la É por isso que César se move de novo para o papel
o rano
rano e Bruto
Bru to para o do heró repulcano nvertendo
nvertendo
m a categorzação histórica mais realista de Salutati A
 a do príncipe salvador nã pode ser entendida a não não ser
se r
 distingamos claramente entre o herói que pela virtu,

1 - A ordem do poder: l 1 71


restaura a ordem da república, e o usurpador, que se curva
ao povo sob o jugo de sua monarquia
monarqui a Maquiave
M aquiavell não quer
uma Roma imperia; o seu
s eu sonho é o príncipe que restaurará
uma ordem itaana em rivalidade com a Roma repubicana
Os Discorsi ram escritos para uma geraçãogeração mais jovem.
Os jovens, giovani, deveriam
deveriam ser capazes de comparar o pas- pas -
sado
sad o e o presene; e "quando erem
er em meus escrios girão do
presente e imitarão
imitarão Roma "sempre
"sem pre que fortuna oereça uma
oporunidade, "Pois é dever de um homem virtuoso [ uomo
buono] ensinar
ensinar aos outros
outros o bem que ele
el e mesmo não poderia
poderia
zer porque a época e a rtuna não eram voráveis, a fm
de que dos muitos homens capazes aquele que é mais amado
pelo Céu seja capaz de desenvovêlo afna.31 Esses giovani
a quem os Discorsi são destinados não eram era m uma audiência
meramene imaginária Pois havia, na verdade, em Foren
ça um grupo de jovens remene interessados em poítica
Buondemonti,
Buondemonti, os Aamannis, Filippo dei Nerli e J acopo Nardi
pertenciam a este grupo, que se encontrava no Orti Oricearii,
O ricearii,
os Jardins de Cosimo Recelai. Em 1 5  8 , Maquiave eu para
esses jovens amigos seus Discorsi e em seguida a sua Arte da
Guerra. Em 1522, vários dees se s e envoveram
envoveram numa conspi-
ração contra os Médici Luigi di Tommaso Alamanni i exe-
cuado, ao passo que os outros conseguiram
conseguiram gir O próprio
Maquiave não estava envov
envovido
ido mas os Discorsi inham r-
mado as ideias dos conspiradores Dedicou a obra a Buonde-
Buonde-
monti (que conseguira escapar para a França) e a seu anfrião
anfrião
comum Rucellai, que morrera jovem, em 520.
Num estudo geral
geral temos de restringir a nossa anáise dos
Discorsi às declarações de princípios
princíp ios de Maquiave
Maquiave para o es-
udo
udo da política O primeiro desses
dess es princípios está ligado
ligado à e
gitimidade
gitimidade de reetir
reetir sobre o presente à uz do passado
passa do Essa
Es sa
rmuação da intenção de Maquiave parece mais cauelosa cauelosa
do que a asserção
asserçã o irresrita de que estava em busca de regras
gerais para o comportameno político exitoso Na ausência

31 Machiavel, Dicorsi, ntrodução


ntrodução ao
ao livo
livo I I .

7 2 1 Hstória das
das Ideias
Ideias Polt
Poltca
cass - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
e um esenvolvimento sistemático e teorético, não poe
mos izer com certeza qual qual era realmente sua intenção, e não
n ão
oemos
oe mos nem mesmo izer ize r com certeza
certeza que ele não era um
ensaor científco, movido pea ambição de encontrar leis
e política em emulação com as leis a natureza Supunha
reguar
reguarida
idaes
es e recorrências
reco rrências na história baseao, na verdae,
na constância da natureza
natureza humana "Já que os homens têm
e tivera
tiveram m sempre as mesmas paões,
pa ões, necessariamente
n ecessariamente pro
uzirão o mesmo eeito. Este princípio, entretanto, não se
orna a base para a psicoogização a política; a história não n ão
e espati no curso psicologicamente eterminao e ação
nividual;
nividual; não estamos à beira de uma psicoogia
psico ogia e prazer e
or, ou uma psicologia e autointeresse, ou um materialismo
e aixões A natureza o homemhom em é para Maquiave
Maqui ave parte a
naturez
naturezaa a socieae política na história Daí a constância e
axões eterminar recorrências
recorrências na rma a história Conste
ações de circunstâncias numa sociedae, rmas de governo e
equências de acontecimentos
acontecimentos são as uniaes que recorrem
ob esse
ess e aspecto, a história a Antiguidad
Antiguidade,e, e em particuar
a Antiguiae
Antiguiae romana aquire uma importância específca espec ífca
ara o estuo a poítica porque oerece
oerece o espetáculo e uma
quência comleta e acontecimentos poíticos
poíti cos ese a n
ação
ação até a quea
qu ea e uma república Maquiavel
Maquiavel não generaiza
generaiza
e uma coleção iniscriminada e casos, pois toos os casos
caem nas granes casses e acontecimentos antigos antigos e pós
pó s
antigos
antigos.. Contra um pano e no o curso antigo, antigo, toos os
os
contecimentos
conteciment os posterio
po steriores
res adquirem
ad quirem a natureza e um jj
·:u, ao passo que
que o moelo antigo se torna um araigma mí
co o qual acontecimentos
acontecimentos mais recentes são a repetição.
repetição .
Quem quiser ver o que vai vai ser, tem e considerar o que i;
?Ois todas as coisas no muno, em toos os tempos, harmoni
am-se comc om seu equivae
equivaente
nte na Antiguiade32
Antiguiade32

 \achavel Discorsi II.43. n: Opere p 257: "erch tutte !e cose de mon-
�J. n ogni tempo, hanno
han no il poprio
poprio risc
riscontro
ontro con
c on gli
gli antic
an tichi
hi temp . Não que-
temp. que-
�;os evar muo adiane
adiane esse passo
passo  mas ieralmene, Maquavel
Maquavel denifca
·undo" e empo com a hsóra medieva e conemporânea ao passo que
p anichi se torna um eão paradgmáco
paradgmáco e míico Entzamos
Entzamos a ausên
a de desenvovimeno sisemáico em Maquiave e parece um tano arriscado

1 A ordem do poder: Maquiavel


- Maquiavel 1 73
As unidades da istória, então, são o problema que Ma-
quiavel se põe a investigar, e as unidades da istória antiga
têm a nção de paradigmas que devem ser imitados pelos
modernos Em outros campos  na arte, legislação e medicina
, a çanha paradigmática dos antigos é recebida recebid a com
com alegria;
quando se trata de imitação relativa à ordenação, manutenção
e restauração de uma república tal imitação é considerada
diícil,
diícil, se não impossível, pelos seus contemporâneos A cau-
sa de tal esitação
esitação não deve ser s er buscada na decadência geral
geral
do mundo através da Cristandade, ou na letargia ambiciosa
de que muitas políticas ocidentais são presas, presa s, mas
m as na lta
lta de
uma verdadeira
verdadeira compreensão
compreensão da istóra, no ábito de ler a
istória
istó ria como uma série de acontecimentos de entretenimen-
to sem deles extrair o signicado que têm para nós todos todo s as-
sim como o sabors abor da istória, porque
p orque não estão a par de que
"o céu, o sol,
sol, os elementos, e os omens não variam variam em "seu
movimento,
movimento, ordem, e frçasf rças A istória da república
república é par-
te da ordem cósmica; se s e quisermos saber como orientarnos
numa época desnortean
d esnorteante,te, teremos de tentar uma compreen-
são da ordem cósmica
cósmi ca de política Maquiavel
M aquiavel quer comparar o
antique
an tique e moderne cosecose com o duplo propósito de estabelecer
os valores paradigmáticos do curso da repúblicarepúbl ica romana e de
mostrar as possibilidades
possibilida des de comportamento político imitati-
vo que curará
curará os males do tempo33
tempo 33
Na verdade, a ordem é cósmica. Maquiavel não apenas
retorna à istória romana
roma na como objeto paradigmático; tam-
bém retorna à interpretação
interpretação de Políbio de seuse u curso como
um ciclo
cicl o cósmico
cósm ico A unidade política
polí tica abrangente
abrangente é o politeion
anakyklosis, a revolução cíclica de frmas políticas, como de
terminadas pela physe
physeos
os oikono mia a ordem da natureza34 E
oi konomia
a Natureza de Políbio é o ndamento do mundo estoico que

er uma interpetação


int erpetação ndada em passagens pequena
pequena e concentadas como
essa. Entretano suspeio que uma compeensão mehor dos probemas ma-
quiavéicos será po fm obida, evandose a séio suas rmulações, em vez de
edtálas de acordo com noções peconcebdas.
33 Machiaveli, Discori, ntrodução
n trodução ao
ao livo I .
3 4 Políbo, A Hitórias V9, p. 1 O

74  Hstória
Hstóri a das Ideias Polítcas
cas -Renascença
- Renascença e Refrma
Refrma
� "nimicamente pode também ser designado como tyche,
-_1�os e logos. Temos
Tem os as seis frmas
frma s de governo,
governo, as três
três boas
: 2 três rins. Nenhma delas é desejável:desejável: as
a s ruins porqe
 rins em si mesmas; as boas porqe po rqe são de crta
crta dração
 �o restabeleci
restabelecidas
das como ma monarqia
monarqia  passarão pelas
=)as de tirania, aristocracia,
aristocraci a, oligarqia, democracia e sa
eneração licenciosa, e então ma monarqia será resta-
ecida a m de reear a licenciosidade do povo. Este é o
ulo ( cerc
cerchi o) em que a república se move, mas raramente
hio)
as retornam a sas frmasfrma s originais, pois dicilmente ma
ública
 ública tem tal vitalidade (puà essereessere di tanta vita) que pos-
� assar muitas vezes vezes pela provação. Normalmente,
Normalmente, quando
 egeneração avançou, a república se tornará ma presa de
inhos mais poderosos e perderá sa existência histórica
ependente. Um legislador sábio, ao ordenar ma repúbli-
J, evitará,
evitará, portanto, qaisqer
qaisq er dessas frmas
f rmas;; tentará criar
a ordem qe integreintegre todas as três frças políticas e, e , então,
?odzirá um eqilíbr
eqilíbrioio mais estável. O começo de tal ciclo
tá no reino do acidente
acident e históric
hist órico.
o. Ainda segudo Políbio,
I
 I iave
iavell recontalhe
recontalh e a narrativa
narrativa da origem do governo. No
1Jeço do mndo, os homens eram poucos e viviam isola
 como animais. Com o crescimento da poplação poplação eles se
 'ociar
'o ciaram
am e, para
pa ra ma melhor deesa,
deesa, escolheram
escolheram os o s mais
es como ses s es chees.
chees. Tal associação
associaçã o fi a origem da noção
 nobre e bom em oposição ao pernicioso e ma Pois aque
_ ue injurio o beneior
beneior comm ez ez nascer ódio e simpatia;
simpat ia;
= s tegrados fram reprovados,
reprovados, os gratos, lovados, estan-
:o todos a par de qe as mesmas injúrias poderiam acon-
er com eles. A m de evitar tais males, fram eitas leis
� e iniiam
iniiam pnição aos violadores, e então se origino a
preensão
pree nsão da jstiça.
jsti ça. Sob tais condições de ordem legal,legal, o
is frte já não seria escolhido como príncipe, mas o mais
dente e justo. Qando essa monarqia eletiva primitiva
·e orno hereditária, emergiram os males que deram ori-

 ao ciclo das frmas políticas. 35

· \achiavelli, Dsor I.2

1 - A ordem do poder: Maquiavel 1 75


Não há nada origina nessa parte das ideias de Maquia-
vel são substancialmente uma condensação das respectivas
passagens nas Histórias de Poíbio, Livro II. Contudo, pre-
cisamente por causa dessa conança em Políbio Políbio é quequ e essas
páginas
páginas são da maior importância, porque excluem de uma
vez por todas certos equívocos
equívocos modernos dos quais Maquia-
ve é uma vítima vorita. A sociedade
s ociedade organizada
organizad a é concebida
,
como um crescimento "natura dentro do cosmos, partici-
pando de sua ordem é aceita como um todo, competo com
,,
sua ordem poítica, reigiosa e civiizacional A "natureza
desse cresci
c rescimento
mento é a natureza estoica que abrange a vida do
espírito e do inteecto Donde
Don de o naturaismo de Maquiave ser
uma tentativa
tentativa de reviver o Mito antigo da natureza;
naturez a; não temt em
nada que ver com um determinismo
determinis mo de natureza que excluiria
a liberdade de ação O declínio
declínio ded e uma repúbica
rep úbica é inevitável,
inevitável,
pois nada
nad a que nasce pode viver para sempresem pre a frça vital que
a trouxe à uz se exaurirá
exaurirá mais cedo ou o u mais tarde, mas a ei da
anakyklosis dexa amplo espaço para uma ndação ndaç ão prudente
assim como para uma preservação e restauração enérgicas.
Temos, além disso, de estar atentos para não conndir essa
liberdade de ação com uma liberdade de panejamento racio-
na a ética poítica de Maquiave
Maq uiavell não é utiitária
utiitária  As atividades
ndadoras e restauradoras são uma maniestação daquea
parte da frça cósmica que vive nos indivíduos humanos humano s esta
frça em si é a substância da ordem, e enquanto no curso da
ação política os meios têm de ser racionamente reacionados
com os ns, esses mesmos ns são de interesse apenas apenas à me-
dida que são maniestações da virtu ordenante. Sem relação
com o mito do herói e sua virtu, a ética de Maquiave não z
sentido. Daí
Da í tenhamos, namente, de ser cuidadosos em não
conndilo com o propagador de uma ética de autointeresse,
ou um "especialista que dá conselhos para obter o poder, a
despeito de sua substância.
substânci a. Desaparece
Des apareceuu a grande experiência
cristã orientadora da moralidade, o amor Dei; mas isso não
am or Dei;
signica que agora o amor si se tenha tornado o determinan
te da ação. A virtu do herói é a frça substantv
sub stantvaa que se dirige à
expressão
expressã o na ordem
ordem da república não é uma paão paão de poder

76  Hstória das Ideias Pol


Polticas
ticas - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
tocentrada O mito do Príncipe
Prí ncipe não pode nunca ser entendi-
o a não ser que o vejamos à luz desse pano
pan o de ndo esteado
o tratamento
tratamento amoroso
amoros o e extenso que Maquiave
Maqui avell deu às cons-
?ações, ou seja, um grande remédio
remédio contra a frça acósmica
 rmnosa
r mnosa de um indivíduo
indivíduo frte que connde
conn de sua ambição
m a virtu principesca6
 república é um crescimento natural no sentdo de uma
=anestação artculada de ordem cósmica Que exista esse
o partcular de artculação é um to que deve ser ace
� : não explcado Repúblicas são uma artculação cósmica
.a mesma manera que plantas,
plantas, ou animas, ou homens, ou
pos
 pos celestais Que repúblcas
repúblcas sejam um crescimento
crescimento na
al com uma frça vtal exauríve
exaurívell não sgnca,
sgn ca, no entanto,
� sejam um crescmento orgânco Repúblicas, bem como
·Jundades religosas,
religosas, não são organismos;
organismos; são corp
corp i m is-
::. sto é, corpos compósitos37 Seus elementos compósitos

o homens; e homens não são autômatos coletvistas, mas


:tem na tensão entre sua vontade própra e a vontade da
� em pública Essa tensão é inelutável; e é causa do declíno

�é das repúblicas mas bem ordenadas "Os desejos humanos


o nsaciáves; pois
po is da natureza eles têm o poder e a vonta
2e de apanhar tudo, ao passo que da frtuna têm o poder de
ançar
ançar apenas umas poucas cosas Como consequênca, as
ntes dos homens estão permanentemente
permanentemente cheascheas de des-
d es-
tent
 tentamen
amento
to e de uma diga
diga das coisas que possuem
poss uem Por
2nto, sem nossa boa razão, elesele s criticam o presente, louvam o
asado e desejam
desejam o turo38 Tal é o materal
materal não promisso
prom issorr
ra
ra do qual a ordem da república tem de crescer
cre scer A ordem do
scimento e queda, portanto, não é mais do que uma mol
ra que permtirá ua innidade de variações históricas.
\o há nenhuma garantia
garantia de que qualquer
qualquer reunião particular
particular
ie homens desenvolverá uma ordem política; quando exste
a vtalidade
vtalidade por um começo, a tentativa pode abortar e dar

· Sobe conspirações ver Machavelli


Macha velli Dicorsi III 6 e !torie Fiorentine
Fiorentine VIII.
- \fachiavel Dicori III n: Opere p. 193

 dem, Discori, ntrodu


ntrodução
ção ao ivr
ivroo II  op cit p 1 36

  A ordem
ordem d o poder: Maquiavel 1 77
ensejo
ensejo a uma ordem
ordem instável;
instável; e quando o começo
começ o fi bom, o
curso pode
pod e ainda ser cortado
cortado quando num momento de crise
não aparecem os poderes renovadores
renovadores  Sorte tem a república
que em sua ndação, ou logo após, produziu um sábio que
lhe deu leis pelas quais pode viver
viver por séculos
séculos  como Esparta
Esparta
viveu pelas leis de Licurgo39 Na
N a maioria dos casos, entretan
entretan--
to, os começos
começos serão menos
menos auspiciosos  como no caso de
Roma Daí a história da república romana ser merecedora de
nossa atenção especial; pois nesse caso podemos estudar as
condições sob as quais uma república é exitosa sem tais golpes
de sorte inimitáveis, como um sábio ndador
Em relação ao segredo do sucesso romano, Maquiavel de
novo segue Políbio e sua concepção do governogoverno trino Roma
começou da maneira comum com reis que degeneraram em
tiranos A expulsão dos tiranos, entretanto, não fi seguida
pelo ciclo normal e tal porque os rebeldes recolocaramnos
recolocaramn os
com uma mistura de elementos monárquicos e aristocráticos
no consulado e no senado. Esse padrão de construção fi se-
guido
guido quando a próxima vag vagaa de revolta
revolta ocorreu  ou seja, a
revolta do povo contra os aristocratas Os tribunos do povo
recebiam sua parte no governo,
governo, sem
s em destruir
destru ir a autoridade dos
cônsules e do senado A sucessão tal de frmas, então, fi
transfrmada numa simultaneidade
simultaneidade equlibrada. Certamente
Certamente
houve uma quantidade consideráve
consider ávell de luta interna entre pa
trícios
trícios e plebeus que,
que , para o o �servador supercial, pode
pod e não
parecer recomendar Roma como modelo Tais perturbações
civis, entretanto, podem ser consideradas o preço que tinha
de ser pago para a existência continuada e a expansão con-
quistadora da república Em particular, este último ponto é de
importância Podem
Pod emsese evitar levantes internos
internos do povo con-
tra a aristocracia e as concessões constitucionais subsequen
tes, se se
s e mantiver pequena a república e não se empregar
empregar o
povo no serviço militar Se os romanos tivessem echado sua
república a estrangeiros como os venezianos, a história inter-
na teria sido menos tumultuada Por outro lado, Roma teria

39 Idem Discorsi, I.2, op. cit p 59.

7 8 j Hisória das Ideias Poltcas


cas - Renascença e Refrma
Refrma
�anecido
�anecido u pequeno Estado insignicante e talvez tives
 caído diante
diante de vizinhos
vizinhos ais poderoso
po derososs A desvantage
a tranquidade interna teve de ser aceita coo a condiãocon dião
.e fra e grandeza40 O sucesso de Roa deveuse ao aor
� u lberdade
lberdade que inspirou o todo e várias pess oas "A razão é
várias pessoas
 de ver; pois não é o be do indivíduo
indivíduo as o be cou
e torna grande
grande o governo. E se dúvida o be coum é
_dado apenas e repúblicas pois tudo é eito para servir
es o propósito se fr e detriento deste ou daquele ho-
= individual
individual Há
H á tantos
tantos que ganha
ganha co ele el e que pode
pode 
?seguilo
?seguilo contra a vontade
vontade dos poucos
po ucos que
qu e soe co ele
) ontrário acontece
acontec e sob um príncipe; pois
po is equenteente o
e é útil
útil para ele será prejudicial ao governo, e o que é bo
? 2ª o governo
governo será prejudicial
prejudicial para ele1
o entanto Roa fi ndada por reis E quando seus
Jessores
Jessores tiranos fra expulsos, o povo pôde p ôde continuar a
 nstruir as ndaões É instrutiva a obra ndadora
ndador a Muitos
Muit os
de excepcionar a gura de Rôulo, que a  de ndar
a counidad
cou nidadee vivente
vivente ( un vívere
vívere civi le),, primeiro atou o
civile)
 prio irão e então consentiu na orte orte de seu corregente.
ece ser um au exeplo
exeplo Teos contudo, de considerar-
e os otiv
otivosos É ua regra geral ( reg en erale)) que ua
rego la generale
pública ou reino dicilente possa ser be ordenado desde
 oeo a não ser que a orde surja do plano e da ente de

_' único indivíduo U legislador sábio que não pensa e

� : eso as no be cou, não nã o e seus herdeiros, as


:a pátria
pátria cou, esfrarse
esfra rseá,
á, em consequência, para ser a
ca autoridade. "Nenhua
"N enhua pessoa
pes soa inteligente
inteligente criticará ua
 o extraordinária quando é necessá
nec essária
ria para ua ndaão
:ica "O ato acusa o sucesso escusa
esc usa E quando o eeito
eeito é
 bo coo o de Rôulo o eito será desculpado "Pois a
lncia é repreensíve
repree nsívell apenas quando epregada
e pregada para des
ço não quando epregada
epregada para construão
construão  Contudo
so é válido
válido apenas se o ndador fr sucienteente sábio

 :dem, Di
Discorsi l2 -6.
 m  Dis
Disors
orsii II.2, op. cit, p 139 ss.

 A ordem do pode: Maquiavel 1 79


-
e virtuoso para não deixar seu poder
pode r como uma herança para
um sucesso
suce ssorr O poder,
pod er, uma vez
vez estabeecido por um indvíduo
indvíduo
notável, tem de reverter
reverter para o povo
povo  "Poi
" Poiss muitos não são ta
lhados para organzar uma boa cosa porquepo rque a diversidade de
opinião deles evta que
que se reconheça o bem dessa opnião; mas
uma vez que a reconheceram, porque a têm, não conspirarão
para submeter-se
submeter-se a ea42
As reexões sobre a "necessidade de car só qando se
,,
nda uma novano va repúblca são seguidas de uma decaração
que pode ser consderada a peça central da étca de Maqua
ve Não é nada menos do que uma tábua frmal de valores.
"De todos os homens, os mais mosos são aqueles que fram fram
cabeças e ndadores
ndadores de reigõe
reigõess Depos deles, vêm os que
fram ndadores de repúblicas e reinos Depois, são ceebra
dos os que, na cabeça de exércitos, engrandeceram seu exér exér
cto ou pátra Então se seguem os homens de etras que são
celebrados de acordo comco m o tipo e o nve
nve de sua çanha Do
número innto de outros, cada um recebe sua su a parte de ou
vor de acordo com sua artearte ou ocupação.  Inmes e detestá
veis, por
po r outro
outro lado, devem ser considerados os o s destruidores
de reigão, os corruptores de renos e repúbicas,
repúbicas, os
o s inmgos
da virtude, das etras e de toda arte que que é útil e honrosa
honros a para
a humandade  ou seja, "o ímpo, o violento,
violento, o gnorante,
gnorante, o
,,
vados e os vlões 43
incapaz, os vados
Os mais atos na casscação são os ndadores de rel
giões A frça de Roma fi sua regosidade Neste ponto,
Maquavel de novo concorda com Pobio44 Os romanos t
nham mas medo de quebrar um voto do que de volar a le
E o estudante
estudan te da históra romana descobrirá quanto a relgião
relgião
serviu às causas da obedência no exércto, unanimiade no
povo, apoio de bons homens
home ns e ustração
ustração dos maus Por sor
te Rômuo f suceddo porp or Numa, que
qu e reconheceu a reigão
reigão

42 Idem, Discorsi 1.9, op. c., p. 72 ss.


43 Idem, Discorsi, I  1 0, op ct, p 4
4
4 Ve em paticula Poíbio, Histórias V56, sobe a mpoânca da deisii-
mnia romaa.

80 1 História
História das Ideias Políticas
Políticas - Renascença
Renascença e Refrma
=1o a ndação mais necessária de um governo e criou as
ições apropriadas Roma é mais devedora a Numa do
�1e a Rmulo, pois onde há h á reigião
reigião podese
podes e cilmente
cilmente es-
 o poder militar e manter a república. Mas onde não
=� o emor de Deus, o reino cairá em ruínas a não ser s er que o
 or do príncipe substitua
substitua a reigião Já que os príncipes,
prínci pes, no
:ano, não
nã o têm mais do que uma vida, o reino ará
ará quan-
= a 
 de um único
único homem desaparecer
desaparecer com sua vida
vida "E,
" E,
 }IO a observação
observação do cuo
cuo de Deus
De us é a caus
c ausaa da grande
grandeza za de
a república,
república, assim
assi m a negigênci
negigênciaa é a causa
ca usa de sua ruína45
ruína 45
Xesse ponto as reexões de Maquiave se voltam para
 anse contemporâneo.
contemporâneo. A miséria
miséri a da Itáia
Itáia é causada pela
adência
adência da Cristandade; isso, a seu turno, é causado pelo
�pado degenerado. As atiudes dos papas são duplamente
pon
 ponsáveis
sáveis peo transe italiano. Em primeiro ugar,
ugar, o pap
papa- a-
:,J mosrouse
mosrous e sempre re o bastane para evitar evitar a ascensão
 upremacia de um dos poderes pode res ialianos,
ialianos, evitan
evitando
do assim
ass im
 nicação da Iáia,
Iáia , e chegou até a chamar os bárbaros em
orro conra os italianos.
italianos . Que o pas se tenha tornado uma
 a para os invasores (nós, ialianos, devemos à igreja e a
ém mais O xo e a corrupção da core papal, em se
do lugar, é a causa
cau sa da corrupç
corr upção
ão moral
mora l e da irreligiosidade
io povo italiano; a igreja, então, desruiu a ndação indis
sáve
 sávell de uma repúbica
repúb ica nacional saudável.46 Embora o pri- pri -
iro desses males pudesse ser remediado
remediado pela desruição do
 pado
pado como um poder secuar, a corrupção mora e a irreli
oidade do povo são matéria de preocupação infnia. Não
nas é a corrupção da religião pelo papado um problema,
as o vaor da Cristandade
Cristandade em si s i esá em xeque
aquiavel
aquiave l indaga por que os anigos inham um amor mais
·te
te pea iberdade do que os modernos
mode rnos A razão parece
parec e ser a
sma que em geralgeral deixa
deixa os homens de nosso
noss o tempo parecer
parec er
nos res do que os da Antiguidade
Antiguidade,, ou
o u seja, a dirença

 · \fa
\fahavel,
havel, Dis
Disccorsi
rsi I    
 dm Dis
Discorsi I 1 2 .

1 - A ord
ordem
em do poder: Maquiavel
uiavel  818 1
de educação
educaçã o que provém da dierença
dierença de religião. A Cristan
dade mostranos a verdade e o verdadeiro caminho, e como
consequência diminui a estima pela honra do mundo (l'onore
del
del mondo)
mondo) . Para os pagãos essaes sa honra era
era o mais alto deus e é
por isso que eram mais erozes
erozes "lém disso,
diss o, a religião antiga
antiga
beaticava apenas homens de grande glória temporal como
capitães de exércitos e príncipes de repúblicas ao passo pass o que
nossa
noss a religião
religião glorica os homens humildes e contemplativos,
em vez dos ativos
ativos A Cristandade dá valor à humildade
humildad e à re
núncia e ao desprezo das coisas humanas; os antigos davam
valor à grandeza da alma à frça do corpo e a tudo o mais
que z o homem frte A Cristandade quer um homem para
mostrar sua frça no soimento em vez de na realização de
eitos frtes
frte s Este modo de vida tornou o mundo aco, uma
presa de paties
paties Mas então, de novo, deve-se considerar
conside rar que
talvez esses eeitos sejam culpa não da Cristandade mas de
uma interpretação torpe que a ez ó cio ( ozio)
ez subserviente ao ócio
em vez da virtu. Pois, anal de contas, a Cristandade permite a
exaltação e a deesa
deesa do país e quer que o amemos
am emos e honremos
e lutemos por ele Daí a lsa interpretação, e não a Cristanda
de em si seja a causa de uma diminuição do amor à liberdade
E não devemos desconsiderar
descons iderar que o império romano
rom ano esmagou
a liberdade das repúblicas
repúblic as conquistadas; muito possivelmente
isso fi
f i um golpe do qualqual nunca poderiam
poderiam recuperar-
recu perar-se,se, mes
me s
mo depois da dissolução do império7 Esse E sse estado de coisas
não pode ser reparado cilmente; não há nenhuma religião
alternativa à mão pode-se esperar apenas por uma refr
ma (rinnovazione) mediante o retorno à Cristandade mais
saudável dos começos Tais renovações tinham acontecido
antes Sem a obra restauradora de São Francisco e de São Do
mingos, a Cristandade há muito tempo se teria extinguido
A imitação da vida de Cristo pelas ordens mendicantes deu
um novo prazo de vida para uma igreja que se teria arruinado
pelo comportamento desonroso de seus prelados e chees48

7 Idem, Discorsi II.2, op cit., p. 14 ss


48 Idem, Disorsi III. l , op. cit. p. 95.

8 2 1 Hsóia das Ideias Polticas


cas -Renascen
- Renascençaça e Refrma
Refrma
� ais
ais renovações são ainda possíveis,
pos síveis, embora as populações
. cidade sejam menos receptivas
receptivas ao renascimento
renasciment o do que as
soas mais simples. O povo de Florença, por exemplo, não
a nem ignorant
ignorantee nem cru, e ainda assim se deixou persuadir
�o que Savonarola conversava com Deus: "Não quero jul
a se isso era ou não verdadeiro; pois de ta homem devese
,,
ar com
co m reverência . Contudo, se era
e ra possí
poss ível que
qu e ninguém
ninguém
esperasse que mesmo hoje ele pudesse zer o que os ou
 zeram
zeram antes
antes dee  "pois como fi dito no preácio,
preácio, os
,,
 mens nascem
nasc em e vivem
vivem para sempre sob a mesma ordem .49
meçam a car caros os esboço
es boçoss do sistema de Maquiavel
 centro está uma metasica de frça cósmica que se s e mani
a na produção de várias frmas de ser, entre eas as repú-
as. No caso das repúblicas, as entidades são compósitas;
compó sitas; a
a política vem à luz pela operação de frça cósmica c ósmica em
os indiví
indivíduo
duoss  ou seja, através
através da 
 de ndadores
ndadores e res-
uradores A própria ecácia dessa frça ndante determina
� acensão e queda cícicas das repúblicas "Virtu engendra

=anuilidade; tranquiidade, descanso; descanso, desordem;


ordem, ruína; e, simiarmente, de ruína surge ordem, de
,,
1dem, virtu; e esta útima engendra ma e boa frtuna .50
_ estabilidade da ordem, entretanto, não pode estar apenas
Ja virtu dos ndadores e príncipes; pois um estabelecimen-
0 não duraria muito
muito mais do que a vida do criador A comu
Idade precisa de uma igação sacramenta Daí, na tábua de
res,
res, os ndadores de religião estarem em primeiro lugar,
tes dos ndadores
ndadores políticos A metasica
metasica da frça cósmica
o é um naturalismo de variedade cientíca ou orgânica; a
,,
atureza é entendida no sentido estoico como abrangendo
2 ordem total da existência humana em uma comunidade re-

osa assim como em civizações


civizações históricas
históri cas Daí a metasica
metasica
jç Maquiavel
Maquiavel não degenera
degenera numa osoa de "política
"po lítica de po
po 
r. Toda a tábua
tábua de valores
valores  religiosos,
religiosos, morais, civiliz
civilizacio
acio--
ai, ocupacionais,
ocupacionais, etc.  é aceita
aceita como matéri
matériaa de tradição;
tradição;

 · dm Discorsi I . 1 1 , p. cit. p. 77 ss


' Idm !storie Fiorentine V. l , op ci. p. 498
Id m,, !storie

1 - ordem do poder: Maquiav


A ordem Maquiavelel 1 83
em consequência, ele pode distinguir
distinguir entre a virtu que tende
para o estabelecimento de uma ordem objetivamente boa e a
frça vital individual que não estabelece senão o domínio pes p es--
soal A única lha
lha nesse
ness e sistema
sistema  da qual o próprio Maquiavel
Maquiavel
estava
estava muito
muito a par  é o to
to de que não vivemos
vivemos na antigui-
antigui-
dade helênicoromana, mas numa civilização cristã ocidental
A metaísica
metaísica da frça
f rça cósmica
cós mica e o mito da virtu só zem senti
do sob a condição de que o onorono re del mondo seja aceito religio-
samente como smmm bonm. Quando o smmm bonm é
colocado na visão beatíca de Deus,Deu s, então a honra do mundo
anda para um segundo lugar na hierarquia de valores, e não a
maniestação
maniestação ordenadora heroica da frça frç a cósmica
có smica mas o amor
Dei se tornará o princípio
princípio orientador
orientador de conduta
conduta Nesse
Ne sse pon
po n
to Maquiavel está inseguro Reconhece o to da Cristandade;
mas sua
s ua própria
próp ria alma está echada
echada contra ela; na verdade está
morta Daí ele hesita entre uma invectiva nietzschiana contra
a Cristandade como a causa da miséria contemporânea e um
respeito, igualmente
igualmente nietzschiano, por suassuas qualidades origi-
nais O mito pagão obviamente já não está vivo; o próprio Ma Ma 
quiavel
quiavel não é um cristão nem o ndador de uma nova nova religião;
ele espera uma refrma
refrma  que na verdade
verdade começou no ano ano se
guinte à dedicatória do do seu
se u Príncipe
Conquanto haja inseguranças e hesitações na posição de
Maquiavel, conquanto ele não seja um cristão cujo sentido
último da vida não depende das vicissitudes da história, e
conquanto ele participe apaixonadamente na onoreon ore del
del mon-
do (embora
(emb ora apenas
apenas em quarto
quarto grau, como homem de letras),
letras) ,
não devemos imaginálo como tolhido nos sentimentos por
um pessimismo de declínio Houve
H ouve um toque
toq ue genuí
genuíno
no da vita
contemplativa em Maquiavel. A república existia sob a lei de
anakyklosis, e a situação italiana não era agradável, mas ele
manteve aberto o horizonte histórico Uma república pode
exaurirse,
exaurir se, mas isso não é o m do mundo A virtu se move
para outros povos: "Quando considero como vão as coisas,
vej o que o mundo no todo sempre fi o mesmo;
mes mo; houve sem-
pre tanto
tanto bem quanto mal; mas o bembe m e o mal variaram
variaram de
país a país Os
O s antigos impérios mudaram de um a outro
outro com

84 1 História
Históri a das Ideias Políicas - Renascen�a e Refrma
Refrma
 udança de seus costues mas o mundo permaneceu o
eso Apenas dierença de que a virtu priiro se lo-
Apenas com a dierença
Laizou
Laizou na Assíria,
Assíria, então passou
passo u para a Média e Pérsia
Pérsi a e na
ente veio
veio para a Itáia e Roma E quando o ipério romano
ão fi sucedido por u império de duração simiar em que o
undo concentrasse sua virtu, vios ainda assi a virtu dis
ersa nas uitas nações
na ções onde a vida era virtuosa
virtuos a Tais era os
inos dos ancos os o s turcos e os maelucos, e hoje os povos
a Gerânia;
Gerânia ; e antes fi o IsãIs ã que ez
ez tão grandes coisas,
coi sas, con-
uistou
uistou tantos países e destruiu o ipério romano orienta" orienta"..
O que vivem e tais reinos e religiões conquistadoras não
claarão do declínio da virtu: o undo e a história não che-
ara ao  porque os italianos tiveram tiveram otivo para laen
ar sua época.51
época. 51 E tal aento é til Convé a nós explorar
 condições de ascensão e queda na história, e e particular
xporar as possibiidades
possibi idades de regeneração através do retorno
 grandes origens52 U desastre externo externo ode ser apenas o
íulo
 íulo necessário para reunir as frças de d e ua nação e zerzer
 recoeço Da história sabeos quão necessário necessário fi para
Roa ser conquistada peos gaueses, chocarsechocar se co a vonta-
vonta-
d de renascimento, a m de recobrar uma nova vida e ua
nova virtu. 53 Essa é a tare do presente E o hoe de letras,
ue nem pela virtu ne pela fortna pode ser ele meso o he-
rói savador,
savador, devotarse
devotarseá á à evocação
evocação do Príncipe
P ríncipe ibertador

§ 7. O Príncipe

O ivro que ia tornarse oso


os o coo  Prínc
Prínciip e não re-
ebeu esse título do autor. Sabemos da gênese da obra por

' Iem Discorsi, intou


intoução ção ao ivr
ivroo II
II  op
op  cit
ci t p
p  35
3 5 ss
< Iem, Discorsi, III

" Iem, Discorsi III


III  1  op ci p.  94 A alus
alusãoão ao presen
presenee preic
preicame
ameno
no a
�sã
�sãoo da Iála pea França
Franç a é fícl
fícl e apresenar em inglês; o texo aiano é
o eguine: " Si ve
ve  come egli era necessario
necessario che
ch e Roma fsi prea i Fanciosi a
: ore
ore che  rinasces
rinascesse
se e rencend
rencendoo ripi
ripigl
gliaiasse
sse nuova
nuov a vita e nuon uova
va viru
viru.

 - A ord
ordem do
do poder: Maquiavel
uiavel 1 85
uma carta
carta de Maquiavel a seu amigo Francesco
Fra ncesco Vettori, de
1 0 de dezembro de 1 5 1 3 . Nessa carta, Maquiavel descreve
descreve a
vida como que desperdiçada em sua sua pequena propriedade
rural em San Casciano, próximo de Florença Mas quando
um dia onírico e sórdido termina
termi na e chega a noite, ele volta
para casa e entra em seu escritório: "Passada
"Passad a a porta, retiro
retiro
inhas roupas comuns,
comuns , muito sujas, e coloco trajtraj es reais e
cortesãos
cort esãos Assi vestido apropriadamente
apropriad amente entro
entro na compa
comp a
nhia dos antigos, e ali, recebido por eles, com amabilidade,
participo do alimento que é verdadeiramente
verdadeira mente meu, e para par a o
qual nasci. Não tenho medo de lar com eles, e de pedir
-hes razões para suas ações; e eles, por sua humanidade,
responderme-
respon derme-ão ão Nas quatro horas seguintes, não sintosinto ne
nhum endo, esqueço todas as tristezas,
tristezas , e não tenho medo
da pobreza nemnem da morte Transfrome inteiramente para
eles E já que Dante diz que compreender sem reter não não é co
nhecimento, anotei que proveito tive da da conversa com eles,
e copus ua pequena obra, De principa principatibus
tibus Aí entro o
mais prondamente que posso nos pensamentos desse su
jeito; discuto a natureza dos senhorios, de que variedades
são, como pode ser adquiridos, coo antidos, e por que
são perdidos
perd idos Se
S e algum de meus caprichos
capri chos algua vez vez já te
agradou, este não deve desagradar-te Deve ser bem-vindo
coo um príncipe, e especialmente como u novo; daí,
devo dedicálo a Sua Alteza Giuliano
Giuliano5454
Embora
Embor a Maquiavel chaasse livroo De princi
chaa sse seu livr prin cipatibus,
patibus,
seja, Dos senhorios, o título do editor, I Prncipe, não
ou seja,
era menos j usticado Alé disso, podemos pensarpens ar em vá
rios outros títulos que se enquadrariam muito be, tais
como De Prncipe
Prncipe Nuovo ou Nuova Scienza de Prncipe,
Prncipe,
ou Al Reden
R edentore
tore d' Itália
Itália Temos de estar atentos a esse
ess e le
que de possibilidades a  de não nos envolvermos
envolvermos e de
b ates acerca de um sentido único e verdadeiro do Príncipe.

54 Ibidem
Ibidem p 885  O Príncpe paece te sido quase todo ealizado no fnl de
 5  3. No entan
entano
o i dedica
dedicado
do apenas
apenas em 1 5  6 - poém
poém não
não a Giuliano
Giuliano que
morea nesse ano, mas a Loenzo de' Medii

86 1 Hstóia das Ideas Políicas


Políicas -Renascen�a
- Renascen�a e Refrma
� =  o ivo não é um tratado sistemático sobre poltica; é
· ncialmente um livre de circonstance e Maquiavel fr-
�  ; ais de uma questão questão teorética
teorética a serv
se rviço
iço de seu pro
: · =  to potico Contudo, o livro livro tem uma ordem
orde m própria
pró pria
 o há nenhuma diculdade em descobrirlhe descobr irlhe a divisão
 três partes principais: ( 1 ) O ttulo De principatibus
 nge a intenção sistemática si stemática dos Captulos
Cap tulos I até XI Essa
Es sa
eira parte do Príncipe é um tratado sobre senhorios,
� ?eentando o tratamento das repúblicas nos Discr-
_- :  e Todos os estados (stati) são divididos em repúblicas
 nhorios (principati). Estes são divididos em heredi-
s e adquiridos há pouco; e acrescentase uma classe
=cia
= cia de senhorios eclesiásticos Senhorios hereditários hereditários
 esiásticos são tratados brevemente brevemente nos Captuos II e
·- embora o corpo principa dessa parte ou seja os Ca-
 os
os II I I até o X, ide com os senhorios de pouco adquiriadquiri
 =1=1  . (2) A segunda parte copreende os Captuos XII até
:r Lida com problemas de organização organização miitar A nção
ática verdadeira dessa parte não é poré, tratada
ncionandose apenas seu objeto. Maquiave pretendia
�
 suas variedades de senhorios fssem fs sem seguidas por uma
o sobre as "ndações
" ndações em que todos devem assentar;
 es fondamenti são "boas leis e boas armas . "Já que
 ) entanto,
entanto, não pode p ode haver boas es onde não há boas ar-
 as, e já que onde há boas armas as eis tê de ser também
 , deixo de lado a discussão dis cussão das leis e devo lar apenas
 armas.56 (3 ) A seção sobre os fondamenti, nalmen
-, é seguida
seguida pea parte sobre o p rncipe, no sentido mais
rito, começando com o Captulo XV. É um estudo dos
ncípios de conduta que um prncipe terá de adotar se
�er tornarse o renovador renovador da Itália. Essa
Ess a parte está de
o
o relacr elaciona
ionada
da aos
a os Discorsi à medida que o probema
p robema do
 o III II I a renovação da república é agora aguçado até até a
áise do redentor sob sob condições itaianas concretas.

·-r Machiavelli, Príncipe, I e a seeça


seeç a de abetua de II.
\achavelli Príncipe, X, n: Opere, op. cit. p . 24.

l · A ordem
ordem do poder: Maquiavel 1 87
Essas
Essa s são as três pares quanto ao objeto A esruua in
ena do Príncipe, todavia,
todavia, não
nã o se fá
f á inteligív
inteligível
el se nos res
tingirmos a esse elato simples. Ao conáio, se xamos
nossa aenção nos tês tópicos, o Príncipe deve aparece
como um livro mal oganizado, esumindo poblemas nas
segunda e terceira partes que deveiam ter sido exauidos
po ocasião de sua apaição na primeia pare pare Com base
nesse elao, descarrila-se, como aconteceu, em especula
ções sobe
sob e se Maquiavel não inha oiginalmene planejado
a primeira pare sobre
sob re as vaiedades
vaiedades de senhoios e então
adicionado o reso como uma reexãoreexão posterior
posterio r numa épo
ca posterio; ou o u se ele tinha escio
escio o otal das rês partes
p artes
uma vez, por mais mal organizadas que sejam, poque ea
atapalhado; ou se ele inha
inha atirado o úlimo capíulo, "ide
" ide
alístico, depois
depoi s de te nalizado
nalizado o quado
qua do "realstico do
píncipe;
píncip e; e se ele o zera porque era um hipócrita ou, alvez,
a m de agada os Médici e deles obe algum emprego ou
esipêndio, etc. Paa todas essas especulações, insistamos,
não há nenhuma prova exeio. Daí devamos supor que
M aquiavel sabia o que esava fzendo e que o Príncipe, por
sua intenção, tem a esutura
esutura que emege
emege de uma análise do
exo tal
ta l qual é peservado
pes ervado E tal estrutura ineligível
ineligível a obra,
na vedade,
vedade, a e
e 
No que
qu e diz respeito ao obj
obj eto, devemos
devemos flar
fl ar da esu
tura inena como de u adelgaçamento e concetização
do tópico O livo começa, no Capítulo I, com co m uma divisão
ampla e sisemática de todos os stati incluindo repúblicas
e senhorios Com o Capíulo II, desaparecem as epúblicas
epúblicas
No odo da pimeira pate, além disso, os senhoios hee
diáios e eclesiásicos
eclesiásic os são traados aenas bevemene, ao
passo que o corpo pincipal é eseitado aé o "Novo senho
rio. A segunda pate
pate elimina da consideação
consideação as leis
leis (com
o arguento especioso previamente ciado, que ambém
poderia ser invetido)
invetido) e concentase na oganização mili
a poque uu  exército novo e ecaz é o insrumeno indis
in dis
pensável paa o homem que se incumbirá da libertação da
Itália O tópico esá-se
esá -se eseiando em dieção
dieção ao problema

88 1 Históra da Ideias Polítcas


Polítcas - Renascença e Refrma
 Jcreto
Jcreto de uma guerra italiana de libertação. A terceira
� rte é ancamente um corpo de receita realita para
 rncipe que unicará a Itália e expulará o invaore
 o Capítulo XXVI, o último do livro é o apelo
apel o concreto ao
�·dici para e torar
torar o redentor nacional,
nacional, poi eta
 eta domi
=o árara a todo
todo no cheira mal"
mal"
O adelgaçamento e a concretização do tópico mantêm
_1a a trê parte
p arte e tornalh
torna lhe
e irrevervel
irrevervel logicamente a
ência
ência Todavia,
Todavia, a rça eocional
eociona l do livro
livro o cínio que
e no leitor, provém da habilidade quae inacreditável
:  aquiavel em
em aumentar a tenão, partindo da efera efera exi
iaente
 iaente periférica
periférica da claicação lógica até
at é o centro da
- ocalptica Sigao o pao dea intenicação, poi
 quência clara dele revela
revela o grau a que Maquiavel
Maquiavel tinha
arecido ua ooa de exitência e elaborá-la num
rmal:

1_ ) O livro are (1 com uma divião lógica de tipo de E


-_ios. É livre de emoção política, ma não em tenão, poi
poi 
·=,r sua compactação, precião e economia de linguagem é
. a pequena gema da arte da claicação A inexorabili
 de dea entença lúcida não
 de n ão apena xa o tópico do
�cipato novo, como dá o tom do progreo inceante
= �cipato
 culminará no nal apocalíptico57
2   decriç
decrição
ão do próprio enhorio
enhorio ( IIXI)
IIX I) tem uma
:  izaç
 ização
ão interna à medida que o prolema emocio
  - ete meno peado ão colocado no começo e no
=, ao pao que o centro (VIIX) é mantido pelo tipo
 eritem uma diferenciação da variante da virtu.
   s captulo centrai preparam e preludiam o tema
 pal; epecialmente o Captulo
Captu lo VI delineia
del ineia como um
J eral a ituação que e  e torna
torn a concreta no fechamento
fechamento
  aptulo
ap tulo XXVI
XXVI..

�·: Jre aquaidades dese Capítuo  , ver as beas observações


observações de
d e Giuseppe
G iuseppe
_e
_e : em sua edção de Il Príncpe.
Príncpe. ( 1 899) Flore
Florença
nça,, G C Sansoni
Sansoni 1 933
933,, II.

  A ordem
ordem do poder: Maquavel 1 89
(3) A parte seguinte (XIIXIV) mua a cena e uma es
crição geral para a ferociade e uma guerra iminente
A iscussão técnica os méritos relatvos
relatvos o mercenarismo,
tropas auxiliares
a uxiliares e nacionais
nacion ais é escrta contra o pano de no
da nvasão ancesa e a experiênca com a inntaria espa
nhola e suíça serve para rjar o instrumento militar que será
empregao
empregao na guerra e libertação.
libertaçã o. Ternou a época os si
si 
mulacros e guerras
guerras oméstcas
 oméstcas italianas o salvaor a Itála
enentará
enentará a guerra real"
real" em que os
 os homens são massacra
os, as ciaes, sitaas, e os
os senhoros, estruos". 58

( 4) Co a págna
págn a e abertura a tercera parte
parte (XV),
(XV) , Ma
quavel
quavel limpa o convés toa tolice moralsta acerca a pol
tica tem agora e ser lançada ao mar. Na luta exstencal
exstencal pela
sobrevivênc
sobrevivêncaa polítca, o homem é etade besta seno iguas
outras coisas, a racionalae estrta a bestialae eci
rá entre a vtória e a errota Estes são os captulos
capt ulos sobros
sob ros
sobre a conuta principesca (XVXXIV) que alentaram a
noção a imoralade e Maquavel
( 5 ) Mas
M as o homem é apenas metae
metae besta;
besta; na mera anma
liade poe
po e submeter-se
submet er-se ao o a errota e zer um acoro
com o venceor Esta
Est a é a analiae não heroica a acetação
que Maquavel vê a seu reor A vontae e resstr e de criar
uma nova ordem vem de uma nte difer diferent
entee Da a seção so
so 
bre a arte
art e de gover
governar
nar ser seguia o pelo
pel o à ordinata virtu
que resstirá à fortna meso quano ela parecer esespera
amente
amente aversa
aversa (XXV)
(6 ) E o lvro se fecha
fecha com a convcção de que a humlhação
humlhaçã o e
a miséra a Itália cançou uma prondade que repete a pro
ndiae paradgmátca
paradgmátca a qual, por toas
toa s as regras oo mto, o
salvaor
salvao r te e ascener Os Medii,
Med ii, a quem o apelo é irio,
irio ,
estão numa situação apocaptica. Todos os meios são sã o justcados
justcad os
quano o m é o estabelecimento
estabelecimento da ore provencal Pos
Po s a
guerra é apenas para quem ela é uma necessae e as armas são
sagraas para quem elas são a últma esperança" (XVI)
(XVI) 

5 8 Machiaveli !sorie Fiorentine


Fiorenti ne V . l , in: Opere, op. cit., p. 499.

90 1 Hsóra
Hsór a das Ideias
Ideias Poltcas
Poltcas -Renascen�a
- Renascen�a e Refrma
Refrma
O Príncipe, então,
então, coeça co uma classicação
classicação sistemá
si stemá
 d  esclareciento
esclareciento de conceitos; quando se estabelece
estabelece o ce-

'o
'o desce passo a passo ao ndo da rça que cria ordeorde na
�ria O prieiro passo nessa descida é arcado pela pela ma
ação
ação externa
externa e corporal dessa rça no assassín
assa ssínio
io sico
  migo
migo  Com o segundo passo, descemos à racionalidade
 ee de gove
governa
rnarr  ou seja, à esfera
esfera da besialidade no ho
h o
 
  Com
Co m o terceiro
terceiro passo, alcançamos a ordem construtiva
construtiva
. desaa a fortna. E, nalmene, descemos à prondida
 iseriosa da salvação
salvação de pro fndis e à visão apocalíptica
p rof apocalíptica
 : nia [todas as coisas] pressagiando a hora do do redenor
-_ ·a
a dessa consrução dramática, podeos dizer que o
-·cpe do prieiro
prie iro ao úlio capítulo, é a criação
criação magisral
magisra l
 axonada de u grande arisa, lóso e parioa
m nossa análise do Príncipe deveos concenrar-nos
 nha principal de problemas que leva à visão apocalípti

� oncludente Essa Ess a linha principal começa no Capítulo


Capítulo VI,
· J novos senhorios
senh orios que são adquiridos através das próprias
as e virtu" A virtu principesca se manifesa
manifesa ais brilhan
brilh an
ente no caso de um hoe hoe  de baixa origem que ascende
 = overno, por sua própria
própr ia habidade
habidade,, sem os vores da cir
ância Tais hoens são os gran grandis
dissi
simi esempli que de
mi esempli
-. ser imitados por outros; esmo se não pode pod e alcançar o
=)delo, o hoe prudente ainda assim seguirá o caminho
: · rande, de tal aneira que sua virtu ao menos participará
 eu sabor. Tais grandes
grandes modelos
modelos são Moisés, Ciro, Rômu
: e eseu
eseu  Todos eles devem
devem sua ascensão à sua virtu dello
�:o em vez de à fortna. A circunstância,
circunstân cia, de to, ofereceu
ofereceu

  pouco mais do que uma oportunidade para mostrar sua
 Moisés inha
inha de encontrar Israel no Egito a  de
rálo e leválo para
pa ra a terra proeida;
proe ida; e Teseu nãon ão podia
p odia
 demonstrado sua virtu a não ser que tivesse encontrado
ersos os atenienses
a tenienses O irremediável aparente da situação é
: nvite para o grande líder mosrar sua qualidade de criador
�= uma nova orde Não é cil a ascensão do herói porque
 ee de vencer a resistência dos interesses adquiridos que
�' a seu lado, a tradição
tradição e a lei, assim coo a suspeição do

 - A ordem do poder: Maquiavel


ordem uiavel  919 1
descrente que não acredita na verdade
verdade das novas coisas" cois as" an
tes de eas serem estabeecidas
estabeecida s Tem-s
Te m-see de vencer
vencer o medo e 
ta de imaginação,
imaginaç ão, e para esse propósito é inecaz a persuasão
a não ser que sej
sej a apoiada pea
pea rça Como consequência, os
profetas
profetas armados têm sido sempre vitoriosos,
vitorio sos, ao passo que os
sem armas
armas pereceram
pereceram"" Virtu
Virtu dello an imo e um exército
dello animo exército zem
o príncipe vtorioso;
vtorios o; os
o s profetas
profetas em armas (prof(profeti
et i arm ati)i) dão
a rmat
o modelo para o savador da Itália
Itália 
O profeta em armas é o primeiro de uma série de tipos
O segundo tipo é o príncipe
prín cipe que adquire seu senhorio atra
 através
vés
de exércitos
exércitos estrangeiros e da rtuna"
rtun a" Enquanto
En quanto o primeiro
tipo tem grandes dicudades em seu caminho em direção ao
poder, o segundo tipo encontra suas diculdades na conso
lidação de uma posição a que as circunstâncias o eevaram,
como Cesare Bórgia, que pôde começar com Romagna, mas
então teve de empregar sua virtu consideráve para assegu
rar e expandir seu governo
governo contra numerosos competidores
Enquanto o primeiro tipo tem de mosrar uma virtu ao criar
do nada uma ordem, o segundo tipo tem de mostrá-a ao
transrmar
trans rmar um acidente
acidente de poder
pode r em uma reaidade
reaidade estáve
O terceiro tipo é o homem que acança seu senhoriosenho rio através
através
do crime"
cri me" O exemplo
exemplo deste
deste caso é o siciiano Agátoces, que
teve uma carreira brihante, mas de outra maneira, norma
em direção à ata magistratura de Siracusa, e então resoveu
transrmar seu cargo constituciona num senhorio autocrá
tico Numa ocasião oportuna, fez seus sodados matarem os
cidadãos liderantes, e daí por diante pôde manter incontes
tada sua posição principesc
prin cipescaa Agátoces deveu
deveu pouco, se algo,
à fortna; mas tampouco
tampou co deveu ago à virtu. Pois,
Po is, massacrar
os cidadãos de um camarada, trair os amigos, e não ter fé,
piedade,
pieda de, nem reigião não pode ser chamado virtu por esses
meios pode-se
pode -se adquirir o poder, mas não a ma"ma " Se se con
sidera a coragem de Agátoces em enentar o perigo, e sua
grandeza de alma em suportar e vencer a má rtuna, ele se
iguaa aos mais exceentes
exceentes capitães. Mas suas ua crueldade feroz
feroz
e inumanidade, e suas infâmias
infâmias innitas excue
excuem-no
m-no dod o grau
da verdadeira exceência O quarto e último tipo é o senhor

92 1 Hisór
His óriaia das Ideias Políticas
Políticas -Renascença
- Renascença e Refrma
v o homem que ascende à posição principesca
princi pesca dentro
dentro da
 dem
dem poítica de sua comunidade mediante o consentimento
e ses companheiros Com este tipo estamos para aém da
: 'tu Pois , a m de obte esse tipo de posição, um homem não

?ecisa de tanta virtu e fortna mas , ao invés , ma astzia


astzia
-�1tnata, ma astúcia assistida por boa sorte
Retomamos a inha principa da caracteização
caracteização do príncipe
 m o Capítuo XV A m de cia e manter ma odem poíti
�J estáve, o príncipe deve obsea certas egas de conduta.condu ta.
_1• scussão desse probema
prob ema é govenada
govenada pea tese de qe qe a ob
�ação
�ação de pincípios
pincíp ios moais de condta na poítica
po ítica levarão
levarão
=ais equentemente ao desbaatamento do qe ao sucesso.
1.0 eabora sa tese em detalhe conceto , Maquiave
Maquiave tinha
tin ha o
�imento de zer algo pouco usa; gealmente , acha ele,
 s toes
toes aramente descevem a ealidade
ealidade da política,
polític a, mas
ma s
 Jvem-se em distorções
distorç ões ntasiosas da verdade.
verdade. Ele insis
 em descrever
descrever a vedade "Porque a vida, como é, é , está tão
da vida como deveria ser qe um homem que desiste d esiste
o qe é feito
feito peo que deveria ser feito
feito constuirá assim sua
a em em vez
vez de sa preservação5
preservação599 Um homem qe se es es 
�2 paa se bom tem de perecer ente os muitos que não são

·:ms Daí m príncipe deva se bom o abandona isso , de


 odo
odo com o ditado da necessidade (necessità). Todo o mn
, é caro, sabe
sab e que é lovável para um píncip
p íncipee manter a fé fé e
experiência , contudo, mostra
_Ya ma vida de integridade; a experiência,
  nossa época que esses que não são muito cidadosos com

 a tegida
tegidade de ganham ascendência
ascendên cia sobe os que se mantêm
tro
tro do direito. O segedo do dilema tem de ser procuado
 to de queque há das maneiras de lutar: com as leis ou com
 ça A primeira é própria dos homens , a segunda, das bes-
3; e já que a primeia equentemente não taz sucesso suc esso deve
-  ecorrer à segunda "Daí dever um príncipe saber usar a

ta assim
assi m como o homem
homem que há nee.
nee . Os
O s antigos
antigos sugeriam
sugeri am
-:! edade quando apresentaam
apresentaam Qíron como tutor de Aqui
�. E já que é inevitáve
inevitáv e o emprego da besta para
pa ra um píncipe
pín cipe

\achavelli Príncie, X, op cit, p. 30.

 - A ord
ordem
em do pode: Maquiavel 1 93
que quer te sucesso,
suces so, ee deve
deve escohe as naturezas da raposa
rapos a
e do eão, "porque o eão é impotente conta as armadihas, e
a raposa, contra
contra os obos
obos  Um
U m píncipe, potanto, não deve, deve,
sob nenhumas cicunstânc
cicu nstâncias,
ias, manter
manter sua paavra
paavra quando
quando se
prejudicaia assim, ou o u quando desapareceram as azões para
mantêla
mantêl a Ao passo,
pa sso, então, que ee equentemente
equentemente tem de vio
ar
a r todas as regras de fé,fé, caridade,
carid ade, humanidad
human idadee e eigião, deve
se cuidadoso para apoia essas vitudesvitudes no discurso,
disc urso, pois
po is os
homens
homen s queem a chadachada de virtude
virtude num príncipe
prínci pe e de boa
bo a
vontade se deixam
deixam enganar por declaações Admiram o su su 
cesso e quando é boa a apaência, não nã o pocuram muito voazvoaz
mente a ealidade po trás dela. O píncipepín cipe não tem de temer
os poucos que veem através da aude, porque porqu e não ousam 
lar; e se eles ssem insensatos o bastante para evantar uma
voz cítica,
cítica, não teiam nenhum sucesso com o povo "Porque
a alé é levada pela apaência e pelo sucesso;suces so; e há apenas ralé
no mundo; e os poucos não podem i i  a pate alguma,
alguma, a não se
que tenham uma massa para apoiá-los ap oiá-los6
600
Ta conselho é baseado
basea do em cetas pesunçõe
pesu nçõess concernentes
à natureza do homem O póprio príncipep ríncipe não é excetuado
excetuado da
rega gera
gera de impefeição
impefeição humana. Mesmo que tente mostrar
todas as vitudes ouváv
ouváveis,
eis, não terá sucesso Pois a conditio
humana não permite que um homem tenha todas as vitu
des. Daí deva um príncipe ser prudente o bastante para evita evita
mesmo
mesmo a má reputação
reputação dos vícios que poderia zêlo pede
o governo,
governo, e evitar os menos danosos tanto quanto possível61
pos sível61
Mesmo um modelo de virtude, virtude, no entanto, não pode envol
verse no uxo da moralidade pela razão antes mencionada de
que os homens na massamass a são ralé.
ralé. Podese
Podes e dizer deles
deles em ge
ral que são ingatos, voúveis, enganadoes, gem do perigo e
são ávidos
ávidos de ganho Contanto que obtenham um ucro ucro de ti,
são todos teus;
teu s; of
o ferecemte o sangue, as propriedades, a vida
e os hos deles, contanto que não precises deles; mas ma s quan
do surge a necessidade, eles se evotarão O liame de amor e

60 dem, Principe, XII.


61 Idem, Principe, X.

94 1 Hstóra das Ideias Polítcas


Polítcas - Renascença
Renascença e Refrma
Refrma
atidão sempre será rasgadorasgado po um lucro
lucr o Daí tenha
tenha o pín
pe de conar no iame do do medo
medo  Mas enquanto
enq uanto ele tem de
ovocar medo, tem de evitar se odado Isso ele pode conse
 clmente quando , numa emegência, mata as pessoas;
eve
eve evta
evta,, contudo, toma-lhes as popredades. "Porqu "Po rquee os
]omens esquecem mais cmente a mote de um u m pa do que
 peda
peda de seu patp atmôn
môno
o A ordem doméstca será muito
táve
táve quando
quand o o píncipe
pín cipe deixar em
em paz a propriedade
p ropriedade e as
uhee
uheess de seus
seu s súdtos62
s údtos62 Ta seguança satsrá ao maior
úmeo. Porque o assim chamado amo à lbedade que os
mens
men s têm é ago ago questonáve
questonáve "Apenas
"Ap enas uma pequena
pequen a par
�. deseja
deseja se ve
ve a m de comandar; todos os outros, outro s, cujo
:úmeo é nnto, desejam a berdade a m de vve segua
ente. Numa repúbca
re púbca , não mais do que 45 cdadãos podem
cende e ascende ão a posções de lderança
lderança Esse pequeno
mero pode ser morto ou pomovdo para cargos honrosos;
J esto se contentará
contentará quando o píncpe ciar as odens oden s e es
�e gaant
gaantam
am a todos
todos a seguança  como na França63
Podem se vãs as melhores ntenções de jogar com a me m e
=de
=de bestial
besti al do homem na poítca se pareceem muto mut o des
á
áve
vess as crcunstâncias
crcun stâncias Mutos
M utos são de opnão de que os os
ócos do mundo são governados
governados pela fortna e po Deus ,
 ue os homens com sua pudênca não podem desviase
:o cuso detemnado Maquiave reconhece que ele pópro
mas vezes se ncnou a essa opnião,opnião , à vsta dos aconte
entos
entos da época No enanto, "a " a m de não extngu nosso
noss o
'eabíto , ele pef
p efeá
eá ama que afortna rege rege apenas
apena s
tde
 tde de nossas ações,
aç ões, ao passo
pas so que ela nos dexa o controle
Jre a outra metade A rmuação e motvação de Maquia
d meecem a mas cuidadosa atenção. Estamos agora dei
,

d a esf
es fera da observação
observação ealista e entrando no domínio
d omínio
2 é Parece sem espeança a época,
ép oca, mas Maqua
Ma quave
ve não qer
ist da
d a espeança Sua espeança
espeanç a é a substância
sub stância de sua fé
 na estutura do campo
ca mpo de ação
açã o em que a o rdina
rdinatta virtu tem

- :Jm
:Jm  Prín
Prínc
cpe,
pe, XII.
XII .
m Discors  16 n:
n: Opere, op cit., p. 84 ss

 A ordem do poder: Maquiavel 1 95


-
metae
metae a chance,
chance, "o qase
q ase etade,
eta de,  ecer contr
a pressão as circunstâncias Em sua su a exporação
exporação esse camo
e ação, não permanece constante o signicao a fortna.
Num primeiro signicao, fortna etermina a estrutura e
uma situação:
situaç ão: uma metae é a necessiae inexível,
inexível, a outra
metae é exível ao ataque a virtu. O homem poe zer a
fortna obeecer à sua vontae E é melhor agir impetosa
mente o que cautelosamente;
cautelosamente; "pois
" pois a fortna é uma mulher,
e, se queres submetê-la, tens e bater nela e empurrá-la
empurrá-l a E a
experiência mostra que ela prefere
prefere eixar-se conquistar pelos
veementes o qe peos que agem iamente A fortna en
tão, assume o signicao e uma relação entre a circunstância
e a virtu e um homem O caráter e um homem é, no too,
uma constante; não mua com a situação. Qano tem boa
rtna, as circnstâncias corresponerão à sua habiliae
natural e manterão a estrutra geral eas; quano ele tem
má rtuna, elas não lhe oferece
oferecerão
rão uma chance ou, enquanto
voráveis no no começo, muarão mais tare e uma maneira
que não ure seu sucesso64 E, nalmente, a fortna se tor
na na ocasião quase inistinguíve
in istinguíve a própria virtu, qano
Maquiavel la e fortna como a seleção e um homem e
tal virtu que ele poe reconhecer sa oportuniae, se isso is so se
harmonizar
harmoniza r com a intenção ela, ou e apresentar outra que
acelerará a estrição, se esse
ess e r o plano ela Sob esse aspec
to, "os homens poe agir somente em conrmiae com
a fortna mas não oporse
opor se a ela Essa rmulação eviente
eviente
mente eterminista, contuo, e novo é esiaa pela exigên
cia e esperança
esperança os homens não evem nunca abanonar-se
abanon ar-se
à rtuna, pois não lhe conhecem os planos "E já que que os ca
minhos ela são esviaos e esconhecios, tens e sempre
ter esperança, e a esperança não te abanona, em qualquer
situação e soimento em que estej estej as65
as 65
Esta esperança inspira e permeia o nal: "Exortação a
tomar a Itália e liberá-la os bárbaros É esesperaora a

6 Idem Prínce, X
65 Idem Discorsi 29, op cit p. 187.

96 j Hsóra
Hs óra das
das Ideias Polítcas
Polítcas -Renascença
- Renascença e Refrma
ituação;
ituação; a prondeza da miséria é mítica como a pron pron 
deza
deza da qual Moisés, Ciro e Teseu tiveramtiveram de ascender. Daí D aí
nenhum tempo parecer ser mais propício para a ascensão
de um novo príncipe;
príncipe; o país tinha andado tão pronda
ente
ent e a m
m de conhecer inteiramente La virtu d'n d 'noo sp
sp irito
taliano". A Itália clama a Deus porpo r um redentor; e não há ne
nhuma
nhuma esperança maior do que qu e a casa
cas a de Medii distinguida
isivelmente por Deus através do papado. A constelação é a
ais voráv
vorávelel e todas as diculdades
diculda des podem ser superadas
sup eradas
e o príncipe seguir o exemplo e se mantiver me nele Então Ent ão
evase o tom de Maquiavel até a invocação dos portentos
pocalíptic
pocalípticosos enviados por Deus: ((Então o mar se abriu; uma
Jvem
Jvem mostrou o caminho; a rocha jorrou jo rrou água e o maná
hoveu
hoveu do céu". Deus não rá tudo; tudo ; o resto é deixado
deixado ao li
He-arbítrio
He-arbítri o e à nossa
nos sa glória. Esta reexão
reexão leva
lev a de
de volta a uma
ta
ta recapitulação da rerma militar necessária
neces sária.. E a exorta
o se fecha
fecha com o apelo aos Medii a dear ser verdadeira
� profecia de Petrarca: (( Virtu pega em armas contra o ódio
rbaro; a uta é curta: pois nos corações italianos o valor dos
tigos
tigos aind
ai ndaa não morreu" .66

O Poeor
Poeor Friedch
Fried ch von EngelJanoi, que teve a deicadeza de er e criticar
 capítuo, acha que o leito pode e dexado com a impreão eônea de
  na útima análie, a evocaç
evocação Maquavel volta até o tipo ciado pela Vta
ão de Maquavel
�erlni. Sugee que que o apocalipe de Maquiavel, aim como ua ubtância,
ubtânci a,
ence, ao contráo à érie do Du e Babylone, Veltro etc." Tenho de
 ar que não tinha penado em levar adiante o probema eja do apocalipe
: aquiavel eja o da ita Tamerlni nea direção. A ugetão é valoíima
 aquiavel eja
_a vez eita
eita a etrutua da evocaçõe
evocaçõe poltica
p oltica apocalíptica tana gha
  deravelmente
deravelmente em careza Devo dzer d zer que o pano de ndo de d e Dante
Dan te do
cmo joaquita e de Renzo têm de er levado em conideação como
:mnante importante na frmação da magen do grande príncipe Se
m
 mo o ea vião
vião então tonaeá
tonaeá poível
poível ditinguir
ditin guir mai caramente en
 o elemento apocaíptico propramente (que é critão não antigo) e a cate-
� çã an tiga. Asim tto a V Tamerlni quto
çãoo que provém de fnte antiga.
º -. Ia di Ctuccio Castacani aboeram (além do eemento da naativa bí
 de Moié) a narativa da uventude de Cro como contada por Heródoto He ródoto
 ua História .108 e eguinte Ea pate da imagem mítica não contém o
 ento apocalíptico, eja na Vta Tamerlni ou na evocaçõe de Maquia
 A magem do heói conquitador que por ua virt, cra ua nova ordem
=onta, ao contário à Ciropdia . 1 454 5 de Xeno
Xenon
nte
te Aqu
Aqu encontram
encontramo o
� _em do príncpe que de começo humide, acende ao governo de um
?o; aqui também enconto tai elemento como a Lita de nome
:= acteza
acteza a Vta Tamerlni; e aqui acima de tudo, encontramo à letra

1 - A ordem do poder: Maquavel


uavel 1 97
§ 8. Conclusão
Co nclusão

Nossa anáise do Príncipe evtou quaquer interpretação


crtca.
crtca. Adotamos esse procedment
p rocedmentoo porque somos da op
nião de que a maior parte das questões mais debatidas ao
avaliar-se a obra de Maquavel desaprecem tão logo a pró
pra
pr a obra seja conhecida Isso é verdade
verdade em particular para o
moso problema da ét étca
ca de Maquave.
Maquave. Começaremos a nos
sa nterpretação sntétca com agumas poucas observações
sobre essa quesão
ques ão
Filosocamente
Filoso camente o problema
p roblema da étca dede Maquavel con
con 
sste apenas
apena s no reconhecim
reconhecimento
ento do to eementar
eementar de que
a existênca do homem é carregada
carregada de contos de valores
ma moral
mor al espritua chegará à compreensão patônca de
que praticar o ma é por do que soê-lo Na prátca essa
compreensão só pode ser transrmada em regra sobre a
conduta com o preço de pôr em risco, ou tornar imposs
ve, a reaização de outros vaores que também são dados
na exstência humana tas como a própra exstênca de al
guém a exstênca da comunidade e os valores civizaco
civizaco
nas reaizados na comunidade Já que a existência
existência humana
é social suas ações são oneradas com a responsabiidade pe
os efetos
efetos nas vdas de outros seres humanos.
humanos . Um estadista
estad ista
que não responde a um ataque contra seu país com uma or
dem de retalação não será ouvado
ouvado pelo renamento espesp 
ritua de sua moralidade
moralida de em oferece
oferecerr a outra ce mas será

o entimento de medo e tero que Ciro e mai tarde Tamerlão npiraram


(hobos katapxis). Nee onto, poém encerrae o paralelo. O terro inp
rado po Co é claramente picológico. Não á nada nee da punição pov
dencial como é mplicada no terror
terror genti um e no ultorpeccatorum
gentium peccatorum das magen
de amelão
amelão de Catrucco. O elemento apocaíptico nea imagen, ma até
do que no Príncipe, não pode er encontrado na fnte antga ma, ao contrá
o tem de e bucado na regiõe ndicadas peo Proeo von EngeJanoi.
[Paa uma leitura contemporânea
contemporânea de Maquiavel
Maquiavel por um erudito de Voegein,
Voegein,
ve Dante Germino, Mod Weste Political Thoug ho ught:
ht: Machi
Machiavelli
avelli to Ma.
Ma.
Ccago
Ccago Rand
Rand McNaly,
McNaly,  972
972  cap. 2; e Dante Germino Second Thougt Thougt
on Leo Strau' Machiavelli", joual of Politics 28 (1966), p. 794-817. Ver
Leo Strau Thoug
ho ught
htss on Machiavelli
Machiavelli Glen
Glenco
coe,
e,    , Fee
Fee Pe
Pe,, 1 958]
958 ]

9 8 1 Hstória das
das Ideas
Ideas Polít
Polítcas
cas -Renasc
- Renascen�a
en�a e Refrma
Refrma
�aldiçoado,
aldiçoad o, com justiça,
justi ça, por
po r sua irrespon
irre sponsabilidad
sabilidadee cri
cri 
=al A moralidade espiritual
espiritu al é um problema na existência
 ana,
ana, precisamente
precisamente porque há muito mais de existência
 ana do que de espírito. Todos os ataques a Maquiavel
:  o o inventor ou o advogado
advogado de uma "moralidade dupla
� a a conduta
conduta privada e a pública, etc. podem
po dem ser descarta
_ �·s como manif
mani festações de ignorância losóca.
o que diz respeito ao próprio Maquiavel, sua atitude em
�=aço aos problemas
problem as de moralidade é clara para além de qual
:er dúvida. Vmos sua tábua de valores; e vimos que ele não
a
 a nunca basear
basear a moralidade nas necessidades e experiência
experiênciass
 xistência.
xistência. Nunca, por um momento, ele nge nge que é moral
u conselho imoral ao príncipe Seria u equívoco grosseiro

scar-lhe
s car-lhe a ética com com as "inversões sosticas dos proble
 de existência que são característicos
 característicos do luminismo grego
.o século
século V aC
aC  e do luminismo ocidental do século
século XVIII.
XVII I. A éti
 de Cálicles,
Cálicles, por exemplo, que Platão discute no Górgias, ten
 na verdade,
verdade, basear a ideia de justiça no direito do mais rte;
ui encontramos a atitude de "o poderoso z a lei. lei . Maquiavel,
Maqu iavel,
r outro lado, dria que o poderoso investe contra o estabeleci
nto da ordem para a libertação da tália, e geralmente contra
de mondo mas ele não diria nunca que esses valores in
. onore de

uem a justça
justç a e a moralidade. Ao contrário, está agudamente a
;a de que
que neles há o desonroso
deson roso e o imoral, e, portanto, precisam
de justicação pelos valores que se prestam a realizar. Se estão
Kostumados com a realização do poder sem valor valor,, então nada
 dexado,
dexado, senão sua imoralidade Em particular, como mostra
J aso de Agátocles,
Agátocles, a conversão de uma ordem existente num
horio autocrático,
autocrático, porpo r neum outro propósito senão a satis
:ço da paixão pessoal de poder,poder , tem de ser considerada mera
mnalidade. Essa Ess a parte da doutrina de de Maquiavel,
Maquiavel, como in i n
icamos previamente, é provav provavelmente
elmente a causa psicológica de
citação
citação dos críticos. Cada ordem política é, em alguma parte,
 acidente da existência
existênci a O mistéri
mis térioo da crueldade existencial e
 culpa está no ndo da meor ordem; ao passo que o dictum
e que
que "o poder é ru não pode ser mantido mantid o sem restrições
restr ições,, é
Yerdadeiro se r restrito como caracterizando o componente do do

1 A ordem do poder: Maquiave


- Maquiavell 1 99
acidente existencial
existencial na ordem Por convenção socia, esse mis
mis 
tério de cpa não é admitido à consciência pública Um pensa
dor poltico
poltico que, mediante sua
s ua obra, estimua uma consciência
desconrtável
desconrtável desse mistério se tornará impopular
imp opular para os que
retêm ainda uma ordem estabelecida
Todas essas
essa s reexões, contudo,
contu do, tocam apenas
apena s a superfície
superfície
do probema Há razões mais prondas para o maestar maesta r que
que
a obra
obra de Maquiav
Maqu iavee sempre causou. Sintomaticamente essas
razões se reveam no sangue io de seu conseho; conseh o; o eitor 
cará tavez perpexo
perpexo  e, se assim inclinado, cará chocado chocado
 pela aparente desconsideração acerca acerca das
das implicações es
pirituais de sua osoa de conduta Faaos avisadamente
de uma "aparente desconsideração porque, de to, Maquia
ve estava muito preocupado com as implicações espirituais espiritua is
Contudo, a sua atitude parece estranha. A perpexidade desse
estranhamento encontra uma soução quando embramos
que Maquiavel
Maquiav el não é um cristão,
cristã o, mas
ma s que sua
su a fé
fé é um revi
ver do Mito da Natureza, na variante especia do estoicismo
polibiano Não está ltando a espirituaidade, mas não é dife dife
renciada em sua reaização
reaização transcendenta; permanece intra
mundana e encontra sua reaização no orescimento da virtu
na ordem da comunidade O spirito italiano italia no deve manifesta
manifestar r
-se na ordem da d a república nacional; deve encontrar sua bea
titude na onore mon do e receber a graça através
ono re de mondo através da ma
m a
Não é a justicação
ju sticação dos meios peo m  m que causa tata mal-estar
 esse probem
probemaa não pode ser nunca
nunca eiminad
eiminadoo da poíti
poítica
ca  é
o paganismo do m, ou seja, a encarnação tempora do es
pírito
píri to Para Maquiave,
Maquiave, o expediente
expediente e a imoralidade da ação
não atingem o destino da alma alma;; a sua é santa, e encontrou seu
destino,
destino, quando manifmani festa sua virtu no mundo.
A reversão
reversão a um mito pagão da natureza,
naturez a, em nossa opinião,
opini ão,
é a nte última
últi ma de estranhamento
estranhamento que Maquiavel suscita no
leitor
leitor moderno
modern o Esse sentimento de estranhamento, entretan
to, não deve evitar que reconheçamos
reconheç amos a çanha teorética, re
almente notáve, dentro do horizonte do mito pagão. Citamos
na íntegra a tábua de valores, a m de mostrar que Maquiavel
Maqui avel

100  História das Ideas Políicas


íicas - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
   a eabora
eaboraoo um sistema e existência humana na socie
:e e acoro com o liame sacramental até as nções ocu
= �onais
�ona is mais baixas Citamos, além isso, as passagens
passa gens que
  am uma compreensão ialética os probemas a ação
: 0 vrearbítrio
vrearbítrio,, no
n o nível teórico
teórico os melhores escoásticos
=:na na rmulação os Discorsi, governa o curso a his
-  a ao zer um homem e virtu ver sua oportuniae quan

 : e é o pano ea,


ea, ou ao cegá-lo
cegá-lo quano ea está incinaa
incinaa
_ truição. Fortna nesse sentio é o símbolo pagão para

; ?oviência E Maquiave tem suciente habiiae losó


� :2 ara compreener que o eterminismo a Fortna ou
= 1\ência
ência,, assim
a ssim como a preestinação para a savação ou
 ação, é eterminismo
eterminismo sb specie Dei e que são inescrutá
 s os planos e Deus para com o homem Ee não escarrila

  osticismo o intelectua poíticopoítico que tuo sabe o curso


� itória; no pano e sua existência
existência nita, a história aina
=á molaa pela virtu que tem fé em sua própria própri a substância
substân cia
 nalmente, Maquiave é caro quanto à substância e sua
 e rça
rça  Em rmuações que nos embram as Epístolas aos
 reus, ele insiste na n a esperança como substância a fé fé na
Yação
Yação política, mesmo me smo na racionaliae
racionaliae a situação mais
peraora. A visão apocaíptica no na e o Príncipe,
•}anto, não é e maneira nenhuma e estilo com a atitue
 ee mostra
mostr a em
em outras partes o livro. Ao contrário, pela lo-
Ue d coer o apocalipse
apocalip se o reentor é o clima mais inevitá
-d a fé fé na virtu. É quase esnecessário izer
 izer que um homem
. tinha essas iuminações sutis sobre a via o espírito não
- um homem irreligiosirreligiosoo  embora muito certamente
certamente Ma
ave
avell não sse um u m espiritualista cristão.67
Iso
I so nos eixa com o problema o próprio paganismo e
 quiavel Consieremos primeiro o aspecto positivo. Nas
ões
ões anteriores estees te capítulo, esboçamos o pano e no
n o
 J tra o qua
qua as
as ieias e Maquiavel evem
evem ser entenidas,

 �aria de camar
camar a aenção
aenção para
par a a ínima relação
relação etre
et re as smbolizações
smbolizações pa-
• e Maquavel da dialética da Providência e o Orhische Uoe [A palavra
:  órfca]
órfca] de Goethe.

1  A ordem do poder: Maquiavel  lO 1


ou seja
seja,, a desintegração da cristandade
cristandade imperial, a historio
graa humanista, os acontecmentos asiáticos e o trauma de
1494. Abrira-se um cenário mundial da polítca, com uma
estrutura
estrutura própria,
própria , e a ideia do imperium cristão se tornara
irrelevante Quando desaparece o signicado da hstóra
no sentido da Civitas Dei de Santo Agostinho, a estrutura
"natura da hstória, no sentdo antgo, se torna visível de
novo O Mito
Mi to da Natureza, de to, não é uma tolce obso
leta; só é lho à medida que os problemas
problemas do espírito não
são sucientemente diferencados O letor se lembrará da
luta de Platão com esse problema
problema A religiosidade cristã do
espírto, por outro lado, enquanto certamente um avanço na
diferenciação
diferenciação da vida espiritual, produziu uma interpreta
interpreta
ção da história (aravés de Santo Agostinho e Oróso)Oró so) que é
muito lha por causa da estreiteza de seu horizonte, assim
como porque neglgencia o problema do curso natural de
uma cvilização política que já tinha sido desenvolvido mais
promissoramente
promis soramente por Platão Daí o recomeço de Maquiavel
do ciclo natural de política em sua rmarm a polibiana
polibia na seja uma
çanha notável de instinto teorético, por mais imperfeito
que seja na execução TemosT emos de ver
ver essa çanha diante
diante da
alternativa que também estava aberta a Maquiavel, o u seja,
a alternativa do desenvolvimento de uma teora da política,
materialista
materialista e niilista  a alternativa
alternativa do desenvolvimento
desenvolvimento do do
"maquiavelismo que os críticos lhe atribuem A reintro
dução do problema do ciclo marca o começo de uma inter
pretação moderna da história
históri a e da política que leva, através
através
de Vico,
Vico, ao desenvolvimento
desen volvimento mais recente
recente do problema
probl ema por
Eduard Meyer, Spengler e Toynbee
Consideremos
Conside remos aora
ora o asecto negatvo do novo aganis
agan is
o sse
ss e neavso
neavso oe ser
se r mas em usrao
 usrao ea ree
ree
rência ao to de que no ano após a dedicatória do Príncipe,
começou a Rerma A Cristandade não estava tão morta
quanto supusera Maquiavel Contudo, não se pode lar sem
restrições de um erro de j ulgamento
ulgamento Precisamente
Precisamente quando
Maquiavel
Maquiavel julgava,
julgava, estava muito a par das possiblidades da
Cristandade Entendia claramente que a Cristandade vive

02
0 2 1 História das Ideia
Ideiass Políicas
Políicas - Renascença
Renascença e Refrma
?a rerma; e sabia, a esse respeito, da nção histórica de
�o
o Francisco e de São Domingos.
Doming os. Também
També m tinha visto
visto Savo
oa; e à medida que julgava, sabia que outro Savonarola, Savonarola,
 ais ecaz, poderia aparecer a quaquer momento Como
te psicológica de de seu erro, indicamos o trauma de 1 494 e
� periência da città corrotta que o cercava Mas, muito ob
  ente, o erro no j ugamento teve teve sa nte útima na vida
iritua
 iritua de Maquiave Seu mito da natureza
natur eza e sua fé
fé na virtu
: a on onore
ore del
del mo ndo não eram simpesmente uma "teoria,
mondo
a a expressão de sua reigiosidade genuinamente pagã
 as variedades de reigiosidade, enquanto ndamental
=te possívepos síveis
is em todos os tempos, têm também
também se tempo
órico; discutimos esse problema pormenorizadamente
ür ocasião da uta e Platão com a verdade histórica do mi
 J. c·3 Uma vez que a Cristanda
J. Cristandadede está no mndo
m ndo e rmou
 rmou uma
\izaçã
\ização, o, a pessoa
pes soa não pode simpesmente votar a ser um
? ão
ão  e aida para mais mais um pagão pré-latônico O apelo i
 a todos, e Maquiavel
Maquiavel não pode
po de ser excetuado Em ses e ugar
óric
 órico, o, o paganismo de Maquiave não é o ((mito do povo
�Je Patão
Pat ão se esrçou em superar;
superar ; é uma ta de fé no sentido
sen tido
tão, um fechamento demoníaco d emoníaco da alma contra a realidade
scendental
scendent al Esse fechamento
fechamento tem também de guiar nosso nos so
amento
amento com c om relação à sua política O credo do sp irito ita- it a-
_:o e na on onore
ore del mon do não é um credo heênico
del mondo heênico da pólis;
pól is;
 ma reeição do signicado da história e uma reversão ao
da comunidade particuar 
O ardor do apocaipse que queima no Príncipe diminui na
 ·Ja
Ja posterior de Maquiavel A grande evocação do herói na
·.a termina num tom de melancoia e resignação nas pala
a
a do Castruccio
Castrucc io moribundo ao jovem Guinig
Guinigi:i:
Se tivesse sabdo, meu lho, que a fortuna no meo do cur
o me cortara
cortar a o camnho em dreção àquea
àque a góra que ea me
hava prometdo com tantos sucessos esplênddos, ter-me-a
esfrçado
esfrçado menos; e então tera dexado
dexado para t um patmôno

 :e
:e Eri
Ericc Ve
Vegelin Orr and
gelin a nd Hsto, v. I Plto and an d Aristote
Aristote.. Baton
�ue,
�ue, Luisiana State Universi
University
ty Press, 1 957,
95 7, p.  83-204, paa esse
esse materi]
materi]

Maquiavell l 103
1 A ordem do poder: Maquiave
-
menor, mas também menos inmizade e nveja [ . . ] Teria v-
.

vdo uma vda tavez não mais longa mas certamente mas
tranqua E o patrmôno menor que teria deado
deado para ti cer-
tamente sera mas segura
se gura e frmemente estabeecdo.
A veemência da fé apaonada no turo está ecuando; os
olhos se voltam para o passado e para os imites do possíve.
E a vida de Maquiavel termina no fuxo da Istorie Fiorentine.

04 1 Hstória
Hstór ia das Ideas
Idea s Polticas
Polticas -Renascença
- Renascença e Refrma
Refrma
2 . A ORDEM D RZÃO:
RZÃO : RSMO E ORE

F.  a obscura em muitos aspectos a estruura das ideias ideias


lí1as no começo do sécuo XVI. Se caracterizarmos o pe-
1d oderno da d a poítica
poítica como a época
époc a em que as insti-
    � tws da Cristandade imperial experimentaram
experimentaram seu colapso
colaps o
         o e os
os Estados
Estados naci
nacionai
onaiss se torn
tornaram
aram os centr
centros
os da
da
        oítica ocidental,
ocidental, poderemos
poderemos dizer que essa época co-
1\l uas vezes Seu primeiro começo é caracterizado pela
  ",.'a e obra de Maquiave. Da desintegraçã
desi ntegraçãoo das instituições
ais emerge o naturalismo demoníaco de poder como
     ncípio rmal da ordem política restrito à sua subs-
  ria como vimos no caso de Maquiave pela ideia de que
i1 rc do poder deve ser a ordem ordem de uma nação. O segundo
, 1   m·ço em com a Rerma. As rças subterrâneas do secta-
 1 �   0 edieval irromperam
irromperam na superfíci
superfíciee institucional;
institucional; e uma
      dade intensamente renovada nas rmas da da Rerma
 1  o i tante e Contrarrerma
Contrarrerma Católica tornou-se
tornou-s e componen-
  · sivo
 sivo da ordem púbica ocidenta, assim nacional como
   l acionamente
/s obscuridades de que estamos lando são a consequên
• i da relação entre os dois começos. Em primeiro lugar os

      omeços seguiramse um ao outro


outro tão de perto
perto no tempo
tempo
q l' a existência de um primeiro começo dicimente pene-
      a consciência
consciênci a púbica Somente
Soment e muito recentemente
recentemente é

q ' s historiadores
histori adores se deram conta de que
que a "modernidade'
"modernidad e'
da Rerma
Rerma i precedida de uma "modenidde intelec intelec

de um tipo inteiramente diferente, que a ciilização ocid
ta poderia ter tido um período "moderno
"modern o de uma
u ma estrut
inteiramente diferente,
diferente, numa
num a continuidade mais íntima co
a Idade Média, sem a subevação da Rerma Os sintom
dessa possibiidade
po ssibiidade entretanto chegaram
chegaram a certa equênc
apenas
apenas em 1 5 1 6; e esse
esse é o ano
ano que
que precede
precede o tídic
tídicoo 1 5 1 7 
O segundo começo, aém disso,disso , introduziu
introduzi u um novo eemen
to de
d e reigiosidade popuar na cena púbica cuja natureza e
rça até agora não ram supostsup ostos.
os. A introdução
introduçã o desse noo
eemento é o obstácuo mais sério para uma compreensão
adequada do início
início do sécuo XVI, à medida que insistamos
em empregar termos como medieval e moderno como se de
signassem períodos bem denidos, seguindo-se um u m ao outro
numa simpes sucessão cronoógica. Este novo eemento de
reigiosidade popuar (que vamos discutir em pormenor no
capítuo seguinte, "O Povo de Deus) não é "moderno; é
"medieva, mas é "novo no sentido de que durante a Ida
de Média r suprimido
suprimi do e nunca determinou as instituições
púbicas
púbica s numa escaa maior embora
emb ora exercesse pressão sobre
eas. Daí, o "segundo começo traz à baa uma nova onda de
rças medieais
medieais que, por gerações, substitui os começos mui
to mais "modernos do "primeiro começocomeço  Apenas no sécuo
XVIII, no período do Iuminismo quando o ímpeto dos sé
cuos protestante
protestantess tinha sido despendido, é que encontramos
de noo um rcionaismo "moderno comparáve ao das pri
meiras décads do sécuo XVI Durante esse ongo interv intervao
ao
podemos reconhecer anidades entre Votaire e Erasmo ou
entre Aexaner Hamiton e Maquiave Embora a Rerma
então inverta o "modernismo do primeiro começo e lhe
atrase por u tempo consideráve o reviver imprimiu sua
assinatura tão competamente na história dos sécuos XVI e
XVII que seu sectarismo essenciamente medieva adquiriu
a conotação de de "Modernidade
"Moderni dade kat' exochen.
exochen. Em retrospecti
va de nosso tempo, os pensadores e ideias de antes de 1517
parecem estrahamente
estrahamente ra de moda a despeito
d espeito de seu cará
ter revoucionário, porque não ram tocados pea Rerma

06
0 6 1 Hisória das Id
Idasas Polítc
Polítcasas -Renascen�a
- Renascen�a e Refrma
l         na eae, ninguém poeia
poeia antee
antee no ano seguin-
 1 · q  e  pomugação
pomugação comparatiamente inócua e teses or
 1    ge
 ge inustriosssim
inustriosssimo
o mas não tão
tão importante
importante,, libera-
libera-
 1    a aalanch
aalanchee e rças contias
contias Foi raica
raicall a muança
muança
; ·  intelectua; e oeos
oe os izer que nenhuma as gran
 as as que estaam
estaam seno
seno escritas
escritas ou pubicaas
pubicaas emem  5  6
 io escrita ou ublicaa por seus autores em 526 
1    o
o o Príncipe e Maquiavel

§ 1. O ano de 1516
15 16

 i ma ez que nossos olhos ram aguçaos


aguçaos para uma fse a
'ºH "moerna antes a Rerma, Maquiave
Maquiave e seu Príncipe
 ' t lllc m imeiatamente
' imeiatamente a sua graneza de solião como o ato
r  etura o peroo moerno Os O s robemas que agitara
agitaram
m
   ael  a esinte
esintegr
graçã
açãoo as
as instituiçõ
instituições
es medie
medieais
ais  a eca-
1   a Cristanae como rça orenaora  a emergência o
  o
 o nacional e a crueza a potica
potica o
o poer  eram
eram também
também
1  s oblemas e seus contemporâneos É consideráel
cons ideráel o leqe
d' nsaores
nsaores assim como e resostas Maquiael e seu Prín-
' 1 / )( não são mais o que m e um grupo

Demoremo-nos or m intante no ano crtico e 56


Fc é o anoa no em
e m que muito proavelmente
proavelmente Maquiae nai
w seu Príncipe. É também o ano em que Caue e Seyssel
   ao após
após a morte
morte e Lus
Lus XI  estaa trabalhano em sua
;mde Monarchie de France que seria eicaa em 58 a
ncisco I A Grande Mona rchie esenvove a ieia de uma
Grande Monar
1   narquia limitaa para a França, estabiiza
estabiizaa
a peas
peas proi
Salica. É a ieia a monarquia
1cs a Lex Salica. monarquia nacional ance
 a e, por olta do m as guerras ciis, i retomaa or
Bin em sua Republique Enquanto sob conições italianas
 iave, então, consieraa a possibiiae e criar criar orem
orem
 tica para a nação através a crueza
crueza o oer, Seyssel e
'oveu
' oveu a ideia e uma orem política
polític a estáel sob conições
e uma monarquia
mon arquia naciona estabelecia.
estabelecia.

2 - A ordem da razão: Erasmo e More l 107


No mesmo ano 1516, Erasmo publicou seu oo Tes
mento
mento em grego e latim assia ssim
m como sua edição
edição das obras d e
Sãoo Jerônimo O motivo para essas publicações i a tentai

va de regenerar a Cristandade através do recurso às ntes nt es ( 
principio).). O conhecimento praticamente perdid
ritornar a principio
do conteúdo do Novo Testamento deveria deveria ser restaurado; da
rmulações escolásticas da doutrina cristã o apelo deveri
apoiar-se nos escritos originais conáveis loogicamente
Essa tentativa algo perigosa de atacar a autoridade da Vu
gata i encoberta pea publicação simultânea das obras de
São erônimo que tinha baseado sua s ua interpretação da dou
trina cristã em textos da pré-Vugata do Noo Testamento
Antes de Lutero então encontramos a tentativa de uma re
rma da Cristandade pelo retorno às ntes eangéicas. Foi Foi
um retorno aos clérigos e intelectuais que podiam ler o Novo Novo
Testamento em latim e estavam interessados em comparar compara r a
tradução de Erasmo
Erasmo com o original
orig inal grego.
grego. Não i um retorno
ao povo
povo  pois o poo
poo como veremos
veremos Erasmo tinhatinha em tão
baixa conta quanto já o tivera Maquiave.
A rerma humanista erasmiana
erasmi ana da Cristandade tinha uma
dupla ente Mais
M ais imediatamente era dirigida
dirigida contra a su
cação da Cristandade pea escolástica decadente do tempo.
temp o.
Em segundo ugar era dirigida contra a consequência des
sa sucação
sucaçã o ou seja o crescimento
crescimento da descrença
descrença não apenas
nos círcuos de ósos aristotelizantes e aerroístas mas
também na massamassa maior do povo. O problema
problema tinhase tor
nado tãotão séri que em 1 5 1 3, por
p or ocasião
ocasião do Concílio
Concílio Latera
Latera
no Leão
L eão X sentiu a necessidade de expedir
expedir uma constituição
em defesa
defesa da imortalidade e da existência individual da d a ama
contra a doutrina averroísta de sua dissoução
disso ução na morte em
alma do mundo
mundo  Quanto a essa desintegração especulativa
especul ativa da
dourina cristã de novo o ano
ano de 1 5 1 6 é crítico pois
pois nesse ano
i publicado de Pietro Pomponazzi De immortalitate ani-
mae. Pomponazzi i além dos averroístas contemporâneos
tais como Alessandro Achini seu colega em Pádua. P ádua. Arma
va que a alma inteectual (no sentido aristotélic
aris totélico)
o) morria
morr ia com

08
0 8 1 Hisória das Ideiasas Polt
Poltica
icass - Renascen�a
Renascen�a e Refrma
Refrma
1 rpo e ue, em cnuênc,  m não tnh nenhum
 '
'     r
r ém d
d d terren Já que  lm não pode ser

   ad a d n d em
em dreção à betitude
betitude etern,
etern, desprecem
desprecem
.1� aões sobrenturs de condut A morlidde d con
a em de ser ssegurd pens pelo mor à virtude e 
1vlsã o ml Foi  primeir tenttivtenttiv consistente
consistent e modern
d'  enoler um sstem de étic medinte um orientção
1    undn
 undn em direção
direção à humnidde
humnidde e às obrigç
obrigções
ões diá
diá
  O precimento
precimento d obr de Pomponzzi, de novo, é sinto
  1 1\ t  de um tendnci ue i nterrompid
 nterrompid pel Rerm e
 ·;
· ; arece em grngrnde
de escl pen
pens
s nos séculos XVII e XVIII.
 :  mente
mente,, no no de  5  6 rm publcdos
publcdos os dois tr
ads mis importntes d modernidde d préRerm, 
l sl tio
 tio Princip Christianii de Ersmo e  Utopia de Thoms
Princip is Christian
   Discutiremos gor, em pormenores, esses trtdos de
 m
 moo ( 466
466 536 e More ( 478
478 535).
535) .

§ 2. A Cristan
Cristandade
dade de
de Eras
Erasmo
mo

 Educação de um
u m Prín
Prín cipe Cristão ersmin é o corres
cipe Cristão
den
 dente te do Príncipe de Mquiel Enqunto Mquivel
  c  imgem do príncpe itlino que, com o for d
/orl na, obteri  unicção
unicção d Itál por su
su  virt Ersmo

  cou o joem Crlos V su evocção evocção do príncipe sce
1 il ue dminstrrá  custódi do poder herddo, em prol
 em-estr
em-es tr espirtul e mteril de seu povo No N o que diz
'eto o gnero literário,  obr de Ersmo, como  de
 auvel, é um exemplo
exemplo trdio
trdio (embor
(embo r não o último)
último ) de
1     spelho do Príncipe,
Prí ncipe, e como
co mo o de Mquivel, segue  tr
  ão de gnero em inúmeros
inúmer os pormenores  Todi, como

' Par a liação istórca da obra, ver a ntrodução de Leste K Bo a sua
.ução The Education of a Chritian Prince Nova Yok Columbia Un
1· n,cy Press
1·n,cy Press 1 936 (reediçã
(reedição:
o: Nova
Nova York
York Octagon,
Octagon, 1 965 ) ; ver, em partic
particu-
u-
  ntrodução Parte V The Perfect Prince om the Sxth Cenury to
-

c eenh Century". Nova edição lnstitutio Principis Christiani. Trad

l
2 A ordem da razo: Erasmo e More I 09

no cso de qie
 qie a insisnci no
no ms t
ti
i
nis não consege trze pr o co   modenide rc
volucionári do trtdo A qulidde peclir d obr que
 z hisoricmente
hisoricmente relente
relente n ão pode se r encontrd
encontrd 
itens simples de conselhos
conselhos com seus modelos mlenái
mlenái
encontr-se n concepção ersmin d  Cistdde,
Cistdde, ssi
coo nos critérios
critérios pelos quis um govennte eve ser j
j 
gdo
gdo como m prncipe ((cristão"
((cristão"
A Cristndde
Cristndde d e Esmo pode s er chmd
chmd hmnisa
No Paraclesis, como introdção  seu Novum ovu m Instrumen
Instrumentu
tu
defende
defende um leitr do Noo comp re    
No o Testmento qe compre
loso de Criso" com  e otrs ((seits"
((s eits" tis
tis como s 
Pltão ou Pitágors
Pitágor s A époc é crcteizd
crc teizd pelo revier
revier 
prendizdo em muitos cmpos
cmpos  por deveri   lo
po r que não deveri
so cristã", ness époc, ser expost
expost com  mesm comple
tde ds ntes como  dotrin de Zenão o o  de Aristóteles?
N linggem
linggem ristoteliznte, Ersmo se pergnt poque po que o
cistãos não deerim
deerim estudr seu ((Mestre"
((Mestr e" com o mes
zelo que os professores
professores de outs losos
lo sos estdm os ses
Cisto, nl de
de conts i um
u m ((pofessor
((pofessor do céu", e some
so me
e ele poeri ofeec
ofeecer
er sbedoi cet e eten AlémA lém disso
diss o
 loso de Cristo
Cristo está conid em pocos
p ocos livros
livros pequenos
não exige os tblhos qe se êm de expende no corpu
Aristotelicum etc A prefeênci
prefeênci é cristã ms o pelo  q
se  pologi  é  de m hmnist que q ue defende
defende s loso
los o
de condt voit,
voit, ssim
ss im como o ((professor
((professor"" e o ((mestre
dess ((seit" prticulr entre otros
otro s  A Cristndde é m
doutn contid nm docmento liteário; Esmo, o h
mnist doto, põe à disposição  nte n líng originl
com m versão ltin rzoável e notd; e conid  to
dos  segui-lhe o exemplo lendo ess nte e zendo d
los del o princípio de condu t Dese té té que
qu e  nte
qe isponív
ispon ível
el ns língs vulgres moderns
modern s de tl rm
qe o homem comm poss lê-l e decorál. No entnto

Neil M Cheshre e Michael J. Heah. Ed Lisa Jarde Cambridge, Cam-


bridge Universty Press 1997.

 0 1 História das Ideias


Ideias Polít
Política
icass -Rena
- Renascen
scençaça e Refrma
 ra m reaação sra do estudo, ege-se u conhec
1·0 s três ínguas
ínguas (ati, grego e hebraico)
hebraico)  Não se deve
deve
 1    der
 der o estudo
estudo por curiosidade,
curiosidade, as co
co reverên
reverênca
ca
 a crstã não é a dotrina que se deva entregar
1 wra as u odo de vida, realizado na pessoa de

 ' r i s t e que deve


deve ser seguido co devoção
devoç ão pelo hoe cujo
1 o r a ç ã  i penetrado co o exeplo.

To
T o sso soa uto
uto cristão
cristão  as o eitor terá
terá notado
notado que
 '  > S i l oncepção de Cristandade não difere to da atitde

d· u m averroísta do tepo de Sigéro de Brabante quan


lo  Arsttees Ele se s e terá perguntado, tavez
tavez co algu
  
  to coo a igreja
igreja se encaixa
encaixa nessa concepção e o que
. 1    eceu co a penetração inteectal
inteectal da Cristandae e sua

  ção n n  vasto sistea de teologia especlativa
especlativa atravé
atravéss
dos adres adres e dos escolástcos? Depos de quinze
quinze séculos de
    óa eclesiástic
eclesiástica,
a, não estava
estava Eraso
Eraso a par da consequên
consequên
' ia ssív
s sível
el de erar
era r a Crstandade zendo cada cristão
1 fiar e sa copreensão pessoal pesso al de ua nte iterária
   cadacada e grego e hebraco co ea dúzia de coen
1.\   s atinos aí aí intercaados?
intercaados?
den
 dente
teente
ente não
não estav
estavaa a par  assi coo a geraç
geraçãoão
 0 1   porânea de de reradores
reradores antes de a experiênci
experiênciaa hes
hes
·1ar elhor São ito claras as razões dessa ncons
• t'ca; encontrase parcialente na estrutra objetva

d tuação ntelectual, parcialente nos taços pessoais de


 m
 mo o O treno
treno teogico a qe  hoe coo Eraso se
•1metia
1metia deve ter sido ito insatistrio: ua escoástica
    ônica, degenerada
degenerada e distinções de arrepiar os cabeos
cabeos de
 eas
 eas perifércos
perifércos irelevantes,
irelevantes, e adinstradas por es
1  ue itoit o equenteente
equenteente era ignorantes dos texto textoss bí
l s, cja penetração ntelectal ativa dos grandes sisteas
 ' ásticos
 ásticos era pratcaente nexistente que era incapazes
incapazes
dl' zer distinções conceptais de doutrna nteligívei
 nteligíveiss à z
 l' perências espiritais o de crcunstâncias histrcas 
 ·    a que uito
uito provaveen
provaveente te transita a pressão
pressão
, ,  jove sensíve e ntelgente que a Cristandade poderia

E rasmo e More l 1 1 1
2 - A ordem da razo: Erasmo
ser encontrada e qua
qualque
lquerr pare
pare do undo, eceo nas c i
sas que
que eles
eles transit
trans itia
ia
Essa situação tet e de sers er entendida
entendida como o pano de nd
para a epressão
epressão  a ira erasmiana contra contra os escolásticos 
Paraclesis, perguta por que qu e se deve gasar mais mais tepo co
os escolásticos do que com o Evangelho;
Evangelho; que é Alberto e To
ás, O êkam e cot, comparaos co Cristo? Preraos a
piedade à disput
di sput sejamos
sejam os invenc
invencíve
íveis
is na virtud
virtudee e vez d
na discussão No Encomi
Enc omium Moriae ele já
um Moriae já salpicara prosa
pro sa
ente seu ridículo
ridícul o nosn os ósos
ós os arguentativo
arguentativoss e teóogos 2

com suas noções, relações, rmalidades, suas quidiade


e heceidades, que ninguém pode ver porque não exise
Tais passagens são reveladoras não apenas do aargor de
Eraso, mas tabém de sua causa. Seu escárnio recorren
e da quidditas e haecceitas parece indicar que ele não sabia
que era trauçes os  os to ti em einai
e inai e tode ti aristotéicos e
que representav çanha ça nhass consideráveis na criação e u u
vocabulário
vocabulário los
 losco
co em latimlatim para ua tradução adequad adequadaa
de signicaos
signicaos risto
r istotélico
télicos.s. Tocamos
Toca mos aqui pela pela prieira vez
na inâmica da ese s integração intelectual
intelectual moderna Quando
Quando o
epigonismo
epigon ismo alca
al caç
çouou certo grau de ofensiva
ofensiva começou
começ ou a revol
ta das vítimas
vítimas mis
m is vitais; a justiça da revolta
revolta entretanto,
entretanto, não
é ua garania e que a vítima indignada i  i capaz de agarrar
o problea
problea que le causoucaus ou inignação; sob tais condições a
tentação é grande
grande e escapar
escap ar do epigonismo, lançando do bar
co a obra o intelecto
intelect o que degenerou ns mãos dos sucessores suc essores
epigônicos.
epigônicos. Foi ess
e ssaa  tenação
tenação a que Erasmo
Erasmo sucumbiu
sucumbiu  pois
coo Volaire, er
e r ais taenoso
taen oso e escrever
escrever brilhantemene
brilhantemene
do que em pensar c onscienciosamente
onscienciosamente
Naturalmente, os eólogos
 eólogos a quem ele censurav
censuravaa não acha
vam isso engrça
engrçao.o. Martin Dorpius,
Dorpiu s, o aigo de
de Erasmo e de
de
Thoas More,
M ore, fez
fezse
se o porta-voz do ressentimento teológico

2 Encomiu m Moriae, seções


Encomium seçõe s I sobre os lósofs
lósof s e LIII sobre os eólogos. T a-
a-
duções inges: Prae o/ Folf and Letter to Maarten van Do 1515, ed, ed , ver
e trad de Bety Radice com uma introdução e notas de A H. T Levi. Nova
York Penguin Books  993.
99 3. Este text
textoo fi atualiza
atualizado
do na edição
edição dos
dos Colleted
Wor s de Eras
Erasmo
mo em
em n glês (Toronto Univers
University
ity oToron
o Toronoo Press
Press 1 974).
974 ).

 2 1 História das Ideias


Ideias Políicas - Renascen�a
Renascen�a e Refrma
Refrma
I·  
  sosta a Dorius a carta é datada datada de Antuér
Antuéria,
ia,
1   d e  5  5 ), Eraso exressou sua osição da aneira
 cinta Insistiu que seus ataques era dirigidos não
 os teólogos e gera, gera, as contra os "teólogos oder
nos" (ecentes theologi); os teóogos odernos são ruins, os
     são bons. A questãoquestão seria: que são os teóogos
teóogos o
  · ? Quanto a esta ergunta Eraso é deiberadaente
muado Não ousa nunca noeá-os exressaente;
 dos cainhos labirínticos
labirínticos de "realistas, noinalistas,
noinalist as, to
1    
 ,, albertist
albertistas,
as, ockhai
ockhaistasstas e scotistas,3
scotistas,3 as nunca diz
e  ssaente que quer signicar signicar os sisteas teológicos de
to, Toás, Oca e Scot quando repreende os "o
ros" ruins ruin s Contudo,
Contu do, os contextos do do recio ao Novum
1mentum e ao Encomium Moriae não dea nenhua
Encom ium Moriae
 ü  da acerca da intenção de livrar-se dos estres da da escolás-
1 ira sob o título de "odernos,
"odern os, ao asso
 asso que está querendo

 ar ar Orígenes,
Orígenes, Basíio, Jerônio e Abrósio
Abrósio coo os bons
     os Teos de ter ter e ente esse alv alvoo quando eos
eos as re
   mações
mações de Eraso acerca do recentius theolog genu s [ o
theologiae genus
/
/ o
 o ais recente
recente de teologia]
teologia] "O que há de ais sagrado
sagrado
1·  gusto do que o velho tipo (de teologia), teologia) , o que igualen
l c ete e eucidaeucida a doutrina celestial
celestial de Cristo? Mas
M as o tio
1derno é estragado pela "ignoínia e onstruosidade de
   lnguage
lnguage  bárbara e articial
articial or "sua
"sua copeta incons
ê
 êcia cia das
das boas letras
letras,, e por
po r "sua ignorância
ignorância das lngu
lnguas4
as4
E meso se esqueceros tais defeitos de dotes literários,
'a teologia é "tão pervertida or Aristótees, por invenções invenções
  manas e eso por lei prona [proph [prophananis legibus] que
is legibus]
  cilente
cilente ainda ainda resira o "Cristo uro e verdadeiro
verdadeiro Seus
os estão tão ados nas "tradições huanas que então
dera de vista o "arquétio "Que relação há, pergun
 a ti, entre Cristo e Aristóteles? Que relação entre sutiezas

' /:ncomum Moriae, LIII.


' loss esa sendo injusto com
co m Erasmo, ms
m s tenho de con
con essar que
qu e em ta
ta crí-
1 ica, ue, afnal de coas é dirigida a Santo Tomás e Guilherme de Ockham

. so ouvir o jornalista moderno que censua Henry James porque ese não
:eu como m estúpido escitor de bestsellers

2 A ordem da razo: Erasmo e More l 13


-
sofístics
sofístics e os mistérios
mistér ios d sbedori
sbedo ri etern?
etern? Pra onde
onde ea
ea 
odos
odos esse lbirintos
lbi rintos e quaestiones?"5 E se m
m decisão sob
sob 
lgm ponto tiver de ser feit,
feit, "Gostr
"Go stri
i qe se zesse re
entemente, não ogntemente, com ndmento n E
crit, não po tuques de rciocínio hmno. "Em sma
chegmos
chegmos o ponto onde on de os negocii
negocii summa
sum ma já não
nã o depende
d pvr governnte de Cristo, ms ds denições d esco
lástic e do pode de lgns bispo
bi spos.6
s.6 Como conseqênci, td
se tono ão envolvido qe não emos nenhm espença
de levr o mndo de ol à verddeir Cistndde Esss e
mits
mit s ots
ots coiss,
cois s, os homens
home ns mis veneáeis
veneáeis veem
veem e de
plorm;
plorm ; e considem como  cs pincipl desse ml essa
rç udz e ieverente dos teólogos modenos.7
O rermismo de Ersmo, então, é m tentti sincera
de recptr  essênci
essênci  d Cristndde
Cr istndde no nvel
nvel de
de um o
o 
so de condut.
condut . O etorno às ntes evngélics
evngélics é m retorno
retorno
às vids de Cristo e dos póstolos
pós tolos;; s preocpções
preocpções intensi
cds com os etos
e tos de ss ções e ditos deerim
deerim sevir o
propósito
propósit o de trnsrmr
trnsrm r  vid pel conrmidde
conrmidde com os
grndes modelos Esse desejo de m Cristndde evngé
lic,
lic , no entnto, é compnhdo
 compnhdo de m titde negtivista
negtivista
qe, n históri d polític e ds ideis poics, mostro
-se o ingrediente mis ecz d posição ersmin. Em pri
meiro lgr, Ersmo não está stisf
s tisfeito
eito com m renoção
renoção
d sbstânci cristã medinte o retorno o Evngelho Tem

5 Dexei e ati quaestiones a fm de presear a abilidade erasmiana e


encobrir o ataque com um álibi.
áli bi. Se algué dissesse
dissesse que a sentença
sentença é um ataque
ataque
à Summa theologiae, que é organizada em quaestiones Eraso poderia respon-
der inocentemente que não queria dizer nada disso as estava lando sim
plesmente
plesmen te de problemas
p roblemas Para essaessa técnica, comparar a sentença
sentença na
na Instituo
Principis Christiani em que aconselha
aconsel ha o príncip
prí ncipe:
e: Aiastete co
co Cristo  e no
entanto, escorregarás para os caminos de Júlio e Alexandre o Grande" De
novo se algué sugerisse que a sentença é a investida contra o papa Júlio II
e Aexandre V  ee
e e poderia negar soeneen
soen eente te a intenção.
6 Deixei de novo os negocii summa (que poderia ser traduzido ou como dec-
sões em matérias de doutrina" ou coo o resultado de tal decisão i.e., como
a substância
substâ ncia da doutrina
doutr ina cristã) porque
porq ue Eraso parece ter escoido
escoido essa ase
deliberadaene a f de audir à Summa no sentido literário
7 Carta a Dorpius, seção XX.

 4 1 Hstóia das Ideias Polt


Poltica
icass - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
   0
 0 to que t t etn g  destução d cvzção
    tu
 tu cstã.
cstã. Com eção
eção  ess demnd
demnd dá pssos cu
 os
 os e esconde tods tods s sus mplcções dstngundo
 ·    teóloteólogos
gos modenos e ntgos
ntgos As
As consequêncs
consequêncs se to-
    temente
temente vsíves penspens com
com Locke;
Locke; e, p um de
'
'   vmento mo desse poblem, o leto deve consult consult
  vo. 6 Cpítulo 4 § 2 e f, dese estudo 8 Ms não pode po de hve
   de que Esmo já tnh peddo contto contto com  lo lo 
·"ºlia especult
especultv v e com  tolog  um ponto pont o t que j á não
  re
 reend
end  nção estbiz
estbizdo
do e cvlzc
cvlzcon
on de um
.1 \\  se ntelec
ntelectul
tul conscencos e sstemátc
sstemát c de çs esp
i asa s tão complexs
complexs e explosivs
explosivs como s que estão conti
   o Novo Novo Testmento.
Testmento. O que supeende
supeende ms em Esmo
e o eto dest ob ob tem de sempe lemb-se d s tução
gel  m de não se ton ton um cít
cítco
co njuso
njuso dele
dele  é su
1  d quse ncedtável
nced tável no que se ef efe
eee à hstó.
hstó . Pe-
1 l' ão te tdo nenhum senso do to de que  exstênc ds
"ºed
"º eddes des humns n hstó é ms do que ocsão p
   víduo
víduoss blhntes
blhntes exbem seu gostogosto ns bes lets, su
··  c de estlo e seu conhecmento
conhecmento de tês tês língus A hú
hrs do ntelectul já e tão te nele que he estupd estu pd
cv o
 o o d mpotânc d tdção e d dscpn ntelectul e
! 
  ev
ev o vlo
vlo d demoção
demo ção blhnte dos sntoms
snt oms de um
   
  Deve-se
Deve-se dize dele o que que se deve dze de mutos mutos nte

  s depos dee: que qu e estv
estv undment
undmentlmente
lmente ceto em
  evo evot
t emocon, ms totlmente edo em su eção
ectul O emsmo de Esmo, em seus spectos s
 ostvos como negtvos, tem su mpotânc mpo tânc  hstóc
que
 que most  extensão extensão  que s tdções ntelectus e es
 us d cvlzção ocdentl o cdentl se desntegm
desntegm ntesntes de 
 de subev subevção
ção de 1 5 1 7 te
te muddo dicmente  stu
�·i\O tvé tvéss d neção de ntes esptus
esp tus dos movmentos
áos
 áos n vd públic ds nções ocdents A mbvlên mbvlên
a
 a d eção eção de Esmo p com com  Rem, su smpt smpt 
a evolt evolt e seu nojo pels ms ( muo emnscente
emn scente de

ri c Voegelin,
" V n E ri Histor of Political Ide, vol. VI, Revolution
Revolution a n d the
the New
New
Sce.

2 - A ordem Erasmo e More l 115


ordem da razo: Erasmo
nosso so haben
ha ben wir es nich gemcint cntemporâ) 
ram melhor as diculdades que surg d ua ga pa
uma existência privad
privadaa humanisa numa época de cr d a
ga numa exisência que é pia doua e razoáve, mas d
ciente na rça do
d o ineect
ineectoo e do espírito.

§ 3. O prín
ríncipe asceta e o vulgus
cipe asceta

Mas estamos ainda no ano feliz de 1516, o ano em '


Erasmo evocou a imagem do príncipe cristão para o u
imperador Na N a dedicaória
dedicaória Erasmo arma seu programa 
termos platônicos.
platônico s. A república não nã o será feiz
feiz a não ser que sej
governada
governada por ósos, ou a não ser que os governantes
governantes ab
cem a losoa. Carlos é o governante e Erasmo tentará u
educação losóca.
losó ca. Mas o que é essa osoa? Não é a "los ·
a que lida com as origens
origens cósmicas
cósm icas,, com as causas prim
pr im
ras e a matéria com o movimento
movimento e com o innito Como s
amigo More no mesmo mesm o ano, em sua Utopia, ErasmoEras mo disingu
disingu
entre essa escola osóca e o tipo mais cortês que é adequad
a príncipes A sua
s ua é uma osoa que "iberta a mene das op
niões sas
sas e das
da s predileçõe
predileçõess viciosas
viciosas das massas
mas sas,, e essa
ess a 
 
ção caártica será suplementada por po r uma
um a doutrina de gover

"de acordo com o exemplo do Poder Eerno   0 O progra progra

soa "losóco , mas não especicamente cristão A despe
de seu prono conselho de que não vai moestar o príncipe co
as coisas intricadas da metafísica
metafísica aristotéica,
aristotéi ca, Erasmo esá a
com medo de que que os cortesãos
cortesã os proestarão contra
contr a a ideia de
rmar uma
uma conduta principesca pelos criérios plaônicos d
bem e do mal. O produto seria "um lóso, não um príncipe
Nesse ponto,
pon to, enretanto Erasmo é inexível
inexível Não se pode se
príncipe sem ser óso; a alternativa para o príncipe losó-
co é o tirano.
tira no. Reassegura ao leitor que por lóso ee nã nã
quer dizer um desses
desse s indivíduos que sabem udo de diaética
diaética e

9 "Não fi isso que quise


quisemos
mos dize
dize (N T)
1 0 Erasmus, Education, ed. Bo, p . 133 ss.

1 16  Históra das Ideas


Ideas Polít
Polítca
cass - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
1  , i'a  ms um mm  
  pe  a a psedorreaaes
Lda e e, com mente aberta procra e sege sege a verdade"
 1· lí vem a grande srpresa: Ser óso e ser crstão são
dferençaa é apenas de termos  1 1
·Am de to A dferenç
 :. abolção cavaheresca da pequena dferença entre a
1 of e a Crstandade exgra alguma expcação do sgn
l 1 o da Crstandade, e Erasmo não hesta em dála à luz de
  cepção prevamente d scutda scutd a A Crstandade não deve
_
     ntrada em cermônas, ou em dogmas que são crdos
 ma moda ou em consttuções papas papa s Quem
 Quem é ver
      '  mente crstão?
crstão? Não
Não aquele
aquele queque é bat
batzado
zado ou crsmado
crsmado
    que equenta a greja greja É, ao contráro o homem que abra
   a to nos sentmentos mas prondos de seu coração,
1 · qc O ema com fetos fetos pos
po s 2 Erasmo não rejeta
rejeta a gea
gea e
• dem sacramental não dz expressamente sequer que se
  1 l' er crstãcrstãoo sem batsmo;
batsmo ; mas tampouco Pomponazz
Pomp onazz re-
  ·  t   1   gre
grejj a quando, como
c omo lóso,
lóso , concluu
conclu u que a ama não
1 ·  .  rta Estamos dante de um sentmento crosamente

        ado
ado dante
dante dede uma mora
moradaddadee ntram
ntramund
undana
ana com uma
    a crstã Acerca da d a nclnação,
ncl nação, não pode haver h aver dúvda
  , l t  ue mas é a losoa de Crsto, que Ele Mesmo chama re- re-
1·ntia, senão uma u ma restauração da bondade orgnal da natu
a? E anal de contas, embora nnguém tenha ensnado esta
a tão radcal e ecazmente quanto Crsto muto do que q ue
".\  acordo com ela pode também ser encontrado encontrad o nos vros
  g;" O drama da salvação perdeu sua mportânca a natu
    mana  mana é cradacrada boa cetamente, há a queda e o pecado,
     s  bem orgna pode ser recobrado por um esrço de con

  idade com o exempl exemploo de Crsto. A vda vda de Jesus não a mor
    rsto,rsto, está no centro nessa concepção de autossal autossalvaçã
vaçãoo   3

' lidrm, p 50


l  1d p. 53
·  !  gen
gen a ltitutio ão a frmulação
f rmulação mai cara da poição de
d e Eram
Eramo
l .  s iane de eu elagianimo com relação epecial à ua política ve
 ,, i1 itte Machstaat achstaat und
und Utopie: Vom Steit und
un d die
die Dmoni
Dmoniee r Macht
Macht
,  1  1avei und Mous. Munque R. Oldenbourg 1940, p. 50  aim

       1 ,1 itaçõe
itaçõe poteriore e a bibiogra
bibi ograa
a dada nas notas de págna

2 - A ordem da raz
razo:o: Erasmo
Erasmo e More l 1 1 7
Se segurmos a suestão de rasmo e osderarm a
dferença
dferença entre osoa e Crstandade apeas ap eas como de ter
mos,
mo s, poderemos dzer que que a educação
educação crstã
crstã do prícip
príci p l ,
então, revelada como sua educação osóca A princ
unção dessa
d essa osoa
oso a é, como
co mo vmos, liberar a mente das f i
sas opnões e predileções
predileções vcosas
vcosas das massas. O verdade
verdade1 1
príncpe deve
deve ser
se r retira
retirado
do das
da s opiniões e desejos
desejos sujos
sujos d
d 
pessoas comuns Uma coisa que ele ele deve
deve considerar
considerar bai
bai 
vl e inconveniente para ele é partilhar das opniões d
pessoas
pesso as comuns que não estão nunca interessadas em na
,,
de valor  O príncpe deve deve ser removido tão longe quan
quan 
possíve
pos sívell das baixas
baixas preocupações das pessoas
pessoa s comuns e d
seus desejos sórdidos. Se bajuladores devem encorajar 
príncipe a envolverse e protestar contra tas regras co
uma redução do estado de príncipe, a resposta tera ter a de ser:
Quem
Qu em quer permitr ao ao príncipe o que
qu e não é honroso
honr oso est
realmente dminuindo o príncpe!
prínc pe! Em que outra coisa con con 
sste a dminuição do príncipe do que que em zê-lo semelhant
ao comum dos homens; em ser se r um escravo
escravo da ra, da lux
ria, da
d a ambção,
ambçã o, da avareza
avareza e devedor
devedor à loucura?
loucu ra? .14
Esses passos
pass os soam smples; mas seu sgncado
sgncado é, na
n a ver
dade, muito complexo O conselho
cons elho de não ser escravo
escravo dos ví
cios é o postulado
pos tulado moral geral, drgido a todo homem, para
controlar e canalzar as rças instintvas
in stintvas de
de sua alma sen
sual através das rças ordenadoras de sua alma espritua
Quando Erasmo estreita esse postulado geral a uma regra
especial para o príncpe, enquanto o comum dos homens
evidentemente pode zer o que lhe apraz,apraz , surge a questão de
se, na verdade, ele
ele pretendia
pretend ia dividir a humanidad
human idadee em
em uma
elite governante de personaldades maduras e uma massa
ampla consstente em algo como os escraves cravos
os por natureza
arstotélicos.
arstotéli cos. Se  essa a intenção, ele tera rompido com a
deia cristã do homem e retornado à antropologia pagã Todo
o contexto da Institutio, no entanto,
en tanto, não deixa dúvidas de
que tal diferencaçã
diferencaçãoo não estava em em sua mente
men te "A natureza

1 4 Educaton, ed Bom p .  5    59


59 , 1 9  .

  8 1 História das Ideia


Ideiass Polic
Policasas -Rena
- Renascen�a
scen�a e Refrm
Refrmaa
1  1 0      o omens
o mens as,
a s, e a escrav
escravidão
idão i sobreposta à
rcza, o este este qe até as leis
leis dos pagãos reconheciam
reconheci am..   5
 \    u ação ger
gera
a não é mais do qe ma das inexat inexatidõe
idõess
1 s asmianas
asmianas qando trata de problemas sérios séri os Ele
0    rivar o homem comm de se direito direito espirital
espirital de
enç; apenas apen as aventa se nojo pelo pelo vulgus qando distin-
,1· 
  camente entre o povo comm qe peca lxriosa-
1·tc ( m as também, qiçá, se arrependa profndamente) e
  v i r o de atocontrole e condta moral O ideal de Eras-
       asceta, m idealidea l em qe entraram ingredientes
ingredientes pla-
is estoicosestoico s e monásticos
monás ticos O príncipe ideal deveria
deveria ser
 1 1  1 et
 eta,a, embora as pessoas comns pdessem permane
' n  e sempre ram, ra m, sem prejízo de sa Cristandade
Cristand ade e
      ade Se esse
esse ideal
ideal "losco é de todo "cristão
"cristão é ma
qlão delicada delica da A caracterização repetitiva e venenosa
venen osa do
l i   1   c m comm, não asceta, sgeriria, ao contrário, m aris-
 1 
 smo smo de condta
condta qe em em termos
termos espiritais
espiritais teria
teria de ser
   
  erizado
erizado como o pecado
pecado do orgho
orgho espirital,
espiri tal, como a
/tli!o dominandi em sa rma mais stil de ma vontade
  · ionist
 ionistaa de atodomínio.
 > e qalqer modo, não se tem de ser m virtoso de as-
 1·  o a m de ser m cristão O qe permanece da r-
1da erasmiana
erasmian a desajeitada é a inclinação de identicar
identica r a
(     andade com
com o ascetismo
asceti smo No qe diz
diz respeito à sitação
óica, essa inclinação é m sintoma da dissolção na
  m tradicional
tradicional da sociedade
sociedade ocidenta;
ocidenta; a dissoção
dissoçã o i
" º onto de m iterato individal poder expor ma Cris

 confsa a m público ampo sem levantar maior


'ntimen
 'ntimenoo do qe Erasmo realmente levanto. No qe
d�. espeito ao problema sistemático da poítica erasmiana,
em
 emos os remover
remover o ôns terminogico
terminogico e lar simplesmen-
simplesm en-
  o ideal do "príncipe
"príncipe ascétic
ascético
o
Tão logo, porém, os sinônimos confsos são removi
ds mpõe-se
mpõ e-se a qestão: por qe, de todas as coisas, deve
deve

' l   i d c m , p . 1 77
77 

azo: Erasmo e More l 19


2 - A ordem da azo:
o príncipe ser m scet? A respost dee er e r econtrd
econtr d n a
concepção ersmin
ersmin d  civitas como m náognáogoo cós   
e o príncipe como m nálogo de Des "O qe Des  n o
niverso, o qe o sol é no mndo, o qe o oho é no cor 
isso o príncipe devedeve ser em se domínio  1 6 A comnid'
como o niverso, é concebid como m orgnismo com u m
centro de controle vitliznte. Qndo o centro está doet doe t
 infecç
infecção
ão esphr-se-á contagiosmente
contagiosmente por todo o corp
cor p 
o corromperá; e qndo o corpo está está doente, há ind  e
pernç d recperção,
recperç ão, contnto qe o centro vital não nã o sej
fetdo
fetdo e poss exercer
exercer s inênci crdor. "Em co 
seqência
seqênci a o príncipe deve deve mnter-se limpo
limp o e imculdo 
toda
tod a ocr
ocr corrptor
corrptor sempre que qu e qqer
qqer doenç toto 
povo. 1 7 O centro
cont do povo. centro controldor
controldor no homem
home m é s me me 
lhor prte,
prte, i.e,
i .e,  mente;
mente; n mente está  mehor
mehor prte
prte,, i.e,
i.e , a
rzão; e no niverso o centrocentro controldor é Des,  essênc
essênc 
de todas s coiss
c oiss Anlogicmente, o centro governnte d
comnidde, o príncipe, deve exceder todos os otros e
bondde,
bond de, sbedori e precção. Seri contrário à ntre nt rez z
se os mes se esphssem
esphs sem d mente parpar o corpo; e ig
mente seri contrário à ntrez se s desordens d com 
nidde
nid de devessem esplhr-se do príncipe, cj excelênci,
excelênci, 
se
se trno,
trn o, está
está em clmr s torments provocds "pel
ocr
ocr ds pessos comns
comn s
Os únicos
ú nicos elementos do gregdo de metárs têm ses
modelos ntigos, e é túrgido
túrgido o montor de metárs, ne
nhm expressão teorétic precis de se signicdo po
deri ser ndd ineqivocmente no texto Contdo, o
xo como m todo tem m sbor distinto:  despeito dos
modeos clássico
cláss ico e cristão, o gregdo
gregdo tem m toqe orien
orien 
t.. Qndo emos
t emo s qe m príncipe
prín cipe deve ser
ser sperior
sper ior a ses
ncionários, não n hierrqia de comndo, ms n n  hierr
qi d essênci,
essênci , no mesmo gr em qe ses ncionários
ncioná rios
são speriores às pessos comns, isso nos z embrrembrr m

16 Ibidem p. 186
17 Ibidem, p. 76.

20
2 0 1 História das Ideias
Ideias Políica
Políicass -Renasce
- Renascen�a
n�a e Refrma
Refrma
hieráruica eg í c i  E do
, 1    l · e p çà o .  do emos do rície
rície
j 1üo o rdea a comidade pea arte de governa, mas
1cva misticamete sa harmonia e a restara pela es
' 1ria  e se ser ascético, isso nos z lembrar nada mais
d   q de m Filho do Cé chinês
chi nês Há algo de m cavalheio
cavalheio
l 1dio conciao em Easmo e em sa ideia de odena
1 mnidade pela mantenção em se centro de ma
".'�cia contida, atocontolada
atocon tolada e razoável
razoável

§ 4. O alcance
alcanc e do asceti
ascetismo
sm o princi
prin cipesco
pesco

( l cetismo do
d o píncipe deve
deve estender-se sobre todo o le

l ' e possibilidades desde a indlgência hmana comm,
1   h o em abilidades e posses, até os envolvimentos
envolvimentos espe
• irs do poder

O íncipe
íncipe deve
deve evitar as amadilas das pedas peciosas,
peci osas,
   r, da púrpra real, do cortejo
cortejo de cortesãos, das mar
• s   honra e estátas; pois o qe é mais ridíclo do qe ver

1 omem adornado de tal maeira


maeira e cosiderá-lo
cosi derá-lo inferior
inferior
 dade
 dade rea sociedade118 O ar-
rea de m homem no ndo da sociedade
   do é caracte
caracteisti
isticame
camente
nte erasmiano.
erasmiano. Ele não osa dizer
,1 odeios (o e ele impica
impica em
em otra
otra passagem, p  5  ) qe
 via e a aparência
aparênci a do príncipe
príncip e devem ser dede "galidade
" galidade e
·ser simples, mas insina ofensivamente qe qem qe
1' pareça em trajes reais é m indivídoindivído qe será consi
cons i
  do inferior
inferior em qalidade aos "própios regos da socie
ilade,,. Além disso,
disso , não parece possíve
possíve "vestir tais
tai s trajes de
    eira nenhma; se o píncipe
píncipe os sa, evident
evidenteme
ementente não
pe zer nada, senão "ostentá-los à vista vista de ses súditos
I ·:  u ndo ele os ostenta, ensina inevitavel
inevitavelmete
mete a eles a deseja
deseja
1·  miar
miar a nte da "essência
"ess ência pior de qase todos os cimes
 são píveis pela lei do príncipe. 1 9 O mesmo agmento
a gmento

'" ldcm,
ldcm,  150.
' ' ic p. 1 5  .

2 - Aorde
A ordemm da razão:
razão: Erasmo e More
More j  2 1
desajeitado é empregado pr cosr ct com r
lação a moblias
moblias esplêndidas "Se "Se queres ser
ser moso ão  ão d
mostras de estátuas
estátuas e quadros,
quadro s, se há algo louváv
louvável el neles, é d
vido ao artista
artista cujo gênio e obra elas represe
representam20
ntam20 De nono 
Erasmo não ousa dizer diz er que o príncipe
príncip e deve
deve vive
viverr em cercania
medianas,
mediana s, mas insinua
ins inua que o gozo do do esplendor cultivado t
impede de zeres "de teu caráter o monumento de tuas boa
partes.
partes . Na realização deste último ideal está a nobreza pró
pria do príncipe
prínc ipe Erasmo distingue
dist ingue entre a nobreza que é de
rivada da virtude e das boas ações e a nobreza de ascendênciasc endênci
e riqueza "Não
" Não convém de maneira nenhuma a um príncipe
orgulhar-se de seu grau mais baixo de nobreza, pois é tão bai
xa que não é nada, a não ser que tenha surgido da virtude2 1
A distinção de nobreza
nobreza tem seu modelo
modelo clássico,
clá ssico,2222 mas como
um argumento ecaz contra a nobreza de ascendência na n a po
lítica ocidental
o cidental tem
tem uma história contínua
contí nua apenas desde o nal
da época feudal
feudal e a ascensão do d o político e intelectual prossio
nais 23 A nobreza
n obreza erasmiana
erasmi ana de virtudes
virtudes dife
difere
re em conteúdo
conteúd o
da virtu de Maquiavel;
Maquiavel; ambos os pensadores, no n o entanto, es
tão de acordo sobre a qualicação pessoal do príncipe como
a rça
rç a ordenadora da comunidade;
c omunidade; na inquietação
inquietaçã o ferve
fervente
nte
do tempo, à vista da derrocada das instituições e tradições,
a personalidade
person alidade do governante ganha uma importância nova
como o ponto de ordem cristalizador
O ascetismo
ascetism o do príncipe tem de determinar,
determinar, em particu
partic u
lar sua
su a relação
relação com seus súditos.
súd itos. O príncipe é o análogo de

20 bidem
21 bdem
22
Ve a efeênca a Sêneca Epistu Morales XLV.3-6. n: bidem p. 1 5  ,
noa 40 do edio
·1
O pobema se onou agdo po ocasião da lua ene o papado e os
Hohensaufen
Hohensaufen no século
século XII ; ve
ve The Coected Works of Eic Voegelin vol.
20 Histo of Polítia/ Ias vo  The Middle Ages to Aquinas Ed Pee
von Sives. Columbia Unvesiy of Missoui Pess 997 cap 9, p 144
5 9 [Em poruguês Ec Voegeli
Voegelin
n História das Ideias Polticas, vol II Ide

Média até Toms de Aquino. Trad Mendo Casro H enriques So Paulo
É Realzações, 2 0 1 2 ] . A eoia da nob
n obeza
eza da
da virt i elaboada pela pimeia
pimei a
vez no Convivio de Dante ve sobe esa questão o Capíulo 3 segune
"O Povo de Deus' § 1 1 e.

122
12 2 j Históra das
das Ideas
Ideas Pol
Polcas
cas - Renascença
Renascença e Refrma
Refrma
 ! f� s e u dever co co  rmar ua existê
exi stêci
ciaa com o "arq-
  atribtos principais de Des são em número de
1 n\-: o poder mais ato, a sabedoria maior e a maior bonda bon da
    rncipe
rncipe tem ma ma posição de poder; sem a bondade
 ·   L der  tirania;
tiran ia; sem sabedoria,  o caos, sem domínio
domín io
   Í  príncipe
príncipe deva
deva adqirir sabedoria a m de apanhar os
os do governo; e tem de manifestar sa bondade,
gado se ofício para a assistência a ses sditos e
    atiszer tantas ncessidades qantas r possíve 24 O
 c  cipe
ipe dev
devee estar consciente de qe qe tem
tem de possir
poss ir essas
dades antes de começar a governar; o cargo mais ato
10 é ma ocasião para cohecer os probemas do gover
  0 Tentativa e erro não tem tem lgar
lgar na política
política "Seria ma
    ria sria parapara o Estado ser arrinado
arrinado enqanto
enqanto o prín
prín
 
  está aprendendo.25
aprendendo. 25 O cargo  tão cheio de cidado qe
 as
 as m tolo o m vehaco o assmiria prontamente; a
a patônica  váida de qe ningm está qalicado a
ernar
 ernar senão o q qee governa contra a vontade.
von tade. 26 O governo
de u m príncipe não deve ser tomado por ma senhoria sen horia sobre
  us súditos.
súdito s. Assim os súditos seriam degradados
degradados à posição
posiç ão
d scravidão Mas todos os homens são criados igais e, em
 tic ticar,
ar, todos os
o s cristãos
cristão s são igalmente ivres atravs
atravs de
( :ito,
: ito, qe  se nico Mestre Seria o cmlo da tolice para
1 1  cristão srpar o poder tota sobre ses companheiros companhei ros
stãos27 "Não esqeças de qe 'domínio, 'atoridade
perial, 'Reino, 'majestade, 'poder são todos termos
gãos, não cristãos  O governo governo nma comnidade cristã cristã
s
 siste iste apenas
apenas em "administração, bondade proteção228
bondade e proteção
Pra os cristãos, "o principado  apenas ma qestão de
ministração,
 ministração, não n ão de poder imperial; e a atoridade do rei rei
é ma qestão de serviç se rviço,
o, não de tirania.
tirania . 29 Qanto a ses

  Education. E. Bom,  58


"' bidem,   83
'" Ibiem
Ibiem,, p 60
 I em  177
Iem
'H Iiem . 75
Iiem p  69.
 Iiem

2 A ordem
- ordem da More l 123
d a razo: Erasmo e More
súditos,
súditos , a nção do príncp d sr a d um paterfamil1s
paterfamil1s
qe toma conta de sa casa. Dee prodencar para q s1·
jam repelidas o emendad
emendadas as eis obsoletas; dee
dee super
super 
nar a integrid
integridade
ade de
de ses
se s magistrados
magistrados e pnir os corrp   
dee sprimir
sprimi r a bandidagem
bandidagem e a mendicância; deve deve aj
ajd
d
os pobres, mas,
ma s, se possív
po ssíve,
e, evitar
evitar a pobreza;
pobreza; para esse
ess e p
pósito deve desenvover se domínio pela constrção d
pontes e canais,
can ais, drenagem
drenagem de pântanos e regação de r
e da melhoria das técnicas agrícolas
agrícolas deve também pro 
denciar adorno parapara edifícios
edifícios públicos e igre
igrejas.
ja s. Em sm
s m
Erasmo
Era smo desenolve a ideia
ide ia do despotismo benevolente e d
administração racional de m estado de bemestar.30
Por m,
m , chegamos ao cerne do ascetismo principesco, o
seja, à restrição qanto
qanto à sa própria posição
po sição de poder. O pr
pr 
cipe
cip e tem de tomar
toma r sa crz,o
cr z,o Cristo não o receberá E qa
qa é
sa crz? "Vo dizer-te: sege o direito, não cometas vioê
cia com ningém, não saqeies nngém, não vendas vendas nenhm
seriço público, não te corrompas com propinas Erasmo
reconhece qe a observação dessas regras não será o melho
meio de amentar a renda do príncipe, nem de preservarh pres ervarh
intacto o poder. "E como pref p referirás
erirás estar ao lado de ma injú
ria do qe vingála em detrimento do Estado, talvez perderás
m poco de te império.
império. Isso deve ser sportado,
sportado, pois
pois o
ganho (menos injúria aos otros) é grande. E mais radica
mente: "Se não podes
p odes defender
defender te Reino sem violar a jstiça
sem perda extravagante
extravagante da religião, renncia e sbmetete
sbmet ete às
importnações de ta idade!
id ade! SeS e te condzires
condzires dessa maneira,
maneira,
mitos te chamarão bobalhão em ez de príncipe isso se dee
sportar, também,
também, pois é melhormelhor "ser m homem jsto js to do qe
m príncipe
príncipe inj sto 3 1
inj sto3

30 Ibidem pae X A Ocupação do Prncipe na Paz


1 bidem p 54 ss Na Querel Pacis, Pacis, de 517, Erasmo desenvoveu muio
esse argumento. Se necessáro, a paz deve ser comprada "Embora seja grande o
custo no entanto a guerra
guerra custa mas; aém
a ém do que está
está acma de todo preço o
sangue dos homens, o sangue de teus concidadãos
concidadãos e súdios a cujas vid estásestás
ligado por
po r cada laço de dever para preservar
preservar em vez de prodigalizálas
prodigal izálas em esque-
mas de perseguição
perseguição ou falsa
falsa poltica e ambção cruel, egoísa e v
v  {ntrodução
{ ntrodução
de Bo a Erasmus,
Erasmus, Education, p.  8 ) .

124  História
Histó ria das
das Ideas Políticas
Políticas - Renascença e Refrma
Refrma
§ 5. Erasmo sob
s obrere a guerra
guerra

l  ascetsmo ndamenta do píncpe segem-se os


    \ ros easmanos qanto à gea Gea é "o naágo naágo
1·      o qe é bom;
bom ; é a nte de mal gea; gea; ma gea
gea en
       otra e a conagaç
conagação ão espalhase-á
espalhas e-á paa os ga gaes
es
1      stant
 stantes
es Um píncpe
píncpe deve
deveaa eco
ecoe
e à gea
gea apenas
apenas
      tamente nevtável;
nevtável; e então
então devea condzi-la tão
l 1  VV ent
 entee e, se possív
pos síve,
e, com o meno númeo de pedas de
! 
  de ses súdtos e de cstãos cstãos em geal O homem nas-
1 r pr a paz e a boa vontade, não é m  m anmal pedatóo
peda tóo
\ g   r ra é ma "ocpação desastosa e cmnosa cm nosa,, mesmo
 1  o  o no caso
caso da "gea
"gea jsta  "se eal ealment
mentee há algalgm
maa
,,,
,, ,
•,c- qe se possa chama 'jsta . Easmo não qe com-
    e-se com c om a tese de qe todas as geas são njstas
( · hor mto obvamente
·  hor obvamente essa seja seja sa opnão)
opnão ) , mas ee
i ! '  u  todo mndo achaá jsta sa s a gea
gea e qe se podem
      re enconta azões, ao se consdea a complexidade complexidade e
  stde
 stde das das cosas hmanas Em patcla, os tatados tatados
• .  1  ma nte ca de geas poqe algém sempe pode

1 1   eta
eta ma voação voação de tatados
tatados.. Daí qanto menos menos ta
 1    tantotanto melho
melho seá
seá paa
paa a paz  opnão em em qe
qe con-
1 ide com a Utopia de Moe. Santo Agostnho Agostnho consdeo a
I " bdade de stações em qe ma gea seja "jsta,
   
  o qe qe devemos
devemos cva-nos à atodade de m pade pade
quando o Evangelho Evangelho é clao em sa condenação da d a volênca?
l loí. é cao, o poblema qe os detos não devem se aban
 dos Mas, de fto, os detos detos dos píncpes sgem sgem de
dos concenentes a ses negócos pvados, como, po
  K plo, as alanças de casamento. casamento. De qe nteess nteessee conce
 
  podeiam se esses negócos paa os súdtos? O píncpe
 l l '  consdea qe ses súdtos são homens qe não deve

·regá-los como anmais. "Uma gande pate da ato


ade renante é o consentmento do povo, qe é o fto qe
   eo
eo co os es. es.  Se, po
po tanto, sg
sg m desentend
desentend
lH'nto séo ente píncpes, devem ecoe à abtagem abtagem po
    de bspos, abades, magstadosmagstados e homens dotos.

2 - Aodem
A odem da azo: Easmo e More J !25
!2 5
mbor, como rgrrgr  o ngóc
ngóc d  aa 
 kk
dos
do s príncipes sejm  cs d d  gerr
gerr rs
rsmo
mo não eüeü  1 
conscente de qe os povos podem oferecer lgm ca
tmbém Reete sobre os dios coletivos enre ingles r
nceses,
ncese s, irlndeses e ingleses, itlinos e lemães  sáb
e suíços e ssim por dine pel list", e pergnt:
pergnt: Por
 Por q l'
esses nomes estúpidos
estúpidos zem mis m is em dividir-nos
dividir-nos do qq  
nome comum de Cristo em unir-nos?" Ms qi, prec
mente, está um dosd os grndes
grndes obstáculos à pz,
pz , pois os pd�
qe deverim desvir d gerr s mentes dos comun co munss e d
príncipes  estão poindo e bendizendo. E zem isso d e
todos os
o s ldos de
d e tl
tl mneir qe temos  situção ridíc
de m Cristo m mbos os cmpos como se Ele estives
lundo conr
conr si mesmo"
mesmo"32 32

§ 6. O problema
proble ma do pod
po der

Concentrmo-nos
Concentrmo-nos no problem d políti p olític
c ersmin na
idei do príncipe scet".
scet". Escolhemos esse termo  de pre
ferênci o príncipe Cristão" de Ersmo   m de eniz
eniz
que ele não está
e stá preocupdo com rms de governo
governo ( embo
r voreç
voreç  monrqui)
monrqui),, ou
o u com m Esdo idel
idel no sen
tido clássico,
clássi co, ou com s relções entre poderes espiritis
espirit is e
temporis no sentido medievl. O probem d polític pr pr
Ersmo n verdde concenrv-se n gur do príncipe;
su preocpção
preocp ção é  titude do homem em relção o poder
como um princípio de ordem socil. Ess é  preocpção
preocp ção
gerl nos nos de bertur do século XVI. O problem de
Ersmo
Ersmo  como
como o de Mqivel é  desordem gerl gerl contem
porâne trvés d bsc do poder
pode r em detrimento d ordem
ordem
substntiv Ess pleonexia dos príncipes de Mquive
encontrou-se com  idei do prncipe que ultrpss ses
rivis no jogo e empregrão su qulidde superior pr o

32 Condensado de Education, X, On Beginning W".

126  Hsória das Ideias Polít


Políticas
icas - Renascença e Refma
Refma
 ••   '
' o o d u
u or
or co
c o
 rasmo
rasmo eco
ecotr
trou
ou
1     l ' S    o bema
be ma com a deia do prícipe que ão empre-
. i ,\  oder (que já está em
·.i em suas mãos)
mãos ) com o propósto
i l 1 ·  1   ar
 ar seu domío ou para egrandecmento
egrandecmento pessoa
pessoa
 ' l  1 
  , mas que o considerará
considerará como uma custóda
custóda para
    egada egada em pro
pro  do bem-estar da civitas e para a ma-
ma -
11o da paz ternaciona. Podemos dizer que assim
� l i    1 e como Erasmo estavam preocupados com uma
1   d oíticaoítica estáve
estáve ma
ma  que o probema
prob ema apresetava-se
apresetava-s e
,     ae
 ae sob condições taianas
taianas como o de uma ordem
. ·,n abeecda
 abeecda por um esrço supremo na  uta do poder
,  1   o  o que se apresentava para Erasmo sob condções es-
holas e transapinas
transapin as como a admiistração e uma ordem
  •  
 cda
cda e a renúnca
renúnca de engrandec
engrandecmento
mento ambcioso
ambcioso
: rmuação de aternativas todava toca apenas a
·o    ' r ície pragmátca da stuação Há sempre tensões poíti
 .1s L uerras; e de acordo com a stuação concreta o esta
'eto da ordem será sempre obtdo pea paccação
,  1  a s da rça ou o u pea renúnca de ambções e a aceitação
d s t a tus qu Por baixo dessa superfície pragmática abre-se
  bema do poder como o tor determinante na poíti
' . ma época de transição dentre tpos de ordem poítca.

l0 Maquiave
Maquiave quanto Erasmo veem a operação do poder
    te o coapso da ordem imperaimpera e feuda antes
antes do estabe
  ·  ento
ento de Estados
Estados nacioais como as undades
undades imtan
 imtantes
tes
 oao a ordem. A invasão da Itáa por poderes estrangeros
estrangeros
 lut entre a Ingaterra e a França a agomeração de poder
  és das aianças de d e casamento
casamento borgonhesas
borgonhesas e espanhoas
1 l1  absburgos craram uma perspectvaperspectva de guerra
guerra na época
 om escopos iimitados entre as novas monarquias podero

•as que poderiam termiar apenas pea exaustão mútua ou

r m gope decisvo decisvo dado peo vencedor nos competdores


o Maquiave quanto Erasmo têm seu primeiro lampeo
 l  emonismo pecuiarpecui ar que o poder adquire numa
num a cvização
cvização
   tazada quando entram em coapso coapso as mitações insttu
 as
 as e as restrições
restrições espirtuas.
espirtuas. O "reaismo do poder que
· esenvove
esenvove numa cvização
cvização cristã que se desntegra
d esntegra não

2 - A ordem da razo: Erasmo e More l 127


é um retorno ao aturas  r  cpa
mente
mente cânddo,
cânddo, que ecotramos
ecotramos expresso cassca e    
expresso casscae
dáogo de Melos de Tucddes Quando
Quando a ordem espr
esp r ·
amputada o que sobra não é uma cvzação pagã no nívl'I
de um Mto da Nature
Naturezaza heê
heênc
ncoo  como acred
acredtam
tam te
mente o que sobra
sobra é o poder como
como a rça
rça bruta
bruta cv
cv c1   0
uma asserção de exstênc
exstênca
a sem a gaça
gaça redentora
redentora d a or  
espirtua e cvlzaconal. O mto
m to de Maquave
Maquave da virtu te d1·
se
se  entenddo
entenddo como a tentatva
tentatva de atrbur grça à nudez e
e 
uta exstenc
exstenca
a e da mesma maera o ((ascetsmo" eras
eras 
no deve ser entendd
entenddoo como umaum a operação
operação de salvação,
salvação, co
c o
um apeo ao prncpe como aquee que que exerce
exerce o poder p p 
manejá-o no esprto de vrtudes patôncas e crstãs
crstãs 
O jugamento concernente à penetração do probema !
Erasmo ca suspenso. Um debate acaorado anda oc
re entre os admradores que he louvam o humansmo r
quntado o raconalsmo e pacsmo, e os seus s eus crtcos q!'
q! '
lhe condenam a evasão e covarda ao enentar as quest
reas. Não pretendemos tomar partdo nessa dscussão. l 1
probema
probem a tem uma
uma estrutua
estru tua objetva. O que Erasmo vu foi
a pleonexia do prncpe como a nte de guerra guerra e desorde
desorde 
O conseho de restrção e em partcuar, o conseho de a
cetsmo até o ponto de reder-se uma uma posção
po sção dede poder e
e 
vez de def
defendê-
endê-aa a expensas do sague e do tesouro do po
pode soar cânddo como souçãoso ução Mas
Ma s parecerá
parecerá cânddo s
mente se pojetarmos
pojetarmos ossa mra na luta de nações na stu
ção erasmana. Aos o hos de Erasmo, as nações não tha
parte na potca. A uta de poder  conduzda por sobr
suas cabeças entre prncpes. Se este ou aquee prncpe o
dnasta
dnasta os governava não era sua s ua preocupação Seus sacr
sacr
cios na
n a guerra não sevam a seusseu s nteresses;
 nteresses; eam
e am sacrf
sacr fc
co
o
exgdos por
por prncpes para a busca de assuntos partcuare
partcuare
Se acetarmos como premssa essa vsão da poltca, então o
tatamento
tatamento erasmano do poder pode r como um probema na ét
ca do príncpe é muto sensato.
sensat o. Se não houvesse mas nad
na potca senão a ambção de prncpes, então o prncp
ascétco que não quer govenar, que preferra
preferra recoher
r ecoher-se
-se 

 28 1 Históra das Ideias Poltic


Polticasas -Renascença
- Renascença e Refrm
Refrmaa
1  1  o l  e r  c a
- a gra ai
a i  as cara,
cara, e qe submete as
          gas a pares
pares para a arbtr
arbtrag
agem
em de
de dgntár
dgntáros
os ece
ece
    
  era,
era, então,
então, a soução para o probem
probemaa da guerra
guerra
 1 0    ato a dea pudesse nunca ser reaza reazada
da na hstóra,
       ra  rado
do as mtaç
mtações
ões do homem, sera
sera anda
anda uma
uma dea
dea

     ira
i ra para
para a orentaçã
orentaçãoo da conduta.
conduta.
A du
 durara de Erasmo não está na soução;
soução; está na prems
· ,  i .  mo, em grande contraste com Maquave, evdente

1 1 1   1    i a pouca
pouca conscê
conscênca
nca do
do contex
contexto
to soca
soca do poder
 1 1 c
co o É muto capaz, na ocasão, de d e embrar ao prínc-
         consentmeto
consentmeto do povo povo é a base de sua autordade
autordade,,
11 o rícpe move-se em um vácuo soca Parece P arece ter-he
 •, 1 o até que ponto as empresas dos príncpes eram a

n  ão  ão de rçasrças socas,


socas , e que eram
eram apoadas e mtadas
 os não tão artcuados potcamente Na etura da
/  /ção, ão se sonhara nunca que a eeção do príncpe
t .idos como mperador mperador em  5  9 causara
causara a nsurreção
nsurreção dos
 1eros. Há uma ceguera hstórca pecuar em Erasmo

l 1   s s ocasão dede reetr


reetr sobre essa cegu
ceguer
eraa quado ds
 111 seus ataques à tradção nteectua dos escoástcos
 ·la  mpõe à nossa atenção, com rça partcuar, quando
   1  
  sas obsevaç
obsevaçõesões acerca
acerca dos ódos
ódos nacona
naconass  qu
quee ee
ee
 1      i to bem
bem  e seu
seu desej
desejoo de que sejam
sejam abodo
abodoss esses "no-
1 1 1 
  úpdos»
úp dos» QueQu e m homem que, ana de contas, contas, saba
go  poder do nomen Romanum não pudesse encontrar ne-
1 !     
  outro atr
atrbu
buto
to para
para os novos
novos nomina do que "estúpdo
1lv'z seja o sntoma snt oma mas reveador
reveador da mtação erasmana.
\     ocamos na nte da ambgudade ambgudade pecuar
pecuar essa obra:
   '  etor possa car car scnado pea ntensdade e rça da
  a
 adad dadee de Erasmo, pea prondeza de sua umnação,
l lo go de seu desejo ascétco e pea careza de sua dea de
      que possa possa car chocado e deprmdo,
deprmdo , ao mesmo tempo,
 wl upercadade adade e tdade
tdad e de sua posção.
pos ção. A nte dessa
      igudade
igudade é uma estrete
estreteza,
za, muto
muto próxma
próxma dodo demonsmo
    quave
quave Erasmo fechou-se
fechou-se em sua posção de nteec
nteectua
tua
    1   sta reduz
reduzra
ra a real
realdad
dadee da soceda
socedade
de na hstóra à an-
1   · do ascetsmo raconal como o prncípo de ordem e de

2 - A odem
odem da azo:
azo: Erasmo More l 129
Erasmo e More
uxúria sem var d vulgus c   
 da
da de
de  
cm a cnsequência isnjeadra e crane de que t u d o
seria
seria mehr
mehr nese
nese mund se s e ds
ds s hmens u  u a menos
s gvernantes
gvernantes ssem
sse m cm Erasm
Erasm  A vida rea d pv
pv  o
pathos da existênci
existênciaa nacina a bra precára
precára da
d a civiizaçJo
civiizaçJo
 var d a tradiçã
tradiçã a imprtância
imprtância da vda d d  intelect
intelect e  
discipina na história - tds esses ftres
ftres desapareceram d o
quadr d a píica.
píica. Esse mund tem apenas uma glória: glória:  i n
eectua
eectua asceta e  príncipe que n espíri asceta admini  
sua custódia d pder
pder  N cerne
cerne desse snh encntram o
própri
própri  mal que é  tópic da plíica erasmiana a paixã d'
pder na rma da pleonexia d inelecua

§ 7. Utopia
Utopia e A m érica
érica

As tensões mais
mais u mens escndidas da psiçã erasmia
erasmi a
se trnaram tamene
tamene articuaas
articuaas em Mre e em sua Utop.
Que se trnaram articuladas
articuladas n enan nã signica que 
Utopia encnrams
encnrams uma um a expsiçã
expsiçã discursiva ds prbema
fcilmene ineigíve.33 Sir Thmas Mre se s e distingue entre 
hmens pr ser um sant tan da Igreja Caólica quan o
mvimen cmunisa Ta abundância de hnras hisóric
apna para cmplexdades diceis de desenredar na bra 
que deve
deve sua fma duradura O prcess de desenredamedesenredame 
 na verdade está lnge de terminar; mas a mens esá a
caminh um esrç cncerad de a md que hje tem
uma cmpreensã cnsideravemene mehr da bra d q
pssivemene
ps sivemene há vine ansans  A fa de careza que cerca a br
é, em parte
p arte cnsequência de seu sucess; daí devems
devems dedica
agumas
agumas bseações preimi p reiminares
nares para remver
remver certas bscu
ridades que se riginam em sua s ua fma iterária34

3 [O maeal daqui até o fnal deste capítlo i pubicad


pub icadoo como "More
"M ore's's U-
U -
pia. Ôsterreichische Zeitschrí
Zeitschrífr jnliche
jn lichess Recht, n 3 (195 1); p . 451-68]
34 A bae para interpretação da Uopa é hoje R. W. Chambers
pa ra uma interpretação Chambers Thom1
More. Nova Yok Hancor and Brace, 1935. A mehor monogafa ecent

130  Hstória das


das Ideias Políca
Polícass -Renascença
- Renascença e Refrma
Refrma
A  ltopia  raduda para odas as línguas modernas e
1·,.dent em odas as ínguas a paavra utopia passou a ser
 1    ome comum O substantvo adquru uma amptue
· 1    s i d e ní ve
ve de sgncao. No cerne desse signcao encon
 1 "  nos a concepção de d e um estao deamente
dea mente perfeto
perfeto de co
.  1  ( /Jíonário Oxford). Uma concepção de um pensador e

 , 1 l sio perfeto
perfeto de cosas
cosa s pode
pod e ser expressa em rma cco
1   I!  terpretação eaborada e nsttuções socias eas.
l '    ;  i !  é m e ta expressão rma ccona, a paavra utópico
  ·ou  s gn gncar quaquer expressão
expressão de deas poítcos; e
,  s i  e a  s parecem mas ou menos rreazáves por uma

    tra razão, razão , a paavra pode ter uma conotação pejoratva.


1     1 cto socal a a paavr
paavraa  tão rte
rte que penetro
penetrouu na c-
 ia oítca propramente dta Parece ampamente ampamente ser to
     w erto que exste ago ago como um pensamento utópco35
utópco 35

'•   1 1 1  1  o
 o o aba
abalhlhoo de
de Chamb
Chambes es,, é de
de Hen W onner, !ntroduction to
 •/"·   psala [ondres], [ondres], Sidgick and and Jackso
Jackson,n, 945 eimpresso. Freeport,
· i   ks f Libraies Press, 969 Um ensaio vaioso é o de Toaso
 ' "   io io su Tomasso More, que see como intodução à radção italiana
 .  1    Utopia, em Tomasso More, L 'Utopia 'Utopia.. Ed. Tommaso Fiore Bari, G.
    t' gli 1942 O interesse em poblemas moreanos fi muito instigado
1 1oes alemães que, depos da Primeira Grande Guerra, inerpreta
    1  ia coo um tipo de manual do iperalsmo brtânico e da expo-
    dos povos coloniais Essa inha i nha de interpret
i nterpretaç
ação
ão começou co Hermann
 •    Die Di e Utopie dedes Thomas
homas Morus und un d s Machroblem
Machroblem in der Staatshr
Staatshree
· l i 1•,shrict der Hedelberge Akademie der Wssenschaen PhHis.
 '    " 3. Heidelberg, C Winte 922 seus seu s resultado
resultadoss estão contdos na ini n
     1 1  0 de Oncken Oncken à ad aduç
ução
ão alemã
alemã de GerhaGerhadd Riter
Riter de Utopia Belm, R
l   l  922 Para as vicissiudes vicissi udes posteriores
posterio res dessa
dessa nerpretação, ver as as notas
 '  /1uction to Utopia de Donner. A pojeção de Oncken do impeiais
          clinação" briânico
briânicoss para More ea ea um gran
grandede ero,
ero, e esse
esse inerúdio
inerúdio
1 .,j, I considerado coo teinado no que diz espeio a esse prncípio de
   1      çãoção O ero, enteano
enteano inha uma raz razão
ão ua inep
inepea
eaçã
çãoo revista
revista
   pi pirr qe eva e consderação o problea orginal orgina l em que Oncken
On cken rope
  :í contida contid a e Ritter,
Ritter, cap 2 Morus as Ideoogie des Englischnsuaren
\ rtssaates n: Machstaat und Utopia Para nossa análise empregaos
 · a edição crítica: Thomas More, L Ut Utopie Texto atino editado po
 1 l )lcour co notas explanaórias e críticas. Pas, E roz, 96. Todas
  1    �cias
�cias de págnas,
págnas, entretano
entretano são dadadadass da edição
edição de
de Jose
Joseph
ph H  Lpton,
/   '  ia of Sir Thomas More, Oxfrd 895, á que essa edição é a mas
 1   1  e acess acessvel
vel Ver The ComComptepte Works ofSt Thoma homass More, New Haven,
\   vesty Press 963; e Utopia 2 ed Noron Critca Edtion tad. e
  Hohrt M . Adas Nova York York W. W Noron and Co. 992
\'·r r exempo, Joyce Joyce O Hetzler,
Hetzler, The Histo
Histo  ofof Utopi
Utopian ought. Nova
an Thought.
      cm
cmlan lan,, 926

Er asmo e Moe l 131


2 - A odem da azo: Erasmo
Sob o títuo utóico estão su bo rd  n ad a s ideis ão vriga1·.
como
como as dos protas
protas ebracos o to
 toan
ansm
smoo de J s u s " , o i
Reública, d e Patão
Patão a Civitas Dei d e Santo Agostno  Uto
ia, de More, e pensadores socastas como SantSi 
Fourer e Owen Como
Como resutado desse sucesso nguíst nguístcc ; 1
própra obra d e More   tratada
tratada como a espéce
espéce dod o gên 
supôsse que More escreveu um "estado dea pos ss '
apca
apca a um "pensador utópco - embora a questão questão seja
seja pn·
csamente em que extensão as nsttuções da Utoia 1
consderadas
consderadas "deas por seu autor36
Dante de tal
tal consão, é necessáro restabeecer o c '
storcamente
storcamente relev
relevante
ante do sgncado ou seja, da uto   
como umu m estratagema
estratagema teráro. A Utoia de MoreMore scr'
as nsttuções
nsttu ções econômcas,
econô mcas, poítcas e regosas de uma s o
cedade numa rma ccona. Quaquer que tenam sio
suas opnões
opn ões acerca do vaor da s nsttuções
nsttuções ee
ee crou u   1
gênero teráro para o período moderno.
modern o. Esta cração st
va ntmame
ntmamentente lgada
lgada ao descobr
descobrment
mentoo da
d a Amérca,
Amérca, c
c 
os reatos
reatos de vagem
vagem sobre os novos países e seus povo c
geramente com a abertura do horzonte geográco em d
ção a regões até então desconhecdas Rafel, o marneimarne i 
osóco que conta a hstóra
hstór a de Utoia, era um membro  
companha de Amérco
Amérco Vespúco; e a nuênca d o Mun1'
Novus de Vespúco
Vespúco (publcado em  507 na Cosmograh·
Introductio, de Wadseemuer) pode ser encontrada 
Utopia.37 Também
També m de Peter Martyr, De Orbe Novo, de  5   
Orbe Novo,
muto prov
p rovavem
avemente
ente não
não era desconecdo More. 3 8 O es
desconecd o a More.3
paço se tna aberto ondeonde uma construção
construção poítca
po ítca ode
od e
ser coocada. Essa stuação
stuação pecuar não tnha surgdo pe

36 O clímax do sucesso inguístico tavez seja, de Karl Mannheim e/1:•


and Utopia rad Louis Wirh e Edward Shils Londres Routledge and and Kr
gan Pau 1936, primeiro publicado como !eologie und Utopie, Bonn '"
Cohen 1929. Num livo que em grande parte é dedicado ao probem do
utopianismo, o auor não tem nada que dizer acerca da Utopia de Mor. /
azão é que Mannhem
Mannh em dá um signicado à paav
paavaa utópico que
que difcilm1
difcilm1
s e apica
apica à obr
obraa de More
37 Inrodução Utopia ed Lupton p vii
vii ss.
38 Donner ntroduction
ntroduction to Utopia p 27 ss

 32 1 História das Ideias


Ideias Políica
Políicass - Renascença
Renascença e Refma
Refma
       'Ír
'Í r e nana hisóra da hmanidad,
hmanidad, comcom o dscobr-
1 1   ·    0 da América A fába
fába d Pandora
Pa ndora por
p or xmpo, r-
     ndência das ocaçõs hênicas d poíticas sobr
.      ção ra ra d coônia
coôniass  da práti
prática
ca d zr const
constitui
itui--
,   ·s. 1' dias potic
poticas
as podiam
podi am sr xprssas
xprssas na H éad po
po
    ma ma d constrr
constrr ma
ma comnid
comnidadad porqu
porqu um pano
d l ' do do d prática ofrcia
ofrcia a rma itrária com vrossi-
vrossi -
1   i  h a n ç   Ess gênro d itratra chgou ao m i nvitáv
nvitáv
1   a scnsão do império romano Houv Houv um momnto d
  ·   
 nt ntoo no sécu
sécuo
o XIII qua
quando
ndo,, no
n o dsprta
dsprtarr da
da cru-
cru-
l l a t ina, novos stados ram tahados no Mditrrâno
 t·al por príncips ocidntais; é o momnto qu prci
      u  De reg regimine prin cipp um, d Santo Tomás. Com ssa
imi ne princi
• \  t\ã, ntrtanto,
ntrta nto, o stratagma
stratagma não i mprgado ntr
  iidad hênica  a Utopia d Mor Com o dsco
     1  nt
ntoo da Améri
América,
ca, d novo
novo havi
haviaa m pano d ndo
ndo qu
     a vrossimihança
vrossimihança à vocação.
S< dnirmos
dnirmos o probma dssa manira, nós o rdziría- rdziría-
   s à importância qu  ramnt tm na história das d as idias
   i l f   cas A xistência d um u m horizont ampo para a ndação
  fic é um incntivo para xprssar xprs sar idias poticas através
 L cação itrár itrária ia d uma comunidad Nss sntido (mas
.p nss sntido rstrito) pod sr s r considrado gítim
gítimoo
os
os d uma um a grand itratura
itratura grga
grga utópica,  aé
aé msmo
msm o
1 ar d utopia a República patônica40 patônica40 Entrtanto, duvi
du vi
 s da sabdoria d ta mprgo. Não há ncssidad d
d·sgnr, por um nom qu é chio d tantas impicaçõs 
K  cados variados, um fnôm fnômno no bm dnido; o uso pa-
 t  l r uma concssão ao mau hábito hábito qu surgiu no sécuo
X 1  d, a quaqur prço, transrmar num concito da ciên
' l ítica cada símboo símb oo político
polí tico qu é vomitado pa história
 ' 0 utopia, idoogia, sociaismo, dmocracia comunis
0 scismo,
scismo, tctc))

 ·  .olirc
.ol irc Pandora
Pandora ve Eric Voegelin
Voegelin Orr and Histo, vo. II The Worl of
a nd Histo,
J, /1is. Bao Rouge Louisiana Sae Universiy Pess, 1957, p  40-44.J
' ' Vn, po po exemplo Edga Sin Pton
Pton und
un d die giechische Uto
Utopie.
pie. Munique
l 1 kr e Humboldt 1 9 2  

2 A ordem da azo: Easmo e Moe


- Moe j 1 33
Embora possamos er de acordo c   egt
d e restrta
restrta da
d a ase litetura uóica grega não conseg
encontrar nenhum sentdo no conceto de uma "hstór d
pensamento utópco em geral A lterat
lteratura
ura utópca
utópca no sen
sen    
lmtado aparece nas áreas hstórcas bem crcunscrtas da p'i
ls helênca
helênca e da cvliz
cvlização
ação ocdental
ocdental depos
depos do descobrme   
da Amérca.
Amérca. As duas aparções têm
têm causas smlares; certam
certam 
te houve nuêncas lteráras exercda
exercdass pelas obras helên 
 �
nas ocdentas durante o ntervalo de mas de ml anos
anos  mas ni1
há contnudade
contn udade hstórca
hstórca entre as duas aparções.
Desenvolveu-se no entanto uma genuína hstóra de l i
teratu
teratura
ra utópca no despertar
despertar da obra de More. Su a lha lha 
Atlântco
Atlântco Sul  seguda
seguda à dstânca de um séclo
s éclo pela Cida1·
do Sol, de Campanella no Oceano ndco e pela Nova Atl A tlân
ân
da de Bacon nosno s Mares
Mares do Sul Gulliver de Sw e Robins
Crusoe de Dee dependem
d ependem da atmosfera
atmosfera crada pela Utopi;
e os Mares dod o Sul permanecem a grande ga do Oeste até 
das de Jack London
Lond on Joseph Conrad
Conr ad e Somerset
Somerset Maugham. N a
esfera
esfera do pensamento
p ensamento polítco
p olítco propramente dto a vsta d e
estabelecmento e construção polítca nos novos espaços est<
anda aberta no Tratado do Governo Gov erno Civil de Locke
Locke  embo
embo
ra aqu estejamos alcançando o lmte Sua sentença mos: mos :
"No começo todo o mundomund o era a Amérca
Amérca e mas anda
an da do q
agora4 1 mostra que o estado deal de natureza
agora41 natureza pode anda se
colocado nan a Amérca
Amér ca mas que o apelo para pa ra a magnação estÍ
estÍ
próxmo
próxm o da exustão
exustão por causa da ndação real de governo
no Novo Mundo. O "selvagem nobre e as vrtudes da soce
dade prmt
prm tva
va exercem
exercem nuênca anda an da em Rousseau;
Rousseau ; mas
depos de Chateaubrand esse nstrumento de crítca socal
também parece ser empregado
empregado no n ível mas séro da lteratu
ra polítca A exaustão da substânca orgna entretano não
evta o emprego da rma lterára uma vez que é estabelec
da No
N o século XIX, a lteratura
lteratura utópca se enche de conteúdo
conteúdo
socasta e centcsa e a dsânca no espaço tende a ser
substtuída pela dstânca no tempo. A varedade
varedade de propósto
propós to

41 [A citação é de O Segndo Trata do Governo Cvil v. 49.]

134
13 4  Hisória das Ideias
Ideias Polít
Política
icass - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
1 q' a frm d s ccd é ndcad r ue B u -
·1  J:whon, H G Wes, e Modern toi e Aldous
xy, m Brve
 l  xy, Br ve Ne
Ne w World
World

§ 8. Al
A lgures
gures e nenh
ne nhuureress

/ a é um diálogo Seu cenário é Atuérpi em 55,


•p. oe esav nos Píses Bixos como co mo membro de um
id ingles Os inerlocutores são o próprio More,
  i
l t' 11s egidius, seu migo n Antuérpi,
Ant uérpi, e Re Hythlodeus,
  '  i   dor de contos ociosos,
ociosos , o mrinheiro
mrinheiro educado no Hu Hu
ismo o comnheiro de Américo Vespúcio em su s uss vi
vi
 pa ra o Novo
Novo Mundo, que rouxe com ele o conto d Utopi.
l    iágo é orgnizdo em em dois ivros
ivros  O Livro II contém o conto
d1· l  a fae sobe s s instiuições
insti uições de Utopi. Foi escrio primeiro,
anto More estv
 ant estv ind em Anuérpi O Livro I, escrito
. i   is de seu reorno à Ingaterra, contém o diálogo introdutó-
in trodutó-
 e
 e os mles do
do tempo, sobre  impossibidde prátic de
 m trvés
trvés de consel
con selho
ho  governntes, sobre
sobr e a tmosfer
tmosfer
 tes onde  voz do lóso lós o e do esadist não são ouvids
    e
 e  aiz ds iniquiddes sociis n insituição d proprie
 k ivda,
ivda, levndo o cono de Rel sobre  h onde 
   ade
 ade socia
socia i ssegur
ssegurad
ad por insitui
insituições
ções sábis
 centro do signicdo está  parte utobiográc do
d  1\  go . More está em dúvid quno  se há gum sentido sentido
 sr num crgo  serviço do rei; um único homem não
I "  coner
c oner  ond do tempo;
tempo ; em vez de zer
zer lgum bem, será
 . h meo corrompido
corrompido pel conivênci inevitável
inevitável em medids
1 desprova
desprova A discussão
discu ssão que deve
deve estr n lma de More, 
s empo, é distribuíd no diálogo entre More Mor e e Rel. More
M ore
, .  vor de um serviço
serviço rel, "pois
"poi s do príncipe, ssim
ssi m como d
 1  dação
 dação perene,
perene, jorr  nte do bem bem e do ml té o povo.42
( l  mem experimentdo
experimentdo em negócios e de educção mp

' ·  topia, ed. Lupton, p 37.

2 A ordem da razo: Erasmo e More J 135


- 13 5
está sob o dever ( n vr
vr <l}iâum) de 
 

 o púb
púb I'"
seu onseho os governnte r tá perturbd  11·
do que Ersmo, peo tem ptônio d Prábo d Cav
n, peo dever dodo óso d e prtiipr nos negóios d pl,
E, n verdde, More invo  rmu ptôni que d 1
um omunidde ri
ri fe
feiz se
s e os ósos ssem res 0   . 1 ·

os reis se
s e tornssem
tornssem ósos "Como  então poderi ua r
pbi tornr-se
tornr-se gum
gum di feiz
eiz qund
qundoo os ósos
óso s re
rej
j     1  
o seiço no onseho do rei?43
Não er bem ess  ideiidei  de Ptão, que mesmo
mesmo sob sob  c1
c1 1
<ições d póis
pói s heêni que tudo brngi sbisbi qu
quee pode
pode 1 1 1
vir tempos qundo  não prtiipção é o dever. Aind 
ristã
ristã é ess reexão.
reexão. O primeiro dever do ristão
ristão é  or
or  L 
ção d  vid em em direção  o summum bonum  e ess ess não
não l( d1·
mneir nenhum  feiidde
eiidde d
d  repbi
repbi A questão de   1 •
impi que o poder espiritu tinh deindo
deindo omo um p! p !  1
ordendor n omunidde  t ponto que o probem d r r   
bi feiz
feiz presentv-se
presentv- se  ee sem dvid omo o probem d r
um regr onjunt
onjunt do prínipe
prínip e e do óso seur Em s  1 í 
rgumentção o poder espiritu é um quan qu antit
titéé n églige
e ·
E m More omo em Ersmo podemos observr observr  trnsr
ção do poder espiritu no poder do inteetu seur; 
desenvovimento que já r ntevisto n idei de Dnte d 
um dup
dup beç de de imperdor e óso
óso gor
gor se torn m  
intensid
intensid O inteetu
inteetu seur,
seur, no
n o entnto,
entnto, está num  
sição difíi,
difíi, e omo
om o um djun
djuntoto os poderes
podere s que há ou hve\
hve\ 
que deverá
deverá zer?
zer? A respost existeni
existeni  pr More evide evidenn  '
mente  ni que podi pod i imginr  é Re,
Re, o homem que s
despiu de su propriedde em vor de su míli e ev u
vid de vi
vijnte
jnte omo um homem hom em sem pís. Ee é, por p or dis
sição, um homem "que está mis preoupdo om o vgr vgr 
que om o ugr onde ond e enontrrá
enontrrá seu tmuo pois ee os
mv dizer
dizer O
 O que não tem nenhum tmuo é oberto peo peo é
é 
  
e De todos os ugres   distâni pr o éu é  mesm  

43 bidem, p. 79 ss
 Ibdem, p . 28.

36
3 6 1 Históra das Ideas
Ideas Polí
Polícas
cas -Renas
- Renascenç
cençaa e Refma
Refma
 ·1' vjante humt gr son à ergut de Moe
. ,   1      s emlos most
most que o conseh
consehoo do tipo que ele
ari  oeece
    ari oeece não tnh nenhum chnce de encontr
 1' � lo,, onsidendo-s
�iilo onsidendo-see o estdo
estdo de coiss n poítc
Mo ncord; ms pode defende defende su posição,
posiçã o, zendo
  1    1 dsiçã ente dois tpos de oso,  mesm distin-
1,      u  u migo Ersmo fez, fez, n
n  mesm époc, n Institutio.
   · v 1  se stngui
 stngui ente
ente oso de esco (philosophia scho-
/.i  1  oso
oso  civi (philosophia civilior).). A pimei tem
(philosophia civilior
"   lar em discussões
discussõ es ente migos,
migos , não ns eções poí
    (:on se poderi esper sermente que cortesãos con
'  d asem com poposições nudits (sermo insolens) que

        seu hábito de pensmento?


pensmento? "A oso civi co-
 n· u ugr, não rm bstrtmente que um verdde verdde
pu em tod situção,
 pu situç ão, não  qundo não é su vez,
, . tub, como um mu m u tor,  peç que se repesent.
repesent .
!� º s odem rdicr rdicr más opniões e vícios
vícios tdicionis num
 momento momento  ms isso não é motiv motivo p desertr d co-
       ad
 ade,
e, como
como um bc
bcoo num
num tempestde.
tempestde. Não N ão se devem
devem
1       d
d ss pesso
pessos
s com
com noções
noções es estrnhs, ms empegr
 '•  fl S e tuques de persusão
persu são de t modo que "se não podes pode s
      a r os s coiss, o menos
menos podes zê-s
zê-s menos runs
run s
"s nd pode estr bem, se todos os homens não rem
  1    s - e isso não espeo que conteç po muitos muitos nos45
nos 45
A spost não é impressionnte. Nem ptônic, nem, de
prond . É o senso comum
      modo, prond. comu m persusivo p um
cm que quer exece um ppe ppe n poític, que é intei
intei
•c e sensíve
sensíve o bstnte p
p  senti s responsbiiddes
· ue pode incorer, e que precis de um pouco de ópio
  ,r uper seus escrúpuos Hoje podemos chm isso de
umento do "cobodo É notáve  hbiidde em
1  il umento


  v-se ds questões. Um verdde verdde bstrt,
bstrt, cetmente,
cetmente,
    se enqudr
enqudr em quque
quque situção; ms há situçõe
situç õess em
q a vedde bstt tem de ser ser pronuncid  m de sir

' l idcm, p. 97-100.

More l 137
2  A ordem da razão: Erasmo e More
do m
mççll d con
con  
   Podem-s, é d ni0 
icr os vício
vícioss trdicionis num ú ú  c o
 oento,
ento, m hi\ 11
imite pr ém do do qu ão se permite demor
demor  E que todm
os homes
homes ão sejm bos e, portnto,portnto, tods s coisa
c oisa t l  \ 1 
possm est
estrr bem é um bom conseho pr pr um perfecc
perfecc    
t; ms tor-se
tor- se cimete
cimete um cobertur
cobertur pr prtici
prtici d r
crimes. O que tor ess discussão tão pn é  renúnc renún c   
espírito como
como  utoridde
utoridde útim
útim pr
pr ém
ém d
d ordem
ordem     1
por e sus insuciêncis. A comuidde tede  d
u m cráter
cráter dei
deitio
tio que pertece
pertece proprime
proprimete esp    
te o esp
O sintom ominoso d mudç de ênses é  distinç  k
More entre  oso escoástic e  civi O signic d.
oso como  dimensão iteectu
iteectu d  vid
vid do espírit
es pírit e .1
orietção d m em direção o realissimum evidete'
r perdido
perdido pr
pr More tto qunto
qunto prpr Ersmo. A os
os   
pricipesc ersmi ssim ssim como  oso civicivi d e Mo
Mo r
 sbedori que recor
recorre
re às trdições cássic e cristã; ms   
deu  sevge
sevgeri
ri que ão pode
po de vir do pssdo, msm s pes d
preseç eter
eter d
d  te
A Utopia é um diáogo. O rgumento de More represe
pens um do
do de su posição; oss crític
crític toc pes
pes 
 
specto d
d  tesão
tesão em que ee viveu
viveu More sbi muito b
que ão hvi cotr-rgumetos; ee os represetv 
Re, e o debte cotiuou icoclusivo Temos de con
derr  tesão coo
co o um todo.
todo . Os elementos do probem j;í
são cohecidos O rgumet
rgumetoo de
d e More é despotdor
despotdor porq
é oportuist e se esquiv ds questões esirituis. No out out
polo d tesão esperrímos encotrr  posição espiritua
Ms de ovo cmos despotdos, pois esse outro po
encontrmo
encon trmoss o vij resignd 
vijrr humnist que se recoheu resignd
A tensão como u todo ocorre no cmpo cmpo dos sentimentos
sentime ntos h
mists
mis ts poíticos
poí ticos A verddeir terntiv,  vid
vid do espírit 
permece pr lém do horizote. Ess estrutur do prob
m moreo
m oreo é go surpreedete, porque em su su  juventu
More hesitr entre tomr ordes scrs (como crtuxo ou
nciscno observnte) e estudr Direito Su escolh 
um míi, o direito e  comunidde. No etto, deixnd deixnd

138  Históra
Histór a das Ideas
Ideas Polít
Política
icass - Renascença
Renascença e Refrma
Refrma
, Lul seu neiment teoógi
teo ógi mpet e brgete
brgete
 · ' il se-ia ue um homem ue existeimete estv
'    0 de torrse moge ompreedesse o problem do
1 lo" e não tetsse evdir-se dele pelo rgumeto de ue
 ·  1    ns ulto à iteigêi.

A ae pr o eigm pode tlvez ser eotrd um


1    · , ;gL'l d Utopia em que Rel desreve  titude dos
ll"·11s    om os membros de um ordem setári setári estrit
p1 se mr etre eles. Os utópios tolerm ess ordem
qe espeitm qulquer odut ue é motivd pel "re
l •. , " ctto ue u e ão perturbe o redo mis fáil dos ouou 
t 1   ·. . ·:c próprios,
própri os, otudo, são hedoists e riolists.
 ) uer que preferisse
preferisse o elibto o mtrimôio
mtrimô io ou um
   l ,  l i fí
í  um fáil
fáil quto à rzão, seri ridiulrizdo.46
/1' e religio são oposts omo priípios prií pios de odut orde
  d A omuidde utópi vive pel ordem d rzão; 
  '  1 g iã é reduzid
reduzid   um dogm
dogm míimo deíst osistete
os istete 
' \ strna de Deus, Deu s, 
  imortlidde
imortlidde d lm
lm e 
  reompes
    a l é m e  regr d Providêi.47 E mesmo esse dogm
1mo é retido pes por um rzão utilitári de de ue, sem
• 1, ;1s eis d d  omuidde poderim ão ser suietes pr
.c s bos pessos pesso s o miho estreito.48
estreito.48 A iterpret
iterpret
', .lo e More Mor e oord em todos os potos esseiis om 
dia posterior loke de tolerâi e d seprção d Igre-
. 1   o Estdo.
.1 Est do. O deísmo oi
oi om seus ritos ms sem um
 n loga sistemáti que pudesse iitr problems, deix
t   d o  mudo reditr o que ele uer, otto ue ão

ldcm p. 282
lldcm, p  274
ltfc reata o incidente de um uópico que como muitos outros i con
" 1  ido por eles ao cistianismo mas omou a nova crença um pouco a séio
.i, ais. Começou a discuti-la em públco e assegurou assegurou a seus concidadãos
concidadãos que
  l a
 ação eterna seria o fm deles a não ser que lhe seguissem o exemplo
' 1 h o m em i preso justamente e banido como perturbador da paz O ponto
 •r o culpado i removido, não porque lançava maldições sobre a religião
   1  cda
 cda,, mas porque incitava
incitava as
as pess
pessoa
oass (reus excitati in popu tumultus).
 1  ário pefgua o problema que seia mas tade tratado por Dostoiévski
 1 <  Grande
Grande Inquisir topia, ed. Lupton, p. 270)
Inquisir ( Utopia,

2 - A ordem da razo:
razo: Erasmo
Erasmo e More / 1 3 9
queir um reconhecmnt üblc cnhecendo  <Íhv   ,
que ninguém pode conceber e eborr ess ide c     1
cuiddo
cuiddo moroso,
moroso,  não ser que e e he
he ocupe inte
inten
n   1 
te  imginção, podemos
pode mos dizer
di zer que  idei d Christ1f"
como o corpo místico de Cristo, rticud
rticud em sus ord1·',
espiritua
espi ritua e tempor com gru
gru púbico igu, perder s s  de 1

mínio sobre os sentimentos


sentimentos de More o menos no gr gr      
peo
peo menos
men os ness se de su vid,  ordem espiritu j<    
su vid,
er
er experi
experimen
mentd
td como um ordem
ordem púbic
púbic represen
represen     
n  comunidde
comunidde A vid do espírit
espíritoo se
s e tornr
tornr um
u m negóc
negóc p 1
vdo, já que, como um u m místico, su personidde não e  ;   1
rte pr mnter-se por si;  ordem tempor se trn
mr
mr n comunidde secur, com com o monopóio d repr' 
tção púbic, retendo tnto ds trdições cristãs qunt d,1
circunstânci históric deixd
deixd no
n o momento.
A seprção de ratio e religio, de Igrej e Estdo,
Estd o, ds ese
ese�
do ntur e do sobrentur,  redução d ordem temporl ;;
comunidde secur e  privtizção
privtizção correspondente d "r "r l 
gião permite-nos compreender o diem
diem de More ssim co co 
 rm pecuir que ssume n tensão do diáogo utóp
Qundo  comunidde ntur, rcion e secur monopoiz
monopoiz 
o status púbico, qundo ech
ech o horizonte d existênci hu
hu 
n n sociedde, então, n verdde, tornse dif di fíci encontr
encontr 
um cminho em tempos
tempos de desordem
des ordem mundi
mundi  A comunid
é inescpáve; o bsouto ncionist do "certo ou errdo 
meu pís substitui o retivismo
retivismo cristão
cristão do "mundo,
"mund o, e o crcr 
tão cujo destino é  betitude tornse o Re do diáogo, o
buscdor
busc dor sem r dede ideis E onde encontr
encontr ee os seus idei?
i dei?
Nesse ponto More reve  su rç; o simboismo de su
respost é inconndíve: Nenhures! A despeito d decompo
sição de ongo cnce de su Cristndde, More é ind mu
to cristão pr ser um esctoogist intrmundno como o
progressists,
progress ists, positivis
pos itivists
ts e mrxists posteriores Envove-s
num "ide, ms, o menos, sbe que o ide está nenhures
e não tem nenhum ugr no gures histórico de um comu
nidde Com  Utopia de More estmos n trnsição d esc
toogi cristã intrmundn
intr mundn pr  esctoogi
esct oogi intrmundn

40
4 0 1 História
História das Idei
Ideiasas Políticas
íticas -Renascença
- Renascença e Refrma
1  v  rion<f
rion<fa. rato humana cessou
a. A rato cessou de ser uma partcpação
partcpa ção
    ·do
·do n ra to divina e se tornou um conjuncon junto to de regras
regras
s nom) em suspense axológco crítco acma da
1   dc stórca
stórc a da polítca; a realzação crstã
cr stã pela salvação
salvação
1  Mm ornou ornoussee a teleologa de uma perfeção
perfeção ntramunda
 ntramunda--
 dl'  icdade
ic dade Assm va a desntegração
desntegração em More, mas não
lc Seu deal permanece na posção pos ção de crepúsculo de seu
�h; e, veremos em breve, More estava muto a par pa r de
p ' su escrção da soceade
s oceade deal mplcava
mpl cava uma mudança
mudança
1,t na natureza do homem. Não se envolveu na láca
  escatológcos posterores, ou seja, na suposção de
  cessos rev revoluconá
oluconáros
ros msterosos mudaram, de to,
1 ez do homem de tal manera que o problema do mal ma l
" do mundo49

l 1m Urs Bathasar, okapse r deutschen Seele, vol III Die Verg-
 ": 1/· odes Slzburg e Lepzg,  Pustet 939 p. 409 apresenta a tese
1 ,  .t  e e Utopie gu
gubt
bt an
an die phantastis
pha ntastischs
chste
te ar
ar 'Brotvermehrun
'Brotvermehrunggen ; und und die
die
l i , •ehrun [Toda utopa acredta no sonho ransmdo na 'mutpl
,   pães  e no crescmento da essênca/realdad
essênca/realdade e A tese
tese está geralmente
geralmente
,   11·1 e m parcular no contexto em que aparece que é numa dscussão de
  11logia maxsta. Precsamente no caso de More, enretanto, gostara de

 1ular a tese, entzado a posção conscentemente termedára do Ne


 i    1 1  s . More estava ncnado ao crescmento da essênca", mas anda estava
. "  it·ne it·ne da impossbldade desse
desse mlagre
 11 1 1osa
1osa nálse do deal utópco como uma decomposção da escatooga escatooga crs
   os segundo em gera a ndcações dadas por Balhasar Apokapse

/,  /schen Seele, vol I Der Deutsche Ieal Iealismus


ismus (  937) p. 2229. De novo, novo,
 1H gosaríamos de excetuar ua rerênca especíca a More. Escreve

 Ll ar:  Erst Erst die


die Trenn
rennung von taat und Kirche (a(a atur at ur und
un d 'Übear
'Übea r
     e eig
eigen
entlc
tlchh Voraussetzung der Uto Utopie a selbstndi
selbstndigg natürlic
natürlichen
hen zeitli
 /,.11 chatons. Morus nimmt wirklich eine antike Tradition auf (Pto Plotin)
 · 11  sein
sein Uto
Utopie
pie schrei
schreib
b 29 n
n  [penas a separação
separação do Esado e da Igea
 0 natureza e sobrenatural) cra as pressuposções essencas da utopa
J 11a eschaton auonomamente natural e empora More na verdade
,  verdade recorre
recorre
1 1 radção
radção antga Pl
Platão
atão Plot
P lotno) escreve sua Uto
no) quando escreve Utopia]  Que More
1uu ua tradção cássca", e em partcular a tradção de Patão parece
 1
' "  ,r lguma observação  póls platônca da ea não é um estado ideal"
\   cupação
cupação com o sgn cado da Idea nduzu
ndu zu Platão a elaboar seu
seu mto de
  1 1'a em Timeu e Crí. O deal é encarnado na realdade; e a encarnação
 1 oda naureza", está sob a le de declíno cclco e de recorrênca Platão

. dendo para ua escatooga no sentdo crstão [Voegeln esáse reern-
' .
i  qi ao materal que que a s eu Ptão e Arist6tel
anal se tornou seu Arist6teles
es p. 1 9920
99204]
4],, ao
ao
1 ue More está tendendotenden do para longe dsso Essas
Essas posções antes e depos da
' '.l loga
 loga crstã sem dúvda lev a certas
certas smadades. No entanto, Paão
, 111n com a frma  clássca clássca de escatol
escatologa
oga  ou seja, dentro do mto do

2 A ordem da razo: Erasmo e More l 141


-
A tensão do diálogo uti acanu r  
su
su  vid, té o nl Em sus
su s útis
ú tis lvrs
lvrs n o ptí a   
mou "que
"qu e morri bom servo do do rei, s primeiro de Deu.� ·
Seu rei
rei e seu pís tinhm
tinhm sido seu lgureslgures  ms n dcs.  
crucil de su vid  blnç de lgures lgures veio
veio bixo. Pre
Pre   
 
-se
-s e um
um  conver
converss n Torre entre More More e su espos El l'
tv discutir com  senhor, e perguntou-lhe: "Peçot hn1
senhor Alice, dize-me
diz e-me  .  não
n ão estrá est cs tão p róxim
róxim d  
Céu qunto
qunto  minh própri?
própri ? Lembrmo-n
Lembrmo -nos os d se d lt1
fel sem lr, escrit vinte nos ntes, que, de todos os lug· lug ·\
o cminho pr o Céu tem  mesm distânci A se iL
d  pelo
pelo errnt
errntee em direção
direção o Nenhures
Nenhures tornouse  p  
experiencid pelo errnte
errnte em direção
direção o Algures
Algures  pois
poi s 1
podemos escpr d emigrção
E o que
que disse Don Alice?
Alice? "Bom Deus, Bom Deus,
Deus, hom1
hom1   
nunc sirás dest giol?

§ 9. Orgulh
Orgulhoo e p ropr
ropriedade
iedade

O ""idel
idel de More, então, é um instrumento de crític crític 
cil Esse instrumento tem seu lugr histórico  meio cmin
entre o espiritulismo cristão e  esctologi mciç mciç poster
poster 
d revolução socil O "idel
"id el é signicdo serimente à m m
<id que tc
tc os
os mles socii
so ciiss d époc; não
não é signicdo,
signic do, em
princípio
prin cípio,, como um progrm de rerm Ess mbiguid
mbiguid
é um nte inexurív
inexurível
el de equívocos, pois
poi s em su descriç
ricmente elbord d Utopi, que como um todo e em seu
princí n ão é signicd como um projeto de rerm so
princ ípios não
cil, More sltou
s ltou um riquez de pormenores que são signi
cdos como suge s ugestões
stões pr melhors concrets Embor n
sej
sej  possí
poss ível sempre distinguir com certez entre entre os dois tipo

ciclo de encarnação. Estou inclinado a dizer que os pensadores políticos mo


deos que
que evv
evvem
em a ideia do cclo histórico  por exemplo, Maquiavel
Maquiavel  s
a esse respeito mas platôncos do que os plaônicos confessos que connd
a Ida como um ideal" no sentido pós-cristão.

142
14 2  História das Ideias
Ideias Políticas
Políticas -Renascença
- Renascença e Refrma
.1· •pl'tfes ( rticulrnt rue oreo re dá ire
ire trânsito
 il st• n s e uor e gosto pel pel sátir)
sátir)  não á dúid de
  ·Kitênc
·Kitênca. a. De um do temos  pssgem
pss gem concusi
concu si d
. i 1 ,    1· u ore obser que não pode cocordr com tudo
 , q·   el el disse ms que há muits
muits coiss  comuidde
 t i r ue gostri de ver reizds em osss  osss socieddes
    
   n
n pouc esperesperç
ç isso De outro do há um
um
 •�g uito egigecid que ão dei dúid cerc
il,1 opiniã de More o ocerete o status de seu ide.
 dlo coo Re More sugere que o iteresse pesso de
 ,1 l;   emem pr ão dizer diz er d d utoridde de Cristo te-
11 h1í  ititoo tempo "covertido
"co vertido todo
todo o mudo em istituições
1• úblic  ão ser s er que pes um best o prícipe e
'· " d d
I '·" d  mdde o orguo
orguo [superbia] ão o impedisse50
impedisse 50
 1os de dr  esse esse psso
pss o todo o peso que g
g se o cosi
co si
 os o s como vido de um um homem que sbe de cor  Civitas
/ ·. A erbia é o vício vício dmet erizdo o amor sui; sui;
• '  
 de de e orguo
orguo de existêci
existêci prticur;
prticur; é, por deição
deição
     ·rado origi do homem em su revot revot cotr Deus Esse
Ess e
" p n   pe e pi de tod mdde pode ser mtido corre
t  om  j j ud d grç  ut diári pe sticção
sti cção d
,da s  ferid ferid iigid
ii gid à turez
turez do omem
ome m ão pode ser
       ech
echdd Os utópicos obtive
obtiverm
rm o impossíe qud
qudoo
pm us mecismos istituciois removerm " serpete
kl que se rrst o corção do omem More sbi
' I  " n crido um comuidde ide o eimir o tor
     a
aet
et  d ture
turezz do omem
omem queque tor impossíe
impossíe 
   o
 o de instituições sociis em que os homes podem podem "vi
vn lizes pr sempre1 sempre 1
A crez desse poto etretto ão iid o ide
0 um istrumeto de crític Ao cotrário  remoção d

" / l1pia, ed. Lupton, p 306.


 1 h tópicos  ea vitae sun
su n t instituta
instituta ecuti
ecuti quibus
quib us reipub!i
pu b!ica
caeenmenta
nm enta iece-
  lfm modo flicis
flicissime,
sime, verum etiam
etiam quan
quantutum
m huma
hu manana p raea
raeagiri
giri conjectura
conjectura
'    , aeteu
aeteum duratura";; ibidem p 307 (as nstituições que adoar -
m duratura"
.  ua comundade mais feliz e, tano quanto se pode dizer capaz de duar
I  · "' 'mpre"; Norton Critica Editon ed Adams p. 84).

More l 143
2 - A odem da azo: Easmo e More
superbia pont
pont pr o ml qu or  or qur stgmtr
stgmt r Cerli1
mnt, insttução lgum
lgum pod mudrmudr  nturnturz
z d o ho
ho  
 superbia stá conosco; ms isso não signc qu tnha q1l'
ndr à solt. A comunidd sm superbia é  contrd ;'1
rlidd históric
históric circundnt d époc fudl dcdnt 1  
qu Mor
Mor  vêvê  superbia  ftu
ftur
r  sm pis   dstruição. A c d
tic é guçd
guçd porqu
porqu Mor provêprovê sus ihéus d um lo lo 
d condut  d  um sstm d virud viruds s qu é ssncilm
ssncilm  '
pgão. São hdonists indo trás d su przr sob  or1
tção d nturz  d rzão Em su dlit, dlit, são rstring
rstring ��
pl tmprnç
tmprnç  pl p l justiç
justiç d t
t  modo qu não n ão pr
p rjud
jud
rão os próximos. Rconhcm s virtuds virtuds d lm
lm  intlc
in tlct
t
 ncontrm przr n vid vid d contmplção. Dtstm  m
tfísic técnic, ms dsnvolvrm um oso d mor t'
um ciênci
ciên ci d nturz  d r rss útis. Rconhcm  nt nt
rz humn
hu mn como
como socil
soci l  consid
con sidrm
rm su obrigção judr judr 
próxmo indivdulmnt, ssim como como orgnzr
orgnzr instituiçõe
instituiçõe
sociis (scols
(s cols,, hospitis, cuiddos pr com com os idosos  d
nts, tc
tc  ) qu, pl provisão coltiv,
coltiv, tornm  vid grd grd
vl  possí
poss ívl pr todos Têm um clss não nã o hrditári d d
homns doutos à qul podm scndr todos os qu mostr
tlnto spcil
spci l Não mnchm
mnch m ss vid grdávl
grdávl com  qq 
sição,
siçã o, ms mntêm
mnt êm  propridd
propridd m comum; comu m; s ncssidd
ncssidd
simpls
simpl s d todos
todos são mplmnt suprdssuprd s plos rmzéns co
muns
mu ns;;  sus rfiçõ
rfiçõss são orgnizds
orgnizd s coltivmnt m rf rf
tórios
tóri os O ponto nss vid pcíc pcíc  fliz
fliz - sct
sct  hdonist
hdonist
o msmo tmpo  é  usênci d cristinism cristinismo o Tl flicidd
flicidd
individul  socil é possív
poss ívll té msmo sob s condçõs
cond çõs d
um
um civilizção prmitiv
pr mitiv pg
pgãã  dxndo d ldo o pquno
truqu com  superbia; ss é  morl.52
A superbia sm rstrção
rstr ção é  cusção qu Mor
M or z contr
contr
 socidd d su tmpo. O problm é ndmntlmnt
o msmo d Ersmo, ms o horzont d Mor é mis mplo
Rconhc o ml não pns n pleonexia do príncip, ms

52Ese ponto o contraste entre a feliciade pagã e a corrupção cristã i muito


bem analisao
analisao por Chber, Thoma
homa More, p 125 ss., "Te
"Te Meaning
Meaning ofUtop
ofUtop 

 4 1 Hisóia das Ideias Polticas


Polticas - Renascença e Refrma
p,ralmcntc t tds
tds s   s
 s;;  o de o
'kr L' d e gdecimeto
gd ecimeto otico é pes um mif
m ifestço
estço
1 ·     ts
ts P  mos descriço que More z z do Estdo
Estdo
, L 1 te e d sociedde ocidentl em gerl, o leitor leit or deve
deve
· 
  à litertu
litertu monográc, ou melhor, à própri Utopia.

 ''
em
emosos pens os senhores que,
que, depois de um guerr,
guerr,
      seus prisioneiros
prisioneiros que
que so inpt
inptos
os pr o trblho
trblho regu
regu--
  l m prg pr o pís; os senhores de terr que mndm
    
  seus inquilinos,  mm de converterl
converterlhes
hes s propried
ds  psto de ovelhs; em consequênci, os mendigos sem
 edde
 edde que enchem o ps e vivem de de cridde, roubo e
l1rto;  ei pen cruel que pune com enrcmento
enrc mento pequenos
pequen os
1 r i s cometidos por pessos mints;  degrdção pel
 ttuição,
tt uição, bebedeir e jogo; s trpçs
trpç s legis em vor d
1 las mis lt;  explorço
explor ço brutl do trblho e  despedid
 idosos e doetes, deixndoos
deixndo os sujeitos à me e à morte;
  upção d sociedde
sociedde cortês e seus prsits
prsit s vgbundos;
vgbundos;
,1s quinções de guerr; os reis que no se stiszem em
  cont do do bemestr
bemes tr de seu
seu pís, ms querem
querem conquistr
conqui str
1     segundo Reino que, de qulquer modo no podem go
r;  degrdção
degrdção ds pessos pelos impostos
impo stos excessivos,
  i que não é pto pr governr
governr homens livres
livres prósperos;
prósper os;
d sêci
sêc i complet de um sentidosent ido de obrigção soci e de
dl'ver government
governmentl l pr reprr tis mes com leis ruins,
m d lei penl, provsão de hospitis, construção de
  indústri
indúst ri ntiv que drá empreg
empregoo os zendeiros des
sdos, e s instituições educcionis
educcionis
 riz de todos esses mes, More encontr  instituiço
instituiço
 opiedde privd; se  propriedde privd sse boli
da, como n Utopi, esses mes desprecerim juntmente
 e Nesse
Ness e ponto temos de tomr cuiddo em não pnhr
  tngente e nos deleitrmos n faláci
faláci usu de interpre
t a r More como um precursor do "socilismo
"socili smo.. A propriedde
  o é pr More um problem isoldo Ee cstig  sociedde
dl lsse que se nd n propriedde e critic o mu uso do
der econômico ssim como  irresponsbilidde socil d
sse proprietári; ms nem credit que  propriedde e 

2 A ordem a razo: Erasmo e More l I 45


-
riqueza
riqueza em
em si sejam
sejam me
m e em q  vd  comuna
comuna u Sl'I·
algo que cause entusiasmo o contráro, ele ecetua o idl';
 e Rael
Rael a
 a ia
ia comum sem o empregempregoo e
 e inhero
inhero porq1('
isso (estruiria raicalmente toa a nobreza, magnicê 
esplenor e majest
majestae
ae que,
que, e acoro
acoro com
com a opinião com  1 
[ opinio public
publica ] , são as eraeiras graças e onamento d
uma comuniae"53 O problema a proprieae srge 
conexão com a análise o orghoorgho e é inseparáel
inseparáel ele  p
p 
p rieae
rieae eeria
eeria ser abolia porque é o principal instrum
instru m
to para o eleite a superbia. O orgulh
orgulhoo é a nte
nte real o m 
pois o orgulho mee seu bem-estar não em termos e rique 
mas pela miséria os outros A superbia não gostaria e 
uma eusa a não ser que se eixassem esenturaos
esenturaos para
par a cli
comanar e insultar, em comparação com cujas cujas misérias
miséri as s
feliciae poeria brilhar mais, cu cuja
ja pobreza ela poeria ato
mentar e incensar pela mostra e suas riquezas"54
riquezas" 54 Necessi
es e posses poeriam ter parões e limites, mas o orguho f z
a proprieae
proprieae o instrument
instrumentoo e
 e satisção
satisção a paxão
paxão o
 o po
e a superioriae social More já está a caminho
caminho e uma an
lise o orgulho que i epois contnuao por Hobbes para 
caso e eleição religiosa como o instrumento e satisção
satisç ão 
orgulho E More, comocomo Hobbes, esespera e encontrar
encontrar a cur
as almas
alma s oentes
oentes no reespertar
reesp ertar a ia o espírito. Hobbe
uiu o Leiatã como o poer externo que reprimirá pela rç
o orgulho; e More ure a socieae sem proprieae como 
meia institucional
institu cional externa que terá e substituir a cura a
almas
alm as Talez
Talez não seja esnecessário
esnecessár io entizar que a concepção
esse reméio é tão antiplatônica quanto
quanto se possa pensar
pensar 
A proprieae
pro prieae como o meio e satiszer
sati szer o orgulho é o alo
alo
e More
More  Nesse
Nes se sentio tem e ser
ser entenia sua caracteriza
ção a socieae e seu tempo como uma conspiração os
ricos" (conspiratio divitum)5 Os ricos ngem representar o
interesse
intere sse a comuniae, e com esse preteto tomam conta e

53 Utopia, ed Lupcon p 308.


 Ibidem, p. 306
55 Ibidem,
Ibidem, p 30 3

46
4 6 1 Hstóia das Ideas Polcas
cas - Renascen�a e Refrma
Refrma
.·s i
 iss inteesses
inteesses  dem
 dem tqes leais
leais paa
paa manter a
• o qe ganharam inj inj ustamente,
ustament e, assim
assi m como para explo
 i1 r  aalho dos pores por menos dinheiro que se possa

l  isso,
A l i sso, acrescentam injúria ao dano, ao fzer regras regras ge
1 .  is e operam para seu lucro, e então, chamandoo a lei da

 '  qe é a mesma para os ricos e pobres56 Em suma, More


 na um estado da sociedade e uma prática de governo

q1l' ois séculos mais tarde, numa época mais progressiva,


 ·   ta
 ta sua aprovação
aprovação e sação teorética
teorética através do Segundo
/'do do Goveo Civil. Em contraste com Locke, o More
1    s
 s ilminado acredita
acredita que a satisfção
satisfção dodo orgulho
orgulho atra
atra
vt1s a aquisição como um u m princípio de ordem
ordem social e políti-
 a strói a ideia da comunidade Pois como se s e pode flar de
 1 1  i comunidade quando todo mundo está apenas atrás de

  iqe iqezaza privada
privada ( res
res p ublica,
ublica, res privata)?? A sociedade sem
res privata)
 iedade
iedade utópica por outro lado é uma u ma comunidade ver ver
 eira, pois pois "onde
" onde ada é privado,
privado, todo mundo se preocupa
,
m a coisa púlica 57

Temos os elementos da construção de More em mãos e


emos agora avaliar-lhe o signicado político Primeiro
  do, More não era
era socialista. Construiu uma comunidade
ialista
i alista a m de mostrar com que se parece uma sociedade
  ando o principal
principal instrumento para a satisfção, o orgulho,
é emovido.
emovido. A eliminação
eliminação do orglho i seu problema prin
  al, não a eliminação
eliminaç ão da propriedade
propried ade Surge então a questão
questão
 se eleele na verdade acreditava
acreditava que
que as "instituições
"in stituições sábias
 sa Utopia remediariam o mal? Essa questão tem de ser
spondida negativamente Como um cristão consciencioso
L' eólogo treinado, More sabia que a superbia não pode ser

olida por mecanismos institucionais Se sabia isso, a pró


  ma questão
questão tem de ser: por que ele se deleitou
deleitou nesse jogo?
qui tocamos no centro
centro do problema de More, sua aqueza
piritual e pessimismo; mas aqui tocamos também num pro
ema ndamental da política moderna

"' Ibidem, p. 303 ss


" , Ibidem, p 299.

Eras mo e More l 147


2 - A ordem da razo: Erasmo
Uma ve que M oe dignsiu s mls d tem 1
uma excitação da superbia,  rpta critã cr itã tri d sr a 
tauração
tauração da ordem espiritua atavés,atavés, por eempo, da rl1.
da igreja
igreja.5.588 Entretanto,
Entretanto, como Maquiave,
Ma quiave, More paece no 1
tido conança nessa possibilidade Nesse impasse d 1
ment temos de ohar para a origem do jogo meio sério sé rio co , ,

ideia de uma sociedade em que os males da superbia são rc 


vidos através
através de instituições
instituições sábias. A bondade das instit
instit ·)
· )
substitu
subs tituii a bondade do homem; um mecanismo mecan ismo técnico rs
ve o probema
probema da ordem substantiva
substantiva da alma O próprio M·
ainda tinha materia suciente para saber que ta coisa 1·
levar a Nenhures Contudo, ee ee se deleito
deleitouu no jogo; e os res
res   
dos do jogo não difer diferem
em dos resutados a que chegaram
chegaram s s    
mente o s pensadores
pensadores dos século XVIII e XIX quando quando a aq'
aq' 1
espiritua de MoreMore tinha
tinha degene
degeneradorado em impotência espii
espii  
O resultado
resultado geral
geral é a renúncia
renúncia d a ordem espiritual na ama e  1  
sociedade A orde ordemm espiritua
espiritua ganha sua importância
importância sup
sup     
n a poítica
poítica moderna
moderna porque
porque parece abrir o caminho em die die  
a uma ordem socia estáve estáve através dos mecanismos prag pra g
ticos,
tico s, em vez de através da santicação da vida vid a Já é, em pri
cípio, a situação que T S. S . Eliot repreendeu seriamente co o
sonho
sonh o de uma ordem "tão perfeita perfeita que ninguém
ninguém precisará
preci sará Sl'I
bom Ainda assim, o "idea tem de ter um conteúdo E, 
novo, More apontou
apon tou o caminho em direção a uma ratio hed
nista,
nista , sem guiamento
guiamento espiritua, que oferec
oferecerá
erá a ideia de u
u 
existência econômica
econômica moderada para todos, com uma cente cente
de grandes livros
livros inseridos para cultura.
Mas aqui alcançamos a divisão entre More e os modern
posteriores; pois More não apenas sabia que a realização d
ideal pressupunha o impossível (ou (o u seja
seja,, a aboição
aboição da superbi)
mas também tinha
tin ha ele mesmo alegria suciente do mundo a 
de ver que a existência ideal
ide al era um negócio endonho.
endonh o. Segue
-se um número denitivo de falácias independentes quando s

58Essa a popósito, teria sido uma resposta plaônica. Já chamamos a aençã


conta aceitar em seu valo nominal o paonismo" de constutores de com-
nidades
nidades ideais"

148
14 8  História das Ideas
Ideas Polí
Políca
cass - Renasença
Renasença e Refm
Refmaa
1"'   uirio e ue More as atiha  pesador
 lir � e por por cort
cortesi
esiaa pode
podeos
os assim
assim chaá
chaáo
o  pode e
 ,·  T q uc as istituições ideais ão cioarão a ão ser que a
 " / '1·r/ l i  eja reaete abolida daí
d aí ele
ele embarcará em sua abo
    o o prelúdio para o estabelecimeto do reio perfeito.
perfeito.
 · •.  1 l1 aeira do místico ativista  do Paracleto
Paracleto da Rerma
. a eto do Positivismo e Comuismo ou seja a Comte Com te
1      Ou pode acei aceita
tarr a superbia ilimitada como uma parte
  ' ' dic
dicáve
ávell da atureza
atureza humaa e urdiristituições
urdir istituições poíti
   •, q 1c u suprimirão sua tedêcia através da rça absoluta

•     u   eviatã hobbesiao, ou deixarão as tedêcias idivi


!is uili  uilibrar
brar umas às outras como zeram Locke, Locke, Hamil
        diso Esse último sistema atigiuatigiu importâcia prática
prática
 1       ráve
rávell a política porque trabala muito bem cotato
   w  a tes humaas e aturais que explorar explorar de tal maeira
I" '0 haja haja para sair
sa ir satiszedo a "democracia
"de mocracia da cupidez
 esse sistema recetemete i ccaracterizado.
   1   aracterizado. E etão, é
 l;t á os iocetes da d a persuasão pelagiaa que tomariam o
l a o meos em seu valor omial que acreditam
 la acreditam que o ho
1    · 1   é bom e que com esrçoesr ço e propagada
prop agada o Estado perfeito
perfeito
       será
será realiz
realizado
ado A despe
despeito
ito da ti
tiida
idade
de dees, é cosiderá
cosiderá
'l  importâcia social pois proporcioam a turvação que
 ' l    l ite aos meos iocetes pescar seu peie.

§ 10.
1 0. Guerra
Gu erra u tópica
tópica

 coclusão cosideremos os ideais muito debatidos de


re com relação à guerra Em pricípio, são pacícos seus
l Cosideram a guerra uma coisa bestial, embora ehu
 1 1 a espécie de besta a empregue
empregue tato quato o homem; abomi
    
  -a como "cotrári
"cotráriaa ao costume
costume de quase
quase todas
todas as outras
outras
   \es, ão cosideram ada tão iório
iório quanto
quanto a glória
glória obtida
obtida
a uerra.59 Cotudo ão são cordeiros estão exceletemete
exceletemete

' 1 l1pa ed Lupton p 243.


24 3. Toda a matéia discutida no texto está
está ontida, a
 ser que ndicado de outra frma na seço De re mifitari, p. 243-65

2 - A ordem
ordem da ro: Erasmo e Mor
Moree J 149
14 9
equiados aa a guea ataé d um tiamto mil i ta r <'
tênuo assim como em azão do asto tesouo que se a1
o comécio e elos aendametos de teas que são ag p1
aíses estangeiros como idenizações de guea Os ó pi-1
não conduzem gueas aa engandecimento
engandecimento nacional;
nacional ; odas 1
suas gueas
gueas são guerras
guerras justas no sentido
sentido de
d e que são ak
a k
elas iolações da lei
l ei cometidas o outos; e os objeti
objetivo
vo dessu
gueas são estitamente limitados a obte ela
e la ça o que
qu e  s
obigação legal, ou, se isso
is so  imossível, a ini teo
teo u
u 
ciente aa dissuadi o inimigo de tenta algo
algo uma segunda   
Moe
Moe  então, ao contáio de Easmo,
Eas mo, econhece
econhece uma b/11
justum. Daí
Da í suge a questão: quado é j usta uma guea? So·
mucioso  As gue
esse oblema Moe é mucioso gueasas são justas,
justas, <'I<'I  
pimeio luga, quando sevem ao oósito de estabele'
colônias em teitóios ocuados o  o outos ovos. DevidDevid il
sua vida ósea e saudável
saudável os ihéus têm
têm um oulação
ou lação 
cente; o excesso é estabelecido no continente viziho onde 
nativos não zem uso óio de seus aces A oulação i n
dígena ode vive em simbiose
simbi ose com os colonizadoes
coloni zadoes,, sob su
instituições; se esistem então é dada a justíssima causa bll,
ois a lei da atueza (prascriptum naturae) detemina detemin a que a
tea seja usada oiamente
o iamente aa a nutição daqueles que q ue de
de
ecisam
ec isam66 Não
Não ltam
ltam outas causas
causa s justas
just as Os utóicos
utóico s defe
defe
dem seus óios
ó ios teitóios assim como os dos seus amigo amigo
conta qualque invasão; e são cicunsectos o bastante a
não eseaem o uma agessão, mas a conduzi uma gue gue
de evenção se não notaem
notaem eaações
e aações de d e guea
guea em algum
ate diigidas conta eles. Além disso,
diss o, o causa do sentim
sen timento
ento
humanitáio ajudam povos oimidos
o imidos a libertase do ônus da
tiania
tian ia e da
da seidão
seidão  Aju
Ajudam
dam seus amigos não aenas aena s emem de
fesa de seu aís mas também em guea ofens ofensiva
iva quando são
consultados sobe a questão e estão convencidos de que todos
os meios acíc
 acícos
os de estabelecimento
estabelecimento am exauidosexauidos Aj u
dam-n
da m-nosos em articula
a rticula quando seus mecadoes são oimidoso imidos
num aís
a ís estangeio sob o etexto
etexto do dieito; oiso is consideam
co nsideam

60 Ibidem, p. 1 5 5 .

150  Históia
Histó ia das Ideias
Ideias Políicas
Políicas - Renascença e Refrma
   1    te
 te ijusto
ijusto quado
quado os povo
povoss são opriidos
opriidos sob a
d1·• lpa a justiça São mais abstêmios em matérias comer
d1· •, lpa
 1      do
 do eles próprios
próprios são as víti
vítimas
mas e responde
respondem m apenas
 1     
  ões ecoômicas mas quando qualquer de de seus cida-
 l  1  s   cado sicamete mandam uma embaiada exg
. exgindo
indo
 ng do culpado para ser punido (com a morte ou a escra
 n escra
H0) e se lhes recusam a etrega, declaram guerraguerra
/ dução da guerra é estritamente racioa O principal
  1  ito é a miimização do derramameto de sangue e em
  11 ilar evitando a perda das preciosas vidas utópicas Tão
 caram guerra, aam secretamente cartaes em luga-
 1  Llicos no país inimigo prometendo
prometendo recompes
recompesas as imen
    o assassínio do príncipe e recompensas menores pelo
 1 • io
 io de d e outros otáveis
otáveis dobram a recompesa
recompesa se rem
  1 1  ues
ues vivos Imunidade
Imunidade e recompe
recompensas
nsas são prometida
prometidass es-
     ete às pessoas proscrita
proscritass que
que se traíre
traíremm umas
umas às outras
outras
I · ·  edida é a mais ecaz porque as recompensas são tão altas,
1       ferecid
ferecidasas em investimetos
investimetos em terras
terras seguras em outros
outros
 '   Í,
Í , de ta maneira que são praticamete
praticamete irresistíveis.
irresistíveis. Outros
  eram
 eram esses métodos
métodos baios
baios e crués mas ees consideram-
consideram-
1    uváveis
 uváveis e prudentes; pois evita-se grande
grande morticínio entre
entre
   vos se apenas os poucos poucos cupados
cupados rem mortos
 ão cionar o suborno, eles tentam metar cons
 ' i ões de descotetes que possam aspirar ao troo. Ou
do
 do la l a a incitação de proble
problemas
mas domésticos, icitam
icitam os
  hos
 hos a envolver-se
envolver-se a guerr
guerraa com base em alguma
alguma vioa
vioa
�  rjada de tratados
tratados "que nuca
nuca são queridos
queridos dos prínci
prínci

   A taita i aliados eles lhes
lhes dão diheiro e os deiam lutar
 om seu póp p óprio
rio exército
exército Se precisam de exércitos
exércitos maiores,
  1   ega mercenários
mercenários apeas comocomo útimo
útimo recurso
recurso empre-
1a seus róprios
róp rios homes
s prinípios
prin ípios egajad
egajadore
oress da guerra
guerra moreana se tornaram a
1usa justa da guerra aglo-germânica no que concerne concerne a seu
  icado
i cado Os historiadores
historiadores alemães
alemães achava
achavamm que More era
 1    iglês érdo
 érdo que inve
inveto
touu todos os pretext
pretextos
os para a expan
expan
s; 10 do iméim ério
rio britânico e com hipocrisia caracteristicamente
caracteristicamente

2 - A ordem Moe l 151


ordem da azo:Easmo e Moe
igesa
igesa atriuiu a ees um hao moa Os igeses, com despir
zo riem às gargalh
gargalhadas
adas porque a expasão
expasão marítima
marítima 
     
ca estava
estava aida a um sécuo de distâcia; e por
po r mehor que w.
preceitos
preceitos se adaptassem
adaptassem ao império
império maicioso
maicioso e seus m
m ••
ão se
s e pode
pode culpar More por tê-os atevist
atevistoo ou aconse
aconse 
Os alemães
alemães recohecem
recohecem tacituros
tacituros a derrota em vários c
c 
de pormeor histórico,
histórico, mas insistem que
que todo
todo o negóci
negóci 

d a fede,
fede, embora eles j á ão estejam em certos do quê C o  1 1 0
sempre em tais deates amos o s lados deramderam cotriu\
cotriu\
valiosas para a compreensão de um problema import1
O s igeses certamente estão certos quado rejeitam
rejeitam toda  l i
gação entre
entre More e o imperialismo britâico;
britâico; com igua cer'/
cer' /  
estão corretos os alemães quado acreditam em seu se
otivo
otivo e isistem que é necessaria umaum a explicação
explicação
A explicação, em nossa opinião,
opinião , está em à mão se cont
cont  
armos a aplicar os princípios que guiaram ossa iterreta0
iterreta0
da Utopia até este poto. Por causa da ambiguidade
ambiguidade 
metal do "idea de More, ão podemos estar asolutamasolutam

certos de quato ee queria dizer seriamete e quanto 
A observação
observação de que muitos cosideram método s baix  ·
cosideram tais métodos
cruéis pode reetir
reetir a própria posição
posiç ão dee Tais págias
págia s et
tanto como a descrição amorosa do exército do povo em açü1,
(quado os utópicos recorrem ao emprego de seu próp
exército
exército)) soam muito como um sonho de um estadista ac
al que quer
que r livrar-se
livrar -se do exército
exército feudal
feudal assemelha
assem elhadose
dose em
muitos aspectos ao soho de Maquiavel
Maquiavel da milícia popu
popu  
E, geralmete, pode-se cosiderar que a eumeração d
causas
cau sas justas de guerra
guerra é talvez
talvez meos
meo s um ideal do que u
tetativa de
de istar causas sensíveis de guerra
guerra (o
( o interesse d o
povo) em oposição
op osição às causas
causa s ívoas
ívoas dos príncipes.
Contudo com a devida permissão das itençõesitenç ões críticas
críticas 
das reservas pessoais de More, permaece, como o  o caso d
d
seus
seu s outros
out ros estratagemas istituc
ist itucioa
ioais,
is, o duro
duro to de que ekek
podia
podi a deleitarse em
em tais voos de ntasia. O qu quee impressio
imp ressio
a o leitor como odioso nessa relação de causas e métodos
métodos de
guerra
guerra é a iibilida
iibilidade
de do ideal
ide al Os que vivem
vivem pelo idea não

152
15 2 J Históia das
da s Ideias Políiíicas
cas - Renascença
Renascença e Refrma
Refrma
 k   omc omce e eos o dea decde
decde se a ustiça da codu
codu 
1 1 qu ã o aceitam; e, em cosequêca cosequê ca,, os potadores
 1 ,    !toa iam
 iam em suas pessoas as ções de pate, juiz juiz e
 ,. r Quado atavé atavéss da dotação de um asoluto que pro
l " 'c é do espírito a ordem tempora adquire adqui re as caracte-
caracte-
• as d m "idea', o efeito efeito é uma "moralizaç
"moral izaçãoão pecuiar
pecuia r
.  0duta poítica Essa moralização ós a podemos denir
 •'i tes
 tes caracte
característ
rísticas
icas principais: ( 1 ) O possuidor
possu idor do
l·, p e rde a cosciêcia de sua própria superbia e, em par
  rr s reações poíticas, de sua própria pleonexia. (2
 �     f vcl da cosciência, a sperbia i canalizada canalizada comco m suces
  'ªr  rmação do ideal; sob esse aspecto, aspe cto, o ideal é uma
 1 1  f s t ação do orguho espiritual , da libido dominandi. (3)
orguho espiritual,
t Jdo essa perversão nalmente tomou conta da mente do
1kaist ele pode persuadir seus desejos sem um setimeto setimet o
 k     a porque os desejos estão estão agora
agora locaizados
locaizados no ideal, e o
· I  or denição, é um absouto mora mora  ( 4) A consequência
ite é uma variante peculiar de ética intencionalista à me
    ue o idea idea agora santica os meios ecessários para sua
1,zção  uma consequência consequência que se torna partic particular
ularment
mentee
1.ívc nos pricípios de More ( 5 ) Já que o portador do ideal
.  pe agir moralmente, quem quer que estej
, estej a em conito
,   e está está automaticamete errado; os utópicos utóp icos só podem
• duz guerras guerras justas  depois de terem denido os pricí
s e justiça de tal maneira que sua aplicação leva leva à preser
\�ío e à expansão expansão do poder dees (6 (6  Como consequência, a
   dia do do conito existecial é eiminada da história; o ii
  go não está lutando lutand o para a manif
man ifestação
estação de suasu a existêcia
   o mesmo direito do idealista; quem quer que queira levar
 óprio estilo de vida, não molestado pelo ideaista, é um
 
  iosoi oso (7)
(7 ) E, mais geralmente,
geralmente, o ideal aboleabole o signicado
signicado
L  stória como a potenciaidade através através da pluralidade das
 zações históricas; pois apenas uma civilização realiza a
'ia de homem, e essa é a civilizaç civilização
ão do idealista. ( 8 ) E, nal
  LL  te,
te, e mais perigoso, o ataque brutal à realização histórica
' odos os valores que não por acaso não são incorporados
 dea rça todas as outras pessoas p essoas a uma
u ma posição defensiva
defensiva

2 A odem da razo: Erasmo e Moe j 153


- 15 3
em que a p oe arocidade  crims podm pe _ w . 1   
cado
cad o a m de epeli
epeli o iulo à  igiade
ig iade humn.
N o cee do idealimo
idealimo uópico de Moe ncontms i      ',

 a pleonexia d o itelec
itelecual
ual como eá o ceceoo  o as'·1 
de Eamo. Além dio dio é o memo
memo demoio
demoio e o o   ·,r
a gaça do epí
ep íio como em Maquiavel,
Maquiavel, apea agav 
eu
e u difce
difce como
como um idealideal A cocepç
cocepçoo de Moe ee  ,  1 
ipotâcia
ipotâ cia coide
coid eave
avelmete
lmete mai geal do que ulq ,  
alzação
alzação de eu peceito
peceito o impeialimo biâico. Mo      
o dúbio méito hitóico de te expeado pela pime  
a iteia pleonexia da azo ecula juiça e oadd S  1 , 
epeo do ideal o é a caua do que e  e egui
eguiuu depos
depos  '
é o pieio ioma agíveagívell da gade doeça
doeça epiiu
epiiu q1
devia agaa a civiliz
civilizaço
aço ocideal o éculo eguie
egui e I ·. 1 
pimeio
pime io deevolvimeto
deevolvimeto iemáico dea ideia ão e n
ao
ao  iglee (como
(co mo o cítico
cítico aleme paecem
paecem upo),
upo ), s  l < ' "
epahói e m paicua
paicua à Relectiones Indis de Vitóia -   ; 1 < '
Relectio nes de Indis
po
po  caua de ehu
ehuma ma efefied
iedade
ade do
do epahói
epahói ma po   1 
ele
ele  am
a m o pimeio que iveamiveam de lida com a juic�·
juic�·   
de ua pleonexia a Coquita. A Utopia mota o poble d,
dei
de iega
egaço
ço epiitual
epiitual memo um etágio mai avaçao d.
oba
ob a eja de
d e Maquiavel eja de Eamo à medida que a ple1·
xi agoa e epalhou do pícipe paa a comuidade A ob
de Moe é a pimeia
pimeia evocaç
evocaço o de um povo que e eabek<
coo
co o o pad
pa doo paa a humaidade. De ovo Moe Moe ão é a ca
a d a equêcia a hitóia pagmáic
pagmáica; a; ma de ovo aqui te
o o pimeio lampelampejo jo de um campo de política
política ieaci
ieacio o I
o u iteciviliz
i tecivilizacioal
acioal e m que odo odo mudo tem uma ideia co
o utópico e e ee o dieio de eabeleceabelece
e o picípio '
juti
ju tiça
ça paa odo
odo o ouo
ouo com a coequete acioalida
da uea ao eviço do ideal. Na Utopia podemo obeva e
ação
a ção um u m complexo
complexo de eimeo e ideia que o éculo
euite e toao um fto deciivo a hitóia ocide
e da
d a í advém a ua vedade
vedadeia ia impotâcia
impotâcia hitóica.
hitóica. A
A  aoc
dade
dad e atuai impeialimo coloial do acioal-ociali
atua i do impeialimo acioal-ociali
e do
d o counimo macam o m de uma cuva cuva cujo começo 
m a rcado pela atocidade
atocidade jocoa
joco a do ielectual
ielectual humaia

154  Hisóia das Ideiasas Políti


Políticas
cas -Renas
- Renascença
cença e Refrma
Refrma
3 . Ü PO
POVO
VO DE EUS

 0 o colapso da ordem espiritual temporal da Cristan-


   d      ental,
ental, era necessária uma nova organização de po
   1   '    oral,
oral, assim como
c omo uma nova matér matéria
ia de comunida
comunidade. de.
1 
  ema temporal i resolvido nos séculos seguintes
  1 . t v l� s a criação do Estado como c omo a nova rma políticpo lítica;
a; a
   ·    ão
ã o dessa rma
rma por p or uma nova matéri
matériaa espiritual,
es piritual, no
1 1  1 .  1   0 , apresentou maiores diculdades e só i provisoria-
 1

       1 c esolvida
esolvida pelos movimentos nacionalistas no quadro
L, anizações do Estado. Vimos como nas décadas de
  
    a do século século XVI
XVI os pensadores
pensadores polític
políticos
os lutaram
lutaram com
• olema Maqui M aquiavel
avel queria criar a ordem nacional da
1.ila mediante a virtu do príncipe Erasmo concebeu concebeu a ideia
 l   cipe asceta como o harmonizador da comunidade; e
Mre rincou rincou com a ideiai deia de instituições
insti tuições que, de uma vez vez por
ds, resoveriam as desordens que surgiam do orgulho e
' l .  1 /onexia. Nenhum deles anteviu as rças de massa que
l  · v a r i am à reorientação espiritual do mundo mundo ocidental O re
   
 amento
amento dos homens em comunidades comunidades que caminham
caminham
1      stória em parceria com Deus é, de fto, um processo de
d ção milenar; começou na n a alta Idade
Idade Média e não vimos
 1  a
 a o m dele dele O irrompimen
irrompimento to da Grande
Grande Rerma
Rerma no sé
 io VI é apenas uma u ma das fses desse processo muito mais
   gent
 gente e Daí, antes de entrarmos na análise da da Rerma e
1 c eus resultados, temos de d e nos inteirar da estrutura geral
geral e
dos p ro l e m a s t p c a ment rcrrnts dss vasto lcq1r 1  i -
movimenos espriuis do pov.

§ 1.1 . Instituição
Instituição e movimen
movim entto

Podemos trrtrr o problem dos movimenos,


movimenos, disin   
do enre dois pnos d  civilizção
civilizção ocident, um plno l   i  1 · ,
eevdo e um plno inferio inferior.r. O pno elevdo vmos cra k
rizáo de um mneir preliminr
preliminr como o ds institu\
púbics; o plno inferior,
inferior, como o dos movimentos
movimentos que eL eL   1
em permnene revolt contr s insituições esbelec�
Desde o começo do século XI,  hisóri espiriu espiriull e inelec
inelec  
d civilizção ocidentl i ordend em mbos os p n o s :
lém
lém disso, bo bo pre
pre dess históri é  históri
históri d iner
iner 
entre instituições públics e os movimenos de revolt A l' l '
qui
qui considermos pen penss os contecimentos
contecimentos que que ocorrera
ocorrera   
no nível púbico, tis t is como
com o  evolução do sisem
sis em feud
feud e a s
monrquis ncionis incipienes,  evolução d  igrej igrej feu
feu 
 centrlizção do governo d igrej igrej  e  entiv de conci 
n su constitucionlizção s ideis evoctivs d Cris
dde imperil,  idei do corpus mysticum,  idei ds du
ordens no corpo mísico, os eios e contrpesos entre o pod
espiritu e temporl,
temporl, e ssim
ssi m por dinte; no mesmo níve níve p·
blico encontrmos,
encontr mos, nos no s séculos seguintes, s ideis do Es Es
ncionl, do povo e de su representção, do direito direito nur
nur 
dos direitos individuis e do governo constitucion,  evoc
ção d
d  igre
igrejj  rermd, s ideis de tolerânci religios e 
ideis que dizem respeio às relções entre  Igrej Igrej e o Esdo
Sob ess superfície desenro-se o drm milenário dos
sentimentos
sentim entos e ideis que estão em revolt contr  superes
supere s
rutur de noss
noss  civilizção.
civilizção. Ess
E ss tensão enre s insituições
e o movimento milenr do povo  contudo, não é um peculi
ridde ocident É um trço gerl do processo civilizcion
civilizci on
 ensão, por exempo, entre s insiuições
insiuiçõ es públics chiness
e os movimenos populres recorrentes de nurez oís

1 56  Hstória das Ideas


Ideas Políti
Políticas
cas -Renas
- Renascença
cença e Refrma
Refrma
  1 h   '  nc à mem cl de en
enôenos
ôenos que
qu e
    ·  ' ocidental  tensão ocidental, entretanto, assu
• ass u
      • r  o s  aços eseccos que não encontramos da mesma
     1·ira  outas civilizações. Podemos descrever esses
 i hor or meio de comaração com os problemas
   L       dos na civilização
civilização helênica O leitor se lembrará
lembrará de
•,s;  cussão do apolitismo helênico.1 Nessa ocasião ob
  o que a tensão entre as instituições da pólis e os sen-
.

  1 to dos gruos apolíticos seriam recorrent s de uma


        as radical numa civilização cristã, orque a ideia
• 1 a essoa
 essoa em proximidade com Deus se mostraria o
      d  r ermanente
ermanente contra as instituições. A ideia da pessoa
     uncionaria
un cionaria como
com o um agente de revolta contra
con tra a insti
insti 
1    alização das relações entre a alma e Deus e como um
c de regeneração das instituições Desenvolvamos um
   essas armações de princípio
) olitismo é um problema permanente em toda cultura
I ' 1 f  ica. As instituições não podem zer mais do que establizar
'

1 ·  nar
 nar o campo das rças sociais que existem no tempo de
.i    iação
 iação mesmo a mehor criação institucional não é perfeita;
perfeita;
,,  e haverá grupos e indivíduos
ind ivíduos que estão insatisf
i nsatisfeitos
eitos com o
 �   eecimento
eecimento do momento histórico,
histórico, e com o passar do tem
 '  com a mudança das circunstâncias surgirão novos casos de
    sção.
 sção. Uma instituição
instituição tem
tem de constante
constantemente
mente envo
envolve
lver-
r-
sc no processo de restablizar-se pela solução de problemas
que destruiriam seu valor e signicado signicado se eanecessem não n ão
n · olvs Se o grupo reinante de uma um a instituição falha
falha em tais
    tações,
tações, um número crescente
crescente de pessoas se sentirão "dei
 as de ra. Se o número de tais pessoas começa a tornar-se

  de demais numa dada sociedade, e se elas expressam seus
tmentos e ideias numa losoa de conduta adaptada a pes
st ia que vive vivem
m com seus "corpos numa comunidade, mas ma s não
ticipam
 ticipam dela com suas "almas (para empregar a rmulação

  V cr vol I, Helnim Rome and Ear Chritiani p. 6984 Ver ambém


'/t10 and
an d Ari
A rito
toe,e, p. 1 1 2-  7 1 4046 em que Voeg
Voegeln
eln incopoo
incopoouu mater
material
ial
.lo uscito oignal de Hist Histo o ofPolítica!
Política! Idea.
Idea.]]

3 - O povo de Deus l 157


patônica)
patônic a),, ento
ento temos
temos o fen fenômo
ômo o poitismo um um csal\
sociamente relevant
relevantee Se, além disso, tais pessoas rma
rm a l  1
munidades e se orgaizarem para a aço potica, ento a s iti t  1  l ,
ço estará madura para uma revoluço.
Tensões
Tensões dessa natureza,
natureza, como dissemos,
dis semos, ocorrem
ocorrem em t
t 
as civilizações,
civilizações, mas suas rmas variam amplamente
amplamente de aco
com as diferenças
diferenças de estrutura espiritual
espiritua l No caso
cas o da civi
civi 
ção helênica, vimos
vimos que
qu e a rma da tenso
tens o estava
estava determin
determin
pelo conito entre
entre o mito coletiv
coletivoo da pólis e o mito da a a 
dos lósosmísticos
lósosmí sticos A onda ded e apoitismo
apoitismo na Hélade, em
ra com sucesso,
sucesso, pôde apenas levar à desintegraço
desintegraço da póli 
coetivism
coetivismoo politeísta do mundo da póis podia reagir ape ape 
com o colapso contra o misticismo essencialmente
essencialmente monote
monote
e universal
universal da alma Numa
Num a civili
civilizaço
zaço crist,
crist, as determin '
tes da situaço so inteiramente diferentes As instituiç i

públicas da Cristandade
Cristandade imperial (Igr( Igreja
eja e Império) absorV
ram, desde o seu começo, os probemas da alma espiritua e
de seu
seu destino em direço
direço a esse padrão
padr ão Pareceria impossív
impos sív 
em princípio, que situações como a insatisço
insatisço popular co
a religio do império de henaton, ou o apolitismo das es-
colas helênicas, ou o "associativismo chinês em conito co
a ordem pública conciana pudessem levar a uma civiliz civilizaç
aç
cristã
cristã De to, situações desse tipo particular
particular não surgem 
tensões assumem rmas especicamente diferentes Pa
a designaço dessa diferença especíca podemos empreg
apropriadamente
aprop riadamente o termo reforma. O movimento do espíri esp íritoto
se tornou institucionalado na Igreja; donde os movimentos
espirituais
espiritu ais do ndo da sociedade no poderem estar em opo
sição genérica às instituições O movimento oposicional está
intimamente relacionado ao espírito da própria instituiço e
tem de expressarse
expressars e numa chamada para a rerma O espiri e spiri
tualismo da Crstandade, e em particular o espiritualismo do
Sermão da Montanha, é um padro que pode ser invocado
contra a instituição que deve representá-lo; se a ordem espi
ritual da Cristandade r  r excessivamente
excessivamente violada pela conducondu 
ta dos grupos governantes, o apelo pode exigir padrões que
são, em princípio, aceitos pelos próprios grupos governante
governantess

58 1 Hstóra das Ideias


Ideias Polí
Políca
cass - Renascença
Renascença e Refrma
Refrma
:\ t  um movimento espiitual a pati da ase não
1vl dc de um colapso; pode ser a ema da instituição
\ ,    ia da ema,
ema, então, tonase uma ideia que
que distingue
distingue
.        ção ocident
ocidental
al medieval
medieval e modena
modena da helênica.
helênica. De
D e fto,
fto,
1  • ,  inc séculos de  000 a  500 são caacteizados
caacteizados pela diges
1 t• ovimentos espiituais adicais através de uma séie de
1     as menoes assim como pela pela supressão social, algumas
'/lS agrenta
a grenta,, das escóias indigestas desses movimentos.
amos de fla de escóias indigestas dos movimentos
1 1 ' a supessão. Quando um movimento popula de rele

  de massa se está rmando em oposição a uma insti


 1    0 essa mação é a prova denitiva de que a instituição
instituiç ão
.dl0u, de algum modo, modo, em lida com os problemas conados
,1 •·u uidado; nesse sentido, a ideia de vox populi popu li,, vox Dei é de
· .   ia
 ia dede ouo. A mação de tal movimento,
movimento, entetanto,
entetanto,
      G\ é uma pova
pova de que a dieção
dieção a que
que se move
move é dotada
dotada de
·.do  tínseco
tínsec o O movimento
movimento pode apresenta uma tendênciatendência
l  i l   ª  ealização social de valores espirituais; mas
ma s essa tendên-
1    de não não ser mais do que um núcleo que que está cecado po
l.1rgas anjas anjas de
d e ódio destrutivo conta a instituição que flhou
    to à sua taref
taref especíca Dessa possibilidade surgemsurgem pe
    peculiaes das tensões ente instituições e movimentos,
s deles genéicos em todas as civilizações, alguns deles
1  •
• ccos
ccos da civilização ocidental. As queixas legítimas de um
  
  mento espiitual,
espiitual, o seu apelo
apelo para
para a rema
rema no no sentido
sentido
1 o podem ser acompanhadas de uma atitude hostil aos
es civilizacionais Essa mistura de hostilidade civiliza
i   al é um taço praticamente inevitável dos movimentos do do
   o da escala social; o essentimento
essentimento contra os valores
valores inte
l' ais e estéticos ealizados pela classe mais alta darão muito
I ' e moto na exigência de ema. O clamor po erma
'

·itual é tipicamente unido às exigências de uma "queima


d   os, de uma supressão da cutur cuturaa literária
literária e atística,
atística, e da
   ção da odem
odem de popiedade
popiedade prev
prevalecente
alecente
ssas misturas anticivilizacionais são duplamente pe
sas para as instituições. São um perigo por seu ataque

3 - O povo de Deus l 159


imediao aos aores ciiacioas  o ai m    /
pior porque
porque essa
essa misra
misra empre
empresasa legi
legiim
imida
idade
de à resi
resi((•    1  
insiucio
insiucional
nal con
conra
ra o s moimen
moimenos;os; o s eleme
elemenos
nos a  v   !
zacionais em moimenos
moimenos ornam-se uma desculpa desculpa p    ·
grupos reinanes não saiszerem qeixas legíimas e  v 1
ória momenânea
momenânea da insiuição
insiuição pode orar-se, em     
em 
quência, a causa
cau sa de insurreições ainda
ainda piores no uro !·:�'"
efeio
efeio cumulaio dede resisência conra clamores legíim legíim  k
rerma ieram consequências especialmene graes 1
ciilzação d o ipo crisão
crisão ocidenal Se S e a s rermas
rermas não     l  
próxmas, o ressenimeno que é sempre cilmee dr 
nado conra os alore
aloress ciilizacionais incorporados em     1
uições pode irar-se conra os próprios alores espiri
O processo que começou com moimenos de rerm t'.•
piriual pode erminar com moimenos conra o esp
Esse em sido, d e o,
o, o curso dos moimeos ciliz�  
moimeos na ciliz�
ocidenal : o curso começa com moimenos do ipo albi  
ocidenal:
se ermina com moimeno
moimenoss do d o ipo comunisa
comunisa e nacio 
-socialisa O desenol
desenolime
imeno
no não em paralelo
paralelo a his
his 
A ciilização crisã ocidenal em uma ulnerabilidade p p  1
liar e mosra problemas peculiares de declínio:declínio: enquao
enquao .i
ciilização
ciilização greco-romana a ensão do declíno
declíno era causada   
moimenos que represenaam um aanço do espírio  1;
ciilização crisã ocidenal a ensão do d o declínio
declínio é causada por
moimenos qe q e são espirialmene regressi
regressios os.2.2
Éda maior imporância disinguir enre esses ários co
ponees em moimenos porque a la de al disnção po' po '
lear a ma séria consão em sua inerpreação Niezsc'
por exemplo, iu apenas o componene
comp onene de ressenimeno na�
origens da Crisandade assim
as sim como
com o nos moimenos poser
res de rerma
rerma crisã  um componene que certamene
certamene esav
presene; c ou cego aos aores espiriuais da Crisandade,
Cris andade, e s

2 Lembremo-nos a popósito que essa pecularidade da civilização ocide 


deveia zer os hisoriadoes hesar as predições com relação ao curso ftur
do declnio ocideal. Sob as codições são possíves caásos de desod1
sem paralelo ao passo que por ouro lado, fças recuperaivas sem par
esão
esã o imanenes
imane nes nessa
ness a civilização.
civilização.

6 1 Históa das Ideias Políti


Políticas
cas -Renas
- Renascença
cença e Refrma
Refrma
 à coução cacoa do cidte ouo, em co
• "   c
 ca,
a, à tetata tagcam
tagcamete
ete asurda
asurda de uma eolta
eolta es-
  1    a cota o espíto  caso de Nietzsc
Nietzschehe é particu
particularm
larmente
ente
  1     ado por causa da relaçã
relaçãoo íntia
íntia ente
ente uma anáise
anáise teo-
teo-
 1    
   ete errada e as consequências
consequências páticas: um movimento
1 0 o Nacional Socialista podia armar a ancestralidade de
 '
 'cche
he com cert
certaa dose de legitimida
legitimidade,
de, a despeito do to de
i1 ção de Nietzsche ter sido dirigida precisamente contra
� l aços na ciização ocidental que estavam maif ma ifestos
estos nesse
ne sse
 1 
  eto. A reolta espirituespiritua
a continuou inecaz; a evolta
evolta
 1     r o espírito ganhou
ganhou releância social
socia l

§ 2. Periodização
Periodização do
do movim
m ovimen
entoto

Eora o processo dos movimentos se estenda pelos


·os
o s desde a alta Idade Média até o presente, é possíel
po ssíel
   u
 ua
a esse pocesso em períodos através
através da aplicação de
.\ris citérios.
citérios. O pimeiro,
pi meiro, e mais importante critéio
critéio para
!dzação, seria a capacidade de asorção das institui
 1l'S aa os moimentos
moiment os

Quato a esse citério


citério podemos dize
diz e que
que o grau de capaci

   de asoção
asoção i muito alto atéaté  300 e declinou
declinou decisiv
decisiva-
a-
1   e depois
depois dessa data.
data. Até  300, a Igreja
Igreja era ainda
ainda capaz,
capaz, o
 ,
 , de lutar corpo a corpo com seus prolemas
prol emas O feito
feito mais
1   <e i a asorção dos movimentos
movimentos eligiosos
eligiosos populares
populares
 omeço do século século XIII pela Igreja
Igreja po meio
meio das noas o
lc1s mendicantes. Ainda assim, devemos também notar que
,, < uzada Aligense mostra uma aqueza grave com elação

 aacidade de absoção
absoção pecisamente
pecisamente porque i conduzida
1  sucesso
su cesso mita completo para destuição do movimen
 aigense
a igense No entanto a capacidade de asoção ea ainda
 a
a  mesmo no m do século
século XIII A absorção do intelect
intelectua
ua
   o aábicoaristotél
aábicoaristotélico
ico no sistema
sistema da doutrina cristã ata
vés de Albeto e Tomás é um dos do s feitos
feitos mais grandiosos
gra ndiosos de

  atação
atação intelectual
intelectual de uma instituição política.

3 - O povo de Deus l 61


Deois e 300, mua esse qaro O rane m  
místico o século XIV, reresentao
reresentao or guras
uras como E1i I ,
Tauer
Tauer e o Frank
Frankrrtiano,
tiano, não ram
ram absorv
absorviios,
os, mas em
em    
os
o s ara
ara a posiç
posição
ão e umauma heresi
heresia
a E os movi
movime
ment
ntos
os a 
   1 
chamaa réRerma ram vencios ela volência, n  .. 1 
o movimento
movimento hussita por uma cruzaa al  mesm mesm  i 1   
biiae
biiae  e liar com os novos roblemas
roblemas é revel
revelaa
aa na
na  c nH,
centes
centes inuências nacionais no apao cismático,cismático, na 
   · 1  
criar uma constituição arlamentar internacional
internaciona l ara a Igrj
na retiraa ara umau ma rma absouta e  e governo
governo a Igrej
Igrej l' 1.
criação
criação a a nova rma legallegal e liar com govern
governosos naci
naci  i.
Esse quaro geral icimente é muao eo to e o r  v 1 
misticismo ter enetrao a Igreja através e ensaor i 1 
iviuais como Nicolau e Cusa. T absorção iniviua li\1 
resolveu o robema que a igreja igreja enentava na época o  ' i l ,
o roblema o esenvolvimento a outrina cristã atravé dl'
uma
um a iferen
iferenciaçã
ciaçãoo e cutura
cutura mística o simbolismo
simbolismo o dog11.
assim como o roblema a  a reinterretação
reinterretação o signicao d d  
símbolos ogmáticos
ogmáticos à luz a exeriência religiosa ativa O a1
 e  300 oe ser cons
consie
ierao
rao o marco a época na qual co'
çou o eclínio
eclínio a Igre
Igreja
ja - eclínio
eclínio enio
enio quanto ao ecré
ecré
mo a a caaciae e absorção ara o movimento o espírio espírio
O eríoo entre  300 e  500 poe ser caracterizao com
com 
períoo e caaciae e absorção
abs orção ecrescente e, ao mes
mes 
tempo
tem po a suressão exitosa os movimentos O eríoo que
começa com  500 tem tem e ser
se r caracte
caracteriza
rizao
o como o períod
períod
em que os movimentos se tornaram oerosos o bastan
para eseaçar
eseaç ar as instituições
instituiçõ es com o resultao e criar igr
igr
jas rivais
rivais cismáticas
cismát icas Esse
Esse é o eríoo os séculos rotesta
tes e  500 a  700.
700. Mesmo urante esse eríoo,
eríoo, contuo,
contuo, í
caacia
caa ciae
e e absorção a igreja (que agora se torna
tor na a Igr
Igrej
ej
Católica no sentio estrito, como istinta os movimento
protestantes e sucesso) não tinha esaarecio comlet·
mente O movimento a Contrarrerma revela as rças 
recuperação consieráve
consie ráveisis que aina estavam vivas Aém i
so nesse
ne sse períoo começamos
começa mos a notar o amálgama os mo mo 
mentos oíticos opulares nas na s novas organizações o Estao
Estao

162
16 2  História das Ideias
Ideias Políic
Políicasas-- Renascença
Renascença e Refrma
Refrma
1 •\l ni  is rente r n ngterr
  1d' o cntituionis
cntituion iso
o e o protestntiso
protestntiso se isturr
   1 1 , o  o outro

 1 i  l t  rn 
' período os omeç e  700. É e
os movimentos omeç
 1   v   o
 o por novs rterístis Enqunt no período
novs rterístis
I "  '
 '
ntntee os
os ovimentos
ovimentos espirituis
espirituis tendim  misturr-se
,      o ionismo
ionis mo pr mostrr um toque resentemente
      1 c on
on que meç
meç expo
expodir
dir  rm do Estdo
Estdo nio
nio
 1 . d  l·e eeento não está ompetmente usente no perío

   ceente; tnto o toiiso qunto o protestntismo


·
 · ve inçs inçs internionis,
internionis, e s dus internionis
internionis
 "tlo  guerr um om  outr. No entnto poemos dis dis 
       i  entre
entre o internionismo
intern ionismo reigioso dos séuos
séu os XVI e
\ V 1  coo um rrebo rrebo d trde do universiso
univers iso ristão
ri stão e o
   vv o nternionismo
n ternionismo do tipo positivist e ounist
ounis t que se
    oveu r d trdição ristã e mesmo ontr e3 e 3 Ade-
 ess onsiderção present  segun rterísti
    ovientos
ovientos nesse útimo período: seu ráter ráter seurist
seurist
.  1   cistão
c istão Aqui fn onteeu o que vutv vutv omo um
 'nig eso no ráter ntiiviizion nterior dos o-
· i ntos o mor pe rerm espiritu que seguiu des-

      , ou i insufientem
insufientemente
ente resovid
resovid pes instituições,
instituições,
rouse grdumente num mor pe destruição
1 et desss instituições porque o próprio espírito que

 < ivendo nes é  us dos mes. m es. O mor de rerm
 rmou-se
 rmou-se num tque tque o espírito

§ 3. O alcance do movimento
movim ento

A rterizção do proesso
proe sso ssim
ss im oo de su periodiz
�· ih>, omo bmos de presentá-s têm de ser onsider
das experimentis A dinâmi d ivizção oidental e, em

' Pra os vários


vários tipos de internacionais e sua periodização, ver o cap 4 "Vito-
. do vol. V Relígo
Relígonn and
an d the
th e Ríse ofMomí.

3 - O povo de Deus l 163


pricur  nsão n os  sô .   1  i  
no recee
receerm
rm té gor
gor  te
tenç
nçãoão monográ
monográcc 
     ·   
Os interesses concentrrm-se pens no ne ins
Com reço
reço às ses iniciis desse processo
processo ind n   v .    .

çmos
çmo s perceptivemente pr ém do reo ddo po  l·tw.
ddo po  tw. 1   
Gion
Gi on em seu Declíni
Declínioo e Queda
Qu eda do Impéri Ro mann o. f:  1   ; 1   1
Impérioo Roma t

de Gibbon o ter chmdo  enço pe primeir primeir  ve (no  . 1


pítuo
pítuo 54
5 4 de seu trtdo)
trtdo) pr s origens
origens e cnc
cncee dd  0 
mento
mento que cumin n exposo d Rerm Rerm do sécu X \' 
Ee ssinou  inh de continuidde diret do mo 1   
puicino
puicino do sécuo
sécuo VII n Sri
Sri pssnd
pssndoo d trns
trnspp     
ço dos puicinos
puicinos pr os Bács pe su rmicç  1  
seit ogomi
ogomi e pes
pes migrções
migrções dos puicinos
puicinos e bog
bog    
té à Itái té o precimento
precimento dos cáros
cáros no
n o su d Fr1,
no sécuo XI. DosDos cátros  inhinh coninu peos
peos wd
wd  
e nciscnos té os movimentos sectários posteriores q·
s e esphr
esphrm m por tod  Europ e chegrm
chegrm  seu cu    
movimento Lord n Ingterr e no movimento hussit 1.
Boêmi nos sécuos XIV XI V e XV.
XV . A Rerm d o sécuo XV é '
vd  efeito
efeito por
po r um movimento
moviment o mpo que se s e mnif
mn ifestou
estou l
Guerr dos Cmponeses
Cmponeses ssim como no n o movime
movimentonto nb
nb  
t que se
s e esphou
esphou d Hond pr  Suíç e d Asáci p p 
 Morávi, comcom su continuço n vid sectári n Hon Ho n 
Ingterr
Ingterr e Améric No N o sécuo XVI, d e novo
novo vemos o mo
mento puritno proprimente
p roprimente dio evdo  efeito
efeito por um m
vimento mpo com sus njs nos Cvdores Buscdore Bu scdoress e
Ordores
Ordores Ext
Extdos
dos E no sécuo XVIII,
XVI II, nmente pode
oservr  trnsição dos grupos
gr upos deísts e unitários
unitá rios pr cub
cub
e movimentos de iuminismo,
iuminis mo, utiitrismo e sociismo.
soci ismo.
O deseno dess inh geneógic sugere imeditmen
s dicuddes
di cuddes que devem cercr um investigço mis pro
ndd do processo, p p ticurmene em sus ses niciis.
nicii s. O
movimento té o século XVI, é um endênci oct n histó
ri civicion É essencilmente um movimento no sentido
estrito de um movimento
movimento reigioso ns ms de indivíduos sin s in
gures e dos seguidores que so cpzes
cp zes de reunir
reunir Esses movi
movi
entos no se crisalizm cmente num sistem rcion de

64 1 Históia das Ideias Políicas - Renascença e Refrma


;,j •    
  s stds
st ds como um um copo de dou
          a  
 do copo dos escritos
escritos ristoté
ristotélicos
licos que
que pôde ser
     ··       os
os ábes
ábes e os
os escolástico ocidentiss É muito
escolásticoss ocidenti
. 1il 1 I .   to estbelecer
estbelecer se é possível de lgum
lgum modo lr
1      1     sói"
sói" dos
dos movime
movimento ntoss num sentido
sentido rigoroso.
rigoroso. Esto
Esto
       1 1  L    elc
elcio
iond
ndos
os ent
entre
re si trvé
trvéss dos sécl
séclosos pel estru
estru
    a os seus sentimentos e titdes; ms se ess nidde
' 1  à inuênci históric re de m vg do movimento
    1       ou se s exper experiênc
iêncis
is que
que revelm
revelm  tendênc
tendênci i dos
dos
1os brotm novmente em cd époc sem deter-
     �ü intrínsec pelos movimentos simires precedentes,
 11 uestão em berto. A segund dicudde provém do
   onto insuciente direto ds ntes de novo
, 1 rticulr em relço às ses iniciis. Os movimentos
1 n i  o dissemos so um tendênci oclt socil; su revolt

    
  é regulrmeregulrmente,
nte, o
o mesmo tempo um rev revolt
olt socil.
A  'iço
' iço sic dos prtidários
prtidári os e de ss produções literá
 1    eixmnos com os reltos reltos dos
dos dversár
dversários
ios como ss únics
   1   s sobre  vst exte extens
nsoo do processo Ess destrui
destruiço
ço de
  1   s contudo, contudo, pode ser menos grve do que preceri à pri
1    '   vist.vist. Os teólogos e inquisidor
inquisidores
es odivm e persegim
persegim
   tários dos movimentos ms compreendimnos compreendim nos excelen
 nte,
 nte, com tod  probbilidde. probbilidde. Donde, se descontrmos os
rescomuns de clúni e históris trozes típics, mesmo
  tos
tos inimigos permitem um compreenso corret d n
  z dos dos movimentos embor é clro muitos pormenores pormenores e
f s  s reevntes
reevntes se tenhm perdido.

§ 4.4. Igreja
greja e seita
seita

Crcterizmos os spectos mis geris d tenso entre ins


  uições
uições e movimentos que
qu e so comuns
comu ns  ods s civilizções;
brevemente, o probem d rerm que é
 dicmos depois brevemente,
eculir à civilizço crist ocidentl; e nlmente indicmos
indic mos
a periodizço do processo e se lcnce gerl. Pssremos

3-O povo de Deus j 165


gor  proes s specco  ge d  d 1 . 1
nsttução ser  orgnzção
orgnzção scrent d  grej 
  p.1 · , 1 
que os portdores do ovento são sets
sets crstãs.
cr stãs.
O tque dos oventos sectáros é especc especc l  d 1
rg
rgdo
do contr
contr as rcs
rcs d nsttu
nsttução
ção ece
ecesá
sást
stc
c re      
dos pre
preros
ros coprossos
coprossos crstcrstãos co o undo. Q 1 1    
ãos co
 esss rcs
rcs teos
teos pen
penss de sntet
sntetzar
zar o que
que pr
pr     
mos e prtes
prtes ntero
nterores
res deste
deste estudo A grej
grej s e to   1  . 
grnde nuênc cvzdor no undo ocdent por  '    
cpz de zer
zer u copromss
copr omssoo entre
entre os ensnento
ensnen to es  1
tos do Serão
Serão d d Montnh  quez
quezaa d d naturez
naturez huhu  1 1   
 exstênc do poder government e o conteúdo hst<  
d cvzção
cvzção pré-crstã O comprosso
compro sso co  quez quez  1  
an expressvse n ncusão de todo o undo no cp1
ístco
ístc o de Crsto trvés do scrento
scr ento do btso
bts o e d d C : c i . 1
d o Senhor;  ndção d d  coundde é fetafeta trvés
trvés d rl'
cepção scrent
scrent não trvés
trvés de nenhu grntgrnt   
pesso sej
sej n  verd
verdde,
de, u
u  ebro d d  grej
grej nvsíve.
nvsíve. O /
tus tu
tu d m e svção
svção ou dnção é conhecdo pe pe ��
por Deus; não podepode ser jugado peos rmãos n comund
comund 
A cetção do poder governent
governent coo prte do "un "un 
e desejdo por Deus é o segundo grnde grnde comprosso
compros so Per P er
tu à Igrej sobrevver
sobrevver às dcuddes dos preros
pre ros sécuo t'
cnçr seu cíx n ntegrção
ntegrção d nção re n ordem orde m d
d
crss no sécuo IX. O tercero coprosso guaen
nugur
nugurdo do por São Puo  o coprosso co a hstóri
trvés do reconhecmento de que Deus se reveou reveou aos
a os pg
p gão
ão
través
través d
d  e d nturez e os os hebreus
hebreus trvés d e ntg
ntes de rever
reverse
se ao undo
un do ntermente
nte rmente trvés do Logo
que se fez crne. Como consequ
con sequênc
ênc desse
desse tercero copro
copr o
msso
ms so 
  possív
pos síve
e pr os preros pdres
pd res bsorver o dreto
dreto
ntura estoco n doutrna crstã e e vrtude
vrtude dess absorção
crr pr  Crstndade u sste
sst e de étc que  pcáve
pcáve
às reções entre hoens que vve vve no undo.
und o.
Por ms mportnt
mportntes
es que
qu e seja
seja esses
esse s coprossos não
não
poder ter mpementdo  su ecác compet  enos

166 j Hisóa
Hisó a das Ideas
Ideas Polít
Polítcas
cas -Renasc
- Renascen�a
en�a e Refrma
Refrma
•   sscm mphdo d orgnizção srment
\ 11·diação d grç peos srmentos srme ntos torn  grç objetiv
objetiv
   " , l ado de grç não pode ser obtido peo entusismo reigioso reigioso
 1   p   l os rços d sntidde heroi; tem de ser obtido pe

  1    ção
 ção sr
srment
ment  do orpo
orpo místi
místio
o de Cristo
Cristo O desen-
desen-
  lvi 1t·n1t·no do ofíi
ofíioo srment
sr ment om  dministr
dmi nistrção
ção d grç
   ·    crme
 crmentosntos e pe
pe objetivi
objetividde
dde d dministrçã
dministrçãoo do p-
    · c orn
orn  o srmento ez,
e z, independentemente do vorvor
'",al dee serdote,
serdote, são os pssos orgnizionis
orgnizionis deisivos
· ,     1  uis
 uis os ompromissos
omp romissos om  ordem ntur e histórihistóri
l. cddes não poderim ter desenvovido pemente s
· . i 1.1s teniiddes
te niiddes.. A igrej
igrej omo orgnismo
orgnismo divino-humn
divino -humnoo
. 1 po soi do Deus-h Deu s-homem,
omem, e o Cristo srmenta reno
"    ião de Deus e do Homem qundo o serdote eeb eebr
r o
' "  mento Pe dministrção do srmento,  Enrnçã Enrnçãoo
, t   u ob objetivmente
jetivmente no meio histório
( >s ompromissos, juntmente om  objetição
objetição sr
sr
l l l l '   t l d grç, são  bse pr  nção
nçã o iviizdor d igre
igrej
1 : os seus ompr  ompromis
omissos,
sos, à igre
igrej
j se permite
permi te eitr  estru-
 1   soi de um povo omo um todo, om sus prossões
os e instituições eonômis e poítis, e  injetr no
   o soi os vor voreses espirituis
espirituis e étios d Cristndde
Cristndde om
   rdções
rdções suportáveis
suportáveis pr o ser humno médio n épo
N ü se ege nenhum revoução revoução,, nenhum subevç
subevção ão es
 gi
 gi que que estbeeeri o Reino de Cristo dentro d gerçã gerçãoo
s viven viventes.
tes. A tensão de expettiv estoógi é brndd
té  tmosfer tmosfer de um proesso iviizion que pode não ter
ss; num obr ent e piente pode-se estender por sé
os.
o s. Em rzão rzão de seus
seus ompromissos
ompromisso s   Igrej pode
pod e gir ns
sss;
ss s; pode empregr  riquez de dons nturis e enobreê enobreê
 os os pouos, dndohes direção pr pr os objetivos
objetivos sobren
sobren
uris.
ur is. Ademi A demis,s,  grç que está objetivmente
objetivmente om o orpo
odo d omunidde permite um soilizção muito impor
nte dos dons individuis in dividuis n vid ristã. O srif
s rifíio
íio viári
viárioo
de Cristo i trzido pr o homem tnto individu qunto
oetivmente; omo onsequêni, o setismo extrordiná
io desses indivíduosindivíduos que são espeimente dotdos pr um

3-O povo de Deus J 167


16 7
vid snt ssue  nção de u ofert vcra qu t·vi ,1

svção
svção dos irãos enos dotdos n ounid
oun idd d pla p    
z d igrej
igrej srent Esse orgniso
orgnis o rngent
rngent l'     
ugr pr rios e pores, pr serdotes
s erdotes e eigos pra   1   
ipe e o súdito, pr o edudo e pr o não edud 1.  ,

set
set heroi
heroioo e o o
o pedor, pr
pr o utdo
utdorr o o    1 
e o ponês.
pon ês. E rzão de su rngêni,  Igrej Igrej po'.
penetrr u iviizção
iviizção o seu espírito
A usão iviizionente gní o o " 
 us d reção
reção setári
setári  A ojetição do espírito  i 1  ·,

tituição serdot e srent  dptção às exig  . 1 · 


do undo, o grduiso
grduiso d reizção espiritu - tud 1
é ertente u desenror utêntio ds poteniil
d Cristndde Contudo, são possíveis desenvovi ·
nu
nu  direção inteirente diferente É igumente po
inteirente diferente
desenvover  Cristndde n direçãodireçã o de u
u  reizçã  m
onsehos evngéios sem oproissos, de renuni a o
universiso
universiso dd  instituição e de d e onentrr  reizçã
reizçã   1 
espírito e pequens ouniddes
ou niddes o o  exigentes
exigentes pdrõ d r
reigio
reigiosid
sidde
de pesso
pesso e de ondut
ondut or Dentro
Dentro d hist  
d  Cristndde,
Cristndde, sepre é possíve
pos síve o retorno d disposição
disposi ção e �
toógi
toógi pr
pr  poípti d d  instituição srent  
jetiv
jetiv pr  reigiosidde
reigiosidde pesso
pess o intens do pequeno gr gr 
 
dos oproissos
oproissos o o undo
u ndo pr u Cristndd
Cristnddee ev
ev 
géi se oproissos
opr oissos d igrej
igrej univers
univers pr  pequ
pequ
seit Teos de reonheer
reonheer  igrej
igrej e  seit oo
o o ni
 ni
tções iguente utêntis de Cristndde se quiser
entender
entender  rç dinâi dos ovientos setários setári os e s
s 
ut om  igrej;
igrej; soente porque são s ão utêntios movient
ristãos é que pode exigir u rerm d igrej e pode
eçr  própri
própr i instituição d igrej
igrej pe exigêni
exigêni de um
reizção soi is
 is perfeit
perfeit de Cristndde
Não são de noss preoupção os o s probes d doutri
ristã que inevitv
inevitveente
eente tê de surgir no onito entre 
igrej e s seits Teos de idr pens om os spetos do
onito que to  estrutur ds instituições ssi o

168
16 8  História das
da s Ide
Ideasas Poltic
Polticasas - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
�•  1 0  ld cv  i z c i   a  Em elç  ee pot po
.

,1 m dzer q e os ataes e pratamente toos os mo


·os  o séo XVI ram rigios ontra a nção
"     '   e ontra o monopóio a graça mediaora através
. • • metos
metos  Da experiênia
experiênia reigi
reigios
osaa imeiata omo sua
f c rge repetiamente a revota ontra ont ra a objetividae do
',  e o saeróio gera dos eigos é afrmado repe-
Lt na omunidae ristã Dessa D essa ireção
ireção ndamen-
ndamen-
1,d o ue seguemse granes onsequênias poítias
\ 1      ae eiga eiga i uma ameaça morta
morta para
para a instituição
instituição
• n e saramenta a igreja; igreja; mas não i  i uma
um a ameaça
·   ws à greja greja Os poderes espirituais e temporais estavam estavam
      a mente integrados na orem a Cristandae imperia;
" 'j sliçõ não podiam ser s er ataadas
ataadas em prinípio sem a
i l n t r ão o status arismátioarismát io o governo
governo na ordem ristã.
t ' .qu à instituição eesiástia, se exitoso, estava prestes prestes a
d1i as seguint seguintes
es onsequênias: (  ) a ivi
ivisã
sãoo da organi-
organi-
 aramentaaramenta em igrejas
igrejas rivais e seitas; (2
( 2 ) a integração
,  ejas ejas pariais em omunidaes
om unidaes naionais
naionais asenentes;
 1 ) a visão as orens espiritua-temporais naionais nos
 · d seuares e nas igrejas e seitas ivres desestabiiza
d.1s, e ( 4) a exposição o estao seuar a sua oupação oupa ção tura
1  '    movimentos
movimentos reigioso
reigiososs e uma natureza
natureza antiristã, tais
 1      os moernos
moernos movimentos
movime ntos de massa
massa 

§ 5. R eforma
orma e efeitos
eitos an
a n ticivilizacion
ticivilizacio n a is

A uta entre
entre a igreja
igreja e os movimentos
movi mentos setários
setário s é, em subs
su bs
 ú1
ú 1 ca, ma inversão
inversão do proesso em que a igrejigrejaa supantou
s começos esatoógios e setários
setár ios da Cristandade. A ria
 a a organização
organização saramenta
sa ramenta e saerota,
saer ota, a objetiação
objetiação
  tiona
 tiona e a meiação da graça
graça tinham
tinham sido
sido o empreen
me
 meto to oroador
oroador no estabiizar
estabiizar os ompromissos a Cristan
  e om o mundo e sua iviização O ataque ata que à organização
organização
 etiva
etiva estabiizante
estabiizante está agora esureeno num esenrear

3-O povo de Deus J !69


dos compromissos
compromi ssos O tque
tque é copndo
copnd o em rt i r   1  1 ,

de um tendênci pr bndonr o compromisso co    1 1 


der poítico O movimento sectário é o portdor de u 1,.
titude
titude de indifere
indiferenç
nç pr com a utoridde
utoridde gover
governm
nm     "
pr
pr com ss nções de um csse reinnte; ess ess indi
indi   �  
exprimese tipicmente n recus de empreg empregr r o siste
si ste d r
tribun
tribun pra o itígi
itígioo entre
entre os membros d  comuniddl
comuniddl    1
recus d e jurr ou de pegr
pegr em rms em defesdefes dada c1
nidde n o ide de obediênci o poder
p oder governme
government nt 0   d l '
t obediênci não contu com  étic étic reigiosment
reigiosmentee d  
mind do grupo
grupo e no no ide d e resistênci
resistênci pssiv
pssiv  o ext
ext
·    
de qundo necessário
necessário soer  morte. A titude
titude ntiest
ntiest     
d o movimento
movimento não está connad às ses ds seits cr i sL1·.
propriamente dits (ntes de 700) podemos trçá 
continuidde
continuidd e n se dos movimentos securists
securists e antie 
rituais depois de
d e  700 A concepção iber restriti
restritiv
v ds f u  
ções do gover
governo
no provém em prte do sectrismo d Rer Rer  
e encontrmos  mesm
m esm titude ntiesttist radicizad
radicizad n m
movimentos
movimentos nrco-sindicis
nrco-sindicists ts d o sécuo XIX,
XIX, ssim co
co 
n doutrin mrxist de zer z er murchr o Estdo
A retird rm do copromisso com c om o poder poti
entretnto é apens uma crcterístic da tendênci muio
compexa que designmos como o nticiviizcionismo  o
movimento Os eementos de rerm espiritu e de d
truição civiizcion estão equentemente tão tão intimamen
intimamen '
entreçdos
entreçd os nos movimentos que se torn difíci
difíci separá
separá 
ou decidir qu dos dois eementos é preponderntemen
crcterístico
crcterístico do composto
compos to Ademis já sugerimos que n
é cident  coexistênci muito regur dos dois eemento
A não mundnidde rdic é possíve
po ssíve pens sob certs con
dições
diçõe s Dicimente pode ser mntida se  pessoa em que
tão está envovid
envovid com sua existênci tot n rede soci e
econômic de um civiização desenvovid. Uma retird
do mundo impic um simpicção de ongo cnce d
reções econômics
econômi cs e sociis do e. Podemos observr n n
verdde
verdde uma
um a preponderânci
preponderânc i do eemento artesn n vid
d seit medieva gums vezes o ponto de um moviment

70
7 0 1 História das Ideias Polític
Políticasas -Rena
- Renascen
scençaça e Refrma
Refrma
•·
• ·  \
\   oa
oa  vie
vien n pi
pi
 dede  eees Essa
I "   
  ânia,
 ânia, adeais, não é apenas aa no sentido de de
   as ias se di dinde ais intensamente entre entre atesãos;
ate sãos;
      o ana tornase,
tornase, ao ontrár
ontrário,
io, u modo ideaidea de
 w  cia, cia, mais adeqado a ma vida ristã, ao a o passo
pa sso que
'  sões
sõ es omeriais, om sas troas omo omo eemento
eemento de
        1 idade
idade spostam
spostamente
ente inevi
inevitáv
táve,
e, são rouadas
rouadas de não
 1s. Qe a prossão prossã o de Jess sse a de de arpinteiro pode
    ente
entement mentee disernido omo a inuênia na r
 1 1   �·ao de tais ideais Daí, na vida ristã a vida de pobreza e de
      de eonômia
eonômia numa omnidad
omnidadee de éis tenha ma
    nia de enontr enontrarar ses rertas
rertas prinipamente
prinipamente entreentre as
• l . s ais baixas da soiedade; e se o idea de pobreza e
de é aiado à indiferença hosti para om a estrutra
   
  a do mundo", então estão presentes presentes as ondições
ondições para
'   envovimento
envovimento de de m movimento
movi mento revoionário dirigi
d Lna a asse ata, na sa dupla nção de ria e gover gover
    1 e A atitd atitdee rev
revouionária
ouionária nesse
nesse sentido
sentido é um eemento
eemento
dl' <ias<ias das das seitas medievais E de novo, omo no aso do
      statismo, essa atitude é evad evadaa a efeito
efeito nm movimen
movimento to
  1   spirita
spirita depois de  700 Permanee por exempo, m
  'ento
' ento important importantee nessa
ness a se do omniso moderno qe qe
   não apenas apenas desapossar
desa possar a asse governa
governante nte e toar-lhe
 1 ar
 ar,, mas também spantar a iviizaç iviização
ão brgesa" om
    1  iviiviizizaçã
açãoo proetária"
proetária"

§ 6. Um Vislumbre
Visl umbre da Glória de Sião

A onexão peiarmente íntima entre a rerma espiri espi ri


     e a revoç
revoção
ão soia pode ser bem iustrada
iustrada pelo reurso
reurso
  domento
domento Esohemos para esse propósito m pan
  o da da revolção purita
pur itana
na intitado Um Vislumb
sl umbre
re da Gló-
ri de Sião (6).4

 ( discutível a autora; povavelmente fi escito po Hanserd Knoys, mas


( 1ém atibuído a Wiam K Paa o texto, ver A S. P. Woodhouse

3 - 0 povo de Deus
Deus j 1 7 
A situção presetd e pt é ma prl. ·

expecttivs esctoógics A qued de Bbô ;I 1 · 


t  nov Jerusém virá em breve
breve "A qued de Bahil{11 1
 scensão de Sião A destruição de Bbiôi é  s �   1  •
s�
Jerusém.
Jerusém . Deus
Deus será
será  útim cus
cus d mudç f . . " 1 '
obr
obr do d não dr  Deus nehumnehu m descso té q 1'·
beeç
beeç Jerusém
Jerusém como
como o ouvor mund o Co1 
ouvor de todo o mundo
os homens
home ns devem evover-se ções meritóris taml •   1
evover-se em ções
 m de pressr
pressr  vind.
vind. "Bem-vetu
"Bem-veturd rdoo é o que rr
rr''       
contr
contr s
 s pers
pers  s crinç
crinçss d e Bbiôi.
Bbiôi. Bem-v
Bem- vet
et   
quee
qu ee que teve
teve mão n destrução de Bbiôi
Bbiôi 
E quem são os homens que pressrão  vind d S1. 
rremessdo
rremessd o s criçs
criçs de Bbiôni cotr
cotr s pedr
pedr  ? �lt'
"s pessos comus
comus  "Deus
" Deus pretende zer
zer uso p  
uso ds p
comus  grnde obr obr de procmr
procmr o reio de d e seu Filho . 
A s pessos
pessos comus têm um status priviegpriviegid
idoo em
e m pr   
o reino de Cristo. A voz
voz de Cristo
Cristo "vem primeiro
primeiro d mul
mu l \   
ds pessos comus A su voz é ouvid primeiro, t   
ser ouvid  de quisquer outros. Deus empreg s pe·
comuns e  utidão pr procmr que O Deus Senhor 0 1  
potente
potente rein. A suposição é bsed no n o precede
precedete
te do Ev1
geho Cristo não veio
veio pr o sábio  pr o obre, pr o rim,
veio pr o pobre E qundo começou  rerm rerm d re
re   
e o Aticristo i
 i descoberto,
descoberto, i d e novo
novo o povo
povo comu qw
primeiro veio cuidr de d e Cristo Ademi
A demis,s, t preferênci
preferênci dv
  pe
pe mutidão
mutidão ão é rbitrár,
rbitrár, pois
pois cotec
cotecee que o esp   
d o Anticristo prev
prevec csses superiores, especim   ·
ecee ns csses
n prezi e dí  voz dede Cristo "começ
"co meç com ququee
eess que 
 
 mutidão, que são
são despre
des prezíveis,
zíveis,  "mutidão
" mutidão vugr.
vugr.
A coorção do rgumeto se trnsrm cd vez m
de rerm espirtu em revoução soci O povo de De
i e é um povo desprezdo "Sbemos que gor em m
tos ugres
ugres os governte
governtess de Judá, os grndes do pís,
p ís, se
s e

(ed.), Puritanism and


and Liber: Being
Being the Arm Debatess (67-9) fom the G1L
Armyy Debate
Manuscripts with Supplementa Documents. Londres, J. M. Dent and So,
1938 p. 233-4.

1 72  História das Ideias Políticas


Políticas - Renascença e Refrma
· 1      s f
f a m oo
oodo
do ont  Snto d D O "  n -
ont  
1" 1 " ·'º wm fccosos, csátcos
csát cos purtnos sedco
sedco
  . 1 
   dores
dores do stdo Esse estg
estg entretnt
entretntoo te
. li '� SLI etrdo; e os governntes
governntes se convencerão e seus
,  1    � r · s "qu os hbtntes de Jerusé
Jerusé ou sej os o s Sntos
· , l   s auntdos nu grej são  ehor coundde
   l1L·ns". Os governntes não pens se convencerão e
'   · rçõ; sus convcções
convcções se rtecerã
rtecerãoo pels udn
.        cs de reções socs O utor ct Isís 4923:

 rã os teus tutores s sus prncess serão tus s


, liL'. Prostrrseão dnte de t co o rosto e e  terr e
Lhío o pó pó dos teus
teus pés
pés  Os sntos
s ntos por outro
outro do serão
 •    1  no novo reno; "ebor não tnto coo depos
  1   l·   ceso s eevdos poderosente U príso

   1     rc á estbelecdo peo peo destronento u u  estdo en


1· o s presente do do undo
un do e o príso é
é  Nesse
Ness e novo
novo
  0 o sntos sntos vestr-seão
vestr-se ão de nho brnco que é  vrtu
0    s ntos; ou sej  vrtude que eles tê por Crsto peo
' p 1     veve ser vruosos
vruosos pernte
pernte Deus e sntos dnte
dnte dos
 . A sntddesntdde será escrt
escrt e seus vsos e sus cn
  1 · , ; c m tudo o que sus su s grçs
grç s deve
deve brhr
br hr excedentee
excedenteente nte
 1 ,  ór de Deus Deus 
   m d
d rer ds
ds vestents hverá
hverá udnçs n
' • n estrutur ds nsttuções egs e econôcs.
  i estrá
estrá presente tão ntensene ness coundde
c oundde
l  sntos segurão o Cordero pr onde quer que ee
\ .  presenç dess beez e gór uto provveene
     á desnecessár
desnecessár  copusão
co pusão eg;
eg; "é questonáve
questonáve se
1.ivcrá necessdde de regulentos
regulentos o enos
e nos d ner
que á gor "A presenç de Crsto estrá í e suprrá to
 l    o tpos e reguentos
reguentos Co reção às condções eco
1\ 1 i cs hverá bundânc e prosperdde Todo o undo
,   mprdo por Crsto e é coprdo
co prdo pr os sntos e será
reg  ees. "Tudo é teu dz o póstoo o undo todo
  ocpse
ocpse 2  ,7 ssegurnos: "Os Sntos
Sntos herdrão
herdrão tods
tods
•, ss
 ss A otvção d convcção
convcção é dd
dd uto cndd
nte: "Vês que os Sntos tê pouco gor neste undo;

3  O povo de Deus l 173


'
i

gor ees so s s pre e   hides de o•


ms ento qundo  doço do âtio de eu  eu ie
ie  c m Mi
penitude, o undo
und o será dees    o pes o é ss  \ l r u

reino, s ese mundo, orpormente
or pormente ' 
desid o e pr ser re Como  
A visão pree desido
ser trzids
trzids tis rihs? Que medids medids humns
humn s su
su   
ro s diuddes
diuddes eidenteent
eidenteentee insuperáeis? A res res  �
que  ço hum será penspen s susidiári
susid iári d reouç   
trrá o seu reino " É Deus Oni t c   h
; é o próprio Deus que trrá •

que deve
deve zer esss
esss ois
o isss por poder , peo qu é cp1
p or esse poder,
de submeter tods
tods s oiss  si s i mesmo. As montnhs
m ontnhs st• 
ro pns, e ee
ee irá stndo sobre s montnhs e so  
,
diuddes Nd o deterá
Um Vslumbre da Glória de Sião é priurmente
priurmente v
v

pr iustrr o proem d seit revouionári, porque
porque ·
se pneto esto reunidos prtimente odos os trços 1 •
preero nos vários períodos dos movimentos Nem to
esses trços, ontudo, estão representdos om rç igal
O eeento que rterizou mis rteente os movic1
tos e sus ses iniiis medievis, o eemento do 
de rerm tornou-se muito o por vot do séuo XV 1 1 .
O mor de rerm ds instituições já se trnsrmou n o
mor de destruiço. O eeent
eeentoo ded e rerm
rerm pode ser
s er e
ontrdo pens n sugestão de que os seros presentes d o
Antiristo tero um mudnç de orção que os rá vt·r
nos sntos
snt os os verddeiros vsos d o espírito T udnç k
o s verddeiros
orção entretnto  no os judrá
judrá soiente  estrut
instituion que ees
ees represent
represent se quebrrá, e su prin 
p oupço no n o turo
turo pree ser  de mber o pó dos d os p
dos sntos
s ntos Mis rteente
rteente desenvoidos
desenvoidos so os eemento
eemento
em que  disposição
disposiç ão estoóg
estoógi
i se
s e torn mnifest.
mnifest. O m d
saeculum está à o; Bbiôni irá e Cristo estrá prese
prese 
em seu reino O reino que virá, entretnto, no é o ém da
Cristndde ortodox; é u estdo histório de perfeiço
perfeiço q
se seguirá o presente estdo de iniquidde A estoogi d d
Um Vislumbre no é trnsendent; é intrundn; e po

 74 1 História das Ideas Poltcas


cas - Renascença e Refrma
Refrma
·
fd Nl dess trço ertence à clsse d eseculções sobre o
'1•  Rno que começou com Joquim de For A es
1  ddeir do ríso terrestre
terrestre que está restes  vir
t•Nc lgo
lgo vg; odeos
odeo s pens
pen s discerni
disc ernirr s negtivs
pk a   usênci de obrigções e de proriedde privd
 1·s que ermnecem típics r ess csse de es
w\ão té Mrx e Lênin Surge ind u eeento ne
re ssocido os sonhos sonho s do príso terrestre,
terrestre, ou sej, o
eo de ressentimento e vioênci
vioênc i Esse eeento prové
il    o Testm
Testmento.
ento. O virr ds mess e o festejr
festejr sonhos
sonh os
i nç sngrent começ  entrr nos movimentos
r  l  i os com o mior conheciento dos textos bíbicos,
bíbicos, pr
'  o Evnge
Evngeho
ho,, no na d Idde Médi
Mé di A questão
ques tão de su
   r
 r rição é u cso de conhecimento
conhecimento dos teriis:
·s roetsch é de opinião que  vioênci coo um tor
    ctrismo quiiástico pode
pod e ser encontrd pe primeir
Vl'Z  corrente tborit do ovimento hussit5 hussi t5 Perneceu
 monente
monente equente nesse tipo de movientos té os
rnos
 rnos ovientos totitários de ss ss 

§ 7. A estrutur
estruturaa social
soci al do movime
mov imento
nto

ntes
ntes de penetrros is prondente nos sentien
ls e ideis dos ovimentos, deveos buscr o probe
pr obe d
'olução
'olução soci num psso dinte Até qi indicámos e-
 e-
 que o moviento surg
su rgee do ndo d esc soci e tent
tent

 ormr, ou destruir s instituições estbeecids; pssre
s gor  um determinção do estrto soci que é o por
 dor d rer e revot.
revot.
A m de escrecer ess questão, teos de mpir os
ucos o horizonte de observção Ao deterinr o cnce

' nt Troelsch Die Soziaehren der Chrlhen Kirhen und Gruppen, 2
vols. übingen, J C B. Mohr [Paul Sebek]  9 1 2  p. 405
405 ss. Edção
Edção nglesa:
nglesa:
h Soial
Soial Teaching of
ofthe Christian Churche.
Churche.  93 1 ; reimpre
reimpressã
ssãoo Nova
Nova York
York,,
 per and Row 1960

l
3 - 0 povo de Deus 175
do movimo, frimo-os à gl glogi
ogi sble
sble  p
Gibbo
Gibb o ss glogi é válid pr  li priipl
p riipl d o   1 1 1

vimo, qu vi m coiuidd, os puliios  l ,l' ,l' 1 · .


rv
rvés
és dos Pros
Pros ilinos
ilinos do século
século XI  d pré-R
pré-R     
é os modros movimnos
movimnos d mss O problm    ·
rm, onudo é mis mis vlho do qu os os movimos
movimos r  1 
r 
pr os psdors d l Idd Médi qu qu  Igrj
Igrj p
p 
vv
vv  cáci spiriul rvés
rvés d um séri d  nova�·
nova�·""
Er
Er  clro, ind qu os por
po rdors
dors soiis ds rovçõ 
cssivs rm s s ords A rrm bndiin
bndiin   rr
rr   
Cluy rm
rm os o s principis cocimnos nss séri e 
ov vid
vid i dd à Igrj
Igrj rvé
rvéss d
d  bsorção
bsorção d d
d    •
scáris s ordns mdins Tmos d disinguir por
no r s rrms
rrms qu s s  origi
origirm
rm s
 s ords l' ;1 •,
rrms qu s originrm nos movimnos proprim'
dios O primiro ipo origious socilm
socilm   soi
soi
fudl  rurl;
rurl; o sgundo ipoi po s originou
originou n soidd urb urb a 
  
A s dus linhs
linhs ss  nr
nrcruz
cruzrm
rm  nm
nmn
n s  ndir
ndir   
século XIII
XII I A rrm bndiin não ih n qu vr vr 
   
o s movim
movimnosnos  o sido mis srisrio
o A rrm d Cl 
não s origiou num movimo, ms ocou o movimt ,·
mdid qu  dmgogi grgori mprgou os os movim
movim  
os d l lss ili pr xrrxrr prssão sobr o l l  
fudl. No so ds ordns
ordn s mdicn
m dicns,s,  êns d orig
or igm
m se
mudou pr o movimno
movimn o proprim
proprim  dio  r scuí
scuí
ri  izção
izçã o do movimo pr  rm d orm orm 
spilmn ilumidor pr ss rsição é  isó
d Ordm Friscn Os nciscnos comçrm como u m
movimo, não difrindo ssncilmn d ouros mo
mnos réios do mpo ncorrm
ncorrm um poiop oio ulo
d Io III , dpois d longs hsiçõs, rm r
cidos como  ordm dos Irmãos Mnors ss ro
cimno, rno, ão rsolvu
rsolvu o problm ds mulhr
no movimno;  solução i nconrd pl orgnizção de
um sgund Ordm
Ordm Frcis,
Frcis ,  ordm ds Crisss, p
mulhrs ss crição d ords id ão rsolvu o pr
blm ds msss
m sss mis mpls
mp ls ujo frvo
frvorr rligioso r 

176
17 6  História das Ideas Policas
Policas - Renascença e Refrma
w  a   c c ava
ava a a vda vda 
 as
as stitas d a
   c   ·   1 . Pa essas assas ais apas, nant, i criada

111 l'rci ordm, ou sja sja,, a Ordm Trcira dos irmãos qu
         0 undo A canaiza
canaização
ção do
do movim
movimntonto m rma d
k1s tidas à suprvisão csiástica suprma parcu parcu
'°  onto ago xitoso. O próprio êxito, ntrtanto,
    d 1 1 z   rnascr do carátr d movimnto dntro da
  ·
 ·    o a institucionai
institucionaização
zação,, os sintomas
sintomas dgn
dgnra
rativ
tivos
os
       \eis d rotina
rotina  abuso comçaram
comçaram a aparcr
aparcr,,  uma aa
 1    
  l tro
 tro da ordm tntou
tntou rstaurar o carátr prstino do
         eto A aaaa dos Espirit
Espirituais
uais Franciscan
Franciscanos
os namn
namnt t i
l i 1 � da a sair da ordm pos Convntuais; os Espirituais ra
 orem dividiram-s dividiram-s m grupos mnors, ram prsgui
o o hréticos  dsaparcram dsaparcram no séco XIV, ao passo
q  ' a ópria ópria ordm dgnrou ao ao ponto
pont o qu, por
p or um tmpo,
"' !  ou um scândao notáv notáv na vida da Igr
Igrja O amágam
amágamaa
de vmnto  ordm  sua ha ha parcia iuminam a natur
1   d probma  mostram tavz tavz mhor ond a inha
in ha d divi
•  1 0 ocrt
o crtaa tm d sr riscada ntr as rmas mais antigas
e   da rigiosa ofrcidas ofrcidas pa igrja  as xigências da nova
>
> da dad d urbana
urbana
O ovimnto tm suas raízs
raízs sociais na
n a cidad Está inti
inti 
   nt igado
igado à ascnsão das cidads
cidads como ncav
ncavss numa
edad
 edad fuda
fuda qu s assnta
assnt a numa conomia rura O ha h a
   t da cidad
cidad  não stava tão intimamnt
intimam nt intgrado
intgrado no
  ta fuda
fuda ao rdor Ess carátr dasdas pssoas
pssoa s da cidad
o rastiros combinado com a atividad intctua
is frt qu acompanha a vida mais grgária, parc tr
kto da cidad o soo férti d sctarismo A xpansão do
vinto sguiu d prto as rgiõs do dsnvovimnto
d a cidad Comçou no sécuo XI com a Pataria nas cidads
da táia do Nort; dai s spahou para as cidads do su da
 ança, dpois para as cidads
cidads nortnhas da Picardia (como
u m ovimnto
ovimnto tipicamnt d tcõs
tcõs););  namnt pn
 u a part ocidnta da Amanha  as cidads ingsas ingsas As
ra
 rass d proa não ram tiradas tipicamnt das casss mais
xas
 xas d trabahadors,
trabahadors, mas, ao contrário, do strato édio

3 - O povo de Deus l I 77
intelectualmente vivo ram mercadres (Pe Wa" I
je unesse dorée (São Francisco),
jeunesse Francisco) , reitores
reitores de Ord ( Wy 1  
e seus alunos (os primeiros
primeiros Lollards
Lollards,, Jan Hus)
H us),, mo
mo  (   
tero),
tero) , teólogos
teólogos e advoga
advogados
dos (Calvino)
( Calvino) e padres (n a cid ,
padres (na
suíças)
suíças)  Essa orige
origem
m típica dos líder
líderes
es de um estrat "  1  
estrat    "
da sociedade da cidade continua
continu a até ao presente, co co  M
e Engels como os intelectuais burgueses, advogados  a·
dos trabalhador
trabalhadores;
es; e com Lênin,
Lênin , Hitler e Mussolini c   
Mussolin i c
deres de origem
origem de baixa classe
clas se média
média 
A classe média
média nas cidades
cidades é o centro
centro alimenta
alimentadordor   1   
vimentos
vimento s Em períodos críticos, entretanto, esse esse cent p
irradia
irradiarr sua
su a intranqui
intranquilida
lidade
de para outros setores so   
setores da so
e o movimento
movimento pode pode encontrar apoio de de quase
quase qual
qualqq 
  1  1
queixas momentâneas contra as instituições sl  
p o com queixas
lecidas Duas
D uas vezes
vezes encontramos o movimento
movimento espraia
espraia  o
numa grande escalaescala na população camponesa; ou seja, seja, n I< . .
volta
volta Camponesa
Campo nesa de 1 3 8 1 , uma consequê
consequência
ncia do moviw
moviw    
de Wyclie,
Wyclie, e na Guerra Camponesa
Campon esa alemã de 1524- 535     1  
1524- 1 535
consequênc
consequência ia do movime
movimentonto de
de rerm
rermaa lutera
luterano.
no. Co      
são acidentais
acidentais essas associações; não são essenciais co co   1
conexão entre movimento e classe média Na Guerra C i v  l
inglesa do século XVII,
XVII , as linhas não
nã o estavam
estavam clarament d r
marcadas, mas, n o todo, pode-se
pode-s e dizer que o campesina t  ,1

realista, ao passo que a classe média e os mercadores e  1 1


parlamentaristas Na outra direção da hierarquia social  VI '
mos
mo s os movimentos que encontram apoio político político da no'
no '
za feudal
feudal que resistia
resistia à centralizaçã
centralizaçãoo monárquica inical
inic al   
Idade Média A Cruzada Albigense,
Albigense, por exemplo,
exemplo, tinha o  
plo aspecto de uma cruzadacruzada da
d a Igreja
Igreja contra
contra os
o s heréticos
heréticos e d!'
uma guerra da nobreza ancesa do d o norte, que
qu e dependia d
Capetos, contra os barões independentes do sul Na Re
ma Alemã do século XVI, o sucesso do movimento deve deve '
 '
largamente
largamente ao apoioapoi o dos príncipes territoriai
territoriaiss antiimperia
antiimperia
ao passo
pass o que as guerras ancesas de religiã religiãoo do mesmo s
culo de novo eram guerras entre cções da nobreza nob reza O m
mo ingrediente
ingrediente de uma guerra entre cções da nobreza fo
recorrente na França do século XVII quando uma Fron

1 78  História das Ideias Polti


Polticas
cas -Renascença
- Renascença e Refrma
Refrma
 1d \ ir  p s ao lado do alamnto buguee em
1d   \
" ' '   m o ei WyclieWy clie ecebeu apoio
apo io po algum empo,
emp o,
1         dl ( aun;
au n; e a evolução puiana
pui ana  caacerizada po
 1      hoa ada
 ada de ala nobreza no lado parlamenarisa
parlamenarisa Em
  s c cene
eness pudemos noar uma aliançaal iança comparável
comparável
, ,  dase superior supe rior com os movimenos, como no curioso
•     i dado pela pel a grande
grande burguesia
burguesia aos movimenos
1  . ·,  aconal-social
, aconal- socialisa
isa  conexão
conexão que eque
equene
nemen
mene
e
1       ;, posição
 posição precipiada de que esses movimenos
movimenos eram
. )) ))
• p l  stst ou "reaconaos 
• ' •

� 8. I fuências
fuênci as do L este
este nos mov
m ovim
imen
enttos ocidenta
ociden taisis
- Dion
Dio n ísio Areopa
Areopagi
gitata

A ealogia dos movimenos, como desenvolvida por


 hho levou-n
levou-nosos de vola aos paulicianos
paulician os Essa ancesralida-
1
l  · '  e
e a possibilidade de que a linhage
linhagem m comum de ideias
 onamos nos movimenos é orien na oigem De
 o tipo de experiências religiosas que rmam o núceo
vo os movimenos
movi menos pode gosseiamene se chamado chamado "do
l  ·   ou "oienal no senido de que as culuras
culuras religios
religiosas
as
l' o baseadas ness n essee ipo de experiência
experiência podem se encon
  .u s no misicismo gnósico, neoplaônico, maniqueu Daí
 tão da inuência da religiosidade do Lese nos movi-
1s do Ocidene enha de ser considerada Essa quesão,
   tano
 tano,, não admie uma uma resp
respos
osaa simples Sem
Sem dúvid
dúvida,a, 
1 1 1  s s íe raçar uma linha de inuências lieárias; mas di
    n
 nee fríamo
fríamoss j usiça aos movimen
movimenos os se os raássemos
raássemos
,  0 um problem
pro blemaa na hisória da lieraura Nosso problema
 é de uma inuênc inu ênciaia da eologia
eologia do Lese no Ocidene; e-
s ao conário, de armála como uma apaição no Ociden
1  expeiências
expeiência s religiosas que já inham inspirado no Lese
.1 ação
a ção de grandes sisemas de eologia especulaiva.
especulaiv a. As pró
1ria experiências não n ão são nem orienais nem ocidenais, mas
    <menalmene humanas Podem surgi surgirr em qualquer
qualquer pare

3 - O povo de Deu l 179


e  qulqur
qulqur tempo,
tempo, embr
embr apenas
apenas se
se rão
rão s;d
s;d 1  1<     .
 tema  spcul  ção se  a   
czs  orscro m tema
t socil
soc il vorcr tl
tl xpnsão O problm po s e r il
il 1  
mlhor plo dstino d um um dos clásscos d spcul
sp cul
   1 h  
c orintl n o Ocidnt
Ocidnt ou sj
sj o stino s obrs   F 1     
Erígn ou sj o pnsdor
pnsd or qu bsorvu
bsorvu  spculç
spculç  
síc n su grnd obr, De Divisione Na Na turae.
Os scritos d Psudo-Dionísio xrcrm um nf{ nf{1111  
prond nos n os movmntos mdiv
mdivss  não pns no s ·
mnts;
mnt s; tmbém
t mbém pntrrm
pn trrm  loso ortodox tão o
tmnt
tmnt qu
qu  como s  diss  s s  tivss
tivssm
m prdido
prdido s o ,"
d Dionísio
Dionísi o ls podrim prtcm
prtcmnt
nt sr rconstruí
rconstruí  ·

ls obrs d Snto Tomás


Tomás  O utor
utor dls é dsconhc   . 
um lóso cristão,
cristão , vivndo provvlmnt c 50   
vivndo muito provvlmnt
nop ltônic m prticulr d Proclo ( � l .
rt inuênci nopltônic
484)
484)  As obrs qu gozrm
gozrm d um prstí gio considrá 1 1  
prstígio
Orint,
Orint, rm
rm nvi
nvids
ds m 827
827 por
por um
um impr
imprdor
dor biz
biz    1   
Migul
Migul I
I   Luís o Pio  com
com pouco
pouco fit
fitoo porqu gw11
podi lê-ls. Dpois d 840 840  pdido d Crlos o Clv 
rm trduzids pr o ltim por João Escoto Erígn Nc>'
ponto comçou  inuênci ls no Ocnt à mdid mdid qu'
o grnd sistm
sist m d
d  tologi spcult
spcultiv
iv d Erígn
Erígn De Di1
sione Naturae, é domind pl imprssão qu os scrito scrito d 
Psudo-Dio
Psudo- Dioníso
níso xrcrm
xrcrm sobr
sobr l
Nss ponto ntrtnto tmbém comçrm s c
plicçõs; pois  posição qu Erígn dsnvolvu m s
principl obr trdi, Divisões da Natureza já r n
mntlmnt
mntlm nt mntid
mntid  por ll m su
su obr ntrior Pred
tinação, d 8 5 1 , m qu ind não s notv
not v  inuênci
inuênc i d o
Psudo-Dionísio Há um corrnt d idis nopltônic
já prsnts m Erígn
Erígn pl prs
prsrvç
rvção
ão d litrtur p
trístic orintl n trdição  Cristndd irlnds; t
mos d considrr
consid rr ss
ss  corrnt
corrnt como um nt
nt  qu jorr
indpndntm
indpn dntmnt nt do rt impcto
impcto do Aropgit
Aropgit n
n  l
Id Médi Ocidntl Podmos pontr pontr o ddo pr um
doutrin spcíc qu provvlmnt provém dss n

180
18 0  Hstóra das Ideias Polca
Polcass - Renascen�a
enascen�a e Ref
Refrm
rmaa
·•1k'rdnle e aaree ve r utra cm ingrint im-
1 "    i  1   c n a s iis os movimntos té à époc msm m
 1   d   s a  a rccm n vrid ntispiritul. O trtdo Pre

. . \tC' fi um um obr ncomndd


ncom ndd O rcbispo Hincmr
. 1 , U1·s eir o rudito irlndês qu scrvss o trto
    1 l    1  a ç ã o à tstávl
tstávl doutrin d prdstinção dsn-
ds n-
  d v1a lo mong mon g Gottsclk O dsvnturdo mong pr
pr 
 ' q1· inh um mnt lgo lógic: rmr qu os dcrtos

: '        ll   us spc s lms más pr  dnção  s bos


I '•"  ; 1    vção são, n vrdd trnos  imutávis  qu
  •.ém,  prticulrmnt nm  igrj tm o por d
L los. Ess doutrin doutrin  tornv dsncssári  xistênci
xistênci
 I    pr  slvção do omm,  obvimnt tin 
  1  .'r  go  ss ss rspito Erígn
Erígn  qum s tribuiu
tribuiu o d
 , . , d a rtção, lmntvlmnt tmbém tinh um mnt

was ógic Foi pr o outro xtrmo Armv  unidd unidd


 l·  >cus, qu é bom; o ml não pod originr-s nl;  supo
o e qu  dnção dnçã o pod originrs d vontd d Dus
1 1      uzir
uziri i um dulism
dulismoo d bom  mu nss nturz
nturz Dí
' i l   o l um ngção; é dvido dvido  um prvrsão d vontd
1 qu s spr d Dus; Dus não pun o pcdor
  1 ·     si msmo pl qud qud O stdo d sprção não
•,n urdouro; no nl tods s criturs qu s sprrm s prrm
d Deus rtornrão à su unidd Ess solução soluçã o d Erígn é
··    nci
 ncilmlmntnt  doutrin
doutrin d Oríg
Orígns
ns d apokatastasis, d
1      urção
urção complt
complt do stdo
stdo prístino d unidd
unidd divin
divin
i:. c m Orígns
Orígns  nos pdrs orintis m grl qu dvmos
 urr s nts d um idi qu Erígn já tin msmo
1lcs  tr xprimntdo todo o impcto dos scritos do
PudoDionísio;
Pudo Dionísio;  é prcismnt ss doutrin doutrin d apoka-
/1sis do rtorno complto complt o d crição pr um stdo divi-
  purz qu s nd nos movimntos políticos com s
  õs d um príso príso trrstr6
trrstr6

I necessáio dize que a retação


·
retação de Erígena não fi f i mais do agad
agadoo das au-
  1 de
 dess da Igreja
Igreja do ue a doutrina de Gottscha lk A doutrina
Gottschalk doutr ina de Gotschak
Gotschak
  1  h a do condenada no Sínodo de Chierzey, de 849; 849 ; a doutrna
doutrn a de Eígena fi
    ada
 ada nos Concílio
Concílioss de Vaenç
Vaençaa (855
(8 55 ) e Langre
Langress (859
(8 59).).

3-O povo de Deus


Deus \ 1 81
A obsrvção d úm nnç ev nd  a 11
r micção do probm. A d d  d um
um prso 
  1  ·
 sj d um saeculum hisórico d pfção que Sl'g111
 prsn saeculum impr imprffio
io d Cris
Criso
o - é n
n  w   1 
snvolv
snvolvidoido pns no nl do século XII ns pro pro    d 
Jquim d Flor
Flor A rm
rm joquim d d spcu
spcuçã
çã     
 Trciro
Trciro Ri
Rino
no ornous  mis mis mos   mi miss in
in    H·
H·    
  Idd Médi
Médi rdi
rdi A idi
idi m si nrn
nrno
o d      
ulum prfio
prfio inugurdo
inugurdo plo Prco
Prco pod dn   L
 rdição crisã r
 r smpr
smpr inspirção
insp irção no Evng
Evngho ho 
  í
Jão, como concu nos primiros séculos d Ig    
ovimno monnis Tudo o d qu s prcis pa l'�.
rvivr é um prsonlidd
prso nlidd rligios snsív
s nsív à visão  a jlI
ição spiriu num comunidd hisóric E ncon ncon   
ígn
ígn n vrdd
vrdd rvi
rviv
vnd s s visão jonin do e     
ndoo ss
rf
 rfi
io.
o. Em su Come
Co mentário
ntário ao Evan
Eva ngelho
gelho de São joão, Erg"
  disingu nr rê rêss ipos
ipos d scrdócio Os scrdó
scrdó  d
ho  o o Novo Tsmnos vm  Vrd Vrdd
d pns  
 ios  símboos o rciro
rciro scrdócio do uro vrá vrá k1·
  c Os prmpr miros
iros dois scrdócios corrspondm  1'
  condnção  à li d d grç o rci ro scrdócio o     
rciro
rizdo
rizdo d Dus.
D us.  prsn
prsn igrigrj d Crso dsp'
dsp' 
n  rciro
rciro rgim
rgim pois não é mis do qu um símbo símbo d.1
vrddir ecclesia spir itualis  m qu s
spiritualis  s ms são m m n 1
 nhão dir com Dus rvés rvés do Espírio
Espíri o
O surgimno d dourin do rciro sdo, ssimssi m co  
rci
 rcimno
mno d dourin
dourin d rsur
rsurção
ção compl
compl já s 
  
ito
it o snir msmo ns d inuênci dos scrios
scrios do Psu
Psu 
ionísio dvri inrmr nosso jugmno m rçã i�.
iis dos movimnos rvoucionários Os vários com
s dss cido d idis não prncm uns os ou�
o prs d um sism rnsmiido n rdição rdição i
i  
 um
u m  scol Esss componns
compon ns são ssocidos uns 
tros como símbolos qu xprssm dqudmn c
io
i o d xpriênc
xpriênc spiriul Formm go go como
como um m
tun n rdição
rdi ção hlnis crisã;
crisã ; mnos dss m
m sr cdos smpr qu um prsonidd
prsonidd rigo
rigo

1 82  Históra das Ideas Polítcas


Polítcas - Renascenç
Renascençaa e Refrma
Refrma
M ti usc símbs ara  eressão d eeriênci
1 quand a ersonidde é  de um pensdor do gru de
1  
   odem
odem crislizr-se num sisem
sisem mgníco como
/1' l > ne Natur
Naturae.7
ae.7

 Is scrios do Pseudo-Dionísio, como dissemos, ive-


   1 1 1 a crreir noáve n lierur eológic no nível

    • uições Podemos rçr-lhes  inuênci em Pe


d n  mbrdo, Albero, o Grnde, Grnde ,  escol de São Víor e
'    1     Tomás; e num pre nerior
nerior desse esudo nomos
 1   l l  ê n ci dees n concepção d hierrqui d bul Unam

' 1fm e em Egídio Romno.8 Hvi muio n obr de


 \   ·a
· agi gi que podi ser ssimildo no sisem orodoxo.
1   eúdo não orodoxo, revolucionário, mbém se fez
       i r el De Divisione
Division e Naturae Nesse níve
nívell d endênci
endênc i
 lt  lt  porém,  inuênci já não em  mneir de um r
i1,·;0 lierári, ms é crcerizd pelo or suberrâneo suberrâneo
1   ' Íamene menciondo, repriçãoreprição repenin, gmen-
 0
 0 os componenes do sisem, novo co dos elemenos
     is conselções,
conselçõe s, ec. No século IX,  obr de Erígen
Erígen
 neceu um livro erráico. Um grnde pensdor p-
l' U do meio de nenhures no mbiene heerogêneo d
1  ·   l'

1 1   t ndde nc, produziu su obr e enão  correne correne d


 1    ôi se fechou fechou por rás dele;
dele; deixndo
deixndo de ldo
ldo lgum
lgum
Ção ocsionl o seu nome como grnde mesre, su
  h r permneceu
permneceu submers
submers  Enão, enigmcmene,
enigmc mene, o De
/  ; ione Naturae repreceu
repreceu no nl do século
sécul o XII nos ensi-
ens i-
1 1   enos de Amury de de Chrres
Chrres n Universdde
Universdde de Pris.
Pris .

'olire Dioníso Aeopagia


Aeopagia e EscotoEscoto Erígena, ver Rufs M . Jones Jone s Sudies in
1\ /  al
al Reli
Religion
gion Londres Macmilan 936 caps 6 e 7 sore o Areopagta
il·   sso ver Émile Bréher Histoire   Phisophie
Phisophie (  93  ) reimpe
reimpess
ssão
ão PaPa
1 1•.,   vsitai
vsitaires
res de Franc
Francee  942 l , p. 5  9 ss.;
ss. ; sobre Eríg
Erígen
ena
a ver réhie
réhierr op
'   . ,  , p 540 ss  obras de Dionísio Areopagita estão em Migne Parogia
"Ctl vols 3 e 4;
 ' "Ctl 4 ; a tradução de de Erígena assim como as oras de de Eígena estão
igne Parogia Laina, vol. 122 [disponível em wdocumentacatho
   igne
    niaeu/
 niaeu/  8  5   875
87 5 Mgne_
Mgne_PatPatrolog
rologia iaL
Latatin
ina_
a_ l _RerumConspec-
    o_
o_om
omis_is_Ord
Ordin inatu
atus
sML
MLThtml
Thtml  acesacessoso em 1  /07/204
/07/20 4 
· Vn vol III The Later Mile Ages cap. 4 Em poruguês: Eric Voegelin
J ra d Ideias Políicas vol. III, Ide Méia Ta rdia. São Paulo É Rea
Tardia.
� 20 3.]

3 · O povo de Deus
Deus \ 183
Podemos pens supor que que os mnuscio
mnusci o esvera
esvera   1 ·   
pre disponívei
disponíveis,s, ms
ms que
que  pssdos séculos Amuy  0 1  
séculos - Amuy
prmeiro homem que os leu de novo com um  
in el 1.t
recepiv e, o mesmo empo, eve  cpcidde inel
de bsorvêlos emem seu próprio pensmeno sisemá c S 1 ·  
sisemác
ensino
ensino s e ornou
ornou suspeo
suspeo e ele i condend ;   1  
condendoo pels ;
riddes unversiáris em 1204. Aguns nos depois  e �11
more, descobriuse nos rredores de Pris um sei h l '   
dissemind, o s ssim chmdos murinos
Enre os princípios dos murinos esv  douri q11
murin os esv
permneceu
permnec eu um consne em odos os movimenos rcvo1
cons ne em
cionários é o presene,  dourin de que no novo re 1   
o Espírio
Espírio esá presene nos membros d nov comunicomuni  
que o Esdo decído pode ser superdo, hom e l'111
super do, e que os home
quem  divindde é resurd vvem sem pecdo N 
<u de vid princ ípios já precem e d "
vid dos secários esses princípios
generdo,
generdo, no cso murno, d mesm mesm  mneir e m qu  1 '
inclinrm desde enão à degenerção:
degenerção:  resurção
resurção o e
do divino
divino e à purez
purez é nerpr
nerpre
ed,
d, o menos por um p   '
dos pridários, como signicnd
s ignicndoo que sej o que r  r que
que     
homem
homem resurdo
resurdo fç não pode inerpre\\·
pode ser pecdo - inerpre
que obvmene pode levr  licenciosiddes d pior esp1"
cie. É  endênci pr
pr  degenerção
degenerção conr
conr  qul Eck
Eck 
conselhou
conselhou no pssgem É necess
n o século XIV n fmos pssgem
esr precvido conr  fs sbedori, conr  crenç d "
quee se pode
qu pod e pecr sem medo
medo de consequêncis Um hom hom 
nunc esá livre de consequênci
consequ ênciss é que esej livre
livre do pe
do Qundo um homem esá livre livre do pecdo, somene
somene ent
ent 
é que desprecem s consequêncis do pecdo pecd o Enqun 
homem é cpz de pecr,
pecr ,  disnção
disn ção de cero e errdo em
em d
ser escrupulosmene mnid".9

9 [Essa passagem é ciada em Jones Studies in Mystical Religions, p 224. 


cia Fanz Pfeier Meister Eckhart. Gõgen, 1857; empessão A
Scientia 962 p 664 inha 6 do Liber Poi Poiionu m Voegelin pode eta .1
ionum
duzndo da edição ded e Pfe
Pfee
e Ve a intodução a Meister Eckhart: Teach Teacher
er mil
Preacher Nova Yok,
Yok, Paulist
Pauli st 1 986
986  paa
paa o estad
estadoo atual dos estudos
estudos de Ec
Ec 
e a conablidade
conabli dade da edição Pfei
Pfeiee.].]

184
18 4  História das Ideias Polít
Política
icass - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
 i1dcação a
a  rate
 rate de e e  ho stá stá s
   · 1     a a d q e e ão pc;  cocpção
cocpção do ho
            ess rção
rção prc
prc sr ivrti
ivrtid:
d: o homm supos-
1 1
1  de rsturr-s  portto port to sus tos imoris
imori s  cri-
  (  e sr cosidrdos como mif m ifstçõs
stçõs d rgi
     e e opr A iumição iumiç ão ss votd invrtid
invrtid
,q1dal"í  coprsão do fômo corrspodt d
0 1         dd
dd m movi
movito toss d mss modrno
modrnoss comocomo o
•   1       o
 o  o cion
cion-socii
-sociismo
smo A ior
iorid
idd
d d çõ
çõss
1 1      cosidrv
cosidrvm
mt t mis comprsív
comprsív  s ão trou-
        r   r d étic étic itcioist
itcioist d qu o m
         os ios
ios ms
ms s  coocrmos
coocrmos no cot
cotxtxtoo d um
' �  'ci  qu o homm é rsturdo um stdo d

  1 '
'  idd
idd com
com  cosquênci
cosquênci d d coocr
coocr s çõs
çõs
  ••   r-homns
r-homns pr ém do do bm  do m
m
 225,  própri De Divisione
Divi sione Naturae i codd
codd
:\    m a dt d codção prc idicr qu o cso d sit
  1      ão
ão i  cus
cus imdi
imdit
t D to
to  obr
obr sp
sphr
hr
oss cópis muito pr ém do círcuo dos muri-
   
   prticur
prticur rm cotrd
cotrdss cópis tr sctário
sctárioss
  \     drnt
drnt  prs
prsguiç
guição
ão dos bigs
bigsss o su
su  d Fr-
  / rturbção bigns i d imporâci impor âci cosidrv-
cosidrv-
1 ior do qu o movimto urio   idd
      a rigiosidd cátr é provvmt  cus d co-
o. A prição postrior d obr nos círcuos cátros
ec
 ec  modidd modidd d iuêcis itráris.
itráris. Dicimnt
 o t  d cosidrr
co sidrr qu
qu o movimto cátro s origiou com
º    ição d doutris p dissmição d Das Divi-

Na tureza. Aqui  trdição litrári


"'s da Natureza. litrári do Psudo-Dio
Psudo-D ioísioísio
s com  corrt indpndt do movimto qu
     çd por por Gibbo O procsso prcprc sr q um tipo d d
1 · x  >iênci
>iê nci rigios qu ão ncontr xprssão dqud dqud o
     oismo d istituição csiástic
csiástic stbc
stbcid
id cpt
cpt  x-
x-
  'ão
'ã o mdidor "orit d um u m rigiosidd
rigiosidd simir
simir 
 11     s rticur.
rticur. S ess xprs
xprssão
são tm
tm  rm d um grd
·     como o d Erígn s xpriêci
xpriêciss rigioss
rigioss qu n
 0    rticução
rticução o sistm torm-s mintmnt
mintmnt

3 O povo de Deus J 185


-
comunicáves dode o a ca do lerá ecotr o i   s    1
meno de rápida expansão socal
soc al de u movmeno
movmen o q u l l'X -
iu anes do conao
conao com a expressão lerária
lerária aricul
ariculad
ad 

§ 9. As
A s ideia
ideiass dos movimen
mo vimento
toss

As ideias que aparecem


aparecem nos no s movimentos são mu
mu   o  1 
plicadas; a despeio dasdas desruições
desruiç ões uma quanidade
quanidade c o 1  " 
derável de material ainda se conserva Não podemos l g    
nem essas ideias em suas ramicações zer um e    
ramicações nem zer
cronológico Temos de connarnos a uma seleção de idt·.«
ípicas; e emos de resringir essa seleção a ideias que tÍVL'r;11
um signicado
signicado especial
especial nan a rmação das aiaiud
udes
es pol
po l il'·
Esse modo
mo do de apresenação enconra sua jusicação na c s l n 1
ura peculiar dasdas "inuências que analisamos na seço p n ·
edene A caracerísi
caracerísica movim    • 
ca de endência ocula dos movim
anes do século XVI orna difícil se não impossvel ap1·
senar uma
u ma lieraur e  1·
lierauraa imporane de uma classe de e
 inelecuais insiucionalizados em e m coninuidade d a or d r
scola. A expressão dogmáica
dogmáica em de permanecer no eslt1d 
uido da emergência
emergência dos elemenos dourinais ra da mas.
uuane dad a radição
radição orienal
orienal com
c om enconros
enconros ocasionais
ocasionais e n l  r
u m movimeno
movimeno e uma uma ora como a de Erígen
Erígena
a Será noss L 
r porano recorr
recorrer
er a vários movimenos em usca usca de"
lemenos dourin
dourinais
ais a m de reunir uma linhage
linhagem m co
co     
e ideias que possam ser consideradas, e m uma varian variane
e 0
ura como expressão das experiências ndamenais qu'
rcorrem odos esses movimenos

a. Os alb
a lbiigenses
Para o primeiro grupo de ais elemenos emos de re
r ao movimeno albigense, um dos mais rcos e preco�
Dsenvolveu-se
Dsenvolveu-se no sul s ul da França
França  na velha
velha provín
província
cia de Se p
ania
an ia enre
enr e o rio
rio Rdano e os Pirineus
Piri neus A província e  
província

86 1 História das Ideias Polítc


Polítcasas - Renascen�a e Refma
    id'a rr   rnde
rnde ve
 vento
nto herco
her co or cs
cs d
d
,  ·.dmcn co d cv cv  çõs hrécs
hrécs nriors
nriors Pod
, z e  hsór hsó r hrodox
hrodox d rgião
rgião comçou com 
I "       nizção
 nizção pos
po s os cs dosdos Pirnus rm
rm con
  s e s hréc hréc prisciln
prisciln no século IV Do século
\ o1 V  1 1 a rovínc rovíncii z pr do mpér
m péroo visigóico;
visigóico;  no pr
p r
   r   o o
 o d
d  su
s u Rino os visigodo
visigodoss rm
rm rinos No sé
 i i l   V 1    rgão sou um ond complmn
complmn islâmic
 1 1   o o X  comço do do XI nconrmos rços ds d snos
nos d
  . 1  1   u c smo  Dí m din  rgião
 1 rgião prcpou
prc pou crscn
    ·  1  c e  grnd movmno qu sá ligdo às migrçõs

.  1  • ,  cnos Em 1167, o Sínodo d Toulous  prsidi


"  l ' l o cno
cn o Nics
Nics d Consnnopl
Consnnopl cuj nção
nção no no
 1     eno
 eno pulici
pulicino
no r
r comp
compráv
ráv à d um pp;  o Síno
do d' b d 1201 i prsidido por su sucssor Julno d
1l, um r rsurdor qu du ímpo considrávl cons idrávl
      0vno
0vno cá cár
ro
o
Se é d lgum rm possívl disinguir nss méri
   � r
 r nr
nr o lmno
lmno pulic
puli cno
no  o cáro proprmn
prop rmn
0,   nh divisóri divisóri prc
prc sr mis
mis ou mnos  sguin: os
        nos
n os rmv
rmvm m pr do movimno
movimno grl
grl d rligiosi
rligiosi
d.ulc ornl ornl qu nrou dpois do século VI dnro d su
 ' o
 o ciclo hisórico n fs do purinismo qu corrspon
• l  purinismo
purinismo ocidnl dos séculos XVI  XVII XVII Os pró
pr ó
pros pul pulcno
cnoss rm um movimno
movimno mnor s comprdo
comprdo
 0 o ds grnds onds prlls d Islã  do movimno

ocls biznno. A conxão nr os vários purins


os prllosprllos pod sr nndid m croscros incidns: o pu
   no Lão o Isurino sndu sndu  olrânci m m 722, os

  cinos mbor dpois d rsurção rsurção d orodoxi
orodoxi n
 pnh
 pnh ni-hréic d Bsílio I qu q u s sguiu os xércios
xércios

 c cno
noss  islâmicos lussm ldo
ldo  ldo conr
conr os grgos
grgos
cm 873, n blh sngrn sngrn d Smós No qu qu  diz rs
l et às ids id s os
o s lmnos purinos qu prcm r ido
 1 rnd plo dsd o comço do movimno ocdnal 

 os sguins: ( 1 )  simplicção


simpl icção d sruur scrmnl
 
  boliçãobolição do bismo d crinç  su subsiuição
subsiuição pl

3 - 0 povo de Deus j 187


busc voluntári do btsmo qundo duo mpre  
imrsão num rio; rio; (2)
( 2)  bolição
bolição d  hirrq
hirrqui
ui scrd
scrd  c1
vor d m gr gr smpls d mnistério
mnist ério o "lito
" lito qu d'\
sr o rcbdo
rcbdorr d
d  grç
grç imdt
imdt dd  Dus; (3) o rviv d,.
xprêncs rligioss imdts trvés d litur d Nov 
Tstmnto m prticulr ds ds Epístols d São Pulo pp   l
ligo;  ( 4 ) o rtorno  um condut primitiv d vida �  ·
possívl
po ssívl d trblho mnul.
mnu l.
Esss lmntos purtnos
pur tnos provirm d Cristndd pi
mitv  rprcm nos movmntos sctários té à 0   d 1  .

protstnt
protstnt d grn
grnd
d Rrm. No ctrsmo
ctrsmo proprm1    ·
dito ncontrmos
ncontr mos contudo
contudo  trços dicionis qu stão 
ciondos o mniquísmo
mniquísmo Os lmntos
lmntos puritnos
puritnos rc
rc 1  
um nov cor s rm ntndidos
ntnd idos como xprssão d d expr
rênc rlg
rlgos
os do mundo comocom o um cmpo d btlhbtlh 
  
s rçs d luz  ds trvs
trvs Ess xpriênci s s  mnifsta
mnifsta   1 
rgmnto d qu Dus qu é mor mor  não pod sr o uto d 
u m mundo qu contémcontém scuridão  ml DíD í o mito mnqu
d crição suponh qu Dus comçou  crir o mundo mas
i intrrompido m  m su obr por
po r Stã
Stã ou o Dmiurgo, qu o
compltou
compltou  O homm é um njo cído cído prisiondo
 prisiondo n mm
ri qu é o lugr do ml;
ml ; é tr
tr do homm srçs rçrs
rs p
livrrs do ml d mtér
mtér  m d tornrs
tornr s catharos  0  
sj
sj um
u m spírit
spíritoo puro  d novo
As rgrs
rgrs puritns d condut podm dqur-s  ss
concpção do mundo A l ms oprssiv d mtér é a
procriç
proc rição;
ão; dí o dsjo pl puricçã
puri cçãoo mnifstr
mnifstrs
s n x
gênc d qu o l ou o mnos o gru mis lto d l o
peectus, não s cs; ou s r csdo qu dorvnt não
toqu ms su spos O stgm do ml qu s lig à pro
crção mnifsts lém dsso m crts rgrs d dt
ts como bstnção d tod comid cuj substânci st
lgd  ntrcurso sxul
sxul  por xmplo crn ovos quijo
quijo
Admis todo contto comc om  mtéri m grl crrt crt
pronção  dv
dv sr rduzdo
rduzdo  um mínmo
mín mo Dss
D ss prncípio
grl sgu  rgr d dsprzr  lgção à mtér qu stá

188  Históra das Ideias Política


Políticass -Renascença
- Renascença e Refrma
Refrma
1  1  p líada na proprdad ndvdal assm omo a rgra d
1".lngir o rabalo
rabalo aoao mnmo
m nmo qu é nssáro
nssá ro para
para o sus
· 0 da vda Tas rgr rgras
as podm obr não mais do qu uma
 •     ção parial
parial a lbração
lbração ompl
omplaa pod surgir apnasapnas
   '  1   Conudo,
Conu do, a mor
mor rará a ondnação a não sr qu
  ·    ida d uma
uma vida puriadora Daí os áaros man
ncm ponos d vsa não orodoxos quano ao purgaório;
   tavamtavam qu a vida ns mundo ss um u m purgaório qu
•na udido imdiaamn dpois da d a mor pla libração
    aa ou pla
pla ondnação
ondnação ComoComo onsquêni
onsquênia a a mor
mor
na sjávl;
sjávl;  par qu s prmiia o suidio,
sui dio, m
 m pariu
l. r se omass a rma d sndr a endura o jjum dpois da
   ção
 ção omo
omo peectus, ao limi
limi da
d a mor
mor por
po r m

/1. l'r(gena
A varian maniquia onudo, é apnas uma as mui
las rmas
rmas qu as xpriênias
xpriênias básias podm
pod m assumir Não
1\ qur aonslhávl idniar aarismo xlusivamn
 om a varian
varian maniquia qu par r prdominado ns n s
 l ovimno
ovimno O vor qu De Divisione
Division e Naturae d Erígna

 onrou
onrou nos rulos áaros por vola d 1200 india qu
;1s xpriênias do movimno podiam nonrar sua ari

lação m ouras rmas d ologia spulaiva do qu a


aniquia
an iquia O sisma d Erígna
Erígna pod srsr ararizado omo
eoplaônio Todo sr da naurza é dividido m quaro
rs,  ssas pars são ligadas umas às ouras por um
osso d manação riaiva  d rorno da riação a su
fndamno A primira das naurzas d Erígna é Dus na
ualidad d ndamno
ndamn o "ria
" riaivo
ivo não riado d odo o sr.
sr .
O ndamno rvla-s
rvla-s pla "pr
"p rossão num mundo ima
al d
d idias d proóipos
proó ipos ss rino d sr é "riado  ria
 vo pois os proóipos
proóipos são dinâmios
dinâmios  numa "prossão
posrior, riam para si msmos o orpo do mundo mund o marial
O mundo da maéria, "riado
" riado  não riaivo,
riaivo, é mra aparên
ca
ca  a subsânia das oisas onsis
onsi s m sus proóipos ima
ais Numa úlima "prossão o mundo das oisas, visív visívis
is 

3 - O povo de Deus l 189


invisívis pssa it    de n     .
pssa par o stgi it
o  "não crido cridor gor s torno
torno  o ômegil "    \     ' 

do não cridor O mundo


mun do ntão,
nt ão, é um vstavsta t r 1 ·

nndo
nn do d Dus  rtornndo  
A tori
tori d Erígn ds "procssõs é d d impor ü   1    '•" 

nó s porqu comprnd  crição qud  rtorn d o h    1 1    ·


nós
O homm n primir procssão, é m protótip n,
trni
trniddd
d l
l é um
um Idi
Idi n mnt Dus00 Ne         
mnt d Dus
originl todos os homns são Um "st homm Úir 'I" 

vrddirmnt
vrddirm nt fito à imgm d Dus  m qu süo    • ·
todos os outros  1 N sgund procssão o protótip .i 1 n   ,
os outros
nos indivíduos
indivíduos ds spécis
spécis no tmpo spço mt   1 l
spço  mt 1

tr  primir
primir   sgund procssõs ntrtnto oc  , , 1 ,
ntrtnto oc •

 ss
ss  lgo é simbolizdo r to bíbico como  h  s 1 ' 1 1   i l
simbol izdo no rto 

crição d Ev
Ev  d Qud. pon to d spcuç d• l 1 
Qud. Nss ponto
gn ntrm s idis qu contribum pr  rç rli, 
ssim como pr o dsstr prático dos movimnt .' 1  
rios
rios  A rç
rç d spculção d Eríg Erígn rtr\      
n stá n rtr\
simboismo
simbo ismo bíblico pr pr s xpriêncis m qu s o o  , • 
rl
rlto
to não
não é tomdo
tomdo m s s  sntido litrl
litrl ms é co   ··   
<idoo como  simboizção dos procssos spirituis
<id spiritui s Er·   
divid
divid  crição
crição bíblic do homm m dus dus prts    p
mir  um sgund crição A primir crição é  ci;\d1•
do homm originl nts nts d divisão dos sxos O pra a · 
qu o homm
hom m é crido é  nturz origin do hom  1  1 i ,

d Qud;
Qud; ss nturz
nturz consisti m spírito
spírito  sns a  
snsa
(nous  aisthesis). O homm originl originl goz
gozv
v d possibi
possibi   
d comr d Árvor
rvor d Vid
Vid (ou
( ou sj d sbdori do PP  '    
Logos divino (ou( ou sj d Cristo)  gozv pos sibilida  1 
gozv d possibilida
bstr-s
bstr -s do dsj indifrncido  misturdo d cois ho1·.
dsjoo indifrncido
 ruins
ruin s qu surg ns msm s imprf
imp rfits
its trvés d b d 
coiss mtriis. O homm ntrtnto ciu m tntçã  ,1 ,1
Dus num
num  sgund
sgund crição
crição dividir-
dividir-  nturz m   

0 Erígena, De Division Naturae, IV7.


Divisio n e Naturae,
  Ibdem IV9
1 2 Ibidem, IV9

190  Hstória das Ideas


Ideas Políticas
íticas -Renascença
- Renascença e Refma
 /t c homem e mulher, e odeo à procrção
' "       mas s dvsão
dvsão o omm orgl
orgl m omm
  1  d h n bscucu  sbdor orgl o homm A nudz
1     1tí g
 gll é trprt como um udz n vrd-
 1  n c m  dsnudo d obsrvçõs  ds cêncs cênc s d
 a ; u vd r sm rt porqu tnh  rç d vrtud
      l  a

 i   .   i. a m véus  gmtos ão th ncssdd d

.  d·     o  coss


coss xtrns,
xtrns, o qul
qul nos lv
lv à comprn-
comprn-
•  , l  ss dvs Vv um cotmplção smpls 

. •    1       ds coss sob Dus , lém dsso tnh  rç d

  1       · l' a sbdor qu, s motvd,


motv d, s guv pr  ção
çã o
·       · 1    pos d Qud
Qud mudou ss crtz prdsíc
prdsíc d
 , L    u qurm rcuprrs d Qud do prmro p

1        mçr com um rúnc às pxõs ssus, ntão ntã o


     dl'  i vrr-s do psr ds rts  do conhcmto turl,

 1 , d   r


r qu, lmnt, sob o gu gu do nous, possm
, d 1   1  c r à ntução trn, trn, mtrl
mtrl33
  blm
blm do homm é su s u rtorno
rtorno o stdo pr
p rsíc
sícoo
I     1  A spculção sobr o rtorno do homm prch
    v r  d De Division
Divisionee Naturae. D volumos dscussão t-
   • de lconr pns lguns tologúmnos qu s torn-
      'czs nos movmntos sctáros Prmro d tudo, é
    1 1  l to o rtorno d turz  Dus;
Du s;  apokatastasis d Orí
   s qu já ncotrmos
nc otrmos o  o trtdo d Erígn Predestina-
'"· or rprc n Das divisões da Na Na tureza A rdção
   d
 d por Crsto
Crsto  todos os srs humos, gulmt;
gulmt;
   em d Erígn não conhc nhum nfrno pr os
     dos trnmnt
trnmnt. . Contudo, hvrá
hvrá um dstnção -
    s oms com rlção o rtorno. Todos rtornrão rtornrão o
  1iÍs; ms o "príso
"prí so tm um strutur hrárquc,
hrárquc, cor
   . dndo à prmr  sgund crção O homm th th  
L 1    dd d sbdor,
sbdor, ms tmbém
tmbém d lbrdd
lbrdd d mpru
  Sm ss mprudêc  Qud Qud tr
tr sdo mpossívl.
mpossívl.

· lidcm, IV. 1 8-1


8- 1 9. A especuaç
especuação
ão sobre
sobre o paas
paasoo ecore
ecore pincipamene a
1   •; a especulação sobre a nudez na verdade principmene a Máimo,
" l     fssor Sobre o paaíso como a "naureza
"naureza do
do homem criado à imagem de
  \", er também V.2.

Deus l 19
3 · O povo de Deus
A redenção atra
atraés
és de rso e o reorn a es    ndi1 
a naureza
naureza do
do homem
homem com sua liber liberdade mpru       
dade de mpru
homens imprudentes não reornarão à unão espir espir    1   •
Deus mas apenas ao gozo paradisíaco de bens nau�   
direção aos quais sua imprudência os inclina "Nã v·  
muios homens imprudenes, que, no entano eseja eseja  ( 1   
e conenes com a nobreza de sua mília, com seus p; 
es, com sua beleza, vigor e saúde de corpo, com a fneza , L
sua mene, sua eloquência, com uma esposa bela e r  
com a prole e abundância das coisas errenas, para p ara nã d  m
nada
nada das dignidades
dignidades e honras, pelas quais o mundo so   .   
enadoramene que esses homens querem querem coninuar a vi 1
para sempre dessa
dess a maneira e não
não querem
querem ouvir e penspen s  d·.
alegrias do espírio. Tais homens reornarão ao paraí d
gozo naural Os
O s ouros, enreano, que em suassuas vidas, for1
"iluminados pela luz da sabedoria e brilharam com a la
d o amor divino
divino serão
serão admiidos à paric
paricipa
ipação
ção na
n a sabe
sabe 
e rça mais aas,
aas, e aravé
aravéss dessa paricipação consegu\
consegu \  
divinização e a conemplação
cone mplação da verdade 1 4
d a verdade
A hierarquia dos homens no reorno é deerminada  ' 
hierarquia
hierarquia dos homens e m sua su a vida
vida errena.
errena. Erígena nã d 
vide
vide os
o s homens nos que esão predesinados à salvação e r ·,
ouros que estão predesinados à danação
danação Conudo,
Conudo, ele
ele  •   
uma divisão: em homens espi rituais que são capazes de    
como
como santos
s antos e pecti, e os ouros que que não podem subir p
p 
além da tenação
tenação das coisas naurais Os O s homens espiri
espiri 
são os que podem realizar em suas vidas a ineireza de s
exisência humana aravés
aravés da sabedoria e do amor A in
reza da realização signica a auocompreensão do hom
como a imagem de Deus Erígena desenvolve a dourina 
homem comocom o a imagem
imagem de Deus como uma pare consise
consise 
de seu sisema de "processões O processo de criação
criação é u
eonia;
eo nia; udo
u do o que é manif
mani feso no mundo
m undo é uma revelação
revelação a
naureza de Deus Daí o homem a imagem imagem de Deus, não s s 
uma pare na criação
criação ao lado das ouras,
ouras, mas oda a criaç
criaç

14 De Divisione Naturae,
aturae, V.38.

192
19 2  História das
das Ideas
Ideas Polít
Políticas
icas - Renascença
Renascença e Refr
Refrma
ma
,  n ntea de  ssêcia A nte
ntezz o hoe
h oemm
 • "'xnsiva co  cição à ei  ei que ess crição
crição é co-
1 l     su essênci meine
meine  mene
mene conempiv
conempiv do
11·. One deveri
deveri subsisir
subsis ir  nurez
nurez " não ser n m
d   �.ühio n rm de conceios? Pois, onde o ser s er é pensdo,
   ·h estd, ou ehor, í esá o pensmeno mesmo  1 5
pensmeno de si mesmo
N 1  cepção
 cepção neopônc
neopônc  de Eríge
Erígen
n o mundo em, enão,
111;1 sênci rip: n mene de Deus, n crição reve
1 c  a concepção do homem.  subsisênc d crição no
11tm não pens se esende à crição visíve visíve sub-humn,
sub-humn ,
1   bém brnge
brnge s
s nurezs ngécs
ngécs invisíveis; mes-
' 1 '  njos
njos exisem rvé
rvéss de su crição à mgem de Deus
"I l  o surge no homem rvés rvés do conceio do njo no ho- ho -
11 e o homem surge no njo  njo rvés
rvés do conceio
con ceio do njo
qt bsise
bsise no homem.
homem . "E isso não é de mneir gum gum
   i cuos
c uoso;
o; pois mesmo nós qundo discuimos uns com os
s,
s, somos rnsmudos
rnsmudos uns nos ouros. Pos, P os, o conce
r o que concebes ornome
ornom e eu conceio e de um mneir
fávl rnsrmeime em . E de novo, se concebes iner-
  te
 te o que concebo
concebo compemene
compemene orns
ornse
e meu conceo;
 ·  bos os conceios se ornm um conceio conceio que consise no
q nós junos concebemos em su ineirez.16 Em virude
  subssênc múu, com seu cenro cenro no homem,  nu
r'za do homem brnge  crição desde su nimidde é
  s anjos. O "reorno
"reorno  fn será, porno, o reorno d crição
crição
  0 homem,
homem, e enão pens do homem homem em Deus.
Deus.  7

' " Os dois


dois mund
mun dos

Seecionmos gums dourins do mbiene bigense


 sim como d eoogi especuli
espe culiv
v de Erígen.
Erígen. Em si mes
mes 
s, esss dourns não consiurim
consiurim um probem mior
n a hisór d poíc. Su efcác poíc
poíc depende d má
m com deis
d eis previmen
previmenee dscuids dos murnos e
1
idem .7
"  bidem, IV9
1 idem V8

3 - 0 povo de Deus l 193


d J oqu
oqu  de Floa cocee e  u Tecio     •
Floa o coceee
Trcro Ro tv  s várias       
históri A id d u Trcro ·

ns à mdid qu o stdo prfto d lbta    , i


mtéri
mtéri ouo u do stdo prdsíco prístio é t  l n   l 1  !  •

lém pr um nov époc h stóric pr sr l l z    I '  1  '
éis d sit N rm murin  d dos    •       
hstóricos
hs tóricos torn-s  crnç m três três rgs div
div    N    " '
m ro rgim do Antigo Tstmnto Dus tuou sob a       
mro 

d Li; no sgundo rgi do Novo Tstmto, Deu   1  1   "


trvés
trvés d Crsto
Crst o  d igr
igrj
j scrtl; no trc
trc  1,l 1 1 "
qu stá pr comçr gor Dus s rvl  sa       
midd trvés do Espírito Snto s lms dos li'  · � · ,
novo
novo Rno,
R no, Dus coo Espírto ncr      I
Espí rto torn-s ncr 

homm cooco o stv


stv ncrndo  Cristo D D  ov        1

t  idi do Trciro Rino não podri vr vr         


ovmntos sctários
sctários comprti
comprtivm
vmnt insigic   � �  '  
nt insigic
ntrtnto
ntrtnto  d
d  s prchr
prchr dd cotúdo
cotúdo d u u        
stdo soc
so c mprstrá o dsjo d  rrm socil  k    "
dsjo d
rligioso d um união prdisíc com Dus As dci;1.•    
ítics qu rsutrm dss málgm prnch u 1   v ,    

cmpo
cmpo histórico; o msm s importnt ntr
ntr ls srá tr         
srá tr
pormnor ns prts subsqunts dst studo. S c   . 1 1 
mos, pr trtnto spcil no prsnt contxto 
lgums dis ms iportnts qu são const
rcorrnts nos movitos mis rcnts Aci d e  •
tmos d trtr d ctgori ndntl dos ovH·
políticos modros
modro s s ctgoris
ctgoris dos dois mudos
mudo s
Ms mo s  spculção tológic vr à suposição  l     · 
Msmo
épocs histórics, o problm prático frvnt n pol 1 
smpr  trnsição do prsnt stdo imprfito p  
tdo prfito
prfito qu stá
stá pr
pr comçr.
comçr . U movimnto pl pl    
qu mprgu
mprgu o pdrão
pdrão histórico ds três
três ss stá, p   1
to, tão procupdo com o contrst ntr
ntr os dos
do s mu (  
pssdo  o turo) qunto um movimnto qu s  
pr um intrprtção nqui d históri Tão o   "

18
Para a doutrina amauana, ver Jones, Studies in Mystical Religion, p.  Hl .

194
19 4 j História das
da s Ideias Polítca
Polítcass - Renascença
Renascença e Refrma
Refrma
•     11lo ectár s tm pítis o domindos
·  L 1· do d o  s mundosm undos o mundo de uz e o mundo ds
 •  .   do
 doss de Deus e de Stã os mundos do Espírito
L1 Mf A m de compreender s implicções d dico
"     1'· 1   c cs sár i o distinguir entre o signicdo místico do
;     1   0 e  téri e s teoris moderns concernentes à m m 
'     1   o  prsss psicoógicos
psico ógicos O Espírito e  Mtéri, ou 
;       Trvas são rçs rçs cósmics
cósm ics A concepção mniquei
1  · 1 ,\   ssim coo  especução
especu ção de Erígen e ds seits
    o X I I I compreendem
compreendem o mundo coo u interpene- interpene-
   1, 0  rçs d Luz e ds Trevs ou Espírito Es pírito e Mtéri
         s d especução poíticpoític são distinguidos coo
co o
i ·• 1  i o ucessivos de u predominânci de um ou d ou

 ' " d . i s us rçs. N concepção popur mis comum que


  nt pr nós, isso i sso signic que os dois mundos são
  ;  1  i  em estrutur e que são diferencidos
diferencidos pens
pen s pels
pel s
   1 1  ue operm neles O estbelecimento do mundo d Luz

      
   estrutur
estrutur do mundo t ququ o conhecemos
conhec emos;; não
   1 \ ,s este mundo
mun do e entrmos num ém; o mundomu ndo é pre-
 1  o ms o m despreceu dele A ibertção do ml não
q  1c morte; o contrário signic vid vid num mundo mis
m is
    1 o que i libertdo
libertdo ds rçs ds trevs. A concepção
con cepção é
  1 1   notáve
notávell do grnde
grnde sonho
son ho d humnidde do soh
s ohoo
 !  · 1  eres
e res teu boo
bo o e tmbém o conservres

, / 1 
  sermão
sermão de Tho
Thomas
mas Colie
Colierr

1\ ns milirizmos


milirizm os comcom um exempo desse tipo de es
   ·   1  a ção no Vislu mbre da Glória de Sião de Hnserd Knolly
Vislumbre
\ leraua puritn purit n é ric em tis feste
festejo
joss em imgens
im gens o
1 o mundo que está prestes  substituir substitu ir o velho Consid
Co nside
e
    s gums pssgens que idm especicmente com
,  ba do novo mundo um problem que tem de ser se r
1 1      sério
séri o pr um sectário
sectário cristão em cujos
cujos ouvidos som
so m
,. avas de Cristo: Cristo: Meu reino não é deste
deste mundo! Como
    este reino que que não é deste mundo ser no entnto deste
  1 d históri?

3-O povo de Deus J 195


Thoms Collir r sbre ssa stã m sc1     1·

iuldo "Um Dscobrimo d Nov Crição aprl.     ,  


no Qurl Gnrl m Puny m 29 d smb d r l r · 
Collir prgou sobr um xo d Isís 65,7 "   l i ·
criri novos céus  nov rr Dscrdi  ida k q  ·
Criso virá  rinrá pssolmn
ps solmn submndo s s i 1 · ·


 xlndo su povo  qu s é o novo céu   a l r 1   i
Ess não é  su comprnsão; crdi  o conr    " q 
crdi
Criso virá no Espírio  rá um u m rino glorioso nos csp1    
do su povo
povo   ls dvrão
dvrão plo podr d Criso
Criso n es , 1  · 
sobr o mundo  são ss os novos céus   nov ra ra  � l   
smlh n o príso d Erígn o Príso d C        ·
o smlhn
rino
rino d Dus
Dus   "s
"s rino sá dnro dos Sn os.  E l'  •
dos Snos.
nov crição o novo céu: o rinori no do céu qu sá nos S1
S1  m
É  concpção d Erígn ms pssou por um atiV \    
rvés
rvés d idi do novo rino n hisóri E ss "iva�"iva� 1 · 

gor poid por um rgumno go insprdo Dc l •  •

Collir: "É vrdd qu ivmos  ind mos pa1


os muio bios
bios  crnis crc
crc do céu vndoo co co      
rmm no r d vis  qur    
ugr glorioso cim do rmmno
dv sr gozdo é dpois ds vid Ms o próprio > 
dv
o rino dos Snos dls . Ond Dus s n  . 
Sn os  lgri  glóri dls.
mnifsndo Snos   s et 1    
mnifsndo í sá su rino  o dos Snos
Snos. Aqui sá o grnd misério oculo do Evnglh
Evnglh     
nov crição
crição nos Snos
Sno s .19 O concio d um rino d       .
m ouro mundo orn-s um idi "mrilis o P ª " '
qu  concpção "spiriul
"spiriu l xig um mundo hisórico q
rnsgurdo ploplo Espírio d Dus 
Em l "ivção do príso podmos obsrvr os '1
gos
gos qu
qu compnhm  spculção simbolis d Er Er  
O mísico dissolv
dis solv  imgm
imgm snsul
snsu l  n pnrr na 1  x
priênci qu produziu o símbolo ms prsrv disi�·  
prsrv  disi�·
 disânci
disânc i nr
nr  xpriênci  o símbolo O príso d F
gn já não é um sblcimno
sblcimno mril qu m d s   o
clizdo
clizdo gogrcm
gogrcmn n r ds mundo ms
m s prm'
pr m' r

19 O sermão de Collie Woodhouse, Purítanim


Coll ie está em Woodhouse, Purítanim and Líbe, p. )!>
)!> ··.
··.

196
19 6  Hisóia das
da s Ideia
Ideiass Políticas
íticas - Renascen�a
Renascen�a e Refrma
Refrma
·  1  1 lo d e um stad de perfeição que pode ser cnç
L  ;q w   no "aém d morte. O símbolo de perfeição
perfeição está
" 1 ,   .    0  experiênci de um imperfeição
imperfeição que pode ser
•      a pens pel grç n morte. Este é o ponto em que
   r verddeiro termin com su especulção; e este é

  1  0  qul "tivi st ceit 
qul prte o místico tivist O "tivist
 . '11 izção do símbolo ssim como o místico verd
   ; nas então ele dá ind um psso pss o decisivo:
decisivo: bole  dis
'  o l're o símbolo e  experiênci e connde o símbolo símb olo
·  1  1  1 a xperiênci
·    1 1 1 xperiênci que pode
p ode ser
se r relizd existencilmen
,   1 va do homem em sociedde. sociedd e.
t\    mors
 morsee de um símbol
símboloo religioso
religioso num progrm
progrm re
•  i l    1ário pr descontentes políticos z o lóso pergun
1   • se ão há um mérito ineg in egáv
ável
el mesmo ns rms
rm s mis
 .1das de ndmentlism
ndmentlismo o O homem que está convencido
   ·nt de que o príso prí so oferece
oferece um orioso lmoç
 lmoçoo grá
  ·   11 bordel lgures no lém lém  o menos não escreverá cr
,   u representnte no Congresso exgindo qui e gor
·  .  ,    reito à bemventurnç
bemventur nç A trnsrmção do símbolo
    •i de perfeição
perfeição num
n um progrm
p rogrm político pr "tivists
• · ,1.í  cerne dos modernos movimentos políticos de mss.

: L  'tá connd o sectrismo cristão n polític no sen


 1     aisais estrito;  trnsrmção permnece um constnte
  1 ts polítics teísts e nticristãs do século XIX. Pr
  1   orrênci
orrênci n especulçã
especulçãoo polític
polític de Bkunin e Mrx
Mrx o
     ddev evee consultr os cpítulos respectivos
respectivos no
no último volu-
1  1  te est estudo
udo..

  Perguntas  Lord Fix


tizmos repetidmente o cráter não sistemático ds
la s sectáris;
las sectáris; os elementos
elementos ded e um mss utunte de dou
  a podem ser ssocidos em váris váris combinções;  uni
     dde nesses rerrnjo
rerrnjoss cleidosc
cleidoscópicos
ópicos é ssegurd
ssegurd por
 a deis guis gui s como s idei dos dois mundos,
mund os, que ser
 ·    como pontos constntes
constntes de cristlizç
cristlizção
ão pr o mteril
mteril
d  1 1rinl
n l A m de nos prectrmos contr  concentrção

3 · O povo de Deus l 197


mui
muioo sr
sri
i n outr
outr  o
o rê
rê os o
o R
R     1  1  

<rmos  ii
ii os ois munos   
mun os como  prc 1  0 
cimno d spcução d Quin Monrqu
Monrqu 
A visão do prof
pro fa Dni d imgm comco m os pés d      1 1  
 d pdr qu b  imagm  não crsc
cr sc pr p n ·    1   , .1

o mundo,   inrprção da visão como  sq� 1  L


quro
quro impérios a qu s sguirá  Quin Monrqu
Monrq u til i 1 
o, nconrarm
nconrarm sus
sus pridários
pridários n rvoução
rvoução pur
pur      1 1  ,

grup
grupoo  omns d  QuinQuin
 Monrqui prs
prs    1  1 1   
séri
séri d prguns a Lord
Lord Firx; no
no curso
curso dsss
dsss p1
p 1 1 1   
d novo i vndo o probm dos dois mun mu nos
os P
P '"
'"  
m os picionários: "S s não é o mpo (ou não      I  
ximo d) d drrubr ss govrno
govrno mpor,   r i  i 1   1
novo rino? AoA o pondrr s prgun, os uors rcl'1   
qu o rino dv
dv sucdr imdimn
imdi mn à qur mo
mo   1  
A primir pr do príodo d quar monrqui d á á m  1 i     
xpir
xpirou,
ou, com
co m o império romno;
rom no;   sgund pr dodo pei1.
o rino do Anicriso, sá-s promndo d d su rmo
rmo     1 · •

mpo d 1.260 nos a  concdido sá prss  cbr


Tis rxõs são muio conradors pr um sa  
Ms, não, d novo  objção dsagrdáv
dsagrdáv pod sr p' \·
\ ·
mundo  A ss obj� .1
d d qu "Mu rino não é ds mundo
os picionários
picionários nconrm
nconrm um rspos Criso crw 1  
Criso crw
diss qu su rino não ra ds
ds mundo,
mun do, ms  não dis�1
"Não
"Não dvrá
dvrá sr n rr, nm nquano prmncr    
Ao conrário, m Apocips 5 , 1 0  nos ssgura
ssgura "D
"D 1 1
zs,
zs, pra nosso Dus, uma
um a Realez
Re alezaa de Sacerd tes;   l'I
Sac erdoo tes;
nrão sobr  rr O "mundo não é disino d "r "r 
"Mundo é omdo como o mpo d coninuação dsse g
vo
vo mundil, ou sj,
sj, d monrqui romn O "Mun "Mun   
do qu o rino d Criso
Criso não é , é u m ão
ão isórico,
isórico, qu  
sguido
sguido por ouro "Mundo
"M undo porp or vir hisórico, no sni
sni dr
Hbrus 25: "Não i  njos
njos qu 
 sujiou
sujiou o mundo   1
ro, d qu amos. A époc prsn é " o dsbr
dsbr dos   
pos (2 Esdrs 6,9). O vho
vho mundo srásrá sguido por
po r um 
 
mundo;  ss novo
novo mundo é idnicd
idnicdoo como  " qu qu    

198
19 8  Históra das Ideias
Ideias Polít
Polítca
cass - Renascen
Renascençaça e Refma
' , • (
 • ,
     mo o eo o como o ovos
o , como ovos céus e
. , "  ' i na" como a gej
gej a dos Saos"
e Saos " Com uma precisão
, 1    M1gica maio do que o sermão de Coier terra desig
  1   ·  1     u a constae da existência
existência humana nita ao passo
pass o
    o esiga o status místico
místi co de trevas
trevas ou transgura
.     , ·    , como o sermão de Coier, desapareceu o se
v

 1 .      lo
l o da paavr ou troo mundo; de novo o símboo
paavraa no outr
. L 1     ·;o
o se tornou a reaidade
reaidade da história transgurada0
\ ·, /"1gntas merecem atenção por outra razão Quando
    d s  ar dos tempos o ativista
 ativista poítico cedo
cedo ou tarde
,  i d(   entar o probema de orgaizar o novo
novo mundo na
   .      a
a a
 a é uma situação crítica pois novos mundos
mund os têm
• h  tivo
tivo de se parecerem muito com vehos mundos
, qe aguém tente reaizáos concretamente Como
 1 •  ecário ativista adia esse momento desagradáve
   1 l   no possíve Enquanto é senacionaista sobre as
     p  i   de da época presente e vociferador em suas exi
   · 1 1  i a s de um mundo do novo espírito, ormamente tem
    1 1  o ue dizer acerca da ordem concreta do novo mundo. mundo .
l       'a reticência pode encontrar apoio bíbico mesmo
.    rif, em 2 Esdras previamente
previam ente citado Quado
Q uado o prof
pro feta
hc o Senhor que estava estava próximo o desabar dos tempos,
tempos ,
 1  ler aguns pormenores. Mas o Senhor he he respondeu:
  l' A aão a Isaac, quado Jacó e Esaú he asceram a mão
d· lcó primeiro prim eiro segurou o cacanar
cacanar de Esaú
Esa ú Pois Esaú
Es aú é o
     d mudo, mu do, e Jacó
Jacó é o começo do que se seguirá
segui rá A mão
 l   memm em está entre o cacanhar e a mão outra perguta,
 .ras ão ças". O conseho divino de não zer pergun-
1     uma sabedoria em ata estima etre os revoucion revoucionários.
ários.
�ksmo em nossos noss os movimentos poíticos de massa moder
11s, odemos observar observar que os íderes místicos por
p or exempo,
Marx e Lêni, enftiz enftizam
am a importâcia do diad ia e da tomada
d   oder embora seam vagos acerca acerca da ordem socia co
' 1  ' l a depois da transiçãotransição mística. A sciação desse uuro

 · ' ·1.in Queries Presented byby Many


Many Chrtian
Chrtian People,
People, 1 649; em Woodou
Woodouse,
se,
/ úim Liber p. 241
úim and Liber ss

3 - O povo de Deus l 199


místico sem uma ordem concreta i apanhad alv't 1 1  ·

comoventemente
comoventem ente na canção vorita da Juventu   i l k 1  
"Wir marschierem, wir marschieren in die Zu   . •

marchamos
marchamos nós marchamos
marchamos para o utur
uturo!
o! ] 
As Perguntas diferem
diferem dessa regra
regra gera conce    <' , 1   .
gera conce ,

cência acerca dada ordem tura; pertence aos pouc


pouc  l'X  i  · 
em que os revoucionários sectários se tornam ar l L i  · 

acerca de seu objetivo organizaciona.


organiza ciona. A revoução
revoução já t•s  \  1  

minho; chegamos ao estágio


estágio correspondente ao est{
est{ d .    
voução Russa em que Lênin escreveu acerca das "pn "p nh 11 
tares. Numa aseoogia simiar encontramos a per,1 ·

"Qua é então o iteresse presente dos Santos e d m 


Deus? A resposta aconseha que os santos devam devam as1 1
se em sociedades
s ociedades de igreja
igreja e corporações de acor l   1   

modo congregaciona; se tiverem surgido em núm 1


ciente, essas
essa s sociedades congregacionais devem com  '  
assembeias gerais ou paramentos de igreja
igreja de acord w  1  •

maneira presbiteriana; "e então


então Deus deve
deverá
rá dar
darhe
he      
dade e governo
governo sobre as nações e reinos do mundo
mun do
Aguns coroários
coroários iuminam
iuminam os pontos dessed esse progr
progra
a  
ciso Isoemos primeiro o probema da organização fed1 
A ideia centra é o estabeecimento do d o reino de Deus a l  i 1 v 
do Espí
Espírito
rito que anima
anima os santos
santos Já
J á que é um reino
reino esp
esp     
não pode ser estabeec
estabeecido
ido "por poder e autoridade hum      ·
autoridade hum
O próprio Espírito
Espírito chamará e ajaj untará um povo "e rmü    , 
em várias mias menores, igrejas e corporações; apl'
quando esses núceos espi rituais se tiverem mtipicad  q1
núceos espirituais
"governarão
"governarão o mundo
mun do através d e assembeias "de tais o·i'
igrejass quando devem escll  
de Cristo e representantes das igreja
e deegar.
deegar. A concepção de uma deração
deração de grupos nuc 
d e grupos 1".

espirituais é da maior importância porque, através das 


dações puritanas
puritanas nas coônias, passo
p assouu a ser o cerne
cerne re
re  1M 1

útimo do federaismo
federaismo americano
american o Ademais,
Ad emais, pea inuênc
inuênc .
ideia federa americana sobre poítica internaciona, to
-se
-s e o igrediente
igrediente mais rte nas tentativas
tentativas aboradas
aboradas de 
 
nização de um "governo mundia no séco X A ideia l

20 1 História das Ideas Polícas


Polícas -Renascença
- Renascença e Refma
I,  ão é em ui em mic, m ode
 �        uue
u ue e
e 
 mose
mose de sec
secis
ismo
mo evolu
evolu
1\ io; á,  vedde vedde,,  lógic d dei de um Espíio
  0       si um um eino
eino Enconmo-l
Enconmo-l ep
epec
ecend
endo,
o,
   K    o, o n
nq
qui
uism
smoo de Bk
Bku in À medid que Bku
uin
 • essou sobe  ognizção de um humnidde
h   iHla eois d gnde desuição do velho mundo, ele
a           a
 a como um fedeç
edeção
ão de peque
pequenos
nos gupos
gupos libe
libe
  1do";  m o o do mísico po aniddes em is is méis,
lt  1  ',1  1  é  concebe o novo mundo como algo que seguiia o
'

'0 o fedelismofedelismo ameicno "náuico.


"náu ico.
T    sso so so  compivmene
compivmene inofensi
inofensivovo e hmonioso
     o
 o ima
imaáá pequen
pequenosos gupos
gupos nim
nimá á um
um plua
plualid
lid

 dl' qeos gupos ona  onaseão
seão possíveis
possíveis fedeções
fedeções e,
        te,
 te, od  humanid
humanidde de consisi
consisiáá em snos
snos fede
fedea
a
o•,  m uogoveno palmen palmen So como um belo belo sonho;
sonh o;
   
  ue pode conec conecee seá lgum
lgum desilus
desilusão
ão qundo o
      o não ive ive pessa em nim
nim o novo
novo mundo
mundo De o,
 1 ·ôo não é ão inofensivo. Os snos que pesenm

•, l'untas esão envolvidos na gue, e s Perguntas são


    'ds
' ds o lode genelgenel do exéci
exécioo e o Conseo
Conseo Ge
    Gue. Lembamos a mulção mulção de ue Deus dá
   os "uoidde e govenos sobe s nções e einos
d1 I l i udo
udo  Ess
Es s mulção z so um no peubdo
peubdo
 
 mos mos pegun:
pegun: quem são esss nçõesnções e einos
einos do mun
do bre s uais os snos sn os govenão?
govenão? São els s nções e
s do mundo? Ms nesse cso não esímos inda no
 mundo E qundo esivemos no novo mundo, sobe
  m podeim os snos goven goven senão
senão sobe
sobe si mesmos?
( lu eão deixds lgums nções heeges heeges do velho mundo 
 m os sanos podeão opimi opimi  cilm
cilmen
enee  m
m de dicion
 à su nov posição de mando?
is peguns enconm sus esposs em lgums
esões eveldoas paa as medids páicas dos sanos
 ) oveno
oveno do Espíio "deubaá odo gove
goven
noo e uoidde
uoidde
 mpois (no
( no quno se elacion
elacion à consiuição empol
empo l

3 - O povo de Deus 1 20


daí)  embora
embora nas mãos de critãs critãs".".  Perguntas s1i        ·
entre ociais de Cristo" e  magistrados cristãos"  O pr  q   
magistrados cristãos"
de que os dois mundos são idênticos em estrutu estrutu li� .
rentes na rça animadora é excelentemente ilumi  I   

essa distinç
di stinção.
ão. A rma de governo antes e depois d " d 1 v 1 · ,   o
dos tempos pode po de ser a mesma; mas o espíritoespírito das in  1   ,, ,

terá mudado. O s peticionários perguntam perguntam de manei j' ' o 1 


asiva  Considerai
Considerai se não será uma honra honra muito mimi   '

os parlamentares,
parlame ntares, magistrad
mag istrados os etc governar como of d ,
Cristo e os o s representantes das igreja igrejass d o que ociai
ociai d'
d'  
reino temporal e representantes de um um povo meramerame
me  
ral e temporal? Não é suciente ser um represent representantant n•
do povo inglês no Parlamen
Par lamento, to, pois
poi s o povo como
como taltal cr
cr 
à ordem natural do velho mundo; o membro do Pa l  
tem de represen
representartar os santos ou seja
seja não os crist ãos c     1  · 
cristãos
da igreja
igreja sacramental, mas as comunidades
comun idades do novo rei rei  4
são inrmadas pelo próprio Espírito Daí a nova org
ção implicar um rompimento completo com as velh velha
a �
tuições;
tuiç ões; mesmo se a nova rma rm a política tiver de de ser de  H  
parlamentar a base bas e da representação políticapolítica assim
assim c c  . 
representação
representa ção pessoal
pess oal tem de d e ser mudada O velho velho grup
grup º
lítico governant
governantee tem de ser se r eiminado poispoi s que direi    
exigência têm homens meramente naturais e temporai temporaiss p
p   
mando e governo, que querem uma exigência santi santicada
cada pa  
as menores bênçãos exteriores? E mesmo mais agudanw
te:  Como
Com o pode o reino ser s er dos Santos
San tos quando são eleitor
eleitor  ·
eleitos para
p ara o governo os sem deus? d eus? A atitude é inexív
inexívee SI'
esperamos novos céus e uma terra  Como então p'
um a nova terra
ser
se r legal consertar às pressas
pressa s o velho
velho governo
governo tempor
temporal?"
al?" U
compromi
comp romisso sso não seria um ataque ao Espírito?
Espí rito? Seria
Seria a ten
ten l i
va de
d e reparar
repara r a imagem quebrada que a pedra golpeo golpeouu no pé"
um equivalente
equivalente de cair cai r sobre
sob re pedra? E todos os poder poderes es 
 
caíram sobre a pedra  não mereceram ser se r feitos
feitos em pedaço
pedaço 
Obviamente o único únic o curso
curs o correto
corret o será o curso
cur so que levee à s
que lev
pressão para sempre dos inimigos da piedade piedade
Não é necessária nenhuma interpretação desenvolvid
Algumas modernizações de linguagem são sucientes par

202  História das


das Ideias
Ideias Políicas
Políicas -Renasc
- Renascença
ença e Refrma
Refrma
 ft•  cd desss sugstõs  rdem históric do
�1v  l rd pe scesão d um movimeto que ão
�1v
,,
.Jt h'll a ste mudo  O movimeto é um nov relidde
.dI, 

ojdo
ojdo o crescimeto histórico
histórico d ção. Os de
los  áqui govermetl ão podem ser bolidos
.•   udç de constitui
cons tituição;
ção; difereçs
difereçs de opiião
opii ão ão
•1  estbelecid
estbelecids
s por compromisso.
compromis so. Os homes "des
, Ir         pertecem inteirmete
inteirmete  um trev que temtem de
de
· &u gar à ov luz. luz . São impos
im possíveis
síveis governos
governos de coligção.
A �    s poítics
poítics dos velhos
velhos membros
membros dos movimetos são
 1es As gurs polítics d velh ordem ão podem
•'r 'its
'it s o ovo mudo; mudo ; e os homens que ão são mem
   movimeto, o novo mudo, serão privdos de seu
  ·    de votrvotr Tods esss mudçs chegrão
chegrão substncil-
1·c trvés do "Espírito; ms o procedimeto político
lN rds sntos drão  mão, e  mão estrá muito bem

  
  Se o pessol d ve ordem ordem não desprecer
desprecer sor-
sor-
,,
d, os iimigos d piedde serão "suprimidos "suprimid os , ou, como
  os hoje, serão purgdos Em sum: chegmos à se 

 ção
ção dquele mundo novo em que, n Revolução Russ,
l .�in escreveu sus reexões com o título coquete: "Mte
r l s bolcheviques
bolcheviques o poder do Estdo? Sim, mnterão, n
V'de
V'de E iguém o disputrá.
Nturlmete,
Nturlmet e, tl exclusivismo socil ão
 ão será de grdo
grdo
 uem quer que ão se sto O novo reio é universl
l' substânci e universl em su reclmção de domíio;
,,
'eder-se-á
'ed er-se-á "
"  tods s pessos e coiss uiverslm ete 
uiverslmete
( ) sntos podem ntever que  exclusividde uiversl d
 federção produzirá um liç igulmete uiversl
 resto do mundo contr eles. Combinr-se-ão "cotr os
,,
deres do Aticristo do mudo
m udo e os poderes do Aticris
t por seu turo, "combirse-ão cotr eles uiversl
,,
ete . Os dois mudos que se devemdevem suceder um o outro
oologicmete se tornm etão,    prátic polític, dois
apos rmdos uiversis evovidos n lut de morte de
 cotr o outro For do misticismo dos dois mudos
mos emergir o pdrão de guerrs universis
un iversis que vierm 

3 - O povo de Deus 1 203


domina o séco XX A eclsividade univesa d st•       
oítico odz a aiança nivesal cona ee Estam o . 1  
cando no elemento "geas mndi   I'
elemento das modenas "geas
é a vedadeia
vedadeia taidade delas. Essas geas não são f,1r 
as
as mndiais oqe o teat teato
o milita é oba emem ep   
  1

são
são geas mndiais
mndiais oqe o misicismo da ec  L    
ec
sectáia
sectáia dá
d á aos atidos a vontade d e desição
desição un·  ·.  d
Nm cescendo siniso vemos qão iiáve e eu  
o nacionaismo aemão, com se imagináio aan  
ceco hostil odz, na vedade, ma aiança mndi n   
ta ele; como
como igalm
igalment
entee aanoica
aanoica a oag
oaganda
anda de       
bitânica imagina
imagina o oscio clado das nações e, dd  p 1 o
<z o agesso à sa imagem; sectaismo aniqu     
imagem; como o sectaismo
dos movimenos nacional-sociaistas odz a vona d 1
aniqiação
aniqiação na aliança
aliança mndial cona
cona ee;
ee; e como im
im   •
simiaes de sectaismo modam excsivamente o co  
ente
ente o movimento comnista e o esto do mndo

f Ativismo e niilismo
Sob esse títlo eendemos taze a co algns k
mas
ma s igados
igados à ealizaç
ealização
ão de m mndo de d e z toca
 z em qe toca
incidenalmente
incidenalmente nas áginas ecedentes, e em qe tee tee
 1�.
de toca de novo eqentemente no estante estante deste caí
caí   
Notamos, em incíio,
incíio, qe os condo
condoes es de uz
uz se ee
ee   
na exessão de ses objeivos conceos Condo, eme
m esboço gea dos dos ogamas NosN os casos oiicam
o iicamene
ene 
levantes,
levantes, a ansição aa
a a o novo mndo imica
imi ca ma reis
tibição das vanagens eenas e a tansfeência da osi os i[[ 1
cobiçada da classe goven
govenante
ante aa os membos do movim 
to No caso de Hansed Knolys,
Knolys, o
 o  exeml
exemlo, o, encontam
encontam
o desejo de ansfei
ansfei "cooalmente aa os santos o r
sente mndo O "via das mesas,
mesa s, no sentido da escaoo
escaoo
isaeia,
isaei a, emanece
ema nece m aço ndamental do movimento alt1
a mla maxista
maxista da "exoiação dos exoiadoes
exoiadoes 
A mla maisa concena o oblema de qe es
mos ando. Como ma eigência éica, a mla era

204 1 História das Ideias Políticas


Políticas -Renascença
- Renascença e Refrma
Refrma
•1·.�ionávc Se cbiçar a prpriedade de outro homem é
rl ara o burguês po que seia moa paa o poetáio?
       pio não z sentido no níve níve da ética; tira
tira sua ça da
k    Í ica que po esse esse ato supemo
supemo o mundo da iniquidade
iniquidade
•l i rsmado num mundo de uz. Apenas no contex-
•l
  1 dl· ma especuação sobe "o desaba dos tempos é que

• ômuas mostam seu sentido  sea a mua maxis


     a fómua iguamente ataente da "guea paa acaba
,   1   a guea. Daí, pagmaticamente, não have nenhum
•·     o em discuti comcom tais muações po meio de azões
1  · ressupõem que o oponente estea ao discuso no níve
dl' a  a antopoogia
antopoogia eaista. Da posição eaista pode-sepode- se a
p,1ir ue o a a uste das queixas sociais
socia is é mais dese
des eáve, mas ão
pcde situações necessitadas
n ecessitadas de ajuste,
ajuste, que emas sociais
\ udam a natueza do homem ou do mundo, e que depois
d·  aa erma o ma ainda seá o pobema ndamenta na
 ·Kência humana. Tais agumentos são de nenhum vao
1 onra a fé fé na tansguação
tansgu ação históica.
históica . E a antopoogia
antopo ogia ma
� i s t a assim como a do puitano adica é baseada na cença de

q peo ato evoucionáio tansmado a natueza do ho ho 


l    ' I mudaá de seu estado pesente
p esente impefeito
impefeito paa um esta-
1 lo e pefeição
pefeição que toaá desnecessáia a compusão socia.
O conito
conito ente
ente as
as duas posições
posições  ou sea,
sea, a posição do
do

 sta
sta espiitua e a do místico ativist
ativistaa  pemite que
que caac
caac
 '
'  emos a natueza do pobema
pobema mais de peto.
Primeio
Prime io de tudo, a fé
fé num mundo tansguado não pode
ser ransposta paa a eaidade
eaidade históica. Quando os centes 
 umau ma tentativa séia de eaização atavés da ação poítica,
poític a,
1 resutado não seá uma sucessão de mundos de d e tevas
tevas e de
l   mas a coexistência de dois mundos comuns
comuns numa gue
r mundia. Os ativistas, é cao antecipam esse esutado e

scontam-no teoeticamente, ao constuío como uma se


ransitóia
 ransitóia paa seu esquema de históia,
históia, como, po exem
exem
plo, peo conceito maxista da "ditadua do poetaiado.
Em segundo uga, o embate vioento ente dois mundos
o petence, na especuação dos ativistas, nem ao veho

3 O povo de Deus 1 205


-
mundo nem a nv É u aléisrfc a e n  e o 1 1 
dos. O nosso vocabuário énic aa a desi d· l  1 
fenômenos complicados (que aenas reveou a   1  q
tância completa
completa durante a última geração) ineizineiz t' 1 1  1 ·

é sucientem
sucientemente
ente dese
desenvo
nvovi
vido.
do. Daí termos inv    1 1 1 1  
termos de inv
novo termo transitó  · ' ,   
termo para a designação desse reino transitó
catastróca e sugerimos o termo violência escatoló�. l    
violência
violênc ia escatoógica queremos dizer um reino de a�o a�o q 1
nos sentimentos dos crentes ativistas,
ativistas, está além
além do bc e · 1 l 1 
mal porque assegura a transição
transição de umu m mundo de ini l
para um mundo de luz Vimos nas Perguntas que os p     
nários podiam
pod iam assevera
ass everarr que o mundo de luz não pod  n
tabelecido
tabelecido "por
"p or poder
poder e autoridade humanos
human os ao  a  s  q  1 
ao mesmo tempo podiam zer sugestões muito hu
de armas na mão para trazer o novo mundo para a xc 1 1
ia. As rças das criaturas
criaturas humanas imanentes m  , 
imanentes do m
misturam
mistur am com as rças
rças transcendentai divindade e 1
transc endentaiss da divindade
maneira tão inevel
inevel que a ação do homem
hom em já não é a aü   
homem
home m mas
m as a efetividade
efetividade da energia divina trabaland   "
vés da rma humana O que aconteceacontec e na realidade pepe   .
política e violência é compreendido como uma opera  
Espírito transcendental. O julgamento moral que é váio 1
existência humana ordinária obviamente não se s e aplica à op1·
ração espiritual Essa  última violência
violência  no
n o sentido mí i l  
-ativista está além da ordem da existência em que o hm·11
é entendido em sua nitude criatura! O paradoxo da irru� 
transcend
transcendental
ental n a história
história é a nte das rmulas para parad d   •
que menc0namos.
Terceiro
Terceiro já que a vioência
vioência escatol
escatológica
ógica está
está aém
aém do b
b   
e do mal j á que
que a guerra
guerra para
para o mundo da luz é uma op
ção espiritua
espi ritua transcendenta em que as rças das trevas
trevas ;
removidas
removidas do d o cosmos
cosmos  os crentes
crentes inevitavelmente
inevitavelmente se
s e envo
envo''
rão numa inteireza de de aniquilação que do plano de reaid
reaid
 
aparece como bestialidade e atrocidade. Os acontecime
das revoluções nacionalsocialista e comunista da Guera
Civil espanhola etc. rneceram em nossa época mate
amplamente ilustrativo
ilustrativo desse ponto. O horror inumano e s

206
20 6 1 Hsóra das Ideias
Ideias Polít
Polítca
cass - Renascen�a
Renascen�a e Refrma
Refrma
,    •( �ca d 
   l d coição
coição dede
1·  irsmo o gsiidd
1· gsiidd ia
ia  No po d históri
históri e
 1'lít ia e e são eits eits s reouções
re ouções s piões
piões hum-
1•       prods pode ser stiseits
stiseits não pens
pens ivre
ivress
i1   s s d moridde
moridde e d ei ms com o prêmio positi
" " d a ciêci
 ciêci de que os piores feitos
feitos são medids no pno
p no
 l  v  1  0 
  iert
iertr
r o mundo do m
m 
 :    ro
ro ugr
ugr já que
que  mudnç d nturez humn e 
    1   
 çãçãoo d históri não vêmvêm dentr
dentroo do cn
cnce
ce d ção
ção
          
  
 ção
ção hum
humn n como
como é dirig
dirigid
id  esse
esse m
m não pode
pode
 q 'ra dentro d reção rcion de meios e m A prátic
    íl  de um movimeno tivist será pois crcerizd
   1 l
 l t de pno previmente previmente discutid,
discutid, ou peo borto
d 1 pno ou por um misur ds dus crcterístics
   o
 o do pno em prticur ssume certs certs rms típics
     did qu quee  revoução
revoução de um movimeno
movimeno se eitos
eitos nunc
l·v a  reino de doçur e uz sem compusão compusã o ms sempre
 s grvds de poder dittori centrizdo Os O s grn
' l's xempos ness sequênci são  didur didur  de Cromwe n
  �     d d revoução
revoução dos sntos,  didur de Robespierre e
eão n esteir d ierdde eubernte n Revoução
   ces,  ditdur de Lênin e Stáin n esteir d revoução revoução
 is
 is As rzões pr  inevitb inevitbiid
iidde
de dess sequênci,
 ' o precimento do "Levitã que reprimirá o orguho
 
  nisds nisds prondmente
prondmente por Hobbes
Hobb es E o eitor deve
deve
  tr o cpítu cpítuo
o sobre Hobes no voume
voume VII
VII ( Cpítuo l ,
� J e Cpítuo 5, § 5) deste estudo pr um desenvovimeno
   or desse desse probe
probem
m
 crcterístic de t de pno não é menos típic
t ípic pr 
pres
 pres do místico
místico tivist. Já que o mísico ge
ge n suposição
sup osição
 ue no mundo novo  nurez do homem mudou obvi obvi
e ee não pode envoer-se em pnos de um u m ordem que
 ssupõe que  nturez
nturez humn não mudou Já que de to
a  urez
urez humn não mud, o sucesso de um ut revou revou
  ári present
present o tivist
tivist com  surpres de um mundo em
e ee tem de gir se quiser ssegurr um ordem estáv es táve
e

3 O povo de Deus 1 207


-
precisamene nos princíios em que eia id se a n·v   1 
ção não ivesse ocorrido. O ajuse à nova siuaçã ser;\   '   1 •
com maior ou menor habilidade,
habilidade, com maior
maior ou me
m e  . i  1 
dez,
dez, mas a ensão
ensão esá
esá semp
semprere presene
presene - seja in t      �  
seja na int
pronda e nas vaciaçõ
vaciações
es de
de Cromwell,
Cromwell, seja prob     d 1 
seja no prob
Thermidor,
Thermidor, ouo u nas reoriena
reorienações
ções da políi
políica soviéic    •   
ca soviéic
da Revolução Russa; numa hora ou noura o nível d  1 1    
nova normalidade em de ser enconrado o enusiasm l'�• .1

ológico da revolução
revolução mísica mesmo aband   <     
mes mo em de ser aband
e os escaologisas
escaologisas incurá veiss êm de ser "liquidados'>
inc urávei
Temos de omar cuidado
cuidado,, enreano, procua    1 · 
enreano, de não procua
rações desse problema apenas nas revoluções caas 
maiores Os senimenos
senimenos e idei
ideias
as dos movimen
movimenos os pene1
pene 1   1

civiização compleam ene e rmam um i n    


civiização ocidenal ão compleamene
diene apreciável,
apreciável, pela mediação da revolução
revolução purian    1
exemplo,
exemplo, na políica americana "normal, não revolu
po líica americana revolucio
cio
 
J á noamos
noamos o lema da d a propag
propagand
andaa wisonian
wisonianaa da PrinPrin
   .1
Guerra Mundial como a "guerra guerra para acabar com a guegue 
A Segunda Guerra Mundial produziu não apenas apenas um lema.
mas uma políica concrea
concrea de
de consequências de longo al 
que em a marca d o misicismo aivisa, o u seja, a "rendÇ 
aivisa, ou
incondicional de Frankin D. Roosevel No níve nívell da pol
pol   
nacional uma exigência de "rendição incondicional é s
senido porque n a coninuidade hisórica as condições da arlt'
de governar da nova ordem êm de prevalecer no dia depoi depoi dl'
as condições
condiç ões da velha ordem se erem quebrado. Uma rm
la que no nível da políica racional permiiria inerpreaç
alamene descoreses z senido, porém, se r enendi
como a expressão da vonade mísica do aivisaaivi sa em abolir 
rças do mal, assim como a cegueira concomiane
concomiane para 
exigências da exisência hisórica.
Em quino, e úlimo lugar, consideremos que a ensão e e 
re a vonade do mísico aivisa de aniquilar
aniquil ar as rças do ma e
a realidade
realidade da exisência
exi sência a que o esadisa em de submeers
submeers 
é uma das nes de um fenômeno
fenômeno que é designado hoje com
"niilismo
niil ismo.. O próprio ermo niilismo passou a er um empreg

208 1 Históia das Ideias Polítcas


cas - Renascença
Renascença e Refrma
1   . w a m  l o ns no séclo XIX, at r és d Turuenie
l  1    rg e N ietzsche Daí ter ee asorvido em seu signicado
d·ros que não são típcos típ cos de toda a série de movimentos
1 ·•d a dade Média mas são característicos apenas
1·•d apenas da se
 1    '
 'iritua
iritua da
da história dos movimentos. O termo está bem
 "
"   lecid
 lecidoo e seu signicado
signicado não deve deve ser mudado
mudado time
timen- n-
1  ' . No entanto, devemos car atentos para o to de que ao

1s um eemento de seu signicado tem um campo mais


v.islo de apicação, ou seja, o componente que contempa a
utividade civiizaciona do ativista. Sob um aspecto, é
   've
' ve a destrutividade num credo ativist ativistaa que contempa
1     undo do qua desapareceu a natureza do homem como a
1   ecemos; pois poi s essa natureza do do homem
homem determina a estru
l a de nosso noss o mundo histórico
his tórico,, e a fé
fé na aboição da natureza
  ana tem de expressarse expressarse na n a vontade
vontade de destruir
destruir a estru
   do mundo histórico O termo niilismo, entretanto, chama
 sa
 sa atenção para outro aspecto da destrutividade do ativista
que, embora não ausente dos movimentos da Idade Média Médi a e
d Rerma, toaram-se inteiramente visí visíveis
veis apenas
apenas no
n o sé
sé 
o XX X X Parece que a crença no mundo transgurado não
· a útima nte de onde podemos pod emos tirar a interpretação dos
ômenos
ômenos dos movimentos Há ainda uma nte mais pro
nda da crença ativista e do niiismo ativista num taedium
vtae prondo, numa doença doença na existên
existência
cia histórica numa
potência espiritua arraigada de enentar a vida em seus
óprios termos e, em consequência, numa vontade vontade de esca
ar do ônus da existência num paraso

§ 1 . O esp
espíito livre

a. Estado do p roblema
Uma das questões mais espinhosas na história do mo
vimento é o probema da continuidade. A destruição das
ntes é tão competa que apenas certos pontos atos ram

3 O povo de Deus 1 209


-
preserva
preservadosdos.. Como
Como mru
mru  l
l  recede
recede, , r
r     
-se
-s e o suciente para estabeecer
estabeecer o coeúdo típico da '
e o suciene para ornar moramente certo certo que exs
exs  1     . 
continuidade mesmo quado caíram as poes e m
poucos ponos mes Enreanto
Enreanto o eior teráterá cocu
cocu  d 1
nossa escoha de materiais documenários
documenários que enre  t ' •
critos do PseudoDionísio a obra de Escoto Erígena  a d r
 iore de um ado da via e a produção iterár    ·
Joaquim de iore
sécuos
sécuos protesta
protestanes
nes do outro
outro  ou seja
seja aproxi
aproximada'
mada'    
entre 1200 e 1500  há ampasampas acunas. De to to é impo
impo 
reconstruir o desenvovimento exato de ideias desse pe pe  1 
com base em tes primárias. Essa dicudade entret     
dicudade entret
não deve
deve iduzir-nos a egigen
egigenciar
ciar o curso atua
atua da
da his
his     
Quando
Quando nos anos de 1520, na eseira eseira da Rer
Rermama de r'
r'  
e as obras de Joaquim de iore iore apareceram
apareceram impressas,
impressas,   
demos supor
supo r que o editor sabia que tinha um mercado par.i
uma obra de renome; e de onde teria vindo esse mer 
para uma obra que ra escrita na útima década do sé   
XII
XI I  a não ser
ser que tivess
tivessee existido em coninuidade subm
subm   
aé a pubicação impressa?
impr essa?
Ademais embora os documenos iterários dos movim
tos heréticos estejam destruídos sabemos que os própr�
movimetos exisiram;
exisiram; temos
temos ampa
ampa inrmação de de sua e
e 
ência imporua aravés
aravés das recamações de escriores or or 
doxos
doxos dos jugamentos da I nquisição e das condenações
condenações   
concíios
concíios Esse
Ess e corpo
corpo de materiais
materiais não
nã o é desconhecido
desconhecido;; e \
ampamente exposexposo
o em cássicos do sécuo XVIXVI I I tais co
co 
A História Eclesiástica, d e Mosheim; e a obra histórica
histórica crí
crí
dos dois úimos sécuos fez crescer consideraveme
consideravemete te os
os 
conhecimeno Lamenavemene a historiograa ibera d
sécuos XIX e X não evouevou em consideração esses maerimaeriaa   
n a rmação de nossa visãovisão da
d a hisória inte
inteec
ecua
ua ocide
ocide 
e mesmo ho h oj e nossa visão histórica das ideias poíicas es<
seriamente distorcida
dist orcida através da suposição
supo sição da grande quebr
quebr
entre os períodos "medieva e o "modero Um simp
caáogo em partes mais importantes dos movimentos
movimentos e
1200 e 1500, não seria certamente um substituto para um

21O
21 O J Hstória das Ideas Políicas
Políicas - Renascença
Renascença e Refma
 w
w  
  
  de   drço
drço o eo otraria
otraria
       dde dodo bete soca e qe qe as ideias
ideias dos
dos sécu
lw X 1 1 e XIII ra evadas até ao sécuo sécuo XVI A consciência
d1·se biente de continuidade evitaria ao menos o erro de
,,
1   
ideass como modernas por nenhuma outra razão
  ar idea
•
•    0
 0  de
de que as ntes mais antigas
antigas estão
estão quase
quase todas per
     ObviamObviamentente
e nossa compreensão dos movimentos
movimentos po
lfics odernos no período do uminismo umini smo e depois ganhará
      ova pron
prondidade
didade se pudermo
pudermoss ver as ideias
ideias coteanas,
1    sas eninistas e hiteristas
hiteristas de uma transgur
transguração
ação na
na
da   tória não como ideias "novas mas como especuações
·toógicas que provêm em continuidade do misticismo
. i l ta
t a do sécuo XIII o u se pudermos entender a diaética
l  'ana e marxistamarxista da história
história não como um novo histori
 i s  o ou um novo reaismo mas como uma ascendência re
 da da especuaçãoespecuação gnóstica se pudermos entender a uta
Ta contemporânea entre positivismo, progressivismo,
  unismo e naciona-sociaismo de um ado e a Cristanda
e, do outro, não como uma uta entre entre ideias "modernas e
( :tandade, mas como uma renovação da veha uta entre
 tandade e Gnose e se pudermos procurar a rmuação
 erior das das questões contemporâneas nos escritos de rineu
tra os gnósticos de seu tempo.
Possumos entretanto, ais do que apenas reatos con
nentes à existência de movimentos em continuidade
bora a produção iterária origina dos vários vários grupos sec
 ;\rios se
s e tenha perdido em grande parte, conservouse
conservous e uma
uência de ntes secundárias Essas ntes são agumas
ezes embaraçosas porque os eementos doutrinários a que
ss se referem
 referem são tirados dod o contexto. Mas estão onge de ser
deciá
 deciáveis
veis O obstácuo principa a seu emprego tem sido
enos uma impossibiidade
impo ssibiidade técnica
técnica de interpretação
interpretação do que
ma má vontade
vontade da parte dos historiadores. Em particuar,
particuar,
outrinas
o utrinas e práticas adamitas soeram
soeram com essa
ess a má vontade
uito equentemente encontramos uma atitude de respei
biidade embaraçada
embaraçada e chocada quando o historiador ida
om esse probema Referese aos sectários adamitas como

3 O povo de Deus 1 22  


-
entusiastas",  mentamente petubads", "fnátirm    
giosos", pessoas icenciosas", adicais", etc ais  1 l  

zações podem,
pod em, em cada caso,
caso, se muito vedadeia; 1 1   �    
é tae do historiado ze se de indignado quand Slr 1   
histor iado zese , 1

se entega
entegam m a práticas que, peos
peos padões de moa  ' ·. i 

cia norma, seiam consideadas de exposição ndl·1


é sua tae intepeta o fenômeno como signicat  
mística
mística de u m etono
etono ao
ao estado
estado paadisía
paadisíaco Encon       
co Encon
po exempo
exempo,, epotado
epotado que
que anabatist
anabatistas
as em Amste
Amste     i 
am a oupa
oup a e coeram ua s, pocamando a l ú'
coeram nus peas uas, ú '  : 
de Deus como iminente, e quando evados diante diante d     ·
 ·
tado, asseguaame:  SomosSomos a verd
verdadadee nua!" Ta
Ta     L
suicida num período da pio peseguição tem um u m toqu p    1

pata, e o histoiador
histoiador pode se movido
movido pessoame
pessoamente nte à 
   
nação
nação ouou à piedade
piedade mas,
mas, pimeio
pimeio de tudo
tudo como
como hum
hum  1    
ee deveia te espeito suciente peas guas tágica   
entender
entenderhe
hess a conduta
conduta como signic
signicativ
ativaa do ponto d d  
   
eigioso deveia emba as passagens em De Divisionc Divisionc N 1
turae onde Eígena intepeta a nudez nudez no paraíso como a  
dez na vedade,
vedade, e deveia púbico     
deveia entender a nudez em púbico
a transguação do místico e com a estauação à pe  
adâmica Então, também entenderá que ta conduta n;w ,.

mais nem menos psicopata do que uma eunião de indiví indiví 


que ciam a paz mundia , coocando a
paz mundia,  a da ei"
ei" a gue 01
a conduta de sectáios quiiastas que criam o mundo d  
peo extemín
extemínio io judicioso de gande
gande númeo de homenshomens  
petencem
petencem ao eino das tevas
tevas - seja Comwe
Comwe,, na Iand 0
n a Iand
Hite, em
e m Auschwitz
Temos de econhece, entetanto, que a econstução dr
signicado, patindo de ntes secundárias, exigiria cel 1

esço de imaginação. A oba intepretativa seia gan


mente ciitada se tivéssemos um quado sistemático das
ideias que subjazem os incidentes e pedaços de dout
que chegaa
chegaam
m até
at é nós numa
n uma ma agmen
agmentadtada
a Po s
te, um descobimento ecente
ecente nos oece pecisament
pecisamentee a
visão intega, sistemática, que pode sevi como uma c
ve paa a compreensão de mateiais isoados e espahad

2  2 1 Históia das Ideas


Ideas Polít
Política
icass - Renasce
Renascença
nça e Refrma
Refrma
1  d·�l rto
r to ve da art
art eerada hstóra da arte,
e erada da hstóra
' hn  a vsão ara esse cao de deia de uma riqueza
   1      eserado.. Ademais, o desco
  ete se odera ter eserado
   Hto ertenc ertencee à éoca um
u m ouco anterior à entrada de
 u a cena histórica, de tal modo que estamos agora em
    u
wi,· o de aresent aresentarar um quadro bem reciso e ormenori-
d   estado de deias nos moimentos ocultos que ieram
 •rce com tanta iolência exlosia na Rerma Es
1s ando do estudo sobre so bre Hieronymus Bosch
Bo sch feito
feito or
\V l  h e  m Frnger21
Frnger21 Contudo,
C ontudo, antes
an tes de indicarmos os resul
1 prnciais do estudo de Frnger, descreeremos bre
      e
 e a cadeia de moimentos
moimentos que são os ortadores
ortadores das
das
dias ue aarecem nos uadros de Bosch.

/1, ( ): rtliebanos
( )s oimentos em questão são conhecidos historicamente
   \
 \ 0 os Irmãos e Irmãs do Esírito
Esírito Lire
Lire,, ou como os homi-
1·s telligeniae. O estado das ntes não nos ermite uma

  ·   tação exata
exata conáel
conáel dos gruos que deeriam
deeriam ser n
    os
o s Aém das doutrinas que são esecicam
esecicament
entee carac
carac
' Ítcas de um Esírito Lire, alguns dos gruos arecem
'1 do rtes anidades com um culto de obreza do tio

w  desano. Por outro lado, o Esírito Lire enetrou mais


 enos amlamente nos gruos que não ram ndados
nalmente como irmandades dessa crença No entanto,
rm ressalas e cuidado
c uidado,, não está em dúida a lnha hstórica
hstórica
 cal do momento.
momento.
O moimento começou com uma seita na Renânia, em
trasburgo, com o nome de seu undador, os ortliebianos.
S e o rório
ró rio Ortlieb
O rtlieb não era amauriano,
amau riano, arece certo
certo que os

  ihem Fger Hieronymus Bosch: D Tausendjhrige Reich Grunüge


'
' r r A usle
uslegung.
gung. Coburg,
Cobur g, Winkler-Verag, 1 947.
94 7. [Para um exame
exame ava
avaiad
iador
or or
 '   das inepretações
inepretações da obra de Bosch incu
i ncuindo
indo uma anáise
anáise de apreciação
da erspecva adamta ve James Snyder Norhe Renaissance Art Painting,
Slpture
Slpt ure the Graph ic Ars, fom 50 a 575. Nova York, Harry N Abams
Graphic
l )85 p 19521 7.]

3 -  povo de Deus
Deus \ 23
amauianos tieam um pape decisio as ige a S'il . 
O pouco que sabemos
sabemos do panteísmo
panteísmo ded e Amauy
Amauy d e ChartT
ChartT�·�· ,
David de Dinant podepode também
também se discenido no mo  w     
no mo
otliebiano
otliebiano Quanto ao mais, não sabemos mais sobe a d  1 1 1

tina do que se pode chama as pates mais impota d r


ideias típicas A doutina ndamental da da seita dizia
dizia es
 es l  1  1
consubstan
consubstancia
ciaidade
idade de Deus e dod o homem CadaCada home
home   · 1  1
pincípio, é capaz de tonase substancialmente diin dii n   . 
união substancial
substancial com
com Deus é possív
pos sível
el po
po  um ato
ato de 
 
de
de  Quando
Quando o homem
homem alcança
alcança a união com Deus, entent    
libedade
libedade d o Espíito.
Espíito. Nesse estado, todas
todas as limitaçõe
limitaçõe    �
titucionais, egas legais e peceitos moais tonam-se   i l  1
inválidas, mas sem sentido, poque
po que a oigem substanci d . i
odem, o pópio Espíit
Espíito,
o, opea n o homem Tal diviniz
diviniz··  1
é possível dento do limite da vida
vida humana
humana  A essueiçã   ; 1
mote tonase
tona se sem sentido
sentido poque o homem é essusc
essusct
t 
pela
pel a união
união substancial
substancial com Deus
Deus 
Obviamente, tal cença pode
po de leva a conduta
conduta discoda
discoda 
da odem da sociedade Já que a tea é do Senho, e já qu
o Senho está substancialmente pesente na essuei
essu eição
ção s c 
táia, a tea
tea é dele
dele  o que, na pática, pode signica
signica qu
qu 
oubo da popiedade de outa pessoa é um ato de Deus Ji\
que a divinização se estende até ao copo,
cop o, a satisfção
satisfçã o de pa i
xões copoais é uma esão
esão de enegi
enegiaa divina
divina  que na pá
ca pode signica licenciosidade
licenciosidade sexual sem limites Embor
tais consequências não se sigam necessaiamente, e, co
ega,
ega, não
n ão estivessem pesentes na n a geação
geação dos ndadoe
ndadoe
acusações
acusaç ões contínuas desse tipo indicam
indica m que tais moviment
,,
cons ideável de "místicos deva
devem te ataído um gupo consideável
iedade mais obstinada
obstina da e mais dissoluta
disso luta paa quem a Libed
Libed 
de de Espíito signicava uma ogia de desodem
desodem 
Socialmente, a seita otliebiana também mosta ceta
caacteísticas impotantes A seita tinha gaus de peição
vaiando de um noviciado a uma iniciação
inicia ção completa à libe
dade espiitual. O ensinamento
ensinament o integal não ea evelado
evelado ao
noviços; eles
e les tinham de submete-se a um cuso de educação

214 J Hstóra das Ideias


Ideias Polítítcas-
cas - Renascen�a
Renascen�a e Refrm
Refrmaa
,1ula. sse gdismo coso mostr  esposbii
 u rit
 rit e  seredde
seredde do movimento, o menos em
·     s icípios e seus começos demis, esse grdulismo
grdulismo
 
  
  i
 i os grs mis
mis bixos permne
permnecer
cer detro d orto-
 l 1  x ia A seit er er socilmente um orgizção r d igrej
igrej,,
1 1 1 a s agoago como
com o um rmicção Os O s oviços permnecim

    o d orgnizção trdiciol scrmentl
scrmentl e pes os
til'  mis elevd elevdoo de iluminção pssrm pr um status
ma d igre igrej
j
s
 s grdção,
grdção, em que o novo gnosticism
gnosticismoo se st d or
1i, deve ser etendid historicmete como  inversão
do grdulismo
grdulismo em que o gnosticismo dos primeiros sécuos sécu os
S' ovu pr um compromisso com  Cristndde O grdu
.il mo ortliebino ssemelh-se prondmente às distinções
de neumatici, psychici e hylici Os pneumatici erm os s
 d revelção gnóstic inclinndo-se pr  Cristndde;
10 etnto, os cristãos se permiti um status inferio inferiorr como
1chici. Os psychici precisvm do Cristo histórico pr su
deção, o psso que os pneumatici vletiinos erm
zes de redenção por um soter (slvdor) não histórico
estil Ess construção socil peculir de um núcleo de es
  ituis
ituis perfeitos
perfeitos m tipo de diretordo que por su su  hierr

  e grus espirituis
espirituis lcnç  sociedde ds instituições
omintes é um rm ndmentl com rics possibili
des polítics. É o instrumeto
instrume to perf
p erfeito
eito pr um
u m sociedde
ecret com o propósito de corroer s instituições existentes
om um mínimo de perturbção supercil e em cosequ
êci, com um mínimo de possibilidde
p ossibilidde de ser detectd
detectd Os
cordeiros o ndo d hierrqui não sbem o suciente pr
ir quisquer segredos; e embor não se note em su con c on
dut exter diferenç
diferenç com os não membros,
memb ros, sus
su s lelddes
estão efetivmente empenhds num nov direção É , em
princípio  rm socilsoci l que nos é bem conhecid de noss
experiênci
experiênci com movimetos
movimetos de mss
mss moderos  com seus
círculos internos de "líderes, "céluls''
"célul s'' "orgnizções
" orgnizções de 
chd e "compnheiros de vig em.. É um rm socil que
vigem
se torn em desespero ds instituições governnt
governntes es por cus

3 - O povo de Deus l 215


da intangibiidad  por causa da impossibilidad l d1·• 1

brir, a não sr numa


n uma cris rvoucionária, até onde chq\1   
rvoucionária, até
avanços rais  À uz d
avanços rais d nossas
nossas xpri
xpriênc
ências
ias con
cont
tm
m
    
podmos
podm os ntndr
ntn dr tavz
tavz mhor qu a xaspração
xaspração d l i
sidors
sidors não i causada
causada apnas
apnas por difrn
difrnças
ças d do
do     

 Beguinismo - Eckhart
D to, o carátr do movimnto
movimnto do Espírito
Espírito Livr
Livr c       1 
frmnto qu s torna ativo m vários vário s grupos sociai
soc iai é a ' .   
sa das
das dicudads
dicudads m m dtrminar-
dtrminar-h h a natu
naturz
rzaa vr
vr    1   
O principa locus socia do Espírito Livr é um movim movim I 1  . 
cia qu, m si msmo,
msm o, não tm nada qu vr com o    i    

Livr, ou sja
sja,, o movimnto
movimnto dos Bguinos
Bgu inos  Bgardos.
Bgardos. O hq,
nismo comçou,
comçou , tanto quanto
quanto si, m 1180, m Lig, pel     
dação, por
po r Lambrt  Bgu,Bgu, d um convnto d d igo     i1

viúvas
viúvas  moças sotiras
sotir as A idia d umconvntuaism
um convntuaism p;,
muhrs
muhrs sm igaçõs
igaçõs mii
miiar ampa w   
arss dissminous ampaw
nas décadas  sécuos
sécuos sguints
sguints  i sguida
sguida d um movi
movi  · ·  
to simiar
simiar pra homns, provavm
provavmnt nt comçando po vl.
d 1220. Nsss
Ns ss movimntos tornams
torna ms manifstas
manifstas as en·s•.1
dads sociais das cidads m crscimnto, com su isoam isoam   
dos indivíduos  o prigoprigo d protarização, qu apnas  
sr
s r protado
protado pa criação d um status institucionaizad  "�
pcia qu
qu prsrva
prsrvass ss o autorr
autorrspito
spito  a dignid
dignidad
ad hu
hu   1  
d homns  muhrs sociamnt isoados no dsrto S
vizinhanças
vizinhanças qu ram ram as cidads
cidads d pquna scaa
scaa na I
I   '
Média. Rigiosamnt tais convntos ram m rgra r  
rgra r
nados com as ordns dominicana  anciscana.anciscan a. Mmbros �
convntos quntmnt ram das Ordns Trciras; e 1w
tmpo da prscução do bgardismo por hrsia, ordnava ordnava
aos mmbros qu qu  s j untassm
untassm às Ordns Trciras
Trciras a m d m
submtr ao contro
contro rigioso
rigioso instituciona.
institucion a.
Esss poucos dados srão sucints para mostrar as l i
nhas d
d  bataha
bataha compicadas
compicadas dos movimntos
movimntos nss prío
prío 
O bguinismo é ndamntamnt um movimnto soci
mas stá, ao msmo
m smo tmpo, m busca d uma nova orinta

2 1 6  História das Ideas


Ideas Polít
Polítas
as -Rena
- Renascen
scençaça e Refrma
Refrma
·lgiosa.  orde mdicates oem orecer
o recer orietação
'liosa té certo
certo oto, mas sua lideraça é isuciente. No
No
1t\O d o século
século X
X  os paéis ram, a
 a verdad
verdade,
e, inverti-
inverti-
: ds as rdens mendicantes declinaram
declin aram notavelmente orque
1� oas
 oas referiam
referiam juntarse aos conventos
conventos de
d e begardos
begardos e
w11in A situação era tão embaraçosa que o grandegrande lumi
lumi 
1r 'olástico
'olástico Duns Scot
Sc ot i chamado a Colônia
Colôni a ara conter
1 da de religiosidade
religiosidade beguinista ela autoridade e oder
od er de
�1 egação  tare
tare que permaneceu
permaneceu sem
sem cumprimento
cumprimento por
111sa de sua morte súbita em 1308.
() pisódio de Duns Scot, o grande anciscano, nos z
1
 1  ar que a lutalut a era complicada
complicada pela rivalidad
rivalidadee entre an
1 i s ca n os e dominicanos As ordens mendicantes
mendicantes não apenas
'am em competição com o Espírito Livre pelas almas
os eguinos, mas estavam também em competição entre si
pl controle intelectual das universidades assim como pela
  1  ência no povo A regação das ordens mendicantes é um
or contribuinte importante na ascensão dos movimentos,
1 edida que fez fez nascer a consciência
consci ência religiosa entre massas
iores do ovo e, em particular, deixaram-nas conscien
l'S de que a Cristandade não é um monopólio
m onopólio da hierarquia
'esiástica, mas ma s pode ser mais bem representado, no que diz
eito
 eito ao povo, por organizações
organizações religiosas especiais
especiai s Quan
d  a luta por controle
control e das massas elas ordens mendicantes
strou sintomas sérios de d e lha no começo do século XIV
se a tentativa política comum de uma ordem lançar à outra
a esonsabi
esons abiidade
idade pela desordem dos beguinos.
A oportunidade para a tentativa surgiu com a pessoa de
chart, o terceiro na
n a grande sucessão dominicana
dominican a de Alberto
e Santo Tomás. O misticismo
m isticismo de Echart tem anidades com
 complexo geral de PseudoDionísio e Erígena, e embora
a teologia nada tenha que ver diretamente com o Espírito
Espíri to
ivre, o componente comum de especulação no ndamento
a alma torna
torn a possí
poss ível associações fáceis. A enumeração das
roposições
roposiçõ es condenadas de Eckhart
Eckhart i, na verdade, conn
ida por um tempo como um decret decretoo contra o begardismo

3 - 0 povo de Deus J 217


21 7
A capanh onta Ekhart  coda pe  o s '1  1•.i , ,
nos e quando se sucesso completo  fusrado p d  
te de Eckhat
Eckhat i i continuada até a condenação pótu t i 
1329. A exigência anciscana de condenação das rposi,1 
de Eckat
Eckat tem a assinatua ente outos de Guilhc1  
Ockham Essa
Ess a luta dos anciscanos conta Eckar Eckartt 1l  , 
zões na edida em que o gande dominicano exer   1 1 
inuência imensa nos gupos populaes pelos seus scn
assi como pelo teinamento de uma geação ma j ov 
de pegadoes.
pegadoes. Não sabemos
sa bemos é clao teia ac   l'   1
clao o que teia 1

se Eckat
Eckat tivesse vivido
vivido mais
mais e se a continuação de s s  u 1   
não tivesse sido inteompida pela condenação as ji   
muito
muito possível que
que como
como São Fancisco e São Domin
Domin   
século antes ele podeia te-se tonado o ndado dl'     
novo movimento eligioso
eligioso que teia satisfeito
satisfeito as
as necess     "
populaes de eligiosidade
eligiosidade ao mesmo tempo pes    \  
tempo que pes
o cesciento selvage
selvage do seu descailamento em u ·,
ticismo ativista
ativista Tal pecuso entetanto exgiia
exgiia absor
abso r . i
eligiosidade
eligiosidade mística de d e Ecka
Eckatt e de
d e seus seguidoes
seguidoes n o ni·.
tianismo institucionalizado; exigi
exigiia
ia concede
concede às suas
suas or
or  
zações
zações e teologia mística uma ma legítima do meso gr
das odens ais antigas
antigas e d a teologi
teologiaa escolástica
escolástica dos d   1
nicanos e anciscanos Tal Tal pecuso,
pecuso, como indicamos
indicamos a a  ·�
·� 
evidenteente
evidenteente já j á não ea possível
possível em paticula paa a ( ) 1
dem Fanciscana
Fanciscana  que nessa
n essa época se estava
estava livando
livando do rl
manescentes
manescentes de sua pópia ala de Espiituais
Espiituais adicais. o    
adicais. o
consequência as massas com motivações eligiosas r
deiadas
deiadas sem o tipo de oientação
oientaçã o espiitual
espiit ual que um home1
como Eckat podeia te ofeecido
ofeecido e a desodem
des odem sectáia f i
vencida momentaneamente
momentan eamente pelos pe los julgamentos e execuç'
execuç'
em massa pela Inquisição
Quanto ao estado da doutina no peíodo cítico das p
seguições
seguições no coeço
coeç o do século
século XIV os o s documentos oc
oc
apesentam pouco
pouc o mais do que o típico Os decetos cleme
cleme
tinos do Concílio de Viena ( 1 3 1 1 )  na melho das hipótes
hipótes 
adicionaam alguns cooláios Os que vivem no estado dl
pefeição estão paa além da egulamentação eclesiástic

218
21 8  Hisóra das
da s Ideias
Ideias Polítc
Polítcasas - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
  · 1 1 i  m erç descr ds ltuas  cntemplção
  1 1 1 ;1 ' nderse
 nderse em pensmentos dos scrmentos
scrmentos ou d
 ' •   s  Svdor Ts cusções ms especcs indi
      1  ã  mis do que  chegd
chegd do regime do Esprito Um
isp o de Estrsurgo de 1 3 1 7 rm como doutri
      1 d  ispo
1. q  não há nem inferno inferno nem purgtório
pu rgtório como ugr))
1 q  1 l ão há nenhum jugmento n ms cd lm é ju ju 
·
·  ª  su morte; ém ém disso, ninguém se perderá,
perderá, ms
m s os
' "•   í r i s, mesmo
mes mo dos j udeus e dos srrcenos, retornrão 
l 1 t · 1   Tis trechos de doutrin indicrim que  interpret-
.

1.0  moist d d Escritur como  conhecemos de Ergen


 1 • , s i m como  apokatastasis de Orígenes, zi prte do pen

'  . t 1 nto sectário22

ti. A Nona Rocha Estupor e explosão


-

l á um sentenç n crt


crt do bispo
bi spo que merece
merece mior ten
ten 
� 0 porque vi lémlém do qudro convencion ds doutrins
doutrin s
  s
 s se mntêm imóveis no cume d non roch, e ninguém
�l egozij nem ment e se pudessem, por um simpes
vr, nir tods s desgrçs humns, não dirim 
vr"3 As nove rochs simboizm os nove pssos peos
qi  pesso espiritu scende à su união com Deus, no
 1 me.
me. A doutrin ds nove rochs trvess o movimento evi
  temente desdedesde o começo, por vot de 1200, e prece que
'Í
' Í stiu mis de um trtdo
trtdo desse nome ntes do moso Livro
ds Nove Ro chas, de utori incert, no sécuo XIV Johnn
Nove Rochas,
l enz von Mosheim l de um pssgem pssge m de um t trtdo
trtdo
re s Nove Roc Ro chas, que tribui o período nterior o qua
é deudo pr expicr o signicdo
signicd o ds cusções contids
conti ds
 crt
crt do bispo:
Ademais o homem dvno opera e engendra tudo o que
a Divndade opera e engendra. Pois em Deus ele produzu
e frmou os céus e a terra. Ee é também o pai do mundo

 Sore as fnt es, ver Jones Studies in


i n Mystical Religo
Religon.
n.
·' 1 Ibidem, p. 208.

3 - O povo de Deus l 219


eteo Nm podr e pdzir nad sem et h o     · 1  
divino que é poranto obrigado  submeter s u  vo.d
e m confrmida
confrmidade de com a vontade
vontade d e Deus pois q   t " 41

que possa ser agradável à Deidade pode ser tamb a p  . 1


dável a ele Se portanto fr da vontade de Deus
De us qu e c1 1  
meta um pecado minha vontade será a mesma e não \ 
nem sequer desejar abster-me do pecado. Esta é a co�  
seq uer desejar
verdadeira E embora
embora um homem, que está bem e ver'1
ver '1
ramente
ramente unido a Deus
De us possa ter cometido mil
mi l pecado
pecado 
tais ele não deve nem sequer desejar não têlos com .
não ele deve ao contrário
contrário morrer mil mortes do d o que o m i  i 
um desses pecados mortais 24
Essa passagem é um bom exempo do estado tort r 1  1 
das ntes Ao ê-a surgem numeosas associações da l1·
atua gnóstica mandaena e maniqueia. Vêmno s à me  
maniqueia . Vêmnos
Prtos Anthropos, o HomemHomem Pri Primi
mitiv
tivo
o a Soph
Sophiaia Acha
Acha      
o Horos
Hor os vaentiniano e assim por diante Um recurso às (
tes entretanto mostará que a concepção da passage passage ,l
pode ser
ser identicada com nenhuma das doutinas gnósti gnósti   
medida que são conhecidas. H Háá uma anidade, na medid c   
que está presente
presente a ideia gea de ciação cmo a queda d    
eão
eão divino na n a matéria. gnosticismo pod 
matéria. A "inuência d o gnosticismo
rtemente sentida a atmosfea
atmosfea ded e experiência reigiosa é i l
mesma; masm as a constução doutrina é inteiramente nova Tl'
mos de supor
su por que há um pensado
pensad o eigioso de gande
gande qua  
dade
dade po
po  trás
trás da criação desse novo
novo simboismo A concepç
é a de
de um Demiurgo que poduz um eão no sentido gnóst gnóst 
chamado Homem Divino Divi no e esse eão é o instrumento peo qul
o Demiurgo cia o mundo
mundo  O pópio
pópi o mundo é concebido <ua-·
isticamente como contendo o bem e o ma. Aqui encontr
mos assonânc
asso nância ia com a concepção gnóstica da criação como como a
queda
queda de uma substância de uz na Heimarmene da matéria2'
Ademais
Ademais há um toque da pópria Heimarmene patônica à

4 Johann Lorenz von Mosheim, Eccesiastica


Eccesiasticall Hist
Histor
ory
y Londre, 180:
cap 3 p 285.
25 A concepções gnóstica do Demiurgo e Heimanene são transfrmaçõe d
ímbolos patônco no mito do Estadista.

220
220 1 História
Históri a das
das Ideias Políicas
Políicas - Renascen�a e Refrma
in•d qu  rutur duist do mundo não é  vontde
.· • 1 lt·1s,  um fdo imposto no homem, um condição
r1 . 1 qua não poderi hver mundo
mundo de mneir nenhum
N1o sentido,
sen tido, o Homem
H omem Divino sem o qul  crição é
p ossfve nos fz lembrr tmbém d concepção de d e Erígen
Erígen
. tl   a o do mundo pelo homem e do retor
retorno
no do mundo 
l hus o
 o retorno
retorno em um homem
homem 
 esss niddes, entretnto, estão ligdsligd s num novo
o dinte
din te  idei centrl
centrl de que o processo
proce sso divino e o ho-
  u·11 o
 o prtes d divindde
divindde envolvi
envolvid
d nesse processo
proces so D
D 
 hom encontrr su relizção qundo gnh ilumin

�)0 ss nções divins e consegue conrmidde com 


onad critiv de Deus Já que ess vontde de Deus quer
1 ção,
 ção, incluindo sus trevs e ml, o homem tem de con
orm- com o soimento divino ns trevs d crição; não
kvc rebelr-se
rebelr-se contr um fdo
fd o que é o fdo de Deus,
D eus, ms deve
prir su obrigção de pecr. "Est é  verddeir contri
,,
�· ;\o. Vemos emergir um idei id ei gnóstic d existênci trágic;
a ão de crregr
crregr o ônus do ml com c om um vontde positiv,
po sitiv,
a aceitção do soimento no pecdo como  condição de exis-

1 \ ci critiv Aqui, n n  Alt Idde Médi, encontrmos o pa -

lis romântico de um existênci nietzschin pr lém do


m e do ml Não se deve rçr demsido  interpretção
 um gmento
gmento isoldo Entretnto, ess pssgem prece
 os
o s conclusivmente indicr  região gerl de experiêncis
experiêncis
m que se origin  loso loso posterior
post erior de existênci d vrie
de trágic; e prece tmbém ser um ligção importnte n
cdei que que lig
lig  especulção modern sobre o Super-home
Sup er-homem m
desde Condorcet té Nietzsche, com  ntig especulção
gnóstic do Protos A n thropos.
A doutrin do gmento é  idei centrl
centrl de um sistem
de pensmento e prátic Sobre os pormenores desse sistem
não conhecemos
conhecemos nd diretmente; ms podemos, o menos, me nos,
construir certs
certs implicções
implicçõe s com  jud de outrs
outr s dics e
gmentos Sobrou
Sobr ou um sermão de Tuler que descreve  li li 
berdde espiritul
espiritul desse
dess e tipo de
d e místicos São crcterizdos
crcterizdos

3 - O povo de Deus l 221


como
como tos
tos de quaqu
quaqu  atividad
atividad ui
u i ou
ou
um istrumeto
istrum eto ass
as s ivo que esea até que  mest u
ese a até
pregue
pregue existem
existem sem votade
votade pópria pois s   .  ·
po is isso s
o para a vontade de Deus
Deus em sua oba A ideti  \'UIH 
vonta de divia i tão onge que se perde toda a itâncl ol
vontade
jeticadora em reação D eus  Não pesam
reação a Deus pe sam em DuN, f
O ouvam Queem se ivres de desejos e de amo  � oh
diêcia a quaquer autoridade e da prática da virtu virtu Pl •
medida que o homem
ho mem se esrça pea aid n lt
pea virtude, aid lt .
trou na pobreza espiritua competa e iberdade Eso pr
aém
aém da existência nita na virtude
virtude e na fé
fé pois h    A
h
inocêcia máxima; em consequência não podem p <' o•
padões de ordem mora ega não se apicam a ees Q
mo ra e ega
agem, seguem um impuso de suas naturezas em qua 
dirção de ta maneira que qu e a iberdade do espírito po �ri
obstácuos 26
sem obstácuos
Ao e a passagem das Nove Rochas,
R ochas, terá ocorrido
ocorrido o 
 0
perguntar: quais são os princípios de ordem numa xis�1
trág
trágica
ica para aém do bem e do ma? Se b m e o mal t 
S e o bm
soer
soer a existêcia
existêcia sem discriminação,
discriminação, como
c omo poderá
poderá um 
situação conceta que curso de ação  dV1'
mem decidi numa situação
tomar? Se enentar a tentação
tentação de cometer um ato imorl, <VI'
ria ee cometê
com etêo
o ou deveri
deveriaa absterse? E o que deveria ze 
princípio
princípio em sua vida se o summum bonum  o sentido sentido crist
crist l1
aboido como o ponto útimo de de orientaçã
ori entação?
o? O sermão d Tau
er dá a resposta a esse quebra-cabeças A vida do místiomístio 
é uma vida de ação de maneira nenhuma guiada peo am l'
pea razão; a vida do místico é transacionada
transacionada numa tensão e·
e ·
um estupor
estupo r da aniquiação do mundo
mund o e exposões da "natu
za mística  que exposões
exposões certamente
certamente são intenções
intenções no
mundo mas não n ão zem parte do caráter da ação. Podemos ago ago
entender a sentença na cartacarta do bispo:
bis po: "Se
"S e pudessem,
pudessem , por u
simpes paavra, bani
ba nirr todas
todas as desgraças humanas nãon ão diia

6 O sermão de Tauler emJohann eutschen Mystk i1


em Johann W Preger, Geschichte der deutschen
Mitelte. Leipzi
Leipzig
g Drfling
Drfling e Frnk,
Frnk, 1 874-1
874- 1 893
893  cap
cap 3, p  33. Ver tam
tamé
é
one Studies
Studies i n Mystical Religion,, p. 209
Mystical Religion 20 9 sobre ee documeno.
documeno.

222 1 História
Histó ria das Ideias
Ideias Políticas
íticas - Renascen�a
Renascen�a e Refma
Refma
1 · t l   v     . O íst está "imóvl  u
 u a
a rocha porque
porque
      " de  r  o ejaeja prque não part
partici
icipa
pa da
da ordem
ordem da
i           po s i t i va no mndo
' i 11·, . üls preliina
. üls preli inarr da correlação entre ativismo e nii
.   · gora conrada pela redução dessa des sa correlação com
·       1      l i m a entre o estupor místico e a explos
explosão
ão Ademais,
Adem ais,
   os ora complementar essa análise com alguns coro-
    
     1 •, l  r i    ro, a tensão mística entre estupor estu por e explosão é a
    q nc da aniqilação da existência humana no mun- m un-
1 ,   '   r  istência no mundo" quer-se que r-se dizer a aceitação
aceitação da
 •        'ia  mana em em todas as suas dimensões de condições
     ;  e razão e vida vida espiritual como o campo em que o ho- h o-
  ntra
 ntra sua expressão expressão nita Por aniquilação"
aniquilação" quer-se
>   'a a rejeição dos princípios (surgindo das condições
 ra razão fé fé e amor)
amo r) que governa
gove rnam m a existência do ho- h o-
   sociedade Segundo, por essa aniquilação a ordem
d .1,·;0 é destruída destruída Quando
Quan do um místico
mí stico desse tipo se torna
vo", o acontecimento acontecimento tem o caráter da explosão explosão"" A na-
n a-
     �a desse des se fenômenofenômeno é algumas vezes obscurecida nos mo m o
v r   'to ' toss de massa moderno modernoss pelo to de que a  explosão
' 1   o t 1  o ocorre, é, anal de contas con tas,, uma irrupção na estrutu
 . o mundo e tem de obedecer à racionalidade pragmática

\c da relação meiosm se s e quiser


qui ser atingir a estrutura da
· 1dade.
1 dade. Não Nã o é contradi
contradição
ção que um movimento
movimento de massas
co se origine origine na desordem existencial e, ao mesmo tem t em
 , ostre um grau soberbo de d e ordem pragmátic
pragmáticaa na explo
.�o27 Terceiro, temos de tocar aqui, aqui , pela primeira vez em um
ds problemas problemas mais dif d ifíceis
íceis na interpretação
in terpretação do espiritualis-
esp iritualis-
0 desse tipo um problema problema que em várias ocasiões
ocasiões já causou
  culdades uldades na terminologia: terminologia: o pa para
radox
doxoo de um espiritualis
espiritualis
o antiespiritual O problema encontrará enc ontrará sua discussão mais
mpleta em parte parte posterior deste estudo
es tudo no capítulo sobre

·  Esse
Esse problema fi trata
tratado
do por Max Weber sob o ttulo de racion
racionalid
alidade
ade n-
 n-
nal e substancia" Foi depois desenvolvdo por Kal Mannheim em seu
Man and Soce n an Age Recomction . Nova York Harcour Brace and
Age ofRecomction.
old, 1940; reimpessão 1997 parte  cap. 5  Clacaton
caton o the
the Vaious
Vaious
anings
ani ngs o the Word
Word Rationaliy' e os
o s capítulos subsequentes

3 - O povo de Deus 1 223


Schelling28 o momeno dsngamos
ds ngamos apenas
apenas o espir l 1

mo do "estupor como como uma perve
pervers
rsoo pnemop
pnemop
>
>  .  , 
espiritualismo cristo que maném a disância en  l i  1     o  
da criatura e o Além absoluto da realidade divina
A retirada do mundo e a ascenso à inamovib1k    ;
cume não produzem uma unio com uma subsâc d i \ '    '

produzem ao contrário
con trário o fechamen
fechameno o do homem em sua     
tude No produzem uma expansão no ndameno di di     i . 
o connamento no ego. Esse problema i rmuado c       i 1
estria por um dos mais subtis diagnosticadores
diagnosticadores do nii l i s   1   1 
 1

mântico por ocasio de certo ramo da produção


produçã o literár ·1. 
por volta de 1800. Em seu Vorschule der Asthetik
A sthetik [Elem  

Esétca] sob o ttulo
ttulo d e "niilistas poéticos  escreve Jea P  1 d
A arbitrariedade sem lei no esprito da época quer e�
ticamente aniquilar o Mundo e o Todo de tal maneira q' 1 
esprito ganhará liberdade por despejar no nada e por ra
ra  
como penas as ligaduras de seus ferimentos; e como co
quência tem de lar desdenhosamente de seguir e estud a
natureza. Pois quando
quando a história da época passa a assemelh
assemelh 
-se a um historigra sem religião e pas então a arbitrar
dade do egoísmo tem de anal arremessar-se contra as k
duras e imperfeitas
imperfeitas da realidade;
realidade; preferirá n o vil
preferirá evaporar-se no
cuo da ntasia onde não tem de seguir nenhumas leis, sensen 
as particulares e pequenas de construção do verso Quan
numa época Deus se s e põe como o sol, então em breve
breve o mun
também entrará nas trevas29

e. Os Paracletos
Paracletos

Antes
Antes de tratarmos do
d o objeto do estupor
estup or e da exploso c m
suas várias ramicações lancemos um olhar para os líde
dos movimentos para as encarnações do Espírito As n
so de novo escassas, e apenas surgem comparatvame'

28
Ver vol V , The New Orr and Lt Oríen
Oríenttatíon
29 Qean Pau, Smtlíche Werke. Weimar H Bhlaus Nachflger 193\
vol x p . 22.]

224  Históra das Ideas Polítca


Polítcass - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
t1nk. ee eep enteant  tad a ntes pde
l1di car que o desenvolvento da estência paaclética paac lética não
1  u sua plenitude antes do século I São numerosas
lN   as rativas
rativas Mais obviaente, o ParacletoParacleto Joanino
Joanino
'  u sua nuência, mas temos também também de lebrar
lebrar o re-
•
• tório largolargo e prondo do simbolismo gnóstico, assim
   a tadição
tadição neoplatônica. Frnger chamou atenção atenção es-
 a
 a para
pa ra um agmen
agmento to pitagórico "Há" Há três tipos
tip os de seres

  os de razão razão (logikos), ou seja, Deus o homem e os seres
  o itágoras30
itágoras30 O agmento é muito suges sugestiv
tivoo porue j á
  a
 a nan a Antigui
Antiguidade
dade detemi
deteminado
nado a ideia d e uma existêexistência
ncia
iadora entre Deus e o home como encontramos na
de de Platão sobre os Fhos de Deus Nos movimentos do
 
  ito
ito Livre encontramos o problema similar da d a ascensão
ds homens individuais para além da estatura humana numa
iitualidade
i itualidade ediadora ue  na Idade Média e nos séculos
testantes,
testan tes, se torna articulada
articulad a na autodesignação
autodesignação dos líde-
 dos movimentos através de vários vários smbolos ediadores
 ediadores
mo boa ilustração do ue é possve po ssvell na variedade ais de-
neada
 neada dos sticos pode se rvir o caso de de Konrad Kannler,
 ue i  i julgado em Eichstdt
Eichstdt em 1 3 8 1 . Confessou ser o "r-
ão de CristoCristo assi como o "Novo
"Novo Adão; era, além disso, diss o,
a " Imagem do Cordeiro Inocente,
Inocen te, e nessa ualidade i cha-
ado a presidir ao Julgamento
Julgamento Final3
Final 3  No século XV, teos o
aso
as o ue se torna doutrinariamente mais mais preciso. Num julga-
ento em Kameryk, em 1 4 1 1 , o líder de uma seita, Aegidius
Cantor, i  i acusado de ter anunciado repetidamente: "Eu sou
o Salvador dos hoens por im eles verão a Cristo, assi
como por p or Cristo eles vee o Pai32
Pa i32

w O fagmento é menconado em Frnge Hieronymus Bosch p 1 29 De aco acor-


r-
do com Edud Zeler Die Phisophie r Griechen in iher geschischichen
Entwicklung. Leipzig O R. Reisand 1920 cap l , p. 39 5 n
n  4, o agmento
agmento é
dado em âmblico como narrado por Aristóteles.
1 Frnger Hieronymus Bosch, p. 34 e ss
·2 As minuas do julgamento de Kameyk estão pubicadas em Paul Fedéricq
Cous Documentorum Inquitionis Haereticae Pravitat Neendiae Gen J
Vuysteke 1889 vol. 1, n. 249 O caso  inteiramente discutido em Fnger
Hiero ymu s Bosch, p 2935
Hieronnymus 2935

3 - O povo de Deus 1 225


22 5
Schellng28 No momento, dstgamos apenas o espiril1·,
mo do "estupor como perversão peumopa  ô  1 
com o uma perversão
esprtualsmo crstão que mantém a dstâca ent      1   
entee a 
da cratura e o Além absoluto da realdade dvna
dv na
A retrada do mundo e a ascensão à namovbl  1  
cume
cume não
não produzem
produzem uma unãounão com uma uma substâ
substânc
ncaa   i   
produzem, ao contrár
con tráro,
o, o fechamento
fechamento do homem em s l  1  :
tude Não produzem umaum a expansão
expansão no ndamento dv dv   1j1 .
o connamento no ego. Esse problema  rmulado co o1
estra por u m dos mas subts dagnostc
dagnostcadore
adoress do nls
nl s  1
mântc
mântcoo por ocasão de certo
certo ramo
ramo da produç
produção ão lterá
lterára  · 1    
ra ·
por volta de 1800. Em seu Vorschule der Asthetik
Asthe tik [Eleme d1·
Estétca] sob o títo
títo de
de "n
"n lstas
lstas poétcos,
poétc os, escreve
escreve Jea PaI
A arbitrariedade
arbitrariedade sem ei no n o espírito
espírito da
d a época
época quer eo
eo 
ticamente aniquilar o Mundo e o Todo de ta maneira qu o
espírito ganhará
ganhará liberdade por despejar no nada e por rasg
como penas a s iaduras
iaduras de seus ferimentos;
ferimentos; e como con
quência tem de faar
faar desdenhosamente de seuir seui r e estudar a
natureza. Pois quando
quan do a história da época
época passa a assemelha
se a um historióra sem reliião e país então a arbitrari·
dade do eoísmo tem de ana arremessarse contra as e
duras e imperf
i mperfeitas
eitas da reaidade preferirá
preferirá evaporar-se no v
cuo da ntasia onde não tem de seguir nenhumas leis senã
as particuares e pequenas de construção do verso Quand
numa época Deus se s e põe como o sol, então em e m breve o mund
também entrará nas trevas29
trevas29

e. Os Par
Paracletos

Antes de tratarmos do objeto do estupor


estup or e da explosão e
suas váras ramcações, lancemos um olhar para os líder
lídere
e
dos movmentos, para
para as encarnações do Esprto
Espr to As nte
são, de novo, escassas, e apenas surgem comparatvamen

28Ve
Ve vol VII The New Order
Order nd Lat Orien
Orienttton.
ton .
29 Oean Pal Smtliche Weke Weimar H. Bõhaus Nachflger 1935

vl. xi, p. 22.]

224  Hisória das Ideias Políti


Políticas
cas -Renas
- Renascença
cença e Refrma
Refrma
 nlc. Ness emp  nn,  ardi ds ntes pode
l1diar que o desenvovimento da eistência paraclética não
ukarn; sua penitude antes do século XIV São numerosas
1 rs rmativas. Mais obviamente o Paracleto Joanino

'Xrceu sua inuência


inuên cia mas temos também de lembrar o re-
tório largo e prondo do simbolismo gnóstico assim
    a tradição
tradição neoplatônica
neoplatônica Frnger
Frnger chamou atençãoatenção es-
 '·
'· para um agment
agmentoo pitagórico
pitagórico "Há
" Há três tipos de seres

 dos dos de razão
razão (logikos), ou seja Deus o homem e os seres

  Pitágor Pitágoras0
as0 O agmento
agmento é muito sugesti
sugestivo
vo porue já
      na Antiguid
Antiguidade
ade determi
determinado
nado a ideia de uma existência
existência
iadora entre Deus e o homem como encontramos na
ide de Platão sobre os Filhos de Deus Nos N os movimentos do
rito Livre encontramos o problema simiar da ascensão
 omens individuais para para além da estatura humana numa
piritualidad
piritualidadee mediadora ue na n a Idade Média
Méd ia e nos séculos
rtestantes se torna articulada na autodesignação
autodesignação dos líde-
res dos movimentos através de vários símbolos mediadores
mo boa ilustração do ue é possível po ssível na variedade
variedade mais de-
neada dos místicos pode po de servir o caso de Konrad Kannler
ue i julgado em EicstdtEicstdt em 1 3 8 1 . Confessou
Confessou serse r o "Ir-
"I r-
ão
ão de Cristo assim como o "Novo Adão; Adão ; era além disso
a  Imagem do Cordeiro InocenteInocent e e nessa ualidade i cha-
mado a presidirpresidir ao Julgamento Final31
Final 31 No século XV temos o
caso ue se torna doutinaame
douti naamente
nte mais preciso
precis o Num j ulga-
mento em Kameryk em 1 4 1 1 , o líder de uma uma seita Aegidius
Aegid ius
Cantor i acusado de ter anunciado repetidamente: "Eu sou s ou
o Salvador dos homens por mim eles verão a Cristo assim
como por Cristo eles veem o Pai.2 Pai .2

1
· 0O agmeno é mencionado em Frnger Hieronymu
ieronymuss Bosh, p 1 29. De acor
acor
do com Eduard Zelle Di Phisophie r Griehen in ihrer geshishíhen
Entwíklung Leipzg O R Reisland 1920 cap 1, p 395 n. 4 o fagmento é
dado em âmblico
âmbl ico como narrado por Astóeles.
·  Frnger Hieron ymus Bosch p. 34 e ss.
iero nymus
·2 A minutas do julgamento de Kameryk estão pubicadas em Pau Fredéricq

Cous Doumentorum Inquisitionis Haeretiae Pravitatis Neendiae. Gent, J


Vuysteke, 1889 vol. I n 249 O caso é inteiramente discutido em Frnger,
Híeron ym us Bosh p . 29-35
íeronymus

3 O povo de Deus J 225


-
As ntes comeaam  j mi icamente c a U r
rma
rma HáH á o cas
casoo de
de Dav
David
id ois
ois (ca  50
50  -  556), o an
an   ·
de Flandres que nalmente encontrou sua Nova J11
na Basileia Em sua interpr
interpretação
etação da história, ret       1 
história, ele ret
simbolismo dos três regimes como o conhecemos d Frí�, 1 '
na e de Joaquim de Flora É clar claro,
o, estamo
estamoss no mom
mom      1
terceiro regime.
regime. O que é novo é que o Paracleto apae apae     
pessoa dele Deus revelas
revelasee nos três regimes através
através d  > a v 
No regime
regime do Pai, Deus se s e reve
revelou
lou mais intensament
intensament '  ' 
Salmos
Salm os de Davi;
Davi; no regime do Filho,
Filh o, pelo descendente d  > a  1 ,
ou sea, por
po r Jesus; e no terceiro regime do Espírito, po po   > í   
Joris.
Joris . Cristo Jesus é substituído porp or Cristo Davi como o Salv.i
dor da humanidade Ademais, n o estilo de Joris Joris encont
encont m 
reminiscências
reminiscências d o Prtos A n thropos
thropos,, que agora é renova    
vaso
vaso do
d o Espírito
Espírito N a primeira
primeira edição de seu ' T Wonder onder Bo1·Á,
de  542, háhá um desenh
desenhoo do
do "Homem Novo Novo, , assinad
assinadoo    1 1
suas iniciais e pro
p rova
vave
velmente
lmente com a intenção de seu reta reta 
Um contemporân
contemporâneo eo de Joris, e talvez
talvez inuencia
inuenciado do po
po  cl1"
i Henri
Henrique que Nicolau
Nicolau (Hendri
(Hendrikk Nicl
Niclaes
aes,, ca.  50
50  ca.  58   
ndador da Família do Amor Nicolau assinava suas o•
"H.N
"H .N..,, letras
letras maiúsculas
maiúsculas que
que poderiam represen
representartar seu
seu n
n     
assim como
como Homo Novus, o Homem Novo. Em seu Evange 1 1 
Regni anunciou as boas boas notícias
notícias do novo Reino
Reino Deus se aa 
ceara dos
do s desolados e manifestara
manifestara a sua
su a verdad
verdadee pela eleva\
eleva\  
de Henrique Nicolau O instrument
instrumentoo do Senhor tinha tinha est
est  
morto sem o respirar da vida, mas ele i  i feito
feito vivo
vivo atravé
atravé d r
Cristo.33 Cristo
Cristo o ungiu
ungiu com seu
se u Ser divino
divino H N é diviniza
diviniza
com Cristo, e Cristo se z homem com H.N H.N  Deus
Deu s fez
fez de H N .
um tabernáculo vivo, vivo, a sede de seu
se u Cristo, de tal maneira qur
suas obras maravilhosas
maravilhosas poderiam ser agora conhecidas n
últimos tempos Sob a liderança de Nicolau, a Familia Cari1
tis i organizada hierarquicamente Os O s graus mais elevad
elevad
eram mantidos por anciãos; e os anciãos pareciam ter s

3 A concepção
concepção de morte e vida remont como
co mo gelmente no movimen
movim en d 1 
Espírto Livre, a Romanos 82 " A Lei do Espírto
Espírto da vda em Cristo
Cristo Jes 1 r
libertou da lei do pecado e da morte" assim como Romanos 8 14: 'Todo m
que são conduzidos pelo Espírito de Deus são flhos de Deus".

226 1 História das


da s Ideias
Ideias Polít
Políticas
icas -Renas
- Renascença
cença e Refrma
Refrma
1 t ip o de eeci em qum uma envação inha ncionado
ncionad o
!'
! '  hane
 hanemene
mene ao do
do pópio icolau As ceimônias cis
cis
.l não podeiam se adminisadas coeamene
coeamene nem pelos

 s
s comuns com base num simples conhecim conhecimeno
eno das Es-
1    uas
uas nem po pades no senido
senido sacamenal. Só podeiam
 dminisadas pelos pecti que seguiam Ciso em sua
  t
 te e se onaam enovados
enovados com ele numa nova vida. Ape
nas quando se onaem
ona em a habiação e a ma do Deus vivene
 seu Ciso é que o logos o o aá
aá deles
deles como águas viva
vivass 34
nconamos um Paacleo ainda no século XVII na e
ução puiana ene os pimeios quakers, na pessoa de
es
 es ayl
aylo
o ( 1 6 1 8- 1 660). Seus paid
paidái
áios
os o denomi
denomina nava
vam
m
 Sl eeno
eeno da usiça;
u siça; o Píncipe da paz; o lho único de
us, o mais imaculado ene dez mil. Fez uma enada na
ade de
de Bisol
Bisol em 1 6 à maneia de Ciso num cava
 já que
que paecia que eam escassos os asnos. as nos. Uma mulhe
nduzialhe a monaia e ouas lança lan çavam
vam seus cachecóis
ca checóis e
nços diane dele giando: "Sano sano sano é o Senho
1 >us das hoses: Hosana nas aluas; sano sano sano é o
nho
nho Deus de Isael
Isa el O novo Ciso i pesope so e j ulgado po
 comiê do Parlame
Pa rlameno no Ele defendeuse
defendeuse cona
con a a acusação
 blasfêmia ao assevea que as honas não eam ibua
s a ele pessoalmene
pess oalmene mas a CisoC iso que habiava nele.nele. Não
ava
 ava numa posição de ecusa honas que ouos movidos
elo Senho esendiam a ele. "Se o pai p ai os moveu paa ibua
ssas honas a Ciso não posso negalhes; se eles as deam a
ualque ouo que não o CisoCi so eu os enego 35
Os casos de Jois  icolau e aylo mosam os elemen
os essenciais da exisência paacléica mas os pópios
ovimenos não iveam impoância pública em gande
scala. A sociedade de Jois na Basileia i conduzida ão

1
P s fes concenenes  JoisJois e Nicou
Nicou  ve ones
ones  Studies in Mystical
Religion, e s eeêncis
eeêncis bibliogács
bibl iogács em prticu
p rticu os cpítulos Os nbis-
tas" e "A Faíl
Faíl do Amo.
1
O cso é eltdo em Dniel Ne, The Histo of the Puritans. Londes,
W. Byn
Byneses nd Son,
Son, 1 822  837, cp
cp 4, p 1 3943.

3 O povo de Deus 1 227


· 22 7
disetamet que só c h m o u   p t b  r I'" ·
mote dele A aml
aml  d m
m  teve agu m escnolvi 1•  
agum
Inglatea mas i sucientemente uets par1    
to na Inglatea
despertar uma intervenção séia das autoidade         
nos começos do movimento quaker. N.    
no século XVII nos
parece ter sido uma gua isolada com alguns pou .
dores Voltemos nalmente ao caso em ue um x'
ia paraclética
paraclética  i capaz de estabelece      
Nova Jc
estabelece sua Nova
como um poder público
público e evolvers
evolversee em guerr
guerraa 
  1  '"
d a com as instituições ou seja o caso de Jan va Lyd  •
seu
seu Reino
Reino de Münste
Münste ( (  534-  535 ). O caso
caso é de mpo
mporr 11 
para nós não poue eve
evelele ovos
ovos aspectos douti    1 ,
aspectos douti
porue mosta
most a a conduta e práticas de um mstico  v"
uando chega o teste crucial de traduzi um regime regime  :  1
rito em realidade
realidade históica.
Jan van Leyden como Jois era um novo Davi Fo Fo   1  
ado como Davi como o ei da Nova Sião; e seu reino 1·
culo i entendido como o núcleo ue se expandiia   1  
governoo sobe todo o mundo. Jan e a um jovem de g     
govern
gaças pessoai
pess oais;s; ao tempo de sua morte contava
contava ape .' i
aos. Sabia como dominar
domin ar o povo cm cm a oratória e e   1 1 
excelente
excelente psicólogo político. Apelava às pessoas
pe ssoas atav
atav d
demonstação de d e luxo Tinha
T inha duas gandes coroas de o u r
uma real; outra impeial; usava uma gande espad d
ouro um cinto de ouo; apaecia em público com aau r
trombetas cavalgando um cavalo cavalo branco
bra nco;; tinha uma gu r d ; 
de cavalaria e uma guarda de intaria ue cecavam S  ' l 
trono nas sessões públicas e organizou uma corte eta
magnicamente Toda essa parafenália ele a exibia nu
cidade
cidade sitiada, no meio de um povo ue estava estava aos pouc 
morrendo de mem e e ue uase não tinha propriedapropriedade
de p
soa E o povo gostava A diferença de gau a exibição <k
luxo pelo gupo govenate a concentação mais inte
de poder ditatorial ue em cicunstâncias comuns sei sei  a
causa de peturbação e evolta toaram-se traços tolead
e mesmo desejados
des ejados se s e a nova ordem é tomada como o no
egime na luta ente as trevas e a luzlu z

228 1 Hsóra das Ideias


Ideias Polítc
Polítcasas - Renascen�a
Renascen�a e Refrma
 :0 empre em
em 
  co
c o encntrmo a mtura de
d·•rjos  ios
ios com a realização
realização de um estado
estado paradisíaco
paradisí aco
l ) .1o, na organização
organizaçã o poligâmica
poligâmic a do Reino de Münster
1         média
média de três
três mulher
mulheres es para um
um homem, Jan van
l 1 · y   n tomou para si o ônus de d e manter um harém de cer
' d l'  torze mulheres,
, dl' mulheres , pode-se
pode -se inferir
inferir dos pormenores
po rmenores do
      0 que ele não
não apenas era zeloso em obedecer
obedecer às regras
dt' s l u reino mas também cuidava de pôr de lado para si
   1 · s m o as lhas mais atraentes das melhores mílias.
1  1  nto no todo, o esplendor era bem caculado para
      cer o povo
povo sensualment
sensualmentee da glória
glória do reino
reino Tal con
v  �·ã sensual da existência de uma realidade de poder é

 ente necessária em todas as circunstâncias; seria

11 au estadista se negligenciasse


negligenciasse esse instrumento de es-
    aç
 ação
ão de sua posição O instrumento
instrumento entretan
entretanto
to ad
e importância especíca na atmosfera do movimento
    do a massa tem tem de ser convencida
convencida da existência
existência de um
·  o de luz ue a todo momento está em perigo perigo de entrar
entrar
 °    colapso sob o impacto rude da eistência humana nita
Sob ais circunstâncias,
circ unstâncias, a simbolização
sim bolização do
do poder aduire os
l os
 os de intoxicação
intoxicação sensual.
 movimento do Espírito ivre etinguiu-se pouco a
co nos nos séculos
séc ulos XVI e XVII
XVI I  No período de transição en
 tramos seus membros unindo-se
unindo-se a movimentos "respei
 eis
eis  como os batistas ou os quakes O desaparecimento
 o movimento nas rmas ue caracterizamos não signi
c, entretanto ue desapareceu o espírito ue vive nesses

ovimentos Devemos ao contrário, lar de uma meta


orse do movimento de uma rma cristã para uma se
larista Essa é a metamorse ue na língua inglesa é
dicada pelos signicados da palavra libertino. O Espírito
Livre transrmase em libertinismo no duplo sentido do
uplo pensamento e licenciosidade O gnosticismo do Espí
to ivre transrma-se em gnosticismo
gnosticis mo da Razão Ilumina
Ilumina 
a Os verdadeiros
verdadeiros sucessores
sucesso res dos sectários
sectári os do Espírito
Espír ito ivre
ivre
ão são as seitas cristãs "respeitáveis
"resp eitáveis ue absorver
absorveram
am seus
emanescentes de participação; são os o s vários agrupamentos

3 O povo de Deus 1 229


-
deístas  uitários  ariaos e almee teu os "�' u
los XVII e XVIII. Quado olhaos para os suc' 
perfectii qu
quee são
sã o diviiz
diviizado
adoss co Cristo e dos qu   1 Mu
c o Cristo
jorra
jorr a coo as águas
águas vivetes
vivetes teos
t eos de olhar a < <  \    h'
Locke e que a razã razãoo se ecarou perfeitam    j·
eca rou tão perfeitam
sua
sua ente
en te pessoal se torou o critério para para a verd   1
velação
velação Quando olhaos para os os sucessores dos
dos Pa
Pa   
teos ded e olhar
olhar para a direção
direção do Super-hoe
Super-hoe secu
secu 
   1
 a direção de Codorcet e e particular de Co1•, 
ou seja a
gura apocalíptica do Terceiro Regie secularista Scn       
das ossas tares pricipais nas partes posterio 
estudo ostrar pesadores especicaete "o
"cieticistas as recoh
recohecí
ecívei
veiss coo ísti
ísticos
cos at
at   � 
coo os propagadores
propagadores de ua u a ova gnose aticristã
aticristã,, e r 1
o s predecessores
predecessores do d o grande
grande ser paraclético que co        
e Hitler desce
d esce à arena política e canaliza ovie  d r
canaliza os ovie
assa
ass a de loga preparação para a ação histórica dest I i v  1

f Hieronymus Bosch
A aálise
aá lise precedete é algo ais peetrante
p eetrante espe
espe  d  
que o trataeto dado ao oviento
ovi ento do Espírito
Espí rito Livre 1.·,
ainda ão vai alé dos ateriais covecioais Todo Todo u  ·
tor das doutrias do oviento
oviento até hoje hoje igorado em m   
de vez
vez e quado teha entrado a seja o Sl
 a discussão ou seja
de doutrinas adaitas e práticas
práticas do ovietos
oviet os Nas fl.
esse problea chega
chega oralete
oralet e à ossa atr
os sa atenção atr
das
das expressões de horror e idignação
id ignação diate da da licecio
licecio 
de sexual os círculos sectários
sectári os ou pelos
pelo s icidentes
icid entes curi••
quee são
qu sã o relatados se nenhua
nen hua tetativa a ua análiseanáli se mai
proda Tais icidetes são relatados através dos séc 
de toda região
região e que o Espírito Livre se expadiu. Sabe Sabe  
das diculdades que RogerRoger Willias teveteve co algus ada ada  
tas e Rhode Islad
Islad  Leos ded e várias perturbações
perturbações atri
das aos prieiros quakers, tais coo: coo : "Ua
" Ua ulher veio t;
a capela de Whitehall
Whitehall copletaente ua o eio de ur;
oração pública estado presete o próprio própri o lorde-proteto ; 1

230 1 Hisória
Hisór ia das Ideas Polítcas
Polítcas - Renascença e Refrma
Refrma
1 dl' 
  tar sobr ito oo ailo
ailo  Mncioamos a cor
' 1 L 1 os abais
 abaistas
tas ns nas
n as ras de Amsterdã. Encontramos
'  ·1\cias ocasionais qe nos aproximam ao centro da ma

t i ' l 1o1, las como o relatório


relatório por Enea Slvio Piccolomini acercaacerca
l·    'rdos Boêmios (Beghards)( Beghards) com um pasor pasor que se de
      1   a "Adã
"Adãoo Filho
Filho e Pai
Pai de
de Des
Des e tinha
tinha a seu lado
lado uma
,h' e eus ma Soa encarnada encarnada E entre os Almbrados
.i Toled a Inquisição descobriu uma mater gnóstica, Fran
 , .   a 1  rnandez que mantinhamantin ha relações eróticas com vários
1·ns; um dos homens assegurou assegu rou aos inquisidores no n o jul-
jul -
'.•1et: "Não Páris mas apenas o Paraíso poderia poder ia ensinar
1,d doria37

 J m dos melhores relatos antigos da doutrina adamita no


� prit Livre é o dado por Mosheim Em sua Ecclesiastical
l .�prit
  fr fla dos "entsiastas
"entsi astas miseráveis
miseráve is que amavam
amavam que:
Pea contemplação contínua era possível erradicar todos
os instintos da natureza da mente do nascdo
nascdo no céu
céu  e intro
zir na alma certo estupor divino, e apatia santa, que eles
nsideravam como as grandes características da perfeição
istã As pessoas que adotavam estes sentimentos ostenta
am liberdades estranhas em consequência de sua pretensa
antidade, e mostravam ainda por sua conduta, que tinham
ouca consideração para com as aparências exteriores; pois
celebravam assembleias secretas, estando completamente
nus, e deitavam-se nas mesmas camas com suas irmãs espi
rituais, ou, indiscriminadamente, com outras mulheres sem
o menor escrúpulo nem esitação
esit ação Esta
Es ta violação chocante dada
decência era uma consequência de seu sistema pernicioso.
Consideravam a decência e a modéstia como marcas de cor
rupção interna, como os caracteres de uma alma que ainda
estava sob o domínio do espírito sensual animal e lascivo
e que não se reunira, até então, com a naturea divina seu
centro e nte E consideravam, como numa distância tal da

16 Ibidem cp 4, . 139.


17 Fag, Hieronymus Bosch,  27

3 - O povo de Deus 1 2 
Deidade udo isso ou como sugess cis d ntureza, 0 1 
visa o u à  p rx o 1
ardenes à visa
eam peneados de emoções ardenes
ção de pessoas de
de sexo
sexo dieene,
dieene, ou eam incap
incapaze
azess de 
  hj1
hj 1 
ga e supimi
supimi  o fev
fevo
o cescene
cescene de luxúia e intepe
intepe� � ·;. '"
O relato obviamente é insatistório Contudo to 
visíveis
visíveis os esboços. doutr inas adamitas e as práticas têm   : 
esboço s. As doutrinas
que ver
ver com
com o "retor
"retorno
no da
da Queda
Queda parapara a união
união paradisí
paradisí    1 1 1
Deus O "estupor assim
assim como
como a retir
retirada
ada do Reino
Reino dada 
   ! 1 1
ia nita
nita é também
também uma retir retirada
ada para o estado
estado dede in�
in�      1
pré-sexua
pré-sexuall A nudez n a comuni
comunidade prática   1   1
dade é parte d a prática
em que
que s e obtém a "imobilidade no cume Lembramo Lembramo   d . i
interpretação
interpretação de d e Erígena
Erígena da criação do homem original anles L 
divisão d o sexo
sexo O Adão origi
origina
na manti
mantinhanha o espíri
espírito
to e a se
se     1
lidade
lidade em
e m equilíri
equilírioo harmonioso através
através dad a sabedoria d o l'i  i  ·
Logos divino O "estupor como descrito por Mo hei p1
d o Logos
rece
rece ser o retoo
retoo ao paraíso
paraíso no
n o sentido d e uma existênc
existênciaia 
 
d a qqued
uedaa no sexo Podemos agora entender chama   
entender a assim chama
cenciosidade acerca da qual as ntes tão equentemente r
mam seja como um "descarrilament
"descarrilamento o do
d o estado paradi
paradi Í
Í   
pretendido,
pretendido, seja comocomo uma "explosão
"explos ão de energia divina qu <· . 1
realização
realização dodo estado paradisíaco Qualquer que seja a inte inte ''
tação correta
correta no caso concreto estamos diante d iante de
d e uma
um a tenta
tenta t i vil
sistemática
sistemática de uma espirituaização do corpo corp o e de um culto d
erotismo
erotismo espiritual Poderíamos observar problemas simil si mil

na "libertina
"libertinagem
gem relacionada com o movimento averroísta averroísta   
tino em paricular n o Roma
Ro mann de
de lala Rose. E podemos conside 1
o espiritualismo adamita como parte p arte do movimento gera e qu'
a natureza é dotada de uma nova dignidade como uma pa
signic
signicativ
ativaa da criação de Deus
D eus
Reconhece
Reconhecerr a dignidade da natureza é uma coisa elevar
elevar i
nature
natureza
za para
para além
al ém da criação até um paraíso
p araíso précriacion
précriacion 
é outra bem diferente Temos de esperar que a tentativa da
realização
realização adamita levante os mesmos problema
pr oblemass da tentati
tentati
de transgurar a história. Sobre esses problemas, à medid

38 Mosheim, Ecclesitica Hitor, cp. 3  283 ss.

232 / Hstóra das Ideas


Idea s Políi
Políicas
cas - Renascença
Renascença e Refrma
Refrma
1 e aniesta
aniesta  abortos descarlaentos
descarlaen tos eplosões
       es esquisit
esquisitos
os e ass por date estao
estaoss aplame
aplametete
    ados
 ados sobre sobre a etaor
etaorse se do isticiso
isticiso adaita
adaita e sa
  X  ão odera odera ee liberti
libertiismo,
ismo, aor livre
livre colôias
colôias 
     e assim por date date Sabemos ito
ito poco etreta
etretato
to
da xosa x osa vida
vida e
e couidade das seitas adamitas
adamitas  tão pou-
1 o, n  verdade,
verdade, qe
q e até muito
mui to receteete era até icerto se
t'se copoete eeteete ecioado do move
   Espírito Livre tiha atigido  desevolvietodesevolvieto i
 'tual
' tual otável otável e a prática
práti ca couitária correspodete.
( )   to a essas estões agora agora temos certeza através da da obra
1 1  s ecioada
ecioada de de Frger
Frger sobre
sobre Hieroym
Hieroymus us Bosch go
r abemos que o ovieto adamita produziu produziu u sistea
s istea
gíco de sibolismo ístico, e se desevolvieto
devia ter ocupado etes de prmeira orde e qe ua rica
1 dição tem de estar por trás trás do orescieto ue podeos
podeo s
servar a obra obra do pitor holadês.
holadês .
A obra e estão
est ão é u retábulo, m tríptico, preserva
d no Escorial. Na história da arte
arte tem passado co o oe o e
 The Paradise of Lusts;39 Frger cosdera errôea a i
erpretação
erpretação e iduziu o título e o reomeia para O Milê-
o (Das Tausendjhrige Reich), e deveos segi-lo essa
ova desigação. Quado o tríptico está aberto
aberto o paiel
pai el da
sqerda ostra m "Jardi do Éde; o paiel da direita,
ua represetação do "If
"I fero
ero  O paiel cetral mostra uma
cotiação da paisagem do "Jardim do Éde com sua cria
ção de dão e Eva e essa paisagem cetral é povoada por u
ename de guras
guras de homes e mulheres as No prmeiropr meiro
lao do paiel cetral essas guras uas são orgaizadas
orgaizadas em
grpos meores, à primeira vista evolvidas
evolvidas em várias posi
pos i
ções e prát
p ráticas
icas eróticas.
eróticas. O campo do meio é ocpado por m
grpo orgaizado
orgaizado uma escala aior No cetro desse campo
há  lago, cercado
cerc ado de m ael de relva.
relva. O lago é cotorado
por m desle triunte de guras masclias otadas e

p ortuguês como O jardim d Delcias, mas a tradução exaa


Conhecdo em português
·19

do orginal é O Paaíso
Paaíso de Paões.
Paões. (N. T.)

3 O povo d Deus
- Deus 1 233
vários
vários aiais que siboia oti e ertiidd
ertiidd     '
há grupos de uher
uheres
es bahistas, atradas
atradas eo es )     1  
es )
desle a expetativa
expetativa das oisas por vir
É esse idio erótio
eróti o do paiel etra que ausou o cqiv    ,
da obra
obra oo    "Paraso de Paixões, repre
represe
seta
ta  ;\
perversões
perversões sexuais E eso
es o hoje, qado estaos ' P"'
d e ua iterpretaç
iterpretaçãoão qe z setido, podeos etn     1 
que o quadro peraeeu por sélos u qebr-cH\ . 1 · 
Aal
Aal de otas é u  retá retábulo
bulo adeais
adeais o "Jardi
"Jardi d r:.d,·
e o "Ifero, assi oo os paiéis de ra, retr   
"Criação do Mudo
Mudo  ão deixa
deixa dúvida
dúvida de que um  
que é um
de siboliso ristão; e, otudo, ão há esrço d   . 
ação
ação que os os perita pesar qe sses se possv
pos sve
e a ual  
igreja ristã ortodoxa oloar o piel etral e s    
A reex
reexãoão sobre essa
essa iogruêia e a osideração popo        
de que a obra ustosa e laboriosa oo essa só pod pod  �· " '
feita por eoeda iduzira Frger a spor qe a o    1 
pitada para u ouidade de lto esotério Com '"
sposição,
sposiçã o, a obra teri
teriaa de ser iter
iterpret
pretada sibo    1 
ada oo sibo
o sistea doutria do ultoulto e questão E tal iterpr
iterpr� �     
de to, se ostrou possível
Quato à iterpretação
iterpretação e si, teos de os dar o
o  
diiete poderia ofereer ovos eleetos doutr
A iterpretação i possível porque a riqueza de ta l·
etos e síbolos dotriais que já era oheido   
otextos iterários pôde iidir sobre os poreor e  
qadro de Bosh.
Bosh . A iportâia
iportâ ia da obra de Frger
Frger ão e � l . 1
o desobrieto de poreores as preisaete  p 1

va de qe esses poreores, dos qua quais


is possuíos
possuí os tatos
tatos 
 
etos, ão estava utado e írlos setários co0
assa oparativaete ioerete Estva iteg· 
u sistea iteetal elaborado ue deve ter sido d
volvido e trasitido etre os iluminati a tradição
tradição o;i
o  esrita O próprio
próp rio oteúdo tora ais prováve
prováve qe
qe a oh
teh
tehaa sido eoeda
eoedada da a  de oeorar
oeorar o asa
asa   
espirital do líder de a seita adaita do Espírito Lr·

234 1 História das Ideias Política


Políticass -Renascença
- Renascença e Refrma
 1 ·
· o
o ssteáta
ss teáta do sstea
sst ea sbóo
sbó o o quad
quado
o 
' ' 1   oço
' o ço de que o pópio íde
íde deu a Bosh
Bosh iaço
•1     p l c ta quato ao sistea e supevis
supevisioou
ioou a oba.
Pa os poeoes do sistea, assi oo paa o agu-
1·0 paa o apoio da itepetaço
i tepetaço o leito deve eoe
 ob de Fge. Vaos elaioa apeas as doutias
 '    npais
n pais O sistea, oo eege
eege dos quados
quados de Bosh,
   aáte de ua aálgaa de doutias joaquii joaq uiitas
tas e
    m tas Do opexo joaquiita
jo aquiita pové a oepção de
a revelação divia o osos as tês ses do Pai, do
:ilh e do Espíito. Os dois paiéis
pai éis de a do típtio
típtio sibo
sib o
lzm a açãoaçã o do udo de aodo o o Gêesis oo a
ohr do Pai O paiel iteio da esqueda epeseta a ia-
 \0 de Adão e Eva po ua dividadedividad e jove apolíea que
k m os taços tadiioais de Cisto O paiel eta, o "Mi "M i
�n
� no, o, epese
epesetata ua huaidade adaita
adaita espiitual
espiitual e
.�eu paaíso teeste A beve aateizaço,
aateizaç o, todavia, os
os 
1 r a que a oepço joaquiita dos tês eios i osidea

ete
 ete odiada
odiada pela iuêia de doutias góstias.
l  s tês eios já ão so e oet
o etude
ude históia a históia
-ist
 -ist do povo hebeu hebeu o segudo egie,
egie, que oeça
 o asietoasi eto de Cisto, duado até o pesete, e u
 ceio
ceio egie do Espíito, oeçado o pesete. pesete. Toa
-se eãos góstiosgóstios sibolizado o destio espiitual do
e a quaque tepo
O eio do Pai toou-s
to ou-see o eão de u Deiugo que ia
i a o
sos
s os físi
físioo atavés de sua "palava.40
"palava .40
O egie de Cisto se toou o eão de ua seguda gua
va,
 va, talvez a de u Protos A n thropos,, ou Hoe Divio
hropos
ue ia o pieio asal. Ele o é e o Jeová do Gêesis
ue ia o hoe e o Cisto históio que edie o ho
e, as u Deus ais jove seelhate a Cisto que, po p o

10
A "palavra está pintada nos painéis exterores: "lpse dit etfc
etfcta
ta sunt
sun t - Ipse
mnvit et eat
eataa sunt
sun t.  [Ele disse e fram eitas
eitas as coisas - Ele
Ele mandou
man dou e as
isas fram criadas].

3 - O povo de Deus l 235


vários síboos no quadro, é caracterizado
caracterizado coo coo o p
p     1
de criação
criação aniada
aniada co sua sua cinação no hoe dm   ! 
o siboliso
sibolis o pictórico torna caro que o deus criado ai.•,

jove não é o deus da "vida eterna , no sentido sentid o de "imota
,,
lidade ; ele é o deus da vida vida coo ua recorrência ete d r
nasciento e orte. O "jardi "jardi do Éden de n representa
representao o com  o
originador
originado r da divisão
divisão sexal que deterina o uxo uxo e rit l b
vida  u uxo uxo que
que não podepode ser ltrapassado
ltrapassado pela cap cap  
ção diante das rças de seu rito, rito, as apenas
apena s pea asce
asce 
através de ErosEros ao Espírito
Espírito Daí o Deus ais jove jove see
see  
te a Cristo, e sa
s a criação
criação de dão e Eva não ocupare o c t r 1
do painel
pain el O centro é ocpado por u orbis,  glo globo
bo oc
oc  
e a pupia preta e se s e centro; e
e  a 
  de não deix
deixarar dúv
dúv�
sobre o signicado do síboo,síbo o, ua coruja está assentad
assentad  ;1
pupia No centro
centro do qadro
qadro então, encontrao
en contraoss o síb
da concentração. O uxo uxo da vida será transcendido
transcendido pea Sola
(a coruja
coruja)) pela concentração
concentração da visão visão do hoe no   
ento da ala onde on de encontrará
encontrará seu verdadeir
verdadeiroo eu4
e u4
,
 peça centra do tríptico pró prioo "Miênio , desdob 
tríptico o própri
existênc
existência ia huana
huan a qe i preordenada "Jardi do Éde
preordenada no "Jardi
A pupila no co é agora substituída pela Fonte da Vi
A própria rça da vida, co o esplendoresp lendor agníco do des'
exuberante
exuberante pronto
p ronto para celebrar o sacraento da vida to
nou-se doinante.
doin ante.  rça do processo vital, entretanto es es 
apenas
apena s na raiz da existência hana;
ha na; não lhe exaureexaure o signif
cado. O prieiro pano do quadro está repleto dos grpos grpos dl
guras nas previaente encionados
encionados  qe, de acordo co
a análise de Frnger são reveadas coo u tratado cuid ·
dosaente porenorizado
poren orizado sobre a ar arss amandi e ars morien
mo rien
[arte
[arte de aar e arte arte de orrer]
orrer]  A sbliação da rça da vi
e casaento espiritual
espiritual e u culto erótico da ternura é o ve
dadeiro problea da existência; e, qando qand o se obté o signi
cado pela renião espirital dos sexos e ua hanidad han idad

41Paa a ntpetação do olho como ógão de concentação no fndamn


da alma ve Platão Alibíad I 13233 O ímbolo do olho é ntoduzi
em Alibíads , po ocasão da ntepetação de Sócrates do "Conhece-te a  i
memo délco. Ve também Fnge Hieronymu Boch, p. 62.
62.

236 1 História das


da s Ideias
Ideias Polí
Políic
icasas - Renasce
Renascença
nça e Refrma
'  o
 o a arte do astaeto do istério da eistêcia entre
entre o
 1 cieto
cie to e a orte preparará
preparará a transição para o Alé do
   xo da vida.
vida. Daí
Daí o pao de ndo
ndo do "Milênio
"Milên io estar replet
repletoo
 sibolização da ressurreição
ressurreição e da ascensão
O signicado dos três eãos é levadolevado à clareza total o lado
eito
 eito do painel o Inf
In ferno.
erno . O Infero
Infero de Bosch não é um
cal
ca l trascendetal de de tortura mas o mudo
mu do empírico sob o
ínio
 ínio de rças eleentares
eleentares e paiões humanas Embora o
rieiro plano do "Milêi
"Mil êioo seja um tratado da arte da vida
 "Iferno é igualmente um vasto tratado pictórico sobre o
borto
borto da eistência Podeos
Pode os selecionar apenas alguas ilus
rações da rica
ri ca sibolização: o arranjo pragmático
pragmático de eleen
s que eplode nas cenas de guerra; a corrupção dos estados
(onges, cavaleiros
cavaleiros)) ; as paiões que produzem
produzem desordem
desordem (o (o
go, a prostituição a cobiça);
cobiç a); o "Inferno
"Inferno d os Músicos
Músic os com
a simbolização da haronia que se perdeu; e, no centro c entro a
imbolização
imb olização dad a vaidade da vida e o taedium vitae resultante
O "If
"I fero,
ero, jutamente com os quadros dos três eãos então
e torna um trataeto doutrinal circular do destino do ho
e A eistência humana, se deiada deiad a às incliações
incliaç ões e pai
xes da vida, torarse-á
tor arse-á um inferno
inferno de vaidade,
vaidade, desarmonia
e desorde. A transguração desse iferno o ilênio ão

pode ser obtida, etretato, pela negação e supressão das in in 


ciaçes e paões; estas
esta s devem ser recohecidas como a n n 
te da vida coo a necessidade
necessidad e cósmica elemetar que levará levará
o homem para alé do uo da criação até ao ndaento
divino através da da submissão
submiss ão princip
pri ncipal
al ao ritmo da vida e pela
espiritualiza
espiritualização
ção da paião no n o culto do erotismo
erotism o
O tríptico de Bosch é prova de que no movimento do Es
pírito Livre ocorreu u desenvolvimento e transrmação
livres quase inacreditáveis do cristianismo Os símbolos da
ortodoia estão aida
aida presentes; mas são
sã o supleentados por
uma rica cultura espiritual platônica, gnóstica neoplatônica
e eopitagórica O movimento absorveu completamente a
teologia mística de Dionísio Areopagita e Erígena à medida
que desapareceu o literalismo dos símbolos cristãos
c ristãos Mesmo

3 O povo de Deus \ 237


-
o historicismo da especação joaqimita está disso
A operação com os o s símboos
símboos tornose
torno se m jogo ivre
ivre do e
e 
to, como na obra tardia de Patão; e o mito está entendido p r
ndamente
ndamente como o orescimento histórico da da inconsciê
inconsciê  
sem nenhma otra nção do qe a expressão sensal 
experiências ndamentais da exstênci
exstência
a Em particar de
mos estar conscientes
conscientes da compreensão intensa da da existê
existê 
espiritamente desorientada como o verdadeiro "infer
ma intensidade qe encontramos inteiramente
inteiramente desenvo
desenvov
v
apenas no séco XVII na psicoogia d e Hobbes e Pasca E d e
vemos
vemos estar conscientes ainda mais da compreensão cor
pondente para a espiritaização
espiritaização da natreza e da nção
nção  
erotismo - pois
poi s essa çanha d o Espírito
Espírito Livre qase não te
te
seqência importante
important e Como a ctra
ctra do
do erotismo espiritu
espi ritu
se sbmergi tão prondamente
prondamente pode ser demonstrado pel
to de qe o tríptico
trípt ico de Bosch permanece incompreendd
drante sécos, tão inteiramente incompreendid
incompreendidoo qe o h
mem qe pinto as paixões como o Inferno pôde ser tido n
conta do homem qe pinto m paraíso de paixões.

§ 1 1 . Im
Imperium apol
apolííneo
ne o

Nossa pesqisa sobre o Espírito Livre deixa aberta m


qestão. Faamos da tensão entre institição e movimento
do caráter de tendência octa do movimento até 1500 d
exposão na Rerma e da secarização depois de 1700 Da
continidade não pode haver dúvida; a especação sobre
o Terceiro Reino nos sécos XVIII e XIX mostra a mesm
estrtra rma da Idade Média; o probema da história
transgrada é o mesmo para Joaqim de Fora e Amary
de Chartres como
com o para Comte e Marx Contdo, permanece
o probema da transição verdadeira
verdadeira da Cristandade sectári
do Espírito Livre para a especação secarista do iminis
imi nis
mo e positivismo
positivi smo A natreza do probema pode ser istrad
istrad
peas segintes reexões.
reexões. Até 1 500 a tensão entre institição

238 1 História das


da s Ideias
Ideias Políticas
Políticas -Renasc
- Renascença
ença e Refma
Refma
e ovieto
ovi eto ão é apeas
apeas de estraticação socia ão é si
si 
esete ua tesão etre uma estraticação socia mais
aia e uma sociedade reiate; é também sobretudo uma
tesão
tesão etre
et re estratos iteectuais.
iteectuais.
Na história da especulação adamita, uma liha aguda cor
re etre a especuação de sectários adamitas, de um ado, e
,,
o que podeos chamar a "grade especuaçãoespecuação adamita, do
outro A especulação
especulaç ão sobre o Adão etero, o primeiro e o se
gundo Adões, a renovatio do Adão caído é uma parte cássica
da atropologia
atropologia cristã. Sato Agostiho, Dioísio Aeopagi
ta, Erígea
Erígea Eckart Nicolau de Cusa e acob Boehme são os
grandes omes a exploração da imago imago Dei e seu destio NeN e
hum desses grades
grades pesadoes tiha que qu e ver com o secta
riso adamita
ad amita Quado e como o tipo sectário de especulação
itelectualm
itelectualmete
ete secudária se
s e torou "respeitáve
"respeitáve e pee
p ee
trou o estrato mais ato do pesameto
pesame to ocidetal? A questão
obviamete ão tem resposta simpes Podemos mostrar a
cotiuidade de rma ete a se cristã do movimeto e
sua sequêcia secularista mas dicilmete podemos ar de
uma iuêcia direta Se eumerarmos os omes de Votaire,
Diderot, d'Alebert,
d'Alebert, Mar e Hiter, e os cootarmos com
omes coo Otieb, Joris, Nicolau
Nic olau e Bosch veremos que ão
se associam
associa m cimete; lta um eo a cadeia que levaria de
um a outro. Com os o s místicos medievais tardios estamos ai ai 
da um ambiete de de doutria cristã; com os eciclopedistas,
positivistas e materialistas estamos um cima de ciêcia e
orietação imaete
imaete do mudo A ra  ra de especuação é a
mesma, mas epressa-se um meio diferete.diferete. Daí podermos
aar ossa perguta: quado e ode ocorreu a amálgama
etre a especulação do isticismo ativista
ativista e o meio de "ite
"i te
, ,,
lectuaismo itramudao e de "ciêcia ?

a. A concepção de Bur
Bu rdach
dach sobre
s obre a Renascença
Ren ascença
A resposta a essa perguta ão está aida sob a luz co
co 
peta do cohecimeto, mas ao meos ão estamos tatea
do tato o escuro
escur o como fzíamos
fzíamos há uma geração. A obra

3 O povo de Deus
· Deus 1 239
de Korad Brdach etabelec
e tabelec o locus htórc
htórc  ;      \ I
gama e ilmio o própro
própro proceo
proceo com ma opê
opê   d 
materia, ao meo para o crca crca éclo
 éclo XIV  r c  p m
ta implca o abadoo de oa cocepção tradc di
Reace
Reaceça ça como ma ova ova época,
época, terame
terametete d·
d·     
em coneúdo
coneúdo cvlzaco al e apecto, da Idade Méd   N .   
cvlzacoal
e trata
trata de
de evar
evar a data da Reaceça para para trá, de    
trar revi
reviveccia
veccia da tigidade
tigidade cáca no éc    X 1 1 1
e memo XII; raa-e de traçar a cotidade 1
cial ere o epiritaimo crão da ata Idade Mé  t'  
ovo reino de çaha hmaita, poéica, artí 1·

cietíca
cietíca qe idecamo
idecamo como a Reaceça B    
caracteriza ea
e a coidade btacal,
btac al, dedo     
mamo e a Reaceça
Reaceça como o herdeiro
herdeiro do p p  
imperai
imperai moribdo.
moribdo. O q qee ele tm em comm     . 1
,
igreja
igreja e o império é a "idea
"ide a de veralidade  Com Co m  l f
,
acença começa m "Terceiro Império  de m tp ;
polítco
polítco "a
"a ef
e fera da imagiação,
imagiação, moralidade, e da a   
determiado a atreza ítima do homem   " csl'
vda  determiado
Terceiro Império  ovo, agrado
agrado por p or Date, Petra
Petra  ·
Riezo
Riezo o
 o reo dod o epírito,
epírito, e
e  chamo apolíeo 4 2
chamo apolíeo
De ovo aparece ma deia do "Tercero Império   1•,
,
dea vez de m reo "apolíe
"apol íeoo de cltra
cltr a do
do ieecto e 
magiação como contratado com m Terceiro Re  o
Epírto Cotdo,
Cot do, embora a da idea de Terceiro
Terceiro Rei  
(o Apolíeo e o Eprital) teham de er cidadoam
ditigda, hitorcamete etão
etão itimamete relacio
relacio
etre i.  çaha
ça ha da obraprima de Brdach i ter mo
do qe, a Reaceça taliaa
taliaa do écuo XIV, a peoas
peoa s '
 '
Date Petrarca e Riezo e amalgamaram o doi ativi
ativi
do Reo do Epírito
Ep írito e do Reo Apoíeo,
Apoíe o, e qe aqi tem
tem  

42 Konrad Burdach Rrmation, Renaissance, Humanismus: ZweiAbhandl1x


über die Grundge moer Bifung und Sprachkunst. 2 ed., Belim e Lp1', ·
Gebüder Paetel
Paetel  926 rempessão
rempessão Darmstadt
Darmstadt Wissenscha iche Vuhg.
Wissenschaiche
1 978.
978 . O voume coném dois ensaios
ensaios:: Sinn
Sin n und
un d Ursprung
Ursprung de Wor
Wortt Rcnai"
sance und Refrmation" (1910); e  Über den Ursprung des Human�
(1913) A citaçõ
citações
es são
são das
das p. 1 33 e 1 42

2 4 1 Históa das Ideas Policas


Policas -Renascen
- Renascençaça e Refrma
Refrma
los iri cm  a ação
 ação r
 r o ereiro
ereiro Reio
·1 a ulra earisa ieleua e arísia da ivili-
1a�·;ío idea Para os asos de Dae e Riezo
Riezo já vimos (a
( a
  rês:
rês: Sacrum Im perium '')) que a espeuação joaquimi-
Imperium''
 re o DUX é uma pare esseial de seu pesameo po-
   ir e ação3 Em osso traameo
traameo da Idade Média, oudo,
 oudo,
amo-os ao relao das osequêias da espeulação
  imia e ão eramos o problema do amágama que
 oupa o presee
emos de emedar uma pare da deição de Burdah
 ah isise o aráer
aráer "ão políio do Tereiro Impé
 Que a araerização
araerização ão pode passar
passa r sem emeda é ób
vio e lembrarmos as ideias de Date e Riezo De to, ão logo
ga à elaboração orea do problema,
probl ema, o próprio Burdah
roduz o elemeo que arateriza omo políia a ideia do
vo reio A origem do humaismo esá "o desperar da
siêia aioal ialiaa para a realidade de ser um po
der auôomo e liderae a rmação (Bildung) ulura eu
peia. A osiêia de ser um poderpod er idera
iderae
e a rmação
cural
c ural esá iimamee assoiada à osiêia do imperia
io romao. O imperador legíimo é sehor do Império; o
1 pério pertee a Roma daí ser romao o imerador Nas
eias
 eias de Riezo, em pariular,
pari ular, o símboo do Augusto romao
roma o
m um papel imporae e a Monarchia, de Date a ideia id eia da
oarquia romaa uiversal é baseada a uidade uiversal
u iversal e
eleual da humaidade Podemos lar de de um "misiismo
"misi ismo
naioal
naioal  da ideia romaa, e de uma fé fé o marimôio
marimô io sagrado
re Roma e o priipado
priipado do mudo4
mu do455
Diae de ais ilusrações da ideia diilmee se pode
armar
armar que ela é "ão
"ã o polítia Seria mais orreo
orreo dizer que

ti Ver vol III, The Later


Later Mile
Mile Ages
H Burdach, Refrmation Renaissance Humanismus p 133 A caracterzação
omo não político é repeia em Budach em Rienzo
Rienzo und die
die geistige
geistige Wandlung
einer Zeit vol. II/ 1  Vom Mittee
Mitteerr zur Refrmation.
frmation . Berim Weimann
Weimann
 91 3-1 928
928 p
p 542
542
·1 Budach
Rrmation Renaissance Humanismus, p 133 127; Buach,
ienzo p 542

3 · O povo de Deus l 241


aqi prscims s primeir iaçs d si 1 1
tadia italiaa  d d ss itlctais q q stão prn   p1 i1

rcr à ord política


política a
a ova
ova lgtidad,
lgtidad, t
t      
sprital  lgar dos dcadts podrs pri e t'1 1
siástico. A sitação itlctal cotdo é obscri     
algs tors Os prcpas são a prcocidad d   . 1
çõs ass coo
co o sa localzação as cidads-stad i 1 a l  . 
as Abos sss tors
tors casa a vaguida
vaguidadd  as va
va   �  
das xprssõs polítcas D  lado  a ra polí  ·  1 
q a dia do imperium "apolí
"apolío o td
td a xpr
xprssr
ssr    
do ipério
ipério roao
roao vr
vrsal
sal Vios
Vios q ssassa tdên
tdêni i 
su toq d "roatso
"roatso  às idas d Dat da mon
N o tribuat
tribuatoo d
d  Rizo
Rizo d    lado vios a mdan d r
cocpção
cocpção política tr
tr os
o s ívis
ívis do
d o imperiu
imperium Roma 1111 ,  
m Roma
corpo místico taliao  a cidadrpública roaa J á  '  
da d  tlcto iat  o mdo coo o por     
tlcto iat
d a ord
ord política poda sr stabl
stablzada
zada hstorica
hstoricat
t  ··
as o ívl da "ação
"a ção  já q a cdad-stado
cda d-stado ra o o
da hstória política italiaa atéaté o Risorgito vos o r
ços muto
mut o iportats
ipo rtats d a a ova
ova spclação
spclaç ão po f l i   
o abit itlctal da socdad ctada diir diir 
pocos co Maqav
Maq avl l  a spraça d a  a caçã 
coal italiaa
italiaa A tar é rtomada
rtomada  o abt
abt tras
trasalp
alp  1 
plos psadors polítcos da brgsa acoal a Fra 1 1 , . 
 Iglatrra
Iglatrra drat os séclos XVI  XVII
C o  Bodi
Bodi a Fraça co Hobbs  Lock a Iglatr
Iglatr 
coplta-s
copl ta-s o ropito
ropi to co a grja
grja  os rios dos ss  
dos
do s fdais
fdais o io dad a spclação
spclação polítca do
d o trciro
trciro sta
 o sja
sja da
da "atrza
"atrza  "razão
"razão   xado;
xado;  a ação
ação che
go ao ívl  q a ord política do ovo Rio pod ser
stabcda. O ropt
ro ptoo da cotdad
cot dad tr a spc
lação "brgsa prcoc as cidads-stados italiaas
italiaas  s
rovação
rovação postrior os Estados acioais
acioa is trasalpios ca
obscridad  rlação à trasção da spclação do st
cso ativsta para a spculação do tlctualsmo
tlctualsmo ativis
ativis
Na spclação política
p olítica da Rascça talaa cotra
a ligação qu pod sr cotrada apas co dicldad 

242 J História das Ideas Polticas


Polticas - Renascença e Refrma
norte <os lpes o ambiete italiao vemos acotecer a
V ' de,
 de, a amálgama etre o espiritualismo sectário medieval
' a peculação sobre o Terceiro Reio itelectual Aqui po
dl'ms estudar o processo em sua s ua pureza ates de o erceiro

 oo ter-se cocretizado
cocretizado a ação Quato à relação com o
vmetoo do Epírito Livre, podemos
 1 vmet pode mos dizer que a especula
especula 
�·10 obre o imperium "apolíeo recoecemos o movimeto
 1 0 íve
ívell do estrato itelectual
itelectual superior da sociedade citadia
dieval
d ieval tardia.47

/J. Bonácio VI O homo spiritualis


Da opulêcia de materiais que ilustram


ilustram a mistura de espi
es pi
ualismo
 ualismo cristão com a ideia de um ovo reio que deve
deve ser
 iado pela persoalidade itelectual
itelectual superior podemos sele
oar
 oar apeas algus exemplos otáveis Começaremos com a
nva opiião
opiiã o que fi dada por
por Boicio
Boici o VIII à ideia cristã do
homo
ho mo spiritualis.
spiritualis.
Na bua Unam Sanctam ecotramos o argumeto:
argumeto: "Qua
"Qu a
o um poder temporal se desvia,
desv ia, ele será julgado pelo poder
spritual; e quado um poder espiritual meor se desvia
pode ser julgado apeas por Deus, ão pelo homem. Por issois so
o Apóstolo é testemuha quado diz O homem espiritual, ao

16 Não ltam, contuo as lgações no norte os Alpes Para o caso ingês, o
itor eve consuta o vol. VI Revolution and the New Siene cap 4: he
nglish Quest f the Concrete, onde encontraá cuadosamente traçada a
ransção o cistianismoplatônico para a ideia iluminaa de Locke acerca a
azão Para o caso ancês ele deveá consutar o capítulo sobre Boin no vo
V Reli
Religion
gion and the Rise ofMoi
oi e para o caso alemão, o capítulo sobre
Scheing no vol. I The New Order and an d Last Orientation.
Orientatio n.
47 Paa a interpretação a especulação poítica do sécuo XV itaiano como
uma Bürgehilosophie osoa ctaina) encontramo-nos e acoro com
ois Demp, Selbstkritik der Philosophie und vergleihende Philosophiegeshi-
chte im Umriss Viena
Viena Thomas
Thomas Morus 1 947 p 24 1 ss ss B udach
udach pensa que
o humanismo e a Renascença são movimentos aristocrats" (Buach Re Re
naissane Rermation Humanismus, p.  40 ss.) ss. ) porque visam aoao cultivo o
o
muno interior do inivíuo. Essa não é uma contradição com interpretação
aotada no texto Podese muito chamar cutivo da personaliade um ieal
aistocático"
aistoc ático" contanto que seja cao que o cultvo da personaldae é o aris
tocratismo" o terceiro estao

3 O povo de Deus  243


 -�-
· - -·''"º:
-·''"º: ,,,_�il.jJ
,,,_�il.jJmtn
mtn

cotráro, juga
juga a respto d tudo e por guém é ju ju  ' " ( 
Corítos 2   5 )  O argueto
argueto é de teresse
teresse por caus  o   l  
prego da citação da da  ª Epístoa
Epístoa aos Corítos A seten
set en ap.1
rece
rece orgia
orgiaete ete  o cotext
cotextoo de ua dscussão da d a sab
sab    
(Sophia) d e Deus Esta sabedora sabedora pode ser dscutda
dscutda ·
etre os pecti ( 1 Corí Corít tio
ioss 2,6) pos
pos não é a sab sabed
edor
or
 
   
udo (aion) e de de seus gove
govera
rates
tes;; o que Deus pre   
para os que o aa uca etrou etrou o coração do hoe o
u ( 1 Corít
Corítosos 29)
2 9) O hoe
hoe  só pode eteetedder
er o es
es  
do hoe, ao passo pa sso que os o s que
que recebera o espírto
espírto de Dc�
pode peetrar tudo, e eso as prodezas prode zas de Deus ( 1 ( 
rítos 2, 1 0).
0) . Daí
Da í teros
teros de distigu
distigur
r etre o hoe natr
e o hoe espritua (psychikos pneumatikos) ( Corín•
2, 1- 5 )  O hoe
hoe espr esprttua
ua o
o set
setdo
do do crstão
crstão a que
que  
Espírto é reveado é o hoe h oe que pode jugar todas as c i
sas, as ão pode ser s er j ugado
ugado por aquees que ão cohec 
ete de Deus Deus (2,( 2,  6)
6)  O sigcado
sigcado da seteç
seteçaa da l 3 Eístol
aos Corítos pode ser suarado: o pneumatikos ão ã o pode S'I
jugad pe o sples psychikos Obvaet,
jugadoo peo Obvaet, esse ão é o sig
cado
cado da seteça
seteça o  o argueto
argueto da Unam Sanctam. A bul
eprega o tero espiritul equivocaeteequivocaete de d e ta aera q '
se rera
rera ao poder esprtua
esprtua coo dstto do poder tep 
o corpo ístco crstão Para São Paulo cada Crstão é  
prcíp
prcípo, u  pneumatikos, seja
o, u seja cérigo
cérigo ou
o u eigo,
eigo, ebora a b
b 
arrogue
arrogue a esprtualidade do hoe para pa ra a orde cerca t',
detro
detro dessa orde, o as a s ato
ato grau, para o SuoSu o Potf
ce A artaha ão escapou aos seus coteporâeos Jo
de Pars
Par s sistia
sis tia que o sgcado estava dstorcdo porque 
homo
ho mo spiritualis de São Pauo ão obté sua esprtuadade esp rtuadade 
potes
po testas spiritualis que é própra do
tas sp do juiz ecesástco48
O argueto da bua
bu a etretato, ão é apeas
ape as ua questã
de equívoco,
equívoco, tavez co o propósito
prop ósito de obter vatage
vatage poítc
poítc
oetâea Apreseta
Apreseta uau a ova doutria e que, a verd
verd 
de, estão isturadas a esprtuadade sectária e ua vota
vota
pera de poder O eleeto sectário é revelado a dstçã
dstçã

48 João de Paris, De Potestate Regis et Papali, cp. 18.

2 4  Hstória das Ideas Políicas


Políicas -Renascença
- Renascença e Refrma
 numa e syc. a  pístopístoaa aos Coítio
ª Coítioss a dis
   o sgica apeas cristãos e ão cristãos a bua, cotudo,
1üo pica que ospsychici
os psychici ão seja cristãos; são cristãos, mas
de u graugrau espiritua
espiritua eor Nem a bula idetca os dos tipos tip os
' a distição etre aas eetas
eetas e codeadas;
code adas; ospneumatici
os pneumatici
o são a igreja ivisíve, em os psychici pertecem à civitas
aboli. Ao cotrário, os homines
ho mines sp irituales são muito vsíveis à
sp irituales
 edida que costituem a hierarquia da igreja igreja.. A bua, a
 a verda
de, trasfere os graus espituas, como podeos ecotráos
ua seita góstica, a todo o corpo da Cristadade
Em vrtude
vrtude dessa trasferêci
trasferêciaa a doutria trascede
trasc ede a es
es 
a do sectarismo O acace da comudade é agora coici
ente com o todo da civiização
civiização cristã. Os graus da erarquia
cesiástica se tora graus do h o m ines spiritua
spirituales; os pode
les;
es poíticotemporais do mudo ocideta se toram graus
 o psychici. Toda a esfera
esfera de istituições
istituiçõe s estabeecidas ( igrej
igrej a,
péro reios acoais) é reterpretada
reterpretada coo a articua
ção hierárquica
hierárqu ica de um imperium do Espírito. Por icríve
icríve que
ossa parecer,
parec er, Boif
Bo ifácio
ácio V
V  fez uma tetativa de trasr
trasr 
ar as ordes espirtua
espirtu a e tempora
tempo ra da Cristadade medieva
nu império góstico
gó stico A tese é corroborada
corrobo rada pea iguage
que os partidáros
partidár os do papa empregaram em seu zeo icauto. icau to.
 Arod de Viaova
Viaova ecotraos
ecot raos até o toque paracéti
paracé ti
co a perguta
perguta retórica: "Quem dos éis ão saberia o que é
sabido até peos cadeus e bárbaros, que o Potíce Romao Roma o
é Cristo a terra ( Christus in terris? Ee tem "a autordade
uiversa do poder peário
peário,, pois ee apeas etre os po po 
tíces
tíces é coocado comocom o "a uz das ações e a ei dos povos
de ta modo que o bem-estar (salus) seja garatido a todos
até aos cos da terra.49 Sobre as váras medidas medidas durate
o potcado de Boifácio VI que idicam sua coscê
cia imperia,
imperia , o eitor deve
deve cosutar
cosu tar o estudo de Burdach.50

9 Arnod de Villanova Tatactus de Tempoempore A ntchrist (1297-


re Adventus An
 05 ). O rata
ratado
do está
está publicado
publicado emem Heinich
Heini ch Finke Aus
Au s den
den Tagen Bonz
Bon z
VI. Müste Aschendorfschen Buchhandung 1902 As passagens ctadas
stão
stão na p clvi
10 Burdach, Rienzo, esp p 538 ss

3-O povo de Deus


Deu s l 245
Como
Como seus ontempoâneos
on tempoâneos jugaam
jugaam essa onsiênci
onsi ênci pod·
se deduzido do jugamento onta a memóia do p p  :  1
acusação baseou-se no n o to de que o papa eigia
eigia suas cli
tuass nos potões
tua potõe s da idade e aima dees, ou seja,
seja, em u·
u ·��
onde na Antguidade eam coocados ídoos;
ídoos ; e em muit  a
avas
avas acusou o papa
pa pa da intenção de estaua
estaua uma idol
ido l r i ; 1
majestade humana5 1
não cistã diante da majestade

e. Dant
Dan te - Intelecto
Intelecto e graça
Em Unam Sanct am pudemos obseva a tentat
Sa nctam tentativa
iva de t
t   
ma a hieaquia ecesiástia estabeeida em e m casse go'
nante de um impéio espiitua. Em Convivi, Dante evo a
ideia de um eino univesa em que a odem tempoa  
segua
seguadada po um u m monaa
monaa mundia omano,omano, ao passo q q  1 
gau
gau mais ato na odem espiitua é mantido po uma no
beza de peecti que segue a autoidade do Filosofo, ou seja,
de Aistótees, "il Maestro della nostra vita (Convivi    
6 e 23)
23)  O impeado e o ósoóso são as duas autoidades
autoidades qul'
têm de se s e econhecida
econhecidass peo homem a m  m de assegu
asseguar
ar a
existênia pefeita.
pefeita. O impeado
impe ado ofeee
ofeee a seguança
seguança sia d a
existênia
existênia a todo se humano sem a qua a mação de u
existênia pefeita
pefeita é diimente possíve;
po ssíve; ao maest
ma estro
ro e Dw
della
della re
regione uma ne (IV.6
io ne umane (I V.6)) deve-se "fé
"fé e obediência, pois se
seu guiamento, a pef pe feição
eição,, mesmo de uma existência segu
segu 
não pode se conseguida. Emboa ambas as autoidades s
jam de gau igua à medida que uma existênia humana o
peta não pode se conseguida
conseguid a sem uma ou outa, a odem 
azão ou inteeto,
in teeto, já que é a odem de pefeição,
pefeição, está aim
da odem da simpes neessidade. A odem odem impeia sem au
toidade osóa não pode taze nada, nada, senão miséia pa
a humanidade; e a evoaçãoevoação de Dante é, de to, um u m apeo à

 Paa a fes
fes ver ibidem p 2 1 1  Na análise
análise no text
textoo empregu
empreguei ei na ma
pate das vezes
vezes materais dados
dados po Burdach; a anise
ani se em si, entretanto
entretanto é i
i 
pendente da de Burdach embora não esteja em desacordo com ela Ao ca
terizar
terizar Boncio VII
VII  Burdach
B urdach val
vale-se
e-se de
de ermos como superhomem es es 
ual
ua l e "hieraca demoníaco
demoníaco.. O leitor verá cilmente que tais tais caracterzaçõ
caracterzaçõ��
são imaginaivamente corretas mas teoreticamente insucienes

24  Históia das Ideias Polít


Polítcas
cas -Renas
- Renascenç
cençaa e Refrm
Refrmaa
i<ade iperia d aociar a atoridade osóca a sa
'ga. Acoseha
Acose ha e oe da Sabedoria: "Aa a z da Sabe
i
 i t qe
qe ste estabeecido
estabeecido sobre os povos; e iterpreta
iterpreta a
lar coo sigicado: "Liga a atoridade osóca co
a   eria
eria a  de
de govera
goverares
res be e perf
perfeitaete
eitaete (IV
(I V6)
6)..
e ovo,
ovo, coo e Unam Sanctam, estaos diate da te
1 a l i a de evocar
evocar  Reio espirita a existêcia histórica; e,
 novo, o étodo de reaizar o reio é a criação de a ova
  eza espirita A chave para a compreesão da cocepção
 ate é sa s a trasferêcia
trasferêcia da ideia de obreza da obreza
uda do sage para a obreza iteecta da pessoa Date
orase
 orase mito a cocepção errada vgar vgar de qe a obreza
linha sa te s casaetos, igações iiares, casteos,
osses e doíio territorial, embora, ao cotrário, todas essas
parêcia
parêcias s têm sa te a obreza
obreza (IV ( IV8
8)) E, e otra se
ão, critica
cri tica severaete
severaete a sposição
sposiçã o de qe agé
agé seja obre
orqe descede de ma raça obre, embora, ao cotrário,
 ão a raça z obre a pessoa idivida, mas as pessoas i
dividais
dividais eobrece a raça (IV ( IV.
.0)
0) Srge, etão, a qestão
qestão
cocerete à atreza da Nobreza (Nobiltà) verdadeira Date
espode à qestão por m amágaa de espiritaiso cris cr is
tão
tão co iteectaismo aristotéico
aristotéic o Pea obreza sigica-se
sigi ca-se
"a perfeição
perfeição de sa atreza própria e cada ser Siôimo
com "atreza própria, o termo virt propria é epregado de
ta modo qe  ser seja "o mais perfeito perfeito qado alcaça sa
propria . O processo
virt propria. proc esso de perfeição
perfeição só é em parte atra,
de otra parte é devido a m ato de graça divia; e à gha
seial
seia l da graça graça Date assia o tero Nobiltà em particar
Daí ser a virt cocebida
cocebida por Date como ma qaidade m
homem em qe a obreza e a paixão etra em ta mistra
qe predomia
predomia a obreza ( IV 1 6 0)52
0) 52
O homem do ais ato gra é, para Date, o peectus (IV
1 6 )  Perfeição
Perfeição é a realização
realização itegra da atreza
atreza própria de m
ser
ser  O qe
q e etão
etão é a atreza
atreza própria do hoe,
hoe , e coo pode
pod e

52Devo deixr o termo virtu não


nã o duzido a fm de evtr os equívocos
equívocos morlis-
tas que poderiam ser cusados
cusados pelo termo inglês virtue" [virtude].
[virtude] .

3 O povo de Deus l 247


·
ser realzada? s meo par coece e caçar a nature�.1
própria é o desejo De acordo com rstóteles o desej 11
alto de todos os seres
ser es é o retoro à orgem (lo itoa   " "
Pincipio). Com esse desejo
desejo eles são dotados pela Natre
Natre   � .
o segirem ecotrarão e realizarão sa própria atre Vl'I
<adeira dede ode brotaram. A atreza d o homem a or i e 1 1   
que ele
ele deseja
deseja retorar,
retorar, é Deus. "O " O Pricípo e o Fabric
Fabrica
a  d·.
almas;
alma s; Des ez
ez o homem à sa imagem e semehaça;  w1
feição hmaa portato cosiste em realizar a imago De l'1 1
qe o homem
homem s e origia
origia (IV. 2)
2 ) . Vemos a met
meta
aísi
ísica
ca arstL
arstL    ; 
da eteléq
eteléqa
a combinada com a especlação
especlação adamita a  
d o peectus qe realiza em sua existêcia o Ptos Anthr10
su a existêcia
pela busca do bios theoetiko
he oetikoss o setdo arstotélico
arstotéli co
A orgem em Deus é comm a todos os homes; mas ' 1
retoro à origem ão é dado a todos. D e ovo, ovo, como o Gs
de Boácio
Boácio VIII a distição
distição etre
etre homes ão diz respresp   
à salvação
salvação oo  daação deles. O pefectus de Date ão m,�
do que o homo
ho mo spiitualis
piitualis d e Boicio é a alma salvasalva O tó
tó 
co do Convívio  ão é o destio trasce
trascedeta
detall da alma
alma 
realização d a imago Dei  a existêcia temporal
a realização temporal Qua a
essa realização, os homes são são diereteme
dieretemete te dotados e 
eretemete exitosos
exitosos O desejo é o guia para Des, De s, mas o
desejo pode também levar levar para o mau camiho. Os desej desej
hmaos são s ão dverscados apotam em váras váras direções o
camho para a origem ão será encotra enc otrado
do imediatame
te, mas apeas depos
dep os de mitos camihos serem tetados tetados l
levarem a um mpasse; a vida pode ser perdida a vastid
de desejos e ão alcaçar
alca çar a città do reposo
reposo etero
etero (IV
( IV. 1 2 )
Mesmo
Mesm o os qe estão mais bem eqipados pela atreza atreza (pe-
fettamente natuati) para ecotrar o camiho correto d-
cilmete se s e deseredarão da vastidão ates de alcaçar 
poto alto
alto do arco da vida
vida (IV.2
( IV.233 ) .5 O ecotro do camih

5 A explanações de Convívio IV.23


IV. 23 são
s ão empegadas
empegadas na ntepe
 ntepeaçã
açãoo do v
que abe a Divina Comédia (Nel mezo de cammin di notra vita, etc) Se es
vesos frem enendidos como uma data biogáca visão da Divina Comé1
bi ogáca a visão
caiia no ao de 1300 o tigésimo quinto ao da vida de Dante Paa os 3 '
anos como o punto summo da vida, ve Convívio IV.23

248 1 História das


da s Ideias Políticas
íticas - Renascenç
Renascençaa e Refma
Refma
à  o pocss da pópia ida s paixões de jue-
  1 d c dee ser exauidas e a abição do udo dee ser
'
'  ietada
ietada coo u ipasse ates de os bes da ala
  ectual
 ectual o equilíbri razão e da paixão a virt pode
equilíbrioo da razão
 ser se r descobertos e obtidos a existêcia peas os intel-
1· sani,
san i, cotudo, alcaçarão esse poto de orde itera
a ultidão se ustrará pelas doeças da ete, tais tai s coo o
gulho da vida, a superbia
superbia vitae ( naturale
na turalejattanza
jattanza a pusi
 niidade
niidade e a ivolid
ivolidade
ade atur
atural
al (IV.
( IV.   )  peas quado a
a l m  está be ordeada (bene (be ne posta)
posta) é que se tora o vaso
ue é disposto (disposta) para receber aquela graça" aque
aquele seme difelicità
  coisa divia", aquele difelicità ou virt intellettuale
in tellettuale
osibile que Date Date chaa
chaa obreza (IV.2( IV.200  2 1 ) 
Quado a graça a obreza desce a ala be b e orde
o rdeada,
ada,
tão a virt se torará completaete desevolvidadesevolvida O ite
ecto
e cto prático desevolverá a prudêcia
prudê cia teperaça
te peraça,, corage
e justiça a ação; e o itelecto ais alto, o especulativo, as

cederá à coteplação
coteplação das obras de Deus e da d a Natureza"
(IV.22
(IV .22))  e ele se revel
revelarão
arão os dos do Espírito54 Quado essa
aroia copleta da virt vir t pro
p ropria
pria atural da virt intellet-
intellet-
uale e do divio seme difelicità
difelicità ocorre u home,home , etão ele
se trasra
trasra coo
coo se sse outro
outro Deus ecar
ecarado"
ado" (IV2
(I V2  ) 
A rmulação ca uito perto da autodiviização sectária
Mas ão
 ão é idêtica a ela Date preserva a distâcia da reali
dade trascedetal
trascedetal  beatitude ais alta seria a uião ui ão com
eus
eus  as
a s essa uião ão pode ser alcaçada a vida  be
atitude
atitude a vida pode ser ecotrada a ra iperfeita iperfeita a
vida ativa ( beatitudine
bea titudine imperf
imperfetta);
etta) ; pode
pod e ser ecotrada
ecotrada uma
rma mais perfeita
perfeita pela operação
opera ção das virtudes itelectuais
(beatitudine
(b eatitudine quasi peetta)
peetta);; e ambas essas operações leva à
beatitude aisais alta  que, etretato, ão pode pode existir aqui
aqui
ebax
ebaxo" ( IV.22).. O peectus de Date participa, etão, do
o" (IV.22)
Espírito divio pela graça da obreza, que desce até o itelecto

s4 Os dons do Espíito são enmeados po Dante omo sete de aordo om
saías": sabedoia ustça, tempeança, taez (de salvação), conheimento,
piedade e emo a Deus. Suponho que a enumeação seja uma efeênca a
Isaías
Isaías 335
33 5 ss.

3 - O povo de Deus l 249


e o rma,
 rma, mas a beattude em ss permaece
perm aece a quasi pc1.f 1
d a operação especuatva
O tópco de quase perfeção é cotuado e dese
a dea
dea de uma
um a operação
operação teectu
teectua
a apoíea,
apoíea, o próo
próo    
Paradiso e os cometár
cometárosos sobre
sobre o próogo
próogo a carta
carta d e  1  l 
ao vgárogera mpera Ca Grade dea Scaa O pr
se abre
abre ado da graçagraça de partcpação a readade
readade t
t  
cedeta. A Date    cocedda
cocedda a graça de uma "vsão qur
teve
teve o paraíso  o tercero
tercero céu próxmo da d a te da  d i
va; e o que ee
ee pôde absor
absorver
ver do reo sacro
sacro em suasua m
m    '
será agora
agora substâca
sub stâca (materia) de seu poema A arrat arrat
 ·
 ·
uma "vsão cotudo, está repeta repeta de compcações
compcações AA 
e que retora ão pode cotar cotar o que viu; em e m se embr d o
qe vu em a ígua humaa é adeqada para a arrat arrat ( l
"desejo útmo
útmo  do retoro à orgem
orgem é reazado;
reazad o; mas quan
quan 
osso teecto chega
chega perto de seu desed esejo
jo submerge
submerge tão p
damete (si (s i prof tan to) o desejo "que é Des
profo n da tanto) Des  qut•
ão pode
pod e retorar com memóra
memóra  55 A vsão é um ato at o de gr�
gr�  
provedo o teecto
teect o com "subst
"s ubstâc
âca,
a, mas
ma s quado cheg
cheg )
expressão da subsâca a obra do teecto, Date está dl'
vota à exstêca tempora, embora a existêca do pee
cja virt é eobrecda peo seme difelicità
difelicità 6 O apeo à expr
são fez
fez tem agora de r para a divina virt sob o símboo 
Apoo57 A virt apoíea dará o poder pod er de mafestar
mafestar ao me
"a sombra do reo de bem-aveturaça de ta maera qu 
poeta
poeta será capaz de coroar-se com os ouros; ou ros; e os ouros ser
merecdos pea "substâca assm como pea virt. 58 O re
apoíeo dos peecti que merecem os ouros ouros está carame
carame l 

5 5 Paradiso 14-9; Carta ao Can Gran, 28 (a numeração da caa esá dr


acordo com a edição de E. Moore, Tute !e opere di Dante Alighieri. Oxf,
Sampera
Sampera Dell'Univer
Dell' Universià
sià  904).
56 A eorizaç
eorização
ão de Dane sobre
sobr e a visão
visão segue de peo naraiva de São Paulo
pe o a naraiva
dessa vsão em 2 Coínios 224 Ver Carta a Can Grande para ouras m
es as como Rcardo de São Víor Bernado de Claraval, Sano Agosth
Danel e Ezeque
Ezeque
57 Paradiso 22

58 Paradiso .2627:  e coronarm


cor onarmii alr di di quel
quel fgli
fgliee che  matera
matera e tu
t u lt'
rai go"

250 1 Históra
Histór a das Ideas Pol
Polcas
cas - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
' runscito
runscito co o eino a virt intectual, que é ina
 la substância da gaça O pólogo nalente, etona ao
ico do Convivio ou seja, o ipéio univesal co sas
-

uas
u as autoidades
autoidade s de ipeado e de lóso O eino dos per-
/•i e que a autoidade do intelecto losóco é nida co o
de
de ipeial,
ip eial, laentavelente,
laentavelente, não é ealidade Os louos lou os
sf mbolo do eino, só bota aaente no tiun do ipe ip e
do ou do poeta (I .29) .2 9);; a época está pedida
pedida na vastidão
vastidão da
aixão hana; e clpa vegonhosa, vegonhosa, qe não sente o desejo
mais
mais eevado
eevado (I.
( I.30
30).). Qe o Des délco sinta a alegia
alegia de qe
o enos
enos  hoe
hoe é sedentsedentoo de sua
sua onde
onde (I.3
(I. 3 1 -33)
-3 3)

d. Conclusão
Co a evocação de Dante do imperium apoíneo, a tans
eência da especação ística paa o eio do inteecto
epoal
epoal está e pincípio copletada Na pópia
pópia oba de
ante, assi
as si coo na liteata de sua época e das geações
segintes a ideia de ua hanidade espiitalente enas
cida na históia é apoiada po
po  a opulência
opulênci a de síbolos tais
coo a fênix,
fênix, ascendendo de suas cinzas, ua enovação da
huanidade
huanida de atavés de u novo lavacrum,  novo batiso
qe, na
n a vedade,
vedade, i feito po Renzo,
Renz o, a enovação do hoe
pela vitóia sobe o ndo e o velho
velho Adão, e, acia de tudo
o síbolo cistão diundido
diundido do enasciento espiita Essa
ica siboização indica a apitude do oviento
oviento as não
acescenta nada aos pincípios desenvovidos po Dante no
Convivio e no pólogo do Paradiso. 5 Foi dado o passo tal

59Para a riqueza de pormenores o leitor deverá consultar as as obras de Bu rdach.


As passagens-chave no Novo Testamento para a ideia da renascença podem
ser encontradas
encontradas em João 333 3 33 ss e em Esios
Esios 4,23
4,2 3 ss. Para o Seco! si rinova
ec. de Dante ve Purgatorio, 22. 22 . 70.
70 . De neres
n eresse
se particular parapara a penera
ção da Cristandade por um novo espírito e spírito mundano é a passagem
passagem de Petrarca
em Rime CCCLIX49 ss " Vnsi il mondo e me stes stessa:
sa: il uro segna
segna I Triunf
ondio son degna / Merâ
Merâ d Signor che mi difrza [" [Eu]  . conqui
dii que! Signor conquiste
steii
o mundo e a mim o louro signica triunf, tri unf, do qua
qua sou digno, graças ao ao Se
nhor que me deu deu rça]
rça]  Petrarch Petrarch
Petrarch ' yric
yric PoemJ
PoemJ The Rime Ri me Sparse
Sparse and
an d
Other Lyrics. Trad. e ed. Robert M Durling Cambridge Haard University University
Pes
Pess,s, 1 976 p 55 8.
O i il monmon  são
são as pala
palavra
vrass de Cristo em JoãoJoão 1 633
6 33:: " ego vinci mund
mu ndum
um

3 - 0 povo de Deus J 251


de estabeecer o reio do itelecto criativo a ci l' a 1  
coo u reino de graça divia; o reino da cutua é S í    r  
cado coo u u  reio de perfeição
perfeição espiritua
espiritua  Co o rp
rp   
Date esse novo iaentiso de perfeição é ainda m  id1,
e xeque pelo transcendetaiso da Cristadad  pn
eição dee do inteecto especuativo ão é ais do que 1.
quase pereição. Gerações turas serão eos resti
e a quase perf
p erfeção
eção do
d o iteecto que é penetrado pe g1  
d e Deus torar-se
torar- seáá a pereição
pereição da razão que pode se ohl id
progress
progressiva
ivaete
ete pea tentativ d o hoe O s perfecti i  t
tentativaa do ·

lectuais do iuiniso
iuin iso e progresso assue o papel papel de lk·,
quando estende a graça a si esos
es os;; e já
já que e sua pn'
preseça
preseça estão nan a preseça de Deus, desaparece
desaparece a die rc r  . i
entre perfeição
perfeição e quase perfeição
perfeição N o sécuo
séc uo XVIII e  p 
eira
eira etade do sécuo
sécu o XIX ou seja, no- n o período de V o  l a i r 
a Cote
Cote e Marx
Marx  é cândida essa autodivii��   
essa húbris de autodivii
e autodotação co a graça; os portadores do process cst 
apeas obscuraete coscientes, ou incoscietes d  o d 1  ,
apeas
das ipicações
ipicaçõ es e consequêcias do oviento que as
ta É apenas nan a pessoa de Nietzsche
Nietzsche que o processo lca,i1
sua consciência trágica; ee experienciou copleta'  1
paão e o horror
h orror do hoe
ho e que "estende
" estende a graça a si •
o. A aálgaa
aálgaa de de graça
graça co o iteecto
iteecto especua
especuatitiv
v  H 1  1 
reino apoíneo de cutura, que coeça co Dante, teri teri .i
tragédia do super-hoe dionisíaco Nesse setido, podl
os dizer, a Renascença terina co Nietzsche60

60
[Este capítlo f
f  taduzdo paa o aemão e publicado
publ icado como Da Vol < '01,•

Sektenbe
Sektenbewe
wegungen
gungen und derder Geist der
der Modeee [O Povo de Des: Mov·
Mode
Setários e o Esprito da Moderndade].
Moderndade] . Trad. Heke
He ke Kaltschmidt ed l'tI 
Optz. Mnque W Fi Verag, 1994

2 52 1 Históa das Ideias Políticas


Políticas - Renasceça e Refrma
QUIIN TA PARTE
QU PARTE
A GRAN
GRANDE
DE CONFUSÃO
CONFUSÃO
 . A GRND
GRNDEE CONFUSÃ
CONFUSÃO 1:1 :
 UTERO E LV
LV INO

Eu vou; e par
par onde, graças a Deus!
Deus ! Eu sei;
sei;
E sur
su rpreendo-me por sentir
sent ir crescer
crescer tal triteza.
triteza.
L

E busca de u títuo para os dois capítuos


capítu os que deve
 dar co a Rera
Rer a e as teorias poíticas que dea eergi-
a, chegaos à designação negativista
negativista do período coo
a
a era de consão; nenh n enhua
ua caacterização
caacterização positiv
pos itivaa co-
briria
briria o vasto acance de acontecientos e ideias id eias que ra
 ra
motivados pea s Noventa e Cinco Teses de Lutero. 1 Espe
motivados peas
iaente no no reino das ideias
idei as poíticas, nenhu tero po-
itivo
itivo anterá unida
un ida a corrente
c orrente de iteratura
iteratura partidária que
i sota pea subevação.
subevaç ão. A revota do oviento
ovie nto de rer-
ma i acopanhada
ac opanhada de ideias que evocava e apoiava
o aconteciento e que lutava contra ee; ee; as eas não se
cristaizara
cristaizara e sisteas
siste as de pensaento
pensaent o poítico. Se agoago
é característico da Rera, é o fto de que não podeos
igar a ea o noe de nenhu grande pensador poítico.

1Sobre as difculdades de caracterzação ver o admirável capítulo intodutório


cm Allen, Hist
Histor
or ofPo!itical
Po!itical Thought, p 1-14.
penas na sgnda metade do sécu sécu XVI pareu  ig
ra de
de Bodin elev
elevandose
andose 
oo aia
ai a de todas
todas a s o u l r   · ,
Mas
Mas om eleele estamos
estamos para
para além da lieratra
lieratra pole
pole     • 
priamente dita; se sstema de polítia de de novo se ba
ba  1   
tradição gelasiana dos dosdos poderes, o rei e o papa   li1·
ratra polemis
pole misaa não enontramos ep  
enontram os nada senão a ep
de posções manidas pelas personaldades lideran   . 
dispta
dispta Nenhm
Nenhm dos pensapensador
dores maném por s       
es se maném
omo ma
 ma grande mente ordenadora representam a s p l'1
revolção qe, omo m odo e 
os pariais de ma revolção
deles odos Daí
D aí ser impossív
impos sível
el hegar ompre     
hegar a ma ompre
do período por m relato
relato das várias teorias em se nt'
prios termos; prmeiro, as qestões da époa êm de ·" r 
eslareidas; somente
som ente qando
qando tivermos
tivermos obtido m qu qu    
teorétio de referên
referêniaia é qe as posições
pos ições partidárias
partidária s p o   1  
l '

ser lassiadas apropradamente


Mesmo essa tare, ontdo, pode ser dierida p  
próxmo apílo; pois a Rerma, sem dúvida, te     
aonteimento
aonteimento al, o seja seja,, a tempestade
tempestade qe
qe  i lev
lev   
da pelas Teses de Lero A Rerma não não omeça
omeça o      
teoria,
teoria, políia
p olíia o d e otro
otro gênero; omeça om ma lh
tação de rças ontidas e ma rstalização de d e qesõ
qesõ q 
já estava
estavamm presentes
presentes antes
antes de  5  7 O rso qe
qe os
os a
a   
imentos tomaram
tomara m nãonão i pretendido nem por Ler   ·  1 
por ningém mais.
ma is. Ao ontráro, podemos
po demos dizer qe
qe  r 
so dos aonteimentos teria sdo inteiramente dferen' "
temperament o de Ltero não lhes ivessem  a d 1 
o aráter e temperamento
o alimeno e direção
direção  A interação não intenional entr u  1   
inten ional entr
siação
siaçã o explosiva e a personalida
person alidade de de Ltero mara o   1

meço da Rerma e deter determina-lhe


mina-lhe o rso posterior
posterior 

de podermos denir as as qestões teorétias
teorétias qe
qe eme
eme   

te mos de hegar a algma lareza em relação à s     . 


dela, temos
ção e à personaidade qe interagi no embae. Devc    
omeçar essa
ess a análise om algmas observaç ões aer   
obs ervações
meio soial qe
qe de
de ressonânia
ressonânia internaional
internaional a m
m a
a     
imento qe, de d e otro malogradoo c1  
otro modo podera ter malograd
m aonteimeno proviniano

256
25 6 1 Hstória das Ideias
Ideias Polít
Polítcas
cas - Renascen
Renascençaça e Refma
Refma
§ 1. Imp rensa e p úblico

Prieiro de tdo teos de cosiderar qe a Rera


eve
eve  aspecto técico qe diciete
dicie te pode ser spe
s pe
estiado
stiado e sa iportâci
iportâciaa  o seja,
seja, o so da i
resa
resa Desde
De sde eados do séco
sé co XV, a arte de ipressão
stava-se espraiado rapidaete da Aeaha peo sl,
este e orte da Eropa; ao tepo de Ltero, as cópias
cóp ias das
bras iterárias disp oíveis
oíveis tiha
tiha  crescido de dezeas de
mihares, e qe os as critos tiha de ser cotados,
ara dezeas
dezeas de ilhões de ivros A Rera fi o pri
meiro ovieto poítico e reigioso de iportâcia
ipo rtâcia qe,
ara sa propagação,
prop agação, pôde cotar co a paavra ipres
sa A rapidez co
co qe os reradores podia dissei dis sei
nar sas ideias, a itesidade
itesidade de discssão, o úero de
disptadores, a rápida troca de críticas e cotracríticas,
, acia de tdo, o taaho da adiêcia qe podia ser
caçada são ipesáveis se a ipresa. No ápice da
tividade
tividade de Ltero, hove períodos qado todas as ed i
oras aeãs estava tãotão ocpadas e ipriir ses tra
ados, serões
s erões e tradções da Bíbia qe ee ee tiha qase
u oopóio da pbicação
Ta eprego iteso da ipresa presspõe  vas
o púbico eitor A esse respeito, de ovo, teos de evar
 cota  ovo tor qe se fez setir exataete ao
meso tepo qe as as presas
presa s se espahara pea Eropa,
ou seja,
seja, a dação
daç ão de ovas iversidades  O desevovi
meto das iversidades aeãs ae ãs coeço
coeço  co a dação
de H eidelberg
eidelberg,, e 1 385;
38 5; ates do eado do séco XV ti
nha-se seg segi
ido
do Coôia (  388 ), Er
Errt
rt ( 1 379/89)
379/89),, Leipzig
Leipzig
(1409) e Rostock (1419); a essas podeos acrescetar as
dações
dações de de Prag
Pragaa ( 1 347) e Viea
Viea ( 1 364).
364 ). Depois do eaea
do do séco XV teos a ova oda de dações: daçõe s: Grei
G rei
swad
swad ( 456),
45 6), Freibrg
Freibrg ( 1460),
1460 ), Basiei
Basieiaa ( 1 460), Igostad
Igostadtt
( 1 459/72),
459/72), Tre
Treve
vess ( 1 473)
473) , Maiz
Maiz ( 1 476), Tüb
Tübiige
ge ( 1477),
Witteberg (1502) e Frakrt/Oder (1506). Facdades,

1 A grande confsão I: Luter


- Luteroo e Calvino
Calvino  257
tudate  aluno  ueosos establ   ·
costituía e si esos u público leito  d
vel,
vel, eboa a apidez
apidez de dação indique
indique a it  k
k ��    
intelectual
intelectual geal
geal d a sociedade Adeais, ovas nstt1i\
desse tipo tê de encota seu estilo e eque 
são ais adequadas a esponde ao espíito da ép  ·  1 
que são ciadas do que as uivesidades
uivesidades ais at  11
quee se
qu s e tansit
tansitee ua tadiçã
tadiçãoo po
po  geaçõe        
geaçõess de 
A udação
udação ecente de Witte
Wittebeg
beg é e pa    
pa te esp 
pela eunião
eunião do tio Luteo, Melanchtho Calsta    1
Melanchtho e Calsta
sioalete
sioalete,, ouvios u histoiado
histoiado católico ecl m    
católico ecl
da lta de sabedoia e e indica paa u pofesso
pofesso    
uete u hoe de eos de tinta anos, co co   . u l n   
cuja ça espiitua e intelectu
intelectual
al não gozava
gozava de    riL1
de E Melanchthon
Melanchthon,, ao tepo de sua odenação
odenação em l ' I ,
tiha 2
2  aos de
de idade
 ipotâcia evoucionáia desse abiente ac
co recenteete
recenteete ciado pode talv talvez
ez se ais bebe ar  "
açaos
a çaos u olha na situação
situação e outos
outos países N   1    1
ea e na Itália co tadição acadêica ais ati  1    
a
a dadas novas uivesidades na segunda segunda et'
et ' d•
século XV N a Fança teos quato dações etr l · H 
e 464:
 464: Bodeaux
Bodeaux,, Valence,
Valence, Nates e Bouges;
Bouges; na 
    
duas Glasgo
Glasgow w (  463) e Abe
Abedee
deenn (  494) no note da   
n o note
pa, duas
duas Uppsala
Uppsala (  477) e Cope
Copenhag
nhagueue (  479).
479 ). O ú jh
quee osta
qu ost a ua
ua explosão
explosã o esse peíodo, copaada
co paada    1  1
da Aleanha, é a Espaha,
Espa ha, co sete ndações ente l�0 r
 505
505  Bacelona, Saagoça, Pala Sigueza, Alcalá   
ia e Sevilh
Sevilha
a No
N o caso espanhol,
espanhol, eteta to,, esse cesc m    
etetato
súbito no neo das instituições acadêicas ão t 
esos efeitos
efeitos qu
quee a Aleanha
Aleanh a Cetaene é sitom sito m   i  
do ípeto de enegia acional
acion al que fez séc ulo XV o g   1
fez do século
de século da Espanha, as a dieção dos aconteci  
eligiosos e políticos peaneceu as ãos da Iqu\ 
Espanho
Espanhola la ndada
 ndada e e  478)
478)  na cooa d a Espaha
Espaha   
 
cialet
cialetee depois da Cocoda
Cocodata ta de  482)
482 ) , e ais tar w
Odens doiicana e jesuíta

258
25 8 1 Hstória das Ideias
Ideias Política
Políticass - Renascen
Renascençaça e Refma
Refma
§ 2. O Cisma - A disp
disputa de Le
L eipzig
pzig

s dados preedetes são para sgerir qe a abertra


 élo XVI viera à toa  do de esritores, leitores,
os e dispta literária de a oesão e rapidez até etão
nuditas
n uditas a disseiação de ideias;
ideias; e isso o ovo apo
 atividade literária
literá ria da área aleã tiha-se
tiha -se torado  

 partilarete potete. Esse ovo apo de alta o
 ividade
ividade para ideias te de ser pressposto qado
qa do agora
agora
taos aos probleas qe tiha adqirido a agdeza
rigosa
rigosa e tal atosera
atosera de disssão
diss são itesa
Os probleas, e e  si oo idiaos
idi aos ão era ovos; e
ve-se desatar
desa tar espeialete a oção
oçã o de qe a igreja
igreja esta
  estado partilar de orrpção ltrapassado tdo
 que aoteera ates Mas itos aoteietos,
aote ietos, istiti
es e qestões teorétias qe ates passava iotestadas
çava agora a sobra pesada sob o brilho do exae
stório
 stório e rítio. Cosidereos,
Cosid ereos, oo problea de de ipor-
 <ia
ia etra a Rera a divisão da igre igreja.
ja . O desevolvi
desevolvi
eto de igrejas
igrejas isátias e seitas oralete
oralete é tido oo
a oseqê
os eqêia
ia ais deisiva da atividade
atividade de Ltero, riado
robleas iteiraete ovos a Cristadade. De to, a se
uêia história
h istória é o reverso: o isa
is a ve prieiro e Ltero
ez dele  problea
proble a se ehua
e hua iteção
iteç ão de riar otros
csas
cs as Ao tepo de Ltero, a igreja estava dividida;
dividida; de to,
ha-s
 ha-see dividido as
 as igrejas
igrejas oidetal
oideta l e ortodoxa
ortodoxa greg
gregaa desde
 054 e essa divisão se zera
zera agdae
agdaete te osiete, de ovo,
mediate
mediate o aasso
aa sso da reoiliação
reoilia ção o Coio de Flore
a e 1439. Adeais a igreja oidetal tiha eergido das
uerras Huss
Hu ssitas
itas o  isa próprio
pr óprio através
através da existêia
otiada dos Irãos Boêios
Boêios 
A qestão do isa
 isa se toro tópia por oasião da Dis
D is
ta e Leipzig, e 1 5 1 9 qado Ek
Ek sste
ssteto
to qe
qe os ris
ãos gregos estava
esta va odeados
odead os ao ifero
ifero porqe a Igreja
rtodoxa
rtodoxa Grega ão reoheia o so episopado roao.
ro ao.

1 - A grande confsão !: Lutero


Lutero e Calvino 1 259
A questão tinha ipiaçs ois porque, n cxpl.,
das oisas por vir,
vir, o átrio ou
ou heio ded e pessos
pessos qul', d·     
lado ou do outro, estavam
estavam interessadas no status d  r 1
Boêios. Lutero, e sua resposta epressou-se c m l\1  
do destio eleste dos gregos Aqui Aqui teos um ee pio   j  
o da aeira em que questões doretes hega     1 1   
vel de osiêia públia que ipossibilita opr .   · , .

A Disputa de Leipzig i um aonteimeto iteiraniteiran ' d 


eessário; que lhe deu iíioiíio i Ek queque preten
preten   � 
m a publiid
publiidade
ade para
para aeler
aelerar
ar a arre
arreira
ira;; Lut
Luter
eroo resp
resp       
provoação
provoação porque seu teperameto
teperameto ão lhe perii
perii   1 1
quieto; e o Eleitor da Saôia, que poderia ter proibi
proibi  C:. I · 
tadt e Lutero de evolver-se
evolver-se esse debat   x    "
debatee perigoso 
prosseguir porque era u liberal que areditava
areditava que  vci1
esodida viria à luz pela liberdade
liberdade de
d e epressão
O urso do debate levou ievitavelmente
ievitavelmente de u
u     1 

a outra Era o papado ua istituição divina ou huw•


Se era
era de istituição
istit uição divia,
divi a, etão, a verdade, o qu
qu Sl '   , 1
das igr
igrej
ejas
as orientai
orientaiss que não reonheia
reonheia e una
una i       
reonheido
reonheido a autoridade
autoridade de Roa? Eram herétioherétioss 
    
os orietais?
orietais? Mas
Mas nsse
n sse aso estaria
estaria odenados
odenados to
to  
satos e padres dos dos gregos
gregos?? Lutero perguntou s e o p  
raria do éu
é u os grades Basílio e Gregório Naziazen
Naziazen  F.,
era u ponto
po nto dif
d ifíil
íil para Ek, que mostrou
most rou algua bo v o  1
tade ao deiar
deiar apenas os hoes gregos gregos ous ire
ire    
o infern
inferno.
o. Veio
Veio à luz
luz uma
uma verda
verdade,
de, de to, ebora
ebora nen
nen     
dos disputates
disputates sse apaz de rulá-la eplii a :  
epliia
verdade
verdade de queque o ristianiso oo uma uma religião
religião his   
se tornara diferei
difereiadoado de aordo oo áreas iviizai      
áreas iviizai
do Mediterrâneo, que a doutrina ristã é parialen 
resieto
resieto histório reetido
reetido as difereças
difereças iviliza
ivilizaio
io    ·
da humaidade, e que o problema da difereidifereiação
ação his
his 
ão pode ser estabeleido por por delarações
delaraç ões mútuas dede 
   
doia
doia e heresia Sato Toás isistira o grade princ   
grade princ
de que o desenvolvien
desenvolviento to da
d a doutria ristã não
não ares
ares   
novos artigos
arti gos de fé aos atigos, as difere
difereiou
iou núleos
núl eos n w
nos difereiados
difereiados da doutrina A sutileza de um novo novo To \

260 1 Hisóia das


das Ideias
Ideias Polít
Políticas
icas - Renasen�a e Refrma
Refrma
l'ria o cera para lar com a erecação es
S l ' n ücleo ão
 ão apeas
apeas etro da cvlzaç
cvlzação
ão ocetal, as
 1 u m a puradade e cvzações hstórcas
hstórca s
O tópco os gregos era muto escorregado para Eck Já
que uma peetração telectual séra o problea estava
 1   to além
além de sua capacdade
capacdade ass coo da de Lutero, Lutero, cau
1  a rmadlha
rmadlha dod o lugar-cou correte
correte da sttução
sttução dva
0 1 umaa do papado, que pareca pareca ser o úco strueto
strueto
tral
 tral para ldar co a questão Recuou até à greja lata e
meçou a pressoar Lutero o poto pergoso dos husstas. huss tas.
 ) apado coo uma sttução
sttução huaa hav havaa sdo um pr
o
 o hussta (assm
( assm coo tha sdo para pa ra Wycl
Wycl ee e eso
s
 s cedo, para os os Tratados ork) ; sso  codeado
ratados de York); codeado pelo
 cílo
 cílo de Costâca.
Costâc a. Lutero estava ao ladolad o da heresa hus
a
 a e sustetava
sustetava que u cocílo, covocado apropradae
le, poda errar? LuteroLutero cotorceuse:
cot orceuse: ão tha ada que ver
m os husstas, codeava-lhes
codeava-lhes o csa e ão quera dscu-
tas questões co base e utas da Iqus Ção, mas à luz
1 i  tas
s Escrturas.
Escr turas. Mas Eck sstu, e Lutero se setu copeldo
copeld o
a dzer que algus prcípos
prcí pos de Huss,
Hus s, que tha sdo rejeta
rejeta
os o todo pelo cocílo era evagélcos
evagélcos e algus poa
ser ecotrados até em Sato Agostho

De ovo, u problea, que ão era tão ovo, tha-se


orado crucal; as poda
pod a ser atdo abaxo
abaxo do lar de
ssesões
s sesões pergosas apeas caso ão se lasse deasado
ele Dscutos
D scutos o problema do decsoso a gre greja em
nosso capítulo sobre Gulhere de Ockham2
Ockham 2 A realzação
isttucoal da homonoia crstã sepre  exposta ao pe
go de uebrar-se hstorcaete sob a pressão de ua c
lzação utate e e estado de dferecação.
dferecação. As guerras
lbgeses e o caso dos Esprtuas acsca
a cscaosos tha do
do deas para obrgar ua dscussão
dscus são séra da questão
e co que cara o poder de decsão, em que resdra
resdr a o
spírto de Crsto, quado papas,
papa s, cocílo e outros grupos de

' Ver vol. I I, Later


Later Mi
Midle
dle Ages,
Ages, cp. 18.

1 A grande cofsão I: Lutero e Calvino  261


- 26 1
rsãos
rsãos se
se arremem
arremem mutu
mutu nt nt cu
cu  dl· l i " ' 
sa. A qesão, é laro, é n solüel
solü el a undade da igreja 1  · 1 1  i
un dade da
assearse a boa oade de oprosso e ca, . 1      ·

Espíro
Espíro de Crso; se a lberdade espral de o·    1 
lberdade espral "I

aroa
aroa a poo de a dade er ddee assear-se n a der der s   ,
a de váras aordades rva rvas
s erheradas o l '"l.• 
de sa esá próxo Os oveos
ove os gleses  h   l   1 1 1  
de préRera ha revelado a gravdade da s1 .
E o desepeho vergohoso
vergohoso dos oílos o séul X V 1  i   
ha eraee aeado a ovção de gué d'  I '  
o s oíl
oílos
os ão err
errav
ava
a  e sso
sso presa
presae
eee nu
nu  ' ; I " 
a qado a greja, as do qe a, presava d e      o 
sção ja aordade desóra sse aea o  n   
do Qao
Qao a esse poo espeío da Dspua pd
os
o s dzer qe o argeo qe ha h a fervdo
fervdo desde Oclt
alaçara o ível de a la ere aordades
aordades ra
ra   l\o1
pare da lera
lerara
ra polêa oo
o o vereos e de s n  ·  1
edda oo lerara pardára a la deson q
e breve vadra ão apeas a Crsadade oden    1 
geral, as abé as sbdvsões aoas
ao as

§ 3. A h istoricid
storicidad
adee dos símb
símbolos
olos - Igreja
reja e
transubstanciação

Das qesões espeas o ebae da Dspa gaha 


alga lação sobre a areza geral do problea q"
aso a grade rpra relgosa Podeos araer l
oo a rse
rse do
d o oeúdo
oeúdo hsóro
hsóro alado, as  as t
alee dgeso, da Crsadade O Espíro é blu;
as é hsóra
hsóra a sibolzação
sibolzação de sa exper
experê
êaa e sa n 
oalzação a vda da odade haa No rs d a
hsóra, sbolzações qe expressara adeqadaent ; 
essêa da
da Crsadade na époa
é poa pode orarse inadc
qadas
qadas a
 a ova époa a essêa da Crsadad
Crsadadee é a
a 
de reajse
reajse peraee
peraee de sa
s a expressão
expressão hsóra O probl
probl

262 1 História das Ideias Polític


Políticasas -Renasce
- Renascença
nça e Refrma
é fdável dntro de a civilização ao longo dos séclos;
é da mais rmidável, como indicamos, qando o reajste
lcm de estender-se a ma plralidade de civilizações
civilizações históri
as. O raio de eterndade qe é a igreja
igreja é um raio na história;
histór ia; as
1·
1· essões
essões dotrinais
dotrinais do
do raio  qe nos começos
começos da igrigreja
eja po
 ter parecido
parecido tão eterna
eternass qanto o próprio raio  revela
revelamm
s u a relatividade à lz da história que ui pelas
pelas épocas
época s
A vítima mais importante do acasso de lidar com a his
1 cidade da Cristandade, como vimos, i o símbolo da
eja
eja desde
des de seus começos.
come ços. Para
P ara a igreja
igreja primitiva,
primi tiva, o gênio
de São Palo tinha encontrado o grande grande compromisso com c om
a istória pela interpretação
interpretação dad a civilização
civilização pagã e hebraica
mo revelações
revelações preldiantes da lei divina No período da
ristandade romana, o problema
prob lema de ma plralidade de ci
lizações cristãs tinha sido resolvido,
resolvido, até certo ponto, pelas
tercações dos primeiros concílios acerca da Cristologia;
as tornara-se visível a possibilidade
pos sibilidade de ma divisão
divisão entre o
cidente e várias
várias cristandades orientais
orienta is Dentro da Cristan
ade ocidental,
ocidental , depois de Carlos Magno, a sitação cismáticismáti 
ca poderia ser encoberta decentemente pelo provincianismo
elativo
elativo do desenvolvimento ocidental
ociden tal Mas
M as esse
ess e período de
dormência relativa do problema chego a se m inevitável
com o alargamento do horizonte
horizont e histórico para o Oriente e as
complicações domésticas do Ocidente   evocação do sumo
episcopado romano estava intimamente ligada à evocação
indisptada do império ocidental. Com a desintegração da
evocação imperial pelas mdanças internas e externas da
cena histórica, a Romanitas do poder espirital não podia
permanecer um símbolo indisptado como se nada ho
vesse acontecido Com a nalidade da ideia imperial, a 
nalidade,
nali dade, não da Cristandade, mas de sa rma eclesiástica
romana se eclipsaria. Dentro da relativização histórica da
ideia imperial, a Romanitas da Cristandade se tornaria m
acidente histórico E os líderes da d a igreja
igreja teriam de enentar
a tare de espiritualizar
esp iritualizar a ideia da igre
igrejj a niversal
niversal de tal ma
neira qe se tornaria independente do acidente romano roma no Se
a Dispta
Di spta de Leipzig mostro algo, i  i que já tinha passado o

1 A grande confsão !: Lutero e Calvino


- Calvino  263
tepo de se j ogar no
no inrn u
u ristão
r istão porqu 
  r11·
era
era de
de naser
naser nas
nas proxi
proxiidades
idades de Constantinopa
Constantinopa 
Agora
Agora terá
terá notado
notado o leitor
leitor reio qe estaos
estaos n     d 1 ·
ma
ma dsssão
dsssão platôn
platônaa de   mto
mto qe s e torna
torna ii     i l
ente
ente lso ao enos e parte pelo lapso d e tepo  1H�.
mos
mo s prnípos
prnípos geras
geras qe aabaos
aabaos de apliar
apliar ao sí
sí  d.
greja
greja deve
deve ser aplados a otras qestões ferv fervla
la  ' d
Rera. Tratemos por  momento do problea da  r   
sbstanação
sbstanação A  de obte obterr lareza
lareza de expressão
expressão d    •
epregar o tero de Toás
Toá s conversio, para o stéri r i   1
al da dança
danç a do pão e vnho
vnho no orp
 orpoo e sange
sange do Se 1   1 1
O stéro da onversão qase não era problea an d o
sélo XII. Nessa époa entretanto a aetação ândi do
stéro paree ter sdo suenteente pertrbad
pertrbadaa pe   
asendente de ivlzação nteletal qe q e fez
fez da onversã  1   
problea Levanta
Levantarase
rase questões
questões pedindo a «explÇ
«explÇ   "
de a onversão qe deasse o pão e o vnho inalterad  X
ternaente.
ternaente. O Qarto
Qarto Coníl
Conílo
o de Latr
Latrão
ão de 2
 2  5, estabec
estabec 
a nterpre
nterpretaç
tação
ão da
d a onve
onversã
rsãoo oo transbs
transbstan
tanaçã
ação
o      1
a dança d a sbstâna
sbstâna qeqe não atnge
atnge os aidentes   
tabém
tabém é a interpretção
interpretção qe Santo Toás dá à onversã e 1  
sua Summa Theologiae. É nesse ponto be anteror qe te
Sum ma Theolog
de prorar
prorar pela orige do problema não na époa da Re Re
a qando apenas se s e exaerbo
exaerbo o problea
A onversão é originalente na Crstandade  genu
elemento mto pré-rstão
pré- rstão Estaos be nrados ae
de sa orige pelo doento ristão
ris tão as antgo onerne
oner ne
te à atéra o seja a  ª Epístola
Epístola de São Palo
Pa lo aos Corínti
Corínti 
3,   . Aq assegra
assegra São Palo aos Coríntos:
Coríntos: «Com efet
efeto
o 


3 O conto
con to entre os
o s elementos
elementos históricos nu m mito e a situação
situação histórica 1
tante não é, naturalmente pópria da Crstdade Encontramos o me
problema no níve históco do Mito da Natureza na frma do conito e
a ideia de um impéio cosmológico e o to histórico da pluridade de tai.,
mpéios. O ltimos cem anos oeeceam o espetáclo de uma grande c
zaçã
zaçãoo cosmoógica a chinesa n os espasmos de transição de uuma
ma universaid
universaid
inquesionada de impéio paa uma se histórica cuja frma última não po'
ainda ser conjeturada.

264 J Histór
His tóriaia das Ideias
Ideias Polc
Polcasas -Renascença
- Renascença e Refma
Refma
emo rci do nhor o qu vos trnsmiti: n noit m
 i ntrgu o Snhor
Snho r Jsus tomou
tomo u o pão pão  dpois
dpoi s d dr
rçs prtiuo  diss: Isto é o mu corpo qu é pr vós;
azi isto m mmóri d mim Do msmo modo pós  ci
ambém omou o cálic dizndo: 'Est cálic é  nov Alin
a m mu sngu; ods s vzs qu dl bbrds  zio
em mmóri d mim.4 São Pulo P ulo crscn
crscn lgums poucs
rmçõs
mçõs d xplicção  ss propósiopropó sio  m d qu os qu
comm o pão  bbm o cálic proclmm procl mm  mor do Snhor
té qu l vol; portnto os qu comm  bm indign
mn ( anaxios) são culpdos do corpo  do sngu do S
nhor; o qu com  bb sm "dis " discrnir
crnir o corpo com  bb
jízo (krima) pr si msmo Pr  n dss intrprção
São Pulo invoc o próprio Snhor  não os outros póstolos.
Insist nst pono: "Com fio u vos ço sbr irmãos
qu o vnglho
vnglho por mim nuncido
nunc ido não é sgundo o homm hom m
pois u u não o rcbi
rcbi nm prndi d lgum homm ms por
rv
rvllçã
çãoo d Jsus Cristo (Gált
(Gáltss 1 , 1 1 - 12 )  El é muio
muio por
mnorizdo
mnorizd o no ponto Dus o scolhu "dsd o sio mtrno mtrno
 m chmou por su grç grç  um rfrfrênci
rênci  Jrmis
Jrmis 1 ,5
,5 
Qundo inh rcbido su rvlção não i pr Jrus
lém pr visir os compnhiros d sus ms s rirou n
Arábi. Somn dpois d su rtorno  Dmsco  ntão
somnt dpois d rês nos é qu l pssou dus smns
m Jruslém com Pdro E ntão d novo novo dpois d ctor
z nos rtornou  Jruslém  inrmou os pósolos crc
do vnglho qu l prgv os gnios d cordo com su
rvlção
rvlção (Gálts 1 2) 2 )  Prc muito possvl
possvl qu m pns
um dsss ocsiõs
oc siõs os compnhiros d Jsus subrm pl
primir vz do signicdo uênico d lim Ci A histó hist ó
ri é rvldor
rvldor não porqu lnc dúvids dúvids sobrsobr   conbili
dd dos Evngl
Evnglhos
hos sinóicos (como historidors "críticos
um tnto prcipitdmnt prssupõprs supõm) m) ms porqu
porqu  mostr
dmirvlmnt
dmirvlmnt o crscimno inrno d dourin crisã do
rio qu
qu  dv
dv r xisido pr o mythos (no sntido clássico)

4Es auzino o Novum ov um Testamentum Graece et Latine, de Eberhd


stamentu m Graece
Nese 10 e. , Sttg, Prvlegiere Wrttembergische Bbenstt, 1930.

1 - A grande confsão l : Lutero


Lutero e Calvio  265
que lhe interret
interret o ignca
ign cado
do demi
demi  anta
anta    1 1   
rior rábico d Plestin como um região geogrM  d 1 · 1 1   
geogrM
scricis e mitos que podem ter emprestdo seu s i 
 1 ·1   
às rmulções de São Pulo
Relembrmos s ntes principis d conversi  l  1     ,
estbeecer o exto
exto nível teorético do problem
p roblem N o q· 
respeito
respeito  São Pulo ele ind viveu viveu n o "mito do        
podemos empregr o termo pltônico N nrr 11 
Corínt
Coríntios
ios     con
conve
vers
rsão
ão é rel
relid
idde
de míti
mític
c;; e  
    1 1   
ção "indign
"indign d d  ref
refeição scri
scricl
cl tem esss
esss conse
conse  \ 1   1   
tngíveis siológics como enfermiddes e doenç 
quis prece ter hvido lguns incidentes entre os C o r í 1     ·.
(  Corí
Corínt
ntio
ioss   30) E um
um mit
mitoo como
como sbe
sbemo
moss de Pla 1    
deve ser lsicdo Pode reter su "verdde pen s 1 ·  
crente r sensível o sbor d experiênci que prod1 1

símbolo pens se o símbolo nmnesicmente de s  n L 1 1


 experiênci no crente.5 Qundo  conversão se torn 1
proposição químic su verddeverdde se s e perdeu Um ve ve q  
mito é destruído
destruído  su verdde
verdde pode ser reconquistd, r 1 1   
em Pltão no nível do mito d lm que torn pos  
compreensão nmnésic renovd renovd dos simbolismos m c 1 l  > ' .
diferencid
diferencidos os A zon de perigo pr o mito está entre entre     
dois níveis
níveis n áre do requinte
requinte ilumindo
ilumin do
Com esses esclrecimentos
esclreci mentos n mente podemos go l"a
rcterizr o problem com mis precisão É teoreticm
proibido submeter um mistério ritul como  convers  1
um "interpretção sob  ótic d metfísic ristot
como i feito n doutrin d trnsubstncição. Um Vl"/
que esse cminho lcioso é tomdo é pens questão
questão d('
tempo e circunstânci ntes de os metsicos indigndo
indigndo sr
rebelrem contr um substânci sem cidentes e cide�
sem substânci Teoris uxilires precerão como s d
d'Ailly que zem  substânci do  
Durnd Ockm e d'Ailly
coexistir
coexistir com
com o corpo do Senhor - ou sej s
s vrint
vrintes
es  

; O termo grego de remniscência em 1 Corí


Coríntioss 1 1 é , de fo, anamnei.
ntio

266 1 Históia
Histói a das
das Ideias Polticas - Renascença e Refrma
,
deia e consustncção  que pertence  presenç rel
dl' utero Ou encontrr-se-ão ugs pr  verborrei re
ca como s de Clvino ou pr um doutrin diret de
olizção comemortiv sem um mistério como  de
Z nglio AsA s diferençs
diferençs reis de dogm não são de noss concon 
   r nosso propósito dede um hstóri ds ideis temos de
rceber que terminr  époc d fé fé elementr de São Pulo
Pulo 
'bor estivesse
estivesse pr lém ds possibilid
pos sibiliddes
des intelectuis
intelectuis d
oc dosd os Rermdores igulrs
igulrsee o espiritulismo sensvel
sensvel
do Crede ma nducasti [ crê e terás comido]
Crede et manducasti comid o] (tlvez o ponto
to no desenvolvimento em direção  um nível pltônico)
m um teori dequd do mito. A conversio ndr o
vel de um ltercção pseudometf
pseu dometfísic
ísic entre
entr e intelectuis
ue não dominv
domin vmm  questão
Contudo,  consão é instrutiv à medid que podemos
scernir nel s principis tendêncis conitntes Houve,
rmeiro,  tendênci de retornr d especulção intelectul
obre os símbolos pr su ceitção elementr Ess ten
ênci pode ser discernid n insistênci não especultiv

de Lutero n "presenç rel ;  turvção e inconsistênci de
utero  esse respeito prticulr não deve ser julgd como
um csso teorétco, ms como um suspensão entre um
eorizção proibid e um consciênci de su impropried
de Há, em segundo lugr, um consciênci cons de que o
problem
problem  tem de ser empurrdo
empurr do em direção d espirituliz
espirituli z
ção Ess tendênci de novo  encontrmos
encontrmos em utero, ms é
pens
pens um se trnsitóri
trnsitóri por volt
volt de 1 520
52 0 Num sermão
sobre Das hau ha upt-stuck desdes ewigen
ewigen und
u nd neuen
neu en testam
testamen tess etc
ente
,,
( 1 522)
52 2) ele vi o ponto de distinguir entreentre  "plv
"p lvr
r e o "sig
 ,,
no . A "plvr é  cos cos  importnte, não o "signo; "pode
" pode
mos pssr
pss r sem o signo, ms não sem  plvr
plvr Pois não pode
po de

hver fé fé sem  plvr
p lvr divin
divin   A comunhão rel consiste n
rticção
rticçã o d fé fé pel
pel  plvr; e pens
pen s em conrmção
conrm ção d fé
deve
deve o scrmento
scrmento ser recebido
recebido pois de outro modo  e qui
Lutero é de novonovo estritmente
estritmente pino  su recepçãorecepção seri
seri
perigos
peri gos Esse
Ess e é provvelmente o extremo
extremo  que o "Crê
"Cr ê e terás
comido gostinino
gostin ino pode ser levdo; ms  doutrin ml toc

1 A gnde confsão I: Luter


- Luteroo e Cavino  262677
o polm
polm do pp cm
c m
 m
m ecea
ecea IL'rHlt1 1  
nlmn é rpsd p Clsd Zíg e l·'rL 1 1
ndênc  d sgr dn pndo d dcst,i  
pádio; é  ndênc
prcil do ímolo rvés
rvés d mfísic
mfísic risoél
risoélc 1  1
c   <'• 1
compl dissolução pl lgorizção "lirl E 1'il      , 
ndênc
ndêncii é d inrss
inrss spcl
spcl pr
pr nós
nó s porq
porq m
m   q  1 •

 dsr
dsriçã
içãoo inl
inlctu
ctuli
lis
s dos símoos
símoos q é m m        
o mcço s  ornou cz
cz pns
pns no
n o nl do séc X V 1  

comço do XVIII, ms m um um ncs


ncstr
trlid
lidd
d qu 
         1
pr lém d Rrm é os rrouos msicos d pI  1 
do scolásico
scolásico A ncomprnsão
ncomprnsão inl
inlcul
culis
is dos
dos sí 
 ·· 
 inclinção gnóstic pr sndr  oprção do inl 1    l  '
o rino d féfé  do mio comç
comç  m prolms spsp  
   1
no século XII;  nr
nr os losos nconrmos lvz
lvz    
  
rdmn
rdmn é msmo SnoSno Tomás
To más

§ 4. As
A s Noventa
ov enta e Cinc
C incoo Te
Tese
sess

Anlismos  siução oréc so  óic dos símb


princips
princip s nvolvidos
nvolvidos n Rrm
Rrm n igrigrjj   n trnsus
trnsus 
ção A nális rá mosrdo por q smos lnd lnd d a
époc d
d rrm como  "grnd
"grnd consão  rá mos  
mém
mém por qu rzão
rzão no
n o conx
conxo
o d um hisóri
hisóri gr
gr 
 
idis políics ri sido inúil coninur s ipo d nál
pr cd prolm nvolvido.
nvolvido. Um umno d xmplosxmplos �
dicionri
dicionri nd à comprnsão
comprnsão d d  siução Dí dv
dv
ponr smrimn pr lgns dos tors qu qu  conr
conrib
ib
rm pr
pr  xplos
xplosão
ão d
d  5  7
Acim d udo mos d sr conscns d scns
no nívl grl d snsiilidd spiriul ns msss m
mpls No cpíulo prcdn
prcdn "O Povo d Dus
Du s lidmo
com  cris no comço do séclo XIV. A or d prgção d
ordns mndicns nh surido fio  podmos lr d e
um
um  mss rl
rl d crisini
crisinizção
zção por vol
vol d  300, m
 m p-
p-
iculr n socidd ds cidds scndns A grnd ond

268 1 História das Ideias


Ideias Polticas
Polticas - Reascença
Reascença e Refrma
Refrma
dl· iicismo
i icismo o éculo X I V ri eigio
eigio  mio hili
h ilid
d
dos siss clsiásicos  m  cnlizr o movimo
l' forms insicionis Ess bilidd
bilidd sv
sv lndo  o s
 ticos rm mpurrdos  dscrrilrm
dscrrilrm m movimos
icos
 icos srrânos;
srrânos;  por isso qu dmos o dclínio d d

 j m
 m 1 300. O movimno
movimno mbor ml ml dminisrd
dminisrdoo pls
p ls
oridds clsiásics
clsiásics conudo não diminuír Os scrios
scri os
s mísicos prmncim concidos
concidos  rm spldos  
is innsmn por vol vol do nl do sculo XV is
i s coo
 ors d Tulr E o próprio Luro pblico  prcio pr ciouu
m dos mlors scrios mísicos o Theologia Germa nic d o
heologia Germanic
anônimo d Frnkr
Frnkr Pr
P r mns qu inhm sido r
r 
s pl rligiosidd dos mísicos muis ds bixzs n
ráic
ráic d igr
igr qu
qu m
 m mpos mis crus podrim pssr
pss r
m lvnr
lvnr críic
críic srgim gor como um uso
u so inolrá
ino lrá
l clmndo por um rrm imdi
Enr s práics dss ipo lvz  mis prigos ss s s 
xplorção d indulgêncis q n vrdd moivo  m
psd
psd d 1 5 1 7  A prái
práic
c d indlg
indlgênênci
cis
s como l r ni-
g n igrj. Sr
S rvi
vi como m rmissão d punição mporl
q  impos
im pos pl uoridd d igr como como m sinl visívl
d conrição vrddir
vrddir Tis rmissõs d puniçõs
pun içõs às vzs
muio onross rm concdids
concdids á no sculo VII;VII ;   comu-
com u-
ção m mls m diniro s conrmv
conrmv qunmn
com s rgrs d Wergeld como rmissão pr puniçõs d
cordo com  li romn. O cosm i  i suplmndo pl
dourin do thesaurus meritorum, primiro dsnvolvid por
Alxndr
Alxndr d Hls no sclo XIII XII I qu   dourin d um
cumulção d xpição "supr
"s upr rvs
rvs d snos no "T
"T 
soro d Igr
Igr
 A ss pono
pon o o sism
sism d indulgêncis
indulgêncis
não r mis do qu um concssão d igr igr  um
u m mbin
civilizcionl q dicilmn
dicilmn podri r sido crisinizdo
ns msss mpls, cso mnivss os rigors d d punição d
igr inicil. O buso comçou com o quívoc quívocoo populr m
considrr s indulgêncis como um rmissão não pns d d
punição mporl ms mbm d culp;  m priculr com
o qívoco
qívoco ds indulgêncis plnáris como um rmissão d

l - A grande confsão I: Lutero


Lutero e Cavino
Cavino l 269
26 9
culp tur ndulgêncas, specalmente quand prvi1d."
d  Rom,
Rom, podim sr ntndds
ntndds populrmnt
populrmnt com lw
lw  
d ntrd pr o Céu mbor não s poss dzr que l's1·
quívoc
quívocoo ss ncorjdo
ncorjdo dlibrdmnt
dlibrdmnt plspls utr
utr   ·
 · 
clsiásics
clsiás ics crmnt  igr
igrjj  não tomou s mdda ap
prids pr o contrtcr
contr tcr com cáci públic, ou m c s    1 
pr invsigr s  hvi o ncorjmnto d quívoco
quívoco rn.
concssors
concsso rs d indulgncis,
indulg ncis, os quis prticipvm
p rticipvm dos l
l >
pcuniários d vnd d d tis indulgncis Do século   ;1
XVI,  xplorção busiv do quívoco in crscid 
nndo-s um scândlo d  proporçõs
proporçõs uropis, nvol
nvol 
grnds
grnds soms
som s d
d  dinhro  intrsss d utoridds
O scândlo m si stv mduro Foi grvdo grvdo pa r i 
cunstâncis qu crcvm
crcvm  vnd
vnd d indulgncis
indulgncis qu le le  
os contc
contcimimnto
ntoss d 1 5 1 7  dos
do s nos sguin
sguins.s. No
N o que
que d i z
rspito  o ppdo,  vnd d indulgncis tinhs torna torna 
um nt importn d gnho rgulr ssim como um ml
todo dd colt
colts
s com propóstos spciis. Em 1 5 1 O, Júlio II  u
sr à vnd
vnd um Indulgnci do Jubilu, principlmn pa
cobrir o cuso d nov igrjigrj d São Pdro.
Pdro . A indulgnc f i
post à vnd
vnd pr Mgdb
Mgdburg urg  Minz  m 1 5 1 5  O comisü
rio r Albrcht d Brndnburgo, um simoníco si moníco notório, qul
mntinh, o  o msmo tmpo,
t mpo, o rcbispdo d Mgdbur
Mgdburgg e
d Minz,
Minz , ssim como o bispdo
bisp do d Hbrstdt Por um co co
do scrto, os procdimntos
procdimn tos d vndvnd rm
rm divididos
divididos m
m 
 mio ntr o tsouro ppl  os Fuggr Fuggr  pois sts tinm
tinm
d sr rmbolsdos ds soms dinds
din ds  Albrcht pr a
compr dos sus bispdos  pl dispns spci qu lhe
prmiti mntr s trs sés sés  Quão "scrto
"sc rto i
 i ss cordo rara
difí
difíci
cill julgr, pois
po is os gnts d Cs d Fuggr compnh
compn h
vm os concssors
concssor s d indulgncis
indulgnci s  m d, no to, dividir
divi dir a
ntrd
ntrd do dinhiro.
dinh iro.
Nss
Nss  ngocit
ngocit d lt
lt  nnç
nn ç incion, Lutro
Lutro com
tu um rro crsso com sus Novnt  Cinco Tss, "Sobr o
podr  cáci ds indulgnci
indul gncis
s Em rm  intnção s T
ss (m
( m ltim) rm um discussão
discuss ão cdmic árid d
d qustão

270 1 Hstóa das Ideas


Ideas Políicas - Renascen
Renascençaça e Refrma
gic enoa m nda dieene de centens de outs
 sputs
s puts num unesidde medie Qunto  seu conteúdo
ntetnto s eses tingim o ponto cítico. Pois Luteo in
isti
isti  que um indulgênci pode pens emi um penlidde
eclesiástic não  punição
puniçã o de Deus; em prticulr um indul
gênci não pode remi  cup;
cup; lém disso ee
eeese
ese pens
 pens os
os
 os não
n ão às lms do purgtório;
purgtó rio; e tcv
tcv o thesaurus
hesau rus merito-
rum, o isistir que o eddeiro tesouo de méitos é o Espíito.
Espíit o.
As eses imeditmente despetm um mplo intees
se. A Imprens d Univesidde de WittenbeWittenbegg não consegui
povidenci cópis sucientemente depress. Em dus se
mns erm conhecids po po  tod  Aemnh.
Aemnh. Um trdução
lemã teve
teve de se feit.
feit. E
E  dentro de um mês Lutero
Lut ero pr su
supres e um gu de âmbitoâmbito euopeu A consequênci
pátic i que cím notvelmente s ends de indugên
cis. O rcebispo de Mgdebug despontdo em su expec
ttiv ncei eclmou  Rom;  Cúri ordenou o gerl
dos Agostininos que mntivesse cldo seu monge; e então
começou o problem Pois se lgo é ccterístico d Rem
é que ninguém consegui c cldo ou podi se mntido
cldo Tetzel dominicno esponsáve pel vend não ti
nh nd melho pr zer do que public contrteses; Eck
esceveu um trtdo cont Luteo; Lutero espondeu. Um
dos inquisidoes Mzzolini
Mz zolini esceveu
esceveu um ttdo sobe o po
der do pp
p p contr Lutero
Lute ro Os Agostininos em seu cpít cpítu
uoo
em Heidelbe
Heidelbeg
g em 1 5 1 8, discutirm  questão
questão e nem todos
concordvm
concordvm com seu imão; i mão; e é clro o irmão teve de es
ponde-les po escito. Luteo  m se ser silencido ece
beu citções pr comprece  Rom; isso touxe  cmpo o
eleito d Sxôni que considerv s citções um ont
contr su universidde e não quei pô em isco  vid de
seu moso pofesso
pofessorr Aém disso
disso  tinh sentimentos pessois
pesso is
contr
contr  s indulgêncis no exemplo conceto conceto porque os bn
denburguenses tinhm substituído os píncipes sxônicos sxônico s nos
cebispdos em questão; e p começ ele não permitirpermit ir 
vend d indulgênci
indulgênci em seu teritóio Potnto o Pp Leão X
teve de revogr
revogr s citções pois
po is o eleitor d Sxôni
Sxôni não
n ão podi

 A grde cnfsã !: Lutero


- Lutero e Cavi  271
sr otd cor  eleição edet  u 1    1 m  
imprdor Em vz disso rro-s q Luter dcv·11
prcr
prcr prnt o Crd
Crd Ctno lgdo pl    d1 d 
Agsburgo;  ntrvst não  mito bo   sit\' 1 
mlhor
mlhorou ou qnd
qndoo Ltro
Ltro publicou
publicou um rltóri
rltórioo d t
t  a      
o sincirm
sincirm A missão d pz subsqnt do tsou tsou  p1
p Von Miltitz qus i um sucsso
sucs so porqu Ltro pr'·
cr cdo nã o sr qu tcdo; ms ntão o tronw i   
cdo  não
Eck comçou  provocção qu vou à Dispt Disp t d ezg  r
 5  9, prvimnt
prvimnt discutid. pntos  sc1 ",
discutid . A gurr d pntos
continuou té té  520, o no qu troux
troux os scritos dci
dci  d  ·
Lutro ssim como  bl ppl Exsu Dom inee co '.
Exsurrge Domin
 nlmt  quim d b m dzmbro d 52 N  1 1  
indugêncis tt    .,., 
przo d três nos  qstiúncul sobr indugêncis ,

dsnvovido
dsnvovido num rvoluçã
rvoluçãoo ncionl lmã contr R R     
 s posiçõs
posiçõ s dos oponnts tinhm sido xds d t aw
qu r prticmnt impossv
impos svl
l um rtrtção
Noss
Noss nális
nális dos símboos d igrj
igrj  d trnsubst  
ção trá trnsmitido  imprssão d qu os problms 
réticos nvolvidos nss t rm muito intricdos Sob ;1.•
circunstâncis
circunstânci s mis fvorávis
fvorávis d dscnso  pciênci u r a
rmul dqud tri xigi
xigido
do tmpo trbho dro  r
r  
sidrçõs rptids Não prcismos dsnvolvr o p
qu tingiu  squênci dos contcimntos  trtdos q1u
cbmos d dicimnt podrim tr lv 1
d  xminr q dicimnt
 otr cois u ão ssm rgmntos mlhumor 
sntimntos d grssão
grssão  rmçõs sntimntis com
com 
plicçõs insprds
(
§ 5. O Apelo à Nobreza
Nobreza Cristã
Cristã da Nação
Naç ão Alemã

Por
Po r volt
volt d  520 como
como indicmos o tqu
tqu às idlgê
idlgê
cis busivs tinhs trnsrmdo num rvolt 
S crátr rrbtdor ncontrou xprssão torétic 
trtdo d Lutro dss no dirigido "An den christlich1

272 J História das Ideas Políti


Políticas
cas -Renas
- Renascenç
cençaa e Refrma
Refrma
Ade/ deutscher
deu tscher Na tion
tio n von des christlichen Stan
S tande
dess Besserung
Besserung""
1 À oreza
o reza cristã da Nação
Nação alemã
al emã para a melhoria do estado
tão]
 tão]  O valor deste tratado como uma teoria
teoria de socieda
socieda
e cristã dicilmente i reconhecido em sua totalidade
(\ a armação mais arangente da doutrina social de Lutero
e do programa de rerma; é cuidadosamente
cuidados amente organizado
organizad o em
ma introdução teorética seguida de uma lista de gravames,
e almente porpo r uma longa lista de sugestões para rerma,
ompreendendo 27 arigos com amplas sudivisões
O título do tratado já em si está carregado de implicações
implicaçõ es
evolucionárias Refere-se à «melhoria do estado cristão e
etão levanta a questão crucial concernente à natureza des
te "estado Lutero não dá uma denição rmal mas já nas
primeiras páginas emergem distinções tais como "o estado
leigo, o "estado espiritual e o "estado cristão O contexto
mostra que o estado espiritual
espiritua l signica o clero, ao passo
pass o que
o estado temporal signica a n obreza; o estado
estado cristão,
cris tão, então,
entã o,
signica povo em geral à medida que não ocupa posições de
autoridade, espiritual ou temporal. Essa multidão algo inde
nvel de cristãos simples recee, contudo, certa cor mediante
identicações
identicações importantes Em primeiro lugar, de novo pelo
contexto, o estado cristão é identicado com a "igreja
"igreja e a no
reza cristã deve ajudar
ajudar a "igreja
"igreja,, já que o clero parece não
estar querendo zêlo Deveria, talvez, em consequência, o
"estado cristão ser idêntico à Cristandade em geral? Na oca
sião, como veremos, este signicado
signicado está implicado No pri pr i
meiro plano, entretanto, está outra concepção que se nda
na segunda identicação
identicação do "estado cristão com uma nação nação 
Lutero supõe a existência de uma pluralidade
pluralidade de "estados
"est ados na
Cristandade, e esses "estados são as nações, acimaaci ma de tudo
a nação alemã6 Lutero está prestes a rmar a ideia de uma

6  Die Noh und Beschwe


Beschweung,
ung, die ale Snde de Christenheit
Christenheit zuvo Deut
schelan
schelandd druckt
druckt. . . " [Lamentavelmente o manuscito oiginal não indica que
exto aemão Voegein está usando Para um texto ver D. Martin Luthers
Werke Kitische Gesamtausgabe. Wemar, H. Bhau 1883- vol. 6 p 381
e 40469 A edição ameicana das Obra de Lutero fi publicada em 55 volu
mes pela Concoda Pess (Luther' Work, St. Louis 1955-) e Foess Pess
(Phladelphia, 1957) Os edtoes geas são Jaoslav Pelikan (volumes -30)

1 A grande
- rande confsão
confsão : Luter
Luteroo e Calvino  273
27 3
Crstndd
Crstndd q é rtcd
rtcd  con dess chamd1s ,   
co nde "

tdos,  q mbos os trmos, grj  nção, s a p lir 


Vmos
Vmos  id idi
i m rmção,
rmção,  ql s  s trd
trd ss     I
vu
vu n n  idi
idi d um comunidd
comunidd cristã
cristã n
n  obr d  Ri h d
Hookr Em vrtud dsss scrcimntos prl·•  
portnto,  "mlhor'' do stdo cristão pod sr st1
(  )  um rrm
rrm d dogm
dogm,, ritul
ritul  consttução d ign·
univrsl, ( 2)  um rrm
rrm d igrj
igrj ncionl lmã, s   1 1   1 
à tonomi do galicnismo  do nglicnismo,  (3) (3 ) a ro
ms socis
soci s  conômcs
conô mcs n cn ncionl lmã
A lborção torétic ds prliminrs comç c11  
problm
problm d m m socidd
socidd cristã,
cristã, o sj, d m
m     
dd
dd m q cd um, ncluindo ncluindo s
 s utoridd
utoriddss polít   1 ·
cristão, m distinção ds comunidds cristãs prit� 
qu rm nclvs num socidd pgã com um g
nnt pgão Num socidd cristã,  distinção d po po !
! 
spirtuis  tmporas
tmpor as só pod rfrir-s
rfrir-s o ofício
ofício  à 
ção; não pod dtrminr um difrnç difrnç d status sprI 
"Todos os cristãos são vrddirmnt do stado s
tul;  não há nnhum outr dfrnç ntr ls do q1r
pns o ofíc
ofícioio [    ] sso é ssim porqu tmos um btsbts  
m vnglho
vnglho  um fé, fé,  somos
so mos todos
tod os igulmnt
igu lmnt crst
crst  w
(Efésios
(Efésios 45)
45 ) . Pois
P ois o btismo, o vnglho
vnglho   fé torn  
dos spirit
spirituis
uis  u m povo povo crstão E m prtcl
prtclr,r, "o po
po 
tmporal
tmporal é btizdo
btizdo ssim como o somos, somo s,  tm  ms l;
 vng
vnglho
lho;
; dí "tmos d dixr qu sj pdr  bisp bis p t'
contr
contr su ofício
ofício como um dos ocios d qu é prt prt  ú  
pr  comnidd
comnid d cristã
O signicdo rigoroso ds dotrn �
do trn pod sr dtrmin
dtrmin
do pns plo mprgo do qu é prsntdo
prsntdo por Ltro S
m spcto implic um rrmção
rrmção do prncípio glsi
d sprção
sprção d podrs
podr s As usurpçõs do podr spirt 

e Helmu T. Lehmann (volumes 31-55) O exo de Lutero, Address to J/1


Christian Nobii
Nobii ofthe Gean
Gean Nat ion esá
Nation esá no voume
voume 44  1 966)  Trad.
Trad. Char
les M. Jacobs e rev. James Akinson Esse mesmo exo i reimpresso po f<'
Bab
Babyloni
ylonian
an Captivi
ptivi of
ofthe Church e The Feem of
the Church ofChrtian in Martin
Martin Lu L u'
 'I 
Three Treatises. 2 ed revs
revsa
a Fladélf
Fladélfa,
a, Forre
Forress
ss Pres
Press,s,  970 p 7-  1 2

274  Hstória das Ideias


Ideias Polticas
Polticas -Renascen
- Renascençaça e Refma
 r rriis  O oder temor é ordenado por
1 >eus r unir os mfeitores e proteger os pios; daí deva
'
' rcer
rcer seu
seu ocio sem estorvos ao longo
longo do corpo
corpo da Cristan
Cristan 
 de a quem quer que poss aplicarse, seja ee papa, bispo, bispo ,
dre, monge ou eira; as jurisdições especiais dos tribunais
esiásticos têm de ser abolids; os eclesiásticos e os reigio
s devem subm eterse à jurisdição dos tribunais
devem submeterse tribunais temporais.
tempora is.
Sb um segundo aspeco, a doutrina insiste no status caris
ático da autoridade empora Lembramonos
Lembramonos da oração de
roação de Hincmar
Hincm ar de Reims em que o ofício
ofício régio i
 i inte
rado na hierarquia dos ofícios
ofícios carismáticos
carismáti cos do corpo místico
m ístico
ristão; e lembramo-nos
lembramo-no s de que ao lngo da da Idade Média o
fcio
fcio imperia tinha retido essa qualida
quali dade
de carismática.
carismática . Lute
Lut e
o rerma esse princípio: "O " O poder tempora
temporall tornouse
tornou se um
embro do corpus cristão;
crist ão; e embora
embo ra seu rabalho
rabalho sej
sej a de uma
atureza corporl, seu estado é espiritu "Cristo não tem
dois corpos, um tempora e outro espiritual
espiritual Há apenas
ap enas uma
abeça; e ela tem um só corpo.
corpo. 
Até esse ponto
p onto a doutrina está em reolta
reolta contra o status
quo; mas a tendência é no todo a de rerma rerma conseradora
conseradora 
A doutrina
dout rina se torna
t orna revoucionária pea
pea xpansão
xpa nsão dos
do s ofícios
que são contados como espirituais
espiritu ais no corpo cristão
cristã o Não ape
ns o governante tem um ofícioofício carisático, mas também
tam bém "o "o
spateiro, o ferreiro
ferreiro e o camponês;
campon ês; tdo ees têm "o " o ofício
ofício e
a obra de sua arte
arte e todos
todos são iguais s adres
adres e bisp
bi spos
os E se
guém armasse
armass e que o of o fício de gorna
gornante
nte está tão
tã o abaixo
dos ocios de pregadores e confessres que sua jurisdição
não pode estenderse aos eclesiástic, ntão ntão também os o s a
iates, os pedreiros, os carpinteiros, s cozinheiros,
cozinheiros, os gar
çons, os camponeses
ca mponeses e todos os aríes
aríes temporais deveriam
deveria m
ser considerados muito baixos para rver "papas, bispos,
padres e monges com sapatos, vestietas, casas, comida,
bebida e dízimos
dízimos
A poêmica discursiva cristaizs m três princípios
O primeiro
prime iro princípio é o sacerdócio gea
gea de todos os cris
c ris
tãos. Quem quer que seja batizado
batizado já st
st com isso ordenado

1 A grd
- rd confsão Cav ino l 275
confsão : : Lute e Cavino
como "pdr bispo  pa; mbor não conn  1    l  
mundo xrcr o ofício O sgundo princípio é o   ig.l
dd crismá
crismáic
ic d  ods
ods s nçõs no n o corpo crit
crit
.. L  1  
prossão
pros são vocção ríc  rblhdor mnul é u olt   
crismáic snido pulino ssim como são os  U i 1  ·,
crismáicoo n o snido
d bispos
bisp os prossors
pross ors  diáconos
diáconos  O rciro
rciro princíp as�.1
gur o gru
gru d
d  ofício:
ofício: "Embor ss jmos odos igui 
pdrs
pdrs  ninguém dv vnçr  incumb
inc umbir-ir-s
s d zr
zr  q   . 
mos odos podr d zr) sm noss no ss provção  ci�· 
Pois o qu
qu é comum ninguém
ninguém dv
dv rrogrs
rrogrs  si m
m     
sm vond  comndo d comunidd
comunidd   Es úlimo pr
cípio
cípio plics spcicm
spcicmnn o ofí
ofíci
cioo d clérigo
clérigo 
     
o character
characte r indelebilis; não implic um xigênci
xigênci d e\
 rvogção
rvogção do govrndor mporl
Os rês princípios podrímos dizr êm d sr oma oma 
como um unidd; são o crn sbilizdor ns con
<içõs  consõs ds dourins d Luro omds 
gulrmn A unidd dss crn m d sr lvd c
considrçã
considrçãoo spcilmn
spcilmn  m  m d nndr
nndr o corolá
corolá
mis nigmáico do scrdócio d cd crisão ou sj sj  a u
oridd d inrprr
inrprr  Escriur A ori do "sdo c 
ão é imdimn sguid plo plo qu o magisterium d a
igrj
igrj  m priculr à uoridd ppl m  m méris d e
fé "Há
"H á nr nós crisãos pios
pio s qu
qu êm
ê m  fé
fé corr
corr o sp
sp  �
rio  comprnsão
comprn são  plvr  o signicdo
signicdo d Criso; po po 
qu lguém dvri rji
rjirlh
rlhs
s  plvr  nndimno e
sguir o pp qu não m m nm fé nm spírio?
spír io? Ao rco
nhcr  uoridd ppl conrirímos  fé n igrj m
fé num homm
hom m  Já odos
odo s são scrdos
scrdo s "como não r
mos uoridd pr xprimn
 xprimnrr  j ulgr o que
é cro
cro  rrdo n fé?
fé? Ond
Ond sri
s ri  plvr d Pulo
P ulo m 
Corínios 2 1 5: um homm spiriul j ulg ods s s coiss 
não é julgdo por ninguém? Não dvmos bndonr "Nos
s librd
librdd
d d spírio (2
( 2 Corínios 3, 1 7) ,  não cr m
m
rosos com os pronuncimnos
pronuncim nos ppis;
ppis ; "dvmos rvssr
rvssr
udo o qu ls podm ou não zr  obrigálos
obri gálos  sguir o
mlhor nndimno
nndimno  não o dlsdls próprio
pró prioss

276
276 J Hstóia das Ideias Polticas - Renascença
Renascença e Refrma
Ao ler esss
ess s senençs
senenç s prece quse ncredáe
ncred áe que um
em
e m com com reno nelecul consderável
cons derável não se
se desse cont
dl que pr escpr d concenrção procedmentl d n

 ldde
ldde d grej
grej em su cbeç
cbeç monárquc ele  dspers
dspe rs
 re os crstãos ndvd
 ndvdus
us que de o ele tornou cd crs
tão seu própro pp nlível
nlível - com  consequênc
consequênc  nevtá
n evtável
vel
de brr  nrqu
nrqu de nerpretções conintes.
Adems é gulmente ncrível que um homem de conhec conh ec
ento consderável
con sderável de hstór eclesásc
eclesás c e controvérs
controvérs não
en vsto s mplcç
m plcções
ões de seu pelo à utordde do homo
iritualis em 1 Corínt
Coríntosos 2, 1 5 . Pos esse tnh sdo o mesmo
mesmo
apelo de Bonco VIII em poo de sus exgêncs exgêncs de uto
dde sobre os smples
s mples psychici. Embor s entes enhm
muddo  esruur do tque tem de ser nevtvelmente 
mesm; o pelo pr o homo piritua liss só tem rzão pens
ho mo spirituali
qundo ms n nguém é com sso prv p rvdodo de seu status esp
rtul; embor nono cso de Bonco
Bon co VIII os legos soessem
prvção é o ppdo que gor é prvdo prvdo de seu gru porque
"não tem féfé nem espírto''
espír to'' Os tques de Lutero vão vão desde de
sgnr o pp como o Antcrsto
Antcr sto té xngmentos desbocdos.7
O pelo er pergoso o bsne
b sne qundo  cbeç governne
governne
d grej rrogv o gru pr s mesmo; com  trnsferên
c do peo d cbeç de um nsttução estbelecd pr
o omem
om em d ru  stução
s tução tend nexorvelmente
nexorvelmente pr um
sectrsmo
sectr smo gnóstco despedçndo
despedçndo  orgnzção
orgnzção d grej
grej
E nlmente prece ncrível qu quee Lutero
Lutero enh cdo
cdo sur
sur 
preso e horrorzd
horrorzdoo qundo logo no no segunte em em 1 52 1 
s consequêncs
consequênc s rdcs de seus ensnmentos
ens nmentos precerm
precerm
nos prof
pr ofets
ets nsprdo
n sprdoss de Zwcku e n tvdde
tvdde deles em
Wttenberg No que dz respeto os prncípos
p rncípos de hermenêu
tc
tc  prece muo óbvo que "jugndo
"jugndo  Escrtur por nosso
entendmento n fé fé rebxr  Escrtur pr um segundo
segu ndo

7Os ataques
ataques têm cera qualidade
qualidade do ponto de vista da are de xingar Toe-se
a seguinte senença: E em vez de Cso em Sua Igeja, ali se assenta o papa
como o odo na claraboia" O connaisseur da língua fcará scinado (como
quase sempre na leira de Lutero); mas devemos
devemos concorda qe essa linguagem
não é uma contibuição
cont ibuição paa a unidade ecesiásica.

1 A grande confsão I: Luter


- Luteroo e Calvino  277
plno  lvra  " é, srv c  ua  cntcndi1l'  ,
é , qu srv
pr o primro plno qu num sgundo sgundo psso   go s q1"
nsprou  Escrur ss dsgudo
ds gudo d plvr
plvr lr  a i1 .
pr
p rd;  qu,
qu, num rcro
rcro psso,  poss
pos s mda  log�.
prm qu o inérpr nsprdo dspnsss d tod , ,

Escrur Os profs d Zwcku rm homns qu h11


ddo o rcro psso . Els " lv
rcro psso. lvm
m com
com Dus,  o co
co    
mno qu nhm pl grç dl dl ornv dsncssár pilr
ls
ls sudr  Escrur ou, já gor
gor o qu qur qu s
s 
O sudn dos movmnos d mss modrnos fa;
nrssdo
nrssdo n cldd
c ldd com qu, msmo
msm o no século XVI, �
,
"nlcus dxvm-s
dxvm-s lvr por coss ssmss m Crt    
nl
nl d cons
cons um profssor
profssor xprn,
xprn, xplcv
xplcv  su
su    1
nos qu r dsncssáro o prndzdo cdêmco que cks
dvm volr pr cs  culvr o solo
sol o  m d comr   a o
com o suor do
d o roso. O ror d scol d  grmác
grmác dsse a
ps
p s d sus lunos pr lvrm
lvrm os lhos pr cs po i s  1
prndzdo
prndzdo r
r dsncssáro
dsncssáro qundo
qundo profs
profs ão ds
ds     
como Clus Sorch svm bm n o mo dls  ofr ofrcc 
 
lvrm
lvrmn
n udo
udo o qu
q u vl  pn
pn  sbr Os lunos  v e r
dd rm pr cs pr prndr lgum lgum rblho
rblho m
m  
úl, m vz d sbdor cdêmc supéru;  os home
comuns é clro, gosvm
gosvm mnso
m nso qundo Crlsd os co
sulv
sulv sobr  nrprção d pssgns dcs
d cs d Escr
Escr 
r, porqu odo mundo
mu ndo r scrdo  prof
pro fssor.
sso r.
Como  possívl ss ss psdlo d olc? A rspos n
pod sr nconrd uncmn n dourn dourn  d Luro; e
d sr procurd m �u crárcrár  no conjuno d prncípo
prncíp o
qu dscumos
dscu mos prvn
prvn PorP or cus d
d su n-
n -nlc
nlcua
ua
lsmo
ls mo é qu Luro não nvu  nrqu d nrprção b
blc
bl c qu s sgur
sgur  à su proclmção d qu cd ndvídu
r
r um nérpr uônomo
uônomo  O pono
pono é d mporânc
mpo rânc con
s drávl pr  comprnsão
comprn são d ud
ud dos prm
pr mros
ros rr
mdors ssm
ss m como d d humns
hum nsss como Ersmo
Ersm o O rorn
rorn
à Escriur como  bs d dourn
dour n crsã
cr sã não  vso por le
como um rompmno com  rdção  um brur pra

278 1 Históra das Ideias


Idei as Polticas
Polticas -Renascença
- Renascença e Refrma
a rbrar vual;  vso como um rompmeo
m a arbiraredade do arstotelismo e da escolásica e como
o resabelecimeo de uma radição que não esava senão

 errada sob a inerpreaçã


inerpreaçãoo obsinada das escolas Lutero,
como Erasmo, esava tãotão ocupado com seu ódio ao aristotelis
mo que ele considerou o rompmeto com o edifício edifício compli
cado da teologia escolástica
escolásti ca como o reorno
reorno a um sigicado
chão e simples de
d e Cristandade com pouca oportunidade para
dissensão. A m de caracerizar essa
essa aitude apropriadamente
emo, ao contrário, de lar do ailososmo de Lutero (e
de Erasmo) A qualicação desse ai-intelectualismo pecu
liar como antilososmo raz mais claramente à vista vista a liha
lih a
que corre desde os primeiros rermadores até o antilosos
mo dos Paracletos do século XIX, ou seja seja,, de Comte e Marx;
e ambém os z lembrar do o de que o ermo intelectual
muio equenemene (de Erasmo aé a é d' Alembert, Diderot
Didero t
e Voltaire) designa um tipo de pesador que odeia mais que
tudo o rabalho sério e losóco do inteleco
Luero expresso
expressous
usee muito enicamee sobre essa ques
ão Uma seção alogada da Comunicação (ar 25) lida com «a
rerma das universidades e do sisema de escolas prepara
órias Sob a inuência corrupora do papado, as universida
des se tornaram mnasia Graecae gl gloriae [giásios
[giá sios de glória
glória
greg
grega]
a] ; não esiavam muia Escritura
Escritura e doutria crisã,
crisã, pois
eram reguladas
reguladas «pelo mestre cego e pagão Arisóeles
Arisóeles Pri
meiro de tudo, o De Anima
An ima,, e a Física, a Metafísica e a Ética
de Aristóteles deveriam
deveriam ser ser compleamente eliminados, pois poi s
não coninham
conin ham ada de valor com relação às coisas naturais
ou espirituais «Além disso,
d isso, de qualquer modo, iguém e
tende a opinião dele    ] Digo que um oleiro
. oleiro sabe mais das
coisas naturais do que está escrito esses livros Fere-me o
coração que o vil pagão danado, soberbo, tenha evado para
o mau camiho e engaado tão bos cristãos com seu se u lso
ensinamento Deus nos lançou
lan çou essa praga por causa de nossos
noss os
pecados "Quando
"Quando consdero al miséria, não posso po sso deixar
deixar
de sentir que o espírit
espíritoo mau inventou
inventou os estudos  E iguém
deve repreeder Lutero por não saber do que está lado:

1 A grande confsão : : Lutero


- Lutero e Calvino  279
" u se o que <io Conhço Aistóteles tão bem c  o vh    
como os os vossos gus  -o
- o e escut
escute- o, co m ma i s op1 ·  '  
e-o,
são do que Snto
Snto Tomás ou o u Scot
Scot Posso dze sso se m an  •,1
i, e, se
s e necessário prová-lo
prová-lo   ógic
ógic
 Retóric e P0Lí1  , d 1
Aristóteles
Aristóteles deverim
deverim ser mntids pr p r treinr s pess•, 
vens
vens n  e n pregção.
pregção. Além disso, dever-se-
dever-se- e
e       1
tim, grego, hebrico,
hebr ico, s disciplins
disciplin s mtemátics e h  s t < r i ; 1 . \ · 
culddes
culddes de direito
dir eito deverim eliminr
elimin r todo direito c nn í í  1   
e direito
direito romno
rom no As
A s culddes de teologi
teologi devera
devera ro1
çr seus cursos comco m s Sentenças e dedicr o estudo doulr . r i
proprido à Bbi. Os pdres deverim ser idos se l r l i .1 
restritivmente, e nunc
nun c deverim
deverim ser mis do que um i   
duçã
duçãoo à Escritur.
Escritur. O próprio doutord
doutordoo de teolog
teologi
i pe
pe 1   
ceri
ceri sob tods  s circunstânci
circunstâncis s um
u m problem precár
precár p ·.
o pp o imperdor e s universiddes podem zer ap1·,
doutores de rte, medicin, direto e Sentenças; os douto d'
Sgrds
Sgrds Escriturs só s ó podem ser feitos
feitos pelo Espírito vi
vi  d
Céu Um ensinmento introdutório ds Escriturs deve i a s
cultivdo
cultivdo em escols preprtóris e não pens pr o w
ninos ms tmbém
tm bém em especil, ns escols de de menina c s
ss escols preprtóris terim  crcterís
crcterístic
tic de insttu
insttu H'H'••
ds quis pens
pe ns os meores lunos
lun os deverim progredir
progredir  ;r
 s universiddes.
universiddes. Ess
Ess  polític reprri
reprri o ml presente
presente d  1
dos serem envidos pr  universidde;
universidde; "perguntse pe pe 
por
po r números
números e todo
to do mundo quer ter ter um gru de doutor " 
nho muito medo de que s s lts escols sejm grndes por
por 
do inferno,
inferno,  não ser que cultivem mis industriosmente
industri osmente a s
Escriturs
Escriturs Sgrds e imbum
imb um os jovens com els
No ntososmo de Lutero podemos sentir o elemen
destru� civilizcionl qu
de destru quee discutimos como crcter
crcter
tic dos movimentos sectários no cpítulo precedente. e
mos de esclrecer esse
ess e problem umum pouco
pouc o mis
mis  O element
element
está presente em Lutero; é mrcdo tão rtemente que o
movime
movimentontoss de mss d Rerm
Rerm  que culmin
culmin n Guerr
Guerr
Cmpones
Cmpones  poderim legitimrlhe
legitimrlhe s ideis
ideis e ções com
com
elborçõ
elborções
es e rdiclizções consistentes d posição
posiç ão mis mo
derd
derd de Lutero.
Lut ero. Ms
M s o próprio
própri o Lutero não descrrilou numa

280 1 Hstóia
Hstói a das Ideas Poticas
Poticas - Renascença
Renascença e Refrma
   ude sectáia
sectáia ao cotáio,
cotáio, opôs-
o pôs-se
se eemente
eementement
mentee às de
açõ
 ações,
es, cegdo
cegdo o extremo
extremo de seu pelo o msscre
mss cre dos
mponeses
 mponeses rebeldes Ess titude que normlmente é trt
da como um tço peculir (e tlveztlvez um quez)
quez) no cráter
e Lutero, é de sum importânci pr o historidor de ideis
o cus de sus u nturez típic. Embor problems similres
á tenhm surgido nos movimentos d préRerm, este é o
pimeiro grnde exemplo de um pensdor político que quer
rir um no ordem socil pel destruição prcil d ordem
ciilzcionl existente e, depois, c pordo
pordo qundo ho
mens mis rdicis evm  obr de destruição muito lém
estbelecido pr si. É  titude que
dos limites que ele tinh estbelecido
em nosso tempotemp o é exemplicd pelo moso lem "so haben
gemeint [não i isso que quisemos dizer] No
wir es nicht gemeint
último
último cpítulo
cpítulo de Comte
Com te o eitor encontrrá um discussão
pormenorizd do cso mis interessnte desse tipo no século
XIX e mis nunces do problem precerão n nálise do
descrrilmento de Nietzsche8 No século X, com  cele
rção súbit e rápid d destruição civilizcion, tornou-se
muito comum que o homem que té certo ponto, prticip
de um moimento de mss destrutio, é ultrpssdultrpssdoo peos
contecimentos e se torn su vítim No cso d reção de
Lutero contr o desenolvimento rdicl su crcterístic
pode ser responsáel pe su explosão; ms muit tenção
morlist
morlist à exortção de Lutero  trociddes pens obscu obs cu
recerá
recerá  estrutur
estrutur muito mis
mis objeti
objeti d situção  ou sej
sej
 situção do homem que q ue quer resoler problems
problems sociis
soci is e
intelectuis
intelectuis complicdos medinte um destruição limitdlimitd 
No que diz respeito à históri posterior do protestntismo,
 destrutividde insenst de utero teve de ser combtid às
presss pel crição, d prte
prt e de Melnchthon
Melnchthon de um esco
lástic protestnte ssim como pel recodicção, feit por
Clvino, de um doutrin cristã ns Instituições. Qunto  u
tero,  destrutividde
destrutividde verddeir
verddeir de su titude quse nunc

8 Ve vo.
vo. VII, Crisis
Crisis an
a nd the
the Apocal
Apocalpse ofMan, an , cap. 3 sobe Comte e vol.
V
V , The New Order andan d Last Orientation,
Orientatio n, parte
parte 8, cap. 4 sobe Nietzsche.
Nietzsche.

1 A grande confusão
- confusão : Lutero
Lutero e Calvino
Calv ino J 28
28 
cou cara ara ,  rtt não   1 520. 520. ua rj1
da escolás
escolásica
ica e sua
su a adocc
adocc da
d a ire ierreaçã
ierreaçãoo bíb
bí b
ara cada crisão
crisã o ão lhe aareceu
aareceu como a desruição de u 
ordem inelecual
inelecual da dourina crisã laboriosamee obida
ob ida e
odia seir-se
se ir-se honesamene surreso e chocad
chocadoo ea
ea irru
irru 
ção de movimenos de massa violenos de aureza secárasecára 
orque ele se senia
sen ia lire de odas as ienções
ienções de orar
um heresiarca secário
secário
A m de eeder mais ormenorizadamee essa cegue cegue
ra eculiar, emos de agora reornar
reornar ao núcleo de rincio
que lhe insiraram
insi raram as ideias cocernees à melhoria do es
ado crisão Desses rincios, esá claro que Luero iha
um problema osiivos iivoo e uma aref à visa, os quais, em sua
magniude, oldavam a visão de incidenes e consequências
Essa aref, como vimos, não era simlesmee a rerma da
igre
igreja
ja  como, sob a ressão do róulo hisórihisórico
co radicioa
radicioa
do erodo, alguém oderia senir-se iclinado a dizer Seu
roblema ricial
rici al era a criação de uma sociedade crisã na
cional. Na verdade, essa sociedade nacional deveria ser um
membro ariculado da sociedade crisã universal; e já que essa
sociedade uniersal econrou sua su a exressão organizacioal
na igre
igreja
ja,, e já que ele ão inha nenhuma inenção de abolir a
igreja uniersal,
unier sal, a rerma da igreja
igreja no senido
seni do convecioal,
convecio al,
ara fzê-la coma
com avel
vel com as exigências de uma sociedade
nacional melhorada, era ecicamene de imorância igual
ao roblema rincial
rincia l Conudo,
Conudo, a rerma da sociedad
sociedadee na
cional i o cenro de sua aenção; a exeriência desse esado esado
crisão nacional i de uma realidade ão absorvene
ab sorvene ara ele
ôde aneciar imaginaivamene nem o dano que
al oderia roduzir no nível suraacioal da
igreja
igreja nem o erigo que ameaçaria o rório ró rio esado nacioal
ela conração oserior do esado crisão nos movimenos
secários inanacionais
Consideremos agora os onos riciais do rório ro
grama de rerma As auoridades emorais deeriam roi
bir o agameno de annates a Roma, reeindo o roubo e o

282 1 Hsória das


das Ideias Políticas
Políticas -Renascen�a
- Renascen�a e Refrma
Refrma
dano à nação amã Pa msma raão deriam sr proibi proi bi
das as indigitaçõs d strangiros para bnfícios almãs
tais indigitaçõs priaam do saário dido os potnciais
bnciários almãs  o povo almão d prlados nacio
nais sábios
sábi os A conrmação d bispos já j á não dv vir d Roma
mas  d acordo com com as rgras
rgras stablcidas
stablcidas plo Concílio d
Nicia
Nicia  dos dois bispados vizinhos ou do arcbispo.
arcbispo. Causas
tmporais não dvriam
dvriam sr ncaminhadas a Roma, mas pr p r
mancr dntro
dntro da jurisdição d tribunais tmporais nacio
nais. Nnhum udo dvria sr tomado d Roma  os casus
reservati dvriam
dvriam sr abolidos.
abolido s. Toda a autoridad papal sobr
o imprador
impra dor dvria sr rjitada,
rjitada, com xcção da autoridad
spiritual d prgar
prgar  absolvr O artigo 1 0 gnraliza o princí
pio do stado nacional autônomo  stndo spcicamnt
aos fudos
fudos papais
pap ais na Itália; ao papa s pd qu "tir sua mão
da sopa  qu dsista d Nápols, Sicília  dos stados pa
pais.
pai s. O artigo
artigo 12 toca no problma das indulgências
indulgências  xig
xig a
abolição d prgrinaçõs a Roma m particular por ocasião
d Jubilus O pobr homm qu s ntrga a tais xtravagâ
xtravagân n
cias, na
n a convicção rrada d qu stá zndo uma boa obra obra 
dvria sr sclarcido d qu é muito mais mritório cuidar cu idar
da mília  gastar o dinhiro com sua s ua mulhr  lhos A única
dsculpa lgítima para tais viagns é a curiosidad d r paí
ss  cidads strangiras. Todos os pontos
pont os prcdnts
prcdnts stão
mnos procupados
procupad os com uma um a rrma da igrja do qu com
a protção da socidad nacional contra a intrvnção stran
gira  xploração nancira
nancira Essa intnção das xigências é
spcicamnt ntizada plo artigo 13 qu rcomnda a
rdução dos mostiros mndicants a 10% d su númro
atual  a abolição, para os convntos rstants, d sus diri
tos d prgar  dd confssar;
confssar; pois parc mais como "s "s  a Sé
Romana tiss aumntado sss xércitosxércitos para o sacrdócio
scular  bispos,
bis pos, quando s cansam d sua tirania não ssmss m
rts o bastant
bastant  para comçar uma rrma
Embora os primiros trz artigos contmpl
contmplm
m uma
u ma auto
aut o
nomia aumntada
aumntada do stado cristão nacional dntro do uni
u ni
vrsal, os dz artig
artigos
os sguints
sguints (  4-23)
4-23 ) podm sr dscritos
dscritos

1 A grande confsão I:I : Lutero e Calvino 1 283


-
como um qu à crcênci biv d vid  ·
como um ntiv d rrmr  práic rligio po 1;
injção d morlidd rcionl. É considrávl o  e q 1· d r
probms.
probms. Lutro
Lutro comç
comç o rig
rigoo 1 4 com
com umum dic    
dic
clibto
clibto sacrdotl.
sacr dotl. A situção ida sri
sr i  d qu cd idal'
slcionss
slcionss  m su mio "um " um ciddão
ciddão pio  sábio, 1lis."'
 l o ofício
ofício pstorl  o dxss sr casdo ou o u n
n  � s
discrição  dixs qu a msm rgr rgr prvlcss
prvlcss   s,
crdos
crdos  diáconos pois podri sr uili    1
s r ncssário uili
prgção  n administração dos scrmntos Es é  rc  1.
primitiv
pr imitiv cristã
cristã "como
" como prmncu
prmn cu m vigor n IgrjIgrj Grlga "
Já qu ss stdo idl não pod sr produzido
produzi do d noite p r  1
di Luro ntão pss ps s  um conslhmnto pormn o r i zad za d  1
sobr  convniênci
convniênci pr um rnsição O rtigo rtigo 1 5 lid 1
problms d disciplin su su qu surgm nos most
most   
artigo 16 com os busos ligdos à ddicação ds miss �
mortos; o rigo 17 com  bolição d busos rlcio
o intrdi
intrdito
to  ours puniçõs clsiásics. O rigo 1 8 exig
 bolição d todos os fridos cto domingos, "poi p1
nosso mu uso dsss fridos pr comnçs jogos, n·
guiçs  vários pcdos ncolrizmos Dus D us ind mi 1m
fridos
ridos do qu nos dis comuns Mis impornt,
impornt, nr
nr 
to é  considrção d qu  abundânci d fridos fridos prjui
prjui 
o homm comum à mdid qu l prd um di d trb trb
 além disso consom mis  com co m no
no bndono
bndono qu qu   
ciênci no trblho é diminuíd no di sguin sguin Qu   
fridos sjm instituídos
i nstituídos plo
pl o pp não é válido como 
mno "O " O qu prjudic
prjudic o homm no corpo  lm é co 
Dus
D us;;  s uoridds sculrs têm não pns o dirio dirio d'
abolir tis frid
fridosos por sus ordns
or dns ms té msmo o dv
cristão
cristão d zê-lo. O rtigo rtigo 1 9 ig
ig  abolição d proibiç
 dispnss busivs qunto os csmnos ntr primo d'
trciro  qurto grus ssim como jjuns. jjuns . Est úlimo pon
prc tr sido um ponto dooroso pr Luro: "Em Ro
ls brincm com os jjuns; primiro ordnm qu qui c -
mmos [essen] gordur com  qul ls não ngrri
squr os sptos  não nos vndm librdds d omer

284  Históra
Histór a das Ideias Políticas - Renascença
Renascença e Refrma
Refrma
nte
n teig
ig 
 ' O ti
 ti 20 tc  eporção comerci de u
res de peregrinção e eige su boição de novo porque
estroem  vid reigios
reigios que deve concentrr-se
concentr r-se n próqui
próqui 
O rtigo 2 1 tc o m de mendicânci
mendi cânci orgnizd e exige
exige
um dministrção dequd dos pobres pobr es ns ciddes. Os rti
gos 22 e 23 são prcimente
prcime nte repetitivos referindo
referindo novmente
novment e
à dedicção ds misss e  vários busos de dispens e indu
gêncis
gêncis  não esquece
esquecendondo s Butterbriefe.
Os últimos
últ imos qutro rtigos
rtigos (24-27) idm com um série de
tópicos, cd um de grnde importânci poític Um dees o
rtigo 25, sobre o ristoteismo e  rermrerm educcion dis
cutimos previmente O tigo tigo 2 4 id com  questão boêmi.
boêmi.
Lutero não quer pronuncir-se
pronuncir -se sobre
sobr e  ortodoxi
ortodoxi do ensin
mento de H uss embor não tenh encontrdo
encontrdo nd de errôneo
nee O ponto
pon to é que Huss
Hus s i queimdo em vioção o svo
-conduto grntido;
grntido; os boêmios crm riosos com rzão e
não se deve pedir  ees que reconheçm  ustiç usti ç que i feit
feit
Mesmo se Huss tivesse sido um herético isso não er rzão
pr queimá-o especiment
especimentee em
e m vioção o svo-conduto;
além disso
diss o como princípio
princí pio ger "os heréticos deverim
deverim ser
conquistdos pe escrit
escrit não peo
p eo go como zerm
zerm os P
P 
dres. Com o reconhecimento de que se cometer um erro
será possíve
po ssíve reunir os boêmios
boêmi os à igrej
igrej peo estrtgem de
deixáos
deixá os eeger
eeger de entre
entre os seus
seu s um rcebispo de Prg que
será conrmdo por dois bispdos vizinhos Se o pp não
concordr com t procedimento os boêmios deverão pro
ceder d mesm mneir. "Se não puder ser de outro jeito
temos ded e dizer ess eeição e conrmção
con rmção peo povo comum
é o menos tão bo qunto  conrmção tirânic. Qunto
à questão Utrquist não se devem pressionr os boêmios;
deve-se deiá-o
deiá-oss à vontde tornndo
tornnd o cro
cr o que ququer tipo
de comunhão é comptíve
comptíve com o cristinismo
cristinismo Nem
Ne m se deve
ri pressioná-os n questão d trnsubstncição; contnto

9 As Butterbrief [Cartas sobre manteiga] são uma ecamação ago pene-


rante nos escrtos de Lutero nessa época. [As Butterbrief são cartas de
dspensa que permitem que se comam ovos e produtos lácteos nos dias de
jejum ( Três Tratados,
Tratados, 43).]

Lutero e Calvino l 285


1 A grande confsão !:! : Lutero
-
qu crdi
crditem
tem n resenç o cro do Senhor, dev
dev   d'1
xr qu crditm,
crd itm, qunto o mis, no qu quisrm;
quisr m; " pois  
mos d torr muits mnirs
mnir s  vridds qu não cas111
prJUZ  gr
. ,
gr .
'   ))

O rtigo 26 id com o status do império.


impé rio. Est
Est rtio
rtio c  
tém gums
gums ds mis importnts
importnts contribuiçõs d Lu Lu   , 1
u tori d poític  d d istóri, ntcipndo m m m    •
spctos  posição d Bodin m Methodus. O vo vo d Lut
Lut  t'·
 utoridd pp sobr o imprdor, assntda ssntd no título d 
translatio imperii pr o Ocidnt. Os O s vários
vários rgumnto
rgumnto 
rtig
rtigoo têm coo su dnomin
dnomindor dor comum o rcon
rconcici
   
d  istóri pron como u sfr sfr utônom m que  l u 
po podr
pod r v  u ordm poític p p  vontd d Deus:
é dfs
dfsoo ncobrir os contcimntos
contcimntos nss nss  sfr
sfr com u u
rd
rd d cçõs concrnnts à trnsfrênci
trnsfrênci d d  podr  co 1 i
nução do império romno. Rom stv mort mort nos
nos úti
úti 
mi nos;  i dstruíd
dstruíd pos contcimn
contcimntos tos d
d  Migr
Migrç
ç
Nnum podr rsid m Rom; stmos vivndo vivndo num 1 1
do m qu Frnç, Espn  Vnz Vnz torm o podr  t t 
ritório qu
qu nts rm d Rom. No N o Orint, o império gre
continuou  rnç romn; ms msmo  stá mor
gor
gor po
po dvnto dos turcos.
turcos . A utoridd do pp no  
pério ocidnt
ocidnt nã o é, d
d  to, nd snão um usurpção
usurpção dl'
utoridd d prt d um podr strngiro sobr  nç
mã
mã  O rismo istórico
istóri co é poido ps rxõs sobre 
idi d translatio. Como mtéri d to histórico, o pp
trnsfriu o títuo romno d Constntinop pr os 
cos No qu diz rspito o spcto g,  trnsção não t
vor. O títuo não r do pp; não nã o tin nnhum dirito '
trnsfri-
trnsfri-o;
o;  trnsf
tr nsfrênci
rênci i
 i um to cio d roubir
comtido contr Constntinop; o Império Impé rio Ocidnt, à me
did qu mntém  cção d continuidad com Roma, stü
unddo num to d vioênci  injustiç
inju stiç Todvi,  xistê
xistê 
ci do Império Ocidnt
Ocidnt n nção mã é gor gor um to hi
hi 
tórico;   titud pr com ss
s s to dvri sr dtrmind
pas sguints
sguints considrçõs:
considrç õs: os o s mãs não têm nnum
rzão d orgur-s
orgur- s d srm rdiros  continudors
contin udors 

286 1 Hsória das Ideas


Ideas Políti
Políticas
cas - Renascença
Renascença e Refrma
Refrma
a que foi Roma Um méo é uma cosa quna
a
 a o Snhor;  l tm
tm isso m tão ouca conta qu algumas
zs o tira do justo  o dá a um salaário: "Da ninguém
osidrar uma grand
grand coisa s sua porção
p orção r um império,
império ,
scialmn
scialmnt t s r um cristão Aos olhos d Dus « é um
snt surrado qu l dá quntmnt
quntmnt ao mais incomincom 
tnt
tnt Agora, no ntanto, acontcu;
acon tcu; não é culpa
c ulpa d nin
guém qu o império
imp ério sja rsponsávl pla nação almã  la
tr d sr govrnada justamnt.
justa mnt. D ond qur qu vnha um
mério, o Snhor
Sn hor qur qu sja
sja govrnado
govrnado apropriadamn
t Para ss
ss  propósito,
propósito , o império
impé rio tm d star d to sob a
rgra almã; é uma situação impossívl qu os almãs d
am tr o ttulo,
ttu lo,  o paa dva tr o país  as cidads
cida ds
O artigo 27  nalmnt, lida com c om rrmas na sfrasfra ((tm
poral'' almã propriamnt dita Há uma ncssidad ncs sidad urgn
t d lis suntuárias a m d pôr m ao mpobrcimnto da
nobrza  da burgusia (Reiches Volk); la msma razão as
imortaçõs d alimntos d luxo d além-mar além-ma r dvriam
dvriam sr
intrrompi
intrrompidas.
das. A «maior
«mai or dsgraça
dsgraç a da nação almã, contudo,
é o Zinskauf- o qu hoj chamaríamos pagar a prazo com ta
xas d juros
juro s ,
 , incluindo spcialmnt
spc ialmnt a comra d propri
dads m litígio Isso lva à condnação d nanciros, m
particular dos Fuggrs, qu tinham uma quda quda para invstir
su capital a taxas ntr
ntr 0 a 1 00% d juros
juros "Pod sr divino
 dirito qu durant a vida d um homm s acumul tal ri
quza? Além
Alé m d rcordar o mandamnto bíblico d cultivar a
trra
trra com o suor
su or do rosto, Lutro
Lut ro sugr qu há ainda muitas
trras não usadas
usad as qu podriam sr cultivadas para aumn
tar a subsistência do povo Dpois da d a nobrza,
nobrza, da burgusia
 dos nanciros, é a vz do homm comum. Os almãs são
conhcidos
conhcid os intrnacionalmnt por sua su a glutonic
glutonic  bbdira
Isso m si é um vício, , além disso, pouco conômico.conô mico. Pior
no ntanto,
nt anto, é o fito
fito no nívl
nívl gral d moralidad; o nvolvi
mnto dissminado
dissmi nado m assassíni
assas sínio,o, adultério, roubo  sacrilé
sacrilé 
gio ofrc
ofrc oporunidad
oporunida d ampla ara a rrma da autoridad
scular E nalmnt, é indicado rrmar a lgislação para
acabar
acabar com os bordéis

1-A gande confsão I: Lute


Luteroro e Calvino  287
28 7
Analiamo etiraamente  Apelo e ss   \
porque
porqu e de todo
todo  o ecrito
ecrit o de ter ele tem o · 1;,
vato
vato e motra o contexto em que o problemas prob lemas nividh
têm de er colocado Revel Revelaa a pecuiariae    0
  
lidade de Lutero aim como a ampitue
ampitu e e e pcsa·
to; é muito adequado para romper a incrtação de  g a  n
comun qu quee impedem uma uma compreenão
compreen ão precia  "  .i d 1
,,
Rerma  O mai ério dee obtáculo, como n  .

,,
é a upoição
upoiç ão convencional da "igreja como o obj e t o L   
rma
rm a A Rerma
Rerm a de to to evou
evou a uma divião da igr igr  •
não
não devemo projetar ee reultado no no começo do 1
mento Lutero
Lutero é hitoricamente o criador
criador do Prote  1 i s  1    ,
ma Lutero
Lutero não era protetante
protetante Era católico,
católico, e o o'  d 1
,,
ua rerma era o "etado critão ; a rerma rerm a da igrej f i   
cidenta
cidenta em eu programa
programa porque a organização
organização eces
eces    1
era
era parte do etado critão
c ritão Em eu ecrito o term termoo r�/im
aplica-e tanto a uma u ma redução
redução da taxa
taxa ded e j uro do Fuc•,
ou a lei untuária
un tuária,, quanto à venda de indulgência o o    1
xo de annates para Roma Roma Quando
Quando,, além dio, exami   w · 
dio, exami
o tópico em que que ele
ele toca  indo do status internacio d d 
reino de Nápole até o aumento da eciência de tra
pela abolição d e feriado
feriado  temo de dizer que a rerm rerm qr
Lutero tinha em e m mente era uma ubevação
ubevação civiliza cio  l-
civilizacio
ecala europeia.
europeia. UmU m program
programaa dee tipo não pode er er r 
zado em algun ano por p or mudança pacíca;
pacíc a; levará éc   os 1 ·
um número coni c onideráv
derávelel d e guerra e revoluçõe Daí, o Ap1·
l o tornae de interee
interee ob vário
vário apecto: primeiro, c c 
um catálogo rmidável do male do tempo; egnd
à medida que é um apelo verdadeiro a autoridade poít 
para começar ea rerma impoível , como prova
mente a maior
mai or peça de dano político já maquinada por u   
homem, com exceção do Manfesto Comunista; e, terce
por amba a razõe precedente, como a manifetação l'
uma peronalidade extraordinária Acerca da peronali
de de Lutero,
Lutero, temo para dizer mai na próx p róxima
ima eção
eção es
es  
capítuo; ma como a bae para dicuão tura, devem
tentar denir
de nir o traço que aparecem no Apelo.

288 1 Hisória das Ideias Polticas


Polticas - Renascença e Refrma
O que tinge  e
e  r d tratd,
tratd , cm de tudo, é  rç de
de
tero, no sentdo de um rç vitl que pss irresistivel
ente  ceidor pel cen históric o tom de utoridde
utoridd e que
sum ds págins é primeirmente  utoridde de um
rç brut. Um utor protestnte, como Reinhold Seeberg,
 d quidde demoníc dess rç colossl que não é
ddo o homem julgr Concordmos com Seeber, o reco
nhecermos  rç não renunciremos à noss prerrogtiv
umn de ulgr
ulgr Ess rç dá voume e rç às plvrs
e ções de Lutero, e s quliddes de deso e corgem in

trépid que se ligm  ess rç zerm dele um cus


rmidável n históri; ms ess rç é intelectul, morl e
espritumente neutr Fz Lutero ecz qundo está certo;
ms o z igulmente ecz qundo está errdo
Ess rç em si não seri mis do que um curiosidde;
lcnç o nível de relevânci históric
his tóric pelo to de que i li
bertd. Estmos chegndo mis perto do problem mis in
tricdo d libertção,
libertção, d eclosão em Lutero, que nos ocuprá
n próxim seção De momento, insistmos pens no to de
que com Lutero entrou em cen no Ocidente o indivíduo indivíd uo que
opõe su rç o o mundo
mund o Podemos
Pod emos lr de um cisão do est
do histórico de um socedde
socedd e no mundo d comunidde que
vive em seu
se u uxo
uxo de trdição e no indivíduo que preenche so so 
zinho
zinho o contrmundo. A pecuiridd
pecuiriddee desse tipo
tipo novo se tor
nrá mis cr com gums comprções. Se comprrmos
Lutero os homens de 1 5 1 6 ou sej, Mquive, Ersmo e
-

More
More - cmos bismdos com  modésti deste deste tro,  outro
respeito não perigoso. Todos os três, como Lutero, estvm
em revolt contr os mles do tempo;
t empo; ms o que é o contemp-
tus vulgi e  efervesc
efervescênci
ênci intelectu
intelect u de Mquive, o que é o
scetismo humnist
humn ist e  pleonexi de Ersmo, o que é  ironi
chei de jogos e  mrgur diplomátic de More, o que é, é , em
todos os
o s três csos, ess revolt literári, meio espernços e
meio desencntd, em comprção com o pelo irdo por
seções
seçõ es pr  ção
çã o diret
diret qui e gor?
gor? Ou,
O u, se comprrmos
Lutero com um gur do mesmo ou mior lcnce, como
Dnte, quão
quã o humnmente modest é  trnsrmção desse dess e

1 A grande confsão I: Lutero


 Lutero e Calvino  289
ulgmnto irdo  codnação
co dnação do mundo nma obra dl' ; l  ' .
comprd com  vontd d utro m ô m pr<t ' r 1 1
 ulgmn
lgmnto
to pl
pl rrm.
rrm. E d novo,
novo, s
s compm
compm         
com os spiritulists sctáios  Prcltos d Ida M1d
 su tmpo quão modstos são té msmos sss v d 1

Snho
Snho,, con
conndo
ndo como
como stã
stãoo m
m su
su pod
pod d
d ta
ta 
  1   1
o mundo no Espírito qu stá
stá ncrn
ncrndo
do nls, com
com 
  
com Lutro qu não qur trnsgurr
trnsgurr o mundo plo l·:sp : sp  
to ms
ms rrmá-l
rrmá-loo pl
pl vontd
vontd.. O spt
sptácu
áculo
lo dss
dssee 
     · 1  
sozinho, inclinndo o curso d um grnd civilizaç ·1
impcto d su rç individu, nunc i iguldo c r .' 1   
grndz
grndz drmátic
drmát ic
O rconhcimnto dsss qulidds drmátics  t'
bt não dv
dv ngnr-n
ngnr-nos,os, todvi conndindo  l o   1
grndz. Já não stmos vivndo num sécuo X iw.
ond  dmirção i  i stndid à xibição
xibição xitos d   I "  
si msm. Expriê
Expriêncincis
s d nosso tmpo
tmpo zrm
zrmno
noss v
v     
ctástrofs
ctástrofs podm
pod m sguir-s
sgui r-s qundo
qund o o cidnt d um i n d  v 1
duo com
com sus imitçõs
imitçõs  como o d Mrx ou Hitr Hitr   -

vdo
vdo num
num li
l i pr  humnidd
humnidd.. A utoim
utoimposi
posição
ção dd    '   
m su époc criou
criou um
um stilo
stilo d ção n civiiz
civiizçã
çãoo oci
oci       
produzindo
produzindo tnttntoo prj
prjuí
uízo
zo m su dsprtr
dsprtr msmo n     
lhor ds hipótss qu tmos d  considrá-l to 11    
considrá-l u m to
n dinâmic d d rvolução
rvolução ocidntl
ocidntl.. Entrtnto,
Entrtnto, prcis w 1 
t porqu  ibrtção d  tl rçrç é um
u m rvolução
rvolução não  ·

sr librd sob


sob tods s circunstâncis, msmo s   (  i
vontd d  librá-
librá-  stivr
stivr prsnt A librtção só po s   
cz n o contxto d um situção rvolucionári;  m d e s  · 
cz
cz  librtção tm d d  dscrrgr
dscrrgr um rspost
rsp ost d ras
Ess é o ponto qu é tmbém dsconsidrdo muito 1
m iors utors ctólicos qundo la 
trimnt plos miors
Lutro. Tê
Têmm um olho guçd
guçdoo pr  dsordm
dsordm spiritu
spiritu   1  
 z um homm xprin
xprincir
cir  trdição do spírito
spírito  do in
lcto como
como go
go xtrn
xtrnoo  hostil à su consciênci indiv
indiv   
Ms não stão inclindos  vr qu  dsordm não é c c  
dsnvol
dsnvolvr
vr os grnds sintoms d d  Lutro,  qu su í
fstção
stção não pod dsprtr
dsprtr  rspost socil qu dsp   1 

290 1 Hisóia das Ideias


Ideias Polític
Políticasas -Renascen�a
- Renascen�a e Refrma
Refrma
a 
  ser que a realiaçã social da tradição
tradição pelas instituições
l' essoas se tenha tornado tão seriamente defeituosa que

a
 a uma proporção releva
relevante
nte de pessoas
pessoas em questão, passou
a representar
representar os defeitos
defeitos em vez da tradição
trad ição A inuência r
ativa da tradição
tradiç ão deve
deve terse tornado tão aca  pelos defei
defei
s
 s das instituições que deveriam
deveriam manter essa inuência
inuência  que
merosos seres humanos se experienciaram a si mesmos
omo "indivduos, e não como membros do corpo místico
a tradição O aparecimento do "grande indivíduo
indivíduo não causa
 revolução
revolução é em si o sintoma
sintom a de um colapso que pode preci
s a r apenas de uma ocasião conveniente para manifestar-se
manifestar-se na
evolução
evolução Dessa regra geralgeral não podemos
p odemos zer exceçã
exceçãoo para
 caso da igreja
igreja
Lutero era um indivíduo rte; mas a rça, como tal con
rme dissemos, é neutra. Quais eram as qualidades de in
telecto e caráer que deram as cores positivas e negativas à
ibertação de sua
sua rça  ao menos tal como como aparece
apareceram
ram no
pelo? Consideremos
Cons ideremos primeiro o aspecto negativo Tratamos
do antilososmo
antilosos mo de Lutero de sua atitude
atitude não imaginativa
imaginativa
em relação ao problema da interpretação
interpretaç ão bíblica por todos e
de sua quase inacreditável lta de sabedoria em seu apelo à
autoridade do homo iritualis. Ao julgarmos esses exemplos,
ho mo sp iritualis.
podemos dizer que Luero não possuíapossu ía os poderes de intelec
to que permitiam a um omem apanhar a essência de uma
problema; que lhe ltava singularmente uminação e imagi
nação Essa deciência,
deciênc ia, que
qu e p ragmaticamente i talvez
talvez a cau
sa mais impor
impo rante da destrutividade
destrutividade de Lutero é contudo
realçada pelas qualidades positivas que exigem admiração
Embora o leitor do Apelo esite em dizer que aqui está lando
um grande estadista certamene reconhecerá que está ouvin
do um observador de primeira ordem e de talento adminisra
admini sra
tivo Com exceção de uma rerma constiucional do império
não há muita coisa que escapasse à aenção de Lutero
Tina um olhar
ol har aguçado para os problemas que atormen
atormen
tavam
tavam o povo;
po vo; inha um conhecimeno abrangente
abrangente e porme
norizado dos males que clamavam por rerma; tinha uma

1 A grande confão I: Lutero


- Lutero e Calvino
vino  2929
mordd u rc  ur rr a ot     
mm comum p mhr d su capidade d e tj,
tin
tin não só rsponsldd
rspons ldd soc
soc ,, ms 
  s'·
t o povo sntimnt  ts o i1 
povo  mor não ss sntimnt
cristão sudávl
sudávl qu smpr s
s qu st o home
hom e 11
pod sr s
s não cr
crss d olo nl Emor não t  k11
çdo o nívl d u m stdist
stdist ncionl,
ncion l, crtmnt aprox1
s disso ps sus grnds qulidds como rf
dministrtvo ncionl. Dl são os tlntos qu lgué
lgué   •
tri d vr num mmro nunt g nt d u  
n unt do gnt
socil-dmocrátco

§ 6. us
ust�
t�ca
caçã
çãoo pela
pe la fé

Fmos
Fmos d rç d Lutro
Lutro  d su lirtç
lirtção,
ão,    ú 1
zmos sus tlntos dmnstrtivos xtrordinários M     
ovimnt,
ovimnt, no ntnto, o impcto d Lutro m su é   
não pod sr xplcdo pns sob  ótic d d  su pr · �  1 
pr·�
incomum dos mlsmls socis  sus
sus sugstõs d rr
rr   S1
nturz
nturz r rt; ms r ind
ind mis distnt pl rqrq  'Z
'Z  r

um blidd d xprssão dvrscd Aém d  11


dminstrdor d prmir pn m ngócos d su Or11
Agostnn, Lutro r um profssor tvo  inu 1.1
Univrsdd d Wittnrg, um poítco clsiástco m 
ocupdo, umu m comntdor prolco
prolco ds Escrturs,  o tra
tra 
tor d Bíl
Bíl pr o mão Fo um dos grnd
grndss re 
língu
língu d todos
todos os
o s tmpos Su trdução d B
B  n
pr  dssminção
dssminç ão d cristndd vngél
vngélcc o ofrc
ofrc  
s txtul, ms ind mis como um çn lguíti
monumntl Lutro, com su trdução, prtcmnt crio1
 língu lmã comum qu  suprr s dif di frncçõs dd 
}étcs,  dominv à prfição
prfição tl instrumnto   ltur
ltur 
sus ors é linguisticmnt um lgri, msmo nde 
violênc d su
su tqu
tqu dsc o strcorário
strcorár io Adms, coco  
scritor
scritor  ordor, Lutro i prolíco
prolíco o innto: um
um  corr
corr

292 J Hstóra das Ideias Políticas


íticas - Renascença e Refma
de  et jrr
et j rru
u s aos
a os crítc
crítcos
os depo
depois
is de
de  5  7 seus
seus ser
 õ ec
e chem
hem volumes
volumes suas conversas de de mesa são ainda um um
<1ssico miliar e sua imensa correspondência preservada
ostra-o como um excelente missivista Apresentava uma
esibilidade
e sibilidade espantosa
espantosa pela natureza e peos peos animais;
animai s; e era
 músico e poeta de muitos taentos.
taento s. Com o útimo talento
mencionado tocamos num traço da natureza de Lutero que
he determina de maneira penetrante o modo de express expressão
ão
Podemos
Podemo s chamar de irismo esse es se traço e podemos lar de seu
modo de expressão como caracterizado
caracterizado pela irritabilidade e
ecessidade de "jorrar o estado de ânimo produzido no mo mo 
mento A instantaneidade írica írica igase a praticamente a toda
a sua obra escrita; restrição sob estimuação concentração in
teectual e elaboração
elaboração sistemática parecem ter sido incompa i ncompa
tíveis
tíveis com seu temperamento Essa E ssa pressão constante
constan te tem de
ser levada em consideração
consideraç ão ao se jugarem
jugarem as inconsistências
incon sistências
de pensamento de utero não indicam necessariamente
necessariam ente mu
danças em suasu a posição mas provêm
provêm do lirismo de expressão.
Se sob tais circunstâncias seu pensamento não é mais uido
do que na verdade é, devemos namente procurar a nte
de ta constância no estado
est ado de espírito que governava
governava com in
tensidade permanente a esfera esfera centra
centra de sua vida  ou seja o
estado de espírito
espíri to de sua
sua religiosidade
religiosi dade Esse estado
estado de ânimo
pode ser descrito como uma um a ansiedade pronda e incerteza
de salvação; a ansiedade poderia ser se r sobreposta pea conan
ça exuberante da justicação
justicação pea fé fé mas nunca cessava
ces sava de
ançar uma sombra de melancolia sobre sobre a vida de utero; esse
é o estado de ânimo complexo mas permanente que ele apa
nhou numn um dstico tocante:
Eu vou; e para onde,
onde, graças a Deus!
De us! Eu sei
E surpreendo-me por senr crescer tal riseza.
riseza.
estado de ânimo de ansiedade
O an siedade de Lutero expressavase
na doutrina
do utrina de
d e j usticação
usticaç ão apenas
apen as pela fé
fé (solafde)
fde).. A doutri
na é de interesse para nós porque
porqu e é o ponto central da antro
pologia losóca de Lutero e porque sua ideia de homem a
seu turno determinoulhe
determinoul he as ideias concernentes à realidade

1 A grande confsão l: Lutero


· Lutero e Calvino  292933
ação aponada de u ma jt i l \ 
socal e poltca A frmu ação
,,
"apnas pla é é é polêmca mp
 mpca
ca m aae
aa e m du"  1
rçõs Primro ataca a doutrna da jstcaçã ps h1•,
obras;  sgundo
sgun do ataca a laboração
laboração scolástca d p-1
d a fé
fé na doutrina da des caritate rm ata. A prme dl'�•
caritat e fo rmata.
inhas d ataqu atraiu mais a atnção da part do is1
dors do qu a sgunda; mas a sgunda é a mas mp  mp r     1 t ' ,
tanto histórica quanto sistmaticamnt,  por iss Vit1•
idar prmro com la
O alvo
alvo do ataqu
ataqu  d Lutro é uma das çanhas ç anhas mi .'
tis na cutura
cutura scoástica
scoástica da vida sp
s pritual
ritual Dscrv
Dsc rver1
er1  0 < í l
caritateformata d acordo com a r m  q
doutrina da des caritateformata
la rcb
rcbuu n a Summ
Su mmaa contr
con traa gen Santo Tomá S a   l  
less d  Santo
gentitile
Tomás
Tomá s põ a ssência
ssê ncia da fé
fé na amicitia [ amizaamizad]d] a miz'
ntr Dus  o homm
hom m A vrdadira
vrdadira fé tm um comH' com H' 
t intlctual
intlctual à mdida qu uma adrência voluntára e c.i
é mpossívl sm a aprnsão intlctua da visão b e at f  i 1  i
como o summum bonum, como o m  m m dirção ao q . i
vida d o homm stá orintada; a aprnsão intlctual 1
tudo prcisa d d  conclusão pla adrência volti voltiva a 
va do a
"pos por mio d sua su a vontad
vontad o homm como qu desc
intlcto . 1 0 É mútua a rlaçã dl'
s a n o qu aprndu po intlcto
amicitia; não
nã o pod sr rçada
rçada por um u m lã d paixpaixão
ão hum
hum  
mas prssupõ o amor d Dus para com o homm um ao
d  graça po
po qual a naturza do homm é lvada lvada por   
forma sobrnatural. A orintação trna do homm para Deu
é possív
pos sívl
l apnas quando a fé do hommhom m é rmada plo am
antrior d Dus para com o homm Por uma transfrên transfrên  
analógi
analógicaca ngnosa da forma aristotélic
aristotélica a Santo Tomás
Tomás cr 
u m instrumnto linguístico para dsignar o componnt dl'
rmação
rmação sobrnatural
sobrnatural na xprênca
xprênca d fé - ou sja sja a p
tração
tração da pssoa
psso a pla insão d graça
graça com co m o amor
amo r d De
como o cntro spiritualmnt
s piritualmnt orintador d xistência. A fr
rmada plo amoramo r ntão
ntão  é a ralidad da orintação trna  
xistênca
xistênca m dirção a Dus

w Tomás, Summa
Santo Tomás, Sum ma cont
con ta genís,
genís, cp. 1 16.

294 1 Hstória das Ideas Polt


Poltcas
cas -Rena
- Renascen
scençaça e Refrm
Refrmaa
temos
 temos que este estudo ão estamos preocupados
om questões teológicas A doutria da des caritate carita te fo rma-
rma -
a é relevante para ós como uma análise anális e diferenciadora
diferenciadora da
experiêcia da fé fé independente
independ ente de seus méritos teológicos, é
uma obra-prima de costrução de tipo empírico Sato To
más descrev
des creveu
eu o tipo de féfé completa
comp leta "vivente;
"vivente; e por meio de
sua descrição cuidadosa, i capaz de distiguir uma varieda varieda
de de tipos "decientes
"decientes A fé, por exemplo, pode estar "mor
ta se ão
ã o r mais do que q ue uma orientação intelectual,
intelectual, quiçá
muito itensamente experienciada, lta de rmação pelo
amor a fé fé pode, além disso,
diss o, aparecer
aparece r numa ampla
am pla varieda
de de pseudotipos
pseud otipos de recrudescimetos da natureza humana human a
sem a graça; em particular,
particu lar, a fé
fé pode assumir
ass umir a rma de uma
emoção utilitária, voltando o homem para Deus, por medo
de cosequências Ademais, de novo de um ponto de vista
estritamente empírico,
empírico, em seu tipo completo Santo Tomás
obteve
obte ve a expressã
expr essãoo mais perfeita
perfeita de uma cultura de vida es es 
piritual
piri tual peculiarmente
peculiarmente ocidental, distinta da helênica O Eros
platôico é um movimento unilateral da alma em direção
a um realissimum que jaz em sua perfeição. O realissimum
platônico
platô nico é o centro
centro orientador à medida que atrai o desejo
espiritual
espirit ual do homem; o desejo pode encontrar sua realização
na Ideia, e a alma pode experienciar
experienciar uma trasrmação
trasrmaç ão pela
reordenação de acordo com o paradigma; mas a participa
ção platônica não é a relação mútua da amicitía cristã. Na
cultura helênica da vida espiritual
espiritual o homem pode alcançar a
divindade;
divinda de; mas Deus ão se icliouicl iou em graça
graça e ãoão aceitou
o homem em sua amizade. Não há nehum paralelo a civi
lização helênica para a passagem
passagem em 1 João 4: "Aquele que
não ama, ão conheceu
conheceu a Deus, porque Deus é amor amor   Nós
Nó s o
amamos porque primeiro ele nos nos amou
a mou O desenvolvime
to dessas experiências
experiências da cristandade
cristandade joaina
joaina ( que, é minha
impressão, estavam mais próximas de Santo Santo Tomás) a dou
trina da de
dess caritate
carita te format
or mata,a, e a amplicação dessedes se núcleo
doutrinal numa
nu ma losoa grandiosa e sistemática do homem e
da sociedade,
soci edade, é o clímax medieval da iterpenetração da d a Cris
tadade com o corpo de uma civilização histórica históri ca Aqui talvez

1 A grade cofusão l: Lutero


- Lutero e Calvino  295
stjm
stjmosos tocnd  r d1êtrc histórca  Odnl, l'  r 1
tmnt tocmos o pdrão emprc
empr c po qu o urso pol
rior
rior d históri intctu
intctu ocidnt trá
trá d sr md
md  Fs.•·
curso postrior, como vrmos,
vrmos, tm
tm como su tm tm pr
pr       
 dsintgrção
dsintgrção do núco doutrinl d  amicitia ntr >1  ·
o homm No século XIX m Comt  Mrx ss proc proc  c
dsintgr
dsintgrção
ção lcnç
lcnç su n
n rml n contrrma\
contrrm a\ 
doutrinl
doutrinl d rvolt contr
contr Dus como  bs d ord ord  d.1
socidd
socidd,, imnnt d o mundo; o dogm d utoss utossa
a 1
humn m fchmnto
fchmnto hrmético contr  rlidd tra
cndnt
cndntl,
l, mrc um m d históri
históri civiliz
civilizcio
cion
n oc    
pr lém
lém d qul, n o momnto nd é visív
visív
 snão  
  
dd d o prisionmnto n n  nturz
nturz humn sm  gça
Esss rxõs dãonos  prspctiv pr  importâ
d  doutrin d Lutro
Lutro d
d  justicção
justicção pl
pl  fé
fé n
n  histór da
idis poítics A doutrin d sol so la fdes é o primiro t
dibrdo à doutrin d amicitia. Tornou-s socilm'
cz, com consquêncis rvoucionáris pr tod  c
lizção ocidntl à mdid qu comçou o procsso d d 
sintgrção spiritu cujs consquêncis tstmunhm
m nosso
noss o tmpo, m scl sctoógic
sctoógic As
A s rfrênci
rfrêncis
s  
 
doutrin ndmnt cnçm tods s obrs d Lut
dsd s primirs qu prcdm
prcdm 1517, té s útims; pa
nosso propósito
propó sito vmos rstringir-n
rstringir-nos os principmnt o -
tdo Von der Freiheit
Freiheit eines
ein es Christen menschen [D
Christenmenschen [D  librdd d'
d'
um cristão] d 1520, porqu contémconté m o rto
rto mis compct
d própri
própri doutrin ssim como d sus implicçõs socis soc is  
trtdo
trtdo br com um ntinomi qu dn su pro
O p rob
b
m: "Um
" Um cristão é snhor sobr tods s coiss
cois s  não sujito
 ninguém. "Um cristão é o srvo [ dienstbarer Knecht]
Knecht] de
tods s coiss,  sujito
sujito  todos
todos  A ntinomi
ntinomi dtrmin 


[Ver Werke,  2038 O manscrio original de novo não indica que t
alemão Voegelin está sando. Um texto em ingês desse atado radzdo po
W A. Lamber e verifcado por Harold J Grimm pode ser enconrado cm

Luther' Work vo 3, Filadéa, 1957 p. 333 Foi eimpresso em Thm
Treaties p. 265316 e em Martin uther Baic Theological Writings. E.
Timoth
Timothyy F. Ll. Minneapois
Minneapois Agsb
Agsbrgrg Fortr
Fortress
ess  989 , p 585-629.]
58 5-629.]

296 1 Hstóra das Ideias Polícas - Renascença


Renascença e Refrma
rgaiaçã
rgaia çã d ratad
ratad em duas ares
a res a rimeira lida com
com a
liberação
liber ação da ama cristã
cristã da atureza
atu reza,, pela fé;
fé; a seguda
segu da parte
lida com a subserviêci
subserviê ciaa do homem
homem cristão
cristão à condição de sua
existência corporal e social Devemos seguir o problema de
Lutero nessa ordem
O cristão libertase
liberta se da corrupção
corrupç ão de sua natureza pela fé fé
A base
base bíblica para a doutrina é Romanos
Roman os 1,17: "O justo po
rém vive
vive apenas
apen as da fé
fé A tradução
traduç ão de Lutero que acabamos
acab amos
de citar acrescenta o "apenas ao justus justus autem ex .de vivit
paulino, apontando com isso o ataqueataque às duas posições antes
mencionadas A elaboração subsequente da doutrina é pra
ticamente
ticamente uma traição autobiográ
autobiográca
ca de sua origem
origem  Como
Com o
podemos dizer pergunta
pergunta utero,
utero , que apenas
apena s a fé fé justica
considerando os mandamentos bíblicos de que o homem
tem de obedecer a m de ser j usto perate Deus? A m de de
manter a doutrina, temos de entender a Bíblia como dividida
em duas partes as leis do Velho e as promessas do Novo Tes
tamento. As leis nos ordenam a praticar "várias"várias boas obras;
obras ;
mas o simples ordenar não as obtém Ensinamnos
Ensinamn os o que 
zer; mas não nos dão a rça de zêlo Daí, Daí , a enumeração
enumeração
dos mandametos
man dametos tem de ser tomada como tendo o propósi
to de zer o homem consciente de sua aqueza, de sua inabi inabi
lidade de realizálos
realizálos O mandamento para não ser se r inve
invejoso
jos o é a
"prova de que somos todos pecadores, pois nenhum homem
pode existir sem concupiscência "ça ele o que quiser quiser  Ao
medir seu desempenho
desempen ho pelo mandamento, o homem homem aprende
a perder a conança em si mesmo e a procurar por po r ajuda em
outro lugar; quando entendeu seu próprio acasso, experi
mentará ansiedade
ansiedade e medo da danação; sentir-seá
sent ir-seá humilde e
aniquilado,
aniqui lado, pois
p ois não pode encontrar
encontr ar nada
nada em si que ria dele
justo,
just o, e nalmente
nalmente ele se desesperará
desesperará
Quando o homem desceu até o estado de desespero está
pronto para receber a promessa: "Se " Se queres livrarte de tua
paixão má e do pecado [    ] crê em Cristo em quem tete prome
to toda graça, j ustiça, paz e liberdade; crê, e terás; não creias,
e não terás Essa promessa é a palavra revelada de Deus;

1-A grande cnfsã : Lutero


Lutero e Calvin  297
e  pr
pr de es
e s é "snta, e rd ad e  r a , justa, adlir l 1 v   · '
chei de bondde
bondde  O qe dere  ea com fé c r d a  l i  a 1,
ssim su lm com  d pvr Nesse ato de f,  " v 1    
de d plvr (ale Tugend des Worts) torn-se oprid
d  lm.
lm. "Como é  pv
pvr
r,, ssim se torn
tornrá       \'• •
rá a 
del Tudo o qe o cristão precis é de sa s a é
é O c u  p  i   1  ·  1   1
dos mndmentos não é necessário pr o jsto ao hnL  '
homem dos mndmen
mn dmentos,tos,  fé libert o homem d a  1
qêncis do cmprimento impossíel.
imposs íel. Pel fé fé pe
pe   1
tornse  m corpo
corpo com Cristo  sntidde
sntidde e jstiça    < :· .t 1
se tornm  propriedde d lm,lm, o psso
p sso qe o í í  '  . . 
cdo
cdo d
d  lm são livido
lividoss de
d e Cristo.
A expos
exposiçãoição d dotrin mostr de mneir mt m t 11
prente s ses d lt de LuteroLutero como são testd
testd  Hl•
outrs ntes:
nt es:  tenttiv de obedecer
obedecer à lei, o csso   
feccionist que não entende o problem do d o pecdo, o dcsSI,. 
ro e medo
medo d dnção,
dnção,  nsiedd
nsieddee compl
complet
et de
de niq
niq �
 � º
 º 
seguid
seguid pelpel grnde
grnde revel
revelçã
çãoo de
d e que  ntrez
ntrez h
h    r
irreprvelmente corrupt e qe  slvção pode po de vir ap.·
pelo
pelo lvio
lvio desse
dess e pecdo em Cristo pel
pel  fé
fé A exposiç q1
so otimist encobre um trgédi espiritl pois a t  "
de proprieddes no csmento místico d lm com Cris
signic precismente o qe diz O lvio do pecdo ela k
não é mis do que um convicção vvid de slvção,   1  l 
gndo o desespero d lm não redime  própri nt·
cíd
cíd nem levnt
levnt o homem pel impressão de grç n 
citia com Deus LteroLtero expresso
expresso esse resl
resltdo
tdo de m
m   
pungentssim
pungentssim n mos crt crt  Melnchton,
Melnchton, de 1° de d e agost  
de 1 5 2 1 : "Sê u m pecdor,
pecdor, e pec rtement
rtemente, e, ms inda
inda    
rtemente tem fé e legri em Cristo que é o conqist
d o pecdo,
pecdo, d morte e do mndo. D e pecr nós temos, temos, á q1'
estmos nesse estdo; est vid vid não é o lgr onde
onde hb
hb  ; 1
justiç, ms espermos, diz Pedro, novos cés e uma n
terr em que hbit  jstiç O pecca fo rtiter dess ca
pe cca fo
certmente
certmente não é pr signicr m convite à licencos
licencos 
de express pens  ceitção d ntrez não redim
Ms  grnti sbsequente
sb sequente de slvção pel fé, fé, "mesmo Sl'

298 1 Históra das Ideias


Ideias Polícas
Polícas -Renascença
- Renascença e Refrma
Refrma
f ic rmos e maarmos mi lh ares de
de vzes
vzes num
num d"
d"  dá-nos
m
m  prlbção stv pr vr d tl  fé"  1 2
prlb ção d qu stv
s rmulçõ
rmul çõss d Lutro
Lutro podmos
pod mos sntr
sn tr o pno
pn o d un
un
 d rlgos
rlg osidd
idd sctár
sctár qu r
r  dr um các
cáci
i stórica
 stórica
rmidávl os sus nsinamntos
nsin amntos A virtud da plavr pla
é s torn
tor n  vrtud d lma; Cristo habita na alm  a alma a lma
está slv por mas qu o omm mpírco pqu. Em ts
pontos á pouc
pou c df
d frnç ntr Lutro
Lutro  um sctário quiliás
quiliá s
tico qu é trnsgurado pl abtção intror intro r do spírto; a
n
n do
d o dscarrlmto qu vi vi par s vrints quliástics
d protstantis
prots tantismo mo stá plnmnt vsívl O própro Lutro
ntrtto não  sguu Prmancu rmmnt ortodoxo
no poto qu os novos céus cé us  a nov trratrra stão lém dst
vd; ão havri nunc um paríso trrstr trrstr n stória
st ória Po
da rmar
 rmar susu  posção
posç ão porqu tnha
tnh a sprdo
sprdo rdicalm
rdicalmntnt 
vd
vd da
d a alma
al ma d vd
vd do homm naturl. Nad qu o omm
z m su sfra
sfra nturl pod tingir
tin gir  salvação d alma po p o
sitiv ou ngativamnt mbora  justicção pla fé dg
rspito pns à lm sm tngir o vlho Adão Adão Ess r o
sgn
sg ncad
cadoo d ntnom
nt nom qu abriu
abriu o trtdo
trtdo Vo n der
d er Freiheit
Freiheit
[D
[D  Lb
L brdd
rdd do Cristão]
Cristão] ;  gora
gora tmos
tmos d rgrss
rgrssrr à s
guda part
p art da antnomia
antn omia qu diz rspto aos problmas
problmas da
sfra
sfra aturl
atur l
A alma é justcada ps
ps pl fé;
fé; nnhums
nnhums obras
obras  por
mlors
mlor s qu sjm
sjm podm contribur pr sua j ustça
ustça  Lu
Lu 
tro tm gor um sguro cotr uma intrprtção dssa
doutra
dout ra como uma prmssão d nd fr
frncia
nciação
ção moral ou
msmo d licncosidad. D sus prmss s, sso
ss o dcilmt
dcilmt
s pod zr com
com conclusão torétic Daí não podrmos zr

12
A or pecuar de emeo a é de Lueo pode ser mais bem dscer
ida e sua descrição da relação do homem com Deus como uma relação
de honra" A é a promessa de Deus é um ao de coaça. Se coares
um hoem, coas ele porque cosideras que ee seja uso vedadeiro;
e esa é a maor hora que um homem pode eseder a ouro". E quado
Deus vê a alma h oado-o
o ado-o pela fé
fé Ee a hoará em retoro e cosdera
cosde raá
á
que ea é jusa e verdadeira o que a verdade ela é por al fé. A amicitia
trasous
tras ousee em
em algo que se aproxma perigosamee da coaça múuamú ua
ere burgueses respeiáveis.

1 A grande confsão : Lute


- Lute e Calvino  299
mas do qu rgstrar suas dcaraçõs de nten n ten<<  pri1 p11
Primro d tudo, o homm prmanc nt vida     I'"
ral na trra,  l tm d govrnar su corpo e  1 ·   1 
,,
com outras pssoas . " É aí ond comça comça o traba
traba h
h N    1 l  i 
nnhuma vidavida ociosa nm paixão;
paixão; oso s mandamnt d l '  i  ·,
têm d sr obdcidos à mdida qu a aquza d ra1· "

prmita; ind
i ndca
ca-s razoávl;  a rotina d th.dl   
-s uma ascs razoávl;
diário
diário tm
tm d sr
sr cumpr
cumprida ida  tudo
tudo isso com com a com
com' '''   �   
d qu o homm não s torna torna justo pla obra Mas    · 
sr o motivo
motivo para tal conduta? LutroLutro stá agora obrobr    r   
sgundo lugar, a rintroduzir ago ago como um amor d l k 1  · .
O justo viv
vivrá
rá justamnt,
justamnt, d acordo
acordo com os manda     
por causa do amor Dus , qu o salvou Ess amor d 1 >w.,
am or por Dus,
ntrtanto, sege a justicação
justicação pla fé; fé; d manra
manra nnh nnh     
dv
dv sr conndido
conndido com o amor na n a amicitia ntr D l '  1
homm. Lutro é muito insistnt no ponto pont o d o amor d ku�

como uma «spéci
« spéci d gratidão
gratidão , subsqunt
subsqunt à fé  à     
cação 3 Um trciro componnt no srço Lutro é 
srç o d Lutro
p or um bocado d d  spculaç
spculação ão adamita «Por«Po r sua
su a fé
fé o homc
 i rstaurad
rstauradoo ao Paraíso
Paraíso   i criado
criado d d  novo; não prcis d
palavra
palavrass para s tornar
tornar justo
justo  O Paraíso, ntrtanto
ntrtanto não é u
lugar
lugar para prguiçosos; m Gênsis 2,15, lmos: «Tomou p p 
o Snhor Dus ao homm
hom m  pô-opô- o no paraíso das dlícias,
dlícias, ar

l o cutivar  guardar  Como Adão, o homm é ordna
por Dus a zr algum cultivocultivo no paraíso m qu ntrou p
sua
su a fé
fé Em
E m particular,  m quarto lugar, o homm agora t
obrigaçõs sociais. Não viv m m su
s u corpo sozinho mas ntr
sus companhiros
companh iros Daí sua obra «tm d srvir srvir  sr úti úti a
outras pssoas;
psso as; não
nã o dv
dv panjar snão para as ncssidads
ncss idads
dos outros
outro s.. «ada homm tm o bastant para si com sua fé fé

13 Em seu Comentário aos Gáltas (1531), Lutero la da redenção por Crsto
e continua: " Hoc solsol fdes
des ap
apprehendit non carit quae
quae quim
quim fdem sequ sequ
bet sed ut gatitu quaem [Apenas a é apreende isto não o amor qu
na verdade, segue a é mas como se fsse cero ipo de gratidão] n Gat.",
em Werke, X, P I (24 ) 1 8-2  ; texto
1 5 35 ( 1531 ), em texto integra
integra cita
citado
do em Jacque
Jacquess
Maian Tro rérmateurs:
rérmateurs: Luther
Luthe r -Desca
-Descarte
rtess Rousse
Rousseau.
au. Pais,
Pais, Plon,
Plon, 1 939 p
285. Para uma coleção ampla de mais pronunciamentos de Lutero sobe essa
questão
questão ver bidem,
bide m, p 283 ss.

300  Hisória das


das Ideas Políti
Políticas
cas - Renascenç
Renascençaa e Refrma
l' de xa para e lodo s e  trbah e ida para serir a ses
isso dexa
 rô x  mos em amr ire
ire  «Vê desta maneira os bens de Deus
m de sair de um para outro e então tornar-se comuns"
E m conclusão: ((Um cristão
cristão não
nã o viv
vivee para si mesmo mas
m as em
risto
rist o e com
com se próximo
próxi mo em Cristo
Cris to pela fé;
fé; com seu próximo
eo amor Pela fé
fé ele se eleva acima de de si mesmo para
pa ra Deus;
Deu s;
e Deus ee então desce abao
abao de si mesmo
mesm o pelo amor e então
permanece para sempre em Des De s e no amor divino"
divin o"
As sugestões
sugestõe s de Lutero quanto
quant o à esfera
esfera natural da existên
cia humana dicilmente podem ser chamadas de uma u ma teoria
ou doutrina; são uma reunião de argumentos pretendendo
monopolizar
monopoliz ar o lapso entre a licenciosidade que poderia ser se r o
efeito psicológico muito fácil da justicação sola fdes Além
disso
disso  é necessário traçar as implicações e consequências des
sa nova antropologia losóca A incisão pronda na nature
za do homem entre sua alma e sua existência corporal torna
os membros da dicotomia altamente móveis um contra o
outro. Não apenas
apenas tem a dicotomia comocomo um todo uma car
reira própria no assim chamado período clássico da losoa
moderna de Descartes a Kant; mas podemos também obser
var o desenvolvimento
desenvolvimento da almaa lma justa de Lutero em e m direção a
uma moralidade que abstrai das condições de existência as
sim como
co mo do desenvolvimento
desenvolvimento de sua natureza corrupta em
direção a uma psicologia de motivos sem orientação para o
summum bonum. Em tais desenvolvimentos reconhecemos
os efeitos
efeitos gerais
gera is da fé
fé de Lutero na história
hist ória posterior
pos terior da civi
lização ocidental que nos ocupará amplamente. Deando de
lado
lado essas consequências gerais
gerais no momento
momen to gostaríamos de
entizar um resultado da bisecção
bisecçã o de Lutero
Lutero no nível
nível dos mo
m o
vimentos políticos ao qual tanto quanto posso ver jamaisjamai s se
deu
de u a devid
devidaa atenção imos
im os como a insistência na natureza
irremediavelmente corrupta salvou o próprio Lutero de seu
descarrilamento em políticas quiliásticas. A justicação pela
fé estende-se apenas à alma; o homem e a sociedade não po
dem ser transgurados num reino espiritual na história Tal
realismo em si s i é muito admirável; mas poderia e o fez fez levar
a um descarrilamento bem diferente
diferente no século XIX, quando a

1 A grande confusão
- Lutero e Calvino l 301
confusão !: Lutero
primeir
primeir pre
pre d orn,  s
 s cç
cç  pla fé, veio h  r
com  qed do proesnismo n Alemnh Prm Prma
a
''   
relismo lerno de compreender  nrez cor cor  11  
m crce
crcerís
rísic do eão d hisóri - ms o qe dv
ic do dv .1
zer homens pr quem  jsicção
js icção pe fé fé er
er incrt
incr t \
\   
Nesse pono ocorreu
ocor reu o mágm de reismo uern co11 o

quilismo dos movimenos secários em Mrx. O mno  S l  1


v corrpo
corrpo pr lém d  slvção;
slvção; umu m reino de iberd 1;\
poderi ser esbelecido nem como  liberdde
liberdd e crisã d al;1,
perfecíve no ém nem como  rnsgrção secáa d . i
hisóri
hisóri pe
pe hbição
hbição do espír
espírio
io n o homem Já que o   
d liberdde
liberdde inh no enno de exisir, enconrouse
enconrous e  sol1
ção n jsicção
jsicção dod o homem e d sociedde
sociedde sola
sola revolut
revoluti
i11·.·.
Pr os pormenores desse probem o leior deve deve cons
cons  o

cpíul
cpíuloo sobre Mrx
Mrx .14
.1 4
Sem preocupção com consisênci eoréic condo L u
er
er recobri
recobri s
s  dourin de nrez
nrez não redimid com
com 
aa
s  Cns
idei d e m príso erresre qe é peclirmene s
giu l mi
migre
gre rvé
rvéss de su dorin
dorin de bos obrs - q
em si mesm é go desconcerne.
desconcer ne. Vimos qe n superfíc
superfíc
p rincípio d sola fde c  s
d polêmic de ero o princípio
cção
cção pels bos obrs O que é desconcerne porq
nenhum pensdor
p ensdor crisão mis defende
defende  dorin. Pod
mos supor que no empo de Lero ssim como em qulqe
empo, hvi muios crisãos que considervm s Crisn
dde perfei
perfei qndo vivm de cordo com co m ceros pdrões
de cond Ms como  observção
observção de  Crisndde exer
exer
nlizd, mesmo qndo é dissemind
dissemind poderi indzir m

14Ve v. VII Crisis


Crisis and
an d the Apoca
Apocapse ofMan. [Uma parte desse matei
sobe Max
Max á fi publicada em Eic Voe Voegei n Fom
gein Fom Enli
Enlightenmen
htenm entt to Revolu-
Revolu-
tion. Ed. John
John H. Halow
Halow.. Duham, Duke Duke Unves
Unvestyty Pess,
Pess, 1 975  ve
ve es
es
pecialm
pecialmente
ente os Capítuos 1 0-  1 . Nes
Nesee texto
texto (p. 2 83)
83 ) esce
esceve
ve Voeg
Voegein:
ein: H,
H ,
na vedade, uma inha inteligíve patindo da destução que Lueo causo
na autoidade eclesiástica passando pea destução de símbolos dogmátcos
na geação de Stauss Buno Baue e Feuebach, até a destuição de todos os
deuses, ou seja de oda a odem autoizada, em Ma. Emboa fsse incoeo
dize
dize que o caminho
caminh o do Potestantismo leva necessaiamente de Lueo Lueo a Hege
e Max, é vedade que o maxismo é o poduo nal da desintegação em um
amo do poestantsmo ibea alemão"]

302
30 2 1 Históra das Ideias
Ideias Políicas
íicas - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
homem, ue  n
n  de ns,
n s, n
 na
a agu
agumm no toógo, a
bui
 bui à ga uma doutina d utcação
u tcação pla
pla boa
boa obra
nda é ndamntalmnt um um nigma Adma é muto in
gant qu no ambint monático  acadêmico d utro
ninguém tnha
tnha aprntado uma ritência éria  anuado
a toic Embora a ituação qu poibiitou a poítica d
Lutro prmança por nquanto inxplicada, podmo no n n 
tanto rmar uma opinião quanto quan to à motivação
motivação mai pronda
do ataqu. Torna-
Torna - aparnt numa paag pa agmm do comntário
ao Gáata m qu utroutro init
init  qu na uticação «Não «N ão há
nnhuma obra da li, nnhum amor amor  . 1 5 uto aim parc
conidrava o amor a Du uma oba da i u ataqu à boa
obra ntão ria
r ia no ndo um ataquataqu inuoo à des caritat
carita te
formata «
«  noa
no a fé
fé é rmada
rmad a plo amor ntão Du D u varia
m conidração noa obra    6 A motivação
motivação última por trá
d baruho nigmático
nigmático acrca d boa obra parc tr ido
a intnção dd  zr do amor um princípio contitutcont itutivo
ivo d uma
ordm ocia imannt no mundo mundo 
Ea
E a upoição
upo ição nac da rmuaçõ d Von der Freiheit,
aim como
c omo do tratado Das Boas Obras. A concluão d Von
Freiheitt ra a doutrina: "A fé é para Du; o amor para
der Freihei
o vizinho O amor é o princípio qu cria a comunidad d
critão m u ado
ado natura
natura Po amor toda
toda a obra  tor
nam boa;
boa ;  toda a fr
fraa d raçõ ociai é uma f
 fra
ra d
boa obra
o bra porqu o juto não pod zr nnhuma obra qu

15 Na just
j ustcaç ão "certe
cação "certe nu
n uum
um es
estt op
op us legis
legis nu /la
/la dilectio
dilectio sed longe
longe alia justi-
tia et novus
nov us quid
qu idem
em mundus
m undus extr
extraa et supra lelegem  [cetamete nada é oba da
e, nem é amo mas muto dstntamente outa fma de justça e mesmo
um novo mundo paa aém e acma da e Matn Luthe n Gaa". n:
Werke vo 40 P.l 229, p. 3032, citado po Maitan op cit. 284. Ve
também outas passagens ctadas na mesma página, em ptcua  Si de de
frma
fr matu
turr a caritate
caritate igitur opera
opera p raecipi
aecipium
um illud
illud sunt
su nt quod
quo d res
respicit Deus:
De us: si
autem opera ergo nos ips' [Se a é é fmada pea cadade então as obas
são especamente aqee tpo de cosa qe qe Deus espeita; se no entanto
entant o são
obas então são nossas pópas obas que Deus espeta] Matn Luther
Opera Exegetica Latina, II 302 (1538 em Werke vo. 42 565) p 5-8
citad
citadoo em Maitain
Maitain op ct , p 284, n l .
1 6 Ve a nota pecedente A passagem ocoe em Opera Exegetica Latina em
Werke vo. 42 565 ) 

1 A grande confsão : Luter


- Luteroo e Cvino j 303
não
não seja
seja um
 umaa b o a  ob r . Na fé d o j u sto t od a  a
a o b ras
" ra s Sl' 1   1
nam iguais
iguais,, e uma é como a utra ut ra;; caem
caem t tda is1  �    · •,
da as d is1
entre ob
obrs, se
sejm elels grndes,
grndes, pequens,
equens, lonlongs pouras 1   
muits. Pois s obrs são ceitáveis não po si mesma 1•.
por c
cus d fé
d fé que
que, sozinh,
sozinh, tu
tu e viv
vive em cd ob obra e l o L1
obr
obr sem distinçã
distinção
o 7 "Obrs
"Obrs bos, justs,
justs, nunc to
toaa      
homem
homem bombo m e justo;
justo; o homem
homem bom e justo justo z s
z s obr
obr boabo a . r
justs Obrs ruins nunc
nunc  tornm
tornm um homem mu; o h o 1  H  1  
más  1 8
mu z s obrs más
Se um obr é bo ou má não nã o pode ser decidi
decididodo por p r(' ·
de étic;
étic; depende d justicção
jus ticção ou não justicção do h o    c   
pens pel fé fé "A pesso
pess o tem de ser just pernte tod a s ;·
obrs bos;
bo s; e s obrs bos seguem e vão vão dinte
dint e tino d.1
pesso bo e just. 1 9 "Se umu m homem não credit e não é c ..
tão, tods s sus obrs são de nenhum vlor; são sã o um pea
vão,
vão, tolo,
tolo, punvel
punvel e dnáve
dnávell20
20 Ms
M s se está justicdo
justicdo pa
p a lt!',
então tods  s sus ções, sem exceção, são trnsgurda
trnsgurda 1
bos obrs. A sociedde
sociedde dos scerdote
scerdotess e reis justicd
justicd '  
Cristo, em susu  existênci nturl, reliz um reino de oba l
mor
mor trnsgurd Ess obr obr é  obrigção d existênca  
ren pr o justo;
jus to; não h á nd mis que ele tenh de fzl'r.
Ness rm,  doutrin ds bos obrs poi  poi  idei de Lul'
ro do "estdo
"estdo cristão Tods s ocupções
ocupções humns, de de d e  
mis elevd
elevd té
té à inferior,
inferior, têm seu gru n ordem crism
crism   
 
d e um sociedde cristã; e els podem ter esse es se gru
gru porqu
po rquee S í l n
igulmen
igulmente te trnsgur
trnsgurds
ds pelo mor que se tornou imn imn    
no mundo. Ess é  doutrin que, especilmente depois de sua
intensic
intensicção
ção por
po r Clvino,
Clvino, se tornou  grnde rç orie orie a
dor ds sociedd
soc ieddeses pot
p otestn
estntes
tes em
e m su relizçã
relizçãoo do
d o p r í
so progressivo A m de distingui ess prticulrme   ·
ess idei prticulrme
lutern e clvinist
clvinist de um príso terrestre de outrs outrs idea
ide a

17 Matin Lute, Treatie on Good Works. n: Work of Martin Luth;   
Phlad
Phladelp
elpha
ha A J Holman
Holman  9 1 5 p. 1 90.
 8 Lteo, Vo n der Feiheit, ponto 23 (ve n   anter
anterio
io))
1 9 bidem ponto 23.
20 Ibidem, ponto 22.

304 1 Hstória das


da s Ideas Políticas - Renasceça
Renasceça e Refrma
iiatas
i iatas e evcioná as, aemos dea como de uma  es
evcionáas, es 
tologia respeitáve
respeitáve Em conclusão, notemos
n otemos os descarria
entos óbvios a que está exposta a ideia central de Luero.
om a atroa
at roa da fé
fé a ideia
id eia degenerará na prática
práti ca agressiva e
tilitária da sociedade de bem-estar sem cultura do intelecto
nem do do espírio,
espírio, que tão bem conhecemos. E teoreicamene,
a conexão
conexão ênue com a tradição
tradiç ão cristã pode ser
s er abandoada
toalmente,
toalment e, e o amor imanee do mundo mund o de Lutero se torará
o alruísmo de Come e de seus sucessores pos itivistas.
Ao ler aenamente esse relato da doutrina de Lutero acer
ca de
de uma sociedade crisã, o leitor ter-se-á
ter-se -á pergunado e o
que i feito
feito da éica?
éica? Se concederm
con cedermosos que o j uso pode
pod e zer
apeas boas obras (embora seja dif difíc
íc engolir isso) , não é um
pouco emerário dizer que as obras más não zem o omem
mau? E mesmo
m esmo se concedermos que apenas ape nas os crisãos de féfé
luerana esão salvos (embora, é claro, esteja
esteja danado um ho ho 
mem que ama Deus não n ão por gratidão,
gratidão, mas num
nu m ao de respos
ta ao toque de sua graça) e que toda a glória que i a Grécia Gréc ia
não leva a parte
parte alguma, senão ao infern
infernoo  ainda assim, não
houve virude de maneira alguma nos pagãos? Santo Agosi
nho era mais tolerante e concedia aos romanos ao menos a
onra perane Deus que o Salvador aparecesse no império
deles. E mesmo de um ponto de visa paulino: o que i feito feito
da revelação
revelação de Deus aos pagãos pela lei da naureza?
naureza? O leior
rá em vão suas pergunas.
pergun as. Lutero estava ndamenalmene
preocupado com nada mais do que a promulgação de sua ex
periência pessoal
pessoa l peculiar
peculiar e sua imposição como uma um a ordem
ordem
de existência
existência na humanidade em geral. Começa a abeira abeirar-se
r-se
a sombra de obscurantismo
obscurantism o egoísta, essa
ess a rça mais re do
mundo moderno. Todo o reino de problemas que deve ser
enconrado a Ética de Aristóeles ( der schalkichte Reide Reide [ o
pagão
pagão mala dro] ) ou nas quaestiones sobre a ei na Summa d e
maladro]
Santo Tomás não existe para Luero. Ele simplesmene
simplesmen e ar
mava que "todo mundo pode noar e dizer a si mesmo quando
z o que é bom e o que não é bom; pois se ele encontra seu
coração conante de que agradaagrada a Deus, a obra é boa, mes
mo se
s e sse
ss e uma coisa tão pequena como apanhar uma pala.

Lutero e Calvino ) 305


1 - A grande confsão I:I : Lutero
S está uset  cfç, u se   dvd,   0 , .
bo2 1 A dcisão
dcisão do
d o corçã
corçãoo rsov
rsov tds s
 s m
 m p lc�·1)1. ,
conitos d vlors No corção d utro vm rlití
conitos
 "consciênci
"consciênci d Knt Pr Lutro,
Lutro, ntrtto    
ntrtto 
pr Knt,  étic d consciênci podri n práic   r pr ·
nchid com  citção ds convnçõs étics  d a o d  ·   1
concrt d socidd. Com Knt, o imprtivo
im prtivo gór
gór   
<uziu muito rspitvlmnt  idi concrt d ua ua n 
nidd d donos d cs com status conômico pe'
E o corção d Lutro rvoulh como
com o dsjávl um so
d  conomicmnt
conomicmnt simpls; o corção é clro no pot
po t  1  ·

grnds mrcdors  nnciros como os o s Fuggr dv �


rdos,
rdos,  qu juros  taxs d 20% são go d d  não rs

§ 7. Re
R efexões posterio
teri ores

O no d 1520 mrcou o ponto lto no 


doutrinl d Lutro No no sguint s complicçõs rü
comçrm  rçá-lo m corolários, modicçõs  me11
ds qu no
n o todo, culminr
culminrm m num colpso
colpso d
d  su posiç  "
1520. Não há h á nnhum intnção
intnção d
d  trçr ss históri
históri 
srávl
srávl m pormnor; ml prtnc  um históri históri  ds d
polítics ms já é d
d to
to prt d cdi d contcim
contcim 
ctstrócos
ctstrócos qu culminrm n Gurr ddos os Trint Anos 1 k
vmos
vmos rstringir  noss nális dss rsultdo compli
c ompli
 mlncólico o trtdo Von weltlicher
weltlicher Oberkeit,
Oberkeit, wie ma
m a i/
Gehorsam
Geh orsam schuld
sch uldig se i [ D Autorid
ig sei Autoriddd Tmporl, tété O
O  o
Homm Dv Obdiênci]
Obdiênci] , d 1523
Os historidors d idis polítics normmnt dão cs
pcil
pci l tnção  ss trtdo porqu
po rqu supostmnt
supo stmnt coté 

2 1 Martn Luter, On Good Work, p 89.


 2 [Ver Luther Werke vol. (229) p . 24580 O manuscto orgn d 
vol.  1 (229)
novo não indica que texto Voegein esá usando Para uma vesão em ingl•"
Lull ('l..
esse texto ve Luthe, Luther Works vol 45 ( 1962), 8 1 -1 29, e Lull
Martin Luther' Basic Theological Writing p. 655-703]

306
30 6  Hisóa das
das Ideias
Ideias Políticas
íticas - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
osiço mais omeoiada de utero soe suas ideias
ceetes à autoidade govenametal, ou, como é e

uetemente chamado, de sua "teoia do Estado  Em nossa
oinião, essa visão está ao menos distorcid
distorcida,
a, se
s e não inteira
mente errada Luteo não tinha nenhuma teoria do Estado,
e ão poderia te uma, poque o termo estado ainda não era

ate do vocaulário
vocaulário ocidental; e poque o própio estado, no
sentido
sentido de uma organização de um povo secular
secular imanente
imanente no
mundo
mundo e asoluta,
asoluta , ainda estava
estava muito no começo. O tratado,
omo indica o título lida com a autoidade temporal no sen
ido medieva; e mesmo essa muação como veremos não
é muito exata porque nesse estágio Lutero estava inclinado a
egar o status carismático da autoridade temporal que ele ti
ha permitido
permi tido nos tatados de 1520; nessa época, a autoidade
tempoa tinha-se movido de vota para o status dos podees
pagãos que existem, como encontramos nas Epístolas de São
Paulo Mas mesmo se zemos todas essas coreções, ainda
seia incoeto dizer que o tatado contém o pronunciamento
mais explícito de Lutero soe a teoria da autoidade tempo
a, pois o ponto é que ele tinha tal teoia dede autoridade tem
poral em 1520 e uma inteiame
intei amente
nte difeente
difeente em 1523. A teoia
de 1523 tem de se colocada no pano de ndo dos tratados
anterioes pois só assim podemos econhece a mudançamudança nas
ideias de Luteo como seu colapso e podemos interpretá-lo
como a consequência de suas ações condenáveis de 1520.
A ocasião para
pa ra o tatado Von weltlicher Oberkeit [Da Au
toidade
toidade Tempoal]
Tempoa l] ea um ato de censua
censua Em alguns
alguns terri
tórios alemães
alemães  Lutero mencion
mencionaa especicame
especicamente
nte Meissen,
Mark e Bavái
Baváiaa  sua tradução
tradução do Novo Testamento
Testamento i poi
ida,
ida , e pessoas que tinham
tinha m cópias
cópia s ram odenadas a entregá
entregá
las às autoidades púicas Lutero aconselou
aconselou seus leitores
a desoedece à ei e a soer as consequências como
c omo máties
cristãos A m de apoia seu conselho explicou a instituição
divina da autoidade tempoal, a origação de sumissão a
ela a extensão e limites da jurisdição tempoal e a obiga
ção do cistão de desoedece quando a autoidade tempoal
tempoa l
tasgide sua esfea
esfea legítima

1-A grande confusão


confusão : Lutero
Lutero e Calvino  307
A doutrin d l 523 ee u pn d c ca
a
 m a d     1  
n do Apelo d 1520, à mdid qu m m mbos  caca   I' ' '

pri posição Lutro s nd m Romnos 13 l  vcrsíl ·,


posi ção d Lutro
sguints Todo o homm stj sujito os ers sp·
riors porqu não h á podr qu qu não vnh d Dus  o 1
há,
há, sss rm por Dus Dus ordndos Aqul pois qu rsik i 1
potstd,
potstd, rsist à ordnção
ordnção d  Dus  os qu lh rcsstl.
 si
s i msmos trzm
trzm  condnção prínci   
condnção porqu os prínci
são pr tmr qundo
qundo s z o qu é bom, ms qua  •,
 z o qu
qu é mu
mu  Qurs
Qurs t u pois não tmr  potst
potstde?
de? h . i
bm! E trás
trás louvor dl msm porqu
porqu  o príncip
prínci p é o mw
tro d
d Dus pr bm tu tu Ms s obrrs ml,ml, tm:
tm: p
p  1 
,,
não é dbld qu l trz  spd
sp d  A m m d ntndr
ntndr  qw
contc
contcuu com ss pssgm
pssgm sob
sob o mu trttrtoo intrpr
intrpr     
dos príodos
príodos postriors,  m prticulr ns mãos d L L '
' 
tnhmos m cont qu  crt crt é dirigid
dirig id à comunidd
co munidd s
romn, qu s utoridds
 utoridds govrnmntis  qum l l  '
fr são pgãs
pgãs  qu os mmbros d comunidd
comu nidd são lgu
lgu 
poucs pssos
pss os (como
(com o trnsprc do contxto d crt) q
são culpds
culpds d todos o s tipos d  inclinçõs
inclinçõs dsdsgr
grdá
dáw w 
 tos  qu  mç d d  utoridd govrnmntl
govrnmntl srá n a
opinião dd  São Pulo, bo pr ls
No Apelo d 1520, Lutro usou o conslho pulino no c
,,
txto d su idi
id i do stdo cristão "O mgistrdo j á não
r pgão, ms cristão
crist ão , continund
cont inundoo  trdição mdiv
mdiv 
nção
nção govrnmntl
govrnmntl tinh-s
tinh- s torndo s nçõs crismü
cris mü
tics no cor
co rpus
pu s my ticu m. Além disso,  comunidd
mys ticum. comun idd crist < <
não r um nclv
nclv num socidd não cristã c ristã ms o Est
Est
r idêntico  tod  nção. Dí um dsnvovimnto dss
Estdo cristão podri dispns r os srviços d um scrdó scrdó
cio univrsl d má vontd, com su cbç m Rom; so
o princípio do scrdócio d ligos, todo mundo r scrd scrdo o
,,
t  bispo,
bis po,  Lutro podi plr
plr pr
pr  "nobrz cristã pra
tomr  obr d rrm como um to d utogovrno do
,,
Estdo cristão ncionl Agor, Agor, três nos dpois, tudotudo ississ 
tinh
tinh  muddo stmos d volt os tmpos d Cristndd Cri stnddee
inicil. O govrnnt d novo é um mgistrdo
mgistr do não cristão
cris tão qu

308 1 Hisória das Ideas Polítc


Polítcasas -Renas
- Renascença
cença e Refrma
Refrma
rsg
 rsg trancamen
tranca men os crstãos
crstã os ndo
nd o a ntr
ntrga
ga da tra
tra
ção
 ção d Lutro;  os crstãos são d noo uma minoria dis dis 
osta
os ta m ordm d batalha
batalha num mar pagão O qu acontcu
ara qu tais rsultados
rsultados iolntos s
s  produzissm?
A prgunta lvanta problmas qu assaltarão todo o cur
so da história política  intlctual ocidntal
ocidntal tura; pois nos
anos subsqunts a 1520 podmos pod mos obsrvar na cruldad
cruldad d
su comço os fitos
fitos d longo alcanc da atividad d ut
ro A mudança m sua s ua posição
posiçã o é a consquência imdiata d
sua dstruição da autoridad spiritual institucionalizada As
dias d 1520 podriam tr a aparência d "rrma, con
tanto
tanto qu prmancss a "nobrza cristã dotada do caris
ma do sacrdócio para prnchr o lugar d d uma
um a autoridad
cristã pública d tal manira qu a dstruição vrdadira da
ordm spiritual  pública não s tornass tão visívl Em
1523 ssa chada ruiu; ruiu ; utro como um indivíduo privado,
i rçado à posição
pos ição d autoridad spiritual
spiritual contra um po
dr tmporal qu agora agora s tinha
tin ha tornado
tornado não
nã o cristão Em
E m três
anos a individualização
individualizaçã o  privatização da xistência rligiosa
tinha dstruído tanto os podrs spirituais quanto os pod pod 
rs tmporais
tmpora is carismáticos do quilíbrio glasiano mdival
O l já tinha
tin ha d conar na Bíblia contra a autoridad da igrjaigrja
 d sus concílios,  agora utro tinha d aconslhálos a
conar nla também contra contra os príncips.
príncips . O podr spiritual
tinha-s mtamorsado no Anticristo, o podr pod r tmporal no
tirano pagão   ntrntr ls o cristão individ
individual
ual ra
ra dixad
dixadoo a
vivr
vivr pla Escritura  sua consciência Não é ncssário dizr,
a situação ra xistncialmnt
xistncialmnt insuportál; a ordm da co
munidad d algum tipo tinha d sr rstaurada rstaurada;; mas
m as lvou
um século  mio d gurras sangrntas ants d a stabiliza
ção tmporária squr podr obtr, plos vários compromis
sos,
sos , ntr a pluralidad dos Estados sculars  a pluralidad
d igrjas
igrjas qu mrgiram do nauágio Em nosso studo d
Maquial indicamos o signicado do ano d 1494, com sua
invasão da Itália,
Itália , como a abrtura
abrtura rmal do príodo modrno
d pleonexia m scala nacional; gostaríamos
gost aríamos d ntizar o
signicado do ano d 1523 como o término rmal da Idad

1 - A grande confsão : Lutero


Lutero e Calvio 1 309
Média pe a des tr u  ção dos símbolos d ordem pfülica n i .  .

ocidental pela húbris de de um


um indivdu
indiv du pivad
piva d
Como os instrumentos conceptuais para sua destri\,1
Lutero usou os termos agostinianos de civitas Dei  ct
terrena
terrena (Re
( Reich
ich Gottes,
Gottes, Reic Welt).. Todos os hom en  p
Re ichh der Welt)
tence
tencemm ou a um ou a outro outro Os membros féis são sã o m
m  
do reino de Deus, sob Cristo, seu rei re i e senhor;
senhor; todos os o u t r  s ,
que são a grande
grande maioria,
maiori a, pertencem
pertencem aaoo reino do mu n d o ( h 

membros do reino de Deus não precisam precis am da "espada nm d.1


e i temporal
temporal.. "E,
" E, se
s e todos
todos ssem cristãos correto corretos,s, ou s l'j i  ,
féis corretos, nenhum príncipe, nem rei, nem senhor senhor m·1
espada nemnem ei seria
seri a necessário ou útil.útil . "Já que eles
eles tê u
espírito santo em seus corações, não há nenhum co
que exija o estabeecimento pela autoridadeautori dade temporal El's
cristãos,
cristãos, entretant
entretanto,o, são muito poucos Daí Deus ter ci ci

outro regimento
regimento para os não cristãos "ra do Estado Estado cri
cri  <
e reino
reino de Deus
Deus  ou sejaseja,, o reino do mundo
mundo comcom sua esp
esp11
que prevenir
preveniráá e punirá os o s maus atos. Embora
Embora os dois mu
dos e seus
seu s regimentos, em sua natureza
natureza estejam estritame
estritame  '
separados, estão misturados na reaidade social Os pou
cristãos vivem j untos com a vasta massa de não cristãos m
uma sociedade. Os cristãos com sua ética de não resistên resistên 
não teriam tido
t ido chance de sobreviver
sobreviver a não ser se r que o mal d
d 
não cristãos sse restringido pea autoridade governam govername e
tal; e os não cristãos não poderiam ter existido de manei manei
alguma sem uma ordem ordem impos
im posta ta pela rça. DaíD aí o regiment
regiment
temporal ter a nção utiitária de assegurar "corpo e pr
priedade e todas as a s coisas extern
externasas nesta terra, a cristãos e
não
não cristãos igualmente.
Da estrutura dualista
dual ista da humanidade
humani dade na socs ocieda
iedadede deriva
derivamm
as regras da conduta
condu ta cristã com reação
reação ao poder
po der da espada. Em
primeiro
prim eiro ugar, não há nenhum poder
pode r da espada entre
entre cristão
porque não há nenhuma
nenh uma necessidade dea os cristãos
cri stãos viem
viem
em paz, sem violência,
violência , sob Cristo
Crist o Segundo, embora um um cris
cri s
tão não deva
deva usar a espada por si s i mesmo,
me smo, deve
deve submeter-se à
autoridade tempora escrupuosamente por caridade O poder

31 O  História das Ideias


Ideias Políticas
Políticas - Renascen
Renascençaça e Refrma
a espaa é  tiiae namenta a ses companheiros
e tem de reconhecêa e respeitá-a e não entregarse a ideias
selvagens e lar de Cristo como o único ún ico senhor
sen hor a quem deve
oediência, porque
porq ue com ta conduta ee coocaria em perigoperigo a
estailidade de governo
governo e a segurança de seus companheiros 
Apoiar a autoridade temporal é uma ora de amor , tal como
ajudar o doente e o minto Precisamente porque o cristão
espad a e da ei temporais , "ele deve servir os
não precisa da espada
que ainda não ascenderam
ascenderam tão alto como ee , e por isso ainda
precsam dela ,,  E terceiro , o cristão está na origação , peas
mesmas razões de amor , de empunhar a espada ele mesmo
se a situação o exigir É uma obra que é úti para o mundo mun do
"Daí, quando
quan do vês
vês que há necessidade de um executor
executor, poicial,
senho r ou príncipe , e estás preparado para a nção , de
juiz, senhor de 
ves of
o ferecerte para ela , para que o poder necessário não seja
desprezado , enaquecido
enaquecido ou pereça
pereça  "Então amas as coisas
se cominam muito em: satiszes as exigências
exigências do reino de
Deus e do reino
rein o de mundo , externa e internamente; soes o
ma e injustiça, e ao mesmo tempo punes o mal e a injustiça;
não resistes ao mal , e ao mesmo tempo resistes a ele ele  "Pois
"P ois o
amor passa
pass a por tudo e sore
sore tudo , e olha apenas para
pa ra o que é
útil para teu semehante
semehant e
Lamentavemente
Lamentavemente as duas coisas não se cominaram mui
to em. O perigo da interpretação provém do empreg empr egoo erra
do que Lutero z das ideias agostinianas. Na especulação de
Santo Agostinho , a civitas
civitas Dei e civitas terren
terrenaa são os reinos
rein os de
história transcendental Na história empírica , sacra e pro
n a, as institui
insti tuiçõe
çõess tangíveis são a igreja
igreja e o império
impé rio A igreja é
representante da civitas Dei, mas não é idêntica a ea; apenas apena s
parte de seu estatuto pertence à civitas Dei; outra parte , talvez
a maior, pertence
pe rtence à civitas terr
terren a. O ponto é que a salvação e
ena.
a danação útimas
útimas são conhecidas apenas de Deus; Deu s; não há ne
nhuns
nhu ns critérios empíricos para pa ra distinguir entre
entr e a alma salva e
a danada; o núcleo da civitas Dei é "invisível
"invisível Quando
Quando utero
emprega os termos agostinianos , regressa a algo como o signi s igni
cado ticoniano deles A ideia agostiniana da igreja é destruída
pelo princípio de d e justicação
jus ticação solafdes; a Cristandade se torna

1 A grande confsão I: Luter e Calvino 1 31


-
uma qustão d comprar um vro  usá-o usá -o d acor cm  i  1
trpr
trprtaçãtaçãoo d Lutro;
Lutro; s sgu
sguir
irss as nstruçõs
nstruçõs  co co r'
 r' 

Dus, stás salvo, d d outro
outro modo, não O uatra
uatra sm    1
d Lutro
Lutro uticou ao tornar tornar mpiricamnt xpr \  
xpr \
a justicação; a civitas Dei tornas visí visív
v mpiri
mpiricame
came ' 1 1 
consciência
consciência do justojust o Ess é o ponto ond ond comça
comça o prk·
prk·     1
 pois a consciência d  sr sr um cristão
cristão j usto não é tão tão d i  f  l
d  obtr;
obtr;  o qu dvmos zr quando indivíduos cuj cuj �  
obviam
obviamnt nt prcisa d algum
algum io
io nos dizm qu são cr   
justos
jus tos  qu o podr da spada não dv sr usado contr l's,
quando stamos, talvz, diant diant d um movimnto
movimnto d m m 
d cristãos
cristãos justos qu qu  xig
xigmm qu a autoridad
autoridad govrn
govrnam
am   I
sja totalmnt abolida porqu todo mundo stá mpr
mnt na civitas De De ? Lutro stava
stava aito com ssa prg 
ta. Viu muito bm qu "homns maus sob o nom crisü
mprgariam
mprgariam mal ma l a librdad vangélica;
vangélica; ntrgars-iam
ntrgars-iam 
patirias  iriam qu são cristãos  não sujtos à l o �
,
spada  como como agora algunalgunss stão
stão dsvairando  Sua souç
para ss apuro é a distinção
disti nção ntr os vrdadiros
vrdadiros cristãos da
Reich Gottes  os outros  "pois o mundo  a massa são  sr
não cristãos msmoms mo qu sjam batizados  s chamm cr

tãos  Para ssa massa, a autoridad tmporal ofrc ofrcrá
rá u
io. Então
Entã o somos jogados d volta ao govrno Mas  s 
govrno não mprgar sus podrs apropriadamnt , m
vz d
d ar os não cristãos,
cristã os, intrf
i ntrfrir
rir nos
no s cristãos
cristão s por
po r rm
rm
a Bíblia dls? Então o cristão justo just o tm
tm d rsistir   ntã ntã
somos jogados d vota vota d novo na consciência
consc iência individua, qu
diz a todo
todo mundo s l é ou não um cristão cristão justo
Obviamnt
Obviamnt não há nnhuma manira d sair dssa dss a con
são. Quando
Quan do a ordm da tradição
tradiçã o  das instituiçõs
insti tuiçõs é dstruda
quando a ordm é posta à mrcê dcisionista da consciência
individual
individual dscmos ao nívl da gurra
gurra d todos contra todos
todos 
Uma suspnsão
susp nsão tmporária
tmporá ria d tal anarqia
anarq ia pod vir apnas
apnas
pla rmação d novas ordns d comunidad
comunidad m qu a tra
dição é m part rcapturada , com rça socialmnt
socialmn t ativa
imposta
impo sta como uma ordm pública objtiva
objtiva sobr consciências
rblds Essa é a situação da qua mrgiu a nova ordm ordm d

3 1 2 j História das Ideas


Ideas Polít
Política
icass - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
necessdade, o sad secua co a rison d'état coo sua sua
egra de conduta, ebora as grejas tenham de acetar uma
regulamentação monopolista ou puraista de seu status, de
acordo com o interesse do Estado No momento de Lutero
entretanto estamos no começo da grade desordem através através
da rebelião evangéica.
evangéica. A liberdade do cristão poderia encon
en con
trar a interpretação que na verdade
verdade encontrou os Doze
D oze Arti
Arti 
gos dos camponeses
campones es revoltosos
revoltosos de 1525; no artgo Ili, exigiam
os camponeses:
camp oneses: "Tem sido o costume
costu me até agora de os homens
nos mantere
m anteremm como propriedade deles; e isso é lamentável
observando-se que Cristo nos redimiu e comprou a todos com
o derramamento de Seu precioso sangue aos pequenos e aos
grandes não excetuando ninguém. Portanto concorda com
a Escritura que sejamos livres e será assim Aqui temos o
homem
hom em comum iterpretando as Escrituras de acordo acord o com o
entedimento
entedime nto de sua fé.
fé. E o que respondeu
responde u Lutero?
Isso é fzer
fzer da iberdade
iberdade cristã ua coisa copletaente
carna Abraão e outros patrarcas e profetas não tvera
escravos? Lede o que São Paulo ensna sobre os servos, que,
na sua época, eram todos escravos. Portanto, o Artigo é to
talente contráro ao Evangeho É um roubo pelo qual cada
u toa de seu senhor o corpo que se tornou propriedade
de seu senhor. Pois o escravo pode ser crstão e ter a liberda
liberda
de cristã da esa aneira que u prisionero ou um do
ente é cristão e no entanto, não é livre. Este Artigo tornara
todos os hoens iguais, e transrara o reno espirtual
de Cristo nu reno externo e teporal; e isso é possíve,
pois u reno temporal não pode anter-se a não ser que
haja nele ua desigualdade de pessoas, de ta anera que
alguas são livres,
livre s, alguas presas, aguas senhores,
senhores , algu
mas súdtos, etc.23
Os camponeses
ca mponeses seguindo
seguin do a iterpretação
iterpretação que deram à Es
critura e aos próprios
próp rios "coraçõe
"co rações
s deram o passo em direção
à revolução pela vioêcia Esse i o m da usão de uma

23 Martin Luther Admoniti


Admo nition
on to Peace:
Peace: A R to the Twelve Artcle
rtcle of
of the
Peasant in Swabia. ln: Works of
ofMartin Luther, 4, p. 240.

1 A grande confsão I: Lute


- Luteroro e Calvi
Calvioo  3  3
m pel covesa N Von wlticher Oberkei, Lutl ;1
tin consldo qu  sa ão poderi s rcvlid1
pl violênc
violênci
i " A si é um cois spitu;
spitu; 
  pod.'•
cotál com
co m fo,
fo, quimá-
quimá - com fo
fo ou gál
 gál a águ.'
Cb os bispos lut cont  si plo nsinm
nsinm  M . 1 �
o qu s
s  dvi
dvi z qundo o s cmposs étic ;
ouvim Luto, su pofsso piscopl, m 1525, quad
pgm
pgm m ms cont os o s snos  qum ss ms
pofsso
pofsso tinh cct
cctizdo
izdo dois nos nts como "no
"no   
mnt oso s mios tolos  vlcos dst t? A efra
efra  ·
ton um pântno sngnto;  Luto dixous afundi
nl com su mos
m os xotção os tolos  vlcos p a
sc
sc os
o s éticos
Luto vivu ind mis vint nos ms m 1525 po
dmos diz, stv cbdo A volt dstutiv d 50
lv o cmino d lógic imnnt p  nqu 
bno d sngu Esss cinco nos são d  impotânci
impotânci p r
totípic p  compnsão d  tod  istói ocidnt
ocidnt d e
polític
polític  d idis postio té
té os dis d oj. Entiz
Entiz
d novo qu, num vlição cític ds idis d Lutr
não podmos pmitinos s impssiondos plo s
tdo sptcul do cism potstnt; pois po is ss cism não
i mis intnção
intnção d Luto do qu d qulqu
qulqu dsd s s
consquêncis qu oscm
oscm d su tividd
tividd dunt 
séculos. A impotânci
imp otânci pototípic dsss nos não dvdv se
buscd m nd mis snão ns idis qu o pópio Lutr Lutr
ticulou Esss idis qu vim  dtmin o cuso da
cis ocidntl m s sguints:
( 1) Luto
Lut o tcou  dstuiu
dstuiu o núclo
nú clo d cultu spiitu
cistã po su tqu à doutn ddes caritate
caritat eformata. Po
pincípio sola de
des,s,  fé tnsmous num to unilt
num vção
vção xtnlizd
xtnlizd codicd ns Escitus Por
ss mtmos,
mtm os,  fé pdu  intimidd tmnt d u
mção
mçã o do omm
om m sob o toqu d gç, pcint m m
pigo d s coscdo pls tntçõs d connç otimist
 ogulo
ogulo d justicção
justicçã o Em vz disso, l s tonou (mbo

3 1 4  Hstória
Hstória das Ideias Polít
Polítcas
cas - Renasce
Renascença
nça e Refrma
Refrma
o
 o muio povavemene
povavemene não sse inenção de de uero)
uer o) uma
consciência
consci ência empírica
empírica de jusicação
jusi cação pea fé
fé que não aingiu a
subsância do homem Já discuimos as consequências dessa
cisão da naureza humana.
(2) Luero eve
eve uma
um a quoa pesada na desruição da cuura
ineecua ocidena
ocidena aravés de seu aaque à escoásica ariso
éica e à obra diabóica da cuura em gera Embora ee não
eseja sozinho
so zinho a esse respeio, e humanistas
humanista s como Erasmo e
nham ao menos uma responsabiidade
respon sabiidade ão grande quanto a de
Luero, a auoridade dese como "rermador não deve ser
minimizada ao criar a amosfera de ignorância egíima com
reação à çanha da aa aa civiização ocidena
ocidena no sécuo XIII.
XI II.
Se o espendor da Idade MédiaMéd ia se ornou obscuro pea ignorân
cia criminosa e obscuranismo dos modernos, a inuência de
Luero em de sempre ser conabiizada como uma das maio m aio
res causas.
caus as. Os efeios
efeios da ignorância ram mais noáveis com
reação à compreensão do própriopr óprio Luero e seu ugar na hisó
ria das ideias ocidenais. A sicação hagiográca
hagiográca da vida de
Luero,
Luero , e das causas
causas e circunsâncias da Rerma,
Rerma, i rompida
rompi da
apenas em 1904 peo aaque crue, mas em subsância, inegá in egá
ve, de Heinrich Denie. Aém desse caso especia, o anilo
sosmo de Luero, como o de Erasmo, ornou-se prooípico;
criou o padrão que enconramos agrava agravado
do no obscuranismo
dos ósos iuminisas
iuminisas e na ignorância
ignorância agressi
agressiva
va de nossos
ineecuais iberais, scisas
scisa s e marxisas
marxisas conemporâneos.
conemporâne os.
(3) Pea sua jusicação sola fdes, Luero desruiu o equi
íbrio da exisência humana
huma na Sua ideia do paraíso
p araíso de rabaho
rabaho
amoroso mudou as ênses de exisência da vita contem con templa-
pla-
tiva para a ideia de reaização humana úima pea obra úi
e "serviço. O homem cona em Deus; quando essa cona é
acerada, ee pode voarse e ir cuidar vioenamene de seus
negócios. Hoje experienciamos os resuados morais dessa
mudança de ênse; a aroa da cuura ineecua
ineecua e espiriua
deixou uma civiização que é exceene no pragmaismo uii
arisa num esado de paraisia sob a ameaça do movimeno
de massa quiiásico moderno.

1 A grande confsão 1: Lutero


- Lutero e Calvino
Calvino j 3  5
( 4) Em conclusã tquem na qutã do ró
ró  L1tl'r 
como um prsonldd rototpic. á mut tmr
m nosso tmpo crc d Lutro como um lmão t
s virtuds  vícios do "crátr lmão supostmnte s;\o
rvlds mis conspicumnt nl. Ess rmção, cmo
sugrimos, é tmrári. S lmbrrmos os grnds lm
dos séculos ntriors  Lutro
Lutro - homns como Albrto Mag
no, Eckhrt,
Eckhrt, Tulr, o Frnrtno
Frnrtno,, Nicolu d  CusCus - e Sl'
os considrmos comocom o rprsntnts
rprsntnts do "tipo
"tip o lmão'>, c n
tão Lutro r qus tão não lmão qunto qulqur outra
psso
ps so podi sr A rlção
rlção tri d sr
sr invrtid; Lutro, pe
pe  a
cáci
cáci históric,
histór ic, criou
criou um trço prototípico
proto típico qu tri ft
ft

rmtivos nos séculos postriors O trço d prsond
d qu stmos inclindos  considrr mis importnt é
 rvolt obstind contr  ordm trdicionl d qulqur
tipo   ncssidd dmoníc d impor sus trços idios
sincráticos sobr outrs pssos,
psso s, como um
um  rgr
rgr grl
grl Esse
trço, no ntnto, mbor s dsnvolvndo com com virulênc
pculir sob condiçõs sociis lmãs, não é spcicmnt
spcicmnt
lmão, ms pod sr ncontrdo intrncionmnt; pod
sr ncontrdo m prticur no movimnto qu podmos
chmr  sgund  sculr s d Rrm, ou sj, ntr os
intlctuis
intlctuis do iuminismo
iumin ismo  sus sguidors; ntr os homns
qu mostrm ss trço mis ntnsmnt dvmos contr
gurs tão vrids como Voltir, Condorct, Mrx  Hitlr

§ 8. Calvino
Calvino e a predestinação
predestinação

A justicção "pns pl fé


fé d Lutro lvou à dstrui
ção ds ordns trdicionis, tnto spiritul como tmporl.
A rdução d xistênci  um crtz mpíric d slvção
n consciênci d indivíduos
indivíduos disprsos prci
prci sr um imps
imps 
s O cminho d volt à continuidd
continuidd  ds ordns histórcs
tinh d sr ncontrdo Ants, porém, d xminrmos s
idis concrnnts à lut pl rsturção,
rsturçã o, tmos d studr

36
3 6 1 História das
da s Ideas Polti
Polticas
cas - Renascença e Refrma
Refrma
a rma que asumiu o problema
prob lema de utero nas mãos de Cal
vino ao combinar-se com a doutrina da predestinação.
predestinação. Essa
combinação não apenas lança uma nova luz no impasse cria
do por Lutero; também se tornou efcaz, por um tour
tou r de force,
force,
no estabelecimento de novas ordens públicas, especialmente
na Inglaterra e em suas colônias americanas.
Sobre a doutrina da predestinação como tal, não há muito
que dizer No Novo Testamento equentemente
equentemente encotramos
expressa a ideia de que todos os homens são pecadores pelo
Pecado Orig
O riginal
inal e que, por
p or razões inescrutáveis, Deus elegeu
elegeu
alguns deles para a salvação enquanto
enq uanto envia para a danação a
grande
grande massa, que não é pior do que os eleitos.
eleit os. Deixando de
lado requintes teológicos como as variantes
variantes supralapsariana e
inalapsariana,2
inalapsa riana,244 a doutrina é clara e simples;
simp les; é parte do siste
ma ortodoxo antes da Rerma, e tanto Lutero como Calvino
a aceitam. A efcácia peculiar que a predestinação
predestinaçã o teve nas soso 
ciedades
ciedades calvinistas não tem nada
n ada que ver com o conteúdo da
doutrina; provém do emprego
emprego que Calvino lhe deu diante do
impasse antes
antes discutido. 25
Que emprego deu Calvino à doutrina? A resposta a essa
pergunta encontra difculdades sérias porque a imagem ha
giográfca de Calvino é ainda a convencionalmete
convencionalmete aceita; ain
da não apareceu nenhum Denie para despedaçar os pés de
barro do ídolo O presente estudo não é o lugar apropriado
para levar adiante, com minúcia
minúcia e entusiasmo,
e ntusiasmo, essa operação

24 Supraapsáo:
Sup raapsáo: aquele que sustenta haver Deus pedestinado os homens homen s paa
a salvação ou a danação antes de ter decretado a queda de Adão. Cp Inalap-
sário, sectáio do inalapsarsmo doutina herética que sustenta que Deus,
depois do pecado de Adão e Eva condenou antecipadamente certo número
de homens os quais não têm por isso meios de se salvarem (Caldas Aulete
Dicionário Contemporâneo  Língua Portuguesa Versão eletrônica disponível
em wcalda caldasau
saulet
letecom.
ecom.br).
br). (N T.)
25 Sobre a ecácia geral
geral da doutrina
doutri na na
n a frmação d atitudes soci e econômca
ver a literatura imensa na estera do Die Di e prot
pro testantische
estantische Ethik
Ethik und r Get s s
Kapitalmus e Die Die protesta
protestantchen Sekten undun d r
r Geist s s pitalm
pitalmus, us, ambos
em M Weber Gesammee Aut zur Reigionssozioe, vo. l , Tübingen,
Mohr, 1 920,
920 , reimpressã
reimpressãoo J C B
B  Mohr Paul Siebeck
Siebeck]] , 1 998.
998 . [Ambos
[Ambos os ensaios
ensaios
citados estão em Max Weber, The Protestant Ethic and the Spirit of Capitalism.
Trad Tacott
Tacott Parsons.
Parsons. Nova
Nova Yor,
Yor, Chares
Chares Scribner's Sons  9 58.58 .

l - A grande
rande confsão
confsão I: Luter
Luteroo e Calvino
Calvino  3 1 7
d dspdaçam
dspdaçam  Tem de ei- a ç d o
quadro tradicioal
tradicio al à mdida u a enham
enha m um
um ap
ap  dire
to no tratamnto
tratamnto qu qu Calvin
Calvinoo dá à pdstiação
pdstiaç ão A p
pm
m
dssas corrçõs tm d sr aplicada à avaliação
avaliação costumi
costumi 
das Instituiçõe
Instit uiçõess da Religião Cristã como a grand apst
Religião Cristã apst 1 
sistmáti
sistmática
ca da
d a tologia
tologia rrmada
rrmada A doutrina da d a pd
pdi
i
ção é dsnvolvida nas Instituições  não podmos chg a
uma comprnsão da doutrina a não sr qu ntndam o
carátr
carátr gral da obra
obr a
As Instituições não são, lando apropriadamnt, um lv
mas um trabalho m curso. Foram publicadas
publicadas primiram
primiram 
m 1536,  m latim, como Christiana
Christianaee Relig
Religionis
io nis Institutio. De -
viam sr,
sr, como
com o a "Carta
"Carta ao litor indica, um guia a umum nt
nt 
dimnto
dimn to mais rápido  caz da doutrina
doutr ina cristã,
cristã , basada nas
Escrituras para cristãos vangélicos; o próprio Calvino surg
no papl do profssor carismaticamnt dotado, cujo dv
ra aprsntar o srviço às mnts mais simpls. Embora a
" Carta ao litor ntiz
 ntiz o carátr da
da obra como uma summ,
a "Carta ao Ri
Ri  ntiza o carátr d uma
um a dfsa
dfsa  conssão
da doutrina cristã vangélica Dsss comços a obra crscu
crscu
até chgar à dição considravlmnt aumntada d 1539
(m latim)  d 1541 (m ancês),
ancês ), organizada m dzss
dzsst
t
capítulos. Nssa rma,  spcialmnt na tradução ancsa
d 1541, a obra s tornou o clássico do novo crdo
crdo Os aumn
tos postriors  rvisõs nalmnt culminaram na dição
d 1559 (m latim)  1561 (m ancês) m qu o assunto i
organizado m quatro parts (Pai, Filho, Espírito, Igrja) d
acordo com as as divisõs do Crdo Apostóli
Apos tólico.
co.
A doutrina da prdstinação rvla gradualmnt sua
nção no curso dssa história litrária
litrária Na primira dição
dição
d 1536, a doutrina não tinha lugar notávl. Na dição d
1539/1541 é dsnvolvida lagamnt
lagamnt no Capítulo VIII VI II mas
ao mnos dntro dss
d ss capítuo é ainda conjugada d d mani
ra tradicional com a matéria da Providência
Providê ncia Qu
Q u algo novo
novo
stavas frmntand
frmntandoo podmos concluir,
con cluir, ntrtanto,
 ntrtanto, do to
d qu o capítulo sobr a prdstinação  providência tv

3 1 8  História das Idei


Idei Políi
Políicas
cas - Renascen
Renascençaça e Refma
Refma
se lga
l ga deois dos catlos
catl os soe a fé
fé e não onde eten
eten 
ceia de acodo com com as eigências sisteáticas como uma
sequência ao imeio caítuo sobe o conhecimento de
Des Finalmente
Fin almente a edição de 1559/1561 osra todo o signi
cado da douina
douin a A maéria da rovidênia i movida para
a Parte  (soe Des)
De s) a que ertence, eboa o tratamento
esendido da edestinação enha sido asgado
as gado desse contex
o e agoa colocado
colo cado na Parte II (sobe o Espírio)
Esp írio) sbseqen
sbseqe n
e ao raamento da jsticação
j sticação pea fé
fé enas esta última
edição tem a nção da edestinação inteiamene desenvo
desenvo
vida; e a chave mais impotane paa sua compeensão
compeens ão é seu
 gar curioso nm contexto que odemos
ode mos caacteizar como
da "cura das
d as amas N ssa anáise será baseada nessa orga
nização nal da doutina
As peiminares ieráias indicam que a nção da dou
tina deve ser
ser enconrada não não em seu conteúdo, mas em e m se
ugar sisemático Essa eeão taz-nos de vota ao caráte caráte
gea das Instituições de Cavino
Cavino Uma ae muio impoane
impo ane
da avaliação convenciona da oba é inteiramente
inteiramente justicada.
É ma çanha iteáia
iteáia de primeia ode
ode o sa clareza
c lareza de
oganização
oganização e suasu a ucidez de argumento.
argumento. alvino ea um mes me s
e da íngua; especiamente a tradução de 1541 é m  m marco
marco
no desenvovimento da ínga ancesa e do estio de rosa,
com aáve em imortância apenas à obra
comaáve ob ra de Rabelais Não
poderia ecebe um eogio eogio maior do quequ e o cumpimento ad
miado de Bosse
Bos se de que Cavino escevia como os mehoes
mestres do prório século
séc ulo do bispo
bisp o Paa aém
aém de todas as di
visões de reigião, as nstituições são m  m parimônio iteário
da nação ancesa Ademais, a oba é esmagadoramente
esmagadoramente im
ressionane como a çanha de um gênio precoce Quando
Cavino a concebeu e escreve, inha 25 anos; as edições pos po s
teriores
teriore s aumenaram pea adição e reog reoganização, mas muito
pouca evisão do exto oigina; a concepção
concepção e as ideias nda
 nda
mentais (com
( com a eceção da pedesinaçã esavam á desde o
começo
começo  E,
E , nalmente
nalmen te nenhuma exceçã
exceçã ode
ode se feita
feita ao jul
ju l 
gameno de que é um compêndio
compênd io magisa
magisa de dorina
dor ina evan
géica sem riva Pea intensidade da eeiência eigiosa,

 A grande
- rande cnfsão
cnfsão I: Luteo
Luteo e Calvino
vino 1 3  9
pelo engenho e rudição, pe a claeza da exposição e f,·a1hi
literári,
literári, e pel clre
clre inteectu
inteectul
l em reção
reção o
o 
 

sobre os quis Clvino queri ser clro ele i um
um ho me  dl'
quliddes invulgres
Pr lém desse ponto, nosso julgmento tem de seg
um cminho menos convencionl As Instituições são c n
siderds o grnde sistem de teologi evngélic
evngélic e Cv
Cv 
um grnde pensdor
pens dor sistemático s Instituições são louva
louva
não pens por
po r seus méritos literários, su su  clrez
clrez de e
sição e su brngênci
brngênci ordend
ordend é tmbém louvd louvd co
co  
 obr dede um
u m grnde
grnde intelecto,
intelecto, como um u m sistem teológ
conclusivo
conclusivo e coerente. A esse julgmento temos de opor u a
contrdição
contrdição ctegór
ctegóric:
ic: els não são nd disso
diss o E ind m
m 
temos de insistir que esse julgmen
julgmento to é ncrônico no se 
tido de que desconsider  situção intelectul
intelectul nn  primea
metde do século XVI Um obr com s intenções super
ciis ds Instituições tem dus possibiliddes
po ssibiliddes de obter grn
dez intelectul - nenhum ds quis poderi ser obtid po
seu utor. Em primeiro lugr, Clvino poderi ter feito feito su
própri declrção de intenções serimente, ou sej, pode
ri ter tentdo um
u m exposiç
exposiçãoão d doutrin
dout rin cristã com bse no
Novo Testmento. Ess tenttiv teri reveldo  estrutur
históric do Novo Testmento; teri reveldoreveldo que nenhum
doutrin cristã
cristã inequvo
i nequvocc pode ser extrd do texto;
texto; que 
Cristndde dos Evngelho
Evngelhoss sinóticos,
sinó ticos, do Evngelho
Evngelho de São
João, ds Epstols de São Pulo e d Epstol os Hebreus
(pr mencionr pens qutroqutro linhs principi
princ ipis)
s) represent
vrintes que não podem ser se r orgnizds
orgnizds num doutrin sis sis 
temátic
temátic sem contrdições. Por cus cus  do estdo d lologi e
do conhecimento histórico,
históric o, tod ess série de problems está
lém do horizonte
horizont e do tempo Clvino estv convencido de
que s Escriturs, se interpretds honestmente,
honestmente , poderim
oferecer
oferecer pens um únic doutrin Portnto,Portn to, su
su  erudição
bíblic tão louvd signic pens que ele tinh um ps
sgem
sgem n pont
pon t dos dedos
de dos qundo queri provr um pon
to, embor  mesm pont dos dedos d edos sse
s se judiciosmente
judiciosmente
insensível qundo s pssgens não clhvm A segund

320 1 História das


das Ideiasas Polti
Polticas
cas - Renascença e Refma
Refma
possibilidade
possibi lidade d çanha intlctual
intlctual stá paa alino no ca
minho
minh o da gand
gand tadição,
tadiçã o, ou sja,
sja , a hamonização
hamoniza ção da fé fé com
a azão Dsd Filo, o Hbu,  Clmnt d Alxandia, o
poblma da tologia "sistmática
"sistmática  tinha sido a intrpnta
ção do dogma com a mtasica: como podm pod m as nts saga
das s intrptadas d tal mania qu a vdadvdad rligiosa
s torn compatívl
compatívl com os sultados d spculaçõs losó  losó
cas autônomas?
autônomas ? O qu é "sistmático
" sistmático acrca
acrca d um sistma
doutrinal como o d Tomás d Aquino não é a doutrina qu
prtnc aos mistérios da fé,fé, mas
m as à sua mtafí
mtafísica
sica   a mta
física não é "cristã, mas substancialmnt
sub stancialmnt aristotélica Essa
sgunda possibilidad, contudo, stava fchada a Calvino,
assim como
co mo a pimia. Pois a Rma não ra uma rvolta rvolta
apnas conta a Igja; ra também, como vimos, uma um a olta
conta a ordm intlctual Embora Calvino tnha mais n
damntos osócos (spcialmnt m m stoicismo) do qu
Luto, stava m rvolta
rvolta contra a "scolásti
"sco lástica''
ca'',, assim como
su prdcsso;  isso signicava sr conta a única mta
física qu stava à disposição s s  quisss sr "sistmáti
"sist mático
co
Plo pano
pan o d ndo invitavlmnt
invitavlmnt patrístico  scolástico,
scolásti co,
as Instituições stão psadamnt
psad amnt cagadas
cagadas d agmntos
d uma tradição losóca, mas Calvino não tinha nnhum
"sistma
"sis tma pópio qu tivss dado corência à sua tologia
Embora as Instituições não tnham a corência d um
sistma, não é, todavia, uma nciclopédia d doutrinas O
argumnto d toda a oba tm uma unidad intligívl d sig
nicação Podmos povisoriamnt caactizar
caactizar ssa
ssa unidad
como uma
u ma dfsa
dfsa qu um advogado z d uma causa A ça
das Instituições stá m sua
su a concntação d argumnto sob
a ralização d um propósito prático;  st propósito pod
mos dscvêlo
dscvêlo como uma tntativa d d supra o impass d d
Luto d 1 525
525  A dsintgação
dsintgação da odm tinha lvado a civi-
tas Dei lutana
lutana  os "rmanscnts, como
como Calvino
Calvino a chama
chama
 dos éis
éis vrdadir
vrdadirosos à dispsão no ds
dsrto
rto dos répobos
répobos 
O qu dvia
dvia sr ito dsss rmanscnts,
rmanscnts,  podr-s-i
podr -s-iaa 
z algo dls? E triam ls d pmancr indiíduos isolado
is oladoss
m vida comunitáia  instituiçõs? Ou havia o bastant dls

1 - A gande confsão I:I : Lutero


Lutero e Calvino l 321
pr rmr pqen   Deve des
rtirrs
rtirrs do corpo prncp d Crstndd
Crstndd  sr sr 
 
m xistênci
xistênci sctár r d grnd
grnd grj?
grj? Nnhm e e a
a
soluçõs intrssv  Cvino El qr zr lgo lgo q, v
 v
do pl primir vz,
vz, pod sor ntástico. El cito
cito  
 aa
d Ltro crc
crc dos rmnscnts
rmnscnts , ntão, diviso m pia
no pr trnsrmr os rmnsc
rmnscntntss n
n  clss
clss gov
govrnrn   
d m Igrj
Igrj nivrs
nivrs qu splntri  Igrj
Igrj Ctólc 
 
plno é o tópco prgmático ds Instituições;  o rgmn
doutrinl,
doutrin l, spcimnt
spcimnt   dotrin d prdstinção,
prdstin ção, srv �
su rizção As Instituições, podmos dzr, são princp
mnt m trtdo político;  à mdid qu sugr um so
ção pr  situção prcári do do momnto,
momnt o, é minntm
minntmnn 
um lire
lire de circonstan ce. Ess crátr d obr é obscrci
p scl d mprs Sob o spcto mrmnt físico, físico, nã
nã 
stmos costumdos  pnsr
pns r nm trtdo d mis d 1.20
págins como m livre de circonstance  Admis, o tmnh
de circonstance
físico d obr é cpz d obscrcr
obscrcr s propósito;
pro pósito; não q
Cvino
Cvino tntss scondê-lo, ms l não o xplcito num
pssgm citávl  convnint,  dicilmnt s pod ss
vrr isso sm m litur nlític
nlític cuiddos d tod  obr
A "circunstânci
"circuns tânci qu du motvo à obr, lém disso d isso,, não r
r
um contcimnto mnor,
mno r, ms m m ctástrof
ctástrof civilizcion e
 sgstão d qu o contcimnto stimuldo
stim uldo não
nã o r mnos
do qu o plno
pln o d ndção d m nov Igrj nivrsl Fi
,,
nlmnt, o propósito
propós ito é obscurcido
obscurcido p mtér "tológic
"tológic
d obr à mdid qu m nosso mbint scrizdo não
stmos costmdos  r  r m cpítulo sobr  ntrz dos dos
scrmntos com um olho ns intnçõs polítics do utor
Esss város trços, porém, pns obscurcm o crátr crátr d
obr; não  tingm26
As Instituições são m
 m obr d poític
po ític prgmátic
prgmátic Vmos
gor trtr d su problm mis d prto, pl distinção

26
[Ver também a avaliação negativa que Voegelin z em continuação a Ca-
vino, em Erc Voegelin The New Science of Politics: An Inoduction. Chcago
Unves
Unvesity
ity of Chicago
Chicago Press
Press  95 2; reimpres
reimpressã
sãoo  987
987  p. 1 39
39 onde acusa
acusa Cal
Cal
vno de desenvolver o primeiro Alcorão gnóstico deliberadamene criado"]

322
32 2 1 Históra das Ideias Poltcas
Poltcas - Renascença
Renascença e Refa
entre os materiais
materiais da operação de Calvino
Calvino e seu modus
mo dus operan
operan--
di. No que diz respeito aos materiais, a obra ob ra é um compêndio
de doutrina cristã na esteira dos movimentos criados por u
tero Sob
S ob esse aspecto, contém pouco que sej sej a surpreendente;
surpreendente;
as Instituições são mosas pela abrangência
abrangência de sua codica
ção, não por sua originalidade No entanto, entre o asco de
Lutero e a concepção de Calvino uma década tinha passado
Sobre muitos debates já se tinha assentado o pó; os argumen
tos dos
do s oponentes eram conhecidos,
conhecidos, assim como a aqueza
de seu próprio lado; os perigos de descarrilamento
descarrilamento em movi
mentos quiiásticos
quiiá sticos e revo
revouç
uções
ões sociais
sociai s tinham impresso a si
mesmos através dos acontecimentos sangrentos;
sangrentos; rmulações
rmula ções
incautas do primeiro zeo podiam agora ser emendadas; e,
acima de tudo, o gotejar do movimento evangéico em uma
innidade de cismas tinhase tornado uma perspectiva dolo
rosa Embora as Instituições não sejam originais na doutrina,
estão permeadas por po r uma atmosfera
atmosfera intensa de circunspecção
diplomática em sua apresentação
O cerne dos materiais reunidos
reuni dos é a justicação sola de de
Lutero. A posição central da doutrina é entizada à medi
da que Cavino a emprega para sua denição de "verdadeira
"verdadeira
Igreja
Igreja2727 As doutrinas que a apoiam são aguçadas A des ca-
rm ata é excuída, declarando-se que o amor de Deus
ritate fo rmata
é um mandamento da lei, com referência a Mateus  Sob
pressão do debate interveniente, a oposição à justicação
pelas obras tem agora de decararse mais caramente como
oposição ao sistema sacramental da igreja, especialmente
ao sacramento da penitência Os mandamentos da lei ainda
têm a nção de levantar da imperfeição a consciência; mas
como um temor e terror aos pecados são agora suplemen
tados pea doutrina da d a predestinação
predestinaç ão A experiência da ver
dadeira fé é agora mais caracteristicamente denida como
um "conhecimento certo e contínuo da benevoência divina
para conosco, que, sendo ndada na verdade da promessa
gratuita em Cristo, é revelada
revelada tanto a nossas mentes
me ntes quanto

27 Imtiições, IV.ii. l .

l A grande confsão : Luteo


- Luteo e C�vino
C�vino 1 323
,
conrm
conrmd
d  nsss cô
côss e s i nt  8 O 
e si
rcimnto d místicos quiiásticos tonu ncssái d c f i 1   1
cuidadosamnt
cuidadosam nt  rgnrção
rgnrção  fé fé como um tns
tns 
ção qu
qu não
nã o rstur a inocênci
inocênci adâmic ms di di s i1i 1
trizs do Pcdo Original; a rgnrção
rgnrção dá odr r rsi r si i r
às inclinçõs pcminoss mas não as dstrói. Ess n
prcisão também corrig a incisão aguda qu Lutro e
ntr a lma  a naturza; dpois d rgnraç
rgnração
ão não há m m 
pecca fortterr pra
pecca fortte p ra Clvino; uma
u ma das marcs d vrdad
vrdadi i fé
é a perseverantia na rsistência contra o pcdo Com rç r ç
ao problm do pcado Calvino
Calvino stá no todo d novo mi
próximo da posição católica. Dos sacramntos l acita o b
tismo  a Ci do Snhor
Snhor  como instituídos las Escritur
Escritur
mas
ma s rjit
rjit os outros como adiçõs humanas
huma nas
Tis são os matriais doutrinais; ms o catáogo
catáogo é inrm
ção morta s não virmos Clvino oprando com sss mt
riais. O probm
prob m da opração provém da situção intlctu
prviamnt discutida A raison d'être ocil do movimnto
vangélico é a ndção d doutrin cristã nas Escriturs 
nda mais snão as Escrituras
Escrituras  D to a ndção
ndção d m sis
tma inquívoco d doutrin sobr as Escrituras como sab
mos é impossívl
im possívl Calvino pod chgar a dcisõs
dcisõs com rlação
rlação
à vrdadir
vrdadir doutrina apns ao rlacionar
rl acionar os txtos
txtos bíblicos
primiro com as intnçõs doutrinais qu mrgirm dsd
Lutro  sgundo com  mira m dirção o ponto m qu
l qur qu las convirjam
convirjam Em alguns xmplos tal rlação
ntr passagns bíblics  as intnçõs d Clvino ralmnt
xist; m outros mpos
m pos não; ms s xist ou não tm d
sr mostrdo q xist
xi st Já
J á q Clvino é um advogado ma
ravi
ravilhoso
lhos o o rsultado é muito
muito divrti
divrtido
do - ou ao mnos
mnos sria
s houvss o mais débil toqu d humor ou d patiria no

28 Inst
Instit
itui
uiçções 111. 7;; todas as citações são
11 1.7 são da tradução de John Alen (Londres
Walker,
Walker, 1 8 13;
13 ; ligeiamente
ligeiamente revista
revista por Joseph Peterson
Peterson Engles
Engles em 1 84 1 ; últi
ma edição ameicana Filadé
Fi ladél
la Westminster 1 936) . Tadções
Tadções mais recees:
John Calvn, ntitute of the Christian Religion, 2 volume Libary of Chris-
tan Casscs 2021 ed. John T. McNeil trad Ford Lewis Bates Filadla,
Westminster
Westminster Press
Press  960

324
32 4 \ História das
da s Ideias
Ideias Políticas
íticas - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
homem; a nosso
n osso pesar, entretanto, não podemos lançar a me
nor sombra
sombr a de dúvida sobre a completa seriedade
seried ade e boa-f
boa -féé de
Calvino Todavia, há comédia objetiva suciente na empresa
para apresentar um capítulo depois de outro de entretenimen
to inegável para o connaisseur de truques sujos
sujos na discussão.
discus são.
Há navegaçã
navegaçãoo serena em matérias tais como predestinação,
para a qual, nan a verdade, há a pletora de passagens assim do
Velho como do Novo Testamento em apoio da doutrina; e há
ocasião para um bom espetáculo de indignação quando che
ga a instituições, tais como o sacramento e a penitência, que
surgiram no curso do tempo e podem apenas por inferência
e elaboração históricas ser relacionadas à rma mais antiga
de Cristandade A continuação é mais acidentada com a jus jus 
,,
ticação sola
so la fde; lamentavelmente o "apenas não estavaestava no
texto e o inimigo tinha tirado o melhor partido disso Agora
o aparato de discussão do contexto é aplicado com habilida
habilid a
de considerável,
cons iderável, e no nal apenas um inimigo
inim igo diabólico da
d a fé

pode duvidar
duvid ar de que o "apenas
"ap enas está tão obviamente inferido
inferido
que somente a obviedade da inferência
inferência impediu São Paulo de
pronunciar explicitamente a palavra Mas Cavino está nos
seus melhores dias quando não tem nenhuma base bíbica,
como no caso do batismo do innte Insiste nisso por várias várias
razões, mas especiamente porque os anabatistas atrozes não
o querem Lamentavemente o batismo do innte é um dos
acréscimos históricos que em outros casos ele rejeita Mas
Cristo não disse que se deve deixar
deixar ir a ele as crianças? Deste
dizer, Cavino deduz a necessidade do batismo do innte; e
ele desenvolve até o ponto em que "ir não signica apenas
,,
os pequeninos que reamente podem "ir "i r até Jesus, pelos pró
prios pés, mas também os inntes cuja "ida tem a rma
passiva de serem levados
levados nos braços de suas mães
Lidamos
Lidamo s por um instante com o método de argumentação
de Cavino, porque ele revela muito convincentemente a 
lência intelectual da época O livro, como dissemos,
disse mos, tem seu
vaor de entretenimento se r
 r lido com distanciamento;
distan ciamento; mas
tão logo alguém tenha interesse no tipo de mente que é capaz

l A grande confsão I: Lutero


- Lutero e Calvino 1 325
de um esço sustentdo
su stentdo d d pduzi com
com concç
con cç mai,
de mil págins dsso
ds so é temoznte  expeiênc Scnti
vontde de pode sem conscênci
conscê nci intelectul; e po t d
Instituições de Clvino começ
começ  desenh-se
desenh-se o Cl
Cl  d1·
Genebr
Genebr  o Clvino que plic
plic su disciplin
disciplin pel og
og n i z a
çãoo de espiões e inmntes sobre pecdinhos;
çã pecdin hos; que na
n a  '
s css em busc de povs; que extoque
extoque confssões flsas
n o ecúleo; que chntgei ciddãos, com c om meçs de d e den(
den(
cis, p
pr
r contibuírem fnnceimente; que envi envi com u  
cções d e pessos como Servetus
Servetus à Inquisição; que mnda
queimr
queimr Servetus
Servetus qundo este procur silo em e m Genea
Genea 
que empreg
empreg tibunis p pr
r ssssnios
ssss nios legis bsedos e   1
cusções inventds; que ton Geneb um cidde cidde "l 
p pe
pe mtnç
mt nç ou
o u exíio
exíio de quem quer
que r que não vivess dl'
cordo com s expecttivs. 29

29 Já que essa é a época ds estaísicas, posso ctar de Peserved Smi,  h,·
Age
Age ofthe
th e Rrmaio
Rrmaion.n. Nova York H Holt, 190 p 171 "Durante os anm
de  546
546  ouve,
ouve, nesta
nesta cidade
cidadezin
zinaa de  6000
600 0 abianes,
abianes, não menos
menos do q1'
cinquenta e oio execuções e seena e seis banimentos A m de enend o
sgncado desses números, consderando os costumes da época devemos no
que num período de tempo comparável 15531558 sb  einado de M
Tudor, estão documentadas 90 execuções no curso da perseguição reigio
numa Ingl
I nglate
atera
ra de aproximadamen
aproximadamenee 3, 3 , 5 milões de abitantes (Smit Ag (
Rrmation, op cit.,cit ., p. 323)
32 3).. Um cácuo
cácuo smples mostrará
mostrará que per
- pe r capita dl'
população no sentido mais literal  Calvino era ceca de 43 vezes vezes mais morí
ro do que Mara Sangrenta O desempenho, é claro é menor do que o de Alva
na Holanda; ainda assim
ass im não
nã o devemos
devemos menosprezar
menosprezar o registro: Cvino era u
caráter sassino completamente repugnante.
repugnante.
[Este quadro pero de Calvno deve deve ser equilibrado po uma perspectiva
perspectiva ale
nativa
nativa que esá emergindo na preene preene pequisa sobre a Rerma Por exemplo
exemplo
Alister E. McGra
McGra  em sua pesquisa sobre  lend e estereótipos sobe Cvin
argumenta que desde o tempo do retorno de Cavino a Genebra aé sua mort
aconteceu
aconteceu al apenas uma execução
execução por moivos reigiosos (o cao infame
infame de Mi
cael Sevetus), e que Cavino pediu aos ociais da cidade que decaptassem em
vez de queimar a vítima
víti ma pois
po is o primeiro
prim eiro meio de execução era
era mais piedoso Ca
vino, lamentavelmente não pevaleceu nesse exemplo Aém disso, a auoridade
de Cavino em Genebra era apenas inreta tomando a rma de uma nuênci
mor na melor das hipóteses Ele não i nunca um membro governante do
conceo (na época do co Seeus o concelo era até memo conrário à 
uência de Cvino) e de o não poderia ter sido membro memb ro no coo governante
governante
mas ato pois apenas cidadãos de Genebra (os nascidos em Genebra como ci
dadãos) é que podi fê-lo. Segundo o julgamento de McGrat a imagem
de Cavino como o ditador de Genebra' não tem nenuma relação com os tos
conecidos da históia
hi stóia [  ] O conceo da cidade não tna nenuma inenção
.

de renunciar em vor de ninguém aos direitos e pviégios aduente obidos

326 1 História das Ideias Polt


Poltcas
cas - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
Arou moraae a egmação argumenava
da douria ransrma-se em práica de insensibilidade
moral no emprego diaorial que Calvino z de meios in
dizíveis para a realização
realização dos ns eocráicos Os uos do
anilososmo começam a aparecer: não se pode remover
da existência a ordem do ineleco sem ambém desordenar
moralmene a exisência
Diane da versailidade argumenaiva de Calvino, seria
i procurar um signicado inrínseco de seu corpo de
dourina A operação argumenaiva é uma ela que cobre
o propósio pragmáico. O propósio, como dissemos, é
a ndação de uma nova Igreja universal com Calvino no
papel não de um sucessor de São Pedro, mas de um novo
São Pedro ee mesmo.30
mesmo.3 0 A m de er uma Igreja que é ape ap e
nas ão boa como a Romana, ele precisa de várias coisas
Primeiro de udo, precisa de alguns sacramenos
sacra menos Se a jus
icação sola
sol a fde sse
s se omada seriamene, o reino de Deus
consisiria em crisãos únicos,
ú nicos, cada qua jusicado por
po r sua
fé; alguma coerência organizaciona sola poderia alvez
alv ez ser
assegurada pela nção de ensino
en sino feia
feia por pessoas
pessoa s disinas
carismaicamene; mas o perigo seria agudo de um número
crescene de heréicos que são arroganes o basane para
acrediar
acredia r que
que podem dispensar
dispe nsar um professor;
professor; e onde enão

muto
mu to menos a um de seus empegados
empegados  um esrangero
esrangero sem dretos de voto
a quem podam mandar embora e expelr da cdade segundo segundo lhes parecesse [  . .]
Que a autordade de Calvno em matéas cívcas era era purente pessoa e mora
no caáer era demonsrado pelas diculdads que seus sucessoes enentaram
depos de sua mote (Alster E. McGrath A  of John Cavin: A Study in the
Shaping ofWete Cuture. Oxfrd Basl BackeBacke  990 p  09; ver Capítuo
Capítuo 6
em sua íntegra).
íntegra). Tbém ver Bas Hl The Calvn Calvn Legend'
Legend''' n John Cavin,
Cenenary Studes n Rermaton Theology 1 G E. Dueld (ed) Applefrd
Sutton Courtnay 967, p 8.]
30 Em lmtituições IV
IV .4
.4 Calvno eete
ete sobre os oícos
oícos dos apóstolos e evan
gelstas como oícos extraordnáros no tempo de ndação; não tnham lugar
em Igreas
I greas bem consttuídas"
consttuídas" Então contnua ele: Embora
Embo ra eu não neguenegue que
que
mesmo desde aquele período Deus algumas vezes evantou apóstoos ou evan-
gelstas em sus ugares como ez em nosso própro tempo Pos houve uma
necessdade de tas pessoas recuperaram a Igeja da deecção do Ancrso
A nção apostólca é assegurada para ele; ao mesmo tempo é barada aos
outros uma vez queque ele enha consttuído
const tuído a vedadea
vedadea grea.

Lutero e Calvino l 327


1 - A grande cofsão : Lutero
c ri o cmp de ividd d 
cri vi
vi?
? Dí
Dí r  av
av ·  1
possíve pens peo to de ser memro d orgni) l '
pel sumissão  su discipin; e s rmiddes de de  s n
membro
membro são sã o os scrmentos
scrmentos do tismo e d útim Clia;
excomunã
excomunãoo signic
signic dnção Ms s e o ser memro da  
gnizção scrmentl é necessário pr  slvção, o qu l
feito d j usticção pens
pen s pel fé? Este
Est e é o prolem d d  i
cdo
cdo de que trt
trt Clvino nos
nos cpítulos scinntes sore  
scrmentos;
scrmentos; consegue  proez de d e provr,
provr, primeiro, que os
scrmentos não medeim  grç e que de mneir nenh nenh 
m tocm  exclusividde d justicção
justic ção pel
pe l fé,
fé, e, segund
segund 
que ninguém,  menos
m enos que
q ue ten tido um oportunidde de
pertencer à igrej,
igrej, pode
pod e ser justicdo pel fé  não ser s er qu
entre
entre n
n  igrej
igrej A oscuridde
oscuridde d doutrin de Clvino
Clvino sor
os scrmentos é em conecid, e ness ocsião ocs ião ele ceg
té  reconecer que nem tudo é clro;  cus d obsc
ridde, no entnto, não é um l súbit nos poderes d
rgumentção de Clvino,
Clvino, ms
m s  impossibilidde
impos sibilidde genuín d
construir
construir um doutrin
doutrin que stisç, o  o mesmo tempo, m
s s exigênci
exigênciss Contudo,  despeito d tortuosidde, esse
corpo de rgumento contém págins vlioss onde on de Clvino
exibe su sbedori de omem de igrej prático que sbe que
os ritos e s instituições "são d mior utilidde pr o li
mento e poio de noss fé fé..
A m de ter su igrej
igrej univers, Cvino,
C vino, em
e m segundo
lugr, tem de mostrr que  vel igrej não é pens cor
rupt, ms, de to, não
n ão é igrej
igrej de modo gum; de outro
modo, seri pressiondo
press iondo à posição
posi ção de sectário e cismático
e não poderi reivindicr ctolicidde pr su ndção;
lém disso, tin ind de zer entender  outros pósto
los, que poderim
p oderim ter ideis,
idei s, que  igrej dele é tão bo que
ninguém tem rzão de entregr-se
entregr-se  ndções
n dções rivis. Em
mos os spectos Clvino ultrpss
ultrpss  si mesmo. Apro
pridmente, vem primeiro  verddeir igre igrej
j Ninguém
deve seprr-se del so o pretexto de que ind não está
tão puro e que os eleitos deve
devemm rmr
 rmr sus própris coc o
muniddes  r d grnde igreigrej
j..

328 1 Históra das Ideas


Ideas Pol
Polticas
ticas - Renascença e Refrma
Refrma
mbora esa enação agumas vs surja mesmo para
homens bons, por um zeo inconsiderado pea justiça no
enano, devemos geramene achar que a severidade exces
siva se deve mais ao orgulho e arrogância, e opiniões lsas
que outras pessoas têm de sua própria sanidade superior do
que a uma verdadeira santidade, e uma preocupação real por
seus interesses. Esses portanto, que são mais ousados em
promover uma separação da igreja, e agem como se fssem
poradores-padrões na revota não êm, em geral, nenhum
ouro
ou ro motivo do que o de zer
ze r uma exibição
exibição ostentosa
ostentos a de sua
própria exceência superior, e desprezo
despre zo de
de odos os outros,
outros ,
e assim por diante com essa disposição.31
Contanto que a igreja preserve seus ndamentos, "tais
como o de que há um Deus; que Cristo é Deus e o Filho de
Deus; que nossa salvação
salvação depende
depende da misericórdia de Deus,
e assim
assi m por
po r diante,2 é ívola
ívola a separação por causa de de
sentendimentos sobre pormenores Quando o leitor chega ao ao
m da exortação, ele se pergunta como alguém poderia querer
separar
sepa rar-se
-se da igreja,
igreja, e especialmente como o próprio Calvino
pôde separar-se
separ ar-se da Igreja
Igreja Católica Mas então vem a acusação
contra a Igreja Romana "Em vez do ministério do trabalho,
reina um governo corrupto,
corrupto, composto de flsidades, pelope lo qual
a luz pura é suprimida ou extinta Um sacrilégio execrável i
substituído pela ceia
ceia do Senhor A adoração de Deus é der de r
mada por uma massa numerosa
n umerosa e intolerável
intolerável de superstições.
A doutrina, sem a qual a Cristandade não pode existir, i
inteiramente esquecida ou explodiu As assembleias torna
ramse escolas de idolatria e impiedade. Portanto, ao a o nos reti
rarmos da participação perniciosa, não há nenhum perigo de
nos separarmos da Igreja de Cristo. E assim por diante, com
pormenores Essa corrupção não é de data data recente
recente mas pare
ce que Calvino quer incluir nela todo o período desde a Migra
ção até o presente Quando o leitor alcançou o m dessa parte

31 Intituiçõe IVi.
IVi. 1 6

32 Intituições IVi2
33 Intituiçõe, IVii2

1 A grande confsão !: Lutero


- Lutero e Calvino 1 329
do argment
argment,, e s rn    eri ter sido
t ã o ma
ma rieado ar ertenc
ertencr
r a ssa insiiçã
insiiçãoo sóri
sóri   1

Agora Calin retomo s féis o isament e qul'


estavam e os reuniu nma cmniae, cm coerê
organizaciol pelo ensiamento e amiistração e s a
crames; ssegrou a universaliade para a rgani
ção ao pria a grande rival hstórica, a Igrea Romana, d<t
qaliade de ma Igreja e Crsto e orou clar qe não
é permissí
perm issíve
ve nehma otra separação. Ma s isso ainain o
deixa apenas com uma igrea dos remanescentes. Cavi
n entano
entano qer
q er mais; ão
ã o quer uma igre
igrea
a que seria
seria apen

34 Em se argumento, Clvino conced um papel mporne à Igreja G


Qundo os Roaniss" o acusm de quebrar a sucessão apostóica e 
mentam que apenas um greja greja nessa sucessão
sucessão pode ser a verdadera,
verdadera, ee gost
gost
de sbe por que então a Igrej Gega deve ser considerd csmática qu
peo consenso  sucessão posóica não fi nunc interrompida. A sces
postóica então, evidenemente não  um verddeir greja Os gegos s
considerdos cisáticos porque se evotam contr  sé postólica; o que se
deveria dizer então de um igeja qe se evoltou conta Cristo? Segues
portnto que su legç
legção
ão de sucessão ininterrupta
ini nterrupta é um
u m preensão
preensão vã a n
ser que  verdade e Cristo
C risto que fi transmitid desde os padres seja pemanen
temente mntid pur e incorup pela sua posteridde" Vimos pevaen
Disp uta de Lepzig. É minha impressão
como o cism grego tingiu  Disputa impressão qe
qe o p
pel do exemplo
exemp lo grego é ago subestimdo po historidores
hist oridores ecentes
ecentes como um
inuênci no desenvolvimento cismático que  Refrma tomou. O problem
é mis do que de importânc
imp ortânc passgeira porque a conexão entre o csm grego grego
e  Refrm não fi esquecida em outras pres do mundo. No século X o
problema do cism
ci sm in
i nuenciou
uenciou fremente a frmaçfrmação ão d consciênca nciona
nciona
russa assm como  idei russa da corrupção do Ocidente que fi herdada peo
movimento comunst. Alexei Chomow, nos nos de 1850 interpretou a
Refrm como  consequência do cism pelo qua a Igrej Romna se sepaou
d verdadeir igrej que é preservda na Otodoxi De cordo com ele a uni
dde dourinl d igrej não está n cênci ou convenção,
convenção, ms n lei do mo
mútuo e na oração" e n graç divina. Ess lei de mor mútuo fi quebrad
qundo a Igreja Romna em sua jrisdição introduziu o "fioqu no Credo
por um concelho provinciano" O espírito do protestantismo e sepratismo
em violação da regra de mor faerno já está presente no começo d história
cristã ocidentl n Refrma,
Refrma,  Igrej Romna
Romna coleu-lhe o uto uto  e o raciona
lismo não fterno e o individualismo do Ocidene em gerl desintegraam
agora a civilzação euopei
eu opei tão completmente
completment e que  salvação só pode p ode vir agora
por um retorno à verdde ou sej  igej (otodox). Ver sobre essa questão
Aexnd
Aexnder Sc helting Russlnd und Europa in Russischen Geschichtsnken.
er von Schelting
Be A Fance, 1948 esp. I.2 Chomikows ehre von dr whrn Kr
che und sein 'Anthem an de abenddischen Glubensgemeinschafen"
Ver Alesej Chomjov, L 'gf 'gfise
ise et fe Protestan
Protestantis
tisme
me au poi
p oint
nt de vue de f'
f'gfie
gfie
Ohoxe ausnne 1872

330
33 0 1 História das
das Ideas
Ideas Polític
Políticasas - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
a organização
organi zação monoo
mon ooisis de crisãos
crisã os éis
éis  quer
quer uma igre
igreaa
universa no n o senido
sen ido de que
que cada ser humano
huma no na civilização
crisã ocidena é membro, seja o indivíduo justicado ou
não ela
el a fé.
fé. Ele não quer
qu er uma igreja
igreja monopolsa
mono polsa dosd os eleitos;
eleitos ;
quer uma igreja
igreja universa que abranja
abranja ambém os réprobos
Esse é o problema supremo de Calvino Calvino na siuação históri
histór i
ca É um probema com uma ce psicológica dupa: como
pode
pod e ele persuadir os réprobos,
réprobo s, que oderiam estar inclina inclin a
dos a ser aegres
aegres pecadores,
pecador es, a ir para a igreja e submetê-los
à discilina,
discili na, e como poderia persuadir eus eleitos a tolerar
a companhia
compan hia dos queimados do inferno? inferno? O problema inha in ha
sdo criado pela justicação solafde
solafde de Lutero empurrando
emp urrando
a experiência de fé fé ao ponto onde
on de se torna uma consciênca
consciê nca
empírica de uma conança do homem nas romessas de
Deus;
Deu s; e i
 i agravado
agravado pelo próprio Calvino, pelo seu "segundo
grau de eleição com sua "chamada"chamad a especial que assegura
ao eleto o seu status. "Nos eleos, consideramos
con sideramos o chamado
chamad o
como uma prova da eleição e a j ustcação como outro sina sin a
de sua
su a manifesação
manifesação até que ees cheguem em em glória, o que
consitui a concusão35 Os remanescenes consisem em
pessoas
pes soas que não aenas são eleitas para a salvação
salvação mas
ma s tam
sa bem que o são É inevitáve o efeito
bém sabem efeito psicoló
psi cológico
gico ded e al
doutrina. DeD e um lado, os cristãos que receberam o chamado
são empurrados
em purrados para a posição de saber de sua salvação; de
outro lado os que não receberam al chamado são libera
dos para a irresponsabilidade
irresponsabilidad e de conduta porque nada pode
salvá-los da danação O problema da predestin predestinação
ação (que
( que não
em mportânci
m portânciaa prátca na Cristandade
Cristandade Caólica) i atuali
zado pela
pel a emergência de indivíduos que, por seu se u chamado
especial penetraram no conhecimento do decreto de Deus
sobre
sobr e a salvação
salvação Calvno compreendeu a explosividade
explosividade des
sa questão Não podia desistir da certidudo salutis salu tis [certeza
da salvação]
salvação ] na consciênca
consciên ca da fé; e portanto, deu delibera
damente o róximo passo, pass o, ao ornar a dourina da predesti
nação como pare da doutrina
dou trina da féfé
.

35 Instituições, III, xi esp. 6-7.

confsão I: Lutero e Cvino 1 33


 - A gande confsão
S ac
ac
a
a  p remiss d problm, somos o b i ga d o s a
admirar a habildad d Cavin
Cavin n eu tatan
tatan  N na  1
rza do
do caso,
cas o, l tm d usa a doutrina acima d tud pra
colocar um abador nos nos justos qu qurm
qurm rmar coco   
dads pqunas d santos
santo s ontra ls dfnd:
dfnd:
Não estamos mandando aqui que se distinga o éprobo do
eleito o que não é de nossa
n ossa alçada, mas de Deus apenas;
a penas; exige
-se de nós que asseguemos em nossas mentes que todos o
que pea miseicódia de Deus, o Pai pea
pe a inuência efcaz d
Espíito Santo obtiveram a paticipação de Cisto são sep
ados como propieda
prop iedade
de peculiar e poção de Deus e que
que  sen
sen 
do numerado entre ees somos paticipantes de ta gaça. 36

Na história, só pod xistir a igrja visívl qu inclu 


réprobos assim como os litos; "tmos d dixar apnas a
Dus o conhcimnto
conhcim nto d sua Igrja
Igrja cuja ndação é sua l
ção trna37 Os litos qu rcbram o chamado dv
procupar-s consigo msmos  não bisbhotar o status de
su vizinho, pos isso sria uma tntativa
tntativa d intromtrs no
sgrdos inscrutávis d Dus. Embora, ntão, os litos t
nham d tolrar os réprobos
répr obos os réprobos
répro bos não podm tampou
co abandonar os litos Pois s s  os qu rcbram o chamad
chamad
soubrm qu stão numrados ntr os litos ningué
qu não rcbu o chamado pod sabr s é lito ou réproborépro bo
O chamado não tm t m data xada na vida humana  o rgistro
mais rmdávl d pcados não pod dar a nnguém a crtza
d qu su chamado não virá amanhã Por isso, iss o, aquls qu
ainda não rcbram
rcbram ss chamado não podm rsignar-srsigna r-s à
rprovação  não s procupar
procup ar mas têm d gastar sus das
m xpctativ
xpctativaa trmnt
trmnt  da iluminação
iluminaçã o  zr o qu podm
para não chamarm sobr s a cólra d Dus
São claros ntão, os princípios qu mantêm os litos 
os réprobos juntos na
n a igrj
igrjaa vsvl
vsvl Mas prmancm
prma ncm con
vincnt
vincntss apnas s não s la muito sobr
so br ls Dant das
das

6 Instituições, IV3
37 Instituições IV.i2

332 1 Hsória das


das Ideas
Ideas Polític
Políticasas - Renascença
Renascença e Refma
Refma
inúeras úia aliali o acho ecessá  ecessário
rio escer
escer casis
ticaete
ticaet e aos poreores; e nessas ocasiões o sistema sistema co
eça a chiar Há,H á, or exeplo, os "suínos qe dizem não não
iportar o que z m homem, já que seu do está preor
denado. Calvino está pronto co sua resposta de que o cha
ado te o efeito
efeito de santi
san ticação da vida vida e que a condta
con dta
imoral é prova da reprovação Por outro lado, a conduta
imoral não é prova de reprovação, pois a santicação vem
apenas na esteira do chamado, e mesmo os eleitos eleitos não nas
n as
cem com seu chamado E o que deve ser eito co os qe
simplesmente não agem agem na suposição
supos ição de qe possivelmen
te são eleitos e deve conduzir-se de acordo? Calvino pode
apenas assegrar-lhes qe eles "Não "N ão cessa de provocar a
,,
cólera divina contra eles
eles por
p or transgressão contínua 38  em
bora não seja muito claroclar o o qe a cólera poderia poderi a zer para
além da danação. E então, "acontece diariamente que os
qe parecem pertencer a Cristo esmorecem de novo dian
,,
te Dele, e anda na ruína . Isso I sso parece
pa rece pôr em perigo a
certitudo salutis na consciência dos eleitos. Explica Calvino
"Não disputo qe tenha sinais de chamado similares aos
dos eleitos; mas esto longelonge de admitir qe qe possam
poss am essa
certeza
certeza segura da eleição qe mando man do aos éis é is qe procram
pela palavra do Evange
Evangelho lho [  . . ] Qe tais exemplos não nos
movam de a conança tranqila na promessa promessa de NossoNoss o
,,
Senhor .39 A experiência
experiência do chamado, então, pode p ode ser enga
nadora; e qe i uma decepção aparece apenas por ocasião ocasiã o
do "esmorecimento
"esmorecimento  como então alguém pode estar real
ente certo da eleição, e não pode acontecer de a própria
tranquilidade ser enganadora? E pior de tudo: Deus, com
seu chamado especial, "na maior parte das vezes vorece
,,
apenas o el ; "no entanto, algumas vezes ele a comnica
àqueles a qem ele ele ilina por m tempo, e, depois, aban aba n
dona,
dona , por causa
caus a da ingratidão deles E os o s fere
fere com cegueira
maior40 Qais são as implicações desse caso? Diverte-se

8 Instituições, III.xx12.
39 Instituições IIIxxv.7.
40 Intituições IIxxv8. Esa passagem ineressante já aparece na Intitution

 A grnde confsão I: Luter


-
Luteroo e Calvino
vino 1 333
us agua  gu a h  l� < '
dpois o abandona
abandona caçoand dl?
dl? Ou ua
u a u
u  u d l
rtos quando o ho não não rspond à crtza
crtza d sal�
sal�10
10
com ua
u a conduta
conduta xplar?
xplar? Dos talz
talz assui u
 usticaç
usticação
ão por obras
obras - co ua
u a cruza
cruza qu nnhu
nnhu  pen
sador cristão xibiu?4 As Instituições não f'
cristão nunca ants xibiu?4
rc rspostas a ssas prguntas Podmos apnas di
qu Calvino prtnd claramnt mprgar a doutrina 
prdstina
prdstinaçãoção como u m instrumnt
instrumntoo para mantr os lit
j unto com os réprobos m uma u ma igra
igra univrsal
univrsal Mas pae
pae 
c também qu qu um studo mais próximo das varidads
varidads 
xpriência
xpriência spiritual lvaria
lvaria a rsultados qu podria pô
m prigo a crtza d lição plo chamado
cha mado
Sguimos Calvino m sua doutrina da prdstinaprdstinação
ção 
sus próprios trmos;
trmo s; o probla rgiu
rg iu para l xprin
cialnt da certitudo salutis
sal utis dos litos, da crtza da lição
prdstinada pla xpriência
xpriência d ocação. Os dcrtos proi
dnciais
dnciai s d Dus dsconhcidos ao homm xcto à mdida
qu são rvlados são sduzidos na consciência no omnto
,
do "chaado  Calvino luta contra a tntativa d tornar i
sívl
sívl a Igra invisíl; as l é sduzido
sduzid o plo problma da
prdstinação
prdstinaç ão ntrtanto porqu também qur u toqu d
visibilidad. Abrind
Abrindoo caminho
caminho a ssa construção  qu par
c tr sido iposta mais plap la situação histórica do qu por
uma xpriênci
xpriênciaa pssoal  dixa
dixa Dus crscr para as as propor
çõs rmidávis do déspota qu a su prazr, mostra mis
ricórdia com uns poucos nquanto
nq uanto ordna a xcução usta
d danação para a assa,
a ssa, a m d mostrar a mastad d
sua onipotência  ustiça. É a intrprtação
intrprtação qu, sdimntada
na Conssão d Wstminstr d 1647, lvou ao contário co ntário

de 1541 Ve Jean Cavn /nstitution de  Relion Chrestienne. Ed Jaques


Paner Paris Socété les Beles Lees, 1939 3 p. 95.
4 1 Ve Santo Tomás Summa Theogiae Pt. ar 5 : " Nullus ergo
Pt. I q  23 ar ergo fit ita
insanae
insanae men
menti
tis,s, qui
qu i diceret
diceret merita esse
esse causam divinae
divina e p raestinaion
aestinai oniis ex parte
actus praestinantis [Pois não houve nuca iguém de mete tão insana
qe dssesse qe os mértos são a causa da dvinadvi na predestiação da parte do ato
do predestinador Tad. dos Padres da Provínca Dominicana gesa] Nova
York Beziger Brothers 947-1948 1 p 129.

334
334 j Históra das Ideias Policas - Renascen�a e Refrma
mos
mos  de Milton de ue tl
tl Deus não le mereci o respeito,
respeito ,
esmo se tivesse
tivesse de ir pr o inferno
inferno por cusa disso. Le
vdo por seu vlor nominl, essa interpretção doutrinl é
norlmente chmada o "teocentriso de Calvino; expe
riencilente, contudo, seu teocentriso dogático é algo
que podemos talvez
talvez car
car "eleitocentrismo
"eleitocentrismo  de Calvino, 
tenttiv
tenttiv de um imanentizção de um u m Deus
Deus trnscendental,
pregando-o
pregando-o em suas promesss na experiê
experiência
ncia do "cm
do
do   ção precis do ponto e que  doutrina
doutri na de Clvino
Clvino
descarrilou para a interpretação reltiv à predestinaç
predes tinação
ão nos
permitirá agora cracterizr a questão teorétic envolvid.
A doutrina de Calvino de predestinção é uma interpre
tção lcios n medid em que desconsider certs re
grs ndentis de teologi ndaentl Já indicmos
que Cvino não tinh nenu "siste
"siste  e que a chve pr
compreender a predestinção está n á colocção d d  dou
trin no contexto d fé Deveos agor explicr brevemente
 ntureza dess má colocação à luz d teoria dos símbolos,
símbol os,
segundo Toás e Pltão  doutrin d predestinção é parte
d teologi no sentido mais estreito
estreito de u teoria da ntureza
e atributos de Deus. Envolve proposições como "Deus elege
lguns hoens para slvção e "Deus reprova omens.
Proposições
Proposi ções desse tipo cobinm um sujeito trnscendentl
( Deus) co predicdos
predicdos tomados d d  experiênci
experiênci ianente do
mundo; s proposições que resultm dess combinação não
são proposições n ciênci
ciênciaa empíric são símbolos Os predi
cados em tis proposições não devem ser tomdos no senti
do que têm nu contexto
contexto inente do mundo (coo se por
exemplo, eleger
eleger sse predicado
predicado de um oe) ; eles têm de
ser todos
tod os nlogicaente Daí se defeso defeso teoreticente
introduzir tais síbolos coo rguentos na discussão d
experiênci de fé;
fé; em
e m particular, é defeso
defeso introduzir o eleen
to de necessidde relativa à predestinação. A necessidade,
necessi dade, ou
inelutabilidade dos decretos de Deus,
Deus , surg
su rgee especultiven
te do problem da eternidade de Deus; porque Deus está r
do tempo, tudo o que ocorre no tempo está em presença presen ça eter
eter
n pra ele; ele "sbe antecipadamente o que vai aconteceracontecer

 A gande confsão 1: Lutero e Calvino 1 335


-
porque ara ee ã é    u 
   ça  à 
da que ele é a prima causa
ca usa,, tud  que actece
actece  dte
dte 
do tempo acontece
acontece por necessd
necessdade
ade em sua causaão ete ete  
"Scientia Dei est causa rerum [a [ a cênca de
de Deus é causa
causa d
cosas] 42 Essas especulaões
especulaões com relaão
relaão a Deus contudo,
contudo, d l
maneira nenhuma atingem a estrutura da realidade como e
perenciada pelo homem. A necessidade especulativ
especula tivaa de De
não abole ne a contingência experienciada a natureza ne
o livre-a
livre-arbít
rbítrio
rio experienciado no homem A áca de Cavi Cavi
então, pode ser denida comocom o uma má interpreta
interpretação
ção de sí
sí 
boos
bo os especulativos
especulativos,, peos quais os teólogos tentam descreve
descreve
analogicamente a reaão do mundo com seu ndamento
cratvo, como proposiões em oratio orati o directa que se refr eferem
erem
a um conteúdo de experênca humana imanente iman ente no mundo
mun do
A inclnação pscoógica de entregar-se a lácas
l ácas pode ter sido
engendrada no caso de Calvino pela intensdade
intensda de de uma expe
rêca regosa em que a vontade própria
próp ria é obscurecda sob
a irrupão de rça trascendenta, sob o impacto dessa expe
rência, seja ea de Lutero ou de Santo Agostinho; o liberum
arbitrium é apto a aparecer como servum; a regeneraão pea
graça pode bater tão rresstvemente que nenhuma lberdade
humana parece permaecer.
permaecer. Mas o homem é ainda homem e
não uma essência perfeita
perfeita A dscussão casustica de Cavino
mostra que há surpresas reservadas para o homem que irre
etdamente
etdamente supõe que a graça de Deus é uma causa emprca
com efeitos garantidos. A expicaão pscoógca, no entan
to, não abole
ab ole a estrutua teorética objetiva
objetiva do probema Na
doutrina de Calvino da predestinaão estamos de novo dante
das consequêncas do antiososm
antioso smo; o; a conusão da época é
parcialmente
parcia lmente devida ao coapso da ordem do ntelecto. E, pea
efetiv
efetivdade
dade de Calvino como um ndador nda dor religoso sua su a de
sordem intelectual tornou-se até hoje a herana em amplos
setores da sociedade ocidental.
Até este
este ponto lidamos com os aspecos da personalidade
e ideias de Calvino que o deixaram aparecer a uma uz não
n ão

42 Summa Theolgiae, Pt. I, q 14, art. 8.

336 1 Hsória das Ideas Política


Políticass - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
uito grdável E conclusão, teos de considerr s cir
cunstâncis tenuntes, no sentido is literl ds circuns
tâncis histórics que pressionrm Clvino dinte em seu
cminho. U revolução,
revolução, se podeos repetir ind um vez,
não é feit pelos revolucionários;
revolucionários ; el degr nu sociedde
que está crregd;
crregd;  culp está primordilente ns clsses
doinntes ds istituições estbelecids, não os revolucio
revolucio
nários que são o produto de um situção ml dirigid pels
utoriddes responsáveis. No cso de Lutero,
Luter o, pontos pr
 situção desconcertnte de u hoe que, tendo te ndo recebido
treino teológico, pudesse tcr u doutrin de justicção
jus ticção
medinte obrs que não estim; no cso de Calvino temos de
nos perguntr coo
coo i possíve
po ssívell que o utor de um trtd
trtdoo vo
lumoso
lumo so sobre
sobr e mtéris
mtéris teológics não tivesse,
tivesse, prentemente,
entendido  analogia entis.
No pno de ndo de tis desconceros teos de supor
um decdênci de instituições, comprável com o colpso
de instituições cdêmics em nosso tempo. Qundo, hoje,
u luno exposto  um dose de propgnd polític se
torn ist um ds rzões pr su linh de ção tem
de ser buscd no to de que no mundo cdêmico ele não
encontrrá um professor em mil que tenh cohecimento
losóco suciente pr responder às sus pergunts, pr
explicrlhe por que s ideis de Mrx são lcioss, e zer
isso com tl competênci óbvi que um jove lert vitl vitl e
intelectulmente crá impressiondo e pssrá  pensr
O ntilososmo não se originou com Lutero e Clvino; já o
encontros d mesm neir em rsmo É um to no
mbiente do qul Lutero e Clvino emergir, embor eles
certmente o tenhm plicdo e o torndo socilmente
mis ecz; e esse colpso intelectul
intelectul é prte d desintegr
ção istituc
i stitucional
ional gerl que já exerceu seus efeitos
efeitos trumáti
tr umáticos
cos
e Mquivel Não temos nenhu rzão pr duvidr d
sinceridde utobiográc
utobiográc de Clvino
Clvino num
num  pssgem como
 seguinte: "ponto, embor  desolção melncólic que
nos cerc preç proclr que não restou nd d igrej,
lembremo-nos
lembre mo-nos que  morte de Cristo é fecund,
fecund, e que
qu e Deus

1-A grande confsão : Lutero


Lutero e Calvino J 337
preserva  a ravi l h o    n t e u igrej oo  a ve'
e lugares
lugares e esconerijo; e acoro acor o co o que d a Els:
'Reservei para mim sete i omens, que não orara o s
,
joelhos a Baal 43 Nessa
Nes sa passage tocamos tocamos o queque consie
consie 
mos a motivação mais prona na resolução violenta e  -
taelecer uma nova igreja universal; sua experiência e cris cri s
sua consciência epocal sua s ua convicção
convicção e que o momento
momen to h
tórico
tóric o exige
exige uma translatio ecclesíae [transferê
translatio ecclesíae [transferênci
nciaa a igre
igreja
ja ] 
Os eleitos são chamaos não só s ó para a salvação mas tamé
para uma nação eclesiástic
eclesiásticaa histórica.
históri ca. Para além e todo
os problemas e experiência religiosa pessoal pesso al e e interpreta
ção teorética
teorética a outrina a preestinação tem a sua nção na
osoa da história e Calvino.
Calvino
Calvino esobra
es obra a perspectiva histórica em seu comentácomentá
rio sobre a prece: "Que venha o Reino e Deus. Deus . O reino será
estabelecio,
estabelecio, primeiro, nos corações os eleitos "Já " Já que a pa
lavra Divina se assemelha a um cetro real somos orenaos a
rezar que ele subjugará os corações e mentes e toos os o s ho
ens a ua oeiência
oeiência voluntári
voluntáriaa a esse reino.
rein o. Quano essa
parte da tare
tare é cumpria pela inspiração
inspiraç ão o Espírito então
"é nosso ever escer até o mpio pelo qual a autoriae ele
é resistia com a perseverança a ostinação e a ria o e
sespero
sesper o "Deve ser o objeto
objeto e nossas vontaes iárias que
Deus colecione
coleci one igreja
igrejass para si e todos os países,
paíse s, que lhes au
mente o número, e as enriqueça com ons e estabeleça uma
ore legítima
legítima entre elas. Esse é iscretamente rmulao,
o programa de Calvino e uma feeração universal as no
vas igrejas
igrejas regionais
regionai s evangélicas
evangélicas sob a hegemonia
hegemo nia e Genera
Mas então nossa prece tem e continuar peino que "Ele
errube toos os o s inimigos a outrina e religião puras que
Ele les
les conna os conselhos
cons elhos e lhes derrote os atentaos -
uma prece que icilmente
icilm ente poe ser realizaa
rea lizaa sem alguém lu
tar com outro
outr o alguém. E nalmente, a prece prec e esenvolve
esenvolve algo
algo
como
como a ieia liberal
liberal posterior
posteri or de
de "revolução permanente "De
one
on e se eviencia
eviencia que o esejo e um progresso diário não n ão é

43 Istituições, IVi2.

338
33 8 1 História das
das Ideas Políicas - Renascença e Refrma
imposto em ã sre
sre nós;
nós ; porque os negócios
negócios manos
man os não
estão nnca
nn ca nma sitação tão
t ão feliz
feliz que toda a consp
con sprcação
rcação
de pecado seja removida, e a pureza possa ser vista em sua
inteira perfeição4
perfeição4
O remanescente dos eleitos, então não é um u m grupo estático
historicamente;
historicamen te; é altamente ativo, e não apenas pela prece; ê
que a igreja está ricamente
ricamente dotada e em organizada,
organi zada, e não
n ão
aorrece dede maneira nenhuma o emprego de armas armas para con
co n
tribuir para o progresso do reino de Deus É naturalmente,
o Senhor que toma conta do engrandecimento de seu povo
pelos meios militares; mas ele emprega instrumentos huma
nos para
par a o propósito. E protege
protege seu povopovo não apenas com as
atahas em que um rei sem des, opressio, derrota em ata
lha o outro, em enecio do eleito;
e leito; ele algumas vezes tamém
"levanta aguns de ses servos como ingadores púlicos, e
arma-os com sua comissão
com issão de punir a dominação injsta, e a
expulsar
expulsa r de suas calamidades
calamida des perturadoras
perturadora s um povo que i
injustamente oprimido,
oprimid o, assim
as sim como Moisés querou a tira
nia de Faraó Essa reexão levanta certos prolemas, pois poi s o
cristão deve oediência aos magistrados, por mais opressiva
que seja a lei deles Assi
A ssim
m como Lutero, Calvino permite ape
nas resistência passia
passia àsà s ordens qe iolam a ei de Deus, e
o susequente
su sequente soimento de martírio; mas, ao contrário de
Lutero, e muito
muito como Maqiavel, contempla a possiilidade
poss iilidade
do profeta
profeta armado
armado 
Tais profetas, "qando chamados para desempenharem
tais atos pela
pel a comissão egtima de Deus, de pegar em armas
contra reis, não ram acuados da menor violação dessa ma
jestade qe de que os reis são investidos
investid os por ordem de eus;

4 lnstituiçóes,II.42
II .42 Estamos segindo a edição de 1559/61. A perspecti
va histórica
histórica desenvolve
desenvolve-se-se gradal
gradalmene
mene.. Na ediçã
ediçãoo de  539/4
539 /4 1  as reexões
reexões
sobre a Segnda Petição" são mito mais breves. Há a distinção ali ente os
reinos de Des e do dabo, assim como a idea de m avanço progressivo do
reno de Des a expensas do reno dos réprobos; mas as frmlações não têm
a precisão pagmática da edição posterior Não há nenhumas implicações de
gerra nenumas sgestões de ma ederação ecesiásica niversal A atmos
era é ao conrário de ma lta espirtal com conotações maniqeias. Ver
lmtitution, 3 p. 1 79 ss.
ss.

l A grande confsão 1: Lutero


- Lutero e Calvino l 339
mas ao serem arm cm  r  c e puni
ram um poder inferior
inferior atravé de um um uper
 uperior,
ior, pois
p ois é direito
dos reis punir
pun ir seus ociais
ociais inferiores
inferiores.5.5 Entretanto
Entretanto o pr
pr   
armado será uma gura e m emergência
emergência Como agente agente pro
pro 
tor mais permanente para o povo de Deus Deus  Calvino contemp
os órgãos representativos do governo nas cidades ociden ociden 
Os reis são limitados
limitados pelos estados
estados do d o reino; os Estados (Ca
( Ca
vino enciona especicamente o ancês) não têm apenas apen as 
direito as o dever dede resistir
resisti r ativamente a um rei opressiv
- embora Calvino cautelosamente não especiue até ond
pode ir a resistência "Estou tão longe de proibir [ os Estados 1
na descarga de seu dever de se oporem à vioência ou cruelda
de de reis, que armo ue se ees rem coniv con iventes
entes com os rei
em sua opressão do povo, tal leniência envolverá a perfídia
mais nenda,
nenda , porue ees traem audulentamente a liberda
de do povo, da ual sabem ue ram escolhidos como prote
tores pela ordenação de Deus.
D eus.6
6 E, nalmente, mencionemos
a ideia de Calvino de alianças entre príncipes. "Por alianças
uero dizer confederações ue são feitas entre príncipes vi
zinhos, e tal maneira ue, se surgir agua perturbação
perturbação em
seus territórios, eles prestarão uns aos outros assistência mú
tua, e unirão sua
su a rça para a resistência comum dos inimigo ini migoss
comuns da humanidade.47 Com exceção de tiranicídio por
indivíduos privados, encontramos em Calvino o arsenal ideo
lógico completo das guerras e e reigião  ue estavam, uanto
ao mais, em marcha por volta de 1560. Há o prof p rofeta
eta armao
pregurando
pregurando Cromwell; há os Estados que se revoltam contra
o rei em nome
no me da religião; há as alianças ue providenciam
para ue as guerras se tornem propriaente internacionais;
e há o toue venenoso que estigmatiza o oponente como
"o inimigo comum da humanidade4 8

45Intituiçõe, IVx.30 As mesmas passagens já podiam ser encontradas n


ediç
edição
ão de
de 1 539/41 ; ver Institution 4, p 237 ss
ss
46 Instituições, IVx.31
IVx.31  Tamb
Tambémém Institution 4    238 ss
7 Intituiçõe IVx1 2 . Ver també
tambémm Intitution 4 p . 214
4H O inimigo comum da humanidade de Calvio esá ainda entre ós n
ideologia contemporânea seculaizada em apoio da perseguição internacional
de criminosos
crimi nosos de guera.
guera.

340 1 História das Ideias Polític


Políticasas - Renascen
Renascençaça e Refma
Refma
Tudo isso é possível apenas numa sociedade em desinte
gração, onde as espécies humanas
h umanas mais vitais tomam as coisas
nas mãos
mão s e onde os núcleos de uma um a nova ordem são rmados
em torno de homens dotados de carisma de iderança A ima
nentização de Calvino da predestinação na consciência dos
eleitos
eleit os é o que
qu e hoje chamaríamos a teoria de uma nova elite
A consciência do probema da elite tornase inevitavemente
realçada em épocas de desordem,
desord em, e com igual inevitabilidade
surge o problema da transferência
transferência de autoridade que conhe
cemos tão bem do Górgas, de Platão. A luta por uma nova
igreja
igreja universal
universal não é mais do d o que a luta pela nova elite e sua
autoridade Certamente ninguém compararia Calvino com
Platão, quanto
quan to ao grau e substância de personaidade; masma s seu
problema é o mesmo, e sua experiência de crise não é menos
intensa dodo que a de
de Platão. Em tempos de crise  se podemos
empregar essa metára - a Igreja Igreja invisv
invisvel
el adquire um grau
grau
de visibilidade;
visibilidade; há a separação de caminhos, e tornase
torna se mui
to visível
visível quem segue um e quem o outro; em tais situações
onde se torna historicamente manif mani festo quem é o réprobo, o
problema da eleição e reprovação muda do decreto inescru
tável de Deus para a experiência inequívoca
inequívoca do homem. Ao
teorizar sobre a nova elite, Calvino podia empregar os símbo
los do
d o Novo Testamento
Testamento porque
p orque ees tinham surgido de uma
situação similar em que decisões eram impostas em homens,
e onde a conduta se tornava
tornav a um teste de verdadeira
verdadeira metanoia.
Calvino
Calvino estava bem a par dessedess e problema Como um empi
rista perspicaz, tinha um bom olho para as qualidades caris
máticas que rmam
rma m o núcleo da nova ordem em cada posição
social;
social; e sabia
sabia que seus eleitos predestinados eram uma va
riedade de um tipo mais geral Em sua discussão das cul
dades naturais do homem, descobre que ees se superam na
política
políti ca civil,
civil, economia doméstica
doméstic a e todas as artes mecânicas
e ciências liberais;
liberais; e ele concede que Deus dotou os pagãos es
plendidaente a esse respeito;
resp eito; nenhum cristão deveria
deveria recu
sarse a arender dees porque isso i sso seria um insulto aos dons
don s
de Deus E então, continua: "mas embora embora aguns se superem
na penetração,
penetração, outros
out ros possuem
pos suem jugamento
jugamento superior, e outros

 A grande confsão
- confsão I: Luter
Luteroo e Calvino
Calvino 1 34
34 
tê u ptidão ai paa aende est ou aquel arl',
nest vriedde
vriedde Deus nos exieexie su ondde d e tl tl d l]t'
enhu hoe
ho e deve ogr  si eso es o o que pocede l
ret
retee dd  lieri
lieridde
dde divin
divin Pois
P ois dí ve que u é   
exce
excee
ente
nte do que
qu e outro,  não
n ão ser
se r que se exl
exlte
te e nossa na
turez
turez cou
co u  odde especil
especil de Deus,
Deu s,  qul n pret
pret
ção de uitos, origd  ningué? 1 '
uito s, procl que não está origd
O leitor observrá que,  últi seteç, Clvio plica �
g de crisms turis o eso tipo de rgueto q
plic
plic à ritrrie
ritrriedde
dde de Deus e dr  lguns
lguns  iseric 
di de su eleição, enquto eprov o esto por su góia
ior
ior  Nd é érito do hoe podemos podem os pens ser se r grt
pels quliddes não erecids,
erecids , e Clvio cheg
cheg o ponto d
dize: "A est
est  grtidão
grtidão o próprio Autor d turez nos inc inc
t
t  por su
su  crição
crição de idiots, e que qu e represe
represent
nt o estdo
estdo da
l hun, se s e  iuinção dele,  qul, eor ntu
 todos, é no etnto, u do grtuito grtuito de su eecênca
pr cd idivíduo0
idivíduo 0 A teori gerl é etão seguid po ua
série de exeplos do Antigo Testeto concernentes o
líderes crisáticos so orientção divi diret; e u ve
Clvino cheg
cheg té  condescende
condescen de co Hoero,
Hoe ro, e cujscujs p
lvrs
lvrs "diz-s
"d iz-see que os hoes se super em hiliddes,
hilid des, não
pens coo Júpite
Jú pite s distribuiu  cd u, s de cordo
coo
coo ele gui de di p p di5
di 5
Atvés
Atvés de Clvino,  historicidde dd  Cristndde torn-se
u fto decisivo  dinâic d cise ocident. A situção
situçã o
esctológic
escto lógic d Cristndde
Cristn dde inicil
ini cil é evivid e grvd
grvd pel
injeção d ide isrelit do povo escolhido N Cristndde
poclíptic ediev
ediev tod  hunidde ocidetl estv no
rebnho d grnde sociedde so  cbeç sgrd sgrd do pp
e do iperdor  huidde ão ocidetl está suciete
ente reot pr ão pertur esse setido de tenidde
universl e Cisto Agor estos de ovo u situção

4'1 lmtituições 11 l 7 .


50 Instituições ii l 4.
" Instituições, 11ii l 7

342 1 História das Ideias Polítcas


Polítcas -Renascen
- Renascençaça e Refrma
m que  um úmo pquo  dsprzv stá ocuto 
tr uma vasta multidão
multidão   algus grãos d trigo stão cobr
tos com um mot d palha"52
palha "52 Ficaos a par
par novamnt d d
qu «ats do advnto
advnto d Cristo, passarams
passa rams crca
crca d quatro
mil aos m qu o Shor ocultou
ocultou a todos os gtios a luz da
doutria"
doutr ia" 3 E somos
s omos lmbrados da daação
daação ão mrcida
dos gtios no para os fzr rtr
rtr sobr ss aspcto da
Cristadad mas para ncorajar os irmãos, qu podm tr
scrpulos, m tomar a sua lição com o coração robusto 
ão procupa
pro cupars
rs com sus compahir
compa hiros
os qu vo para
para o in
rno «Atormntarsá
«Atormntars á m vão o qu procurar por qualqur
dssas causas
ca usas para além do conslho
conslh o scrto  inscrutávl
inscr utávl d
Dus."4
Dus. "4 A própria civilização
civilização ocidtal é agora dilacrada
dilacrada na
lit do Snhor cuja marcha
marcha é o sigicado da história, m  m
bora
bor a o rsto tnha
tnha d submtr-s s ncssário, pla rça.
Essa nova cocpção da lit spiritual qu s mostrará na
imanêcia da d a história diou
diou sua marca indlévl o rumo
postrior da história poltica ocidntal. Na época d Calvino,
Calvino,
a lit ra um grupo d litos prdstinários; com co m o xauri
mnto da luta protstant  o dscrédito das lts rligiosas,
o grupo torous scularizado nos intlctuais ilumiados
do século XVIII; dpois da Rvoluço Francsa comçaram as
tntativas sistmáticas d criar novas lits itramudanas
com a tntativa prtotípica d Comt qu tm muitos muit os traços
m comum
com um com Calvino;  por volta volta do mado do século XIX,
rguram
rguramss os novos movimntos
movi mntos d lit d qu rsultaram
as igrjas
igrjas totalitárias d nosso tmpo.

2 Instituições IV2.

.i lmtituições IIiv


IIiv 1 2.

54 Instituições, IIxi
IIxiv
v 12 

1 A grade confsão I : Lutero


- Lutero e Cvino
Cvino  343
ÍNDICE
NDICE REMISSIVO
REM ISSIVO

A Gea dos Camponese


Camponesess a, 1 64
Ab urbe condita, 7  1 7879
7879,, 280
Abaão
Abaão,,  99,
99, 31
313 Igeja a 274
"Absoção, 20 Impéio na, 286-87
Acco, Benedeo de', 49 Lueo sobe as efmas
Achiii, Alessando, 08 necessáias na, 287
Adão
Adão,, 225,
225, 23233,
23233, 236,
236, 300
300 paaeos
paaeos na, 1 78
Áica 52 uivesidades na, 257
Agáocles, 67 92, 99 Voegelin
Voegelin sobe a Alemaha
Alemah a
Agost
Agostnhnho,
o, San
Sano,
o, 52, 10
1 0  1 26,
26,  31 , 239,
239, conempoâea, 84
2505626,267305,30-2,337 Aembe Jean Le-Rod d', 239 279
Agosti
Agostiiaiaos,
os, 27, 3  0 Aexande VI Papa,  4n5
Aiy, Piee d' 266 Aeade, o Gande, 59
Aion (mdo)
(mdo)  244 Ale
Al e Tugend
Tugend des Worts (viude da
des Worts
Aisthesis (sensaidade) 190 palav
palava),
a), 298
Akeao 158 Allen
Allen J. W 382
Aamai,
Aamai, uigi di Tommaso, 72 Alma, 08,  8,  3738, 140, 66, 248
Aamais
Aamais 72 49, 29495, 298-99, 307, 324
Abeisas
Abeisas,,  3 Asácia,  64
64
Abe
Abe
oo Mag
Mago, o, 1 12-
12 -3,
3, 6 , 83 3 6 Amauian
Amauianos os 184
1 8486,
86, 194, 2  3
Abi Snodo de, 187 Amay
Amay de Chates,
Chates,  83, 2 14, 238
2 38
Albig
Albiges
eses
es 160, 1 86, 1 87-89, 94,94, 261 Améica
Abonoz, cadea, 4647 descobi
descobimeo
meo da,da, 1 3235
Albech de Bandenbgo, 270 edeasmo ameicano 2000 l
Aemanha poíica ameicaa, 208
causa justa da guera ango
causajusta Amicitia, 3 1, 394-
394-95
95 302
302 4
gemânica 1552 Amor Dei, 77
censua na, 307 Amor sui 77, 43
e impe
impessãssão,
o, 25658,
25658, 270270 Amo
Amo,, 296
296, 303-
303-05
05,, 3 0
Ana is ( Lvo ) 7 
Anai Aislolso,  0088 -0 9 1  . I,I, 1 1  1 I ,
-0 9
Anayloss 76 84 14 2'7
7 279
279 29,
29, 3  6 322
322
Analoga entis, 337 Arold de Vilanva, 25
Analogia ogânca 1192 A re de/a
de/a Guerr (A A rt
rt da um;
Anaquismo
Anaquismo 201 Maquavel) 45 72
Anatólia 62 Ávoe
Ávoe da vida
vida  90
Anaxos, 265 Ascelino 53
Ancaa Batala de 53, 62 Ascetsmo e Cisandade 1  9 168
Anglcanismo 274 Ása
Anbal
Anbal 61  63 e hstoio
hs toiogaa
gaa das deas poít
Animalidade do Ociden
Ocidentete 51 -52
da acetação 89 Impéio chinês 52
da impeeição
impeeição (hmana
(h mana)) 94-96 Impéo mongol
mongol 5253
pncipe como a aposa
apos a e o leão 93 mpéio otomano
otomano 5354
Anjou 43 impotância da paa p aa a civilização
civilização
Annates 282 287 ociden
ocidental
tal 14
1 411 5 5  54 64-6
64-655
Ansemo
Ansemo de Canuáia Santo 32 Tm
Tm (Tamelão)
(Tamelão) na 15 1 5 5354
53 54
Anticivilizacionsmo 160 17072 55-562
55-562 59659606
06
Antcisto 72 7 4 225 277 Víta Tamerlan, 62-65 67
Víta
Aniflo
Aniflososofsm
fsmo o 27980
27980 29  3 1 5 6 Assria 84
327
327 338 "Assocativism
"Assocativismo o 1 58
Antgo Testamento
Testamento 175 1 75 1 82 1 94
94 296
296 Astuzaf or tunaata (ma astúcia
Astuzafortun
324
324 342
342 assistida pela boa sote) 93
Antiguidade Aeísmo 197
e be
bedade
dade 81
8 1 -82 Atenienses 9
ma da 59 Átila
Átila 52
impotância paadigmática
paadigmática da Atiude antiesai
antiesaisa
sa  70
7375 Atvismo 20409 223
Repúbl
Repúblcaca omana 7 1 -72, 74-75
74-7 5 Ver "Ativstas
"Ativstas 19798
também Paganismo Ave
veo
osmo
smo 108 1 1 1  232
Antque modee cose, 74
An tque e modee
Apelo à obreza Crstã
Crstã da Nação B
Alemã, O (Luteo) 27292 30708 Bacon Fancis 134
Apokatastass 181 91 219 Bakunin MikaMikall 1 97 201
Apoltismo
Apoltismo helênc
helêncoo 1 5758 Bácãs 64
Apolitismo 15759 Bathasa
Bathasa Hans Han s Us von  4  -42
Apóstolos 32730. Ver também Bath Kal 32
apósolos especcos
especcos Basieia
Basieia 1 1 4 260
Aquiles 11 Basileia Conco
Conc o de 48
Aábia 63 Bas
Baslilioo !  87
Agumeno
Agumeno do colaboad
colaboado o 1 3738 Batismo
Batismo 1 87 251 , 324 324 326
Aianismo
Aianismo 878 7 230 Baisas 230
Aisocacia
Aisocacia 75 Bayezi
Bayezidd I 5353  55 58 61
6 1 62
"Aisocatismo 243 Beattud
Beat tudne mpeetta, 249
ne mpeetta,
Ais
Aistó
tóte
tele
less 2 1 10 1 1 1 14 22530
22530 Beattudne quas pe ea 249
p eea
246-
246-48
48 266
266 279-80
279-80 305 Begad
Begadism ismoo 216
2 16 2 1 7 231

346 1 Históra das Ideias Políticas


Políticas - Renascença e Refma
g
gis
is
 2   9 a cas a
a  178
Bellumjustum guerrguerraa jusa) 149-54 sobre apósoos e evangeisas
Bene posta bem ordenada)
ordenada)  249 327n30
Bernado de Caraa
Caraa 250n56
250n 56 sobre baismo 324 326
Bbia Vugaa
Vugaa 108 sobre ee
eege
ger
r 3303
330 3 1
Bíblia. Ver Noo Testameno; Anigo sobe Igeja
Igeja Caóica 32930
Testameno 330n34
Bildung fmação cuura) 241 sobre Igreja
Igreja Grega
Grega 330n34
330n 34
Bispos conmação
conmação de 283 sobre os sacramenos
sacramenos 32324
Bizâncio 54 32728
Boas obras
obras 29495
29495 303-06
303-06 303n1 5 sobre paraso eresre 305
Bodin
Bodin Jean
Jean 1 07
07 242
242 256
256 286 sobe predesi
predesinaçã
naçãoo 24 3 1 739
Boehme Jacob 239 sobre proeas
proeas amados
amados  339-40
339-4 0
Boêmia 164 sobre ransubsanciação 267
Bocheiques 203 sobre erdadeira
erdadeira igre
igreja
ja 328-33
328- 33
Boni cium, 13637
Bon i viri ocium, "eocentrismo de de 335
Bonicio VII
VII  243-46 246n5 I , 248 277 Cambini Andea 63n20
Bórgia
Bórgia Cesare
Cesare 67 67n25
67n2 5 70 92 Campanela Tommaso 34
Bosch Hieronymus 213 23039 Can Grande della
della Scala 250
25 0
Bossue acques
acques Benigne
Benigne 50 60n 1 8 3 19 Nibelungo 52
Canção dos Nibelungo
Bourge Pau Chares Joseph 208 Canor Aegidius
Aegidius 225
Brave New World
World (Admiráel Mundo Capeos 178
Novo; Huxey) 136 Caros
Caros V Impera
Imperadordor 109 1 16
16  246
246
Bun
Bunii Leon
Leonarardo
do 49
49 7 1 Caos VII
VI I ei da França
França 38
Bruo 72 Caros o Cao 180
Bugária 54 Carsad Bodensein
Bodensein on 258 268 278 27 8
Buondemonti Fam  Famíia
íia Gueph)
Gueph) 72 Carpini João de Pano 53
Burdac
Burdach h Konr
Konrad ad 239-42
239-42 246n51
246n51 Casameno
Casamenoss entre
ent re primos 28485
"Burguesa
"Burguesa cii
ciiizaç
ização
ão 172
1 72 1 78 Castracani Anonio 69
Busadores
Busadores 164 Cau reervati, 283
Buter Samue  36 Caarismo 164 186-89
Butterbriefe, 285 285n Catharos 188
Causa justa, 1 5 1
e Caadores 164
Caeano Cardea 272 Ceia do Senhor 323 328 32 8
Cáices 99 Ceibao
Ceibao 284
Caino
Caino oão
o ão Ceibao
Ceibao sacerdoal 284
cicunsâncias hisóricas que Censura
Censura 307
pressionaram 337-43 Cerhio círcuo) 7576
comentários inodutóios sobre Certitudo salut, 333-34
2325 César 48 72
"eeiocenismo
"eeiocenismo de 335 Cesarin
Cesarin Giuiano
Giuian o 42
e Refrm
Refrmaa (em ge gera) 1 3 14 Céu 95-96
Intitutes po 2324
2324 282 313 1 739 Ch'in Shi Huang Ti 52
eiura oe
oege
geiniana
iniana de
de 2632 3 19- Chaons Baalha de 52
20 322 326-27 33536 Chambe
Chambersrs R W, 1 30n34

Índice remissivo
remissivo 1 347
hataubiand Franços-AugutcRen� Coníio
Coníio de Nea, 21.
de 134 Cono  Valnça 1 n
Chie
Chiezey
zey,, Sínodo
Sínodo de,
de, 1 8  n nli d Vina, 219
Chin
China
a 52,
52, 60n
60n 12 1, 157, 1 58
58 264n
264n Conclio
Conclioss a
 a tea
tea nos, 0, 24
Chomiakow,
Chomiakow, exei, 330n34330n3 4 Concodata, 162
Christianae
Christianae Religion
Religion nstitutio Conditio humana (condição hmana).
(Calno). Ver Instituições da 94,
94, 97
Religião Cstã (Calvino) Condo
Condocet,
cet, Marquês
Marquês de, 221 , 230, 1 
Christianitas Condottieri 46
como
como o copo místico de Cisto, Cisto, 140 Conssão de Wesmnste, 334
desi
desint
ntegegaç
ação
ão da, 41 42,
42, 59,  0 1 , 105 Con
Conca canis
nismo,
mo, 1 2  , 158
Salutai sobe, 48 Conad, Joseph, 134
Chrstus i n ter (Csto na tea), 24547
Chrstus in 24547 Conspiações
Conspiações,, 72, 77, 15 1
Chronica (Mateus de Pas),
Pas) , 53 Conspiratio divitum (conspiação d
Chronica Parmensia (ei Salimbene), icos) 146
53 Constância, Concílio de 26 26 
Cidad
Cidadee do So l (Campanela), 134
d o Sol Constantnopa, 53 5 3 264, 286
Cidades, 17879 Constuconal
Constuconalsmo,smo,  1 , 3839
Co, 58, 91 , 97, 9798n66
9798n66 Constitutiones Egid ianae, 46
Egidianae,
Ciropédia (Xenofnte), 97n Consubstanca
Consubstancação ção 2 1 3 266
Citt
Città, 248 Contemptus vuli, 289
Contem ptus vuli,
Città corrotta
corrotta 71 , 1 03 Conaefma, 38, 105, 162
Cvlização
Cvlização "poletáia,  72 Conventuas
Conventuas 1 78
Civiização ocdental, decno geal da, Conversio 26468
1606, 160n Convivi (Dane),
(Dane ), 246, 248n,
248n, 25051
Civitas 120, 1 26 Contios, Epstoa aos 244, 246,
Civitas Dei 52 10 l, 13 , 143,
143, 31012, 250n
250n5555,, 265,
265, 266,
266, 266
266n, 277
322 Corpus
Corpus A ristotelicum,
ristotelicum, 110
Civitas terrena 3101 Corpu
Corpuss mysti cum (copo místico), 77,
mysticum
Classas, 176 140
140 157, 1 66, 308
Casse média 178-79 Corene taboita do movimento
Cemente de Alexanda
Alexanda,, 322 hussita 175
Colie, Thomas, 19597, 199 Crede man ducasti ("Cê e terás
Crede et manducasti
Comentário
Come ntário ao Evangelho de São João comido Agostinho) 267
(Egena) 182 Ciminadade, 92, 99, 185
Commyne
Commynes, s, Philppe de, 41 Crisis and
and the
the Apocapse
Apocapse of ofMan
Man
Comte,
Comte, Auguste,
Auguste, 26, 26, 56n 3, 1 50, 2  0 (Voege
(Voegelin)
lin) 28 n, 302-03n
302-03n44
230
230, 238,
238, 251, 279,
279, 280
28081 81 , 343
343 Cistandade
Comuneros, 246 cisandade omana, 263
Comundade, 14647 de Easmo 16, 1085 117
Comunsmo, 19, 150, 155 160, 185 de Moe,
Moe, 58,  38-4
207, 2 10, 330n34 decadênca
decadênca da 82
Concílio de Basilea 48 dogma mnimo
mnimo dada 140
Concílo de Constância, 261 e a hstoicidade dos smbolos,
smbolos, 261
26 1 
Concílio de Floença, 259 67; 33743
Concílo
Concílo de Langes,
Langes, 1 8  n e amor Dei,
Dei, 77

3 4 8 1 História das Ideias Políticas


Políticas - Renascença e Refrma
e apolso, 575 "utopinimo de 32
e scetism,
scetism, 1 1 9, 16 fias (latão)
(latão),, 14  n
e loso, 16 11011 11718 Cromwe
Cromwell,
ll, Oliver
Oliver,, 20708 2 1 2
e ideal de pobeza
pobeza e de d e igualdade Cruzada
Cruzada lbige
lbigensense,, 1 6 1 , 1 78
econômica, 170-7 Cruz
Cruzada
adass 55 161
16 1 62,
62, 178
e intelectualismo arábico
aristo
aristotél
télico
ico,, 1 61 , 164 D
e liberda
liberdade,de, 8283
828 3 296302
296302 31 313 Da Autoridade
A utoridade emporal
emporal até at é onde o
e Maquiavel, 100, 03 Homem Deve Obediência (Luteo)
e o crescimento da descrença, 108 10 8 23 306
3061414
e transubstanciação,
transubstanciação, 26468, 28586 285 86 D a Liberdade
Liberdade de um Cristão
Cristão (Luteo),
e visão
visão da história
história,, 49-50 1 0 1 , 166 22,
22, 296
29631
31 1
Erasmo sobre o píncipe ascético, aniel, 250n56
16 1 7, 1 0809,
809, 1 628
628 1 38 ante Aighie
Aighiei,i, 20, 56n3
56n 3,, 86, 97
espiritualismo da 158 98n66,
98n66, 122n22,
122n22,  36,
36, 240
2404141  246
24652
52,,
ética da, 166
1 66 248n,
248n, 289
Maquiavel sobre, 8284 Das Boas
Boa s Obras (Lutero), 30305
potenciaidades paa o desenroa avid
avid de Dinan,
Dinan, 2  3
da, 168 De Anima
Anim a ( Aristótee
Aristótees) s),, 279
primeiro deve
deve do cristão,
cristão, 1 36 De Divsione Naturae (Egena), 80
retorno mais saudável aos começos 1 84
84 185-86
185-86 1899
18992,
2, 21 2
da,82 De Immortalitate
Immortalitate Animae
Ani mae
valores
valores da 8284
828 4 (Pomponazzi) 108
Ver também
também Igreja
Igreja Caólica
Ca ólica Igrea De Orbe Novo
Novo ( Peter
Peter Marty)
Marty) 1 32
Protestantismo; Movimentos De principatib
principatibusus (Maquiavel). Ver
Espiituais Prncipe (O Príncipe)
Príncipe) (Maquiavel)
Cristandade
Cristandade irlandesa,
irlandesa, 18 18 De pro.n
pro.ndsds 9 1
Cristo D e Regimine
Regimine Principum
Principum (Santo Tomás) Tomás)
Cavino sobre, 338 132
corpo
corpo místic
místicoo de, 1 1 7, 1 57 166
1 66 De Tyranno (Salutati) 4849
eus atuou
at uou através
através de, no NovoNovo De Varietate Fortunae ( Poggi Poggio)o),, 60n
Testamento, 94 Declín
Declín io e Queda do Império
Império Roman
Rom anoo
doutrina
doutrina da transubstanciação,
transubstanciação, (Gibbon), 16465
26468, 28586 ecretos cementinos 219
e Paracletos
Paracletos 22526
2252 6 efe, aniel, 34
em Um Vislumbre
Vislumbre da Glória de Sião, Deisidaimonia 80n44
17275 eísmo, 140, 164, 230
Easmo sobre, l i O, 1 1 1, 14, 14, l  4n5, emiurgo, 195, 220 220n25
1 15, 11 7, 124-2
124-255 emocracia,
emocracia, 75
espírio de Cisto, 261 "emocracia
"emocracia da cupidez 1 50
Lutero sobre 298300, 296n emp
emp , ois, 42, 243n46
prossão
prossão de Jesus,Jesus, 1 70 Deni
Denie, e, Heir
Heirinch
inch 31
3 1 5 31
317
Quinta
Quinta Monarquia de 98-204 9 8-204 Der schalkihte Heide
Heide 305
edenção aravés
aravés de, 1 9 1 , 296n Descares, René, 30
Reino de, 1 95-98 esejos humanos 7778
sacriício
sacriício de,  68 espotismo
espotismo benevoent
benevoente e 1 2425

ídice remssivo 1 349


eus E
amicitia com a humanida
humanidade de,,   , lcc/esia spirit1/is 2
2949, 299n Ek, johann, 296 I , 27, 272
amor de, 296,296, 30, 323 Eha
Ehart, rt, Mest
Mestre
re    , 8,
8 , 28 9,
amor Dei 77, 84 2393I6
Aristóeles sobre 24778 Ecolampádo, João (üszg ( üszgen, en, John) 267
26 7
Calvino
Calvino sobre, 333-36, 33839 338 39 Educação de um Príncie
Príncie Cristão A
como prima causa 33
comoprima (Erasmo). Ver Inst Institutio
itutio Principis
Principis
consubstancialidade dos homens Christiani(Erasmo)
Christiani (Erasmo)
e, 2 3 Eésios,
sios, Epístola aos, 2 2    274
274
Dante sobre,
sobre, 249I Egídio Romano, 184
e riação
riação,,  8892 2222  Egito, 6263, 9, I20
e summum bonum,bonum, 84 Eleito, 33040
em Um Vslumbre
Vslumbre da Gl6ria de Sião, "Eeitocenrismo, 33
I7274 Elias, 338
Ergen
Ergenaa sobre,
sobre, 8
 8  , I 89 Eliot, T S., I 
fhos dede Deus, 22, 226n33226n3 3 Encarnação, I66
homens como magem de, de, I 9I Enciopedisas, 239
inesrutabidade de, 00 Encomium Moae (Eras (Erasmo mo),   I   3
Luero sobre a relação de homem Endura, 189
om, 299n, 296 EngelJanosi, Fredrich, 9798n66
Odem de Deus mongol, 3 Engels Friedh, 78
paava de Deus, 298 Epigon
Epigonism ismo,
o, I  3
prinipais atibutos de 24 Epístolas. Ver Epístolas específcas,
prínpe omo análog análogoo de I I 9-2 9-2 I, como: Hebreus, Epístoa aos
24 Erasmo
reino de, 82, !997 338-39 avai
avaiação
ação de, por Voegelin, I 2830 28 30
relação
relação mediadora entre entr e Deus e o eguei
egueirara hisór
hisórca,
ca, I 7,     1 2,
homem,
homem, 22-2622- 26 246-47
Diderot, Denis,
Denis, 239, 279 27 9 comentários inoduóros sobre,
Dienstbarer Knech t (servo), 296
Dienstbarer Knech I6I7
Dionísio reopagita
reopagita (PseudoDionísio),
( PseudoDionísio), como inteecual, II II I6, 246-47
246-47
2 , I7884
I7884,, 23839
23839 Cristandade de,  6, 09 I 7
Discorsi sopra
sopra la prim
pr imaa deca di Tito cíticas à esolástca por, I6, 08
Livio (Maquiavel), I  67, 67, 708,    I4, 246
246
87 100 e a edição de trabalhos de São
Dsputa de Leipzig,
Leipzig, 27, 2962,
2 962, 264, 272 erônimo, 08
Divin a Commedia (Dante), 248n
Divina e Dopius,
Dopius,   3
Divisões da Natureza (Eíge (Eígena),
na),  80,
80, e o iníio
iníio da mode
modernidrnidade,
ade, 1 3   4
I84-86
I84-86,, 89-92
89-92,, 2I 2 e m omparaçã
omparaçãoo com Luero, Luero, 23, 23 , 2
2 
Dominicanos 2 I6  I 9 29, 270 278
27879 79 289
289 3I 6, 338
Donner
Donner Henry
Henry W,  303 303 I n34 em compaação om Maquiavel, Maquiavel, 1 6,
Dorpius,
Dorpius, Matin,
Matin, I 13 0809 I22, I26-28
Dostoévsk
Dostoévski,i, Fiódo,  39n48 em comparaçã
comparaçãoo com More, I9, I 9, I36
I36 
Duns
Duns Sot
Sot,, John,
John,    , I I3,
I3 , 2 6, 279
279 37, I, I3
Durand (Durandus
( Durandus de Toa), 266 em comparação com Votaire, Votaire, I07 I 07

350 1 História das


da s Ideias Poltic
Polticasas - Renascença e Refrma
Refrma
habi lades <le,
<le, em encbrir ata q ues Esaisa, como  i po dilsko a
com ibi  14n5 hisóri 51
opinões sjas as pessoas comns Esao cisão" 273-74 28284 287
108 11820 88 304-05 308
sobre a gue guerara 1 2526 1 24n31
24n3 1 Estado de
de bem-esar
bem-esar 1 2425
sobe
sobe a monarquia
monarquia 1 26 Esadoigreja Constitutiones
Constitutione s Egidianae
gidianae
sobe
sobe a Refrma
Refrma 1 16 do 46
sobe a vitud
vitude e 1 2 1 24 Estados
sobe o poder 1 26-30 como stati, 68 8789
sobe o príncipe ascético ascético 1 61 7 cação dos 55
108-09
108-09 1 16211621  138 Erígena sobre o estado pereio 182
sobre os os óos acionais 126 246 Maq
Maqia iave
ve sobre
sobre 68 8789
tradução o Novo Testameno para raon d'état 312
ra on d'état
o geg
gegoo e o atim 108 10 8 visão marxisa
marxisa do 1 70
te
teoo teoteolólógi
gico
co de 1 1 1 Estados papais 4647 283
 Oba
Obas: s: Estoicsmo
Estoicsmo 75 83 1 0003 1 19 166 322
Enomium Moriae, Moriae, 1 1 1  1 3 Estrasbr
Estrasbrgo
go bspo
bspo de 21 9
ntitutio Prinipis
Prinipis Chrstiani, 1517 Estra social dos movimentos
1 0809
809 1 14n5
14n5 1 1626
1626 1 1 7n3 137 espirituais 17578
Novum Instrumentum
Instrumentum 1 10 10 1 14 Espor e Explosão
Explosão 21 923
Paraclesis 1 1 0  1 1 Éca
ca (Aristóteles)
(Aristóteles) 279 35
3 5
Querela
Que rela Pais,  24n3 I Ética
Erewhon (Butler)
(Butler) 1 36 da Cristandae
Cristandae 1 66
Erg
Ergen
ena
a João
João Esco
Escototo 2 1  1 8085  8 n,
n , de Maquiavel
Maquiavel 77 80 971
97 1 00
189
18995 209 212 21 819221  225 225 e Kant 306
232 23839 e Luero 30506
Eros, 236 29495 Pompanazzi
Pompanazzi sobre
sobre 108
1 08
Esaú
Esaú 200
200 Ver também Moradade
Escato
Escatolog
logiaia 140 14 1 4 1 -42n49
-42n49 142 1 72 Eva 23399
75 20406
20406 21 0 Evange
Evangelistas
listas 327n30.
327n30 . Ver também os
Escócia 257 evangelsas pelos nomes
Escol
Escolasastitici
cism
smo o 16 23
23 1 08
08 1 1 1  14 Evangelium Regni (Nicolau) 225
129 164 197 Exsurge Domine, 272
Escitos de pseudo-Dionsio 17884 Ezeqe 25055
209
209 2 1 8 Ver também Dioníso
Aeopagia F
Esdras livro
livro de 198-9
19 8-999 Fábula de Pandoa 132
Espanh
Espanha a 43 1 26 26 153 207
207 257-58
257-58 Faix Lord Perguntas ao 197204
Espara 78 Fama
Espeança Come sobr
sobree a 56n 3
Maqiave
Maqiavell sobre sobre a 1 5 9697 1 0 1 da antgidade 59
Espírio e Matéria 1 95 Dante sobre a 56n3
56n 3
Espto Sano 194 323 333 Maquiavel sobre a 808 1
Espirtua
Espirtuais is Franci
Franciscan
scanosos 1 78 2 1 8 261
26 1 Poggo Braccolini sobe a 5664
Espiritua
Espirituais is 178
1 78 2 1 8 261
26 1 56n13
Esposito, 70 salvaç
salvação
ão pela
pela 5758 56n 3

Ídice remissvo
ssvo 1 35
35 
m Cutais (Família do do Amor) , Poggo lran:oi1 no rhnldc t
22526 hstoógaf
hst oógaf de, 55
Famílias
Famílias gbelis,
gbeli s, 70 epublicanismo cm, 38-.19
Fascsmo 178 rvl d  iomp cm, 484
vl d
Fé Florença,
Florença, nco d, 259 25 9
e predesição,
predesição, 333 Fondament (Fundções), 4
Fides
Fides caritte
carit te formata,
orm ata, 23, 31 , 294-
294- Forma 294
96
96 303-0
303-04,4, 1
 1 5, 323 rtuna secunda et adver adversa
sa 58
justi caçãoo ea é (soade,
justicaçã (soade, 24, Fortu na, 38 57, 67, 6869,
Fortuna, 6869, 84, 91 , 93,
84, 91,
27
276
678
78 29597,
29597, 299n 299n,, 3 16 323-2
323-24,
4, 95, 99, 1 04, 08
 08
327 330
327 Fourer
Fourer Chares,
Chares, 13 13
Maquavel
Maquavel obre
obre 9596,
9596, 1 0 1 França
Federalismo, 2000 albigenses na, 186-87
Feli
Felici
cida
dade
de,, 1 4 1  1 44 burguesia
burguesia nacional na, n a, 243
Fernando de Arag A ragão, ão, 43 cátaros na, 164
Fides
Fides caritate n
nata, ata, 23, 3
3   29496,
29496, e Napoeão 207
3030
304 31 4 323323 e Revolução Francesa 207
Fides
Fides Quaeren Intelectum
Intele ctum (Barh), 32 e Robespierre 207
Filhos
Filhos de Deus, 225, 225 , 226n33 guerras reig
reigosas
osas na 1 78
Flo, o Hebreu 322 3 22 invasã
invasãoo da táa em 494, 38,
Filosoa cvil (hioophi
( hioophiaa iviitor), 4345, 108
19 37-38 uas conra a Inglaterra,
Inglaterra, 1 26
Fosoa de escola (phiosohia
Fosoa monarquia na, 42-43, 108
schoastica)  8, 37 pataenos na, 178
Fiosoa unvesidades
unvesidades na 1 84, 258
auoridae do ósof, 246-47 Francis I, rei da França, 1 08
e Cris
Crista
tand
ndad
ade e 16,
16, 1 101 1, 1 17 18 Franciscanismo joaquta, 9798n66
losoa d e escola comparada com a Franciscanos 97 64, 17677, 21617,
oso
osoaa civil
civil 19,
19 , 1 3738 261
More
Mor e sobre o dever dever políico do Francisco de Assis, 28
lósof, 9, 13639 Franci
Franciscsco,
o, São
São 82, 103, 1 78, 21 8
More sobre
sobre tipos de losoa, 1 3637 Fancos, 84
signc
signcado
ado da,  37-38
37-3 8 Frãnger, Wem, 23 225, 23334 236
Filosofo, 246 Fregoso,
Fregoso, Battist
Bat tista,
a, 64
Fiore, Joaquim de, 82, 194, 209, 210 Frei Saimbene,
Saimbene, 53
22
225
5 234
2343535,, 238
238,, 240
240 From Enightenme
Enightenment nt to Revoution
Fioe,
Fioe, Tommaso,
Tommaso,  30-3  n34 (Voegein), 32n,32 n, 296n
Física (Aristóteles), 280 Fugg
Fuggerers,
s, 270, 287-88, 306
Florença
como maior unidade políica da G
Itáia, 43 Gálatas, Epístola aos, 265n, 296n 303
e histoiogaa humanística, 4950 Galicanismo, 274
e Savonaola, 82 Gauleses, 84
historiadores de 7 Gênesis, livro do 296
jovens amgos de MaquaveMaqu ave em, 72 Gêngis Kan, 53
Med
Medcici em
em 3839,
3839, 43, 48, 48, 72, 86n
86n Gênova, duque de. Ver Fregoso,

352 1 Hisória das Ideias Polticas


Polticas - Renascença e Refrma
Refrma
Hattista 'a;\tc alcmo", :16  sohrc 5. Ver tam bé
Ginti nt 4 xct
Gibbon dwad
dwad 6465 17980
1 7980 185
1 85 Guea
Guea dos amponeses 64 1 7879
Giovani 72 275
Giovo Paolo 63n Guea dos Cem Anos 42
Giuiano 86 86n Guera dos
dos Tinta Anos 3063 06
Gnosti
Gnosticis
cismo
mo 2 10 04
04 178 2 5 6 Gueas das Rosas 42
220
220 229-
229-30 30 220n
220n25
25 225
225 230
2303
3  Gueas ussitas 259
236
236 238
238 246
246 278 Gueas religiosas 178
1 78 340
Goeth
Goethee Johann   n Guicciadini 38n2 39-40, 40n3 43
Górgias ( Platão)
Platão) 99 34 4951
Gottschalk
Gottschal k ( Godescalchus de Obais ) Guil
Guilhe
hem
mee de Ocha
Ocham m 1 1 1, 1 1 3 1 3n4
181 81n 21 8 261 266
266
Goveno
Goveno mundi 201 Guieme de Rubuck 53
Goveno Guinigi Fancesco 69
aceitação do pode do pela ieaiea 166
1 66 Gulliver (Jonathan
(Jonathan Swi) 34
mas de 75-76 Gymnasia
mnasi a Grecae gloriae, 279
Grecae gloriae,
Luteo sobe a autoidade
autoidade do
30614 H
Machiavel sobesobe a oigem
oigem do 7575 Habsbugos 126
obediência a o pode govenamena
govenamena Haeceias, 1  3
170 Hamilton
Hamilton Aexan
Aexande
de 1 3 107
1 07 1 50
evolução cícca de mas Haington James 49
políti
políticas
cas 7578
7578  8283 1 0203 Heb
Hebeu
euss 10  13  166
166 236
Ver também Monaquia;
Monaqui a; Política Hebeus
Hebeus Epístola 9 8 322
Epístola aos 1 0 1  98
Republicanismo Hege
Hegell G. W F 32 33 2 10 302n 5
Gaç
Gaçaa 16668
16668 188 2465
2465 294
294 337 Heimamene
Heimamene 220 220n25 22 0n25
Ganada batalha de 43 Hellenism
Hellenisme e Rome
R ome and Ear
Grande Inquisidor, O (Dostoiévs) Chrisiani (Voege
(Voegeln)
ln) 1 57 1 57n
139n48 Henandez Fancsca 231
Grande Monarchie de France (Seysse) Heródo
Heródoto to 60
60 66
66 9798n
9798n66 66
107 Heói
GrandÊte
Grand te 5657n 3 buto como heói republicano 72
Grandssimo esemplo 68 68 91 Castuccio
Castuccio Castacan como 6770
Gegório Nazianzeno 260 no Príncipe de Maquiavel
Maquiavel 67 91 9 1 92
Guea Tmu como 15  5556
Agostnho sobe 26 virt do 71  72 77 97n
causas da 1 26 Hieraqia 21 84 91
e pofeta
pofeta em amas 92 33940 Hstóia
ente monarquias podeosas
podeosas 1 2627 a "históia univesal de Voltaie
Easmo
Easmo sobe 25-26  24n3 24n3  606n8
gue
gueaa just
justa
a 9  1 26 1 5053 a secuaização
secuaização da po Voltaie 50
"guea
"guea paa acaba
aca ba com a guea das
das ideias
ideias 1 01 1
204
204 208 mportânca paadigmática da
"gueas mundiais 203 208 7375
Maquiavel sobe 46n 91 intepetação
intepetação maniqueia da 195 19 5

ídice remssvo
remssvo 1 353
Mqve sobre 72 7742 lungia, 52
9 l us Jn 17
17  2
modeo romano de 950 Huxly Adous 15
vsão
vsão crstã da 950
950  0   66
 66 ylic 25
Voegeln sobre a ordem na hstóra
hstóra 
li 1
História das Ideias
Ideias Políticas
Políticas (Voegen), Idade Méda
Méd a inal
inal da 3 
09   28
28 28n
28n 32-3
32-333 Idealsmo, 58
História Eclesistica A (Moshem)
História de
deas
as 0  
2 0, 23 32 Igea:
História
História Florent ina (Brn)
Florentina (Brn)  9 abangênca da  68
Historia
Historia Mongolorum (Carpn), 53 Cavno sobre a verdadera gre
Hstóra nversal"
nversal"  6, 230 32833
Historiae
Historiae Florentinae
lorentina e (Brun) 9 csma ente
en te a Igreja
Igreja Gega e a Igre
Hstóras
Hstóras da da cração,  879  2202 atna
atna 27 259-63 330n3
3 30n3
Hstorcdade
Hstorcdade da Crstandade, 26 66 como corpo místco 0 57 6
3373 como organsmo
organsmo dvnohmano
dvnoh mano
Hstorograa 66
crstã, 50 60n 8 56 compromsso
compromssoss da 6668
das deas poítcas do Ocdente conto entre setas e  6669
505 conseqêncas do ataqe à, 69
e ma 5557 e a Dspta
Dsp ta de Lepzg
Lepzg 27 25962
humansta
humansta   950,
950, 5557 26
26 272
Poggo Braccoln sobre
sob re o valor da e desntegração da Christianitas,
ação mlta em comparação com o 2
cltvo das etras, 55 e ndlgêncas 269-7, 285 282
Htler
Htler Adol
Adol  78 2     2, 239, 289
289 3 6 e movmeno concar 2
Hobbes Thomas
Thomas  6 50  50 207, 23 e tansbstancação
tansbstancação 26 66 285-86
Hohenstaen, 22n22 Erasmo
Erasmo sobre
sobre,,   7
Hoanda 6 uteo sobre as refrmas
refrmas
Homem
Homem Dvno
Dvno,, 220-2   235 necessára
necessárass na na  283-87
283-8 7
Homem
Home m Prmtvo (Pro tos tos A n thropos), Pompon
Pomponazz azz,,   7
2202 refrma e eetoseetos antcvzacona
antcv zaconas,
s,
Homens de letras,
letras, 55 80, 8 697
Homero,
Homero, 66 sacramen
sacramentos tos da, 66
 66  69, 87
 87 323
323 
Homines
omine s intelligentiae
intelligentiae 23 2 32728
Homo Novus (Homem Novo) 225 separação da grea grea e do Estado,
Homo
Hom o spiritualis
spiritualis 26 28 28 277 29 0
0 n
Homonoia, 26 greja
greja Católca, 30, 30, 38  05  62,  6
6
Hooker Rchard 27 257,
257, 287-88
287-88 32
32 3293
32930 0 330n3
330n3
Horos, 220 333. Ver também Igrea; Igrea; Papas
Humansmo Igre
Igrea
a Grega 27 25962, 330n3 330n3 
Burdach sobre,
sobre, 2 , 23n6 mnsmo,  3, 20 20 99, 06,
 06, 2 0, 238
da Crstandade
Crstandade de Easmo   -25 36
e ma
ma 69,
69, 56n
56n 3 lumnsmo
lum nsmo grego 99
e hstorogra
hstorograa a ,
 , 950 5557 mago Dei, 239, 28 28

354 1 Hstóra das Ideias


Ideias Poltcas - Renascença e Refrma
Jmortaitas 56n l .I e movimcnlos spiriuais, 1 J  -J6.
movimcnlos
I m p a or 4 2KK7
,  ta/1ém Irja; Govo
I m prfe ição hn 94-6 nsttuto Pncs
Pncs hrstan (rasmo)
mperialim
mperialimoo colonia
colonia 19 5  5 1 52 1 55 517 10809 4n5  1626
Império Bizantin 53  7n3 137
Império Hiung-nu 52 Intelecuais
Império Mongo 5245  tmbém tmbém Dante sobe 24650
Timur Erasmo
Erasmo como
como 1 15  1 6 24647
24647
Império Otomano 53- 53-5454 66
66 Moe
Moe sobre
sobre os
os 1 3637 144
Império
Impéri o Romano 82 84 84 132
1 32 16465
1 6465 pleonexia dos 17 19 130 15455
Império
Impéri o Romano Orienta
Orienta 84 signicado
signicado do termo 279 27 9
Império timúrida 5354 Intelecualismo
Intelecualismo arábicoaristotélco
arábicoaristotélco
Imperium 23852 16  164
Imperium apolíneo
apolíneo 21 2 1  23852
23852 Intelletti sani,
sani , 248
Impotância
Impotân cia paradgmática
paradgmática d hisória Intenacionalismo 164
7375 Ira Dei 63 70
Imprensa
Imprensa 25658
25658 270270 Imãos
Imãos Boêmios
Boêmios 259-60 261  285-86
Impessão
Impessão 256-58 270 270 Irmão s e Irmãs do spírto Livre. Ver
Irmãos
Indugênc
Ind ugências
ias 2697  285 282 282 Movimento do Espírito Livre
Infen
Infenoo 236
236 238
238 260
260 343 Irmãos Menore
Menores s 1 76
Inluências oientais 121 178-86 Isaac 200
Inglaterra Isabel de Castela 43
burguesa
bu rguesa naconal na 243 Isaías livro de 97 249n
causa justa da Guerra Anglo Isã 8, 178 18788
Germânica 15152 Israel e israelt
israeltas
as 91
9 1  204
constitucionasmo
const itucionasmo e potesantismo
potesantismo Istoa
sto a d'Italia (Guiccardin)
(Guiccardin) 40n
na 162 storie Forentne (Maquavel)
(Maq uavel) 49 104
e a Guerra dos Cem Anos 42 Iália
e a Guerras das Rosas 42 cardeal Abornoz
Aborno z e o reorno
reorno do
Guerra Civil na 78 papa a Roma 4647
luas contra a Fança
Fança 26  26 Castruccio Castracani como herói
Monarquia udo na 42 6770
More sobre condições
condições na 14445 consciência naciona na 241 -42
Movimeno
Movimen o ollard
ollard na 164 1 64 e hstoriografa humanista 4950
Patarenos na 1 78 nsitucionalização e racionaização
racionaização
Revola Camponesa na 78  78 na 46
unvesdades na 257 nvasão fances
fancesaa da 38 43-45
4 3-45
Inocente
Inocente III
II I Papa
Papa 76 85n5
85n53 3 89
89 1 26 3 10
nqusição
nqusição 2 0 231  259259 326 Maquiave e a miséria da 43-44 67
Instituções acadêmicas
acadêmicas 30309 82 9  97
33738 miícia
miícia nacona na 46 46n
Instituições
Institui ções da
d a RRel
elg
gião
ião Crstã (Calvino) os Medii na 3839 43 48 86n
2425
2425 282
282 31 643
643 pataenos
pataenos na 1 7576, 1 78
Instiuições paulicianos e bogomilos
bogomilos na 164 16 4
consequências do ataque ataque à Piero de Medii expulso de
instituição eclesiást
eclesiástcaca 169 Floença 38

Ídce remssivo
remssivo l 355
35 5
religião na, 82 L
republicanismo na, 3839 mr lc Bgu, 2 1 6
retorno do papa de Avignon a oma, angres,
angres, onclio de, de, 1 81 n
4647 Lavacrum, 25
revota dos ciompi em Florença Lecheld,
Lecheld, Baalha de, 52
48-49 Lenin, Vladimir
Vladimir litch, 1 75, 1 78, 200,
200,
Roma como o primeiro corso da 203, 207, 210
hisóia iaiana, 72 Leão
Leão X, Papa 1 08 271
trauma de 1494 na, 4345 Leo o sauriano, 1 87
unidades poíticas em 1494 43
unidades LeRoy, Louis, 63n
universidades na, 257 Leva
Levaãã 146,
146 , 1 50, 207
virt na, 84 Lex Salica, 108
Le x Salica,
Vita
Vita di Castruccio
Castruccio Castracani,
Castraca ni, A Leyd
Leyden,
en, Jan van, 22829
6670 Ver também as cidades Liberdade
específcas dos cristãos, 124, 296300 33
tinerarium (Guilherme de Roebruck),
Roebruck), em oma, 7879
53 Maquavel sobre a, 77, 82-83, 9495
Libeino
Libeino 230
J arbitrium 337
Liberum arbitrium
acó, 200 dominand i (paixão do poder),
Libido dominandi
Jâmbico,
Jâmbico, 225n30
225n3 0 1 6, 119, 153
Jardim das Delícias, O (Bosch), 23338
Jardim Licenciosidade sexual e sensualidade,
Jardim do Éden Ver Adão 23138
Jeremias,
Jeremia s, livro de, 265 Licurgo, 78
erônimo
erônimo São,
São, 108,  14 Lderes
Lderes carismáicos, 34243
Jesus Ver Criso Liegniz Batala de, 53
João de Paris, 24445 Lisa de nomes", 63, 97n
João de Sisbúria, 48 Lieratura mandaena, 220
João, São, 182 Lieratura
Lieratura uópica grega,
grega, 132
1 3233
33
John de Gaunt
Gaunt  78 vio (Tito Lívo), 13, 4950, 71
Joris, David, 22627, 239 circonst ance, 25, 86 322
Livre de circonstance,
Juiano de Palermo
Palermo,, 1 87 Livro das Nove Rochas 2924
Julio I, Papa, l l 4n5, 26970 Lock
Lockee ohn,
ohn,  15, 134,
1 34, 140, 46,
46, 150,
Justicação pela é (sola fde),
fde), 24, 292 230
230 243
243
306,
306, 316,
3 16, 32324 327, 330 Lógica (Arisóteles)
(Arisóteles) 279
Justssima causa belli 150 Logikos (dotados de razão)razão),, 225
exfde vivit, 296
Justus autem exfde Logique coeu r, 01
Logique du coeur,
Juventude Hitlerista, 200 Logos, 75
75 1 66, 190
190 232
Lombardo
Lombardo,, Pedro 1 84
K London, ack, 34
Kannler Konrad 225 Lucca, duque de. Ver Castracan,
Kan, Immanel,
Immanel, 301 , 306 Castruccio
Kat' exochen, 107
at ' exochen, Lugares de peregrinação 285
Kifn
Kifn William
William,,  7 1 72n Lus XI, rei da França, 4243, 46
Knolys Harsed, l 7  72n, 95,
 95, 204
204 Lus
Lus XI
XI  re da França
França 108
10 8
Krim
Krima,a, 265 Luís, o Pio
Pio  1 80

356 J História das Ideias Poltic


Polticasas -Renascença
- Renascença e Refrma
Refrma
ur, Martinho M
antosos
antososmo mo de, 27980,
27980, 291 , Macedônia 54
31617,338 Mah (autoridade), 277
comentário intodutórios sobre, sobre , Madison, James, 150
2022 Magiares, 52
como caólico, 28788 Mal
como monge, 1 78 Egen
Egenaa sobre, 8 8
e a Disputa de Leipzi
Leipzig, g, 26061
2606 1 escatologistas sobre o
e a ética, 30506 desapar
desapareci ecimen
menoo do 1 4 1
e a Refrma em gea geal,l, 1 3
3  4 Lutero
Lutero sobe,
sobe, 29899
29899 3 3 12
e m comparação
comparação com Easmo, Easmo, 23 25, mio maniqueu 188
279,
279, 289
289, 31 6, 338
338 Moe sobre superbia (orguo) e
em comparação com Maquiave, 289 propriedade, 9 4348, 153
em compaação com More 23, 289 28 9 poder
poder como fnte fnte do,  28
escritos
escri tos em geral,
geral, 29596 Pomponazz
Pomponazz sobe,sobe, 108
leitura
leitura de Voegel
Voegelin in de,
de, 2631  3 6 vsão
vsão platônica de, 97
 7 337 Mamelucos, 84
irismo
iri smo de, 294 Manesto Comunista, 282
Noventa e Cinco
Cinco Teses de 255, 255 , Maniqueísmo, 78 18789 195, 220,
26872 339n
personalida
personalidade de de, 28285, 31 316 Mannhe
Mannheim, im, Kal
Kal,, 1 3 1 n35
pubcação dos trabalhos
trabalhos de 25657, Maomé l, 54
270 Maquiavel, Nicolau
resumo
resumo dasdas ideias
ideias de
de 3 16 7 amigos de, de, 72
sobre a auoridade governamental,
governamental, apocal
apocalipsipsee de
de 9  , 97 9798
9798n66
n66 1 0  ,
306-14 03, 289
289
sobe a consubsancação, 26667 circunsâncias bográicas de, 3840 38 40
sobre a justicação pela é (sola comenários nais sobre, sobre, 97- 102
fde),
fde), 24 27678, 29597, 299n, comentáos intodutórios sobre,
36,330 14-15
sobre Aristó
Aristóteles
teles 27980, 31 6 e a Cistandad
Cistandade, e, 8284, 100,
1 00, 1 0 3
sobre as boas obras, 299300 303 e a imagem d o conquistador como
04, 303n5 parte da imagem do do pncipe 61 62
sobre as universidades, 27980 e a Invasão
Invas ão ancesa da Itália em
sobre o "estado cristão, 27374,273 74, 1494
1494, 43-4
43-44,
4, 85n53
85n53 89,89,  26,
26, 31 0
28284
28284,, 28788
28788 3030
30304, 4, 308
308 e a miséia
miséia da ália, 43-44, 67, 82
 Obras:
Obras: 9 , 97
O Apelo à Nobreza Cristã da Nação e a oganzação de O Príncipe,
Príncipe, 87-90
Alemã, 22, 27292, 30708 e a radição italiana, 4650
Da Autoridade
A utoridade Temporal
Temporal até onde e importânca paradigmática
paradigmát ica da
o Homem devedev e Obediência,
Obediência, 22, história, 7375
306-14 e o começo da modenidad
modenidade, e,  314,
3 14,
Das Boas Obras 30305 105
Da Liberdade de um Cristão 22, 8, e o Mito da Naturez
Natureza, a, 1 5, 75, 83
296303 1000
Luz e trev
trevas,
as, 1 9495
495 212 1 2- 3,
3 , 225 e o pano de ndo asiátco,  5, 66

Ídice remssivo j 357


e Medi, 861 ,, 1  Adr;lico 2
e paga
pagans
nsmo,
mo, 1 5, 10003, 11
1 1 n a,
 a, 
em comparação com Erasmo, 16, a Tu, 326, 327n
108-09, 22, 126-28 arn, Aled
Al ed von, 49
em comparação com Guccardn, arx, Karl, 32, 50, 175, 7, 197, 200,
39-40 210, 238
23839 39,, 251 , 279, 289, 301 
em comparação com Luero, 289 302n
302n4 4,, 316, 338
338
em comparação
comparação com com More,  9, arxismo, 141, 14n, 170, 204-05,
148, 53 302n
302n4 4,, 31 6, 338
338
em comparação com Sauta, 4849 Mater, 231
esperanç
esperançaa de, 15
1 5 9697,
9697, 0
01 Matera (substânca), 249
erói
erói míco non o cenro da obra, 67, Maéra e Espírto, 1 94959495
67n25 aer
a erast
astas,
as, 239
insegranças e hesiações de, 83 ateus de Paris, 53
"mente
"mente astórca de, 39, 85 Magham Somerse, 134
políco sob repúblca orenna
renna áxmo, o Confessor, 9n3
38-39 azzolni,
azzolni, Slveser
Slveser ( "Preras)
"Preras) 270
propaganda antmaquavéca 38 ed, Cosmo
Cos mo de', 43
39, 89, 97100 Medi, Peo de, 38
sobre
sob re a decadênca da Crsandade, Med
Meds, s, 38 40n,
40n, 48, 72, 86n, 88, 91 9 1 , 97
82 Melancthon
Melancthon Plpp, 257, 282 2 82 298
sobre a hsóra 7283, 7374n, 91 Mémoires ( Commyn
Commynes es), 41
sobre a mperfeção humana, 9496 Memorabilia (Fregoso), 64
sobre a lberda
lberdade
de 77, 82
8283,
83, 9495 Metafsica (Arisó
(Aris óele
eles),
s), 279
sobre a mlca
mlca naciona 46, 46n,
46n, 1 53 Methodus (Bodn), 286
sobre
sobre a ordem na hstóra, 91 , 99 Mexia, Pero, 63n
sobre a repúblca, 786 Meyer
Meyer Eduard,
Eduard, 1 03
sobre a revolção cíclca de rmas Mídia, 84
polít
polítcas
cas,, 7578, 828
8283
3 10 1 02, 14  n Mguel II, mperado, 180
sobre
sobre as
a s consprações
consprações 77 Milão 43, 49
sobre conduta poítca,
poítca, 7273 Milênio (Bosc) 23338
sobre o exércto 8789 Míca
Míca naconal, 46 46 46n 1 53
sobre os
os senhorios, 8792
87 92 itares
tábua de valores
valores em, 70, 83, 99, 100 boas les e boas armas, 87
 Obra
Obras:s: e Castrucco Casracan, 69
Arte della Guerra (A Arte da e o príncpe voroso, 92. Ver
Guerra) 46n, 72 também Guerra
Discorsi sopra la prima deca di Tito Tito líderes como o modeo clássco na
Livio, 15, 67,
67, 71
7 1 83, 87, 100 istóra, 50
Istorie Fiorentine, 49 1 04
Istorie míca nacional,
nacional, 46,46, 46n 1 53
Prncipe (Príncipe), 1 5, 38-39, 67, 67, no Príncipe de aquavel,
aquavel, 87, 88,88 , 89
67n25
67n25 7 1  8697
8697,, 10 1, 103-04
103-04,, profetas em armas, 92, 33940
0709 tz,
tz , Karl von, 272
Vita
Vita di Castruccio Castracani,
Castracan i, 15, Mlton John, 272
6770,
6770, 97-98n6
97-98n66, 6,  03 Mstcismo, 140, 150, 1662, 178, 197,
"Maquavelsmo, 102 203-
203-07 07 21 0, 213, 2394 , 268, 323323

358 1 História das Ideias


Ideias Políicas
Políicas - Renascen
Renascençaça e Refrma
Refrma
reza, 15 75 75 83, 100-
Mi to d Natu reza, e Dopius 
01,  2, 264
264  Prábl d Caven, 136
Mode topa (Wels), 136 em compaação com Easmo, 19,
Modendade, 11-13 10506 13637, 150 153
Moisés, 69, 91
9 1 , 97, 97-98n66,
97-98n66, 339 em compaação com Lueo, 23, 289
Monarchia (Dante), 241 em compaação
compaação com Maquiavel,
Maquiavel, 1 9,
Monaquia Tudo, 42 148, 153
Monarquia honas histócas paa, 130
Couccio Salutat sobe o nteesse pecoce
pecoce em tona-se
tona-s e
estabelecimento da, 4649 monge, 38
e a evolução cíclica de fmas mote de, 142
políticas, 75 pate autobogáca da Uopia,
em Roma 7879 13639
Easmo sobe, 126 sobe a losoa
loso a civl
civl compaada
guea ente monaquias
monaquias podeosas, com a losoa
losoa de escoa,
escoa, 1 9 1 3738
12627 sobe a guea,
guea, 1 50-55
monaquia heedtáia 75 sobe a Ingatea e a sociedade
na Espanha, 43 ocidental, 14445
na Fança 4243, 108 sobe o deve poítco do ósof,
na Ingatea,
atea, 42 19, 136-39
quinta monaquia
monaquia de Ciso,
Ciso, 1 97203 sobe o ma, 1 4445
Monaquioptantes, 42 4849 sobe o ogulho (superbia) e
Monastc
Monastcismo,
ismo, 1 19 popiedade, 19, 142-48, 153
Montesquieu ChalesLouis de sobe ratio e religio 1 38
3841 , 150
Secondat, Baon de a BdeB de de, 46n Utopia po,
po, 15 19-20, 108, 1 16 26,
Moadade 13035
13035 1 303
303 n34
n34 141 1 9n
na conduta dos poíticos, 9397 Moshem
Moshem Johann Loenz von, 21 0,
Pompanazz sobe 108 21 920
920,, 23 132
tábua de vaoes
vaoes de Maquiavel
Maquiavel 8080  Movimen
Movimeno o anabatista
anabatista 164, 2 1 2, 225,
1 00. Ver ambém É tica
83, 99, 100. 231,326
Moralses, 43, 65 Movimento concila, 42
Moalização da conduta poítica, Movimento de teceões, 170, 178
153-54 Movimento do Espito Live 209-38,
Moávia, 164 243
Moe, Thomas Movimen
Movimento to hussia, 162,
1 62, 1 64,
64, 1 75 26
26 1
avaliação de Voegelin de, 1 5355535 5 Movimento
Movimento conoclasa
conoclasa bizantino, 1 87
Balthasa sobe
sobe  4  42n Movimento
Movimento conoclas
conoclasa,
a, 1 87
comenáios intodutóios sobe, Movmento Lollad 164, 178
1920 Movimento Pauliciano, 164, 175,
como místico, 140 18788
consões em tono de sua topia Movimento
Movimento puitano,
puitano, 2 1 , 64, 1 78, 1 87
130-34 88,
88, 197,
197, 201, 206, 208,
208, 227
227
cistandad
cistandadee de,de, 58, 1 3841
38 41 Movimentos anaco-sindicalistas, 170
e a "moalização da conduta Movimentos antiespiiuais, 164, 172
política 15354 Movmentos
Movmentos espituais
e começo da moden
modendade,
dade, 1 31
3 1 4 abgenses, 160 186, 18789, 194

Ídice remissivo 1 359


cance
can ce dos IM-66 Movi1nlos S'l;\ios. V1•r "Povo dt•
avsmo e iis 2048 Deus Movmeos esrluis
catarismo, 164, 18689 95 Mun vus (Vspcio), 32
comenários
comenários inrodutórios
in rodutórios sobre Mussoini enito, 78
1922
conexões
conexões enre a revolução
revolução social e N
OS, 20910 Nacona-Socialsmo 19, 155 160, 1
conito entre a grejagreja e as seitas, 78
78  85,
85, 204
204 207
207 20
166-69 Napoeão, 207
e a Qunta Monarqa de Crsto, Nápoles,
Nápoles, 43, 49, 283 282
197203 Nardi, Jacopo, 72
e Bosc,
Bosc, 21 3, 23038 Natura/e
Natura/ejattanza
jattan za 248
e cidades, 178-79 Natureza
e classe média, 178-79 Easmo
Easmo sobe,
sobe, 1  8
e dois
dois mundos,
mundos, 19495,
194 95, 197203 lei da natreza
natreza  50  66
e Erg
Ergen
ena,
a, 2   1 80,
80, 1 84 8586, utero sobe 324
89
8995 209, 21 2, 21 8-19, 221, 225, 225, Mto da Natureza
Natureza 1 5, 75 75, 83,
232,
232, 238,
238, 239
239 100-01
100-01  1 28, 264n
264n
e imperium apolneo,
apolneo, 20, 23852
238 52 visão adamit
adamitaa da, 231 33
e insituiçõe
insituições,s, 1 55-60 Nayor,
Nayor, James, 227
e Liro das Noe
Noe Rochas,
Roc has, 2924 Necessità (nece
(n ecessidade),
ssidade), 93
e o problema da continuidade,
continu idade, Negocii summa 1 14,  l 4n6
20912 Neopitagosmo 238
e o sermão d e ColliCollier
er 9597 198 Neopla
Neoplatontonism
ismo,
o, 178 1 808
808 , 189 1 9 ,
e Perguntas ao Lord Fairax 197 225
225 238
238
203,
203 , 204 Ner, Fppo dei 72
refrma,  58�60
e refrma, New Order
Order and Last
La st Orientation
e Um Vslumbre
Vslumbre da Glória de Sião, (Voege
(Voegelin)
lin) 224n28,
224n28, 28 n
2 , 1 727
7275,
5, 195 New Scien
Sciencece ofPolitics
Politi cs ( Vo
Voeg
egelin),
elin), 322n
32 2n
em comparação com Lutero, 289 Niceia,
Niceia, Concílio
Concílio de, 283
Esprito Livre 20938, 243 Niceas
Niceas de Constantinopla,
Constantinopla,  87
esruura social dos, 1 7578 Nicoau
Nicoau dede Cusa,
Cusa, 42, 162 , 239,
239, 31 316
estupor e explosão,
explosão, 22224
2 2224 Nicolau,
Nicolau, Henrque (Hendrk Nicaes),
fntes secu
secundá
ndária riass sobre,
sobre, 21 2 1 3 226,
226, 227,
227, 239
nluências
nluências orientas, 1 78-84 Ncol de' Conti, 60n
licenciosidade sexal e sensualidade Ncópois,
Ncópois, bataha de, 54 54
231-38 Nietz
Nietzsc
scee Fiedri
Fiedric,
c, 20,
20, 1 6  , 208 22
22 1 ,
oriebianos 21315 25152,
25 152, 282282
Paracetos,
Paracetos, 1 50, 1 82, 22529, 289 Nilismo, 20809, 22324
perodização
perodização dos, 1 6 1 63 e aivismo, 204-09
refrma e eitos anicivlzacionais, Nobiltà (Nobreza), 247
697 Nobreza 247-49
supressão
supressão dosdo s e resistênca
resistênca aos, 1 58, Nomen Romanum 246
60, 16465 Nomos, 75
violência nos, 1 75. Ver também
violência Nous (esprto), 190
movimentos pelos pelos nomes
nome s Noa Atlântid
A tlântidaa (Bacon), 134

36 1 Hisória das
das Ideas Poltica
Polticass -Renascença
- Renascença e Refrma
Refrma
Nova ete, leoria de um h, Ji 1 -\3
-\3 Osrogoos, 2
No v
Nov   e ico 
  o, 255 2 55 Owe, Robert, 131
56, 26872 Ozio (ócio), 82
Novo
Novo Test
Testam
ameeto
to 08, 1 0-  1 , 1 15
26, 182,
182, 1 88
88 194
194 25  265
26526 26 p
296
296, 307
307 31 7, 322,
322, 324, 330 Ver
324, 330 Paga
Pagani nism
smo,o, 15,  0003,
0003, !  n  1 8,
também os livros especícos o 1 24,
24, 166 305, 34 1. Ver também
305, 341.
Novo estameno Antiguidade
Novum Instrumentum (Era (Erasmsmo),
o), 1 0, Panesmo, 213
114 Papas
Numa 80 auoridade sobre o imperador,
28687
o como Christus in terris terris (Ciso na
Oceana (Harrington
(Harrington ), 49 erra)
erra),, 246-47
Ockam, Guierm
Guiermee de de  Ver Guiherme como príncipe errioria,
errioria, 42
de Ock
Ockam am e a veda
veda de de idulgêcias
idulgêcias 269-71
269-7 1 ,
Ockhamis
Ockhamistas, tas,  3 282
dios nacioais, 2 6, 246 H ussitas
ussitas sobre
sobre o papado 26 
Ogodai Khan 53 lua etre Hohenstauen
Hohenstauen e,  22n22
Oligarquia, 75 Luero
Luero sobre
sobre 277-78, 277 28384
Oliva, Joanes,
Joanes, 56 2 Maquia
Maquiave vell sobe
sobe,, 82
Omnia, 9  retorno o papa de Avigon Avigon a
Ocke
Ocke Herman
Hermann, n,  303
303  n34 Roma, 46-47 Ver também os papas
Onore de
de mondo (honra o mudo específcos
82, 83, 99
99 100, 103-0
103-044 Papas de Avigon, 4647
Opinio
pini o pubica
pub ica (opinião comum) 1 46 Parábola da Caverna, 36
Oradores Exaados, 164 Paracesis (Erasmo), 1011
Oratio directa, 337 Paracet
Paracetos
os  50, 18 2, 22529 289
Ordem Jesta, 259 Paradigma 320
Odem Teceira 176, 216 Paradiso (Dante), 249, 25 1
Orem Paraso 91-92 19597 232, 296,
e virt do príncipe conquisador,
conquisador, 67 305, 36
Maquiavel
Maquiavel sobre,
sobre, 9 9   99 Parlamento
Parlamento de d e Fano 46
ratio e religio, 13841 Patareos, 75-76, 178
Voegei sobre a ordem da hstória Pau, Jean, 223
11 Paulo,
Paulo, São,
São, 166, 188,
1 88, 244
24445,
45, 250n55
Ordens medicante
medicantess 82, 6 1 , 1 76, 250
250 264
264666, 27677
27677,, 296
296 305,
305, 308,
308,
216, 00 3 13, 324, 327
327
Ordinata irt 67, 90, 95 Paz,
Paz, 25-26
25-26,, 124n3,
124n3, 3 1 
Orguho (superbia): More sobre 143 Pecado origial
origial 323
32 3
48, 153 Peca
Pecadodo,, 1 8 19 143, 1 8 1 185, 298
29899
99,,
Origem,
em,  14,
14, 18 1, 19 1 1 9 n 3, 21 9 323
Oróso, Paulo, 01 Pecca fo
fortiter,
rtiter, 298 324
Orti Oricelaii 72 Ped
Pedo,o, 265,
265, 298,
298, 327
Orlieb
Orlieb,, 21
2 1 3, 239 Pela
Pelagigian
anis
ismo
mo 1 17 3,
3 , 150
Orli
Orliebi
ebiano
anos, s, 2 3 1 5 Pecti, 2 1  192, 227, 230, 230, 246
246 24751
24751

Ídce remissvo l 361


Perf
Perfeta1
et a1et
etee 1at
1 aturai,
urai, 24 olwd
olwd i�ncia ao podr gov'"IH,
erguntas a Lord Fax, 972 2 7
Peodzação dos movmenos o odro faz a   9
espr
espruas
uas  6 1 -63 Poggo Baccon sobre 552
Perondno Peo 63n separação gelasiana dos poderes
Perseerantia, 324 274-75
Pésa, 84 Tmur como símbolo de 5355. er
Pete Mary, 132 também Pncpe
Pearca
Pearca ( Fancesco
Fancesco Pearca), 97 240 Podestà 46
25n Poética (Asóeles) 279
Philosophia ciilior (flosofa cvl), 9, Poggo Braccon 49, 55-62 563
3738 606n8
Physeos oikonomia, 75 Pobo 74 75, 78 00 101
Pcados
Pcados (Beghards)
(Beghards) 231 23 1 Pols, 36 14n 15758
Pincipato nuovo 89
Pincipato Politeion anak
an akyklos,
yklos, 75
Po I, papa, 62 Políca
Págoas
Págoas,,   0, 225 amercana, 208
Pa
Paão
ão 10
10  67,
67, 98-
98-99
99 1 01 , 03  0 1 3 1  e "maquavelsmo 102
134, 36, 14 n, 225 225 266,
266, 341 e a mpereção humana, 9496
Platão e Arist6teles (Voege
(Voegen), n), 4
 4 n e dos mundos, 9495
157n e Erasmo sobre o príncpe ascétco
Plato
Platons
nsmomo 1 6 1 19, 124,124, 1 28 14 n 6-17 10809, 18-30, 38
48n58
48n58 238
238 266,
266, 267,
267, 294-
294-95
95,, 335 e Erasmo sobre pobema do poder
Pleonexia, 19 46 1 28, 30,  30, 44, 5354 126-30
289, 30 Maquave
Maqu avell sobre os prncípos
Pono, 4n moras de conduta na 93-96
Pnematikos (homem esptual), esptual), 2 1 5, moral
moraldad
dadee na conduta
conduta da, 93  O 1
244-45 "moralzação da condua polca
Pobr
Pobrez
eza,a, 170-71  21 3 53
Poder Moe sobe o deve poíco dos
como nene do ma 1 28 flósos, 19, 13639
como ma, 99 pncípos de Maquave
Maqu ave para o
demonsmo de na desntegração da estudo
estudo da, 72-73
cvl
cvlzaç
zaçãoão csã 19,19 , 128,
1 28, 5354 Repúblca
Repúblca romana 7 1 -72, 75-74 75-74
e a ordem
ordem políca, 05  05 revolução
revolução cíclca de rmas polícas,
e bem comum, 7980 7578
7578,, 8283
8283 0 102
e o Mto da Natureza,
N atureza, IS, 75, 83, "tentatva e erro na, 24
100-01,
100-01, 128 Pomponazz
Pomponazz,, Pet
Peto
o 108,
108 , 1  7
Erasmo sobre a bondade quando Popolan, 40n
necessáa
necessáa com o,  2425 Postv
Postvsmo,
smo, 20, 141
1 41 , 150,
150, 2 0, 23839
23839
Erasmo sobre pobemapobema do 1 2630 "Povo de Deus, 1 55252 passim 268
ça mas poente versus mas aca, Ver
Ve r também Movmenos
Movmenos espruas
esprua s
6667 Potestas spiritualis, 246
Libido dominandi (paxã (p axãoo do Praescri
Praescriptum natu rae (e da naureza),
ptum naturae naureza),
poder
poder),), 7,  9 1 53 50
naturasmo pagão do, 128 Predestnaç
Predestnação,
ão, 25, 3 1643

362 1 Históia das Ideas Polítc


Polítcasas - Renascen�a
Renascen�a e Refrma
Refrma
ri
ri;;
 ( r
r
))  0 1 /w) essere Ji 1 vita, 7
rebieranos, 200 urari, 9
Prma
Prma ausa, 335
Prmeira Guerra Mundia 208 Q
Principati (senhoros) 87-92 87-92 Quaestiones, 14 l l 4n5, 305
Prncipe Qakers
Qakers 227, 2303
2303 
como análog
análogoo de de Deus,
Deus,  1921 , 1 24 Quan
Qua n tité négl
néglig
igeable
eable,, 136
como raposa e eão 93 Quasi
Quas i peetta,
peetta, 249
conquistador como parte da magem Qued
Queda,
a, 1899  232
do príncpe,
príncpe, 6 62 Queda de Babilônia, 7275
e moralidade na conduta dos Querela Pacis (Erasmo) 24n31
políticos 9397 Quesão Utraquisa 285
rasmo sobre o prncpe
prncp e ascético, Quidditas,  1 3
16 1 7, 10809
10809 1  830,
830, 1 38 Quinta Monarqua de Crso,  97204
rasmo sobre o prncipe ilosóco,ilosóco, Quíron, 93
1189
luta pelo poder
poder enre príncipes, 1 28 R
Maquiavel sobre, 5, 87-95, 08-09, Rabelai
Rabelais,
s, Franços,
Franços, 31 9
122, 26 Racionalis
Racionalismo,
mo, 07
 07
pleonexia do, 19, 46 1 28, 144 Raison
Ra ison d'état,
d'état, 32
virt do, 38, 62 62 67 9  96, 08
 08 Ratio divina,
divina, 9, 14
virt ordinata
ordinata do, 67 Ratio e religio 1 38-41,
38-41, 359
359
Xenofne
Xenofn e sobre,sobre, 97n Ratio humana, 9 141
Príncipe
Príncipe (Prncipe (Maquave), IS Razão,
Razão, 77, 1384
13 84 
3839
3839,, 67,
67, 67n2
67n255 7 , 869
8697, 7, 101 02,
02, Realismo
Realismo "anrreligioso
"anrreligioso em polica, 5
10709 Realissimum,  38 29495
29495
Prínc
Príncpe
pe asc
ascéi
éico,
co, 17 1 8 10809, 1 16-30 Recentes theologi
theologi (teóogos
(teóogos modernos),
Proco, 180 113
Proea
Proeas,s,  3 1 Recentius
Recenti us theologiae
theologiae genus, 114
Pro etas em armas prof
Pro profeti arma rmatati)i) Redenç
Redençãoão 9  , 296n
296n
92 339-40 Refrma
Pro
Profeti arma
ar matiti (proeas
(proeas em armas),
armas) , 92 apoio dos príncipes à Refrma
Progr
Progress
essvi
vis
so,o, 14   21 0 alemã, 78
Propaganda animaquiavélica,
animaquiavélica, 3738 Calvino
Calvino e predestinação,
predestinação, 25 31 6-43
Proph
Prophananisis legibus
legibus (lei prona), 1 14 começo
começo da modernidade,
modernidade,  1  1 3,
Propriedade, 9, 146-48 10506
Propriedade
Propriedade privada
privada,, 1 9, 1 4648 começo da, 103 1 03
Protesanismo 13, 3032, 62, 164, comentáros ntrodutórios sobre
282. Ver também Refrma 2029
Protos
Protos An
A n thropos
thropos (Homem Primitvo), coo "idade da consão, 25556
220
2202121 , 225
225 236,
236, 248
248 e O Apelo à Nobreza
Nobreza Cristã da Nação
Prudenza, 68 Alemã de Lutero,
Lutero, 22, 272-92
272-9 2
Psychikos (homem natural), 25 244, e a Dispta
Disp ta de Leipzig
Leipzig  6 25962
246 264
264 272
Publicação, 25658, 270 e as Novena e Cinco Teses de
Punto summo, 248n Luero, 255-56, 26870

Índice remissivo
remissivo 1 363
36 3
e movimentos
movimentos esirituais , I M kvola do cio11p, 7
e o cisma ene a gej g e a vouço ica e fmas polítis ,
vouço
Igea
Igea Laina, 28, 25963,
25963 , 33034 757, 2 002 4n
e pubicação, 256-58, 270 Revolução socil e movimenos
Easo
Easo sobe,
sobe,  16 espiiuais, 172-78
leitura de Voegein da 2631 Ver Ricado de São Víor 250n55
também Calvino João ueo, Rienzo Cola di, 6, 97-98n66 20
Mainho 251
Refra beneditina 176 Rinnovazione (ref
(refa)a) 8 2
Refa coo tero geal geal 1 58-60 Ritoare a suo Principio,
Principio, 27-8
Refra de de Clny 1 76 Robespiee 207
Rego/a generale (regra geal), 79 Robinson Crusoe (Daniel Defe),  3
Reich der Welt 310 Roa
Reich Gottes, 31 0, 312 ceco de, peos vândalos, em 31
3 1 , 52
Reino de Criso,
Criso, 1 9598 coo primeiro corso da hisória
Reino de Deus 1 82, 19597, 33839 iaiana, 72
Reino de Münse, 22829 conquisada peos gaueses, 8
Relectiones de Indis (Vitoria)
(Vitoria) 1 53 e modeo de hisoiogaa, 950
Reigião Ver greja Católica hisóia
hisóia de 71
7 1 72
Crisandade; Igea; Potesaniso libedade e, 7879
Refa ua intena em, 7879
Religio e ratio 138-1 , 150 monarquia em, 7879
Renascença queda de,
de, em 1 O, 52
coo
coo coe
coeço ço da ode
odeni nidade
dade  1 - 1 3 eligião de, 80
concepç
concepção ão de
d e Budach, 239
23 9 repúblic
repúblicaa de, 7 72, 75-76
75- 76
Renascentia 7 eono do papa de Avignon
Avignon a, 67
Renovatio 239 tiania em, 78
Repubblica
Repubblica de' Viniziani (Gianoi), 9 virt e, 8
República (Plaão
(Plaão)) 13 1 , 3 Roman de la Rose, 232
Republicanismo Romanitas, 26
de Guicciadini, 390, 0n Romanos, Epísola aos, 226n33
e a virt do heói, 77 Rômuo, 79,
79, 80, 9 1
e anakiklosis, 77 Roosevel,
Roosevel, Fanklin D. , 208
e deseos
deseos huanos, 7778 7 778 Rousseau JeanJacques, 13
e eligião
eligião,, 8081
80 81 Rucelai,
Rucelai, Cosio 72
e Floenç
Floença, a, 3839
383 9 Rússia
Rússia 5n 60n
60n  8, 330n3
Maquiave
Maquiavell sobe,
sobe, 7 1 85 87
natureza
natureza ccica das epúblicas, s
7577,
7577, 8283 Sacedotes, 50 82
epúblic
epúblicaa romana, 7 1 72 758 sacedócio de todos os cisãos, 276
epúblicas coo coi misti, 77 Sacraentos, 166, 69, 188 3232,
République (Bodin), 108 32728
Res privata, 7 Saeculum, 1 7, 182
Res publica, 7 Saint-Simon,
Saint-Sim on, Claude Heni de Rovoy,
Rovoy,
Retórica (Arisóeles)
(Arisóeles) 279 condede 31
Reve
Reveação
ação,, livo
livo da (Apocalipse),
(Apocalipse),  74,
74, 198
19 8 Saluai Coluccio, 6-8, 72

364 1 Hisóia das Ideas


Ideas Polític
Políticasas - Renascenç
Renascençaa e Refrma
Refrma
Savaçào,   7 1 4   1 66
66 ,  68
68   8 1  1 9 1 , Simon de Sainl-Qucni n, 5J
328
328 330-3
330-3  ínoo
ínoo de Abi 187
ela
ela ma, 5657 56n 3  Ver
56n 3 Snodo
Snodo d d he
heey
ey,,  8  n
também Pedestinação Snodo de Toose, 1 87
Samaca
Samacanda, nda, 6 , 63 Sra, 6263, 64
Samósata,
Samósata, Baalha de, 1 88 So haben wir es es niht
nih t gemeint 116
Santo Ambós
Ambóso o 1 4 Sobevvência do mais apo, 58
ant
antosos,, 1 7273, 191,
19 1, 97
 97 20004
20004 Socialismo, 46 48, 164
So Domingos 82, 02, 28 Sociedades congegacion
congegacionais, ais, 200
São Joo, Epstoa de, 320 Sodeini, Pieo 38
São João, Evange
Evangelholho de,
de, 25   322 Solade
Solade (jstcação pela é) é) 24, 295
Satã, 188, 195 97
97 299n
299n 36,
3 6, 32324
32324,, 327 33 33 
Savonaola, Giolamo, 38, 82, 03 Sohia
Sohia 23  , 244
244
Scala, Baolomeo della, 49 Sophia Achamoth, 220
Scheling, Fedich, 223 Soter (sava
(savado)
do) 21
215
Scotis
Scotisaas,
s,   3 Speulum Historiale (Vincent de
Sect
Sectááio
ioss adam as 2 1 , 23 1 34 239
adamititas Beavais)
Beavais) 53
296,
296, 323 Spenge,
Spenge, Oswad,
Oswad, 1031 03
Segnda Gea
Ge a Mndial, 208 Spirito italiano
italiano  00, 10304
Segundo
Segundo Tratado
Tratado do Governo
Gove rno Civil Stálin Joseph 207
(Locke), 47 Stati (estados),
(estados), 68 8789
Seia bogoma, 164 Stoch Clas 278
Seita psciliana, 87 Storia de/e virt e de vizio, 65
Seme
Sem e difelicità 24850 Storia Fiorentina ( Gicciadini),
Gicciadin i),
Senhor civ, 92-93 40n
40n 43
Senhorios (principati) Sça 64,
64, 1 78
Maqiavel
Maqiavel sobre 8793 8 793 Summa contra Gentile (Tomás),
Sensua
Sensuaidadidade, e, 23  -38 29495
Sentido nramndano da vida, 5758 Summa
Summ a Theologiae (Tomás)
(Tomás) 1 14, 265
56n3 Summa 38
Separação
Separação da Igeja Igeja e do Esado, 40, Summum bonum 83  36, 294, 294, 301
4n Superbia (ogho), 14349, 53
Separaço de podees, 27475 Swi onatha
onathan,n, 1 34
Sermão da Monanha,
Monanha, 1 58, 166
Seveus, Michael, 326 T
Servum 337 Taedium vitae
vit ae 237
Seyssel,
Seyssel, Caude de 1 08 Tamelão. Tim
Soza,
Soza, Francesco
Francesco 46 Tale,
Tale, Johannes, 162,1 62, 221 22, 268,
268, 316
3 16
Sfza, dovico, 38, 43 "Teocenismo, 335-36
Sicília, 283 Teoogia
Teoogia sisemática 322
Sigé
Sigéri
rioo de Brab
Brabant
antee   1 Teceiro
Teceiro iméio, 2404
Siésia, 52 Teceio
Teceio Reino 20, 20,  82  94, 24042
24042
Slvio Pccoomini Enea, 42 56, 62 Terror
Terror gentium 63 66 97n
63n20, 6, 231 Tese
Tese 9
9  , 97
Smbolos
Smbolos e simbolsmo,  1  2829 2829 197- Tezel, 270
98 2666
26 66,, 335, 337 341 The Later Middle
Middle Ages (Voegein),
(Voegein), 26n
26 n

Índice remssivovo 1 365


'hcologiu Gmwnu, 268 tp1 ( Morl, 1 18-9 J8n 109 25
hermidor, 20 1 30 U03
U03 1 n4
n4  1  9
9
meroru m 270
Thesaurus merorum topianismo 8,    -34
-34, 13 n35
n35
Timaeus (Pa&o), 14n 14142
Tm, 151 5 , 5364
5364 56n 2, 5960
5960 68, 97n
97n
Traboschi,
Traboschi, Girolamo, 65 V
Tirania, 4849 75, 78, 117, 124 Valença, Concío de, 18n
Toeância
Toeância religosa,
religosa, 1 40 Vaentinianos, 215, 220
Tomás de Aqino, Santo Santo 2829,
2829, 1 1 1 , Valeis Maxmus 64
1 13, 1 13n4,
13n4, 132,
132, 161 , 180, 184,
184, 260
260 Valores Ver Étca
264
26465
65,, 268,
268, 279,
279, 294
29496
96,, 305,
305, 322
322 Vândalos 52
33442
33442,, 335 Veneza
Veneza e venezianos, 43, 79
Tomisas,
Tomisas, 1 1 3 Vespúc
Vespúco,
o, Amérc
Amérco,
o, 1 32, 1 36
Totalitarismo 26 Vettori, Francesco, 86
Toouse
Toouse snodo de, de, 1 87 Vida de Casruccio Casracani
Toynbee Arnold J. 102 (Maqavel) Ver Maquiave 
Tradção
Tradção gelasiana,
gelasiana, 256,
256 , 274 Obas: Va di Casruccio
Casruccio Casracani
Translaio ecc/esiae 338 Vda sendo intamndano da, 5657,
Translaio imperii, 50
Translaio 56n3
Translaio 286 Viena 53
Tansubsanci
Tansubsanciação,ação, 261
26 1 66, 28586 Viena, Concli
Conclioo de 29
2 9
Traado do Governo Civi l (Locke)
Gover no Civil (Locke) 1 34 Vince
Vince de
d e Beavas
Beavas 53
Traados de York 261 Violência escatológica, 20607
Trev
Trevas
as e Lz
Lz,, 23031,
2303 1, 2 1 21
2 1 3, 225 Violênca
Tibos germânicas da Gande condenação
condenação da nos Evangelhos,
Evangelhos, 1 26
Migração, 52 crstã
crstãos
os e o poder
poder da
da espad
espada
a 31 0 1 1
Trdennos, 30 e bem
bem comum, 79-80
Troesch Ernst, 175 e profetas
profetas em armas, 92 339-40
3 39-40
Tcdides, 128 Erasmo sobre, 12526
Trc
Trcos,
os, 5354,
5354, 6666 84 escatológica 206-07
Trgeniev, Ivan Segeievtch, 209 nos movimentos
movimentos espirtais
espirtais,, 1 75
Tyche, 75 Ver ambém Guera
Vrt
u apolnea,
apolnea, 250
lima Ceia, 26566 como a graça ndida com o poder, poder,
peccaor um 62,
Ulorpeccaorum 62, 7 1, 97 128
"Um descobmento da Nova Cração Dante
Dante sobre,
sobre, 122n22,
122n 22, 247-50
( Coie),
Coie), 19597 desaparecimento da, com a more
Um Vislumbre Glória de Sião, 21,
Vislumbre da Glória do prncipe, 80
17175, 195 do herói, 7 1 72, 77
Unam Sancam, 1 83, 243-46, 247 247 do prncipe
prncipe,, 38, 62, 67, 91
9 1 96, 108
1 08
União Sovética, 208 dos fundadoes e restaradores,
Unitarismo 164, 230 68
68 828
82833
Unversi
Unversidade
dades,s, 1 84, 25758, 27980 e ascensão e qeda cclicas dos
Uomo buono (homem virtoso), 72 repblicaos, 8283
Urbano V, Papa, 46 e Castccio
Cast ccio Castacani, 68

366 1 Históia das Ideias


Ideias Políic
Políicasas - Renascen
Renascençaça e Refrma
e m, 2  Weber, Max, 2227
e esocim, 00 Wlls, H . ( ; . , 3
e o pagansmo de Maquiave, 03 Willams, Roge
Roge 23 
e pos
po s de senhoo,
senhoo, 92-93 Wilson, Woodow, 208
em compaação com a viude vi ude de Wyclie, John, 178 261
Easmo, 122
Memorabilia de Fegoso como X
hsói
hs óias as de, 64 Xenofne, 97n
movimeno da, ente os povos 84 Xexes 60 66
ordinata virt, 67, 90, 95
Peaca sobe, 97 z
epubliana 46n Zenão 1 1 0
ensão enefortuna e 58, 9596 Zeus,
Zeus, 68
tpos de, no Príncipe de Maquiave, Zinskauf 287
67n25, 89 Zíngio, Ulico 267
Virt aponea, 250
Virt
Virt de/l
de/loo animo,
ani mo, 91-92
Virt
Virt intellettuale possibile 249
Vrt
Vrt propria 247 249
Vude, Easmo
Easmo sobe,
sobe,  2 1 -25
Vsão apocapca
apocapca 91 9 1  97 97-98n66,
0 1 , 03 68 289289
Visigodos
Visigodos 52,  87
Vita contemplativa, 84 84 36
Vta Tamerla
Tamerlani, ni, 6264,
6264, 6768,
6768, 71
71
97-98n66
Vío,
Vío, São
São 183
Vitóia
Vitóia Fancsco
Fancsco de,  53
Vvere civile (comundade
(com undade vvene)
vvene) 79
Voegein, Eic. Ver títuos dos vos
Voegein,
Voa
Vo ae
e 1 4, 50 60-6
60-6 n 8 106, 1 3,
239, 25 279 36
Von der Freiheit
Freiheit eines Christenmenschen
Christenmensch en
(ueo) Ver Da Liberdade
Liberdade de um
Cristão.
Von weltlicher
weltlicher Oberkeit (uteo). Ver
Da Autorid
Au toridade ade emporal até onde o
Homem Deve Dev e Obediência (Luero)
Vorschule
Vorschule der Ásthetik (Pau), 223
Voxpopuli
populi vox vo x Dei, 158
Vulgus, 18-21

w
W aldens
aldenses,
es,  64 2 3
Waldes
aldes Petus 1 78
Walgr
algreen
een Lectures
L ectures 1 1

Índice remssivo 1 367


P-
 P-RASIL.
RASIL. AALO
AALOGAÇ
GAÇÃO
ÃO NA PUBL
P UBLICAÇ
ICAÇÃO
ÃO
(INDICATO ACONAL OS DITORES DE IVROS, RJ)

V862h
v. 4

Voegein Eric, 1901-1985


História das ideias políticas volume V Renascença
Renascença e Rerma
Rerma !
Eric oegein;
oegein; radução
radução Elpídio
Elpídio Mário Danas Fonseca
Fonseca  1  ed - São Pauo
Pauo 
É Reaiza
Reaizaçõe
çõess Ed
E d 2014
2 014
368 p ; 24 cm (Filosoa
(Filosoa aual)
aual)

Tradução
Tradução de: The Coleced
Col eced Works
Works of
o f Eric Voegein,
Voegein, Volume
Volume 22,
Hisory of Poii
Poii cal Ideas
I deas Volume
Volume V
V Renaissance
Renaiss ance and
an d Rermation
R ermation
Sequência de Hisória das Ideias Poítica
Poíticass  Vol III - Idade Média Tardia
Tardia
Continua com Hisória das Ideias Poíicas
Poíicas - Vol V - Religião
Religião e a
Ascensão
Ascensão da Modernidade
Inclui índice
SBN
SBN 97885
978858033-
8033-169-
169- 1

1  Prote
Protestantismo
stantismo - Hisória
Hisória 2 Rerma
Rerma proest
proestant
ante
e 3 Ciência
Ciência
renascenisa 4 Humanismo 1. Tíuo II Série

14-14194 CDD 2706


CDU
CDU P274
P274
8/07/2014 22/07/2014

Este livro foi impresso


pea Edições Loyola para
É Reaizações em agosto
de 2014 Os tipos usados
são Minion Condensed e
dobe Garamond Regular
O papel do mioo é off
whie norbrite 66g e
o d a c a p a  c o r d en
en o n s
stardram sapphire 285g

Você também pode gostar