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A Teoria de Maslow

Maslow cita o comportamento motivacional, que é explicado pelas necessidades


humanas. Entende-se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com
força sobre os indivíduos, levando-os a acção. Para que haja acção ou reacção é
preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou
proveniente do próprio organismo. Esta teoria dá-nos ideia de um ciclo, o Ciclo
Motivacional.

Quando o ciclo motivacional não se realiza, sobrevém a frustração do indivíduo


que poderá assumir várias atitudes:

• Comportamento ilógico ou sem normalidade;

• Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida;

• Nervosismo, insónia, distúrbios de saúde (circulatórios/digestivos);

• Falta de interesse pelas tarefas ou objectivos;

• Passividade, baixa moral, má vontade, pessimismo, resistência às


modificações, insegurança, não colaboração, etc.

Quando a necessidade não é satisfeita não significa que o indivíduo permanecerá


eternamente frustrado. De alguma maneira a necessidade será transferida ou
compensada. Daí percebe-se que a motivação é um estado cíclico e constante na
vida pessoal.

A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de


motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma
hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que
no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu
lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-la. Poucas
ou nenhuma pessoa procurará reconhecimento pessoal e status se as suas
necessidades básicas não estiverem satisfeitas.

Na teoria da motivação, as necessidades humanas estão organizadas e dispostas


em níveis, numa hierarquia de importância e de influência, numa pirâmide, em cuja
base estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as
necessidades mais elevadas (as necessidades de auto realização)

Necessidades de auto realização

Necessidade de status e estima


Necessidades sociais (afecto)

Necessidades de segurança

Necessidades fisiológicas

De acordo com Maslow, as necessidades


fisiológicas constituem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da espécie:
alimentação, sono, repouso, abrigo, etc. As necessidades de segurança
(sobrevivência física) constituem a busca de protecção contra a ameaça ou
privação, a fuga e o perigo. As necessidades sociais (a aceitação pelo meio e o
sentido de importância), incluem a necessidade de associação, de participação, de
aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afecto e amor. A
necessidade de estima (relevância, domínio, reputação, prestígio) envolve a auto
apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de
status, prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação, de
confiança perante o mundo, independência e autonomia. A necessidade de auto
realização (desejo de conhecer, compreender, sistematizar, organizar e construir
um sistema de valores) são as mais elevadas, de cada pessoa realizar o seu
próprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente.

Estas necessidades englobam três tipos de motivos:

1) Os físicos;
2) Os de interacção com os outros;
3) Os relacionamentos com o próprio.

Os desejos mais altos da escala só serão realizados quando os que estão mais
abaixo estiverem mais ou menos satisfeitos.

EXPRESSÃO DA MOTIVAÇÃO
• Motivação é algo privado, não observável – não se vê

• Inferirmos a motivação

• Comportamento

• Compromisso

• Fisiologia

• Autorrelatos

COMPORTAMENTOS DA EXPRESSÃO DA MOTIVAÇÃO

• Indicam presença, intensidade e qualidade da motivação:

• Atenção

• esforço,
• Latência
• Perseverança
• Envolve probabilidade de resposta

• Expressões faciais e gestos

• Manifestações motivacionais do comportamento


• ex. fome (conversa e come ao mesmo tempo, esquece maneiras sociais

• Antecedentes

• – questões que antecedem os estados emocionais – já ganhou uma vez, agora


sente-se motivado

COMPROMISSO

• Intensidade do comportamento

• Qualidade emocional

• Investimento pessoal na atividade


• Tipos:

• Compromisso comportamental (atenção, esforço, persistência)

• Compromisso emocional (interesse, divertimento)

• Compromisso cognitivo (estratégias de auto-regulação)

• Voz (autoexpressões da participação)

ANTECEDENTES

• Motivos
• Experiências internas

• Necessidades, cognições e emoções

• Energizam as tendências de aproximação e de evitamento

• Eventos Externos

• Oferta do contexto social e cultural que atraem ou repelem com que o sujeito se
comprometa ou não numa ação
MOTIVOS INTERNOS

Motivo – processo interno que energiza o comportamento

Tipos de motivos: necessidades, pensamentos e emoções

Necessidades: condições do indivíduo que são necessárias para a manutenção da


vida e do seu crescimento e bem-estar

• Físicas – fome
• Psicológicas – competência

• Socias – pertença

• Cognições: acontecimentos mentais como pensamentos, crenças, expectativas e


autoconceito

Emoções: fenómenos de curta duração, fisiológicas, funcionais e expressivas que


organizam a forma de reação e de adaptação aos eventos de vida

EVENTOS EXTERNOS

Fontes de motivação do ambiente

• Contexto social e cultural que têm a capacidade de direcionar o comportamento.

• Ambiente: dinheiro, clima da turma, estilo parental, etc…

Teorias da Motivação

Explicam os motivos como:

Instintos: forças inatas que direcionam o comportamento

Drives: estados biológicos desconfortáveis que procuram a mudança

Ativação (Arousal): Desejo de manter níveis ótimos

Incentivos: procurar recompensas do mundo

Motivação = instinto

Charles Darwin – teoria da seleção natural

William James – aplicação dos instintos à motivação – são os instintos que


direcionam a motivação

Hábitos que regulam o dia-a-dia

MOTIVAÇÃO = DRIVE
Teorias de redução do “drive”: a motivação surge do desejo de reduzir estados de
desconforto internos (drive) quando as necessidades não são preenchidas.

Drives primárias mantêm a hemóstase como comida, água

– sistemas de informação monitorizam os processos corporais e justam as


respostas de acordo

Drives secundárias motivam o comportamento para comportamentos não


relacionados com necessidades biológicas

Drives: lutar, comer, reproduzir-se

Teoria dos Incentivos

Incentivos motivam a ação:

– Intrínsecos
– Extrínsecos

Motivação extrínseca: comportamento motivado por questões externas ao


indivíduo (orgulho, bens materiais)

– Reforço depende do comportamento

Motivação intrínseca: comportamento motivado por questões internas ao sujeito


(sentir-se bem consigo próprio, orgulho na conquista pessoal)

– Preferências do individuo

Intrínseca versus extrínseca

Vantagens da motivação intrínseca:

– Não precisa de motivos externos

Motivadores extrínsecos / reforços são tangíveis logo existe menor motivação para
se comprometer na tarefa

Vantagens da motivação extrínseca:

– Ajuda a elevar a motivação quando o sujeito não está motivado

NECESSIDADES

Qualquer condição inerente à pessoa que é essencial para a mesma viver, crescer
e para o seu bem-estar

• Satisfeitas: Manutenção do bem-estar e potencialização do desenvolvimento

• Não satisfeitas:
– Estragos que interrompem o bem-estar biológico e psicológico

• Físicos
• Self (perda de autonomia)

• Sociais

Fisiológicas – insatisfação provoca danos que pode levar a que a motivação se


sobreponha à consciência

– funcionam de forma cíclica

– Comida; água; oxigénio; Dormir; Proteção contra temperaturas extremas;


eliminação; necessidades sensoriais; necessidades motoras

Sociais – dependem do contexto e das experiências sociais individuais; diferentes


de pessoa para pessoa

Psicológicas + sociais – envolvem processos do SNC; são salientes em contexto


quando a pessoa acredita ser capaz de as satisfazer

Motivação Intrínseca vs Extrínseca

• Teoria da autodeterminação

• Construção do locus de controlo

• Princípios das atribuições causais

• Papel das crenças na capacidade de realizar uma tarefa

Autodeterminação

- Motivação não é apenas uma característica da personalidade do individuo

- Disposição para agir é Multifactorial – depende variáveis internas e externas:

- Intensidade do interesse na atividade


- Curiosidade de exploração diferentes formas de agir nessa atividade

- Prontidão para aprender novas formas eficazes de acção

- Capacidade de adaptação
- Etc....
Pressupostos - TAD
- Motivação intrínseca – para que a pessoa se sinta intrinsecamente motivada ela
deve sentir-se competente e auto-determinada

- Realização da tarefa é a recompensa


- Comportamentos independentes de estímulos externos
- Necessidades psicológicas inatas: autonomia, competência e Relação

- porque versus para quê

Tipos de motivação

- Amotivação:

- Ausência de motivação

- Falta de contingência entre ações e resultados percebidos

- Não encontra motivos para continuar envolvida na tarefa

- “Em tal situação, observa-se desvalorização da atividade e falta de percepção de


controle pessoal.”

Tipos de Motivação

- Motivação extrinseca (4 tipos de formas de regulação do comportamento)

- Externa
- Introjetada
- Identificada
- Integrada
Tipos de Motivação

- Regulação Externa: comportamento controlada pelas recompensas, ameaças e


possíveis coerção

Ex. “Um aluno pode estar (até mesmo altamente) motivado para estudar na sexta-
feira à noite, porque dessa forma sua mãe permitirá que ele vá a uma festa no
sábado à noite (motivação extrínseca e regulamento externo)”

- Regulação introjetada: os indivíduos atuam para evitar sentimentos negativos


como a culpa

Ex. “um aluno pode dar o melhor de si na escola, porque seus pais assim o exigem
e não quer desobedecer-lhes, porque senão teria sentimentos de culpa. Dessa
forma, ele estuda, porque não quer se sentir culpado”
- Regulação identificada: ação motivada pela apreciação dos resultados da
participação

Ex. “Um aluno pode se esforçar ao máximo na escola, porque quer ir para a
faculdade e se tornar um arquiteto. Ele se percebe como um futuro arquiteto. Essa
motivação do aluno é instrumental, consequentemente, extrínseca, mas se
identifica com a razão para estudar”

- Integração da regulação: O comportamento é realizado para satisfazer objetivos


pessoais (integrados com o self)

- regulação integrada: há coerência entre o comportamento, os objetivos e valores


da pessoa.

- É a forma de motivação extrínseca mais autónoma, embora o foco ainda esteja


“nos benefícios pessoais advindos da realização da atividade”

• Motivação muda diariamente – de hora a hora – dependendo do que


está a acontecer com o sujeito

• As pessoas têm melhores níveis motivacionais quando experimentam

• As pessoas são mais efectivas quando mantém um nível ótimo de


motivação – nem demasiado alta nem demasiado baixa -

Motivação surge em relação a realização ou compromisso com tarefas ou


atividades que lhes fornecem desafios apropriados para as suas capacidades –
nem mais fáceis nem mais difíceis.

Motivação - Diferente de pessoa para pessoa

TEORIA DA ATIVAÇAO (AROUSAL)

A teoria da ativação postula que:


- Os fatores do contexto influenciam os níveis de ativação cerebral

- Indivíduos comprometem-se com certas ações com o objetivo de atingir níveis


ótimos de ativação, aumentando ou diminuendo a quantidade e tipos de estímulos
que recebem do exterior

Activação

- Energia geral de activação fisiológica e psicológica do indivíduo – “Nível de


prontidão para executar uma tarefa; Estado energético ou de prontidão que motiva
o sujeito a desempenhar numa determinada forma; ‘Estado fisiológico de alerta ou
antecipação que prepara o sujeito para a acção.
- Varia num continuum
- Refere-se à dimensão intensidade do comportamento

• Ativação afeta o desempenho dos sujeitos:

• Forma positive e negativa

• Afeta fisiológicamente – somático – aumenta batimento cardíaco,


suores, etc

• Afeta psicologicamente – cognitiva – Processos de pensamento por


ex.

Tipos de Sujeitos:

Procuram atividades intensas do ponto de vista fisico, emocional e intelectual que


o façam feliz – snowboard, tirar um doutoramento ou ver filmes de terror

Preferem atividades com baixos níveis de ativação – ver TV, fazer uma sesta

Assim procuram o seu nível ótimo de ativação o que lhes permite desempenham
no seu melhor nível.

Nível ótimo permite ao sujeito:


Alcançar equilíbrio e homeostasia (física, emocional e intelectual)

Ex. Atletas

• Nível de ativação controlado pelo Sistema de ativação reticular (RAS)


Identifica a quantidade de estimulação que entra no corpo e inicia a resposta
adequada
Localizado no tronco cerebral

• A pessoa deve controlar os níveis de ativação e manter níveis


ótimos

• Assegura que a tomada de decisão e a concentração não são


afetados de forma negativa

TEORIA DA ZONA DE FUNCIONAMENTO ÓTIMO

Proposta por Hanin


-esta teoria é uma extensão da teoria do U invertido e sugere que existe uma área
ao contrário de um ponto falam de uma área
Todas as pessoas têm uma área – individualizado -Difere de acordo com o tipo de
atividade

Emoções

Emoção define-se como um estado caracterizado pela ativação fisiológica,


mudanças na expressão facial, gestos, postura e sentimentos subjetivos.

6 emoções primárias

- Medo
- Surpresa
- Tristeza
- Nojo
- Raiva
- Felicidade
SABEMOS QUE O SER HUMANO

É um ser biológico

- Condicionado pelo contexto/ambiente

- Recolhe dados sobre o mundo através dos sentidos e dá uma organização a


esses dados

Assim as emoções....

- Uma experiência subjectiva experimentada como um tipo de ativação


psicofisiológica

- Resulta da interação de:

- Perceção de um estímulo ambiental

- Respostas neuronais e hormonais as perceções (sentimentos)

- Avaliação cognitiva da situação que ativa o estado do sujeito

- Expressão externa do estado

ELEMENTOS DAS EMOÇOES

Ativação fisiológica (batimento cardíaco, corar, suar, etc)

- Experiência subjectiva/sentimentos (raiva, alegria, tristeza, etc)


- Interpretações cognitivas (culpar outros, reconhecer o objeto de desejo, etc)

- Expressões comportamentais (chorar, sorrir, etc)

IMPORTANCIA DAS EMOÇÕES

Emoções

• Determinam a viabilidade pessoal

• Preparam para ação

• Dão forma e estrutura ao comportamento (reforçam)

• Regulam as interações sociais

• Facilitam a comunicação não verbal

• facilitam as relações adulto-criança e o seu desenvolvimento

• Dão valor as experiências (fazem a vida valer a pena )

• Permitem flexibilidade de resposta ao contexto (aproximar do bom,


evitar o mau)

Fenómeno consciente

• Envolve mais manifestações corporais que outro


estado de consciente

• Varia em várias dimensões:

• Intensidade, tipo, origem, ativação, valor,


auto-regulação, etc.

• Têm reputação de serem antagonistas da


racionalidade

• Têm um papel central na educação moral e na vida


moral através da consciência, empatia como por exemplo: emoções morais,
culpa e remorso (ligados as virtudes morais)
EMOÇOES E ESPECIES

Tem um valor de sobrevivência e desenvolveram-se no sentido do ajustamento do


organismo ao contexto

- Reconhecimento das ameaças, atração, etc

- Reconhecimento de sinais de problemas e oportunidades

Diferenças individuais:

- Responsividade emocional,

- interpretação

- expressões (e.g. diferentes de tradição e cultura)

- Padrões semelhantes

Medo

Resposta adaptativa
Tipos de medos (falhar, bichos, etc)

Pode ser aprendido – condicionamento clássico e operante; modelagem,


aprendizagem social

Proteção
Predisposição para ter medo de bichos, aranhas, mas não bombas, armas, etc

Ansiedade
- Estado emocional negativo que associa sentimentos de nervosismo,
preocupação, apreensão à activação do corpo

- Traço e Estado
- Cognitiva e Somática

Traço de Ansiedade

Factor de Personalidade que predispõe o sujeito para perceber as situações como


ameaçadoras e para lhes responder com reacções de ansiedade estado caso não
desenvolva estratégias de coping

ESTADO DE ANSIEDADE

• Estado emocional transitório


• Varia de intensidade e no tempo no mesmo sujeito ou em diferentes
sujeitos

• Caracterizado por sentimentos de tensão e apreensão acompanhados


pelo aumento da actividade no sistema nervoso autónomo

Stresse

O processo que envolve a percepção de um grande fosso entre as exigências da


situação e as capacidades de resposta do indivíduo.

Sobre condições onde o fracasso no confronto com as exigências, tem importantes


consequências (percebidas) às quais os sujeitos respondem com elevados níveis
de ansiedade estado.

Estímulo que o excite, irrite, amedronte ou o faça muito feliz.

Um pouco de História

1926 – Hans Selye

Física – força ou peso que produz diferentes graus de tensão ou deformação numa
mola

Termo Stresse na Saúde – Resposta do organismo a um estimulo (alterações)

SÍNDROME GERAL DE ADAPTAÇÃO Fase de alarme

- Reacção de emergência

- PROTÓTIPO: “luta – fuga”

- “Exemplo Coelho-Águia”

- Choque

- Alterações fisiológicas

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SÍNDROME GERAL DE ADAPTAÇÃO fase de exaustão

- factores duradouros;
- “adaptação” à condição
- Exemplo “Sapo”

- instalação de doenças psicossomáticas

de stresse
- Mecanismos de adaptação falham;
- Reacções de alarme voltam;
- Exaustão da capacidade de reacção
- Pode resultar em morte
- Droupout
O GRAU DE STRESSE DEPENDE:

Da vulnerabilidade individual e da capacidade de adaptação;


- Nem todos desenvolvem o mesmo tipo de resposta diante dos mesmos
estímulos.

- O risco de um estímulo stressor gerar uma doença é maior se estiver associado à


exaustão física ou à factores orgânicos.

Ciclo Vicioso do Stresse

A análise auto-crítica desencadeada pela ansiedade não só reforça a ansiedade


sentida como torna mais difícil a acção do integrador, perturbando a tarefa e a
motivação, o que vai acentuar, por seu turno, a resposta ansiosa.

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