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MOTIVAÇÃO

Professor Flávio Toledo

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MOTIVAÇÃO
Conjunto de forças que
sustentam, regulam e
orientam as ações de um MOTIVO
organismo para Desejos, necessidades
determinados fins. e interesses que o
comportamento
orientado para um fim
procura satisfazer.
MOTIVAÇÃO
Conjunto de forças que leva a pessoa a se engajar numa atividade em
vez de outra.

Embora a motivação seja algo intrínseco, as lideranças podem fornecer


estímulos ou incentivos, com o objetivo de despertar o interesse ou a
necessidade das pessoas em prol dos objetivos organizacionais.
Para Griffin e Moorhead (2006) o desempenho no cargo
depende da motivação, capacidade e ambiente, ou seja, O
funcionário precisa querer fazer o trabalho (motivação), ser capaz de
fazê-lo e dispor dos recursos necessários para fazê-lo. (ambiente)
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS:

• Fenômeno individual: somos únicos e devemos ser tratados como tal

• Intencional: uma vez que esteja sob controle da pessoa

• Multifacetada: depende tanto do estímulo como da escolha do


comportamento da pessoa
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DA MOTIVAÇÃO
• Administração científica – parte do pressuposto de que os funcionários são
motivados por dinheiro.

• Escola das relações humanas – defende a ideia de que atitudes favoráveis dos
funcionários acarretam motivação para trabalhar mais.

• Abordagem de recursos humanos – parte do pressuposto de que as pessoas


querem contribuir para a organização e são capazes de fazê-lo de forma genuína.
Hipóteses sobre a Motivação Humana

Homem
A motivação encontra-se na perspectiva do ganho. O
econômico-racional
motivo importante é ter bens materiais.

Homem social A motivação é o grupo. Os motivos importantes são o


reconhecimento e a aceitação pelos colegas.

Homem A motivação é a realização interior. O que importa e


auto-realizador motiva é a satisfação íntima.

Homem complexo A motivação não tem causa única. Diversos motivos ou


causas são importantes para mover o comportamento.

MAXIMIANO /TGA – Fig. 11.5 – Quatro hipóteses convencionais sobre a motivação humana.
Motivação / Frustração
O bloqueio ou impedimento de alcançar um objetivo faz com que a pessoa
se frustre.

Formas de comportamento frustrado: Mecanismos de defesa


• Agressão
• Racionalização
• Regressão
• Fixação
• Resignação
MODELO MOTIVACIONAL
Relação Motivação x desempenho
▪ Motivação não é traço de personalidade!

▪ É um estado mutável dependente de diversos fatores:

• Internos: saúde, atitudes, objetivos, percepções;

• Externos: estímulos, recompensas, punições, contexto etc.


TIPOS DE MOTIVAÇÃO

• Intrínseca • Extrínseca
(recompensas psicológicas) (recompensas tangíveis)

Reconhecimento Salários
Respeito Benefícios
Status Promoções

Ligadas as ações individuais dos gerentes Independem da gerência


De acordo com Maximiano (2000), há dois grupos de motivos que
influenciam o desempenho, que são:

• MOTIVOS INTERNOS: são aqueles que surgem das próprias pessoas, como
aptidões, interesses, valores e habilidades da pessoa.

• MOTIVOS EXTERNOS: são aqueles criados pela situação ou ambiente em


que a pessoa se encontra. São estímulos ou incentivos que o ambiente
oferece.
▪ A motivação afeta mais o desempenho em tarefas que exigem criatividade,
reflexão, análise ou interação com pessoas.

▪ Tarefas psicomotoras, repetitivas e de rotina são menos afetadas pela alta


ou baixa motivação.

▪ O desempenho e produtividade também dependem de vários outros


fatores: habilidades, oportunidades, condições adequadas etc.
Ciclo Motivacional
Equilíbrio

Estímulo
ou incentivo

Satisfação Necessidade

Tensão

Barreira
Comportamento
ou ação
▪ Toda necessidade cria um estado de tensão e uma predisposição à
ação.

▪ A motivação leva o indivíduo ao comportamento visando satisfazer


suas necessidades.

▪ Havendo a satisfação da necessidade, o indivíduo chega ao seu


equilíbrio (temporário).
▪Caso um comportamento ou ação não leve à satisfação da
necessidade (barreira), há a frustração.

▪ Esta, podendo levar a reações emocionais diversas: agressividade,


inércia, omissão, aceitação ou alienação.

▪ Com isso, cria-se o ciclo motivacional.


PRINCIPAIS ENFOQUES SOBRE A MOTIVAÇÃO
Foco na finalidade ou CONTEÚDO Foco nos PROCESSOS e fatores
internos

HIERARQUIA DAS NECESSIDADES de


MASLOW TEORIA DO REFORÇO DE SKINNER
TEORIA ERC DE ALDERFER
TEORIA DA EQUIDADE DE ADAMS
TEORIA DOS DOIS FATORES DE HERZBERG
TEORIA DA DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS DE
TEORIA DAS NECESSIDADES ADQUIRIDAS DE LOCKE
McClelland
TEORIA DA EXPECTATIVA DE VROOM
TEORIA X e Y DE McGregor
▪TEORIAS DE CONTEÚDO
OU FINALIDADE
Hierarquia das Necessidades (Maslow)
▪ Abraham Maslow, psicólogo humanista, 1908-1970:
• Desenvolveu o conceito da hierarquia das necessidades, muito difundido hoje.

▪ Conceitos básicos:
• Motivações são necessidades não satisfeitas.
• As necessidades podem ser organizadas em uma escala ou hierarquia.
• As necessidades mais básicas têm prioridade.
• Necessidades superiores só surgem na medida em que necessidades básicas
são atendidas.
• Organizou a hierarquia das necessidades humanas, em 05 (cinco) níveis,
baseadas em dois grupos:

➢Necessidades Básicas

➢Necessidades de Crescimento

• Maslow via o homem como uma criatura que expande as suas necessidades no
decorrer da vida.

• À medida que o homem satisfaz suas necessidades básicas, outras mais


elevadas tomam o predomínio do comportamento.
Teoria da hierarquia de Maslow
1 – Necessidades Fisiológicas

São as que respondem pela manutenção da vida e


conservação da espécie, como as de alimentação, de moradia e de
sexo.
2 – Necessidades de Segurança

Este grupo de necessidades compreende o desejo do indivíduo


de proporcionar para si e para os seus um ambiente físico e emocional
seguro e livre de ameaças.

3 - Necessidades Sociais
Vinculam-se à vontade da pessoa de ser aceita por outras de
seu convívio, bem como de desenvolver com as mesmas, um
relacionamento amistoso.
4 – Necessidades de auto-estima

Correspondem ao desejo da pessoa de desenvolver uma auto-


imagem positiva e de receber atenção e reconhecimento dos outros,
desde que tenham sido satisfeitas as necessidades sociais, a satisfação
das necessidades provoca, por sua vez, sentimentos de auto-confiança,
de prestigio, de poder e de ser útil e necessário.
5 – Necessidades de Auto-Realização
Após terem sido satisfeitas as necessidades de estima, surgem
as de auto-realização, que correspondem a categoria mais alta na
escala, que se referem à realização máxima do potencial individual e,
segundo Maslow, resumem-se na idéia de que “O que um homem é
capaz de ser, deve ser”. A essa necessidade podemos dar o nome de
auto-realização.
Desafios mais complexos, trabalho
criativo, autonomia, participação nas
Auto Realização
decisões.
Necessidades de
Crescimento

Reconhecimento, promoções,
responsabilidade por resultados,
Auto-estima comprometimento, etc.

Bom clima, respeito, aceitação, interação


com os colegas, superiores e clientes,
Afetivo-social etc.

Segurança no trabalho e
Necessidades

pessoal, amparo legal,


Básicas

Segurança estabilidade, etc.

Alimentação, moradia,
conforto físico, sexo,
Fisiológicas descanso, lazer, etc.
Hierarquia das necessidades de Maslow Auto-Realização

• Desafios
Estima
• Desenvolvi-
• Satisfação do mento
ego • Excelência
Sociais • Orgulho pessoal e
• Relaciona- • Status e pres- profissional
tígio •Competência
Segurança mento •Autonomia
• Auto-respeito
Proteção contra: • Amizade • Reconheci- •Decisões
•Perigo • Aceitação mento
Fisiológicas • Afeição • Confiança
•Desemprego
• Alimento • Compreensão • Progresso
•Discriminação
• Repouso profissional • Consideração • Apreciação
• Moradia •Política adm. • Admiração
• Sexo imprevisível dos colegas
Hierarquia das Necessidades (Maslow)

Fonte: Chiavenato, 2004. p.237


TEORIA DAS NECESSIDADES ADQUIRIDAS MCCLELLAND
• Necessidade de Realização: as pessoas tendem a preferir situações que
envolvem risco moderado e responsabilidade pessoal pelo sucesso;

• Necessidade de Associação: as pessoas tendem a ser acolhedoras e


simpáticas em seus relacionamentos,

• Necessidade de Poder: é o desejo de um indivíduo de influenciar no controle


e no ambiente social e envolve: Poder pessoal e Poder social
A intensidade delas varia de pessoa para pessoa.

Realização Busca da qualidade, sucesso, desejo de fazer melhor, de solucionar problemas,


(n-Ach) de empreender
Alto n-Ach → motivação por desempenho, gosto por responsabilidade, feedback e
riscos moderados.

Poder Busca do controle e influência sobre as pessoas, status, prestígio, comando


(n-Pow) Alto n-Pow → motivação gerencial, alta necessidade de poder, baixa necessidade de
associação.

Associação Busca da aceitação, harmonia, socialização, amor e amizade


(n-Afil) Alto n-Afil → motivação na integração e sinergia de equipes baixa competição.
Teoria X e Y (McGregor)
▪ Modelo que explicita duas atitudes distintas de executivos sobre os fatores que motivam o
comportamento dos seus funcionários...

Teoria X Teoria Y
Funcionários detestam trabalhar, evitam Funcionários gostam de trabalhar, buscam
responsabilidades, têm responsabilidades, gostam de tomar
pouca ambição e prezam a decisões e de definir próprios objetivos
segurança/estabilidade

Dominados pelas necessidades inferiores Dominados pelas necessidades superiores

Precisam ser coagidos e controlados Precisam ser estimulados com tarefas


desafiadoras e delegação
TEORIA DOS DOIS FATORES DE HERZBERG
Frederick Herzberg, americano, identificou dois fatores que
orientam o comportamento humano em situação de trabalho:
Fatores Motivacionais e Fatores Higiênicos.
Fatores Higiênicos
Estes fatores referem-se às condições que rodeiam o funcionário
enquanto trabalha, as condições físicas e ambientais de trabalho, o
salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, os tipo de
supervisão recebido, o clima de relações entre a direção e os
funcionários, os regulamentos internos, as oportunidades existentes,
etc. Herzberg, contudo, considera esse Fatores Higiênicos muitos
limitados na sua capacidade de influenciar poderosamente o
comportamento dos empregados. Quando esses fatores do ambiente
de trabalho são ótimos, simplesmente evitam a “insatisfação”.
Fatores Motivacionais
Estes fatores referem ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos
deveres relacionados com a função em si.
São os Fatores Motivacionais que produzem algum efeito
duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis de
excelência.
O termo motivação, para Herzberg, envolve sentimentos de
realização, de crescimento e de reconhecimento profissional. Quando
os Fatores Motivacionais são ótimos, elevam substancialmente a
satisfação, quando são precários, provocam ausência de satisfação.
Presença de fatores Ausência de fatores
motivacionais motivacionais

Satisfação Não-Satisfação

Insatisfação Não-Insatisfação

Ausência de fatores Presença de fatores


higiênicos higiênicos

MAXIMIANO /TGA – Fig. 11.11 – Satisfação e insatisfação, segundo Herzberg, representam duas dimensões independentes da motivação.
Fonte: Chiavenato, 2004. p.241
Fonte: Chiavenato, 2004. p.241
Modelo ERC - Alderfer

Clayton Alderfer Paul (nascido em 01 de setembro de 1940),


americano, psicólogo.

Em sua teoria ERG (Relatedness Existência e Crescimento) em inglês


e ERC (Existência, Relacionamento e Crescimento) Alderfer redefiniu e
expandiu ainda mais a hierarquia de Necessidades de Maslow agrupando-a
em três classes.
▪ Semelhante à teoria de Maslow, mas:
▪ Não há hierarquia no
desenvolvimento nem prioridade.
▪ Várias necessidades podem Crescimento
ser “ativadas” ao mesmo tempo, = autorrealização
conforme a situação.
▪ Frustração de necessidades
superiores aumenta as Relacionamento
necessidades inferiores = estima e relações sociais
(regressão).

Existência = segurança + fisiológicas


Teoria ERC – Clayton Alderfer

Crescimento
Auto Realização

Auto-estima
Estima de Terceiros
Relacionamento
Afetivo-social

Segurança
Existência
Fisiológicas
COMPARAÇÃO ENTRE TEORIAS DE FINALIDADE

Fonte: Chiavenato, 2004. p.243


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Prof. Flávio Toledo


Prof. Flávio Toledo _ Estruturas Organizacionais

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