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3° Ano
Pós-Laboral
Trabalho Individual
2023
Amino Amido Madeira
No presente trabalho iremos abordar sobre o conflito e a gestão de conflitos nos grupos
dizer que conflito é algo naturalmente presente na vida do ser humano, enquanto ser
social. Seja nas relações pessoais ou laborais, ideias e opiniões quando expostas por
uma das partes e na medida que possam interferir nos objectivos da outra parte, sempre
produzem alguma espécie de conflito. Nas organizações, o conflito é algo
constantemente presente, pois, como define Chiavenato: As pessoas raramente têm
objectivos e interesses idênticos, e essas diferenças de objectivos e interesses
geralmente produzem alguma espécie de conflito. (Chiavenato, 2005). Nessa medida, é
preciso saber trabalhar estas divergências, de modo que não afecte negativamente os
interesses globais da organização. Para isso, existe o processo de negociação, que
tentará conciliar os interesses das partes, visando a melhor alternativa para a resolução
do problema que originou o conflito. Assim sendo, este trabalho visa abordar de forma
mais ampla o conflito e a negociação, nas organizações. Ilustrando situações, baseadas
em casos reais, que serão instrumentos de discussão
2. Conflito
Conflito é um processo de tensão que gera um estado de alerta no indivíduo para que
este saiba administrar as transformações e obter melhores resultados. São relações
sociais de enfrentamento, desacordo, frustração, causando sentimentos negativos, que
podem ser solucionados de forma violenta ou pacífica, dependendo dos recursos
cognitivos e afectivos das pessoas e contextos sociais envolvidos.
Segundo Reis e Silva (2012), o conflito pode ser entendido como um processo de
discórdia entre duas ou mais partes, tanto ao nível do indivíduo como do colectivo, ou
seja, indivíduos, grupos, departamentos ou organizações, sustentado pelas suas acções,
intercessões e reacções. Por outras palavras, o “conflito é definido como um processo
interactivo manifestado em incompatibilidade, desacordo ou dissonância dentro ou entre
entidades sociais, indivíduo, grupo, organização, etc.” (Blake & Mouton, 1981, p.29).
Nesse sentido, com base na literatura, podem listar-se quatro principais formas de
incompatibilidades:
Para melhor conhecermos os conflitos é importante que saibamos suas formas e tipos de
ocorrência, de maneira que ao se deparar com uma situação de atrito possamos
identificá-la, para assim buscar a melhor forma de resolução.
Para Chiavenato (2004), existem vários tipos de conflitos: o conflito interno e o
conflito externo. O interno, ou intrapessoal, envolve dilemas de ordem pessoal; o
externo envolve vários níveis, como: interpessoal, intragrupal, intergrupal, intra-
organizacional e interorganizacional.
Alguns conflitos são conhecidos como conflitos funcionais, e estes são considerados
situações favoráveis ao desempenho da empresa, pois levam ao crescimento da empresa
e identificam fragilidades. Em contraste, o conflito disfuncional é uma interacção hostil
ou argumentativa entre grupos, que perturba o desempenho da organização ou dificulta
o cumprimento de metas ou objectivos.
Observa-se que os conflitos intragrupais e intergrupais são aqueles que Wisinski (1995),
trata como organizacionais, é um produto de processos dinâmicos em constante
modificação dentro de uma estrutura. Quando não recebem a devida atenção esses
processos geram conflitos dentro da empresa.
3. Gestão de Conflitos
Para que melhor se compreenda a gestão do conflito, é razoável que não se esqueça a
existências das diferenças individuais que, como já foi dito, implica valores, percepções
e considerações morais diferentes, e que nem todos têm acesso às mesmas informações,
nem possuem o mesmo vivenciamento.
A posição das pessoas no grupo pressiona-as a assumirem certo papel, que nem sempre
está de acordo com seus valores, isto é, as pessoas são impelidas a assumirem uma
posição, que enfatiza a dissonância cognitiva (FESTINGER, 1975).
Os conflitos são derivados de vários fenómenos, mas todos inerentes à vida em grupo e,
um dos principais factores que têm sido observados a esse respeito é a escassez de
recursos para satisfazer todas as necessidades e os desejos individuais, principalmente
de poder e afectividade, o que gera conflitos intermináveis entre os membros do grupo.
Conforme explica Faria (2006, p. 03) o conflito pode ter origem em uma de três
dimensões, a saber:
Daí, compreender que é difícil um conflito ter uma única dimensão e um único modo de
resolução. Ele frequentemente tem as três dimensões, e a intensidade de cada dimensão
pode variar durante o processo de conflito. O conflito quando se torna conhecido pelas
pessoas envolvidas, pode ser destrutivo e violento, conciliatório ou amistoso; pode ser
um exercício de poder ou pode ser construtivo.
Por isso mesmo, a conduta do grupo tem sido entendida como uma contínua sucessão de
conflitos. Nota-se, contudo, uma tendência a atribuir conotações negativas ao conflito,
relacionando-o ao combate, à briga, à violência, à guerra e à destruição. Todavia, o
conflito em si, não é prejudicial de todo nem patológico. Seus efeitos certamente
poderão ser positivos ou negativos, construtivos ou destrutivos, em decorrência do grau
de aprofundamento e intensidade, de duração, do contexto, da oportunidade e do modo
como ele é enfrentado e administrado. Como função negativa ele apenas destrói
(DINEY, 2005). Para a organização, no entanto, o importante é perceber o conflito e
administrá-lo. Tanto são diversos os tipos de conflitos existentes na empresa, como são
várias as maneiras de se lidar com eles, desde a simples negação até o seu diagnóstico,
enfrentamento e proposta de solução adequada.
3.1. Estratégias de Gestão e Resolução de Conflitos
A resolução de conflitos apresenta-se como uma parte bastante importante nesta matéria
da gestão de conflitos e consiste na cessação do conflito através do acordo entre as
partes envolvidas, satisfazendo os objectivos ou eliminando as causas que levaram ao
conflito.
Existem vários estilos de comportamentos com que uma pessoa ou grupo pode lidar
com o conflito. Estes estilos denominam-se “estratégias básicas para gerir uma situação
em que as partes consideram os seus interesses como incompatíveis” (McIntyre, 2007,
p. 299). Para Dimas e colaboradores (2005) as estratégias de gestão de conflitos podem
ser definidas aos níveis interpessoais (reacções individuais a factos divergentes) e
intragrupal (reacções de membros de um grupo). Thomas (1976, citado por Dimas et al.,
2005) defende a assertividade e a cooperação como as estratégias básicas, as quais dão
origem a cinco estilos de gestão de conflitos, nomeadamente:
Nesta linha de pensamento, surge também Rahim e Bonoma (1979, citados por Dimas
et al., 2005) que distinguem as dimensões “preocupação consigo”, na qual o indivíduo
procura satisfazer os seus objectivos e “preocupação com os outros”, na qual o
indivíduo procura satisfazer os objectivos dos outros. Estas duas dimensões originam os
cinco estilos definidos anteriormente por Thomas (1976, citado por Dimas et al., 2005),
como é visível na figura seguinte.
Uma boa base para administração de conflitos é iniciar o diálogo com empatia,
confiança, boa vontade, bom senso, valorização e reconhecimento dos pontos de vista
do outro, respeito às diferenças e com a escuta activa. “A qualidade do diálogo pode
gerar um campo fértil para a amplitude e para novas formas de actuação em toda a
organização. Ao contrário, a falta de diálogo é um campo fértil para o surgimento dos
mais diferentes tipos de conflito”, afirma Lourdes Farias Alves.
O processo de mediação cria uma oportunidade para que as pessoas expressem suas
emoções e esclareçam seus sentimentos.
Etapa 1
Apresentar procedimentos
Etapa 2
Compreender o conflito
Etapa 3
Etapa 4
Etapa 5
Este trabalho de campo foi realizado no Serviço Distrital da Mulher e Acção Social de
Tete (SDMAST), para adquirir todas essas informações foi graças ajuda do meu pai eu
tive a oportunidade de entrevistar o gestor da instituição.
Questões colocadas:
Entrevista 1
O conflito é algo normal entre colegas aqui na instituição, mais as causa para o
surgimento de conflito tem haver com as diferença de conhecimento, personalidades,
dificuldades em lidar com emoções como o medo e a raiva, a frustração, competição por
recurso, dinheiro, lugar, a desinformação ou ma informação, stress, o uso de abuso de
autoridade e a falta de cooperação, então essas são as causas que levam os funcionários
a um conflito dentro da instituição um com os outros.
Para resolver um conflito primeiro procura se o gestor para ser o mediador entre os
conflitantes de modo que cada um diga o que esta a acontecer realmente e depois se
reconciliem e cheguem a um acordo de paz entre eles. Segundo recorremos ao nosso
chefe, no caso de alguns colegas estarem em conflito, a informação chega até ao nosso
superior e dai ele chama para sala dele, onde ele procura saber qual é a causa que
originou esse conflito e cada um começa a contar a sua versão para que o chefe saiba o
que realmente aconteceu de modo que ele resolva a situação, depois de resolver o
conflito ele procura uma forma de prevenção para que não volte a acontecer de
novamente.
3- Que tipo de estratégias são usadas na negociação de conflito?
Concluímos no presente trabalho que os conflitos intragrupo são mais comuns em locais
de trabalho que separam os funcionários em equipas ou departamentos específicos e o
intergrupal é aquele entre o trabalho a ser realizado e a sua gestão. Assim, essa inter-
relação pode levar a conflitos entre grupos de pessoas. Isso porque o estudo dos tipos de
conflito pode contribuir para identificar quais conflitos são funcionais, e podem ajudar a
organização a ter uma visão mais internacionalista a seu respeito. Gerando uma
competitividade saudável, na medida que estimula os colaboradores a terem novas
ideias, procurando saídas criativas para a resolução de problemas ou para melhorar
aspectos internos da organização, ajudando-a a alcançar as metas planeadas e de modo a
torna-la mais atractiva para clientes e mais competitiva, frente a concorrência. Tem os
grupos decisores que tendem a ser mais eficaz, principalmente se a questão é algo que
necessite de criatividade e flexibilidade. Agora muitas pessoas envolvem mais
processos então acaba diminuindo a eficácia da tomada de decisão.
7. Referências Bibliográficas
BELL, Arthur H., & SMITH, Dayle M. (1991). Como Lidar com Pessoas Difíceis.
Trad. Ana Rabaça. Mem Martins: Europa América. (BP)
Chiavenato, I. (2004). Recursos humanos: O capital humano das organizações (8ª ed.).
São Paulo: Editora Atlas S.A..