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Extensão de Nacala
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Índice
Introdução: ................................................................................................................ 2
6. Conclusão:........................................................................................................... 11
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Introdução:
De facto, como já referido anteriormente, os conflitos são uma realidade, quer seja no
âmbito pessoal quer profissional, não devendo ser necessariamente reduzidos ou
eliminados, mas sim geridos. Deste modo, destaca-se a importância da gestão eficiente e
eficaz do conflito, de modo a proporcionar resultados construtivos nas organizações.
Na opinião de Almeida (2006), para que a gestão de conflitos seja eficaz, devem ser
tidas em conta três premissas fundamentais: a utilização de estratégias orientadas para o
pensamento crítico e inovador e para uma eficácia organizacional sustentável, a
satisfação das necessidades e expectativas dos stakeholders estratégicos e o
comportamento ético do gestor na definição do problema. (p.55)
O conflito faz parte da nossa vivência enquanto seres sociais em constante interacção
com os outros, ele é parte integrante da vida dos seres humanos. A sua existência não é
prejudicial, antes pelo contrário, promove o crescimento e desenvolvimento. A sua
anulação ou inexistência não seriam de modo algum benéficas quer para os indivíduos
quer para as organizações.
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1.1.Conceito do Conflito
É importante lembrar que, embora o conflito seja taxado como uma situação negativa
dentro das organizações, ocasionado principalmente por falha de comunicação e
competições de interesses pessoais, os conceitos modernos mostram que este fenómeno
também pode ser explorado para encorajar a autocrítica, a criatividade e a propensão
para a aceitação de mudança.
De acordo com Almeida (2006), “um conflito é uma situação que se caracteriza por
escassez de recursos e por um sentimento de hostilidade. Por outras palavras, diria que é
uma situação em que dois ou mais objectivos, pertencentes a uma ou mais pessoas, são
mutuamente exclusivos, gerando atitudes de hostilidade”. (p.44).
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Ademais, na concepção de Martinelli (2008), diz que:
Os conflitos nem sempre foram vistos como algo positivo pelas teorias de
administração, especificamente a abordagem clássica, que é a que mais condena e visa
combater esses enfrentamentos. Até mesmo a teoria de relações humanas possui suas
ressalvas quanto aos conflitos, o que muda com a visão integracionista, que enxerga o
lado positivo, caso venham a ser bem aproveitado e geridos.
Assim, existem três visões que abordam a gestão de conflito segundo as escolas de
Administração: clássica, relações humanas e integracionista.
Na visão clássica, o conflito é visto como disfuncional, sendo atribuído a ele apenas
aspectos negativos e com praticamente nenhum aproveitamento. Assim, se as leis e
princípios da gestão clássica e da análise científica do trabalho fossem implementadas
de forma rigorosa, não haveria espaço para divergências, mas apenas para o
cooperativismo. Os grandes contribuintes dessa vertente clássica foram Henri Fayol,
Max Weber e Frederick Taylor.
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estimulados de forma assertiva no ambiente corporativo, pois contribuem para a
efetividade organizacional, já que estimulam a curiosidade e a concorrência de forma
positiva, gerando soluções bastante expansivas e criativas, como uma espécie de
brainstorming tempestade cerebral. Os grandes contribuintes dessa teoria foram De
Dreu e Putnam.
Chiavenato, (2010) “também trata dos conflitos internos e externos, mas os identifica de
forma diferenciada. Para ele, o conflito interno é aquele intrapessoal, relacionado com
dilemas íntimos do próprio ser, envolvendo apenas uma parte, um envolvido e se
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desenvolve em vários níveis: interpessoal, intragrupal, intergrupal, intra-organizacional
e interorganizacional.ʼʼ(p.60)
O conflito latente é aquele não declarado, sendo que sequer há uma consciência clara de
sua existência. A princípio, não precisam de um trabalho aprofundado para resolvê-lo.
No conflito percebido, as partes percebem claramente a existência do conflito,
entretanto não há manifestação aberta dos envolvidos.
ʽʽHá várias classificações possíveis para os conflitos. Stephen Robbins (2005), existem
conflitos disfuncionais destrutivos, que são os que atrapalham o desempenho do grupo,
e os funcionais, que melhoram o desempenho de um grupo ou de uma relação. Sob esta
perspectiva, nem todos os conflitos são positivos.ʼʼ (p.40).
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Impacto do Conflito nas Organizações em Moçambique
Cada profissional traz consigo uma bagagem pessoal diferente, e essa experiência
impacta na forma como ele se relaciona com o outro. Além disso, os objectivos pessoais
de cada colaborador também influenciam nos conflitos no trabalho.
Os conflitos no trabalho surgem por diversos motivos. Em boa parte das vezes, eles
começam quando há choque entre as opiniões de um ou mais colaboradores.
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clientes, fornecedores e agentes externos que interfiram directamente no employer
branding.
Além disso, quando não há integração entre os colaboradores de um time, existem mais
chances de erros serem cometidos, porque pode ocorrer a retenção de informações
importantes, assim como a má interpretação nas interacções.
A forma como os conflitos são tratados tem um impacto significativo na cultura de uma
empresa. Se os conflitos forem resolvidos de maneira justa, respeitosa e produtiva, é
criada uma cultura de abertura e confiança onde as pessoas se sentem valorizadas e
ouvidas no seio das organizações em Moçambique
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Para evitar esse tipo de situação, é conveniente trabalhar as habilidades de comunicação
e negociação. Deste modo, e apresentando abertamente as razões pelas quais esses
recursos são necessários, os problemas diminuirão.
2. Estilos
Cada trabalhador tem um estilo particular de realizar o seu trabalho, que vai depender
tanto da sua tarefa específica como da sua personalidade. Quando funcionários com
estilos muito diferentes coincidem na mesma equipa de trabalho, muitas vezes surgem
problemas.
3. Percepções
Tal como acontece com os estilos, cada trabalhador tem um ponto de vista diferente
sobre tudo o que o rodeia. Por terem diferentes percepções, é fácil partilharem
interpretações distintas e daí podem surgir conflitos.
4. Metas
É essencial que haja um objectivo claro e que seja comunicado aos colaboradores. Desta
forma, o trabalho será mais eficiente.
5. Pressões
Este tipo de conflito parte dos anteriores, mas acrescenta-lhes uma certa urgência.
Quando o prazo se aproxima e, para terminar o seu trabalho, um funcionário precisa de
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outro departamento que, naquele momento, está ocupado com outra tarefa, surgem
conflitos de pressão.
6. Funções
Às vezes, os funcionários recebem tarefas que pouco têm a ver com as suas
responsabilidades normais. Nessas situações, eles podem sentir que a tarefa em questão
deve ser desempenhada por outro colega; ou, até, esses outros funcionários podem
sentir que o seu papel profissional está a ser ameaçado.
Nestes casos, é importante que haja um bom motivo para escolher o colaborador em
questão e ser muito claro no momento da atribuição.
7. Valores pessoais
Cada pessoa tem os seus valores. Estes, por vezes, podem entrar em conflito com os de
outros trabalhadores e até mesmo com as da própria empresa.
É um assunto muito delicado, porque a ética e os valores devem ser sempre respeitados.
Isso significa que a forma de solucionar o problema remonta ao momento da
contratação. Uma boa selecção de pessoal será fundamental.
Caso a selecção já tenha sido feita, a forma de evitar a geração de um conflito desse tipo
é garantir que o líder da equipa conhece a ética de cada um dos seus trabalhadores e,
assim, evitar atribuir-lhes tarefas com as quais não se sintam confortáveis.
8. Políticas imprevisíveis
Uma empresa deve ter políticas muito claras, compreensíveis e consistentes. Por outras
palavras, essas políticas devem ser as mesmas em todos os momentos e para todos os
funcionários e eles devem entendê-las perfeitamente.
Isto não significa que as políticas não podem mudar, uma vez que todos os negócios
evoluem; mas, se assim for, as alterações devem ser comunicadas de forma clara e
eficaz. Desta forma, situações desconfortáveis e desagradáveis serão evitadas.
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Conclusão:
Para este estudo, foi nosso objectivo analisar as particularidades da gestão de conflito
nas organizações, identificando eventuais causas, dimensões e estratégias para a sua
gestão, nomeadamente ao nível das estratégias individuais.
Por vezes os empregados não sentem confiança para tratar de certos assuntos com seus
superiores, e por isso a observação do líder quanto a sua equipe é fundamental para que
se permaneça o clima de cooperativismo e harmonia. Por isso ter uma boa comunicação
e atenção são fatores muito importantes, já que uma linguagem clara e objectiva, além
de evitar ambiguidades e fofocas, permite resolver questões negativas pela raiz.
Claro que uma boa comunicação e atenção apurada advêm da disposição do gestor em
querer resolver a questão da forma mais assertiva, em que todos ganhem. Mas não basta
isso, é preciso que a equipe também seja colaborativa, comportamento este que deve ser
estimulado pela liderança, mostrando aos subordinados que há muito mais vantagens
quando se trabalha de forma harmónica e empática, observando não apenas as
necessidades individuais, mas também da organização como um todo.
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Referencias Bibliográficas
Almeida, P. A. (2007). Gestão de conflitos. (2ª. ed.) São Paulo, Brasil: UNIT
Chiavenato, I. (2009) Gestão de recursos humanos. (3ª. ed.) São Paulo, Brasil: Elsevier
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