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JURIDICAS
(CONTARDO CALLIGARIS)
LUENA, 2022
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Objectivo Geral
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Estudar as ferramentas necessárias para fazer frente aos conflitos, sua
gestão e negociação, conciliando a teoria e a análise de diversas
situações práticas inerentes aos conflitos, bem como dotar os
estudantes de conhecimentos sobre noção de conflito e diferentes
modos de resolução, com enfoque na negociação cooperativa como
forma de resolução dos mesmos no seio das organizações.
Objectivos Específicos
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CONTEUDO PROGRMATICO
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CONCEITO E DEFINIÇÃO DE CONFLITOS
INTRODUÇÃO
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NOÇOES DE CONFLITOS E NEGOCIAÇÃO
Gestão
Conflito
Originado do latim “conflictus”, de “confligere”, é empregado na
linguagem jurídica para indicar “embate”, “oposição”, “encontro”, “pendência”,
“pleito”..
Negociação
Latim: “negotiatio” – acção de negociar. Cooperação entre parceiros com
objectivo de se chegar à um acordo. Definir soluções sobre um problema.
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Conflito: Disputa, combate, luta, desacordo, divergência, contraditório, falta de
colaboração. Ausência de cooperação. Enfrentamento entre elementos
contrários ou incompatíveis.
É o processo que tem início quando uma das partes percebe que a outra
parte afecta ou pode afectar negativamente alguma coisa que a primeira
considera importante (ROBINS, 2005, P.326)
“O conflito ocorre quando pelo menos uma das partes envolvidas numa
interacção se consciencializa da existência de discrepâncias e/ou de desejos
incompatíveis e irreconciliáveis entre as partes” (DIMAS et. al, 2005, P. 2 apud
BOULDING, 1963).
Definição
“Um conflito é uma luta expressa entre pelo menos duas partes
interdependentes que percebem que seus objetivos são incompatíveis, suas
compensações são reduzidas e a outra parte os impede de atingir seus
objetivos” (Hocker e Wilmot, 1985, p. 135). .
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As organizações constituem-se em verdadeiras arenas para conflitos
individuais ou colectivos, nos quais os participantes lutam por recursos
limitados, possibilidades de progresso na carreira, privilégios e outras
recompensas que possam ser proporcionadas pela empresa.
“Um conflito é uma luta expressa entre pelo menos duas partes
interdependentes que percebem que seus objetivos são incompatíveis,
suas compensações são reduzidas e a outra parte os impede de atingir
seus objetivos” (Hocker e Wilmot, 1985, p. 135).
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Segundo Thomas (1992), o conflito é o processo que começa quando uma das
partes percebe que a outra parte a afetou de forma negativa, ou que a irá afetar
de igual forma.
- O conflito tem que ser percebido, pois a ideia será a não existência de
conflito, não existe conflito;
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vendas maiores, mas setor de materiais recebe bônus por investimento
em estoque menor, por exemplo), existe uma chance grande de haver
conflitos dentro da organização
Definir responsabilidades indesejáveis a quem irá executá-las;
Mudanças que geram medo e desconfiança.
Falhas de Comunicação: Uma comunicação deficiente pode levar a
desentendimentos e interpretações incorretas de parte a parte.
Principalmente em equipes que trabalham a distância, uma falha de
comunicação pode gerar e aumentar conflitos.
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Escola Tradicional prevaleceu, principalmente, durante as décadas de 1930 e
1940. Assumia que todo o conflito era contraproducente e, portanto, devia ser
evitado. É a visão do senso comum (Beck, 2009). Esta visão destaca o carácter
prejudicial do conflito e salienta que o evitamento do mesmo, contribuirá para
manter a estabilidade do grupo ou da organização. Por exemplo, se dois
trabalhadores tendem a ter conflitos, esta abordagem aconselha a separá-los e
estruturar o trabalho de forma que estes não necessitem de relacionar-se.
Deste modo, o conflito é resolvido através de uma separação física ou pela
intervenção das altas chefias.
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Outros autores dessa mesma corrente partilham a ideia de que o conflito
é algo “natural e inevitável” em qualquer que seja o grupo ou organização, o
que não tem de ser necessariamente “negativo (mau) ”, podendo ter o potencial
de ser uma “força positiva” para o aumento da produtividade do grupo ou
organização.
Esta visão foi predominante por cerca de três décadas, entre 1940 até
meados dos anos de 1970. O conflito é consequência natural nos grupos e
organizações e que, por ser natural, é inevitável e deve ser aceite. (…) o
conflito não é necessariamente ruim, sendo que sua existência pode ser
racionalizada – o conflito tem potencial de ser uma força positiva para o
desempenho do grupo, havendo ocasiões em que ele pode ser benéfico”
(CAVALCANTI , 2006, P. 21 apud ROBBINS, 2002).
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encorajar os líderes dos grupos a manter um nível mínimo constante de conflito
suficiente para manter o grupo viável, autocrítico e criativo.
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extremamente agitado fica irritado com o calmo comportamento de seu
oponente);
FORMAS DE CONFLITOS
Intrapessoal;
Interpessoal;
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CONFLITOS ORGANIZACIONAIS
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Os conflitos interpessoais ocorrem entre indivíduos, entre várias pessoas
e uma organização e podem ser originados por diferenças individuais (idade,
sexo, valores, crenças, religião, atitudes e experiências), limitações de recursos
(poucos recursos) e diferenciação de papéis (não aceitar bem a pessoa como
chefe, decidir quem manda em quem, entre outros).
CONFLITOS ORGANIZACIONAIS
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A presença de conflito pode ser detectada na organização com a
observação dos seguintes factores (HANDY, 1 978 apud CAVALCANTI, 2006,
P 26-27):
Comunicações deficientes, lateral ou verticalmente – falta de
conhecimento proposital de uma parte da organização do que a outra está a
fazer, quer pelo seu desinteresse, quer pela ocultação das informações;
Hostilidade e inveja intergrupal – ocorre quando uma área deseja ser
melhor que as outras ou quando uma área é sempre reconhecida como melhor
e as outras áreas sabem que a mesma não reconhece o seu trabalho dentro da
empresa;
Fricção interpessoal – a antipatia entre indivíduos de grupos diferentes
claramente manifestada em público;
Escalada de arbitragem – a intervenção constante do alto escalão em
conflitos menores, provocando confronto entre os gestores das áreas que têm
o problema; Proliferação de regras e regulamentos, normas, mitos – tal factor
provoca uma quebra consciente das regras ou uma paragem na empresa;
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A mudança – pode trazer ansiedade e os indivíduos podem pensar que
a sua segurança está abalada e que devem fazer um esforço suplementar para
se adaptarem à nova realidade.
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A utilização da estratégia de evitamento caracteriza-se por uma atitude
de fuga ou de negação do problema existente. Em algumas situações pode
constituir um meio de adiar a resolução do conflito para um momento posterior,
enquanto noutras permite a retirada de uma situação sentida como
ameaçadora. Por fim, o compromisso traduz-se na procura de uma solução de
meio termo para o conflito. Nesta linha estratégica, cada uma das partes
envolvidas na situação conflitual abdica de algo tendo em vista o encontrar de
uma solução mutuamente aceitável.
Servem de termômetro e indicam que algo não está bem e precisa ser
“tratado”;
Atuam como molas propulsoras do crescimento individual e
organizacional;
São bons elementos de socialização e proporcionam a união de equipes
em busca de soluções e motivam pessoas a resolverem problemas em
conjunto;
Levam à descoberta de novidades que resultem em benefícios para a
empresa.
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Causam tensão excessiva nos envolvidos, provocando danos físicos e
mentais.
Criam ambientes improdutivos, gerados por desmotivação e incertezas;
Prolongam-se por tempo demais sem solução, causando desgaste nas
partes envolvidas, mobilização de recursos e perda de produtividade;
Distorcem comportamentos individuais;
Criam situações que resultam em desperdício de tempo e esforços
NIVEIS DE CONFLITOS
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Ainda sobre estes níveis temos:
Loss of face (ficar com a cara no chão): A teimosia domina as partes - Sem
argumentos - Determinação a se manter no conflito a qualquer custo em nome
do orgulho, na maioria das vezes.
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TIPOS DE CONFLITOS
facilmente descartado.
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O conflito pode se dar entre duas ou, mas partes seja individual ou em
grupo. Montana (2005), propõe os seguintes tipos de conflitos:
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• Usar a comunicação: uso de mensagens ambíguas ou ameaçadoras
encorajam conflitos; chamar a atenção para diferenças de opinião que os
indivíduos por si mesmos ainda não reconheceram;
Nesta perspectiva, tal como Almeida (1995), estes conflitos ocorrem por
causa de percepções entre pessoas e grupos e dependem de condições
antecedentes como: ambiguidade de papel, objectivos concorrentes, recursos
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compartilhados e interdependência de actividades (CHIAVENATO, 2014 P.
390).
CONCLUSÃO DO CAPITULO
Nas organizações não ocorre de forma diferente. Uma vez que estas são
constituídas por pessoas e para as pessoas que no seu quotidiano têm de lidar
com os conflitos organizacionais.
COMPETENCIAS
UNIDE II-NEGOCIAÇÃO
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NEGOCIAR É...
A NATUREZA DA NEGOCIAÇÃO
HABILIDADES DO NEGOCIADOR
• Discutir as proposições;
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• Orientado por metas (estabelecer metas e objetivos);
1. PLANEJAMENTO
2. ABERTURA
3. DESENVOLVIMENTO
4. ACORDO
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• Formalizar o compromisso;
ESTILOS DE NEGOCIAÇÃO
Controlador
Analítico
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Pacato , calmo;
Bom ouvinte;
Sério e fechado;
Organizado, controlado, sistemático;
Gosta de estudar e fazer regras;
Tem dificuldade para decidir rapidamente;
Tem dificuldade para fazer amizades;
Gosta de resolver problemas;
Não gosta de conflitos;
Não gosta de mudanças.
Catalisador
Apoiador
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Gosta de ser comandado;
Não gosta de conflitos e competição;
Não sabe lutar por seus interesses;
Tem dificuldade em dizer o que sente e pensa por receio de magoar o
outro;
Não procura se impor aos outros.
RESUMINDO ...
CONCLUSÃO
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REFENCIAL BIBLIOGRÃFICO
Recomendada
ACUFF, Frank L. Como Negociar Qualquer Coisa Com Qualquer Pessoa em
Qualquer Lugar do Mundo. 2ª Edição. São Paulo: Senac, 2004.
BOONE, Louis e KURTZ, David. Marketing contemporâneo. 8ª Edição. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1995.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: O Novo Papel dos Recursos
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CUNHA, P. Conflito e Negociação. 2ª Edição. Porto: Asa, 2008.
FISCHER, Roger; URY, William; PATTON, Bruce. Como Chegarão Sim: À
Negociação de Acordos sem Concessões. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Imago,
1994.
MANICUCCI, Agostinho. Relações Humanas: Psicologia das Relações
Interpessoais. 6ª Edição. São Paulo: Atlas Editora, 2011.
MARTINELLI, Dante; ALMEIDA, Ana Paula de. Negociação e Solução de
Conflitos: Do Impasse ao Ganha-Ganha Através do Melhor Estilo. São Paulo:
Atlas, 1998.
30
ROCHA, Oliveira. Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública. 3ª
Edição. Lisboa: Porto Editora, 2010.
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Adicional
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participativos. São Paulo: Repente, 2004.
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Dominar Mercados. São Paulo: Futura, 2000.
GIL, Antôni Carlos. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São
Paulo: Atlas, 2001. LILLEY, Roy. Como lidar com pessoas difíceis. São Paulo:
Clio, 2007.
31
SCHULER, Maria. Comunicação estratégica. São Paulo: Atlas, 2004
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