Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
Dentro da proposta, o projeto que se segue, buscou resgatar e explorar de maneira abrangente o relacionado
ao Folclore brasileiro, no que se refere ao ensino e à aprendizagem de costumes e crenças dentro da
diversidade cultural. Nos dias atuais, as capacidades ampliadas de relativização histórias e cultural
apresentam como competência uma leitura respeitosa dos “diferentes”, do “outro” em nosso passado e em
nosso presente. O folclore é o conhecimento das tradições de um povo e de tudo que caracteriza uma região,
suas implicações no tempo e no espaço, refletimos através da nossa prática, o quanto é complexo, mas,
sobretudo fundamental, estar resgatando as várias formas de diversidade cultural. Percebe-se que a
tendência das pessoas é a de supervalorizar tudo que vem de fora, que não é nosso. Acreditamos que é nas
tradições de um povo que está a força de sua nacionalidade. No entanto, a sociedade em geral passou a
valorizar as culturas dentro daquilo que conhece das formas de viver, de pensar, de agir e de suas relações
ligadas ao contexto histórico e cultural.
JUSTIFICATIVA
Devido a falta de respeito em torno do resgate cultural dos povos, da maneira de agir, pensar e preservar
vimos a necessidade de desenvolver com os nossos alunos, um projeto que partisse do trabalho diário, em
que a reflexão pudesse disseminar numa mudança de conceitos e torno do tem Folclore e desenvolver o
conhecimento de cada aluno integrante do grupo social em que vive, fazer relação a preservação e
valorização das crenças. O projeto tem como ponto de partida o quadro de Cognição feito por professores e
alunos em sala de aula. Nesse projeto, utilizamos várias estratégias metodológicas, tendo em vista a
reflexão, a mobilização e a conscientização para discernir a importância do assunto folclore.
OBJETIVO GERAL
Valorizar e vivenciar o saber folclórico, por meio do convívio social, por via oral ou por imitação resgatando
as manifestações folclóricas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Proporcionar momentos sobre o mundo encantado do folclore. Ampliar a visão dos alunos, possibilitando
análise e reflexão critica de conhecimentos folclóricos. Aprofundar a ideia de o folclore não é só no mês de
agosto. Construir conhecimentos na interação com o outro e com o meio.
DESENVOLVIMENTO
Este projeto foi desenvolvido, possibilitando um trabalho interdisciplinar. Com metodologias variadas, de
forma prazerosa e significativa, utilizando a divulgação, a pesquisa, a entrevista, contação de história, e
outros.
Português
· Divulgação do projeto em toda a escola com cartazes chamativos.
· Pequisa na biblioteca: A origem da palavra folclore
· Relatório da pesquisa – oral e escrito.
· Pesquisa de campo – coletar dados do que há de folclore em seus afazeres, na própria família, no lugar
onde você mora.
· Trabalhar com a autocorreção pela reescrita, observando ortografia, coesa e coerência.
· Entrevista com uma pessoa mais velha, para descobrir sobre brincadeiras, comidas, danças e outros.
· Contação de história: Lendas dentre outras.
· Campeonato de adivinhas.
· Distribuir as fichas com adivinhas para cada aluno e pedi-los para registrar no caderno e, em dupla
perguntar para seus colegas. Em seguida fazer também o registro da adivinhação do seu colega. Assim que
terminarem, fazer troca das fichas com as outras duplas.
· Distribuir uma folha para cada aluno e pedir que cada fila faça o seguinte:
· Fila 1 – citar e ilustrar os tipos de lendas.
· Fila 2 – adivinhações.
· Fila 3 – superstições
· Fila 4 - brincadeiras
· Fila 5 – dança e músicas (cantos)
No final, confeccionar um mural.
Regra: ganha quem terminar primeiro
_ Filme: A turma do Saci Pererê
Matemática
· Regras das brincadeiras de antigamente e de hoje – jogo amarelinha.
· Sistema numérico.
· Situações problemas.
Geografia/ História
· Terra, nossa casa, as culturas dos lugares/ onde surgiram ( mapas).
· Crenças da famílias.
Ciências
O homem como ser social e que vive influenciado pela diversidade cultural/ natureza.
Religião
· Respeito às crenças, às diferenças.
· Valorizar a cultura do outro.
Músicas
Cai...cai...balão
Marcha soldado
Peixe vivo
( Mùsicas folclóricas brasileiras) Cd – Fundação Victor Civita
Artes
- Ilustração dos textos estudados.
Recitar as fábulas.
Recorte e dobradura – Saci Pererê.
AVALIAÇÃO
A avaliação aconteceu durante todo o processo de trabalho, através de discussões em grupo e a
participação de cada um. Os instrumentos avaliativos foram diversificados como auto avaliação, registro
sistemáticos, comentários sobre as atividades, registro da entrevista, reescrita, comentários sobre as
atividades, habilidades e o interesse dos alunos durante todo o processo ensino-aprendizagem.
..................................................................................................................................
PESQUISA DE CAMPO
Querido aluno (a):
Dando inicio ao nosso projeto Folclore: a cultura e o tempo faça uma pesquisa sobre alguns costumes
que as pessoas têm, que podemos dizer que é folclore”.
A lenda do preguiçoso
Diz que era uma vez um homem que era o mais preguiçoso que já se viu debaixo do céu e acima da terra, Ao
nascer nem chorou, e se pudesse falar teria dito: _”Choro não. Depois eu choro”
Também a culpa não era o pobre. Foi o pai que fez pouco caso quando a parteira ralhou com ele:
Não cruze as pernas, moço. Não presta! Atrasa o menino nascer e ele pode crescer na preguiça, manhoso.
E a sina se cumpriu. Cresceu o menino na maior preguiça e fastio. Nada de roça, nada de lida. Tanto que um
dia o moço se viu sozinho no pequeno sítio da família onde já não se plantava nada. O mato dói crescendo em
volta da casa e ele já não tinha o que comer. Vai então que ele chama o vizinho, que era também compadre, e
pede pra ser enterrado ainda vivo. O outro, no começo, não queria atender ai estranho pedido, mas quando
se lembrou de que negar favor e desejo de compadre dá sete anos de azar...
E lá se foi o cortejo. Ia carregando por alguns poucos, nos braços de Josefina, sua rede de estimação. Quando
passou diante da casa do fazendeiro mais rico da cidade, este tirou o chapéu, em sinal de respeito, perguntou:
“Quem é que vai aí? Que Deus o tenha!
“Deus não tem nada não, moço. Ta vivo!
E quando o fazendeiro soube que era porque não tinha mais o que comer, ofereceu dez sacas de arroz. O
preguiçoso levantou a aba do chapéu e ainda da rede cochiou no ouvido do homem.
“Moço, esse seu arroz lá tá encolhidinho, limpinho e fritinho?”
“Tá não”. “Então toque o enterro, pessoal”E é por isso que se diz que é preciso prestar a atenção nas
crendices e superstições da ciência popular. Giba Pedroza
Revista nova Escola, São Paulo, Abril, ago, 2003. p 55)