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PROBLEMA
Por que nosso povo vem perdendo os traços culturais, envergonhando-se de sua cultura e
passando a adotar outros costumes e valores? E até mesmo o nosso povo sul-matogrossense
que vive no estado possa conhecer e valorizar as riquezas aqui encontradas.
JUSTIFICATIVA
Trabalhar a diversidade nas escolas faz-se necessário por garantir primeiramente que cada
povo consiga subsistir com suas origens sem perder sua verdadeira identidade pois as
características do mundo globalizado, capitalista e a imposição cultural das nações ricas e
dominantes acaba por sufocar as demais culturas através de um modelo de cultura “ideal”.
Resgatar a cultura pantaneira é fazer com que não percamos nossa identidade, é fazer com que
as futuras gerações tenham a oportunidade de viver a nossa maior riqueza: a nossa cultura, o
que nos identifica mundo a fora. Para compreender esse contexto cultural na busca de
identidade faz-se necessário que perpassemos pela nossa história, valores, crenças e costumes
desde nossos antepassados até hoje, se tornando complexo mas ao mesmo tempo
compreensível.
METODOLOGIA
Fazer uma roda com os alunos e conversar sobre o assunto. Convidar os alunos para assistirem
o vídeo: Causo da procissão, com Rolando Boldrin.
https://youtu.be/QvkwDH_ewWo
Continuando as perguntas:
Entregar dicionários aos alunos e pedir que procurem o significado de relato e depois de causo.
Causo é uma história (representando fatos verídicos ou não), contada de forma engraçada,
com objetivo lúdico.Muitas vezes apresentam-se com rimas,trabalhando assim a sonoridade
das palavras.São conhecidos também como causos populares e já fazem parte do folclore
brasileiro.
Relato é uma forma narrativa cuja extensão é inferior à da novela. Por isso, o autor de um
relato deve sintetizar o que é mais relevante e enfatizar aquelas situações que são essenciais
para o desenvolvimento da história. Os relatos podem ser fictícios (como um conto ou uma
epopeia) ou pertencer ao mundo da não-ficção (como as notícias jornalísticas).
Fazer questionamentos:
Os causos são histórias fantásticas que podem ser engraçadas ou assustadoras, mas que devem
ser contadas obedecendo a algumas regrinhas: um causo, para ser bem contado, tem que
conferir às palavras entonação, ritmo e até mesmo sotaque e expressões interioranas. Esses
elementos são fundamentais para capturar a atenção de quem ouve e provocar as mais
diferentes sensações.
Recontando Contos Populares
Há muito tempo, esta história foi narrada por um caixeiro-viajante; e, na época, tido como
verídica. Entrou para a oralidade popular e, hoje, já é ouvida em diferentes localidades do
Brasil. Vou recontá-la, porém nas minhas letras.
Quando eu era viajante, tinha sempre de andar a cavalo (não havia estradas de automóveis e,
portanto, sequer autos de aluguel ou ônibus) e levava sempre em minha companhia um guia.
Entre os muitos que tive, havia um, muito curioso e perguntador, que tinha por costume de me
dar o tratamento (aliás, indevido) de doutor. Cansei de adverti-lo que não era doutor, mas o
homenzinho não se consertava. De momento a momento estava ele a dizer-me: seu doutor pra
aqui, seu doutor pra acolá.
Certa vez viajávamos num município distante. Íamos silenciosos pela estrada fora. O dia estava
lindo e o céu azul com muitas nuvens que se moviam preguiçosas.
— Por que será, seu doutor, que as nuvens não têm sossego e andam sempre de um lado para
outro?
— Ora essa! Pois você não sabe que as nuvens são, como os homens, ambiciosas e invejosas e
procuram tomar o lugar uma das outras, pensando ser, o lugar das outras, melhores que os
delas?
— Lá isso é verdade seu doutor. Bem diz o ditado: “A galinha do vizinho é sempre mais gorda
do que a minha”.
— Pois então?
— Tá certo!
Sérgio.
Deixar bem claro aos alunos que o o causo não é um gênero inferior, pois diversos escritores
renomados, como Graciliano Ramos e Mario Quintana, escreveram histórias nas quais foram
preservadas marcas informais da fala e do vocabulário do povo do interior.
Ao final das apresentações pedir aos alunos que registrem todas as descobertas sobre os
CAUSOS.
Entrevistar pessoas que moram ou já moraram no Pantanal, saber os seus hábitos, como
viviam ou ainda vivem.
Estou entrevistando o sr. Eduardo Gomes da Silva, proprietário da fazenda Santa Rita, localizada
em Rio Negro.