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PROJETO: Resgatando a cultura pantaneira

OBJETIVOS GERAL: Resgatar a cultura pantaneira

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Conhecer as contribuições do povo PANTANEIRO para a formação de


nossa cultura;

 Desenvolver ações em sala de aula que favoreçam o reconhecimento cultural do


PANTANAL;
 Mostrar de forma prática a verdadeira identidade cultural do pantaneiro;
 Celebrar nossa cultura através da “Feira de ciências e Mostra cultural”, como forma de
expressão máxima, onde nossos alunos executam uma ação envolvida na pesquisa e na
prática;
 Contribuir para que nosso aluno possa identificar-se culturalmente em meio a toda
diversidade cultural existente;
 Conhecer as características de nossa cultura como um mecanismo de divulgação e
afirmação de seus valores perante nossa sociedade;
 Conhecer o contexto histórico em que o Pantanal está inserido e as influências das
demais culturas;
 Formar um cidadão capaz de conhecer primeiramente sua cultura para depois explorar
as demais, identificando-se nessa diversidade, baseado no respeito e na tolerância a
qualquer forma de expressão cultural.
 Valorizar as diferenças para viver em harmonia diante de uma cultura diversa onde
todos possam promover uma cultura de paz e cidadania.

PROBLEMA

Por que nosso povo vem perdendo os traços culturais, envergonhando-se de sua cultura e
passando a adotar outros costumes e valores? E até mesmo o nosso povo sul-matogrossense
que vive no estado possa conhecer e valorizar as riquezas aqui encontradas.

JUSTIFICATIVA

A identidade de um povo é algo valoroso que o define na história, deixar de expressar os


valores e os costumes acaba por fazer com que nosso povo perca sua identidade e seus valores
culturais. isso faz com que procuremos agregar outras culturas e valores que acabam por
substituir nossas verdadeiras raízes.

Trabalhar a diversidade nas escolas faz-se necessário por garantir primeiramente que cada
povo consiga subsistir com suas origens sem perder sua verdadeira identidade pois as
características do mundo globalizado, capitalista e a imposição cultural das nações ricas e
dominantes acaba por sufocar as demais culturas através de um modelo de cultura “ideal”.

Resgatar a cultura pantaneira é fazer com que não percamos nossa identidade, é fazer com que
as futuras gerações tenham a oportunidade de viver a nossa maior riqueza: a nossa cultura, o
que nos identifica mundo a fora. Para compreender esse contexto cultural na busca de
identidade faz-se necessário que perpassemos pela nossa história, valores, crenças e costumes
desde nossos antepassados até hoje, se tornando complexo mas ao mesmo tempo
compreensível.

METODOLOGIA
Fazer uma roda com os alunos e conversar sobre o assunto. Convidar os alunos para assistirem
o vídeo: Causo da procissão, com Rolando Boldrin.

https://youtu.be/QvkwDH_ewWo

Após assistirem ao vídeo, discutir:

 De que trata o causo?


 Como é a linguagem usada pelo contador?
 Como seria o causo contado com a norma culta da língua?
 O sentido seria o mesmo?
 Seria engraçado se mudasse a forma de contar?

Continuando as perguntas:

 Já tinham ouvido algum causo?


 Conhecem alguma pessoa que conta causos?
 Algum de vocês saberiam contar?

Entregar dicionários aos alunos e pedir que procurem o significado de relato e depois de causo.

Explicar a diferença de ambos.

Causo é uma história (representando fatos verídicos ou não), contada de forma engraçada,
com objetivo lúdico.Muitas vezes apresentam-se com rimas,trabalhando assim a sonoridade
das palavras.São conhecidos também como causos populares e já fazem parte do folclore
brasileiro.

Disponível em: http://www.dicionarioinformal.com.br/causo/ Acesso em: 19 ago 2014.

Relato é uma forma narrativa cuja extensão é inferior à da novela. Por isso, o autor de um
relato deve sintetizar o que é mais relevante e enfatizar aquelas situações que são essenciais
para o desenvolvimento da história. Os relatos podem ser fictícios (como um conto ou uma
epopeia) ou pertencer ao mundo da não-ficção (como as notícias jornalísticas).

Disponível em: http://conceito.de/relato Acesso em: 19 ago 2014.

Certificar que os alunos entendam a diferença existentes entre causo e relato.

Fazer questionamentos:

 Podemos escrever um causo da mesma maneira que falamos?


 Quais recursos o autor usa para deixar o texto com características de um causo?
 O que é necessário conhecer para escrever um causo?
 Que características apresentadas do texto lido ajudam o leitor a entender melhor a
história?
Apresentar no data-show:
No Brasil, o povo mineiro tem fama de bons contadores de causos, mas esse gênero não fica
restrito apenas a algumas regiões, pois o causo agrada a gaúchos e baianos.

Os causos são histórias fantásticas que podem ser engraçadas ou assustadoras, mas que devem
ser contadas obedecendo a algumas regrinhas: um causo, para ser bem contado, tem que
conferir às palavras entonação, ritmo e até mesmo sotaque e expressões interioranas. Esses
elementos são fundamentais para capturar a atenção de quem ouve e provocar as mais
diferentes sensações.
Recontando Contos Populares

O causo do caixeiro viajante

Há muito tempo, esta história foi narrada por um caixeiro-viajante; e, na época, tido como
verídica. Entrou para a oralidade popular e, hoje, já é ouvida em diferentes localidades do
Brasil. Vou recontá-la, porém nas minhas letras.

Quando eu era viajante, tinha sempre de andar a cavalo (não havia estradas de automóveis e,
portanto, sequer autos de aluguel ou ônibus) e levava sempre em minha companhia um guia.

Entre os muitos que tive, havia um, muito curioso e perguntador, que tinha por costume de me
dar o tratamento (aliás, indevido) de doutor. Cansei de adverti-lo que não era doutor, mas o
homenzinho não se consertava. De momento a momento estava ele a dizer-me: seu doutor pra
aqui, seu doutor pra acolá.

Certa vez viajávamos num município distante. Íamos silenciosos pela estrada fora. O dia estava
lindo e o céu azul com muitas nuvens que se moviam preguiçosas.

De repente pergunta-me o guia:

— Por que será, seu doutor, que as nuvens não têm sossego e andam sempre de um lado para
outro?

Sorri, e lhe respondi:

— Ora essa! Pois você não sabe que as nuvens são, como os homens, ambiciosas e invejosas e
procuram tomar o lugar uma das outras, pensando ser, o lugar das outras, melhores que os
delas?

— Lá isso é verdade seu doutor. Bem diz o ditado: “A galinha do vizinho é sempre mais gorda
do que a minha”.

— Pois então?

— Tá certo!

Sérgio.

Texto disponível em; http://www.recantodasletras.com.br/contos/2508531

Deixar bem claro aos alunos que o o causo não é um gênero inferior, pois diversos escritores
renomados, como Graciliano Ramos e Mario Quintana, escreveram histórias nas quais foram
preservadas marcas informais da fala e do vocabulário do povo do interior.

Ao final das apresentações pedir aos alunos que registrem todas as descobertas sobre os
CAUSOS.

Entrevistar pessoas que moram ou já moraram no Pantanal, saber os seus hábitos, como
viviam ou ainda vivem.

Estou entrevistando o sr. Eduardo Gomes da Silva, proprietário da fazenda Santa Rita, localizada
em Rio Negro.

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