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Agosto 2021
SESSÃO 1
CURRÍCULO
DO PIAUÍ
Novo Ensino Médio
Agosto 2021
ARTICULADOR DE ITINERÁRIOS DE
FORMAÇÃO TÉCNICA E PROFISSIONAL
Diniz Lopes dos Santos
CONSULTORA DE GESTÃO
Danielle Costa Freire
COORDENADORES(AS) DE ÁREA
REDATORES(AS) COLABORADORES(AS)
Alvino Rodrigues de Carvalho
Josinaldo Oliveira dos Santos
Lidiane Alves Leal
Maria Rita Barbosa de Sousa
Maria do Socorro Campelo da Silva
Maria Vera Lúcia de Sousa
Neusenildes Sena de Oliveira Chaves
Raimundo Nonato Ferreira do Nascimento
SUMÁRIO
SEÇÃO I00
NOTAS INTRODUTÓRIAS00
1. INTRODUÇÃO00
3. BASE CONCEITUAL00
3.1 Concepções da Rede 42
3.1.1 Currículo 42
3.1.2 Ensino e aprendizagem 46
3.1.3 Avaliação da Aprendizagem 52
3.1.4 Metodologias de Ensino 58
3.1.5 Educação Integral 65
3.1.6 O Ensino Médio e as Juventudes 69
3.2 Princípios norteadores do Ensino Médio 78
3.2.1 Educação emancipatória 78
3.2.2 Trabalho 80
3.2.3 Protagonismo Juvenil 84
3.2.4 Pesquisa e conhecimento científico 87
3.2.5 Sustentabilidade Socioambiental 89
REFERÊNCIAS00
Caros leitores,
Nesse sentido, apresentamos esta versão que está estruturada, por Áreas
do Conhecimento e Componentes Curriculares. Vale ressaltar que este Do-
cumento foi construído a partir da ampliação dos debates com os profissio-
nais da educação e o respeito às identidades, culturas, políticas, e demais
características econômicas e socioambientais do território piauiense.
Sob esta perspectiva, esperamos que este Currículo seja vivenciado por
toda a Comunidade Escolar e que colabore efetivamente com o avanço
sustentável da Educação do Piauí.
Atenciosamente,
Atenciosamente,
Surgido a partir de mudanças recentes na Lei vigentes, dentre as quais destacamos: Lei no
de Diretrizes e Bases (LDB), nas Diretrizes 9.394/96 (que estabelece as diretrizes e ba-
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio ses da educação nacional); Lei no 13.415/2017,
(DCNEM), e com a aprovação da Base Nacio- que altera as Leis Nos. 9.394/96 e 11.494/2007
nal Curricular Comum (BNCC), o Novo Ensino (que regulamenta o Fundo de Manutenção e
Médio, previsto pelo Plano Nacional de Educa- Desenvolvimento da Educação Básica e de
ção de 2014, tem como espinha dorsal o pro- Valorização dos Profissionais da Educação, a
tagonismo juvenil. E, dentre outros desafios, Consolidação das Leis do Trabalho CLT); revo-
tem a missão de responder satisfatoriamente ga a Lei no 11.161/2005; e institui a Política de
aos anseios dos estudantes. Fomento à Implementação de Escolas de En-
sino Médio em Tempo Integral.
Neste sentido, é necessária uma ressignifica-
ção do modelo de ensino atual, com vistas a Evidenciamos, também, a Resolução MEC-
oportunizar aos estudantes o protagonismo -CNE-CEB no 3/2018 que atualiza as diretrizes
sobre sua vida, do ponto de vista estudantil, curriculares nacionais para o ensino médio. A
social e emocional, de modo que passem a ser Resolução MEC-CNE-CP no 4/2018 que Insti-
responsáveis por suas escolhas. Para tanto, é tui a Base Nacional Comum Curricular na etapa
preciso que as Redes (pública e privada) re- do Ensino Médio (BNCC-EM), como etapa final
pensem seus currículos, a fim de assegurar a da Educação Básica. A Portaria no 1.432/2018
conexão entre os anseios da juventude e o que que estabelece os Referenciais Curriculares
a escola oferece. para Elaboração dos Itinerários Formati-
vos. A Portaria MEC no 649/2018 que insti-
Assim, com a criação do Programa de Apoio à tui e estabelece diretrizes e parâmetros para
Implementação da Base Nacional Comum Cur- o Programa de Apoio ao Novo Ensino Médio
ricular – ProBNCC, instituído pela Portaria MEC (ProBNCC), e que apoia as redes de ensino
no 331, de 5 de abril de 2018, com o objetivo com suporte técnico e financeiro para imple-
de apoiar as Secretarias Estaduais e Distritais mentação das mudanças do Novo Ensino Mé-
de Educação no processo de revisão ou elabo- dio. A Lei no 13.005/2014 que aprova o Plano
ração e implementação de seus currículos ali- Nacional de Educação (PNE) para o decênio
nhados à BNCC, todas as referidas secretarias 2014-2024.
elaboraram um plano de trabalho com metas
específicas para cada estado. Também, em conformidade com as orienta-
ções das legislações vigentes, a (re)constru-
Ressaltamos que o processo de (re)constru- ção deste currículo seguiu as determinações
ção deste currículo seguiu as determinações da Resolução CEE/PI no 124/2020 que ins-
e orientações preconizadas nas legislações titui as Diretrizes Curriculares e orientações
Outro ponto importante a ser destacado diz Por fim, salientamos que a proposta aqui apre-
respeito ao caráter de continuidade que o sentada foi construída com base nos precei-
presente documento curricular apresenta em tos legais que orientam o Novo Ensino Médio,
relação ao currículo para as etapas anteriores bem como respeitando as orientações da Base
(Educação Infantil e Ensino fundamental), com Nacional Comum Curricular, principalmente no
a proposta de não romper com a lógica de inte- que se refere ao direito de aprendizagem dos
gração e progressão de aprendizagem de uma alunos. Para isso, tivemos o cuidado de “ou-
etapa para a outra. vir” estudantes e professores, a partir de um
questionário de escuta enviado a algumas es-
No que se refere à arquitetura textual, este colas selecionadas como piloto para esse fim.
documento curricular apresenta a seguinte O resultado dessa escuta é abordado em mo-
proposição: no primeiro capítulo, aborda-se o mento oportuno deste documento curricular
contexto do Ensino Médio no Piauí, com ênfa- de referência do ensino Médio para o Estado
se aos sujeitos (público-alvo) dessa etapa; em do Piauí.
A trajetória da educação no Brasil é marcada No tocante ao que se conhece hoje como Ensi-
por desafios, seja na sua organização curricu- no Médio, sua organização esteve atrelada ao
lar, seja na sua implementação e consolidação contexto social, econômico-cultural e político
em todo o vasto território do país. Historica- do país, atendendo a diferentes públicos e de-
mente, a educação também passou por ruptu- mandas em cada momento histórico, ora assu-
ras, cujos marcos delimitadores de mudanças mindo um caráter mais teórico, ora tendo um
estão associados ao surgimento de um novo enfoque técnico. Nos primórdios da educação
regime político, ou outra conformação de for- formal no país, a partir da ação dos jesuítas,
ças políticas e sociais. Esses processos de este nível de ensino recebeu a denominação
mudanças ocorreram e ocorrem atravessados de “ensino secundário”, com a oferta do cur-
por conceitos de ordem ideológica e de op- so de Letras, Filosofia e Ciências, visando à
ções políticas, visto que “a educação nunca é preparação daqueles que tinham condições
neutra nem apolítica, pois envolve os interes- financeiras, para prestarem os exames de ad-
ses que extrapolam o âmbito escolar” (GON- missão ao ensino superior (SANTOS, 2010).
ÇALVES, 2005, p.13). Os estabelecimentos seguiam as normas sis-
tematizadas no tratado Ratio Estudiorium, com
Nesse contexto, o Ensino Médio padeceu currículo único para estudos escolares que se
como um espaço indefinido (RODRIGUES, dividiam em dois graus: o estudo interior até
1998), situação que vem se modificando des- as sete séries anuais e o estudo superior que
de final do século XX, com a convergência de compreendiam os cursos de filosofia e teolo-
políticas que contribuem para a redefinição e gia (DAVID et al., 2014).
o seu fortalecimento, conforme se verifica no
histórico a seguir. O Ensino Médio no Brasil surge como um lu-
gar para poucos, destinado quase que exclusi-
vamente à elite, baseado no modelo da escola
2.1 Histórico do Ensino Médio jesuíta (PINTO, 2002). A educação esteve
sob controle dos jesuítas quase que exclusi-
Historicamente, o processo da educação no vamente, no período que vai de 1572 a 1808.
Brasil está relacionado ao processo de coloniza- Entretanto, diante das mudanças políticas no
ção, com as missões jesuítas estabelecidas em período da administração do Marquês de Pom-
meados dos séculos XVI e XVII, cujo propósito bal, as missões jesuítas foram expulsas do
era cumprir a atividade de transmitir as primei- país, o que representou uma perda significa-
ras noções de ensino (leitura e cálculos) aos na- tiva para a educação formal do Brasil colonial,
tivos, atreladas aos preceitos da religião católica conforme destaca Santos (2010).
oficial. As missões jesuítas atendiam também
aos filhos dos colonizadores aqui estabeleci- Mudanças significativas se dariam a partir de
dos, com a oferta de ensino formalizado, assim 1808, com a chegada da família Real Portu-
a educação formal era voltada a uma elite. guesa ao Brasil. Esta nova conjuntura política
Fonte: elaboração própria, a partir de Sinopse Estatística de matrículas da Educação Básica do Inep de
2001 a 2019 (2020).
Tabela 2 – Resultado do Ideb da rede estadual do Piauí dos estudantes da 3a série do Ensino Médio, no período
de 2007 a 2019
IDEB Meta
Fonte: elaboração própria, a partir de dados do Mec/Inep de 2007 a 2020 (2020).
TAXA DE APROVAÇÃO
ANO REDE Indicador de
Total 1a 2a 3a 4a
Rendimento (P)
Total (4) 69,1 60,2 72,8 80,4 77,1 0,72
2005 Privada 85,5 83,3 87,8 84,8 95,9 0,88
Estadual 66,5 57,7 70,3 79,3 57,6 0,65
Total (4) 70,6 60,7 74,3 82,9 81,7 0,74
2007 Privada 89,1 83,3 90,9 93,6 97,6 0,91
Estadual 68,8 58,8 72,7 81,7 75,4 0,71
Total (4) 71,2 61,5 74,3 83,5 88,1 0,75
2009 Privada 90,8 86,2 91,6 94,9 100,0 0,93
Estadual 68,8 58,9 72,1 81,7 78,9 0,72
Total (4) 74,8 65,0 77,5 84,8 91,1 0,78
2011 Privada 92,4 88,7 92,2 96,7 97,7 0,94
Estadual 72,2 61,9 75,2 83,0 93,2 0,77
Total (4) 77,3 68,8 79,5 86,8 92,0 0,81
2013 Privada 93,0 88,7 93,1 97,8 95,2 0,94
Estadual 75,0 66,2 77,4 85,0 93,3 0,79
Total (4) 80,4 72,7 82,4 88,5 90,3 0,83
2015 Privada 93,5 89,2 93,3 98,5 – 0,94
Estadual 78,7 71,0 80,9 87,1 96,0 0,83
Total (4) 82,8 75,3 84,3 90,5 95,1 0,86
2017 Privada 94,6 91,1 94,4 98,7 – 0,95
Estadual 81,5 73,8 83,2 89,3 100,0 0,86
Total (4) 84,7 76,9 86,8 93,1 97,8 0,88
2019 Privada 95,3 92,1 95,9 98,1 – 0,95
Estadual 83,3 75,2 85,3 92,3 100,0 0,87
Fonte: elaboração própria, a partir de dados do Mec/Inep de 2005-2019 (2020).
Com o objetivo de produzir diagnósticos perió- A figura 1, a seguir, apresenta os dados acerca
dicos acerca do ensino e monitorar a qualidade do desempenho e participação geral dos estu-
da educação pública ofertada, com vista a ofe- dantes na 1a série, no Piauí, em Língua Portu-
recer subsídios para o desenho e implemen- guesa, seguido da figura 2 com percentual de
tação de políticas públicas educacionais no estudantes por nível de proficiência e padrão
Estado, a Secretaria de Estado de Educação de desempenho, e respectivamente, as figu-
do Piauí, criou, em 2011, o Sistema de Ava- ras 3 e 4 trazem os citados percentuais na dis-
liação Educacional do Piauí (SAEPI). O progra- ciplina de Matemática, conforme SAEPI 2019:
Fonte: CAED/ SAEPI, 2019 (2020).
Fonte: CAED/ SAEPI-2019 (2020).
Fonte: CAED/ SAEPI-2019 (2020).
Fonte: CAED/ SAEPI-2019 (2020).
I – Linguagens: Língua Portuguesa, Educa- Nos últimos anos, visando ao alcance da uni-
ção Física e Arte; versalização com qualidade, com a diversifica-
II – Matemática: Matemática; ção das formas de atendimento e ampliação
III – Ciências Humanas: Geografia, História, Fi- da sua oferta, a Secretaria da Educação e
losofia e Sociologia; Cultura – SEDUC propôs a implementação do
IV – Ciências da Natureza: Química, Física e Programa de Educação com Mediação Tecno-
Biologia. lógica – CANAL EDUCAÇÃO, com foco na me-
lhoria da qualidade do ensino nas escolas que
A Parte Diversificada está estruturada em enfrentam dificuldade para o acesso e perma-
Componentes Comuns com oferta anual por nência de estudantes aptos à matrícula no En-
série e em Componentes Eletivos com oferta sino Médio Regular. O programa oferecer aos
semestral por Módulo. Os Componentes Cur- estudantes piauienses a oportunidade de parti-
riculares Língua Estrangeira Moderna Inglês e cipação em cursos técnicos profissionalizantes
Espanhol, Projeto de Vida e o Horário de Estu- e cursos livres – Preparatório ENEM.
do são comuns a todos os estudantes matri-
culados no Ensino Médio de Tempo Integral, A Educação com Mediação Tecnológica ga-
com oferta anual. Cada estudante deve cursar rante que a oferta da educação básica, nas
anualmente 02 (dois) componentes eletivos. diferentes modalidades, seja ministrada por
Cada Componente Eletivo tem duração anual professores habilitados utilizando mídias edu-
de 40 horas, sendo 02 (duas) aulas semanais, cativas com transmissão via-satélite, com au-
ofertado a cada semestre letivo. las ministradas em estúdios e transmitidas via
1 Importa destacar que o conceito de protagonismo para o Ensino Médio está muito articulado ao público juvenil (vide manuais de
referência). Entretanto, para além de uma faixa etária específica, este currículo adota o conceito de uma forma ampla, de modo a
abarcar jovens, adultos e idosos, como sujeitos do Ensino Médio – razão pela qual se utiliza a expressão protagonismo estudantil
em vários momentos neste documento ou mesmo o conceito de juventudes para contemplar todo o público dessa etapa de ensino.
O currículo definido pela Rede Estadual para Assim, resultante de discursividades, de in-
os sujeitos do Ensino Médio tem como foco o tenções diversas e de variadas representa-
desenvolvimento de competências que garan- ções, o currículo é influenciado pelo contexto
tam a formação humana e integral dos estudan- social e histórico no qual se insere, sendo
tes piauienses, enquanto sujeitos do direito de ainda resultado da interpretação daqueles
aprender em suas singularidades e diversidades. que o vivenciam. Neste sentido, parte-se da
Para isso, apresenta uma abordagem de ensino concepção de que o currículo é um repertório
e aprendizagem numa perspectiva de integra- para o percurso educativo, com projeto for-
ção de saberes. Neste sentido, discorre sobre a mativo que deve articular políticas e práticas
construção intencional de processos educativos docentes.
que promovam aprendizagens sintonizadas com
as necessidades, as possibilidades e os interes- Sob essa ótica, Sacristán (1998) ressalta que a
ses dos estudantes, bem como pressupõe um concretização das expectativas curriculares se
conceito de currículo que seja flexível, tal qual a dá a partir do resultado das interações em todo
perspectiva de Ensino Médio que se tem hoje. o processo. Ou seja, o currículo não pode ser
concebido como uma ação isolada no proces-
Nos tópicos a seguir, tem-se uma visão de Rede so de ensino e aprendizagem, muito menos
sobre os seguintes temas: Currículo; Avaliação; descontextualizado da realidade educacional
Ensino e Aprendizagem; Metodologias de ensi- em que se insere, conforme se percebe pela
no; Educação Integral e Juventudes. figura a seguir:
Tal abordagem busca conviver com a provisorie- Segue, portanto, uma orientação multicultu-
dade e múltiplas realidades constituídas pelos ral numa perspectiva emancipatória. Confor-
discursos, de modo a atender diferentes ato- me Sousa Santos (2003, p. 33), “As versões
res sociais, de diferentes espaços e detentores emancipatórias do multiculturalismo baseiam-
de variados repertórios culturais, pois um cur- -se no reconhecimento da diferença e do direi-
rículo contextualizado compreende educação to à diferença e da coexistência ou construção
como um espaço de formação de humanos, de uma vida em comum além de diferenças
com referenciais culturais, políticos, religiosos de vários tipos”. É sob essa ótica que o cur-
específicos e diversos. Neste sentido, é neces- rículo para o Ensino Médio, ao propor objetos
sário imprimir a pluralidade e flexibilidade como de conhecimentos a serem trabalhados, deve
princípios orientadores do currículo contextuali- ser responsável pela condução do processo de
zado, com vista à superação do reducionismo, ensino-aprendizagem de uma forma holística e
e que imprima visibilidade dos conhecimentos equânime.
e relações dos sujeitos, de modo a contribuir
para o desenvolvimento da autonomia intelec- Sacristán (2013, p.18) afirma que, ao se consi-
tual e consciência social dos sujeitos. derar tudo o que se sabe e o que é passível,
em tese, de ensinamento e de ser aprendido,
Nessa linha, Saviani (2002, p. 68) defende “o currículo é uma seleção organizada dos con-
que o Currículo para se constituir em um ins- teúdos a aprender, os quais, por sua vez, re-
trumento de promoção humana “precisa ser gularão a prática que se desenvolve durante a
continuamente confrontado com os objetivos escolaridade”. Nesse sentido, o currículo deve
da nossa ação educativa, de acordo com as ca- eleger conteúdos que promovam um aprendi-
racterísticas próprias da atividade sistematiza- zado significativo, elaborado a partir das ne-
dora”, o que ocorre quando o educar é o foco cessidades concretas, e articulado à realidade
principal, que deve ser perpassado por plane- local e regional. De forma que se torne o veí-
jamento e ação didática. culo, o interlocutor dos saberes locais com os
saberes globais.
Nesta perspectiva, considerando o contexto
contemporâneo, o currículo do Piauí para a Seguindo essa lógica, o documento curricular
etapa do Ensino Médio visa nortear um mo- que ora se apresenta tem propósito para além
delo de educação que promova os sujeitos de uma discussão reflexiva acerca do proces-
dessa etapa ao exercício de cidadania, capaz so de ensino e aprendizagem. Por essa razão,
de promover a construção de uma sociedade apresenta detalhamento de como se colocar
igualitária e justa, comprometida com proces- em prática os aprendizados abordados por
sos de desenvolvimento social. Assim, procura cada área do conhecimento (vide capítulo se-
desenvolver o que Connell (1993, apud MO- guinte). E essa prática tende a ser exitosa a
REIRA e CANDAU, 2003) denomina de justi- partir da interação entre professores dos diver-
2 Ressalta-se que as orientações acerca da avaliação estão constantes nos capítulos seguintes, quando se aborda a Formação
Geral Básica e os Itinerários. Nos referidos capítulos, é possível compreender de que forma o processo avaliativo será colocado
em prática a partir deste Documento Referencial Curricular.
Os estudantes do século XXI estão inseridos Nesta acepção, compreende-se que a imple-
em uma sociedade do conhecimento, num mentação do currículo piauiense nas redes e
Ao atravessar a linha tênue da etapa do Ensi- Cada um desses milhões de jovens brasileiros
no Fundamental para o Médio, os estudantes carrega desejos, aspirações e expectativas para
vivenciam uma série de inquietações e incer- sua vida adulta e tem grande potencial para ser
tezas. E, na perspectiva de se tornarem prota- desenvolvido. São várias as juventudes que coe-
gonistas de suas histórias e, de certa forma, xistem em um país tão multicultural, diverso,
serem cobrados por isso, toda a ideia de uma extenso e desigual como o Brasil.
educação pautada no aprendizado de conteú-
dos cede espaço para um aprender no qual A juventude é uma categoria de difícil defini-
estudantes e professores dialogam, mas sem ção, pois os critérios que a constituem são
deixar de lado os conteúdos importantes a se- históricos e culturais, portanto, comporta uma
rem abordados durante a etapa de estudo. dimensão de diversidade, que atualmente se
3 Todo o aprofundamento do Projeto de Vida como componente curricular está disponível na Seção III, voltada para os Itine-
rários Formativos.
Convém, então, refletir se essa realidade – É nessa perspectiva que a escola precisa se
em que o mundo virtual se impõe como algo ajustar diante de um sujeito “antenado” e que
inerente às relações humanas – proporciona tem facilidades em transitar entre os “dois mun-
profundidade ao conhecimento empírico da dos”: virtual e real. Os conhecimentos precisam
juventude, em que parte tem acesso fácil a ser direcionados para beneficiar sua aplicação
celulares, computadores, internet, informa- nos vários ambientes da sociedade. Este ainda
ção, redes sociais, o que os tornam alvos fá- é um percurso tortuoso para os educadores,
ceis das mídias que os influencia ao consumo que precisam orientar os estudantes de forma
desenfreado ou a frustação pela incapacidade adequada, levando em consideração suas de-
do consumo. O marketing impõe para a socie- mandas e necessidades. Contudo, a escola pre-
dade padrões de comportamento, de beleza e cisa considerar a diversidade de sujeitos, pois,
de consumo (material ou imaterial), simulando no âmbito da escola pública, parte significativa
necessidades e constrangendo, sobretudo, os dos jovens ainda não está incluída no mundo
jovens, sujeitos mais expostos ao fetichismo digital, e para estes requer a sua inserção.
da mercadoria, a seguir determinadas ten-
dências, muitas vezes alheios ao que lhes é Compreende-se também a obrigação da famí-
essencial ou necessário. Um mundo caracteri- lia dentro do processo, mas, entende-se a in-
zado pela liquidez e volatilidade das relações, segurança e o desconhecimento desta diante
o que Bauman (2001) define como moderni- de avanços que não conseguem acompanhar,
dade líquida. pois como define Karnal (2019), a certeza que
nos dão num dia no outro já não vale mais, en-
Segundo Novaes (2009), é a presente geração tão tudo é muito efêmero, e isso é percebido
que experimenta mais intensamente as novas pela angústia do sujeito ressoando por todos
maneiras de estar no mundo, vivenciando as os espaços da sociedade e não apenas no am-
novas conexões entre tempo e espaço e a biente da escola.
disseminação das novas tecnologias de infor-
mação e comunicação. Nesse contexto, é pre- Nem o jovem consegue enxergar e definir com
ciso compreender a importância de a escola clareza qual é o seu papel dentro do contex-
acompanhar e se adequar a essas mudanças, to social em que está inserido, uma vez que
de modo que não se distancie dos anseios da sua situação fica confusa dentro do núcleo fa-
juventude. Do contrário, ela não será capaz de miliar. E é dentro da dualidade entre a crian-
fazer emergir todo o potencial do jovem e seu ça e o adulto que o sujeito precisa lidar com
papel ficará profundamente comprometido. a fragmentação dos saberes impostos pela
4 Para além dessa especificidade de público referenciado pela ONU nesse contexto, enxergamos que a promoção de oportuni-
dades deve abarcar todos os sujeitos do Ensino Médio.
5 Mesmo Costa (2001) tratando da temática com foco em adolescentes, entendemos que é perfeitamente possível adaptar a
definição a todos os públicos do Ensino Médio.
O cidadão do século XXI necessita se inserir O ensino com prática de pesquisa desenvolve
de maneira adequada num mundo social e tec- capacidades de construção do conhecimento e
nológico cada vez mais complexo, para apren- postura autônoma do estudante, pois o ensino
der a pensar e refletir sobre tudo o que chega deve desenvolver aprendizagens que possibi-
até ele através das novas tecnologias de infor- litem o “desenvolvimento da autonomia inte-
mação e comunicação, saber pesquisar e sele- lectual, da consciência crítica” (DEMO, 2006,
cionar as informações para, a partir delas e da p. 86), para que os estudantes possam intervir
própria experiência, construir o conhecimento. criticamente em suas realidades. Assim, cabe
De acordo com Demo (2006, p. 7), “a aula que à escola adotar práticas pedagógicas adequa-
apenas repassa conhecimento, ou a escola das à realidade do mundo tecnológico e digi-
que somente se define como socializadora de tal, visando ofertar uma educação que ofereça
conhecimento, não sai do ponto de partida, e, espaço e condições para a (re)construção e
na prática, atrapalha o aluno, porque o deixa apropriação significativa de conhecimentos,
como objeto de ensino e instrução”. habilidades, valores e princípios éticos, para
que os educandos se tornem sujeitos ativos,
Nesse contexto em que a tecnologia democra- protagonistas do seu processo de aprendiza-
tizou as informações, o professor deixou de ser gem (PENIN, 2001).
o detentor do conhecimento e passou a ter um
papel de mediador, que deve guiar e orientar a
filtragem de informações necessárias a cons- 3.2.5 Sustentabilidade Socioambiental
trução de conhecimentos essenciais. Cabe,
assim, ao professor mediador direcionar os A Sustentabilidade, segundo Gadotti (2008,
estudantes às fontes confiáveis, ao processo p. 202), “É o sonho de bem viver. Sustenta-
de pesquisa científica com foco na construção bilidade é equilíbrio dinâmico com o outro e
De acordo com as orientações nacionais para A ideia de se aplicar o questionário com o públi-
a (re)construção dos currículos, uma das pre- co das escolas selecionadas tinha por finalida-
missas para êxito no processo seria a obtenção de observar se havia coerência das respostas
de um diagnóstico da Rede, que permitisse a dadas por estudantes e professores com o
construção de uma proposta coerente com a desenho da arquitetura curricular que a equipe
perspectiva das escolas, considerando todas estava propondo para o currículo. Para grata
as potencialidades e os contextos diversos e surpresa, as respostas elencadas estavam em
adversos. Além da obtenção de dados con- perfeita sintonia com o tom da escrita e o que
cretos, a equipe responsável pela (re)elabora- já se havia desenhado inicialmente e isso pro-
ção do currículo deveria conhecer o nível de porcionou uma certa segurança na escrita.
Quanto ao perfil dos respondentes, os profes- De acordo com as respostas, foi possível per-
sores têm idade entre 27 e 40 anos; residentes, ceber que alunos e professores demonstraram
em sua maioria, no mesmo município onde tra- conhecimento quanto ao processo de flexibili-
balham (91,1%); mais da metade possui curso zação curricular, possível a partir dos itinerários
superior com especialização (64,1%); a maior formativos e isso deu um suporte à equipe de
quantidade de respostas foi de professores redatores para a escrita das trilhas de aprendi-
de Língua Portuguesa (17%). Não foi possível zagem e a proposta de eletivas. Vale ressaltar
identificar o gênero dos professores porque o que o questionário foi aplicado com estudantes
questionário não contemplava essa opção. do Ensino Médio – um público que demonstra
um pouco mais de maturidade em relação às
Já os estudantes, 73,1% moram e estudam na
questões relacionadas à Educação Básica.
zona urbana e 92,1% declararam estudar no
mesmo município onde residem; 38,9% estão
Foram apresentadas seis mudanças previstas
cursando a 1a série; 30,9% na 2a e 30,1% na
para o Ensino Médio, dentre as quais destaca-
3a. Em sua maioria, estudam na modalidade
mos: possibilidade de escolha dos estudantes;
regular de ensino. Tal qual o questionário dos
adequação da carga horária; formação profissio-
professores, não se obteve informação acerca
nal no ensino regular; existência de uma Base
do gênero; também não foi possível identificar
comum. Destas, a que mais foi marcada como
a idade dos estudantes.
conhecida pelos professores foi a possibilidade
Para a realização dessa escuta, optou-se pelo de escolha (70,1%). A que foi apontada como
questionário desenvolvido pelo MEC (para as menos conhecida foi referente à carga horária
escolas que aderiram ao projeto de flexibiliza- (39,1% dos professores informaram não ter co-
ção curricular6 ), com alguns ajustes. Não se uti- nhecimento prévio sobre o tema).
lizou os dados obtidos no questionário aplicado
inicialmente com as escolas piloto, por conta da O mesmo questionamento foi apresentado aos
dificuldade de tabulação dos resultados. Assim, estudantes. Eles deviam marcar quais assun-
após adequação das questões ao que se pre- tos já eram de conhecimento deles e, tal qual
tendia obter como resposta, enviou-se o ques- os professores, a possibilidade de fazer esco-
tionário, por meio da plataforma google forms, o lhas foi a que mais obteve resposta (47,1%).
que facilitou em demasia o retorno pretendido. Outro ponto comum foi ao demonstrarem não
compreender a proposta de adequação de car-
De posse dos dados obtidos, foi feita a sistema- ga horária (apenas 16,9% demonstraram ter
tização das respostas e estas foram apresen- conhecimento).
6 O questionário foi aplicado nas escolas que aderiram ao Programa de Apoio Novo Ensino Médio, juntos aos alunos, com vistas
a atender as diretrizes do MEC de que trata o Documento Orientador do referido programa.
7 À espoca do seminário, toda a parte conceitual do DCR já estava pronta, bem como o definição da arquitetura curricular. A
equipe estava se debruçando sobre a Formação Geral Básica, com a intenção de concluir até o final do referido ano.
ÁREA PERCENTUAL
No entanto, a inferência citada no parágrafo muitos ajustes precisam ser feitos para a im-
anterior é refutada ao se observar o seguinte plantação do currículo.
ponto: indagados sobre se gostariam de fazer
algum tipo de Formação Técnica e Profissional Importante ressaltar que os resultados obtidos
(cursos Técnicos e habilitações profissionais) nas escutas estão conectados com o que a
durante o Ensino Médio, 78,9% responderam equipe de redatores havia pensado como su-
sim. gestão para a organização curricular, embora
o levantamento dos dados tenha ocorrido em
Com base nessas respostas, entende-se que etapa posterior ao desenho inicial da proposta.
os estudantes esperam, de fato, novidades Destaca-se, no entanto, que uma questão não
para o Ensino Médio, mas com uma dinâmi- foi contemplada nessa escuta: a diversidade
ca que os permitam construir seus projetos de de contextos coexistentes (Educação de Jo-
forma a atender às expectativas em relação a vens e Adultos, Educação Indígena, Educação
estudos e trabalho, mas sem perder de vista Quilombola, Educação do Campo, Educação
seus sonhos. Por isso, ao se construir propos- Especial etc.), por entendimento de que o cur-
tas de itinerários, a equipe levou em conside- rículo é geral para todas as modalidades, dife-
ração todas as necessidades que precisavam renciando pela forma de oferta e metodologias
ser consideradas, embora haja ciência de que utilizadas.
SÉRIE ANUAL
COMPOSIÇÃO
1a SÉRIE 2a SÉRIE 3a SÉRIE
Projeto de vida 80 h 40 h 40 h
É válido salientar que o modelo aqui sugerido nerários formativos. Há uma parte comum a
considera componentes eletivos na primeira todos os estudantes, que são as 1.800 horas
série, com o propósito de ajudar os estudan- da FGB, assim distribuídas entre as áreas do
tes a fazerem suas escolhas, de acordo com conhecimento:
o que definirem no projeto de vida. Assim, na
1a série, o Projeto de Vida e os Componentes I – Linguagens e suas tecnologias;
Eletivos têm caráter de orientar os estudantes,
ao tempo em que aprendem numa dinâmica II – Matemática e suas tecnologias;
de autoconhecimento para, então, desenvol-
verem assertividade nas escolhas para suas III – Ciências da Natureza e suas tecnologias;
vidas, dentro e fora da escola. Esses compo-
nentes também se aplicam nas duas séries IV – Ciências Humanas e sociais aplicadas.
seguintes (2a e 3a ), mas a partir da 2a série,
os Componentes Eletivos terão intencionalida- Ressalta-se que a equipe ProBNCC teve o cui-
de pedagógica, mais voltados para o aprofun- dado em distribuir a carga horária das áreas
damento e ampliação das competências das do conhecimento por todos os componentes
áreas do conhecimento da Formação Geral curriculares em cada série, com o intuito de
Básica – FGB e/ou Formação para o mundo do facilitar o trabalho da gestão escolar. Quanto
Trabalho, vinculadas ou não ao Itinerário For- a esse ponto, é preciso compreender que a
mativo, conforme seja o formato de oferta em Lei no 13.415/2017, regulamentada pela Reso-
Orientadas (obrigatórias) ou Optativas. lução No 3/2018-DCNEM, e com observância
à Resolução no 124/2020-CEE-PI, que estabe-
Importante destacar que o caráter de flexibi- lecem a oferta de algumas disciplinas como
lidade do currículo está contemplado nos iti- componentes curriculares e, outras, como es-
Componente 1a 2a 3a
Língua Inglesa 40 40
Língua Espanhola 40
Arte 40
Ed Física 40 40
Matemática 120 80 80
Química 80 40 40
Física 80 40 40
Biologia 80 40 40
História 80 40 40
Geografia 80 40 40
Filosofia 40 40
Sociologia 40 40
Componente 1a 2a 3a Total
Língua Portuguesa 3 3 2 8
Língua Inglesa 1 1 0 2
Língua Espanhola 0 1 0 1
Arte 0 0 1 1
Ed Física 1 1 0 2
Matemática 3 2 2 7
Química 2 1 1 4
Física 2 1 1 4
Biologia 2 1 1 4
História 2 1 1 4
Geografia 2 1 1 4
Filosofia 1 1 0 2
Sociologia 1 1 0 2
Total 20 15 10
Ressalta-se que a Rede optou por reorganizar No que se refere a um modelo de eletivida-
o currículo em uma estrutura que contemple de, defende-se que seja adotado um modelo
ao máximo as áreas do conhecimento. Prova que considere as especificidades da Rede e,
disso, é o cumprimento à Lei Estadual No 5.253 por essa razão, seja flexível. Entretanto, inicial-
de 15 de julho de 2002, que orienta o ensino mente, a Rede oferecerá um cardápio para que
de Sociologia e Filosofia nas três séries do En- as escolas façam suas escolhas e adotem um
sino Médio, como estudos e práticas. Em vista modelo que melhor se ajuste a sua estrutura
desse cumprimento, a SEDUC entende que os (física, logística, organizacional e operacional).
estudos e práticas de Sociologia e de Filosofia
devem perpassar todo o currículo e, por isso, A parte de Itinerários Formativos do documen-
eles estão contemplados, quer em forma de to curricular atende ao que preconiza a Lei
componente curricular, quer como estudos e 13.415/2017 e contempla a seguinte distribui-
práticas, presentes nos itinerários formativos ção:
da área de Ciências Humanas e sociais aplica-
das, bem como nos itinerários integrados des- I – Linguagens e suas tecnologias;
sa área e das demais áreas de conhecimento
que integram com ela. Conforme detalhado na II – Matemática e suas tecnologias;
área de Ciências Humanas, em capítulo poste-
rior deste documento. III – Ciências da Natureza e suas tecnologias;
ABED, Anita Lilian Zuppo. O desenvolvimento das sujeito de aprendizagem: uma perspectiva
habilidades socioemocionais como caminho da aprendizagem situada na alfabetização de jo-
para a aprendizagem e o sucesso escolar de vens e adultos no Centro de Cultura e Desenvol-
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Por Formação Geral Básica (FGB), entende-se ponsáveis pela implementação deste currículo.
a parte do currículo que é comum a todos os
estudantes e atende ao que orienta a BNCC Destaca-se que a Resolução no 03/20181, em
(BRASIL, 2018). Neste sentido, contempla seu Art. 7o, ao propor que os currículos sejam
todas as áreas do conhecimento, e tem uma pensados de forma a articular “vivências e sa-
carga horária mais rígida (podendo ser, no má- beres dos estudantes e contribuindo para o de-
ximo, 1.800h para as três séries do Ensino Mé- senvolvimento de suas identidades e condições
dio), mas com a flexibilidade de cada Estado cognitivas e socioemocionais”, orienta que:
poder escolher a distribuição que melhor se
ajuste a seu contexto. § 1o Atendidos todos os direitos e objetivos de
aprendizagem instituídos na Base Nacional Co-
Conforme modelo apresentado em tópico an- mum Curricular (BNCC), as instituições e redes
terior, o Piauí optou por distribuir a carga ho- de ensino podem adotar formas de organização
rária da FGB de forma decrescente (800h / 1a e propostas de progressão que julgarem per-
série; 600h / 2a série e 400h / 3a série). Essa tinentes ao seu contexto, no exercício de sua
proposta se justifica pela possibilidade de autonomia, na construção de suas propostas
adaptação dos estudantes ao novo, de forma curriculares e de suas identidades.
gradual. Inicia-se com o tempo maior para a
parte comum, a fim de que o aprofundamen- Sob essa perspectiva, o currículo que ora apre-
to possa acontecer de forma mais intensa nas sentamos tem como foco o protagonismo es-
duas séries seguintes (vide proposta dos itine- tudantil, compreendendo que esta é a “espinha
rários formativos em capítulo posterior). dorsal” do Novo Ensino Médio2, pois ao se tor-
narem protagonistas, os estudantes se tornam
Dada a distribuição de carga horária por ano, é responsáveis por suas escolhas, e pela toma-
preciso considerar também a organização das da de decisões sobre sua vida, a partir de um
áreas do conhecimento de forma a proporcionar projeto de vida elaborado no início do ensino
a integração entre os componentes – razão pela médio. Com base nessa premissa, destacada
qual se optou por detalhar os componentes no em documento orientador para a implementa-
quadro de habilidades de cada área – a fim de ção do Novo ensino Médio3, é que as Redes
permitir que o espaço destinado a cada compo- e/ou os sistemas de ensino são orientados a
nente seja bem compreendido por todos os res- repensarem seus currículos de forma a garan-
Em conformidade com os fundamentos peda- A referida Lei, através de seus artigos que ver-
gógicos da BNCC, este DCR está estrutura- sam sobre a educação infantil, busca garantir
do de modo a explicitar as competências que uma educação capaz de satisfazer as necessi-
devem ser desenvolvidas ao longo de todo o dades básicas de aprendizagem da criança do
Ensino Médio, em cada área do conhecimento primeiro ciclo escolar, desempenhando papel
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação ZABALA, Antoni; ARNAU, Laia. Como aprender e
Nacional no 9394/96. Brasília, 1996. ensinar competências [recurso eletrônico]; tra-
dução: Carlos Henrique Lucas Lima. Porto Ale-
BRASIL. Ministério da Educação. Orientações gre: Penso, 2014. Disponível em: http://www.
Educacionais Complementares aos Parâme- creaes.org.br/img/III_FEAT/3_GT_ Aprendiza-
tros Curriculares Nacionais (PCN+). Ciências gem-ativa/Como-Aprender-e-Ensinar-Compe-
da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. tencias.pdf. Acesso em 10/05/2021.
Brasília: MEC, 2006.
Dentre as áreas do conhecimento, a área de […] o currículo deve contemplar tratamento me-
Linguagens e suas Tecnologias, composta todológico que evidencie a contextualização, a
pelos quatro componentes curriculares (Lín- diversificação e a transdisciplinaridade ou for-
gua Portuguesa; Língua Estrangeira – Inglês mas de interação e articulação entre diferentes
e Espanhol; Arte e Educação Física), trata os campos de saberes específicos, contemplando
conhecimentos relativos à atuação dos sujei- vivências práticas e vinculando a educação es-
tos em práticas de linguagem. Mais do que colar ao mundo do trabalho e à prática social
objetos de conhecimento, são meios que (BRASIL, 2018).
O desenvolvimento do ser humano está mar- Significa tomar parte do diálogo: fazer pergun-
cado historicamente pelo uso prático da lin- tas, dar respostas, dar atenção, responder, estar
guagem, constituída a partir das interações de acordo e assim por diante. Desse diálogo,
sociais. Sobre esse tema, Bakhtin (1997) advo- uma pessoa participa integralmente e no de-
ga que todos os domínios da atividade humana correr de toda sua vida: com seus olhos, lábios,
estão sempre relacionados com a utilização da mãos, alma, espírito, com seu corpo todo e com
linguagem. Essa prática se efetiva em forma todos os seus feitos. Ela investe seu ser inteiro
de “enunciados” que surgem a partir das di- no discurso e esse discurso penetra no tecido
versas formas de interações humanas. Este dialógico da vida humana, o simpósio universal.
processo torna possível que o homem se tor-
ne sujeito de sua própria história como um ser A propósito do tema, os Parâmetros Curricu-
histórico e social lares Nacionais (BRASIL, 1997, p. 126) de-
fendem a importância e o valor dos usos da
Neste contexto, pode-se inferir que a lingua- linguagem como determinados historicamen-
gem ultrapassa a dimensão meramente co- te segundo as demandas de cada momento
municativa no sentido de que os sujeitos se como está descrito: “A organização do espaço
constituem por meio das interações sociais social, as ações dos agentes coletivos, nor-
mediadas por ela. Bakhtin (1997) ressalta mas, os costumes, rituais e comportamentos
ainda que não falamos no vazio, os nossos institucionais influem e são influenciados na e
enunciados (expressos de forma oral, escrita, pela linguagem, que se mostra produto e pro-
através de gestos, manifestações artísticas) dutora da cultura e da comunicação”.
terão sempre um conteúdo temático, uma
organização composicional e estilos próprios, Portanto, incorporada em uma sociedade
que estarão ligados às condições de realização complexa, a escola precisa oferecer aos es-
e às finalidades específicas de cada esfera de tudantes condições de melhoria e ampliação
atividade. na capacidade discursiva do sujeito, para que
possam desempenhar as atribuições que lhe
O ensinar, o aprender e o empregar a lingua- são impostas na contemporaneidade visto que
gem, nessa perspectiva, passa necessariamen- as exigências dos níveis de leitura e de escri-
te pelos sujeitos, num processo intencional de ta são diferentes e muito superiores aos que
expressar suas experiências, necessidades, in- satisfaziam as demandas sociais em tempo
ferências, vontades, de forma nunca acabada, atrás. Isso porque, as linguagens nas diver-
sempre aberto, algo que está presente como sas formas de expressão são carregadas por
aquilo que está por ser alcançado. visões de mundo, que suscitam um conjunto
de significados e significações que vão além
Para Bakhtin (1997, p. 293), a vida humana é do seu aspecto formal. As diversas represen-
por sua própria natureza dialógica. Nesse sen- tações contribuem para a formação geral do
tido, destaca: aluno, oferecendo possibilidades de escolhas,
Esse componente deve possibilitar aos estu- O campo da vida pública permite refletir e
dantes (principalemente aos jovens) experiên- participar da vida pública, pautando-se pela éti-
cias significativas com práticas de linguagens ca. Por fim, no campo artístico, as práticas
em diferentes mídias, cabendo à escola ampliar linguísticas devem promover o reconhecimen-
situações de aprendizado. Na perspectiva de to e valorização de manifestações com base
adensamento de conhecimentos iniciados no em critérios estéticos e no exercício da sensi-
Ensino Fundamental, o jovem deve ser prepa- bilidade.
rado para desenvolver maior nível de teorização
e análise crítica. Por meio da argumentação, O referencial Curricular piauiense dialoga dire-
formulação e avaliação de propostas, o estu- tamente com a Base Nacional Comum Curricu-
Para além de continuar a promover o desenvol- Nesse contexto, a língua portuguesa ocupa pa-
vimento de habilidades relativas ao trato com pel central. Assim sendo, o ensino desta, na
No Ensino Médio, devem ser introduzidas para No entanto, o ponto fraco da normativa é que
fruição e conhecimento, ao lado da literatura o ensino da Arte deveria ser incorporado como
africana, afro-brasileira, indígena e da literatura uma “atividade educativa”, e não como disci-
contemporânea, obras da tradição literária bra- plina, era voltado para o mercado de trabalho
sileira, da literatura piauiense e de língua por- e para o desenvolvimento econômico. Entre-
tuguesa, de um modo mais sistematizado, em tanto, conforme ressalta Barbosa (2008, p.10),
que sejam aprofundadas as relações com os “O Ensino Médio público nem preparava para
períodos históricos, artísticos e culturais. Nes- o acesso à universidade, nem formava técni-
se sentido, a tradição literária tem importância cos assimiláveis pelo mercado”. Por questões
não só por sua condição de patrimônio, mas políticas e sociais da época, o ensino da Arte
também por possibilitar a apreensão do ima- correu sério risco de ser retirado da grade cur-
ginário e das formas de sensibilidade de uma ricular, o que fez com que vários educadores
O presente tópico aborda alguns aspectos ne- para que possam manifestar-se através de-
cessários à compreensão do significado de respostas inéditas, criativas, considerando as
competências e habilidades, no contexto da linguagens artísticas, corporais, linguísticas e
área de Linguagem e suas Tecnologias, no in- digitais; e que se traduzem em compromisso
tuito de auxiliar o profissional de educação no de atuação com as novas realidades.
trabalho com os estudantes.
As habilidades expressam as aprendizagens
As dez competências gerais sumarizam os direi- essenciais que devem ser asseguradas aos
tos de aprendizagem e desenvolvimento dos es- alunos nos diferentes contextos escolares e
tudantes, sendo fundamental que todas sejam devem estar correlacionadas ao escopo de
manifestadas até o final da etapa do Ensino Mé- aprendizagem esperados pela competência
dio. No que tange às competências especificas específica. O Objeto do conhecimento diz
da área de Linguagem e do Componente Cur- respeito à seleção de conteúdos que o pro-
ricular (Língua Portuguesa) é fundamental que fessor pode lançar mão para desenvolver tais
sejam potencializadas de modo articulado com habilidades com os estudantes. Objetivos da
as competências gerais, que significa na prática, aprendizagem seria o desdobramento dessas
envolver as quatro dimensões da educação do habilidades pelo professor com a finalidade
século XXI: aprender a aprender, aprender a fa- de movimentar o estudante no sentido de de-
zer, aprender a ser e aprender a conviver. senvolver uma aprendizagem autônoma com a
mobilidade necessária para se relacionar com
As Competências Específicas da Área de Lin- os conteúdos, apropriar-se e utilizá-los quando
guagens guardam relação com conceitos dire- as diversas situações cotidianas demandarem.
tamente relacionados aos campos dos saberes
dos componentes curriculares, Língua Portu- O Documento Curricular de Referência (DCR)
guesa, Língua estrangeira, Arte e Educação do Estado do Piauí apresenta a área de Lingua-
Física. Nesse processo, serão mobilizados os gens composta por sete Competências Espe-
conhecimentos essenciais de cada componen- cíficas da Área que se encontram articuladas
te da área, imprescindíveis para a consolidação às dez Competências Gerais (conforme qua-
e ampliação das habilidades de uso e de refle- dro a seguir) às quais serão tratadas de forma
xão sobre as linguagens – artísticas, corporais transdisciplinar. No Ensino Médio, a área tem
e verbais (oral ou visual-motora, como Libras, a responsabilidade de propiciar oportunidades
e escrita) que se constituem como objeto de para a consolidação e ampliação das habilida-
estudos como prevê BNCC (2018). des de uso e de reflexão sobre as linguagens
– artísticas, corporais e verbais (oral ou visual-
Essas competências específicas da área em -motora, como Libras, e escrita) –, que são
articulação com os campos de atuação bus- objeto de seus diferentes componentes (Arte,
cam orientar as práticas de linguagem visan- Educação Física, Língua Inglesa e Língua Por-
do o desenvolvimento integral dos estudantes tuguesa (BNCC, p. 483).
6. Apreciar esteticamente as mais diversas Os tempos atuais nos exige um olhar aberto,
produções artísticas e culturais, considerando interdisciplinar e multidisciplinar para captar a
suas características locais, regionais e globais, realidade complexa, especialmente para vis-
e mobilizar seus conhecimentos sobre as lin- lumbrar em maior profundidade as novidades
guagens artísticas para dar significado e (re) e criações humanas que estão acontecendo ao
construir produções autorais individuais e co- nosso redor, por isso, foco da área de lingua-
letivas, de maneira crítica e criativa, com res- gens está além do domínio técnico dos códigos
peito à diversidade de saberes, identidades e específicos de cada linguagem, mas incide no
culturas.. uso deles, em diferentes situações da vida e
por diferentes interlocutores, pois é imprescin-
7. Mobilizar práticas de linguagem no universo dível reconhecer a linguagem como produto-
digital, considerando as dimensões técnicas, ra de sentidos. Em virtude disso, a linguagem
críticas, criativas, éticas e estéticas, para ex- deve propiciar o incremento na construção do
pandir as formas de produzir sentidos, de en- pensamento, na utilização e transmissão cons-
gajar se em práticas autorais e coletivas, e de ciente e crítica a das informações, mas além
aprender a aprender nos campos da ciência, disso, precisa ser vista como um fator de in-
cultura, trabalho, informação e vida pessoal e teração humana, no qual se ressignifica nas /
coletiva. pelas relações sociais que se estabelecem no
processo discursivo. Por meio dela, o sujeito
pratica ações que não conseguiria realizar, a
Progressão das Habilidades Gerais e não ser utilizando a linguagem como processo
Específicas de elaboração e reelaboração da realidade, em
função do contexto e dos lugares do discurso.
Na perspectiva de ensino que possibilite ao
estudante do ensino médio responder às de- Nessa lógica, é possível identificar e valorizar,
mandas da realidade atual, e ainda, conseguir de forma mais ampla e aprofundada, o patrimô-
organizar linhas de pensamento capazes de nio cultural de um povo, nas artes, nos esportes
subsidiar a construção de seu projeto de vida ou na combinação entre linguagens – verbais,
considerando suas relações consigo mesmo, gráficas, pictóricas e tecnológicas, e ainda, o
com os outros, faz-se necessário que a defi- significado do ensino é refletido na aprendiza-
nição dos objetos do conhecimento adquira o gem na medida em que possibilita ao estudan-
sentido de estratégia, “o caminho para”, que te torna-se proativo e assumir a construção da
estimule a sua contextualização e aplicação na autonomia ao longo da vida. Isso requer que o
vida real, para dar sentido ao que se aprende. estímulo ao desenvolvimento do pensamento,
137
138
(EMLP11) Fazer curadoria de infor- Língua Portuguesa ü
Utilizar estratégias de busca/pesquisa de textos con- • Contextos de produção, circulação e recepção de tex-
mação, tendo em vista diferentes fiáveis. tos. Curadoria. Procedimentos de estudo (grifar, ano-
propósitos e projetos discursivos. ü
Classificar informações. tar, resumir).
ü
Selecionar informações, tendo em vista objetivos de
busca e/ou de pesquisa previamente definidos.
(EMLP01) Relacionar o texto, tan- Língua Portuguesa ü
Analisar o contexto de produção de diferentes gêne- • Reconstrução das condições de produção,circulação
to na produção como na leitura/ ros em diferentes campos de atuação,na leitura,es- e recepção de textos.
escuta,com suas condições de crita,escuta,apreciação e produção de textos.
produção e contexto sócio-histó-
rico de circulação (leitor/audiência
139
140
(EM13LP07) Analisar, em textos Língua Portuguesa ü
Reconhecer que os efeitos de sentido são constituti- • Contexto de produção, circulação e recepção de tex-
de diferentes gêneros, marcas vos dos sentidos de um texto. tos.
que expressam a posição do • Modalização. Efeitos de sentido. Apreciação (avalia-
enunciador frente àquilo que é ção de aspectos éticos, estéticos e políticos em tex-
dito: uso de diferentes modalida- tos e produções artísticas e culturais etc.).
des (epistêmica, deôntica e apre- • Réplica (posicionamento responsável em relação a
ciativa) e de diferentes recursos temas, visões de mundo e ideologias veiculados por
gramaticais que operam como textos e atos de linguagem).
modalizadores (verbos modais,
Competência específica 2: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversida-
des e a pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando
o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.
143
(EM2LP37)Conhecer e analisar Língua Portuguesa ü
Analisar comparativamente diferentes projetos edito- • Contexto de produção, circulação e recepção de tex-
144
diferentes projetos editorias – riais, observando a composição do jornal, as escolhas tos do campo jornalístico midiático.
institucionais, privados, públicos, e os tratamentos dados aos assuntos. • Projetos editoriais informativos.
financiados, independentes etc. ü
Analisar usos de recursos linguísticos e multissemió- • Recursos linguísticos e multissemióticos e efeitos de
–, de forma a ampliar o repertório ticos e seus efeitos na construção de sentidos. sentido.
de escolhas possíveis de fontes ü
Discutir pluralidade de imprensa à luz de valores de- • Relação entre textos e discursos do campo jornalís-
de informação e opinião, reconhe- mocráticos. tico-midiático.
cendo o papel da mídia plural para • Curadoria.
a consolidação da democracia. • Apreciação (avaliação de aspectos éticos, estéticos e
políticos em textos e produções artísticas e culturais
etc.).
• Réplica (posicionamento responsável em relação a
145
146
Competências específicas 3: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pes-
soal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a consciência socioambiental
e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.
Competências Gerais: 03.Repertório cultural02. Pensamento científico, crítico e criativo06. Trabalho e projeto de vida10. Responsabilidade e cidadania.
150
expressão de valores e identidades, em uma perspectiva democrática e de respeito à diversidade.
156
no da pós verdade – discutindo diático. foco nos novos gêneros em circulação, mídias e prá-
as condições e os mecanismos ü
Analisar fenômenos do jornalismo contemporâneos, ticas da cultura digital.
de disseminação de fake news e como a produção de fake news e a pós-verdade. • Curadoria de informações.
também exemplos, causas e con- ü
Utilizar procedimentos de checagem da informação. • Condições e mecanismos de disseminação de fake
sequências desse fenômeno e da ü
Produzir posicionamentos críticos e éticos diante de news.
prevalência de crenças e opiniões conteúdos do jornalismo contemporâneo, com gêne- • Apreciação e réplica, com uso de gêneros como co-
sobre fatos, de forma a adotar ros como comentários e carta de leitor mentários e carta de leitor
atitude crítica em relação ao fenô-
meno e desenvolver uma postura
flexível que permita rever crenças
Competências Gerais: 01. Conhecimento.02. Pensamento científico, crítico e criativo. 10. Responsabilidade e cidadania.
157
em questão e suas regularidades,
158
à variedade linguística apropria-
da a esse contexto e ao uso do
conhecimento dos aspectos no-
tacionais (ortografia padrão, pon-
tuação adequada, mecanismos
de concordância nominal e verbal,
regência verbal etc.), sempre que
o contexto oexigir.
(EM1LP16) Produzir e analisar Língua Portuguesa ü
Discutir temas controversos de interesse da turma e/ • Planejamento e produção de textos orais e multisse-
textos orais, considerando sua ou de relevância social. mióticos.
159
160
ü
Produzir argumentos sustentáveis na defesa do pon- • Réplica (posicionamento responsável em relação a
to de vista em relação a temas,visões de mundo e temas, visões de mundo e ideologias veiculados por
ideologias veiculados por textos e atos de linguagem. textos e atos de linguagem.
• Planejamento, produção e edição de textos orais, es-
critos e multissemióticos.
161
162
(EMLP31) Compreender criti- Língua Portuguesa ü
Analisar condições de produção, circulação e recep- • Contexto de produção, circulação e recepção de tex-
camente textos de divulgação ção de textos de gêneros da divulgação científica. tos da divulgação científica.
científica orais, escritos e multis- ü
Fazer curadoria de informação. • Regularidades dos gêneros da divulgação científica.
semióticos de diferentes áreas ü
Usar procedimentos de apoio à compreensão, inves- • Organização tópico– discursiva.
do conhecimento, identificando tigação e pesquisa. • Curadoria.
sua organização tópica e a hierar- ü
Produzir textos, observando as regularidades dos gê-
quização das informações, iden- neros de divulgação científica.
tificando e descartando fontes ü
Fazer curadoria de textos de divulgação científica,
não confiáveis e problematizando comparando fontes.
enfoques tendenciosos ou super-
163
(EM13LP17)Elaborar roteiros para Língua Portuguesa ü
Definir contexto de produção, circulação e recepção • Definir contexto de produção, circulação e recepção
164
a produção de vídeos variados de roteiro. de roteiro.
(vlogs, videoclipe, videominuto, ü
Produzir roteiros, conforme contexto de produção e • Regularidades do gênero roteiro. Produção de rotei-
documentário etc.), apresenta- gênero definidos. Exercitar a autoria coletiva de rotei- ros para diferentes gêneros, práticas e campos de
ções teatrais, narrativas multi- ros, com abertura para o diálogo e participação cola- atuação.
mídia e transmídia, podcasts, borativa.
playlists comentadas etc., para
ampliar as possibilidades de pro-
dução de sentidos e engajar-se
em práticas autorais e coletivas.
(EM13LP19) Apresentar-se por Língua Portuguesa ü
Analisar o contexto de produção, circulação e recep- • Consideração do contexto de produção, circulação e
165
(EM13LP47) Participar de eventos Língua Portuguesa ü
Mapear eventos e práticas do campo artístico literá- • Mapeamento de práticas do campo artístico literário,
166
(saraus, competições orais, au- rio, considerando contextos locais e digitais. considerando contextos locais e digitais.
dições, mostras, festivais, feiras
culturais e literárias, rodas e clu-
bes de leitura, cooperativas cultu-
rais, jograis, repentes, slams etc.),
inclusive para socializar obras da
própria autoria (poemas,contos
e suas variedades, roteiros e mi-
crorroteiros, videominutos, play-
lists comentadas de música etc.)
e/ou interpretar obras de outros,
167
te a preconceitos linguísticos.
168
(EMLP16) Produzir e analisar tex- Língua Portuguesa ü
Considerar contextos de produção,circulação e re- • Reconstrução e consideração do contexto de produ-
tos orais, considerando sua ade- cepção de textos orais ou multissemióticos. ção, circulação e recepção de textos.
quação aos contextos de produ- ü
Produzir textos orais ou multissemióticos. • Planejamento e produção de textos orais e multisse-
ção, à forma composicional e ao ü
Usar recursos linguísticos, paralinguísticos e cinéti- mióticos.
estilo do gênero em questão, à cos em discursos orais e/ou multissemióticos com • Usos expressivos de recursos linguísticos, paralin-
clareza, à progressão temática e efeitos de sentido. guísticos e cinéticos.
à variedade linguística emprega- • Usos de variedades linguísticas.
da, como também aos elementos
Competências Gerais: 03. Repertório Cultural. 08. Autoconhecimento e autocuidado. 09. Empatia e Cooperação.
169
(EM13LP47) Participar de eventos Língua Portuguesa ü
Mapear eventos e práticas do campo artístico literá- • Mapeamento de práticas do campo artístico literário,
170
(saraus, competições orais, au- rio, considerando contextos locais e digitais. considerando contextos locais e digitais.
dições, mostras, festivais, feiras ü
Relacionar eventos e práticas do campo artístico-lite- • Apreciação e réplica.
culturais e literárias, rodas e clu- rário a gostos e interesses. • Processos de produção de textos linguísticos e mul-
bes de leitura, cooperativas cultu- ü
Analisar modos de participar de práticas do campo ar- tissemióticos em gêneros do campo artístico-literá-
rais, jograis, repentes, slams etc.), tístico-literário, gêneros e linguagens que mobilizem. rio.
inclusive para socializar obras da ü
Analisar procedimentos poéticos, recursos linguísti- • Literatura piauiense: Reconstrução da textualidade e
própria autoria (poemas, contos e cos e multissemióticos e seus efeitos de sentido. compreensão dos efeitos de sentido provocados por
suas variedades, roteiros e micror- ü
Produzir performances com textos linguísticos e mul- recursos literários.
roteiros, vídeominutos,playlists tissemióticos para participar de eventos e práticas do
comentadas de música etc.) e/ campo artístico-literário.
Competências Gerais: 04. Comunicação. 05. Cultura digital. 06. Trabalho e projeto de vida.
171
gem, em diferentes campos de atuação.
172
(EMLP17) Elaborar roteiros para Língua Portuguesa ü
Definir contexto de produção, circulação e recepção • Contexto de produção, circulação e recepção de tex-
a produção de vídeos variados de roteiro. tos e atos de linguagem, em gêneros que pressu-
(vlog, videoclipe, videominuto, do- ü
Produzir roteiros, conforme contexto de produção e põem etapa de roteirização.
cumentário etc.), apresentações gênero definidos. • Regularidades do gênero roteiro.
teatrais, narrativas multimídia e ü
Exercitar a autoria coletiva de roteiros, com abertura • Produção de roteiros para diferentes gêneros, práti-
transmídia, podcasts, playlists para o diálogo e participação colaborativa. cas e campos de atuação.
comentadas etc., para ampliar
as possibilidades de produção de
sentidos e engajar-se em práticas
173
práticas.
174
(ELGG703) Utilizar diferentes lin- Educação Física ü
Exercitar a autoria colaborativa, com abertura para a • Atividade Física Multimídia – aplicativo e estilo de
guagens, mídias e ferramentas di- negociação, planejamento e execução de propostas vida ativo.
gitais em processos de produção autorais coletivas, em práticas das diferentes lingua- • Aplicativo de edição.
coletiva, colaborativa e projetos gens (linguística, corporal e artística).
autorais em ambientes digitais. ü Explicar o desenvolvimento de aplicativos móveis
voltados para saúde, sua importância, considerando
que os conteúdos sejam analisados e validados por
Competências Gerais: 01 Conhecimento. 02. Pensamento científico, crítico e criativo.03. Repertório cultural.04. Comunicação.05. Cultura digital.
175
(EMLP24) Analisar formas não Língua Portuguesa ü
Analisar práticas de linguagens próprias para partici- •
Reconstrução das condições de produção, circulação
176
institucionalizadas de participação pação social, observando seu uso em diferentes con- e recepção de textos e atos de linguagem, em práti-
social, sobretudo as vinculadas a textos. cas de participação social.
manifestações artísticas, produ- ü
Discutir temas de interesse social, especialmente • Apreciação (avaliação de aspectos éticos, estéticos e
ções culturais, intervenções urba- das juventudes. políticos em textos e produções artísticas e culturais
nas e formas de expressão típica etc.).
das culturas juvenis que preten- •
Réplica (posicionamento responsável em relação a
dam expor uma problemática ou temas, visões de mundo e ideologias veiculados por
promover uma reflexão/ação, po- textos e atos de linguagem.
sicionando-se em relação a essas
produções e manifestações.
(EM1LP31) Compreender criti- Língua Portuguesa ü
Analisar condições de produção, circulação e recep- •
Contexto de produção, circulação e recepção de tex-
177
os efeitos de sentido provocados
pelas escolhas feitas em termos
178
de elementos e recursos linguís-
tico-discursivos,imagéticos, sono-
ros, gestuais e espaciais, entre ou-
tros (campo jornalístico midiático).
Competências Gerais: 01. Conhecimento.02. Pensamento científico, crítico e criativo.08. Autoconhecimento e autocuidado.09. Empatia e cooperação.
179
bossa, jazz, tango, forró, entre outros.
(EM1LP01) Relacionar o texto, Língua Portuguesa ü
Analisar o contexto de produção de diferentes gê- •
Práticas de oralidade: escuta atenta, turno e tempo de
180
tanto na produção como na leitu- neros em diferentes campos de atuação,na leitura, fala.
ra/escuta, com suas condições de escrita, escuta, apreciação e produção de textos. •
Tomada de nota.
produção e seu contexto sócio– LínguasEstrangeiras •
Apreciação (avaliação de aspectos éticos, estéticos e
histórico de circulação (leitor/au- políticos em textos e produções artísticas e culturais
diência previstos, objetivos, pon- etc.).
tos de vista e perspectivas, papel •
Réplica (posicionamento responsável em relação a te-
social do autor, época, gênero do mas, visões de mundo e ideologias veiculados por tex-
discurso etc.), de forma a ampliar tos e atos de linguagem).
as possibilidades de construção •
Planejamento, produção e edição de textos orais, escri-
de sentidos e de análise crítica e tos e multissemióticos.
181
182
(EMLGG304) Formular propostas, Arte ü
Defender as práticas artísticas como um conhe- •
Consciência ambiental em espaços públicos e privados.
intervir e tomar decisões que le- cimento que constitui um acervo cultural o qual •
Arte ecológica.
vem em conta o bem comum e os toda comunidade em geral possam ter acesso, •
Projetos e propostas de intervenção nas diversas mani-
Direitos Humanos, a consciência como um direito, colaborando para uma boa saúde festações artísticas de forma consciente.
socioambiental e o consumo res- mental, facilitando os processos de socialização, •
História da arte como celeiro de ideias de intervenção.
ponsável em âmbito local, regio- comunicação, expressão e construção do conheci-
nal e global. mento para uma consciência socioambiental e de
consumo responsável em âmbito local, regional e
global.
(EM13LP33) Selecionar, elaborar Língua Portuguesa ü
Selecionar instrumentos de coleta de dados e in- • Instrumentos de coleta de dados.
183
recepção de textos.
184
Competências específicas 4: Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, cultural, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reco-
nhecendo suas variedades e vivenciando-as como formas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer
natureza.
Competências Gerais: 03. Repertório cultural. 08. Autoconhecimento e autocuidado. 09. Empatia e cooperação.
185
186
Competências específicas 6: Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais, considerando suas características locais, regionais e globais, e mo-
bilizar seus conhecimentos sobre as linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas, exercendo protagonismo de maneira
crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.
Competências Gerais: 02. Pensamento científico, crítico e criativo.03. Repertório cultural.05. Cultura digital.
187
(EM13LP47) Participar de eventos Língua Portuguesa ü
Mapear eventos e práticas do campo artístico li- • Mapeamento de práticas do campo artístico literário,
188
(saraus, competições orais, au- terário, considerando contextos locais e digitais. considerando contextos locais e digitais.
dições, mostras, festivais, feiras ü
Relacionar eventos e práticas do campo artístico-li- •
Mapeamento de práticas do campo artístico literário,
culturais e literárias, rodas e clu- terário a gostos e interesses. considerando contextos locais e digitais.
bes de leitura, cooperativas cultu- ü
Analisar modos de participar de práticas do campo • Processos de produção de textos linguísticos e mul-
rais, jograis, repentes, slams etc.), artístico-literário, gêneros e linguagens que mobi- tissemióticos em gêneros do campo artístico-literário.
inclusive para socializar obras da lizem.
própria autoria (poemas, contos e ü
Analisar procedimentos poéticos, recursos linguís-
suas variedades, roteiros e micror- ticos e multissemióticos e seus efeitos de sentido.
roteiros, videominutos, playlists ü
Produzir performances com textos linguísticos e
comentadas de música etc.) e/ou multissemióticos para participar de eventos e prá-
Competências Gerais: 04. Comunicação.05. Cultura Digital. 06. Trabalho e projeto de vida.
189
(EM13LP44) Analisar formas con- Língua Portuguesa ü
Analisar o contexto de produção, circulação e re- •
Contexto de produção, circulação e recepção de tex-
190
temporâneas de publicidade em cepção de textos publicitários. tos publicitários.
contexto digital (advergame, anún- ü
Analisar textos e discursos da publicidade. •
Contexto de produção, circulação e recepção de tex-
cios em vídeos, social advertising, ü
Relacionar textos e discursos da publicidade. tos publicitários.
unboxing, narrativa mercadológica, •
Apreciação (avaliação de aspectos éticos, estéticos e
entre outras), e peças de campa- políticos em textos e produções artísticas e culturais
nhas publicitárias e políticas (carta- etc.).
zes, folhetos, anúncios, propagan-
das em diferentes mídias, spots,
jingles etc.), identificando valores
e representações de situações,
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação GIROUX, Henry. O pós – modernismo e o discurso
Nacional No 9.394/96. Brasília, 1996. da crítica educacional. In:
______. Ministério da Educação. Base Nacional Co- SILVA, T. T.(Org.). Teoria crítica e tempos pós-
mum Curricular – BNCC. 3a versão. Brasília, DF, -modernos. Porto Alegre: Artes Médicas,
2017. 1993. cap. 2.
Nos últimos anos do século XIX a educação pas- professor durante a aula, conduz claramente a
sou por grandes transformações. Estas trans- não percepção do que os silêncios na sala de
formações se deram por grandes movimentos, aula indicam, a ausência do diálogo no contex-
como por exemplo, a Escola Nova e a Escola to escolar, e isso é um dos motivos do fracas-
Ativa, que vieram dar às instituições de ensino so do ensino de Matemática.
um viés transformador, mudando o seu modo
de ser através de métodos ativos, onde integrar Segundo Baraldi, “para os alunos, a Matemá-
o aluno ao ato de “fazer” se torna elemento es- tica consiste num manipular de fórmulas que,
sencial no processo de ensino e aprendizagem. após certo treino, torna-se fácil em situações
Muito antes disso, na Antiguidade, as pessoas próprias da Matemática”. (Baraldi, 1999, p.88).
se reuniam em várias situações para conversar, No entanto, a Matemática não é um cardápio
discutir, trocar ideias, e sem perceberem, umas de fórmulas em que se tenha que decorá– las
ensinavam aquilo que sabiam às outras, de for- para resolver um problema, mas, sobretudo,
ma prática, experimental e investigativa. uma forma de pensar e enxergar o mundo que
nos auxilia no dia a dia.
E embora tais métodos e movimentos tenham
surgido para traçar um novo painel ao ensino Educar em Matemática requer objetivos estabe-
propedêutico, o que se vê na maioria das es- lecidos em função de objetos do conhecimento,
colas é o distanciamento cada vez maior entre planejamento para a ação educativa e ferramen-
o que se deve ensinar e o que se deve apren- tas para potencializar o ensino e, não menos
der tornando a educação escolar enfadonha e importante, a avaliação daquilo que foi realiza-
desgastada, segundo a visão dos estudantes. do. É preciso eliminar a concepção, dos que
pensam a sala de aula como lugar de encontro
A Matemática, uma das mais questionadas de alunos ignorantes, que tem ali um professor
pela metodologia pouco atrativa, vem sendo totalmente sábio repassando informações pura-
ensinada sem se relacionar com a realidade mente técnicos, sem vida própria e distante da
e expectativa dos alunos, não instigando ne- realidade. É notório que compreendamos a sala
nhuma curiosidade naquilo que o professor diz de aula, como um espaço de múltiplas intera-
estar ensinando, isto é, o ensino da disciplina ções de pessoas com conhecimentos de senso
afasta os estudantes, ao invés de instigar a pai- comum e que ali estão almejando a aquisição
xão pelos números. sistematizada de conhecimentos. Para Chamay
(2001, p. 36), “um dos objetivos essenciais do
Em suma, não estamos preparando nossos jo- ensino da Matemática é precisamente que, o
vens e adultos para a revolução digital, pois o que se ensine, esteja carregado de significado,
futuro será daqueles que saibam Matemática tenha sentido para o aluno”.
suficiente para se integrar nesse processo. In-
felizmente a manipulação de poder ou a abor- O sentido de um conhecimento matemático se
dagem didática, muitas vezes exercida pelo define não só pela coleção de situações em que
Sobre isso, Cortella (1998, p. 102) afirma que: Com a BNCC, a Matemática para o Ensino Mé-
dio é apresentada com foco na construção de
Quando um educador(a) nega (com ou sem in- uma visão integrada, aplicada à realidade, nos
tenção) aos alunos a compreensão das condi- diversos contextos, levando em consideração
ções culturais, históricas e sociais de produção as vivências cotidianas dos discentes, estes
do conhecimento, termina por reforçar a mitifi- que são inteiramente impactados pelas revolu-
cação e a sensação de perplexidade, impotência ções tecnológicas, pelo que exige o mercado
e incapacidade cognitiva. de trabalho, pelos projetos de vida dos povos,
entre outros. Assim, a área da Matemática e
O ensino proposto pela escola do século XXI suas Tecnologias no Ensino Médio tem a im-
desafia formar pessoas solidárias, criativas e portante responsabilidade de aproveitar os
autônomas, capazes de lidar em meio às incer- conhecimentos adquiridos pelos estudantes
tezas, buscando alcançar uma sociedade bem durante o Ensino Fundamental, possibilitando
mais justa, digna e solidária. O ensino de Ma- o avanço no letramento matemático aprendido
temática é bem maior do que apenas provocar nos anos anteriores de escolaridade.
o raciocínio lógico-dedutivo dos alunos, que
por muitas vezes parece ser o objetivo princi- Segundo a nova proposta, aprender Matemá-
pal em planejamentos de aulas, pois através tica deve consistir, essencialmente, em fazer
do conhecimento da história da Matemática é Matemática. E fazer Matemática na escola sig-
possível a compreensão do presente, o enten- nifica tratar com questões que exigem obser-
dimento do passado e a projeção de futuro. O vação, análise, estabelecimento de conexões,
Lúdico também é parte importante nesse pro- conjecturas, percepção e expressão de regula-
cesso, conectando o ensino com experiências ridades, busca de explicações, criação de so-
adequadas a cada faixa etária. Além disso, o luções, invenção de estratégias próprias que
uso de tecnologias se incorpora ao processo envolvam noções, conceitos e métodos mate-
cognitivo como parte indissociável e indispen- máticos e, por fim, a comunicação da produ-
sável para a formação na sociedade da Comu- ção realizada. Argumentação e prova são dois
nicação e da Tecnologia da atualidade. aspectos da comunicação em Matemática.
Enquanto isso, a melhoria da qualidade da edu- Conforme Pessoa e Silva (2019), o resultado
cação escolar no Brasil se firma, na atualidade, brasileiro nesta avaliação comparada, isto é,
como um dos grandes desafios a serem supe- promovida entre os países e convidados da
rados pelas gestões públicas e pesquisadores OCDE, indica que os estudantes brasileiros
da educação, dado a condição pouco satisfató- avaliados em 2012, cujo foco da avaliação era
ria da qualidade da aprendizagem apresentada Matemática, possuem baixos níveis de apren-
pela maioria dos estudantes ao final da Educa- dizado matemático, considerando que cerca
ção Básica, sejam estes, oriundos de escolas de 70% encontram-se nos níveis menores da
públicas ou privadas. escala, conforme a seguir:
Nível/Edição Abaixo de 1 1 2 3 4 5 6
No Ensino Médio a área de Matemática e suas 5. A construção do espaço amostral de even-
Tecnologias se propõe a consolidar, ampliar tos equiprováveis, utilizando a árvore de
e aprofundar as aprendizagens adquiridas ao possibilidades e oportunizar os estudantes
longo do Ensino Fundamental. E, para tanto, a interpretarem dados estatísticos divulga-
coloca-se como pressuposto a inter-relação dos pela mídia e, sobretudo, dar-lhes supor-
entre os conhecimentos já tanto explorados te para planejar e executar uma pesquisa
nos anos anteriores da escolarização dos estu- amostral…;
dantes, isso para possibilitar que eles tenham
chances de construir uma visão mais integrali- Diante do exposto, a BNCC faz referência ao
zada da Matemática e suas aplicações a fatos compromisso com o letramento matemático
da realidade. e, com isso, o Ensino Fundamental deve ser
responsável por esse letramento, definindo
Na nova proposta trazida pela BNCC para o competências e habilidades relacionadas a
Ensino Fundamental, as habilidades da área raciocinar, representar, comunicar e argumen-
de Matemática e suas Tecnologias foram or- tar matematicamente, de modo a favorecer o
ganizadas em grupos chamados de unidades estabelecimento de conjecturas, a formulação
temáticas ou de conhecimentos que são: Nú- e a resolução de problemas em uma varieda-
meros, Geometria, Grandezas e Medidas, Ál- de de contextos, utilizando conceitos, proce-
gebra e Probabilidade e Estatística. Para cada dimentos, fatos e ferramentas matemáticas
uma dessas unidades de conhecimentos os (BNCC – 2017).
estudantes são provocados a desenvolver:
Assim é muito importante refletir sobre o fato
1. Habilidades que farão referência ao pensa- de que essas competências não se desenvol-
mento numérico, expandindo a compreen- vem apenas com propostas de exercícios que
são dos diferentes campos e significados visem a aplicação de conceitos e procedimen-
das operações…; tos matemáticos, ou seja, apenas por trans-
posição analógica, onde o estudante busca na
2. Habilidades para interpretar e representar a memória uma outra atividade que se asseme-
localização e deslocamento de objetos em lha e desenvolve caminhos idênticos ao
um plano…;
da situação proposta, não garantindo que seja
3. Habilidades para construírem e ampliarem capaz de utilizar seus conhecimentos em ou-
a noção de medida, pelo estudo de diferen- tras situações diferentes ou mais complexas.
tes grandezas…; Aprender Matemática é estar engajado em um
processo de resolver situações-problema e,
4. O pensamento algébrico, tendo em vista as por isso, a sala de aula se torna o ambiente
demandas para identificar a relação de de- que simula o fazer Matemática e exige o pen-
pendência entre duas grandezas…; sar e o refletir constantes.
Em relação aos conteúdos tradicionalmente en- Reiteramos que este novo Currículo deve
sinados na área de Matemática para o Ensino estar especialmente atento à incorporação
Médio, observa-se que na BNCC alguns tópicos crítica dos inúmeros recursos tecnológicos
quais sejam, Matrizes e Números Complexos, disponíveis para a representação de dados e
Polinômios e Geometria Analítica foram supri- o tratamento das informações, na busca da
midos, tendo em vista não possuírem muita transformação de informação em conheci-
aplicabilidade no Ensino Médio, e que, podem, mento. Da mesma forma, com ele é possível
havendo necessidade, ser aprofundados no En- estabelecer articulações e conexões entre
sino Superior. Outro aspecto observado na pro- conceitos e procedimentos tanto internos à
posta desta área exata na BNCC é que há uma área como com outras áreas do conhecimen-
ênfase em temáticas relacionadas à probabili- to, colocando as situações reais como de-
dade, estatística e matemática financeira, além sencadeadoras de investigações por parte de
da inclusão de noções da matemática compu- alunos e professores.
tacional com a introdução de conceitos para a
construção de algoritmos. Nesse âmbito, a Matemática, em parceria com
a língua materna, se constitui um recurso im-
Sendo assim, a aproximação entre os conteúdos prescindível para uma expressão rica, uma
escolares e o universo da cultura, a valorização compreensão abrangente, uma argumentação
das contextualizações e a busca permanente correta, um enfrentamento assertivo de situa-
de uma instrumentação crítica para o mundo ções-problema, uma contextualização significa-
do trabalho não constituem exatamente uma tiva dos temas estudados. Quando os contextos
novidade entre nós. Tais princípios servem, na- são deixados de lado, os conteúdos estudados
turalmente, de ponto de partida para a reconfi- deslocam-se sutilmente da condição de meios
guração que agora se realiza, tendo em vista os para a de fins das ações docentes.
Nesta competência há a proposição do uso fle- A competência 5 prevê que os alunos po-
xível dos diferentes registros de representação tencializem seus processos de abstração e
da linguagem matemática. O domínio de tais generalização na elaboração de conjecturas.
registros amplia a capacidade de análise das si- Busquem recursos que permitam uma valida-
tuações representadas e aprimora tanto os as- ção mais formal da conjectura elaborada ou
pectos de formulação como a comunicação de sua refutação.
resultados. As aprendizagens previstas nessa
competência contribuem ainda para melhorar Os alunos devem utilizar o raciocínio indutivo
a capacidade de argumentar e identificar racio- baseado na observação de padrões e em regu-
cínios falsos. laridades. No entanto, eles deverão reconhe-
cer que o raciocínio indutivo e as verificações
A competência 4 complementa as demais no meramente empíricas não são apropriadas
sentido de que utilizar, interpretar e resolver para validar propriedades, podendo levar, algu-
situações-problema se faz pela comunicação mas vezes, a conclusões equivocadas. Desse
das ideias dos estudantes por meio da lingua- modo, é necessário reconhecerem que as con-
gem matemática. Transitar entre os diversos jecturas formuladas devem ser justificadas por
tipos de representações (simbólica, algébrica, meio de resultados matemáticos já demons-
gráfica, textual etc.) permite a compreensão trados. Assim, a competência 5 tem como
mais profunda dos conceitos e ideias da mate- objetivo principal que os estudantes se apro-
mática. A representação de uma mesma situa- priem da forma de pensar matemática, como
ção de diferentes formas ciência com uma forma específica de validar
suas conclusões pelo raciocínio lógico-deduti-
estabelece conexões que possibilitam resol- vo. Não se trata de trazer para o Ensino Médio
ver problemas matemáticos usando estraté- a Matemática formal dedutiva, mas de permitir
gias diversas. Além disso, a capacidade de que os jovens percebam a diferença entre uma
elaborar modelos matemáticos para expressar dedução originária da observação empírica e
TEMA GERAL
120 horas/ano – 3 aulas/semana
Álgebra, Matemática computacional; Grandezas e Medidas; Matemá-
tica Financeira e Probabilidade.
(CE01) Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos para interpretar situações em diversos contextos, sejam atividades cotidianas, sejam fatos
das ciências humanas, ou ainda questões econômicas ou tecnológicas, divulgados por diferentes meios, de modo a consolidar uma formação cientifica geral.
Competências Gerais: 2. Pensamento científico, crítico e criativo
(EM1MAT101 – PI01) Interpretar situações MATEMÁTICA Descrever a variação de uma grandeza em função da ou- Funções: interpretação de gráficos e de
econômicas, sociais e das Ciências da Na- tra. Interpretar gráficos que representam a variação entre expressões algébricas.
tureza que envolvem a variação de duas duas grandezas. » Construir gráficos mostrando a varia- Sistemas e unidades de medida: leitura e
grandezas, pela análise dos gráficos das ção entre duas grandezas. Comparar valores presentes conversão de unidades de grandezas di-
funções representadas e das taxas de va- em gráficos que mostram a variação entre duas grande- versas.
riação com ou sem apoio de tecnologias zas. Elaborar conclusões a partir da análise de um gráfico Variação de grandezas: taxas e índices.
digitais. que representa a variação entre duas grandezas.
(EM1MAT103 – PI02) Interpretar e com- MATEMÁTICA Identificar, em um determinado contexto, a grandeza Funções: representação gráfica e algébri-
preender textos científicos ou envolvida em um processo de medição. Relacionar duas ca.
divulgados pelas mídias, que empregam grandezas de naturezas diferentes em um dado contexto Sistema Internacional de Medidas: princi-
unidades de medida de diferentes grande- para obter uma unidade de medida do Sistema Métrico pais unidades e conversões.
zas e as conversões possíveis entre elas, Decimal (espaço e tempo, temperatura e comprimento, Bases de sistemas de contagem (base
adotadas ou não pelo Sistema Internacional massa e volume etc.). Converter unidades de medidas decimal, base binária, base sexagesimal
(SI), como as de armazenamento e veloci- relacionadas à uma mesma grandeza a fim de expressar etc.).
dade de transferência de dados, ligadas aos a mesma situação em diferentes escalas. Comparar di- Principais unidades de armazenamento
avanços tecnológicos. ferentes unidades de armazenamento e transmissão de de dados na informática (bit, byte, kiloby-
dados em diferentes dispositivos eletrônicos (físicos e te, megabyte, gigabyte etc.) e transferên-
virtuais) a partir da leitura de manuais técnicos, reporta- cia de dados (Mbps, Kbps, Gbps etc.).
gens e/ou peças publicitárias (panfletos, anúncios etc.).
(EM1MAT302 – PI04) Construir modelos MATEMÁTICA Listar situações que envolvem proporcionalidade direta Função polinomial do 1o grau.
empregando as funções polinomiais de 1o em contextos matemáticos e em outras áreas do conhe- Função polinomial do 2o grau.
e 2o graus, para resolver problemas em cimento. Construir gráficos de funções polinomiais do 1o
contextos diversos, com ou sem apoio de e do 2o grau a partir de translações e reflexões aplicadas
tecnologias digitais. em funções elementares [ f(x) = a.x e f(x) = x²], com ou
sem o uso de softwares. Modelar situações em contex-
tos diversos por funções polinomiais do 1o e do 2o grau,
da linguagem verbal para a linguagem algébrica e geomé-
trica e vice-versa. Resolver situações-problema envolven-
do funções polinomiais do 1o e do 2o grau.
(EM1MAT303 – PI05) Interpretar e compa- MATEMÁTICA Descrever a incidência da taxa de juros em situações re- Conceitos de Matemática Financeira, ju-
rar situações que envolvem juros simples lacionadas aos sistemas de capitalização simples e tam- ros simples e juros compostos.
com as que envolvem juros compostos, por bém no sistema de capitalização composto. Diferenciar Funções e gráficos de funções de 1o grau
meio de representações gráficas ou análi- situações em que os juros simples são utilizados (como e exponencial.
ses de planilhas, destacando o crescimento em juros de mora) de outras situações em que os juros
linear ou exponencial de cada caso. são compostos. Interpretar situações cotidianas que en-
volvam empréstimos, financiamentos e multas progres-
sivas para avaliação e tomada de decisão. Elaborar plani-
lhas e gráficos mostrando o crescimento de um capital
investido sob uma taxa fixa tanto no sistema de capitali-
zação simples (linear) quanto no sistema de capitalização
composto (exponencial).
(EM1MAT304 – PI06) Resolver e elaborar MATEMÁTICA Descrever por meio de um texto, tabela, ou gráfico a va- Funções exponenciais.
problemas com funções exponenciais nos riação de duas grandezas que se relacionam de modo Variação exponencial entre grandezas.
quais seja necessário compreender e inter- exponencial. Corresponder os termos de uma sequência Noções de Matemática Financeira.
pretar a variação das grandezas envolvidas, numérica (PG) com a expressão de uma função exponen-
em contextos como o da Matemática Fi- cial. Relacionar situações de financiamentos a juros com-
nanceira. postos à expressão de uma função exponencial. Resolver
problemas sobre educação financeira.
(EM1MAT305 – PI07) Resolver e elaborar MATEMÁTICA Definir logaritmo como operação matemática que deter- Logaritmo (decimal e natural).
problemas com funções logarítmicas nos mina o expoente de uma potenciação a partir da base e Função logarítmica.
quais seja necessário compreender e inter- da potência obtida. Expressar a relação entre potenciação Variação entre grandezas: relação entre
pretar a variação das grandezas envolvidas, e logaritmo de números reais de mesma base. Resolver variação exponencial e logarítmica
em contextos como os de abalos sísmicos, situações-problema em que é necessário o cálculo de um
pH, radioatividade, Matemática Financeira, logaritmo. Interpretar o logaritmo em funções que des-
etc. crevam fenômenos de outras áreas do conhecimento,
como, por exemplo, a magnitude de abalos sísmicos e
valores de decaimento da atividade nuclear de uma subs-
tância radioativa ao longo do tempo.
(EM1MAT307 – PI08) Empregar diferentes MATEMÁTICA Identificar em um mapa de uma cidade/bairro polígonos Áreas de figuras geométricas (cálculo por
métodos para a obtenção da medida da e/ou setores circulares que representam suas partes. decomposição, composição ou aproxima-
área de uma superfície (reconfigurações, Mostrar a partir de um esboço que uma área pode ser ção). Expressões algébricas.
aproximação por cortes etc.) e deduzir ex- decomposta em polígonos e/ou setores circulares. Me-
pressões de cálculo para aplicá-las em si- dir, com auxílio de instrumentos e/ou aplicativos, distân-
tuações reais (como o remanejamento e a cias em torno de estádios, ginásios ou praças para ob-
distribuição de plantações, entre outros), ter as áreas de tais locais. Resolver situações-problema
com ou sem apoio de tecnologias digitais. utilizando a decomposição de uma superfície e algumas
expressões algébricas que representam áreas de polígo-
nos em contextos próximos. Estimar a área aproximada
de uma superfície plana irregular, utilizando polígonos e/
ou setores circulares para pavimentar sua representação
213
214
(EM1MAT311 – PI09) Identificar e descre- MATEMÁTICA Explicar o espaço amostral envolvido em diferentes ex- Noções de probabilidade básica: espaço
ver o espaço amostral de perimentos aleatórios. Listar as possibilidades de ocor- amostral, evento aleatório (equiprovável).
eventos aleatórios, realizando contagem rência de dois eventos simultâneos ou consecutivos en- Contagem de possibilidades.
das possibilidades, para resolver e elaborar volvendo eventos independentes (união, intersecção ou Cálculo de probabilidades simples.
problemas que envolvem o cálculo da pro- condicional de eventos). Quantificar e fazer previsões em
babilidade. situações aplicadas a diferentes áreas do conhecimento
(EM1MAT401 – PI12) Converter represen- MATEMÁTICA Exemplificar a variação entre duas grandezas por meio Funções afins, lineares, constantes.
tações algébricas de funções polinomiais de uma função polinomial de 1o grau, em diferentes con- Gráficos de funções a partir de transfor-
de 1o grau em representações geométricas textos por meio de um texto, uma tabela, um esquema e mações no plano.
no plano cartesiano, distinguindo os casos um gráfico. Explicar as modificações ocorridas no gráfico Proporcionalidade estudo do crescimento
nos quais o comportamento é proporcional, da função f(x) = a.x usando um texto, uma tabela, um es- e variação de funções.
recorrendo ou não a softwares ou aplicati- quema e uma expressão algébrica, empregando ou não Estudo da variação de funções polino-
vos de álgebras e geometria dinâmica um programa gráfico. Concluir com auxilio de um gráfico miais de 1o grau: crescimento, decresci-
e de sua expressão algébrica que a taxa de crescimento mento, taxa de variação da função.
de uma função afim é constante.
(EM1MAT402 – PI13) Converter represen- MATEMÁTICA Corresponder duas grandezas que variam uma em rela- Funções polinomiais de 2o grau.
tações algébricas de funções polinomiais ção ao quadrado da outra por meio de um relato oral, tex- Gráficos de funções a partir de transfor-
de 2o grau em representações geométricas to, tabela, esquema e gráfico. Mostrar as modificações mações no plano.
no plano cartesiano, distinguindo os casos ocorridas no gráfico da função f(x) = a.x² quando se alte- Estudo do comportamento da função
nos quais uma variável for diretamente pro- ram e/ou acrescentam valores para obter outras funções quadrática (intervalos de crescimento/de-
porcional ao quadrado da outra, recorrendo polinomiais do 2o grau, utilizando ou não software ou crescimento, ponto de máximo/mínimo e
ou não a softwares ou aplicativos de álge- programa gráfico. Utilizar ou não software ou programa variação da função).
bra e geometria dinâmica, entre outros ma- gráfico para mostrar as modificações ocorridas no gráfico
teriais. da função f(x) = a.x² quando se alteram e/ou acrescen-
tam valores para obter outras funções polinomiais do 2o
grau. Verificar, com auxílio de um gráfico e de sua expres-
são algébrica, que a taxa de crescimento de uma função
quadrática varia como uma função do 1o grau. Selecionar
a melhor representação de uma função do 2o grau para
expressar ou interpretar uma situação-problema que é
modelada por essa função.
(EM1MAT501 – PI16) Investigar relações MATEMÁTICA Identificar regularidades em relações que apresentam va- Funções polinomiais do 1o grau (função
entre números expressos em tabelas para riação constante entre duas grandezas. Construir gráficos afim, função linear, função constante,
representá-los no plano cartesiano, identifi- de funções polinomiais do 1o grau a partir de translações função identidade). Gráficos de funções.
cando padrões e criando conjecturas para e reflexões aplicadas na função elementar [ f(x) = a.x ]. Taxa de variação de funções polinomiais
generalizar e expressar algebricamente Associar os termos de uma progressão aritmética aos do 1o grau.
essa generalização, reconhecendo quando valores de uma função afim de mesmo domínio que a
essa representação é de função polinomial progressão. Concluir que a taxa de crescimento de uma
de 1o grau. função afim é constante.
(EM1MAT502 – PI17) Investigar relações MATEMÁTICA Corresponder duas grandezas que variam uma em re- Funções polinomiais do 2o grau (função
entre números expressos em tabelas para lação ao quadrado da outra por meio de um relato oral, quadrática): gráfico, raízes, pontos de má-
representá-los no plano cartesiano, identifi- texto, tabela, esquema ou gráfico. Listar, através de uma ximo/mínimo, crescimento/decrescimen-
cando padrões e criando conjecturas para tabela, a relação entre duas grandezas por meio de uma to, concavidade, gráficos de funções.
generalizar e expressar algebricamente função polinomial do 2o grau em determinados contex-
essa generalização reconhecendo quando tos. Construir gráficos de funções polinomiais do 2o grau
essa representação é de função polinomial a partir de translações e reflexões aplicadas na função
de 2o grau do tipo y=ax². elementar [ f(x) = x² ] com ou sem uso de software. Pro-
duzir uma expressão algébrica polinomial do 2o grau que
se relacione com a variação de duas grandezas, sendo
que a primeira varia de acordo com o quadrado da se-
gunda.
(EM1MAT503 – PI18) Investigar pontos de MATEMÁTICA Formular hipóteses sobre a variação de uma função qua- Funções polinomiais do 2o grau (função
máximo ou de mínimo de funções quadrá- drática e o tipo de ponto crítico que ela apresenta. Des- quadrática) gráficos de funções, pontos
ticas em contextos envolvendo superfícies, crever a concavidade do gráfico de uma função quadráti- críticos de uma função quadrática: conca-
Matemática Financeira ou Cinemática, en- ca pelo seu gráfico e pelo sinal do coeficiente do termo vidade, pontos de máximo ou de mínimo.
tre outros, com apoio de tecnologias digi- quadrático da expressão algébrica da função. Explicar a
tais. variação (crescimento/decrescimento) de fenômenos
que são descritos por funções quadráticas. Relacionar a
mudança de comportamento (crescimento/decrescimen-
to ou decrescimento/crescimento) de uma função qua-
drática com o seu ponto crítico (pontos de máximo ou
mínimo).
(EM1MAT506 – PI19) Representar grafica- MATEMÁTICA Mostrar, com auxílio de gráficos, como o perímetro e a Polígonos regulares (perímetro e área).
mente a variação da área e do perímetro de área de um polígono regular variam ao modificarmos pro- Funções (linear e quadrática).
um polígono regular quando os comprimen- porcionalmente a medida de seus lados. Verificar a va-
tos de seus lados variam, analisando e clas- riação do perímetro e da área de um polígono regular ao
sificando as funções envolvidas. modificar a medida de seu lado. Conjecturar que tipo de
função está associada à variação do perímetro e da área
de um polígono regular ao modificar a medida de seus
lados. Construir gráficos que expressem a variação do
perímetro e da área de um polígono regular ao modificar
a medida de seus lados.
TEMA GERAL
80 horas/ano – 2 aulas/semana
Probabilidade e Estatística; Álgebra; Geometria; Grandezas e Medidas.
(CE01) Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos para interpretar situações em diversos contextos, sejam atividades cotidianas, sejam fatos
das ciências humanas, ou ainda questões econômicas ou tecnológicas, divulgados por diferentes meios, de modo a consolidar uma formação cientifica geral.
(EM2MAT102 – PI23) Analisar Localizar informações em textos na forma de tabelas ou Conceitos estatísticos: população e
tabelas, gráficos e amostras de pesquisas gráficos estatísticos, inclusive aqueles veiculados pelas amostragem.
estatísticas apresentadas em relatórios mídias impressa e visual. Identificar amostras adequadas Gráficos utilizados pela estatística: ele-
divulgados por diferentes meios de comu- a uma pesquisa de opinião ou preferência. Detectar erros mentos de um gráfico.
nicação, identificando, quando for o caso, ou inadequações em textos que divulgam informações Confiabilidade de fontes de dados.
inadequações que possam induzir a erros MATEMÁTICA de natureza estatística. Justificar inferências possíveis Correção no traçado de gráficos estatís-
de interpretação, como escalas e amostras ou equivocadas elaboradas a partir de tabelas ou gráficos ticos.
não apropriadas. estatísticos. Medidas de Tendência Central e de dis-
persão.
(EM2MAT104 – PI24) Identificar as variáveis associadas ao cálculo de um deter- Estatística: pesquisa e organização de da-
Interpretar taxas e índices de natureza so- minado índice, taxa ou coeficiente. Explicar a relação que dos.
cioeconômica (índice de desenvolvimento uma variável mantém com outra na composição de um Porcentagens: cálculo de índices, taxas e
humano, taxas de inflação, entre outros), MATEMÁTICA índice. Comparar diferentes índices, taxas e coeficientes coeficientes.
investigando os processos de cálculo des- relativos. Elaborar conclusões envolvendo índices, taxas
ses números, para analisar criticamente a e coeficientes em um determinado contexto. Resolver
realidade e produzir argumentos. problemas que envolvam a utilização de taxas e índices
diversos.
(EM2MAT106 – PI25) Identificar situações MATEMÁTICA Identificar em bulas, textos científicos e de divulgação a Porcentagem: cálculo de taxas,índices e
da vida cotidiana nas quais seja necessário eficácia de medicamentos e vacinas para uma determina- coeficientes.
fazer escolhas levando-se em conta os ris- da doença/sintoma. Calcular a probabilidade condicional Probabilidade simples e condicional.
cos probabilísticos (usar este ou aquele mé- de dois eventos simultâneos, sendo conhecida a relação Eventos sucessivos, mutuamente exclu-
todo contraceptivo, optar por um tratamen- entre ambos. Interpretar separatrizes (mediana, quartis, sivos e não mutuamente exclusivos.
to médico em detrimento de outro etc.). decis e/ou percentis) em gráficos de distribuição estatís- Estatística: distribuição estatística, distri-
tica representando uma amostra de uma população, em buição normal e medidas de posição (me-
219
220
(CE02) Articular conhecimentos matemáticos ao propor e/ou participar de ações para investigar desafios do mundo contemporâneo e tomar decisões éticas e
socialmente responsáveis, com base na análise de problemas de urgência social, como os voltados a situações de saúde, sustentabilidade, das implicações da
tecnologia no mundo do trabalho, entre outros, recorrendo a conceitos, procedimentos e linguagens próprios da Matemática.
222
problemas que envolvem o cálculo de áreas tuações concretas, como é o caso de embalagens e reci- redondos.
totais e de volumes de prismas, pirâmi- pientes. Utilizar o cálculo de volumes pela composição ou Área total e volume de prismas, pirâmi-
des e corpos redondos em situações reais decomposição em sólidos mais simples, por exemplo, ob- des e corpos redondos.
(como o cálculo do gasto de material para ter a capacidade de um copo descartável (tronco de cone)
revestimento ou pinturas de objetos cujos ou o volume de materiais necessários para a construção
formatos sejam composições dos sólidos de um redutor de velocidade (quebra– molas) (tronco de
estudados), com ou sem apoio de tecnolo- pirâmide). Estimar a quantidade de material necessário
gias digitais. para revestir (área) um artefato ou embalagem composta
por partes semelhantes a sólidos geométricos (prismas,
pirâmides e corpos redondos). Aplicar propriedades geo-
223
blema que envolvam o ladrilhamento de região do plano.
224
(EM2MAT511 – PI36) MATEMÁTICA Identificar entre duas situações distintas (enumerável e Probabilidade.
Reconhecer a existência de diferentes tipos não enumerável) aquela que se refere ao espaço amos- Espaços amostrais discretos ou contí-
de espaços amostrais, discretos ou não, e tral discreto. Reconhecer entre dois eventos diferentes nuos.
de eventos, equiprováveis ou não, e inves- (equiprovável e não equiprovável) aquele que sempre Eventos equiprováveis ou não equipro-
tigar implicações no cálculo de probabilida- produz a mesma probabilidade de ocorrer. Descrever váveis.
des. entre duas situações distintas (evento equiprovável com
espaço amostral discreto e não equiprovável e/ou espaço
amostral contínuo) aquela em que é possível calcular a
probabilidade de ocorrer.
TEMA GERAL
80 horas/ano – 2 aulas/semana
Matemática Computacional; Geometria; Probabilidade e Estatística.
(CE02) Articular conhecimentos matemáticos ao propor e/ou participar de ações para investigar desafios do mundo contemporâneo e tomar decisões éticas e
socialmente responsáveis, com base na análise de problemas de urgência social, como os voltados a situações de saúde, sustentabilidade, das implicações da
tecnologia no mundo do trabalho, entre outros, recorrendo a conceitos, procedimentos e linguagens próprios da Matemática.
(EM3MAT202 – PI37) Planejar e executar MATEMÁTICA Descrever as etapas de uma pesquisa estatística. Rea- Conceitos simples de Estatística Descri-
pesquisa amostral sobre questões relevan- lizar pesquisa estatística (censitária ou não). Determinar tiva.
tes, usando dados coletados diretamente medidas de tendência central (média, moda e mediana) e
ou em diferentes fontes, e comunicar os medidas de dispersão (amplitude, desvio padrão ou coe- Medidas de tendência central (média,
resultados por meio de relatório contendo ficiente de variação) de uma série de dados.Interpretar moda e mediana).
gráficos e interpretação das medidas de medidas de dispersão (amplitude, desvio padrão ou coefi- Medidas de dispersão (amplitude, desvio
tendência central e das medidas de disper- ciente de variação) em um determinado contexto. Comu- padrão e coeficiente de variância).
são (amplitude e desvio padrão), utilizando nicar os resultados de uma pesquisa estatística utilizando
ou não recursos tecnológicos. o gráfico estatístico mais adequado para aquela situação Gráficos estatísticos (histogramas e polí-
(histograma de frequência absoluta/acumulada, polígono gonos de frequência).
de frequência simples/acumulada etc.).
(EM3MAT203 – PI38) Aplicar conceitos ma- MATEMÁTICA Predizer com base no cálculo de juros simples ou com- Cálculos envolvendo porcentagens.
temáticos no planejamento, na execução e postos o valor final obtido num determinado investimen-
na análise de ações envolvendo a utilização to com taxa fixa após um determinado período. Calcular Conceitos de matemática financeira (ju-
de aplicativos e a criação de planilhas (para a taxa de juros final que representa um aumento salarial ros simples, compostos, taxas de juros
o controle de orçamento familiar, simulado- após sucessivos acréscimos percentuais (constantes ou etc.).
res de cálculos de juros simples e compos- variáveis). Usar simuladores de crédito on– line ou apli-
tos, entre outros), para tomar decisões. cativos para obter o valor das parcelas no financiamen- Alguns sistemas de amortização e no-
to de um determinado valor no sistema de capitalização ções de fluxo de caixa.
composto. Diferenciar, a partir da leitura de panfletos e
peças publicitárias, a taxa de juros efetiva envolvida no
parcelamento de um determinado bem de consumo. Ela-
borar uma planilha de orçamento, com ou sem utilização
de software, mostrando receitas e despesas de uma re-
sidência, categorizando os gastos de acordo com sua na-
tureza. Decidir, entre dois sistemas de amortização, qual
é o mais adequado para a aquisição de um bem de con-
sumo de acordo com as receitas mensais de uma família.
(CE03) Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos, em seus campos – Aritmética, Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometria, Probabilidade e
Estatística –, para interpretar, construir modelos e resolver problemas em diversos contextos, analisando a plausibilidade dos resultados e a adequação das solu-
ções propostas, de modo a construir argumentação consistente.
(EM3MAT312 – PI39) Resolver e elaborar MATEMÁTICA Reconhecer eventos independentes em situações que Eventos dependentes e independentes.
problemas que envolvem o cálculo de pro- envolvem eventos equiprováveis consecutivos (lança-
babilidade de eventos em experimentos mento sucessivo de duas moedas ou de dois dados). Cálculo de probabilidade de eventos rela-
aleatórios sucessivos. Determinar a probabilidade de dois eventos independen- tivos a experimentos aleatórios sucessi-
tes e consecutivos ocorrerem, com o auxílio do princí- vos.
pio multiplicativo. Calcular a probabilidade de ocorrer o
sorteio de um bilhete em situações envolvendo loterias
com alguns condicionantes, como marcar seis números,
sete números, oito números etc., conhecendo a probabi-
lidade de algum condicionante, como sair um resultado
par dado que já saiu um resultado par anterior. Elaborar
problemas envolvendo situações aleatórias e o cálculo de
225
(CE04) Compreender e utilizar, com flexibilidade e fluidez, diferentes registros de representação matemáticos (algébrico, geométrico, estatístico, computacional,
226
etc.), na busca de solução e comunicação de resultados de problemas, de modo a favorecer a construção e o desenvolvimento do raciocínio matemático.
(EM3MAT405 – PI40) Utilizar MATEMÁTICA Descrever, por meio de um texto, as etapas necessárias Noções elementares de matemática com-
conceitos iniciais de uma linguagem de pro- para efetuar um procedimento matemático, como a se- putacional: sequências, laços de repeti-
gramação na implementação de algoritmos quência de etapas em operação matemática elementar, ou ção, variável e condicionais. Algoritmos:
escritos em linguagem corrente e/ou mate- para explicar como obter uma medida de tendência central modelagem de problemas e de soluções.
mática. de uma série de dados discretos etc. Usar alguns conec- Linguagem da programação: fluxogramas.
Competências Gerais: 2. Pensamento Científico, Crítico e Criativoa; 4. Comunicação; 5. Cultura Digital e 7. Argumentação
CNI. Série: Propostas da Indústria para as Eleições SANTALÓ, L A. Matemática para não-matemá-
2018, composta por 43 documentos. Baseada ticos. In: PARRA, Cecília; SAIZ, Irma (org).
no Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022. Didática da Matemática: Reflexões Psico-
Disponível em: http://www.cni.com.br/elei- pedagógicas. Porto Alegre: Editora Artmed,
coes2018/downloads/ 2001. p. 11-25
A área de Ciências da Natureza está relaciona- ideia evoluiu de algo que era absoluto (imutá-
da com a descoberta de fatos e a busca por vel) para ser relativo.
leis para explicar os fenômenos e enriquecer,
de maneira ordenada e inteligente, os conheci- Os avanços tecnológicos que causaram e que
mentos do ser humano a respeito da natureza. também foram consequências de mudanças
O estudo dessa área deve oferecer suporte sociais e culturais estão intrinsecamente re-
para que o estudante possa conhecer o mun- lacionados ao desenvolvimento do conheci-
do que o cerca, esclarecer suas dúvidas sobre mento científico. A crescente valorização das
o ambiente em que vive, sendo capaz de mo- Ciências da Natureza e Tecnologias é resul-
dificá-lo com ética, sempre visando o bem-es- tado de um olhar mais significativo sobre as
tar social, o respeito ao próximo, a valorização mesmas. Isso se deu principalmente, após a
da sustentabilidade e preservação ambiental Segunda Guerra Mundial, quando foi possível
(BRASIL, 2018). observar o quanto a ciência é relevante para o
desenvolvimento socioeconômico de uma na-
O reconhecimento da presença intrínseca das ção (SILVEIRA e BAZZO, 2009).
Ciências da Natureza na vida cotidiana ressalta
mais ainda a sua importância. Desde a antigui- A expressão “Ciência, Tecnologia e Socieda-
dade, a humanidade já se questionava sobre a de” é aplicada sob uma perspectiva de asso-
natureza, quando, por exemplo, observava o ciação com a percepção pública da atividade
céu e fazia anotações sobre o movimento das tecno-científica, com o debate entre ensino
estrelas, nesse contexto nasciam as Ciências em ciência e tecnologia, com pesquisas, com
da Natureza. Com o avanço das observações a sustentabilidade, com as questões ambien-
científicas, o caráter mais filosófico do seu tais, com a responsabilidade social, com a
surgimento foi extrapolado e pôde-se consta- construção de uma consciência social sobre a
tar que essa área do conhecimento está em produção e o fluxo de saberes e com a cida-
constante mudança, graças aos estudos cien- dania. O ensino de ciências abrange o conhe-
tíficos realizados com o auxílio das novas tec- cimento científico e tecnológico, e a formação
nologias. cidadã, que visa desenvolver competências e
habilidades técnico-científico-sociais entre os
O conhecimento científico está em contínua estudantes, abarcando valores éticos (CRE-
transformação. Por exemplo, até recentemen- MASCO; PEREIRA; LUCAS, 2017).
te, acreditava-se que as menores partes da
matéria, eram os prótons e elétrons, hoje se A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Na-
sabe que os prótons e nêutrons são constituí- cional (LDB) de 1996 destaca a importância de
dos, ainda, por partículas mais elementares conduzir o aluno a interagir com a ciência e a
chamadas de quarks (MOREIRA, 2007). As- tecnologia, oportunizando um conhecimento
sim, a Ciência é uma construção que se trans- dentro de seu cotidiano sociocultural. O alu-
forma com o passar do tempo, cuja própria no tem direito a um saber científico, que lhe
E, na unidade temática Terra e Universo busca- Assim, o Ensino Médio deve ampliar as aprendi-
-se a compreensão de características da Terra, zagens desenvolvidas no Ensino Fundamental:
do Sol, da Lua e de outros corpos celestes,
como, suas dimensões, composição, localiza- A BNCC da área de Ciências da Natureza e
ções, movimentos e forças que atuam entre suas Tecnologias – integrada por Biologia, Físi-
eles. Onde, estas três unidades temáticas de- ca e Química – propõe ampliar e sistematizar
vem ser consideradas objetivando a continui- as aprendizagens essenciais desenvolvidas até
dades das aprendizagens e a integração de o 9o ano do Ensino Fundamental. Isso significa,
seus objetos do conhecimento ao longo dos em primeiro lugar, focalizar a interpretação de
anos (BRASIL, 2018). fenômenos naturais e processos tecnológicos
de modo a possibilitar aos estudantes a apro-
A BNCC do Ensino Médio (BRASIL, 2018) pro- priação de conceitos, procedimentos e teorias
põe para o Ensino de Ciências da Natureza, dos diversos campos das Ciências da Natureza.
um aprofundamento conceitual nas temáticas Significa, ainda, criar condições para que eles
Matéria e Energia, Vida e Evolução, e Terra e possam explorar os diferentes modos de pensar
Universo, que são consideradas essenciais, e de falar da cultura científica, situando-a como
para que competências cognitivas, comunicati- uma das formas de organização do conhecimen-
vas, pessoais e sociais possam continuar a ser to produzido em diferentes contextos históricos
desenvolvidas e mobilizadas na resolução de e sociais, possibilitando-lhes apropriar-se dessas
problemas e tomada de decisões. Traz ainda linguagens específicas (BRASIL, 2018, p. 537).
duas unidades temáticas que são: Matéria e
Energia e Vida, Terra e Cosmos. No Ensino Médio, os estudantes também de-
vem ampliar as habilidades investigativas
A unidade temática Matéria e Energia di- desenvolvidas no Ensino Fundamental, apoian-
versifica situações-problemas, referidas nas do-se em análises quantitativas, na avaliação
Além disso, na BNCC (2018) e nos Parâmetros Para guiar essa atuação, torna-se indispensá-
Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998), a área vel reavaliar as finalidades do Ensino Médio,
de Ciências da Natureza no Ensino Fundamen- estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da
tal trabalha com princípios sustentáveis a partir Educação (LDB/96, Art. 35):
do entendimento da vida em diferentes níveis.
Sendo, a ciência que colabora para a com- Garantir a consolidação e o aprofundamen-
preensão do mundo e suas transformações, to dos conhecimentos adquiridos no Ensino
para reconhecer o homem como parte do uni- Fundamental é essencial nessa etapa final da
verso e como indivíduo. Desta forma, o currí- Educação Básica”. Além do mais, possibilitar o
culo é estruturado com base no pensamento prosseguimento dos estudos a todos aqueles
pedagógico dos professores que compõem que assim o desejarem, o Ensino Médio deve
os componentes curriculares de Ciências da atender às necessidades de formação geral in-
Natureza, posicionando-se na perspectiva de dispensáveis (BRASIL, 2018, p. 467).
uma construção coletiva, considerando a di-
versidade do ser humano e do seu campo de A progressão das aprendizagens essenciais do
atuação enquanto referência para o pleno exer- Ensino Fundamental para o Ensino Médio, e o
cício da cidadania. conjunto das competências específicas e habi-
lidades definidas para o Ensino Médio. Concor-
Nesse contexto, a área de Ciências da Natu- re para o desenvolvimento das competências
reza irá aprofundar os conhecimentos adqui- gerais da Educação Básica e está articulado às
ridos no Ensino Fundamental desenvolvendo aprendizagens essenciais estabelecidas para o
conceitos em ciências de forma ética e com Ensino Fundamental, com o objetivo de con-
pensamento crítico. Dessa forma, emerge solidar, aprofundar e ampliar a formação inte-
para a iminente necessidade de construção de gral, atendendo às finalidades dessa etapa e
uma escola comprometida com a cidadania e contribuindo para que os estudantes possam
com a diversidade, que busca prover o sistema construir e realizar seu projeto de vida, em con-
educativo de instrumentos necessários para sonância com os princípios da justiça, da ética
que crianças, adolescentes, jovens, adultos e e da cidadania.
idosos possam desenvolver-se plenamente,
recebendo uma formação de qualidade corres- A BNCC relata essa relação entre a área de
pondente a sua idade e nível de aprendizagem, Ciências da Natureza, o Ensino Fundamental e
respeitando suas diferentes condições sociais, o Ensino Médio:
culturais, emocionais, físicas e étnicas.
A área de Ciências da Natureza, no Ensino Fun-
A dinâmica social contemporânea mun- damental, propõe aos estudantes investigar ca-
dial, marcada fortemente pelas rápidas trans- racterísticas, fenômenos e processos relativos
formações resultantes do desenvolvimento ao mundo natural e tecnológico, explorar e com-
As habilidades estão vinculadas aos objetivos ção com acolhimento e respeito à diversidade
de aprendizagem e aos objetos do conheci- de indivíduos, que faz parte das competências
mento necessários para que o ensino seja gerais.
desenvolvido em toda a sua integridade. Tais
objetos devem ser trabalhados de forma inter- As Tabelas 1, 2 e 3 apresentam as compe-
disciplinar, contextualizada e aplicada ao coti- tências propostas pela BNCC associada a cada
diano dos estudantes, visando formá-los como uma das habilidades a elas vinculadas. Sendo
cidadãos conscientes, críticos, criativos e ca- a Tabela 1 referente à primeira série, a Tabela
pazes de se adaptarem às rápidas mudanças 2 à segunda série e a Tabela 3 à terceira série.
que ocorrem na atualidade, e acima de tudo, A distribuição das habilidades de Ciências da
respeitando o próximo e as diferentes culturas Natureza por série no Ensino Médio, foi pen-
e etnias. sada de forma que a sequência permita aos
estudantes o desenvolvimento orgânico das
Outro ponto importante é que ao tempo em habilidades e com uma maior interdisciplinari-
que se busca o desenvolvimento das habilida- dade entre os componentes Biologia, Física e
des e competências específicas da área, de- Química, para tanto cada habilidade está asso-
ve-se também atentar para as competências ciada a uma unidade temática. Vale ressaltar,
gerais a serem desenvolvidas ao longo de toda que não há impedimento algum em repetir as
a educação básica. Por exemplo, ao se abordar habilidades nos diferentes anos, desde que os
uma certa competência específica, o Profes- objetivos de aprendizagem também se alterem
sor também pode pedir que os alunos desen- no que diz respeito ao nível de complexidade
volvam projetos em equipe. Desta forma, o dos processos cognitivos ao longo do Ensino
aluno estará exercitando a empatia, a coopera- Médio.
Competência específica 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre matéria e energia, para propor ações indivi-
duais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e global.
245
246
ü
Propor o uso de novas fontes renováveis de energia,
relacionando-as a questões sociais, ambientais, po-
líticas e culturais em âmbito local, regional e global;
ü
Analisar a definição da quantidade de movimento
analisando situações do cotidiano dos estudantes;
QUÍMICA ü
Explicar a relação entre as propriedades da maté- ü
Propriedades da matéria;
ria extensivas e intensivas e a quantidade de ma- ü
Cálculos estequiométricos;
téria, de energia e de movimento; ü
Leis Ponderais;
ü
Analisar fenômenos químicos por meio da obser- ü
Modelos atômicos;
247
248
Unidade temática: Vida, Terra e Cosmos
Competência específica 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre matéria e energia, para propor ações indivi-
duais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e global.
250
sobre o surgimento dos elementos químicos no gem dos elementos químicos;
Universo; ü
Propriedades Periódicas;
ü
Discutir a importância da Tabela Periódica para rea-
lizar previsões acerca das propriedades dos ele- ü
Modelos moleculares;
mentos químicos a partir da análise dos critérios ü
Estrutura da matéria (modelos atômicos de Dalton,
utilizados na sua organização; Thomson, Rutherford, Bohr, número atômico, nú-
ü
Elaborar a sequência dos modelos atômicos, com mero de massa, isótopos);
ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais ü
Substâncias simples e compostas;
específicos; ü
Ligações químicas;
ü
Relacionar a evolução dos modelos às descober-
251
BIOLOGIA ü
252
(EM13CNT205) Interpretar resultados Apoiar por meio de métodos estatísticos os pro- ü
Probabilidade e Genética;
e realizar previsões sobre atividades cessos de transmissão de caracteres entre diver-
experimentais, fenômenos naturais e sas gerações;
processos tecnológicos, com base nas FÍSICA ü
Reconhecer que a medição e o controle de pro- ü Medições e grandezas físicas;
noções de probabilidade e incerteza, re- cessos são fundamentais para gerar os melhores ü Previsão do Tempo;
conhecendo os limites explicativos das resultados possíveis quanto à utilização de recur-
ciências sos, máquinas, desempenho, rentabilidade, prote-
ção ambiental e segurança;
ü
Realizar estudos de grandezas físicas como tudo o
que pode ser medido nas ciências;
253
(EM13CNT305) Investigar e discutir o BIOLOGIA ü
Combater as mais diferentes formas de discrimi- ü
Bioética;
254
uso indevido de conhecimentos das nação praticadas com base na utilização imprópria ü
Darwinismo social e discriminação étnico-racial;
Ciências da Natureza na justificativa de dos conhecimentos científicos referentes a gené- ü
Eugenia;
processos de discriminação, segregação tica e variabilidade da espécie humana; ü
Mapeamento genético;
e privação de direitos individuais e cole- ü
Debater e argumentar, do ponto de vista ético, a ü
Sequenciamento genético dos seres vivos;
tivos, em diferentes contextos sociais e divulgação e utilização de informações genéticas ü
Fake news e saúde;
históricos, para promover a equidade e o da população; ü
Ética em Ciências da Natureza;
respeito à diversidade. ü
Empregar o embasamento teórico-científico para
argumentar sobre as fake news que envolvam
questões de saúde, ajudando na conscientização
da sociedade para um olhar crítico quanto às notí-
Competência específica 2: Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funciona-
mento e a evolução dos seres vivos e do Universo, e fundamentar e defender decisões éticas e responsáveis.
Competência específica 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre matéria e energia, para propor ações indivi-
duais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e global.
261
namento do reator nuclear; ü
Armazenamento de resíduos radioativos;
(EM13CNT104) Avaliar os benefícios e os riscos BIOLOGIA ü
Avaliar os riscos à saúde devido a exposição à ü
Materiais tóxicos;
262
à saúde e ao ambiente, considerando a compo- materiais tóxicos ou radioativos; ü
Materiais radioativos;
sição, a toxicidade e a reatividade de diferentes QUÍMICA ü
Utilizar dados de concentração para resolver ü Concentração de soluções químicas;
materiais e produtos, como também o nível de problemas envolvendo cálculos de doses de ü Poluição do meio ambiente;
exposição a eles, posicionando-se criticamente e medicamentos que deveriam ser administra- ü A composição de adubos e fertilizantes;
propondo soluções individuais e/ou coletivas para das segundo receitas/prescrições médicas.
seus usos e descartes responsáveis. ü
Analisar dados de concentração de poluen-
tes atmosférico para avaliar a qualidade do ar
segundo parâmetros fornecidos pelos órgãos
competentes.
263
264
Competência específica 3: Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedi-
mentos e linguagens próprios das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas descobertas e
conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
(EM13CNT302) Comunicar, para públicos varia- BIOLOGIA ü
Comunicar para a comunidade escolar e aca- ü Comunicação científica;
dos, em diversos contextos, resultados de aná- dêmica, pesquisa realizada ao longo do ensino
lises, pesquisas e/ou experimentos, elaborando médio relacionada à Biologia, utilizando inclu-
e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas, sím- sive as TDIC;
bolos, códigos, sistemas de classificação e equa- FÍSICA ü
Comunicar para a comunidade escolar e aca- ü Comunicação científica;
ções, por meio de diferentes linguagens, mídias, dêmica, pesquisa realizada ao longo do ensino
Competência específica 2: Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funciona-
mento e a evolução dos seres vivos e do Universo, e fundamentar e defender decisões éticas e responsáveis.
265
266
(EM13CNT209) Analisar a evolução estelar as- BIOLOGIA ü
Formular argumentos a partir da análise e co- ü
Exobiologia;
sociando-a aos modelos de origem e distribui- leta de dados em textos, vídeos, simuladores
ção dos elementos químicos no Universo, com- virtuais e experimentos sobre temas da exo-
preendendo suas relações com as condições biologia;
necessárias ao surgimento de sistemas solares FÍSICA ü
Analisar o processo de combinação de dois Fusão Nuclear;
e planetários, suas estruturas e composições e núcleos atômicos para a formação de um novo
as possibilidades de existência de vida, utilizando elemento e reconhecer a liberação de grande
representações e simulações, com ou sem o uso quantidade de energia;
de dispositivos e aplicativos digitais (como soft-
QUÍMICA ü
Analisar o processo de combinação de dois ü Fusão Nuclear;
wares de simulação e de realidade virtual, entre
267
268
(EM13CNT310) Investigar e analisar os efeitos de BIOLOGIA ü
Descrever as principais doenças endêmicas ü
Introdução a parasitologia;
programas de infraestrutura e demais serviços do Piauí, identificando os principais agentes ü
Vírus;
básicos (saneamento, energia elétrica, transpor- etiológicos, os principais mecanismos de pro- ü
Epidemia, endemia e pandemias;
te, telecomunicações, cobertura vacinal, atendi- filaxia e a relação das endemias com a condi- ü
Doenças Endêmicas no Piauí;
mento primário à saúde e produção de alimentos, ção de vida dos cidadãos; ü
Programas de imunização, prevenção e
entre outros) e identificar necessidades locais e/ ü
Propor melhorias nas condições de combate tratamento de doenças;
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Co- OLIVEIRA, L. D. Em busca de uma teleologia
mum Curricular (BNCC). Brasília: MEC, 2018. para a educação científica CTS: da conso-
lidação do campo às unidades de ensino.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação ACTIO, Curitiba, v. 4, n. 2, p. 87-108, mai./ago.
Nacional no 9394/96. Brasília, 1996. 2019.
A Base Nacional Comum Curricular – BNCC cias Humanas e Sociais Aplicadas está organi-
é essencial no processo de transformação da zada por competências e habilidades, em uma
educação brasileira, por isso a reconstrução do perspectiva da educação integral, compreen-
currículo estadual do Piauí é um procedimento dendo os seguintes componentes curriculares:
necessário, considerando que a educação se Filosofia, Geografia, História e Sociologia. Tem
insere em um contexto que se modifica rapi- como objetivo
damente e que comporta uma grande diversi-
dade de realidades. […] propiciar aos alunos a capacidade de inter-
pretar o mundo, de compreender processos e
Entende-se por Currículo um conjunto de con- fenômenos sociais, políticos e culturais e de
cepções, de saberes, de práticas, processos e atuar de forma ética, responsável e autônoma
métodos de ensino, aprendizagem e de avalia- diante de fenômenos sociais e naturais. (BNCC,
ção orientados pelas redes de ensino. Nessa 2018, p. 356)
perspectiva o currículo do Piauí adequar-se-á
à BNCC enquanto documento norteador, com Os objetos do conhecimento, anteriormente
vistas à materialização dos conceitos e proce- denomindados de “conteúdos” dos compo-
dimentos nela presentes, buscando ajustar-se nentes curriculares, serão desenvolvidos no
ao contexto local e regional. Ensino Médio a partir de uma abordagem in-
terdisciplinar, integradora e contextualizada,
Conforme a Base Nacional Comum Curricular, com vista a aprendizagens significativas. Para
o Currículo do Ensino Médio será composto garantir a flexibilidade na construção dos cur-
pela indissociabilidade entre conhecimentos rículos e abordagens pedagógicas, a etapa do
comuns previstos na Formação Geral Básica e ensino médio apresenta competências e habi-
pela parte diversificada, esta composta pelos lidades sem indicarem a seriação. Cabe notar
Itinerários Formativos que compreende Proje- que pela lei no 13.415 aLíngua Portuguesa e
to de Vida, Trilhas de aprendizagem e eletivas. Matemática são os únicos componentes que
Os itinerários formativos são o conjunto de uni- precisam estar presentes nos três anos do En-
dades curriculares que serão ofertadas pelas sino Médio, por isso a base traz habilidades
escolas e redes de ensino que possibilitam ao específicas para estes componentes.
estudante aprofundar seus conhecimentos e
se prepararem para um projeto de vida que os Decorrente destas mudanças estruturais, na
direcionem no prosseguimento dos estudos e/ parte da Formação Geral Básica consta uma
ou para o mundo do trabalho. redução de carga horária proposta pela BNCC
(2018) na área de Ciências Humanas e Sociais
Diferente do Ensino Fundamental, a BNCC or- Aplicadas e na área de Ciências da Natureza
ganiza as aprendizagens do Ensino Médio em e suas tecnologias. Contudo, o Currículo do
quatro áreas do conhecimento, estimulando Piauí reforça a visão de área do conhecimen-
assim a interdisciplinaridade. A área de Ciên- to, como é proposto pela BNCC (2018), mas
Nesta perspectiva, o conjunto de aprendiza- A proposta da BNCC, que norteia esse currícu-
gens essenciais a serem desenvolvidas ao lo, é que as dez competências sejam desenvol-
A área de Ciências Humanas e sociais aplicadas instabilidades. Sardá (2018) ressalta que a pre-
tem por objetivo o estudo dos seres humanos sença da filosofia nos currículos escolares, ao
em suas múltiplas dimensões; filosóficas, geo- longo do tempo, no nosso país, pode ser anali-
gráficas, históricas e sociológicas. Partindo desta sada em três momentos. O primeiro é caracte-
perspectiva, a área é integrada pelos componen- rizado pela presença obrigatória nos currículos.
tes de Filosofia, Geografia, História e Sociologia, O segundo momento caracteriza-se por uma
onde cada um contribui com suas especificida- presença indefinida, da Primeira República até
des para consolidação da aprendizagem na área o Golpe Civil Militar de 1964. No período pos-
de humanidades. Assim, a Filosofia trata do ser terior a 1930, o sistema educacional brasileiro
humano e dos paradigmas; a Geografia traba- foi marcado por algumas reformas – Francisco
lha as relações de sociedade e natureza sempre Campos em 1932 e Gustavo Capanema em
em uma perspectiva crítica, autoral e reflexiva; 1942 –, ambas reestruturam o ensino secun-
a História trabalha os processos e dinâmicas de dário garantindo a obrigatoriedade do ensino
diferentes tempos, espaços e sociedades; e a de filosofia. O terceiro período se caracteriza
Sociologia trata das instituições e dos grupos pela ausência definida da filosofia no ensino
sociais, buscando desenvolver o protagonismo médio e corresponde ao período ditatorial.
dos indivíduos como seres coletivos.
Contudo, é importante lembrar que já nos anos
O conhecimento promovido pelo conhecimen- de 1961, com a lei 4.024/61, a filosofia deixava
to com conceitos, práticas e narrativas próprias de ser disciplina obrigatória para ser comple-
de cada componente leva os estudantes a des- mentar, e no ano de 1971, com a Lei 5.692/71
naturalizar seu cotidiano e, assim, conduzir a a filosofia é oficialmente extinta dos currículos
percepção de uma interculturalidade-espaço- escolares. Com o processo de redemocratiza-
-temporal de experiências, normas de convívio, ção do país, a filosofia aos poucos foi retornan-
condutas e papéis sociais necessários para a do ao sistema educativo brasileiro. Em 1982, já
vida em sociedade, de forma a contribuir para no final da ditadura militar o parecer 7.044/82
formação integral e cidadã dos estudantes. do Conselho Federal de Educação abre a pos-
sibilidade do retorno da filosofia aos currículos
Com fito de ressaltar a contribuição de cada do Ensino Médio e nos anos de 1990, com a
componente para a área, a seguir é feita a nova Lei de Diretrizes Bases da Educação Lei
apresentação destes e de suas abordagens 9.394/96, a filosofia é apresentada como um
específicas. conhecimento a ser dominado pelos estudan-
tes, mas não como uma disciplina.
A partir daí os reflexos das discussões teó- Neste sentido, o currículo do Piauí, em sua es-
rico-metodológicas da Escola dos Annales, sência, alinha-se aos objetivos propostos pela
Nova História e História Cultural possibilitam BNCC e suas competências gerais e especí-
uma revisão historiográfica, com a inserção da ficas da área de Ciências Humanas e Sociais
produção da história sociocultural e do mun- Aplicadas, especificamente quando se referem
do do trabalho, com propostas de conteúdos às categorias temáticas de aprofundamento e
e de novos métodos de ensino. Dessa forma, problematização estabelecidas no documento,
ampliam o processo de formação de profes- dentre as quais se dar ênfase neste documen-
sores e traduzem-se em uma nova forma de to, levando em consideração as características
abordagem do conhecimento histórico em sala do Estado e os conceitos imprescindíveis que
de aula. Neste contexto, a História amplia seu fazem parte do arcabouço do conhecimento
campo de estudo, com novos sujeitos, objetos histórico, como: Cultura, Cidadania, Espaço,
e abordagens, e atores antes marginalizados Ética, Indivíduo, Identidade, Trabalho, Tempo,
ganham destaques nas pesquisas e livros didá- Memória, Patrimônio e Processo histórico,
ticos. O exemplo mais significante é a inclusão analisados em sua historicidade, com vistas
legal da história da África e dos africanos, a luta a auxiliar os alunos na sua vivência como ci-
dos afro-brasileiros e dos povos indígenas no dadãos. Uma vez que o ensino de História é
Brasil, a cultura afro-brasileira e indígena brasi- imprescindível para o conhecimento humano
leira no currículo escolar brasileiro a partir das na construção de identidades, e como base,
Lei no 10.639/03 e 11.645/08. Essa perspecti- serve de exemplo para compreender o presen-
va anuncia a formação política e cultural para o te por meio de uma reflexão histórica sobre
exercício de uma cidadania social voltado para os fatos do passado, sendo este considerado
a valorização das representações culturais de como uma experiência apreendida e consolida-
matriz africana e indígena, que além de pos- da. Pois a história é uma ciência do presente,
sibilitar a convivência com as diferenças, per- na medida em que, em ligação com as ciên-
mite também priorizar o ensino da História da cias humanas, investiga as leis de organização
América e da África e tira do centro a História e transformação das sociedades humanas.
Europeia.
Ressalta-se que o objetivo primeiro do conhe-
Com base nesta contextualização da educação cimento histórico é a compreensão dos pro-
brasileira ao longo dos últimos 30 anos e no re- cessos e dos sujeitos históricos nas relações
trospecto da disciplina História em nosso país, que se estabelecem entre grupos humanos
O mundo contemporâneo aponta para a cons- vida, capaz de promover o protagonismo juve-
trução de uma sociedade intercultural, com nil e a construção do projeto de vida dos sujei-
vistas à garantia da cidadania e da valorização tos do Ensino Médio.
das diversidades, legitimada pelos princípios
da equidade, justiça, igualdade, solidariedade, A BNCC (2018) traz algumas inovações im-
ética, alteridade e a autonomia dos sujeitos portantes na área de ciências humanas e so-
envolvidos no processo de ensino e aprendi- ciais, podendo ser citadas a contextualização
zagem. Nessa perspectiva, emerge a necessi- do próprio conceito da área, o que marca uma
dade de interlocução das diversas áreas, com inovação de ordem epistemológica. Outro as-
foco na concepção de educação integral, que pecto inovador também está relacionado ao
considere os sujeitos em sua integralidade, tratamento dos temas contextualizados aos
que vise promover o desenvolvimento dos es- cenários locais dos estudantes, com vista a
tudantes nas suas dimensões: intelectual, so- estimular a noção de pertencimento, sua ação
cioemocional, física e cultural. protagonista, bem como sua atuação autoral
no conhecimento e nos projetos de pesquisa
Articulada aos propósitos da Constituição Fe- e de intervenção no território.
deral (1988) e da BNCC (2018), a área de Ciên-
cias Humanas e Sociais Aplicadas, cujo foco é Para a construção de uma sociedade mais
a dimensão humanística, visa desenvolver no cidadã e de sujeitos conscientes acerca das
jovem e no adulto, enquanto sujeitos do Ensi- questões sociais, políticas, culturais, religio-
no Médio, a sua dimensão humana integral e sa e econômica é preciso ampliar o “focus”
emancipatória, por meio de aquisição de capa- e consolidar o papel das Ciências Humanas e
cidades voltadas a fortalecer o sentimento de Sociais Aplicadas, garantindo o legítimo e ne-
solidariedade, respeito às diferenças, reconhe- cessário espaço de articulação entre todas as
cimento e valorização das diversidades. ciências, oportunizando a formação de sujeitos
comprometidos com a coletividade, com uma
Essa finalidade requer um ensino voltado à nova ordem social que desloque a centralida-
construção intencional de processos educati- de do capital para a centralidade ética da vida
vos que promovam aprendizagens sintonizadas humana.
com as necessidades, com as possibilidades e
os interesses dos estudantes. Nesse aspecto, Com o reconhecimento da centralidade do ho-
a aprendizagem deve ser contextualizada com mem e da vida humana, as Ciências Humanas
a realidade social local, regional, nacional e com e Sociais aplicadas, integradas por Filosofia,
os desafios da sociedade contemporânea, por Geografia, História e Sociologia se destacam
meio de práticas pedagógicas que favoreça o nesse cenário, pois em conformidade com a
reconhecimento e valorização das identidades BNCC (2018), estas possuem o papel de am-
culturais, étnicas e linguísticas. Tudo isso com pliar e aprofundar “as aprendizagens essen-
vista a uma aprendizagem significativa para a ciais desenvolvidas até o Ensino Fundamental,
(EM13CHS101) Analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas
à compreensão e à crítica de ideias filosóficas e processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômi-
cos, sociais, ambientais e culturais.
(EM13CHS102) Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas,
sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade, coope-
rativismo/desenvolvimento etc.), avaliando criticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas
que contemplem outros agentes e discursos.
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a processos políticos,
econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de dados e informa-
ções de diversas naturezas (expressões artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos e
geográficos, gráficos, mapas, tabelas, tradições orais, entre outros).
(EM13CHS104) Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar conhecimentos,
valores, crenças e práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de diferentes sociedades inse-
ridas no tempo e no espaço.
(EM13CHS105) Identificar, contextualizar e criticar tipologias evolutivas (populações nômades e sedentárias, en-
tre outras) e oposições dicotômicas (cidade/campo, cultura/natureza, civilizados/bárbaros, razão/emoção, mate-
rial/virtual etc.), explicitando suas ambiguidades.
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e tecnolo-
gias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimentos, re-
solver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
(EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das mercadorias e do capital nos diversos
continentes, com destaque para a mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função de
eventos naturais, políticos, econômicos, sociais, religiosos e culturais, de modo a compreender e posicionar-se
criticamente em relação a esses processos e às possíveis relações entre eles.
(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos
e sociedades contemporâneos (fluxos populacionais, financeiros, de mercadorias, de informações, de valores
éticos e culturais etc.), bem como suas interferências nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e
culturais.
(EM13CHS203) Comparar os significados de território, fronteiras e vazio (espacial, temporal e cultural) em dife-
rentes sociedades, contextualizando e relativizando visões dualistas (civilização/barbárie, nomadismo/sedentaris-
mo, esclarecimento/obscurantismo, cidade/ campo, entre outras).
(EM13CHS204) Comparar e avaliar os processos de ocupação do espaço e a formação de territórios, territorialida-
des e fronteiras, identificando o papel de diferentes agentes (como grupos sociais e culturais, impérios, Estados
Nacionais e organismos internacionais) e considerando os conflitos populacionais (internos e externos), a diversi-
dade étnico-cultural e as características socioeconômicas, políticas e tecnológicas.
(EM13CHS205) Analisar a produção de diferentes territorialidades em suas dimensões culturais, econômicas,
ambientais, políticas e sociais, no Brasil e no mundo contemporâneo, com destaque para as culturas juvenis.
(EM13CHS206) Analisar a ocupação humana e a produção do espaço em diferentes tempos, aplicando os princí-
pios de localização, distribuição, ordem, extensão, conexão, arranjos, casualidade, entre outros que contribuem
para o raciocínio geográfico.
(EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos e classes sociais diante das transforma-
ções técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho ao longo do tempo, em diferentes
espaços e contextos.
(EM13CHS402) Analisar e comparar indicadores de emprego, trabalho e renda em diferentes espaços, escalas e
tempos, associando-os a processos de estratificação e desigualdade socioeconômica.
(EM13CHS403) Caracterizar e analisar processos próprios da contemporaneidade, com ênfase nas transforma-
ções tecnológicas e das relações sociais e de trabalho, para propor ações que visem à superação de situações de
opressão e violação dos Direitos Humanos.
(EM13CHS404) Identificar e discutir os múltiplos aspectos do trabalho em diferentes circunstâncias e contextos
históricos e/ou geográficos e seus efeitos sobre as gerações, em especial, os jovens e as gerações futuras, le-
vando em consideração, na atualidade, as transformações técnicas, tecnológicas e informacionais.
A última competência específica trata do prota- ção, com liberdade, autonomia e consciência
gonismo do aluno no debate público, levando-o crítica. Para isso, fornece um instrumental teóri-
a compreender a importância de sua participa- co e conceitual contextualizado que permite ao
A Matriz Curricular da área de Ciências Huma- salta a proposta de que estes sejam traba-
nas e Sociais Aplicadas busca servir como orga- lhados de forma articulada e interdisciplinar,
nizador e um mapa de aprendizagens visando com sobreposição do trabalho por área, com
ampliar conhecimentos, através da superação vista a formação integrada. Assim, a organiza-
das lacunas de aprendizagem que marcam o ção por área do conhecimento, conforme cita
percurso formativo dos estudantes da educa- a BNCC ao referenciar o Parecer CNE/CP no
ção básica, de modo que auxilie o professor 11/200925:
a criar estratégias de ensino que valorize as
experiências cognitiva dos estudantes. Espe- ‘não exclui necessariamente as disciplinas, com
ra-se que o conhecimento seja significativo, a suas especificidades e saberes próprios histori-
partir da integração dos conhecimentos inte- camente construídos, mas, sim, implica o forta-
lectuais e práticos, com base na proposta da lecimento das relações entre elas e a sua con-
LDB no 9.394/96 de desenvolver um processo textualização para apreensão e intervenção na
educativo com base nas reais necessidades realidade, requerendo trabalho conjugado e coo-
do estudante. Sugestão reforçada pela BNCC, perativo dos seus professores no planejamento
ao focar a centralidade do estudante e seu pro- e na execução dos planos de ensino’ (BRASIL,
tagonismo na construção do conhecimento e 2009; ênfases adicionadas apud BNCC, 2018,
sua atuação diante dos desafios que marcam a p. 32).
contemporaneidade.
Assim, apesar dos objetos do conhecimento
Com vista a atender a progressão de aprendi- estarem separados por componentes, enfa-
zagens a presente matriz curricular está orga- tiza-se que eles podem ser trabalhados por
nizada conforme a BNCC (2018), considerando todos os componentes com abordagem espe-
as competências gerais da educação básica, cífica de forma interdisciplinar, considerando o
associadas às competências específicas da tema geral norteado por cada competência es-
área, definidas com base nos processos cogni- pecífica. Partindo deste ponto de vista, os limi-
tivos e socioemocionais a serem trabalhados, tes entre cada componente curricular acabam
as habilidades a elas inter-relacionadas para o se mesclando como propõe a BNCC, num en-
desenvolvimento das categorias centrais da sino efetivamente por área de conhecimento,
área, indicação de objetos do conhecimento e requerendo trabalho conjugado e cooperativo
os objetivos de aprendizagem a serem desen- dos seus professores no planejamento dentro
volvidos em cada série do Ensino Médio, de da área de forma interdisciplinar e transdiscipli-
forma a facilitar as ações educacionais. nar. Assim, os temas gerais permitem aos pro-
fessores vislumbrarem melhor as categorias
Nesse sentido, a Matriz especifica os obje- conceituais da área a serem aprofundadas, a
tos do conhecimento e objetivos de aprendi- abordagem dos temas transversais contempo-
zagem por componentes, para que cada um râneos e o diálogo interdisciplinar com as de-
seja identificado nesse processo, mas res- mais áreas de conhecimento.
FILOSOFIA 40 H 40 H –
GEOGRAFIA 80 H 40 H 40 H
HISTÓRIA 80 H 40 H 40 H
SOCIOLOGIA 40 H 40 H –
A estrutura básica de distribuição das compe- Humanas e sociais aplicadas. Nesse sentido,
tências específicas, habilidades, objetivos de optou-se por trazer na 1a série os objetos do
aprendizagem e objetos do conhecimento dire- conhecimento relacionados às habilidades 1,
ciona o desenvolvimento do processo de ensi- 2 e 3. Na 2a Série aparecem as habilidades 4
no permeado pelo planejamento efetivamente conexas às 06 (seis) competências específicas
por área de conhecimento. Neste propósito, é e habilidades 5 relacionadas às competências
necessário o alinhamento dos objetos do co- específicas 1, 2, 3 e 6; e por fim, na 3a Série
nhecimento, seguindo a sequência das compe- propõe-se a continuidade do trabalho das habi-
tências específicas e suas habilidades, as quais lidades 5 articuladas às competências 1, 2, 3 e
perpassam respectivamente pelas etapas de 6 e habilidades 6 (seis) articuladas às 06 (seis)
iniciação e apropriação dos conhecimentos competências específicas. O maior número de
científicos relativos à evolução do pensamento habilidades a serem trabalhadas concentrou-
homem-natureza, a modificação desta última -se na 1a série em decorrência da carga horária
através dos processos históricos e espaciais anual da área ser maior nessa série.
do uso e ocupação antrópica e, por fim a com-
preensão dos problemas sociais, econômicos, Com o propósito de auxiliar o trabalho de plane-
políticos, éticos e culturais resultantes de to- jamento dos professores, o quadro Matriz traz a
dos estes processos, bem como a intervenção descrição das Competências específicas, Com-
nestes problemas a partir do diálogo, atitudes, petências gerais a elas articuladas, habilidades,
ações e manifestações da cidadania. objetivos de aprendizagem e objetos do conhe-
cimento, a serem desenvolvidos em cada série
A proposta de distribuição dos objetos do co- na etapa do ensino médio na rede Estadual de
nhecimento por série deu-se a partir da divisão Ensino do Piauí, conforme os quadros a seguir:
sequencial de habilidades relacionadas às seis Quadro matriz 1 – 1a série, quadro matriz 2 – 2a
competências específicas da área de Ciências séire e quadro matriz 3 – 3a série.
Competência específica 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos,
a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando
diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.
Competências Gerais: 1-Conhecimento; 2– Pensamento científico, crítico e criativo; 6– Trabalho e Projeto de Vida; 10 – Responsabilidade e Cidadania.
307
308
SOCIOLOGIA Ø
Analisar criticamente os elementos constitutivos da so- ü
O homem como ser social.
ciedade, em sua gênese e transformações. ü
Evolucionismo e diferença.
Ø
Identificar as variadas formas de vida humana e o evolu- ü
Padrões e normas da cultura em distintas so-
cionismo, bem como a formação social, os padrões e as ciedades.
normas da cultura em distintas sociedades. ü
Socialização e Controle Social.
EM13CHS102 – FILOSOFIA Ø
Discutir a vida social, a ética como princípio da vida co- ü
O conceito de civilização: do Iluminismo à con-
letiva, dos fundamentos da pólis e da noção de cidade e temporaneidade, civilização e barbárie.
Identificar, analisar e discutir as urbano. ü
Concepção de etnocentrismo e modernidade,
circunstâncias históricas, geo- Ø
Analisar a perspectiva etnocêntrica da modernidade e a cultura e sociedade e cidadania e cidadão.
gráficas, políticas, econômicas, noção de cultura e cidadania.
HISTÓRIA Ø
Analisar a conquista e a colonização da América, os ideais ü
Ideias Iluministas: contexto histórico e seu sig-
iluministas e o imperialismo europeu na África e na Ásia. nificado na formação de conceitos que moldam
Ø
Comparar e contextualizar os efeitos do colonialismo mo- o mundo contemporâneo.
derno e do neocolonialismo contemporâneo em diferen- ü
Conquista e colonização da América.
tes contextos e escalas espaciais. ü
Imperialismo europeu na África e na Ásia.
Ø
Discutir o processo de colonização da América na lógica ü
A missão civilizadora e o fardo do homem bran-
do imperialismo e seus efeitos econômicos e culturais na co.
perspectiva decolonial. ü
A escravidão, a eugenia e a política do embran-
Ø
Analisar os discursos imperialistas e neocolonialistas na quecimento no Brasil Império e nos primeiros
África, na Ásia e no processo imigratório do Segundo Rei- anos da Primeira República.
nado. ü
Imperialismo e Neocolonialismo.
Ø
Identificar e analisar a origem do racismo no Brasil; o con-
ceito de “raça” a partir de critérios biológicos e sociológi-
cos; e o Estado.
SOCIOLOGIA Ø
Analisar os conceitos de fato social e anomia social. ü
Teorias científicas e raciais do século XIX.
Ø
Racismo, etnocentrismo, preconceito, apropria-
Problematizar o mito da democracia racial, a partir da aná- ü
lise de informações e de situações cotidianas do Brasil. ção cultural, fato social e anomia social.
Ø
Identificar os fenômenos do mundo moderno: divisão do ü Organização e funcionamento da sociedade: in-
trabalho, especialização, variação moral, coesão social, divíduo, sociedade, cidade e urbano.
racionalização, influência religiosa sobre a vida humana, ü
Divisão social do trabalho
relações produtivas e conflitos entre classes sociais. ü
Imaginação Sociológica.
Ø
Promover o estranhamento e a desnaturalização diante
das regras e estruturas sociais.
Ø
Relacionar a formação da sociedade, da vida coletiva, das
cidades e do urbano.
(EM13CHS103) FILOSOFIA Ø
Discutir a relação entre ciência, cultura, religião, ética e ü
Cultura, religião, ética e liberdade.
liberdade. ü
Razão no pensamento filosófico: relevância da
Elaborar hipóteses, selecionar Ø
Demonstrar postura reflexiva acerca do mundo ao seu re- abstração racional para o conhecimento filosó-
evidências e compor argumentos dor e sobre a relação entre o homem e a natureza. fico.
relativos a processos políticos, Ø
Relacionar os fundamentos da razão com os princípios da
econômicos, sociais, ambientais, ação humana.
culturais e epistemológicos, com GEOGRAFIA Ø
Analisar a configuração da produção dos espaços geo- ü
Organização social, econômica e cultural do po-
base na sistematização de dados gráficos em distintos tempos e espaços, analisando si- voamento no Nordeste Brasileiro – destaque ao
e informações de diversas nature- tuações geográficas a partir de diferentes linguagens e Piauí.
zas (expressões artísticas, textos representações. ü
As transformações no espaço geográfico a par-
filosóficos e sociológicos, docu- Ø
Compreender as transformações no espaço geográfico a tir da produção de mercadorias.
mentos históricos e geográficos, partir da produção e da dinâmica da natureza. ü
A dinâmica da natureza e os impactos causados
gráficos, mapas, tabelas, tradi- Ø
Analisar situações geográficas por meio de fontes e lin- pela ação antrópica.
ções orais, entre outros). guagens diversas: mapas, tabelas, gráficos, fotografia, ü
A contribuição das revoluções mexicana e russa
caricatura e expressões artísticas. para as configurações geo-histórias do mundo.
Ø
Compreender criticamente a transformação do capitalis- ü
A transformação do capitalismo da Revolução
mo a partir das transformações da sociedade urbano-in- Industrial ao imperialismo.
dustrial.
HISTÓRIA Ø
Discutir o comércio escravo e seus desdobramentos eco- ü
Questões indígenas e quilombolas: tráfico e co-
nômicos e culturais no Brasil e mundo. mércio escravo no Brasil e no Mundo.
Ø
Compreender criticamente a transformação do capitalis- ü
A transformação do capitalismo da Revolução
mo a partir das transformações da sociedade urbano-in- Industrial ao imperialismo.
dustrial. ü
A ciência e a Revolução Industrial.
Ø
Selecionar evidências para elaborar hipóteses e argumen- ü
A contribuição das revoluções mexicana e
tos relativos aos problemas sociais da contemporaneida- russa para as configurações geo-históricas do
de, como desigualdade de renda e outras questões rela- mundo.
cionadas ao mundo do trabalho.
Ø
Retomar as questões relativas à origem e aos desdobra-
mentos da Revolução Industrial até o imperialismo, apre-
309
310
SOCIOLOGIA Ø
Diferenciar opinião e senso comum a fim de reconhecer ü A sociedade e a relação com o trabalho.
fake news, apoiando-se, para isso, em estudos geográfi- ü Classe e estratificação social.
cos, textos filosóficos, análises sociológicas e documen- ü
Mídia Social.
tos históricos.
Ø
Trabalhar a crítica ao senso comum, promovendo o estra-
nhamento e desnaturalização da realidade, mostrando a
relação da sociedade com o trabalho e os desdobramen-
tos do capitalismo na estratificação social.
Competências Gerais: 2 – Pensamento científico, crítico e criativo, 5 – Cultura digital, 6 – Trabalho e projeto de vida, 9 – Empatia e Cooperação, 10 – Responsabilidade e
cidadania.
(EM13CHS201) FILOSOFIA Ø
Relacionar as formas e organizações territoriais aos tipos ü
Dimensões éticas acerca da convivência entre
Analisar e caracterizar as dinâmi- de governos debatendo dimensões éticas relacionadas à as diferenças.
cas das populações, das merca- convivência entre as diferenças. ü
Xenofobia, racismo e diferenças.
dorias e do capital nos diversos Ø
Analisar questões contemporâneas que promovem o ra-
continentes, com destaque para cismo, xenofobia, desigualdade e diferença.
a mobilidade e a fixação de pes- GEOGRAFIA Ø
Analisar mapas temáticos e outras formas de represen- ü
Organização social, econômica e cultural dos
soas, grupos humanos e povos, tação de etnias, de modo a identificar e analisar tensões primeiros povos no Nordeste Brasileiro – des-
em função de eventos naturais, territoriais internas aos Estados Nacionais e tensões fron- taque ao Piauí.
políticos, econômicos, sociais, teiriças decorrentes das migrações. ü
Territorialidades urbanas.
religiosos e culturais, de modo Ø
Caracterizar aspectos políticos e econômicos de espaços ü
Propriedade da terra e organização territorial.
a compreender e posicionar-se geradores e receptores de migrantes e com a análise do ü
Regimes políticos e produção territorial.
criticamente em relação a esses trabalho e moradia em espaços urbanos e das alterações ü
Migrações e conflitos socioespaciais: fluxos e
processos e às possíveis relações na dinâmica global a partir dos processos migratórios. relações escalares (eventos naturais, sociaiI-
entre eles. BAs e econômicos).
ü
Áreas litigiosas nos limites territoriais do Piauí.
HISTÓRIA Ø
Analisar as implicações de diferentes regimes políticos na ü
Os deslocamentos populacionais em diferen-
organização territorial de países e continentes. tes contextos históricos.
Ø
Analisar distintas relações étnicas e de xenofobia frente ü A crise migratória no mediterrâneo: o refúgio, a
a processos de povoamento, e identificar a estruturação apátrida e os deslocamentos forçados.
do território brasileiro a partir da migração e das trocas ü
Formas de Governo: Democracia, Aristocracia,
materiais, culturais ou religiosas. Oligarquia, Tirania, regimes totalitários.
Ø
Caracterizar e analisar acerca dos impactos socioeconô- ü Regimes políticos e produção territorial.
micos dos conflitos territoriais urbanos que expressem
disputas territoriais decorrentes das diferenças culturais
e socioeconômicas, nas grandes cidades do mundo e em
fronteiras.
Ø
Analisar e caracterizar problemas das fronteiras nacionais,
entre o Brasil e países vizinhos: integração dos povos,
questões de segurança e exploração e defesa dos recur-
sos naturais ao longo de tempo.
SOCIOLOGIA Ø
Analisar o Pensamento Social Brasileiro frente à proble- ü O pensamento social brasileiro frente à proble-
mática da emancipação, do direito à diferença, dos limites mática da emancipação, do direito à diferença,
à liberdade, da definição da dignidade como projeto social dos limites à liberdade.
e do reconhecimento da exclusão. ü
Etnias, xenofobia e conflitos territoriais.
Ø
Analisar questões contemporâneas referentes ao racis-
mo, xenofobia, desigualdade e diferença.
Ø
Caracterizar e analisar as causas e consequências das
territorializações entre grupos refugiados e grupos não
refugiados.
EM13CHS202 – FILOSOFIA Ø
Interrogar a si e ao outro adotando a dúvida sistemática ü
Ciência, ética, cultura, tecnologia, e formação
Analisar e avaliar os impactos das e a investigação para refletir, avaliar e se posicionar de de solidariedades político-ideológicas.
tecnologias na estruturação e nas forma autônoma e crítica frente a questões da vida coti-
dinâmicas de grupos, povos e diana.
sociedades contemporâneos (flu- Ø
Analisar os limites éticos da ciência e tecnologia e seus
xos populacionais, financeiros, reflexos na cultura das sociedades.
de mercadorias, de informações, GEOGRAFIA Ø
Avaliar a relação entre moradia, transporte, qualidade de ü Tecnologia, globalização e dinâmica produtiva.
de valores éticos e culturais etc.), vida e tecnologia; compreendendo a relação entre tecno- ü Estados e organismos internacionais: protecio-
bem como suas interferências logia, produção e trabalho. nismo, multilateralismo e governança global.
nas decisões políticas, sociais, Ø
Analisar as relações entre meio ambiente e tecnologia. ü
A Revolução Digital: automatização e a roboti-
ambientais, econômicas e cultu- Ø
Interpretar gráficos de fluxo financeiro e informacional, zação da produção e as novas relações e dinâ-
rais. identificando rotas de trocas mundiais. micas no mundo do trabalho.
Ø
Identificar, problematizar e analisar os impactos científi-
cos, econômicos, sociais e políticos da globalização nas
sociedades contemporâneas.
HISTÓRIA Ø
Analisar as interpretações, versões, fatos e processos em ü Fronteiras culturais: integração e exclusão so-
diferentes tempos a partir de diferentes narrativas acerca ciocultural.
da dinâmica do mundo do trabalho. ü
A Revolução Digital: automatização e a roboti-
311
SOCIOLOGIA Ø
Avaliar e mapear movimentos de resistência à globaliza- ü Política e interculturalidade.
312
ção, pela valorização do lugar e o do território. ü
Multiculturalismo.
Ø
Analisar a influência da tecnologia na difusão, manuten-
ção e alteração de padrões comportamentais e partir da
reflexão sobre poderes transnacionais, poderes locais,
conflitos e movimentos contra hegemônicos.
Ø
Analisar imagens de diferentes espaços, associando flu-
xos econômicos às dinâmicas culturais e considerando as
relações entre local e global.
EM13CHS203 FILOSOFIA Ø
Comparar a relação “poder do poder”: verdade verossí- ü
Poder, poder político; verdade verossímil/ ver-
Comparar os significados de terri- mil/verdade aparência, poder político; dade aparente.
Competência específica 3: Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produção, distribuição e consumo) e seus
impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental e o consumo responsável
em âmbito local, regional, nacional e global.
313
SOCIOLOGIA Ø
Refletir criticamente sobre o desafio da realidade contem- ü
Capital, desenvolvimento econômico e questão
314
porânea diante das possibilidades reais de continuidade ambiental. Consumismo.
dos padrões de produção industrial. ü
Impactos dos lixões, descarte massivo de resí-
Ø
Selecionar a problemática dos lixões e seus entornos, duos e a questão do materialismo como práti-
impactos e trabalhadores, discutir efeitos do descarte ca social de consumo, descarte e orientações
massivo de resíduos e a questão do materialismo como éticas.
prática social de consumo, descarte e orientações éticas. ü A produção de mercadorias, o consumo e o
Ø
Problematizar a capacidade de ação de indivíduos, socie- descarte de resíduos, considerando o papel do
dades e Estado na mitigação de impactos ambientais. Estado, da sociedade e do indivíduo.
EM13CHS302 FILOSOFIA Ø
Analisar as relações homem e natureza e seus reflexos ü
Relações entre homem e natureza: conceitos
nos modos de vida, consumo, cultura e modos de pro- sobre modos de vida, consumo, cultura e pro-
Competência específica 4: Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo
o papel dessas relações na construção, consolidação e transformação das sociedades.
Competência específica 5: Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos,
democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
Competência específica 6: Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas
ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
323
QUADRO MATRIZ 2 – 2a SÉRIE
324
CARGA HORÁRIA ANUAL DOS COMPONENTES
a
2 SÉRIE FILOSOFIA – 40h HISTÓRIA – 40h
GEOGRAFIA – 40h SOCIOLOGIA – 40h
Competência específica 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos,
a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando
diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.
EM13CHS104 FILOSOFIA Ø
Analisar os processos de formação e a uniformização de ü Estética e arte.
Analisar objetos e vestígios da opiniões, gostos e comportamentos, o consumismo e a ü A arte como forma de pensamento e produção
cultura material e imaterial de cultura de massa. de significados e as concepções estéticas.
modo a identificar conhecimen- Ø
Compreender o caráter material que se impõe aos indiví-
tos, valores, crenças e práticas duos, do padrão estético e das produções de significados.
que caracterizam a identidade e a GEOGRAFIA Ø
Apresentar o patrimônio natural, incluindo os parques na- ü
Turismo ambiental.
diversidade cultural de diferentes cionais e áreas de preservação, para refletir sobre a im- ü
Relação entre patrimônio e Turismo.
sociedades inseridas no tempo e portância da conservação e o uso do turismo. ü
Arqueologia e Paleontologia do Piauí.
no espaço. Ø
Apresentar a importância que o patrimônio natural possui ü
Patrimônio natural (nacional e piauiense), Par-
para a conservação, bem como a relação do patrimônio que Nacional Serra da Capivara, Parque Sete
com o turismo. Cidades, Cânion do Rio Poti, e conservação.
Ø
Realizar levantamento dos aspectos naturais dos quais os
parques estão inseridos, bem como seu uso, ocupação e
impactos ambientais.
HISTÓRIA Ø
Identificar a importância do patrimônio para identidade so- ü Patrimônio cultural: material e imaterial e o le-
cial e territorial dos indivíduos e inventariar o patrimônio gado cultural de diferentes povos.
material e imaterial do Brasil e do Piauí. ü
Patrimônio histórico cultural e os lugares da
Ø
Analisar o legado cultural de cada povo em diferentes pe- Memória.
ríodos e lugares, relacionando essa herança à formação ü Patrimônio material (nacional e piauiense): Par-
da sociedade ocidental, sobretudo a brasileira, a partir do que Nacional Serra da Capivara, Parque Sete
enfoque do patrimônio histórico cultural e da importância Cidades.
da preservação da memória (local e nacional).
Ø
Analisar os objetos da cultura material presentes no Par-
que Nacional Serra da Capivara, e a importãncia do Museu
do Homem Americano na preservação da memória e his-
tória local, nacional.
SOCIOLOGIA Ø
Apreender de modo crítico o conceito de cultura em seus ü Cultura: dimensões, diversidade e difusão de
diversos meandros e sentidos. informações e conhecimentos,
Ø
Problematizando formas de dominação e de resistência ü Indústria cultural e meios de comunicação de
nas sociedades contemporâneas. massa: sociedade, ideologia e consumo.
Ø
Reconhecer os impactos dos movimentos culturais e de ü Cultura e territórios
contestação dos valores hegemônicos na vida social e
política.
Ø
Abordar a relação da cultura e do território e as práticas
territoriais que revelam marcas culturais, como a gastro-
nomia, a música, os símbolos e as características do habi-
tar e do viver a cidade.
EM13CHS105 FILOSOFIA Ø
Estudar a razão, a filosofia do conhecimento, a filosofia da ü
Razão e pensamento científico.
Identificar, contextualizar e criticar ciência, a Teoria Crítica, bem como Montaigne, Rousseau, ü Subjetividades, religiosidades, senso comum e
tipologias evolutivas (populações Kant, Hegel, Marx, Nietzsche, Ernst Meyr, Max Scheler e valores tradicionais.
nômades e sedentárias, entre ou- Sartre.
tras) e oposições dicotômicas (ci- GEOGRAFIA Ø
Contextualizar e analisar práticas de agricultura em dife- ü
Consequências da Modernidade: tecnologia,
dade/campo, cultura/natureza, ci- rentes estruturas sociais, criticando classificações valora- trabalho, obsolescência e degradação ambien-
vilizados/bárbaros, razão/emoção, tivas e dicotômicas. tal.
material/virtual etc.), explicitando Ø
Identificar as características e interconexões entre espa- ü
Espaço urbano e rural: conflitos pela terra, inte-
suas ambiguidades. ços urbanos e rurais. resses divergentes e ambiguidades.
Ø
Identificar e refletir sobre as consequências do uso das
tecnologias no cotidiano e avaliar o impacto social do culto
à ciência e à tecnologia para a sociedade contemporânea.
HISTÓRIA Ø
Contextualizar as consequências da ideia de progresso na ü A organização dos povos nômades e a ideia de
formação da concepção evolucionista de civilização. barbárie.
Ø
Identificar e problematizar os usos sociais da ideia de evo- ü
Os ideais iluministas e o conceito de civilizado.
lução em relação às diferenças étnico-raciais. ü
Complexidade: entendimento dos conflitos e
Ø
Contextualizar a ideia de barbárie, os ideais iluministas e situações divergentes, observando dicotomias,
o conceito de civilizado, no processo de neocolonização ambiguidades e julgamentos valorativos exclu-
na África e Ásia. dentes e opositivos.
ü
O neocolonialismo na África e Ásia.
SOCIOLOGIA Ø
Contextualizar os limites e as críticas à Modernidade. ü
Modernidade; Pós-modernidade e Modernida-
Ø
Compreender que as ideias de progresso, de razão e de de Líquida.
avanço rumo a uma sociedade melhor são passíveis de ü Concepções de mudanças sociais em distintos
revisão crítica, possibilitando superar uma visão de mun- tempos e lugares: evolução, progresso e de-
do dicotômica. senvolvimento.
Ø
Contextualizar e analisar situações de conflito pela terra e
325
326
TEMA GERAL: Poder, Territórios e Geopolítica.
Competência específica 2: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão das relações de poder que determinam
as territorialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações.
Competências Gerais: 2 – Pensamento científico, crítico e criativo, 5 – Cultura digital, 6 – Trabalho e projeto de vida, 9 – Empatia e Cooperação, 10 – Responsabilidade e
cidadania.
EM13CHS204 FILOSOFIA Ø
Comparar as retóricas e ideologias que pautaram e ou ü Discurso ideológicos: nação, identidade nacio-
Comparar e avaliar os processos justificaram os conflitos, identificando a permanência e a nal e sociabilidades.
327
reflexos na contemporaneidade.
SOCIOLOGIA Ø
Analisar a relação política entre distintos tipos de culturas. ü
Tecnologias da informação e comunicação e a
328
Ø
Refletir sobre o desenvolvimento de formas de solidarie- atuação da juventude em movimentos sociais.
dade e a elaboração de normas e códigos de conduta de
grupos identitários, minoritários ou excluídos, frente às
normas e valores hegemônicos.
Competência específica 3: Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produção, distribuição e consumo) e seus
impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental e o consumo responsável
em âmbito local, regional, nacional e global.
EM13CHS304 FILOSOFIA Ø
Analisar os discursos éticos e políticos, identificando po- ü
Discursos éticos e políticos acerca do meio am-
Analisar os impactos socioam- sições não enunciadas, mas que podem dirigir os proces- biente e desenvolvimento sustentável.
bientais decorrentes de práticas sos de desenvolvimento sustentável.
de instituições governamentais, GEOGRAFIA Ø
Analisar a dimensão geopolítica da questão ambiental. ü
Governança ambiental no Brasil e em diferen-
de empresas e de indivíduos, dis- Ø
Refletir sobre o papel dos países e das instituições para tes países do mundo.
cutindo as origens dessas práti- preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento ü
Fórum Mundial Ambiental da ONU, o Fórum
cas, selecionando, incorporando sustentável. Mundial da Água, a Conferência do Clima.
e promovendo aquelas que fa- Ø
Compreender a dimensão geopolítica da questão ambien- ü
Mudanças climáticas.
voreçam a consciência e a ética tal a partir dos temas: clima, água, consumo, produção de ü
Programa das Nações Unidas para o Meio Am-
socioambiental e o consumo res- mercadorias, tecnologia e descarte. biente (Pnuma) e o fortalecimento das institui-
ponsável. Ø
Relacionar as ações dos organismos internacionais e o pa- ções mundiais para o desenvolvimento susten-
pel dos países no enfrentamento das questões mundiais. tável.
Ø
Desenvolver um entendimento crítico da realidade con- ü
Desastres socioambientais no Brasil e Piauí
temporânea e das possibilidades reais de continuidade (rompimento das barragens: barragens do Fun-
dos padrões de produção industrial, consumo e susten- dão, Brumadinho, Mariana, Algodões– PI).
tabilidade ambiental.
Ø
Analisar a questão da degradação ambiental nas socieda-
des modernas.
HISTÓRIA Ø
Analisar os impactos socioambientais e o papel dos indiví- ü
O papel dos indivíduos, das instituições, dos
duos, das instituições, dos Estados e dos órgãos multila- Estados e dos órgãos multilaterais no enfrenta-
terais a partir de situações como construção de ferrovias, mento das questões socioambientais.
rodovias, usinas hidrelétricas e nucleares; reformas urba- ü
Programa das Nações Unidas para o Meio Am-
nísticas; campanhas sanitárias; entre outras. biente (Pnuma) e o fortalecimento das institui-
Ø
Relacionar as ações dos organismos internacionais e o pa- ções mundiais para o desenvolvimento susten-
pel dos países no enfrentamento das questões mundiais. tável.
Ø
Analisar e criticar as relações existentes entre as práticas ü
Desastres socioambientais no Brasil e Piauí
sociais produtivas humanas e o ambiente natural. (rompimento das barragens: barragens do Fun-
Ø
Desenvolver um entendimento crítico da realidade con- dão, Brumadinho, Mariana, Algodões– PI).
temporânea e das possibilidades reais de continuidade
dos padrões de produção industrial, consumo e susten-
tabilidade ambiental.
SOCIOLOGIA Ø
Conhecer políticas e programas ambientais para a Ama- ü A interação entre indivíduos, instituições, Esta-
zônia para refletir sobre a importância da preservação e dos e dos órgãos multilaterais no enfrentamen-
conservação. to das questões socioambientais.
Ø
Abordar a questão da degradação ambiental nas socieda- ü Estratégias e instrumentos internacionais de
des modernas. promoção das políticas ambientais.
Ø
Refletir sobre os efeitos do processo de modernização ü Riscos, vulnerabilidade e insegurança ambien-
e debater questões como pesquisas com embriões, mu- tal: políticas e programas ambientais para a
dança climática, riscos globais e a produção de discursos. Amazônia.
Ø
Comparar os efeitos socioambientais compensatórios pro-
movidos por diferentes empreendimento aos impactos ge-
rados pelas atividades econômicas desenvolvidas por estes.
Ø
Discutir as políticas e programas ambientais para a Ama-
zônia.
EM13CHS305 FILOSOFIA Ø
Analisar a relação das sociedades com a natureza a pre- Ø
Limites da ação individual e coletiva.
Analisar e discutir o papel e as servação inteligente das condições para a manutenção da Ø
Relação das sociedades com a natureza e pos-
competências legais dos organis- vida. sibilidades de sustentabilidade.
mos nacionais e internacionais GEOGRAFIA Ø
Discutir as possibilidades legais para uso e ocupação de Ø
Produção econômica e as legislações para uso/
de regulação, controle e fiscali- Unidades de Conservação frente às ações de ocupação preservação/restauração/conservação dos re-
zação ambiental e dos acordos urbana. cursos naturais.
internacionais para a promoção e Ø
Analisar as condições de preservação de áreas de flores- Ø
Acordos, tratados, protocolos e convenções
a garantia de práticas ambientais ta, mananciais e redes hidrográficas com a crise hídrica ambientais internacionais e a soberania nacio-
sustentáveis. brasileira. nal.
Ø
Comparar as proposições legais – nacionais e internacionais Ø
Movimentos sociais ambientalistas e a agenda
– às ações de demarcação/uso/conservação e preservação global.
de áreas e ao apresentar as questões globais ambientais Ø
Ações e instituições estatais e não governa-
diante dos dilemas e impactos políticos e econômicos. mentais de fiscalização e proteção ambiental.
Ø
Analisar os acordos, tratados e protocolos internacionais
que regem as questões ambientais e identificar conflitos
de interesses nacionais e acordos globais.
Ø
Discutir o papel dos organismos nacionais de regulação,
controle e fiscalização ambiental (por exemplo, o IBAMA
e órgãos estaduais) e a regulação de órgãos internacio-
329
ao desenvolvimento econômico e à sustentabilidade.
HISTÓRIA Ø
Discutir os acordos, tratados e protocolos internacionais Ø Estados nacionais, desenvolvimento econômi-
330
que regem as questões ambientais e identificar conflitos co e a preocupação global com o ambiente.
de interesses nacionais e acordos globais. Ø
Movimentos sociais ambientalistas e a agenda
Ø
Analisar a relação entre desenvolvimento econômico e global.
preservação do meio ambiente a partir das demandas por
justiça ambiental em vários lugares do mundo.
Ø
Discutir os acordos internacionais relativos ao aquecimen-
to global, à preservação e ao desenvolvimento sustentá-
vel, bem como os compromissos assumidos pelo Brasil.
SOCIOLOGIA Ø
Analisar e discutir o papel dos organismos nacionais de ü Ações e instituições estatais e não governa-
regulação, controle e fiscalização ambiental (por exemplo, mentais de fiscalização e proteção ambiental.
TEMA GERAL: Trabalho e suas múltiplas dimensões: histórica, geográfica, antropológica, sociológica, política, econômica e filosófica
Competência específica 4: Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo
o papel dessas relações na construção, consolidação e transformação das sociedades.
TEMA GERAL: Direitos Humanos, ética, consciência moral, solidariedade e tolerância às diferenças culturais, religiosas e étnico-raciais.
Competência específica 5: Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos,
democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
331
mo. trabalho. Produção da vida e arranjos técnicos.
332
Ø
Analisar a organização do espaço e a divisão internacio-
nal do trabalho a partir da lógica de produção industrial
e científica; o avanço das técnicas e o uso do território;
as grandes corporações e a geopolítica das técnicas e da
ciência; e a segregação decorrente da desigualdade social
Competência específica 6: Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
333
334
EM13CHS605 FILOSOFIA Ø
Analisar os princípios de justiça, igualdade, fraternidade, ü
Princípios de justiça, igualdade, fraternidade,
Analisar os princípios da declara- liberdade e direitos a partir do enfoque da cidadania e do liberdade e cidadania.
ção dos Direitos Humanos, recor- direito do ser humano de ser reconhecido como pessoa
rendo às noções de justiça, igual- em qualquer lugar.
dade e fraternidade, identificar os Ø
Problematizar uma situação que revele a desigualdade
progressos e entraves à concreti- socioespacial: refugiados da Europa e imigrantes latino-
zação desses direitos nas diversas -americanos.
sociedades contemporâneas e GEOGRAFIA Ø
Elaborar mapas temáticos que expressem dados relativos ü As questões relativas aos Direitos Humanos e a
promover ações concretas diante à violação dos Direitos Humanos básicos e à vulnerabili- desigualdade social e territorial.
da desigualdade e das violações dade territorial e social (como acesso a educação, condi- ü Redes globais e fluxos financeiros e a relação
Competência específica 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos,
a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando
diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.
Competências Gerais: 1-Conhecimento; 2– Pensamento científico, crítico e criativo; 6– Trabalho e Projeto de Vida, e 10– Responsabilidade e Cidadania.
EM13CHS106 GEOGRAFIA Ø
Refletir sobre o acesso e os usos da Internet e das re- ü Escala Cartográfica e Escala Geográfica.
Utilizar as linguagens cartográfica, des sociais, considerando as desigualdades regionais e ü Diferentes formas de representação espacial
gráfica e iconográfica, diferentes sociais. da informação, por exemplo, no acesso e uso
gêneros textuais e tecnologias di- Ø
Identificar os contextos próprios aos saberes e conheci- da Internet e das redes sociais, considerando
gitais de informação e comunica- mentos: apropriar-se de estratégias comunicativas perti- as desigualdades regionais e sociais.
ção de forma crítica, significativa,
nentes a cada contexto de interação e articular e expres- ü
Análise de mapas temáticos e de dados sobre os
reflexiva e ética nas diversas prá- sar ideias de forma argumentativa. usos do território no Brasil e no mundo a partir
335
336
difundir informações, produzir co- HISTÓRIA Ø
Analisar criticamente documentos de natureza diversa: ü
Leitura de imagem (fotografia, charges, carica-
nhecimentos, resolver problemas fotografias, obras de arte, caricaturas, quadrinhos, filmes, turas etc.) em diferentes suportes para identifi-
e exercer protagonismo e autoria músicas, textos literários e teatrais, propagandas etc. car visões de mundo, parcialidades, estereóti-
na vida pessoal e coletiva. Ø
Perceber os significados explícitos e implícitos, bem pos e intencionalidades.
como os apelos simbólicos, consumistas e ideológicos ü
Informação e comunicação: a relação entre os
das tecnologias digitais de informação e comunicação. sistemas de comunicação e as redes técnicas.
Ø
Identificar os contextos próprios aos saberes e conheci- ü
Algoritmos, privacidade e “bolhas digitais”.
mentos: apropriar-se de estratégias comunicativas perti- ü
Fake News e comunicação política.
nentes a cada contexto de interação e articular e expres-
Competência específica 2: Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão das relações de poder que determinam
as territorialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações.
Competências Gerais: 2 – Pensamento científico, crítico e criativo, 5 – Cultura digital, 6 – Trabalho e projeto de vida, 9 – Empatia e Cooperação, 10 – Responsabilidade e
cidadania.
Competência específica 3: Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produção, distribuição e consumo) e seus
impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental e o consumo responsável
em âmbito local, regional, nacional e global.
337
ternacionais (por exemplo, a FAO, a OIT, entre outros).
internacionais para a promoção e HISTÓRIA Ø
Discutir a atuação dos movimentos sociais ambientalistas ü Movimentos sociais ambientalistas e a agenda
338
a garantia de práticas ambientais diante da agenda global. global.
sustentáveis. Ø
Analisar o papel do Brasil e das potências mundiais frente ü
Compromissos do Brasil frente ao combate ao
ao combate ao aquecimento global. aquecimento global (promessas e políticas de
Ø
Discutir as ações do governo brasileiro no cumprimento execução).
aos compromissos diante da Cúpula do Clima realizado ü O papel das potencias e dos países emergen-
em 2021. tes na garantia de práticas ambientais susten-
táveis.
EM13CHS306 GEOGRAFIA Ø
Contextualizar o desenvolvimento econômico e a propos- ü
Economia verde, bem-estar humano e equida-
Contextualizar, comparar e avaliar ta de economia verde a partir do pressuposto do bem-es- de social.
os impactos de diferentes mode- tar humano e da equidade social. ü
Riscos ambientais e a escassez ecológica: o
Competência específica 6: Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
EM13CHS605 GEOGRAFIA Ø
Analisar e problematizar uma situação que revele a desi- ü
Redes globais e fluxos financeiros e a relação
Analisar os princípios da decla- gualdade socioespacial: Refugiados da Europa e imigran- com a vulnerabilidade social e as desigualdades
ração dos Direitos Humanos, re- tes latino-americanos. territoriais.
correndo às noções de justiça,
igualdade e fraternidade, iden-
tificar os progressos e entraves
à concretização desses direitos
nas diversas sociedades contem-
porâneas e promover ações con-
cretas diante da desigualdade e
das violações desses direitos em
diferentes espaços de vivência, HISTÓRIA Ø
Analisar os princípios universais dos Direitos Humanos, ü As leis segregacionistas dos Estados Unidos e
respeitando a identidade de cada considerando problematizando as leis segregacionistas as violações dos Direitos Humanos praticadas
grupo e de cada indivíduo. dos Estados Unidos e das ditaduras contemporâneas. pelas ditaduras em diferentes lugares do mun-
Ø
Analisar as violações de direitos dos refugiados na Améri- do.
ca e Europa, bem como dos imigrantes venezuelanos no ü Os refugiados na América e Europa.
Brasil, relacionando aos princípios de justiça, igualdade e ü
A situação dos venezuelanos no Brasil.
desigualdades.
EM13CHS606 GEOGRAFIA Ø
Analisar as causas históricas e socioespaciais que contri- ü
Mapa das desigualdades sociais no Brasil e
Analisar as características so- buem para as situações de desigualdade e contradições os indicadores de emprego, trabalho e renda
cioeconômicas da sociedade bra- intra e entre regiões brasileiras. (Pnad, IBGE e Ipea).
sileira – com base na análise de Ø
Compreender demandas e necessidades de cada região ü Políticas públicas de geração de emprego e ren-
documentos (dados, tabelas, ma- do Brasil, considerando diferentes extratos da população: da no Brasil em diferentes escalas regionais:
pas etc.) de diferentes fontes – e crianças, jovens, adultos e idosos. Norte, Nordeste, Sudeste, Centro Oeste e Sul.
propor medidas para enfrentar os Ø
Analisar diferentes indicadores que caracterizam a socie- ü A produção de riquezas no Brasil, a distribuição
problemas identificados e cons- dade brasileira, como população, educação, trabalho e de renda e as condições de existência de in-
truir uma sociedade mais próspe rendimento. dígenas, mulheres, quilombolas, camponeses,
339
e promova o autoconhecimento, HISTÓRIA Ø
Analisar a condição de distintos grupos sociais frente aos ü
As condições de geração de renda, sobretudo
340
a autoestima, a autoconfiança e a modos de produção e distribuição de riquezas, em dife- da população jovem, diante das atuais configu-
empatia. rentes contextos temporais. rações de trabalho, emprego e empreendedo-
Ø
Analisar as causas históricas e socioespaciais que contri- rismo.
buem para as situações de desigualdade e contradições ü A produção de riquezas no Brasil, a distribuição
intra e entre regiões brasileiras. de renda e as condições de existência de in-
Ø
Discutir a importância dos diferentes grupos sociais que dígenas, mulheres, quilombolas, camponeses,
formam a sociedade brasileira, considerando suas carac- escravos, populações ribeirinhas, população ru-
terísticas, com vistas à construção de empatia e respeito ral e urbana, em diferentes tempos e espaços.
às pessoas e entre diferentes grupos. ü
Condições socioeconômicas e culturais dos
Ø
Analisar sobre a produção de riquezas e distribuição de grupos quilombolas do Piauí.
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