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LIÇÃO 5

DIRETRIZES PARA
OS CONTEXTOS
IMEDIATO E DO LIVRO

Não existe doutrina, por absurda, imoral ou herética que seja, em favor da qual
não se possa citar um versículo da Bíblia. Como pode ser isso? A Bíblia contém mais
de 777 mil palavras e 31.400 versículos. É tão grande o conteúdo, e por demais
variado, que qualquer herege astuto conseguirá achar ao menos um, dentre os muitos
milhares de versículos, para apoiar sua crença preconcebida. Mesmo nas mãos de
crentes sinceros, a Bíblia é freqüentemente citada de modo errôneo por aqueles que
repetem de cor um versículo isolado sem prestar atenção cuidadosa ao seu contexto.

Na lição anterior, aprendemos que uma palavra solitária pode ter muitos
significados, mas que quando é usada em uma determinada frase, passa a ter apenas
uma conotação. Esta verdade é válida para versículos avulsos da Bíblia: fora do
contexto, pode parecer que há muitos significados possíveis, mas o sentido exato é
descoberto quando da leitura do contexto total. Nesta lição estudaremos exemplos
deste princípio.

Primeiro, estudaremos a importância de considerar um texto bíblico em relação


ao contexto imediato. Depois, considerá-lo-emos com relação ao fluxo de pensamento
da seção em que o texto se encontra. Finalmente, veremos como se relaciona com o
propósito e plano do livro inteiro.
A lei do contexto Esboço da Lição
O texto dentro do contexto imediato
O texto dentro do contexto maior
O texto dentro do contexto do livro

Quando você terminar esta lição, deverá ser capaz de: Objetivos da Lição

• Explicar o que significa a lei do contexto.


• Demonstrar a capacidade de descobrir o contexto maior de um texto.
• Sugerir várias maneiras de descobrir o propósito de um livro ou epístola.
• Determinar um tema para uma epístola bíblica.

1. Leia atentamente esta lição. Atividades de


Aprendizagem
2. Faça todas as questões de estudo.
3. Separe, no mínimo, 3 horas diárias para estudar.
4. Faça o autoteste no final desta lição.
Desenvolvimento A LEI DO CONTEXTO
da Lição

OBJETIVO 1 Muitas pessoas consideram a Bíblia uma enorme fileira de pérolas – de ao


Entender a lei do contexto.
menos 30 mil pérolas! Acham que cada versículo da Bíblia tem um valor intrínseco
que independe dos versículos em derredor. Parecem pensar, também, que cada
versículo tem um relacionamento bem vago com o seu contexto.

Na realidade, a Bíblia, para ser estudada com exatidão, deve ser considerada uma
tapeçaria dentro da qual cada versículo se torna parte da trama do pensamento e todos eles
revelam uma única mensagem harmoniosa. Considerar um versículo fora de seu contexto
seria como arrancar parte do tecido para fora da tapeçaria; a mensagem ficaria distorcida!

Para interpretar corretamente um versículo ou texto das Escrituras, devemos


considerá-lo à luz do contexto. Este contexto inclui tudo, desde os versículos
imediatamente em derredor, até à situação histórica em que se escreveu. Este princípio,
declarado como uma lei de interpretação, é: nenhum versículo ou frase pode significar,
isoladamente, aquilo que não significa dentro do contexto mais amplo.

O termo contexto reflete a importância desta lei: contextus vem do latim


(contexère) e significa entrelaçar, reunir tecendo; con, que significa junto com e textus,
que significa tecido. Juntas, as duas palavras formam uma terceira, que significa: tecido
junto e, que subentende um fio central do pensamento que serve de trama de uma
peça inteira de literatura e que amarra todos os textos e pensamentos individuais em
um só tema central.

Nesta lição, examinaremos três níveis de contextos. O primeiro é o contexto


imediato (próximo) que inclui os parágrafos imediatamente antes e depois do texto
que está sendo estudado. Segundo, há o contexto maior que inclui o fluxo de
pensamento em derredor (geralmente um capítulo ou vários capítulos). Finalmente, o
contexto remoto (distante) diz respeito ao livro inteiro em que o trecho se encontra.

1. A lei do contexto declara que um versículo ou frase da Bíblia


a) não pode significar isoladamente alguma coisa que não significa dentro do seu
contexto mais amplo.
b) deve ser visto à luz das doutrinas geralmente aceitas pela igreja.
c) deriva seu significado da sua própria etimologia à parte do contexto.
d) deve ser interpretado dentro do contexto da cultura e dos tempos do intérprete.

OBJETIVO 2 O TEXTO DENTRO DO CONTEXTO IMEDIATO


Definir o contexto imediato
de um texto bíblico.
Ainda me lembro vividamente do dia em que um novo convertido entrou
tristemente no meu escritório, arrastando os pés. “Por que você está tão triste?”,
perguntei em tons de simpatia. “Porque pequei e já não há mais sacrifício para eu
receber o perdão”, deixou escapar. Atônito, respondi sem pensar: “Ah é? E quantos
sacrifícios para o pecado você tinha no início?”

94 | PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


O problema desse homem procedia da sua tentativa de intepretar, isolado do
contexto, um versículo dificílimo. O versículo diz:

Como versículo solitário, realmente parece ensinar que qualquer pecado


cometido depois da salvação resulta na perdição certeira. Como parte do contexto
imediato, porém, tem um significado muito diferente.

Note que os versículos antecedentes indicam que há somente um sacrifício pelo


pecado: o de Cristo (Hb 10.18). Além disso, os versículos seguintes declaram
nitidamente que o pecado em pauta é rejeitar a Cristo (v. 29). Este versículo está
dizendo, portanto, que qualquer que recebe o conhecimento da salvação mas continua
a pecar (neste caso, confiando nos sacrifícios da lei mosaica) já rejeitou o único
sacrifício que realmente perdoará os pecados: o sacrifício de Cristo.

O erro de interpretação cometido por esse novo convertido é o mais comum


entre todas as falsas interpretações. Trata-se de interpretar um meio-pensamento
isoladamente do contexto imediato que o cerca, como se fosse um pensamento inteiro.
O contexto imediato – a matéria (geralmente um ou dois parágrafos) imediatamente
antes e depois do texto estudado, sempre deve ser considerado. Perfaz parte do
pensamento total do texto. Você pode evitar esse erro seguindo esses passos:
1. identificar o pensamento completo do texto que está sendo estudado
2. ler os parágrafos diretamente antes e depois do pensamento completo

2. O contexto imediato de um texto se refere


a) ao livro em que se acha.
b) ao tempo e às circunstâncias em que foi escrito.
c) ao versículo imediatamente antecedente.
d) à matéria imediatamente antes e depois do texto.

Identifique o pensamento completo OBJETIVO 3


Indentificar uma unidade
completa de pensamento,
Alguém sugeriu que a primeira regra da interpretação bíblica devia ser que seria a base mínima de
desconsiderar as divisões em versículos e capítulos. Não posso dizer que eu faria disso um estudo bíblico.

uma regra, mas a idéia não deixa de ser boa. O leitor deve sempre lembrar-se de que
as divisões da Bíblia em versículos e capítulos são inovações modernas, criadas para
nos ajudar a achar textos, não a interpretá-los. Os escritores antigos não usavam
pontuação, nem deixavam espaços entre pensamentos-chave; os manuscritos custavam
caro demais para isso. Mas a leitura de um livro de certo tamanho, tal qual o de Isaías,
é difícil sem algumas divisões. Por isso, um estudioso chamado Stephen Langton
acrescentou as divisões em capítulos em 1228, e Robert Stephenus sugeriu as divisões
em versículos em 1560 (Jensen 1969, 17).

95 | LIÇÃO 5 - DIRETRIZES PARA OS CONTEXTOS IMEDIATO E DO LIVRO


Ao estudar a Bíblia, tenha consciência de que essas são artificiais e podem
desviar a nossa atenção do sentido. Embora sirvam para ajudar na leitura bíblica,
costumam fazer pensar em termos separados ao invés de em pensamentos completos.
Na melhor das hipóteses, os versículos não passam de marcadores de frases; na pior,
dividem entre si os segmentos de uma frase completa.

Posto que não podemos confiar nas divisões entre os versículos para delinear
com exatidão pensamentos completos, precisamos procurar outros métodos. Quero
sugerir dois métodos óbvios. Primeiro: note se o versículo começa com uma conjunção
(VIDE palavras de conexão, Lição 4) e se ele termina com um ponto final ou um ponto
de interrogação. Segundo: acrescente à sua biblioteca uma Bíblia cujo texto seja
dividido em parágrafos. Isto lhe ajudará a ver blocos de pensamentos ao invés de
versículos separados.

3. Cl 3.18 começa com uma série de instruções a respeito de regras para o lar cristão.
Onde termina esta lista de regras?

Você já olhou fixamente, com admiração, a beleza de um cenário montanhoso,


e passou a relembrar o versículo de Sl 121.1 “Elevo os meus olhos para os montes; de
onde me virá o socorro?”? Se for assim, você estava meditando um meio-
pensamento! Este versículo dá a impressão de que salmista estava olhando para os
montes em busca de socorro, mas quando o texto é estudado à luz do parágrafo
inteiro, fica óbvio que o escritor está olhando com medo, e não com reverência, para os
montes. Pensar em todos os perigos espreitando-se no meio daqueles montes levou-o
a exclamar: “De onde me virá o socorro?”. Respondendo à sua própria pergunta, fala:
“O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra”, (Sl 121.2). Seu socorro
certamente virá do Senhor e não dos montes.

É interessante notar que o título indica que este Salmo é um cântico dos
degraus. Estes cânticos eram entoados à medida que as pessoas viajavam através dos
montes da Judéia a caminho de Jerusalém para uma festa especial ou um dia santo.
Certamente, tinha sempre em mente os perigos da estrada.

Uma pregação dinâmica é aquela que se baseia em textos bíblicos de um


parágrafo ou mais. Sempre encorajo os estudantes da Bíblia a evitarem pregações
fundamentadas sobre um único versículo, a não ser que seja absolutamente necessário.
Mesmo assim, somente deverão fazê-lo depois de estudar o versículo no seu contexto
mais amplo a fim de garantir uma interpretação correta.

O tipo mais perigoso de pregação é aquele que chamo de enfileirar pérolas.


Assim acontece quando o preletor começa com um tema e passa a meandrar por meia
dúzia de versículos levemente relevantes, tocando superficialmente em cada um deles
a fim de aumentar o seu tema. Embora nunca seja errado citar várias partes da Bíblia

96 | PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


para corroborar sua exposição, é mais benéfico pregar solidamente em um só trecho,
apoiando-o com referências recíprocas. Pregar a respeito de seis versículos sem
conexão entre si, sem realmente explicar nenhum deles, tende a resultar em pregação
fraca diante de um auditório agastado ou confuso.

4. Nesta seção, sugerimos que a boa pregação tende a basear-se em textos de um


parágrafo ou mais. Você concorda? Por quê? Responda em seu caderno.

5. Rm 13.4 diz: “Por que ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal,
teme, pois não traz debalde a espada”. Este versículo dá ao pastor o direito de
castigar fisicamente um membro desviado da igreja? Procure a unidade completa
de pensamento e responda. Responda em seu caderno.

Estudar o contexto imediato OBJETIVO 4


Prover a melhor interpretação
para um texto, considerando
Tente ler um livro abrindo-o aleatoriamente e acompanhando uma frase isolada. atentamente o seu contexto
Depois, tente explicar o sentido daquela linha, sem conhecer o seu contexto. imediato.

Semelhante método de estudo é ridículo. Infelizmente, porém, este é um método


errôneo usado por diversos crentes no estudo da Bíblia.

Um pai proibiu seu filho de estudar teologia, com base em Lc 16.15: “Vós sois os
que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração,
porque o que entre os homens é elevado perante Deus é abominação”. Esse pai
arrazoava que por ser estimado entre os homens, um curso de teologia era detestável
diante de Deus. Saúde e beleza, por exemplo, podem ser altamente estimadas tanto por
Deus quanto pelos homens. Aquele pai desenvolvera uma atitude errônea por suas
técnicas errôneas de interpretação. Se tivesse considerado o contexto anterior, teria
descoberto que aquilo que é elevado entre os homens e odiado por Deus é o amor ao
dinheiro (vs. 13 e 14). Jesus até mesmo se referiu a essa cobiça pelas riquezas em termos
de um senhor que concorre com Deus para obter a atenção dos homens.

Outro versículo freqüentemente citado, mas raras vezes compreendido, é Fp


4.13: “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece”. Geralmente, ele aparece
como garantia mágica de capacidades sobre-humanas. Mas o contexto revela que o
significado é: “Posso suportar todos os tipos de circunstâncias sem queixar-me por
causa de Cristo que me fortelece”. Leia os vs. de 10 a 13 com este pensamento.

6. 1Co 2.9 diz: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido
não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para
os que o amam”. Leia este versículo no seu contexto imediato, prestando bastante
atenção ao v. 10. Nessa ocasião, Paulo se refere
a) às maravilhas da mensagem inspirada da Bíblia.
b) às alegrias que provêm da comunhão com outros crentes.
c) às maravilhas da vida após morte para o crente.
d) ao milagre do arrebatamento da igreja por Cristo.

97 | LIÇÃO 5 - DIRETRIZES PARA OS CONTEXTOS IMEDIATO E DO LIVRO


OBJETIVO 5 O TEXTO DENTRO DO CONTEXTO MAIOR
Apontar o fluxo de idéias na
interpretação de um versículo.
Até agora temos examinado um único pensamento dentro do contexto
imediato. Agora, ampliemos a nossa abordagem para incluir o fluxo de pensamento de
uma seção de um livro ou epístola. Esta seção pode incluir um capítulo inteiro, ou
talvez se estenda além das divisões do capítulo e inclua capítulos adjacentes.

A pergunta que devemos fazer é: como os versículos que estou estudando


encaixam-se no fluxo de pensamento do contexto maior? Tenha em mente que as
divisões da Bíblia (capítulos e versículos), são inovações modernas, e não devem tornar-
se em limites automáticos para determinar os perímetros de um pensamento de vulto.
Por exemplo, a divisão de capítulos, entre Ef 5 e 6 teria sido colocada, com mais
exatidão, no fim de 6.9. O estudante deve, portanto, aprender a estudar o contexto
maior de um texto, procurando captar na sua inteireza o fluxo de pensamento. Para
determinar o contexto maior de um texto, o intérprete deve seguir os dois passos
seguintes:
1. Procurar indícios que ligam os pensamentos entre si;
2. encaixar o texto no seu contexto maior.

Estudemos os versículos em Mt 10.19 e 20 como exemplo de como descobrir e


usar o contexto maior na interpretação de um texto. Esses versículos dizem: “Mas,
quando vos entregarem, não cuideis em como, ou o que haveis de falar, porque
naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer. Porque não sois vós
quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós”.

É possível que você tenha ouvido partes desses versículos citados em defesa
da não-preparação prévia para as pregações e estudos bíblicos. Mas veremos, ao
examiná-los no seu contexto imediato e amplo, que estes não são seu verdadeiro
significado.

Indícios que ligam pensamentos e ações

Várias maneiras de descobrir um contexto (seção) amplo são procurar: 1)


conjunções; 2) a continuidade das circunstâncias; e 3) a continuidade de um tema.
Agora, pratiquemos estes três passos ao estudarmos Mateus 10.19 e 20.

Procure conjunções

No que diz respeito às conjunções, note que há uma de relevância no começo


de Mt 10.19: mas. Essa conjunção de contraste exige que liguemos esse pensamento
com o anterior. O estudo dos versículos anteriores nos revela que Cristo está
advertindo os discípulos que serão levados aos sinédrios e condenados ilegalmente e
perseguidos. Mas não devem afligir-se com isso, porque o Espírito Santo lhes dará a
resposta correta, no momento certo, ao falar diante das autoridades. O versículo refere-
se a ficar em pé diante de um concílio; não se refere a ficar em pé diante de uma classe
da Escola Dominical!

98 | PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


Às vezes, as conjunções podem denotar um relacionamento entre parágrafos ou até
mesmo, capítulos. Note se um parágrafo ou capítulo começa com uma palavra de ligação,
tal como mas, portanto, pois liga o pensamento do texto com os que lhes antecedem. Note
o exemplo em Mt 10.26. Aqui, o parágrafo começa com a palavra portanto, o que indica
uma ligação tipo causa e efeito entre o que antecede e o que segue.

Parece-me que o pensamento tipo causa que antecedeu o parágrafo foi a


promessa de Cristo, de que quando os discípulos fossem perseguidos pelos oficiais
locais, o Espírito lhes daria as palavras para falarem (VIDE vs. 16 até 25). O efeito dessa
promessa é visto nas palavras: “Portanto, não os temais”.

Procure a situação e as circunstâncias

A situação e as circunstâncias são tão importantes para os textos de ação


(narrativas históricas) quanto as conjunções o são nos textos didáticos. Nesses relatos
históricos devemos considerar quando e onde a ação acontece. Outros pontos cruciais
são: identificar quem está falando, escutando ou agindo. Todas estas perguntas ajudam
o leitor a identificar a unidade maior de pensamento.

No exemplo que estamos estudando, a totalidade do capítulo 10 é um só


conjunto de instruções dadas por Jesus aos seus discípulos ao saírem para pregar o
Messias a Israel. Note que Cristo lhes conta nos vs. 1 até 15 aonde devem ir e o que
devem dizer. Em seguida, Ele os deixa preparados para a oposição inevitável que terão
diante deles e Ele lhes dá promessas do cuidado divino e das recompensas futuras (vs.
16 até 42).

Vemos em Mt 11.1 um término natural do contexto imediato: o autor explica


que Jesus acabou de dar a sua instrução e partiu dali para pregar. Note que não
somente mudou a localização, como também houve mudança dos participantes. Em Mt
11.2, Jesus fala aos discípulos de João Batista e, então, em Mt 11.7, ele fala à multidão.

Procure um tema central

Finalmente, precisamos procurar um tema geral em um capítulo ou seção.


Examinando este parágrafo, noto um tema repetido de perseguição que resulta em
proclamar a Cristo. Se eu fosse atribuir um tema ao capítulo inteiro, seria este: Jesus
manda os discípulos proclamar que o reino está próximo, a despeito da oposição.
Quando você estuda o contexto de um versículo ou texto da Bíblia, é uma boa medida
procurar palavras e idéias repetidas, que ligam entre si a totalidade de um capítulo ou
seção. Em Mt 10, a idéia repetida de oposição vê-se nas seguintes palavras e frases:

“ovelhas ao meio de lobos”, (v. 16) “odiados de todos sereis” (v. 22)
“Acautelai-vos” (v. 17) “[...] vos perseguirem” (v. 23)
“e os açoitarão” (v. 17) “não os temais” (v. 26)
“quando vos entregarem” (v. 19) “espada” (v. 34)
“e os matarão” (v. 21) “toma a sua cruz” (v. 38)

99 | LIÇÃO 5 - DIRETRIZES PARA OS CONTEXTOS IMEDIATO E DO LIVRO


7. Leia os versículos a seguir em Rm 8. Cada um deles marca o começo de um
parágrafo (frases agrupadas em derredor de um pensamento central). Escreva a
conjunção (palavra de conexão) ou locução que liga cada parágrafo ao parágrafo
anterior.
a) 8.1: ______________ d) 8.26: _____________
b) 8.9: ______________ e) 8.28: _____________
c) 8.12: _____________ f) 8.31: _____________

8. Se você estivesse estudando At 16.30 (“Senhores, que é necessário que eu faça


para me salvar?”) no seu contexto maior, qual seria o número mínimo de
versículos que você estudaria? Por quê? Responda em seu caderno.

OBJETIVO 6 O texto dentro do contexto amplo


Explicar como os vários
pensamentos de um texto
relacionam-se entre si. Depois de um texto ter sido examinado no seu contexto imediato, o passo
seguinte é fazer a pergunta: como o texto que estou estudando encaixa-se no fluxo de
pensamento do contexto mais amplo?

Resumindo Mt 10, vemos que começa quando Jesus chama seus discípulos a
fim de mandá-los por todo o Israel, proclamando que está próximo o reino dos céus.
Sabendo que eles podem ter medo de testemunhar, por causa da possível perseguição
pelas autoridades, Jesus os anima a não adiarem a pregação por causa de possíveis e
prováveis perseguições. O Mestre indica que, no caso de tais emergências, eles
receberão socorro divino! Isto não sugere que não devemos estudar cuidadosamente
a Palavra de Deus antes de pregarmos; simplesmente significa que não devemos ter
medo de pregar por causa da possível perseguição. Jesus também explica que é
inevitável a perseguição, como também é inevitável a recompensa a ser dada às suas
testemunhas fiéis.

Um contexto ainda maior dessa seção, revela que esse texto e capítulo fazem
parte de um fluxo de pensamentos ainda maior no livro. Cristo veio com milagres a
fim de comprovar seu Messiado (Mt 8 e 9). Ele envia os seus discípulos a fim de
desafiar o povo de Israel a recebê-lo como seu rei (Mt 10). O povo em geral rejeita a
mensagem (Mt 11), e os líderes até mesmo acusam Cristo de ter parte com o Diabo
(Mt 12). Finalmente, o Messias é rejeitado por Israel e Cristo explica em parábolas o
futuro do seu reino (Mt 13).

Figura 5.1

100 | PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


9. Volte para At 16.11-40. Na pergunta anterior, determinamos que esse era o
contexto maior de At 16.30. Como este contexto maior, por sua vez, se encaixa
nos demais eventos em Filipos, registrados no mesmo capítulo? Note a reação em
cadeia de eventos causa e efeito.

O TEXTO DENTRO DO CONTEXTO DO LIVRO OBJETIVO 7


Descobrir o propósito e o
tema de uma epístola bíblica.
A regra áurea para interpretar dentro do contexto do livro é compreender que a
interpretação de um texto individual deve estar consistente com o fluxo do pensamento
do livro em que o texto se acha. Assim como é obrigatório ver como um texto se
encaixa no pensamento maior do capítulo, assim também é vital que sua interpretação
harmonize-se com o propósito e fluxo de pensamento do documento inteiro.

O tempo não é suficiente para o intérprete fazer um estudo eficiente do


contexto do livro no caso de cada texto estudado. Mesmo assim, cada estudante deve
esforçar-se para conhecer a mensagem geral e a organização de todo livro na Bíblia.
Esta compreensão global é um salvaguarda do entendimento e uma ferramenta valiosa
na interpretação exata.

Ao considerar um livro inteiro, o intérprete precisa procurar duas coisas:


1. compreender por que um livro foi escrito
2. descobrir como o escritor organizou o seu livro

Este conhecimento o capacitará a relacionar o texto em estudo com o livro


inteiro, reconhecendo os textos paralelos que possam oferecer mais compreensão.

Por que o livro foi escrito?

A pergunta: “Por que esse livro ou epístola foi escrito?” subentende várias
perguntas correlatas, como:
1. Quem escreveu esse livro e a quem ele escrevia?
2. Qual situação histórica deu ensejo ao livro?
3. Quais temas (ou tema) são ressaltados?

Identificar o autor e o público alvo

Imagine que você descobriu uma carta do século passado. A primeira pergunta
que você faria seria: “Quem escreveu essa carta e para quem escreveu?”
Semelhantemente, no caso das cartas e livros da Bíblia, devemos fazer perguntas tais
como: “O autor é um apóstolo que escreve uma carta de exortação aos cristãos (tais
como as epístolas de Paulo, de Tiago, e de João?)”; “O escritor é um profeta que
conclama uma nação pecaminosa a voltar para Deus (Isaías, Ezequiel)?”

101 | LIÇÃO 5 - DIRETRIZES PARA OS CONTEXTOS IMEDIATO E DO LIVRO


Freqüentemente, a identidade do autor não é citada. Neste caso, não devemos nos
preocupar a respeito. Se, porém, Deus citou o nome do autor, ele teve um propósito ao
assim fazer e precisamos saber tanto a respeito daquele autor quanto possível.

No que diz respeito ao público alvo, o intérprete deve determinar a condição


espiritual dos leitores originais. Os endereçados eram obedientes à Palavra de Deus?
Eram rebeldes? Estavam desanimados? Muitas vezes, as respostas a estas perguntas
acham-se na introdução ou na conclusão do livro ou epístola.

Estudar a situação histórica

Depois de identificar o autor e os líderes, o passo seguinte é determinar a


situação histórica que criou a necessidade do livro. Localize no texto os problemas ou
perguntas que são objeto de atenção, anote temas que são repetidos ou ações que
visam um alvo comum.

Pergunte a si mesmo “Qual é o objetivo do livro? É de exortação? Consolo?


Instrução?”. Considere, também, o tempo e o local da escrita: “Foi durante um período
de reavivamento ou de apostasia, um tempo de prosperidade ou de fome? É dado
encorajamento em face da perseguição? São tratadas questões doutrinárias
específicas? Alguns temas parecem repetir-se?”.

É um bom exercício começar seu estudo de livros com uma epístola pequena.
Inicie seu estudo com várias leituras da carta, e procure referências à identidade dos
leitores e da situação histórica que ensejou a composição da epístola. A segunda carta
de Paulo aos crentes de Tessalônica, por exemplo, parece ser uma carta de correção
quanto a falsos conceitos a respeito da volta de Cristo. Filipenses é uma carta alegre,
escrita da prisão, para agradecer os cristãos filipenses pela ajuda.

Freqüentemente, o livro oferecerá indícios quanto à data em que foi escrito.


Pode referir-se à personalidades históricas, eventos especiais ou mesmo dar referências
cronológicas. Estes indícios valiosos no estudo dos profetas do AT e dos Evangelhos do
NT.

Resumir o propósito e tema específicos

Tendo em mãos todos esses dados a respeito do autor, dos leitores originais e
da situação histórica, o passo final é resumir todas as informações obtidas e fazer uma
declaração do propósito da obra. A partir desta, você poderá produzir uma declaração
mais concisa do tema.

Resumir o propósito e o tema específicos pode ser um desafio para nós. A


maneira mais óbvia de descobri-los é procurar uma declaração direta. Às vezes, o autor
identifica especificamente o seu tema. Veja, por exemplo, Jo 20.31; Lc 1.1-4; Ap 1.1 e
Pv 1.1-4. Note que essas declarações temáticas tendem a ser dadas no começo ou no
fim de um livro.

102 | PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


Mais freqüentemente, a intenção do autor precisa ser compreendida de modo
indireto. Certo método-chave de compreender um tema obscuro é procurar o tipo de
correção e/ou instrução que o livro oferece. Um exemplo disso acha-se nas cinco
advertências dadas em Hebreus contra a apostasia da fé em Cristo e a volta ao
judaísmo. Obviamente, o propósito da carta é advertir os cristãos judaicos contra os
perigos salvíficos de abandonarem a Cristo e voltarem aos seus rituais antigos:
- advertência contra a negligência da mensagem de Cristo (Hb 2.1-4)
- advertência contra a recusa da mensagem de Cristo (Hb 4.6-13)
- advertência contra o parar de crescer no conhecimento de Cristo (Hb 6.9-12)
- advertência contra a rejeição do sacrifício de Cristo (Hb 10.26-31)
- advertência contra o desvio do caminho da fé (Hb 12.12-29)

Um modo eficaz de identificar um tema central é procurar o que é


deliberadamente ressaltado ou omitido. Por exemplo: 1e 2 Cr focalizam os reis de Judá
e ressaltam seu sucesso, mas desconsideram os reis do norte e os fracassos dos reis de
Israel e de Judá. Estes livros foram obviamente escritos para encorajar os judeus
deprimidos que estavam procurando reedificar Israel depois do cativeiro. Por contraste,
1 e 2 Reis foram escritos antes do cativeiro, para enfatizar os pecados que finalmente
levaram Deus a castigar o povo.

Um dos alvos no estudo de um livro da Bíblia deve ser declarar o tema do autor
em uma frase breve com cerca de quinze palavras – sem o emprego da conjunção e.
Alguns podem argumentar que cada livro na Bíblia compartilha do grande propósito
conjunto de revelar a Deus e à salvação nEle. Dentro deste tema grandioso, no entanto,
há sessenta e seis temas individuais, sendo que cada um tem uma mensagem específica
para enfatizar. Uma vez compreendida esta mensagem, o leitor ficará atônito ao ver quão
grande será a compreensão dos trechos individuais estudados.

10
10. Leia cada trecho individual das Escrituras e responda à pergunta relacionada.
a) Quem é o autor original e quais são os seus leitores (Tg 1.1)?

b) Qual é a condição espiritual dos seus leitores originais (Tg 1.7,22)?

c) Aliste vários problemas que os leitores estão enfrentando (Tg 1.2; 2.1; 3.14; 4.1; 5.3,4).

d) Faça um resumo rápido de toda a carta, e procure um propósito e tema consistente.


Em seguida, registre no espaço fornecido o propósito da epístola (por que foi
escrita) e o tema (o que foi escrito).

103 | LIÇÃO 5 - DIRETRIZES PARA OS CONTEXTOS IMEDIATO E DO LIVRO


OBJETIVO 8 Observando a estrutura
Notar as mudanças e frases
de ligação que o intérprete
procura ao determinar a A maioria dos livros da Bíblia tem uma estrutura precisa. Excetuando-se uns
estrutura de um livro da poucos livros (como o dos Salmos e dos Provérbios), cada livro da Bíblia tem um
Bíblia.
único tema e um fluxo específico de pensamento. Por esta razão, é vital o intérprete
observar a estrutura do livro que está estudando.

Às vezes, essa estrutura é cronológica e mostra uma série de eventos na ordem


em que ocorreram (Marcos, Números, os livro dos Reis, por exemplo). Estes eventos
não devem ser considerados independentes uns dos outros. Ao estudá-los, o intérprete
deve perguntar como uma decisão ou evento levou àquela que se seguiu. Por exemplo:
o pecado de Acã em Jericó levou os judeus a derrota em Ai (Js 6 e 7). Além disso,
quando nos lembramos que o escritor fazia seleção entre a matéria a ser relatada,
ficamos ainda mais conscientes da relevância do fato de ser incluída essa passagem.
Devemos perguntar as razões pelas quais cada pormenor foi registrado, enquanto
outros fatos foram excluídos da narrativa. Por que, por exemplo, Marcos dedica 37,5%
do seu texto aos eventos que ocorreram durante a última semana da vida de Cristo e
não registrou nada a respeito da infância do Mestre (Lincoln 1975, 65)?

Às vezes, a estrutura de um livro é mais lógica do que cronológica. A epístola


aos Romanos oferece um exemplo nítido. Neste tipo de estrutura, note como um
pensamento de vulto leva a outro. Em Romanos, Paulo, depois de saudar os seus
leitores, revela a necessidade de salvação tanto dos judeus quanto dos gentios (Rm 1-
3). Delineia o meio da salvação mediante a fé em Cristo (Rm 4-5), descreve o processo
da santificação mediante o Espírito Santo (Rm 6-8), explica a razão pela qual Israel
rejeitou a salvação (Rm 9-11), e enfatiza o serviço do crente antes de se despedir dos
leitores (Rm 12-16).

Todas essas divisões em Romanos contêm indícios que revelam como os


pensamentos estão vinculados entre si. Estude a primeira frase de cada um dos
versículos a seguir e anote as frases de ligação que formam a conexão entre os
pensamentas principais:
- “Que diremos pois [...]?” (Rm 4.1)
- “Que diremos, pois [...]?” (Rm 6.1)
- “Em Cristo digo a verdade [...]” (Rm 9.1)
- “Rogo-vos pois [...]” (Rm 12.1)

Outros tipos de organização estrutural que são comuns à Bíblia são: o


argumento que pretende convencer e revelar o erro (João), a resposta às perguntas ou
aos problemas (1Co e 2Ts) e a simetria poética (a segunda metade de Isaías). Note, por
exemplo, como Is 40-66 tem um único pensamento, a vinda do servo do Senhor. Está
dividido em 3 grupos de 9 poemas (capítulos) cada e o poema central de cada grupo
sumariza o tema do grupo inteiro:

Figura 5.1

104 | PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


É possível que você se sinta desafiado nos seus esforços para dividir partes
maiores da Bíblia em unidades menores de pensamento. Quero sugerir que você
comece com epístolas pequenas e procure mudanças de vulto. Mudanças de situação
(localidade, tempo, ação), mudanças de auditório, e mudanças de pensamentos. Estas
mudanças importantes marcam as divisões estruturais principais (partes do seu esboço)
da mensagem do autor.

Depois de haver terminado seu próprio esboço, verifique-o à luz dos esboços
dados na sua Bíblia, nos comentários bíblicos e nos livros de introdução bíblica. Quero
exortar você a passar pelo processo de delinear por conta própria todos os livros da
Bíblia, sem consultar um comentário antes de terminar tudo. O próprio processo de
descobrir uma estrutura em cada livro será para você uma tremenda experiência de
aprendizagem, um alicerce excelente para o estudo de textos menores dentro de cada
livro (consulte o Apêndice para exemplos de esboços).

As cartas de Paulo geralmente têm o seguinte padrão:


1. saudação: citando o nome do endereçado e uma oração e/ou ações de graças
2. ensino da doutrina: trata do problema, faz um pedido
3. aplicação prática: baseado no ensino (é isso que o leitor deve fazer)
4. observações finais: freqüentemente uma oração, ou planos futuros

11
11. Leia a epístola a Filemom e, a seguir, descubra cada um dos quatro elementos
abaixo. Indique os versículos em que cada um se localiza.
1. Saudação/oração: ____________
2. Ensino: ____________
3. Aplicação: ____________
4. Encerramento: ____________

12
12. Se você estudasse um livro da Bíblia a fim de achar a estrutura do mesmo, que
tipo de mudanças e pensamentos de ligação você procuraria?

105 | LIÇÃO 5 - DIRETRIZES PARA OS CONTEXTOS IMEDIATO E DO LIVRO


autoteste MÚLTIPLA ESCOLHA: Assinale a única alternativa correta.
MÚLTIPLA

1. Embora o tema de um livro se refira ao resumo daquilo que ele diz, o propósito é
uma declaração a respeito
a) da razão histórica pela qual o autor escreveu originalmente.
b) da aplicação moderna do trecho, que avança além das suas raízes históricas.
c) de como o livro se encaixa no plano global da salvação na Bíblia.
d) do tipo de argumento usado pelo autor ao estruturar o seu livro.

2. O livro que tem uma ordem cronológica é aquele que


a) tem um argumento lógico que talvez não siga a ordem histórica exata.
b) segue a ordem histórica dos eventos e demonstra como um evento leva ao seguinte.
c) tem um padrão poético no “tempo” da metrificação de cada frase.
d) apresenta inicialmente os ensinos mais simples, e então paulatinamente, desenvolve
o argumento com mais detalhes.

3. Uma conjunção no começo de um capítulo


a) demonstra uma conexão importante de pensamento com o capítulo anterior.
b) freqüentemente conta quando e onde ocorre a ação do capítulo.
c) geralmente não é tão importante como uma conjunção dentro de um versículo.
d) demonstra uma separação total dos pensamentos no conteúdo anterior.

4. O esboço de um livro da Bíblia demonstra as principais


a) personagens e ações do livro.
b) divisões estruturais do livro.
c) doutrinas desenvolvidas no livro
d) verdades que são tratadas no livro.

5. O contexto imediato de um versículo é


a) a seção do livro em que ele se acha.
b) o versículo em que ele se acha.
c) a matéria imediatamente antes e depois.
d) o parágrafo em que se acha.

CERTO-ERRADO: Escreva C para as afirmações certas; e E para as erradas.


CERTO-ERRADO:

____ 6. A Lei do Contexto declara que um texto deve ser aplicado à vida do leitor
no contexto da sua própria cultura e necessidades.
____ 7. O contexto de um trecho inclui o âmbito histórico do autor quando
escreveu o seu livro.
____ 8. As divisões em versículos são ferramentas excelentes para ajudar o
intérprete a descobrir as idéias-chave de um texto e não devem ser
desconsideradas no estudo da Bíblia.

106 | PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


____ 9. Embora muitos livros do AT não possam ser esboçados facilmente, todos os
livros do NT tendem a um fluxo específico de pensamento, bem como de
temas centrais.
10
____ 10. Conhecer a situação histórica que levou à escrita de um determinado livro
da Bíblia tem pouco a ver com a sua interpretação moderna.

RESPOSTA BREVE: Leia a epístola de Paulo a Filemom e responda.


RESPOSTA

11
11. Qual foi o propósito histórico e o tema global desta carta?

12
12. Se você fosse estudar um livro da Bíblia e procurasse esboçar a sua estrutura, que
tipos de coisas você procuraria para demonstrar uma ligação ou divisão entre os
pensamentos de maior importância?

13
13. Sugira um esboço, com mais de cinco temas, para a epístola a Filemom.

14
14. Na declaração: “Mas nada quis fazer sem o teu parecer, para que o teu benefício
não fosse como por força, mas voluntário”, (Fm 14), qual é a menor unidade
completa de pensamento que você deve localizar a fim de estudar esse versículo?

15
15. Leia Fm 16 no seu contexto imediato e identifique qual favor Paulo estava
pedindo.

107 | LIÇÃO 5 - DIRETRIZES PARA OS CONTEXTOS IMEDIATO E DO LIVRO


16. Ef 6.15 é um exemplo de como as divisões entre versículos freqüentemente
rompem pensamentos ao invés de formar a separação entre eles. Diz: “E calçados
os pés na preparação do evangelho da paz”. Leia-o no contexto e responda a
estas três perguntas:
a) Quais são os versículos que formam o pensamento inteiro em derredor desse
texto?

b) Como a figura de calçados os pés encaixa-se no fluxo do pensamento do


contexto?

17
17. Leia Ef 6 na sua Bíblia. Qual você acha que deve ser o primeiro versículo do
capítulo? Explique a sua resposta.

108 | PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DE ESTUDO

7. a) Portanto d) O propósito da carta pode ser resumida como:


b) Porém Estimular os cristãos a viver a sua fé, e não
apenas professá-la. Uma declaração singela do
c) De maneira que
tema podia ser: A religião verdadeira.
d) Da mesma maneira
e) E
4. Creio que a pregação deve basear-se em textos de
f) Pois pelo menos um parágrafo inteiro, para evitar o
perigo de ensinar meios-pensamentos e algo que é
1. a) está correta. estranho ao contexto. Outra vantagem é que
tornará a nossa pregação menos subjetiva e mais
bíblica.
8. Eu começaria com a entrada de Paulo em Filipos (v.
12), e continuaria até à sua partida da cidade (v.
40). O pensamento principal mantém sua unidade 11
11. 1. vs. 1-7
através de todos os eventos que ocorreram em 2. vs. 8-16
uma só localidade. 3. vs. 17-22
4. vs. 23-25
2. d) está correta.

5. Esse versículo não fala do pastor, mas da


9. 1) Paulo leva Lídia a Cristo; 2) a família dela é salva autoridade do governante. A idéia é que o governo
e começam os cultos regulares; 3) o culto atrai a pode aplicar a pena capital aos malfeitores.
curiosidade de uma endemoninhada; 4) a cura da
moça leva Paulo e Silas à cadeia; 5) a experiência na
12
12. Você procuraria mudanças, inclusive movimentos
cadeia resulta em libertação, o que leva o carcereiro
para uma situação diferente (localização, tempo,
(juntamente com sua família) a Cristo.
ação), mudanças de auditório e mudanças de
pensamentos. As declarações de ligação seriam
3. A instrução não termina a não ser no cap. 4, v. 1. aquelas que introduzem novos pensamentos,
Note que Paulo está falando a respeito de grupos geralmente por meio do uso de uma conjunção, tal
de dois: esposas e maridos; filhos e pais; e servos e como: Pelo que, todavia peço-te.
senhores.

6. a) está correta.
10
10. a) Tiago, o meio-irmão de Cristo, é o autor; os
leitores são cristãos judeus.
b) Esses leitores tinham duplicidade espiritual.
Escutavam a Palavra de Deus, mas não obedeciam a ela.
c) Esses leitores tinham problemas com
provações, favoritismo, atitudes impróprias,
dissensões e falta de eqüidade.

109 | RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DE ESTUDO

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