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Os conflitos fazem parte da natureza humana. Eles podem ser de personalidade, interesses ou
valores. Mas, uma coisa é certa: todos têm origem nas diferenças. E você sabe o que é gestão
de conflitos e como lidar com eles?Apesar de, muitas vezes, ser ligado a confrontos, as
situações de conflito nem sempre são prejudiciais. Quando geridos de forma correta, o conflito
pode ser tornar a força propulsora de mudanças positivas na empresa.Continue lendo o post
de hoje e entenda o que é gestão de conflitos e como lidar e mediar a resolução de
divergências na empresa.
De forma geral, os conflitos em uma empresa costumam ser gerados por desavenças pessoais
ou profissionais, divergências de opiniões ou empecilhos que afetem direta ou indiretamente o
trabalho de determinado time ou colaborador.Alguns dos principais motivos de conflitos na
empresa são:
- falta de informação;
- lideranças tóxicas;
- abuso de poder;
- estresse.
Situações de conflito e poder estão quase sempre relacionados — seja por disputas ou
posturas abusivas.Colaboradores autoritários ou “cabeça-dura” têm mais dificuldades com
conflitos. Ao passo que profissionais mais resilientes e empáticos lidam melhor com essas
situações.
Para melhor conhecermos os conflitos é importante que saibamos suas formas e tipos de
ocorrência, de maneira que ao se deparar com uma situação de atrito possamos identificá-la,
para assim buscar a melhor forma de resolução.
Berg (2012) defende que existem três tipos de conflitos: pessoais, interpessoais e
organizacionais, conforme veremos a seguir.
1. Conflito pessoal
É como a pessoa lida com si mesma, são inquietações, dissonâncias pessoais do indivíduo, e
reflete num abismo entre o que se diz e faz, ou contraste entre o que se pensa e como age.
Esse tipo de conflito pode levar a determinados estados de estresse e atrito.
2. Conflito interpessoal
Já é aquele que ocorre entre indivíduos, quando duas ou mais pessoas encaram uma situação
de maneira diferente. Embora boa parte dos conflitos sejam causados por processos
organizacionais, a maioria dos atritos e desavenças são, no entanto, de origem interpessoal, o
que torna-as mais difíceis de se lidar.
Podem existir ainda dentro dos conflitos interpessoais, o intragrupal (divergência numa
mesma área, setor, etc.), e intergrupal (dissensão entre áreas, setores diferentes).
3. Conflito organizacional
Esse tipo de conflito não é fundamentado em sistema de princípios e valores pessoais, e sim
do resultado das dinâmicas organizacionais em constante mudança, muitas delas externas à
empresa.
Já para Burbridge e Burbridge (2012), existem dois tipos de conflitos, o interno e externo.
3.1.Conflito interno
é o que pode ocorrer entre departamentos ou unidades de negócios, mas sempre tem como
raiz o conflito entre pessoas. Esse tipo é de certa forma o mais complexo, pois as partes
conflitantes estão supostamente do mesmo lado da mesa e a maior parte dos custos é oculta.
Para Chiavenato (2004), existem vários tipos de conflitos: o conflito interno e o conflito
externo. O interno, ou intrapessoal, envolve dilemas de ordem pessoal; o externo envolve
vários níveis, como: interpessoal, intragrupal, intergrupal, intra-organizacional e
interorganizacional.
Chiavenato (2004) afirma ainda que o conflito pode ocorrer em vários níveis de gravidade,
conforme segue a seguir.
Conflito percebido
É quando as partes percebem e compreendem que o conflito existe, pois sentem que seus
objetivos são diferentes dos objetivos dos outros e que existem oportunidades de
interferência ou bloqueio. É chamado de conflito latente.
Conflito experienciado
Quando o conflito provoca sentimentos de hostilidade, raiva, medo, descrédito entre uma
parte e outra. É chamado de conflito velado, pois não é manifestado externamente com
clareza.
Conflito manifestado
Conhecendo a natureza e o tipo de conflito, o gestor poderá agir com mais assertividade,
aumentando suas chances de tomar uma decisão que mantenha o bem estar entre as pessoas
ou grupos, sem conivência e injustiças.
Quanto mais maduro seu RH for, mais você será capaz de identificar os conflitos entre
colaboradores e favorecer a resolução deles. Se você ainda não sabe por onde começar,
comece com um diagnóstico para descobrir quais são os pontos de melhoria e as prioridades.
Entenda mais sobre o assunto na aula gratuita e exclusiva.
Na maioria das vezes, a palavra “conflito” é interpretada sob uma perspectiva negativa,
associada a brigas ou embates. Entretanto, os conflitos podem trazer resultados positivos —
como mostraremos mais adiante. Tudo dependerá da postura adotada, tanto pelos envolvidos
quanto pela empresa. Há uma enorme diferença entre admitir a existência do conflito e
enfrentá-lo ou negar sua existência e “colocar panos quentes” na situação. Algumas formas
negativas adotadas pelas empresas, além de negar os conflitos, são impor soluções, diminuir a
importância, relativizar as causas ou mesmo evitar situações conflituosas. Já as empresas que
lidam com conflitos de forma saudável buscam intermediar as situações conflituosas,
apostando no diálogo e na negociação, sempre com foco em integrar as partes envolvidas.
Vale lembrar que a resolução de conflitos não é de responsabilidade exclusiva do RH, mas dos
envolvidos e dos líderes diretos. Portanto, é importante haver treinamentos e campanhas de
conscientização para que todos se engajem e se responsabilizem pela manutenção de um
clima organizacional saudável. O segredo para lidar com conflitos de forma saudável é cultivar
um ambiente harmonioso e empático, com uma comunicação interna aberta e eficiente.
Apuração
A primeira etapa para a gestão de conflitos é apurar os fatos sobre o evento. Isso envolve
investigar a natureza e origem do conflito, além de identificar os envolvidos.Em seguida, é
preciso conversar individualmente com cada um para ouvir as possíveis versões da história.
Tenha em mente que, nesse momento, é muito importante praticar a escuta empática e a
observação atenta. Não se prenda apenas às reclamações. Busque identificar as necessidades
por trás das críticas. Depois de ter ouvido todos os lados, será preciso analisar as informações
coletadas de forma imparcial. Identifique possíveis mal-entendidos ou ruídos na comunicação
entre as partes.
Negociação
Resolução
Acompanhamento
Após a mediação dos conflitos, é hora de colocar as soluções em prática. Mas o trabalho do
gestor de conflitos não para por taí. É preciso fazer um trabalho de acompanhamento,
monitorando os possíveis desdobramentos — positivos ou negativos — do conflito e sua
evolução, bem como conferir se as propostas estão sendo cumpridas. Vale lembrar que nem
todo conflito precisa de uma força-tarefa para ser resolvido. Algumas situações podem ser
solucionadas entre os envolvidos, sem que seja necessária a intermediação da empresa.
Valorizar o bem-estar financeiro
Vivemos em uma época em que o RH deve assumir, de vez, o seu lado multifuncional e
estratégico para a qualificação da força de trabalho de suas empresas. Muitas vezes,
assumindo as rédeas de condições externas ao ambiente de trabalho, mas que impactam na
rotina profissional. É o caso do bem-estar financeiro aos funcionários. E como exemplo desta
prática, uma nova modalidade chegou ao mercado brasileiro - o salário sob demanda. A
pesquisa CareerBuilder, conduzida em 2017, atestou que 78% dos entrevistados mal
conseguem liquidar as contas com o seu ordenado. Além disso, dos mais de 3 mil
entrevistados, cerca de ¾ deles também atestaram que estão com uma ou mais dívidas
acumuladas. Sinal claro de que algo precisa ser mudado, concorda? O salário sob demanda é
uma modalidade que vem ganhando força no mercado e visa agregar a flexibilidade para que
os colaboradores recebam pelas horas trabalhadas, mas ainda não pagas. Algo que alivia
muitos dos problemas financeiros — e aqueles gerados pelos desafios em fechar as contas.
Vamos analisar um exemplo simples: se a empresa tem o costume de fazer os pagamentos dos
seus recursos humanos apenas no dia 30, ou no quinto dia útil de cada mês, os profissionais
estão limitados a isso. Se uma conta pendente vai vencer os juros nesse período em que já não
há mais dinheiro em conta, as dívidas se acumulam. Porém, com a oferta do salário sob
demanda o profissional pode receber o pagamento dos dias já trabalhados quando quiser. E o
melhor, ele tem flexibilidade para planejar o seu mês.
As situações de conflito não mediadas podem gerar impactos muito negativos, afetando
diretamente o clima organizacional. Conflitos não resolvidos geram desavenças, desarmonia
entre os times e tratamento hostil. Além disso, podem gerar sentimentos de frustração e
desmotivação, afetando diretamente a produtividade do colaborador. Mas os malefícios não
param por aí. Os conflitos negativos também têm impactos psicológicos e até físicos devido ao
estresse e à ansiedade causados. O resultado é um círculo vicioso: a sensação de insatisfação e
o humor alterado devido aos conflitos tendem a gerar ainda mais tensão, levando a situações
conflituosas. Para o RH, além de ter que fazer o papel de “apagar incêndios”, isso também
reflete em um aumento no turnover, prejudicando a retenção de talentos.
Por outro lado, quando devidamente mediadas, a gestão de conflitos pode ter impactos muito
positivos no ambiente corporativo. A resolução de conflitos exige a saída da zona de conforto e
a busca por novas soluções por meio da criatividade e da capacidade de raciocínio. Não é à toa
que muitos processos de recrutamento e seleção usam simulações de situações de conflito
para testar as capacidades de resolução de problemas e resiliência dos candidatos.
Como mostramos anteriormente, as situações de conflito nas empresas podem tanto trazer
impactos positivos quanto negativos, a depender da natureza do conflito e de como ele é
mediado. Além das estratégias de mediação, é importante que o RH trabalhe a gestão de
conflitos também sob o ponto de vista da precaução, tomando medidas preventivas no dia a
dia. Algumas estratégias eficientes de prevenção de conflitos são:
- reuniões periódicas;
- comunicação aberta;
- coerência da própria empresa com seus valores;
- lideranças positivas;
- autonomia;
Para muitas pessoas o conflito tem uma conotação negativa, mas na verdade o conflito não é
bom nem mau sendo necessário resolvê-lo através da expressão e de um bom contacto.
A resolução do conflito pode passar pelo darmo-nos conta das nossas suposições e
preconceitos e desta forma poderemos enfrentar divergências que podem parecer-nos
arriscadas, mas que são repletas de vitalidade.
O conflito permite:
• Encontrar uma solução nova que possa satisfazer as necessidades das duas partes.
É necessário:
• Fortalecer o sistema e a sua awareness (dar-se conta), de forma a que possa emergir uma
solução criativa.