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● Mercado de Trabalho

O mercado de trabalho na área de psicologia escolar é bastante diversificado, com


diferentes oportunidades de emprego e campos de atuação.

Algumas das possibilidades incluem trabalhar em escolas públicas ou privadas, em


clínicas especializadas em atendimento a crianças e adolescentes, em projetos
sociais ou em programas governamentais de saúde mental voltados para a
população escolar.

Algumas das principais funções do psicólogo escolar incluem o acompanhamento e


orientação de alunos com dificuldades de aprendizagem, a promoção de ações de
prevenção e intervenção em casos de bullying, violência e transtornos emocionais, o
desenvolvimento de projetos de orientação vocacional e profissional, entre outras
atividades.

O mercado de trabalho na psicologia escolar pode ser bastante competitivo, exigindo


formação especializada e atualização constante sobre as questões relacionadas à
educação e à saúde mental dos estudantes. No entanto, é uma área que oferece
muitas possibilidades de crescimento profissional e impacto social.

Algumas das formações especializadas mais específicas são:

Pós-graduação em Psicologia Escolar, especialização em Neuropsicologia,


especialização em Psicopedagogia e especialização em Psicologia Clínica Infantil

Remuneração:

A remuneração de um psicólogo escolar pode variar de acordo com vários fatores,


como a região do país, o tipo de instituição em que trabalha (pública ou privada) e o
tempo de experiência na área.
Em média, a remuneração de um psicólogo escolar no Brasil pode variar de
R$ 2.500 a R$ 5.000 mensais para uma jornada de trabalho de 30 horas semanais.

No setor público, o salário inicial de um psicólogo escolar em início de carreira pode


variar de acordo com o município e o estado. Por exemplo, em São Paulo, o salário
inicial de um psicólogo escolar pode ser em torno de R$ 3.000 a R$ 4.000, enquanto
em outras regiões pode ser menor. Já no setor privado, a remuneração pode variar
de acordo com o porte da instituição e o tipo de atendimento prestado.

Vale lembrar que a remuneração do psicólogo escolar também pode ser influenciada
por outros fatores, como a carga horária de trabalho, a formação acadêmica e a
participação em programas de capacitação e atualização profissional.
Algumas das áreas de atuação mais comuns na psicologia escolar incluem:

● A avaliação psicológica:
que consiste em identificar e avaliar possíveis dificuldades de aprendizagem, transtornos
emocionais e comportamentais nos alunos, utilizando instrumentos específicos para essa
finalidade.

● A intervenção em casos de dificuldades de aprendizagem:


envolve o desenvolvimento de estratégias e programas de intervenção para auxiliar alunos
com dificuldades de aprendizagem a superarem seus desafios e alcançarem um melhor
desempenho acadêmico.

● A orientação educacional:
que inclui a realização de atividades voltadas para a orientação vocacional e profissional
dos estudantes, visando a escolha consciente e responsável de sua carreira.

● A promoção da saúde mental:


que envolve ações de prevenção e promoção da saúde mental dos alunos, por meio de
projetos, campanhas e atividades educativas que abordem temas como bullying, violência,
preconceito, entre outros.

● A formação de professores:
consiste em capacitar os professores para lidar com questões psicológicas e
comportamentais dos alunos, desenvolvendo habilidades e estratégias para a promoção de
um ambiente educacional saudável e acolhedor.

É importante ressaltar que a atuação do psicólogo escolar pode ser diversificada e


variar de acordo com as necessidades específicas de cada escola e comunidade.
A psicologia escolar tem um papel importante na identificação e no tratamento de
transtornos específicos de aprendizagem, como a dislexia, o TDAH e a discalculia.

A dislexia é um transtorno que afeta a leitura e a escrita, e pode causar dificuldades


na compreensão de textos, na pronúncia de palavras e na organização do
pensamento. O papel do psicólogo escolar na identificação da dislexia envolve a
realização de avaliações psicológicas específicas, que permitem identificar os
sintomas e a gravidade do transtorno. A partir da identificação, o psicólogo pode
orientar a escola e a família sobre as melhores estratégias para auxiliar o aluno,
como adaptações de materiais e metodologias de ensino específicas.

Já o TDAH é um transtorno que afeta a atenção, a impulsividade e a hiperatividade,


e pode causar dificuldades na concentração, na organização e no controle dos
impulsos. O psicólogo escolar pode auxiliar na identificação do TDAH por meio da
realização de avaliações psicológicas específicas, e orientar a escola e a família
sobre as melhores estratégias para auxiliar o aluno, como a utilização de técnicas de
gerenciamento de tempo e de tarefas, a adoção de rotinas estruturadas e a
implementação de adaptações educacionais que atendam às necessidades
específicas do aluno.
Por fim, a discalculia é um transtorno que afeta o desenvolvimento da matemática, e
pode causar dificuldades na realização de operações matemáticas simples, no
cálculo e na compreensão de conceitos matemáticos. O papel do psicólogo escolar
na identificação da discalculia envolve a realização de avaliações psicológicas
específicas, que permitem identificar os sintomas e a gravidade do transtorno. A
partir da identificação, o psicólogo pode orientar a escola e a família sobre as
melhores estratégias para auxiliar o aluno, como a utilização de recursos
pedagógicos específicos e a adoção de metodologias de ensino diferenciadas que
atendam às necessidades do aluno.

População atendida
A.F informa que no período em que atuou na área escolar atendia estudantes (de classe
social média-alta/alta) de 12 a 18 anos da rede privada com método teórico Francês, os
educadores e a família. Paralelamente R.B atende um público similar (cerca de 140 alunos),
distinguindo-se apenas na faixa etária que varia de 01 a 08 anos.

Já V. E atende cerca de 1080 pessoas, dentre elas estão: estudantes de 01 a 14 anos (há
alunos atrasados na série) da rede municipal, educadores e família. Não citou a classe
social, mas em vários momentos da entrevista deixou transparecer que a situação
financeira da comunidade atendida é precária.

Dentro das suas realidades sociais e campos de trabalho, todos informam ter as condições
necessárias e autonomia para desenvolver sua profissão. Logo, podemos observar o quão
importante é o entrosamento e a aceitação por todos os funcionários que compõem o
âmbito escolar, pois isso facilita a execução do papel da escola na formação do aluno.

Tanto A.F quanto R.B sentiam-se ou sentem-se acolhidas pela comunidade, inclusive R.B
relata que devido a quantidade de alunos na escola ser pequena, ela consegue ter mais
proximidade, tanto que se houver alguma intercorrência dentro da sala de aula, ela
consegue intervir diretamente. Já V.E encontra algumas resistências por parte das famílias.

Ademais, todos acreditam que têm o papel de ajudar a transformar essas crianças e jovens,
mas frisam a importância da família neste trabalho. Isso se dá porque muitas vezes a
criança ou jovem apresenta dificuldades, comportamentos e atitudes que não condizem
com o ambiente familiar ou escolar. Por esse motivo a interação escola-família é muito
importante, pois juntos podem identificar a causa e, se possível, tratar de forma recreativa,
ou se necessário, encaminhar para um especialista.

Para nosso grupo, foi muito importante ter profissionais das duas vertentes, particular e
pública, para entendermos os dois lados da sociedade. De acordo com os relatos, nas
escolas particulares a família é mais participativa do que na municipal, tendo o fator
socioeconômico influente na compreensão da função do psicólogo escolar dentro das
escolas. Enquanto na instituição particular a família compreende que a função do psicólogo
escolar é ajudar no desenvolvimento acadêmico e social, na instituição pública a família
espera por um atendimento clínico, generalizando, assim, a função.
Portanto, conseguimos compreender o quão fundamental é o papel do psicólogo escolar
para estreitar o relacionamento e fazer a ponte escola-família em favor do estudante, para
ajudar nas dificuldades de aprendizado e desenvolvimento, como conflitos emocionais que
por muitas vezes o aluno não consegue expressar com palavras. Além disso, presta apoio
aos educadores, dando o suporte necessário no desenvolvimento das atividades e também
intermediando possíveis embates que possam surgir entre aluno, professor e família.

https://www.psicoedu.com.br/2016/10/psicologo-escolar-educacional.html

CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ATUAÇÃO

De acordo com Mitjáns Martínez, o objetivo principal da Psicologia Escolar é


observar os processos do desenvolvimento humano e de aprendizagem. Se
refere ao contexto escolar, buscando melhorias no processo educativo - é
entendido como um complexo processo de transmissão cultural e do
desenvolvimento da subjetividade -.
A Psicologia Escolar tem como característica a colocação da Psicologia nas
escolas, buscando a otimização do desenvolvimento, aprendizagem e da
relação entre os dois.

Para Mitjáns Martínez, a Psicologia Escolar tem dois elementos:


1- A otimização dos processos educativos no ambiente educacional, sendo
afetados por fatores pedagógicos, subjetivos, organizacionais e relacionais;
2- O lugar de atuação pode ter diferentes instâncias do sistema educativo.

Atuação:

- Realiza pesquisas, diagnósticos, e intervenções;


- Analisa e procura intervir no sistema educacional (ensino-aprendizagem);
- Analisa e busca formas de melhorar o ambiente educacional;
- Participa de orientações profissionais, como, por exemplo, auxiliar na
escolha da profissão;
- Analisa as características das pessoas com deficiência e contribui com a
aplicação de programas especiais de ensino;
- Aplica conhecimentos psicológicos nas escolas, observa o desenvolvimento
humano e as relações interpessoais para que possa promover o
desenvolvimento dos indivíduos;
- Analisa o sistema de ensino para elaborar procedimentos educacionais que
atenda as necessidades individuais;
- Desenvolve programas para que ajude na qualidade de vida e cuidados
para a vida acadêmica;
- Utiliza testes psicológicos para planejar, ajustar e orientar a equipe escolar;
- Aplica programas para desenvolver habilidades básicas para o
desenvolvimento humano;
- Pesquisa dados sobre a escola e adquire conhecimento científico.

Diferença entre Psicólogo Escolar e Psicólogo Educacional/Psicologia da


Educação

A Psicologia da Educação e o Psicólogo Escolar estão relacionados, mas não


são a mesma coisa. A Psicologia da Educação é a área da psicologia que
procura saber sobre o fenômeno psicológico no processo educativo, e a
Psicologia Escolar é um âmbito profissional, um campo de ação da
psicologia. Analisa as escolas e as relações que se estabelecem.

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-428120090
00300007#:~:text=A%20Psicologia%20Escolar%2C%20enquanto%20campo,
rela%C3%A7%C3%A3o%20entre%20esses%20dois%20processos

https://www.sanarsaude.com/portal/residencias/artigos-noticias/psicologia-esc
olar-o-que-e-o-que-faz

Dados e informações sobre a realidade do Psicólogo:

Para a análise da realidade do Psicólogo Escolar, baseamos a nossa pesquisa nos dados
coletados pelo CensoPsi 2022, divulgado pelo Conselho Federal de Psicologia, e
comparamos com as respostas obtidas nas entrevistas com os profissionais.

Primeiramente, quanto à relação das áreas de atuação mais almejadas pelos alunos recém
formados em Psicologia (ou profissionais ainda não inseridos no mercado de trabalho), a
Clínica ocupa a primeira posição, sendo preferida por 68,7% dos entrevistados, e a
Educacional ocupa a quinta posição, com preferência de 20,1%.

Quanto à quantidade de profissionais que atuam efetivamente como Psicólogos Escolares,


representam 11,2% dos entrevistados e, a princípio, conclui-se que os recém formados que
almejavam a área Educacional não permaneceram nessa área de atuação. Porém, vale
ressaltar que estima-se um aumento do número de profissionais na área, uma vez que
atualmente o número de ataques cometidos por alunos (ou ex-alunos) vêm aumentando nas
instituições de ensino e, como forma de prevenção aos ataques, “O CFP, em conjunto com
o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e entidades das áreas, tem mobilizado
esforços para a efetiva implementação da Lei 13.935 por estados e municípios”.

https://site.cfp.org.br/senado-aprova-criacao-do-sistema-nacional-de-educacao-com-emend
a-que-contribui-com-a-efetiva-implantacao-da-lei-13-935/
Então, diante do aumento desses ataques, o trabalho do Psicólogo Escolar está sendo mais
requisitado, e essa nova demanda refletirá em um aumento no número de profissionais na
área, e também em um aumento no número de recém formados que almejam ingressar na
área educacional.

Medicalização nas Escolas


A medicalização nas escolas brasileiras se refere ao uso de medicamentos para tratar
problemas comportamentais e de aprendizagem que crianças e adolescentes em idade
escolar possam apresentar em sala de aula.

Os benefícios da medicalização podem incluir o alívio de sintomas de distúrbios que


atrapalham o aprendizado. Os mais comuns são o Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH), Discalculia, dislexia, e também a ansiedade.
Todos estes distúrbios podem afetar negativamente o desempenho escolar e a qualidade de
vida dos alunos. Se bem prescritos e acompanhados por profissionais de saúde, os
medicamentos podem ajudar a melhorar a capacidade do aluno de se concentrar e controlar
suas emoções.

Por outro lado, existem vários contras associadas à medicação nas escolas. Primeiro, o
diagnóstico de transtornos mentais em crianças e adolescentes é complexo e pode ser
influenciado por diversos fatores, como convívios sociais, culturais e familiares. Como
resultado, há preocupações crescentes de que muitos alunos estão sendo erroneamente
diagnosticados como tendo distúrbios e sendo medicados desnecessariamente.

Além disso, a medicalização pode levar à dependência desnecessária de medicamentos


com potenciais efeitos colaterais a longo prazo. Além do mais, o uso de medicamentos para
tratar problemas comportamentais pode mascarar outros problemas subentendidos, como
problemas familiares, sociais ou educacionais, que podem estar contribuindo para o
comportamento problemático.

Por fim, discute-se se a medicalização é realmente um tratamento adequado para


problemas que podem ter outras causas, como falta de sono suficiente, má alimentação ou
falta de atividade física.
Tais comportamentos afetam a consolidação da memória, a regulação emocional,
flutuações extremas nos níveis de açúcar no sangue podem afetar negativamente a atenção
e a capacidade de concentração e prejudicar os processos cognitivos.

Concluindo, a medicação nas escolas pode ter vantagens para alguns alunos, mas também
tem desvantagens e deve ser usada com cautela e acompanhamento médico adequado. É
importante que as escolas adotem abordagens mais abrangentes para atender às
necessidades educacionais e de desenvolvimento dos alunos, incluindo estratégias
educacionais, psicológicas e sociais, além de promover um ambiente escolar positivo e
saudável.
PONTOS IMPORTANTES PARA CITARMOS NA APRESENTAÇÃO

POR MAIS QUE A MAIOR CONCENTRAÇÃO DE PSICÓLOGOS FORMADOS ESTEJA


NO ESTADO DE SÃO PAULO, NOSSOS ENTREVISTADOS SÃO DE NORTE E
NORDESTE. ( DEVIDO DISPONIBILIDADE).

Além disto, é importante ressaltar que são poucos os psicólogos que trabalham exclusivamente
em uma área. Em relação à psicologia escolar, Bastos (2) apontou, em um panorama geral, que
apenas 7% dos psicólogos trabalham unicamente nesta área.

https://www.scielo.br/j/pcp/a/wCMWp5rYkymJSSQ3BBqBdxj/?lang=pt

Quem é o psicólogo escolar? Quais são as suas possibilidades de atuação na Escola? Que tipo
de formação ele tem? Como está a sua satisfação profissional dentro da realidade brasileira?

A procura de respostas para estas perguntas levou-nos à bibliografia e pesquisas tanto


internacionais quanto nacionais.

Quanto à resposta à primeira pergunta, pudemos encontrar um consenso internacional sobre a


identidade deste profissional. Assim sendo, define-se como psicólogo escolar aquele profissional
que, devido à sua formação e experiências subseqüentes, trabalha para melhorar o processo
ensino-aprendizagem, em seu aspecto global (cognitivo, emocional e social), através de ações
ou serviços oferecidos a indivíduos, grupos, famílias e organizações.

Em relação à segunda pergunta, existe também consenso internacional de que a atuação do


psicólogo escolar pode abranger uma ampla área de serviços, tais como: orientação
psico-pedagógica, diagnóstico, aconselhamento vocacional, intervenção, reabilitação,
consultoria, treinamentos, ensino, supervisão, encaminhamentos, desenvolvimento
organizacional, seleção de pessoal, desenvolvimento e avaliação de programas, prevenção e
pesquisa.

Aluno: estimula, desenvolve e acompanha o desempenho acadêmico, assim como auxilia


em seu desenvolvimento social e emocional.

Professor: Auxilia nas atividades, na relação com os alunos e no suporte emocional

Família: Estimula a relação família + escola.

https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/carreira/o-que-o-psicologo-escolar-faz

A média salarial informada pelos entrevistados, não é a mesma que encontramos em sites
de busca de emprego.

Apresentação
O que é um psicólogo escolar?O psicólogo escolar é um profissional especializado em
psicologia educacional. Portanto, ele tem conhecimentos sobre desenvolvimento humano,
dificuldades de aprendizagem e os níveis esperados para cada idade. - Cópia autorizada
mediante citação com link:
https://sedeeducacao.com.br/profissao/qual-a-funcao-do-psicologo-escolar/

Slide um pouco de historia

https://claudiagindre.com.br/historia-psicologia-escolar/#:~:text=A%20Psicologia%20Escolar
%20%C3%A9%20uma,escolas%20a%20partir%20de%201960

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