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INTRODUÇÃO
O que pode fazer um psicólogo escolar em seu trabalho por uma educação de
qualidade? O que caracteriza um assessoramento de um psicólogo a uma instituição de
ensino? Estas questões revelam um pouco das indagações que nos fazemos em relação a
nossa própria pratica profissional. Indagações e reflexões sobre a relação entre o que
coloca a Psicologia Escolar e a realidade de nossas intervenções, ou seja, as formas com
as quais atuamos estão de acordo com o que defende a Psicologia Escolar com seu
enfoque institucional? Falaremos neste artigo sobre a experiência de três psicólogos
escolares que atuam numa equipe de apoio psicopedagógico, da Secretaria de Educação
do Município de Guarujá/SP. Esta equipe é multidisciplinar, composta por oito
psicólogos, uma fonoaudióloga, uma psicopedagoga e duas assistentes sociais. Estes
três psicólogos estão na equipe desde Julho/2010, através de concurso público.
dois psicólogos logo no começo destas divisões já entraram em licença) foram divididos
em três duplas, dois psicólogos ficaram encarregados por assessorar os Núcleos de
Educação Infantil (N.E.I.M/creche), dois psicólogos as Escolas de Educação Infantil
(E.M.E.I.) e dois psicólogos cuidaram do assessoramento as Escolas de Ensino
fundamental. Além dos psicólogos a equipe contou com o apoio institucional da
psicopedagoga (que atuava na educação fundamental), de duas assistentes sociais (uma
atuando na educação infantil e outra na educação fundamental) e, por um alguns meses,
com até três fonoaudiólogas (uma na educação fundamental e duas na educação
infantil). Neste primeiro momento, todos os membros da equipe realizavam
assessoramento institucional às Unidades Escolares. Dentro deste critério de divisão
cada um dos profissionais tinha um número específico de instituições para assessorar,
desta forma, cada instituição de ensino tinha apenas um profissional de referência (ou
um psicólogo ou uma fonoaudióloga ou uma psicopedagoga). Somente o trabalho com
as assistentes sociais era realizado em duplas com os outros profissionais da equipe.
aprendizagem e desenvolvimento.
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(três grupos), cinco encontros com cada grupo de professores (dois grupos) e
três encontros com cada grupo de pais/responsáveis (dois grupos).
No encontro com os alunos foram desenvolvidas dinâmicas buscando trabalhar a
relação deles com o ambiente escolar e com o processo de ensino aprendizagem através
de temas como a construção do futuro profissional, indisciplina em sala de aula,
capacidade de se colocar no lugar do outro, estratégias do professor para despertar o
interesse do aluno pela aula.
Por sua vez nos encontros com os pais dos alunos, ocorreu uma baixa
participação. Porém os pais que se fizeram presentes aos encontros procuraram através
das atividades e discussões propostas se aproximar da realidade vivida por seus filhos
na escola em seu processo educacional.
Durante o andamento dos grupos com professores, encontramos algumas
dificuldades. A principal delas foi o fato de os professores permanecerem na queixa. O
trabalho neste caso foi direcionado para implicação dos docentes como corresponsáveis
das situações problemáticas presentes na escola fazendo com que olhassem para si como
possíveis agentes para as mudanças almejadas.
A relação professor-aluno;
Apesar do trabalho com grupos de professores, alunos e pais nas unidades ter
promovido a escuta mútua entre os discursos e significações uns dos outros no que se
refere ao funcionamento escolar, o trabalho realizado ajudou muito pouco a instituição a
diminuir seus problemas e conflitos internos.
Entre alguns dos fatores que consideramos colaborar para essa situação
apontamos o fato de termos atuado junto a um grupo que foi delimitado por uma
demanda da secretaria de educação (os alunos 8ºanos, os quais seriam avaliados pelo
IDEB) e não o grupo com o qual a escola gostaria que trabalhássemos (os 6º anos que
segundo parte da equipe gestora da unidade concentrava os alunos mais indisciplinados
e os professores mais tradicionais em suas práticas pedagógicas). Além disso, seria
preciso um trabalho mais prolongado na unidade que envolvesse uma maior
mobilização das famílias e participação da equipe gestora, o que foi inviável devido à
necessidade da equipe de conciliar esta intervenção com o assessoramento a outras
unidades de ensino do município.
Essa intervenção ocorreu a partir de uma convocação de emergência da
Secretaria de Educação (frente aos baixos índices no IDEB apresentados pela unidade
escolar) e se caracteriza como uma ação em grupo que raramente se realiza na nossa
prática diária. Mesmo assim, ela revela muita das dificuldades e da realidade encontrada
durante os assessoramentos individuais realizados cotidianamente pelos psicólogos as
instituições de ensino do município (marcada por solicitações e mudanças
imprevisíveis, tanto nas Unidades de Ensino quanto na Secretaria de Educação).
CRECHES
EDUCAÇÃO INFANTIL
ENSINO FUNDAMENTAL I
CONCLUSÃO
superação.
BIBLIOGRAFIA
KUPFER, M.C.M. (1997) O que toca à/a Psicologia Escolar. In: MACHADO, A.M. e
M.P.R. Souza(Orgs) Psicologia Escolar: Em Busca de Novos Rumos SP, Casa dos
Psicólogos.