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Resumo do artigo ‘’A Psicologia Escolar e a Educação Inclusiva: Uma Leitura

Crítica’’

A Psicologia e seu processo na educação têm sido assuntos para reflexão,


ressignificação no momento atual da democracia e sociedade do Brasil. Com a
redemocratização e popularização da área, os psicólogos estão saindo mais da
realidade de classes mais altas e passando a ter contato com as classes mais
baixas e que utilizam o sistema público. Tal sistema leva ao questionamento de
problemas sociais, de injustiça, de exclusão e de educação.
A democracia tem como um de seus fatores o princípio de que a escola deve
acomodar todas as crianças, visto que todas têm direito ao ensino, independente de
suas condições sociais, físicas, intelectuais, emocionais, linguísticas, ou quaisquer
que sejam estas. E exclusão social, portanto, é uma forma de infração ao sistema
político atual. Como o nome diz, é algo social e não individual, tendo fatores
institucionais e sistemáticos como uns dos contribuintes para o isolamento dessa
parte da população, não sendo apenas o espaço escola como o único responsável.
A falta de inclusão pode ser vista desde a década de 70, quando o conceito de
fracasso e sucesso escolar foi bastante ampliado, isentando a culpa do Estado pelos
problemas com o aluno e o colocando como culpado pela sua exclusão, por falta de
aptidão individual ou inteligência. O estudo conjunto da Psicologia e da educação é
uma das formas de intervir no fenômeno.
A educação no Brasil surgiu de teorias da Psicologia clínica e de consultório,
teorias essas que não se enquadram com a realidade pluralizada brasileira. Os
obstáculos acerca da educação fazem com que o psicólogo deva se preocupar além
do convencional, como com políticas públicas de proteção à infância e adolescência
e noções de saúde, cidadania e qualidade de vida. Além disso, é necessário analisar
os motivos das queixas e fracasso escolares e rever a formação do psicólogo para
contornar essa realidade tradicional antiquada e ultrapassada.
Para a democratização da educação, segundo o artigo, é imprescindível rever
a formação do psicólogo, a Psicologia na formação do professor e a pesquisa na
Psicologia, esses três pontos considerando a interdisciplinaridade, teor crítico e
estratégias mais eficazes. A realidade das escolas deve ser vista objetivamente e
acerca de um viés apenas psicológico; é importante considerar sempre a realidade
social e política do ambiente. As práticas psicológicas voltadas para o profissional
devem ser embasada em uma epistemologia que ressignifique os processos de
aprendizagem no âmbito educacional. A inclusão deve ser, sobretudo, democrática e
ativa sob a luta por direitos. O psicólogo educacional deve, então, atuar na escola
como ordem institucional e social que considera os contextos externos onde a
criança vive, ressignificando embates com diálogo e interação.

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