Você está na página 1de 2

Resumo do artigo ‘’Saúde mental e intervenções psicológicas diante

da pandemia do novo coronavírus (COVID-19)’’

O novo Coronavírus (COVID-19) é a síndrome respiratória viral mais grave


desde a pandemia de influenza H1N1. Seu surto viral também é considerado como
uma pandemia, visto que a escala de contágio é em nível global. Desde a
disseminação incontrolável do vírus no Brasil, em março de 2020, medidas têm sido
discutidas a fim de evitar um maior alastramento da infecção. O artigo tem como
objetivo sintetizar as consequências do vírus na saúde mental da população e como
intervir tais efeitos negativos, utilizando a revisão narrativa da literatura, sites
informativos sobre a área de saúde e Psicologia, e aplicações de experiências de
outros países no contexto nacional.
O fato do vírus ter tido uma contaminação rápida e de informação escassa
aumentou os níveis de ansiedade e depressão pela incerteza e medo da sociedade
de ser contaminada, além de fake news sobre a COVID-19, que contribuem para o
medo coletivo. Com isso, as pessoas acabam sofrendo de transtorno obsessivo-
compulsivo (TOC) ou interpretação equivocada dos sintomas da doença. A
quarentena obrigatória, mesmo que necessária, acabou por gerar mudanças no
cotidiano e diminuição das relações sociais presenciais. Há o aumento de violência
doméstica e familiar, pois os membros estão confinados, com menos possibilidade e
oportunidades de denunciar casos de agressão. Quando se trata da saúde mental
de profissionais da saúde, os mesmos acabam por ter medo de morrer ou contagiar
os outros, sobrecarga, fadiga, frustração, ameaças e isolamento dos familiares. Há
também a traumatização vicária ocorrida pela empatia de ver os pacientes sofrendo,
por mais que não tenham sofrido diretamente.
Para intervir em todos os fatores prejudiciais, é recomendado o tratamento
psicológico online, sendo esse prestado de acordo com a prioridade de urgência,
desde os mais vulneráveis mentalmente até a população geral. Medidas de proposta
psicoeducativas também são eficazes, como ofertas de canais para escuta
psicológica, estratégias de bem estar, fortalecimento de conexões com a rede de
apoio social, cuidado com a exposição excessiva de informações sobre o COVID-19,
entre outros. É necessário, todavia, considerar a grande parcela populacional que
não tem acesso à internet e a parcela que tem, porém com dificuldade, como idosos;
Os materiais informativos também devem ser de linguagem acessível para a
inclusão de pessoas com baixa escolaridade. Para apoiar e ajudar profissionais da
saúde que estão sofrendo estressores ou que não conseguem lidar com um
contágio tão extremo quanto o novo Coronavírus, os psicólogos podem oferecer
redes de apoio, prevenção, promoção de saúde mental e estratégias para enfrentar
tal confronto tão massante.

Você também pode gostar