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FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA
Seminário I – Tireoidopatias
Goiânia
2020
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ALINE
CATARINA MENDES
MATHEUS DE MORAES BORGES
SARA SILVA MENDES
PAULA DE OLIVEIRA CAETANO QUEIROZ
Seminário I – Tireoidopatias
Goiânia
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2020
CASO CLÍNICO
Paciente: TAH.
Nacionalidade: brasileira;
Naturalidade: Goiânia
Foi a consulta com o seu pediatra, que percebeu bócio indolor, o qual solicitou exames
calor, perda de peso, alterações no apetite ou sede, indisposição para atividades diárias,
alterações
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cutâneas, palpitações, alterações no ritmo intestinal, dores abdominais, alterações
urinárias ou musculoesqueléticas.
aos 9 anos de idade, com ciclos regulares de 5 dias (última menstruação há 16 dias).
Tem história de enxaqueca com uso esporádico de analgésicos. Nega alergias. Mora
com os pais em casa de alvenaria. Tem dois irmãos mais novos. Avó materna, mãe, tia
EXAME FÍSICO: BEG. Altura: 162 cm (77º percentil para idade). Peso: 59,4 kg (88º
percentil), IMC: 22,6 (86º percentil). PA: 126/66 mmHg, FC: 79bpm. Não foi
de volume, com lobo direito medindo 4,5 cm e lobo esquerdo com 6,5 cm no maior
eixo. Nào foi identificado linfadenopatia palpável. Não foram identificadas outras
A) Exames laboratoriais
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A.5) Anticorpo anti-TPO: 244 UI/mL (VR* : < 35)
B) Exames de imagem
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Figura 1. Ultrassonografia de tireoide. Tireoide aumentada de volume (LET: 5,9x3,6x2,7 cm;
LDT: 5,1x2,1x1,9 cm) com ecotextura difusamente heterogênea e nódulo hipoecogênico em
lobo esquerdo da tireoide, medindo 2,0x2,0x2,5cm. (A) Corte transversal do lobo direito
tireoidiano ressaltando a ecotextura heterogênea, (B) nódulo hipoecogênico com limites
imprecisos em lobo esquerdo, (C) com altura maior (2,5 cm) que largura (2,0 cm) e (D)
exibindo microcalcificações.
C) Punção aspirativa por agulha fina (PAAF) de tireoide guiada pelo US:
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Com os resultados destes exames, paciente foi encaminhada para o Serviço de Cirurgia
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QUESTÕES
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células foliculares por linfócitos T citotóxicos (mecanismos de imunidade humoral e
celular).
A suscetibilidade aumentada da tireoidite de Hashimoto está associada a
polimorfismos em múltiplos genes associados à regulação imunológica, sendo o mais
significativo a ligação aos polimorfismos do antígeno associado ao linfócito T
citotóxico 4 (CTLA4), que é um regulador negativo das respostas da célula T. Outro
determinante genético da suscetibilidade para a tireoidite de Hashimoto, recentemente
descrito, é o polimorfismo funcional no gene da proteína tirosina fosfatase-22
(PTNP22) que codifica uma tirosina fosfatase linfoide, também conhecida por inibir a
função da célula T.
Sendo assim, a tireoidite de Hashimoto é causada por uma interrupção na
autotolerância aos autoantígenos tireoidianos. Isso é exemplificado pela presença de
autoanticorpos circulantes contra a tiroglobulina e a peroxidase tireoidiana na grande
maioria dos pacientes com Hashimoto.
Múltiplos mecanismos imunológicos podem contribuir para a morte da célula
tireoidiana, inclusive:
● Morte celular mediada por célula T citotóxica CD8+: as células T
citotóxicas podem causar destruição dos tirócitos.
● Morte celular mediada por citocinas: a ativação excessiva de células T
leva à produção de citocinas inflamatórias TH1, como o interferon-γ na
glândula tireoide, resultando em recrutamento e ativação de macrófagos
e danos aos folículos.
● Ligação de anticorpos antitireoidianos (anticorpos antitiroglobulina e
antiperoxidase tireoidiana) seguida por citotoxicidade mediada por
célula, dependente de anticorpos.
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3. Esta doença é fator de risco para quais doenças?
base da paciente?
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5. Quais são os achados macro e microscópicos típicos da doença de base da
paciente?
nódulos tireoidianos?
A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) proporciona uma análise citológica
do nódulo, podendo assim auxiliar na conduta a partir das características
encontradas,pois foi criada a classificação de Bethesda que categoriza os nódulos em 6
classes e a partir disso pode ser tomada uma decisão quanto ao seguimento do paciente.
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A classificação de Bethesda é definida por BI (Bethesda categoria I): material
insatisfatório; BII (Bethesda categoria II): nódulo benigno: bócio coloide, nódulo
hiperplásico, tireoidite linfocítica; BIII (Bethesda categoria III): atipia (ou lesão
folicular) de significado indeterminado; BV (Bethesda categoria V): suspeito para
malignidade; BVI (Bethesda categoria VI): maligno .
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Cibas ES, Ali SZ. The Bethesda System for Reporting Thyroid Cytopathology. Thyroid.
2009; 19(11):1159-65
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