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CASOS CLÍNICOS PR1

CASO CLÍNICO 1 – grupo 1

M.B.C., sexo masculino, 25 anos, agricultor, proveniente do interior do estado do


Amazonas, em bom estado geral, apresentando há 8 meses quadro predominante de
placas verrucosas e algumas úlceras de bordas infiltradas, bem delimitadas em membros
inferiores, refere que no início do quadro apresentava somente as úlceras e que
posteriormente evoluíram para esse aspecto verrucoso; Devido à importante história
epidemiológica e à presença de lesões ulceradas, foi solicitado o exame direto para
Leishmaniose tegumentar Americana(LTA) que se mostrou positivo devido a presença
de amastigotas arredondadas intracelulares e isoladas. Diante disso, foi realizada a
biopsia que revelou hiperceratose, acantose, infiltrado de linfócitos, histiócitos, células
epitelióides, células gigantes multinucleadas e plasmócitos em torno dos granulomas
solicitado exames laboratoriais no qual vieram sem alterações, sorologia para HIV e
hepatites.; Diante disso, foi iniciado o tratamento por 20 dias. Após 10 dias do término
do tratamento, o paciente evoluiu com melhora importante das lesões.

PERGUNTAS

1)Explique a importância das respostas imunológicas, mediada por linfócito T, na


resistência e suscetibilidade da Leishmaniose.

2) Cite e explique dois mecanismos de evasão da leishmania, para que ocorra uma
infecção bems ucedida.

3) Um dos mecanismos de evasão da Leishmania é inibir a produção de IL12, como esse


evento afetaria a infecção da leishmania?

4) No caso acima foi pedido sorologia de HIV para o paciente, explique


CASO CLÍNICO 2 - grupo 2
.L.S.O.L., 5 anos, 18 kg, moradora de zona de periferia da cidade Sobral, Ceará, foi
admitida no Pronto Atendimento Infantil com história de dor abdominal de moderada
intensidade, vômitos repetitivos, aumento do volume abdominal, parada de eliminação
de gases e fezes havia três dias. Ao exame físico apresentava estado geral regular,
desnutrição e desidratação moderadas, com distensão abdominal e dor à palpação do
abdome difusamente, sem sinais de irritação peritoneal. Foram pedidos exames de
sangue, como hemograma e dosagem de IgE total. Ao chegarem os exames, o médico
verificou uma eosinofilia e um aumento acentuado nas concentrações de IgE. Baseado
no caso clínico, responda:

a) Qual o provável diagnóstico?


b) Qual o papel dos eosinófilos nessa infecção, explique imunologicamente sobre isso.
d) A paciente eliminou oralmente várias A. lumbricoides. Quais fatores do sistema
imune podem ter influenciado esse evento?
CASO CLÍNICO 3 grupo 3

Paciente com 40 dias de vida, feminino, foi internada no dia para investigação de febre.
Relato de pré-natal adequado, sem intercorrências. Nascido de parto cesáreo, peso de
nascimento 3.070 g, idade gestacional 37+4 semanas, apgar 9/10, teve alta com a mãe
em aleitamento materno exclusivo. A família recebeu visita domiciliar de profissional de
saúde sendo oferecida e administrada dose da vacina contra febre amarela para a mãe.
Aproximadamente 24 horas antes da hospitalização, o bebê apresentou prostração e
febre sem sinais localizatórios( 25 dias após a administração da vacina na mãe). Foram
colhidos exames: leucograma com 19.900 leucócitos, 3% bastões, 229.000 plaquetas,
líquido cefalorraquidiano (LCR) de aspecto hemorrágico com 3 células, glicorraquia 53
mg/dL, proteinorraquia 202 mg/dL. Foi iniciada antibioticoterapia empírica com
ampicilina e gentamicina. A cultura do LCR foi negativa. No dias após , o lactente
apresentou crise convulsiva tônico-clônica no hemicorpo esquerdo, que cessou
espontaneamente. No dia seguinte, apresentou crise semelhante, necessitando

diazepam 0,25 mg/kg/dose e oxigênio inalatório. O resultado do hemoglicoteste foi de


79 mg/dL. O lactente recebeu dose de ataque de fenobarbital (15 mg/kg), sendo
mantida dose de manutenção de 5 mg/kg/dia. Foram repetidos exames laboratoriais:
leucograma com 12.500 leucócitos e 3% de bastões. Coletou-se outro exame de LCR
para pesquisa de dengue e febre amarela, que foi enviado para o Laboratório. Na
segunda coleta, o LCR apresentava aspecto límpido, 66 células, 1 hemácia, glicorraquia
34 mg/dL, proteinorraquia 229 mg/dL, e a cultura do LCR foi negativa novamente. O
eletroencefalograma realizado em demonstrou atividade irritativa multifocal. O
paciente permanecia sonolento, mas sem crises convulsivas. Foi iniciada a retirada
gradual da fenitoína. Foi solicitado nível sérico de fenobarbital - 50 mcg/mL (nível
terapêutico 15 a 40 mcg/mL) -, sendo reduzida a dose para 4 mg/kg/dia. O paciente
apresentou boa evolução clínica, tolerou a diminuição das dosagens dos
anticonvulsivantes e suspensão da fenitoína o lactente recebeu alta em bom estado
geral, ativo e reativo, com controle das crises convulsivas, fazendo uso de fenobarbital
(4 mg/kg/dia) e sem déficits motores. Foi detectado anticorpo IgM específico para febre
amarela no soro e no LCR em exame realizado.

1) Classifique a vacina da febre amarela quanto ao antígeno. Descreva suas


vantagens e desvantages
2) Qual o possível diagnóstico dado ao paciente? Explique o mecanismo
imunológico.
3) Fale sobre os possíveis eventos adversos da vacina da febre amarela, e diga em
quais pacientes, existe um risco aumentado de eventos adversos graves
associados à vacina.
4) A vacina da febre amarela induz imunidade de Rebanho? Explique
CASO CLÍNICO 4 – GRUPO 4
Paciente J.B.L.S., masculino, 23 anos, branco, católico, não estuda, trabalha com
telemarketing, natural de São Paulo. É casado e não tem filhos. O paciente relata
que possuía fimose desde a infância, que impossibilitava a exposição completa
da glande. Em novembro de 2010 relata surgimento de nódulo de 1 cm de
diâmetro na glande. Foi realizada postectomia para tratamento de fimose,
durante a qual se realizou biópsia da lesão. A análise anatomopatológica revelou
carcinoma epidermoide invasivo, grau III histológico, in situ. Estudo biomolecular
apontou infecção por HPV 62. Após o diagnóstico, precisou realizar um
procedimento de penectomia parcial. Não foi possível manter a glande devido
ao acometimento da região pela lesão. A análise anatomopatológica da peça
cirúrgica revelou carcinoma escamoso moderadamente diferenciado, grau III de
Broders e grau III de Maiche, estadiamento pT1, úlcero-infiltrativo, com
infiltração até tecido conectivo subepitelial. Não havia invasão angiolinfática ou
perineural. Não acometia uretra, corpo esponjoso ou corpo cavernoso. A uretra
encontrava-se livre do processo. As margens cirúrgicas de pele e uretra
encontravam-se livres de neoplasia. Teve alta no 2o dia de pós-operatório.
Manteve-se antibioticoterapia por 30 dias.

a) Qual a relação entre a infecção por HPV e o câncer de pênis?


b) Explique imunologicamente como os vírus podem ser associados à antígenos
tumorais.
c) Nesse caso específico, como esse câncer poderia ter sido evitado e
prevenido?
d) Quais imunoterapias são promissoras para o tratamento de câncer? Explique
imunologicamente duas dessas imunoterapias.
CASO CLÍNICO 5 grupo 5

Paciente feminina de 60 anos apresenta quadro de fadiga, palidez , epistaxe, manchas


roxas e episódios febris recorrentes há 1 mês. Solicitado hemograma que revelou:
Leucócitos: 1.900/mm³,Células displásicas: 10% ,Hemoglobina: 9,0 g/dL Hematócrito:
25,4% Plaquetas: 48.000/mm³.
Com os resultados acima o médico solicitou o mielograma da paciente.

Sua irmã se prontificou a ser doadora pois sua medula óssea expressava compatibilidade
nos dois conjuntos: do grupo HLA de classe I (loci A e B ) e II ( HLA-DR). A paciente foi
submetida a altas doses de agentes quimioterápicos.
A reconstituição hematopoética do paciente ocorreu por meio de infusão de células
viáveis da medula óssea com uma alta capacidade proliferativa proveniente do doador
compatível. Três semanas após a infusão da medula, a paciente permaneceu em aplasia
medular intensa (fase em que os leucócitos, glóbulos vermelhos e plaquetas
permanecem baixos, pois ainda não ocorreu a enxertia/pega do transplante) Três meses
após o TMO a paciente apresentou recuperação do número de plaquetas, granulócitos
e hemácias. Quatro meses após o TMO a paciente apresentou erupções máculo-
papulares cutâneas, icterícia, mucosites no sistema gastrintestinal, febre e diarreia.

PERGUNTAS:
1)O Transplante de Medula Óssea (TMO) é um procedimento terapêutico que consiste
em enxertar células tronco/progenitoras hematopoéticas para a correção tanto
qualitativa quanto quantitativa de um defeito da medula óssea doente. Fale em quais
doenças o TMO é indicado?

2) O TMO alogênico exige que o doador da medula óssea apresente um HLA compatível.
Quais os exames necessários para determinar o doador ideal?
3) Explique os mecanismos imunológicos que induziu a paciente desenvolver erupções
máculo-papulares cutâneas, icterícia, mucosites no sistema gastrintestinal, febre e
diarreia.
4) O que deve ser feito quando o paciente desenvolve esse tipo de resposta no TMO?
CASO CLÍNICO 6 – GRUPO 6

L.L.O.S., Menina, aos seis anos de idade, estava em férias em uma casa de praia, e
recebeu uma primeira picada de abelha, quando desenvolveu sintomas de
rinoconjuntivite, dificuldade respiratória com tiragem global, sibilos, urticária, edema da
face e membros, precisou ir para o pronto atendimento pediátrico, onde recebeu
adrenalina intramuscular e nebulização de salbutamol.
a) Qual o diagnóstico?
b) Normalmente, nos primeiros contatos com o veneno de abelha, qual a fase da
resposta imune está ocorrendo?
Tinha como antecedentes pessoais rinoconjuntivite e asma alérgicas a ácaros e
gramíneas. Habitava perto de um apicultor que tinha uma colmeia no jardim.
Apresentou IgE específica positiva para abelha de 50,1 kUA/L (classe cinco/muito alto)
e para vespa de 1,05 kUA/L (classe dois/ligeiro). Alguns meses depois, foi novamente
picada, ocorrendo rapidamente edema labial e falta de ar intensa, levando a uma
resposta anafilática e necessitando da utilização de EPI PEN Jr 2PEK.

c) Para o aparecimento das manifestações clínicas no segundo evento, quais as


respostas imunes ocorreram? Explique imunologicamente os eventos que mediaram
esses sinais e sintomas.

Aos sete anos iniciou imunoterapia específica com extrato de veneno de abelha em
esquema ultra-rush em hospital, apresentando reação local ligeira no local das injeções.
Encontra-se atualmente em fase de manutenção da imunoterapia a cada seis semanas
e tem autoinjetor de adrenalina. Não voltou a ser picada por abelha, tendo havido
remoção da colmeia vizinha.

d)Explique imunologicamente qual o objetivo da utilização da imunoterapia


com o próprio veneno da abelha.

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