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Universidade Paulista - UNIP

RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS

BIOMEDICINA - CITOPATOLOGIA E CITOLOGIA CLÍNICA

ANNE SUELLEN MARINHO

RA 2138048 POLO TAQUARAL

27/10/2021
CITOPATOLOGIA E CITOLOGIA CLÍNICA

1 INTRODUÇÃO

Citopatologia e Citologia Clínica é a ciência que estuda células causa e


natureza das doenças e suas alterações em casos patológicos.

A Citopatologia, uma ciência envolvente e que requer muita observação,


tem como ponto de partida conhecer a origem dessa ciência.

Citopatologia e Citologia Clínica é a ciência que estuda células causa e


natureza das doenças e suas alterações em casos patológicos.

Estabelecida como meio de diagnóstico, a Citopatologia tem seu termo


derivado do grego kytos (células), pathos (doença) e logia (ciência). Sendo um

ramo da Medicina e da Biologia, ela se dedica à análise e ao estudo de


doenças pela verificação das alterações celulares. O teste de Papanicolau, ou

citologia cervicovaginal, foi o primeiro exame citopatológico desenvolvido. A


partir dele, foram feitas adaptações para análise de outros órgãos.

A Citopatologia é multidisciplinar, integrando as áreas da Bioquímica,


Histologia, Biologia Celular, Biologia Molecular, Fisiologia, Oncologia, entre

outras. Os profissionais de saúde com especialização nesse campo são


responsáveis pela coleta de material; os laboratórios, por seus laudos e

pareceres, dentro de cada competência profissional.

Nessa disciplina veremos a necessidade de solicitar complementares


para fechar um diagnóstico, e em caso de suspeita de malignidade a
necessidade de um laudo solicitando exames mais detalhados.

Conhecemos o protocolo para coloração e amostras citológicas pelo


Papanicolau.
2 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Aula 1 ROTEIRO 1

Coloração de Papanicolau

Vimos a forma correta de coletar o Papanicolau em teoria. Porém, não


fizemos a análise do Papanicolau por falta de material no laboratório.

Sendo assim, vimos laminários de esfregaço e processos inflamatórios


de peles finas, peles espessas e pudemos vizualizar o epitélio.

1 - Colher amostra da cavidade oral; raspamos a mucosa com uma haste de


madeira;

2 - Transferir para a lâmina de vidro;

3 - Fixar em etanol 95% por 10 minutos;

4 - Hidratar em H²O destilada por 10 minutos;

5 - Hematoxilina Harris por 06 minutos;

6 - Lavar em H²O deatilada;

7 - Desidratar em etanol absoluto (três mudanças)

8 - Orange G por 90 segundos;

9 - Lavar em etanol 95%;

10 - EA 36 por 90 segundos;

11 - Lavar em etanol absoluto;

12 - Clarificação em Xilol por 10 minutos (em capela);

13 - Lamínula.

Pudemos vizualizar as estruturas patológicas de diversos tipos de


epitélio:

- Epitélio estratificado;

- Epitélio colunar simples;

- Epitélio pavimentoso;

- Epitélio cubico.
Aula 1 ROTEIRO 2

A professora Luciana nos explicou a morfologia normal das celulas do


epitélio pavimentoso estratificado, do epitélio colunas simples e do epitélo
metaplásico.

Fizemos a visualização em microscópio óptico, amostras de


colpocitologia já colhidas e coradas pelo método de Papanicolau, de laminário
de esfregaço e inflamações.

1 - Epitélio da mucosa bucal;

2 - Camada queratinizada;

Morfologia: Pavimentoso, cubico e colunar.

Analisamos: Pele fina, pele espessa e inflamação aguda.

Por toda lâmina foi possível visualizar pontos inflamatórios. Houveram


lâminas com inflamação aguda que se pareciam um "mar de inflamação", já a
inflamação crônica apresentou pequenos focos inflamatórios por toda a lâmina.

Aula 2 ROTEIRO 1

Nesta aula, vimos as alterações morfológicas das células do epitélio


pavimentoso estratidicado vaginal, frente às oscilações hormonais do ciclo
menstrual.

A importância dos lactobacilos como marcadores de normalidade,


controle de crescimento de bactérias, manutenção de PH ácido, produção de
peróxido de hidrogênio, produção de bacteriocinas, competição por adesão e
substrato.

Infecções e Inflamações cérvico-vaginais

Sintomas mais comuns: prurido e leucorréia (corrimento).

Reações principais do processo inflamatório: Aumento da maturação


celular (leucoplasia - manchas brancas).

Hiperplasia (aumento do numero de células)

Transformação (metaplasia ou reparo)

Intensidade: discreta, moderada, acentuada.


Alterações do epitélio caracterizadas por alterações celulares
(degeneração, necrose).

Alterações na morfologia das células, números de leucócitos, muco,


flora.

Tipos de Inflamação Cérvico-Vaginal:

Aguda, crônicas, inflamação inespecífica, inflamações específicas.

Vaginose bacteriana (VB)

Síndrome clinica na qual ocorre uma substituição dos lactobacilos por


bacterias anaeróbias facultativas como Gardnerella vaginalis, bacteródes
Mobiluncus sp e Mycoplasma sp.

Sintomas: corrimento fino branco-acinzentado, frequentimento com odor


fétido (de "peixe") que se acentua pós relação sexual e no período menstrual.

Mais de 50% dos casos são assintomáticos.

Essas bactérias ao proliferarem produzem aminas que contribuem para


aumentar o ph mais ainda.

Diagnóstico de vaginose bacteriana: Critérios de Amsel.

PH vaginal >4.5

Teste de whiff ou teste das aminas positivo.

Presença de clue cells no exame a fresco (celulas epiteliais).

Corrimento característico.

Candidíase

Infecção da vulva e da vagina, causada por leveduras comensais que


habitam a mucosa vaginal.

80 a 90% dos casos causados por leveduras do gênero Candida


albicans.

10 a 20% por espécies não albicans.

Isolada em 10 a 30% das mulheres assintomáticas (saprófita)

Fatores predisponentes: Gravidez, diabetes, uso de corticóides, hábitos


de higiêne e vestuário inadequado.
Vivem no ph entre 4.0 a 5.5.

Tricomoníase

Principal vulvovaginite sexualmente transmissível (25% das DSTs).

Incidência diminuindo devido ao uso de MTZ (metronidazole).

Sintomas: leve prurido, corrimento amarelo-esverdeado bolhoso,


dispareunia, edema e irritação vulvar, cérvix com aspecto de morango, ph 4.5.

Herpes Vírus

Nos Estados Unidos, uma a cada quatro pessoas com mais de 30 anos
está infectada com HSV.

O HSV -1 acomete principalmente lábios e face.

O HSV-2 acomete predominantemente a região genital, principalmente,


no início da atividade sexual, entre 18 e 25 anos.

Pode infectar células escamosas, metaplásicas ou endocervicais o


Células multinucleadas, com núcleos amoldados, pálidos (aspecto de “vidro
fosco”) e contendo inclusões eosinofílicas envoltas por halo claro o Sintomas:
lesões vesiculares dolorosas que podem se romper formando úlceras. o
Acomete principalmente genitália externa.

Clamídia

Complicações: doença inflamatória pélvica, cervicite, síndrome uretral


aguda, complicações perinatais, GZ ectópica.

Rastreamento: detecção e controle: Para o diagnóstico, a cultura é o


método mais confiável, mas requer métodos de cultivo especializados, leva de
24 a 72 horas e nem sempre está disponível de maneira conveniente. Muitos
teste amplificam e detectam as sequências de DNA e RNA do micro-
organismo.

Gonorréia

Diplococos gram -negativos o Assintomática em 30 a 60% dos casos o


Segunda mais frequente nos EUA o Sintomas: coincidem com os sintomas da
cervicite por Ct o Complicações: DIP, disseminação hematogênica,
esterilidade, risco de GZ ectópica o Papanicolau: não é método diagnóstico, é
feito pelo teste de ELISA que detecta N. gonorrhoeae no pus uretral ou em
esfregaços cervicais, em cerca de três horas.

Patógeno invade os espaços que separam as células epiteliais


colunares. A invasão desencadeia uma inflamação e, quando os leucócitos se
movem para a área inflamada, o pus característico se forma. Em homens, uma
única exposição não protegida resulta em infecção em 20 a 35% das vezes. As
mulheres tornam-se infectadas em 60 a 90% das vezes com uma única
exposição. Se a mãe estiver infectada com gonorreia, os olhos do lactente
podem se tornar infectados quando ele passar pelo canal do parto, por isso é
administrado antibióticos nos olhos de todos os recém-nascidos.

Aula 3 ROTEIRO 1

Graduação de lesões cérvico vaginais

HPV e Neoplasias

Nesta aula pudemos ver que o HPV é a principal incidência de câncer de


colo de útero. Os tipos 16, 18 e 45 são os mais carcinogênicos em 70% dos
diagnóticos. Os tipos 06 e 11 são verrugas.

As lesões intraepiteliais são classificadas num grupo denominado


Classificação de Richart (1967), por NIC, Neoplasial Intraepitelial Cervical.

São divididas em graus: NIC1, NIC2, NIC3.

Modificados em 1990 NIC de Baixo Grau e NIC de Alto Grau.

A persistência de infecção por HPV são de alto risco oncogênico.

Sistema de Bethesda

A designação de NIC parecia muito agressiva, então foi alterada para


lesão intraepitelial escamosa (SIL), subdividida em duas categorias de baixo e
alto grau.
Classificações do Sistema de Bethesda

1 - ASC

2 - LSII de baixo grau NICI

3 - Carccinoma in situ pré NICII

4 - Carcinoma NICIII

ASC - Celulas Escamosas Atípicas

- Aumento nuclear 2,5 à 3X em relação ao tamanho do nucleo.

- Variação na forma nuclear.

- Binucleação com hipercromatismo.

- Irregularidade.

LSIL - lesão de baixo grau

Corresponde a alterações celulares associadas ao efeito citopatológico


do HPV, lesões previamente classificadas como displasia leve, NIC I, e
condiloma plano.

HSIL

Referem-se à lesões classificadas previamente como displasia


moderada, displasia grave, carcinoma in situ, NIC II e NIC III.

Carcinoma Invasor

Toda parte do tecido conjuntivo é comprometido.

É a neoplasia malígna mais frequente do colo uterino. Dentre os tipos de


carcinoma, temos:

Escamoso queratinizante, não queratinizante, câncer de pequenas células.


Adenocarcinomas

Segundo tipo de neoplasia com maior incidência de câncer.

O adenocarcinoma se caracteriza por um tumor malígno que pode atingir


quase todos os órgãos do corpo, como os pulmões, intestinos, pâncreas,
fígado, colo do útero, dentre outros.

O adenocarcinoma é um tumor derivado das células glandulares


epiteliais secretoras. Embora na maioria das vezes, as células desse tipo de
tumor pertençam a uma glândula, essa não é uma condição para o
desenvolvimento do adenocarcinoma, que ocorre, necessariamente, em células
secretoras. 

É importante alertar que as células epiteliais também podem originar


um adenoma, que representa um tumor benigno, mas que pode acabar
evoluindo para um adenocarcinoma. 

Embora as causas exatas do aparecimento dos adenocarcinomas ainda


sejam desconhecidas pela comunidade científica, sabe-se que alguns fatores
gerais contribuem para o seu desenvolvimento, como, por exemplo:

 Hereditariedade;

 Poluição;

 Idade avançada;

 Tabagismo, nos tumores de pulmão;

 Reposição hormonal, nos tumores de mama;

 Qualidade da alimentação, nos tumores de estômago ou intestino.

De qualquer maneira, vale ressaltar que esses são fatores de riscos


gerais para o surgimento dos adenocarcinomas, que podem se manifestar em
quase todos os órgãos do corpo humano.

Na lâmina observamos:

 Carcinoma gástrico;

 Metastase da mama;

 Carcinoma da mama;
 Câncer pulmonar.

Aula 4 ROTEIRO 1

Discutimos as possibilidadas de alterações patológicas e formas de coletas,


analisando alguns casos clinicos.

Caso clinico 1: Histerectomia total.

Caso clinico 2: Candidíase.

Caso clinico 3: Candidíase.

Caso clinico 4: Vaginose.

Com o estudo desses casos pudemos observar:

Candida não tem odor;

Vaginose: Corrimento acinzentado, odor de decomposição de nitrogênio.

Critérios de Amsel

1 - PH vaginal > 4.5

2 - Teste de Whiff ou teste das aminas positivo.

3 - Presençade clue cells no exame a fresco (celulas epiteliais)

4 - Corrimento característico.
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LABTEST. Ciclo menstrual labtest: ciclo menstrual. 2021. Disponínel em:


https://blog.basetis.com/ca/content/que-passa-que-tens-la-regla

WAMA (São Paulo). Wama Diagnóstica. Carcinoma. Check: carcinoma


check. uricolor check 2021. Fitas reativas. Disponível em:
https://www.wamadiagnostica.com.br/reagentes/uri-color-check/ Acesso em: 04
set. 2021.

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