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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUTÔNOMO DO BRASIL- UNIBRASIL

MARCELINY THAYNA BASTOS OLIVEIRA

MATHEUS PAVAN

RELATÓRIO AULA PRÁTICA LÍQUIDO SEMINAL


(ESPERMOGRAMA)

CURITIBA
2023
MARCELINY THAYNA BASTOS OLIVEIRA
MATHEUS PAVAN

RELATÓRIO AULA PRÁTICA LÍQUIDO SEMINAL


(ESPERMOGRAMA)

Relatório de aula prática de Citopatologia e


urinálise, do curso de biomedicina 5BMAD, do
Centro Universitário Autônomo do Brasil,
Unibrasil. Profª. PHD. Renata Barbosa Vahia
de Abreu

CURITIBA
2023
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................4
2. OBJETIVOS......................................................................................7
3. MATERIAIS.......................................................................................8
4. METODOLOGIA...............................................................................9
5. RESULTADOS.................................................................................10
6. DISCUSSÃO...................................................................................12
7. CONCLUSÃO..................................................................................13
8. REFERÊNCIAS...............................................................................14

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1. INTRODUÇÃO
O espermograma é um exame laboratorial capaz de analisar a fertilidade masculina
,
avaliando a composição do sêmen e as condições físicas de cada paciente em

sua individualidade.
a composição do esperma do paciente como, aspecto, fase de coagulação e liquefação
volume, pH, viscosidade, motilidade, morfologia (condição física) e contagem
espermática.

O líquido seminal consiste em quatro frações provenientes, sendo elas


vesículas seminais, glândulas bulbouretrais, próstata, epidídimo e testículos. Para que
a amostra tenha uma qualidade significativa cada fração tem suas características
especificas e atribuem de uma forma “exclusiva” com o fluido. Nos túbulos seminíferos
dos testículos onde células germinativas e as células de Sertoli estão localizadas
ocorre a espermatogênese, no epidídimo ocorre a maturação dos espermatozoides,
já nas vesículas seminais há o suporte de nutrientes para o esperma e o fluido, logo
a próstata fornece enzimas e proteínas para a coagulação e liquefação, as glândulas
bulbouretrais adicionam um muco alcalino para neutralizar o ácido prostático e a
acidez vaginal, por conseguinte o ducto deferente faz a propulsão do esperma para
os ductos ejaculatórios. (LEITE, Samantha B. et al.,)

Os espermatozoides compreendem somente 5% do volume total ejaculado,


vesículas seminais (60 - 70%) , próstata (20 – 30%) e glândulas bulbouretrais (5%) o
restante dos fluidos é produzido com o intuito de manter, nutrir e permitir que os
espermatozoides sobrevivam e alcancem o oócito O sêmen normal é uma mistura
delas durante a ejaculação, consistindo em um liquido espesso, branco opalino, com
reação levemente alcalina (ph 7,3 a 8,3) e volume em média de 2 mL a 5mL. (LEITE,
Samantha B. et al.,)

A coleta é por meio de masturbação a seco, visto que preservativos comerciais


têm agentes espermicidas, o órgão deve estar devidamente higienizado e o material
coletado preferencialmente em frasco de vidro. A amostra deve ser coletada por
completo, pois a fração ejaculatória inicial é composta de fluido prostático o qual é rico
em espermatozoides, enquanto a fração final possui os fluidos das vesículas seminais.
A coletada deve ser realizada após 2 a 5 dias de abstinência sexual para que seja
mais fidedigna quanto à viabilidade e à contagem de espermatozoides. Tempos de
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abstinência superiores a 5 dias geram volumes maiores de ejaculado e diminuição na
motilidade. (NEVES, Paulo A. et al.,)

O pedido do espermograma normalmente é solicitado quando existe alguma


condição física, imunológica ou genética que possa alterar as condições espermáticas
e interferir na fertilidade do homem ou no pós vasectomia.

Quando o liquido seminal esta para ser analisado o primeiro parâmetro a ser
observado é a liquefação a qual passa por três fases, sendo elas, 1ª fase: liquefação
(virtual) imediata , 2ª fase: coagulação: 5’ a 30’ e 3ª fase: liquefação secundária: 30’ a
60’. Quando há ausência de coagulação (presença de liquefação primaria) é subjetivo
de disfunção na vesícula seminal, ou seja, baixos níveis de frutose seminal, logo
quando há ausência de liquefação secundária ou liquefação incompleta (coagulado
por mais de 2h), indica baixas concentrações de PSA, fibronilisina. (LEITE, Samantha
B. et al.,)

Quanto a aparência, o sêmen em seu estado normal apresentam coloração


branco opalino e é levemente translucido, quanto mais translucida for a amostra mais
baixa a concentração espermática. Em casos de presença de leucócitos e infecções
do trato reprodutivo o sêmen tende a ficar mais opaco e esbranquiçado, já se a
coloração apresentar-se avermelhada indica a presença de hemácias, o que não é
comum. A coloração amarelada pode indicar contaminação por urina, abstinência
prolongada e também pode ocorrer em pacientes com icterícia ou em uso de algumas
vitaminas ou medicações. (LEITE, Samantha B. et al.,)

O volume normal varia entre 2 e 5 ml, o mesmo pode estar aumentado em


períodos de intensa abstinência ou em casos de inflamações nas glândulas
acessórias. A diminuição no volume está associada à infertilidade e pode indicar
obstrução do ducto ejaculatório ou ausência bilateral dos ductos deferentes, em que
as vesículas seminais são pouco desenvolvidas ou ausentes. (LEITE, Samantha B. et
al.,)

Outro parâmetro analisado é a viscosidade, a qual refere-se à consistência do


fluido e tende a estar relacionado com a liquefação. As amostras normais quando
pipetadas formam pelo gotejamento um fio fino de não mais de 2 cm, quando maior
que esse dificulta a motilidade do espermatozoide. (LEITE, Samantha B. et al.,)

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Em seguida, faz se a avaliação do pH, o qual esta associado ao equilíbrio entre
os pHs das secreções das glândulas acessórias, principalmente da secreção básica
das vesículas seminais e da secreção ácida prostática. Para a medição, pode-se
utilizar fitas de pH variando entre os pHs de 6 e 10. O pH normal varia entre 7,2 e 7,8,
podendo estar aumentado em infecções agudas e pode estar abaixo de 7 se houver
contaminação por urina, obstrução dos ductos ejaculatórios ou em malformações das
vesículas seminais. (LEITE, Samantha B. et al.,)

Posteriormente à analise macroscopia o sêmen é levado a ser analisado


microscopicamente, onde será observado sua motilidade a qual é dividida em 4 graus,
sendo eles; grau 3 rápidos e retilíneos (progressivos), grau 2 ágeis porém não
retilíneos, grau 1 débeis e sem deslocamentos, grau 0 imóveis. Seguidamente será
observado sua viabilidade com eosina amarela a fim de avaliar a integridade da
membrana celular, espermatozoides inviáveis permitem a entrada do corante (eosina)
e as cabeças dos espermatozoides apresentam uma coloração avermelhada. (LEITE,
Samantha B. et al.,)

Na análise morfológica observa-se a cabeça e a causa (flagelos), visto que,


anormalidades de cabeça resultam em dificultam na penetração do ovulo,
anormalidades de cauda dificultam a motilidade e quanto mais anormais forem menor
sua motilidade. (NEVES, Paulo A. et al.,)

Por fim é realizada a contagem espermática, feita normalmente na câmara de


Neubauer, onde são contados geralmente os quatro cantos e o centro do quadrante
central, mesmo local onde são contadas as hemácias. Se for feita a diluição de 1:20
e forem contados os 5 quadrantes centrais citados, basta multiplicar o número de
espermatozoides contados nos 5 quadrados por 1.000.000 para obter a concentração
em milhões/ml. (NEVES, Paulo A. et al.,)

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2. OBJETIVOS

Fazer uma análise macroscópica bioquímica do aspecto, cor,


coagulação e liquefação, volume, pH e viscosidade da amostra e microscópica
citológica avaliando motilidade, viabilidade, morfologia e contagem.

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3. MATERIAIS
• Estufa
• Micro pipeta
• Pipeta Pasteur
• Tubo falcon de 15 mL
• Pote de coleta estéril
• Lâmina
• Lamínula
• Eosina amarela 5%
• Met OH
• Giemsa
• Água destilada
• Salina formalizada
• Câmara de Neubauer

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4. METODOLOGIA

Após coleta do sêmen, a amostra foi encaminhada para estufa, onde


permaneceu por um período de 40 minutos, até a finalização do processo de
liquefação, em seguida foi observados e analisados alguns aspectos como coloração,
volume, viscosidade, odor e Ph. Em seguida, utilizou-se 10 µl da amostra para a
montagem de uma lâmina para a observação no microscópio, avaliando critérios como
motilidade, contagens e morfologia dos espermatozoides.
Realizou-se a montagem da câmara de Neubauer, para a contagem dos
espermatozoides, utilizou-se 10 µl da amostra, seguindo com uma diluição com 90µl
de soro fisiológico. Para a avaliação da morfologia do sêmen foi utilizado 10 µl da
amostra em uma lâmina e 1 gota de eosina amarela, seguido de uma homogeneização
e um esfregaço, realizou-se a montagem de uma lâmina para observação no
microscópio.
Uma nova lâmina foi montada para avaliação da viabilidade com 10 µl da
amostra, seguindo com um esfregaço e aguardando o tempo para secagem, cobriu-
se a lâmina com MetOH, aguardando um tempo de 10 minutos e esperando o tempo
de secagem, em seguida cobriu-se a lâmina com corante de giemsa, aguardando 20
minutos, após esse período a lâmina foi lavada com água, aguardando a secagem da
mesma para visualização do microscópio.

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5. RESULTADOS

A amostra foi coletada as 7:30, sendo inserida na estufa as 8:00, após 20 minutos
foi retirada, observou-se que o processo de liquefação não estava completo e que
apresentava alguns coágulos, foi então inserida da estufa novamente,
permanecendo por mais 10 minutos, resultado observado 3 fases: Liquefação
secundaria de 30 a 60 minutos.
O aspecto da amostra se apresentava com um tom amarelado, o que poderia
ser indício de um processo infeccioso, outro motivo da amostra estar com esse
aspecto é o paciente estar muito tempo sem ejacular, o volume total observado foi
5 ml, verificou-se o Ph da amostra com utilização de uma fita, apresentando valor
de Ph igual a 8,0. Com a utilização de uma pipeta Pasteur, verificou-se a
viscosidade da amostra, apresentando-se normal com 2 cm.
A primeira lamina a ser observada, foi possível avaliar a motilidade, morfologia
e número dos espermatozoides, apresentou o seguinte resultado na motilidade,
com grau 3 rápidos e retilíneos, na morfologia a maioria observada apresentou
formato normal com cabeça regularmente contornada e oval, a região
acrossômica ocupando um espaço de 40 a 70% da cabeça, a peça
intermediária delgada, regular e aproximadamente com o mesmo comprimento da
cabeça, com a região do flagelo normal, alguns espermatozoides foram
observados apresentando deformidades na região do acrossomo e do flagelo,
entretanto não apresentam número significativo para diminuir a fertilidade do
paciente, foi possível realizar a contagem de 100 espermatozoides em cada
quadrante observado.
Na contagem na câmera de Neubauer, obteve-se o seguinte número, contando
dois quadrantes, 510 espermatozoides, inserindo o resultado no cálculo, 510 x
100.000 x 40.000, obteve-se o seguinte resultado 20,4 milhões/ml. Na lâmina para
observar morfologia, foi observado a estrutura dos espermatozoides que se
apresentavam normais, segue a foto da lâmina observada:

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Fonte: Marceliny Oliveira 2023

Na lâmina montada para observar a morfologia, foi possível detectar a presença


de espermatogônias em um número dentro dos padrões de normalidade e a presença
em pequena quantidade de leucócitos, que também se enquadra nos padrões de
normalidade, segue a foto da lâmina observada.

Fonte: Marceliny Oliveira 2023

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6. DISCUSSÃO

Com base nas análises realizadas, identificou-se algumas alterações, o


sêmen apresentava-se com a seguinte coloração; tom amarelado, esperamos
encontrar na observação no microscópio um número superior de leucócitos, o número
encontrado estava dentro dos padrões de normalidade, outro ponto importante é a
diminuição recentemente da pratica sexual, o que explicaria essa mudança de
coloração, segundo o relato do paciente, ele possui histórico familiar de hiperplasia
prostática, o que já é um indicativo com base nessa alteração para uma avaliação
com um urologista e uma investigação mais detalhada.

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7. CONCLUSÃO
Conclui-se com base nos resultados observados, referentes ao exame
macroscópico, morfológico, motilidade, número de espermatozoide que o
paciente em questão é fértil.

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8. REFERÊNCIAS

NEVES, Paulo A.; FAZANO, Francisco A.; JR., Edson B. Manual Roca Técnicas de
Laboratório - Análise do Sêmen . São Paulo: Grupo GEN, 2011. E-book. ISBN 978-
85-412-0222-0. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-
85-412-0222-0/. Acesso em: 11 abr. 2023.

Mídia, G. (2022, maio 3). Espermograma: para que serve e como é feito? Carlos
Chagas. https://www.laboratoriocarloschagas.com.br/espermograma-para-que-serve-
e-como-e-feito/

LEITE, Samantha B.; CAVAGNOLLI, Gabriela; VIEIRA, Ana D C.; et al. Fluidos
biológicos. Porto Alegre: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788533500730. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788533500730/. Acesso em:
11 abr. 2023.

Favaretto, Rodolfo. Esperma amarelado: 5 causas comuns e o que fazer. Tua Saúde,
2022. Disponível em: https://www.tuasaude.com/esperma-amarelado/
Acesso em:09/04/2023.

e Souza Vieira, L. F., de Castro, H. F. B., de Carvalho Almeida, M. T., Teles, J. T.,
Barreto, N. A. P., & Maia, F. A. (2014). Características microscópicas do sêmen de
indivíduos que realizaram espermograma por método automatizado. Revista
Unimontes Científica, 16(2), 02-07.

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