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Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante

acesso à educação e saúde. Em contrapartida, a falta de diálogo a respeito da educação sexual


no Brasil nos mostra outra realidade, onde as escolas, principal órgão educacional não discute
o tema com alunos. Logo, a escassez da educação sexual para crianças e adolescentes
implicaram diretamente no aumento de infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) em
adolescentes motivado pela ignorância dos pais e responsáveis ainda hoje relutam em dialogar
com seus filhos um assunto tão simples, mas que é encarado com tanto preconceito. Sendo
assim, faz-se necessário avaliar as causas dos problemas expostos.

Em primeiro momento, podemos citar a crença de que a discussão correta sobre sexo
pode implicar diretamente como incentivo às crianças a darem início precocemente às suas
vidas sexuais. “As pessoas não têm coragem de quebrar o tabu e dizer: vamos discutir a
questão”. A afirmação, atribuída ao ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso,
demonstra de maneira sucinta o verdadeiro problema, a ignorância das pessoas no que se
refere à educação sexual, pois, é muito difícil fazer com que a sociedade se habitue a essa
temática. Além disso, a maneira com a qual os pais ensinam seus filhos, de maneira nociva,
pode causar constrangimento e traumas. Diante disso, é necessário mudanças.

Em segundo momento, é indubitavelmente importante ressaltar que a falta de


conhecimento entre os jovens fez com que crescesse cerca de 65% dos casos de AIDS, segundo
o jornal USP. Atrelado a isso, esse aumento tem relação com a falta de instrução sexual, por
exemplo o uso de preservativos para prevenir IST’s. Assim, a falta de discussão no âmbito
escolar com adolescentes acima de 12 anos faz com que este problema continue em grande
incidência na sociedade. Mostra-se, assim, que a estigmatização da educação sexual produz
inúmeros problemas de saúde e educação no Brasil.

Portanto, fica claro a necessidade de resolver os problemas expostos, por intermédio de


aulas ministradas por profissionais aptos, a fim de esclarecer dúvidas e questionamentos dos
alunos. Além disso, cabe ao Ministério da Saúde juntamente ao Ministério da Educação instruir
os pais e responsáveis por meio da realização de palestras e debates com a finalidade de
quebrar o tabu a respeito da temática exposta. Só assim, a partir do conhecimento haverá
efetivação de ensino sexual nas escolas e redução dos casos de IST’s entre os adolescentes.

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