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IMUNOLOGIA CLÍNICA-ESTUDO DIRIGIDO

Aluna: Marceliny Thayna Bastos Oliveira


1. Quais são as principais diferenças entre a imunidade inata e adaptativa?
A imunidade inata é inespecífica, limitada, não possui memória e é
ativada rapidamente. Além disso, é a imunidade que nascemos então os
componentes são as barreiras da pele, por exemplo e as células fagocíticas.
A imunidade adaptativa é adquirida, ou seja, é necessário ter contato
com o antígeno. A mesma possui memória, é ilimitada e específica, tem como
seus componentes os linfócitos e os anticorpos.
2. Quais são as características do anticorpo que influenciam no
reconhecimento do antígeno?
As características que influenciam o reconhecimento Ag-Ac são:
afinidade, especificidade, diversidade e interação.
3. Com relação a ligação antígeno-anticorpo
a. É reversível?
Sim, é uma ligação não covalente e reversível.
b. Quais são os principais tipos de ligações que permitem a interação
antígeno-anticorpo?
Forças eletrostáticas, ligações de hidrogênio, força de Van Der Waals e
interações hidrofóbicas.
c. Quais fatores podem influenciar nesta interação?
Afinidade, avidez, tamanho, forma física do Ag (particulado ou solúvel),
pH, temperatura, inibidores.
4. Qual a importância dos testes de imunodiagnóstico?
Os testes de Imunodiagnóstico permitem avaliar a presença de Ag ou Ac
no organismo do paciente. Auxilia na elucidação de processos patológicos,
diferenciação da fase da doença, diagnostico de doença congênita, seleção de
doadores de sangue, avaliação de prognóstico da doença, avaliação da eficácia
terapêutica e verificação de imunidade adquirida.
5. Quais fatores que influenciam a imunogenicidade?
Os fatores que influenciam a Imunogenicidade são natureza química
(proteínas, lipídios), característica filogenética, tamanho e complexidade da
molécula, estrutura espacial e acessibilidade.
6. Conceitualize os seguintes termos:
a. Sensibilidade
Retrata a proporção de verdadeiros positivos em relação ao total de
indivíduos que possuem a doença.
b. Especificidade
É a proporção de verdadeiros negativos em relação ao total de indivíduos
que não possuem a doença.
c. Valor preditivo positivo
Refere-se a proporção de indivíduos com teste positivo que realmente
possuem a doença, em relação ao total de indivíduos com teste positivo.
d. Valor preditivo negativo
Representa a proporção de indivíduos com teste negativo que realmente
não possuem a doença, em relação ao total de indivíduos com teste negativo.
e. Teste Gold standard?
Se trata de um teste diagnostico padrão ouro, geralmente utilizado como
referencia para avaliar sensibilidade e especificidade.
7. Qual a diferença entre prevalência de uma doença e prevalência
sorológica?
Prevalência é o número de casos de uma doença em uma região e tempo
determinado. Já a prevalência sorológica é o número (%) de doentes positivados
pelo teste.
8. Com o objetivo de padronizar um teste sorológico para certa em relação
à presença do agente etiológico obteve-se os resultados constantes da
tabela abaixo.
Teste Microbiológico (referência)
Teste Positivo Negativo Total
Sorológico
Positivo 180 58 238
Negativo 120 942 1.062
Total 300 1.000 1.300
Avalie a técnica sorológica com relação à sensibilidade, especificidade,
eficiência, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo, prevalência,
prevalência sorológica e prevalência verdadeira.
Sensibilidade: VP/VP+FN= 180/180+120= 60%
Especificidade: VN/VN+FP= 942/942+58= 94,2%
Eficiência: VN+VP/VN+FP+VP+FN= 942+180/1300= 86,3%
VPP: VP/VP+FP= 180/180+58= 75,6%
VPN: VN/VN+FN= 942/942+120= 88,7%
Prevalência sorológica: VP+FP/VN+FP+VP+FN= 180+58/1300= 18,23%
Prevalência verdadeira: VP+FN/1300= 23%
9. Com o objetivo de padronizar um teste por Imunofluorescência Indireta
para Malária, analisou-se soro de indivíduos com malária (exame
parasitológico positivo), soros de indivíduos normais e soros de
indivíduos com outras patologias. Levando-se em consideração que o
título significativo é 40, obteve-se:
Título
Indivíduos com < 40 Negativo  40 Positivo Total
Malária 09 FN 91 VP 100
Normais 95 VN 05 FP 100
Toxoplasmose 15 VN 03 FP 18
Leishmaniose 11 VN 05 FP 16
Com base nestes resultados, monte uma tabela de contingência (2x2) e avalie a
técnica de IFI para Malária, quanto à sensibilidade, especificidade, eficiência,
valor preditivo positivo e valor preditivo negativo.
Considerar os outros testes pois eles também apresentaram positivo e negativo
no teste de Malária
Sensibilidade: 91/91+9= 91%
Especificidade: 121/121+13= 90,2% 90
Eficiência: 121+91/234= 90,5%
VPP: 91/91+13= 88%
VPN: 121/121+9= 93%
10. Quais seriam os valores de VPP e VPN considerando um teste com
sensibilidade de 90% e especificidade de 97% no diagnóstico de uma
doença com 2% e 15% de prevalência em uma população de 2.000
habitantes. Multiplicar pela população
Sensibilidade= 90% VP= Sen.Prev= 36 VPP= 37,9%
Especificidade= 97% FN= (1-Sens).Prev = 4 VPN= 99,80%
Prevalência= 2% VN= Esp.(1- Prev)= 1.901
FP= (1-Esp).(1- Prev)= 58,8
Sensibilidade= 90% VP= Sen.Prev= 270 VPP= 84,11%
Especificidade= 97% FN= (1-Sens).Prev = 30 VPN= 98,21%
Prevalência= 15% VN= Esp.(1- Prev)= 1.649
FP= (1-Esp).(1- Prev)= 51
11. Quais são os parâmetros relacionados a validação extrínseca?
Os parâmetros relacionados a validação extrínseca são precisão,
exatidão e reprodutibilidade.
12. Quais antígenos eritrocitários e anticorpos estão presentes nos
seguintes tipos sanguíneos?
a. Tipo sanguíneo A
Ac= Anti-B; Ag= A
b. Tipo sanguíneo B
Ac= Anti-A; Ag=B
c. Tipo sanguíneo AB
Ag= A e B
d. Tipo sanguíneo O
Ac= Anti-A e Anti-B; Ag=H
13. ________ é o tipo sanguíneo que pode doar para todos os tipos
sanguíneos e pode receber de O negativo. Assinale a alternativa que
preencha corretamente a lacuna.
a. O positivo
b. O negativo
c. A positivo
d. B positivo
e. AB positivo
14. Sobre o sistema ABO: Assinale V para as afirmativas verdadeiras e F
para as falsas.
a. ( F ) paciente com fenótipo Bombay pode receber sangue de paciente tipo O
b. ( F ) paciente com fenótipo Bombay apresenta antígeno H
c. ( V ) paciente com fenótipo Bombay não tem antígeno A e B
d. ( V ) para a formação do antígeno A e B é necessário o antígeno H
e. ( V ) o gene O não codifica nenhuma transferase, tendo somente o antígeno
H nos seus eritrócitos
f. ( F ) a diferença dos subgrupos A1 e A2 não está relacionado a concentração
do antígeno presente na membrana
15. Com base nos resultados obtidos abaixo, qual a alternativa correta:
Paciente Anti Anti-A Anti-B Anti-D Controle AcA AcB
AB RH
A+ João + + - + - - +
A- José + + - - - - +
B+ Maria + - + + - + -
B- Marta + - + - - + -
AB+Antônio + + + + - - -
ABSebastiana + + + - - - -
O+Joaquim - - - + - + +
O- Vera - - - - - + +

a. Somente Marta possui o tipo sanguíneo A+ e, portanto, ela não poderá doar
sangue para outro indivíduo relacionado na tabela.
b. O tipo sanguíneo de Joaquim é O+ e, portanto, ele poderá doar sangue para
João, que possui o tipo sanguíneo B+.
c. O tipo sanguíneo de Maria é B+ e, portanto, ela pode doar sangue para
Antônio, que possui o tipo sanguíneo AB+.
d. O tipo sanguíneo de Sebastiana é O- e, portanto, ela poderá doar sangue
para qualquer indivíduo, uma vez que o sangue do tipo O- é considerado
doador universal.
e. O tipo sanguíneo de José é B- e, portanto, ele pode doar sangue para Vera,
que possui o tipo sanguíneo AB-.
16. Paciente com sangue tipo A2 apresentou resultados discrepância
antes entre a tipagem direta e reversa. Por quê?
Os indivíduos do subgrupo A2 possuem uma expressão reduzida do
antígeno A em suas hemácias, o que pode levar à dificuldade em detectar o
antígeno A durante a tipagem direta. No entanto, ainda possuem anticorpos anti-
A1 em seu soro, que podem reagir com hemácias do grupo A1 durante a tipagem
reversa.
Portanto, a tipagem direta pode resultar em um falso negativo para o
antígeno A em pacientes do subgrupo A2, enquanto a tipagem reversa pode
resultar em um falso positivo para anticorpos anti-A1.
17. Em uma investigação, uma mulher do grupo sanguíneo O, cuja filha tem
o mesmo fenótipo materno, alega que um determinado homem é o pai
da criança. O sangue desse homem, em um teste de tipagem sanguínea,
apresentou o comportamento da tabela a seguir.

Os pais biológicos desse homem são ambos receptores universais. Desta


forma, segundo o sistema ABO, ele:
a) pode ser o pai da criança, pois o seu genótipo é IAi, apresentando o alelo i
encontrado em dupla dose na pretensa filha.
b) não pode ser o pai da criança, pois o seu genótipo é IBIB, não apresentando
o alelo i encontrado em dupla dose na pretensa filha.
c) pode ser o pai da criança, pois os pais desse homem são do grupo AB e ele,
B.
d) não pode ser o pai da criança, pois o seu genótipo é IAIA, não
apresentando o alelo i existente em dupla dose na pretensa filha.
e) pode ser o pai da criança, pois o seu genótipo é IBi, apresentando o alelo i
existente em dupla dose na pretensa filha.
18. Por que pacientes com sangue tipo O são considerado doadores
universais? E porque o paciente AB é o receptor universal?
Os pacientes com sangue tipo O são considerados doadores universais
porque eles não expressam os antígenos A ou B em suas hemácias, ou seja, o
sangue do doador O não contém nenhum antígeno que possa ser reconhecido
como estranho pelo sistema imunológico do receptor.
Já os pacientes com sangue tipo AB são considerados receptores
universais porque eles expressam ambos os antígenos A e B em suas hemácias.
Como resultado, o sangue do paciente AB não contém anticorpos contra os
antígenos A ou B, o que significa que eles podem receber sangue de qualquer
tipo sanguíneo sem desencadear uma reação imunológica.
19. Qual a principal diferença entre a tipagem direta e a tipagem reversa?
Na tipagem direta, o objetivo é determinar os antígenos presentes na
superfície das hemácias do paciente e na tipagem reversa é identificar os
anticorpos presentes no plasma ou soro do paciente que possam reagir com as
hemácias do doador.
20. Quais fatores podem levar a resultados falso-negativos (FN) ou falso
positivos (FP) na tipagem sanguínea?
a. Contaminação de reagentes, hemácias ou da solução salina fisiológica
( X )FP ( X ) FN
b. Soro ou antissoro não adicionado à prova realizada ( )FP ( X ) FN
c. Utilização de vidraria suja para o teste ( X )FP ( ) FN
d. Identificação de hemólise como reação negativa ( )FP ( X ) FN
e. Intensidade e/ou tempo de centrifugação incorretos ( X )FP ( X ) FN
21. A causa mais comum da doença hemolítica do recém-nascido está
relacionada com o fator Anti-Rh. A qual classe pertence esse anticorpo?
a. IgA
b. IgD
c. IgE
d. IgM
e. IgG
22. Os termos Rh positivo e Rh negativo referem-se à presença ou ausência
do antígeno D na membrana da hemácia. Sobre o fator Rh e a pesquisa
de D-fraco, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
a. ( V ) Quando a tipagem para D resultar negativo e o D-fraco resultar positivo,
o sangue será rotulado como Rh positivo
b. ( V ) Quando a tipagem para D resultar negativo e o D-fraco também resultar
negativo, o sangue será rotulado como Rh negativo
c. ( V ) Para que a tipagem do fator Rh possa ser considerada válida, o resultado
do controle de Rh é sempre positivo
d. ( F ) Caso o controle de Rh seja negativo, considerar inválida a tipagem do
fator Rh.
23. Um laboratório recebeu amostras colhidas de um paciente recém-
nascido que apresentava icterícia para que fossem realizados exames
que verificassem possível incompatibilidade materno fetal. Acerca
dessa situação, julgue o item seguinte. Caso o recém-nascido seja Rh
positivo e a mãe, Rh negativo, deve-se realizar a pesquisa de células
sangüíneas fetais na circulação materna, pois, caso sejam encontradas
em número significativo, será necessária imunoterapia para evitar
sensibilização materna.
O item está correto. Quando a mãe possui sangue negativo e o recém
nascido positivo pode ocorrer eritroblastose fetal onde as células da mãe
destroem as hemácias do feto. Caso a pesquisa de células aponte um número
significativo, a realização da imunoterapia e indicada.
24. A cada doação de sangue devem ser realizados, obrigatoriamente,
testes laboratoriais de triagem de alta sensibilidade, para a detecção de
marcadores para as seguintes doenças infecciosas transmissíveis pelo
sangue, independentemente dos resultados de doações anteriores,
EXCETO
a. Sífilis
b. Doença de Chagas
c. Hepatite B
d. HIV
e. Hepatite A.

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