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Sorologia: Importância e parâmetros ↪ Hepatite B: Antígeno HBe induz formação de anti-

HBe na circulação - primeiro marcador de recuperação


Importância da sorologia na patologia clínica
de um processo crônico, é também usado como
Diagnostico = Demonstração do patógeno ou de seus avaliador da eficácia do interferon-α como
produtos nos tecidos ou fluidos biológicos do quimioterápico.
biológicos do hospedeiro.
↪ Paracoccidioidomicose: Alta resposta humoral com
↪ Testes sorológicos suprem as deficiências de testes resposta celular ausente indica mau prognóstico da
parasitológicos e microbiológicos. doença e ausência de resposta medicamentosa.
Importância da pesquisa de anticorpos no Avaliar eficácia e suspensão terapêutica.
diagnóstico individual
Sucesso da terapia = queda gradual de anticorpos.
Elucidar processos patológicos com sintomas e
sinais clínicos confundíveis. ↪ Sífilis: Anticorpos anticardiolipina detectados no
teste do VDRL caem quando a terapia é bem-sucedida;
Toxoplasmose e Mononucleose infeciosa,
já os antitreponêmicos permanecem na circulação por
Toxoplasmose e Rubéola, SífiliIs secundária e
dermatoviroses, Hepatite B e Hepatite C – Pesquisa de meses após a cura.
anticorpos específicos. Avaliar imunidade específica, naturalmente
Diferenciar a fase da doença. adquirida ou artificialmente induzida.

Em fetopatias, Toxoplasmose, SífiliIs, Rubéola, Presença de IgG contra antígenos dos m.os =
detecção de diferentes imunoglobulinas para Imunidade específica.
identificação da fase da infecção.
↪ Na Rubéola, em níveis menores que 20 UI/ml há
↪ IgM – Encontrada no início de processos agudos. ausência de AC; níveis entre 20 e 30 UI/ml há
presença, porém não protetores; acima de 30 UI/ml
↪ IgG – Final de processos agudos e permanece por
estão presentes e são protetores.
longo período (Ig de memória - proteção).
Toxoplasmose e Citomegalia: IgA e IgE permanecem Verificar o agravamento da patologia.
na circulação por menor tempo após início da Presença de auto anticorpos = agravamento da
infecção– precisão na fase aguda. patologia.
Diagnosticar doença congênita.
↪ Esquistossomose, Hepatite B, Malária: Auto
→ Anticorpos IgM anti T. pallidum no sangue anticorpos.
umbilical, no parto, é patognomônica de sífilis
↪ Imunocomplexos podem ser identificados por
congênita, visto que ele não atravessa a placenta.
imunofluorescência indireta anticomplemento.
→ Anticorpos IgG anti T. pallidum, após nascimento,
Importância da pesquisa de anticorpos em inquéritos
indica processo infeccioso congênito, mas pode estar
soro epidemiológicos.
relacionado com a transmissão materna.
→ Estabelecer a prevalência da doença: Pesquisa de
Selecionar doadores de sangue.
anticorpos IgG em amostras de sangue.
Triagem sorológica – Associação de dois ou mais
→ Verificar erradicação da doença: A ausência de
testes com princípios diferentes para obtenção de
anticorpos em crianças nascidas no local expostas às
máxima sensibilidade e especificidade.
condições ambientais é forte indício de erradicação.
↪ A identificação de IgG deve ser analisada com
→ Verificar a reintrodução de novos casos em áreas
atenção, pois esse anticorpo pode ser de uma infecção
consolidadas: A presença de IgM ou aumento de IgG
já tratada e sem risco de transmissão.
contra determinado patógeno é indício de reintrodução
Selecionar doadores e receptores de órgãos. da doença em áreas já erradicadas.

Reação entre antígenos presentes nos linfócitos e os Importância de testes sorológicos na pesquisa de
soros contendo anticorpos específicos anti-HLA antígenos.
permite saber quais antígenos HLA são expressos.
→ A ausência do patógeno e de seus produtos está
Avaliar prognóstico da doença. relacionada com a cura.

Identificação de anticorpos contra determinada doença.


→ Encontro do patógeno no hospedeiro define processo Prevalência 1%
infeccioso – Método PCR. Teste Doença – Diagnóstico
verdadeiro
Presen Ausent Total
→ Pesquisa de agente etiológico de uma patologia te e
transmissível para seleção de doadores de sangue. Positiv 19 99 118
o
↪ Hepatite B – antígeno de superfície HBsAg. Negati 1 1881 1882
vo
Total 20 1980 2000
Parâmetros sorológicos.
Na padronização de testes na Doença de Chagas, por VPP = 19 / 118 = 0,16 ou 16%
exemplo, deve-se escolher doentes com alterações VPN = 1881 / 1882 = 0,999 ou 99,9%
clínicas e xenodiagnóstico positivo, e indivíduos não
Prevalência 2%
doente residentes em áreas endêmicas sem alteração Teste Doença – Diagnóstico
clínica e xenodiagnóstico negativo. verdadeiro
Presen Ausent Total
Teste Doença – Diagnóstico verdadeiro te e
Positiv 380 80 460
Presente Ausente
o
Positiv Positivos verdadeiros Positivos falsos B Negati 20 1520 1540
o A vo
Negati Negativos falsos C Negativos verdadeiros Total 400 1600 2000
vo D
VPP = 380 / 460 = 0,82 ou 82%
→ Sensibilidade: Porcentagem de pacientes doentes VPN = 1520 / 1540 = 0,98 ou 98%
com teste positivo detectados em população infectada.
↪ Sensibilidade = A / A + C Limiar de reatividade: Região de corte do teste
sorológico, ou seja, o ponto onde são discriminados os
→ Especificidade: Porcentagem de pessoas não indivíduos doentes dos não doentes. Quando aplicamos
doentes com teste negativo em população não uma curva de distribuição de frequência de resultados
infectada. em uma população vamos observar que haverá uma
↪ Especificidade = D / B + D
região onde a curva de indivíduos não doentes
** Falsos positivos: Influência de anticorpos naturais, imbricará com a curva de indivíduos doentes. Esta
poli infecção e reação cruzada – O uso de 2- região é representada por indivíduos falsos positivos e
mercaptenol para diluir amostras de soro elimina IgM falsos negativos.
sem prejuízo na detecção de IgG.
→ Eficiência: Relação entre do somatório dos
verdadeiros positivos e verdadeiros negativos sobre a
população, quanto perto de 1 melhor.
↪ Eficiência: A + D / A+ B+ C+ D
→ Prevalência: Porcentagem de infectados em uma
população (Do ponto de vista sorológico – verdadeiros
positivos + falsos negativos).
↪ Prevalência = Infectados / População
↪ Prevalência sorológica (Ps) = Positivos / População
↪ Prevalência verdadeira = Ps + E – 1 /S + E – 1 Quanto menor a frequência no ponto de encontro das
curvas, maior será a discriminação entre os resultados
→ Teorema de Bayes: Expressão para calcular a
sorológicos.
probabilidade de ocorrência ou não da doença quando
se conhecem a prevalência da doença e a sensibilidade → Reprodutibilidade: Obtenção de resultados iguais
do teste usado. em testes realizados com a mesma amostra, quando
- Valor preditivo positivo: Probabilidade de doença se feitos por diferentes pessoas em diferentes locais.
o resultado do teste é positivo.
↪ VPP = A / A + B Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana
Quanto maior a prevalência, maior o VPP.
HIV 1
- Valor preditivo negativo: Probabilidade de não
ocorrência de doença se o resultado é negativo.
↪ VPN = D / C + D ↳↓↑↪→→●

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