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HEPATITE B E C

CONGÊNITAS
ALEXIA G,GEOVANNA A ,ISABELLA F,JORDANNA B, LUANA P, PEDRO A.
HEPATITE B CONGÊNITA
INTRODUÇÃO:
Hepatite B é uma hepatopatia causada pelo vírus VHB, hepatite B congênita é quando o RN adquire o vírus
intrautero, sendo esse possivelmente responsável pela maioria dos casos de infecções crônicas na vida aguda —
justifica que, quanto mais cedo o contágio, maiores as chances de cronificação.
TRANSMISSÃO
A-Transplacentária: risco existente, baseado no nível de vírus circulante no sangue materno e maior na presença
do antígeno e (HBeAg).

B-Perinatal (95%): no momento do parto pela exposição aos fluidos contaminados. Recém nascidos de mães
positivas para HBeAg tem risco de 70-90% de se infectarem no período perinatal, os de mães negativas para
HBeAg, risco de 0-19% o que justifica a importância da triagem sorológica no pré natal e prevenção da
transmissão por imunoprofilaxia (vacina, imunoglobulina hiperimune para hepatite B).
QUADRO CLÍNICO
QUADRO CLÍNICO SUGESTIVO DE HEPATITE NO RN :
-Assintomáticos
Podem apresentar quadros de hepatite fulminante
- Icterícia - Febre
-Astenia -Artrite
-Exantema; -Náuseas
- Distensão abdominal
- Fezes claras
- Desconforto em hipocôndrio direito
QUADRO CLÍNICO
Pode ser que o RN passe anos em uma fase de imunotolerância: HBsAg positivo, podendo ser assintomático.

Hepatite Aguda: febre, icterícia, dor hepática, aumento de transaminases;

Hepatite em fase crônica: anorexia, mal estar, vômitos, dor abdominal, icterícia, pode evoluir para cirrose,
carcinoma hepatocelular e insuficiência hepática.

OBS: infecção crônica na criança também é associada a manifestações extra hepáticas, como poliartrite
nodosa e glomerulonefropatias (membranosa pode sofrer remissão espontânea).
PRÉ DIAGNÓSTICO MATERNO X
PRÉ NATAL
Pré natal + VHB: deve ser feita a pesquisa do HBsAg/HBeAg em todas as gestantes no 1º trimestre da gestação ou no
início do pré-natal + momento de admissão para o parto ,sendo capaz de prever os casos possíveis.
Gestante HBsAg/HBeAg reagentes + imunoprofilaxia não realizada = 90% das crianças desenvolvem infecção aguda
pelo VHB e poderão progredir para a infecção crônica e suas complicações quando adultos.
PRÉ DIAGNÓSTICO MATERNO X
PRÉ NATAL
Não é relacionado com teratogenicidade e sim com baixo peso ao nascer, prematuridade e
morte fetal ou perinatal quando relacionado ao uso de drogas ilícitas.

Aleitamento materno não é contraindicado, exceto mãe com fissura ou sangramento mamilar,
ou em tratamento da Hepatite B com: lamivudina, adefovir, entecavir ou telbivudina.

Profilaxia para gestantes (redução do risco de transmissão): Tenofovir 300mg


DIAGNÓSTICO
Alterações nos níveis séricos de antígenos e anticorpos da hepatite B + possível alteração de transaminases.
DIAGNÓSTICO
O HBeAg: marcador de replicação viral, positivo na fase inicial da doença, em seguida converte-se para
negativo.
Diagnóstico da infecção crônica por VHB é feito pela persistência de HBsAg por mais de seis meses,
sendo que IgG + anti-HBc positivo, enquanto que IgM anti-HBc é negativo.
No RN:
Mãe HBsAg+ = colher sorologia do bebê em busca de infecção congênita.
Mãe HBsAg? = colher sorologia da mãe.
Mãe HBsAg- = não há necessidade de colher do bebê.
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Mãe HBsAg+ =
Banho em água corrente na sala de parto (imediatamente após o nascimento) OU limpeza com compressas, todo o sangue e
secreções visíveis no RN > proceder ao banho em água corrente;
- Aspiração gástrica (remoção de secreção infectada); - Vacinação HepB na sala de parto ou no máximo em 12h de nascimento
(0,5ml IM vasto lateral);
- IGHAHB (imunoglobulina humana anti-hepatite B) no RN na sala de parto (máximo dentro de 12-24h de vida); qualquer
peso ou idade (0,5ml IM vasto lateral no MI contra-lateral à vacina).
- Devem ser afastadas outras patologias maternas (HIV, sífilis, hepatite C, toxo);- Esse RN necessita de avaliação de função
hepática (hmg, bilirrubinas, transaminases, GGT, FAL); - Necessário novas aplicações da vacina para HePB: 2ª dose aos 2
meses, 3ª dose aos 4 meses e 4ª dose aos 6 meses;
- Avaliar imunidade de 1-3 meses após última dose da vacina: se antiHBs (imunidade) <10mUI/mL vacinar novamente; -
Seguimento especializado.
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Mãe HBsAg? =- Coleta de HBsAg materno;
- Vacinação HepB na sala de parto ou no máximo em 12h de nascimento (0,5ml IM vasto lateral);
- IGHAHB (imunoglobulina humana anti-hepatite B), qualquer peso ou idade (0,5ml IM vasto lateral no MI
contra-lateral à vacina) — se confirmada infecção materna, em até 7 dias.
Mãe HBsAg- =
- Vacinação HepB na sala de parto ou no máximo em 12h de nascimento (0,5ml IM vasto lateral);
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
TRATAMENTO
Há dois tratamentos aprovados para infecção crônica em pacientes de 2-18 anos:

-Interferon padrão: IV, 3 vezes por semana, por 16 a 24 semanas;


-Lamivudina: VO. Melhor tolerância, porém o vírus é mais resistente
SEGUIMENTO AMBULATORIAL
Mesmo quando não ocorre a transmissão vertical, as crianças filhas de mães com Hepatite B (Hbsag + e
Hbeag+) apresentam maior risco de contágio horizontal. Após término do esquema vacinal, entre 9 e 18
meses de vida, recomenda-se dosagem de HBsag e antiHBs da criança exposta, conforme fluxograma.
HEPATITE C
CONGÊNITA
INTRODUÇÃ
O

A hepatite C é uma doença infectocontagiosa, cuja transmissão vertical é a principal forma de contágio
na infância.
O vírus da hepatite C não é citopático e toda lesão hepática se deve à resposta imune exacerbada.
TRANSMISSÃ
O
O vírus da hepatite C transmite-se, principalmente, por via sanguínea, bastando uma pequena quantidade de
sangue contaminado para transmiti-lo.

-O risco de uma mãe infectar o filho durante a gravidez é de cerca de 6% , sendo em torno de 17% nas mães
com coinfecção com HIV.
TRANSMISSÃO
A maior parte dos médicos considera a amamentação segura, já que, em teoria, o vírus só poderia ser
transmitido se se juntassem duas situações: a existência de feridas nos mamilos da mãe e de cortes na boca da
criança. Por vezes, são detectados anticorpos nos filhos de mães portadoras, o que não significa que a criança
esteja contaminada.
QUADRO CLÍNICO
- Baixo peso ao nascer;
- PIG;
- Assintomático, evoluindo para doença crônica (insuficiência hepática, cirrose e carcinoma
hepatocelular)

· 20%-40% apresentam clearance viral aos três anos de vida, com resolução da infecção;
· 50% tem viremia intermitente (cv-hcv ),infecção crônica assintomática, com TGP
normal e sem hepatomegalia;
· 30% tem viremia persistente( CV-HCV), com aumento de TGP e hepatomegalia,
caracterizando infecção crônica ativa.
Um estudo publicado na revista Archives of Disease in Childhood: Fetal and Neonatal
Edition pela equipe da Dra. Mary Louise Newell, PhD, professora de Epidemiologia
Pediátrica do Institute of Child Health at University College, de Londres, Inglaterra
mostras que não foi observada nenhuma diferença no índice de infecção entre o parto
normal e cessario. O sexo das crianças também não apresentou índices diferentes de
infecção. Como curiosidade, sem encontrar explicação, foi observado que aquelas
crianças positivas no nascimento apresentaram um peso inferior às nascidas negativas .
RASTREAMENTO
O teste para hepatite C (anti VHC) em todas gestantes no pré-natal passou a ser indicado na rotina do
pré-natal no primeiro trimestre. A gestante com HCV deve coletar, no início do pré-natal, dosagens de
CV-HCV e testes de função hepática, para avaliar risco de TV-HCV e estadiamento de doença hepática.
O objetivo é realizar o tratamento precoce da mulher após o parto e amamentação.
A Academia Americana de Pediatria recomenda que as crianças filhas de mães com hepatite C sejam
rastreadas com sorologia para hepatite C aos 18meses de vida, pois antes desse período há presença de
anticorpos maternos.
PROFILAXIA
Até o momento não existem medidas profiláticas para evitar a transmissão vertical do VHC. A administração
de imunoglobulina não tem eficácia. Não existe vacina contra o VHC.
TRATAMENTO
Atualmente, não existe nenhum tratamento ou diretrizes para tratar crianças infetadas com a hepatite C. As
crianças positivas não apresentam progressão no dano hepático na infância e adolescência e não são tratadas
na infância sendo somente acompanhadas, anualmente, por um especialista, porém, crianças com níveis
elevados da transaminases TGP (ALT) devem receber acompanhamento permanente de um médico
especializado em fígado e hepatite
TRATAMENTO
Tratamentos aprovados pelo FDA para crianças:
3 – 18anos: IFN-a2b peguilato + ribavirina
5 – 18anos:IFN -a2a peguilato + ribavirina
Ambos tratamentos devem ser administrados por 48 semanas em crianças com genótipos 1 e 4, e por 24
semanas em crianças com genótipos 2 e 3.

Curiosidades A infecção pelo HCV não é, por si só, impeditiva para o planejamento da gravidez.
RELATO DE CASO
Relato de caso F.S.G., 28 anos, multípara, origem rural, usuária de ilícitos, pré natal desconhecido e
idade gestacional deduzida de 40sem, chega ao pronto socorro com 8cm de dilatação. Foram coletados
testes rápidos, todos não reagentes, exceto HBsAg. Criança nasceu PN/RNT/PIG/F, ictérica 1+/4+,
Apgar 7/8. Na sala de parto a criança foi totalmente higienizada com compressas (não era possível
banho imediato), foi realizada aspiração gástrica e recebeu em vasto lateral direito 0,5ml da vacina para
hepatite B. Após um tempo, criança foi banhada em água corrente e recebeu IGHAHB, 0,5ml em vasto
lateral esquerdo. Foram coletadas provas de função hepática e a RN necessitou de fototerapia. A mãe,
assintomática, foi orientada sobre seu quadro clínico e de sua RN e como proceder, com
acompanhamento pediátrico especializado. Foi realizado tratamento hospitalar e alta após alguns dias de
internação

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