Você está na página 1de 82

INTERAÇÃO COMUNITÁRIA III

Complicações na gestação
PARTE II

Apresentado por Beatriz Spínola, Daiane Sampaio, João Pedro Tomich,


Júlia Nunes, Pedro Badaró e Yasmin Spínola
Infecção do trato
urinário na gestação
Anamotifisiologia;
Alterações fisiológicas na gravidez;
Bacteriuria assintomática;
Cistite aguda;
Pielonefrite aguda;
ITU - Pode interferir na saúde mental das crianças.
Bacteriuria
assintomática
É definida como a condição clínica de mulher
assintomática que apresenta urocultura positiva, com
mais de 100 mil colônias por ml;
Se não tratada, as mulheres poderão desenvolver
sintomas e progressão para pielonefrite;
Por isso, toda gestante com evidência de bacteriúria
deve ser tratada.
Bacteriuria
assintomática
O rastreamento da bacteriúria assintomática deve ser
feito obrigatoriamente pela urocultura, já que, em
grande parte das vezes, o sedimento urinário é normal.
Este exame deve ser oferecido de rotina no primeiro e
no terceiro trimestres da gravidez;
O tratamento deve ser guiadopelo teste de
sensibilidade do agente observado no antibiograma,
sendo semelhante ao tratamento da cistite.
O rastreamento da bacteriúria
01 assintomática por urocultura;

02 Urocultura positiva, com mais de 100


mil colônias por ml;

Diagnóstico 03
A amostra deve ser enviada ao
laboratório;

Este exame deve ser oferecido de


04 rotina no primeiro e no terceiro
trimestres da gravidez.
Parto prematuro e recém- nascido de
01 baixo peso;

02 Produção de hormônios na gravidez;

Complicações 03 O crescimento do útero;

04 Estase urinária.
01 Tratamento de 3 a 7 dias;

Tratamento 02 Antibiótico;

03 Antibiograma.
Pielonefrite
Doença inflamatória infecciosa, potencialmente grave, causada por bactérias;
Acomete o parênquima renal;
Pode ser uma enfermidade aguda ou crônica;
A E.coli (Escherichia coli), bactéria gram-negativa que habita normalmente os
intestinos, é responsável por aproximadamente 90% dos casos de pielonefrite;
Pode ser uma infecção por bactérias gram-positivas, entre elas o Staphylococcus
aureus.
01 Anatomia feminina;

02 Obstrução do trato urinário;

Fatores de
risco 03 Sistema imunológico debilitado;

04 Refluxo vesicuretral.
Sintomas da fase Sintomas da fase
aguda crônica
Na doença aguda, eles não tardam a aparecer. Na crônica, fases assintomáticas se alternam
Nos dois casos, porém, os sintomas mais com outras em que as manifestações clínicas
característicos são febre, calafrios, sudorese, surgem somente nos períodos em que a infecção
náuseas, vômitos, mal-estar; dor lombar, está ativa. Por causa dessa característica da
pélvica, no abdômen e nas costas; urgência e dor doença, a infecção bacteriana crônica pode
(disúria) para urinar, sinal de pus (piúria) e de provocar lesões irreversíveis nos rins, que
sangue (hematúria) na urina, que fica turva e evoluem para insuficiência renal grave.
com odor desagradável.
Diagnóstico, tratamento e
recomendações
Exames de laboratório, urina tipo I e urocultura com antibiograma;
Os exames de imagem – tomografia computadorizada, ultrassom e ressonância
magnética;
O tratamento com antibióticos de largo espectro deve começar tão logo seja
levantada a hipótese de infecção nos rins;
Algumas recomendações são: beber água, urinar após relação sexual, atender a
vontade de esvaziar a bexiga e manter a higiene do local.
Cistite aguda
Presença de sintomas como disúria, polaciúria, urgência
miccional, nictúria, estrangúria, dor retropúbica,
suprapúbica ou abdominal;
Normalmente, é afebril e sem evidência de sintomas
sistêmicos;
Causada por Escherichia coli e outras espécies.
01 A análise do sedimento urinário pode
evidenciar leucocitúria hematúria;

Diagnóstico
02 Deve-se suspeitar de cistite e
prosseguir avaliação em toda gestante
com queixa de disúria.
Não se deve aguardar o resultado da
01 cultura de urina;

Tratamento
02 Antibióticos de preferência.
Estreptococo do
grupo B
O Estreptococo do grupo B (Streptococcus agalactiae) é
uma bactéria comum, presente na região genital de 1
em cada 3 mulheres grávidas;
O Streptococcus agalactiae;
O Estreptococo do grupo B não é uma DST.
Nos recém-nascidos, a infecção pelo
01 Streptococcus agalactiae pode ocorrer
ainda dentro do útero;

Em algumas destas gestantes, a

Infecções 02 bactéria provoca infecção da bexiga,


conhecida como cistite, ou pielonefrite;
A infecção da bolsa d’água, infecção da
parede do útero.

03
É um grande fator de risco para
complicações na gestação, tais como,
parto prematuro, aborto e
contaminação do líquido aminótico..
01 Infecção precoce;

Classificação 02 Infecção tardia.

das infecções *É importante destacar que nem todo bebê


nascido de mães colonizadas pelo
Estreptococos do grupo B irá apresentar
problemas. Na verdade, apenas 1 em cada 200
são infectados e desenvolvem doença.
Entre a 35a e 37a semanas de gestação
01 os obstetras fazem habitualmente o
exame do cotonete;

Diagnóstico 02
O teste do cotonete só é feito no final
da gravidez;

03 Coleta do material vaginal e retal.


Hepatite B
Causada por um vírus pertencente à família
Hepadnaviridae, o vírus da hepatite B (HBV);
Doença infecciosa que agride o fígado;
O HBV está presente no sangue e secreções.
Patogênese da Hepatite B

1
De início ocorre uma infecção aguda, que se resolve espontaneamente, na maioria dos casos
(até 6 meses após os primeiros sintomas). Essa resolução é evidenciada pela presença de
anticorpos chamados anti-Hbs;

2 Infecções que persistem após esse período são consideradas crônicas;

3 Em adultos, cerca de 20% a 30% das pessoas adultas infectadas cronicamente pelo
vírus B da hepatite desenvolverão cirrose e/ou câncer de fígado;
Patogênese da Hepatite B
Transmissão da Hepatite B
01 Parenteral
Transfusional antes da instituição da triagem em bancos de sangue, por compartimento
de agulhas/ seringas/ equipamentos contaminados por sangue , procedimentos médicos
e odontológico sem esterilização adequada e realização de tatuagens e piercings sem a
aplicação de normas de segurança.

02 Sexual
Relações sexuais desprotegidas.
*A Hepatite B também é classificada como uma infecção sexualmente transmissível.
Transmissão da Hepatite B
03 Vertical
Sobretudo durante o parto, pela exposição do recém-nascido ao sangue materno ou ao
líquido amniótico e, também, mais raramente, por transmissão transplacentária

04 Solução de continuidade
Há evidências preliminares que sugerem a possibilidade de transmissão por
compartilhamento de instrumentos de manicure, escovas de dente, lâminas de barbear
ou de depilar, canudo de cocaína, cachimbo de crack, entre outros.
*Pele e mucosas.
01 3 doses (0, 1, 6 meses)

Vacinação e 02
Gestantes em qualquer idade

prevenção
gestacional devem ser vacinadas

Caso não seja possível completar o


03 esquema vacinal durante a
gestação, realizar após o parto.
01 Durante a gestação e o cuidado com o
feto de mães diagnosticadas são
prioridades, o que reduz sobremaneira

Diagnóstico
a transmissão vertical.

precoce 02 O percentual de cronificação do RN


infectado pelo VHB por transmissão
vertical pode chegar a 90%, com maior
risco de evolução para cirrose e
hepatocarcinoma numa fase da vida,
tornando a triagem da hepatite B
obrigatória no pré-natal.
Rastreamento
1 O antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg) deve ser solicitado nos exames pré-
concepcionais, na primeira consulta de pré-natal, e ser repetido no terceiro trimestre.

2
Se for HBsAg reagente, solicite HBeAg e transaminases. A gestante com HBsAg reagente e
com HBeAg reagente deve ser encaminhada ao serviço de referência para gestação de alto-
risco.

3
Toda gestante HBsAg não reagente e com idade abaixo de 20 anos deve receber a vacina
para hepatite B. Devemos coletar o anti- HbsAg em gestantes que não sabem se tomaram a
vacina. As gestantes com vacinação incompleta devem completar o esquema vacinal já
iniciado.
Monitoramento do RN
Verifique se foi administrada no hospital a vacina para hepatite B a todos os RN de mães
1 HBsAg não reagente; Nos casos de mãe HBsAg reagente e HBeAg reagente, verifique se foi
aplicada a 1a dose da vacina para hepatite B e a imunoglobulina específica contra a hepatite
B, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento;

2 Para o RN assintomático, complete as doses da vacina para hepatite B e, aos 9 e 15 meses,


solicite o anti-HbsAg;

3
No caso de RN sintomático, encaminhe a criança ao serviço de referência. Verifique se o bebê
está sendo levado às consultas do serviço de referência e às consultas de puericultura da
UBS.
HIV
Vírus da imunodeficiência humana.
Transmissão vertical do HIV
1 Pode ocorrer em qualquer momento da gestação, parto, pós-parto e aleitamento materno;

2 35% são de transmissão intraútero (principalmente ao final da gestação);

3 Terapia antirretroviral (ARV): AZT VO a partir da 14a semana; AZT EV 4 horas antes do parto;
AZT VO para o RN durante 6 semanas;

4 Realização da terapêutica antirretroviral, associada à cesárea eletiva reduz a transmissão


vertical em 2%.

*O ALEITAMENTO CORRESPONDE A UM RISCO ADICIONAL DE TRANSMISSÃO ENTRE 7 E 22%*


Fatores de risco para transmissão
Fatores virais Fatores compotamentais Fatores inerentes ao RN

Tais como carga viral, o Como uso de drogas e Prematuridade e baixo peso
genótipo e fenótipo viral. prática sexual desprotegida. ao nascer.

Fatores maternos Fatores obstétricos Aleitamento materno


Incluindo estado clínico e Duração da ruptura das Alimentação com o leite
imunológico, presença de DST e membranas amnióticas, via de produzido pela mãe.
outras coinfecções, bem como parto e presença de hemorragia
estado nutricional materno. intraparto.
Diagnóstico e condutas
1 Planejamento da gestação --> Caso HIV positivo --> Redução da carga viral antes da gestação;

2 Testagem deve ser realizada na primeira consulta pré-natal, sendo repetido no 3º trimestre;

3 Gestante HIV positivo deve ser encaminhada ao pré-natal de alto risco/Serviço de Atenção
Especializada em DST/Aids (SAE);

4 Tarv --> indicação da Tarv na gestação pode ter dois objetivos: profilaxia da transmissão
vertical ou tratamento da infecção pelo HIV.
Sífilis
Doença infecciosa sistêmica;
Causada pelo Treponema pallidum;
Transmissão sexual ou vertical (congênita).
Sífilis congênita
1 Ocorre com mais frequência durante a sífilis primária ou secundária materna, quando o
número de espiroquetas é maior;

2 Ocorrem morte intrauterina e perinatal em aproximadamente 25% dos casos quando não
tratada;

3 Suas manifestações são divididas em sífilis infantil (primeiros 2 anos de vida) e sífilis tardia;
01 Manifesta-se com frequência por
secreção e congestão nasal nos
primeiros meses de vida.

02 Um exantema descamativo ou

Sífilis
bolhoso pode levar ao
desprendimento da pele,
principalmente das mãos e pés,

infantil assim como ânus e boca. É comum o


aparecimento de hepatomegalia e
anormalidades esqueléticas.

03 Surgem manifestações tardias em


quase metade das crianças com
sífilis neonatal sem tratamento.
PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA: Risco de
01
Transmissão
infeccção de 70 a 100%;

vertical 02 TERCIÁRIA: Risco de infecção de 30%.

A infecção do feto depende do estágio


da doença presente na gestante.
Testagem
1 Em gestantes deve ser realizada no mínimo duas vezes durante a gestação (início do pré-
natal e aproximadamente 30ª semana);

2 No momento da internação hospitalar (parto ou curetagem uterina pós-abortamento).

*A realização do VDRL no início do terceiro trimestre permite que o tratamento materno seja
instituído e finalizado até 30 dias antes do parto, intervalo mínimo necessário para que o recém-
nascido seja considerado tratado intraútero*
Controle de cura
1 Com tratamento, o teste não-treponêmico deve se negativar entre 6 e 12 meses;

2 Cicatriz sorológica;

3 Os testes não treponêmicos (VDRL/RPR) devem ser realizados mensalmente em gestantes;

4 Nos casos de sífilis primária e secundária, os títulos devem declinar em torno de 4 vezes em 3
meses e 8 vezes em 6 meses;

5 Se os títulos se mantiverem baixos e estáveis em 2 oportunidades, após 1 ano, pode ser dada
alta.
01 O uso correto e regular da camisinha
feminina e/ou masculina é a medida
mais importante de prevenção da
sífilis, por se tratar de uma Infecção

Prevenção Sexualmente Transmissível;

02 O acompanhamento das gestantes e


parcerias sexuais durante o pré-natal
de qualidade contribui para o controle
da sífilis congênita.
Infecções sexualmente
transmissíveis na
gravidez
Tricomoníase: Corrimento vaginal;
Risco: Ruptura prematura das membranas;
Pode nascer prematuro.
Papiloma vírus
humano
Depende se o vírus estiver ativo;
Tratamento: Deve acontecer até 34
semanas da gestação.
Infecções sexualmente
transmissíveis após
gestação
Sífilis;
Condiloma acuminado (infecção pelo
HPV);
Outras DST;
HIV/Aids.
Toxoplasmose
A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário
chamado “Toxoplasma Gondii”;
Encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, que pode se
hospedar em humanos e outros animais;
É causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados e
é uma das zoonoses (doenças transmitidas por animais) mais
comuns em todo o mundo.
Infecção Infecção
aguda crônica
A fase aguda da infecção tem Quanto à infecção crônica, a
cura, mas o parasita persiste por taxa de incidência é baixa até os
toda a vida da pessoa e pode se cinco anos de idade e começa a
manifestar ou não em outros aumentar a partir dos 20.
momentos, com diferentes tipos
de sintomas.
01 Pessoas com baixa imunidade: podem
apresentar sintomas mais graves,
incluindo febre, dor de cabeça,
confusão mental, falta de coordenação
e convulsões;

02 Gestantes: mulheres infectadas

Sintomas durante a gestação podem ter


abortamento ou nascimento de criança
com icterícia, macrocefalia,
microcefalia e crises convulsivas;

03
Recém-nascidos: essas crianças podem
indicar alterações como restrição do
crescimento intrauterino,
prematuridade, anormalidades visuais
e neurológicas.
Transmissão Transmissão
direta indireta
Pode ocorrer por meio da Acontece devido à ingestão de
inalação do agente transmissor, carne com o agente transmissor.
presente no solo, alimentos, O gado e o porco, por exemplo,
fezes e contato com gatos, podem se contaminar e
pombos e roedores. Transfusão transmitir a doença por meio da
de sangue e transplante de carne, quando consumida mal
pacientes contaminados podem passada.
transmitir a doença.
01 Adquirida

Tipos de
02 Congênita
toxoplasmose
03 Ocular
Tratamento
1 Normalmente evolui sem sequelas em pessoas com boa imunidade, desta forma não se
recomenda tratamento específico, apenas tratamento para combater os sintomas.

2 Pacientes com imunidade comprometida ou que já tenham desenvolvido complicações da


doença (cegueira, diminuição auditiva) são encaminhados para acompanhamento médico
especializado.

3
O tratamento e acompanhamento da doença estão disponíveis, de forma integral e gratuita,
pelo Sistema Único de Saúde..

4
Em caso de toxoplasmose na gravidez, é importante o acompanhamento no pré-natal e a
pratica das orientações que forem repassadas pelas equipes de saúde
Diagnóstico Prevenção
Principalmente, em exames de sangue; Promoção de ações de educação em
Contaminação por água e alimentos: saúde, principalmente em mulheres
critério laboratorial específico a partir que estão em idade fértil e pessoas com
dos resultados dos exames de sangue; imunidade comprometida;
Adquirida ou congênita: é É fundamental manter uma higiene
diagnosticada principalmente pela alimentar;
identificação de anticorpos específicos Higiene em alimentos de origem
contra o parasito. A sorologia é sensível, animal, frutas e verduras;
específica e possível de ser realizada Preferência emágua de consumo
em laboratórios de menor tratada;
complexidade. Higiene do ambiente.
Tuberculose
Tuberculose continua a ser uma doença global de alta
mortalidade;
Principal causa de morte por doença infecciosa em
adultos;
No Brasil, 1 em cada 4 pessoas está infectada com o
bacilo de Koch.
Mulheres de grupos de risco
01 frequentemente procuram
assistência médica apenas durante a

Busca Ativa em gestação;

Gestantes de 02 Recomendação de busca ativa de

Populações de casos em populações de risco.

Risco Oferta de exame anti-HIV durante o


03 pré-natal.
01 Sintomas semelhantes aos de outros
pacientes, com tosse crônica sendo
o indicativo mais forte;
Diagnóstico da
Tuberculose em 02 Possibilidade de sintomas mínimos
durante a gravidez;
Gestantes
03 Teste tuberculínico é recomendado.
Radiografia de
Tórax em Recomendação de realizar
radiografia de tórax,
Gestantes com preferencialmente após o primeiro
trimestre e com proteção
Sintomas abdominal.

Respiratórios
Tuberculose e HIV
Co-infecção pode apresentar sintomas menos característicos devido à
01 imunodepressão;

TB pulmonar não aumenta risco de aborto ou parto prematuro, mas TB genital


02 pode.
Tratamento da TB
1 Gravidez, parto, puerpério e lactação não aumentam riscos se o tratamento for adequado;

2 Suplementação de piridoxina para prevenir efeitos colaterais da isoniazida;

3 Evitar estreptomicina no primeiro trimestre devido ao risco de surdez congênita;

4 Outras drogas, como etionamida e fluoroquinolonas, devem ser evitadas durante a gravidez
devido a efeitos teratogênicos.
01 Esquema básico: Rifampicina,
Isoniazida, Pirazinamida, Etambutol
(para casos novos);
Drogas
recomendadas no 02 Tratamento supervisionado quando
possível;
tratamento
Levofloxacina e moxifloxacina
03 podem ser usadas em retratamento,
mas devem ser evitadas durante a
gravidez.
01 Uso diário em uma única tomada;

Administração da
02 Preferencialmente em jejum (1h
Medicação antes ou 2h após o café da manhã);

03 Em caso de intolerância digestiva,


pode ser tomada junto com uma
refeição.
Avaliação Tratamento em
Individualizada casos especiais
Gestantes com evolução clínica Gestantes com TB resistente às
insatisfatória podem ser drogas não devem receber o
encaminhadas ao pré-natal de esquema padrão durante a
alto risco/centro de referência; gravidez;
Casos de TB extrapulmonar Adiar o início do tratamento em
também podem ser gestantes com TB resistente,
encaminhados para avaliação. pelo menos até após o primeiro
trimestre, se possível.
Amamentação Efeitos adversos

Não há contraindicação à Gestantes e lactantes devem


amamentação, exceto se a mãe receber atenção especial para
tiver mastite tuberculosa; monitorar efeitos adversos do
Recomenda-se o uso de máscara tratamento.
cirúrgica ao amamentar e cuidar
do bebê.
Principais fármacos e segurança de uso
Malária
É uma doença infecciosa causada por
protozoários do gênero Plasmodium.
A transmissão ocorre pela picada de mosquitos
fêmeas do gênero Anopheles;
As espécies de Plasmodium no Brasil incluem
Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax e
Plasmodium malariae.
01 A transmissão ocorre principalmente
através da picada de mosquitos

Transmissão e Anopheles, transfusão de sangue,


compartilhamento de seringas e

Manifestações
raramente por transmissão
transplacentária ou perinatal;

clínicas 02 As manifestações clínicas incluem febre


alta, calafrios, sudorese profusa,
cefaleia.
Malária e Observações
gravidez especiais
A malária é mais grave em gestantes, Em casos graves de malária em gestantes,
crianças e pessoas com infecção primária; quando a quinina não está disponível e o
A gestante com malária tem alto risco de óbito é iminente, pode ser considerado o uso
complicações, incluindo anemia grave e de derivados de artemisinina, especialmente
ameaça à gestação, levando a aborto ou no primeiro trimestre de gestação.
parto prematuro;
O tratamento da malária durante a gravidez
é essencial devido aos riscos para a mãe e o
feto.
Diagnóstico
O diagnóstico definitivo da malária é feito por meio da microscopia do
01 esfregaço espesso ("gota espessa") ou por testes rápidos
imunocromatográficos;

O exame da gota espessa é considerado o padrão-ouro e permite a detecção e


02 identificação dos parasitos.
01 O exame da gota espessa ,
especialmente para gestantes com
quadro febril;

Importância
do pré-natal
02 A gestante deve ser informada sobre a
possibilidade de transmissão vertical
da malária ao recém-nascido.
Tratamento e seguimento
O tratamento da malária durante a gestação depende da espécie do
01 Plasmodium e da gravidade da infecção;

O tratamento é essencial para reduzir a gravidade e a letalidade da malária em


02 gestantes;

A quimioprofilaxia pode ser usada para prevenir recaídas em gestantes com


03 infecção por P. vivax ou P. ovale;

04 A malária grave requer tratamento intra-hospitalar.


01 A prevenção da malária inclui medidas
de controle de vetores, uso de
mosquiteiros tratados com inseticidas

Notificação e e o tratamento adequado dos casos;

prevenção
02 É uma doença de notificação
compulsória.
Parasitoses
intestinais
Importância do problema;
Impacto na nutrição materna e no feto.
Diagnóstico e Medidas
tratamento profiláticas
O diagnóstico e o tratamento devem Educação sanitária;
idealmente ser realizados antes da gravidez; Higiene adequada das mãos;
Algumas medidas podem ser tomadas Controle da qualidade da água;
durante a gestação; Controle dos alimentos e do solo.
Não há drogas antiparasitárias;
Não se recomenda o tratamento durante o
primeiro trimestre de gestação.
Helmintíases Protozooses
Algumas das helmintíases mais comuns Algumas protozooses incluem amebíase e
incluem ancilostomíase, ascaridíase, giardíase.
enterobíase, estrongiloidíase,
himenolepíase, teníase e tricuríase;
Tratamento recomendado entre 16-20
semanas de gravidez.
Hanseníase
Fator de risco;
Manifestações clínicas;
Diagnóstico: Paucibacilar ou Multibacilar;
Cuidados da hanseníase na gestação;
Estados reacionais.
Epilepsia
Admite-se como epilepsia um grupo de doenças que têm em comum
crises convulsivas que ocorrem na ausência de condições tóxico-
metabólicas ou febris;
Existe uma ação pró- convulsivante do estrógeno e anticonvulsivante da
progesterona;
Ainda não está esclarecido se tais efeitos são secundários às crises
convulsivas ou às drogas utilizadas para o seu controle.
Uso de álcool e drogas na gestação
Compreender sem julgamentosa importância da droga na vida da mãe;
Substituir o prazer em ser mãe pelo prazer da droga;
Criar estratégias para prevenção do uso;
Aconselhar em fazer o pré-natal de maneira correta;
Criar confiança para conhecer os determinantes da família.
Síndrome fetal Ansiolíticos na
pelo álcool gravidez
Os recém-nascidos apresentam sinais Envolve uso de crack, maconha, nicotina e
de irritação, mamam e dormem cocaína durante a gravidez podem parecer ter
pouco, além de apresentarem um poder teratogênico razoável, isto é, podem
tremores. produzir lesões ou defeitos físicos na criança ao
nascer.
Violência durante a gestação
A violência, seja ela física, sexual, psicológica ou emocional, torna-se ainda
mais séria quando a mulher se encontra grávida, pois traz consequências
significativas para a saúde do binômio mãe-filho, tais como baixo peso ao
nascer, abortos, parto e nascimento prematuros e até mortes materna e fetal,
conforme estudos revelados pela OMS no “Informe Mundial sobre a Violência
e a Saúde”.

Você também pode gostar