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Resumo conteúdo GT 02 do S3
Compreender a rotina de pré-natal

Fontes:
Cadernos de Atenção Básica Nº32;

Imunização ativa e passíva durante a gravidez, Protocolos FEBRASGO


Nº13 de 2018;

Página online da secretaria de saúde do estado do Paraná, INFECÇÕES


CONGÊNITAS (STORCH+Z).

Infecções Congênitas (STORCH+Z)


Até 2015, os patógenos mais frequentemente relacionados
às infecções uterinas com potencial risco ao feto eram a
bactéria Treponema pallidum que causa a sífilis (S), o
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Infeccoes-Congenit
as-STORCHZ

De: João Pedro Cavalcante Pimenta

Rotina de pré-natal
específico

procura identificar a gravidez e iniciar acompanhamento no primeiro trimestre.

realiza cadastro das gestantes, fornecendo o Cartão da Gestante.

acompanhamento realização de NO MÍNIMO 6 consultas pré-natal alternadas


com médico e enfermeiro, sendo 1 no primeiro trimestre, 2 no segundo e 3 no

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terceiro. IDEALMENTE:

consultas MENSALMENTE, até a 28ª semana;


QUINZENALMENTE, da 28ª até a 36ª semana; SEMANALMENTE, no
termo.

classificação de risco em toda consulta, e se necessário, encaminhamento ao


PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO ou a EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA.

realização de anamnése, exame físico e exames complementares indicados.

imunização antitetânica e para hepatite B (fazer imunização para A/H1N1 em


época oportuna de campanha nacional determinada pelo MINISTÉRIO DA
SAÚDE [~abril]).

oferta de suplementos necessários (sulfato ferroso e/ou ácido fólico).

exames de rotina para preveção e diagnóstico de cancer de colo de útero e


medidas educativas.

avaliação do peso e estado nutricional da gestante.

atenção ao recêm nascido e a mãe na primeira semana depois do parto e na


consulta puerperal (até 49 dias depois do parto).

Exames complementares, indicações,


alterações e principais doenças
devem ser oferecidos:

Medicamentos básicos e vacinas contra tétano e hepatite B

teste rápido de:

gravidez.

sífilis (VDLR/RPR).

HIV.

proteinúria.

Exames de rotina de:

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dosagem de hemoglobina e hematócrito.

tipo sanguíneo e fator Rh.

teste de Coombs (de rejeição das hemácias).

glicemia em jejum.

sobrecarga glicêmica.

sumário de urina.

urocultura com antibiograma.

parasitológico de fezes.

bacterioscopia do conteúdo vaginal.

sorologia para HIV 1 e 2.

principais doenças:

hiperêmese gravídica (vômito intenso)

diabetes gestacional

gravidez ectópica

sindromes hipertensivas (5 ~10%.)

trabalho de parto prematuro

rotura prematura das membranas ovulares (causam cerca de 30% de todos


os recém-nascidos prematuros) 10% de incidência.

doença hemolítica perinatal (incompatibilidade sanguínea materno-fetal)

infecção do trato urinário

síndromes hemorrágicas

abortamento

doenças do líquido amniótico (oligoidrâmnio e polidrâmnio)

gestação prolongada

crescimento intrauterino restrito

doenças respiratórias

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patologias do trato genital inferior

Classificar os fatores de risco


a classificação de risco é um processo dinâmico de identificação, acontece em toda
consulta.

gravidez de alto risco demanda uso de maior grau de tecnologia, mas uma vez
tratada pode retornar a atenção primária.

gravidez de baixo risco só pode ser confirmada no final do processo gestacional.

fatores de risco

permitem acompanhamento pela equipe da unidade básica

Fatores relacionados às características individuais e às


condições sociodemográficas desfavoráveis

infecção urinária

anemia

ganho de peso inadequado

história prévia de recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo


ou malformado

síndromes hemorrágicas ou hipertensivas em gestação anterior

cirurgia uterina anterior

3 ou mais cesárias feitas

indicam encaminhamento ao pré-natal de alto risco

pré-natal de alto risco abrange cerca de 10% das gestações


com critérios de
risco, que aumenta significativamente a probabilidade de
intercorrências e óbito materno e/ou fetal.

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dependência de drogas lícitas ou ilícitas

patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado

alterações genéticas maternas

portadora de doenças infecciosas e IST’s

história prévia de hipertenção com mau resultado obstétrico

abortamento habitual

gestação gemelar

disturbios hipertênsivos na gestação

polidrâmnio ou oligoidrâmnio

indicam encaminhamento a emergência obstétrica

pré-eclâmpsia

síndromes hemorrágicas

eclâmpsia

crise hipertensiva

Isoimunização Rh

Anemia grave

etc.

Aclarar as vacinas necessárias para a


gestante
Gestante não deve tomar no primeiro trimestre de gravidez vacinas com
virus/bactéria viva ou inativada

devem ser aplicadas as seguintes vacinas durante a gestação:

Influenza: aplicada contra A/H1N1

dada em dose única de acordo com o ministério da saúde

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Hepatite B: aplicada em 3 doses caso não haja imunidade;

2ª dose com 30 dias da primeira e a 3ª com 6 meses da primeira.

Tétano, difteria e coqueluche: usando dT e dTpa caso não haja imunização


prévia; dT aplicada a partir de 20 semanas, dTpa com 28 semanas e dT com
36 semanas.

após 5 anos, aplicar dose de reforço dT.

podem ser recomendadas durante a gestação:

febre amarela: aplicada em areas endêmicas.

meningococo e pneumococo: dada a gestantes de risco não previamente


vacinadas e para bloqueio de surtos.

raiva: dada após exposição.

poliomielite: dada preferencialmente vacina inativada, quando gestante for para


região endêmica.

não recomendadas durante a gestação:

rubéola: por ser com virus vivoatenuado. Não apresenta evidências de poder
causar má-formaçoes congênicas, mesmo quando aplicada durante a gravidez.

sarampo: por ser com virus vivoatenuado. Tratamento a exposição é feito com
imunoglobulina humana. Deve adiar a gravidez em 1 mês por segurança.

varicela-zóster: por ser com virus vivoatenuado. Tratamento a exposição é feito


com imunoglobulina hiperimune. Deve adiar a gravidez em 1 mês por
segurança.

tuberculose: BCG, não está no calendário vacinal. Sem evidências.

papiloma virus humano(HPV): deve interromper continuação do esquema


vacinal em caso de gravidez e continuar no pós parto. Sem evidências.

STORCH+Z (conduta, tratamento e controle)


sobre

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Até 2015, os patógenos mais frequentemente relacionados às
infecções uterinas com potencial risco ao feto eram a bactéria
Treponema pallidum que causa a sífilis (S), o protozoário
Toxoplasma gondii que causa a toxoplasmose (TO) e o vírus da
rubéola (R), citomegalovírus (C), vírus herpes simplex (H),
compondo o acrônimo STORCH. Este foi ampliado para
STORCH+Z, com a epidemia do vírus Zika no Brasil.

S (sífilis)

TO (toxoplasmose)

R (rubéola)

C (citomegalovítus)

H (herpes)

Z (zika virus)

Quando a gestante é infectada por um dos STORCH+Z pode


ocorrer transmissão para o feto e resultar em:
aborto espontâneo, óbito fetal ou anomalias congênitas, principalmente
alterações do Sistema Nervoso Central (SNC).

Conduta
específico

A suspeita precoce, notificação e registro de casos suspeitos de infecções


congênitas são fundamentais para processo investigativo.

Cada caso deve ser tratada apropriadamente.

Orientações
específico

Garantir o atendimento precoce e adequado de gestantes em serviços de


assistência pré-natal;

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Assegurar triagem sorológica (sífilis, toxoplasmose e HIV) na gestação e no
parto;

Encorajar modificações no comportamento de risco da mulher e uso de


preservativos;

Evitar contatos com pessoas com febre, rash cutâneo ou infecções;

Adotar ações que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de


doenças (Aedes aegypti), eliminando os criadouros (retirada de recipientes que
tenham água parada e cobertura adequada de locais de armazenamento de
água);

Empregar medidas de proteção contra mosquitos com manutenção de portas e


janelas fechadas ou utilizar redes de proteção, usar calça comprida e camisa
de manga longa e utilizar repelentes indicados para gestantes (ex. Icaridina
exposis, DEET adulto 15% e IR3535).

de: joao pedro cavalcante pimenta

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