Você está na página 1de 29

Faculdade Pitágoras

Enfermagem na Saúde da mulher - Prof: Cristina Ila - 6º Período Noturno

HIV na gestação
e
Parto prematuro
Alunos: Amanda Regina, Danielle Paulina, Gislaine Maria
Giovanny Araújo, Mayra Rossana e Kézia Silva

Uberlândia-MG
2020
HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana)

Conceito: HIV( Vírus da Imunodeficiência Humana), é um vírus que ataca o sistema


imunológico gerando um estado de imunodeficiência.

Não necessariamente um paciente soro positivo desenvolve a AIDS( Síndrome da Imunodeficiência


Adquirida), que é uma consequência do não tratamento do paciente infectado. O vírus ataca e destrói as
células de defesa T-CD4, responsáveis por organizar a resposta imunológica. Ficando assim indefeso até
das infecções mais “básicas”.
Formas de transmissão

• Sexo sem o uso de preservativos


• Uso de seringas compartilhadas
• Transfusão de sangue contaminado
• Da mãe infectada, durante a gestação, parto e amamentação
• Por instrumentos perfurocortantes contaminados.

Sintomas
A melhor forma para se confirmar a infecção pelo vírus e o teste de HIV, pois
seus sintomas podem ser interpretados como outras doenças.

• Dor de cabeça; • Dor nas articulações;


• Febre baixa; • Aftas;
• Cansaço excessivo ; • Sudorese noturna;
• Gânglios inflamados; • Diarreia;
Sintomas da AIDS
Adquirida como consequência da falta de cuidados e tratamento adequado do paciente infectado pelo
HIV:

• Febre alta constante;


• Sudorese noturna frequente;
• Manchas vermelhas na pele (Sarcoma de Kaposi);
• Dificuldade para respirar;
• Tosse persistente;

• Manchas brancas na língua e boca;


• Feridas na região genital;
• Perda de peso;
• Problemas com a memória;
• Nesta fase o número de infecções se torna cada fez
mais frequentes.
Sarcoma de Kaposi
HIV na Gestação: pré-natal, parto e puerpério
Nos últimos anos ouve um aumento na contaminação de mulheres entre a idade de 20 a 34 anos, o que
tornou-se preocupante, pois se encontram em idade férteis ocasionando o aumento da transmissão
vertical da mãe para o RN.

Risco de transmissão vertical


• 65% ocorrem durante o parto
• 35% ocorrem ainda dentro do útero
• De 7% a 22% durante o aleitamento

Pré-natal
Durante a gestação parto e amamentação pode haver a transmissão do HIV da mãe para o
bebê. Por isso a gestante e seu parceiro devem fazer o teste de HIV durante o pré-natal,
pois o diagnostico e tratamento precoce pode garantir o nascimento de um bebê saudável.
O teste deve ser feito nos primeiros e nos últimos 3 meses de gestação, também no
momento do parto independente dos exames anteriores.
• O teste ELISA anti-HIV deve ser oferecido a toda
gestante na 1a consulta do pré-natal. Deve ser sempre
voluntário e confidencial. Durante o aconselhamento, é
importante ressaltar para a mãe os benefícios do
diagnóstico precoce do HIV, tanto para ela quanto para o
seu filho.

• Teste Elisa: Baseia-se em reações antígeno-anticorpo


detectáveis por meio de reações enzimáticas.
Quais testes a gestante deve realizar no pré-natal?

• Nos três primeiros meses de gestação: HIV, sífilis e hepatites


• Nos três últimos meses de gestação: HIV e sífilis
• Em caso de exposição de risco e/ou violência sexual: HIV, sífilis e
hepatites
• Em caso de aborto: sífilis
• Os testes para HIV e para sífilis também devem ser realizados no
momento do parto, independentemente de exames anteriores.
• O teste de hepatite B também deve ser realizado no momento do
parto, caso a gestante não tenha recebido a vacina.
Teste positivo
• A gestante tem a indicação de tratamento com medicamentos antirretrovirais durante
toda a gestação e também no parto caso indicado pelo médico. Prevenindo a
transmissão vertical da mãe para o bebê.
• O recém-nascido deve receber o medicamento antirretroviral (xarope) e será
acompanhado pelo serviço de saúde. Não se recomenda a amamentação para essas
mães, assim evitando a transmissão para o bebê.

Tratamento
• O tratamento é realizado com medicamentos antirretrovirais agem também como
forma de prevenção, pois tomados regularmente e de maneira correta reduz a carga
viral da pessoa alcançando assim a chamada “carga viral indetectável” , assim tendo
uma possibilidade insignificante de transmissão até mesmo no sexo sem proteção.
Aumenta a qualidade de vida da pessoa que convive com o HIV reduz o numero de
internações e de infecções por doenças oportunistas. O uso de TARV durante a
gravidez reduz a taxa de transmissão vertical do HIV de aproximadamente 30% para
menos de 1%, quando se alcança a supressão da CV-HIV materna (CV-HIV plasmática
Esquemas de TARV para início de tratamento em gestantes vivendo com HIV/AIDS
Imunização em gestantes que convive com HIV

• Na infecção pelo HIV, à medida que aumenta a imunossupressão, reduz-se a possibilidade de resposta
imunológica consistente. Sempre que possível, deve-se adiar a administração de vacinas em PVHIV
sintomáticas ou com imunodeficiência grave, com presença de IO ou contagem de LT-CD4+ inferior a
200 céls/mm3 , até que um grau satisfatório de reconstituição imune seja obtido com o uso de TARV,
o que proporciona melhora na resposta vacinal e reduz o risco de complicações pós-vacinais.

• A vacina da febre amarela deve ser evitada; porém, em regiões de risco elevado ou em situações de
surto, poderá ser administrada, avaliando-se relação de risco- -benefício, devido à alta
morbimortalidade da doença, a partir do terceiro trimestre da gestação. Nessas situações, será
necessária a avaliação de um especialista e a correlação com a contagem de LT-CD4+ da gestante.
Imunizações recomendadas em gestantes vivendo com HIV/AIDS
Fluxograma quanto às situações para administração de AZT intravenoso profilático
para gestante durante o parto

PUERPÉRIO

• A puérpera deverá ser orientada quanto à importância de seu acompanhamento clínico e


ginecológico, assim como sobre o seguimento da criança até a definição de situação imunológica.
• Está indicada a troca do RAL para o DTG nas mulheres puérperas até 90 dias após o parto. Para a troca
segura, é necessário que a MVHIV puérpera esteja em com boa adesão à TARV e com CV-HIV
indetectável, e que não haja contraindicação ao DTG. Dados de segurança foram levantados quanto ao
uso do DTG por mulheres no período pré-concepção pelo risco de malformação congênita. Caso o DTG
esteja indicado como parte da TARV para a puérpera, é necessário que, antes do início do seu uso, ela
esteja em uso regular de método contraceptivo eficaz, preferencialmente aqueles que não dependem de
adesão (DIU ou implante anticoncepcional); ou que a mulher não tenha a possibilidade de engravidar
(método contraceptivo definitivo ou outra condição biológica que impeça a ocorrência de uma nova
gestação).

Contraindicação à amamentação da mulher vivendo com HIV

• O risco de TV do HIV continua por meio da amamentação. Dessa forma, o fato de a mãe utilizar ARV
não controla a eliminação do HIV pelo leite, e não garante proteção contra a TV.
• Recomenda-se que toda puérpera vivendo com HIV/aids seja orientada a não amamentar. Ao mesmo
tempo, ela deve ser informada e orientada sobre o direito a receber fórmula láctea infantil.
Assistência de enfermagem em gestantes portadoras de HIV

•Acolher a gestante soropositivas, facilitando a aceitação do diagnóstico.


•Motivar a paciente a participar de grupos de apoio e motivação social promovidos por igrejas,
associações ou na própria unidade de saúde.
•Instruir a gestante sobre entendimento da terapia medicamentosa, levando em consideração as
particularidades de cada paciente atendida.
•Orientar e alertar sobre o uso de drogas ilícitas e lícitas (incluindo o fumo).
•Orientar sobre a prática de sexo sem a proteção do preservativo (evitando exposição repetitiva ao
vírus).
•Expor sobre, cuidados com a dieta, visto que ganho de peso insuficiente também se relaciona ao
aumento da TV desse vírus.
Link do vídeo de parto empelicado
https://youtu.be/m_BZzvbCbf4
Parto Prematuro

O que é? Causas, sinais, prevenção e tratamento.


Parto prematuro: O que é ?

A prematuridade é um dos grandes problemas de saúde pública, contribuindo com elevados números para a
morbi-mortalidade infantil e para a invalidez, principalmente em países em desenvolvimento. Quando um
bebê nasce antes da 37º semana ele é considerado prematuro. Porém existem diferentes níveis de
prematuridade que variam de acordo com o período da gestação e peso que o bebê nasceu:

 Prematuro extremo: O bebê prematuro extremo nasce com menos de 30 semanas de gestação.
 Prematuro moderado: O bebê prematuro moderado nasceu entre 31 e 35 semanas.
 Prematuro limítrofe: O bebê prematuro limítrofe é o que nasce entre 36 e 37 semanas

 Peso ao nascer normal (PNN) :2,500 – 3,999g


 Baixo peso ao nascer (BPN) : menor que 2,500g
 Muito baixo peso (MBPN) : menor que 1,500g
 Extremo baixo peso (EBPN) : menor que 1,000g
Parto prematuro – Causas

• Bolsa rota/ruptura
prematura de membrana
• Hipertensão crônica
• Pré-eclâmpsia
• Síndrome de Hellp
• Insuficiência istmo-cervical
• Descolamento prematuro da
placenta
• Placenta prévia
• Malformações uterinas
• Infecções uterinas
• Gestação múltipla
• Fertilização in vitro
• Malformações fetais
Sinais de trabalho de parto prematuro

• Sintomas como contrações a cada 10 minutos ou mais.


• Mudanças na secreção vaginal
• Pressão pélvica
• Dor lombar
• Cólicas menstruais, cólica abdominal com ou sem diarreia podem ser sinais de
trabalho de parto prematuro.
Parto prematuro – Prevenção

Algumas medidas simples podem evitar que o bebê nasça antes do tempo. São elas:

• Revele ao médico o seu histórico de saúde. Doenças crônicas e reações alérgicas que você já
apresentou, história familiar, assim como o histórico de saúde do pai do bebê.
• Siga as consultas e exames do pré-natal rigorosamente!
• Esteja vigilante sobre sua pressão arterial e cheque-a sempre que achar conveniente.
• Mantenha uma dieta equilibrada.
• Mantenha-se numa faixa de peso adequada.
• Converse com o obstetra e, se preciso, faça acompanhamento com nutricionista.
• Evite bebidas alcoólicas: o álcool durante a gestação, mesmo em doses muito pequenas, pode
ter efeitos bastante nocivos para a criança, incluindo retardo mental, dificuldades de
aprendizagem, defeitos na face e problemas de desenvolvimento.
Parto Prematuro – Tratamento
O tratamento é feito por meio de cuidados médicos e do uso de suplementos.

Bebês prematuros podem precisar de cuidados mais intensos por mais tempo, bem
como de medicamentos e, às vezes, cirurgia.

• Antibióticos efetivos para estreptococos do grupo B, se o resultado da cultura


estiver pendente
• Tocolíticos
• Corticoides se a idade gestacional é < 34 semanas
• Progestina em gestações futuras
Características de um bebê prematuro

• Rosto fino
• Nariz achatado olhos salientes
• Cabeça relativamente grande em relação ao corpo,
• Pescoço curto
• Pele macia e transparente ( De cor vermelho escuro)
• Unhas curtas e flexíveis
• Pouco tecido adiposo
• Choro débil
• Dificuldade respiratória na sucção e deglutição
Cuidados de enfermagem no parto prematuro

• Suporte emocional
• Preparar a parturiente para o momento do nascimento do seu bebe.
• Esclarecer questionamentos às famílias, que lidam com a hipótese de um bebê prematuro.
• Cuidados específicos com a pele (manutenção da temperatura e umidade através de
incubadoras, posicionamento, banho, procedimentos invasivos)
• Cuidados com o acesso venoso.
• Cuidados com a fototerapia
• Cuidados com a ventilação mecânica
• Cuidados na administração de surfactante
• Cuidados Nutricionais
• Principais medidas a serem tomadas na Reanimação
Cuidados imediatos com o RN prematuro
• Estabelecimento e manutenção respiratória:
• Oxigenoterapia pós aspiração traqueal
• Aquecimento:
• São altamente termolábeis
• Isolamento e profilaxia de infecções:
• Uso de técnicas asséptica (sistema imunológico imaturo)
• Ganho ponderal:
• Alimentação deve ser iniciada o mais rápido possível (deficiência nutricional).

Cuidados mediatos
• Usar técnicas assépticas em todos os cuidados;
• Observar constantemente o bom funcionamento da incubadora e oxigenoterapia;
• Verificar batimentos cardíacos, respiração, temperatura e coloração da pele;
• Higienizar a pele e controlar eliminações;
• Controle de peso, conforme rotina de serviço;
• Fazer curativo e observar o coto umbilical, diariamente;
• Mudança de decúbito, para evitar deformidades;
Link do vídeo:
https://youtu.be/kiqDJJk4Rwo
Referências
• https://www.tuasaude.com/primeiros-sintomas-da-aids/
• http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/prevencao-combinada/pre-natal
• http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/prevencao-combinada/pre-natal
• PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS PARA PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV,
SÍFILIS E HEPATITES VIRAIS: Ministério da Saúde
• HIV na gestação: pré-natal, parto e puerpério; Por Suzane da Silva de Lima, Ludimila Cristina Souza Silva,
Michele Vidal dos Santos, João Paulo Martins, Márcia Campos de Oliveira, Marislei Espindola Brasileiro.
• Natasha Slhessarenko - pediatra e patologista clínica professora de psiquiatria da Universidade Federal do Mato
Grosso 4.Webmd - https://www.webmd.com/baby/guide/premature-labor
• American Pregnancy Association - http://americanpregnancy.org/labor-and-birth/premature-labor/
• Mayo Clinic -
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/premature-birth/symptoms-causes/syc-203767307
• Ministério da Saúde - http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidados_bebe_prematuro_3ed.pdf
• Febrasgo - https://www.febrasgo.org.br/
• http://scielo.isciii.es/pdf/eg/v15n42/pt_revision1.pdf
HIV na gestação: Praticando
1) A Aids é uma doença viral que pode ser transmitida de diferentes modos. Marque a alternativa que não indica uma
forma de transmissão da doença:
a) Transfusão de sangue d) Relação sexual desprotegida com pessoa contaminada.
b) Compartilhamento de objetos cortantes e) Aperto de mão
c) Mãe para o filho durante a gestação

2) A Aids é uma doença sem cura que pode ser prevenida por meio do sexo seguro. Sobre a doença, marque a
alternativa incorreta:
a) A Aids é também transmitida da mãe para o filho d) Ter HIV é o mesmo que ter Aids
durante a gravidez e) A Aids não é transmitida por beijo
b) O HIV é o vírus causador da Aids
c) O vírus causador da Aids ataca células de defesa

3) Durante a gestação devem ser realizado alguns exames no pré-natal, quais são:
a) Nos dois primeiros meses de gestação: HIV, sífilis e hepatites e três últimos meses de gestação: HIV
e hepatites.
b) Nos três primeiros meses de gestação: HIV, sífilis e hepatites e três últimos meses de gestação: HIV
e sífilis.
c) Nos três primeiros meses de gestação: HIV e três últimos meses de gestação: HIV e HPV..
d) No primeiro mês de gestação: HIV, sífilis e hepatites.
Parto prematuro: Praticando
1) Considerando a assistência de enfermagem da gestante com trabalho de parto prematuro (TPP),
leia as frases e a seguir assinale a alternativa correta.

I.Idade, raça negra e baixo peso materno são considerados fatores de risco para desenvolver o trabalho
de parto prematuro.
II. Na ameaça de TPP, uma das recomendações é o repouso em decúbito lateral esquerdo.
III. O objetivo da assistência deve ser antecipação do parto para diminuir o risco de sofrimento fetal e
mortalidade neonatal, administrando ocitocina.
IV. Iniciar esquema com nifedipina, se persistirem as contrações ou se ocorrerem modificações cervicais.

a) As frases I, II e IV estão corretas.


b) Apenas as frases I e II estão corretas.
c) Apenas a frase IV está correta.
d) Apenas frases II e III estão corretas.

2) O que leva o bebê nascer prematuro?

3) A criança pode ter alguma sequela por ter nascido antes do


tempo? Explique

Você também pode gostar