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SIDA

 O que é a SIDA?

A SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), ou AIDS (em inglês) é uma doença


causada por um lentivírus vírus (com longo período de incubação), o vírus da
imunodeficiência humana (VIH, ou HIV), o qual penetra nas células do sistema
imunitário, integra-se no código genético (ADN) das células infetadas, multiplica-se e
provoca a sua destruição, libertando-se para infetar novas células e assim destruindo a
capacidade, de um indivíduo, de defesa em relação a muitas doenças. O doente
infetado pelo VIH fica progressivamente débil, frágil e pode contrair várias doenças,
como cancros potencialmente mortais. A infeção pelo VIH é transmissível.

 Curiosidades
Trata-se de uma doença que se transmite pelo sangue e pelo contacto sexual, pelo que
qualquer pessoa pode ser infetada. O HIV invade as células do sangue responsáveis
pela defesa do organismo contra outras infeções e alguns tumores, comprometendo-
a. Num doente com as defesas muito diminuídas, mesmo uma simples infeção pode
tornar-se fatal.
Os primeiros casos de síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA) foram relatados
na década de 80 e, atualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde,
estima-se que existam cerca de 36,9 milhões de pessoas infetadas pelo Vírus da
Imunodeficiência Humana (VIH).
Relativamente ao panorama nacional “até final de 2017 foram diagnosticados,
cumulativamente, em Portugal, 57.913 casos de infeção por VIH, dos quais 22.102
atingiram estádio de SIDA” - Relatório Infeção VIH e SIDA da Unidade de Referência e
Vigilância Epidemiológica do Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto
Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em colaboração com o Programa Nacional da
Infeção VIH e SIDA da Direção-Geral da Saúde.
Sem tratamento, cerca de nove em cada dez pessoas infetadas com VIH desenvolve
SIDA após de 10-15 anos, embora algumas pessoas desenvolvam muito mais cedo. O
tratamento com antirretrovirais aumenta a esperança de vida de portadores do VIH,
mesmo que a infeção tenha já evoluído para um diagnóstico de SIDA. Estima-se que a
esperança de vida com tratamento seja de cinco anos. Mas com a entrada de novos
antirretrovirais a expectativa passou para algo em torno de 20-50 anos
(provavelmente, esta expectativa pode ser ainda maior, posto que atualmente há
novos medicamentos e terapias mais toleráveis ao organismo dos portadores). Na
ausência de tratamento, a morte ocorre geralmente no prazo de um ano.

O diagnóstico de SIDA é feito por um médico através de normas laboratoriais e clínicas.

Na fase inicial da infeção podemos não ter sintomas da doença, com o sistema
imunitário a conseguir “controlar” o vírus, podendo variar de pessoa para pessoa. Com
o passar do tempo, o sistema imunitário fica enfraquecido e podem aparecer as
chamadas infeções oportunistas, que não causariam doença numa pessoa sem
diminuição da imunidade. Esta fase final é conhecida como Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (SIDA).

Há 2 testes diferentes, mas complementares, para o diagnóstico da infeção VIH: os


testes de rastreio e os testes de confirmação, estes só serão feitos se o teste de
rastreio for reativo.

Primeiro é feito o teste de rastreio. Atualmente os mais utilizados são os testes


rápidos, assim chamados porque dão uma resposta, reativo ou não reativo, em 15 a
30m. É apenas necessária uma gota de sangue e são muito seguros e fiéis nos
resultados.

Se o teste de rastreio for reativo há fortes probabilidades de o indivíduo estar infetado


pelo VIH e deve ser referenciado a um serviço hospitalar, onde será feito um teste de
confirmação. Este será muito provavelmente positivo confirmando-se a
seropositividade para o VIH.

Se o teste de rastreio for não reativo temos de considerar 3 hipóteses:

 O comportamento de risco foi há 1 mês, então é necessário fazer novo teste


após 3 meses, para certeza da ausência de Infeção VIH.
 Se o comportamento de risco foi há menos de 1 mês, tens de esperar até
completar 1 mês para fazer o primeiro teste, e, se for não reativo, tens de
repetir aos 3 meses.
 Se foi há 3 meses ou mais, e o resultado for não reativo não necessitas repetir o
teste – és seronegativo, ou seja, não tens VIH.

Porquê estes intervalos de tempo?

Após a entrada do vírus no corpo esta demora algum tempo a fabricar anticorpos
contra o VIH em quantidade suficiente para serem detetados pelas análises. Este
espaço de tempo é designado “período de janela” e vai de 1 a 3 meses.

Se uma grávida tiver um teste positivo para o VIH significa que o bebé irá nascer com
VIH?

Não. As grávidas infetadas com VIH devem ser referenciadas a uma consulta de alto
risco e fazer medicação com antirretrovirais, na gravidez e durante o parto para
prevenir a transmissão do VIH da mãe para o filho. Outras medidas são adotadas, tais
como: a realização da cesariana e a contraindicação da amamentação do recém-
nascido.

Atualmente, perto de 37 milhões de pessoas vivem com SIDA. Em 2015, mais de um


milhão de doentes morreram. No mesmo período, cerca de 2 milhões de novas
pessoas foram infetadas com o vírus.
Desde que a doença foi descoberta, no início dos anos 80, cerca de 78 milhões de
pessoas foram infetadas pelo VIH e mais de 35 milhões morreram com SIDA (o que é
mais de três vezes a população inteira de Portugal). A região do mundo mais afetado
pela doença é a África Subsariana.

Dia 1 de dezembro assinalou-se o Dia Mundial da Luta contra a SIDA.

 Sintomas
Inicialmente a pessoa infetada com VIH não tem sintomatologia. Após contrair esta
infeção podem existir sintomas semelhantes à gripe:

 Febre alta
 dores de cabeça
 cansaço
 gânglios inflamados no pescoço e virilhas
 dores musculares e/ou nas articulações

Posteriormente, os sintomas tornam-se mais graves, tais como:

 perda rápida de peso


 infeções graves
 pneumonia
 diarreia prolongada
 lesões na boca, ânus ou genitais
 perda de memória
 depressão
 outros distúrbios neurológicos

No entanto, em algumas pessoas a infeção pelo HIV não causa nenhum sinal ou
sintoma, podendo essa fase assintomática durar até 10 anos. O fato de não existirem
sinais ou sintomas não significa que o vírus tenha sido eliminado do corpo, mas sim de
que o vírus está se multiplicando silenciosamente, afetando o funcionamento do
sistema imune e posterior surgimento da AIDS.

 Como é transmitido?

Como é transmitido?

O VIH pode ser transmitido através de:

 Relações sexuais desprotegidas (não utilização de preservativo) com pessoas


infetadas por VIH. As práticas sexuais com uma pessoa com VIH acarretam risco
de transmissão, no entanto:
o o sexo anal desprotegido tem maior risco do que o sexo vaginal
desprotegido
o no sexo anal desprotegido entre homens, existe maior risco para a
pessoa recetiva
o o sexo oral desprotegido pode também constituir risco de transmissão
do VIH, mas o risco é menor do que na penetração anal ou vaginal
o múltiplos parceiros sexuais ou a existência de outras doenças
sexualmente transmissíveis podem aumentar o risco de infeção durante
o ato sexual
 Partilha de agulhas, seringas ou outro equipamento utilizado na preparação de
drogas ilícitas para injeção
 Transmissão de mãe para filho: o VIH pode ser transmitido durante a gravidez,
parto ou através do leite materno

 1-Sangue e seus derivados

 A principal transmissão ocorre através da partilha de agulhas, seringas e outros


materiais utilizados no consumo de drogas, que estejam infetados com sangue
contaminado. Outros objetos que contenham sangue não devem ser
partilhados! É o caso das lâminas de barbear, piercings, instrumentos de
tatuagem e de furar as orelhas e alguns utensílios de manicura e/ou pedicura.

 Atualmente, todo o sangue usado nas transfusões de sangue é testado antes de


ser utilizado, pelo que não se deve ter receio. Dar sangue também não tem
perigo porque todo o material utilizado é esterilizado e descartável. Este tipo
de material, descartável e esterilizado, é também utilizado em todos os atos
médicos e/ou cirúrgicos, como dar injeções, fazer biopsias, colher sangue, no
exame ginecológico etc.

 2 – Relações sexuais e secreções sexuais (líquido pré-ejaculatório, esperma e


secreções vaginais).
As secreções sexuais de uma pessoa infetada, mesmo que aparentemente
saudável e com “bom aspeto”, podem transmitir o VIH sempre que exista um
contacto sexual (vaginal, oral ou anal) sem proteção. Muitas vezes, basta uma
relação sexual não protegida para podermos ser infetados/as. Por isso,
protege-te sempre!

 3 – Gravidez

 O VIH pode ser transmitido da mãe para o filho durante a gravidez, o parto
e/ou o aleitamento. Por isso, é importante que faças o teste do VIH se
pretendes engravidar ou se estás grávida.

 Quando a mãe é seropositiva, ou seja, é portadora do VIH, as terapêuticas


antirretrovirais ministradas durante a gravidez, reduzem consideravelmente a
probabilidade do bebé nascer infetado. Estes tratamentos são também feitos
durante o parto para que não haja transmissão da infeção ao recém-nascido.
 Como o vírus está presente no leite materno está contraindicada a
amamentação pelas mulheres seropositivas para o VIH.

O VIH não se transmite através de:

 aperto de mão, abraços e beijos


 suor ou saliva
 partilha de pratos, talheres ou copos
 roupa
 tosse ou espirros
 conversa ou contactos sociais
 picada de insetos
 uso de casas de banho
 Pelos contactos sociais: aperto de mão, toque, abraço, beijo social;
 Alimentos ou água;
 Espirros ou tosse;
 Picadas de insetos;
 Piscinas ou casas-de-banho.

 Formas de tratamento
O tratamento da infeção pelo HIV deve ser iniciado assim que for estabelecido o
diagnóstico, que é feito por meio de exames que devem ser recomendados pelo clínico
geral, insectologista, urologista, no caso dos homens ou ginecologista, no caso das
mulheres. Esses exames podem ser solicitados juntamente com outros exames de
rotina ou como forma de verificar a infeção pelo vírus após comportamento de risco,
que é a relação sexual sem preservativo.
Apesar de não existir cura para a infeção pelo VIH (erradicação definitiva do VIH do
organismo) existem medicamentos antirretrovirais que conseguem baixar a
quantidade de vírus para valores mínimos e atrasar a evolução da doença,
proporcionando aos/às seropositivos/as uma vida mais longa e com qualidade.
Ainda não foi descoberta uma cura para a infeção com o VIH, mas existem já
medicamentos para prevenir que o vírus seja contraído e tratamentos (chamados
antirretrovirais) que permitem que a SIDA não avance durante algum tempo. No ano
passado, 17 milhões de pessoas tiveram acesso a estes tratamentos, de acordo com a
Organização Mundial de Saúde.
O tratamento da AIDS é feito com um coquetel de medicamentos fornecidos
gratuitamente pelo governo, que podem incluir os seguintes remédios: Etravirina,
Tipranavir, Tenofovir, Lamivudina, Efavirenz, além de outros que podem ser
combinados de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde.
Eles combatem o vírus e aumentam a quantidade e qualidade das células de defesa do
sistema imune. Mas, para que tenham o efeito esperado, é necessário
seguir corretamente as orientações do médico e usar preservativo em todas as
relações, para evitar a contaminação de outros e ajudar a controlar a epidemia da
doença. Saiba mais sobre o tratamento da AIDS.
O uso do preservativo é importante até mesmo nas relações sexuais com parceiros já
infectados com o vírus da AIDS. Este cuidado é importante, pois existem vários tipos de
vírus HIV e, por isso, os parceiros podem ser infectados com um novo tipo de vírus,
dificultando o controle da doença.

O tratamento da AIDS é feito com o uso de medicamentos antirretrovirais oferecidos


pelo SUS que são capazes de impedir a multiplicação do vírus HIV e, assim, evitar o
enfraquecimento do corpo humano.
Os antirretrovirais geralmente indicados são:
 Lamivudina;
 Tenofovir;
 Efavirenz;
 Ritonavir;
 Nevirapina;
 Enfuvirtida;
 Zidovudina;
 Darunavir;
 Raltegravir.

 O laço vermelho
O laço vermelho, que vês sempre associado quando se fala de SIDA, representa o
sangue e está também ligado à paixão. Foi criado em 1991, por um grupo de artistas
norte-americanos que queriam homenagear os colegas que tinham morrido por causa
da SIDA. Desde então o laço tornou-se no símbolo da luta contra a doença.
 Prevenção
As Nações Unidas estabeleceram o fim da SIDA enquanto epidemia mundial como uma
meta para atingir até 2030. Para isso, há que promover o conhecimento da doença e
as campanhas que levam os tratamentos anti-retrovirais às pessoas infetadas.

Há cuidados que todos nós devemos ter para prevenir a SIDA:

 evitar entrar em contacto com o sangue de outras pessoas (ter especial


cuidado com seringas, corta-unhas, escovas de dentes e outros objetos de
higiene pessoal)

 Utilizando o preservativo, masculino (externo) ou feminino (interno) em


todas as práticas sexuais, que impliquem a passagem de fluidos corporais
de uma pessoa para outra. Na prática de sexo oral feito à mulher
(cunnilingus) poderá ser utilizada a banda de latex (Dental Dam), que
deverá ser colocada sobre a zona vulvar, evitando assim a passagem de
fluídos corporais de uma para a outra. Outra opção é utilizar o preservativo
masculino (externo) ou feminino (interno) que depois de desenrolado é
cortado longitudinalmente, de forma a obter um retângulo de latex que se
coloca sobre a vulva
 O risco de contágio de uma mãe seropositiva para o seu bebé pode ser
diminuído significativamente realizando terapêutica adequada durante a
gravidez e o parto e evitando o aleitamento materno do bebé
 Usar não só preservativo, mas também lubrificante. Existe o risco de
o preservativo se rasgar, pelo que é aconselhado o uso de um
lubrificante à base de água ou silicone.
 Reduzir o número de parceiros sexuais. Permanecer fiel numa relação
com um parceiro saudável e sem comportamentos de risco aumenta a
probabilidade de prevenir o VIH e a sida.
 Fazer o teste de VIH. Esta medida permite a quem está infetado por VIH
iniciar o tratamento precocemente (antes de surgirem sintomas) e de
adotar medidas que previnam a transmissão do vírus.
 Beber com moderação também ajuda a prevenir o VIH e a sida. Beber
em excesso aumenta a probabilidade de tomar decisões erradas que o
coloquem em risco de contrair ou transmitir a infeção por VIH, como
sexo desprotegido.

Posso evitar que o vírus seja transmitido ao bebé durante a gravidez?

Sim. A transmissão da infeção de uma mãe seropositiva para o bebé pode ser evitada
se durante a gravidez for administrada uma terapêutica adequada e evitado o
aleitamento materno depois de o bebé nascer.

Que cuidados devo ter na utilização do preservativo?

Os preservativos, masculino e feminino, quando utilizados corretamente e de forma


consistente, são altamente eficazes na prevenção da transmissão sexual do VIH.
Recomenda-se que, em sexo anal, o preservativo seja usado com gel lubrificante à
base de água, uma vez que o ânus não tem lubrificação natural, o que provoca lesões
na mucosa, potenciando o risco de transmissão do VIH e de outras infeções
sexualmente transmissíveis.

Como posso ter acesso gratuito a preservativos?

Em Portugal, o Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA disponibiliza preservativos


femininos e masculinos e gel lubrificante para distribuição gratuita junto das
populações mais vulneráveis e em situação de risco de infeção, através de
organizações não-governamentais, escolas, universidades, contextos festivos, saunas
gay, locais de diversão noturna, de práticas de sexo comercial e de consumo de drogas.
Os preservativos estão também disponíveis, gratuitamente, nas consultas de saúde
sexual e reprodutiva, nos cuidados de saúde primários e nas consultas hospitalares de
seguimento das pessoas que vivem com a infeção.

O que é o Programa de Troca de Seringas?

O Programa de Troca de Seringas (PTS) tem como principal objetivo a prevenção da


transmissão da infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) entre os
utilizadores de drogas injetáveis, visando a distribuição do material esterilizado e a
recolha e destruição do material utilizado.

O kit é composto por uma seringa esterilizada, um toalhete desinfetante, um


preservativo, dois recipientes, uma ampola de água bidestilada, um filtro, duas
carteiras de ácido cítrico e um folheto informativo.

O Programa de Troca de Seringas é disponibilizado gratuitamente nos cuidados de


saúde primários, nas organizações não governamentais, farmácias, equipas de redução
de riscos e minimização de danos e através de uma unidade móvel.

O que é a profilaxia pré-exposição (PrEP)?

PrEP significa profilaxia pré-exposição a um microrganismo. Profilaxia significa


prevenção da infeção, neste caso do VIH. O termo pré-exposição indica que a
prevenção é feita antes da ocorrência de um comportamento de risco.

A PrEP existe atualmente sob a forma de comprimidos. É utilizada por pessoas que não
estão infetadas com o VIH e com o objetivo de reduzir o risco de infeção.

Para as pessoas com risco acrescido de adquirir a infeção, nomeadamente entre


parceiros em que um tem o vírus e outro não e em utilizadores de drogas injetáveis, a
PrEP é eficaz utilizando uma combinação de duas substâncias: o tenofovir DF e a
emtricitabina.

A PrEP apenas protege as pessoas em relação à infeção por VIH e não confere proteção
em relação a outras infeções de transmissão sexual, pelo que o uso correto do
preservativo feminino ou masculino continua a ser uma medida robusta de prevenção
e, como tal, não pode ser descurada.

A PrEP está atualmente disponível em Portugal nos hospitais que integram a rede de
referenciação hospitalar para a infeção por VIH, sendo a sua prescrição realizada por
médicos especialistas, após avaliação do risco de aquisição de infeção por VIH e de
outras infeções sexualmente transmissíveis, mediante o consentimento informado da
pessoa.

A PrEP envolve tomar medicamentos específicos contra o VIH e tal como acontece com
outros antirretrovirais, pode causar efeitos secundários, incluindo náuseas, cansaço,
sintomas gastrointestinais e dor de cabeça. Existem igualmente algumas preocupações
em relação à função renal e à densidade mineral óssea.

O que é a profilaxia pós-exposição (PPE)?

A PPE consiste na toma de medicamentos antirretrovirais durante 28 dias seguidos e


deve ser iniciada nas horas seguintes à exposição de risco (entre 24 horas a 48 horas).
Tem como objetivo evitar a infeção através da toma de medicação antirretroviral.

A quem se dirige?

A profilaxia pós-exposição da infeção por VIH aplica-se a pessoas que estejam em risco
de contrair VIH em contexto ocupacional (em contexto profissional, nomeadamente de
saúde como é o caso de médicos, enfermeiros, assistentes operacionais ou outros
técnicos de saúde) e não ocupacional (relações sexuais, ou por via parentérica).

A PPE é uma medida de emergência para prevenir a infeção por VIH, após uma possível
exposição ao vírus.

Para aceder à PPE, deve dirigir-se ao serviço de urgências de um hospital que integra a
rede de referenciação de tratamento da infeção por VIH. Um médico vai avaliar o
possível risco de infeção e a pertinência ou necessidade de prescrever a PPE.

Veja o vídeo sobre o Programa de Troca de Seringas: “Diz não a Uma Seringa em
Segunda Mão.”
36,9 milhões segundo OMS

+ de com menos de 15 anos


A infeção com o VIH tem origem na transferência de sangue, sémen, lubrificação vaginal, fluido
pré-ejaculatório ou leite materno. Na saliva a transmissão é mínima em termos estatísticos.
[3]
O VIH está presente nestes fluidos corporais, tanto na forma de partículas livres como
em células imunitárias infetadas. As principais vias de transmissão são as relações sexuais
desprotegidas, a partilha de seringas contaminadas, e a transmissão entre mãe e filho durante
a gravidez ou amamentação. Em países desenvolvidos, a monitorização do sangue
em transfusões praticamente eliminou o risco de transmissão por esta via.

A infeção por VIH em seres humanos é atualmente uma pandemia. Cerca de 0,6% da
população mundial está infetada com o VIH. Entre 1981 e 2006, a SIDA foi responsável pela
morte de mais de 25 milhões de pessoas. Um terço destas mortes ocorreu na África
subsariana, atrasando o crescimento económico e aumentando a pobreza. Até 2013, estimou-
se que 78 milhões de pessoas foram contaminadas, 39 milhões das quais morreram.

O VIH infecta células vitais no sistema imunitário, como os linfócitos T


auxiliares CD4+, macrófagos e células dendríticas. A infeção por VIH provoca a diminuição do
número linfócitos T CD4+ através de diversos mecanismos, entre os quais a apoptose de células
espectadoras, a morte viral direta de células infetadas, e morte de linfócitos T CD4 + através
de linfócitos T citotóxicos CD8 que reconhecem as células infetadas. Quando o número de
linfócitos T CD4+ desce abaixo do limiar aceitável, o corpo perde a imunidade mediada por
células e torna-se progressivamente mais suscetível a infeções oportunistas.

https://www.youtube.com/watch?v=PAtlP1rfPx8

https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-mundial-do-combate-sida-2021

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