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Colégio João de Barros

Síndrome da imunodeficiência adquirida

ANO LETIVO 2023/24


bÁRBARA pONTE, Nº3; íRIS mORAIS, Nº11; maTILDE piRES, Nº15
12ºA
Índice
Introdução ……………………………………………………………………………………………………………..………....……2

O vírus VIH e a SIDA ………………………………………………………………………………………………………….……2

Sintomas ……………………….……………….…….………………………………………………………………..………….……3

Modos de Transmissão ..………..………………………………………………………………………………………….……3

Quais as consequências ………………………………………………………………………………………….………….……4

Diagnóstico …………………………………………………………………………………………………………….……………….4

Tratamento ………………………………………………………………………..……………………………………………………5

Prevenção ……………………………………………………………………………………………………….………………………5

Incidência em Portugal ………………….……………………………………………………………………………………….6

Conclusão ………………………………………………..………………………………………………………………..……………6

Webgrafia ………………………..………………………………………………………………………………………………………7

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Introdução
O vírus VIH e a SIDA

O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) é um vírus que provoca a degradação


do sistema imunitário das pessoas infetadas uma vez que penetra os leucócitos, mais
especificamente os linfócitos T CD+, mudando o código genético das células,
multiplicando-se e acabando por destrui-las e, posteriormente, abandona as células
que infetou para alterar outras. Assim, o organismo acaba por perder, ao longo do
tempo, a sua capacidade de responder perante infeções e outras doenças. Quando
uma pessoa é infetada torna-se seropositiva podendo infetar outras sem que sinta
qualquer sintoma associado ao vírus.

Existem dois tipos de VIH: o tipo 1 (VIH-1) e o tipo 2 (VIH-2). O tipo 1 é muito comum
em todo o mundo e, por outro lado, o tipo 2 é mais frequente na África Ocidental.
Ambos se transmitem da mesma maneira, contudo, o VIH-2 produz menos partículas
virais e, por isso, o risco de transmissão é menor e a sua evolução é mais lenta,
assim, os sintomas podem demorar até 30 anos a surgir, ao contrário do VIH-1 que se
manifesta num período até 10 anos.

Deste modo, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é uma doença que


resulta da infeção do organismo pelo VIH. A infeção evolui para esta doença quando a
pessoa infetada já apresenta sintomas, o que significa que o vírus já se multiplicou e
que o organismo já perdeu a sua capacidade defensora. Assim, um indivíduo com
SIDA tem uma maior tendência para desenvolver outras doenças e, quando
desenvolve infeções comuns pode ter complicações graves devido à falta de um
sistema imunológico eficiente.

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Sintomas
Numa fase inicial, os sintomas da infeção pelo VIH são leves e podem ser confundidos
com uma gripe:

 Cansaço e febre;
 Dores de cabeça e dores musculares;
 Gânglios inflamados no pescoço e nas virilhas.
Após a instalação completa do vírus e a consequente falha do sistema imunitário, os
sintomas pioram:
 Perda rápida de peso;
 Infeções graves;
 Pneumonia;
 Lesões na boca, ânus ou genitais;
 Perda de memória;
 Manchas vermelhas na pele (Sarcoma de
Kaposi) (Fig.1);
Figura 1 - Sarcoma de Kaposi, um
 Depressão; cancro de pele associado às infeções
 Outros distúrbios neurológicos. pelo VIH.

Modos de transmissão
O VIH pode ser transmitido através de:
 Relações sexuais desprotegidas com pessoas
infetadas;
 Utilização de agulhas ou seringas
contaminadas, partilha de lâminas de barbear
(Fig.2);
 Transmissão de mãe para filho: pode ser
transmitido durante a gravidez, parto ou através
do leite materno quando a mãe não tem a sua
Figura 2 - As agulhas e seringas
infeção controlada. contaminadas com VIH são uma forma de
Contudo, este vírus não se transmite através de: transmissão.
 Abraços ou beijos;
 Saliva ou suor;
 Tosse ou espirros;
 Picadas de insetos;
 Uso de casas de banho.

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Consequências
 Sistema nervoso central: pode aumentar os níveis de ansiedade e até de
depressão, podendo alterar as nossas funções cognitivas (perda progressiva
de memória, dificuldade na execução de tarefas mais complexas);
 Sistema Cardiovascular: acelera o envelhecimento das artérias, provocando
enfartes cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais (AVC);
 Sistema Imunitário: o organismo vai estar mais suscetível a infeções, das
mais ligeiras às mais graves devido à destruição dos leucócitos pelo vírus;
 Problemas renais: pode afetar os rins, com uma diminuição da sua função, ao
que se dá o nome de insuficiência renal;
 Problemas hepáticos: pode afetar o fígado, levando a hepatite e outras
complicações hepáticas;
 Osteoporose: as pessoas com VIH têm um risco aumentado de sofrer perda
da densidade mineral óssea, o que pode resultar em osteoporose;
 Perda de peso e desnutrição: pode levar à perda de peso significativa e
desnutrição devido a dificuldades no tratamento e na alimentação;
 Problemas respiratórios: pode levar infeções pulmonares, como a
pneumonia;
 Custo do tratamento: o tratamento contínuo pode ser dispendioso e o acesso
a esses medicamentos pode ser um desafio em algumas regiões;
 Mortalidade: Em casos não tratados, pode levar à morte, no entanto, com o
tratamento adequado, as pessoas seropositivas podem viver vidas longas e
saudáveis.

Diagnóstico
O diagnóstico deste vírus baseia-se na análise da
saliva ou do sangue onde se podem encontrar
anticorpos contra o VIH (Fig.3), contudo, nas
primeiras semanas após a infeção, os testes ainda
serão negativos. Todavia, têm sido desenvolvidos
novos testes que permitem um diagnóstico mais
rápido logo nos primeiros dias após a infeção, o que é
de extrema importância pois a eficácia do tratamento
será tanto maior quanto mais cedo a infeção for
Figura 3 - Análises sanguíneas para a
detetada. identificação de anticorpos contra o VIH.
Para além de permitirem confirmar a presença do vírus, os testes laboratoriais são
importantes para clarificar a evolução da SIDA e para selecionar os melhores
medicamentos para a tratar.

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Tratamento
Apesar do avanço científico desde a década de 80, quando se registaram os primeiros
casos de infeção, ainda não existe cura para a SIDA. Uma vez que o vírus se
multiplica rapidamente e sofre inúmeras mutações, o tratamento fica comprometido
dado que o vírus se torna resistente aos medicamentos em curso.
Atualmente, existe um significativo número de medicamentos disponíveis para
controlar esta infeção e, na maioria dos casos, é possível manter uma boa qualidade
de vida durante muito tempo, mas, a pessoa infetada terá que fazer o tratamento
indicado durante toda a sua vida.
Contudo, como foi referido, a eficácia do tratamento depende da rapidez do
diagnóstico e de um controlo médico regular que permita avaliar a resposta do
organismo aos medicamentos selecionados.

Prevenção
Neste momento, ainda não existe nenhuma vacina contra o VIH, mas pequenas
medidas podem ser tomadas para se evitar esta infeção, tais como:

 Utilizar preservativo, masculino ou feminino


(Fig.4);
 Evitar o contacto direto com sangue, fluidos
como sémen ou fluidos vaginais, ou objetos
que possam facilitar a transmissão do vírus se
estiverem infetados;
 Recorrer ao tratamento de outras
doenças/infeções sexualmente transmissíveis
pois estas aumentam o risco de infeção pelo
VIH.

Aquando da suspeita de infeção pelo vírus, é importante realizar


Figuraum
4 - teste
Utilizarpara detetar para prevenir
preservativo
uma infeção pelo VIH.
a sua presença e, assim, permitir que a pessoa infetada
tome medidas para evitar a transmissão do vírus e para que tome a medicação
indicada.

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Incidência em Portugal
Entre 1983 e 2019, foram registados cerca de 61 433
casos de infeção por VIH, dentro dos quais 22 835 já eram
casos de SIDA e foram decretados cerca de 15 213 óbitos
devido a esta infeção.

Em 2019, foram registados 778 novos casos de infeções o


que equivale a uma taxa de 7,6 casos/100 mil habitantes.
Destes diagnósticos, 172 já eram casos de SIDA e
ocorreram 197 óbitos. Destes diagnósticos, cerca de 50%
são da Área Metropolitana de Lisboa.

Pode-se observar na figura 5 que as áreas com maior taxa


de diagnóstico de SIDA correspondem à região do Algarve, Figura 5 - Taxa de diagnóstico de SIDA em
Portugal (2015-2019).
Setúbal, Lisboa, Aveiro e Castelo Branco.

Mais recentemente, em 2022, foram notificados 804 novos


casos, havendo uma diminuição de cerca de 56% do número de casos de infeção por
VIH entre 2013 e 2022. Ao longo das 4 décadas desta epidemia, foram diagnosticadas
66 061 infeções (entre 1983 e 2022).

Conclusão
Em suma, o vírus VIH e a SIDA tornaram-se uma epidemia a nível mundial devido
tanto à falta de informação sobre o vírus aquando do seu aparecimento, como pela
falta de cuidados e proteção, por exemplo, nas relações sexuais. Assim, pode-se
concluir que este vírus se transmite mais facilmente e com uma maior incidência em
zonas onde os cuidados pessoais e também de saúde são menores, exemplo disso é
a grande incidência do vírus VIH-2 na região da África Ocidental.

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Webgrafia
(s.d.). Obtido em 22 de Novembro de 2023, de CUF: https://www.cuf.pt/saude-a-z/sida-
virus-da-imunodeficiencia-humana

(s.d.). Obtido em 22 de Novembro de 2023, de APF: https://apf.pt/informacao-


tematica/infecoes-sexualmente-transmissiveis/vih-e-sida/

(s.d.). Obtido em 22 de Novembro de 2023, de Tua Saúde:


https://www.tuasaude.com/hiv-1-e-hiv-2/

(s.d.). Obtido em 25 de Novembro de 2023, de VIHDA: https://www.vihda.pt/saber-


sobre-o-hiv/como-se-transmite/

(agosto de 2022). Obtido em 22 de Novembro de 2023, de Tua Saúde:


https://www.tuasaude.com/hiv-aids/

(11 de Maio de 2023). Obtido em 22 de Novembro de 2023, de SNS24:


https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-infecciosas/vih/

(27 de novembro de 2023). Obtido em 26 de Novembro de 2023, de SERVIÇO


NACIONAL DE SAÚDE: https://www.insa.min-saude.pt/relatorio-infecao-por-
vih-em-portugal-2023/

Cunha, S. d. (31 de Outubro de 2022). Obtido em 25 de Novembro de 2023, de


Hospital da Luz: https://www.hospitaldaluz.pt/pt/saude-e-bem-estar/vih-sida-
perguntas-frequentes#como-se-transmite-vih

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