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TRABALHO DE FILOSOFIA

SOBRE O CONTRAEXEMPLO DE GETTIER

SITUAÇÃO-PROBLEMA:
A dona Maria recebeu uma carta da polícia com uma multa de excesso de velocidade
de 250 euros, referente ao automóvel do seu filho João. Junto com a multa vinha uma
foto tirada pelo radar, onde se via nitidamente pela matrícula que o carro era do João,
e na foto era ele ao volante.
O João quando chegou a casa da sua mãe recebeu um ralhete por este ter conduzido
com excesso de velocidade. Ele ficou intrigado pela afirmação da mãe, porque este
nunca andar com excesso de velocidade, pedindo assim para ver a multa.

ANÁLISE:
Através deste exemplo conseguimos afirmar que a crença é “O João foi multado por
excesso de velocidade” sendo esta verdadeira “O automóvel era do João” e justificada
“O João recebeu a multa em casa, vendo se nitidamente a matrícula do seu carro e a
foto dele ao volante”.
Segundo a conceção tradicional do conhecimento, este exemplo reúne as três
condições necessárias, que por sua vez, também são suficientes de acordo com Platão
(crença, verdadeira e justificada) para deter o conhecimento.
Mas, no entanto, de acordo com Gettier, este questiona a verdade da justificação. De
acordo com o exemplo, veio-se a confirmar depois que não podia ser o João a conduzir
o carro, visto que na data da multa ele tinha viajado para Espanha e que tinha deixado
o seu carro com o seu primo Manel que tem características físicas semelhantes à de
João. Logo, o responsável pela multa é o seu primo Manel.
Deste modo podemos afirmar que não é fiável a sua justificação, por este apresentar
várias fragilidades. Podendo assim comprovar que a reunião das condições necessárias
decorre de uma coincidência e não de conhecimento.
Concluindo assim, Gettier afirma que ter uma crença, verdadeira e justificada são
condições necessárias para possuir conhecimento, mas não são condições suficientes.
Por este motivo, a noção tripartida do conhecimento apresenta falhas.

Matilde Pires, n. º18, 11.ºA

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