Você está na página 1de 9

Índice

Introdução......................................................................................................................2

O que é o HIV?..............................................................................................................3

O que é a Sida?..............................................................................................................3

Origem do SIDA............................................................................................................3

Como se transmite o HIV..............................................................................................4

Vias de transmissão.......................................................................................................4

Como não se transmite...................................................................................................4

Prevenção do HIV..........................................................................................................5

A epidemia global do HIV/SIDA..................................................................................5

HIV em Moçambique....................................................................................................6

Estimativas de HIV de SPECTRUM (2017).................................................................7

Conclusão.......................................................................................................................8

Referências bibliográficas..............................................................................................9

1
Introdução
O presente trabalho ira abordar aspectos ligados com a doença de HIV SIDA, doença
essa que vem dizimando vidas humanas no nosso dia-a-dia. Tal doença que não tem
cura até ao momento, muitos estudiosos tentaram procurar soluções para a tal doença
que vem causando luto nas famílias dos pais e do mundo em geral. Muitas activistas dia
e noite tentam expandir as informações sobre a doença de forma a reduzir o índice de
infecção, visto que não tem formas de como acabar com essa doença. A SIDA é uma
doença provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Este vírus é
transmitido por contacto com uma pessoa infectada, contacto este que pode ser por via
sexual, através de contacto com sangue infectado, e da mãe para o filho durante a
gravidez, parto ou amamentação.

2
O que é o HIV?

Mann & Tarantola (1996), o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é um vírus que
ataca e destrói o sistema imunitário do nosso organismo, isto é, destrói os mecanismos
de defesa que nos protegem das doenças. Uma pessoa infectada pelo HIV revela-se
progressivamente débil e frágil, podendo contrair ou desenvolver infecções muito
variadas e/ou mesmo certos tipos de cancro. Este vírus pode permanecer “adormecido”
no organismo durante muito tempo, sem manifestar sinais e sintomas. Durante este
período, a pessoa portadora do HIV é designada de seropositiva e pode infectar outras
pessoas se tiver comportamentos de risco. Ser seropositivo não significa que se tenha
sida, mas sim que foi infectada pelo vírus e que o seu sistema imunitário começou a
produzir anticorpos, os quais são detectáveis através da realização de uma análise de
sangue específica. Nos dias de hoje, existem medicamentos que ajudam a pessoa
seropositiva a retardar o aparecimento da Sida, conseguindo uma melhor qualidade de
vida.

O que é a Sida?

A Sida (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença causada pelo HIV


(Vírus da Imunodeficiência Humana) e está relacionada com a degradação progressiva
do sistema imunitário, podendo ter vários anos de evolução. Uma vez instalado, o vírus
invade e destrói um certo tipo de células do sangue, que são responsáveis pela defesa do
nosso organismo contra as infecções. Pode ser diagnosticada quando aparecem doenças
oportunistas (doenças que normalmente não atacam o sistema imunitário saudável)
quando determinadas análises clínicas têm valores alterados ou quando se fazem
análises específicas para a detecção do HIV.

Origem do SIDA

Farmer, Connors, & Simmons (1996), os primeiros sinais de uma doença fatal que mais
tarde ficou conhecida por SIDA foram observados nos Estados Unidos de América. Mas
foram vários anos antes que cientistas fossem capazes de descobrir um vírus específico,
que eles chamavam de HIV como factor comum em todas as pessoas com essa doença.

Inicialmente essa doença foi observada em homens homossexuais. Isso levou ao


equívoco de que SIDA era uma doença de homens gays e uma nova onda de

3
preconceitos, descriminação contra homens gays e lésbicas seguiram. Mas o HIV é
transmitido apenas por sexo gay. HIV pode ser transmitido de comportamento sexual
(homo ou heterossexuais) se as precauções tais como preservativo, não foram tomadas.
Na África subsariana a maioria das infecções por HIV são devido a relações
heterossexuais. No intento, os gays ainda são muito afectados por causa de
descriminações enraizadas contra gays e lésbicas e há falta de recursos para os gays para
reprimir a infecção pelo HIV.

Hoje os cientistas ainda não sabem porque o HIV, de repente apareceu na década de
1980. Algumas teorias apontam para Símia do Vírus da Imunodeficiência (SIV), que é
encontrado em macacos, a SIV partilha muitas características comuns com o HIV. O
HIV é um vírus de rápida mutação e pode muita bem.

Como se transmite o HIV

O vírus HIV encontra-se principalmente no sangue, no esperma, no líquido pré-


ejaculatório e nas secreções vaginais de pessoas infectadas. Assim, a transmissão do
vírus só pode ocorrer se estes fluidos corporais entrarem directamente em contacto com
o corpo de uma pessoa, pela via sexual e/ou sanguínea.

Vias de transmissão

Sanguínea: Sangue (produtos e seus derivados); Sexual: Contacto sexual (líquido pré-
ejaculatório, esperma e secreções vaginais); Vertical: Mãe-Filho/a (durante a gravidez,
parto e amamentação).

Como não se transmite

 O HIV não se transmite através de contactos sociais:


 Aperto de mão;
 Toque;
 Abraço;
 Beijo social
 Alimentos;

4
 Agua;
 Espirros;
 Tosse;
 Picadas de insectos;
 Utilização de piscinas ou de fatos-de-banho/sanitários.

Prevenção do HIV

A prevenção tem sido, desde o início da epidemia, uma questão crucial para os
programas de controlo da Aids. Naqueles primeiros tempos, era grande o
desconhecimento acerca da doença e sua distribuição e poucos os subsídios para guiar
acções preventivas. Desde então, esse quadro sofreu profundas alterações. Houve um
aumento substantivo do grau de conhecimento científico acerca do vírus, suas
interacções com o organismo, sua epidemiologia e sobre os principais determinantes
sociais dessa epidemia. Destaca-se, em particular, o elevado grau de conhecimento
alcançado acerca do controle dos efeitos danosos do HIV sobre o organismo humano.
Os enormes progressos do conhecimento e da técnica não esvaziaram os desafios da
prevenção, uma vez que tais avanços não chegaram a alterar substantivamente os
determinantes da vulnerabilidade ao HIV e à Aids de significativos contingentes
populacionais. Entre estes aspectos de vulnerabilidade, destacam-se a pobreza; a
exclusão de base racial; a rigidez de papéis e condutas nas relações de género; a
intolerância à diversidade, especialmente de opção sexual; o limitado diálogo com as
novas gerações e a consequente incompreensão dos seus valores e projetos; o descaso
com o bem-estar das gerações mais idosas e a impressionante desintegração da
sociedade civil no mundo globalizado (Castells, 1999), gerando uma violência estrutural
que amalgama todos os demais aspectos de vulnerabilidade num perverso sinergismo
(Farmeret al. 1996; Parker & Carmargo, 2000).

A epidemia global do HIV/SIDA

Mann & Tarantola (1996), desde a descoberta da do SIDA em 1981, mais de 600
milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV estima-se que cerca de 24 milhões de
pessoas morreram. Segundo a UNAIDS, em 2008 a SIDA tirou vida de cerca de 2

5
milhões de pessoas a nível mundial enquanto estima-se que cerca de 2.7 milhões de
pessoas foram infectadas pela doença. A nível mundial, o número de pessoas
actualmente vivendo com o vírus é de aproximadamente 33.4 milhões.

As infecções do HIV agora concentradas nos países em desenvolvimento. Dois terços


de todas as pessoas vivem com o HIV residem em África subsariana (cerca de 22.4
milhões de pessoas em 2008) as mulheres dessa região carregam o fardo
desproporcional de infecções, devido a principalmente o cerco estatuto na sociedade e
fraco poder de negociação sexual seguro. Estima-se que 1.9 milhões de pessoas morrem
de causas relacionadas com o SIDA na África em 2008. Ate fim de 2008, estima-se que
cerca de 12 milhões de crianças ficaram órfãs devido ao SIDA na África.

HIV em Moçambique

O primeiro caso de HIV/SIDA em Moçambique foi diagnosticado em 1986 na


Província de Cabo Delgado na cidade de Pemba. Ainda neste ano, nasce uma forma de
controlo epidemiológico ou recolha das taxas epidemiológicas do HIV/SIDA com base
nas consultas pré-natais desde 1986, o numero de casos tem vindo a crescer
rapidamente, ate finais de 1992 tinha sido registado um total cumulativo de 662 casos
de SIDA, passando de um total de 10.963 milhões de casos em 1988 para a cerca de
1.35 e 3.20 milhões em 2002, em 2007 respectivamente. As estimativas de
representação do HIV baseados nos resultados das rondas de vigilâncias
epidemiológicas (RVE) dos anos 2001 (14%), 2002 (15%), 2004 e 2007 (16%)
indicaram que a epidemia do SIDA estava a se agravar o país que ainda na última
(RVE) se tinham registados canais de estabilização nas zonas Centro e Norte, no entanto
na zona Sul continuamos a assistir índices de incidência extremamente altos.

“Em cada 7 Moçambicanos, 1 é portador de HIV/SIDA. Os dados da ronda de


vigilância epidemiológica baseiam-se na recolha de dados postos de centenas durante os
cuidados pré-natais de mulheres grávidas normalmente a prevalência é mais alta neste
grupo de pessoas e na população em geral.

Em 2009, pela primeira vez Moçambique foi feito por estudos populacionais com uma
amostra representativa de toda a população, os resultados mostraram uma prevalência
nacional de 11.5% nos adultos de 5.49, anos muito menos do que 17% da prevalência da

6
RVE de 2007 mesmo assim, Moçambique pertence aos 10 países do mundo com a
prevalência mais alta do HIV e enquanto as percentagens das PVHES reduziram os
números totais das pessoas vivendo com o HIV aumentou”.

Estimativas de HIV de SPECTRUM (2017)

Os resultados de IMASIDA são utilizados como pressupostos no modelo


epidemiológico usado em Moçambique para estimar indicadores‐chave da epidemia de
HIV, nomeadamente Spectrum.

Em Maio de 2017, o País gerou novas estimativas de HIV usando Spectrum versão
5.56. Estima‐se que, em 2016:

 1.849.690 Pessoas viviam com HIV em Moçambique, sendo 11% delas crianças
de 0‐14 anos de idade.
 83.021 Novas infecções por HIV tenham ocorrido no mesmo ano, o que
corresponde a 227 novas infecções por dia.
 62.051 Mortes relacionadas ao HIV, ou 170 mortes por dia.
 119.181 Mulheres grávidas estavam vivendo com o HIV em 2016 e que a taxa
de transmissão vertical no final do período de amamentação é de 11.1%

7
Conclusão

Em Moçambique Houve uma redução substancial nas metas traçadas para ITS em 2016
E 2017 em comparação com os anos anteriores. Esta redução deve‐se ao novo método
usado para calcular as meta para 2016 e 2017. Há necessidade no futuro de estudar as
prevalências das ITS ao nível populacional e também necessidade de investigar se o
actual tratamento medicamentoso é efectivo.

Entretanto, as grandes endemias, como HIV/SIDA, tuberculose e malária, com


particular destaque para o SIDA, poderão tornar-se, de certa maneira, em alguns dos
principais obstáculos ao crescimento económico do país nos próximos anos.

De acordo com as últimas informações do Fundo Monetário Internacional (FMI), mais


de 16% dos moçambicanos- e ainda numa fase crescente - com idades entre os 14 e 49
anos, geralmente os mais produtivos economicamente, estão infectados com HIV, o que
poderá atrasar o desenvolvimento económico do país. Estima-se que ocorram 500 novas
infecções por dia.

O SIDA atinge o mercado de trabalho e prejudica o crescimento económico, minando


um dos sectores fulcrais, os recursos humanos. “A endemia HIV/SIDA tem um impacto
negativo sobre a economia, uma vez que o capital humano, um dos factores mais
importantes para o desenvolvimento, nesse caso infectado, reduz as horas de trabalho,
perde a competitividade e a produtividade, devido a licenças que originam a sua
ausência do trabalho”, acrescentando que a perda da mão-de-obra causa prejuízos
inestimáveis para a empresa, no tocante à experiência, capacidade criativa e de
negociação, e entrega pessoal, visto que cada trabalhador dispõe de qualidades
peculiares.

8
Referências bibliográficas
Parker, R. G. (2000). Na contramão da AIDS: sexualidade, intervenção, política. Rio de
Janeiro. São Paulo, Brasil: ABIA

Mann, J.; Tarantola, D. (1996). AIDS in the World II. New York Editora: CASTELLS.

Farmer, P.; Connors, M.; Simmons, J. (1996). Women, poverty and AIDS: sex, drugs
and structural violence.

Você também pode gostar