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Índice

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................2

2. OBJECTIVOS.........................................................................................................................3

2.1. Geral.....................................................................................................................................3

2.2. Específicos...........................................................................................................................3

3. HIV/SIDA...............................................................................................................................4

3.1. Formas De Transmissão.......................................................................................................4

3.2. Prevenção e controle............................................................................................................4

3.3. História do HIV/SIDA.........................................................................................................4

3.3.1. Origem do HIV/SIDA em Moçambique...........................................................................5

3.4. Prevalência do HIV em Moçambique..................................................................................6

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................8

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................9

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1. INTRODUÇÃO
A epidemia HIV/SIDA tomou a amplitude de uma crise mundial. É um dos grandes
desafios lançados ao desenvolvimento e ao progresso social. Nos países mais atingidos, a
epidemia apaga décadas de crescimento, destroi a economia, ameaça a segurança e
desestabiliza as sociedades. Na África subsahariana, onde tem desde já um impacto
devastador, a epidemia cria um estado de urgência. Para além do sofrimento que impõe aos
indivíduos e às suas famílias, a epidemia afecta profundamente o tecido social e económico
das sociedades.

O HIV/SIDA tornou-se numa terrível ameaça para o mundo do trabalho: atinge o


segmento mais produtivo da mão-de-obra, reduz os seus lucros, aumenta consideravelmente
as despesas das empresas de todos os sectores de actividade porque reduz a produção,
aumenta os custos do trabalho, conduz a uma perda de competências e de experiência.
Representa, por outro lado, uma ameaça para os direitos fundamentais no trabalho,
nomeadamente com a discriminação e a estigmatização de que são vítimas os trabalhadores e
as pessoas que vivem com o HIV/SIDA ou que por ele são afectadas. A epidemia, com as
suas consequências, atinge mais profundamente os grupos vulneráveis, as mulheres e as
crianças, uma vez que acentua as desigualdades entre homens e mulheres e agrava o problema
do trabalho infantil.

Com o presente trabalho, pretende-se abordar em torno da origem do HIV/SIDA.

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2. OBJECTIVOS
2.1. Geral
 Conhecer os fundamentos históricos do HIV/SIDA;

2.2. Específicos
 Conceituar HIV/SIDA;
 Descrever as formas de transmissão do HIV/SIDA;
 Descrever a origem do HIV/SIDA no mundo, com especial enfoque em Moçambique.

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3. HIV/SIDA
HIV é o vírus da imunodeficiência humana, que enfraquece o sistema imunitário e
que conduz, por último, ao SIDA. O HIV ataca o sistema de defesa das pessoas,
enfraquecendo-o, facilitando desse modo a entrada de agentes causadores de doenças.

SIDA é a síndrome da imunodeficiência adquirida, que se traduz num conjunto de


quadros clínicos frequentemente denominados por “infecções e cancros oportunistas”, e para
o qual não existe até à data cura.

3.1. Formas De Transmissão


As principais formas de transmissão do HIV são:
 Sexual;
 Sanguínea (em receptores de sangue ou hemoderivados e em usuários de drogas
injetáveis, ou UDI); e
 Vertical (da mãe para o filho, durante a gestação, parto ou por aleitamento).

3.2. Prevenção e controle


As principais estratégias de prevenção empregadas pelos programas de controle
envolvem: a promoção do uso de preservativos, a promoção do uso de agulhas e seringas
esterilizadas ou descartáveis, o controle do sangue e derivados, a adoção de cuidados na
exposição ocupacional a material biológico e o manejo adequado das outras DST.

3.3. História do HIV/SIDA


No começo do século XX, os habitantes da selva africana tinham o costume de se
embrenharem pela densa mata em busca da carne dos macacos. Durante a caça, muitos
macacos apresentavam resistência e mordiam os seus futuros predadores. Logo que
conseguiam abater um exemplar, esses caçadores colocavam o animal morto e ensanguentado
em suas costas. Não raro, o sangue do primata abatido entrava em contato com as feridas
daquele caçador africano.

Naquele exato instante, o SIV – um vírus que ataca o sistema imunológico dos
macacos – entrava em contato com o organismo humano. Em pouco tempo, a ação desse
micro-organismo dava origem ao HIV, responsável pela Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida (AIDS). Nesse meio tempo, vários comerciantes de carne de macaco circulavam

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pelo território africano em cidades onde gastavam seu lucro com as prostitutas locais. Dessa
forma, a AIDS acometia as suas primeiras vítimas.

Inicialmente, o reconhecimento da doença e sua transmissão pelo ato sexual eram


completamente desconhecidos. Os relatos dos sintomas da AIDS eram comumente
confundidos com algum tipo de pneumonia ou anemia profunda. Ao atingirmos a década de
1960, as várias guerras de independência no continente africano fizeram com que alguns
infectados se refugiassem na Europa. A partir de então, o vírus da AIDS foi espalhado em
novas regiões do planeta.

Um dos primeiros casos registrados no continente americano apareceu no Haiti, no


ano de 1978. Na década de 1980, período em que a doença começou a ter maior notoriedade,
as explicações para a AIDS circulavam em torno das mais variadas hipóteses. Inicialmente,
alguns especialistas identificaram como uma espécie de câncer que acometia somente os
homossexuais. Além disso, recomendava-se que o contato com os doentes fosse
sistematicamente evitado.

Por conta da alta mortalidade, várias noções equivocadas começaram a se direcionar


contra os portadores do vírus HIV. Entretanto, nas últimas décadas, novas pesquisas
indicaram as formas de transmissão da doença e que qualquer pessoa – independente da sua
orientação sexual – poderia ser acometida pela síndrome. Paralelamente, o desenvolvimento
de potentes medicamentos ofereceu uma qualidade de vida maior para os infectados.

Ainda que tantas informações sejam disponibilizadas, vemos que a questão do


preconceito e de outros mitos está ligada à doença. Em muitos casos, jovens ignoram a
necessidade do uso de preservativos por saberem que os remédios podem oferecer uma vida
relativamente confortável. Ao todo, estima-se que vinte e cinco milhões de pessoas tenham
sido vitimadas pela doença e que outros 33 milhões sejam portadores do HIV.

3.3.1. Origem do HIV/SIDA em Moçambique


O primeiro caso de SIDA em Moçambique foi diagnosticado em 1986. Tratava-se de
um cidadão estrangeiro que já vinha infectado quando entrou no nosso País. Entretanto no
decurso de 1987 foram notificados os primeiros 5 casos clínicos em cidadãos nacionais. Nos
anos seguintes, a prevalência cresceu progressivamente.

A última ronda de vigilância epidemiológica do HIV, realizada em 2004, nos 36


postos sentinela de todo o país, revelou uma seroprevalência de infecção pelo HIV de 16,2%
no seio dos moçambicanos com idades compreendidas entre os 15 e 49 anos de idade,
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variando desde 8,6% em Cabo Delgado e 26,5% em Sofala. Isto significa que em cada seis
moçambicanos adultos um está infectado pelo HIV.
Estima-se que em 2004, existiam 1, 4 milhões de moçambicanos infectados por HIV,
dos quais 80.000 eram crianças, 570.000 homens e 800.000 mulheres. Este facto demonstra
claramente uma feminização do SIDA. A vulnerabilidade da mulher ao HIV e SIDA para
além de factores biológicos, também se deve a factores sócio económicos que afectam
negativamente a rapariga e a mulher jovem.

Em 2004, registaram-se no país 109.000 (cento e nove mil) novos casos de


HIV/SIDA dos quais 34.000 (trinta e quatro mil) em raparigas com menos de 20 anos. No
mesmo ano ocorreram 97.000 (noventa e sete mil) óbitos dos quais cerca de 20.000 (vinte
mil) em crianças com menos de 5 anos de idade. Esta elevada mortalidade que causa luto e
dor no nosso povo e originou até agora cerca de 270.000 orfãos com menos de 17 anos.

O SIDA não é somente um dos principais problemas de saúde pública, mas também
o factor que mais contribui para o agravamento da pobreza das famílias e dos indivíduos,
redução da sua capacidade para o trabalho, redução da esperança de vida constituindo assim,
uma ameaça para o desenvolvimento sócio-económico do nosso país.

3.4. Prevalência do HIV em Moçambique


As Novas estimativas da taxa de prevalência do HIV no país mostram um aumento
para 13,2 por cento entre a população adulta dos 15 aos 49 anos de idade, contra a cifra
anterior que rondava os 11,5 por cento na sequência do estudo feito em 2009.

A taxa consta do Inquérito de Indicadores de Imunização, Malária e HIV/SIDA em


Moçambique (IMASIDA), lançado publicamente hoje, em Maputo, com objectivo de
determinar a prevalência do HIV/SIDA na população em geral e fornecer informações sobre
outros indicadores de saúde da mulher e da criança no país.

O Inquérito Nacional de Prevalência, Riscos Comportamentais e Informação sobre o


HIV/SIDA em Moçambique (INSIDA), realizado em 2009, reportou uma prevalência de 11,5
por cento em adultos dos 15 aos 49 anos de idade. O aumento na prevalência nacional do HIV
entre 2009/15 não é estatisticamente significativo.

No sentido de determinar a taxa de seroprevalência, segundo a equipa de


investigadores que levou o trabalho a cabo, foram entrevistados um total de 5.283 homens e
7.749 mulheres em 7.169 agregados familiares, no período entre Junho e Dezembro de 2015.
No final, o IMASIDA concluiu que a prevalência é maior nas mulheres (15,4 por cento) do
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que nos homens (10,1 por cento). O estudo mostra que a seroprevalência é maior na área
urbana (16,8 por cento) em relação à zona urbana (11 por cento).

No que respeita as prevalências por província, Tete aparece com a seroprevalência


mais baixa na ordem de 5,2 por cento e Gaza no sul do país continua com a mais alta
prevalência 24,4 por centro. O estudo alerta igualmente que a prevalência é maior nas
mulheres do que nos homens em todas as províncias moçambicanas, com a excepção de
Nampula onde a realidade é diferente.

Segundo o IMASIDA, tanto nos homens como nas mulheres a prevalência do HIV
atinge o seu pico na faixa etária dos 35 aos 39 anos (17 por cento para os homens e 23,4 por
cento para as mulheres). Nos jovens de 14 aos 24 anos, 6,9 por cento estão infectados pelo
vírus da doença. Neste subgrupo etário, a prevalência também é maior nas mulheres (9,8 por
cento) do que nos homens (3,2 por cento). Os jovens nas áreas urbanas apresentam uma
prevalência mais elevada que os jovens nas áreas rurais (8,1 e 6,1 por cento respectivamente).
A outra constatação do estudo sobre a prevalência do HIV reside no facto de o vírus existir
num contexto de conhecimento e comportamento, igualmente medidos pelo IMASIDA.
Segundo a constatação do estudo, o conhecimento da prevenção da transmissão do HIV
reduziu no período entre 2009/15.

Actualmente, 56 por cento dos homens e 47 por cento de mulheres sabem que é
possível reduzir o risco de contágio pelo HIV usando o preservativo e limitando as relações
sexuais a um único parceiro não infectado.O investigador principal do estudo IMASIDA,
Francisco Mbofana, disse que os resultados chamam atenção para a necessidade de
readaptação das intervenções. Primeiro no sentido de saber o que fazer mas também onde
fazer.

Compreendemos claramente que há ainda desafios em relação ao conhecimento e,


portanto, comportamento de risco, daí que temos de trabalhar no sentido de passar mais
conhecimento às pessoas, disse Mbofana, anotando porém que a melhor forma de lutar contra
o HIV está na contenção de novas infecções e não contrair para depois procurar o tratamento.
Segundo a fonte, do ponto de vista geográfico, há dados que indicam a necessidade de centrar
as atenções em zonas onde até muito recentemente se pensava que a situação estava sob
controlo, como é o caso de Niassa e Cabo Delgado (norte do país) que aumentaram para 7,8 e
13,8 por cento respectivamente.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cientistas identificaram um tipo de chimpanzé na África ocidental como a fonte de
infecção por HIV em humanos. Acredita-se que a versão do vírus da imunodeficiência –
chamado vírus da imunodeficiência símia (SIV) – dos chimpanzés provavelmente foi
transmitida aos seres humanos e se transformou em HIV quando os seres humanos caçavam
esses chimpanzés e se alimentavam de sua carne, o que levou ao contato com o sangue
infectado.

Estudos mostram que essa transmissão de macacos para humanos pode ter
acontecido ainda no século XIX. Durante décadas, o vírus se espalhou lentamente pela África
e mais tarde por outras partes do mundo.

O presente trabalho, torna-se imprescindível pelo facto de abordar as bases históricas


de um problema que acomete a população mundial.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diamond, J. (1992), «The mysterious origin of AIDS, Natural History, Trends Ecol.

Forattini, O.P, (1992), «Ecologia, epidemiologia e sociedade. São Paulo, Editora da


Universidade de São Paulo/Livraria Editora Artes Médicas Ltda.

Lawn, S.D (2004). «AIDS in Africa: the impact of coinfections on the pathogenesis of HIV-1
infection». J. Infect. Dis.

Smith, J.A, Daniel R, (2006). «Following the path of the virus: the exploitation of host DNA
repair mechanisms by retroviruses». ACS Chem Biol.

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