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Bibliografia:
• https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-
infecciosas/vih/
Prevalência da infecção por VIH no mundo, em
2008
Prevalência da infecção por VIH na Europa, em
2011.
O número de infectados é diferente em diferentes
populações de diversas partes do mundo.
A SIDA começou a ser conhecida na década de 80 do século XX como uma doença perigosa incutindo o
medo dos infetados, bem como daqueles que eram suscetíveis de apanhá-la. Desde o início da pandemia,
em 1981, 78 milhões de pessoas contraíram a doença e 35 milhões morreram de causas relacionadas com
a SIDA.
Embora as suas verdadeiras origens sejam incertas, acredita-se que o VIH tenha surgido na República
Democrática do Congo, por volta de 1920, quando transitou de chimpanzés para humanos. Embora
existam casos documentados anteriores a 1970, o VIH/SIDA tornou-se o foco da saúde pública no início dos
anos 80.
Porque é que o HIV/SIDA se espalhou tão rapidamente num tão curto espaço de tempo? O caso da
população dos Estados Unidos da América (EUA) e da África do Sul.
A disseminação da doença nos EUA pode ser explida por diversos factores:
Depois dos motins de Stonewall de 1969, quando os homossexuais lutaram contra uma repressão
policial num bar em Greenwich Village, em Nova Iorque, o ativismo gay explodiu por todo o país.
O ativismo social tornou-se mais proeminente, em geral. Além disso, com a comercialização da
pílula contraceptiva, a legalização do aborto e os antibióticos que permitiram controlar muitas
doenças sexualmente transmissíveis, os riscos para a saúde de todas as formas de actividade
sexual pareciam mais pequenos do que nunca.
Mas esta atitude mudou rapidamente. Uma manifestação homofóbica durante o
No verão de 1981, o US Center for Disease Dia do Orgulho Gay em Nova York, 29 de
primeiros casos de uma pneumonia rara em seguram cartazes que dizem "Deus te
jovens homossexuais. Este relatório marcou o ama, mas não o teu pecado!" e
Em 1982, os casos de SIDA espalharam-se pelos EUA. Os primeiros casos foram relatados em África e na
Europa. Os profissionais de saúde e os meios de comunicação social referiam-se à doença como "deficiência
imunitária dos homossexuais“ colocando um estigma em torno da homossexualidade.
À medida que mais pessoas na comunidade gay foram diagnosticadas com a doença, maior se tornava o
preconceito. Ativistas homofóbicos argumentaram que a homossexualidade era a única razão para a
propagação da doença. Esta ideia foi ampliada pelos meios de comunicação.
O estigma levou a atitudes negativas em relação aos homossexuais e, consequentemente, muitas pessoas
não reconheceram a gravidade da doença por considerarem estar confinada ao grupo dos homossexais, o
único grupo de risco.
Em setembro de 1982, o CDC reconheceu oficialmente a doença como SIDA (síndrome da deficiência imunitária
adquirida) chamando-a de "uma doença moderadamente preditiva com efeito na imunidade mediada pelas células
T (…)".
Terceiro:
Quando a epidemia começou, o número de casos aumentou rapidamente nos EUA, mas muito poucas medidas
foram tomadas para pôr termo à epidemia, uma vez que o Presidente Reagan se recusou a reconhecer que o
VIH/SIDA era um verdadeiro problema de saúde pública. Na verdade, ele só usou a palavra "SIDA" em público em
1985 — 4 anos após o início da epidemia.
Como a Administração Reagan permaneceu em silêncio sobre o assunto, o povo americano também. O HIV/SIDA foi
“varrido para debaixo do tapete”, mas continuou a espalhar-se. O silêncio dos mais altos funcionários do governo
contribuiu para adiar o tratamento da doença e também contribuiu para o aumento da intolerância aos
comportamentos homossexuais. O resultado foi a disseminação da doença sem investimento na prevenção, no
diagnóstico e nos meios de tratamento.
Em 1985, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS) e a Organização
Mundial de Saúde (OMS) organizaram a primeira Conferência Internacional contra a SIDA
em Atlanta. Neste ano, os Países Baixos implementaram o primeiro programa de eliminação
de agulhas e seringas para combater a propagação do VIH/SIDA através da partilha de
agulhas e a American Foundation for Aids Research (AMFAR) foi fundada depois do ator
Rock Hudson ter morrido de SIDA e de ter deixado 250 mil dólares para a fundação.
No final de 1986 — apenas cinco anos após o primeiro caso relatado — 85 países tinham
reportado à OMS 38 401 casos de SIDA. Neste ano, pelo menos um caso foi relatado em
todas as regiões do mundo. A rápida propagação da doença levou a que o VIH/SIDA fosse a
primeira doença debatida na Assembleia Geral da ONU, onde se deliberou juntar esforços
para combater a SIDA ao nível global.
O primeiro tratamento para a SIDA surgiu em 1987 e permitia, somente, atrasar a acção do vírus sobre o
sistema imunitário do hospedeiro. Em 2022 não existia ainda uma cura para a doença, mas foram realizados
testes clínicos a uma substãncia que pode ser utilizada como vacina.
Aplicando o modelo niocultural para explicar a mortalidade e a rápida disseminação da doença nos EUA:
As causas próximas foram as infecções oportunistas e outras doenças que se instalaram nos doentes
infectados com VIH.
As causas últimas foram: i) ) uma falsa sensação de segurança relativamente às doenças sexualmente
transmissíveis dada pelo uso generalizado de antibióticos; ii) considerar que a doença estava restrita ao
grupo dos homossexuais, não representado um perigo para a saúde pública; iii) o desinteresse das
autoridades políticas e de saúde que não investiram na investigação, prevenção e tratamento; iv) o
preconceito e a discriminação dos homossexuais que levaram ao desprezo pelo sofrimento dos doentes.
Aplicando o modelo biocultural para explicar a mortalidade e a rápida disseminação
da SIDA na África do Sul:
A Migração laboral
O Conflito
O Perigo
O Estigma
A migração laboral para os grandes centros urbanos e
para as minas:
Prostituição;
Álcool;
Drogas.
Botswana Namíbia: