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AIDS: uma pandemia mundial e suas consequências no organismo humano¹

Ana Maria Pereira da Silva²

Edileusa Maria de Sousa

Edmea Maria Bernardo

Elialde Neres da Silva

Emília Barbosa Neta

Fernanda Teles de Oliveira Santos

Maria Iolanda Rosa

Mayara Moreira Fernandes de Brito

Resumo: A epidemia da infecção pelo HIV e da AIDS constitui fenômeno mundial,


dinâmico e constante, traduzindo se por pequenas estruturas de sub-epidemias
regionais. Resultante das profundas desigualdades da sociedade mundial, a
propagação da infecção pelo HIV e da AIDS revela epidemia de múltiplas dimensões
que vem sofrendo transformações epidemiológicas significativas ao longo das
ultimas décadas. O presente artigo tem como objetivo analisar a pandemia da AIDS
e suas conseqüências no organismo humano, abordando suas formas de contágios,
desenvolvimento do vírus e as formas de prevenção. Essa analise será realizada a
partir de pesquisas virtuais e livros que aborda o respectivo tema.

Palavras-chave: AIDS, HIV, infecção e pandemia

1. Artigo Científico solicitado na disciplina Ensino das Ciências Naturais II pelo professor
Msc. Rogenaldo Chagas, para fins avaliativos.
2. Graduandas do curso de Pedagogia – Formação de Professores - PARFOR –UNEB-
Campus XIII – Bonito-Ba/ setembro de 2014.
1-Introdução

A identificação, em 1981, da síndrome da imunodeficiência adquirida, doença


conhecida como AIDS, tornou-se um marco na história da humanidade. A epidemia
da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e da AIDS representa
fenômeno global, dinâmico e instável, cuja forma de ocorrência nas diferentes
regiões do mundo depende, entre outros determinantes, do comportamento humano
individual e coletivo. A AIDS destaca-se entre as enfermidades infecciosas
emergentes pela grande magnitude e extensão dos danos causados às populações
e, desde a sua origem, cada uma de suas características e repercussões tem sido
exaustivamente discutida pela comunidade científica e pela sociedade em geral.
A AIDS caracteriza-se por ser adquirida, e não hereditária, causando uma
deficiência imunológica grave que resulta em um conjunto de sinais e sintomas,
sendo, portanto chamada de síndrome. Entre estes sinais e sintomas estão as
infecções oportunistas, neoplasias e lesões neurológicas, acometendo indivíduos
sem história prévia de comprometimento imunológico.
No início, a AIDS foi considerada uma doença que atingia somente grupos
restritos, sendo denominada de “doença dos gays, dos hemofílicos e dos haitianos”.
Com a sua disseminação, o perfil epidemiológico modificou-se, acarretando sua
feminização, heterossexualização, envelhecimento e pauperização. A AIDS trouxe
para discussão uma sensação de impotência em relação à doença, a questão da
sexualidade, da morte e também do preconceito que prevalece em toda a
sociedade. Muitos estudos foram realizados, definindo os possíveis modos de
transmissão da AIDS que são: por via sexual: pelo sêmen, sangue e secreção
vaginal contaminados, sendo, portanto uma Doença Sexualmente Transmissível -
DST; por via sanguínea: por meio do uso de agulhas e seringas contaminadas com
o HIV, pela transfusão de sangue contaminado ou de seus derivados, e perinatal ou
transmissão vertical: da mãe portadora do vírus para o filho, durante a gravidez,
parto, ou possivelmente, no aleitamento.
É importante ressaltar que, apesar da síndrome ser de notificação
compulsória, existe o problema da subnotificação dos casos da AIDS. A imagem que
a sociedade tem da doença interfere nos padrões da notificação, tanto por parte de
quem faz o registro, como pelas famílias que não querem que a AIDS apareça como
causa de mortes nos atestados de óbito.
Atualmente, desenvolve-se o referencial da vulnerabilidade, a qual consiste
em um conjunto de aspectos individuais e coletivos, relacionados à maior exposição
de indivíduos e populações à infecção e ao adoecimento pelo HIV e, de modo
inseparável, à maior ou menor disponibilidade de recursos de todas as ordens para
se protegerem do vírus e da doença.
Assim, sobretudo a partir da década de 90, tiveram impulso pesquisas
voltadas a questões psicossociais relacionadas ao HIV e a AIDS, no âmbito das
quais emergiram estudos desenvolvidos à luz da Teoria das Representações
Sociais, a qual consiste em uma teoria geral sobre o meta- sistema de regulações
sociais que intervêm sobre o sistema de funcionamento cognitivo. Essa teoria tem
sido foco de interesse de muitos pesquisadores da área da saúde, trazendo
importantes elementos para que sejam feitas investigações relacionadas com o vírus
HIV.

2- Metodologia

Esse estudo possui como objetivo realizar uma pesquisa onde será baseada
em uma abordagem exploratória, fazendo uma descrição de caráter conceitual sobre
a pandemia da AIDS. Esses tipos de estudo citados proporcionam maior
familiaridade com o problema, tornando- o mais explícito, e descrevem as principais
características da doença.
Essa pesquisa foi realizada através de estudos em artigos e livros que faz alusão a
respeito da pandemia da AIDS conceituando toda estrutura de contagio e
desenvolvimento da enfermidade.

3- Origem do HIV

De acordo com diversos estudos realizados a respeito do surgimento da


AIDS, a infecção pelo HIV começou a ser observada na metade do século XX. Os
relatos iniciais contam que a doença surgiu na África Central e, provavelmente, pela
mutação dos vírus do macaco. Algumas experiências comprovam que o elo perdido
na passagem dos primatas para o homem parece estar relacionado com a questão
da manipulação de carnes de chimpanzés infectados na África. A doença, então
levada para pequenas comunidades da região central, disseminou- se pelo mundo
todo com a globalização.
Esse relato da transmissão é confirmado por diversos autores, dos quais um
admitiu que o vírus da AIDS tivesse passado do macaco (principalmente o macaco
verde) para o homem pelo contato íntimo desses animais com os nativos africanos,
quer por arranhaduras ou mordidas, quer pelo hábito dessas populações ingerir
como alimento a carne de macaco mal cozida, contendo em seus tecidos e fluidos
(sangue, secreções) o vírus causal da doença. Um grande estudioso na área e
alguns seguidores, em seu artigo sobre AIDS e sua origem, admitiu como correta a
hipótese de que o vírus precursor tenha passado de primatas para o homem, mas
permanece sem explicação plausível o mecanismo pelo qual isso teria ocorrido.
E hoje, 25 anos após os primeiros casos de AIDS virem a público, cientistas
confirmam que o vírus HIV que atinge os humanos realmente veio dos chimpanzés
selvagens, naturais de Camarões. Com relação à origem, concluímos que os
autores em sua maioria defendem a noção de que a AIDS se tenha originado do
macaco ou de outros primatas africanos.

4 - A AIDS e avanço científico

AIDS, como outras pestes, pegou o mundo de surpresa. Isso quando as


sociedades industrializadas no final do século XX se vangloriavam ser capazes de
controlar todas as doenças infecciosas por meio de imunização ou tratamento.
O surgimento dessa epidemia no início dos anos 1980, grave e mortal,
envolvendo diversos aspectos das relações humanas (sexo, morte, preconceito),
pode servir como exemplo para o enfrentamento de outras doenças. A expectativa
nada modesta da possibilidade de controlar as doenças infecciosas no final do
século XX veio por terra e, no caso específico da AIDS, pela dificuldade de efetivar
os meios preventivos comprovados (modificação de comportamento, utilização de
preservativos, bancos de sangue seguros, utilização de seringas descartáveis), de
desenvolver medicamentos realmente eficazes e de custo acessível e, ainda, de
desenvolver e disponibilizar vacinas eficazes.
Em relação à ciência, os conhecimentos adquiridos em relação à epidemia da
AIDS são realmente admiráveis desde os primeiros casos clínicos relatados em
1981, e, mesmo antes da descoberta do agente etiológico, já se afirmava ser esse
infeccioso e sexualmente transmissível. A descoberta do HIV ocorreu em pouco
mais de dois anos e sua relação causal com a AIDS já estava estabelecida em 1984.
Em 1985 já havia testes disponíveis para o diagnóstico sorológico. Pouco tempo
depois, esses testes começaram a ser utilizados para a triagem de sangue a ser
transfundido e, em 1987, foi demonstrado o efeito benéfico, apesar de transitório, da
zidovudina contra o HIV. Cerca de dez anos depois, ficou comprovada a eficácia da
associação de agentes antirretrovirais, iniciando uma nova era para o controle da
epidemia e trazendo alento para milhões de pessoas infectadas pelos HIV.
Entretanto, essa vitória científica, como em outras situações semelhantes, não se
reverteu em benefício mundial, mas ficou restrita especialmente aos países centrais,
industrializados, trazendo à berlinda a grande necessidade de discutir eticamente o
acesso do progresso científico para todas as pessoas que dele necessitem.
No que se refere às pesquisas, por muitos anos, aquelas com colaboração
internacional têm ocorrido quase sempre envolvendo agências financiadoras,
pesquisadores, instituições e, muitas vezes, o próprio projeto oriundo de um país
desenvolvido com a colaboração, geralmente pequena, de pesquisadores e
instituições de países em desenvolvimento. A colaboração na pesquisa sobre AIDS
tem obrigado o reexame dos aspectos legais e, especialmente, éticos das pesquisas
em geral. As dificuldades práticas para essa colaboração não são exclusivas da
pesquisa relacionada à AIDS, mas as características peculiares dessa epidemia
tornaram vários pontos mais visíveis e sensíveis. As questões relacionadas à AIDS e
os problemas que se espera sejam resolvidos serão úteis no enfrentamento de
outras doenças endêmicas ou epidêmicas.

5- Formas de prevenção e tratamento da AIDS

Ao longo dos anos a sociedade juntamente com as autoridades em saúde


elaborou diversas formas de prevenir a contaminação das pessoas pelo HIV, dentre
estas destacamos a: educação sanitária para modificar os comportamentos sexuais
ou de consumo de drogas e para incitar à adoção de medidas protetoras, por
exemplo, através do fornecimento de preservativos de baixo custo e equipamento de
injeção esterilizado e de informação sobre a sua utilização correta.
Não há cura para a AIDS e os cientistas não pensam ser provável que se
venha a desenvolver uma brevemente.
Embora não curem o HIV, alguns medicamentos antiviróticos ajudam os doentes
com HIV/AIDS a viver vidas mais longas e saudáveis. No entanto, o seu custo
elevado não pode ser suportado pela maioria dos doentes com AIDS nos países em
vias de desenvolvimento, onde os orçamentos para a saúde são limitados.
Infelizmente, a realidade na maioria desses países é que os doentes com AIDS
apenas receberão uns poucos tratamentos com antibióticos para tratar de infecções
relacionadas com o HIV quando estas surgirem e, possivelmente, analgésicos nos
últimos estádios da doença. O tratamento mais eficaz consiste na combinação de
terapias com três antiviróticos, mas estes custam caros inviáveis para a maioria dos
soros positivos.
As doenças infecciosas são a causa de morte imediata em mais de 90% dos
doentes com infecção pelo HIV avançada. À medida que o HIV progride e a
imunidade decai, os doentes tornam-se mais vulneráveis a infecções. Algumas
destas infecções são comuns à população em geral. Atualmente sabe-se cada vez
mais sobre os cuidados preventivos e o tratamento das infecções relacionadas com
o HIV. O tratamento dos doentes com infecções relacionadas com o HIV exige a
utilização adequada de medicamentos para prevenir infecções e o diagnóstico e
tratamento imediatos dessas infecções quando elas ocorrem. Para os países em
vias de desenvolvimento, estes tratamentos são atualmente o meio mais eficaz de
prolongar e melhorar a qualidade de vida de uma pessoa infectada.

6- Considerações finais

Nessa analise tivemos como objeto de estudo a AIDS uma pandemia mundial
e suas consequências no organismo humano. Assim nos debruçamos sobre a
pesquisa para compreender o que é a AIDS e o HIV, as formas de contágios e a
prevenção. No entanto percebemos que a AIDS está relacionada com algumas
mazelas sócias.
O grande desafio da disparidade ou da pobreza está mais que demonstrada a
relação entre a pobreza e a disseminação de epidemias, e, ainda, as mesmas
epidemias têm alto potencial de aumentar a pobreza. O efeito do empobrecimento é
mais que financeiro, pois a doença e a consequente mortalidade levam à erosão do
capital social e da unidade familiar. A pobreza aumenta a vulnerabilidade das
pessoas em relação à infecção pelo HIV, pois contribui para dificultar o acesso aos
cuidados médicos e à complexidade dos regimes terapêuticos, além de impedir a
manutenção da necessária prevenção. Na realidade, sem educação, recursos e
cuidados de saúde, não há perspectiva para o controle da AIDS e até de outras
doenças. E o acesso aos meios de prevenção só ocorrerá após consideráveis
modificações na ordem política e social, como por exemplo, mais educação, mais
justiça social, e melhor distribuição de renda.
7- Referências Bibliográficas

Brasil, Ministério da Saúde. Programa Nacional de DST e AIDS. Boletim


epidemiológico AIDS. Brasília-DF, Ano 2010. p. 3-5.
www.aidspandemia mundial.com. br - pesquisa realizada em 20/09/2014.
Agradecimentos

À Deus por ter nos dado sabedoria e paciência para a realização desse trabalho.
Ao professor Rogenaldo pela orientação antes da sua realização e à todas nós da
equipe que juntas conseguimos finalizar com êxito esse artigo. Obrigado!!

Terça-feira, 30/09/14.

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