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Doenças causadas por vírus

Profª Jessica Ribeiro


Viroses 
• As doenças causadas por vírus, também conhecidas como viroses,
acometem várias pessoas todos os anos, e são bastante conhecidas
pela população. Existem viroses que são relativamente simples, como
os resfriados, e outras que desencadeiam quadros mais graves,
existindo, até mesmo, doenças sem cura, como é o caso da Aids.
Viroses 
• Os vírus são organismos que se caracterizam por se reproduzirem
apenas no interior de células, sendo, por esse motivo, conhecidos
como parasitas intracelulares obrigatórios. Ao parasitar as células, os
vírus podem desencadear doenças, provocando diferentes sintomas.
Os sintomas dessas doenças podem ser resultados de diferentes
processos, como a liberação de enzimas dos lisossomos após a
destruição de uma célula, ou ainda em decorrência de componentes
tóxicos presentes no parasita
Aids
• A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) é causada pelo Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV), que foi reconhecido em meados de 1981.
O vírus causador da síndrome é transmitido por via sexual, por meio de
contato com sangue contaminado e também pode ser transmitido da mãe para
o filho na gestação, parto ou durante a amamentação.
• O HIV atinge o sistema imunológico do indivíduo, enfraquecendo-o e
deixando a pessoa mais vulnerável ao desenvolvimento de doenças
oportunistas. Na década de 1980, quando foi descoberta, a aids era
considerada uma doença aguda e que levava o indivíduo à morte rapidamente.
Hoje a terapia antirretroviral, que é distribuída gratuitamente no Brasil,
possibilita uma melhor qualidade de vida às pessoas infectadas pelo HIV,
garantindo uma vida praticamente normal.
Aids 
• De acordo com o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2019, de 1980 a
junho de 2019, foram identificados 966.058 casos de aids no
Brasil. Ainda de acordo com o boletim, o país tem registrado,
anualmente, uma média de 39 mil novos casos de aids nos últimos
cinco anos, mas o número anual de casos vem diminuindo desde
2013.
Transmissão do HIV
• O HIV pode ser transmitido das seguintes formas:
• Relação sexual, sem uso de preservativo, com pessoa infectada;
• Contato com sangue de pessoa infectada (Esse contato pode ocorrer, por exemplo,
ao se compartilhar objetos perfurocortantes com pessoas infectadas e por meio de
transfusão de sangue utilizando-se sangue contaminado. Vale salientar que as regras
para a doação de sangue adotadas nos dias atuais e os testes disponíveis para testar o
sangue recebido fazem com que os casos de infecção por transfusão sejam raros.);
• Da mãe para o filho, podendo ocorrer durante a gestação, no momento do parto ou
ainda durante a amamentação.
• Vale destacar que o HIV não é transmitido pelo beijo, suor, lágrima, toalhas, lençóis,
sabonetes, piscina, aperto de mão ou abraços. Sendo assim, contato próximo com
uma pessoa HIV positivo ou com aids não é responsável pela transmissão do vírus.
Tratamento do HIV/AIDS
• O tratamento do HIV/Aids não garante a cura da infecção e baseia-se no uso
de medicamentos que inibem a replicação do vírus. O uso desses medicamentos é
importante para controlar a infecção e também para retardar a progressão para a aids.
• Os primeiros medicamentos antirretrovirais surgiram ainda na década de 1980, mesma
década em que a aids ficou conhecida. O surgimento desses medicamentos foi
essencial para garantir uma maior qualidade de vida às pessoas HIV positivas,
controlando a doença e evitando o rápido enfraquecimento do sistema imunológico.
• De acordo com o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis, desde 2013, o SUS garante tratamento para todas as
pessoas vivendo com HIV (PVHIV), independentemente da carga viral. Ainda de
acordo com o departamento, atualmente, existem 21 medicamentos, em 37
apresentações farmacêuticas.
Catapora/varicela 
• Uma das doenças mais comuns em crianças menores de 10 anos de
idade é a varicela, conhecida popularmente como catapora. Essa
doença é bastante contagiosa e normalmente gera surtos no final do
inverno e no início da primavera. Essa relação com o clima está no
fato de que, no frio, as pessoas procuram ambientes fechados, o que
facilita a transmissão.
• A catapora é causada por um vírus, mais especificamente o varicela-
zoster. Essa doença pode desencadear manifestações sérias em
pessoas imunodeprimidas, crianças muito pequenas e em adultos.
Catapora/varicela
• Os sintomas da varicela são bastante característicos: o surgimento de
várias bolinhas vermelhas pelo corpo que, aos poucos, tornam-se
bolhas, rompem-se e dão origem a feridas. Em um mesmo indivíduo, é
possível observar várias lesões em diferentes estágios de
desenvolvimento. Além das erupções da pele, a catapora é
acompanhada de febre, desconforto e grande coceira.
• Apesar de bastante infrequentes, algumas complicações podem surgir,
tais como pneumonia e problemas neurológicos. Além disso, as lesões
podem sofrer contaminações bacterianas, ocasionando, assim,
complicações graves. Diante disso, é importante salientar a importância
de não coçar as feridas e sempre manter as mãos e unhas limpas.
Transmissão 
• A transmissão da varicela ocorre por meio de gotículas de saliva
presentes no ar ou, ainda, pelo contato de uma pessoa saudável com
o líquido encontrado no interior das vesículas. Vale frisar que a
transmissão também pode ocorrer pelo contato com objetos
contaminados e durante a gestação, pela placenta.
Tratamento 
• O tratamento da catapora é feito por meio de terapias que aliviam os sintomas. O principal
objetivo é diminuir as coceiras provocadas pelas lesões, evitando, por exemplo, que
contaminações secundárias surjam em decorrência do ato de coçar. Quando ocorre a
contaminação, pode ser necessário o uso de antibióticos.
• Normalmente a doença desaparece no período de sete a dez dias depois do início dos
sintomas e, após a recuperação, a pessoa torna-se imune à doença. Algumas vezes, no
entanto, o vírus permanece de forma latente no organismo, podendo ocorrer sua reativação.
Quando o vírus sai do estado de latência, ocorre o desenvolvimento de uma doença
chamada Herpes-zóster, que provoca o surgimento de vesículas dolorosas e sensíveis.
• A varicela pode ser prevenida por vacina, que é fabricada a partir de vírus atenuados. Esse
medicamento garante uma proteção de até 97% contra a doença para menores de 13 anos
de idade e está disponível para crianças saudáveis entre 12 meses e 12 anos e para adultos
que nunca tiveram a doença.
Dengue 
• A dengue é uma doença viral causada por um arbovírus transmitido
pela picada do mosquito Aedes aegypti. Entre seus principais
sintomas, destacam-se a febre, dores no corpo e manchas vermelhas.
A seguir, falaremos mais a respeito dessa importante doença que,
infelizmente, leva várias pessoas à morte todos os anos em nosso país
e é considerada uma das doenças infecciosas mais frequentes no
Brasil.
Dengue
• A dengue é causada por um arbovírus, que é um vírus transmitido por
meio de picada de insetos, sendo esse o caso do vírus causador da
dengue e também do vírus causador da zika e da chikungunya.
• O vírus da dengue apresenta quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4. Vale
destacar que, de acordo com o Ministério da Saúde, “cada pessoa
pode ter os 4 sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo
gera imunidade permanente para ele”.
Transmissão
• A dengue é uma doença transmitida, nas Américas, pela picada do
mosquito chamado Aedes aegypti. Vale salientar que o mosquito Aedes
albopictus é um vetor importante na Ásia, porém no Brasil, apesar de
presente, não está comprovadamente relacionado com a transmissão da
dengue.
• A fêmea do mosquito necessita de sangue para conseguir produzir seus ovos,
portanto, é ela a responsável por picar os seres humanos. Para transmitir o
vírus, o Aedes aegypti deve alimentar-se do sangue de uma pessoa doente.
Após se alimentar desse sangue, o vírus, depois de alguns dias, invade a
glândula salivar do mosquito e o torna infectante de maneira permanente.
Quando a fêmea do mosquito pica uma pessoa, o vírus é transmitido por
meio da saliva.
Transmissão
• O mosquito transmissor da dengue apresenta hábito diurno, sendo
encontrado com frequência em ambientes urbanos e dentro dos
domicílios. Ele necessita de água parada para sua reprodução, uma
vez que após a eclosão dos ovos, as larvas do mosquito desenvolvem-
se no meio aquático. Em média, o tempo entre a eclosão do ovo e o
mosquito tornar-se adulto é de 10 dias.
Tratamento 
• A dengue é uma doença que possui cura, sendo o nosso corpo
responsável por combater o problema. Geralmente, a cura ocorre de
maneira espontânea após 10 dias. Não existe um tratamento
específico para dengue, sendo medicamentos utilizados apenas para
tratar sintomas, como febre e dor no corpo. Algumas medidas, no
entanto, são recomendadas para pacientes que apresentam a doença.
Entre as principais recomendações estão hidratar-se bem e repousar.
Gripe 
• Ocorrendo em todas as partes do mundo, é causada pelo vírus Influenza: um RNA
vírus da Família Orthomyxoviridae, altamente contagioso e com grande
capacidade de mutação. Existem três tipos de vírus Influenza: A, B e C. Os dois
últimos acometem apenas a nossa espécie, sendo o do tipo C o mais brando e
menos frequente. Já o Influenza A, é capaz de infectar diversas espécies animais,
sendo também o responsável pelas epidemias e pandemias gripais. Este é
classificado em subtipos, de acordo com o arranjo das moléculas de sua superfície.

Nos séculos XX e XXI ocorreram três pandemias: a gripe espanhola, entre 1918 e
1919, causada pelo H1N1; a gripe asiática, 1957 – 1958, pelo H2N2; e a gripe A
(anteriormente denominada gripe suína), em 2009, sendo o H1N1 responsável por
ela.
Gripe 
• Crianças entre 6 e 23 meses de idade, idosos, portadores de doenças
crônicas e indivíduos imunodeprimidos geralmente estão mais
suscetíveis a este vírus, uma vez que tendem a ter o sistema
imunológico mais frágil e, por isso, os riscos de desenvolver
complicações, como pneumonias bacterianas, são maiores. Assim, é
indicado que estes indivíduos, e também profissionais de saúde,
vacinem-se anualmente contra a gripe.
Transmissão 
• Gripe e resfriado não são a mesma coisa! Ambas as doenças são
de origem viral, transmitidas por meio de gotículas de saliva
ou secreções nasais contendo estes micro-organismos, e
apresentam como sintomas: cansaço, indisposição, dores musculares,
corrimento nasal e dor de garganta. Entretanto, quando o sujeito se
encontra gripado, estes são mais intensos e incapacitantes, fazendo
com que, muitas vezes, nem tenha condições de sair da cama. Febre
alta, de surgimento repentino, também tende a fazer parte do quadro
gripal. Estes sintomas surgem em até uma semana após a exposição
ao vírus, e perduram por aproximadamente cinco dias.
Prevenção 
• Alimentação balanceada e saudável; ingestão de líquidos, preferencialmente não
muito gelados; dormir pelo menos oito horas por dia; e prática regular de exercícios -
medidas necessárias para manter-se saudável e com o sistema imunológico ativo,
evitando incidências de gripes e uma gama de outras doenças. Além destas medidas,
vale ressaltar:

• Sempre lavar as mãos com água e sabão;


• Evitar aglomerados humanos, principalmente se houver pessoas doentes nestes
locais;
• Em surtos de gripe, utilizar máscaras quando seu uso for indicado pelas autoridades;
• Vacinar-se anualmente, caso pertença ao grupo de risco (idosos,
imunocomprometidos, etc.).
Tratamento 
• Repouso, ingestão abundante de líquidos e uma dieta equilibrada são
essenciais. Em casos de febre, faça compressas frias. E lembre-se de
que apenas o médico é capaz de indicar um remédio apropriado para
esta situação.
Rubéola 
• A rubéola, patologia viral (Rubella vírus), é uma doença infecto-
contagiosa transmitida através do ar, quando um indivíduo
contaminado emite, a partir das vias respiratórias, secreções nasais ou
gotículas de saliva contendo o agente etiológico, também pode ocorrer
pelo contato direto com uma pessoa doente, por exemplo, beijo com
troca de fluidos salivares.
• Porém, essa doença pode ter natureza congênita, disseminando-se
através da placenta, em casos onde uma mãe doente transfere o vírus
ao feto durante o desenvolvimento embrionário, sendo considerada
uma das formas mais severas, pois resulta em má formação e distúrbios
orgânicos, pode até mesmo ocasionar um aborto.
Rubéola 
• Por isso, em comunidades isoladas (com pouca ou nenhuma
assistência médica), é comum, quando uma mulher é acometida pelo
vírus da rubéola, a enferma receber visitas freqüentes de outras
mulheres (principalmente adolescentes) que ainda não manifestaram
a doença. Por ser uma doença não recorrente (cujo contágio se
estabelece apenas uma vez), a prática de se adquirir a doença antes
de uma concepção (gravidez) proporciona imunidade contra o vírus,
evitando riscos gestacionais.
Rubéola 
• Os sintomas dessa doença podem ser confundidos com demais
moléstias, sendo característico: baixo estado febril, inchaço dos
nódulos linfáticos, dor nas articulações e presença de manchas
avermelhadas na pele. Para um diagnóstico preciso é necessário um
exame sorológico.

Após o contágio a doença pode permanecer incubada em média até


três semanas para então se manifestar, debelando-se com duas
semanas com adequado tratamento (combinação de antitérmicos e
analgésicos).
Prevenção 
• - Obedecer criteriosamente as datas de vacinação no cartão das
crianças: aos 12 meses tomar a dose única da SRC / tríplice viral
(vacina contra sarampo, rubéola e caxumba), e com 4 a 6 anos tomar
o reforço;
- Adultos com idade entre 20 a 39 anos, devem ser vacinados. As
mulheres devem ser vacinadas com antecedência de 6 meses antes
de engravidar;
Observação: a vacina contra rubéola não deve ser fornecida durante a
gravidez.
- Entre outras precauções, deve-se evitar o contato com pessoas
doentes.
Covid-19
• Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies
diferentes de animais, incluindo camelos, gado, gatos e morcegos. Raramente, os
coronavírus que infectam animais podem infectar pessoas. Recentemente, em
dezembro de 2019, houve a transmissão de um novo coronavírus, o qual foi
identificado na China e causou a COVID-19, sendo em seguida disseminada e
transmitida pessoa a pessoa.
• A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, que
apresenta um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a maioria (cerca de 80%) dos
pacientes com COVID-19 podem ser assintomáticos ou oligossintomáticos (poucos
sintomas), e aproximadamente 20% dos casos detectados requer atendimento
hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória, dos quais aproximadamente 5%
podem necessitar de suporte ventilatório.
Sintomas 
• Os sintomas da COVID-19 podem variar de um resfriado, a uma Síndrome Gripal-SG até uma pneumonia
severa. Sendo os sintomas mais comuns:
• Tosse
• Febre
• Coriza
• Dor de garganta
• Dificuldade para respirar
• Perda de olfato (anosmia)
• Alteração do paladar (ageusia)
• Distúrbios gastrintestinais (náuseas/vômitos/diarreia)
• Cansaço (astenia)
• Diminuição do apetite (hiporexia)
• Dispnéia ( falta de ar)
Transmissão 
A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por
contato próximo por meio de:
• Toque do aperto de mão contaminadas;
• Gotículas de saliva;
• Espirro;
• Tosse;
• Catarro;
• Objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas,
talheres, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc.
Tratamento/prevenção
• As recomendações de prevenção à COVID-19 são as seguintes:
• Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então higienize com álcool em gel 70%. Essa
frequência deve ser ampliada quando estiver em algum ambiente público (ambientes de trabalho, prédios e instalações
comerciais, etc), quando utilizar estrutura de transporte público ou tocar superfícies e objetos de uso compartilhado.
• Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com a parte interna do cotovelo.
Não tocar olhos, nariz, boca ou a máscara de proteção fácil com as mãos não higienizadas.
Se tocar olhos, nariz, boca ou a máscara, higienize sempre as mãos como já indicado.
• Mantenha distância mínima de 1 (um) metro entre pessoas em lugares públicos e de convívio social. Evite abraços, beijos
e apertos de mãos. Adote um comportamento amigável sem contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto.
• Higienize com frequência o celular, brinquedos das crianças e outro objetos que são utilizados com frequência.
• Não compartilhe objetos de uso pessoal como talheres, toalhas, pratos e copos.
• Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.
• Se estiver doente, evite contato próximo com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos, busque
orientação pelos canais on-line disponibilizados pelo SUS ou atendimento nos serviços de saúde e siga as recomendações
do profissional de saúde.
• Durma bem e tenha uma alimentação saudável.
• Recomenda-se a utilização de máscaras em todos os ambientes.  As máscaras de tecido (caseiras/artesanais), não são
Equipamentos de Proteção Individual (EPI), mas podem funcionar como uma barreira física, em especial contra a saída de
gotículas potencialmente contaminadas.
• Vacina 

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