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Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

(SIDA)
• A fita vermelha é um
símbolo da
solidariedade pelas
pessoas infectadas com
o HIV e por aquelas que
têm de viver com SIDA.
• SIDA, normalmente em
Portugal, ou AIDS, mais
comum no Brasil.
Patologia da Nutrição II
SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA
ADQUIRIDA (AIDS ou SIDA)

• Doença causada pela infecção com o


vírus da imunodeficiência humana (HIV)
caracterizada por supressão profunda da
imunidade mediada por linfócitos T CD4
positivos (linfócito T CD4+), com
infecções oportunistas, neoplasias
secundárias e manifestações
neurológicas.
Mecanismo de Ação do Vírus
• Principal alvo do vírus é o linfócito T auxiliar
(helper)
- HIV fixa-se a um marcador especial da célula T
auxiliar denominado antígeno CD4
- O vírus mata a célula T auxiliar a medida que ela se
prolifera.
- Indivíduo possui redução acentuada da célula T
auxiliar e CD4.
- CD4 inferior a 200 células/mm3 indica presença de
AIDS (Centers for Disease control and Prevention)
-Quando contagem de CD4 for inferior a 50
células/mm3, pacientes desenvolvem a maioria das
infecções graves associadas a AIDS.
Não confundir:

HIV = agente viral


HIV+ = paciente portador de HIV
AIDS = doença causada em pacientes
HIV+, quando ocorre o aparecimento dos
sintomas
*As vezes pode ser HIV+ porem não houve sintomas ainda
DEFINIÇÃO
• É uma doença do sistema imunológico
humano causada pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV).
• Esta condição reduz progressivamente a
eficácia do sistema imunológico e deixa as
pessoas suscetíveis a infecções oportunistas e
tumores.
ORIGEM
• A pesquisa genética indica que o HIV teve
origem na África centro-ocidental durante o
século XIX e início do século XX.
• A aids foi reconhecida pela primeira vez pelo
Centro de Controle e Prevenção de Doenças
dos Estados Unidos, em 1981, e sua causa, o
HIV, foi identificado no início dos anos 1980.
Epidemiologia
• A aids hoje é considerada uma pandemia.
• Em 2007, estimava-se que 33,2 milhões de
pessoas viviam com a doença em todo o
mundo e que a aids tenha matado cerca de
2,1 milhões de pessoas, incluindo 330.000
crianças.
• Mais de três quartos dessas mortes
ocorreram na África.
Epidemiologia
• No Brasil, estima-se que existam 630 mil pessoas vivendo com o
HIV. De 1980 (o início da epidemia) até junho de 2009, foram
registrados 217.091 óbitos em decorrência da doença.
• Cerca de 33 mil a 35 mil novos casos da doença são registrados
todos os anos no país.
• A região Sudeste tem o maior percentual (59%) do total de
notificações por ser a mais populosa do país, com 323.069
registros da doença.
• O Sul concentra 19% dos casos; o Nordeste, 12%; o Centro-
Oeste, 6%; e a região Norte, 3,9%.
• Dos 5.564 municípios brasileiros, 87,5% (4.867) registraram pelo
menos um caso da doença.
Transmissão
• O HIV é transmitido através do contato direto
de uma membrana mucosa ou na corrente
sanguínea com um fluido corporal que contêm
o HIV, tais como sangue, sêmen, secreção
vaginal, fluido preseminal e leite materno.
• Esta transmissão pode acontecer durante o
sexo anal, vaginal ou oral, transfusão de
sangue, agulhas hipodérmicas contaminadas, o
intercâmbio entre a mãe e o bebê durante a
gravidez, parto, amamentação ou outra
exposição a um dos fluidos corporais acima.
Transmissão
TRATAMENTO
• Os tratamentos para AIDS e HIV podem retardar o curso
da doença, não há atualmente nenhuma cura ou vacina.
• O tratamento antirretroviral reduz a mortalidade e a
morbidade da infecção pelo HIV, mas estes medicamentos
são caros e o acesso a medicamentos antirretrovirais de
rotina não está disponível em todos os países.
• Devido à dificuldade em tratar a infecção pelo HIV, a
prevenção da infecção é um objetivo-chave para controlar
a pandemia da AIDS, com organizações de promoção da
saúde do sexo seguro e programas de troca de seringas na
tentativa de retardar a propagação do vírus.
Progressão e sintomas
• A fase inicial do HIV, presente em 50 a 70% dos casos, é
semelhante a uma gripe ou mononucleose infecciosa e
ocorre 2 a 4 semanas após a infecção.
• Pode haver febre, mal-estar, linfadenopatia (gânglios
linfáticos inchados), eritemas (vermelhidão cutânea),
e/ou meningite viral.
• Estes sintomas são geralmente ignorados, ou tratados
enquanto gripe, e acabam por desaparecer, mesmo sem
tratamento, após algumas semanas.
• Nesta fase há altas concentrações de vírus, e o portador
é altamente infeccioso
Progressão e sintomas
• A segunda fase é caracterizada por baixas quantidades dos
vírus, que se encontram apenas nos reservatórios dos gânglios
linfáticos, infectando gradualmente mais e mais linfócitos T; e
nos macrófagos.
• Nesta fase, que dura em média 10 anos, o portador é
soropositivo, mas não desenvolveu ainda SIDA/AIDS. Ou seja,
ainda não há sintomas, mas o portador pode transmitir o vírus.
• Os níveis de linfócitos T diminuem lentamente e ao mesmo
tempo diminui a resposta imunitária contra o vírus HIV,
aumentando lentamente o seu número, devido à perda da
coordenação dos T CD4+ sobre os eficazes T CD8+ e linfócitos B
(linfócitos produtores de anticorpo).
Progressão e sintomas
• A terceira fase, a da SIDA, inicia-se quando o número de
linfócitosT CD4+ desce abaixo do nível crítico (200/mcl), o que não
é suficiente para haver resposta imunitária eficaz contra invasores.
• Começam a surgir cansaço, tosse, perda de peso, diarreia,
inflamação dos gânglios linfáticos e suores noturnos, devidos às
doenças oportunistas, como a pneumonia por Pneumocystis
jiroveci, os linfomas, infecção dos olhos por citomegalovírus,
demência e o sarcoma de Kaposi.
• Sem tratamento, ao fim de alguns meses ou anos a morte é
inevitável. O uso adequado da Terapia Antirretroviral garante que
o paciente sobreviva por um período mais longo, apesar de
conviver com efeitos colaterais dos medicamentos.
Diagnóstico
• O diagnóstico de AIDS em uma pessoa infectada com o HIV é
baseado na presença de certos sinais ou sintomas.
• Desde 5 de junho de 1981, muitas definições têm sido
desenvolvidas para a vigilância epidemiológica.
• No entanto, o estadiamento clínico dos pacientes não era um
destino para esses sistemas, pois eles não são sensíveis nem
específicos.
• Nos países em desenvolvimento é usado o sistema de estadiamento
da Organização Mundial da Saúde para infecção pelo HIV e para a
doença, através de dados clínicos e de laboratório.
• Em países desenvolvidos, o sistema de classificação do Centers for
Disease Control and Prevention (CDC) é usado.
Classificação da OMS
• Em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) agrupou essas
infecções e condições em conjunto através da introdução de um
sistema de estadiamento para pacientes infectados com HIV-1.Uma
atualização ocorreu em setembro de 2005. A maioria dessas
condições são infecções oportunistas que são facilmente tratáveis em
pessoas saudáveis.
• Estágio I: infecção pelo HIV é assintomática e não classificada como
AIDS;
• Estágio II: inclui pequenas manifestações mucocutâneas e
recorrentes infecções do trato respiratório superior;
• Estágio III: inclui diarreia crônica inexplicada por mais de um mês, as
infecções bacterianas e a tuberculose pulmonar;
• Estágio IV: inclui a toxoplasmose cerebral, candidíase do esôfago,
traqueia, brônquios e pulmões e o sarcoma de Kaposi; essas doenças
são indicadores da AIDS.
Sarcoma de Kaposi (câncer vascular)

• Na AIDS – difuso, agressivo,


comprometendo pele, mucosas, tubo
digestivo, vísceras.
Prevenção
• As três principais vias de transmissão do HIV são: contato
sexual, exposição a fluidos ou tecidos corporais
infectados e da mãe para o feto ou criança durante o
período perinatal.
• É possível encontrar o HIV na saliva, lágrimas e urina dos
indivíduos infectados, mas não há casos registados de
infecção por essas secreções e o risco de infecção é
insignificante.
• O tratamento antirretroviral em pacientes infectados
também reduz significativamente sua capacidade de
transmitir o HIV para outras pessoas, reduzindo a
quantidade de vírus em seus fluidos corporais para níveis
indetectávei.
• As recomendações atuais indicam que,
quando a substituição da alimentação é
aceitável, acessível, sustentável e segura, as
mães infectadas pelo HIV devem evitar
amamentar seus bebês.
• No entanto, se este não for o caso, a
amamentação exclusiva é recomendada
durante os primeiros meses de vida e
descontinuada o mais breve possível.
Cura e vacina
• Sua cura ainda não foi descoberta, nem foi desenvolvida uma
vacina.
• O que existe atualmente são vários remédios (alguns
chamados de coquetéis) que aumentam a sobrevida dos
portadores do vírus.
• Muitas pessoas que não apresentam sintomas podem viver
muito tempo sem saber que são portadoras.
• Outras que manifestam sintomas, quando tratadas
adequadamente, podem levar uma vida praticamente normal.
• Existem pessoas que são portadoras do vírus HIV há mais de
dez anos levando uma vida completamente normal

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