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HIV/AIDS

Prof. Msc. Alexandre Aguiar


CARACTERÍSTICAS GERAIS
• A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e sua
manifestação clinica em fase avançada, a Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (AIDS);
• As pessoas infectadas pelo HIV, sem tratamento, evoluem para uma
grave disfunção do sistema imunológico, a medida que são destruídos
os linfócitos T CD4+, uma das principais células -alvo do vírus;
• A historia natural dessa infecção vem sendo alterada,
consideravelmente, pela terapia antirretroviral (TARV), iniciada no
Brasil em 1996.
Como surgiu o HIV?
• Ela surgiu a partir de um vírus
chamado SIV, encontrado no
sistema imunológico dos
chimpanzés e do macaco-
verde africano. Apesar de não
deixar esses animais doentes,
o SIV é um vírus altamente
mutante, que teria dado
origem ao HIV, o vírus da aids.
AGENTES ETIOLÓGICOS
• HIV-1 e HIV-2 são retrovírus da família Lentiviridae. necessitando,
para se multiplicar, de uma enzima denominada transcriptase reversa,
responsável pela transcrição do acido ribonucleico (RNA) viral para
uma cópia do acido desoxirribonucleico (DNA), que pode então se
integrar ao genoma do hospedeiro;
• Reservatório: O homem
MODO DE TRANSMISSÃO
• A partir do momento em que a pessoa é infectada, ela tem a
capacidade de transmitir o HIV;
• O HIV pode ser transmitido por via sexual (esperma e secreção
vaginal), pelo sangue (gestação/parto para criança, via parenteral e
transfusão) e pelo leite materno.
• Na infecção muito recente (“infecção aguda”) ou na avançada a maior
concentração do HIV no sangue (carga viral alta) e nas secreções
sexuais, aumentando a transmissibilidade do vírus.
• Outros processos infecciosos e inflamatórios favorecem a transmissão
do HIV, especialmente a presença das infecções sexualmente
transmissíveis (IST).
• A transmissão vertical para criança pode ocorrer durante a
gestação, o parto e a amamentação.
• A transmissão pode ocorrer mediante: relações sexuais
desprotegidas;
• Utilização de sangue ou seus derivados não testados
adequadamente;
• Recepção de órgãos ou sêmen de doadores não testados;
• Reutilização e compartilhamento de seringas e agulhas;
• Acidente ocupacional durante a manipulação de
instrumentos perfurocortantes contaminados com sangue e
secreções.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Quando ocorre a infecção pelo vírus o sistema imunológico começa a
ser atacado;
• E é na primeira fase, chamada de INFECÇÃO AGUDA, que ocorre a
incubação do HIV (tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos
primeiros sinais da doença);
• Esse período varia de três a seis semanas. E o organismo leva de 30 a
60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os
primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como
febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Os sinais e sintomas aparecem durante o PICO DA
VIREMIA e da atividade imunológica. As manifestações
clinicas podem variar, desde quadro gripal ate uma
síndrome que se assemelha a mononucleose;
• As pessoas podem apresentar sinais/sintomas de
infecção viral, como febre, adenopatia, faringite,
mialgia,
• Artralgia, exantema maculopapular eritematoso;
ulcerações mucocutâneas, envolvendo mucosa oral,
esôfago e genitália;
• Hiporexia, adinamia, cefaleia, fotofobia,
hepatoesplenomegalia, perda de peso, náuseas e
vômitos.
FASE ASSINTOMÁTICA
• A infecção precoce pelo HIV, também conhecida como fase assintomática, pode
durar de alguns meses a alguns anos, e os sintomas clínicos são mínimos ou
inexistentes;
• Os exames sorológicos para o HIV são reagentes e a contagem de linfócitos T
CD4+ pode estar estável ou em declínio;
• Saber da sua infecção ou não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde;
• Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos
eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável
a infecções comuns. A FASE SINTOMÁTICA inicial é caracterizada pela alta
redução dos linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do sistema imunológico) que
chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue.
FASE ASSINTOMÁTICA
• Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os
sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores
noturnos e emagrecimento;
• A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas,
que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do
organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a
aids. Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou não
seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde.
O APARECIMENTO DE INFECÇÕES
OPORTUNISTAS (IO)
• Entre as infecções oportunistas, destacam-se: pneumocistose,
neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou disseminada,
meningite criptococica e retinite por citomegalovirus.
• As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi (SK), linfoma não
Hodgkin e câncer de colo uterino, em mulheres jovens. Nessas situações, a
contagem de LT-CD4+ situa-se abaixo de 200 cels/mm3, na maioria das
vezes.
• Alem das infecções e das manifestações não infecciosas, o HIV pode causar
doenças por dano direto a certos órgãos ou por processos inflamatórios,
tais como miocardiopatia, nefropatia e neuropatias, que podem estar
presentes durante toda a evolução da infecção pelo HIV.
DIAGNÓSTICO DO HIV
• No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que
detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos
• Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de
Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem
e Aconselhamento (CTA);
• Infecção pelo HIV pode ser detectada em, pelo menos, 30 dias a
contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o
teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no material coletado.
Esse período é chamado de JANELA IMUNOLÓGICA.
TRATAMENTO PARA O HIV
• Eles agem inibindo a multiplicação do HIV no organismo e,
consequentemente, evitam o enfraquecimento do sistema imunológico
para não se chegar na fase da aids;
• A boa adesão à terapia antirretroviral (TARV) traz grandes benefícios
individuais, como aumento da disposição, da energia e do apetite,
ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças
oportunistas.
• SUS garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV (PVHIV),
independentemente da carga viral.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
• Desencadear a investigação das fontes de infecção e transmissão
comuns.
• Definir e indicar as medidas de controle da transmissão por meio das
ações de prevenção.
• Evitar a disseminação da infecção.
• Prevenir a evolução para formas mais graves da doença.
MEDIDAS ESPECÍFICAS A SEREM ADOTADAS PARA
PROFILAXIA PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO AO HIV (PREP E PEP)
• A PEP é uma estratégia de prevenção para evitar novas infecções
pelo HIV, por meio do uso temporário de medicamentos
antirretrovirais após uma exposição de risco a infecção pelo HIV.
• O esquema antirretroviral de acordo com a avaliação do risco da
situação de exposição (tipo de material biológico, tipo de
exposição, tempo transcorrido entre a exposição e o
atendimento, e status sorológico da pessoa exposta.
QUESTÃO 01 - O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o causador
da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Em relação a esse
vírus, pode-se afirmar que ele é constituído de:
a) DNA e ataca os linfócitos T
b) RNA e ataca os linfócitos T
c) RNA e ataca as hemácias
d) DNA e ataca as hemácias
e) RNA e ataca as plaquetas
QUESTÃO 02 - Apesar de ser uma doença sem cura, a Aids apresenta
tratamento que garante uma maior qualidade de vida ao portador. Os
medicamentos utilizados para o tratamento da Aids são chamados de
a) anti-histamínicos.
b) anti-inflamatórios.
c) antirretrovirais.
d) antibióticos.
e) anti-hemorrágicos.
QUESTÃO 03 - Estima-se que haja atualmente no mundo 40 milhões de pessoas
infectadas pelo HIV (o vírus que causa a AIDS), sendo que as taxas de novas
infecções continuam crescendo, principalmente na África, Ásia e Rússia. Nesse
cenário de pandemia, uma vacina contra o HIV teria imenso impacto, pois salvaria
milhões de vidas. Certamente seria um marco na história planetária e também uma
esperança para as populações carentes de tratamento antiviral e de
acompanhamento médico.
TANURI, A.; FERREIRA JUNIOR, O. C. Vacina contra Aids: desafios e esperanças.
Ciência Hoje (44) 26, 2009 (adaptado).
Uma vacina eficiente contra o HIV deveria
a) induzir a imunidade, para proteger o organismo da contaminação viral.
b) ser capaz de alterar o genoma do organismo portador, induzindo a síntese de
enzimas protetoras.
c) produzir antígenos capazes de se ligarem ao vírus, impedindo que este entre nas
células do organismo humano.
d) ser amplamente aplicada em animais, visto que esses são os principais
transmissores do vírus para os seres humanos.
e) estimular a imunidade, minimizando a transmissão do vírus por gotículas de
saliva.
Notificação compulsória
• PASSO A PASSO PARA A NOTIFICAÇÃO DE HIV/AIDS

1º Passo - PREENCHER A FICHA DE INVESTIGAÇÃO - SINAN clicando aqui (USAR O GOOGLE CHROME)
• Após o preenchimento, salvar a ficha no seu computador.
• 2º Passo - UTILIZAR A FERRAMENTA "TERRITÓRIO UVIS" PARA LOCALIZAR A UNIDADE DE VIGILÂNCIA (UVIS) DO LOCAL DE
ATENDIMENTO DO PACIENTE.

3º Passo - ENVIAR A FICHA DE INVESTIGAÇÃO – SINAN PARA A UVIS DE REFERÊNCIA
• Através de seu e-mail, enviar a ficha de investigação - SINAN preenchida e salva no seu computador, para o e-mail da UVIS de
referência do Serviço (consultório/clinica/hospital).
• No assunto do e-mail preencher: "Notificação de HIV/Aids" seguido do nome do Serviço (consultório/clinica/hospital).
• 4º Passo - RECEBER O NÚMERO DA NOTIFICAÇÃO (SINAN)
• O número da notificação (SINAN) será fornecido pela Uvis de referência do Serviço após o recebimento da ficha de investigação
preenchida.
• Se todos os dados da ficha estiverem corretamente preenchidos, a UVIS de referência retornará o contato com o Serviço em até 03
dias úteis para informar o número da notificação.
• Caso a ficha apresente algum dado inconsistente ou em branco, a UVIS de referência entrará em contato com o Serviço solicitando a
complementação desses dados.

5º Passo - NÚMERO DA NOTIFICAÇÃO
• O número da notificação deve ser indicado de forma legível, pelo profissional responsável pelo atendimento ao paciente, na prescrição
original do medicamento (no formulário do SICLOM).

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