Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sintomática
Imunodepressão leve a grave (AIDS)
Inicialmente: imunodepressão leve a moderada CD4 entre 200 e 499
<350: episódios infecciosos mais frequentes são os bacterianos. Na medida que a
doença progride os sintomas acompanham:
Sintomas constitucionais (febre, astenia), candidíase vaginal persistente, leucoplasia
pilosa oral, infecções bacterianas graves, TB pulmonar, diarreia crônica, carcinoma
cervical in situ, herpes-zóster grave, neuropatia periférica, alterações hematológicas.
A candidíase oral (base friável (removível e sangra) é um marcador clínico precoce de
imunossupressão grave)
Síndrome da imunodeficiência adquirida - Imunodepressão avançada (definição de
AIDS) aparecimento de doenças oportunistas ou neoplasias. Geralmente, LT-
CD4+ <200.
- CD4 normal: >750 – 1200
- CD4 750 – 350: decrescente, mas ainda oferece
imunidade normal
- CD4 350-200: imunodeficiência moderada
- Imunodeficiência grave: CD4 100-200
- Imunodeficiência gravíssima/risco de morte: CD4 < 50
- O que faz o paciente morrer? Doenças oportunistas
- Demora 10 anos em média para sair de CD4 750 e chegar no 50, mas existem
aceleradores, como hepatites virais, sífilis, álcool, drogas.
O aparecimento de uma reposta imune celular HIV-específica e a subsequente síntese de
anticorpos anti-HIV levam a uma queda da carga viral plasmática
Coinfecções: não dependem uma da outra para existir, mas modulam o curso.
Doenças oportunistas: dependem da imunodeficiência do paciente para ocorrer.
Diagnóstico:
- Crianças de até 18 meses: HIV-RNA
- Maiores de 18 meses:
Fluxograma 1: dois testes rápidos de antígenos diferentes são realizados utilizando
amostras de sangue (punção digital ou venosa). Teste 1 mais sensível e teste 2 mais
específico.
Teste 1 negativo – amostra não reagente para HIV.
Teste 1 positivo – Teste 2 positivo – amostra reagente para HIV – carga viral.
Teste 1 positivo – Teste 2 negativo – repete fluxograma.
Fluxograma 2: dois testes rápidos de antígenos diferentes, sendo o primeiro teste com
amostra de fluido oral e o segundo com amostra de sangue. É indicado para uso fora de
unidades de saúde, pois o FO oferece baixo risco biológico.
Teste 1 negativo – amostra não reagente para HIV.
Teste 1 positivo – Teste 2 positivo – amostra reagente para HIV – carga viral.
Teste 1 positivo – Teste 2 negativo – repete fluxograma.
Tratamento:
Não é uma cura! Os vírus ficam armazenados em santuários de latência, então a
TARV não cura.
Indicações: Todas as PVHIV (para quebra da cadeia de transmissão)
Não sabe valor de CD4 tratar como AIDS
Grupos prioritários: sintomáticos, LTCD4 <350, tuberculose ativa, gestantes, hepatites
B e C, risco cardiovascular aumentado.
Quando começa o tratamento não pode parar mais!
Inibidores de transcriptase reversa tenofovir, lamivudina, efavirenz
Inibidores da Integrase dolutegravir, raltegravir
Inibidores de Protease atazanavir, ritonavir
GRAVIDEZ:
- Teste no 1° trimestre, 3° trimestre e pré-parto.
- Carga viral indetectável: impede transmissão vertical.
- Gravidez corre de forma normal – acompanhamento de outras ISTs e tratamento
normal.
- No diagnóstico: CD4, carga viral e genotipagem.
8 semanas do início do tratamento – carga viral deve ser avaliada.
6 meses depois: carga viral e CD4.
IMUNIZAÇÃO:
Em pacientes imunodeprimidos devem ser adiadas vacinas com vírus vivos atenuados
(poliomielite, varicela, rubéola, febre amarela, sarampo e caxumba), devendo ser
analisado caso a caso.
<200: não vacinar.
200 e 350: risco X benefício.
- COVID: 4 doses
PREVENÇÃO:
- Prevenção combinada:
Envolve a combinação de três eixos de intervenção: biomédicas, comportamentais e
estruturais.
Testar regularmente para o HIV, assim como para outras IST e HV;
Tratar todas as PVHIV;
Profilaxia pós-exposição;
Profilaxia pré-exposição;
Prevenir a transmissão vertical;
Imunizar para HBV e HPV;
Diagnosticar e tratar pessoas com HV e IST;
Uso de preservativos e gel lubrificante.
*Populações-chave: HSH, travestis e pessoas trans, trabalhadores do sexo, pessoas que
usam álcool e outras drogas e pessoas privadas de liberdade. (maior prevalência)
* Populações prioritárias: indígenas, jovens, população negra e pessoas em situação de
rua. (mais vulneráveis)
RECOMENDAÇÕES À PVHIV:
- Alimentação saudável;
- Atividades físicas, exceto em agravos do quadro geral;
- Controle de tabagismo, álcool e uso de outras drogas;
- Adesão ao tratamento;
- Uso de preservativos;
- Aconselhamento reprodutivo;
- A redução do risco de transmissão ocorre quando: há adesão à TARV e monitorização
da CV; CV indetectável há 6 meses; ausência de outras IST.
- Oftalmológicas:
Retinites – toxoplasmose, herpes e CMV;
Uveítes;
- Dermatológicas:
Dermatite seborreica;
Sarcoma de Kaposi;
Onicomicoses;
- TGI:
Monilíase oral e esofágica
Esofagite por CMV
Diarreias por germes oportunistas e verminoses ANITA
Diarreias por perda de células de defesa e enfraquecimento das junções no intestino e
perda das microvilosidades menor absorção diarreia (pode ser crônica) imosec
(reduzem o trânsito intestinal) até melhora da imunidade
Não pode dar probiótico para pacientes imunossuprimidos.
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO:
Uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir infecções.
Pode ser necessário em casos de acidentes com materiais biológicos, violência sexual e
prática sexual de risco.
Avaliação da PEP:
1. O tipo de material biológico é de risco para transmissão do HIV?
Sangue, sêmen fluídos vaginais, líquidos de serosas, líquido amniótico, líquor.
2. O tipo de exposição é de risco para transmissão do HIV?
Percutânea, membranas mucosas, cutâneas em pele não íntegra, mordedura com
presença de sangue.
3. O tempo transcorrido entre a exposição e o atendimento é menor que 72 horas?
A PEP deve ser iniciada o mais precocemente possível, tendo como limite as 72h
subsequentes à exposição.
4. 4. A pessoa exposta é não reagente para o HIV no momento do atendimento?
A PEP só está indicada para indivíduos não reagentes
PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO
Uso de antirretrovirais para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV.
Alvos prioritários para o uso de PrEP – vulnerabilidades específicas. HSH, pessoas que
fazem uso de drogas, profissionais do sexo e pessoas trans.
Pessoas em parceria sorodiscordante para o HIV também são consideradas prioritárias
para uso da PrEP.
No entanto, devem ser considerados outros indicativos que remetem ao risco:
- Repetição de práticas sexuais sem uso de preservativo;
- Frequência de relações sexuais com parcerias eventuais;
- Quantidade e diversidade de parcerias sexuais;
- Histórico de IST;
- Busca repetida por PEP;
- Contexto de troca de sexo por dinheiro, objetos de valor, drogas, moradia.
Tenofovir+Entricitabina – dose fixa 1x/dia em uso contínuo.
Para relações anais, são necessários cerca de 7 (sete) dias de uso de PrEP para alcançar
a proteção. Para relações vaginais, são necessários aproximadamente 20 (vinte) dias de
uso.
Acompanhamento clínico: a cada 3 meses. Realização de teste de HIV, sífilis, hepatites
e monitoramento da função renal e hepática.
Caso tenha havido relações sexuais com potencial risco de infecção pelo HIV,
recomenda-se que o usuário mantenha o uso de PrEP por um período de 30 dias, a
contar da data de potencial exposição, antes de interromper seu uso.
ACOMPANHAMENTO CLÍNICO:
PROFILAXIA PRIMÁRIA