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Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas/EAD

Disciplina: Biologia e Saúde


Professor: Leonardo Salvalaio Muline

Aula 4 – HIV e HPV


AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

Causada pelo vírus HIV, vírus da imunodeficiência humana.

Há dois tipos de HIV, denominados HIV-1 e HIV-2.

O genoma desses dois tipos virais é idêntico em cerca de 50%


dos genes e muito semelhante no restante.
Pessoas infectadas pelo HIV que ainda não manifestam
sintomas da AIDS são chamadas de soropositivas, por
apresentarem anticorpos antivirais no sangue, ou HIV
positivas.
Medindo apenas 0,1 micrômetro, o HIV é formado:

- Cápsula esférica de glicoproteínas mergulhadas em uma


dupla camada de lipídios e proteínas (LINHARES et al, 2017).

- Em seu interior: duas moléculas de RNA e enzimas


(transcriptase reversa, integrase e protease (LINHARES et al,
2017).
A proteína mais externa do HIV, chamada de gp120, encaixa-
se à glicoproteína CD4 da membrana do linfócito T4
(LINHARES et al, 2017).

Esse linfócito, também denominado CD4+ ou auxiliador, é a


principal célula atacada pelo vírus (LINHARES et al, 2017).
Algumas pessoas não manifestam sintomas (são
assintomáticas) ao serem infectadas pelo HIV.

Outras, apresentam sintomas semelhantes ao de uma


gripe: febre, dor de cabeça, cansaço, inflamação dos
linfonodos, etc.

Durante a fase que sucede a infecção, os vírus multiplicam-se


ativamente e os fluidos corporais e o sangue são altamente
infectantes.

Depois do início da contaminação, o sistema imunitário é


ativado e passa a combater o vírus, que diminuem a
quantidade.
Nesse momento, a infecção torna-se assintomática.

Novos sintomas só voltam a aparecer muito tempo depois. Por


isso, podemos dizer que a pessoa é portadora do vírus, mas
ainda não desenvolveu a doença AIDS.

No entanto, a infecção pelo HIV pode ser detectada desde o


início (depois de mais ou menos 30 dias) por exames de
laboratório que testam a presença de anticorpos anti-HIV no
sangue, ou do próprio RNA viral.
Durante o período assintomático, trava-se uma batalha entre o
HIV e o sistema imunitário.

Principal célula atacada pelo HIV: um leucócito sanguíneo,


chamado linfócito T auxiliador, também chamado célula
CD4.

Ao destruir as células CD4, o HIV enfraquece a capacidade do


organismo de combater não apenas a infecção pelo retrovírus,
mas também infecções comuns, que normalmente não
afetariam pessoas sadias.
As principais medidas para prevenir a infecção pelo HIV são:

- Praticar apenas sexo seguro, com a proteção de


preservativos;
- Ao fazer transfusões, usar sempre sangue devidamente
testado;
- Durante a gravidez, tratar mulheres portadoras do vírus com
drogas antivirais. Além disso, essas mulheres não devem
amamentar o recém-nascido.
Embora a AIDS ainda não tenha cura, inúmeras pesquisas
científicas realizadas têm permitido o desenvolvimento de
tratamentos cada vez mais eficientes para aliviar os sintomas
da doença.

Primeiras drogas: inibidoras da transcriptase reversa. São


eficazes em diminuir a velocidade de multiplicação do vírus, o
que retarda o aparecimento de infecções oportunistas.

Atualmente: as novas drogas são capazes de inibir as


proteases virais, responsáveis pela maturação e montagem de
novos vírus dentro das células.
Objetivos do tratamento do HIV:
•Supressão viral ou Carga Viral Indetectável ou não detectável (CV ND) por
mais tempo;
•Restaurar e preservar a função imunológica;
•Melhor qualidade de vida;
•Maior expectativa de vida;
•Prevenção de transmissão do HIV em situações de contato com o sangue
infectado;
•Prevenção da transmissão sexual do vírus (Carga viral menor no sangue
causa carga viral menor nos fluidos sexuais);
•Prevenção de transmissão vertical (especialmente se carga viral abaixo de
50 cópias/ml);
Disponível em: http://www.drakeillafreitas.com.br/tratamento-do-hiv-o-que-voce-precisa-
saber/. Acesso em 05 abr 2018.
O que é carga viral indetectável?
•CV ND não significa a ausência de vírus circulando no sangue. Significa
que a quantidade de vírus circulando no sangue é tão baixa que não pode
ser detectada pelo exame usado.

•A Organização Mundial da Saúde considera indetectável a carga viral


abaixo de 1.000 cópias/ml.

•Obviamente, quanto menor a carga viral melhor.

•Os testes moleculares de detecção de carga viral são cada vez mais
sensíveis, possibilitando-nos avaliar níveis cada vez menores de carga
viral.
Disponível em: http://www.drakeillafreitas.com.br/tratamento-do-hiv-o-que-voce-precisa-
saber/. Acesso em 05 abr 2018.
Disponível em: http://www.drakeillafreitas.com.br/tratamento-do-hiv-o-que-voce-precisa-saber/.
Acesso em 05 abr 2018 .
Uma vez que os vírus podem se tornar resistentes a qualquer
uma das drogas utilizadas, os pesquisadores têm utilizado os
chamados coquetéis antivirais, que combinam drogas
inibidoras da transcriptase reversa e das proteases.

Apesar de não eliminar o vírus, os coquetéis são os principais


responsáveis pelo declínio no número de mortes em
decorrência da doença e pela melhora da qualidade de vida
por portadores do HIV.

Apesar de eficientes, os coquetéis antivirais podem apresentar


efeitos colaterais severos.
Os pacientes costumam usar três medicamentos disponíveis
no SUS: tenofovir, lamivudina e efavirenz -- o chamado "três
em um"

Hoje: com a inclusão do dolutegravir, a orientação será


associar o novo remédio ao chamado "dois em um" (tenofovir
e lamivudina)

https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-
noticias/redacao/2016/09/28/sus-passa-a-contar-com-novo-
medicamento-para-tratamento-do-hiv.htm?Acesso em 05 abr
2018
Papilomavírus humano (HPV)
Uma infecção sexualmente transmissível, provocada por vírus
que ataca, especialmente, as mucosas (oral, genital ou anal),
tanto nas mulheres como nos homens.

Existem mais de 200 variações desse tipo de vírus.

A maioria está associada a lesões benignas, como o


aparecimento de verrugas, que podem ser clinicamente
removidas.

Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv.


Acesso em: 05 abr 2018.
12 subtipos de HPV que estão, segundo a literatura científica,
associados aos cânceres do colo do útero, de pênis, de
orofaringe e, até mesmo, de câncer reto-anal.

No Brasil, há predominância na circulação de quatro subtipos


que atingem tanto homens quanto mulheres.

Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv.


Acesso em: 05 abr 2018.
A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, que
inclui contato oral-genital e genital-genital.

Embora de forma mais rara, o HPV pode ser transmitido


durante o parto ou, ainda, por determinados objetos.

Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv.


Acesso em: 05 abr 2018.
Em curto prazo, a infecção não apresenta qualquer tipo de
sintoma.

Em longo prazo, o diagnóstico geralmente aparece quando a


infecção já provocou o surgimento desses cânceres.

Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv.


Acesso em: 05 abr 2018.
Na presença de qualquer sinal ou sintoma da infecção pelo
HPV, recomenda-se procurar um profissional de saúde para o
diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.

A realização periódica do exame preventivo de câncer de colo


uterino é uma medida de prevenção.

O exame preventivo (de Papanicolaou ou citopatológico)


pode detectar as lesões precursoras. Quando essas
alterações que antecedem o câncer são identificadas e
tratadas, é possível prevenir a doença em 100% dos
casos.
Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv. Acesso em: 05 abr 2018.
O exame deve ser realizado preferencialmente pelas mulheres
entre 25 e 64 anos, que têm ou já tiveram atividade sexual.

Os dois primeiros exames devem ser feitos com intervalo de


um ano e, se os resultados forem normais, o exame passará a
ser realizado a cada três anos.

Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv. Acesso em: 05 abr 2018.

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