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1.

INTRODUÇÃO
A AIDS é um problema de saúde pública em todo o mundo e, no Brasil, não é
diferente. Desde o início da epidemia, há 40 anos, o Estado brasileiro tem buscado
estratégias para combater a propagação do vírus e garantir assistência às pessoas que
vivem com HIV/AIDS. Nesse contexto, destaca-se a utilização de medidas preventivas,
como campanhas de conscientização e orientação sobre a doença, bem como as ações
necessárias em casos de risco de infecção pelo vírus.
Nesse sentido, o teste imunocromatográfico para HIV torna-se um excelente
aliado para detectar precocemente a presença do vírus no organismo. Esse teste
funciona detectando anticorpos específicos contra o HIV no sangue. Sendo um teste
rápido e simples, ele é indicado para pessoas que possivelmente foram expostas ao
vírus, mais precisamente em até 72h, sendo bastante útil para locais em que há uma
maior incidência, bem como em pessoas que apresentam um maior risco de ser
infectadas.
Diante disso, o teste para imunocromatográfico visa identificar a presença de
imunoglobulinas presentes no sangue dos indivíduos. Em caso de existência delas, uma
vez que são produzidas pelo sistema imune em resposta a uma infecção, o resultado do
teste será positivo. Portanto, o teste não detecta o vírus, mas, sim, os anticorpos que são
produzidos pelo organismo durante a infecção.
2. OBJETIVO
Realizar a detecção de anticorpos anti-HIV no sangue total humano.
3. METODOLOGIA
Algodão
Álcool
Descartadores
Kit imunocromatográfico para Hiv
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Anticorpos ou imunoglobulinas são proteínas produzidas pelas células do
sistema imune, os linfócitos B, em resposta a um antígeno, uma substância que é
capaz de interagir com componentes do sistema imune, desencadeando uma resposta
imunológica, podendo ele ser de origem proteica, glicídica, lipídica ou de ácido
nucleico. Quando um antígeno é detectado, as células apresentadoras de antígenos e
os linfócitos TCD4 são ativados, desencadeando a ativação dos linfócitos TCD8 e das
células B. As células B têm a função de produzir anticorpos específicos para o
antígeno em questão.
Nesse quadro, o antígeno se liga ao anticorpo correspondente, formando o
imunocoplexo, que permite ao sistema imunológico neutralizar o antígeno e usar
outras células imunes, como células fagocitárias, para combater a infecção. Esse
processo de ligação antígeno-anticorpo é essencial para a proteção do organismo
contra infecções e doenças.
Diante disso, percebe-se que a produção de anticorpos é desencadeada pela
presença de um antígeno, o qual pode ser proveniente de um vírus, fungo ou bactéria.
No caso da aids, provocada pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV, a sigla em
inglês), o sistema imune, em resposta a uma infecção aguda, produz anticorpos para a
doença. No entanto, após uma infecção pelo HIV, há uma redução das células TCD4
causada pela replicação viral do vírus dentro dessas células. Assim, há o
estabelecimento de uma infecção crônica e a progressão da doença da Aids.
Partido do que foi exposto, o teste imunocromatográfico para Hiv é útil para
detectar a presença de anticorpos no sangue do indivíduo. Isso é possível porque ele
apresenta, na placa teste, antígenos do Hiv, o antígeno gp-36 – para o Hiv-2 e o gp-
43- para o Hiv-1. Esses dois antígenos são encontrados na superfície do vírus Hiv,
sendo o gp-43, para o Hiv-1, o mais frequente dos casos.
Nesse sentido, a presença dos dois antígenos na placa permite que, no contato
com o sangue do indivíduo com a solução tampão, cuja função é auxiliar na
estabilidade da sulução para uma maior precisão do teste, haja a formação ou não do
imunocomplexo. Se o indivíduo estiver infectado, produzindo anticorpos, ao migrar
por capilaridade, formará o imunocomplexo e uma linha se formará no local indicado
por 1, para o Hiv tipo 1, ou 2, para o Hiv tipo 2.
Caso não visualize a formação da linha, significa que não houve interação
antígeno-anticorpo e, portanto, o indivíduo não está produzindo anticorpo e não está
infectado.
Ainda, é importante ressaltar que o teste, apesar de ser preciso, não é o
suficiente para se chegar ao diagnóstico definitivo para a infecção pelo vírus, devendo
ser necessário realizar o teste de Western blot.
5. CONCLUSÃO
A partir da prática, foi possível compreender melhor o funcionamento dos
testes rápidos, conhecendo-se os tipos de vírus que podem causar a aids, bem como o
passo a passo para a realização da técnica e a importância de serem realizados de
forma mais rápida possível, a fim de detectar uma possível infecção pelo vírus Hiv.
Além disso, mostra-se que o teste rápido é fundamental para auxiliar no
controle e na disseminação do vírus da Aids.
6. REFERÊNCIAS

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H. Imunologia básica: funções e distúrbios do


sistema imunológico. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. 8. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. HIV e AIDS. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/hiv-e-


aids/.

SILVA, M. L. L. da; SANTOS, D. L. S.; DOURADO, I. Importância dos autotestes de HIV nas
farmácias e drogarias no Brasil. Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 51, n. 4, p. 215-221,
2019.

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