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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA

Ana Cristina Cardoso Silva


RA: C096EH-5 TURMA: BI8242 PERIODO: 8°

CASOS CLÍNICOS E ANÁLISES DE LAUDOS

2020/2
ATIVIDADE 1
QUESTÃO 1
Quando manipulamos amostras biológicas é necessário o devido cuidado para que o analista de laboratório não se
contamine e não contamine a amostra. Para tanto se faz necessário uma série de precauções individuais e coletivas.
Avaliando esse panorama que estamos vivenciando com a pandemia de COVID-19.
a) Como poderia ser realizada a precaução individual dos profissionais da saúde envolvidos nos casos de COVID-19?
Deve usar EPI, equipamentos de proteção individual, sendo eles : Luvas, touca, avental ou macacão, botas, mascaras,
equipamentos de respiração e óculos de proteção.

b) Pensando em laboratórios e hospitais como deve ser a precaução coletiva nesses casos?
O profissional deverá higienizar as mão antes e após contato com paciente, utilizando EPI, com treinamento
padronizados e adequado para pacientes casos suspeitos, de emergência, seguindo então as medidas de atendimento.
QUESTÃO 2
A coleta do material biológico para qualquer exame é o passo fundamental para se ter sucesso no diagnóstico
laboratorial. Quando pensamos em amostras que envolvem processos infecciosos a situação pode ser considerada
ainda mais crítica devido a fragilidade dos microrganismos patogênicos que podem estar presentes na amostra a ser
analisada.
Em relação a esse processo:
a) Como deve ser realizada a coleta e o processamento do material biológico com suspeita de vírus respiratórios?
Aspirado de nasofaringe (ANF) ou swaps, obtidos em até 7 dias do surgimento dos sintomas na fase aguda. O
laboratório que recebe a amostra também separa três alíquotas distintas, onde duas irão para diagnostico laboratorial
e outra será armazenada e congelada para servir de referência.
b) A coleta de material biológico deve ter critérios para ser realizada. Quando esses critérios não são seguidos, quais
são os impactos negativos que podem estar envolvidos no diagnóstico desse tipo de amostra?
Aspirado de nasofaringe (ANF) ou swaps, obtidos em até 7 dias do surgimento dos sintomas na fase aguda. O
laboratório que recebe a amostra também separa três alíquotas distintas, onde duas irão para diagnostico laboratorial
e outra será armazenada e congelada para servir de referência.
QUESTÃO 3
O diagnóstico laboratorial de uma doença infecciosa pode ser complexo. Vários exames podem ser necessários além do
exame físico para que a suspeita seja confirmada e assim realizado o tratamento para a doença. No caso do COVID-19 já
existem vários exames laboratoriais disponíveis para o diagnóstico.
a) Quais exames laboratoriais já estão no mercado para detecção do COVID-19? Descrever as técnicas de como é
feita a detecção.
RT-PCR é um exame muito importante no diagnóstico da covid-19, obtido através da presença de RNA do SARS-COV-2
na amostra coletada pela nasofaringe. SOROLOGIA: mostrará se há ou não uma resposta imunológica do corpo em
relação ao vírus IgA, IgM e IgG em pessoas que tiveram contato. TESTE RAPIDO: Existem 2 tipos, um de antígeno que
mostram se ha proteínas na fase de atividade da infecção e os anticorpos que irá identificar uma resposta imunológica
do corpo em relação ao vírus.
b) Quais podem ser as variáveis que podem interferir no diagnóstico do teste para COVID-19? Que impacto teria
para o paciente um diagnóstico incorreto?
Os testes laboratoriais servem para dar um norte ao médico sob quais procedimentos seguir com o paciente mediante
histórico clinico, assim realização do exame físico onde temos 3 fases de execução, sendo: “pré analítica, analítica e pós
analitica”, onde deve ser conduzida seguindo o rigor técnico necessário para garantir a segurança do paciente e
resultados exatos, assim evitando o constrangimento do paciente.

QUESTÃO 4
Quando pensamos em uma doença seja infecciosa ou não, o médico precisa fazer a junção da avaliação clínica com o
diagnóstico laboratorial para que o diagnóstico da doença seja feito com maior segurança possível. Atualmente 70%
dos médicos se baseiam no exame laboratorial para fechar o diagnóstico dos pacientes. A avaliação clínica é um passo
muito importante para se levantar uma hipótese diagnóstica e começar a pensar nos exames laboratoriais a serem
pedidos. De acordo com o explicado:
a) Quais são os sintomas e sinais clínicos que o COVID-19 pode apresentar?
Os sintomas da Covid-19 varia de um paciente para outro, sendo em alguns casos um resfriado, outros casos uma
presença aguda no quadro respiratório, febre, falta da sensibilidade de olfato e paladar, dor de garganta, dor na
cabeça, tosse, coriza até quadros mais elevados como pneumonia severa.
b) Teriam outras doenças que poderiam ser confundidas com o COVID-19?
Sim, como resfriado, doenças respiratórias, alergia, gripe, dengue, são doenças relacionadas.

QUESTÃO 5
Quando pensamos em estudar a epidemiologia das doenças, um dos objetivos é descrever a distribuição e a magnitude
dos problemas de saúde na população humana. É uma questão importante para saber como a doença se comporta,
qual o público-alvo mais atingido, regiões, climas e mais uma lista de variáveis que faz com que se tenha um melhor
entendimento da dinâmica da doença. Pensando nessas questões em relação ao COVID-19:
a) Qual o perfil epidemiológico do coronavírus em relação ao ambiente?
O Ministério da Saúde considera os dados epidemiológicos sobre o surto atual de COVID - Organização Mundial da
Saúde (OMS), pois os mesmos são validados internacionalmente. Orientamos que os órgãos não utilizem outra fonte de
informação. Os corona vírus causam infecções respiratórias e intestinais em humanos e animais; sendo que a maioria
das infecções por corona vírus em humanos são causadas por espécies de baixa patogenicidade, levando ao
desenvolvimento de sintomas do resfriado comum, no entanto, podem eventualmente levar a infecções graves em
grupos de risco, idosos e crianças. Previamente a 2019, duas espécies de corona vírus altamente patogênicos e
provenientes de animais (SARS e MERS) foram responsáveis por surtos de síndromes respiratórias agudas graves 1. Em
relação a Doença pelo Novo Corona vírus 2019 (COVID-19), a clínica não está descrita completamente, como o padrão
de letalidade, mortalidade, efetividade e transmissibilidade. Ainda não há vacina ou medicamentos específicos
disponíveis e, atualmente, o tratamento é de suporte e inespecífico.

b) Qual o perfil epidemiológico do coronavírus em relação a pessoas e animais?


Os vírus da SARS-CoV, MERS-CoV e SARS-CoV-2 são da sub família Beta corona vírus que infectam somente mamíferos;
são altamente patogênicos e responsáveis por causar síndrome respiratória e gastrointestinal. Além Boletim
Epidemiológico – COE COVID-19 – 21/02/2020 6 desses três, há outros quatro tipos de corona vírus que podem induzir
doença no trato respiratório superior e, eventualmente inferior, em pacientes imuno deprimidos, bem como afetar
especialmente crianças, pacientes com comorbidades, jovens e idosos. Todos os corona vírus que afetam humanos tem
origem animal.
QUESTÃO 6
O vírus não é considerado um ser vivo e sim um parasita intracelular obrigatório. Devido a essa natureza peculiar desse
grupo é necessário um entendimento sobre sua fisiologia, reprodução, seu perfil entre outros itens importantes para
saber como infecta o ser humano e quais os mecanismos que possam ser usados para barrá-lo com desenvolvimento de
tratamentos e vacinas. Portanto em relação ao COVID-19:
a) A que grupo pertence o coronavírus COVID-19? Sua fisiologia, como se reproduz, que tipo de individuo ele infectava
antes de passar a infectar o ser humano.
Corona vírus é um grupo de vírus da família Ortho Coronavirina, coronavirinae, e ordem Nidovirales. É um vírus de
RNA com fita simples de sentido positivo e que usa uma enzima de réplicas de DNA. O principal objetivo do vírus
depois de se estar dentro do organismo é criar cópia de si mesmo. Para isso ele precisa encontrar uma forma de se
instalar dentro das células. Antes de infectar humanos o vírus infectou mamíferos como por exemplo morcegos. O
SARS-CoV-2 é um vírus ARN de cadeia simples positiva e pertence a uma grande família de vírus denominada corona
vírus. O SARS-CoV-2 foi identificado pela primeira vez em seres humanos em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan,
na China. É provável que o vírus tenha tido origem numa mutação dos corona vírus de morcegos.
b) Quais tratamentos podem ser importantes no combate ao COVID-19? Onde atuariam esses tratamentos no vírus?
Não so desenvolvimento da vacina mas a pesquisa global busca também o conhecimento de como tratar com eficiência
e seguranças os pacientes já contaminados pelo vírus da Covid-19. Por enquanto não há medicamentos ou terapias
comprovadas com êxito por autoridades médicas, sanitárias e cientificamente comprovadas para prevenir ou tratar,
ocorre que será lançada pela China uma vacina para janeiro de 2021 até então a criação mais rápida de vacina até o
momento, mas ainda não esta em uso pela população. A transmissão do vírus pode se da por meio de tosse ou espirro,
contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido
então de contato com a boca, nariz ou olhos. Entre os grupos de risco estão qualquer pessoa que cuidou do paciente,
incluindo profissionais de saúde ou familiares, que tenha tido contato físico com o paciente ou que tenha permanecido
no mesmo local que o paciente doente. Em 2020, análises indicaram que o SARS-CoV-2 (anteriormente 2019-nCoV)
pode ter passado de um animal para o ser humano. Medicamentos usados para tratamento em pacientes ja
contaminados pela convid RITONAVIR / LOPINAVIR são usadas para tratamentos de HIV. RITONAVIR / LOPINAVIR +
INTERFERON –BETA processo inflamatório do corpo. ClOROQUINA/ HIDROXICLOROQUINA Usados contra malária.
ATIVIDADE 2
João, um estudante da área da saúde, foi atendido pelo seu médico queixando-se de diarreia severa, dor abdominal e
cólica. A história do paciente revelou que João havia retomado para casa recentemente, após uma viagem missionária
de 3 meses para o Haiti. Suspeitando que João poderia estar sofrendo de uma infecção parasitaria, seu médico solicitou
uma bateria de testes, incluindo um PPF de uma amostra de fezes para pesquisa de parasitos.
a) Indique onde João poderia ter entrado em contato com parasitos e identifique os fatores que provavelmente
contribuíram para este contato.
O exame parasitológico de fezes (EPF) é a análise laboratorial feita a partir de uma amostra das fezes, buscando
detectar a presença de elementos indicativos da existência de vermes no intestino, bem como determinar o seu tipo,
provavelmente João teve cotato com o virus em sua viagem missionária para Haiti em locais onde o saneamento básico
estaja precario. As mortes por doenças infecciosas como, infecções respiratórias inferiores, HIV/AIDS, doenças
diarreicas, malária e tuberculose matam quase 4 em cada 10 crianças menores de 15 anos e 2 em cada 10 pessoas
acima de 70 anos em países de baixa renda (www.news.med.br, 2013). É necessário que haja um hospedeiro no caso o
João, um agente parasitário e um meio ambiente.

b) Cite duas outras populações que estão sob risco de contrair infecções parasitárias.
Nordeste e Norte do Brasil

c) Quais os procedimentos principais de um PPF tradicional.


PPF Pesquisa de helmintos e protozoários nas fezes
Evacuar em recipiente limpo e seco e transferir uma porção das fezes recém emitidas para o frasco coletor, tendo o
cuidado para não ultrapassar a metade do frasco. -Não utilizar laxantes ou supositório.
Fezes em frasco coletor de polipropileno com tampa de rosca de aproximadamente 80 ml, Contaminação com urina. -
Contraste radiológico na véspera do exame. Laxantes - Orientar o paciente para evitar misturar fezes com urina ou
contaminá-las com água usada para limpar banheiros, que podem conter desinfetantes químicos. -3 amostras de fezes
é recomendável colher em 3 dias diferentes. - Conservar refrigerada - Não congelar - Material deverá ser colhido mesmo
apresentando-se diarréico, muco, pus ou sangue.

ATIVIDADE 3
Bruno, um homem de 30 anos, visitou seu médico queixando-se de cólica, diarreia frequente e perda de peso. A história
do paciente revelou que Bruno frequentemente realizava caminhadas e acampamentos na natureza, e nem sempre
filtrava sua água antes de beber em suas viagens. O médico de plantão solicitou uma série de exames de fezes em
busca de parasitos. A estrutura suspeita visualizada na coloração permanente é mostrada no desenho a seguir:

fonte:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAzfEAK/apostila-parasitologia
a) Identifique a forma mostrada no desenho qual seria este parasito.
Cisto de giárdia, causadora da Giardíase, mais conhecida por GIARDIA LAMBLIA.

b) Indique como Bruno pode ter entrado em contato com este parasito e identifique fatores que contribuíram para este
contato.
Infecção através de água contaminada, sintomas comuns são: diarreia, perda de peso e dor abdominal, muito comum
em crianças e adultos com imunidade baixa.
c) Como o médico deve solicitar este PPF em relação a frequência da coleta de amostras?
Parasitológico de fezes, 3 amostras em dias consecutivos o frasco já possui conservante.
Material: fezes (a fresco), Método: HPJ microscopia ótica.
Resultados Análises macroscópica: - consistência, coloração, muco e sangue. Resultado Analise microscópico: ovos de
Helmintos, protozoários, larvas.

ATIVIDADE 4
Uma paciente com síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) e doença de Chagas, com xenodiagnóstico positivo,
estava em uso de cetoconazol com o objetivo de suprimir a parasitemia e prevenir a reativação da doença de Chagas. O
cetoconazol foi suspenso inadvertidamente após seis meses de uso. Um mês após, a paciente foi internada com
cefaleia, vômitos, taquicardia e hepatoesplenomegalia. Tanto o xenodiagnóstico como o exame de sangue a fresco
demonstraram presença de Trypanosoma cruzi. A gravidade e o prognóstico reservado do caso descrito de reativação
da doença em imunossuprimido motivou o tratamento inicial com cetonazol. Aparentemente, o cetonazol foi capaz de
controlar a parasitemia, pois todos todos os xenodiagnósticos anteriores ao uso de drogas tripanossomicidas eram
positivos e, coincidentemente, um mês após a suspensão do medicamento observou, miocardite e comprometimento
do SNC com intensa parasitemia, tal como é observado nos casos de reativação da doença de Chagas. Diante da
reativação, é ministrado o tratamento com Benzonidazol, que tem apresentado uma efetividade muito grande para
controlar essa condição. Acredita-se que, nesta paciente,o HIV modificou o curso da doença de Chagas, assim como a
infecção crônica pelo T.cruzi agravou a imunodepressão pelo HIV.
a) Como é feito o tratamento da doença de Chagas nas fases agudas e crônicas?
De acordo com a ONS - Organização Nacional de Saúde, indivíduos infectados por Tripanossomo Cuzi devem ser
tratados com nifertimox ou benzonidazol, independente da situação clinica ou da fase da doença do paciente.
b) Quais as formas mais comuns da doença de Chagas crônicas? E qual a situação de imunossupressão, seja por uma
nova infecção como o HIV.
Tais como o coração e o aparelho digestivo, o diagnostico da regularização pode apresentar dificuldades em vê z que
a evolução natural da doença apresenta sinais e sintomas comuns a aquelas encontradas na reagudização, como
surgimento da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana e o desenvolvimento da síndrome da
imunodeficiência adquirida, passou a ser a co - infecção desta com a doença de chargas.

c)Quais os métodos para diagnóstico da infecção aguda e cite três métodos de testes sorológicos utilizados para
diagnosticar infecções por T.cruzi.

Na fase aguda e nas formas crônicas da doença de chaga o diagnostico poderá ser realizado, detectando o parasito
através de métodos parasitológicos diretos ou indiretos e pela presença de anticorpos no soro, através de testes
sorológico, sendo o maior utilizado a imunofluorescência indireeta (IFI), lâmina corada de gota espessa ou esfregaço e
pesquisa a fresco de tripanossomatióides, Elisa, hemaglutinação.

ATIVIDADE 5
Mulher, 70 anos, chega ao laboratório clínico para fazer exames de check-up. Na recepção para fazer seu cadastro
relatou que faz uso de insulina NPH, atorvastatina 10mg, AAS 100mg. A mulher relatou que teve diarreia importante
nos 3 dias anteriores ao exame. O médico pediu os seguintes exames de sangue: colesterol total, LDL colesterol e HDL
colesterol, triglicerídeos, hemoglobina glicada, frutosaminas, glicemia, uréia e creatinina, AST, ALT, fosfatase alcalina e
gama GT; exame de urina pediu urina tipo I com urocultura e antibiograma.
Responder:
1- Avaliando os medicamentos relatados, sugira como estará o seu perfil lipídico sabendo -se que é sedentária e
fumante.
Fumante e sedentarismo, colesterol duvidoso. A atorvastatina é indicada para o tratamento do colesterol alto quando a
resposta à dieta e outras medidas não surtirem efeito. Atorvastatina cálcica é indicada para prevenção da síndrome
coronária aguda e na prevenção de complicações cardiovasculares em pacientes com pressão alta, diabetes, HDL baixo
ou história familiar de doença cardíaca precoce e fumantes, reduzindo assim o risco de complicações como: infarto do
miocárdio não fatal, de derrame fatal e não fatal, de procedimentos de para desobstrução das artérias, de
hospitalização por insuficiência cardíaca congestiva e de angina.
2- Caso a paciente pare de tomar atorvastatina e AAS, explique o que acorrerá com a enzima HMGCo-A redutase
e a influência do AAS neste processo.

Como atorvastatina reduz o colesterol total, quando o paciente parar de fazer uso o colesterol ira sofrer um aumento
devido seu quadro de sedentarismo e por ser fumante, porem o AAS, tem a função de não deixar formar coágulos para
que não obstrua o fluxo sanguíneo, deixando de fazer uso, poderá formar trombos na corrente sanguínea com risco de
infarto.
3-Explicar por que o médico pediu os 3 exames (hemoglobina glicada, frutosaminas, glicemia), sabendo -se que a
paciente era diabética Que conclusão queria chegar.

Hemoglobina glicada: serve para avaliar os níveis glicêmicos dos últimos 3 meses e analisar o controle do diabetes.
Ambos os exames servem para diagnosticar o diabetes ou o pré-diabetes. A frutosamina é o exame que mede a glicação
de uma proteína do sangue chamada albumina e indica o controle glicêmico das últimas 2 semanas e o exame é
utilizado para investigar possíveis casos de diabetes e para controle da doença, por tanto o médico quer diagnosticar a
situação do paciente para dar continuidade com o tratamento.

4- Os exames revelaram um aumento discreto nas enzimas hepáticas. Relacione estes achados com o fato da mulher
tomar medicamento da família das estatinas e ter se queixado de muitas dores musculares.

Estatinas podem causar dores musculares pois é um dos efeitos colaterais do medicamento e alem disso, também causa
malefícios a saúde do fígado e por isso consta no exame enzimas hepática

5-Os exames de uréia e creatinina mostraram discreto aumento. Este fato vem ocorrendo a alguns meses. Sugira o que
pode estar ocorrendo e algum exame de imagem que poderia ser importante nesta fase (sabe-se que os marcadores
tumorais estão dentro da normalidade)
Dietas ricas em proteína, desidratação, em caso de pacientes com diabetes pode ocorrer aumento de ureia e creatinina.
Exames de imagem pode ser Ultrassonografia de abdômen total (USG) e um exame complexo TC de abdome.

6- O exame de urina tipo 1 mostrou (glicemia +, leucócitos+++, nitrito+++, corpos cetônicos: traços, hemoglobina+). A
urocultura foi positiva para E.coli .

No exame de Urina tipo 1 = Diabetes, pois a glicemia deu positivo, também consta inflamação nas vias urinárias,
hemoglobina com indicativo de calculo renal e urocultura = positivo E.coli, portanto o médico irá prescrever o
medicamentos para o tratamento.

7-Na sedimentoscopia foram vistas algumas células epiteliais, poucas hemácias e glóbulos brancos e cristais de ácido
úrico. Significa que a paciente terá (ou tem) pedra nos rins?

Indicativo de pedra nos rins, presença de células epiteliais, pouca hemácia, pouco leucócitos e cristais acido úrico na
urina são sugestivo de infecção, pois indica uma descamação do trato urinário, fazendo com que as células sejam
eliminadas na urina.
Recentemente a paciente relatou pequena perda de visão. Relacione com os achados laboratoriais
Diabetes desencadeia disfunção nos vasos da retina, entre outros, mas neste caso a paciente relatou pequena perda de
visão.
8- Explicar a necessidade (ou não) de se fazer TTG e insulinemia nesta paciente. Quais os cuidados e comente possíveis
resultados
Sim, há necessidade de fazer TTG insulinêmica neste caso, pois a paciente já foi diagnosticada com diabetes e já faz
uso de insulina, com cuidados com que essa paciente esteja em jejum e que consuma apenas água em um período
de 8 horas, sem consumir álcool por 72 horas ate o momento da coleta sanguínea, manter a dieta habitual e peso,
podem ser citados possíveis resultados de resistência a insulina ou disfunção das células do pâncreas, como
diagnostico de acromegalia e hipoglicemia reativa.

9- Comentar a síndrome metabólica desta paciente diabética e sugerir como controlar os eventos.

A síndrome metabólica da paciente tem com base a resistência de insulina o que faz com que ela tenha menos
tecidos e fazendo com que o pâncreas produza ainda mais insulina e elevando o seu nível no sangue, para que isso
controle deve ser feito exercícios físicos e dieta para que controle o peso, podendo também ser necessário entrar
com medicamento para tratar os fatores de risco como a sensibilidade a insulina que ajuda abaixar o nível de açúcar
no sangue, fármacos para pressão alta e para gordura no sangue.

ATIVIDADE 6
M. N. B., sexo feminino, 50 anos, obesa, faz controle para diabetes mellitus tipo 2. Apresentou A1c (hemoglobina
glicada) de 8,5%, apesar da dieta e da medicação (metformina). Sua pressão arterial era de 165/95 mmHg, colesterol
total (CL–T) 270 mg/ dL, triglicerídeos (TG) 220 mg/dL, HDL 30 mg/dL e LDL 185 mg/dL. A paciente estava com proteína

C reativa acima dos valores normais.


A mesma paciente, após passar muito nervoso, sentiu dor no peito, dor no braço, e deu entrada no PS, com pressão de
200/140. Foi realizado um eletrocardiograma e enzimas cardíacas.

1- Esta paciente poderá ter glicosúria? Por quê? Quais as possíveis condutas médicas?
Pacientes com diabetes Mellitus não controlada pode ocorrer glicosuria , o medico deve tratar com inibidores do
transportador de sódio e glicose o SGLT ( dioagliflozina e canagliflozina empagliflozina) que promove essa
eliminação do excesso da glicose.

2- Porque a hemoglobina glicada é tão importante neste caso. Correlacione com a medida de glicemia
Para este caso a hemoglobina glicada é tão importante porque os biveus glicêmicos dos utimos 3 a 4 meses da
hemoglobina (HbA1C) revelando se o paciente esta realmente com a diabetes sendo controlada. A glicemia vai
medir a glicose no sangue e revelando os níveis do teste, ambos exames são de estrema importância para que o
médico diagnostifique se o tratamento esta sendo eficaz, ou para monitorar outros problemas de saúde que
alteram os níveis na corrente sanguínea.
3- Proponha como esta paciente poderá baixar o LDLc e aumentar HDLc.
Visando o controle do colesterol, ( diminuir LDLc e aumentando HDLc), recomenda –se que a paciente que esta
no quadro de obesidade diminua seu percentual de gordura, com exercícios, mudanças no habito alimentar,
aumentar consumo de fibras e gorduras boas e frutas, evitar gorduras trans que são encontradas em produtos
industrializados e frituras em geral. Essas medidas sempre indicadas com acompanhamento de um
nutricionista. Porque a paciente já está com proteína C reativa.
1- PORQUE A PACIENTE JÁ ESTÁ COM PROTEÍNA C REATIVA.
A proteína C reativa avalia o risco cardíaco, paciente sofreu infarto
2- RELACIONE A HIPERTENSÃO COM O QUADRO PROPOSTO. COMO CONTROLAR ESTE PROCESSO
Paciente se encontra com a pressão elevada, se trata de uma paciente hipertensa, com pressão arterial
165/95. É necessário a pratica de exercícios físicos, emagrecer e controlar o peso, diminuir o consumo de sal,
manter uma alimentação saudável, realizar acompanhamento médico.
3- SUPONHA QUE A PACIENTE SOFREU UM IAM. COMO ESTARIAM AS ENZIMAS CARDÍACAS E O MARCADOR
OURO PARA IAM
A enzima cardíaca CK-MB se eleva no sangue após o início dos sintomas do IAM, então quando ocorre o infarto
agudo do miocárdio essa enzima se encontra elevada. O marcador ouro para o IAM é a tromponina ocorre a
necrose de miócitos, há uma morte celular.
7- ESTA PACIENTE APRESENTA A SÍNDROME METABÓLICA? POR QUÊ?
Sim. Porque a síndrome metabólica inclui hipertensão arterial, nível elevado de açúcar no sangue, excesso de
gordura corporal em torno da cintura e níveis de colesterol anormais.
1- ESTA PACIENTE PODERÁ TER QUE NO FUTURO NECESSITARÁ DE HEMODIÁLISE. DISCUTA OS EXAMES QUE
PODERIAM CONFIRMAR ESTA DÚVIDA
Sim. Se a paciente tiver insuficiência renal aguda ou doença renal crônica ou perda da função dos rins, tanto
exame de dosagem de creatinina e ureia no sangue são indicativos de deficiência da função renal
2- A DOR NO PEITO PODE TER OUTRAS RAZÕES, ALÉM DE IAM. DISCUTA E MOSTRE COMO PODEMOS DESCARTAR
IAM USANDO IMAGINOLOGIA OU ANÁLISES CLÍNICAS
A dor no peito também pode ser indicativa de doenças pulmonares, digestivos, respiratórios, esforço físico, ate
ansiedade.
3- LEVANDO-SE EM CONSIDERAÇÃO QUE ESTA MULHER OBESA TEM MUITAS DORES NAS ARTICULAÇÕES, E QUE
APRESENTA A REGIÃO DO PESCOÇO EDEMACIADA (BÓCIO) EXPLIQUE COMO DIAGNOSTICAR PROBLEMAS NA
TIREOIDE
Pode ser solicitada exames de sangue para a verificar a quantidade dos hormônios T3 e T4, que são produzidos
pela tireoide, do hormônio TSH produzido pela hipófise e a presença de anticorpos.

ATIVIDADE 7
A idosa foi levada pela filha ao consultório do geriatra em visita de rotina, conforme orientação anterior, para
acompanhamento de recorrência da infecção urinária. A única queixa apresentada foi de anorexia. O exame físico não
revelou febre, irritabilidade ou dor à compressão vesical mas um moderado nível de confusão mental. A senhora de 85
anos já havia apresentado anteriormente sinais da Doença de Alzheimer. Solicitou-se realização de hemograma,
urinálise de 3 amostras e urocultura de 3 amostras.

DADOS LABORATORIAIS
Hemograma:
Eritrócitos 3.450.000/uL
Hemoglobina 9,5g/dL
Volume globular 29,00%
VCM 84,0 fl
HCM 27,50%
CHCM 32,50%
Leucócitos 11.000/uL
Bastonetes 11%
Segmentados 35%
Eosinófilos 3%
Linfócitos 45%
Monócitos 6%

Plaquetas 340.000/uL

Urinálise :
1ª amostra 2ª amostra 3ª amostra
Aspecto turva turva turva
Cor amarelo claro amarelo claro amarelo claro
pH 7,5 7 6
Proteínas + + +
Glicose 0 0 0
Corpos cetônicos 0 0 0
Pigmentos biliares 0 0 0
Leuc. esterase 0 0 0
Hematúria 0 0 0
Nitritos Positivo Positivo Positivo
Leucócitos 30/mm3 40/mm3 20/mm3
Cilindros Ausentes Ausentes Ausentes
Hemácias Ausentes Ausentes Ausentes
Cristais Fosf. Am. + Ausentes Ausentes
BGN 8/CGA
Bactérias (Gram UNC) BGN 2/CGA BNV
CGP 10/CGA
UNC= Urina não centrifugada; BGN= bacilos gram negativos; CGP= cocos gram positivos; CGA= campo de
grande aumento ou 1000x;
BNV= bacterias não visualizadas
Urocultura:
Semeadura de 3 amostras de urina em dias consecutivos.
A 1ª amostra foi coletada em casa, com auxílio da filha, e transportada rapidamente ao laboratório, em temperatura
ambiente. As outras 2 amostras foram coletadas no laboratório, com auxílio de profissional capacitado.
Ver imagem 1, 2 e 3. Após a urocultura foi realizada a identificação do micro-organismos
PERGUNTAS:
1) Que interpretação e seguimento você daria para cada urocultura?
A 1º amostra esta contaminada, solicitar nova amostra, 2º amostra consta positi
Para colônia BGN (bacilos, gram negativos), identificação e antibiograma. 3º amostra o resultado não foi identificado e
sem antibiograma.
2) Seria realmente necessário coletar 3 amostras de urina neste caso?
Sim, idoso tem maior infecção no trato urinário, porem paciente em quadro de anorexia e confusão mental a analise
das 3 amostras ajudará no diagnostico.
3) Quais os cuidados necessários na coleta de amostras de urina de idosos a fim de se evitar uma contaminação.
Utilizar frasco fornecido pelo laboratório para que não haja contaminação, não contaminar fezes com urina e nem
mesmo água do vaso sanitário em idoso acamado, usar urinol. Caso a urina seja feita no laboratório, deve-se planejar
com antecedência e se informar sobre as condições de coleta.
4) Quais bactérias poderiam ser suspeitadas na análise da morfologia colonial das 3 amostras (imagem 1 a 3)?
Em analise da morfologia das colônias de amostras, são sujeitas as bactérias gram negativas (BGN) provavelmente a
escherichia coli.
5) No caso de ser necessário realizar antibiograma, quais antibióticos deveriam ser testados?
Necessario antibiograma, testar efetivos contra a bactéria, como as fluoroquinolonas, sulfametaxazol e as
cefalosporinas de terceira geração.
6) O dado do paciente ter uma confusão mental é relevante para a avaliação deste caso?
Sim o dado é importante porque a confusão mental é um dos sinais de infecção do trato urinário em idosos.
7) Como você interpreta os resultados da coloração de Gram das 3 amostras de urina não centrifugadas?
1º amostra contaminada, 2º amostra provável de TTU com contagem superior a 1000.000 colonias / ml, 3º amosta
negativa, ou ITU com contagem inferior a 100.000/ml.
8) Existe alguma alteração significativa no eritrograma?
Vcm, hcm, chcm sem alteração, estão dento dos valores de referencia.
9) Como pode ser explicado o resultado da contagem diferencial?
Contagem diferencial de leucocitos e de esfregaço sanguineo de leucócitos, diferenciando segundo suas varieddes
morfológicas, sendo o resultado expresso em numero relativo (%) e absoluto ( /mm³).
10) em caso de paciente idoso acamado, como seriam os cuidados para a coleta de material para a cultura de urina
Se o paciente usar fralda pode-se colher com pazinha diretamente da fralda também. Para a coleta de urina,
principalmente de mulheres acamadas, pode-se utilizar o urinol feminino também conhecido por comadre, bem lavado,
repassar a urina paro o frasco fornecido pelo Laboratório.
ATIVIDADE 8
GFMF, sexo masculino, solteiro, 43 anos, hipertenso controlado, marcou uma teleconsulta com seu clínico geral de
confiança. Durante a consulta, relatou ao médico que um morador de seu prédio havia testado positivo para o novo
coronavírus, motivo pelo qual encontrava-se muito ansioso, embora não apresentasse nenhum sintoma respiratório ou
outra queixa.
Estava preocupado, apesar de não ter havido nenhum contato com esse vizinho e estivesse totalmente isolado dentro
de casa há quase dois meses (se recordava apenas ter saído de casa há uma semana para tomar a vacina contra a gripe
no posto de saúde). Informou que já havia realizado, por iniciativa própria, um “teste rápido” em domicílio feito por um
laboratório da rede particular, e que o resultado já encontrava-se disponível.
O motivo principal da consulta seria para que ele pudesse tirar algumas dúvidas sobre o resultado desse exame
sorológico. Seu médico o informou que, em virtude de sua história clínico-epidemiológica, não havia nenhuma
recomendação de realização da sorologia, mas já que havia feito, solicitou então que mostrasse o exame.
Para a surpresa do médico, o resultado do exame apresentava uma IgM reagente, com IgG não reagente. Frente a esse
resultado, o paciente foi informado que havia a possibilidade do mesmo estar no curso de uma infecção aguda/recente
pelo novo coronavírus. Já que se encontrava totalmente assintomático, foi orientado a permanecer em isolamento
social domiciliar, com monitoramento periódico de sinais vitais. Foi solicitado uma nova sorologia em 14 dias, a fim de
verificar a soroconversão. Informado sobre a necessidade de reavaliação do seu quadro clínico, em dias alternados, por
meio de teleconsulta.
Durante todo o período recomendado de isolamento, o paciente permaneceu sem sintomas respiratórios e sem
queixas. Realizou então nova sorologia (“teste rápido”) duas semanas após o primeiro, e entrou em contato com seu
médico para mostrar o resultado. Novamente, para espanto do médico, o resultado de ambas as imunoglobulinas (IgM
e IgG) vieram não reagentes.

1) Quais os critérios para definição de caso?


Indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois (2) dos seguintes sinais e sintomas: febre
(mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios
gustativos.
2) Qual a fisiopatologia da doença?
A fisiopatologia da COVID-19 não está totalmente esclarecida; no entanto, foi confirmado que o vírus da síndrome
respiratória aguda grave por coronavírus 2 (SARS-CoV-2) se liga ao receptor da enzima conversora de angiotensina-2
(ECA2) em humanos, o que sugere uma patogênese semelhante à SARS. Uma característica estrutural particular do
domínio de ligação ao receptor da glicoproteína Spike do SARS-CoV-2 (responsável pela penetração do vírus nas células
hospedeiras) confere uma afinidade de ligação potencialmente maior para a ECA2 nas células hospedeiras, em
comparação ao SARS-CoV.
3) Qual a provável causa da reatividade transitória e isolada da IgM? Escolha uma das alternativas e justifique
sua resposta
a) Infecção aguda pelo SARS-CoV-2
b) Troca de amostra
c) reação cruzada ( falso positivo)
d) paciente teve a doença, mas não soroconverteu?

Letra c) reação cruzada ( falso positivo)


A principal hipótese desse resultado do anticorpo IgM reagente, em virtude do contexto clínico-epidemiológico
(paciente previamente em isolamento social, assintomático, sem contato direto com indivíduo sabidamente infectado,
vacinação recente para influenza), deve-se, provavelmente, a uma reação-cruzada causada pela vacina contra a gripe.

4) Quais os métodos atualmente empregados para diagnóstico de infecção por SARS-CoV-2


RT-PCR ( preferencialmente obtida de raspado de nasofaringe) e exame sorológico feito a partir da amostra de sangue
do paciente, para a detecção de anticorpos IgA, IgM e IgG.
5) De que forma a sensibilidade e especificidade dos testes rápidos deve ser analisada, em outras palavras existe
limite de interpretação para seus resultados.
O resultado do teste sorológico é de probabilidade e sua positividade ou negatividade é influenciada por fatores como a
prevalência da doença, a sensibilidade e a especificidade do teste.
6) A infecção por SARS-CoV-2 resulta em produção de anticorpos IgM e IgG discuta a questão da janela
sorológico e como isto afeta o diagnóstico laboratorial
Para a produção de anticorpos, há necessidade de algum tempo, que em média é de 7 a 10 dias após o início dos
sintomas para os anticorpos da classe IgM e de 10 dias ou mais, para os IgG. Evidentemente, esses números
indicam o início da possível detecção dos anticorpos e são limítrofes. Com o passar dos dias a sua concentração
vai se elevando e diminui a chance de resultados falso negativos. Enquanto a pesquisa de partículas virais é
realizada principalmente nas secreções e lavados, a pesquisa e quantificação de anticorpos pode ser feita em
sangue capilar, sangue total, soro ou plasma, exigindo, portanto a coleta de sangue ou da ponta do dedo, para o
teste rápido ou de uma veia, para a obtenção de sangue total. Não há, até o momento, conhecimento científico
sobre a duração dos anticorpos contra a Covid 19 no organismo e, portanto, não é possível assegurar proteção
permanente para a Covid 19 em pacientes com resultados de IgG positivo.

7) Quais as recomendações para a realização de RT-PCR para SARS-CoV-2 e como deve ser feita a análise dos
resultados
Para os pacientes que começarem a apresentar sintomas iniciais do vírus Sars-CoV-2, causador da doença Covid 19, é
recomendado realizar o Exame de Covid – RT PCR, sendo recomendado para: Pacientes sintomáticos na fase aguda;
Avaliação de Retorno ao Trabalho de Profissionais de Saúde.
O exame é feito em material coletado do nariz ou garganta, por meio de técnicas de biologia molecular (RT- PCR) para o
diagnóstico de infecção por coronavírus, sendo recomendado ser feita essa coleta até o 14º dia de sintomas. Vale
destacar que, a sua taxa de sensibilidade é mais eficaz se o Exame de Covid RT-PCR for feito preferencialmente entre o
3º ao 5º dia.INTERPRETAÇÃO DIAGNÓSTICA:
Indivíduo sintomático ou assintomático que tiver teste sorológico para SARS-CoV-2- IgM não reagente e IgG não
reagente: Não é possível descartar o caso;
Indivíduo sintomático ou assintomático com teste sorológico para SARS-CoV-2- IgM não reagente e IgG reagente:
condição de infecção prévia com resposta imune;
Indivíduo sintomático ou assintomático com teste sorológico para SARS-CoV-2- IgM reagente e IgG reagente ou não
reagente: condição de infecção recente.
8) Testes rápidos diretos e indiretos para pesquisa de infecção por SARS-CoV-2 apresentam poder de
interpretação distintos?
Os testes rápidos para o diagnóstico da Covid 19 são de grande valia para o enfrentamento dessa pandemia, na medida
em que podem ser testadas milhões de pessoas em pouco espaço de tempo, a um custo relativamente baixo. No
entanto, os resultados ainda devem ser interpretados com cautela, especialmente quando conflitantes com o quadro
clínico epidemiológico. Com o avanço dos estudos e validações, poderemos ter mais segurança na análise desses
resultados, fornecendo assim um precioso suporte às decisões médicas, bem como ao ordenamento das políticas
públicas.

9) Um estudo de uma renovada universidade buscou relacionar altos níveis de vitamina C com maior proteção a
infecção pelo SARS-CoV-2. Você acredita que esta relação é verdadeira? Justifique
A vitamina C não é um método de prevenção do COVID 19, visto que não há estudos comprovando sua capacidade de
combate ao vírus. Em tese, pacientes com problemas de imunidade são mais propensos a terem a doença numa forma
mais grave. Por outro lado, estudos demonstram que, nos casos graves, pode ocorrer um excesso na resposta imune,
provocando uma grande inflamação nos órgãos na tentativa de eliminar o vírus. Pessoas com doenças
cardiovasculares, no sistema digestivo ou respiratório, por exemplo, são grupo de risco para a COVID 19, ou seja, têm
mais chances de contrair o vírus. Isso porque, um dos motivos é o fato das doenças citadas comprometerem o sistema
imunológico, deixando o paciente mais debilitado e propício à COVID 19. Altas doses de vitamina C podem causar
efeitos colaterais como diarreia. A resposta imune de cada indivíduo é determinada por fatores genéticos e ambientais.
Pessoas idosas ou em processos de recuperação de doenças podem apresentar deficiências de vitaminas e minerais,
necessitando complementação, De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, consumir vitamina C não é
recomendado no tratamento do coronavírus por falta de evidência científica.

10) Pacientes imunocomprometidos estão mais sujeitos a complicações pelo SARS-CoV-2, de que forma a
administração de imunoglobulina intravenosa (IVIG) pode auxiliar no tratamento de SARS-CoV-2.
A imunoglobulina humana intravenosa (IVIG) têm sido utilizadas em alguns pacientes com COVID 19 em estado
grave, apresentando inclusive, comprometimento pulmonar. No entanto, estes achados favoráveis ao uso do IVIG
em pacientes com COVID 19 grave são oriundos de estudos observacionais de relatos de caso, com qualidade
metodológica superior e que sejam capazes de produzir evidências mais robustas e efetivas e da segurança do IVIG
no tratamento dos pacientes com COVID 19.

ATIVADADE 9
Paciente do sexo masculino, 32 anos, é recebido na Unidade de Coleta com seus documentos pessoais, carteirinha do
convênio e solicitação médica assinada, datada e carimbada pelo solicitante. Na requisição de exames, constam os
seguintes testes laboratoriais:

- Hemograma

- Glicemia de jejum e pós-prandial

- Uréia

- Creatinia

- AST/ALT

- Colesterol total e frações

- Sorologia para HIV

- Sorologia para hepatite B (perfil vacinal)

- TSH

- T4L

- TP / TTPA / Fibrinogênio

- Urina tipo I

Neste cenário, responda as questões propostas:


1. Qual o preparo que o paciente deve ter realizado para a efetivação da coleta dos seus materiais biológicos?
Jejum de 8 a 14 horas, informar os nomes dos medicamentos de anticoagulantes que está fazendo uso, história de
sangramento anteriores e testes de coagulação inalterados, 1º urina da manhã com intervalo mínimo de 4 horas após
última micção.
2. Qual a conduta a ser adotada pela recepcionista do laboratório no atendimento inicial do paciente
(cadastramento)? Quais informações sào relevantes para o cadastro do paciente?
Preencher os dados do paciente perante documento de identificação. Confirmar nome, idade e paternidade, verificar e
anotar os medicamentos que o paciente faz uso, anotar se há doença crônica, se for paciente do sexo feminino a data
da última menstruação, hora da última refeição, orientar o paciente para a sala de espera e aguardar o momento da
coleta.

3. Na sala de coleta de exames, o que deve ser conferido para a segurança do paciente e do serviço de coleta?
Conferir os documentos pessoais; Conferir materiais biológico caso tenha; Conferir o pedido do exame solicitado pelo
médico; Conferir os dados nos tubos de coleta se consta todos os dados do paciente; abrir o material de coleta na frente
do paciente, usar os tubos na sequencia certa para que não haja interferência nos resultados analisados.
4. Quais são os passos corretos para a realização da venopunção e coleta do sangue venoso do paciente - desde a
checagem dos dados até a entrega do protocolo?
Orientar o paciente sobre a coleta, identificar os tubos com (nome, data, hora e RG) do paciente, realizar a assepsia do
local da palpação, colher o material, colocar nos tubos identificados por cores, encaminhar junto com o pedido ao
laboratório.
5. Quais as orientações que devem ser fornecidas ao paciente, caso ele colha a urina no próprio laboratório ou a
tenha trazido colhida de casa?
Período em que deve ser colhido o material, entregar os recipientes adequado para cada tipo de exame a ser realizado,
a higiene a ser feita antes e depois da coleta, armazenamento, identificação do coletor com nome idade e hora
coletados não ultrapassando o prazo de 2 horas ao laboratório, em caso de EAS.
6. Qual o melhor método de coleta (sistema fechado ou aberto) para a realização da coleta de sangue deste paciente.
Justifique sua resposta.
Sistema aberto, pois o paciente em um exame de Glicemia de Jejum e pós predial, se usar cateter, não será necessário
fazer nova punção para nova coleta.
7. Quais são os tubos a serem utilizados na realização desta coleta de sangue?
Azul, vermelho, cinza e roxo.
8. Quais os anticoagulantes e seu mecanismos de ação na conservação da amostra de sangue, em cada tubo a ser
utilizado nesta coleta?
AZUL: Possui citrato de sódio, utilizado como estimulador de coagulação.
VERMELHO: Ativador de coagulo, por isso objetiva acelerar a coagulação do sangue coletado.
ROXO: As paredes desse tubo são jateadas com EDTA, conhecido por ser o melhor anticoagulante para a preservação
da morfologia celular, sendo assim é recomendado para as rotinas de hematologia.
CINZA:Fluoreto de sódio e EDTA, com as funções de inibidor glicotico e anticoagulante, respectivamente, esses
compostos são utilizados para analises que incluem dosagem de glicose.
9. Qual a sequência correta de tubos a serem utilizados para a realização desta coleta de sangue, conforme
determinação da CSLI, no caso do laboratório clínico trabalhar somente com tubos primários?
Azul, vermelho, amarelo, verde, roxo e cinza.
10. De que maneira cada um destes tubos e frascos deverão ser acondicionados para a conservação e transporte do
material biológico.
Deve ser armazednado ao abrigo de luz, em local fresco e arejado, encaminhe a amostra o mais rápido possível para o
setor de processamento, os tubos devem ser armazenados em temperatura entre 20ºC 26ºC, para armazenamento de
soro, guarde em geladeira por 72 hora, no Maximo, ou congelador a -20ºC ate o envio ao laboratório. O sangue para o
teste de quantificação de linforcitos CD4 deve ser coletado em tubo contendo solução de EDTA e transportado em
temperatura ambiente, não excedendo ao laboratório deve chegar a 37ºC. Amostra, onde será processada para o
exame, no Maximo 18 horas após a coleta. No teste de CD4 é utilizado o sangue total, que nunca deve ser colocado em
geladeira ou congelador, o material usado para transporte de material é sacos plásticos , caixa térmica.
ATIVIDADE 10
Paciente J.S.M, sexo feminino, 53 anos, procurou serviço médico com os seguintes sintomas: Fraqueza;
Palidez; Falta
de ar;
Cansaço.

Durante a triagem realizada pela enfermagem, a paciente comentou que havia realizado um hemograma em outra
unidade hospitalar e que havia uma pequena alteração, não se recordando ao certo o seu significado. Durante a
consulta médica, o colega solicitou um hemograma obtendo os seguintes resultados:
Série Eritrocitária
Valores encontrados Valores de referencias
Hemácias em Milhões 2,05 milhões / mm³ 3,9 - 5,0
Hemoglobina 10,0 g% 12,0 - 15,5
Hematocrito 30 40 - 50
V.C.M. 73u³ 82 - 98
H.C.M. 22pg 26 - 34
C.H.C.M. 29 % 31 - 36
RDW 18% 11,9 - 15,5

Série Leucocitaria
Valores encontrados Valores de referência
Leucocitos 6.100/mm³ 5.000 – 10.000
Neutrofilos 61% 50 - 70% 1.750 - 7.350
Mielocitos 0 0-0 0-0
Metamielocitos 0 0-0 0-0
Bastonetes 0 0 - 8,0 0 - 840
Segmentados 61%. 40 - 70 1.700 - 8.000
Eosinofilos 4% 1-4 50 - 500
Basofilos 0% 0-1 0 - 100
Linfócitos tipicos 29% 20 - 40 900 - 2500
Linfocitos atípicos 0% 0-0 0-0
Monocitos 6% 4-8 300 - 900

Serie Plaquetária
Valores encontrados Valores de referência
Plaquetas 326 mil/mm³ 150 - 450mil/mm3

Com base neste hemograma, responda as questões propostas:


a) Qual o provável diagnóstico deste paciente?
Provavel anemia Ferropriva.
b) Como encontraríamos a série eritrocitária na análise da lâmina deste paciente? Justifique sua resposta.
A lamina mostrará uma população de células hipocromicas e microcidicas, teria ansinocitose.
c) Quais exames complementares devem ser solicitados para o diagnóstico inequívoco deste paciente? Justifique suas
escolhas.
Além do hemograma, o médico deverá solicitar ferro sérico, ferritina, capacidade total de transporte de ferro, vitamina
B12, reticulocitos, contagem diferencial de leucócitos.
d) Qual o significado do RDW aumentado. Explique sua resposta.
É definido como um índice o qual indica a diferença entre o tamanho dos glóbulos vermelhos representando a
porcentagem do valor obtido, quando este índice é elevado, indica a existência de muitas hemácias de tamanho
diferentes e circular.
Com base na hematologia clínica, no teste de hemograma e nas doenças hematológicas, responda as questões
propostas: a) Qual o tubo de coleta adequado para a coleta do exame de hemograma. Justifique sua escolha.

Tubos com EDTA, de tampa roxa, eles possuem anticoagulantes


b) Caso o paciente acima estivesse com um processo infeccioso, ele apresentaria desvio à esquerda. Explique o seu
significado.
Desvio a esquerda é a situação em que há aumento de células imaturas granulocíticas como mielócitos e
metamielócitos, ou uma concentração de bastonetes maior que 10% da concentração dos netrófilos segmentados.
c) Em pacientes com processo infeccioso, qua(l)is outro(s) marcador(es) bioquímico(s) é/são relevante(s) para a
correta monitorização do paciente? Justifique suas escolhas.
Há outros exames como proteína C reativa ( é um componente da resposta imune inata). Proteinas de fase aguda (PFA)
são moléculas do soro entre eles, citocinas, procalcitonina, oxido nítrico, acido lático, creatinina, bilirrubinas e
troponina.
d) Em pacientes com doenças oncohematológicas - LEUCEMIAS, como encontraríamos o hemograma nas seguintes
condições: Justifique cada uma delas.
- Leucemia mielóide aguda

Pessoas com LMA apresenta baixo numero de células vermelhas, baixo numero de plaquetas,, um numeor elevado de
glóbulos brancos imaturos que não são encontrados normalmente no sangue periférico, blastos que são células
imaturas que aparecem em pacientes com leucemia.

- Leucemia mielóide crônica

Apresenta níveis de leucócitos altos com aparecimento de leucócitos jovens com desvio a esquerda, há queda de
plaquetas , baixo nível de hemoglobina.

- Leucemia linfóide aguda - Leucemia linfóide crônica

Pessoas com LLA pode ter o numero de globulos brancos altos e um baixo numero de globulos vermelhos e plaquetas.
O hemograma pode revelar anemias normicidicas e normocromica e trombocitopenia, alto nível de leucócitos.
é possível identificar leucocitose acima de 25.000 celulas/mm² de sangue, linfocitose persistente, além de anemia e
plaquetopenia ( que é a diminuição de plaquetas no sangue )
e) Caso o paciente apresentasse diminuição em todas as linhagens celulares (eritrócitos, leucócitos e plaquetas),
qual o nome desta condição laboratorial? Cite e explique duas situações em que este tipo de alteração pode ser
observada no hemograma.
Pontitopenia entá presente principalmente na anemia aplástica e mielofibrose.
f) Explique detalhadamente as metodologias atualmente utilizadas nos contadores hematológicos modernos
para a realização do hemograma.
As mais recentes contadores de células sanguíneas totalmente automatizados aspiram e diluem uma amostra de
sangue e determinam de 8 a 46 parâmetros relacionados com os eritrócitos, os leucócitos e as plaquetas. ,Muitos
identificam a amostra ( pela leitura de código de barra), homogenizam e transportam a amostra para agulha
aspiradora, que em geral perfura a tampa, refrigerando se o volume adequado e se não há coagulos. Alguns são
conectados a uma maquina automática de distender e corar lâminas.

g) Como se apresentaria o hemograma de um paciente com talassemia beta minor. Justifique este diagnóstico
com resultados de testes complementares ao hemograma.
Depara se com paciente que apresenta hemograma com hipocromia (Hipocromia é um termo que significa que as
hemácias possuem menos quantidade de hemoglobina que o normal, sendo visualizadas no microscópio com uma cor
mais clara.) , apresentam microcitose ( células pequenas) pode apresentar hemácias microciticas, vemos pontilhados
basófilos, ( grânulos azul escuro, feralmente finos distribuídos no interior da hemácia, comporta de um agregado de
ribossomos e RNA, que se precipitam na coloração do esfregaço do sangue periférico.
ATIVIDADE 10
Homem, 45 anos, previamente hígido. Exames de rotina com alteração de transaminases (AST= 85; ALT = 103, repetidos
e confirmados). Sem histórico de uso de medicação ou mudança na sua rotina.
Exames:
- anti HBc total: Reagente
- anti HBsAg: Não Reagente
- anti HBeAg: Reagente
- HBsAg: Reagente
- HBeAg: Não Reagente
- anti HCV: Reagente
- anti HIV: Não reagente
Qual o provável diagnóstico e se possível sua fase?
Explique.
Hepatite B, provável fase aguda da doença pela presença de HBSAg.

ATIVIDADE 16
Uma auxiliar de enfermagem de 33 anos desenvolveu quadro de fadiga, anorexia, náuseas e adinamia, com icterícia,
febre moderada, progressiva colúria e hipocolia fecal nos últimos 10 dias. Ao exame físico está ictérica, com fígado
aumentado de volume, doloroso, com consistência normal, textura macia, sem nodulações. Seis meses antes houve
acidente em que se feriu com agulha após venopunção de um paciente. É vacinada para hepatite B. Dosagens séricas de
transaminases TGP e TGO mostraram valores de 280 e 320 U/L, respectivamente. Estavam também elevados os níveis
de bilirrubinas, fosfatase alcalina e havia linfocitose discreta. Testes sorológicos foram positivos para anti-HBs e anti-
HCV, e negativos para antiHBc, anti-HBe e anti-HAV.
Segundo o quadro clínico, qual é o diagnóstico mais provável?
Explique
Suspeita se de Hepatite C ( Anti- HVC reagente) sugere-se a realização de teste molecular para que possa confirmar o
resultado de Hepatite C.

ATIVIDADE 12
Um menino de 2 anos que frequenta creche foi trazido ao hospital com febre de 38,5ºC de 24 h de duração, vômitos e
diarréia profusa. Ao exame físico o paciente estava apático, com redução do turgor cutâneo, boca e axilas secas. Ao
exame direto as fezes eram aquosas, de cor clara, sem odor fétido, sem muco, pus ou sangue. Exame de leucócitos nas
fezes mostrou-se negativo.
Qual a mais provável causa dessa doença?
E uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda.

Pelo histórico epidemiológico da idade, qual deve ser o agente em questão? Cite suas características e
evolução no organismo.
O agente etiológico Vibrio choleare sorogrupos 01 e 0139, e um bacilo Gram-negativo, aeróbico, curto, curvo e móvel
que produz enteroxina. Uma proteína que induz a hipersecreção de uma solução eletrolítica isotônica pela mucosa do
intestino delgado. O Vibrião entra pela boca ,depois vai pra o estomago , os bacilos podem ser destruídos pelo ácido
gástrico . No entanto se estiverem em grande quantidade podem passar por esse obstáculo , os Vibriões que
conseguem sobreviver se instalam no intestino delgado . o meio alcalino do órgão favorece a proliferação do bacilo.
Vibrião colérico libera uma toxina que rompe o equilíbrio de sódio nadas células da mucosa do intestino e provoca a
perda de água.
Qual a sua forma de transmissão?
Principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes ou vômitos de doente ou portador. Os
alimentos e utensílios podem ser contaminadas pela água , pelo manuseio ou por moscas. Peixes ,crustáceos e
bivalves ,marinhos provenientes de água contaminada ,comidas cruas e mal cozidas , a contaminação de mananciais e
reservatórios .
Como o diagnóstico pode ser confirmado?
O diagnóstico de cólera confirma-se isolando as bactérias a partir de amostras de líquido proveniente do reto ou de
matéria fecal fresca . uma vez que a bactéria vibrio choleare não cresce nos meios de cultura rotineiros para as fezes,
deve requerer-se uma cultura especial para os microrganismos do gênero vibrio.

ATIVIDADE 13
E.S.V., 45 anos, dona de casa. QP: “pele amarela” há 19 dias. Paciente relata que há 29 dias cursa com febre 38ºC,
náuseas, vômitos, fadiga e dor em hipocôndrio direito. Refere que há 19 dias notou que a pele se mantém amarelada.
Antecedentes Médicos/Patológicos: Nega doenças pregressas e alergias. Refere internamento prévio para cirurgia em
MID, sendo necessária hemotransfusão. Hábitos de Vida: Nega tabagismo e etilismo. Sedentária.
EXAME FÍSICO: BEG e REG, eupnéica, acianótica, ictérica, febril ao toque.
PA: 120×85 mmHg; FC: 90 bpm; FR: 18 /min; Temp: 38,4 oC;
ABD: Globoso as custas de hepatoesplenomegalia, maciço a percussão.
EXT: Aquecidas, perfundidas, com presença de edema em MMII. Pulso simétricos e rítmicos.

IMPRESSÕES DIAGNÓSTICAS
Síndrome ictérica
Hepatite aguda

RESULTADO DOS EXAMES


Hemograma: leucopenia com linfocitose, anemia e trombocitopenia
Bilirrubina total: 3,1 mg/dL; bilirrubina direta: 1,2 mg/dL;
ALT: 1989
AST:1800
GGT: 102
FA: 240
Eletrólitos, ureia e creatinina: dentro dos valores de referência
Anti-HAV IgM – não reagente
AgHBs - Reagente
Anti-HBs – Não Reagente
Anti-HBc IgM – Reagente
Anti-HBc IgG – Não Reagente
Anti-HBe – Não Reagente
AgHBe - Reagente
Anti-HCV – Não Reagente
HCV RNA – Não Reagente

Segundo o quadro clínico, qual é o diagnóstico mais provável? Explique


Sintomas com características e evidencias de Hepatite B em fase
aguda ( AgHBs / Anti-HBc Igm) com níveis altos de infecção, pois se
encontra em fase de replicação viral (AgHBe.)
ATIVIDADE 14
Mulher de 42 anos, negra, casada, sem comorbidades ou queixas, é encaminhada pelo Hemocentro do HC-Unesp por
sorologia reagente para o vírus da Hepatite B em sua primeira doação de sangue. Na Infectologia, ela já tinha sido
atendida pela triagem, e retorna para consulta de caso novo com os seguintes exames:
AgHBs: Reagente;
AgHBe: Não Reagente;
Anti-HBc: Reagente;
Anti-HBe: Reagente;
Anti-HBs: Não Reagente;
ALT: 170;
Anti-HIV: Negativo;
Anti-VHC: Negativo;
Alfa-feto Proteína: 1,23 (normal); US Fígado e Vias Biliares: sem alterações.
O marido da paciente também já passou pela Triagem do e tem os seguintes exames: AgHBs:
Não Reagente;
AgHBe: Não Reagente;
Anti-HBc: Reagente;
Anti-HBe: Reagente;
Anti-HBs: Reagente;
ALT: 22;
Anti-HIV: Negativo; Anti-VHC:
Negativo.

a) Classifique e estabeleça o diagnóstico da paciente e do seu marido.


A paciente se encontra em uma infecção recente com o vírus da hepatite B, com uma lesão célula hepática, marido a
esta com imunidade ativa, constatando infecção passada.
b) Explique as possíveis formas de transmissão do Vírus no caso da paciente e de seu marido.
Por fluidos corporais como saliva ou relações sexuais.
c) Se: AgHBe Reagente e Anti-HBe não reagente, o que significaria?
AgHBe detectável no soro em fases de replicação viral início da sintomatologia Anti-HBe anticorpo na situação de
infecção aguda surge pouco tempo após a perda do Ag HBe e indica Anti-HBe Anticorpo para redução da infecciosidade
o Antigénio HBe - Está habitualmente presente nos portadores inativos do VHB.

d) Se: Anti-HIV reagente, como se classificaria o diagnóstico?


Significa que a pessoa esteve e contato e se contaminou com o vírus da AIDS.

ATIVIDADE 15
Homem de 39 anos, branco, casado, sem comorbidades ou queixas, é encaminhado à Infectologia por conta de
aumento de ALT em exames de check-up, que motivaram testagem sorológica Anti-HCV (Reagente) nos exames
periódicos na empresa onde trabalha. Atendido pela triagem, foram solicitados os seguintes exames: Anti-HCV:
Reagente; PCR RNA VHC: 346.782 UI/ml (2,54 log); ALT: 58 (normal até 40 para homens); Albumina: 4,8 (normal);
Coagulograma e Bilirrubinas: sem alterações; HBsAg: Não Reagente; AgHBe: Não Reagente; Anti-HBc: Reagente; Anti-
HBe: Reagente; AntiHBs: Reagente; Anti-HIV: Negativo; Alfa-feto Proteína: 5,62 (normal); US Fígado e Vias Biliares: sem
alterações.
a) Classifique e estabeleça o diagnóstico do paciente.
O paciente está com Hepatite C aguda assintomática e imunizado contra hepatite B por infecção recente.
b) É necessário testar a esposa do paciente? Por quê?
Sim, apesar de pouco provável a hepatite C pode ser transmitida via sexual, é preciso testar também para hepatite B,
que de fato é uma IST.
c) Explique as possíveis formas de transmissão do suposto vírus no caso do paciente.
O vírus da hepatite C é transmitido principalmente por via sanguínea, através de cortes, compartilhamento de objetos
como seringas e alicates, transfusão sanguínea etc. Também pode ser transmitida via sexual e na gravidez embora
muito improvável.
ATIVIDADE 16
Mulher com 42 anos, professora, natural de São Paulo, residente em Belém há vários anos. História da Doença Atual -
Procurou atendimento médico em 20/6/2018, relatando início dos sintomas em 15/6/2018, com febre, cefaléia,
astenia, anorexia, dor lombar e dores nos membros inferiores. Negava prurido, queixas digestivas, respiratórias ou
urinárias. História pregressa de rubéola, confirmada por sorologia. No último final de semana que antecedeu o início
dos sintomas, freqüentou um sítio numa cidade vizinha. Não havia relato de outros casos febris entre as pessoas que
também estiveram no sítio junto com a paciente, porém, alguns vizinhos seus em Belém estavam com suspeita de
dengue.
Exame Físico Geral - Tax 38,5ºC. PA – 120 x 80mmHg. Peso - 62,5Kg. Orofaringe: normal, ligeiro exantema do tipo
eritematopapular em todo o corpo. Ausculta pulmonar, ausculta cardiovascular e abdome: sem anormalidades.
Conduta Diagnóstica - Foi solicitado hemograma e sorologia para dengue (1ª amostra). Hemograma; Leucócitos
5.100/mm3 (diferencial sem alterações) e plaquetograma normal. Conduta Terapêutica - Prescrito paracetamol 750 mg
por via oral a cada 6 horas em caso de dores ou febre, hidratação oral com líquidos à vontade e retorno para avaliação
em 48 horas. Os Fatos - Em 25/06/20018 - Houve regressão total dos sintomas, persistindo apenas ligeira astenia.
Recebeu alta médica.
Sobre o caso acima, responda:
1. Quais as hipóteses diagnósticas para o caso?
Diante de uma suspeita, para comprovar se há vírus da Dengue presente no soro do paciente, deve-se diagnosticar o
exame sorológico após o sexto dia do aparecimento de doença febril aguda, para aplicação da técnica Sorológica a
mais utilizada é o de ELISA, deve-se solicitar Hemograma completo e caso seja observado presença de plaquetopenia,
suspeita-se de Dengue hemorrágica, deve-se realizar a técnica Prova do Laço.

2. Qual a hipótese mais prováveis?


Os sintomas desenvolvidos no individuo acometido pela Dengue, são específicos, então mediante o exame físico, clinico
e resultado terapêutico, podemos afirmar que a patologia existente neste paciente é Dengue.

3. Que exames complementares seriam necessários?


Para complementar, podemos sugerir a Prova do laço, mesmo que o resultado do Plaquetograma, tenha constado
normal, devemos realizar a técnica, para identificarmos se há indícios, de uma possível Dengue hemorrágica, em caso
de positivo a Prova do Laço, é recomendável a realização do plaquetograma novamente, para uma análise mais
precisa, o objetivo é diminuir as chances de resultado falso-negativo.

4. Que outros dados epidemiológicos seriam importantes para o caso?


Análise do histórico de atendimentos de outras pessoas, neste mesmo hospital, durante os dias anteriores e ou durante
os dias citados pelo paciente, imprescindível pessoas moradoras da mesma região.

5. A conduta clínica está satisfatória? Você faria diferente?


Solicitaria a realização de uma nova coleta do material biológico do paciente, já que o resultado dos Leucócitos
apresentou-se dentro do valor de referência, 5.100 mm|\3 e para o diferencial das células, apresentou-se sem
alterações. A Dengue clássica, apresenta achados no hemograma de Leucopenia e Linfocitopenia, diante do resultado
citado acima, quando comparado ao quadro físico da paciente podemos suspeitar de erro na fase pré-analítica, após a
repetição do Hemograma, em caso de aparecimento de Plaquetopenia menor que o valor de referência, solicitaria a
Prova do Laço, a realização da Sorologia é indispensável.

ATIVIDADE 17
Uma jovem de 26 anos, residente em Ubatuba – SP apresenta a seguinte história da doença atual: Em 17/3/2019,
procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) queixando-se de febre alta, de início abrupto, acompanhada de cefaléia
intensa, mal-estar geral, dor retro-orbitária, náuseas, vômitos e dois episódios de evacuações líquidas, com início do
quadro há três dias. Achava que estava com dengue. Paciente na 29ª semana de gestação. Negava perdas de sangue via
vaginal.
Exame Físico Geral - BEG, corada, hidratada, anictérica, Tax 39ºC, PA deitada: 120x80mmHg, Pele sem lesões, Segmento
cefálico e tórax sem alterações. Abdome: gravídico, normotenso, indolor. Neurológico: sem alterações. Feita a hipótese
diagnóstica de dengue, o médico realizou um teste da seguinte maneira: com a paciente deitada, insuflou o manguito
do esfigmomanômetro até 150mmHg por cinco minutos. Em seguida, desinsuflou o manguito e, num quadrado de
2,5cm por 2,5cm, não contou nenhuma petéquia. A prova foi considerada negativa. Sobre o caso acima, responda:

1. Cite pelo menos 3 hipóteses diagnósticas para o caso.


Dengue, Influenza, Infecção do trato urinário, Meningite, e outras doenças infecciosas, conforme realidade
epidemiológica regional.
2. O texto oferece informações suficientes para as hipóteses diagnósticas da questão 1, cite três elementos no quadro
clínico que sustentem cada Hipótese diagnóstica.
Dengue e Influenza: febre, cefaléia, e dor retroorbitária.
Infecção do trato urinário: febre, mal-estar geral, e evacuações líquidas
Meningite: febre, cefaléia, e vômitos
Malária: febre, cefaléia, e vômitos
3. Meningite seria uma hipótese diagnóstica possível? Explique.
Sim, pois a meningite está relacionada com os possíveis sintomas indicados pela paciente, febre, cefaleia, mal-estar, e
ritmo cardíaco acelerado.
4. Por estar grávida, esta paciente tem maior risco de desenvolver formas complicadas de dengue?
Toda grávida infectada, por exemplo, precisa permanecer em observação até a hora do parto, independentemente do
momento em que foi picada pelo Aedes aegypti ao longo dos nove meses e da gravidade dos sintomas. Um dos grandes
problemas nesse grupo é a possibilidade de hemorragia, uma complicação conhecida da enfermidade. Ao tentar conter
a invasão, nosso próprio sistema de defesa pode destruir as plaquetas, que são as células responsáveis por coagular o
sangue (e, portanto, estancar ferimentos). se os sangramentos provocados pela ausência de plaquetas já são perigosos
em uma pessoa saudável, em uma gestante ainda podem causar aborto ou nascimento prematuro.
5. Qual teste foi realizado com o esfigmomanômetro? Este teste foi realizado de forma adequada?
PA sentada – definir hipotensão postural, O Esfigmomanômetro modificado utilizado na avaliação da assimetria de
forças musculares. Prova do laço foi feita de forma incorreta.
ATIVIDADE 18
Homem de 47 anos, branco, casado, natural e residente de Ituaçu- BA, agricultor e empresário no setor cafeeiro.
Procurou o serviço de atenção básica em seu município queixando-se de febre e dor de cabeça intensa, pulsátil e súbita
há 3 dias. Relatou ainda vômitos frequentes nas últimas 48 horas, antecedidos por náuseas. Refere também mialgia,
artralgia e cefaléia moderada. Os sintomas apresentados apareceram de forma súbita. Paciente relata que há duas
semanas viajou à trabalho para a região do Vale do Mucuri - MG, passando por várias cidades do Estado. Relata que
visitou cachoeiras e lugares de turismo local na mata, além de alimentar-se de algumas comidas típicas da região, como
o feijão tropeiro. Em seu relato, informou que fez uso de paracetamol (2 comprimidos de 500mg) no dia anterior por
conta própria, para melhorar os sintomas de dor e febre. Nega uso de outros medicamentos, alcoolismo e tabagismo.
Desconhece o seu calendário vacinal.
Ao exame físico, apresenta bom estado geral, alerta, orientado em espaço e tempo. Refere fraqueza para deambulação,
alegando mialgia e artralgia. Paciente aparenta palidez e leve icterícia ocular, turgor e elasticidade da pele diminuídos.
FC: 57 bpm; FR: 14 ipm; PA: 100 x 50 mmHg, Temperatura: 37,5ºC.
Cabeça e pescoço: Cefaléia, escleras ictéricas (++/4), linfonodos (submandibulares e submentonianos) discretamente
palpáveis sem sinais de malignidade.
Sistema Nervoso, Respiratório e Cardiovascular: NDN
Abdome: Fígado e baços palpáveis. Dor na região epigástrica graduada em 4/10, sem visceromegalias e sinais de
irritação peritoneal.
Membros: Mialgia e artralgia (6/10), principalmente em grandes articulações.
Exames laboratoriais:
Hb e Ht normais, Leucócitos: 4000/mL (VR: 5-10 mil/mL com linfocitose e Plaquetograma normal Transaminases
alteradas
Tempo de coagulação aumentado
Urina coluria (bilirrubinas positivas) Sobre
o caso acima, reponda:
1 – Quais os diagnósticos diferenciais para o caso acima?
O diagnóstico do paciente A.C.R.S. é dado pelos exames laboratoriais, nos quais são observados leucopenia, linfocitose e
plaquetopenia acentuadas nas formas graves, porém em casos assintomáticos ou oligossíntomáticos o hemograma
pode ser normal. Além desses achados, observam-se taxas elevadas das aminotransferases, alterações nos fatores de
coagulação (principalmente protrombina, fator VII e tromboplastina), diante disto, o paciente apresenta tempo de
coagulação alterado, logo, uma maior vulnerabilidade a hemorragias. Além do hemograma, a análise urinária pode
apresentar bilirrunúnia, evidenciando a insuficiência hepática; hematúria; proteinúria acentuada, com valores acima de
500 mg/100mL de urina. A manifestação dos sinais e sintomas não é motivo suficiente para se desconfiar diretamente
de Febre amarela, logo, temos como diagnósticos diferenciais a leptospirose, malária, hepatites virais, febre tifoide,
mononuclease infecciosa, septicemias, púrpura troambocitopênica e acidentes por animais peçonhentos.
2 - Qual a principal hipótese diagnóstica?
A pricipal hipótese de diagnóstico é a Febre amarela, a febre amarela pode se manifestar em 5 formas: Assintomática,
leve, moderada, grave e maligna. Na forma leve, o paciente apresenta um quadro clínico autolimitado com febre e
cefaleia com duração de dois dias; na fase moderada, os sintomas duram de dois a quatro dias, com febre, cefaleia,
mialgia e artralgia, congestão conjuntival, náuseas, astenia e alguns fenômenos hemorrágicos como a epistaxe,
podendo haver ainda a subicterícia; a forma grave apresenta seus sinais e sintomas se manifestam após 5 a 6 dias de
incubação de forma abrupta, perdurando cerca de 4-5 dias com febre alta, sinal de Farget, cefaleia intensa, mialgia
acentuada, icterícia, epistaxe, dor epigástrica, hematêmese e melena; a última forma de manifestação da febre
amarela é a maligna, em que ocorre a toxemia abrupta, encefalopatia e os demais sintomas da forma grave. Após 5 a 7
dias a insuficiência hepatorrenal e a coagulação intravascular disseminada instalam-se, na forma maligna.
3 - Quais os fatores clínicos/laboratoriais/epidemiológicos sustentaram o diagnóstico principal?
Os fatores clínicos do levando em consideração os achados laboratoriais e epidemiologia, considera se que o paciente
viajou á trabalho para a região do vale do Mucuri-MG, , visitou cachoeiras, lugares de turismo na mata e se alimentou
de comidas típicas. Geralmente, quem contrai o vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos.
As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular,
náuseas e vômitos por cerca de três dias, todos os sintomas foram relatados no paciente, a febre amarela é difícil de
diagnosticar e o diagnóstico muitas vezes é baseado nas características clínicas do paciente, nos locais e datas de
viagens (se o paciente é de um país ou área não endêmica), nas atividades e na história epidemiológica do local onde a
presumida infecção ocorreu.Geralmente, o diagnóstico por laboratório é realizado por meio de testes para detecção de
anticorpos específicos. Às vezes, o vírus pode ser encontrado em amostras de sangue coletadas no estágio inicial da
doença. Os resultados dos testes estão normalmente disponíveis entre 4 e 14 dias após o recebimento da amostra.
4 – Para confirmação diagnóstica, qual seria(m) o(s) exame(s)?
Para diagnosticar e confirmar se o paciente realmente esta com febre amarela como suspeita, o exame de RT-PCR,
também conhecido como teste molecular, é capaz de descobrir, ainda em estágio precoce, o vírus da febre amarela

ATIVIDADE 19
HOMEM DE 19 ANOS, BRANCO, SOLTEIRO, PROCURA O SERVIÇO DE INFECTOLOGIA POR TESTAGEM ANTI-HIV
REAGENTE, MOTIVADA PELA REVELAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO PELO HIV EM UM EX-PARCEIRO SEXUAL. ESTÁ
COMPLETAMENTE ASSINTOMÁTICO NO MOMENTO, E REFERE NOS ANTECEDENTES PESSOAIS, APENAS FERIDA ÚNICA E
INDOLOR EM PÊNIS HÁ CERCA DE UM ANO, QUE CICATRIZOU SOZINHA. EXAME FÍSICO NORMAL. REFERE ORIENTAÇÃO
HOMOSSEXUAL, JÁ TEVE MAIS DE 10 PARCEIROS, SEMPRE FAZENDO USO IRREGULAR DO PRESERVATIVO. NO
MOMENTO, MANTÉM RELAÇÃO SEXUAL COM PARCEIROS EVENTUAIS, TAMBÉM SEM USO ROTINEIRO DE
PRESERVATIVO, NÃO TEM COMPANHEIRO FIXO. NEGA TER RECEBIDO HEMOTRANSFUSÕES, E USO DE DROGAS
INJETÁVEIS. TEM VÁRIAS TATUAGENS PELO CORPO, USA ALGUNS PIERCINGS E ALARGADORES DE ORELHA, REFERE
FAZER USO RECREATIVO DE COCAÍNA INALATÓRIA, ECTASY, LSD E MACONHA. NA INFECTOLOGIA, JÁ FOI ATENDIDO NA
TRIAGEM, E RETORNA PARA CONSULTA DE CASO NOVO COM OS SEGUINTES EXAMES:
ANTI-HIV (TESTE RÁPIDO): REAGENTE
ANTI-HIV (IMUNOFLORESCÊNCIA): REAGENTE
AGHBS: NÃO REAGENTE
AGHBE: NÃO REAGENTE
ANTI-HBC: REAGENTE
ANTI-HBE: REAGENTE
ANTI-HBS: 189,32 (REAGENTE)
ANTI-VHC: NEGATIVO
TESTE TREPONÊMICO: REAGENTE; VDRL: 1/256
CD4: 576

A. COMO SE ESTABELECE O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE INFECÇÃO PELO HIV? NO CASO, ESTÁ CONFIRMADA?
HIV reagente.
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil temos
os exames laboratoriais (como o Elisa e o Western Blot) e os testes rápidos, que detectam os anticorpos
contra o HIV em cerca de 30 minutos.

B. QUAIS SERIAM OS DESFECHOS POSSÍVEIS SE O PACIENTE NÃO FOSSE DIAGNOSTICADO NESSE MOMENTO?
Em todos os casos, a infecção pelo HIV pode ser detectada em, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso
porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no material coletado. Esse período
é chamado de janela imunológica. Conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a
expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus. Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo
certo e segue as recomendações da equipe de saúde ganha muito em qualidade de vida
C. COMO ORIENTAR O PACIENTE EM RELAÇÃO AOS EX-PARCEIROS?
Para interromper a transmissão dessas infecções e evitar a reinfecção, é fundamental que as parcerias também sejam
testadas e tratadas, com orientação de um profissional de saúde.
As parcerias sexuais devem ser alertadas sempre que uma IST for diagnosticada. É importante a informação sobre as
formas de contágio, o risco de infecção, a necessidade de atendimento em uma unidade de saúde, as medidas de
prevenção e tratamento (ex.: relação sexual com uso de camisinha masculina ou feminina até que a parceria seja
tratada e orientada).
D. EXPLIQUE AS POSSÍVEIS FORMAS DE TRANSMISSÃO DO HIV NO CASO DA PACIENTE.
As possíveis transmissões seria por relação sexual sem o uso de preservativos, sexo com muitos parceiros, uso de
agulhas compartilhadas na hora de realizar tatuagens, pircing, e alargadores de orelha.

E. HÁ NECESSIDADE DE TRATAMENTO DO HIV NO CASO DO PACIENTE?


Sim, O tratamento deve ser recomendado em indivíduos assintomáticos, com contagem de linfócitos T-CD4+ (LT-CD4+)
entre 200 e 350/mm3
F. COMO PODE SER FEITO O MONITORAMENTO DA CARGA VIRAL (HIV) NESTE PACIENTE?
O monitoramento da carga viral (HIV) tem que ser realizada com tempo estabelecido pelo profissional da saúde,
importante no monitoramento da adesão das PVHA à TARV e pode ajudar os serviços na organização do trabalho e do
resgate dessas pessoas para avaliação e condutas necessárias.

ATIVIDADE 20
PACIENTE DE 25 ANOS, MASCULINO, SOLTEIRO, DEU ENTRADA NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HOSPITAL MUNICIPAL, COM QUEIXA PRINCIPAL
DE TOSSE SECA, QUE PIORAVA A NOITE, ASSOCIADA A FEBRE HÁ 6 DIAS, DE ATÉ 39 GRAUS, QUE CEDIA COM USO DE 30-40
GOTAS DE DIPIRONA. RELATA PROCEDIMENTO CIRÚRGICO APÓS UM ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO QUE CONTOU COM TRANSFUSÃO DE
SANGUE HÁ CERCA DE 5 ANOS, SEM DEIXAR SEQUELAS. HÁ DOIS MESES DESENVOLVEU LESÕES CUTÂNEAS CAUSADAS POR HERPES -ZÓSTER NO
MEMBRO INFERIOR ESQUERDO , QUE APÓS TRATAMENTO COM O ANTIVIRAL ACICLOVIR REGREDIRAM. COM A OCORRÊNCIA DESSE EPISÓDIO O
PACIENTE REFERIU SER SABIDAMENTE HIV POSITIVO E NEGOU ESTAR FAZENDO USO DA TERAPIA ANTI-RETROVIRAL . HÁ 2 DIAS ASSOCIOU-SE AO
QUADRO ATUAL UM ESFORÇO RESPIRATÓRIO E DISPNEIA PROGRESSIVA , COM CONSEQUENTE FADIGA . EM RELAÇÃO AOS ANTECEDENTES
MÓRBIDOS PESSOAIS NEGOU ALERGIA, REFERIU SARAMPO NA INFÂNCIA. O PACIENTE NEGA ETILISMO, TABAGISMO E USO DE DROGAS ILÍCITAS . O
PACIENTE EM QUESTÃO RELATA NÃO SABER COMO CONTRAIU HIV E QUE NÃO TEM CONHECIMENTO DE NENHUMA
PARCEIRA ANTERIOR QUE POSSA TER TRANSMITIDO A ELE.
ANTI-HIV (ELISA): REAGENTE
HEMOGRAMA: HB 13,0 G/DL; 4600 LEUCÓCITOS COM 19 % DE LINFÓCITOS E 70% DE NEUTRÓFILOS, SEM DESVIO; 141.000
PLAQUETAS.
DHL 680 UI/L (NORMAL ATÉ 280).
BACTERIOSCOPIA E PESQUISA NO ESCARRO DO PNEUMOCYSTIS JIROVECI: POSITIVAS. CONTAGEM DE
LINFÓCITOS CD4: 146 CÉLULAS/MM³ (1500 A 5000/ MM³)

A. QUAL O PROVÁVEL DIAGNÓSTICO DO PACIENTE


Pneumonia por Pneumocytis jiroveci, e HIV, em estágio de AIDS.

B. QUAL A PROVÁVEL FORMA DE TRANSMISSÃO


A principal forma de transmissão do Pneumocytis jiroveci é através das vias aéreas.

C. EM QUE FASE DA INFECÇÃO O PACIENTE SE ENCONTRA?


O HIV se encontra na fase de AIDS, que se caracteriza pelos linfócitos CD4 abaixo de 200 células/mm³ e pela ocorrência
de infecções oportunistas.A pneumonia por Pneumocytis jiroveci está na fase aguda.

D. POR QUE O PACIENTE NÃO APRESENTOU SINAIS E SINTOMAS ANTERIORMENTE AO QUADRO ATUAL?
Não apresentou sintomas anteriormente pois o HIV pode fica em estágio assintomático durante anos, sem causar danos
ao organismo. Após entrar e atividades surgiram as infecções oportunistas como a pneumonia por Pneumocytis jiroveci.
ATIVIDADE 21
A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DO MUNICÍPIO SOLICITOU AO BANCO DE SANGUE LOCAL INFORMAÇÕES QUANTO À
UMA TRANSFUSÃO REALIZADA NUM PACIENTE, BRANCO, 21 ANOS, QUE ATUALMENTE SE ENCONTRA INTERNADO COM
QUADRO INESPECÍFICO DE SINTOMAS COMO MIALGIA, TOSSE SECA, CEFALEIA, DOR DE GARGANTA E FEBRE. O EXAME
FÍSICO AINDA DEMONSTROU A PRESENÇA DE LESÕES CUTÂNEAS COM BORDOS ELEVADOS E COLORAÇÃO CASTANHA
(ALGUMAS ERUPÇÕES). O PACIENTE RELATA TER RECEBIDO TRANSFUSÃO SANGUÍNEA HÁ 2 ANOS POR OCASIÃO DE
UMA CIRURGIA DE ESPLENECTOMIA PÓS-TRAUMÁTICA (ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO). É UNIVERSITÁRIO, TEM UMA
NAMORADA HÁ 7 MESES, É HETEROSSEXUAL E MONOGÂMICO. NÃO FAZ USO DE DROGAS, NEM É ETILISTA.
O BANCO DE SANGUE RASTREOU AS BOLSAS TRANSFUNDIDAS NO CITADO PACIENTE E RELATOU QUE OS EXAMES
SOROLÓGICOS ESTAVAM
NEGATIVOS, O QUE PERMITIA A TRANSFUSÃO. AO RASTREAR TAMBÉM OS DOADORES DAS BOLSAS DE SANGUE (5
DOADORES) QUE FORAM TRANSFUNDIDAS AO PACIENTE ATUAL, IDENTIFICARAM QUE 2 DELES, FIZERAM NOVAS
DOAÇÕES NESTE INTERVALO DE TEMPO, SENDO QUE
1 DELES APRESENTOU TESTE POSITIVO PARA HIV NUMA DOAÇÃO REALIZADA 6 MESES APÓS A PRIMEIRA DOAÇÃO.

A. QUAIS EXAMES DEVEM SER REALIZADOS NO PACIENTE ATUAL PARA DEFINIÇÃO DO DIAGNÓSTICO?
O imuno ensaio enzimático (ELISA) é o teste de triagem diagnóstico padrão para o HIV, sendo o mais realizado para
diagnosticar a doença. Nele, profissionais de laboratório buscam por anticorpos contra o HIV no sangue do paciente.
B. POR QUE A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ENTROU EM CONTATO COM O BANCO DE SANGUE, QUAL A RELAÇÃO
COM O PACIENTE ATUAL?
A Vigilância Epidemiológica (VE) do DIAHV tem por objetivo a observação e análise permanente da situação
epidemiológica das IST, do HIV/aids, das hepatites virais e coinfecções, articulando-se em um conjunto de ações
destinadas à promoção, prevenção e recuperação da saúde. Também visa subsidiar com informações relevantes os
processos de formulação, gestão e avaliação das políticas e ações públicas de importância estratégica. Em suma,
informações para ação.
C. SE AS BOLSAS TRANSFUNDIDAS AO PACIENTE ATUAL ESTAVAM COM SOROLOGIA NEGATIVA E, PORTANTO, APTAS À
SEREM TRANSFUNDIDAS, POR QUE PODEM TER RELAÇÃO COM A POSSÍVEL INFECÇÃO APRESENTADA PELO PACIENTE
ATUAL?
Ao rastrear os doadores das bolsas, 5 doadores que foram transfundidos ao paciente atual, 2 identificaram que foram
no mesmo intervalo de tempo e q deles apresentou falso positivo depois, ambos receberam a transfusão na mesma
época e o paciente se encontra com sintomas.
D. SE CONSIDERAR JANELA IMUNOLÓGICA, QUAL EXAME PODERIA TER SIDO REALIZADA NAS AMOSTRAS DOADORES A
FIM DE EVITAR FALSOS NEGATIVOS?
Diagnóstico negativo, mesmo com a doença presente. Isso ocorre quando existe a chamada janela imunológica, ou seja,
o resultado foi negativo por não ter havido tempo de o HIV se manifestar no organismo, o ideal é fazer o exame após 30
dias da relação desprotegida, pois feito esse exame antes de 30 dias, poderá obter resultado falso negativo.
ATIVIDADE 22
UM PACIENTE DEU ENTRADA AO PS DE UM HOSPITAL COM NÍVEL DE CONSCIÊNCIA REBAIXADO, CONFUSO E FORTE CEFALEIA FEBRIL.
HAVIA REGISTROS DESTE MESMO PACIENTE COM PASSAGENS ANTERIORES NO HOSPITAL POR 2 QUADROS DE PNEUMONIA (1 COM
INTERNAMENTO
POR 6 DIAS) E 1 QUADRO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO . O EXAME FÍSICO REVELOU LESÕES DE PEQUENAS EXTENSÕES E DE COLORAÇÃO
ACASTANHADA NO TRONCO. O QUADRO NEUROLÓGICO INDICOU A NECESSIDADE DE UM EXAME DE LÍQUOR (LCR) PARA ROTINA COMPLETA E
PESQUISA ESPECÍFICA DE CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS.
OS RESULTADOS DA ROTINA DO LCR APRESENTARAM PREDOMÍNIO DE MONOMORFONUCLEARES, PROTEÍNAS AUMENTADAS E A PESQUISA DE
CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS, FOI POSITIVA.

A. QUAL O POSSÍVEL DIAGNÓSTICO DESTE PACIENTE? EXPLIQUE


HIV, devido ao acometimento de uma diversidade de patologias, em um curto intervalo de tempo, isso nos leva a
suspeitar que as células de defesa desse paciente estão comprometidas. Início do desenvolvimento do quadro de
Meningite, de acordo com o resultado da técnica realizada a partir da obtenção do LCR, especialmente a presença de
proteínas aumentadas, bem como, achados de Cryptococcus Neoformans positivo.
B. QUAL A RELAÇÃO DO CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS COM O DIAGNÓSTICO DESTE PACIENTE?
A Cryptococose se relaciona com o nível confuso rebaixado de consciência do paciente, forte cefaleia e febril, ou seja,
são manifestações relacionadas as consequências devido ao acometimento deste fungo, bem como, desenvolvimento
da patologia indicada.
C. QUAL A RELAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ATUAL COM AS PASSAGENS ANTERIORES DESTE PACIENTE PELO HOSPITAL ?
A Cryptococose acomete pessoas debilitadas, como por exemplo, pacientes que passaram por transplantes de órgãos
recentemente e ou em uso de imunossupressores, pacientes em tratamento prolongado de corticoides fortes, na
maioria dos casos, pacientes portadores de HIV, são acometidos facilmente pela doença. Como este paciente possui
histórico recente de dois quadros de pneumonias e infecção urinária, podemos observar a debilitação deste paciente e
consequentemente um cenário propenso ao desenvolvimento da patologia citada.

D.QUAL EXAME PODERIA FAZER O MONITORAMENTO DA DOENÇA DIAGNOSTICADA?


O diagnóstico para identificação do fungo, Cryptococcus Neoformans, fundamenta-se na análise do liquido
cefalorraquidiano, por intermédio da técnica, direta mediante realização em meio de cultura. Utilizando o sedimento
LCR, preparado com tinta da china, analisado mediante a técnica de microscopia, oferece maiores possibilidades
diagnósticas em meio Saboroud. Para melhor monitoramento, pode ser feito o exame citológico. Podemos também
aplicar a técnica de citometria de fluxo e centrifugação, para dosagem de proteínas, glicose, lactato, enzimas e
pigmentos.
ATIVIDADE 23
O exame microscópico do sedimento urinário pode contribuir para o diagnóstico de várias doenças do trato
genitourinário e sua realização requer habilidades específicas resultantes da firmação e do exercício profissional do
analista laboratorial. As imagens nas figuras a seguir representam a visão microscópica do sedimento urinário.

STRASINGER, S. K. Urinálise e fluidos corporais. Livraria Médica Paulista, 5. ed. 2009.

a-) em ordem crescente e de acordo com a indicação das setas, as figuras de 1 a 4 correspondem à quais estruturas?
Fundamente sua resposta.
Na primeira imagem as Hemácias são as células arredondadas, Cristais de ácido úrico: são as formações que ocorre pelo
acumulo de ureia. Células epiteliais: De origem da descamação da vesícula urinaria. Leucócitos: Indicativo de processo
inflamatório.

ATIVIDADE 24
Paciente, gestante (5 meses), 31 anos, deu entrada ao PS do Hospital Maternidade, com forte disúria, desconforto no
baixo ventre e lombalgia. Sua PA no momento do atendimento era de 125x75 mmHg. A paciente apresentou carteira de
pré-natal com exames normais. O médico assistente solicitou, exame de Urina I e dosagem de Proteínas no sangue
(PréEclâmpsia?).
Os resultados foram:
Proteínas: 7,6 g/dL (VR < 7,0 mg/dL)
Urina I: pH: 4,5 densidade: 1,025
Aspecto Turvo
Cheiro: Fétido
Proteínas: (+) (VR: Negativo)
Nitrito: (+) (VR: Negativo)
Leucócitos: 38.000/ml (VR: < 10.000/mL)
Hemácias: 12.000/ml (VR: < 10.000/mL)
Muco: (++) (VR: ausente)
Bacteriúria: Moderada (VR: ausente)
Qual o provável diagnostico desta paciente? Justifique.

Sintoma de disúria , desconforto no baixo ventre e lombalgia são características de infecção urinária, achados como PH
acido, aspecto turvo, odor fétido evidenciado, atividade de micro-organismos, presença moderada de bactérias, muco
por defesa do próprio organismo, nitrito positivo, o que comprova presença de bactéria o que são capazes de converter
nitrato, o que não é muito favorável por questões de resistência a antimicrobianos. Presença de leucócitos,
aumentados, Portanto temos vários indicativos de que se trata de ITU, para confirmação é preciso solicitar
UROCULTURA.

ATIVIDADE 25
Um operário de 29 anos sentiu dor torácica ao manejar uma ferramenta de trabalho. A intensidade da dor e a era
moderada e ele achou que tinha condições de continuar a trabalhar. Ao longo do dia começou a sentir uma dor aguda
ao respirar e uma sensação de aperto na parte anterior do peito. Como não melhorava, ao final do segundo dia o
operário foi levado à emergência de um hospital próximo e internado após um breve exame. Os resultados do
eletroencefalograma e do raio - X de tórax foram normais. No entanto, o exame de sangue mostrou um nível elevado
da enzima lactato desidrogenase (LDH) no plasma (400mg/dl). O nível de LDH plasmático permaneceu acima da
normalidade nos quatro dias subsequentes. Não ocorreu nenhum outro problema físico ou laboratorial e a dor torácica
regrediu aos poucos, mediante repouso. A elevação da atividade de LDH no plasma do paciente justificou a análise do
seu padrão de isoenzimas. Essa análise indicou um aumento das isoenzimas M4 e HM3.
Para que não restassem dúvidas sobre a origem da lesão analisou-se a presença no sangue de uma outra enzima, a
creatina quinase (CK). Os resultados do paciente mostraram um aumento de CK total no plasma, em função da
isoenzimas MM.
→ Questões
1. Quais seriam os diagnósticos possíveis para o quadro apresentado pelo paciente?
Neste quadro várias doenças que lesionam células, como anemia hemolítica e infarto.
2. Explique o que são isoenzimas sob o ponto de vista estrutural e cinético.
As enzimas são proteínas que catalisam reações químicas diferentes no organismo, porem as isoenzimas ou isozimas
são enzimas que catalizam a mesma reação mas diferem em suas propriedades físicas, devido a diferenças
genéticamente determinadas. Em geral, as isoenzimas estão em diferentes órgãos em concentrações características.
3. Estabelecer a relação existente entre as isoenzimas da LDH com os seus tecidos de origem.
O LDH, também chamado de desidrogenase láctica ou lactato desidrogenase, é uma enzima presente dentro das células
responsável pelo metabolismo da glicose no organismo. Essa enzima pode ser encontrada em diversos órgãos e tecidos
e, por isso, a sua elevação é pouco específica, sendo indicada a realização de outros exames para que se possa chegar a
um diagnóstico.
No caso de haver resultado alterado do LDH, além de outros exames, pode ser que o médico indique a dosagem das
isoenzimas LDH, cuja elevação pode indicar alterações mais específicas:
• LDH-1, que está presente no coração, hemácias e rins;
• LDH-2, que pode ser encontrada no coração, em menor quantidade, e nos leucócitos;
• LDH-3, que está presente nos pulmões;
• LDH-4, que é encontrado na placenta e no pâncreas;
• LDH-5, que é encontrado no fígado e no músculo esquelético.
4. Estabelecer a relação existente entre as isoenzimas da CK com seus tecidos de origem.
Creatina quinase, é uma enzima encontrada no coração, cérebro, músculo esquelético em outros tecidos. Enzimas são
proteicas e aceleram as funções normais das células, isoenzimas da Ck.
5. Porque a análise das isoenzimas da CK foi necessária para um diagnóstico mais preciso? Porque apenas a
análise das isoenzimas da LDH não foi suficiente?
A diagnostico da creatina quinase total não é mais recomendada para o diagnostico de infarto do miocárdio, por causa
da ampla distribuição nos tecidos, resultado em baixa especificidade .
6. Explique que cuidados devem ser tomados ao se colher amostras de sangue para as dosagens enzimáticas.
Evitar atividade física nas últimas 24horas antes da coleta feita com, seringa e agulha, transferir delicadamente o
sangue para evitar hemólise, com o bisel da agulha em contado com a parede do tubo, medicações intramusculares
devem ser suspensas, efetuar nova coleta caso haja hemólise e processar rapidamente as amostrar, após a coleta.
7. Com base nos sintomas e nas dosagens enzimáticas faça o diagnóstico do que ocorreu no paciente.
Paciente encontrava – se com dor no tórax e continuou trabalhando piorando seu quando de dor e aperto no
peito, ao ser levado com urgência para o hospital, seus exames de LDH e Ck, estão alterados indicando um
possível infarto.
ATIVIDADE 26
Um homem de meia idade, obeso, foi levado a sala de emergência após um acidente automobilístico. O paciente
afirmou que estivera com falta de ar e um pouco tonto, logo antes da batida. O exame físico sugeria ou um acidente
vascular cerebral (AVC) ou um infarto do miocárdio. O paciente foi internado para observação e amostras de sangue
para a dosagem da creatina quinase e outras enzimas foram coletadas periodicamente.
→ Questões

1. Qual seria o propósito de dosar a creatina quinase várias vezes durante a internação?
Por ser um marcador mais específico para a detecção de lesões do miocárdio do que CK Total. Dosagens seriadas
aumentam a sensibilidade para o diagnóstico de IAM.
2. Como as isoenzimas da creatina quinase poderiam ser separadas?
As isoenzimas da creatina quinase (CK), denominadas CK-MB, CK-MM e CK-BB, não podem ser separadas por
cromatografia, pois apresentam-se covalentemente ligadas entre si.
3. Qual é a relação da concentração da creatina quinase no sangue e a extensão da lesão tecidual?
A principal atividade da enzima CK é no tecido muscular (esquelético e cardíaco), cuja principal função é fosforilar de
forma reversível a creatina à custa do ATP com a formação de creatina fosfato. A creatina fosfato é produzida nos
períodos de repouso, por fosforilação à custa da transferência do grupo fosfato do ATP e, durante a atividade muscular,
a reação processa-se no sentido inverso, na síntese de ATP. É uma enzima citosólica ou associada a estruturas das
miofibrilas. Deste modo, qualquer lesão nas células destes órgãos provocará um aumento nos níveis séricos de CK.

ATIVIDADE 27
QUADRO CLÍNICO
Paciente do sexo masculino, 46 anos.

COM BASE NOS DADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS, PROPOMOS AS SEGUINTES QUESTÕES PARA DISCUSSÃO DO CASO:
Com base no resultado do hemograma e nas fotos da extensão sanguínea indique a hipótese diagnóstica laboratorial e
faça uma breve discussão sobre sua escolha.

DADOS LABORATORIAIS
HEMOGRAMA

Eritrócitos 4.580.000/uL
Segundos os resultados
obtidos em exame, o
Hemoglobina 12,6 g/dL paciente apresenta quadro
de anemia devido as taxas de
Volume globular 39,0% hemoglobina estarem abaixo
do valor de referência,
VCM 85,1 fL plaquetopenia que é
sugestivo de infecções como
dengue, uso de remédios,
HCM 27,5% doenças que alteram a
imunidade, existência de
CHCM 32,3% células tumorais dentre
outros. Leucocitose
exagerada caracterizada pela
Leucócitos 14.800/uL
presença de células imaturas
(mieloblastos, promielócitos
Plaquetas 106.000/uL
e mielócitos) além das
formas mais maduras
Linfócitos 03% sugestivo de reação
leucemóide. Pode estar
Monócitos 01% associada a infecções graves
ou crônicas, hemólise grave
ou metástases. O
Prómielócitos 01%
aparecimento de granulações
tóxicas e corpúsculos de
Mielócitos 02% Döhle auxiliam no
diagnóstico diferencial com a
Metamielócitos 02% leucemia mieloide crônica.
Hipótese diagnóstica :
Bastonetes 13% Leucemia mielóide crônica
com quadro de anemia e
plaquetopenia.
Segmentados 78%

Neutrófilos 91%

Granulações tóxicas +++ Corpúsculos


de Döhle +
ATIVIDADE 28
QUADRO CLÍNICO
Paciente do sexo masculino com um ano e um mês.
O equipamento liberou os seguintes alarmes: neutropenia, linfocitose, monocitose, leucocitose, linfócitos atípicos,
blastos, anisocitose e microcitose.

COM BASE NOS DADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS, PROPOMOS AS SEGUINTES QUESTÕES PARA DISCUSSÃO DO CASO:
Com base nos alarmes do equipamento, resultado do hemograma e nas fotos da extensão sanguínea indique a hipótese
diagnóstica laboratorial e faça uma breve discussão sobre sua escolha.

Devido a presença de leucócitos atípicos o equipamento não


consegue classificar as células, nas fotos de extensões sanguineas é possível identificar a presença de granulações nos
neutrófilos e linfócitos que são características da síndrome de Chediak-Higashi. Os grânulos aparecem em todos os
leucócitos e são lisossomais peroxidase positivos, no laudo é necessário relatar a presença de grânulos compatíveis com
a síndrome de Chediak-Higashi.

ATIVIDADE 29
QUADRO CLÍNICO
Paciente do sexo masculino, 36 anos.
COM BASE NOS DADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS, PROPOMOS AS SEGUINTES QUESTÕES PARA DISCUSSÃO DO CASO:
DADOS LABORATORIAIS

Eritrócitos 3.380.000/
uL
Hemoglobina 12,0 g/dL
Volume 37,0%
globular
VCM 109,5 fL

HCM 35,5%
CHCM 32,4%

Leucócitos 13.200/uL
Plaquetas 102.000/uL

Linfócitos 32%
Monócitos 02%

Blastos 01%
Mielócitos 04%

Metamielócit 04%
os
JHHBastonete 33%
s

Segmentados 24%
Neutrófilos 57%

Eritroblastos 47%
Anisocitose + Granulaçõe
+ s tóxicas +
Policromatofil Vacúolos +
ia ++
Esquizócitos
++

Com base no resultado do hemograma e nas fotos da extensão sanguínea indique a hipótese diagnóstica laboratorial e
faça uma breve discussão sobre sua escolha.
O hemograma mostra que o paciente está com baixa taxa de hemácias, sugerindo anemia ou doença
hemolítica, também apresta aumento na taxa de leucócitos, com presença de células jovens sugerindo
infecção ou inflamação aguda; baixa na taxa de plaquetas, podendo gerar hemorragia. A hipótese
diagnostica é anemia, causada por infecção para sepse, necessário outros exames para averiguação de
outros marcadores, por falta de anamnese do paciente.
ATIVIDADE 30
Paciente do sexo feminino, 30 anos, em uma consulta de rotina apresentou-se apática. Resultado do hemograma:
GV: 4.6 milhões/mm3 - normal
GB = 9000/mm3 – normal
Hb = 11,5mg/dL - ↓
Ht = 30% - ↓
Ferro = 50mg/dL (VR=60-160mg/dL) - ↓
Plaquetas = 250.000/mm3 - normal
VCM = HT X 10
Nº. GV
VCM = 30 x 10
4,6
VCM = 65,21 fL ↓
HCM = HB x 10
N° GV
HCM = 11,5 x 10
4,6
HCM = 25 pg ↓
CHCM = Hb x 100
HT
CHCM = 11,5 x 100
30
CHCM= 38,33 ↑

a)Qual a provável patologia, mediante resultados apresentados? Anemia microcítica


hipocrômica com baixa taxa de ferro, indicativo de anemia Ferropriva.
b)Quais os exames bioquímicos você realizaria para fechar o diagnóstico?
Dosagem de ferritina, dosagem vitamina B12 e folato.

ATIVIDADE 30

Paciente do sexo masculino, com 33 anos, com queixas de fadiga e apresentando hepatoesplenomegalia e icterícia.
Realizou-se o hemograma de urgência e obtiveram-se os seguintes resultados:
GV: 1.50 milhões/mm3 ↓
GB = 6500/mm3 ↓
Hb = 6mg/dL ↓
Ht = 11% ↓
Plaquetas = 450.000/mm3 ↑
Neutrófilo = 57% - normal
Linfócitos = 38% - normal
Monócitos = 1% ↓
Eosinófilos = 4% - normal
Basófilos = 0% - normal
VCM = HT X 10
Nº. GV
VCM = 11 x 10
1,50
VCM = 73,33 fL↓
HCM = HB x 10
N° GV
HCM = 6 x 10
1,5
HCM = 40 pg ↑
CHCM = Hb x 100
HT
CHCM = 6 x 100
11
CHCM = 54,54 %↑
No esfregaço presença de Corpúsculo de Heinz e na eletroforese de Hemoglobina (Hb) encontrou-se 35% de Hb H.

a) Qual a possível hipótese diagnóstica? Justifique.


Talassemia. De acordo com o quadro clínico do
paciente de hepatoesplenomegalia e icterícia já
apontam para um quadro de talassemia. No exame
laboratorial pudemos detectar Corpúsculo de Heinz
– globinas faltantes promovem uma instabilidade
na molécula formando tetrâmeros, precipitando as
moléculas globinas β normais no interior da célula
dando origem a uma hemoglobina instável
determinada HbH.
ATIVIDADE 32
Paciente do sexo masculino, com 12 anos, raça negra, apresentou o seguinte hemograma:
GV: 3.8 milhões/mm3 ↓
GB = 7600/mm3 - normal
Hb = 7mg/dL ↓
Ht =18% ↓
Plaquetas = 288.000/mm3 - normal
Reticulócitos = 18% ↑
Eosinófilos = 2% - normal
Neutrófilo = 58% - normal
Linfócitos = 38% - normal
Monócitos = 1% ↓
Basófilos = 1% - normal
VCM = HT X 10
Nº. GV
VCM = 18 x 10
3,8
VCM = 47,36 ↓
HCM = HB x 10
N° GV
HCM = 7 x 10
3,8
HCM = 18,42 pg ↓
CHCM = Hb x 100
Ht
CHCM = 7 x 100
18
CHCM = 38,88 % ↑
Teste de Falcização ou Teste do metabisulfito de sódio com 2h de incubação = 17% de drepanócitos.
E na eletroforese de Hb, encontrou-se 4% de HbA2 e 96% de HbS.

a) Qual a possível hipótese diagnóstica? Justifique.


hiptese VCM = 47,36 HCM = 18,42 pg. CHCM = 38,88 % Teste de Falcizao ou Teste do metabisulfito de sdio com 2h de
incubao = 17% de drepancitos. E na eletroforese de Hb, encontrou-se 4% de HbA2 e 96% de HbS. d. Como se apresenta
o Resultado de um Hemograma Completo de um paciente normal com perda aguda de sangue? (srie vermelha, ndices
hematimtricos, srie branca e plaquetas). Momento Glbulos Vermelhos Hemoglobina Hematcrito Volume Corpuscular
Mdio Hb Corpuscular Mdia Imediato c/ soro c/ transfuso CHCM Plaquetas.

ATIVIDADE 33
QUADRO CLÍNICO
A criança foi levada pela mãe ao consultório do pediatra em visita de rotina, conforme orientação anterior, para
companhamento de recorrência da infecção urinária. A única queixa apresentada foi de anorexia. O exame físico não
revelou febre, irritabilidade ou dor à compressão vesical, mas um moderado atraso pondero-estatural. A criança não
era circuncidada e apresentava um discreto refluxo vesico-uretral, como constatado em cistouretrografia miccional
realizada anteriormente. Solicitou-se realização de hemograma, urinálise de 3 amostras e urocultura de 3 amostras.

COM BASE NOS DADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS, PROPOMOS AS SEGUINTES QUESTÕES PARA DISCUSSÃO DO
CASO:
1) Que interpretação e seguimento você daria para cada urocultura?
1º AMOSTRA: solicitar nova amostra pois esta encontra se contaminada. 2º amostra encontra positiva para a colônia
lactose negativa identificação e antibiograma. 3º amostra com resultados descritivo, sem identificação e sem
antibiograma.
2) Seria realmente necessário coletar 3 amostras de urna neste caso?
Sim, pois 50% dos meninos com recorrência de ITU são assintomáticos.
3) Quais os cuidados necessários na coleta de amostras de urina de crianças usando o saco coletor para evitar
contaminação?
Assepsia dos genitais a cada 30-60 minutos e troca do saco coletor.
4) Quais bactérias poderiam ser suspeitadas na análise da morfologia colonial das 3 amostras (imagem 1 a 3)?
BGN lactose negativa, provavelmente Proteus pelo histórico do paciente
5) No caso de ser necessário realizar antibiograma, quais antibióticos deveriam ser testados?
Deveriam ser testado no mínimo: Ampicilina, cefazolina , gentamicina, norflixacin e sulfametoxazol-trimetoprim
6) O dado do paciente ser circuncidado é relevante para a avaliação deste caso?
Sim, pois meninos não circuncidrados tem maior tendência a infecção recorrentes por Proteus.
7) Tendo em vista a leitura das provas da imagem 4, qual a identificação da bactéria correspondente à colônia
lactose negativa?
Proteus mirabilis.
8) Qual prova bioquímica, dentre as analisadas acima, poderia revelar resultado falso, e em qual sistema de
identificação?
A prova de lisina, no sistema de identificação que utiliza o meio de Rugai com lisina devido a alcalinização do meio da
base (lisina-mortilidade) após a descarboxilação da lisina, devido a amônia produzida pela hidrolise da ureia no meio
superior (Rugai), e que passa pela cera.
9) Como você interpreta os resultados da coloração de Gram das 3 amostras de urina não centrifugadas?
1º amostra esta contaminada, 2º amostra provável de ITU com contagem superiora 1000.000 colônias/mL, 3º amostra
negativa, ITU com contagem inferior a 100,000ML.
10) Por que é necessário um acompanhamento frequente, com repetição da urocultura a cada visita, em crianças
assintomáticas, como é o caso deste paciente?
Segundo Zunino os lactantes, principalmente aqueles no primeiro ano de vida apresenta sinais ou sintomas quase
sempre inespecíficos, é nessa época que se estabelecem quase sempre os dados renais.
11) Existe alguma alteração significativa no eritrograma?
Para uma criança de 11 meses a literatura relata como valor normal de hemoglobina em torno de 11,5 -12,0 g/dl,
sujestivo de anemia normocidica e normocromica com heritropoiese ineficaz.
12) Como pode ser explicado o resultado da contagem diferencial?
A interpretação do leucograma deve ser feita a partir de valores absoluts.
Segmentdo 3%
Eosinófil
a s 0
5%
Linfócito
os 4
3%
Monócit
s s 0
5%
o 6
Plaqueta 340.00
/
s 0 uL
UNC= Urina não centrifugada; BGN= bacilos gram negativos; CGP= cocos gram positivos; CGA= campo de grande aumento ou 1000x;

BNV= bactérias não visualizadas.

ATIVIDADE 34
Uma mulher de 22 anos foi admitida no hospital com uma história de 1 dia de febre alta, calafrios e erupção
maculopapular eritematosa sobre o peito, braços e pernas. Ela tinha uma contagem de leucócitos e taxa de
sedimentação elevadas. As hemoculturas colhidas no momento da admissão foram positivas 10 horas mais tarde para
diplococos Gramnegativos. Essa paciente provavelmente tem uma infecção por Neisseria gonorrhoeae ou Neisseria
meningitidis, porque não há outras bactérias Gram-negativas com aspecto semelhante. Testes adicionais serão
necessários para determinar qual é a bactéria responsável por essa infecção.
1. N. gonorrhoeae e N. meningitidis são os membros mais importantes do gênero Neisseria. Como esse gênero pode ser
diferenciado de outras bactérias, e que propriedades de crescimento distinguem essas duas espécies de outros
membros do gênero?
Diferenciam por apresentar a capacidade de fermentar açúcares, com exceção da sucrose, sendo esse um dos critérios
de diferenciação entre as espécies. N. gonorrhoeae e N.meningitidis são patógenos pertencentes ao mesmo gênero
estritamente humanos, Ambas possuem pili tipo IV, a qual é essencial na virulência , promovendo interações
bacterianas com células eucarióticas crescem melhores em meios que contém substâncias complexas como sangue ou
proteínas de animais, e numa atmosfera com 10% de CO2.

2. Quais são os principais fatores de virulência de cada micro-organismo?

N. meningitidis apresentam cápsulas enquanto N. gonorrhoeae não é capsulado. N. meningitidis apresenta como
fatores, polissacárides que permitem a divisão antigênica em vários subgrupos, proteínas de membrana externa (Omp)
e os lipossacárides. A bactéria também possui receptores específicos dos pili meningocócicos que favorecem a sua
colonização na nasofaringe; e a cápsula protege da fagocitose mediada por anticorpos. N. gonorrhoeae aparesenta
como fator de virulência a cápsula e as proteínas pilina, Por, Opa, Proteína III, Tbp1 e Tbp2, Lbp, LOS e β-lactamase.

3. Por que existe uma vacina para N. meningiditis, mas não para N. gonorrhoeae? Que sorotipo não é englobado pela
vacina para N. meningitidis e por que isso é relevante?
Porque o micróbio, Neisseria gonorrhoeae, é uma "superbactéria" resistente a todas as classes de antibióticos
disponíveis para o tratamento de infecções, não havendo ainda vacina disponível contra este sorogrupo. O
polissacarídeo do sorogrupo B não induz resposta imunológica protetora, tendo baixo poder imunogênico, o que
dificulta o desenvolvimento de vacinas que conduzem a uma boa resposta protetora.

ATIVIDADE 35

Um paciente de 47 anos, receptor de transplante renal, que estava recebendo prednisona e azatioprina
durante 2 anos foi admitido no centro médico universitário. Duas semanas antes, o paciente tinha notado o
desenvolvimento de tosse seca e persistente. Cinco dias antes da admissão, a tosse tornou-se produtiva e desenvolveu-
se dor torácica pleurítica. No dia da admissão, o paciente estava com dificuldade respiratória ligeira e as radiografias
torácicas revelaram um infiltrado irregular no lobo superior direito. Os espécimes de escarro foram inicialmente
enviados para cultura bacteriana e a coloração acidorresistente modificada foi positiva.
1. Quais são os gêneros de bactérias que vão corar com a coloração acidorresistente modificada?
As bactérias dos gêneros Mycobacterium e Nocardia.
2. Se o paciente não tem qualquer história de viagem fora dos Estados Unidos, qual seria a causa mais provável da
doença respiratória? Imunossupressão devida à Azatioprina e prednisona.
3. Quais são as doenças mais comuns causadas pelos gêneros de bactérias acidorresistentes?
Tuberculose, Lepra, Pneumonia e nocardiose.
4. Quais são as propriedades morfológicas características e as propriedades de crescimento que ajudarão a diferenciar
as bactérias acidorresistentes mais comuns?
5. Mycobacterium tuberculosis- bacilos imóveis, aeróbio estrito de crescimento lento.
Nocardia- filamentosa e ramificada, aeróbia estrita de crescimento muito lento, que pode demorar até 4 semanas,
formando colônias com hifas e odor míldio.
ATIVIDADE 36
Um soldado fuzileiro naval, de 26 anos, procurou o médico da base militar por estar com lesões purulentas,
circundadas por eritema, em ambas as pernas. A suspeita foi de infecção por Staphylococcus aureus.
1. Quais são as propriedades estruturais características de Staphylococcus?
Bactéria gram +, as células tem forma de cocos apresentando-se frequentemente agrupados em cachos e são imóveis.
2. Como as citotoxinas produzidas por esses micro-organismos determinam as manifestações clínicas observadas nesse
paciente? Determinam as manifestações clínicas pois promovem a clivagem do extrato granuloso da epiderme,
causando síndromes cutâneas severas (síndrome da pele escaldada e impetigo bolhoso);
3. Outras três diferentes toxinas são descritas em cepas de S. aureus. Quais doenças estão associadas a essas toxinas?
Gama-toxina (gama-hemolisina)- Apresenta atividade hemolítica, cujo mecanismo ainda não foi devidamente
estabelecido;
PVL- Composta por dois componentes protéicos (S e F), que atuam sinergisticamente. Essa proteína altera a
permeabilidade da membrana e ataca os leucócitos polimorfonucleares e os macrófagos. Essa alteração permite a
entrada de cátions, como o Ca+2, resultando na degranulação celular e induzindo a citólise;
TSST-1- Provoca febre, choque e envolvimento de sistemas orgânicos múltiplos, incluindo erupção cutânea
descamativa;
Enterotoxinas (A, B, C, D e E)- Toxinas protéicas pirogênicas, termoestáveis, responsáveis pela intoxicação alimentar,
podendo provocar vômitos e diarréias.
4. Qual a principal classe de antimicrobianos cuja resistência é, atualmente, comum entre as cepas de S. aureus
associadas a infecções adquiridas na comunidade?
Um dos marcadores de resistência dos estafilococos é a sua resistência à oxacilina (ou meticilina), cuja identificação
pode ser feita pelo uso de oxacilina ou cefoxitina, apesar do método de referência para verificar esta resistência ser a
detecção molecular do gene mecA. Estudos indicam que o mecanismo de resistência à meticilina nos SCoN (MRS) é
idêntico ao S. aureus (MRSA): produção de uma proteína adicional ligadora à penicilina (PBP2a), codificada pelo gene
estrutural mecA, altamente conservado entre as espécies de estafilococos. Esta resistência prediz resistência às
penicilinas, combinações de β-lactâmicos com inibidores de β-lactamases, cefalosporinas e carbapenens.

ATIVIDADE 37
Um menino com 8 anos compareceu ao seu pediatra com uma febre baixa e uma erupção cutânea eritematosa difusa
sobre o peito, que se desenvolveu 2 dias depois de ele se queixar de uma faringite dolorosa. Um exsudato estava
presente sobre a área tonsilar da garganta e cobria a sua língua. O diagnóstico clínico de escarlatina foi confirmado pelo
teste do antígeno positivo para Streptococcus do grupo A por meio de uma amostra da garganta. Os gêneros
Streptococcus e Enterococcus incluem um grande número de espécies capazes de causar um amplo espectro de
doenças.
1. Que locais do corpo humano são normalmente colonizados por Streptococcus pyogenes, Streptococcus agalactiae e
Streptococcus pneumoniae? Como isso se relaciona com infecções causadas por essas bactérias?
Streptococcus pyogenes, pode ser encontrada principalmente na boca, gargante e no sistema respiratório.
Streptococcus agalactiae, essa bactéria pode ser encontrada principalmente no sistema gastrointestinal, urinário e, no
caso das mulheres, na vagina. Streptococcus pneumoniae comumente encontrada na mucosa da nasofaringe e
orofaringe. As infecções estreptocócicas são causadas por qualquer uma das várias espécies de Streptococcus. Essas
bactérias Gram-positivas, em forma de esferas (cocos) causam muitos distúrbios, incluindo faringite estreptocócica,
pneumonia e infecções em feridas, na pele, em válvulas cardíacas e na corrente sanguínea.
2. Os estreptococos viridans (i.e., estreptococos α-hemolíticos e não hemolítico) são subdivididos em cinco grupos.
Quais são os grupos e as doenças específicas associadas a cada grupo?
Os estreptococos do grupo A: Podem causar infecção estreptocócica da orofaringe, tonsilite, infecções de feridas e da
pele (piodermite), septicemia (infecções do sangue), escarlatina, pneumonia. Os estreptococos do grupo B: causam
mais frequentemente infecções perigosas nos recém-nascidos (ex: sépsis neonatal) e infecções articulares (artrite
séptica) e cardíacas (endocardite). O S. agalactiae pode colonizar assintomaticamente o trato genital da mulher e
provocar a infecção de recém-nascidos. Os estreptococos dos grupos C e G: Esses estreptococos podem causar
infecções graves, como a faringite estreptocócica, pneumonia, infecções cutâneas, sépsis pós-parto e neonatal,
endocardite e artrite séptica. Os estreptococos do grupo D e os enterococos crescem normalmente no trato digestivo
baixo, na vagina e na pele adjacente. Eles também podem causar infecções de feridas e de válvulas cardíacas, da
bexiga, do abdômen e do sangue.
3. Os enterococos, como muitas outras bactérias, podem causar infecções do trato urinário, mas principalmente em
pacientes hospitalizados. Quais características dessa bactéria são responsáveis pela predileção para a doença nessa
população?
Enterococos são patógenos oportunistas reconhecidos como causa importante de infecção hospitalares, a terapêutica
destas infecções temse mostrado limitada, uma vez que os enterococos vem adquirindo resistência a vários
antimicrobianos, como ampicilina, os aminoglicosídeos e, notadamente, os glicopetídeos vacomicina. Diante disso a
administração de antibióticos de amplo espectro favorece a colonização do trato gastrintestinal por enterococos
resistentes à vancomicina (ERVs) pela regulação negativa da expressão intestinal de peptídeos intestinais
antimicrobianos. Favorendo assim um número elevado de infecção em pacientes hospitalizados.
4. Que propriedades bioquímicas são usadas para separar enterococos dos estafilococos e estreptococos?
Clostridium
O gênero Clostridium é constituído por um grupo heterogêneo de bacilos anaeróbios grandes e formadores de esporos.
Patógenos como Clostridium tetani e Clostridium botulinum, respectivamente, agentes do tétano e botulismo, são bem
reconhecidos e têm significado histórico; a doença causada por Clostridium difficile tem evoluído nos últimos anos,
como uma complicação infecciosa pelo uso de antibióticos, tanto no hospital como na comunidade. Outras espécies de
clostrídio são também patógenos bem reconhecidos.
1. Clostridium perfringens é uma causa importante de mionecrose. Que fatores de virulência são responsáveis pela
doença?
Produção de inúmeras toxinas a mais importante é a alfa toxina e outras toxinas citotóxicas produzidas pelo C.
perfringens incluem a toxina beta, épsilon e iota. Este microrganismo também produz colagenases, proteases,
hialuronidase, neuraminidase e enterotoxina.enzimas que lisam células sanguíneas e destroem tecidos, levando a
doenças como a sepse devastadora, hemólise massiva causando a mionecrose. A sobrevivância em condições
ambientais adversas, graças à formação de esporos; Rápido crescimento em ambiente nutricionalmente rico e privado
de oxigênio.
2. Envenenamento alimentar por C. perfringens e C. botulinum é causado pela ingestão de toxinas (intoxicação).
Compare as manifestações clínicas das duas doenças.
Manifestações clínicas C. Perfrigens: A gastroenterite começa de seis a 24 horas após a ingestão de alimentos
contaminados. Os sintomas mais comuns são diarreia líquida e cólica abdominal. Embora geralmente leve, a infecção
também pode causar dor abdominal, expansão abdominal (distensão) por gases, diarreia grave, desidratação e uma
redução significativa da pressão arterial (choque). Os sintomas da intoxicação alimentar causada pela bactéria
Clostridium perfringens costumam durar 24 horas.
Manifestações clínicas C. Botulium: As manifestações mais comuns são: náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal,
podendo anteceder ou coincidir com os sinais e sintomas neurológicos. Os primeiros sinais e sintomas neurológicos
podem ser inespecíficos, tais como cefaleia, vertigem e tontura.
3. Qual a doença causada por Clostridium septicum e quais os pacientes mais suscetíveis?
A doença grangrena gasosa, é mais passível em pacientes com câncer oculto de colo/colorretal, leucemia aguda ou
diabetes. Se a integridade da mucosa intestinal é comprometida e o organismo do paciente tem menor capacidade de
responder eficientemente à presença do microrganismo, C. septicum pode se espalhar rapidamente e proliferar nos
tecidos, produzindo gás e destruição tecidual.

ATIVIDADE 38
João, um estudante da área da saúde, foi atendido pelo seu médico queixando-se de diarreia severa, dor abdominal e
cólica. A história do paciente revelou que João havia retomado para casa recentemente, após uma viagem missionária
de 3 meses para o Haiti. Suspeitando que João poderia estar sofrendo de uma infecção parasitaria, seu médico solicitou
uma bateria de testes, incluindo um PPF de uma amostra de fezes para pesquisa de parasitos.
a) Indique onde João poderia ter entrado em contato com parasitos e identifique os fatores que provavelmente
contribuíram para este contato.
Transmissão fecal oral é uma das formas de adquirir um parasita, o não tratamento de água para consumo humano
agrava bastante o quadro, pois a mortalidade ainda é alta principalmente em crianças que consomem água contamina,
, esses fatores levam a um desequilíbrio da flora intestinal podendo provocar a diarreia, e a própria diarreia causa a
desidratação, podendo levar a morte.
b) Cite duas outras populações que estão sob risco de contrair infecções parasitárias.
A índia vive um caos quando se refere a saneamento básico, geralmente a população contem um esgoto a céu aberto
uma vez que as residências não possuem banheiros, ou canal de esgoto. Na África as contaminações ocorrem em maior
parte em zonas rurais.
c) Quais os procedimentos principais de um PPF tradicional.
Colher fezes em recipiente limpo de boca larga, tomando cuidado de não contaminar as fezes com a urina ou água do
vaso sanitário. Pegar uma porção de fezes coletada do tamanho de uma moeda e passar para o frasco fornecido pelo
laboratório. Se for observada presença de muco ou sangue, colher também está porção “feia” das fezes, sendo muito
importante para análise. Tampar bem o frasco e identificar com seu nome completo e encaminhar ao laboratório. A
entrega do material não poderá exceder o prazo de 48 horas da coleta para frascos fornecidos em hospitais, para
frascos comprados em farmácia esse tempo é de no Máximo 24 horas, a amostra enviada não poderá ter contato com a
urina, considera se manter as fezes em geladeira até o dia da entrega, caso no frasco diz que não tem a necessidade
seguir o regulamento do fornecedor do frasco.

ATIVIDADE 39
Mulher com 58 anos consultou-se com neurologista devido à poliúria. Há cerca de um mês refere-se o desenvolvimento
súbito de muita sede e poliúria. Ela necessita urinar, em média, cinco vezes durante a noite. Nesses últimos 3 meses
tem sentido mal estar e dores nas costas. Perdeu três quilos de peso nesses últimos 3 meses. Ela também tem uma
persistente dor de cabeça frontal associada a náuseas e vômitos de manhã. Relatou que há oito anos submeteu-se a
mastectomia devido a câncer em ambas as mamas.
Os exames clínicos básicos mostraram-se normais, apenas o fundo do olho acusou papiloedema. Os
exames laboratoriais solicitados foram os seguintes:

Hemoglobina 12,2 g/dL (11,7 – 15,7 g/dL)


VCM 85 fl (80 – 99 fl)
Leucocitos Total 6,7 x 109/ L (4,0 – 11,0 x 109/L)
Plaquetas 312 x 109/L (150 – 440 x 109/L)
Sódio 142 mmol/L (135 – 145 mmol/L)
Potássio 3,8 mmol/L (3,5 – 5,0 mmol/L)
Bicarbonato 26 mmol/L (24 – 30 mmol/L)
Uréia 4,2 mmol/L (2,5 – 6,7 mmol/L)
Creatinina 68 mmol/L (70 – 120 mmol/L)
Glicose 4,2 mmol/L (4,0 – 6,0 mmol/L)
Albumina 38 g/L (35 – 50 g/L)
Cálcio 2,75 mmol/L (2,12 – 2,65 mmol/L)
Fosfato 1,2 mmol/L (0,8 – 1,45 mmol/L)
Bilirrubina 12 mmol/L (3,0 – 17,0 mmol/L)
Transaminase Alanina 35 IU/L (5 – 35 IU/L)
Fosfatase Alcalina 690 IU/L (30 – 300 IU/L)
Urinálise Proteína (-); Sangue na urina (-)

Pergunta-se: qual o provável diagnóstico médico? Justifique sua resposta.


Hipótese médica: Diabetes insípidos neurogênico como resultado de metástase secundária no hipotálamo, devido a
secreção de ADH (hormônio antidiurético) e AVP (arginina vasopressina), cerca de 30% dessa diabete é de causa
desconhecida. Dor de cabeça persistente, vômito e náuseas, características de pressão intracraniana, confirmado pelo
exame clinico da papiledema.

ATIVIDADE 40
Uma paciente com síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) e doença de Chagas, com xenodiagnóstico positivo,
estava em uso de cetoconazol com o objetivo de suprimir a parasitemia e prevenir a reativação da doença de Chagas. O
cetoconazol foi suspenso inadvertidamente após seis meses de uso. Um mês após, a paciente foi internada com
cefaleia, vômitos, taquicardia e hepatoesplenomegalia. Tanto o xenodiagnóstico como o exame de sangue a fresco
demonstraram presença de Trypanosoma cruzi. A gravidade e o prognóstico reservado do caso descrito de reativação
da doença em imunossuprimido motivou o tratamento inicial com cetonazol. Aparentemente, o cetonazol foi capaz de
controlar a parasitemia, pois todos todos os xenodiagnósticos anteriores ao uso de drogas tripanossomicidas eram
positivos e, coincidentemente, um mês após a suspensão do medicamento observou, miocardite e comprometimento
do SNC com intensa parasitemia, tal como é observado nos casos de reativação da doença de Chagas. Diante da
reativação, é ministrado o tratamento com Benzonidazol, que tem apresentado uma efetividade muito grande para
controlar essa condição. Acredita-se que, nesta paciente,o HIV modificou o curso da doença de Chagas, assim como a
infecção crônica pelo T.cruzi agravou a imunodepressão pelo HIV.
a) Como é feito o tratamento da doença de Chagas nas fases agudas e crônicas?
É baseado em drogas antiparasitárias, para aniquilar o parasita, e no controle dos sinais e sintomas da infecção. O
tratamento tem como objetivo a supressão da parasite¬mia, com o intuito de reduzir a velocidade de acometimento
do sistema nervoso parassimpático. São utilizados medicamentos que têm como objetivo matá-lo e impedir sua
reprodução, para que a doença possa regredir. tais como o benznidazol e o nifurtimox. A doença de chagas tem cura
durante a fase aguda, quando o protozoário ainda circula pelo sangue do indivíduo. O mesmo medicamento pode ser
usado na fase crônica, mas com menos chances de sucesso. De modo geral, quem tem doença de chagas crônica
precisa realizar um acompanhamento médico constante, para impedir que a condição evolua ou traga novos
sintomas para o paciente.
b) Quais as formas mais comuns da doença de Chagas crônicas? E qual a situação de imunossupressão, seja por uma
nova infecção como o HIV.
forma Indeterminada: passada a fase aguda aparente ou inaparente, o indivíduo alberga uma infecção
assintomática, que pode nunca se manifestar ou se manifestar anos ou décadas mais tarde, em uma das formas
crônicas.
Forma sintomática: Para 30% a 40% das pessoas infectadas, a doença progride para um estágio final da fase crônica.
A maioria sofrerá danos cardíacos, frequentemente resultando em morte súbita ou insuficiência cardíaca progressiva.
reativação da doença de Chagas em portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV), pacientes transplantados
ou com neoplasias tem sido descrita, incluindo a presença da forma nervosa. Nestes casos, o tratamento específico
anti-parasito é efetivo no controle da parasitemia e na melhora clínica.

c)Quais os métodos para diagnóstico da infecção aguda e cite três métodos de testes sorológicos utilizados para
diagnosticar infecções por T.cruzi.
Na fase aguda da doença de Chagas, os tripomastigotas sanguíneos podem ser detectados apenas através de métodos
parasitológicos diretos, onde os parasitas são identificados diretamente no exame de sangue do paciente, pela
visualização dos tripomastigotas sanguíneos. E também podem ser empregados métodos parasitológicos indiretos,
como xenodiagnóstico e hemocultura. Os testes sorológicos são utilizados com frequência no diagnóstico da fase
crônica e têm como base a detecção de imunoglobulinas específicas contra o T. cruzi. Os testes são: Ensaio
Imunoenzimático – ELISA, Imunofluorescência Indireta – IFI ou Hemaglutinação Indireta – HAI).

ATIVIDADE 41

EXERCÍCIOS PRÁTICOS SOBRE LEUCOGRAMA


Nos leucogramas abaixo você deve:
1. Calcular os valores absolutos no Leucograma e
2. Indicar a possível interpretação hematológico do leucograma quanto.

LEUCOGRAMA: 1 ( paciente com 36.9C°)


Resultados Valores de referência
LEUCÓCITOS 2.200 mm3 4.000 A 11.000 mm3
% mm3 % mm3
Metamielócitos 0 0a1 0 a 100
Bastonetes 00 3a6 0 a 660
Segmentados 10 47 a 63 1880 a 7000
Neutrófilos 10 50 a 70 2000 a 7700
Eosinófilos 1 1a5 40 a 550
Basófilos 0 0a1 0 a 110
Linfócitos 77 20 a 35 1000 a 3800
Linfócitos atípicos 0
Monócitos 12 4 a 10 160 a 1100
A. Tipo de infecção: aguda ou Paciente sem febre e
crônica com risco de infecção
crônica

B. Natureza: Infecção por


vírus, causando a destruição
das células fagociticas e
mantendo a contagem
relativa alta.
C. Gravidade, Grave
D. Supuração, Infecção
generalizada gerando sepse.
E. Prognóstico Infecção
generalizada gerando sepse.

LEUCOGRAMA: 2 (paciente com


3 8.9 C°)
Resultados Valores de referência
LEUCÓCITOS 11.900 mm 3
4.000 A 11.000 mm3
% mm3 % mm3
Metamielócitos 0 0a1 0 a 100
Bastonetes 2 3a6 0 a 660
Segmentados 28 47 a 63 1880 a 7000
Neutrófilos 30 50 a 70 2000 a 7700
Eosinófilos 1 1a5 40 a 550
Basófilos 1 0a1 0 a 110
Linfócitos 52 20 a 35 1000 a 3800
Linfócitos atípicos 6
Monócitos 10 4 a 10 160 a 1100
Obs. Linfócitos atípicos com basofilia citoplasmática
A. Tipo de infecção: aguda ou crônica
Paciente com febre e a infecção é aguda.
B. Natureza: alérgica, específica...
Linfocitose, Neutropenia.
C. Gravidade,
Moderada.
D. Supuração,
Processo inflamatório.
E. Prognóstico
Possível inflamação por infecção viral, sendo por bactéria, Mielodisplasia, Fibrose medular.
Resultados Valores de referência
LEUCÓCITOS 9.800 mm3 4.000 A 11.000 mm3
% mm3 % mm3
Metamielócitos 0 0a1 0 a 100 B.
Bastonetes 1 3a6 0 a 660
Segmentados 46 47 a 63 1880 a 7000
Neutrófilos 46 50 a 70 2000 a 7700
Eosinófilos 14 1a5 40 a 550
Basófilos 1 0a1 0 a 110 A. Tipo de
Linfócitos 30 20 a 35 1000 a 3800 infecção: aguda ou
crônica Paciente em
Linfócitos atípicos 0
estado febril, com
Monócitos 9 4 a 10 160 a 1100 presença de
A. Tipo de infecção: aguda ou infecção aguda.
crônica Paciente sem febre B. Natureza:
com infecção aguda (fungos ou alérgica,
bactérias). específica... Corpo
B. Natureza: alérgica, específica. está tentando
Alérgica, pois o corpo combater algum
provavelmente esta parasita, com
combatendo algum tipo de presença de
parasita. bactéria ou fungos.
C. Gravidade:
C. Gravidade, Leve de 500 e Moderada.
1500 eosinófilos/µL de sangue. D. Supuração:
D. Supuração, Ausente. Processo
inflamatório.
E. Prognóstico Reções de E. Prognóstico:
Presença de
hipersensibilidade como:
parasitas,
alergia, asma ou verminose,
neoplasias, asma,
algum processo capaz de
leucemia,
provocar atividade
mielodisplasia,
proinflamatória e citotóxica
fibrose medular.

LEUCOGRAMA: 5
LEUCOGRAMA: 4 (paciente com 37.5C°) (paciente com 37 C°)
Resultados Valores de referência
LEUCÓCITOS 14.700 mm3 4.000 A 11.000 mm3
% mm3 % mm3
Metamielócitos 0 0a1 0 a 100
Bastonetes 5 3a6 0 a 660
Segmentados 68 47 a 63 1880 a 7000
Neutrófilos 73 50 a 70 2000 a 7700
Eosinófilos 8 1a5 40 a 550
Basófilos 0 0a1 0 a 110
Linfócitos 13 20 a 35 1000 a 3800
Linfócitos atípicos 0
Monócitos 6 4 a 10 160 a 1100

Resultados Valores de referência


LEUCÓCITOS 16.000 mm3 4.000 A 11.000 mm3
% mm3 % mm3
Metamielócitos 0 0a1 0 a 100
Bastonetes 0 3a6 0 a 660
Segmentados 50 47 a 63 1880 a 7000
Neutrófilos 50 50 a 70 2000 a 7700
Eosinófilos 4 1a5 40 a 550
Basófilos 0 0a1 0 a 110
Linfócitos 39 20 a 35 1000 a 3800
Linfócitos atípicos 0
Monócitos 7 4 a 10 160 a 1100

A. Tipo de infecção:
Paciente em estado febril,
com presença de infecção
aguda.
B: Natureza: Viral.
C: Gravidade, Moderada
D:Supuração, Ausente.
E: Prognóstico Possível infecção
víral, porém deve ser feito uma
análise detahada para leucemia.

LEUCOGRAMA: 6 (paciente com 37


C°)
Resultados Valores de referência
LEUCÓCITOS 12.500 mm3 4.000 A 11.000 mm3
% mm3 % mm3
Metamielócitos 0 0a1 0 a 100
Bastonetes 4 3a6 0 a 660
Segmentados 60 47 a 63 1880 a 7000
Neutrófilos 64 50 a 70 2000 a 7700
Eosinófilos 6 1a5 40 a 550
Basófilos 0 0a1 0 a 110
Linfócitos 29 20 a 35 1000 a 3800
Linfócitos atípicos 0
Monócitos 5 4 a 10 160 a 1100
A. Tipo de infecção: aguda ou crônica aguda ou crônica Resposta: Paciente em estado febril, com presença de
infecção aguda.
B. Natureza: alérgica, específica. Parasitas, bactérias, fungos, processo alergico provável por presença de
parasitas.
C. Gravidade: Resposta: Grave.
D. Supuração: Resposta: Ausente.
E. Prognóstico: Resposta: Inflamações aguda, leucemia, infecção parasitária, mielodisplasia, fibrose medular.

ATIVIDADE 42
EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO DE HEMOGRAMAS

Com base nos dados e seus conhecimentos da aula teórica analise os seguintes hemogramas, detecte as
alterações celulares e levante hipóteses sobre as possíveis patologias.

PACIENTE 01: A.V.F. – Masculino, 25 anos.


EXAME HEMATOLÓGICO
Série Vermelha
Hemácias 3.000.000/mm3
Hemoglobina 9g%
Hematócrito 27%
Reticulócito 1,5%
Plaquetas 230.000/mm3
Série Branca (%) ( mm 3 )
Global de Leucócitos 9.200
Bastonetes 3 276
Neutrófilos 54 4968
Segmentados
Eosinófilo 15 1380
Basófilo 1 92
Monócitos 4 368
Linfócitos 23 2116
Observações: Paciente apresenta fraqueza, desânimo, palidez e dispnéias aos esforços.
a-) Faça o cálculo dos Indices Hematimétricos e Análise do Hemograma, relacionando a suspeita diagnóstica:

vcm= 90 hcm= 30 chcm=33 Os índices hematimétricos normais, indica anemia normocitica e monocrômica, o número
de Hb reduzidos=9 e Ht também reduzidos indica anemia hemolítica.

b-) Hipótese Diagnóstica:


Anemia hemolítica.
PACIENTE 02:

2 – J.S.A. – Feminino, 20 anos.

EXAME HEMATOLÓGICO

Série Vermelha
Hemácias 4.700.000/mm3
Hemoglobina 14,3g%
Hematócrito 43%
Reticulócito 1%
Plaquetas 300.000/mm3
Série Branca (%) ( mm 3 )
Global de Leucócitos 7.200
Bastonetes 2 144
Neutrófilos 63 4536
Segmentados
Eosinófilo 3 216
Basófilo 1 72
Monócitos 6 432
Linfócitos 25 1800
Observações: Paciente submeteu-se ao exame de rotina para viajar aos Andes.

a-) Faça a Análise do Hemograma


todos os parâmetros estão normais.

b-) Qual a Hipótese Diagnóstica? Todos os parâmetros estão dentro da normalidade

PACIENTE 03: G.M.A – Feminino, 12 anos.

EXAME HEMATOLÓGICO
Série Vermelha
Hemácias 2.500.000/mm3
Hemoglobina 7,6g%
Hematócrito 23%
Reticulócito 1,5%
Plaquetas 250.000/mm3
Série Branca (%) ( mm 3 )
Global de Leucócitos 10.000
Bastonetes 3 300
Neutrófilos 52 5200
Segmentados
Eosinófilo 4 400
Basófilo 1 100
Monócitos 8 800
Linfócitos 33 3200

Observações: Paciente apresentando fraqueza, dispnéia, icterícia e urina escura.


a) Faça a Análise do Hemograma:
Ht: abaixo dos valores de referência.
Hb: abaixo dos valores de referência indicando anemia. Todos os outro índices estão normal.

b-) Qual a Hipótese Diagnóstica? Anemia hemolítica, pois os valores de Hb indica anemia e os sinais clínicos
como icterícia e urina escura são indicativos dessa doença.

PACIENTE 03:

S.T.M – Masculino, 17 anos.

EXAME HEMATOLÓGICO
Série Vermelha
Hemácias 2.700.000/mm3
Hemoglobina 8,3g%
Hematócrito 25%
Reticulócito 0,5%
Plaquetas 50.000/mm3
Série Branca (%) ( mm 3 )
Global de Leucócitos 230.000
Bastonetes
Neutrófilos
Segmentados 98 225.400
Eosinófilo 0 400
Basófilo 0 100
Monócitos 0 800
Linfócitos 2 4600
Observações: Paciente apresentando fraqueza, queda do estado geral e equimoses. No hemograma foi observado a
presença de células blásticas.
a-) Faça a Análise do Hemograma
abaixo dos valores da normalidade Hb: abaixo dos valores da normalidade Paciente apresenta plaquetopenia.

b-) Qual a Hipótese Diagnóstica?


Anemia hemorrágica, devido ao número diminuído de hemácia e de plaquetas oque e indicativo para esse tipo de
anemia.

PACIENTE 05: T.M.F– Masculino, 60 anos.


EXAME HEMATOLÓGICO
Série Vermelha
Hemácias 6.300.000/mm3
Hemoglobina 19g%
Hematócrito 57%
Reticulócito 1,5%
Plaquetas 300.000/mm3
Série Branca (%) ( mm 3 )
Global de Leucócitos 13.400
Bastonetes 0,5 670
Neutrófilos 70 9380
Segmentados
Eosinófilo 2 268
Basófilo 2,5 67
Monócitos 2,5 335
Linfócitos 20 2680

Observações: Paciente tabagista crônico, apresentando febre de 40º graus e dispnéia.


a-) Faça a Análise do Hemograma
Ht: Aumentado Hb: aumentado Segmentados aumentado

b-) Qual a Hipótese Diagnóstica?


Pelo hemograma e os valores destacados acima aumentados e pela idade do paciente um possível diagnostico de
policitemia vera, que tem como características os aumentos dos parâmetros indicados.
ATIVIDADE 43
S.B., 50 anos, brasileiro, procurou médico devido à sensação de fraqueza intensa e dificuldade de andar devido à dor
em ambas as panturrilhas. Ao EF apresentava-se pálido, com pele seca e discreta parestesia de MMI. Realizou HMG na
época que revelou Hb 7,2 Ht 20% hc 1,6 milhão VCM 120 leuc 2800. Foi submetido à endoscopia digestiva que foi
normal. Foi então transfundido ( 600 ml de papa de hemáceas), e recebeu receita de sulfato ferroso . Três meses após,
além da persistência dos sintomas passou a apresentar náuseas, intolerância ao cigarro e a alimentos, bem como notou
que estava ficando amarelo. Médico consultado diagnosticou hepatite pós transfusional e pediu exames. O HMG era
semelhante ao inicial, porém com contagem de plaquetas de 90.000, as enzimas hepáticas estavam elevadas como era
de se supor, porém a DHL estava extremamente elevada (8.200 para um normal de 250). Apresentado a outro médico,
a análise retrospectiva permitiu diagnóstico e análise dos erros cometidos.

a. Qual o diagnóstico do paciente?


Anemia macrocitica e hepatite.
b. Por que a DHL estava aumentada?
Devido a anemia e hepatite.
c. Explique a pancitopenia
devido a anemia megaloblástica do paciente que e bem característico.
d. Quais as indicações de transfusão sanguínea?
Concentrado de hemácias e um concentrado de plaquetas.

ATIVIDADE 44
A Hemoglobina glicada, também denominada hemoglobina glicosilada ou glico-hemoglobina, é conhecida ainda como
HbA1C e, mais recentemente, apenas como A1C. Embora seja utilizada desde 1958 como uma ferramenta de
diagnóstico na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos, a dosagem da A1C passou a ser cada vez mais
empregada e aceita pela comunidade científica após 1993, depois de ter sido validada através dos dois estudos clínicos
mais importantes sobre a avaliação do impacto do controle glicêmico sobre as complicações crônicas do diabetes
mellitus (DM): o Diabetes control and complications trial (DCCT) (1993) e o United Kingdom Prospective Diabetes Study
(UKPDS) (1998). Atualmente, a manutenção do nível de A1C abaixo de 7% é considerada como uma das principais
metas no controle do DM. Os dois estudos supramencionados indicaram que as complicações crônicas começam a se
desenvolver quando os níveis de A1C estão situados permanentemente acima de 7%. Algumas sociedades médicas
adotam, inclusive, metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C.
O paciente João de Deus, coletou no Laboratório X Precision os exames de Glicemia em Jejum, Pós Prandial e
Hemoglobina Glicada para acompanhamento de Diabetes tipo II, com os seguintes resultados:

• Glicemia de Jejum: 106 mg/dL (VR: 70 – 99 mg/dL);


• Glicemia pós prandial: 129 mg/dL (VR < 120 mg/dL após 2 horas);
• Hemoglobina Glicada: 9,8 % (VR < 7,0 %)
Em relação aos resultados obtidos como o Biomédico poderia interpretá-los?

É possível observar que o paciente realizou exame com glicemia controlada, porem o resultado da hemoglobina glícada
demonstra resultado elevado, o que pode significar descontrole glicêmico.

ATIVIDADE 45
ASN, 25 anos de idade, casada, foi internada 36 horas após proceder de Cancún (México) com seu esposo, após viagem
de lazer. No período entre a chegada ao Brasil e sua internação, não saiu de sua casa; entretanto, manteve contato com
seus familiares. Foi alertada, por intermédio de noticiário dos meios de comunicação, sobre o risco da epidemia pelo
vírus influenza de origem mexicana.
Procurou, por isso, serviço de vigilância epidemiológica, devido ao desenvolvimento de mal-estar, rinorreia e dor de
garganta, iniciadas há menos de sete dias, ainda quando estava no México. Permaneceu sob isolamento até
esclarecimento das suas queixas. Apresentava odinofagia inicial e rinorreia líquida e cristalina de pequena intensidade,
além de mal-estar generalizado. Não teve tosse. A sua sintomatologia perdurou por 72 horas e regrediu rapidamente.
Permaneceu por 10 dias em isolamento respiratório, em ambiente com pressão negativa, com dieta normal e
medicação sintomática, constituída por analgésico-antitérmico. Em toda a sua internação esteve junto de seu esposo,
que apresentava sintomatologia semelhante.
Os familiares e o seu esposo, que mantiveram contato íntimo com a paciente, não foram contaminados pelo vírus
Influenza (H1N1)2009.
Os exames complementares realizados – hemograma, proteína C reativa, função hepática e renal e radiografia do tórax
– estavam normais. O vírus Influenza (H1N1)2009 foi identificado de suas secreções respiratórias altas.
O marido da paciente chegou ao hospital queixando-se de rinorreia e tosse seca leves; entretanto, com sintomatologia
mais intensa do que a da sua esposa.
A paciente recebeu alta junto com seu marido transcorridos 10 dias após o surgimento da sintomatologia, já
assintomáticos, e seguiram para a sua residência onde permaneceram sob vigilância epidemiológica.
A-) Quais os aspectos epidemiológicos DA INFECCÇAO PELO VÍRUS INFLUENZA (H1N1) em nosso meio?
Os vírus influenza são únicos na habilidade de causar epidemias anuais recorrentes e menos frequentemente
pandemias, atingindo quase todas as faixas etárias num curto espaço de tempo. Isto é possível devido à sua alta
variabilidade e capacidade de adaptação. A natureza fragmentada do material genético do vírus influenza induz altas
taxas de mutação durante a fase de replicação, em especial da hemaglutinina e neuraminidase, as duas glicoproteínas
de superfície do vírus. Estas mutações ocorrem de forma independente e habitualmente provocam o aparecimento de
novas variantes para as quais a população ainda não apresenta imunidade, já que a infecção prévia por determinada
cepa confere pouca ou nenhuma proteção contra os vírus de surgimento mais recente.
B-) Qual o quadro clínico e diagnóstico diferencial do VÍRUS INFLUENZA (H1N1)?
Doença respiratória aguda com temperatura corpórea maior que 38 ºC, tosse e dispneia, acompanhada ou não de dor
de garganta ou manifestações gastrointestinais. Bronquite aguda Comum, especialmente em idosos, diante de
comorbidade. Pneumonia viral aguda 2%-38%, com início até 48 horas após início da febre. Diagnóstico
Isolamento viral – pode ser feito através de swab nasal, orofaringe,
levado nasal. Em média a detecção é possível em 3 dias.
Teste rápido – realizado a partir de secreção nasal, resultado pode ser
liberado em 30 minutos.
PCR- é o método mais sensível, no entanto necessita de laboratório
especializado, sendo de difícil execução.
C-) Qual o tratamento específico?
O principal tratamento para Doença respiratória aguda com temperatura corpórea maior que 38 ºC, tosse e dispneia,
acompanhada ou não de dor de garganta ou manifestações gastrointestinais. Bronquite aguda Comum, especialmente
em idosos, diante de comorbidade. Pneumonia viral aguda 2%-38%, com início até 48 horas após início da febre. cepa
do vírus Influenza é feito com o uso do antiviral à base de fosfato de Oseltamivir (como Tamiflu), que somente deve ser
usado com prescrição médica.
D-) Discuta: Diagnóstico e abordagem das principais complicações.
As complicações mais comuns são: pneumonia bacteriana e por
outros vírus, sinusite, otite, desidratação, piora de doenças crônicas
como insuficiência cardíaca, asma ou diabetes.
E-) Discuta: Profilaxia. A vacinação.
A prevenção da gripe H1N1 segue as mesmas regras da prevenção de qualquer tipo de gripe, que incluem:
• evitar manter contato muito próximo com uma pessoa que esteja infectada;
• lavar sempre as mãos com água e sabão e evitar levar as mãos ao rosto e, principalmente, à boca;
• sempre que possível, ter um frasco com álcool-gel para garantir que as mãos sempre estejam esterilizadas;
• manter hábitos saudáveis, alimentar-se bem e beber bastante água... A vacinação é uma estratégia de prevenção da
gripe H1N1. Ela é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus influenza reduzindo o
risco de formas graves da doença.

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