Você está na página 1de 11

Clínica Cirúrgica

Defeitos Oftálmicos Pregueamento palpebral transitório –


animais jovens
Anatomia ocular

Blefaroplastia de Holtz-Celsus

Afecções palpebrais
Entrópio
Inversão da margem palpebral.
o Hereditário/congênito.
o Tônus muscular, conformação
crânio/órbita, pele redundante.
o Espástico/adquirido
Sinais clínicos
o Epífora, dor, uveíte, fotofobia,
blefarospasmo, blefarite,
conjuntivite, secreção purulenta,
úlcera corneana.
Diagnóstico
o Localização
o Grau
o Componente espástico/colírio
anestésico
Entrópio/ Pregas nasais
o Raças: Pequinês, pug, bulldog,
persa (braquicefálicos).
o Sinais clínicos: pelos atritam a
córnea - Epífora / Blefarospasmo /
Ceratite / Pigmentação /
Ulceração.
o Tratamento: Remoção parcial ou
total das pregas nasais. Desordens dos Cílios
Blefaroplastia do canto nasal.
Cílio ectópico - Cílio adicional
Ectrópio emergindo travessando a Conjuntiva a
Eversão da margem palpebral. partir das glândulas de Meibômio.
Blefaroplastia de Warlton-Jones  Remoção do cílio c/ parte da
conjuntiva e folículo piloso.
Distiquíase – Cílios adicionais
emergindo das aberturas das glândulas
de Meibômio.
 Eletroepilação
 Criodepilação
Triquíase – Cílios e/ou Pêlos faciais
(Localização Normal) direcionados à
Córnea e Conjuntiva

Blefaroplastia de Blaskovic
 Método de Stades
Sinais clínicos
o Epífora / Blefarospasmo /
Hiperemia Conjuntival / Úlcera
Corneana
Diagnóstico
o Lupa / Lâmpada de Fenda
Meibomites
Entupimento das glândulas de
Meibômio com acúmulo de secreção e
inflamação.
o Correção cirúrgica com remoção
desse acúmulo, drenagem desses
“abcessos”.
Lacerações palpebrais

Técnica de preservação do Ducto


Lacrimal:
Afecções da 3ª pálpebra
Eversão da cartilagem da 3ª o Terapia: Cirúrgica, baseada na
pálpebra exérese da formação
o Dermóide Corneano:
Curvatura Anormal da Porção Vertical
Ceratectomia Superficial.
do T Cartilaginoso, animais jovens 3-6
meses. Ceratites Ulcerativas
o Causas: Crescimento da porção  Diagnóstico: Inspeção aliada a
interna da cartilagem, iatrogênica coloração com Fluoresceína,
ou trauma. cora-se a lesão/halo em casos de
o Tratamento: Exérese cirúrgica da descemetocele.
porção evertida da cartilagem,
quando existe manifestação clínica o Úlceras Superficiais – Lesões
como conjuntivite / ceratite. que atingem a camada epitelial,
Bowman e estroma.
Protusão da glândula da 3ª Correção cirúrgica:
pálpebra Ceratotomia em grade (Ñ usar
o Causas: Deficiência do tecido em felinos), Flap de 3ª pálpebra –
conectivo entre a 3ª Pálpebra Palpebral/conjuntival.
(glândula e cartilagem) e a
periórbita. o Úlceras Indolentes – Não
o Predisposição: Idade: 3-6 meses / responsivas a tratamento clínico
Cocker Spaniel / Bulldog inglês / medicamentoso.
Mastiff / Shar Pei
o Sintomas: - Ressecamento o Úlceras Infectadas Profundas –
Inflamação / Edema. Lesões que atingem a camada de
30% da produção da porção Descemet e endotélio, associdas
aquosa do filme pré-corneano. a contaminação bacteriana.
 Correção cirúrgica com
sepultamento da glândula da 3ª Correção cirúrgica:
pálpebra na conjuntiva. Recobrimento conjuntival em
360°, Pedículo de conjuntiva e
Recobrimento com membranas
biológicas.
Dermóide
o Úlceras Químicas (incomuns em
Cisto dermoide, formado por pele, na animais) – Acidentes
qual há folículos pilosos
desenvolvidos, bem como glândulas Catarata
sudoríparas. Técnicas cirúrgicas:
o Facectomia
Intracapsular Enucleação trans-palpebral
Técnicas cirúrgicas: Remove-se toda
conjuntiva do globo ocular, rompendo
ligamentos e músculos liberando-se o
globo, ligando os vasos oftálmicos,
removendo a glândula de 3ª pálpebra,
e unindo as pálpebras superiores e
inferiores.
Evisceração
Remoção do conteúdo interno do
Extracapsular globo ocular, através de curetagem.
Incisão ao redor da córnea, para
extração do conteúdo interno. São
mantidas as estruturas da pálpebra,
esclera e da musculatura responsável
pela movimentação dos olhos para
colocação de prótese ocular.

Exenteração
Neoplasias malignas
Procedimento radical que consiste na
remoção do conteúdo orbitário
o Facoemulsificação Visco incluindo o bulbo ocular, gordura
elástico. orbitária, músculos perioculares,
Procedimentos em Ablação fórnice conjuntival e toda ou parte da
pálpebra.
Enucleação sub-conjuntival
Fios em procedimentos oftálmicos
Técnicas cirúrgicas: Divulsiona-se
toda conjuntiva do globo ocular,
rompendo ligamentos e músculos
liberando-se o globo, ligando os vasos
oftálmicos, removendo a glândula de
3ª pálpebra, e unindo as pálpebras
superiores e inferiores.
Transposição das vísceras para o meio
externo, com falha de continuidade em
Paratopias em pequenos animais
musculatura, subcutâneo e pele, sem
Deslocamento de estruturas saco peritoneal.
anatômicas ou órgãos para locais
Etiologia: Trauma/deiscência de
adjacentes, permanecendo em local
pontos.
errôneo sob forma esporádica ou
permanente. Sinais clínicos:
Eventração • Visualização direta das vísceras;
Protrusão de vísceras através da parede • Sensibilidade local; • Inflamação;
abdominal dilacerada, não • Equimose; • Edema; • Hipotermia;
transpassando a pele para o meio
externo, não envolto em saco • Desidratação;
peritoneal. • Sinais de peritonite possivelmente
Etiologia: Trauma/Ferida cirúrgica possíveis.
incisional. Tratamento:
Sinais clínicos: •Tranquilização; • Colar elizabetano;
• Aumento da temperatura local • Analgésicos opióides;
(inflamação); • Sensibilidade local;
• Limpeza das estruturas evisceradas;
• Cólicas abdominais; • Apatia;
• Fluidoterapia; • Antibioticoterapia;
• Dificuldade em delimitar orifício da
• Laparorrafia;
ruptura.
• Possíveis intervenções em vísceras
Diagnóstico:
como enterectomias.
• Sinais clínicos;
Hérnias
• Ultrassonografia.
Passagem de órgãos cavitários para o
Tratamento: tecido subcutâneo, envolto por saco
• Laparorrafia. peritoneal;
o

o Hérnias verdadeiras: Presença de


saco herniário, anel e conteúdo.
Evisceração o Hérnias falsas: Sem presença de
saco herniário envolvendo as
estruturas “herniadas” (hérnia • Abscessos;
diafragmática). • Hematomas;
• Seromas;
Hérnia Umbilical
• Celulites.
o Congênita: embriogênese
defeituosa; Anel deve fechar Tratamento:
após nascimento; • Herniorrafia umbilical:
o Traumática: arrancamento do • Duas incisões elípticas ao redor
cordão umbilical; do aumento de volume;
• Não necessária malha cirúrgica;
o Criptorquidismo concomitante • Pode-se debridar ou não borda
rotineiramente com hérnia muscular;
umbilical; • Sutura com ponto simples ou
jaquetão;
Raças mais acometidas: Poodle,
Teckel, Pequinês, Maltês, Lhasa
Prognóstico:
Apso;
• Bom, podendo ter recidiva;
Sinais clínicos: • Cuidados com conteúdo do
• Aumento de volume em região saco herniário.
umbilical, redutível e bordos Hérnia Inguinal
delimitados;
Protrusão de vísceras pelo canal
• Pode ocorrer estrangulamento
inguinal adjacente ao processo vaginal;
visceral;
• Vômitos, dor, diarreia, o Pode surgir por:
anorexia, depressão.
Diagnóstico:
• Palpação, ultrassonografia.
• anormalidades congênitas e
hereditárias do anel;
• traumática;
Diagnóstico: • obesidade;
• Onfalocele; • prenhez;
• Tumores/neoplasias;
 Recomendada castração;
• Eventração;
o Conteúdo: geralmente
intestinos, bexiga, útero;
• Aumentos de volumes
abdomais: • Hérnia rara em gatos;
o Tipos: • Linfoadenopatias;
• Uni ou bilateral; • Abscessos;
• Maior ocorrência do lado • Cistos mamários;
esquerdo; • Gatos com grande depósito
• Não confundir com aumento do gorduroso inguinal (bolsa primordial).
processo vaginal.
o Apresentação clínica:
Mais frequentes em cadelas de meia
idade não castradas ou machos jovens
(atraso na migração dos testículos para
o escroto, retardando o fechamento do
anel);
o Raças predispostas: Pequinês, Tratamento cirúrgico:
Terriers, Basset Hounds, Teckel,
• Incisão sobre o aumento de volume;
Lhasa Apso, Maltês, Poodle.
o Diagnóstico: • Localizar o saco herniário;
• Inchaço indolor e macio na região • Retorcer o saco até retirá-lo, ou
inguinal; Encarceramento: vômitos, incisar cuidadosamente;
dor, letargia, depressão, diarreia, sinais •
urinários;
• Cuidado com estruturas importantes;
• Sutura com Cushing, jaquetão,
• Hérnias pequenas passam Sultan, ponto simples separado;
despercebidas;
• Malhas para herniorrafia ou
• Fêmeas não castradas: útero membranas biológicas;
encarcerado;
• Possível necessidade de celiotomia;
• Estrutura mais presente: omento;
• Castrar o animal.
Exames complementares:
ultrassonografia.

Diagnósticos diferenciais:
• Tumores;
• Lipomas;
• Desvio ou dilatação retal;
• Inflamação perianal;
• Saculite anal;
• Diarreia;
• Constipação;
• Cistite;
• Obstrução colateral.
Hérnia Perineal Diagnóstico diferencial:
Defeito da musculatura do diafragma • Neoplasia perineal;
pélvico; Herniação de gordura • Doença adanal;
retroperitoneal ou órgãos cavitários.
Exames complementares: radiografia
Incidência: e ultrassonografia.
• Muito mais comum em cães que em Tratamento clínico:
gatos;
• Dieta rica em fibras, hemolientes
• Quase exclusivamente em machos; fecais (lactulona oral);
• Animais acima de 5 anos de idade; antibioticoterapia contra G- e
anaeróbios;
• Cães com caudas curtas; devido
atrofia muscular.
Raças: Poodle, Rotweiller, Boxer, Tratamento cirúrgico:
Collies, Pequinês, Pastor Alemão; • sondagem uretral;
Sinais clínicos: • tampão anal e bolsa de fumo;
• Tenesmo, disquesia; •Incisão curvilínea começando
• Estranguria / disúria; cranialmente ao músculo coccígeo
(base da cauda), passando sobre o
• Flatulência;
aumento de volume e lateralmente ao
• Incontinência urinária. ânus indo até a porção caudal do púbis
(tuberosidade isquiática);

Afecções predisponentes: • Incisar subcutâneo e saco herniário;


Identificar o trígono pudendo interno
• Prostatite; (tuberosidades isquiáticas e cóccix);
• Obstrução do trato urinário; • Identificar estruturas musculares;
• Palpar sonda para identificar uretra;
Palpar tampão retal;
• Reduzir conteúdo; Reparar hérnia
com pontos simples separados,
membranas biológicas ou telas;
• Castrar!!

Herniorrafia com transposição do


músculo obturador interno:

Você também pode gostar