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FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL | UNIFACID – IDOMED


CURSO DE MEDICINA
DISCIPLINA: FARMACOLOGIA

RODRIGO DE SOUZA AVELINO

SIMULAÇÃO IN SILICO
Sistema nervoso autônomo - Simulação no Ratcvs

TERESINA
2023
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RODRIGO DE SOUZA AVELINO

SIMULAÇÃO IN SILICO
Sistema nervoso autônomo - Simulação no Ratcvs
Relatório referente à prática de número
8, de acordo com o manual de práticas,
apresentado na disciplina de
Farmacologia Médica como registro da
aula prática do dia 13 de abril de 2023.
Professora: Mayara Ladeira

TERESINA
2023
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------- 4
2 OBJETIVO ------------------------------------------------------------------------------------ 5
3 METODOLOGIA -----------------------------------------------------------------------------6
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ----------------------------------------------------------7
5 CONCLUSÃO -------------------------------------------------------------------------------13
BIBLIOGRAFIA -------------------------------------------------------------------------------14
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1. INTRODUÇÃO
De acordo com Guyton e Hall (2016), o Sistema Nervoso Autônomo (SNA)
é uma parte essencial do sistema nervoso periférico, sendo responsável por
controlar as funções involuntárias do organismo. O SNA é composto por dois
ramos principais: o Sistema Nervoso Simpático (SNS) e o Sistema Nervoso
Parassimpático (SNP).
O SNS é ativado em situações de estresse, medo ou excitação, e libera o
neurotransmissor noradrenalina, que tem efeitos principalmente excitatórios. Por
sua vez, o SNP é ativado em situações de relaxamento e descanso, e libera o
neurotransmissor acetilcolina, que tem efeitos principalmente inibitórios.
Nesse contexto, farmacologia estuda os efeitos das drogas no organismo,
incluindo as drogas que atuam no Sistema Nervoso Autônomo (SNA). As drogas
adrenérgicas atuam em receptores que são ativados pela noradrenalina e
adrenalina, e têm efeitos principalmente excitatórios.
Por sua vez, as drogas colinérgicas atuam em receptores que são
ativados pela acetilcolina, e têm efeitos principalmente inibitórios. Ambos os tipos
de drogas podem ser utilizados para bloquear ou estimular os receptores do
SNA, de acordo com a finalidade terapêutica desejada.(GOODMAN;
GILMAN;2018)
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2. OBJETIVO
Observar e anotar a variação de ABP, HF e HR após a aplicação das
drogas requeridas nos ratos virtuais.
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3 .METODOLOGIA
Nessa prática, utilizou-se o software RatCVS do computador do
laboratório de informática. Nele foi simulado o efeito de várias drogas (individuais
ou combinadas com outras) em diferentes doses nos ratos virtuais e analisado o
que essas drogas provocaram nos parâmetros da ABP (pressão arterial), HF
(força de contração cardíaca) e HR (frequência cardíaca)..
Para preparar o aplicativo, fez-se o seguinte procedimento:

Selecionou-se “Normal rat” e “Symp. Nerves (exc. adrenal)” e na barra


abaixo selecionava-se o agonista ou antagonista, seguindo o proposto pelo
manual prático de farmacologia.
Para isso, primeiramente, os primeiros 20 segundos mostram o
funcionamento normal da ABP, HF e HR dos ratos e os 20 segundos seguintes
mostram o funcionamento desses mecanismos após a administração da droga.
Isso quando foi aplicada apenas uma droga. Em contrapartida, as drogas
combinadas com outras drogas tiveram um tempo de 20 segundos para
funcionamento normal, 15 segundos de atuação da primeira droga e mais 15
segundos de atuação após a aplicação da outra droga.
As drogas utilizadas foram: acetilcolina, atropina, adrenalina,
noradrenalina, isoprenalina, fenilefrina, prazosina e propranolol. Seguimos a
sequência da tabela disponibilizada do material prático da disciplina de
farmacologia médica.
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Após realizar o processo, uma captura de tela foi tirada para posterior
análise dos resultados e discussão.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
DROGA ABP HF HR
1 Acetilcolina 200 ug/kg Diminui até Diminui até Diminui
a morte a morte até a
morte
2 Atropina 10 mg/kg Aumenta Aumenta Aumenta
3 Atropina 0.2 mg/kg + Acetilcolina 200 Diminui até Diminui até Diminui
ug/kg a morte a morte até a
morte
4 Atropina 10 mg/kg + Acetilcolina 10 Aumenta Aumenta Aumenta
ug/kg
5 Adrenalina 100 ug/kg Aumenta e Aumenta e Aumenta
intensifica intensifica
6 Noradrenalina 100 ug/kg Aumenta Aumenta Aumenta
7 Isoprenalina 100 ug/kg Diminui e Aumenta e Aumenta
intensifica intensifica
8 Fenilefrina 100 ug/kg Aumenta Constante Constante
9 Prozosina 10 mg/kg Diminui Constante Aumenta
10 Propanolol 10 mg/kg + Adrenalina 10 Aumenta Constante Diminui
ug/kg
11 Propanolol 100 mg/kg + Isoprenalina Diminui Intensifica Aumenta
100 ug/kg

Figura 1: Acetilcolina 200 ug/kg


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Figura 2: Atropina 10 mg/kg

Figura 3: Atropina 0.2 mg/kg + Acetilcolina 200 ug/kg

Figura 4: Atropina 10 mg/kg + Acetilcolina 10 ug/kg


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Figura 5: Adrenalina 100 ug/kg

Figura 6: Noradrenalina 100 ug/kg

Figura 7: Isoprenalina 100 ug/kg


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Figura 8: Fenilefrina 100 ug/kg

Figura 9: Prozosina 10 mg/kg

Figura 10: Propanolol 10 mg/kg + Adrenalina 10 ug/kg


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Figura 11: Propanolol 100 mg/kg + Isoprenalina 100 ug/kg

4.1. Perguntas
1. Como explicar a vasodilatação generalizada responsável pela queda da
pressão arterial, que ocorre após a administração da acetilcolina?
A acetilcolina é um neurotransmissor que é liberado pelo sistema nervoso
parassimpático e atua em receptores muscarínicos nos órgãos alvo. Quando
a acetilcolina se liga aos receptores muscarínicos localizados no coração, ela
tem o efeito de diminuir a frequência cardíaca e a força de contração do
músculo cardíaco, o que leva à diminuição do débito cardíaco.
Além disso, a acetilcolina também pode agir sobre os receptores
muscarínicos localizados nos vasos sanguíneos, causando vasodilatação
periférica. Essa vasodilatação reduz a resistência vascular periférica total e,
consequentemente, diminui a pressão arterial.

2. Quais são os receptores colinérgicos que necessitam ser ativados para


que ocorra a bradicardia observada após a administração de acetilcolina?
Como elas funcionam?
Quando a acetilcolina se liga aos receptores muscarínicos, eles ativam a
proteína G, que por sua vez inibe a adenilato ciclase e ativa canais de
potássio. Essa ativação dos canais de potássio leva a uma saída de íons K+
da célula, causando uma hiperpolarização da membrana e,
consequentemente, uma diminuição da frequência cardíaca, que é a
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bradicardia observada após a administração de acetilcolina.


Esses efeitos são mediados principalmente pelos receptores muscarínicos
do tipo M2, presentes no nódulo sinoatrial do coração.

3. Um rato não desmedulado após injeção IV de 5µg/kg de noradrenalina


apresenta bradicardia. O mesmo efeito não é observado quando há a
administração da mesma dose de adrenalina.
a) Qual é p efeito causado pela adrenalina sobre a frequência cardíaca
do rato? Em qual receptor esse efeito é produzido?
A adrenalina produz um efeito taquicárdico, ou seja, aumenta a
frequência cardíaca do rato. Esse efeito é produzido pela ativação de
receptores específicos, chamados de beta-adrenérgicos, mais
precisamente o subtipo beta1 que está presente no músculo cardíaco.
Quando esses receptores são ativados pela adrenalina, ocorre uma
estimulação do sistema de condução elétrica do coração, o que resulta
em uma maior liberação de cálcio e consequentemente, uma maior
contratilidade cardíaca, levando ao aumento da frequência cardíaca.
b) Explicar as diferenças nas respostas à administração destas duas
substâncias simpatomiméticas sobre a frequência cardíaca normal.
A noradrenalina ativa principalmente os receptores alfa-
adrenérgicos presentes no músculo liso das arteríolas, resultando em
uma vasoconstrição periférica e aumento da resistência vascular.
Esse efeito reflexo de aumento da pressão arterial produz um
feedback negativo, com aumento da liberação de acetilcolina e
consequente bradicardia. Já a adrenalina, por sua vez, ativa
principalmente os receptores beta-adrenérgicos, em especial o subtipo
beta1 presente no músculo cardíaco, aumentando a frequência
cardíaca por meio da estimulação do sistema de condução elétrica do
coração e da maior liberação de cálcio e maior contratilidade cardíaca.
c) Citar uma manobra farmacológica para impedir os efeitos vasculares
da noradrenalina e da adrenalina.
Pode-se fazer uso de beta-bloqueadores, uma vez que eles são
antagonistas adrenérgicos.
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4. Explicar o aumento da pressão arterial produzido por grandes doses de


acetilcolina no animal antropinizado.
Quando grandes doses de acetilcolina são administradas em um animal
antropinizado, ocorre um aumento na liberação de noradrenalina pelos terminais
nervosos simpáticos pré-sinápticos. Essa noradrenalina se liga aos receptores
alfa e beta-adrenérgicos presentes no músculo liso das arteríolas, causando uma
vasoconstrição periférica e aumento da resistência vascular. Esse aumento da
resistência vascular pode levar a um aumento na pressão arterial. Esse processo
é considerado um feedback negativo, uma vez que a administração de
acetilcolina resulta em uma resposta contrária que busca manter a homeostase
do organismo

4 CONCLUSÃO
Através dessa prática, foi possível obter um melhor entendimento do
comportamento das drogas adrenérgicas e colinérgicas, tanto isoladas como em
combinação, no sistema cardiovascular de um rato. Embora virtual, o modelo
utilizado foi capaz de transmitir de forma clara resultados semelhantes aos
observados em humanos.

BIBLIOGRAFIA
GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 13.
ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2018.

GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2016.
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada. 8. ed.
São Paulo: Grupo A, 2019.

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